22 - David Hume E Thomas Reid.pdf

  • Uploaded by: Mr. Pança
  • 0
  • 0
  • February 2021
  • PDF

This document was uploaded by user and they confirmed that they have the permission to share it. If you are author or own the copyright of this book, please report to us by using this DMCA report form. Report DMCA


Overview

Download & View 22 - David Hume E Thomas Reid.pdf as PDF for free.

More details

  • Words: 14,299
  • Pages: 28
Loading documents preview...
David Hume e Thomas Reid Ada22 por Olavo de Carvalho

coleção

História Essencial da

Filosofia

Darid Hume

e Thomas Reid Âula 22 por Olâvo de Cardho

colcçáó História Esencial da Filosolia Àconpanha esta publicaçáo um DvD, que não pode ser vendido separadlmontc

Inrpr.so ío Brasil, novembro

de 2007

copyright o 2007 by Olavo de Carvalho

Ioto olavo de

CMlho

Editor Edsôn Manoel de oliveira Filho

Moniqrc schenkels e Dagmar Rizzolo

Dàgui Design

David Hume e Thomas Reid Aula22 por Olavo de Carvalho

lcssa dc Almeidâ Primo

Os dircitrx autorais dessa edição pertencem à E Realizâçõcs Editorâ. Livrada e Distribuidora Ltda.

CEP 04010-970 - §áo Pauló sP Telelax (11) 5572-5563 E .rail: c@crcâlizacoes.com.br illwereali2acocs.con.br tusere.dostodos os direnos dcía obià Pruihida Lodr cqualqucr tp$duqaó de$5 ediqào por {Nalquormcn, ou Ionna, scia elí .letiini!a ou fucliic.,lolocópiâ,8ravaçào ou qualqucrmeio

coleçáo

História Essencial da

Filosofia ,â iM

2007

Coleçào História Essencial da Filosofia

David Hume e Thomas Reid - Aula 22 por Olavo de Carvalho Bom- entáo na última aula nós estávamos vendo filosofia inglesai l-lobbes, Locke, Berkeley. E eu fiquei de dar David Hume, hoje. Nâo ó isso?

Entáo, a filosofia de David Hume lem uma certa impofiância histórica porque ela é o encaixe de onde vai

patir

â idéia da crítica

kÂntiana e, portanto, todâ uma fase da filosofia que se prolonga até hoje. Ainda esramos mais ou menos dentro dâ atmosfera kântiana, uns mais, oulros menos, até hoje; e todo esse esÍorço kantiano parte cle uma tentativa de resposta

csforço dos

empi

a David Hume. Isso náo prolonga o

stas ingleses no sentido de

enfatiz

as inlbrmâçóes

scnsíveis como origem de todos os nossos conhecimentos científicos.

porém ele leva isso muito adiante do que os seus antecessores poderiam ier imaginado. Em primeirc lugar, ele ao endossa-r a teoria cmpirista e ao endossar, de todas as distinçóes, por exemplo: aquela enire quâlidêdes primária. secundária Íeitâ por Locke (eu acho qüe eu mencionei isso aqui), ele as aplica nâo só ao conhecimento em g€ral, mas a determinadas noções quc sáo básicas na estruturaçáo de todo

o conhecimento como ê noçáo do sujeito cognoscente e a noçáo de causâ, e tâmbém a noçáo de substância, Quer dizer que examinadas à luz dos pressupostos empiristas, essas três noçôes que pareciam táo

importantes até mesmoâos filósofos empiristas como Loche e Berkeley âcabân

se

revelando mais frágeis do que teriam parecido. Eu digo jsso

examinâdo sob os pressupostos empiristas. nâo examinado de outras

Tanto pâra Locke quânto pârâ Hume o certo é nem dizer que âs inl'ormaçóes sensíveis provenienles dos corpos sáo a base do

conhecimcnio porquc âté isto para eles chcga a ser duvidoso, nâo

inf

tenos ccrtezâ cxclusiv4nreric dâs nossas sensaçÕcs e não do obielo delâs. Pâra Loohe havia âinda a idéia de que âs sensâçÕcs, sáo unâ cspécie dc iilermcdiário entrc o sujeilo cognoscentc c o obieto. Entáo, existe sáo

maçÕes scnsiveis, são apenas scnsaçôes Nós

eü conlo suicito cognoscentci e\iste csta Dlesa como objeio e tcm âs scnsaçóes todas que eu cstou lendo que sáo uma espécie dc clo. u a Iigação cntre âs düas Já para Hümc. ê própria presença dc un1 objelo

dizer ele iá circunscrcvc tod.L a atividade cognitiva human.r nâ cslêra punmcnte slrbjctiva das scnsaçoes êrgumentando que nós nunca telnos â sensaÇáo de nenhum objeio. ó altamenie duvidosa, qucr

rrâs âpenÂs lemos várias sersaçóes sepâradâs lcom] quc nós referimos a um mesmo obiero hipotóiico. PoÍexcmplo. se eu olho esta mesa aqui.

Qu.rndo cu pisco a Írcsâ desapâreccu da minha vlsío e em seguida eu tcnho uma outla scnsâçáo, c eu nâo icnho nenhuma prova da

continuidadc dumâ sensação para outra. lsso illler dizer qüe a idéiâ objetos pcmlanerrtes por bâixo das scnsaqóes ó apenas urna conclusáo que nós tirâmos. Nlâs tira os do quêl Nós náo temos ncnhum neio de provar quc esse obieto cxista em si mesmlr e dc que

de que

eÍiÍanl

dcle. PoÍque pârâlãzer isso nós nos bascamos nlr quôl') Nas sernelhanças entre as sensaçóes e na expectativa de que as nossas scnsaçóes vêm

\n,i

'(Jeo('a d, nu!uo'rR5nr'.rr!1c;o. Pralicarnentc todo o mündo dos objcios é construído apenas pL'r

ollra,du,,r,

rc.nrd dir.çân

rxistônci.r dos objctos. lnas a própda existência do suieito; porque elc .liz larrbón: "De mim mcstno eu náo tenho ncnhuma inlormaÇáo conlínuâ, cu

só recebo

informâçóes isoladas c cu suponho que o suieito

(tuc cstá por irás dessâs váriâs sensaçoes quc eu ienho de mim m€smo

srjà c1êtivamentc o mesnlo. mas cü náo tenho ncnhumâ visâo de mi nrcsmo conro cntidade contínua. Portànt.r. a ffinha própriâ existôncia como s0jeiio cognoscente tambén só resuliâ do lãto de que às vczcs cu ienho ccrtâs sersaçóes a meu respeiio e cssas sensâções mais tarde

podcn se repeiir dc mâneía siÍrilar ou anáioga dc modo à lornar um costumer'. Mâis airda, esla mcsna idéia de quc iudo o que nós tcmos sao sensaÇarcs separadas, Hune â aplica pârâ o estudo da noçáo de causa. Elc diz que qüando nós dizemos que Lrm detenninado lato calrsou outro lalo, nós tâmbén náo lemos cstâ inlbrmação porque nós

vinos causa ncnhuma, qucr dizer você náotcve nenhüma perccpçáo conttuua dc unprocesso causâl que pudcsse admitir como real. E tâmbóm não há nenhunr só vcmos um lato e depois outro lator nós não

molivo para supor que o quc quer que seia tenha causâ. Qllando você fâz esta suposiçáo de câusa, cstá àpenâs articulando várias analogiâs

cntrc váriâs sensâçôcs que você tcvc. Mâs nao penscm que HL1ne. dcpols de tel feito tudo isso. desprczâ totalnente a possibiiidâde dâ ciên.riá ou do conhecineüto. ao contrádo. ele tãz tudo isso nao com à idéiâ dc dcstruir.t ciência. mas de eniatizâr o valor do cosiumc, diz que em muitos depaÍtamcntos do conhecimcnto o coslumc interessá

anâlogias que você conccbe enlre sensações. Algumâs dessas anâlogias

râis do que a razáo, porque pelâ razão você náo coisegüc cncontrar o

hábiio, â nossa crcnÇâ nâ existênciâ substancial dos objetos como lontc das sensaçócs ó apenas o rcsuludo dc um hábiro lsso quer dizcr que nós iamâis podemos supor que os obietos exiÍcm conro substâncias,

i,rndâmento de nadâ. N{as. onde vocô náo ten o lllndamcnto racional,

são mais conslanics e mais repctidas. entao tônl Lrm certo

o lundanento kigico, você podc ter nao obstantc um Iuldamcnto valor quc csses coúhecimcntos têm no costumc. No entanio, ele admite quc existem oulros conhecinenios quc sâo de psicológico, que é

Lr

clcs eristem apcnâs como suposiçoes quc nós ertminlos do costumc

ordcm râcionale cuja evidência vocô comprovâ jntuiiivâmcnte. Sáo os

Nlas acontccc que estc lnesmo examc nào lunciona só para impugnâr

conhecinenlos dc orden geométdcâ, âritnética, etc., ctc.

Humc diz que todo o orbe do conhecinento humano sc ârticulâ num certo coniunto de relâçôcs das quais algunas sáo âpreendidas intlLitivamentc e portanto sâo passíveis de (onlprovaçào e verificaçáo, c outras não. A lista é a scguinle, aquclas que sáo

intlrilivas

e

passiveis

cle ccrtcza sAo: primeiro a relaçáo de semelhânça, a de contraÍiedadc.

â dc proporção quàntitativa e à de grau qlralitaiivo ls§o quer dizer, por e\emplo. que a scmelhânçâ cnire duas figuras geomóÚicas é perceptívcl imediatamcnte. poÍlario nào é

u

ra quesláo de razáo, nas

é umâ qlrestáo de intuiçáoi ou entáo dcssâs intuiçócs você podc tirâr âlgunas deduções que ainda esiao dcntro da órbiia de certezâ râcionâ] possivel. E â segunda série de relâçôes que el€ diz que são intuitivas, rnas sâo puramcnte empíricas c dependem portanto do costume, scria as rclâçoes espaciais e iemporais, a relaçáo de identidâde no scntido

objetivo quc daria a noÇáo de substância, por excmplo, e â noção de causalidade. Aconrece que é dcssas trôs últimâs que vive toda â ciência dâ nâlurezê: das prineirâs só tem âs ciênciâs purâmente formais, ná1emáiicâs. Entáo. ele admite a cedcza râcionâl mâtemáticâ, porém ela nâo podc ser relerida â nenhumâ eniidade do mundo dito reâ|, â Ilenhunl ele ento de experiôncia. É curioso porque scriâ Lr caso de vocô dizer: "Mas por que csse sujeiio ó chamado dc cDrpiÍista, sc os únicos conhccinenlos ccÍos Pâra elc sáo os conhccimenlos dc ordenr

purârrcnte fofinal, raoional. geométrico, âritmético. e iodo o lnundo

scrsaça)es sáo sempre separadâs, sâo âtonísticâs, sáo dislintâs, elas

fuo

são iâlnais contínuas, e somente o costume de obter sensaçÔcs

irnálogas em circunstâncias análogas é que nos penniie supor a c\istancia dc objetos coniínuos por trás delas." Mesrno no mundo das scnsâçÕcs, Humc âindâ 1àz unlâ distinçao cnlrc o que elc chanâ impressóes e idéias. Se nós pudésscmos apelar à roçáo de objeto. nós reriamos de dizcr que as impressÓcs sáo aquclas

\,ê

dos obieios e âs idóiês são aquelas que nós mcslnos criân1os com o nosso pcnsamento. mâs Hume nâo pode lãzer essa distinção' thr quê? Porque ele nâo reconhece o fundamento d noçáo de obieto

quc

l.-

queÍ dil.1 o

.

u mtrnoú drt l'nD.'e"o". o-' nn"J' \ \cn'i'l'

slrbietivâs. nâo pode scr classificado conforne a sua relâÇáo com os objetos e sim tem quc ser classificado em si mesmo Então, o que sobra pârâ elc? Só sobrâ a distinEão da intensidâde, dâ torça' Isso que nós châmamos de sensaçócs, por excmplo, do mundo exterior' náo se distingue das nossas iclóiâs pelo fato de quc elâsvôn donundoerierior

uu \.r1 deargun ob..ru Nâô L'-.\. di.li'gucnrD(,o' porq. 5ju rrais lbrtes. E quânalo elas sâo pensadas por n'i( sãÔ máis fracâs D naruralmente âs idéias que sAo aqlrelas quc nós csmos combin'nnos' .Lquelas que elc diria mais liâcas. clâs se constilucn âpenas pLrr sÚavez de menória c imaginâção porque iambénl vêm das sensaçóes Então você lem a sensâçáo com base e â scnsâçáo, ou ela sc trâdüz numâ

da

impressão ou sc traLluz numâ idóia. Mas a idéiâ por sua vez tanbém ó a combinaçáo de irrpressóes. apenas

paftinclo dâs prcmissas empiristas de que nós só conhccemos aquilo

ao faLo de lAluna: Ãssd (lisLinçào com base fia latç| se deÚe do E)e ele nAo Pn cafiheci lefito de que o suieito é a Íundafiefito

cxpe ência clc diz que náo tem fundâmcnio racional ncnhum c se basciâ exclusivanenle no costune?' Nâ verdade o mais cerlo scria dizcr qüe clc ó unr anti-cmpirislâ. NIâs ele chegâ a cste ânii-cmpÍismo quc cstá âcessívcl âo conhecinlento pelos scntidos Em seguida, clc 1âz mais Lrnrâ rcstriçrio e diz assin: "Olha, nós rão conhccemos ncrn islol Não ó quc nós corhcccmos algo pelos sentidos, não Nós conhecemos apcnas as sensâçarcs e náo sabemos se cxisle algo por trás delâs. As

u

Ele tâmbém não podc admitir fazer umâ diltinçáo com bas€ na noçáo dc sujeiio porque o suieito ianlbém ó düvidoso

A única coisa ilue permânece cefta

é

o scguinic: cxisteÍn sensaçóes.

E as scnsâÇõcs têm dc vários tipos. portanlo nós podenns câtalogálas, mas pelas suas distinÇôcs intcrnâs. e não referido a um sujeito ou

clc tirâ algunas conclusoes dc orden morâl e política. PoÍquc

esse

u)stume no lim das cc,ntas veln do quê? Venl da própriâ naturcza, ven dl) nosso insiinto de sobrevivência c tudo isto é muiio importanle parâ

disiinçâo quc clc laz dessas relêçóes de senelhança, elc. é semelhança cntrc düas sensaçôes. é proporçáo cnirc duas sensaçÕes. E assim por dianie. Dc rnancira quc

ll(ls. Daí elc iirauna ccfta conclusáo de tipo naturêlistico: "Nós lemos quc .lcixar a naturcza luncjona! operar por si, quânto menos a mzáo

ele procura opcrar scm pre dent ro desse

dc ordem politica conserr'adora. Hume é até hojc uma das bâses do conservadorismo inglôs. Quer dizcr que estc ceticismo dele é uÍr

a uln Lrbjeto.

conimriedâde.^ prcporçáo.

lerdtório iechâdo

das sensâçarcs

parâ não tcr quc apclarà noção de sujeito nem à de objetLr. À{âis aindâ, ele

ja

ais poderlâ dislinguir inpressôcs dc idóias referindo'as a um

irtcrícrir âí é melhol Curiosol Daí cie tirâ

Llma série de conclusões

ulrnvhc a nAo mexcr em questôes nluito complicadas quc você náo vai

obicro porque o objeto leria que ser colocâdo como câusâ da sensaçáo

c clc acâbou de inpugnfi a noçAo de causa. Entâo só o quc sobm lnesmo é â clâssificaÇão das scnsâÇô€s.

Roni. aqui eu creio quc no próprio Seminário eu comentei várias vezes o iãmoso exemplo que Humc dá dâ bola de bilhâr com relêçáo à

ró!

noção de causâ. Ele diz: "Se

\,emos Lrma bola girando. â bolâ bâte

na outra c a outra sai girando tambéÍn. Isso lbi tudo o quc nós vimos. nós vimos dois movimcntos distinios. nl.rs não vimos causa nenhumai

quer dizer você que

eÍá tcntândo ârlicular uma

coisa com a outra

atravós de uma suposiçAo. Estâ suposiçâo dc quc uma bola causou

/

ráo I Llra .c r)oçao olr numa inÍirrmaÇáo scnsível que \,ocê ieve. mâs é bâseadâ nun conccito abstrutlr cle calrsâ que foi você mcslilo que inveútou. Entáo. você tem â câtegoria de câusâ, você â aplica aos movi enios e diz que um movimcnio causou o outro.' Nâo dcixa dc ser curioso que, de toda esta dcvastaÇáo lógica do rnundo do conhecinlcnto. clc nâo tire uma conclusáo depreciativa corr relâçáo ao conhecinento. mas âo contráÍio: ao enfàtizâr o valor do coíu re ele diz que a ciêncla ó válidâ náo porque ela tem um hrndamcnto raoionâI, mâs porque elâ se baseia no costurnc, c o costuúe é importante pârâ â vida humana, quer dizer que dâí iambém L HtrfLei D!! id. ,r.n,x,(ri, !)ór a L t?tttinehta Htúturo. ytht..s

" Ir'{ i rr nrn Jo oul.a

e bd\(cJu our .ud \,

L

l0

P,r,.iIrr&üor?1. EdilúnLNIStlsn.

Pâu1o.2003

Também náo deixâ dc scr inieressânte saber que esia filosofiâ de Adam Slniih. A Davicl Hume exetce uma inlluência muito gmnde

e

noçao do

Adân Snith da tamosa "mao invisível do mcrcado", qucr

dizer. "deixa cada um iazer o que quiser, cada um corre em busca do scu própÍio intcresse e no conjunio isso dá um rcsultado bonf'. lsso ó um raciocínio tipico dc David Hune.'deixa a nâtureza trâbalhar sozinhâ. náo tente doninâr o coniunto do acontecer pelas câtegorias 6cionais". A idóia de que aúavés da razáo, âtravés do âpe1o â umâ noçáo de causa você pudcsse. por cxcmplo. iazcr colno os escolásticos que da existência do universo concluíím a existência duma câusa do

univcrso que seria Deus, isso parâ Hume é o supra sumo da preiensão âbsurda. Ele disse: "Eu náo posso sequcr de uln único fâto deduzir

uma única câusa, quânto nais do conjunto dos làtos deduzir un1a causa universai de todos elesl" E ele deiaa bem clêru qual ó o lnimigo contra o qual está se voitando. Eu linha âté mârcado âqui uln lexto dele. Ele diz: "Quândo nós percorrernos uma desses princípios quc cle êuabou dc explicaÍ

bibliotcca" persuadidos

-

'que iriagem dcvenos

làzer? Se tomamos nas mAos um voiume de icologiâ ou dc metâiisicâ cscoláslica, por exemplo, nós nos perguntaremosi conlém ele âlgum

ràciocfuio abstrato a rcspeito de quantidades ou números? Ou sejâ, 11

irâtâ ele de alguma dcssas quatro relaçóes quc

sâo

purânenie iormaG,

mas quc scgundo ele são objeio dc ccrtczâ, geomélrlcas e aritméticas?

Irundo dos obielos. e distinguindo âo nesmo tempo de você nlesnro, você criou êí irês làtias, que depois vai ser muito difícil você iuniâr

tenniiará desenbocando no problema de: "Quais sáo as relâçÕes cnúc âlma e corpo?" Como é que a almâ enira no corpo?" E vai ser unr problema muito grâvc, vocô voltará ao beco sem saída cârtesiano

Nãol Contém algum raciocínio experimenlal em torno de queslóes de lãto e cle exisiência c que pudesseln ser resolvidas portanto pelo costumc? Náol Pois ent,to, jogucrno-lo ao fogo. porque náo contém

V()cô

nrais que sLrfisnâs e ilusóes.":

clc

cr" n.\c,n.\

dc urigem. e a 'ca\ão nrdi.
O HUne

Hune criou coloca cm movinenlo inieligências das dimensiles de um I(ani para icntar resolver esses problcmâs. Humc acabâ ocupando um cspâço muito grênde e Thomas Reid fica

nun discreto

injurrr

segundo plâno. e eu acho isso uma coisa baslante

u 'eguinle'

tu,

nd p.r(eo(âô ouc nós tcmos do mundo exterior cm primeiro lugêr não pode haver nenhum intennediário. nós náo podemos considerar quc âs nossas Reid a_punrcnra

Êle LliT

quc a âlma é inespaciâI, quer dizer, clâ não ocupâ lugar no cspaÇo e náo obsiante cla eslá dcntro do corpo. Éu digo: Como é quc un1a coisa

quc nAo mede nada pode estar dentro oü iora de alguma ouuâ que mcdc algunê coisa? lsso ó obviamente un contra_senso

No lundo, a objeçáo que Thomâs Reid faz à noçáo da sensaqáo como intermediáÍia cntre suieiio c obieto é baseadâ na intuiçao quc cle levc dcste mesmo absuÍdo: aquilo qu€ náo mede nada nao pode câber cnr pârte aigumâ Por quc supor entáo. que existe esse iniermediárlo? Por que supor que as representaçôes sáo um elo? Ou vocé 1em uma

-clj (an oirL r. .^rn o úbiero ou r(r1 r.go quc \ ocê me5rrru pen'ou Qu(r dizcr que se eu estou pensando num clelãnte. náo há elelantc presenie

scnsaçóes sAo intermcdiárias enlre o espirito humano. o espírito do

ncnhum, cntáo eu nâo estou me rclaciora do com o elefante, eu estou n1e Íelacionando âpenas comigo nesÍro. E se eL1 estou percebendo o

sujeiio cognoscente e o Lrbjeto. Porquc. sc isso ior irlermediário, esses inierl1lcdiários ou serao espirituais ou seraro materiais. Sc cies lbrem

clcfante, eniáo eu náo estou pensando o elelêntci náo soü eu que estou lâzendo nadâ, ell estou vendo um objeio. Pensandobem, só isto aquiiá

purâmenteespiriiuais náotcmicitode

basla parâ deslruir toda a discussão de dois séculos antes.

eles

aiingirem umobietomaieiial.

E se eles lbrcm puramente n1âteriais enlão náo tenl jeitL, de âlingir o nosso espírito. Entáo, a idéia de quc existc um suieilo cognosccnie.

uff intcrmcdiário

chamado scnsâçâo e o objeto esrá complctaDrenle

crrada. Ele diz que a nossâ rclaçâo com os objetos ó dircia e náo leila êtravés de um inicrmediário. Nâo há inrermcdiário âlgun.

Então, notc bem que essa idéiâ dâs scnsâçóes e das reprcscntâçÓes é o bicho de sete câbeças dc toda a filosofiâ modernâ. E â patir da hora enl que locê comcçâ â esilldaÍ a sua reprcscntâção. quer dizer, o

universo das suâs sensaqóes, irnaginaçócs, ctc.. etc., djsiirguindo do n I I - .. ll' IZ

efi

ú

ÍA)ut],o: Pot que ticarum tanÍo tempa, àigat11os, se masturbt]fiàa címa disso aí'l É isso que eu nao estou entettdendo, poqúe a Sente absurdo podet essa siÍuação[se prcLon\aÍ.] Náo, a verdade é a seguintc: nâ exposiqáo que laço cu carrego nas

que é

üfi

lintas da âbsurdidade...

lA1üÂ: Eu íe ho a ilfiprcssàa de que um fiLósaÍo descobtitl tofia

coisa

desses ach.t que

ataoeL...l

l:l

Todos eles acharam que descobriranr coisas notáveis, cada um

ELe cheg.r

a maneirâ. Aquele negócio

cofllpLicada

eu didâ de todâ a filosofia

clc chamaria "a causa formal". O que unl objeto é, quer dizer. â sua constiiuiçáo objetiva, dcterminâ o que ele vai lãzer Agora. se você

cofi ünta caisa assitfi... dá uma

o quc Hume diz da fiIosofia escolástica.

mes

q c você perguntai 'lPor que o gato miou? Por que o gêto mia?' Você diz: 'Bonl, ete lniâ porque é gâlo, se fosse cachorro 1atia." Isso é o que

genial...1

moderna. Do que trârâm esses livros? Eles tratam do intermediário entre o suieito e o objeto, ou sejâ. eles trâtâm de algo que nâo cxiste; eniáo podcmos jogar fora, pensando bem. Mâs nenl deles a gente pode

disscr: "Náo. o gato miou porque alguém pisou no rabo dele." Bom. do falo de que o bicho é gato e náo cachorro você náo pode deduzir que âlguém vai pisar no rabo dele e iazê-lo miar lsso aí já náo faz pârtc da causâ lormâI. precisa da inleÍfeÉncia de um outro elcmento. Isso aí ele chamaria a 'causa ehcientc" e âssim por diantc, quer dizeÍ,

dizer isso.

I{luna:

váÍios processos diferentes aos quâis você pode aplicar o

Llcsnro conceito de causâ, mas náo dâ

dclcs.

l{lrna:

cxiste

Pode-se dízet que eles sotísmam?l

Náol Isso sáo erros que sáo normâis nâ invesligaçao da veÍdade, pensando bem. Àpenas eu âcho que a média de inreligênciâ do iempo de Plâtão aié chcgâr cm David Hume bâixou muito

ele distinguia entáo quatro causas diferentes. quatro acepçoes dâ noçáo de câusa e percebia que esses qllatro modos de câusa êparcciam mcsclados. Se o suicito pisou no rabo do gato, ele niou porque al$lém pisou no rabo dele. Mâs por quc cle miou em vez dc latir? Porque ele é gato e não cachorro. Entáo, você vê qüc aí a causa eficientc e a

[AILtro: Mas par que Íicarafi qtle eu fiao cofisigo efiÍefidet,)

esse Lempa

lado em cima disso? Isso

Nãol Náo teln expllcaÇêo unívoca isso êí. Para encontrar

a

explicaçáo você pÍecisaÍia sâir nruiio do próprio tcrriiório da História da Filosofia c ampliârparâ a históriâ culturâl da época. essa coisa loda. À4âs

eu tcnho a inpressáo de que na pÍópria exposiçáo eu mostrei

como às coisas loram complicando,

fomal iá âparccem juntâs I1o mesmo aconlecinento c apâreceú indistiniênentc, é você que. quando vai examinar o ncgócio, iem que disiinguir: quer dizer quc esta roçáo da complexidâde simultânca dos processos no mundo objetivo pam Aristóteles erâ intuitivo. ele pcrcebiâ isso imcdiatamente. Eu falo: 'Bom, você está impugnando a uoÇão dc câusâ. Qual dâs noçôes de causa? A palêvra é a mesma. o câusa

conceito é mais ou menos o mesno, mas acontece que os processos rcais. objetivos, que nós châÍiramos de câusa. não sáo exâtânente

Eu âcho quc urna qucda dc intcligôncia. uma queda de perspicáciâ

o§ mesnos. Por exemplo, David Hume poderia impugnar â noção de

Hune vai cnfrcntar

esse problema dê causa, eu penso: Como Aristótclcs tratariâ isso ai?

causâ eficiente com âquele raciocinio. mas ele náo podcriâ impugnar a noqáo de causa final; quer dizcr, uma coisa que acontece Parê quc

Aristótclcs, crn primciro lugar. percebe que nenhum conceito lilosófico

Lrutra âconteçâ no

iilosóiicaé noiável

nessâ época. Quando um David

distinro equivâle por si mesmo a nenhufl fenômeno objetivo. Sc

fuiuro. Por cxen1pllr. se está unl marceneiro fazcndo a mesa, ele vâi scrrar a nadeira. lixa! etc.. etc., etc. Qual é â causa

você falâ "causa". pode estar usando isso cm vários sentidos, porque

de ele lazer isso? Ele faz isso só porque é nrarcenciro? Náo. isso náo

1.1

l5

hasta; é preciso isso e nais âlgumâ coisa

Te

un1a forqa exlerna' uma

te

Ele faz isto enr câusa eficientc quc o façâ tàzeÍ isso? Náo, não quc qucr vistâ clâ mesa qúc quer ver pronta no luturo e do dinheiro

para gânhar com isso. Entào, podemos perguntârr "David Hume' eu quero qlre vocô eslá escrcvendo essâs coisas aí?" Ele diz: 'PorqLrc â causâ finâl de desnoÍalizar a nctalísica escolásiica '' Entào esta é a vocé estü montando esses raciocínios Você eslá demonsirando câusa eliciente Mas isto câusa Ênal no ato mcsmo de você impugnar a nâo seriâ Ürn raciocinio, isto é pcrcepçáo inediata' parâ Aristó1eLes

que sc prolongam Às vezes na filosofia moalenla aparecem debâtes

nem chcgàriân â ser ^ristóteles quer dizer que a problemâ porque cles mâiavam isso na hora lssLr pensâmento filosófico dc Plâtáo e Àristóteles se tornou

por décâdas e que pâra Platão oü clcnsidâde dc

inaiingível nesia iase

aqu

i

Em compcnsaçáo pârao mal

ouparaobcm'

dos passos do existe uma in sistência maior na an álise na'lecomposiçao eles Íâ.iocínio. eles sáo nâis meiiculosos do quc Platáo e Aristótelcs'

(crr por ccnto, quer dizer, muita coisa qtlc nâo erâ problel1ta paravocê 11)r cqâa serprcblcnrâ Você lun ciona nurn rilm o mâis lcnto.leva mlriio tcnrpo paÍa

chcg

â uma conclusào qlre ântes você pegava quasc que

islo? Bastâ você licâr cansado. o seu râciocínil) como um disco rachado, cle voltâ ao mcsmo ponto, € volta. e volla,

lnluitivamentc. Náo

I

é

c voltâ. ren dificuldâde em passâr pârê adiante. Entào. eu veio ncssa cpoca um emburrecinento muiio grande, e por ouiro lado é vcrdade

quc eles lcvantam cedos problemas que â filosoliâ dâ Antigüidâde ignoravâ. mas qüando você erâmina unl Potlco mais vocé dizr mas lLral é o provciio alesses problcmas? É a pergunta que você tàzr Por qlre eles

eÍáo pcnsando nisso?

Só no

séclrloxxé

que Oriega y Gâssel

lutou: "Nen1 todo problema filosólico ó urn problema filosófico." Qr'r€r dizcr se você aplcsentâ uú problemâ. prineiro tem que me provar quc aquilo é um problena mcsmo. Pode nao scr un1 problema, pode scr apenas um erro que vocô coneteu, unra distrâçáo. uma lbrmulaçáo crradâ. Os problcmas têm que ser justificâdos de algltm n1odo, não

ó

que Plxlan e qÍi'lolF'
quâlquer perguntâ.. Éoditado árabe, que somcntc um idioia se propôe

isso imediatamente' Mâs se espremesse Aristóteles ele lhe explicava qlle a partir do catesianismo eu âcho que aquilo qlle dissc Schclling, para um nível de ccrio modo pueüI como sc você

saculos. E pior, colnlr lodâ a cstruilrrâÇáo do mundo do conhccimenio cstá depcndendo disso naquele momcnto. enquanto os cârâs nâo

.

rrnrrrm rer,a. fi'igrana.

rra' p"rquc r' Md5 nxo \\1r'1rn-rram nàu porqu. rle'tÍ''n burío'' a soluçAo percebida vczes tinham â solllçáo i ealiatamente' E náo se intuitivâ cnte de âneirâ confusa, náo, tinham tudo erplicâdinho'

â filosoiia regridc

que comeÇar tivessc perdido todâ a experiência acumuladâ e ilvcsse acontece que esta rüdo, tatcando de novo, isto ile fato aconlece' Mas, quecla nos primeiros problemas de

novo essa perdâ da capâcidâdc

â respondcr todâs as perguntas. nem todâ pergunla erecc âtenção Mas, unla vez qlre você começou a prcstü alenção nelas e umâ vcz quc se ânna uÍrâ polênica. uÍna disoussão, isso pode se prolongar por

ndJ f.nrrô nunr., r't( nhl'ra cm que você rcúne âs pessoas para tonâr urna decisáo, daí tlm suieito lcvarla uma queslão de ordcm, outÍo uma coniradição cstâtutáriâ quâlquer ouiÍo lcvanta o pÍoblema do quorum. c você nurca cntra c. rganr

.rrna.o|clu.ro.i(^'"nà,,

podc âcontece! é um de conliruação da traaliçâo filosófica, isso náo

no assunto da âssenbléia. isso pode âcontcccr Enlao. essc periodo todo entrc o século, digamos. xVrI e ató o xlx, âté o mcio do XIx

a memória lmaginc como você licadâ se. por exemplo, perdesse volt com durante três sernanas. Dcpojs quando você volta náo vâi

pelo rnenos, é um pcriodo de pâtinâr cm

I

so: ândâ, andê, andâ, mas

nào sai clo lugar. e às vezes até vai pàra irás. Chcgâ a ser €spantoso. 1l

16

grande alcpojs que você cÍucla isso um tcmpo. achar quc hoüve algun progrcsso no conhecinento. É incrível, cheg'a a seÍ fântásiicol Mas é qüc existcn pessoâs que acreditanl no tribunal dâ Hislória' À HisióIiâ

.lcpois vai làzer jusliça Eu digo que a História nunca faz iustiça' Em primciro lLrgar. porque Parâ cla tazcr justiça tem que icr uÍtâ scntença qtlc trânsitc e r iulgâdo, c es1á rcsolvido o problcmâ de umâ vez por rcvoga ioalâs, mas a História continuâ, â sentcnça que cla lez hoje. e1a an1ânhà e depois 1à7 â mesma sentença de novo. É o negócio do l'idel Câstro: 'A Hisióriâ lne absolverái '

Bo

.

absolverá, depois condenârá,

dcpois absolverá ale novo e assim por dianie Quer dize! qucm vai conliar no lribunâl cla Hislória mostra qüe ó um bcsta' A História

(|, lcnrpo ia mudar; cntáo iâ criar uma situaçáo râ quâl seiâ (eu náo (liuo fixa), mâs seÍia un ouiro riirno hisiórico. Ulna outm dinâmica ,orlpletamente difcrcntc. Por cxcmplo. você estâ a livrc desle fluxo t)llrnancntc quc âbolc tudo, cniáo have a ce âs conquislâs que sáo (lelinitivas. Não tem nada. absolutânrenle nâda dciiritl!o, bâstâ scr

llistórlâ. A noÇáo do firn da HiÍória nâo ó bcm o finl da Histórià, é LIri.r cstabilizâçâo da História. Nâo é isso? Seria o câso de perguntar: Iturantcquantotempovâiestâbilizâr? Eternalnenle? Enlão, elesteriam (tuc inventêÍ Lrlnê maneira de as coisas ao mesmo tempo aconlecelen . náo âcontcccrcrn, porque o tenpo vai continuar Corllj.uanr lc(,ntcccndo coisas? Sim. continuam âcontecendo, nras náo muda isto

náo pode scr un tribuial. A }lisiória podc ser iuigâda, mas ela náo podc julgâr ninglrón1. O que é uma sentença' li lrmà decisâo linal sc

ir(tui gu dlgo: "llnião você invcnron uln jcito dc ir pâra

nâo é linâl, enlão nào é scniença. cntáo nào decidiu coisâ algumal Na Hislóriâ nÂdâ sc decidc, polrco importa o .lue â Hiíória dirá de você'

Irrrlr noção táo bcstâ. c clâ vem da idéiâ de você projeiaÍ sobre o tempo

porque ela dirá ulna coisa. dcpois dirá outra, depois dtrá a contráriâ e âssin por aliante. À própriâ idéia do iribunal da História proiela a

l1)r cremplo, a sirrultancidadc, se você pensâ as coisas nunâ escala

História numa telâ con1o sc fosse umâ deusa que vai dâr una scntença delinitiva. Bom. \,ai clar a senlenqâ enquânto estivcr naqucle capítulo da História. No capítulo seguinte outro iá vai dar ourra sentença e outrLr vai csquecer o problena. dois nil ânos depois âlguón levantâ o processo dc novo. Em su âi todos os processos do iribunai dâ História esláo pcrnanentcmente cm âbeto. lsso qucr dizer que quâlquer sentcnEâ da dcusa

flistória

é âbsolutamentc irrelevantc.

l\funo: A obsefl)açíto gue eLt queÍia Íazet[é] que geftrlmente aqueLes que lançdtufi essa crc ça tambélfi acrc(lilatan na lim LLa tlistóría.l SiÍl, cles acreditâvâm, vamos dizer, nürnâ nutaÇão, náo no fim da Llistóriâ. numa mutaçáo do tcmpo da História, quer dizer, a esiruturâ 18

,r.r. ru r e\ n^

.err

â

liente

e para

|o. c,Ôn,.(r.afsd.l,nlrL,riruI'i\Ioremoo'

hiíórico caracteristicâs que nomiâlmeni€

F

sáo âtribuÍdas à ctcrnidadc

{ricflra. então tudo cxiste simultaneanente. lodas as possibilidades srio simultâneas. Náo é islo? Mas isso só se vocô pcnsâr cm cscâlâ

(l! suprêiempo. Agora. sc nós quiscnnos invertar um iempo nLr qual IIdo scjâ simulrânco c que aLr mesmo tenpo ráo deixa de ser icffpo, clc a unl capítulo dâ Hislóriâ, mas nâqlrele câpitulo todo o iivro eÍá .rnriido de unra vez? Isso ai náo dá. nrcu filho. isso é o Extcminador (l) Fuluro. é uma cstupidcz lbrâ do comun1; e no entanlo, náo po.lerros lsqucccrquc nós vivelllos dentro de uma épocâ

h

istó rica fascinâda por

A obrâ filosófica mâis importânte dos últiÍros quaúo séculos é tt l,t,tattnoJoi Ja //,,,,,o porque eâ Jd n c.unn d. uJ,, i..,,. I rlrru que é uma idioiice. âs digo o rcsumo da idioticc S€ você pegâr upoÍos quc estáo no lundo de loda a lilosofiâ nrodcrna nnn filnie é O F.:tt ninad do lututo. E rn dia

(i 1rlr,

olxvode ailrrrlid

Crír.rrlr

7J fágrÉs19.212?

seÍ feitâr "Por que ccúamenic alguÓm fará un1a pcrguntâ que mcrece que acontcce com Thomas cles ficaram pcnsando en1 lualo isto?' E o

e táo prolundo liei.l, por eremplo, é que o que ele cliz é tão verdadeiro Eu rou quc passou por ingênuo Em pâric por c!1lfâ dele mesno' púmeiro luga! não tcm cxplicar o qüe âconteceu. Reid diz [que], cm

inlcrmediário

m. r)coneui

nenhu

que Se cu estoü pcnsândo' entáo é uma idéia

com Llm e se cu estou perccbendo. estoll me relacionando oom o objcto, cnáo, aatividade do eu cognoscenic'

objetoie narelação

da sensaçáo' tudo isto â presença do objeto, a sensâçâo e o cLrntcúdo prescnça do obieto tâmbém é é simultân.oi e míis ainda' a crença na

laz cntrc esses vários elementos é uma disiirqão âpcnâs lógica e não lisica. Com csta observação, o l{eid acabou com todo esle ncgócio. EIe

diz lqucl você está verdo vários aspecios dâ coisa, nrâs acontece que csscs âspectos só podcnl serdislingtlidos logicâment€ sc rnâterialnlenrc

elcs eslivercm juntos. tsso quer dizer que o ato de conheceÍ os objetos

(lo nrundo exterior

umâ toiâlidâde inscparável. dislinguivcl, mas não

scpârávcl, no qual a presença do obicio, o âlo de rcr a sensêçao e o

conteúdo da sensação e a crenÇa dc que tudo isso está aconteccndo. vôrn in5cparavelmenie.

A\tna:

no mundo exterio! simrLltânea. Isso qucr dizer que pcrcebcr obietos situaçào confiândo tendo todas as reâçóes corporais inercntes a estâ náo podc ná e\istênciâ clo L,bieto, ó uma uni'lâtlc irrcduiível você

Isso ÍLttlo é wesente?

Clarol

I

poÍ cxempLo' Ele diz lquel toda a dcconposiÇâo que você façâ ali lcn1 o objcto âqui icm â clo âio cognoscível aqLri ten o stricito, o conteúdo dâ sensaçâo' scnsâçáo. aquitem o âio de scntir, âqui tem pelo obieio' aqlri rcm .rqui tem â scnsaçáo considemdâ corno câusada aí' vocÔ consirleraila como procluto do stricito - tudo isto

é

AlL1]L\: Nada é passíu1o. .

l

disiinçócs que você 1àz sào poÍeriorcs. c on.le você as 1ã7? ^s N4âlerialmente? Não, você iâz só nâ sua câbeça. Então. o que Reid cstá lãzendo é umâ distinçao cnire o que é o rnundo real e o quc é ciência. Tudo isso que você cstá lãzendo é ciência, qller dizcr. está cslabelcccndo distinÇáo. Mâs onde vocô cstá lazendo ciÔrciâ? Dentro

a sensaEão

cxistc Pala ele di a lqüel à usar o tenno dos cscolásiicos quc ele náo conhccia e obieto náo é umâ clistinçâo. essa disiinçào entre sujeiio, scnsaçáo puramcntc norrinal' é um dislinçáo rcâ1. tâmbóm nâo é !lnla dislinção ocorrcsse materiâlmente o fiezzo a tnezza. Naverdâde, se a 'listinção n1âdclâda nâ âto.lc sensâçio nâo sc cumpriria Sc Lnn sujeito dá umâ ele dâr a natelada rninha cabcçâ _ mas cnlrc ê mâÚelaclâ dele 'nlrc ela nào pode fazer esla distinçao, mas acontece o seguintc:

temporal oü cspaciâl e eu reccbê la nâ minha cabcça, há um ini€NÂlo

hoie eu' a nào houve nlâliclacla alguma O suieilo dá â martelada aqui e cu estoü 1á minha cabcç.t, cstá lá âmânhãi ou elc clá â martelada quc a distinçáo que \rocê ern Curitibâ. Nào âcontccelr' lsso quer dizcr ),n

ÍÃlllÍ1o: O atolllismo das sensações que o Hufie. ) Acâbou aí. Com isso âcâbou o atornismo das scnsaçôes. Sensaçócs scparâdas... Separadas onde. cara pálidâ? Se eu tcnho unla sensaÇâo e \,{)cê tem outrâ, evidentemenic nâo podelnos lazer anàlogia. Náo é isso?

il ncccssário qlre as scnsâ(óes

se dôcm unidas. Quando Hunre diz .1uc

vocô len1 uma scnsaçào e depois tcm outra. ele cstá supondo a mcsmâ

oontinuidadc

do'eu"

que clc mesno está ncgârdo. Ele diz: olha, as

rclâÇôcs que nós câptamos sáo, por cxcnplo. relaçÕcs de semelhânÇâ.

lu

pergunlo: mas quem capta a scmelhança! Uma sensàção separada

percebe a si que nâo toi tidâ por ninguóm, por nenhum suieito ela se quc também ninguón teve? mcsma como senelhantc a outrâ scnsaçáo ilizer que a ânálise quc Hume faz (elc vai Que porcâriâ é esta? Quer tântos pedaços), é uma análise de quc o ato cognitivo

e

ilecompondo

fazendo iá prova que aquilo é falso Quer Sc aiilosofiâ de Hume dizerque o Hume é o caso exlreno da parâlaxe disso, e se cle pôde escrever está ccrtâ. ele nâo podcriatcr escrito nada

o lato mesmo ale cle

est

é porquc ela cstá errada.

los'rli a deHume Vocô vê que existe umaconiradiçáo básica entre â li Ele náo está descrevendo a e a estrutura real alâ experiência humana pcga Lrm pedaqo' sepârâ' estrutura tal como eiâ se aprescnta, náo Ele ele fâz umâ relação e dcpois ele pcga ouiro pedaço separâdo e dcplris As sensaçóes nao Esperâ aí, e depois ele aliz que está separado? Náol cle que separou Assin como no novimento dâ

dciensável, isto é, os fatos se dáo como eles se dáo, e se nós qucremos scr cmpi stas nós temos que coneçâr por âdmitirque eles âpareceram

dojeito queeu os estou decompondo mentalmenie. Sc eu coneço a fazer a deconposição tcnho que rcconhecer que esta decomposiçáo ioi fcita através de distinqões

dojeito

que eles âparecerâm, enão

Drentêis e não mai€riais. e nâo reais. Portanto, eu posso decompor â

cxperiência, lógico, mâs sabendo quc essa decomposição é mcntal e que, além do negócio chamado sensâçAo que estou tcntando deconpor c analisaÍ, existc unl outro negócio quc chamâ â exPeriêncla como tal,

no qual essas sensaqões náo vêm dc maneirâ alguma separadas. eu ó quc as sepâro nenialmentc. Quer dizer, o muro dc Hume é un1a conlusáo entrc as categorias lógicas que elc cstá usândo na análise e o dâdo de experiência.

cstáo separaalas, ioi

Como dois bola. ele diz [que] nós vcmos alois movimentos separados'

quc

da primeirâ bola nrovimcntos separaalos? Vocêvê uma continuidâde que você decompóe aquilo bâte e a segunda que sai rolando. Depois é primeiro de pârâ ver que loran .lois movimentos, entáo você châna o

causâ e o segundo ale

efcito

Pocle chamar ou podc náo chamâr Mâs a

quc 1êz A bolâ nào vem dccomposiçâo em dois movimentos foi você esperando rolando. Vcm â primeirabolâ rolândo' párâ' e a segundafica é que os dois parâ rolar depois. Então, a decomposiqâo lbi meniâl' não que vouê scpara sáo scpâtâalos, você os separou' E dcpois

l{lüna: ca hecia

Talaez rccê tenha dito issa, fids eu nào peEueí O

os esctitos de Thamas Reíd?)

Náo, acho que náo. Porém, eles sáo bastânte col1lemporâneos.5 C) Thomas Rcid é aié um ano mais velho que Hume. Mâs Rcid nâo ieve csta repercussáo que tcve Hun1e, náo. E âlém disso, eu acho que o negócio é tardio porque ele

ao cha ar isso noçáo quc ele

ten

dâ experiência seja a únioâ noçáo cientificamcntc

lAlúna:

todo esse negócio

ELe

üai chlntat de

setTso

comutn...)

Ele chama esta bâse inseparávcl da experiência de senso comun,

dizcndo que a expcriônciâ se baseia em certos princípios que são comuns a todos os homens e que náo podcm ser provados. mâs quc cles nresmos sáo abase da erperiência. Portânto. se você tentar jogar a

cxpciência conlra os princÍpios que â lomam possível. aÍ você entrou num círculo vlcioso. Sc você levâ uma nartclada no dedo, você sâbc l

zz

en1

dc que as coisas náo eram assinr

sepârados na sua mentc' você cliz que estão separaalos. Sim, eles estáo

denso no Eniao. a idéia dâ experiência humana como um carnpo menl rÍrcnle''\ra .]Úcã' qLal loJd\"' renardcoc' \o pÚJ(m \(r'cir1' com â teoria dele mesmo é daclâ pclo l(eid. Agoru, eie esculhambou ale 'senso comürf'' Porquc embora esta noÇão' a

pÍifleiro acrcditou

de Berl.elcy c Hume, ele Íoi um discípulo. Depois é que ele tevc a idéiê

novimentos

nào na cstrutura real da experiênciâ'

Hufie

h.n,as llci.l 11710 l7q6) David,lunc

(l7l I

1776)

2l

que loi você que levou a mârtelâda no dedo ' nnÔ o ouiro vizinho' cle Como e1e cha a isso dc senso conrum e cxpóe isso em 1eÍmos principios que sáo Lrniversâis. entáo evidcnterncnie isso se suieiiâ

tcnlando descrever â cstrulura unii'crsal da experiancia. Depois que cu comecei a cstudar esse ncgócio. deu vontade de escrevcr un1 livro sohre Thomas l{eid. essc câra virou o mclr ídolo. Elc tclll u livro

no à críiica c análise Íilosófica cm scguida Se elc tivessc se dctido quer êspecto purânentc expcrimentâI. isír seria imbatível Porque dizcr: 'eu náo eÍou tàlando dc principio nenhun eu cstou iàlando

quâiro volumes, cu lendo âqullo. \'ocê tenr â imprcssão dc quc csiá nâ Icnomenologiâ de llusserlcom dois séculos dcanlecedôncia. Claro que

À'Iâs sc apcnas dâ cstrutura .la erperiência tal como ela sc âpresenla' ' cle tivcsse lcito isso, clc tcriâ nrvcnrâdo â lenonerroiogiâ de Ftüsscrl

no sóculo XVIIL Pouco lãliou para que cle fizesse isto' ELr vendo génio assombroso' essc negócio do Rcid, digo lqucl essc sujeito é üm isso Agora, os irsirumentos. os conceitos quc ele usâva pâra e{plicaÍ cran

qucrcndo dizer inaclequaalos à protundiclade do que elc eslava

Éntáo. o cara llcou incoDrpÍecndido. porquc por um lado você tenr lado você aquclâ filosolia meticulosà. ânalíiica. do Hune; c plrÍ ouiro tcm um sujeito qüc protesta contra isso em nonle do senso comunr Dá a impressào quc

eíranha

e1e

é o Zé dâ Esquina, o dono do armâzém que

âs especulaçócs do 6larsoio c contra isso iogâ o senso conlum'

ou scia, o conhecimento pré-filosófico.

quc passam ali pelo Reid dizenr Quase iodos os historiadorcs isto: Nãol Era Lrnl pouco ingênuo e iâ1,''" lvlas €u que náo sou

que chama Ersaio soá,? a

krc

cscoceses o adorânl e\,idcntcmenie e ial. mâs forâ da Escócia ninguóm

ri!J rnuit,,

\'j",.

r ôhscr\ d(oL, çelc

'

n..

.dbe que ni

u.(u

Jedo c náu u Ju

descriiivâ dâ eaPeriência. Qrr:rndu

("

r'"rrr tr'd

i'to

incrcnrcs à âlma hrmana

or''"^o' I que loalos os seres llu o''

elc

dil

rcra

irr''p" - unr!c"'"it anos tôm elc e§tá

o.nn. ri.u

!.,/rnhi,.''lu ]a^. u nà ,,r
iirhâ progredido muito. cnião Husscrl

conscguc dizer essâs coisas. e conscguc alc unlâ maneira qlre clc tem

quc inventar ioda ulnê linguâgcm peculiar, toda ünâ tcnninologiâ pr(ipria. Por cxcmplo, a noÇáo duna estrutura da erperiôncia. ringuóm inhá tido cssa ictéia ântcs: ou se lalava dumâ eslrutürâ do nlundo rcal cr)lno no senlido aniigo da antiga onroLogia, cosmologlâ, ctc.. eic., ou sc làlavâ dâ purâ e sirlrplcs cxperiência. olr seia. dissolvia ludo nas scnsaçoes Agora, que o mundo clâ e)ipcriôncia jndepcndenteÚentc dc

eÍÍutum objeli\,â do mundo Íeal, quc ele co ro tal tenha irnâ cstrlrtura própria da qual você nio colrscgue sair iÍo âí ninguérr

quâl scja â

rn,trisRcid lrd Púuryllrninllrnlr 2+

I

pâra isso. Você prccisê \,er quc Husserl conscgue Íazer isso. mas antes dc Husserl iá tcve l(ânt, icvc Hegel. etc., cto.. quer di7er. o vocabulário,

I

Lrrr-c anret da.'crr.'i, ana rriLa r(nr qur rc'-mr 'r''

nbur.. c\prcs.à. L,ur

isto queÍ dizcr apcnâs quc ele náo chega a levar ató o fundo a análisc que ele corneEâ. mas clc náo chega porque ele náo tcm os instrumcntos

oü cniáo nós temos que lomàr o lato náo como nós o imâginânos clc se náo como nós o cleconpuscn1os analiticamente, nas tal e como

I "prc..n.

-.

.t'roJu pJ,quc n quL ele e5râ qu, rrndu di.. r rau ( rc r'o . ^lrur r. rrao c dp. rr' lqurlô quc ru4o mundu.ri '1ô c,,i'r'.1u. 'aô às.n. q. ' r você creia qucl náo crcia Por cxcnplo. o fâto de que quando você levâ â nartelada no dcdo.

o conjunto tócnico da filosofia

'crii'

sã.o

Thonas Rcid é mujto prczado. Lr pessoal nâo o desprczâ de mancira alglnra, mas ele é gcralmente um câpiiulo ffcnor que vem dcpois dc Hume. é rnais um lilósofo local. Dentro da filosofia cscocesa, os

iigênuo dc mancira alguma, cu estou vendo que csse Rcid esiava dois do a sóculos adiantc alâ fiLosofia alo lcmpo dcle' Elc eÍavâ invcnta lcno cnologia. O que é a fenomcnologia? É o empirisno râdical' éâ c,i Ledi/: -Olhr te rut rarnut 'nr rrr n 'i't:' dr.c 'i!',u , r'

"

ldade do Espítilo Humana\ qre

]ÍEd 2002

,-

'za

tinhâ pcnsâdo anles.l€ ThoDlas Rcid Lcndo o Rcid. você \,ê quc ioda â obr do lGr1t cra pedcitamcnte dispcrsávcl porque i(ani pcnsa a idéia düma cstrutura da c]ipeliênciÂ, mas ele pcnsa somenie no aspccto.lo suicito, c a distinção cntrc sLljeito

Entáo. para mim. mc pârccc simples Tom âtó aqucle tcxio qllc cu

ye

ade da Ptobltma.Ett fus Ia intcrnct. O Ptoàlema dtl \,b lade e u .liziaqucagenlenãopodcâocitaranoçãodoconhccimcnioco ourra rclaqáo sujeilo e objcio porque â noçao mesrrrâ dc suicito e obieto sai

c objcto. neslâ pcrspcctiva .lo Rcid, é pcrtcitanente dcsncccssária. Você nio vai dcscrcver â cstrutura Llo suicito c a estruiura do objelo. Você vai dcscrcver a círutura cla e\pcüÔncia lal e como cla se Llá, na

(lo ât{) de conhccimcnto. Além disso. no próprjo ato de conhecinrcnto o

quâl âia a clistinçáo cntrc suielio c obieio é pLrsicrior evidenlcrncntc.

nao

sujcito râmbén é obieio c o obicto tân1bénl é sujeito, poltanto. sujeilo c obicto sào nonres dc posiçóes ou de relaçóes, c náo nomes cle coisâs,

r iAluno: ássa esü1lturo da expetiê.ttcío é a rcLaçAa i d.issalLirel entrc suieila e ohjeto?, N,ol A próp tL dislillÇáo dc sujeito e objcto clcpendc dclâ. ou seja, duranlc a ânálLse da eíruiura da expcriÔnciâ iâl e corüo clâ aparecc, vocô acâba ípelândo a uma disllnÇáo de sujeilo c obieto Mâs você vô quc e\ist€ur ccúos reqlrisiios dâ erperiência scnr os qrais cla niio aconiecc. náo há experlônoia âlgunra. Por .xcmplo, a noÇáo de qlre ó

i.rpossívcl você separar uln elenrerÍo da crperiênciâ dc Lrulro. e sc clcs csih/crcm separados â cxPeriência nâo aconiecc.

\1. "t. I lt,o

t tt i aú J, \t.iPttn, ubl ta to

P

úqa tú4tula n,t

I

âbstrâEão lcitâ cm cinra .14 cstrutura da cxpcriôncia Por uma dcssas coisas quc âr-onlecem normalnrerrlc no decurso dc qualqucr investigaçáo. às vezes urnâ roçáo que é nrais clâborâdâ e mais

lá é unà

dcpcndcntc lie outra você descobrc ântcs. Isso cvidcntcmenie dcpois dá conlusáo porquc vocô náo len râ dc ondc tirou aqnilo. tnLáo, a

noç,o dc sujciio

e objcto. un1ê

ve, lollnulâda, ela se tornâ por sua \,cz

assurio dc uln rnontc dc disclrssôcs quc nào Podcr sc rcsoh'er só com base nrsses dois conceiios. vocô precisâria dc unl olúro corlccito miLis abràngcntc do qual csscs dois scriaN

Lr a cspccifilução.

no

es de cnlidadcs. sao puranrenic tuncionais. O sujeiio âccndc

iuz. cu vojo a luz, rnâs ao mcsrno tcDipo eu tenho a inlormaçao dâ

luz. nras cu náo lenho inÍantancâDlcnle a inlàrmaq,ro de que sou cü quc estor iendo cstâ sensaçao. errláo. cu náo percebi nadâ. Sc você pcg r um sujcito hjpnotizâ.lo c accndcr um.r luz nâ lrcntc dclc. bonr, clc icvc â scnsaqão, tcvc â inprcssão vlsível da luz. mâs ele não sc

ronscicnrizou A coisa acontecelr lisicamcntc. mas não houvc atír dc conhecirüerio. Houvc um acon(ecirr.nto da Lrrdem lísica, mas não L) rio dc conhecinenlo Para havcr o ato de conhccimcnlr elr preciso snbcr quc eu estou cnvolvido no processo, qrc li)i co igo â coisa: ó o vclho negócio do pâdrc lsianislavs] Ladusáns' -Se cu sei, cu sci quc scii sc cu sci quc sei. elr sci quc sci que seir" e assinr por dianle.

AÉ,r'...., (.to,'nr à1./n, I:nl,r.r,'r,r:r.r|,,,'Lui,ig, Êu "a scnti nâda. só o olho senlilr nras eu cstou sepârâllo do nrcu olho naqucle nromcnto por eslâr num estâdo anorn.Ll entáo nâo houve

o

âto dc conhecinrcnto prlssupõe a presenÇâ dc un1 sujeito qüe ncssc mesn1o insianle é obicto pâra si lnesrrrcr qncr dizcr âlénr de tcr um objeio chamado luz tcru urn oulro objeto quc sc {)

aio dc conhecinrerr!o.

Entrn). você lem quc distinsuir enlre considcrâcto

e

o suicito

nlêterial rentc

o suicito c(nlsiderado do tronto dc vista cxecuiivo,

.:Luc a

o

cara que c\ccLrta o.Lto Claro quc os dois cstào inscpârávcis fisicâner1te.

rrâs nós cntrndemos quc conn) lunçáo o slljciio quc é fisicalnerrlc I

|,,'*"

o

'l'

'

t.-

parâ quc esse ato aconteça' o sujcito clo êto de conhecer não bâsta accndc a luz c elc náo rcagc' com; no caso do hipnoiizatlo que você

a prcsenqa do sujeito cxecuiivo Fisicâmcnic elc está ali, mâs não houve PdrJ qu' e5'' e\it'a ê .tuc. ",ru.l( que rurri, rula dÔ luc J orrc((u' ti''ca1''nte un'i'crld' s rÔ-re ubl ru d(rc

1.."'.,'''" .,'. " 'ui.iru

'

mas eu sei que aconteccu F,ntáo. â scnsacao náo apenas aconteccü além de recebcr inlorn1ação do obictlr' U" *t r", O.U, 'orque dizer o suieiio pisâ no meu pé' eu

*.tr..

ln,,, t"tmo Qlrer Ícceber de que cle pisou no pé' Alóm de , "O**into'lnuEao ele pisar e 't"rmaçáo de que o rncu pé está doendo' Se

r"."n" "r " ,ra"."."r" .r.u.

U"

., *."t

no

intormaçáo eu não rccebi eniáo o meu pó estivet insensível, â segunda ancstcsia o pé do cara c dá ümâ ,,ao to-.i *nr.lO,,.iu claquilo' vocô dia scglrinte é que vâi doer martelada, ele não está ncm ai no ele sabe que est'i

l$l]nÂ: Ao esfia tempo Clâro1 Suieito c obieio sáo nomes

pisa àa no

seu pé" )

posiçóes que estão

'lcnáo poderia acontccer

scm os quais colltinuamente sendo lrocadas e ó instantâftra e nenhu nto de conhccimento' Entáo' todo sujeito gmu uln pouco trais tênue' o propno inscparavclmcnte obieio' E num é suieito' porquc você também o L,trleto ac connccimento també no seu círculo de ier altera. pclo simptes lato dc um obieto 'ntEdo dcle já mudou
.unfreci,re,rto. .t siluaçAo cxecuiivâmcnte como o ser sübietivâ. qrrcr dizer, ele nào é sujeito intornaEáo elc elc ó sujeirc por quê? Porquc alsülnâ ;;,;","

"i"'

« ccoe 'rr rJr quç nro

[

en

n

Ôoi'lid-d' f'r'rr'"

\'und:l,o', "o,. '' tn P JP'lPtP'a'"'na'natrctddtl'(aitt"Fo que esÍá ctiindo tto

ou seia.ctliuuntt úisa seu pé é un obieto? l Íl um obicto

pe(l'.ru,

2lJ

:r

11o

seu pé- O obieto

mo

ellÍo ele Lia süieila'?) Ela náo reccbe nenhuma hformaqão? Ela pennanece totalmente inalieüdâ qnando ela cai? Nãol Enião, alguma inlonnâção chegn nelai nao cm modalidade cxccutivâ. subicrivâ. mas eln rnodaiidade lísica

l^|úa: Efi

aL+ut

chcgou. En!ão, é impossivel...

ÍAfuna: O seühc» está colocanilo é (lue s ieito e obieto .rllet an de posições...)

O tempo todol lAlünà: Alé de causa o sefiíido assífi de rcLaçôes calsais.. l tim afeta o outro e o outro âfeia o u]n, náo da nlesnra mâneirâ.

LAluna: lsso camo eslrutllrd

da eqetiêllcia desctítií)afiente

laLattdo?l

Él Quando você perccbc üm objeto, por menlrs que vocô o alete, o laro ó que ele estavâ lbrâ do seu cÍculo de consciônciâ e agora ele csiá dentro. Isto aconteceu para quen? Àconicccu pêra ele Entáo, tem ulna pcdra nLr n1eü iardim, elr nao linha visto a pedra. cu vejo que lern â pcdra. A patir do monento em que eu vejo a pcdra. eu posso dcixâr Iá, eu posso iirá-lâ de lá. nras cssa posslbilidadc náo exisiia para clâ antes, passa a c\istir a paltir do momento cm que elr a veio Entào. no Inínimo ncste seniido de câda suieho que toma conhccimcnto de um objcto. âmplia a faixâ de possibilidâde do que podc suceder conr cstc objeto no instânte seguinte, isto é óbvio, e ncstc sentido o objcto

também ó sujeiioi não psiquicâmenie. cvidcntemenie. náo do ponto .le vista executivo, mas Íisicânentc. sim O 1àlo é quc esta relação é â bâse da djslinção suieito e obicto, e náo o sllicito

/ obieio é quc

óâ

a noçáo que ele pcga da csiruiura da expcriência é umâ noçáo tão

di2et qúe o Reid ttfiÍecipa o Zubiti?) Zubiri conhecia ThonÂs àertamcntc. cerrameltel Eu ncm sei se o

l/ll\t$o: Prolessat daria

pafi

rcvolucionária que ele náo tem os tcrmos novos. os conceitos novos pâm €xplicá la, eniáo clc usâ o conceito antigo. Ela faz o quê? Uma figurâ de linguagem, cle cl1.lna de senso comum. Mas espera âí, nas

Reid.

A\ffrc: aH sse eoultos.) J

Nias Reid

é

1aísrcalisttl do qtte

os

ptimeios

le

om

islo qüe elc cstá qucrendo dizer náo é scnso comun.

enólagas

isto Nàoseijulgar sabcriâ Mâis rcalista? Não sci, não sci Náo 'lizer primeira ve7 à idéia duma esirulürà isso aí Mas, o Reid apela pcla de todâ conl isso cle estàla a léguas âdiânie ut',j"ti*,fu " ""p"rien"io, tempo Como exprcssou isso âpelando u ai,.or.ao gn*iutOgi* do seÚ poden isso como princípios quc náo poro o r"n.n .o-rn " ",plicanil-r humano nor al)' ,", p.*rau" (nlas quc estáo na âlma clc lodo ser c dc ser qu" .te âpcla â essâ noçâo de senso coNunr no t,*u "ntau

"n

hun1ano normal, dá â inpressao

que ele ó Âpenas o hlrmeln comlror

'leapcLando à upiniáo geral contrâ t) sautlável náo filosóiico que esiá cle cstá se crplicando iiu*a. t". náo é isso que ele eíá lazcndo: ''tÔ ldo dú oue mJr. 1,a. a ioetd e ntu r. u nrít' frolu cle ele apeLat

paru a id éia de setlsa colnutn)

lÃlúno: Prclessot. o fab que ele esLá dilefido sào coisas q e todo ou ;nljo,, o ianio a" qun issa üão era ufia espácie à.nao i,rtuitiro,,n tn percebe essa atitude iá o acadelnicisnlo"'?1 de rcI)olLa otL de prcteslo conLru

o

pensando nesses tennos' Náo há acadcmicismo, elc náo cstá "sáo entendimento humano" lato ó o seguinte: o scrso comum ou o da tiiosofia' lodo ,r-o -.f,".i,r*a PÍó-filos(ifico' dcsde o início porque ó isso mesmo quc un.lo sabe quc isso náo tem autoridadc cntao' na hora qllc Reid pega essâ você vai examinâr lilosoficamente

de senso conunr' ele a assim nào ó

e a chamâ Otl r.,ra, U" "xperiênciaque toclo mundo pensa "*rr,r,, U"r.,,.",O", Porque o iato de

que É claro que nao Mâs âcontecc autoridade em mâtériâ dc frlosofia

[Alüno: Ou entào pata ele Íosse óbaio demaís. .l Naol Vocô vê que o que ele está tertândo dizer é dilicjl de dizer. A própriâ noçáo, essa expressâo "cstrutura daexperiência '. cu iá usei isso aquimilhâres devezes. Eu tLrei de onde? Eu iirei do Husserl. Éu sei que isso é dislinto do scnso conum. Senso comum ó apcnâs êquilo em qlre

lodo murdo crê Agora, qlrando Rcid diz que as sensaÇóes c o ato de scniir c â crençâ na eristência do obicto isto nâo

é

\,ên1

junio. inseparavelmente.

ulna crença do senso conlum. isio é unra reâlidadc. Por quê?

Porque se esses elementos lorem separados, a sensaçào nâo aconteceu.

'Ier urnâ sensaçáo signiÍicâ juntar sensaçôcs. A idéia de sensaçáo aronisiica é uma idéia auto contraditóriâ, uma sensaqáo separada dc ouira sensâção. Bon1. quâl é essa unidadc mínimâ chamada sensação? \ircê diz que a sensação só lem nurn moDrenio. Eu pergunto: momento

l{funa: Pot ütn telnpo-.-l Sc clâ durou três scgundos. elâ durou no tcmpo. meu Deus do cóul

Àlóm do lnâis nós tcúâmos o pÍoblenra scguinie: se você diz que a i, (n. drd( e rpena- urr ru.rune q. \ \ oc. doi.u ri- ior rn c ou,'\u.< val lazer pâra perceber a identidade das sensaçÕcs? Porque se os seres náotôm identldâde, as scnsâçarcs iambém não tôm, entao

eL1

náo posso

sabcr se un1â sensação ó clâ mesma ou outra, ou â seglrinie. E daí csse

eno lógico rx»umental qlralldo clc diz: A semelhançâ é iniuitiva, â ldentidade nâo". Isso aí é uma impossibilidadc purâ e simplesl Eu náo

ll

d"d'' i\a' anr'\ J' f'rc ber qur' dJa rn' 'r"ô ' p"'rt''l Qu" 'r'' 'r' 1 'cnelr'an(a r'ã" ;;; .".."'"" ,'.,", drr',u.roI \ s rr'rtsdnJ" r a, rrueru Ar"ropi'r ;;,:,;. ;;, rLl''nrioáde .r. , _ ,"o('(Jrlc'(n u\ 5c'rr nrn r''rlrÔ . ,,"._".,.'. 'r" r,or5o D.

eu

\

r..b(í',

nrclhon\" dc

âo posso tcr semelhânça rambé1n

;;;;;";",

f,rgn.,

l

lleid nrove um ataque inlenso, mâs lraco Por quê? Porque ele âpela ao senso comun. É fraco umâ pinói.Ll Frâoo é o nonrc que ele dcu, "senso

âs duâs' Dcpois

'le 'lisiinguir

as duas' não

ent'o eu d'lat iurr'if" nr('nd' e rrar\ urn rrr'

jo

' n''"c" ao"n'id"uc'rtr-c'-'lur" "';:; '."..,'",."'tc*pu"'"cu n:to a scnti absohllânrenle Scnsâcão sem intinit.sin l A" 0'01 scgündo' ;";;;;.;**,t* o;" "ocê tcvc durante 0'1 segundo' sensaçao

a sensâçáo não acontcceui 0.001 segundo, 0.000,'; cntáo' porlânto se você falar dc uma U

U

continuidâdc'

"tr" c . r'1li I J( nrda

IAlLrna:.Seri.] q,,od, inhn ^1

possízrel ltt aEitlar a Hütne

Louto ttssitfi"ts históti'|s

es1á aqui oulra scnsâçao' Hlrme fâr isso: cstá aqui uma scnsâçáo Hume cstáProietando' inclusive

' 'Lonleceque grârnáiica Porque â "rtautioutru ""n"uçio scnsâçócs a esltutura dâ das ,nt." , "rtrutu.o dc separâdas o qÚc \'ocê chama *.".r,t* n.* icita 'le uridadcs dizcndo' c ali icm outra i-r."n.oçau l.tn'a

comum". Náo somos nós que âcreditânos na inseparabilidade dessas scnsaçoes, porque mcsmo que você acreditc elâs coniinuam juntas do nresmo modo. O fâto de você acreditâr ou náo acreditar na prcscnça do obicto é indifcrente à inicnsidâde da sensâçáo? De ieito ncnhum não cstá nem aí. você está QLrer dizer qüe sc você náo acrediia, sc você

prcstando atcnEáo ern outra coisa complelânente dilerentc. A sensaçáo

tcn1una intensidadc, mâs sevocôpreslâ atcnqâo conscicnte te outrâ. \Ju e \q,r.la our r ud" quànu^ tnc( n.1o \err\d nel. A\ \ \ /E'

".\.m"

., n.aLao:.uládr

palavra que vocô está lneÍo lrulo tontinuidade do objcto no tetrpo é

U'*" *" " a passagcN do tcmpo n1as do coÍu e. O costume iá subcnicndc o tcmpo a própria ,",.,"." nr" ,áo O tO " costlrme que suhentende ntro dlrrar nÂda é Porquc se â scnsaçáo scnsaqao sLrlentenclc o tempo

:ll

bom. apenâs

em prlmeiro que umâ coisâ ó parccicla com outra

'\

nr-crro rpr a il.nrrdiLt(.lr 'rLl" "'14

."..*.. i

é

â propaganda que ele cstá làzendo ó ruim.

mas como neÍas sensâqóes consiclerando sc como objeto

,n

clrâma isto dc senso comum. entio o produio qüc cle 1àz

llesultado: tudo o que esse homelr dissc no século xvlll pâssou Lnâis ou mcnos despercebido. Un listotiador chegou â dizer que o

.u p.e.is,l ai"tinglrÍ

n',el"*, . t"

os elemcnios dê scnsaqão sáo scparados, nâo houve scnsâqáo Isto é (')bvio quc náo é scnso comum, isto é uma reâlidade cieniilica. Mas ele

L)tttt\1t1dcotl1aul-'a',PLf'"i'a

fiA \ Oi'A lÀ'una: \a e, d'Eo ./'P l] da "" idelltidade-

rncsnâ coisa que não tcr sensação. Quândo Reid colocâ o princípio .la insepârâbilidadc das sensaçôcs. ele diz lquel se as sensaçocs, se

âcontcce isio. Essas duas coisâs rão sáo tolalncnic sepâÍadâs, náo sáo scpâráveis. porque alón1 de Llm ccrto Ponto dc §epaÍaçáo a sensaçâo

náo acontcceriâ. Qual seriâ o ponto? A inconsciência O pÍoccssL' lisico âconieceü, mas náo houve a sensaçâo por qrrê? Porque o suieito

lAluno: O suieiro executha, nlo

é?)

O sujeito cricculivo não esiava

cstâva só o suieito físico.

1á,

principio básico dâ eslrutura da erperiÔnciâ. Náo há sensaçáo atomísiica. não há cxpcriência âionísllca. nâo há slrjcito e objcto ato isticânentc consi.lcüdos. c muilo mcnos exisic â relaqâo lslo aqüi

sujeito

/

é unl

obicto se elcs sáo co.sidcrâdos conrc entidadcs fisica entc

t)o.lcnros scr sujeito porque somos suicito e objeto para nós nesmos. Sc cu náo lossc obieto pam mirn mesmo cr nada s.Lberiâ â rcspeilo

dois cnlcs que rrocaln de ftnrÇào clislintas. O quc há é a relâEáo clc conhecimcnto' Quer dizcr' esta de sujeito c objeio clurânie o ato do c urn objcto' i"r-rça. a* p"peit náo é â intcração cnirc unl suieiio qLIe allcrnadanrelr' Ôrr simültaneamente' é a inieraçao de dois entes irocânr os papais dc sujeito e objcto O Thornâs Rcid r1'r épocâ quanclo escrevi

Eu nAo linha lido

Px)blenla tla Vetllde e a

ve

(1. mim mcslilo. Poúanto, nào sei que lcvci ulna nrâtclada no dedo. lir sei quc o sujeito rrc dcu a nrad€lada, Dras eu não sci que eu lcvci

nraúelada. Se clc é puramcntc objelo e cü sou purâ rentc sujeito. cu sei que clc dcu a madclâda no eu dcdo. Nlas cu nâo sei quc

r

,1r rr..coi

a(]e da l\obLema' senáo icria Prcsiadl)

irscparâbilidadc da flrnçào dc obicto clcnlro dc caalâ ente ó urnâ rondiqão básicâ da expcriôncia. Por isto mesmo i'ocÔ náo podc rlc,inir o conhecinrento como relâçáo suicito e obicio Você lem quc

uma honenagcm a estc rncu aniccessor'

rt,nirha

dc conhccer' e o ato tcse ati é o seguinte: cxiste o âto ser Qucr dizcr que não uiste

ae contrecer é;ncrente a estmtura

'lo negócio charnado chamado "scr" separado cle outro os scres se conhecen' pol-que 'conhecer". Dcsdc que cxiste o scl" náo nccessariamcntc no nívcl elcs sc relacionarn, trocam infornaçóes' rós cÔ'sidêÍârmos o que scrla subjetivo. huúâno, psíquico Ntas' sc oblcto c dquelc que ;s;jeito absoLuto. o sulcilo consiclcrâ'lo lora clo quc e cnrite: quer dizer' âqucle sulcito só reccbe intomaçócs e náo âs (cleésuicito aiírfisico

,nr ."r0..

,rl"'aO.",..orri,,otensersujcitodencnhrrÚ

açàLr)' isto ó absoluÚmcnic do conhccimento, mas náo ó sujeiio 'la quc sonentc cmitissc inbrmaçoes inconcebível O objeio sclia âqucle desde u. auas coisâs são incon{rebireis' Ponanlo jor,oi. ur r"""t ""r"; no sentido " se cLrnheccn' cles se rclâciona * *.t, Or" ".,"". "c no nívcl consciente a" aun.,ni"tau dc int'onnaç')es' E â inlLrÍmàqâo

i'

,,,",. * ,'

. ,'

rJ\ p''J'uu '"frp'' \;d1ir( "r r:o- \u r Í'quc/r quc

*. If

coisa' qücr dizer' o suicito maior, mâs csscncialnrcnlc é a mcsirâ pedra' a pedrâ impri iu unra inlbrrâç'o na ,n,"

i,

.-r"'*n

"ur"" pcdrâ' pcdra náo é mâis â rnesma, ele âlicrou a pd,-í, s?r

LAluno: E,rÍro, abieto do set tambén?

suieito, a caso' do co hecer' precisã

set

)

próprio conheccr' Nós Mâs é clarol E prccisa scr obieio do

" n'i,allrrd r,'drJ.. r.ôc pu..rtc' l, J.qL. r-': \



(lcllnir suicito e obicro a pârlir da csiruilua do conhecimento. conlL) lunçóes qlle sc diltrenciam c se Nesclam no curso do prcccsso do sc você pegoll âqui unl elrte. voca o denoÍrinou ronhccinrcnto. ^glrÍa, (Lc c aqui lem outro, você dcnominou de obicto, e daí \'ocê qucr suicito

sabcr como clcs sc relacionam no alo do conhecimenlo, você nunca vai consegüir. Porque isso ó â mesma coisa do problema do DescaÍtes,

sabrr ondc cstá â al'ü4, con1o é que â âlma enira no corpo, seri rnc,:lir Lra.lâ, conro é qüc um objelo quc nào oclrpa lugâr rro espâço. ocupâ üLr cspaço dcntro d€ vocô.

Se colocasscm csscs problemâs pârâ Aristótclcs. ele tcriâ rLó rcsolvido assim. Porque no tcmpo de Plâtáo c Aristóiclcs. â lilosofia náo sc opllnha ao scnso clürul1l, clâ âpenas o cxâminava c o aprofundava, nras clâ nào o contcstava, el podia conleslar a opirriáo pública num ccrto rn.trncnto, num ceto hrgâr' Mâs quc â

csiruiura básicâ do conhccimcnio humâno lossc urn;r coisa inli oi ir anarlise filoÍjficâ. isso ó â nlesma coisa que você clizcr que o objeto a inlêrior::i ciéncia quc o esiuda. Qucr dizer, sc criistcm biólogos, crráo nào precisanús nais dos scrcs vivos, porquc os biólogos nos

está deÍinido lAluno: Espera aí. mas

estruLwa básicn da conhecifie to hufiano?

o

scnstt cotfium

cofio a

)

certos princípios' certas Náo. o sensocomun1no senticlode Reidsáo nomlal o senso comun no cÍcnças que exislcnr cm to'lo ser humâno exislcm' Existe o quc essas scntido universal Vocô pode dizer 'oisas do senso comumnào ó' ao contrário senso comumncslc senticlo' Mas o pri ário EmbaixÔ do senso conu eriste q.r" ai, neia. u.

"t"*tnto

qüal o senso colnu traduz enr a estrurura básica .la enpeÍiônciâ, a el1r crenças de maneira palavras ou trailuz c pensanenlo ou tradllz mLtito imPcrltita.

lAluno: Àras

tresse cdso

e tão t1ão é esse senso Lofiufi

de todas os

Rcid diz qüc mcsno Nao É de todos os seres humanos' porque base nisso' Berhelcy quando o filósofo ncgâ, continua vivendo 'om o nunclo ert'rrior elc conlinuavâ indo Or".U" Ur* que não cxistc e assinl conlen'lo n,-rm banheiro cxteric,r, continuava

co

idâ cxierior'

con1o é quc pessoas comuns tentândo â esmo cxpressar por liguras dc linguagen aqnilo que cstáo perccbendo iiam âcertar? E quasc

lr possívell Mas então por baixo

dilcrcntes e historicamcnte vâriávcis. você icm uma estruturâ comum' lsso ai é como í làmosa relâtividâde dâ morêl 'Ah, as cultums são dilerentcs. o que ó proibido aqui é obrigâtório â1i", e âssim por dianle

Quando você faz a comparâçáo entrc as lormulaEóes vcrbâis das regrâs, a dilerençâ é enormc. agora quândo vocô baixa dâ comparaçáo das regras para â comparâqão dâ cxperiência reâl srrh'niendida você

nrenor Por excmplo. hoic o pessoal discute csse negócio do câsanento gay, bâseado no quê? Nâ relatividâde da roral. N,ro é isio? 'Ah aqui é aprcvado. náo ó aprovadô...' Éspera unr pouquinho. univercalnlcnte a noEáo de casanento subenterrdc â ditcrenciaçáo de papóis sexuais conlbrme â cstrulum do organismo vê que â vâriaçáo é muito

de câda qual. portânto se náo há dilerenciâção de papéis seruais nác) bá câsamenio. há Lrmâ ouira coisa qualquer' Sc há uma o(tra coisa qlrâlquer, se o vinculo não ó baseado nâ relâçáo scnual

por diânte.

l{luno

qlle eLa c(nfi bt$e fia etperiência' llas na horc qul da ele Ílese lDe ha as é ,aduzida paru LiaÍ se so conum, :11as é dilerc te!l di?.)isões e tal. isso pode ü'aduzit, é uÍr problcma Born. elc não entra nessa cogitaqáo' Esse esiudo compârativo do scnso antropolÚgico, você tedâ que tàzer Lnn fÀluno: Sirl,

issa

Isso é possível' Mâs eu comun em varias cultutas c ópocas 'liltr€ntes' slra da cripcriência permâncce inlrtá\'el' a

creio quc a cstruturâ básica

ncces§àÍiamente variável porqlre lradução pclo scnrc comlrm é que é que cu sci que é imperfcila? Porquc neccssariamente impeúeita Por Husscrl lcnl dificuldade âté um cérebro do tamanho clo de Edmund anos â fio â isso âí Agora' pam descrever cssa estrulura, 'ledicando

dessas várias traduçôes que sào

.

Prcctiatiz)o!l

Náo l Procriâtivo, náo l Procriêtivo náo precisa Porque você

proc ar

ou nâo, não dcpcnde do scu Sosto ncm dâ sllâ vontâde, a procriâçáo âcontece ou nào acontcce. hclusive conheccm'se iÍibos púnitivas que ainda náo esiabcleceram um vinculo lógico enlre o âto seruâl c a pr^crrd.'àu. e e. \ d{, llrn\' nLi'' t' d\ \ e7.' na{ e -rn" c'i"n.J rrlrg.. nl sâbc de oncle vcio. Erltao. ató isso é possível Mas acontece que â no(Ao

casamento é um vínculo enirc duas pessoas sexualmentc diferenics porquc cste vínculo é bÀseado na relação scxual, o casamento náo é

alc

nâda mais clo qu c un1ê autorizâçáo parârclâçôes sexuais. Pàrâquâlquer

rclaçào sexuaL? Náo, só para algumas. Algunrâs quc sáo delirnitêdâs pela esirutura do corpo de cada qual. Se não há esta diferenciaÇáo.

l7

então nâo é possível se es[abeleccr

ulr vinculo natrimonial

porqlre o

lrn fcnômeno,

que pode variar senl altiar a estrutura. Esse é o discernimcnto básicl)

vinculo não é scxual. tem um homcn1' Se existe â dilercnciaEáo de pâpéis scxuais: aqui

ela elanâo pode aqui lemumalnlllhcr. as coisas quceie podefazercom Ah vamos trocal iazer con cle. Dá para cntcnder? Equandovocô diz: náo vai papéisl" Você sabe quc é Lrmâ brincadcira' que é si bólico' de

..oniecct realmente, náo vai nasccr um pênis na mulhcr no rnolncnio mâgicametrc u râ vaginâ no marido para que elcs invcrtam c âpâreccr

possibilidâde de os papéis seruâis lsso nào acontcce Então, até a que não irversáo é uma possibilialâde meramenrc lúdica simbólica'

se

scnuâlcnirc maieriâliza cietivanentc Entáo. só podc hâvcrümvírculo pâpéis seruais se não há dilerenciaqâo' Lrs dois se há dittrenciação cte rclÂção sexual' o vinculo náo é sexuâ], o vinculo é c\terno à

d.r iécnica filosóficâ, e o suicito que mais lhe dá isto ó o -,\ristóleles

porquc cle làz isso o tempo toclo. ele te uma cspécie de inslinto do que é eíÍururâ do objelo e o que é quc ele chamâriâ acidcntc ou propriedadc. Dâi você comcça a licar espantado como os próprios i'ilósolos se conlundem nisto âí. como David Humc pcga um elemenio

âbsoluiâmente acidcntal da peÍcepçáo c que nem existe. que foi cle nresrro quc inventou. e coloca aquilo no centro do problcma. Quàndo as pcssoasváo discu!ir, por cremplo. o casamento, clâs discutemcertos clcmentos valorâtivos ou norais que sáo acidcniais ao casamento, quc

apareceff aqui, mâs náo aparcccm ali, mas náo pcgâm a estruiura. llntão, acsi iuradeu objcto éindependente do qucvocê pensâdele: ó

ptot]ttcro ? 4u' a !up\tro dt' [^lunn. l, , 'talo fe1l\tndu tto não

aindâ Náoi As socie.lades prinitivas que náo conheciân,[que] iâmbém tírham se ioca.lo da rclaçáo errtre o ato scxual c prociaçào tê â insrituiçáo clo câsamenio. Qucr clizcr' uma coisâ é independcnte

urnâ espéciede fatalidâde. Nlesno que scja umfenômeno peltenccntc

à eslera das aaócs

ptociaçàa' quaL é a inportáncia dessq fAluno: r!íds se ntto é P\pt:'ta1: Pa"u t t4r rltlP- n\tt]\an )t.'U qrt lct \o'' tue tla 'rt't senprc íai por causa da ptoLtiaçàoll dá parâ Faz clitcrença poque é uma auioriz'tcão quc â sociedade quaisquef Por quc dlras pessoas tcnhâm certo lipo dc relaçóes' nào rulrni'rl-d' m1' tr'!'on'r(( quc \u(( ' rrrr e!'mfh,. !o, \ eíáâutorizado dcsgrâçâ!io dc um pervcriiclo. vocô qLlerbâicrnelâ' VocÔ a isso'? Você podc lazcr qualqucr coisâ?

descrever Entáo. ve!â, isso aquié lécnicafilosófi(-â QuÀ dovocêvai

humanâs, esmo ali você vê que len cerias

âÇôes

e cedâs situâçóes que se defincm por si mesnas e quc não dependem

do que você

eÍá

pensandoi pense você o quc pcnsar o vínculo será

âquele. O casamcnto só exisie onde

exiÍc

umâ âutorização do rncio

social parâ dcterminâdo iipo muiio bem delinido de rclaEões sexuais.

Não pode ser indefinido. porque se lor indefinido signilica o seguinte:

r!"rd \ocê'



ie1n quc ver o que nele é incrcntc à sua esLrutura e o

cd\a"a'n.

\úri.

puderr

Íal.Í

outro. podem ató matar. Náo existe isto.

n

q . qui\.r(rr urr 'nnr

,,

náo é um vínculo dcfinido.

Se

c definido en lunção da diltrcnciâção de papéis scxuâis. é inpossível a lcgislâção matrimonial.

lAlunâ: Mas eu acho que ten na dístinçào básica que é iustamenle a eslrutura da eqetíê cia e a expetiência jutídica que pode Ler úatiiiaeis de acotdo a sociedadÉ...

Claroi

o

I

modo de delinir isso juridicamenie iâmbóm pode vâriar

indcfinidaDrente. Por excmplo. esse cosiume quc () âmericâno lem. Elc

l9

na

orâ conl ela. levâ para outra cidadc, càsâ lá c ve1n aprcscntar â mülhcr pâra o pai c para a n]ác Sc algué fizcr issl) no Brasil vâi ser oltnsivo. Enião. quc dilere ça 1àz? Que tcrn que conhece â mLrthcr

testcmnnhar é â socicdâde. Bonl, aqui a sociedadc sáo as pessoâs qlre conlece vocô. lá não, o carâ do caÍtório ó suficienie Essas variaçócs não lêm nadâ a ver corrr â cstruiuÍa básicâ. scm o qual nâ0 há aqucla rclaç,lo.

cslruiurâ básica

é aquilo

^

É a mesna coisa, no nosso código pcnal tcnr ê dislinqáo cnire agrcssáo e rixâ. O suieilo lhe dcu virle porradas. \'ocê deu uma nele. é rina, não é agrcssâo. tnlão, cntrou este elcmcntLr. mudou a cslrulum dâ coisa Nào interessâ a quaniiclade, náo inieressa a modalidade, não I tercssa todo o enlcitc en] vollâ Aconiece que estâ idéia de que cxisle

uma cstrulura dâ rtaliclêde e de quc cla é conhccivcl c de quc por isto

mcsnlo as aÇÕcs hlrnitnas tôm conseqÚêrciâs (porque sc náo exislir esiruiurâ da realidâdc tudo pode acontcccr). é o comcço e o l'inr do esiudo cla filosolia. Existc csiruturâ da rcali.lade não sonenle Ira csfcra natLrml. dos obietos físicos, nras cxiste nas relaÇocs humanas A imcnsâ cdadede versôcs drqLrilo àsvczes encôbrc a idontidade dacstruiura Por excmpk). üm priírcípio mLrral univcrsal. qlre eu châmo de princípio

va

dc âutoria: o suleiro.lo iulgame io rnoral é o nrcsnro suieiio do âto, nào

podc ser oulro. Essc é um princÍptu univeÍsâ|. nào cxisie ürr sistema moral no qual o sujeilo do âto nuncâ lenha quc rcspondcr pclo que le1 e sim um outro tenha quc rcsponder no lugar dele Dâí a pessoâ tliz

'Ah,

mastc enial lugar...lenror cnordeidadc,porcrenlplol Olato

dc o pai scr rcsponsável pcla açâo do nlcnor dc idâde nâo qucr dizer que o frincipio de alrtoria liri abolido. qucr dizer q0e clc a cxercido por prccurâçào. condlciorâhrente. e âssinl por diân1e. Enlão. assiff como c]iisic, porexeüplo

a

relâç,o autoral, exisie

a

rclaqáo Dlatrnro niâI, e elâ

trm unrâ cstrulurâ q!e ó irnutável, porqLrc se nao tivcr cssa cslrutura, ...1 . r I'r. . ui cr rdn. r,a,,. J.rUi . .lur o "n

Àgora, qucm podc ser sujeito do julgamcnio oral iurídlco? Por excmplo, a Idade Média, aliás. âró o século xvlll, o scu porco escapâvâ parâ o iardirr do vizinho, cornia as couvcs do sujcito. você processava o porco. Eniáo, âdrnitiu'sc o pc'rco como suicito titlrlâr dc dirêitos e obigaçócs nrorais c iurídicâs. ÀIas o princípio autoral vale parâ o porco. Você apenâs esiá qücstionêndo qucm pode scr suieilo Uma vez esiâbelecido que existe â rclâçao autorai. daí colno aplicá la c a querr clâ se aplica. esse é um problema scclrrdário Fâz b.rsiante tempo. tudo o quc sc enlende por

cult

a c cducâçáo

consisle err cncher â câbcEâ dâ pcssoa de inlornaçoes c dc coDlusáo cle síübolos, de nrodo que a pcrcepq,to dc cstrulura das coisas se tornc

Íruito dilicil. Então acabâ todo nrundo lalardo êo mesnro tempo, Íi sâi bestcira e ninguóm ítj a conl o problcma, por isso mesmo ninglrém conseguc fâzer urnâ prcvisáo ccrtâ. Um dos teÍcs práiicos .lo conhecinre lo cicnlílico é a possibilidade de prcvisáo. Q!ândo eu . .rur, r-len.ln pr' \ iraô p, l,ri d rrn Bru.:l l,â J./ à Por quê? Porque náo é previsão. não é chuic, isto é ciônciêl Corro é que vocô laz isso? Você vê a cstruiura dâ relação consideÍâdâ, você \,ô o qlre qrc nela não pode ser mLrdado de jcito nenhum, c uma lez cladas âquclas condiça)cs..ts conscqüências ianl sair inapclavelmcntc.

AgoÍa. até â véspcra. alé dois segundos ânies, vocô pode mudar qu

adro. Uma vcz que l echou o qu

ad

ro

da s

possibilidades náo

L)

tcn pâÍâ

Quando, ncscs ântes das cleiçoes, cu dizi.r lciucl ó inpossí\'cl o PT. impossivcl. quâlqucr parlido ganhar essa cleiçio sc nâo nratclüâticarrentc inpossivcl, náo lem icito, é bâscado nilio aqui.

ondc

ir

lir

O quc ó uma concolrência clciroral? Para hâ\'er uma concoÍrôncia cleitorâl prccisâ isro mais isto n1âis iÍo rnais islo mais islo. Fora isso não háconcoÍrôncia eleiloral, há algumaoutra co isa q uc pârecc cieiçáo, pode levar o none dc clciçào, Inâs nào é Entáo. quando é un1a eleição

qlre iá foi fcita pam bolâr o sujcito Iá, conlo é qlre sc làz isso? Sc

1ãz

+l

assim, âssim. âssim. êssim. A partir do momento eff quevocê montou essâ siluaçáo e ela nâo pode màis

nudar, ela cstá rcgulamentada, âgora

É conhccimcnto... Mas como é quc vai scr cxato o conhccimcnto da infiridâde?

a conseqüôncia é fatâI. Por isso que eu acho possivei üma ciôncia dâ sociedadc humana, porque é possívcl uma Íenomenologiâ da cstrutura

ÍAlun(i Ewíamefitel É que na saciedade ele não prccísa ser tào

da experiôncia, daestrutura da rcalidade, poÍtânio uma ciência quevai

usaÍ Ínétodos bcnl dilêrentes das ciências da naturezâ, mas qüo scrá

Náo. ele náo pode sei táo indefinido assim, o número de faioÍes

Max

náo é táo grande. Enião, isio quer dizer que é apenâs um lugar comum

\Àiebcr. a pessoâ está acostumada que nas ciências da nâiurcza existe

â gente pcnsar quc as ciôncias da natureza podem ser muito exatas

exatidáo. nas ciências humênas náo. Olha, o que é mâis iácil. você calcular o resultado duma eleição ou câlcular em quântos estilhaÇos

c âs ciénciâs huúanas, náo. Náo. ao contráÍio, fÍeqüenternente

tão rigorosâ quânto

unâ pcdra vai

e às

vezes mais do quc elas.

Àíé

a perguniâ dc

a

matenatizaçáo em certos elemenios em ciências humanas é muito

rrai. e\dro fn.ao c pn))r\cl r.ô \nmc, rc Íoímar uma cien, a. ma. c possível fazer umâ ciênciâ exala deniro dos liniies de qualquer ciêncla

se liâgmentâr quando ela cair do décimo andâr?

[Aiuna: Àrdis lriúrl?l

cxata possível.

É,

Quando a genie vê os rumos que foi tomando a cultura modcrna a pârtir dc Dâvid Hume, você entende por que ficou âssim. E se um

l{l.una Da pedn! l

filósolb de olício é capaz de cometer tais enormidacles e não aparece

O quê? Dâ pcdra?

un1 sujeito para dizeÍ que está errado, e aqüelc quc aparccc ainda mal

consegue dizer. quc ó o caso do Reid, o Reid mâl consegue se explicâr,

[Àlunâ] Nro i?l

cntào o negócio

impossivell Dâ pedraé impossívcll Jogâ uma pedrâ, quantos esiilhaços vão sàir dela? Náo dá parâ saber. Nao. dapedra

es1á

nal pârado.

ó

Í^lúno. Depais do Hume aparccerum pelo tnenas tfts.) Quâis trôs?

lAllrra: }/as se ao.A.re àaseasse a...? É xe ade. efi|rut etn muita especulaçAo...1 Náo tcml Não lenl nenhu jeiiol

zrocê

l)ai let que ÍAILtro. O Reid, depais o Hussetl e Zuhiri...l

Ah boml Mas mudando tudo, duzcntos anos depois.

Àgora.

durante esses duzentos anos essâs idéias váo entrando em circslaçâo

lÃlrf,a: Podería esti lat,

nê sociedade e criam Ll0ia confusáo miserável.

t1tcts...l

Ontem urn sujeito mc passou pcla Rcde Liberal rm arligo sobre o

A\tna: Juslamente pa tue tetia que set muito mais exato callhecimenlo da infinídade de ÍaÍorcs que etisten aí.) 12

o

filmc do Mel Gibson,

e

o sujeito diziêr

'Náo. pen!aDdo bem.

Iesu s

CÍisto

dá um exemplo de pâssividade. de a gente se submcier ao sofrimcnto. +3

.ras â genrc oáo dcvc lazcr isso náo, isso é muitír crrâdo, a gcntc teul qLrc

gcntc accita quc os filósotos profissbnais laça r isso. locé inrâgrnc 0s

lutar pelo nosso bsur estàr'. Entáo. o cara ârgunrcnlâ irsslni Hünrc

icmpo

aluândo chegâ fio século XX dá essc negócio. o genocidio. o Gulag.

que eu eslâ!â dando âula sobrc Hunlc no Rlo de Ianciro. NÍas qual é a icsc? A tcsc do sujeilo é o seguirtre: quc qraLqucr burguês stLtisleilo .le

rarrpos dc conccntraÇáo. mas náo é .lu estrarhír l,lde estranhar quc fao tcnha nrouiclo nrais gcnte Porquc voca cstá pcrdcndo o parârrrLr{)

si n1csrno é sLrperior nrorâlmcntc a Jcsus Crislo. Baía vocÔ cnunciâr a hase assim, o sujcjio ficará chocado conr a sua própria conclusilo.

básico dc iulginrcnlo

cntrâ na polarrica pnrârncnrc lógica. ra purâ ân:'rlise lóglca. você

olha como

consefue inpugnâr o quc o otltro csrá dizcndo. Por quê? Porque ele

poderi subscrcver isto.loiporuDia coincjclênciaque cu liisso

âs pcssoâs tênl a câpa.idâtlc dc cscrcvcr coisas baseadas

numa prenrissâ inrcdiata quc clas mcsma§ você

no

rúsirar

nio

peÍcebcm. E quc sc

a prcmissa para elâs. elâs rrresrro não concordan. \bcê

va quc qnândo opin;ócs asslrn !ircLr]ârr popularnrcntc quer ctizcr que as pessoas ljcararr rIUlto burYas. Quer dize': você crnno é unr burguôs,

culda de sl. cornc bcnr. trcpa, ctc.. locô Droral rerrlc ó supcrior a Jcsus Crisro. É isso quc vocô qlris dizer? Se o sujciio assurrir "Éexaramerte isso quc cu quero dizer". [.nlão, "voce ó unl cinico. mâs Nl.Ls

nio

é burrc".

cm gerâi as pcssoâs quc delencleDr esle lipo dc ârguurcnto

perccbcnr â prcrrissa in1cdiata.

Nio

nàL)

ó â prcnrissa rcmotâ. ó â prcrnissa

r.,'i1r. ,tJ, ,quilur.bl ir \"rcd"J. o- ir i,nr.rit.â.

delâ consigo rncsma. cntão êí llançolr

ler

Um Hitlcr

oLr

qualqucr oui11) Ínaluco.lesle. racioc;na tilo belrl quantl)

tcm Lrm pcdaqo do córct)o dclc quc não lunciollâ. nras esse ^gora t)cdaÇo lioa tura dâ discussão. Você pode piosscglrir numa discussanr intcrniinávcl c ninguóm \,âl ganhâr pri)priâ idaiâ dc qLrc tudo possn scr malariâ dc discuss,o já é

você.

^ rnais a idóiâ

l(rcâ do nrundo. Não ó isso? Sc tudo podc scr mâtóriâ dc cliscussáo, rrdo lcm quc ser dc rorstrado racionalmentc. voca tcm quc scr DcLrs, mcu filho Porqre rós sàbernos qlre quàlqucr clcrrcnt(x coníiturilos Utr! sinrples silogisnro de tiis passos podc scr dccomposio clll tras nrili csscs úós rril ern trin(a rril. e vL,cê nun(a chega lá. OLr e\istc unl ncg(jcio chanrâdo cstrutura dâ rcâiidâde, o qual

o râcioctuio lógico csiá prcssufí)rdo quc o outro conhecc a nicsnrâ cslruilrrà da realidadc quc \/ocô. portânlo úlc sabe do que você cslá lrlardo Se a pci*pçato coll1uln da cstruturâ dâ rcâlidadc loi p.rm .) brcjo â logica por si náo rnrdc rcconslitüi la. lsso a a coisa mâis simplcs do mundo, quâklucr pcssoâ crrcndc isso Enttn) Iao sc disculc com Lrnr su ieil o que riio lcnr percePçào dâ cstruturâ dâ rcalidadc Oü sc disc lc sorncntc conr a hnâlidâdc dc lroslrâr (Ire é unr palhâço. nras nâo dc

O quc vocô est,t ientârdo cnunciar corrcspoDde

à

cslrü1urâ da linguâgcm. à csiruturadâ gramátioâ. mâs náo corrcspondc à cstrutura dâ scnsaçao. llniao. como vocô pcnsa cm palavras. â hora

qlre cotiscguc nl(nriar o csqucma graDialical. achn quc dissc âlglnna

1+

não tcrn pcrccpÇão dâ rcâlidâcle. portanro cle n,ro (em âs prcnissâs.

â lógirâ cxprcssà irnpcrleiLanrente. olr clrtl.xr quando vocô cstá usa|.lo

Quctdizc!vocêacâbtudelalâr

coisâ sobrc â rcalidadc. cslá nreterdo o

náL)

que rcconhcccr a idcntictade

dc scnsâÇão atonisticfl. você tern obrigaçâo de pcrccbei que vocó tlissc Lrnr coriir'â scnso.

como \,(]cô sc oporl \'ocô

pouco, porquc

atornisiica é aqucla sL'nsâÇáo quc náo clur0u nenr se ela durou dois poucos, cntão você

haL

denronslrnçáo lóÍlica podc scr indcfinidamcntc dcsdobl?d:1 nos seus

a pri)l) ia expressao dâ idaia quc cslato lransnrilirrdo L mais ou urcnos o tipo de ràciociirio dc Dai,id Hulne. quc é a scnsâção insiâDtânca 'Ah rrras locô qucr dizcr o quê?'' À sensâça.)

un

dr rcalidudc c nilo

$rvctc

na tcsta Âgora. se a

piovar !uaklucr coisâ pâm clc. +5

ÍA.luno: E co lo aquela co ÍLtsao qüe a seühat tinha antllisado algutnas oulds.rbás e lre Sa ta AnselÍton e Kotlt. Na evmpLa da

o

A^el

.llsse. tanrbém não

vio concordâr Mas

é dit'icil hojc vocô coDrcçar ató

a dcmonsrrar isso aÍ. Por cxcrndo. a idóia da rnoral lcisa hedonistâ

to, ele eslá Íazendo uma

bâscâda no principnr do prazcr ou no do herr esúr, ou no utilitarisDlo.

deüol1sit1çia ittuilíi)a e o Ka l e terulía cofio seüda ..1! Claro. clarol O sujeiio está expressando üm contcúdo intlritivo, o olrlro enle.de conro uma prova lógica. Porque airdâ pâra os

cu posso lhc dcmonstrâr quc ó câtâstÍrficâ. A pârlir do nronenlo que

dcpois vâi âpârcocr um nazlsta que vai nr.ltil lo. Baseado nisto voca

escolásiicos não haviâ o sâlto cntre ontologia e lógica. No escrito quc

não tcln como rcsisrir âo âvanço da absudidade l!Ías acontece quc o

cu mostrci para vocês ouiro dia dizia que existe Llm tipo dc ânálisc lógica que coincide com a dcscriÇáo lcnomcnológica dâ esitulura do

uiilitariíâ ou hedonlsta. cstá nunra socie.lade que |oi conslruida ao longo dc milônios dc civilizâçáo cor bâsc no lun.lâ rento grego. jlrdairo cristáo. c o sujcití)

ptoüa

lal.ógíca de Deus do Santo

vocô adotou isso âí vai aconlcccr Dr.Lis isro, nrâis aquilo, lllais aquilo,

individuo que curtc, por cxcmplo, uma rrorâl

obielo. c cxistc outro tipo dc ânálise lógica que náo iem que vcr. Vocô prccisa dc um certo ireino pâr'a percebet

vivcndo ncssa $cicdâdc quc o proicge, pode lalnr o quc qlriser porquc

O que o Sanlo Ansclmo cstá fazcndo a umâ deconrposição

o que ele disser é irrelevante. Ele dcsfruta dc todos os bcnclicios que à

le omenológicâ c nâo umâ prova lógica.

Só qlre I(âni nao pegâ isto.

socicdâde lhe dá. ele os ncfa c dcsirói âo mcsmo tcmpo. N{âs âc.rrtece

lGrl o raciocínio lógico iá cstá

scparâdo â légutis de qual.tuer percepÇão da rcalidadc, clc adquire uma

quc â dcstruição ó fequerra e cle n,o serle o efeito. sc houvcr ^gora Dlilhôcs dc idnÍâs lazcndo o quc ele eslí làzendo. então a socicclâdc

auioaoffiâ. Por qnc clc âdqnirc umâ alrtoromin? Porque ele

tornou

cai. e daí d€ repentc você es&l dcnlro do cânrpo de conlcntraçáo c

uma trâdiÇáo culturâI. uDra disciplh.L consolidada, e dcpois quc isto sc

consolida como dado cultural você lica coff â idóiadc quc âquilo existe

diz: "Como ó q e eu vim parar âqui? Eu csiâvâ 1á pcnsando nâqueles ncgócios dc utilirarisrro, enlão de repente eu virn parar âqui dcnrrol)'

independcntcmcntc, c náo criste âbsolulamente.

[u

Qucr dizcr quc quando cbega en1

sc

Evidcntcmcntc. os elros do David llunre sáo griiântcs c o Írnico

sei

co

o é quc vocô foi pârâr lá. só quc sc eL] cortar purâ você. você

náo vai âcrcdiiarl

Íbi

você nlesnlo quc sc botíru lii dcnlro. yocé que

I

do Viktorl

suicito qlrepercebeu onde estavaoprobleff a. ninguóm prcstou atençrL)

dcu a cârâ pam âpânharl

nele na épocâ, cntáo ficâ a discussào de Humc pâra l(ânl: l(ânl vcm

começa a lazcr uma ciôrrcia quc ionrâ cslo rurno: vocô dcmonstrou qtlc

e complica mâis un1 pouco o negócio, e ludo isso vai cmbnrrcccndo

o ser huinano é apenas um aglonrcrâdo dc molóculâs de carboüo. ele é

a humanidâde. Onde nós tenros que nos socorrcr? Bom, o primeirt) elemenlo de socorro é a filosofia clássica, Platão e Àrislóleles, se

nrna cslécie de produto inclustdai. lenl quc tcr conirclc de qualid.rde.

sombrâ dc dúvida. c o segundo elemento é o sirnbolismo dâs grândes

''\bcê sinr. você náo".

rcligia)cs se você tiver un1 ceÍto lreino de filosofia clássica. Seráo. o que você vai fazcr? Vâi pcgar aquelc sinbolisDlo. lranslormar ur

raJ"!r rdri.r

r."ir ',"FLn.nlJ,,do

i\q-rr.n,u

paúicipando dês suês prcrrissas náo váo cntcndcr nadâ do que você

lar

r

Rca

i,aç',r1,2006

assün, é o negócio

Irmnl(1". vo!ê

cntào vâichcgar anrânhá alguérn querendolàzer controlc dc qüalldadel Se alguóm disscssc isso no rrreio do século

( )cínrnlnLrd.,DorrLrhn.rlrdraitrnLrrD r0nnxJrnn.onrücnto )rrr.beroirii)dríi.idrJ. Nlasxí,.icdrdcd.holcs..irrúrÍnnprLx o,nrni(:r' d. srrN$ tr.srônlr r nddr rs l,.s.is rlDr nLrrdtlíi rl!lirr\ ( ) ( onÍundi, â.lrnidad.i! r.rh tr idrd. n,Ã. dr rdra c.ühtril..otrrrptr'nL quc po, nr rr7. r.( c \r rlribnnLl en sLns origor\ nr n ilisnn, «rl1cnpo àiüo 1]0rnLilnr rú n'iris úni!.'sürd.s ! 1riLr ,.Íosps.rmLit$\ P lzr r ilriil/,J/n,vr./. vx/n/l]. c. r,.!o oaDix.d sinnhL/\,lir.s ,007

XIX.

"olhâ. com estâ ciência que vocôs invenlaram, vai aparecer um suieito cha ado Hitler e vai mâtar todos vocôs . ", os caras iam dizer que você está louco. Mas loucos estáo cies. porque náo têm a visâo dos fatores eÍruturâis constantes dos quâis depende o rumo dacivilizaçáo. Pouquíssimâs pessoas iôm isso. Até quc sâo muitas. mas a voz delas

no debate público é câdâ vez meno! é càda vez mais inâudível você vê pâíses inteiros fazendo opçocs que vocêiá sabc no que vaidar c que

náo âdianta você avisâr os carâs porqle €lcs vâo se leüar do mesmo

jeito

lAluno: Mas a prcblema desse pefisamenta a Lot1qo praza é que exístefi i úÍnercs lalores que íntetLlêtn aí e que par seÍ a Lofigo praza a caisa pode neio (lüe desandat no fieio clo camínho.1 Bom, podc desandar se o pessoal náo raciocinar diâleticanente. Esse pessoal comunisia está acostumado â pensâr nisso. quândo eles

lãzem um plano de longo prazo, aquilo tem quatrocentas nrilvariáveis possiveis. Você tem a unidade estratégica c a vâriedâde tática. isso

para €lcs é brincêdeha. O que quer que aconteça no caminho pode sempre ser reâbsoNido dentro da mesma estratégia. nesno quc seja

una coisa que vocé nuncâ pcnsou. Também

esse problenrâ dc que as

pessoas no Ocldente mcjocinâm de âcordo círm Lógica matenática, e



raciocina dc âcordo com lógica diâlélica; bom.

entáo aí já muda.

â colsa é completânente difcrcnte, já muda o panorama Aqui se você

inventou um plâno e dcu unla coisa errada no neio. você diz: "Deu erradol" Lá não, sc deu errado, elcs lãlam: "Nâo, cssa é â dialótica, é sinal de quc o nosso plano está dando

antagonismo é semprê absorvido.

ccrtol" lsso quer dizer qüe o

Dadls Inkrna.iorais de

Càra o8aqio na

publi.aqi. (CIp)

(rimaÉ Br.si[i].ado Livrr. sp Bi.sit)

H slórr êsse.úlal da lllosofia / lor Olrvo de CârvJho - Sao palto Étuâtza.óls 200i

{(ilcçrio hislória e$cnctat da tili^ofi

a)

.oi.. "tor I oa Jrd r3 sJn,TordiJE \qu,o aúl.lq \la.ltria\eto a loin:aç:t! das idenridâdês

arla20 Fil,xoÉa

ÀÍodúnr

na ldadc

nxrionar

-

aul!21: Fr orotia A.3 o saxô.ica aolà22 Davm HunE e th.mas Reid

I ril6ofia Liudo eensino2 IiloÍrfia. I ríluto II Scic

HiÍória

ISBN l3 DiCtl.()S 973.35 83062-.1.1J

EÍ.livro éà transcriçáo daâulà loi$avadâ no dia 05/03r00ir

que

fr

É R.alizacóes.nr Sáo pauto - Sp Brasil.

_

lmprcsso pelà Prol para a

E Rcalizaçó.s. em.ovcnrbro d. 2007. Os tipos lsados sâo da inmÍlia Dnrch. o

O pàpct é Chamois Búlk 90 gh, plra únno e súprcmo250 g/ni para âcapa

Related Documents

David Hume
February 2021 0
David Hume
March 2021 0
Hume
February 2021 3

More Documents from "Jorge Minchala"