Alvenaria Estrutural

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BLOCOS CERÂMICOS FURO VERTICAL UTILIZAÇÃO Alvenaria convencional Vedação. e Estrutural Casas térreas, assobradadas e Prédios. ACABAMENTO Reboque, Gesso e Alvenaria aparente. CARGAS PALETIZADAS VANTAGENS Colunas e vigas Embutidas (Graute, Verga e Contra Verga) Tubulações Embutidas (Hidráulica. Elétrica e Gás)

NORMAS NBR-6461/83 NBR-7171/92 NBR-8042/83 NBR-8043/83

BLOCO CERÂMICO ESTRUTURAL Alvenaria estrutural com Bloco Cerâmico é um sistema de construção onde as paredes, além da função de vedação, são responsáveis pela absorção dos esforços solicitantes do projeto e por isso são indispensáveis o uso de blocos estruturais com alto padrão de qualidade e grande resistência. Além de incorporarem todas as vantagens da alvenaria em cerâmica , os Blocos Estruturais por apresentarem furos na vertical, possibilitam a passagem de tubulações e instalações elétricas sem a necessidade de quebras posteriores , suas paredes lizas possibilitam a aplicação direta de gesso ou textura direto dispensando o chapisco e reboco. As Canaletas"U"(vergas), Canaletas"J " e Canaletas Compensadoras proporcionam o perfeito acabamento no respaldo (cinta) para receber o apoio da laje.

BLOCOS CERÂMICOS ESTRUTURAL VEDAÇÃO CANALETAS BLOCO HIDRAÚLICO ELÉTRICO COMPENSADOR CANALETA J JOTA TIJOLOS DE CERÂMA">

BLOCO CERÂMICO ESTRUTURAL FURO VERTICAL BLOCOS SECCIONADOS MODULAÇÃO "15" (29) BLOCO CERÂMICO ESTRUTURAL INTEIRO

Peç as Ocupa Larg Altu Comprim Pes Resist por ção ura ra ento o ência car m2 ga 9

19

29

3,6 4.0 0 00

16,5

4.5/6. 0 Mpa

11.5

19

29

4,0 3.5 0 00

16.5

4.5/6. 0 Mpa

14

19

29

4,8 3.0 0 00

16.5

4.5/6. 0 Mpa

19

19

29

5,8 2.2 0 00

16.5

4.5/6. 0 Mpa

BLOCO CERÂMICO ESTRUTURAL MEIO

Peç as Largu Altur Comprime Pes Ocupaç Resistên por ra a nto o ão cia carg a 9

19

14

1,8 8.00 5 0

-

4.5/6.0 Mpa

11.5

19

14

2,1 6.50 0 0

-

4.5/6.0 Mpa

14

19

14

2,5 5.50 0 0

-

4.5/6.0 Mpa

19

19

14

3,0 4.60 0 0

-

4.5/6.0 Mpa

BLOCO CERÂMICO ESTRUTURAL COMPENSADOR Peças Compriment Ocupaçã Largura Altura Peso por Resistência o o carga 7

19

04/09

-

-

-

4.5/6.0 Mpa

7

19

39

9

19

02/04/6,4/09

-

-

-

4.5/6.0 Mpa

11,5

19

02/04/6,4/09

-

-

-

4.5/6.0 Mpa

14

19

02/04/6,4/09

-

-

-

4.5/6.0 Mpa

19

19

02/04/6,4/09

-

-

-

4.5/6.0 Mpa

4,50 3.222 SECC/8 4.5/6.0 Mpa

BLOCO CERÂMICO ESTRUTURAL AMARRAÇÃO Peças Largura Altura Comprimento Peso por Ocupação Resistência carga 14

19

34

6,40 2.266

12,5

4.5/6.0 Mpa

14

19

44

7,20 1.956

16,5

4.5/6.0 Mpa

CANALETA CERÂMICA ESTRUTURAL

Largura Altura Comprimento Peso

Peças Ocupação por Resistência ml carga

9

19

29

-

-

3,33

4.5/6.0 Mpa

11,5

19

29

-

-

3,33

4.5/6.0 Mpa

14

19

29

-

-

3,33

4.5/6.0 Mpa

14

19

34/44

-

-

19

19

29

-

-

2,85/2,22 4.5/6.0 Mpa 3,33

4.5/6.0 Mpa

CANALETA CERÂMICA ESTRUTURAL COMPENSADORA Peças Ocupaçã Compriment Largura Altura Peso por o Resistência o carga ml 9

7/9/11

29

-

-

3,33

4.5/6.0 Mpa

11,5

7/9/11

29

-

-

3,33

4.5/6.0 Mpa

14

7/9/11

29

-

-

3,33

4.5/6.0 Mpa

19

7/9/11

29

-

-

3,33

4.5/6.0 Mpa

CANALETA CERÂMICA ESTRUTURAL "J " Peça Ocupaçã Largur Altura Comprimen Pes Resistênci s por o a Aa x Ab to o a carga ml 9

7/9/11x1 9

29

-

-

3,33

4.5/6.0 Mpa

11,5

7/9/11x1 9

29

-

-

3,33

4.5/6.0 Mpa

14

7/9/11x1 9

29

-

-

3,33

4.5/6.0 Mpa

19

7/9/11x1 9

29

-

-

3,33

4.5/6.0 Mpa

BLOCOS CERÂMICOS ESPECIAIS BLOCO CERÂMICO 45º-.-.-.-BLOCO ELÉTRICO-.-.-.-.-BLOCO HIDRÁULICO

"-VENDA DE TIJOLOS CERÂMICOS, TIJOLO CERAMICO VEDAÇÃO">

SISTEMA CONSTRUTIVO: ALVENARIA ESTRUTURAL DE BLOCOS DE CONCRETO

A ALVENARIA ESTRUTURAL é um sistema construtivo racionalizado, no qual os elementos que desempenham a função estrutural são de alvenaria, ou seja, os próprios blocos de concreto.

No sistema convencional de construção, as paredes apenas fecham os vãos entre pilares e vigas, encarregados de receber o peso da obra. Aqui, pilares e vigas são desnecessários, pois as paredes – chamadas portantes – distribuem a carga uniformemente ao longo da fundação.

Na ALVENARIA ESTRUTURAL DE BLOCOS DE CONCRETO elimina-se a estrutura convencional, o que conduz a importante simplificação do processo construtivo, reduzindo etapas e mão-de-obra, com conseqüente redução do tempo de execução e dos custos.

A utilização desse sistema permite diminuição significativa no custo total da obra. Bem utilizado, o sistema pode baratear a construção em média 30%, em relação ao sistema convencional de estrutura em concreto armado, conforme ilustra as diversas fotos dessa página e a lista de vantagens do sistema mais adiante.

Hoje nos EUA, Inglaterra, Alemanha e muitos outros países, a Alvenaria Estrutural atinge níveis de cálculo, execução e controle similares às aplicadas na estrutura de aço e concreto, constituindo num econômico e competitivo sistema racionalizado, versátil e de fácil industrialização. ECONOMIA,

SEGURANÇA, QUALIDADE e RAPIDEZ DE EXECUÇÃO, permitem à Alvenaria Estrutural

adequar-se tanto a obras populares como de padrões mais elevados. O projeto Cingapura, de verticalização de favelas de São Paulo, tem hoje cerca de 14 mil unidades em prédios de 5 ou mais pavimentos, construídos em Alvenaria Estrutural. Por outro lado, inúmeros edifícios, de padrões médio e alto, podem ser vistos em bairros nobres da capital paulista.

Enfim, é possível desenvolver um sistema racionalizado que resulta na melhoria da qualidade do produto final e em significativa economia na obra.

Veja em nosso site, na seção "Downloads", um vasto material técnico e de pesquisa acerca do uso da Alvenaria Estrutural em obras de construção civil: catálogos, manuais, procedimentos ilustrados, fotos, exemplos, etc.

Se preferir, entre em contato conosco sem compromisso para maiores informações e detalhes, ou para auxiliá-lo em sua construção. Fornecemos todo o suporte técnico e orientação para a sua equipe de obra.

Para resumir, listamos abaixo as seguintes VANTAGENS na utilização do sistema de Alvenaria Estrutural de Blocos de Concreto na execução de sua obra, gerando uma redução média de custo de 30%:

1 - Economia de fôrmas, armaduras e concreto 2 - Redução de mão-de-obra e tipos de materiais 3 - Facilidade de projeto, detalhamento e supervisão da obra 4 - Técnica de execução simplificada 5 - Eliminação de rasgos para embutir instalações 6 - Redução do resserviço e do retorno ao imóvel para corrigir falhas 7 - Redução de espessuras de revestimentos 8 - Resistência ao fogo, bom isolamento térmico e acústico 9 - Durável, exige pouca manutenção 10 - Racionalização da execução das obras e maior velocidade 11 - Redução de quebras, desperdícios e entulho na obra 12 - Os blocos de concreto podem ser produzidos em resistências variadas 13 - Podem ser produzidos com diferentes formas, cores e texturas 14 - Possuem vazados de grandes dimensões que permitem a passagem de tubulação elétrica e, em alguns casos, sanitárias 15 - Apresentam baixíssima variação de dimensões, evitando desperdícios por quebras em obra

Aplicação de revestimento cerâmico diretamente sobre os blocos de concreto.

Espessura de revestimentos: gesso direto sobre blocos (0,3 cm) e reboco sobre blocos (0,5 cm).

CUIDADO com blocos fora de Norma! Sua obra certamente está saindo mais cara! Diferenças entre blocos de concreto normalizados e blocos "caipiras" informais encontrados no mercado.

Modulação Quando se utiliza a alvenaria estrutural, a modulação torna-se imprescindível ao projeto. Modular a alvenaria é projetar utilizando uma unidade modular, que é definida pelas medidas dos blocos, que podem ou não ser múltiplas umas das outras. Quando as medidas não são múltiplas, a modulação é “quebrada” e para compensá-la precisamos lançar mão de elementos especiais préfabricados ou fabricados em canteiro, chamados de elementos compensadores da modulação, como as “bolachas” ou blocos cortados, necessários para o ajuste das paredes às cotas. A modulação garante a racionalização da construção e permite o alto índice de produtividade que este processo é capaz de atingir, além de reduzir o desperdício com ajustes e cortes de blocos. A prática da modulação tem reflexo em praticamente todas as fases do empreendimento, pois simplifica a execução do projeto, permite a padronização de materiais e procedimentos de execução, facilita o controle da produção e aumenta a precisão com que se produz a obra, além de reduzir os problemas de interface entre os componentes, elementos e sistemas.

Para obter as vantagens citadas, deve-se pensar a modulação de um projeto tanto na direção horizontal quanto na vertical, tendo como ponto de partida a definição da unidade modular. Para iniciar a modulação em planta baixa, é necessário definir a família de blocos a ser utilizada e a largura deles. Esta escolha definirá qual unidade modular será usada para o lançamento em planta baixa. Família

29

=

Unidade

modular

15

Utilizar a família 29 é projetar usando unidade modular 15 e múltiplos de 15, onde 15 é a medida do bloco de 14 cm mais 1 cm de espessura das juntas. Neste caso, os blocos têm sempre 14 cm de largura, ou seja, o comprimento dos blocos é sempre múltiplo da largura, o que evita o uso dos elementos compensadores, salvo para

Família

ajuste

39

de

=

vãos

Unidade

de

esquadrias.

modular

20

Já a adoção da família 39 implica em projetar usando a unidade modular 20 e múltiplos de 20, onde 20 é a medida do bloco de 19 cm mais 1 cm de espessura das juntas. Neste caso, os blocos podem ter largura de 14 cm e 19 cm, sendo que os blocos de 14 cm exigem elementos compensadores não só para ajuste de vãos de esquadrias, mas também para compensação da modulação em planta baixa. Quando utilizamos os blocos com largura de 14 cm, precisamos lançar mão de um bloco especial, que é o bloco B34 (34 x 19 x 14 cm), para ajuste da unidade modular nos encontros em “L” e em “T” para conseguirmos amarração perfeita entre as alvenarias.

O lançamento do projeto deve começar pelos encontros em "L" e em "T", utilizando ou não os blocos especiais que se façam necessários e, em seguida, fecham-se os vãos das alvenarias. Deve-se preocupar em utilizar ao máximo o bloco B29 quando o módulo é 29, e o bloco B39, quando modular com a família 39. Lançam-se, então, os vãos das esquadrias e os shafts e faz-se a avaliação das compensações necessárias.

Amarração de paredes em “L” e “T” com modulação M-15

Amarração de paredes em “L” e “T” com modulação M-20 (espessura 14 cm) O “fechamento” definitivo da modulação em planta baixa, no entanto, só ocorre após a execução das elevações das alvenarias,

quando se dá realmente o processo de compatibilização com as instalações. Somente quando inserimos os vãos das janelas, e principalmente

os

shafts

que

abrigam

as

instalações

hidrossanitárias, é que concluímos a posição definitiva dos blocos em planta baixa. Com relação às esquadrias, o projetista deve se preocupar com as portas, visto que as janelas possuem uma oferta no mercado de tamanhos mais variados, facilitando o seu ajuste na coordenação modular. Dica Nunca envie para a obra a planta baixa das alvenarias moduladas antes da revisão final das elevações, pois o primeiro lançamento da modulação pode mudar significativamente após a compatibilização. Para finalizar a modulação, precisamos definir a utilização de alguns elementos especiais pertinentes a todas as famílias, que são os blocos canaletas, também denominados BUS, os blocos tipo “J”, os BJ’s, e os blocos compensadores, chamados BCP’s. Os blocos canaletas são utilizados para execução das vergas e contra-vergas dos vãos das esquadrias, para apoio das lajes ou término das alvenarias sem laje. Os blocos tipo BJ’s, utilizados nas paredes externas, dispensam a necessidade de fôrma na periferia das lajes moldadas in loco e pré-moldadas. Seu emprego na alvenaria aparente é fundamental. Os blocos compensadores, utilizados normalmente nas paredes internas, têm altura igual à altura da aba

menor

dos

BJ’s.

Dica Quando o número de fiadas abaixo da última fiada de canaletas for ímpar, deve-se sempre utilizar os blocos especiais, como o B44 da família 29 e os B34 e B54 da família 39 na 2ª fiada, pois isso fará diminuir a utilização destes no quantitativo geral. O mesmo vale para os elementos compensadores nos vãos das portas e shafts.

Finalmente, é importante ter em mente que o projeto é a ordem de serviço para a execução da alvenaria, ou melhor, para a montagem da alvenaria. Daí a importância de elaborarmos um conjunto de detalhes compatibilizados também com a técnica construtiva.

Meio Bloco Estrutural (14) • • • • •

Medidas (cm): 14x19x14 Peças por m2: 33 Peso: 2.75(kg) Peças por carga: 6000 Tipo: Alvenaria Estrutural



Bloco estrutural principal • • • • •

Medidas (cm): 14x19x29 Peças por m2: 16 Peso: 5.5(kg) Peças por carga: 3000 Tipo: Alvenaria Estrutural

Bloco Estrutural de Amarração • • • • •

Medidas (cm): 14x19x44 Peças por m2: 11 Peso: 7.6(kg) Peças por carga: 2000 Tipo: Alvenaria Estrutural

Componentes básicos da Alvenaria Estrutural 03 de Novembro de 2010 Modulação A modulação é parte fundamental nos projetos em alvenaria estrutural. Esta técnica implica no cálculo de todas as dimensões de edificação, de forma que sejam múltiplos ou submúltiplos do bloco a ser utilizado. Assim há uma obra racionalizada, sem disperdícios ou improvisações, resultando em grande redução de custos. Graute Os pontos de graute devem estar previstos já no projeto. Também chamado de microconcreto, o graute é constituído de pedrisco, cimento e areia, e tem consistência bem flúida, sendo auto adensável.

Aplicado em determinados pontos da alvenaria, ele atua como enrijecedor estrutural. Serve para preencher as cavidades dos blocos onde serão acomodadas as armaduras e as amarrações das paredes. O graute serve também para suprir as deficiências locais da argamassa, ajudando a distribuir melhor os esforços na alvenaria.

Amarração A "Amarração em T" é uma intersecção de duas alvenarias perpendiculares com entrelaçamento dos blocos. Promove a consolidação do conjunto das alvenarias e a melhor distribuição do peso da edificação. Para a correta execução desta amarração, existem blocos com medidas especiais que permitem intertravamento sem prejudicar a modulação das paredes.

Alvenaria Estrutural: Método Inteligente 03 de Novembro de 2010 A Alvenaria Estrutural é um método inteligente que consiste em trabalhar um sistema construtivo onde não se faz uso de vigas ou pilares. As lajes se apoiam diretamente nas paredes constituídas por blocos estruturais e juntas de argamassa, transferindo assim, as cargas diretamente para as fundações ou uma estrutura de transição. Fundamentos do sistema em alvenaria estrutural: Cada vez mais, a produção de uma obra moderna exige a integração de diversos subsistemas diferenciados: arquitetônico, estrutural, elétrico, hidráulico, esgoto, gás, telefonia, proteção contra incêndio, ar condicionado, transporte vertical, automação predial, controle de acesso, circuito fechado de televisão, revestimento, esquadrias, entre outros. Quando todos estes, chamados “sistemas intermediários”, não estão de acordo dentro de um único projeto, a tradução disso pode ser dor de cabeça e diversos pequenos problemas como obstáculo na sua construção. Ao invés de procurar resolver tudo no canteiro de obras, onde estas soluções são sempre menos eficientes, trabalhosas e caras, resolver toda a integração entre os subsistemas ainda na fase do projeto é a proposta do trabalho com blocos estruturais. O conceito de alvenaria estrutural exige, para que as paredes sejam confeccionadas, blocos com perfeição de dimensões e resistências adequadas ao projeto. A qualidade do bloco neste caso é fundamental para o sucesso da obra.

Sem pilares e vigas O método construtivo é rápido e econômico, pois são as próprias paredes que sustentam as cargas recebidas pela laje e andares superiores Texto: Renata Ramos Fotos: Paula Magrini

Ela esteve por muito tempo ligada ao conceito de obras de casas populares, porém cada vez mais, passa a fazer parte de variados projetos residenciais. A alvenaria estrutural se diferencia em vários aspectos da convencional de concreto armado, embora, certamente, a diferença maior esteja na ausência de pilares e vigas. "Nesse método, a própria vedação é autoportante, ou seja, apóia o peso da laje e dos pavimentos superiores", esclarece o engenheiro civil e arquiteto, Danilo Camargo.

NA FUNDAÇÃO DESTA RESIDÊNCIA DE ALVENARIA ESTRUTURAL, projetada pela arquiteta Paula Magrini e executada pelo empreiteiro Joel Pereira, foram erguidas duas fiadas de blocos estruturais acima do baldrame, que receberam concreto. Em cada extremidade, lateral das aberturas e a 1,50 m, há um graute (barra de ferro que depois será concretada).

Optar pela alvenaria estrutural, na maioria dos casos, diminui os gastos e traz agilidade à obra. "Por ser uma estrutura mais leve, o custo com a fundação é menor. O investimento em estrutura também é reduzido e por ter um nivelamento mais rápido e fácil, é possível diminuir a mão-de-obra e os materiais", ressalta o engenheiro civil Marcos Panzoldo. Ele afirma que a redução de custos em relação à estrutura de concreto armado pode chegar a 50% e a economia de tempo, em média, a 30%. Camargo ressalta que o sistema não é necessariamente mais barato em todos os casos, mas é sempre mais rápido.

Antes da escolha do método construtivo, que deve ocorrer ainda na fase de concepção da planta, é preciso avaliar o projeto, pois ele pode limitar o uso do sistema. "Grandes vãos, lajes em balanço, poucas paredes, muitas fachadas de vidro, entre outros fatores podem restringir o uso da alvenaria estrutural. Outro fator importante é que nela não é possível fazer modificações arquitetônicas como demolir paredes internas", explica a arquiteta Regina Flores. Mudanças devem ser previamente analisadas e aprovadas por um engenheiro calculista, afinal, a própria alvenaria é a estrutura da edificação.

AS ALVENARIAS FORAM ERGUIDAS EM FASES e um projeto de modulação das paredes foi executado para que os blocos não fossem cortados. Há blocos inteiros (14 x 19 x 29 cm) e meio (14 x 19 x 14 cm). Nos cantos, eles devem ser colocados passando pelo graute e em disposições diferentes para que haja o travamento.

Panzoldo reforça que a mão-de-obra deve ser qualificada, pois uma alvenaria estrutural mal feita acarreta trincas, desnivelamento de portas, vidros de janelas quebrados, além do aumento no custo de acabamentos como

chapisco, emboço, gesso, de mão-de-obra e materiais.

NESTA ETAPA, PERCEBE-SE BEM A SAÍDA DOS GRAUTES. Finalizado o andar inferior, as obras do superior puderam começar.

"Outra desvantagem é a necessidade de um lugar para estocar blocos e massa para assentamento, porque a falta destes materiais, em certos momentos, pode atrapalhar o andamento da obra", enfatiza. A opção ainda dificulta alterações posteriores nas instalações hidráulicas e elétricas, pois todas ficam embutidas e, para qualquer modificação, é necessário quebrar boa parte do bloco. "Se a mudança for ainda mais complexa, será preciso consultar o engenheiro calculista do projeto", alerta a arquiteta.

AS CANALETAS foram passadas na altura das portas e janelas e no final da alvenaria. Elas abrigam uma barra de ferro

O CONDUÍTE passa pela canaleta,

concretada. A canaleta serve também para fazer antes desta ser as ligações horizontais elétricas e hidráulicas,

concretada.

evitando "rasgos" na alvenaria.

Execução A alvenaria estrutural pode ser realizada com blocos cerâmicos, de concreto ou tijolos, desde que a resistência do material permita sua função estrutural. Segundo Camargo, antes da decisão, é preciso analisar algumas características, como isolamento térmico e acústico.

NA FASE DE MEIA ALTURA DO

COM A CASA

PAVIMENTO superior, percebe-se a canaleta sobre a janela e os conduítes

PRONTA, à primeira vista não

saindo da alvenaria na vertical, para

é possível identificar o

serem interligados quando instalada a

método construtivo aplicado.

canaleta na horizontal. "Estas podem variar conforme o fabricante e o modelo do material. Por isso, observe as especificações técnicas de cada produto", aconselha. Panzoldo explica ainda que a fundação pode ser mais leve, pois a estrutura será também mais leve. Com isso, há menor custo, tempo de execução e número de ocorrências ou problemas nessa fase. Camargo explica que na alvenaria estrutural, as cargas vêm das lajes para as paredes e seguem para a fundação. "Dessa forma, é importante sempre contar com um engenheiro calculista para validar o dimensionamento das paredes e da fundação", finaliza. Os profissionais recomendam ainda utilizar argamassa industrializada, ferramentas específicas e mão-de-obra qualificada para a execução, o que garante alinhamento e assentamento adequados da alvenaria. Alvenaria estrutural armada e não armada Regina esclarece que a armada possui armação de aço e, portanto, suporta mais carga. "Os blocos são 'quebrados' e uma barra de aço é colocada e preenchida com concreto, criando peças rígidas, como se fossem pilares e vigas", esclarece Panzoldo. A arquiteta afirma ainda que ela possibilita um projeto mais livre, com vãos maiores. "A não armada é mais rápida, porém limita a obra na altura e nos vãos", informa. "A alvenaria armada nada mais é do que a execução de reforços em pontos pré-definidos pelo projetista, para que a construção sustente as cargas dos andares superiores ou mesmo de pontos específicos", resume Camargo.

Menos agressivo ao meio ambiente

Muitos especialistas consideram o método menos prejudicial à natureza, afinal, produz menos entulho e não utiliza formas de madeira. Outro fator é o menor desperdício de materiais e de energia elétrica, já que não são necessários vibradores no concreto ou combustível para geradores. "Além disso, o concreto usinado utilizado em estrutura de concreto armado tem aditivos químicos que podem contaminar solos e lençóis freáticos", conclui Panzoldo.

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