Cartilha-rocadoralateral Sp

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SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL ADMINISTRAÇÃO REGIONAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

Operação e manutenção de roçadora Lateral “O SENAR-AR/SP está permanentemente empenhado no aprimoramento profissional e na promoção social, destacando-se a saúde do produtor e do trabalhador rural.” Fábio Meirelles

Presidente do Sistema FAESP-SENAR-AR/SP

FEDERAÇÃO DA AGRICULTURA E PECUÁRIA DO ESTADO DE SÃO PAULO Gestão 2012-2016

Fábio de Salles Meirelles Presidente

JOSÉ CANDÊO Vice-Presidente

ÂNGELO MUNHOZ BENKO Diretor 2º Secretário

EDUARDO LUIZ BICUDO FERRARO Vice-Presidente

MILTON LUIZ SARTO Diretor 3º Secretário

PAULO FERNANDO MERCADANTE TURCI Vice-Presidente

LUIZ SUTTI Diretor 1º Tesoureiro

MARCIO ANTONIO VASSOLER Vice-Presidente

CARLOS EMERENCIANO TIAGO Diretor 2º Tesoureiro

JOSÉ EDUARDO COSCRATO LELIS Diretor 1º Secretário

PEDRO LUIZ OLIVIERI LUCCHESI Diretor 3º Tesoureiro

SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL Administração Regional do Estado de São Paulo Conselho Administrativo

Fábio de Salles Meirelles Presidente

Daniel Klüppel Carrara Representante da Administração Central

EUNIZIO MALAGUTTI Representante do Segmento das Classes Produtoras

BRAZ AGOSTINHO ALBERTINI Presidente da FETAESP

ADRIANA MENEZES DA SILVA Representante do Segmento das Classes Produtoras

Mário Antonio de Moraes Biral Superintendente Sérgio Perrone Ribeiro Coordenador Geral Administrativo e Técnico

SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL ADMINISTRAÇÃO REGIONAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

Operação e manutenção de roçadora Lateral

São Paulo - 2012

IDEALIZAÇÃO Fábio de Salles Meirelles Presidente do Sistema FAESP-SENAR-AR/SP

SUPERVISÃO GERAL Jair Kaczinski Chefe da Divisão Técnica do SENAR-AR/SP RESPONSÁVEL TÉCNICO Marco Antônio de Oliveira Divisão Técnica do SENAR-AR/SP AUTORES Fernando Andrades – Técnico em segurança do trabalho Paulo Roberto de Moraes Miguel – Administrador de empresas Sandro Cecon – Técnico em agropecuária COLABORADORES Sindicato Rural de Ourinhos Sindicato Rural de Itapeva Revenda DIAFER Maquinas e Ferramentas - Itapeva Fazenda Marquesa S.A. - Itapeva FOTOS Antonio Yonekazu Inaba DIAGRAMAÇÃO Felipe Prado Bifulco Diagramador do SENAR-AR/SP

Direitos Autorais: é proibida a reprodução total ou parcial desta cartilha, e por qualquer processo, sem a expressa e prévia autorização do SENAR-AR/SP.

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SUMÁRIO APRESENTAÇÃO.............................................................................................................................................. 7 INTRODUÇÃO...................................................................................................................................................9 ROÇADORA LATERAL................................................................................................................................... 11 I – IDENTIFICAR A ROÇADORA LATERAL.................................................................................................. 12 II – CONHECER A ROÇADORA LATERAL.................................................................................................... 13 1. CONHEÇA A ROÇADORA MOTORIZADA A GASOLINA.................................................................. 13 2. CONHEÇA A ROÇADORA MOTORIZADA MOVIDA A ENERGIA ELÉTRICA................................... 22 III. CONHECER AS NORMAS DE SEGURANÇA........................................................................................... 23 1. CONHEÇA ALGUNS ITENS DA N.R. 31........................................................................................... 23 2. CONHEÇA O EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL (EPI) PARA A DERRIÇADORA MANUAL MOTORIZADA.................................................................................................................... 25 3. CONHEÇA AS MEDIDAS DE PROTEÇÃO COLETIVA..................................................................... 28 IV – CONHECER OS PROCEDIMENTOS DE ­MANUTENÇÃO DA ROÇADORA......................................... 29 1. IDENTIFIQUE AS FERRAMENTAS NECESSÁRIAS PARA A MANUTENÇÃO................................ 29 2. FAÇA A MANUTENÇÃO DIÁRIA........................................................................................................ 29 3. FAÇA A MANUTENÇÃO SEMANAL.................................................................................................. 32 4. FAÇA A MANUTENÇÃO MENSAL..................................................................................................... 35 5. FAÇA A DESCARBONIZAÇÃO ......................................................................................................... 37 6. GUARDE A ROÇADORA................................................................................................................... 41 V – OPERAR A ROÇADORA.......................................................................................................................... 42 1. PREPARE O EQUIPAMENTO DE CORTE........................................................................................ 42 2. ACOPLE O EQUIPAMENTO DE CORTE NA PONTEIRA DA HASTE DA ROÇADORA................... 43 3. PREPARE A MISTURA ÓLEO-GASOLINA........................................................................................ 44 4. ABASTEÇA A ROÇADORA A GASOLINA.......................................................................................... 44 5. PREPARE A ROÇADORA COM MOTOR ELÉTRICO....................................................................... 46 6. COLOQUE OS EPIS NECESSÁRIOS PARA A OPERAÇÃO............................................................ 46 7. AVALIE O LOCAL A SER ROÇADO................................................................................................... 47 8. FUNCIONE A ROÇADORA A GASOLINA.......................................................................................... 47 9. ACIONE O MOTOR ELÉTRICO......................................................................................................... 49 Serviço Nacional de Aprendizagem Rural

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10. AJUSTE A ROÇADORA LATERAL AO CORPO DO OPERADOR.................................................. 49 11. AJUSTE A ROÇADORA COSTAL AO CORPO DO OPERADOR.................................................... 50 12. FAÇA A ROÇADA............................................................................................................................. 50 13. DESLIGUE A ROÇADORA.............................................................................................................. 52 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS................................................................................................................ 53 ANOTAÇÕES...................................................................................................................................................54

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APRESENTAÇÃO

O

SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL - SENAR-AR/SP, criado em 23 de dezembro de 1991, pela Lei n° 8.315, e regulamentado em 10 de junho de 1992, como Entidade de personalidade jurídica de direito privado, sem fins lucrativos, teve a Administração Regional do Estado de São Paulo criada em 21 de maio de 1993.

Instalado no mesmo prédio da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo - FAESP, Edifício Barão de Itapetininga - Casa do Agricultor Fábio de Salles Meirelles, o SENAR-AR/SP tem, como objetivo, organizar, administrar e executar, em todo o Estado de São Paulo, o ensino da Formação Profissional e da Promoção Social Rurais dos trabalhadores e produtores rurais que atuam na produção primária de origem animal e vegetal, na agroindústria, no extrativismo, no apoio e na prestação de serviços rurais.

Atendendo a um de seus principais objetivos, que é o de elevar o nível técnico, social e econômico do Homem do Campo e, consequentemente, a melhoria das suas condições de vida, o SENAR-AR/SP elaborou esta cartilha com o objetivo de proporcionar, aos trabalhadores e produtores rurais, um aprendizado simples e objetivo das práticas agrosilvo-pastoris e do uso correto das tecnologias mais apropriadas para o aumento da sua produção e produtividade.

Acreditamos que esta cartilha, além de ser um recurso de fundamental importância para os trabalhadores e produtores, será também, sem sombra de dúvida, um importante instrumento para o sucesso da aprendizagem a que se propõe esta Instituição.

Fábio de Salles Meirelles Presidente do Sistema FAESP-SENAR-AR/SP

“Plante, Cultive e Colha a Paz” Serviço Nacional de Aprendizagem Rural

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INTRODUÇÃO Esta cartilha, em linguagem simples e ilustrada, apresenta ao operador da roçadora, de forma detalhada, todas as operações necessárias para a sua utilização correta, fornecendo informações importantes sobre a preservação do meio ambiente, da segurança e saúde do operador, tratando de assuntos que interferem na operação e manutenção da roçadora manual lateral.

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ROÇADoRA LATERAL Equipamento utilizado para o corte de relvado, pastagens e arbustos de até 5 cm de diâmetro, utilizando acessórios de corte específicos para cada fim, sendo o modelo costal mais utilizado em terreno inclinado. A roçadora pode ser acionada por bateria, motor elétrico ou gasolina de 2 ou 4 tempos. Considerando a grande quantidade de marcas e modelos, nessa cartilha as indicações de uso e manutenção estão direcionadas para o manejo geral, devendo-se em situações específicas consultar o manual do fabricante.

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I – IDENTIFICAR A ROÇADoRA LATERAL

interruptor liga - desliga

trava do acelerador

alavanca do acelerador

conjunto de corte

tubo cardan

manopla de controle

interruptor liga - desliga

trava do acelerador

alavanca do acelerador

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II – CONHECER A ROÇADoRA LATERAL Existem hoje no mercado pelo menos dez marcas de roçadora manual motorizada a gasolina ou elétrica. Essas roçadoras são caracterizadas de acordo com o tipo de serviço e a potência do motor, sendo utilizadas ocasional ou profissionalmente, para serviços leves ou pesados. Roçadora Lateral – Equipamento preso junto ao corpo do operador com auxílio de uma alça de transporte, composto de motor e ferramenta de corte, unidos por uma haste rígida.

Roçadora Costal – Equipamento colocado nas costas do operador, suspenso por suporte ergonômico para melhor distribuição do peso, composto de um motor e haste flexível, na ponta do qual aciona-se uma ferramenta de corte.

1. Conheça a roçadora motorizada a gasolina O Motor possui combustão interna e transforma energia proveniente de uma reação química em energia mecânica, que será transmitida para o conjunto de corte, fazendo-o girar em alta rotação. Serviço Nacional de Aprendizagem Rural

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1.1. Conheça o Motor Esse motor pode funcionar com 2 ou 4 tempos. Nos motores 4 tempos, há uma explosão a cada duas voltas. Já nos motores de 2 tempos, para cada explosão o pistão dá uma volta completa, por isso eles têm mais rotação. Os motores de 2 tempos não utilizam o “carter” como depósito de óleo lubrificante. A lubrificação é obtida adicionando óleo diretamente ao combustível. Já no motor 4 tempos o “carter” é utilizado como reservatório de óleo para a lubrificação. Um motor a gasolina é composto de diversas partes e sistemas interligados com a função de acionar a transmissão e o conjunto de corte na ponta da haste. a)

bloco

b)

virabrequim

c)

biela

d)

pistão

e)

anéis de segmento

f)

volante do motor

h)

cilindro

i)

junta do cilindro

g) silenciador

Todas essas partes estão ligadas a diversos sistemas que, atuando juntos, fazem o motor funcionar.

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1.2. Conheça o Sistema de alimentação O sistema de alimentação armazena o combustível utilizado no funcionamento do motor e é composto de:

a)

tanque de combustível

b)

mangueira

c) tampa do reservatório de combustível

d) filtro de combustível

1.3. Conheça o Sistema de carburação O carburador é quem mistura o combustível com o ar em uma proporção tal que permita a combustão quase instantânea e completa no cilindro. O sistema é composto por:

a) tampa do carburador b) filtro de ar

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c) corpo do carburador

- parafusos fixadores da carcaça do carburador - tambor do acelerador - membrana da bomba de combustível - junta da membrana da bomba de combustível - giclê - eixo do estrangulador com agulha de admissão - diafragma - junta do diafragma - tampa do diafragma - cobertura do bulbo - bulbo primmer (bomba manual) - tela de filtragem

ATENÇÃO!!! Os carburadores podem variar na estrutura conforme o fabricante. Consulte o manual do fabricante para verificar detalhes e a regulagem específica de cada modelo.

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1.4. Conheça o Sistema elétrico Este sistema é responsável por gerar energia elétrica, a partir de energia mecânica, fazendo com que a vela emita a faísca para a explosão dentro da câmara de combustão. É composto por:

a) volante magnético

b) bobina eletrônica ou módulo de ignição c)

cabo de condução da faísca

d)

cabo de ignição

e)

terminal da vela

f)

vela de ignição

1.5. Conheça o Sistema de transmissão A função desse sistema é transmitir a energia mecânica gerada pelo motor para a ponteira (caixa de engrenagens), por meio do eixo cardan. Suas partes são: a) tambor da embreagem b) embreagem

1.6. Conheça o Sistema de partida Sua função é girar o virabrequim que aciona todos os outros sistemas, fazendo o motor iniciar seu funcionamento. É composto basicamente por:

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a) tampa da partida b) cordão de partida (arranque) c) mola recuo (arranque) d) carretel do arranque e) polia arrastadora

1.7. Conheça a Haste e seus componentes A haste, aqui considerada, é um conjunto de partes com comprimento variável e diferentes funções.

1.7.1. Conheça a Manopla de controle Existem modelos com guidão circular, em que os controles de acelerador e interruptor encontram-se na haste antes da empunhadura, e modelos com guidão em “u”, em que os controles ficam na manopla do guidão.

1.7.2. Conheça a Empunhadura Também conhecida como volante, tem a função de facilitar o controle do operador sobre a máquina.

1.7.3. Conheça o Tubo cardan É um tubo metálico que conecta o motor a ponteira da roçadora, fazendo a proteção do eixo cardan.

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1.7.4. Conheça o Eixo cardan É um eixo rígido que transmite a potência gerada pelo motor para a caixa de engrenagens da ponteira da roçadora.

1.8. Conheça o defletor O defletor é uma capa de proteção acoplada à haste da roçadora, sendo de uso obrigatório, devendo ser adequado ao equipamento de corte.

a) Defletor para cabeçote de fio de náilon (fixo) Equipamento obrigatório, fixo na haste da roçadora com faca limitadora do comprimento do fio de náilon.

b) Defletor para lâmina de facas (fixo) Equipamento obrigatório, fixo na haste da roçadora.

c) Defletor para cabeçote de fio de náilon (removível) Este equipamento obrigatório deverá ser acoplado no defletor de lâmina quando da utilização do cabeçote de fio de náilon.

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d) Defletor para disco de serra (fixo) Equipamento obrigatório, fixo na haste da roçadora.

1.9. Conheça a ponteira da roçadora Conectada ao tubo e ao eixo cardan, é composta por um conjunto de engrenagens que é responsável por absorver o movimento de rotação do eixo cardan e girar o conjunto de corte.

1.10. Conheça o equipamento de corte O equipamento de corte é acoplado à ponteira da roçadora, podendo ser confeccionado em náilon ou aço, afiável ou não (vídia), devendo ser adequado ao uso.

a)

Lâmina de 2, 3 ou 4 facas

Utilizadas para corte de relvados, pastagens e vegetação de caule macio. As facas das lâminas são afiáveis.

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b) Lâmina de 8 facas Utilizada para corte de vegetação de até 2 cm de diâmetro (colonião, napier, etc.), As facas são afiáveis.

c)

Lâmina de 24 dentes

Utilizada para corte de vegetação com arbustos de até 5 cm de diâmetro, com dentes de vídia, sem afiação.

d) Lâmina de 80 dentes Utilizada para corte de vegetação com arbustos de até 5 cm de diâmetro, sendo necessário o travamento e afiação.

e)

Cabeçote de fio de náilon

Utilizado para corte de relvado, vegetação macia e acabamento próximo a árvores, muros e pedras.

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O tipo de fio de náilon pode variar de acordo com a finalidade, quadrado ou redondo, sendo o fio quadrado mais indicado para corte e o redondo para acabamento. Pode variar a bitola de 1,6 a 3,0 mm, de acordo com a potência da máquina. A liberação do fio pode ser manual, quando é feita pelo operador com a máquina desligada, e semiautomática, quando a base do cabeçote toca o solo, com a máquina em movimento. Tabela de conversão de peso em metragem conforme bitola. FIO DE NÁILON - 100g Modelo

Metragem aproximada

Fio 1,6 mm – Redondo

44

Fio 1,8 mm – Redondo

35

Fio 2,0 mm – Redondo

28

Fio 2,6 mm – Redondo

17

Fio 2,6 mm – Quadrado

13

Fio 3,0 mm – Redondo

13

Fio 3,0 mm – Quadrado

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2. Conheça a roçadora motorizada movida a energia elétrica Essa roçadora funciona com motor elétrico monofásico, de tensão de 110 ou 220 volts, ligado diretamente à rede de energia elétrica por cabo, cuja bitola pode variar conforme a potência do motor e a distância do ponto de energia. Estão entrando no mercado alguns modelos alimentados por bateria de recarga rápida. A roçadora motorizada movida a eletricidade só se diferencia da movida a gasolina pelo tipo de combustível.

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III. CONHECER AS NORMAS DE SEGURANÇA No Brasil foi aprovada uma série de normas visando que os trabalhos sejam realizados com respeito à saúde e segurança do trabalhador. Podemos destacar a Lei 6.514 de 22/12/1977 e a Portaria 3.214 de 08/06/1978, que aprova as normas regulamentadoras (NRs). Destacamos aqui a N.R. 06 (Equipamentos de proteção individual), a N.R. 12 (Máquinas e equipamentos) e em especial na área rural a N.R. 31. 1. Conheça alguns itens da N.R. 31 31.1 Objetivo 31.1.1 Esta Norma Regulamentadora tem por objetivo estabelecer os preceitos a serem observados na organização e no ambiente de trabalho, de forma a tornar compatível o planejamento e o desenvolvimento das atividades da agricultura, pecuária, silvicultura, exploração florestal e aqüicultura com a segurança e saúde e meio ambiente do trabalho.

31.2 Campos de Aplicação 31.2.1 Esta Norma Regulamentadora se aplica a quaisquer atividades da agricultura, pecuária, silvicultura, exploração florestal e aqüicultura, verificadas as formas de relações de trabalho e emprego e o local das atividades. 31.2.2 Esta Norma Regulamentadora também se aplica às atividades de exploração industrial desenvolvidas em estabelecimentos agrários.

31.3.3 Cabe ao empregador rural ou equiparado: a) garantir adequadas condições de trabalho, higiene e conforto, definidas nesta Norma Regulamentadora, para todos os trabalhadores, segundo as especificidades de cada atividade; b) realizar avaliações dos riscos para a segurança e saúde dos trabalhadores e, com base nos resultados, adotar medidas de prevenção e proteção para garantir que todas as atividades, lugares de trabalho, máquinas, equipamentos, ferramentas e processos produtivos sejam seguros e em conformidade com as normas de segurança e saúde; c) promover melhorias nos ambientes e nas condições de trabalho, de forma a preservar o nível de segurança e saúde dos trabalhadores; d) cumprir e fazer cumprir as disposições legais e regulamentares sobre segurança e saúde no trabalho; e) analisar, com a participação da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes no Trabalho Rural - CIPATR, as causas dos acidentes e das doenças decorrentes do trabalho, buscando prevenir e eliminar as possibilidades de novas ocorrências; Serviço Nacional de Aprendizagem Rural

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f) assegurar a divulgação de direitos, deveres e obrigações que os trabalhadores devam conhecer em matéria de segurança e saúde no trabalho; g) adotar os procedimentos necessários quando da ocorrência de acidentes e doenças do trabalho; h) assegurar que se forneçam aos trabalhadores instruções compreensíveis em matéria de segurança e saúde, bem como toda orientação e supervisão necessárias ao trabalho seguro; i) garantir que os trabalhadores, através da CIPATR, participem das discussões sobre o controle dos riscos presentes nos ambientes de trabalho; j) informar aos trabalhadores: 1. os riscos decorrentes do trabalho e as medidas de proteção implantadas, inclusive em relação a novas tecnologias adotadas pelo empregador; 2. os resultados dos exames médicos e complementares a que foram submetidos, quando realizados por serviço médico contratado pelo empregador; 3. os resultados das avaliações ambientais realizadas nos locais de trabalho. k) permitir que representante dos trabalhadores, legalmente constituído, acompanhe a fiscalização dos preceitos legais e regulamentares sobre segurança e saúde no trabalho; l) adotar medidas de avaliação e gestão dos riscos com a seguinte ordem de prioridade: 1. eliminação dos riscos; 2. controle de riscos na fonte; 3. redução do risco ao mínimo através da introdução de medidas técnicas ou organizacionais e de práticas seguras inclusive através de capacitação; 4. adoção de medidas de proteção pessoal, sem ônus para o trabalhador, de forma a complementar ou caso ainda persistam temporariamente fatores de risco.

31.3.4 Cabe ao trabalhador: a) cumprir as determinações sobre as formas seguras de desenvolver suas atividades, especialmente quanto às Ordens de Serviço para esse fim; b) adotar as medidas de proteção determinadas pelo empregador, em conformidade com esta Norma Regulamentadora, sob pena de constituir ato faltoso a recusa injustificada; c) submeter-se aos exames médicos previstos nesta Norma Regulamentadora; d) colaborar com a empresa na aplicação desta Norma Regulamentadora;

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31.12 Máquinas, equipamentos e implementos 31.12.1 As máquinas, equipamentos e implementos, devem atender aos seguintes requisitos: a) utilizados unicamente para os fins concebidos, segundo as especificações técnicas do fabricante; b) operados somente por trabalhadores capacitados e qualificados para tais funções; c) utilizados dentro dos limites operacionais e restrições indicados pelos fabricantes. 31.12.2 Os manuais das máquinas, equipamentos e implementos devem ser mantidos no estabelecimento, devendo o empregador dar conhecimento aos operadores do seu conteúdo e disponibilizá-los sempre que necessário. 31.12.4 As máquinas, equipamentos e implementos que ofereçam risco de ruptura de suas partes, projeção de peças ou de material em processamento só devem ser utilizadas se dispuserem de proteções efetivas. 31.12.5 Os protetores removíveis só podem ser retirados para execução de limpeza, lubrificação, reparo e ajuste, ao fim dos quais devem ser, obrigatoriamente, recolocados. 31.12.11 Só devem ser utilizadas máquinas de cortar, picar, triturar, moer, desfibrar e similiares que possuírem dispositivos de proteção, que impossibilitem contato do operador ou demais pessoas com suas partes móveis. 31.12.14 Só devem ser utilizadas roçadeiras que possuam dispositivos de proteção que impossibilitem o arremesso de materiais sólidos.

2. Conheça o equipamento de proteção individual (EPI) para a derriçadora manual motorizada EPI “é todo dispositivo ou produto de uso individual utilizado pelo trabalhador, destinado à proteção de riscos, suscetíveis de ameaçar a segurança e saúde no trabalho” (N.R. 06). Portanto, ao realizar o trabalho com a derriçadora, é obrigatório que você utilize: -- Óculos de proteção

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-- Protetor facial

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-- Protetor auricular

Tipo Concha

Tipo Silicone

Precaução: Devido à projeção de objetos cortantes, a utilização de botina de segurança com biqueira de aço é mais eficaz.

-- Capacete

Deverá ser utilizado quando a operação for realizada com risco de impacto sobre o crânio, como por exemplo em área de floresta ou sob a copa de árvores.

-- Touca Árabe

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-- Botina de segurança

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-- Camisa de manga longa

-- Avental de raspa de couro

-- Luvas

-- Calça comprida

-- Creme de proteção tipo II ou luvas de látex nitrílico

Deverá ser utilizado durante o uso de agentes químicos, no abastecimento e na manutenção da roçadora.

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-- Perneira com lâmina de aço

-- Colete refletivo

Utilizar em situações em que o operador precisa ser visualizado, como, por exemplo, locais de tráfego de veículos. -- Protetor solar

3. Conheça as medidas de proteção coletiva -- Sinalização A área a ser roçada deverá estar devidamente sinalizada durante a operação em suas vias de acesso. -- Distância de segurança Mantenha a distância mínima de 15 metros de pessoas, animais, veículos e casas. PRECAUÇÃO!!! Caso alguma pessoa se aproxime, interrompa temporariamente a operação e a oriente. -- Tela de proteção Caso seja necessário utilizar a roçadora a menos de 15 metros de pessoas, animais, veículos e casas, utilizar tela de proteção. 28

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IV – CONHECER OS PROCEDIMENTOS DE ­MANUTENÇÃO DA ROÇADoRA São os procedimentos realizados na roçadora manual motorizada visando manter seu perfeito funcionamento. Essas operações devem ser realizadas em diversos momentos ao longo do ano, proporcionando aumentar a vida útil da roçadora. A manutenção correta da roçadora é fundamental para a durabilidade e para a operação com qualidade e segurança. As recomendações de manutenção diária, semanal e mensal são indicadas para roçadora de uso diário. Em caso de uso ocasional, seguir a recomendação do fabricante baseado em horas de uso. A frequência de manutenções pode ser diária, semanal, mensal e anual.

1. Identifique as ferramentas necessárias para a manutenção

Toda roçadora, quando adquirida, vem acompanhada de um jogo de ferramentas necessárias para a manutenção diária, semanal e mensal.

2. Faça a manutenção diária 2.1. Limpe a roçadora externamente Retire o excesso de resíduos e poeira da roçadora utilizando um pincel ou pano seco.

2.2. Verifique o engate rápido e alças de transporte

2.3. Verifique se a manopla e o guidão estão completos e devidamente afixados

2.4. Verifique o funcionamento da trava e do gatilho do acelerador Com a roçadora desligada, empunhe a manopla, apertando a trava, e acione o gatilho do acelerador. Serviço Nacional de Aprendizagem Rural

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2.5. Verifique a regulagem da marcha lenta Com a roçadora ligada, verifique se o equipamento de corte se movimenta; em caso positivo, consulte o manual do fabricante para a regulagem.

2.6. Verifique se o defletor está em bom estado

2.7. Verifique se o cabeçote de corte está em condições de uso O corpo do cabeçote de corte deve estar intacto. Troque-o se necessário.

2.7.1. Verifique a Lâmina de faca Afie a faca da lâmina sempre que necessário. Em caso de desgaste excessivo, rachadura, trinca ou empenamento, substitua-a.

PRECAUÇÃO!!! Utilize EPIs (luvas, capa de lima e óculos) durante a afiação. 2.7.2. Verifique o fio de náilon no carretel

2.8. Limpe o filtro de ar A limpeza consiste na retirada das impurezas aderidas ao filtro a fim de manter o fluxo de ar adequado para a mistura com a gasolina.

2.8.1. Retire o filtro de ar

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2.8.2. Lave com água corrente e detergente

2.8.3. Seque após a lavagem 2.8.4. Unte com óleo

2.8.5. Comprima na mão retirando o excesso

2.9. Esgote o carburador Visa evitar a decantação do óleo da mistura óleo-gasolina, que poderá causar o entupimento do carburador, assim como a corrosão causada pela gasolina de má qualidade.

2.9.1. Esgote o reservatório de combustível

2.9.2. Funcione o motor Deixe o motor funcionando, em baixa rotação, até o consumo total do combustível restante no carburador.

2.10. Vistorie o equipamento Verificar se existem vazamentos, peças danificadas e/ou soltas. Em caso positivo aperte, ajuste ou troque as peças.

2.11. Engraxe o conjunto de engrenagens da ponteira Para diminuir o atrito entre as peças dentro da caixa de transmissão da ponteira, mantendo o seu funcionamento adequado.

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2.11.1. Retire o parafuso do orifício graxeiro da carcaça

2.11.2. Verifique a presença e quantidade de graxa no interior da carcaça

2.11.3. Aplique a graxa

Consulte o manual do fabricante para verificar o tipo e as quantidades de graxa a aplicar

2.11.4. Recoloque o parafuso do orifício graxeiro da carcaça

2.12. Verifique o nível do óleo do motor Essa operação é realizada somente em motores de 4 tempos, devendo ser consultado o manual do fabricante para o período de troca e o tipo de óleo a ser utilizado.

3. Faça a manutenção semanal A manutenção semanal deverá ser feita imediatamente após a manutenção diária.

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3.1. Verifique o dispositivo de arranque e sua corda

3.1.1. Retire a tampa do compartimento de arranque

3.1.2. Limpe o interior do compartimento de arranque

3.1.3. Verifique se a corda esta danificada; se necessário, troque-a

3.1.4. Coloque a tampa no compartimento de arranque

3.2. Limpe a vela de ignição Visa remover o “carvão” que se acumula nos eletrodos pelo funcionamento do motor, pois esse “carvão” isola os eletrodos impedindo a emissão adequada da faísca. 3.2.1. Retire a vela de ignição do motor

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3.2.2. Limpe os eletrodos

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Use escova de aço, ou lixa-ferro, para retirar o “carvão” acumulado.

3.2.3. Verifique o calibre dos eletrodos (distância entre eles) O calibre normalmente é de 0,5 mm (consulte o manual do fabricante) e, para a calibragem,

utilize um calibre de lâminas ou uma folha de serra ferro (serrinha). 3.2.4. Coloque a vela

3.3. Limpe a roçadora Retirar impurezas retidas/impregnadas na máquina pelo uso em condições normais de trabalho.

3.3.1. Retire a capa

3.3.2. Retire a tampa do carburador

3.3.3. Tampe as entradas e saídas 34

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3.3.4. Lave a roçadora Utilize água, detergente biodegradável e um pincel para retirar a sujeira.

3.3.5. Seque a roçadora

3.3.6. Funcione a roçadora por aproximadamente 2 minutos.

3.4. Troque o óleo do motor. Em motores 4T o óleo deve ser trocado semanalmente quando em trabalho ou a cada 40 horas.

4. Faça a manutenção mensal Faça a manutenção mensal imediatamente após a semanal e a diária. 4.1. Inspecione o conjunto anti-vibratório/embreagem 4.1.1. Separe o motor da haste

4.1.2. Retire a capa do acoplamento da haste

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4 . 1 . 3 . Ve r i f i q u e o s e l e m e n t o s antivibratórios

Caso os elementos apresentem alguma avaria, troque-os.

4.1.4. Verifique a mola da embreagem

A mola não deve estar com desgaste excessivo, com trincas ou frouxa. Caso necessário intervenção, leve para a Assistência Técnica Autorizada.

4.1.5. Verifique o disco da embreagem O disco da embreagem deve estar sem desgaste excessivo e sem riscos. Caso necessário intervenção, leve para a Assistência Técnica Autorizada.

4.1.6. Coloque a capa de acoplamento da haste

4.1.7. Coloque a haste

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5. Faça a Descarbonização Essa operação deve ser feita pelo menos uma vez ao ano ou a cada 300 horas trabalhadas. A Carbonização é o acúmulo de resíduos de carbono (fuligem) resultantes da queima da mistura óleo-combustível. Esses resíduos podem se acumular na vela de ignição, cabeça do pistão, escapamento e dentro do cilindro. A carbonização causa a perda de potência e o superaquecimento, podendo danificar o motor. A descarbonização evita os problemas acima descritos, através da remoção dos resíduos de carbono, mantendo a capacidade de trabalho e diminuindo o risco de danos ao motor. 5.1. Retire a cobertura do motor

5.2. Solte o cabo do acelerador e os fios da ignição

5.3. Retire o carburador

5.4. Retire a haste

5.5. Retire a vela de ignição

5.6. Retire o calço do carburador

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5.7. Retire o tambor da embreagem

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5.8. Retire a tampa do magneto

5.9. Retire o tanque

5.10. Retire o silenciador

5.11. Retire o módulo de ignição

5.12. Retire a tampa da partida

5.13. Solte o parafuso que prende o cilindro

5.14. Retire o cilindro

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5.15. Limpe a parte interna do motor

5.16. Limpe o pistão

5.17. Limpe a saida para o silenciador

5.18. Limpe o cilindro

Limpe o “fundo” da parte interna do cilindro utilizando uma chave de fenda para retirar o “carvão impregnado”. Na parte externa, limpe a saída para o silenciador. ATENÇÃO!!! Cuidado para não riscar as laterais internas (camisa) do cilindro.

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5.19. Limpe os canais dos aneis

5.20. Limpe o silenciador

Principalmente nos motores de 2 tempos, a mistura do óleo com a gasolina acumula muito resíduo no silenciador que, se não for limpo, pode entupir. 5.20.1. Coloque o silenciador em fogo direto, utilizando um bico de gás até fica incandescente.

5.20.2. Aguarde até que o silenciador esfrie. 5.20.3. Bata levemente no silenciador de forma que solte as placas de carbonização

5.20.4. Jogue fora o carvão que sair de dentro do silenciador.

5.21. Monte o motor. 40

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6. Guarde a roçadora Quando a roçadora for ficar sem uso por 2 meses ou mais, realizar as operações de manutenção 2, 3, 4 e 5 e guardar em local seco e seguro. A roçadora manual motorizada deve ser guardada na horizontal – a uma distância mínima de 10 cm do chão – ou na vertical, com o motor para cima e o conjunto de corte para baixo.

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V – OPERAR A Roçadora 1. Prepare o equipamento de corte 1.1. Selecione a lâmina de corte A escolha da lâmina será em função da vegetação a ser roçada e conforme a recomendação do manual do fabricante. PRECAUÇÃO: Verifique trincas, rachaduras ou empenamento da lâmina; em caso positivo, substitua-a. 1.1.1. Afie a faca da lâmina de corte A faca da lâmina poderá ser afiada com auxílio de lima chata, pedra de afiação ou esmeril, devendo ser mantido o ângulo de corte original

PRECAUÇÃO: Para a afiação com pedra de afiar utilize luvas, com lima utilize a capa de lima e luvas, com o esmeril utilize luvas e óculos de proteção. 1.2. Selecione o fio de náilon A escolha do fio de náilon, da bitola e do tipo será em função da potência do equipamento e da finalidade desejada. 1.2.1. Enrole o fio no carretel do cabeçote

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1.2.2. Monte o cabeçote

2. Acople o equipamento de corte na ponteira da haste da roçadora 2.1. Monte a lâmina de faca

2.2. Acople o cabeçote à roçadora

2.2.1. Ajuste o comprimento do fio de náilon

O ajuste do comprimento do fio de náilon será de acordo com o comprimento máximo determinado pela faca do defletor.

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3. Prepare a mistura óleo-gasolina Um motor dois tempos deve ser operado com uma mistura de gasolina e óleo de motor 2T (dois tempos). A gasolina e o óleo 2T devem ser de boa qualidade e livre de impurezas e o óleo deve ter a classificação API/TC. A proporção adequada dessa mistura é de fundamental importância para o desempenho do motor. Essa proporção vai depender do tipo e/ou marca do óleo utilizado. ATENÇÃO!!! A gasolina de alta octanagem deve ser evitada. Precaução: O combustível é altamente inflamável; portanto, evite produzir faíscas de qualquer natureza, inclusive fumar, durante o abastecimento.

3.1. Vista os EPIs necessários para a operação

3. 2. Prepare a mistura

O preparo da mistura deve ser realizado em local arejado e tomando-se o cuidado com resíduos e eventuais respingos e/ou derramamentos. Somente preparar a quantidade de mistura necessária para o consumo diário, a qual deve ser transportada em um galão apropriado e com tampa.

ATENÇÃO!!! Na mudança do tipo de óleo utilizado, é altamente recomendável a descarbonização total do motor. 4. Abasteça a roçadora a gasolina

ATENÇÃO!!! Para o motor a gasolina de 4 tempos, utilize somente gasolina comum. 44

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4.1. Vista os EPIs necessários para a operação 4.2. Retire a tampa do reservatório de combustível

4.3. Coloque o funil no reservatório de combustível

4.4. Retire a tampa do recipiente de combustível PRECAUÇÃO: Abra a tampa com cautela, de forma a liberar a pressão formada pelos gases no recipiente.

4.5. Abasteça o reservatório de combustível

4.6. Retire o funil do reservatório de combustível

4.7. Tampe o reservatório

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4.8. Tampe o recipiente de combustível

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4.9. Coloque o recipiente de combustível em local adequado e à sombra ATENÇÃO:!!! Agite bem o recipiente da mistura antes de abastecer a roçadora. PRECAUÇÃO: Para o reabastecimento da roçadora, aguarde o motor esfriar. ALERTA ECOLÓGICO: Abasteça a roçadora utilizando os meios adequados, de forma a evitar o derramamento do combustível e a contaminação do solo. 5. Prepare a roçadora com motor elétrico Para o funcionamento correto da roçadora, a bitola do fio de energia da extensão elétrica deverá ser dimensionada de acordo com a potência da roçadora e o comprimento da extensão elétrica. Antes de fazer a ligação, certifique-se de que a voltagem esteja correta (110 ou 200 volts) e a extensão elétrica desenrolada totalmente, de forma a evitar o superaquecimento e possível queima do equipamento.

PRECAUÇÃO: Evite utilizar essa roçadora com a vegetação molhada, pois existe o risco de descarga elétrica. 6. Coloque os EPIs NECESSÁRIOs PARA A OPERAÇÃO Essa é a primeira ação antes de iniciar a roçada, sendo de uso obrigatório para o operador executar um trabalho com segurança.

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ATENÇÃO!!! Para um melhor resultado dos protetores auriculares, sempre abra a boca antes de sua colocação de forma a retirar o ar dentro do ouvido.

PRECAUÇÃO: Operação sobre arvores, utilize capacete 7. Avalie o local a ser roçado Verifique, no local a ser roçado, a presença de possíveis (fontes) situações de risco: pedra, arame, galhos, sementes, buracos, barrancos, etc. Em caso positivo, elimine ou minimize o risco.

8. Funcione a roçadora a gasolina 8.1. Coloque a roçadora no chão apoiada sobre o protetor do tanque de combustível e o defletor

Precaução: Funcione a roçadora a pelo menos 3 metros de distancia do local de abastecimento. 8.2. Coloque o “plug” na posição “start” ou “on” (ligado)

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8.3. Pressione o bulbo primmer (bomba manual) até que o fluxo de combustível seja visível pela mangueira transparente de retorno

8.4. Acione a alavanca do afogador para a posição “fechada”, para motor a frio

ATENÇÃO!!! Para acionar o motor aquecido, deixe a alavanca do afogador aberta. 8.5. Aperte o gatilho do acelerador e a trava de meia aceleração

8.6. Solte o gatilho. A meia aceleração ficará travada 8.7. Segure a haste, próxima ao motor, com a mão esquerda 8.8. Puxe o cordão de partida com a mão direita, lentamente, até encontrar resistência

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8.9. Puxe com firmeza até o motor funcionar

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8.10. Acione lentamente a alavanca do afogador na posição “aberto”

8.11. Destrave a meia aceleração, apertando levemente o gatilho do acelerador

8.12. Aguarde o motor aquecer, em baixa rotação, por aproximadamente 2 minutos

ATENÇÃO!!! A ferramenta de corte deverá ficar parada com a roçadora em marcha lenta; se necessário, regule. Precaução: Dê a partida em local ventilado, pois a inalação dos gases poderá provocar desmaios e morte. 9. Acione o motor elétrico O motor da roçadora elétrica, depois de ligada a rede de energia, é acionado simplesmente apertando o gatilho do acelerador.

10. Ajuste a roçadora lateral ao corpo do operador 10.1. Coloque o cinto de ombro, simples ou duplo, e ajuste o fecho de engate rápido para que fique sobre o quadril direito.

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10.2. Prenda o gancho da máquina no fecho de engate rápido

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10.3. Ajuste a alça ao longo da haste

O ponto de equilíbrio é alcançado quando a ferramenta de corte tocar ligeiramente o solo, ficando o ângulo de corte automaticamente correto.

ATENÇÃO!!! Caso necessário, volte a regular o cinto de ombro.

11. Ajuste a roçadora costal ao corpo do operador Suspenda a roçadora nas costas, ajuste e fixe a fivela do cinto.

ATENÇÃO!!! Mantenha a haste flexível suspensa, evitando que o equipamento de corte toque o solo. 12. Faça a roçada

PRECAUÇÃO: Quando em trabalho, mantenha o acessório de corte abaixo da linha da cintura. 12.1. Posicione a roçadora firmemente com as duas mãos, mantendo os braços flexionados e os pés entreabertos

12.2. Acelere a roçadora

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12.3. Incline levemente o cabeçote de corte para a direita Essa técnica facilitará o corte, arremessando os resíduos em direção oposta ao operador.

Precaução Evite operar a roçadora não tendo o equipamento de corte sob o ângulo de visão.

12.4. Mova a roçadora em arco da direita para a esquerda A maior eficiência em cortar da direita para a esquerda se dá devido ao sentido anti-horário de rotação do acessório de corte.

12.5. Desacelere a roçadora

12.6. Acelere a roçadora

12.7. Mova a roçadora em arco da esquerda para a direita

12.8. Avance e repita o procedimento até finalizar a tarefa

12.9. Desacelere a roçadora

ATENÇÃO!! Durante o uso do cabeçote de corte de fio de náilon, as pontas dos fios se desgastam, quando mais fio deverá ser liberado. Essa liberação poderá ser manual ou semiautomática, conforme o modelo do cabeçote.

PRECAUÇÃO: Se a roçadora equipada com lâmina começar a vibrar após atingir um objeto, desligue imediatamente o motor e verifique a lâmina quanto a danos. Substitua a lâmina em caso de trincas, rachaduras ou empenamentos.

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PRECAUÇÃO: Ao roçar em área de aclive, comece pelo lado inferior e vá subindo. Isso reduz o risco de escorregamento e queda, proporcionando um ângulo de corte adequado, arremessando os resíduos em direção contrária a sua.

13. Desligue a roçadora

13.1. Mantenha o motor em marcha lenta por aproximadamente 1 minuto

13.2. Coloque o “plug” na posição “stop”

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REFERêNCIAS BIBLIOGRáFICAS BRASIL. Ministério do Trabalho. Portaria nº 3.124, de 8 de junho de 1978 (Publicação) – NR 12. Segurança no trabalho em máquinas e equipamentos. Idem. Portaria nº 3.124, de 08 de junho de 1978 (Publicação) – NR 6. Equipamento de Proteção Individual – EPI. Idem. Portaria nº 86, de 03 de março de 2005 (Publicação) – NR 31. Segurança e Saúde no Trabalho na Agricultura, Pecuária, Silvicultura, Exploração Florestal e Aqüicultura. CENTRO de Treinamento Stihl – Curso de exploração florestal. Março de 2000. 59p. HONDA. Roçadoras. Manual do proprietário. Moto Honda da Amazônia LTDA; 2005. 52p. KAWASHIMA. Roçadora Costal KW31C. Manual do operador, versão 1. Curitiba: s/e. s/a. KAWASHIMA. Roçadora Lateral KW31T. Manual do Operador. Curitiba. Janeiro de 2008. 21p. MAKITA 4 Tempos. Motores Ambientalmente Corretos. Manual de Instrução. pp.1-8. MASTER 3000. Roçadora Lateral Elétrica. Manual de Instruções. 12p. NORDTECH. Boletim Informativo: Uso da Garrafa de Mistura de Combustível. Depto. de Engenharia. BO 44/08. 2008. 5p. SEGURANÇA e Trabalho Online. Procedimento para Operação de Máquina Costal. Disponível em: . Acesso em 14 de dezembro de 2010. SHINDAIWA BP-35. Roçadora Costal. Manual de Instruções. São Paulo. 30p. STIHL Fs80, 85. Manual de instruções de serviços. São Leopoldo: Andreas Stihl Moto-Serras Ltda. 2006. 48p. STIHL. O Equilíbrio Correto Durante o Corte. Waiblingen: Andreas Stihl AG & Co. Disponível em: . Acesso em 08 de julho de 2011. Idem. Técnica de Corte. Disponível em: . Acesso em 08 de julho de 2011. Idem. Corte Seguro Durante o Trabalho. Disponível em: . Acesso em 08 de julho de 2011. Serviço Nacional de Aprendizagem Rural

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ANOTAÇÕES

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