Comportamento Organizacional - Teoria E Pratica Ok.pdf

  • Uploaded by: Leonardo Batista
  • 0
  • 0
  • February 2021
  • PDF

This document was uploaded by user and they confirmed that they have the permission to share it. If you are author or own the copyright of this book, please report to us by using this DMCA report form. Report DMCA


Overview

Download & View Comportamento Organizacional - Teoria E Pratica Ok.pdf as PDF for free.

More details

  • Words: 423,372
  • Pages: 664
Loading documents preview...
,

PAGINA EM BRANCO

...o

COMPORTAMENTO ORGANIZACIONAL teoria e prática no contexto brasileiro

Pearson Educalion

EMPRESA CIDADÃ

,

PAGINA EM BRANCO



.o

""o

COMPORTAMENTO ORGANIZACIONAL teoria e prática no contexto brasileiro

S TE P H EN P. R O B B I N S TI MOTHY A. JUDG E FILIPE SOBRA L

-

PEARSON

8 ra.c;il Argentina Colômbi,l Cosia Rica Chile Espanha C uatemal,1 ~léxico J>eru

-·1>orto Rico Venezuela

© 20 11 b)' Pcarson Education do Brasil © 2011. 2009, 200i, 2005, 2003 b)• Pcarson Education. lnc. rr,·aduç,io auto1~iada ~ p.-trlil' do origi1H1l da cdiçtio ori.gi1H1l crn inglês, Otga11i~C1tio110/ beJuu,ior, l 4th e,Jitiou, de Stcphen l~ R.ohbios c• ' rirllc>1hy r\.Juclgc, publicada 1>cla PC'a1~on l::Clucation~lnc .• sob o ~cio Pc;atson Pl'Cnticc Hall . ~lOdos os direitos reservados. Ncnhun1a parte d esta public;1çào podcní ser rcpl'oduzicla ou trans1nitida de quaJqucr 1nodo ou por quaJqucr outro 1ncio, eletrônico ou n1ccánico, incluindo Íotocópia. gravação ou qualquer outro tipo de sistcn1a de arnta.7.cnaincnto e transn1issào de i11fo rr11açào, se1n pré\~a autodzaçào1 por

escrito, da P<.:<-trson Eclucation do 81.:tsil. f.diçào brA.Silcird

/)irelor editorial: R.ogcr ..fri1ncr G'.trrnte tditorial: Sabrina Cairo S'ufMrvi.sor de prodt1f
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Bras ileira do Livro, SP, Brasil) Robbins. Stcphcn P.. 19
Co111po1·1arncnto organizacional I Stcphen P. Robbins, --rintothr A.J udge, Filipe Sobral ; ltradnçào Rita de Cássia Gomes! . •• 14. cd. •• Sào Paulo : Pc~,rson Prc nlirc l·lall 1 201 O.

'lltulo 01igina.l: Org.Húzatioual bchavior. Bibliografia . .ISBN 9i8-85-iG05-569-3 1. Con1porlan1cn,o o ,·ganiiacional 1.J udgc~1~i,no1hy J\ .. 11. Sobral, 1-ilipc. 111. ·n,ulo.

10-01583

CDD-658 Índjces para catalogo sistemãtico:

1. Com1>0rwrncmo Ol'ganizacional : Administraçiio de cmp,-csas

2010 Direitos exclusivos par;i a linb''Uo-t. po rtuguesa cedidos :t,

Pcar$011 Edutatio,,
Td: (l 1) 2178-8686 - fa,: (11 ) 2178-8688 c·rnail: vcndas@pca~on.co1n

658

Sumário Parte 1 - Introdução Capítu lo 1

1

O que é comportamento o rganizacional?

1

A importância das habilidades interpessoais O que fazem os administradores

2

3

Funções dos administradores Papéis dos administradores Habilidades dos administradores Atividades eficazes versus atividades bem-sucedidas Breve revisão do trabalho do administrador

3 3 5 6

O comportamento organizacional Complementando a intuição com o estudo sistemático Disciplinas que contribuem para o estudo do comportamento organizacional

7 8 10

Psicologia Psicologia social Sociologia Antropologia

10 11 11 11

Poucas verdades são absolutas em comportamento organizacional Desafios e oportunidades no campo do comportamento organizacional Administrando as pessoas durante épocas de crise Respondendo à globalização Administrando a diversidade da força de trabalho Melhorando o atendimento ao cliente Melhorando as habilidades humanas Estimulando a inovação e a mudança Lidando com a 'temporariedade' Trabalhando em organizações interconectadas Ajudando os funcionários a equilibrar a vida pessoal e a profissional Criando um ambiente de trabalho positivo Melhorando o comportamento ético

As próximas atrações: desenvolvendo um modelo de comportamento organizacional Uma visão geral As variáveis dependentes

7

11

13 13

14 15 16 17 18 18 18 19 20 20

21 21 22

vi

Compor~mento or9<1niza~ional

As variáveis independentes Construindo um modelo de comportamento organizacional contingencial

26

Implicações globais Resumo e implicações para os gestores

28 28

27

Parte 2 - O indivíduo

37

Capítulo 2

37

Diversidade nas organizações Diversidade Características demográficas da força de trabalho brasileira Níveis de diversidade Discriminação

Características biográficas Idade Gênero Raça e etnia Portadores de deficiências Outras características biográficas: estabilidade no emprego, religião e orientação sexual

Capítu lo 3

38 38

39 40 41 41

42

43 45 46

Habilidade

48

Habilidades intelectuais Habilidades físicas O papel das deficiências

49 52 52

Implementando estratégias de gestão da diversidade

53

Atraindo, selecionando, desenvolvendo e retendo funcionários diversificados A diversidade nos grupos Programas de diversidade eficazes

54 54

Implicações globais

56

Caraterísticas biográficas Habilidades intelectuais Gestão da diversidade

56 56 56

Resumo e implicações para os gestores

57

Atitudes e satisfação no trabalho

53

65

Atitudes

66

Quais são os principais componentes das atitudes? O comportamento é sempre d&terminado pelas atitudes? Quais são as principais atitudes no trabalho?

66 67 69

Sumário

Capítu lo 4

vii

Satisfação com o trabalho

73

Mensuração da satisfação com o trabalho Quão satisfeitas as pessoas estão com seu trabalho? O que causa a satisfação no trabalho?

73 74 75

O impacto da presença de funcionários satisfeitos e insatisfeitos no ambiente de traba lho Implicações globais

78 82

Satisfação com o trabalho é um conceito das culturas ocidentais? Nas culturas ocidentais os empregados estão mais satisfeitos com seus trabalhos?

82

Resumo e implicações para os gestores

83

Emoções e sentimentos

82

91

O que são emoções e sentimentos?

92

As emoções básicas Os sentimentos básicos: afetividade positiva e negativa A função das emoções Fontes das emoções e estados de ânimo

94 95 96 97

Esforço emocional Teoria dos eventos afetivos Inteligência emocional O argumento a favor da IE O argumento contra a IE

Aplicações das emoções e sentimentos no comportamento organizacional Seleção Tomada de decisão Criatividade Motivação Liderança Negociação Atendimento ao cliente Atitudes no trabalho Desvios de comportamento no ambiente de trabalho Segurança e acidentes de trabalho Como os gestores podem influenciar os sentimentos dos funcionários

Implicações globais Resumo e implicações para os gestores

101 104 105 106 107

107 107 108 109 109 109 110 11 1 111 111 112 113

113 115

viii

Compo1t.amento organiza~ional

Capítu lo 5

Personalidade e valores Personalidade O que é personalidade? O Indicador de Tipos de Personalidade Myers-Briggs O modelo Big Five de personalidade Outros traços de personalidade relevantes para o comportamento organizacional

Valores A importância dos valores Tipos de valores Valores geracionais

Vinculando a personalidade e os valores de um indivíduo ao local de trabalho Adequação da pessoa ao t rabalho Adequação da pessoa á organização

Implicações globais Personalidade Valores

Resumo e implicações para os gestores

Capítu lo 6

Percepção e tomada de decisão individual O que é percepção? Fatores que influenciam a percepção

Percepção de pessoas: fazendo julgamentos sobre os outros Teoria da atribuição Simplificações no julgamento das outras pessoas Aplicações nas organizações

A ligação entre a percepção e a tomada de decisões ind ividual Tomando decisões nas organizações

125 126 127 129 130 133

138 139 139 141

143 143 145

146 146 146

149

158 159 159

161 161

163 166

167 168

O modelo racional, a racionalidade limitada e a intuição Erros e vieses mais comuns na tomada de decisão

168 171

Influências na tomada de dlecisões: diferenças individuais e restrições organizacionais

175

Diferenças individuais Restrições organizacionais

A ética no processo decisório Três critérios éticos para o processo decisório A criatividade na tomada de dedsões

175 177

178 178 179

Sumário

Implicações globais Resumo e implicações para os gestores

Capítu lo 7

Conceitos básicos de motivação Definindo motivação Teorias clássicas de motivação

181 184

195 196 197

Teoria da hierarquia de necessidades Teoria X e Teoria Y

197 198

Teoria dos dois fatores Teoria de necessidades de M cClelland

200

Teorias contemporâneas de motivação Teoria da avaliação cognitiva Teoria do estabelecimento de objetivos Teoria da autoeficácia Teoria do reforço Teoria da equidade/justiça organizacional Teoria da expectativa

Capítu lo 8

ix

202

203 203 206 209 211 212 217

Integração das teorias contemporâneas sobre motivação Implicações globais Resumo e implicações para os gestores

219 220 221

Motivação: do conceito às aplicações

230

Motivação por meio do desenho de cargo: o modelo de características do trabalho

231

O modelo de caracteristicas do trabalho Como os trabalhos podem ser redesenhados?

232 233

Esquemas alternativos de trabalho Os contextos físico e social do trabalho

236 239

Envolvimento dos funcio,nários

240

Programas de envolvimento do funcionário

240

Vinculando os programas de .envolvimento dos funcionários com as teorias sobre motivação

242

Utilizando recompensas para motivar funcionários

242

O que pagar: estabelecimento de uma estrutura de remuneração Como remunerar: recompensando funcionários individualmente com programas de remuneração variável Benefícios flexíveis: desenvolvendo o pacote de benefícios

242 243 247

Recompensas intrínsecas: programas de reconhecimento de funcionários

248

x

Coml)Olt.amento organiza~ional

Implicações globais Características e enriquecimento do trabalho Trabalho a distância Remuneração variável Benefícios flexíveis Envolvimento do funcionário

Resumo e implicações para os gestores

250 250 250 250 251 251

252

Parte 3 - O grupo

261

Capítu lo 9

261

Fundamentos do comportamento em grupo Definindo e classificando grupos Por que as pessoas formam grupos?

262 263

Estágios de desenvolvimento do grupo

264

O modelo de cinco estágios Um modelo alternativo: para grupos temporários com prazos definidos

265

Estrutura dos grupos: papéis, normas, status, tamanho e coesão Papéis Normas Status Tamanho Coesão

267

268

Pensamento de grupo e mudança de posição do grupo Técnicas de tomada de decisões em grupo

268 270 275 278 279 279 279 282 283

Implicações globais Resumo e implicações para os gestores

285 286

Tomada de decisões em grupo Grupos versus indivíduos

Capítu lo 10 Compreendendo as equipes de trabalho Por que as equipes se tornaram tão populares? Diferenças entre grupos e equipes Tipos de equipes

297 298 299

300

Equipes de resolução de problemas Equipes autogerenciadas Equipes multifuncionais Equipes virtuais

302

Criando equipes eficazes

303

300 301 301

Sumário

Contexto: que fatores determinam se as equipes são bem-sucedidas Composição da equipe Processos da equipe Transforma ndo indivíduos em membros de equipe Seleção: contratando 'pessoas que sabem trabalhar em equipe' Treinamento: criando pessoas que sabem trabalhar em equipe Recompensas: oferecendo incentivos para ser um bom trabalhador em equipe Cuidado! Nem sempre as equipes são a solução Implicações globais Importância das equipes de trabalho Equipes autogerenciadas Diversidade cultural e desempenho da equipe Resumo e implicações para os gestores

Capítu lo 11

Comunicação Funções da comunicação O processo de comun icação Direção da comunicação Comunicação descendente Comunicação ascendente Comunicação lateral Comunicação interpessoal Comunicação oral Comunicação escrita Comunicação não verbal Comunicação organizacional Redes formais em pequenos grupos Rede de rumores Comunicação eletrônica Gestão da informação Escolha do canal de comunicação Barreiras para a comunic.ação eficaz Filtragem Percepção seletiva Sobrecarga de informação Emoções Idioma Silêncio Medo da comunicação

xi

304 305 31 O

311 312 312 313

313 314 314 314 314

315

324 326 326 327 327 328 329

329 329 329 331

332 332 333 334 339

340 342 342 342 342 343 343

343 344

xii

Compottamento organiza~ional

Diferenças de gênero A comunicação 'politicamente correta'

Implicações globais Resumo e implicações para os gestores

Capítu lo 12

Liderança O que é liderança? Teorias dos traços Teorias comportamentais Resumo das teorias comportamentais

Teorias contingenciais O modelo de contingência de Fiedler Outras teorias contingenciais

Teoria de troca entre líder e liderados (LMX) Liderança carismática e liderança transformacional

345 348

357 358 360 361 363

363 365 367

368 369

Liderança carismática Liderança transformacional

369 374

Liderança autêntica: a ética e a confiança como fundamentos

377

O que é liderança autêntica? Ética e liderança Confiança e liderança Como a confiança é desenvolvida? Confiança como processo Quais são as consequências da confiança?

377 378 379 379 380 381

Liderando para o futuro: mentoring Desafios ao construto liderança

381

Liderança como atribuição Substitutos e neutralizadores da liderança Liderança on-line

384 385 385

E ncontrar e desenvolver líderes eficazes Seleção Treinamento

Implicações globais Resumo e implicações para os gestores

Capítu lo 13

344 344

Poder e política Uma definição de poder Comparando liderança e poder As bases de poder

384

386 386 387

387 389

401 402

403 403

Sumário

Poder formal Poder pessoal Que base de poder é mais eficaz?

Dependência: a chave para o poder O postulado geral da dependência O que cria a dependência?

Táticas de influência Assédio sexual: desigualdade de poder no ambiente de trabalho· Política: o poder em ação Definição de política organizacional A realidade da política

Causas e consequências do comportamento político Fatores que contribuem para o comportamento político Como as pessoas respondem à política na organização? Gerenciamento da impressão

A ética no comportamento político Implicações globais

Capítu lo 14

xiii

403 404 405

406 406 406

408 410 413 414 414

416 416 418 420

424 425

Percepções políticas Preferência por táticas de influência Eficácia das táticas de influência

425 425 425

Resumo e implicações para os gestores

426

Conflito e negociação Uma definição de conflito Transições na conceituaç.ão de conflito A visão tradicional A visão interacionista

Visão do conflito focada na resolução

O processo do conflito Estágio 1: oposição potencial ou incompatibilidade Estágio li: cognição e personalização Estágio Ili: Definição das estratégias de resolução de conflitos Estágio IV: comportamento Estágio V: consequências

Negociação Estratégias de negociação O processo de negociação Diferenças individuais na eficácia da negociação Negociações com uma terceira parte

435 437 437 437 437 439

439 439 441 441

443 444

447 448 452 454 455

xiv

Compo11.amento organiia~ional

Implicações globais

458

Conflito e cultura

458 458

Diferenças culturais na negociação

Resumo e implicações para os gestores

Parte 4 - O sistema organizacional Capítu lo 15

Fundamentos de estrutura organ izacional O que é estrutura organizacional? Especialização do trabalho Departamentalizaçâo Cadeia de comando Amplitude de controle Centralização e descentralização Formalização

Modelos organizacionais mais comuns

469 469 470 470 472 473 474 475 475

475

A estrutura matricial

476 477 479

Novos desenhos estruturais

480

A organização virtual A organização sem fronteiras A organização mais enxuta: o downsizing organizacional

480 482 483

A estrutura simples A burocracia

Por que as estruturas diferem entre si? Estratégia Tamanho da organização Tecnologia Ambiente

Os modelos organizacionais e o comportamento do funcionário Implicações globais Resumo e implicações para os gestores

Capítu lo 16

459

Cultura organizacional O que é cultura organizacional? Uma definição de cultura organizacional Cultura é um conceito descritivo As organizações possuem culturas uniformes?

Culturas fortes versus culturas fracas Cultura versus formalização

485 486 487 487 487

488 491 492

499 500 501 501 502 503 503

Sum~rio

Capítu lo 17

XV

O que fazem as culturas?

504

Funções da cultura A cultura cria o clima A cultura como um passivo

504 505 506

Criação e sustentação da cultura

508

Como uma cultura começa Mantendo a cultura viva Resumo: como se formam as culturas

508 508 512

Como os funcionários aprendem uma cultura

512

Histórias Rituais Símbolos materiais Linguagem

513 513 513 514

Criando uma cultura organizacional ética Criando uma cultura o rganizacional positiva Cultura organizacional e espiritualidade

514 515 517

O que é espiritualidade? Por que a espiritualidade agora? Características de uma organ'ização espiritual Críticas ao movimento da espiritualidade

517 518 518 519

Implicações globais Resumo e implicações para os gestores

520 521

Políticas e práticas de recursos humanos

531

Práticas de seleção

532

Como funciona o processo de seleção Seleção inicial Seleção substantiva Seleção contingente

532 533 534 538

Programas de treinamento e desenvolvimento

538

Tipos de treinamento Métodos de treinamento Individualização do treinamento formal para ajustar-se ao estilo de aprendizado do funcionário Avaliando a eficácia do treinamento

539 541

Avaliação de desempenho

544

O que é desempenho? Propósitos da avaliação de desempenho O que avaliamos?

Quem deve fazer a avaliação? Métodos de avaliação de desempenho

542 544 544

545 545

546 547

Compo1~mento organiia~ional

Sugestões para a melhoria das avaliações de desempenho Oferecendo feedback do desempenho

Capítu lo 18

549 549

Administrando os conflitos entre a vida profissional e a pessoal nas organizações Implicações globais

550 552

Recrutamento e seleçào Treinamento e desenvolvimento Avaliação de desempenho

552 553 553

Resumo e implicações para os gestores

553

Mudança organizacional e administração do estresse Forças para a mudança Mudança planejada Resistência à mudança Superando a resistência à mudança As políticas da mudança

Abordagens para administrar a mudança organizacional Modelo de três etapas de Lewin Plano de oito passos para a implementação de mudança, de Kotter Pesquisa-ação Desenvolvimento organizacional

563 565 567 568 569 571

572 572 573 573 57 4

Criando uma cultura de mudança

577

Estimulando uma cultura de inovação Criando uma organização que aprende

578 579

O estresse no trabalho e sua administração

581

O que é estresse? Fontes potenciais de estresse Diferenças individuais Consequências do estresse Administrando o estresse

581 583 586 586 589

Implicações globais Resumo e implicações para os gestores

592 593

Apêndice A pesquisa em comportamento organizacional Índice de empresas Índice onomástico Glíndice

603 61 1 614 619

Sobre os autores iã"te phen P. Robbins Formação acadêmica Ph. D. pela Univcrsity of r\1izona

Experiência profissional Cargos acadêmicos: Prol<:ssor da San Diego Statc Univcrsity, Southcrn Illino is Univcrsity. c n1 Ed\,•ards· viUc. Baltin1orc Univcrsity~ Concordia Univcrsit)~ cn1 (\.,[ontrcctl, e Uni,·crsily· of Ncbrasca, cn1 On1aha.

Pesquisa: Foco cn1 coníli10, poder e polilica nas 01-ganizaçõc~. ro1nada de decisão con1por1a1ncn1~,1 e dcscnvolvitncnto de hahili
Livros publicados: 1\utor de btJl·stllm nn1ndiais tanto na área de ad1ninis,raçào corno cn1 con1portan1cn10 o rganizacional c111 adn1inistraçào
Esse11tiols ~( Orgt111ii.otiu11al .&/,avio,·, 1O. cd. ( I'n:lllicc Hall, 201 O) ,\/anage111e11t, 1O. ccl.. cn1 p;ircc1ia co,n ~ 1ary Couhl'r ( Prcnticc Hall, 2009) llun1a11 Rtsource J/anagttne11t, 1O. ed., ern parc-<"ria co1n David l)cCcnzo (\ Vilcy, 20 1O) Pm11ire Na//~ S,/f,ls$US111<>1t Ubrary 3.4 (Prc1Hicc Hall, 20 10) f,'u11da111e111t1l'í of J ltu111gt,11t'l1t 7. cd., c1n parceria con1 David DeCcn;,.o e i\la1) ' Coul· ter, (Prc111ice Mali, 20 11) Supervisio11 1iN/oy! 6. cd., ci,, p,11-ceria com David DeCcnio (!'rentice Hall, 20 JO) 1i-ai11i,1g in lnterperso11al Ski/1,'í, 5. cd., cn1 parcc1ia co111 Philip Hunsakcr (]>rentice I fali, 2009) Mm1agi11,g Today!2. ed. (P,-cm icc Hall, 2000) Orgo11izo/Ío11 'T!,eory, 3. cd. (Prcnticc Hall, 1990) 'Tl,e Truth .4/JQut Mo110.~it(~ People, 2. ecl. (Financial Tim~/Premicc Hall, 2008) Decide 011d Co11qutr: .lloke l l 11111i11g Decisim1s tmd Toke Co11tro/ ef lóur lift (Fiuancial T imcs/ i>,x:nLicc Hall, 200·1).

Outros interesses Na sua ·outra ,·ida', o doulor Stcphcn Robbins parúe.ipa ativnnlcntt· da ,,uuttr's t,ark

co11,pttitio11, tuna cornpe,içào de adclisrno dcstir1ada a ptssoas d" lcrcrira idade c,n que são d ispulaclas 111c>dalidadcs corno corrida de 60, l 00, 200 e ·100 1ne1 1·os ,-aso)\ n1a1-:t1011" de até dez rnil rncu'Os, corrida con1 barre iras, salto e,n allura s.aho e,n distância e salto triplo, ar1

rcn1csso de peso, cnlrc ouu"()s. Desde que co1nplc tou 50 anos, c,n 1993, ganhou 18 c-,..1111pe-

onalos nacionais~ 12 títulos intcrn1arionais e conseguiu vâiios recordes no11c·a1ncricanos e internacionais para a s ua í.,ixa ctãria nas distâncias de 100 1nctros (12s.37 segundos) e 200 11"1c1 1-os

(25s20) para a é~Hcgoria aci,na de 65 anos.

xviii

Compo1tam,ento orgc1niza~ional

Ü imothy A. Judge Formação acadêmica Ph.D. pela Univcrsity of Ulinois: crn Urbana-Cluunpaign

Experiência profissional Cargos acadêmicos: ProfCssor ela \\'arrington CoHcgc of Buslncss ,t.\dininistraúon: UnivcrsÍl)1 of Florida; da Flcnry B. Tjppic College of Busi11css, Uni\'crsity of ló\\·a; ela School or (11dustrial and L.abor llclations, Cornc11 Uni\·crsity; p<,lcsu-antc da Charles Univcrsily, n~, República "fchcea, e da Co1ncnius Univcrsil>', ma F..-.Jo\'áquia; profcssot de psicologh• do u-abalho d o l)cpa1'1a1ncnto ele Psicologia da Univcr:sity of l llinois, c111 Ul'bana·Chan1paign.

Pesquisa: Seus principais inlcrcsscs s.:lo ( l ) personalidade, estados de htunor e crnoçõcs; (2) :ui· tudcs no trabalho; (3) lidcran'ia e co111poruu11cntos de i.nHuência; e (4) CtUTcÍr.lS (adaptação da pcs.soa it org,u,izaçào, succs.so da c;trrcir.,). Publicou rnals de ccrn a1iigos sobre esses e outros tópicos in1portantcs cn, pc1iódicos c:01110 Jour11al ef Organi~<1/iq11,,/ Bel1avior. Perso11nel

Pf>tl10!0!!.); Ara,lm9· ef Mai111ge111c11t]o11r11al, ]011m11I ef , IJ>J>lied Psytlwlo!!.)< E,,roj>ta11 ]ournol ef Perso11tilil)•e E1110Ji<á11 Jo11r110/ o/ 111/rk m,d Orgoui;ptio,uli Psyd,ol~gy.

Associações profissionais: ~lcn1bro da 1\ ssociaçào Nortc-1\rncricana de Psicologia. da 1\ caclcany of ~·lanagc· 111cnt, da Sociedade de Psicologia In
Prêmios: E1n l 995t rcccb<:u o prê111io Erncst J. ~'lcCornllck na catcgoiia 'Distinguishcd Early Can::c1· ( :onuibution.s do Society for lndus11i,,1 and 01ganization::tl Psychologr' e, cn, 2001, recebeu o µrên,io L.·u·ry t .. Ct111H)·1ings por contribuições 1-ealiiadas na Divisão de Co,11por· 1a1t1cn10 Ótganiiacion,ll da 1\caclen1yof ~·lanagen1cnt. E,n 2007 tecchc1.1o prê1nio ' Pl'ofcssional Practicc.: do lnstitu1c oí lndus11ial and L...'lbor Relations~ ela Universidade de Illinois.

Livros publicados: H. C. f lcncn1a11 111 e 1~1\.Judgc, S'tqffing OrgaJ1Í.t,alio11s, 6. ccl. (~·ladison, \\'I: ~ lcndota li ouse/ hwin, 2009).

Outros interesses E1nbora clC' não possa tlCOn1pa11har (litcr.iln1c11tc} .:1s rcaliz.."lÇÕés de Stcvc c 111 suas cor.. ,idas, o doutor ·rirnothy gosu'I. de golfe, de cozinhai: de litcr.\lura (ele é particula.r,ncnl<:. ll de '"ího,nas ..Jardy) e de aco,npanha,· seus três íilhos que tênl entre 6 e 20 anos de idade.

Sobre os autores

xix

liilipe Sobral Formação acadêmica l)outo1· cnl t\rl1nlni~1raçào pela Escola 81·asilci1'a
Experiência profissional Cargos acadêmicos: Professor da Escola Brasileira de r\dnünistraçào Pública e de En1presas ela Funclaçc\o CctuLio Varg;is (EBAPE-fCV); Coordenador do ~kstrndo cm ;\dminis trnç,io da EBAPEFC \ i; (:oordc11ador 1-\ cadên1ico elo Progra1na ele Ccrtificaçfio de Qualidade cn1 t\drninis-

u.:,\iio do l11s1ilulo de l)cscnvolvin1t·n10 E.cluc.acional d.:1 Fu11daç,10 Gctulio \ largas (ll)EFG\'}; Professot d::i F.1.cukladc de l~ooofnia dti Univcrsidad,· de Coi,nhra.

Pesquisa: Seus principais intcrcs.,;;cs de J>esquisa inclucn1 ( 1) negociação e adnlinisu·açào ele conflitos; (2) 1on1acla de clccisào; (3) liderança e influência; (•i) ética e valores; e (5) cultura. Participa ativan1cntc de confCrências inlc rnacionais e publicou artigos c1n periódicos conlo

,t\Janagen,ent l?e.u.allli, l11ter1u1tio1u,l)o11rnal ef l'onjlicl ,\Janage-111enl. Lati,1 A11ur1((111 Businr.ss /fevÍn(; Rtuisl(l 1/c 1ld1ni11isJrafàO ;\ facl,:eTU.Íe, Reris/a de .,.Jd111i11istrafàO C'.<J11/n11porá11ea1entre outros.

Prêmios: E1n 1997, n.:ccbcu o p1-ê1nio SHh'J P.r\D pata o ,ru~lhol" artigo na (Íl'<'á de Con1por1an1cn10 Organii.acional; e, cn, 2007 foi indicado ao prê1nio j ahu1i 2007 con, o livro rld,ninistraçdo: teoria r prótita no totllt..tlo brasiltfro, conlo 111clhor livro d o ano na árc:, de Econornia~ ;\dn1inis1raçâo e :Kcgôcios pc:"Ja Cfunara Brasileira do l.i,TO {CBL).

Livros publicados: E Sobral e A. Pêci. Í Jd111i11istra{ào: ltoria t prática 110 ton/exlo brasileiro (Pçarson Prcnt-icc

l·l;,11, 2008).

Outros interesses .l~1n sua vida pa11icuJar) o professor Sobral tcn1 coino hobby o aquaris1no 1nc1ri11ho e gosta de cinen,a, nl\lsica {ern cspc<:ial,jazz e s..-·Hnba) e praia. Nos esportes, foi praticantt de tugby e I; u,n adepto cntusias1nado de íutcbol (é pal'ticular1ncntc lã do Spo1'1. l_.i$boa e do Benfica) e de esportes de lu1a. conlo 1 1~·11\ e boxe. ~ las. aci111a ele ludo, é u1n pai dedicado 1

de seus três filhos, Sofia, Eduardo e llicardo.

,

PAGINA EM BRANCO

Prefácio Hen1.vindo à 14.. edição de ( -:On1porta,nt1Uo O~gani-<,acionaP. f"lá n1ui10 tctnpo considcra
[§estaques desta edição Conteúdo adaptado ao contexto brasileiro: e que leva o estudante a entender con10 as teorias apn::se111adas 110 livro sf10 .tpljcadas nas organii.açõc..; de uos.so país. 142 i-ninicas.os con1 íOto ao longo dos. capíntlos, que ilustra,n si1uaçô<·s hrasilciras e n1undiais.

Dois estudos de ca.so nacionais ao finaJ de cada capítulo. Casos iniciais que r'('tr-:uan1 a realidade das grandes organi?...'"tÇÕCS brasileiras e as i1nportan1es decisões de ocus gestores. Hox ''Enquctc co1npo11an1c11utl'\ que traz dados estatísticos relacionados aos assu11tos 1ra1ados crn cada C<=tpítl1lo. J·:xc1nplos que reíleLenl o ai uai estado da econo1nia glohal. Consolidação dos capítulos sobre liderança, co111 n1a1crial de pesquisas 1nais atuai.s

e exemplos práticos. Seção " l)ilcrna éLico 11 ao final de cada capítulo, que- ap1"Csc1ua u1na siu,açào que pcrnlitc ao leitor rcnc1ir sobre siLuaçõcs e decisões é1ieas que oeorrcn1 nas

organizações.

l!ll'il ~



~

Site de apoio do livro No Companion \\'ehsite deste livro (M,w.ptenlrnll.com/robbins_l>t) , pro· fcssorcs e cstuclanlcs podc1n acessar 111a1crials adicionais 24· horas por d ia.

Para professores:

/~se 1uotcrirotegülh por se11lt11. l't1r(1 ter (ICesso « elt. os /Jrofi.ssorts que (1do1,1111 o livro droe,11 triira,'"' rontato 10,u seu rt/1reJ.(11fa1111 Prt1rso,i ou e11z:it1r e-,nail paro u11iver:1ilarios@prarso11.(01n.

Para estudantes: l~xcrcícios autocorrigívcis.

,

PAGINA EM BRANCO

Agradecimentos G raças ao esfOrço d o trabalh o cnl equipe, este livro chegou alé suas rn âos. Participara1n d o trabalho, revisores acaclê1nicos e tun grupo talentoso de cliagran1adorcs e espccialis· tas na á rea ele p rodução, dcpn11cu-m1c1Ho cditoiial, nuu-kcting (~\'Cnclas. ~lái!> de cc1n professores n.:vi~1r:I1111 pt1rtcs ou l<>da a t+• edição de Co1npor1anu.'.'nlo

Orga11i~acional. Seus con1cnuírios, cu1npri1nc11to.s e sugestões 1nelhoraran1 significativao,cotc o p1'0
Mihran Aroian1 • f hc Univcrsity of 'lCxas at ,\ustin Carl Blencke, Unh·crsity of Central Floiida Bryan Bonner , ·u ni\·crsity or UHth Michael Hadani. Long Jsland Uujversity Davidjalajas , Long lsland ·u niversity Andrew Johnson , San1a C la ,... ü nive1-si,y Catherine Marsh, Nor1hpark Uni,·crsity Cynthia Ozeki, Calilê:>rnia Statc Univcrsit)\

Herbert Ricardo, l ndian Rivcr Con11nunily ( ;ollcgc Mary Ellen Zucker·m an. Suue Univcrsily of ~ e,,,

York at Gcneseo C ynth_ia Oze k.i. California State U1ti,·ersity1 Do,ninguc:t Hills Herbert Ricardo, l ndian Rivcr c:01nnu.1nit)' College Mary Ellen Zuckerman, Statc Univcrsity of .Xc,,• ·v ork at C<:ncsco

Doming ucz l lills

,\s Lllti1nas cdiÇ<>Cs deste livro tivcra111 tuna 1nclho ra consiclcrávc1 00111 a contribuiç.ào e o

fccdback dos scgui11tcs professores:

David Abramis 1 Californía State Univc..·1-sity Chris Adalikwu, Conco,xlia College

Basil Adams~Notre l)an1c de 1\an1ur Uni,·ersity Janet Adams, Kcnncsa,,• Statc Uni,·crsity Cheryl Adkins, Long,,·ood Coll<'g c Vicky Aitken 1 St. Louis Con11nunily College David Albritton! Northcl"n J\ rizon,, Univcrsil)' Br adley Alge- 1 Purduc Universil)' Lois An tonen, CSUS Lu cy Arendt., Univcrsi1y of' \Visconsin, Creen Bay Anke Arnaud, Univcrsity of Ccn1ra.l Florida Mihran Aroian, UnivcrsiL-y of ·1cxas,1-\ustin Gary Ballinger . Purduc Univcrsity O eborah Balser, Univcl'Sity of 11issouri at Sl. l..ouis Ch.r istopher Barlow, l)cPaul Univc,~ity J oy Benson , Unive1~ity of \ViscC1nsin ar Grccn Bay Lehm.an Benson III, Uni\'ersity of 1\1izona J acqui Berg m.an.1 1\ppalachian S1a1e Universi1y Anne Berthelot, University of ·1cxas at EI Paso D avi d Bess , Shidlcr College of Busincss a t Lhe U11h·crsity of Ha,,"1ii Br uce Bikle. Califo rnia S ta tc Univcrsity, Sc1c11tnlClilO Richard Blackbu_r n, Univcrsily of Xorth Cat0lina Chaprl Hill Wcldon Blake. llcthunr-Cookman College Michae l Bochenek. Elml1111~I College

Alicia Boisnier) .Statc Univc~ity of Ne,,• \'ork

\.-Villiam H.Bom.mer, Clcvcland S1aLc University Bryan Bonner ~Univcrsity of Utah J,essica Bradley. Clernson L:ni\'er:sity Dr.Jerry Brea.m, Empirc Sunc Collcgc/Niagar:i 1:rontitr Cc;n1cr Jirn Breaugh. Vnivcrsity of' ~\,tissouri Peggy Brewer, E:..:1..,:;tcr11 Kentucky Univcrsity D eborah Bro,vn, i'\onh Ca1·olina State Univcrsil)' Reginald Bruce, University of l .ouis,·illt J
Su:z,anne Chan, 1~ulanc University Anthony Chel te, ~lidweslcrn Siotc Universily Bongsoon Cho 1 Statc linivcrsity of Nc," )'ork- Bufl~llo

xxiv

Compo1t.amento organiia~ional

Savannah Clay 1 ( :entrai Picdn1ont Co1111nunit}' College David Con.n elly, \ Vcstc.:1·n lUinois SH1tc Univcrsity J cffrey Conte, S;,n Diogo Srn1c Uni\'crsi1)' J a n e Crabtree, Bcncdicli nc Univcrsity Suzanne Crampton~Cr-J.nd \ la Jlcy S1a1c Univcrsil)' D ouglas C r a,vford, \'Vilson College Michael Cruz, Sanj osc Sullc Univcrsity R obert Cyr. North\,•cstcrn Unh\;rsity Evelyn D a d zie, Clark t-\tlanta Unjvcrsity J oseph D aly, Appalachian St~Hc Univcrsity D enise D aniels, &:aulc Pacific Univcrsily M arie Dasborough 1 O klahon1a S1a1c Uni\'crsity Nancy D a Silva. San.Josc Statc Univcrsiry Christin e Day~E.:1.stcrn )fich.igan Uni\·c rsity Em.meline de Pillis) Univcrsity o f 1-J;l\vaii, flito Kathy Lund Dean, Idaho S1<11c Univcrsity Roger Dean, \ \'ashington &. Léc Uni\'crsity Robert DelCunpo, Univcl"$i1y of :'\;c\v ~·lcxico Kristen Detienn e ) Brigh,un Young Uni\·ersity D oug Dicrking, Univcrsity of ' ICxas a t t\ustin Cynthia Doil ~Southcrn IJLin ois Uni\'crsity J ennifer Dose, M cssiah College Ceasar D ouglas, floiida Statc Uni\·crsity David Duby) Libc11y Uni\·crsity Ken D u.n egan 1 Clc\'cland Statc Univc1-sity M ichael Dutch, Crccnsboro College K athlcen Edwards, Univcrs:ity of ·1c xas at 1\ ustin Be r rin Erdogan, Po11land Statc Univcrsity Ellen Fagenson Elan
College J oe Gcrard, Uni\'c·rsity of \ Visconsin at ~·1il\\'~1ukcc· M atthew Giblin}SouLhcrn Illinois Uni\'crsity D onald G i bson} Pairficlcl Univcrsi1y Cindi Gilliland, '"f hc üni\'trsity o f Arizona Mary G·i ovannini 1 T run1an State Univcrsity D avid Glew1 Unh·crslty o f North Carolina a t

\ Vihn ington

Leonard Glick, Northcastcrn Univcrsity Reginald Good.f ello,v. Cé'1ifor1Üa Sune U1üvcrshy Jeffrey Gold stein) 1\dclphi U11iv<.·1"Sity Jodi Goodman, Univcrsi1y o f Connrc1ic1u Claude Gr-aeff, Illinois Sta u: Univcrsi1y Richard Grovcr, Univcrsity o f Southcrn 1 1ainc W. iLee Grubb 111, E..1st Carolina Univc rsity Joh.n Guarino. ;\\·crcn Univcrsity Rebecca Guidice, Univcrsity of N<.·vada ê\l Las \ 1Cgas A.ndra Gu.m bus}Sacrcd l·lcart ·u 11i\'ersity Linda Hackleman, c:oncordia Univcrsity A\IStin Deniz Hackner, "r idc\\•a1er Corn1nuni1y College J on.athon H alb esl eben, Univcrsity of Ivliisotui·

c:olun1bia Dan Hallock 1 Univcrsity of North Alabarn a Tracey Rockett Hanft, Univcrsity of Texas át Dallas Ed, vard Hampton 1 Uni\Trsity of Central Florida Vernard Harrington, Radrol'd University Nei l H artley, Robert ~101'1'1s Univcri::ity Barbara Hassell, 1ncliana Univcrsity, Kcllcy School oí Busincss Erin Hayes, George \ \'ashington Univcrsity Tom Head, R.oosc\·clt Univcrsity Douglas Heeter , Fcrris St~llc Univcr)i;Íl)' David Hender son, Univcrsity of Illinois éH ( :hicago Scott H enley, O kh1.ho1lla City Uni\'C1'Sity Teci Herbert, Rollins College Susan Herman, Univcrsity o f Alaska fairhanks J ames H ess, l vy 'T'cch Con1n1uni1y College Ronald H ester, J\,lary1nounl Uni\·crsity Patrícia H ewlin 1 úcorgcto\vn Univcrsity Chad Higgins) Uni\·crsity of \Vashinbrton Kim H i n.richs, ~'1i11ncsota Statc Univcrsity i\h111k.-uo Kathie Holland, Univcrsi1y of Ccnm,J Flo,icla Elaine Hollensbe, Univcrsi1y or Cincinnati Kristin Holmberg·Wrigh t, Uni\·crsity oí \\'isconsin al Parksiclc Brook s Holtom. Ccorgct0\\'11 U n.h·crsity Lis,a Houts, Californk1. Statc Univél'SÍl)' FuUc11on Abigail Hubbardi lJ11i\'cr~ity of Houston Paul Hudec) ~lih\·atik<:.c Sc:hool o f Engincc1'1 11g Stephen Humphrey, Florida $1a1c lJni\'Cl'Sity Charlice H urst, Univcrsity of Flo1i cla Warren lmada, Lcc\,~trd Conlrnunity College Gazi lsl ain, Tuhlnc Univcrsity Alanjacksoo, Peru S11,tc College ChristineJackson, Purduc U11i\-crsily M.a rsh ajackson , 8 0\\•ic Slatc Uni\'crsity Kathrynjacobson, 1\ rizona Sta1c Uni\'c1-sity Pauljacques,\ Vcstcrn Carolina Universi1y Elizabethjamison, 1{adfo rd U1ti\·crsity Stephenjenner, California Statc Univcrsity, Dominguez Mills John Jermier, Univcrsiiy of SouLh Flo,i cla Jac!kJohnson, Consumncs fü ver College

Agradecimentos

Michaeljohnson, Uni,·crsity of \ Vashin&rton DavidJones . South Univcrsity Ray Jones, Uoi"crsitr o r Piu$b1.1rgh Anthony Jos t, Uni\'Cl'Sity of Och\""u·c Louis Jourdan, Clayron College Rus ty Juban. Soulhca.stcrn Illinois Univcrsity Carole L. J urkiewicz. Louisiana Statc Univcrsity J ohn Kanuneyer-Mueller. Univcrsity of Florida Edward Kass, Saintj oseph's Univcrsity Mars ha Kau, Go,·crnors Statc College J ames Katzenstei.n, Califol'ni(l Statc U11i,·ctSit)t J ohn Keiser, SUNY College a t Brockport Mark Kendrick, ~·lc1hoclis1 Univcr:sily Mary Kern. Bamch College Robert Key, Unh·crsity of Phoenix Sigrid Khorram: Univcrsity of Texas at El Paso Hal Kingsley, Eric Community College J effrey Kohles, C<1lifornia St-atc Uni"crsi1y San ~(arcos J ack KondrasukJ Univcrsity of Potth\nd L<-süe A.Korb>Univcrsity of ~ cb1'aska ai K<:arn(:y Glen Kreiner , Univcrsity of Cincinnati J ames K.roeger 1 (:lcvcland Statc Llnivcrsity Frederick Lane. Banich College Rebecca Lau ~\firginia J)olytcchnic lnstitulc anel Statc Univcrsity David Leuser, Ply111011th Stat<: College Juüa Lcvashina, 1ndiana Srat<· Uni\'crsity Koko1no Benyamin Lichtens tei.n, Univc1'Siry o f ~1lassachusctts at Boston Robert Liden 1 ünivcrsity of Illinois at Chicago Don Lifton, hhac.- College Gi,namarie Ligon 1 ' ' illanova Univ<:rsity Beth Livingston. Univ('rSity or F'loridc;, Barbara Lo"vt l)on, inica,1 Univc,;rsity D oyle Lucas , 1\ndcl'son Universi1y Alexandra Luong, Uni\'crsity of ~ Linncsora Rick Maclin, j\ íissoulÍ Baptisl ü nivcrsity Peter Madseni Drigha1n \'oung Univcrsity Lou Marino~Llni\·c1-sity of Alaba111a Timothy A.Matherly, Florida Sunc ·u ni,·crsit)' J .David Martin, ~lich,·cstc1·n Suuc Univcl"Sil) ' John Mattoon, St:llc U11ivt·1~ity or Nc"· \'ork Paul Max,Yell, Sainr ího1nas Univcrsit)' Brenda McAleer, Unh·crsily of ~ lainc a t Augusta Christina McCale, Rcgis Colllcgc Don McCorm.ick. California Stõ'\lc Uni\'crsity Northridgc J ames M cEl.roy, lo"·a Suuc Univcrsity Bonnie McNeely. i\.lur!'ay Statc Unive1-si1y Melony Mead, Univcrsi1y of Phoenix Steven Meisel. l....1 Sallc Univcrsity Nancy Meyer-Em.erick, Clcvcland S1atc Unj\'crsity Catherine Michael. St Echvarcl.s Uni,·crsity Sandy Mlles, ~ lun ay Stale Univcrsíty J anjce Miller, Universi1y of \Visconsin a t ~1Iih"t1ukcc

xxv

Leann Mischel, Susc1uchanna Uni,·crsity Atul Mi tra. U1úvcrsity of Northcn1 lcnva Linda Morab le, Richl,md College Paula Morrow, Jo,\1a Stalc Univc1'$i1y Mark Mortensen, i\ lass.1chusctts lnsrinuc of Tcchnoloh'Y Lori Muse, \\'c stcrn ~Lichigan ·u nivcrsity Padmakumar Nair. Univcrsity of Tcxa!i at DalJas J ·u dy Nixon, Uni,·crsity of 'ICnnc-sscc at (:hattanooga J .effrey Nystrom, Uuiv<:~ity of C~ lorado at D<:nvcr Alison O'Brien , George ~lason Uuiv<:rsity Heather Odle-Dusseau , Clc1nson Uni,·c1-si1y r.1iguel Olivas-Lujan} L1tjan C la1ion Llnivcrsily Kelly Ottman, Uni,·crsiry of \\iisconsin at ~ljh,·aukcc Peg Padgett , Butlcr Univcrsity J,ennifer Paltbe.\Vestcrn l\Jíchigan Unh·crsity Dennis Passovoy, Uni"cr~ity of Texas a t f\ustin Karen Pau.l, Flol'ida lntcrna1ional Univcrsity Laura Finncrty Paul, Skidmo,·c College Anette Pcndergrass. 1\rkan.s.t.,; S1a1c Uni\'c1'Siry al ~··lountain l lonlc Bryan P esta, Clcvclancl Statc Univcrsity Jeff Peterson, Unh·crsity of \ Vashington Naneue Pbjlibex-t, ::\'1issoLtri Southcrn St~-ltc ·u nh·crsitr Larry Phillips} Indiana U11ivcrsity South Bcnd \.Villiam Pinchuk, R.utgc1·s Univc1'Sity a1 Ca,nden Eric Popkoff, Brooklyn College Paul Pre-ston, Univcrs:i1y of ~lontcvallo Scott Quatro, Crand Canyon Univcrsity Aarti Ramaswanú=Indiana Univcrslly .Bloo111ington J<,re Ranisey, Cal Poly a t San Luis O b ispo Arny Randel, San Diego Statc Uni,·crsily Anne Reilly, l..o)1'1,, Ut1i\'crsi1y Chicago C lint Relyea, 1\tkansas Srau· Univcrsity David Ritch cy, Univcrsi1y of ' ll;xas a t f)allas Chris Robex-ts, Univcrsi1y of ~·íass..-1.chuscus An,hcrst Sher ry Robinson, Ptnnsylvania Statc Univcrsi1y 1

r razlcton

Christopher Ann Robinson-Easley, Go,·crnors Stat<: Uni"crsity J,oe Rode, ~·liarni Univén;ily Bob Roller, L..ct lôurncau Uni\'Cl'Sity Andrea Roofe, Florida J111crnaLionaJ Univcrsily Philip Roth, Clc1nson Univcrsity Craig Russell, Univc1-sity of Oklahon1a a, Norrnan Manjula Salimath. U niversily of :'-lonh Texas Mary Saunders, Gcorgia G,vinncu College Andy Schaffer , No11h Gcorgia College anel Srnte Univt·rsiry Holly Schroth, Univcrsity of Caliíornia at Berkeley Elizabeth Scott, l::lizabcth City Univcrsi,y Mark Seabright,\ Vcstcrn Orcgon Uni\'crsi1y Joseph Seltzer, L.aSaUc Unh·ersity

John Shaw, :VUssíssippÍ St.1tc Univcrsity John Sherlock,\Vcstcrn c~nolina U nivcrsi1y

xxvi

Compo11amento organiza~ional

D aniel Sher.m.an; Llnivcrsity of ;.\l.1ba1na. lluntsviUc H eather Shields, Texas 'lê;:ch Uni"crslty Ted Shore~Caliíornia S1ate Univc1-;.ity a, J .ong Brach Stuart Sidle, Univcrsily of 1\"c,,1 f'.lav~:lorth~ td Su-uc Univcrsity Lynda St.Clairt Brya111. UnivCl'Sity J ohn B. Stark, CaJifornia Stmc Univcrsit)\ Bakcrsficld Menvyn Strate, Purduc liniverslly Joo~Seng Tan, Coruell Univcrsity K aren Thompson}St:,norna S1a1e Univcrsity Linda T ibbetts, Antioeh Univcrsity ~lcGregor Ed Tomlinson 1 John CarroU Uni,·ersity Bob Trodella, Webs1er Unive1-si1y Tom. Tu.dor, Uni\'crsity of Arkan~as at Little Rock William O.Tudor, Ohio Statc Univcrsity Daniel Turban, Uni,·crsity of ~·lissouri Albert Turner, \VcblltCt U11ivetSity Jim Turner , ~·lorchcacl Statc Univcrsit}' Leslie Tworoger, No,1a Southcastcrn Univcrsity

M. A.•Viets. U1,ivcrslty of \lcrn1ont Roger Volkema, .1\- 1nc,ican Univ(:rsity Wil!lia.m Walker , lJnivcrsity of Hous1on lan Wals h 1 Boston Colleg(· Charles F.Warren, Salcm S1atc College Christa Washington. Sa.i111 .i\ugusti11c 1s College Jim \Vesterman1 f\ppalachian St:ttc lJnivc rsi1y Wi.El.iamJ.\Vhite , :"1'011h,vC"StCl'11 Uni"crsity David Whitlock, Soutlnvest Baptist Univcrsity D an \Viljanen, (;1-and \lalJey State Uni\'e1·si1y Dean \Villiamson: Brc\vto 11-Parkcr (~ollcgc Hil.da William.sou, Ha1np1on Univcrsit)' Alic:::e Wilson, Ccdat C ,·est c:ollcgc Barry Wisdom: Sout.hcasl ~li.ssouri Statc Univcn,;ity Craig Wishart, Fayette\'ille S1;1.1c Univcrsity Lau.ra \ Volie. l ..ouisiaoa S1a1c Univcrsity Melody Wollan, Eas1crn Illinois Univcrsi1y Eva n \Vood, 'T'arlor Univcrsitr 11>rt \\'aync Chun-Sheng Yu, Uni,·crsity of 11ouston~ \lictoiia Jun Zhao. Go\'crnor:-. S1atc Univel"sity Lori Ziegler, Uni,·crsily of 1«!xas at Dallas Gail Zwart. l{ivcrsidc Co,nn1unity College

·1cn1os tuna dhida de g r.1lidão para con1 todos da Prcnticc Hall que lên1 apoiado

cs1a obra nús últimos 30 anos e que crabalha1dn1 tão cluran\Cnlc no dcs<:nvo1vintcnto dcs1a tlhi,na edição. Do lado edilorial e de clts<:11volvi,nc1uo. gos1arían1os ele agradecer a editora de descnvolvin1cnro, Elisa .i\ctanls; o <.lirc1or de dcscnvol\'irncn10, S1cvc l)ci1n,el'; a a.~is1cn1c editorial, Elizalxth Da,is; a editora J cnnifCr Collins; o redator chefe, Da,id Parkcr e a d iretora cdüorial, Sally , 1agan. Do lado da diagra111açào e produção: a t;clitora gcral,Judy L::alc pelo seu excelente trabalho. E por últin10~ n1as não n1cnos i111portantc, gostaiia1110!dc agradecer à gerente ele n1arkcting, Nlkki .Joncs) ao diretor de n1arkctlng, PauiccJoncs e seu pessoal cio dcpt1 rta1nento de "rendas que tCm trabalhado na \'cnda dc-ste Jivro durante s1.1as: 1nui1as cdiçõc!>. Ob1~gado pela at<·nção dada a cst.:i obra. 1

rJgradecimentos da edição brasileira Esta cdivlo cio livro d(' Con,porta1ncn10 Organizacional contextualizada no Brasil é li-uto da colaboração de n1uitas pessoas. En1 c.·.spccial 1 gostaria de agradecer a Bernardo PantaJc;l.o por sua valiosa conuibui<;-ào na rcalizaçào cl1..-stc projeto. O llcrnardo, que co1thcci co1no aluno de gradua<;.ão e. postciior1ncntc, co1110 assistente ele pcsquisa) e que hoje tenho orgulho de cha,nar a1nigo. foi u1na ajuda incstin1á,·cl ao longo dcst('s últlnlOS anos, con1ribuindo conl sua inteljgência, sagatidadc e co,n seu .s<:1lSó de hu,nor. Gostaria 1a1nbé1n ele agradecer á Rjta Dias, 1>0r S\1a co1np<.•tênc::ia e dedicação na pesquisa de dados e inforn1açôcs que n1ui10 cnrir.1ucccra1n o livro. Não poderia deixar lll dedicação e paciência iufinit,:ts. )\:lo seu <10101· e carinho en, todos os 1non1cn1os ela nossa vida serei ctcrna,nentc gta10.

Parte 1 - Introdução

1

O que é comportamento organizacional? Compreender os mistérios ortame1a.o <WS 0111.1"(15 J)essoas. Marcel Proust

OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM Depois de ler este capít ulo, você será capaz de: 1

Demonstrar a importância das habilidades interpessoais no local de trabalho.

2

Descrever as funções, papéis e habilidades dos administradores.

3

Definir comportamento organizacional.

4

Explicar a importância do estudo sistemático para o comportamento organizacional.

5

Identificar as contribuições das principais disciplinas das ciências sociais para o estudo do comportamento organizacional.

6

Demonstrar por que poucas verdades absolutas se aplicam ao comportamento organizacional.

7

Identificar desafios e oportunidades com que os administradores se deparam ao aplicar os conceitos de

comportamento organizacional. 8

Comparar os três níveis de análise no modelo de comportamento organizacional apresentado neste livro.

VOCÊ GOSTARIA DE TRABALHAR EM UMA EMPRESA COMO ESTA?

A

pesar de estar presente nas listas de 2007, 2008 e 2009 do Guia Você SIA Exame das 150 Melhores Empresas para Você Trab.ilhar no Brasil, a AmBev,

grande fabricante nacional de bebidas, não pode ser considerada um caso de unanimidade entre seus funcionários. Sabe-se que a meritocracia e a competitividade são duas sólidas bases das práticas gerenciais na organização. Em decorrência disso, os trabalhadores são incentivados a se dedicar ao máximo. já que seus esforços se· rão devidamente recompensados. E recompensa é algo que a fabricante de bebidas entende bem: alguns funcionários, por exemplo, chegam a receber 14 salários extras a título de bônus anual. Por essa razão, jovens como Renata Grall (foto) buscam o programa de trainees da empresa com o objetivo de começar uma carreira de sucesso. Muitos funcionários da empresa mostram-se bastante satisfeitos com essa situação

e dizem se identificar fortemente com a organização. As metas claras, as constantes avaliações de desempenho, os bónus e a participação nos lucros são consideradas ótimas práticas por muitos dos trabalhadores. Além disso, o foco no trabalho em equi·

i i'

1 J

l. ,....____ j

Coml)Olt.amento organiza~ional

pe e a competitividade da AmBev são outros fatores relevantes que a levaram a ser considerada uma das melhores empresas para se trabalhar no Brasil. Entretanto, algumas vezes, o cumprimento dos resultados esperados é mal compreendido por alguns membros da empresa, que exageram e passam a perseguir suas metas sem se preocupar com a satisfação e, muitas vezes, com a dig· nidade de seus subordinados. Na AmBev, muitos casos de assédio moral aos trabalhadores já foram relatados e julgados. Em dois dos mais recentes, na Paraíba e no Rio Grande do Norte, o Ministério Público do Trabalho aplicou multas de 1 milhão de reais por maus-tratos, agressões verbais e metas excessivas impostas por gestores da AmBev a membros de sua equipe. Em outro caso, um funcionário da empresa em Sergipe ganhou na Justiça o direito a uma indenização de 70 mil reais. Segundo ele, ocomam diariamente 'reuniões motivacionais' em que os trabalhadores que não atingissem suas metas recebiam punições, sendo obrigados a realizar flexões e polichinelos até a exaustão. Além disso, de acordo com o mesmo funcionário, as pessoas que chegavam atrasadas recebiam "safanões, tapas nas costas(...) e xingamentos" de seu supervisor. Apesar dessas decisões judiciais, a AmBev costuma recorrer .a instâncias superiores para reduzir o valor das penas, alegando repudiar toda e qualquer conduta imprópria praticada por gestores contra seus subordinados. Evocê, gostaria de trabalhar em uma empresa como essa?'

\ 'ocê pode achai' <1ue illcidc,ucs corno esse da An1 Be\' 1nosu"a1n que acltninisu-ar 1:x:s-

soas é apenas urna <1uesui.o de bom-senso. .A.final de contas, \'OCi: não prccis.:1. de unl 1nanual para lhe dizer fJUC não pode dar pal111adas noo fu ncionrc::vcr seus compo rtamcn1os? E nesse rno,ncnlô qu<' o con1porlan1cnto organizacional entra cn1 ação. 11, con10 ircn1os aprender, ad1ninislrar e entender o con1po11an1cnlo hu111ano envolve 1nuito 1nais do que bon1~senso e innüçào.

m

importância das habilidades interpessoais t\té o final da década de 1980, o currículo das C!i(Olas de adrninls1n1çf10 c11fa1iza, a os <~pcctos 1éc.nicos da gcsuio, focando cn1: <.'Cononi.ia, contabilidade, finanças e n1él(xlos c1uantita· tivos. 1C1nas 001110 co1nportan1cnto e l1abilidadcs interpcsso;ús rcccbia1n rclativan1cntc 1><>uca ~ncnçào. Nas úhi1nas 1rê.\ décadas, con1udo, as fàculdaclts ele adn1inis1raçào con1cçar.1111 a 1x:1'Ccbcr a i,npol'tância do papel que o conhccirncnto sobre o con1po1·1a1ncnlo hutnano 1c,n n.:t eficácia da acli-ninislraçi10, e cursos \'Oltados para essa áre<1, con10 co1·n1>0rta1l1e11to 01-ganizacional, lidc·rança, negociação, n1otivaç.:to etc., foran1 st11do agregnclos ao cunículo. Corno tu11 cspcck,Jista cn1 gestão e liclcranç-<1 1ttc1uc1nenlc disse: " Os cstudanl("S ele acbniuistraçào podc1n se &raran1ir con1 suas contJ.>elências técnicas e quantitativas nos pri1neiros anos após a conclus.,"l.o do curso. l'\o c1Han10, logo fX!t"Cebe111 que serilo as habilidades de liderança e de con,unitação que d is1inguirJo aqucle:s cttias ccu,.ciras ,·ão efeth1ln1cnH.~dccol;:,r''.1 O clcscnvoh~n1cnto elas habilic.l..tclcs intcrpC.sso.tis dos gestores t.nnhén1 auxilia as orga· nizaçõcs a atrair e reter funcionários co1n aho nível d e d csrn1pcnho. lndc1>enclcntc1ncnte das condições d o ,ncrcado de 11-;ibalho, oo fi.1ncioná1ios que se dcs1aca1n estão scn1pre c111 Jàha.3 E1np1\."St'l..~ ro1n a reptuaçào de $C1'('1n bons locais de rrobalho ,.-1is C'on10 CPFJ. Energia., R. a.-1don 1 Pla.sC.:'lr, f:urof"rn1a, Unint<."d l~io e Cultura lnglc.-s:1 - lc.:van1 un1a g rande v~n\Hl.· gc,n. Un1 cxc111plo da i1npo11ância d;_ts habilidades i111erpcssoais dos gestores é que nas n1clhorcs e1nprcs,'\$ para se Lrabalhar1 onde as pr.ítir.as de liderança e rclacionarncnto são n1ais bcn1 avaliadas} cer'Ca de 20 por cc1uo dos fi1ncionários pcrn1ancccn1 por 1nais de dez anos nas organizações, ao passo que na.s ot..itros <·1npl"C5<1S br-asilciras e.~~ índict é de apenas nove por cento. 1De fino, ccr gestores co1n lxn1S hahilich1clcs intcqJcssoais é o 1ncs1no qur g;,1rantir u1n an1bicn1c ele lrabalho rnais agradávcl 1 o que, por sua ,·c·l~ fi,cilita a contratação e a 1nanu· 1

lcnçào de rx:ssoas qualificadas. Alérn disso}c1iar un1 an1bicntc de trabalho agradúvcl parece Í."tzcr scn1ido cio ponto de \'ista cronôn1ico. Por· c:-.:c,nplo, a J'<;nu,bilidaclc 1néclia das 150 ~ lclhorcs l~n1prcsas pc''°' \ locê ''J 'rflbalhal!' do Cuill lwi .)/A F,.ya111t foi considcra\'rhnélltc su1>erior

Capitulo 1

O que é comportame nto orga nizacional?

3

à das 500 n1aiorcs cn1prcs.-'lS bras.iJciras. Enquanlo a rentabilidade das p1i 1nciras foi de 18,M por cento c 1TI 2007, a das 1naiores cn1prcsas ficou cn1 12.87 por ccnlo.) .-\ssi111, fica claro <1uc no 111undo ele hoje, c.0111 urn an1hicn1c de trabalho cad.l vez 1nais cornpctitivo e cx.igcntc, os ad1ninisu·ado1-es nllo podcn1 dcpendct apenas de suas cotnpctênc..:ias téc11ic..:as. Eles prccis..un ta1nbér11 de habilidades intcrpes.soais. Este li\TO foi c-.sc1ÍlO p
m

que fazem os administradores

Admini$tradore$ ou gestores Indivíduos que supervisionam as .atividades das outras pessoas e que são t&spol'\sàveis polo alca"ce do$ objetivos nas organizações.

Co1ncçarc1nos definindo sl1c in1a1nc111c os tcr1nos ad1nÍ1tÍ$/rador ou ge.s/Qr e orga11iearào 1 depo is cxan1inarc1nos o 1rahalho ele un1 ad1ninistraclor. Espccifica111entc. o q ue ele faz? Os administrad ores rcaJiz.a1n tarcf.1s por 1ncio ele outras pessoas. Ele..;; l01na1n clccisôcs-, a loc~un 1'Cc11rws e d irigctn as a li,~cladc::s de outl'OS co,n o in1ui10 de a1ingir dc1errni11<:tclos objetivos. Os gestores 1raba1lu11-r1 c,n tuna organização 1 a qual pod e ser definida con10 un1a unidade social conscientc 1ncnlc coord enada, con1posta de duas o u n1ais pcsso.is, q ue íunc iona de nta neira rclativan1cnre contínua p.lra a tingir Lnn oqjctivo con1un1 ou urn conjunto etc obj clivos. Con1 base nessa dcfiniçl1o, inclú:suias e c1nprcs;is de: serviços são otganízaçõei\ as~irn ccntto escolas, hospitais, igl'cjas. unidad4..'S 1nilitarcs, lojai;, clc·lcgacias de: 1::>0Hci
Organiz.açJo

Un
coo«:let>ado, COO'ÇOS!O

de~.. ov moo pessoos, ~e funciona denwieira relativamenté contínua para atingir um objetivooomum, Planejamento Processo que engloba .a definição das metas da organização, o éS-tabélecimento d& uma esttatégia geral par8 o alcance dessas metas e o desenvolvimento de vm conjunto abrangente de plano$ para integrar• coordenar as atividades.

Funções dos administradores No início do st.-culo XX, o i11clustti11I í1~ncês 1-lcnd Farol escreveu <1ue todos os gcslOres clcse1npcnlu\\·.=on cinco runções gerenciais: pla11cjava,11, orgauizava,n, con,anda\·a,n,

1

Ofganiz.ar Ful\Ção que consiste em determinar quais as tarefas a Sérém reahzadas, quem irâ realitá·las. como se-rão agrvp,ttdas, quem se réporta a qo~m e cm ctuois instâncias as decisões setão tomadas. Direção Função que inclui a motivação dos funcionários, liderar.ça. seléÇào dos canais ckt comuoicação m3'S eficazes e resolução de conflit0$. C<>ntrole Processo de monitoramento da, atividades da 0tganização para garantir que estejam sendo realizadas como o

planejado e a correção de quaisquer desvi0$ sign,ficativos.

coord cnt"·an1 e to111rol.1va.111.'' J lojc, cssa.s: larcfas foràn1 condensadas cn1 quatro: plancja111cnto, orga11i:1.açào 1 direção e controle. U1na ve-1. que as o'lr-lnizaçôes e.~is1cn1 para a1ingir objetivos., algué,n prccis.1 definir esses objetivos e as poss.iveis rol'n1as de ail<:"ançá-los. O ges1ot l; ess<: algué1n . ..-\ funÇpara gal'a nlir que.• ,ls tarcfã.s sc.:j11111 l'calizadas con10 dcve,n, o acl1ni11isu-aclot prcci5a ,nonito rat o dcscn1pcnho
Papéis dos ad ministradores No final da década de 1960, um doutorando do lnstitu10 de Tecnologia ele ~l assachuseus ~ 111), t-[cnry !\li111zl><:rg, 1'Calizou u1n;\ pe.squi;;a con1 cinco exec\ltivos par'n delet111i11at o que eles fazian1 no 11·ahalho. Co111 base c1n suas ohs,e1'\rações, ~ 1in1zbe1:g concluiu

4

Coml)Olt.amento organiza~ional

que os gestores dc-scn1pcnha1n dez papéis d.ifcrcnlcs fo1ic1ncnlc interligados.ª Con10 n1ostra o Quaclro J . 1. C$SC-!i dc..·z pc,péis podc.n1 ser ;:1grupados cn, tri:s grupos: ( 1) intcrpt!isoais, (2) inforn1Hciooais e (3) decisórios. Pa pé is interpessoais ..rodos os achninisu"ádores precis:un realizar tan::fi1s de natureza ccri,nonia l e siinbó lica. Q pnndo o reitor ele tuna f;'tculcladc cnn'Cga os diplornas nos for. 1nanclos na colac;,lo de grau ou q uando uni gerente de produção conduz un, grupo de ~ udantcs de ní,·cl rnédio <.'rn u1na ,isita à fãb,~ca, eles e..,.i,o dcsc.1npenhando o papel de .tfruh<,/". ~lbdos os executivos tarnbé,n dcscn19>cnh:un un1 pape l de lidtr. Esse papel abrange a con·

tr.Haç,;o, o trcintuncnto, .:1 1no1iv·dçào e" disciplina cios ílu1<:ion{uios. O t<'rcciro pa1>cl de .-claciona111cn10 jn1c11lcssoal é o de cl,c:_rncnto es para os dc111ais 1nc111bros da organiz;u;:ào. Quando o làzcn1, estão d cscanpcnhando o papel de dis.sen1i11ador. Por úhi1no> eles dcsc111pcnha111 o paJ>CI de portt1-i·o-(.. q uando, cn1 ,·cz. de cole· lar<:.111 ou disscmin::\rc111 inltrnan1cnt,c infor1naçõcs> rcprcsc11u\111 suas cn1prcsa.s o·ansnlilindo dados para fora da o rganiztu;ão.

Quadro 1.1

Papéis dos administradores segundo Mi ntzberg

Papéis

Descrição

Interpessoais Símbolo

Ê o símbolo da liderança: necessário para o desempenho de diversas atividades rotineiras de natureza legal ou social.

Líder

Responsável pela motivação e direção dos subordinados.

Ligação

Mantém vma rede externa de contatos que lhe fornece informações.

Informacionais Monitor

Recebe orna grande variedade de informações; funciona como o sistema netvoso centtal para as informações internas e exter,..as da organização.

Disseminador

Transmite as informações recebidas de fontes externas ou de subordinados para os demais membros da organização.

Porta-voz

Transmite externamente informações sobre os planos, políticas, ações e resultados da organização~ atua como um espec:ialista no setor econômico ao qual pertence a organização.

D ec:i Sól"iOS Empreendedor

Busca oportunidades no ambiente organizacional e inicia projetos de mudança.

Gerenciador de turbulências

É responsável por ações corretivas quando a organização enfrenta d istúrbios sérios e inesperados.

Alocador de recvrsos

Toma decisões organizacionais significativas no que d iz respeito à alocação de recursos organizacionais, ou dá apoio a elas.

Nêgociador

Responsável por representar a organização em negociações importantes.

Fonte: ~pt~do de H. Mintzbe,g, Tho N,tturo of M1,rnt9cri1I Worfc.. Copyr,ght O 1973. MINTZ8ERG. HOfl.ry. Tho N~tvrc oi M.#M9cr14/ Worfc.. O 1980, p. 92-93. Rcpt'odlnidO çom ,vtonz.,ç3o 00 Pcarson Edvç.-.t(Qn, lnç,, Uppçr S..dd!o R1vor. NJ.

Capitulo 1

O que é comportamento organizacional?

s

De ac0tdo com Paulo Cêsar Albtiquerque. diretor de fabricante paraense de aluminio. os papeis informacionais são muito importantes para os gestOre$ que desejam ascender nas melhores empresas. Para ele. ê vital que o funcionário ·seja uma pessoa que busque f'ormaçào e informação não apenas por meio de cursos, mas também no dia a dia, por conta p,ôpria". Dessa forma. ele es1ará monrtorando o ambiente e poderá trazer novos conhecimentos e disseminá-tos dentro das

teoJl"SO$ hi,ma00$ cf.a Atbrás.

Dfganizações.9

Papéis decisórios

~lintzbcrg idc11Lifica quatro papéis relacionados â funç.ã o de ton1ada

de decisões. No papel de 11upree,1dtdorts, os ad1ninistl'ado1-es inicia,n e supel'visiona1n novos projetos para a rnclhoria do dc-sc1npcnho ele suas organizaçõc::;. Con10 gere11ciadom de lurhu/i,1cias. to1nan1 atitudes co11-e-tivas diante de pl'oblernas i1nprcvis1os. Co,no a/l}(àdOrtS dt "cursos, s.'lo res1>011.sá\'cis pela alocação dos recursos 11sicos, hu,nanos e finantciros nas suas o,-ganizaçõ<:s. Por ft,n, os adrni11is1radorcs ainda dese1npenhç11n o papel de 11tg0cibdorr..s quando discu1c1n e ncgocia1n con, as dc:1nais unidades da organi'l.._1çito ou con1 ouu,,s o rganizações corno iJ-Hui10 de obter \'ftr)tagcns para a sua P"ópria unidade.

Habilidades dos administradores Ou11-a f()rnta de considernr o c1ue Jàzcn1 os aCtências de que:: eles µrctisa1n para atingir seus objeth·os co111 sucesso. Pcsquisado1"<'s idcn1ificaran1 \'ária:s: co1npctência.s q ue dis1inguc1n. os gcs1ores eficazes dos incficazcs.1" Habilidades técnicas

Capacidade de apliroção de conhecimentos ov · ( habilidades especific::...J

H,ibilidad&$ humana$

Capacidade de trabalhar com outras péS$0as, compreendendo· as informações e motivando-as, tanto ~ individualm-0nte com em 91upos.

Habilidades conceituais

Capacidade cognitiva para analis.ar informações e diagnosticar situações complexbs.

Habilidades técnicas /\s habilidades técnicas englobam a capacidade de aplicação de conheci,nentos específicos. Quanclo pcnsan1os nas habilidades ele p1'0íissionais co,no cnge11hciros civis ou cin,rgiões-dc:ntis1tlS., gerahn <:11tc tcn1os cn1 n 1c11tt suas habilidades técnicas. Por 111eio da cdut<1çào íor1nal extensiva. eles obtivcra111 os conhc.'(;:i1nentos e as pl'nticas específicas de suas áreas de ,uua~~lo. Evidcntcn1cn1t. os profissionais não detêm o n1onopólio das habilidades téc11icas e nc1l1todas elas p1ttisan1 ser (1prcndidas cm escolas 01.1 Pº" 1neio de pl"O!,'l'aOHtS íorn1ais de trcina111cn10. "fodo trabalho requer al&'lun tipo de habilidade especializada e 1nuitas pessoas adquirc11, tal conh(."éin1c11to 1·10 e~crck:io de suas funções.. Habilidades humanas A c;i,pacidadc ele 1rahalhru· co,n outras pessoas, con1prccnclcndo-as e rnotivando-as, tanto individualmente como c1n gt1.1pos, dcfint• as habilidades hu111a1tas. ~'luilas pessoas são tccnir.iuncn1c p1·oficit:ntes, 01as inco1npc1cntcs nos 1·claciona1ncn· tos interpessoais. Elas não são boa.s ouvintc-s, são iDcapazcs de entender .ts ncCCS$idadcs cios out1'0S 011 tên1 dificuldades cn1 ad1ninisu·tlr confli1os. Co1n<> os ad1n inis11·ado1'Cs 1-çaliz:a1n tarcf.,s por rncio do u·abalho ele outras pcssot1s, eles prccisarn ter boas habilidades hun1an;1s. 1\lgu111as c1np1-cs.as., inclusive, ptcfc1·c,n jovcn.s calldidatos a vagas ele cn,pttgo <1uc possuarn apenas notas 7 e 8 en1 seus histó1icos escolares a candidatos con1 boletins recheados de notas 9 e IO. Para elas., esses calldida1os devcn'l ter habilidades inteq)("SSoais 1nais desenvolvidas do c1ue os rnclh
6

Coml)Olt.amento organiza~ional

Os gestores de finanças. C\Jjas habilidades técnicas

çostumeiramente eram consideradas as únicas que precisavam dominar, tiveram de se adaptar aos novos tempos. Hoje em dia, além de elaborar orçamentos. avalia, investimentos e analisar resultados. eles precisam se relacionar çonstantemente com investidores e administradores de outros seto,es, além de aprimorar sua visão estr~ué91ca da organização como um todo. Um exemplo d isso é Alessandra Oemadi, da fabricante multinacional de defensivos agrícolas Cheminova, que trabalha com funcionários do setor comercial e

de compras pa,a avaliar as deçisóés relacionadas aos negócios da empresa.''

idcauificar problenlas. desenvol\'cr soluções ahcrnalivas para corrigi-los, av:1liar CSS..'lS altcrnativns ,. selecionar a n1clhor. Depois de cltcidir por tuna ação a ser realizada, os gestores dcvcl'n ser capazes ele organli'.•ar urn plano de aç;\o e cxecuu\·lo. A capacidade ele inlcgrar novas ideias a prOCt.'SSOs j,í. cxistcnlcs, i11ov.1ndo no trabalho, é ta,nbérn u1na habilidade co11ccituaJ cnu::i,11 para os gtrentes d<: hoje.

Atividades eficazes versus atividades bem-sucedidas Urn gn1po de pt.."'S<1uis,1 do1·cs cxa ,ninou a c1uCS1ào da avaliac;ào dos aclntinisni1dorcs sob u1na pcrspc<;ti\':.t difercntt-. 11 EJcs fizcrtun a sc1:,,'l1intc 1x:q;,"luHa: os adrnini.sU';tclorcs que sobcn1 nt~1is rapidante1uc na o rgani'.l'.t'\Ção cxtcuta,n as 1ncsn1as alividadcs, e t"cun a ,ncs,na ênfi\Se, que aqueles que í.r,.cnt o n1clhor trabalho? Poclc·sc pcns...u· que sian, rnas não é scntpl'c o caso. Pcsquis~,dorcs csludaran1 u111 grupo ele n1ais de 450 gcslorc.s. 'lbclos rcaliza\'arn quatro ali\idadcs gcrc11ciais: 1. G:stào fradiroJnal. '"fon1ada de ck;cisões. p1a11tjan1ento e oonuol<:. 2. Cornunittl(ilo. "r roc,'\ ele inf()rn1açà<.-s rotineiras e ati\~dad<.-s l.>oroc1-:\licas. 3. Gestào de rrcursos luo1w1ws. ~·lOÚ\~=tc;ào, disciplina, rcooluç.1o de conflilos, rccrutan1ento e se· lcç-ào de pessoal e treinamento. 4. JV'etu:mlâng . $oci.ali1.ação, co1npona1ne1uo político e i1uernçào cont pe.W>.l.S externas à org7tni1.açào. O adminislrador '1néclioi d :'-t. pes<Jui,s.:i g.1stava 32 por ctnlo de seu lcrnpo en1 at.ividaclcs de gcsl:to u-;:1dicional, 29 por cento cm conu111icaçf10, 20 por cento cn1 atividades de g<:.')tào de recursos hu111anos e 19 por c<:nlo Cl'n :ttividadcs de 11th.tv>rki,;g. Conludo, a qua1ltick1dc de te1npô e esfot(O dispc1ldidos por diferentes cxeculi\'OS 1\CSs;tS aLividades va1·iava baslante. Co,no n1ostra a Figut'tl 1. 1, dcn1re os ges1ores considerados b1111·sucedidos (definido en1 l'elação à rnpidcz das prornoçõcs de1nro da o rg.-inizaçào), as ali\'idades d e 11etu~rki11g cra1n as de rnaior conuihuiçào para o sucesso, enquanto a 1ncnor conlribuiçào rclaliva foi a das atividades de gestão de recursos hu1na11os. Entre os gestores efira<,es (considerando a quantidade e quali· dadc. de dcscn1pcnho e a s..·u..isf.:,ç~io e o con1p1t>n1cti111c.·rno po r p,:n·tc d<~ seus suborditu,dos), a co,nunicac;ào crn a atividade co,n nu1ior contribuição e a alividadc de 11t1u:orki11g1 a 1nc· nor. 1;:sludos rcccnlcs rc-aliiadoi:. na t-\ ustrália, cn-1 Israel, na Itália, no J apão e nos Estados Unidos 1a1nbé1n confi1·n1;un que cxisLc unla ligação en1 1·e ,uru:orking e o sucesso dcntl'O da organização.1J No Urasil, o suces.so cios prograrnas de pós-graduação e1n achninis1ração de crnpresas - ~·I Ut\ s ta111bé1n C-Slá aelacionado con1 a i1npor1ância do 1ulu:orki11g externo, vislo que u1n do5 crit(·rios de avaliação dL"sses cursos é a oponunidadc de dcsen\·olvi1ncnto 1

e lroca de ç~11criênci;11 profissionai~." 1\ liga<;~o cnu-c co,nunitaçf,o e gestores eficazes ta,nlX:m ficou evidente. Un1 csludo rcaliiado co111 41 O gestores ,101·tc·ao:-1cricanos indica que ac1\lelcs que pn)curtun infoi-,na-

Capitulo 1

Figura 1.1

O que é comportamento organizacional?

7

Alocação de tempo por tipo de atividade

Média do s gestores

Gestores bem•su<:edidos

Gestores efi cozes

19%

32% A8%

Gesiôo !rodidonol

Ge.stõo de recursos humono.s



Comunkoçõo

Netwo,lt.ing

çõcs corn os colegas e funcionfllios - n1csn10 que seja,n negativas decisões s.\o os ,nais cficazcs. P.

e que j us1ifican1 sua..:;

l·:s.scs rcsuhados trazcrn in1portantcs revelações para a c1utstào das ;uividaclcs dos acl· niinistradorcs. Os gestores bcn1-succdidos dão tnna ê nf.,sc pratic,;:1mc11te opost:, f, gl'stào tr.tdicio11al, •'t con1u11jca('ào, à.s a tividades de recursos hun1a11os e ao 11tkoorl.-ing cm compara· ção co1n os ad1ni11lstradorcs cficaz..1...-s. Esse estudo dcsaíia o p1-essuposto tradic..:ional de que as prornoçõc.~s bascian1-se no descnlJ>enho e n1ostra a i,nportância das atividades de 1uh.1.,'()rki,~g e das habilidades socia is e políticas para o sucesso dos gcs1orc-s dcnu'O das Ol'ganizaçõcs.

Breve revisão do trabalho do administrador Exisle un1 pano de fundo conl11n1 às dive1-sas abotdagens !h1'C funçõcst J>apéis, habilidades e a1ividades
m

comportamento organizacional .Já fala,nos aqui

Comportamento organizacional (CO) Campo de estudos que investiga o impacto que indívíduos, grupos e a estrutura têm sobre o comporuimento das pe.ss.oas dentro das organizações, com o propósito de utilita, esse conhecimento para melhorar a eficácia organizacional.

da i1n1>0rtância elas habilidades htinlana.'I. ~·las nc1n este livm nr1n a dis<'iplina da c1uaJ ele u·ata rccebcrn o norne d e •hahilidaclc\ hu,nanas'. O trr,no anais ant· pla1ncn1e utilizado para clcnon1in.1r essa disciplina é co,nf>orta111e11lo organizacioual.

I

___J

O con1portamento organizacional (CO) é um c.1.1npo de estudos <1uc investiga o in1paclo que· inclh:ícluos, 6"11tpos e a cs.u·utura organizacional tên1 sobre o con1pcn1,uncnto Wts 1x·s;oas dcnou da.s organi1.açõcSi torn o propósito de u1ili:1,.ar <:sst <:onhccin1(:nto ~'Lra 1nclhorr isso, ,·a,nos cxa,ninar o assonto por partes. () co1npol'ta1ncn10 organi1.acional é un1 c::a111po de es111dos. Ess...1. afir,nação ~ignifica que ~ u.:11a ele u1na esp<:.cialidadc C(Hn Lnn corpo co1nu1n de conhcci1nen1os. O que ele cs111da? l~stu
8

Coml)Olt.amento organiza~ional

E1n n..-sumo, . pode1nos dizer qulk o con1port.:uncnto organizacional se ocupa do estudo sobre o que as pc~oas Í.lzc,11 nas organizações e de co1110 esse comportan,cnto afeta o dcscmr>c11ho 011,"as e as organizações.. c11fi,tiza-l,(; o co1npo11al'ncnto n:•l;uivo a HH'<~f;,s. trabalho, al:>Senrcí.s1no. 1'01a1 ividaclt, prochui,idadc, dcsc,npcnho e ad,n inistraçào. En1bora haja .1lgu1n:, controvérsia sobre a irnportfu1cia relativa de cada un1d os tópicos do co1nport::nncnto organizacional. .f: consenso que ele inclui co1n poncntcs b::ísicos corno 1notivaçào, podei~ liderança 1 co111unicaçào intcrpc_·ssoal. estrutura e p rocessos de grupos, aprendizado. dcscnv0Jvi1nento de at itudcs e pcrcepçào. processos de n1udança. rcsoluçoio de conílitos e negociação, desenho da tarcfil e estresse ocupacional. 11'

tlomplementando a intuição com o estudo sistemático

Estudo sistemático Estudo de refaçôé-S entre vJfiâveis na tentativa. de .atribuir caus.as e efeitos e de basear conclusões em evidências ci&ntificas.

I

Admlnistraçãio bas.eado

em evidências Método de administração que baseia M decisões gef(N'lcitiis na melhor evidência cientifica disponível.

_J

Intuição Sensa,çào ou instinto não neces,ariamente co,roborado pela pesqu(Sa.

'lOdo~ nós so1nos t5.1udanu:s de co1npor1a1nento. l)csdc a 1nais tenra idade, ohscr\'arnos as aç(}(;s das outras pessoas<: tcntan1os interpretar o que ,·c:n,os. ~·lesn10 que nunca tenha se tlado conta d isso, ,·ocê 'dc<.~ifrou' pessoas por toda a \'ida 1 observando suas ações e tentando interpretar o q ue vê: ou tcntàndo prever o que elas f..1.rian1 sob dctcr1n inadas cin.:unstâncias. l nfcliz1ncntc, essa abordaf,r<:1n casuaJ e de senso <.:01nu1n costtuna induzir a erros di,·crsos. Entretanto, você pode apri111orar essa cap,:lcidadc de previsão subst..ituindo suas opinjõcs i1Huiôvt1s por urna abordagcrn 1nais sistcrnática. 1\ al)()1'(lagc1n sistc11l.:í1ica us..-.da neste liv1'0 revela tá. irnpo11a11tes f.11os e relaciolla1ncn1os de n1oclo a fc,rncctr un1a ha$C para 1'Cali;,.ar pre\'iSÕCS de;: oon1po1,a111en10 1nais prcci5:t'\S. O conceito por u-:ts d<:&~1 ahordagen1 é que o co1npo11an1cn10 não é alca1b1io. Na vcrd:tdci existcn1 algun1a~ consistências fundamentais que sustcn1an1 o con1ponan1cn10 d<.: todos os: indivíduos., as quais podcn1 ser iclcntific..1.das e n1odificadas J:>..'lr.t n:ílellr tlS diferenças indi,~duais. E&;as cons.isténcias fundan1tntais sào 1nuito i1nportantes. Por q uê? Po rque pcr111i1en1 á prcvisiUilidadc. O co,nportarneuto ê gcraln1cnte pre,~sivcl e o r.sllulo .siste111álicq do con,porta1nc11to é unl ,ncio de se faxcr previsões ta.z.oaveln1<:1HCp teciS-<1.s. Quaudo usa1n<>s o ter,no estudo s istemático, q ucl'C111os d izei· que obSCl'\'a1nos os rclaciona1ne11tos, t('nt,H1do atl'ihuil' causas e cf(~itos e baseando as conclusões c1n evidência cicnLifica - ou s<-:ja, c,n clados colhidos sob condições conu·o laclas, n1cdidos e inccrprc1ados de 111ancira rigorosa . (\ ler Apêudic:c ,\ pan, u1na rc,~são b{lSica de n1é1odos ele pesquis.a. usados en, es1udos na área de co,nportarncnto organiz.aclonal.) A administração baseada e:rn evidências co111pl('1ncnta o estudo sis1e1ná1ico ao basear as decisões gerenciais na rncl hor evidência c ientífica clis1>0nivt·I. 'Por exc1nplo, gos.. taría,nos q ue os 1nédicos ton1ass<:1n clt!cisõc.s sobre o 1ra tan~cn10 do paciente corn base n..is últi1nas <:vidência.~ científicas. f\ ad1l1inis1raçâo baseada cn1 evidências argun1cn1a que os gcstores dC\'ém f.'lzcr o 1ncs1no: to rnando-se 1nàis científicos no 1nodo corno pcnsan1 sobre os proble,nas adn1inistralivos. Po ,· cx<'ntplo, un1 achninistr..lclOI' te1n de- resolvei· un1 pmblc111a gerencial, pesquisa sobre a 1n<:lhor evidência disponh·cl e aplica a i11for111aç:lo relevante à 1x:rgun1a ou ao e.aso crn ,núos. l ~llvez vocl• pense q ue seja d ificil argu1nc11tar contra isso (c1ua1 acbninisLradoJ' argu111cn1aria c1uc as decisões não dcvc::rian1 ser bastadas nas c,~dên~ eias?), mas a n1âior parte elas decisões gerenciais ainda é feita 'às pressas', co1n po uco ou n.;;nh111n csu1do sis1e1n;itico. 11 O c.studo sis1c:1nâ1ico e a acln1inis1raçào baseada c,n evidrnci.-1s ac1'Cscc:111an1 algo à intuiç.ã o, ou àc1uclc 'instinto' sohrc o que '1110,·c' as dentais pessoas {e nós 111csnlos.}. .E,~dcntcn1cntc, a abo rdagcn1 sistc1n ática não significa que aquilo que você a prendeu de 111an<:ira não sistc1n;ítica esteja ncccss.1rian1cntc errado. Con10 defende J..uiz Seabra, sócio~fundaclor da ~atura; '/\ c rcclilc c1n sua intuição - n1csn10 contr.\ argu1ncntos raciou~üs''. Entrct;1nLor meio da intuiçiio ou do inMimo, é lmn pmvl1vd qur cst<;ja,no5. 1rabt11hando co,n iníc)ro)açõe5. inco1nplcrai; - co1110 1onu1r urna clctii;ào s.oht'(' invcs1in1cntos c:0111 apenas 111c1adt dos dados.

Capitulo 1

O que é comportamento organizacional?

9

Confiar na intuição pode ser pior porque le1nos a tcndênci.a de supcrt'SÚinar a exatidão do c1uc achan1™ que sabcrnos. Un,a JX'squIBa rt-ccntc rc,·clou que 86 po r cento dos !:,7('Storcs acha\'a1n que su,1orga11i:a1ç~o t'Sli'l:V(l trat.:1ndo bcn'I os fu1u::ion,í.1ios, mas c\J>Cn,1s 55 1:>0r cento dos funcionâl'ios ac·ha\'an, <1uc c-1111n bcnl tl'at,\dOS. Pesquisa.;, ron1 gcn.:111<.-s de t"Ccu1-sos hu1nanos ta1nhé1n n1ostrarn1n qu(: nu1i100 gc1x;n1cs 1:>0ssucn1 u1na opinião ele 'senso conlu1n, no c1uc se l'CÍC1'C a tuna gestão cficaz 1 <1uc i: refurada por divcrs.,s evidências cn1píric..1s. Encontr.u11os un1 problc.-1na sc111clhantc quando procur..ln1os conhcciincnto adnlinistra· tivo nos negócios e na n1ídia popl1lar. r\ i1nprcns.a de negócios tende a ser do1ninacla por 111oclis111os. Co1no u1n j on1alista colocou: "De tcrnpos c111 te1npos. novas en1pn.-s.as obtên1 sucesso e são nu.:ticulo.san1cntc an(llisadas pard :;.e descobrir algunlas vc1"(ladcs i1nplicitas c1ue poS&un 1·c.-vclar. i\las. crn t,rctal, não há \'ç1"(ladc irnplícita; as c1nprcsas si,nplcs,nentc estão no lugat cc1'10 na hora cc,,a" .lª 1\1x:sarclc tc111:u·n1os c,~1ar. é pos.~Í\'CI<1uc vcnha111os a cair nessa arnladilha. 1\'ào é que a.~ reportagens da in1prc.~nsa de negócios cs1cja1n 1orahnc1nc crrad.1s; 111as, S(;:111 u1na abordagc,n sistc n1.:l1ica. é dificil separar o trigo do joio. Não csuunos aconselhando que jogue pela janela sua intui~;.lo ou as notíc ias da in1prcnsa especializada. Ntn1 cstan1os a11,7 un1c1uando c1uc a pcsquis;I esteja scn1prc certa. Pesquisadores co1ncte111 erros 1a1nbé111. O que cs1a1nos aconselhando é usar a cvidênci;., o n1<\x.i,no possível rto intuito de alirncn1ar conl OO\i.tS infor,naç()(.·s su,1 intuiç,i o e expcriC::·ncia. E.ssa ê a pro,ncss.a do co1nporta1ncnto orga11izacional.

MITO OU CIÊNCIA?

Noções preconcebidas versus evidência substantiva amos supor que você se inscreveu em uma disciplina introdutória de matemática financeira. No primeiro dia de aula, o professor pede que você escreva em uma folha a resposta para a seguinte questão: 'Qual é o valor liquido atual com desconto de 12 por cento ao ano de um investimento no valor de 1 milhão de reais feito neste ano em um portfólio de ações com dividendo inicial no próximo ano, no valor de 100 mil reais, e uma taxa de aumento de dividendos de 4 por cento ao ano?' É improvável que você seja capaz de responder a essa questão sem alguma instrução em finanças. Agora, mudemos o cenário. Você está em uma disciplina introdutória de comportamento organizacional. No primeiro dia de aula, seu professor pede que você responda â seguinte pergunta: 'Qual é o modo mais eficaz de motivar os funcionários no trabalho?' Em um primeiro

V

momento você tatvez se sinta um pouco relutante, mas. uma vez que comece a escrever, não terá nenhum proble·

ma em propor sugestões sobre motivação. Essas situações constituem um exemplo de um dos principais desafios enfrentados no ensino de comportamento organizacional. Você começa um curso desses com diversas noções preconcebidas que aceita como se fossem fatos. Acredita que já sabe muito sobre comportamento humano. 19 Isso não ocorre com disciplinas

como finanças, contabilidade ou até marketing. Desse modo, ao contrário de muitas outras disciplinas, o estudo do comportamento 0
o aluno a uma série ampla de conceitos e teorias, como ·também precisa lidar com muitos 'fatos' normalmente aceitos sobre comportamento humano e organizações que o aluno adquiriu ao longo dos anos. Alguns exemplos desses 'fatos' estão nas frases: 'não se ensina truques novos a um cachorro velho', 'a liderança é uma capacidade nata, não pode ser aprendida', 'duas cabeças pensam melhor do que uma'. Mas esses fatos não são necessariamente verdadeiros. Portanto, um dos objetivos de uma disciplina de comportamento organizacional é substituir essas noções populares, que costumam ser aceitas sem muito questionamento, por conclusões com embasamento científico. Como você verá ao longo deste livro, o campo de estudos do comportamento organizacional foi construido em décadas de pesquisas. Essas pesquisas fornecem um corpo de evidências substantivas capaz de substituir as noções preconcebidas. Em todo o livro, incluímos quadros com o título 'Mito ou ciência?'. Sua função é chamar a atenção para os principais mitos ou ideias sobre o comportamento organizacional. Esses textos pretendem mostrar como a pesquisa científica desmentiu tais mitos ou, em alguns casos, comprovou-os. Esperamos que você leia esses quadros interessantes. O mais importante é que eles o ajudarão a ter em mente que o estudo do comportamento humano no trabalho é uma ciência, e que precisamos abrir bem os olhos para as explicações do 'senso comum' relativas ao assunto.

10

Compottamento or9<1niza~ional

fflisciplinas q ue contribuem para o e studo do comportamento organizacional O estudo do <'on1pen·1an1c;n10 organiza('ional f' unH, ci(:nch1 aplic.;;1cla que se: apoia na conuibuiçào de d ivcrs..L~ 01111'as disc:iplinas sociais, tais co1no a psicologia, a s0<·iologia, a psicologia social, a antropologia e a ciência política. Con10 vrrcn1os adiante, a psicologia tcn1 co111rib1údo p1incipal111c111c para o nível n1icroi ou inclividuaJ 1 de análise, cnquan10 as dc111ais disciplinas contribuc1n para a nossa compreensão dos conceitos n1acro, tais con10 os pro<:cssos grupais e a diniunic.1 organizacional. ,L\ Figura 1.2 n,ostr~1 .1.s principais contri~ buiçõcs para o \:-Studo cio con11:>0rtan1cnto organiiacional.

Psicologia P$icologia

Ciência qve busca medir, explica, e. algvma$ vezes. modificar o

comp0ttamento do$ sere$ humanos e dos animais.

J

:\ psjcologia é ,1 tu:llcia que busca n1t'
Figura 1.2

Contribuições para o estudo do comportamento organizacional

Ciência Socia l

Psicologio

Psicologio $0Clol

Contribuição

t--

i-

Aprendizagem Motivação PetSooolidode Emoçôe$ Percepção Treinomenlo Efíe6eto do lidc(onço Sothfoçõo com o lrobolho Tomado de deci5âo iOOividuof Avolioçóo do de$Cmpcnho Mensuraçõo de otitudes Seleção de pessooJ Desenho de corgo E$lí9l$o8 ocvpoeicnol

L

G
{

Teor'io d<J 0<9onizoçõo formol Tecnologia orgoni:oeionol Mudança orgoni,zocionol Culru,o Ofgonizocionol Valotes comporctivos Alitudes comporotivos Análise muflicvlturol

Anttopologio

Cvlh.lro 0<9onizociot\of

Afflbieote etgoni uieietlol Poder

Resultad o

lndiv,doo

Mudanço comportomentol Mudonço de oti"1de Comunteoção Pr«e-»o$ grvpoli:$ Tomados de decisão em grupo Comunieoçõo Poder Cotlílitos Compor1omento inrergrvpol

Sociologia

Unidade de análise

Sistemo orgonizocionol

-

E-do comportamento orgonizoCtonal

Capitulo 1

O que é comportamento orga nizacional?

11

cstuclan1 as tcoiias relativas ao processo d e aprcndiz..1gc111 e de personalidade. os psicólogos clínicos e~ principt1hnéntc~ os psicólogos organiz,1cionais e inclusu;ais. No injcio. os psicólogos o rgani:t<1tio1H1is e irldusu;His cstu
Psicologia social Psicologia soc:ial

Ramo da psicologia que

mi$tura conceitos desta ciência e da sociologia

para foar a influência de um individuo sobre

(

__J

outros.

1\ psicologia social, gérc1l111cnte considerada tnn ramo d a psicologia 1 ,nistura conceitos desta ciência e da socio logh1 pata focar a iníluê1u.:ia de urn individuo sobre ou1 1·os. Un1 cios tcn1as n1ais invcsligaclos pela psicologia social é a ,nuda,,ça co,no in1plcn1cn1á-l;, e co1no reduzir as barreiras para sua accitaç~lo. Os psicólogos sociais tan1bé1n fazc111 sigatificativas contribuições nas áreas de n1cnsuraçào, enlendilncnto e 1nudança de atitudes; padrões de co1nunicação e o dcscnvolvian c nto da confia nça. Fi na lmente, e les ofercccn1 in1po1·t;u1tcs contribuições para o estudo de corn po1·u1n1cnto do grupo. poder e con ílito.

Sociologia Sociologia Ciênci;, que estuda as

pessoas em relação a seus ambientes sociais ou culturais.

Enquanto a psicologi,-i fota suas atenções .sobre o indivíduo, a sociologia estuda .as sociólogos cuncribnir;:11n para o pessoa~ e111 rclaçào .-. seus arnbic.:nt<:s s.otiais ou cultur
o~

Antropologia Antropologia

Ciência que estuda

as sociedadas para compreender os seres humanos e suas

atividado-s.

r\ antropologia é o c-studo das s.ocicclaclcs para con1prccndcr os seres hu111anos e suas ati\'idades. O trnbalho cios antropólogos sobre t ulturas e an1bicntes. por cxcn1plo1 tCnl nos ajudado a co1nprccnder melhor o:\s diferc nç.,ts ele "alorcs, atitudes e cornpo11an1c11tos fun· da.mentais entre po\·os d e diferentes pai:tcs ou de pessoas c1n variadas organizações. i\·l uito
m oucas verdades são absolutas em comportamento organizacional N::IS ciências tisicas - q uí.1nic.1, astronon1ia 1 fisica. etc. - cxistc,n leis <1uc são consistentes e se aplican'\ a urna grande vtuicdadc de situações. Isso per111ite aos <:icntistas gcn<:raHza.r os clCitos da. lei da gravidade ou enviar astronaou1s co1n segurança para. con.serlíll' un1satélite no csr>aço. ~,las, con10 foi bcrn observado por un1 coo1pe1crne pesquisador do co1uporca,ncnto, "Deus deu l<Xlos os problc,nas i'Í.ceis pal"a os íisicos''. Os seres hun1a11os são co,nplexos e pou· cos princípios si111ples e univcrs.-i$ explican1 o con11,01·1an1ento organizacional. Con10 son1os todos clilCrcn1cs1 a possibilidade· d e n,zcr gcncrali1.açõcs si111plcs e precisas é 111uito Jin1itada.

l)u!U p<.'SSOas gcraln1cntc l'i!:tgcn1 de tnancira diferente:, tuna rncsnut siui:1~.ão) co1110 pode ser observado no caso inu-odutório da .i\ n113C\~ e urna 111es1nn pessoa 1nuda. seu con1rxu1a1ncnto

12

Compottamento or9<1niza~ional

COMPORTAMENTO ORGANIZACIONAL NA MÍDIA Outras disciplinas fazem uso dos conceitos do comportamento organizacional alvez você se surpreenda ao saber que, cada vez mais, outras disciplinas estão empregando os conceitos de comportamento organizacional. Nas disciplinas de negócios, o marketing é o que tem mais coisas em comum com o comportamento organizacional. Uma das áreas básicas em mari<eting é a pesquisa de consumidores. E tentar prever o comportamento do cliente não é tão diferente de prever o comportamento do funcionário. Ambos exigem uma compreensão da dinâmica e das causas fundamentais do comportamento humano e há várias semelhanças entre as disciplinas. O que talvez seja mais surpreendente é o grau em que as então consideradas disciplinas mais difíceis usam conceitos de comportamento organizacional. Nos últimos anos, as finanças comportamentais, a contabilidade comportamental e a economia comportamental (também chamada psicologia econômica) vêm crescendo em importância e interesse. Se pensarmos bem, isso não deveria ser tão surpreendente. O seu bom-senso lhe dirá que os humanos não são criaturas perfeitamente racionais e, em muitos casos, nossas ações não estão em conformidade com um modelo racional de comportamento. Embora alguns elementos de irracionalidade estejam incorporados ao pen-

T

sarnento econômico, cada vez mais os pesquisadores nas áreas de finanças. contabilidade e economia acham útil extrair conhecimento dos conceitos do comportamento organizacional. Os investidores, por exemplo, têm uma tendência a dar mais importância às informações particulares (informações que somente eles ou um grupo limitado de pessoas conhecem) do que a informações públicas, mesmo que haja razões para acred~ar que as últimas sejam mais exatas. Para entender esse fenômeno, os pesquisadores na área de finanças usam os conceitos do comportamento organizacional. Além do mais, a pesquisa de contabilidade comportamental provavelmente estudará como o (eedback influencia o comportamento de auditores, ou as implicações funcionais e defectivas em levar advertências com relação ao comportamento do investidor. A questão é que enquanto você faz cursos separados em várias disciplinas de negócios, as linhas entra elas estão, cada vez mais, se tomando obscuras à medida que os pesquisadores extraem conhecimento de dôsciplinas comuns para explicar o comportamento. Achamos que isso é bom porque é mais compatível com a forma como os executivos de fato trabalham, pensam e se comportam.

Fontes: 8tiwado em W. Chuo,ng e 8. Leo, "An Empirical Evatu.1tion of the e>vo,confidenco Hypothe$is·. J.oo,nal of BDnl
Variáveis contingenciais Fatotes situacionais;

v.:.nâvé1S que mode,.:.m

a r~laçii?.en!re dvas:Jv mais vanave1s.

c1n siluaçõcs clivc·rs..,s. Nr1n todas as pessoas são moúv.tcla!t pelo dinheiro, e o co1npo rta1ncnto delas c1n u1n culto rcligioso é difcrcnté daquele nlosu,,do c111 tun churrasco. Isso não significa, cvidcntcn1c11h~, que 11;:10 podc n1os dar cxplic~çõcs razoavc lrncnte p,·ccisas sob,·c o co,npor1a rnento humnano o u f,1zet ptevi~ões v;ilidas. ~ las significa que os conceitos de co1npo1·1a1nen10 otgan iiacional p recisa1n 1-eflctil' condições siu1acion.:1is ou contingenriais. Pode n1os dizer <1uex levn ay, ,nas apenas sob as condições~ (as variáveis con tingenciais). 1\ ciência do conll)Ortarnc nto organizacional se desenvolve u utilizando conceitos gerais e alterando s ua a pliçaçào para dcLcr1ninadas situações, pessoas ou gru· pos. Po1· cxcl'n plo, os cscudiosos cio con11>or1a1ncnto organizacional (•vita m afirn,ar qut· lodos gostan, de 1ra ba lhos con1plc xo.s e dc:;afiador<:s (conceito gcrêll). Por quê? Porque n('rn 1odos q,1crc,n un1 11-abalho co,n desafios. 1\ lgu1nas pessoas pr('ferc,n a ro1ina cm vez d e variedades, 01..1 o si,nplcs e1n vc~ do co,nplcxo. U1n 1rabalho in1el'essan1c para u,na pessoa pode não o ser para a outra, ou S<:'j a , o at.ra livo do trabalho depende da pessoa que o realiia. r\ n1cdida que você ler este livro, ve rá divcn;as teorias baseadas c1n pesquisas sobre con10 as pc..'SSOas se con11)()rtan1 nns organizações. ~'las não .:spcrc encontrar re lações di·

reia, de cau,a e cfoi10. Nilo hã muims delas! 1\s 1codi\Ji do compo11,111w1110 org.111i,acio11nl rcflc1cn, a ,natéria corn a qual lidan1 e, se ~s pessoas s.;1o co,nplcxas e cornplic.adas, as teo,ías d esenvolvidas para cxplic:u· suas ações ta1nbé1n o são.

Capitulo 1

O que é comportamento organizacional?

13

l!lesafios e oportunidades n o campo do comportamento organizacional r\ c-0n1p1"<:cnsào cio coi-npor1a1nc1uo organizarional nunca fOi tão i1nporcan1c pal'a os gc..1,1orcs con10 nos dias de hqjc. E.xa1nincinos rapida1ncntc as cnorrncs n1uclanças que estão ocorrendo nas organizações. O funcioná1io ripico está cnvclhcccnclo; ü'lda VC'/. n1ais. n1ulhcrcs e 1nc1nbros ele n1i11orias estão entrando no 111c rcado ele Lr.t.ba1ho; o dou.:11siz.i11g e o an1plo uso de Lrabalhaclorcs tcn1por~i1ios t.stào n1inanclo os laç0$ de lealdade que prcndía1n os funcionolrios a seus c1nprcg,H·lo1·cs; e a co1npctiçào glob;dizada cst:cl exigindo c1uc os funcioníirios se 1ornen1 ,nais fltxÍ\'C-ii-. para :;.(' adap1an•1)1 às r.-lpidas 1nudanças. 1\ gr,:1vc crlsc fi11anrcira in1c1·11arional 1ro,txc para o p1irncim plano c)s desafios de ad1ninis1rar prssoa:- e~ trabalhar co1n e las cluranlc 1c1npos incc11os. E1n sunla1 os desafios de hoje lrazc1n di\'ers..'t..:; oporlunidaclcs. para que os adn1inis1ra~ dores utilizcn1 os conceitos do co1Tipor1luncnto o rganizacional. ~ esta s.<:çào. aborclarc1nos albri.111.s dos assuntos rnais críticos cnJfcntados pelos gcstorc.~. para os quais o estudo cio co1n~ pó rta,ncnto organi7.#0\cionaJ oferece soluções - ou, pelo 1ncnos. algu1nas ideias que possa,n rcsuh;1r cn, soluções.

Administrando as pessoas durante épocas de crise Enl sctc1nb1'0 ele 2008. ;:, qucb-ra do b:c11100 de Ín\'Cstintcruos ;-1ine1it1:1 no Lc..•111nan Bro1hcrii IY'pt'CS(;n1ou o ápice de un1a gra\'t cl'iS<: financcita n1tu\dial. l$.'iO podia p.-u·cccr urna 1101icia scn, i1npol'tância para as c1np1'CS..-'LS brasileiras e seus funcionários, cn1rc1an10, o elevado grau de interdependência elas cco·non1ias globais fez que os efeitos da cl'isc fOsscn1 sentidos c1n codos os paiscs inseridos no n1tu1do capitalista.

ENOUETE COMPORTAMENTAL Preocupação dos funcionários durante a crise econômica Porcentagem dos empregadores que consíderam as seguintes consequências da crise como significativamente preocupantes para seus funcionários 100

Impactos em Segurança tOda a

organização

no trabalhô

Aumentos Impactos nos Promoções Impactos nos no ano custos dos planos dé

de méri10

no ano

aposentadoria

seguinte planos de saúde

seguinte

Fonte: Baseado em ..Empbyee concems"', Workforce Management, t6 fev. '2<:UI, p. 17.

14

Compottamento or9<1niza~ional

No Brasil, cn1prcsas co1no a En1br.ler. a \l'ale e a Fcrrous, nüncradora de ~·Unas Gerais, realizaram rnuitas clc1nissõcs, clcvan
Respondendo à globalização :-\ s o rganizações não se lintitan'I 111ais às fronrciras dos países. Cerca de 4-0 por cento das aç-õcs da Pctrob1,,s cstào nas 1nf,os de investidores <.-strangciros,l'• a \ /ale tcn1 negócios cn11nais de 15 paÍS<..'S e conta con1 un1 girovén1 de vendas no exterior.21 O s novos funcion;\rios da fi\lnicantc d<.· telefones Nokia c,n st1as in:nala\·()e.,;; na Fi11liu1dia est5o sendo J'Ct..:rutados na China, n..t Índi,, e c111 ou1ros p.:,iscs 1.;.111 d<:senvolvi1nçnlo. O nlntH:m d<." funcionários cs1tangciros j.í supc1-a o de finlandcst:s no ccnlm de pesquisas ela (:tnprcsa c1n H clsinki. 1\ s p1incip:,is indlls11ias auton1obilisticas do inundo fab1ican1 vciculos cn1 paíS<::s onde a n1at1i1. da cn1prcsa não cs1.í prcscn,c. Por cx.cn1plo 1 a Jlonda produz seus carros cn1 Ohio 1 Estados Unidos; a Ford: no Brasil: a \ 'olks\, agcn, no !v(éxico; e tanto a ~,[c rccclcs co1no a B~l \ \~na 1

Áfiica do S,J. Esses cx<:111plos ilu.stran, a afir1naçào de que o inundo \i rou Luna aldeia g lobl'.ll. Nesse pn)c<:-sso, o u-abalho do ~drninistrador (~tá tn1.1dando. Au ment o das missõ es internacio nais Se você é ou pretende ser u1n ;:,d1ninistrador, é ln11.>0rta11te saber <1uc a chance de ser enviado para nlissõcs internacionais é cada vez n1aior.

\locê pode ser tl"ansfc1ido para urna unid nde 01:>eracional ou .subsidi{llia de sua organização cnl OultO 1>aís. l..,:l.. terá d e adn1inis1rnr '-nna ,não de ob,·a que, provavcln1c11tc, será ben1 diíc1·cn1c daquela co1n a <1ual você estava acoslurnado. 1a1n o cn1 relaçào a necessidades corno a aspirações e:: a1itudcs.

Trabalha ndo com pe ssoas d e diferente s culturas ~1<:sino cn1 sua terra natal, você poderá te1· de trabalhar con1 cht fes. col('gas e ouu·os íoncioná,ios que nascera,n e f01-a111 c1iados cn1 culturas dife1·e,ues. O qt•e é n101 ivador para \'OCê f)()(le não SCI' para rle~. Seu

Durante a construção da Companhia Siderúrgica

do Atlântico, os ditigentes da empresa optaram por 'importar' operários chineses para auxiliar na realização da obra. De acordo com Aristides Corbellini. pre-sidente

da empresa, a presença desses funcionârios era

necessária "para que se cumprissem os prazos e o orçamento". Isso gera, além de problemas com grupos sindicais, um 9,ande desafio pan1 os gestores em virtude da diversidade da mão de obra.22

C.apitulo 1

O que é compo,tamento organizacional?

IS

A expatriação de executivos semp,e foi um p,ocedi1nento comum nas emprexis. Com o papel cada vez mais estratégico desempenhado pelas unidados produtivas, entretanto, tornou+se couiqueiro em algumas organizações out,o processo: a expatriação de funcionários da base. Esse é o caso de Antônio do Prado, funcionãcio da Embraco, lider mundial na fabricação de compressores. Ele e mais cinco colegas da fábrica de Santa Catarina participaram de uma comitiva de 15 membros, entre executivos e funcionários, que viajou â China em abril de 2006 para a inauguração de uma nova fábcica t1aquele país. O objetivo era 1reit1ar os funcionários locais e transmiti, a cultura de chão de fábrica da empresa para que eles pudessem utilizar as novas tecnologias implantadas nessa nova unidade.23

estilo de co,nunicaç.-10 pode ser franco e cllrcto1 o que para c.:k.-s pode par<:ccr dcsconfort~ivcl e ,H·n.caçaclor. Par" 1rabalhar cfica;1,rncnte con'l essas pessoas, você precis;J conlprcender coo10 cl;\S íoran1 n10Jdada.s pela cul1ul'a 1 geografia e religião, e corno a daptai' seu cstiJo de gerc::nciarnenlo a essas diferenças. Enfrentando movimentos anticapitalistas O 10<:o capil;,1lis1a n:i eficiência, no crcsci,nenlo e nos luCl'OS pode sct an\phuncntc aceito cn1 P"íses co,no os f.stados Unidos, a 1\us11·ália ou cn, Hong Kong. i\ las esses valores não são n1uito pop1Jla1·es e,n oult"OS l11ga1·es, con10 a França, as nações cio ()ricnle i\ léclio ou da Esrandiná\'ia. r\ popula(ào brasileira, inserida no segundo grupo, ta 1nbé 1n dcn1onstra certa resistê ncia a alguns dos vaJorcs capiª talistas. 1\ recente a\'ersào ao processo ele piivatizaçào e as críticas aos lucros elas instituições financcin1s sào cxc1nplos desse fcc1ôn,cno. :\ lé1n desses, a forte presença estatal na ctonol'n ia e as
Administrando a fuga de empregos para países com mão de obra mais barata Está cada vez n1ais d ificil para as e1np1"es.as en1 países clcsenvolviclos, onde o piso salarial rara1ncntc fica abaixo de R.S 12,00 por hora. co1npclir con) aquelas que contan1 con, 1nào de obra c1n paiscs crn dcscnvolvinncnto, onde esse valor pode rair para RS 0.60 por hora. No Brasil, esse valor é de, aproxin1aclan1cntc, RS 2150 por ho ra. Entretanto, c1n ,~rtudc de

nossos pesados encargos trabalhistas) o custo real é de pr.uica111cntc RS 3,i5.1:. Não é po r att'\SO que parte das 1-oupas que vcstirnos é íabrieada na '"failándia e na Indonésia, grande parte dos calçados é fei1a oa Chi11a e os <'hips de nossos con1pu1ado,-cs s.,.;o produzidos e,11 "lãi"•an. En'l lnna ccono1nia g1ohali1.ada, os c1nprcgos fogcn1 para os lugates onde os custos baixos ofe1'Ccen1 van1age1n co1nperi1iva para as e1nprcsas. º lãis práticas, <'Olltudo, são íortc1nen1e c riticacfas pelos sindicacos, políticos~ líde res locais e ou1rosque Yecn, nisso tuna a1ncaça ;:i c n1prcgahilidaclc crn sc.·t1s países. Os gestores prccisa111 e nfrentar a diíicil ta.rcfh de equilibrar os interesses de suas orbranizaçõcs com suas rcsponsabilidaclcs pcranlc as con,unidadcs 011dc opcra1n.

Administrando a diversidade da força de trabalho U1n dos desafios 1nais i1nportantcs e abrangentes cnli·cntados pelas organi;1,.itçõcs hoje en1 dia é a :1dapla~i10 i,s difcrcnç,:i.s enu-c as pessoas. O tcrn,o utili'l.ado p;lra descrc\'C'r esse desafio e'> 1/hmidtu!, tlflfür(4 dt trabalhb. l·: nqua1no a globali1.açào SC' co11ccn1ra oas dircrcnças cn1 rc pes...(õoas t!t d ifercn1<:s países, a diversidade da força ele 1rahalho focaliza as d iferenças entre as pessoas nn un, deterntinado pais.

16

Compo1~mento organiia~ional

O Brasil, por SOC' a principal potéf'lcia regional sul~americana e por estar experimenta1ldo uma nova fase de crescimento acelerado, vem atraindo muitos imigrantes de nações fronteiriças mais pobres, como o Peru, a Bolívia e o Paraguai, e de países do sudeste asiático, como a China. Nesse sentido. a cidade de São Paulo, a grande metrópole brasileira, é o destino preferido da maioria desses imigrantes que buscam melhores condições de emprego e rellda. Em função disso, as empresas brasileiras que contratam esses trabalhadores preósam comeÇi\r a se adaptar. assim como os gestores que terão funcionários de minOlias étnicas em suas equipes.~

Diversidade da força de trabalho Grau de heterogeneidade

da cotnposição da força de trabalho das organi~ações.

1

.~\ diversidade da força de trabalho reconhece que a fOrç.a ele 1rahalho f" consti~ tuída por trabalhadores d e a1nbos o:s sexos, d e várias raças e c1nias, de d ivca'Sas gerações, con1 habilidades fisicas e ps:icológic~ dis1int::\S1 t co1n diferentes o iicntaçôcs sexuais. U1na ror<;a de trabalho diversificada inclui 1nulhcrts, negros, minotias étnicas, d(·ficicntes f1.Sicos, pessoas da terceira idade <: hornossc;,.;uais. ;.\dnli11istras a di"crsidadc se tornou u111a qucslào irr1portant(' c,n todo o inundo. Os executivos no Canacl::í. e na f\usttália, po1· exe1nplo, íora1n ohl'igados a se a dap1ar aos g1'andes nu:ii:os de lrabalhado1Y-s asi:l1iros. A 'nova' .,.\ frica do Sul se r arac1e1i1.a por u,n n(unero e-ada ,...-z ,naior eran1 c ,n países co1·no 1\ lernanha. Po rtugal. 11~\Jia e f rança . .;\ <1ucsulo da di"ersidade da fo~a d e U"abalho será aprofunch1da no ptóxi,n o capitulo,

no e11uuuo1 é in11)()11a11tc reconhecei· desde já que ela apl'csenla in(uneras opOl'lunidades e desafios para os ad1ninis1l'adon::s e ll'abailha clores de organi-zações e,n qualc1uer país do rnundo.

Melhorando o atendimento ao cliente Por que u111.a co1npa11hi;-i de telefonia fixa <1ue detént o 1nonopólio desse- serviço sobre dc1c rn1inada região deveria se p reocupar co1n a saüsí.,ç:io de seus clientes? Afinal de contas, c:aso os con.suniiclorcs cst~ja,n in.saúsfcitos, eles nito poden1 faze r nad a, a 11:.io ser cancelar a assinatura e .\bandono·lr seus 11(11ncros n::sídcnciais. t\ c1u<:stào é que isso 1)odcria lhes lraicr gr;.Hld(' dor dt cabeça, visto que uiio ,nais tcria ,·n urna con1a de telefone para co,np1'0var :.u.-1 1-esicll·nci:i e poderia1'll p('rdcr o contato co1n ,nuitos :unigo~ e t-..11,il iatcs cnl função cio abandono da linha fixa. A panir ele 2008, en1reta1uo1 essa siu 1ação 1nudou ..A. abcrcura do n1crcado a c111presas con corrente$: e a pol'1ahilidadc nutn él'ica fi:1.eran1 que os clicn1cs passas.scn1 a ter o utras opções de serviço. l~,n decorrência disso, as crnprcsas que dctü1ha111 o rnonopólio cio serviço tivcrain de se desdobrar para apri1norar o atcncli1ncnto aos assinantes. Nesse novo ccn{trio, :no\'OS plan os e pro1noções pa.ssar..1111 a ser oferecidos, novos w,,,iços (co1no a l ntcrnct bancla largai a t..:lcfonia n1óvcl e a 'J'\ ' 1101· assinaturit) fo ra rY'I agregados aos p(1cotcs antigos, e o atendit'n c,no aos con~nnnidon!s passou a se dar de 111n<1 n1ancirn nl1..1ito nlais solícita e cordinl . Atuahne,nc, n ,nnioria ela f() rça de ll'a balho no~ paÍ$e.S desenvolvidos es1á en1pregada no se1or d e S<'1, 1iços. Nos Escan1anha e no j apàoj os íncli· ccs são de 69 por cento, 68 por cento e 65 por cc1uo1 rcspccti\'a1ncn1c. ~ os dcn1ais paíscs1 essa taxa ta,nbérn ,·ern se elevando d e 1nancira considérà,·cl. No Brasil~ crn 1999. cerca de 60 por cento da populaç.;:io econo,niC.:'l.lllCnte ativa cs1a,·a ocupada ern atividades do sc101·

&

fj

O que é comportamento organizacional?

Capitulo 1

17

Michael Oell tem como uadição, uma vez por ano. trabalhar no atendimento telefônico a clientes no departamento de setviço ao consumido, da Deli, lnc. Dei! ê um exemplo da cultura sensível à demanda dos co1\sumidores que criou quando fundou a Dell Compute, Corporation, em 1984, com a finalidade de constrvir ,etacionamentos dketamente com os clientes. Ele atribui a es.calada de sua empresa para a posição de maior no mercado ao foco permanente no cliente. Os empregados da Dell efetuam atendimento superior ne5'Sil área ao comunicarem-se diretamente com os clientes pela Internet ou por telefone.

de serviços.ti Exc,nplos dessa.\ ocupações incluc,n pessoal de assistência técnica, atendentes de red es dcfost food. balconistas de lqjas.. professores, garçons.. c nfc r1neiros1 n1.ccânicos1 consultores, corretores, analisu,s cle crédito e con1issáiios ele bordo. 1\ característica que essas ocupações têrn cn1 co1nu1n é o lã.to de que cxigcn1 u1n cnvolvi1ncnto substancial co1n os clicnu:s da organização. Corno nenhu,Ha cn1prcsa pode existir sc:1"1\ c::lic111cs - s(:ja ela a Brastc1np, a C"lxa l·:Co11ôn1iv1 .fcd<:1'(11, a Cas,1s Bahia. tuna c,nprcsa ele ;\dvocacia, urn 1nuscu, u1na escola ou un1 ô rg.'io f{O\'crn:unen1al , seus d irigentes p1'Ccisa1n se CCl'tificar de <1ue os funcio1u,rios í.1ça1n lC>C~O o possível para agradar os r..licntes.23 A r\ 1ncrican ExA prcss, por cxcn1plo, rcccntcn1cntc evitou que o pior p<'sadclo d e J oan \ \Cinhcl se realizasse. l~ra1n dez horas da noite c j oan estava cn1 sua casa~ e1n No\'a j crscy, fhzcndo as in alas pa ra un1a ,~a.gcn1 de tuna sc1naHtl1 quando percebe u que, algu1na.s horas anlcs, ha,·i;1 deixado seu carlào de <:rédilo t 1n tnn rcsl.a urantc c1n Nova '\'o rk. O reslatu
precisava do ct,11ão p.:11·a a viagcn1.Joan, cn1ão, ligou para a 1\rnc::iican l::xpl'CSS. Sua ligação íoi prontamente atendida por un1. íuncioná1io gentil e p restativo, que lhe d is..~c para não se p reocupar. Dc:poi.~ de fàzcr algurnas perguntas, o fi,ncionário cio a tc ndin1<"nto ao cliente d isse a J oan q ue o auxílio esta,,.. "a c-an1i nho Surprcs..'l é pouco para definir a scns.1ção que J oan teve q uando a ran1painha ele sua cas.1 locou às 23h•l5, ou seja, 111cnos d e duas horas dl'pois elo tclcfoncrna. :\ sua porla est.;:1v(t o 1ncnsagciro trt1zc11do o novo Célrtào.J oan a inda se espanta con1 a rapidez éúl'n <1uc a cn1p,-csa conseguiu c.:xpcdir e c·n1 rcgar-lhe un1 no,·o carti10. ~1las d iz que- essa ('.XP<'l'iê,~cia fez dela urna cliente pata 1odt1 ,1 vida. O co1n pott:-in1cnto 01-ganizacionaJ r>00rtan1cnlo.s dos c1npregados c-slào assoei.idos à sat.isÍ.:'lçào d os clientes. ~'1uitas ,·czcs, tuna cn1prcsa li-acass.1. porque seus funcionários não s.abc1n agrad ar os d icntcs. ,\ ad1ni11istraçào precisa ,criar u1n.1 cullura pró-cliente. O conhcci111cn10 do 001n pona,ncnto organizacional poclt orcrcccr 1.11na ori<~1,taçf10 significativa para a criação de 1ais culturas aquelas nas quais os funcion:,rios são a ,ná\'cis e gcnti~> acessíveis, lx:,n inforrn ados, pmntos para atender- às necessidades dos clientes e d ispostos a taz.er o q ue fo r possível para agradá·lo.s:,!') 1



Melhorando as habilidades humanas Na n1edicla cn1 que \'ocê a\'auçar neste livro. encontrará conceitos e teorias rclc,i:intcs q ue o ajudarão a explicar e p1'C\'c1· o con1.po1ia1nento elas pessoas no trabalho. AJén1 disso, você con.hcccr{1 habilidades específicas. que poderão ser utilizadas <:111 seu trabalho. Por cxc1n-

plo. a1>rc11dcrá uma variedade de forrm1s para motimr pessoas. técnicas pam melhor~,r as suas h;ibilidadts c n"I Ou\'ir e corno forn1H1' equipes clt.~ u-ilbalho n1ais eficazes.

18

Compottamento or9<1niza~ional

Estimulando a inovação e a mudança O que aconteceu con1 <:111prt~S~LS con10 o Banco Santos, a \ larig, a fab1icantc de au· to1nóvcis Gurgcl. as Lqjas Brasileira..s e,, , ..ransbrasil? 10das elas fld.iran1. Por que outras grande~ orgauizaçôc'S tOnlO ~ En1 bracr, a l~tbiieantc de.· hrinqucdos Estrela<.: a \ r'oJk:;,V'a · gcn i1nplcn1en1ata1n c;x1cnsivos p1·ogra,11as de redução de custos e· eli1ni11~11·a111 milha1·c:: de crnprcgos? Para evi1ar a f.1lência. :\s ol'ganizações bcn1·succdidas de hoje prcc isa1n forncn tar a inovação e donlinar a ;,rtc da 1nudança ou serão candidatas;) cxlÍnçào. O sucesso irá para as organizações que 111antê1n a ílcxibilidadc, conti nu;un(.· ntc aprimoran1 a qualidade e enfi·enuun a concorrC::n • e ia, colocando u1n constante Ouxo de produtos e serviços ino\·adores no 1nertado. A rede de pizzé1rias Domino~s élcabou con1 a existência de nlilharc~ de pequenas pizzarias çc.~os dirigente~ acharan1 que podia,n co n1inua1· fazt.'ndo o 'de scn1p1•c'. t\ .•\1ncricaoas.con1, o Suhrnarinú e a Saraiv,1.con1 estão lc~vanclo à f.'lli;ncia v}h·ia.s pl·qucnas li\'l'arias ao pro\'ar que é possÍ\'el vender li\'ros J)Cla ln1crne1. ;\ pós anos ele d c.sen1pcnho n1cdíocrc, a Bocing percebeu que prccisa\'a n1uclar seu n1odclo de negócios. O resultado foi o 787 1 Drea1nlincr', que a tornou nova1ncnte a 1naior fabricante de a,·iões cio mundo. Os funcionários de.: un1a c1npn.'-S..t poclc1n ser os principais l'Stin1uladort'S da inO\<.lçào e da 111udança ou podem ser seu p1i.11cipal bloqueio. O desafio para os administntdorcs é cstúnu.Jar a c1iati,·id}1de de ~cus funcioná,ios e sua tolcr.ineia à 1nudctJ\ça. O estudo cio co1npo11a,ncnto organii..acional oferece 111n,"L grande ,'ti 1icdad<· ele ideias e técnicas p,·'U'.t .:rlcançar ("$$as ,nc1·~ls.

Lidando com a 'temporariedade' Nos úhitnos anos, a globalização. tl expansão da capacicluç~tc, co1npu1adorizados. Isso não frr.zia parte ela dcscl'içào de suas funções há 20 anos. No passado, os funcio nários c:ran, indicados pai<, un1 grupo de trabalho específico e havia u111a sensação de segurança cn1 trabalha!' sc1nprc con1 as n1csn1as pessoas todos os dias . ..fal prcvisibilidáclc foi substituída por grupos d e trabalho térnpor::"u·ios, equipes for1naclas por pessoas d e diferentes dcparta1nentos, e pelo uso cadt1 ve~ 1naior do rodi~io de funéionários para atender às nccessidaclcs scn,prc n1utan· t('s do trabalho. Finahnen1e, as próprlas organi~ações estão cn1 pcr1nane11te 111udanc;a. Elas cslào sc111p1't· 1·corga11izando Sllas clivii.ôcs, desf"zcndo·SC de ucg6<.:ios que não tê,n ho,n dcscn1penho, reduzindo opc1~.,1çõcs, subcontr,.uando Sl:rviços e opl:raçôcs não cri· ticos de ou1ras organizaçõts e substituindo cn1prcgados pcr1nancn1cs por ternporários. Os adn1inistradorcs e funcion{uios de hoje pn.'Cis.:un aprender a lidar con1 a 't1.:n1por.uieda~ de', Eles prccisarn aprender a cOn\'Íver co1n a Acxibilidadc. a C.'Spont~l.ncid:,clc e a in1prc,isibi· licl;:1de. O estudo cio <:0111pórtan1enlO organi-1..;.ttlonal pode ofcrcctr i111portant(-s contribuições pan1 ajudá-lo a entender 1neUlor unt inundo profissional cn1 continua 1nud.:1nça, a superar as 1"('sistências il 1nudança e a c,iat 1.11nH cultura organiz,Jcional volur.da à 1nuch11lÇ
Trabalhando em organizações interconectadas 1\ in,erc
C.apitulo 1

O que é comportamento organizacional?

19

O trabalho do adnt.inistrador cn1 u1n;·, o rganização intcrconcctada ê diferente do trad icional. ~'loti\'ar e liderar pessoas, por excn1plo1 e ton1ar decisões colaborativas on-line são a rividadcs q11e: rc<1uerc111 técnicas divcl"Sa$ clt1.quc)a$ c1npl'rgadas ql1t1.ndo os indivícl11os estão fisica111<:nte p resentes c..:n1 llf'n único local. (:01no cada vez 1nais as pessoas estão trabalhando rcrnot:'llncntc por 111cio das redes de co,nptuad orcs; os achninist.raclorcs prrci.san1 dcscn"olvcr no,·as habilidades. O estudo cio co,11poru1.1ncn1() 01-ganir.acional pode SCI' útil 1>a1-a es.sc finL

Ajudando os funcionários a equilibrar a vida pessoal e a profissional O funcionário típico d<>s anos 1960 e 1970 con1parcc.ia .-10 t rabalho de segunda à S(~xta-fc ira e cumpria u1najornad,'1. d i;;íri.:1 dt' o ito a 110\'C horas cJ~1-an'lcnLC definidas. Isso não acontece 1nais hoje co111 grande parte da força ele tr.tbalho. Os trabalhadores se quei~ xanl, cada vez 111ai~1 de ()UC a JinJ1a divisória enu·c os períodos dedicados ao tí.thalho e à vicia pc~soal S<' 1ornou obscu1-a} prO\'OCt1ndo conflilOS pessoais e cStr'('SS<:'.'° r\o ,nc::srno tc 1npo, no e ntanto, o a,nbicntc dé trabaJl10 atual ofcrct·c oportunidades par;t que os 11.t ncionários c1icn1 e cstruturc111 seus papéis na cn1prcsa. Co1110 surgc111 os confli1os 1rahalho ver1u.s vida pessoal? E111 pri1nciro lugar, a cri.l, ção de orga11iz(lc;ôcs globais significa que o n'll111do nunca clor1r1c. J\ qualquer hora, c,n qualquc1· dia, funcionários da \ ia le estão trabalhando c1n algun1 lugar. 1\ ncéc!isidade de consultas a colegas ou clientes crn o ito ou dez fusos hor~\rios difCrcntcs f.,z que os fun c ioná rios das e111presas globais prccisen1 estar ~à d isposição' 2·1' hol'as po.- dia. F.1n segundo lugar, a tecnologia ele con,unieHç~o pcrn1ite que os profissionais libcl'ais e téc, nicos Hu;an, seu trabalho c..:111 casa, no carro ou crn u1n.1 pr.tia no Tai,i - n1as tan1bé1n significa q ue n1uitos sin,a111 qu no entanto, é que nos aproxin1c111os do ca so nortc·an1cricano, o que pode ser pcrcchido pelo 1nú111cro de horas trabalhadas pelos fi111cionários n,ais jovens oa. 11,aiori,1 das enlptc-s:.s ptivadas. Fi 11ahne1nc, houve o ~urgi1ncn10 do C~li,al ele lrabalhadorcs. o que torna n1uito tlifícil para essas pessoas encontrar ternpo par,-1. aten der a co1npron1issos don1ésticos, <'onjugais ou ron1 os filhos, parentes e an,igos. ~lilhões de lares chefiados por pais ou 1nâcs solte iros e trahalhadol"<:s c\ijos pais s.io seus dependentes tê1n desafios aind.:i ,nais significativos p,1ra equilibra r s1.1ai:; responsabjlidades profissionais e t:,,nilinrc!i. O s trab:,lhadorcs pcrccbcn~ c1uc o trabalho vcn1 to111ando cada \'CZ 1nals espaço de suas \'idas pe~soais e n;lo es1ào sa1isfi::itos con, isso. E.!nudos 1·eccn1cs sugercrn que os tr,1b<1IIH1dorés dcseja,n cn1prfgos COl'n n1aior flcxibilidad<' de horários p.-,ra que clc-s poss:un cornpatiUilizar 111clho r seus assuntos pessoais e profissionais.:J't Na verdade, \:SSC ec1uilíhrio tornou·sc un,a prioriclaclc n,ais i1nportant<: para os trabalhadores do (1uc a segurança no c ntprcgo.:u A próx i1na geraç.lo p:u·ecc ter preocupações sc1nclhantcs.~ 1\ 111aioria dos c~tudõlntcs univcrsitcírios declara que o c<1llilíbrio entre vida pessoal e lJ.l, balho é a sua principal n1cta na carreira profissional. Eles qucrc1n ter '111na vicia' alé1n d<· ter u1n c ,nprcgo. t.\s o rganizações qué não cons.cguircn1 ajudar seu pessoal a alingir esse equilíbrio encon1rarão diftculdad<:'s crescentes para atrai,· e r·ctcr o~ fllncionários 111~1is c.apazcs e 1notÍ\'ados. Co1110 vcrc.n1os nos c:,pítu.Jos a segui ri o estudo do conlporta111\:nto o rbranizacionaJ ofc, rcce diversas sugestões para orientar o planejan1en10 de a111bie111es d e trabalho que ajuda111 os gcs1orts a euí1i;ntar csse.s confli lOS.

Compo1~mento organiia~ional

Criando um ambiente de trabalho positivo

Conhecimento organizacional pos.itivo Área de pesquisa do comportamento organizacional qve se preoOJpa com a maneira c:omo organizações

desenvotvcm as fo,ças e competências de seus ta:1balhadorés, promovem a vitalid3de e a re~Hênc;a e descobrem talentos potenciais.

I

t\ pcsar de as p rt"-SSÕCS Cón1pctit·ivas na 111aiori.1 das o rganizações cstarcn, 1nai.s fortes q ue nunca. alb"un,as delas c.:stào tentando obter ,una ,,,nr.agc111 é01npct..itiv<1 ao pn.nnovcr lU'n , ptclindo que os funcionàrlos rcíllla1n sobre situações quando se cncontravan, 'cn1 sua n1clhor fornla • para cntc11der coino cxplor;'tr seus pontos fortt;s. f\ ideissos po111os for1c.1;.:1i:> Apesar ele o estudo posi1ivo não negar o valor do ncwui,·o (jtufback c1í tico, po r cxc1nplo}1 ele desafia os pcsquis.'\dorcs a ver o con1porta1ncnto o rganizacional através de novas 11.: ntcs e desafia as organizaçôc.:s a pensar con10 explora r os pontos fo rtes de seus funcioná1ios c1n VC"l de se b,,sc.1r<:1n cn1 suas lin,it.açõcs.

Melhorand o o comportamento ético

Dilemas e escolhas de naturot3 6tica Situa,ções em que os indwíduos tem de definir e julgar os condutas_ J certas e err.adas.

E,n um n1undo c1nprcsarial caractc1izado por cortes, expcctat..ivtl ele alUlll'lltO de produtividade dos trabalhadores e b n Hal con1pctiçào, não surpreende: q ue n1uüos funcionários sinw·un-sc pressionados par-..t q\1Cbra ,. alg urnas t'egras, dar \ un jcitiuho · ou crHr<:gar-sc a outras prf11icas. c1uestionávcis. Os n1cn1bros das organi1.aç0Cs a cada d ia cnfrcn1an1 nu,is dilernas e escolhas de natureza ética, c111 que: p rccisan1 identificar e j ulgar a conduta correta e a errada. Eles dcvcn1, por cxcn1plo, d enunciar publicamente as ariviclaclcs ili.:gais que dcscobiircn1 dentro da e in présa? Dcvc1n accu,·1r o rdens co m as q uais não co11corchun? Podc1n exagerar 11a boa ;lvali;-,c;âo de u,n subordinado de que1n gosuun para salvar-lhe o emp rego? Eles se p<:rn1ite111 f.i.;,;c,· 'politiragc,n' para i1npul~iona.r ~ua c"rrcira? O qur d<'íinc <-> co1n po1't.-Hncnto f1ico l: algo que: nunr::1 t()i cla1'Hrne111t• d<~finiclo. Nos úhi1nos t<:1111><,s, a linha d ivisória c111rc o ccno e o errado fico u ainda 111ais tênu
C.apitulo 1

O que é comportamento organizacional?

21

Os achninistradorcs e s uas organizações estão reagindo ao problc111a do con1porl.:t111cnto antié1ico de diversas inanciras.19 E les têrn redigido e distribuído códigos ele conduta pari, os funcioncírios. 1..an,bérn vên1 p 1'01novcndo scrninários, U}t>tkshops e pro-

gí'-:-unas de· lrcina1nc·n10 par,, Lentar aptirnorar o co1npo1·1a111cn10 ê1 ico. Contratarn con selheiros in1crnos c1uc poclci-n ser procurados, (~n1 1nui1os casos, anoni1n,uncn1c, para dar assistência nas questões que cnvolvc,n clilcn1as éticos. ·1:·uu.bé1n estão criando n1ccanis1nos de proteção para os func:ionários que dcnuncian1 pr~íticas antiéLicas no inte rior da organização. O gestor de hoje precisa crh~r urn cli111a cticarnentc sauclávcl pan, seus funcion.'irios, oucle estes pos.sarn lrab<1lhar cor'n produtividade e cnfrcnla r o 111enor g rau possivcl de a,nbiguidade cn, 1·clação ao que é u1n co1nporranlcnto ccrlo ou errado. ;\ s c111p1·c..·sas que p<>s..'iuen1 un1 c::on1pl'on1isso é1 ico fortc1 inccntiva111 seus funcion/,l"ios a~<' co,npol'rar de n1ancira íntegra e as q1,c oÍ<::r-cccnl unta liderança ética sólida poclcnl inílucnc iar na decisão elos c 1nprcgaclos de agir de 1nancira é tica. !-O l\'os próxin1os capítulos, discudrc· ntos os tipos de ação que podcn1 ser cn1prccndidos para se criar u1n a1nbicntc é tico na o rganiz;1ção e para t~uclar os fu1tcion::í.rios a enfrentar s ituações ctican1cntc an1bíguas. 'T'an1bém aprc.scntarcn,os exercíc ios sobre d ilcn,as éticos no final de cada capitulo para que você possa refletir sobre essas. questões e pensar na n1cll1or n1ancira de lidar con1 elas.

• s próximas atrações: desenvolvendo um modelo de comportamento organizacional CC)ncluínlos es1c caphulo con1 a aprcsc·1uação de un1 1noclc;Jo genérico que define o ca,npo de c-.sl11do cio co111po11an1cnto organi:i:acionaJ, estabelece seus parân1c11·os e idcntific.a suas ,i:,ri;ívcis, dependentes e independentes. Isso constituirá as 'próxin1as atrações' rcprcsentttdas pelos tópicos c1uc consti1uen1 o rtstànle clt.sle livro.

Uma visão geral Un1 modelo é un1a abstraç:.io ela rcalicladc, un,a rcprcscn1açào sirnplificacla de u1n rcnôn1cno real. ,\ Fif.'\tr~t 1.3 apres<:nta o esqueleto sobre o quaJ construircn,os nosso rnodclo

Modelo Absvaç5o da f~alid;,de.

Rep<escntaçio simplificada de um fenômeno do mundo~

.

(

de ton1portanlClltO organizacional. Sua pi-oposiçf,o é que há 1rês níveis de arHíJisc e que, à 1ne análogos a blocos de consL111ç.io; <;.1cla nível é cons1ruído sobre o anterior. O conceito de g rupo é construído sobre o nível básico do indivíduo; e sobrcpornos \'Ígas estruturais sobr·c os níveis do individuo e cio grupo para chegar ao tó1npo11a1nénto organizacio11al.

Figura 1.3

Modelo básico de comportamento organizacional - Estágio I

Nivel de ''"emo, o r9on1zoc•ooo1~ grupo

Nivel individuo!

22

Compottamento or9<1niza~ional

As variáveis dependentes Variável dependente

Fatores
se pretende explic<1r ou prever e que são afetados por atgum outro fator (variável independen1e).

_J

Produtividade Medida de desempenho quê ab,.:ingé efieiênoa

e eflc.ãcia, Eficácia Grau de realização de

objetivos. Eficiência Rolação enuo fe$ultado alC'anç<1do e ~fo,ço • .

empregado para ob~

Absenteísmo Não comparecimento do funcionãrio ao tr<1balho.

I I 1

I

t\s variáveis d epend entes são os fatort-s·c.h~lve que você pretende explicar ou pre· ver e que são afclados J>Or algu1n OulrO f.-uor. Quais s;to as ,1.,ricíveis clcpcndcntes básicas no co1npor1an1c11to org(,niz(\CÍOnal? Os (!Studiosos do aSS\111to cnféuiunn a produ1ividadc, o abscntcís1no, a ro1ati\'id~)dc i: a s,uãsf.1ção no tr';\balho. ~1ais n;ccntc111cntc, os dcS\'ÍOS de c:01nporta111en10 no ambiente de 1ral::.;ilho e o co111por1anlcn10 de cidadania 01-ganizaciona) rora1n incltúclos nessa lista. Farcn1os u1na breve rc,~sào de cada unia delas.

Produtividade

Li1na organi1.açào é produtiva quando ~·onscguc atingir S-<:: us objeLivos, u1u1sror111;u1do 1natéri;.,..prin1a cn1 produto ao n1ais hai..xo custo possível. 1\.'\SÍ111, a produti· vidade in1plica lnna prcocup;.u;:to tanto con1 a eficácia con10 con1 a eficiência. Urn hospital é efica<., c1uan0r li1ro (co1n veículos e cargas idênlicos). "'fanlo Carlos con10 J-\ugusLo forant rficazes rles a1ingiran1 suas n1e1as , n1as J\ugusto foi 1nais eficiente que Cartos. ,·isto que eoHS\tnllu n1cnos con1bustivcl e, portanto. alcançou seu ob· jctivo a un1 custo mcno1: .~ organiza~ões cio sc1or ele serviços prccisan1 incluir o 'atcndintento às necessidades e exigênci;is dos clientes' na avnliaçào de sua eficácia. Por quê? Porque existe unia clara relação de causa e efeito çnlrc as atin1des e;: con1por1a1ncntos dos funcioná1ios para con1 os clicnlcs e a produliviclaclc ela 01-g.ani1.ac;. :-io. . . ,•\ Scars1 unta grande loja nor1c-a,11C'1'1cana de dcpartan,cnlos. docun1entou cuicladosan1entc essa relação.u Os d irigentes da cn'lpresa dcscobriran1 que tnna n1clhoii,l ele cinco por cento nas atitudes dos tl111cionários resultava e111 1,3 por cento no aurncnto d~l salisfhç,io cios clientes, o que, por sua vez, significava tun cresciinc1110 ele receita ela ordcn1 ele 0,5 por cento ;-\ o treinar seus runcionários para me· lhor interagir con, os clientes, a Sears conseguiu au111cntar o índice de salisf:lçào destes cn1 quatro por C(!lll(> c·rn 12 1ncs:(:s, o que gcmu u1n au,ncnto de aproxi1nad,uncntc 400 111ilhôes dt reais 11:1 rccri1a. E1n st11na, uma das principais preoctipaçt>es no <"SLudo do con11xu,a1ne11to organizcu.: ional é a produt.ividadé'. P1'Ccisarnos desc<Jbrir quais s.i°u) os f..1torcs que influenti~ul1 ,, eficiência e a eficácia dos indivíduos, dos g rupos e da organiz:içào co1no u1n lodo.

Absenteísmo O absenteismo. o n(io co1nparcci1ncnto cio fu ncio1HÍlio ao 01,balho, constitui un, gtandc ônus e u,·n a dor de c.abcç.a p:,ra os <1d111ioistradores. Por cxen1plo, unta l)l"Squi.sa rcccn1r n1os1 1'0u <1uc o CUSlO 111t·dio 0r cn,pregado - isso sen1 falar na perda ele produtividade ou nos ('us1os adicion:iis d e horas cxlras ou de co1nrataçõcs de te1npor;irio~ para coh1ir as f.-.ltas. •·: No R.cino L;nido, esse-s custos ta1nbén1 são altos - cerca de 1.400 reais ao ano por ftlncioná1io. •J JXa Suécia, tuna 1nédia de dez por cento de loda a fOrça de lrabalho está ausente do c1nprcgo en1 u1n dia qualqu<:r do ano, corn disp<:n.s,1 por 111otivo de salldc. 11 No Brasil , infcljzmcnl<:. p(-squisas que busquc,n quantificar o custo do .absc1ncísn10 para as c,nptesas sáo .-atas. •J.

C.apitulo 1

O que é comportamento organizacional ?

23

COMPORTAMENTO ORGANIZACIONAL INTERNACIONAL

A produtividade dos trabalhadores ao redor do planeta

P

ode parecer triste e pouco romântico, mas as organizações privadas têm por objetivo final a maximização de seus lucros. Em decorrência disso, você não se deve surpreender ao descobrir que o comportamento organizacional também tem por objetivo o aumento dos ganhos empresariais. É bem verdade que a compreensão dos comportamentos individuais e cole,.

tivos dos funcionários pode contribuir para a melhoria das condições de trabalho nas organizações e para o aumento da satisfação dos trabalhadores com seus empregos. No entanto, a diretriz que norteia os estudos do comportamento organizacional é a geração de riqueza para os donos do negócio, como pôde ser facilmente observado pela lista de variáveis que se tenta explicar {variáveis dependentes) com as pesquisas realizadas nesse campo da administração. Nesse contexto, a produtividade dos trabalhadores tem bastante importância e a comparação dessa variável nos diferentes países pode auxiliar os gestores a tomarem medidas para elevar os resultados gerados por seus subordinados sem que, para isso, muitos investimentos

tenham que ser realizados. Nesse sentido, a cada dois anos, a Organização Internacional do Trabalho {OIT) faz um extenso estudo para comparar os resultados obtidos por trabalhador e por hora trabalhada em diversos países.

Adotando o resultado dos Estados Unidos como padrão de referência, a pesquisa determinou que a produtividade brasileira caiu de 23 por cento da norte-americana em 1998 para aproximadamente 20 por cento em 2008. Nesse mesmo período, a chinesa saltou de 7 por cento para 16 por cento e a sul-coreana, de S1 por cento para 61 por cento da produtividade média norte-americana. Outra comparação importante é com o nível argentino. Nesses dez anos, a média argentina caiu de 47 por cento para 42 por cento em valores aproximados. Esses resultados são relativos, não indicando que a produtividade do trabalhador brasileiro tenha caído; apenas que ela cresceu menos que a do funcionário norte-americano. Entretanto, como mostra o relatório da pesquisa, esses resultados estão diretamente relacionados aos investimentos em tecnologia e capital humano nas empresas. Diante disso, o campo do comportamento organizacional ganha ainda mais relevância para o Brasil, visto que pode ser uma maneira de incrementar a produtividade dos trabalhadores por meio de mudanças comportamentais e motivações intrínsecas, evitando o aumento das remunerações e de outras despesas. Afinal de contas, nenhum acionista costuma gostar de aumentos nos gastos.

Font•s: Btond., Ma,qvcs Pe,na, ~Compct/3fldo p,odt1rivkl,dc e CV$tO do wbi'llho: como o,:t-J o Bt'Mit?". ConsC'llho Fod~! de Economia, 2S. ovt.. 2007. "Key JndkcHM of the Labor Matl<e" 2008" -Otg&ni.Ulção lntcmaclc:>nal do Trabalho (OIT).

O Svperior Tribvnal de Justiça (STJ), localizado em Brasilia, implal'ltou um progtama para melhorar a qualidade de vida no trabalho de seus funcionários. Além de massagistas e de uma academia il'lstalada denuo de sua sede, o órgão federal oferece um serviço de berçário, o Baby Brothet, que permite que as mães fiquem próximas de seus filhos mesmo no trabalho, evitando eventuais faltas em ,azão de problemas com as crianças.'õ

24

Compottamento or9<1niza~ional

Ob\·iarn cntt\ é diíicil para un1a o rganiz.iç~lo opc1(\r tra nquilarncnte e a tingir seus ob· jc-tivos se seus fu ncio1ul1ios não co1nparcccn1 para trab,tlhar. O fluxo do tt11balho C inlc r11)1'11pido e decisões irnportanlcs prctisa111 ser postcrg·a das. Nas organizações que dcpcndcn·1 da produção na linha dr ,non1agc,11 .. o absentcis1no é; ,nai~ qut· u1na in1crr1.1pção: ele pode 1'Csuhar c1n tuna dr~ís1ic~, perda de q ualidade:: e, c nt certos casos, até na coi-n pl(~ta pal'a lisação da fiíbrica. ~ívcis de abscntcís1no aci,na d o nor1nal1 cn1 qualquer caso, causarn tun irn pacto d ireto sobre :t eficiência e a eficácia da organi1. ação. . Todas as ausências são prejudiciais? Provavcln1cntc não. Nas situações en1 q ue o pro· fissional precisa estar sc::111prc atento - cirurgiões e p iJoto.s de a\~ào são bons exc1nplos - , scro:i. 1nclhor para a organização q ue eles filhc1n ao trabalho. U,11 acidente pode1ia ser desaSU'OSO. ~vias csS..:l.$ situações são clararn cnte atipic,ls. ~a 1naior p
J

Rotatividade Rotatividade {; a saída 1x:r•nanentc de pessoal ela 01:gani;,,ação, voluntá1in ou involuntarian1c1ne, que poclt ser 1·cp1·csc111acla pela seguinte fô l'n1ula :

A+ D 2Rotatividade = - -

:-1,

; onde:

=

A achnissôes no período D = cleniissõcs no período Nt, = nú1ncro de funcionários no período inicial Un1 alto índice de rotatividade rcsuha ctn aun1cn10 de custos para rccru1an1ento,. se· lcçào e trcinarn cnto. ~las será que esses custos são 111uito ai Los? ~ luito rnais do q ue se i111agina. O custo de substituição de Lnn progran1ador ou l1nalista ele sistemas para unia crnprcs;:1 de tcc11ologia da infOrrnaçào 11os ~:Stados Unidos é de np1'0xin1adamcntc 65 rnil r<"ais. O cu~to d ,l ~ubsti111iç,lo ele u,n b.tltor\is-ta c 1n orna loja ele varejo fica cn\ lo1·no elt• 20 ,n il rct1is. 11 Urn aho índice;: de 1-01a1ividaclc (·aus.a u1na ruptura na eficiência da ol'gilnizaçào, pois c1uando pessoas c:.:pc 1icn1cs e U'C'inadas vão c.~ nthora da crnprcsa. é necessário cnconrrnr substitutos para assu1nir posições de .responsabilidade. 'Ioda organização, cvidc11tCJ1tentc: tcn1 certa rotat..i\'idadc. r\ n1éclia nacional. no Brasil, é de aproxi1uad;uncntc trl-s por ccnlo ao n1ês, o que significa 36 por cento d e rotati\·Í dadc ao ano. Essa 1nécli~,, c,~dc1nc1ncntc, \~1ia confon11c a ath~daclc p roÍtSSÍonal (a t'.t.Xa n1cnsétl de rolativich1de p:J r.:1os fu11ciontírios do setor de ext111<;ào rnincr::tl é ele dois por ccnlo, ao passo q ue.~ 111 1io ra,no da c-onsu·ução t ivil essa rn éclia é· de sete por cc,uo}: Na \'Crdaclc, sr as p<'SSO;ts ·cer-

1as' dci.xa1n a crnpl'l~sa os f\1ncionft rioll não essenciais , a mrari\'ictade pode sei' posiriva. Ela pod e criar a OJ)()11uniclade para a subs1i1uiç.,:'j,o de un1a pessoa de fi-aco desc,npcnho por outra n1ais capacitada ou ntotivada. aurn cntar as chanc~ de pron1oçõcs e trazer ideias novas p ara a o rganizaç3.o."'' No n1undo cn1presaria) de hoje.-. scn1prc c n1 n1udança. cc110 nível de rotatividade voluntária de trab;dh adorcs aurn cnta a Oe.xibiJicladc organizacional e a indcpcndê11cia dos íuncioni:i1ios, dirninuindo assin1 a 11c.."C<:ssidaclc de dcrniSSÕ<:s por pé,11<: da crnprcs;:,. 1·1as a rotati\'idaclc qua.~ scn1prc intplic~, perda de pessoas que a o rguniza~~io não gosta 1ia de l>Cí"Clc1~ l)or cxe,nplo} u1n estudo 1x:ali1.ado con1 900 funcionàrios dc,nls.,.ionluios 11\0SU'Ou que 92 por cento d ele.') ha\ia 1-c.cc:hido un1a avaliação "satisf..1lól'ia' ou superior por parte ele seus chefes.w Portan10, quando a ro1arividadc é rn uito grande ou envolve a perda de pessoal valioso, ela pode ser urn fator de n 1pturn, prcjttdicando o dcscn1pcnho da organizaçlio.

Desvios de comportamento no ambiente de trabalho LcYando-sc cm coma o custo de abscnteísrno e rotati,·idaclc dos funcionários~ cada vez 111ais acadên1icos ele cornporra~ 1ncnto organi;,...acional estão estudando esses con1por1a1ncntos con10 indicadores de desvios de conduta 110 tr.:lbalho. O c((.-s, ·io de con1porlarnen10 pode englobar desde •tlt,ri.1ént tocando n1llsica crn \'Ohunt c x1n;:n1a,11cn1e a lto ;;l. atos de violência. Os ad 1ninistrador<·s dcvent con1prccndcr (.'SSa grnnde \'aricchl.dc ele con1po1·1an1cn1os pal'a podei· lidar con1 as d i\'crsa..~ for1nas de insa1isf..1çào que estes causant . Se não cntcnderc111 1)()1' que unl funcion,írio está se co1n por1ando de 1nancira indevida, o proble1na nunca ser:\ resolvido.

C.apitu lo 1

O que é comportamento organizacional?

25

Podcn1os definir desvio de comportamento no a1nbiente de trabalho (tan1bén1 cha1nado con11)0rHunen10 anti~°'()('ial 011 incivilidade no rrabalho) corn o o rornpo!'ta1ne1no que viola as nor1nas hnportantcs da org:u1iz,u;ão t, ao fazê-lo. a,ncaça l~u1to o pró-

prio bc1n-cstar con10 o de seus 1ncn1bros. Que l1zc1n as norrnas organizacionais ncs.~ contexto? Podc,n ser regras que p,u i.bcnl algu ns conlpo11êu11cntos, tais co,no roub-0. Podc,n tarnbé1n sei' regras não vcrbali1.ad as. rnas que são arnpla1ncntc cornparlilhad~,s, co,no não ouvir rnllsic..:a crn ,·olu1ric alto 110 anlbic::ntc de t ra lnilho. Consid('rc u,n H.111cio11ário qul' t.:.scute a 1núsica ' Segura o 1êhan>, ela banda É o ·1chan, co1n os alto-f.-tlan,cs na capacidade

1náxinu1. Si111i ele:: con1parcccu ao loc:,11 d e tn1balho, 1no:1s pode 11{10 cst,;1r cli:tndo co1Ha d e suas tarefas., alé1n de ir1itar seus colegas e: clientes (a 111enos quf rl<·s sejan, 1an1bétn fãs da banda). Cooludo} os con11>0rta1nt.·ntos tOrit do padrão podcn1 ser lllujto ,na is sérios. Urn funcionário pode, por cxc1nplo 1 in.sultar utn colega, roubai; fazer fofocas ou se e nvolver c rn sabotagc,n, coisas <1uc pode1n al'l'11inar u,na organização. O .s adn1inistradorcs qucrc111 entender as íontês desses d esvios para poder evitar tun a1nhicn1e de 1ta balho çaórico, a lérn do in1pac10 fina ncci1'0 causado fl CS.s..t,,; $in1.:içÕt!\. 1\rx~sar de ser d iíicil eslin1ar os cuslOs anuais~ pode-se considerar que- o custo aos t n1pregaclorcs vai d<· 8 hilhôes de reais con1 aios de: violência a 14 hilhôcs ele; ,·cais con1 scgur;\nça con1!'a ataques cibernéticos e 400 bilhões de reais contra roubos...\1 O desvio de co1npol'lan1cnto no a1nbien11:: de trabalho é unia resposta à i11sa1isfr1çào. e os func:io1uí1ios cxprcss;un essa insaLisfaçào d e vâ1ias forn1;1s. Controla r esse conlportan1cnLO p-0de ser ineficiente, a 1ncnos que se chegue às raízes cio proble1na.

Cidadania organizacional Comportamento da cidadania organizacional é dis-

Comportamento da cidadania or93nizacional Comportamento

disc(icíonátio que não faz pt111c das exigências funOonais de um cargo, mas que

ajuda a promove, o fvncio_na~et1to eficaz da organ,zaçao.

I

__J

c1icioná1io e não f.1z parte elas exigências funcio nais de un1 cn1prcgaclo, 1nas que ajuda a p ron1ovcr o funciona111cnlo eficaz da organi1.açào..;1 1\s o rgani1.açôt~s hc1n-succdi
co,11porta1ncnto orgaui.,.acional preocup-'-SC co,n o con1por1an1cnto d<: c::idad;\nia orgn,,izacional co11lo ur'lla variável depc11clc11te. Satisfação no trebalho Sentimento positivo

sobre um trabalho. r&Sultado de uma

avaliaçâ? ~obre suas caracter1st1cas.

I

__J

Satisfação no trabalho ,i\ llltirna variável dcp-<·nclcntc c1uc analisarcn,os scr,l a satisfa· ção no trabalboi o co1tjunto de sc11tin,cnlós que· u1ria J>eSSO:'I possui <:o,n rclaç;lo ao seu ll'<'balho. l)ifc rcntcn1cntc das ci11co variáveis a1\l('rio rcs, a sr11isfaçúo no trabalho (:_ ,nais 11111~ at-ituclc do <JUC 111n co1npo1·t::uncn10. Por <1uc 1 c111ão, el;, é conside1-adtt un1a "ª ri~lvcl dc1)C.nden1c hásica? Po ,· duas 1-a1.c)ei.: ela tcn1 u1na 1·elaçào cla1-a co,n os fa1ol'e.1; d e clcse1npenho e co,n outros valores pn"fe ridos por d iversos pcS<1uisadores do con1po nan1cn10 organi1..,1rional. A prcn1iss1. .. ele que os funcionários satislCitos são rnais produtivos cio que os in.salisrcitos foi urna doutrina b,lsica entre os adnlinistraclorcs e acadC1nicos d urante anos, apcs;H· de somenlc agora as pesquisas co1ncçarcn1 a apoiar css:, tcoria. 11 )~vidências e,npíl'ico:1s ,nostran, que os fu ncioná,ios 1nais sat isfeitos e tratados d e 11):=u1cil'ajusta 1ê,1, n)ais p1'úpcnsão a d escnvoh'er o co1npor1an1cnto de cidadania organizacional que s upera suas fu nções, e que dissernos SCI' de vital i1npor,ância no nlundo corporativo a tual.51 U,n estudo co111 1nai:ot de 2.500 e111p1·esas tan1bé111 concluiu c1uc; aquelas q ue aparece,n nos 25 po r cento no topo ela lis1a cn, satisfação dos fi1ncionários estava1n, e1n rnédia, 'l-t6 por cento (1cirnn de seu orça111cnto de vendas para o a no, ao passo que as c1uc a pare-

cem cn1rc os úl!imos 25 por cmlO da lis1;1 c~1av;im 0,8 por cento abitixQ do orçamrnlo, Ern nún1eros reais, é urna diferença d e 200 ,nilhõcs. de reais por ano crn vendas c~nt rc

esses dois grupos."'

26

Compottamento or9<1niza~ional

Podc·sc argu1ncnttu· que as sociedades inais descn\·ohidas clcvc1n se preocupar nt1o apenas <:01n o aspecto quantitativo - ou seja. alta produd\ídadc e bens n1atcriais 1 ,nas t-ambén1 co1n a qualidade de vida. O s pesquisadores co111 IOn.ci- valores hu111anista.s su$1cn1iu11 que a sa1isfac;ào é l1n1 ol~jc1ivo lcgí1irno p~,ra ,una Ol"g;\niY..-.-..çào. l~les dizc1n que~ a s.,uisfi\çào não s.ú está invcrsa1ncnté ligada ao ahscn1cÍ$n10 (: à rotatividade, 1nas. que as. o rganizações 1a1nbé1n têan a responsabilidade de ofr:rcccr cn1prcgos que scjan1 csti1nulan1cs e inuinsccan1cntc gratificantes. 'Port:anto, c1nbora a saüsf.,çiio no trabalho seja n1ais tuna atitude do que u1n con1poruuncnto, ,os pesquisadores do con1po11an1c1110 organizacional a co11sidcr.,n1 tnna i1npo11(HllC varhi.vcl dependente.

As variáveis independentes

Varlóvel independente

Svpo$ta cav$a de algvma mudança em uma va,i6vel dopendéf'lhl.

I

Quais s.:lo os p1incipais clctcr111i nantcs dá produtividade, do abscnlebn10, da rotatividade, do dl"Svio de cornportan1c1Ho 110 an,bicutc de lrabalho, d,1 ciclacla11ia organizacional e da salisfaçtu, no trabalho? Kossa rc·spo~ta a cSS(l qucs1ào nos lcv;i às variáveis i nde pendentes, as sup()stas c.auS<\$ de al,b'lllllas 1nudanças cn1 unia \l"'.lriàvcl dc1)(·nclcntc. O prin1cim ni\'cl do nosso 111octclo de con1porlan1cn10 organizacional [; o co,nporta· n1cnto individual, portanto cxanlin:.u·cn1os p1in1ciro as \'a1iá\'cis inclcpcnd<:ntcs no nível individual. Variáveis no nível individual .Jà foi tlito que "os achninist.raclorcs, ao co1nrário dos pais, prccisé"u11 ti".lbalhttr con1 seres humanos u.sado:1 1 e não novos seres hun1anos c1uc j;í fo rê'un tr:abalhados por outros anlc1ior1ncnte" .11 Quando <"lS pessoas c11tra1n c111 unia organização, clHs .se assc,nelh.:tnl a c.;arros usados. Cada unHl i: diferente das dcn,ais. 1\lguntas tê1n 'baixa quilo1ncu·agcn1' fO~ul'I u·atadas carinhosa11\C1llC e poti<'O cxpos1a.s il força dos cle,nentos. Ouu-as 5ào '1nalhada.~\ tendo p.1ssado po1· algun1tL~ estradas d ificcis. Essa n1ctáfora indica que a.s p<:ssoa$ <:111ran1 para as. organizações con, caractcrística.s c1uc influcncian, seu co1nporta1ncnto no trabalho. As n1ais 6b,~as são as pessoais ou biogcificast co1no idade, sexo e estado civil: carâctclÍ.stica.s de personalidade; sua cstruturtl cn1ocional; seus ,~tlorcs e atitudes; e seus ni\·cis básicos de capacitação. Essas earactcríslicas p-0dc1n ser 1nuito pouco alteradas pelo esforço de gcrcncia,ncnto. DiS<:utire,nos cada \nn desses r.,101-es caractc1ísticas biogr;;ífic,.,,s. h(1bilidades, valo,·<-:s, a1itudcs, pc1'S011aJidade e cn1oçõc.s corno \·ari(ívcis in0s. O Capítulo 9 traz o e1nbas;i1nento pa1".l :, co,npreensão da d inâ,nic,\ do co1npor,an1cnlo g1·1.1pal e discute co1no a.5: J:>essoas cn, tun grupo são influe11ciadas pelos padrões de co111por1an1cnto c1ue se espera clelast o <1uc o grupo considera acci1ável e o grau cn1 que os n1cn1hros de lnn grupo são a1raíclos uns pelos outros. O Capitulo 10 traduz nosso cntcn· dinH:nto sobre os grupos na f0rrna<:~1o de equipes de trabalho cíicazc:s. l)o Capítulo 11 ao Capítulo 14, veremos <:o,no os p,1dre>Cs de co,nunjcaç,i.o. os csülos de lidcr.:u1ça 1 o poder e a política e os níveis de conflito afcta,n o con,porta,ncnto do grupo. Variáveis no nível de sistema organizacional O co1nportarnc1uo organizacional ~)lcanç--<\ seu ,nais alto nível de sofislic..'lçflo quando so,na,nos a <."Strutura fot1nal ao nosso conhccin1c1110 wbte o co111porta111cn10 dos indivíduos e dos grupos. Da n1c~rna forn,a que

os grupos s..1.o n,ais que a so1na de seus 1nernb1'0S individuais, a 01·ganizaçào uuribén, é 1nais que a soina dos grupos que a con1põe1n. O desenho da organização f()rrnal 1 sua cultura interna, as políticas e prálicas de rc<'ursos htunanos, aJê111 da.t n1uclanças e estresse, u1do isso lc1n i1npac10 sobre as \'aiiá,·cis dcpc11dcntcs. l~sscs aspectos scnio discutidos c111 dctaJhcs do Capí1ulo 15 ao Capi1ulo 18.

C.apitulo 1

O que é comportamento organizacional?

27

Construindo um modelo de comportamento organizacional contingencial No~so 1nodelo final é aprese.-u:-i.do na Figut"a 1.,1. Ela 01os1t"a as seis \'ariáveis d epende nles básicns e as variáveis inde pe nde nres l'Clevantes. Esse 1noclelo ainda não faz justiça à co,nplcxidade real do lc n1a do co1npo rLarnenlo organizacional, rnas eleve guiar

Figura 1.4

Modelo básico de comportamento organizacional - Estágio li Produtividade

Re.s.ultodo

Oo$vio de compo,tomen)o

humo no

Cidodonio

Niva.DE

Políticos. o próticos. de recursos humonos

Oese.nho e do orgonizoçõo

Cuhvro

8Slrvturo

orgonizocionol

liderança e

Mudonço e eslresse

NiVEL OE GRUPO

confionço

NÍVEL INDMOUAL

Co,odctbl'teo'S biográficos

'

Pcr'SOnoltekide e emoções

ofiludes

Hobilidodc

Iro bolho

Poder e pof:itico

Conflito

Volor-..e

Equipes do

E,truturo do grupo

Comunkoçôo

lnwmos humoncn.

SISTIMASDA OIIGA."ffZolÇÃO



Pet"cepçõo

I

L -------' ..... . 1

-

r

•~IVOÇO~

Ap,endizogem

individual

L_

-r - deciSÕO Tomodo do individt>OI

28

Compottamento or9<1niza~ional

o lcllor pelos capítulos deste livro e ajudtí-lo a c1ucndcr e prever o co111portnn1c nto das pessoas no trabalho. Nosso n,odclo não idcnLific<1 cxplicitanH.:ntc o il'ncnso núrncro de ,·~lriá\·cis conüngc11ciais por causa da 1rc111cnda co1nplexidadc.: que c·nvol\'cria 11,n diagr~llna asi;itn. ~1las, no liv1·01 intmdur.ircrnos i1npor1an1cs \'ariávcis co111ingcnciais <1ue 1·efr,rçarào .-, ligação entre:: ~,s vari;ívcis dcpcndc111cs e ind<:pcndcnLcs no nosso ntodclo.

D mplicações globais Já discu1 in1os conto a g lobali?.açào apresen1a desafios e- opo1·1unidades ao con1por1an1ento organizac io nal. l~n1 e.ada caphulo subsequente, 1e re 1nos 11111a sc-çào denon1 inada 'ln1plica.ções g lobais', que discute con10 a lgurnas coisas que sabc1nos sobre co1nportamcnto organizacional são afetadas JlOr diferenças cultur-:.-tis dentro dos países e énlre <·lcs. ;\ n1::tio1ia das pesquisas de co1nportarncnto o rganizacional é realizada uas culturas ocidentais {J)rincipah'ne11tc nos l~:,tad,,s Unidos). Isso, no cntanto 1 t'so, ,nudando e, cornparando-se a ~lgu ,,s a,,os au·ris, cstan,os agortt c,n unta posiç~o 1niliS vt111tajosa 1>ara responder à petgunta 'o <1ue varia no que sahe1nos sobre con1poi-ta1nenLo organizac io nal baseado t=:nt cuhul'as?'. \'ocê verá c1ue alguns princípios de co1npor1a1n e nto organizacionaJ nàio varian1 tanto nas diferentes cuhuras, n1as outros varia1n 111uilo.

liiesumo e implicações para os gestores Os ach11inisu1,cloi-cs prccis..,.n1 desenvolver suas habilidades in1cqx:ssoais ou hun,anas para strcn1 eficazes cn1 suas funções. O con1po11an1c11to organii. .acional investiga os impac· Los que os inclivíduos, os grupos é a estrutura têm sobre o con1po11an1cnto dentro de tuna o rganização e, c1n seguida, utiliM'l. esse <:onhccin1cnto par~l c~udar as <:rnpresas a. trabalhar con, 1naior efic;:'i.c ia. ~·lais cspecificamcn1c. o c.~studo do comporta1ncnto organizacional eníoc.-t co,no 1nelhorar a produti,·idade, reduzir o abse1ucís1no e a rolati\'idade. e a\1111c1uar a cidadania organizacional e a satisf.1ç..io no trabaJho . .,.\ l~<111nas generalizações podcn1 fornecer u1n e111cndin1cnto válido sobre o con1portan1e1uo hu1nano 1 n1as 111uitas estão equivocadas. O con1porta1nc nto org~utizacional utiliza o estudo s istc1n{uico par~, 1t1clhorar as previsões sobre o co1nporta1nc nto 1 c1uc scria1n feitas de n1ancir-a. L'xclusiva111cntc intuitiva. ~las, co1no as pessoas difercrn unias das outn~s, prccis;;ttnos analisar o con1porta1nc11to org;:111izac.:ional dentro de uir1 cc11'11·io co11ü11gcncia l, utiliza,,do variáveis situacionais para explicar os relaciona,Hcntos de causa e efeito. O estudo do cornpor1an1cn10 organizacional ofcr<."CC contribuiçô<:s cs.pccíJicas para que os gestores aperft.·içocn1 suas habilidades interpessoais. Ele <~uda os adn1inistradorcs a perceber o valo r da diversidade da rnào de obra e quais práticas prccisan1 ser 1nodiíi· cadas quando se opera en, diferentes paísts. l~ste cs1udo pode n1c;lhorar a qualidade e a ptodu1ividade dos fu11cioo{1rios. ,nos1rando aos adn1i11i~1rado1·cs co,110 dar atuono,nia

ao seu pessoal e co,110 clabotar e l1nplc ,ncntar p1-ogr.arnas de 1nuda,1ças, ,nclhorar o atcndiincnto ao cliente e ajudar os funcionários a equilibrar vida pessoal e profissio· nal. O <.:0111porta1ncnto o rganizac io nal fornc:cc sugestões para ajudar os gestores a c n· frcntar a escassez. crônica de u--abaaho. Pode ~judá-los a lidar ro1n u ,n inundo ele t<:111potaticdacles e apl'c11
C.apitulo 1

O que é comportamento organizacional?

... ...

Ponto

29

Contraponto

Em busca da solução rápida ntre na livraria mais próxima. Você certamente

E

verá uma grande seção dedicada a livros de ad· ministração e de gestão do comportamento hu· mano. Um rápido exame dos títulos deixará claro que não há escassez de livros populares sobre a questão do comportamento organizacional. Para ilustrar esse ponto, dê uma olhada em alguns títulos atualmente disponíveis sobre o tema:58 • O monge e o executivo (James Hunter Editora Sextante) • Casais inteligentes enriquecem juntos (Gustavo

• • • • • •

Cerbasi - Editora Gente) Como se tomar um líder se,vidor(James Hunter Editora Sextante) O vendedor Pit Bull (luis Paulo luppa Thomas Nelson Brasil) O segredo de Luísa (Fernando Dolabela Editora Sextante) Superdícas para se tornar um verdadeiro líder (Paulo Gaudêncio - Editora Saraiva) Pai rico, pai pobre (Robert Kiyosaki e Sharon lechter - Editora Campus Elsevier) Transformando suor em ouro (Bernardinho -

Editora Sextante) As organizações estão sempre buscando líderes; e gestores e candidatos a gestores estão sempre buscando formas de aprimorar suas habilidades de lideran· ça. As editoras respondem a essa demanda lançando centenas de títulos que prometem trazer contribuições para essa área. Livros como esses podem revelar os segredos da liderança já conhecidos por alguns. Além do mais, não é melhor aprender sobre gestão e lideranças de pessoas que as exercem na prática, em vez de ler as considerações herméticas vindas do mundo acadêmico? A maior parte das contribuições que temos na vida não é necessariamente produto de pesquisas empíricas cuidadosas.

ome cuidado com as soluções rápidas! Todos ten· tamos encontrar soluções rápidas e simples para nossos problemas complexos. Mas aqui vai uma má notícia: no que se refere ao comportamento organizacional, as soluções simples e rápidas costumam ser as erradas, pois não conseguem abranger toda a diversidade de organizações, situações e indivíduos. Como

T

dizia Einstein, Ntudo deve ser feito da maneira mais sim~

pies possível, mas não simplificada". Quando se trata de compreender as pessoas em seu trabalho, há uma quantidade enorme de ideias simplistas, além de livros e consultores que as promovem. E esses livros não tratam apenas de liderança. Vamos considerar três best-se/lers recentes. Quem mexeu no meu queijo? é uma metáfora sobre dois ratinhos que pretendem passar a mensagem do benefício da aceitação da mudança. Jesus, o maior líder que já existiu procura mostrar como é possível liderar e motivar um time bastante diversificado. E O monge e o executivo sugere que executivos podem aprender muito sobre como mo1ivar as pessoas e se relacionar por meio do exemplo das práticas e valores de um monge. As contribuições contidas nesses livros são generalizáveis para indivíduos

que trabalham em centenas de países diferentes, em milhares de organizações distintas e realizando milhões de atividades diferentes? É muito pouco provável. Os livros populares sobre comportamento organizacional costumam ter títulos engraçadinhos e são diver· 1idos de ler, mas passam a impressão de que o trabalho de gerir pessoas é muito mais simples do que na realidade é. Geralmente. baseiam-se nas opiniões pessoais dos autores, e não em pesquisa rigorosa. O comportamento organizacional é um assunto complexo. Existem pouquíssimas afirmações sobre o comportamento humano que podem ser generalizadas para todas as pessoas, em todas as situações. Você apli· caria lições de liderança que obteve de um livro sobre um monge budista ou dois ratinhos para administrar engenheiros de software no século XXI?

Compottamento or9<1niza~ional

J. Qual é a i,nportància das habilidc,dcs interpessoais?

'2. O que os adminislradort-s r.-..zc1n cn1 tcr1nos de funções, papéis e habilidades?

3. O que é co111portarncnto organizacional? 4. Por c1uc é i111portantc co1nplen1cntar a intuição t.-on1 o estudo sistcn1á1ico?

5. Quai.s são as disciplinas sociais 111ais in1por1antcs para o cstud•> do cvn1po1·1a11u;nto org.tnizacional?

6. [)or que há poucas verdades absolutas no con1poru:11ncn· to organi-zaciona.1? 7. QJ1ais são os desafios e oportunidades para acl,ninistra· clol'cs que utilii..arn os conceitos de contponarocnto or· gani:;,.arional? 8. Qt1ais s{10 o:; três nivci.s dç ao,ilisc 110 ,nodclo de ccnnpvr· tan1cnto organizé1rion,,l propo.s10 neste livro?

Exercícios em grupo O que eu espero de minha carreira? Finalidade J{cfle1ir sohré suas a1nhiç0Cs atoais e cotnpa111r to1n as de l)Cns colcg<1.'i Tempo para a realização ;\ proxi1nad;in1cnu.· 40 minutos

Participantes e papéis 1i<-spos1a i11dividu:\I :,~ qucstôés (' posterior delxtte Af)hrc as

1·cpc11t1va'i antbicnte de trabalho scn, co,nr><:tiçüo, poré1n co,n poucos colegas ( ) 1i-ab,alharl2ho1,L'il)Or dia g;:111harlt$3 1nilpc'>rn\i:s scn1 cs1abiliclaclc e 00111 aho risco de ckmis.s.io- ch.tllC('S ele asccns.1.o - aurncntos de RS 800 por ano - chance ele bônus anual de llS 30 1nil ati,idadcs di11â1nicas t in1crcss.ar11cs, porén1 c!.11-es.i:uucs a,nhic·otc de tra· balho <:01npc:litht>, p()rérn fOfll nuútoo ool~,as l '111balhar seis hol'as por dia ganhar RS l ,5 n1il por o·,és -:;<..·1n C'l>tabilidndc - grandes cliances de ascensão - i•un1cntos de R..S 400 por a no - chance de bônus de RS 15 nlil - atividades dinâ111icas. in· tcrcssantes ç cri:uiv.ls a111bicntc de trabalho scn1 co1npe1i<;ão e con, ,nuitos colcga.1>

cscolh.1s l . Ern que tipo ele e1npresa deseja trabalhar? Pública a) ( ) Privada

b) ( ) Grande

Pequena

2 . Co111 <1t1al fi.u1ç.'.io dtl adn1inis1r.1('àO de çn1p1'C~1s dcS1.:ja 1rab,•ll1ar? Fin:i.oças l,0g1stica R,·cu1·sos lltunanos \ lendas J\.,l al'kcting Kegociações intentac-iooais

( ) 'li'abalh:tr oito horas por dia ganhar ll$ 3 111il por 1nês scn1 cs1abiliclack: ('hanccs ele ascensão au· 1t1c1110.s de RS 5001X>ra11u ch,\otcdc l.x1nu-;a11ual de RS 5 n1il ali,~dad<...'S din::i,niç;:L-; e criritl\.1.s ;u11bicntc de trabalho sc1n oon1pctiçào <· 00111 nnlitoo: oolcgas

'J'r:'l.balhar dcz horas por dia g.u1har RS 4 rnil por mCs scn1 csr.,bilid::1dc e cotn risro ele dc1nissào grandes chances de :,sccns.:io - au,ncnlos de RS 800 por ano - chance de hônus anual de R$ 15 ,nil a1i"idadcs or dia - ganhai· R$ ·l ,nil por n1ê·s 1er estabilidade pequtoa~ chances ele a:;<'cn.são au1nc11Co!5 dl' RS 300 por :-1110 11c11hu1na chance de bônus - ativid~-tdcs burocráticas e repctiÜ\'as - a111bicn1e de trabalho sen1 contp<:tiçào, pol'é1n con1 poucos colegas

Gestão de operações

3 . Quais hahilidadcs são n1ais dcscnvol"idas <:1il "oeê? ) f-lun1anas ) Concciluais ) --récni<:as 4 . J\ tu;dn1cntc, o que buscari:i c111 uni cn1prebro? (Ordene de I a 7, ,;cndo I o que rnais o ::llrai e 7 o fl\lC n1cnos lhe i11ten~s$a)

Bo;, 1'(:1nu1u.:r:,c;ào

1\ tnbicntc ~1gradí1vel

1\ 1i"idadcs i111cressa11tcs

f.:,tabilichtdc ~h1ita.~ hora.~ livres

l)esafios C<>ll~1;111h-:~ Cht111ces de Cl"<$ci,nc1,10

5. l~l~c cn1dia, qua.l destas opções \'OCê escolheria? ) · rrahalhar oito horas por dia ganhar RS 8 n1il por 1nê.s ter cst(1bilidadc pequenas chançcl) de ascensão au111cruos de RS 300 por ano nc:n· ht11n,1 ch;~ncc de bônu1> tl1Í\'id:;\(lcs btu'(){·nític.:t.s ('

Tarefa 1. t\pós os participantes 1·~pondc1-c111 às quc·s1õc.~s1 o pt'O· IC:ssor conlpilar..t os l\:Sultaclos no quadro. Depois, os estudantes clcbatcnlo os resultados da turn1a e falarão sobre suas escolhas.

C.apitulo 1

O que é comportamento organizacional?

31

Dilema ético Comportamento organizacional: uma corrente humanista? Urna das p1i1uci,-as correntes do pcns.·uncnto ad,ninis. 11,uivo roi deno,ninada Elloola das R.elaçê,cs J·luo1anas. O s 1)(':$(1uii-..'ldorcs nela ins,~ridos r)rocuranun con11>1'(·..:1ldt•r a influência dos ~rn.11m infonnais sobre o <.'On1portan1cnto dos trabalhadores nas organizações. AntC'S desses estudos, o foco da ciência adn1i11isll'.ttiva CJ'ít a eficiência cios p1'0C.cssos, a di· 1n inuiç;io do uso de 11;cu1'$(:,s <: a busca pela n1clhor 1n,H1c:ira de j)t"OQ$Sl\'tl de produtos, c1uc c::iractcrizara111 a Escola Clássica d,1 1-\ d1nin.istração. Por seu IOCo nas c1noçõcs e atitudt-s dos indi\líduos e pelo t..'Ontrastc con1 as in11x·sso..'US pesquisas anteriores, a Escola das R.claçõcs J·hnnanàs oos1u111a ser i1H)<''Clll(:1Tu·111c m1ulada con10 uuu, corrente ht.nnani.st:·,. ls.w, cnlrc tantc,, n~o é bc1n ,·crdadc e se configura co1110 un1a das p1incipai.s críti<:.ts aos tc.."Óiicos dessa linha de cs1udos. Segundo c.·s.~ críticos, a Escola das Rela· ções l-lun1anas tentou se apl'(1\'(;ita1· das c:1noçôes t~ atitudes luunan;)S pt!l"á ,nauipular os ttahalliado~ <..'<>rn o ohjc1i,·o d<" aun1e111:1r a 11r(l(ll1~ivicladt" e elc,·~,r ()$ h1tTOS d:u. org1111iza~i><.~. [)(-ssa 111ancira> SC!,l'\tndo seus opositores, a dirc1riz dessa cor· rc.nti.: é i!,'l1al :\ ela 1l-oria C lá:ss:ica, 111odificanclo ~,penas o 1ncio utilizado p.ara alcançar o objctjvo e podendo, inclusi\'e, ser classificada co,no 1naq11ia,sf.lica c,n fi1oção di§io. (:01n base: nis.so. <> que se poderia cli~cr do c.:11111>0 do cornportan1ento organizacional? Se rá ( (UC o objcti,·o dos gestores que se utilizan1 cios conhcci111cntos dessa á rea é di· fr:rcn tc daquclts dos pri1nci1'0s aclnlinístrado,-cs pesquisado· l'CS: o :uunc1uo da pl'o dulivid;:idc e do lu(TO dl'lS c:1n fl1't-sas?

De volta à Revolução Industrial Nas priinciras décadas t'"r1niliu a redução r<>(h1tividad<-·. Essa di1ninuiçào do tc1npo ele trabalho cios quadros operacionais ,ncnos instruídos, gerada p<:la evolução 1ccno~ lógica, ainda hoje pode sei' \'C l'ificada. Segundo u1na ptsc1ui· s:,1, de 1980 a 200 ~. o pcr('e111ual de 1t:1halhadores que não co1nplct:ar:;1111 o segundo grau e tr.1Jn1lh.in1 111.ais de 50 horas sc1nanais caiu ele 11 por cento para nove por <:cnto. O sur·

prccndcntc. cn1rc1an10, foi \'C1ificar a evolução desse n1cs1no indic.:e p,u·a os funcion~írio.s con1 nivcl superior co1nplc10, que sahou de 22 por (;c;nto p,1111. 29 1,or ccntv.

l'ara responder a c..ss:., r>ergunta. é necessário lcrn1os algo c laro cnl rnentc: as organizaçê,cs privadas possuc1n proprie·

1ários (donos ou acionislas) que dcscjan1 1naxi1niza,· o \'alor cios io,·csti1nc11tos feito uc...;ses ocgóciru:. N'e..:.se ce11ário, os acl1ninis1raclorcs s.;.io profission,\is, que vcndc111 Slf(I~ habilida· c:lcs e scu trabalho c,n troca dos salá,ios, bcncficios e bônus que rccebcn1. Nes.sc contc.....:lo, o con11.>01·tan1enlo 01ganizacional con10 c·.1111po de estudo,-; c1n t1d1nini$llt~ns.--ir que Ehon ~·layo clt~SCj:'l"a ap<-nas tes f>t.."SS<>ais {l)()rl.:tnt<>, 11:iu vcr:"10 suas c:lc,nissõcs ot1 a diininuição de seus bónus conlo ;-1lgo justo e natur.11: contra o que não se cslOrçarão}. Oi;u1tc disso, o lLt;O das práticas e teorias do con1ponan1ento organizacional 1>odc ser considcrndo c1ica1ncntc accitávcl, ou d<:\'cria ser c'."vit:)dv? Exisliria ufna n1a11(•ira "1nais huo·i;:111;/ pan, ck·,·ar a pnxlutivid:1dc e os lucros das org.:inizaçõcs?

U1na sé,ic dt íhto,·cs é ar>o1u,1da conlo rc.<:.pons,)vcl pch\s longas jornadas dos J"u1u;io11;\1;os n1ais i11struidos. Un1.;, dc:lás é o aun1c1Ho da con1pctiç.ào entre esses 1rabalh;-1don:s. Hus.· e-ando as n1elhon.-s posições hi<.·rárquicas, que tan1bén1 lhes garantirão n1aior prcsllgio e- n,aiorcs rcn1uncra~OCs., t~sc:s i11divi p,1ra cl<:111onsl l'.-\r n1elhorcs rc:>ultados. Ouu·,:1 poS5Í\'tl rdzào ;:1pn:se11tada é o fhlO de e.> tr.,h<1lho nas c,1g:;111i1.;l<;ÕCs !icr visto ;:uuahncntc c.·on10 prio1idadc 1n.:í.xin1a. Por esse ,noLivo>aqueles qu<.' gas.tan1 111<:nos tc111po nas c1np1'Csas e vão n1ajs cedo para suas casas são vis1os t(uno 'dcso101i,·ados', ac-ah.-.ndo por perd(•r cipáÇ() n~ organizaçc)M.. P1.~s<1uis.:) 1"t·.:iliz.ada pela n;:\'ii1;1a l.irorne, no final ele 2005, :1pontou ~1lguns ch1dôs imprcssio· 11antes sobre os executivos brasileiros: "16 por tc11to t1'.tbalhava1n 12 horas por dia ou ,n,~is:

4:l por ocnto tiv~·ran, .suasjorn.:,da.\ de 1mba1ho au111t·nt.ic~1s cn, Ui"S hora.."- (>\1 1nais noi; (1hin1os dez :,no.s,;

32

Compottamento or9<1niza~ional

55 por cento dorrnia1n seis hol'as ou n1cnos can

rnédia J)OI' dia; 69 por <'cnto us.-'l,·s ad1ninistradorcs? A resposta é sintplcs: bas-, l(1 olhannos f>.'t ra toda-, ti.s funcioo.alidadcs :iissa1n a c1uercr .ser en<:ontrJ.dos a c1ualqt1cr 1110 111cn10 para 1110:stn,r ;;tos supc rio1"t""s sua di.s1)()11ihilidadc; e <"J.Jli
Diante di.-&\ tuna i1np<111a1ur p,·tgt1111,1 t:n1<~rgc: o <111c as cn1prcsas estão í..w..cnclo p..i.ra prot(."gCr seus íuncionà1ios dos crc·itos 1n:1U·ftt()ij do 1tabalho c.xccs.~h-o? 1\luit:1sjá vC,,1 ::1dot~1.11clo políticas p.'11-a reduzir a jornada ele trabalho e aun1cnlar a qui1lidadc de ,~da. de S('U~ funcioni11io$. Entre e,~._., rncdida.~ <."Stào a J'eduçào do expccLicnlc nas scx1as-íei1~ a inslalaçào de acacle1nki.s e sp::t.s nos próp1ios précLios c..·1até mc..-s1no, o a.p:ctgar cL'l.1:. hr1.cs e,n un1 horário dctc1,ninado durante a scanana. Para t'$S.i!S oontpanhia~ seus funrion::iri05 produ1..irão 111clhorc..·s rtsuhadm, visto que estal'âO Jnais cS. 1:..,-.scs tópic<>s, 1flo valo,izadvs pela ad111inistrac;ào n1odcrna= rcfr:rcrn~sc à capacidade de a tingir obj,c1ivos e :'llcançar l"C'!:uhaclo:. 111ini1ni~;:u1do o uso dos escassos recursos organi1..1cionais. Dcnu·c estes. o 1cn11>0 cios ti.1ncioná1; os ap~se11t::1.-.sc con10 1,1111 dos 111.1is in1port"a11t<.."S e raros nas e1npl'csas. Diante disso~ pa rece un1 rontrasscnso ch;1111ar 'clc.srnotivados· os colaboradores que.· tcrn1ina111 seus trabalhos e ,-.tú ,nais ccclo para casa. O n1ais cor1·c10 tah 'C'1. fosse pr-ir.-tht ni;,,..~-los. 1-\ fin;i l de c·ontas, é prcfr·ri"cl gasu1r oito ou 12 horas realizando as 1ncs1nas 1art~f.'ls?

Questões 1. \ 1ocê concorda co1n as l'azões apon,adas no texto para c.xplicar as longas rolinns de 1rabalho dos gcslOn:.s nas

c1npN"..sas? Que out1'0S f.uores você acha c1uc colabo1'a1n para o excessivo nún1cro de hor.,s trabalhadas?

2. Atu,•hnc,ue, ,·ocC e-su1ria dispos10 a. 1rabalhar 12 horas por dia (111ais o tc111po de Joco1noçào cas..'\•trabalho-casa) crn troca de un1 s,,lá ri<) qltCconsidcr;,L-,sc cxcelcnle? ~1c11 seria o valo1· dessa sonhada ren1uncraçào? 3. Se você lngn·ss.,ssc cn1 unta oit,rnnizaç,1.o c1uc lhe clcanandassc 1nui1as ho,;,s de 11o;1balho por dia, n1as onde :i.s advidadcs rcnliz:tdas IOsscnt bastante intcrcssanlcs., você vc1ia J)l'Oblc,na t.:in U'(H..'al' st1a!I horas livres por lal't.:11\S que lhe desscrn pra1..cr .10 rc:,Jiztl-Jas? 4. Con10 vocC ,u;h:1 que as cn1presa.s c1t1e clc1nandan1 12 horas ele trabalho diário de seus fUn('ionários e, cn1 troca, paga1n-ll1cs grandes bônus, consegue1n n1<111tC-lo.s na a1i-

va. n1cso10 a pôs <'lcs se tor1Hu'(·1n 1nilioná1ios?

Fonte: ~ 1:u't'd<> Ona~. "Por <11k' trah:,lha,nos canto". Rt::\i$'ta F..rar,tt. i.'(1. 1:69. :tno ·lO. n. l. p. '22-29. l8,j;u1. 2006.

Estudo de caso 2 Gestão à brasileira .~ Usi1ninas é urna gig:intc cio setor siderúrgico brasileiro. sendo tan1bé1n a ,naior f.'tbricantc de aços planos da. 1\1néri· ca ) .atina. No início de 2009. a o,ganizaylo contava. 00111 30 nlil fi111çio11,lrios e: sua n'C<'Íts\ a111Jal :-\proxi,n av:\-SC de R.S l·1bilhõcs. Urn cios princip.,is rcspons<:ivcis pelo SUC(..'SSO <-"-xpcrintcnta.do pela cn1p1-c~, foi R.i.naldo Can1pos Soares. que presidiu a siderúrgica por nada rncnos do que 18 anos seguidos.

1-\ 0 l(,ng() desSc p<'ríod<>, o t.~tilo de ,g:c$t:io de l~i11:'l.lclo lncruslou-sc na cultura organizacion:'11da c1nprcs.a.. 1~111 dccorréncia disso, a lon1ada de decisões na co1npanhia era ccn.tralizacla na n1ào de poucos gesto1·es. que conccntravanl gra nclr part<.: do poder c1n suas nüi<>S. 1\ lc:111 diíl..~, o patcrnalisn'lo co1n que o presidente cuida,..,, de l>Cus runcion:lrios e os protegia era aparente e acabou por se tornar un1 traço ca· rac1crístico da cuhura Usintinas. t\ forn1alicladc das práticas

C.apitulo 1

na co1npanhi:, e a avcrst10 ao risco de seus aclrninistradorcs t fi,ncio,ulrios 1,ünbê1n ctao-. cxc:1np k)s cl"ros de con,o o cs1il<> de din..·ç;;o do prcsidcnle IHt\·ia influenciado a con1panhi;, co1no tun todo. O rcduiido goslo pela inccnei,, pode ser cxcrnplificado pelo baixí.ssin10 cndividan,c.-nto ela Usinlinas (pl'óxin10 a RS I bilhão, con1ra R.S 4 bilhÕ4:s da Co1npanhia Sidcn'1t'b~(:a 1'\a('ional CSN) (; ta111l)(:1n é fru to do pcns:a· 1ncntoj<)ponês da c:on1rolador:, ~ippon Stecl, que éonsidcra o,n~, dívid~\ pcqucn;l sinônirno de sr1lldc financci rtt. Eo, junho de 2008, cntre1a,no1 íoi anunciada a saída ele Rinaldo Soares da prcsidCncia da e1nprcsa. t\pós 18 anos oo cargo, e c,n fuoç:to de aJg111nas divergência.;; COO\ gl"uJ)OS: de acionist.."U, havia chegado a hora de o executivo ser suhsti· u,ido J)()1' out1'0 profisl\ional. O csc;:olhido foi ~ la n:o ;\ntõnio C'"'"lStcllo Branco <1uc, por seu espírito inovador e afeição â 111uda11ça. roi inc1.1111bido de pron1ovçr t1n1a vcrdadcir.1 rc."volução na Usin1ina\. .t\ lé1n dL™>, o 110\'0 presidente deveria Í.licr CJUC a co1np~1nhia c1<.·,:;1l)Sc ~cu ritino ele crcsci1ncnto e 1-ccluiis.~c o~ c,,stos operacionais, p1incipahncntc· aqueles lig::tdOs às dCSJ)t-'Si"IS tOnl OS s.;ilários dnt- runcio11{1riOt-, U1na de suas pri1ncira.s n1cdicl"tS foi :1 contratação de unia ex.tens.'1 rxsc1uisa co111 os trabalhadorc:t da siderúrgica. O rc· suhadQ desse estudo surpret~odcu .i 1nui1os ad111ioii;1rado1·c:s da 01l,raniza\:'iO. De ator pooto horrc:,ri;,.ou ai,,da 111ais C<\."ih·llo Hranco e su:;L equipe: cn1 decorrência clns práticas pcrsonali:r;tas e da ln1punidadc existente 110 a1nbientc organizacional. cada funcionârio ela Usi111inas tinha. enl ntéclia. três parentes 11-ahalhal\clo na organizaçiio, o <1uc i;ignifica a p1'á1ica clara de ncpotisn10. Ot11ro d;;1do i1uporta111c obtido foi que 45°/o dos trabalh:;1clores não c:onsiclcr.;ni.,111 que eis pron1oçôcs ocorri:,111 por 111éritos profissionais. Dian1c di.:s.sc· cenário de falta dt: rnorivaçào (: estagnação J;, t.:si,nin,,s. a cquir>c do 110\'0 pl'csiclcn1e iuiçiou u1n pm· c::csso dt· rcduçüo do nínnero de fi uu·íonários. Sua pri,ncird n1t
O que é comportamento organizacional?

33

1't~ali:1..;)r" un\ profiuldO Cúl'1(' d,· rustos e ck:var a ,notivaç,lo l~ a pro."ltividadc ck~ funcioná rios.. "Eu 111e sinlo co,no o equilibrista de cirro que tc1n de 111:uuer v;írios pratos rodando ao 1ncsn10 1e1npo", conta o <:xecutivo. Alê1n disso1 <:lc pr«isa acclcra1· a 1on1ada de decisões na e1nptcSa, dei;cc1uraliz.;u1do e> ptOCessO. "P1'úfinJ cotrcro 11sc::o de err:,r por <"()11ccat<·rnalis1no (' a 1>0M,1n, tle cxp(:t~t:1dor $.10 al(,'11n1:LS dessas c:li1ncnsõcs que estão in1prcgnadas nas práticas gerenciais da siden'1rgic.'. a. O,· ac(>rdo <·<:nn Barros e· Pra1es (1996), esses Ira· ços estão presentes cn1 grande pane dos ge..;;101'Cs brasileiros., e pensar que <-lcs podc111 $Cr l~lciln1c11te supri,niclos é u1na ilus.to. J)iante disso, os cxccuti\'os p!'c cisan1 aprender a con\~vcr c:0111 eles~ buscando an1eniz:iu· suas conSC(JUCncias ncgali\'aS e 1>0ttncializal' seus a.spcct~ positiv·~ . t\final ele C()llt.l\ de,-<: haver 'alguns' ponloo: lôrt<.-s cn1 un1 estilo de gc.-stào que tornou a U$i1n inas u1n:i das 30 ouiion:s siderúrgicas do inundo.

Questões J. t\ concentração de poder ~ un1 traço llp1co do estilo brasileiro de adn1ini.strar. Identifique en1 que aspecto da cultura tradicionaJ Us.in1inas ela transparece e levante 1>01Hos positivos e ncgati,'Os dessa di1ncns.1o.

2. O pcrsonalisn10 e o paternalis1no tan1bén1 co111põc1n o C!ltilo cios gestores tipicos bta.~ilciros e podc1n sct cncon· trados no e.aso 11;,rrado. ldentifiq\tC al&,"\1t'ls po11t~ c..·111 que c·sscs tr.u;os fictnn evidentes.

3. A avc1-;;.ào tu) c;:011flito e a pos1urd de c~f>Cctador s.io téxlO que ('araCt(•1izan1 o C(nh· port;,rnento dos trah;1lha.dorcs da Usi1ninas. Identifique esses traços cnl pas.sagcns do 1cxlo e apresente a razão pela qual esses aspectos são tão cornbatidos no an1biente organiza<"ional 1nodcrno. 4. ,-\pesar ele con1batcr ,nuitos dos traços ela antiga cultura Usiininas relacionados ao es1ilo hrasilci1'0 de ado1inis· trd1; o novo prc:oiiclcntc ela c111pr('s.;1 t;1111bêrn dc,non~lra ser inlluenciaclo por ela (o t)UC é ;11..go rn;.lis do que natu· ral!) ao t:tzcr unia 111ctàfOra en1 seu dist'urso. Que din1cnsão do con1ponan1ento dos g('sto1·cs brasileiros pode ser fK rccbicla <:111 $uil Í.'11a?

5 . t\ contratação de parentes. a utiliza~-âo ele c.·ri1fiios pcrsona· lista.\ para a pro1noçào ele .subordinados., a parc:iali
FonttS: lfflli':1do c,n ~ l~lu (;aJ:p.ar. ·,Jo: ,,!\ 1\iint.. ~ IMK!t J)ior.,ir''. R('\\s.ut E.w:tnh'. cd. 910. 11 , :thr. 200!); l.u(':u.\nKtrim. ··o fim
Compottamento or9<1niza~ional

l. ·:Justi(':, nlanda ;\ntOcv i11dcniZ, Acesso i;ru: 5 llO\', 2010; "'r R:r na Pa,':.lil>., ,nulta .i\.,nbt,· por prãtil.'a de :.USCdio 010r.:Ll tonu-a fiJ1lrionários,.,, Porml Jt,,a/b(l/ J 11.sti~:a, 2 sei. 2008. l)isponívcl cn1: <,,..,,..,,•.paraiha. l .con1.h r/ Xork-i a/ 11 1i8_o·t·nn·1>:.l1-ail.x,-nu1ha-:·11nhcv·1:>0r-pr:uic:1· dc,...ass<·dio-11,oral.,c;on1 ra·funcion:uios.tu n1I>. t\ cesso e 1n: 5 uo,~ 20 10~ t\lt xaod1'C (:axito, t\n)Hl'v C c.-oodéll<'td:'t por usar . :\ cc.~ c::,n !> nov. 20 1O; ':Jui.tiça do ·n -a1~,lho ('Olldcnn i\n1H,·v a pag.1r RS I ntilh:io por a..\':Sédio nlo1-:-t1 co1eti,'O", Cidadt lli-(, 23 a.go. 2006. l)is1>0nh'c l t 1n: ?id=3G236>. ,\ <:c-.!iSO crn:,; 110\t 20 10. 2. C itado por R• ..-\ 1:.ôp, " Pl;t)'lng \Vcll \\'ith 01hct:s.., J1(11/ Strul J ournal. 9 s,·1. 2002. 3. ver. 1>or éXt'nlplú. e. l\·ntill.t, "Hiring Ha1'(l~hips'•. /{11trtprt11a1r, o ut. 2002, p. 3-1~35. 4 . Daniela J)iniz, ''Unt 1iruc c;xcntp1ar pa ra o Br:,isil" . Guia f'<>ciS/A E.,a.r,,t - t\s .\lclhorcs l~n1prcs::is parn \ 't)(-1;

Trob(Llhat 2oo<J. 5. ) lárcia Roc.·h:i. "O P1'0fissioo:1l ldcal pal'a as ;\ldho1•ef' 1 Cuitl rwt S/A E.wu11r 2007 :\s r.. lelhorcs E,nprcsas para \'OCê ·rrabalh.tr. 6 . H. 1·1,yol. l,u/1utri11/ 1md Gn,n,ú Ad,111i1i.s/r(ltio11. Pnris: l)unod, 19 16. 7. t\ . L Kra ut, P. R. Pcdig'>, (). J). i\lcKcnna e: i\1. 1). Dunnctt<;, ·1'h<' Ro lr 1h<' ;\l:10:ag~·r: \\'hat's R<'!lll~· hnpor1:u1t in Difl'<:1-cnt i\ lan:1..,"cn1c.:nl.Jobs". Ar,ultP!>' qf ,\ lo110,~1t1t11I lix«.utk·r, 19, 11. 4-, 200.>. p. 122-1 29.

or

8. H. ~li11tzbl.'rg1 'Jhr.\f(l/urr oJ ,\to,10),,~al f1trk. NO\,·, Vol'k: f-larp<-r & Ro\''• 1973. !). Jl.h'ircia IW.Ch:•, ··O J'rol'iss.ional Ideal para as ) lclhorcs.. , ccliçâo cS(k't'ial f'cKIS/A l!xo,11, 2007 ,\:-i\h•lhorcs E1npr~..-s.."s 1>ar.1 \ 'ocê ·rralx1lha1: 10. R. 1.. Kat~-- "Skills of an l~lllcti\'C ,\d1ninis1r:,torº', //11n:ard U1di11rss /ln.·ir"-'· M"t,/out. 197 ... p. ~)0. 102. 11. Gahricl P(l\na, •·fínanctil'o OutàhJ â Er.i", í#S/A, td.

11 8, abr. 2008. 12.

f-: L.uth<1ns. "Suctés.i!Ji,.1VJ. EOCctivc t\d1ni11istr.1tor",

Aradr,nJ' ef ,\ltuwge,nr,11 r:,·«11ti1.•r. 1n::i.io 19R8, p. 127-132; ,. E L111ht1n:;, R. i\l. l lodgC'U$ e S..\ . Ro:;c:11knnu-:r.1 R,ol .\lmmps. ( :an1bridgC', 1\1; \ : H.illinger, 198A. \ 't·rt.11n bçn1 E Ship1xr c.J. D <\\":,', ·:·\ ) 1odcl anel ln,-esti~<1tion of ~ h'ula1-,'(:ri:.I Skill.s. E.1nplo)'C'-'s· t\ttitudcs, aud ;\ fana!,rcriaJ Pcrforrnancc·,, J.,,,,t,,,hip Q;wrlrr[y, 13, 200'2, 1>. 95-120. 13. \Vu, )l. 1-c>o e J). B. 'J'u rh:.1n, '"riu· Ro le of Persoualily in Rçla1ionship Closcncs.~ l)1•vrlnpçr t\ssi:s1:1nce, anel Can,-cr Surcess'' ,.711urnnl ef IÓt'ati<>nol ll,ltai·ior, i3, n. 3. 2008. 1>, ·l-10~·1-18; e:\ . i\l. Konr,1d1 R.. Kashl.tk. 1. Y~hioka, R. \\';·" )'S'l.ak e ~ . l h n·n. " \\'h:tt ))o )l;u1agcrs l.ikc 10 J)o? :\ Fiv<.:·Co1)ntry $1udy", (.,'rouj, & (),g,u1i~otio11 .\lt111ag111,,11, c-t...·z. 2001 . J). ·fO l-'133.

l ·I. Bruno Lin1;·, , " ÍJc,u escolhido, ~ 1ll t\ pode: :ser àtàll10 pai-:, nu1durdt• :l rca''. O GlJbo 011,/i11r Carreira, 1 jul. 200!J. l)i.sponivc..·I çnl: <,,·,,·,~oglobo.gloho.« >111/c:duc~('ao/n1ba/

1n:it/20Ct9 /O7/OI I b..:ru ,csc:vlh.ido,1uba·1:>odt:•St.:r•a1aJhvpal".l·1nud~11·,de·á1't~·i .>GGO·l 799.asp>. :\ cés:so c1n;.) 110,~ 2010. 1,;. ,\ . S. 'ISui, S.J. t\shfi>rd, L. St. C t:,ir c K.R. Xin, " De;ding .si1h J)i.scrcparu Expcc;1a.1ions: R<'spon.<;.t• S1rn.1c;giC's :,nd )lan:.\gcri:il EOCcti\'tll™'', Aroda'!t ef ,\lnria~ne,11Journn/1 dez. 1995, p. 1.515-1.543. 16. ··\ t ,·. por cxé1nplo. ( :. l~ea1h e S. B. Sitkín, ··Big,B l í!$14J Bi.g.O: \, r1t;·11 is O rgaui.;.,..;.uion:ll c1bout O tg:u\it..nio nál Bchavio r?'',,1JUrnal ef 0Tg(UJÍ.t.olimwl lkl1at'Wr, Íc\s 200 1, p. 43~ . Pa~ unl:;i rC\is.'lo d:1quilo q ue unt crnint ruc l~\1isnclor ron.sickr::1que dç,.,._•ri..-. ser incluído no te,na~ ooo, l>.-.se c1n dados de pesquisas, \'erj . B. )liutr. '" 11,c R;:i1ed hn1)<)11ant'-\ Scicn1iíic V.-.lidit~'· and PraC'tit'ál UscruJndS úC 01-ga1ii:1..·'uio11:i.l Ucha\'ior l "hcorics: t\ Qp;1nti1avic Rt.•\'ic,,,", Acndm9• ef .\lmwgtnttnl Jmrni,,g & l!,,/t1fatim1, ser. 2003. p. 250·2f>8. 17. l). )1. R.ousscao <· S. :\lcC,;1rth)~' ·Edt1t·a1ion ~l~1nagcrs fmrn ao Evidcnce,Based Pcrspecti,-c", iltodt11!)' qf ,\/a,,op11u111 l..ro,11i11& & l!.duratfon. 6, n. 1. 2007. p. 8·1-101: e S. l.. Rync:s, --1: L. Giluk e K. G. Br
2006. p. 2:). 19. \ Cr L. t\ . Uurkc c.J. E. J\loore, ':O\ Pcn:nnial l)iJc:n1n1;1 in 08 Edllf:uiou: Enga_ging 1hi; "l'r.1di1io nal S1odent'\ Açalitl',!f ef .\l,11u1gt1lift1/ & l.(qnti!ff. Etlur11li<>ri. 1na1~2003, p. 37·52. 20. l\,rol>ms.<"t11n.hr Rf"la ~ m n1 Ín\''('&tidor<;$ lnJOnnaçck-s aos acionistas Co1n1X>si(ào do capital social. 21. Strg_jo Bueno, "1\larcopolo v·a i n.:011taniz~lr sur..s opi;raçõc1 110 exterior" . lã/Qr (),1/i11r, 18 110\: 2009. Oiliponivel crn: <\'""'"·valoro nlinc.\.'f)n1.br/()nline/ ('n1pn·sa.ç/ ·1·1/28$7 71 / llHU'tOl)OIO·\lfl i •!'< 'Org:tn i'l.:l 1'·$U~· OJ>ér.'l('-OC$·11()· cx1c1·iol'?quicklahs_3= 1>, t\c"~ t-nl: 5 nov.20 1O. 22 . ..CS1\ trar(1<:hincses 1>.11-a constn.Li1· ins1ak1çõcs no Ric/', AU1rtiá l::Sttu/(1, 1i :tbt. 2007. 23. Su.,.._,.1oa ~ ~1iditch. '{\ nova f.'ll.'.e do opc1'ârio... R(.·vista E:fl1111t, cd. 886, ano ·1 1. n. 2, l ·l rc, t 2007. p. 88-93. 2•1. J\laiJson d;1 ~ óbn:g.i, ·:•\ntic.-;1pitalis1no e outras tl;(1uisiticcs•·. fllog do .,•\ 'obfar, 28 Q UI . 2007. l) isponivcl e,:111: <,,,,,\: :.l rquivoc1c.bl<,gsJKH.ronl / 200i 110/ :.i nI ica pitali.,.mo--t~utras· esquis.iticcs.hto1I>. t-\ccsso c,n: 5 flO\', 2010. 25. ··o polé-,niro l)t)O dos ('1l('~11-gos SO<'in.i.s llO Brasil'', Di<-t'St 1997. Salá1io,n1i11inu> J)(J1'tfLlbrasil.11c1. 26. ) hin..·i.t Ci,rtno. "Creste 11ú111e1-u u::,('a do sonho hrasilc:il'O", IJ/1(: /Jrasi/.rq11r. 27 111;Lr. 2008. l)ispo11Í\'c:l t•n1: <,,..,,..,,~hbc: .co.ul./1><>nub"'csç/n;por1crhhç/ .SIOl)'/2008/03/000320 _i 111 ig rarnoddorndohra91.slu mi>.

Acesso e1n: 5 nO\', 2010.

2i. JJJGE. 200·1.

28. \ 1cr. pol' c,:en,plo. S. O. Pt1gh•.J. Oi<'tz.J . \\{ \\'tlt..;• e

s. )1. 81001..s. " l)ri\'i11g s ~~" ·ice EllCc-tivtl\CSS ·rhrough

C.apitulo 1

En1ploycc·Custon1er Link:1,."1,_-s"• .4, 73-8·1; e l t Liao e A. Chti.Ul.f.!:1 · : \ l>.luh.ile,.·cl l!l\'(!stigatiCln oi' Fac1ors lnílucnc-i11g Enlployté Scrvkc 1•crf'on na11cc nnd Custo1ncr Outcou1<.~". Aradn1!J' ef .\la11og,m1nr.]011n,al, fcv. 2004, p. 41-58. 29. \ 1c;r, por cxernplo. :.. 1. \ \'o rkrn:,n ç \ \ ~ Bonuncr, ··Rt-dc Sign.i11,.it C'..on1plucr Call C<:ntcr \ \'orl.:: J\ l...011gi1udinal Fit•ld E.sJ>el'in,crlt .. ,Joun,al ef Orga1ti<.tllÍ011ál lkhtmWr. ,naio 2004.

p. 3 17-337. !JO. \ í·r, 1)()r cxco,pk>1 \ '. S. .\lajor, K.J. KJcio e .\1. C. Ehri1,u, , "\\'o rk ·ri1nc, \Vori.. ln1erfcrcncc \\ith l-àn1il); and Psychologic....:,l l)iJ;tr~" ,flur11n/ ef Applietl l"!,·,l1ol<1,._v,y. jon. 2002. p. 427~'136; 1) , 81•:-tdr, " Rc1hinking 1he Rat Race", /Jw1i1t~.JJl~lk, 26 ag(). 2002. p. 1·l2-143;J . .\1. Btén <: 1... K. Stroh. "\\'01-kiug 61 Plu~ Hc)Ul"S ~t \\'cck: \\'hr Oü ~lan,,gcrs l)o h?'',,]ournal ef Applicd l 'S)Yl1alog_}', Íc\: 2003, p. 67-78. 31. 1':'l1hnli:, P;,ssarinho, •·c:.irg:1 horária de tn1h;1lho no Brasil di1ninui IO,iº/~ t:in re 1933 e 2007, diz lp(·;1'" 1 GI, 29 jul. 2009. l)íspooi\'tl ('01: <,v,,'\v,~l .~lobo.conl/Nolicias/ Uooon1ia_~cgocios/ O,.~·I U l. l 2·16080-9!J56,00.lu 1n I>. t\ cC$SO c,n: 5 no,~2010. 32. \ Ter, por cxt~n1plo. 7/ll 2002. Vational St11.• ef tht Clu111gi11g Jl'oJtfars and \Vori. Jnstinnc, 2001; e \\:J. (:aspe1· e 1.. C. Hull':.u', n. !J. 2fl0.J, p. 39 1-110. 33. C it:1do por S. A1·n10111; " \\'orkcrs Put ~';:unily Fint Ocspi1c Slo,,· l~onom)~.Johlc..c;s Fe::u-s•·. '.i4. S. Shdh;nbargc;r, " \\'h:uJoh (.1 ,ndidàlt'i- R~:all}' \\';nu 10 Kno,\·: \ ViU I l lavc a J.ifc.-?"1 11 á/J Srrut ) ournal, 17 1H)\'. 1999, p. RI ;<· ··U.S. f.tnploycrs Polish l1nagc 10 \\'oo a J)en1anding Gencr.1tio1l''. ,\/011/H):"y, A,;.e,"1. fcv. 2000. p. 2. 35. E L..uthans e C. 1\I. \ fo u:ssc.-1: "E1ne1-ging. Positi\'é O rgani;,.a1ic.11a.l B.chtl,·ior". ]b11n1al ef 1\/a1u,,gonn1t,jun. 2007, p. 321 -349; C.11. \"()us:-<'Í e E Luthans, "'PO$"iti,1• O rgani1.a1ion Behavior in d1.:- \\'orl-pl:1('(": 1'1u.· ln1pac;1 of Ho1>r, Opltn1is1n, and Res.iliencct· ,Jo11r,10/ ef .llttna.~1m1. 33, 11. 5. 2007. p. 774-800; c.J. E. Dunon e S. Soncu.shcio, "Positivt: Orgraniz;11ion,1l Sc:hol.arship'', 111 C. Coe>pcreJ. Harling fOrg.}, /~1g
Oal,, CA: S.,go, 2007. 36. 1•. ~ t. RohC."ns, G. Sp~itirr,J. Duuon, R.. Quinn. E. 1-1«--aphy e B. Baker, •·Ho\,• 10 Pfay lO \ OurS11x·11gh1s... Hanv,1d 811.sintJS /letiav, j,u1. 2003 1 p. 1-6: e 1.....\1. Rolx:11s.J. E. l)uuon. C. :..1 . Sprci11.cr, E.. ll licaphy t ! R. F.. Qi1i11n, ''Cútnposing thc Rcfl«t«·d Heg1-Sdf Ponr:'li1: B<:"001ning F.xu-:iortlinary in \\'ol'k O rgani1,.·Hions''. ;JtQdr,,ry ef .\Ja11a.J:('f,~n11 Rn;in.« 30, n. -1-, 200;, p. 712-i36. 37. \\', Uailcy e,\ . Spittr. "'\Vhco O ot"S N.ational kkutity ~h1ucr? c:onvcrgcnéé and Oi\'trgcnc:t• in hucru
"Ethi(al Oocision-~faking OiffC1't11ccs lkt,,'<:c,, ;\ nlcrican aud ~lorocc:,111:._,1,u1agcrs" ,J o11r11áf ef /Ju~i,uss /'.tl1ics. 8·1, n. '1, 2009, p. -157-4i8. 38. J. i\lcnitc, ''Fbr i\UJ1\s, Suul-Sl·arching IOI", Husi.n,s.t ll'rtk, 16 sei. 2002. p. 6·1-66; e S. Crtc.•nhou:-«·, •·'J'lu· i\ l(icxl :u \\1ork: Angcr ::ind .t\nxiely",.V,u..1 1ó1* 7 i mts, 29 (HII. 200:!,

p. EI . 39. \ ,~ 1·, 1>0r c:xcrnplo. G. R. \ \1cavc1•. L. K. 'l"1'e\i1lO e J~ L.

C-Oehran, "Corpo~alc l~1hic-s Prn<:1icu in 1hc ~lid-1990'~: ;-\ n En1pi1ic::il Studr of thc l-c)11unç 1000",Journal ef IJ11sinw l·:tl1i4 , fc,~ 1f•O'-J, p. 28:.J-294; e C:. Dt ~lt".S:l Gm1.i:u10.

O que é comportamento organizacional?

35

··Pron1oling Ethical Conduc1: 1\ 1't·\'ic,,•of Corpo r~te P,'õ,ctices"', SlroUKic l11tutl)1 R.Llàli E1hic:aJ l..cacl<·rshi1> Fio"•? ·1cs1 of a 'f'ric:klc-[)o,\"ll ) Iodei'', Organi.::11Ji<J11al /Jtha.vibr 0111/ //11n1a11 Dtcisian Pror~ l 08, n. 1, 2009, p. 1-13; e :\ . :\ rdichvili,J. t\. ~ 1itch('II e O.Jo11dlc. ··Ch:,ractcl'i:,ctjt"$ of Ethical Husincss Culturts.. , J1J11r11ál ef /Juj,·,1.0~ EJl,i.t.s. 8:>. n. 4. 2009, p. 445.45 J. ·1 1. ;\.J. Rucci, S. J~ Ki111 e R. 't Quinn, ....11h! Ernplt))'CC· C 11stomrr·Pro fi1 C; hain :tt Scars.., l/an'Otd /111.sinw RrrinL', jan./fcv. 1998, p. 83-9i. ·12. .J. Briu. ··\ \'orkp1:1ce No-Sho,\•s' 0-n, 1Ô· 1-1. ·l-1. \\', f.logc:, "S\\·td t 1{s ( :radlc-to-Gro.\'C \\'clf.ux- Staru lô Ili", /11tnn(1tio111,/ fluo/d Tribu11t, 2$ St'"I. 2002. p. 8. -t:>. 11.idru Pcnauj l·í lho. "l-:$"tudo do :,IY.«"11tc:bano: co111rihuiç.'io para a gc.c;1ào de pc..·:~..wa~ na indú.suia autonu:,hilistica. E)(1t1do de C:l.SO de: u1na c n11>r~sa 1n11ltin:,c:ional", 2006. ·16. O:,nida Oini'l,,. "~·fodc:lo l:.St:it~1I", t•'Cgó foto1;tl no Br..u.-if', 2009. ·19. \ 'cr, por t xcn1plo, .:..1. C. S1u1111:~n e C. O. ·rn~,X>r, '"rhc hnplkations of Linkiug 1hc! Dyna1uic P<•rlOnuancc ;u1d 'furno\'Cr l .i1c11uurç.-.",.fi'11r11a/ ef ,tpplitd Ps;rholdg]', ago. 2001, p. 684-696. 50. Ci1::\do 1>0r " You O ftcn Losc tht ÜJ,c.-.S \ Ou lo\-e". huboff)' llnléOt of á ,\ lcasul"é of \\.orkplacc 0<."l.'Íaucc;' ] QUr1utl ef Appli,d /~'(/io/og~ 8:°>. 11. 3, 2000, p. :{'19-:J60~ t\ . ~I. O 'Lcary·Kt~lly~ ~I. K. DufTy e R. \\'. GriRin, ··con.s1" 1c1C'.onfus.ion i111he Stud)•of 1\n1ísocinl \\"orl. Hcha\'iOt," Rtsmrdt ;,, /}r.,YJ111itl (u1d lh11not1 Re101,rw .\la,u1g,.·111n1t, l8. 2000, p. 275-30:J; t C. Por.tth, C. Pcarso,, e O. L. Sh<1piro, "·l'urnin( lhe Othcr Chcck or an Eyc fOr an cyc: ~r.'lrgl'1:-' Rc~)()n~c: 10 lncivility",jornal iru cráriro apri~scnt.:tdo no cnoonu'<1
e~,

ll . 11·. Robcns e R. Hogan (o•'!l',), P,rs<maliD· l'flica.l :\..;S()('iá1io1,, 2001, 1>. •15-6 1; c·J. 1\. l..cJ>i11c, j\, En-z e D. F..Johnf-On, "'íhc '.\'a1urç :ind l)i111rn.sionnli1y of Orgauiz:uiona l (:i1i1,c·n~hip lkhnvior: :\ Criticai R1•vic,\' and :\lc:1a t\ nalysi~..,J-0ut,u1/ ef Appli.t(//>1_11JiolftX.1, fc\'. 200i. p. :>2-65. 0

53. I·~ ~I. l'od~
Suggcs1ions for FutuJ'\'° Rt.sc:arch'",.Jour11a/ ef .\Jan4~1e,11. 2G. u.3. 2000, p. 5·13· 18: e ~L C. Uol.ino e \\', J·t çli1rrdcy. 1

''Going 1hc Ex1r.1 .\lile: Culti,i.Hing ;;\ud )la11,,h'l11g l~rnploycc Cili·1..cnship llc;havior'\ Aa,der,~r ef .\lanagt,11r111 l úf<~1th•r, .ago.

2003, I'· 60-73.

36

54.

Compottamento or9<1niza~ional

rr, 1\ .j ud!t(:. C.J. "f horescn.J. E. 0<.no e(;, R . P,1tton. "Thc Job Satislhction:Job p.,,,for,nanec Relatio1,.sl1ip: 1\ Qu:llitative t,ud Q.ur111til<)IÍ\'l' R('\·ic,v'', P,trthologürd /Julldi111 127, 2001, p. 376-•107; e· ~I. Rikc::11;1, ..··1·1ic Ca.u.sal Rehuion Hch\'('Cn Joh .~\uituclcs :lnrl Pcríonn!'lnc:c: .A ~lct:,i-r\naly~:is o f Panei Snolitd Pl)'(l..tcg,•. 93. n. 2, 2008. p. ~ 72481.

55. e. Paync e s.

s. \\'('bbc:r; -1?.1Tccts or St1'\'ÍCC P1'0Vidcr

:\ttitudc~ a11d En1ployn1c11t SH1tus oo Citizcnsl1ip lkhavior~ ;:111d Custo111cn.' 1\ttitud<:s aod I A'>)·:d1y Bt-ha\'iúr/' Joftr1utl ef !lpplüd /~J,otog,•, ~)I. n. 2, 2006, p. 3(;5-378; e l'i . Liao e O. E. Rupp. '·'rhc hnp~c, of JlL'ltic(' Clin, ~t<' andJ us1ice

Oricnl::ition on \Vo1·k Outron1cs: i\ Cross·Lcvcl ~fuhifoci

Fra1nc,,·otk''..]out1udllj .IJiplird P!Jtlu1l11g,- 90. n. 2. 2005. p. N2-256.

:,G. ~I. Buckinghao, e C. (:offn, a,1 1 Fint. !Jrrál.. All du Ru.lts: ll'lrat tht IJ1órld'.r (;u,lltsl 1\ la11aun· /)o J'>ifftre11t(J'. No\'
& $4;hu1;u;r, 19!)(J. 57. 11.J . l.ca\'iu,,\/anagtria/ I'f_yd1<>logy, cd. 1'('\~ Chic:ago: Univ('rsily of (:hi('ago Prcss, 196 ~, 1>, 3. .:>8. R~)S:lll:t ·1a n11.s, ..Jk.st·S
aht. 2008.

Parte 2 - O indivíduo

2

Diversidade nas • organ1zaçoes Penso que DellS, ao c1·iar o homem, supe>'estimo1t s1w ro1>aci<Jade. Ose;ir Wilde

OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM Depois de ler este capít ulo, você será capaz de: 1 2

Identificar as duas p rincipais formas de diversidade no ambiente de trabalho.

Identificar as principais características biográficas e descrever como são relevantes para o comportamento organizacional.

3

Definir habilidade intelectual e demonstrar sua importância para o comportamento organizacional.

4

Contrastar habilidade intelectual com habilidade física.

5

Descrever como as organizações podem administrar com eficácia a diversidade.

6

Mostrar como a cultura afeta o nosso entendimento das habilidades intelectuais e das características biográficas da força de trabalho.

ASCENSÃO E APOIO ÀS MÃES E AOS FILHOS festinhas nas escolas das crianças, as apresentações de balé das meninas e os torneios de futebol dos meninos sempre causaram grandes dores de cabeça para as profissionais de gênero feminino. Isso não ocorria pela grita· a, pela bagunça ou pelos gols sofridos pelos garotos, mas sim pela dificuldade encontrada para conseguir um tempo livre na atarefada agenda de gestora ou funcionária de uma empresa. Em função disso, muitas mães deixaram de participar de alguns momentos importantes da vida dos filhos, como a quadrilha da festa junina, a primeira ap<esentação de dança ou o gol marcado na final do campeonato. ~ Obviamente, não é obrigação única das mulheres participar l"i ~ desses eventos e tomar conta dos filhos. Entretanto, a cultura bra· silefra, assim como a da maioria dos palses do mundo, confere às • li mães a maior parte das responsabilidades domésticas e relaciona· ljf -~ , das a criação e educação das crianças. Quando as mulheres come- :'1f· çaram a ingressar no mercado de trabalho, em meados do século XX, essa situação trouxe muitos problemas para a.s profissionais, ...•.:. ' \ -~ . \ ·\ -~ . que precisavam se desdobrar para conseguir cumprir suas funções .... ) -~. :.: ... : ~ ;. nas emp<esas e as tarefas que a sociedade as impelia a realizar. :i''· 1 .,. '1t.' ', Isso ajuda a explicar o maior número de homens nas empre· sas (ap
,u.... --.

1, · :.

r- .

• : --.

-~~~·}11!,'.?Çn. ·. ..... ' ,. . i . \

.

Compor~mento or9<1niza~ion<1I

na em cargos gerencias. Temendo que as mulheres tenham de abandonar o emprego às pressas para cuidar dos filhos, ou saiam de licença-maternidade, muitas organizações preferem profissionais muito capacitadas e experientes para conttatar ou promover funcionários de gênero masculino. Essa é uma realidade que está começando a mudar, o que já pode ser percebido nas Melhores Empresas para se Trabalhar do Guia Você $/A Exame, em que o percentual médio de funcionários homens (62 por cento) e um pouco menor do que a média do mercado. Um exemplo disso é a Serasa Experian, maior empresa de análise e serviços de informações de crédito da América latina. Na companhia, as mulheres representam 51 por cento dos cerca de 2.500 funcionários e ocupam 45 por cento dos cargos gerenciais. De acordo com João Ribas, gerente da Gestão da Cultura Organizacional. "a cultura da Serasa proporciona convivência com a diversidade, relações éticas e respeito mútuo", algo que Élida Monteiro verificou na prática. Funcionária da Serasa desde o fim da faculdade de administração, a gerente de planejamento orçamentário da empresa sentiu grande preocupação quando descobriu que a reunião da qual participava se estenderia por mais tempo do que o planejado. Do encontro participava o presidente da organização, Elcio Annibal de Lucca, o que a deixou desconfortável para abandonar a sala. O problema é que Élida precisava ir à escola do filho, onde ocorreria uma festinha dos alunos. Ela havia planejado sair da empresa no horário do almoço, mas, como a reunião se prorrogaria após a refeição, ela precisaria rever seus planos. Enquanto se dirigiam para o restaurante. Élida comentou com Elcio sobre a festinha do filho. Apesar de considerá-la muito importante para a continuidade da reunião, o presidente não pensou duas vezes e a mandou correr para a escola do menino. Apesar de o caso de Êlida parecer algo pequeno, ele demonstta a preocupação que a Serasa tem com suas funcio· nárias. Graças a isso. a gerente tem liberdade para dar boas condições às suas subordinadas. Daniela Andrade, analista de orçamento da firma, beneficia-se desse fato. Quando estava grávida, contou com a compreensão de sua chefe, Élida. e soube que poderia ascender na Serasa sem abrir mão de bons momentos com seus filhos.'

·-

O gênero sc;xuaJ é apenas u1na das caraçtc1íslir,~L" que as pessoas trazen1 consigo quando pa5s.11n a Í.lzer pane de u,na organização. Neste c,'lpÍlulo, anaJisaren10~ con10 as organi'l.ações b11sc,,rn l\laxi1ni1,;\1' o potencial d1'! 11ma fo,-ça de trabalho di,'C1-sificada. ..l'arnhérn rnosrrate1nos co1no difcrenc;as indi"iduais crn habilidades (co,no a inteligência) e <:aractcristi<:as biogr{,. ficas {co1no a idade e o gênero) afê:t,1111 o d cscn1pcnho e a satisfltçào cios funcionáiios.

l!.liversidade Não sornos todos ig uais. Isso t.~ bastante óbvio, ,nas os gcsto1'Cs ~s vezes se eSl1uccc1n de que ptecisan, l'CC:Onhccél' essas clifc 1'CllÇ~\S e 1i1·a1· pr-ovcito delas para conseguir· o 1nclhor d(' seus funcioná1ios. 1\ gestão eficaz da. divc:rsidad<~au1nc111a o acesso que u1na oritanizaçào tcn1 à rnaior ,i:.ricdaclc possível ele h:'lbilidadcs, con1petências e ideias. Os gestores 1a1nh
Características demográficas da força de trabalho brasileira ,\ 1nuda1lça rnais sig11iíi.cativa na força ele trnbaU)O btasi.leir.-1 duta1ltC a scgul)da 1l\Ctadc do sêculo XX foi o rápido aunlf lltO rao nún1e1'0 de ,nulhcres e,nprcgadas. Nos anos 1970, as n1ulhcrcs rcprc.scn1a,i:.n1, aproxi1nadn n1entc, 30 ~lOr cento da população hrasilcira c:cono1ni· can1cnLc athi:t. Hojt, esse 11l11ncro ro11.da os 45 por cento. Isso leva a un1 cquilíb1io entre os conting1.·ntl'S ele a111bos os s(·xos. t\ crc.:scéntando, o nlltncro ele n1ulhercs que ingrcssan1 nas faculeladt:s é 30>8 po r cento 1naior do que o nún1c1u d e ho111c11s.·1 1\ssi111, podcrnos cspcràr q ue funÇÔ(".s profissionais tt':cuicas e gerenciais seja111 é
Capítulo 2

Diversidade nas o rganizações

39

Da n1cs1na forrna que as mulheres n1uclaran1 o n1crcado de trabalho no fu,al do século

X..'< 1a prirncira 111ctade do século X)(J será n1arcada pela rnudança etária da n1;io de obra, ui-na vez que se ,·c,·ifica u1n cn,·elhcci1ncn10 ela populaç·ão. O g111po de pessoa.,; con1 idade i_.goal ou sur>erior a 65 anos, <1uc n<) ano 2000 corl'<:spondia a cinco por ccn10 da população hr~tSilei,;.,, dever;;l cresc.:er pc,ra 18 por cento até 2050.1 O cnv('Jhccin1cnto da íorça de trabalho tcn1 se 111ostrado consistentcn1cnte con10 l1 nn\ior preocupação dos gerentes de Rl-1. t\ perda de h:lbilidadcs cn1 íunçào da aposentadoria de n1uitos funcion,lrios. os crescentes cus,os n1édicos dcco1·1·cn1.cs de tuna força de u·abalho envelhecida e a nccc$Siclade, IX>I" parte ele rnt1itos funcionários, de cuidar de seus fan1ilia1·es idosos são as.i.uncos no ,01>0 das

preocupações desses proíi.ssionais. 1\ n1aior diversidade da força de trabalho traz irnplic.;-t(Õcs in1portantcs para as práticas adn1ini.st11'tivas. Os acln1inistradorcs prccisan1 n1odificar sua filosofia de tratar todo rnunc:lo de ,nodo igual, reconhecendo as
Níveis de diversidade

Oiversidadé em nível

superficial Oí·ferençás em

ca,octe,ísticas fa,cilmente identificáveis. como idade, gênero, etnia. refigi3o e de!ici-Oncia, que não refletem como as pessoas pensam ou

se $01'ltém, mas pode1'r'I

ativtr certos e$tereôtipos.

Diversidade em nivel

profundo Diferenças de valo,es. personalidades e prefe,ências de trabalho que se tornam progressivamente mais importante por detetminar similaridades ~ medida que as pessoas vão conhecendo umas às outras.

Apesar de anuito já ter sido clito sobre a diversidade en1 clcancntos con10 idade, raça, gênero, cLnia, rclig i,io e deficiência. os cspccialis1as an1al111cntc J'(·conheccn\ q ue 1ais ca rat.Lc.:rí::niC.-'Li clcrnog1~llicas são apenai. a 1'>4)11l..l d() icchcrg.-1 Es1as, (~11'l $ua rnaio1ia, 1-cHcte1n tl diversidade em n_ível, super6cial, não os pc11s,-1mcntos e scnti,nentos., e podci-n lc,·ar os funcionúrios a se r1txcrgarcn1 uns aos outros a1ra,·és de.- t•stercótipos. No en· tanto> as evidências 1nostraran1 cnue, à medida que as pcsso.1s vão se conhecendo, fica,n 111cnos prc<.>cu1)adas co1n a~ diferenças dcn1ogl'áfic,'1s se pcrccbc111 qu(~ possucn1 c,-..tactcris1icas n1ais i,nporta,ues c,n con1u111, co,no personalidade e valon..~s, .lS quais conslilucm a diversidade em níveJ profundo.$ Para co1nprcc.nder essa clifi::rcn(a entre dl\'crs.idaclc c1n nÍ\'cl superficial e cn1 nível profunclo1 considere os scguin1cs cxc1nplos. Alberto e 13c1ânia são colegas qut aparcn1a1n ter pouco e11\ co,nu111 <:n1 u111 p,·i1nci1'0 ,no,ne,uo. t\1bc1'10 l;jo"en1, fOi con1r-:uado re('e11te111entc, fez. pós-graduação crn negócios e c reS(eu c.~111 u111 bait1'0 nobre de São Pa\llO. Betãuia é 111ais vclh.-1, negra, cresceu e rn u1na {u-.::a rural do estado da Bahia e con1eçou sua <:;lrrtir.-1 na c1nprcs.."'l ao ser contratada logo depois de s...'\ir cio ensino 1nédio. E.111 u,n pri1neiro contato, esses dois colegas 1)()(]cn1 <-nfi·cntar algurna.s dificul
,,s

40

Compor~mento or9<1niza~ional

Discriminação Discriminação Reconhecer uma diferença crnro as coi$a$; deixar que nosso comportamento seja influenciado po, e$te,eôtipos sobre grupos de pessoas.

_J

.i\pcsar de a diversidaclt aprcscnlar n1uilas oporluniclaclcs p:1ra as organizações, sua gestão eficaz 1an1bê1n engloba 1rabalha1· para c lin1inar forn1a..~ i1~us1as de diseri.minação. Dis1,.;rir11inar é 1·eco11hccer u,na dHCreuc;a entre t1s coisas, o que 11~0 é ,1cccssari,11ne nte 1nau c1n !ii 1ncs1no. Notar que u111 funcionário é mais qu.tlificado é necessário para se tonu\r tuna clccisào de conlrata(.ào. 1'otàr que o utro fi.1ncion,írio está exercendo tun pape l de liderança cxcepcionaln1c111c bcn1 é algo necessário para se decidir un1a pro1noçào. ~ol'n1alrnente, quando falao1os e,n disc1~nlinaçào, co111uclo. significa deix<11' que nosso co,nportarnento seja iníluenci.=ido por eslcrcótipos sobre grupoJ' de pessoas. Ern vez dt olhar p.tra <:aratlcrísticas individu:1liS1 a discrin1inação i1tiusta prcsun1c que todos en1 dado grupo social scjan1 iguais. Ess...'l disc1·in1inaçiio é fi-cqucn1cnu;111c n1uito danosa
O Q 11ad1'0 2.1 fo,·ní'CC dcfiniçôes e exe1nplos d<:' algunla-S fcn·n1a.s de di:,;c1·in1inaçâo nas Ol'ganiza(õcs. Ernbora n1uitas dessas atitudes sej~H'rl proibidas por lei e. portanto, não l11ça,n parte das políticas oficiais de pratic~uncntc ncnhun1a orgnnizaçào, 1nilharcs de casos de d isc1in1inaçào de funcionários são docu1nc111ados todos os anos, e outros 1.a ntos n1ais acon· 1ccen1 se1n ser denunciados. Con10 a cliscri1ninaçào pasl\ou a ser objc-to 1anlo cio escrutínio da lei quanto de dcsap1·ovaç-ào soci:-ll, suas fo1·11las n1ais 1na11ifCs1as <"'nfraquecern,n. o que pode lér gc..:raclo urn c rcscin1cnto de for rna~11u1.is en<·obcrtas de inci,·ilidadc e t~xclus..i.o.t1 Co1no se pcxlc notar, a discrin1i11ação pode oco1Tcr de vâiias n1anciras e seus efeitos podcnl ser 111uito diversos. .t\ fàrn1a lon1acla 1><>~ ela tende a depender cio contexto orga· ni?.acional e dos pl'cronc<:ito.~ de seus 1ncn1bm:;.. I~ cs1x:cialnlc111c diHcil idcnlificar a origc111 de a lb'\una.s delas, con10 a cxch1sàú e a il'lci,·ilidacl<:. 1)()iS l· i,npos..\Ívcl ol>Jic1'\t;)-las. 1 e <"'las podc1n ocórl"cr si111plcsn1cntc porque seus a utores nào lên1 consc.:iência de !ilias ações. S~ja intencional ou nào, a cliscrin1inaçào J>Odc gerar séiias consequências negativas para os en1· pregadores. as qu.:lis inclucn1 a redução da produtividade e do con11J011ru11<:1uo de cidada ..

Quadro 2.1

Formas de discriminação

Tipo de d iscriminação

Definição

Exemplos

Politicas ou práticas discriminatórias

Atitudes tomadas por representantes da organização que negam oportunidades iguais de desempenho ou oferecem rêeompensas de$iguais. Investidas sexuais não de$ejadas e outras conduta$ fisica$ ou vetbais de natureza sexual, as quais criam um ambiente de trabalho hostil ou ofensivo. Ameaças explicitas ou intimidação dirigid<1s a membros de gn.ipos específicos de funcionários. Piadas sobre estereótipos que vão longe demais.

Os trabalhadores mais velhos podem ser o alvo preferencial de demissão pelo fato de serem mais bem remunerados e possuírem mais benefícios.' Pessoal de vendas de uma empresa que foi a casa$ de srtip-rease usando dinheiro da emp,esa, chamou strippers para comemorar promoções no escritório.ª Funcionários negros em algumas empresas encontraram nós corrediços pendurados em suas estações de trabalho.• Funcionários de origem árabe foram que$tionados no trabalho se carregavam bombas ou se eram membros de alguma organização terrorista. 1º Muitas mulheres na área de finanças afitmam que têeebem tarefas profissionais periféricas ou trabalhos que não oferecem oportt.1nidade de promoção."

As$édio sexual

Intimidação

Gozação e insultos

Exclu$ãO

Incivilidade

Exclusão de détermi,,adas pêS$Oa$ das oportunidades de trabalho. de eventos sociais, de discussões ou de orientação informal; pode não ocorrer intencionalmente. Tratamento desrespeitoso, que inclui comportar-se agres$ivamente. interromper a pessoa ou ignorar suas opiniões.

Advogadas d izem que seus colegas do gênero ma$Culino as interrompem frequentemente ou

não dirigem seus comentários a elas de maneira apropriada. 1t

Capítulo 2

Diversidade nas o rganizações

41

nia. conflitos disfuncionais e au111c:nto de rolaü,~cladc. t\ di.scriininação htiusta tan1bén1 se u1,clu1. cn1 nào contratar candida los <1ualificados a un1 posto ou deixar de pro1novê.. los. t\·lcsn10 que 11111 processo jt1dicial por d iscri,ninaçiio nunca ~ ja instaurado, podc..sc ach"O* gar solida,nentc 1>ela clin1inaçào ela dis.c:rirnin.1çào i1tiusta. Dü:midade é un1 tc1·1no a1nplo 1 e a expressão ,!i,,,fm,i,lde 110 a111bie11/c de /r(lba/lio pode se rcJl·rir a quaisc1ucr ca111ctclistic~ts c1uc tornarn as pessoas diferentes u1nas elas outras. 1\ próxi111a seção clcscrc\'c algu1nas caractl'rísticas crn nÍ\'cl superficial que diícrcncia111 os 1n<'1nhros da íorça d e trabalho.

-

maracterísticas biográficas

Características biográficas Caracteristicas pessoais. tais como idade. gênero e raça que são fa<:ilmente obtidas nos registros pessoais dos funcionários e que são representativas da diversidade em nível superficial.

t\s características biográficas, con10 idade, gênero, raça, dcíiciéncia e tc1n1>0 de ser· viço, s..-i.o algun1as elas 1nancirt,s n1ais ób,~as pelas quaL~ os fi.1ncionátios se distinguc1n. Como 111enciona,nos no capítulo antC"rio1: cs.te livro está esscnciahnentc voltado â descoberta e à análi:.:,c das vari;\vei.s que afctan1 a p1'00rt::1n1('11tos de r id~1da,1i;l e s.,1.isÍ:·lÇ~O dos runcion<í1ios (ver Figul'a 1.4). i\luitos co11ecilos organii..acionais - con10 moliv;.u;ào 1 poder e política, cultura ol'ganizacional - S0S <:0111 ca1-acle1ísticas diíc1-cn1cs.

Idade t\ relaçào entre a idad e e o dcsc::1npenho do funéionário sc11í. prô\'.n'Chnentc. tnn ,u.pec,o de crescente Unponància na próxin1a década por u·ês raz()cs. ,\ prin1cirà é que há un1 consenso ele que o dcscn1pcnho profissional decai co1n o pass.1r do ten1po. 1ndcpcndcntcn1cntc de sei· ou não ve1xladc, o H110 f <~oc 1nuita gente- acredita nisso e age de acordo coo1 c~a crença ..~ segunda 1(1zào é que a ,nào de obra cs,,í. cnvclhcccudo. Espera-se que o nlu11c1'0 de trabalhador~ brasileiros con, 1nais de 60 anos cresça à laxa de 3,6 por cento ao .:ulO nas próxin1:,s duas década$, ao passo que a força de trabalho se n1antcnha constante ao longo cio nlcsn,o perio os :i1>0Sen1;1dos que trabalha\'a1n 1'Cpl'('scn1a\'a1n ~~,3 por cento do tolal da População Econo1nicall1cnlc 1\ tiva (Pl~A), ,nas p1·evê·sc que.\ e1n 201O, esse valor ascenda a 8,2: por cc1HO. Rclacionanclo as duas últiinas r~lZÕCS:. o p,csquis.aclor ~ larcio Pochn1ann afirn1ou o seguinte: ' )\ renda prcvidcnciá,ia é insuficiente para retirar do ,ncrcado qucnt se apoocntou. (...) Con1 is.so, :a aposentadoria pa~sa a ser unt co1nplc1ne1uo, não a íOntc ptincipal de l'enda. Con10 o Btasil cs1:í cnvelh<'CC1ldo, a shuaçào lcndc a piol'.-\r11• 1-1 Qu~1I é a pcr<:cpção sobre os t rabalhadon.:s 1nilÍ.. velhos? Os c1nprcg-.:idor<:s aprcscnta1n scntin1cntos contraclitóiios.u Eles pcrccbcn1 unia série de c1ualidadcs positivas nos t:rabalha· dores 1nais \'Clhos: cspccifican1c ntc a expe riência, o bon1-scnso, un1 ÍC>rrc sentido d e ética e o co1npro1nisso co111 a quaJidad(:. t\1o entanto, eles 1anlbé111 são considerados pouco flexh"t': is e :ivesoos :--i nov.--s tc~cnologias. En'I urn;:l época c:;111 que tis \lrga11i~t1ç(>e.s hu~r;11n indivíduos aclaptú,·cls e abertos •tS n1udanças, essa pcrccpçào negttúva associada à idade é. evidente· n1ente, un1 obstáculo à contratação desses trabalhadores. aun1cntanclo a probabilidade de que eles scjan1 os piin1ciros dc,nitid os cn1 u111 processo de corte de pessoal. ~las c111al é o clCüo que a iclacCc rcaln1cntc 1en1 sob,-e f.1101'Cs con10 produtividade, ahscnlCÍsn,o, rotali,·idadc e salisf:'lção? QuanlO 1nais vc..:lho você fica, n1cnor é :1probabilidt.1dc de que deixe seu c1nprcgo. Essa conclusão tem como base estudos sobrt: a relação emrc idade e rowilidaclt.''' Por exemplo, cn1 Lnn csludo que analisou a ch11·aç.à o no cn1prcgo nos estados do Nordeste, concluiu·sc q ue, de Í.'ltO, quanto 1naiol' a idade, 1naior o 1en1po de duroçào no e1npttgo, independente·

42

Compor~mento or9<1niza~ional

A Pizza Hut e a rede carioca de supermercados Sendas são exemplos de empresas que vêm recrutando pessoas d e mais idade. Dora Santini Tavares, 76 anos, uabalha como atendente da Piua Hut do Shopping Paulista das 12h às 16h e diz que o trabalho a fez voltar "a sentir como há 20 anos". Tal como a Pizza Hut. também a rede de supermercados Sendas adotou a pofítjca de ,ecrvtamento de pessoas mais velhas. Segundo Maria Aparecida Fonseca, diretora executiva de RH da empresa, a ideia teve início quando a rede percebeu que os funcionãrios mais antigos, apesar

de estarem ficando mais velhos, não apres.entavam redução no seu desempenho. Em 2006, cerca de 1,S(X) idosos uaba!havam nos supermercados Sendas e as contratações dessas pessoas não estavam mais inseridas em um programa especial, mas já fa liam pafte do dta a dia da empresa. 11

111cnte ela {u'Ca. 13 é claro c1ue lsso não chega a ser suqJ11..'Cndcnte. Q uando unl trabalhador co1ncça a envelhecer. ele tcnl n1cnos o po11unidadcs d e c111prcgo. Seu n1aior lcn1po d e casa 1an1bé.n1 cos1unu, Ih<~propiciar salários 111ais altos, (Crias 1·c1nuncradas n1ais long:L~ e planos de pcnst10 111ais ruroc,ltcs. 1\lé1n disso 1 é lcnl.:1dor adn1itir que a idt1dt esteja in\'Crsa1ncntc relacionada con1 o ;1bscn1císn10. ,1\. finaJ, se os u,,ba1hadorcs n1~ús velhos té111 menor probabilidade de deixar o c,11prcgo1 não seria natural que quiscssc1n clc1nonstrar ntaior con1pro111ctin1cn101 co111· p;i1'C<;c;:nclo ao tl'ahalho con1 nlaior regularidade? Não ncccssarian,cnle! ~·luilo~ estudos n,ostl'a1n cxalarnc1He o co11ltário, poré,n , unl cxan1e 1nais cuidadoso revela q ue~, 1-ehlçào enlrc idade e absentcís,no ('!ilá ,nuito ligada ao fato de a auS.Cncia ser evitü,-cl o u inevit.c'tvcl. 1'' En1 geral, os trabalhadores n1ais \'Clhos aprcscntan1 índices n1cnorcs de faltas evitáveis do que os n1ais jovens. (:onLuclo, qua ndo a là ha é inc;"itá\'cl1 o abscntcístno dos n1a.is velhos é 1naio,; pro"ª"<."hnen1e <:111 ,·irlude 0i.s con1pa1'0u o 1-esul1-a.do dC$.S(\ filial con1 os das out1,,s cinco l
Gênero Poucos temas suscitam mais debates, 1>rcconccitos e OJ>iniões sem embasamelllo do <') uc a que~af,o a respeito de ~1s sion;,I q ue os ho1ntns.

n,unhcres tcrcnl, ou nf10J o n1cs,no dcsc1npcnho proíis-

Capítulo 2

Diversidade nas organizações

43

As mulhefes repíesentam cefca de 80% da mão de obra da empresa de refeições c;oletivas Nutrin. De acordo com a diretora de Recursos Humanos da Nutfin. Silvia Conti, "a Mulher é mais atenta, prática, criativa e tem peícepção bastante aguçada, o que facilita o entendimento e o entrosamento". Cada um dos mais de 300 restaurantes da empresa conta com uma nutricionista. que administra e treina os funcionários da rede. N esse sentido, a preocupação feminina com os detalhes cumpre um papel fundamen tal como, por exemplo, no respeito aos horários das refeições.is

O JX>nto de pa.l'tida 1nais r.-1:1.oável para se co,ncçar a l'cílclir sobre i~o é ad1njli1· <1uc h~\ po ucas se é c1uc exislc1n dilCrcnças i111porta11tcs entre ltorncns é" 1nulhc.TCs tap~es de afetar seu dcsen1pcnho no Uerviso1';1.~.~03 U1n as1>eclo que rra11nc111e par<:cc.~ ser d if(:rcn1c entre os sexos, e.speciahncntc quando o íuncio11/irio lCl'll filhos pequenos, é :i preferC,1c-ia po l" horários diferenciados de trab~1lho. 1\s 1nàcs que tr41balha1n costun1~u11 preferir c1nprcgos de 111cio j>erioclo. horários 1nais íltxívcis e Lrabalho rcn1oto para poder concilia r suas responsabilidades fa111iliarcs. Elas tan1bé1n prcfcl'cn1 c1nprcgos que cncorajcn1 o balancca1nc1110 c1ure a vida Í.'ln1iliar e profissional, o que li1niut suas op~ôcs: pai",,\ o d csc11,·oh~1ncn10 da cal'í'Cil"a. E o que dizer sobre.: o (1bsc1ncí's1t10 e a 1-0lalividadc? 1\ s 111u1hcrcs iCrn 111en<>s csl.:~ bilidadc no tr.,balho que os ho111cns? ,"\s c......1iclCncias de urn estudo !Cito con1 ;,proxhnada111ente 500 111il fu ncion;\1ios apontou difêrcnças significativ.tS, con1 u1na tendência n1aior d e 1"0tati,~dadc c111rc as 111ulhcrcs...19 Elas lc)1ls.,.1bi~dadc.·s sobre a Íc'lnúlia e o lar r«a<:1n sobre os ornbros das n1ull1crcs. Qt1ando um filho cst4Í doente ou àltruén1 prcci&:'1 fitar c,n casa para receber o cnc:u1ado1~é a 111ulhcr qu<:111 costuma Íc'l.ltar ao tr.\balho para cuidar disso. ·1an1bén1 no Brasil essa relação se vcriíic~1 e as explicações dcvcrn·sc precis.1111çn1c à.~ n1csn1as 1-azõcs.31 Contudo, es.'>apcl hisló1i co da 111ulhct 111uclou 1'a.dical1nenlc na geração passada. O.s ho1ne11s csti10 cada vc4 1·nais assurnjudo a rcspons.1bilidad e pela criac;,10 dos filhos <: u1n nú1ncro cada vez 111,üor dclt.·s rclara ter tun conílito e ntre rcsponsabilídadc do,nC-stica e vida profissional." Un1 rcs,1ltaclo interessante de unia pesquisa fOi que ()s pai~ inclcr><:nclc11tc· 1ncnte cio gênero, livernn1 u1na avaliação inf(rior no CJLIC lange a co1npron1c1i111en10 profi.s. ~ional, delct,ninaçiio e confiabilicl:tde e,n co111paração co111 os i11divíduos que não lê1n filhos, 111as as n1àc.~ 1ivera1n un1a av;iliaçào especialn1ente baixa no qoC'si10 co1npC'1ência.'"'

Raça e etnia t\

raça é uma qurni,o que gera con1ro,·frsias. t\ maioiia da; prs,oas nos Gsrndos Uni·

dos se identifica con1 u111 grur>0 r.acial. Ern contraste, cn1 aJguns países, con10 o Brasil, as pessoas tC111 rncnor tendência ele se vercnt co1no parle d e u111 grupo r-ac iaJ clistinlo.

44

Compor~ mento or9<1niza~ional

COMPORTAMENTO ORGANIZACIONAL NA MÍDIA M ulheres e o direit o à licença-mat ernidade m agosto de 2008, a Câmara dos Deputados aprovou um projeto de lei que dá o direito às empresas de estenderem a licença-maternidade de 120 para 180 dias, concedendo às aderentes benefícios fiscais e o certificado de 'empresa amiga da criança'. Essa medida conciliaria a lei brasileira à recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) de que as mães devem amamentar seus filhos por, no mínimo, seis meses. Tal proposta depende agora da sanção do presidente da República para ser posta em prática a partir de 2010. Na prática, para as administradoras, entretanto, a situação apresenta-se de maneira diferente. Nas empresas brasileiras, são raras as executivas que se permitem ficar quatro meses em casa cuidando dos recém-nascidos. Segundo especialistas, em algumas vezes, elas retornam até 45 d ias antes do previsto. Os principais motivos são a dependência e a ligação com o trabalho, o temor de que esse período de afastamento

E

as deixe 'fora de ritmo' e o medo de que a ausência retarde sua ascensão profissional. Além disso, de acordo com consultores, a nova lei 'pode tomar as mulheres mais vulneráveis', fazendo que elas sejam preteridas por homens em processos de seleção. É por essas razões que o mais importante não é apenas avmentar o período de licença, mas sim dar direitos de escolha e autonomia às mulheres nas organizações. Tem-se observado nas empresas que horários flexíveis, re· serva de espaços para os bebês e acompanhantes, dentre outras medidas, são soluções mais bem-vistas do que a simples extensão do período de afastamento das mães. Dessa maneira, ambos os lados podem sair ganhando. As mães garantem os cuidados aos filhos, a amamentação, o carinho e a proximidade de que ne· cessitam, enquanto as empresas mantêm profissionais importantes no trabalho, impedindo a queda de produtividade, e garantem a satisfação e o comprometimento de suas colaboradoras.

Font•s: Ncvz& Sanches oom ,~gem de AI\& t.oizo Hettog. "Menos üecnç.1. mais Uberdode". RcVl$ta Ex.3me. &d. 863. ano 40, n, S. 15 ma,. 2006, p. 76-77: e Denise M&dve-i\o, "'Omar& aprova !i~ença,mat~rl"lid~ opc:ion.&I de seis meses", EstadJ<>On-line. 13 ago. 2008.

O lnsliluto Brasileiro de Geograria <: Estatística (IUG[~) classifira os indivíduos d t~ acord o co1n cinco ca1rgo1ia.s 1';lciai~: brar1cos, negtos, índios, a,narclos (asiá1icos) e pal'd os (J>essoai. q ue se d<'clar:un 1nc-s1iças de 11cg1'0 COl'l'I \11'11a pt.'SSOíl de ou1ra raça no fundo, 1:x:ss.oas que se cons.idcram não brancas, 111as que uunbé111 não se consideral'n ncgr..tS. a,narclas ou in· d igcnas). Defini rc1nos raça neste livro con10 a herança biológica que as pessoas usa1n para identificar tunas às o utras.Já a etnia é un, grupo adicional de carac1eris1i('as cuhu rai~ que 111ui1as \'C'l.<:"$ se j us1apõc ú !'aça. Essa definição p<'rnlilc c1ue cada ind i\'íduo d cíina a própria raça ou cll'lii,. O golfista ' f igcr \ Vood s, po r (;xcn1plo, rccusa·se a $<: clasSiíic:·H· corno pcr1cn· ccntc a u1na única categoria racial. cnfi,tizando suas raízc-s 1nuhiétnic.as. O con1por1an1cnto organizacional tc111 estudado bas1antc os tcn\as d a raça e d a etnia 110 se refere às q uestões de con1ra1açào1 avaliação d e d csc111pcnho, 1'Cn1unc1-açào e discrin1i· nHçtio no a111bicn1c dr trabalho. 1\ ,naiol'ia elas pe$quis.1.s $é concen1 ra na$. difcrenço:\S ele resultados e atitudes c11trc brancos e 11<.-gros. sendo escasso o estudo de questões relcva111cs às populações asi;íticas e indí&rcna.s. Fazer j ustiça a tudo o que se refere a css.;.\ pesquisa não é possível. então va1nos rcsun1ir aJ~'llllS po ntos. Prllnciro, cnl situações de u·aba.lho, os indivíduos 1cndtnl a fri.,·orcccr colegas da p1"Ó· pria l'.tça na~ 0:1.,·aliaçúes d e d csc1npenho, prornoções e au1nentos d e sah'il'io.» Os cfci1os desse fi,,·ortcirncnto sào consistentes., poré111 pequenos. Segundo, cxistcn1 granclc-.s diferen· c;as nas tltitudcs cn1 relação a ações a íir1nativas. sendo c1ue os afi·odcsocndcnl<:S aprovanl as cotas para acesso às universid ades e o utros progran1as crn ,naior g rau c1uc os brancos.:.16 ~JCrC<'iro, \'Crifica·se u1na enorn1e dispal'idade en11·e negros e b1·ancos na inserção no rnercado de trabalho brasileiro. .De acordo co n1 1.11n~, pesquisa realizada pe lo IUGf., esse fcnô,11cno acontece canto pelo baixo grau d e escolarid ade con10 pc::lo hist61ico d e exclusão da raça

11cgni. Ci1ando o coordenador d<1 pt'l!quisa, C:imar 1\2cm lo, "O pass:11>orw llllr:, o mercado d e trabalho está na ed ucação, na q ualificação. na especialização. Se esse passaporte não

Capítulo 2

Diversidade nas o rganizações

45

ENQUETE COMPORTAMENTAL Lugar no topo Porcentagem de mulheres em posições gerenciais de empresas da Fortune 500 (preto) e na força de trabalho (cinza)

Membros do conselho

Executiva$

Gerência

FO<ça
Fonte: Baseado em: ..A Oead End for Women", Worldorce Managernen1, 22 jun. ~ . p. 16; e US 8u1eau of labor Statistics. Disponível em: <www.bls.gov/cps/cpsaat9.pdf>.

1en1 tnna c hancela boa, essa inserç;io não se dá''. 1\lé1n das roncratações, La1nbén1 exis· lcn1 dife1·cnças no que diz l"Cspci10 às 1·cn1unctaçõc.~. Segundo dados do n1csn10 estodoi no Brasil 1 os profissionais negros e pai-dos ga1)ha1n, c1n rn(:dia) 5 11 I por cento do rcndi,ncnto dos hrancos, o u scjai praticarncntc 111cnos da 1nctadc cios ganhos deste g rupo/º O 111aior dilcn1a enfrentado pelos c n1pregadorcs que ulili;,"'1.111 1cs1cs de habilidade 111cntal para seleção, pro,noção, crcina1ncn10 e dccis:õc-.s si1nilarcs é a preocupação de que causal'ian1 u,11 i,npacto ncga1ivo ,:,ure as ,ninoria.s r;\('k1is e: t'.;111ic·;\~.311 No rn1an101 as evidências e,npíricas sugcrcn1 que ".cipcsar d.ti. djfcrc nças no cl('..sc111pcnho 111édio obtido 11os lcs1cs c nlrc lais g rupos, h;í poucas provas con,~nccntcs ele c1uc o clcsc1npcnho ac-adê1nico, nos trcinan1cn1os e na realização ele tarcf.-.s dos indivíduos dos scg,ncntos nutjoritários scní superior ao das n1inorias''.:N 1\ clilê;1·cnça observada crn pon1u
de i1ncligênci::t (Ql) enu·(; gru1>0.s êlnicos e 1-aciais di$tintos é 111c11or nas
Portadores de deficiências Com a aprovação ela t .ci 11• 8.213/ 199 1 ele rcse""' de co,as para pessoas ponadora., ele

deficiência, a 1·ep1·esentação dos
ati,~dadc.~ cxetcidas pelo s,'r humano. Dcnu'C os exemplos cs1ào a falta de um membro, com~ilsõcs, Sí11clro1nc ele J)o\, 11, surde-~ csqLtizoíi'Cni,1, alcoolisrno, diabete e lo1nbalbii•1crônica. Ess.:t.s condições pnuicaincntc não possu.cn1 Lrnços cornuns) portanlo, não h;í gcncraliz..1.çfto sobre 1

Compor~mento or9<1niza~ion<1I

quanto cada unl desses problcnl~ts se relaciona co111 a c1nprcgabiliclaclc. J-\ lgu1nas funções, ob,~e1·,u· 1nenos dos deficit~11tes e existe ,nenor probabilicla(le de eles scrern co111ra1ados. ' 2 F'..sses pontos negalivos são n1uito 1nais forles \'JY1 se ll"àt<.ln<"lnicip.-ln1cs que 1"CCl'bcra1n cunículos idê1uicos1 excclo 1x1r wna n1cnç,l.o a algu1na clcfsciência. Os cunículos que 111cnli011a,·:11n algu111a ckx:nça 1nc11lal ou deficiência fis.ica for.un associados a unia cla~ificaç..io 1nu.ito n1ais baixa de percepção de c111prc.. gabilidaclc, cn1 csp<.-cial para as funções que cxigiant contato intenso con1 o público. 14 As classifi.. caçõc:s de c1nprcgnhilicladc J:>.'u-a os po1"Cadorcs de clc,cnyt.S 111c111ai~ for,un pa11:icula1,11cn1c baixas. l>c11 nl<."Sn1a fê)rn1(1, quilndo 1t,"Cebianl docun1tnlos acadên'IÍ<.'O.~ n1;;u1ipulados alc,uo1ia1nc1nc, algutlS c.-stuclant<.'s prcfc1ilnl não u,tball1::11.r COJn inclh1cluos que possufrun dcfk;ências .. de aprc11du..agcn1~ n1<."Sn10 que tais deficiências não <Úc1asscnl as a,;_t.liaÇÕ<..-s ou c.,i:x_-ctativas de dL.'SCmpcnho. 1' En, 00111pat..l\'ÍiO cont esses rcsul1aclos de sclcç.,:'lo, L'Studos <1u(· foca1n as rcalii.açõcs dos JX>l'tadores de dc.·fiçi;:ncia 1nui1as vc:,.es 1\:l.tta1n <1ue estas sào .1,11.lic"tdas c-01110 1nais irnpn:ssionai1leS que rcali?..ac;õc::s iguais a.lca11çadas por pc.'SS<>as que 11i10 1>0ssucn1 deficiências. Por c.x<·1nplo, pa11ilip:u1lCS cnl un1a pesquisa assistir:a1n a u'ês JX.·ssoas f;.v..cndo tun lrabalho de ca11>inta1i:1, e foi dito que urna delas h:1.via sido hospilalizada re<:cna·1ncnle cn1 função d e u1na cnfcrrnidaclc 111enlal <1uc a dcbili1a,·a. '"' As a\'aliaçõcs roran, oonsi$"lCntcn1cntt n1ais ahas para o descn1penho daq\1cla pessoa. i\esse ca.,;o. (>ode sei· (11.1c os 1:>01iado1'Cs ele dcficiê11cia esti,'Cssc111 sc11do considerados pertencentes a tun grupo que 1>1'Ccisava de uma ajuda cspccia.l. l"guahncrne, quando o slalu.s de clclic.ic}ncia é rnanipulndo de 111ancira alc:.tt61ia cnLrc candi são consideradas sup<~1io1'(:s. 1;

Outras características biográficas: estabilidade no emprego, religião e orientação sexual O l1ltinlo co.-Uunto de caractciístic;ts biográficas que ana.lisarcmos é fOrn1ado por esta.. hilicladc no cn1prc:go, religião e oric111açào sexual.

Estabilidade no emprego C-ont cxcçç;'io das diferenças c11trc os géncros1 não cxislc outro tenta n,ais sujeito a preconcci1os e cspcculaçõc.~ do que a. influência do tcn1po ele casa de ,,nt íuncioná1·io sobr<" SCll dese,np,cnho. .Já rora,n reitas diversas análises sobt"C a 1·ch,ção e,u re lt1npo de sel'\'iço e produ1ivi<1,1de. ~ Se dcíinir,nos o tcrnpo de se,,·i(o con10 o ,c,npo de per,nanência cn, u1n n1cs,no cn1prcgo, então as cvidCncins 111ais recernes inclícan1 unia rcla~-ào positiva entre esse tcn1po e o desctnpcnho. Portanto~ a estabilidadc 1 entendida co1no experiência no e1nprego, parece ser un1a boa indicadol'a ela produtividade do funrionário. As pesquisas sobre a relação c1\t1't a estabilidade no 1·1np1'Cgo e o ahscntcís,no são conclusiva..'i. Os c-.studos n1oscra1n, consislc11te111cntc. c1uc IH'i urna relação invcn;a c.~nlrc a antiguidade e o abscntcís.1110. •·• Na ,·catladc, tanto co1n relação à frequência de fitltas quanto ao total de dias não trabalhados, a estabilidade no c1nprcgo ê a única \'a1iá\'cl explicativa rcalntl'ntr intp-0r1.ln1c.xi 1\ tsr~)bilidadc é ta1nbé1n l11na ,1niá,-cl runda,nental para txplitar ::1 1'0ta1ividadc. Qua1110 1nais lCrnpo tnna pessoa fica cn, un, c,nprcgo. n1cnor a probt1bilidadc de ela se d ernitir.>1

Capítulo 2

Diversidade nas o rganizações

47

Na filial b
uabalham hã, pelo menos, dez anos na empresa. Para a ~!ta eúpvla da empresa, isso se explica pela elevada satisfação dos trabalhado,es com o trabalho que realizam.2

,\ \ VEC, c111prtsa ll1bric~unc ele n1olOrcs cléui cos, sediada cn1Jaraguá d o Su) 1 estado de Santa Catarina, cxcn1plifica a relação entre as duas vari;\vcis.. 1~111 2003, a ,nédia de pcrn1anC:nc-ia na e1npn::s.l ronda,~ o:, oito a nos, sendo a taxa de rota ti\~dade n1cnsal de O,·l 1 rel="nofollow">0t cento. E,n 2008, essa r>errn,1nCncia di1ni1)uiu pa1':) apro:,.:in1adan1ente sci,.s a11os, tendo sido acorr1panl1ada pela ahcrac;ào da utxa de ro tatividad e 1r1c1is.:1J~ <1uc a un,cntou p:.ra 1,2 por cento.''' Pon.anto, sendo coerente c:01n a pesquisa que sugea'C que o con1portan1cnto passado é o n1clhor instrun1ento para se pl'ever o con1por1a1neruo fi.1nu'O;" as evidências indiv"ln1 que a estabilidade de un) íuncioJ)ário en1 u,n c1nprcgo antctior {; u,na exccleruc p11•visào de sua rota úvidadc Í\1H.1ta." r\.s evidências dc1no11stram a~nda que a cs1abi.l idade e a satisf.:1.c;l10 estão 1>0siti,·;;10H.'lllC rclacionad as.-Y> Na verdade~ c1uanclo idade c ronológica e a ntiguidad e no <'rnprcgo são U<.tla· da.
prego rnai$ consistente e esaávcl qoc a idadc. Religião O s p roblc111as e nvolvendo o tc111a religião não se rcsun1cn1 a discussões e ntre fiéis e a te us. Pessoas de diferentes crenças tan1bén1 cntran1 c n1 conflito írcqucntc 111cntc. Co1110 dc1nonstrado pela gucrl'a n o lraqu<: e pelos: cn1ha1cs <.)corridos na Irlanda do Norte, conllitos ,·iolc1110:, poden, surgir até cntn.· d ifi::rc1'llCS c'orrc111<..•s de litna 1nc.-r.n K1 n,•ligí~o. 1\ Co11stituiçào f'edcral Brasileira, crn seu artigo 5~, proilx: a di.Sérin1i11açào por n1oti,·o de c ren~a e rcli& riào. No e ntanto, isso não sig nifica que -0 tc1na nàô seja u1na q uestão irnpo r· tan1c a ser cons iderada pelos gestores. A l'eligiâo não é urna das principais l()n1es de prohle1na.~ interpessoais nas en1pres.-1.'i 1)1,"asileiras, visto que 11osso país nào apt"Cscnta gra\'es conflitos r-eli..giosos.. Enu-euuuo. existc111 al.gun1rls divcrg(·ntias sérias entre as clifcrcntt.s crenças prorC!is.-'"l.d;:LS pclo.s brasileiros. t\s p1i11cipais rcJigiõc:s do país sào o catolicis1110. o protcstantisn101 o cspiiitisn10 e as crenças afiobrasilcirns; sendo que, a lgu111as vcz<.'S) seus seguidores e fiéis agcn1 ele 1nancira i1nolcrante. Atuahnente, os principais aios de d isc1~n1inação religiosa que oco1·1·e111 no país cn· volvc11l cvangélicos que e ntra,n c 1)1 conflito con1 fil-is das religiões :ifro·b..asileiras e co,n católicos. No piirnciro caso, os pt'ób1ern;tS Cll\'Ol\'('rl'I as pr,-l1ica.s e <:ren(as 111uito diferentes de a n1hos os grupos. ao passo que no segundo caso o conílito é n1ais fOc.ado no cullo às i1nage11s praticado pelos católicosi visto corno errado pelos evangélico~. Este últi1no g rupo religioso, entretanto, Htn1bfn1 ê víti,na de p ,-cconccitos, prinripaln,eruc c.111 função de suai; opiniô('S rnais rigo1Ytsas <:on1 rclaçr10.,, 1c..~ 1nas do co~idia110.l1 ,\ pcs.:'\r ele não .se confib11ralj hoje~ co1110 tuna elas piincipais fonlt'S de conflitos nas o rganizações brasileiras, os gestores prccis.:1111 ter cuidado conl o tc1na religião. 1-\.s gen~ c ralizaçõcs e prcconec::üos costun1a111 conduzir os indivíduos a erros de julgan,cnco. e a in1olc1'ância 1>0<:lc c1'iar sérios prol:>lcn1as no a ,n bic-ntc da.~ c111prc;sas. 1

1

Orientação sexual Os c1npregadorcs se
na comraiação, cxcrdcio ele fonçõcs e polí1ica dr 1"tmuncrnção 1>0r mo1i\'O de 01ic111a\:ão sexual. ~·luitos crnprcgad orcs> no cruanlo, ignora111 isso pra1ica.ndo unia po1í1ica d o tipo 'não,~, não sei'. 1\Jguns não c1nprcgan1 hon1osscxuais.. n1as u111 nlnncro c r<.·sccntc de

Compor~mento or9<1niza~ion<1I

A Unilever íoi eleita a melhor empresa para se trabalhar no quesito diversidade. Mantendo cinco por cento de portadores de deficiõncia em sua força de trabalho e tendo programas formais de incentivo à diversidade social, racial e de género. a organização obteve uma das maiores notas no 1ndice de Felicidade no Trabalho.SI

crnp1'egadores está i111ple,ncntando polhicas e pt~í1icas de proteção aos direitos dos ho111ossexuais no an1hie,ue de 11-abalho. \ ;eja o exfn1plo do Banco Real. A instituição financeira Jigada ao hanco holandê:-s ABi\ An11'0 e reçcn1en1c111c adqt1i1icla pelo grupo espanhol Santander possui u1na Política Global de Diversidade e l nclusào 1 que reúne as pr::ític..1.s referentes aos funcionários ho111osscxuai.s. Na empresa) tanto os tra.b;,lhaclorcs quanto seus c::ornpanhcíros tCn1 dircilo a todos os bc1u.:íicios o ferecidos pelo h,11,co1 con10 prcvidCncia pri\'ada, assislC:: 1,~ia rnédica e seguro de vicia. t\ organizaçào possui ainda tnn c.:1.nal d<· col'n\11,icaçào para <1~1c os funcionários ttitenl dúvidas 1·efcr"CnlCS ài. suas condutas e dcnuncic1n c,-e1\tuais ('asos de p1'C('On<'eilo e disc-rin1in~çào. O Banco Real não está sozinho. Ouu-as empresas brasileiras 1an1bén1 ofCrcce1n hcneíicios a casais hon1osscxuais. l~nu-e a.~ organizações que o làzcrn cs1ào a 18~,l i a fhb1icant<' Zanzini ~·lóv<·is, o L.,bor:uóiio 1\pscn) a Scrasa l~xperian e a Chc1ntcch. Isso não significa, porên1) que todos os c1nprega.dor('S cs.-làô na n1cs1na situação. ~·luilas c.rnprcs..,s não ofcrcce1n «::&;as condiçõc::s ,,os c,nprcgados hon,.ossc~uais e a seus con,panhciros.. Entre ess.-tS empresas C::Slão o ~ ra~zinc l .uiza, a Pro n,on e a Coca-Cúl:'I Brasil que, apcsat de t<·1x:rn 1>0lítica.s con11-árias a qualcl'..iet tipo de discri1nina~:rlo, alega1n oão te1· recebido <1ualquer solicila(fto de urn fi1ncionário assl1nticla1nrn1c ho1nossexual e, 1>0r essa ra1.ào, não ofe1'Ccen11ais b<"ncficios.S') De acordo corn ,nn a pesquisa, apenas 38 por ccnlo cios 1rahalhadorcs brasil<"iros afir111aran1 que as crnprcsas onde 1rahalhan1 ofCr('cen1 hcncíic-ios sc111clhanlcs para hon10 t' heterossexuais. Dentre os pa11icipanlcs, 36 por cento di.sscnun ha,·cr discrin1inaçào na con· cessão dos b<:ncficios e outros 20 po .. cento disscra1n não sab<:r da cxistCncia dessas politi, esse respeito. cas, ,~sto que as crnpresas c111 que trabalhan, não divulga1n ir1fo1·,n,,çõcs ,_ Ouu'O proble1na evidenciado pela pesquisa é que alguns hon1ossexuais lcrne111 assu,nir suas oric111aç-ões. e i
~

bilidade Até o 11101ncn10 abol'dan1os frHo i--es que\ por si sós, não aprc.o,cn1an1 grande possibilidade

de se rclc,cionar dircta1ncntc co1n o dc.:sé1npc11ho profissional. 1\gor.a nos dcbn1~:arcn1os sobre as habilidades c1n nh1.·I profundo qul' Wào inlin1amcntc relacionadas a ele..\ o contrürio do que nos disscran1 na escola. nfio son1os tcxlos i!,ruais. f\ n1aioria de nós cst.í à esquerda ou à d ircit:1 da 1ncdia11a c::1n algu111a ctu,,a ele dis1ribuiçào norn1al de lu1hiliclaclcs. Por 111ais n1oti-

vado que seja, é p<>uco prová\'el c1uc \'OC:ê poos.-i aluar- tão bc,11 quanlo ~ê"-rnanda ~,lo1ue11cg1'0, jogar f\ltcbol co1no RonaJdinho. e:;çrevcr ui.o bc1n quanto Paulo (:oc.·Ulo ou conlar pi:-tda.s co1110 Chico Anysio. O bviarncnte. o fi.\lO de não scrrnos: 1odos iguais não significa que alguns 5<.:jan1 i11fc1iorcs. 'lOclos nós ternos pontos 101il'S e pontos fracos que podcn1 lorn;-1r algué111 n1clhor ou pior que os oun'Os na rcali,-.açào de cenas taref.,s ou a1jvidacles. J)o ponto ele vista

Capítulo 2

Habilidade Capaodade individual de d&Sempenhar as drve,s.as tacefas de vma, fvnção.

Diversidade nas organizações

49

da aclr11inistraç;lo, n;lo in1pó1ta se as pcsso.1s tC111 habilidadl.'S diferentes. Elas rcaln1cntc s..i.o diferentes! ;.\ cha\'e é usar esse con hcci1ncn10 elas diferenças para aun1c::n1ar a chance de un1 funcionário clcscn1pcnhar suas ft111<;õcs profissionais ele n1odo s,uisf.-ttório. O que significa habilidade? Da n1ancira conto utiliz~1rc1nos o 1crn101 habilidade refere-se à capacidade de lUn indivíduo para clcsc1npenhar as diversas tarcfà.s de tuna função. É unta avaliação geral de tudo ô que un, indivíduo pode f'hzcr) co1no jogar futebol. toc~u· piano1 d~-u1çar1 fh.lar crn público e íhzer cálculos n1atcm;:'lticos. J\s habilidades totais de urn,-1 J>CSSóá norn1ahnentc são for,nadas por dois grupos de fatores: as habilid,;ldes intelcctu,lis e .-.s fisicas.

Habilidades intelectuais Habilidades intolectvais Capacidade para desempenhar atividades mentais. tais oomo cefletir, raciocinar e resotver problemas.

_J

Habilidade mental geral Fator geral de inteligõnc:ia ceconhe<:ido pelos pe$qvi$adores por causa das correlações entre as sete dimen.sões da habilidiide intelec:tval.

Quadro 2.2

1\s habilidades intelectuais são aquelas ncccss
daclc-s. ,nentais. corno pensai; raciocina1· e r(:!;<>lvet p1-oble111as. Na ,naio1~a da.s sociedades dá-se u,n valor aho à in1cligência 1 e 1)0r u111a hoa raião. t\ s pc:ssoas intcligcint.·s gctaln,cnle ganhan1 rnais dinheiro e oh1ê1n nh,1cis de IOrn1ação 1nais ahos. São tan1bén1 as que tên1 111ais possibilidades de se tornarcn, lideres de gnlpos. Os 1cstcs de QL, por cxc1nplo, foránt claboltl· dos para ,ncdir essa capacidade. Con1 o n1cs1no objetivo, fora111 descn\·olvidos os testes de .1dmi&;àô de colégios, tais co1no a.s provas para as Estolas Prcparató1ia.s dos Oficiais das Forçc,.s 1\rn1adas (1\FJ-\ , C)J, EE1\R1 EPC1\ r e EsPCEx) e tcslcs acadêrnicos de ach,1is.são cn1 univcrsid.-idcs, con,o o Enc,n e os vcstibuhltcs. 1\s cnlprcsas que rcHlizarn c5-SCS lestes nào afirn1;.-in1 qur eles avali,un a in1elig(·ncia, 1nas os cspf·rialis1as salxrn que elas os fal(;n1!'11\s stlC din1cnsô<·s n,ais ci1ndas das hahilidaclcs intclcc1uais são .-.. aptidão n111nérica, a con1pn:t:nsào verbal, a rapidez pcrccptual, o raciocínio indLni,'01 o raciocínio dedutivo, a visualização espacial e a 111c111óiia.62 O Quadro 2.2 dtscrcvc essas din1cnsõcs. ;.\s din1cnsõcs da inteligência estão rclationada.s posillvan1cntc. de modo c1uc. se \·ocê obti\·cr pontuação alta c1n co1nprec11siio ,·erbal. por cxc1nplo, será ,nais prová\·el que obtenha 111ai.s pontos cn, vl$ualiiaç,1o espacial. 1\s correlações n:io ~{10 perfeitas, o que significa que as pessoas de fato tê1n hahilíd;,1dcs cs1x:cífic.-1.S. No en1anto, as corrc.l~)ÇÔCS en1rc as sete d i1nc:nsõcs são g randc.11 o suficiente pata que os pcsquisaclo1~s 1·cconh<.--çan1 un, fruor gel'al de i1ucligi:ncia fhan1ado habilidade mental geral. r\ s diversas funções profissionais dc1nandan1 clifc1·cntcs habilidades intclccll1ais de qucrn as executa. De 111ancira gcra.l, quanto n1ais con1plcxo un1 scn~ço c1n dcrnancla de pro· ccssan1crno de infOrnnl\:ÕC-.s, n1aior a 11cé.cssidadc de h;tbilidadcs vc.'rbais e d e inteligência

Dimensões da habilidade intelectual

Dimensão

Descrição

Exemplo funcional

Aptidão numéric.a

Habilidade para fazer cálculos aritméticos rápidos e precisos.

Contador: calcular o imposto sobre vendas de uma série de itens.

Compreensão verbal

Habilidade para entender o que é lido ou oovido e como é a relação entte as palavras. Habilidade pa(a identificar semelhanças e diferenças visuais dê maneira rápid.) e precisa.

Gerente de fábrica: seguir as políticas da organização para contratação de pessoal. lnve-stigador de incêndios: identificar pistas de um incêndio criminoso.

Raciocinio indutivo

Habilidade pa(a identificar uma sequência lógica em um problema e, em seguida, resolvê-lo.

Pesquisado, de mercado: íazer a previsão da demanda de um p
Raciocinio dedutivo

Habilidade para vsar a lógica e avaliar as implicações de vm argumento.

SupeNisor: escolher entre duas sugestões feitas por funcionários.

Visualização espacial

Habilidade para imaginar como vm objeto fica ria se sua posiç$o no espaço fosse modificada.

Decorador de interiores: remodelar um escritório.

Memória

Habilidade para reter e evocar expe,iências

Vendedor: lembrar o nome dos clientes.

Rapidez perceptual

passadas.

SO

Compor~mento or9<1niza~ional

MITO OU CIÊNCIA? '

Os homens são melhores em ciências e matemática que as mulheres ssa afirmação é falsa, mas parcialmente verdadeira também. A resposta não pode ser totalmente direta, pois ser 'bom em ciências' engloba vários tipos de habilidades." No entanto, a dife<ença consistente entre a quantidade de homens e mulheres que se formam em alguns campos de matemática, ciências e engenharia não pode ser negada. Por exemplo, nos Estados Unidos, ape· sar de serem quase metade da força de trabalho do pais, elas são apenas um quarto das nsicas e engenheiras." Algumas explicações possíveis foram dadas para esse fenômeno. Muitos focam em fatores sociológicos, como a falta de professoras e mulhe<es que sirvam de exemplo nessa área, e na tendência de os professores tere
E

uma pontuação significativamente mais alta em habilidades mate
cn1 gera l pa1'a que ele seja rcalir.ado con, succsso.6; E1n algu,nas funçõc·s

nas quais o

co1nporta1ncnto do funcion;írio é 1nuilo rotineiro e existe po uca ou ncnhun1a oportunidade para que ele se destaque - tnn Ql alto pode não ter rclac;ào co111 o dcscn1pcnho. 1':o cn· t~uto~isso não significa que u1n alto Q). não p0$sa causar u1n irnpacto em trab;tlhos que são

tl"adicio11al1ncntc n1cnos co,nplexos. \ 'oci: pode se stn1>1'Ce11dcr ao saber que o teste de intt:l.igl·ncia ,nais uüli~1do na,; decisões sob,x: contral{1çào du,-a son,e,uc 12 n1 inutos. É o l lfJ11dttlic pt,'S01111rl ttsl Ele é oo,nposto de difc1"<;1nc.,; forn1ulá1ios co1n 50 c1ucs1Õl~s cacla. 1\qui \'àOalguns exernplos ele 1x rgunta,: nele contidos: Se as tordas ~lo \'cndidas a RS O, 1Oo mcu-0 1 quan tos n1ctr0s vo<.·ê poderá con1pra r por R$ 0,60? Conside1'C que as dll'1S pl'i1n~ir-AS afirrnaçõcs são vcrdadeirns. A llhi1na delas é: 1. \·~rdtlck:ira.

2. Fal~1. 3. 1'ào sei.

Capítulo 2

Diversidade nas organizações

S1

COMPORTAMENTO ORGANIZACIONAL INTERNACIONAL

Os benefícios da inteligência cultural ocê já notou que alguns indivíduos parecem ter um dom para se relacionar com pessoas de dife· rentes culturas? Alguns pesquisadores chamam essa habilidade de inteligência cultural, que é um ta· lento natural de quem sabe interpretar corretamente os gestos e comportamentos de determinada cultura da qual não faz parte. A inteligência cultural é valiosa quando se realizam negociações com pessoas de dife· rentes culturas, pois, em caso de desentendimentos, a cooperação e a produtividade podem sair prejudi· cadas. Suponha que um trabalhador está sendo avaliado por seu chefe. Quando chega a hora de falar com o funcionário e apontar as falhas que devem ser melhoradas, o chefe é direto: 'O seu trabalho não foi bom!' uma vez que sua tendência cultural passa por confundir a esfera afetiva com a esfera profissional, valorizando essencialmente as relações pessoais. Portanto, o brasi· leiro comum, sentindo-se ofendido com o fato sucedi· do, provavelmente colocaria aquele chefe em sua 'lista negra'. Para um alemão, ao contrário, aquela situação já seria encarada objetivamente e, em vez de se sentir

Diante desse panorama, cabe ao chefe a compre· ensão perante a diversidade cultural dos funcionários ou é uma obrigação do funcionário não concluir algo que o chefe não disse? Desloquemos a pergunta ante· rior para um contexto generalizado: de quem é a res· ponsabilidade da adaptação? Ou, ainda: até que ponto .alguém deve se adaptar, se também espera um esforço de adaptação por parte do outro? A responsabilidade deve partir de ambos, caso es· tejam interessados em tirar partido de sua relação e queiram ter o melhor desempenho em suas interações. Ora, quanto maior for a inteligência cultural, maior será a capacidade de compreende, alguém culturalmente dife,ente e melhor será o entendimento de seu contexto. IEm função disso, supõe·se, então, que essa habilidade natural contribua positivamente para a responsabilidade de adaptação. Não está claro se a noção de inteligência cultural é separada de outras formas de inteligência, tais como inteligência emocional, ou até se a inteligência cultural é diferente de habilidade cognitiva. No entanto, por vive,mos em um mundo a que chamamos 'aldeia global', onde são valorizadas relações internacionais, a habilidade de saber interagir com indivíduos de dife-

afrontado, ele entenderia o comentário como uma críti~

rentes culturas é um item cada vez mais importante no

ca construtiva, de incentivo à mudança.

mundo dos negocios.

V

Para um brasileiro, essa frase soaria q uase como insulto,

Font•s: Sasoado em C. Earloy e E. Mos.akowskt. "Cultvr.,I inteltigente", HaNard &siness Review, out. 2004. p. 139·146; e M.irtha Mamevski. "Como 3 intoltgência cultu~I Podt ~lhot~r o dosemp•nhc>", l ~z. 2006. Oisponivél em: <~vw.~nalrh.eom,b,/Mundos/eolunistM-_artigo . ...,?o• %7890F307f9,E615.4118·991f·COCS4C26505A%70>. Aoes,o 2531>,. 2010.

•m,

a . O menino joga beisebol. b. 'l bdos os joga.dores de beisebol usa1n chapéu.

e. O ,ncnino usa chapéu. O l lb11derlic avalia lanto a rapidc-1. (q uaS<: ninguén1 tcn1 tcrnpo para responder a Lodas as qucslôcs) c1utuno o do 1ninio (as questões fic.·un rnais dific,·is à rncdicla que você a\'ança). 1~, por pto po rcionar infor1naçõcs. válidas $Obn.: <1 intc.:lig(·nc.: ia co~~1ili\'a dos ,andida1os a c1nprcgo a 1ur1 custo b~tixo1 éàda v(•z 111ais cn1prcsas o é~tão utilizando c1n suas decisões de contrtuaç;.lo. Po r c.xe1n plo 1 a 18~·1. a SulJ-\1néd ca Sc,&'U11>s e Prc,~dênci.1 e a A.n1BC\' são cx<:n1plos ele organizações que rca1iza1n testes presenciais e on-line con1 os candidatos a va~L\ ele cn1p1·cgos. f\ ,naio ria das c rnprcsas que 111iliza testes d e inteligência não o fàz. c 1n ~ubsli tuição a outras f<:i-r.=unentas, tais cotno fichas de dados ou cnu·c,·isu,s, rnas apcoas prefere incluí-los con,o fonna alternativa de info r111aç:1o nesse caso, pelo fhto de esse.: Lipo de teste proporciona r d ados bnpo11tH1tcs sobre o nível de inteligência cio candidato. J)e n1anc ira j1ncrcss..·unc, enquanto a inLcligi:ncia é 1.nn grand e a uxiliar ao born clcscmp<:nho de u,n 1rabalho 1 isso não fa z q ue as pessoas cs1cja1n satisfeitas q1.1 a nto a suas ocupações.. t\ cotrclaçf10 cntl'C intcligên('.ia e salls.fiu;:ão no 1tab.:1lho é p róxi,na de zero. Por quê?

1\ s pesquisas sugerem que, a1>esar de as pessoas intcligcmc-s terem um desempenho rnclho,; e las t:un bérn s;c"io n1ais críticas na avaliação elas condições de sr u tra balho. 1-\ ssi1n, JX:SS<>rui intcligcutcs t ra halharn 1nclhor, n,as es1x:r,,un 111ais,fh

52

Compottamento or9<1niza~ional

Raquel Alva,enga, ge,ente de recursos humanos da fabricante de eletrodomé$ticos Whirlpool. dona das marc.as Brastemp e Consul, descobriu na p,âtica a importância da inteligência cultural e da boa comunicação quando se lfabalha em um time com grande diversidade. Durante uma reunião nos Estados Unidos, a gestora teve uma percepção equivocada da opinião de seus interlocutores ... Conversei com chineses e sai de lá achando que estávamos totalmente de acordo sobre algumas decisões.... conta ela. O problema decorreu do fato de eles fazerem vários sinais positivos durante a conversa. o que a levou a crer que eles estavam de acordo com stias decisões. Para os chineses, entretanto, o sinal positivo significa apenas compreensão, e não aceitação.61

Habilidades físicas Habilidades físicas capacidade de desempenhar atividades que demandam ,esist~ncia, dêstreza, força e airacte,ística:J similares.

,\ pesar de a naturt"ta nnnantc do trabalho sugerir que as habilidades intclccu1ais estão cád.l ,·..:z ,nais iinporu.,ntcs ern 1nuita:. prúflSSÕCs, as habilidades fisicas s::io e continutu,io sendo essenciais para a eJ>:ccuçào de ttrt~ alividadcs. Pesquis.a.s sobre centenas de funções idcntificara,n nove habilidades básicas envolvidas no dcsc,npcnho de 1arcf.--.s Hsicas.(,8 E.lõ'ls estão descritas no Q\1adtY> 2.3. t\s 1>essoas as aptcseo1a,n cn1 extensões diíc,·e,ucs. Não s1,1tprccndc que e:-:is1a pouca 1-ela.çào e ntre elas: u1na a ha pontuação r1n u1na habilidade não é garantia do n,cs1110 succs.50 nas dc1nais. O bo1n clcs.cn,1x:nho do funcionário pode ser obtido c1uanclo os achninistradorcs clclinen, quais dessas, nove habilidades. e c1n que extensão, são necessárias para a rc;1lizaçào das tarcfits organizacionais e se asstgur;un ele c1uc os funcionários 110 cargo as tc11harn na 1ncdida certa.

O papel das deficiências 1\ i1nportância da..~ habilidades 1>ara trabalhar obvia1nc;ntc cria problc111as quando se lcnl::un !Or1nular políLicas no local de lrabalho que rcconhccc1n a dcíicii:ncia coino di·

Quadro 2.3

Nove habilidades físicas básicas

Fatores de força

1. Força dinâmica

Habilidade para exercer força muscular repetida Oll continuamente por um dado

periodo.

2.

Força no tronco

Habilidade para exercer força muscular usando os músculos do tronco {especialmente os abdominais).

3. Força estátiea

Habilidade para exercer força muscular sobre objetos externos.

4. Força explosiva

Habilidade para gastar um máximo de energia em uma ou uma série de ações explosivas.

Fatores de flexib ilidade

S. Flexibilidade de extensão 6. Flexibilidade d inâmica

Habilidade para estender ao máximo os músculos do tronco e das costas. Habilidade para realiza, movimentos de flexão rápidos e repetidos.

Outros fatores 7. Coordenação motora

Habilkfade para cOOfdenar movimentos simultâneos de diferentes partes do corpo.

e.

Habiliçl~de çle manter o eqµilibrio em meio~ ÍQrças 9~$ê$\~biligaçloras.

Eqvilil;>rio

9. Resistência

Habilidade de manter o esfotço máximo durante longos períodos.

Capítulo 2

Diversidade nas o rganizações

S3

vcrsidaclc. Con10 nolcunos1 rcconbcccr que as pessoas possucn1 habilidades difcrcnlc-s que podcn1 ser levadas cm considcntçào ao se decidir un1a c-Onlra,açã.o não é problcnHltico. Co111udo, é dis<:rin1in~1t6rio fi1;,,<:r gcne1-alizaçõcs at·c1'Ca das pcssoru; co,n ba~c Cll) u1't'l;-l dcfic:-iênc-ia. Tarnht~n, é r><>ssívrl fazer ::tclaptaçõc.:; pal'a os dcíicicn1cs.

mplementando estratégias de gestão da diversidade l)cpois de
Gestão da diversidade

O ptocesso e os. programas pot meio dos quais os gestores tornam

todos. mois senstVcis âs necessidades e

(

dt: funtion,\rios.

dife,enças dos outr~

Atraindo, selecionando, desenvolvendo e retendo funcionários diversifica,d os U1na for,na de se intcns-iíicar a diversidade da força de trabalho é Í.'lZCI' 1un t:slOrço de rccrutarncnto entre g rupos dc1nogr.lficos cs1>C<·íficos que cstcja111 ma] representados na for· ça de trabalhú. ls.5o signiíica <:olocar anl1ncios cn1 publicaçOl.---s diligidas a grupos dc1nogr~íficos C:$pecífico~>,·ccrur.u· t~n1 faculdade-s, uni,l'(:1~idades e outras insti111içõc~s co,n u,n nú,nero ,;igniíicat.i\'o de 1ninoria.,; snl>-1'Cprcscnt.1clas alé1n ele estabelecer parcerias con1 associações representativas de n1inorias. Esses l'Sfor{os podc1n ser l.>e1n-succclidos, corno constata u111a pesquisa 1nostrando que as rnulhc1·e.s e os 1ne1nbros os là1orcs de d i\'crsiclade cm nív<·I prol'l1ndo pa1·cccn1 ter nlaior i111ponância para 111old:ir as reações das pessoas u111as ás outras do que características supc:ríiciais. 1

I~,ódências de um estudo rc«Iiwdo com mais de 6 mil 1rahalhadorcs cm grandes organii..1.çôcs de corné rcio var<Jis1a indic:1ra1n que, <:rn lqjas c,tio eli1na C:. de n1cnor apoio à d i,·crsicladc, os negros e pardos vcnclcran1 signií'ic~ujva1ncntc rncnos cio que os funcionários

54

Compo1~mento organiia~ional

branl'OS, 1nas onde o cliina de dh·cr:;;idaclc era posith·o. os pardos e brancos é111p;.uara111 rias ,·c,1<>sitjvo conscguinun capitalizar sobl'e sua força de trab,-1U10 diversificada e ga1'l.har 1nais (linhe iro. Alguns rcsuhados ele pesquisas suge1-c1n que os incli,~duos clcnlOgl'afica,ncnle diíerc111cs de seus colegai aprcscn1~u11 u111a propensão a se sentir pouco con1pro111c1iclos e .s<: dc1nitir. J.\ s rnulhercs tcnclcn1 a deixa,· gr,1pos prcdo111inantc1ncntc rnasculinos e os horncns, os fcnllninos; nos grupos ele funcionários fonnaclos cn1 sua n1aioiia por brancosi aqueles que não o ~;o tcnclcn1 a se desligar das organiz:1'°'õcs. n No entanto. esse co1nportan1cnto é 111ais notório <:ntrc os recé1n-<:ontratados. l)cpois c1uc as 1x-ssoas conht.x:cn1 ,ntlhor ,unas às outras, a consistência entre a 11't
A diversidade nos grupos f\ n1aior parte das organizações contcn1por{incas est.l organi1..ada c::111 torno ele gn1pos de trabalho. Quando as pessoas traha.lha1n cn1 grupos, os processos ele con1unic.._:tç-.io s::lo n1ais fi·cqucntt-.s e inlensos e ~is pessoas prctiscun colaborar ,unas con1 as Oulra.s pard realizar as t(u-efilS. No cntantot se elas scutircn, que nc'io f>értcnccn1 ao grupo ou se este tiver tuna baixa coesão cnlrc os ,ncmbl'OS, as "antagcns de trabalhar c,n gn1pú lcndc111 .1 fiC-<11·c:01npl'o1nctidas. Dc-s.<.:a fi.u·,n,l, H1z sc111iclo pcl'gun·1ar: ;\ diversidade ajuda ou :utapalha o dcscrnpcnho de.: u111 grupo? A 1'Cspos1a é: ajuda e a1rapalha. Alguns lipos de d i,·crsidaclc- poclcrn p1·t~udicar o dcscrnpcnho do grupo,já outros potcncian1 esse dcscn1pcnho.1) 1\ divt:rsidadc dcn1ognlfica (ele gênero, idade, raça e etnia) não IJarccc ajudar ncn1 atrapalhar o trabalho de equipe de un1 n1odo geral. r\pesar ele aJguns pt·.squisaclorts clcfendcren1 que esse tipo de clivcrsidaclc provoca conflito ele rclacio11;;Hr1ento entre os n1c1nbros e que isso prejudica o dcsen1penho. as c,~dências c111píriC.:'l.S tlão são couclush~s. Por outro lado. as equipes de indivíduos altan1c11tc inleligentes1 conscienciosos e inlC•'C-.sados en1 tl'ab.-'llhar c1n grupo si10 rn.lÍS cíicar.c.~ Po1,an101 a divers idade nessas va1iá,·cis tende a sei· l'uin1. Não f;\z sentido tentar íor1nar cqui· pcs que 1nistura1n 111c111bros 111enos i111cligcntc-s, n1cnos conscienciosos e desinteressados por trabalhar c111 grupo. E.111 outros c.a.sos~ as diferenças poclcn1 ser un1 ponto rcahncntc fo11c. Os grupos ele indivíduos con11ipos diferentes ele espcciali1..açào e educação ~1o ,nais eficazes que os homogêneos. Da n1<.-snu\ tbr111a, um g rupo forn1aclo c1n sua totalidade por 1x:ssoas asserti,,as que qucrc,11 estar no corr1.111do. ou Cttios n1c1nhros preferem scgu.ir a lidcr<1nça de outros. s:erdo 1ncnos eficazes do c1uc as cqoip<.:s qu<..' mis1uran1 esses: dois tipos ele personalidade. lndcpcnd
Programas de diversidade eficazes 1\s organ.izac,:ões us.-ln1 urn~ vari<."<~1de ele esforços p.:H.:1 c.:,pitalizar sua diversidade, o qoe int'lui as JX>lhicas de 1'(.'<:1'1.11an1en10 e sclcçl10 que já discu1i,nos aqui. alé1n de p1..ític..1s de- trcina1nen10 e d<·sc~n,,'Qlvi1ne1ltO. l:>rograrn.ls crica?.çs (~ahl'angcntcs q11c inccntivan1 a diversidade na força ele trabalho poss11t·n1 ui-s co,nponcnt<.'S distintos. Pri1nciro, eles cnsiua,n aos gtstorcs a estnHura legal par.t olêrcccr oportunidadt'S iguais de cn1prcgo e cncor;~an1 o trnt:uucnto justo ele todos. não i1nportânclo as caractcri.sticas de1nográficas dos funcioná1ios.

Capítulo 2

Diversidade nas organizações

ss

Em segundo lugar. eJcs ensinam aos gestores co1no tnna íon;a de trabalho di,·crsificada podc r,1 s<.·1,'lr n1clhor a u1n 1nertacio de clicnlcs co1n essa n1cs1na c;1racterislica. E1n terceiro IUJ:,"'ar. <:rianl práticas de dcsen,·oh:i1ne1HO p<:ss.oal que dcspc11cun os talentos e habilidades de 1oclos os 1r:1hath,1dort;.S1 consci...:ntizando sobn.: COl'no as dííc1·cn1cs pt1'S()CCli\'as podc,n ser unla 1nancira valiosa de ,nclhorar o clc-sc1npcnho de 1odos.itt ~,luito da preocupação con1 ;, diversidade 1cn1 a \'Cl" con1 tr.ua1ncn10 justo.19 t\ 1naior parte das rca~-õcs ncgaü\'as à cliscrin1ina~-ào no cn1prcgo baseia-se na ideia de que o trat;uncnto discrin1in;Hório é ir~justo. Não i1nporta sua raça ou !,>incro. as pessoas c1n geral apoian1 p1u· gra111as de incentivo à cli,'Crsicladc, dentre os qualS a êl<ào afir111at:i,,i, se acrcdita1n que essas pólític.as asscgurarn a lodos u1na op,01,unidadc justa de dc1non.strar seus l.:tlcntos e habilidades. Urna pc!Kl\aisa sobre as con.scquência.s dos prog,11111.:as ele di\'c1-sidade chegou a urn.i conclus.ào <JUC pode pa1x:ccr surprtcncl cn1c._, 1\s org-..inizaçôcs que fol'nccia1n tl'cinan1cn10 cn1 diversidade não cra1n consis1cnlc1nc111c 111ais p 1·01x:ns.t.~ ~, ter n1ulhcrcs e 1nino1ias cn1 cargos de aha gerência do que as que n~io o fo1·nccian1. Co1n un1 cxarne n1ais cuidadoso, porén1, esses rc.sult;tdos não causant surpresa. J·l;í 1nuito que os especialistas sabcrn que lUlla llnica S<.~io de trcinarncnto, sen1 estratégias que rcal1ncntc inccnü,·crn a gcstoio eficaz da diversidade no local de trabalho. tende a néió funcionar 1nuito bcn,. 1-\ lguns progr..unas ele diversidade Solo reahncntc cíicaies ao au,ncnlar a rcprescnHlti,~dadc na gc:s1ão. Eles cngloban1 cstralégias para ,ncdir a reprcscntath~d.-ldCde n1ulhcrcs e ,ninorias cn1 cargos de ge1'cncia, t rcSJ)()ll!wlhili1.a1n os cxcclui,·os por estabelecer equipes de gestão n1ais divcl'sificadas dc1nograíican1c1nc. Os líderes organizacionais d<:\'crian1 cx:uninar sua força de trabalho par., clctcr111inar se os grupos-alvo lbr..1111 subutilizados. Se gi1.1pos de funcionários não são representados pro· porcionah11cnte na alta gerência, os executivos de\'cria1n tentar achar quaisquer barreiras escondidas que iinpcdc1n esse av;.01ço. ~ luitas vezes é possi,·cl 1neU1orar as práticas de rcé11Ha1nc11to. tor11ar os sistc111as de :sclcçào n,ais tra11spa_rcntcs e oferecer lrtinan1c1110 para os funcionários que não fo1StOS ,;t ccr1os OHHcriais no paSS<1do. ,,\ organi1.aç,io dc,·cl"ia 1<1111hén1 co1nuni<'al' suas políticas cla1·a1ncn1c ao!0io: todos os gerentes frcqucntcu11 u'<Jrksl1ops que lh<.·s pern1itcn1 íaJar acerca de suas preocupações co111 .1 clh·crsidadc e <:cn-

A Siemens, empr&sa multinacional alemã que emp(ega 430 mil trabalhadores espalhados peto mundo, é,. particularmente. átênta à d ivetsidade na sua força de

trabalho. Para a empresa, promover a d íversidade não é apel'las uma questão social, mas uma vantagem es1taté9ic.a

para os soos negócios. Para implementar os programas de diVérsidade, a emprêSa nomeou Denice Kr01\au diretOfa.

geral ôe diversidade. "Com Oenice Kronau enconuamos uma personalidade extremamente e~e(iente, que é dooa

de uma excelente reputação,. tanto dentro quanto fora da Siemens. Ela foimará a segunda fase de nossa iniciativa de d iversidade. Agora, nosso objetivo é promover nossas (edes globais dil'lâmicas no intuito de adotar a

diversidade em toda a Siemens", declarou Peter Lõscher, presidente e diretor-executivo da Siemens. 81

S6

Compottamento or9<1niza~ional

U1tr seus e.sfOrços nas reuniões de cc1uipc. Eles tan1bén1 assu1ncn1 a rcsponst,bilidadc por

parlicipantcs pron1issorcs do progr;:un;,, con1 t rei11a1ncnto adicional e oportunidades de: dcsc11volvimc11to par(t gara nLir que cslcs possucn1
~ plicações globais Co,110 você ,-cnl, pode não CXÍ.'ilÍÍr ne11lu.u,1a JJCS(1uis.a globa.l ou nluhicuhural c1n algtu1s dos tópicos que discutil'c n1os cn1 todos os capiu1los e, nc;stc capítulo, is.~o não é cxccçtto. Pot i~, ,ian1os conrinnat co1ll os nossos con1cn1ários cn1 tll'Cas c111 que hou\'c un1a pesquisa tnuhicullural signific;itiv;,: (1) (:0 1no a pcsc1uis.c1. <:111 habilidades intclccluais é gcncrnli7..ada nas difr:rc ntcs culturas? (2) f\s c.,1.ractcristicas biográficas co1no gênero e idade orx:r.un ela 111cs:n1a tOr1na nas dHCrcntcs culturas? e (3) Co1no é a gcst.io da divcrsidaclc cn1 difcrcntc..'S cultur
Caraterísticas biográficas Obvi~u11cn1c que a.l~ru111as cara<:tcrisricas biográfic.c1.s varian1 n~,s d ifere ntes cuhur.lS. Algun1as culruras são n1ais hornogér1cas cn1 questão de raças d o que outras e a n1édia de idade dos cidad,1os varia nos clifcrc1ucs p;-ú.scs (por cxcn1plo, na lt.llja e Japão urna boa parte da população 1..-süi a<:irna d os 65 a11os, se con1paraclos con1 a fnclia, C hi11:, o u 8 11,sil). Contudo, isso não sig nifica que as ,·claçôcs q ue cl<:-serc,·c,nos entre idade e clc:scnlpcnh'> ou cn1 tc gênero e 1'0l:uivid;,)dc; scjan\l clifcrcntcs nas dc1nais cuhul'as. lnfcliz1ncntc, nós não 1c1nos mui1as evidências científicas se~ po1· cxcn1plo, gê1)cro ou idade afc1a111 o abS<;ntcís,no da rncs1na forn1a nas clifCl'cntcs culn1ras. U1na pesquisa ela r\ ccenturc c n1 oiro países t'C\'C1ou a lgun1as clifCrcnças surpreend entes. Cornparadas à gestoras ingleses, as gestoras nas f ilipi· nas acrcdita,·an1 que o país delas oferecia anais supo1i.c ao avanço das rnulhcrcs nas posições de liderança.a:• Ouu-o estudo base-ado cnt cn1rc,·is1r1s 1nostrou que n1uitas da.s qucstêx:s sobre vida profi1>sional l'C'1'$11S vida pessoal c 1téOntra das no contexto dos negócios nos Estados Uuidos ta1nbé111 sf,o corriuns na Fri,nça, apesar dos subsídios otCrecidos pelo governo francé.~ p,,ra ,, a.'\Sis1ência à inffincia .ta En1bora os resultados dessas pesquisas scja1n interessantes, eles não suhsti111e 111 o estudo sistcn1átieo. l)cssa forn1a, não sabc:111os rcahncn1e o grau cn1 que o gênero (ou outros l::,to rcs b iogr~\ficos) varia cn1 in1portància na pre,~..sào dos resultados cio con1po 11a n1cnto o rganiz.1cionaJ cn1 d ifcrc nlcs países.

Habilidades intelectuais Evidências suslc nuun, solidan,c nH', as ideias cn, que as cs1ruturas e as rnc·clictas de habilidades in1elcc1uais são generalizadas nas d ifr:rcntcs culturas. Dcs.~a forn1a, algué,n no Brasll ou no Sudão não tcn1 urn g rupo diferente de habilidades ü11elcctuais co111parado a urn trabalhador no 11c·a111ericano ou tcheco. r\lé111 cio n1ais) dados obtidos d e d i,·crsas culluras sustcruan, a descoberta ele que habilidades n1cntais cspccííicas indican1 un, fator d e ordcn, su1>crior que cha111a1nos habilidade 111c11tal geral. E:xistcn1 cviclê11cia.s de que a po ntu,u.;[10 do QI vari.:1 a té ccrlO pn11to tH1S ,·cí1ias cuhuras. 1nas c.ssc1s difcrc.~nças :;.i\o n1\1ito pequenas quando <"oni.idctan1os as d ifcrc nça.s cclucacionais r ccon(nnicas.M

Gestão da diversidade ..\lént ela óbvia presença da diversidade nos an1bicntcs ele trabalho internacionais, luí d iferenças intcrcullurai.s na gerência d essa diversidade. Cada país tcrn a própria Cslrutura legal para lidar co111 cJ,,, e csl,il constilui u111 reflexo poderoso das preocupações com a d ivcl'sidadc c,11 cada país. ~·Iui tos dt.:lcs cxigc111 que se alcancc111 n1c1as e cotas cspccifitas

Capítulo 2

Diversidade nas o rganizações

S7

para se cun1prircn1 os objetivos de ações afir111ath·as1con10 é o caso do Brasil. 1-\ lguns países proibcrn Sc\·tr;:unente o asséclio sexual~ enquanto c,n outros alguns córnportamcntos considc1<1dos i1'l(lCCiHívcis si~o co111u11$. .<\s difc.:rcnçc1s dc,nogmíic.a.s cor1sidcradas in11>ó•'tantcs pt11·;\ a gcs"'io da divcr$idadc 1ao1bc.':1n varian1 de acordo <'on1 os p,1íscs. Na Índia, pot cxc,nplo, a cs1 1,uu1-a de não disrri1ninaçào inclui cotas e: pmgr;\1nas d irecionados aos indivíduos das castas infCriorcs.31í> Un\ estudo de caso da c1nprc..'i<.'\ n1uhinacio11a] finlandesa 'l "ransco descobl'iu que era possível dcscn..,·olvcr u1na filosofia global consistente para a gcs,ào da d i\'crsidadc. Entretanto, .1s diferenças nos fittorcs legais e culturais entre as nações forçara111

a c111prc.s.l a dcsen\·oh·er políticas ~1nicas que contc1nphtssc1n as cstrutun,s cultura.is e legais de à ,da pais cn1 que ela operava.11-1

fflesumo e implicações para os gestores Ne!itC capítulo exan1ina1nos a diversidade de d iferen1cs p<'1-spec1ivas. l)c,nos especial destaque a três assuntos - caractcdst.icas hiográficas1 habilidades e gcs1ào da d iversidade. Van1os, agol'a, tentar rcsu111ir o c1ue clcscobri1nos e avaliar os i1npactos no cornportan1c11to o rganizacional.

Habilidades 1\ s habilidades influenria111 dirc1an1cn1e o nível de dese1npenho cio funcionârio. U1na \'ez que os gestore..c; husca111 lUncionários <;0111 alto dcscn1pcnho, o que pode ser feito nesse sentido? E1n pii1nciro lugar, un'I processo ._,ficaz de seleção pode 111(·lhorar :a adcquaçào. Un1a

análise das tárcf.'ls p<>CI(' fo n'lcccr inforrnaçõcs sobre:: as hnbilidade.s rcquericli:tl> i>:'\l'a o n,clhor dcsc,npcnho. Os candida1os podcn1, então, ser t<:s1ados, <:111rc,~stados e a,·aliados qua1no ao grau q u<' possuen1 dê-\S habilidades necessárias para o ca,go. En1 segundo h1&tnr1 a.~ p1'011104;Õe.'\ ou cran..'! lb1i:ncia..'\ que afC1a1n os fi1ncionários ciue já l.rahalhan, na c1npresa clcvc1n estar de aoordo con1 as habilidades dos indicados. l)a n1csn1a Í<>nna que 00111 os 110\'o s funcionárLos, é preciso a\'aliar cuidados...'\1ncntc as habilidades críüras ncccss.:"uias para a 110\·a fu nção e actcquar essas exigências aos rccurws hutnanos da c1nprcsa. En, terceiro lugar, a aclt'C1uação pode ser aprin\ora:da por rncio de 1nodificaçõcs nas l3:r('Í.\S para que elas S<' adaplc1n ,nc1hor às habilidades dos que \'f10 descn,penhã-las. Frcque11tcn1ent(' é possí\'el 1'11odifiv1r a lgun.s 3S])t~C1~ qoe, ,nes,no scn1 grande i,np..".IClO ~Obt"(' as atjvicladcs hási<'as da fi,111çâo, J)()(le1n fil':11· p1'0vei10 cios 1alen1os rspecíficos d e 11111 fi.111cioná1io. Características biográficas 1-\:s caracleristicas biogl'êlficas cstào sempre disponÍ\'cis para os g('Storcs. No entanto. só porc1uc si'io íhcilrncute idcntiíic.ávcis.i não sit,•·nifita que dev(u11 sc·r l:xplici1a1'1tCntc usada~ rn1 dc<'isõcs a
S8

Compo1~mento organiia~ional

Ponto

Contraponto

'

As organizações devem mesmo incentivar a diversidade? xistem diversas razões pelas quais as organizações devem manter uma força de trabalho bastante diversificada. Uma delas é que, cada vez mais, as atividades nas empresas vêm sendo desempenhadas por equipes de trabalho. Ao estudar esse fenômeno, os pesquisadores Taylor Cox e Stacey Blake desenvolveram a Hipótese da Diversidade Cognitiva, segundo a qual equipes diversificadas conseguem criar soluções mais criativas e inovadoras e desenvolv&m melhores alternativas para a resolução de problemas. Dessa forma, os grupos de trabalho alcançariam maior qualidade na tomada de decisão, que se reverteria em um melhor desempenho nas organizações... De acordo com os pesquisadores, esses melhores resultados são decorrentes da variedade de opiniões existentes em grupos diversificados, que faz que a resolução de problemas seja aprimorada. Dessa maneira, uma vez que a diversidade responde por boa parte dos melhores resultados do trabalho em equipe, manter uma força de trabalho composta de indivíduos com diferentes características demográficas, de personalidade e valores tende

E

a ser muito positivo para as organizações.

Além do aumento da criatividade, da inovação e da qualidade da resolução de problemas, a diversidade dos funcionários pode trazer ainda outras consequências positivas. A primeira delas é a atração de talentos pertencentes aos mais variados grupos socioculturais, que se sentirão à vontade para trabalhar nas empresas que valorizam a diversidade. Além disso, jovens talentos também podem se sentir motivados para trabalhar em uma empresa que conta com funcionários de diferentes idades, raças e culturas, visto que, nesse ambiente, ele poderá conhecer pessoas diversas e aprender um pouco com as experiências de todas elas. Por fim, a diversidade pode trazer duas consequên· cias financeiras diretas, além do melhor desempenho das equipes de trabalho. A primeira delas é a melhora na imagem da organização, que, sendo vista como uma empresa tolerante e que valoriza a diversidade, pode conquistar clientes e, até, elevar as margens de lucro de seus produtos. O segundo ponto refere-se ao aproveitamento de incentivos fiscais decorrentes de

programas governamentais voltados à diversidade, como cotas para trabalhadores negros, deficientes ou do sexo feminino. Diante de tudo isso, definitivamente, as organizações devem manter uma mão de obra bastante diversificada.

udo bem, tudo parece muito bonito nos cartazes de recrutamento das empresas: jovens e idosos de todas as cores e raças, de mãos dadas, convivendo harmoniosa e pacificamente em um ambiente de trabalho que valoriza a diversidade. Mas sejamos honestos: isso é mesmo real? Será que a diversidade traz resultados positivos de verdade e deve ser incentivada pelas

T

empresas? E, mesmo em caso positivo, será que as or· ganizações conseguirão convencer seus funcionários de

que ela é boa para gerenciar as diferenças entre eles? Donn Byrne descreveu um fenômeno interessante que ocorre quando da formação de grupos. Conhecida como a Teoria da Identidade Social, o trabalho de Byrne descreve que os indivíduos tendem a sentir maior afinidade por pessoas que são parecidas com eles em variados aspectos (como idade, raça, gênero, valores, aspectos culturais etc.). Logo, apesar do incentivo à diversidade, parece natural que os trabalhadores tenham uma resistência a ela, fazendo surgir a pergunta: por que for,çar algo que vai contra a natureza humana? Outros pesquisadores estenderam suas pesquisas aos processos de seleção e promoção de trabalhadores, desenvolvendo a Teoria da Atração-Seleção que sustenta que, durante esses processos, os indivíduos tendem a se sentir mais atraídos por entrevistadores que

compartilham características com eles, da mesma forma que os gestores responsáveis pela seleção e promoção também costumam escolher pessoas semelhantes demográfica, social e culturalmente." Diante dessas constatações, a diversidade nas equipes de trabalho poderia ser algo até mesmo prejudicial para as organizações. Uma vez que as pessoas preferem estar cercadas por outras com quem compartilham valores e tra· ços físicos e culrurais, forçá-las a trabalhar com indivíduos muito diferentes poderia gerar insatisfação e outros resul· taclos negativos para o comportamento dos funcionários. Ademais, a diversidade poderia gerar conflitos de relacionamento entre os membros das equipes de trabalho, em função das discO
Capítulo 2

Diversidade nas o rganizações

S9

Questões para revisão 1. <).uais s:'.io os doi~ 1ipo.s de dh'C~id;;i,dc no loc~ll ele t1<'1balho?

2. Qutti,; s:1o as principais f.;-11.\ra o contJ)Ort,m1cnto org;u1i;1,c1cion::ll? 3. O que é hi!bilidadc i1nclcctu::i.l ou cognitiva e qu;:il é sua r<:lcvànc-i:i. para o corn1>0rtan1cnto Oflf,tnizacional?

4 . Con10 :se diferencia a habilidade intclccto;,,I d<1 h:1bilicl;1clc íisica? 5 . Con10 as organiz;1.çõe:s podcn1 gc1ir a diversidade de sua força de trab4llho de forina eficaz? 6. Con10 a cultura inilucncia o nosso t."n1cncli1nc1no de carac1cristicas biográficas e hahilidades inlelc<'Luais?

Exercícios em grupo Sentindo-se excluído Estr txt'ftftio leoa aproxi,11adt1flttnU 20 n,i,,utOJ..

Trabalho individual (passos 1 e 2) 1. 'lbdos os: panicip::irncs dt.'\'e1H se le,nbr.u· de u1n,1 :-itua<;?10 c1n que se scnLiran1 clcsconfo1·1,.'l\'Cis ou ,i1i1nas de abuso cn1 razão de seu perfil dc111ográfico. (dcahn<:ntc dcvcªSC fX:llS..'lr Clll SilUa('ÕCS de trabalho1 1nas, SC llCllª hu111a delas ,·icr à n1cntc, qualquer sit\ln.çào pessoal serve. Os alunos dcvc1n ser cn<:onti.ados a usar qualquer ç;iractt.:rí~tica dcrnogr::1fir ,1 que eles considcn..•n, a rnais dcrào, ponan10, escrever svbrc s<· scnÜJ' cxcluídc,s por n,ollvo ele: raça, cloia, sc:,:o, idade, deficiência= religião ou qualquer ouu-a caractcrisLica. Os alunos dc\'cn1 d cscrc\'cr rcsumidarncrllt' ~, situaçàoJ o que precipitou o acontcci1nento, con10 se scntira1n na épocat con10 rt'(1b'1111111 e con10 ach<1111 que: ;.i outra pa11c podcri:1 ter n1clhorado a .si1ua<;iio. 2. Depois. deve ser pedido aos a lunos para pc.·nsarcn1 c.·111 un1a situac;fio e,n que eles possam tc1; dcliberad:t ou in· voh1n1arian1entc. feito ,·1lgo qot·· deixou ot11r.1 pt..sso:1 se $Cntindo c!xrluída Oo v'iti,n:t de· ahu:::o pc)r tOnt;) de· seu J.lallLf dc·n1ogt'.l.fito. J\1."1.i;t 111na v<-1: 1 cl<-!i d(;vern C'5;<;rt:\ft~r rcsun1ida1nen1t.~ soh,-c a siluaç-~10, e, que precipÍl(>u o acontct."i1nc1no1 conto se scntiran1 na época, con10 a oul· ra pessoa reagiu e o que poclcrian1 ter fCito pa.ra n,cl· hor.:1r a situ~\çào.

Pequenos grupos (passos 3 e 4) 3. Dcpúis de t()(IOS desc·n~\'Cl'("rn ~ua.s si111ac;U~, :, s;,la <11~\'c $C'r dividid:, l~1n pequeno::: grupos d<' n.i.<> 111ais que qu..-it ro pt~ssoas. S<- poss-ívcl, dt\'ttn-sc for1na1· grupos 1-a:1.oaveln,c11tc cli\'c1·sificados para C\'iLal' <:onfli1os Cl\ll'C os grupos. Ocvc·sc cncor:tjar os alunos a discutir suas situ~,çõcs e considerar as se1nclh;:1nças e dilCrcnças entre elas. 4. Depois de lcl" sohrc a.s 1'Cações de l<>clos. cada gl"upo dt\'C criar tuna lista de princípios sobl'e corno podc1n trabalhar pcssoalnlcntc para C\'itar a exclusão ou o ~,buso de ooU0 deve cn C()rHr::\r soluçúcs que fi.u1cionc1n p:.ra 1odos. 1\ s soluçõci. dl~\'crn focar c111 001110 c;,•itar essas situações e c,n co1no ,·esoh'C!-las <1uando oco1'1'Cre1n.

Revisão pela classe (passos 5 e 6) 5 . Os n1ç111hro.1; de c:-1da grupo dc,-cn1 sc·1· convidados .,, f.,i,·r u1n rcsurno bc1n <·1.ui.o da$ princ;-ipais situ.-('ÕCS c.·1n qué se scn1ira1n <;xcluídos ou ,·ili 1nas de abuso, e de· pois clc-scrcvcr a.s decisões cok·U,..Js de Séu grupo p:u,, n1inin1izar essas sitoaçõt-s no futuro. 6. Por fin1, o profcssot deve c<>odu:1.i1· unia di.scussào sohl'C corno as cn1p~s..-.s podern conseguir cltscnvol\'tr polític:\S abrangc1ncs que inccnli\'arão as pessoas a ser scn· síveis cn1 soas inlcraçõcs con1 os outros.

Dilema ético Inclusão instrumental é legal? En1 1991 IOi :,provada tnn:, lei que obriga as c1nprcsas con1 n1ais de <;cn1 H1ncioná.rios a contr.u:u·cn1. un1 rx:1·ccn1ual detctn)ioado de clcfic·icn1es para seu qu,ld1'0 d(' trah,-..tha
obrigadas a pagar multas 111cns1tii que wui;,m de RS 1.100 a RS 110.000. 1\pcsar da obriga1oricch1clc (' da punição in1· post.."l, n1uilas eonipanhias não 1·cspeitan1 a lei, p1'Cfcrindo

1>agar os vnlorcs inlpostos. Para <:ssas cnlprtsas, a con1ra1açilo de funcio1,
po
60

Compottamento or9<1niza~ional

de ah.sco,ci~n10 dcS;!iCS 1rab.-1lhadôrC.!i {: pr.uit~a1nentt zen) e sua dc.:dic:açiio e disciplina são basutnte clcvad:~s. ;-\ lé 111 disso, coda c1nprcsa possui cargos que cx.ig<.·n1 n1cnos t'<>~ nhcci111crnos e habilidades cios trabalhadores e, c1n função do 1ncnol' nível educacional clcss..1s pessoas, elas coslu1na1n ocupar cais pos.içt,c:s. E1111-ct;;111to. o cun1prin1c..~nto .:l lei e a d<.'dic:ac;iio e co1n· pro111cti1ncnto cios dcficicnlt'S nãos.lo as únicas razões para as cn1prcsas que co111r:uan1 profissionais con1 deficiências físicas. ;-\ inclu.~ào dessas p,cssoas ta1nbén1 111clhol'a a ilna· gc:-1n ó1-ganiz.t('ion<JI para o pt'1blico e $C toníigur::i co1no 111na eficiente prfttic:1 de 111.1rkcti11g social. !'\esse sentido, als,tt1n1as

co1npa11hiasl incl11sivc\ a Jo('a!'11 f:~~e.s; fi1ntion:írios na linha de frente. próxi1nos ::ios clientes dirclos. c1n u1n;l le1na1iv;1 de ~ra· nhar a si1npa1ia cios consu111iclorcs. Dessa for n1a. o objetivo é elevar as vencias e S<: n1ostrar con10 unia cn1prcsa social· ,ncmnc ttspc111sá,~I. E.m fi,oçflo dcl!Sa pril1ica, surge 111n dilc,na. O <1ue seii:, 111ai~ ctia unenlc .tc<•it;.lvcl: n<.-g:;1.r a incltLS,;i.O de clcficicntcs ou cn1p rcgá·los apenas p."\.ra gerar a sin1patia dos consun1.idorcs?

Q u estão 1. Q!1al scl'ia a sua rcspos1a para a c1utstào fina l cio tc:-ao?

Discuta <:(un seus colegas ele classe.

Estudo de caso 1 O efeito Flynn Unia vc1. dccernlinaclo que o grau bàsico de ha bilida·

de..· i1uelcclual (até 80 por çcnl<>) é herdado, 1alvc~ vcx:ê ~"" suri>rc<:nda ao saber que os resultados dos 1cstcs estão au·

1ncnté1ndo. Na vr1'dad<·, 0$ rc:,;uh:.iclos ;1onu;11tara1n tão r;~di· cah11cn1c c1uc se con1pararrnos cont os pais de nossos pais. pa rcccrn qoc eles são dc:li<:it.·11tc.,-s n1cnu1is. Pri1nciro, ,·,unos aoali..'-;u· a t\'idênçia d(' aun1c1110 do~ 1-c.-stllt-'dos dos lc.'Stcs. Então, iren1os anali.s11r ;1s c:xplic:~<;õcs pata os resultados.

E.111 tnna escala de Q.1 onde 100 é ~1 n1édia. os rcsuh;i·
significa que1 se o seu avô conscb'\1iu ,un resultado de 1001 a 1nédia de resultado p:1ra a ~ua ger.,çào dt'~"Cria ~er 115. I~ ttnla diícn:nça bcnl grande - quase un1 dC'S\~O de padrão - 1 o qur ~ij,'l1ifica qut.~ alglu;,n d" gcraç,1o de s<·u avô cujo 1x r· centil tenha sido 84, hoje seria apenas a n1édia norn1al que co1Téspondcri:·1 ~1 u111 p<:1-..::cntil 50. Jarncs Flynn ê un1 pc·sc1ui.saclor ncozclanck";.s, e roi o prin1ci· ro i"l docu111cn1:e1r o :'ltnn,•nto cios n..-suht1dos. EJt os ~ hltoo pela prin1eira , 'C".1. c,n 1984, quando achou que quase lO l:tdo 1a1nbC::1n. O que ex1>lica o cfê:ito Flynn? Os pesquisadores não tC:111 cc11e-.1.a .ab:rolula, n1;L-; ~,1~"1nu1s das ('xplicac;ões :-;io a.s :$(.'gl.1inte"':

Os es1udant("S de hoje 1trn tuna c.~ducaçf,o n1clhor qot.'. de seus ancestrais, e :·1 cduraç:iô IC\ õl a rcsu1· taclos 111ais elc\'aclos.

l. E,d ucação.

2. Familias menores. En1 1900, u111 casal norn1al ti· nha quatro filhos.: atuahncntc, u111 cas.nJ tcnl n1cnos ele dois filhos.. Sabc1nos. que os prin1ogênitos 1cndc1n a ter uo1 QJ ,nais ele\'ado do c1uc os 0111ros filhos, 1alvc1. púr~ <1uc..· rc<:cban1 11,:1i:,: a1c11çào qoc ~cu~ ir111i'.'ios 111.1i$ nuvoi1,. Hojt cn, dia. as criança.,; s.-·10 1cst.td;)Soonl 1.:11u-a fre(1uênei:1 que ela$ ti:111 cxpc,iência nisso: sabc1n f;-izcr tc..'slcs e ço1110 ir l.x:111 nclt..s..

3 . Tes t e de conhecim.ento.

4 . Genes. Enlhora c:as.1.i.(, i11teligcn1es es1eja1n ,nais inclina. doS a tC"r 1ncnos íilh<,s, ,~possível qu<·. dt'vido à <;du<":,ç.::io, ão aro111panhan,c11tô l' -'OS testes, aqueles que 1)0SSut·1n os b"C· n<"S certos str.o anclhon::s na hora de explorar tais van1agcns. t\Jguns pcsquis.'lclorcs genéticos tê1n discutido que se duas pes..liO."L~ ele i,ucligêl\c:ia dirc1-e1ncs se cnc:ont~un, t sendo o gene do parte.iat> 01ais i111cligc1Hc. o n1ai.s fOr1e, ele vence. [soo significo, que o Ql cL1 cri::111çot será 1nai.s próxüno do Q l do pai ou ntàc que for 111ais inteligente.

Q u estões 1. \ fo('ê acredi1a que a.~ pC$SOiL~ es1ão ficando 1nais i1ucli· _g(' r)lt"S? Por <1ul·?

2. E quais dos (h1orcs explicados no cfci10 Flyno \'Ocê ao'CCl.it.1? 3. HáaJgun1a va.ntagcn1ou dcsvant::igc1nsoci.1l nocfci10 Fl)'nn?

Fontes: E G rc,-c. "l{isc i 1\v~:n1~e IQ Scon.~ ~1.-i..,·s ·100.:,y E..'\cc:pcion:~I by E..uiicr Stand.ard:t .Jtu·iJI, lló-1-td Rn:i,nt'. 14 f~: 2006, p. 1·3: ~I. ,·\ . '.\lingmni, " Resolving the IQ l~rackt": Hc1c::1'0sis ::is a <.::.use ()Í the Flrnn Effe<:t and 01hcr ·rrc:nds", /~)Y/uJ/og,ra/ Xr..·vu·,jnn. '.l007, p. 806....(tt9. ''Gênio' n1::-iis velho i:~odc: ~ r .tJk'llflS nonn,11 hoje:. ;,,ugêrt:111 pcsc1ui~\s'.. P().rtal GI, 30 vu1. 20()7.

Estudo de caso 2 Diversidade para gerar criatividade ·11,lvc-1. cn, ncnhu111 setor profissional a crial.ividadc seja tão in1portantc quanlo no 111undo da publicidade e propa·

~,nda. Nas agC:ncias e outras c1nprcsas qut· atu.n111 nesse

sc.:gancn10, os profissionais envolvidos crian1 ca1npanha.~ dt. ' 1n a rketing co,n o objt.•tivo dç a trair o~ tlic111cs. Pan\ 1:u1· 10, a c ri~ttivid:ldc é; li.1nd,unc111~tl, 111n:l vc:,. qoe a.s cc1uipi·s

Capítulo 2

pn~cis..11n t:<111q11is1ar os cons1unidore~\ 1"t"tOllhCtf:1\do suas prcrcri:ucl.~~ e c.;uivaodo-oi: .;t co1npr:u-c111 <,s produl~ a11t111· ciados. E.n1 fi1nçào disso. ideias pro1nocionais inov.idoras são desenvolvidas e as ca1npanhas costu1na1n uülizar lex1os= i,nagcns e videos irrcvcreotes e divcr1idos. 1\ lé1n das peças publi(·it:írias {,L~ pl"(1paga11cla~ veiculada~ c,n joroai.s1 revistas, nídio, lclcvisào etc.), os prolissionai$ desse 1nt111clo cri,uivo t.u11bé1n dcscnvolve1n novas núdias. ou seja. 1'10\'0S veículos de co1nunica~ào, conto ouid()()rs ihuninados e displ(!1S inter.ui· vos 11as calçacla.'I das cidades. Diante da i1npor1ância da criatividade pal'a o 1nu11do da publicidade. nada n1ais sensato cio <1uc os executivos desse 1ncio qucrercn1 IOrn1ar equipes con1 pessoas clifc· rentes. Ent raz..:io de sua di\·crsidadc, csscs funcionários ttu1,bén1 ·bolar.io' ideias difcrrnt<:s e terão pontos de vist:,

diversos. Essas discordâncias pcnnitc1n que as alternativas geradas par:l as ca111panhas scja1n basl:'1.n1c criativas, ao funcliJ·cn1 clcr11cntos bastante diversos. Alé1n disso, ~, di· versiclaelc con1b;.nc o pcnsa1ncnto de grupo {ou .t!ro11p1'1i11k) ao f.--izcr qo<' ;'IS pcs.so::is. disc111an1 sua~ id1~i..1s e ht1$qutn1 rc·pcnsél·h1i; constante1ncnte. ,~slo que. graças i,s direrc1u;a$ individuais, rar-.u11t··nl(: se <·onsc·g:1,1(· chegar ao <:011:;,·ns.o t•1n u1n,1 agência d,· p11blicid,1dc.·. No csc1itôrio pattlfata da él.gênc.:ia ele 1narkc.·ting \ Vunclcr· n1~u1, por cxen1plo, a equipe de n1ais ele 250 pessoas é con1· posta de funcionários ele difcrcntts raças, idades e rcligi<>t.·s t <'001 for,naçõcs c; p«fi·l'i·11cias ha~uunc di\'C1'$i.\S,. Para S(· tc.·r

Diversidade nas organizações

61

Batista~\'Ícc-presidc1ue e.xccuti,'O da \ Vu1,dct1na11, boa p...1rtc do ç1'CS(;i1ncn10 (111u~il da c111p1-es:l, de cerca d(! 30 por cc1110 crn 2006. dC\'CU·SC à criatividade do tünc de funcioná1ios. <: co1nplc1ncnta dizendo que '\una equipe co1n alto grau de é n111Í10 111;'1is do C:(UC cri;ir estereótipos. Signili.ca :=1lcan<;••r un1 entcncli1ncnto cuhural pn)Íuudo'', cont
Questões l. \ iocC ach:.:i c1ue a divcl'Sicladc na equipe ele trabalho é ga· ranLia de c1·iativiclacle no trabaJho? O que ele\'(' ser feito 1)Clús gc....,to1·cs para que a clivt:1-sidade dos fi1ncionários st"j:t plt 1la1nc11tc aproveitada?

2. Q}tais \'OCi: acha qut são as dificuldades c11fh::1uadas por urn gcstot f)ár.t gerir u111;:i equipe co1n t.,•tnclc divt:rsída· ele cultu111I e dcn1ogr{11ita?

unia ideia, na \ \'undcnn;u1 Br.,sil~ h;:i desde n1úsicús ;ué ,na· tcrnállcos e histori:idorcs. l~ o ~ lolitcrno, \icc·prt':Sidcnte de

3. 1\ diversidade• pode c·l<·var has1ao1c o nÍvl~l de ('riati\'idadc de tnn ti111c. fi1zcndo q1.1c elt dcliCnvolva :-1hcrnativtu; i110· \·adoras p:tra a rt"soluçào de probJc1n;l.s. No entanto. ela

cri<>C1:, ateu forn1~1do cn1 puh!icicladr t propaganda. f\ diretora de tecnologia, ' là 1·· cila Stctt~I', por sua v('z~ é ui-na as.trofisica judia, qut~tcrn coo,c, ul'n dos hobbiCl pesquisar n\ln1cn:,s 1>ri1nos. Se~'l1ndo 1\dili;on

tan1bén, pode prtjudicar a ton1ada de dc<'isào t·rn alguns pontos. Corn ba..,e no cxen1plo ela.~ agências de- publieida· dt:, liste alguns prob1eo1as ()(:asio11ados pela dh-cl"Sidadt: durante o JH'()<'(;l.SO de('isc\tio.

-

t. ·rita Ucnon'',Efas qucre1n c:rescc.r... El;is t"Slào nlais n1adur:t..'i", f.diç;'\o Especial lótl S/. l /'f.v1.r1u 200i

1\.;;

n1elhol'CS

c1nprcs.;L;; pi!r.t \'(>Cê tr:;th:,lh:1r; e O:,nic.·I:, l)iniz., •·t;,n lin1e cxcrnplar J>ara o B1·asil". Edifdo f:.ijJ«i11/ f'ixl S/A E.,·a11u 2009 :-\ s 1ndl1or..:s e1np1't'Sas parr, \'OCê 1r.ib:\Jha1·.

2.. lnuário I''.Slnlisli,odt Urosil 1981 - IBGE; e Luan:, Lourenço, "~·l ulhcn-:s . $i\o n1.-io1ia nas univcrsid.tdcs, 111:,s 1ê1n 1111:nos cspnço no 01('rcndo de 1rolxdho", .-l_ittntio llrasil. 29 ::igo. 200i. 3. ''Hm;;il j:í 1cm 1nai$ (i(' 180 rnillu;°tC..'$ d1.• h:=,hiuuufi;''. Prrg(fm> da J>opulofil<> lJt1uiltirt1 IBGE. 2004. 4. 0. 1\. I.J~u·riso,1 1 K. 1-1. Prícc ..J. li. Ca.vln. e A. 'í. Flvrey~ --~rinw·, '("<'; e 1). ,\. f·htrrison, K. li. PriC(:, l' )1. I~ B,·11, "Ucyond

Rclaúonal Ocmog1':lphy: ' limé and 1hc Eílem of Su,fac,., .ind l)c·e1>·l.cvtl Oiv~;:r$ily on \Vork GrQt•J) (~olu':$ion", Atndc,~r oJ ,\J,v1agnnc11t]<>urnal. 11 . n. 1. 1998. p. 96-107.

S. I~ Ch:ittopadh}'\\'Sl.:.:t e E. G<:orgl·, " ldcntifying l11c lngroup: 1\ Clo:.cr Look at lhe Influente oi' Ocntograph· ic Dissin1ilari1y on O tganizational Ci1izc11ship lx•havior...

Arad11,ry- ef .\lo1~'1gf-11ttt1tJoun11)/, 42. n. 3. 1999. p. 273-207. 6. 1... ~I. Conina, " lJnscc-n h~1l$.ticc:: lnci\'ility a ;(()(lcrn l)iocri1nina1ion in Or~r;iniza1ion$'', Acodn,9 ef .l/anogm1t11t R«uu,. 33, 11. 1, 2008, p. ,;,;. 75, 7.J . Lt·..,itz. e I~ Shishki11 1 "~·lon· \\'orkc~ Cite ,\ge Ui,,s :\Jlc r

L«rolü". 11;,11 Sifttt}oumal. 11 nw. 2009. p. D 1-0 2. 8. \\'. !\·(. Bulkcl(')~·:·\ Oat:.l•Storngc 1 i1an Confronts Bias Clain1s'', 11 ~// Strttlfl'ltrnnl. 12 sc·t. 2007. p. 1\ I, 1\ 16.

9. 1). \\':1lkcr, "lncidc111 ,vith Nl)()SC.• Stirs Old .\lcrnorics", .\Jcl'l111t~r 'Jíib1ll1t /Jusi11m ~\tlt'l. 29 juu. 2008: e 1). Soli."= "Rat•ial Horror S101its Kt.."Cfl El~OC llusy'". hiti§ll·flitldu ç{ ribu11t /Jitj1°1u:b'_.\ '(u·l, 30 jul.

20051 !), 1.

10. H. lhi..;;h e 1\. Sl('\\-:,n. R<(,Qrlon //oi( Cri111a a11d Disrrin,i1ullio11 A~1.Q.Íns/ Arob Amnicons: ffkt lbsJ·St-ptn11ba I J /JacldaJ1. Stptn11btr 11. 2001 Ortobtr JJ. 2001. \ Vashi.ngton O(;:, \ rncrican~ Arah :\ 1ui-l)i.scrin1in,uio11 (:onuninct·, 2003.

62

Compottamento or9<1niza~ional

11. 1\ . R,:,,tghav::en, '·\\':,U S1rc<:t's Ois.1ppc;:11i ng \Von1<;n". FiuWs.

"'ª'·

16 2009. p. 72-78. 12. 1.. ~I. Conin:l, "l:ns-'('n Injustice: lnrivili1yas .\lodern Discl'i1nioation in 011r.1nizationf ·, :Jrodnnr oJ .\lá!U1!'tl11t11I lln:ian 33. n . 1. 2008. • " l3. "0:s ido:so:s no 1ncn.-.,do dt• u-ahalho: tcndênci;,s e cons<.'(1uêoci;,s", lpca. l4. C l:uir. 2003, p. 1) 2: e K. A. \\ 1'('1111 e '1:J. ) laurcr, ''BclielS 1\ bout O klc r \\'01i.t:n-' l.carning nnd l)<'\'t. lopn1<·111 Bchavior in Rf'huion 10 l~·lir{.; .\ hou1 ) lallc.-.bíli1y of Skill~ 1\ gc:·Rtl::i1cd l)cclinc. :ind C:o ntrol", 0

0

]oumal ef .~pp/;,,/ .'>o,;«1 1',;dwll>!J, 3-1, n. 2. 2001. p. 223-2-12 IG. O. R. l) a"it.s. G. ) lauhc\,1 e ( :. S. K. \\'ong1 'l"\ gcing :?111d \\é)1·k·', iu ( :. L. ( !oop,·rc 1. ·r. R<•htrts011 {Orgs..). /11tn11t1tiorulÍ Jl,rüu: ef /11d11.rlri11I and ()1ga11i~ario11nl l '~-,d1Q/.ogy, v. 6. C hichcs1cr, UK: \\il<'); 199 1, p. 18.1·1 8i. li. ~ 1arianc ·rh::in1s1cn, " f.n11>rcs.'lS ç-ri;in1 proi,,.,-::unas ele 1-...·enua.n1cr110 p::11-a idvsos"', O (,'lobo 01t·li11t, 25 :,go. 2006. Uispooivi:1e,n: <""''" ~oglobo.globo.too1/s.'\udc/ 1crtr ir.1ick1dé I n1t11/2006/08/24-/285!i997·10.a:sp>. 1\ ccsso

c1n: 17 dez. 2009. 18. P,n1lo i\ gui;ir do ~lon1c; ~lari.;i ngcla Rangcl jacqucs Pcnido, ··J:Xu;nninanu."$ d:1 (~J>crnda do ,·01prcgo urbano e rutal no No1·dl~s1e brasileiro··. Rn:ÚliJ 1/r &~11wriio t S«iok,1Ja llurál." ·~6. 11. ·f. 2008. I~). R. 11 HàC'kcu, ' /\gé, ' ICou1~. a1ld J~rnploycc :\ bs<·nlc:cis11i··. RtfotU>ns,jul. 1990, p. 601 -619. 20. ,\ . ~l. G. Uych,1ra. ltirq11~
//""'º"

dr.rtfados: n r(/Q(flum da /()npidnd~ pda ;,,,prnl.S(I braJifeirn, 2004. 21. Ci1ado por K. J,3bid1 . ..·rhc ~c,v Un("tnploy<'d", /i>r1u1tt, 8 mal'. 1993. p. H. 22. \ ~r G. ~l. '.\lc.tvo)' e ,,: F: ( :..,seio. "Cunlulativç E,·ir:tcciC':11 ;nd 'flttol'<'t.ical L,npli<:õ'ltio,ls of 85 y._.,1.ri. of Rcs<:atth r:t11clinj.,-s'1, l'~'ra$ do pai.~". Tri,1 OJ,mtrli(afà() lilnpusoriaf, 2 ~ j an . 200B. Oisponivcl crn : <,\"\\"\\:trixc.co,n. b rI n •1<·a.,;c: / ·1--1 / n111lhcrcs-oc1, p::11n-80-clOS6c::argos-c·n1-unt:t· elas-nKt.iorcs-1.·nlpr('SO..S·. 1\ cc.-soo t'1n: 17 tk-z. 2009. 1

26. \~r 13. i\1. \\"riss. G. Kcnunlc-1~I·~. t\ . Dt'i.~nhíunn1c1·

1 \(

\V,

Flc:ischhàcker (' ~l. Och,zcr. "Sex Difrcrcntt:-; in Cognilivc Funclion.s", /'trsa11nlüy ,uu/ l,u/ã.'idual Diffmnra. sct. 2003,

p. 863·8i.); e 1\ . F.J on n. K.J .1\ns1ey, f·I, (:hl'istcn~n e u. Rodgt1'S. ··c ('1ldC1' Diffcttntts io Côglliti\'t 1\ bi.lüics: ' l'he ~lcdja1ing Rolê of HcaJth Statc and 1-ltaJth Habi1s", Jn1clligc1u;<;. j;u1. 2004-, J>· 7·23. 27. \ 'cr ~(. ~I. Bl;u:k t: E. \\C1-lo lden, "'J'he lnipacl o f Gcnder <>n Pl'OOuctivi1y .ind S;ni~Í.'t<'1ion 1\ tuong ~lcdic:,I School Psyt."hologis1~··•.Journa/ ef Cfit1itaJ Pv'f'/i()/~~ ;,, ,, f«tkal Stui,igs, nl~tr. 1998. f), 117 • 13 1. 28. ~1. I~. Heihnao (' 1: G. O ki1no101 "\\'h> A~ \\'o,ncn Pcn.1li1.cd lôr Succw at ~(;tlc: ·r.,sb? ·nH· ln1plicd Co1nnu1n;dity Dctici1",Journnl ef1lppfi«l l~!l'· 8 1-92. 29. P. \\: l lorn, 1.. Robcr.s-1o n (' t\ , 1). Elli-\ '·Ch:lllenging (:o n\'cn1ion:'1l \\'isdon, t\bou1 \\'ho Q uifs: R.t"\'Cknions Íl'Otn Co rpo1-,;,1c t\1ot1·ie:a··.},u1,u.1/ oj Applit1f {'vrJu,lqg,:. 93. 11. 1.

2008, p. 1-3·1. 30. \ 'cr.1>0r txen1plo, K. D. Scou e: E. I.. ~lcClcllan, "Út·ndcr l)iffi•rt'nCt'$ i1, Abscn1cci1'nl", 1,1/Jlir P1.rs011111 l 1\lnn1,gm1n11, \'\;ràO de 1990. p. 229~253; e;-\, \ ':indenl ICU\'CI e .\t \\'oodcn. ··Do L-: xphan:itionsof .·\ bse,nttis,n Oiff('1• lô r ~h·n aod \\'o,ncn?" f/u1ru111 llef(llio11J, 110\: 1~)5. p. 1.309-1.:529. 3 1. Sand,·a ) laria de O livcir:.1. AbK11kfs111() n11111111/1~ns. 1988. 32. \ 1cr. por ('xcrnplo, it. l ';,i1. ) 1. Y. l';\(lgen e·.: ·i: Uald"·io, ':Job an.d Li!C $:,ü~l~trtjúo: ;.\ R.cc,,du:uion of 1hc S1n:ng1h of 1he Rela1iQnship :anel Gcnd cr EOC<:1!1: as .a F11nt"1jon oí thc: J)a1c of tht· S1udy''.,j11un1al ef Ap/,lkd PorlHs. 6 sc1. IWt). p. 202-208. 33. S. H:1lry·1tio, " ~lc u·s \\'01'k·Lifc Co110ic:1: Carécr. Ga,·e. a nd S<·lf:R1•:tli1..a tion: P;,tt<;rns of Pri,,il,•g<:s. and Oik nun ns". G'nuln, ltórk& OrgdaJ, 26 rnt,r. 2009, p. l1\ . 3·1. ~1. 1:-: . f-lcihnan t 1: (:. O ki1no101 "'~lothcthood: 1\ Po1c1nial Source oí Hias in E1nplQy1nc11t lk"t"i.:.i()11s'º1Joor110/ ef .ilppf1id l'!)YIIO!og~ 93, 11. 1, 2008, p. IH9-198. 3j.J, ~I. S:,coo, C. R.. Schcu. t\ . ~!. Ryan e r\. Scluniu, 't\n hl,'t~1ig:,tion R,,,·c .ind &x Sin1il.iri1y F.ffc<'ts in lnthr",Jt>11r,ud ef Appfitd PJJ, 2003, p. 8f°)2-86S; e C. ~ - Po,,,,:11 e· C>. r\. Buut•rfi<·kl, " t-:.xplo ring 1lu; ln fh1<•nc:<· o f Occi~ion '.\·l akl'l;'i' Rac<" ;,ind C:endcr o n .Actual P1'(>1llo1ions to ·rop i\lnna,_~t1ncnt" , Pmonntl l's_JdllJ/qg1, 55. n.

or

2. 2002. 1>, 39;.,128. 36. 1). 1\ , Kl':l\'itz, 1). ,\1, ~ layrr:. l... ,\ I, Lcslic e O. l..í.."\··Att>~

or

" Rl~acciol\s 10' l\ ,·o V<:rsiol\S 1\ ffinnati\'C 1\ ttiún Prog,~uns i.n E1nployn1cnt: Su111n1fº 35 'r(Y,'trd<>S rc.-«OC1n n1c1ndç de &11:irio.s de b1':lncos. dii IBGE'", J;,JJui (ltS. Pt111!1>, 1i no,~2006. 38. F~ Hobko, R 1.. Ro1h e- 1). Po1osks ··J)l"riva1ion :•nd ln,pli(alions of a ~ l<:ta·1\nalytic ~ hul'i:< l ntorpora1ii,g Cogni1ivc 1\ bility. 1\1tcr11ati\'c Prcdicto~, ,u1dJob Pcrfvrn1~11«-'', / ~1111<( f "!J-·du,logy, o utono de 199<J, p. ;)6 1•

:>89. 39.

~1..J. R\'C, 'J: R. Cnm:ua e.J. R. S1cindl. "(',ognitivc Ahili1y··. in ~. . -\ ndtrson, O. S. O ncs:. H. K. Sinnngil e \ l j! \\ (."i,\f:C)r.:IH {Ôl'gi..). Handbool
e.

O,ga11i·

2 19-232. V. l. 40. \\', ·1: Dickcns c j. R . Flynn, " Hhu:k 1\ n1c:ric:,u1s Redure thc Rac-inl IQ f;:,p: F.,'ld l"ncc- fl'()nl $1<1nd:irdi7.:ation S:i1n plC's" 1

Capítulo 2

Pvd1'iqgi,a/ .5,;e,,u, li, 2006. p. 913-920: e C. ~lurray. ··Thc J..h1gnilock ~uld Co,npooenu or (:hJn,ge io Uk1ck-\\'hilc.- IQ ü iffcttntc fronl 1920 10 1991: t\ Hinh Cohon t\ naly~i.~ of the \ \'oo, 23~·295: e R. E. Ni.sbeu. " Ht 1't.-dit}j E11\'iro111nc111, a.11d Ra<'c: J) iffi·1..:ntcs i11 JQ t\ C'.on1n1c.,uary on Rus.hton :u1d j c:n.scn (200:'">)'', l 'ff,,biir Potii:i and tht li:ui; 11, n. 2. 2005. p. 302-310. 42. L. R. Rc;n. R. L. P:u·n::old e 1\ . Coklla, ·:·\ ~lt•1a-1-\ nalvsi,; of l~x~-ri1ucn1:,l StucUcs on thc.- [Oi..-cts of Disability on i Iunlt1J1 RtWUl'Cl~ J udgt1n<·1ns'·. H111t1át1 l(tM>uree ,\ /0114,un,ldll IW:ir.c: 18, "· 3, 2008, p. llll -203. 43. S. 1\bno11d e 1\ . 1--lcalC), ") lcnlal l·lcalth aud 1\hsencc frmn \\'orl.:: N<·,,, Evid,·ncc fro1n thc L:K Qi.1:111crly Lahour 1;;.rr.c Sur,,~r. 1látt. En1p/{Htl(r1/. nnd S«iay. 17, n. 4, 2003, p. 73 l-742. 44. E. l..ouv(:1, -Sorial.Judgi"nl<'Ul 'lb\\71rdJob 1\ pplic:uu.s \\'Í1l1 l)isrihilitics: P<:1ttp1ion of Pcoonal Qur1lilics ~111d Co,nJ>élencc.s'', llrllabililolion PJJtholog;: 52, n. 3, 2007, p. 297-303~ e \ V. D. Gou\'icr, S. S)'1Sn1a:.Jun:l.;1n e S. ~layvillc\ '·J>:uu·rns of Ois,c1in1in;uio n in l liringj ol> i'\ ppliç:-,nts \\'11h l)is<1bilities.: 'íhe Rol<: oi' l)i$.i.bilily ·r>1>e,Job (~>n1plcxity ~,,d Puhlic (:o,n:,cf\ J(d1llbilitati~11 Ps;tli<>lf>g,:. 4-8. o. 3. :1003,

1>- 175-181. 45. 1\. O:,lcll.-, ,\ . S. DcN'isi e 1\. \ ,.:u·1na. "'l'hc lmpacl uf' R:11cc's J) is;1bility on Pcrfonn,tncej udgcn1cnL,; :•nd C hoicc

as 1':lnncr: ·rht-· Role of l)is:cibilily:Joh Fil Sl<:l'('Ol)1XS :lnd InlC•'/()g'!, 83. "· l, 1998. p. 102-1 11 . -16.J. ~f. Czajka e 1\ . S. Oc:Xisi. •·f.ff«u: of El'uo1io11al Disabillily ~1nd C lcar PcrfOnn:u1cc Standards ou Pcrforn1.incc Ra1inh,rs" ,

A,ad,,n;•ef ,\la,wge,nt11t]f>urnal 31, n. 2, 1988, p. 39,1-·IO.I. ·17. B. S. Bcll e K ..J. Klein, "Efli.-c1 of l)is::ihilit)~(;<·ndl'r, andJob 1-"''CI on R:uing.- of Joh ;-\ pplirnnu:", ll,lwhili101io11 PfflogJ; 46, n, 3. 200 1. p. 22g..246; E. LC:Hl\'CI, "Socia.1.Jud.gcolCIH 'fo\\•ard.Job t\ ppli(.<1t1ts " ·it..11 l)is.,bilitic-...: Perccpt..ion of 1\:rsonal Q uali1i(."$ :ind Co1npt-~tt-•ne<·s·1•

·18. '.\ 1. .,\ . ~1i11011cs,J . K. H.>rd t' ?i. 1. S. 'IÇa,:hout, "'n" llr/111i01uJ,ip lk11,wn I ló1k 7. 49. (. R. Gc:ll::i1l)', .. lndi\"idua1 ~,nd G ro up l)ctl"rmin:inu. of ~n1ployce 1\l)S(n1tcism: 1('$t of ~ C~us:ll '.\lock•l"•.J&1.1rno/ ef Otgani.ta/l(}tutf &lw·itJr, sct. J 99j, J>· ·169...~85. 50. P. O. Popp cJ. A. H('lohla\~ 'í-\hscn1ee~inl in a L.o,\· St::iius \\'c,,·k En,·iro111nco1" , Aurdc,r!J' ef ,\Ja,wgemmt]wrnal. SCL. 1982, p. 681. S1. G ri1Tc1h, f·lont e C,,cnncr, ':,\ )1c1a-t1ra ,'Oc(· 1,·~ba.lh.-ir. p. iO· i2 53. ···O J>.1pél
  • Urrt Stlrrtio11. Chic::1go: l)ryrlcn P"-"AA. l~)U7. SS.J. ,\. Hrcaugh e ll L. IX)Nle:11, "'ll1c EfTcc:ti\'cnc"'<$of Biocl:u:• for P·l'(..·dicting ' f\1l'n0\'('r" 1 1rn.b<1lho :,1>•'eSCllt3dC> na ..Valioual

    .--l
    ~°'" Orlcnns. ago. 1987.

    56. \\: va.1, 8l'euki"lcn, R. van dei' \ :lâs1 e H . S1c-,·1lS'1na. ''VOlun1,111· E,nploycc 'fun1U\'t:r: Co1nbining \ ':uiablc$ fron1

    Diversidade nas o rganizações

    63

    1hc ...li-aditional' ·run10\'er Litcr:uure \\'lth 1hc 1'1u...X1rv of Planncd llc:hUtno/ uf Orgoni~otional lkluu-Wr. 25. 11, 7, 200I. J>. 893-91-1. 57. ·:·\ iun<·11l:11n dtninlciall <·o,ura io1olc·r-:111d,, religiosa 1\0 llio'', /t,rtol GJ, 2G jan. 2009. 58. "Elas estão nu1is madur.Lo;", Edição Especial jO(/ SA J:.,'x11n1e 2007 - .,.\.~ 1nclho1'\"S çn1prc:;:l$ par:.1 vcx(' lt:,b;1lh::ir. 59. \\'illi:un i\h,g:ilh:ics.. '':\lt•ll1ort1> c;1npn,~'ls parn lr:,balh:,r desconhcccn, funi"ion:lrios ho1n()SS('xuais"' R1...·'\'isu, A ('.opa, 1.) fc,, 2008. 60. \\'illi~tn ~lagãlh,1<'~ "~ltlhorcs c:1np1'C.~...-.s f)<\ra lrab.,lh;1r dé!IC011hecc1n fu ntionários honl~xu:üs". Rt-"·ista A ü,pa, 15 írv. 2008. E.i 1. J.. S. Coufredson, "'l'hc~Challrngc <111d Pro,nisc t)I' Coguitj\'e Can-c·r :\.,;sc:ssn1e~n1 ",Journol ef (:Or
    2003, p. 115· 13:i. 62. i\f, 1) . DunncH(', "1\pti1odes. 1\hili1ic:st :111d Skllls", in ).1. O. Ounnt'HC {0 1-g.). lia.ndbook of lndus11"i.al and O,-g:u1i1:ati-Ooal [•11}-CholoS): Chi<.:ttJ..,>ó: Raucl )1tXall)~ 1976. p. -~78-48!t 63. Esta di'.54.·ussào c:s.tâ fi>rtc1nc11tc 11.tscáda cru D. E H:dpcrn, C. I~ Hcnbo\,~ D. C. Gca11~ R. C. Gur.J. Shihlcy 1-lydc e ~l. 1\. Ccrnsb:1chc1\ ~..1,1c Sc:iencc of Sex OiffCrtnccs in Seicnçc and .\ l::ithc1natiC'.s··, Psychologk·al &·ie11c<' in lht Public ltltt~1"'CSt, 8, li , 1, 2007, 1>, 1-5 1. 6·1. ~ationa.l Scicocc fou ndalion. V:,ulrr D{Ohfl1ta 111 tl1r Con-m ~f Aradm,ie &in1tisJs a11d Engin«rS (NSF O.l--:{23}. 1\ rlinb'1on \ 1: \: Di,~sion of Scicn(c' Rcsourrc.-s S1:ttisti~. 2002. 65.J. F'. St,lgado. N. i\ nd('rson, S. ~lo:;foso. C. Bt:rtu:,, E de." F'1·uy1 <' J. J~ Roll:,nd, ··.A ~le1:1-1\nnly1ic Stud>• of C<-nc•r:-il ~lcn1.\I 1\ bilily \ 'alidil)' rol' íJilTcrc,11 Üt'<'Ul>a1ions in thc ~: uropt":111 Conununi1y•·,Jou,na/ Qj' AppliJ_J.,J,olt,gr. dez. 2003, p. 1.068- 1.081 : e E L. St·hrnich cj. E. l·(u111cr, '·Srl<·c1 ( HI lnu:Uigcnc·c", in E. 1\ . Loeke (Org.), llt111dhooA· ef Pri11(1p/rs ef 011.011l~otior1ol lklta-:;ior ).lnidcn, ~·l f\: Blacl:\\'tll, :lOO·l. e)G. , ~Ganz::ich. "I ntclJig~~ucc and.Jub S:uisl'hclion ... .-Jtodttity ef ,\/111u1g<"1T1t11l]ournal. 41 . n. 5, 1998. p. 526-539: e \ : C:1117,ach, " (ntclligcnc:c:, F...c:lucation, and F11c-cts oi'Job $;ui!'tfac:1ion.,, 11&,k arul O<,upotions SO, no. l 1 2003, 1>· 97.J 22. ei7. Fernanda llouoni. "01\'('r.;idadC' nas c;1nprc~as''. R1.-·vis1a f(J{( S/A 0<.'S<-·nvol\ln <.ua Cr11•n-i1-:1, ('d, 124, 1 ou1. 2008. 68. E. t\, Flcislun~n. •·[\,;-1lu::11ing Physi<'al 1\bilhi1.:~ Rcc1uir('d 1)) J obs:", /'m()t1111/ At!,ninisholor,jun. 1979. p. 82·92. 69. 1). R. ;-\v(1)t "Rtac,ioos 10 Oi\'tNil)' in lt«rui10,c11t :\ d"·crlisiog: :\ re lhe DiflC1'é11C'ci Blacl: tuld \\'hi1t•?''Journal of ;\ pplicc-1 Psychol~,y. 88, n. 4. 2003, p. 672-679; E i'.\lcK:1>' e O. R. f\ \'cry, '"\\'hnt I las Rrice (;01 10 l)o ,\·i1h h? Unrovcling lh(' Role or R~1dotthnici1y in.fob $(."('k('1'S· Reactions 10 Site \ "isi1s:'', Ptrsonncl l'sythology, 59 n. 2, 2006, p. :{95.,129; (' 1). R. J\,,~I)' e l~ E ?i. lt K.l)'· ···r,.rgc1 l'rac:1içe: 1\ n Org.1ni1::uion:il ln1prr:-.,;}()n .\ lanagtnll'fl1 .'\pproac-h 10 AHl':"l<'ting ~lino1ity and Fcn1a!e.Job ..\ pplic;lni,s", Ptrsonncl P:.)"C;ho!ogy. 59. 11, 1. 2006. p. 157-187. 70. ) 1. R.. Buckley. K. 1\.Jacksc::111 1 i'.\I, C. Boli110, J. C. \ Cres t HS. l·i<'ld, "'l'hc l11f1uc11tc of Rcl:uional OenlOf,•·raphy on Panei lntt•rvic-," Ra1inbrs: t\ Ficld Expcri1nc:n1'', Pcn:onnt"l P,ypli(-d 1

    Ps)~holo8); 88, 2003, p. 352-865: e.). C. z ;,·gçrc e l'.J. Man~c-s, ··r.1nploy,ncn1 L)iS{'ti1ninr11ion: 'l'hc Role of l1nplk1

    64

    Compo1~mento organiia~ional

    .;•r11c Jnílu(:n<;ç of ' li-:iining n)Cus and 'J'r.,incr (:har::i.c:tcrislÍ<'S on Div('n;ity 'f'l'aini,,g Effecti\'e11cs.s", /i(t.i(/mv· qf ,\/a11«1,1(111n11

    1\ 1li1udcs. ~fotiv:uion, and ;, Clinla1c for R:u:i:1.I l\i3s", Journ;.\I of .\pplj-..·d PS)'Cl·1ology. 90, 2005 1 p. 553-562. 71.J . Schaub1-o«k e S. S. K. La,n. ''HO\\' Sin1ila,·i1y to l'ec1'S aod Supc:r\'ii:ot IURuc:11cc.\ Organit-g1,

    úttn,;,,g 1111d &lutt1tWII. i, n. 3i 200U. J>J>. 3 ~3-354; e R. .•\ n::tnd e• ~ 1. \ \'intcN. '~\ Rct~ JX.'CIÍ\'(; \ ljç\,' <>Í Co11.>0r..ttc l)in..·ri-ityl'r:,ining- fmn1 196·~ 10 1hr Pr(1('nt",. lradm!)' ef .\ ÍrJJlfl..fYltl.(nl /..t(lrni,k# a,u/ EdutatiJJrt.. i, n. 3, 2008. p. 35ô-3i2.

    i9. Q ~I. Robcnson e C. K. St\"vcn:1:, ··~t=.,kinv. S('nst of Oi\'C1':';Íl) '

    6 1, n. 2. 2008. p. :1+9<17-1. 73. 1\ . S. ' l! ui. ·i: D. Egan e<.:. ;\ , ó ' Rcilly. " Bc iug: d i1ftrc nt:

    Rcl.itional dc•n1ugraphy ::1nd organizational ;u1ad11n1~1u", • Jdr,1;11istrati1:r S
    1992, p. 5 ~1-5i9; e.J.

    '.\ l. S"'cco e N. Sch1nin, •:,..\ J))'nan1ic ~luhitrvcl '.\ Iodei of Oc1nogt:.1phit: Oivcn;ity :-,n d ;\ lisfit f.O't-etf',J()11n1a/ ef. lppli'rd l'v·r1,o1~lfl, 90. 2003. p. 203.231. 7,1. P. E ~lcKa}: D. R. Avt'l)'· S. 1011idcu1del, ~I. 1\ . ;\lorris, ~I. t-lcr11and(:7, e ~I. R. l·lcl:,I, '·R:tt·i:d l)iO(•rl·nces in E1nploycc Retc1uion: .AI'(' l)i\'\"r$it)' (~linuuc Pcrtcptions 1hr Kcy?" Pmo.n,11/ Ps.,1holf.Jg'1, 60, n. 1, 200i 1 1>, :J5-62:. 75. S. ·r. Bc:11. "Occp-,1...(:v~.·I ConlJ)í)91ion \ ~u·iable.s ,i.s Pl'cdic101-s of ·rca1n Perforin:u1cc: t\ ~lcta-t\nalr)'.i.s",_]mtrnnf ef Appli·615: S. K. J-lonvilz t' 1. B. 11onvi11., "'llu.· F.ffi·c.·1,.-; <>Í 'lÇan1 l)Í\x."1-i1,• o n 'l\•:o11n Ou1co1ncs: 1\ '.\ lct::i-.'-\n:tlytic Rc.·\'i(>\\' of Rcl;1ionshiJ)S

    fk·lwttco 1(·a1ll 0-..-si,gi, fcatu1't':S and ~lêanl Pcrl'ol'1nancc'·, Journlll of ,\ la11ogn11<11/. 32, 11. 1, 2006, p. 29-J4; e t\ . J O.!ihi e t-1. Ro h "'l'hc Role of Co111ext in \ \'ork ' IC:un l)ivcsi1v R<.t•arch: 1\ '.\ l<.:1a-.<\nnly1ic R.cvic" '" , . lradt1t!Y ef ,., lr111aJ,'(1n1111:/tft1rr1ol, 52,

    "· 3, 2009, p. 599-627. 16. t\ . C. Hon1an,J. R. J-lolltnbc•<'k. S. f.. Hun,phr")', 1). \<':tn Knippi.:nl>erg, O. R. llgcn e G. i\. \ :an Klccf. "faC'ing DiOl~rcncC"s \\'lth au Opcn J\ lind: Ôpcnut-ss to l~ pc1i cncc. S;,licno· <>f liural,'1-0l•P l)iffcrcnc·'-'"!,., ,,nd P,·rfonnanc·c: of Oiversc \ \'ork CrooJ>S". Aa1der,'!)' ef .\/(IJ1~11n1Jo11r,1al. 51 , n, 6, 2008. p. 1.2()..1.1.222. ii, E. K-..·arncy<' 1). G<:h('n. ";\ l;:inaging l)ivc:rsily and E11h~1ucing 'lêan1 Outéou1c:~: 1'he Pro n,be of ·r rausforinational Lcadcrship" .Jo11r11nl ef Appfüd l 's.,
    io thc \\'ofi.:.plaéc: Organizationalj usticc and i11 En1plô)'(.."t~s' ,\<'c:ou1Hs of l )i\'t: rSil)'·

    l .::111gu:·tg<· ,\ t»1n1t li011

    no.

    8 1. 82.

    83.

    Rclatc:d lnC'id<.:nts",Jourria/ ef. lpplüJ Psyrholog): 9 1, 2006, p. 379-39 1; e O. 1\ . H::irrison. l). t. \. Kra\'i1z, O. i\l, i\1:tyc:·r, 1.,. ;\1. l,tslic e O. Lcv•:-\ rcy, •·Undc:1'Standi1\" 1\uitucks 'ló,\•ard t\ ffirn1.tti\'é At tio 11 Progr.uns in En1ploynu:111: Sununary aud '.\Jc1a-t\n:1l)·si,; of 3$ Yt<;u-s or Rest•arr h" ,Journ,tl ef Applird f'9yJ,ologx 9 1, 2006, p. 1.013-1.036. A.. KalC:\\ !\ l)obbin C E . Kt'lly, ·•Bçst l,r!'t('IÍC~ 0 1' u ~·s1 Gurssc.:~? .t\ ss,c:..<.ing 1hc Effic:-tc..')' of (:orpo,·,u-..· ,\ ffirn1a1i,·-..· t\c1jon :uld Di\'él'Sil)' Pvlit'lt·.f ·. Amffl(a11 S«io/qgitol Ra:;nti . 71. n. •1, 2006, p. 11-50. I-Crna11da Uouoni, " l)h1.·r:sidadc· n:,s c111prt$.1:,;.. , ltc,•istá f 'ixl $/A - l)cscnvol\'a sua (;arrtint, c'. Guill:nunc t S. P(l(hi<\ - \ \11:.1 \ \'ould ' 'ou S:i.criíi('("? Access lo 101> i\1,,nagcnlcOl :1Jld th(· \ Vorl..·Lifc B~J ;.ul<'c''. Gnu/a fl õrk & Organi~atkm. 16, n. ). 2009. p. l ·1-36. C\, Bárbcr, "Edu<::1tioo~d ,111d f.c.x,logical Con'Clàt~ of IQ: 1\ Cross-~ational ht\'cs1ig.11ic)n"1 /,i/1Jli,gt',1rt. 1n;1io/j1111. 2005, p.

    84-. e:. 8.>.

    273-284. 86. R. lklln1nn, ··RC"\·en,:11 of l'()nunt' l,;ol:ucs lndia's Rr.1hn1i1-is'', 11flll Slf(tlfl,r1111f. 29 de:... 2007 • p. J\4,

    87. :\ . Sip1>0la e.•\ , Snlalc. "'l'hc Global lnt("gration of l)ivcr~ity . Case Stud)"'· /nl(n1áli<>11t1l ,\ lanagcnl('lll: .•\ 1.ongitudioal Ja11n1al ef Hunia11 lll'J· 1.916. 88. ·r. Cox ç S. Hl:ikc. ;''.\ h1na!,.'lng <:uhural divt'rsitr: l1nplic·a1ions for org:cini1;:11ion::il conlpc"liti\'tt1('*5'". Jardrr,~ of J\/(lnngnnn,t E.wtytitV', 5, 199 1, 1>, 45·56. 89. 1) . Uyrn('. 1111. f ttratlilm Pflradign,. :,.:(;,\' \ "orl:: Acadc1nic Prcss,

    1971.

    3

    Atitudes e satisfação no trabalho Al,i tudenào é l,udo, mas q1wse. - Ma»ch.el.e no New Ym* n mes, 6 ele agosto ele 21)()6

    OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM Depois de ler este capít u lo, você será capaz de: 1

    Contrastar os três componentes de uma atitude.

    2

    Resumir a relação entre atitudes e comportamento.

    3

    Comparar as principais atitudes no trabalho.

    4

    Definir satisfação no trabalho e mostrar como esta pode ser mensurada.

    5

    Resumir as principais causas de satisfação no trabalho.

    6

    Identificar as quatro respostas dos trabalhadores para a insatisfação.

    7

    Mostrar se a satisfação no trabalho é um conceito culturalmente relevante.

    CHEMTECH: SE ESSE NÃO FOR UM BOM LUGAR PARA TRABALHAR ... Chemtech é uma empresa especializada na elaboração de projetos de engenharia e tecnologia para indústrias. Fundada em 1989 no Rio de Janeiro, a organização é considerada um excelente lugar para se trabalhar por seus mais de 1300 funcionários, e esteve presente nos principais rankings de melhores empresas para se trabalhar dos últimos anos. Apesar de pagar salários acima da média do mercado e oferecer bônus pelo desempenho individual nos projetos, a política de remuneração não é o fator preponderante para a elevada satisfação dos trabalhadores da empresa. Na Chemtech, os funcionários apreciam muito as atividades interessantes e desafiadoras que desempenham. Em 2008, por exemplo, a empresa de engenharia e tecnologia foi contratada para e-laborar projetos para o Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj) e para a Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco. Apesar da complexidade desses trabalhos, os funcionários participam ativamente de sua realização e têm autonomia para propor mudanças. De acordo com eles, as tarefas são instigantes e permitem que eles desenvolvam e utilizem sua criatividade potencial. Esse fator ganha ainda mais relevância ao se observar que o corpo de funcionários da empresa é bastante jovem, formado, em sua maioria, por ex-estagiários. Por serem novos, os trabalhadores apreciam ainda mais a oportunidade de participar de decisões importantes, visto que, em outras empresas, não receberiam essa chance. Além disso, para manter um excelente clima interno entre todos os seus membros, a organização optou por estender benefícios,

    A

    66

    Compor~mento or9<1niza~ional

    como assistência médica e seguro de vida, também aos graduandos que nela estagiam. Entretanto, não são apenas os benefícios que incentivam os estagiários a se dedicar. Na Chemtech, cerca de 90 por cento deles são efetivados. A companhia procura mesclar o ímpeto e a disposição da juventude com o conhecimento de funcionários mais experientes. Dessa forma, um programa de mentoring é desenvolvido para que os mais novos possam absoiver a cultura da empresa e algumas experiências de seus mentores. O desenvolvimento de seus membros, por sinal, é outra política clara da Chemtech. lá, o recrutamento interno é muito valorizado e diversas oportunidades de aperfeiçoamento são oferecidas. Em 2008, por exemplo, o tempo médio porfuncionários em treinamentos foi de 138 horas. Ademais, a empresa paga até cem por cento das despesas com cursos de graduação e especialização e 50 por cento dos gastos com aprendizagem de outros idiomas. Alinhada com a política de desenvolvimento de seus recursos humanos, a organização iniciou a Universidade Corporativa Chemtech. na qual investe cinco por cento de seu faturamento. Tanto treinamento, porém, precisa de uma contrapartida, e, na companhia, ela vem em forma de oportunidades de çrescimento profissional. Valorizando o reçrutamento interno, a empresa permite que os funcionários sigam carrei·

    ras técnicas ou gerenciais. Além disso, as equipes são montadas por projeto, permitindo que os trabalhadores usem seus conhecimentos das mais diversas formas. Outro fator que contribui bastante para a satisfação de seus funcionários é o clima informal e descontraído entre os membros da organização. Periodicamente, são realizados encontros com a diretoria, e os trabalhadores ganham a chance de expor suas opiniões diretamente para os ocupantes dos mais altos níveis hierárquicos. De acordo com um dos membros, uma das vantagens da Chemtech é que ela cresceu "mantendo a alma de empresa pequena". Dessa forma, as pessoas se conhecem bem e falam abertamente umas com as outras. Além das atividades interessantes e diversificadas, do reconhecimento dos superiores, das oportunidades de crescimento, do desenvolvimento profissional e do clima descontraído, a Chemtech realiza ainda uma série de práticas para elevar a satisfação de seus membros. Alguns exemplos são a flexibilidade de horário e local de trabalho, as ações de responsabilidade social, o respeito às funcionárias com bebês e programas de saúde na empresa. Por todas essas razões, é difícil encontrar alguém insatisfeito na Chemtech, apesar de, do 'lado de fora', haver diversas pessoas torcendo para que isso aconteça.• tUShn conto a (:hc1ntcth, n1uitas c1nprc-sas estão preocupadas con1 as .ltitudcs de seus ll111cio11{11ios. Nt.slc capitulo ~ludarc,nos as atitudcsJ suas ligações co,n o co111po11a,nento e con10 a liatisfaçJo ou inso)tisfação cios funcionários corn seu 1rabalho iníluc1'1Ciclrn o .:1,nbicnte da cn,ptesa.

    B titudes

    J

    Atitudes são a.firn1açõcs avaliató1ias - tàvor:.l\'cis ou dcstà,·orá,·cis - con1 relação a objetos, pessoas ou eventos. Rcllctc1n urna predisposição individual co1n relação a algu111a situação ou fcnô111cno. Quando digo 'gosto do n1cu trabalho', estou expressando a 111inha crgunt;-11· à~ pc·s~Oa.li sobre i:t atitucl<· delas ( ·(101 relação ;', l'Cligit10, Cl,lurlia L.ci11c 011 a cn1p1-e:$:t para a qual <"las trabalha1n, (>OI' cxc1nplo, é possível qut você obtenha unu, 1·csJ)()Sta ,nui lo si,nplcs, 1nas as razões in1plici1as na rc::sposta serão pmvaveln1cntc con1plcxas. Para cnlcnclcrn1os as ali rudes por con1plclo, prccisan1os consid~ crar suas propriedades funda,ncntais ou seus con1po ncntcs.

    I

    Quais são os principais componentes das atitudes?

    Atitudes Afirmações avaliatórias

    ou 1ul9amentos com

    ,elação a objetos. pessoas ou eventos.

    Compononto cognitivo Componente da <1titude que se refere à crença

    ou opinião acerca de

    u.mobjeto. pessoa ~u s,tuaçao.

    __J

    Componente afetivo Componente da <1titude que se ,efere ao afeto e às emoçóe< com relação

    a um objeto, pessoa ou situação.

    I

    Nor1nahncn1c. os pcsquisadorc-_'\ supõcn1 <1uc as aü1udcs possucrn três co1nponc1ucs: COl,'ltiçào, afC.to e con1porta1ncnto.1 \ la1nos dar un1a olhada cn1 cada LHn deles. 1-\ afir1naçào ·n1cu salário é baixo· é urn cxcn1plo do con1ponentc cognitivo de unlt, atitude - o aspecto de uma atiludc na for1na ele descrição ou crença acerca ele cozno ,1.s coisas são. Ele cs.tabclccc a base pa1.t a parte mais critica ele urna ;:1tiludc: seu compo·· n ente afetivo. O afeto é a di,ncn.liàO cn1ocional ou sensível ch1 atitude e cst.:i rcílctido na afir1na(ào ·estou co,n raiva por causa de incu baixo sahlriot. finalincn1c. o scn1in1cr1to de

    Capitulo 3

    Figura 3.1

    Cognitivo

    =avalio~õo

    Meu superviso, deu umo promoçõo o

    -

    Meu supervisor é inius.to.

    .. o

    67

    Componentes de uma atitude

    o

    'º li

    Atitudes e satisfaç.\o no trabalho

    e o~ .. "O E o 2

    &

    õQ. ·.:;.o

    eº I!

    .,o e.. V

    O

    Atitude

    Afetivo = sentimento Ev nõo gosto de meu supervisor.

    negativo com

    reloçõooo supervisor

    ,o E

    .~ o

    .!

    .t

    ~t o ..



    ~

    determinada maneira com ,•lação a alguem ou itlguma cois.a.

    Eslou procurando ou1ro trabalho;

    §

    cu reclamo do meu supervisor poro qua lque r um q ue q uiser ouvir.

    afeto pode pro,·oca.r cl<:tc1·rni11ado c-01nporta1ncnto. O componente comportamental de ,una atitude refere-se i1 int<:1,ção de se eon1portar de deterrn inada 1nancira corn relação a a1gué1n 01..1algu,na situação C,tJntlnuanclo o cxe,nplo, '\1)Uprocutar outt'O u-abalho que

    Componente comportamental Componente da atitude que se refo,e ã intenção

    de comportar·s.e de

    Comportamental :; ;: ação

    ·;;

    I

    pague 1nclhor'. Encarar as atiluclcs con10 con1postas de tl'ês co1nponcn1cs - cogni(.à o afelO e con1po11an1cnto - (; n1uito útil para con1precnclcl' sua cotnplcxicladc <.' as l'Clações potenciais tntrc atitudes e co1n 1.)()1,an1cnto. l..cn1brc-se de que esses co,nponcntcs estão cs1rci1a1nen1c rclaeionados, e que a cognição e o afeto, c1n p::u1icula1~ s::1o insepar..1,·cis sob vários aspectos. Por cxc.rnplot i1naginc que você conclua qut alguén1 acabou de tratá-lo de n1ancira iitiusta. Nf10 é prov"\'CI que isso acarrete cnl vocC:: scnli1nen1os e pcns...1.n,cn1os. sirnuhanc;Hne,uc? 1\ssi,n, cognição e afeto estão in1eil'ljgados. 1\ FiJ{\ll"a 3. l ilus11-a con10 os 11'(:s co1111)()ncntes de u,na atiu1dc estão relacionados. 1'\'csse t.•xcn1plo, un1 fu ncioná1io não conS<:guiu un1a pro,noçào que julga\'a n1crécer: un1 colega fOi pron1ovido no luJr,if dele. 1\ at.itudc cio funcio ná1io co111 relação a seu supcnrisor t•st.:l ilustrada da seguinte n1ancira: o funcionário achou que 1nercci;1 a pron1oçào (cog11içào)1 o funcionário dc1cs1a o ~ua,crvisor {afeto) e procura u1n 110,·o emprego (co111por1a1ncnto}. Corno pudcn1os p<:rccbe,· antcriorn'lentc, en,bora co1n írcqui:ncia pc11s<:1nos que a cogn.içào causa u11l scnti1nento c11..1c. po1.·sua vez, causa o co1npor1a1ncnto, 11a \'Crcladc os três s,-\o cornpone111es diíiccis de- separai'. J)en1l'o das organizações, as atiludes são i1npona111cs por causa cio co111poncn1c co1npor1.an1<:ntal. Se os ll'abalhadorcs acl'cclitan1. por cxen1pJo, que os sup<:rvisorcs, auditores, chefes e engenheiros ele produção çs1ào todos conspirando para fhzê-los trabalhar 1nais pelo 1ncsn10 srllário, é i1nportanlC tcnlar con1prce11dcr con10 css;1 atitude surgiu, $U~1 relação con1 o co1nporta1ncnto rca.l dos lr:1baUi1;:ldOrC$ e co1no isso J.>O
    O comportamento é sempre determinado pelas atitudes? ,.\ s pri1nciras pes<1uisas sobre atitudes pr<:stnniarn que estas esta\iam rclaéionadas conl o co1nporta1Y1ento: ou seja. as alitucles que as pessoas tên, detcrrninan1 o que elas làicn1. O senso con11..1111 u11nbé1n sugc1'(" css.:1 l'Claçào. N:io é lógico qt1e as pes.soas as.sistan1 a J)l'Ogran1as de telc\'isào de que gos1an1 ou que os íuncionâ,ios 1cn1cn1 evitai' 1a1'Cf.1s que acha,n desagradáveis?

    68

    Compor~mento or9<1niza~ional

    Contudo. no final dos anos 1960. esse suposto efeito das atitudes sobre o comporta111cn~ to foi clt'iafiado por u1na pesquisa? Um pesquisador Lcon fcstingcr- a11,,,uncntou que, por ve~cs, são as .:ltitudcs que s,gut111 o co1npor1.:u11cnto, e nflO o cou1r~í1io. \ locêjá J>er<:ebcu conlo ~lS J:>CSl,.lµI.S rnud:un o que~ dizcn1 para não con1 1-ndi:1..cr o que faie1n? 'T'alvcz você 1c::r1ha 11111 :unigo que considere a qualidade cio cincnut hrn$il(~iro 111ui10 inferior à dos fihn <.,s no1,c-an1ericanos. Contudo, intaginc que ,ele receba un1 con,~tc repentino para estrelar a versão brasileira ele Ratnbo ,\1iJsào a11ul{ó11ia. Nesse caso, sua visão sobre o cinc111a nacional pode não ser n1ais t~io ruin1 co1no antes. li'cstingcr argun1cnta q ue esses casos de atitude sendo Diss.onãncfa cognitiva Qualquer incom,patibili· dade entre dua$ ou mais atitudes ou entre comportamento é

    .1tiu..1des.

    1

    influenciada pelo co1nporttu11cnto ilustran1 os efeitos da dissonância cognitiva.' ou seja, qualquer inco1npal.ibiJidadc c1uc un-l indivíduo possa perceber <:ntrc duas ou rnais atitudes ou entre cornpor1.a1nc11to e atitudes. F'cstingcr argt11l1cnta que qualquer forn1a de i1l<:onsis1ência t': clrsconfortá\'tl e que as p,cssoas fhrào tudo pam tcduzi-la. E.las procurat,io un1 estado estável, ou s~ja, un1 1nínin10 de dissonância . ;\s pcsquis.'\s gcrahnentc concluc111 que as pessoas de Í.Ho procumn1 consistência entre suas clifercntt"S atirudt"S e entre estas e seus co111pon,unc:11tos.3 Elas o fr-t2c111 alterando tanto suas atitudes con10 o compo11cunento. ou desenvolvem 111na racionali1..açào para a <:ssoas consc.·gucrn Lidar con, as n.::vclaçbes oondnuas sobre ~ pcrib"ús do íun,o p,1ra a s.al1dc. Eles podcrn negar qual<1uc-r causdc c::,·itar a dissor'l,incia co111plt~ta,ncnte. \'c,cê ll('lbc que 11-apaccar cn1 seu i1npos10 de 1't:ncla é Cl'tado, n1as algun,as pessoas n1odifican1 os nú1nc1'0S urn 1>0uco todo ano cspcrando não cair na 111.-lha fina. Ou Í.'lla para sc:;us filhos usa.rcn1 o fio denta] todos os d ias, n1as vocC não Í.'\'1.. isso. Fcstinger propõe que o dcsc_jo e111 reduzir a dissonância depende ele fhto rcs n1odcradorcs, que inclucn1 a i111portà/l('ia dos elc1nentos que a cria1n e do grau de i11jluh1ci'a que o i nclivícluo acredita ter sobre esses elen1cntos. En1 outras palavras, as pessoas se tornar<.io 1nais. n1oti\·aclas a 1-c::cluzir a clissonància quando as atitudes ou o co1nporta1nc1110 íon.:rn in'lporHuatcs ou quando ..t<:1i.:ditarco'I que~, clisson
    Os funcionários da fabtic.ante de <:igaffos Souza Cruz podem experimentar um elevado grau de dissonância cognitiva ~ função do produto comercializado pela organização. Para evitar compcrtamentos inapropriados e a saída de importantes furu:iorlârios, a 0<9anização atua em diferentes frente$. Além de ofere«r boa remuneração

    e chances de ascensão, a fab
    degradadas. Dessa forma, a SO<Jsa Cruz espera convencer seus funcionários a superarem eventuajs discrepâncias e a cumprirem suas tarefas na organiz.t1çào.•

    Capitulo 3

    Atitudes e satisfaç.\o no trabalho

    69

    1CG\

    As pressões sociais configuram-se como uma importante variávél moderadora da relação enue as atitudés e comportamentos dos trabalhadores sindicalizados. Em algumas situações, ape,sar de estarem satisfeitos com suas condições de trabalho, os funcionários podem adetir a greves e manifestações de protesto convocadas por sindicatos e centrais de trabalhadores. Nessas ocasiões, mesmo tendo uma atitude favorável à organiiação onde trabalha, o individuo sente-se impelido por sous colegas a apoiar os protestos.

    Variáveis mode radoras Os nlodcradores n1ais poderosos do rclacion:uncnto at.iludcs-co,nportan)enlo são a ÍtnjuJrtântia da adtude, sua cor,-es/}(J11dé11ti'1 con1 o cornpo1·1,=11nen10, sua ocessibilidodt, exislência de press<JtS $-()(iais e e,.tJtrià1tia ditrtn da pessoa co,n a alltudc.9 ,\.~ atitudes i1npor1anLes são aquelas que reflctetn \'alores íundan1en1ais, inte1x:ssc próprio ou idcntific.:1çào con1 i11divícluos ou gi11pos q11e \laloriza,nos. Essas atitudes 1cndern a n1ostrar tnna fC111c relação co1n nosso con1po11~uncnto. ,\s atiludcs c-spccHicas tcndc111 a prever co1nporta1ncntos cspccílicos, ao passo que as ati1udcs gerais lênden1 a 1nclhor prever co1n1>0rta1ncntos <:n1 g('rál. Por cxe1np10 1 perguntar a alguém sobre sua intençüo e,n co,11inu~r na c,nprcsa pelos próxirnos seis ,11cses pode prever con1 n1ais exatidão sua pcr11la11ência do que p<:rgu111ar-lhc o quanto está satisíeito con1 seu trabalho ern gctal. 1\lé1n disso, a satisíhc;ào no trahalho podcl'ia pl'cver un1 co111po11an1ento geral, por exe1nplo, se o funcionário estaria <.:01nprorneLido ('0111 seu 1rabalho ou n1otivado a conuibuir con1 a organizaçào. 10 Contudo, ;JS atitud<:'s n1ais accssivcls na 1ne1nótia tê1n ,naior probabilidade de prever nosso co1n po11an1cnto do que aquelas ele d ificil acesso. 'I.Cn1os nuds probabilidade de lc111hl".:tr as atitudes que são li·cc1ucanc1ncn1c cxprcss.a..'i. Assin1, c~uan10 1nais fitla1nos sobre nossa atitude con, relação a u1n dado assunto. 1nais nos lcrnbran1os dela e i-naior é i., probabilid::iclc de c1uc ela 1noldc nosso con1portan1cn10. Pcsqui.s.1s ta111bén1 sugcre,n qt1e h,í urna 111aio1· ptúbabiliclade de que ocorl"a1n cliscrepâ11cias entre as atitudes e o co111portan1cnto quando a pressão social para clctcrn1inaclos co1nportan1cn1os é 1n11i10 grandc1 co1no ocorre na ,naior pane das organizações. Isso pode e~-plicar por ('Juc unl H.n1<·ionário co1n atitu(ICS clár(1rncntc ;,1nüssi11dicais p;u·tici1>a de reuniões do sindicato, ou por que os gestores ela indústria de cigarros que não sào fun1an tcs e acrcditanl que o íun10 causa ctu1ce,· não fr1.zcn1 nada para deses1in1tdar seus colega.~ a íun,ar no csc1i1ó1~0. Fintllmcntc, a rcla~-;:_lo entre a titude e Cc)n1portan1ento <.1osttnna sc.r n1âis forte c1uando esta d iz respeito a algo co1n que 1.e1nos cxperiên('ia pessoa) clire,a. r\ previsão de conlJ>Ot'l<"Hllcnto que ohtc1n,,s 1:><:rgu11lando a um grupo de estudanl<"s scn, q ua.lquer c:xpc:1íêncin significativa de trabalho 001110 seria trabalhar para tun super\'isor autoritário é 111uito 1nc· nos coufi,lveJ do que i.e fizêsscn1os a 1ncs1na pergunta pan1 fi..incion~írios q ue rc<1l111c1llc u,1btJhan,111 ptu,, u1n <:hcfe assi1n ..

    Quais são as principais atitudes no trabalho? Cada u1n de nôs tem n1ilha1·cs de atiludcs, mas o <:studo do co1nportanu.-:nto o rga1,iz.acional se concc11tra cn) ,1111 11(11nero lin1ilado dch,s, 1·ch'1cionadas ao lrabalho. Essas atitudes l'evelarn avaliações positivas ou ncgali\·as q ue os trabalhador'es lê111 conl relação a divel"SOS asp<:<.:tos de set1 a111bie111e de u·,1balho. 1\ 1naio1· parte das pesquisas na área de con1por1a1nen10 01-ganizacioni!l ccn1 íoc-aliz,1do três tipos de a1 itucle-s: sa1isf..1çào con1 o trabalho, cnvolvin1ento con1 o 1rabalho e con1p1"0n1<;li1ncn10 organizacional. 11 Outras atitudes

    70

    Compor~mento or9<1niza~ional

    Satisfação com o trabalho

    i1nport•lntcs s;.lo a percepção de suporte o rganizacional e o cng~tian1cnto do funcioni,iio. Disculirc1nos ~o c1n breve.

    Sentimento positivo

    com , olação ao tr<1b<1lho, resultado de uma avaliação de s~as características.

    I

    __J

    Envolvimento com o t
    Empowerment psicológico Crença dos íuncconários sobre o grau cin qve influencia.m o ambiente

    de trabalho, a própria competência, a import~ncia de seu trabalho e sua autonomia p&rc:ebida.

    I

    J

    Comprometimento afetivo Vinculo emocional com a

    o,ganizaçào e crença em seU$ valores,

    (

    _J

    _J

    Comprometimento norm&tivo Obrigação de

    permanecer na orga~ita~~ por razoo :s J

    morais e ettcas.

    Envolvimento com o trabalho !Relacionado con1 a satisfac;:ào no tra.balho está o en~ volvimento com o trabalho, 12que rnede o grau c1n que a pessoa se identifica psicologica· n1ente coo1 seu t1-abalho e considera seu dest1npenho nele i1npo1i.ante para sua valorização pcssoal.11 Os funcioná1ios con1 alto ní\'el de en,'Ol\'i1nento conl o u-abalho idcntifican1-se pro· funcla1ncntc cont ele e rcahncnte se p,rcocupan1 co1n o Li1 rel="nofollow">0 de lrabalho que rcaliza,n. Ou1ro conceito inti1na1ncnte rc.lacionaclo a isso é o e-mpowerment psicológico~que consis1c ela crcnÇ<:tê11cia, a i,nporu1ncia de seu trabalho e sua ;tutonon,ia pcrccbida. 11 Altos nfveis uuno de envolvlrnento rorn o u·ab,Uho 001110 de C111/J()uv:rn1(11/ psioológito estão positiva,11ente 1'Clacionados a co111po1·ta1ncntos de cicl1da11ia otganiu,cion.al e ao desen1pen.ho 1lO 11,11)alho.15 Conttariando a 1eo1ia, u1n es1 ..1do conl especialis1ase1n inforn1á1ica no Brasil concl~1i~1 que, apc.~-.r do fascínio que eles scn1c111 por sua profissào1 quanlo ,na.ior a dcclicac;:ão f"lll sua'i tarclà..'i e 1ncU1or seu dcsç1npcnho, 111cnor é seu envolvintcnto 00111 o trabalho, un1a vez que t•lcs passain a :;e sentir cansadosco1n .\.'i ttu'Cf;,is que n::aW.an1.1r. O aho Cll\'ôlvirncnto con1o tral:xtlho t:unbén1 está n.:lacio11ado co1n uni 11(nncro 1\:duzido de ausêntias e unia baixa ta.xa de dc1nis...,10.1'

    Comprometimento organizacional O comprometimento orga.o.izaciooal é definido co1no o grau de iclcntificaçào que o 1rabalhaclor u·n1 co1n un1a ernprcsa e seus ohjcLivos, e o desejo de n,antc r-sc con10 parte d ela. :\ t<:01ia con.sidéra <1ui.; <:xistcrn 1rês din,cnsõcs clislintas de co111pronlcLin1cnto orgn· ,1i1.acion;.'ll. 18

    Comprometimento organizacional Grau de identifiçação que o trabalhador tem com uma organização em particula1, oom os obJetivos desta, e o désejo de manter-~ como parte dela.

    Comprometimento instrumental Estado psicológico de neces,idade de permanência na organização.

    Satisfação com o trabalho Quando ~u pessoas fitlan1 sobre atitudes ele u1n funcion;í1io, nor111ah11cnte se rcfcrén1 á satisfação com o trabalho, tun stntin1cnto positi\'O con1 rclac;ão ao trabalho, resuhado de tuna avalia<;ào de su
    1. O comprometimento al«!:tivo é unia ligação ern ocional 00111 a c1npresa e u1na cr<"nça e111 seus valores. Por cxe1nplo. u,n jogador ele futebol pode ser con1pro1nclido con1 o clube p<:lo qual atua por ser uni torcedor assu1nido da cc1uipc. 2. O comprometim ento ins trumental é a pe1'Ccpc;:r..o da i,nporuloci,1 da co,npcnsação <:co11ôrnica c111 pcrrnanccc1· c1n u1na organização c1n vez de deixá-),\, refletindo u,n <:s1ado psicoló~-ico etc necessidade de pcr111anênçia nela. U,n jogador pode ser co1npro1netido co11"1 un1 clube por receber un1 bon1 salário e não possuir propostas ele ouu·os tüncs. 3. O com.prometimento n o rmativo é u1n::, obrigaçílo d e pc rn1;l11cccr 11<1 c1nprcsa por razõ.,~s n1orais e éticas. U 1'1\ finlcionário que cst..l lideraodv urn novo J)tOj cto 11ocle pc1·n1anecer na en1prcsa 1>0rquc scnt<' q ue a ~deixal'ia dcsa1nparada · se a abandonasse. O con1pm111c1in1ento 1101·1nalivo ele un1 jogador de futebol seria cxcntplificado por seu scnlin1ento de ob1igaçào en1 contütuar vinculado ao cluhc devido ao apoio que rcccbctl durante unia gra\'C lesão.

    Parece existit lUlH"1 rclaçüo positi,ia entre o con'lpron1ctin1cnto organjzacion<1J e a pn,du· tividadc no 1tabalho) nlas c;l.-1 é ,nodcs1a. l'l Un1;:1 an<ílise de 2i ($tudos sugeriu que; a 1-cla<;t,o entre o c.on1p1'0n1c1i111cn10 e<> dtse1ns1r11ho é n1ais !iólid,l pal'a os fl111cionários novos e é con. sidcra\'cln1cntc 111ais fraca para os fi1ncion;írios ,nais cx1x:rit1Hts.2(• E. da n1csn1a forn1:t que no cn\'olvi1nento co111 o trabalho, a c,.~clência e1npírica dcn1onstra relações negativas entre o cornpro1neti1nc1no organi1. .acional e o abscntcísn10 e a mtath~cladc. 11 No entanto. as diversas forn1as dé con1pro1ncti1ncnto tên1 efeitos d iferentes no co1nport;unc11to. U1n estudo descobriu que o <:oi-npro111cti111en10 afetivo de gestores apresentava ur'n a r<:hu;âo 1nais forte corno d cscn1pcnho orgarlizacional c1uc o con1p1'01ttctin1cnto instn.1· 1nen1111.'l1 Outro estudo n1os1 1'0u que ,cs1c úhin10 se l'claciona\'a " u1na intenção n1cnor de se

    Capitulo 3

    dl

    • .

    A relação ent1e o atacante Adriano e o f lamengo exemplifica bem a d imensão afetiva do tomprometimento organizacional. Artilheiro do Campeonato Brasileiro de 20CIJ, o jogador iniciou sua carreira no tlube carioca e sempre nutriu grande carinho pela equipe, Em 2<X'I>, apesar de ter recebido proposta.s financeiramente melhores para jogar por clubes europeus. Adriano pre(enu voltar ao Rio de Janeiro para fte3, perto dos amigos e jogar pelo clube

    do co,ação. Graças a isso. o craque sagrou-se campeão brasileiro naquele ano pelo ti,ne rubro-negio.

    Percepção de suporte organizacional

    Ga1u em que os funcionários acreditam que a organização valoriza suas contribuições e se

    precxvpa com o $eu bem-estar.

    I

    __J

    Engajé'lmento do funcionârio Envolvimento. satisfação e entusiasmo de um

    funcionário com o ( trabalho que exerce:___J

    Atitudes e satisfaç.\o no trabalho

    ,1

    \

    =-· ,.\, \;,~-

    f

    1 'í'~

    .. -.

    ..

    ( ·,::: \ .

    "~ · ·;,t : \()

    ... ~ ..... ....

    à

    71

    ;

    -

    ·;.::_·····...

    dé'nli1ii; 1l1as a urna tc110r c.xcn1plo, tun funcionfllio acredita <1uc a cn1prcs,1 o auxiliruia no <.-aso ck: ter tu11 problcn1a con1 creche pnra seu filho ou o
    Eng ajamento do funcionário Un1 novo conceito cn1 con11)()11:,n1cnto organizacional é o eng aja.inento do fu.ncioná.rio. o en,·olvllnento, a sa1isf.:'lçào e o entusiasrno con1 o u-ab;ilho que exe1'Cf". Podcdarnos perg\111uu· aos funcionários sobre a disponibilidade cios recursos(" as oportunidades de ;.l dc1uirir novas habil_idadcs, se eles scn,en1 que seu trabalho é iinport~tnlc e s.ignificativo e se suas interações co1n os colegas e sup(·1visorcs são rccon1pcn· sadoras.::i; Os funcionários altan1e1nc engajados ci;n1 tnna paixão por seu trabalho e scntcn1 L11na conexão profi1nda ron, a t~n11"11-csa; j;í os funcioná fios de cngaja1ncnto reduzido íazc,n apenas o C$SCncial colocam 1etnpo, e não energia 011 accnçt10, no 1rabalho. Un1 estudo 1-cc,lizado con, aproxirnaclarncntc 8 rnil unidades de negócios crn 36 crnprcsas descobriu que aquelas cujos funcionários tinha111 tuna 1nédia aha no nível ele cngaja1ncnto apresenta· van1 1naiorcs níveis de satisf.1çào do clicntct cra111 1nai.s produtiva.~, ohtinhan1 ntaiorcs lucros e tinharn níveis n1cnorcs ele ro1;1.1i,._1idaclc e aciclcn1cs do c1uc as ou1m.i;; cn1p1'Csas.:n U1na groudc fabricante de~ec,,,ej,L.:; descobriu que O!-> fu,,cionários en~tiados era1n cinco vezes 111cnos stticilOS a pass:;tr por incidc11tL'S de wguranç;t e que, quando u1n deles ocorria, era 1nuito n1cnos séiio (: 1nenos e-aro para a empresa no caso do íuncio11á1io cngctiado (a proxi· 111adarncntc 120 rc,üs conlra 800 reais). O cnw~ia1ncnto tornou-se un1a prcocupaç,lo real para a nlaioria das c1npl'csa..,;., 1x,is as pc)1;q11is.a.s 1nos1ran1 que poucos funcionários cnt1'C 17 por cerno e 291>0r ce,,to lêm tntt cngaja1nc11to alto co11'l o trabaU10. 1\ fabricante de esca\·.ldcirMi e ,nâquinas de transporte pts.a.do Catcrpillar decidiu aun1cntar o e11!Ptia1t1ento dos funcionários e concluiu que a inici;uh·a resultou c1n un1a queda de 80 po r cento das qucix~\S e rccla1naçõcs dos fl1ncionários e c111 un1 aun1c1uo de saLisfaçào dos clienlcs d<· 34 por ccn10.Zll E1n virt1.1de de algu1nas d<'s.~a:s descobe11as p1·01nissol'as1 o cngajan1cnlo cio íuncioná1io l<:1n :-itraído ,1,uitos ~cguidorc;:; c,n v~í1-ias (•n1prcsa;:; de consultoria. Contudo, o conccilo é

    relativamente novo, e füil utilidade ainda gcm debates acalorados. Urna rcvisi1o da !itera, lura concluiu que "o significado da cxprcss..1.o 'cn!r--~an1cnto do funcionflrio' ainda é
    .

    72

    Compor~mento or9<1niza~ional

    COMPORTAMENTO ORGANIZACIONAL INTERNACIONAL A influência da percepção de j ustiça no comprometimento organizacional luso-brasileiro m um mundo e em um mercado cada vez mais competitivos, um fator que contribui para um ambiente saudável nas organizações, refletido nas atitudes dos trabalhadores perante o trabalho, é a justiça. A influência que a justiça organizacional exerce no grau de comprometimento varia de cultura para cultura. Um estudo explorou essa questão, comparando os contextos brasileiro e português. O modo como as percepções de justiça explicam o comprometimento afetivo, manifestado como ligação emocional à organização, ainda que seja significativo em ambos os países, apresenta-se maior no Brasil (28 por cento) do que em Portugal (23 por cento). No entanto, sua fraca representação no comprometimento instrumental, ligado ao estado psicológico de necessidade de permanência na organização, consegue ser maior nos trabalhadores portugueses (seis por cento) em relação aos brasileiros (um por cento). O comprometimento normativo, uma obrigação de permanecer com a organização por motivos morais e éti· cos, é a atitude em que a influência da justiça mais diverge entre os profissionais das duas nacionalidades. Suas percepções explicam em 15 por cento, no Brasil, e 37 por cento, em Portugal, esse tipo de comprometimento. Ou seja, os dados sugerem que o impacto da justiça na obrigação de ser leal à organização é mais significativo nos trabalhadores portugueses do que nos brasileiros. A relação que o português e o brasileiro têm com o ambiente de trabalho, seja com relação aos colegas,

    E

    ou com relação à organização, pode constituir um fator explicativo das diferenças. De fato, no Brasil, os traba· lhadores (e as pessoas, em geraQtêm uma tendência de se relacionar de maneira emocional, próxima e subjetiva, característica de uma cultura personalista. Em Portugal, no entanto, prevalece a formalidade e a objetividade no desempenho profissional, encarando como mais importantes as relações mantidas diretamente com a organização. l ogo, enquanto em Portugal a noção de lei e de regra, ligada ao conceito de justiça, incentiva um am· biente de comprometimento, no Brasil, a flexibilidade na fuga à norma, típica do 'jeitinho' brasileiro, parece sugerir que esse comprometimento tem sua base nas relações informais em vez de nas relações institucionais. Além disso, outro traço caracteristico da cultura brasileira que pode ajudar a explicar essa d~erença é a lealdade pessoal. No Brasil, a lealdade é relativa ao superior hierár· quico e não à organização, ou seja, o funcionário desenvolve um comprometimento com seu chefe, e não com a organização, como aoontece com Portugal, pelo que as p<áticas de justiça organizacional exercem um menor impacto no comprometimento normativo dos brasileiros. Resumindo, uma pessoa que se sente respeitada e devidamente valorizada por sua dedicação à organiza· ção tende a encontrar nesse sentimento um motivo para criar uma relação com a empresa. Apenas deve-se levar em conta qual é a percepção que cada um tem de justiça como fator influente do comprometimento e de como esta varia perante a diversidade cultural.

    Font e: Armênio Rego o Sotinge Sovto, "A percepç3o de jvst~ oomo ~ntecedente do eotnpron'H:timento 0<93.niz~CiOf\itl: bt~ileiro•. Revifr~ de Aóministn,çdo Conrempc)fJ11ea, v. 8, n. 1. jarllm.ar. 2004.

    l.lffi

    e,1udo lu$0-

    e ,n pr.ltica '1. Üul11) pt·s<1uisador chcu11ou o <:ng..jtu11cnlo de "lCrnlO abtangcnlc pan, se:: referir ao que quer que se c1ucira dizer co111 c lc·1 .~"l .~\s organizações aparcncc111cnlc conlinuarào a us..1.r o cngaja111cn10 d o íu nc ioná.1io, e cs1c conlinuará a ser obj clo de pcsc1uisas. A ;unhiguidaclc que o cc,-ca surge ele sua novidade r podf' uu11bfn'l, ironic;\1nentc, rcílc:1ir sua púpularidad c. ó cng.:tian1cnl<> 1:,Jve1. seja u,11 conceito ,nuito gera l, a n1plo o suficiente pé1ra captar a in tc rsc<;~io das o ulras \lariclvcis que discul11nos. En1 otur.,s palavras, pode ser a quilo que essas atitudes possuc111 c111 cornunt .

    Essas atit udes no trabalho são realmente tão d ist intas?

    Tal"c" você esteja se per-

    guntando se essas a titudes no t ra b.tllt o são rcaln1cntc distint~. Se as pessoas se .scntcrn pro· fund am ente cnvohi das con1 seu tra l)alho (alto Cn\'ohi n1cnto no trabalho)i não é p ro\'ávc1

    que gostem dele (alta satisfação no trabalho)' As pt!Soas q111· pensam c1uc sua empresa lhes d á a 1>0io (;1ha pe1'C('.j>Çào de supo rte orgaoizacionaf) ttl1nbé1n não ~entc1n o cornpro1ncti·

    n,cnlo con, ela {sólido cornpron,ctinicnto organizacional)?

    Capitulo 3

    Atitudes e satisfaç.\o no trabalho

    73

    Os funcionários da Promon, companhia de engenharia e desenvolvimento te-enológico, apresentam elevado comprometimento con"I a organização e demol\SHam estar fortemente engajados no trabalho que 1ealizam. Duas razões principais ajudam a explicar esse fato: a

    d istribuição de ações e o programa de desenvolvimento profissional. Todos os funcionários da Promon são um pouco donos da empresa, visto que recebem ações. como parte das bonificações oferecidas por ela. Ouuo

    ponto forte da o rganização são os planos individuais de capacitação profissional, que visam ao crescimento

    e desenvolvimento dos profissionais, sendo elaborados pelos próprios uabalhadores. Afinal de contas. quem melhor do que nós mesmos para ~ber em que e como devemos aprimorar nossos conhecimentos e

    habilidades?"°

    E,~d('nci~ sugcrcrn que essas aliludcs estão rnuito ligadas, taJvc-t a lnn nível prcocup;HUC. Por exc1nplo1 a correlação entre a percepção de suporte org.ulizaciontll e o corn pro· 1nctin1<·nto afetivo é 1nui10 fo rtc." 1 Isso significa que as variávci~ podrn1 ser rcdund:uuc.s (se você conhece o con1pron1e1i1nen10 aíc1ivo de alg\lé1n, conhece a percepção de su1>0r1c Ol'gani:1.acional dessa pessoa). 1\,1,..s pot que essa 1-edundância é tão p1'0ble1nática? Potqt1e é ineficiente e coníusa. Por que ler duas din::~·ões cn1 un, carro se você precisa apc11a.s de urna? Por que ttr dois c.-onccilos - co111 clilêrcntcs rótulos - quando ,·OC1."- prt.x:isa apenas de u1n? E1nbora nós, pc.~squisadorcs do co111po11a1ncnlo organizacional, gostc1nos de propor no,-as arj1udes, íreq,1en1einen1e não Lcn1os ~ido bons cn1 1nos1rar con10 elas podc,n ser con1paradas e COfrtO con1ra.s1,:u11 u111a.5;. com as 0111ra~. Há 01na rncdida de d istin<:fto entre essas aütudc5i 1nas cl.:is se .sobrtpõc1n con.s:idcravcln1c11tc por ,iá.iias ra.t,õcs, incluindo a personalidade do funcion;:írio. 1\Jgu1nas J)('".Ssoas s.i.o p redispostas a scrc1n positi,·as ou negativas co1n rela· çào a rudo. Se algué111 lhe fala que an1a a crnprcsa, talvez isso não signifique tarno se cs.5a pessoa tan1bén1 f()r positiva con1 1'C'laçào a tudo ntt ,~ela. Ou a sohl'cposição talvez signifique que ;\lgun1al) or~\nizaçôcs !Jio ap,<:nas lugtu'l·s ,nclhorcs do que o utras. Portanto, se você, con10 gestor, conhece o nível de satisfi,çii.o 110 trabalho ele al.b1·ué1n: sabe a 1n;lior parle do q ue precisa sobre con10 a pessoa vê a organii'.•açào.

    - fflatisfação com o trabalho Discuti1nos a ntcrior111cnlc, cn, 1crn1os sucin1os, a S..'i.tislàçào co1n o trabalho. ,\gora, d issecarcn1os o concei10 de ,nancira n1ais cuidadosa. c:01no 1nedi1nos a satisí.--.çào no ira· balho? Quais são as caus..1s de un'I íuncionál'io 1e1· un1 aho ní\'el de sat.isí.--.çào no trabalho?

    Corno funcion;\l'ios satisfeitos e insatisfeitos afctarn ~l o,winiza<:âo?

    Mensuração da satisfação com o trabalho Nossa clcllniçào de sali.Sl1l<;ào con1 o lrabalho - un1 scntin1cnlo posi1jvo rcsultanlc de un1a avaliação de~suas caractcrí.sticas - é claran1.cntc a1npla.-~·1 Ainda assi,n. tal an1pJj. 1ude conccin.1al é apropriada. O LTabalho de nn1a pessoa é n1ais do qnc organi1..ar papéis, pl'Ogrt11nar u,n con1.putado,·1 aLC1'ldCr clic11tcs ou d i1igir u,11 can1inhão. O U'abalho n::qt1c.~r

    ;1 con\'Ívência co111 colegas e supc.·1iorc~ a obediência às rcgr«tS e políticas organizacionais, o alcance de padrões de dcsern pcnho, a aceitação de condições de trabalho gcra.ln1cntc abaixo do idca] e outras coisas do gêncro.33 1\ a\'aliaçào que un'I funcionário Í..'lz de sua sa1isfhçào ou insa1islàção corn o 1rahalho é 1·csuhado de u111 con1.plcxo soinatório de diíer<:ntcs

    rkmcmos, C11mo, cmJo, Jl<>dtm<>s mc
    74

    Compor~mento or9<1niza~ional

    COMPORTAMENTO ORGANIZACIONAL NA MÍDIA

    A satisfação dos trabalhadores com seus chefes no Brasil e no mundo e acordo com uma pesquisa do Instituto Gallup realizada em 24 países, os trabalhadores bra-

    D

    sileiros estão entre os mais satisfeitos com o

    trabalho em todo o mundo. Segundo o levantamento, realizado a pedido do Banco lnteramericano de Desen· volvimento (BID), 90 por cento das pessoas estão feli· zes com suas atividades profissionais no Brasil, número consideravelmente superior ao de outros países mais desenvolvidos, como o Japão, onde esse índice alcança 78 por cento dos entrevistados. De acordo com o BID, a elevada taxa de informalidade e autonomia no pais pode ajudar a explicar tal fato, visto que, apesar de não serem tão bem remunerados e de terem, em média. piores condições de trabalho que as das na· ções desenvolvidas, os trabalhadores brasileiros valorizariam a flexibilidade e o desenvolvimento de habilidades pessoais. Existem, entretanto, diversas dimensões da satis· fação dos funcionários com seu trabalho. Entre elas, destacam-se as tarefas desempenhadas, a remunera·

    ção, o trabalho do superior direto e as relações com os colegas. Em uma pesquisa do Instituto Kenexa, realiza· da com 16 mil trabalhadores de seis países, 66 por cen· to dos brasileiros disseram-se satisfeitos com seus chefes.. No estudo, a percepção da qualidade do trabalho dos superiores foi avaliada pela 'prática de conduta ética, pela avaliação de desempenho do funcionário, pelo tratamento justo dado aos empregados e pela gerência eficiente do volume de trabalho'. Para a maioria dos participantes da pesquisa, a sa· tisfação com o trabalho dos chefes tem relação direta com a intenção de permanecer na organização em que trabalham e com o nível de satisfação geral com o trabalho. Para um dos diretores do levantamento, superiores com bom nivel de aceitação conseguem conduzir suas equipes a melhores resultados e reter os subordinados mais talentosos em seu time.

    Na classificação da pesquisa, o Brasil ficou atrás de fnd ia e Estados Unidos e à frente de China, Grã-Bretanha e Alemanha.

    Fontes: '"Maioria dos brasileiros ~tá satisfeita com chefe, diz. pesquisa", 88C Brasil-13 nov. 2007. '"Pesquisa most ra que 82% dos latino· americanos estão satisfeitos com o trabalho", Folha Ort-Jme- 18 nov. 2008.

    lra ha1ho?'. O s funcionáiios rcspondcrn 1narcanclo as alternativas proposta.,;.. de I a 5, que torrcspondcrn a avaliações que ,·ão de ·cxtrc1nan1c11tc insalisfCitoi a 1cxlrc111éunc1nc salisfCito\ O segundo 1nélodo, o sornatório das frltCl~I.S d o lrabalho, é ,ru'l.is s0fisticado. l~lc identifica c lc,11,~ntos-chavc, co,no a natureza do traba lho, a supervisão, a 1-cn1uneraçAo atoal, as opo r1unidadt~S de pro,noçào e o rclac.iooarnento con1 os colegas.:H 1-:Sscs f.-uo,-es são <."lassificados c1n un1a escala padronizada e, e rn seguida, sornados para se ob1er un1a pontuação gcl'al da satisf.1.çào co1n o trabalho. 1-\ lgu1na dessas a bo rdagens ê SUJJc rior :i outra? 1nluitivan1cntc, poclc1ían10:i: pensar que avaliar d iversos aspectos do trabalho pode lc,·::u· a uni resultad o rnais preciso de satisfação. J\ pesquisa, contudo, nào conlinna c-ssa intuição.'" Parc<:c ser u111a daquelas raras situt1çõcs c1'!1 que a sin1plicid adc fl1ncio1H1 tão 1,c11, qua11to a con11>lcx.iclade, o que torna uni 1nétodo es:;cnt iah11c11tc tão válido qu:uuo o ouu'O. A n1clhor explicação pata isso é QllC o co11<"cito de sa1isfãçào co1n o 1rabalho é tão arnJ'.llOque un1a única pe1-gun1a pode ('api-u1't1tS1la essência. A so1na das faceta~ do trabalho 1an1béan pode de ixar de lado alguns dados in1por1antcs. t\1nbos os 1né1oclos s.-'i.o úteis. t\ classificação única global nào consorne n1uito Le1npo1 deixando, portanto, os gestores livres pa1.l adn1inistrar outros problc 1nas do u11balhoi e a so1na de po11tu.1ção das facclas do tr:abalho os étiucla a zerar os problcrna..s existentes e a lid~lr con1 eles de fo rrna 1nais r.:ipicla e prccis.:"1.

    Quão satisfeitas as pessoas estão com seu trabalho? t\ n1aioria da.s pessoas está sa Lisfeit•, co111 seu trabalho? J\ rcsposca parece ser u,n so11oro ·si1n' no Brasil e na f\1né1ica 1.:-uina c,n gcr~\I. Urna pesc1uisa rcaliz:.1ch, Cf'll 24 paísc.s 1

    Capitulo 3

    Atitudes e satisfaç.\o no trabalho

    75

    a pedido do Banco Intcra1ncrica1no de Dcscnvolvi1ncnto (BlD}~vctificou que nlaÍs de 80 1>01· cento cios latino-an1crira11os (.-.St.:i.o satisfeitos con1 seu trabalho. sendo que. no Br-d.sil, o índice é de 90 por ccn10, co11q1.1is.tando~as.sin,, o ho11roso quaf"I.O lllgar na clas..-.iJicac;ào

    gcl'~\I. :k. ~ l..\s e,. preciso 1er cauH;la. Algu111as pcsquisa.s n1os1r:u11 que o niv,·I de satisfação vari:, 1nui10, dependendo de quaJ Í.'lccta da satisfhçào no trabalho \'ocê csti\'cr f:llando. Con10 1no.str~un o boxe de Enquctc co1nporta1nen,al e a Figura 3.2. as pessoas estão, c1n 1nédia~ satisfeitas con1 seus trabalhos de n1ancira geral. eo1n o trabalho propria111cnte dito e co1n os colegas e supcrvison.:s. Contudo. eles tcndcn1 a estar menos satisfeitos co1n seus sahírios e con1 oportunidades de pron,oçào. Nà.o estél n,uito <:laro. entretanto, por <1ue as pessoas dcsgos1am de seus S
    O que causa a satisfação no trabalho? Pense no n1tlhot trabalho que você já tc\'c:. O c1uc o tol'nava 1:'io especial? Pro\'a\'cl111cn1c, você gostav:, do trabalho que f;'lz.ia e das pessoas conl quc:1n trabalhava. 'f1'ahalhos intcr<"ssantcs que IÔrncccn1 trcina1ncnto, \'::uicdade, independência e controle s.atisfazcn1 a 1n;lioria dos fu ncion,írios.lll' Ta1nbê1n h;:í. u1na forte con-cspondéncia entre quanto as pessoas aprccia1n o contexto social de seu local de trabalho e a s.."l.tisf.,ç:clo que scntcn1 no geral. 1\ intcrdcpcndêntia, o f«dback) o apoio social e ;:, intcraç.ào éo1n os colcg.,s fora do trcibalho estão fortcn1e111c relacionados co,,.. fl satisflu;5o no u·,1balho) n,c~1no <tpÓ?i se lcv.-H· cn, co11!-lidc1~1çâo as c.ar:-\c1erísLitas do tral)t,lho ern !'li.19 ..l'al\'cz. você t<:nha 1101ado que o salário gcraln1cnt(· se tol'na objc:10 de discussão quando ~lS pessoas Í.'llan1 sobre satisf.'lçào no trabalho. Para as p<:ssoas 1 :>0brcs ou que vivcn1 cin países pobrcs1 o saJârio tc111, de: fato, con:;c:-laçào con1 a satisfàçào no trabalho e con1 a JClicidacle de 1naneira geral. ~·fas, u n1a vez que o indivíduo alcança un1 ni\'c l superior ele qualidade de vida, a relação entre salário e satis(hçào con, o trabalho virtuabncntc dcsaparec(:. J\s pessoas c1uc ganharn IO núl reais por 111ês n.:ío ~ 10 rnai.s fcliz(:S co,n seus trabalhos cio

    ENOUETE COMPORTAMENTAL O que os trabalhadores amam (e odeiam) em seu trabalho? Porcentagem de funcionários ' totalmente satisfeitos' com aspectos de se u trabalho atual Três aspectos mais altos t

    Condfções fÍ'Sicas do local de trabalho

    Colegas

    Flexibilidade de horário

    '

    Três aspectos mais baixos

    Plano de Rernoneração Estresse aposen1adocia no 1tabalho

    76

    Compor~mento or9<1niza~ional

    Figura 3.2

    Média de níveis de satisfação no trabalho por faceta

    100

    90

    80 70

    õ 60

    i • ~

    ...•

    50 40 30 20 10

    o

    Trobolho em si Solório

    Promoçõo

    Svpervisõo

    Colegas

    Gerol

    que aqueles que. ganha1n perto de R.S 5 rnil. \ 1cja a Figura 3.3, <1uc 1nostra a rclaçüo cnu'C a 1nc.~dia de sahíiio por u1n trabalho e o nível ,né<:Lio de S..')tisfrtç.ào no trabalho. Corno se pode ve1·, não há 1nuito de 1'C lação. Bustrando essa .-ealidade, seg1.1ndo 1.una pesc1uisa reila con1 os fi1ncioná1'ios do Banco do Bra.~il do l*:~:iado de Pcrnarnbu<,'O, vc1iric-ou·sc que, apesar de cl~s se sentire1n satisfi:itos con1 a Participação nos Lucros e Resultados (PLll ) do banco, o 1nodclo de rc1nuncraçào adotada não i11ílucnciava dircta1ncntc sua saüsfi,çào 110 trabalho. En1 u,n l(l

    Figura 3.3

    Relação entre remuneração média e satisfação de funcionários em determinado trabalho

    90%

    o o 80% 'S-·· o..,c • o 70% •o o o • o "O •• õ g60% e f !• E o



    -..... V



    • ••

    z-

    :.



    ..

    .









    50%

    ••

    40% $15.000

    .

    .

    $3-0.000 $45.000 $60.000 Salário onuol em US$ - 2002

    $75.000

    $90.000

    Font •: T. A.. Judge, R, F. Piccolo, N', P. Podsakoff. J , C Shaw e B. L Rkh, "Can Happiness Be 'Eam«i' ? The Relattonship 8e1ween Pay and Job S.atisfaction*, trabalho acadêmico, Univ-ersidade da Fl6rlda, 2009.

    Capitulo 3

    Atitudes e satisfaç.\o no trabalho

    77

    Na emp,esa de ttanspotte feffoviârio América Latina logística (ALL), o d inamismo e as metas desafiadoras são dois importantes combustíveis para a satisfação dos

    fj

    funcionários. Considerada uma das melhores emp,esas para se trabalhar, segundo o guia Você SIA Exame, na ALL a meritocr-acia tem um papel pteponderante e os trabalhadores ,ecebem o reconhecimento merecido pelos bons serviços prestados, o que é demonstrado pelas oportunidades de ascensão e pelo plano d e

    l

    carreira da companhia."

    estudo bc1n cu1'iooo, unl J)CS<(\1isado r não cncon11'0u nern 1nes1no 1,1n1a
    dos pas1orcs ~ lasai na 1\Ji·ic;..1. 0 1ic111al -''l Co1no vi1nos no cxc1nplo da Chcmlcch no inicio cio capítu lo, bons bc.ncficios rcahncntc pa rccc1n satisf.1.zcr os funcionários, n1as níveis altos d e sah\rio não conscgucn, fazer o n1cs1110. l) inhciro ,noliv~, as p<·ssoas, co1110 1>cr-ccbcrc1nos no c:apilu.Jo 6. ~,las o q ue nos 1110li,·a não é ncccss.aria,nc,ue o me.sino <1ue ,,os f.iz feliz. Urna r>esquisa recente ,nostrou q ue os calou1'0S de tuna i1npotu1nte unh·crsidade nÇÕes: co,no saúclc1 <,nliiadc e :un or, n1a,s.i air'lda as.si,1t 1 à frenlc de f:unilia, libel'dade e 1·espeito. 11

    MITO OU CIÊNCIA? "Funcionários f elizes são funcionários produtivos" ssa afirmação em geral é verdadeira. O mito de que "funcionários felizes são funcionários produtivos· foi criado nas décadas de 1930 e 1940, como resultado, principalmente, dos estudos de Hawthorne, conduzidos por pesquisadores na Western Electric. Com base nessas conclusões, os gestores passaram a focar as condições e o ambiente de trabalho para fazer os funcionários mais felizes. Então, na década de 1980, uma abrangente revisão da pesquisa sobre o tema sugeriu que a relação entre a satisfação no trabalho e o desempenho não era particularmente alta. Os autores dessa análise ainda a rotularam de 'ilusória' .45 Mais recentemente, u ma análise de mais de 300 estudos corrigiu alguns erros na revisão anterio r e es·

    E

    timou que a correlação entre satisfação e desempenho no trabalho é moderadamente forte, mesmo em -contextos internacionais. Evidências sugerem que a correlação é maior para trabalhos complexos, que oferecem aos funcionários mais critério para agir de acordo com suas atitudes... Uma revisão de 16 es· -iudos que avaliaram o desempenho profissional por um período e a satisfação no decorrer dele também encontrou uma relação entre satisfação no trabalho e -desempenho," e sugeriu que ela funciona, na maioria -das vezes, da seguinte maneira: a satisfação seria uma causa provável de um desempenho melhor, mas este não seria uma causa de maior satisfação no trabalho .

    78

    Compottamento or9<1niza~ional

    Autoavaliação básica Nivel de $ati$fação ov insatisfação do individuo

    consigo mesmo. se ele se julga eficaz ou não, se acredita ter controle sobre seu ambiente ou se ê impotente com

    relação si.

    1

    No entanto, a satisfação não d iz respeito a penas a condições de trabalho. A pe r· sonalidadc ta1nbi:n1 clcse1npenha seu papel. Pesquisas 1nostr.un que pessoas que 1>0ssuen1 autoavaliação b ásica positiva que ~lCrcdita111 110 seu v;1lor irurínseco e na.s sua$ C(n11pc::tênçiai1; estão 111ais s,.-..tisf('i1as ('(nll srui1; 1rabalhos cio que aq uelas coo1 autoavaliação hásica negai i\'a. t\ 1(~111 ele vcrc,n seu trabalho corn o 111ais gra1ifican1c (: intc1·cssan1c, 1an1bén1 tcnd<:nl a n10,ri1ncn1ar-sc na d ireção de trabalhos ,nais desafiadores. r\ q uelas con1 autoavalia<;ào básica negativa cstabelcccn1 objetivos n1cnos a1n biciosos e tcndc1n a desistir quando se dcpara111 con1 dificuldades. Dessa fo rma, e las tê n1 rnaior lcndCncia a ficar p resas nos trabalhos cnf::ldonhos e re petitivos do q ue a quelas con1 a utotlvaliaçào

    b.:'tsica positiva:"

    til impacto da presença de funcionários satisfeitos e insatisfeitos no ambiente de trabalho Saida Resposta à insatisfação expr•ss• p•lo •bandono da o,ganização.

    I

    Voz

    Saída. Resposta d irigida pa~-a o abandono da Cl'llJ)l'CSrl, incluindo a btisca de u1n novo e1nprcgo <: a dcrn issào.

    Retposta à insatisfação expressa por meio de tentativas ativas e oonsth.1tivas de melh0tar as condições de

    trabalho.

    _J

    Loaldado Resposta à insa6sf<1ção expressa na espera

    passiva de melhoria nas condições de trabalho.

    I

    Voz. R.csposta dirigida para a busca de 1ne1hoiia das condições ele trabalhô de tuna fo rn1a
    Negligência. Resposta pela que consi~te c,n per,ni1ir pass.i\·fune1l lé que ns coisas piorc,n e inclui o abscn1císrn ,o <>u a1 l'asos crônicos, rcduç~o do c1npenho e a u,ncnto

    do índice ck erros.

    Negligência

    Resposta à insatisfação expressa por deixar degradar o ambiente de trabolho.

    O que ~contccc <1l1ando os func::io nl,rios gostan, c quando não gosta1n cio Il"abalho? O rnoclclo 1có1ico - saícla.voz.Jealdaclc-ncgligência - é t'uil no <:111cnclin1cn10 das potenciais consequências ela insatisfação. r\ Figura 3.4 ntostra a L'Strutura das quauu respostas à insatisfa.. ção, q ue d ifcre1n entre si flO longo de dois eixos: conslrutiva/dcsu·utiva e ati,,a/ptlssi\7l. Elas são dclinidas da seguinte 1nancira:•'•

    I

    Figura 3.4

    Reações à insatisfação no trabalho Ativos

    voz

    SAÍDA

    Destrutivos - - - - - - + - - - - - - Construttvos

    NEGLIGÊNCIA

    LEALDADE

    Passivos

    Fonte: R<1imp1os.so com f»'Me$$iO do JOfJm,I orAppJ,i«I $cQ;)t P,ychology, 15. n. 1, p. 83 O V.H. Winston & Sons, lnc•. 360 Sooth $ct;:a,çh 8ool~rd, P;)lm S.~ch. FL 334$0, Todos os d11f:l'ltos rcwrvados.

    Capitulo 3

    Atitudes e satisfaç1o no trabalho

    79

    Os co1npo11;u11cntos de saída e nc!,,ti_gência englob.un nossas \.';:1.riá,l:iS de ck.-scrnpcnho produúvidaclc, abscntcísmo e rotati,idaclc. ~(as esse modelo a1nplia a.s altcrn;,uiva.s de respostas dos funcion,lrios, inclui111do a voz e a 1c..~a.Jch·1dc con1poruuncntos COJ\i:ilrutivos que pcl'1nitc.:111 c1uc Ol\. indivíd1.1os tolc1"<'n1 si1u:içõc·s cl('S.ttgrad,\vcis ou 1·cvivan, condições de n7tb.1.lho satisJàtó1ias. J~lc; nos ~juda a 001np1-ccnd<·r algtuna1o situaç&-s, co1110 as ck: trabalhadores sindicalizados. <1uando a baixa salisfi1çào no u•·J.balho se une a reduzidas taxas de rotatividadc.s-.1Os n1cn1bros de sindicatos gcralntcntc cxprcss...·un sua ins:atisfhçào por 1ncio dos proccdintcntos forntais ele rcivindicaçOI' si só, j;\ obtê111 1-csultaclos significati,·os.. F.ss..-1 obsc1.,.,:tçào s1.i.gc1'C q1.1c as c1npl'cs..1s onde prevalece a sati.sf.-1.ção co111 o 1rahal ho 1c;ndc1n a ob1cr 111clhol' dcscrnpc:·nho.)'

    Satisfação com o trabalho e comportamentos de cidadania organizacional Pan.>cc lógico pressu1>0r que a s..-itisl:,çào no lrabalho pode ser o principal fator dctcr111i11antc

    do co1npo1·1:uncnto de cidadania Ol'gaoi~acional ...1 Funcionál'ios satisfeitos pal'ecern n1ais propensos a í.1.lar hc,11 da organir.ação, a ajudar os colegas e a uhrapa~sar as cxpec1ativas co1n relação ao trabalho. f~lcs p()(lcrn 1ambé111 ir alt-111 de.: suas atribuições regulares porc1uc qucrcrn rctiibuir as cx1x 1iências positivas. E1n confor1nidadc co1n essa vis.lo, as evidências sugcrcrn que a saüsf.:1ç~io no trabalho L"SI::\ 1nodc1,,da.111cntc correlacionada ao co1nportan1cnlO de cldadarüa organizac::ional; as pessoas ,nais satisfeitas <:orn o tntbalho aprcsc111arn n1~ior ptobabilidaclc de aclo1ar un, con11>0r1.anle11to de cidad.:lnia or,ga11iuc-iona1.ss Por qoê? 1\ s r>crccpções de jusLiça ajuda1n tl explicai· es.'wl relaçào.!16 Aqueles que se11tc111 que se1.1s c-olcgas os a1>0itun ª f>t"'Cscn1a1n uni::t le11d(:11ci:a 111aior a ajudar os outros, ao passo que os que tê1n tuna 1"'('lação antagônica con1 seus coltgas têrn 111c11or propensão a Ít'\1.ê-lo..1;

    j

    Muitos servidores públicos sentem-se insatisfeitos com as felações altamente hierafquitadas, as atividades

    repetitivas e burocratizadas. a fa lta de reconhecimento

    de seus supetiotes e a politica ,emune,atôria governamental. Diante desses fatores. suas reações mais tipicas são as 9,eves e alguns compo
    :;;íiii!!!!~1

    f ~

    j

    80

    Compo1~mento organiia~ional

    Satisfação com o trabalho e a satisfação dos clientes Como foi discuúclo no Capí· tu lo 1, os cn1prcgados d o setor ele serviços J'rcqucntcn1cntc intcragc1n con1os clientes. Co1no as cnl p1-csas de sctviços se p1-cocupann c,n salisf.'17.Ct SC'US clientes, cabe aqui J)C'l'!"J"t11l1ar: scr,í. que a satiSfilção dos funcionários c~tá rclarionacla co,n (1 avttliaçào posi1iva po r parte dos clientes? No que diz respe ito àquele:. funcionítrios na linha de a tcncli1nento, <1uc 1nanLé nl contato con.stanlc contos clientes~ a resposta é 'si1n'. Funcionários satisfeitos incrc1ncntanl a satisfação e a fidelidade dos clicnlc:s.~ U1n estudo realizado co111 cn1p1"<:g;tdos e clientes de três hotéis do ~ lunicípio de~ l{ccifc

    con,pro,"' essa m<::in1t1 c,·icli:nci.:, de fhto. a satisfi1çào cios cli<.:ntcs foi inllucnciada po.sitivarncnte pela satisfltçào dos l\.1ncion;\rios hoteleiros.'"' De 1noclo geral, isso ;lcôntcce porque a rctcuç~io ou a perda de clientes n.1s .cn1prcsas de sc1,<:n~:un cssai; a1iludts-, oícrcccn1 u1n c:li,11::1 positivo de· trabalho e avalia n, rcbrttlarn1cntc a s..ltisf.:1.çào dos t\.n1cionários por 1ncio ele pcsquis~,s de opiniào. 1

    Satisfação e absenteísmo Pesc1l 1isas rnos1ra1n ,nna n;laç-ão ne~ga1i,·a consistente cnttX' satisf.:1\:f,o e abscnteí.sn10, rnas essa co n"Ck1ç[10 varia de 1nodcrad~, a k:vc.li' E,nbora Hlça sentido o fato de que funcionários in.sati..sfcitos $::\o 1nais propensos a fhltar àO trt,brilho. outros fruorcs ta1nbén1 af<·tan1 essa correlação. Po r cxc1nplo. o rganizações que proporciona,n abono de Í.'lltas por inotivo de saúde- es1in1ulan1 todos os funcionários - inclusive aqueles que estão absohna,ne,ne satisfeitos a íahar ,nais. \ 'ocê pode cs1ar -satisícito co,n seu 1raba.lho e, ainda assi1n, querer 'en1endar· seu íi,n d e se1na11a se CsSa ausência n;io Jhc custar qualquer p(.'nalicladc..i\Jén1 dissú, qtaanclo Yá iios cn1prcgos a lterna tivos l'Stào à d isposição, os funcionários insa1is(Citos aprcscnta1n lndiccs altos de íalta.s, 111as c1uando há poucos en1· pregos disponíveis> a taxa de absen1c ísrno é igual à d os funcionários sa1ist(:i1os.61

    Parél o Grupo Accor, que controla diversas cadeias hoteleiras, como Sofitel e tbis, a satisfação de seus funcionários é o primeiro passo par.l garantir a Íélicidade e fidelização de seus hóspedes. P()r meio de elevados inv&Stimentos no de-senvolviménto de seus funcionários, a o,ganiza,ção pretende garantir que eles estejam sempre bem dispostos para Sérvir adequcldamenté aos turistas. Camareiras, garçons e cozinheiros recebem diversos treinamentos técnicos é in1érpess.oais:, além de- poder aprender outros idiomas. Cessa maneira, o Grupo Ac
    j

    1 j

    Capitulo 3

    Atitudes e satisf~o no trabalho

    81

    Satisfação e rotatividade t\ .-claçào e nlrc satisfhçào con1 o lrJ.balho e rotati\'idade é 111ais fo rte cio que a quela entre satisfitçào e abscntcísrno.w Co111pro,·ando a regra, lt1na pesquisa rcali~ada con, n1édicos <1uc atutun no Progra111;] ele Saúde da Fan1ilia vc1;flcou q ue, de falo, <1\1a,1to 11'\aio r :i, s~,tislbçào d eles, lendo cn1 t01'lt:i fator'Cs con'lo :-1 capacit(1çào, o tco1po d e loco1noçào aLé ao 11':\balho r os 1'\laleriais u1ili1.ados, ,ncnor sctá sua 1'01.-uivida trabalho é n1cnos preclitiva da rotatividade, pois o c n1~ pregado te nde a sair n1ais c1n razão de u111 ·puxão' (a atração do outro cn1prcgo) do que po r causa de unl 'c111purrào' (a f.'tUta ele ;,tração peJo crnprcgo prcs<:nlc). Da rncs1na fOrn1a, a f.tlta de satisÍ<'l.ÇàO no trabalho se t rad uzin:l c1n ro lalividadc n1ai.s p1"0\~1\·chneutc c1uaudo houver r11ui1as opor11.1nicladcs de (•1nprego cxistcn1cs, p<'>is os c,nprcgaclos a<:han'I 1nai,1; fãcil ,nudal' de 11-abalho. J•inal1nentc, <1u.1ndo os funcionâl'ios. possucn1 unl ele\'ado 'capital hu· ,nano' (1nais educação e n1ais qualificação), a pl"obabiliclade dt~ que a insa1islàçâo no ira· halho se traduza c1n rotatividade é 1nais aha, pois eles possucn1 1 ou pcnsa.-n possuir, 111ais alternativê,s clisponívcis.to1 Satisfação com o traba lho e desvios de conduta no ambiente de trabalho A insa1istàçào no trabalho e as rek1çõcs antagônicas con1 os colegas s..~o causadoras de ntuitos co111por1a1ncn1os que as organizaçõc.·s consiclcr:.un indesejáveis, incluindo lCntativas d e sindicalização~ uso d e drogas e eonsun10 ele álcool, furtos e i1npontualidade. O s pcsqui· sadort.-s clcfcnclcn1 que esses con11x n1;uncntos são indicadores de un1" síndron1e 1n.1ior que charnal'ían1os dt.s11i() de t()11tj)orta,n11U'1110 a,11bie11te de lraba/lto (ou efo.sta,nn110 do r,npregadü).6,\ Se os c1nprcgaclos nào gost;un de seu a111bicntc d e u,,balho, de al&'11n1a 111ancirrt cll.".s \i;;lo rc;1gi1; c1nhora nào seja scrnpre facil s..abcr con10. Un, cn1prcgado pode pedir dcnlissào. Ouu'O pode utilizar o horário de 1rab.tlho Par;, co11troh1r cficaz,ncntc as c.:ons<:<1uências indcscjtívcis da insatisfação no trabalho, os c:111prcgadorcs dcvcrn alacar a fonte do prohlcn1a - a insallliÍc'l\:éiO c.·1n vez de tenta,· co1'llrúlar as difcrc1Hc~ reações.

    Os gestores geralmente 'não se tocam' Dadas as <.·\'idências que aC<'.1.ban1os d e aoali· sar1 não d eve ser surpresa que a satistàçào no trabalho pode afe1ar os resultados das crnpn.~sa.s. Urn estudo de u1na consultoria cla~ificou grandes organiiações enu'C as que aprcS<'1Ha1n 111oral alta (crn <1uc n1ais de 70 1><>r cento dos cn1prcgados exprcssa1n sati.slàçào global) e fnédia ou baixa ,no,·al (111c-nos de 70 por cen10 de sa1isf.-1çào C'o1n o 11':lbalho). Os pr-cços dns açõc.s das c1nprcsas do grupo con1 rnoral t:lcvado cresceu 19,4- por cento cn1 cornp;tr:.-tç;l.o <..'0111 dez Jl01' cen10 para o g,111>0 daquelas con1 n1or'al n1édia ou baixa. No rruan10, apcs..11· desse.o;; rcsuhados, ,nuitos g('storcs não se preocupan1 com ~l sath.íhç.:io de seus c1nprcgados. Outros, aindtl, supc1'Csri111:un esse nível dt salisf.,çào, e~ por isso, não acrcdi1an1 que h;tia ptobleana.~ quando, na vc:rdaclc, eles txistc1n. Uan <:sludo co,n 262 g randes e111prcsas r(,·vclou que 86 1>0r cento de ahos é:-.:ccuti\'OS acr'<'di1avan1 tratai" bc1n seus f\1ncioná1ios. n1as son1c1nc 55 por ccnlo dos fu11cior1tí1ios concordar.:\nl corn clc.s. Outro estudo rcv<·lou que 55 por cento dos gcstorc.s acrcdi1avar11 quc a n1oral dos 1rabalhadores era elevada c:111 suas 01-gani;,;açõcs, q11ando apenas 38 por tento dos íuncion,:lrios se declaravam .s..:1tisfCilos corno trabalho.'"' Pesquisas de opinião regulares aos Íiu1cio11á1ios poclc111 reduzir a lacuna c1urc co1no os gerentes pe11so111 <11.1e os Í\1ncio,uirios se sentcnl e corno eles rrolruentc se sen1cn1. Unl gcre11lc de unia loja dcfast-faod Jàz u111:, pesquisa con1 seus funcioná1ios un1a vez a cada três n1csc-s. 1\IS,"t1ns resultados o lcvaran1 a p1'0111over 1nudanças, co1no dtir n1aior \'OZ aos c1npl'e~clos sobre cJn c1uais dias da scn1ana c:lcs qucdan1 folgar. ~~o cnlan10, o gestor acredita que o J>l'<>ccsso (•tn si já t• v:1lioso. '·Eles real111cn1e a,na1n dar opiniões", diz ele. '·l::Ss..1 é a pa,,c;: 111ais i1nportan1c: que clçs tC111 vo7~e são ouvidos.·· 1-\ s pesquisas nào s.-;o uma panaceia, 111as se as aliiudcs no 1tabalho são tl10 ã,nporlantcs quanto pensa1nos, as organizações prccisa,n descobrir o nde elas podc1n ser nielhoradas.61

    82

    Compottamento or9<1niza~ional

    ~~~~~~~ ~~~~~~~~~~~~~~~

    Omplicações globais Satisfação com o trabalho é um conceito das culturas ocidentais? A rnaio1ia. das pesquisas a reSJ) Cito de satisfc--.ção co,n o trabalho tem ~ido ícita nos Estados Unidos ou e,n países europeus. Podería,nos então pel'gu,na,-: satist:--.ção no ltabalho é un, concc•ilo da.s culun·as ocidentais? t\ s cvldên<"·ias rnosu-am cla1~unentc <1uc não. 1\ s pt"ssoas cn1 outras cuhuras tantl)é1n tênt opiniões concretas a 1·cspc;ito desse assun10. 1\lén1 clisso 1 parece que fi,tos sin1ilar<::s causante sào rc:sultaclos de sa1.isfhçào 110 trabalho c ,n 111uitas cultu,-as. Por excn1plo. j~t notan1os <1ué a rc1nuncraç.ào est..l relacionada de 1na11cira posith·a co,n a saüsfhç,10 no trabalho. porén1 tssa relação é rclati,·funcntc li-aca. E ela pllrece acontcéer cn1 outros paiscs.

    Nas culturas ocidentais os empregados estão mais satisfeitos com seus trabalhos? :\pesar de a saüsf.--.çào co1n o 1rabalho pal'cccr t'Clcvantc cn1 vá1ias cuhuras, isso n~io significa que não haja dilCrcnças cul.lurais. 1\s cvidi:ncias sugcrc,n que os cn1prcgados crn euhuras ocidentais, eornparados aos das oiicntais, aprcscnta1n níveis rnaiorcs ele satislà(ão.ba J\ l•igura 3.5 1nosu11 os resultados de u111 estudo cios uiveis de satisf.."lçào dos c rnprcgaclos c ,n 15 paiscs. (Esse estudo incluiu 23 países, rnas~ nessa apresentação, n1ostran1os os n1aiorcs.) Co,no 1nosln1 a figura, os rnaion:s níveis de satisfaç•"io parccc1n estar nos f.s1adús U1údos e

    na Europa Ocidcnt~11. Os fun<.:ion,l,ios c1n cuhura.s ocidentais têfn cn1prcgos 1nc·lhores? Ou são sin1plci::1nc1uc n,ais positi\'O!: (e n1cnos autocríticos)? !\pesar de an1bos os frtlorcs cstarcnl c n1 jogo, as c,iclências sugcrcn1 <1ue indivíduos nas cuhuras orientais tênl ,ncnos aversão às crnoçõcs ncgati,·as do que nas cuh uras ocidentais) c1n que os indi\'íduos ccndc1n a cnfati· zar cn1oçõcs positivas., co1no felicidade pessoal.ti' 1àl\'CZ por isso, nas cuhu11,s ocidc:ntais, ltÜs con10 na Escandinávia e nos Estados Unidos, os fu ncion,,rios parcçan1 ter n1aior nível de salisf4'çio co111 o 111,balho.

    Fig ura 3.5

    Níve is médios de satisfação com o trabalho, por país

    5,80 5,68 5,60 5,40 5,20

    r __ 5 43 5 32 5,20 5,20 5 12 5,08 5,08 5,06 5,06 5,06 5,06

    5,00 4,80 4,60 4,40

    Fonte: M. 8ertz e B. S. fft!y. 1he V~lue of Au?Or'IOO'ly. E,-.dMce kom die Self·Empb/ed-. 23 Countne$. ~ p.'lpef" 173, lnstitute fo, Emplfic.al Researd'I in Econornics, ~ de Zutich, OOYernbro de 2003 (Olspoolvel em: <www.wn.com/ abstraa-475140.>}. Nota: os val01es fepresentam a média dos níW!1$ de s.atr1fação no tr.sbaJho em eada pais, sendo a va,iaçtío de 1 • mutto inslltnfetto & 10 • muito s,tisfcito.

    Capitulo 3

    Atitudes e satisf~o no trabalho

    83

    ffi;sumo e implicações para os gestores Os gcslo res devc1n se;: interessar pelas a lifuclcs de seus (i1ncionários, pois elas sinalizarn potenciais problc1nas e influcnciarn con1porta1ncntos. Funcionários s:aüs(Citos e co,npm· 111ct.idos, por cxcn1plo, tê1n n1cnorcs taxas de rotatividade. abscntcís.-no e co1nporta1ncntos desviantes. Eles ta1nhén1 tê1n 1nclhorcs dcsc111pcnhos. Por tcrcn1 o objetivo ele n1antcr de·

    rnis.'iÕl.~ e f.1lt.:\S cn, 1ú,-cis baixos - principal111cnte cnux: liCLLS funcionáiios 1nais pn.xluti,ú; - os gcl'cntcs dc,·c,n tornar iniciati\'as q ue gen!nl atitudt positiv~I.S. Corno foi obscr\'ado ('rn tH'll al'tigo: ·•uma a,-alia(.ào confiável 0nantc <1ue os gcs1orcs podc1n làzcl' para aun1cntar a s.1tis(:lç.ào é íocar os con1ponC'ntcs intrínsecos do trabalho. tais co1no torná-lo 1nais dcsaflador e interessante. ,\ pesar de tuna baixa rcn1unc ração) p rov.1veln1cnu: 1 não atn1ir li.Lncionários de qualidade superior. ou não mantt·r aqueles <:01n ::tito desc111pcnho, os gestores dcvc1ia1n pcrc<:b<:r que:: altas 1·c,nuncraçõts tan1bên1 não garantem a c1iaçào d e un1 arnbicntc de trabalho satisl~uóri<>. 1\ c1iaçào ele u111a força de trabalho sarisl'ei1a d ificih11cntc S4.~ rà a garantia de u1n dcsc1npcnho 01-gani:zacional bc1n-Sl1Ccdido~ 1nas as evidências sugc1·e1n fo11e1nen1c que, qualquer coisa. <1uc os gc-,,s1orcs possan1 tà:zer para 1nclhc,rar as a1irudes dos fu ncionários, con1 ccr,cza resultará na n1clhoria da eficácia organizacional.

    84

    Compottamento or9<1niza~ional

    Ponto

    Contraponto

    '

    Gestores podem desenvolver funcionários satisfeitos ma revisão das evidências identificou quatro fa. tores que conduzem a altos níveis de satisfação com o trabalho: trabalho intelectualmente desafiante. recompensas justas, condições de apoio no trabalho e colegas dispostos a ajudar." Os gestores podem controlar cada um desses fatores: Trabalho intelectualmente desafiante. As pessoas preferem trabalhos que lhes ofereçam oportunidades de utilizar suas habilidades e capacidades. que ofereçam uma variedade de tarefas, liberdade e feedback sobre o próprio desempenho. Essas características tornam o trabalho intelectualmente desafiante.

    U

    Recompensas justas. Os funcionários querem siste·

    mas de remuneração e políticas de promoções justos, sem ambiguidades e que atendam às suas expectativas. Quando a remuneração parece justa em vista das demandas do cargo, do nível individual requerido de habilidades e dos padrões vigentes no mercado, a satisfação surge como consequência natural. Condições de apoio no trabalho. Os funcionários querem que seu ambiente de trabalho seja seguro e proporcione conforto pessoal para facilitar a realização de um bom trabalho. A maioria prefere trabalhar próximo de suas residências. em instalações limpas e relativamente modernas, com equipamentos e ferramentas adequados. Colegas dispostos a ajudar. As pessoas recebem do trabalho mais do que dinheiro ou resultados mate· riais. Para muitos, o trabalho é também uma oportunidade de satisfazer suas necessidades de interação social. Não é surpreendente, portanto, que a presença de colegas amigáveis e colaboradores seja causa de satisfação no trabalho. O comportamento da chefia também é um dos principais fatores determinantes da satisfação. Asatisfação dos funcionários é maior quando seu superior imediato é compreensivo e amigável, elogia o bom desempenho, ouve as opiniões dos subordinados e mostra interesse pessoal por eles.

    noção de que os gestores e as empresas podem controlar o nível de satisfação de seus funcionários é inerentemente sedutora. Ela se ajusta muito bem à visão de que os gestores influenciam diretamente os processos e resultados da organização. Infelizmente, existe um crescente volume de evidências que desafiam essa ideia. As descobertas mais recentes indicam que a satisfação no trabalho é. em grande medida, determinada pela genética." O fato de uma pessoa ser ou não feliz é determinado essencialmente por sua estrutura genética. Cerca de 50 por cento a 80 por cento das diferenças entre as pessoas no que se refere à felicidade ou a estados subjetivos semelhantes de bem-estar são devidas a seus genes. Gêmeos idênticos, por exemplo, tendem a escolher car· reiras parecidas, relatar níveis semelhantes de satisfação no trabalho e a mudar de emprego na mesma medida. A análise de dados sobre satisfação em uma amostra selecionada de indivíduos por um período de mais de 50 anos revelou que os resultados individuais eram CO
    A

    mais tarde, um funcionário insatisfeito encontrará novas

    falhas no trabalho. Aúnica área sobre a qual os gestores podem ter alguma influência significativa é o controle sobre o processo de seleção. Se uma empresa deseja ter funcionários satisfeitos, precisa se certificar de que seu processo de seleção evite a contratação de indiví· duos negativos que tiram pouca satisfação de qualquer coisa relacionada com seu trabalho, independentemen· te de suas condições.

    Capitulo 3

    1. Qpais sf10 os principais co,nponcnt<:s elas a1iludcs? Esses c·on,1>ont:111t,-s <'$1à<> n·laciooados 01.1 11ão?

    2. O conlpc)l'ta1nc:1ltO scnlp1·e é conscquên('ia das a1i1udcs? Por quê? Discut~) os nuo1-.;:s que· (;Clt1fir11'Hun li,C O('01nport:;).n1e1110 é ('au..;t1do JK)r ::Hitude·s. 3. Quais sào ,t.i; p1intipais ~11i1udcs 110 lr.'lha1ho? Co1nú elas se as.scrnelhanl? O qlté é c,-;clusivo de cada unia delas~

    Atitudes e sa1isf~o no trabalho

    85

    4. Con\o 1ncdi1nos a saüsl:'.tçào no trabalho? 5. O que caus.'\ a satislàç-ào no u-ab.'llho? Pa.1':l a rna.io1i.-. das p<..-s,. so;L"l é 111.ajs irnp<:ut:=u1te a 1,!ff1uner.=içâo ou v tl'abalho rn1 si? 6. ~1ais süo os i,npar tos da S.'\1jsf.'l<;fto con1 o u·abaJho? Qual Csua i1nplita<;f10 par:, à ad1ni11istraçf10? 7. :\ :..atisfhçiio no 1rah.,lho é 1111\ c'Qnccito vãk11i'l.ado pela,; e1nprcsas e gcs1on·s de t<Xlo o n1uudo? EI;,\ v·.:uia de p:\iS a país?

    Exercícios em grupo Que fatores são mais importantes para sua satisfação no trabalho? ?\Juilos de nós f)l'O\'a\lcln1t1uc· <1ut1'CnlO! u1n trabalhe~ q\1tjulg-.:unos <1ue tral':Í. s..1isl11ção. ~·ltt.\ co,no oc11h111n 11-aball10 é perfci10, geraln1,·ntc t(•rnc)s d<' nc..·gociár sc·us. :)lrib11tos. Um pode pagar bc1n, nuis dar 1n~norcs oponunicla0ucos hcocíicios. \ 'eja a seguir u1na lista contendo 15 f..·uorc~ eh: ttahalho e atributos: A1uo1lo1nia e indcpcndi:ncia 11a rcalii,lção das t
    F:1n tuna folha de pap,t.1, coloque en1 ordc1n esses fatores c:lc ci1na p;~ra baixo de 1nodo qt•C o n\lnlcro 1 :;cja o fator c:1uc ju1w,, n1ais i1npo11~1ntc p<1ra su,1 satisíhçi10, o 11l1n1cro 2 o SCb'\tndo n1ais i111po11~u11c, e assin1 por di.:uuc. ,i\.gora, ~llna·sc.· cn1 gn1po de tr(·s ou qu:uro 1x:ssoas e 1e1n(· o seguinte: 1.

    1ndiqoc u1n orador qu<.· tomará notr,s e n;lcu:-,r:;l as r<.'S· pos1a.s il~ scguin1cs qucs1õcs, c1n no,nc· cfe :.eu gn1p-0, (1..: rost~,s para a elas.se·.

    2. Obtcnh.1 a 1nl-di" de todos os 111cn1bros do gropo e gere u1n~l lista dos cinco 111.iiorcs fal<.lrcs.

    3. ,-\ n1aio1ia das pcsooas crn seu grupo parece valorizar os n1cs111os fatores profissionais? Por quê?

    4. U,na pcsqoi.sa con1 01:i.is de n1il c,npl'cgados l'calizada pela Sociedade para r\.dn1inistraçào de R.<:cursos Htuna· nos indica que os finorcs n1ais i1nponantcs na opinião cios trabalhadores s.1o: scguranç~1 no trabalho, bcncCi· cio.s, rcrnuncração, oportunidade p:tra usar suas lnibili· d ades. e :s.cn1in1cn10 de S(;~'\1r;1nça e· ('.SH)bilid,1dc. Con10 a c;lassific.u;ào de .seu grupo $C conlpara cc,,n o:.. rc·.suhHtlos apresentados pela pesqui.sa? 5.

    1\ 0

    longo do capilolo é afinnado qoc <1 rctnoncn,ç~o

    11t10 S<.~ c·o1Tclation;."1 1:10 lxo1 ;'.t s:11i.st'\Çà<> coo1 ô trabalho,

    ,nas. no 1cvanta,ncntQ ápr'Cscntado, as f,CS.Soas dizc·n, que a questão s.'\larial é 1nui10 iinpol'tantc. Co1110 se ex· pliC;.1 essa discrepância aparcnlc?

    6. /\gora cx;.Hnine s\1t1 lista 110,,.uncn1c. F..oi;f;Í de~ acordo C:(un a lista do grupo? Es1á dt acotdo co,n os resultados da pesquisa apresenta.dos?

    Dilema ético É justo as empresas tentarem reduzir a

    dissonância cognitiva de seus funcionários? ltn;1~rinc que:, tlô íi11<1I fie s.-·u tur:so de..· grach1aç,;o c1n :=tcl·

    n1inistraçào. un1 <.'Studa1nc..· lu..11nildc receba u111 convite para.

    1tahalhar lltl fahl'icantc de atn\as T.'lurus. Por ser t11)l pac:ífi~ ele é (ontr.:liio i, fi,bric:1<;ào e co1ncrcialiiaç.;io de .;u·1nc1s,

    1::1,

    e-, inicialtncntc, rccusa·sc a ser fi.lncionário da oq,ranizaçào. A cnlp1·c:st1, po1·é:1n, J)t'l'CC:bc t«xlo o pútt.:ncial do gracluando ccnnú achniois.1rador t· clccidc i11..1;is1ir rnais tnl\ pouco. Ofc.-

    86

    Compottamento or9<1niza~ional

    ,·ccc un, s..'l.lário de 3 n'lil 1'eab;, as:ús1ência ,nédica para locla a lt1111ilia e urn ('arro para que o estud:ttllC1r:\n~portc di;1ria1ncnte seu pai, doente, alé o hospil'al. Oi.tnle desse r(·n,í.rio. o aluno, percebendo que o salário n1édio de seus colegas IOr· 1na.nclos cs1á na f..·üxa de I nül reais e precisando n1uilo dos bcrH;licios oferecidos. decide <\C'<::ila r a ""8ª e sç to,·na o novv l1.1ntion corn as quais n5o ('011corda1n ? Obvi:unentc, os trabalhadores tcn,cn1 perder seus c1nprc.gos, n1ns ess<: não t. o único f.1tor que contribui para 1'Cduzil' a dis.~nàoria dos ,nc·,nhn>s d a c1nprCS.'.I. Sal{irio:,; ele:~

    \'ados., htn,us e par1jcipaç(>es s;;1o ;,lgumas das ,nao(~ir.,s en<."01\U".tdas pelas <:01npr.11hias p~r;11 :.1 li11gir cl)S(: objcth'<•, 11111.s não são as únicas. ~1 ui tas organi1....'lçÕCs. co1no a 1:.-tb,;cantc de ,cigarros Souza Cruz, desenvol\'cn1 progra.n1as socioarn· hicnta.is, o que 1a.111bênl st1·vc pa,·a 1nelho1'al' a inu1gcn, da ct111lpanhia oa 111c:u1c de seus trabalhaclvre~. Outras práliC:L" pOS.SÍ\'Cis sf10 palestras e r-a divulgação de pcsquistlS <JUC i1111cnizaria1n os efeitos ncgati\'OS dos produtos t' serviços dessas cn,1>rcsas. Dessa tOrn1a. as organizações conscgt.1cnl reduz.ir as L~csistências cios 1nc1nhros e garantir un1a foix:a de craha· lho dcdicach, C' ,·ornpro,n<..'tid;l.

    Questões l. \ iocê achaju.sto que as c:n1pres:.\S lentc,n reduzir ~1s disro-nàncias cognitivas ele seus f\1ncionários?

    2. \ 'ocê ach.t que. cm uni n1cr(ado de trabalho <'0111pclili\'O corno o aluai, alguns valores e atitudes éticas e ,n ora.is poclc,n se configurar oon,o obstáculos para a ascensão profissional? 3 . \ 1ocê tc1n unla atitude contr:iria ao consu1n o ele :ílcool 1 à \·'Cncla de cig.,r,'Os. ;\ fàh1icaç--.lo de a1'1n,,s ou à degrada· ç,io do ,ncio a,nbicntc? C()n\O \'O<'ê cncar.uia 1raballi.)r cn1 11n1a org::nlizaçào que tonln1ri~1 sua atitude? Ç;,!>o \·ocê prccis..,ss<· 111uito do cn1prcgo, co1no tcn1aria \'en<'cr essa disson:incia?

    Estudo de caso 1 O prazer de fazer aquilo de que se gosta No Brasil, é r.u·o encontrar cientistas., 1ncsu·cs1 doutores e pós·douto1·<·s <·nl cn1p1•tsas privadas. En<1uanto nos Es1aclos l;nidos cerca (I(• por ec1110 desses indivíduo$ (:1proxin1adan1cn1c 700 ,nil 1x:sso;ts) trabalhtt\·;11n cn1 organiz..:~(;ÔC:i q t1C vis::1nl ;10 lucro no final de 2005, c1n nosso pntra1aç:io d<' ci,·1ui1:tas n;lo <><-Orrc t-Onl frcquênci:,., 1\lém cliss.o, (·xistc certo prcco11ccito po r parte desses indivíduos. que costu1na1n ver nas organizações a busca irracional pelo lucro, ao passo que na acadc1nia podcria,n rt~aliz:H' estudos e pesquisas dCS\'Ínculaclos de intc·rcsscs corporalivos. 1-\ c1nprcsa paulista de biotccnolo~Jia Ccnoa :.,prt-scutava-.sc coino tuna c.~c~ào nesse c<:nário. Con1 16 pesquis..-idorcs cn1 s<:u quadro de Jl1ncionários, a co1npanhia. fundada pelo n1éclico ptnologist,1 C.:11nar.1 J,op<.'S, conseguiu ciiar u,n bon1 a1nbic:11te de trabalho, no qu;:11 m cicnti.s1;1.s 1>0dcn1 desenvolver seu~ conhccin1entos e in1plcn1c111.í-1os na cri,,çào de negócios ino\'adorcs. Dois <:xcn1plos foran1 a vacina con,r.t os cãnccrcs d<: l'Íln e de pele, e os kits de cxa,11c de J)NJ\ paterno parn a11i1nais. ,nuito de,nandados pelos poc11,,,i~'l~L'i br,-~ilciros. Pró lll()\'(:r •• s:1tb;f.'1<;-iio desses ci<:11tiSGlS é tnna t:trc n1 i1nporu1ntc a c1nprcsai visto qu<..' o a..-;sl-dio de ClllJ)l\'S..\S

    ao

    ,,.u,1

    internacionais sobre eles é grande - rccc1nen1cnlc o go\'Cf• no ela C.-:Orcia cio Sul fCz. tuna proposta pa ra <1uc a Ccnoa se trnnsJCiis.sc para seu território. co1n incentivos fiscais e despe· sa.s d<..· :;al.;írios pagas.. T':1ra tanto, :,Jérn de oferecer csu1.1tur., de ponta. a oportunid.a.dc de trabalharcrn con1 aquilo ele que 1n :üs gost~-101 e tonstantt'S desafios p;lr.t a c1iaç;io de pn:x:lutos, o labon1tório 1c1n u1n:.-1 1>0lí1ir.a 1nuito :.H1r1cntc de ren,uner.:,ç;lo. Os s;1l{trio:- do:- pcsqui.s~1clorcs .:-iio cntn; 20 por ccn10 e 30 J)01· c~tntú suJ)c,;o~ ao que 1"ét'Chel"la1n 1H1 ac·ndcn1ia. Ootn> si~tc;n1a qt1e g:1r.111tc a s~1lisf:u;,io clCS.'-CS ft111ciouários eú bônus por l't~sultados> no ca.,;c), pelo:,; projetos de 1x:squii:a :1provaclos e anigos 1>11blic:ado..,; c,:.111 1'C\'ist;)S c:ie11tiÍIC'à$. Por íi,n, a atl'açào de reru l"SOS à c1np1·c;.sa ptla apt'(>vaçi,o de 1)1'ogrn,n,1s de: pesquisa cnl ó,·gàos go\'crna111e111a.is 1a1n~ b\;111 t: 1·ccc,n1pc-nsada. No caso dos kitS de testç dt l)N.r\ , por c.~e,nplo, o c-icntista Flá,~o c:an a.vcz 1·ccclxu 26 n1il 1'Cais do apon<: d e :175 ,nil reais na Ccnoa. rcaliz.aclo pela Funda· çào de Alnpa.ro à Pesquisa. do Estado de São Paulo (l~,pcsp). Pa ra En11nanucl Dias ~ cto, outro cicntis1a da cn1pr<..·.sa, "ê angustiante ver a pesc1uisn. se rcsun1ir à publicaç.à o de traba· lhos cn1 revistas i111porta1nc.s". O fundador da Cenoa 1 Can1ara Lopc:s, afirn1a ainda que u1n d(1S priut;Íp<.lis (lhjcti\'O~
    Capitulo 3

    grandt~S; 't(:('('hros· hrasilriros ( ? garantindo :i;ua satii-raçàô, u1n ,rahalho desafiador e 1·eco1npc11st1dú1\ uni:~ éslrutun, invejável. apoio financei ro e u1na política ele rc111u11eraçào 1nodcrna, o laboratório tornou-se un1 verdadeiro si1nbolo ela pes:c1uisa de po111a no Brasil. Satisfcilos, esses pn>fiss:ionais 1nan1t n1-5e 110 país e gcr:un eollhc,·i1n c1uo .aqui clcniro, c.:on1ribui11do para o d<:scnvOl\~111c11to da Ceno;,i e de toda a área biotecnológica nacional. (:(un

    Questões 1. Par,.1 \·1'Cê. qt1ais seri,1n1 os instrunt(·ntos e polític:as da (;elloa que garaou;nl a :i;:njsfaçào dr seus Íull('ioni:'irios

    J)('Sc111isadorcs?

    Atitudes e satisf~o no trabalho

    87

    2. O 1rahalho dos pesquis.:,dores oa acadc1nia oor1nalint~1\t(; é caracteriY.ado pela cle\';Hla a11tonon1ia. ~a c1npn;.sa, cnu·etansoi eles podcn1 ter de trabalhar cnt prqjetos p<:· los quais não terian1 interesse cspontanca1ncntc. Conto \·ocê a\·,ilia t•ssc fi·llo e corno ele podcri:l reduzir a satisfhç,1<> desses fi1ncio11:'1. rio:i;?

    3 . Os pesquisadores da Gcnoa s.."lo apaixonados pelo tr.tba· lho científico e pelos desafios qtie ele pn)pOr dinheiro· a pt•nti.s?

    Fonce: B:t..((.'ado cn1 .·\na l.uiza J·lcrmg. ·· tG gênios nun1.a só t'1nprcsa". Rc\'ista t-:ro,111. '-""
    te- lê\: 2006, p. 78-79.

    Estudo de caso 2 'Se eu amo o que fa~o e ganho bem para fazê-lo, qual é o problema de trabalhar 12 horas por dia?' Para 1nui1as pessoas. o trabalho no n1crc..'ldo financeiro e de capitais é n1uito 1nais do que unta incra atividade profis-S'Íooal. Pai-a e§Cs i1\di\'lduos, a co111pra e \rtllda de.: açt,cs, an-'lisc de: cn1prcsas (! dç ,, rojctc).,;, libc.:r.u;iiú de fi11,tnc:i
    ,ncntc cn1 alguns bancos de invcsti111cnto. conto o n·rc 1>acn1al e o 88) 1. ~ 1ui tos funcionários: dessas cntpresa.t cos· 1u111a1n 1rab,1lh,1r até 13 horas por di,1 1 deixando dl' l,1do. corriqueir.uncnic, sua i,.:\úd(•, f;,nnilia <' ,,n,igc:>.c.. Ern gernl, esses profissionais s.'lo sobrccarrcg.tdos e prcci.s.int cu,nprir cxccssi\·as tarcf.1.s para u1na rotina de apenas oito horas por dia. Para alguns deles., porê1n, nluitas horas de lJ'aba.lho são sinôoi,no de dedicac:f10 e 1><:nnitc·n1 q,1c eles scjan, 11oi.:1dos 1>0r seus S\tp,c1íon;s1 conlriboindo para ~ua :·1.ticc11!;.:lo e par:;1 o 1·cccbintcnlo de grandes p:.u ;icipaçôcs nos luc:ros. Diante desse cenário, rnuitos profissionais cio setor fi. 11,,ncei1·0 são qt1(·stionados se- não <,-s1âo u·ahalhanclo dc1nais, sac,ífi('ando pant.: de su<'I so\údc e deixando di.; apro"c:itar horas d(· l:1z.c1: F.,n f.;ec de t~11 qt1<'Stio11:unc:n10, algt11\!i deles conLr~·~11gu1nentán1; 'o tr:'lbalho é nlinha n1aior fonte de prazer, a1no o que Í.'\ÇO e ainda sou bcn1 re1nunerado, por que dcv<:l'ia reduz.ir ,ninha jo1·nada de t!'abalho?'

    Questões ] . \ 'ocê cstari.l disposto a (~1.ss.ir a n1aior paric de S<'tt l<.~1npo trabalhando? O que você c:x~~iria p;u-a isso: un1 ótin10 sal:íiio ou unta ,,tividacle n1tiito interessante? 2. Co,11 relação às p1intip,·1is atitude.-. do con1portx11n<·1110

    orga11izac:ional c.-stodadas Jl(.'Stc t·.apítulo. qual \"O<:ê ac:ha que t~ o nível de satisfação e en,·olvin1cnto con1 o traha· lho dos trahalhadon~s citadoíi no texto? E co,no as três di1ne1U(K.'S do coo1pro1nc1ín1enlC) organiY.afionaJ iofluenciaria,n :,s ~,ç<)c..-s desses profissionais? 3.

    \ 'oci: acha <1uc: é pmsivcl co11ciliar u,na 1't>1in:1 de 12 horas de trabalho (n1ais o t~1npo de lransportc!) con1 hábitos saticl-á\'cis e unta bo.., relação fh1niliar?

    88

    Compottamento or9<1niza~ional

    -- -

    ----- - - - - - - - -

    1. Úáh1i(·I P<.•1u1a, "Chc•n1tt."th'' 1 <~'uio l&OI') lauro Silvc.'i1-a - Guia IÕmgnition .i.s Distinct Co111ponc1us of 1\ui1ude"•.]~1(nu,I of />(1'1(;1utlit, 111,d S<xial P!>'
    of \ ê l'bal ~,nd Oven Hl~ha,·ior.\l l{cspo1lS('S to ,\nitudl' 1

    ()bjcc:t..
    L. Ftstiu_gcr. A ''rltro~r oJ Cognitirc l>issr>11aJ1tt. Stantord, Ct\: St:.i11fc)r
    5. \ ,~·r, 1>or cxcn1plo, 1.. R. Fahrigar, R. E.. Pcuy. S. ~I. Srnith e S. 1•. (~riu.·.s. ''Und<:~1anding KnO\\'lcdg<' f.ff('cts on 1\1ti1udc· Bch:l,~<11• Co1lsis.1cnc..1·: ' 111e Rok· of Rde,,.,,nce. (:On,plc:, 165-177. 6. \ 1c1~ 1>0r <:>:crnplo...J. Noctra, '"lf li's Gc)C)(l for Philip ) Jor1•i.s. Can lt aOO Hc- Cood Í.)r Public H't :lhh?'' .,\t'lv li»-k 77111ts1 18 jun. 2006. 7. \'<:r 1.. R. GkLin1a11 e 1). 1\lb~ur.lc:Ín, " l(lnning t\ttitud<:s lºhat Pr\'dkt Ft1u11-c lkha,ior. 1-\ ) leca-,\ nal\lsi.'I' of 1he 1-\ uin,cle· -lkha\'k'>1· Rc.-L·uion'". P9r~al ll11/ú1t~1 S1.·1. 2006. p. 778-822: l. 1\j1.t~o. ''Nrlture aod Opcration oi" 1\ttitudc:s··, in S.. 1: fisk<'. ü. L. S<:h,1ctcr e e. Za]ut-\ \~Lxlt•r (Ôfl.,"!>.), 11,mual lll'f'Í. ,\ . H;\r ri.~on. 1). t\ . Nt·\\·1nau t' I~ L.. Rúlh, " 1-io\v l1npon:1n1 J\rcjoh 1\ttitud~? ) Jc~1a-,\naly1ic Co1nparisons of hnc-gr.uive Hehnvioral Ouu·onlt'-.;: nnd Ti111c ~;qucnc-cs", :lt(rd<1,!f ef ,\lru1af:(1tttlt/}wrr1al. +9, 11, 2, 2006. p. 30$..325. l 1. O. R )lo)•niha.n e S. K. Paodt)', " í-'inding \ \'o'*--.ble Lt\·cr.s Ovt l' \ \'o rk i\loli"~1tio1l: Co,np,'lring J ob Satisià<:tion, Joh l 11,'0tvc111<:11t, a.ud Org;\11iza1io1t
    e. ( :heo

    t~ R.J . Kli1lu)s;ki, ..~r h(' ltnpa<:t ó Í ExJ)l'Ct.itiOll:, on .'slc\,·c on1cr Pcrforrn::incc~ in ·n ~ams as ) lc•diau·d hy \\'()rl. C:h:lr:1<'u·ri.sliçs, Socinl F.xc·h:lng('s, and Eni1>0\,•cr,nc..·nt••• ,l,ad,nl.J ef ,\/011nx,1,,r111 .7011t1io./, 46. n. 5, 1003. p. 591 -607; A. Ery,>tucl.i. G. &,gl;\111 e S. )lclin. " PS\'C'hologital E1npo\vcnn,·1u :cn1d lts Rcl;11ionship l () rl'rul)t in Jn1n1('dia1e ) lanagcr:,",.]Qurnal ef /Jusin.rss Ru,art/1, j:-in. 200i, p. 41--+9; e $.. E. Scihen. S. R. Silvcr e \ V, 1\ . R~uldol1>h 1 "1'ak-ing Erupo\\'CtOlélll to thc ~cxt l...cvcl: :\ :\lultiplc-Lcvc l ?<. Iodei of EtnpO\\'Crtn cnt. P<:rfr,rn1:,ncc.·, and S.11isf."Jction ", 11,adnn;· efº 1llo11ogrmtnl ..Jo11r11al, 41, n. 3, 2001, r>· 332·'.l·l9. 15...J. ) 1. Oi<'l~ndorlT, D.J. Hm\\'11, .A. )1. Kan1in e R. (;. Lorcl. "Exa,nining 1ht Roles. ofJoh Lnvolve1nen1 and \ \'o1-k Ccntr,Jity in Prcdicllug Org..tniz~1tio1u,I C itizc11sliip Bch;l\,jors ;u1dj oh Pt•rii:>rrn;'U1cc·· ,Jmtrnt1l ef Organi<(.aliMal lklur..'ior, f-.·v. 2002, I>· 93-108. 16. ' 1i·ab;1lho in!Orn1;ui:z:lcle,_l e '$l)lrirnento psíqui<'o, Sciji Uchida 1-:.Scol:i ele· t\dn1inis1r:lc;no de En1prcs:.is d1· São Pnulo FG\~ P@~-mduaç.:io da Uni\'Cl'sidadc de G ui11·ulhos. 17••\1. R.. Ba,·rick. :\1, K. :\1ount cJ. P. Strnu~...AJllffi'dcnts of ln\'OhnHarv ·rurnO\'Cr Uue to :L Rt'.'duction in Forec". /'mQntttl J»SJYl1olt.1gr, 47, 11. 3, 199·1·, 1'· 515-53:;. 18.J. I~ )lcrcr, N.J. 1\llcn e C. ,\ . Sn,ith, "Conuniunc:nt to Org:u1i~a1ions :u1d O cc11p;11ions: Ex1ension and l "est of a

    14 .

    ' l'11rcc-(:01nponc;n1 Conecptoali1,ation",Jo11nu;/ ef ,lpplifd J~y/11,I~~ i8, ,,. 4. 1993, p. 538·55 1. 19. lt .J. Hoíllna1l, C. t\, Bl:tir,.J. f~ i\ lc,·ia«."c l)..J. \\'ochr, "f:xpon)áin? 1\ Qp::111lit..,ti\'c Rc\'iC\\' of thc OCB l.i1cr.'Uurc" .•]o!lrna/ef Appli.td l~rtholcig_r. 92, n. 'l.,

    2007, J), 555,566. 20. ' J: A. \ \11igh1 e 1). C. tklnCU, ""l"he ~lcxlcr:uing EílOCIS oí R1nplO)'<'C 'IC.-nu1-c on the R( l:uion Het\\'é('n Org:1ni;,.,"'lôonn.l (:01n1niun<"1ll andJ ob Pc1fo1·01~11l«-: :\ ~ícta·1\ na.l~~if ',.1<Jun10/ ~{ Applúd l'f!
    ·rh,·

    Ag_~•"fgnt(•J u:;tk'f Pcr<'<'l)tion~ on O rg.,nizational OutcQn1r.s", Juumol ef ,lppliul 1''.)plifd P$JdffilqgJ. 9 1, n. 1, 2009, p.

    263,275. 23. A. A. l.uchal: e 1. R. Gdlad)~ ·;.-\ c:on1p:irison of Linc..•rtr !\nd ~onlinc:ir R<.·l:,lio11s Btt\\'tc:n Organi;,;:.nional Conl1nil1ncnt aud \ \'ork Outéó111es" ,fl'111udef Apf,IÍ·n",.]o11n1a/ of tlppli(,I J»r,rJwl~i: 86. n. 5.200 1, p. 825--836. 25. \ 'a.ndcol)t.•rghC'. K. Uc:ot<:io, R. i\lichon.J . (:hcb.'n. )1. ~rrc,nblay '-' J. J=ils, 'r\,, Ex::unination oí thc Role of En1plorec-C11s1on1cr E-ncountcrs.'',Jqunu,/ ef Applitd l'!)
    e:.

    lfücnbcrger. ··Pcrcci,·cd Org;miJ,11ion:tl Suppo,1: Rcducing

    thc ~ egati\'t l oflucn<:t or CO\\'Ol'k<:r \ \'ilhdraw,tl Btha\;or'"1 Jm1r11ol ef .\/(1Jwgc11(11l. 3,1.11. 1, 2006. p. 55-68.

    Capitulo 3

    26. O. R. ~b)\ R. l, Cilson< l.. ~I. Ho,,er. "TI>< PS),1>oi<>gÕcoJ Cóndition.s or !\ lca.1ti11glhl11<:SS, sartt)· anel t\vail.1bili1y .-ut
    Oct11pational a,11/ Orgm1ir/16'.11rol Pl)rhrJ/oJ, 77. o. 1, 20(),~, p. 11-3 7. 27 . .J. K. Manel', E J_ &hn1jch e ·r L. 1-laycs, " Uusinclt.,;-Unit-1.Ç\'CI Rcl:uionship Hc1""<'Cn En1ploycc S:i1is.:foction, E:1111, IO)'t'C l~n_w1_g<:1ncn1. ,:u,d Bu~inl',SS Outrolnl'S: 1\ ) lcta•1\n;Jyllis"', Jx1nwl oj , lpplial t ~gt/1()/og"J:.

    87. ll. 2, 2002, p. 268-279.

    28. f\. I{. Lúck\\'OOd. l«trtJgi11g t:mpl' e· B. Schncidc1~.,rl'hc ~lc:1ui1ig oi" En1ployct' Engagcrncnt", /ndustrl.ld and Organh,ottOnal P!)'(/10/0.v; 1, 2008. p. 3·.30; 1\ . Saks, ·''fh c ~1c:ining nnd B1c:c·ding of En1ployc~ E.ngage1nen1: I IO\\' .\ 1udcly ls the \\'~ucr?'' buli1.1tn'al ,111d Otgani,(,aliMal l'!J(holog,: 1) 2008. 1>. 40,•l3 30. "0 1in,c é o dono'', por D~oid.:t Oiniz, Edi{àra \ 1ocê ·rrahalhar, p. 82·84 . 31. 1•. Rhoadcs e· R. Ei$é!nl><·11,,"'(·r, " Pcn:civcd Org:1ni1.;uional Suppon: t\ R('vich' of tlu; l .itennurt",.]1111n1a/ <{ :IJiJ>h'vvl1(}./~ 87, n. ·~. 2002, p. 6~J8,71 1~; " R. 1•. Paync- c-1), j\ lo,·rison, "Thc l)iíl('1,·,nj:1I

    Eílê:c,s of Ntgaliv<" t\ífccüvi1y

    on j\ lc,1.,;urcs of \ \'cU-lking \ éc:1-sus.Job Satisf.tctjon ;,nd Org:11ti1.:11ion:1I Conuniuncnt'', :l11xi1!1, Stuss & Coping: A11 /11ttr1iolio11ol,]our,1al, 15. n. 3, 2002. p. 231·2-l-·I.

    32. Para prob1c1n!ls c:on1 o conc<·ilo d(' S.'ltisf.,.ç:'u> no u-nlx,lho, \ '(.'1' R. 1-Jodson. "\\'ori{placc H,·ha,·iors'\ Jth,k o,ul Ot,upat,'(Jru. ago. 1991 , i:>, 271-290;!! H. i\l. \Vcissc R. Cn>1>:u1z4u1ó. ":\ 0(.-clivc Evt•nts 'l"hcorr: t\ ·r1u.'<>rclical l)iscussion of 1hc S1n 1r1un·, C:lll.$t:'$ :lnd Conscqo<'IIÇt!S of f\ Oê:-cti\'c..' l~xpcricnces a1 \\'orl:", in H. :\ 1. Sla\,·i· I... I.., Cu1n1nings {Orgs.), lleJiof. (;reco,, ich. C'I': J t-\1 Pn:ss, 199(), p. l-3. ,·. 18 33. Cn1 estudo n:alb..;,do pela \\'yatt Co1n1xu1r cru 1989 id<·ntificou 12 d irncn$Ôcs de sa1isfiu;ào: organi1.açào no tr::ib:tlho, condi~ de traballu), con1unic:t(':lo, dc:~n1penho e .\n51ioc de ckscn,J)(:nho. colega%.. supel'\'ls..'l.o. acl1ninis1l":"lção da t1n1>tt·sa, salário, lx:ntfitio.... clc.~c1)\'0lvin,cnto dt <:atl'\'Íta e• trrin,uncnt<>. fclit.·idadc:· e S.ltis:t1('~0 no Lr.tbalho, i1nagcn, da cn1prcs:1 e nu1danças. 3..J. \'cr F... S1ll.-ctor,J,I, Satisfadit»r. :lppli,olitm, À$SfS$11l(ttl, C'.mt.ft'1 m,d (;q,IJ((/U(n((,$.. '111ouAAnd 0:ik~ c:A: Sagt\ 1997, p. 3. 35.J. \V:-,nous, r\. E. Rci<'htni (' ~IJ . l lud)', "Ovcr:tll.Job S:1cis.f(\ctioo: Ho\v Good 1-\rc: Singl<"·ltc1n ,\ lcasurc-s?" fl1r11,,I o/ ,fpp/inf i'!)T/,O/'>g)', ;oi,,; 19!)7, f'· 21) ·252. 36. "ll--squi..""'l. 1uostra <1uc 82°/o dos l~1lÍ.110-:\nle1i<:a.11os l.~t,to s;)tisÍl.•itc'l5 C<>in o tralxJli<>''. /m/w 011/U~. J) is(.><'>11Í\'tl t:111: <\\'\,, , l .fn.th::i.uol.c·on1.hr/ íe))h::i /n111ndo/ult9 l 11460093.shunl>. 37. \\: K. nab.cr,..J. A.. Kih1n, l~ C. S1nith,J. J_ Jn,in, l~ J). Bac:hiochi. C. R.obi<-. E.. F. Sinar \' L. F. ~rra, l w , ·,,lmtt1Dljôrlll(.,ft)I, Dtsmp,âd,«k., ODI: J99i llttiw,) a,v/ tl~],I, /,, Oo,m,/ Smlt,. Bowti11gGn't'11, Otl: Uc)\\·üug G1\'én St::1tc U1t.i,\'.n.ity, 1997. 38. J. U:.,rling, l~. K. K<·llon1ar e R. 1). h"é1'Son, " I-Jigh·Qu:\lil)' \ \'ork, J ob Satii;f;1c1jon. and Ó<'.cup:11ional l1tiu1i c.-s'',Jou,na/ ef,lpplüd l 's)'rholDf!.~ 88, n. 2, 2003, p. 276·283: E li'. llond e D. Bunce, ..•rhe Role or J\«'cptancc ::ind.Job Conlrol in l\ lcntal 1-tcr,hh.Job Safr.,faction, ~uld \\Ork Pc,for,nancc". Jwmol ef Aflli/iall'SJrlw/og, Ra, n. 6, 2003. Jl. l fü]. J.067. !'$9 . S. t . Hu1nphrc.;.J. f). ~,d1rgàng e E P. ~ lorgl· son, "ln1cgn11ing ~lotiv,,tion.:d, Social, and C:011tt·x1ual 1

    Atitudes e satisfaç1o no trabalho

    \\'ort J:>cs-tgn J~uurts: !\

    89

    ~ lc1:1-,<\n:,lyt.ic S\11nn1;rry ~nd

    ~lll(-Oretical Es.1ension <Jf tl1e \\'<J1k Oes.ign Li<:tCJ~tutc'', Jmu11al of , lpJ,lil(/ f>v.,J,olfJ?.r, 92, n. 5 1 2007, p. 1.332· l.356; e D. S. Chiàburu e· l). 1\ . Harrison, " Oo PC'C'n. )1:tkc tlu· Pfaçc•?

    c:onC'cp1uaJ S)'lllhc:sis anel ~lc•t.t·J\ n:tlysis of Co\\ ()rkçr F.tlêc1 on P<-1'1Xptions. Alliu1dl.'S, OCHs. and P1;rl()nn;_1· 11tt" ,,,0110,al ef AppHtd l',iytholDf!.t 93, n. 5, 2008. p. 1.082, l. 103. ~10. Satisfru:ào de)~ fiuu:ioná.1i (,s C:ôl'O o si$t(?1na de: n•1nunç1":l('àO \71Õá\'cl do Banco do Brasil: nn1 <'SH1do no F.stado de• Pcrn:in1h11co. •t-1. ':,.\I J..,", por Rt nflta f\\'cclhu1i. &íi(rl() Espe(TQJ IÕ(f S/.,J J:.'.r11m, 2009 1\s ~lt•lhotts. E1nprtsai 1>-ar:\ \ '<,cc': 'J'r.1halh:.lr. 42. F.. Dienc.•r, l~ S."tnchi.k. L. Sc.icUitz e ) 1. Dicnc:r, ,;'ll1c: Rd:uK>nship lk:t\,l!C?n lncomc and Subjc..'<'li\,: \ \'cll-6c·ing: Relati\~ Qr Aboohuc?" S«itú lndiraJq,y R,J((ttd,, 28, 1993. J~ 195-223. ·13. E.. l)icn('r e .\1. l:'.. I~ Sdib•rnan. "Bl')'únd .:\ lon(.1•: 'fo"~rd an Ü:01K>1nr of \ \C:il-lking'', PS)Y~al Sciaat, i11 tht r>ublit /11tlffl1, 5. n. 1, 200-I. p. 1-3 1~ e: A. Grnut, ''i\loney l tappin1!$S? ·111tt1$ Ricl1: l lc((''s- 1hc Sc-kncx (khind 1hc .\ sío1n ·: Thf (!»utlt .11,ssi;sipp,) Sun 1/rmld, 8jao, 200;. ·14. "Felicidade. bcn1-t-s1.-,r subjtti\'O e 001ttpo11a,nc1\lO acadi:1nic:o de C.>;Stud;1nh:s uni\'cr.ri1ários'',.José 1\ ugi.1s10 Dela Colt•in <' ~l:trilia l'l,~rrcira l)ck1 Cokt:1. />sia1lt1gi11 fr,t E.studQ, ,t 11 - sc1./dcz. 2006. ·t-5. ~I. 'r laOàfdano e .\ 1• .\ luc-hins~: ':Job S::nisf..'\l.'lio,, ànd.Job 1•crfonna11cc: ;\ i\ lct:1-Analy-s..is". Psyhologirol fJulltlin, n1,.1r. 1965, p. 251-273. ·16. ~J: A..Judgc. C•.J. 'fhorcscn,.J. [ . 1$ono e G. K. P.ttton 1 "1'hc .Job S:1tisf..1ction:Job Pcrfor111<111cc: R(•ltuinnancc: 1\ l\ lc1a-:\ n;,l)':ti" of P.tnd Stt1dit:s'', .Jwmnl ef Applit1/ I'!)TM/og~ 93, n. 2, 2008, fl· "72,481. ~18. ·i: A.Judgc e C.:. 1-l urst, '''Thc Hcncfiu; and Põs.iib1e Costs of Po~itiv..: (~Or(! Si;lf-E\':t111:11ion.s: 1\ Rc\'lé\\' ancl 1\ gcnd:1 for F1nurc R<·S("arch", in 1). Nelson <-' C. 1.. Coopcr (<) 1-gs.), R.uiti:.it Otgt111kath)rWl lkltai•it>f. l..ondrt~ UK: Sag<' Publicatious. 2007. J>. 159-17,J, 49. \ 'cr D. i::,.n-.·11, "1-:xil, \ ,()ice. l.o)~lty, :ind ~c-gf('C::I as RfSl>Oll~ to Job Diss.·uisf.'\rlion: 1\ ~Iuhidi1n<:nsio-nal Scaling Study''. Aratln19· ef 1\lo11agtr11n11}>unwl, )'.th)~ and :'\t"gl(·c1: A.n lntegra1i,'(' ~loclc:I or RCSf:,,on~ 10 l)c;C'lining J ob s.,uisf.'lction·•• Att1.tlt,,g '!f ,\ la,~Pft1w111)mt11UJI. stt. 1988! 1>, 599 627: ) JJ . \\'ilhC)' t' \\'. t-1. Coopcr, "Pn:clicting E.xit, \ <'oicc. l ..or:,hy, :tnd i\'cglc."Ct", Ad,uinislratit.v &irot~ Q!.111.rtnly, dez. 1989, p. 52 1·539;J. Zhoo c.J. ~t. Gc.- orgt, "\\'hcn,Job l) is..,,.li.-sí:,c,jon Lcads to CrcJ1i,·ily: Enoouraging tht l!sp1"C$$,,ÍOn of \ 't>i« ··. Aradc,!r oJ 1\la,mgonn11]fJUr11al. ago. 2001. p. G82-GH6;J. 8. Oh:on-HuC'h:a111an e \\: R. Jl.os\,c:11, '"l11c Role of Eniplorc.-c Loyahy and furmali1y in \ 'oicing Dis.oontcnt ''..}Or,rno/ of :lpplid Pj>
    =

    4

    2003, p. 475,485. :>O. R. U. Frcc,n:,n, ·~ob Sáti~f~t<'li1>n as .an fA~onOnliC' \ ·':ui;1blc•''. An,m·,0,1 l~onon,i, llroin.t\ jan. 1978, p. 135-141 .

    90

    Compottamento or9<1niza~ional

    51. ~r. 1\ .Judge. C.J. ··1·hor1..-.scn,J. E. Oono e G. K. P:tttQn, ·1 'hc Job Satisf.'\ctio1\job P1..•t(orn1ao«: Relationship: A Qualit.nti,1." ;tnd ~tantit::uivc R{.'\ic,,t•, l'J.,rhologia1l /lull Bct\\.'("('O Satis.foction, 1\ttitudcs. and PcrÍónna11cc; ,\n 0 1-g.:1ni~cttional l..cvcl 1\ n:1l)~is'',,7oun1a/ ef :lpp!Ud P9yhok,g)•, dc-1:. 1992, p. 9639i·t: 1\ , ~1. Ryao. i\l. J. S..·lunit e R..Johoron, ·:-\ttitudt.~ and EllCcü,-cncss: Ex;unining Rcl.ttioms ;tt .in Orga11izational Levei", !+r.ro,1111{ P9. 268·279. 53. " ~ lclhorcs e l\. laiorc:i.", " I 00 rnclhorei c1n1)rcsas para se tr:cthathar" frtv.'ículos d:l revista F.xa,nr. 5·L \·~r P. Pods:lkoO~S. R. ~[arktn1.it.J . 8. Palnc- e O.(;, B,Lchrach, "Ôqptnizationàl Cilizcnship Bc:h~~vi01"$; 1\ C1itical Re\'i('\\' of thc 111c'Qrc1ical :ind F.1npirical Li1cr.uure ::ind Su.ggtstions for f"1Ultrt R('sc:t1'Ch''.Journal ef ,\/o,ttJg<1nr11t. 26. n. :i, 2000, p. , 13.:,r,1. 55. U.J. 1-fofTrnan, C. 1.\. Hlair.J. 1~ l\.lacri:t<" e; D.J. \\'oc•l1r, ..,~!1i:p:u1ding tht (:ri1<:l'ion Don1ain? .~\ Qu:11uit:nivt Rc·vit,\' of thc OC:B Lit<·1-aturc'",Jo"r11u/ ef AJ;plird PJJrhol&g,:. 92, n. 2, 2007. p. 555-566~ c j. 1\. IA•Pinc, .-\. El'\'Z e 1). 1,:Johnson. '1'ht N:nl•l'C nnd Oi1nension~lity <11' <) •lf11rr,o{ of ,\/1mogn,r;:111, rlt 1.. 1990, p. 70$. 722; e· ~I. 1\. KonO\'!>ky (' 0

    1). \\: Orgnn, ''l)i.spositinnal :..nd Contextual Oc1çrn,inan1s

    of Organi.,.,.nionaJ (:iti~tnship Beh.:i,·i()r'' ,Jot1rtu,I rif ()rgani.ç,atiólutf lkluwior, 1n;1io 1996, p. 253-266. 57. D. S. Chiabun., e O. A. 1-1~,r,·ison. ··Do P<..-crs ;\ lakc the Pl.tct'? Couccplual Syuthcsi..; and ~lcta-1\ nalysis of Co,,·orl.cr Eff<.-cl on Pc'O.X:l)lions, i\ttitticks, OCBs, :lnd Pcríonn:1ncc··•..Jo11n1a/ if ,rppJi,d S«ial Pv·,h.tO?,< 93. n. 5. 20IIB. p. 1.1.103. 58. \ 'c.:r, 1>0r cxcrnplo. O. J. .Koys, .. .-í1lç EflCct"' or En11>loyx..-c Satisl1\Ction. Ütgi\ni:1.;11.ioua.l Citi.zc.:n~hip lkha\"ior,
    .J. Chcb:u. ~I. 1'rcn1bl::ly e.J. Fils, '/'\n Exa1nin:1.1:ion of 1hc: Role of Pcrccivcd Support aud f:1nploycc Conuoit1nc:.n.1 in E111ploy<·c~-Custnn1er Encountc·rs" ,,]o11r,1al'!f. lpp!Ud P!Jrl,.t•~~ 92. n. •I. 2007, i>· 1. 1j). J.187. 59. ''Clic11tcs inl(:ruc):; s.·ni.«·it~ <..'Orn :·l $ pr.·i1icas dt RH <..'OtHllr,.cm i, s.-.tN.,ç:'!io (k~ clientes cx1c;n1os? U1n csllt.do no S<"tOr lw<·lc~n:>". .ilSUVM(do..\ '(N'f()JM[ ,.' ( l1)s-gra,ltNJ(d<> ( Pé'IJ1ti.t41 m, :ld1ui11i.~lr<.l(d<'I (En:-\np.:'ldJ. Oisponh..:-1e,n: <"''''',b..'un.org.br/c-.,:1no. php?ácao= l1-;,b.lll 1cx\t'OCLt.=39&c.tx.Lt.."\'-"llto_ C'dirao=8&c:oclt.:di(4'10_1rah:tlho= 1337>. 60. E. f \. 1...Axkc, ···rh1..· :\:l(UI'\' and c:ausc.:soí.Job Satisf.1ction", in ~ 1. O, Ütinntuc (0 1-g.), l lorulbook ef ltiduJt,iof lfnd

    Orgoni{ationol Pffl()t,r. (:hi<'.tgo: R:n1d ~fcN:ill>t 1976, J>· 1.331 : R. l). HackcH (! R. ;\l. (;uion. 'i\ Rt.'t."\ <1luatio11 thc

    or

    1

    Abs('n1ceis.1n:Joh S:11i.;;f.'lction Rel:nion.ship", Orgo11i~atie11al /Jtha:.•for a11d l luma11 l'Jt Bch,·ccn.Job S.,üsÍ.\ction and A•>stn1c·<'is.1n: .e\ ~ lc1a-..\nal)'$Ís", :fradm!Y ef.\lo11agmi,nt Joun,al, sct. 1935. J>. 599·612: e R. Stc.:el e j . R. Reu1.sch, ··Jnílul'ncç oí (:11nu1l:,i1ion S1rn.1<:1,,'1cs on 1hc 1.ong·R:lngc P1·«Jictio1, of 1\ bsc11tccis.1n", •lríUI<»!•' ef ,\/a11a$,1tf S;,i1i..;;f;.1c1ion, Conuuitn1c:nt, l ..,bor .\l;.u·kt1 Con
    0

    Co1•rclatcs of E.1nployec ·ruruovcr: Up. ·n \.'\Ur, ·'Undcr~t:u1din_g \ •blunt:u·y 'lúnlô\'Cr: Pa1h ...51x,·ificJob S.,üsl11ctio,1Ellf\,s and thc: ln1pona11t.-c of Unsolicitt'ti.Job OJICrs"', Atadm!Y oJ ,\lanap11mt.ftJ'1nwl 51, n. 4, 2008. p. 65 l·6i 1. ()5. f~E. Spt'Cl(ll', S. Fox. L. i\l. PtOOt..')'. K. Un1ursco,:1. 1\ . Gõh e $. 1<.t.ssll~r...•rhc.: Oi1ncn.sio nali1y of Cvu1neq>1-o
    28

    º"'· 2006. p. 11;.

    67. I~. \Vhitc, " H O\\' Su1"\'(:vi11g \\ Ol'kcrs Ci\n l'.tv 011''', Htill

    Str«t,Jo11n1ol, l8jun. 20Ô7. p. ll3. ' 68. ) i..J. Gc:IEu1d, ~I. El'(_-4 1..· Z. 1\p:·.a.11. •1Cross-Cultural O rg:ini1.:itional lkhavi<,r", A,11111al Rtvir1c ef Pv·, -1-79-$14; :-\ , S, 1 ~ui, S. S. X'ifadkat é 1\. \'. Ou. "Cl"O$$·N:uion:t1, Cros...,.·Cuh\1r.1I ()11,;,ini1.a1ional Uchnvior R.tscarc.'h: 1\ch~.,,1ccs. C.ips. and Rt'Cô1ll11,cncl.itions··.Joornal of .\lonagn11n,1, jun. 2007, p. 426-4 7B. 69. ,\1. lknz e n. S. F'rc~t The l'aluto.f :lu/(flt(}ftff: &ülr,I((jt,m1 thr Sl(!ftd in 23 (Ãurilms, trah;dho ;·1<'.idC1niço 173, l1tqitutc foi' Eau1>il'ic.'al R('SC':\rch in Econo1nics. Uni,,~rsida4.· de Zu,ic:h. no,i 2003. Disponl\1:I cn1: <\,'\\'\v.ssrn.cc>1n/ al>Su·ac1=4-i5J •l0>: e I~ \\'-an·, llórk. llapp;,rr,s. a11d l/,úwpp;nr:1$. ~lah"-ah, NJ: l....:1111-cnci• Edh~1111n, 2007. iO. l). t\ . 14ar-riSl)n, O. :\ . Nc:,,,n:111 e I~ 1.. lloth, "f IQ\,• ln1por1ant 1\ n:.Job 1\11i1ude.i?··. tlault,19· of ,\la11'W''"rnt ..Jo-un1al, 49, n. 2, 2006. p. 305-32!,. i 1. 1.. S~a1-i t 1.. 1\ .Judg('. "fKllployt-e Attituc:b andjob S.-uisf..'IClNJ'll' 1/umm, //,,.,ur, MIU/a/P'""~ 1'.l, n.4,200 1, p. 39ó-·107. i2. \ ''cl' R. Ili~<' T. .\ . Jl1dgc...On thc Heritnbili1y ofJ oh Satisf.u·tjon: t..hc ~lc.,-dialing- Role of Pcrsonalil)'",J1>ur11a/ o[ Applitd l'!J'fÍU>!O?,~ llll, n. ,f, 2003, p. J;().759. 0

    ,

    4

    Emoções e sentimentos O le>npo acablw, o temvo elucida. Ninguéni consegue mante,· o mesmo esUi
    OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM Depois de ler este capítulo, você será capaz de: 1

    Diferenciar emoções de sentimentos e identificar as emoções e sentimentos básicos.

    2

    Discutir se as emoções são racionais e para que seNem.

    3

    ldentific;,r as fontes de emoção e de sentimentos.

    4

    Mostrar o impacto do esforço emocional nos funcionários.

    5

    Descrever a teoria de eventos afetivos e identificar suas aplicações.

    6

    Comparar as evidências contra e a favor da inteligência emocional.

    Aplicar os conceitos sobre emoções e sentimentos a questões específicas do comportamento

    7

    organizacional.

    8

    Comparar a experiência, a interpretação e a expressão de emoções nas dife,entes culturas.

    DOCE VINGANÇA vingança pode ser algo que motiva? Ao que indica o exemplo do jogador Finazzi, parece que sim. Em 2007, após boas atuações no Campeonato Paulista, quando jogava pelo São Caeta· no, o jogador foi contratado pelo Corinthians, um dos principais times • do Brasil. O atacante chegou para a disputa do Campeonato Brasileiro, 2 a principal competição nacional, e se sentia muito satisfeito pela oportunidade. O desempenho da equipe, porém, frustrou as expectativas dele e dos milhões de torcedores do clube paulista: o Corinthians teve uma campanha muito ruim e foi rebaixado para a Série B do c;,mpeo~ nato. Apesar disso, Finazzi destacou-se, figurando entre os dois princi· ~ pais goleadores da competição. Para o ano de 2008, a diretoria do clube contratou o técnico Mano Menezes. que conduziu uma profunda reestruturação no plantel. Em função das mudanças, Finazzi foi colocado na reserva do elenco, sendo dispensado pelo treinador em junho de 2008. Naquele ano, o Corinthians recuperou-se da queda sofrida, retomando à Série A do Campeonato Brasileiro e ganhando o título paulista e a Copa do Brasil de 2009.

    A

    ~fi

    92

    Compor~mento or9<1niza~ional

    Enquanto o Corinthians se recuperava, Finazzi passava por equipes de menor tradição. Nesse periodo, ele entrou na justiça contra o clube, requerendo valores referentes ao uso de sua imagem quando era jogador da equipe. Parecia claro que o atacante guardava certo rancor do time e do treinador que o dispensaram. No Campeonato Paulista de 2010, o atleta reencontraria o Corinthians jogando pela Ponte Preta, clube de Campinas. Na época, entretanto, Finazzi estava mal e era reserva do time. Contrariamente, o Corinthians disputava a liderança da competição e não sabia o que era perder no campeonato havia 28 jogos, desde 2008. Quando a partida começou, Finazzi viu do banco a Ponte Preta sofrer um gol: parecia que ele não teria a sua vingança. Ao longo do jogo, porém, o técnico chamou o atacante e ele entrou em campo, substituindo um companheiro. Pouco depois, Finazzi sofreu um pênalti, convertido pela Ponte Preta, e fez o gol da virada, garantindo a vitória para o time de Campinas. Após a partida, muitos repórteres correram até o jogador para perguntar se aquele triunfo tinha um sabor de vingança para ele. Finazzi disse que não, mas afirmou que o gol marcado "foi especial". Tudo bem, pode até ser que o atleta não queria chamar vingamça o que sentiu, mas que algo diferente o motivou, isso parece inegável. 1 Como mostra o exemplo de Finazzi, as emoções que experi enciamos podem nos impulsionar para a ação.

    E1n virluclc do papel óbvio que as crru.-,çôt·s cx<·rccn1 cn, nos~a viela, ntio deixa de ser surpree ndente que, até 1-cccn1cn1cn1c, a área ele con11l0rta1ncnlo organizacional dava pouca iinpo11ância ao tópico c111oçõcs.1 l>or quê? E.xislcn1 duas pos.5ívcis explicações. :-\ p1in1cir.., é o ,nilo do ro1"C:; e g(•1'(:nlcs g..')l)Crcn1 que :1$ c1noçi>cs cnun u11la part<' in.scpa,,..\\.'<'I da vida co1idiana, os adn,inisu-adorcs tcntarnn1 ciiar organizações iscn1a~de ,:111oçào. ~o cn1anro, <:ra cvi 11-:.balllO 1odos os dias. e nc·nhurn <'Studo de COll\j>Ol'1:11ne11to organi1..arional seria co1nplclo sc1n considerar o papel delas no a1nhicntc de trabalho.

    -

    m que são emoções e sentimentos?

    Afeto Ter!'l"KI 9en,,ico que abr<1n9e grande número de sensações éxperimentada$ pelas pessoas.

    (

    ___J

    Em~ões

    Expressões afetivas intensas dirigidas a

    ( alguém ou alguma e:::_) Sentimentos Estados afetivos menos ínten$0$ é mais duráveis do Qve as emoções e que ger<1lmente ~ reqverem um estímulo c:ootextu-al

    pa,a se manifesta,em.

    I

    1\ntcs de corncç.arnios a nossa análise, precisamos conceituar tTês tc rnios que L'St;io intin1.uncntc entrelaçados e i'°lô 1nuitas vezes confundidos: qfeto 1 '"'OfÕes e sn11i1,io11os. Afeto é lllll tcnno genérico que <,bra11gt· grande 11(uncro de sensações cxp<:ri1ncntadas

    pelas pc~o"s, cngloba11dv tanto cn\<.><;ÕCs <1uanto scntinlcntos.~ Gctahncntc1 c.. . istc a tendência de associ;-i1· nf<:Lo e, po,· conscqu(;ncia, seus dctivados, co1no afcLivlclade e afeição a situações 011 cxpcl'iências positivas, apt:sar de poder cst;)r as$0Ciado iguahncnlt: a estados afcti\·os ncgalivos. <:01no a insatist1tçào ou a lristcza. Por su:, vez., as emoçõ e s são cxprcs· sõc-s afetivas intcns:.L'i d irigidas a algué1n ou alguni:-\ coi.sa.6 Podemos dizer que as cn,oçõcs são tuna súbit,, ruptura do cqui.líb1io afcth·o ele unia pessoa. Quase sc1npl"c s:1o de curta clu· rHçúo <: s.:1o gcraln'1Cnte ac::oinpanhadas de n.:açÕ<:s fuiológicas) tais coino choro) batirncnto cardíaco acelerado, suores li-ios ou ll'éinor das p('ruas. Se n tim e n tos (tanibén, cha,naclos e~1ados de âni,no o u htu-'1101-es) são estados i:tfe1ivos 1ile11os intensos e ,nttis duráveis do qul' as tmoçõcs e· que gcralmcmc não requerem um estímulo co111cx1ual para se manifcsrnrcm.' 1\ pcsar das diferenças, tanto as cn1oçõcs con,o os scnlinientos são essenciais p:,ra cxprcssar1nos a nossa afetividade.

    C.ipitulo4

    Emoções e sentimentos

    93

    l\,[uitos csJ>ecial.islas acrcditant que as cn1oçõcs são n1ais cicn1cras que os scnürncntos.3 Se alguérn é agressivo con1 ,·ocê, por cxc1nplo, você ficar<Í com raiva. _Essa scns<1çào intensa prov<1,·cbncntc ,·cn1 e vai r.:)pidamcntc. tOdc sentir raiva). \ /ocê n1ostra suas reações quando cst;\ "ícliz corn algu1na coisa, com raiva de algué1n ou con1 n1cdo de algo''.'*Os scntirncntos, por outro lado. não são norn1ahncnte dirigidos a tuna pesso;, ou u1n e,-cnto. ~·las as en1oçõcs podcrn se transfo nn;,r cn1 scnti1ncntos quando ,·ocê 1:x:1"(lc o tO<:o do <-"·cruo ou objeto que ativou a rtaçüo aíctiva. Da 1ncsn1,l 111~\ncii-.1, l>ons ou ntaus sc11tin1c.:ntos JXlCla nlancim con10 você n-atou un1 cliente, ,·ocê pode clcrnonstra1· a c1noçào (rniva) con1 relação a unl o1:tjc,o (seu co1cga}, nuas, à ,ncdida <1uc a cn1oç..i.o S<: d issipa, você pode sentir-se abatid-0. \'ocê não consegue a uibuir esse scntin1cn10 a ncnhun1 evento único: 111as si1nplcs1ncntc não está no seu <.-s1ado afcti,·o norn1al. r\ Figura 4.1 n1os1ra a relação entre alCto. crnoçõcs e scntin1cntos. E.1n prirnciro lug-<1r. coino 1nostn, a ligura, aftto é urn tcr1no que abrange c1noçõcs e scn1inlc1ltos. &.."gu11do. c;,.istc,n diícrc1,ça$ cntl'c cn1oçõts e scntirncntos. ;\lgun'las dcsS«S d ifcrcoças de qu(· as en1oç.õc~ ,nais pro\'a\'clrncntc serão causadas por un1 C\'e1uo específico e s..-io 111,,is cÍCnlc1·as que os S<:1Hi1ncnios já fol'an1 discu1idas.. Outras d itCrcn<:as são n1ais sutis. Por excn1plo, ao contrário dos sentin1cntos, c1noçõcs con10 raiva, desilusão e n1cclo tcndc1n a ser n1ais clara1ncntc reveladas po r cxprcsstx.-s íhciais ou reações fisicas. AJén1 disso, albri.1ns pcsquisadort-s sugcrc1n que ru; crnoçõcs <.'Stào n1ais voltadas para a ação elas podcn1 nos levar;, agir por in1pulso - , ao passo que os .scntirncnto.s parccen1 ser 111ais tot,rrlitivos, o que significa que eles poden1 no~ le\·ar a pensar ou 111ccliu1r
    Figura 4.1

    Afe to, emoçõ tts e se ntimentos Afeto Definido como umo omplo ox1ensõo de $0nsoções ox.petitMnlodos pelos pessoca, o ofeto pode ser vivenciodo no fo,mo de emoções ou sentiment·o s,

    ..

    7 Emoções • Cousodos por um evento e$f>eCÍÍioo • De breve duroçõo tsegundos ou minutos) • Específicos e de v6rios noJu,ezos. (muitos emoções específicos, como roivo, medo, tristeza, felicidode, oversõo e surp,eso) • Normolmonte ocomponhodos de ex.pre.ssõ&s fociois ou reoções físicos • Voltoôos à oçõo

    • • •



    Sentime ntos Gerofmente o couso nôo e espeçlftCo o um evetito ou objelo De duroçõo moíor que os emoções (horas ou dias) lv\ois gerais iduos dimensões princ:ipoi.s - afetividode positivo e ofetividode negativo - que $Cio comp,oslO$ de múltiplos emoções espocífieos) Gerofmoote não demonstrodos por meio de expressões ou ,eo,ções fí$tcos distintos

    ~

    De no1ure10 cognirivo

    Compor~mento or9<1niza~ion<1I

    pode 'estourar' cn1 resposta a u111 co1ncnt.'\rio de un1 colega qu.tndo nor1nahncntc teria urna reação 1nodcrada. En,bora afcLo. e1noçõcs e scnti1··ncntos scj,:\n1 tcoricanu::ntc distintos, na pr~itica <1 clis1inçào ntto Ç: 1t10 clara. Ern algurnas tl1'Cas, os pcsquisador-cs rsu1da1n p,~ncipahncruc os.

    scn1in1cntos r, <:111 outr.ts, concéntra1n-sc nas é1noçô(~.!.. A1,...~i1n, quando rcton1arn1os 1ópicos de c1noçõcs e de scntüncntos c:111 con1portan1<:nto organizacional, \'OCê ,·crá que h;í ,nai.s pesquisas sobre as crnoçõcs cnt tuna área e 1nais sobre scnün1cntos c1n outra.

    As emoções básicas Quant;tS cn1oçõc..-s cxistcn1? ~lá dezenas delas, incluindo raiva, desprezo, paixCri1ncnta1nos1 con10 surprc.~a, po.- txen1plo, podc,11 ter un1 pc)dc1'0so efeito sobre nós. 11 Ouuus 1x:squisaclorcs, a1é nl<:sn10 os íilósofos, al'gu1ncn1an1 que há c,noçôes universais que são cotnuns a cada u111 de nós. Rcné Descartes, conhecido conto precursor da filosofia 111odcrna, identificou seis 'paixões sin1ples e p rin1itivas' - adn1iração, a111or, é argurncntou que "todas as outras s.;.lo con1postas de tuna ódio: desejo. alcg1ia e tristcz..:1. 11 dessas sc::is ou dcriv~1das delas" . En1bora outros fiJósofos, con10 Hu,nc, liobbcs e Spino;,...a, lcnha1n iclcnüficado o utr.1s categoti as ck· cn1oçõcs, f! contprvvaçào da cxistênci:., cl<.~ urn co1tju11to h,\sico ele cn1oções ainda é urn dc•safio aos pesql1i~ado1-cs ron1cn1por~l11co~. Psicólogos tê111 lentado identificar cn1o~'Õcs h;ísica.s ao csn,dar cxp1·cssõcs làciai:t 11 Un1 problcn1a que essa ahordagcn1 aprcscnla é que algun,as ttnoçõcs s..lo 111ui10 con1plcxas para sercn1 represcntad1nas ainda assiin não é ff,ciJ dc1nonstr;;í-lo <:0111 tuna cxprc.ssào tllciaJ t1pcnas. Por outro lado, diferentes cuhur4'S taml:X:111 tên1 r<.-gras diícrcnciaclas que govcrn:an1 as expressões c1nocio11als. 1\ssi1n 1 a 1nancira con,o vivcnl'ian,os tnna emoção nt,o é; a 1ncs,ua corno a rler,11,,u1rr1111w. E rnuita.." ..:,nptcsas tan1bérn ofr.·1'(;cc111 p1'0gra1nas ele ad1ninislraçã.o ela 1"ai\'H pata ensinar aos 1r,\halhadorcs e executivos a conter ou atê n1csn10 a esconder sc:us sc1ni1ncn1os n,ais íniinlos. 16 f: i1nprová\'e) c1uc os psicólO!,ros ou filósofos ,·<:nhan1 a concordar 101aln1cn1c c1n algu111 nton1cn10 sobre u1n co1tjunto de c1noçõcs bítSicas, ou n1(-s1110 se isso cxls.tc. 1\inda assin1, muitos pesquisadores estão de acordo sobre ~l exislência de seis c1noçõcs u1t.ivcrsa.is - rah,1, 1-nedo. tristeza, fcJjcidadc, repulsa e suq>r(.·sa. 11f\lb"'t.tns deles até as 011frtniz;u11 C::nl tuna série continua: relicictaclc suq>rcsa n,..:do uii,tcz:a rJ.i,·a rcpulsa. 13 Quanto n1ais próxi1nas cstivc::rc111 quaisquer duas cn1oçôc.~ neste ro111i11uu111, rnais pro\'á\'tl será co11fundi-las. 1\s vezes, çonfundi111os tCJicidadc co111 Sl111>rcsa~111as 1-ara1ncn1c confhndi,nos fclicid~,dc con1 ,·cpulsa. 1\lén1 disso. corno ve1'Cn1os n1ais adiante. ~ttorcs culrur.tis tan1bén1 podc111 influenciar essas ÜH<:11)ret-'ÇÕ<:s.

    Não são apenas os funcioná(ios que expe(imentam emoções negativas quando a empresa na qual trabalham <:ome,ça a demitir. A maiotia dos exe<:utivos responsáveis por comunicar a noticia e escolher as pessoas que irão recebê-la também Sé sénte mal por ter de fazê-lo. Em outubro de 2008. Valdecir Se,saghi, d itet01'·9él'al para o 81'asil da fabri<:ante de tubos de aço Tyco Oinaço, experimentou forte tristeza e raiva por ser obrigado a cortar 30 por cento de Séus ful\ciol'ulrios. Ele tentou encontrar uma saída menos dolorosa, mas não foi possivel. ''foi uma de<:isão muito difi<:il"', conta o gestor.19

    C.ipitulo4

    Emoções e sentimentos

    95

    Os sentimentos básicos: afetividade positiva e negativa

    Afetividade positiva Dimensão dos sentiinentos que consiste em emoções positivas éspe-cífic.as, tais como entusiasmo, autoconfiallÇa e alegria, e o mí.n1mo de tédio, preguiça e ca,,saço.

    Afetividade negativa Dimensão dos sentimentos que inclui estados afetivos como nervosismo, estresse e al\siedade e o m inimo de relaxamento, tranquilidade e equilibrio, _

    J

    U,na 111ancira de classificar as ernoções é se elas ~i.o positivas ou negativ::ts.:.>o f\s c1no~ çõc:s positivas lais corno alc.!,'l'la e grrtticlào cxpre.ssa1n urn eslado ou (tvaliaçào afétiva íavor.ivcl. 1\ 'i ncbrativ,ls 1ais co1r10 raiv(1 e culpa exprcssan1 o oposto. 'TCnha cn'l n1c11lc que as c1noçõcs não podcn1 sei· neutras. Ser nc;utl'O t'- o contr.-~rio de ser crnocion;\l.1 1 Quando ag1i.1p,unos a.~ c1noç0Cs c,n ca1cgorias 1>0si1ivas e negativas. e las se 1ornarn scn1in1c1nos1 pois olhan1os para e las de n1;u1cira n1~üs generalizada cn1 vez de isoladas c1n un1a cn1oçào cn1 particu]ar. Co1no podc111os obsc1,inr ao analisar a F'il,'1.111' •L2 1 o cn1usias· 1110 siualiz:, tuna alta afcthidaclc 11os:iti\·a 1 ao passo c1uc o têdio é indicath·o ele baL"Xa aíctivâ· d.tdl· pos:it.h1t. Do n1csrno 111odo: o nc1,rosisn10 é tun cxe111plo dl· ah;, afetividade neg;.1tiv.1, é\ô pa..s.,;o que o relax:1111<:nto é tnna c 111oção que caracteriia u,na baixa .-1fctj\·idade ncgativ;.1. Para finaliza1; algunu1.s emoções 1ais ..:orno sati~faç~o (unH\ 1nistu1-a dr alta alê llvidadc posi1 iva e baixa afetividade ncgaliva) e 11~s1cza (unia 1nis1t.11-a de baixa tlfclividadc positiva<: aha afClivicladc nchr-a1iva, csrào no n1cio·tcrn10. \ tocê notar:í que esse n1odclo não inclui Lodas as c111oçõcs discutidas antcriorn1cntc. Alg u1nas, conto a su11>rcsa~ não se cncaix..·un, pois não são clanu11entc positivas ou negativas. Podc1nos, c1uào, pensar c1n afetividade positiva con10 tuna cli1ncnsào cios scnt.i· 1nC::nlos que consiste e1n c::1noções positivas específicas, tais corno cntusiasn10, autoconJiauça e al<:g1'la, no topo (1(1 eso1la, t.: téc:lio, preguiça e canisaço na parte 01ais inferior dela. Po1· 0011-0 lado, a afetividade negativa é 1.una diin<-nsào do!t ~cnlir,,c,,tos que- inclui estados aft:tivos con10 nc1'\·osisn10, csux:ssc <: ansiedacl(\ no 1opo da (:s,·ala, e a cahna, a 1ra11quilidaclc e o equilíbrio, n;, parte 1nais inlCrior dela. (ÓbS<:rvc que as afcli,iclaclcs positivas e ncgati,·as ido scnti1nc11Los. Utilizannos esses rótulos e não .sentin1entos positÜ'(JS e ,ugalivos. pois é assi1n que os pesquisadores os classifican1.) t\.s afetividades positi\·tl e negativa afctan1 o nosso trabalho, pois cnvicsarn nossas perccpções.. e estas podc1-n se tr.-lnsforrnar na própria 1'Calidadc. Un1 conllS$<Írio de bordo, por cxc,nplo. criot• un'I hllJg anônin10 na lotcrncl c1uc dizia: 1'c1.1 trabalho crn urn tubo de ahunínio pressurizado <; o afnbic;nH· extc.:1·110 ao n1cu ·escritório' não pode sustentar a vick, hurnana. Por cs..o;a rai.lio, alf,'lnnas vezc:.'i não \'a)(; a pena sustentar a vicia hun1ana no an\· hicntc inte rno [ ... I, na \'Crdadc, os p~tsSag<:il'os 1>0dcrn ser cstl1pidos e idiotas. ~·l uilas vezes sou tratado co1n f."lha de respe ito, ningué,n 1nc ou,·c (... ) até que cu an1cacc jowí-los para fora do .avião" ;tt Clara,ncntc, se ttm con1issário ele bo rdo está ele 1nau humor, isso influcn· ciará sua percepção dos passageiros, que i1cio. por sua ve-t, iníluc11ciar seu co111portarncnto.

    Figura 4.2

    A estrutura dos sentimentos

    Alto afetividade ne-gotivo

    Ten.$0

    Alerto

    Alta afetividade positivo

    Nervoso Exuhonte

    Esireuodo

    Feliz.

    Abotrecido T,i$te

    Satisfeito

    Deprimido

    Se<eno

    Entediodo

    Baixo ofetiv;dode positiva

    Reloxodo

    Con$odo

    Colmo

    Baixo ofetivjdode negativa

    96

    Compor~mento or9<1niza~ional

    Compen$a~o de positividt'lde Tendência da maioria dos inchvíduos em expériment.:ir um sentimento waivemente

    positivo quando

    n~da dé es:peciat está acontecendo

    I

    l\$ c111oç0Cs negativas tcndcn1 a pro,·ocar scntin1c11tôs ncgath-os. Estudos n1ostran1 q ue a..s pessoa~ pcnsan1 cinco vezes 111ais tcn11>0 nos C\'Cntos q ue c1iaran1 rortcs c1Tioçôes ncgaLi,·;;1s do que 1íoS q ue:: t riõ:1ra1n fo11cs c.:n1oç(>(.-s posili,(ls.23 Porta1no, dC\'COlO-$ csp<:rar que as pessoas se lcn1brc1n das c~xpcriênc' i.-1.s; negativas 1n.1is pn,ntarncntc que d as positi,ias. 'l à l\'l:'l. tuna das razões SC'ja que, para rnuitos de nós, (•las ta1nbé1n são ,nai.s incon1uns. l)e f.-uo, as pesquisas 111ostra1n que há un1a compensação d e positividade, significando que, quando h;i u111 input zero (quando nada de especial cst<Í acontecendo}, a 1naio1ia das pcsso..'lS cxpcri1ncnt.1 un1 scntin1cnto posili,·o inodcrado.14 t\ssiin , para a 1naioria das pessoas. os cst~ldos afetivos J->Ositi,·os são de algurn modo 111ais co1nu11s que os ncgat.i\'os. t\ cornpcnsa· c;ào ele poi;itivicladc ta1nbên1 pan::cc que runciona no tl"abalho. Un1 estudo co,n atendentes de lllll co/1 cenler (provavch11c1uc un'l tl":'1balho no qufll dificilJl1cntc alguérn dcS<:nvolva u1n s<·n1in1coto positivo) ,·e-velou que as 1:>cssoas N·l:1nu·a11\ senril' u111 estado de espírito po:-1itivo cn1 58 por cento do tcn1po.t" No entanto, cotno outros cstuclc>S sugcrc,n que ' ·não é 1.)()111 es,ar sc,nprc de bo1n hu· n1o r" . de fato. apesar de scntiincntos positi\'OS facilitaren1 a criatividade, a ílcxibilidadc e a cooperação, os scnti1nentos ncgcuivos podcn1 uu11bém contribuir para rnelhorar a atcnçào e facilitt-tr julga1ncntos 111ais prudentes e prccisos.'"lf.

    A função das emoções As emoções nos tornam irracionais? ( :onl que frequênci•, vocêj C',..'i <'· onde 1c1nos rnais ch~u1cc de nos cnganar·1nos". Essas ohser\'açõcs sugcrc111 c1uc J"aciona1ich,dc:: e c111oção estão cn1 conflito en1re s:i e que> se \'ocê d c111011strar c1noçào, provavclntent<:

    de111onstrará irracionalidade. 1\Jguns autores a(l,11.Unenta que d cn1011strar c1noç0Cs con10 uisteza a ponto de chora r é tào prejudicial para tuna carreira <1uc dcvc1ía1nos nos a usentar da sala nesse 11101ncnto, a fi1n de não pcr111itiT q ue.: os outros tc.:sten1unhc1n esse fato.·.!', Essas perspectivas suger<:n1 que ~l dcrnonstração ou 1ncsn10 a cxpc1ii:1~cia elas e1noçõcs tenclc,n a nos fi1~cr parecei- fra<'os, inscgu1'0s c)u irraeion;,i~. Essa crença na •rtag:ilidadc da c1noçào' t<:1n sido co11fir1nacla 1;n1 \'ári,1s pc;~quisas. Po,· c::<ernplo, c1uando pesquisadores p,c:rgun1~1ran1 a 1.:xccu1ivos de g randes t~1n1>rcsas sobre a c:<prcssào ou controle dt~ c111oções cnl negociação. a n1aioria deu preferência a utna postura de controle e rcpri.:ssào das c111oçõcs. Ou seja. os cnt11..·\'istados tcndc1n a entender a negociação co1no un1 procc.sso pura1nentc r,·,cionaJ, no quaJ a cmoç;1o é considcr.,ela l1tna d istr..u;;.i.o. 28 ~o entanto, as pesquisas, cada ,,c-i n,ais. 111ostra1n que as cn,oçõe.s. na realidad e. são irn1:>0rtantcs- para o pcns.a1nc11to cl'Ítico.'"o(J Ex.isten1 c.:vidênc.::i,ts de tal ligaç0r c.xc,nplo. ao analisar cc1'Ca de 80 c<1uipcs ele trabalho. concluiu que a cooperação nos grupos é tanto ,naior quanto 111~Üo1'cs forc111 os nlvcis de co1111:x:Lência c111ocionaJ entre- os seus 111cn1bros.J'l Considere, agora, o excn1plo de Phineas Gagc, u111 fi1ncionário fcrroviàrio nos Estados Unidos. En1 u1n dia de sc1c1nbro de 1.8481 enquanto ele instala,i., lnna carga cxploshi.,) tuna barra de aço d e aproxi1nadan1cntc 110,·c ccnll1netros ,·oou cn, dirc<;;\o a seu rnax.ilar intCrior esquerdo até o topo ele seu crànio. Por n,a.is incrivcl que possa parecei: Phjucas sobrc,;vcu aos feri,nc,nos. Ele ainda podia ler e dl1lar e tinha dC'Scrnpcnho bcn1 acin'la da ,nt·di;:i cn, 1e.1;. 1es d e:: habilidades cognitivas.. f\o e111an10, fitou cla1'0 que ele 1inha perdido sua c;;,pacidaclc de cxpc1i1nentar c1noçõcs. l~lc não d-cn1onstrava c:111oçào nc1n nos C\ 'Cntos n1a..is 1ristcs ncn1 nos n1ais felizes. Essa inabilidade para cxprc:s.sar c,noçõcs acabou por eli1ninar sua capacida· de ele raciocinar. Ele con1cçou a làzca· cscolh.ts irracionais para sua ,1da 1 frcquentcn1entc se comportando de n1odo instá,·cl e coliltr;l seus próptios interesses. 1\pc$.ílf ele ser 1un ho1ncrn intelige11tc, cujas habilid ades intclcctu. ais não havia111 sido prejudicadas pelo acidente, Phinc;.i.s andou de tuil c1nprego ,1 outJ"O au.': p.an,r crn unl c:irco. 1\ 0 çorncnt(tr sobre H.situaçiio dele, u111 cs1>Ccialista obstn·ou: '}\ 1";"tzào pode 11!10 ser tão pu1"<' qua11to a n1aio1'ia de nós pensa ou

    dcseja,ia que fosse... t\s emoções e os se111ime111os podem não ser intrusos no baluai'lé da razão: eles dcvcnt estar cnocd;,clos c111 sua u-a1na, para o lx:n1 e para o 111al".' 1

    C.ipit ulo4

    Emoções e sentimentos

    97

    Ao estudar danos cerebrais, tais como os experimentados por Phineas Gage, pesquisado,es descobriram uma ligação importante entre emoções e pensamento raciollal. Eles descobriram que perde,

    a habilidade de se emocionar levou à perda da habilidade racional. A partir dessa descoberta. os pesqui~dores aprenderam que nossas emoções nos proporcionam informações valiosas que auxiliam o nosso processo cognitivo. O c.xcn1plo de Phincas Cagc e n1uitos ouu-os estudos sobre danos cerebrais s..i.o i111po1tantcs para o pcnsarncnto racional. 'IC'111os de c<>nSCf:,l\lÍr c.xpcri1ncnlar as c111oçõcs para podcrrnos ser racionais. Por quê? Porque as nússas c,noçõcs forncccnt infOr,naçõcs intpo11a11tcs sobre corno e1ucndc111os o 1ttundo <1uc nos rcn::a. Gost:111:unos rcahnc.1H(' que tun gesto1·,01nassc ,utla dccis,;o de: clcn1i1ir urn fi 111cioná,io scrn Bcva1· c111 conul. .i.c;os scn1i1ncntos 0,1os dcf(·? O scgl'<:do pai-a luna boa 1ornada de clccis.'1.o é uti ljzar 1an10 a cognição e a razão quauto a c111oçào e o scnri111c1uo.

    Fontes das emoções e estados de ânimo Algun1a VC"l ,'Ocê já d isse: "cu acordei eon1 o pé esquerdo hqjc''? \'oeê já hrigou co1n urn colega ou aJgué111 de sua tà111ília scn1 razão aparente? Se as resposta.,; foran1 positivas, talvez voe<: já tenha se perguntado ele onde vên1 a.~ c.-noçõcs e os scnti1ncntos. Discuti reinos aqui algurnas das influências básicas para o surgi1ncnto deles.

    lnt
    ~

    Personalidade A n1aio1ia elas pcs.<;0."L-i. tc111 tendência a cxpcrin1cn1ar aJguns scn1inl.c1nos e cn1oçõcs con1 n1ais ÍJ'Cquência que outras. As pessoas ta1nbé.1n clifCrcn1 quanto à i111c1tsicL1ck: oon1 que cxpc1i1ncntam as nu.'S111as cnux;õcs. Por cxcn1plo, co111parc Dunga, técnico do Brasil na C,opa de 2010, e Bill GaH.'S, prt'siclcntc. da ) ,licrosofi. Urn é facihncntc n10\iclo pcla rah1,, ao passo que o outro ê rclalivarncntc cl.ist,ullc e nào t 1nocio11aJ. Dw1g..1 e Bill Cates pll)\1lvcl.111cntc Stio diferentes no que se.: l'Cfcrc á intensidade afetiva ou à fôrça co,n que cxpcri111enlcun $ua'> <:,noções.n Pcss<:>a.s <1fetivarncn1<· inlcnsa.s cxpc1'Í1ncntan, as c1noçÕ<;$ posi1i,1L~ e 11cga1i,.-1$ rnais profi111dan1cn1c: quando cStào ni,;1t,'!\ c.:s1.ão 11u1i10 nisu:s,. t:: quando cst..io fcli1.cs, estão 1nui10 felizes.

    Dia da semana e hora do dia 1\s pessoas estão no seu n1clhor iu1i1no nos finais de sernana? Con,o 1nostra a Figur-a 4.3. as pcsso,1s tendc1n a estar no S<:u pior huntcn· (rnaior afeti\'idade llCb";lli\'a e n1e1101· afCtividadc positi,1a) 110 con1cço da $en1;\oa c e1n seu n1elhor hu1nor (n1aior afetividade posiciv:t e: ,ncnor negativa) no final da scn1ana." E qu:.uno ."1 hora cio dia? {\'cr Figura 4.4). Scn1prc pcns:unos nas p<;ssoas con10 '111a1uti~ nas' ou 'noturnas'", no cntanlo ;, 01:a ioria de nós segue o 111csn10 padr..to. IJ1dcpcndcntc111cnlc dô horúrio que as pessoas v;'io dor1nir à noite ou que se lcvantan1 pela 1nanhà. os níveis de afetividade positiva lCndcrn a atingir seu pico no n1cio do pe1íodo cnlrc a hora dcsc lc,1\ntar ta de se deitai: A êÚcti"idadc ncg.:,ti"a, p,orén1, n,ostra pouca flutuaçiio durante o clia. O <1uc isso ,-i~'11ifica para o c..·o,npo1·t-:\01cnto organi~ac::ional? Significa q ue: scgu,,chl.-feira ele 1nanhà provavchncntc 1150 é o n1clh1)1' n101nc1110 para pedir un1 lâ\'or ou chu· rnás notícias. ~ ossas interações no an1bic·n,c de trabalho prov;ivclrncntc· sc::rào n1ais positivas a parúr do 1ncio d;i 1nanhà e tan1bé n1 rnais próxiino do fina] da scn1ana. Clima Qoando ,'OCC acha q ue !liCU hu1nor é 1nelhol': quando f..17. 25 g raus c,n lnn dia cnsolaracl() 011 c111 \1111 dia frio, esc111'ÇI e çl1,1,'QSQ? t\,t ,1i1a.5 pçssoo..1; açl'("{li1a1n q11ç ~,1 h111119rc~tá lig,ido

    ;,o clin1a. l\o cn1anto, un1a 1'C\~sào ele talhada ele vário.~ estudos rçalizaclos por diversos pesquisadores sugere <1uc o clin1a tcn1 pouca influência nos nossos scntin1cnlos.} i li1n <:~1x·cialista chegou

    98

    Compor~mento or9<1nizacional

    Figura 4.3

    Nosso humor é afetado pelos dias da semana

    Os sénlimcntos negativos sõo moi04'C$ oos domingos e .s.egvndos e coem duronle o reslo do s.emono Alto

    A--~:r·~ Os $enlimen10s po$iliVO$ sõo moi0tcs no fim de somono

    J!Eli

    ..,e

    Médio

    "' Baixo

    Domingo

    Segundo,

    ,feiro

    Terço, ,feiro

    Quo,10-

    Quinto-

    Sexto-

    ·feiro

    .feiro

    .feiro

    Sóbodo

    Dia do ffmana

    -<)-

    Afetividode positivo

    ~ Afetividade negativo

    font•: ..Our Moock Ate Affected by th& Oay oí the Wttk"', em Mood and Tempe,ament. 00 O. Watson. Republicado (Nova York: com pcrm1fflo da GutlfOfd Press 11\C., 2000).

    Correlação ilusória

    Tendência das pessoas em associar dois eventos quando, na verdade, não hã ,ela.ção entre eles.

    I

    ~l seguinte conclusão: ·~\o contrá.iio da ,~~lo cultural prcdon1inantc. esses cl<.,clos indican1 que as J~'iOas 11.:io rclatan, ,1 presc11ça ele bo1,1 hu,nor nos dias de sol b1ilha1uc (ou, in,-crs.:\n1cntc. Lu11 rnau hu,nor c1n dias cscu1'0S e chu,'CIISOSY',:J.) 1\ corre:lação ilusória c.xplit·a por que ;Js pessoas u·nclcnl a Ml1ar que l'nclhoraJn de hu1r1or quando o cli1na cs1á agradávC'I. Ela ocorre <1uando se associa1n dois C\"Cntos qnc, na verdade"! pe.liquisas n1ostra1n <JUC não lê1n ligaç.ào.

    Estresse Corno ,·ocê pode i1-nagina1; C\'CHtOS c.~t.rcssantcs 110 a rnbicntc ele lrabalho (co1n() un1 c-01ail de.'\agrddávcl, u,n pra7.l) pn.:sles a u·rinina,~a perda de un1a grande \'Cnda, ser tcprccndiclo pot seu chcfC) aítlan1 ncga1ivaanen1c; os ânirnos dos fiincionário.li- Os cfCi1os do csu·essc aun1cnt..,nl conl o tc111po. Co1110 obscr\'anl os autores de un1 estudo: "tuna 'dic;ta>0011S1antc1 n1csn10 que seja de C.."\'CJltOS de nh'Cis baixos de estresse, lcrn o poder de f:1zcr que os trabalha· don.-s c.xpc1i1ncnlcn1 ;1u1ncnlos do nh'ltl de d<.-sg:_-tStc co1n o te1npo" .31'• T.,is uiveis cn"SCCntcs d e cstn.:ssc e tenSclo no 01,balho tcnclcrn a piorar nossos àni1n~ e ;-tSSi1n cxpc1i1ncnta1nos 111als c111oçõc:s 11eg-rtti,1c,s.. Considere a seguinte postage1n c..·n1 lllll blog de LUll fu11éÍOn.'i1io: 11cstou nurn tipo de hu1r1or .sen) graça hoje .. . fisicanlcutc n,c sinto csu..inho, ,n:,is o ~11r1hie111c: de 1rab,1lho, con1binado coo\ a quanlidadc de U"ah(alho e coi~as J)($.~Oais ((tJç tenho
    Sono Segundo a Sociedade llrasilcira do Sono, 4:l por ccmo dos brasileiros dormem mal durante a ooite. 11) Ess..,'\ falta de 1c1npo, t~ de qualidade de sono fa:r. que as pessoas íiqucn1111ai.s

    C.ipitulo4

    Figura 4.4

    Emoções e sentimentos

    99

    Nosso humor é afetado pela hora do dia

    Pico$ de bom humoc no mctodc do dio

    Aho

    2 .;

    Méd;o

    //

    J:

    O mau humor opres.ento pouco vorioç.õo duronle o d io

    Baixo

    9h00

    Me io-dia

    15h00

    18h00

    2 l h00

    Me io-ooile

    Horo do dia

    --0- Afelividode poiitivo

    ~ Alétividodé négotivo

    Font• : "Ovr Mood$ Aro Affcttcd by thc Oay of tho Weok•, cm M()()(:l .tnd Tc-mpc,,<JmQ(lt, do O. Wat$00, Repvbli(.,do oom 1)4i<m,ssão da G1.1ilford Press, me-.

    irritadas? f\ qualidade do sono r<:~\ln1entc afeta o hun1or. Univ<:rsitários e ln-tbillh;:ldOrcs adulto:;. que dorrnc.:1n 1ncnos do que o nc<:css.~rio rc.lata1n 1naior cansaço, raiva e hosülida· de. 11 U,na das raiões para isso é (1ue 1ncnos ,enlpo de sono ou sono co,n qualidade ruirn dcbiliu11n a ton,ada de decisão, cliíic1,_1hando o con1rolc das e1noçõcs. n Ufn estudo tecente sugere que a rná <1ualicladc do sono 1arn bérn prejudica a satisfa(âo no trabalho, pois as pessoas se scn1cnt cansadas, irritáveis e rncnos alertas.'' Ativid ade física F1'CC1uerllc1nen, e, ouve-se dizer <1ue as pessoas devcri.-1,n se cxerc:ilar p~u-a rnelho1-a1· o hu1nor. lvl.-1s sc.~tá que a lcrapia do suot r'Cal,ncnte fu nciona? Parece <1ue sin1. t\s pcS<1uisas 1nosLrnn1 consisten1c1nen1e que os exercícios lisicos 1nelhora1n os âni1nos posi1.ivos das pcssoas:u Apesar da relação cnl1'C exercício fisico e scn1in1c1uos não ser n1ui10 fOrtc ele 1nancira geral, os efCitos lcn,pêuticos dos <;xcrcícios pareccn1 ser 1naiorcs para aqueles que estão dcp1i 1nidos. Ou seja, a atividade fisie:a pcx:lc ::~udií.-lo a ntclhorar o seu estado de .inin101 mas nào cs:1:x:rc rnilagres. r\ lé porque a 1)1iÍ.tica inlensiva de exercício íisico1 con10 é a dos atletas de aJta coi-npetiçào, pode gerar altc.~ 1-a,õcs de hu,nor con1 car~l1er depressivo. 1~

    Idade 1\s pessoas 1nais jo\·cns cxpcri111cn1-a1n (!rnoçõcs n1ais ex1rcn1as e positivas (.i f ha· Inada cxu~rància da ju\·cntudc) do que as 111ais velhas? Se você respondeu que si1n. está errado. Urn estudo co1n pessoas ele idades entre 18 e 94 :-tnús fC\'c1ou que as c1noç<1<:s ncga1ivas pan!ccrn otol'rcr 1n<·nos \'C:7.<:S à 1n('dida que as pessoa.ti vào ficando ,nai.s \'e.lhas. Os p<:r'ÍO são ,nais c111olivtL~ <1u(· os horncns. Existe algu,na verdade. nisso? As
    100

    Compott.amento organiza~ional

    MITO OU CIÊNCIA? '

    As pessoas não podem prever suas próprias emoções com precisão ssa afirmação é, em sua essência, verdadeira. As pessoas tendem a se equivocar ao prever como se sentirão quando algo acontecer. As pesquisas a respeito deste tópico - chamado previsão de estados

    E

    emocjonais - revelam que nosso insucesso na previsão

    ocorre de duas formas. Primeiro, tendemos a superestimar a satisfação que teremos em um futuro evento positivo. Nossa tendência é pensar, ao contrário do que realmente acontece, que seremos mais felizes com um carro novo, que sermos pro·

    prietários da casa própria nos fará sentir melhor e que até o casamento nos fará mais felizes. Superestimamos tanto a intensidade dos futuros eventos positivos (o quanto nos sentiremos mais felizes) quanto sua duração (por quanto tempo). Quando Josy Oliveira, ex-participante do Big Brother Brasil, foi entrevistada por um repórter, ela disse ser "louca por gordinhos• e que seu maior sonho era ·pegar naquela papa do Faustão". Pode até ser que a ex-BBB tenha grande carinho pelos gordinhos e ame o apresentador da Rede Globo Fausto Silva, mas é pouco provável que ela se sinta tão feliz como imagina ao agarrar as gordurinhas do pescoço do Faustão.

    Nós também não somos bons em previsão de esta· dos emocionais em eventos negativos. Da mesma maneira que os eventos positivos não nos fazem sentir tão bem quanto achamos que o farão. os negativos não nos fazem sentir tão mal quanto prevemos. Vários estudos têm respaldado nossa incapacidade de prever estados emocionais: os universitários su·

    perestimam quão felizes ou infelizes serão ao saberem se o alojamento em que ficarão será bom ou ruim, as pessoas superestimam quão infelizes serão dois meses após um rompimento afetivo, professores de faculdade com pouco tempo de casa superestimam quão felizes serão com mais estabilidade e mulheres superestimam o impacto emocional de resultados inesperados em testes de gravidez." Assim, temos uma boa e uma má noticia nessa história: é verdade que os bons acontecimentos não são tão bons quanto pensamos, mas os acontecimentos ruins

    também não são tão ruins. Aquestão é que o futuro não é tão bonito quanto você espera que seja, mas também

    não é tão ruim quanto teme.

    e1nocio1)~I do que os ho,ncns. '" Elas (:.x1,cri1nenta.n'l as c1n<.>ções 1nai.s intcns.,..unc·1)lC, tendcr)l a consc1'\'cÍ·la$ pot nlais te1npo <JUC Oi> ho1nens e de,nonsu-;un co,n 1nt1is írec1u(:ncia tanto <:nl~ÕCs positivas co,no neg,n:ivas, con1 exceção ela raiva...'' 1\pcsar de possiv("bnente ha\'er difCrenças inaras entre os sexos, os csructos sugcrcn, que as dilêrcnç. as e1nocionai:,; 1a111bé1n se dcvc1n à 1nancira con10 hon1ens e n1ulhcrcs &'lo socializados. Os ho1ncns sào criados para se .. rc1n clurõcs e corajosos, e n1ostrar as canoçôcs não ê condizcntC' coin essa irnagcn1. t-\ s rnulhc· rc.s, 1>0r outro lado, são c1iada.s para éuidar do:; outros. Por cxc:1nplo, csi:x:ra·sc que as nnalhcrcs cx.prcsscn1 ,nais cn'loçôes positivas no trabalho {pór 1neio de soriisos) do que os ho,nens..

    No laborató,io de manipulação Buenos Aytes. o exercício físico é visto como vma atividade capaz de integrar seus fullcionilrios e totná.los pessoas mais animadas e bem dispostas para o trabalho. Nas noite-s de segunda e quarta.feira, um dos proptietârios da empresa. Sérgio Marques, promove passeios de bicicleta pelas ruas de São Paulo. Como outtas empresas maiores. que disponibilizam centros de ginástica aos emp,egados, o labo,ató,io Buenos Ayres acredita que o exercíc:io aumenta o ânimo dos funcionã,ios, tesultando em emp,egados mais felites, mais saudáveis e mais produtivos.~

    C.ipitulo4

    Emoções e sentimentos

    101

    COMPORTAMENTO ORGANIZACIONAL INTERNACIONAL Reconhecimento emocional: universal ou culturalmente específico? esquisadores que estudaram como as pessoas leem as emoções com base nas expressões faciais e físicas acreditavam que todos os indivíduos po· deriam reconhecer a mesma emoção. Um franzir de testa indicaria tristeza, independentemente da origem da pessoa e do lugar onde ela estivesse. Recentemente, porém, novas pesquisas passaram a sugerir que algumas emoções são mais amplamente identificadas que as outras. Por exemplo, uma pesquisa concluiu que pessoas de culturas mais coletivistas, como o Japão, tendem a interpretar as emoções expressas nas reações faciais das pessoas examinando o contexto social (as expressões faciais de outros indivíduos no grupo), ao passo que pessoas de culturas mais individualistas, como os Estados Unidos, interpretam as emoções focando apenas as expressões faciais da outra pessoa. Outro estudo analisou a rapidez e a precisão com que uma pessoa consegue ler as expressões faciais das pessoas de diferentes contextos culturais. Embora os indivíduos fossem, em um primeiro momento, mais rápidos em identificar as expressões emocionais de pessoas de sua própria cultura, ao viver em uma cultura diferente, a rapidez e a precisão aumentavam à medida

    P

    em média eram melhores no reconhecimento das expressões faciais de cidadãos norte-americanos do que em ler as expressões faciais dos cidadãos chineses. Por que isso acontece? De acordo com os autores do estudo, pode ser porque, ao estarem limitados no sentido de falar a língua, confiam mais na comunicação não verbal. Finalmente, outra pesquisa buscou analisar quais as reações emocionais que a música desperta em pessoas de diferentes culturas. Para o efeito, foram selecionadas pessoas de etnia Mala (nativos africanos), com características muito tradicionais e sem nenhum contato com

    a música ocidental, e pessoas de cultura ocidental para ouvirem pequenas peças de piano. Da observação do comportamento dos dois grupos, o estudo conclui que existe na música algo que contém informação de cará~er emocional que pode transcender os limites culturais ao ponto de ser reconhecido por diferentes culturas. ln· teressa ressaltar que música será sempre música, onde estamos agora ou em qualquer outro lugar. Ouve-se a sintonia dos instrumentos, sente-se a emoção das pessoas que a criaram, aprende-se a sua essência como se fosse linguagem. Uma linguagem que, por ser um traço inerente ao homem, tem força para ser universal.

    que se familiarizavam mais com a nova cultura. Chine·

    No seu conjunto, essas evidências sugerem a genera·

    ses que moram nos Estados Unidos, por exemplo, ao adaptarem-se aos seus ambientes, podiam reconhecer mais rapidamente emoções de pessoas que nasceram nos Estados Unidos. Na verdade, os estrangeiros são, às vezes, melhores em reconhecer emoções entre os cidadãos do país para o qual se mudam do que esses mesmos cidadãos. É interessante notar que esses efeitos começam a ocorrer de modo relativamente rápido. Por exemplo, estudantes chineses que moram nos Estados Unidos por 2,4 anos

    lização do reconhecimento de algumas expressões emocionais, mas também algumas diferenças culturais. De fato, é importante ressaltar que, ao interagir com pessoas ·de diferentes culturas, a habilidade para reconhecer corretamente as emoções alheias pode facilitar as interações e evitar desentendimentos nas comunicações. Caso con· trário, um leve sorriso que deveria comunicar desinteres·

    se pode ser mal interpretado como felicidade.

    Fontes:. Base&do em H. A. Elfenbein e N. Arnb&cty, ..When Famir..rity Sfeeds Accur~: Cultural Exposvre and Facial Emotion Recogni1ion", Joumal of Personaility aod Social f>sychology, ago. 2003, p. 2'76-290; J. L Tracy e R. W. Robins, ·rhe Norwecba.1 Express.ion of Pride: Evidence for Crossersonality and Social Psychology94, n. 3, 2008, p. 365-381; e lzabela Mocaiber e Eliane Volchan •Sef'á a música uma emoção uni,..ersal?~, Instituto de BiofíS.Ca Carlos Chagas F'.iho. Univers.td3de Federal ôo Rio de Janeifo, e létíôa de Oliveira e Mirtes Garcia Pereir.l. do Depa,,rtamento de Fisio~ia é f arm.ocologia, UnNef'Sidade Fedér'.11 Aumi1'141'nse. Disponível em: <,,......w,openinoovatio.org/2009/0óllllmu~rno<:ào-univGrs.1V>,

    ~

    forço emocional Caso ,·ocê já tenha irabalhado como balconista ou gi,r(om, :;;,bc a irnpo,,ància de se ptújeLat uo1a in1agc1n :u11igávcl, se1npr<' co,n u,n sorriso 1lú l'OSto. ~·lt.·s,no que \'OCê não estives.sr ~e scn1-inclo parlicula.1·nle ntc alc.grr., sabia qur seu chefe espc1-ava que você tOssc

    102

    Compottamento organizacional

    Esforço emocional A expressiio de emoções desejadas pela organização feita pelos ft1ncionàrios durant0 os relaóonamen,os interpessoais no ttabalho.

    _J

    Oissonâncll'I emocional Inconsistências entre as emoções que sent;mos e aquelas qu& proj&tamos.

    Em~ões sentidas Emoções genuínas de vmapessoa.

    Emoções domon.stradas Emoções <equeridts pela o rganização e conside,adas aprop,itdts para determinado cargo.

    I

    1

    _J

    gcntiJ e a lc ncioso con1 os clientes.. Portanto= você fingia estar feliz. Todos os tra.ba.lhadorc-s dcspc11dc1n csíorço fisico e rncntal quando coloc•un o co11)0 e a n1<:ntc na rci,lizaÇi10 de su~,s tarcfc'ls. ~las 1nui 1os 1rab{llhos t~u'llbé1n rcqucrcrn esforço emocional, a expressão de c1noçêH::s dcS4.:jadas pela orga1iiia\:ào fCi1a pelos funçion,írios d111-antc o~ 1·claciooanic·n1oi; interpessoais no tt'.lhalho. O conceito de esfc>rço e1nocional foi iniciahncnetc dcscn\'olvido con1 relação ao lrabalho no sclor de serviços. Espera-sei por cxcn1plo, que corniss::'irios de bordo scj:un alegres, a lendcntcs ele funcr{uia sc;_ja 1n tristes e médicos scja1n c 1nocionahncntc neutros. ~1as esse conceito parece ler rclevi1tncia c 111 c1uasc lodos os setores. Os gestores cspcrtlnl q ue os ~cus subordinados scjcun alei 1ciosos. e não hostis, crn suas interações corn os colegas. O vcrd,,dciro desafio su1-gc quando os fu ncionários prcc isarn projetar ,una en1oção enquanto scnu·1n o utra.!li Essa disparidade cria urn a d issonância emocion al, o que pod e causar consequências ind esejáveis. Os scntin1cntos 1'Cpl'inl idos de fn1s1raçào, raiva e res-scnli,nento podc1n levar à cxau.stào cn1ociona1 e à fad iga.J.1 Ent virtude da crescente i1npor1ància do esíorço c1nocional co1no u 1n nttor-chavc para o dcscntpcnho eficaz, o c ntcndi1ncnto das c1noções passou il ter unia rclcv;lncia 111aior dentro do estudo do co1npúrtar,1cnto orga11h:acional. O cslOrço cn10<:ional cria diJe1nas para os trabalhadores. Hc'l pessoas con\ quc1n \'OCê 11-abalha de qucn1 si1np1csn1c1ue não gosta. '1à l\'CZ a1é ache que 1ên1 pcrsona1idaclcs dcs;\g1'ad:\\'<;is. ~làl\'c-1. saiba que elas f.1lan1 n1al ele você pelas costas. 1nclcpcndcntc n1cn1c de tudo isso, seu trabalho exige: que você interaja con1 elas no cotidiano. \ focê se vê, então, forçado a sünula r suas crn oçõcs. Pa ra n1clhor con1prccndcr as c 111o~'Ôcs. cspccialn1cnte no a1nbicntc profissional) pode111os. scpar;:i.-las t:nl se11lidas e ,Je111onslradas..'.:I As emoções sentidas ~ão as c n1oçõcs genuínas de unn1 pessoa. 1-\ :; emoções demonstradas , pelo contr;:°uio, são aquelc,s rcquciidas pela o rgaoizaçào e considcradH,S ~1p topria,d as pal"á un1 dc1e1·rninado ca1go. l~slas não são ina1as; são aprendidas. ~:.-, 1ípic,1 c~xpl"(:$$.'iO
    rna disposl~·..tu.> p;u·a <:t:lcbr.:11:~s O.s gc$tor·cs cficaic.s apn;:nclc1n

    p(lrcccr sériús q u,uidc) dão a u,1, íuncionc)ri<> u1na avaliação de dcsc1npcnho ncgallva e a disf..'l1·ç.-u· s,1a l'ai\·a c1uanclo são passados p.ira u-!1.~ c nl urna opor1unidadc de pron1oçào . J~ os ,·cnclcdoJ'cs q ue não aprcndc1n a estar sc:ntprc sorridentes e sin1páticos) indcpcnde11tc111cntc de seu verdadeiro estado de cspílito no 1no· 111cnlo. nor111ahncntc não terão vida 1nuito longa nesse tipo ele trabalho. A forn1a con10 e.rperh11n1la1uos unia cn1oç.;io não Cscn1prc a n1cs1na fo rnla conto a expre.ssa111o.s.SJ,

    Quando o iPhone começou a ser vendido nas lojas da empresa da Apple, todos os funcionários cvmprimentaram e aplaudiram com muíto entvsiasmo os primeiros compradores que e,spe,avam na fita para entrar na loja. Dar \.lma recepção caloros.a com rostos sorrident&S e comprimentos é um exemplo de emoção demonstrada. aquela que a organiuçào exige que os funcionários usem e considera aproptiada a determinado trabalho.

    ;i

    C.ipitulo4

    Atuar em nível superficial Tentativa de e~onder os sentimentos íntimos e

    modtficc1;r as expressões faciais em consonância

    com as regras de demonstn,ç~o.

    _J

    Atuar em nível

    profundo

    Tentativ.:, de modificar os. verdadeiros sentimentos

    com base nas tegras do demonstração.

    (

    __J

    Emoções e sentimentos

    103

    Dc1nonstrar cn1oçõcs falsas exlgc a supressão das \'Crdadciras. Atuar em nível super6cial consiste cn, esconder os scnti111cntos e crnoçõcs n1ais profundas e rcnunci<.tr às exprcssÕés c111ocionais. Quc1ndo u1n fi.111<:ionc\rio sorri para uni cliente:, n1csn10 qu(1ndo 11t10 ~ente vontade de fi1zê-lo, t.:Slá atuando SUJ)Cl'ficial1'llcn1c;. Atuar cm n(vcJ profundo (: tentai· n1odilicar os vcrdadriros scntin1cntos con1 hasc nas l'cgras de clcn1ons1 1-;,çào. U,n fOrncccdor d e plano d e saúde fCtllando sentir gcnuinan1cncc 1nais c1npatia por seus pacientes cs1;t atuando cn1 nível p rofundo.' 7 A atuação SUJ}crficial lida com c1noçõcs den,ons· Iradas e a atuação profl,nda. corn c1noçõcs sentidas. t\s pesquisas 111ostr.un que a atuação supcrfici,il é mais Cslrcssantc para os funcionários, pois i1n plica fingir e si111u1ar suas c1no· çõcs \'Crdadciras.,a Dc,nonslrar cn1oçõcs que não sc11ti1nos (! de fato cxausti\·o. po11a11to. é i1npo1'tantc dar aos funçio1Hlrios c1uc ttabalhan1 conl crnoçõcs dc1nons1rodas 11111a chance de relaxar e 1'Cca1'1"Cgar bate1ias. l i 1n ts1uclo con1 insttutorcs ele acade1nia descobriu que aqueles qut: usa,11111 o i111t:"1alo cnlre as aulas descansando e relaxando r<:alizavant seu trabalho 111ais cficazn1cntc depois dessa pausa.)'> Os que fizcrant .tlgunt o urro trab:,lho durante esse períoclo ror.:un iguab11cntc eficazes depois do intcr\'aJo quanto antes. :f: interessante notar que, 1ncsn10 sendo t::i.o irnportante adn1inistrar as crnoçõcs cn1 certos lrabalhos, o 1ncrc.ado não ircco1npcnsa fin~u1ctiran,cnlc o csfof\:O ernocional nt·c<.'S· sa1itunc11tc. U,n c:studo co11cluiu que as cxigênci~ cn1ocio11ais de detcrn)inados ttabalhos influenci,un os níveis de 1·<·111unc.rac;.{10 dc- seus ocupantcsl rnas sorncn1c quando o tl':lbalho apl'cscnta exigência CO[.,'nillva elevada co1no os de cunho lc~I ou de cnfc1·1nagc1n. i\'las garçons e auxiliares de crcchc1 cttios trabalhos possucn1 alta dcn1ancla crnocional, ,nas cxigi:ncia cogniüva rclathi;.,n1cntc baixa, rcccbcn1 urna co1npcns.tçào bai.x a pela exigência c1nocional aplicada ao trabalho.1.1" A Figura 4.5 n1ostr.1 a relação entre exigência cognitiva e cn1ocion.1l e ren1uncraçâo. O 1nodclo n:'.io parece rcprcs\!ntar unia realidade j usta. t\fin,,I, po r
    Figura 4.5

    Relação entre remuneração e grau de e>Ógência cognitiva e emocional

    RS 42 R$ 38 R$ 34 RS30

    Fíúcos Astrônomos Estotíslicos

    $ 15,57 (R$ 30)

    R$ 26 R$ 22

    CoiJCos R$ 18 R$ 14 RS 10

    Con1tolodotos de qualidade Pedreiros Digitadores

    AuxifiofM do cobronço

    Auxilio,es de creche

    $ 5.57 (R$ 10)

    Baixo

    Exigência de esforço em0cigôncio cognitivo - - - Alto exigência cognitivo

    Fonte: 8aseado em: T. M. GSomb, J, O. Kammeyer-Mueller e M. Rotundo, .. Êmotional labor Oemands and Com· pensat•ng Wage Oiffe1entials", Joomal olAppJied PsycnoJogy89, n. 4, ago. 2004. p. 700.714

    104

    Compo11amento organiia~ional

    ii~oria dos eventos afetivos \ linlos q ue :,s cn1oçôcs e os sc111irncn1os são parte in1porta ntc ele nossa ,~da pessoal e p rofissional. i\ías co1no elas infiucncian1 nosso dcsc1npcnho no trabalho e nossa satisf.,çào? A teoria dos eventos afetivos dc111onslra que os trabalhadores rcagc1n c n1o<:io11ahn<·n· te i,s cois.as q ue Jhcs acontccc,H no t rab<,lho e que isso afeta o seu dcsc.:1npc1tho e e, sua

    Teoria dos eventos afetivos Modelo que sugére que

    satisf.1çAo... 1

    os evo.ntos do local de trabalho causam reaçôe$ emocionais por parte dos íur'!Ctonários e que influenciam as atitudes e comportamentos no

    loc31de oabalho.

    1

    1\ Fig ura ·~.6 rcsun1e essa teoria . Ela reconhece que as: c1n oçô-cs são urna resposta a eventos cio a rn bie ncc d e trabalho. Esse a1nbicn1c inclu i tudo o que se relaciona ao ira· balho con10 va1iccladc das tarefas ou grau ele a utononlia~ exigências ela função e de dcn1onstraçào de esforço c n1ocional. Esse an1bientc gera eventos q ue pode1n ser chatos, alegres o u a n1bos. .E,·e11tos q ue costtunan1 ser vistos con1 aborrecimento inch1cn1 colegas q ue niio cu111prc1n suas prúprias tarclhs, 01icntaçõcs conílltantcs cios chefes e txcesso de prcs::tão para o cu1nprin1cnto de prazos. O s <.~ventos al('grcs abrangc,n atingir tnna n1cta, o a po io tecebid o de un1 colega e o rcconhccifncn10 por urna rcalizaçtlo.lit Esses c,·c ntos acionarn reações c1nocionais positivas ou negativas, clcpcndcnclo ela p ersonalidade e do estado ele ânin10 dos fu ncionários e cio grau ele in1cnsiclad c ela rcs· p osta que eles clariio a elas. t\ s pessoas con1 baixa estabilidade c1nocional tcnclcn1 a responder 1nais intcnsarn cntc a eventos negativos, e as rcspost.as e111ocionais ele urn a pessoa a un1 cl;,do cv<.:nto podc1n 1Tiudar d e acordo co111 seu estado de h un1or. Final1n<.:utc, as. crnoçõcs inAuc11<:ia n1 diversa~ \'ariávcis de dcscnlpt:u ho e ele s:atisf1,ç~lO, c..:orno o ço,nportan1cnto de cidadania o rganizacional, o c..:orn pron1ctin1(•nto o rganizacional, a in1c11ção ele clcix;i ,· a c,np resa, o n ivcl d e csf(>1·ço no crabalho e os d esvios d(· co,npo1'ta· rncnto no 1rabalho. Alé1n d isso, testes ela 1co1ia d os eventos afetivos sugcrcn1 q ue: l . tun episódio crnocional C! na ,-c1'dadc, tun co1tiunto de experiências emocionais, precipitado pol' un1 úrtico C\'Cr'lto, oontc1,clo cle1ne11tos tanto de c::1noç-..to corno de hwno1;

    2. a satisfàçào no trahalho é influenciada pela~ crnoçõcs con-cn1c..-s.ju111a1ncn1e 00111 a histó1ia ele cn1oçõcs que ciru,nc~Ull o c.."vcnco;

    Figura 4.6 Teoria dos eventos afetivos 1. Ambienle de lrobolho • Corocterbli<::O$

    do cargo • Ex.igêncios do funçõo

    • Ex.igêncios de esforço emociono1

    .4. Reoções emoci:o nois 2 . Eventos do trobofho • Aborrecimento s diá rios ~ • Positivos

    • Alegrio, diório•

    t •

    Negolivo•

    ~

    5. Soli$foçõo no trobolho

    J

    6. Oos~mpentlo no lrobolho

    3 . Oisposi,çõo pessoal • Personolidod e • Estodo de ônimo

    Font• : O.asem em N, M. Ashk.ana1,y o C. S. D.avs, •Emotions in the Wod:place: lhe New Ch.al!enge for Managcrs• , Academy oi Ma.na,gemefu Exe<:utive, fev. 2002, p. 77.

    C.ipítulo4

    Emoções e sentimentos

    105

    3. co1no os scntin1cntos e as c111oçõcs varian1 co111 o tc1n1>0? seu efeito sobre o dc:sc1npcnho

    tan1bé111 ,1uia;

    •t co1nponan1cnt~ in1puL"ionados pela crnoc;.;lo s,'lo scn1pl'c de c111,a dur.1çâo e etc aha ,~,1iabiljdadc~ 5. coino as c,noçõcs tenden1 (' ser inc-01111>atívcis <."0111 os con11XH1â.lncntos requciidos para a realiz.a.ção das tarcfhs., eh·, s <:ootun1(un influenciar ncgativa ,ncntc o ens.;l.nclo cn1dispens.:'l.r 2 nül funcionários e sc.:u nome pode esu\r nessa lista. E.ssc e,·cnto pode pn, ,·ocar unta reaçào c,nocional ne~tiva: \'OCi: te,nc perdei· se1.1c,nprego e sua principal fo,ne de renda. Co,no você tCll'l urna 1endê11<:ia a se p1'COCl1pal" cn1 exces:.o e a ficar obcecado por proble,nas, seus scn,in1cn1os de inscg\11'ança a~11nen,an'l. l~sse c,·c,no ta111bén1 desencadeia 11111a sé1ic de sub<:vcntos que criarão t11n episódio: \'OCê íhla con1seu chefe e ele lhe garante que seu cn1prcgo está seguro; ,'Océ ouve n.1111orc."S de que seu dcpar1an1cnto será o p1i n1ciro a ser e1itninado; você cncontrA u1n cx·colcga que foi ele.. milido há seis 1ncscs e ain
    Dnteligência emocional Edson t\·lcndcs é gerente de urna concessionária de veículos. Sua consciência .sohrc a.~ suas próp1ias c111oçõcs e as d os o utros é quase nula. Ele é c1nocionah11cnte instá,·el e incapaz d e despertar 111uito c nlus i.1s1no ou interesse en1 seus funcionários. Não e ntende po r <1uc seus subordinados fica1r1 perturbados con1 ele. Norn1alrncnte, reage ele· for1na cxager.lda ~1os 1Jroblc1nas e responde de 111odo inefic;,z às situ~1çõts cn1ocion(lÍs.6i. Edso11

    i\lcndes posSui haixa i1llCligência c,nocion,;ll. r\ inteligência e m ocio n al (IE) é a cap~lc idadc da pes."ºª de ( 1) ser au1oco11scirn1c do seu csLado afc-1i\·o (l'rconhcccl' suas pl'ópria.s

    lnteligancia emocional (IE)

    Habilidade de identificar e administrar pista, e

    informações em-ocionafs.

    J

    esnoções quando as sc1uc), (2) detectar as e1noçõcs nos outl'OS e (3) ad,ninistrar as pistas e inforn1açõcs transn1it.idas pelas c111oçõcs. f\ s pessoas que conhcccn1 suas próprias en10çõcs e são boas cn1 interpretar 1,istas e1nocionais - f>OI' cxcn1plo. saber por que estão initadas e con10 se expressar sc111 violar as nor111a.s - são provavcln1c ntc n1ais cficazcs.1"• Por cxcn1plo, urna pesquisa co1n gestor<-'!> de carteiras de invcstin1cnto n'IOstrou que os investidores bons e nl iclc:ntificar e clistillguir seus próprios scnti1nentos conseguir-a,n tOllHtr decisões de invcs1i1nento 1nais h1c tallvas. De frtto 1 vários cs1uclos sugc-rcn1 <1uc a I E 1cn1 u,n papel n1uito in1pol'tan1c no clcsc1npcnho no trabalho. Un1 estudo ohser\'ou as caractcri.sLicas de vários cngcnhcil'os considerados os ,nclhorcs po r se us coleg~,s e concluiu que esses e ngenheiros n1ais bcn1 a,·aliados cra1n n1clhorcs c1n se relacionar con1 os outros. Ou seja, fo i a inteligência crnocional (l E), e não o QI, que caracterizou os 1nelhorcs clcscn1penhos. Outro estudo elucid<1tivo analisou os sucessos e fracassos de 11 presidentes norte-;:unc_•rieanos - de Fr~lnklin Rooscveh a Bill C li nLon - e os avaliou c n1 seis cli1nc11sôcs: çonlunicação. organização, hahilidade polícica~, ,isâo, estilo rognid\'o e inteligência c111ocional. Dcsco· brira111 que a con1pe1ência-chavc que diferenciava os prcsidcn1cs de sucesso (tais con10

    106

    Compo11.amento organiia~ional

    Roosc,·ch. Kennedy e Rcagan) dos scn1 succs.so (ta is con10Johnson. C;,rtcr e ~ixon) foi

    a inlcligência c1nocional.t.' t\ JE lCrtl sido un1 conceito coolro,·c1-so no co1nportal'nCrHO orgar,ii4'cioi-u11. con'I
    O argumento a favor da IE Os argu1ncn1os a favor da I E incluc::rn seu apelo intuitivo; o fino de que ela parece <:s1ar relacionada con1 o dcsc1npcnho 1 associado à ideia de que e la í:. funda111cntada biologica· lllCJll<:,

    A IE tem apelo intuitivo Qpase iodo inundo concorck, que é bon1 possuir in1cli· gência social e saber se virar. f\ itnuiçào sugere que as pessoas que conscg1.1cn1 dc1ccta r as c rnoções elas outras, controlar as suas p róprias ê lidar bc111 con1 as interações sociais t.:m urna vantagé1n no inundo dos negócios. Lln1a pesquisa most rou q ue os sócios de luna cn1prc-s~1 1nuhinacional de consuhori:;i con1 u,na r~ : aci1Y1a da 1nédi;) conscguira,n 1,2 milhtlo de dólares a rnais 110 volun1c de 11egócios que tra~ian, para ;:\ en1presa do q1..1e o~ ou1ros sOCios.'.fl A IE está associada ao desempenho Dt u111 1nodo geral 1 e.vidências e1npiricas su· gcrc,n que quanto ,naior a IE de un,a pcss0a, ,nclhor o seu dcscn1pcnl10 no trabalho. Po r cxc,11plo 1 un1 cs1udo co,n funcionários de un1a fáb1~ca de cigarroi- na Chín,:1 ,nostrou q ue a 11~ estava signific-:niv:unen1c 1'C lacion;.1da con1 o descrn1x:nho.00 Ouu'O es1udo descobtil1 que a hahil idad(' de reconhecer as rn1~()es: nai. expl'essões f..1ciais dos Ol1tros e captar o~ senti· ntcntos não evidentes das ou1ras p-css,oas (pcrcehcr sinais sutis sohrc as en1oçõcs: das pessoas) previu a avaliação dos colegas sobre o valor que as pcS.50as 1inha1n para suas c1nprc.sas. ;ft Finahncnt<:, u1na re,isà.o de j9 estudos relatou c1uc. no geral. a l E se corn.:lacionava 1nodc· radamcntc con1 o dcsc,npeoho 110 trabalho. n

    A IE é bio logicamente fundamentada En1 L1111 escudo) J>eSSoas con1 danos na á rea do cérebro que governa o p rocesso en1ocional (parte cio <:Ó11cx p ré-frontal) não obllvcra n1 resultados n1ais baixos cio c1uc os outros nos 1cstcs p;1clr~10 de inteligência. No cruanto, sua pontuação foi sig11ificativa1nentc ,nais baixa nos testes de l E e suas decisões nor1naias fôrarn prcjudiC'adas, co,no dc1nonstrado por seu baixo dC'sc111pcnho c,n llll) jogo de <.'a 1,as co,n d ireito a u11l prêrn io cn'I dinheiro . i:S..,:c estudo suge1-e <Jue a ( E tcn1 base neu rológica> de forn1a que não ttpresenu1 relação conl a.~ rscalas de inteligência cogniriva. ~l'a nlbé1n há cvidênci
    ª

    urn fiuor biológico. ; i

    O presiden1e da Localiza, maio, locadora de veículos do pai$, Salim Mattar, é um líder com elevada inteligência emocional. Um dos fundadores da empfesa, Mattar é considerado muito carismático e mantém relações sólidas com funcioná rios e grandes clientes da empresa. De acordo com um con$elheiro da Loc::.aliza. o executivo ..é ofn vendedor eKcepcionat, um shov,man'', sendo

    capaz de compreender o comportamento das pe-ssoa.:s e utilizar sua extrovel'Sâo e habilidade comunicativa pa,n melhor se relacionar com $eus interlocutore$.u

    1 ___,..__, }

    C.ipítulo4

    Emoções e sentimentos

    107

    O argumento contra a IE 1.\ LE cont~1 tanto 00111 n1uitos dcfcnsorc:s quanto c1iticos, que dizc1n que ela Cu111 con· ccito \·;;1go e in1possh·cl de n1cclir, al(:111 de ,,inda qucstio11arc1n a sua vaJjdadc.

    A IE é um conceito muito vago Para n1uitos pesquisadores, não está claro o que é a IE. É un1a for111a ele intcligéncia? ~·l uitos de nós não ach:uía1nos que ser ;iutoconscicntc ou ter en1paúa scja,n assuntos do i.ntclccto. 1E seria então u111 tt rn10 itupróprio? 1\Jé111 d o ,nais, diferentes JX"Squis:tdores focan1 habilidades clifcrcn tcs, frtzendo que se torne <.lificiJ d efinir~-.. JE. Un1 pesquisado,· poctt cstud~r a autoclisciplin;;1 1 out1'0 talvez. est\1dc c1npa1ia e 0011'0. ainda, a autoconsciência. É co,no \1111 analista ccunen1ou: '~\1 uah11en1f', o conceito de 11~ 101·11011·~c tão a111plo e seus con1ponc111c~ 1ào variados que l···I não é n,ais nc;:rn ,un conceito intc.·lit,rívcl1'.',;

    A IE não pode se r mensurada

    ~luitos c1í ticos leva11tara1n qoestôcs sobt<: a ,nenso·

    ração da l E. Por ser 1un:-.. forn,a dt"' inteligência, dizen1 eles, d eve haver 1'r'S)>0s1a~ cerl:t.5' e erradas sobre ela e,n Les1es. 1\lguns 1es1e~ 1:>0ssuf1n. de fa10, respostas certas e erradas, c1nhora a validade de algu111a.s elas qucsuks seja questionável. Lln1a ava1iaçào pede que você associe séntiincntos a cores) c:01110 se o roxo sc1nprc nos fizesse sentir indiferentes e não c1notivos. Outra.s questões são cn1 (Or,nato de autO::t\·ttliaçào, co1no sou !)()1n cm a1,alisar outras pessoas, e nào possuen, 1-CSJ;)()Stas certas e erradas. 1\s avaliações de rE sào variadas e os pcsquisado1·es náo as subrnctern a estudos 1igorosos co,no íizcra,n co,n as avaliações de per.sonalidadc e i,ueligência cn, gel'a1.:1:,

    A validade da IE é duvidosa .;\Jguns críticos argu1ncnta111 c1uc. por ser tão cstrciuuncntc relacionada à inteligência e ii pcrsona.lid,td<:, un,a vez que você <:01urole esses fatores, a I E não tc11l nada de novo paro ofi.~rece1: H,;l algurn funda1ncn10 pata esse al'g u,nento. .1\ 1E par('CC es1ar aha,nenle correlacionada co 111 ;ivaliações ele pe1'SQnalidade, especiahnente es1abilida· de einocional. 11 Se is.so é verdade, as evidênc-ias de un1 con1ponen1e biológico da I E não são legítllnas~ e fãtores hiológicos, co1110 o nível df atividade cerebral, pode1n s<.:r atrihuídos a ou1ros construlos psicológicos n1ui 10 111ais conhecidos e pesquisados. J\Jas ainda não h;í 1>es· quisas suíicicnle~ para a fi r1nar se a LE acrcsccnla clc111cntos para prever o dcscrnp<:nho no trabalho alénl dos gerados pela.s ;1valiaç<>c.s de JX:n;Onalidade e intcligi:ncia c nl geral. 1\ inda assi1n, t rllr<: as cn1presas ele co,1sultoria e nõ'I rnídia, a IE é aha,ncnte popuh1r. O 1nate1·ial p1"0n1oc-iollal dí' 111na c1npl"é'sa que aplica avalia<ôes de I E afil'1nou: '~A I E. ê 1x:sponsãvcl po r 11,ais de 85 por c<"nlo do dese1nper1ho bl'lihan1e dos líderes de po111a" .13 1:: no 111íni1110 d iíicil validar ess.1 afirn1açâo co11, a li1era1ura cfe J)esquisa. Pesando os: argun1cntos a íavor e contra a tE: é ainda 111uito cedo para dizer s:c o con· ccilo <'· lltil. É claro. porén1, que ele está aqui para ficar.

    ,Jplicações das emoções e sentimentos no comportamento organizacional Nesta seção, avaliarcn,os con10 o crncndin1ento das c1noçõcs e d os scntii-nt·11to!i pode 111clhorar nossa habilidade de cx1)lic.-.-..r e entender o p1-otesso de rccrutan1en10 e seleção, a 10,nada de d ecisão, .:i criati\~dadc, a n101ivaçào, a lidc1·a11ça, o confli10 in1c111essoal, a ncgocjaçào, o atcndin1c11to ao cliente, as ali1udcs no n1,balho e os desvios de con1porta111c1110 110 a1nhicntc d e 1.rabalho . ..J'an1bé:.n1 analisarcn1os co1110 os gcscorcs pode111 influenciar os scntin1cntos de seus fi.u1cionârios.

    Seleção Unia intplicaçào das C\~clências cn1 l E até o n1on1cnto é que os cn1prcgadorcs deve~ d an1 considerá-la tun filtor na contr.Haçào de funcionários, cspccialn1cntc cn1 trabalhos q ue clcnn1ndc111 alto grau de intc ..ação social. ~~1 rcalidad(', cada vez. 1n~1i.s ..:1nprcgadorcs

    108

    Compo11.amento organiia~ional

    O P(ogfé'lma de Ttainees da AmBev em '2fll/ foi o mais

    concorrido do país, com cerca de 19éi) candidatos por vaga. Na fase de seleção, a inteligência emocional

    dos jovens foi arduamente avaliada. Inicialmente. eles passaalm por d inâmicas de grupo mediadas por troinees de anos anteriores. Posteriormente, foram (ealizadas divefSas enuevistas com gerentes, diretores

    e até mesmo com o presídente da companhia, João Castro Neves. Dessa maneira, a ArnBev buscava

    selecionar os melhores candidatos, que deviam possuir habilidades de racioc.inio lógico e competências

    interpessoais bastante desenvolvidas..,.

    e.sido co1ncçando a usar as avaliações de LE para contratar pessoas. Un1 estudo co111 os rccru· las da l~ rç.t t\ é rca ;'\!'ortc·
    Tomada de decisão Corno \'OCê ,'(';r;Í no Capítulo 6. as alxn'(l;1gens tradicionais no CSludo da tornada de de· c;isào ern organizaçr.'>cs enf.11iui1·an, a racionalidade. Cada ,·cz n1ais., po rén1, os pesquisadores cstõlo clcscoh1indo q uc os sc.nti1ncr11os e as en1oçõcs 1ê.in efeitos i111por1a.n1cs na ton1acla de dcci~lo. Os senti1ncntos podcn1 assun1ir papéis fi.1n<.'iona.is ou disfuncionais, d ependendo cio 111odo que os individu05 os cx()l'rin1cut.11n e lichun uon1 eles durante o processo d c,:isório. Scntin1c:ntos e cn1oçõcs positivã.S párccc,n auxiliar o 1>rocc:ssan1cntó cognit.i,·o de in· forrnações 1>0r n1cio de ativaçào de stn1à11tica dos can1pos da 1nc1nória, pos.sibiliu1ndo ao indh·íduo incluir as.~ociaçõcs n1ais r.~ca.s e re,nou,s na sua li nha de raciocínio. 81 1\ s <:,noções positiva.$ 1an,bén1 at11nen1an1 a capacidade de 1'C.«)1uçâo de p1'0blc1nas, de ,nodo <1uc as 1x:s· sons positi\'as cncon1ra111 111clhorcs soluções para os pl'oblc,nas.82 Un1 estudo recente co111 funcionários de cn1prcsas brasileiras concluiu que) de fàto, quanto n1ais positivo o <:stad o afcti,·o ele un1a pessoa> 111clhor o seu dcscmprnho na rcs.oluçào de problc1nas con1plcxos.63 Por ouuu lado, os pcsquisador("S continuan1 ~\ debater a fu nção das en1oçõcs e scnÜ· 111<:nlos ncgati\·os na ton1ada de dccis.:i.o. E,nbora un, estudo clássico sugira que as pessoas dcprin,idas con.scguc,n fr1z:er julg-.:11n cntos mai~ exatos,31 evidências rccenles sugcrcrn qu(~ ela.,; l01'n a1n dccisôes equi,IQcadas. Por quê? Porc1uc sAo n,ais lenw-:is pr)ra j}l'()Cessar inforn,a. (.Õcs e 1cnde1n a pcs;i1' todas as opç.õ es J>OSS-Í\'Cis c1n vez das ,nais provâ\'eis.11; Ernbora possa parccc:r que pesar toei as as opções possíveis é posiüvo para a lOntada de dccis.1.o, o problcn1a é c1uc as 1x-ssoas dcpii111iclas busc-:un a soluc;õlo perfeita quando esta rara1ncntc existe. Po r últi1no, é in1porlantc realçar que nào só o tipo de sentimento intlucncia o p rocesso de ton,ada d e decisão. :\ inlcnsidtlclC col'n que as cmoçô<:s são cx1,cri1nentad<~s Hunbé1n in· Ruencia o processo dtcisó1io. PeS<1uisadorcs concluíra111 que a int<.·nsidadc dos :-enti1nt11tos con
    ª

    C.lpítulo4

    Emoções e sentimentos

    109

    Criatividade 1\s pessoas ele l>0nl hun1or tcndcn1 a ser 1nais crhuj\·as do que as ,nal·humoradas.81 E.la~ tê111 1nais ideias, a\1llia1n 111ais altcrnati\·as, e seus colegas achn1n que .suas ideias .são origi·

    nais. 38 Pa1-ccc c1uc as pessoas c1uc cxpcri1·n cntan1 cn1oçÕt..--s po.sill\'=I.S e· bo,n hun1or !ião 1nai.s flcxÍ\'t·is e t1bcrtas ern seus pcnsa1lléntos. o que explica o porc1uê de sc1·en1 1nais cri,uivas.~ Dessa forn1a t podcría1nos concluir c1ut os gc.s101'CS dcvcria1n 1cnuu· a1ivanlen1c 1nantc•· os funcionários fCJi1.t:s, pois, fazendo i.sso1 elcva·sc o 5nin10 da (:quipc {fi1ncionários gost.:ull que seus líderes os cncorajcn1 e forncçan1f«dback corn relação a un1 trabalho bcnfcito), o que, por sua vez, lc\·a as pessoas a scrc1n 111~ús ciiallvas.'lO No e ntanto, alguns pcsqui.saclorcs não acrcclit;ln1 que os sent.in,cntos torne111 as pcssoa..s 1nai.s criativas. Eles argu1n(·1ntun que quando as pessoas estão de bom hulnOr. elas podCr'll 1'Cl..-ixar (Se c·stou dr bo,n huo1e,u·1 as coisas dcvc111 estar indo hcn1 e~ cu 11.:io prcc:iso pcns"r cnl ideias novas) e nào dcscnvolvc,:n1 un1 pcnsa1ncn10 crí1ico necessário a algu1nas fot111a.~ de c1iallvidadc.'HJ\ resposta pode t:star cn1 se pensar nos estados ele lnunor ele urna n1ancira u,n tanto quanto clifCrcntc. Ern vez de olhar para os afetos positivos ou ncgaüvos é possível conccit11ar os estados de hu111or con10 scntirncntos ativos, con10 raiva, n1cclo ou cxaJtaçào, e co1npará·los con1 t:stados de htunor que lcva1n ;, inação, con10 tristcza 1 depressão ou serenidade. Todos os estados ele l1t11nor que lc\·a1n à aç,1o, sejam positi\·os ou ncgati\·os, pareceu, gerar 1nais t 1i<1tividadc, :-10 p;;1sso que os que levanl i1inação niio S(10 é
    Motivação \ lário~ estudos dcs1acaranl ?l in1po11ânci;, dos sen1i1ncntos e das t•1noçôcs na 111oti· vaçào. Urn deles 1non1ou dois grupo.-. de pessoas para resolver caça·palavras. O p1ii-nciro

    grupo assistiu a uni videoclip<: d i.\·crlldo, Cl~j" intenção era dcix;,r os indivíduos ele bo.-n hu1nor anll'S ela tarcfh. O outro grupo niio assistiu ao videoclipc e corncçou a trabalhar para rcsol\·cr o caça·palavras de imedia.to. Os resultados? O grupo con1 ).)()111 hu.1nor relatou unta txpectfttiva 1naior n,-1 sua capacidade.: ele resoh·cr a tarefa, trabalhou 1nais arduamente e, co1110 rc.sultado, tlChou 1nais palavras1 ou $Cja, tevú u1n dc::sen1pc11ho rnclhor.cii Outro estudo descobriu que clarf«tlbork às pessoas indcpcndc11tenlcntc de sei' ou não rct1l cona 1·,~laçào ao seu dcst111pc·nho inílucnciou sc;:u estado de es-pí1ito, c1uc, por sua vez, influenciou sua n1otivaçào."--I Portanto, pode cxi.s1ir un1 ciclo no qual o âni1no elevado f"az que as pessoas scjan1 n1ais criativas~ levando a un1/m/bt,c~· positivo daqueles que obscr· van1 seus trabalhos. Esscf«dba,k positivo rcforç:l a.inda 1nais o bon1 hu11101~o que pode fazer que elas tcnha1n un, clescn1p1.:nho ainda 1nclho1~ e assin, por clia1nc. Por firn, un1 outro estudo cx.-uninou os scnti1nentos de ,011-ctores de SCb'l•ro cn1 '"fai"·an.9s O s co1TCtores que.: t-SH1\~un de boin htnnor ajudaran1 n1ais os se" s colCh"élS e H1nlbé1n se scntir:un nitlhol' consigo 111csmo~. Esses là1ores, por sua vez, lcva1-a1n a 111n clt·se1n1x:nho n,clhor dcS$as pessoas na J01·n1;1 de vencias n1aio1'Cs e 1·c:la1ô1ios ele dcs.crnpcnho n1ais Í.'l\·orávcis por parte de seus superiores.

    Liderança Líderes (:ficazcs confi.1111 nos a1x:los c1nocionais p.1ra ajudar a tl'ansn,itir suas 1ncnsagcns.% P:a vcrch,clc, a expressão de c,noçõc-s cm discursos~ gcrahncrnc o clcn,cnto crucial que nos fhz aceitar ou rejeitar a mcn:,,;,ge1n do lldc1: "Quando os líderes st scntcnl anima-

    dost entu.siasrnado.s e ati\·os, talvez <:lt·s tc11d:1nl a cnergizar seus subordinados e transmltan, u1n $enti111cnto de cíicáci.:1, conl1:>etê11ci;,, otin,i.sn10 e p1<1zer.''91 O s polidcos, conlo un, cxc,nplo c.:atactcrístjco, ;.lptcnderanl a n1oslr:1r c11tusiasn10 quando f..'llan1 sobre suas chç1n.. ccs de• vencer as eleições, n1csn10 que as pcsc1ui$<"l.S n1os11'Cn1 o contrário. Os achninisLraclor<:s sahen1 q uc o conteúdo c,nocional (; crucial para os funcion:írios con1prarc1n a visão do futuro da cn,prcsa e aceitarc:111 as nludanças. Quando os líderes orcrcccm novas visõc:s1 espcclaln1cnte quando elas contê1n ohjctivos vagos ou distantes, nornn1hncnte c11co1H11trào rcsístêucia por parte de seus íuncionáiios Cnl aceitar tais visõ(-s

    t 10

    Compottamento orgc1niza~ional

    Conhecido como um líder de torcida entusiasta, o CEO da M,c.rosoft. Steve Ballmer, viaja pelo mundo fazendo discursos apaixonantes para inspirar os íuncionârios e os parceiros comerciais. Por meio de sevs discursos carregados de emoções. Steve apfC~senta para os fvncionârios e parceiros vm mapa de estradas sobre o (oco competitivo da Microsoft e a visão da empresa. "Eu quero que todos compcirtilhem da minha paixão pelos produtos e serviços". ele diz. "Eu quero que as pessoas entendam a incrível forma positiva com que o nosso softv,are pode fazer o tempo livre mais agradável e o trabalho e os negócios, ma,s bem-sucedidos."

    e as n1udan<;as que e:s1as lrarào. Por 11ncio do cstí1nulo da.~ cn1oçõcs e ele sua ligação a tuna vis.:ào atraente. os líderes au1nenta1n a probabilidade de que~ranto outros gestores (luanto os funcio nários aceiu:n1 as 1nuclanças propostas.«< O s líclcn..-s que t()can1 objetivos inspiradores l~ln1bén1 cria1n n1ais oü1nisn10 e cntusias1no cn, seus f\lncioná1ios, IC\74tllclo-os a interações sociais ,nais positi\·as co,n seus colegas e <:licntcs.'19

    Negociação 1\ ntgociaçâo i: urn processo <:,nocional. ' IOdavia) ouvi1nos d iz<:r co,n frcq uênci<, quC' u,n ncgo,·iado,· <'Xpl"ricntc não cxp1't"S.Sa $lH\$ ('1noçõcs, dC\'('llclO fnan1cr nina cal'(\ de jogador de pôq11c1: No ('1uan10, ao conu-ário do que o senso <'01nu,n afirnta, vários rstudos 1nostraran1 que a expressão de e,noções 11odc trazer vantagens para lHn negociador. Evidências confirn1an1 que a expressão de cntoçõcs posi1ivas pcrntilc obter n1clhorcs resultados. t\ expressão ele cn1oçõcs positivas au1ncnta a aiatividadc, levando a soluções inovadoras, torna os indivíduos n1ais cooperativos, dispostos a con1partilhar 1nais inlbr1naçào e gerando 1nais alternativas. No cnctullo, pcsc1uisado rcs ta,nbérn avi.sa,n; a expressão de crnoçõ,~ positivas pode 1cr co11scquê,1cias 1lcgativas. Os negociadores que cxpri,nc,n scntin1c,,los positivos presuun, por nol"nta 1ncnos atenção aos argurneruos da 0111ra pari<\ o <111c os 1orna vul11cl"áveis à u1ilizaçào de 1átir-as fraudulentas por p;irtc de ne-goriarcssant srnrin1c11tos negativos con1 relação fk outra pa1·1e. obtê1n pio1·es rcsuhados do que os que exprcssa1n c ,noçõcs J)()Sili\'as. 11ri Por outro lado, existe 11111a d iferença cn1 rc expressar as c,noçõcs genuínas e blciàr e sintular cn1oçõcs. U1n estudo con1 executivos das 500 n1aiorcs c1nprcsas po11ugucsas n1os.. trou que estes não julga111 apropriada,, 1nanipulaçào de c1noçõcs. Eles consicleran1 c1uc, ao negociar; a sin1ulação cn1ocio11al. ~i<• ela positiva, seja ncf:,rativa> representa u,n co,nportan,cnto c1ica111c,1tc rcprová\'el e que, por isso, dc\'Cser cvitado.1W))essa for,na, quando u1n negociador pcl"ccbc que a outra pa,,c 1nanipulou os seus estados afttivos, pode 1-c1alia"1 o ciuc lrvará incvitavçhncnte à CS('alad:a de confiito enu·e as pattes. ()utro esruclo rtcentr descohriu1<1ue as p<:ssoas que sofreran, d;inos nos centros cn,ocionais de seu cérebro (a 1ncs111a pal'te lesionada no caso de Phinfas Gage) podcnt ser os n1tlltort.s negociadores, pois elas tcnd cn1 a não clen1011strar suas cn1oções quando estão clian· te ele rcsuhados negativos. 101 1

    1

    C.ipítulo4

    Emoções e sentimentos

    111

    Atendimento ao cliente

    Contágio emocional O ptocesso em que 3$ pessoa$ repa$$am suas emoções aos outros.

    O cslaclo e1nocional de unl u.rabalhador influencia o alcncli111cnto ao cliente. o qual, por sua \·c-t. inílucncia os nh·cis de: repetição dos negócio$ <.' de satisfhçíio cio clientc. 1n.\ Oferecer tu11 sc.:rviço de atc11di1ncnto ~\O clic11tc de qt1alidadc i: a~"O que c;,,dgc n'luito dos func;:joo,itios, pois ii-.~o scrnprc os coloc.-1 cn1 urn cs1:cclo de di!;sonilncia c,nocion,\I. (:onl o passar do 1c1npo1 esse t:s1ado pode levar a tnn <:sgotan1c1uo no trabalho, ao declínio no dcsc1npenho e à baixa saüsfiH;ào. 1IOG 1-\ s cn1oçõC's dos funcionários podc1n ser transferidas aos clientes. Estudos lndica1n tu11 efeito de co1npatibilizaç."io entre as c1noçõc-s do funcionálio e do cliente, chan1ado contágio emocional proct·sso e 111 que as pessoas rcpassa1n suas c1noçõcs aos outros."" Con,o funciona esse processo? J-\ explitêtÇàO principal é que. quando algué1n ex.p<:rimcnta cn1oçf,cs pos;itiva.') (: son~ para \'OCê. você tc;1'ldC :;l 1'cl-~>0ndc1· positiv~n1c1Hc. Por1anto, quando os; funcion,1t·ios cxpr(;S$an1 cn1oçô(·s 1><>Sili\'as, os clicnu~s 1cndcn1 a ~·agir 1>ositi\'a1ncn1c. O conulgio c:n1ocional é in1por1a11nc porc1uc os clientes que cap1a1n o bo1n hun1or ou as cn1oçõcs positivas dos c1nprcgaclos co1npran1 por nuüs tc1npo. ~,(as as cn1oçõcs negativas e o 1nau hurnor ta1nbé1n ~lo conta!:,'losos? (:cruunente. sirn. Quando unt fi.tncionário se sente tratado de n1anci.ra injusta por u1n clicnt<-i por cxcn1plo 1 é mais dificil para ele expor as c1t1oçõcs 1>0sitivas que a <:111presa <:-spen, dclc. 100

    Atitudes no trabalho Você jf'i ouviu o consclho; n1.1nc,, leve trabalho p,u·;, e.asa, qucr("ndo dizer que \·ocê deveria esquecer o ~cu 11M"b,dho quando chega en1 casa? I~ ,nais f(\cil falar <1ue fazei'. \ lá rios estudos ,nosLraran, q11c as pessoas que tivc1'cjado sobre o outro à noite. 111 En1 outras palavras, ~e unHl pessoa 1evc tun d i.c ,·uirn no 1tabaH,01 o seu cô11jugc pro\'~)vchncnt<.' lerá urna noite ruin1 1a1nbé1n.

    Desvios de comportamento no ambiente de trabalho Qoalq11cr un1 <1uc tenha passado 1nui10 tc1n1X> c1n un,;.-i ernpre-sa j intcrpretan, o côn1po1·ta1ncnto dos outros con10 hostil e tê1n problenlas J)ara lc\·ar cm conta o ponto de vista alhcio. 11 :. Não é d ific-il perceber con10 esses pJ'o<:essos de p(·nsarncnto tan1bénl potlenl 1c\';tr direta1ncn1c a agressôes \'C1'bais e fisjcas. t\..~ C\'idências sugerc1n que as pessoas que scnccn1 cn1oções negativas, parliculal'1ncn1c raiva ou hostilidaclc, são 111ais propensas a aprcscn1ar co111pon ~uncntos dci.\'iantcs no tr:"tbalho. 11(, U1na vez que a agressão con1eça} é prová\'CI que outras pessoas fiqucn1 co1n raiva e se torncn, agressivas. O palco fica 111ontado para u1na sê1ia escalada de co1nporuuncntos 11<:gadvos.

    112

    Compo11.amento organiia~ional

    Segurança e acid entes de trab alho t\ s pesquisas que corrclacio nn111 a afetividade negativa a u1n 111aior nl11ncro de aciclc11tcs de lrabalho sugcrc111 que os t:mpn::gadorcs poden1 n1clho rar a saúde ç a scguranÇ(l {e reduzir cuSlOS) ccrtifit.:at1do-se de que os funcion;'lrios níl.o se envol\·am c111 ati\'idadcs po1cnciahnc1uc perigos:,s quando <·s1 h·cre1n de rnau hu111c,r. Isso pode con· Irihuir para a l"çduçâo d;i ocorl'ênc i a de acidentes de trabalho de várias 111anciras. 11 ' O s indivíduos que csrào cn1 un1 estado ele ânirno ncga1i\'o tcnclcn1 a ficar anais ansiosos, o que os deixa n1cnos capazes de lidar con1 os riscos de 111aneira eficaz. U111a pessoa que cst
    COMPORTAMENTO ORGANIZACIONAL NA MÍDIA M edo de férias omo percebemos, uma emoção é um estado afetivo intenso com relação a alguma coisa especí· fica. Uma das emoções mais típicas do comportamento humano é o medo, uma sensação de aversão a algo provocada pelos possíveis riscos relacionados a esse elemento. As pessoas têm 'medos clássicos' de

    C

    muitas coisas, como animais selvagens, pessoas suspei·

    tas ou da comida feita pela própria mãe! Algo, porém, que pode não fazer muito sentido, mas que vem sendo experimentado por muitas pessoas, é de causar espanto: o medo das férias! Teoricamente, os trabalhadores deveriam adorar as férias, esperando ansiosos por elas durante todo o ano, como acontece com os estudantes em geral. Nesse pe· ríodo, eles podem viajar, descansar e ,esolver pmblemas particulares, esquecendo-se das tarefas e questões relacionadas ao trabalho. Entretanto, a felicidade ao ti· rar férias não é experimentada por todos os funcionários das empresas. Para alguns, esse período de descanso é, na verdade, uma grande fonte de preocupação, que os deixa completamente apavorados. De acordo com a legislação brasileira, os trabalhadores têm direito a um mês de descanso remunerado após completarem um ano de trabalho, sendo que eles podem solicitar as férias ao longo do ano seguinte. Apesar de ter esse direito, muitas pessoas têm medo de exercê-lo. As principais causas para a ocorrência dessa emoção é a falta de controle sobre quem o substituirá e como realizará suas tarefas, o temor de ser demitido por ficar longe da emp,esa e o trabalho acumulado que o espetará quando

    retornar. Vejamos o exemplo da gerente financeira Ana Carolina Mattos, que afirma ficar muito tensa só de imaginar ter de se ausentar do trabalho. "Como sou a única responsável pelo departamento financeiro da empresa, fico nervosa de pensar que alguém vai fazer meu trabalho de forma diferente da que faço", conta Ana. Esse medo, entretanto, não atinge apenas funcionários de organizações. Profissionais autônomos também temem ter de recusar serviços ao tirar férias e, por essa razão,

    perderem os clientes para sempre. Em uma pesquisa realizada no Brasil pela ISMA (lnternational Stress Management Association), 38 por cento dos entrevistados afirmaram ter medo de tirar férias. As princípais causas apresentadas foram estar ausente quando decisões importantes forem tomadas (46 por cento), não presenciar mudanças relevantes (32 por cento) e ser demitido (19 por cento). Segundo a dra. Ana Maria Rosa, a causa desse comportamento é diferente da experimentada pelos workaholics, que são 'viciados em trabalho'. De acordo com ela, o medo das férias é decorrente da tensão e da competição no trabalho e pode levar à elevação do estresse profissional. Diante disso, cabe ao trabalhador buscar tranquilitar·se e, até mesmo, procurar auxilio psicológico, devendo as organiuições auxiliá-lo nesse sentido. Afinal de contas, as férias são períodos de descanso e d escontração merecidos, devendo estar relacionadas à alegria e à felicidade. Diferentemente das 'selvagens' baratas e daquele 'mortífero' empadão de camarão lei· to em sua casa .

    Font.: ·auem ttm medo de tirar ffnMr. Portal Me,~lário.0(9- Cômportamento.

    Emoções e sentimentos

    C.ipítulo4

    113

    Como os gestores podem influenciar os sentimentos dos funcionários No1·1n;il1nen1e você pode rnelhora t o h u1nor das pessoas n1osu·ando-lhes 1..1 111 vicleoc lipe di\'e-1·tido, d ando-lhes u1n saquin ho de doces ou 1nes1no ofCreccndo u1na bebida saborosa. 11 " ~ las o que as e1nprcsas podcrn t'azer para n1elhorar o hurnor de seus fi.1ncioná 1ios? Os gcsLorcs podc,n usar o hun1or e dar a seus fi1ncion;irios pequenos sinais de apreciação por tHn lrahalho bcníc::ito. ,\ lérn disso, quando os líderes estão ele horn hu11101~ os 1nen1bros do grupo são rnais positivos e, corno resultado, cooperam rnais e,nrc si. 11 ., U,n esludo conl cstagi~i rios de c1nprcsas b rasileiras concluiu q ue q ua ndo os superiores hierárql1icos usa1n o bo,n hu,nor co,no cslratégia de co,nu nicaçào. os estagiários fica,n ,nais s.,1.tisfeitos e 1ncnos cstressaclos. são rnenos negligentes e tê1n 1naior i1uençào crn ser eíetivados nas o rganizações. '~ l'1nalrncntc1 a sclcc;.ào de 1ne1nbros positivos para as cquir>cs pode c riar unl e feito de contágio à ,ncdicla que o bo1n hu1nor for trans1niticlo de u111 1ncn1hro para o ou1ro. Un1 ('stuclo de li1ncs p rofissionais de c 1íquctc (un1 cspor1c parecido con1 o beisebol, jogado c 1n país1..-s co1Ho Reino Unido e Íncli;1) descobriu que o bo,n hun,or dos jogadores afetava o hu,nor dos ,·nenlbtos ele seu 1in1c e inílucnciava posi1 Í\·a1nt:ntc seu dcsc1np<'1lho. n , Portanto, f..'lz sentido que os gcsto,-es sclecio r1c,n os nle1nbtos de seu gl'upo q ue estcja,n 1nai.s pl"Cdis1,os1os a ex1>eri1nen1at e1n~ões posi1ivas.

    ENOUETE COMPORTAMENTAL Você namoraria um(a) colega de trabalho?

    25 20 15 10 5

    o Não

    Sim

    -

    Homem

    Não sei

    -

    Mulher

    Fonte; 83se&do em ~u..sa d& Spherian Workp13ce oom 1391 funciOôáriO$, USA T<>dlty,

    14 fev. 2008, p. 16.

    D mplicações globais O grau c nl que as pessoas cxpcri1nc111anl crnoçôcs varia de acordo conl as clili:;rcn1c-..s culturas? 1\ in1cq>1-ctaçào das c1noç<X:s dos povos varia nas difcrcn1cs cul1uras? Ê, pa ra fi nalizar~ as norrn
    114

    Compo11.amento organiia~ional

    O grau em que as pessoas experimentam emoções varia de acordo com as d iferentes culturas? Sin1. N;., China, as pessoas rclatan1 que cxpcri1ncntan1 n1cnos c1noçõcs positivas e ncgaúv;.tS do que as pessoas c1n outras culturas. sendo que as crnoçõcs que cxpc1i f11c0Hu11 si10 tncnos int<'nsas. c:011,parados aos do contiocutt chioêSi os h.:1biu1nt<.~ ela ilha de Tai\\'an são rnais pareridos con, os tral,;\lhado,·cs nont-a1ncl'iC..'lllOS co1n 1"Cla(.ào à cxpr1iência d e cn1oçõ~. No gc1't'll, os 1ai\\·tu,cs,cs 1-cJatan1 n1ais. rn1oçõcs posi1ivas do 0siti\'as a felicidade co1n relação ao presente e co1n rcl,u;ào ao f'utu11>. Segundo pcsquis;, divulg.ida pela FC \ t (Fundação Getúlio \largas) t:in 2008, p;:irc<:t: c1ue o jovcn1 brai;ilciro é o q ue se aprcsc::1na con10 'can1pcão do otinllsrno' q u,\1HO ao futu ro, crurc 132 países a\'aliaclos, ,nas não lidera q u,1ndo se fa la no presente-, deixando essa posição p;tr;l! o jovcn1 dina1na1"quês (v<:r Figura +. 7).11·1 As interpretações das emoções dos povos variam nas diferentes culturas? As pessoas do 111u11do inteiro intcrprct,arn as c1noçõts posid"as e ncgatjvas ,nais ou 1ncnos do 01es1110 ,nodo. ~IOdos nús cnxcrga1nos (\S c1noçõcs ncgatÍ\'lo entanto, algu111as culluras \'alo1i;,;;tn1 ccrlas c1noçê.tcs 1nais do q ue outras. Por cxcn1plo, a cultura nortc-a1n cricana valoriza o cntusiasn10, ao passo que os chineses consi· dcran1 as cn1oçõcs ncgati\'as n1ais úte is e conslruth~,s que os nortc·cu11cric-anos. En1 gcrali o o rg ulho é ,·islo con10 tuna cn1oção p,ositj,·a no O cidente, c1n cuhuras indh~dualist<.-tS COlllO a dos l~staclos Unidos. n1as as c ultu ras do 01icntc) tais co1no China cjap~~o, tcnde111 ,a ver o o rgulho con10 ind('Stj::'i.\'cl. 1~ As normas de expressão das emoções d iferem nas diferent es culturas? Sem clú\'i· da. N5 pt~.ts nos Estados Unidos e no Oriente J\Iédio rcconhctcn1 o sorriso conto indic;tdor de lêlicidadc}1nas. nas <:uhuras {1rab<:s~ o soniso é 111ais ,~sto con10 u1n sinal de atr..l{'-10 S4.:xual, po11;;u110, ,;1s 1nuU1crcs aprcndcna dcsclc cedo a 11ào w ni r pard u,n l101nc.111.1l.'(, Po r ou1ro lado,

    Figura 4.7

    Onde os jovens sã o mais felizes

    ©

    Poises com mo is felicidade (em cinco a nos)

    Veneiuelo

    Dinomorco

    lrkJndo

    8,32

    Jomoico

    Conodó

    fonte: "Jovem brasileiro ê o Campeão de otlmismo-. set. 2008. Olsponivel em: .

    C.lpítulo 4

    Emoções e sentimentos

    115

    cJn paiscs colct..i\i.Stas, a.s pessoas s.:'lo inais propensas a acreditar que a 111anifcstaç~lo crnocional de alguén, tcrn a ver con, a relação entre cl;l.s. ao passo que as pessoas de cuhuras ll1di\·iclualista~ n t10 ,1tha 111 que· as cxprcssõc:s cn,ocionais do 01..1 ln> scja111 di1igidc,s a cbl.$. Nos EsH1dos Unido.,;, h,) 11111 prcron<:cito conttário i, cxp1'Cssâo d,,s c,noçÕCS<, rspcc·ialn1cntr aquelas: ncgaLivas e in1cns..1...'\ .Já os vcndcdorc.~ fio.anc(::sc:s, pelo contr.írio, 1ê-n1 rn :l fruna por sc1'Cn1 grosS(!ims con1os clientes (e tnn rclatô1io do J) róprio go\'crno francês conhrn1a isro). 'l 1unbé1n há boatos de que clientes sisudos na f\lc1n anha d csconfian1 dos cordiais funcion{ui os do \ Valn1art. "'1 f.111 geral, e não é de se surB>rccndcr. é n1ais f.tc il para as p<:ssoa.s rcconhcccrc111 as c111oçõcs con1 exatidão dentro de sua própria cuh11ra do que trn o utras. J)arc, u111 hon1cn1 d<: negócios chinês, é n1ais provâvcl clnssificar con1 exatidão as crnoçõcs i1np1ícitas 11as cxp1-cssôcs fi\C'iais de un1 colega chinês do que nos colegas n<>r 111cio de expressões co1110 ' l 1i-Uss you', cnt inglês1 'l k 111isjc', crn holandês. ·Tu 1nc 111anques', cm líanci:s, ou ' lch vcrntissc clich'. cn1 a len1ào, rnas não por meio de tnna palavra subslarujv;-1, ..f a 111hén1 os taitianos não tên1 tuna palavr.1 dircl..:nncruc equivalente p<11cl trisf, O que é aceito c111 unta cultura pode parecer totaln1cntc inco111un1, e até n1csn10 p roblc1nático, c 1n oulra. Os exccuti\·os prccis,u11 conhecer as norrnas crnocionais cn1 c;1da cultura con1 a qu.:11 te111 relações de negócios e onde atuan1: de n1oclo que não cn1i1a111 sinais scrn intenção ncn1 intcrpr('lcn1 n1al as reações dos oulros. Por cxci-nplo, uni executivo bri1.silciro no Japão dcv(· sal,cl' que, c nc1ua rno a cuhum-a brasileira itnde a ver o sorriso COfno ,1lgo positi\'o, os j aponeses atl'ibuc111 o so11iso Íl'<.-c11,ente â fhlta de.: i,uc ligência . ui

    1:$esumo e implicações para os gestores Os scnü111cntos e as crnoçõcs são sctnclhantcs, já que a rnbos são estados afCtivos por natureza. Contudo. são ta1nbé1n d ife re ntes - os sc11Lin1entos s;to mais gerais e 1ncnos conlCxluais do c1uc as <:rnoçõ<:s. E o co11texlOé de fhto i111p-0rtante! O horário do d ia e o dia da sen\ana, C\'enlos esu-essantes, ati\~01·1a1nento o rgani7..a.cional que cs1udan1os. Cada \'<:7. n1ais. as o rgani:,..ações <:stào sclcçionando íhncionários que elas acrcdita1n ter a ltos nÍ\'<Üs de inteligência crnocional. ..-\s cn1oçôcs e o hu1nor positivo parccc1n íhcilitar a to1nada de decisão cíicaz e a criati\'idadc. Pesquisas recentes sugcrcrn <1uc o l'st.ado de ànimo ('St:i ligado à 1not.i\·aç.:.io. tspcciahnente por 1ncio dof«01·1an1('11to no ;un bienfe de trn~1.lho. C)s gestores podc,n controlarr o hu1nor e as c111oç0Cs de seus colegas e fi.111cioná1ios? Cc1,an1cntc há li1nitcs práticos e éticos. O hu111or e a~ c n1oçõc:-s são tnna parte natural d o n1odo de ser d e u1n individuo. Ignorar as c1no,;õts de seus colegas- e f'u ncio1utlios e avaliar o co1nporca111en10 dos outros co1no se fosse co1nplcta1ncnte racional é o ponto c,n que os gesto res nor,nal,nc::nte fàlh..ln1. Conforn1e ui-n cons.uhor colocou de 11lodo rnuito aprop,iado: ··\locé não pode friz.er con1 que as c,noçõcs se d i\'orc:ie,n do local de trab..llho porque não J>Ode f'ãzer c:0111 que as e1noções se divorcicn1 das pes.-.oas',. ui Os gesto1·es que en1('ndt1n a íunçào dos scntin1e111os e das cn1cx;õcs de rnaneira significalivn rnclhorarào suas habilida des de exp licar e prever n1clhor o con1po11a,ncnto de seus colegns e funcionários.

    t 16

    Compo11.amento organiia~ional

    Ponto

    Contraponto

    Os custos e benefícios das regras de interaçã o tualmente, as organizações perceberam que um bom serviço de atendimento ao cliente significa um bom negócio. Afinal de contas, quem quer finalizar uma compra no supermercado com um caixa grosseiro? As pesquisas mostram claramente que as organizações que oferecem um bom serviço de atendimento ao cliente têm lucros mais altos do que aquelas

    A

    com serviço ruim.1" Uma parte esse-ncial do treinamen-

    to para o serviço de atendimento ao cliente é mostrar normas de apresentação para ensinar os funcionários a interagir com os clientes de modo cordial, útil e profissional - e as evidências indicam que tais normas funcionam. Ter normas de apresentação aumenta as chances de os funcionários mostrarem as emoções esperadas deles.'" Écomo um administrador da Starbucks diz: ·o que faz a Starbucks ser diferente é a nossa paixão pelo que fazemos. Estamos tentando oferecer uma grande experiência às pessoas, com um grande produto. É com isso que todos nós nos preocupamos".'" Os caixas são simpáticos e vão conhecê-lo pelo nome se for um cliente assíduo. A Starbucks pode ter um bom café, mas boa parte do crescimento da empresa se deve à experiência com o serviço de atendimento ao cliente. Pedir aos funcionários para serem gentis é bom para eles também. Os funcionários das organizações aos quais se pede para mostrar emoções positivas sentem-se de fato melhor com os resultados. "'6 Além do mais, se uma pessoa se sente mal por alguém lhe pedir que sorria, antes de mais nada, é alguém que não deve trabalhar no setor de serviços.

    A

    s empresas não deveriam ser 'a polícia do pensamento' e forçar os funcionários a sentir e agir

    de maneiras que servem apenas às necessidades das organizações. Os funcionários do setor de serviços devem ser profissionais e corteses, sem dúvida, mas muitas empresas esperam que eles sofram abusos e se privem de se defenderem. Isso está errado. Como propôs o filósofo Jean-Paul Sartre, temos a responsabilidade de ser autênticos- verdadeiros para nós mesmos e, dentro de limites razoáveis, as organizações não têm o direito de nos pedir o contrário. Muitos clientes provavelmente prefeririam que os funcionários fossem eles mesmos em vez de agir como pacotes de sorrisos. Naturalmente que os funcionários não devem ser abertamente desagradáveis e hostis, mas quem é que gosta de um sorriso falso? Pense que você está experimentando uma roupa em uma loja e o vendedor automaticamente diz que ficou 'maravilhoso' quando você sabe que não ficou e que ele está mentindo. Além do mais, se um funcionário não está com vontade de colocar no rosto um sorriso artificial, isso só criará disson~ncia entre ele e o seu empregador. 137

    Finalmente, impor normas de apresentação aos funcionários deixa sérias sequelas emocionais.'" Não é natural esperar que alguém sorria o tempo todo ou. passivamente, sofra abuso dos clientes ou dos colegas. As organizações podem melhorar a saúde psicológica de seus funcionários encorajando·os a serem eles mesmos, dentro de limites razoáveis.

    C.lpít ulo 4

    1. Qu,lls s:lo as scn1clhanças e: dilê::1·tnças enu·c os scnlin1ct1·

    2.

    3. 4.

    5.

    tos e as cn1oçôcs? (J...uais &'tio as c1nO(Õc.s básicas e as di· 1nc11S<:>cs dos scnti,ncntos? Os scnti1nentos e as c,noçôcs são racionais? Quais s::io as fun<,.'Õc.s dos scntin1cntos e elas cn1oçõcs? Quais são as fontes h..'lsicas dos sentitnenlos <' elas e1noções? O <1ue;; cstOrço cn1ot.'ional e por que ele é i111porlantc n:1 cól'n prét.:11sàc, do <:01n1>011a111c1tto org:-111izac:io11:,I? O c1uc (: a lcoria dos eventos aftti\'OS? Q1u' contribuições ela ofcrc<.'C para co1nprce11dcr as cn1oçõcs?

    Quem consegue pegar um menti roso?

    Pcsquis..'lS csn1dar:.un a possibilidade de se dizer se algué,n está 1ncnúndo con\ base na expressão Í.."lcial. \la. n1os ver qucn1 é: ho1n cn1 pegar 1ncn1i1·osos. l)ivicl.-un-s<: c1n gl'upos de: seis pessoas e sigan1 estas insu, ,çõcs: 1. l·~~olha alca1ori.11ncn1c alg11é1n 1>a 1~l ser o Ol'gani,:.adc,r do grupo. f ..~a pes.wa deve escrever, 1.:111 1rt;s: ped:,ços de

    papel, RS 1.000,00 e, <'nl ot11ros 1r(·-s, RS 10)00. Posll'riornll'lllc.\ os pa péis d<..·vcn1 ~r n1isturaclos e <.·acl:, uni dos participantes deve retirar u,n deles. É i1npor1a1nc que todos os ,nc,nh1'0S do g-l'upú ,n~uuenha,n c,n segn~do o <1uc es1:l oo papel. 2. Cada pessoa de"c c.~rc\'et' os no1ncs dos ,ne,nbl'os do gnapú c,n urna f,,lha de papel. Po~tcrior1nc1Hc, u1n par1j. cipanlc dC\'Crá afir,nar quanto possui, olhando nos olhos das oulras pessoas. Os O\ltros n1cn1bros1 então, cscrC\'C· rào no papel. ao lado do non1c: da pessoa, se consiclcran1

    Os romances no ambiente de trabalho são antiéticos?

    Emoções e sentimentos

    117

    6. O que é intcligênr-ia e1nocional c <"1uais s5.o os argu1ncn1os a Í.)vor e· c'o111ra )(lia io1po11ântia?

    7. Qµc i;;fc-itos o:; S(11ti1nc;11tos e a.~ crnc>ÇV\!s 1Cn1 wbtc as difcn.:n1~ questões do co1n1>011an1e1110 orga11izt,clo11al? Corno gestor) qt1::1is os pa:;sos <1t1e daria p~1ra 1-nelhor.lr o hu,nor de seus funcionários? 8. O grau c111 que as pessoas e:i:ptri,ne,1/an, as cn1oçõcs varia de cultura para cultura? r\s i1111rpretafiks das e,noções dos po,.'OS varia.o\ cnt1'C as diferentes culturas e as nor,nas clifcn•ntc. ; ('nt1-e as c,1hu1':-'ls go,-crnan\ a c.xprcs.,r,o de c1noç<;cs?

    a afirrnação ,·t.rclaclcira (\') ou f.'l.lsa (F). O processo se rc· petirá ou1ras cinco vezes para que~ outros participantes cligan1 quanlo possuc1n, t\ o final) as ixssoas au·ibuiriio os S<-'f,.'llintcs pontos às suas <..-scolhas: Se :-1 pessoa disse a verdade e \'OCé acrcdhou: 5 pontos Se a pessoa disse a vcrd;,dc e \'OCê desconfiou: 5 pontos Se a pessoa 1ncntiu ..: você acrc::ditou: - 15 po1nos Se a pessoa 1ncntiu e \l'OC'(': desconfiou: 12 ponlos 3. Agora, cada p·CS.'-Oa deverá guatda1· seus lápi.s e c,,netas e n1ostl'al' o papel co,n o valo,· que possuía. E111ão, cada

    un1 deverá 1nostrar os papéis co1n os non1cs cios participanlcs e son1ar seus pontos. 4. ~1crn co11.seg.1iu so1nar rnais pontos? Co1110 se saiu o seu grupo cn1 pegar os rncntirosos? t\lguns fOra.n1 bons n1cn· ürosos? Con10 procurou s.,ber qucn1 csta,-a n1cnündo?

    Un1 gr..tndc 1x:rccntual de indivíduos c~1$ildOs se conhe,... ceu no locaJ de trabalho. U,na pesc1uis.:1. de 20()() tt,x:lou qu(' ·~O por ccnlo ele todos os funcioná,iosjá tivcr:.1n1 tnn ro111::in· cc no ç~1i 1ório. O utra pçsquisa corn .solteiro~ 1110:;trou que a ,naiotia cios funcionátios estaria all<·1•ta a cs.'le tipo de ro1nance. Dada a quantidade de tcn1po que as pessoas passan1

    1>ons..tbilidadt·s que as organizações tên1 crn rcguJ::ir a vid~, ao1orú$a de seus fi111<·io1Hlrios? \ 'cja o cxcrnplo de Ricardo Cruz, gerentf de projclos da C hcnucch. que con1cçou :'t n:u11ora r Luci:.n.- t :osta) lídtr de p1-ojctos ela crnprcsa. r\J>ÓS rcaliz:-111;111 u111;;\ longa viagc111 a Ll'~1balho pelo Sudeste t\ si.hico, eles co1neçata1n a na.11101-ar. ScI:,rtlndo Luciana. o grupo dc li.1ncion;,rios na vi;1gen1 11ão desconfiou, n1as., ao voh~u·c111, as su:;.pcilas con1c<;ara111

    110 10011 de lrdhalho, isso nf,o ,~unu1 jurrJrcsa. ~ ltslno a:;sin1,

    a aparecer. Ri,:al'do con1a qu~ un11c,npo após rcton1an:1n,

    os ro111anc<:s nos cscl'itôrios aprese.nta1n questões éticas scn· sh·cis 1>arn cn1pres...1.s e fi.1ncion,,rios.. Qu;1is os dirci1os e reis·

    tOi chan1ado à diretoria: " l·íquci uni pouco assustado pol'· c:tue n.- época \~gorav,, o (:ódigo Qu.1tro".

    t 18

    Compo11.amento organiia~ional

    O Código Quatl'O cta u,n ronju1no de regras info1·1nais que dc\'tri:1111 S<;1' ~c;guidas p<'loi; funcion,írios da Chcnncch. En11'C essas nonnas esla\'a a pfoihiç;'lo a 1'Claciona1nentos til· t1•c os fhncionários. f\ c:,plicaç-_ão de l)anicl i\ locz)'dlo\\'CI~ gerente sênior da en1presa 1 é que" "·l'c1acionan1cnlos pessoais não farian1 bc1n a un1 grupo tào 1xqucno e fc:chaclo", con1 cerca de 30 pessoas. Oi,uuc disso, a p1~ocup:u;ào de R.icardo parecia bastante jusüficada. 1\pcsar d;\ regra, ncnhtnn problema ocon·cu e Ricardo e l..uciann pt1dcran1 contjnuar seu n;unoro 1.n,nquilan1cntc. 1\ en1pr<.-saj,l havia crc.scido e 11orn1.is c:01n<> o Código Qt1~-1tro csta\·a,n sendo Ucxihiliz..,da.$. '!'\ siu1ac;ào ficou nHli:i libcr.,1 e h:-i v:c'u'los tnsos de c~~u11(•ntos e na,noros'\ oon1a XI0(7.)'dl~ \\'ér. ~,1 verdade:. o ç11:;:11ncn10 de Ricardo e l.uci:u1a>que ocorn·1.1 1:x,:ncrion ncnle\ fvi duplan1c111r cun1(•1nor.tdo na Cheoneth. Pri,neiro, pela JClicidade é dilicil 1na111(:-los tOr::i das contplc· xicladcs políticas da vida organizacional.

    Questões l. t\proxi1nad:11nc111c três qu,u1os cl:;i.s organii.a~·õcs não possuc1n políticas <.]UC ;-idrninistrc111 os ron1anccs nos lo· cais d(· u-abalho. \?ocê acha qut' as c1nprcsas clt\'t'rian1 ter tais potiticas cn1 \'igor? 2 . \ 1oci: concorda com a (>0lí1ica cio Código Quatro da

    Che1ntech conu-a 1·claciona1nen1os 1'01nàn1icos no local de t1'áhalho para c,npresas pcqucoa.5? Púr <1uê? Qual S.C· da a difc1-c11ça ..:no-e urü n::laeio11;1n1cnto cm u1n;1 pequena e rn1 tuna grande cn1prcsa? 3. \ ·()(·(; ~tcha q\lc cn1 a~'\Ln1 n10111cnto é apropri~1do a tnnh,) supcr\'isor(a) nan1orar u1n(a) funcionária(o) sob a sua su· pcrvis:;to? Por quê? 4. ,i\l~'lln1as c111prcsas1 con10 .- Nikt', 1cnt:un rc<"rutar ca· sais abcrtarncntc ,. ('(;rtas organizações fhn1iliarcs hra-

    i:ih:iras ince11ti\'a1n que: seuit funciooá11os oao101·e111 e casc1n p,,r.i que· o negúeio ·co111inue ('IH fr1111ília 1• \fc·,ci: ach ~ que t'S!iàS s:io boas idc·i;~~? Corno " º"l· se :.cntiria lr:ibalhando cn1 u1n dcparlarncnto com u1n casal? E c:01110 sc1ia essa situação caso \'OCê fizesse parte do casal c,n c1ucstão?

    Fonte: R\•gina ,\h't',;, "Na1norar na cn1prn.1. ci.s a <1uc.·stào.. , Gaa{
    Um banqueiro pode ter emoções? O cs1ercóti1">0 Lipit;o dos gc.-.totrs d<> 01<;1'Cado fina11cci· ro é o de pc-.ssoa fria. in1pcssoal e ('Xtrc1nan1cnlc racional. Os cxc,nplo:; dos ex·ptcsich;ntes do Btatupou ~' posição ele n1aior banco pri\'ado brasileiro durante muitos anos, sendo ultrapassado pelo haú Unibauco e111 nove,nbro d..: 2008 1 confinnan1 essa id(·i;•. O fund:1dor, t\n1ador 1\ guiar, e seus substiunos1 L.-í.zaro Brandão e ~lárcio Cypii:u)Ot c'x·dirigcn1e•s (la i11.s1i1ui~ão Íln;inteir:11 (•r;·u n CX('<"U· tivos bastante <:ficicntcs e fOcados nos resultados c1uantitati· ,-os da orga11iz:1ç:1o. En1 1narço de 2009. no e1nanto, Crpri:u10 precisaria ser i:ubstituído. de acordo co1n o t·st.11\llo da c111p1'Cs..,> por con1pleu1r 65 anos. Diante disso, ,un llO\'O presidente foi no1nca· do pelo Conselho de 1\dn1i11istra(ào: 1.uiz. Carlos ~rr.,buco Cappi. Esse executivo possui caractciísticas bastante diferentes das de· seu!l antt·cessores e ela ,naivria dos geMore-s do n1crcado financei ro. ) ·l uito con1unica[ivo; li-abuco (con10 é conhecido no 1ncrcaclo) acredita que ;, 0101ivaçf,o do~ íun· cion;trios é \lm" das principais nutntir.u, de alcançar bons

    resultado:-i. l)e1nonsu·ando c.~s traços, o gcs101· ,nos1n:n.1.sc uni líder de equipes nato. c.11x1z. de <'01n1>rccndcr as atitudes e açC:.cs das p(·ssoas e de 1nante1· boas n;laçõ(·s con) u,n ,,.tS-to gn1po de pc:ssoa.s influentes para o banco, l'01no gr::tnclcs clien1cs1 financiado res e polí1ic9s.

    t\clc,nais, ..rtabuco 111.ostrou·s<: un\ lidcr- carisrnauco, conqui.stanclo a confianç~1 da n1aior palie dos funcionários.. 1-\lé-111 disso. o cxccuti\'O é urna pcssoa 1nuilo cri;uiva. Quando ditigia a Bradcsco Scgu1'0S., u1n dos b.-ac,:os da organização, o gestor' conduziu ::t c,1n1.p.-,nha da cn1presa pata pa1mcinar ;, c--.scolha do Cristo Rt,'{le1uor conto u1na (la,5 ·No\'::l!i Sc1c )la ravilhas do !\lundo'. En1 fi.lnçào desse: projeto, 111uilas personalidades e políticos. inclusive o presidente Luiz lnác-io l..ul a da Silva, passar:un a apoiar a \'Cnccdora candidatura. '"l'rabuco é vis10 ~,inda <:<>•n<, tuna pc~oa 1nuilo bc:111.hu· 111or:1da e que t·onsc~'1.IC se rclario na r çon1 os 1n;1is di\'crws lipos de p<·ssoas. 1\Jén1 de ser presidente do Hradt·sco, o cxc· cutiivo ainda participa de 12 entidades de classe, co1no a Fc.. dcr.u;ào NaC'ional de $al1de Suplcn1cn1ar (F("na$allde)1 que reúne di\'Cl''i')S planos de ,l.;sis1t' . ·ncia n1t;dica do país. J~<;sa c;:1r);\tid:1d,· polí1ir:1 é làvon:;('i(la por u1na forte· qualid;,dc~d,, gcs(or-: segundo f)orivril Hi::1nchi, ex-vicc.:Rprta·siclcnlt cio Br;:,. desc:o. ·rrabuco "íhla 1nuito bc111". '"íodas esi:as earact(:risticas dcno1an1 qut~ Luiz Ca1'1os 'frt1huco Cappi [>úS.Sui u1na elevada irueligência cn,ociooal. Quando di,;gi,1 a Br::,clcscu Scb"111>s, cs.s:i con1p,·1C1\(:i;\ foi e:;· scnc:ial ao aprcscnt;:lr .aos liderados as nntdanças estruturais conduzidas na organização. Segundo Fábio Barbosa, prcsi· dc.-n1tc cio g1'l1po Santander Brasil e da ~Cclcraçào Brasileira de llt111<·0:. (Fchtaba11), ··1"'rabuco dc.1t10fl.(;trou c1101·1nc capa. ci(laçlc• d<' gçrir Ç ll1Q!t{;tr çqvipc;~ \'olu~das pi1ra ;\ (}ht,:nç;i o

    C.lpítulo4

    cie l"C'Suha.dos"'. Res1,, saber agora se <> cxecutivô c:onr;eguirá conduzir :1s àqoisiçõcs e fi1SÕC$ netess:~rias p:-1ra que o Br'.tdcsco volte ;.1 ser o 1naior banco privado do país. Um" coisa íundan1ental já se sabe que não deverá faltar: inteligência.

    Questões 1, (:o,no você açha ( jUC () c._-arisn):a C a i111cligi:1u,'Ía Clh Ocional de l .uiz Carlos rrr;ilJUÇ() Cappi pódc1n :\itidá -lo na condução ele fusões <:. aquisições- nc<:<::s~lrias par;, lcv:,r o Br-.1.clcsco ele: volta ao topo do ranki11g do$ ban· CO$ pri\'ados hrasileiros?

    Emoções e sentimentos

    119

    2 . Por que ,1 in1C·ligt'1ltia cnlCM.~ion:,I podr l>(:r tuna i1np<>r1:111lC a nna dos gtSlOrts en1 1non1c11tos de 1nud:-111~:a <>rganizacional?

    3 . VotC ach~t q1..1c a i111cligê11<:h1 c111ocionál de.>$ gesto res. ao auxiliar a con1prccns;lo das rnolivaçõcs e con1port:u11entos das pessoas, sc1nprc beneíiciartí. seus subol'dinados? 4 . Por que, c 1n su:1 opinif:io. o cstcrcó1ipo clássico dos gc.-s10~ rcs cio nu·rcado flnancciro 1.: parecido ao ele urna pessoa t"Orn reduzida i,urlig(·ncia crnocional?

    Fonte: l)aniclla C:ln1argo11 e Ciuli;:ina ;\apolitano, ~\ respru,t;, do Krndcsco", l\,11:ü E.xan1<:, Edição in1prt'SS.'l 93:'>, 22jru1. 2009. ,\ ct.-sso 1.·111: to Í<\< 2010.

    Estudo de caso 2 Clientes abusivos causam emoções intensas Os funcionários do serviço de ;ucnclilncnto aos clientes pai;sarh por f>CIÍodo:;. difitei~ nos dias de hojt. Con10 o~ sis-

    lc1nas de telefonia -'Uto1naüzados, <1uc cria n1 un1 Jabi,into p;u·a os ('lientcs:, 1'Csuhan, c,n longvs pciiodos de t'Sf>t;l'a, fazendo que fique dificil pa ra cl<.-s t~\lar con1 tun ser hun1ano de verdade) a (nLsu·açào cio cliente se estabelece antes ele o a1éndc1Ht~ 1er 1.c·n1po de dizt~r ale). Segundo uo1~1 proprict.\ría de unta ernprc&'l de consuhori:i de alcndin1cnto ao clicntc1 "quando vocé consegue chegar ati: a pessoa con1 quc,n p ,·cc.'.'isa fal;1r,j;-l está fudoso··. Pnuícia cl'l Silva S..'lbc rnuito bc,n o quanto os clientes fi. (';1111 furioso:s. Co1no funcionãritt do se"·i(o de a1(:rtdin1c!nto ao clic1Hc, ela cnii·cntou dh'Crs:.tS situações <.'Slrcss.uncs já nos. dois pri,n ciros: anescs de trabalho. 1"~ão sou obl'igrtda a atu1-ar dcsn:·stx:ito. Stntprc 1nc autoii~o :t d~ lig:~r lig:1çôt-s q11;111do 1x:n..-o a pa<.'iênria. O que não s..'10 poucas vc·/..cs'\ conta a atenck:ntc. i\s ,·e.,.cs. os clicul<..-S pode,11 ser c;ncgo1ican1(·1uc proconceiuic,sos. Con10 a n1aior parte dos opcr..1dorcs brasileiros Silo jO\"CtlS do sc.xo tC1nini110 <: 00111 haLxo níveJ cscúla1; 1nui1os c-Hcntes ai:,11iden1 vcrb.1hnc..·ntc as <1tcndc111cs, fh:r,cndo 001ncnWrios intolera1Hcs rclacionad~ às suas caraclcristicas pessoais. Üutl'o p!'oble1na llluito con1u1n) de aco,'Clo conl a..Jô'"Cül Ca1n j}a Bonfon, é qti(' os clicnl<..':S ros1.u111;.un confundir produtos 00111a1cndc:1ucs e dcscontarn sua fi'11ia sobrt os opc1~don:s. ··;'. lc: xing;,1n11111c ço1np~1ran1 aos serYi<.:os da e,nprcsa. Dizc,n que o sc"'iço cst:.í ao alcance de n1eu atcndllncnlo, proporcion.11 É hun,ilha.ntc. ~ os culp.·un de 1udo. Eu apc.•na.~ repl'eSC1Ho e nàv detcrn1ino regras", ahnna Canllla, 1nostnu1do con10 -as 1'Caçõt-s e palavras dos oonsurn idores afc1an1-na cn1ocionahncn1c. (11rcJiz111(•1tté, t'$SCS fi.10<'icn1àriOii 1ê n-11>011C;L'> Oj)ÇÔé'.$, C.X(:CIO a dt accitarc1n sofrer os abusos. ~-luitas c1npresas cxigc111 que runcion,hios do atc11c;li1,1e.:rno ao ('.licotc 1na.llirestc1n (:111oçõcs pos..itivas lodo o tc1npo para 111.1ntcr clientes salfaf<·itos. ~las o rcsuhaclo pode ser urn pesadelo en1ocional>que não 1er1nina n<.'<:t:ss:tria1nen1c clc:1>0i5: (Jtié as lig.:i(ôes cc·sstun: 1nniltL.. ,-e-.r.c·is,

    os problcn1as sào levados para <'a&'l, afetando as telaçõcs dos :;11cndc.;11ttS t·o1n st·us l}unili:\r(.'$. Raf.tt~I Rcxlrigo, opé•r.tdor do Serviço ele ,J.\.ccndi,ncnto ao c:lfr:ntc (St\C:) de llllla c1npre.sa, .,fir11u1 que a reali~;u,,io de \'(:odas pelo telefone é ainda pior c:lo c1ue seu trabalho corno atendente. ' 1E.ra uni infe rno aquilo. 1 'inha de ficar lig,indo inee!~'\ntc111ente p., ra ha tc1· as ,netas, senão cl'a ·rua·. l i nha vez que chegava cn1 ca.~a, 1001;.,va 111H cal111:)nl<' e dor111i:.i-·, ::iíir111:l o OJ)(•rador. ...\lgun1as {'1nprt'Sô.\S U'tin1ui1 seus ~1tcnclentcs para nctur;.l1i:.r:ar a raiva do cliente e evitar o abuso IX'SSOahncntc, n1as o es,, fOn;o não é sufK:ic111e. De acordo oonl tuna pesquisa rcali.'l..acla 1X>r tuna e,11p1-e..~'1 de co11sultoáa 0011c-a1nericana. os funcioná,;,.)$ do S(!rviço de :itcndin1cnto .10 cliente que 1mbatl1:\fl1 cOJH 06 tclcJ011cs fic.a.111 ausentes con1 111ais frcquên<'ia, tcndl·n1 a ficar 111aisdocntcs e s:lo n1ais propensos a n-clarnardc deficiência cn1 ,inudc: do c.'Stl'ti.ie do que os outros funcionários. Dt'$C 1nodo, é: apa n:anc qut no inundo do {;(;1,~ço ck· ~1cndil'nc1no ;io cliente, fJ.ln icolarn1c-ntt' q~1.ando a:,. intcr.1çõc-..s ocon-cn1 ;10 telcronc, as e n1oçõcs 1xxlc1n ser intensas e 05 efeitos, pn:judiciais, En1bora êl 1nixin1:., "o cliente crn prin1ciro lugar' tenha sido ouvicL1 por n111ilos, as t't11p1'C~Li dt...,,'tiia111 outortr,u' f>OClen:s a S(;tlS íunc:io11,irios l )aJ<) decidir quando é aprop,iado oolc,ct,r o tlic1nc cn, sc..·gundo plano. l)c otura fonn.a, 0$ fi111rio11,lrioo s.io forçados a licl~1r 00111 dicn1cs abusivo~ :Ugo Cltio crcito pode ser prcjudic..ia.l 1ai110 para o indivlduo 001110 para a 1.:1npn.-sa.

    Questões 1. Ot~ tuna p<:rSpt:cti\·,, do csfon;o e,nocion~I, co1ru> lidar C'Otn un, t licntc ~1husivo leva i10 estresse e :l cx.iustào?

    2. Se ,"OC~ fosse un1 1'Cc;ruu1do1· de urn (a/l·(n1ter d(: sc,·vi(o de atcndin1cn10 :,o çlicn~e. (1UC.' tipos de pcrsc..,n::ilidadc \·ori: prcrcriria conti-.tt.1r e.· por quê?

    3 . Corno a i111c.ligência t 1n0tio11al 1><>(h:1i,1 ICI' tuna fun(ào p~,ra rc·agir aos c·líc,ues ahusivos? Q t1ais. f::1ccuL,; da int1;ligênci:i c1nocioni:11 os funcio11{1rios qu<' são cap:11:l".S de lidar con1 os clientes abuslvos dcve1ia111 possuir?

    t 20

    Compo11.amento organiia~ional

    4. Quais J)as.~8 a.,; c,11p1'("_:;,.-..~ dev<:1i,01 dar (l.'U':'.t gar::iotir que S<'us ti.111cion;l1ios n;1o s<j:1n1 \iLirnas de abusos por J},'lt1é dos cljcntt-s? 1\s c111pn.·s.1.S clc\"crian1 pcnnitir ccno grau de

    ahuro !;(: este l"(:i-uhas.'I(• t1n <'lie,ucs ~uis.fc-i100"" 1ah1""1: luc'l'O:i

    n1aiorcs? Qu:,is ~io ;1s irnptic~\X>C,'S éc icas co1n n:laç.lo ::t isso?

    Fontes: B~\sc.·.adõ cn1 S. Shelleobru,g('r, ··o,,.uino Elfi:C't: ·r hc Vninu.·ndeonal Unopar, Econo1nia e 1(r rcadv, 13 111;,io :.?009. J\<:e5So c1n: 10 f(·,~ 201 O. ''t\tcndj1nc11to 1t di,·ididu entn· .1tivo e p:ui!ivo". J orn,d (:onlt<"XlO. Port;tl l:nop~1r. E.conon1i:. e ~Jcr('..ido, l:t nl:>tio 2009. 1-\<'c$$0 t•n1: 10 fc,•. 1010.

    1.

    "f'i1\r11:1.i nega \'ingança. ,n,,~diz: gol (:(llllt.'l. rfi,n:1o foi

    11. \ 'cja. 1>01' cxc1nplo-. P. [k.1nan 1 ·:~\o .\ rgu11\cn1 ro( Basic

    t."Spccial", C
    Ernotious'', (~g11ilio11 ª"d Jc..l11otW11. 1naio/jul. 1992. p. 169-200: C. E. lzard, .. B:,sic. F.1no1ions. Rcl;uions .•\ n1ong En101ions~and En101ion·Cogni1ion R<:J:uions''. P9ylu1logir(1/ f)Mllt1i11, llO\', 199-2.1>, S.GJ~565; cJ. 1.. ·r,. . ~·e R. \V, Robins.. " J::1ncrging losigh1s i11IO t.h.C ;,;f1tu1'C ~u1d fullt'liOll oJ' Pricle'', liJrr<11I /)im1io,u in /lgdwlogiud &in1rr 16. n. ~J, 2007, I'· 147-150. 12. R. C. Solon1c>n, •·B:eu;:I.: 10 Hai-icr.: On tht• \ 'cry ldt.·:, of ·Basic En101ions1' • ,,7QUrn(1/far tltr Throry ef S«ial {lthat'W11r

    esponcs/fu lcbol/ po11t('·preta /fin:,zzi·n._-gn.,·i ng:-i nc:.1-d i1,, gol-lirl)ao,foi-cspccial,89-1307 .sh1nll>. ,...\t"t'S.W el'n: 5 fC\', 2010: ,. J);·,s.slcr ~larqut.s. "Carr~1~0 c::orin1ia110, Finazii pmpôc trêgua a ~ l.:1110 1 lcnc•zcs". Port11l 'li:rra li:stx11·tc·s , 4 Íi."\t 2010, l)isponívcl c1n:
    E L14·189.0Q.(:an-.,sco+coii n1iano+ l-i oa.ni +1>ropoc+1 l'egu;, +,1+~lr,no+àlco<....tt~.ht111l>. ,:\ <;es)(() c1n: 5 I(·,~ 2010.

    2.

    \ Cja. J>órcxernJ>lo, C. 1). Fi.s.ht•rc· N. ~I. ,Uhkán.ts}\ ..~í'hc E.n1c~'lng Rolr of En101ions in \\'ork LilC: 1\ 11 ln1roduc1ir,n'',fl'rnaf ef Orgnni?.tllionol fk/1m·,'or. Edi(':io E,pc· 307-:3:~8.

    :t

    4.

    5.

    6.

    7,

    8.

    \ 'l.'j:'l.. por <:xe1nplo, L. L. l\1111:1n1 <· 11 K ..\lurnl)); "Organ.iz~uions. [rno1ion t1nd 1hc àfyth or R~lion:llity", in S, fi1u..·111~u1 10,g.)~õ,wJiw, ;,, O,ga,u',atllHI~. 'l'housand O.:tk~. C.\ : Sa~c. 1993, p. 36-57~ cj .). lartiu, K. Knopoff <' C. Hc:ck1nan, '~\ n ..-\ hçrn;ui\'( ' 10 lh1n·:u1<71'fitic lrnptrsonalil} anel En101ion:1.l I A'lhor. Uo1..1ndcd f.n101ion!'llity at 1h<: lk,cl~· Shop··. :ld1?u'11Í.Jtm1h•t Sli11t« (h1ó1Wb·,juo. 19981 1>, 429469. H. E. :\.~hfon.h e ll. I.J. l·lun1phrcy. "f.inoôon ln t.hc \ \(>1l:platt: t\ Re•tpproti:i:.'1". l l1111NJJ1 fldalitit1s. K·v. 199.5, p. 97·125. S. C. Bárs.1.dç e D. E. CilJson. " \\'lir J)()('s .-\ffe('t :i.1aue1· in Organi'l.atio1L;;?" Arada,,., o}•.\/01111gn11a11 /}rsp«ti:·t-s, fcv. 2007, I'· 36-5!). V'cjn N. 11. l·iijda, •·:i.loods. E1no1ion F.pisodcs and En1otions". ln ) I. LA.'\\'is e J. ) I. l la.vilrind \0rg,;:.), l ln,u/b(l()l.ef Einotlrt,u. NO\':\ , ~01·k: Cuilfol'd P1't."SS, 19<.)3, p. 38 1- ~03. H . ).f. \\'ti.ssc R. (:ropanz.ino. ·:.\ff(·ctivt E,'\'tlls ..l'ht'()'1': 1\ 'fht-orct..ical ü iscussion of the S1rut lt111..·. Causes aud ConS<.'<1uc.·nccs of t\ílCctivc Expcricuccs a1 \\'ork''. ln H. ~I. Sta\,' e L. L. Cununings (Org:s.), NtJtarrh i11 Orgfu1Í(,atio,wl lk/un·ir,r, v. 18. Gr«n\,'lch:Jt\ l Prcss.. 199G. p. 17-19. \ ·(:j:i I~ l_ ·:l,:in:111 (' R..J. D::ividson (()rgs.), 77i, J\'atur, ef Er11()tÍ()1JJ: Auulan,n,tal ()JuJIÜ,11~. Oxrord, UK: Oxford Lini\'cr.;i1r Prcss. 19(.),1.

    9. Frijda. 1')doods, Eu101io11 f.pisodcsand Emotions'\ J>. 38 1. 10. \ 1cja Ek.1n:111 e Oa"idson (0~.). ·rhe. Voturr ef f:)111J1iq11s.

    32, 11. 2.ju1\, 2002. J), l lj,1 •1--4, 13. R. Oc:sc~ncs, 1hr ll,.uifJ,u ef i/1(&11/. l1ldianápoli,: l·lackcu. 1989. 14.

    15.

    16. 17. 18.

    19.

    20.

    2 1.

    22.

    23.

    24-.

    25.

    26.

    I~ Ek,nan. &1<>1ions Ra.'n?'' ~ta/ fltfaWlttJ,ip., 3. n. l I tn:tr. ele 1996. p. 8 1-96. Soloanon, "Back to H:,s.ics". \Vd.~ e (:ro1>,·u1,..,110. ·:·\ f1t"cti,·r Events 'l'hcoi)•", 1>, 20·22. Citado C'1n R. O. \ Vood,\•onh. Jt,.,p,rim,·111al / ~yl,ology. ~m:a York: Hoh. 1938. Lllt::l.i t\rnorian. ·:-\ dt-cis.:"tn ,na.is diGdf\ Portdl E:«u,11 Gt"Stào 19 f(',~ 2009. üis.):,011i\'t l c,n: n-1.I)r-/ n·,i~,,.._·x;u11t / cc lic·()(·s/093 7/ gtstao/ oolicias/ tleci~10-n1:tilt·clili<'il-422 J96>. Ac(."S'Sc) c·1n 5 Ít,..'\'. 2010. 1). \\'ai.soo, L.. ,\. Cl;u\: e A. ' l'clfegcn, "l)cvclop111c1u and 1 \ :,lidation oi' Rricf à l<:nsur\.'S of Pos.i1i,'(· and N<:t,,F,iti\"e ,\ll'cc1: ' l'hc l'aoa.s Sc~tlt:s''.]ournoJ ef l1·fSMoJi~, a11d S(l(ú1l /(9·d11>i•g1, 1!188, p. 106.3- 1070. t\. lku-Zc'c,) "'f7tr Su/Jlftty ef l!)uoli<»u. C:unhridgc, )l.-\ ; ~lrr Prcs.", 2000. p. 94. 1 ' Fligh1. \ ttcnd;int \\'ar Stories ... Stc,,·;u'(lcss". 11b1>0 e \\', L. G~uxlnc1·, "En1otion", ln. l,mual llr:.int.:ef P~,·,lloll>!'.J· ,~50. 1\tlo ;\ho1 C,\: .A.noual R<'Yic,,-s, 1999, p. 191 -21-1-. O. Hohnarl, "CaU Cciun::.,;", .1n O. Hohnau. 1: D. \\'a.li. C. C!cgg, 1~ Sp;um\,. e 1\ . l·lo,v.1«1(ÔJ'b~.}. 1hr /:.S$1nlials ef tht, \ ili, 1tôrl: Piar,: A Cuidt lo tht l /1111mn lmpatl ef .1\lodr.r11 llôdl,,g Prortka Chic-hcstcr, UK: \\'il<"); 2005. p. 111 -132. "(\lau hun101· n1dhorn irneligênda., diz t~tudo''.110,: 2009. Oisponi,"I en,: hup:/ /"tj;1,abtil.co,n.hr/no1icia/ cic11tia·tcc:11ologl;1/111au- hunlOl'· 1nclho ra -intcligc1H·iacliz<."stuclo-S09786.shunl. :\ ccs.so cn1: 2 jul. 2010.

    C.lpítulo4

    27. J.. ~I. 1"'-crnr t S. Pi<·ascia, •-'rht•rc Is ':\o Crying in

    Uusiness", \\'01u ensn1cdb.f'o1n . DiSJ)(lllÍ\'t'l l'tn: <''"''"''· ,,·01nc·ns111C'(I i:i .co,n / nC'\,•/ Crying-:u-\ Vork.\llU 1n1>.

    28.

    29. 30.

    31.

    32. 33.

    :J4-.

    l·ilipcJoq:t· Ribeiro de 1\J1ncida e Filipc j o.lo Be ra de ,\t..e,.·cdo Sohml. "Enux;õcs, in1cligêot'i~, ~ ucg,x~i~\~ào: un1 estudo c:.111píril·o sohrc a JX'OCCJ>('.à o d os gcrcnu.-s por1ug ut"M"s°·, out./ dtv/,. 2005. t\ , R. Oan1risio. l"k.statk.f' t:rwr. lfiri()lir,n. N,aso,,. a11d J/1t H11n10,1 B,-ai11. Nova ' 'o,·k: Qulll. 199-1-. Flávia d<' Souza Costa ~C\l.'1> Cavazonc, ''Con11,ctê ncia.s cmoc.·io n:lis ç p ron..·ms irnr:ign1pnis: o 1x1pt.•l ela habilictadl: para exprC!>..'i.,'\f cn10<ÕCS «~da c ntpati::t para a c0<>pcr:1<;.io t•1n gn,pos de tr::il):dho", 200 l. 1\. R.. Oan1~tsio. lk.Kartd' lirrt11: l!:n1Q/ion. !Uason. a11d J/1e Hun1tu1 IJ1ai11. R.J. 1..'.u"'tn e t:: . l)itncr, ..1\lfcc1 ln1cns.i1>' as :tn Individual J)iílê-rrnce Chnr.icu·ri~lk: t\ Rt"\i('\,,",Jo11r11a/ ef R,s,111d1in l'ttso11oli!)• 21, l 98i. p. 1-39. 11 \\"atson, .\/ood a,ul Tcmprran,ntl. NO\
    "çfhc Elfcccs oí \Vc,llhcr on Oai.ly )lood: t\ ) lultik-..·el t\ppro..'l.rh'·, &,wtiw, 8. n. 5. p. 662-667: )1. C. Kt llt 1'. H. L. Frcdrit•kson. O. '\'b:ur.1 1 S. Côtê, K ..Johnson,J. ~li.kcls. 1\ , Con"·ay e 1: \\'agncl', ·:·\ \\~r,n f-leart anda C:lcar 1-lcad: the Contingcnt EJlê,cl.$ of \\'cath<"r on .i\ lood anel Cogni,ion", Pv'tlu,iogi,al Stie1ttt 161 2005. p. '.J,j. \\':-i1wn, .t/oot/ ,uul Tn11puo1t1l'nl. '.J6.

    J. ,\ . Fullcr,J . .i\L Stanton, G. C. J·ish1:r, C. Spitzn1íillcr,

    S. S. Jlusscll e l~C. Sn,ith, •:,\ Lcngthr Look at thc Oailr Crind: ·rin11: Scrié'S :-\ oalrsi~ oí' 1·:vc11u•. )lood, Strt~ and Satisf.1ctio11'' , J 11ur11al o/ Applird l's;du,log1 88, n . 6, dez. 2003. J>, 1019-10:l:l. 37. \ -'cj::i '"') londay Hl.1b~··. 1Gfnaio 2005. Disponível tnl: < \\'\\'\~:).shido1nc: .ron1/htoggcr/ housc!lrrcs1. as1>?c=809&1n=5&)"=2005>. 1

    1\. ~I. lsen, " Positive 1\Jfcct ::.~ a Sourcc of I hunan Strength". ln L. C. Aspin"·all e U. S1~n1dingcr (Orgs.l, 77,r Pqrhl)/-OgJ' of llunuu, Strmgtlts. \Va.shinglon, l)C: :\nu.:rica11 l'sychol~oic:al i\ssociation, 2003, J>. 179-19:). 39. \Vatson, ,\/()()(/ ttt1d ·1h1tfKtt11ttt11I. 40. "Pesquisa realiiad~1 pela Socit.:·d:,d-:· Hr-:.isikira do Sono n1os1r:-t que 4:1°;,, dos h r:tsileir~ sofrcn1 de dis11'1rhio:;", jan.2009. l)isponi-..,i;I crn: hup://g:,z(!laonlinc.globo.oo,n/_ <'Ontçudo/2009/0 1/ 4H658-pe.,;q,,i$:1+rcaliz:-id:,+pc•la +soeie dad t•+ brnsileirn +do+-so11o+n1os I r:t +que +43 +dos +bra:;ikir ~+SQfrcn1+de+disu1rbios.h1n1I. :\ c;cs.,;o c•1n: 2 jul. 2010. 41. ~I. L;,vidor, 1\ . \\'ellcr e 1-i. Babl.oíf, "Ho\,· Slcc·p ls Rck1tcd to F;1ti.gu c·· . /JrililhJour11al ef llealtlt /~·d,ology 8. 2003, p.9~105: cJ.J. Pilchcr e t. Ou, ...l.hc Relatio11.ships lkt\\'Cc11 Slcc·p ;u\(I ~h~as-urts of He;d1h ;)üd \\(:JI.Hc ing i11 Collcgt S1udculs: . -\ Rcpc,1tcd ) k·~tSUl't'S 1\pproach'', 1Jdu1.tior«I

    38.

    i\l1diri11t 23. 19lJ8. p. 1i0-178. lt K . i\ l iJlcrtJ . 1) . Cohen. '"'.An lnttgra1i\'C' ·rhcol)' of Pr1•fron1:tl C.onc"..~ FunC"lion", Annual R,1,;r,4: ef ..\ f11rosri1n,t 24, 2001, p. 167-202. 43. B. A. Scou t.' ~ r: 1\.Judgc, '·ln.so1nniai En,otions, andJob Salisf.1ctiou: J\ i\luhilc\'cl Study",Jrutrnll/ ef ,\/anagmttnl '.i2. u ..), 2006, J>. 622-6·15. -H. J~ R. Ciacobbi, 1--1. t\. 1-lauscnhlrlS e ~ . l'1)'t. ' /\ N~1tu1-alis1ic .•\ss.c..·sS"nl<:llt of 1hc Rclationshi1> 8ét\\'C<:n Pcl'$0nali1y1 Oail>• Lilê Evenis. l..elsul'C'.'fi,nc E.xe1·t"Lsc, anel ~lood'". /'s;dt~1 ef SJ,ort & F,,:ttrÍJtd, n. 1,jan. 200j, p. 67,81. 4 2.

    -1-5..

    Emoções e sentimentos

    121

    ~larco t\ urélio :\·lo nleiro Peluso. '" t\Jn·roçOC-.s de humoJ'

    associad:.s a ,·11.i"idadc tisica intensa.". fc..-..·. 2009. Oisp<>nÍ\'cl t l'n : < \,'\\'\\'. lCk'S..uS.p .br/tc:scs/disponi,X"i.$/5/5 14'1./tdc·

    190 l 200·1-120601 />. 1.. L. C;1rstcnscn, ~I. Pasup:.l1hi, )l. t.;Jrid, c.J. R . Xcs.,;c:.h-o;,d<'. "'Emntional F.>..-pc1ic-ncc in E\'cryda>• l.ife .,.\ e1'0SS 1hc t\dult LiJC Spioy 79. n. -1. 2000. p. 6'1l--6j,, 47. ·1: D. \Vilson l' 1). 't: Cilbc,,. ':All'cctivc fi)r(;castirlg: Kuo\,'ing \ \'hat H> \ Va.nt", l'u,.,nll Dirtrlions i11 ltyr/10/ogiral Srir11, p. l'.Jl -1 3.J. ~18. K. J)caux, "Scx DiOCn::n«-'t."S··, 111 ~I. R.. Rosc:nz\,·cigc L. \V Pon,·r (O,w..), . f,,,ma/ llerin.')(!f I\J'fl1Q/(;g1, \ t 26. P:,lo t\ho. ( :,.\ : :\ nn11:-.I R.c\'iC\\'S, 19-85 1 p. 48·82; ~I. t...'lFran« e i\l. B:)n:tii, "1i,w·aid ._, Rcco,,sid('1';Uio11 o( 1hc Geodt l"Emotion Rcl.ili.onship.. , in ~I. Ch1rk lórg:.}, Rn itU' iJI l'mo11nliJ.r n,it/ S«iol Pq
    ·16.

    1

    Sagi:. 1992. p. 1i8-197: e t\. .\ 1. Krin..~ (' 1\ . 11 . Gordon. "S<:x DiílCren«-s i11 E1no1io n: l~xpress.io11, Ex1x:1-itn<:é, and l'h}'l\iolof:,•y",Journal ef Pnso,10/i~, a,u/ S(.J(iol P,tJ·d,ofog,,, n,ar. 19911, p. G86· 703. 49. L. R.. Brodrc.J. ,\ . Hall, '" 'Gcndcr a nd Emotion", in ~1 . 1.c·h•is «·J . i\1. 14:,vil:,nct (Orgs.), lln,,dhookof

    llmotions. ~ova Vot'k: Guilforcl Pl't&S, 1993. 1>, 4 l-7·-160: i\1. G. Co\rd (' ,-\ , ) 1. Kring. "Sex OiffCtctll'C$ in thé

    'J'i1nc Coun;c c,f En,otio11", Emotio11 7. n. 2. 2007, p. 429-437; <: ~I. (; rossn1:u1 e \ 1• \\'ood, ''Scx J)iffcrC"nccs in hnensÍL)' of E1no1ional F.xpericnr<·: t\ Social Role (n1erpre1a1ion •,, .]outnal ef PttJ()11ali!J a11d Sot;oJ P.s;·rltolog,·. nov. 1992, p . JOI0- 1022. 30. Cccíli::i 1\b:Hti <· c~,nncn ;\·a.'4.· io,e nto. "Ó valor da hoa \'Oll1;1dc(,. Portal E..x;unc l'.:\IE. - 27 ou1. 2009. 1.\t'.c.,;so c1n: :°> íc:,: 20 1O. 5 1.

    P. F.kn1;u1, \V \ ~ Frit'SCII e :.OI. O'Sullivan, "Smill'S \\11c11 t.ying''", in P. Ekn1an t• E. L. R.oscnbi:rg íO~}. l l'ltat t/1,

    /-'(,{'( Hr,!((1/s: {Jo.l'r, a,,d Applitd Stud,r.s oJ S//()tll()nAAJ!l E.,p,.t.JJio,1

    (}1i,,g the F(u·ial. ltlion loding S;•11,,,1(f'a ôl). 1--A'>Odrcs: ()xford Univcrsity J'>1'C'".S.S., 1997, p . 201-216.

    52. 1\ . G ra 11~"E1notio11 Rcb'1.tlil1io11 in 1hc \\'o rkp1acc: :\ Nc,,· \\'ay 10 C.oncc1)lu:1li7,e En101ion:il l..:1bor",JtJ11n1nl ef O, 95· 110: e R. Cropaozano. O. E. Rupp e Z. S. S)'l'1lc. "'fh<; Rela1ion.sl'iip of En,otiouaJ Exhau.s.tion to \ Vork 1\ttitudC!S,joh Pcrforn1:u1cc•, and Organiz:-i1ional Ci1i:,.c11ship lkhavior", Jo«rnolef Applitd l'fr,hologr, fcv. 2003. p. 160-169. 53. A. R. t-1(1(.' hK hild, ''"Ernoiion \\1o rk, l~eling Rl,lt"-, and Social St1•uct111\···, .-lm(1fran,]fJ1tr11al '!,/' S,,ffl,k,g1•. l~)i9. p. 551-5i5; \\~.(:. 'l$[1i. " Dc1cnnin:int~ and Conscqucnccs of En,ploycc J) i~1>l:,)'t.'· 497-t,12; \(. \\~ K.ran\t'r<'J, 1\. 1l<;ss. ··con11nunit-a1k111 Rult-s for thc Dispht)' of E1no1io ns in Orgaoi......'ltional Settin&·s'·, 1l/(lfltlgtrllfrtl (M1m1unicatit,,, Qy111tt1[y, ago. 2002. p. 66-80; c·J . ~1 . DicfC1ulonr e E. ~L Richard, 'i\ nt«--cl•dt'"lll'- and Co1Hcquen('c:s ()f F..1no1ion::.I Oispla>' R,1.11<" J>crccplions". }•""'"/ef. lppli,d l's)·,h<>IOl(r, ,1,r. 2003, p. 284-29·1. 5·1. 8. ~f. OePaul1>, "Nor"·crbal Beh::ivio1· !"lnd Self· Prt:-.t1ua1io1l'' l'.iV'fhok,g;,a/ /Julltti11. 1nar. 1992, J>. 203·2·l3. 5:.. C . S. Hun1, 'i\ lth ough 1 )light lk l~tughiog Loud and lica11r, Ül~ p lnsidc 1'111 Hluc: Individual Pcrccplions Rqr,irding Fcc1ing ;:ind Displaying F.1notion"- ;n \Vork", tr:tbalho ap1\·sc1nado na ..,1,01/rtrú' ef .t la11ag1ttrnl Q,ifmn,,, Cineioo:ui. ago. 1996.

    "°'~

    t 22

    Compo11.amento organiia~ional

    56. Solo,non, ··oacl.: to J3a,;ics".

    69.

    57. C. ;\ 1. Bro1lu·ridgc t R. ·1: IA:t\ " l),~vclopn1cn1 and

    51l.

    59.

    60.

    61.

    62.

    \ 1::i.lid:uion or the tn101ional Labour S....alc'",Jou,,,a/ ~f 0((11f,alirnu1/ & Orga11i;:atl()11al P9·t'1ologp i6. n. 3. sei. 2003, p. 365-379. 1\. t\. Gr.u1d<:y, ••\\.hcn 'l'hc Shó\\' i\ lus.t Co On•: Surí;tce J\ t ting and l)t:t: p i\('ting ~L" l)c1cr1nin;11us of Entotional Exh:1uuion :ind 1\~cr-R:ued & rvice l)tli,'trr'", .-l(ad.mry ef ,\Ja.r/Jlg(Jllt11(J®tn(t/, ft,•. :.!003. p. 86·!•6: e:-\,;-\ , Crn.nelt..')', O. N . Dickter e M. Siu, "1'hc Cus10111c1· I~ Not 1\ h\·ays Jtiglu: Custontcr 1\ g,_ ~1'\."S.~ion aud F.1notion R.cgul;uion of Service Entployc1..~··,:faurr1q/ oJ Organi::,ationol fldwrWr 25, n. 3. nu,íc> 200.1, 1>, 39i-fl8. .J. 1·! , ~1'0\1~ kos, l) .,.J . Real, S. G. Grccn ~· 1-1, ~I. \Vciss. "J\ lak:ing thc 131"t·ak Coun1: ,\ 1l [pisodi<: Ex:unio,.uion of R.cCO\'Cl)' 1\c:tivitjc.s, En1otional Ex1X'ric11ccs. an d Positj\'c ;\ fTccli\'c O-i$plays'•, 1kadmv· ef .\lonagrn1n11 Jqurnal 5 1, n. 1, 2000. p. 13 1-146. ·i: ).'1. Clo1nb,J. 1). K:an1nl("}'('r-).loeller t '.\I. Ron1ndo. "En,01ion:,l l ..'l.bor l)r1nands :ind Con1p,t·o~a1in~ \\'~t OiRt:rc,ui,,ls··.,]ourrwl~f Applüd Ptr(/t()/og)' 89. n. 4. ago. 200 1, p. i00-71 ·1. l·L ;\ J. \\'("i~ «· R.. Cropanzano, ·~11 t\ rTé.-c1ivt· Evc11ts i\pproach 10J ob S:uisl'll('lion ·; ll.t.rmrCi;ucd En101ions", lu :,.:, ~L 1\shk;u1rkp!tu,. \\'éStJX111, (:r: Q ponun ~ ·M'lki:. 2000. p. 36"f8. \ :cja por cxen11>lo, 11. )1. \\'ciss e R. C rop:tn7.ano, 'l'-\ lfcc1ivc E\'1'nts ·rhwr/': t: (:. 1). Fish(·r. ª:t\n1t..."<'1..·dcn1s a11d Co1l.M'(1ucnc('S of RC'.:ll-'fi,nt Aff('c1ive l~ac1ions at \ \'ork", ,1 IOli.:afion and fj,1otio11, nlár. 2002, p. 3-30. N. ;\·L :\ shk,111,,sy, ( :. E ..J. H~,rtcl t (;. S. l)atl$, " l) i\'('1-itity ;u1d Eru nlion: ·rhc Xe,,• Fro nti('l'S in Organi.1.a1io11al Rchavior Resç:trc'h",]<>t1rnalef .\la11(tgr111rnl 2A, n. :J, 2002, I'· 324. lktS4.."ado c1,, O. R. (::tr\l.s<>.J. O. i\layt·•· t I~ SalO\~·· "t1notional lnttlligcncc anel l:'.nlotiooal 1-A"aili'Nhip"', i11 R.. I~. Riggio, S. E. ;\lu rphy (! J\ J . Í'il'Q"t..Zolo (()rgs.). J /11/tiple lntt/Hgmraand l..tadrf!.llip. ;\lall\, ah, NJ: l ..'l,, renc(: Erlh:n11n, 200'2. p. 70. l~t:l seç{10 é tx1.<.e:1d:1 <.'lll l):inicl Colcn1:1n, l;nf()tionn( hutlli$(nt(, )'ork; lhuna,n, 199~: I~ Sal•)\\:)' e D. Grc,,·al. ..·r1ic & icnce of E,notion::il lutclligtnce'·, C'urm,t Dir«tW11s ll1 l's;y/u,./ogiral &in,rt 14, n. 6, 2005, p. 28 1-28.5; ~I. l)avic'S. t •. Stanl.ov e R. ll R<>hcn.s. ··f..n1otio nal ln1rlljgc11cx: ln Sc;i.n:h of an l'~ . lusive Cons.tn1ct",flf,r,,ol ef l-'m0111rli!J t111d S«ial J>~1·tl1o/()gy, out. 1998: V• 989-1015: J). (;c·dd<.'S t.. R. R. (:.'lllis1t1·, "Cro...;sin.g 1hc l..inc(s): ,•\ l) ual l'hrc_i,hold '.\Iodei of .\nicr in Organi;,.atio ns", . kadr,ny ef .\lflJJ"z:."r1.1or1iu,n.for R(Srouh /:)t1fi/Ú!nal h1tcllig(11(t in O,go11i~otiq1u. 1999. l)i.s1>0nivel e,n: <\v\,1\,1.eiconsoniurn. o rg I rt!:tárth/bu$intss_taM·_ior_ei.pdl'>.

    e.

    64.

    65.

    1

    66.

    v,. "" 68.

    70.

    i 1.

    72.

    i3. 7·1.

    ,.,,d

    or

    ór

    r..". 2íHO. i5. E. :\ . l.ocl.c, "\Vh)' E1no1ion::il lntelligcnct· Is :,tn 111,1:'t lid

    Cont<·1>t....]m11,w/ ef Or"$111i~· 989· 1015. ii. ·i: l)eck1..·r. ··L, Enlo tion;il lnt,.'lligcnce :'t V'iablc Cone<:p1?" 1

    Atodtn!}' of .\la11a,.."<111t1tt R,v;(I.CJ 28. n. 2, abr. 2003. 1>, 433· 4-10; e Davics, Stankové Rubens: "E.1notio11al lnttlligt11t(·: ln Scarc:h of .an Elusivc Construct''.

    i8.

    i9.

    EJ. J..:,11<1)'· "So1ne fl istoritl.1fr1Q/ <{ Orgn.,ú;:ntior,.a/ llth,;n:Wr 26. n. 4,jun. :.?005, J>· 4-11-•J:t•t 1.uc:as 1\n1ori1n, '';-\ 5c·l('çi10 1n :lÍS ('Qn('or-rida do Hrnsil", Pon.al Ex. ,\ cci,so (.'rn : 5 ÍC\',

    UO.

    1

    2010.

    1.. ~I..J. Spe11c<'r, ll C. )1C'(;kll:ind (' S. K('iner, C:OmJl(t,nr1

    :IJM.stnu,,1 ,\/fthfid.1: 1-/Utl)r)' a11d Stat, ef the :lrl. Ros.1on: Ha)•I

    ~l('lkr. 199i.

    8 1.

    ~º"ª

    ,w

    K. S. I,"~ C. Wong e l ..J. So•\~. "'Thc ConStru«

    Cri1crio,1 \ 'alid..ity of E1no1jo11,d lntclligt11cc and lt:s l'o tcn1i,1J Ulility lbr .:v1an~1gc111tnt S1udi<:s",J6un1n/ ef . lppli,d l'-!Jrhologr89, n. :i. 2001. p. ·183-496. ..,. A. EIICnbcin e :-.:. ,\ n1hady, " )•rcdi<:ting \ \'"orkpl.tc:c: Onicon1C\' ÍrQn1 1hc Abili1y 10 f.avc.,.dmp on l'Cc;.lings'\ :fa,mm/ ef A/if>/ir,/ J'r),t11ilolr 87, n. 5. oui. 2002. 1, 963-971. O. L. \ ':1n Rooy l'. ( :, \ :itt,,'tiiv:,mn, ..E,no1ionril lntclligcncc: A ~lcl<1·antLl)•1ic ln,x:Stigrnion P1~dic1ivc \ •'alielity a11d \lo,nologic:LI Nct" ,.]ournol ef tWotional Jkluu:1()1 Gf>, 11. 1. ago. 2004, p. 71 -95. R. Bar-Ou, (). ·rr.uu•I, X. 1.. l)c:nhurg. A. lk-d1ar.1, " F..,1>l<>ring the '.'Jeon:>logie:ll S11bs1.r.ue of E,n1()1ion:il :tnd Social lntdligeoo..···. [ll'lJin 126. n. 8. ago. 2003, 1>, 1i90° l800. P. .:-\. \ 'ernon, K. \ ~Pt ll'idc.s, 1). 8rnlko,.J. t\. Se-hcrn1<·1•, ·:.\ lkhavioral Ceuctic Stuelr 1'r.lit E,no1ionaJ lotclligcu<:c", En1olion 8, n. S, 2003, p. 635-6,12. 1\n:'t Lui;,. 'l. ..ltr1.og, "t:o,no prtpar:u· o próxi1no pi!Otô", Po r1:1I Exa1nc- - (;,·st:io - 03 s,·1. 2009 - .~\<:t'"!,$0 1•1n: 5

    82.

    83.

    8<1.

    8:..

    J. Park e i\l. R. 8.-111rüi

    1 ") lood <\nel l·lcu1isti(·$: 'fite l1\fh1c11cc of M.ippy and s,,d S1ate.,; vn Scusiti\'ity .111d Hi<1s in Si.·rco1yping'\ J o1u,u,/ ef Pm(J1wli!J ,uul S()(ial l1syrhologr 111, n. 6. 2000, p. 100,;.102:1. \ 1eja 1\ . '.\L l~·n. '·P~ i1ivc. .-\llCct :,nd l),~cision \ lnking'', in ~J. L<·,,·is t::J, ~l. l·h1,·iland:Joncs (01-gs.). l-/a,,dWqf &1<>1ions, 2. cel. Nov:. York: GuillOrd. 2000. p. 26 1·2i7. 1.yra, r\tt~x,1.ndl't. lnílué,,cia dos M'1llio,c1uos na resolução de prohlc:111:u <:on1pll'xos e intuiLl,'t>s: hnpliraçtk-s para a to1nael:, de• elcçisào. l)i$.,;crtaçào (}. IN.1r.1do) cn1 Gestão En1pr('s:tri:1I na E.bapc.·-FG\ ~ 1... H. J\lloy e 1.. , : .c\ brnnlwnt ':Judg('n1cnt of Co1ui1\~tncy in J)cp1'tSSC."(I :ind ;\ondc1>ttsstd S1udcots: Sndckr bu1 \Vistr?'" :fa11nu1/ ef fj/,erimt11tal P!f,hology: (:tru,al 108, 1979, p. 41 1"1115. i\1• Arnl>.1dy1..· J·I. i\l. G r;•y, "On Ueing Sad .ind ~list;tl.cn: '.\IQC)(I F.ffi"f'I.S on 1h(~1\ <"Cumcy of 'l'hin-$1iccJud&rtntnts", ,]Of1nu1I /~(),io/í!, oni S()(inl l ~J'(h(i/ogr 83. n. 4. 2002. p. !Hi-961.

    oJ

    C.lpítulo4

    86. Lyr.1. 1\ tcx:u1dn:. Influência dos scntinu..·ruos. na 1-esohu;ão de p1'0b1'.:1n:-ts ro1nplcxos (• i,uuitivos.: l1nplicaçõts 1xu~1 a 101nada de dccis.io. l)isstna~?,o íl\lt"$itraclo) t1n Ccs1,lo Ernpn:~ari<1.l 11a fJ,a1'>c-FC\: 87. 1\ . ~I. Jscn, "On lhe: Rc:l.uionship Uc1,\un 1\JlCct anti Cn. -:ni\'c Pmblen1 Sohing'', in S. \\~ Rus.s (Org.), :V[td. CrraJit,'( e.\'fa(ri~ut n11d P~t/r()/(4:Íl(I( A1fj11.Jinlfttt. Fil:--.dêlfk1, P:\: l\n.11)11c1·/~la1..tl, 1999. p. 3-17: e S. L)'\ll>o1ni1-sky. L.. King e 1::. Dic11tr, "1'11(' Bcucfiis of Fn·quc1it Pooitivt 1\ITétt: J)()c.•s Happint."S..;. Lcad to Suçrcss?" /~y/1o/()giral /Ju/Jt1i11 13 J, n. 6. 200!;, p. 803,8!;5. 88. ~I.J. Gm"·iu:h, 11 C. ~h1ni e F... K. Elliou. ''Pron101ing C1-c:11ivity in '"lê 1npo1-ary Problcn1°S-Ol\'ing Croups: 'l'he Eff«cs of Posili\'t' )lood a11cl ,\u1ono1nv i,1 Probltnl J)cfini1ioo 01) ldea-(;c,1cr:tt.ing Pcrfôr1n..:111cc:". Group Dy,mnics 7, n. ~{, se:,. 200:l, p. 200-2) 3. 89. S. l.)'llhc)111ir:sky, L King e E. J)itner, ,..-rhc Bc·:nefits or Frcquc·nt Positive 1-\ffcc1: l)o,cs lia.ppin~ Lc:ul 10 Succ·c~,ç?'' l'.f1-dtofogiral lfu/11/i,1 13 1, n. 6, 200!>, p. A03-8f,.">. 90. :'!. ~laclj:u·, C. R. t)ldh;un e .\1. (1. Prnu, ···rh<'n··~ ;\o P1ncc l.ikc H.01nc? ~l'hc• Contributions of \\'ork and NQn,vork Cn:·:nivity Suppon 10 En11>l~'t'Cli' (~rcati\'C P..-rlOrn1:u1cx", Afadt1t!J' ef .\hJ11ag.•111rnl.'Jol1t11al •1$, n. 4, 2002, p. ;;,)-767. 91.

    J. ~I. (;corge çj. Zhou, "Undcrs1a1,ding \\rhcn U:ul t\loodi. 1~$ter Crc:i1ivi1y anel GOQCI One~ l)on'1: ·1· hc Role

    or ConlCXl :;ind Clarhy of R·clings",,]Ql,r11of ef Appli(d l's),hol•ll)'87, n. 4. n,:o. 2002. p. 687,697: <J. 1\ furgas e.J.) 1. C«n'g<:, ·:Affc.."<'ÜVe lnflucnc-cs onJudgn1cnlS and Behador in 0 11r.c.ni..:a1ions: An lnl(n·,nalion P1'0«'ssing Pc~p<-"<'livc,., Otgt111iiáfi()lw/ Btlitn;,'()r ,u1t/ /{u111ltfl D«isio" l',ocUM_j 86, n. 1, 200l, 1>. 3.3,1. 92. e:. K. \ \! Dt Dl'<'u) ~I. Baas <· 8. A. Nijs.1ad. "Hcdooit 10uc aud 1\c.1.i,-ation t,...,,·el in thc ~lood,(:rcativil)' Link: 'l(lw;ud :, Dut1I l~11h,~t)' to Crtati\'ity ~Iodei'', Jounml oJ Pmo11ali!r ,uul &tia/ l'Jyfh()(Og'f 9
    Sup1>0ni,-.; <.:onu;xt:Jr,iru Con1rilx11ions of Positi\'C ).1ood, ~egnti\'c ).1()()(1, :lnd Supervisory Rcha,iors 10 Entpfoy1.'<' (;rc::uivhy", .4radt»!J' ef i\ lru1qgrr11(11/Jounu,J 50. n. 3, 200i,

    I'· 605-622. 93. 1\. Erc~1. e 1\. ).l, l~cn, ·--r hc: lnfhu·nc:<' of Posi1i\'c t\ lfçc:1 on 1hc: ConlJ)Oll('lllS of ,~~P<'<"l:lllC'')' ~·loti,m1ion",.]011nw/ ApJ,litd Í'SJ·dt1;lqg1,Ai, n. 6, 2002, p. 1055·106i. 9-1. R. llic:s <· '[ .t\ .Judgc, ''Co:,l Rrg\lhttion 1\cn)SS 1' imc•: ·rh<' Effc<'t of r·ttdhack :lnd AO~<'t ",Jo11n1a/ of Applifd Ps;Yh()/og_>' 90. n. 3. n1~,io 2005 1 p• .Jj,3-467. 95. \\: 'l'sai, <.:. Chen 1.· 1-1. (.i11, ,.. l('st ora ~ lockl l.inking En11>IO)'('C Positive ~l()ods :lnd 'T:l.sk Pc:rforn,:,nc<'",.]0"~1r11nl

    ~r

    ef App/i,.l l'l~dwlogr 92. n. 6. 200i, p. •l53 ..161. 96. K . ).I. J.t',,i.ii, '·\Vhcn lr:ld1·rs l)ispla)' F.n101ion: l lo,,• Folio,\'('~ Rcs,x>nd to Nt-g;uiv~.: Enlolional Exprt'li,S,iQn ur ;\ lale and Ftn,alc l .cadcrs·· ,,7011nl(lfef ÜIJ!(U1i~otiQrral &/J(ft·,'01, ,nar. 2000. p. 221·23-I-: cJ. ~I. G..:orgc. "F.1notions ;,od Ltadcl'S.llip: ·1·he Role of l~1no1ion,d b1tclli~nct··, Humá11 lltlnti11,u. ago. 2000. j>. 102i-10;):). 97 • .J. )1. George. "'l'r.c.it anel Statc MCct'', in K. ~·h111>h)' (01'g.), /tuli.:1(lw1/ Di.ffetr11«:J and l-kl1.1u·,'or i11Orgo11i:;l)fÜ111s. S.i.o Fr::iueisco:J ossc)· Hass.. t 99G, p. 145~ 1i 1. 98. 1\shfonh e.· l·lu,nplu-c)! "Enh>tion in thc \\'orl.platc .. , I'· 116. 99.

    J. E. Uooo, l-1 .J. lvlcl,·s.. G. \ 'iu.son <·J. l~ ~luros, "\\'Qrkpfac·c E1notion$.: 'l'hc, Role of Sup<;r\'iJ.ion and

    Emoções e sentime ntos

    123

    l..c;~,dc:rshj1>",Journa/ ef Applial Ps_.l'(/u,/<>g_y 92. n, $. 2007, 1>, 135i, 13Gi. ·100. R. Kumor, "The Role oi' :\lfw ;., Ncgodotions: An lutcg-rativc 0,'t1''ié"'" . J()unud ef :lpplitd &lim:iort,I &;n,r:t, '.{3 n. 1, p. 8'1- 100, 1997. r~ Carnc..,,·alc e,\. lscn, ...J'hç lnlluçncc of Pmi1ive .\ flCcc and \ 1i"'iu:tl .\ cc:cs.s on th.,· OiS4.'.o,'Cry or lnttg1-a1i\'t Sohaions in Bilateral Ncgotiatio,is", Org«ni,;.alio11ol /Jrlwn'f!r l1J11l l /1n1ton D«i.1i().f1 l'rocm<J, 31. 1986, p. 1-13. 101. ~l. l)t1\'idson 1 e L (;n·cnhalgh, "'111c Role of E:inolion in 1'<1;0riation: l 'hc 11111>.t<'l oí 1\ ngcr a11d Ragc". ln R. Uil·s. R. l.,('";c:ki e l3. Shcpp:trd (f.ds.), Rrsearc- Jorge Ril)('iro de Aln1cid:i e Filip('JO~() Hem de· A~X'·,·do S<,h1-;1I, "E,u<>c;õt.s, inttlig·Cocia e negociaçào: u1u c:s1udô c:1npíri<:ó Súh1'C a J)Crtc:p~·•io dos gerentes portugut"SCS", ou1./dcz. 200.). 10,1. B. Shi,; G. J.oc,,·cnstcin, 1\ . Bc.."Ch;1ra, 1-1 . ();c1m;L,;io e:\ . R. l) ;un:l..,;i(), '·1n,,-sln1c1u B('h:,vior and 1h.; Nc:gati\'C Sidl' or f.,nolion··. Psytlwlogiral S<-i,n<e 16. n. 6. 2005. p. 435··i39. 105. \V.-C. Ts:ii t \'.• ~I. l,lu:lng. ··t\lcC"h:1nis1ns l.inking t-:rnpló)'tC :\ lfécti\'é Dclivcry and Cus1on1cr Uch.-viora1 lntcntións··, .]ournal of Applild l'SJ·rhofogr, out. 2002, p. 100 1-1008. 10(). G ra nde::)~ '·\Vhcn ··rh<· Shc>"' i\ lust Út) On'".

    107. \'~ja P. B. Barl.t·r e 1\ . 1\ . Grand<:)~ "ScrYicc ,vith a S1nilc• anel Encounu·r Satisfitction: EnH)1ion:1I Cont:igion :,nd :\ 1>1>mi.sal ~ leehaJllsnu··. 1leadt1,p' '!! .\fo11agmin,1.7011r11al ·19. 11. 6. 2006, 1), 1229-1238; e S. O. Pugh, "SérviC<" n i1J1 a $1nile: E,noliou::i.l Con1agi(>u in th<· Scrvic,~ f.ncounlcr·\ . lr-tul,11!)' '!f ., la11agr111,nlJo11n,a/, out. 2001, p. 1018-1027. 108. ll E. Rupp e S. Spencer, '·\Vhcn C:us1omcrs L.ish Out: ·rh<'. f.lTrc.·u. of (:t1s1on1c•r lntc111c1ion::il lnjusticx· on

    En1otional L:.tbo1• a11d lhe ~leclhuing Rolt of ~,notions... )o,1:r1utf ef A/>flhcd Pv ·rl,olog, 9 1, 11. -1-, 2006, p. 97 l-978; l' 'lii."li r Huang, "~lc.•t·hani.:-111s Linking l~nploycc 1-\flt'c:ti\'C

    l)c•li\'çry :ind C us1onu:-r Hchavioral lnt<'ntionJl.". 109. R. llie:i: e· ·r: A..Juclgc, '·Und<•1-s1anding lhe l)ynnn1ic

    R('l:uionships ..\1uong l\·rson:Ui1y, ~l00g_y 9, n. 4,

    out. 2004, p. 322-338: t Jl, R.au t 1\ , 'l'i·lttuer. "Overti1nc i11 R.tl:\lion co 81ood f>rtssur<: rc.nd t\10(1(( Ouring \\'ofl.:., Lcisun:, :11td Xight 1'i1nc·•. Sotial bulit:(l11JTS !ltWtr(h 67, n. 1-2,jun. 2004, p. Sl-73. 111. Z. Song, ~I. l•(,o e ~ 1. t\. L:y, ··~food Spillm-er .tnd CroSS()\·cr An1ong l)u::il-E,;1rncr Coupl('$.: 1\ Ccll Phon<' E\•e1n S...-uuple S1ud)''°,J11un1a/ ef Ap/1/üd PJ)t/1()/~y ~)3. n, 2. 2008, p. H3-l52. 112. \ 'cj:1 R.J. lknnén e S. L R.obi11so11. "Üc\'t.loprncnt of
    S:\c-keu e C.J . De\'c11·c1 ··('.Qu1ncri>roc.luc1ivc Hc.·h:iviors at \\'ol'I-:"', in N. :\ ndtroo,1. O. S. Oot.s. H. K. Sinru1g:il

    124

    Compo11.amento organiia~ional

    (.' e. \ 'iS\\'C'S\ :.•11·~,n {O rgs.). Jlandlmk o/ htdustriol. Jli>1* & 1

    01l!ft11igJ,

    \t

    1. ' l'housand Oaks, ( :;\ : Sage.

    2001,1>. 1.1;.16-f. l 13. ;.\. C. Bedclan, " \\'01'kplacc En,')•'\ 01J.,'à11i:.atitJ11ól ~·nn111if1. printa\'Crd de 1995, p . .)Q; e Ben-Ze'c,.,. il1r Subtlt!J' ef

    l 14. l 15.

    116.

    11 i.

    l l8.

    Er11otio1,s. p. '28 1-326. H-:d,·i;u1, "\\'orl.pl:u:e Envy" , I>· 5·1. s. e. ()()uglas, e. Kic;,\117., ~I. ~l:trtinko. ·~ l·l:U'\'(')~'l. Kinl r.J. U Chnn. "C'..ogni1ions. F.n101ions.~ :1nd f.\l:'1 111:uions: 1-\ n [l3bor,uion L.ikclihood ~ Iodei fo1· \\'orl:place ..-\<;1't'.ssion'', A(a1lmr,1! IJl(Ul0.t;fflll11l l(tt:inl~ 33. n , 2. 20081p. 425-451. K. J,e,c e ~.J. 1\ llén, "Ó rgani;,.;11io1,al t:iliztnship lkhavior 1111<1 \\'orl.pl,u·e l)("\'iançc·: ·r hl' Role of ,\ íll.--<:t :u1d Cognitio n" , ]().Urna/ ef. Jpplittl l "vYholog)' H7 t n. 1, 2002, p. J 31- 142; 1~ J-\.Judg-c, n. t\. S<'ott e R. 11ics. "l-lostili1)\J ob 1\ ttitudc.~ at1d \Votkplaeé 0 1-·via11<:é: 'ftsl of ,·, ) luhilC\·cl ~loc:kl'',Journn/ef Applial l~i-e/1ology 9 1, n. 1, 2006. p. 126-138; e S. Kapl:1n, J . (; . Bradl(")'.J. N. 1.oclunan e 1). Jinynes. "()n 1he Rolt of Posiii,·(· and Nfg:ui\'(' _.\ ff('('tivily in.J<1h 1\-rlê,nuancc: t\ .\lcta•:)ll:.\lyti<' ln,·cqiga1ion"',.ftJ111r10/ ef App/i(d PJ..l'(/l{)/()gr 9·1, n . 1. 2009. p. 162- 1i6. R. D. l\'Cl'WI\ é r~.J. ê n\•in. ''l'n.-di<:ti11g: Occu1).;1tio11al l1tjury: ·rhc Rolt of ,\ffl.'<·ti,·itr•· ,Jm,rnal of 0t(upatiQfla/ and OrganU:ati,uJa/ / 19vl1ology 10, n . 2. 1997. J>· 113-1 28~ e..· S. K:1pt:ln,.J. C. Hrndk)t.J, X. l .uchtn:)n e..· 11 H :t)'ll c-S. "Ün 1h(' Rolé of Posi1iv1· :.l.1ld N<·g:ulvc ,.\flC:-c1ivi1y in j ob Pcrforn1;1ncc: t\ {\lc1,·, ./\u.tl)•tic Jn,-cstig.1tio 11". 1\ , ~I. lscn. 1\ , A. L..'lhroo é I~ Durlach, 't\ n luflucnC'c of l'rodtt(t and Br;111d .Krunc oo Põ..-. :itiv(• 1\lf(•(t: lruplit·it and Explitit ~lro.,;ures'", .\lotit'Otion & /!.'11101i11n 28, n. 1, 1n nr.

    2004. p.13·63. l 19. T. Sy. S. C'.ôtc'.· é R. S~a,..cd1·a. '·'f hc: C:onlagious l...cader: hn1~,ct -0r lhe Lcadcr's ~lvod on thc ~'lood of C 1'Uup ~,l cnll:.el'i, C1v up ;\llC'!ctivt ' 1()1\t\ anti Croup P roc:CS.",t'!", .ftunialef rlpplüd l >syt/l()/ogy90, n . 2, 2005, p. 295-305. 120. Bernardo Xc, ~ e• Filipe• Sobral. QJ,e,n sai por tí.ltinw. ri mrUwr: i1,jlui11ria do lmnwr nas alitud/$ r (0"1porta1t1rt1/os dos ,stnguilio.r. \ \'orking 1>,.1pcr. 121. P. 'lCJ\terdcll. "Cat<'hing ~1oods and l liuing Runs: ~ loocl l .ink..'lgt .:i.nd Sul~cc:ti\'(· l\:rtôr.-o::i1lCé io Prolt.'~io11al Spo11s. 'IC,un.~".)',unutl ~j' Applitd l~dll)Wf.)' 85, n. 6, 2000, p. 8·18-&59. 122. ~I. Eid e E. Dicncr. "Xorms fo r Expc rie ncing E.inotio ns iu l)ilTcrcnt Ct1hurcs: 1nu·r- t1nd l11tc·rna1io11:d DiflCn;nrt~.,.. , •Jo11n1al ef l~ialifr & ,S«i1d P,vrlrology•81, n. 5. 2001. p.

    8(;\)·885. 123. S. Oishi, E. Diencr(· <.;. ~ apa &ollon, "(:1'0S,S,-Si1ua1ional Consis.tcnc.•y of ,•\ ffcclivc Expcticnccs 1\ cross Cuhu~s··. Joun1al oJ Pt1'SIJ1utlt!J' & S«illl l'91ltolog1' 86, n. 3, 200 1, p. 46Q-4i2. 124. ':JO\-.:n1 b ra:,..il<;i1~ é o ('a1npcào d~· 01i1nis1no" - !>(l. 2008. l)isponÍ\'tl ctn: lnlp:/ /c·c'
    126. 11,ôd. 127. 1\ shford1 t l lurnphrcy. "Emotion in 1hc \\1orkpk•<'4' .., J>· 104: U. 1,1:lsait. ·t\ ceut'il dcs ·1ouristt.s da.os lcs Cr:111cls Centres de 1··r.-.nsi1 Paris... R[fppon. du Bc•r natd J'1as.1i1~ 4 out. 200,t l)isi)()nÍvt:I c:1n: <\\'\\'\\'.tourisntc.gou\,fr/fr/ n:,vd/ pn;s..,;<:/do..~ic~/:u10000.S 767 / dp_pla.-.ai1.prlf>; B. ~ lc.-sc1uit~1. "l~nlOliOliS in ColJ« livi.st .:i.nd Indi,i clualis1 Con1ex1s··.Jourti(tl oJ / m-Orutli!J (111d S«iol l'~y/1r,logr 80, n . 1. 200 1, p. 68· 74: e O. R.11hin, "Cru 1llp)' c;enn:.1 11 ShopJ)Crs l)is1n1!il tl1(' \Vnl-~lan S1ylC'", Sta11k 7i1t1L.f, 30 ch...1.. 2001, (>. 1\ 15. 128. li.:\ . Elfi•nbcin (" ~ - .\rnb:u ly, ·'\\'hC'n F~1nili3ril}' Hn·cds .t\ ttl1raC)': ( :ultu1·:d ExJ)c>surc and

    F:)('i:d Entotion!.'1

    R.«ogniliou ··.Jounwl ef Pffl{J11ali!)' ,uul S«i,1,t l'JJ
    129. R. l. L..c,1~ TNt.ilians: .\/i11d a11d E,pnin1f,1 i1t J/tr S«i' isli111ds. ChiC'ago: Univi::rsity of Chicago Pn'S$. 1973. 130. 8. ~li'S(Juii:, e K. J·f. Frijda, ··Çuhurnl \ 1aria1ions in F.motions: .•\ Rc;viC\\'•. , l\t, "Cn.>liS·C:ultur;,J PsycholOl,')' in 1hc 2 1s1 ( ~c1u ury", hu p:/ /11:achps)'C'h.l<:1noyne.fdu/u.•achp.,;)'(:h/ f."lccs/s,crip1/( :l105.hun. 132:. S. ~chon. " Enlo1ions in 1hc \Vorkplncc",~,\~tiQ11'r Ru.,inas.

    fC'\~ 1996, p. 2J. 133. l·I. Llaoc :\ . C~huà1\_(G '1\ ~lullilev('l ln,-e.s1igr1tioo or l·~\ttôn; luflu cncing Eo1pló)'l~t· Strvit<• P(TÍôro1;11u·t :,od Custonu:r Ou1ton1t!1", Afndt1t!)' <>J ,\lruiage1nr11t]mr11uú ·~7. 11. 1, 2004. p. 41 -58. 134. O.J. Beal,J . P. --n-ot1g:1koo.. 11. '.\L \Vcâss e S. G. Crc<'n,

    ··Epi.sodic P,~

    in l~1notional L.1.bor: Pc;l"('c1nions or

    1\Jf('cti\'C Oclh-tl')' and l{cgulatio11 St.-ategics,. ,J041rn(lf ef •lppürd l'SJClwlogJ' 9 1, n. 5, 2006, p. ) 05 7-106.). 135,. Starbuc:ks.c:01n, 16 1uai. 2005. Oii,pooí\'el e,n: <\\'' ''' \'. starbucks-.ccnn> . 1:t6. ll Zapr e ~1. Hoh:, "Ou thc: Positive anel Ntgativc Eflêc:ts of 1-: n101io11 \\'ork in Org;,ni1..11io n'-", /:,Urop,on)in,nt(I/ ef

    llórl.· (llld Org11r1i;.ori1J110J J)trdlfJl&gr 151 ,1, l, 2006, p. l·28. 137. 1). 7.:lpf. "[n101ion \\'ort{ :ind J>syc.'hologienl \ \ll•il-Hcing: J\ Rc.,·\'ic,,•of dtc l..iteraturc and Só1ne ( :Onccptu;LI Considcralions•·, l / 11m1111 l(c.s6ura ,\la11agnnrnl Un'N:\\' 12, n . 2, 2002, Jl· 237-268. 13$ . .J. E. B(lnoc; !\1. J\. \ ·e>~'•'(Q,,·a rd U ndcrs1~1nding F.motin1cnt :ei t \\'ork: ;.\ Q uan1i1:uin; Rc\'iC\\' of f.n1otion.:i.l t ..-.bo1· l{t-:scarch'". io f.. H.attl'I e \\',J , Zerlx· (O rt,rs.}, En1oh'ons i11 Or'1,'
    e:.

    5

    Personalidade e valores Qua,ulo eu ,wsci, ixipa·i do céu a1xrnto11. o dedo e disse: esse é o ca1·a. Romário. ex-Jogador defi<1el>ol

    OBJ°E'tlVOSÍDEiÁRRENbiZAGEM Depois de ler este capítulo, você será capaz de: Definir personalidade, descrever como ela é mensur-.ada e explicar os fatores que a influenciam.

    1

    2

    Descrever a estrutura do Indicador de Tipos de Personalidade Myers·Briggs (MBTl"l e avaliar seus pontos fortes e fracos.

    3

    Identificar as caractedsticas..chave no modelo Big Five.

    4

    Demonstrai' como as características do Big Five preveem compol'tamentos no trabalho.

    5

    Identificar os traços de personalidade mais relevantes para o comportamento organizacional.

    6

    Definir valores, demonstrar sua importâ1,cia e contrastar valores terminais e instrumentais.

    7

    Comparar d iferenças de gerações no que se refere a valores e identificar os valores dominantes na força

    de trabalho atual.

    8

    Identificar as cinco d imensões de Hofstede para os valores de uma cultura nacional.

    A PERSONALIDADE DE UM BANQUEIRO

    Q

    uando foi contratado pelo então pequeno banco de investimento Pactuai em 1989, o jovem André Este· ves dizia aos amigos que sua meta era .. ganhar mui~

    to dinheiro e comprar um posto de gasolina". Aos poucos, no entanto, enquanto ascendia rapidamente na organização, seus sonhos passaram por grandes revisões. Antes dos 30 anos de idade, no final dos anos 1990, Esteves já era um dos principais sócios do banco e almejava conquistar o controle da instituição. Para isso, articulou com outros sócios uma operação para destituir do poder luiz Cezar Fernandes, fun· dador do Pactuai. Após essa medida, André Esteves tomou o controle da empresa. Sua ambição, no entanto, não pararia por aí. Em 2006, ele conseguiu vender o banco por 3, 1 bilhões de dólares e

    se tomou. aos 37 anos, um dos mais jovens bilionários brasileiros. A partir de então, assumiu a função de presidente do UBS Pactuai na América latina. Mudou-se para Londres e passou a controlar a área global de renda fixa do banco.

    t 26

    Compott.amento organiza~ional

    Ao longo dos anos de 2007 e 2008, percebendo os graves problemas enfrentados pelo UBS em decorrência da crise financeira mundial, Esteves buscou apoio para se tornar o maio r acionista da instituição. Seu objetivo era presidir a organização suiça fundada em 1862 e maior gestora de fortunas de todo o mundo. Não obtendo sucesso, tentou recomprar o Pactuai do UBS e, outta vez, não atingiu seu objetrvo. Esse comportamento de André Esteves externaliza muitos traços de sua personalidade. Filho de uma familia de classe média do Rio de Janeiro, sempre foi muito ambicioso, buscando a riqueza e o poder. Contando com elevada autoestima e confiando em sua competência, o executivo mostrou ao longo da carreira acreditar que ele próprio 'detém as rédeas' das situações em que se encontra. Além disso, o banqueiro demonstra não se incomodar em utilizar todo e qualquer meio para atingir seus objetivos. Foi dessa forma que assumiu e vendeu o Pactuai e foi assim que tentou controlar o UBS. Esses comportamentos expõem o forte componente maquiavélico de sua personalidade. Apesar de toda fama, fortuna e de sua forte personalidade, no entanto, André Esteves não obteve sucesso nessa empreitada no UBS. Após a tentativa fracassada de recompra do Pactuai, ele e a alta cúpula do banco suiço enten· deram que não havia mais ambiente para sua permanência na empresa. Seu comportamento persuasivo e agressivo, que tantas vezes lhe trouxe resultados positivos, dessa vez foi o provável responsável por sua derrota. Porém, uma coisa era certa: Esteves não aceitaria o resultado negativo de braços cruzados. logo após seu desligamento, reuniu 27 ex-funcionários do UBS Pactuai com o objetivo de criar um novo banco de investimentos. Nascia ali, em meados de 2008, o BTG (Banking and Trading Group), uma nova firma de investimentos presidida por Esteves, cujo nome real, para muitos, era Back to Game ('de volta ao jogo', em inglês). Em pouco tem· po, o negócio desenvolveu-se, o que pode ser exemplificado pela compra do lehman Brothers do Brasil, empresa ligada ao banco de investimentos norte-americano que faliu em setembro de 2008. O banqueiro, no entanto, ainda não estava satisfeito. Aproveitando-se dos seguidos prejuízos enfrentados pelo UBS mundial, ele fez, em plena crise financeira global, uma oferta bilionária pelo UBS Pactuai, o braço brasileiro da corporação suiça. Dessa forma, em abril de 2009, Esteves retomou o controle do banco que havia vendido menos de três anos antes, pagando cerca de 600 milhões de dólares a menos. Isso mostra que a persistência também é algo muito presente em seu jeito de agir. Apesar do insucesso anterior, o bilionário não desistiu de retomar o controle do Pactuai. Dessa forma, nasceu o BTG Pactuai, maior banco de in· vestimentos sediado em mercados emergentes. Por ora, Esteves (que posa na foto no local de construção da nova sede da empresa) e os outros sócios parecem satisfeitos com esse posto. No entanto, como você deve se lembrar, o banqueiro tentou se tornar o maior acionista do UBS mundia l pouco antes de abandonar a corporação e, como se viu, ele não é uma pessoa que desiste facilmente daquilo q"e almeja. Ainda não se sabe como toda essa história terminará; mas, uma coisa é certa: Esteves continuará utilizando todos os meios possíveis para alcançar suas metas.

    Os bancos de investimentos dos mercados desenvolvidos que se cuidem: afinal de contas, há um novo gigante nas· cendo abaixo do Equador.'

    E.1llbora seja sc1nprc intcrcssa111c especular sobre conlo a pcrsonaliclad<.' das pcs.. soas é diferente, scrc\ que tais cliícrcnças são rcaln1cntc i1nportantcs? De falo, elas s.ão. 1\ pcrsonalidad.: 1nolda nosso con1JJorta1nc11to. :\ ssirn, se quc rt n1os c11H.:ndcr melhor o con1por,~unenlo de alguén't ern un,a o rganização, é borH que saib(l111os alg urna coisa so bre sua personalidade. );a prin'leira rne,acle deste C'apítulo, farc,nos un1a ,·evisão da pesquisa sob1·e a pe1·sonalidactc e sua 1"elação coo, o C'o1nporu,n,e,no. ~ a segunda n1e1ade, exa1nina1·cn10.s co,no os valores condi( io nan, 1nui1os dos ( on1por1an1cn1os relaçionados con, o ,rabalho.

    llersonalidade Por que aJgu111(lS pessoas ~\o cal1nas e p;lssiv.1s, enquanto o ulras sào agrcssiva,S e agiul-

    1m1ii i!dapií,rcb a dc11srmim1do, ti11os de trnballw? 1\ ,nes de podcr1nos IX'Spond<'r a cs~;\i, r>C'rgun1a.s1 precisan1os r<~poodcr ;1 ou1ra qu<·s1ào há.sic-a: o que é pc1"S.Onalidadc?

    CapituloS

    Personalidade e valores

    127

    O que é personalidade? Qua11do fhla1nos sobre- pcrso11alidadc) não csta1nos d izendo que unia pessoa tc111 char111c, tuna atitude positiva diante da ,-i da, tnn r<JlitO sorridente ou c1uc seja e leita ' ~·liss Si1npatia' de u,n cot1curso d e beleza. Qu.:,ndo u,n psicólogo fala sobte pcr.sonalidadc, refere-se a urn conrci10 clii-llunico que descreve o Cl'<"sci,nc,no e o clc$<:nvol\'in1cnto de uxlo o sis1cnu, psicológico de 1un indi\'iduo.

    Definindo a personalid ade .i\ definição de 1>ersonalidade n-u1is fr('qucntc inente utilizada f(,i proposta po,· Gordon 1\ ll1>o t1 h;l n,ais de 70 '1nos. Ele disse <1ue a 1><:rsonalidacle é .:;l. Ol'gauii açào diniunica intcl'na daquck:s sis1e1tHl$ psicofisic:;os
    Personalidade Soma das maneiras e:omo uma pessoa

    reage e interage com : •J demais

    l Hn

    indivíduo.

    M ensurando a personalidade t\ ra1.ào 1nais i1nportante para os ge:r-10,·cs pr<:cisarc1n n1cnsurar a pt~rsonalidadc é po rque as pc-.squi.sas 1ên1 rnostrado que os tf'Sl CS ele pcrsonalicla· de são úteis na decisão 0 11

    n1ui10 con1 os ou1l"os • Apes.-1-r de essas auloavaliaçõcs fU11cionarc1n be,n quando bcnícitas1 un1a de suas deficiências é que o candida10 pode n1cn1ir ou adrninisLrar a in1age1n que quer Lrans1nitir - isto é, fingir algo l.><>1n e criar un1a boa i1nprcss;.lo. .i\ s c,idências n1os1ran1

    que, quando as pessoas s.abern c1u<: seus testes de pc1·sonalidadc scr;io us:ttdos para auxiliar ena urna decisão de co1nra.1a("ào, os resultados aprcs.cnuun urna ,iarlaçào padrtio c1n que os candidatos parccc,n ,nais conscienciosos e e,nocionahncntc está\'eis do que <1uando fax<:rn o1es1c apenas para se conhecer 1n.elho1:• Outro problc,na é a precisão. ·un, ca.ndidato aplo para a função J>Od e si1nple~n1entc ter estado e111 un1 d ia de ,nau hu,nor quando o lcvanla1nen10 foi ICito, e isso 1.o rnará o rc:-suhado do teste n1enos preci~o. 1\s pesquisas ele avaliaçÕ
    Hereditariedade Refere-se aos fatores

    determinados pela genética de um

    1ndrvíduo.

    _J

    Determinante s da pe rsonalidad e Urna das p1in1<:iras dlsct1.ssõcs no estudo da pcrsc>u~\li. d;, hctedi1al'icdade ou do ;Hnbie11t('- óbvi;,dade cc1111-ou-sc <:n, tc11ta1·defini!' se r ia é r'("..suh..-..do tncntc, não exisle u111a rcspo~ta sirn ples para isso. 1\ pCl'$Onalidadc pa1-ec<: 1'('suhar de a1nbas as i11Auências. Conuado, pode ser tuna surpl'csa saber que a~ pesquisas tendcrn a corrohorar u1na 1naior in11:>011ância da hereditariedade e:111 deui111c11lo da i1npor1ância cio a111hien1e. t\ hereditariedade se rcíCrc- aos Í.:'\torcs dctcrn1inados pe la genética d<· urn indi· vícluo. t\ estatura, a bcl<·7.a dos t.rac;os> o gêncn>> o tcrnr>cra1ncnto, a lbrc;a e flcx.ibilicladc 1nuscuhu; o nívl'I de cncr[.,ri.:i e os riHllOS biológicos são algun1as das características <1uc cosl\11\1am ser consideradas, co,npleta o u subst.-111ciahne11te, i11'1ucnciad'1s ))<'los pais da pessoa, ou seja, por sros 1:x:l'fis hiológico, fisiológico e p$ícológico. -~ a bo rdage1n he1·edi1ária atgurncn1a que a explicação definitiva para a personalidade d e un, indivíduo csul na csu·u1u1-a 1nolecular de sc11s genrs, lor,..1li1.ada nos rron1osson1os. Pesquisadores c,n vários país,cs cstud;1ra1n n1ilharcs de pares de gên1cos idênticos que roran1 afas1ados no nascirnt:nto e criados scparadan1cntc,b Caso a hcrcditaiicdadc não lÍ· vcssc tnn paJ)(:I irnportt,nlc na dctcr1n i11ação da personalidade·, scd:i natur..11 esperar 1>ouca.s sc,nclhanças enlrt os ir,nãos scpa 1rtdos. ~ ras e,~dCncia.s sugcrc1n q ue eles possucrn rnuit.a.s coisas rn1 con1,11n . Par:~ c.-.-..da traco d e conlp<J11a,nenco1 ur11a p'11'tC significati\'a d r,s se,ne-

    128

    Compott.amento organiza~ional

    lhança.s cnlre os gê1nco.s acabou associada a fatores genéticos. Por exc1n plo. un1 par de gCnlcos separados hé1via 39 anos e criados e111 localjcladc::s distantes cerca de 70 quilôrncLros un1.t da outr;:1 d irigian, c~rros do n'lCSmo modelo e cor. f un1ava1n sem par.ar a mcs1na l'narç::1 d<: ci!,tal't'O, possuíal'n cachorrús ço,n o n1csrno no1nc e ros1un1a,1a,n passar fi~1i~1.s; na n1c.s1na prttia, a 2,4 n1il q uilô1nct1'0s de suas rcsidên<:ias, hospedados a poucas quadr,1s urn do ourro. Os pcsquisadon::s dcsc.oh1iran1 <1uc a genética é rcsponsá\'c:I por cerca de 50 por cento das scn1clhanças de pcrso11alidadc e ntre gên1cos e por n1ais de 30 por cento das semelhanças c1n seus interesses ocupacionais e ele lazer. Curiman1cntc. o estudo dos gên1cos sugere q ue os pai.s não acrt-sccntan1 n1u.ito .lo dc-

    Traços de personalidade

    C3faet&f"Ístias dut3dov,as que podem de$C:tever o comportamento

    umapéS$03.

    d:J

    senvolvi,nento da personalidade. A5 perwnaljdadcs de gên,cos lclênticos criados cm cas.as de fa1níli~,s diferentes são n1ais sci-nel hantcs entre si do que as dos ir,n~o~ con1 quc::rH for.:tnl c1iados. De 1,1,u1cl1-a irônica~ " con1ribuiçào rnais i1npo1·u,n1c que os pais p<>dc,..,-, íài,cr é do;,r seus genes! Isso não q uer d izer que a personalidade nunca 111ucla. Por cxen1plo~a pontuação das pessoas no quesito confiabiliclade tende a crescer con1 o ten1po. con10 quando os jovens co· 1ncça1n un,a fanlllia e passan1 a assu1nir papéis clcnu1> dela, ou quando inicia1n UJ"na carrci· 1.l que exige deles u1n alto grau de responsabilidade. Entretanto~ apesar dcss.c crcsci1ncnlo, aind..-. h,\ grandc.·s difcrcnc;a~ individuais 110 que se refere i, confiabilidadc da.s rx:ssoas, e esta 1cncle a c_·,·oluir de 1nodo sc111c.lhantc c1n 1odos de~ 1n;,u1cira q u<· ,-. ordcn1 ela clas..,;ific.ação de confiabilicladc dos indivíduos pcr111a nc:cc h;,sicarncnte a n1esn1a.1 U,na analogia con1 a in· tcligêneia pode nos ajudar a con1prccnclcr esse aspecto. 1\ s crianças fican1 i-nais inteligentes con1 a idade, de forn1;, que quase todos so111os 111ais inteligentes aos 20 anos do que aos I O. Então, se Clara é n1ais inteligente que Luís aos IO anos ele idade, ela possi\·chnentc o scrél aos 20 anos de idade ta1nbé1n. E1n consonànci.1 corn a ideia de q ue a adolescência é un1 período de gra11clcs de situ;u;õcs1 são cha1nadas de traços de personalidade de un1 i nclivíduo.'1Q uanto anais consistentes as caractelÍsticas ao lon&ro do tcntpo e quanto rnaior a frequência corn q ue oco1Te1n crn situações d i\·ersa.s, 11,aior a in11>o1'1.éincia dc~cs 1r,:1ços r,~,ra e, dcsc1ição do indivíduo. Os pl'i1nci1'0s c~fOrços para idc111 ifica1· os traços printários que govcrn.101 o <'01npor1a1ncn1o•u n111i1as: vezes 1'csuhara1n cn, lis1a.5 cxtensast que 1ornavan1 d iíicil fi,zer gcncralizaçõc-s que puclcsscn1 servir de oricn1açào para os 101naclorcs de decisões nas organiza. ções. Duas exceções s.,1.o o 1· ndicado1· de 'fipos de .Personalidade ~·lycrs·Driggs e o n1oclelo Big Fi,·c, atualn1cntc as duas abordagens don1inantcs na iclcntificaçiio e cJassificaç-ão dos traços de pcrso1ntlidadc.

    Um estvdo com gêmeos idênticos. que foram sepa,ados desde o nascimento concluiu que a hereditariedade desempenha um papel importante na dete,minação da pe<sonalidade. A dra. Nancy Segai, codfretora do projeto de pesquisa da Universidade de Minnesota, analisou centenas de gêmeos separados no nascimento. criados em ambientes familiares diferentes e que se ,eenconttaram apenas ao flm de vários anos. Nancy e sua equipe de pesquisadores descobriram que os pares de géfneos estudados compartilhavam mais ca,acterísticas de personalídade que irmãos criados na mesma familia.

    CapituloS

    Personalidade e valores

    129

    O Indicador de Tipos de Personalidade Myers-Bri ggs Indicador de Tipos de Porsonalidado Myors· -B,ôggs (MBTI)

    Teite de pe<$0nalidade que avalia como

    as pessoas agom ou se sentem em

    determinadas situações.

    U1n dos 1nodelos rnais a1npla 1ncnte utili1.ados de 1i1>0logia de 1:>er'Sonalidadc crn lodo o inundo é o chanH,do Ind.icad,or de Tipos de Personalidade Myers-Briggs (ou .\fJ-e:rs·Bn"gg.s 1j,pe /11dicolor i:n1 inglês, tarnl>êrn conhecido pela sigla ~,t BTl).11 É um teste de personalidade, con1 cc1n qucstõc·s. que avalia corno as pessoas agcn1 ou se scntc1n cn1 de termina das situações. Corn base nas r<:spostas dadas1 as pessoas são classificadas co1110 cxtro,·crtidas ou in11'0,-e1·1i
    rr

    F..:rtt,nrertidos (lf,J versus /111ro1:,rtidl)j (/). Os indivíduos ext1'0Vtr1idos são expansivos, socülvcis e:: assertivos. O s introvertidos são qlúctos e ti,nidos.

    St'llsorinis (.5) versus lntuihi:Qs (.;\ ?. Os i11di,·iduos S<:flS01~ais sào pr.,g,n~lticos e pl'cícrc1n o rdcn1 e rotina . El<.".S íoca1n os dctalhcs. O.s intuith·os coníhun cn1 processos inconscientes, .são n1ais e ri ativos e tCn1 urna visão an1pliada elas situaçõc.·s.

    Racionais (l) ,·<·rsus E,nocionais (P). O s indivíduos racionais usan1 a lógica e o raciocí· nio para lidar co1n problcn1as, to1nando decisões objetivas. Os crnocionais ton1an1 as decisões baseados en1 valores pessoais e scntiincn1os acerca do as..~u1no. •lu{t;odor(J O) versus l'>nreptÍl:os (I'). Os tipos julgadores gost~un de ccr con1rolc e quc1-cn1 cer seu inundo estrurura.do <' 01Wlni1.aclo. pcrcep1ivos s..'lo flexíveis e ('SporuiulCOS <: tcndern a sc11tirc1n-sc ;,nsiosos e inseguros ao ,o,nnr decisões..

    o~

    Essas classificações são co1nl)inadas e1n J6 tipos d<' personaJidade, sendo <'ada pessoa iden1ificacla co111 urn dos i1cns de cada u111 dos quc-nro pa,-es. \ ta111os analisar alguns exen1plos. O s do tipo ln1rovcrtido/ln1"iLivo/ Racional/Julgador (l'.\'1J) são visionários. Gcral1ncntc, possuc,n 1nentcs oiiginais e uma grande incl.i naçüo para ter ideias e propósitos próp1ios. São céticos, críticos. independentes) clctcr1ninados e fi·cquCnlCml·n1c tci111osos.

    Os cio tipo ESºJJ são organizados. Eles são rcalis1as, lógicos, analí1icos decididos e possucn, 1

    tt.:.ndência natural para os negócios ou para a nlcc.ânica. Cos1arn de; Ol'gttnizar e di1igit aLividades. O lÍJ>O E:°'rJ·p é iclcRli~o:ldOr, i,1ovado1:, indi,·idualista, vcrS,(~til e a1l'aído por ideias c111prccndcdor.1s. É o tipo de pessoa que pode ser 1nuilo údl para a resolução d e probJcn1as desafiadores, n1as que tah·cz não aceite tarefhs rotineiras. U1n livro recente que trouxe o pcrfi) de 13 cn1prccndcdorcs contcn1poràncos que criara.111 c1nprcsas ele cnorn1c sucesso, con10 a Apple, a l·(;dEx, a l-londa, a ~licrosofi e:: a Son)) 1nos1ra q,1c toclos eles sào cio tipo racional intuiltvo (K' l) .' 1 Esse resultado é par1ic1.1lal'rnen1c i,ncrx:ss;Hue, pois apenas 5 J>OI" ecnto da população ~e <:nquadr.:, 11c:;:sc lipo. llllla

    No laboratório farmacêutico Eurofarma, a identificação e désenvolvimento de gestôféS são etapas fundamentais para o c,escimento da organização. Em virtude disso. todos os lideres de equipes passam polo téSU! MBTI para conhecer melhor seus traços de personalidade e saber como utilizâ.fos positivamonte no uabalho. A ferramenta é um instr-vmento de autoconhecimento que direciOtla o 9.estor a um melhor enteõdimento de si e da equipe.1,

    t 30

    Compottamento organiza~ional

    Modelo Big Five

    Modelo de po.,sonalidado de cinco fat0tes que englobam as variações mais significativas da ( personalidade huma::..J

    O modelo Big Five de personalidade

    Extroversão Dimensão da per$0nalidade que identifi:ca alguém sociável, agregador e asse11ivo. Amabilidade Oimensãoda personalidade qve se ,efere à alguém de boa ir'1dole, oolaborador o

    n~r,

    O ~1 pode não ter cvidências c1uc o ,1poic1n, l'nas não se pode di~cr o 1'1·1e:s,no do n1odelo de pc1-so11<1lidadc dt.: cinco f.11orcs 1nais co1nun-lcn1c charnado 'Big Five' . U111 nl1n1cro considcr::l,'CI de.· pesquisa.~ i1\dica que são cinco di111cnsõcs básicas que íundan,cnt~un todas as outras e cnglobarn as variações 111ais significaliv,,s na personalidade huinana. 1\ Esses cinco Huorcs são: Extroversão. Di1nensâo qu(: se ,-cfel'(: ao 11í,·cl de conforto de un,a pessoa co111 seus rclacion;uncntos. Os cx,rovcnidos costurn:un scr agregadores, asscrLi\'os e soci:lvcis. Os introvertidos costun1án1 ser rcsc1,1ados~ tin1iclos e quietos. Anlabilidade. Di,ncnsào que se refere à pro1>ens-ào de tnn i,,divíduo cn, ac.:--itar as ideias dos outros. As pess0<"LS rnui10 (tn1áveis são cooper:ni\'t1s, receptavas e confiáveis.. r\.~ pessoas que 1ê1n baixa poo1uaçt10 nessa d irnens.,;o são frias, desagradá\'cis e confi·o1nado1o;1s. Conscienciosidade. É t1111a 1nedida de confiabilidade. U1na pessoa alt:-uncnt<: consc::icncios..'l é respousáv<:I, orgaui1.ada, coníià\'el e persistente. 1\quclas que têrn baixa po11tuação nessa di,ncnsão são f~cil1ncnte dislraídas. desorg,1nizaclas e pouco confiáveis.

    c.onfiãvel. Conscienciosidade Oimonsãoda personalidade qve descreve um indivíduo re-sponSáv&I, persistente e organizado. Estabilidade emocional 011nnnsãoda personalidade que caracteriza as pessoas calmas,

    autoconfrante-s e

    Estabilidade emocionall. Din1cnsào gcrahncntc roLulada por seu oposto o ncuro1jcis1no - e que se refere à c.·apacidadc de tuna 1:x:ssoa para lidar co1n o estresse. 1\ s pessoas co111 estabilidade cn1ocional posi1iva cos1un1;:un ser ca.hnas, autoconíi,Hucs e seguras . . -\ quclas conl J>ontuaçào negati,·,1 tcndc1n a ser ne1,·osas, a11siosas, dcp,~rn idas e inscgutas.

    segutas. Abertura para experiências Oim&nsào da personalidade que se

    refere aos interesses de uma pessoa em matêria de criatividade.

    wriosidade e

    - -.

    O ~[BTl é amplan1c11tc utilizado por c1nprl".sas co1no a Apple, o laboratório Eurofhr· 111;i, o Citigroup, a G E e a 311, a.l{·rr1 de diversos hospitais e instituições de ensino. f\p<:sar de toda cs.sa popul,11·id~clc, h{1 contro\'érsias quanto ás cvidência.s. de que o !'.\IIB~rJ scjc, 1.una l'ncnsu1o;,~·r,o de p<-rsonalidadc ,-áliião lüí nada in1enncdiá1io. apc~"iar de as pessoas podercn1ser tanto introvc11idas con10 cxtrovc11-idas até certo ponto. O 111áxin10 que podcn1os afir111ar Cque se 1rata de u1i1a fcrra1ncnta valiosa para a autoa\'aliação e que pode sc1,·ir para a oric1u-.,çào de c::,rrciras. Co1110 os resultados do 1'\IB1"1 não se rclacio11am com o descr111>c11ho 110 trabalho, esse instrui-nento não dc,·c ser utilizado con10 teste 1nu·~1 ~elcção de candichuos a crnprcgo.

    (

    sensibilidade art1stic:___J

    Abertura para experiên cias. Dllnensào que se rclCre aos inte resses de u1na pessoa e seu frtscínio por novidades. Pessoas n1uito abcr1a.s sã.o criativas, curiosa~ e sensíveis ;u1istica1ncntc. t\s que fica1n na outra ponta dessa cliincnsào Lcndc1n a ser c(u1,,cncionais> consc1,·ador.:1s e st• scntcrn 111clhor com coisas j.í f3.1niliarcs.

    lui2a Helena Trajano, pre-sidente do Magaiine luiza. uma das maiores redes varejistas do Brasil. é um exemplo dê péssoa com élévada exttoversào. Simpática

    e sociável. a executiva procura manter 1.1ma boa relação com todas as pessoas a seu redor. principalmente com seus subordinados na organização. Além disso, a gestora ê carismática e consegue influenciar fortemente os membros de sua equipe.1-6

    CapituloS

    Personalidade e valores

    131

    Como as características Big Five preveem comportamentos no trabalho? As pcsc1uis.as sobre essas cinco clin1c11sõcs de pe rsonalidade encontraram i1nportantcs relações enll"C elas e o dcscn1pcnho no tral-,alho. 0 Evidências sugcr<:n1 q ue os indivíduos confi{1\·cis, cuid,1dosos, cont lusivos, capa1:t~s de planejar~ orga11i~ados, trabalhadores, JX'rsistcntcs <: o ricnlado~ pa1-:1 n~sulrados cosn1111a rn aptel1.Cntal' 111n drsc1npcnho no 11-:1halho supc1io1· na rnaioria da~ ocupações~ se não cnt 1oclas clas. 16 t\lén1 disso, os fi1ncionários 1nais ronsricnciosos dcn1onsrra1n la1nhé111 1naior oonhccirncruo do lrabalho, pmvavehncnte porc1uc se prcocupan1 cn1 aprender 1nais (unta r cvis,i.o de 138 estudos. revelou que a conscienciosidade se relacionava fortc1ncntc às not;ts dos alunos nas provas ele vcstibula r).1-t Os nÍ\'cis 111ai.s ahos de conhcci1ncnto do trabalho, então, co11uibuc1n para u1n n1cJhor dcscn1pcnho. ;\ conscicnéiosidadc é làO í1n1>0rtantc p.:u·::1 os &~rentes <1ua1uo par:.t os funcionários de linha de 10::ntc. C:01110 rnostt.:i o ~,1adro 5.1, u,na a 1u~lisc dos tesuhados (I(' testes de pe1-sonaliclade de 313 candicla10< a CEO cm emJ)rcsaS ele c•J)ilal J)•'i""do (cios quais 225 fo,,un conu-:uados e ct~jo dcsc1npcnho foi n1ais carde cQn1parado -ao rcsuhado de seus 1cs1c;s) descoh1iu que a conscienciosidade - n1anifcstada na for1na de persistência; atenção aos d etalhes e c:stabclccin1cnto ele rnctas altas - 10 :i 1nais intportantc que outros traços. Os resulta dos pocle1n ser suq)11:cnclcntcs. n1as atcstant a in1po11áncia d essa clin1cnS<.i.o no Sll<'Csso orgru1izacionaJ. l~1nbora a co11scicncios.iclaclc ~cja o traço de pcr.;onalidadc do Big Phe n1ais consi.s1cnl(~l'ncnh.~ ,,~lacionado ao d<:scn1pe nho r'lo u-abalho, oulros 1raços estão ligados ,1 a5pC<:tos de dcsc1,1penho c1n a lgu1nas 15.ÍLuaçõcs. ~!belos O!,; cinco u-aços 1ên1 oulras i1nplicaçõcs para o trabalho e pal'a a vida. \ ~ n1os cxanlin;l-los u1n a tun. r\ Figul'a 5.1 1'X'"sun1r a discus.~o. ,\ s pcs.'>Oa..~ que ob[ê1n 111uicos ponLos: crn es1abilidadc en1ocional são n1ais felizes que as que fazc,n n1cnos: po1uos. D os 1raços de personalidade do Big l•ivc, a estabilidade c n10· cional é o ,nais relacionado à s.1.tisf.'l<_;ào 00111 a vida) o trabalho e a baixos níveis ele estresse. Isso é pro\'t.\\·c1n1c11tc vcrclaclciro, pois os indi\·iduos co1n n1aiorcs pontuações lê111 1nais probabilidade dt s('r positivos e o timistas c,11 seus pcnsa1nc11tos e cxpcrin1cntan1 n1c11os cn1oçõcs ru:giuivas. Por su..-i \l"~, as pe~soas que tC1n Jl-Outa estabilidade ('n1ocional sílo hip<:1'vigila ntcs (se,nprc p1-ocurando p1'0blcn1as ou sinais i1ni11c ntcs de perigo) e pa1·1icultt.1·1nente V'lllnrrávcis aos cfCitos fisicos e psicológicos do estresse. Os CXll'O\'Crlidos 1an1hé111 tcndc.111 a ser 1nais fClizes na vida pessoal e J>rofissional d e tuna forn1a geral. El<'..s c.xpcri1nc nta1n 1nais cn1oções posicivns que os introvertidos e cxprcsst'u)l esses sentin1cntos cont 1nais libe rdade. 'l'a1nbé1n Lcndcrn a ter rnclhor dcscrnpcnho cn1 Lrabalhos que rcqucrcn1 interação inte r· pessoal significi:ttiva, talvc~ por tcrt1n 1nais. aptidões sociais - gcrahncntc tê 1n 1nais a1nigos e pasS<11n rnais létnpo e1n situações de soci,:1li1.açii.o que o.s intro\·crlidos.. Po r fi1n, pOd(~1nos d izer que a cx1rovcrsào é ,11n f:\to1· in1pottantc na dcscohc1·u, de: fu1u1'0S líderes nos gru1>0s: os CXll'O\'Ct'tidos são ,nais soriahncn1.c clo111inanu~s, do 1iJ)O que 'assu1nc1n o con11·olc', <' c ,n gcrnl são n1ais asscrti\'OS que os introvcrtidosi'tl. O lado ncgati\'o dessa dinu; nsào é <1uc os extrovertidos são 111ais itnpulsivos que os intro\'erlidos. l~lcs tcndcn1 a 11,ltar ,nais ao rraba· lho e se envolver cnt situações ele risco. tais co1no sexo scnt proteção, ingestão d<' bebidas a lcoólicas e outras atividades rclacionaclns à busca por no\las scnsaçõcs.!11 Un1 estudo ta1n·

    Quadro 5 .1

    Traços que mais importam para o sucesso nos negócios de empresas privadas

    Mais importantes

    Menos importantes

    Pel'$is1ência

    Soa oratõ,ia

    Atenção aos detalhes

    Trabalho em equipe

    Eficiência

    Fle>cibilidade e adaptabilidade

    Competência analitica

    Entusiasmo

    Estabelecimento de metas desafiadoras

    Habilidade de escutar os ovtros

    t 32

    Compott.amento organiza~ional

    Figura 5.1

    -

    Influência dos traços de personalidade do Big Five no comportamento organizacional

    l

    Por que , Importante?

    'lnoço do modelo Blg Flve

    l

    O que afeta?

    " • Meoos pensamentos e emoções

    Estabilidade 0mocionaf

    ;.+,

    negativos • Menor hipel'Vigilãncia

    e



    Melhores habilidades interpessoais

    ;.+, • Maior dominância social

    Extroversão



    Mais expressão emoc.ional

    ...



    ...

    • •

    • Maior satisfação pessoal e no trabalho Menores níveis de estresse

    Desempenho melhor" Liderança aumentada • Maior satisfação na vida e no trabalho



    • Aumento do nível de aprendizagem

    Abortura para experiências

    f+ •

    ,+· • Mais criatividade



    • Maior flexibilidade e autonomia

    Desempenho no treinamento üderança aumentada M aís adaptável a mudanças

    ~

    -

    Amabilidad&

    ..... •

    • Mais 'amado' Menos contestador e, mais conformado

    • Conscienciosidade

    !-+



    M aior esforço e persistência

    ,.+, • Mais energia e disciplina • Mais organiuldo e pJanejador

    • Melhor deSémpenho• • N íveis menores de- desvios de comportame-nto no trabalho

    !-+

    Melhor desempenho • üderança aumentada • Maior longevidade

    • Em empreg0$ que e,1Cigom t111t>.lhos em equipe ou ~nterações intefJ)OS$0clis freqoontes.

    bén, descobriu que os extrover1idos silo n-uüs propensos a rncntir durante u,na e111 re\·ista de

    crnp,-cgo que os inuY.>\'ercidos.11 Os indi\·íduos que têrn n1aio1· pontuação en1 aben ura para experiências são 1nais cria. tivos nas ciências e nas arlCS c1ue a<1uclcs co1n haixa po nluaçào. Conlo a c1iativicladc é urn itc111 in1porta111e na definição de liderança. as pessoas ahcr1as tendc1n a ser líderes 1nais efetivos. Elas t::)1nbé1n se scntc 1n rnais à vontade cônt as an1biguidadcs e n1udanças cio que aquelas que tê1n pôntu<1çào ,ncnor nesse quesito. Const<1utntc1ncnte, as pcsso:1s dcno1ninadas 1abcrtas" lidarn 1nclhor conl as 111udanças o,ganizacionai.s e se adapt~·Htl 1ncJl1or a tais situações. l~\·idéncias recentes sugen!1n, pon5,n, que tais inionais de en,prcs.'ls pl1blic.-'LS <' pl'ivadas h1a1,ileira.~. os aulOl'eS concluíl'an1 <1ut a aben\11-a a experiências é a di,ncns.:i.o de pctsonalidadc- que exerce n1aior influé1lcia sobre o contpro1netimen to o rgani1.acional .21 Gcrah11cntc <:spcr.1n1os c1uc as f>es.5oas ~Ln1;\vcis sc;_j:un n1ais ft.:lizc-s do que as dcsagra· dáveis. E elas rcaln1cnte o são. n1as só urn po u co. 1\s pessoas a1n;í,·cis s..lo a prin1<:ira escolha

    quaudo os i ndivíduos sclccion;un seus pa11..--ciros1a1nigos ou colegas d<: equipe

    na c1npresa..

    CapituloS

    Personalidade e valores

    133

    O ex.e<:utivo Ricardo Semlet, do Grupo Semco, é vm exemplo de pessoa criativa e aberta a novas. experiências. Além de trabalhar em sua empresa, também atua como palestrante e é autor de livros sobre inovação e mudança. Um exemplo de sua personalidade é a cvltura organiiacional da Semco. Na empresa. os funcionários são incentivados a dar novas ideias e a participar ativamente das decisões. Além d is.so, a liberdade e flexibilidade são elevadas, algo importante para o desenvolvimento do potencial criativo.

    ª" dcsagradáv<'is, o que explitJt o fruo dt'" S:t'" s:ií1Y'n1 ,nelhor e1n se1·viços de relarionan1cn ro interpessoal, ron10 no caso de a tcnclirnen10 a clie ntes. Elas tan1h(tn olx:dcccn1 1nais às regras irnr>ostas e, c:01110 1·esuhado, 1cndcn1 a se envolver n1cnos cn1 acidcn1cs. r\ s crianças a 1ná\·cis se sacn1 n1clhor na escola e, quando adultos, são

    1\.~sirn, elas são ,nais apreciadas que

    1ncnos passh·cis de se cn\'oh·cr co1n drogas ou consun10 cxccssi\'o ele bebidas alcoólicas.t:, Os indivíduos a1n;.\\·tis são t;unbén1 n1c11os. s.uscclívcis a se Cn\·olvcr c1n dcs,~os de con1por~ tan,e,uo. Urn lado ncg-.ttivo d,l a1'1abilidadc é sua associaçiio ~ ,,·1c1101"cs índices de suctsso 1u1 carr('ira (principahnente no que~ dii respe ito à 1"C1ll\nlcração). l~s.o pode ocot1"CI' 1>0tquc eles 1)()
    ções de ,nuclança. c:ostl11nan1 estar vohaclas ao dcsempe11ho e tê.n"I 111ais pmblernas que as pessoas inenos conscienciosas ao aprendel'Cnl 1écnicas co1nplcxa~, pois se conccntran1 n1ais c1n apresentai' un, descn1penho 111.clhor do que e,n aprender b<:nl. Para finalizar; as pessoas conscienciosas são gcrahnentc n1e11os criativas que as n1enos conscienciosas, rn1 cs.pt-:cial no q ue diz respeito às artes. 28

    Outros traços de personalidade relevantes para o comportamento organizacional E1nbora o tlloclclo Big fi\·e tenha n1osu·ado ser de grande rclcvúnc::ia para o co1nporta1ncnto organizaciooal. ck~ não co1)1"C todos os traços de personalidade <1ue pode1nos u1ilizar p;i1-a disLinguir as 1:>CSsoas. ,\ gora, cxa1ninarc1nos n1ais dc1alhadan1cntc alguns atrihu,os csptcíficos ele personalidade que são poderosos indicadores do con1por1a111cn1c) hun1ano . O prin1ciro se refere a noss:, autoavaliaçfto b:lsica. Os outros são o n1aqui:,vclisn10, o narci· sisn10~ o :1uto1nonitora111cnto, a av'Crsào <-tO iisco e as personalidades do Tipo 1\ e proativa. Autoavaliação básica t\s JX'SSOas que tên1 autoa\·aliaçào b:lsica positi\·a gostan1 d e si n1esn1as e S<' vee111 co1no eficientes, capazes e no r,:01111·ole do n1eio en1 que vi\·en1. Aquelas; con1 autoavaliação b,íslca 11cgativa tcnclen1 a não gostar de si 1nesn1as1 qucst.ionan, .suas capacidade.~ e se vccn1 con10 i,npotcntcs dia nte: cio n1cio.z<1 Disc111inH)S no Capítulo 3 que as autoavaliaçõ<.-s básicas se rchu.:ion~un co1n a satisfaç.\o 110 trabalho porque as pcsso;-1.s positivas nesse aspecto scn1c1n-sc 1nais dcsaíiaclas por seu trabalho e cxc1'Cc::.111 profissôts

    1nais con,plcxa~. !\·las o que di'.ler do dcscn,p<:·nho? ..i\s pessoas coo1 autoavaliação básica 1>0si1i\·a
    t 34

    Compott.amento organiza~ional

    MITO OU CIÊNCIA? '

    Empreendedores são uma espécie à parte vidências sugerem que essa afirmação é verdadeira. Uma análise de 23 estudos sobre empreendedores revelou diferenças importantes entre estes últimos e gestores em quatro das dimensões do Big Five: os empreendedores obtiveram pontuação maior em cooscienciosidade, estabilidade emocional e abertura para e.xperiêocias, e significativamente menor em amabilidade. Embora, é claro, nem todo empreendedor tenha os mesmos traços de personalidade. os resultados claramente sugerem que eles têm personalidade diferente da dos gestores. Um estudo fascinante com alunos de MBA fornece uma explicação para isso. Descobriu-se que alunos de MBA com alguma experiência empreendedora tinham níveis mais altos de testosterona (medidos com a saliva retirada no começo do estudo) e também obtiveram

    E

    maior pontuação em propensão a riscos. Os autores desse estudo concluíram que a testosterona, por sua as· sociação com dominação e agressividade, fornece energia aos indivíduos para que corram riscos empresariais. Em virtude do fato de as diferenças individuais de testosterona serem 80 por cento herdadas, esses estudos reforçam a conclusão de que os empreendedores são diferentes das outras pessoas desde o nascimento. ôual é a conclusão de tudo isso? Alguém que es· teja considerando uma carreira como empreendedor ou abrir um negócio deveria considerar sua pontuação no modelo Big Frve. Na medida em que sua pontuação for alta em conscienciosidade, estabilidade emocional e abertura para experiências e baixa para amabilidade, suas chances de sucesso crescem consideravelmente.'°

    .-naii, cornpr'01netida.s corn suas ,ntla-1i e pe1·sislcn11>0r 1rrais l<'lll])O na l('lllativ.:i de alcançá-las. Um csludo con1 agentes ele seguro de vida d escobriu que a auloavaliaçào h;í.sica e ra u111 in11>0rtan1e fa1ol' pata pre,~são d e desen1pcnho. ~ o"cn1a por cc1110 das \'Cndas de segu1'0 de vida por tcletbnc lcrmin;,111 c 1n rcjei,ç:l.o. f\ss:i1n 1 uni agente tcn1 d e acreditar cn, si 1ncsn10 pata r>c1'Sis1il'. Ka vctrlaclc, CltSC estudo ,nostrou que a 111aioria dos \'Cnrlcdorcs bcn1-succclidos tinh;'I. autoavali:,çào b.:Í..sica positjv·a .11 Essas pessoas Hunbé1n ofcrccian, um atcndin1cnto ao c liente 1ncJhor e crant colegas n1ais c1ucridos. Suas carreiras co1ncça1n de u1n po nto n1clhor e ascendcrn n1ais 111píclan1cnlc con, o tcinpo.' 2 \ 1ocê talvez se pergunte se algué1n pode ser posiLivo dtttu,~. O qu<: acontece quando alguén1 pensa que é <.'.'ap;,z, 111as na vcrdaclé é inco111petentc? U111 estudo co111 os presidentes das e1npresas ela lista das 500 1naiores da 1'evi.s1a ffntu11e, 1>0r cxe1nplo1 n1osuuu quC' nuaitos sào dcn1asiadan1ente confir,ntcs e sua ~uposta infillibllidadc coslu111a faz.cr que eles 10111e1n decisões n.1ins. n E1n outro estudo co111 cn1prcsa.."' brasileira~. chegou-se à conclusão ele que o exctsso d e confiança dos gestores se a1>1-esenta co,i10 fator influenle na eslrutura de c..:1pital de tu11a canprcsa. Ou s<:ia> c111pr<:sas gcr:iclas por cxccuci\'os n1uilo confiantes iendcn1 a assu1nir n1ais l'iscos e 10111ar l'nais dioheito e,npr'tstado dos ba11cos do que a ,nédi.-l d.-lS01-ga11i1..açõe~.31 Esses gestores: podc1ian1 ser vistos <.-01110 confiant('S eternais, n1as Írc(1ucnlc::n1entc nós. seres hun1anos, dcprc<:ia1no-no~ t\ púr i~ot so,nos 1ncnos IClizcs <- 1ncno.s hcn1-i;uccdidos do qut· podc1ían1os sc1: Por <·x<·n1plo1 se d ccidir111os que não podc1nos íhzer algo e não tcn1a111os, estare,nos son1c11tc reforçando 11os.rs.,.1s dllviclas cxís1cnciais ao nào frrzê-lo.

    Traço de um indiVlduo que é pragmático, mantém distância

    Maquiave lismo 1\nlô11io (· orn jovc,n gerente de u,na f~1b1ica,uc de biscoitos clt~J oinville. Ele fôi pro111ovido trC"s \'Ci'.CS nos llltin1os quatro anos e não se inco1noda ron1 as táticas agrcssi"a.,; que usa para impulsionar sua carreira. " f:..stou pn: p;:u'c't do pata fazer tudo o q ue for necessário para chegar aonde c1ucro" > diz. Ele pode ser definido corno n1aquiavélico. ~·lárcia conduziu sua c1npres,1 c,n Sa111atê1n a u1n 1-ecorclc d e vendas. Ela é asse11i\·a, persuasiva e eficiente cn1 f.tzt:r que os c,onsun1idores con1prcn1 seus produtos. ~luitos de seus colegas, inclusi\'Cseu chefe, c;onsicleran1-na n1aq11iavéli<."a. A característi<:a de personaJiclad.e do maquiavelismo rccrbc esse non1c 1)0r causa de !\1icolau l\ laquia\'<·I, que, no século X \l i, escreveu un1 lratado sohrc con10 ohte r e exercer

    emocional e acredita

    o poder. Um indi1sduo nmi10 maquiavélico é pragmático, mamém dist:incia emocional e

    Maquiavelismo

    que oi fins 1ustifieam

    os meios.

    acredita que os íins jus.tiíicam os n1cios. ·'Se n.u1cionar> use'" (; urna n'l{lxi111a coerente con1 a pe1-spcctiv;, desse Lipo de indi"ídoo. U,n nún1cro 1~1zo~lvcl de 1.x:squisas estal:x:lccc \tina

    CapituloS

    Personalidade e valores

    135

    rclaçào entre as personalidades n1uito ou pouco 111aquiavélicas a certos resultados c:01npo rta1nc1uais. t\s Jl\:SSOas com J>C1-son<.,lidack·.s alt~1111cntc 111aquic"·élia 1.s rna11ipuh:nn 1nais. vcn<:<:rn n1ais, siu> 111c11os p<:"r.su.-ldidas e persuade1n 111ais do que aqueles i11dividuo.s cont rcduiidos 1raços de 1naqui.:tvclis1no.!5S El:is 1a,nlX:r1l go:1;l;1n1 ,ncnos de seu Il'abHlho, fica1n ,nais cstrcss.aclas por causa clc.lc e apl"rsc::n1a111 1nais desvio!': 0dcn1 ter seu con1poruunc nto rnodcrado por tàtoocs siluacionais. Eles se dão 1nclhor ( 1) quando intc r.lgc1n i:'lec a f.1cc con1 os outros, e nào indirct:unc1nc; (2) quando a situaçào te1n poucas regras e rcguhunentos. pcr1nilinclo n1aior espaço para a in1pro\·i.saçào: e (3) quando o en\·o lviinento crnocional co1n d etalhes irrck.'\·anles para o su· CCS$0 distrai os indi,·icluos pouco inaquiavc.'·licos.31 f\ ssinl, a couclusão de q ue os indivicluo.s aluuncntc 11'1t1qui,1vélicos são bons. íuncio11(l1ios depende do 1ipo de tr-abalho. E1n trabalhos q ue 1-cqucrcn1 habilidades de ba1-ganh,, (corno as ncgociaçC>Cs t1-nbalhis1as) o u <JUC ofcrc<-cn1 rccornpcns.,s sig nificativas pelo su cesso (con10 nas vendas con1issionadas), os indivíduos altarncntc n1aquiavélieos serão produtivos. l\'las se os fins não justificarcn1 os ntcios, st houver padrões éticos a bsolutos de C<)111J)011a1ncnto ou se ncnhunt dos trl.-s fatores situacionais n1encionados no par,lgrafo antciior csth·c r presente. fica diHcil prever o clcscn1p,cnho cltsscs indivíduos.

    Narcisismo Tendênó a a ser arrogante, poss.uu· sef\So exagerado de importância de si

    m•<mo. exigi, •dm,.•çio excessrva e pensar que tem direito a tudo.

    I

    Narcisismo .\ l_arcos gosta de sc.:r o centro elas alc nçôc.$. Ele se olha 110 espelho a toda hora, tc rn delí1ios de grandeza e se ron.sidera algué:1n d e rnuitos talentos. -rrata·se dç un1 11(11-C-islsta. O tcrn10 , ,c1n do rnito grego de .Narciso, uni hon1crn tào vaidoso e o rgu.lhosô que acabou se apaixonando pela pró1,1ia i1nagc1n. E.111 psicologia, narcisismo descreve tnna pessoa que tCnl unl senso exagerado de i,uporti1ncia de si n1csn10 1 q ue exige ad,ni raçào excessiva, que pensa te r direito a tudo e é arrogante. O s jovens de h~jc são narcisistas? A1:>esar das argu,nentaçôcs nesse sentido, nfto há evidências cla ras. O s. alunos de últi1no a no do e nsino 1nédio de 2006 cr,u11 n1ais propensos <Jllt~os de 1975 a ac1-rclitar que scri,1111 "ó1in1ns' cônjuges (.16 p01' ccn10 e111 1975). No eruanto, o~ rcsuhados do lnven1ário ele Personalidade x ~u'Cisis1a (,.,\'t1rcissistic l'erso1ullily lr1t'tlll1JI)' <:111 inglês), o teste 1nais con1u1n para o na rcisis1no, não tênt au1ncn1ado clc.~de 1982.'.13 ]~slcja ou nii.o au1ncntando, o narcisisrno pode te r conscc1uências bastante prejudiciais. Un1 estudo chegou à conclusl10 de que enquanto os narcisislas pe nsava111 ser n1tlltorts líderes q ue lieus colcgasi seus supcr,~liorcs na ,·crdadc os classiíica,·a1n con10 piorrs. Por cxc1np1o, un1 gestor da ()raclc d cscl'cvcu o CEO de sua cn1prc.sa, L.1rry Ellison, da scgui1uc t()nna: ''.\ diferença entre l) cus e L..arry é <1ue l)cus nào acredita que ele é o La rry" .1 ' 1 Por quercrc1H constantcn1cn1<: ganhar a adnlir.,çào dos outros e: rccclx:r confirrnaçào d e: S(:us superiores, os narcisistas tendem a ·fi,lar rn:-11'" daquele:. que os a rncaça,u, 11-atando os out1"0s co,no se íossc111 inferiores. l~lcs tan1bén1 tén1 tcndênci:l ele scrcnt egoístas e exploradores e acrcdita1n q ue· os Oull"<)it cxistc1n pan1bcncíici:1-los."'º --r1:1lvcz por essas r..:1zões :-cus chcft~s os considt·1-cn1 1ncnos eficazes cn1 suas 1arcíhs, cspccialr11c11tc quanto a ajudar outras pcssoas. 11

    Um exemplo de personalidade narcisista ê

    o de

    Eike Batista. Considerado um etnpreendedor serial

    com empresas atvando em diferentes ramos, como a extfação de petrõteo e a logística de uanspoftes, o executivo fala orgulhosamente do dinheiro que acumulou e do fato de se, a pessoa mais rica do Brasil

    {sua riqueza está na casa das dezenas de bilhões de dólares). Sua vaidade, enl(etanto, parece ser bastante justa, visto que é valorizado por quase todos os gestotes brasileiros em função de seu espirito empreendedor e iniciativa.•2

    1 J

    t 36

    Compottamento organiza~ional

    Automonitoramento Capacidade do individuo em ajustar seu

    compotta,:nento a fatores

    s,tuaaona,s extemos.

    I

    Automonitoramento 1-\ Jinc l·Onscca está sc1nprc co111 problc1nas no trabalho. Apcs.1r de sc:r co111pctcntc, LrabaJhadora e produtiva 1 suas avaliações de dcsc111pcnho nunca sac1n d;1 anédia e ela parece ter dcscn,·ol\'ido unia habilidade espcciaJ p::111' ini tar seus superiores. O problcn-.a dela é :, f..1ha de ln1bilich:idc de articulaçào política. Elt, 11i10 consegue ajustar seu conlf>OrtarncrHo para se aciaprar a si1uaçõcs d.; rnudança. f:rn suas próprias pah:ivras: ·~Sot1 honesta con1igo rnc~s,na, oào ,tc)u 1nc transf0f1na1· para agraciar o~ Ol1tros·•. Poclcn1os d izer que Aline 1en1 haixa capacidacfc de auto1nonitora1ncnto. O automonitora:rnento se refere à capacidade do indivíduo para ajustar seu co1n· port;u11c11to a í.·uorcs situacionais c:-.:lcrnos.•·, Os indivíduos coni clcv~\cla capacidade de auto1nonirora1ncnto <tprcsent;un un1 a considcr.ívcl adaptabilidade para ajustar seus con1· po11a1ncntos " fiuores situacionais do ,ncio c,n que se cncontran,. J~lcs tên, aha scnsibili· d'°'de pil1-a co1·n prccnclcr .sinais do a,~bic,nc e poden1se cornpo,i.ar de ,nanciras clilCrc111cs cnl situaç()CS d i\'crsas. 1-::SSCs indivíduos podc1n aprescnral' difcl'cnças g1-iuuucs cnlre scn.s conlporc.a1ncn1os ptlhlico e privado. Os inclividuo.s corn baixa c.,1.pacicladc de au101noni1011u11ento, conlo 1\linc, não conscg1.1.1cn1 se disfhrçar dessa for1na. Costtunan, d c,nonsu·ar suas \'Crdadciras d isposições e atitudes cn1 todas as siluaçtx:s. Assi1nJ existe u1na grande coerência entre c1uc1n ~lo e o que fi1zcn1. ,\s c,·idi:nc.ias indican1 que os i11di,·íduos con, elevada capacidade de .1uto1nonitortl· n1ento prcsta,n rnai.s aLençào ao co,nporta1ncnto dos outi'Os e se adapta1n co,n ,naior Í.·1ci· lidadc.t-t F.les COSltnna,n ter C.'\'.Celenws avaliações de~ dcscrnr>enho, dt'.'s-pontar con10 líd('1'CS e dc1nons1rar 1nenos conlpm1ne:ti1ncn10 con1 suas 01·gani.za<;ões.1!> r\ lén1 dis..;o, q11ando <:111 funções c.xecuLi,-ns, rle~ ccnde111 a ser 1nais tlexi\'cis en-. suas carreiras, a r<:cchcr rnais pm· nloçõc-s e a ocupar posições ele destaque nas organi.zaçõcs 16 • Aversão ao risco Donald ·rru1np scn1prc decla rou sua disposição para rorrcr riscos, ou seja, tco1 1..1111<1 baiX c1n 1nais de 2,9 bilhões de dólares. ,\s. pessoas sào d ifere ntes no que se refere à disposição para correr iiscos, traço que afeta o H~1npo nc<·cssá1io e a quanli:dadc de info1·1naçõcs ele: q ue; u,n gestor precisa para Í.1;zcr un1.:1 escolha e tornar u111a decisão. Un1a pcsc1uisa analisou a fo rn1a co1no 79 gestores to1na,-an1 decisões sobre a cont1-ataçào de pessoal ao par1icipar de exercícios sin1111ados. 0 Os gestores n1ajs propensos a corre r riscos to111ara1n d(·cisõcs n1ais ri°ipidas e utili;,...aran, nlenos infor1nações para isso. Curiosan1cnu:, a eficácia das decisões fOi c1uasc a rnrs111a para a,r1bos os grupos.

    E1nhora estudos anteriores ter1l)ao1 ,nostrado ((\lt: os gestores das grandes o,-ga,liY..tl· çõcs são avessos a l'iscos, cspc:cialrnc:1lte quando co,nparados a c1np1·cendc·d o1·cs que b\lS·

    Oonald Ttvmp, empresârio do t21mo imobiliário, está disposto a aproveitar as oportunidades. A pe,sonalidade de quem assume ,iscos possibilita que ele prospere em situações que ovtros julgariam arriscadas e e-stt&ss.ante-s. Sem petdêt o ânimo pelos obstáculos financeiros, Trump continua a construir seu pattimõnio liquido ao d~senvolver novos ptojetos, tal como o Trump fnternalional Hotel and iower em Chicago. coptodu2indo e apresentando o ptograma O aprendiz e esctevendo livros campeões de vendas.

    CapituloS

    Personalidade e valores

    137

    c;,n1 ,uiva1ncntc o c rcscirncnto de seus pequenos ncgócios1 a.s pesquisas rccc1uc-s sugcrc n1 que tais gestores podcn, rcaln,cntc ter 1nais propcnsé1o a con·cr riscos c1uc c111prcsários in-

    dividu.-1is;48 Ent re os 11•,b;1lh:1dores. de n1ancira geral. tar11bé1n cxis.te111 diferenças qu,HHO à avc::rs,1o ao risto.~·J F;,z sentido rc,c onhcccr es.s.-1s. difcl'cnças e ,ué t'Onsidcrtu· associar a avcr·s.tu) ou propensão p~,ra correr riscos a algu1nas dcrnandas cs-pccHicas do trabalho. U1na alta propensão para cor rer riscos pode conduzir urn co1Tc1or de ações a u1n n1clhor dcscn1ptnho} já que essa atividade requer u.-na lo 1nad~, de decisões rúpida. Conludo, pode significar un1 obslàculo na carre ira de tun contador c1uc trabalhe c1n auditoria. Esse lipo de trabalho é 111ais adequado a u1n indi\·íduo co1n clcvad.l ;1vcrs.:i.o ao risco.

    Personalidade Tipo A

    Pessoa agressivamente envolvida em uma luta

    c;tônic::a e incessante pela obtenção aescente de mais e:oí~s em cada vez

    menos tempo.

    I

    __J

    Personalidade Tipo A \ loeC conhece algué1n cxccssi\'a1ncnlc co111pc1iüvo e que pare· cc estar o 1cn1po lodo co1n n1uita pressa? Essa pessoa) ,nuito provavcln1c1uc, possui unia personalidade T ipo A. J\ pessoa con1 esse tipo de personalidade é "agrcs.sivan1ente envolvida c1n tuna luta crônlca e incessante 1:x:la obtenção cn.:sccntc de 111ais coisas c1n tada vez n1enos ternpo e, caso ncccss..\,·io, ela a tua conu-a tudo e conu-a todos" .10 Nas culturas oci
    in1pacicnta.-sc con1 o liu110 co111 que a 1naior parte elas coisas aconlccc: tcn1a pensarº'-' làzc1· d uas º'-' 1nai.s coisas ao 111es1110 te111po; não conscgu(• lidar co111 1no111cntos de lazer:

    é obccctldo por nluncros~ 111cdindo seu sucesso pela quantidade de coisas que con-

    segue acon'luh\1~ O ..fiJ>O B é cxatan-,cntc o oposto disso e '~r.ararncntc se sente pressionado para obter u,n nún1c1'0 crcsccntt~ de coi!ias ou parricipal' de cada vez 111ais C\'Cntos c·,n un1 1c 1npo cada vez 1ncnor1>.,;t O Tipo B nunca sof,·c de scntüncnto de urgénci;t e da impaciência que aco1n~ p.:inha as pessoas de 1~ipo 1\ , <;onscgue rch1xar scn1sc sc,nit <'ulp.:1do, (! as$.i111 pot dia11tc. O 1·ipo A opera sob níveis de cstr<:s5': de 1nodcraclo a alto. Essas pessoas se s,tjc:itan1 a pressões de pi-azo de for1na rclati\·a,neute constante, <:1ia11do p~1ra si 1nésrnas urna vida cheia delas. l·:.~sas carac1cl"isticas rrazl"rn corno consequência alguns con11)()11:unc1uos específicos. O "J'ipo 1\ é urn trabaJhador n1ais rápido. pois enfatiza a c1uantidadc e não a qual ida· de. E,n posições cxecuti\'as, ele de,nonsim sua con,pctitividadc trabalhando nla is horas. No cn1an10, às \'czcs ton1a decisões n,ins co1n relação a problcn1as novos. Os indi\'íduos co111 esse perfil rartunentc nu1OS:Ht parc<:e ser ·si,n ·.lt Os iudi\·íduos do ..r ipo A se: sacn1 1nclhor nas entrevistas porque dc111onsu·l'11n possuir 1.raços de personalidade dcscjávcis1 co1110 alta rnotivo\ç;:lo, co111pctê11cia, agrtssi,~cl~lde e desejo de sucesso.

    Personalidade proativa Pessoas que identificam oponunidtides. mostram iniciativa, agem e perseveram

    ató quo a mudança_ J desejada ocorre.

    Personalidade proativa \ 'ocê já percebeu que algu1nas 1:>essoas 1on,an1 a iniciativa de 111clhorar sua situação atual ou ele cria r novas situações? Essas pcs.5oas tê1n un1a personalidade proativa.~s Elas idcntiflc.arn oport11nidadcs, 1nostra1n iniciativa: agcn1 e pcrsc,·\.·ra111 a té que a 111udança desejada oco1Ta 1 enquanto outrr,s reagcn1 passi,·tuncnte ;~ situ,,ções. Os proati\'OS cri:un ,uuc:lanças posi1i\'aS c ru seu a1nbic..:11tc 1 apcs...u· dos obslfiçulos ou i11dcpcnclcn1cn1c1ue deles.}• ~:: natural que elas 1no~11·co1 o co,npot1a111cn10 dcscjarlo pelas c1npresas. ·f ê-111 n1aior pl'ob.t bilidad<~de scrcn1 ,~stas c:on10 lídc;r-cs e de a1ua)'c1n co1110 agentes de 1nudança dentro das o rganizações.!i~ 1-\ lgu1nas ações dos p roativos podc1n ser positivas ou negativas, dependendo da or-

    ganização e da situação. Eles têm maior probabilidade ele desafiar o statuJ quo ou de· monstrar seu clescontcntan1cnto quando não gostanl ele algu111a coisa.!,I, Se a organização c:-.igc pessoa$ con1 espírito cn1prcendcdor, os proati\'os j;'.i() bc1n-vinclos; no e nta nto, eles

    t 38

    Compottamento organiza~ional

    COMPORTAMENTO ORGANIZACIONAL INTERNACIONAL

    A personalidade no basquete

    ,

    do conhecimento geral que diferentes personalidades geram distintas atitudes e, consequentemente. vários comportamentos. Ora, em um mundo tão complexo como o nosso. é natural que a adequação do individuo ao ambiente que o rodeia varie de cultura para cultura. Um estudo recente comparou os traços de personalidade de jogadores de basquetebol juvenil do Brasil e dos Estados Unidos. Usando como modelo de análise o Big Five. o esttJdo conclui que os atletas norte-americanos se diferenciam dos brasileiros por apresentarem traços de maior introversão e menor amabilidade. Sugere-se que os jogadores de

    E

    basquete norte,.americanos costumam ser mais reserva-

    dos e tímidos do que os brasileiros, além de serem mais

    desafiadores e contestadores. Já nos fatores estabilidade emocional, conscienciosidade e abertura para experiên-

    cias não foram encontradas diferenças entre as personalidades dos jovens jogadores dos dois países. O estudo conclui ainda que os atletas norte-americanos apresentam mais qualidades positivas de personalidade para o esporte do que os brasileiros, especi· ficamente traços como a autoconfiança. a criatividade, a liderança e a motivação. Ainda assim, os brasileiros apresentam-se mais fortes no espírito de grupo e na convivência em equipe. Assim como os brasileiros têm o dom inigualável de lidar com uma bola nos pés, a tendência natural dos norte-americanos para jogar basquetebol é conhecida pelo mundo inteiro. Além da prática, que se inicia desde os primeiros anos de idade, os traços de personalidade, como vimos, também podem contribuir para essa notoriedade.

    Fonte: Gifberto Vaz. Esrudo comparativo dos hábitos de ...;da e traços de persooalid ade de atletas de basquetebol juvenil nos estados de

    Santa Catarina {BrasiO e Ofdahoma {EUA). Oisponivef em: <www.dominiopwbJico.gov.bt/pesquis.a/Oeta!heóbraForm.do?seJect,..action•&co_ obra•34213>. Acesso em: 10 set. 2006.

    u,mhén1 são os n1tlis propensos a de ixar a c·n1prcsa par,1 abrir o J)l'Óprio ncgbcio.~1 lndividuahn<:nt<', os proativos s;'io o s <1uc~ tên1 n1ais possibilidad e d e atingil' o sucesso cn1 su;1s c;uTciras.i3 Eles sclccionan1} crian\ e influcncia,n as siluaçõcs d e 1rabalho a seu f::,vo1: Esses indivíduos buscan1 1nais info rn1açõcs sobre o lrabalho e a cn1prcsa. f::,zcnt contatos co1n os altos escalões, cuiclan1 d o pla ncjan1cnto d e sua c~HTcira e clen1onslranl per:sistência c111 face cios obsHÍ.éulos. 1\pós discutir111os os traços de personalidade as cardctcrísticas cst;;\"cis e que descrcvc::1\1 o con1po1,a,ncnto de un1a pesso.a - , tlgor-a va,nos nos conccnlrat nos valores pessoais. En1bora pcl'sonalidadc e valores cs1<.~jan1 rclacionados1 não são a 1ncsn,a coisa. O s valol'cs são frcqucntcn1cntc específicos e dcscrcY<:111 sistc1nas de c re nça 1n ais do q ue tendências con1por(amcntais. f\lgurnas crenças e valores n:'i.o dizc111 nluito a ,x·spcito da personalidade d e algué1n, e as pessoas nc1n sc1nprc agcn1 de íor1na consiste nte co1n seus vHlor('S,

    ~ lores

    Valores

    Convioçõ&s básicas de que um modo especific:,o de conduta ou uma condição de existência ê individual ou socialmente p referível ao Op0$t0.

    modo

    J

    A 1>ena. de OlOr tc é cc11a o u crra
    lll1tOS tamo de comcíido como de inccn~idack. O a1ribu10 de comc,,do determina que um n1odo de conduta ou de condição d e exis1ê1t<'in é itnpor1,u111. O (I(' intensidade especifica o 1/e ; i111pQr/t11llt. Quando clas.sifican1os os valor<;s d e unta pessoa de acordo con1 sua

    qua11/()

    Capitules

    uma pessoa auibui aos valorés individuais.

    139

    intcns.idaclc, tc1nos o sistema de valores dei.,. Todos nós temos un1a hierarquia de valores que for1nán1 nosso :;istcn1a de valores. Nós o tncônlra1nos na in,porlâ11ci.1 rclati,11 que

    Sistema de valores Hiea1rqul.a baSéada na importância relaliva que

    Personalidade e valores

    J

    (Hrihuí111os a valotes co,tto lihcrS pais, professores, a111igos ou outras pessoas. Quando crianças, ouvi1nos que clctcrrnin;,dos con1porta111cntos ou resultados s
    A importância dos valores Os valores csutbcleccn1 a b~1sc para a con1prccnsào das :.uituclcs e da 111ori\·ação, alC111 de inAucnciarcn1 nossas pcrcepçôe.s. Entrainos. cm organizações co111 noções prccon· ccbidas das coisas que 'dcvc1n' ou 'não dcvcn,' ser feitas. Essas noções não s;\o desprovidas de: \·tdorcs; pelo contrJrio, elas co11tê1n inlcrprctaçÕés do que é certo e errado. 1\lén1 disso, i1nr>licanl C'JUC prcfcri1nos. ccr1os c.62 S u~>0nhan1os c1uc você cntl'c P-'"ª un1a cn1prcsa con1 a convicção de que a rc1nuncraçào con1 base no dcscn1pcnho é correta e c1uc: o pagan1c:n10 por 1cn1po de c:,sa é. errado. Qual seria sua reação ao descobrir que a no\'a cn1prcsa rc1nuncra o lClll))O de casa cn1 dcLrin1cnto do clc..'Se1npcnho? Provavclincnte ,·ocê ficaria desapontado -

    e isso poderia

    c,,usar insalisfhç."io co1n o trabalho c o lcva1ia {, dcci~'.i.o de não se csforç,1r 111uito, pois, "de qu;:,lqucr for1na. isso não vai resultar c1n 111<.li.s dinheiro''. Suas alitudcs. e $CU co1nporuune11lo sc1ia,n d iferentes se seus ,11lorcs fossen1 cou\·crgcntci. con, a política de 1'<.:1nuncraçiio da cn1prcs.-1? (~ n1ui10 p l'ov,l\'cl c1uc si1n.

    Tipos de valores Valores terminais Condições: do ex.istôncia desejáveis relacionadas às. metas que uma

    pe-ssoa gostati.a de iHingir durante sua vida.

    Valores. instn.,méntais

    Modos preferenciais de comportamento ou os meios para se chegar

    às m~u~~ dos valorés terminais.

    Valores terminais e instrumentai s de Rokeach i\-lilton Rokeach c,iou o Rok,11ch Value Surv9· (RVS ou Lcva11tamc1110 de Valores de Rokeach, cm portug\lês)." O RVS consiste cn1 dois co1tiu11tos ele \'alores, C.:'lconté1ll os ,nodos preferencia is de co1nportan1cn10 ou o~ 111eios para se chegar às n1clas dos valores lcrrninais. O Quadro 5.2 n1ostra a l1,•,111s cxe1nplos co· 111uns de e-ada conjunto. J)ivcrsos csludos confir1n~un que os \·alorts R\IS varitun n1uito de tun grupo para out1'0! Pessoas de unia n1cs1na <:;tlegoria ocup~cio11al (gestores. sindicalistas, pais ou estu· dantes) tendern a ter valo1'C:S si,nilarcs. U,n es:tudv co,rtparou g1,1pos de gestores:. 1ne111bros do sindicato dos n1e1ali'itglcos e 111e,nbros de un1 gru1>0 de alivis1as con1uni1{11'ios. F.1nh0líiicas cconôn1icas e sociais de unia o rga11i1.açào!,t, 1

    (

    __J

    '

    140

    Compo11amento organiia~ional

    Valores terminais

    Valores insttumentaís

    Uma vida confortável (próspera)

    Ambição (esforço no trabalho, vontade)

    Uma vida emocfonante (ativa e estimulante)

    Visão ampla (mente aberta)

    Um sentido de realização (contribuição duradotira)

    Capacidade (competência, eficácia)

    Um mundo em paz (livre de guerras ou conflitos}

    Animação (alegria, contentamento)

    Um mundo do beleza (beleza da natur(?za o das attes)

    Limpeza {asseio, arrumação)

    Igualdade (fraternidade, oportunidades iguais para todos}

    Coragem (defesa de sei.JS ideais)

    Segurança familiar (cuidado com os entes queridos)

    Perdão (capacidade de perdoar os outros}

    Liberdade (independênc;a, liberdade de escolha)

    Ser prestativo (ttabalhar pelo bem-estar dos demais)

    Felicidade (c::ontentamento}

    Honestidade (sinceridade, ser vetdadeiro)

    Harmonia interio, (liOOttação de conflitos interiores)

    Imaginação (ousadia, c..iatividade)

    Amor maduro (intimidade es.piritual e sexual}

    Independência (autoconfiança, autos.suficiência)

    Segurança nacional (proteção contra ataques)

    Intelectualidade (inteligência, capacidade de reflexão)

    Prazer (uma vida com alegria e lazer)

    Lógica (coerência. racionalidade)

    Salvação (vida ete,na)

    Afetividade (carinho, tefnura)

    Respeito por si próprio {autoestirna)

    Obediência (ser respeitável, cumpridor dos doveres)

    Reconhecimento social (respeito, admiração)

    Polidez (cortesia, boas maneiras)

    Amizade verdadeira (forte companheirismo)

    Responsabilidade (compromisso, ser confiável}

    Sabedoria (compreensão madura da vida)

    Autocontrole (limites, autodisciplina)

    Fonte: Ro,produ!Klo çom ptrmi,s~ de: The F1tte PrC$$, um• (kviSio d a ~ & S<:husier Aduh Publl:Stun9 Citoup, cxttl'licfo de Mdton Rokel'l<:h, Thc N~rurc oi Human Vafues.. Oireitos autorais C 1973 da The Free Press. Oit9itosautorais renovc1d0$ em 200\ por Sandra J, & 11.Rok.•a<:h, Todos osôsreit0$ reservad0$,

    Quadro 5.3

    Classificação dos principais valores dos grupos de gestores, de sindicalistas e de ativistas (apenas as cinco primeiras posições)

    Gestores

    Sindicalistas

    Valores termi nais

    Valore·s instrumentais

    1. Re-spe:ito por si próprio (autoestima)

    1. Honestidade

    2. Seguranç.,

    2. Responsabilidade

    3. Liberdade

    Valores terminais

    -

    Ativistas Valotes in$trumentais

    Valores terminais

    Valo,es instrumentais

    1. Responsabilidade

    1. Igualdade

    1. Honestidade

    2. Liberdade

    2. Honestidade

    2. Paz mundial

    2. Ser prestativo

    3. Capacidade

    3. Felicidade

    3. Coragem

    3. Segurança familiar

    3. Coragem

    4. Séntido de realização

    4.Ambição

    4. Respeito por si próprio (autoestima)

    4. Independência

    4. Respeito por si próprio (autoestima)

    4. Responsabilidade

    S. Felicidade

    5. Independência

    S. Amor maduro

    5, Capacidade

    S. Liberdade

    S. Capacidade

    1. Segurança familiar

    familiar

    Fonte: Baseado em W. C. F,edorid( e J Weber, "The V.,lues oi Corporate Msnager:s ~ Their Critics: An Empirical Des<:ription and Normativo lmpÍications"', em

    w. e. Frederidc e L E. PtMton(Orgs.). 8usiness fr.hics: ReseMl:h fssues ar.d EmpuicaJ Stuefies. Gre-eowich, CT: JAI Pie%, 1990, p. tl.3-144.

    CapituloS

    Personalidade e valores

    141

    O que levaria um jovem fofmado em Direito a querer ser um juiz? Afinal de contas. para consegui-lo, ele pre,ci59rá estudar muito e participar de um dos concursos mais difíceis do Brasil, abrindo mão de advogar, que poderia lhe trazer recompensas financeiras muito sope,iores às de um juiz. A resposta para essa pergunta pode estar na grade de valores terminais e instrumentais pieponderantes desse 1ovem. Ele pode buscar vm sentido de realização, igualdade e reconhecimento social e ser guiado pela honestidade, pela responsabilidade e pelo desejo de ser prestativo. Atém disso, não podemos esquecer que os juízes são servidores públicos que gozam de bons salários e estabilidade. logo, uma vida confortável e a segurança familiar também são valores que podem favorecer essa escolha.

    Valores geracionais A força de trabalho contemporânea Pc:squis.:,dorcs rcunir.:un unia série de an:Uise.s rc· cerlll"S sobre \'alorcs no trabalho c111 quatro grupos. na tentativa de taptt\r os valores própiios de diferentes gerações na força de trabalho nos Estados U1údos..1•' t\ pl."'Sar ele não representar exatan1cntc a socieCCtOS S()(:ioculturais brasilei1'0S, podendo servir de base para <\ co,nprccns.,o dos vaJ01·cs eh.: llOS$ilS gerações. O Quadro .5.+ p1'0pÕC c~uc os o·a.balhaclo1-cs possan1 ser scg111c111ados de acordo co1n a época cnl que entrararn no 1nc1'C.1clo de trabalho. Con10 a rn:lio1ia elas pessoas <.-01nc~~1 a trahaJhar entre 18 e 23 anos. essas épocas tan1bé1n tên1 urna correspondência aproxin1ada con1 a idaclé cronológica. dos lrabalhaclores. \ ;a1nos con1<:çar corn algun,as linútaçõcs dessa a11~í.lisc. P1in1ciro, não temos 11enhu1na pretcn~io e111 dizer que a estruu1ra se aplica univcrs..-1hncnte a todas 0ucc1 pesquisa rigorosa sobre ,i:,lores gc1·acionais, 1>0r isso tcn1os de confiar c1n urna estrutura intuiti\'a. Por úllin10, são catcgol'ias in1pr(,.'CiS.'lS. Não há nenhurna lei dc1crn1inando que algul;1n na5(;iclo cn1 1985 não pode ter valores scn1clhanlcs aos ele urna pc:sso:t nascida c1n 1955. "falvcz você veja seus \'ttlorcs n1ais fichncntc rt~flct..iclos cn1 outras gcraçõt·s do que na sua. f\pcsar cl<:ss.:.1.s lirnilaçõcs, os ,·alorcs rcaln1cntc n1uda1n de hrcra~'.àO cn1 gcraç.::1o.,a t , alé1n do 1nai.s, podcn1os obter alguns e11si11an1cntos. analisando os ,·alor,~ dessa forn1,,. Os trabalhadorc-.s qtu: crescera 111 intlt1e11ciados pel.:1 Grande Depressão e peh1 Segunda Guctl'a ~,1undial, vivendo c,n u1ua sociedade 1n~tiori1ru~a1nentc rurtil, cn, ,-.u·an1 pata a for· ça de 11-abttlho entre os anos 1950 e o corncço dos a.nos 1960 ac1'Cdi1ando cn1 Ll'abalho duro,

    Quadro 5.4 Valores dominantes na força de trabalho contemporânea Grupo

    Ingresso no mercado Idade atual de trabalho aproximada

    Valores dominantes

    Anos 19$0 ou início

    Maisde65

    dos anos 1960

    anos

    Trabalho árduo, conservadorismo, conformismo, lealdade à organização

    2. Baby boomers

    1965 a 1985

    De 45 anos a 65 anos

    Suoesso, ,ealizaçâo, ambição, rejeição ao autoritarismo, lealdadé à e-arteira

    3. Geração X

    1985 a 2000

    De 30 anos

    Estilo de vida equilibrado, trabalho em equipe, rejeição a normas, lealdade aos relacionamentos

    1. Veteranos

    a 45 anos

    4. Geração Y

    Dê 2000 em diante

    Ménosdé 30 anos

    Autoconfiança. sucesso finaneéito, independência pessoal junto com trabalho dé equipe, lealdade a si mesmos e aos relacionamentos

    142

    Compottamento orgc1niza~ional

    no status quo e cn1 figuras de autoricladc 1 co1110 a do prc.:siclc1uc e dilador Gctulio \ 1arg.,s. Nós os chanuunos ,xlaru1os (alguns usarn o rótulo de tradicio11alistas). Unia vez co11tn.H•1dos,

    cOSlun1av<1n1 str lcé1is c1 seus patrões,, rcspc.:itosos con, rch1çílo {i auto1idadc, lral>aUHtdores e {uci.s. E.111 111:,1(·1'1~ de \'alores 1ern1inai$ do J{\'S. essas pc-ssoas pro\'avel111c;:11t<.: dão n1;1ior i1n por1ância a ,una \'ida confortàvcl (: à segurança fàrnilial': Os boo11,ers (ou haby boo,ners) nasccnun c n1 grande q uantidade depois da Scgu11da Cucr,. 11i ~lundial, quando o inundo cxpcri n1cntou u1na f..'tsc ele CSSOi:\I e o sucesso 1na1crial. ~r..ahalhanl arduan1cn1c e c1ucrctn aproveitar os frunos de seu trabalho. S;to pragrn áticos e acrcclican1 que os fins poclc1n jusüficar os n1cios. Elr-s vccn1 as organizaçCH.~s que os c1nprcgan1 con10 1ncros. veículos pa ra suas carreiras. Seus valores tcl'n1inais n1ais ah os são o scntjclo de rcalizaç;.lo e o rcconhccin1cnto social. ,\ chan1;,u.iage,af.àO .t teve sua \ida rnoldacl.1 pela glob,llizc,ção. pe la carreira profission~:il do pai e da rnâc~ pela ~\,lT \ ~ pela a ids<: pelos co1npu1adorcs. E.;;;scs indi\~duos valori~an, a ncxihiliclad<\ uni cs1ilo de vicia (·quilib,~do e a obtenção ele satisfi,çào no 1rahall10. t\ fi\n, ili.l e os rclaciona1n cn1os são n,uito in1poru11ucs para eles. DifCrc nlc1ncntc dos veteranos, e les são céticos, cn1 csp·ccial con, l'claçào à atno1idaclc, e gos1an1 de rrabalho cnt equipe. En, sua busca pelo equilíbrio, as pessoas dessa gcnu;ào estão n1cnos d ispostas a se sacrificar po r seus c n1pregadorcs cio q ue as ele gerações precedentes. Na R\lS, eles valoriza111 1nais a ;un.izadc verdadeira, a íclicidadc e o prazer. Os 111en1hros dager<1ç
    ENQUETE COMPORTAMENTAL

    Como a geração Y prefere se vestir para trabalhar? Social esportivo

    li Jeans e tênis •

    Uma mistura, dependendo da situação Terno e gravala

    41% , ....

    FC)(lte: Baseado em '"What M~len.al Wod:ers Wanc How to Atttact and Retain Gen Y Empk,yees•. Entrevista on-line ,e.ali.zada em

    2008 ptla Rot»t Half lnte
    CapituloS

    Personalidade e valores

    143

    A relação do diretor de tecnologia da empresa

    de contact center e terceirizaçào de processos de negócios (BPO) Atento, do Grupo Telefonica, com seus s.ubordinados mostra como as diferenças enue as gerações influenciam o dia a d ia nas empresas. Com

    32 anos, José Carlos Rocha é um membro da geraçAo

    X liderando vm time com idade média de 22 anos. ou seja. indivíduos da getaçào Y. Etn função déSse distanciamento temporal. o d iretor ficou impressionado com o uso da Internet e de modernos meios de comunicação por seus subordinados. "Essa geração é mais con&e1:ada, pensa rápido.• Atém disso, o fato de os problemas serem resolvidos por programas de mensagens instantâneas também o deixou perplexo: "Para mim, o certo era o contato visual". conta ele.~

    2

    §

    .__ _.j

    gerafén, se cnxcrga1l1corno

    socialrncntc ,-cspo1,sávcis. Essa geração n$io 1e,n problc,nas conl a diversidade e foi a pri1neira criada ern forte contato con1 a tecnologia. Co11lpa1·ados conl as ou1ras gerações, eles tende,n a queslionar n1ais. são 1nais conectados e 1nais e1nprcendedores. f\o n1esn10 1e1npo1 algu11s. dcscrcvcn, essa geração co1no cheia de exigências e carcn1c. Eles poclcn1 entrar en1 conflito con, outras gcr.\(Õenho''. crn <:01nparoção corn apenas nlctadc dos bal!J b()()n1m. 11• 1\ pesar de ser ft1.scinante pensar 11os valores gcracionais, é pr('ciso le1nbrar-se de <1uc es.sa classificação ca.-cce de suporte sólido ele pesquisas. f\pós dois aoos colelando infor,nações, encontran,os centenas de anigo!<: sobre valore~ geracionais na i1nprensa, mas 11n1llu,n estudo científico sobre eles. As classificações gcracionais podcn1 nos ajudar a entender ntclhor nos· sa própria geração e.· tanlbc111 as outras, 111as ta1nbé1n prcci~atnos reconhecer sc,Ls linl itcs.

    l inculando a personalidadle e os valores de um indivíduo ao local de trabalho Há 30 an().S. as organizações se prcocupa\'a1n apenas conl a personalidade, p-0is !iCU roco ptincip.:il era fazei' que os indi"lduos se idc111ifica&;ern con1 o tl"abalho. Essa preocupação ainda cxis1.c ,nas l'ecen1ernen1c se expandiu e agora inclui a <1ue.s1ào da adequação da pcrsonalictacle e dos valor('s do in
    Teoria de ~deqv,çio da personalidade

    ao trabalho Teo,ia que propõe

    que a satisfação e a propensão em deixar um emp,ego dependem do grau em que os individuos alinham, suas personalidades ao trabalho que desenvolvem.

    _

    Adequação da pessoa ao trabalho

    I

    ~

    O esforço cn1 co,nbin.1r as exigências do tr.:iba1ho con1as (;u-.acterísLicas da i:x·rsonalicladc f' n,ais bc'1'll a11ic11lado na teoria d e adequação da personalidade ao trabalho/' de John Holland. l~lc ap1'CSC'n1a s,cüi 1ipos ele ~.)(:í'$;()1lalidadc e propõe que a satisfação <: a propensão c1n deixar un'I crnprcgo dcpcndc1n cio grau c111 que os indi,1duos alinhan,, co111 succsso1 suas personalidades ao u~balho que dcscnv0Jvc111. O Quadro 5.5 dcsc1-c,·c os seis tipos de personalidade e suas caractcríslicas e fornece cxc111plos d e ocupações cong ruentes para cada u111.

    144

    Compottamento orgc1niza~ional

    COMPORTAMENTO ORGANIZACIONAL NA MÍDIA Que valores predominam nos gestores brasileiros? abordagem dos valores que orientam a nossa conduta tem ido além da reflexão filosófica. Com maior impacto a partir da segunda metade do século XX, muitos se debruçaram sobre o estudo em· pírico. Depois de Rokeach, a teoria motivacíonal dos valores humanos de Schwartz tem-se consolidado como uma abordagem integrada sobre o conteúdo e estrutura dos valores humanos. De acordo com a teoria de Schwartz existem dez tipos motivacionais de valores humanos conforme a motivação subjacente a cada um deles. Esses tipos mo· tivacionais tendem a ser universais porque têm origem na necessidade de as pessoas lidarem com três requi· sitos universais dentro da realidade de seus contextos sociais: as necessidades biológicas; as necessidades de interação social coordenada e as necessidades de SO· brevivêncía e de bem-estar dos grupos. Esses três itens dão origem a uma taxonomia universal de valores que distingue dez tipos de valores, os quais são tratados com relação a seu conteúdo e sua relação dinâmica de compatibilidade e conflito entre si. Schwartz agrupa os dez valores motivacionais, de acordo com seus fins, em quatro valores de ordem superior - autotranscendên· eia, conservação, autopromoção e abertura à mudan· ça. O bem-estar coletivo, ligado à autotranscendência (universalismo e benevolência), e a autonomia de ação, relacionada com a abertura à mudança, caracterizam in· divíduos que valorizam a igualdade. Além d isso, o pre· domínio individual sobre a coletividade, exemplificado pela autopromoção (poder e realização), e a estabili·

    A

    dade social, representando a conservação (segurança, conformidade e tradição), determinam pessoas que va· lorizam a hierarquia. Em um estudo com administradores brasileiros baseado na teoria proposta por Schwartz, concluiu-se que estes privilegiam valores igualitários. Consideram, então, que a autotranscendência é o valor de ordem supe· rior mais importante, demonstrando uma maior preocupação com o outro. Os autores da pesquisa abordaram, também, o modo corno esses valores podem variar segundo a idade dos executivos. Relatam que administradores mais velhos são menos abertos à mudança e, por isso, mais conservadores, contrariamente aos mais jovens. Contudo, a ambição por novas experiências profissionais faz que os administradores mais novos se preocupem com os próprios interesses, com pouco sentido de bem-estar coletivo, em oposição aos administradores mais velhos. Concluiu-se, assim, que os trabalhadores mais velhos valorizam consideravelmente mais a conservação e a autotranscendência, valores voltados para a sociedade, ao passo que os mais jovens se coadunam com valores como a autopromoção e a abertura à mudança, essencia !mente centrados no individuo. Em um país onde prevalece a hierarquia nas rela· ções, quer nas organizações quer na sociedade em ge· ral, espera-se que as conclusões dessa pesquisa sinalizem o começo de uma nova tendência: o predomínio da igualdade. Afinal, em diferenças, somos todos iguais.

    Fonto: F. J, R. de Atm.eid:, e F. J, 8. A.. Sobral, "'O sist•m., d.e v,1!,o,es humanos de tidminjstr-adOfé$ bra1tlejros· 3daptilçâo da M(ala PVQ ~,.a o estudo de valorc}S no Stasil'", RAM - Rcv,·n., de Admtfli-str.)ç$o M.,dccnzi&, v. 10, n, 3, m~io/jul. '}.rx,:;

    HoUand clcscnvoh·cu o teste li-stant ou não e suas respostas ror,nam os pedis de pc1"Sonalidadc. ;\s ptsc1uis.-'lS tê 11\ fornecido u,n sólido a1)0iO ao diagJ'arna hcxagonaJ ,nostrado na l·igu1-a 5.2.11 Qpanto 1nais próxintas a.;;: áJ'cas ou pl'ofissões cslivcrcn1 do hcx;lgono, n1ais co,npatlvcis ela.~ s.'lo. 1\s categorias acljaccntcs são bc ,n scn1clhantcs, e nquanto as opostas cliagonnln1cntc são bcn1 diferentes. O que tudo isso significa? 1\ tco1ia argu111enta que a sat:isfaçiio C alta e a rotall\~cladc é bai..x:1quando a personalidade e a p1ofiwlo estão ele acordo. Unia pessoa rc<.-t.l.ista cnt tun trc,halho rcaJjst.:1 está c111 un1a situação ntais congruente do que tuna JX"-SS0;:1 realista. cn1 u111 u.:1balho irt\tc~sti~ nivo. UnH1 pcssoíl r·cali:-,ta crn un1 trabillho scX'i<,1 é:. a situação 1nais incongruente possível. ()s ponlos-rhavc:; desse nloclclo são: ( 1) pal"Cr<· haver dr. fh10 difcl"Cnça~ intrínS<.:c:as n,1 pcrsonalirlarlc cmre indivíduos, (2) há clifi-rcmcs 1ipos de 1rahalho e (3) pessoa.~ cm rrahalhos congruentes co1n suas p<:rsonalicladcs dc\'e111 estar 1nais s.1.tisfcitas e n1cnos prcclispostas a dcixá ..(o voluntaiia111cntc do que aqu elas cnt trabalhos incongruentes.

    Capi1uloS

    Personalidade e valores

    145

    Quadro 5.5 Tipos de personalidade e ocupações de Holland Características da personalidade

    Ocupação congr'uente

    Reatista: prefere atividades físicas

    Timido, genuíno, persistente, estável,

    que exijam habilidade, força e

    conformista, prátic::o

    Mecânico, operador de máquinas, operário de linha de montagem, fazendeiro

    rnvestigativo: prefere atividades que envolvam raciocinio, organização e entendimento

    Analitico, origil)al, curioso, independente

    Biólogo. pesquisador, ccooomista, matemático. jornalista

    Sociál: pl'efere atividades que envolvam o auxilio e o

    Sociável, amigável. cooperativo, compreensivo

    Assistente social, professor. conselheiro, psicólogo clínico

    Afável, eficiente, prático, sem imaginação, inftexivel

    Contador, gestor de grande corporação, caixa de banco, funcionário administrativo

    Autoconíiante, ambicioso, enérgico. dominador

    Advogado, corretor do imóveis, relações públicas, gestor de pequeno negócio

    Imaginativo, d&sordenado, idealista, emocional, pouco prá,tico

    Pintor. músico, escritor, decorador de interiores

    Tipo

    coordenação

    desenvolvimento de ouuas pessoas Convencional: prefere atividades normatizadas, ordenadas e 5-em

    ambiguidade

    Empreendedor: profere atividades verbais que ofereçam oportunidade de influenciar outras pessoas e

    conquistar poder

    Attistico: prefere atividades não sistcmâticas o ambíguas que pe,mitam a expressão criativa

    Figura 5.2

    Relações entre tipos de personalidade e de ocupação

    Font•: Reprodu2ido com pe<mlssSo tl'SpeCial do editor, Psycholog,e~I Asscssment Resouroos, lnc., de Mabtig Voca1ior1.tf Oioic~s. Oite11os 3Ut0fa.is de 1973. 1935, 1992 ~,a P$Y'(hOlog1CM ~ 1 t Resource$, Snc.. Todos os direitos re$trv&d<>$,

    Adequação da pessoa à organização Pcrcchcn1os que rcccntc1nentc os pesquisadores ti:rn procurado adec1uar as pessoas às o rganizações, assin1 conto aos lrabalhos. Se unia organi1...,çào apresenta 11111 a111bicntc dinà~ 1nico e ele ntudanças e exige que s-cus fu ncion,í.rios scja111 capazes de lidar de in1ccliato co1n 1nudanças de atividade e transitar entre equipes, é n1ais írnr>0rtantc que a personalidade dos foo('ion~l,ios seja adequada il ,cultul'a gera l da orW'oiza(iio do que i'1s carac,erística.s de qualquer trabalho cl1õpecífico. 1\ teoria de adequação da 1.._cssoa ?. organização argu1nc nra prinripaln1cn1r que as pessoas são atraídas e selecionadas pelas organizações que se idc111ifica111 con1 seus valores,

    146

    Compo11.amento organiia~ional

    e elas cleixa1n as c111pres.--..s que n;lo são co1npativcis co111 su.1 personalidade.ª Us;u1clo a ler· 111inologia cio Big Fivc, por cxen1plo, 1,odcría111os cspcr"r q ue as pcsso,ts n1uito extrovertidas co111bi1la:;sen1 bc1n corn cullura.s .-1..gr~.·ssival:t e volladas ~,o tr<1balho cn1 equipe, que JX:$S-Oas a1n:l,·cis co1nbin,t.~c1n n"lclhol' to1n 11n1"1 t'li1na Ol'g.tnizacional que oferece suporlt do que con1 11111 que foca a agrcssi,i dadc, <" que 1.x:ssoas nu1ito abcnas ;, experiências cornhinassc::1n rnclhor con1 organi1.-açõcs que cntàtiza1n a inovação c111 vez ela padroniz.açào. H Seguil' essas d iretrizes no n10111cnto da contratação d eve levar ;l identificação de novos fu ncionáiios que co1n bincn1 n1clhor con1 a cultura ela cn1prcsa. o que deveria. por sua vez, resultar cn1 a.ha satisfhçào do funcio,nírio e dintinuição da rotatividade. 1\s pcsc1uisas sobre a adequação ela ptssoa i1 orgc:u1izaç;to t•unlX:111 têm c>bser,:ado os valores das pessoas e se eles co1nbi11cu11 <:0111 a cultura da c,nprcsa. Esse ctjuslc prediz a sa1isH1.ção no ltabalho, o co1npro1ncti1nc1, to co,n a 01-ganiz;,~ào e a baixa 1"()H11ivi
    n mplicações globais Personalidade As csu111uras de personalidade-. 1ais conto a do n1odclo Uig Fi,·e, va1ian1 de u111a cuhu· rn pa ra outra? As din1e11S<)cs, con10 a personalidade do "í"ipo ;\ 1 por cxcntplo, são rclc\lantcs c111 lodas. as cuhura.s? 'l bnlarcrnos responder a essas perguntas:. Os cinco ratores de personalidade identificados no 1nodclo Big Fivc apar<:cc1n crn quase lodos os CSludos ,nuhiculturais. 11' Esses estudos incluíra l'n unla gra,ldC variedade de cuhuras lais co,no China. Israel, J\lc1nanha, Brasil,.Japão, Espanha, Ni,gé1ia, i\01,1ega. J>aquistào e Estados Unidos. As d iferenças 1endc111 a estar na ênfâS<; das di,nensõcs e se os países são predon1ina1uen1ente individualis1as ou coletivistas. Po r exr1n plo, os gcs1ores chi· ncsc:. us..1111 a ç...1.tcgo1ia de conscienciosidade n1ais Crcqucntc111cnle e a de a111abiliclad c con1 111enos frequência que os geslorcs no rlc~:une1icanos. 1\ lé1n disso= o Big Fivc parece ser urn prc,~.sor tun pouco n1elhor uas cuhur.is individualistas: do que nas colctivisl<'.t.s,;; Contudo, de ,nancira surprccndcnle, há urna grande concordfulcia, cspccialmeute entre os indivíduos de países desen,·olvidos. Urna õl'lnális.c abrangente de t·studos feila conl pessúêlS dt 15 nações da União l~tu·opcia descobriu que ;, conscicn<'iosidadc cta u1n indicad or ,tálido de dcscn1pcnho entre 11'abalhos e g1,1pos ocupacionais.' 3 Isso foi f'xa1a1nen1e o <1ue 1xsquisas nos Estados Unidos d cscobriran1.

    Valores Por scrc1n os ,-nlorc."l diferentes de cultura para culu1ra, <: útil cn1cncler essas clitt':rrnça,., para que: se possant explicar e prever ,co111porlan1cnlos de íuncion.:í.1ios d e países difê:rcntc.~

    OistSncia do poder Grau em que as pes.soa-s em um pais aceitam que o poder se1a distribtiido

    do forma desigual.

    lndividu."llísmo Grau em qve as pessoas preferem agir

    isoladamenté a agir como membros do grupos.

    J

    I

    Modelo de Hofstede de valores culturais

    Uma elas abordagens mais urilizadas para

    analisar va1iac;õcs nos \lalorcs expressos por pessoas de d ifere ntes culturas foi feita por Ctcrl Hot'stcdc no final d os anos 1970. ''1Ele conduziu lnna pesquisa sobre os "nJorcs relacionados ao t rabalho co111 1nais d e 116 1nil funcio n~\rios da I Bt,. I c1n 40 paiscs e dcscobiiu que os v.:1.lorcs da cultura nacional de gestores e funcionários vaiian1 c1n cinco dhncnsões: /)Utli11tia tio fx)dn: 1\ dist&n eia d o p ode.r clt.$Cl'<~'C o g rau cnl qur ,-..s pcs..~oa.s crn tun país accitan1 que o poder t n1 instituições e organizações seja disui buído de for· 111a desigual. Unl a.ho índice de distâ ncia significa que desigualdades significativas de pcxlcr e riqueza c:xis1c111 e :s;:\o toleradas na cultura, <.-01110 c111 tun sis1cn1a d e classe ou casta que desencoraja a ascensão dos cidadãos. Un1 baixo índice dessa düncnsão caractciiza sociedades que c11íhtiza111 Í!,rt.1aldadc e 01>0rlunidadc.

    buli11itl11nlis1110 ,·ersus colttitis1110. O individualismo ê o grau em que as 1iessoas prcfcrcn1 agir isoladan1c:ntc a agir corno n1cn1bros d e g rupos e acrcdi1a1n cnl d irei·

    CapituloS

    Personalidade e valores

    147

    tos individuais aci111a de qualquer coisa. O c·o letivismo enfiuiza u111a estrutura

    Coletivismo Grau em que os

    social forte, ern que os indj,íduos <:spcra111 que os 111c1nbros elo grupo ao qual pcr-

    individ1.1os esperam que os membros do grupo ao qual pertencem <:uidcm-se e pfotejam-se mutuamente.

    Masculinidade Grau em que a cultura favore<:e as funções mascvlinas tradicionais.

    como realizaç,io, poder

    e controle.

    Feminilidade

    Grau em que determinada cultura vê pouc~s difefenças entfC as fvnções masculina e fem inina, tratando as mulheféS como iguais

    aos homens $0b todos os pontos de vista.

    Avel'$ÕO à incerteza Gravem que as pessoas em uma

    sociedade prefefem situações estruturadas em detrimento das des~sttuturadas. Longo prazo Grau em que detefminada cuhura olha para o futuro e valoriza

    a prosperidade, a .. -•

    (

    persistência e a t t a d ~

    Curto prazo Grau em que determinada cultura valoriza o présente, aceita as mudan,ças mais prontamente e não vê as obngações como impedime1,tos âs mudanças.

    I

    __J

    lcnc::c1n cuid('n1-sc e prot<.,:ja1n-s<: n1ulua1nenlt'. J,fa.sc11/i11idadt ,·crsusfe,niniJidadt. 1\ masculinidade rcprtS<::nta o grau c111 que a cultura lh\'orcce as fi1nçõcs n1asculinas tradicionais, con10 réali1..açâo, 1>0Clt:r e controle, cn1 oposição à igualdade de homens e 111ulhcrcs. Un1 alto índice de rnasculinidadc indica que a <:tdtu_ra tc111 funções separadas para ho1ncns e n1uJhcrcs e que os prinlt·iros don1inan1 a sociedade. U1n índice d e alta fernin_ilidade significa que a cultura. vê poucas difercn~'..t~ c11u·c ::LS funções nH,sculinas. e fc,ninina.', t1'<1tando as ,nulhcrcs co,no iguais aos. ho111cns sob tod os os pon1os de vista. .-Jv.m,1o ,l inctrlt<.a. O grau c111 que as pessoas c1n tun:, sociedade prclCrc111 situa· ções cstrtuu1-adas c111 dct rin1cnto das desestrutun:tdas dcfiné sua aversão à incerteza. E111 <:uhuras corn elevada a\·crsão à incerteza. as pessoas tén1 tnn nl\-el 1naior de an.sje. Este úhin10 aeti'Séi1no t, tipologia de T-lo~ lede 1nede o grau de devc:x;:ào ck1 oociecL'\dc aos valores tradicion;:ús. t\s pessoas de u11Kt cuhura de longo prazo oll1afn 1:mra o fl1tu1'0 e ,,\lori:1..a.111 a. p1QSJX:1idade, a pel'Sislência e a 11-adiç.lo. E-01 un1a cuhu1:a de curto prazo) elas "ak,1'i'1,an1o p1~nl<::, acei1a111.is 1nu· danças n,ai.~ pron1a1ncntc e- não \"etlll as oh,igaçõcs 00010 i111peOr sua ve1., prcdo111inanl valores colcllvistas, c1n que se cnf.'\t:i1.a1n os rclaciona1ncn1os .so(·iais. No que· diz l'Cspcito à 111asculinicladc1 os gcsto r<.'S brasileiros dão in1portflncia tanto a valores 1nasculinos (co1110 o sucesso) <1uanto a ICrnininos (con10 à c1ualidaclc de vida). J\ f)L'Sar de a Grécia s<:r o pais co1n 1naior índice de aversão à incertcia, o Brasil t•\n1bé,u se aprcscnla avesso ao risco, sc,,do pouco lolera1ne pc::ra1Hc ;unbiguidades e tendo ,naior necessidade de scgul'ança e p,-c,~sibilidadc. Po1· (ihi,no, co1n rclaçào à o,~en1ação pa,-a longo ou cu,,o p1-azo) no 81'ttSil prcdornina o enfoque a valo1"r'.S trnclicionais, de longo prato, cn1 que se olha pal'a o fi.itut'O e se \'alo1·iza tanlo a pros1>cridadc co1no a persistência. Olhando o Quadro 5.ô pcrccbc1n·sc: d iferenças regionais. .i\ s nações ocidcn1ais e do lic1nisf(:d o Kort<'= to1110 o (:anad~í e :a J-lolancla, tcndc111 a ser n1ais individualislas. t\Jguns p0dcr. t\s naçõ~ da Antérica do Sul, corno o Brasil. tcndcrn ;,) possuir índic~ 1nais altol\ do que ou11-as e,11 a,:ersào à ince1i.c1....'), e os paises asiáticos te11dc1n a ter un1a o tie11taçào pa1·a longo prazo. r\s d in1cn.sôes d e cultura de 1-lo(~tecle tên1 granel(~ iníluência s.ohre os pcsquisador('.s e gestores do co111poru1111cn10 organi1.acional. · lOda\'ia, sua 1x:sc1uis.a 1c1n sido 1nuito c1iticada_ Pri111eiro1 c1nbora os dados tenh::-111 sido atualizados> o trabalho original tcn1 nuús de 30 anos e foi baseado en1 urna única t rnpresa (I.B~·I). ~Juita cois:, aéontcccu no ccnáiio 111un· dfrll desde então. 1\ lbl\t1l1as das 1nu:da11ças ,nais ób\'ias fora1n ;i queda da U1,iiio Soviédca, a transfo1·n1açào da Euro pa Centf':'.11 e Oriental~o íi11~l do ll/)1111!,,id 11;) ;\írica do Sul, a difusão do is.Ja,nis,no no inundo de hoje e a a.sccns.-=io da China co1110 potência global. E1n segundo luga,; l)OUC'OS pesc1uisadorcs leran1 os detalhes da rnctodologia cl<> 1--lofstcde co1n atenção e po r isso há nn1ita falta de infonnaç,lo con1 relação à.~ dcn1ais d<;cisõcs e análises criteriosas. que ele teve d e fhzer (por cxc111plo, reduz.ir o 11lln1t:ro de va.lorcs culturais para apcn:ts cinco). ,\ll,"'llns rcsultr,dos foram ines1:>er..-\dos. O .Japào, que c1n geral é visto co1no uma naç.1o aluuncntc coletivi.sta, Sêgundo as cli.rncnsôcs de Hofstcdc é considerado apc11as nor1nal e1n

    148

    Compottamento orgc1niza~ional

    Valores culturais de Hofstede por nação

    Distância do poder

    Individualismo versus coletivismo

    Índice

    Posição

    Índice

    Posição

    Âvstria

    11

    Bélgica Brasil Canadá Chile

    65 69 39

    35-36 41 53 20 14 39 24-25 13 17 42-44 51 8-9 18-19 46 15-16 42-44 42-44 27-28 2-3 15-16 10-11 8-9 29-30 49 52 34 37 33 27-28 1 5-6 40 50 47-48 32 2-3 21-23 4 24-25 35-36 31 47-48 45 29-30 21-23 18-19 38 26 5-ô 12

    46

    Aust,ália

    49 36

    17 20 37 91 36 12 27

    22-23 2 18 8 26--27 4-5 38 39-41 49 46 9 52 42 17 10-11 15 3 30 53 37 21 47-48 24 12 19 7 25 22-23 43 36 32 4-5 6 13 47-48 51 45 31 33-35 ló 20 10-1 1 14 44 39-41 28 1 29 50 33.35

    38 27 20

    26-27 33.35 39-41

    Pais Argentina

    Cingapura Colômbia Costa Rica Dinamarca Equador EI Salvador

    Finlândia França Alemanha Grâ·Bretanha Grécia Guatemala H0<19 Kong Índia lndon&sia Irã Irlanda Israel Itália Jamaica Japão Coreia do Sul Malãsia México Holanda Nova Zelândia Noruega Paquistão Panamá Perv Filipinas Portugal Alric., do Sul Espanha Suécia Suíça Taiwan Tailândia Turquia Estados Unidos Uruguai Véflezuola lugos.lávic1 Regiões Paises árabes África Oriental África Ocidental

    63

    74 67 35 18 78 66 33 68 35 35 60 95 68 77

    78 58 28 13 50 45 54 óO

    104 81 38 22 31 55 95 ó4

    94 ó3 49 57 31 34 58 64 66 40 61 81 76 80 64 77

    7 21-23 10-11

    90

    55 75 38 80 23 20

    13 15 74 8 19 63 71

    67 89 35 6 25 48 14 41 70 54 76 39 46 18 26 30 80

    79 69 14 11 ló 32 27 65

    51 71 68

    Aversão à incerteza

    M as,culinidade versus feminilidade Índice 56

    61 79 54 49 52 28 48 ó4

    21 16 63 40 26 43 66 66 57 37 57 56 46 43 68 47 70 68 95 39 50 69 14 58 8 50 44 42 ó4

    31 63 42 5 70 45 34 45 ó2 38 73 21 53 41 46

    Posição

    Índice

    Posição

    20-21 16 2 22 27 24 4ó 28 11 · 12 48-49 50 13-14 40 47 35-36 9-10 9-10 18-19 43 18-19 20-21 30-31 35-36 7-3 29 4-5 7-8 1 41 25-26 6 51 17 52 25-26 34 37-38 11-12 45 13-14 37-38

    86 51 70 94

    10-15 37 24-25 5-6 21 -22 41-42 10-15 53

    53

    76

    48 8ó

    8 80 8ó

    23 67

    94 59 Só ó5 35 112 101 29 40 48 59 35 81 75 13 92 85 36 82 53 49 50 70 86 87 44 104 49

    64

    30

    16--17 43 4 21 -22 8

    76 88

    23 39 30-31

    52 54

    Fot1te: Direito$ autOí&l$ para Geen Hofs1ede SV. hofs:te-de0bov1.f\1. Rep
    44

    85 4ó 100

    4.5 32-33 44 32-33 15 42 3 48-49

    Pon1u.aç&<> O• eiclíe!'Ntt'ltf"llf: ba1x.a f:m dim~o a,, 100 • ex1retl'l.amcn1e ahóll.

    10-15 51 28 5-6 31-32 10-15 29 47-48 1 3 49.50 45 41-42 31-32 47-48 19 23 52 7 16-17 46 18 35 39-40 38 24-25 10-15 9

    ó9

    29

    58

    68

    fndice

    Posição

    31 31 38 65 23

    22-24 22-24 18 6 30

    48

    9

    46

    10

    41 39 31 25

    14 17 22-24 28-29

    96 ó1

    2 7

    43

    13

    34

    19

    80 75

    4 5

    44 30 44

    o

    11-12 25-26 11 · 12 34

    19 30

    31 -32 25-26

    19 33 40 87 56

    31-32 20 15-16 3 8

    29

    27

    25 ló

    2S-29 33

    20

    2 39-40 10-15 49-50 33 2ó



    Orientação para longo prazo versus curto razo

    27 3ó 34

    CapituloS

    Personalidade e valores

    149

    colcthis1no.&:•.\ p<.·.s.ar dessas consic!eraçõcs~ 1-Iofstcdc é u1n dos cientistas sociais 111alS citados e sua estrutura deixou tuna nHU'Ca pcr1nanentc 110 con1porta1nc11to o rganizacional.

    Modelo GLOBE para o estudo de culturas Iniciado cm 1993, o projc,o ele pesquisa c ·LOBE (Liderança Global e Eficcltia no (:01nportan1cnto Organizacional) é u.1na investigação sobre cuhu.ra e liderança c1n diferentes naçôt"S. Usando drldOS de 825 organizações crn 62 pai.ses, a equipe GLOBE idenüficot1110\-C dii11c1\SÕCS nas quais as culturas nacio1, ais cLifcren, entre $1.31 t\Jgun,as tais conlO distância do poder. in0 e o estudo G [.QBI~ as confitrnou. No e1nan110, os pcsc1uisado1·e.s: con1inuan1 a dcba~e1· as difcr<:nças e ntre estruturas e csludos fu1uros ç poder.lo, a seu 1cnlpo, f.1vorcccr a ~x:rspec1iva n,ais :ibrangcn1c do csiudo GLOffü.'1

    - m esumo e implicações para os gestores Qual é a v:,lidadc do 1nodclo Big Fivc par« os gc:stort's? l)o iníc-io do século XX ate.': 1nc;idos da década de 1980, os pcsquí~do1'CS lCnlar:un encontrai· unla líg::tçiio en1te pe1'$0nalidade e dcsc1npenho no u-abalho. no resuhado desses n1ais de 80 anos de pesq11is;.1s

    Personalidade

    foi ciue a pcrwna.lidadc e o d ese1n1,cnho no 1rnb.,1.lho não es1ão !.ignificativa,ncnte relacionados po r n1cio d e traç0$ ou de ~in1ações".tt' Contudo, os últintos 20 a nos fora.111 anais pron1i-sso~ rcs, cspccial111en1c por causa dos conrc.itos relacionados ao n1odelo Big l•ive. Buscar íuncioná1ios co1n alto grau de consciCnl'iosidadc - assi111 con10 as ouu·as ca,-..,clcríslicas Big F'ivc, dcpcndc1ldô do éiitCrio que a 011,:rani~açào co1lsidcn1r 1nais in1p-0r~ tanté - pode ser tnll bo,n cons..clho. É claro c1ue os ges1ores ~ind.l p1-ccisa1ll levar <:rn considc1c\ç.1o os fruorcs sin1ac-iona is..8' Fa1ores con,o a~ exigê11t ias do trabalho. o gl"'du de i111r1·açào nec:css.:lria co1n os ouu'Os e a cuhtu-a da Ol'g aniiação são cxen1plos dC' \'ariá,·eis si1uacionais <111e n1odera1n o l'elacio11an1en10 de dewn1pcnho no 1rat,aJho e a personalidadt~. \10<::ê precisa a.\'aliar a tareía realizada, o trabalho e ,n gn1po e a organização para dctcrn1inar a personalidade 1nais adequada. Outras características, co1no a autoa\·aliação básica ou narcisis1no) podcn1 ser rclc\'anlcs e.:111 cc11as situaçô<..-s 1an1bé1n. E1nbora o Indicador de 1"'ipos di: Personalidade ~·lycrs-Brigf,~ tenhas.ido a.111pl;:ln1cntc c1iliC(1do, ele ix,de ter algu1na utilicladc para as 011,,anizaçõcs. ~ os prog1'})n'l<1.S de trci,1a1nc1110 e dcscn\'Olvi,ncruo, ele pode ajudtu' os fi,nc-ion;"\rios en1 seu pt"OCesso dr au1oconhec-i1nc1uo. Pode carnhê:111 a11xiliar :is eq11ipes d e tl'abalho, f.1rilirando o rn1cndin1cn1.o dos 1ne111hros erurc ~i. O ,este pode ainda n,rlhornr a ro11u1nicaçào dcnuu dos grupos d e trabalho e ~judar a reduz.ir t'onflilos.

    Valores

    Por qur é in1po1·tan1ç c.onhcccl' os valo,·cs ele \11n indi\'íduo? Os \'alorcs frcc1ucntc111cntc consci1ue1n e çxpliç;un atitudes, con1portan1cntos e 1)(·rccpçõcs. Portanlo, o conhcchncnto cio sislc111a de valor d e uni indivíduo pode conlribuir para o cntcndi1ncnto do que 'fuz tuna pessoa ter n,otivaçào'. O dcsen1pcnho e satisfação cios funcionários tcndcn1 a ser n,ais altos se seus valores co1nbi11an1 lx:1n con1 a organiz.ação. A pcsso;, que ch'l gr.1ndc irnporuincia â i1na&iinnçào, indcpend\:ncia e liberdade tende .:1 .ser de pouco valor parti u1na o rganizaç~o que procura conforrnidadc c-0111 seus funcionár.ios. Os gcstol'cS parcccr11 apreciar, il\'t1.liar posithian1c:nte e n;co111pcnsal' funcionluios que 'se cncaix.1111', e cs1es, por sua vez, 1cnd crn a ficar ~;:itisíCitos se pcrccbcn, que rc-ahncntc se c ncaixa1n na organização.

    1SO

    Compottamento orgc1niza~ional

    Ponto

    Contraponto

    Traços de personalidade são poderosos indicadores do comportamento essência da abordagem sobre os traços de personalidade no estudo do comportamento organizacional é que os trabalhadores possuem ca· racterísticas estáveis de personalidade que influenciam significativamente suas atitudes e comportamentos com relação à organização." Os indivíduos com determinados traços de personalidade costumam ser relativamente coerentes em suas atitudes e comportamentos em diferentes situações e no decorrer do tempo. Evidentemente, os estudiosos admitem que nem todos os traços têm a mesma força. Eles costumam agrupar esses traços em três categorias. Os traços principais são aqueles tão fortes e generalizados que influenciam todas as ações de uma pessoa. Os traços primários são influências em geral coerentes com o comportamento, mas que não se mostram em todas as situações. Por fim, os traços secundários são os atributos que não formam uma parte essencial da personalidade, mas que vêm à tona apenas em determinadas situações. Em geral, as teorias sobre os traços se voltam mais para o poder dos traços primários como meio de prever o comportamento dos funcionários. Os traços do Big Five são primários e podem prever praticamente todos os aspectos do sucesso na vida (a carreira, um divórcio e até mesmo a mortalidade). Uma análise recente descobriu que a personalidade apresentava efeitos mais fortes nesses resultados que a origem socioeconômica e, em alguns casos, até mais que a inteligência." Os gestores parecem dar bastante crédito ao poder dos traços como indicadores de comportamento. Se eles acreditassem que são as situações que determinam o comportamento, contratariam as pessoas de maneira quase aleatória e estruturariam as situações apropriadamente. Mas os processos de seleção de funcionários, na maioria das organizações, dão grande ênfase ao desempenho dos candidatos em testes e entrevistas. Coloque-se na posição de um entrevistador e pergunte a si mesmo: o que procuro nos candidatos para este emprego? Se sua resposta for consciência, dedicação ao trabalho, persistência, competência e confiabilidade, você é um adepto dos traços de personalidade!

    A

    oucas pessoas seriam capazes de negar que existem alguns atributos individuais estáveis que influenciam as reações das pessoas no ambiente de ttabalho. Mas os estudiosos dos traços de personalidade vão muito além dessa generalização e argumentam que a consistência do comportamento individual ê mais abrangente e gera a maior parte das diferenças de compo.rtamento entre as pessoas. Dois problemas importantes na utilização dos traços como forma de explicar a maior parte dos comportamentos nas organizações são que a evidência não é tão impressionante e os indivíduos são bastante adaptáveis, de forma que os traços de personalidade mudam de acordo com as situações organizacionais. Primeiro, apesar de a personalidade influenciar as atitudes e comportamentos no ambiente de trabalho, seus efeitos não são tão grandes: os traços de compor-

    P

    tamento explicam uma variância mínima em atitudes e

    comportamento." Por que isso acontece? Os efeitos dos traços no comportamento tendem a ser fortes em situações relativamente fracas e fracos em situações relativamente fortes. As estruturas organizacionais costumam

    ser situações fortes, pois possuem regras e outras regulamentações formais que definem os comportamentos aceitáveis e punem aqueles considerados desviantes. Além disso. as estruturas organizacionais também possuem regras informais que ditam os comportamentos desejáveis. Essas limitações formais e informais minimizam os efeitos dos traços de personalidade. Ao argumentar que os trabalhadores possuem traços estáveis que mantém uma consistência em inúmeras

    situações, os estudiosos dos traços estão afirmando, na verdade, que os indivíduos não se adaptam às diferentes situações. Existem, no entanto, crescentes evidências de que os traços de personalidade individuais são modificados pelas organizações das quais a pessoa participa. Se a personalidade de alguém se modifica em função de sua exposição às estruturas organizacionais, como podemos afirmar que os indivíduos possuem traços que afetam coerente e persistentemente suas reações a essas mesmas estruturas?

    CapituloS

    Personalidade e valores

    151

    1. O que ê personalidade? Co,no é nor1naln1cnlc classifi· cada? Q}1c frnores a influcnciatn? 2. O que é o l ndic.aclor de ·r ipos de Personalidade de ~Jyc1-s. Brig,~ e o que ele incdc? 3. Quais s.\o os traços ele personalidade cio ,nodclo Big l·i\'c? 4 . Cotno os lraços de pcrsonaliclc1dc do rnodclo 13ig Fivc prc\'ec1n o co1nporlan1cnlo no trabalho?

    5 . 1\Jê1n cio Big Fivc, que outros traços ele personalidade são l'clevanles ao co1nporta1ncnlo 01-ganizacional? 6. O que são valores, por que s..'lo i1nportanlcs e qual é a difc;1·coça cnt1'C valorcs tcr1ninais e i11s-t1'1.nncnlai.s? 7 . Os ,...:Jo,"ts dilêrcn1 ao longo das bl'tra<;Õ<..-s? 1)c: c1uc ronna? 8. Os \'alores difi-re,n nas tuhu1·as? l)c que fo1·111a?

    Oue tipo de cultura organizacional você prefere? O perfil ele culuira organizacional (PCO) pode auxiliar na cletcrrninaçfto dos r~ustcs e1\ll'e úS \'alores do indh1duo e d~, org~nizaçào.88 O PCO ajuda indivíduo!. a clai.Sifica1· suas caraçtcri!:tic,is t:n, in1portún<.;a, indict111do seu!) ,".l.Jorcs.

    a) Q!.1ais valores forarn seus prcfi.·riclos e quais os n1cnos apreciados por você? \'ocê acha c1ue eles s.\o parecidos co,n os dos outros 1ne1nb1'0S do grupo ou da classe? h) \,b cê acha que há diferenças de \'alores preferidos e ,ncnos ~prc<:iados corre gcr;:içbc:s diferc11t~? e) 1\s pc...:;qub,as 1nos1r:11n que os indh1íduos tcndc:,n a c..:;tar n,ais fcliicit <' ter 1nclhorc:. clcsc1npcnhos c1uando os ,·alorcs de seus pc1tis s..i.o condizentes conl os dt seus c,nprcgadorcs. Qual é a i1nportância dessa ad· cquação de \'alon.·.s no 111on1c:1110 ela de.cisão ele onde u-abalhar..'1?

    1. Responda, ind.ividualn1cntt·~ ao questionário de pc1iil de cultura organizacional a seguir. 2. Sc:u insu,J1or dc~-c lhe JX:fg\11ltar as quo 1õcs a St.·guii·, indhi· duahncn1c ou cn1 &rn•po de três a quano alunos (11011,<:anclo,. ªse u1n representante para 1'Clat:u· as conclusões para a classe):

    ~~~~~~~~~

    Dilema ético Há mal no maquiavelismo? \ 'iven1os; c111 urna socit~dad(: t:1pi1;,lista cnl que· a livr(: iniciativá e a husca por luC:n)J:i it.:1(> dois dos pil::in!s c:cn1ra.i:-:. Nesse c.' cn.;liio, a co1npêliç;\o entre os agenlcs ernergc nàturahncnlc e conuibui para elevar :, qualidade dos produ~ tos e !\C::J'Viços oferlados. Dia1nc disso) a livre concorrência constitui-se con10 o utro aspecto fu11da1nc111al do ,nodclo de econo111i:1 ele ,ncn;:a.do. F.n, funçi'io di..,;so e craç:11ldo u,11 flaraltlo co1n as f iência!) biolôgiCa$.. havcrf:i llllln di.sputa pelo$ recursos escassos e os organis1nos n1ais fortes sobrcvi,·crão1 ou seja. os agc1ucs n1ai.s cficic:ntcs lucrarão e àquc:Jcs que não conscgui,·c,11 se llHIIHCr 1·cscarj apenas a full:ncia. Es...:;ç 1nodc:lo ~<.>ciocco11ô111ico parece: ser ideal 1,ar;, u1na r>crsonalidade fi)r1<·1nc1ue n1aq\1iav('Jica. O foço no~ 1'i",.su1lados., <>tt :;ej::i, a efic:iênci;) e:, l11cr~ttivid:1dt\ é u1na. das princip.iis carac.l<·ristic-
    t\ lérn de o <:Ontc.~x,o <·api1ali::;1a, por~ ;;(J, j:l fl1v'01'(;('(!r o n1aquiavelis1110. algtunas c111prcsas atuahne11tc parcccn1 csün1ular esse ttaço de p<:rsoualidadc. (;raças it acirrada co11c(1n·ênci:1 de con1panhias nnlltinacionais e d.1 entrada de acionistas internacionais, 1nuit:.,s e1npn::sas b1•af,ilcira.{, precâsarn se desdobrar para gar.unir a sobrcvivênci.i. L) i.lnlc cliS.50, nn1i1os progrtunas para clC\':'1 1' a eficiência ,1Cn1 sendo rcaJi1.ados, incentivando ::1 rédt1ç..:io de cus1os <.', conM...x1uc111cnu.:nlc, o cone de fiu1c-ioná1ios.. 1\ pcs.·u· de u·isl<:) essa 1nedicla pode garantir a c.."ô111i11oidtldc d~i.s orgn1W.açõci. e de todos o:; outnl$ JXWlOS de trabalho. Dc·nu-o c~s cn11n'<:sa~ po1't·n1i a cc>n1petiçào elc:va.•sc e· o clirua 1cnde- a pio1.:11~ pois coclos pas;.an1;i tc1ncr ;1 perda ele seus cn1prc:gos. Ocss:, fornla, a não divulgação ele infor,naçôes e· o con11)()rCa1nenl(.) polítito <:01n os supc1io1l!s p~L"-<;.1111 a s('r 1uili.z.1dos con10 estratégia para 's.'\l\'ar a própria cabeça'. As d('1UÍ"SÕt'S., cu1r,·ta1uo1 11tu) sfi<• o lloico i11t('111ivo ao 1naqui~"·clisn10. ~luitas con1panhias csti1nul.ln1 a co1npc· 1iç-ito interna con10 fo nna dt: cle\'ar os resuh:1dos de M:us 1rabalhadorcs. Co1n pr
    seu re11climc1110 ou tcnrnr prejudicar os concorrentes. l:;so ac,'lba po1· ~levn1· o i11di\'id11a.lis1no nas enlp1'<·s.a.s.

    152

    Compo11.amento organiia~ional

    Algu,1s l~xe1nplos de 01·g:u1izaçúc:!i

    tOl'l'l

    tuhutas a lta-

    1ncn tc nle1i1ocr:ilita:. iià<> os b:ul<:~ de investi1ncnto, conH)

    o lfrC Pactua). de t\ ndré l::stc,·es, <1prcscntado no início do capí1ulo. Con1panhias que já tivera1n e que ainda têrn liga· çõcs co1n o fundo de par·licipaçõcs GP (nvesti1nc1uos, co1110 a l\1n Bcv e a.s l.<~as A1nel'icaoas. t:H)1b{:n1 ÍI\Céntiva,n 1)r.~1icas sc111elh;\ntcs. Evidcntcn1cntc 1 essa comp('tiç:lo não fica rcs1rita ao interior elas cn1prcsas: aparecendo n1uilas vezes nas rc· lações ituerorganb:acionais. Casos de ,lu,npi11g, a p 1·~lüca de preçô!i 1nais l:H1ixo$ Cj \tc· os tun Ll'aço :u)1ié1ico? O sisH:rna capita lis1a ioc<;,uhra a co1npe1ic;f10 e·, clcs~a forn1a. c.:011sc.:&~1r 1razc.:1· os 111l·lho1'Cs result,,dm pi:1ra os <:Onsun1id o rés. O dh:1do j:·i 1u)s diz: ·'st.• estft na chuva, e'· p:u-.1 sé rnolhar". alin:ll de contas. se as rcgr.:1s (ou a ausência delas) pcrrnitc1n1 por que os fins não justifi· cal'ia,n úS 1ncios?

    Questões l . ~a l(()ricdad(" bra~ilcita, o atlje1ivo 'nlaqnia\'élico· ganhou 111n~1 c(u1otnç,to ncg:-Hl,,..t. Para você, esse ll1\Ço d e

    J)('rsonaliclaclc representa frtlt:1 ele ética? 2 . Se \'()(:(-; 1r:ihalh:;L-.~ C'.111unH, <;1nprtsa ond(• a <:01111:>tLiçào

    e a n1criloc111cia IOssc1n clc.·,·ada.s1 vocl' c.st3ria disposto a: a) On1idr in!Onn;1çõcs c.·stratégiras ao faku· con1 outros ll1ncionários?

    b) :\'ào ensinar tarefas vitais do111inadas apenas por ,·ocê? r} 1·1,1ar 111al de colegas p.tra seu chefe? d) .\~r de n1~u1cir:l política co1n seus superiores?

    3 . E c:1so tr.1halha$."e e,n urlla <:1npn~sa (nldí' o colabor11cionis1no fbss1.· v,·, 1ori:1~1dcl, ,·ocê * :,proveiu,ri~t da boa voniaclc de seus colegas para conSC!,'uir tuna pro,noçào que dobraria seu salârio?

    4. Se vivcn1os c1n un1 n1u11do capitalisla onde a concorrên· eia é li\TC, con10 você enxerga a prática do dun;pir1g?

    Estudo de caso 1 Executivos narcisistas: quando o poder sobe à cabeça \ 'iagcns, c•111rt:,·is1as, n·uniõ<-$, n<-goc:i:,çõc·s e 1'Cn1u1~cr:tçõcs vultosas. O dia ~1 dia cios executivos no topo das hicrar· q uias Oll,r:tnizacivnai:S paN.•rc inr1~vcl e ,utai n1ui1m jovc:n:o. para a ç;1rrcir;;l ;:1cln1inistr.1tiv;1. Ko c11t;;1nto, é preciso qt•c cstcjan1os bctn atentos f,s ,nais cLivcrsas conscc1uências ele tod a a Huna e projcçfto de que essas pessoas goza1n. 1\ cirna de tudo, cs.sc.-s ad1ninil:!tr<1dorcs s.io se~ lnunãnos e, corno 1ais1 es1ào stticitos a dircrcnléS cnloçôcs co1no todos nós. Peguen1os cor))O cxt.:1nplo os gc'S.lo1'('.$ l"Ont1~11,1d<>.s corno 't1.1lv.ldorcs ela p{11rié1', que chcga,n ;',s 011:,rnnizaçõc.·s c1n 1110111cntos d(' graves crises con1 o objetivo de 1-ccsu·utur.\-las e colocá-las no,~u))é1HC no ca,ninho do lucro. 1;sscs executivos rcccben1 &.,·~ndcs incc.:ntivos, desci(' as 1nais di\'t'rsas regalias até gordas 1·cn1u11crações, incluindo salários variá· Y<'i:o. e' opçõc.:s de co,npra de· :,çúc·s . .l\lc.:,h dis.so. c·s:sa:o. pc•)>.soas cos1u111an1 receber grande atcn<;ào cln rnícli,1, vindo a conceder atê três vezes anais cn1rcvis1.1s do que seus pares e,n 0111ras c,npres.:ls. Esst'S Í:-'11os, c1un::1an10 1 pode1n ttazcr consequências nt•gativ,1s, con10 o c:on1por1::u11cnto n;,rcisis1a desses lídc1·es. J\ ccitando ,;1 JJC)si(':1o de SllJX:r·hon1cn!S, qut: sah'.u'ào .l!S cn1pre&1.S e as torn.tdio lucrativ:i.s en1 pouco 1cmpo, «:sscs ad.1ninistradorcs i1npôc:n1 1nc1as inviáveis a ioda a cn1pl't· s.a, chegando :1 r_.... 1,-:ip()h,r qua11-o vezes r pessoas con1 scntin1<:ntos sc1nclhantcs aos clelc.s. Dcs.sa tôrnia, suas cc1uipcs e, al.~u1nas vezes, alguns sc1orcs da c1npre-

    s.1 1

    passan1 a agir co1110 cs.~s líclcl'cs, acl"CClit:indo <1uc atiogi-

    rft<> rai.s resultados astmnõl'l1icos. U1n dos c:-.cn1plos n1ais fa1nosos cio inundo para o risco desse co1nportan1c1no narcisista fo i a quebra da c1nprcsa a111cricana Enron, cujos ex-presidente e cx-p1·csidcn1c do (:o nsc·lho de :\d1ninis1 1-açào c;)·a,n l"Onsiclcra.clo.s cxtre1na. rnencc ('gocêntriC'OS e arn,g~1ntcs. No Brasil, o bancp,1ciro EdcnHtr Cid l·Crrcira, acusado de ser o respons;:ívcl pela falê:nria do llanco Santos, é un1 elos cxc111plos 111ais con· 1un,dc11tcs dos !'iscos desse co111po 11an1t~nto. t\ 1nbos os ca· sos cxc·1npliíita1n ,, 1'('<\I p«,hlco1a dos lideres 11artisis1as: a nu1q1,1iagc.:1n co11\;\l,il-financcir:1. 1\ 0 e11frt.:ntt:1ren1 d ifirulda<1cs par,·1 a tiuglr els in1prc,,·àveis 1neH1s ele c rcsci,nento, tonna·se nc<'css~\rio a pela r para 1ncios e operações ilícit~,s, afinal ele conlas~ esses sc111icle-uscs não podcn1 1er errado e1n suas dc<'is.õc:o.. 1\$ pel"Sonalicladl~S desses adn1inis11~,dorcs nlOsl1<11H que, a ntes do.s prl'>blrrnàS fi n:-n)(;(•i,·ol:i, contábeis é ,,;but:-irio~, essas org::,niz:,içõcs <.'nÍrcntani g raves crises co111portan1cntais. Segundo o 1-enon1ado psiquiatra e professo!' ~·Janfl'ed Kcts de \ ~ries. o narcisis1110 é perigoso e todo e <1ualqucr lidet cari!.n1;i1ico e he11\·s1,1çcdido cst:i sujei10 a ele. F.vid<·n1e,ncn1e. nc111 todo grt111clc Líder co1nporta·w dcs.i:t 1n.111cir.t. É por C.-5$..l razão que o dc.sen,-olvin1ento de \'alorcs n1orais e élicos e o controle scnli111cn1al e cinoc:ional são tào ianpona1ncs para os jO\'CH~ ;1cl111inis1rado1'<'S. l)css;} 1n:;111cir.:1, fon1H1·SC: u,n;, b.'lmira contr., '" prepotência e a ,,n-og;lncia p~lr., que.-, .ao .t$Sun1ir .- gt•rência, din:1ori:1 011 1 c1ucm -Sélbc, a prt-sid ência de un1;1 organiz:,çào, ,-ocê possa c1i ar 11111 bo,n an1bicntc de h'abalho para os funcionários, buse:.1r n1c1as de: crcscin,e,uo scns:llas (' tC)llC' (;dCr 11.-11l(ltlilal'llé1Ul: C!llt'e\~StaS ao.;; J')('.1'1{1dÍCOS de· ::l d1lliniSl'ra<;à()1 i;c1n rn<;do de que ú poder lhe suba à cabeça.m

    CapituloS

    Personalidade e valores

    153

    Questões 1. <) <1ue ,«é aelia qu,· é o printip,d respons,lvcl pelo co11,-

    n,·1ric,i. t~ da 1nídit1 e1nprt~s.ari:1I Í.'\1'.1o <1uc eles se~ tornc~n1 líderes 1,arcisistas?

    po11:-1111en10 n;s1rri.sis1:-1 dos líde~s ~tprcsentados n o têx10:

    3. O narcisis1no pa,ttc ser unl Lraço típico de 1>ers:ooalichu.lc de 1nuitos gcstorc..·s da ah::1 hierarquia das c.:1npn:-

    suas personalidades ou o a1nhicntc qu<· txpc1in1c1nan1

    nas organi7..."tÇôes? 2. \ 'ocê acha que, indcpcndc:ntcrncntc da personalidade dos gestores, a fru-na. o dinheiro e a idolatria dos funcio·

    Personalidades dos lideres e consequências aos liderados E,n uni le\'ant~nncnto co1n executivos nortC-1t!'ru:ri<:anos. os pesquisadores Katc Ludcmau e l~ dic Erlandsou iclcntific:ira1n que 75 por cento deles tên1 características de ·1nachos alfa' alta1nc.1n c a1nbiciosos e agressivos. l~t,sa c:é<:n~à<> ,nais rápida t, d,· 1nancira par;1clox~1I, colaborar 1nais par.1 o rápido desc11volvin1cnto de seus subord inados. \ 1;trios estudos corroboran1 essa hipótese e busc.."\111 ex· plicac;õ<:s pa,·a tal íc•nón1eoo. J\ priinei,·a dc!las 1cn1 C".arálc~J' cognitivo: a gcstitulaçào i11tisi,.-, deno1a co1npc1(;nci:1 p;:ira os observadol\'S. Ot•s::;:'l forn·111, os ~"t'!..,IOr<.-s que pr.-Hitr1111 u1n:, co1nunicaç-à.o verbal e, prit1<'ipailnc1uc, n::i.o verbal 111ais agressiva tcndcn1 a cxpcri1n cniar tuna ascensão 111ais rápida. 1\ ou1ta explicac;ào é de1nons1tada na pl'ática: e1n n1001c1uos
    s.1s? \''o cê acha c1uc esse traço dl' personalidade pode

    influenciar posilivan1cntc a ascensão elos achuinistr:.,do1-cs nas c1nprcsas?

    1>crsonalidade desses executivos é naturalincnu· agressiva e ,·01npc1itiva, oo cnt.-üllO, ele· ptcci~ S..'lbc;r cootrohl-la 1>al"á c,"\·it~1r conílilos con1 liO(t c.~<1uipc. Segundo cspcci.1listas, utili7,ar-sc const::1n1c1ncntc cio n1cdo e de 'palavrOCs' nào s:io 1:stratéb,ias adequadas de 1no1ivaçâo, \'Ísto qu<" sua efic~lC'ia i: d<." cuno p1'a?".o. t\ lénl di~so, o lidt~r a u1ori1cll'lo cfic:ic·1HC pn'('isa sahc r elo1,,'lar sc·us suhorclinados1 a1t'· j)Ol"quc sc·u apl:-\uit() tern 111n fX:SO 111uito 1naior p:u,1 ('Jcs. Por fi111~ rcserv:•r tcn1po par::-. ensiná-los e auxiliá~los ê vital. reduzindo, C.'Olll isso, C\'Cntuais rcclan1a~ c;õcs no fu turo. Ohvia1neote oào é fãcil co,n rolar seus 1raço!. de pel"SOoalidade. Q:,; «::hcf<,~ linh:,-dur., de.st•11volvera1n suas <:rún(a$ e 1:1noçõcs: prcdo111inant<:s ao lonbro da vida. No entanto. o 1·cspcho aos subordinados pcnnitc u1na gestão n1ais eficaz das cq11ipcs. t\final de contas, a concLiçâo pl'i1ncira pata ser tun líder t1n u111a otganiiaçf,o não é. o au1ori1arisn10, ncn1 ,ncs-1110 o t'ol:)bOn\éionis1no, 111:-\S a C,'l:iStCncia de u1na t.:(1uipc c1quc1n ad,ni.nistrar.'' º

    Questões l. \ 'ocê actu, que os rcsuh,\dos da pesquisa ap1'Csc111acl:-l , rcali1..ada nos ~!:1adoit Unido:;, scria,n s<.:nH·lh,lntc·:,; 110 Hrasil? Rc..·l;1cionc s\1a co1nparaçi'io co1n os estudo::; ele f*lofstcdc.

    2 . \ focê l)l\~fC1; 1ia IF.thalhar c·on1 t llH çhc·re l')U(' i11c;(:11tiva a co1npcri<;ào e que valoriza e rccornpcnsa os rcsultad(>S individuais ou <'0111 un1 chclt n1ais ·pacífico'. que prefere a colaboração e o tl'abn.lho cn1 equipe?

    J. E quanlo aos cornporta1ncntos cio <'hcfc, você \·cria pro· blc::n1a crn ser subordinado a un1 chcfC n1uito con1pc1cn· f<:, 1nas to1ah11c1nc ccnu-ado no 1raba)ho e noi 1'<:suha· dos, que 11~10 abl"C cspac;:os para dívçrsõci. e brincadeirt1s e c1u<.:, 1nuilas vezes. pode par<..'CCr grO$.iCiro? 4. C<111)0 voc:;i· qualificaria u1n ·cln;rc linha,1111-a·, de açol'(IO co,n ~ll
    154

    Compo11.amento organiia~ional

    1. ·n :tgCJ I A:1hhridgc e· Giuli:1na Xapoli1ano} ·".,-\ st('u~ào e c1ul·da ele lUU b:tnquciro". Rn:ista /{..-.:tJmt, cd. 922, ano 42, n. 13. 16

    jul. 2008. p. 126-133. 2. G. \ V, 1\ ll1>on. Pt'tsonaH{,J.' .1 J>.pthoJW,al ln1t1prrta11011. Xov:.1 Yotk: lioh , Ri11('h:u1 & \\'lu:stou, 1937. 1>. ,18. P.tra u1na brc,;c c:rhic:;:i dos pontos de \.~st;• cnuais sobn• pt•rsúnalidadc, ,1.'ja R. 'J: l·Jogan <.: n. ,,: Roben:-. " lntrodu('tion: l\ :r.sonali1y nnd lndusu·i:,I anel Org::ini:,,~1ionnl Psychology'\ cn1 lt \\'. Rohcrts e R . Ho~ul lÚ'l,~,}, 1+rw,1ali!r l'~dwlqgp in IM J 10-,÷ pl,1<<. \\'a shington O.C.: 1\n1cric;u1 Psyt·hologic::'LI .USO<:l.1tio n, 200 1, p. 11 -12. 3. K. 1. "ªº der Zl;<:,J. ~ . Zaal cJ. Picks1n1}" \ ~1lidalion ôÍ tlu.• ~ luhicuh l1ral Pcrson:llily Quc.stionnairc in 1hc C-.ont('~t o í P<:1'SOnnd Stltction•·. 1-ÀiroJKon ,7(}Ur,10J ef l 'trs0rtaliy. 17, 2003,

    p. Sii-SIOO. 4. S. 1\ . Birkcland, ~[ ~I. ~l;l 11.W11,.J. L

    .~.

    K.i~uUOl"C. ~I. ~ i:

    B1·,i11·

    n ic:k r .:\ I. ,\ . S1nith, "t\ ~lc1:,•.\11aJytic l11vei1:tig;uion úl'Job ,\ pplic;;,n1 Faking on Pt.:rront,lil)' ~l('a~l1rcs", hllft'n111W.,u1/ J(JUrnnl ef &t«tir,n o,ul ASJ1JJJ1u,u, 14. n . 14, 2006. J>· 3 1;.3:J5. ~r, ,..\ ..Juelgc, (: . .-\ . I.Jiggins. C ..J. ·rhorts<'n C' .\L R. Rarric;k, "1'hc Oig fi,'t Pcrsonality 1'rait~ Central .\li:nt~ t\hiJhy. and C;\1'\'('r Suétéü 1\ t r~ 1hc Lilt S1~u1''. /W$()ltn(/ l's;·SS 1h<" Liít ( :oun;c: r\ ~lc1:1,1\nalysi.s of Longi1~1dinal Studícs''t t~,1,()(ogt'u,f Bullttin, 132. n. I, 2006, p. 1-25. S. E. l la1npso11 e L.. R. Goldbc:rg. ' i\ Firs1 l.a1,gc Coh<,11 Stuclv of Pcnonalitv ·1·ràit !;1;1bili1v ()v(·r ·10 \ ('-an llt;l\,'l't.'ll Eltn~cn1ary SrhO(ll .and ~fidlifc-",]ournol ef l \•rsonolil)· and ,<;JJrial ~holw•, f)I, n. 4. 2006, p. 76'.J,i79. \ ,~ja t\ . 11. lhus, ··P<:~on.i.lity ,u; ·rrahs" . . l11u>ll(o11. PfJf/fQ/()gi.sJ. º°''• 1989. p. 1378-1388; R. R.. )lcCrat. "'f rait Psyehol· og}' :ind tht Rt"\'Í\:.ll or Ptrscu1:dity and Culto•~~ S1u~lics"'. 11lnrri..'.l l; e 1•. R.Jan1c,; e ~ 1. O. ~ laz('1'Q II<', Ptrsonali!J· ;,, 01xa11i:_tJti1nis. 1'hou:iand

    og,·.

    6.

    7.

    8.

    9.

    r,~'*

    Oaks. Ct\: Saga. 2002. 10. \ ,ê;ja, por1.·xc1nplo, G. \ \: .,.\Jl1>0n e 11. S. Odbert ....l.l'ait x ~1,ncs., a Psy~;holexic;1I S1ud)•'.'· l'syd1ol~iról ,\ltN1iJ$"1plu, n . 47, 1936j e· R. H. C aucll, "1\:rsonality Pinncd l)0\\'11''. l'!)-du,/ogy T
    11. R. Jt Kcnnt..-dy e 11 t\. Kennedy. "l:,;ing thc ~lycrs-Bri~~ ..Í)'PC lndic:.ilor in C::i,-ccr Counocling'',.7(H)rna/ <>f E,11plf!itt~111 C.~tr1Jtling, ,n:u~ 200..J, p. 3-8.44,

    12. G. N. l.:1ndl'urn, Profilt.sef G
    13. ~lul'ilo Ühl. "f:urof..u·n)a'>. &li(d() /~p«ial 1()(1 $/A E.~011lr. 2009

    As .lltllwrr.s lfn,pra«s pa,a 10(11roballu1r.

    14. \ 1lja1 porc·xcruplo, llJ. Pittcnger; ·'C:lution:1')' Conuncnts Rtgarding 1he ~lycrs-Briggs 'l)·pe lndic::alor", (J>,w,lting

    J~vlwli,gy ]011,,wt: /tae/Íl( a11d N1S<,1wl1, \'tl':10 2005. p. 10.221; L. 8<:$S e R.. J. 1-Jarvcy. " 8i1oodal St.'Ul'C Ui:.t1·ibutio11s aJld lhe ~l)'Cl-s-Brig_~ l)·pc lndicator: l'i1c1or t\ rtif:,c1?" :faurnal ef Pfrsonoli!)•:lsst.ss.mn1t, fc,~ 2002, p. 176-186: R. ~I. Capr.1ro e .\1. .\1. O.,p,~H'O, .. ~l)'«.'rs·B1·i~ 'J~1>c lnclk·•1101· Sco•'t.' R.tli· :lhilit)' t\ c,~ ~tudit.s: .-\ )J(·1a-r\ n.tl)•tit Rdi:,bi.lity Út.'rtCr• aJiz.itic)n Study'', Cllttraliónol & 1'J)Yltok1fi' & b uli.r1ilual Differ11«.s. jan. 200:i. p. 233-2:, 1. 15. \ 'c:ja, 1><>r ~xcn1plo,J. ~I. J) igtn ~n, ''Ptrson:ility S1ruc1urc: l~1n<:tgc11cc: thc l·i"c·F~rplicanl's Fr:Hnt~ oí R<:ícr<:ncc'', )()11r,u,I (!/' Applit d f )f)'flt<Jlog1, ahr. 200 1, p. 30 1-3 15; e \1. R. Harric:k e \ ,J, K. ~ló lllH. ""ú.-s, P.:'rson;tJjl}· ~(auca'S: ~loving 0 1110 ~lorc hnportant ~lattc.·rs", Jlu11uu1 Prrfon11an((, 18, n. 4, 2005, p. 359-312. 16. Carolin:l l\lt..')'CI' e l\J.árcioJuliboni, '"t\ Jog:ada maii- ousad,, de Abilio··. Rt:.-iJJo E.\'01r1t. td. 9·15. 17 juo. 2009. I i. \ 'tj~1, l)Or t.'Ctruplo. i\l, R. Ban·i('k <; i\l. K. ~loun1 ....f hc Hig f'i ve Pcrson:.\lil)' D intcOsiúosandJob Pt•1'Íol'n1anci·: t\ ~lct:t· .\nalrsis': /trYJ,md l'JJJ Orga11i(.atio11ol !Jd,m·i'q,: 11aidcn, .:\'l:\ : Blru,;k\,·c_•II, 2001. p. IS-2U.

    or

    4

    e:,,:

    ~r

    18. ~t. K. )loun1 , ~ 1. R. llarri(·k (' J. I~ Strauss, ·'\ 'alíd i1y of ()1>S<:n'('r R,,tings vr Lht Si.!{ Fi\'(' P(;l'SOOalitr fattol'S... J}ftrrud l.!f Applitd I'9'fflolQf.J', abr. 199-1, p. 272. :\ dicion.ilnu.•n1c ronfir· nl:tdo por G. )l . 1--lunz 1.·J.J. Oono,..an. ··Pt1'$onality and.Job l)crfonnancC': 'fhc Big Fi,;c RC'vi:.itcd,.: t' ~J. R.. UarriC'k, ~I. K. )..Jonnt l ' ' ('. A..Judgc-. ''1'hc FF\( Pl'rwnali1y Din1rnsions a.ndJC)b f>tt1ê,r1n:-u1cc: )1cca-r\ oal)'Sis of ) ·l c1a.,.\ 11.a.lyscs'', /r1ltr1t(l/iQ11a/Jo11rr,n/ ef ,'>(J«tir,n 011d Aw.sJmtfll, 9, 200 1. p. 9--30. 19. :\. E-. Po ro1x1, ·'t\ )1c1n·An:1l)'sis of tht• Fi\'c·l~tCU)r ,\ Iodei of Pc1':só11alit)' :111d Af~tdéntit Pt ,ívnnancc''. l'J)Yho/ogkal 811.lttlli1 13:,. n. 2, 2003, p. 130. 20. R.J. l'C'.lti •· .\1. A. l laucn.stcin, .. Paucrn :-tnd \ .':uinblc t\ J>p t'Oa('hés in l...cad cNhiJ> Entctgcncc pJial l ~Yllol.ogy. 1nnr. 2007, p. 3·17-355. 2 1. J... 1. Spirling e.· R. Persaud, "Ex1m,·<'rsion as .i. Ris.k f°3<."tor... Jt,ur11al qf 1/J.e A111tri(1111 rltadn,9· ef Child & AdQ/t1«11t l>s.,tlui1t,y. ,12, n. 2, 2003, 1>· 130. 22. l.t \\'ci:s.s (' R. S. Fcldni:,n, " l..t)Oking Goo
    CapituloS

    23. J. 1\ . Lc Pinr.J. ,\ . Col<1uiu e A. E1't''-, ·~\
    l't.l'<Miog1. 53. 2000. p. .:>63-59~: S. (:lafkc e 1. Robcttson. '/"\o f..xa1niu:uio11 of lhe Role oí í\•l'Sóuality in Accidcnts U~11g !\ lc1a-1\nal):si.._'', Applird l'fl(hologJ•: A11 fnltr1llllirmal Rn·i nt•57,

    1, 2008, p. 9~-108. 24. Claris.'-a S<'K.'.al (~('"'O, (:r11a(t,rf,1tira ,1t. J;mo11olidadt r (/ cwupromr11.

    tir11et1/Q orgtz11i{orio11f.JI. Oisscrt:\(fio (~ les1r.:i.do). l)L,.,poniv('I tn,:

    <,\"'"''~bibliotcie-adigit~l.uí11:i"ll,bt/da.ph1>?nrt>=0006602GO&lo c=2008&1= l 202ccd26b4d2 ~a8>•. \ cc~ c-111: lo jul. 2007. 23. B. L...'lurscn, L. Pulkkine11 t R. Ada1ns. "'rhc 1\ n1eécdt111s. nnd C,rrcl:lt~ or J\fi."'1-C:t.'ablencs...: in t\duhhocxl", f>n•tlopn1urr,o/ef Pml)1u1li· !)' a11d Soti,tl 1-'J;Yhotr,g,·. r. . . .~ J9t)8. p. 3·1~·359. 27. ·i: Bogg t B. \\~ Rob<:rts., "(.;onsc:iç11tiousn('.SS and Htalth· Réla1c·d Hl'hS Uc:n\·ccn Conscicntíous:· ness. &lr-Efli~cy; Selí-lÃ-ccption, and 1.earning O\'('I' 'l'i1nf'.Jo,,nu1/ o/ Applí(d P.JJ(ht>logy, 87, ti. 6, 2002, p. 117511 82; C .J. J·Cist, '!\ ~lcta-1-\nalysi.;; oí Pcrsonali1y in Sricn1ific and 1\ nistic (: rc-:11ívi1y", J't-rsonali{Y ond Social PSJYlu,log_y llr1:irw. 2. n. ·I, 19911. 1>. 290,309, 29. ·1: t\ ._Judge -.:J. 1::. nono.·:\ ROS('.' by "\n)' Oth1..·r .\;a,ne .. • .-\ te Scff.fu1cc:1n, ( :coct::Lli:1A'l ludic:,nol's of a Côounou (:01\Stru(;t?"

    cn1 13. \\'. Robt•ru e R. 1-logan {Orgs.), Pmo11ali{>· l~rrl10log>' in 1/11 llórl,pl,1rt. \ Vashington, l)C: .<\1ncrirnn Pi•),çhotogi('al

    ,\ ssocia1ion, p. 93·118. 30. R. I~ \ \1l.itc, S. ·rhornhill e f..11:.unpson. ·'Entreprcncurs a,,d f:,·o lutiOllill)' Hiology: l 'h<· Rek,tion~hip Hctn·,~c1, 1'es· cmtcrc)nc à.Jtd Nc,\' \ 1c•11ture Crcation", ()rgt1ni::.aJiona/ &Jtm•ior and l lin11on JHCisi011 I'n>r-1.SSIS, too. 2006, p. 21 -3'1; (' 11. Zhao e S. E. Scil>en, ··Tht IJig Fh\" PcNOn31i1y Oínitnsions nnd Enu'Cprencuri:,I St,uc: t\ )lcca ...\J1al)'ti<:aJ Rt.·.,.icn···,,7()11r,ia/ ef Aflf)lifd l'i)·tl1olog1. 9 1. 11. 2, 2006, p. 259-27 1. 31 . .-\ . f.n."z (' 't t\ .J udgc, "Rtlatio1l.~ltip ot' (:Orc- &·lt:Ev:dua· tio ns to Coai Sc:ttjng, ~loti,-.uion. :uul ftcrtõnn:uu:c".Jo11r11a/ ef ,lppli,d l ',yrholDfJ, 86, n. 6. 2001, p. 1270-12i9. 32. 1\ . K. S:dv;,ggio, 13. & luu·idcr. 1.. 11. Nishi, 1) ..\1. ~1ayer, A.. Ra1nrsh cJ. $. l.yon 1 " ~l:'ln~1gcr J>cf'S(ln:tli1y. ~lan:\gcr &1,•icc Qu:lli1y Orientation, and Stzvicc (:li1natc: ~l<'St of a ~lod<'I" .Ju11r11al '!}' Appl,Ld P~/11Jlog1·= 92. ll, 6, 2007, p. l 7•J ll 750; 13. 1\ . Scou e ·i: .\ .Judgc, "'1'he Popularity Contcs.t at \\'ork: \\'ho \Vins., \ Vhy, and \Vh:i1 l)o '111t.·y Rcc.:ei\'c?",Jo,1r• ,mi ef ,lpp/i,d l'!Jrholog~ 94, 11. 1, 2009. p. 20-33: e T A,.Judg< e· C. Hu1-st. ''Hô\\' thc Rid, (aod H,\pj>y} Gct Rither (alld Happicr): Rclatioos.hiJ') of Core Sclf: E":iluations to ·rrajc·c1nries in 1\uaining \\'ork Suc·t.-s.s",Journol ef Applitd l'~JY'1olí>gy, 93, n. 4. 2008, p. M9-863. 33. lJ. ).f::thnfnital''. Rr,,·ista llra,ildrn dt 1-inon(ns, v. 6, 2008, 1>, 293·33:\, 35. R. C:Jui-.tic: e E 1.. Ctis, S,udi.tf i111\lo,hiaitllit;1ni$n1, ),lo\'a 'l'ork: .Acadt1nic 1>1'1.'ss, 1970, p. 312~ t :,;, \ ~ R~n,an~iah. t\ , llvra·

    Personalidade e valores

    155

    \t;;tn e F. R..J. Oct\\ ilcr. ··Rt..·visc:d N(_'(> Personality hl,-ento1y P1víiles-0r .\lachi:t\·eUian aúd Noo.).lachfr1\'Cllian People". l'!l'. 70 ; e K. li. · rr1.esni<·,,,ski} ~I. U. Oon1u·lh1n <' R. \\: R.,,hins, ··ou 'IOday's 'lto ung Pcoplc Rc.tlly 'fhink 1'hey :\ rc So Extmorclinary?", l'flYk,w,gi,ol S. 40. \\', K. (!aropbcll e C. A. fustc:1; ''.'1a1'('i~is...in and Co1n1nitn1e11t in R.01nantic R.clatio11ships: 1\n lnvt·s.1mc1u l\lodcl :\n.il)'sis", /7'S()11ali!J' a,ul .»(;a/ 11,v-,hologr /Julkti11, 28, n. 4. 2()()2, I>· 48·1-·195. '--1 1. ·r. 1\ .Judgc,J. 1-\ . LcPinc e H. l .. Rich, •·'J"hc: Narcissi<.tic Person:1li1y: R1·l:uion(hip ,,crforn1ancx" 1:ftx,r110/ef ..ip1,litd l'vdulit,g1.. 9l, 1l, 4. 2006, p. 7C')2-iiG. 4-2. (::,rolina 1\lcrer e Sa1nan1ha Li,na. "Sou o hon,cn1 n,ais riro do 81..:uil". llrlJi#o. 1::.w1111t. ('(I, 910. ;ulo 42, o. 1, 30 jan. 2008, 1

    p. 88-93. ·13. \ 'ejà ).1, Sn)'litAJ!f>ro1w1ttJ/lti..'"{tlt Rrolitirs: 11u P!J'gira/ /lu//.di11,j11l. 2000, p. 530-5.55. •l-4. EJ . Flynn e D. R. 1\ 111t.~, ·'\\'h:n's Good for thc GO().<';C ~l:,y C\01 13(· as Cood fô r tht• (~andcr: ~l'ht Ht·nclits of !klí· -~lonit()l'Íng Ru· .\lcn and \\'ontcn in 'là.sk Crot1ps :-ind l)ya· dic Co0Ric1s'",)iun1a/ ef Applial ftrd10/ogy1 91. n, 2, 2006, p. 272-281: é Snydet. Publir Af1Plial Ps;Ylu,I~. abr. 2002, p. 390-<101. -16. H. Oh e ~I. Kildun: ... ll1c Ripplt· Eíli.."1 oí Pcrsonality on So· cial S1runurc: $C'Jf.~loniloring Origin!i of ~c·l\,'Qti. Bmk<:ragc",

    J,,,,r,.,/ ef1lpp/Í((/ l'!,<"""1f.r, 93. 11. 5. 2008, p. 11 55-1 1Gt : u \ . ~lch1-a. ~•-· K.íldulf f O.J. 81'.t.~ ...,1,e Social ~(·t,\'01*8 of i lj~h

    :Uld lm\' Self..\ looitotS: l1nplitalÍcusjty. ,u1d l111dli~>t'1h:l~ ou l)cc:i~·io u-~l.t· kjng S1rnt<.:gi<·s for a S.·unpl(: of lndtL'itrial ~lanagcrs",Journol ef Applit d P;y,h,/Of!:f, :~~o. 1974, p. 420-423. 4U. 1. I .. Jan~ e J_ ~ l:11111, l)«isis;tlwtog,,. 89! 11, 1. ZOO·t 1>, 3-13~ <' \ \', H. Sttn~n.Jt. e [! L,. R,oth. "Data Qual· it,· 1\íll-ets )tc1a.:\11:tl\ltir Co11elusio1.s: r\ Rc:;1,011.se to ~liner a;1d R;tin Conc<·rnini Entrcprencurial Ri.-:k Propen.~ity'', .J~unu1/ ef Applird Ptrrlwlbf.1'· 891 11. 1, 200·1, p. 1+·21 .

    156

    Compo11.amento organiia~ional

    49.J. K. ~l;1ncr•.J. 1\ , Richey. K. Cromcr, ).1. ).1:,llott. C. \V. Ltjuez. ·1: E.J ointr e N. B. Sc-hoüch, "Oispos.ilion.:i.l .t\llxicly and Ri.sk·t\\'(1id;\1H Otci&ion :\l:\kin.g·•, Jtnw,ali!J t.tnd l ndit·ulual l){ffertn. .)0. .'.\ 1. Fricdn1<1n e R. (-(, Ro:se1un.a n, ?)·pt A JJd,ar:iO'f and Jôut llrart. .\lO\·;_ , York: 1\lfrcd A. Knopf, 1974, p. 8-1. 51. lb;d., p. 81-8:.. 52. K. \\~ C:ook, C. J-\ . \ ':uu·c ç EO:. Spcç1c)r, ···r111.: Relatio n of ( :andidnu': Person:ility ,vl1h S,çlt"c1io n-lntc•"•ic.·h' Üttlco1n cs", ."faumol ef 1lpp/ird Soool l',y,iw,ll!!{r, 30. 2000. p. 867 -885. 53. J. i\l. Cnuu. ··Proacli\'t Bth:n·ior in Ü1l,"<'lOizHÜons"••70-u11ia/ of i\lá,1t1gt,11t11l, 26, n. 3, 2000. p. ~36. 5-L S. F.. Scibéri. :\1. L. Ktai1ncr (~J. :\1. Cra.ot. "\\'hat Do P1"0-<1cti\'c- Pcoplc Oo? :\ l...(>n~-itudina.l :\Iodei Linking P1u.1cti\'C P<;rsonality anel Carcc:r Suc:ccs.s", I',,rsor,111/ l >s_y,kofog_r. inverno 200 1. p. 850. 55. ~ r: S. lk1tcnuu1 i•.J. ~I. CF.11n, ·"'11,1• Pro:1c1i\\' Co1nponf'1U of Otgaoi1,.,1ional lkha\'ior: t\ .'.\lcasul'C anel Cor,-cl:ues··, Journal of O,gani.t.otional IJdwrior, ,n:ir. 1993. p, 10:;.11 8; r J. ~I . C r;int e 1: S. U,uc,nan, "Charis,natic Lcadcrship \ 'ic,,·c d fro1n :\bo\rc: Trhc ln1pacLof Pro:u:1ivc Pc.:rsonality",Jo,,rno/ of 0'!,(111i,tati~10/ /JrJ10:>ior, I('\', 2000, J>, 63·75, 56. ( :r.lnt, "Pro.1ctivc lkha\'ior in Organi-1,ations", p. 436. 57. \ ,( 'ja, porf:,,:cn,plo. R. (:. Rccht."rtr \•.J. G. :\lau1-çr, ··Thc Pro· acti\'t Person..lity Disposi1io11 and E111rçprc11('111i~ll Bchavio1· ,\ rn oug S1n.ill C:0111p~1ny Prcsidcuti.",J~1,n1al oJ Small /Jusi11rJs :\ la11ag..nun1, j:1n. 1999, 1>. 28-36. 58. S. E. Scilx•rt,J . .\1. Cr:uu <: :\ 1. L. Kn1i1l1<;1~ " Prc>;tc:,i\'t' Pç rsonality :uul Carcc-r Sucte%",]<>ur11nl ef Applitrl l 'f}YluN<>gy, jun, 1999, p. 4 16·427; Stitx-rt, Krain1c1· e C)'a111, ·'\Vhat Do Proacti\'c Pt.'(>plc Do?"·, p. 850; 0.J. Bro\,11. R. 't Colxr. K. Kanc, r. E. 1-A"''}' cJ . Sh;:,lhoop, " Prcxu'.ti\'c Pcri:ou..:iJit)' and tl1c- Surecssfi1JJoh $1•:\rc;h: ,\ Fit•ld ln,·cstigation ,, i1h Collc-gt• Cradunt<"s'·,.faurno/ ef App/i(t/ Jty/1Q/<,g1, 91. n. 3, :?0061 J>· i l 7·726: c~J· D. KanHllé)'cr·i\lucllcr ( º R.. \\'~nbttg. "Ün· \\'l'.IJ)pi11g thc: Org:;\1Üzàti()nal Eutry Procc»: Di.scn1,u1gling )Juhiplc 1\ ntcccdcnts and Tl'ht.'ir l~th\\o;tyi 10 ..-\kc:-tr-h e· S.J. B.tll·Rokcae;-h, ··Stability :uul Ch~l\gC in 1\ nlcri<"an \ ~ lu(~Ptioritk-s.. J968. J981 ··. And· 3$$. 61. $. Rocc:;1s, ) .. Sagi,; S. I~ . S· 789-8-01. 62. \ ftja, por txc,nplo. ~le,glino t Ra\~in. ''lrld.i"idual \ 1aluc.s io Org;,ni7..ations''. p. 3.; 1-389. 63. Rokcacl1. 11t.t.•\ (1trueof Hu11uu1 lóluts. p. 6. 6 1. J. ~i. :\,(unson e B. Z. Púsncr. ""íhc F::u:to1i.ll \ ":tlidil)' oí a .'.\ lodilit:d Rokc-ach \ :.11t1t• Su" 'C)' for Fúur IJi,-çrse S:-11np1<'s.''. Fjjucational a,ul l~rl1ol<>g_i,ol i\l,asurrmt1tl, in,"C,.'rno 1980, p. IOi'."i· 1079; t \ \', ( :, f rf'd<:l'ick e J. \\'elxr~ ·•'rhc \ ':1lurs of Corpora1e ~la1)agcrs :1nd 1'hci; (:riti<:s: 1\n f.tnpirit~ll 0C'-S· cription .ind Nonu.tti\'c hnplications'', c1n \\~ C. Frcdcrick e.• 1•. F.. Pr1"'$tOn (O'l,"$.}, /Jusinf.u /'Jkir.J: RtsrouJ1 I.J.JUU m,d /Impiri· col Stutlits. Grt•cn,\·ich, ( :'l':.JAJ J>1·c.,;:;s, 1990, p. 123-14-1. 65. Frc-dt."rick t." \VC'l)('r, ...l'he \ 'alu<:sof C'.01']>01~ic- 2\lan:igcrs and ·rh(·ir (;ri,it."s'', p. 123,, l-14. 0

    e.

    66. lbicl.. p. 132. 67. \ 'cj,1, por excrnplo, 'TJ,, .\[ft/Jige11;,r11fia1wl 11irlfirical Es~n1in:1lion of 1hc Elft('t of 1-\gi.: on :\ La..i1:\_~rial \ (1.lu.._"S :u1\justc a in,:.,gcnf\ li>tiS/íl , t d. 118. abr• 2008, p. 76-79. .'.\ltuilo Ohl. "Usu:'ui os 2.0·•. J,!fo.abril Rcd('s Sc'.,ci;tis, 14 jul. 2008. 70. H. Hi1(', ''F.1nploy<;rs Rc1hi11k HO\\' ·rhÇ)• (j i\'C J•t'i.-'<.ll)kuing Can:ers '"itl1 a 'l)1xr logy: \\'hat \Vc J·l:"'\' 1.earn(.'d anel So1nc Nc"· J) irrc:tions", Amtri(l111 Ps_,Ylu,k,giJt, .lbr. 1!)96, p. 39;.-106: e S. X. Oay ,. J. Rounds. "Univcrs.1lity of' \ 1oc,nional lrn1:r<:s1 S1n1cturc t\ mong Rat:i.tl aud t1h11ic- ~liuorities"' . ..1,,rerira11 Pq,lwfogi.s.t. jul. 1998, p. 728-736. 73. \ '<ja lt S<·hncitrsw11ul PSJrhol1Jg,. invtrno l995. p. 7••7-773; 1\ . 0

    l .. Kristof, " Ptrson-Organizàtion Fit: :\ 11 lntcgr.tti\'e Rc\'iC\\' lts Conccptuali7,a1ioni;, 1\lca~ur<;n1~·n1, a nd hnJ>liçationl>" , l°trsQnnt/ l ~1·tl1ol<>g). pri1na,,.·1'11 1996, p. 1-49: n. Schncidcr, 1). ()Í

    ít S1nith. S. 'faylor cJ. f'lct."not, " Pcl'S0th· csis".]otrrnnfef Applird l~·rl1ologr,jun. 1998, p. 162-170; \\~ Anhur,Jr., S. Ti: lk ll 1 1\ .J. \ 'illado e; 1). l}o,.·trspikc, ···rhl' lJ~(' of P<:1'SOn·Organization l·i1 in l~1nplo),nt."n1 l)C<'ision· )la king: ;-\ o ,\ sscss,ncnt or lti Ctitcrion-Rcla.tcd \ 'a liditr", Joumal oJ Appliul l';yr/1ologJ', !H, n. <1, 2006, p. 786-1!01 : cJ. R. l~ h,·;,nl<.1 ll 1\.1. C:ahlc, I. O. \\illi:i,ni,on, 1.. S. L:nnbcrt <: 1\. J . Ship1>, ··l'h<.' Phcnon\c;nology of Fi1: Linldng: thc Person aJld l~nviton1rit1u lOd1(' Subjectivc..· Experic,,ce vr PcMn· l:~nviron1ncn1 J-i t'' ,)wrnt.tl ef A/1plitd l 's.,dtolf>g.v, 91, 11. ·J. 2006, p. 802-827. 7·1. llasc:ido c111 ·1: ,\ .Judgc e ll .'.\I. Cablc, '/\pplicant PcrsonaliL); Qrg;,nb1..:uional Culturc, and O rg:,ni:,,.:uion t\nr:lçtion", Jtr,onnd l'vrh//lo.v. ' ~"1º 1997, p. 359-39·1. i5. .\ I. L.. \ 1ci'(tucr, 'l: t\ , ncchrc S. F.. \\'a__1tncr. ':.,.\ 1\.lf1:1·Ana lysis of' l{tl:uions Ekcn·ttn PttSOn•Ól'g anization fit and \Vo1·k 1\ uitudes•',Jo,11110/ oJ l'onal llt/1111.tior1 6:3. n. 3. 200:J, p. 473-489; cJ. e:. ( ::1rr; 1\. \\: l>carson. ~I.J. \ '<:st e S. I.. lloy;u; '·Prior Ü<X'11p:11ion~I txpcric.:ncc. An1icip:l1ory S0<:k1li1,.1tion, and l!.,nplo)'CC Rc1eo1ion....7011oml ef ,\ln11n..~11e,1f, 32, n. 32, 2006. I'· 343-359. 76. \'<:j,,, J>Orcxcrnplo, R.. f{. ~li•( :rat e l~ ' I~ Cos1a,Jr.. "Pttsonnlil)' ·rrai1 S1ru<:ture as a J-Ju1nan Uni, -crs.,I". A111trita11 Pf)Y:ltofogist, nu1io 1997, p. 509-S 16; S. \ ';unag.tta, r\. Su1.uki, ..J. 1-\ ndo, \ ~ Ono, K. ' 'utak,,, N. Kiji,u:, <:, :11., •·is thc Ce11ClÍ(' S1n.1ctul'Coí Hu1nat\ Pel'SOnalit)" Uoiv•ers.,1?

    CapituloS

    1\ Cros.s·Cuhural 'J\,•in S1udy Íl\'lln North :\1ncric:;1. l~ll· i'OJX-1 and Asia ",]f)l1t1u1I
    90, 1\, 6 1 20061 1). 987-998; H. C. '1"1·if111dis t: E. )1. Suh. "(~uluu·;:i_l l11fluc11cc:- <,n Pcn<0nalily", t•n1 $. ·i: Fi!ikc, D. L. Sc:ha, 133- 160: R. R. ~lc.·Crat~cJ. t\Uik, 'J'lt< J<'ii·r·l:Otlor ,\lodll ef l 'rrjQnolil1 Arni" l'11ll11rtr, ~ (1,;a Yo rk: Kh1"·cr t\ t•.tdt•rnic/Plcnum, 2Ó02i <' R. R. ~lrCrat•, I~ ·r: c;o!·· C. ~I. \\'ilderorn e i t E Pt·t<·rwn {Ó rgi.), fhuulbook ef Orgt111i· !_atio11al Culturt a,id (,1imtJlf'. ' llu:>u..sand ();tl:..~, (J \ : Sage·, 2000, J>. 401 -416: <' G. l-lof,i,1cclc. (.ülturt'f l ~fiYJutn.t1.s: Co111pnri11g fY)fut.t. lkhai•i(JrJ. b utilu/Í()ltt. m,d Ot;.,a11italio11J. lt1()SS.\ 't,ti(Jtl;,·, 2. cd. l'houSánd Oaks, C1\: Sage, 200 1. Para crítica dc:,s$,"\ pcsquis.1, vtja B. ~JçS,\'tCllt..'); "1-lolStcdc's ~Iodei of Xalional Cultnr:tl OiílêrçnC('S and 'í11cir Consc<1l•cncc:$: 1\ 'l'riu1nph of F':li1h .<\ F:iilure of .-\ nalrsis'\ llumar1 lltlat~n.J. 55. n. 1.

    2002, p. 89· I 18. 80.

    e. :\ik,n. " ~1 irrut.1\lin'01'ôll lhc \\':LII: {:ultutc'$ Co11sc..-..

    qucnc('S in ;t \ 'alu(' 'IC:st of lt.s O,vr1 J)esig,11 ·•. Au1dnn_J' ef .\ lonag,n1(1,t IW·ini' , 33, n . .f., 200U, p. 835-90·1; ~I. H. Bond, "Rccl:1i1nin~ 1hc lns;rJ,owgitol /Ju/11Ji11 128. 11. 1. 2002, p. 73.77i e G. l loElcd(.·. "'1'11c Pitf.lll! of Cross-NatiQnal Sul"\"t:.')' Rcsean:h: .A Rçply 10 1h.; 1\rticle hr S1x.-c1or ~t :;.I. 011 lhe P:5,yc:h<>mc:1ric PropcrtÍ('S- of ,hc J,loístcdc \ 's"llu(·$ $ l1"'<'Y ~lodul(' 1994", Applitd P~)'t/1()/og,: A11 /11l(ntah'()lurl Rtt:iru. .:; 1, n . 1, 2001. 1), I jQ. )78.

    81. ~1.Ja,;idan e: R .J . Ho u.sc. "Cultural :\ i.:un1c11 for thc Global .'.\ lan;igcr. I.A.·:~sons fro1n Projc~l G lobc••, Orgo11i;;alional f'>J·nnm;r,, 29, n. 4, 2001. p. 239·305; l' R.J. Housc. P.J. I langes. :\1.J avid ao é P. \\', l)urfinan (0 ~.}, l,1(1dtrshlp.

    Personalidade e valores

    1S7

    Cul111rt. o,ul Orgt111i!_tUions: 11tt GIM)( S,,ul,1 ef 62 S«;11ies. ..111ou· Sa11d Oaks, C1\ ; s"-.~t·, 200 t 82. I~ ( ;, 11.)1'1>'• ''l.eadingCultul'al R(:S('arch in 1hc J.'ulln't: :\ ~latt<'r of Pat:1dig1ni; a1Hl 'f -1stc",Journ<1/ of l11Urnt1tio,~ol 811si11ess St11dits, ~t. 2006. p. 922-9 '.~I ; G. 1-loístc!dc, " \\'h;u l)i. 832-896: t )1..Javidan. R.J. l·lousc. i:~\\'. Oo rfil1tu1, l~J. H:tngt·ii e )1. S. dç l..uc1ue, "ConccJ>tunlizing a11d ~lça.;uring C11l111n;s and ' l'h eir Conscqut'nct..s: 1\ Con1p~n11Í\'C Rcvic"' oí Clohc's and l·lor.'\1ecle's ,.\ J)p1vach<·s.'',.]011rn1d of l,1t,tr1átio11ál lJuJiluJJ ~)udi,s. sct. 2006, p. 897·9 "1 . 83. 1.... ,•\ . \\'iu >..·r1ie lntét;tcti,i' EIT'cc-is of Exl1'a\'tNion :1nd Co11stic1ui<>u$11<::-.s 011 Ptrfôrn1~u1tt" ,J ournttl ef ,\/a1111211urnl 1

    211. n. 6, 2002, p. 836 . 8~. R. I~ l(:11 e 11 1). Uurne u, ·:,\ Pcrsonali1v ~rrnit-Ba.scd ln1cr.:1c1io11ist :io Iodei ofJoh Pcrforin:;inc<'.··1 .701101<1/ ef tlpplitd P,vtJ1mogJ ,jun. 2003, 1>, 500·5 l 7. 85. R. Hogan. ·•111 Ot tlnsc of PtN('l11ality ,\ 1l'Murt1nc,n: Nt"' 1

    \\'i11c fiu· óld \Vhinc:rs". /1u111a11 ft,for111a11tt. 18, n. 4, 2005, p. 3'.Jl -34 1; e K . Schnliu, " Beyond 1hc l~ig Fi\l.': Jnc:rcascs in Un
    60. n. ·I. 2007. p. 1029-!0·19. 88. il. t\ dki11s e O. ( ::Jd"•cll. " Finn or Subg ro up C uhurc: \\'herc Doei: Fitting iu ~lath:r ~lost?'',J <mrna/ ef ()rganiç_a/i(!11al llthm.:ior, 25. n. 8. 200·1, p. 969-978; H. ll CcX>1>c·r.'l'horna~• A. ,':'ln \'i:inen .:, N. A.ndcrson. '·(:hnngt-s in Pe~ n~01-gnni~ za1ion Fit: ~rhc ln11xlct of Sociali;,.alion ~ r.. . ('li<.'$ on l~rccivl"d :u1d 1\ ctual P-0 l·it". Europta11 ft'mud o/ 11(lrJ: & Org,,11k.t1· 1i01,al PSJlkolog1•, 13, n. 1, 200 1, p ..;2.78: e C ..\ . O ' Rcill)', J. Chnunnn e n. E C:'lld,,·cll, ·'Pt..'<>J>lc :1nd Orgnni1.:1\ion3I Cuhu1-c: 1-\ Profilc Con1pal'ison .-\pp r(>."ICh 10 J-\ssessing Pcrs.01,~01~nizatio11 fit''. Aradt"!' of 1\la1111gt,11t11/Journ11l. 34, li.:!. 199 1, p. •18) •.', 16. 89. J-\ na Luiza Hcr1.og, "Ganiln<·ia e vaidadc'', lln'Ú/a E,:a,ur. cd. 870, 1111040, n. 12, 2ljun. 2006. p. 86-88. 90..\la11r() Silvçin,, " O k,do bon1 do chcli: liuh.a-clur.1'', Ra.•is/11 l!~t1u1t,, c.

    6

    Percepção e tomada de decisão individual Decidir é fácil. O difícil é acertc,r' Robeno Pino, dire1or-exec1<1ioo da Viso Vote.

    OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM Depois de ler este capítulo, você será capaz de: 1

    Definir percepção e explicar os fatores que a influenciam.

    2

    E.plicar a teoria da atribuição e listar os três determinantes de atribuição.

    3

    Identificar as simplificações que os indivíduos utilizam para fazer julgamentos sobre os outros.

    4

    Explicar a relação entre percepção e tomada de decisão.

    5

    Aplicar o modelo racional de tomada de decisão e compará-lo com a racionalidade limitada e intuição.

    6

    Identificar e explicar os vieses ou erros comuns de decisão.

    7

    Explicar como as diferenças individuais e restrições organizacionais afetam a tomada de decisões.

    8

    Comparar os três critérios éticos para a tomada de decisões.

    9

    Definir criatividade e discutir o modelo de três componentes de criatividade.

    BRASIL: PARAÍSO DOS IMIGRANTES?

    N

    osso país sempre foi visto como um país hospitaleiro, que recebe os turistas e imigrantes de 'braços abertos'. Após nossa independência, no início do século XIX, passamos a receber muitos fluxos migratórios de diversos países europeus, como Alemanha e Itália. As guerras de unificação e, posteriormente, as duas Grandes Guerras Mundiais incentivaram a saida de muitos europeus para o Brasil, que buscavam um lugar pacífico para continuarem suas vidas. No entanto, essas ondas de imigrantes não trouxeram só europeus. Desde o início do século, também milhares de agricultores japoneses começaram a chegar ao Brasil, como é ilustrado na foto, formando uma das maiores colônias japonesas fora do Japão (hoje estimada em 1,5 milhão de habitantes).

    Em função da receptividade de nosso povo e de nossa cultura aberta, consolidou-se o estereótipo do brasileiro como um indiví·

    Capitulo 6

    Percepção e tomada de decis3o individual

    1S9

    duo afetuoso e amistoso, que recebe bem a todos que aqui de-sembarcam. Muito provavelmente em função disso, o fato de autoridades espanholas terem barrado a enttada de brasileiros naquele pais causou grande revolta entre a população do Brasil em 2008 e 20CYl. Se os brasileiros são um povo tão hospitaleiro, aberto aos imigrantes e dispostos a integrar diferentes culturas, por que estariam sendo impedidos de visitar um pais com o qual mantém relações diplomáticas cordiais? De acordo com um relatório do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), enttetanto, as coisas não são tão simples assim. Apesar de serem vistos em todo o mundo (e de se verem também!) como um povo 'amigo do imigrante', a pesquisa do órgão da ONU verificou que 43 por cento da população brasileira é a favor de limitar ou proibir a imigração para o país. Além disso, outros 45 por cento são favoráveis à imigração apenas na condição de existirem empregos disponíveis. Segundo o mesmo levantamento, apenas 9 por cento dos brasileiros são favoráveis à entrada irrestrita de imigrantes no país. Os valores encontrados mostram um grande aumento da preocupação dos brasileiros com relação ao fluxo mi· gratório, principalmente em virtude dos problemas do mercado de trabalho local. Os níveis de aversão à imigração igualaram-se aos de países europeus reconhecidamente mais fechados, como a Itália (42 por cento) e a própria Es· panha (43 por cento). A pesquisa do PNUD é bastante útil para desconstruir dois estereótipos bastante enraizados no mundo atual e para, simultaneamente, promover uma profunda reflexão. O primeiro viés perceptivo identificado é o de que obrasileiro é um povo aberto aos imigrantes e com reduzido grau de xenofobia. O segundo é o de que os imigrantes são grupos que 'roubam empregos dos habitantes locais' e que se sustentam com os serviços prestados pelo governo. De acordo com o relatório, •quando as competências (dos imigrantes) complementam as das populações locais, ambos os grupos saem beneficiados". Com isso, os imigrantes tornam-se não um fardo, como o estereótipo o apresenta, mas sim um dinamizador da economia local.'

    O caso de í1ulo a borda os cs1crcôtipos dos brasileiros con, relação aos in1igra1ncs. r\ o longo d o c.aphulo, \'a.-nos cxa1ninar os es1c1·cólipos 001no parte de nossa discussão sobre rx:rccpçõcs e cxpl icar co1n o c·lcs influcnciarn os julg.u11c1nos que Í:lz<:111os dos oull'OS. Depois~ ,·,unos cx;:uni11ar a rclaçl,o <.'ntrc percepção e ton,acla d e clccis.:.\01 eles,. crcvcr co1no as d ecisões d<:vciian1 ser toinaclas e como e las são cfcti,·a1ncntc rc-ali'l.aclas no coticLiê1no das o rga1üz.açôc.:s.

    [!] que é

    percepção?

    Percepção Processo pelo qual os

    individvos organizam e interpretam suas impressões sensoriais com a finalidadé dê dar

    sentido ao sev meio~

    I

    t\ p e r cep ção pod,... ser d t"finida co,no o proCC!i.SO pt."lo qual os indivíduos organizarn e i111erpre1a1n suas irnpressões sensoriais con1 a íina.lidade de dar sentido ao seu :unhientc. l~ntre utnto , e, que u1na pessoa percebe pode ser s uhstanc iahne ntc difc· rente ela reaJidadc o l~jetiva. Por exemplo, é possí\'cl c1uc alguns fun cioná rios d e u1na cn1prcsa a ,·cja,n con,o uni excelente local para. trabalhar - cond ições favorá veis de trabalho 1 t;H·efas e atividades interessantes, boa rc1nuneraç.'.lo, c~cclcntcs benefícios, ad,ninisu·a\:!10 rcspo1,s,l\·el e co1Y1prccnsivíl , ao passo que o utros niio aprcci<:rn 1an10 a n,csn1a realidade. Por <1ue a pe1'C<:p~ào é in11>0rtan1C' para o estudo d o con1po1·1an1en10 organizacional? Sin,plcs1llentc porque o <;on1por1a1llento das pessoa~ baseia-se cn1 sua 1>ercepçào d:t realidade, não na reaJidad(• ctn si. O rruu1do que in1porla fN,ra o co1nportan1tnlo é o 1nu11do 11a.for11u1 tnt que é pnubiáo.

    Fatores que influenciam a percepção Con10 podc1nos explicar o fi,10 de as pessoas olharc111 para un,a n1esn1a coisa <' cada uma a perceber d e u1na 111:·111cira diferente? Urna sé1it· de fi,1.orc.s a tua n1olclando c1 por

    ,-cr.cs, clistortcndo " nossa 1>c1tc1>çâo :;obre uma realidade. l':sscs füwrts podem 1,scar no J>t•r(tpl1Jt, 110 objeto ou "''"' ela p<:1'C'cpçf10 ou no

    Figura 6.1).

    con1cxLo da JilJu,;ii.() e 1n que CSHt se d;í (\'Ct

    160

    Compott.amento organiza~ional

    Figura 6.1

    Fatores que influenciam a percepção f a tores no perceptor • Atitudes • Personolidode

    • Motivoções • l nté(O$$$$

    • Experiência • Expectativas Fotores no situoçõo • Momento • Ambiente de 1,obolho • Ambionte sociol

    i : PERCEPÇÃO

    I

    t f olores no alvo • Novidode • Movimento • Sons • Tomonho • Cenó,k> • Pro)(imidode

    • SGmeJhonço -

    Qua ndo \'ocê ohsc1, 1a un1 a lvo e tenta interpretar o que está pc.rccbenc:10 1 essa in· lc rprctaçào é fo rtc1ncntc influenci;,da pelas características pessoais. 1\s ca ractc1í s ticas q ue afcla rn a percepção incluem atitudes, personalidade, 111otivações. interesses, experiências passadas e cxpcctativ~1s. Po r cxc1nplo 1 se voei: espera. q ue policiais excrçan1 sua autoricladt·,

    q ue j ovens stjan'I prcgliiçosos ou c1uc funcion(írios p\1blicos sc..'j a1n incstrupuJosos, vocC vai pcn'rbê--lo~
    1a1nbé1n cn, aspcc1os scn1 conexão i-llgurna.

    As percepções que os gestores têm da realidade podem ser muito diferentes entre si e, inclusive, diferir radicc1lméntê de como as coisas de fato são. ?ara aprimorar a percepção qve os administradores da organização têm sobre o compottamento dos cons\Jmidores e o processo de atendimento e venda, a área de recu rsos humanos da emp,esa de telefonia môvel Vivo lançou vm p rograma interessante. Todos os seus gestores, dos mais variados níveis hie,árquicos, devem trabalhar alguns dias em setores operacionais - no atendiménto ao cliente, em lojas p róprias e nas vendas corporativas. Cessa forma, a companhia p retende aprimorar a percepção deles sobre os processos da linha de frente. de modo qve eles proponham mudanças que tnelhorem diretamente os resu ltados cor'potatjvos.l

    Capitulo 6

    Percepção e tomada de decis3o individual

    161

    ENQUETE COMPORTAMENTAL

    Autopercepções infladas Porcentagem de indivíduos que se consideram acima da média em cada atributo 100 80 60

    ~ 20

    o Desempenho

    F0rtte: 8~000 em C. Merlde e M. Weber, True ()ve(co{ifidence -

    Senso de humor

    Relacionamento interpéSsoal

    The lnabit,ry o( Rarional lnformarf()f) P t ~ ro Accoun1 for

    App1utnt OvM:onfidcnco (Mtrço 2009). 0$pc>nívo-1 tm: ,

    O con,cxlo 1arnhê1n é i,npon.ante. O 1no1nc1uo c1n que u,n objcLo ou C\'ClltO 1:. observado pode influcncinr a atenção, l>cnl ('o,no outros t--uon::s situacionais. Posso n,lo reparar c1n u1na jovcn1 de 25 anos ntaquiada e c.,n lraje de gala c,n un\ casan1cn10 cn1 u1na noite de sábado. ~,Jas, se tssa n1csn1a jovc,n se apn·sen1assc vestida as~i1n na ,nanhà de scgunda..fc ira para assistir a tuna aula na f:tculcladc, ct·r1a1ncntc cu (hc1n con10 o resto cios alunos) rcpar.uia nela. Nc1n o obsc1,·ador nc1n o alvo n1udara1n da noite de s.'ibaclo para a 111anhà de segunda-feira, ,nas a situação é difcrc1nc.

    l ercepção de pessoas: fazendo julgamentos sobre os outros r\ gora. ll'tllt'lrc,nos da aplic.ação dos conceiros sobre percepção ,nais relevantes pan1 o estudo do con1po1·ta1nc11Lo or~ranizacional: a pertef)(,i!J de /)(JSOâS, ou pc,-cepçôcs cp.,e as pessons f()rnu1n1 a respeito l11nas das outl'as.

    Teoria da atribuição Os objetos inani,naclos -

    co1no

    11\C's,.1.s.

    1náciuinas ou edilir ios -

    es1ào sujeiros às

    leis da natureza~ 1nas nào 1ê1n c rença.s1 n1otivações ou intenções. As pessoas tênt. Conscqucntc1n<·ntc1 quando obsc1,711nos as p<"ssoa.\ 1cn1an1os explicar os n1oüvos de seus co1n· port.:uncntos. l'\ossa pcrccp<;ào e julgan1cnto das açõc-.s de u111 individuo, port;lnto, .ser.to Teoria da atribuição Tentativa de determinar se o comportamento de

    um individuo tem c.1usa

    interna ou externa.

    I

    ~

    significativarncntc iníluc,,ciados pel;ls suposições <1ue Í.:'lzcn,os sobre seu esu1do de espí1i to. •A. teoria da atribuição roi 1:,1-oposta pai~ explica,· por qucjul~ n,os as pes.was de n,odo distinto1 dcpcndc1ldo do significado <1ue a11·ibui1nos a ,nn dado co11\1,on:=unen10.1 Hasic;i,ne111e, a teoria sugf'l'Y" que, quando obscrvrunos o co1l1pon:unento de alguén1, 1cn1a1nos dc1er1ninar se a caus.1. (Jt>s1e é i111çrna O\t extçrna. 10:.•:;,sa clçtçrn\inaçào, c:;qnr,1do1de1x:nçl~ ntuit() clç u·~ f31ort;S: ( J) difcrcnciaçàoi {2) consenso e {3} consistCncia. Pri111ciro, csclareccn.;ntos as diferenças entre causas internas e causas cxtcrntL~ e, depois, discuúrcn1os cada un1dos três f:'ltorc.s dctcrn,inantcs..

    162

    Compott.amento organiza~ional

    Os con1poruuncntos 111otivados por (atisas internas s.'10 aqueles vistos co1110 sob o conlrolc cio individuo. O co1npor1an1cnto por causas t:i:ler,u,s é aquele que ilnagina1nos ter sid o

    provocado por tuna situação cnfi'Cnta<:rdcu a hora de lcvoH1tar. Essa seria u1na atribuição inter1:1tL. ~Ias ,·ocê també1n pode in,a&'lnar <1uc o atraso se deve a un1 cnorn1c cngarrafh1llcnto de tr.insito causado por tun acidente. Essa sc1ia tuna :nribuiçào cx1et11a. ,\gora. ,·tunos discutir cada urn dos três fatores dctcrrninantes. t\ difern1ciaçào se 1·cfctc á questão ele o indivíduo n1ostrar, ou não, con1portcu11cntos d iferentes c.111 situações divcrs.ts. O funcionário que chcgou 1arde hoje é o n,csn10 que 1e1n sido alvo de rcclan1açõc-s dos cole· gas po1· !ler u,11 ·f(llgado'? O que q11c1--c1noi:. apt1ra1" é se rssl' co1npoi·uuncn10 é ou não t1$ual. Sé não for, o 1x:rceptor pro,·avchnentc lhe d;:ucí. u1na atribuiçào <.:xtcrna. Caso contrário, ccru,n1cntc será julgado con10 de c.1ws.1 interna. Se todas as pessoas qu(· cnfrc·ntan1 dc1cr1ninacla si1uaçào l'cspondc.111 de ,nancira se,ncJhantc, poclc,nos dizer que esse co111po1·ta,nc1uo ap1-esc11ta co11J(11w. No cxc,nplo e.lo íuntio1uíiio atrasado, cs.sc se1i'1 o caso se todos os colegas que fllién1 o n1cs 1no can1inho uunbén1 tivcssc1n se atrasado. Do ponto ele ,~sta da atribuição, se o consenso é aho espera· ·Se u1na causa externa; 111:1$ se os ou11ros fi1ncionârios que f::lzen1 o 11,esn10 ca1ni11ho chegartun no hor;,lrio, você deve cont lui1·c1ue a causa cio atraso é i1net1H1. Finalmente, o pcrccptor busca n co,isistê11cia nas açõc.·s de tuna pc.·ssoa. l~sta reage sc1nprc da 1ncs111a fOrn1a? Chegar clcz n1inulos a1rasado não é un1 co1nportan1cnto ,~sto ela 1ncsn1a rnancira para un1 funcion;lrio que não se atrai.a há n1e!lcs co1no é para aquele que chega u1rde duas ou três \'Czes 1>0r semana. Quanto mais consistente o co1npor1anlento, 1nais inclinado fica o perccptor a atribuí ..to a causas internas. A Figura 6.2 rcsuntc os clc:1ncntos b:lSicos ela teoria da atribuição. E.h, pode 110S1nosu·ar. pot e..xe,nplo, que se urna flu1cio11á1ia - va,nos cha,ná-la.Joana Go1nes - cosltuna ter o 1nesn10 nÍ\'CI de dcscn1pcllhO c1n diferentes tarclà.s Q,aixa difcrcnciaç.7io), se outros íi.111cion{uios gcrabncntc tên1 dcse1npcnho diferente. n1clhor ou pior cio que o de Joana en1 clcter1ninada 1arcfa ~)aixo consenso). e se seu d esc1np<'nho nessa tarefa é consis1entc ao longo do 1c1npo (alta consistência,), :·l pc!;.$:Oa que julgar seu Irahalho a11·ihuil':l ,,Joana ;t responsabilidade tot.:U pelo J)l"Óp1io 0rtan1c:nto dos ou11'0S, 1ende,nos a subcsti111ar a influência dos f.itorcs ex1et11os e supcres1i1nar a i11fluên1

    Figura 6 .2

    Teoria da atribuição Obsctvoçõo

    ----11~ lnterprcloçõo - - - - 1 - dAlribuiç.õo e couso Aho Oife1encioçõo

    Baixo

    Alio Comportamento

    do in.cUvídvo

    Consenso

    HBo;xo: Aho

    Consistência

    Baixo

    Ex1erno

    Interno Externo Interno Interno [Xl~rl\Q

    Capitulo 6

    Erro fundamental de atribuição Tendê"cia de $ubesti1nat a influência dos fatores externos e superestimar

    a inffuincia dos fatores internos ao julgar o comportamento

    dos outros.

    _J

    Vié$ de autoconveniéneia Tendência de os

    indrvíduos atribuírem o próprio sucesso a fatores

    Percepção e tomada de decis3o individual

    163

    eia daqueles internos ou pessoais.:. lsso C chan1ado e rro funda.mental de atribuição e pode explicar po r que un1 gerente de \'é nda.s está pronto a atribuir o fi·aco dc:scrnpcnho de seus vendedotes ii pn.:gujça deles,<,- nfto ao lançan1cnto de l llll produto concorrente inovado,:

    Há 1,~1nhérn a 1cndt·ncia df' os Íll(lividuos a u·ibuírc,n o pl'úprio l\uccsso a fh1on.:s in1ernoit, con10 capacidade e esfôrço, e d e ,c olocar a culpa do!\ li'acas.sos c,n fiuo1'(·s c·x1c1·nos. co,no ralra de sorte . Isso é ch;unado viés de autoconveniência." U1n cxc1nplo típico do ,~és de autoconvcniência ocorreu (e conli11ua ocorrendo) no n1crcado ele capilais c1n todo o n1undo. De 2002 a 1ncados de 2008. as bolsas ele todo o planeta cxpcrin1cntara1n forte crcscin1cnto. Nesse contexto, gestores de fundos ,·angloriava1n -sc de suas habilidades e conhechncntos. Con1 o <.-Stou1"ú da crise financeira nn1ndial na segunda 111<:taclc d<: 2008, 111uitos grupos cxpcri1ncntaran1 grandes pn;jui;,n.s. Ncsl\e 1lovo cená,~o de petdas rnaciças~ os 111csn1os g<..-s101·cs colocara,n a culptt na 'ilnptcvisí\'cl' situação cio 1ncl'·c..1do i1nobiliário nor1c-a1ncricano, tentando sal\'al' sua 1'Cputaç;lo de h;\l)(·is adtninistradorcs financ<:il'os.

    internos e colocarem a

    I ___J Simplificações no julgamento das outras pessoas

    culpa dos fracassos em

    fatores externos.

    Cosu11na1nos lHili1.;11· diversas si1nplificaçõcs quando julga1nos outras pessoas. Ess.a.s lécnicas costun1:in1 ser valio~,s. E las nos pcr1nitc1n chegar rapidan1cntc ., pcrccpçõcs p rc· cisas e ofcrccc1n dados \'<Ü.idos para previsões. Entrct;u1to1 não cst,lo livrcs de e rros. ·ran1 .. l:X:111 podcn1 nos criar problen1as1 e fícqucntcrncntc o filzcn1. 1\ co1nprccni)(1o desses atctlhos 1ncntais que usa1nos p;,ra sin,plificar o p1"0Ct."SSO de julgan1cnlO dos outros pode ser útil para reconhctcn11os quando podc111 resultar cn1 distorções significati"as.

    Percepção selotiva Tendencia que as pessoas têm de interpretar seletivamente o que veem. com base nos própnos interesses. experiências

    e atitudes.

    _J

    Percepção seletiva ,..fodas a.s <:t,ractciístjcas que flt.zcn1 que u1na pl'SSôa 1 un1 objeto ou un1 C\'énto sobr("Ssaia aun1<:11uun a probabilidade de que ele seja pc.:rtcbido. Por quê? Porque é impoSt>i\'CI assllnil,,r tudo o que vc,nos apenas alguns cstúnulos podc,n ser assinülados. Essa tendência explica porc1uc, corno n1c11cionarnos antes, prcstan1os ,nais atenção c1n ca11'0s iguais ao llOS$0 ou por que u1l'I supcl'ior cha1na a a1ençc\o de alguns runcioná1ios e não de ot11ros quando f.1zc1n a n1csnla coi.sa. Con10 não podernos ohsc:1,•ar tudo o qu<" se pas.-;.1. a nos.~..., Vúha, cxc1'Ccn1os uma percepção seletiva. Un1 cxcnlplo clássico n1ostra corno nossos inlcrcsscs poclcn1 inílu<:nciar significativan1entc quais ser.lo as qul-stõcs que pcrccl.x:rt1nos. Pesquisadores pedi.ra1n a 23 ,cxccuth·os (stís de vcnckLS. cinco de produção. quatro de contabilidade e oito cn1 funções ,tiversas) que lcsse1n urn caso abrange,ue descrevendo a organização e as atividades de urna sidc1'\111,,ica.' Cada cxccu1i\·o escreveu qual, c nl sua opinião, e ra o p 1~1lcipal problc1na encontrado no caso. Oitenta e lris por cento dos cxcculivos de \'Cndas clissc,~un ser as vendas a ,na.is in1portantc1 contra 29 por cento dos dcn1ais. l~ssc f.110, junto con1 outros rcsuhado~ do cs1udo, lc\'OU os 1>esquisaclorcs à conclusão de que os pa11icipanlcs perc:cbian1 aspectos da situação cspccilican1cnl<: relacionados conl as atividades e n1ctas elas unidades à.s quais eles csU\\·an1 ligados. A pcrccp<:ào de un1 g rupo co,n rclaç~1o ;.\s atividadc-.s organi;,.....'\cionais é ahcrada sclcti\'an1c1nc.: para focar os interesses do g rupo CJUC representa. Corno não podcn1os assi,nilar tudo o que obsel'\'an,os, nós pcrcebe,nos u,n pouco de cada , ·(!".t,,. ~ las esse pouco nt10 e'- <'Scolhiclo alcato1·ian1entc; na ,-el'dade, ê escolhido de n1ancira seletiva, de acordo co,n nossos interesses, expcl'iências passadas e atitudes. A per· ccpçào seletiva nos pcrmilc un1a 1.s.acada rápida~a respeito cios ouuY,s. 1nas co1n o 1isco de.~ ohlcrtnos un1a fi~'l1J1, in1prcci.sa.. t\o ,·cr1nos aquilo que qucre1nos, poclc1nos tirar conclusões erradas de un1a situação a1nbígua. E11<.:ontráu1os outro cx<:1nplo de p,cl'(:epção seletiva nos n1crcados fi11ftncciros. Depois da gra"e c 1;se íir1a11ccira nu.ul
    164

    Compottamento organizacional

    anterior) c1n ,·ez de olhar para o futuro {a tendência de queda pode ntuito bcrn continuar). Co,no notou tun gerente fu1a11cciro; ''(:ada vez que o 111e1tado caia era luna nova opo1'tun.idaclc par.:L<:01nprar a aç.:i.o 1nais barata (llndc, 1~:• Isso nf10 deixa de ser ,,c,·dade, é clat0, ,nas l'rlOSlra o prrigo ela pcrccpçt10 ~clc1iva: ao considerai" ;1penas o pl"CÇO antigo, oii analistas confiara1n cnl uni ponlo de rcfcl'(°:ncia Í.'tlso e não pudcrcun reconhecer que o q ue havia caído podc1ia cair ainda n1ais. Efeito de halo lendência de formar uma impressão geral de alguém com basé en: . vma \!nica caractori~

    O efeito d e halo Quando for,nan,os un1a irnpressào geral de aJgué1t1 oon, base c1t1 1.una un1ca camcler1suca co1no sua iote ligêncii processado pelos acionis,as da co1npauhi.,, que o acusara1n de ter rcali.1. .ado operações no n1crcado de derivativos scn1 avisú~los. Scgu11do ele, poré111. t-ssas me.sinas operações ,eriarn sido r<:sponsl1.,·eis por grande parcela dos lucros ;1n tc1iorcs da cornpa11h.ia 1 r.:17.-flO que cxr>l.icaria sua ascensão e fortalec-in1e11to na organização. Dcs.,;a forrna, enquanto a cslratégia ptoduzia bons rcsuhado~. o gestor era elogiado e pro1novido, ao passo que, quando ela con1eçou a ela,· cr1·.:1do, ele se tol'nou o llnico culpado 16 . l~sscs s.-\o os dois lados do cfCito de h-alo (ou você é bon1 ou é ruin,, 1:>oder-sc·ia d izer). 1-\ existência real cio clêi10 de halo foi confirmada por l111l estudo chlssico en1 que era pc· dido aos parlicipanlcs que avaliassc1n tuna pc:ssoa a qut nl u1n co1~u1uo de traços se aplic.".ava. Esst'~ traços cra.n1 intcligCncia~ habilidaclé, senso pr{1tico, zelo, clc,ern1in.1çào e sirnpalla.u Quaudo s.c <.·voca\'a1n c:ss<::s u·a~·os, a J;>cSsoa erajulg.,da corno cspcr,a. cngr<-u;ada, popular e jm;_~,inallva. Quando ess.a lista era 1l'1odificad:, con1 fiicia substituindo si,npatia , sutgia u1lta avaliação con,plct.irnente
    Efeito de contraste Tendência do comparar

    Efeito de contraste Existe tuna a,nig..i n·,áxjrna entre.: os a,o,·cs de t~s1>ctúculos de variedades: 1'~unca fa.;-a seu n\ln,ero depois de urna apresentação con1 c,·ia11ças ou a1li1naisu. Sabe po1· quê? O ~cnso co111lun clii. que as pessoas an1a1n 1a1no as Cl'ianças e os bichinhos que você vai parecer l'uirn depois deles. l'..Sse excn1plo ilustra corno o efeito de contraste pode dislorccr a percepção. Não avalia1nos as pessoas de 111ancira isolada. Nossa rraçào a al~'11érn é sc111prc inílucnciada pelas o utras pc:ssoas que cncon,ra1nos rcc<·ntcn,cnlc. l~,n u1na situaçào c1n que ocorr;:1. u111a séiie d e entrevistas, por cxc:111plo, à avalia('ào de qualquer candidato pode sofi'(:r d isto rçõcs por causa de sua posição na o rdem de chan1ada. Ele f)O(lcr
    1

    a$ caracteristicas de_Jum

    1nd rvíduo com as de outras pCS$0tlS.

    Estereotipagem Julgamento de uma

    pe$SOa com base n, percepção sobfe o grupoaoqual

    ela pertence.

    _J

    Estereotipagem Quando julg:u,,os alguén1 con1 base c1n nossa pcrtepçAo do grupo do qual essa pessoa Í.:')Z p::1rtc, cst:unos usando 1.ut1:ri J0111,;, de si1nplificaçào charnada estereo~ tipagern. n No início deste C'apÍlulo,jtí 1nencio11a1nos os ptúblc,nas que a estr1'COlip"gc1n pode causar: os brasileí1'0S não s.io ião 1'CCCf)t:ivos con, 1'clação aos itnigl'antes co1no se in1aginava! Nós nos hasean1os c,n generalizações t<XIO$. os cliast pois ela.\ nos ajudan1 a to1nar decisôf>s rapida1ncnte. li urn n1cio de .si1nplificar u1n inundo co1nplcxo. É n1ais lãcil lidar con1 1.1111 n(uncro não adn1inistrávcl ele cstín1ulos se uülizarrnos llturlslicas ou estereótipos. Por cxcn1plo. de fi1to faz sentido p1·c:.sun1ir que (:ciso= o novo funcionário da Contabilidade, sabe algun,a coisa sobre o rça1ncntos1 ou <1uc Cauà 1 de FiiHu'tç;ls, poderá .:~ud;.l-lo a rcs.oh·cr tnn pl"Oblc::n,~ de pr<'vis;;io. t\ dificuldade, é claro, surge quar,do gcncraliza,nos de forn1a i1np1-eC'isa ou exagerada. Na~ Ol'ga11izaçõcs1 cos1un)a1noii Ou\'i1· (on1c1uádos que 1'Cp1-esen1an1 estereótipos baseados enl gênero, idad<", t'~1çai religião, etnia ou até no peso das pe~soas (ver Caphulo 2):1' ·r\.~ n1ulhC"res não accica1n n1udar ele cid:lclf' por causa de u1na pro111oçào~i, «os ho111cns não u-;n1 jc:ito para cuidar de c,iançasn, «~r raha.lhaclorcs 111ais vc· lhos não conscguern aprender novas h..tbilidadcs" 1 ' 1 ln1ig rantes asiâlicos St'lo trabalhadores e conscienciosos· 1, ''Pessoas corn excesso de JX:SO s.:lo i1•dlscipli1n1das". Os estereótipos podcrn estar tiao profunda,ncnle arr;,igados ·t" ser tão poderosos qut cl1cga1n a ir,tluenciar decisões de vida ou 11lor1c. U,n <:Sh.1 do ,,os t-:stados Unidos, que a,,alisou u,na ,nuhiplicidadc de íh101·cs (1ais ro1no r i«unstâncias agravantes ou a1cnua1ues) e1n julga,nen1os c1i1nioais J>Ot assassina10, nlos1m11 que o grau e111 que os réus negros se pat'ccia111 ro1n o ·esler<:ótj1>0

    Capitulo6

    Percepção e tomada de decis3o individual

    165

    COMPORTAMENTO ORGANIZACIONAL INTERNACIONAL

    As percepções negativas podem prejudicar as relações comerciais internacionais? apão e China poderiam parecer parceiros econô·

    J

    micos naturais, visto que estão muito próximos

    geograficamente. No entanto, hoje, as empresas japonesas ficam atrás tanto dos Estados Unidos quanto da Europa no comércio com a China. Apesar de a indús· tria automobilística japonesa ter tido um enorme suces· so em outros países, inclusive nos Estados Unidos, as marcas de carro mais vendidas na China são produzidas pela GM (empresa norte·americana) e pela Volkswagen (empresa alemã). Além disso, a indústria japonesa de eletrônicos atualmente possui somente 5 por cento do mercado chinês. Mas quem seria o culpado pelo triste relacionamento entre Japão e China? As percepções do público, nos dois países, podem ser a resposta. Por exemplo, muitos chineses ainda estão irritados com um relato de que os empregados de uma construtora japonesa contrataram

    prostitutas chinesas para uma festa da empresa. E muitos japoneses acreditam que os imigrantes chineses são culpados pelos muitos crimes violentos que acontecem no Japão. Além desses eventos recentes, as relações entre esses dois países, historicamente, têm sido tensas. Pequim ainda está contrariada com a invasão militar da China nos anos 1930 e 1940, invasão essa que não recebeu reparação por parte do Japão. Essas percepções negativas dificilmente podem ser revertidas se os erros de percepção, tais como o erro fundamental de atribuição e efeito de halo, estiverem operando. Isto é, ambas as nações se culpam mutuamente por seus comportamentos (atribuição interna) e ambas tendem a ver a outra de forma negativa (efeito de halo negativo). Por causa desses erros, comportamentos futuros, mesmo que ambíguos, poderão ser percebidos negativamente pelo outro pais.

    Fontes: Baseado em C. Chandfer, "Bus,ness Is Hot. Relations Are Not", Forwne {Europe}, 19 abr. 2004, p. 20-21; e "Chtna U.rges Japan to Do More to lmprO\te Ties", lhe Associated Press, 14 mar. 2005,

    típico cios afroa1nciicanos' dobr.,va suas chances ele receber pena de 1nortc caso fosscn1 considerados cttlpttdos. u E1n u1na pesquisa rcaliz.-tda pelo Instituto Urasilciro de ,t.\ náliscs Sociais e.: Econ6n1icas (lbasc) (: pele, Ft111claçiio Getúlio \ largas (FC\'), 2·J por cento dos 4-00 rno1-ado1"eS de un'la f.,vela carioca que f01-arn cnu-ç,~stados disS<:ta,n j~l rei' pctclído algu,na opo1'tuniclade ele cntprcgo por t<:n;:n'I dito onde 1norrlva1n. Oe acol'do con'I a 1nc~n'la p,csquis..1, 78 ix,r cento dos ntoraclorc:s da Í.'lvcla de ~ languinhos e 74 por cento dos habitantes do •asfi,lto• (n'loradorcs ele bairros •regulares') disscran1 perceber a existência de forte prc· conceito contra os fi1\·clados. 1.s l>clo f.,to de. nor1naln1cnte) o.s traficantes ele drogas e outros c1in1inosos $e csco11clcrcn1 nas fave las, os 111oradon:s dessas ;:Í,~·eas é1<:aba1n se11do rotul,,clos con10 cl1111pliccs dos banclidos. Co1n isso, (tp<·nas o l'hto de v~\'CI' c.~n·, u rn~, Hi.vcla é suficiente parH que o in(U\'iduo seja visto corno po1cncial crin'linoso, f;11xndo (1uc a.s cntn:·vis1as de .$C1cçOS é que eles são 111uito difundidos e u-ata-sc de gcncrali;,.,açõcs úteis) apesar do fhto de não tcrc111 qualc1ucr traço de \'crdade ao scrcn1 uti· lizados co,n relação a unia pessoa ou situação cn1 pa11icuJa1: f\ssi1n 1 constanten1cntc tcn1os

    dt nos policiar p,m, nos cc1tificm· ck: que não estamos usando t'Sltrcótipos cm n0:1xllí aYal.iaçõts e decisões injusta ou incorrcta111c11t<.·. Os cstér<.·ólipos si'lO u1n cxcn1plo do que diz o aviso: 11 Qual'HO n1,ti~ útil, n1;;1is chances há de ser n1al u1ili1,ado".

    166

    Compott.amento organiza~ional

    MITO OU CIÊNCIA? '

    Os estereótipos são sempre prejudiciais ssa sentença é falsa. Na maioria das vezes, os es· tereótipos são bastante úteis, ajudando-nos sobremaneira a tomar decisões correta e rapidamente. Esse 'vício perceptivo' serve como um atalho mental e, como todo atalho, traz riscos, mas pode nos levar ao destino desejado de maneira muito mais rápida. Os estereótipos são frutos de experiências vividas por nós e por outros, servindo como uma espécie de instinto humano. Dessa forma, apesar de algumas vezes eles nos levarem a cometer erros de julgamento e a tomar decisões erradas, não se pode ignorar a validade desse instrumento psicológico como um meio de análise de uma situação. Veja algumas situações em que eles nos podem ser muito úteis. Imagine que você seja um gerente de recursos humanos e esteja selecionando um funcionário para

    E

    um cargo que requer muitos conhecimentos técnicos em

    computação. Diz-se que os alunos que cursam deterrni· nada faculdade têm grande domínio das ferramentas de informática que serão utilizadas pelo novo funcionário. Caso haja um candidato que tenha estudado nessa ins· tituição, por que não selecioná-lo? Obviamente, caso esse seja o único parâmetro da escolha, pode·se come· ter um erro. Entretanto, selecioná-lo é, provavelmente, a opção que maximiza a probabilidade de acerto. Outro exemplo bastante corriqueiro envolve a própria segurança. Imagine que você esteja andando de noite em

    uma rua deserta em sua cidade. O que lhe geraria mais te· mor. um sujeito forte, sem camisa, descalço e com aparên· cia suja ou uma menina segurando uma bola de encher? A resposta é bastante óbvia para a maioria das pessoas (ex· ceto para os homens de preto e outros agentes secretos do governo!). Nossa experiência e as informações que re· cebemos de diferentes meios servem como um importante ins.tinto que consegue diferenciar rápida e intuitivamen· te situações de perigo. Nesse caso específico, é o possível estereótipo de criminoso que nos levará a atravessar a rua ou a entrar em uma farmácia para nos sentirmos seguros. Esses exemplos podem ser extremados, mas servem para mostrar como os estereótipos e outros atalhos mentais ajudam-nos a tomar decisões acertadas em intervalos ml.lito curtos. Logicamente, não podemos confiar plena· mente em nossos sentidos e instintos. Muitas vezes, ba· sear nossas escolhas unicamente em estereótipos pode nos levar a cometer injustiças e, em geral, ser preconcei· tuosos e intolerantes (afinal de contas, o que uma menina com um balão faz em uma rua deserta e escura?). En· tretanto, quando os prazos são curtos e as situações nos pressionam a tomar decisões. talvez seja melhor confiarmos nas experiências 'vividas e ouvidas' do que arriscar passar por situações complicadas. Nesse sentido, melhor basear a escolha no estereótipo e entrar na farmácia a ter de andar cinco quadras até sua casa sem sapatos.

    Aplicações nas organizações ./\;; 1x:sso,1s nas org,u,iz(1çõcs çstào scrnprt j ulgando urnas às outras. Os t•xccutivos f)l'Ccisao'I avalia!' o clcse,npcnho ele seus suhordin~1clos.J ulga1nos qua1110 nossos colegas S<: dcdica,n a seu 1rahalho. Quando u1n HO\'O n1cn1hro entra para u111a equipe, ele; é in1ecli:-ita111en1c olhado 'de ci111a a baixo • pelos d c1nais. ~·fui tas vezes, esses jullr.tntcntos tént consequências i111portan1cs para a organização. \ lalnos cxan1inar sucintan1cntc algun1as aplicações 1nais óbvias.

    Profecia autor-realizável Situação em que uma pe,cepçio disto,cida de uma pe$$03 faz que o comportamento de outra

    seja co&rente com es,a percepção.

    (

    _J

    Entrevista de seleção Pocl<:ntos d i1.<:r que po ucas 1:x.--ssoas s.io conu,nadas sc1n passar po r unia c ntrc,~sta. ~ l'as os cntrc::vistadorcs f;,zcn1julgan1cn1os de pcrccpç.io frcqucn· tcn1cntc crrõncos1(,. e for111an1 in1prcssõcs precipitadas que logo se 1ornan1 resistentes. r\ s pesquisas rnostr;un que fornuunos irttprcssõcs dos outros cn1 u111 décirno de SCb'ltndo, co111 hasc: na pri1ncir,1 ,·cz que ollu1n1os pa ra eles. •i Se essas prin1cir.1s irnprcss&:s são ncg-4'ti\'as, elas tcndcrn ~l ter urn peso cada \'CZ n1aiol' dur-,u1tc (t cnu-cvi:;.Hl do que se a 111cs111() infor1naçào surgisse postcrio,·n1cn1c. u, r\ n1aior p;\1,c' d;\S decisões dt)S t:nu"Cvis1adores po uco 111ucla dc::poi~ dos p1i1nciros <1u O s t<:rn1os profecia autorrealizável

    Capitulo6

    Pe rcepção e tomad a de decis3o individual

    167

    e efeito l>ig111akào dcscrc,·cnl co1no o con1portarn cnto das pessoas é dctcrn,in ado pelas cxpcctaúvas dos outros. Se un1 gestor espera grandes lêitos de seus subordinados, pt"O\lê\\'chncnte eles não o dccepcionart,o. c:ontudo~ se ele cs1x:ra que suc1 equipe f.:1ça o ntínirno, ela se coo1J)011a1·;í de· acordô co1n <'..SSa haixa C:::<JXC1t1ri\la. 1\ cxpcc1a1iva se IOl'na l'calidadc. 1\ profi·cia autorrcalizávcl tcn1 provado ser un·1 fator q ue afC1a o dcsc1npcnho dos <:studant<:'$ nas e:.~cola.1.1 dos soldados c1n con1batc e até d os contadores.:.10

    Avaliação do desempenho \!crc,nos con, ruais detalhes o in1p<1cto das avaliações de descanpcnho sobl'C o cornporta,i-\e 11to no Capítulo 17, 1n;ts vanlOS apenas lcrnbrar aqui que ioda avaliaçfio de funcit)nál'io depende n,uito do procc:sso de 1:>erccpçào.21 O fulul'O de u1n íuncion;hio c.stà (Ortcn1cntc ligado a sua avaliaç,io - proinoçÕL's, au1ncn1os ele saht,io e a p<:r1nanê11cia no ctnpn.:go .sào algun1as elas con.scquCncias 111ais evidentes. f.n1bora a ava.. liaç.ào poss,a ser obj etiva (por cxcn,plo, u1n vendedor J>Odc ter seu dcsen1pcnho a,-..,liado c:n1 relação ao l)uuran1cnto que consegue gerar), a n1aio1ia das funções e cargos org:u1izacionais é avaliada de 1nancira subjct:i,·a. 1\"aliações subjetivas1 apesar de frcquc11tcme11tc necessári,1s. são problc,nfuicas, 1:>ojs s.:"io afetadas por todos os cn'Os que disc\ui,nos :ué agora: JX:l"Cepçào seletiva, cícilos ele con1irastc, cfcilo de halo e outros. J1"0nican1en1e~ algu111.rs vezes as classificações de cle.«:n1pc.nho clizcn1 i.uno a respeito do avaliador quanto do t1valiado!

    !!l igação entre a percepção e a tomada de decisões individual Oeeisão

    I duas ou mais alterna~ E$co1ha que s.e fat en_u e

    Pfoblem&

    Uma disetepãnc:ia entre o estado atual das co;sas e

    o estado de-séjável.

    I

    Nas organizações, o incliví(luo tonta decisão, faz escolhas entre duas o u m.1is alternativas. Os altos executivos, 1::ior cxc1nplo. deter1·nina1n as rnct{tS da organização. quais produtos ou s<:n1iços oferecei; c-0n10 fina nciar suas OJX:r"n(ôes ou onde estabelecer tuna no,·a unidade da eolpres.'1. Os gerentes dos uiveis n,édio e i11ferior deter1ninan1 o c,-onograrna de produção, scleciooarn os novos funciooários e dccidern co,no d.istrib1..1ir os au,nentos saltt1iais. Os dernais fU1lcioná1ios dectclc1n quanto esforço dc:spendcr nas a1ividadcs e c,1n1p1i1· ou nào o q ue foi clel(·rn1inado pelo chefe i1necliato. ~ os últi1nos anos, un1 nlln1c1'() crescente de organizações cstcssoas 10,nam dccisôes e a qualidade de suas escolhas dependen1 1nui10 de suas perc::epçõcs. r\ to1nada de decisão ocorre e1n l'éação a \1111 problema.n Unl problen1a exis1c quando se vc1ifica urna discrepância enu-c o cstt1do atual das coisas e seu es1ado dc-sejávcl, o que exige n111a avaliação dos cursos de açào ahcrna1ivos para atingir es!K' cs1ado clc~jávcl. Se seu c,1.1To qucbn1r e você depender dele par:a chegar ao Lrahalho, você tcnt un1 prohlc1na que requer ,una ton1acla de dccis.lo. lnfclb'.rncntc, a rnaioria dos problcn1as não se aprcscn1a dL' fOr1na tão clara, co1n urn rótulo dizendo 'problcn1a' para f.ltilitar sua id<·ntilie,açào. O que é uni proble,na para unia pessoa pode ser u1n esladoJaJi.ifatlJ,iQ par.1 ou1ra. U,n ad,ninistrador pode ver a qucd,1 de 2 por cento nas "endas do ul1ncs11'é de sua clivisão co,no lnn problerna S(',io, que exige n<;ào i,nediata . 1:.:,n contraste}ouu'O ad1ninis1rador da 1nes1na e,npt"('s.1 1 cn1 01..,u-a divisão que tan1hé'n1 apl'escntou crueda de 2 por cento na~ vendas, pode considerar esse 111í111e1'0 pcl'íci1a111cnte aceitável no a1ual <:ontcxto ele nlcn:ado. J)c;ssa for111a, ad1nitir a existência de un1 problcn1a e a ncccssicladc ele se lon1ar ou não tuna dccis..'1.o clcpc.ndc da percepção da pessoa. Por sua ,·cz) todas as dccisÕl'S cxigcrn intcrpn.:1~-\çào e a\laliaçào de infOrn1açõcs. Os dados costtunarn vir de diversas fo ntes e prctis.lnl i;cr sclccionados1 processados e interpretados. Quais deles sl10 rclcvant.cs par~, dctcr1nillada dcc::is.t,o e q uais nfio sào? .~\ 1-es-1>0sta fica 1>0r CO!lta da pe1'Cepçào de q1.1e1,1 1001a a decis;lo. Deven1 ser elabo,-adas altc1·ot1ti\lns, con1 análisl" dos r>0n,os fortes e fracos de cada ,una delas. ~lais urna vez, o processo de percepção pal'a a ton1ada de dccis..-'i.o iudi,idual nfc1a1·0:l a solução final encontl'ada. Por fin1, c.'nl todo o proC'csso cl<·cisório, 1nuitas ,·c;,.cs surgc1n distor<;õcs pcrccplivas que podc1n a fetar as análises e concluSÕ<:s.

    168

    Compo11amento organiia~ional

    No início de 2008, o comando da Serasa. maior empresa de infoimações de a edito da América latina, mudou de mãos. Após 17 anos. Etc.iode Lvcca foi substituído na pl'esidência por Fl'ancisco Valim. Pa,a o novo ocupante do cargo. es.sa mudanç.) é fundamental par,;1 a continuidade do c,escimento da empresa. Segundo ele, "quem está ali todo d ia pode não percebe, oportunidades que uma pessoa d iferente acaba vendo". Ainda segundo ele, "a rotatividade é fundamental"', mostrando como as pe,cepç.ões das pessoas sob,e uma mesma fealidade podem ser muito diferentes.»

    llomando decisões nas orga nizações ,\:j escolas de a<:S na realidade. 11aqui <1uc cnu·a c1n ação o papel do co1npor1::11nento organii.acional: para 1nclhorar a ntancira de 1on1ar decisões nas organizaç0Cs1 tcrcn1os de cnlcndcr os trros que as pessoas con1c1cn1 ao 1;azê.. lo (alén1 dos erros de percepção que· acahan1os de cliscuLir). A seguir, clt'Scrc,·crcn1os e:sscs. e rros., con1cçando co1n u1n" brc,·c ,~~•lo gcr;tl do n1odclo racional ele tomacl~, de dt:cis;\o.

    Racional Refere-se ã pesso.a que faz escolhas consistentes pafa maximizai' o valo, dentro de limitações especificadas.

    I _J

    Modelo racional de tomada de decisão Um modelo que dl}Setove como os individuos devem se comportar para m,ximizar dowminados

    ,esuhados.

    I

    O modelo racional, a racionalidade limitada e a intuição Modelo racional de tomada de decisão Kormalmeme pensamos que ac111elc que nte lhor torna decisões é un1a pessoa r acion al, que í.,z escolhas <.:ocrcn1es e de \'alor 1naxin1iiado$ dentro de certos lirnitcs e 1·cst1içõcs.14 l,:Ssa.~ escolhas são feitas scguindo·sc u1n modelo racional de ton1ada de decisão.1~Os seis passos desse n1oclclo cstào especificados 110 Quadro 6.1. O 1nodelo n:,cional se baseia <:nl vá1~as prc,nissas, incluindo a de que o ton1(ldor de dccisôcs tenhn lodas as infotrriações, seja capaz de identificai' cod.:LS as opções ,-ele"arncs de fol'ana i1npal'cial e opie 1>ela a1ter11a1iva <1ue 1na~i1niza sua u1il idade.-M Co11,o você pode i1naginar, boa parte das decisões 1on1adas no rnundo real não SCg\tC o n1odelo racional. f\ s pesso"s gcrahncntc se contcntan1 en, encontrar \una solução aceitável ou razoável para o prohlc1na cm vez de buscar a altern ativa ótint-'. Co1no observou rcccntcn1cntc \111). <.:spc.. cialista cn1 to1nadâ de decisões, "a rn aioiia das dccis&:s significativas é tornada ,nais por 1ncio dejulg.:1111e11tos subjetivos do qoc por u1n 1nodclo pn::scritivo··.1; 1\Jé111 do n1ai~ o que é ,nuito interessa111c, ~.s pessoas não 1>crcelx:n, que tonlam deciSÕ<:s inadequadas.18

    Quadro 6.1 1. 2. 3. 4.

    Passos do m odelo racional de tomada de decisão

    Definir o problema. Identificar os critérios para a decisão. Atribuir pesos específicos a cada um desses critéri0$. Desenvolver alternativas.

    5. Avaliar a~ aharnatívM. 6. Escolhêt a melhor altel'nativa.

    Capitulo6

    Percepç.\o e tomada de decis3o individual

    169

    Segundo Marcelo Cardoso. vice~presidente de Desenvolvimento Organizacional da Natura, tomar decisões racionais tornou-se ainda mais d ifícil ao longo do tempo. Isso, entretanto, não se deve ao fato de os executivos terem menos dados e ferramentas . .. No passado, era dificil tomar decisões porque havia pouco acesso à informação. Hoje, por termos informações demais, o processo tornou-se ainda mais complexo." Isso evidencia as limitações do modelo racional de tomada de decisão e, de acordo com o executivo, "é om paradoxo"' que precisa ser aceito e compreendido.20

    Racionalidade limitada

    Processo de tomar decisões construindo modélos simpllflcados que e>cvaem os aspectos essenciais dos problemas sem c.1p1urar toda a sua complexidade.

    _J

    Racionalidade lim itada ~oi.sa capacidade li,nitada de 1)1-occssafnento de infor1naçôes torna i1npossível assi1nih1.1· e co1lrpl'eenclet todos os dados necessátios ptt1·a a oti1nizaçâo de u1na deçisào.'° Endlo, a n1ai()ria das pcs.,;;oas reage a un1 problcn1a con1plcxo a·edu· 1.indo·o a u111 nível cn, que se 1»ssa entendê-lo pron1an1cntc. D.i n1cs1na fOrn1a, 1nuitos prohlc1nas Lc ndc1n a não apresentar tuna solução ótin,a por scrc111 con1plictldos d.;n1ais p;:1r.1 ser subdivididos de acordo co1n os parún1clros do 111.odclo de 10111ada de decisão racional. É aj que as pcs.soa.s Jf satisfi1<.tn1, islo é;, buscan\ soluções que scjan1 suficientes e salisfató1ias, e. nf,o óti1na~. Qua11do você escolheu cp.ntl u111ive1-sidadc cu~ar, analisou todas as ahcl'nativas ,~tíveis? \locê iden1ificou c0enho - , a busca cstar;:í lc rn1inada. DL-ssa fOrn1a 1 a solução final r(~prcscntar:.l tnna c.scolha satisfatóiia - a prin1cira rnals a<:cit.ávcl encontrada - , nãc, a ideal.

    Esse processo de se salisf.:1zer não i': sen,p1-c urna ,ná ideia: us..1s \Ul\ processo si,nples pode 1nuitas ,-czc-s ser ntais sc1lsato do cp.1e o 1)1odclo clássico de to rnada de decis~o racionat.J.'l P;il'a us;ir o 1noclelo racionam no inundo 1-eal1 \'OCê pl'ecisa reuni,· 111ui1as infor1naçõcs sobl'c 1odas as opções. con1pu1ar os pesos aplicáveis e depois calcular os \'alorcs de unta infinidade de cri1é1ios. ~rodos cssC's processos poclcn1 lhe custai' tc1n1)0, e nergia <; dinheiro. I~. se houv..·r u1n grande nl1111cro ele variáveis dcsconhccida.s no nto1ncnto ele aplicar pesos ê preferências. o rnodclo 1otalmcn1c racional pode não ser ,nais preciso cio que u,n sirnplcs palpite. ;\s ,·czes unt 1nodclo r~-lpido e si,nples de resolver um problcnla pode ser a melhor opção. \folta11do ú escolha de sua universid'1de) seri:l realincnte ,nais i111eligente atravessar o país de avião pal'a visitar dezenas de í.1culdades cn1 1>0t<:11cial e paga,· pel~ i1lscrição no

    170

    Compottamento orgc1niza~ional

    Os truques feitos por um mágico são um bom exemplo de como a racionalidade limitada afeta nossa decisão. Números clássicos como aqueles em que os ilusionistas são presos por correntes ou camisas de fotça, trancados em caixas ou amarrados dentro de aquários servem de analogia para as decisões que p,ecisam ser tomadas em r~pidos intervalos e com elevada dose de tensão. Em função disso. a filial btasileira do labo,atótio GlaxoSmithKline (GSK), localizada no Rio de Janeiro, ptomoveu u,na apresentação do ilusionista lssao lmamura para 40 de seus executivos. O objetivo era mostrar como a racionalidade das decisões é muitas vezes limitada por pressões temporais e pelo estresse da situação. Oes.sa maneira, por vezes. seria pteferivel encontrar uma solução satisfatória a uma ótima. Afinal de contas, é melhor se libenar com o cabelo bagunçado do que permanecer penteado dentro de uma caixa em chamas.»

    fJ

    vestibular de todas essas universidades? É rcahncntc possível sahcr qual é 'a 1nc1hor• uni\·cr· sidadc para você assitn que sai cio c11sino 1nédio ou h;l 1nuitas i11for111açõcs desconhecidas sobre quais int<:rCS$CS você dcscnvoh·c:n\ ao longo do tc1npo? Quc1n sabe ,·ocê ncn1se forn1c uo cu1-so que escolheu ao entrai: Poclc ~cr tnuito n'lelhor ach;Jr algu1nas universidades que cstejan, de aco1'(lo con-. a 1-.-.aicu· pa1·te de suas pl'cfi::1-i:ncias e foca,· .sua atenção em Í.'IZCI' u1na difi::rcnciaçào c.,nre elas.

    làlve-.t a n1a11cira 1ncnos racional de to1nar decisões sc::ja confiar na intuição. cogr1i1ivo inconsciente apoiado 11a.s cx1>el'iênci;is vividas.1•Suas p1·incipa is cal'actcristicas são: ela ocorre fom cio pcnsa,nento conscir.n1e; apoia·sc cn, associaç4X's ho1ísLicas ou conc·xões dill,1s:as c.: 1111'(: iníorn1ações divçrgcntcs~é rápida e u;n1 u111 grtuult con1po11e11/e qJ;IÜ..'o, o quç signiíica que gcrahncnL<: t.:nvolvc Intuição

    1\ tomada d e d ecisão intuitiva é u,n processo

    Tomada d& decisão intuft.iva Processo cognitivo

    _J

    incons.ciente ge,ado pelas experiências vrvidas.

    Clll0ÇÔCS.3l

    1\ pcsa.r de a intuic;ào não ser racional, isso não significa que seja errada, 11e111<:1uc H.111ciou(' nccessa1ia1ncntc conlo \una a.Jccrnati,·a ao 111étodo raciona.l. Na ,·crda.dc, eles pode1n ser con-.plt n1cntarcs. ~·-las irlluição não é superstição, nern produ10 de urn sexto sc111ido n,ágico ota patanotn1al. Co,no IOi notado c,11 \U11a recente 1"e\'isào da li 1etan11-a, "a intuição é un1a f()1·n1a aha1ne1ne co,nplcxa e desc;n\'Ol\'ida de ,·aciocínio, baseada en, anos de expcriênci.1 e aprcndizaclo''.'li> E a intuição pc><:ças n,as a~rorá isso tan1hén'l ~,contcccu coin os nlest1·t!i! Esse segundo exercício dernonstrôu que os 1ncstrcs uào possuían, n1ern6iia n1ais eficiente <1uc a dos novntos. Eles tinha1n a ca1>acidadt· bastada de l"CConheccr padrões e! na cxp<:riência de ter jogado 1nilharcs de p,1rtidas ele xadre-1. aglo,neraclos de peças que <:Oslu1nan, ocon-er durante u,n jogo. Estudos tan1bé1n n1osu·a. ra1n que os ptofissionais dr xadre;,. são capazes de jogar 50 ou n,ais parridas ~i1nuha1h~a. nlcntc, quando as dccisõe.~ tê1n de ser 101nada..~ cn, poucos segundo~, con1 un, nível técnico apenas pouco :,baixo daquele revelado crn jogos de can1pcona10, quando cada d ccis..io pode de1nor.\r até 1nais de n1cia hora. ,\ cxpcriCncia cio n1cstrc lhe pcrntitc rcconhcct.:r o padrão de eada situação e usar i11forn,ações j:.t aprc11clidas, associadas f-tquclc padrão 1para escolher rapida1nenlc a dccisào sob,--c a jo{irada. O resultado é que o to,nador de decisões intuiLi,·o é capaz de decidil' tapicla1nente con-. hase no que parece ser un, \'Oh1111e de inforn1ações 1nui10 lin1ilado. 1

    1

    1

    1

    Capitulo6

    Percepç.\o e tomada de decis3o individual

    171

    Afifmaf que as decisões mais impon.al\tes e cefteifas de suas carreiras foram frutos de intuição é tarefa quase impossivel pafa os gestofes. Isso ocorre pofque a racionalidade é extremamente valorizada pela maioria dos adminisuadofes e é tida como 'o jeito certo de tomar decisões'. Ê por essa razão que a honestidade de João Zangfandi Neto, dirctor,presidente da Saeoo do 8fasil. subsidiária da fabricante ,taliana de máquinas de café, causa espanto. Quando perguntado se a razão do sucesso de suas decisões foi sorte ou intuição, ele responde prootamente: 'as duas'. Em sua trajetória empreendedora. ele já importou máquinas de limpeza a vapor, foi dono de uma fabricante de facas para colheita mecanizada de cana, fundou a fáb,ica de massas premium Granzani e, em 2008, representava a marca de máquinas de cafê expresso Saeco no Brasil. Em todas essas de,cisões, a êXperii!ncia teve um peso importante e a intuição de que obteria sucesso foi o fator decisivo em suas escolhas.:,,

    l)utantc a 1naiot p:-ittc do século XX, ac1·edi1ou-se que o uso d,-. intuição pelos to,nadol"cs de d ecisões Cl'a irracional e incfic,.-.z. Isso não aconte<'c 1nais.~ f-lojc 1Y;conhccc1nos que o n1oclclo racional 1cn1 sido su pcrenfrttizado e que, ean certas situações, confiar nn inluiçào pode resultar e111 decisões n1clhorcs.l"f ,\.,Jas nào podemos confiar 111uilo nela. Por nào ser qu:-\ntific~l\'CI, é diíicil saber c1uando nossos palpilcs cst
    Erros e vieses mais comuns na tomada de decisão .r\ lc.': 1n cUl racionalid:1dc li1nita(~l, Lu'n grnnde 1~lunero de 1.>esc1ui&l.S indica que os toll'1adol'eS de deciW<:s lan1bc.':1n per1ni1cn1 que cri'OS e vieses s.is1e1ttá1icos aut1p.1Jhcn1 scusjulga,ncntos. ló Pata 1nini,nizar o c:i:f01"Ço e evitar dile1nas, as pesso;is tcndcn1 a se vale,· e.xcess.iv;\111enlc da própria expcl'iência, de seus inlpulsos., i1t51in1os e regra.5 de 'senso co1nun1• con,·cnicnte$ no 111on1en10. E1n rnuil.a'i siluações.. esse=> atalhos podc1n ser \'álidos. Contudo, eles tan1bén1 podcn1 conduzir a sérias distorçôc.~ da rcali0stas, costunlarnos ser c.·xccssi\'a111cnlc oti1nista~. Quando ;1s pcS!iOas dizt'"ITI estar de 65 p<>r cento a 70 por cento c•-:rt<.1$ q uanto à correção de suas r(..-spostas, n.:~ verdade seu índice de acerto é d(! (lJ.><:nas 50 1>0r <.:Cnto.u Quando l(·11, l 00 1>01' cc,uo d<- CCL"tCZa: seu indicc d e ace1'to é, na \'Crdadc, de iO po1· cc,,to a 85 por cento.0 \leja OUll"O$. cxenl plos intetessa11les. Un1 expeii1ncn10 condui ido conl profissionais do ,nercado financeiro h·ra.~ilriro exe111plifira o \'iés C:SLuclado. ]·Oi-lhes pedido que dcLernlinasse111 un1 intrrvalo, conl 80 por cento d~ precisão~ para o valor do índice lbovcspa cn1 un1 horizonte de urna scrnana. 1\ pcsar de podcrc:n1 escolher os valores que quiscssc:111 (por cxc1nplo, entre Oe 100 rnil pontos), o grau d e acerto íoi ele cerca de 62 por cento, o q ue indi<:a u111 'excesso ele coníiança 1r1ét..'Squisa rcalizad.-1 11os Estados Unidos, 90 por ccr"llOdos 11orlc-~11ncri~nos adultos dis.scran1 que eS)x:1-av.:,111 ir pal'a o céu. Em outr.-i pesquisa, so,nente 861>01" cc1110 1x ns,.-.van1 que ~ ladr-e l ê:res..1 estava no céu. Isso é que é excesso de confiança! ~ indivíduos que poss.uen1 habilidades intc.: lecn1ais ~ i1ueq:>essoai~ 1naisfiacas aprcsent:un 111aiorcs prohabilidacles de su1>Crcsti1nar sua capacidade- e d csr.1nprnho.4 ·' t\ssin1, ((lLanto anais tnn adn1inisu1tdor ou subordinado aprende a respeito ele aJgu1na coisa, 1ncnor será a proba~ bilidaclc de ele dcn1onstrar ('XCCS.W ele Confian<-a, .., rran1bé111 lui \Ulla rcf~lÇàO llC~r.ltiv;., entre O

    otimi.lmo do:; cmprccnclcclorcs e o dcscm1x:nho de suas no,,is empresas: quanto mais otimij, tast ,nenos succsso.4 : J\ tendência aprcsc,nada pol" .-'l lguns «·n1pl'Ccnck.."
    172

    Compo11amento organiia~ional

    l\pcs..u· ele o excesso de confi:u1<;a tender a surgir quando os 111cn1bros de u111a org•tn.izaç;io u-;:lba.Jhan1 fora de sua área ele CS§Xx:ialidade, isso 11c"io significa que os charnados ·cspc.'Cialis.tas' scja1n i1t1\111es a ele. U,n t-srx:ciali.sta de 511,-est.i,ncnto d.:11"(.·vista /Ylrh11iedcclarou, cn1 ~1bril de 2008, (j\1(· :.<> ano vai 1c.;1·rnin::u· na roluna pO$.itiv~1" <.: ai de 62 dólares pam 40 dólares cm um ano), JPMorgan Chase (de 46 dól;ux-s para 33 clólar<:s) e Abbou Labs (de 55 dól:m.'S par:, 43 dólares). Pelo n1cnos lCnlóS de aclrnb·ar a vitória da confiança sobre o 1nérito nesse t~tSO! Ancoragem

    Tendência de ancorar o julgamento em uma informação inicial, o que dificulta o ajuste diante.de informaçõ:s: J postenor0$.

    Evidência confirmadora

    Tend3ncia a buscar informações que corroborem escolhas anteriore-s é désearttlr as que co-ntestem julgamentos prévios~

    I

    Ancoragem O ,-iés ele ancorage1n é a tcnclênci:, ele nos íixar,nos cn, unia inforn1açào con10 ponto de p:trtid.t e a dificuldacle de nos ajustan nos diante ele infor1naçÕl'S postc1iorcs. 18 Jsso ocorre porque noss.:.t n1cn1c tende a dar u1na é11f.tse dcsprop-Orcional à pri1ncira infor111açào c1uc recebe.•" ,\.s âncoras são n1uito utiHiada.s por profissionais con10 publicicíreas en, que as tários, ad,nlnislradores, políticos, corretores de i1nóveis e advo!,rados habilidades ele pcrsuas~o e negocia(Ho !,.ão i1n1>0tlantes. 10da vez que u1na ncgocia(ào ocotrc, uunbt,n acontece a ncotage,n. Na rn cdida c,n que alguérn c~:iabclccc uni nlnncro, su;i capacidade de ignorá-lo ol~jc1.iv,unenll": rica con1pro· n1etida. Pot cxc1nplo> quando a \ laJc negoei.t o preço d o nliuéiio de fe rro con1 as siderúrgicas chinesas e japonésas, os valores acertados por css.:.ts empresas sc1,·cn1 de base (fn1cor..-1.) para suas futuras ncgoc:iaçõc-:; coin outras rnineracloras. Quando u1n potencial c111prcgador pergunta " ,·ocê qual era seu salário anle1io1; sua resposti1 sc1,~rá co1no âncora da oferta q ue C'lc..: lhe f.1r.:l {Je,nbrc·.sç disso d~1 próxirna vez que nc.~gociar seu saJá,io, fix,lndo a ,lncora no 111~íxi,no qlle pud<:t. n,as de for,na rcnlista.). Fi1lal11H·1uc-, qua11lo ,,,ais precisa íot sua t111cota, n1enor será o ajus1c feito. Algun1as 1xsquisas sugcJ'e111 que cen as pessoas conS'idera111 ajuste o arrcdonda1ncnto do nún1cro fixado na ancoragcrn. Se você propõe tun sal;lrio-alvo inicial de 5 .500 reais> seu cllcfc consiclc.rará os valores enLrc 5 1n il reais e 6 niil reais., tuna boa n1argtn1 de negociaç•lo. Po ré1n 1 se 1nencion<'ir 5.560 n.:ais1 seu chefe fic.ir:i propenso;\ considerar corno ,·alor de ntgociaçào ;\lgo entre 5.500 reais e 5.600 reais. Evidência confirmadora O proCt~o de tomada de decisões racionais pressupõe que Jcvantc111os inforn1açõcs de rnanrir.l objcti"ª· ~·las isso não acontece. Lcvanlan1os as infôr111açõcs se.lttll:all1n1le. O viés da evidência confirmadora representa u111 úpo cspec'iíico de 1)(:rtep· ção scletjva: busca,nos inforn,açõcs c1uc corrobor<:111 nossas t.."SColhas ;H1t<.:1iores (' desprc-/.a1nos aquelas que as co11testa1n.S1.1 1à n'lbé,n lendc,nos a aceitar pro11lan,cnte as inforn1açõcs que coníir1n a1n 1lOSSOS (>01uos de vista p1'('concebidos e son1os críticos ou céticos con1 1·claçâo àqt1elas qoc os oontl'aria1n . Po r1an10, as infonnaçõcs que levantan1os J>OSS\1cn1 un, viés de ronfirn1açào das opiniões c1uc já únhan10.,;;.. ·1cnclc1nos até n1esn10 a pro<.'l1rar íontcs onde s..1bc1nos que encontraremos o c1uc qucrcn1os ou,i ,: Isso 1a1nbén1 nos leva a dar 1nuito mals in1ponância {is inlô nnaçõt.-s que corrobora1n noss.a. opinião e a cle.sprczannos as que a contrarian1.

    Viés de disponibilidade ~\ri ui10 nnais gente ten1 n1ecto de ,·oar de a,iào cio <1ue de dirigir u,n carro. 1' las, se- voar ern un, avião con1erciaJ fOssc tão perigoso quanto dirigir unt carro,

    Viés de disponibilidade

    Tendência de julgar as coisas com base nas infortnações mai! facilmente disponiv~

    1

    para iguaku· o risco de se 111orrcr c1n u1n acidente au101nobilís1ico seria1n ncc<:ss..1.rios dois acidentes sc1n sohrcvivcntcs a cada sc111ana com aeronaves do tipo 747 lotad:ts. No entanto, a mídia dão rnais peso aos co,nportan, cntos 1nais recentes de:: seus runcio,1fi1ios do que àc1ueles de seis o u 110,·t 1ncws au·{1s ou 1'>0r que as agências de crédilo, con,o a tvloody's e a S1andard & Poor1s, auibuc,n classificações de ,isco e.xcc::ssiva,nentc positivas <111ando se apoi.:i1n e,n iníor1nações aprcs<'n1aclas por l1lstitt1i(ôes ele crédi10, que 1ênl lH11 incentivo para íOrnccer dados tn1 seu Í.'lvor.

    Capitulo6

    Percepç.\o e tomad a de decis3o individual

    173

    Esca lada do comprometimento Outro ,iês que arncaça as decisões é a tendência de au1ncntar o cornpro111cti1nento.s1 ªi\ escalada do comprometimento pode ser definida con10 o apego a un1a decisão antc 1ior; 111cs1no quando fica cla1"ó q ue ela foi tun erro. ln1agine ur'll a1nigo que esteja 11:;11YH)1·a11do urtl;.'I n1oça IHá ciuau-o anos. 1~1nbor;\ ad,nita que a.s coisas nt10 vão 1n ui10 bc1n en1rc os dois, ele d iz que ,·ai SC' casar c.01n C'la. Su:1 jui.lifirativa: ,:1nve$ri ,nu ito nesse rclarionan1cnto!" . .1\- s pessoas aun1cn1a1n seu con1p1'01nct.in1cn10 corn ações 1llalsuccdidas quando se vccn1 co1no rcspons.:Í.\'cis pelo ffacasso.» Elas dcspcrrliçan1 1n ui1a energia para rccu1>erar o prejuízo na tentativa d e dc1nonstrar que sua decisão inicial não l'SUl\~t errada e não ter de adn,itir que co111ctcra111 un1 e1To.1 • O caso do fu ndo ele pc11.sào cios f'uncioná1ios d o Ba nco do Brasil, Pr<:vi. e o cOnlplcxo b~ia no de rtSorlS Cosla do Sauipc é c1nb1cl'n ático. l)csdc sua consu·uç-?10, cn1 199i. até 2003 1 a Prc\'i teve de n:: aliiar seguidos inveiairn cntos 1>ara solucionar l))'Oblen1as corn soas pareci t".-lS e gal'a n1i,· a 1nanutcnçào do negócio, 1nes1no sabendo que os resultad os cstrlva1n n1nito :aquén1 do esperad o:"" ~ a verdade, ac1uelcs que colc1a1n e pondera n1 as in10rn1ações cuidadosa1nc:ntc, seguindo o n1o
    Escalada do comprometimento Apego a uma decisão anterior, a des.peito de

    infoflnaçôe'S negativ&s.

    Erro d e a leatorie d ade Os sc1·.;.·s hu1n<-1nos 1ên1 dificuldade para lidar co111 o acaso. 1-\ acrcdi1ar (( UC tc.:n'I ;;1lgu,n controle sobre o ,nundo e sobre o p rúp1io destino. Nossa tcnclênci:1 en1 ac,-cditat c1uc podcn1os pte,'(:I" o l'CSuhaclo de (·, . c:ntos al<:a· 1ó1ios chan1a-sc erro de aleatoriedade. O processo de to1nada de decisões fica prejudica.do quando lcntan1os cria r u nl sc111ido para eventos alcató rjos, p1i ncipal n1cntc quando trHnsforn1a1nos padrões Unaglnários cn1 supcrstiçõcs:H Estas poclc1n ser total111cntc in ,·cntadas (' 1.Eu nunca ton10 decisões i111po r~ t;lnlcs cn1 scxtas-fcirns 13") ou decorrentes de algtllll padrão d e co1nportamcnto reforçado prc,~al'ncnte ("'Felipe ~·lassa veste scn1prc a 1ncsn1a cueca nos 1rcinos de classificação, aos s,íb.iclos, e uas corridas, HOS do,ni ,,gos, p.11·a 'dar s(n'tC)t).se: Os co,11J'4)1'lt111,c.n1os supen;ticiosos podc1n ser oorivos quando aurapalhan1 nosso julgan\cnto cotidiano ou clis1orcc1n u1na d ecisão i1npor1antc. n1aio ria de nós pn:fCrc

    Erto de alet1toriedade Tendência individual de acreditar que se pode prever o l'e$ultado de eventos aleatôrios.

    I

    __J

    Avt($ãO ao l'ÍS(O

    Tendência a preferir um ganho certo de uma quantidade modérada

    a \lm resultado mais arriscado, mesmo que este tenha uma . compensação mais ~

    1

    Aversão ao risco Se pcnscássc mos n,a1e1nc11icanlé11te1 un, jogo ele cara ou coroa para ganhar ccan reais t<:riê-'I o 111ci.n10 ,·alor <1uc 50 reais gal'a111 iclos. .i\final de contas, o valor esperado da apos1a d ividido pelo 11t'i n1c1·c, de possih ilicladt·s de ,·cnccr é d e 50 tc~is. c:on1uclo, a n1aioria das pessoas não considera essas duas opçôe:,, igu:1ln1cn1c válidas. Pelo contrário, q uase todo inundo> con1 cxccç~lo ele aposcadorcs 'vi ciados', preferiria o rc-sul~ taclo ec110 a un1a possibil idade a rriscad a. Pa ra n1uilos. os 50 por cento de possibilidade de ganhar un1a aposta ele cara ou coroa, 1ncsn10 por 200 1-Ctiis, pode não ,·alcr tanto q u que~ lu111ra1n tanto pa !'a conseguir:;? Os CJ~Os q ue eorrcnn o risco de ser dcnli1idos 1a1nbé1n são excepcional111en1c avessos ao risco, 1ncsn10 quando uana cstr.ul:gia ele invcstin1c1110 n1ais arriscada é n1als in· tercssantc para sua tn1prcsa. 1.ii

    174

    Compotta mento orgc1niza~ional

    Con10 as p<."SSOas s..1o n1cnos propensas a cscaJar o co1npron1cürncnto quando o grau d e i.11cc11c1.a é gn1nde, as in1plicaçõt1, cl;:1 avcrs.\ o ;10 tisco não s.-lo de todo ruins. Quando u111 in, -cstirncnto de 1i,S(,."O não se p.ag.:. ., a 111aioria das pcs...-.oas prefere :i:,gir co,n cautcl.:1 e çort:'\I' suas perdas. ,nas, c1uand<> pcns;1n1 que o 1esuh.a cl-0 e'· r<;no, elas continua1n no c:uninho ela cscaJada. A~ p l'cfCrências p elo risco às ve zes acon1cccn1 ao con1 ,-.trio: as pessoas pl'cfr:t't~111 arriscar a sorte quando tentarn evitar un1 rcsuhado ncgati,·o.61 Prcrcrern t'hzcr tuna aposca d e 50 por cento de cha nce d e 1x:rder 100 reais a aceita r a pe rda certa de 50 reais. Pona nto, prcfcren1 arriscar perder 111uito dinheiro c1n un1a jogada a 111ini1niz.ar os prejuízos. ' fentar e ncob1ir un1 crin1c c1n vez d e adn1itiir u111 erro) apesar do iisco de enfrentar u1na cobertura

    COMPORTAMENTO ORGANIZACIONAL NA MÍDIA A maldição do vencedor nos lei lões de rodovias federais maldiçâo do vencedor é outro viés que normalmente induz ao erro os tomadores de decisão. Isso acontece quando os participantes de um lei-

    ou o prolongamento do prazo de realização dos investimentos, avaliados em 20 bilhões de reais, até 2032. De

    lão, na ânsia de conseguir vencer, sobre-estimam o valor

    isso seria necessário em virtude da lentidão da burocracia estatal, que teria dificultado a instalação das praças de pedágio. Por essa razão, o pedágio começou a ser cobrado com alguns meses de atraso, o que prejudicou a situação financeira das empresas. De acordo com sindicatos de empresas de trans-

    A

    do bem a ser leiloado. Uma forma pela qual a maldição do vencedor é exemplificada é por meio do esquema de f,xação de tarifas de pedágio nos leilões de rodovias federais. Desde o inicio do processo de desestatização no Brasil, em meados da década de 1990, muitas rodovias públicas passaram por processos de leilão. Com isso, a administração de muitos trechos de estradas foi trans· ferida para empresas privadas, que se comprometiam a realizar investimentos e, em contrapartida, poderiam cobrar tarifas de pedágio pelo see,iço prestado. A disputa pela concessão das rodovias ocorria por meio de licitações em que cada empresa interessada deveria apresentar o valor da tarifa que seria cobrada nos pedágios. Como todas se comprometiam a realizar obras de melhorias semelhantes, como a duplicação de pistas e o aprimoramento da sinalização, ganharia a empresa que oferecesse o menor preço pelo see,iço. Foi aqui que teve início a maldição para as empres,,s vencedoras das sete licitações de rodovias federais realizadas em outubro de 2007. As tarifas oferecidas por elas foram muito baixas, apresentando desvalori· zação de até 65 por cento em relação ao teto apresentado pelo governo. Isso gerou uma euforia muito grande na população e nos órgãos públicos, que comemoraram o fato de as tarifas variarem de 0,997 real a 3,865 reais. Contudo, muitos especialistas criticaram a agressividade das vencedoras. Em setembro de 2009, entretanto, as empres,,s vencedoras apresentaram um plano de reequilíbrio econômico-financeiro, solicitando o aumento do valor da tarifa

    E......,,,.

    acordo com as concessionárias vencedoras dos leilões,

    porte e logística, porém, as exigências administrativas

    estatais, como licenças e outros documentos, já eram conhecidas pelas empresas vencedoras quando estas ofereceram seus lances no leilão. Logo, não seria justo aceitar as solicitações das concessionárias. Em setembro de 2009, Bernardo Figueiredo, dire· tor-geral da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTI), disse que •os atrasos no início de operação das praças de pedágio decorrentes de problemas que extrapolam o risco da concessionária" seriam avaliados. "Aqueles que estariam previstos no contrato, não.• Não há uma maneira infalível de evitar a maldição do vencedor sem saber o valor futuro de um bem ou todos os riscos envolvidos; logo, é praticamente impossível impedir que ela ocorra. Mas, os proponentes podem reduzir a probabilidade de sua ocorrência fazendo sua 'lição de casa' para que possam prever o valor futuro da forma mais exata possível. Com isso, eles podem ofe· recer lances um pouco mais baixos do que o valor que consideram justo ou, como no caso analis,,do, tarifas um pouco mais altas. Isso pode fazer que o proponente seja menos propenso a vencer o leilão, mas irá protegê-lo de pagar mais quando ganhar. Proponentes experientes sabem que não querem ganhar se isso significar que pagarão mais do que o preço justo.

    FMtt : ' Ju!l,ç,> l;b<,,• l•a&o d6 ,odov,u Oó PM.10$' . G1é N~ , . 9 evt. '2007: • Rén6t Pé,•u>. ' Rõdô.,u I•&<•;• J)édónl ,...;, ped&gío" e ,.Gove<no vai eStvdar aiso a C3&0", O Estado de S. P1vk>. 24 sei. "l!X1/,

    Capitulo6

    Percepç.\o e tomada de decis3o individual

    175

    de i1nprt'nsa rcahncntc catastrófica ou atC 1ncsn10 ser preso. é outro cxc111plo d i.sso {\'cja o ca.so do goleiro Bruno!). f\s situações cstrcssttntes podc1n tornar essa prcfcrénri;, pelo risco aind<'I ,·n3is rortc. QuHndo cst~o sob o efeito de estresse,~ pCSSO(tS tendérll a se con·1portar de rnanci,-a .-'ln'isc.:1d;, se: isso c·nvol\'e1· n:.:suhados ncg:11ivos e d(• 01.:uu·ira a\'cs.sa ao risco se.: os rc:..~uhados fOrc1n posi1ivos.

    Compreensão tardia Es.se viés é nossa tendência de,
    Vi6s da compreensão tardia Tend@ncia a achar

    que sabíamos antecipadamente o re-suhado de um evento depois de ele ter ocorrido.

    _J

    trado p<:las ações e afirrnaçõcs doo investidores. S<·1npr<: que ui-na ação sobe n1uito, ou cai 1nuito 1 é con1u1n ouvir fras.cs do tipo: '·sabia c1ue isso ocorreria., e "deve da ter con1prado esse papcl1 era évidcnlc que ele se va101izaria '\ Os executi\·os de \ Vali Su-ec1 lan1bé111 lcvara1n a culpa p-01" supostan1cnté 11ào ter cnxergndo o que ago1-;.l nos parece Ób\·io: que os preços do ,11c1'C.:1.do i,nobili<'lrio csta\·an, i_nflados, que ,nuitos e1nprésti1nos arriscados ünha1n sido ICitos e que o valor de 1n1.titas ·gal'atllias' IOi baseado e,n suposições frá.geis. 1\pcsar de podei' haver al~1111 1nêri10 na.~ c1·íticas, con1 fi-cc1u(:ncia as coisas pare-ccn1 ('laras dc1nais quando analisadas depois que já acon1eccrarn. C:on10 cStl'(:vcu tvlalcon1 Clad"·cll, autor d<: BU11k e ele Tltt '1ipf>i11g f billt: que parece c laro quando visto ele unia perspectiva tardia é r.,ra1nentc chlro anlcs do fato aco111ccido" .t,1 O viés da compreensão tardia reduz no.ss.-t capacidade dé ,,prender co1n o pa.ssado. Ele pcrinite que c,creditc111os que :;01nOl5 n1clhorcs do <1uc 11a verdade so1nos e1r1 lhzcr prc,~sôcs e nos torn.:l t:,lsanltnlé ço11fia11t('S. Se o vc.:rdadciro ínclicc de açettos de nossa,!) p1"(.·visõcs é; de 40 pot cento, 11las acttdita1nc>s: C(\•Cele seja de 90 1)()r cento, ptov.:1vel1nc1uc clesconíiarernos pouco ele noss.1 real capacidade de ra1.cr p1-c,isõcs.

    ··o

    ftnfluências na tomada de decisões: diferenças individuais e restrições organizacionais ,\qui. conccn1ran::1r10-nos cm unia d.iSéussiio sobre os íatores que inllucncia1n o n1odo con,o as 1>essoas to1nanl decisões e o grau crn que elas ~..o suse<:tívcis a ci-ros e vic:;<:s. l)iscutire,11os corno as diferenças individuais e as rcs1l'ições o rganiiacionais co1uribucnl para isso.

    Diferenças individuais Na ptálica, a ton1ada de decisões carnctcri?....'1-SC pe.la tacionalidade li1ni1ada 1 pelos crms e vieses conlu ns ao processo decisó1io e pelo uso ela in1uiçào. Alé,n disso, hà dife1-cnças individuais <1ue resuharn e1n desvios do 1nodclo raciQnal. Nesta seção, exanlinare1nos 1rê-s vari;\veis ele difêrcnças individuais: personalidade, gênero e habilidade 1ncn1aL Personalidade 1\ pouca pesquis.-"l íci1,l até hojt sobl'(· pc1-so11aliclad..~ e 101nada de dc;c.isõc.~ sugere c1uc a prin1cita de fruo inAucncia a segunda. Exarninarern os aqui a consci<~nriosicla
    todo -

    sific,1 r seus <:on1pro1n issoi:, ao pa:sso (lU(' a!> dcdic<1das cr~un 1nc11os propensas a isso. Po1· quê? Ccralrncntc ,1s rlcssoas voltadas à realização odci:un làlhar, por iss.o inl<:nsi fic;11n seus ço1npro1nissos nn esperança de cvi1ar o fl'acasso ..A.s pessoas dedicadas, no entanto, são n1ais inclinadas a làicr o (1uc acharn ser rnclhor para a org;iniiaçâo. E,n segundo lugar> os indivíduos que se csíorçan1 na realização parcccrn ser anais suscetíveis ao

    vié:1 da con1prcensào tardia~ talvci por tcrcrn urna grande necessidade de ju:Hificar a adcquabilidadc de suas açõcs.":i J nfcliz111cnlc1 não há evidências ele que as pessoas dedicadas scjan, in,uncs e, esse viés.

    176

    Compottamento orgc1niza~ional

    Marcos Tanaka exemplifica bem co,no os t,aços de personalidade afetam a tomada de decisão individual. Ao ,eceOOr um convite para ser sôcio-di,etor da Boo·Box. uma emp,esa iniçiante de marketing on-line do São Paulo, ele abandonou sou emprego em uma grande çonsultoria, onde ,ecebia aumentos salariais anuais e tinha grandes chances de ascensão. Sua nova função "é muito diferente daquela carreira trilhada de multinacional ", conta ele. Extrovertido e aberto a novas experiências. o executivo diz que *queria ser pioneiro, empreender e criar mais". mostrando o poderoso papel

    de nossa pe,sonalidade nas decisõe-$ que tomamos.t

    Por llltin10, aqueles que possuenl elevada autocs.tiina sf10 baslantê n10Livados a n1antê· -la. 1 t nui.o us.-Hn o viés da auloconvcniência para prese1,r.,l-la. Eles cu1pan, os ou1ros por sua.s r:-.Jhas enquanlo l"Ccebe,n os crédílos pelos sucessos.'' ' Gênero Pcsc1uisas sobre run1inaçào ofcrecc1n algun1as ideias sobre as diferenças entre os gCncros no processo de to1ntldà de dc<:i.sões.6! 1\ ru111i11<1ç,io é urn lt rn10 que se n.::rcre à rcílcxão ,ninu<:iosa sobre tnn assunto. Dentro do processo de 1ornada de d<·cisõcs. significa pensar dcnlais nús problC"111as. \finte anos 0r <1uc as :inulhc1-cs ru1ni11'11n ,nais que os ho,ncns. Urna das teorias scr·ia tt de que os pais cncor}\ja,n e rcrorç.-11n as exp,-c~ôes de, 1ristc1.a e .-1nsicdacle ,nais nas rncninas do que nos n1c11inos. 011tJ-a argu111cnta que as nu1lhe1-cs., n1ais ql1e os ho1ne11.s, bascia111 sua au1ocstin1a e bcn,~cstar na opinião que os ouLros tê111 sobre elas. U,na terceira possibilidade é que as n111Jhcrcs 1ên1 n1ais se11cin1cnto de cntpatia e) assin1 , s...1.o n1ais afCtada.i pe lo que acontece às oulras pessoas. Por isso, elas 1ên1 n1ais coisas sobre as quais rtnninar. E1n torno d ús I J anos de idade as rncninas j ::i. 11.1n1.ina1n 111ais que os 111cninos. Cozn o pass.."'r do Lcrnpo1 c..·ssa clifcrcnça l<:ndc a dirr1inuir. ,\s diferenças são rnaiores duranLc o cornc(O da vida adul1a e n1cnorcs depois dos 65 anos, qua,,do a,nbos os gêneros n11nina1n 1llCnos.ro

    O modo como Elisabete Waller, vice-presidente de aplicativos da Oraclé do Bl'asil, conduziu uma das

    deçisões mais difíceis de sua carreira serve de exemplo p~rc1J as influências do gênéro feminino na tomada de decisões. Tendo de cortar 1S por cento dos seus 250 funcionários, a éxecutiva fofmou um comitê com det membros de sua equipe, ao qual recorria sempre que considerava necessário. Atém disso, utilizou divérsas

    informações do passado. como o histórico de avaliações semestrais de anos anteriore-s de todos os 'candidatos à saída'. Isso exemplifica o trabalho em equipe e o processo de fuminação, que caracterizam o procésso

    decisório dai pessoas do sexo feminino."

    Capitulo 6

    Percepç.\o e tomad a de decis3o individual

    177

    Ha bilid a de mental Sabc1nos que qucn1 possui u1n nível 1nais aho ele habilidade n1cntal consegue procc:;sar inforn1açõcs n1ais rapida1nentc1 resolver problc111as co111 n1ais precisão e .lpn.:ndcr n1ais cleprcsSt:1. Po ru111to 1seria ele se esperar que css~,s pessoas fossc1n 1ncnos suscrLÍvcis t, erros con1u11s de decisfl<). No cotanto, a habilidade rnental parece ajuch\-Jas a c·vitar apenas alguns dC'le~.t! f\s pc~oas i 1ncligc1uc~s são ig11:,lr11cn1e propc~n~;\i; a ser vhi,nas ela ancoragc1111 do rxccsso de confiança. e da csc,1.laclti do con1pro111e1i1nen101 pl'ovavehncn1c por sere1n confiantes dcn1ais ou c1nocionahnc111e defensivas. Isso não significa que a i111cligência nunca i1n po11a. Ün1a vez avisadas sobre os erros d e 101nada ele dccis.1.01 aqueles 1nais intcli~ gentes aprendcn1 co111 r;tpiclcz ;1 cvllá~los. Elc-s lan1bérn s,'lo 111.iis capazes de c,itar erros de lógica, co1no falsos silogis111os ou in terpretações incorretas ele dados.

    Restrições o rganizacionais 1.\ própria o rganização aprcs<:nla li111itc-.s para as clccisõcs1 cria ndo dcs\'ios do 111odclo 1'ac.lonal. Os gt-storcs, por cxcn1plo, tonHu11 suas decisõc~ lcv~u1do c n, conta os sistcnuts de

    .lvalb\çào de dcsc1np<'nho e de rc,co,·npcnsas da ern pr<'sa ptu-a atender às not1nas fo1·111ais e para se adequar às rcs-lriçôcs de 1c1npo in1posl;ts pela organização. As decisões 1ornada.'i antcJ'ior,ncntc 1a,n hé1n poclcrn lirnitar as novas escolhas.

    Avaliação d e dese mpenho O n1odo con10 os .:1chninistrador<:~ lon1
    Regulamentações formais O ,rabalho dos fu ncioná,ios de lanchonc,cs.fi,s//ood excm· plifica os possíveis li111i1cs às dcciliô«!!i i1npOSl OS pelas regras orga.ni:1. .;:lcionais. Pralica,ncnte todas as a(ões dos ate11dentcs e cozinheiros de"c,n seguir as ordc11s explícitas nos grandes t11a1H. 1ais desses n::stauran1es. A $i111açào desses t rabalhadores não é ljnica. 10clas a$ organizações, excclo as 1nuito 1xquenas, cria1n regras e politica:s para progra1nar as decisões e padronizar o co1npor1an1cnto d e seus 111c111bros. Evicl<·ntcn1cntc, ao fazer isso, elas 1:,n1bén1 rcsuingcn1 as escolhas dos ton1adorcs ele decisões.

    Nos (éstaurantes do McOonald's ém todo o mul\do,

    os regulamentos forma is moldam as decisões dos émpregados. O Mc:Oonald's padroni2a o

    comportamento dos membros de sua equipe. A fédé exigé que os émpre-gados sigam 1é9ras para a preparação de refeições e atendimento aos clientes quê aténdam aos padrões de qualidade alimentar é

    segurança, assim como serviços cordiais e confiáveis aos clientes. Por éxempfo, o McDonald's e-xigé que

    sejam obedecidos ?2 protocolos de segurança todos os dias em cada restaurante, como parte da rotina de monitoramento feita por setis gerentes.

    118

    Compo11.amento organiia~ional

    Limites de tempo Quase lodas as decisões itnportantes possuc111 u1n prazo cxplícilo. Urn relalóiio sobre o dcscnvolvin1c11to de un1 novo produto às ,·c:,.cs tcn1 de estar pronto para a reunião ela dirclo1-ia no prirnciro dia cio n1Cs. Essas condi<ôcs n1ui1as vezes tornan1 d ificil, quando nflo irnpossÍ\'CI. para os gercutcs levantar todas as iofot1naçõcs nccc.ss;í 1ias antC'S ele !àzc,· unla <~~colha dcfini1i,·a.. Precedentes históricos t\s decisões não são to1nadas no vazio. Elas se inscr<:111 cn1 u111 contexto. Na verdade. as decisões ind3viduais s.io <:on10 trechos de ,un flu.xo de decisões. 1\ quclas ton1adas 110 passado são c.:otno fa,nas,ttas: c1uc asson1braln e li,niu1nl as escolhas a1uais. ~lbdo inundo sabe que o principal fh1or dcttrrninantc do volunlc do o rç:unento de Lun ano c1ualqu<:r é o orçan1cn10 cio ano ~u11c1·ior.1' f\s escolhas que Í.'lzcn1os hoje, por· tanto, são <;rn grande parte resultado das escolhas que fizcntos IHl anos.

    ,a

    ética no processo decisório 1\s consider.u;õc~ éticas cle,·cm .ser un1 <:iitério i1nportcU'ltC na 01ien1:1çào do processo decisório clt: todas as organizações. Nesta seçiio, v.:11nos ap1·escntar tri:s n1
    Três critérios éticos para o processo decisório UtiliUtis.mo

    Corrente filo$0fica que sustenta que as decjsôes COfretas são aquelas tomadas no sentido de proporcionar maior utilidade pata o mai: J número de pesso.»,

    Dodos·duros lndividuos qve reportam práticas antiéticas de seus omp,cgadofos para pe-S$0JS de fora · da 019an1zação.

    (

    ,_J

    O pri,neim padrão de 111edida ético é o uti/itari.sla, no qual as decisões sí10 tOn)adas ape· nas e,n funç~o de seus tesuhados ou <:onsequências. f\ 1ne1a do u tilitarismo é idealillen1e proporcionar o 1nelhor l'Csuhado pa,·a o 1naior ni'i1nero de pessoas. Essa 1neta 1ende a ser a visão do1ninan1e no nn,ndo dos negócios. )~la é cocren1e cont o~jcti\"OS con10 eficiência, produtividade e lu<.'ratividaclc. Ouu'Q critério consiste c1n 101nar decisões coerentes con1 os direitos e liherdaclcs funcla1ncnt:'l.is dos cidadãos= de acordo co1n o que· prcscrc\•cn1 doeu· 1ncntos co1no .1 constituição de ul'n 1)ais. Un,a Cníasc 110 c1it\!rio dos direitos signific:a lOn1ar decisõe~ <1uc respcitern esses direitos funda1ncntais, corno o direito ã p1ivacidadc, à liberdade de expressão e pl'ocessos jus1os. Ele protegeria, con, ba$C no di1·ei10 à libe1'(ladc de cxpr'es~ào, os 'd edos-duros' que de nunciasse,n à iniprcnsa ou aos ó.-g?ios go\·erna,nentais as ptá1jcas ilegais ou anUéticas con1c::1idas por suas organizações. O terceiro critério consiste cn1 cstahclcccr e í3.z.cr cun1prir regras justas e i1nparciais para ass.<:gurar que cxi:najusliça, ou un1a distribuição cquit.,U\·a de cus.los e bcncficios. Os sindicaJisl<.ts gcrahnenle abraç.:un esse <:ritério. Ele defende o n1cs1no salário para ,nna n1es· 1na função: indcpcr1de11te1ncnte do descn1pcnho do trabalhador, e dclerrnina o te,npo no enlp1-ego con,,> rcg,-a pl'i1nátia para as decisões sobte clisptnsas ou pro,noções. Cada ,nn del>Se~ três c1·ité1~os 1c:n1 suas v:uuagens e oh1igaçõcs. O enf0(1ue no ulilita.ris1no pode pro,no,·er a eficiência e a p1'0chniviclade, 1na.s pode; resuhar 1an,hén, no dCSf(:Spcito aos direitos de a lguns indivíduos, espcciahncruc os pencnccrucs a 1ninorias1 dentro das organiza<;õcs. O uso dos direitos 11rotcgc os indivíduos ele atos ilegais e é coerente co1n a liberdade e a privacidade, n1as pode .acarr<:t;,r unia sobrecarga de questões legais, sob risco de prcjudic:,1r a eficiência e a produt~vldadc.·. O enfoque najusliça 1>n:>tcge os interesses dos 1llais íi-acos e sub-representados, ,nas pode cstirnular ,1111 espírito de a.co1uodação que reduz a p1"0pensf10 aos 1~scos, à inovação e à ptodutivldadc. Os 10,nado.-es de decisões, cspec-iahnentc <:nl Ol'ganizaçC.>es pl'ivadas, scn1c1n·se confor· lávcis e seguros con1 relação ao utilit.a.ris1no. \ fá1ias açõe:, qucs1ionávcis. con10
    tas. l::SSa si1uaçi10 coloca um grande dc.1alio para os c,ecu1i,·os, 1)0is rcspciiar ajustiça social e os direitos h,unanos ll'a7. u111a tal'ga 1nui10 n1aior de tt1)1biguidade do que o uso de referências utilitárias. con10 as co11se<1uênçias sob 1·e a eficácia e a J)l'odutividade. ·1s.'iO ajuda a explir.~·u· 1>0r

    Capitulo6

    Percepç.\o e tomada de decis3o individual

    179

    que os executivos tên1 sido cada ,·cz n1ai.s ah·o de c1ítica.s por sua atuação..i.\u1nento de preços. venda ele produtos que põcrn a saúde dos co11su111idores cn1 rUiCo. fcch~nncnto de fábricas, dcl'nissõcs c1n rna.w~. 1nt1dauça dos centros de procluçiio p(u·a ouu-os países corn (l íinHlidadc de 1'Cduzil' custos e ouu-as dccisôc~ do gêncr·o podc,n S<·r jus1ific;i,·cis sob a ótica utili1aristiL ~·las nilo pode rnais $t•r o único cri1é1io para julgar as hoas decisões.

    A criatividade na tomada de decisões Criatividade Habilidade de criar ideias novas e úteis.

    1\pes.ar d e o ,nodclo l'acional de toi-nacla de dccis..-io fi·cqucn1e1ncn1c n1clhorar o 1-c· suhaclo das d1.:cisõcs, aquele q ue o segue 1;11nbé1n precisa ter criatividade, ou St':ja, a habilidade de c,i ar ideias novas e úteis.76 Estas clc,·en1 ser diferentes daquilo c1uc já foi fCito e apropriadas par:.t o problcn1a ou oportunidade apresentada. Por que a criatividade é i111port~1ntc no processo de ton1ada d e decisões? Porque 1x:r1nite que qu<.·111 as tonta a,·alic e coi-nprecnda n1clhor o proble1na 1 inclusive J>Crccbcndo aspecto~ <1uc ouu'Os não conscglu.-:111 vc1: A l...'Oré:il oferi:cc c.:xcrcicios c;riati\'OS a S(·us gesto res, tais corno cozinhar e con1pot 1n(1sica. 1\ escola de ach11inis1raçi10 da Univcl"Sidadc de Chicago acrescentou a exigência a seus alunos dt ~·1B1\ de produzir fil n1cs cur1os sobre suas experiências. A ~'Iasa, tàbric;111tc de co1nponcntcs pliisricos da Zona Franca de ~Janaus, tcn1 u111a cultura que piivilegia a con1unicaçào e aceita os erros relacionados à cxpcrimcn· tação. /-\lén1 disso, chl tém u111 progra111a d e 1ncJ.horias par., csún1ular a parLicipaç;to de seus íuncionáiios no clcscn"olvi111cnto de novas ideias. 11 Potencial criativo t\ n1aioria das p<..-sooas poosui un1 potencial criativo que pod<: ser usado. !\·las, para que cs.st potencial se descncadelc, l'las prccisa.rn salr das ro tas psicológicas pn."traç.adas que gcraln1cntc as prcndcn1 <: a3)rcnder a pc1tS.:'lr sobre o probll'rna de 1nanciras difen.:ntcs. i\ criati,·idadc excepcional é csc.:1.S.Sa. ,1\Jbérl Ein_stein, 1H, ciência, Pablo J>icasw, na arte, e Ste\'ej obs1 nos ocgócios, são conhecidos por sua excepcional criatividadt. ~las, e o indi,·íduo con11,_11n? ;\ ~ pessoas i1n,elige1nc.s e as <1uc 1ê1n 111na 1>0nt1,_1a(âô alta c,n
    O ambiente de trabalho do diretor brasileiro de filmes 3D. Cartos Saldanha (M foto), demonstra bem como as organizações podem incentivar os funcionários a liberar seus potec'lciais O'iativos. O diretor dos grandes sucessos de bilheteria A Era do Gelo, A Era do Gelo 2 e A Era do Gelo 3 criou personagens como o esquilo Saat em um escritório da Blue Sky Studios, em Q\Je a liberdade é uma das ferramentas bâsi.cas. Sua equipe é. composta dê por jovens qtie se vestem como qve<em e que podem wstomizar o espaço de ttabalho como pfeferi<em. Na área ele trabalho ele um deles, por exemplo, há pôsteres de coqueiros e uma uma espécie de 'cantinho praiano'

    ,ooe,

    do escritóiio

    32•

    [

    i'

    t 2

    ~-========-............ J

    1o.~~.;;;;;;;;;;;;;;......

    180

    Compottamento orgc1niza~ional

    Modelo de criatividade de três componentes

    O que os inclivlduos e as organi1..a..

    çõcs poclcn1 làzcr para csti1nular a críaLivicladc dos íuncioná1ios? /'\ 1nclhor rc-.sposu1 está no modelo de criatividad e d e tr,ês comp onentes 11n o c1ual propõe q ue à c1i.:1Lividadc

    Modelo d e criatividade de trés componentes

    individual rcc1ucr. cssencialrncntl', pc 1~cia, 1x:nsa,nc,no cria1ivo e~1no,ivaç;1o inu-ín.scca p;.,ra a 1al'cfa (\'Cl' Figuta 6,3). Os csu1clos confil'1na1n que, quan10 ,nai~ alto o nÍ\'CI de qual<Juer

    Modelo que Pfopõ& que a criativid&de individual

    ,equer, essencialmente, perlCia, pensamento ctiativo é motiv3ção

    I

    inttinseca pela taref:..._j

    111n deles. 1nais aho o nível ele criatividade. r\ pericia é a base de 1odo trabnlho c1ialivo. O csc1i 1or, p roch11or e dire1or de fihncs Qpcntin "Jàrantino passou a j uvcnLudc trabalhando crn tuna locadora de vídeos. onde ,nontou unia enciclopédia de conhcci111c1Ho sobre: Hhncs. Outro cxcn1plo é J-\Jbcrto Sa· raiva, fundador do Habib's. que:. antes de ab1ir a cadeia de rcst:\urantcs, tin ha tuna padaria onde i niciou a produção e o co,né1-ci,o de salg.,dos árabes a pre<:os 1>0pulal"cs.111 O pote ncial de criatividade é 111axi1ni~ado c1ua11clo a pessoa rc,n as habilidades. os conhccin1cntos e o do,nínio dos assuntos 1-cl,uivo~ a sua âl'(:a de atuação. Po ,· c:-.:cn1plo, voc:-ê não espera que a lgué,n conl. u111 <;Qnhecin1cn10 1níni1no cn1 p rogra,n açào s~ja n1ui10 criativo con10 c ngc· nhciro ele soft,varc. O segundo co111poncntc é o ~'1ua1nenlo mOJivo. Ele engloba caract<'rlstic:as de pcrso· nalicladc associad.ts à criatividade: e à habilidade ele usa.r a nalogias) bc1n co1110 ao talento de ver o que ê llu11iliar sob tuna nov.:i perspectiva. Urna fncta·análisc de 102 estudos dc:;cobriu que sonios tnais c1iativos quando cst.:unos dt b c)nl hu1nor, 1nas is.so depende do 1ÍJ)O de scntiincn10 <1uc cxpcrin1cnta1nos no 111on1cn10.M Scn1ii11entos con10 a felicidade, qu<' incentiva a in1c1-açào co1n o nu1ndo, ooncluzc111 111ais à criatividade do que os scnti111cncos p assivos, con10 a cahna. Isso significa qu<' o con· sclho con1un1 p ara relaxar e lin1par a n1cntc para desenvolver idci.ts c l"iativas não funciona uio bc111 corno se espera. Os scnti1n,cnlos ncgati,·os, iguahncntc, não lê1n todos o 111csrno c ícito sobre a criatividade. Os scnti111cntos ncg..tth·os e passivos, ron10 a tristeza, parcc1.·111 n~io afCtá·la tar1to1 1nas os estados de c.scap<:1 con10 ,ncdo e ansiedade, d irninucn't (1 <:ria· tividacle. S<:ntir·SC arneaçaclo ta,11bé1'11 l'Cdui o clcs<'jo ele cxp{'ri1ncn1ar atividades 110\'aS e~ a avc1"$àO ao risco a11111c111a q uando ,·OC'ê 1cn1 1ncclo. Scn,i111cn1os ncgaii,ios e rni\'OS, co1no a raiva, poré1n, parccc1n de fato in1ens.ificar a cria1i,i claelc, es1x:cial111cntc ~e você lc\'a sua tarcf.1 a sério. Eslar cercado por oulras pessoas q ue são c riativas pode íazcr q ue fiquc:n,os n1ajs inspi· raclos, c1n especial se c.sth·cr1nos ciialiva111cntc 'u·avados' ,w.. Un1 c.studo descobriu que {laços íracos' co111 pessoas criati,·as - conhccê·las,. 111~\$ nào ser íntimo - fhcilita a c1ii\tivicladc, pois as J'X:Ssoa..s cst~10 h~co,no tun recurso se prctis;1ro1os delas., rna~ não ião perto a pol'1to de in1pcdir nosso r-"ciocínio i,1dcpcn(lc1l1e.37

    Figura 6.3

    Os três componentes da criatividade

    Pensamento crio tivo

    Pericio Ctiotiviôod&

    )

    Motivoçõo

    pelo torofo

    Font• : Copyright 1997. The Rogent$ d.a Un\v~r,idkf~ da C(!Jifórru&. Reprodutido d& Tho Cttlifófn.~ M1tnitgem~1 Reviow, v, 40, n, 1, Com permiuão ôe lhe Regenis.

    Capitulo6

    Percepç.\o e tomada de decis3o individual

    181

    U1na pessoa que se c nquadrd bcn1 1u..·ssa descrição é o c1npr-cs..lrio carioca 1-\ lcxandrc f\ ccioly, que possuj di\·c~os negócios no can11>0 de entrctcnin,cnlo e lazc.:r no Rio de janeiro . .i\luito c11tusi<~srlu1do <.? c;,,:trovcrtido, 1\ecioly gos1a de se unir a ouu·<1s pessoas co,n perfis c1nprccndcdo1"<:s, co1no Luciano f-1 uck e Ricardo t\1nar::1I, co1n <1uc1n ah,·iu negócios <· t)rganiz...1. c\·cnios.83 A~ analogias 1a n1bé.1n 1>t~r1ni1c1n que os tornado1'CS de di.:ci.sc",cs apliq11c•n1 a ideia de u1n contexto cn, outro. U111 dos cxc1npJos rnais n,n,osos cn, que seu uso resultou c n1 u1na ideia criativa fOi a observação de f\lcxander C raha1n Bcll de que seria possível ton,ar os conccicos do funcionan1cnto de:, o relha hurnana e aplicá-Jos a u1na ·caixa de thlHr'. Ele pe rcebeu que os ossos deutro da orelha s;;o ope rados por un,~l fina e delicada mc1nbn:tn~1. Pe rguntou-se, portanto} se tnna n1crnbrana 111ais resistente não seria C.i1>az. de ,novcr 111na 1x:ça de aço. Co1n base n<.-ssa aualot,ria, nasceu o lclcfone. Pe nsar c1n :inalogias consiste <:111 un1a hahilidacle intclcctu~ll ('On1plc;xa, o que ;tjücla a explicar por que a hahilidadc cognitiva CSlá ligacl;, à criativid:,dc. Corno ,dc1nonstraçào desse <:ÍCilo, unu1 J)(:Squis., eles.cobriu que :,s crianç:,s que obtivera111 pontua,ç.lo alta c 1n tcstc.·s de habilidade cogniti\'a aos 13 a nos de idade scria1n signific<.HÍ\r;tn1cntc 1nais propcnsa.s a realizar conquistas ciiativas cn1 sua viela profissional 25 anos anais tarclt.m 1-\ lgu1nas pessoas dcsc11volvc111 ;-1 capac:idadt de \'Cr os probltn1as sob novas pcrspccljvas. Elas consCb'l1cn1 torn~ir o estrrtnho tà rnili.ar e o fan1iliar, cstranho.'MPor Cx(·n1plo, rnuitos de nós pcnsarnos nas galinhas botando ovos. ~·las quan,os de nós so,nos capazes ele considerar que un1a galinh;:i é apenas u,na n1aneira de un1 ovo gcl'ar o utro o, ·o? l\.~ pessoa.."' c1iaüvas nu1ilas \IICZCS anuu11 o que f.1.zc1n a po1uo ele isso se parecer u1na obsessão. O con1poncntc final cn1 nosso rnodclo é a 1'1otivaçdo ittlrillstta ptla tarefa. Isso se traduz no desejo de trabalhar cn, algu1na coisa por ela ser intcrcssantc1envolvente. c1nocionantc, gratificante ou pcssoahncn te desafiadora. É. o que faz que a criativid.1clc po1e11cial se lrànsforn1c e1n ideias criativas coucrrlas. O a1nl,jcntc de trab,1lho que csti1nula a c riati\·idade inch1i un1a 1:uh1.1ra que encoraja o íluxo de ideias; u,n sistc:1na de avaliaçtto de ideias justo e

    construti\'O, capaz de l'cconheccr e reco1npcns..-1,· o 11-abttlho c1iati\'o; inf01·n1açÕ<:s e t<:ctu-sos 111a1c riais e financeiros suficientes; liberdade para decidir o c1uc e con10 Í.'lzcr; u1na .supcrvis.'lo que saiba se con1unicar, que exp resse confiança nos outros e que apoie o u·abalho c n1 grupo; e 1nen1bros da equipe que .se apoian, e ntre si e confian1 uns nos oulros.'11

    Õmplicações globais l..evando cn, consideração c1ue hlí direrenças globais nos conceitos que discutin1os ncstl' capítulo, van)o~ aoalisar as 1l1'ês ;l.1-eas que au-aíran·, a ,n,1io1~a das pcsc111isa~: ( I} .=itri-

    buíções, (2) oomada de decisões e (3) éoica. Muitos gescores brasiteiros percebem nosso estilo de administrar como inadequado pa.ra lidar com muitas situações do mundo empresarial, como as que e,cigem impessoalidade é um processo decisório participativo.

    Em função disso. corriqueiramente os gestores brasileiros são preteridos por estrangeiros em processos de seleção

    para empresas de no:.so pais. Essa imagem, entretanto, não é compartilhada por outros povos do mul\do. Por exemplo, o carioca Felipe Carvalho (na foto) foi para Pequim dirigir a Midship logo :.pós conduir seus ~tudos no Canadâ. De acordo com Peter Waite. dlrecor da empresa de recrutamento dê executivos lnterSearch Worldv,ide, exeo..rtivos asiáticos, principalmente chineses e indianos. nutrem g,-,nde apteç.o pelo estilo b rasileiro

    de adminisuar. Segundo ele, a percepç.ão que se cem sob,e os gesto,es 'tupiniquins' ê de indivíduos altamente

    fle)(Íveis e capazes de se adaptar a mudanças. Além dis$0, nossas habilidades comunicativas também são muito apreciadas pelos administradores asiâticos..n

    182

    Compo11.amento organiia~ional

    Atribuições As evidências sobre as diferenças culturais c1n percepção s...'l.o contra ditórias, 111as a rnaioiia delas sugere que tais clifcrcnças existe111 nas a uibuições que as pessoas cxcr· cc111.tJ f'or cxcrnplo, p<:squisas indic.;.u11 que os asiáticos (japoneses) são 1nenos susceti,·cis ao c 1-ro fundafnental de ,;1u'lbuiçi10. Outro estudo concluiu que os gc.sto1'CS torca1\0S são ,ncnos prope nsos a ulili1.al' o viés da a ucocon,·cniên('ia~ f>Clo co1Hrâl'io1 cl<~), tcndc1n a ~ccitar a respons.1hilidade p<-~lo fracasso do gn11)() "porque <'U não fui 11111 líder capaz'\ cn1 \ 'C7. de atribuí-lo aos 111e1nhros do grupo.''' l?or sua vez, os gerentes asiáticos são 1nais propensos a colocar a culpa nas insrituições e organizações co1no u1n codo. ao passo que os ociclcruaL~ lc nden1 a acreditar que: os executivos, indiviclualn1ente 1 dc,·en1 ser o foco tanto da culpa quanto cios elogios.·1:. Es.s.- tcndCncia de fa.z cr atiibuiçõcs baseadas nos gru1)0s ta111bé1n ex· plica por que os indivíduos d e cuhu,·as .:l.Si;;ílicas são 1nais inclin~1dos a for1nar estereótipos. baseados Cfn grupos. A ccoria da a t ribuiçâo foi a,nplan1cntc clrsenvolvicla coni bnscs cr11 c.\;1xtin1<'ntos co,n 1tabalhadorcs no,., c. ,uncl'Í('anos e europeus. 1'1las cssc5. csn,clos sugetern <JUC se: use caule la pat"a fazer previsões da teoria da attihuiçào cnt sociedades não ocidentais. cnt especial cn1 J>aíscs con1 fOrtcs 1radiç0Cs coletivistas. No Brasil, a tco1ia da a1rihuiçào te1n se n1ostr:.1clo bastante válida. o que pcxlc ser fhcil· 1nentc percebido no inundo da ad111inistraçào. Basta ler algu111as reportagens de revistas e jornais de negócios para cons1au1r que os sucessos cn1prcsariai.s .sào1 costu1nc·ira 1ncntc, <-1-cditados ~,os pn::sidcnl(:s d,1s crnpn::sas, tol'no se eles fosscn) os únicos a trab,llhar e to1nnr decisões nas Ol'ganizaçõcs e não dcpcndcsse1n de ou1ras variáveis a,nbientais. Con1provanclo es.~a ,~!ião, foi l'Calizada urna p<'!i(Juisa con1 csluclanccs, cn1pl'ccndcdo1·c-s e gerentes brasileiros. t\pós lercn1 u111a his1ória organizacional 1 os parcicipantcs dcvcria,n explicar as razões para o sue<.·sso ou fracasso ela en1prcsa analisada. Os resultados n1oslra· ra1n que os brasileiros privilegia1n <1ualjclades inte1·nas dos ad1nini.straclorcs ao explicar situações ele sucesso nas organizaçõc-sl enquanto culpan1 a co1tiuntur~1 externa para jus1ifi-

    car os fracassos ocorrido~.91. Essas d ifr:n::nças nas tendênci:ls al'a o,11J-a. Pc!iquisas 1"Cccn1cs sugt-;rc1n c1ue os gerentes cl\inese~ avalia,n a culpa pelos erros lt~ando as n1csn1a.s pistas de diferenciação~ consenso e consistência utilizadas por gcrcrnes ociclrntais. Os gerentes chineses ta111hé1n 1ê n1 raiva e punen1 os considerados rcs1)()nsáveis pelo Ji·acasso, un1 con1po11an1cnto típico de gerentes ocidenta is. Isso significa que o processo bàsico de utribuiçiio se aplica en1 t lifêrt·ntcs c u]tunts1 ,nas que os gerentes asi,lticos prccisan1 de 1nais cvidêucia.s para concluir que outra pcssoit deva lc,·ar (1 culpa.

    Tomada de decisões O n1oclclo racional

    não reconhece as djfCrcnças cuhtarajs, ncn1 a grande quanúdaclc de litcn1t11ra de ()CSquis.x cn1 co1nporuuncnto organiz..acional o faz con1 relaçào à to111acla de decisões. Uma análise rcaliz~;tcla en1 2007 sobre a p<:sqtú..s,, de clife· 1t11ças n,ulticulturais no con1portan1ento organiZara a ton1acla de: decisões. ~·las os indonésios, por cxen1plo, não ton1::1n1 decisões da 1nesn1a n1aneira que os australianos. Por isso, ternos de reconhecer que ó histórico cultura l ele un1 toniador de decisões pode ter tuna inlluência significativa na seleção dos problc111as, na proftlnclidaclc ela anàlise,

    na i111porl,incia coloc.-1da na lógica e na racioru1liclaclt.: e no fato de as dccisÕ<$ orgtuiizaci<>· nais scr'Cn11ornaclas aucocr,nican,cntc por 11n1 líder ou de n1ancira colcciv:,98. A~ culturas
    a 1111'ÍQ1Jali(h1dr f ,111ori«1díl na ;\mériça d(> Nonc, is;;<• 1!i1u acomccç cm \1111rns hig-~rc~ (IQ 1111111<10. U1n <'XCCn\ivo nor1<··tln1c1icano pode 1cu11a1· un)a dc(·is...'lo ilnponantc de 1n;u1cira

    Capitulo6

    Percepç.\o e tomada de decis3o individual

    183

    intuitivat 1nas sabe que é essencial p,·,rccer estar procedendo e1n lllll estilo racional J>0rquc a raci011ê,Hdaclc é alta1ncntc valori..:ada no O cidente. E111 países corno o Jrú, por cxc111plo, onde a r;;1cionaJid,1dl· nf10 csul acin1a de outros f..uorc-s1 os esforços pttra parecer 1c1ciont1I nào stu) 11cce~$.;lrios. Algu,nas culluras t~níatizan1 a resolução dos prohlcn1as1 ao passo que 01111-as concrn· t.ra1n·.sc cn1 aceitar as si1uaçõcs do jeito que são. O s l.::stados Unidos cacrn na priincira categoria: a Tailândia e a Indonésia são cxcn1plos ela segunda. Pelo fato de os ad1ninistradores

    que rcsolvcn1 problcn1as acreditarcn1 que poclen1 e clc,·cn1 n1udar as situações JY.tra beneficio pró prio. os gestores nortc-a1ncricelos japoneses é n1ais vohada pa,-a o gru1>0 cio c1uc nos Es,ados Unidos ou na lngla,crra. Os japoneses ,·alotiz.-un a confor1nidadc e a CO<)J)t.1·açào. Portan10, a111cs cl<; un1 C EO japonês to1na,· u,na decisão i1nportantc1 clc colera un1a g rande: quantidade de: infornlaçôcs <1ue u1iliza para d iscutir con1 o g rupo, buscando a lcançar o consenso. No .Brasil, por sua ,·t-z, os gestores ta1nbé1n eostlun:.un aceitar passi\'a1ncntc a co1tiuntu1~l externa. ton1ando, entretanto, n1cdidas defensivas para 1nilignr os problen,as.. A Acxibilidaclc brasileira in1pclc·nos a ;tgir de 111ancir41 adaptati,·a con1 rclaçúo ,·, os problcn1as que surgcrn. U,n cxc1nplo iutcressarn<: fo1clrn as reações das c1nprcsas ú supcrinflação, t, (tbcrtura cconôrnic::a e aos diversos planos cconô1nicoi. elas dêcaelai. ele 1980 e 1990. Nesses conu·x1os, os gestores op1ar.,n1 pela sobrc:,1vência, .iccitanclo as 1noclificaçl>cs 1nar1'occonô111icas e buscando adaptar as r<:alicladcs organii...."lcionais às no\'as pressões a1nbicn1ais, 111csn10 que de n1ancira pouco inovadora. Outra caractc1ística b rasiJeira diz r(.'spcito ao horizonlc das decisões. E1n função de nosso i1ncdiatisrno t' da clificuldRdc <.:111 aprender co1n erros do passado. acaba1nos po r rclcg3r a história a scgtu1do plano. Da n1c.-s1na for,na, por nossa 1:>0stu1n de C-$JJéétadot; <:l'cdit.arnos ao ;:-tt no Brasil a concentração cio poder típica do cst:ilo b r.-si.leiro de adrninistrar inAucncia significativaincntc es-sc elcn1cnto do processo decisório. Dessa fo r111a, a.s decisões Silo tornadas nas inst.incias hierárquicas supeJÍores, con1 J>OUC
    J)c acol'do co111 o trabalho d e Harros e P1-a1c.\99 o pa1c.rnalis1no e a postura ele éS])CCtadol' ta111hén1 colabo1-a1n para a cc.1111-ali:1.aç..lo das dccisõcs.i ,~s10 que os subordinados op1a1n po r recorrer aos supc1iorcs para resolver todo e qualquer problen1a, envaidecendo-os e lhes dando a ilnprcSSaç~o dos fu n<:ioná1ioi.. No c111t11110, n1uitos cios t ta-;os tipicarnc1uc~ brasileiros na 101nada de decisão 1ê 1n perdido (Orça nas organizações nos tlltin1os 15 anos. A participação no processo d ecisório e a proativicladc vên1 sendo csti111uladas pelas en1prc-sas, o que pode ser claran1cn1c percebido pelos discursos organizacionais que pri,~lcgia1n a delegação ele poderes e responsabilidades. 1-\ pcsar disso, para c1uc u111a n1ucla nça radical reahncntc ocorr.a 1 un1 longo can1inho tcri·t ele ser pcrCoJ·riclo, jcl que todo o arcabouço é ultural bn,silciro prccis;u·á

    aclapt,1r-s<: a CS!ül 110,·;;1 realidade. Rcsu,n indo, t(·mos ,-azõcs pa t;l acreditar que h;í clifttcr1ço:LS cuhu..ais irnpo1,ant~ na Lon1ada de decisões. JnfClizn1c.11,c, nào há a inda 111uitas pesquisas para idcntific,í.h,s.

    Ética Não lnl padrões éticos globais,lfó) co,no ilustrain os contrastc.s c11trc o Ori(.~ntc e o O cideruc. 101 Conto a propir1a é conlu1n c1n países çon10 a Chi11c, 1 otn c,1nadcnse trê\bêt!hanQ() 11~ql1çl1· p~í~ pode c·11í1'<'•1t1'r tnlt i111, para as~gtn1'r o negócio ~t· fOr accitá\'cl para a<1uela cuhul'a? Unia cxcculi\'a de ,u11a g ra nde t:n1pn:: sa

    184

    Compo11.amento organiia~ional

    11orte·;u11crícan a que opera na ( :hina llagrou u1n funcionário furtando. Seguindo a politíca d
    ficou horro1;z(ld~l cn1 s;ihcr que o fu11cion{1rio íor·a su1na1i;;11ncntc <·xccutado. lcssoai.s c1n nosso pals.= tarnbên1 torna ntais d ificil diíc· rcnciar o ético do antiético. Se un1a ação é inacciHlvcl, nui.s nào gera qualquer puniçào, não seria essa 1n<."S111t, a~:ào ta1nbé1r1 accitávt'I?

    fflesumo e implicações para os gestores Percepção ,1\- .s rx.·ssoa.~ se co1nportarn desta ou daquela nlaneir., con, base n;\o cm con10 o ;.Hnbicnt(· externo realrncntc é, ,nas no rnodo corno o ,·ccn-1 ou acrcdita1n qu<' tlc s<.:j;-l. O fr110 de \1111 gestor ('Onseg1.1i1· ou .-11{10 planejar e organiiar seu rrabalho e o d<" seus St•· bo,·dinados, a_judando·OS a e~1ruu11-a1· suas funções ron1 1naior rfiriên('ia e eficácia, é 1nuito n1eno~ itnportante do <1ue a percepção que os lilncionál'ios 1ê1n sob1't~ o f"sí()rço enho e as concli{õcs de trabalho são a\'aliadas 1,clos fu11cionários ele acordo co1n sua pcrC'epçào. J-\lén1 d isso, não hâ co1no assegurar que os individuos vão considerar suas condições de trabalho sob um;·l pcrSJ>CCtiva filvorávcl. Para influenciar a produlh·idadc, é pr<:ciso antes dcscobiir con10 os 1i.1ncionários pcrctben\ o próprio tr"abalho. O absrntcísrno. a ro1a1i,,idade e- a sa1isí.-içào no tl'ahalho si10 1a11lhé1n !'('ações basea· da.s na.s pel'ccpções individuais. A ins.1ci1d:lçào conl as <'ondiçô<'S de 1rahalho e a con\'ic:çào de <1uf" há poucas oportunidades de pro111oç.à o na c1npresa são julga1nentos basca.dos en, llllla L cntativa de dar un1 sentido ao próp1io 1rahalho. J-\ conclus.-1o de que u111 e n1prcgo é 00111 ou ruin, é un1a interpretação do li.1ncionário. Os gestores dc,·cn1 se preocupar cn1 co111precndcr co1no cada funcionário intc11>rc1a a realidade e, onde houver tuna diícrcnça significati\'a <:ntn.:. a pcrct1Xi:ào e a realidade. tentar clirninar essa distorção. Tomada de decisões individual J-\ i pessoas pcnsan1 e raciocinan1 antes de agir. É por esse n1otivo que o cntcndi1ncnto de con10 to1na1n suas dcci.sõcs pode ajudar a explicar e a prever seus cotnpo11an1c11tos. E1n dctenninad;;1s situac;ôes. (lS pessoas scgucn1 o nlodclo !'acional de cornada de decisões. Pouras. são as dcrisô<:s ~uíi('ienlcn1cntc si,nplcs e se111 a1nbiguid,1dcs para as quais poden1os aplicar o 111odclo ,~cional. l>ol' is.';o, as pe~oas busca,n soluções sa1islà1órias, e não ó1in1as~ incorporan, vicscs <:111 seu julgan,cnto e coníian1 c,11 sua intuição.

    Capitulo6

    Percepç.\o e tomada de decis3o individual

    185

    O que os gcslorc-s podc1n fa,zc r para 111clhorar esse processo? Ofcrccc1nos quatro

    sugestões. J>rin,ciro, (1nalisc (l situ,1ç;io. Aju.:Slc seu estilo dccisótio ft euhurc, n.lcion{II em que você c"Sl<Í op<'rando e aos t 1·ilérios <1ue sua e,nprc~a valoriza e r<;(·on1pcnsa. Se , 1ocê ll"
    Sct,"t111clo, esteja consciente dos "icscs. Depois, 1c1uc 1nini1niz.-11· seu i,npac10. .-ICtcci1'0. co,nbinc análise racion.:11 co,n i111uiçào. l~sas aho,-dagcns não são con· Aitantcs paa·a :, lornada de decisões. Usando an1bas 1 você poderá, de fi'llo, n1c::lhorar a eficácia ele sua lotnada ele dccisõ<.-s . .À. n1cdida que ganhar experiência gerencia l, voe<: deverá se sentir cad.a vez n1ais seguro ao aplicar seu processo intuitivo à análise racional. Por fin1, tente 1nclhorar sua criatividade. Procure por no,·as soluções para os pro~ blcrnas, tente.· vê-los de rnancira diferente e use analo&'las. '"fcntc rc1novcr as b.-rn::iras de t1-abalho. bc111 co,no as oi-ga11i1.•acionais.. que bl<><1ucian1 sua c::1iatividadc.

    186

    Compo11.amento organiia~ional

    ... ...

    Ponto

    Na dúvida, faça!

    ., vida é cheia de escolhas e decisões. Averdadeira pergunta não é 'ser ou não ser', mas 'fazer ou não fazer'. Por exemplo, devo confrontar o professor sobre minha nota da primeira prova? Devo comprar um carro novo? Devo aceitar um novo trabalho? Devo escolher este curso? Muito frequentemente, não temos certeza sobre nossas decisões. Nesses casos, é quase sempre melhor escolher a ação em vez da inércia. Na vida, as pessoas se arrependem mais da inércia do que da ação. Veja o exemplo a seguir:

    A

    Ação

    Estado

    Chuva Seco (exceto

    Carregar gvarda·chuva

    seus pés)

    Não carregar guarda-chuva

    ensopado

    Totalmente

    Sol Inconveniência Alegria ilimitada

    Vamos dizer que você está carregando um guarda-chuva e não chove, ou você não está carregando um guarda-chuva e chove. Qual é a pior situação? Você pre· feriria experimentar a pequena inconveniência do peso

    extra de um guarda-chuva ou ficar ensopado? Há mais chances de que você se arrependa mais da inércia do que da ação. Embora muitas vezes nos arrependamos também das ações em suas consequências imediatas, com o tempo esses arrependimentos decaem acentuadamente, ao passo que os arrependimentos com relação às oportunidades perdidas aumentam. Suponhamos que você finalmente decidiu viajar para a Europa. Você se di· verte muito, mas poucas semanas depois de voltar, sua

    conta do cartão de crédito chega - e não é nada boa. Infelizmente, você terá de trabalhar muito e perder alguns jantares com seus amigos para poder pagar as contas. Alguns meses se passam e você decide relembrar, olhando as fotos da viagem, e não consegue imaginar não ter ido. Portanto, na dúvida, simplesmente faça!

    simplesmente ridículo pensar que, na dúvida, você deve sempre agir. As pessoas, com certeza, cometerão erros se seguirem esse simples conselho. Por exemplo, você está sem trabalho, mas, ainda assim, decide comprar o carro de seus sonhos - um Audi. Não é a ideia mais inteligente. Então, por que o lema 'just do it' (Simplesmente faça, em inglês) é peri· go,so? Porque há dois tipos de arrependimento: o 'ar· rependimento imediato', no qual o indivíduo fica descontente consigo mesmo por ter causado algo ruim, e o arrependimento melancólico, no qual ele fantasia sobre como as coisas seriam. O perigo é que as ações tendem mais a levar à angústia ou ao arrependimento imediato, e a inércia, ao arrependimento melancólico. Com isso, as pessoas que preferem agir quando estão na dúvida sobre o que fazer experimentarão um sentimento muito ruim caso o resultado esperado não seja alcançado, ao passo que aquelas que optam por não fazer sentirão arrependimento e melancolia, sentimentos mais fracos e menos intensos do que a raiva e angústia. Em resumo, não podemos aplicar regras simples como 'just do it' nas decisões importantes, independentemente do que os comerciais e a TV digam para nós. 1. .

    E

    Capitulo6

    -

    .

    Percepç.\o e tomada de decis3o individual

    187

    -

    1•1·1tt1rttt1·r1s11wnu·a 1. O que é percepção e quais falorcs a influcnc-ia1n? 2. O que é a ltoria da a1ribuiçào? Quais s.1óo as uis dclCI'· n1inantcs de a11ibuição? QJ1ais são suas i,nplicaçõc.s pata <.·xplir;,r o co1nporta1nc;n1c) org.auizi:1ciona1? 3. Quai.s ,ttalhos e si,nplifica\:(;l('s a$ 1>ess<,as gcr:1.hncn1c; us;:11n ao f~1icrjulga1ncntos sobre as outni..s? 4. Qu;tl t'· a ligaç~o entre a pcn.:cpç
    6. Quais são a lguns dos viescs e C:l'ros 1nais con1uns que as pessoas e:on1ctc11\ na 1011\ada de decisão? 7 . Q}1ais .sáo as influências das diferença.~ individuais, cL"l~ res. t1içôe.s 01-g.u1i?.ac:ic)11al..; e da cuhur:1 na tônlada de dco:c;i.si'io? 8. 1\s d<.'éisôcs auti(:ticas são li·u10 da pos1u1.:, individual do 10111.idor de d<.·cisõc:s ot.1 s<.· dc\'crn ao ;1111bicntc CITI que elas se inscrcrn? 1~:xpliquc. 9. O que é criatividade e quais são os três con1poncntcs do n1odclo ele (Tiati\'idadc?

    ------------

    Exercício em grupo Vieses no processo decisório Passo 1 R.c.-sponda e, cadn \Un.t das sçb•uintcs pcrb"\U1t;,s: 1. Scguc1n dez coq,oraçôc$. entre cn1prc.sas gc11uin(1n1cntc brasileiras e filiais brasileiras de grandes n1ultinacionais, qu1.: foran1 incluídas pcl:1. revista t.):a,,,e na lista das 50 1n.lior<:s c1nprcsas priv.1das 1Jrasilci1·ns, ele acordo co1n as: vendas rc;álizadas c1n 200H: Grupo 1\ : i':cstli;, Bras1c1np, Ren,,uh, ' Ji-\i\J 1 Sadia (;n1po B: (~osipa) Buog<: Fer1iliza1ues. 1\ F.S Etetrop~ulo, C ari,.;11, Rn1
    4. \ foc(' a<:IH1 c1ue a BClgita teo, n1ais ou n1c·nos de: 40 ,nilhôc;:; d e habita ntes? Qual é sua csti1n;.)tiva par~, a popul:1çào desse p(tís? 5. \ 1ocê :'1cha <1uc " 1i.111í~i:1 1cn1 1nais ô\l 111cnos de 5 rnilhõcs de h:1bitan1<.·s? Qual é sua es1i1nativ;, p~u-:, a população desse pais? 6. () que"()("-(: escolheria? U,n ganho seguro de 2 1~0 reais Un1a ch...'lncc de 25 por cento ele g:u1har n1il reais contra un1a chance de 75 J)C)J' ccn10 de não ganhai· nada

    7. O que voei: tscolhciia? U1na perda ccrla de 750 reais Urna chance ele 75 porccnlo de p<"rdcr n1il 1Ta.is co11tr-d un,a «'hi111t'<' d1' 25 por reino de não 1x·1"<·r nada

    Passo 2 Divida1n~sc cn1 grupos de l11~'S a cinco alunos. C'.on1parc1n suas respostas. Explique por que escolheu suas opç(,es.

    Passo 3 Seu profCSSOr lhe dar.'i a resposta cc11a par., cada qucslào. Discuta agora :.t prccis..;o de suas decisões, os ,'leses c,~dcnciados nelas(· c::01no \'OCi: pode lrahalhar para 1nclhora r sc11pl'OCC~"4">
    Fon u ~: J•:SSc.'$ r>mhlc-nH1$ SI' basci:un en, <;xc,nplu~ forn1.."1;idos ,·n, .\1. 11. lktz<·rn,:1-n,Jm{emrrJ/ trJ .tfmururia/ IHt'iJi-0rt .\/alir1g. 3. cd. N'M-a Yori:: \ \'i lty, l99·l.

    Dilema ético Cinco decisões éticas: o que você faria? C:01no ,·ocê rcagi1ia a cada un1a das situações a seguir? \ 1oeé é un1 gerente de ní\'cl 1 nédio cn1 un1a c1nprcsa con1

    ,:,.;r<·a de 1nil liu,civn.-jrios: (' 1.:s1,i ocgotiando 1.un

    t01H 1':tlO

    com mn clicmc j)01tncial (k grm1cr.i rcch:-,do c:ts
    sua cn1prcsa fin:u1cic u1n cn1iciro pelo Caribc para ele e a

    188

    Compo11.amento organiia~ional

    ,nulher. \ loti s.ahe que os (:n1ptt",radol'(-S do 1't:p1·l:!it.n1an1c não a prov:1ri:J1n essa co11cluH1. n1as tern ;lulori:1,aç;u) p:lra atcndt~r ao pedido dele. O que você fiui;l? \ 'ocê te1n u1n C D aulografiido por Robcno c:artos, o qual colocou à \>cncla no ).lel"CacloLi\'re. t\tê agora, a ,naior

    ofertá é de 7·l reais. U111 :unigo lhe oferece 100 rea is pelo C I) e C"01ncnH1que poderia o blcr 150 1-c~•is por ele no ~ lc·rcacloüvrc cn1 un, ano. \ iocê sabe que isso é bcrn in1provâ\·el. \ 'ocê- vcnclc1ia o CD a seu antigo pelo \'alor que ofcrl'Ccu (100 !"Cais}? \ 1ocê 1cn1 a obrigação de dizei· a seu a1nigo que an\111c.io\1o CD 1u) ~·le1Tadoí .i\'rc? 1-\ poljtic.a de S\13 crnprcs.a sobre n.:ernbolso de despesas con1 alin1cntaçào crn vü1gcns ele negócios é clt· cob1ir osgastos, desde que eles não exccdan1 80 rcais/dia 1 sen1 ne<"essi· dadc de..· roo1p1'0\.:u;ão. 1\ cn1p1'CS<\ coofi:, c·nl sua palavra. ~ ,ando \'(I(':(· ,~;~ja 1 c-o~tu1H:, ç()o1er crn h\néhonc1c-.:i e c..:fel\tar dcspcs.íls c:0111 ço1nida qu<: nar:'ln1c;ntc t1hrap;1~san1 20 reais/dia. Hoa pane de seus colegas p(·dc rct.!n1holsos ('nlrc· 55 <: 60 reais/dia, indepcnclcntc111cntc de quanlo !f.'Stani de ,-en:ladc. QJ1anto você pedil'ia de reen1bolso por suas de:;pc· ~as C'°on1 ali111cn1aç:1o? \ 'ocC trabalha para unia cn1prcsa que fabrica, negocia .._. distribui ví1rios produtos. i11clui11do suplenu: ntos 11utririonais para. lojas de produtos natura.is e co,nidas saudáveis.

    l;rn do1- produtos. que ,nai.s; ve1\de111 ria c,nprc:sa é Lntt suplcn1cnto herbário chan1ado Rosalifr:. f\ en1prcsa d ivulga que o Rosalili.: "pro1110\'C :a n.:posição ele horn1ônio cs1ró· ger•o sc,n ,1enhtun efeito eola,cral". U,n dia. u1n assis,entc ele pesquisa ,,.,i até ~u c-scri1ório c:0111 algun1as infOr1naçõcs p1·co<""u1)antcs. Ele diz que, c:1l<1u:u110 estava pc.squisa11do outro produto= deparou-se co1n un1 estudo recente c1uc su· brer,c rcsa ser tuna gigante desse sclor, in(1111cras cn1prcs.as t..'St;~o tcnta1ldo tons('guir o con1 ra io torn ,·orê. Vnut del..is lhe oferece suhor,10 se vot·t~ der o contraio a e la, nH1s1 no final das contas. são seus supc1iorcs- qut'.rn \OllHtlll .-s ele· cisões u:-\ <'l'npr<:sa. \ 'oeê 11fto 1ncncion:a o iocc·1u ivo 1 1ri:-1s for.;a a ah:, achninis1raçâo .1 ceder à proposta da cn1prcsa <'1uc lhe o lê rCC'eu o suborno. O cultar a \·crdade é 1ào ruitn quanto 1ncnti r? Por <1uc- si1n ou por que ll~lc,?

    Estudo de caso 1 Imaginação fértil f\ l\tuellcr Elctrodo,nésticos é \Una c1nprcs..'l brasileira sediada no \ .'ale do hajai~ cn1 Sant..:'l Catatina. Fundada c::n1 1949, ela foi a pl'i1nci,-a fahrie..-.n te ele lavadotas de roupas no Ur:1sil e. até hoje, Ç a (,nica cn1p11,'$a plrn,tnu;11tc hn,.sileira a produzir n1.-ic1uinas ele la,c1r ~lUlon1áticas e se1ni;n1to1n.íticas. A1uando cn1 un1 n1ercado 1nuito co1npct-itivo. clo111inado por grandes grupos n1uhinacionais1 a ~ luellcr precisa ofc:rcccr ~ 1np1"t" sohu;Õc.'- ino\'adol'as e cri.uivas a seus clientes. Ca.'-O contr:irio, rorrc o ri:;co de p<·n.lcr i;ua p:-11·1icipaç~1ô de \'endas . _. ser 'c11golicla 1 por a lgu1na gigante do i;ctor. f\té 2005, sua clivis,io de lav.tdoras scrni:nnornáticas tinha con10 carro-chefe a Pop~lànk, ron1crciali1.ada por <:cn-.1 <'á de~lWu lançarncnto. (:On1 o fhrt::1léfin1e,uo t-conô1nico dos sct,rtnCntos da base da pir.i.n1idc. principaln1cntc das classes C e D. n,uitas c111pres..u lanc;arain nláquinas n1ais baratas. aun1cntando a concol'rência. U111 novo conce.ito surgiu o dos 'tanquinhos', pn:>do1os n,,,is sirnples, vohado.s 1>."11.-\ a.s tla.,~s sociais n1cnos abastadas e co1n preços ,'(lrianclo entre 100 reais e 240 rrnis. t\ Pop'f an.k não podia. nen1 devi.\, oonírontá·los, visto que pertencia a o utra linha de produtos. Nesse conrc~ao1 era ,~1,\l que a ) ,l uellcr lançasse llllta nova n1crcadoria pal'a <'011· c;oq1·r (lir(:\<',r'Jl<'IH<' c:ol"n ~ 'ta11c1vinht~\ f\:; decisões precisava111 .ser r;.lpicb:1s, pois ;;1s concor· rcnlcs já havian1 clo1ninado grande parte desse n1c rca-

    cio. Alén1 d isso, a nova lavadora p recisava ser inovadora, ('(u'n o objetivo de..· 1cnt:lr ,;urpr<:cndc,· os (:()nsun1ido1·cs e recuperar o tcn1po e a t'htia de ntercado perdidos. A tneta t~l'a revolucionar o scg1ncnto dos •tanquinhos'. o lC· rcccnclo un1 preço con1pelilivo, uni., qualid.tclc superior e itens difcrc111cs dos já existcotes nos 1noclclos das ou\r:,:s 111::i rcas. Di::111tc desses desafios. as equipes integra das de engenharia. pesquisa e rnarkcling focaran1 seus esforços no projelo da lavador:t. tendo dado especial a lc nc;ào ao design, e íicit~ncia cncrgélica, cco110111ia d(: éÍgua e sabão e 1nélodos de t ransporte e a rn1a:1,cnagcm . EIC"s. precisa\'a1n a tender aos anseios das donas de casa qtic; con1pr..iri:-11t1 oi; p rodutos 1 111:;1s t:11nbên1 doi; v..ircjis· tas e distribuidores i111c-nnccliários, co111 c1ucn1 a ~,l ucllcr c-0111<:r<:i;lliz,, dire ~:t111(•111e. En1 n1aio d<.' 2005, a c1nprcsa realizou pesquisas qua· lita ti\':l.s ro1n potc1lciai.s corl.íitunidoras fi1Hti.s é \'Clid<·clores ele l::t\'adoras de roupa~. l'Oran1 criados grupos de foco, fôt1nadc,s por 1nulhcrcs c;l,1s classes (: e D. O objcti\'O era .-,p1·cscn1ar un1 protótipo do produ10 r c1nhasar o projeto de p1>t·ço justo (' a.s lojas de pn.~fcrl;ncia íortun dt·íinida.~. f\lén1 disso. pontos de rejeição no p rotótipo IOram clcsro· hcrlos. ~onio a 1a1npa e os pés. inf'.enüvandú alterações 1lô projeto fi11<11 que se 1nos1raran1 n1uilo in1portantcs p::1ra o

    sucesso das v<:ndas.

    Capitulo6

    Aú longo de 2005 é ini<'io de 2006, a~ tquipt•i. dé 1narkc1ing e cng('nha ri::i da c1npresa lrabalh:H·cun 110 dcscn\'olvin1cnlo do produto. Nessa n,sc, a cria1i,·idadc (Oi íunda1nental 1 pois era necessário conciliar design, qua]j.. dade e preço co1npe1i1jvo. A escolha adeq uada dos 1n a1criais gara1u iri,l a n·sisti:r,cia do º º "º ,nodclo. Foi C01)tr<Jta clo u1n csrri tório ele design para rUudar os fu11(io1n:lrios da ~lucllcr a desenha r a SuperPop, no1nc do novo pro· duto. Nessa etapa final, dois llO\'OS problernas surgira,n : a qucsuio de tl'ansportt e a1'nlazcnagc.·1n da 1l1c1-cadol'ia e a integração en1 rc dui:1s pcçai. (<;uba e ga bioctc) que se1np rc fOra,n tratadas separ.idan1cntc na p rodução de la".idoras. O design ino\'ador ela Superl'op possibilitou a intc· gl'ação das peças e .linda gerou grande ccooo1n ia, n1ui10 in1por1a11tc para que seu pn.:(O fin a l lica~sc t.:111 torno de 240 rç,;1is. ~ o enta nto, a rt.soluçoio do p rimeiro problc111a n1ostrou·sc 111:=iis con1plc>:a. Os custos logísticos aind:, e ran1 un1 crnpccilho para a pnllica do preço final detcrnii· nado. Nessa etapa, a cd ativldade e o espírilo inovador dos íuot·ionáriús fol'a1l1 vitais para a ~uperaçiio desse! ob:..üic.~. uJo. 1\s eí1uipcs er;-1,n cxpc1·icnles e tr,,z.ia,n na b:,g.,gt•1n o vasto conhcci1ncnto sobre a p rodu{ào de lavadoras da ~lueller. 1\lé1n d isso, n1ostra\'an1 grande 1nollvação pelo desafio iiuposto e pela co,uplexidadc da 1arcf."t. ~:lcs sabia1n d;Li1nr>-0r1i111c:ia qui; aqtu·lc projete..'> ti nha para roda a o rga11izaç;1o e os trabalhadores de chão de fábri(a. Por essa razão, c-..stavan1 intcira111ente dedicados ;\ resolução do problcn1a logístico. O grande d ift:rcncial, no cn1:un o, ocorreu por unia a nalob"la <·1nrc o 110\'0 produto «~ os h ,i nqucdo:- dt- 1uo11tagcn1 f..fgo. As equipes de engenharia e n1arkc1ing tivcr.un a ideia de fabric.i r tnna lavadora que fosse ,·cndida dcsn1c1nhraela cn1 unHL pequena caixa e pudesse- sc;r fã.c-il· ,ncott 1nvn1ada 11as tesidêocias 11.suo1ido1·cs finais. ~:,.,l i110,,.1ç,to 1c<·nológic:1 foi o gr"11dt· i1npul~io1,:~dor das vcnd;is da Sup(•rPop, reduzindo c1n ·~O por rcnto os custos logísticos de t ransporte e .ar1nazcnag<·1n e atcudrndo aos

    Percepç.\o e tomad a de decis3o individual

    189

    a nseios dos varejistas e discribuidorcs. Após essa últi1na novidade., o p~jcto c::;tava íin,1lizado e a SupçrPop fbi Íln:lln1cntc la nçado, no lcrcciro trin1cstrc ele 2006, a lcançando a surprl·endcntc n1arca. de 750 111il unidades ,·cndidas ,ué o final ele 2007 e se tornando o p rincipa.l 1nodclo da ~l ucllcr Elctrodonlésticos. r.111 .:i1xna,;. dois :.no:;., a ) lucllt-r ('Qnscguiu dcscnvol, ·cr urna l~L,-ador.-1 repleta de inO\'ações tccnológira.s. Nes$C JJroccsso, a criatividade de suas equipes de pesquisa, 1narkcting e cngenha,ia foi íunda,ncntal pa ra que QS problcn1as qut~ surgiranl íos:senl rcsc,lvidos dt~ n1antil'a criati\'a e l'ápi<.la. Re,111indo r>crícia, 1no1ivá(~'io e, fu11da1nent.:1hnentc, un, J)Cnsànu.~nto ('1iativo basta nte dCS('nvolvidt\ os fu nrionários l)uscar..1111 soluçt,c.s novas e aLingiram os objetivos organiza· cionajs no prazo detc nninaclo, e ainda sobrou 1cn1po para n,on1ar algu,n;is na"cs espaciais e castelos 1nedie\'aÍ.\ nos inten~Jos de deStanso.

    Questões 1. A ~ l ucllcr Elc~tl'()(lú1nés1ieos c.l'it<\va e1n u,na situaç,1o dt;li-

    cada no iniçio de 2005. Qoal c·1'á o prúhlc1na cnfrc111ado pcl~, e111prcsa? Identifique alguns íhtorés que sc1viran1 corno critérios par:., o desenvolvin1e1uo do novo produto. 2. Pode·se dizer que o procc..·s.w de dcS('nvol,i1ne11to da la,·aclora SupcrPop cst:1 dircta1ncntc relacionado co1n o conceito ele racionalidade }i1nitacla? Por quê? 3 . ..\ coleta de iníOrn1.:u;ões cun1prc u1na funç•io n1uito in,portantc no p1oc<.-sso de ton1ada de dccis:to, vis10 que auxilia na cl'iaç;to (' 3\'aliaç.:to ele ahtl'lt.\ti\tnS. l)c· que 1n a1ll; i1'á::; a ~ lucllt·r ohtev(' as i11fvr1H:u;tJes oct~s.'ioârias 1)ara desenvolver o novo produto? 4. Relacione o caso apl'esc:111ado ao 1nodelo de tr'fs co,npooc,ues da c riatividade:. (:ont<> as an::.logi;H: e o peni:a111e,, to criativo au.xiUar..1111 a equipe d«.! dcscn,·olvi1ncnlo da ~lucllcr a f.1zc r o novo produto?

    Fonce: ~lán:io Gon(:i.h~-,., "U111 nmv produto l'e'\'úlu..-iona o n,c1x-:i.do''. làit Studi.ts. ruH, XI. n. 63.jul./ah,o, '2007. 1>- 23-32.

    Um novo lugar para uma nova fábrica ;-\ ~la rcopolo é a terceira n1aior fabricante ele ônibus do planei-a. Fundada cn1 19.J.9 e sediada no 1nunicípio de C-a· x i;Li, do Sul, 110 Jiio Ctar1de do Sul, a <·1np1'CS.."l ,:s1:'t p1-e~111c c1n n1ai::; ele cc1n paisc.s, .slja por ,nc.·io de rcp11..•::;t•nta1nc::; locais, seja por 1neio de t;lbric::~s próp1ias. Por essas caractc1ís· ticas, a organiz.a~ào enLrou para o grupo elas« 100 c:1nprcs..,s de pai.ses cniergcntcs que nutis i11co1nodan1 as líclc,·cs 111011diais,·, dt· ~1cvtc;lo ço,n l<·va111a 1n~nto n·,lliz.açlv ( 111200i l)(;la Bo.::;1011 Con.suhing Group (BC(;}. ,\ histúlia i11t('n1acional iniciou-se c:1n 1991. quando a ~larcopolo a briu tnntt fàbri0

    ca cn1 Pol'tugal para servir de posto av:tnçaclo no conlincn· 1e eul'o peu. J:>ol!t("rionnc111e, a co1npanhia i11augu1'0u tuna 1)la111a na f\rgc111ina. :"Jo ('11tanto1fbi ape1):1.-i; a panir do ;\110 2000 qt1c su~1 intcnlr1cio11alizaçf10 accll'rúu-sc-. 1)(:sdc t'11Hio. a cn1pr<.·.sa abriu fáb ricas no ~léxico! na t\ frica elo Sul, na c :otô1nbia, na ll úss.ia e! c,n 2008, na Índia. Sua trajccó,ia inte1·nacional c,·oluiu gtaclati\'a1ncntc. No inicio, a t·1npr<"sa cnvi:-1v~ do Br;L~il ki1s t <)lll as pant•s dos ónibus p~1n1 que eles fossc1n n1ont~idos n;1-s f.lbricil.S no exterior. 1\ segunda f:'lsc representou tuna i1nportante 1110· dança C-$tratégica da cn1prc-sa: a proch.1(ào con1plcta ele \'ci·

    190

    Compo11.amento organiia~ional

    cufos 1h) c~trao&~iro, C'°0111 peças produzidas por l~rnpn~~as parceiras locais. Scgi,ndo.José l~ubcns J)e La Ro~. d itc1or gc1'âl da organização, "enviar kils: ao c::xtcrior f c-on1plicado"; ··,ranslacl::ir a engenharia··. poré,n, ··{: itncnsarncntc 1nais dificil". Para lornar t.sse ntodclo d<.' ~ntrada cn1 novos ntcrcados viável, a .\ l.:.uX'opolo resolveu associar-se a en1prcs.u locais. Esse novo estilo de negócios p<:nnitiu que os riscos fosscn1 reduzidos, vis10 que as parceiras j:i cr:u-n conhcc<.,'Cloras das características lo<.·ais.. t\ ~'1:trcopolo apresenta ainda outra ,i;u1tagcn1 cn1 rclaç.:.lo :t seus concorrentes no n1crcaclo intcrnacio1Jal: a custon1i;,...1ç;;.lo co1nplcta de seus produtos. (:01n isso, a n101nadora pode oferecer todo e qualquer n1odclo de õnihos {dos 1nicn.> :_,os dt dois ãndar(:s) t-01n a.s carnc1clÍ~tica.s inlcrnas <' «·x1crn:·1s que o con1p11,dor dcscj;u: Un1:·1 das llhirnas inv,~1id:"1:. 1u·s..;e pr<X:('SSO
    cn1ta1· e,n u111 dos pri11cipais e ,na.is populosos ,nctcados c111t.:rgc111.cs do 11,u11do. (;orno a eo,npa11hi.1 j,í po~~u.í,i ,,,na fábrica na R.llssia, as allcrnati\'as tes u1nia1n-sc -à lnclia e à C hina, sendo esta l1JLi1na a opção l:1vol'ita cios achninis· tradores da i\larcopolo. ;\ avaliação criteriosa desses dois loca.is, no cn1an10, resuhou na escolha do pri1nc:iro país. Ernrc os í.-uorcs que fora1n lc:vados cn1 conta) csta\'a1n o tanu,nho do ,ncrcado, seu potencial de crcscin1cn10, a expansão <:conô1nica, a infraestrutura local e. principaln1cn1e. a cx.istênci.1 de fornecedores aptos a produzir peças para os veículos :, scrcn1 produzidos e d<' u1n p::,rctiro nalÍ\'O, que· conhecesse as prctê:rências dos coosu1nidorcs e dividisse os riscos do negócio. Cdtários utilizados no processo de decisão Tamanho do mercado 2

    Níveis de expansão do mercado

    3

    Crescimento econômico

    4

    lnfraeswtura local

    S

    Fornecedores aptos

    6

    Parceiro disposto e capacitado

    a e~e<,lh:-1 de Dhan,1ad1 oo ~u1 da india, corno o oovo l(H·al de f.~b1icaç~o dos õ11ibus ~l:~rtop-0!0. i':cssc p:,ís~ r, ...làt;.1 ~-l olo1"Sc, lídc·r do setor, apresentou-se corno J>OSSÍ\'l'I parceiro, t:nquanto na China não foi enconu·aclo un1 parceiro local adequado que ga,-anússc os di1·citos de pl'opricdade intelectual da ~la1't'Oj)Olo. l~s1ava decrc1act, a ,nclhor altcrnati\'a. ,\.,..'iin1, c1n 2008. :, i\lan::opolo e a 'l'ata ~loto11; in;.1ub"l.1ra11un a ma.ior l1l.1)1ic.a (I(' ônibus do inundo. con1 capacidade para produzir cerca de 25 1nil \'CÍculos por ano, con1 100 por cento das peças e con11» nc11tcs sendo f.".l.b1'ieados por forncc:cdot'<"S locais. 1-\ ~ la1'túp<>lo, C"A)lll ('S,...;1 nova pl:u1ta, 1n;uué1n $:Ua 1)C)Si<ào de d(..'Staquc n<."S.SC .setor. t\Jén1 disso. confinn•, sua cstr;ltégia de c1nprcs.:, global e cntr.., ckfinitivan1<.·ntc no segundo n1aior n1cr· cado 1nundial. Os planos1 no ent:uno1 não par.un por ai.Já cs-tàt) adian1ada.'- as 11(1>"'()1.'iaçõcs con1111)1a cn1p1~1 t.'Statt,I chinc~'I patc, que; un1,a p;-l1'tc:1i a seja firinadt, uo Í11tul'(l. t\ 111c;1:-1 de ç))-1;-)r IOrtc,ncnte pn.,--sc.·ntc c1n rodos oo: BR.IC~ t~t.:l n1:.11nid.- e cl<.,,'t" ser :uin.!,rid.t c.,n brc\'c, J\ J>0siç.lo de n1aior ff1bri<"ll do 111undo, <"On· quis1.ada (>c!la planta indiana cl.'I ~ 1arropo1o, pode, po11anto. ...:star a Jneaçada. Fcliz,nentt\ é a prúpria t":1npresa c1uc1n a an1caça.

    Questões 1. .\ f.,bricanlc de ônibus ndotoo urn::i estratégia ele fone

    presença nos BRJCs. Seria possível explicar essa csu·,llé· gia aclo1ada con1 base na percepção seletiva e no \'ié-s da dispor1ibilid;iclc? \ 1ocê cotc::ndc ((th~ essa seja u1na dcc:ist10 t1ccr1t1ch1 ela co111p~,nhia? 2. Os ad1ui,1is1radores da í\la r<:opc.>lo lil)ha111 tuna clar., preferência pcl;, Chi11.t conu) loc.al ck· i1lstala\:ào da í:tbrica1 cn1n::t.u110 a Íncli;:1 fOi o país escolhido. Con10 ,·orê ach.t que a cntprc~, conseguiu escapar do viés da cvidi":n• eia confir1nadora?

    3. t\gora que a escolha foi íeita e que o in,'CS1jn1cn10 foi realizado, 001110 a .X·tarcopolo e sua p::ifeeira, a ·rata~ 10 10.-s, pode,n pt01(:gc1·-se con1ra a cscal:1da do eon1p1'01nt•ú1n1~1110? 4. :\ escolha do local de instalação da nova fábl'ica da .\larCôJ)()lo p:u·ccl' ter sc•gt1ido o ,nodclo dC' dccisr,o raciu1H1I. ldcnl.ifiqoe as cH1p1Js do 1noclclo qoc for;1 n1 aprcscnt~,cl~1s no caso narrado.

    >los c1uaH'O p1'Íl"ll(~ir<>l:i qucliitos a\'~)liados. a China lcva\"a ligeira va1uagcn1. Ql,1a n10 aos fo,,u-ccdol'Cs, a Íodia ;lprcseo1,1va opçbcs p:1ta que todas a.-i p~as occcss;lrias fos.-ic,n f.c
    5. Dizer que o pro<:<..'SSO de to111ad:i ele decis.io C!:itudado sc.guiu o 1nodclo de dccis:1o racion:11pode ser un1 cx:,gcro, visto que, cvidc1ncrncntc, houve li1ni1ac;ões ao longo do processo. 1.c.~\'antc algtunas des.~as possi\1·is b;:irn;:iras ú r.,t io1,alidad<· plcn;, no c:-Ll:io <1pn.~se111ado.

    Fon1~: Su1,anJ .:,.Z;iidi1th, 'i\ l·:1nl)l':"l('.t d<> ônibus"', Ret,ifUI l{wtt~. ctl. ~)09, :tno-11, n. 25. 31 dt".(. 2007, p. 70,.72.

    1.

    --

    ,d

    1

    S/,1, nhr. 2008.

    4. 11. li. Kl'llt..1 ':-\ 11riht1tion in Soci;il lntcr::iction'', cn1 E. _Jont'.S ti ai. 10rgs.)••-Utributi()Jt; ltf
    2, "1\;,;quisi!
    Capitulo 6

    5. \ éj:, L.. Ross. ···r hc lnn1ilivc Psythologi~l ~nd Ili$ Shon1.,-01ni1lgs··. t ,n L. lktko\,it.,, (01-g.). :ldrau<.rs ,·,, l~tprri111r11tal S«ial l~tlrology, ,: 1O. Orb1odo~ 1·1órida: tillt::r e ·1: 1\ C'tutfil}· nnd Sotial l'!J'(IIM<>f.Y 811//(h"n,ju1l. 1989. p. 19·1-201. 6. \ 'ej.t. por cxefnplo. G. J ol111S. ·:.\ ~luh.i-Levtl ·r hoory of Sélf.St•rviug fkhavio r iu aod by Ó1'g'.lfti'í'. ation:)·•, ern R. 1. Sutton e U. 1\1. Sta\\' (Ôfb":!-.}, Rr.1t11rd1 in O,gtuti~alionol l khaâor," 21, S10nford, CT:.)t\11'""" 1999, p. 1-'.l8; X. l-~>ler e D. Dunning. " F<-~·Ling ' l·loli<:1•l'hao '"l'hou': 1\1'C Sdf· Scrv:ing :\ sscssmcnt.s Produét'' Erron in Sélf or Social Pn·d ictio n?'',Jo11rn1,/ ef l tMf1aliry and S«ial l ~--,rh&lí,gy. . 86 l-8i5; e )1 . Gocrkc:•.J. 1\ lollcr, $. Sc:h11lz-Hard1. U Napic1~k)' ,. O. Frry... lt"s Xot :\ ly l·àoh Bn1 0111}' 1 C.1n Ch,:1.1,gc ll': Counlcrlàctual and Prt.·íhctua.l 'íl1ought$ of 1' la11agcn'',Jo11n1ol ef Applird l~Yl1<1log1'. abr. 200.1, p. 279-292. 7. O. C. J)carborn e l·I. r\ . Si111011, "&lcctivc Pc1'-~p1io11: r\ Kotc <,n thc l)c·1xu1nu:111al lc.l<-11tific.a1ion ,,r Ex(.'CUti\'cs'', ,»'io,nt,ry•,jun. 19.58, I>· 140- 1·~~. J-\l~uuas d:1$ conc·h1.sc)($ nc_'SSé estudo clássico fo1-an, rcccntcln(:ntc con1c:s1acl.ts co, .J. \\'õ\lsh. "Sclccth~ty .ind Sdcctivt" Pé1'C{'p1io11: 1\11 lnvcstig,u ion of :\lan;,gcrs' Bt·lief Structurcs and lníon n:11ion Pro(<'S..,;ing", .,fratU»!J' ef ,\/anogmunl]ounw/, dc7,. 1988, p. 873,896: ~I.J. Wallcr. C . 1h,b.tdhya}~ E. George, \\~1-1 . (:lic k, 1). '"f. Ogilvi(· e: 1). PugiicS<". ·1·hc Scl,x-ti\'c: Pc1X'cption Qr ~laoa.grrs Rt..·visitcd", .J,ade,ny ef ,\la111.tt,V111rtU.]dun1al.jun. 1997, p. 716,737. 8. J. Hé:tl)' e ;\I. ~I. G 1·r11bau,n, ••\\' hy t\n;\ly~ts Kccp Telling l n\'(.'SlOl'S 10 Bur" . .,\'tu; lórk Ti111rs, 9 fC.·v. 2009, p. B1. 07. 9. VCj;l K. R. ).1u rph)~ R. A.J akô (' R. L 1\nhah. "~a tu re an d Conscqtu•nc:c·~ of (·falo F.rror: A Cri1iral 1\11;1Jysis",Joun1a/ ef Applitd P~,vho!Df.J', abr. 1993, p. 213-225; P. Roscnz,\·c•ig, "17rt J.Jofo f{ff«t. Nova , 'ork: 'fh c F'r tc P1\-ss. 2007; f. Ocnnis. •.~f ht• Halo ·~n<.-et in On1diug Studc1H Proj<-'t':ls''.Jo11n1a/ ef ,lpplird l'!Jfholog, 92, n. 4, 2007, p. ll69-l l 76; e C. E. N:,.iquin e R. O. ~t)'nan, ···r hc ·rc:,un I l:11() Eff1,•ct: \Vhy ·rea1ns 1\ rc ~ ot Blanltd f()r 'l'htir 1'11ilores".Jt'N1n10/ ef :fJ;p/ittl l'S)·d,Q/"l!,v, ab,. 2003, p. 332-340. IO. •·sadia cl«idc p1'0('es,~,r t•x·dircto1· por prcjuí::,,c,··. Rtt•iJ10 (:Onsullot Juridi4)1U:h-cl por prejuízos", /:,,.0,a 0,,/ínr, 7 obr. 2009. l 1. $. F.. 1-\$\· h, •·1'()r1ning hnpn:$sion~ of Pt~on:,lily",,J(ll,lrna/ ef A(>n(}rmal (111d S«iol Pf>V'l1o/ogr.j1.1I. 1946, 1>· 258-290. t2. J . 1.. l-l ihon e \\'. von H_ip1:>el, "S1e1't'otypcs", c..·rn J .1: S1X'ncc~ .). M. U,,,lc1·e D.J. tx,s, (O ,,'>.U11nual llm<wef l'!Jdll!I~·," ·17. P,do :\!to, C1\: 1\unu:al Rc\liC\\-.S., 1996, p. 237-27 1. l !t \ ~ja, púr cxcfuplo, X. l'O\\tllJ "'The Good )lõ'.1 11.igcr: Bus:incss Studcnts' St<•rrotypc.•s of j apanesc 1\1a nagrrs vcnius SlCl'("()l}1)CS or ,•\1n<"lic:-.n )J:lnagcrs", Croup &' 01gm1k_a1io,wl 1\la,1· 44..56; C. Osu'Ulf e L 1.-:. J\t,\·a1c1·. •·J)oes \\'ho1n l Ou \ Vork ' "ith ~ lattcr? Ellêccsof Rcfcrt11t (; rou1>Gcn
    e. )

    r

    e.

    Succcccl ,u ~l,olc úcndcr,Trpccl Ta,k.s" ,Journal ef .1/}fllial

    l~)Yl1ology,jun. 200.l, p. 41()-112i; e R . :\. Postluun a e i\·t. ,\ . C:unpion, ":,\ge S1.-n:;01y1x.-s in 1he \\"ori:plac:e: Con1n1on

    Percepç.\o e tomada de decis3o individual

    191

    Stcr«tl)'JX'S, :\·lodcr.:itors.. and Fu111rc Rcsc..·aJ'<.'h Oircction-.",

    J111u11ál ef .\lun(1,e,,1m11, 3$. o. 5. 2006, 1>. 383-386.

    1·I.J. t.. l·:bcrh::uxlt. I? G. Uavi<'s, \~J. Plardic-\ ~ughns e S. L. J oh,,son. " l..t')()ki1lg ÜC':ath,\(U-thy: P,%recivt.-d Sté1'tolypitali1y oí HJ;,ck ü clCndants Predicts. Capital-Scntcncing O ut('Olllcs", l~hologi.tal Sri,nre 17, n. 5. 2006. p. :383-386. 15. "P~1uiJ1.:1 J)i1ncnsôc;s da Cidade: Fa,·c;lõl ç r\sf:,ho"' )base e 0

    FC\ 1-0pinifio. 16. 11. G . l lc:nc1n:1n Il i t ·1~ J-\ .J u1X"ssion:.: ~Jaking lip You,· ~1ind 1\llc:r a IOOn1s Exposure tô ;) Fatc•·. l ~du,togiu1/ &imtr. jul. 2006, p. 592-593. Iu. \ 1cj.a, por ('XCn11)IO. E. e. \\'chstcr, IJ«isim1 ,·\lakútg irt ,,,, E·mpl<9·1nr11t /111mi,u•. i\1o n1rr.al: )lcCill Univ<"rsity. lndus1rin.l Rcknions Ccntcr. 1964. 19. \ 1cjt,. por <.'Xcruplo. 1). 6. ~Jc~ 311, "1An('Í(' lll Pyg1ualio11 J oins Co1HCnl1>0roty ~la1lagenl('1tt: A i\h'1a-1\1,aJ~~is or thc Rt:.u1t•·.pmuú ef AppUtd l'9,l1ologr. ahr. 2000. p. :114·322; O . U. Davicl;;;on e 1). l--:.dcn. '"Rcn1cdial Sclf-FuUilJing Pr<>pht"y: 1 \\'0 Fidd Expcri1nc-nts 10 PTt."\'CIU Golcn1 E IT«'tS 1\ 1n(lng Oíii.'l.dvarna~td \\'on1cn'\Jout1ull o] :tpf,li«I Pv'
    jun. 2000, p. 386,398; O. Eden, " Sclf-Fulfilliug P1-opht'Cics in ()rg:u1i.;,.à1ions", cn1.J. Gn~..;nberg {0 1g.}, Org«11i<,<1fi(Jfu,/ /Jt,l,,n•ior: ·nv ,Ç/tJU ef //,f Sti(IIC(. 2. 1,-d. ~J:,h\\ :'l h, ~: J.,'\\\'l'C'IICC 1

    El'lh."uun, 2003. J>· 9 l • 122; (' (;. Nat:ino\'ich e D. l~en, "Pygn1;-tlion J; trcclS 1\ n1ong Ou11·cath Su1>en.·isors .ind · rutors: F...xtcndiug ~:-.x Gcntralizability".Jwrna/ o/ :lpf,/i((/ P1J'rl11!log~ 93, n. 6, 2008, p. 1382-1389. 20. 1). F.dt•n e A. B. Stu,ni. ··1-»,.,nalion (~oc~ to Bóot Ca,np: J-:Xpc:('1:in0~ 1.cadc-rship, nnd 1·rain<'<' Ptrl'nrnla1H·,,",J",,rr,a/ ef. ippli,d l's;,lwl"f.r, obr. 1982. p. 194· I!l9; e D. B. McN:m e ''J: A.J udg,·, "Boundarr Conditio1u of th(· C~Ll;,tc.·:. EITc.'<'t: t\ Ficld Expc1i1ncnt ::i1ul Cúnstructi,~ R«:·plic;uion", A,adr,ny ef ,\/ri111J§1T1tnl]mtr11al, :,go. 200-1, p. ~~0-565. 21. \'cja, port.-<('1uplv. K. E E. \\'ongc.J. \ ~ \-: K,,ong. ··EITc('tS of R.att 1· Coõ'tl! on R.ating Patterns: Evidc1l<:c l'ro,n :.11 Expc1il'nC111al Fic•lcl Study" ,Jo11nu1/ tlj". lpplitd P$J,holDgJ; 92, n. 2, 2007. 1,. 577-565~é S. I•: . Dc:\ 'oc (' S. S. lycngar, ··~ran~g"rs' ''11 l ('Orir, of Subordina11'S: A ( :ros..~ ( :uln 11-:,1 Exa1ninátio11 of' ~l :u1á_~cr Pc1'tcp1ions or ~loti,"ation and t\ ppraisal oí PcrlOrn1;u1c,···. 01gc1111<,(1lio111ú &lun ior a11d I /umon D«isio11 l ~r.1sr.1, j:n1. 2004, p. •17-61. 22. R. S~ndcN-, TJ11 l~,·rr,11i:.·r O«i1ior1111al.i11J! A UCl.t,<: ldr11tif;ing Ptobkrns u11d .-lsJt.ssi11x Out~ws. \ \'cstport. C'f : Qu<.'H'unl. 1999. 23... ü irclo ,,o ponto". li>
    24. \ •i:j;) 11 . ..-\ . Si,non, ··Ri!lionaJi1y in Psy('hology ~nd l:,f.ono,nics",fl',nui/ ef &si,1r.st. ou1. 1986. p. 209·22-t-: e I~ Sh:afirt R. ,\ . Lc Hocuf, " Rationalj1y", t•nl S. "f. Fisk(~. D. L.. SchactC'r e: C . Zahn·\ \';Lx.for (Orgs.), A1uuml lla.'i.rw oJ J>~y/wfogy. \! 53. Palc) :\ho, CA: J\nnua) Rcvic\\'$, 2002, p. 491·5 l 7. 25. 1>.ira unl:l rt\'i,;,.iO sob1'1' -0 1nodclo 1-acional 1 vtj.i E. f. Har1iso11, 111.t .\ltuiagrrial D«i1i()tt·,\Ja.ki1rg /'r()(rJs, :>. cd. Hoston: J·lougfuon ) lifllin, 1999, p. 7:.- 102. 26.J . G . 1\1:il'<'h, A t>ri,ntr<111 J'J«ifion ,\lnJ.i,,g. NQ\7' , 1ork: ·rhc

    f'rec l>rtss. 199·1, p. 2.1; e O. l-la1'
    27. )1. Hazer1nan,,Judg111nll in .\ Ja,iafflial Jk,isiM ,\laJ.i,,p,. :i. e-d. No\':t Yorl.:: \Vil<:)~ 199·1, p. 5.

    28.J . E. l{u~. K. A. Câtl.Súri é ~I. e. ~lt\l~ ~' C h(IÔSÍíig:-u) 1

    Inferior 1\Jtcr11aü,•c•", J°'J.µJ,o/qgiral Scinlít, 17, n. 1O, 2006, p. 899-90-I.

    192

    Compo11.amento organiia~ional

    29 ... Questão de poder!'. l< $/A. :,br. 2008. 30. D. Kahncn1a1,i "~la,~ of &ondeei R.·uiooality: l\~d\-Ology for lkha,ior<J l::couo,niai', Tht Anrm<m1 l-"n1Qlnic Rninn 93, 11. 5. 2003, 1> 144!!- l 47$; cj. 7Jiang, C. K. 11,;çoc Z. Xiao, "TI•· ~ lajoril)' Ru.lc in lncti,idual 1)(.-ei~ion ~ 1aking''1 Otgani~a1imp"ti,·,s 011 I'!r,ltol11giutl .~in,ct. 3, 11. 1, 2008, p. 20-29; e 1\. K. Shah e 1). ~I. Op1>cnhti1ncr~" l-lc11ris1i 1n:1dc E:-isy: t\n P.001'1R...-duction Fr.1nlC\\ 0l'k•·• 1',!_Jtl1of1>gi

      34. \ 1eja "'f. GUovich. D. Cl'illin e O. Kahnc,uan. lleuri~ttts r11ul lJ1i1.10: ·n,, l'JJ(hof<>gr ef l11111i1i,·.-Jrufgmnit. XO\·a '{ork: C.;uuhridgc U11ivcl'$.ily Pn:s,. 2002. 35. E. O:utl" e .\1. C. Pr.,u. '·11:<J>kiring ltnllilion ::anel hs Role in ) lanagc,·iaJ Dccision )laki11g... Au,dc11p ef ,\ fllr1t1~,,e,1t lir.:itt(~ :{2, n. 1. 200i, p. :13·54. 36. I! 1). Bro,,'11• ..Son1c f lunc1u~ 1\l)(,ut lruuition ''. ~\Í'l:cr J;,,J. Tt!iltl, 11 llO\', 2007, p. H5. 37 ...Unl inanagcr <""C)lll t(l(p .1c de 1nid:is", (":aS( Sh11/;1-5, :lll() Xli, n. 68. n1aio/jun. 2008. p. +.6. :J8. \ '(já, porex<:1t1plo, L. :\ . Hurkc: (' ~I. K. ~lillcr. '"l"aking the )lyst<'J)' Out o í lrnuitivc l)t.'t;'isio11 ~laking'', !la1dfl1,y ef .\lon1.1gr,~1,nl F.x«:utirt, no\~ 1999, p. 9 1-99; N. Kha1ri c.1-1..A. Ng. ,...rhc Role or lntuilion i11 S1ratcgi(' ÜC'('ÍSion ]\ hlkin~··. /ltu11on RdafiQnS.jan. 2000. p. 57-86:J. A. Andcn,t•n, "ln1ui1io11 iu ~l:111:tgcrs: 1\re lnluiti\'(' ~lanagcrs ~11:>rc• F.lre,1ivr?",]011r,,a/ef .tlonofl'Íal Ps7du,lflg_y, 15, n. 1-2, 2000~ 1>. 46-63; O. ~lyers, lnt11iti()ri: lts Poum ,nul l hifs. Nc\,• H:i,·cn, C'f: , 'ale Uni\'t~it)' Press. 2002: e L. Si1npson, "Uas.ic lnstinrt,;", 1f1Ji11ing. j;u1. 2003, p. .>6-59. 39. \ 'ej,·1, por exé1nplo. Uul'kt e J\ ljllcr, ..~l',lking thc .\1}~1·11· Out of ln1ui1i\'~ l)c·c·i)(ion ~laking", p. 91 -99. 40. S. l! Rohbin.., J)«id.- & C:t»tqurr: ,\ fa.king 11 'inning lktisim,s ,uul Taking CfJntrol ef Jôur lifi. I.Jppcr S:icklle Ri\'c-r: !'{): Fínan<'i:11 ·ri,ncs/Pn:oticc I.J;:ill, 2001, p. 13.

      41. S. Plous~11tt !~1/t()/l)g, ef.]11,{tt,umt 011d D«ision JJ(l}.ir,~. No\'a York: ~lcG1'.l\,-Hill, 19~>3, p. 217. 42. S. l.ichttnstcin e B. FiSchhon: ··J)o Thosc \\lho Kno,,• ~tore ,\li.o K.nO\\' 1\lorc l\bout l·lo\\' ~luc:h ·r1icy Kno\,·?'', Organi~ntionaf lk./1m•ior mui l luman Pnfarmantt, dc".t.. 1977, p. 159-183. 43. n. Fi.'-t"hholT. ·~ Slo\'it; e: s. l .i<'hl('llStCin, " KnQ,,ing ,,11h C.,.nain1y: 'l'hc f\1>p1'0pri:-i1cncss of f:.'l:«rc,uc- (::i2-5&.1. •I k C. E Fcrrcir;,; 1\ . S. O. Yu. •·' (()dos aci111.t da rul-dia: •·xcc;sso de cc,ufiança en1 pror1..
      jun. 2003. 45. J. Krugtr e 1). l)unning. "Unskill<:cl and Un~\\':.U'\' oí lt: i-lo"' Difficulties in Recognizlng 011c·s Ü\\'11 lutont1>ctencc L.cad «u l11fk1t<•d Si:•lf-1\~sc::-l1:nlt•nts",Jwnto/ ef l~·nonnli!J• 1111d S()(illl f'9y/10UJgr, 110\'. 1999, p. 1121-J )34. 46 U. F'1. .<;
      (:cn:1inty: 'fhc :\ppropriatcncss of Exu'fnte Confidcn<'c''. J~,n,ol of ExJ1). 1\/(lflagn,1n1JJ)un1nl. 52, n. ~{, 2009. p. ,, 7~{-
      p. 1124-1131. 49.J . S. l lan1n1ond, R. 1.. K('('ll(')' t 1-1. R:'liff.-i, $,nnrt ChoirtS.

      Boswn: HllS Pm,. 19<.l9. J), 191. 50. \ 'cj~l R. S. NickCl'SOll, "Confi1·n,.-uio11 Bi.ls: A Ubiquitous Plte1\01ncnún in ) 1a,iy GuiM'$'", lta:ü:;v ef Gn1crr1f l ~rd10,lQf,l· jun. 1998, p. 175-220; ,. E.Jont\$, S. $é:hultz-H;1rc:lt, 1). Frey e X. 'l'hclcn, "Confirnu11ion Uias. in Sl.·ql1cn1ial lnronnation St~l'<'h .>\.fic.r P1"=lio1in:-iry Occis.ions".J""n,o/ ef l}fSQnali{'I• a11d S«ial l's.J·dwlog,. al,r. 2001. p, 55i-57 I. 51. \ <'l'ja ;\ . "L\"C1-tl)' e 1). K~tl111c,na11. '/\\':.\ilal,ilily: A l·lcurbtit.: forJ udging Fri:;qucllC')' and Probability", ,~,n 1). Kal111crn:1n) I~ Slovic e 1-\ . 'J\,·rsky (Org'i--),.7,uftptlfnl l.íul,, l n,,rta,il!>·: Jlei,ris.tic.s and RtllSls. C:unl>ridg<", UK: (;:in1hridgl" Univcr,sj1y P,-..~ 1982. p.163,178~cB.J. 8us:h1n::incG. 1.. \\'dls, "N<\rn,ti\'c hnpn::s.sions or Litcr.,ture: 'J'hc .-\,,til.1bility Hias anel l)i,· Corrccti\'c ProJ)Crtics of ~lcta·t\ n~1lr1ic t\pproacht.-s", JWW,u,lit,• ,uul .x,ri,,J l~')Y}t()Wff.y l'l.ulú1i11, ~ ,. 20()1. p. 11 23- 1130.

      52. \ 'cja 13. ~1. Sl:l\~ '"l'tu; Esc.abtion of (°:onuni1n1cn1 10 :t Coursc· of t\ c-tion''. Avrl,olqg,;. 91, n. 2, 2006, p. 282-29i; 1-1. ~loon. •·Jooking fb1'\\':-t1'C'I and J..Qoking Back: l111<'gr.:tling c:olnple1jo11 .:ind Sllllk·CO.Sl 1::- nc('IS \\'ithjn an l~SC;lfo,tion,of· ~Conl1ni1n1(:n1 Progrtss Dccis.ioo''..Jaun1at
      i'f,,J,.t,g,·. fe,1 2001, )>, 10-1-113: e :\. Z:udkoohi, "Do Real

      ó1>t.ions l.ead to F,sc,;,lation of Conunitnu,•111? t:o,n11tenf·, Atadt"!1 ef .\l,1111,gt11tt11I lttt"itw,j.111. 2004. p. I 11-119. 53. B. ~I. St~I\\~''Kncc·Decp i11 thc Big J\Judc~·: A Study oi' l~alatiug C<)nl1nit1ncnt to a Choocn Coursc of' 1\ cci{-.n·•, Organk.olim111J IJdKn·i<w 01NÍ f/u,111111 Ptrfon11a11(t, 16. 1976, p. 27,44: e U. )1. Si.:"~ ..·1·1,e F...~·;1fa1io11of Conuniuuc:111: ,\n t;()dau• ;u1cl ,\ pprai..:il", cn1 Z. Shapir.t (Org), 0Fgm1k.,1ti"'mf /)ttisim1 .\laJ.ing. Xo\71 \ Ork: Ç:;unbri.gt:: U11ivrrsi1y Pre..c..~ 1997, p. 121215. 54. K. F. E. \\'ongej. ) r. ) '. K\,·ong. "'fhc Ro lcor 1\nticipatt..-d Rçb'l'Cl in F~,la1ion of Wn11nitn11'n1",Jour110/ ef Ap/1/ittl l >s.)rl1JJ/Qgy, 92, n. 2, 200i, p. 5,1.5.5:,4_ f,5. C. Con-ca e: C. ~f::,no. "O p rc,çQ de urn:t d<:cisio crr:1da ", l!:.w,11e, n. 8•13, rnaio 2005. 56. K. F. E. \\'ongt•J. ) 1• 't'. K\\·ong, "''rhc Rolcoí 1\nticip;111--d Reg.x:t i11 l·:SC:-alation of ('.Q1nn1i1n1t•nt''.J<1urnt.1/ '!f A/1J;/ial P~Yl1ologl! 92. n. 2, 2008. p. 246-271. :,i. \ 'cjt1, por cxcn1plc,, 1\ .J~1nu•s e.-.\. \ \'cll,;, "Dcath Hdic!f~ S111)C,"rs1i1iou)( Belic(.,; and t-lc;~hh t\nxi<:I)''•, JJrirish,]011r111d ef Clínitol l~r,', ) la:-;.<.1 prcp;1rn cuc;<:11 t•special para t'lapa. final ,·n1 1n1crh1gzy.;.", G/(NJ()t'sporti•.ron,, 2 1 (>li{.

      2008.

      !,9.J . K. ;1,nu•r. ~I. ·i: Callio•. D. .1\ . (huz e B. ~I. Pt•nJc·Ju:, .. Po,\·cr. Risk. anel the s,~111.s: Quo: J)ocs Po,,·cr Pmn101c Riskicror t\lorc Con~tn•:ui\'(' l)cçision ~lnl:ing", ttrw,olitr oml S111iol l',)'d1o/ogy !M/11i,,, 33. n. 4, 2007, p. -151-462.

      Capitulo6

      60. 1\ . Ch~kral)()rt>~ S. Shc.·ikh e ~ - Sl1br:i.nl,1nian ...1Crinin:uion R. isk ::ind :.. 1.tntig(;l'i:11 Risk ·rakin.~''..]0-(.rfllll'/ ef (4TJN)ID/t

      /-inn,ier. 13. 2007, J>, 170-188. 61. O. .K:1:hncn,an e..-\ . ·r vc1~ky. •·J>1'<*pt~·t 'l'hco1)': t\ n 1\nalysis of l)ccisio1l$ Unct<:1' R isk'", /:.«Jno,1tttriea. 4-i, n. 2. 19i~•. p. 263-291: P. Bí)~llll e.· R. Oullrord. "'l'hc lofluc1lC(: of Rcgulatoty l·Oéus 011 Riik)' Otcision-~laking". l'>;'(J11)/«itt1l Stin1r.-. 20, n. 3, 2009. p. 2iS...283. 62. R. L. Guilt.>.'u1h. [·: B, 8r~-:tnt•.J. l l, .Brock" ·ay e E..J. P OS.'l\~C.

      ·:·\ ,\ h~ta-:\ oal)'SÍS of RtS<"tlt'Ch 01l H irl· 323-3 ~I. 6.'l. E. l)a:i,h é"J. Cr(:.S\\'C.11. "Cilif,.'11'.>up l~,y~ for a Ru$.h I(• Risk'',~\};o Jémi: 7;,,,...$. 20 nov. 2008. p. 1, 28: S. Pulti.un, S. Xg e- ){. Snlith, ··~1cnill L:p1>t.-d ,\nt~
      H. !\lc>í,11,J . R. J-lollc•nl>erk, S. E. l-f111nphrc)'C B. !\l:i11e, •''fhc 'J'ripanitc :\Iodei oí Xcumtiris:111 nnd 1he Suppn•ssion of l'lcprcssion ~·nd 1\n:..:itt)' ,,'11hin ;111 E~·al.11ion oí (:On1n1i1n1t·n1 l)iknun:1",.Jwn,a/ ef Ptno-11ali{); i l , 2003, p. 3.Ji·368: e 1-1. ~ loon . ....f hc 'l\,'o Faces of Consc-ientk111Snl.'ss: l)ut)' aod t\ t hic,·enlC'lll Strl\~l\g in Est;.1l.-1ion of (:01n1nitflH•1u Oilcn11n:.ls"',.7(1uo,a/ oj ,lpp/i(d PvrJ14~J! 86.

      200 1, p. 535-5·10. 65. J. ~luS<'h, ··Pc.·rsonality OiOC1"tnces in Hindsigh1 Bias'', :llemln): 11 . 2003, 1>, 4 i3 ..J89. 66. F:ibi:-tn:l C'.on•('a, "Sob a rotin:i do rit.('o'', 1(/(t S/A, :lbl', 2008. 6i. \\~ K. Can1phell e C:. Scclikidc!I, ··5c1r:rhrc:.,~~1:.1gnifics thc· Sclí.Sc"in~ ni~~: f\ ~ltl:l·Antilytic lnt('gnnion", Jln,,jat· ef (:tt,t,,;J 11,vd,o1rv 3. 1999, p. 2:{-43.

      68.

      bas<:ada C"Ol S, Nokn·Ho<:kseola,J. l.,.'\rson e C. C rayso11, "f..'-pl:tining thc Gcndcr OilTcrcncc iu Ocprt-ss:i,·c Syn1punus··,Journa/ ef / }rsonali!J & S«i'a/ ft·(/1ology, no\'; 1999, p. 1061 -1 Oi2;J. S. l·lydc, :\ . 11. :\l1·zulis (' t... \·: t\ b1~unson. "1'hc ABCs. of l)cprtssion: lntcgi-a1ing J-.\ ffcclivc. Biologital. and Cog11itivc ~Iodeis ló f..xplain chc E1nc1-gcncc of t..hc Gcndcr Oilfcreucc in Ocpn:ssiQn". J}s;rluHogi(al /ln;Í.-uJ. 11 5, n. 2. 2ooa, p. 291 -3 13; e s. Nolcn·f..locksc·1na, ftônU'l'I 11 '/r() Tkirik TO(} ,\lud1. NO\':l 'York: 1-lenry I loh, 2003. 69. 11. Conncrr <.: K. ~ 1. 1):-ividson, ''A Sl•"'<'Y of :\ niludt'$ 10 Ocpression in th1..' Gcn<:1-al Puhlir: 1\ C',t,n1a/ ef ,\fmtal fflltlt/1. l.5, 1l. 2. a br. 2006, p. 179-189. 70. ~I. Eli;L,;, "'f"hinking lt Ü\'CI', anel Ü\'c'r, :tnd Ovcr'', l f,Sii Tod'!J, 6 fcv. 2003, p. 101). i 1. ~ rnand:1 Hououi, "(A;)rno <.-1~ dcciclc111", IW S/.,1, al,>i: 2008. Esla SC(âo ê

      72. K. E. S1anovich e R. E \ V1•st. "On thc Relati, '<' lndcpçndcne(" of ·nlinking Biases a.nd Cogni,ive 1\hili1y", •.7f>Utli(l/ 1( Pm<>rutli!>' a11d S«it1J l )!Jdiól<>g.,1> 9 1. n, 4. 2008, J). 672-695. 7:t ,\ . \ \'ildà,'Sk), J'4Ji/i(S ef 1/rt /Ju~nrltl.f)' /'roUrnal. jun. 1931. p . 363-374. i5. \ \:ja. por c·xc:1nplo, 1: ;\ l:ich~n (O r~ l. C:001n1.1rr, tulfl ill oralil).

      ~nt.t

      Toto\,~. ~f: Ro,,·nlttn anel Littlcfitld. 1983.

      Percepç.\o e tomada de decis3o individual

      193

      76. 1: ~I. 1-\1n~hik. '/\ :\fock-1 of CfC'::uivi1y and lnn. 126: cJ. f:. Pcny-S1nitl1 e C. E. $h:J IC)•, "'ll lt; Social Sidc of C.:1~11i\i1y: 1\ Sta1k ,u1d 0)1,:un k Social X<-1\,·orl. l~~ctivc'',:lrodnt!)'ef ,\lo11agnua11

      Rn.•icu·.jan. 2003, 1x 89- 106.

      7i. Sih~ul:1 ~taulont~ ··conto" ~ Iasa ehcgc.lu :10 101>0", Rr.:isu, <:d. 86 1. ruto 10, n. 6, 23 rn.ir. 2009. 1:~tudo .E.":u11t lnQ\'rct·11dcO, " Prcdieting Crcati\l'i1y fro1n E.uiy to L,, te1\ duhhoocl: hucllcct, Potcntial, and Pcrsonality'', .jbu1'llal ef R1,..tra1rh i11 PirsrmQli!J'. :1br. 2003, p. 62·AA. 79. R. \\~ \\'ood1n:ln,.J. F.. S:nvy~·r (' R . \\'. G1iffin, ·''lb,,•:-trd :, ' 11)cory or 0 1-gaoiza1ional (:1'\"ativity'', Aradr119•ef ,\ huw,:ttna,t /(rr-U,i·, :1b1~ 1993, p. 2()8:J . )1. Ccúl'gc cJ . Zhou, " \\1hc11 Opennc.,,;s to f.xpcricncc and C,onscicntiousn<.~ .Are Rc:la1cd to Crcativc Jkhavior: i\n ln1crnctio n.il 1\ ppro:u·h",)ournol ef ,4pJ,fitd P.g'ffl.o/Q,.!,'.J\ jun.2001 , p. 513-52,t; t E. F. RiclY..sc.·hel, e:. K.• \\: de Dreu e U• .-\ • .Nijstad, " I\N(ut;d Necd lôr Sttuctu,-e 3nd (:r<-ativt Pt rforrn:tn<:e: 'J'hç ~lodcr.iting lnllucn<:t c,f !>«•ar of lnvaJidity'', J'mQ11ali!Y and S«inl / ~y/1Q/ogy IJullt1i11, jun. 2007, p. 85:,-866. 80. A. K. ( .('l1ng, \\: \V. ) laddox, A. 1). Ci::ilin~ky e C . Chiu, " ~'1uhicuhur-,ll E:-:1x:ricnoc Enh;inccs Crc.i.1ivity'". ll,,,,riro,, J:::r11111t.

      Í'>)rJrDl'°'6~f. G3. 11. 3) 2008, p. 169· l 80.

      e. e.

      8 1. (:il~lt>g>·: . 1,, htltM11tliw1, 9. 1..·d. L.:pper S:tddJc Ri\''c r. NJ: Prcnticc l·tall, 1996, p. 3•1 k

      82. E·1ika Sallu1n, "Oirt•túr ."L;;c:1d~1cn, '[ ,\1. :\1nabilc, " :.. lo1ivti1ing (; 1'\"ali\~ty in Org:ini1.:1lions: On l)oing \\'h:u You ( .()\,. anel 1..o,.ing \ \'hat YOu Do" 1 C,n/ifornia 1\/011.ogt,11.-,,1 Rtt·itl« 40, n. 1. óUtôllO

      J9tJ7, p. 39-58.

      8·l. Ucrlist Carv;'llho, ':.\. ttceita cio f-l abib"s'', Ra-ÍiJa 1::\«111.t, 16 llÔ\( 200.1. 85. 1\J. Ba;~s., C. K. \\'. De Orcu e 8. i\. Nij~1~,d> ·:\ :O.lcta· .-\ 11al)·sis of 2:> \ 't.:1rs of :\lood-Cn:·alivity Rt~atX"h: H cdonic 'fone·, 1\ c1ivation, or Rc:gulttlôl'}' i-1)(-lL"?'', l'$J·dwlogi(tJ/ /Ju/üti11, 134.11. 6, 2008. p. 7i9-806. 86.J . 7.hou, " \\'h<·n th1• Pn.~í:rnt·e <1í Crcati\'t C<1'\'0Ô.Cri l$. Rclatcd to C rc;Ui\ily: Role of Su1X"n'lsor C lose ~lonito ring. l)~·,-<:lo1>n1c1ual 1-(;t•dbàc::k, and CrcaÜ\'l! 1'1•r.-onnlity",Journa/ ef llpplird J'sy,hofogr. 88, n. 3, jun. 2003, p. 1 l :l-·122. !~7.J. E. Pcrry-S1ni1h, "Soei:d yet C rc;.ili\•c: 'l'11c Role of Sõc..;:11 Ri.'la,ion:ihi))s iu Fac·ili1a1i11g lndi\'idual Cn•;ui\'ity", !la,dnny of .l/anogm1t1ll ](Jlnnal, 49, n. 1, 200(), p. 85-1 0 1. 88. 1.uis Ed1nu11 1\ r.-1(90. '~\ o<,itc ct1rioc,1 l· cl<·l<·'', /JtoJ C'rnl<, 28 niar. 200:i. 89. G. P;1rk, O. Lubin.!>ki e C. 1~ Jk:nl>O\,; "Conlrasling l111cllct1ual P,u1C"rns Pn:•dic·t (; rç:11ivi1y i11 1h,· 1\rt)t and Scieuc,c:s", P~r,hofogirafSti..-n((:, 18, n. 11 , 2007, p. 948-9S2. 90. \\'.J.J. Cordo11,.~Y11r(lir1. Nova \ 'ork: Harpcr~~ Ro\v. 1961. 9 1. \ 'cja e. E. Shrtllt:);J. Zhou e e. R. O ldh;u)'I, ·"fhc EO\':CtS of Pcn.o11;d :1nd Cont<·xtua.1(.';h:lr:'u;tt1i.s1ics on Cre;·, tj,i1v: \ \'htrc Should \ \'t· Co fro111 l'icrc?", Jo1nt1al ef.\/a11agc'11~11, ncn: 200·~, p. 933-958; G. 1lirst, ll \ '.in Kn ippcnhcrg eJ. 7.hO\I, ·~, cl"()$..'i.· l .(•\'(;I PcNp<:c.·1i\'ç 011 En1ployt"\' (_~1,·~11i,11y: Coai O iic.-n1::11ion, 1Can1 (.A;arning Bch:1vior, and lndi,idui1l (:n,·:uivi1y", At(J,Jmv' ef ,tt«11ag,,1tttll}m,rnal. 52, n. 2, 2009~ p. 280·293ic e• C. E•.Sh:ilk)) 1.. 1.. Cil-;.on <' ·1: C. Hlu1n 1 1

      194

      Compo11.amento organiia~ional

      ··tnt<:ractivt Et"l;.-cts or G1'(t'l,•th Nc«I Su-cngth, \\'orl: Conu.·xt, ~odj ob C:O,n1>lcxity o n Sdr..Rqx11·tcd (:1\•a,ive Pc1101·nuulce··. • kadm!)' ef Jm,rnal 52, n. 3. 2009. J>, 48íl,;()5. 92 ')\ t\.,;ia <111crhrasilcirt1!$", l'Õ
      9i. ~I.J. Gellbnd, ~r. E1'éZ e z. ..-\ yean, .. Cross-Cuhur::il

      Org:lniz~nion.il He havior", :l11nual R(Viru, ef l~!fd1ologr, j:111 . 2007 1 1>. -1,79.514; t 1\. S. 'l:1-ui, S. S. Nifhdka1' e 1\. Y. Ou. ''(;l'OS.S·Nntionnl, ( :ross-(:uh11ral O rgnniz,:uion:11 lkhaviol' Rcsc~,rch: i\ d\';nu::c.,;. Gaps., .ind Rcconuncndations",

      "'"""C"'"'"

      9:t \ '(-j~1. por cxc1nplo, O. S. "Kn1U, ~I. H.•). L ~:J. Lin, ( !.•J·: \\";tng, S. Chen e X . Zh,to, "·rhc Fu11da.n1ê11tal ,\tuib1.11io n Error: Corrtsponde11t'c Ui.ai. i11 lndi\'id ualil)Cic ,utd Coll<.'Cli\'ii-1 Cuhurcs", f tlll1iwfi!J• & S«ial P9·, 232·248. 9-+. S. N"::un, ''Cuhur.1.I anrl ~·l:tn:tgcrinl Anriburions for C roup Pcrfor1n ~u1cc'', tese de n1t~u-ado n:lo pul>Hcada~ Uni\'~!rsi1y of Oregon. (:i,ado cn1 R. ~l . Si<'<-•~. S.J . Biocholf ._, I_ 1-1,

      E-li~ins. "Cross·Cuhurn.l ~l:ulagtnlcn1 Rescarch" .•]ou,,u,I of

      ,\/an1Jgmttnl /11tp1Í1.J, dez, 1992, p. 325,.326. 95. ~r, ~len<>n, .\1 , \ V, ~lorri~. C. Y. (:hiu e '\'. ',~ I.Jong, " (:ultu1•c a,, d thc ( :ons1rua l of .t\l{(' llt.')': .t\ ttribu1io11 10 lndivid11al \'('n;.us Group J)isposi1ion.s",Joutna/ ef J'nsQ11ali!T 011d $of'Ít1/ Ps;·du,/Qg'f, 76, 1999. p. 70 ). ·i I i: ,. R. F1·icdn1:tn , \V. l.iu~C . C. Chen <: S. S. Chi, ç·c::,11.sal ,\11ril,u1io11 for lnu·rfinn Co111r:tçl \ 'iol:11ion: 1\ Co1np~1rativ<: Study oi' (:hincsc g_r. 92, 11. 3, 200), p. 856-861 .

      96. Stcln ~I. S. S:"tnribio. AtribttÍ(d<> dt ,,u1J(1/ir/t1rl1 M JU((.SPJ tm J,ot<Wo cb,s ttrgá
      Jout11rl/

      98.

      oJ ,\Ja,u,_gt,11rnl,jun. 2007. p• .f-26-478.

      ~.J. .1\ dlcr. lnltrnalio,,a/ Di'mnUUNa '!}' ~1i1;1l1itR111/ lkllllltior. 4. (.-d. Cinrioo.·ui, O H: South\\'t'S.!Cnl Puhlishing. 2()02, 1), 182·18~•.

      99. llan'Ql> e: Pr.tt(.'$. O t.sfiú, brosikiro d,1 admi,,i.llmr. São P;ndo:

      t11las. 1996. 100. T. J.ickron, "C:uhur.al \ 1al~1ci. nnd ~ f.1nag:('1ncn1 F.-1hits: 1\ 10-N:,tióu Stud>,''. H1tn1a11 Rrlaui,,is. out. 2001.1>. 1267-1302; ,x-ja 1anllX:n1.J. R. Cull(:n, K, I~ Pnrhotc~1h e ).L Hocgl. "Cros.~~ec1 lkha\'íors.: A l <..-sl or lns1i1u1ion:"tl 1-\ no1nic 1·h(' brasil.tiro dt Qdn1it1i.úrnr. São Paulo: ,\ das, 1996.

      Iô·f.-. 13;1..SC::idv tn1·r: Cilo\'ich. \ ~11. ).lcgitol Uet1Íl'Ui 105t 19()8. p. 602·605: l'eja 1anllk1n ).J. ~1$iros e \ ( ~liual, '·Rwe1: 1\ ~lcxl•·I of hs ..-\ n1ccc;dtnt$:111d Co11SC<1u('11cc~ in <'..on~t1111cr l)c..'1~i.sio11 ). laking" ,]r>,rr111t! '!f Co1Mu1ntT Rataf(/i, nlar, 2000. p. 4-0 l ···11i.

      7

      Conceitos básicos de motivação Luke: "Não acredito". Yoda: "É po,·is;;o que ·vocêfrawssa". O intJJério coutra...alaca

      OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM Depois de ler este capít ulo, você será capaz de: 1

      Descrever os três elementos básicos da motivação.

      2

      Identificar as teorias clássicas de motivação e avaliar sua aplicabilidade nos d ias de hoje.

      3

      Aplicar as previsões da teoria de avaliação cognitiva a recompensas intrínsecas e extrínsecas.

      4

      Comparar a teoria de estabelecimento de objetivos

      5

      Comparar a teoria do reforço e a teoria do estabelecimento de objetivos.

      6

      Demonstrar como a justiça organizacional é um aperfeiçoamento da teoria da equidade.

      7

      Aplicar os princípios básicos da teoria da expectativa na motivação dos funcionários.

      8

      Comparar as teorias contemporâneas de motivação.

      9

      Explicar até que ponto as teorias da motivação são culturalmente limitadas.

      e a administração por objetivos.

      EM BUSCA DO BAÚ DA FELICIDADE ilho de um imigrante grego e de uma imigrante turca, Senor Abravanel nasceu em 1930 no ooirro da Lapa, no Rio de Janeiro. Sendo o mais velho dos seis filhos do casal, o jovem sempre procurou estar perto de seu pai, dono de uma loja de artigos para turistas que visitavam a cidade. Nessa época, já se podia observar que Senor tinha grande tino para o comércio e, aos 14 anos, ele começou a praticá-lo por conta própria. Sua primeira atividade foi vender produtos simples na rua, atuando como camelô na cidade. Apesar de as mercadorias não possuírem diferenciais, o jovem demonstrava grande dinamismo e extrove~o. conquistando a simpatia dos consumidores. Em função dessas habilidades in· terpessoais e de sua voz, Abravanel passou a trabalhar no rádio, que ainda era a 'televisão da época'. Ao ingressar nessa nova carreira, Senor adotou o nome ar· tístico de Silvio Santos e continuou trabalhando em outros em·

      F

      196

      Compott.amento organiza~ional

      preendimentos. O primeiro deles foi um serviço de rádio na baroca em que ele regressava do trabalho. Associando-se a comerciantes do Rio de Janeiro, Sílvio ofereceu espaços comerciais na rádio em troca da aparelhagem necessária. Posteriormente, passou a vender os anúncios, alavancando ainda mais sua carreira de empresário. Seu segundo em· preendimento na barca foi a abertura de um bar para vender bebidas aos passageiros e a organização de um jogo de bingo para entretê-los ao longo do trajeto. Nessa época, Sílvio Santos decidiu mudar-se para São Paulo e se tomou apresentador de circo. Rapidamente migrou para os programas de televisão e comprou o Baú da Felicidade, um serviço de venda a prestações de uma cesta com presentes de Natal. Aos poucos, Sílvio passou a alugar horários nas redes de televisão para transmitir seu próprio programa, lucrando com a venda dos espaços comerciais. Nesses shows, a realização de sorteios de móveis e automóveis era comum e o empresário ingressou no ramo da venda desses produtos. A partir de então, o famoso apresentador iniciou sua batalha para inaugurar o próprio canal de TV. Em 1975, nasceu a TVS, que seria os primórdios do Sistema Brasileiro de Televisão, o SBT, que se tomou a marca única dos canais de Silvio no final dos anos 1980. Durante a década de 1990, o SBT consolidou-se como a segunda principal emissora de TV do Brasil e atualmente é uma das três maiores redes do pais. O SBT, no entanto, não é a única empresa desse megaempreendedor, mas apenas um dos braços do Grupo Silvio Santos, que conta com 34 empresas e cerca de 12 mil funcionários. Entre outros negócios, a corporação administra a empresa de cosméticos Jequiti, a Tele Sena, uma rede de lojas de varejo e o Banco Panamericano, que, ao longo dos anos 2000, tornou-se a principal empresa do grupo. A instituição financeira atua fundamentalmente na concessão de crédito para pessoas físicas das classes C e D, financiando a aquisição de veiculos. De 2007 para 2008, o lucro do grupo saltou de 340 milhões de reais para 45-0 milhões de reais, sendo que os resultados do banco responderam por cerca da metade desses números. De acordo com Luiz Sebastião Sandoval, presidente da em presa por mais de 30 anos, até se demitir em 2010, Sílvio Santos é uma pessoa bastante "determinada e ousada", q ue "assume riscos'', mas que sabe exatamente quais são seus objetivos. Ademais, de acordo com o executivo, o empresário "relaciona-se facilmente com outras pessoas e gosta de ouvir e aprender comos outros" . Segundo Sandoval, Sílvio é uma pessoa "inquieta" e dedicada, motivada para alcançar plenamente todas as suas metas.'

      O qué 111otiva pessoas con10 Sil, io Santos a se supcrare1n? Existe algo que as organl· zaçôcs podcrn filzér par" csti111ular esse tipo ele 1notivação e1n seus funcio,u'uios? Esse é urn e.los t6pjco8 n1ais c.-s1udados cm to1nporu1n,ento organiuicional.1 Un1<1 das raiõcs de su~, popularidade foi l"C"vclada çt11 urna 1:>eS<1uisa 1-eccntc ele urna cmprcs,, de consuhoria~ que chegou à <·onclusâo de que a .-naioria dos 1rah~1lhaclorcs brasileiros (79 pc.)r c(·n10) scntc·s.c dcsn1otivad:1 corn seu trabalho.' Outro csi-udo sugeriu que, segundo os próprios lr:,baJhado~ rcs~ eles dcspcrdiçan1 duas horas por dia, aproxin1aclan1entc, scn1 cont:u· a ho ra do aln1oço e intervalos progran1ados (na\'eg;tnclo na lnlCrncl e conversando co1n os cólcgas). 1 É claro que a n1oti\·açào parece ser u1n prolJlcnta. :\ boa notíci:l é que todas t=ssa.s pesquisas nos forncce1n ensina111cntos a rCSJ)(;ito ele co,no 111clho11í.·la. Neste «.:<1pitulo. vamos cstuch1r as ooçõcs b:ísicas de 1notivaç~o, av.-1lja1· várias tco1·i;:1s e oferecer urn rnodclo integr.Jtivo que ,nos-trc con10 <:ss.;-1.s.1corias se çncaixa1n.

      fflefinindo motivação Motivação Processo respo nsãvel pela intensidade, direção e pors.istê()(:ia dos esforço$ de umi pe$$ _ ºª j para o alcance de dêtér'minada meta.

      ..-\ lgu1nas pessoas) corno Sih~o Santos> parcccn1 ser guiadas para o sucesso. 11as o n1cs1no aluno c1uc acha 111uito dificil ler u1n livro técnico por 111ais de 20 111inutos é capaz de dc\·orar urna cdiç;io de H:uTy Potter c1n uma lardc. Para cssç c-studantc, a mudança na nlotivaçi,o é i1np\1lsio11ada pela s~tuaçào. :\ s.sin1, tenha c1n nlcntc, quando an;1lisar1nos

      a ,nolivaçào, o nível dclfl \'aria Hlll lO <:rll!'(' os indi\'íduos quan10 Cll'l apenas urn l1nico indi\'íduo e,n diíe1-entes. 1no1nenlos. Definin1os rnotlvação <'Orno o processo respon!iá\'el pela in1en:sidade, 1:>ela dir<:çào (' pela persistênçia dos esforços dç unia p<"ssoa para alcançar de1cr1ninada n1eta ."• E1nbora

      capítulo 7

      Conceitos b.isicos de motivaçAo

      197

      a 111otivaçào, ele mancir.1 geral, esteja relacionada ao esforço p,·, ra atingir qualquer objrt.i· vo. r(.·cluzirc1nos uosso foco aos objetivos orga11itao ,una pessoa consegue 1nan1cr seu <:síorço. Os indivíduos 1noliv-aclos nuu11ên1-sc na 1·t:alizaçào da u,rcta ;n ê que seus objetivos scjan1 atingidos.

      lleorias clássicas de motivação década de 1950 foi un1 J>críodo fi-utifcro par;.\ o cles<:nvoh·in1cnto ele conceitos sobre rnotivaçào. Quatro teorias fora111 forrnuladas ncs.se período e, c,nbora scja,11 rnuito criti· cadas hoje e questionáveis e111 sua validade, ainda si10 p1'0vavelrncn1e as 1nais conhecidas e cs111dadas sobre a ,nocivaçào dos trttb;ilhado,·es. Con\o você- vel'á no dcco1·1·e,. deste c.-1pí1ulo1 outras explicações rnais válidas sobre a llH)LÍ\'ac;ào fOran1 elaboradas desde aqu<:la época, 1nas dcvc1nos conhecer as p ritnciras teorias por, pelo n1enos) duas razões: ( 1) elas rc prcscntan1 os fund:iuncn tos sobre os quais as teorias contcn11>0râncas se dcs<:nvolvcra1n e (2) alguns gestores ainda utiliz.a111 esses conccilos e sua tcrn1inologia para explicar a 1no# ti\'aç,lo de seus funcionários. 1\

      Hierarquia de necessidades Hiera,quia compos1a de

      cinco ne-cessidadc-s fi$iológicas. de segurança, sociais,

      Teoria da hierarquia de necessidades

      d~ estima e de autorrealiz:aç-ão. Na medida em que cada uma delas é s~tísfeit.t,

      a seguinte torna ,se dominante.

      _J

      J>odc,nos afir1nar que a ,nais conhecida lCOii.:, sobre nloti,·açílo é, provavclnlcnte, a h.ierarqu.ia d e necessidades, de- 1\ br;1ha,n ~raslo\v,t. Segundo esse a utor, dcn11'0 de cacf...') sei· hu1na110 existe u1na hicrarc1uia de cinco c.-11egol'ias de necessidades, q ue são:

      J. Fis iológica: inclui fonte, sede, ab1igo, sc·xo e outras necessidades corporais. 2. Segurança: scgul'anç.:1 e pr<.ncc;ão conlra daoos fi.sicos e c,notion.:tis. 3. Social: afê:içào, aeci1açào, an1izadc e o scntin1cn10 d e pertencer a un1 g rupo.

      Ricacdo Nunes, ptoprietário da téde varéjista Ricardo Eletro. exemplifica claramente os três elementos

      da motivação. O empresário demonsua 9,ande intensidade e d ireção. trabalhando "desde as sete

      horas da manhã até a meia-noite praticamente todos os dias". Além disso. a extrema dedicação ê evidente também no apelido que recebeu de seus vendedores:

      'Ricardo Elétrico'. Por fim, sua persistência também é emblemática ao buscar de todas as formas expandir seus negócios. "Sonho ser o maior do país em minha área".1

      198

      Compottamento organiza~ional

      Figura 7.1

      Hierarquia de necessidades de Maslow Au'Or·

      ,eolizoçõo Estimo Sociot Seguronço fisiolõgico

      Fonte: A.. H. Ma$IOW, Mot1va11on Md P~li!y, 3" ed., R. O. f rage,t e J. F.ldil'l\8n (Ckgs.), 1997. Adapt;)(fo com perm,WO da PC.,r$M Edu«iti(M'I, lt\C". Upptr S~!c R,vt,, Mova Jeriey.

      4. E stima : f;uor'Cs in1c1·nos d e cs1 ii-n:i 1 con10 ,-cspel10 pt"óp,~01 1·ealiz.ação e autono1uia, e Í.'ltorcs cx1crnos, conto s1a1us> rcconhccin1cn10 e a1cnçào.

      5. Autorrealização: in1pelo
      satisfeitas externamente. como ne<:essidades fis,of69icas e de segurança,

      _J

      Necessidades de nivel superior Necessidades que são satisféiH'ls

      internamente, como as sociais, de estima e d~ áutorrealização.

      1

      __J

      Teoria X Te0tia que sustenta que os funcionários não gostam de trabalhar, são

      1 __J

      Teoria Y

      Teo,ia que sustenta quo os funcion.ârios gostam de trabalhar, são ctiativos, buscam

      de que as ncCC-$sídadcs de ní,·cl supc,ior .sào s.allsfcitas inttrn;uncntc (dentro do individuo), ao passo que as de oívcl infctior st,o sa1isf<'i1as quase scrnpl'e cx1crn:unf·n1e (J>Ot" rncio de coisas con10 rcn1uncraçàoi acord os sindicais e pcrn1anência no c1nprcgo). .·\ tcoriâ das necessidades de i\·laslo,v rcccb<:u a rnplo reconhccin,ento? crn especial 1>0r pane de gestores e consultores. Ela possui un,a lógica intu iliva e é de fácil co1np1'ée11sào. l nfclizincntc. contudo, as pl·squisas ,cn1phicas não valicbu11 a lCôlÍa. ~ laslo,v não for nece co1np1-o,ia«;l10 c,npírica subs.1aocial e vários ou1ros estudos <]ue buscara1n valida r sua reori::. não conscguira n1 e ncontrar cn1basa1ncnto para cla.3 l"':l á poucas evidências ele que as cstru~ luras de ncccssick,des si'lO orgn,1iz.t0r i\'l;.LSlo,\~de que aquelas não sat.isf(~i1as são unt faror 1nolivador e dt• que un,a necessidade a1cndicla ari\'a un1 1no,·hncnto cn1 dirt(ào ao nível $Cgu intc.'• ~·las as tco1ias clássic.as. cn1 p articular as intuiti· v;un crue lógicas, não n1
      Teoria X e Teoria Y

      preguiçosos e evitam.,

      responsabilid&de.

      ])e acordo con1 essa teoria~ c1nbora ncnhu1na ncc<.--ssidaclc possa ser to tahncntc preenchida, urna S\1hsH1.ncialn,cntc sa1isfei1a não 1notiva 1nais. Por1an10, na 1nedida e111 que cada \Una delas é atcndjcla 1 a próxi11,a to rna~sc a don1inan lc. Con,o 1nostra a figura 7.1, o indi\·íduo roovc-sc P<•ra o topo

      Cssoa se enco111ra no n101ncnto e foca r a satisfi,ção naquele nh·cl ou no patamar in1cdi,na1ncntc superior. ~,faslo"' separou as cinco catcgo,·ias de necessidades rn1 pa1arna,-es sup('riol'Cs e infc,~orcs. A" ncccssidaclcs fis iológicas e de segurança são considcr.,das necessidades de nível inferior, e aquelas relacionadas à esti111a, à vida soci::11e t, aulo1·n:::tljiaçào são cha1nachu necessidades de n ível superior. A d ife renciação entre os dois níveis pane da pren1issa

      1

      iOMOb;l;dodéOé. podem se autodirec:::.J

      Douglas Nlc:G1'Cgor p l'OJ)ÔS d uas \'ÍSC>cs distinta$ do ser hun1aoõ: ,una hasica11lcntc:: negativa. chantada 'lê:oria X, e ou1ra bas.ican1cnt<: positi\'a, cha1nacla ·1co,ia Y.111 ü cpois de ohscrvar o inodo con10 os gcsro res rrtua\'an1 seus funcioná1ios1 i\ lcGrcgor concluiu que a vis..i.o q ue, de acordo con1 as teorias> eles 1ê1n da natureza dos seres hu111anos baseia-se en1 ce11os conjuntos de prc,ni.ssas e que tcndc,n a n1oldar o p róprio con1po rta1ncnto cnt relação aos fu ncionáiios. Co11for111t ~J Teoria X. os gestores a<:rcclitam que os funciorHírios niio gostam de trahalhar t dtvcnl ser oricn1ados ou a\<~ coa&rirlos a fazê-lo. Difcre,1tcn1cntc, de acordo con, ;\ T eoria Y 1 os. gcsaores prcsunH·rn que os fi tnC'ion::i l'ios podc:n1 achar o trabalho algo 1ào natural quanto d escansar ou se divertir e, po1,a1110, a pessoa n1ediana pod e aprender a aceitar ou ;ué a buscar o exercício de rcspons.1bilidadcs.

      capítulo 7

      Conceitos b.isicos de motivaçAo

      199

      ENQUETE COMPORTAMENTAL Prosperando no trabalho Porcentagem dos funcionários que está prosperando no trabalho

      54

      43 52

      51,6%

      51 51,3%

      50

      49 48 J08

      F08 M08 AOS M08 J08

      J08 AOS

      soa

      008 NOS 008 J09

      Fonte: Baseado em ~employee Coneems'", Wortcfon::e M&na,gemef'n. 16 ftw. 2009, p. 17

      MITO OU CIÊNCIA? As mulheres têm mais motivação para se relacionar e os homens, para vencer ssa afirmação é em geral verdadeira. Comparados

      E

      emotiva e atenciosa. Essas evidências, contudo, podem refletir estereótipos com relação aos gêneros masculino ·e feminino, mas isso não prova necessariamente que ho·

      balho. Comparadas aos homens, as mulheres são mais

      mens e mulheres são motivados por coisas diferentes.

      motivadas a manter relacionamentos.

      No entanto, um estudo com 1.398 trabalhadores alemães revelou que os homens eram de fato mais motivados por esforços agênticos e as mulheres, por es·forços comunais, e que essas diferenças não mudaram durante os 17 meses do estudo. Como resultado dessas diferenças, os homens tinham graus mais elevados de sucesso 'objetivo' na carreira (renda, status profissional) que as mulheres. Estas, no entanto, estavam mais envolvidas com suas famílias que os homens. Não sabemos se essas diferenças são congênitas ou socializadas. Se forem socializadas, todavia, as evidências sugerem que elas começam cedo. Um estudo das his·

      às mulheres, os homens são relativamente mais motivados para se superarem em tarefas e no tra..

      É importante notar, porém, que essas diferenças en-

      tre os sexos não significam que todo homem é mais motivado por sua carreira que toda mulher. Consideremos o sexo e a longevidade. As mulheres, em média, vivem mais do que os homens, mas em um percentual consi·

      derável de casais (aproximadamente 45 por cento), um homem casado viverá mais que sua esposa. Da mesma forma, há disparidades na motivação entre os homens e as mulheres. mas precisamos resistir à tendência do ser humano de transformar uma diferença entre grupos em uma generalização universal ou estereótipo. As pesquisas indicam que os homens são aparente· mente mais definidos pelo que chamamos 'característi· cas agênticas', tais como ativo, decidido e competitivo.

      As mulheres costuMam ser mais descritas pelo que chamamos 'características comunais', tais como cuidadosa,

      tórias que as crianças de quatro a nove anos contavam sobre suas vidas revelou que as meninas tinham uma

      tendência maior a enfatizar companheirismo (amizades,

      ajudar os outros, contato afetivo) do que os meninos."

      Compottamento organizac::ional

      Par.- entender a Tco1ia X e a Teoria 'l 111ais profuncla111cnlc 1 pense na hier.u·quia de ~las.lo,\', ;.\ Teoria ) ' supõe que :.tS necessidades de nível supcriór sào as do,ni1nu1tcs. i\·lcC rcgo1; pcssoalrncntc,
      a.$ da ' JCoria X. f\ s.sinl. propôs que ideias <'Orno a do processo dccisó,io pa11icipa1ivú,
      Jnfclizrncnte. não existc1n cvidê11cias de que as prc.n1is.5as de 11e1llu11na das tcoiias scja,n válidas. ncn1 de que a aceitação das J>rCn1issas da Tcoiia Y e a ahcraçào do con1portan1cnto individual de acordo co1n ela n.-sultc1n crn un1 funcionário n,ais 1notiv.1clo. As tc.-orias de con1porta1nc11to organlz.acional prccisa111 ter respaldo Cnlpirico antes de podcrnloS ••ceitcí-las. '11'1 supoi-tc c1npí1ico seri~l ncccss.:itio ~, 'TC01ia X e 'f coria 'l ela fttcs,na ,nancira que acontece ro,n as teorias de hicr.11t1uia de 1lcccssidadcs.

      Teoria dos dois fatores Teoria dos dois fatores Teoiia que e-stipula que

      fato,e$ int,fnsooos estão assoc::iados ã satisfação com trabalho, enquanto

      fato,e$ ('xtrínsecos ostão relacionados c::om a insatisfação.

      -1

      1\ teoria dos dois fatores (algu,nas vc·zcs \~u1'1bc:m cha1nada IIJJtia dt1 higitnt-11101i:1aç,lo) foi proposta pelo psicólogo Frcdc1ick l·lcrzbcrg. 12 Co1n a crença de que a relação de uo1a pcs.5oa con1 seu trabalho é básiea e de que essa ~uin1dc pode dctcrniinar seu sucesso ou fracasso, Herzberg investigou a seguinte qut.·stào: "O c1uc as pessoas dcscja1n cio traba· lho?"'. Ele pediu às pessoas que dcscrcvcssc1n 1 cn1 d etalhes: s ituações c1n que se scntiranl exccpcionahncntc bcn1 ou ,ual a respeito de seu trtlbt,lho. J.\s respostas fornrn, então. tabuladéiS (· categorizadas.

      Figura 7.2

      Comparação entre satisfação e insatisfação

      Fatores caractoristicos do 1.844 eventos no trobolho quo conduxirom êi extrema insatisfação

      Fatores caracteristicos de 1.753 eventos no trabalho que conduziram à extr-ema satisfação Reolizoçõo Roeonhe,cimento O ltobolho em si Re,pon$,Obilklodc Progresso

      Politkose odministroçõo do empresa

      CrescimenJO Supe,rvisõo

      Todos os fatores Todos os fo)O(e.s que coolribuem poro que contribuem o inwtisfoçõo poro o wtisfoçóo no trobolho no trobolho

      Refocionomento com o supervisor Condições de trabalho Solário

      Relociooomenlo com os colegas

      69

      1

      Hf.giênicos

      Vida f)f»-$001

      1

      31

      19

      Molivocionoi"

      8t

      Relocionomenlo com subordioodos Stof'us

      80%60

      Segurança

      'º 20 O 20 406080%

      Comporoçõo e po,cenlogem

      --'"-~......~---''-----·'--~ --'~~-'-~~J..~--'~~-'-~~J..~--'~ 40

      30

      20

      10

      O

      10

      20

      30

      40

      50%

      Frequência de porcentagem

      Fonte: Reproduzido com p&m'lfSslo da H1Jrv.ttd &Sdless Rev1ew. "COO'lpar,son of Satisflen and Oissatlsficrs... UMJl ilu,:tr-,ç3o cio Onc more umq: how <:)() yov motrv.'110 ~mploy«:s?. de Fr~nck Hortborg, jo,n. 2003. Copyri9ht O by H;uv.,,d $1,1$i~$ School P1.1bh$hing Comp.tny. Tc:>dos 0$ d11~1t0$ ro$Crv.,dcn,,

      capítulo 7

      Figura 7.3

      Conceitos b.isicos de motivaçAo

      201

      Comparação entre as visões de satisfação e insatisfação Visão tradicional

      Sotisfoçõo

      lnsotisfoçõo

      Visão de Herzberg

      Fotou» motivoeionois

      I

      Não satisfação

      Sotisloçõo Fo1ores hi-giênicos

      Nóo in$01isfoçõo

      Fatore,s higiênicos Fat0tes - como políticas da empresa, supervisão é rémuner.lç3o -

      que,

      quando adequados, tranquilizam os trabalhado,es, ou seja

      as pessoas não ficarão insatisfeitas.

      (

      ___J

      lr"1soli$Íoçóo

      Hcl"'1.hc1-g concluiu que aquelas referentes aos 1non1cn1os cn, quc- as 1x:ssoas se scntir~un bc1n con1 o t1-abalho cran1 signific-allva,ncntc d ifcrcnlCS d.as relacionadas aos 1norncnlOS cn, qoc se seotira,n n,al. Co,..10 se "ê na Fi~ n'a 7.2, fatores intrinsccos, corno o progresso, o l'Cconheci1ncnto, a rcspoosabilidade e a realb:açào, ptircccn, estar rclaciOClcrn Il"az.c1· paz, 111as não n<:ces.saria1nenlc a 01otivaçào aos funcion{u~os. Eles apazigua rn os fun cion,\dos, rnas oào os 111otiv..11n ..i\ssi111. as rondiçôes en1 to1·110 d o 1rab,,lho, co,no a <~ualidadc~ d::, supervisão, a 1·c,nu11crac;r101 as polítict,s d;, ei-nprc$tl, as condições fi.sicas de t rabalho, o rclacion,uncnto conl os o utn>s e a segurança no cn1prcgo fora,n caractc1izadas por l-Icrtb<:rg eon10 fatores higiênicos. Quando sàô adequados, as pessoas não se scn1cn1 insatisfeitas, 1nas tarnbérn não <:stào satisfeitas. S<: qui· scrn1os nlotiv:i·las para o trabalho. Hc rzbcrg sugere cnfiu.i zar os 11-ttorcs associados co1n o tra balho cn1 si ou co1n seus rcsult;,dos diretos, co1no chances de pron1oçào. oporlunidaclcs d e crcscin1cnto pessoal, reconheci mcnto. res1.)()11sabilidadc e rcaliz.açào. Essas são as carac.. tcií~ticas consideradas intrinse<'a.n,cntc rcco1npcnsadoras. f\ teoria dos dois nnorcs não rccchcu respaldo na litc.1-ntura1 alérn de ainda ler qucrn a con1cst<:.1:i t\ s críticas inclucn1 os seguintes pontos: 1. O proccdin1ento utiliza do po r f-lcr,dkrg é lin1itado por sua 111ctodologia. 0}1a11do as CQisas vão bern, as pcs..~oas 1cndc1n a tornar o crédito para si. C aso co1nrário, busca1n culpar o an1bicn1~ externo pelo fracasso. 2. 1\ coníiabilida
      ncira gera). 4. Hc ribCrg pressupõe u1Ha relação entre salisfhç::io e produlividade, 1nas a 111ctodologia de pc.".SC)ulsa. que usou cnfoc;1 apenas ;1 salisf..t<;;\o, 11,io a produth~dadc. Para to rnar essa pesquisa relevante, é prccisô consid erar un1 forte rclaciona1ncnto c111rc satisf.1ção e produllvicladc.

      202

      Compottamento organizacional

      1\ pcsar de todas as críticas, a tco1ia de fi crtbcrg foi an1pla1ncnlc divulgada e poucos são os gestores <1uc não conhcccn1 su as rccon1cndaçõl·s.

      Teoria de necessidades d e McClelland \ !ocê 1e1n un1 saquinho de feijão para jogar e cinco :-ilvos d i,unc de si. Cada 11n1 deles

      fica prog-rcssi\·an,cnlc n1ais d istante e, cm conS<:c1uC:ncia, n1ais diíicil de accrlar. O alvo /\ é Ít'l.éílin10: fica pr.:uica1nentc ao alcance da 1n(iO. Se você accrt.:1-lo. ganhará dois reais. O al\·o

      Teoria de ne,c:e-ssidades de McCloll.'lnd Te0tia que afirma

      que a realização, o poder e a afiliação

      são vês necessidades importantes que ajudam

      (

      a explicar a motivaçà~ Necessidade de realização {nAch) Busca da

      excelência, de se realizar wm rehtção a determinados padrões, de lutar pelo sucesso.

      1

      Necoss.idade de poder (nPow} Necessidade

      de faze, que os outros se comportem de um modo que não o fariam

      naturalmente.

      I

      Necessidade de afiliaçJo (nAff) 0..ejo de relacionamentos

      1nterpésso.lis pr6xim:s J

      o a,nigâveis,

      n cs1á uni po uco 1n ais dist:tntc, rn as 80 po r cento daqu<.·lcs q ue 1cnta n1 conscguc1n acertá· · lo. l~lc paga quatro reais. O alvo C paga oito reais e 50 por cento das pessoas conscgucrn a tingi. lo. Po ucos conseguc,11 acerta.,· o alvo 1), q ue ~>aga 16 reais. Final111ente, o alvo E paga 32 reais, nH,s é 1>raticé'unc1nc i,npossível de !)(:r' atingido. Qual deles vo<.:ê lt ntar,;l alcançar? Se você escolheu o C , pro,1.,vchncnlC é u1n rc;ilizado1~ ou Sl!jt1 1 ~tlgué1n q ue costu1na alcançar o que quer. Po r quê? l-c.ia a scgui1: A teoria de n ecessidades de McClella.nd foi desenvolvida por David ~lcClelland e sua cqui1>e. 1' Ela enfoca três necc:ssidaclcs, confornlc as definições a S(;guír: Necessidade de realização (nJ-\c h}: busca da cxcclênria, de 1·t·ali1..açào co,n t"C· laçf10 .i dctcrn1i11ados JHld rõcs, Ínlpeto J)(11·a ;llcanç,t11· sucesso. Necessidade d e poder (1"1Po,v}: necessidade de f..,ic r q ue os ouu-os se con11)()r· tc111 ele u111 1nodo q ue não o fi:uia111 natura1n1cntc. Necessidade de a,f iliaç:ão (nAfl): ck.-scjo de rclaciona1ncntos interpessoais próxi1nos e an1igávcâs. Entre as três necessidades, i\ItC]cUand e pesquisadores que o succdcrarn focr1r.11111nais ;:ucn~-:io naquela q ue c han1a1nos rv\ ch. Os grand es realizadores tê1n 1nclhor dl'sc1npcnho q uando perccbcrn unla p1'0babilidacl,c de SU('CS.SO cn1 0,5 - ou seja, 50 por cento de chance de sucesso. Eles não gosta,11 de situa çõc~ ,nui10 fora de co1umle~ pois não se scote,n sa1is· ícilos co,n u,na realizaçào CltiO sucesso S4: deu por acaso. Da 1ncsn,a fo r,11a 1 siluac;õc::s sob 1nuilo cont.rolc (co1n alta probabilidade de sucesso) ta1nbé1n não são de seu agrado, pois não trar.c1n dc-safios. Eles p rct(~rc,n c-.stahc;lcccr nlct.as q ue os dC"s.1fie1n. Co1n base cn1 u111a grande qua11tidade de pesquisast é possível f.11.cr prcviSÕ<'s i-azoavcl1lle111c bc,n li..1nda1l1cn1adas sobrx· o 1'Clacio1l..l111c11to t.:1111-c a nccessid~lde de ,·c;:iliiação e o d1.,-;scn1pcnho no crabalho. En,bo ra ,ncnos estudos 1cnha111 s.ido dedicados às ncccss.idadcs de poder e d e afiliação, c.xistc111 alguns achados consislcntcs relacionados a essas düncnsõc:s. Prin1ciro, os indivíduos scn1cn1-sc altan1c1uc 1noüvndos quando o ut1balho ten1 bastante re!iponsabiliclade,.fl'f.dbac/, e t11n grau n1édio dC' ,·iscos. ( }s grandes 1x:alt1.ado1\":S, por cxcn1plo, sr,o 111,1i1ó b<'n1-succdído:- cn1 ;1tividaclcs cn1p1-ct11dcdú~1s. (·on10 gc1x:11ci.tr o próprio 1lt'bró<:io ou tuna unid.adc ele nct'Ócios de tuna grande organizaç~io. u Segundo, tnna grande 11Ccl'SSidaclc de realização não Í::'\Z d e algué111 1 neces&·ui an1cntc, un1 horn gcslor. crn especial nas grandes or· ganii'.açõcs. Essas pessoas cst;io n1ai1õ interessadas cn1se sair 1nclhor sob o ponto de \'ista ~ai, e não cnl ronvcnccl' os outms a n1clhor-al' o dcsc·rnpcnho. \ 'cnclcdol'CS c:0111 alto grau de rca-

      Pedro Janot, presidente da empresa aérea Azul. pode ser considerado uma pessoa focada na realização. Convidado pot David Neelemal'I antes mésmo da fundação da companhia para assumir o cargo, Janot, ex-dir'etor do Pio de Açúcar, aceitou o desafio de pilotar a novata empresa aêrea. Sob sua direção. em menos de um ano de existência, a Azul CO()seguiu conquistar cerca

      de 4 por cento do mercado doméstico e planeja voar ainda mais alto, prevendo a abêrtura de capital para 2011 e uma frota de 78 aeronaves Embraer até 2016,

      capítulo 7

      Conceitos b.isicos de motivaçAo

      203

      lizaçào não são ncccssaria1ntnlc bons 1:,rcrcntcs de \·cndas~ e os bons gcrcnl('S gerais de g randes c1nprcs:.u não costu1ncun 1cr lnna a3la ncc(-ssidadê de rcalt. . ..açào.1Ei' [Crcciro. as nccl-ssidadcs de poder e de afiliação costu1na1n esta r inll1na111cntc ligadas ao sucesso gerencia). Os 1nclhorcs gestores tên1 alta necessidade de poder e baixa necessidade de afiliaçâo. 1;, De fiuoi u1tla grande n1oti\-açito pelo poder pod e ser con.sidcrada un1 requisito para a cfic,ícia acln1inisu-;uiv:1. 18 Co1no \'OCê pode ter concluíd o, da.~ u;:01ias clás.~icas de n1otivaç.'io, a de J\ lcClclland foi a <1ue recebeu 1nais su1>0rL<:. lnfeliz111crllC, é a que tc1n n1enos l'("Suhados p1'álicos cn1 telaçào às ouu~,s. O fiuo ele ~·lcClcll::ind tc1· dcn1011.srrado que o~ três níveis são sul'}Conscicn1es o cp..ic signific·;i <1u<: podc-1nos, sc111 saber; tt·r aho gl'au dt:s;sas occcssiclaclcs t(·,: qu(• sua 1'1'1<:nsurac;ão não rosi.e tão Íc'lciln1c11tc exccut..lvcl. Na abordage1n 111ais con1u1ni urn cspecialisla lrcinad o ,nosu-a figuras a os presentes. 1x:de q ue eles oonten, tnl)a hisl61ia sobre c;i.da u1na de.las e então dá po ntos a suas rcsposlas confor,nc a teoria das três necessidades. No c11lanto, por ser uni p rocesso caro e que cle1nanda 1nuüo tenlpo, poul·as o rg;.1nizaçõcs lên1 se n1ostrado p ropensas ;1 investir lcn1po e recursos na utilização do conceito de !\. lcClcU,u1cl.

      D eorias contemporâneas de motivação ,\s 1co1ias apresentadas, apesar de 1nuito conhecidas, in!Clizn1entc nào resistiran1 a u111a an;\lisc n1ais d c1alhacla ou perd crarn sua aceitação. Em con1paraç~\o, existe unn, séiic ele teorias co11tl'n1porflncas <1uc possucn1 urna coisa c1n co111u1n: cada urn a tcn1 un1 razoável g r.,u d e vaJid:1çào cn1pirica. Isso não significa que as tl'orias de que vamos falar agora cstcjan1 inqucsriona\'cln1cn tc corretas. Nós as chan1an1os 'teorias contcn11>oràncas' porque rcprcscn1an1 o que d e n1ai s. avançado cxis1c atualn1c111e par:i explicar a n1otivaçào dos t rabalhadore-s.

      Teoria da avaliação cognitiva Teoria da avaliação cognitivtt

      Versão da teoria da autodetetminação que afi,ma que destina, recompensas extema-s a comportamentos que já foram t&eomponsados intrinsecamente tende a diminuir o nivel geral de motrvaç-ão caso elas sejam vistas com :J controle. Teori3 da autodeterminação Too,ia de motiv.:ição qve lida com os efeitos benéficos da motivação intrínso-ca e eom os efeitos nocivos da motivação extrínse~

      I

      ,:1~ estl"anho'', d iz ~11árcia. ~·co,nccei a ttabalhar cnl u,na ONC; (tuCrecolhia ani,nais abandonados co1'l10 \'Olu111átia. E:u tr~1bHlhava 15 ho1-as po r t-ernana ajudando as pessoas a ad olar um bicho ele estin,açào. E adorava ,·ir 1rabalh::ir. t:ntão, hü três nlcscs, eles 111e contrataran, e,n período integral, pagando 20 reais por hota. Faço a n1esrna coisa que razitt antes. ~l as u~o estou achando ,nais tão d ivertido:· 1\ reação ele ~,t árcia parece u1n contrassenso? f-Iá \una cxplicaç~lo para e la. É acha111;lcla teoria da avaliação cognitiva, que sustenta q ue a in trodução ele recorn pensas externas, corno pagan1c11to, parà lrahalhos que e ram antcriorn1cnte gratificantes apen<.u por seu conteúdo, tendcrn a redu?.ir a 111otivação intrínseca para rcalizá .. tos. 1'' 1\ teoria ela avaliação cognitiva defende que as rc:co111pensas cxuínsecas rcduzcn1 o in1crcsse intrín· seco c1n tuna tarcfi, se e las foran, vistas con10 forn1a ele controle da organização sobre o co1npor1a1ncnto dos 1rahalhadorcs. Q uando alguén1 é pago por 11111 trabalho, tcn1 a irn prcs.s.ào de ciuc aquilo é rncnos u nla roisa q ul" ele quer fazer e 1llais u111a coisa q ue c-le ten, dt fazct. 1\ lcoria da avaliação cogni1iva baseia-se na teoria da autodeterminação. Esta lJhirna sustenta que as pessoas, alénl de sercrn guiad:ris por ur'n a necessidade de a\ltono,nia (o u autodctcrrninaçào) e, conscqucnlcn1cotc, dctcr1ni11arc1n o pr6ptio f01)1porH1111cnto, ta111bén1 buscan1 1nanciras de acl<1uirir con1pctência e rclacio11àn1cntos positivos <:01n os outros. Uni grande nú111cro d e cs1uclos tc1n susltntado tunhas as lCoiias,?i) Co1no vere1nos, as princi1>tüs i1nplic~1çõcs delas estão rCklCionadas ,'ts rcco1npcnsas no lrab~ilho. Q uando as o rganiza.~õcs utilii....1.111 rcco111pcnsas cxuinscca.s, eon10 prên1ios por un1 clcsc1npcnho superior, os funcioná1ios podcn1 deixar ele sentir c1uc estão tàzcndo un1 bo1n trabalho por causa de seu desejo inlrinscco de se superar. nu,s porque é isso o q ue a organização q uer deles. 1\ clin1inaçào ela rcco1npc-nsa cxuí nscca pode subs1i1uir a explicação externa do n101ivo que algufn1 te1n pa ra realizar detcr1ni nada tarefa. Se você lê un1 mn1anee por -scn1ana porque ~cu profCssot de Ji1crauara rnandou, arrihui o Í.'llO de estar lendo a unta cau$a éXtcrna. Con~

      ludo, se \'OCt, depois de encerrado o curso, continuar a ler unl livro a cada stnlarHl, csu:il'á nal\1ralr11cnte ioclinaclo a. d izer a si ,nesn10 qu<· deve gostar de 1'Q1nanccs,j á que continua a ler u,n livro pot se1nana.

      Compott.amento organiza~ional

      COMPORTAMENTO ORGANIZACIONAL NA MÍDIA

      A motivação dos voluntários lgumas pessoas acreditam que é nas situações mais difíceis que os melhores sentimentos humanos emergem. A motivação dos voluntários que se solidarizam e se mobilizam para ajudar pessoas em zonas de catástrofe é um exemplo desses belos

      A

      sentimentos. Abastecidos por fatores intrínsecos, es-

      ses indivíduos sacrificam-se, realizando grandes esforços e doando seu tempo, trabalho e, em muitos casos, recursos financeiros para tentar salvar vidas e dar esperança às pessoas que sofrem com calamidades e desastres naturais. Evidentemente, há soldados, bombeiros, médicos e funcionários que recebem salários para trabalhar nessas ocasiões. Entretanto, mesmo para muitas dessas pessoas, que também possuem razões extrínsecas para se sentirem motivadas. o propósito de seu trabalho torna-se muito maior do que a simples recompensa financeira. Os voluntários, porém, não esperam receber nada em troca, agindo apenas por razões pessoais. As enchentes no Estado de Santa Catarina, no final de 2008 e início de 2009, que causaram a morte de mais de cem pessoas e deixaram milhares de desabrigados, são um exemplo de catástrofe que incentiva a

      mobilização popular e o trabalho voluntário. Para ajudar as vítimas da calamidade, diversas pessoas em todo o Brasil realizaram ações para arrecadar fundos, roupas, água e alimentos, bem como outros produtos. Além da arre<:i!dação, outros indivíduos rumaram para os locais atingidos para trabalhar no socorro à população local. Co.mo jã foi d ito, os fatores intrínsecos são a principal fo111te de motivação para essas pessoas, mas não as únicas. A fixação de metas desafiadoras para arrecadação, a distribuição de materiais e o atendimento às vítimas também seivem como elementos estimulantes para os vol'untários. Em catástrofes ainda maiores, a mobilização de voluntários teve participação muito importante no socorro às vítimas e reconstrução dos locais atingidos, como no tsunami que atingiu a Ásia em dezembro de 2004 e no ter<emoto que assolou o Haiti em janeiro de 2010, Esses casos seivem para mostrar o poder motivador de nossos sentimentos e valores, q ue constituem fatores intrínse·

      cos, e da fixação de metas arrojadas, que seivem para elevar o empenho e a dedicação dos voluntários nesses momentos tão difíceis em que todo e qualquer apoio é muito importante."

      Estudos recentes que cxa1ninaran1 co1no a.~ rcco1npcnsa.s cx11í nsccas aun1e.:1naran1 a nlolÍ\'ação para certé,s tarcfr,s c1·ia1,i,·as sugc,·c,n que 1al\'cz ptecisc,nos colocai· as il'nplictt ções da teoria ela av(lliaçi,o cogniLi,·a ~oh un1 contexto 111ais a,nplo.21 Estabelecer objetivos é 111ais eficiente para auancntar a 111otivaçào, por cxen1plo1 quando lul rccon1pcnsas pc1ra alcançetênci(t ao lhe fornecer uinficdbflck que pode vir a au1l1cntar sua n1otivaçào intrínseca. Po r sua ver., se tnna progr~1madora ele co1npt11.1clores ,·alori7.•a a tarcfi, d e escrever códigos po r gostar de rcsol\'er proble111a.\ unia rccon1pcnsa oferecida por trabalhar dentro de un1 padrão in1posto cxtcrna,ncntc, con1 o qual ela nào concorda, pode pal'tccr COCl'CÍ\'O,
      capítulo 7

      Conceitos b.isicos de motivaçAo

      205

      COMPORTAMENTO ORGANIZACIONAL INTERNACIONAL

      A motivação é dependente da cultura? m estudo recente com gestores da América do Norte, da Ásia e da América Latina encontrou diferenças interessantes em sua perce~ão das motivações dos funcionários. Os gestores norte-americanos acreditam que seus funcionários são motivados por fatores exttínsecos (remuneração, por exemplo) mais do que por fatores intrínsecos (trabalhos interessantes, por exemplo). Os asiáticos creem que seus funcionários são motivados tanto por fatores extrínsecos quanto intrínsecos, ao passo que os latino-americanos veem nos fatores intrínsecos a motivação de seus subordinados. É ainda mais interessante notar que essas diferenças afetaram as avaliações de desempenho dos funcionários. Como previsto, os gestores asiáticos focaram ambos os tipos de motivação ao realizar essa avaliação, e os latino-americanos, fatores intrínsecos. Os gestores norte-americanos, apesar de acreditarem que seus funcionários eram motivados basicamente por fatores extrínsecos, concentraram.se, no momento da avalia· ção, naqueles intrínsecos. Qual é a razão desse paradoxo? Uma explicação é a de que os norte-americanos

      U

      valorizam a singularidade; assim, qualquer exceção à regra - como ser visto como uma pessoa que tem uma motivação intrínseca excepcionalmente alta - é recompensada. A razão pela qual os gestores latino-americanos realçam as motivações intrínsecas ao avaliar seus funcioná·

      rios pode estar relacionada com caracteristicas culturais latinas. Gestores e subordinados latino-americanos tendem a ser mais cordiais e afáveis em seus relacionamentos no local de trabalho. Dessa forma, demonstram com mais facilidade os seus sentimentos e estão mais atentos aos sentimentos dos outros. Em consequência, os administradores latino-americanos podem reconhecer as motivações internas mais facilmente. Além disso, a importância dada pelos gestores e funcionários brasileiros às relações interpessoais também está relacionada com a percepção das motivações intrínsecas e com a avaliação delas por parte dos superiores. Então, podemos concluir que, do ponto de vista do empregado, a cull\Jra de seu supervisor pode ter um papel importante na maneira como ele é motivado e, posteriormente, avaliado.

      Fonte: BMctado om S. E. Do\loo o S. S. lyong;,r, "'M3na~t$' The<>n0$ of $ubo(díl'\3it0$: A Cross.·C1.1lh.1f31 &tbman.it-.on oi M3tll>9
      Autoconcordância

      Grau em que M razõê-S das pessoas para perseguir objetivos são

      _J

      coerentes com seus

      intorc~~ o valores essenoa,s.

      Uni dcsenvolvín1ento recen te da teoria da avaliação cognitiva é a autoconcord ância>que considera o grau c n1 que as razões das pessoas para perseguir ol~jtli\'OS s;.i.o coerentes con1 seus inlcrcsscs e valo rts css<:nciais. Se os individuos perseguem ob· jc::tivos por causa de um interesse i1urínsc::co, J>l'O\'avchucnte léndcrão a a1ingi-los e se <:ontcrn.:iri,o 111cs1no que não o consiga,n . Por quê? Pol'que o processo de lutar por eles é diver1 ido. 1\ lén1 essoas que pe1·scg11e,n o bje1 ivo~ po,· l'azões C'xtrínsccas {ciinheiro, J/atus ou ouu-os hcncficios) 1ê1n n1cnor probahilidadr de alcançá-los e íica1n n1cuos f<·lizcs 1ncsn10 <1uando os a1 inge1n. Por <1uê? Porque as 1nc;1as são rncnos significa.ti\'as para elas.11 f\.~ pcs<;1uisas cn1 con1por1:uncnto organizacio nal sugcrc:n1 que as pessoas c1uc pcrsegue111 o ~jctivos profissionais por JãY.Õcs iinrínsccas são mais satisfeitas con1 seu trabalho, sc111c1n que se adapt~un 1nclhor às suas org.:tniiações e podcn1 apre~ sentar 1'll<:lhorcs dcsel'nptnhos.:i:. O qoe tudo isso significa? Significa que você deve escolhei' seu ttabalho por 1-azõcs c1ue não seja,n ex1 1·ínsecas. Para as 01-ganiza(ôcs. significa que o~ gestOl'CS p1-ccisa1n p1'0· 1>0rcionar incentivos intrínsecos alé1n dos extrínsrcos. Eles prccisan1 f..'lzcr que o u·abalho seja intrrcssantc, reconhecer<· apoiar o cresci1ncn10 e o
      Compo11.amento organiia~ional

      Teoria do estabeleciment o de objetivos

      Teoria do estabeledmento do objetivos Te0ti.a qve sustenta qve objetivos específicos dific,eis, com feedb;,ck, condv:.em a melhores desempenhos.

      I

      Ê con1Lun ouvir ln.:inadorcs CSJJOrti,·os dizcrc1n Írascs scn1clhantcs a esta; ''Cada tun ele: vocês estú apto ftsic~uncntc. 1-\ gor~, s.aian1 e: dcc::1n o n1clhor de si. ~ingué111 pode pedir n~ais. do que isto a você-s". \ !oci: n1csn10 dc,·c ter ouvido esta frase n1uitas vezes: í \ pcna!I dê o 1nclhor d4,: si. lt nado o que poclc1nos lhe pedir•. ~las: o que si~1ifica cxa1a1ncn1c 'o n1clhor de si'? Conscguintc,)S saber quando atingi1nos unt objetivo ião \'ago? Os co111pct.idorcs de natação ou saho cn1 distância tc1ia1n fclto 1cn1pos 1nclho rcs se seu técnico estabeleces.se u111a n1cta cs1.>ecífica? \ iocê tciia tid o n1clhor aprovcita1ncnto cn1 suas aula.s de 111a1cn1álica no colégio se seus: pais clisscssern ''tente scrnprc tjrar nota aci,na de 8l5 · i c1n ,·cz de dizer sin1plesn1é11lc ;.Í:"lça o n1elhor possível'.? f\ pc.squi.s...1. sobre a teoria do estabelecimento de objetivos estuda esses assuntos.: e seus resultados, co,no vc1-c1rtos, s.-io intprcss_ionantl.'S 110 tocante aos cfCitos qu,~ a cspccjficaç.;}o do objcli\'o, o cl<:$afio e ofltdbark té1n sobre o desc,npcnho. No final ela déc;\cla ele 19601 l·:d \\'Í ll l ..ocke $l1gcrit1qoe a intenção de ltnar por u,n ohjrti\'O é a 1naio1· f()n1c de n1olivaçào L10 trabalho.21 Ou seja, u,n objcti\'O diz ao fi1ncion;í.1io o que precisa ser fci1.o e quanto esforço 1crá de ser despendido para alcan~á-lo.~'* t\ s evidências confirn1an1 a i1nportància dos ol~ cti,·os. ~·lais ainda, podcrnos afirrnar que o~jctivos específicos n1clhora1n o dcscrn pcnho; que objcti,·os diíicci.s, quando accilosi 1nc}horarn n1ais o dcscrnpcnho do que aqueles n1ais f:.lccis e: que ofie,/bar.kconduz a 1nclhorcs dcscn1p<:nhos.'..09 Ol~jcti\'OS. csptcíficos produzc1n resultados 1rtelhorcs q ue a 111ct,1gcné1ica " raça o 1nelhor que puder~'. Por quê? 1\ cspceifitidade do objcli,'o c,n si funciona co1no t11n c~tfrnulo irnerno. Por cxcn1plo, quando \1111 carnin ho11ciro se co1npro1nc1e a fa?.cr 1!'êS ,~agens por sen1;ina enn·e l\'atall no l~s1ado do t{io Grande do Xo1'H\ e Po110 1\lcgrc, no Esrado do R.io Grande cio Sul, essa d eçisào lhe dá tuna n1ci-a específira para 1en1ar aüngi1: Podc,nos d izer que, sob as n,es1na.\ condiçõt·s, o canninhonciro con1 obj cti\'o específico terá un1 clcse1npc· nho superior ao de seus colegas q ue: tTabalhan1 sc1n rnctas dctcr1ninadas ou que apenas cstcja,n tentando •fhzer o nlclhor possivcl'. Se f.:'ltorcs <:Onlo a capaci1a('.âo ,e a aceitação cio objetivo forc,n 1nanlidos cons1antcs, ta1nbé1n podcn1os afi rrnar <1uc, quarllO 111ais d ificil o ol~jCli\'01 ,nais alto o nível do dcsc1npcnho. En11-c1anto1 é lógico p,·essupor q ue os obj c1i\'OS 111ai.s fáceis sctào ptO\~vchncnlc acei1os dessa n1es1na f()r1na. Porén1. 111na V<'Z que 11111 fu ucioná1io se co111pro1nete co1n un, ob:ietivo d ilici1 1 cspera·sc que ele d espenda 11111 alto nível de c:-IOrços até atingi-lo. ~,la.s por que as p<'ssoas são n1oti,·adas por ol~jctivos cliíiccis?-111 Pd1nciro1 porque a.s 1ue· tas d iliccis p rendc1n noss..1 at<:nçào e nos ajuda1n a focar. Segundo, porque as ,netas diíiccis nos dão <:n<:rgia, pois tc1nos de trabalhar n1ais para atingi-las. \ locê CSluda co1n a n1cs1na intensidade para u111a pro,ia fii.cil e 1>ara u,n;:i p1"0,·a d ificil? Prov~vcl111entc não. ·rcrceiro, pol'que quando as lll<"tas são d ifireis, as pe~oas pC1'$ÍSLe1n na tcn1a1iva de atingi-la~. Por fi1n, os ol~jetivos dificcis no~ levanl a clescob1ir cs1rtttfgias que nos ~judan, a clesc,npenhar o u-nbalho ou a carcfà d<" 111aneira n1ais eficaz. Se ten1os de lu1ar para encontrar tuna for,na de resolvê.los, scn1prc pensan1os no 1nclhor n1odo ele solucionar o prohlr1na. t\s pessoas trabalhan1 1nclhor q uando rcccbc111 ftRlha,k con1 relação a seu progrt-sso, pois iaSSo ~1_s ajuda a pcr<:cbcr as discr<·páncias entre o que fiz.cra111 e o que precisava ser ri·rili.?-<'ldo para altar1çar o olijc1ivo. O u seja, o ,fcedbn,k l1111cio1'1;:1 corno tul'I guia para o co1npo1,a,11cnto. .\las nc,n todos os 1i1>0s dcfledbatk tên1 a n1cs11la potê-ncia . Ofltdbor.J: autogerenciado q uando o íi1ncioná1io é capaz de 111onitorat o própiio progresso - 1e1n se n1osu-ado un1 1noti\'ador ,n;iis poderoso cio que o.fefdbork c:.acrno.11Se os funcionários tivercn1 a oportunidade de participar da fixação dos próprios obj etivosi eles se esfOrçarào 111ais? t\s evidências .são controversas. ' 2 En1 alguns casos= o cstahclccinit~nto participati,·o de ohj ctivos proporciona u1n desempenho superior~ ao passo q ue, c111 outros, os funcio11àrios desc1npcnh;H11 ,nclhor suas tarcfits quando as 1nc1as são cstalx.·lccidas po r seus chefes. 11:"lii a priucipal va111agco1 da pa1iici1>ação p(11-ccc ser a crcsccnt(' accitaçfl<> do objetivo con10 urna incra desejável a se atingi,·.33 O C"o1npro1neti1ne1110 é i1npo11a111e. Se a participação não

      for milizada, emão o indivíduo que csrnbelcccr o objetivo ncccssi1a explicar dar,11ne111e seu propósi,o e in11)0rtància.11

      capitulo 7

      Conceitos btisicos de motivaçAo

      207

      Exl.Slcn1 conlingCncias na lcori., do estabclcci1n cnto de objcLi,·os ou podcn1os to111ar realid,:i.dc univéniétl Qlll' n1ct as especificas e clificcis 1<111prc concluzcn1 a clcscn1p,c.nhos i:;upc1iorcs? ,1\lé1n do.ficdbárk, três out11)S fiuorcs i11fhu.:n<:Í(11n a relação objctivo-clcsc1npcnho: o c.01npr(u11cli1nc1110 co111 o objclivo. ~H> c,n·ac1c·1'1si-icas da tarefa <' a cu1u1ra nacional. A 1co1ia do és1alx lccirn<'nto ele o~jcli,·os pressupõe que o individuo está con1pro1n etido con1 o obj etivo, ou seja, que ele cst;\ clctcnninado a não ahanclon:l-lo. Oc tnna pc1-s.pcc1i\'a co1nporta1nental, isso sit,rilifica que.· um indivíduo (l) acredita que pode alcançar o objetivo e (2}quer alc..1.nçá-lo. u O coiuprornisso com o obj etivo ten11naior tendência d e ocorrer quando este é público, quando os i11di,iduos tên1 urn locus de controle interno e qua11do os objetivos süo autO<."Stabclc.."Cidos en1 ,·ci de atribuídos. it. 1\ t<::01ia do cstalx:lccin,cnto de ol~cti\'OS não funciona igua.lfr1c11tc l>Cn1 para tóClas as tarefas. J\ s <..'\'idências sugcrcn, que os objcti\'0$ pan;cc·rn tc1· un1 <:fci10 1nais subs1ancial no dcs.c,npcnho quando a~ tarcfà.s são si,nples (e não con1p lcxa.~)~conhecid:-t.~ (e não 110, ·a.~) e indC'pcndcnrcs {e nilo i111crdc1x:ndc1ucs).31 Para as tarefas interdependentes, os objetivos de u111 grupo são prcfc1ívcis. Fí11al111cntc, o ato de estabelecer objetivos específicos> clificcis e indh~duais pode ter dilê:·rc ntcs efeitos cn1 dj,·<.·rsas culturas. ..\ 1naior parte cios estudos de fixa~:ào de o bjcth·os foi íeila c rn p,·,íscs co1110 Estados Uni.dos e Canadâ, onde as conquistas e o dcse1npc11ho inclividuais são aharncntc "aloriiados. 1\té o presente 1non1cnto, as ptsquisa.s não n1ostrara n1 que os objetivos cstabclccidoi:; por grupos s.1o ,nais eficientes crn cuhuras colcti,~inas do q ue naquelas individualistas. 1-lá cvidê·11ci:1s de que cnl c ulturas colc1ivis1as e con1 gra nde clis1ân· eia ele poder, os obj etivos de alcance 111odcracla1ncntc dificil poclcn1ser rnais n1orivadorcs do q ue os diíiccis.1,s. Con.sidcrc o foco csux·ito que 1nuit.a.s ~n1pn:iwi.s 1Cn1 ç rn preços de açõe.s no curto pr.1:1,0. 1\ grande "tenção nesse úr1iro padr.io de descrnp.,:nho poclc tct lc.vado algu1nas 01:g.:1niia\:Õc.s (t ig1lorar o suc.:c•sso de longo pl"tl:t.O, e n1L-sn10 a se c(n111)01"1ar d e n1anc.:.i ra .1n1ic:1iea, co1no fra udar a co111abilidadc ou realizar invcs1.iJncn1os de ,isco r.111 excesso. É claro que é po~ívcl para as 01-w1nizaçõcs estabelecer ol~jeth•os de descn1pcn ho éticos. .i\.pcs.'lr das clil'Crcnças de opinião, a ,naioria dos pesquisadores concorda q ue os obj cti,·os são poderosos par;t n1olclar o con1poruu11cn10. No cnt,utto1 os 1:,rcrcntes de,·cn1 se:: assegurar de c1uc cst<.:s cstcja1n ele acordo co111 os ol~jctivos gerais da cn1p1-csa. 1-\ s pesquisas d,c1nonstr.'.tra1n o poder 1notivador d a léOtia do estabelecic::01110

      Apôs conversar com acionistas da Nestlé na Suiça, o ptE>sidel'lté da emp,E>sa no Brasil. Ivan Zt1rita, foi obrigado a elevar a meta de crescimento de vendas da empt&sa de seis por cel\to para déz po, cento ao ano a partir de 2010. Essa elevação. no entanto, não o desanimou, incentival\do-o a superar SéuS limites e a

      conduzir sua equipe a resultados superiores... "Não há dúvida de que a nova meta de ctescimento para o Brasil ê bastante ousada, mas está longe de ser inatingível. Vam~ uabalhar dobrado". afirmou o executivo.

      Desenvolvendo novos produtos e investindo em outros segmel\tos. como o de l eite lol'lga Vida, d iíicil será

      impedir que a organização atinja seus objetivos.

      208

      Compottamento orgc1niza~ional

      Fi ura 7.4

      Objet ivos em cascata

      Ob{eti,o,~

      fmpte$0 XYZ

      OJgooiz~oi& 9e
      Obittiw» do divíslio

      Ob;e!iYO$ do depo1tomcn10

      Obietivos fndividoolJ

      I

      Dm'OO de ptodvlos Oô consumidor

      + Produçõo

      J

      000

      I

      V
      i

      ~ndirMnto

      oodienie

      +

      Divisão do prodt.itos industriais

      + MoActing

      l Posqui.~

      + 0.-.se:Nvotvimot'IIO

      l l l l l

      00

      00

      00

      000

      00

      "ª·

      rncnto de ohjl·ti\'OS cn1 rnais de ,:c,n 1arcfàs envolvendo n'l.-'lis: ele 401nil p;\1'titipanu;s: c,n 1iaclos ripos de a1jvidadcs. t-:stabclcrc-r n1ctas específicas e dcsafi~doras para os funcion:í1·ios é a 1nclhor coisa que os gcslorcs poclc111 fazer para apiin1orar seu clcsc1npcnho.

      Implementação do estabelecimento de objet ivos J\ tco,ia do cs1"bdcci111cnto de ohjcli\'OS tt1n un1 en1b..1.s;u)1cn10 i1n1>ression:u1l<: de pesquisas (:n1píriças. ~las, co,no gcslor,

      Administração por objetivos (APO) Programa que engloba

      objetivos espe<:íficos. deci$âO pa11icipativa, por um periodo

      _J

      explicito. com feedback do prog<esso do desempenho.

      con10 você podc1ia operacionalizá-la? ~·luitas vc.~zcs isso i:. dcix~,clo 11;\s ,nãos de un1 gestor ou líder. 1\Jguns gcs1orcs cstabclcccn1 claran1cntc n1ctas agressivas ele dcsc111pc.nho. ,\lguns CEOs, con10 Edson ~fusa. da Caloi 1 e Ivan Zurita, da Ncsllé, por cxc1nplo, são f.unosos pelas 111ctas exigentes que c:stabclcccrn. O probJc.:1na ele deixar a decisão con1 o &rcstor inclividual é que. crn n1uitos c.:asos, e le não íixa ,netas. U1na pesquisa recente revelou que, ao .scre,n qucstionê,clOs se .seus lrabalhos tinl1~u11 1nctê1S clan:uncntc defi1Jidas, apenas u1na 111inoria de funcion:í 1ios 1·tspondcu or 1nei<1 de urn pmg,·a,na de adn1inis1t"tt(iio por objcti\'OS. A administra ção por objetivos (APO ot1 MBO cn1 inglt's, sig la pal'a n1a11ogenitnt ~)' objttlil:tJ) rnf.'11iza que; os objetivos devc1n sei· tangíveis, V<'rifirávcis e 1ncnsuráveis 1 alé1n ele sC'rcn1 cs1al>elccidos de 1nancira parcicipativa. Confôrntc apresentado na L·igura 7.4. os ohjctivos gerais da o rganização são traduzidos can ohjcLivos específicos para cada nível suhscquc ntc (ou seja, de cli,~sào. dcpa11an1cnta1 ou individual) na organizaç,i.o. .:Vlas o Í::Hô de os gcrcnlcs de unidades de 1nc11or C5CaHio p;trticip;.1n:an cn1 conjunlo do cstabclccirncnto dos próp1; os ol~jctivos fãz que a funcione t~•nto 'de l};lixo para cinta' quanto 'de ci,na para baixo'. O resultado é urna hiel't1.1'((uia que vincula objeti\'OS f' 1l1 dc1ct1ninaclo nÍ\'cl àquC"les no próxin10 nível. E, pal"a o funcioná,io individual. a t\PO proporciona o~jclivos de desc1npcnho pessoal cspccífiros. Quau·o ingredientes ~ão contuns aos p rograanas de 1\J'O: especificação dos ol~jetivos, participação na tornada de decisões (incluindo parlicipaçào no cstabclcci1ncnlo de n1c· la.sou ol~jctivos), un1 l,orizontc lcn11x)ral explicito ef«dba(k de dcscn1pcnho.u ~,luitos dos t~lc· nlcntos dos progra1nas de "' ro coincidc,n con1 as proposlas da t<:oiia do cstabclcci,ncnto de objetivos.. Por cxcn1plo, o 1cn1po clara,ncntc definido para curnprir os objetivos coincide co,n a ênfase existe nte na teoria do es1abclrchnen10 de obj<'1ivos qua1uo à especificidade d:1 nteta. l)a 1nesn1a f()r1na, já no1an1os c1uc ofltdbatk sob,·c o progresso feito para al<'ançar un1 ob:ic1ivo é un1 elen1en10 i1nporla1ne da tco1ia do e.stabclcci111cn10 ele objeti\'OS. 1\ ünica área de un1a possível discordância c11t.rc a f\PO e a teoria do cstabeleci1nento d e objeÜ\'OS 11.·fcrc·sc à c1ucstào da participação: a :\l>O dcfcnde·a forlcn1cnlc, ao pas.,o que a tcoda do cstabclcciin cn10 de objetivos dcn1onst11, que 11orn1ahncntc os gestores, ao fixarcn1 as n1c tas, são cíicazcs dr, 1n(!s1na lôrn,a.

      .,, ro

      capitulo 7

      Conceitos btisicos de motivaç3o

      209

      Progran,as de i\PO são encontrados cn1 inuitas cn1prcsas, planos de saúde, instituições cducacionclis e bro"crnan,cntais e ,cm organiz.açõc~ scn, fins lucrati\·os. u Sua popuhuicladc 11()0 significa que..· chi scrnpn; íoncionc. Existcn1 \'(Í1ios casos documc,uados c1n <1uc a AJlQ íoi i,nplc1ncntada, n1as não satisli;:2 as c'XJ'>C<:1~-uiv:,s; cios c~xc:cuti\'OS. u Os culp,,do~ cos1111na1n s<:r tàtorcs cc,n10 as cxpcc1ati\'as não realistas a rcspc·ito d os 1·cs11l1ados.,. lâha cl(: co1npm1nisso da gerência cxccuri\'a e incapacidade ou fi,ha de vonta de da achninistraçào cn1 conceder rccon1pcns...'1S baseadas c1n cu1np1;11,cnto de n1ctas. f\s: f.1.lhas tan1bén1 podcrn ocorrer por incon1patibilidaclc cuJtural. Co1110 cxcn1plo, tcn1os a cn1prcsajaponc-sa Ft~it.su. que rcccn· lcrncnlc jogou forA un1 progran1a que Linh;., o fo rn1~uo de 1\PO porque a adn1inistraçào achava c1uc eh, não S<: ~1dcquava lx:.-n à cultura nipônica, que enfaliz.a a 1uini1nizaç;:io de ·~~cos e os 0Qjc1jvos de longo praz,o.

      Teoria da autoeficácia Autoeficáci.a

      Crenç_, dcum individuo de q1.1e pode desempenhar_ J détermin:ida tarefa.

      1\ at1toeficácia (conccito·ch ave da /t(Jria $(}('Íal ,og11itiva) se refe re •., convicção individual de que se- é capaz de realii...;-u· deter ,ninada l;.lrcf.Lf,~ Quanto n,,1ior a autO('fi<:ácia de algué1n, ,naior sua confiança na possibilida.dc clt rcali1.ar 11111a 1arcfa co,n sucesso. .i\.ssin1, ac1'l'di1a-sc flUC a$ pessoas con1 hai:,,:a a utCH.~ fic::ácia ap,·cscnt.arn 111aior p1·obt1.hilidade de dinlinui,· seus esfôrços ou desistir con1plcta1nente, ao passo que a<1uclas con1 elevncla autoeficácia 1enta1n vencer o desafio co1n 1naior ardor..u; Alén1 d isso, as pessoas con1 elevada a utocficácia parecc1n respo nder aofeedba,k negativo con1 111ais detcr111inação e n1otivaçào, ao passo que as que lérn baixa autot:fic,ícia tcndc111 ;:1 perder seu c1npcnho quando o rcccbcn1. i ; Co1110 os gc-.storcs pode1n aj1.1dar seus funcion,h·ios ;-t ;\tingir altos níveis de a utôéficácia? Cornbinando a 1eoria do esu1bclc<:in1cn10 de objcti,·os e:, da aulO<'fiC(ícia. A 1eoria do cs1al)('lec-in1cn10 (I(" objc1jvos <' a da a uloefictícia não co1npe1en1 cn11·r :;i1 n1as se con1plen1e111an1. Con10 n1os1ra a 1-igura 7.5, quando un1 gestor rstabelecc ohjetivos d iíic:eis para os c1nprcgados1 isso f.-.z que estes obtcnha,n nivcis n1ais altos ele au1oeficácia, ao n1cs1no tc1npo que estahclcccn1ohjcti,·os 111ais altos para o próprio d csC'n1penho. Po r c1uc i.sso acontece? f\$ pcsc1uis.as n1ostra111 que estabelecer obj etivos para as pessoas lransn1üc conflan· ça. ln1;:lginct por cxc1nplo 1 qut' seu chefe cslahclcça u1n ol~jctivo cl<:v;,do para vocC e você fique sahtndo que ele é ,n,:lis <:IC\.•'ado que aqu(.'les estabelecidos pam S<:us colegas. Co,1,0

      Figura 7.5

      Efeitos conjun"tos e autoeficácia no desempenho O in,divíduo 1cm

      seguronço de que o grou de desempenho

      seja citingido [ovioof;c6c;oJ

      O odministrodor estipulo me.tos difíceis e C.$pecíliieos poro o trobolho oo t<>refo

      [

      O individuo estcibelece níveis pessoais moh

      altos poro o próptio de,sempenho

      O indivíduo lem oho grou de desempenho poro o !rebolho

      ou tarefo

      Font•: SMCdo e,m E. A. l« ko é G. P. Lath.Mn. "6uíJding t'1 P'ra<»c8tly US6ful Theo,yof Goal Sett,ng t'lf'ld TMI<. MOtN81• ttOó: A 35,,Yei , Odytsey'"', Ame-ncan P,ychotogisr. set. 2002, p, 705,717,

      210

      Compo11.amento organiia~ional

      vocC i.ntcqJrctaria isso? Desde que não sinta que cst,'\o ln1plicando con1 ,·ocê 1 provavchncntc. pcn.sa1ia <1uc seu chefe o considera c:c,paz de ter lHn dcM:n1pcnho 1nclhor <1uc o cios outros.. Isso cnti10 acione, u111 processo p~icológico por meio do qu~I ,·ocê fie.:• n1ais stguro consigo l'ncs,no (rnaio,· a,110<:fic~lc;;ia) (~ c.-s1abclccc objc.:1ivús J)éSSoais 01ais altos, fr1zc··11do qu" 1e11ha u,n 1nc~lhor dcsc1npcnho 1an10 no an1bic1uc de trabalho quan10 tOra dele. O pesquisador <1uc d cscn\'olvcu essa tco1ia, 1\lbcr1 Uanch1ra. argu1ncnta que há quatro 1nanci111s de se atuncntar :, autocficá.cia: 13 1. l\·lcsuia prática

      2. 1\ pr<·ndiiagcn1 por ohsCl'\'açào 3. Persuasão ,·crbal 4. l~xcitaçi,o e1nocional

      J)c acordo con1 Ba ndura, a fonte anais i1npor1ant<: para a111ncn1ar a autocíicácia é o q ue ele cha1na ,nt.rtrü, prálica - ou sc;.ja, o ganho de experiência r(;lcvantc con1 o d csc1npc.. nho da tarcf:l ou u,,balho. Se você foi c,1paz de fazer bcn1 um trabalho no pass:1.do, então estará. 1nais coníiantc p;:ira íhzê.-lo no futuro. ,..\ segunda fonte é a á[1muli;.age,11 f/flr obstn:açii.o oo seja, a obscrv:1ção de pe.ssoas dese1npenlu1.ndo all\'idades sen1 consequência.~ advC"rs..1.S pode gera,; no olm 1,iaclo1; a expectativa d e que r i(' 1a111bén1 é capaz de rrali'l.á-las. Sr ~u a111igo pcl'de f:>eSO, pol" cx<:111plo, is.-;o aunu;nta sua confiança de que o n1cS.J110 poderá OC'Orn;r con1 ,:ocê. 1-\ aprcndizagcn1 por ohsc1,-açào é 111ais ctCtiva c1uando você se vê corno alguê1n igu,1.I àquele a c1uc1n está obsc1vando. J\';Sistir a (:és.ar Ciclo quebrar u1n recorde nn111djal ele nat.,çilo pode não aun1e11tar sua confiança cn1 se tornar 111n bom nadador, rnas se ,ocê observar u1n colega de trabalho nadando bcrn c1n tuna oo,npcúç-ão da c,nprcs.:1., poderá sentir-se cs.tirnulado a treinar 1nais ál'(lua,nentc. ;\ tcn::eira fonte é a jm'uAAio ,1t:tbal· tornar-~ 1nais confiante porque algué1n o con,iencc de que "ºcê 1en1 ;l.$ habilidades ne<'e.s~5,f11ias para SCI' be1n-sucedido. 0 :-: p..1lesu-an1es 111otivacionais us.·u1\ n1ui10 es.~1 1ática. l•inahnente, Handura arg111n<-:nta que a ,xrita(rlo ,..,rux.;onal tan1hén1 a11111fn1.a a autofficácia. l~la conduz a un1 estado de energia que leva o indivíd110 a tcrn1inar a tarcra . t\ pcs..c;;oa fica 1n1ais animada' e 1cn1 melhor dcsc1npcnho. ~ las quando a tarcfà fo r algo que exija tuna perspectiva consttullt e despretensiosa (pór cxc1nplo, editar u1n 1nanuscrito). a excitação crnocional pode re;.lhncnte prcjudica.r o dcscn,pcnho. Quais s.ào as i1nplic..1çõcs para o C
      O tieinamento de alguns grupame,itos especializados da policia mostra a importância de certos métodos para elevar a autoeficãcia de seus memb,os. Um exemplo ê

      o Batalhão de Operações Policiais Especiais da Polícia Militar do Rio de Janeiro, o Bope, tema do filme TroptJ de Elite. Em função de um árduo treinamento, da observação de membros experientes em ação e de forte persuasão verbal por parte de seo.s superiores. os policiais sentem-se mais confiantes de que obterão

      sucesso ao realizar suas tarefas..

      capitulo 7

      Conceitos btisicos de motivaçAo

      2 11

      verdadeiro. No efeito pignlalcào, ai. autocficácia C an1pJiada ao se con1unicar ao professor ou

      supcnrisor ele uJn inc~víduo que ele. tcn1 grande capé1cidadc. Para excn1plifica1; poclc111os citar fStudos que for,11'11 Í<:Íl0$ con1 p1"0Í<.•soorcs que 1ttcbcra1n a inforn1,u;i10 de que seus Ess.a cstralé1:,'la tan1b61n IOi usada parCl"$0n~1lidadc scgur~1. l~n1bora Ba11d11ra dis,·ordc fr>rtcn1cn1c dessa conclusão, são necessários 111.1is c:s.1uclos a esse respeito.

      Teoria do reforço Teoria do roforço

      Teo,ia qve estabelece que o comportamento

      é a função de suas OOl'lseq:uências.

      Behaviorismo Teoria qué af,rma que

      vm comporta,nento sucede os estimulos de modo retativamente

      il\cons.ciel'lte.

      _

      I

      U,na co111rap;it1ida :~ teoria do t~su,l:x:lcci,11('1110 de objcri"os é a teoria do reforço. p1·i1nrira é \una abordag<:111 cogni1i\·::1, sugeriodo qut' os pl'opósi1os d(' lll"lta pessoa oricn1a1n suas nções. .Já a teoria cio rcfOrço é unia ahordagc111 hehaviorista, que argu1nenta que o rclOrço condiciona o co1nporca1ncnto. 1\J11has estão etn evidente desacordo sob o J)()nlo de vista filosófico. Os teóricos do rctOrço vcc111 o a1nbicntc con10 causa do co111porta111cnto. Não dc\·cn1os nos preocupai; d izcun eles, con1 os c,·cntos cognitivos internos; o que controla o co1nporta1ncnto são os reforços - qualc1ucr co11sc<1uCnci.t que, seguindo in1cdiata1nenlc u111:1 1't'SJ'>Os1a, au,ncntt a prob,1bilidndc de que aquele COll1porta1ncnto se repita. :\ 1cori;1 do ,-cfo1·ço ignora a~ condiçê>es internai:. cio indi\'iduo e co1lCCntn1-sc apenas no que lhe acon1ece quando realiza un1a ação qualquer. (;orno não le:\'a C'lll C(UlHt aquilo que d á origc111 ao con1ponan1cnto, ela não é, rigorosa,nente talando~u1na tco1ia sohrc 1110tivaçào . .'.\·l as fOrnecc poderosos nlcios para a nalisar aquilo que con1mla o (:on1porta1ncnto e, por isso, é sc1npre considerada 11;,s clis.cussõcs sobre n1otivaçào.~\ 1-\ tcoiia do condicionamento opcrantc1 provavchncntc o co1n1)()ncntc n1ais rclc,·antc da teoria do reforço para a gcsuio, al'gu1ncnra que as JX"SSOas aprcndern a se con1portar de n1odo a co11se~"1.1ir algo que qucrc1n ou a e,~rar algo que não c1oc1-c1n. r\ o co11u-.:í1io do n::flexi\O ou não aprendido, o co1npo rtan1ento ope1·antc é influenciado pelo 1'Cforço ou pela fr1ha dele e pelas conSC'quências disso. Portan10 , o rcfo1'ÇO fortalece unl co1npor1atne11co e au1nenta a possibilidade de que seja repetido."'; 13. J•: Skinner. un1 dos n1ai:, proctnincntc-s defensores do condicionan1cnto opcran1c, argun1c-nta\~ que criar consequências agradá\·cis após aJguns 00111· poruuncntos específicos a un1cntaria sua fi-cquência.. Ele clc1nonsu-.1,i., que as pessoas cran1 111ais propcn~-t.S a se co1npo11ar de fbrn'la dC.'i,Cjá,·cl se fosscrn rcfôrçadas posili,·tuncntc ao Í.:"'lZê-lo, que as reoo,npcnsas scriarn 1nais eficientes caso S<:guisscnl i,ncdiauuncntc a resposta clcs.<:,jilcla e que o C'Ornpor1:unc,1to não rcconlpcnsado ou punido 1('nclcria a não S<: repetir. ~rodos conhC:"c-e,nos un1 professor que scn1p1·e coloca un1 sinal ao lado do 11on1e dos alunos cada vez que estes connihue1n para urn:t discu~ào cn1 sala ele aula. O c:ondicionan1cn10 op,crantc su,tcntaria que taJ pn:ítica é rnotjva
      sucede os cs1ímulos de uma rnancir" rcla1immcnte inconsdentc. /\ fonn:1 nmis mdic;ll do beh,"io1isn10 de Slcinncr rejcit~ sciutin1c11tos, J>C11&11ncntos e outros estados de ~pí1i to con10

      212

      Compottamento orgc1niza~ional

      Teoria da aprendizagem social Teoria que defende quo podemos apren~, tanto por meio da

      observação quanto da exp&riência ditet.l.

      I

      causas ele u1n con1portan1cnto. E111 s1J1.n1a, as pessoas associan1 <.-stirnulos e respostas, n1as sua consciê11cla a respeito ele tal associação é írrclcvantc.J; É possí"cl cncontr~)r cn, toda par1c c;-.;cntplos de uos.so prôp1io conclicional'nen10 opcra1ue. r 1n que O!i rçíorços ri.tt10 1if,~c:IO!-i a cc1,as ações que íazc1l1os. Seu proíessor lhe di,: que, se quiser obter ,una nota aha cn1 seu cu1'SO, você dc~vc dar as rcspos1as co1'l'c1t1.s na pmva. Un1a co1ncrciantc con1issionada que q ueira obter urna J'cnda rcs1x:i1ável descobre que isso es-t~l condicionado à geração de tun alto n(unero de \'cndas cnt seu ter1itório. é claro. a ligaç-tlo ta1nbé1n pode ensinar indivíduos a se con1J->011ar de n1odo contrfuio aos interesses de un1a organiz.tçào. Suponha que seu chefe lhe diga que, S4.! fizer horas cxlrà.S duranlc as próxi1nas trés sc1na11as de pito de \'C11das, ,·ocê scr~l con1pcnsado por isso 110 próxinlo c-t'í.lculo de pa1,~ul'IC1'1tO. Entn;:tanto. quando <:hcga seu c,Hc::ulo de paga,ncnto. \'OCi: n,1o recebe ncnhtun l"cforço posi1ivo por seu 1rab,'Llho c.x1ta. Da prôxiin,'L ,ic1. que sru chefe lhe pedir p;n·a 1rabalhar alént de seu pc1íodo 1·egular, o que você Í.'lrá? l'l'O\OI" pro<:lu?:ir 111ais do que seus colegas, is.5,0 prova\'c;hncn1c rcch1,:irá sua p1ndu1i,id.1clc. ~vias sua b.-1ixa pmdutiviclaclc ta1nbê:n1 podc1ia ser explicada cm 1crn1os de n1c1as, i1üustiças ou cxpcc1arivas.. Os indivíduos podc1n aprender quando lht•s ~lo dadas ins1ruçõcs \·crbais ou ao obscr-var os outros, bcnt con10 por meio de cxpc1iências d iretas. i\1uito do que ~,prcndcn1os vc,n da ob.scrvaçào de 111odclos pais, professores, colegas, atores de cinc1na e tclc,·isào, chefes e o utros. ~l ideia de que podc1nos aprender tanto por n1cio da obscr\'açào <1uanto p<>r 1ncio de cxpcriê11cias diretas é cha1nê1.da teoria da aprendizagem socia.t.rofl P.1nbor,1 a teoria dr, aprc ndizagcnl social seja urna cxtcns~o do COl''ldi<:ionan1cnto opc1·a11tc (isto é, ela pl'csu,ne <10,· o co11lpOtt.t11nento é 11111a íunçt,o das conscquência.s), ela ta1nbé1n ad111itr os cfei1os da aprendi1.age1n po,· ob:o:e1·,m(ào t ~ pc1'Cepçào. As pessoas rcsponde1n à 1naneira con10 pcrcehcrn r cfefine1n as <'OllSC(p1ências, não às consequências o1ljrtivas <'lll si. Os 1nodclos sào c.cnlrais d o ponto de vista da apn;nclizagcn1 social. Quatro processos dclcnnina1n sut1 inlluênc ia sobre u1n indi,·íduo;

      1. Processos de atenção. 1\s pcsso;u, rlpl'cn co11lpo1,a1nc11tc> aprcscnt~,clo pelo n1odclo quando rcccbcn1 i11cen1i,·os ou rcconlpc nsas posilivas. Os cornpor1an1cntos rcfor~aclos pos:itiv~u11c111c rcccbe111 111ais atenção, são 111ais lx:n1 aprendidos e dcscn1pcnhados con1 1nai.s frequência. 1

      Teoria da equidade/justiça organizacional J ane 1\J"cs íor1nou-se co,nado1-n pcJ.:1 U11i\'e1-s-idadc l~s1adual no a1\0 pi,ssado. Depo is de divc1'Sas c~n1re,is1as co1n l"Cc1·u1arlorc·s ainda no canlpus da univc1'Sidade>ela aceitou un1 cal'go cn1 11n1a das c inco 1naiorcs cn1prcsa.s de auditoria d o pais e IOi designada para o CS<:1itório d e São Paulo.J ;u1c L'Stava n1uito íCliz. con1 a oferta que rccclx:ra: 111n trabalho

      capit ulo 7

      Quadro 7.1

      Conceitos btisicos de motivaç3o

      213

      Teoria da equidade

      Comparação•

      Percepção lnjo stiça por ser sub~re
      .B_ > IA •Or'lde

      Teoria da equidade Te01ia que defende que

      os indivíduos comparam esforços realizados

      e as recompensas obtidas de seu trabalho com aqueles de outros funcionários e re$pondem de maneira a eliminai quaisquer

      injustiças percebidas.

      .slgn.flc~

      !.,

      JL Inju stiça por ser so b rerrecompensado

      rtl~Jo t'ttr,C rtwltm

      la

      t

      .

      ;IW(IS.11mento <So fvrw:lon~tlQ. o~-'"'"('° tnvc

      desafiador cn1 t1111a c1npresa ele pr<.·stigio, tnna excelente oportunidade para obter cxpcriên~ cias valios.:'\s e o n1Rior salário oferecido aos for111~u1dos de sua tun11a: dois n1il reais por n1CS• .Jane era a 1nclhor aluna de sua tu_r111a. Ela era arnbicios..-1., á11iculada e C$pe1-av;.1-sc 1ncs1110 que rcccl:x:ssc unu, of('1ia s.alatial l)('1n alta. Passal'an1-s(' 12 n1csc.~s desde que.Jane t llll'OU pal'a tl cn1p1·c.11a. O 1rabalho rn os1 1·ou-sc ião clc~afiador e gralifican1c <1lHUHo ela cs1><:rava, e SC'U c111p1-cgador cs1á cxt1'Cn1an1cnlc sa1islCi10 co1n o dcsen1pcnho dela . Na realidade, ela até ganhou u1n au1ncn10 d e 200 reais por n1ês. Entretanto, o nível n1ot.i\'acional deJ ane caiu drastica111cntc n;,s úhi1nas scn1anas. Por quê?;\. c1n prcsa acaba de contratar u1n rccén1-forn1aclo da 111cs111.1 universidade, scn1 a experiência de u111 ano acun,ulacla por J rtnc, con1 u1n salário de 2.300 reais - 100 reais a nlais cio que ela ganha hqjc! Dizer q ue ela C.'St<\ cnli.1rccida é pouco para dcstrcver seu estado de âni,no.J anc a1é fhla {'111 p1'0C\11'711· out ro crn prt~go. f\ sju1ação de .Jane sc"·e para itus1l'al' o papel que a equidade tc1n ria rnotivaçào. ()s funcio nários cs1abclecc1n unia relação entre o que l'Ccchcn1 por s.cu trabalho (rrrnuncl'a· çào, aun1cntos, reconhccin1cnto} e o que in,·c-stCJ11 nele (cslOrço, experiência, cclucaçào, competência), e depois con1para111 essa relação entre rcco1n1>ensas-ins,1111os con1 a n1esn1a relação 110 caso ele oulros funcionários. lsso é 1nostraclo no Quadro 7. 1. Q uando tal co1n· p.lraçào Lra4 a pcrcc~;"i.o de que essas rclaçÕ<:s são i,b'U.lis, dizt:rnos que existe u1n <:SHtdo de cquidad<'. Pc-1x·c.·b('1nos nos..s.'l si, u.-'tçf10 tú1no jui;t" - (" :.:1cha1nos que tl j11s1iça prcvalcc<:. Quando pcrcrhen1os que as relações s..t10 desiguais, t~x1:x:ri1nen1a1no~ unu1 tensão de •·<1uidaclc. ~ ,ando pcrcebcn1os que son1os desvalorizados} a tensão c1ia o scn1i1ncnto ele l'aiva e rcvoha; quando pcrcchcn1os c1uc rcccbcn1os rccon1pcnsas c1n cxecs.cio, a ,ensào cria o scntin1cnto d e cuJpa. J. Stacy f\ da1ns sugere que esse estado de tensão ncgnriva oferece 1notivaçào para u1na ação corrcliv.1.~· O ponto ele referência escolhido pelo funcion~írio aun1c11ta a con1plcxicladc da teoria da equidade.''° Existcrn quatro pontos ele referência q ut podc1n ser usados na con1-

      paraçào: 1. l+óprio-interno: as cxpc1iên:cias do fi111cionário c1n outra posição dentro da 1nc:s111a c1nprcsa. 2. Pr6pri1N.Xltt110: as expcriêt•cias do fu ncionário cn, u,na si11..1aç.-io ou posiçru) forn de sua en1ptcsa .:nual. 3. Outro-interno: outra pessoa ou g rupo da 111es1na ctnprcsa. +. Outm-externo; outra pessoa ou gn1po de fo ra da c1nprtsa. Os funcionários podc1n se co1npar;-1r a arnigos, vizinhos, colegas ela 1ncs1na c1nprcsa ou de outras, ou co1nparar seu cr11prcgo (ttual co1n os antigos <1uc jéí ti,·cra1n. O po nto de referência escolhido dcp'-·ndc das inforrnaçõ..:~ que o tl111cio1Hí1io possui sobre os rcfcrcuciais, bcn1 co,no da au';\çào que eles poclc1n cxc1-cc1·. Hâ quatro val"i,ívcis 1nodc1-ndoras:

      214

      Compo11amento organiia~ional

      gCncro, tc1npo de c111prcgo1 ní,·cl hierárquico na o rganização e bagagc111 educacional ou profissio11a1.u1 t\s pesquisas indic costu111a1n 1'Ccebcr 111cnos que o~ hon1<.·ns pa!'a 1r.1b:1lhos i&'\1ai$ e tê1n cxpcc1ari\'as 111ai~ baixas quanto i1 rc1n11ncr.1çào.(,i 1\s..~i1n, urna 1nulhc1· que escolher ou1n, ntulher co1no ponto de rcfCrência fiu-:i que o padrão de contparaçào fique ntais baixo. Concluí1nos, então. q ue íuncioná1ios en1 scrviçosco1n n1enosscgrcgaçào scxuaJ Úlzc1n anais con1paraçõcs entre sexos do que aqlLClcs cn1 s ituações de claro don1ínio ele un1 dos sexos. Isso ta1nbénl Sll!,'Crc que se as 111ulh crcs s.:lo tolerantes à baL"a rc,nuncraçào, tal,·cz esse nno se deva aos padrões de co1uparc1c;ão que elas utilizi:nn. É c laro q ue os estereótipos dos c1npregadorcs sobre as 1nulht.:1'Cs {p<.tr' l'Xc1nplo, a crc,lÇ(l de <1ue ela~ tênl 111cnos co,npto111cti,ncnlo con1 a crnprcsa ou que 'crahalho de n1ulhct' v,llc ,ncnos) 1a1nbi:1n con11ibucn1 pal'a a d iferença na rcinuncraçào.6.1 Por sua \'CZ) os funcion;írios conn pouco t<:n1po ele casa não possucn1 1nuilas infOr111a .. çõcs sobre as outras pessoas da orga nizaçào e tcndc1n .1 confiar anais nas p róprias cxpcri .. ências.J<í os tnais antigos. usa1n principahncntc os colegas co1110 fonte de conlparaçào. O s íuneio,uhios c n1 cs<:alõcs 1nais altos t: especializados e aqueles con1 nível cclucaciona11nais e lc,'(1(10 costu1na1n ser 1n
      2. i\locliíicar suas rcco1npensas (funcionários (lue 1"Cccben1 pol' 1:>cça p1'0
      Justiça distributiva Justiça percebida do valor e alocação dé

      ,~mpensas entre individuos.

      1

      Justiça o,ganizacional Percepção geral do quo é justo no local do trabalho, compo$tO de justiça d ,stributiv~, . processual e interac:::_j

      1

      :\Jgu,nas dc~as pro posic;õcs têrn sido su1:>0rtadns pela pesquisa, 1nas o uLra.s não.6l P,·i11leiro, as injus1iças criadas pelo sobrcpaga,nento não parecc,n ter u,n i,npacto l-ignificativo sobre o co.-npo,,a1nc1Ho na n1aiol'ia d:is situaçôes profissionais. r\ parentcn1en1e, as pcswas são be ,n n1ais roleraru es con1 relação a isso do que conl relação ao s11bpaga1n<"n10, ou pelo n1cno$ conscgue1n racionalizar n1clhor ess...'t si1uaçào. É ,nuifo prcjuclicial a un1a teoria quando a n1c tade da equação (co1no a.s pessoas rcagc111 ao sohrcpaga1ncnto) se desintegra. Segundo, nc n1 todas as pessoas são sensíveis à cquida dc.v.:, l~xiste llllla pequena parecia da ÍOr\:.;·\ dé tr,tbalho que atCprcfCrc c1u<· sua rcl•-tçà<> i11su1nos·rccon1pcnsns seja 1ncnor do que aquela de seu J>OfHOde rcfcri:,,cia. t\ s prcvisõ('S da te
      geral do que é juslo no local ele trnbalho. Os fünciomírios percebem suas organizações con10 justas son1cntc quando acrcclitan1 que os rc~ultaclos que rcccbcr::1111 e a íor111a co1n

      capitulo 7

      Figura 7.6

      Conceitos btisicos de motivaçAo

      215

      Modelo de justiça organizacional

      Justiça otribufflva Definição: percepção do resuhodo fuslo.

      &emplo: ,ocebi o oumenlo de 5016rio mfK6Cido.

      Justiça processual

      o.lio;çõo: pG$0 4.ltilizodo poro detetminor o resuhodo

      Exemplo: fui inserido no processo OOlizodo ~ - - - - ' " - ! poro co~r oumontO$ e me derom umo boo explicação sobre por qoe eu ,ecebi

      o ouinonto $01:iCilodo.

      Ju~a -nizadanal Definição: percepção geral

      do que é ju,to no ombtente de •obolho Exemplo: oaedito que este ó um IOCQJ jos.10 poro trobolhor.



      Juttiço interocional perc&pçõo do individoo do

      Definição:

      grou em que ó trotado com dignidade

      e respeito &emplo: quondo mo folou $01xe meu aumento, meu superviw foi muflo gentil e cortês.

      Justiça processual Justiça percebida no

      processo utilizado para

      determinar• diwiboição das recompensas.

      I

      que os resuhados rora111 recebido:,; s.-1o justos. Unl t:lcn1cnto-cha\·e da justiça org.:111l:tac.io11,1l é ~1 1>ercepçào ir1di,~dual. Enl outras pal(,v1-as, de acor<Jo cotn a j,,stiç;i. organi~(1cional, jl•Sliça ou equidade pocle,n ser sul)jcti\'as, <: isso l'tside 1111 pc,-cepçào da pessoa. O <1uc tuna pessoa "ê con10 i1ajus10, ouLra \'ê conto pcrfr~i1arncnu:: ap,·opriado. ~ o geral, as pessoas possucn1 un1 viés cgocênlrico ou de a utocon\'cniêncla. Elas vccn1 as d isuibuiçõcs ou os procc· d i1ncntos que as favorccc1n conto se fosscnt justos/"J En1 u111a pc:squ.isa recente... 61 por cento dos entrevistados clisscr;un que t-s•ci.o pagando J><:Ssoahncntc suas cotas justas de impostos, 111a~ un1 n(unero quase igual (54 por cento) dos cntrc,·istados a<:han1 o sistc.n1a tribut;;lrio con10 u1n todo i1tiusto, diicndo que.'! algun1as pessoas o contorrH\111.:o 1\lé1n do foco sob1'C pe1'Ccpçõcs de justiça, ou11'0 clc1ncnto-chavc= clajus1 iça org;tniia· c ional é a concepção de qut· ajustÍÇ.) é n1ultidi111cnsio11al Quan10 nos é pago cnt l'c;laçào ao que achan1os que clc\'crían1os receber ijustiça dis1rihuüva) (: o hvian1cn1c intp()rtantc. !\.•las, de acordo con1 os pcsquis.aclorc-s da jusliça, ,o,no sornos pagos é relevante: ta1nbé1n. ;\ Figurá 7.6 n1ostra urn modelo de justiça orgnnizacional. 1\lé1n da justiçfl dislributív;1, a jusliÇlitafàts são 1~iô(•s clal'as l)"I'ª o resuhaclo que a gcstf10 ofcl'ccc ao indi\'íduo. l)cssa IOl'n1a, paJ'a os fi111cio1ulrios 1>0
      216

      Compottamento orgc1niza~ional

      No final de 2009. a Confederação Nc1cional dos Trabalhado,es do Ramo Financei,o convocou uma greve geral. Os banc.ários desejavam melhores salários, benefícios e condições de ttabalho. De acordo com um líder do movimento, a inequidade entre as remunerações dos íuncionãrios operacionais e dos execvtivos das instituições foi outra causa da paralisação. Segundo el.e, .. é inadmis.sivel que os bancos, com seus altos lucros e com o pagamento de bônus milionários a seus executivos, queiram reduzir os salários e a participação nos lucros dos bancários" .'t

      Just.iça interac:ional Grau de percepção em que um indivíduo é

      tratado com dignidade. consideração e respeito.

      1

      ff

      você fica 1nais focado no t rata ,ncnto de seu SUJ>Cl'visor co,n relação a você do que st tivesse ganhado o escri1ól'io. /\.s txplicações são Úleis quando 101nan1 a f()rnHt de desculpas f>0.1/ hOf (" Eu sei que isso é rui1n. Eu 01'1.ador das infor,naçt>es., podcría,nos c11perar que a.s pcrccpçõcs de i1!justiça cs1ivcs.~1n relacionadas 1nais csU'Citan,cntc ;10 su1>ervisor de alguén1 . Via de regra~ as c,~clências sugcrc1n isso.1:i Dessas três cli1nensõcs de justiça, a jusriç~, distributiva é a que 1nais csul relacionada ao co1npron1ctin1cnto organizacional e à satisf..'lção co1n rcsuhad os1 con10 a rcn1uncração. A justiça processual é a que l"Stá 111ais r,clacionada à sal.isfi,ç~lo no trabalho, confiança. afasu1· n1c1Ho da organizaçc1o, dcsc1111:x:11ho profissional e co1nportc1mcntos de t idad.111i-.,. Quanto à jusdça intcr,-tcionaJ, pelo f.:ttO de ser rcccnlc, ainda não cxistcn, n1uitas e,~dências que pel'n1i1a,11 apoi;:11· con<"·lu~õcs. sohr(· scti.s in1pactos.1r. Os gestores poden1 ela,· vários passos pan.1 cs1in1ula1· as pcr'Cepçõc!S dos funcionários. PrinlC::iro, eles dcvc1ia1n perceber que estes úhin1os são cspc..'eiahnc111c sensíveis à injustiça cn1 proccdi1nentos de con1unicaç~o b1c11la. No final d(· 2006 e inicio de· 2007. após on1 aciclc111c• aéreo clccorrcnlc cio choque cnlrc duas aeronaves, 1nuitos contl'oladores ele: voo rcaliz.ttra ,n ~opcraçôcs-paclrào\ crn que cun1prinn1 as rcco1ncndaçõcs técnicas e não trabalhava,n c n1

      Figura 7.7 Teoria da expectativa EJorço

      individuo!

      l

      (D •

      Oe$empenho

      il'Klividuol

      0

      ©

      Recompeolo0$ f OC'goniz:ocioooi$

      Reloçó,o oslorço.de.5empenho

      (I) Reloçóo dosempenhorocompen.so (D Reloçõo recompenso·rnelos pessoois

      0

      1

      MélO$

      pessoais

      capitulo 7

      Conceitos btisicos de motivaç3o

      2 17

      tun ritnlo n1uito cstrcssantc. Essa foi a fo r1na encontrada po r eles para protestar contra as condições prc<.";i rias de tn,balho1 as j ornadas duplas n.:alizaclas e o ck.·vad o nlunero de voo.s opc111dos po r' C<\da tun d eles .sirnuhanean,cntt·.,; En, ufna .situação con-'IO CS&"l 1 a f\gência N~H·ion.-1ele 1\vi;'lçi10 Civil <" o ~·linistêrio ela Defesa dc·, ·criarn pcrceher q u<: a solução dc\'c;ri;\ ser tangi\'c l {co1111·a1açào e 1rcir:ia1n< ·n10 de pessoal e 1nc·lho1i a das condições ele trabalho, po r exemplo) e não baseada cnt d,csculpas o u m udanças nos procedirnentos.ilf

      Teoria da expectativa Teoria da expectativa Teotia que afirma que a fo,ça da tel\dência para agir de determinada maneira depende da força d,1 expeetativa de qve es.sa ação trará certo resuhado e da auaçio qu& esse resultado

      exerce sobte o individuo.

      1-loj c,. unta das explicações 1nais a n1plan1cn1c aceitas sobre ntotivaçào é a teoria da expectativa ) de \ fictor \ 'roonl.;,, Apesar d e haver alguns crí1icos) boa parte das pe.,;qui.sa.,; dá e1nbasantento a essa teo1ia .111> A tçoria d a expectativa sustenta <1uc a fôrça da tendência para agir de dctcrn1inacla 1nancira depende da fO rça da <·xpcctativa de q ue c-ssa ação trará certo resultado e da atração q ue esse rc-suhado exerce sobre o indivíduo. E,n tcrn'los 1n~1is pr::i.ticos1 u111 funcionário .scrue-sc: 1no1 ivado a dc.s1>encrccbida pelo indi,·íduo de q u<· ccrt::1qu<1n1idadc d e csfOrço lcvarft ao dcscfnpe,,ho;

      2. relação desempenho·recompensa. O g rau c,n q ue o individuo acred ita q ue dctcrn1inado ni,·cl de dcscntpc nho levará a \Ult rcsuhaclo desejado: 3. r elação recompenSa·meta s p essoais. O grau cn1 que as rcéo1npc11sa.s organizais ou as ,,ceessicladc:s do indi\'íduo e· a atração c1u<· CS.'ias rcco1npensas po1cnci.1is c~xcl"Ccnt sobre (~lc.31 r\ teoria da expectativa ajuda a explicar por q ue tantos trabalhad ores não se scntcnl n1otivaclos crn seu trabalho e 111uilros fazcn1 apenas o 111íni1no necessário para con1inuarc111 c111prcgados. Isso fi<."a evidente quand o cxall1inan1os as três relações da teoria cn1 1nais detalhes. \ ,'~unos (1prescn1011cler aíir1na1ivan1cnte para q ue sua ,noli\'açào S<:_ja 1n:'txi1niz.(1da. P1i 1nciro, se eu 11u•e:i:farçar ao 111á.,i11u,, isso Jtrd r«onl1ecit!o e,u 111i11ha az,·olia(iio ri, Jesen1p,•11J10? Pa ta rnui1os lrah.1lhadorcs, a rcspos1a é: nào. Por quê? Sua capaci1açào pode deixar a dcS(:jar, o q ue signifJca que, por 1nais que se csforc:<:nli eles nunca tcnio un1d cscntp<:nho 1nclhor. O desenho do sistcn1a ele a,ialiaçã.o de d cscn1pcnho d a c1nprcsa pode considerar outros f.uorcs (con10 lc;llcladt, iniciativa ou coragc111), o q ue significa que n1ais esforço não tcrf1 nccc.:ssarian1cnte corno resultado urna 1nclhor avali;u;ão. O utra possibilidade é c1uc o fu ncio11c\1io acredite, co111 ou scn1 raz<.i.o, q ue seu chefe não gosta dele. C',0nscquen1<·1ncnt<; sua expectativa I: de r'Cccbcr un1a avaliação t ui,n, não irnpon,a o quan10 sc c.~forcc. Ess(;S cxc1nplos sugc·rcn1 que un\a. cl,t.~ possi\'cis causas da baixa n1oti\'açào de Unl funcionátio é sua convicção ele que, não inlpona o quanlo ele se csfOrcc, nunca n;ccbc.rli lnna boa avaliação de clcscntpcnho. Segundo, st eu obtiz:er tl!tu, boa avalia{enlto, isso rt.su/lará e111 algu,na reron1pe11sa organizacional? ~1fuitas o rganizações rccompcnsa1n vítrias ouu·as coisas alén1 do d csc1npcnho. Qu,1ndo a rc111uncraçào c-st,í, de algun1a fo r,na, ligada a f;.Ltores co1110 tc1npo de cas.a, capHcidadc d e cooperaçf10 ou 'bc\it1laçào · do chefe, os funcion{uios podc1n ac:rcenho-1"Ccornpc11s.a é f'racn <..· d e.s1notivadora. Fi11aln,cn1c::, u. tu rttthtt alg11111.a reeo,11ptnsa, tia Jfrá arrae111, J,ara ,ni111? O fun cioná ,io trabalha duro na esperança de cons(~guir unta pro rnoçào, anas recebe apenas lu11 auntcn10 de salàrio. Ou espera conseguir u1n Kl'viço 111ais desafiador e intcrcssanlt, porént só consegue al_gttnl.tS paJa\'ras elogiosas. Ou, ainda, espera conseguir un1a transferência para a filiaJ d o llio dcJ .111ciro1 111as acaba u·ansfe,;do para '"fcrcsina . .É hnportantc adcqu.lr as rccon1J>Cn.s..is

      ás nt'Ct~idadcs de cach, funciomhio. Jnfcliirncutc, muitos gcstort-,; têm limitaçõt-,; quanto its rc· con'lpcns
      218

      Compo11.amento organiia~ional

      gc-storcs prcssupõc111. crronca1ncnte. q ue todos os fu ncionád os qucrc1n as n1csn1as coisas,

      s,·111 perccbl·r os efeitos 1not.iv;\cio11~-i.s da clifcrcnciaçào das rcco1npensas. Em 1odo.s esses casos. a rnolivac;-ào do fi.111ciooário fica :11baixo ele Séu pon10 1n{1xi1no. Corno unl exe,nplo claro de torno a 1<·oria da cxp<"cuttiva pcx lc funcionai; considcrcn'loi. o ~,so d os a nalistn.~ ele n1ercado. EJcs ganh,un dinheiro lentando prcvc1· o Íi.n\u'O dos pl'cços d:is ações. 1\ exatidão d e suas rccornc11daçõ(."s sobre a cornpra, \'cncla ou retenção das ações é o que w 1nanté111 1rabalhando ou não. i\ las não é tão sllnplc:s assii-n. Poucos analistas de 111cr· cado financeiro lhzc1n rcco1ncndaçõc.s para que os invcslidorcs vcndan1 ações que eles achan1 est,1r<:1n sobt-c\·aloriz.adtlS. e111bora. ecn um rnercado cstávcl 1 por clcfiniç,io. a 111CSJ11a quanLidaclc de ações que sobe, cai. A tco1ic, cl.:1 cxpcc1ativa ofcrtcc tnna expliC<\Ç
      Figura 7.8

      Integração das teorias contemporâneas sobre motivação Alto nívc-J de reolizoçõo '

      Desenho

      ~~ 1 Comporoçõo de equidade/ Jus.ti,ço orgonizocionol R : t

      ÍÁ

      Oportuf ;do
      I

      Criléfio.s de ovolioçôo de

      l poc~od• I

      t

      ___....

      ia

      .d•semr nho

      Desempenho ____.. Recompensos _...... 0<9onizoct0nois. ind;viduol

      s;,temo

      l

      objetivo de ovotioçõo de

      tt

      t R:eforço

      d(uempenho

      ObieJivo) qve orientom o comportomenlo

      t

      N ecessidades dominont
      MelO$ p&S$00i$

      -

      capit ulo 7

      Conceitos btisicos de motivaç3o

      2 19

      de tarefa , a validade da teoria da cxpcctaü,,a seria cons:idcravch11cntc 1naior. Contudo, essas c1íticas scrvcn1 para sustc11ta r a teoria da cxpcctati,·a c111 vez de i11\11Jid,\-la)já q ue ela explica por q ue un, segmento significativo d,;l rorça ele u·ab,1lho despende tão pouco esforço n.-1 l"('ali,:açào dr ~uas 1an..·Í.'\S.

      ntegração das teorias contemporâneas sobre motivação t\.~ coisas sc1ian1 1nui10 n1ais sianplcs se, depois ele iodas as teorias apresentadas, pudéssc111os dizer que apenas un1a é válida. ~11as elas não travrun un1a co1npctiçào entre si. O fa to de u1na ser considerada ,·àlicla n:'io invalida as dcn1ais auto1naticamcntc. Nt, verdade, 1nuilas d elas s.:'io co1nplcn1entan:.s. O dcs.\flo agora é j unüí.-Jas para tentar ente nder seu inter-reiac ionan1c11 to.&1 1\ Figl1ra 7.8 apresenta tnn rnc>delo q ue integ,·a bO<\ par1e do c1ue sabcn10~ sobre 1n0Livaçào. Seu fundanit'lllO hási.co é o n1oclelo de cxpcci:11iva n1os1rado na Figuttt i . 7. \ ;a rnos cxanlin,u· a Figura 7.8. (t\ boJ'darc1nos o clcsc:nho ele cargo nlais a1cnlan1cnle no

      Capítulo 8.) Co1ncça1nos achnitindo explicit::1n1cntc q ue as oportunidades p0<.lcn1 :.tjudar ou atr::l· palhar o esforço inclivldual. A célttla do esforço individua) tc in outra seta apontando para ela. 1\ stta vern das ,netas 1x:ssoais. De 111ancira coerente con1 a tco1ia do cstabclccin1ento de o~jeLi,·os. esse fluxo da.\ metas para o csíorço tc n1 a fi na lidade de nos lc1nhrar q ue os ohj <:.livos oricntarn o con1portan1c-n10. l\ 1eo,·ia d a e xpect;niva pre"ê que t11n íuncionátio despenderá l lll'l aho nível de esrorço se perceber que existe urn a fo rte rclaç~o entre esforço e dcsc1npcnho 1 des<'1upcnho e rcco1n pcnsa, e rcco1npcnsa e salisf.,çào de 1ncuts pessoais. Cada tuna dessas re lações, por sua vez, é in fluenciada por certos fa1ores. Para c111e o esl'Orço resulte c1n bon1 clcsc111pcnho) o indivíduo pr'C<"isa ltr ;\ ca1>acidadc.~ necc.·ss,lria <' p('1'Ccbcr o sistcrna de avaliação d<: des<:n1pcnho <:01110 just o e.: objetivo. J\ rclaç,'io dcscn1pcnho·rcco1npcns::l será fo rtalecida se o func ionário pcrccher que o descn1pcnho é rccon1pcnsado (e não outros cri1érios, con10 1cn11>0 de casa, prcfcl'ê ncias pessoais e dcn1ais cri1él'ios). Se a 1<:oria da avaliHção co&•n itiva fosse lOtahllellt<' v:ilicl::t no a n1bi('ntc 1·cal de lrabalho, 1>odcría,nos prever c1uc a rcco1npcnsa con1 base no desempenho r<·cluziiia a n1oti\'ação intrínseca do trabaJhaclo1: O llhi,no c io na 1coria ela cxpcctati\'a é a relação rccon1pcnsa-n1ctas pessoais. t\ 11101ivaçâo sel'á a ha na mcclicla ern que as l'eco1nptnsas recebidas peln pessoa, por seu born dcscn1pcnho, sa1isíizcrc1n as 11t·cessidade.s do,nina n1c.•s coere ntes corn suc1.s 1nctas individuais. U111 exa1ne an a is detalhad o da Figura 7.8 nlostra que es1ào sendo consideradas as ncccssidaclcs de 1'Caliz.;\çào e as 1corias cio desenho de ca,·go, do 1-eío,·ço, da equidade e justi(:1 organizacional. Os gr·a n dcs ,-ealizadorc.s 11i"10 ~3o ,notivados pela avaliação de seu clcs-cn1pcnho 11cn1 pelas rccon1pcnsas organizacionais; portanto, e les p ula rn d ireto do csl'Orço para as n1c1as p-cssoais. l .c1nbl'(··sc de que esses inclivíduossào 1notivaclos in1crna· ,ncntc, desde que o 1rabalho lhes proporcione respons.-'lbilidade pcssoal,.fe,dbark e riscos 111odcrados. Elc.s uão estão interessados nus relações csforço-dcsernpcnho~ clc.·sc1npenhorccon1pcnSt'I e rccon1pcnsa..--1nctas individuais. A ceoria do rclbrço apal'ccc e n1 nosso n1odclo por 1neio do reconheci1ncn10 ele que as tcco,npensas o,~nizacionais 'l'tforça1n o desc1npcnho individua l. Se a c ,11p1·cs.(t tiver un, sistema de recornpensas percebido pelos fun<:ioniu·ios coino a lgo pelo qual ·va le a pena' ter u1n bon1 dcsc1npcnho. essas rcco1npcnsas vão refo rçar e e ncorajar a continuação do bon1 clesc1npcnho. As r<.:conlpc;:nsas lên1 u n1 papel ínnda1n c1ual na 1c::oriíl ela cc1uiclaclc. .i\.i. pc-ssons co,npara,n a rclaç.:io e nt1'(' os resultados (por cxcn1plo, seu s.aJ;)rio) e o que os out ros rcccbcn1. 1n as t.an1bé1n a rorrna con10 s.:i.o tratados: q u;u1do as p essoas

      220

      Compo11.amento organiia~ional

      fic;11n decepcionadas con1 suas rccon1pc ns.as, elas. ttndcn1 a ser scnsi\·cis. à pcrccpç~\o da justiça que é JCita con1 relação aos procedirncntos usados e à considcraç.io c1uc lhes t' dada prJos supcn:iso1·cs.

      ftmplicações globais A 1naio ria das ,eorias sobl'e 11101iv:,çào roi desenvolvida nos Estados Unidos, por norte-an1c1icanos, sobre 11ortc-an1cricanos adultos.ª~ 'T'a1no e, 1co1ia d o cstabclcchncnto de objclivos co1110 a da expectativa cnf:,ti7..an1 o alcance ele objcllvos bem con10 o pcns.1.111cn10 racional e individualista - caracteris1jras consis1cntes con1 a <'Uhura 11011c-a1nrricana. 1\ bordarernos agora alguf'nas elas l<'Ol'Ías sobre rnolivaçào e consiclcratcrnos il possibilidade de sua transposição para outras cultu1-as. 1-\ hierarquia das necessidades de ~laslo,v sustenta que as pessoas co1ncçan1 no nível fisiológico e s.c n1ovc1n progrc·ssivan1(·n1c para o topo da hirra1Y1uia, na seguin1c Ol'd c,n de necessidades: fisiológica:S, de scgura,lça, sociais. d<' csti,na e de autorrcalb:ação. Essa hicr..uquia1 se li,·cr algu1na aplicabiliclaO ;:i5 ncccssidadc-s sociais..'.:, Pode111os prever, por c·xc1nplo, q ue o trabalho c1n grupo sertí n·Htls n1otivador par..l u-abalhadorcs de p,~iscs que cnfàtizarn urn a,nbiente acolhedor co,no critério. 1\ visão de que un1a alla neccs.-:i,lade de 1-calização age con10 un1 11,01ivadot intrínseco pressupõe duas çaractcríslicas culturais: a dis1>0siçào para cnfi'en1ar 111n grau 1noderado de riscos (o <1uc f:xclui as culturas <1uc cvi1a1n a incerteza} e a p reocupação con, o dcsc1n1

      pc nho (o que se a plica quase que exclusiv;un cntc às culn1ras que cnf3tiza n1 as conquistas 1nat<:rittis). Essa co1nbinaçào é cncónlrada crn países con1 forte iníluência anglo-sa.xônica, co,no Estados U11idos) Ca11adá e Grã-Bretanl1a,1t1 e t rclativa1ncntc escassa cn1 países co1110 Portugal e Chile, ou rnesmo o Brasil~ urna vci que. entre outros f.'lto 1-cs, õ:lpresern a,n considerável :lvcrsào ao ,isco. A 1c-oria da rq11idade ohte,-c un~,, a desão 1-ela1ivan1cn1c- grande nos 1-:Stados Unidos, o que não surpl'cende, visto que os sis1,c,nas dr recon1pcnsa nor1c-an1ericanos baseian1·sc na prc1nissa de c1ue os trabalhadores são ,nuito sc.~nsívcis à justiça na a loc:açt'io das rccon1pcnsas. Nos l-::Stados Unidos, a rcrnuncrac;ào e a equidade 1ê111 un1 fo rte vínculo. Entretanto, evidências recentes sugcrcrn q ué, c1n culturas colttivisHtS. c,n c-.spcciaJ nas d os paisc-s per· lcnccn,es. ao antigo blo<:o soci;,lis1a ela Europa (:entrai e do Lcsle, os funcionários csperarn q ue a.s reco,upensas leve1n en, COllta. SlH\S necessidades J>Csso::l.is. ben1 corno ~eu descn1penho.ti& c:ocre,ne,nente con1 a hc1-ança de \una «onon-,ia co1nunista. ce111ralizacla e planejada, os 11·abalhadorcs ta1nbé1n cxibern u1na a1itude de reivindicação - ou seja, espe,-anl q ue os resultados seja1n ,nniores do que seu investiniento.89 J~sscs achados sugcl'en1 que as práticas 11011e~amc1icanas de rcn1u'llcração poclc1n precisar ele 111odificaçõcs c1n países co,no :1 R..(1ssia e outras nt,çõcs ,,n,criormcntc cornunistas) para scrcrn percebidas con10

      justas pelos trabalhadores. ~·las nào pense que não há qual<1ucrconsistência ,nuhicuhural. O desejo por serviços interessantes parece SCI' co1n\11n a quase todos os 1.rabalhadores. inde pcnden 1en1cnte de sua Ol'ige1n cult ural. E,n u1n es1udo realizado en1 sc1e países, os lrabalhadorcs na Bélgica, na Crã·Hrc1anha, ç n1 Israel e nos F..s1ado$ Unidos classificaran1 o "trabalho in1crcssante' enl p1·i1nciro lugar de un1 to tal de 11 n1ctas profissionais. E essa aspiração ficou e1n sr· gundo ou terceiro lugar no.Japão, na Jio la nda (: na 1-\lc111anha.<10 Un1 estudo co1nparalivo q ue analisou os rcsuhados das preferências. profissionais ele estudantes u nÍ\'e r~it.\rios nos

      Estados Unidos, 110 Cnnad;\, na Austrália e crn Cingapura apontou que os três itens mais bc111 c lassificados por todos eles for«nl crescinlcnto) 1·ealizaçf10 e responsabilidade, e que

      capitulo 7

      Conceitos btisicos de motivaçAo

      221

      c..· lcs tivcra1n cia.ssificaçõcs iclênticas.'"11 Evidências n1cta·analíticas dc111011stra1n uunbén1 q ue. tanto c111 culturas incli,·iclualistas qu;n1to c1n colct.i,·istas1 as pessoas prcfcrc1n u1na distribuiç~o cc1uiu1tiva de recon'l1><:11sas (os u·ah;;tlhaclores rnais eficientes g;.1nh;;11'11 11lais) do q ue urna clivis.:10 igual (todo nlllltdo rcct·hc a 1nes:n1a rernuncraçt10, inclcpc.~ncl<"n1crncn1c do dcst1npcnho).'rl Nas divcl'sas nações. rcs1>ci1an1·sc os n1cs1no:-. p1incípios básicos de jus· 1iça nos proccdin1cntos e os tra bn lhaclorcs ao redor cio n1undo p rc fcrcn1 as rccornpcnsas baseadas no dcscn1penho e nas habilidades àquelas baseadas na scnioricladc.f)'

      fflesumo e implicações para os gestores ,\lb'11111a.s teorias 11cstc ~,pítul.o $..-10 volt.:,das !1cxplicaç.-i.o da rotativid,1de) ao passo que outras c11f::1tiia111 a p l'odutividadc. Elas ta1nbé11l d ifcre,n quanto~ c..1pacidadc de p1-e\'isão do corn poruunenlo. KesHi. seção, \'a1nos (1) rever enden1cs, e (2) avaliar a capacidade

      de previsão de c.1.da unia delas.~' Teorias das necessidades E.stas são a hie1·a1Y1uia de ~,l aslo,\', a de ~·lcClelland e a dos dois Í.:"llOt'CS de Hcr.d)C'1-g. Nenhurna dessas teorias ob1e\'C a,nplo 1-cspalclo, e,nbol"a a 1nais forte delas seja pro,·a\'ehnen1e a de ~·tcClella nd, e,n especial no c1ue se 1·cfCre à relação e1ure realização e p rodutividade. No geral. as Lcorias de necessidades não ofr:reccn1 explicações 1nuilo válidas sobre o que é a n1otivaçào.

      Teoria da autodeterminação .ou da avaliação cognitiva Ao se acumularem pesq uisa..\ sohrc os e feitos nlolivacionais elas rccon1pcnsas~ part!cc ficar 111ais cla ro q ue as rcco1npcnsas extrínsecas poclc1n nli nar a n1otivaçào caso s<;jarn vistas coi-no unia forn1a de conlrolc organi1..-1.cional. Elas podcn1aun1cntar a 111otivaçào se fo rnccen1 inforrn açõcs sobre con1pc1ênci<.1.

      Teoria do estabelecimento de objetivos Os o~jc1ivos claros(: diíicci..~ concluz..:111 a níveis n1ais altos de produriviclacle1 o que suslcnta a conclusão d e que a lco1ia do esta· bc lccüncnto de objetivos oferece u111a das rnais poderosas explicações sobre l.'Sta vaiiávcl dependente. A lcoria 1 entretanto. não ('1 lfoca o ;ibscntclS1no: a rolativicladc ou •~ satisfação con1 o trabalho. Teoria do reforço Esta teoria lc n1 un1 histórico importante de p rc,~sõcs relativas a falOrcs co1no qualidade e ,·olu1nc de trabalho, pcrsistêucia de esfor~o. abscntcísn,01 i1npon· tualiclade e índices de acidentes. ti. las uão ofcn:.."éc rnuita cxplica~'.àO sobre a s..-t.tisfa~:ão dos funcio ruhios. ncn, sobre sua dccisf10 de deixar a c111p1-CSt'l.

      Teoria da equidade/justiça organizacional f.s.,, teoria lida com todas :is quatro va1iàvcis dcpcnde1ucs - produtividade, saüsf.1;ção, abscntcísrno e rotatividade. Ela 1c1n, pro· vavchncntc. S<:u ponto 1nais forte na pesquisa sobre justiça organizacional. e é a que tCl'n rnaior suporte na literatura. Teoria da expectativa ~ossa teoria final oferece uma c.·xplicação poderosa para a produ1h·idadc, o abscntc ís1110 e a rotati,·idtldt· cios fu ncio11áiios. ~Jas e la parle do pd11· cipio de q ue os funcionários cntfcntan1 poucas lío1it,lções ('11) sua autonomia de decisão, co,no vieses e inforn1ações inco111pletas, e isso acaba po1· tcstringir sua a plicabilidade. t\ teoria da expcc1a1 i, 1a tenl seu valo,· po1-que as pcssoa:t considera,n os l'esuhados espetados conl relação a nluitos conlportan1en1os. Contudo, e la a prnas. l"'xplica o co1nporta1nen10.

      222

      Compo11.amento organiia~ional

      Ponto

      Contraponto

      '

      O fracasso motiva! uitas das melhores lições que aprendemos na vida provêm dos fracassos. Frequentemente, quando estamos voando nas asas do sucesso, locomovemo-nos sem esforço - até cairmos no chão e não conseguirmos levantar-, ao passo que, quando temos dificuldades para decolar, lutamos para nos superar e damos mais valor ao sucesso. Vejamos o exemplo da montadora Ford no Brasil." No final da década de 1990, a companhia acumulava prejuízos e apresentava estagnação nas vendas, decorrentes do fortalecimento da concorrência e do envelhecimento de seus produtos, que não atraiam a atenção dos consumidores. A matriz norte-americana cogitou encerrar as operações no pais, mas resolveu dar uma

      M

      nova chance aos gestores, confiando no crescimento do

      emergente mercado brasileiro e na capacidade dos funcionários nacionais.

      Diante do fracasso anterior, a Ford do Brasil mobilizou-se, promoveu uma profunda redução de custos, inaugurou a fábrica mais moderna do grupo, em Camaçari, na Bahia, e investiu no desenvolvimento de novos

      veículos. Comandada por Antonio Maciel Neto, nomeado presidente da empresa em julho de 1999, a Ford deu a volta por cima, lançando o Novo Fiesta e a EcoSport, que se tornou um sucesso de vendas. Graças a essas mudanças, a empresa alcançou 12,5 por cento de participação do mercado brasileiro em 2006, contra sete por cento em 1999, e reverteu os prejuízos, que chegaram a 500 milhões de dólares naquele ano... Esse exemplo mostra que os fracassos passados podem servir como fonte de motivação e ajudar na conquista de sucessos futuros. De acordo com uma especialista de Harvard que passou sua carreira estudando executivos, um dos motivos

      pelos quais pessoas de sucesso fracassam com frequência é porque elas colocam as próprias metas em um lugar muito alto. Segundo ela, •muitas pessoas de sucesso colocam as barreiras tão alto que não alcançam a meta distante. Mas elas alcançam coisas que não seriam possiveis se não tivessem colocado essa meta maior" .n

      s pessoas aprendem com o fracasso? Vimos o exemplo dos erros de tomada de decisões que as pessoas cometem na escalada do comprometimento. Elas insistem em uma aventura fracassada porque acreditam que a persistência é uma virtude ou porque seus egos estão envolvidos, mesmo que a lógica sugira mudar. Uma pesquisa mostrou que os executivos, com frequência, persistem ilogicamente em lançar produtos, mesmo que as evidências deixem claro que o produto não irá a lugar algum. Como os autores apontam: • Às vezes, precisa-se de mais coragem para descontinuar um produto que não vai a lugar algum do que mantê-lo". Portanto, o pensamento de aprender com o fracasso é um belo ideal, mas a maioria das pessoas é muito defensiva para fazer isso. O fracasso só ajuda se a pessoa se beneficia com ele, e isso é uma grande presunção. Muitas vezes as

      A

      pessoas não se recuperam, ou teriam tido mais sucesso

      se não fosse por essa falha. Há amplas evidências de que quando as pessoas fracassam, normalmente racionalizam seus fracassos para preservar sua autoestima e, portanto, não aprendem nada. Embora o exemplo da filial brasileira da Ford seja interessante, não ficou claro se os executivos da empresa fizeram algo além de racionalizar seu fracasso. Quando fracassamos, frequentemente desejamos explicar o passado, racionalizando que o fracasso e as experiências dolorosas foram essenciais para nosso sucesso. Essas racionaliza~

      ções talvez não estejam corretas, mas nos apegamos a elas para preservar a nossa sempre frágil autoesti· ma e tentar explicar o que muitas vezes não passa de azar. Precisamos acreditar em nós mesmos para nos

      motivarmos e, pelo fato de o fracasso enfraquecer a própria convicção, temos de fazer o possível para recuperar nossa autoconfiança.91 Embora seja uma bela história ouvir que o fracasso na verdade é bom, é como di$Se um compositor: ·o mundo não é uma canção•. O fracasso machuca e, para proteger-nos ou nos recuperarmos da dor, muitas vezes não aprendemos com o fracasso: nós simplesmente o racionalizamos.

      capitulo 7

      1. Defina n1otira(,lO. Quais sào seus clc1nc1nos·cha\'c? 2. Quais s.-io as teorias clássicas de 111oti\'açâo? c:o,no tê1n sido supo11ndas p<:las pesquisas? 3. O que é a teoria da a\'aliaçào cognitiva? O que ela prc· $Un1c.· sobrç os crcito$ de n:cH d::. t("(HÍa do cstabclcci,ncnto <."Sttlbc.lc.'tâ1nc1no ele ol~c1i,'Os? r\:j pcscp1i...:.as.:;upona1n.na?

      Tarefa: estabelecimento de objetivos Propósito Este exc·rrí(·io o :üuda~l a ap1'Cnclcr conto dcfinâr o~jc·Livos f.1c1íveis, verificáveis. n1cnsur~,,-eis e relevantes que pos. sivclincntc se dc.·scnvolvcr.lo co1n base cn, unl progran1:, de adn1inistraçào por objetivos.

      Tempo Aproxirnad
      Instruções Dâvida1n·SC til\ gn.1pos de L.l'ê:s a cioco. Ot~:SJ>c11d:l algun$ n ti1101os discutiudc> sobre o tn,balho de scu(sua) profcssor(a). O <1uc clc(a) foz? O que define o

      Conceitos btisicos de motivaçAo

      223

      6. O que é teoria da cquicl:i.clc? Por que (Oi s.uplantada pela justiça orgnnizacional? 7. Quais são as pren1issas da teoria ela expcc1aliva? O que as pesquisas tê,n a dizer sobre ela? 8. Co,no as 1corias conte1nporàneas de n101i"ª"'"º do 1rab~1lho sc co1uplcntc1"1ta111? 9. V'<x:t ,u·ha que tlS teorias de 111oti\'áÇ<10 s~,o c~1llt1raln1c·n1c .scn.$:ívcii? Por quf?

      l>on1 dcscnlpcnho? Que co1nportan1cntos Jc\'a1n a urn bonl dcsentpcnho? Cada gruJX) deve dc~cnvol\"CJ' u1na lisLa con1cndo cinco c>bjc1ivo!) qu~:, c1nbora nt,o tcnltarn sido cstabclc...."tido:; junt~,. 1ncntc co111 scu{sua) professor(.;,), \'OCC acredita qoe possan1 ser desenvolvidos cn1 un1 progran1a de adn1i11istraçào por o bjetivos en1 sua f.1culeladc. ·11~n1c selecionar os objetivos que parece,n ser os fnais itnponan1es para u1n clcsc,npenho ~(ic-.:,z do 1rabHlho de i(:11(.sua) JHVfc~or(a). Cada ~.,·upo selcçionar:í 0111 lídt..·r, tJUC t(>1np:-1rtilhar:'1 (>s o hjcth·os cio grupo con1 ~' <'lasse inteira. Para os ohjrti\'OS ele cada gn1po, a djscussào ela classe eleve focar os objct..ivos: a) cspccific-icladc, b) Í.'"lcilidadt"! na 11\cnsutaçào, e) i1npo1·1ã11cia e· d) propritclades n1<>ti,·aciooais..

      Dilema ético O estabelecimento de objetivos é manipulação? Os gt·s1orcs se i1ucrC$S.tn1 pela questão da rnotivação porque querc1Y1 a prc11é clcíinjdo co1110 ( 1) rn::1nusc:;1r, gcdr ou usar, de anodo pa1, ic11lar1ncn1c hábil, c1n algu1n pl'OCCSSO de 1r:ua· rncnto ou dcS<;nlpcnho~ {2) gerir ou i11íh.1c11ci,u· por rtic..·io d<..'

      Quanto mais motivados estamos, mais trabalhamos? \'o<:ê ad 1r1 que

      11m, brasileiros, 1rah:ilha1nos ,nais ou nu-..

      nos do que o.s ho1bitantcs de ou1ros: países? \ Cx:ê ,1chl'l que osj~l· pOnl·scs e os nonc-tuncricanoo: ,i\'cn1 para o 1r.iba.lho1 ao passo

      al'tÍ1l\anhas; (3) f.1ze,· ad.ap1açbes ou 1nudanças para conseguir "an1agcns ou atingir propósitos inctividuais. 1\lgu1nas dessas definições não cstaria1n ele acordo con1 a ideia de os gestores 1cnu1.n-n1 habihncntc influencia r a produtividade cios Í\111cio-11ários p:'lra 1:x:,u~fiçio prc)prio ou para o bcrn cl;i oq,rani:t.içiio? Os b"CSlúl'CS t(~n, o di1-ci10 ele: bus<::-l r o (;ônlrolc s<>brc :séus subot'dill;l
      que os brasilc;in;;,s pai;.;;;.-un ,nais 1e,npo ílC; divertilldo? Para rcs.· ponder a es.;.;,s. pe~"\1111.=..s, ,Qhe,nos aos dados coletados pela OCl)F:. org:.,niia\-..lo que (hz JX'S<1uisas t..•111 qut-stOC-s de elcscn· ,:olvin1cnto cconô1nico, e 1x:lo lnstitulo de Pr.squis..1 E('onô1ni· e-a 1-\ plir.a
      224

      Compo11amento organiia~ional

      1. 2.

      Cúreia do Sul

      •16,7

      Grécia

      3. 4.

      Brasil Hungria

      '.19.9 39,4·

      5.

      Rcpl1blica (;hcca Polônia

      6. 7.

      ~'.l éxico 8. Itália 9. islândia 10. Nova Zelândia 1 1. Jap,,o

      29~6 27,8

      29. Holanda

      26, 1 26,0

      38,6 38,2 38,1

      Questões

      36.0

      1. Esses J'Csuhados o suq>rccndc1n? Por quê?

      13. E.slováqoia 14. :\ustràli:-1 15. Finlândia

      35,2 34,9 34,9 3•1,5 33,6 33,5 33,4 33,2

      16. Estados Unidos

      :l'.1,0

      12. Can:,dá

      27. Bélgica 28. r\lcn1:-inl1a

      30. t':oruega

      2. Púr qu(' ,'Qf"ê r1ch:-1 qut• OS no1"1l"-:1lrn(•ricaf10.s t' os j;,pcnu·ses têrn a reputação de 'viver para trabalh:l.r'?

      3. Esses rt$t1h~1dos pro,·.-uu que os core-anos-. por cxc1l1plo, são rn;,is 1noth·aclos ~, tr.1balh::1r do que os br.,silciros? Por quê?

      17. Eílpauha

      ~{2,7

      18. Poriugol 19. Reino Unido

      32.5

      4. l hna pcsquis., sugeriu que as 1nuda11ç(l.s no n(uncro ele horas trabalhadas s:io, cnt parte, d<.·vido a n1udanças nos valor~ cios in1poscos.. ·'Se os in1postos e los ~,scos do govcrno] são alto!., isso pode l<:,-a1· a rncuos u·abalho", dis-

      32,4 31.8 31,7

      2001, os lrah::1lh11dorcs n(u1c-,,n1<•ricanos au1n1.·.111an1n1 sua carga horá1in . .iO passo que os valores dos itnpostos

      20. 2 1. 22. 23.

      Irlanda Suíça 1\1..1.slri.l

      Luxc111burgo 24. Suécia

      25. Oina1na.rca 26. rraoça

      $<"'

      ,1111 do~ pcsqui~JdOn..~s. (A)tn hast ncs...:;a teoria,
      düninuíra1n. Da 1ncs1na nlancir.:1, cnu-c 1988 e 2007 1 o nú1nero de hota.<1; ltabalhadas por se1nana pelos bra.~iJeiros caiu 10,i pOI' ecnto, ao passo que a r:itga 11ib1..11;l1ia s\1biu 80 por cento. Qunl tcorh\ oo qu,,i.s tcori~!.$ de mo1ivaç;lo possi\'cln1cntc dão suporte a essa 1nuda11ç-a?

      :{ 1,6

      30>5 30,4 29,8 29,8

      '"'ft"'"'"

      Fontc8: L Oh:.\ni;\n, 1\, Raífo e.· R. Rogc..·1'$(1n, Cfi(lltg(J ;,, lAôur Supp(J ttnd "Titxa: 1:-:i.•i,lat16. dez, 2006; cJ .J. S1ni1h, '"l"asco;; l .ikdy Ca.u$in,; Some Coun1ric..' \\(lrl.cl'$ IO l..ahor 11·,\·cr Hours". S HR~I O#li,,r. n1aio 2007. disponí,,•I .:-111: <,,..,,'\,•.shrin.org>: "Carg:;:i hor.íria de cralx1lho no Bra...-il climinui 10.7°/o cntrt: 1988 <' 2007. di;,; Jpc·a'". CJ. 29 jul. 2009. .. C'..'lrg:i T1ihu13ria Ul"!Wll'ira .

      Estudo de caso 2 A inequidade pode afetar a motivação de jogadores de futebol Oc ~1corclo t-o,n a lcoria dt1 cc1uidade. a 111otiva<;ào dos indh;cluos cst:·i relacionada ao equilíbrio t;ntre os ei;for\O.<; 1'ea1izados e as recornpcns.'ls obtidas. Dessa làr1na, cas.o o funcionário perceba que os ganhos recebidos estão aquén1 dos resultado~ gerado~ 1>or $<'u tl'al>alho na co111paraçào co1n ou1tos trabalhado,·cs, ele podel'á. l'Cduzir seus esfol'ços ou pedir u1n au1nc1no de stu,s rcco,npcnsas. No ano ele 2009. o fh1111inensc. tin1c
      parece· ter desc:oo:.;idel'ado to1alrnc1ue esses cvllhoci,n<'n-

      los. Já havi:i alguns anos c1uc o clube 1na111inha u1na rc· laç,\o con1 seu patroci1u,dor que c·nvolvia o p..igan1c11to

      dos salá1·ios e dirci1os de i,nagcrn de seus jogado1·cs. Con1 base nesse vínculo, a cn1prcsa patroc;naclora, a l_;ni1ned.

      pagava os 8\1lál'iôs de- al&1'uns ~HlcHtS cousidcr'.ldos c raqt1cs1 e11quan10 cabia ao t lubt~ pag:1r os veoci1ne1nos dos del)1ais jogadof(;s. Naquele:- ano, poré1n, essa relação n1os1rou·st"·

      has1an1c problcrn:ltica. O <1,,c· aç~>nt~·r(:u foi (1uc o~ 't:r.H·1~1cs' 1 pago~ pc·lo p:\trocinador reccbiant altos salários e cra,n re1nuncrados cn1 dia (algo que é visto con10 tuna lei nas crnp rcsas nor·

      1nais, n1a.~ que não é tão 'obl'iga1ó1·io' ,-.ssiin nas equipes ele fut1..:bol). f..ss1..·s t1tle1as cn:im tuna 1ninori.J con1posta apenas dos nlais r:1.1nosos. Os de1nais jogado1·es, cn1re1anto 1 ti11ti1a1n sal:;'t rios bc1n rncnorcs e, por .scrcrn ·pagos' pelo tlul>c, rccehi::un quase sc,nprc co1ll atl'asos con~idc,"ávcis, que podia1n chegar a três n1cscs. t\ pcrcep<;ào dessa incquidadc contribuiu ptu'á 1ornar o c·liina dcn1 ro d:, e<1uipc não 111uito agradável. P:;1ra piorar a .:iÍt\tt,ç;io, dois (;:;!.$OS cx1rc111os dilic:uharan, ain0r sofrer unia contusão, passou u111 longo período lon· ge d os gran,ados crn n·<:01x:raç~o. O outro e ra aind~l 1nais

      grave. O a tacanle Lcandl'o A1nal'al 1 ouu'O <1ue recebia
      rian1 st esforçar 1nuito? ;-\íinal de conta;;., alguns jogndorcs rce'e;hia,11 1n11i10 n1ai~ do <1uc çlcs e ern dia, logo, clt:vt l'ian1 íã.zcr difcren<:a cn1 C'a1npo! Para 1nuitas pessoas, a pcrcc:pc;ão 0

      t:apilulo 7

      da inequidadc fbi 1u1'Hl d::is causa.~ d:1 ca,npanha ruinl do Flu1ninc11.sc no Can1pconato Brasileiro daquele ano: o lin,c p:ti;.s0\1 :'1 rnaior 1nH'lC do lernpo n:, zona de rt:baixa1t1e1\IO t: conocguiu escapar apenas na lllti1na rodada. É ,·crdadc: quc1 nas úhirnas rodadas, co,n o ~torno ele Fred e o ;1fhstanu;:nto de aJgnns jogadores, o Li111c teve un1 dcscrnpc:nho vencedor. ft1gindo do dc:s('cnso. o <1uc rnostr., QllC a equipe tinha condjçõcs para consc·gui,· tuna rnelhor colocação se lÍ\'eSS<' jogado d.iqucJ;, n1.111cira ;:10 longo de ioda,, co1npcti<;f10. l.~so 01úsLra qut· a t:quid,1de dcsc1npc11ha u1n papel ,nuilO in1por1:.n1c..· nos nu1is difcrcntc:s cipos de organizações. l)e~a for1na. os cluhcs de fu1ebol t~ :i.s f'rn p rc~as pn~t:isao, ficar atcnlos para nào clcs1no1ivar seus n1c1nbros co1n práticas dcsig·uais.. J\final d<"' co1na~, para os 1i1ncs, SCnlprc exis1c tuna nova divisão a ser explorada, ,nas, para as c1nprcsas1

      Conceitos btisicos de molivaçAo

      225

      d ecretar fr.1lênc-ia coslu111a S<:t a úoica opçi',o quando as coi~1S dão errado,

      Questões l. O que gerou a pcrccpç;lo d(• incquidadc no caso narrado?

      2 . Co,n c) cad:t urna (.la~ cli,nen~<>cs cl
      Fontes: C:1h,' .\lora. ··1:iuntincn.~· CQntpk1:1 1rr'$ ml°Sll"S de: ~1.Uuio:. atnL~1clM llc.'lt.$fm1'-""''• 6 llO\'. 2009 ... R,·nato (;-aitrho 1'C'\'d.a: ·O p1-ohlnun de :.:"1l..11io no 1:hut)inrnAf' (; ('terno···. (,'l.ol1«.Jp01te.fffl1, 20 :-tgo. 2009. (;uilhern)1,.· 1 (1SC'ltno, " Kogt1' l".xplir~, quç sal:iril)$ .'l.tr:\S3do:,. prtjL1di<'õl1~u11 M:u 11':l.h;tlho 11{1 FI,, ··, (,'l-0W<JJl(Jl/f,10t11. 16 j ul. 2009.

      1. J o.lo S,,ndriui."Gn.11» Sihio Santos t':01nplcta 50 rutl» 1ueuos dc:pcndent<" do Sl\1"'', ltntal Era111r/,;VfgllfTtJ.f, 12 r.c•1. 2008. 2. o·R('illy Ili, ··organii'..'UÍonal Bc-h:i,·ior: \\'h('rc: \\('\-c13(~ 0. \\11cl'(' \\"c'rc Going-". t·111 '.\ 1. R . Rosenz\,·e ig e 1... \\~ J>on1•r (Or~.). A11mwl Rn ,i rw ef l'$J·d1M~y. v; ·~2. Pa1o 1\ ho, C A: :\ unual Rc,·ic\vS, 1991 . p. ·13 1. \ 1cja t.\JA -//H /Jullttin, 11 a~,. 2006, p. 1-i. 5. \ Cja, pôrt•sé1nplo. ·i: R. ~liu·hdl. "'.\hudting '.\loti\':tlional St~1t<:gi<:s ";th Organi1..;nion;_d Conit·xu··. c1n L.. L. Cununin~rs e B. _'.\,J. Sta\v- (011,~.). R.tsta.rr/1 ;n órga11iznti<11u1l Jl(J1n: hjr1 ,~ 19. Gi-l"tn,ddt, (:l':J r\l P1\'SSt IY97, I>· 60-62. 6. 1\ . ~laslv\\, ,\f()Jii·a1ion,t11d l'mYmali!J·. Nova Yo1·k: Harpei'& Ro,, 195 L 1. Euler de França lklé1n, "Ri<':trdo Elc1ro tira o ~no d,, co11torf'C11ci<'I '',Jor11ol ÔP(iio On·lin<. üisponi\'cl cru: <w..,,..,,: jorn(l lo1>f'ao.conl.hr/índex.asp?scc:i l)= Rtp
      e:...,.

      1,

      jorna1=256&itlrc1>=2-107>. 8. \ ê:ja, porcs(:1nplo, E. F.. l.:t\,ilcr 111 cJ . 1.. Suttlc, "r\ Caus.'ll (:01·rcla1ion 'íc:st of thc ~ctd liicmrchy Conctpt'\ Organi~otio11nf &Jmvior 011d I lt1111an J'eifon11011rt, ahr. 1972.

      p. 265°287: 1). ·1: llatl e K. fo: . Noti~irn, ":·\ n f.xam io:ltion of '.\f:'i:i.lO\\''s l\c..-cd l·licr.1rth)' in ;u1 O rganizational Sc11i11g", 0rJ!Qni~ali()lto/ Behat·ior ,uui ,./t(man Pt,formantt, fcv. 1968. p. 12~ -35; J\ . K. Konnan,J. H. (Jrccnh.ius e 1.J. Jladiu 1 " Pcrsonncl 1\1th l1dcs :ind '.\ loti\'a1ion··. c,n '.\ 1. R. Rosc:nz\\·cig e J•. \ ,: Po rtc r (0 11:,rs.), A11nual lln-iru• '![ PoWloJog;. Palo 1\Jto. C1\ : :\nnual Rt,..ic,,es, l 9i7. 1>. 1;9.1i9; c j. H.auscheulx:rgcr. N. ScJunill c.J. E. Huntt•r. ' J.\ 'fc.st of 1hc Nccd Flic1-archy c:on(;('pl by :J ~l:ui:.M· ~Iodei of Changc in i':ced Stn:ngth", Arh11i11istraftÍ.y Scin1-r< C!!urrta[r, dez. 1980, I>· 6:,4-670.

      9. ., ,. A. \\'~thl>..'\ e L.. G. Hricl\\-tll. "'.\laslO\\' Rt4.' 0li.Sid<:1't d: :\ Rc:vic\\' of" R.csC'ar<'h 0111hc i\'ced Hitrarchy ·r hcory", 01ga11i-!Qtio11al lkltnriot ond /!t1111a11 PfTfa11111t11
      212 240. IO. L). '.\1cCr1..-gor, 11rt l/11m:0\-:1 York: i\lcGr;uv~l-lill, 1960.

      P ;_l.1':,

      lun:i. análise a t ualii:i
      constn1çÕti d a ·1<:01•ia X é da ·rtori:, \·: \'er R. J . Su1n1nc1-s e S. F. C r<1ush.a" ~·~, S1udy of ~ltCrc:gor's 'l hco•')' X, ·11,cory Y a nel thc Jnlh1cncc· o f ·r1ic·o111 X, ·rheory )' ;\ ssun1p1ions on Caus:ll :\11ribu1ions f(lr lns1:lnccs of \\'orkt"r Poór Pcrl'orn1a11cc··. in S. L. ~lcShane (0~). 0tg(111i~átll>,,al &hwior. :\ S.:'tC 1988 Conltre11ce P1-o«edin1,-s," 9. parte: 5. H,llif.,1x, ~1º"ª Sçotia, 1988, p. 115 123. 11. :\. l-:. 1\lx•fo, "'fh.,• Oyn;unics of ~ (;:l.S(;u)ine,,"-t\g('ntic and l~ntininr-C.on1n1unal ~rrn.i1s: 1"i.ndings fronta Prospcctin• Suod,j',],,r,rna/ ef P,,.,.,.,/Í!I' and ,'io(ia/ P9dN)/,ig)·•.-.,,,. 2003, p. 768 776: e R. 1::.1); G. :\lelzi e L•. l~acl~ . " lki,\~ Br.wc. 13':·ing Nic,·: lltenlCS of t\gcocy ;"tt1d (:onununjon in (_~Jiildren·.s Namui,-cs.",Joun1a/ r/ l {'TMllrali!)•, ahr: 1998, p. 257 -2n,1. 12. E J lc rzbc rg, H. ~la us1u~r e U. Snyderinan, Tht ,\folil'Olion lo 11órk. 2\o\'a ' 'ori:.: \ \ ílc:~~ l 9f>9. '13. R.J . 1lousc e 1•. :\ . \ Vigd()r, .. l lc1?J:>c:rg's 1)ual· l~c.'1or 'l'hcor)' orJt>b S.1tisf.'lction :1n. 1,) 20. l '1. D. C. XleCl<·lland, 17;e Ar/Ji« i.ug $(J(ir!J1. Nova York: \ 'a n ~ostnuul R.cinh old, 1961;.J. \ V. 1\ tkinson c..J. O. Raynor, .\ loliz:otion ar,d Arhi.11.•rn1mt. \\'ai,hing1on 1 l)C: \\'instou, 197·~; O. e:. ~l<.Cftll::ind. l'rti•:.rr: 17u hutrr f·,''(pn-1(n,,. Xo,..a \'ori:.: h'\'ing.1011, 1975i e l\l.J. S1ahl, .llt'ltta~iol ,11ul ~r«hnieol ,\ /Olii.V.Jtion: A.tSlSSing _\"lldsfor Arhin:rmo11. /~~ (11ul ,Ufiliatio(I.

      ;(ora York Prncgcr, 1!186.

      t:,. 1). e;. ~(C'Clcll:1nd e l). G. \\inter, .1\/otiroti,,g J!Lono,ni<

      .Jrhirm1tr,1t. Nova \ 'orl:: 'l'hc f1\·c Prcss, 1%9: c:J. lt ;o. ,finc·r,

      226

      Compo11.amento organiia~ional

      >:. R. S1nith c.J. S. 8F.1cke1·, "Role of E,11u-eprc.ncurial T."lsk )1oti\';_"ltion in 1hc G 1'0\vth of '[(:(hnologi<'all)· l 11.110\'<.HÍ\\: Finns: lntcrpn::t::ilions ÍJ(un 1-0llo\\'·Up l),na''. .},urnal ef • lpp!Ufl P~Jringtl', t 965. 19. E. fh."Ci e R. Rya11 (f:ds.), H1J11dbool.of &ffD,ttn1~i,.,oti()11 J~r.Mardt. Roclu:sccr. ~\.,: Univcn,itv o i' R0t~1t(·sctr Prtis, 2002: R. Rvan e E. l)cci. "SC'lf·Octcnni~lalion ·rhcory ;,ind thc F:'ld lilotion of lnoinsic:- ~lnli,i,tion. Socinl l)("\·clopn1,·1u, .ind \\'c ll·lking'·, Antt:ritt111 l's.,'ffl<>l0g,i.s1. 55, n. 1, 2000, p. 68· 78! é ) 1. Gagnf e t . l •. IX:ci. •·&:1r.J)ctcr1nination 'J'hto1y :u1d \ \'o rk ) loti,·atio1t°' ,J o1.1r11al ef Orgoni;:aJi(»u,/ /Jt:l1m1iQT, 26. 11. 4, 2005, p. :l31 -'.l 62. 20. E. 1.. l)cci, R. K~ tner e R. ~I. Ryan, ·:, ~ lc1:1-r\n;1Jy1ic Revic,\' of l~pcrin1<'lllS f.,~;11l1ining lhe Effc:-c1s of E,~1rinsi<" Re,\~U'ds ou lntrinsié ) lotiv.:1lion ''. Ps;vhol()1!,iMl /full,1i,1, 125, o. G. 1999. p. 627·668; X. Houlfo11 1 J{. KocMncr. ~I. J uui;scrnct, A. i\'antc·I· \ 1i\'icr e• N. L..c·kt·:-: "'í'hc: hnpacl of Perfor1nanc:c·C.n111ingcnt Re,.\·ard-. o n Perc·c·ivcd 1\ ,uonon1y ;:ind C'.on11x·lence", .\lotiratfori & En1o1úm. 26. n. -~. 2002. J>· 279-295: e G.J. Grt~gul';"ls cJ. ~I. Oit:Íl'ntk11•fT, ..DillCrcnt Fi1$ S,uis1)· OiOC.rt1H Xcé:ds: J.inkiug l't rso n·F.11"iron111en1 Fit 10 En1pltl)-..:1: Co1nn1i1tnçnt and Pcrfonn:uu;c Using ScU~ -l)c1c;rn1in:11ion ·rhc;o1) •'',Jo11n1a/ ef Applüd l'.s)YluJlqgy, 9-t., n.

      2, 2009. 1'· ·165--lii. 21. Jcfcrson Ribeiro...48 ho1nc11.s d~ F-0r<;a Nacional ,·cforc;.:un trabalho de ,-csg,nc t ,n St:·•, l'wrl<1I (;/ , :ZG no\', 2008. " ~1 P de so<:orró pt1ra S( : S(·rá d<' RS 1, I bilh;Jc,. a fin n:1 [)ihnn", / J,J,ta{ (;t , 26 t H)\'. 2008. ,;J-J illary C lin1o n t.'OlttJ) arn h'rt'C'. 1noto no 1'1::iid :', Lsunan1i n~l t\.si::i ·•, Fra.ncc Prcss.(\ P•,tal GJ. 13 jan. 20 10. 22. R. Eisenbc1'gC'I' e L. R..hõad c.-. s, " h\('1't1t1t111al l~lfects oí RC\\"ó'UXI 0 11 C~rca1ivi1y...Jo"rnál ef Pt.1Wr1t1li!1111111 Sixial l>s]Ylll'Hogp, 8 1, n. ·I, 2001, 728-7·1I; e R. Eiscnhcrgcr, \\~ D. Picrcc e'.J. ( ;an1emn, <·Ef1Cc1s. or R1·,,·ard nn ln1rin.;.ir

      ) h>1i\':.uion

      ~ eg:ni,·c. Nc·uo~l. ~nd Pos:i1ivc: Con1n1c11t on

      Dcci. Kocstnc,·. anel Ryán (1999)'', I )f)'(h()/ogí'utl [Jullrlir1. 125. n. 6, 1999, I'· 677-69 1. 23. ) 1. Hurg«.-~\ ) 1. E. En;,.Jc:c• R. & hn,:dtz. ''Oclt':uing thc Po1cn1iall>• Í)clctcriõus E-JlCc:1$ of Esu•nu1Uy ln1posed Ocadlíncs: Pmctitioners' Ruk·s--of.'f h t1n1b", f'n.sonalit,•1111d Sc,ia/ Pf1logr. 35, n. 2, 200·1, p. 209·223. 25 . .J. E. Bono e ·1: t\ . Judgt'.', "Scll~Co11c:on:l.a1u.·e at \\'o rl..: l ()\\'a rd tJndcnitanding the i\lotiv;ttion:d F.lfcc1s of ·rr:.'111,;forin
      26.J . P. ~lcycr, ·1: I~. l).c'cl:er e C. \ ';) ndcnbcrghc. ··tmploycc:(:o,nr11h1nen1 anel )lotiv~uion: ;\ Conet1>tual 1\ n"lysis and ln 1cgratÍ\'(' ~·lodcl'',Journo/of Applitd l's;·tl1Q/(Jgr, 89, n . 6. 200-1, 1'· !)9 1-1 007 . 27. g, 1\. Lockc, "'l(),,·a rd ;:1 ·1·hcory o r ·1ask ~lo1iv.1tio n and lnc:enti\'cs", Orga11i~ali011al &lrarior a,,d l lumttn P~,formttnre, nlaio 1968. p. 157- 189. 28. I~ C. l·:•.uicy. I~ \\'ojnaroski e \V. l'l\"st, ....-1:1.Sk Pl:, nning e Enc:-tgy l~;,:p('ndcd: Explor.nion of Ho,\' Goa.Is lnílucneé PcrÍh.s, <•c;oa.l Scuing: r\ ~lc:l.t·r\ nalytic F..~::11nin1nio n o f 1h<· En1piric:1I Evi. 70.>-i 17. 3 1..J. i\ 1. h,,u ce"ich eJ . ·i: ~le~lahon, "'lhe ERCc:-t:S of Coai Sttting, Exu:n1:1I Ft~ccJlxu::J., and Sclf.Gc11cr:ued l{"t•db.irl,; on ()utt.'(11nç \ ':iriahlc•s; 1\ Fit...,fd E.xpcrin1c111 ", Acnrin,ry ef .\ ln11Qg('tt1t11J,fl)ttrnal, j un. 1982, p. 3j9-3 72:; e F.. 1-\ , 1.()('ke. ")101.i,•ntion 'l'hrough C-Onscious Co::i.l Scuing··. ,lpplitd t11id f tnY11/i;v: l'f)'flwlog,,:. 5, l 996, p. 11 7-121. 3:l. Por c.xc1nplo, G. l~ L.·u hrnn, )1. Erc.i: é E. A. Lo<'ké1 ''Rt'liú h·ing S(icntific 1)i!tJ)Utcs hy 1he J oinl J)ci<:ign of C rut ial 1,:.'logy, nó\: 1988. p. 7.)3.772: ·i: O. Lu(h\'ig e E. S. Gcllcr, ';:\ s..;.it,'11cd versus l'.u·1icipitti\•c.: Coai Sctting a11d Rc~po nsc Gcncr:1li1.:"11ion: 11anaging lnj l1ry Conlro l an1011g Profession::il Pizza DclÍ\'C'. 1'f 1'S" . .Jm,,,,ol ef ,lpplitd P~ y/Jology. ::ibl'. 1997, p. 253· 26 1i e S. G. H·a rkin~ e ~I. O. l .O\\'C:, ••'fhc EITt.' tts of Sclf·Sc t C oais o n ·rask PcrlOrn1.incc:'',J our11nl ef Applitd So:lt'l of Pa 11iei1>a1ion o n Go:,I A ('('Cpt:i.ncc .ind P('1for1nanr(': A "í,\'O,.Stcp :O. Iodei'·. Arttdtn!r oJ ,\hJ11a:rr11t11I J1Jurnol. rnar. 1985, p. 30-66. 3·1. l~. 1\ . Lockc, "'rhc ). loti\':1ti(•n to \ Vork: \\·li~u \\'e Kuo,\·''1 Adi•a11r1,5 i11 .\ {QIÕ:otion and Ad1i, vtn1od, 1O. 1997, J>. 37!:>·-~12; e 1:i1h~un, En:-z e 1 .c)<"kc. ''R1'$0l\'ing Srkntifif' l)Í!iJ)Ul<'S by 1hr .Joint Ocs.ign of Cruek1.I Expt l'inttlllS by 1hc .-\11ta,(oni.sls'', 1>. 753-772. 35. H..J. K1l'in. ).I.J. \Vcsso11.J . R. 1-lollcnbc:c:k. P. ~I. \\'right e R. ll 0 t"Shvn, ..·rtu.· Nst~1ncn1 of Co;)J Conuniuucnt: .-\ ~ICl'L'-Un ·n1c111 ~Iodei ) 1(;1:t·t\naly:-is" , OrgnnkatW,u1/ l~Jtm.•i"r 11nd flttntn11 t )(tiíiM l mfrsltS, 85, n. 1, 200 1, p. 32-5.S. 36 . .J. R. 1-lollenbeck, (:. R. \Villia1ns e- 1-1 .J . Klí·in, ·:-\ n Enlpirical Ex~unination o r thc 1\1ncccclcnts of (:0 11un it111c111 to l)ifl'icuh Go~11s··, ]011r11al oJ AJ,plitd l'S)'Chology, (('\', 1989, J). 18-23. \ 1l:j a 1:.i1nbé.1nJ. e. \Vo lford, \ ~ 1.. (~Q(>(h,·in <' S. Prl"nt:'lck, ·· ~l<·ta·Anat~i.s of 1hc .~\n1cc<'dcnts oi' l'l'l'SOnal Coai IA.."vtl and of th\· t\ n ttt·edcntS and Conscqut·n<:c!: of Go,,I Con1n,i1,nen1'', ~l ourtrnl of ,\/a11agn11t11l, sct. 1992, J>. 595-615: )1. E. 'l\ 1bbs, ''Con11ni1nu•nl as•• )lod('r.11o r o f thc: Goal-l\·ríc,rn1:lllc
      '!f AJ,pli,d l'S)'(hof'>gf, (('\·. 1993. p. 86-9i; é J. E. Honü e' . ,- .

      capitulo 7

      E. (:<,lbcn. ··UndC'rst~nding Ri:sponsts lo ~ r l•lti-So,11-e('

      Fctdlxlck: ·1·1\l~ Rolt· of ( :ot(" Sclfcv.tl u,uions··. Ptr.lon11rl 1~~, J>. 171 -203. :J7. \ ·'<j' a R. I~. \\'ood. 1\.J. ~ lt nlo (• I!. •\ . L.otkc, "'í1L,k Co1nplc..~i1y as a ~lodrr.:11oroí Coai Ellê:cts: 1\ ~lela·An:ctly~i!t",J(Jtm,a/ <>f Applitrl P.gtoclt 1n: Eff<.."1."tSon 1'.i,sk S11'i"11tgies and Pt rforn,ance'',.7ounud of Applitd !'JJrl1olqg1·, abr. 1990, p. 18.)-193: e.•,\. ~I. ( )'l ,c;u)·-Kcll);J .J. ~l,1notí'hio e 11 ll Frink, ·~\ Revi('\\' or 1he lnOu,·n('\' of C ronp Goals on (:ro up Pe1forn,:"1ncc ... Arodn,!r ef .\l111ingttilf'fll Jltu111nl, 0111. l 99•l,

      p. 128.\-130 1. 38. O. f. (:ro\\'U, "Thc L7sc o r Group a11d C ro upté1u ric lndi\'idu;tl GotLls IOr (;ultu rall)' Hcttrogt·11cous ;uu.l Hó1núgcn<.:ous ·n1s.k C:roups: 1\ 11 1\ 5.,:ç,<;,.:;1n('.11t of Europ<.••u1 \\'ork 1('a,ns''. S,na/J G!Ql1p Jltitarrli, 38. n. 4, 2007. p. 489508;J. Kotn1an! "S<·ll:.Rt-gl.1lri.1ioo St1'at('.gits in t\ rhÍC\'\'1nen1 Scuings: ( !uhurc ~111d Gtndcr DiR<'rcnccs'',Journo/ oJ C,ru$l'ult11ral Ps;'tl1ofogJ', 32, 11. 4, 200 1, p. 491-503; e )1. Ercz e e C. E:irl1..1·, "Co1np<1rntivc 1\nal~is o r Goal--.'5e11ing S1r.,t1..'glc$ t\ Cl't'.tSS (:uhu1-es",.7()J11n,,J ef Applitd PfY(IIO/QJ:1, 12. l i .... 1987' p. 658-665. 39. Suc·Chan (' )1. Ong. ..c o~1J t'wignnH~lll ;u)d Pcrfon nancc: 1\ ssc~i11g thc ~lcdi;11i11g R.Olt.'$OÍ Cu.ti C(lnnuiun t•1u ;u1d S<•lf-Efficat.1' <1nd 1'1c '.\ lodt•1,1ling Rolt• of Po"'cr l)i.st~1nç'-·". Otgr111i{.01i,n1<.JI lkJ1oribf ond l lun1011 fk,isio,, t\w<.urs, 89, o. 2. 2002. p. 1J,J-0.1161. 40. (;, P. l .:ith;_·un <' 1::. t\ , l .ockc. ··Enh.in<'ing \hé 8 cnéfi1s and O v·crcon1i11g chc Pitt1,ll:s of Go~\I Scui.ng'·, OrgttJ1i;:utiQ11(1/ /~·1uu11its 35. n. 6, p. 332-3·10; L. )). O rdóil<.~/., .'.\I. E. Sch,\•citzc•r, r\. ll ():=1linsk)• e ~ 1. Ha7,c~rn1;, n, .. C oais Ço1u• \\'ild : ' l'hl' S)'Stc1n:ii1ic: Side EtlC('ts or O \'trprcsçribing Coai Sc-u io,~"· .-1Md1'71!f ef .llct11ogemt11I P CoaJ Scuiug Cone \\1ild, or )-lave hs 1\ttackcrs t\hando ncd Good & hol.1n;hip?", 1lto1ltn!1 <>f .1lanagrme11I Ptnj>(cth•,s, 23, n. 1,

      e.

      2009, ,,. li-23. 41. ··K t-: \ 'Croup Surv('y 1:inds Nc";:irl)' l'1<1lí of .\ li En1ploy(·('s H,,\-c: ::,.io St.·1 Pt1fot1na11<:(· Goalf". /P.t/~l· HR BulkJ/11, IO 1n~1r. 2006. p. 1; $. ..lanuu, "St\P l)aog lcs à Big. f;u C:arro1''. nu.si.nr.ssJtir.k, 22 111aio 2006, p. 67-68; e ··P&G C EO \\lc.:lds lligh F,.spcrt::tlion,.-. boi No \ Vhi1>", {.'S:·f Todny. 19 Jcv. 2007. p. 3 ll. 42. ' 'cja. por ('Xélllplo. S.J . c:.-.rroll é H. t.. ·rosi, .llOfl(lgtfll(tJ/ '!,> Obj«ti:.-·,.s: Appli(ali(Jns a11d Rt.sra!fh. Nova York: ~ lacrnillan. 1973: e R. llodgcrs cJ. t . ..luntcr, " l1np<1ct o r ~lanagc.:mcnl by Obje~:ti\·e,. ._. on Organi,:ational Produc;1i\i1y'' ,Joun,al '!f App/;,d l',ych•l•JU· obr. 1991, p. !!22-336. 43. \ ~ja, por ext n1plo. R. C. l:'ord, E S. ~lacl.:.ughlin cJ . Nixdorf, .:T<:n Q ucslions t\hou1 ;\IBO" . Califor11i,J ,\lanaJ!.(l'm1t /(n:iau i11\'tn10 1980, p. 89; 1:J. Coll;.un ore, "~la king ~IBO \\.ork in 1hc Pub1ic &-ctor", l t11ua11f1ol. ou10110 1989. p. 3 7- 10; G. l) al)hs, •·.'-ionpr(1fi1 HusinesSf.~ in du.- l 990s: ~ Iodeis foi· Suc«"ss··. ltu.si111.s$ //l)ri:t.MS. sc1./ out. 1991. p. 68-71; R. Rodgcn~ <'j , I~. l-l unlé1', ',\ fuunda.tion of Good .'.\1a11agc111c111 Praclic.:c iu Co,;erumcut: ~lan.1gc.:111cnt by Ohj c:c1i\'r.s", J~,hlir AdJ11i,rU1,11ti111r Rn•ieu; jan./fC'\: 1992 1 p. 27-39; ·r. 11. Po is.1trc C. S1rtib.. .. ~fUO in )lonici1>al Govet1un('11t: \ i,ri~,lions on a 'l.'1':\clitional ~l:\11a.gl'1ncru

      Conceitos btisicos de motivaçAo

      227

      'fool", Publi< Ad,r1i11istr(1/i().rt Rtritu; j:1n./ li.·,~ 1995. p. .J.8-56: e (:. Garv('y, "Co~dshating Scoftl'". I IR.llaµ::i,,t. abr. 2000~

      p. 99- 106. 44. \ 'cj;1, porc:.x(·n11;lo. C. H. Ford, ''.\ fHO: :\ n ldca \\'host · riruc J·f.L,:; C one?'', /Ju.sinr.ss l1on':;,Q1U. dez. 1979. p. 49; R. Roclgc·1-s cJ. E. H1.111u·r, "hnpacl of ~ lnnagcn1c111 by Objtctin,\~ on Ü l)r.lni-1,.'\1ion;:i.l Produc1i\'ity'\Jqun,o/ of ,lppli«t l'vdwlogr. ahr. 1991, p. 322-336: R. Rocl~crs.J. F.. H11fltc.:r t' 1). L. Rogcn.. " lníl11co<'c of 'rop ~la11:1gc1)1tot Co1uniitn1cnt o u ~lan;1gt•n1cn1 Progn,111 SuC'.C<.'$5.",Juurna/ ef Applild PsJ
      _\'!-u, li),J: 1;,11<.S. 22 ,n,u~ 200 1, p. \ \' 1. ·!.:'>. r\ . H,lndu1\l. Sr!f-f.JfitdlJ: ·rtw t:xtrri~ '!f OJ.,,ttW. .Nov· 240-261; c t-\ . Handur:a. "Ct1hiv:l\t Sclf·l~ílicrt.C)' fo,· Pi:-rsonal n.nd Otganiz::itionnl E0'«1i\"fll('.SS"' 1 in l-:. 1...otkc (O rg.), Handbook oj' Pri11ti'pft:s of O,gw1i~a1it1llól &hm:ior. ?\laldcn, ~IJ\: Ul:tck\\'CLI, 2004, p. 120-136. ~17. A. Bane.lura e O. Ccr,;onc, " l) ilTcrc111ial Eng.1gcn1cnt in Sc.:H: Rc;tç1iv(~ lnfl~1rnc"1,."S in Cogni1ivtly-B;u;cd ~ln1iv~11ion", ()rg<111i~otio11al Jklull'iur a11d l lu,;1(111 l)«isiM Pr()(<JStS. a~o. 1986, p. 92- 11 3. ~8. Bandu1'.l 1 &!fl!/fita((J. ·t9. l.. 1-Jollada.y (' ~I. ,, . Q uii10H('5, .. ,~c,ict• \ fal'iabilit>· ;u1d -rrausícr o r ·rraiuing: ·r hc H.olc.: of Stlf-tOicac:y Ú(•1H;r.ili1y.. , J m1n1ol ef Ap/>lird PS)'tho/()gJ', 88. n. 6, 2003. p. 109•1-1103. 50. R. C. Rist, "Sruclcn1 Social Cl!'l..tô$ :1nd 1Cac.:hcr F..xp1'Cta1Ío ns: ..111e Sclf-fulíilling l~'Ophccy in ( ;h('no Eduç;uion··, J,fon.ard EdurotW11ul ltetirt,,. 70, 11, 3, 2000. J>. 266·301. 5 1. D. Edtn, "Sclf·Fulrtlling Prophccits in O rganizrnions", ioJ. Crccnbe.rg: fórg:.). Ot-ga11i;:t11Wlial lkhm·1fl,: ·n11 Statr oJ llk &inue. 2. cri. :.. lalu\':.h, ~J: J..;u\·rencc Erlhaun1, 200'.i, p. 9 1-122. 52. lb id.

      e.

      53. ·1: ,\.Judgei C. I..Jack.i.:on,J . <.~. Sha\,·, B. Sc<11t e H. L. Rit h, "'Sclf-Effi('aC'.y and \\'ork-Rchued l\·rlc:1n nan1x•: ' f'h (' Integral Rol<- of lndi\'ido;'l.l l)iíl('rçn('('S··,)()11rnn/ <>J Applird l '$JYkMII{)·, 92,ll. l,200i, p.107- 127. 5 ·1. lhid.

      s:,•.J, L. Kon,aki. 1 : (:0.01nbs é .S. Scht1>1nan, "~lotivational hn1>lita1io11s of Rci1llê)rct,nt.·ot ·rheory··. in R. ~I. Stt·trs, 1..

      \ \'. l.,o rtcr e G. Big:l,·y (Ed~.,••\Jo1ã.·t1/ÜJn 011d 110rk &lun:iot. 6. ed. ~ O\ 'll York: ~lcGrn\\'-l-1ill, 1996. p. 8i- 107. :>6. n. E $l.in11<'1\ Co11ti,,gmtit.s of llti,ifr,rt(11unt. Eas1 :-.=on,~lk, ( :'f: AppkLon·Ce111ury·Crofts. 19i 1. 5i •.J. 1\ . ~ tiUs~ (:011110/: . l lli.story ef Jklumiorof PSJYJ1al~r. Nov~ \ ~n'k: J\:c"' 'i'ork Ülli\'él'Sit)' P1'tSS. 2000. 58. t\ , Baudul'a, &riol ltár11i1;g Tlitr Sad:ly"'! Org111ti.l,atio110/ l ltlu1t·l()r<111d /!t11,u111 !Wfarmautr. (Htl, 197·1. p. 1i0. 195; S. Ronen. ·•f.<1uily l,,cr«:ptiúll in ~luhi1,lc Co1np:1riro11s: ,\ Fic.·ld Stud>•", /11111ut11 lltlnlio,u, 11h1: 1986, p. 333-3•16; R. \\'. S<·holl, E. 1\. C:onpc·r r.J . F. ~lc:-Kcnn:ct, .. R~f<'re111 Scl<'CIÍon in

      228

      Compo11.amento organiia~ional

      Octcr,nining E<1uil>' Pe1'<.:t·ption: Oi!Tcrential [Oê:cts. on lkhavio,·ál a11d 1\ttitudinal Outto,ncs", l'n.>cm,1tJ Pv'(/IQ/{)g,: pri,n:"-era.198i,p.113-127: e'[ P.Su1n1nenc:\. S. l)eNisi, " ln S<'an-h of 1\d:un.s· ()1hcr: Rcexa,nin:uion \IÍ R<'fi·rfn1,..,; Uscd in ,hc Evalua,ion oí 1>:ty'\ //iutuu, R1JntiQ,1.1,

      jun. 1990. p. -19i·5 l 1. 6l. C. 'J: Kulik e ~r. L. ,•\n1b1'0Sc. ··Persc:u1;1J ~·nd Sitoational D<:t<:l'rnina11ts of Rcfcrent (:l,oice•·. Aaulrn!J' '!f ,\/a11a8(1t1rnl J(a:ic.n

      1992. p. 2 12-237.

      ::ibr.

      62. C. Os1rolf e: 1... E. 1\ t\\"Jtt·r. "Ooc:-. \Vho1n \'ou \\'o rk \\'Íth ) lrittcr? EOi:c1s or Rcfcrcnt G roup Ccndcr anel 1\ g<' C'.on1posi1io1, on ~ lanagcr~· c:01npcn~uion",]<>u,n
      63. 11,;<1, 6-1-. \ ~ja, po1·cxc1nplo, E. \\'alstcr, G. \\: \ \';\l.~ttrc \\'. G. Scott. &,uiO': 1'hro,y 1111d RtMfurl,. Bos1on: 1\ ll)'II & Bacon, 1978: cj. Cn:c.•ubcrg, "C~'11itivc Rt.."1."\'<1.lu;,tiou oí Outco1ncs in R1.~1x>nsc 10 Und i.'íJ).'l)'lnc111 lnt"quit)'", An,dm!J•ef .\/Q11ag<»11,11 Jo11nial, n1~r. 1989. p. 174-1U•l. (i5.

      r. S. C~n1:ln e A. Fricd1nan, "An Es:ln1ina1ion oí 1-\d:-un$' •fh<:OI')'

      f)f

      lntquity", lfd1ui1ti$lftt,;re Sti(1I(( (}Jtaflt'f[,- SCI,

      197 l . p. 271 ,288; R. I~ \ Cc:chio. 'f\n lndi\'idu,d-Dilfcrcnc:cs lnterprtl<1tion of 1hc C:onflic1ing Pn...-dic1ions Gcncrated 1,y F.quil)' · r111'0l)' :1nd l~xp('ctancy 1·hcory" ,Jour,wl ef Applirtl l\1,ho/01.1. ~go. 1981. p. 470°48 1; R.. 'I: !i. lO\\'(l:'1y! "F..qoity 'l'hco,·y Prcdictio1,s of Uchavior in Otg~)rlizatio,,s'', irl J~. Stt-en., L. \\~ Poncr e e. UiglC)' (Ori,~.)..\/oti..w/ÍOJJ arul ll'ork lltharior. 6. cd. No\':1 York: ~lcGrn\\'·l lill, 1996, p. 111 -131; R. \\'. Griffcth e S. Gacnncr, <)\. Role for t<1uhy'rhcory in tht ·rurnovc,· Process: . -\ n E,npil'ical 'IC:-.t"'.Jour,u,/ oJ Applittl &ridl l~'ffloJ()gJ: 1naio 2001, 1>, 1017-1037: e L. K. S<-hccr, :,.J. Ku1u:1r <:J.·B. E. }. I. Stceukarnp. " R.t•actions to Pcrccivcd lnl'quit)' in U.S. :,nd l)utch lntcmrg:1ni:-.:uional Rel,uionships''. At(U/n1t1 of .\la11,wm,11t. <16, n. 3. 2003.

      p. 303-316.

      e.

      E.,,:

      66. \ 'cja. po1't'x(:1npto. R. l·ltLSC'Olan,J, 1), Hatfi<:ld e ) lilcs, ",\ Nc\\' Pcrs.JX'éli\'C l')n Equity ..11lt-..)ry: . 'lhe E<JUÜ)' Scnsiti,·it)' Constn1cL", Aradtnl)' ef .\lanagt111nll]o11r11al. ahr. 1987, p. 222~23.J; K. S. Sauley e:\ . G. lkdcian, '·Equi1y Sensiti\'ity: C(J1lSll'uction of •1~1e::isurc and E..xan1ina1ion or hs P:>)'t'hô1l'l<:trit P1'0p<·rties".Jõur11a/ oJ ,\l,11u1ge,1u·1t11 26, n. 51 2000, p. M.5-9 1O: çj. t\. t"'!olquiu, "Does thcjus.licr of C)n<' lnt('r:u·1 \,·i1h tlu~JttJ;ticc of ~1anr? R.e:cu·tions 10 Pró<"ctlural Justice in 1'e~n1s",.]011r,11)/ ef Applitd 11f,holl)J!'f, 89, n. 4, 2004-, p. 633-6-16.

      67 . .J. (;1·ce11bc,·g e S. 01•1ts1cin, "l·ligh StatusJob 'l'ide as Con1pens..11io11 tOr Undc·rp,,ynH::nt: :\ '14.'st of t:<1uilr 'l'hc•. 285· 197~ c..J. Cre<'nl)('rg, •·E.quity and \\'orkp lacc S1:nu
      p. 606-613.

      ,w

      68. Ver. pol' e.xc1nplo.J. Greenbc::rg, ·, '" (}Jttslfor JuJti,, lht J<>b. ' f'ho usand o~,ks, C :\ : Sag<-, 19%~ R. Crop:11·iza11v t.· J. (irc(;nhcrg, ·'Progrcss in Ôrg_anizationalJus1icc•: ' J'unn1•ling ~fhl'Oogh thc ~1;11.('", c·n1 C. L. Coopcr e 1. 1: Robcrcson (lids. ). b1ter,,ati(}rial /l,~rU'1t· ~j' lnd11Jtrial (frui Orga11i<,otio11al l'fftholqg,_'I. v. 12. No\'a \ 'Ork: \\"ilt-')', 1997:J. :\ . Colquiu, D. F.. (:únlon, ~1.J.\\'('s,son, e:. 0.1.. 1-1. Por1<1r e· K . , ... Ng, ~Ju~1i<'c..' n1 th<.: i\lill('nniu1n: J-\ ~·l c1a-1-\nalyti(' Rc•vi('\\' oí 1hc· 25 ' '('a1'll of 0 1~ni1.:-itional.JuslÍ('c" R<'sc·:ir('h ... JQt1r,1a/ of Appit'td l'v·,h(}/()f..~ jun. 200 1, p. 42j-·1~~5; ·1: Si1non.s e Q Robcrson. "\\'hr t\liuu,gcrs Should Cllrc 1\ bout F:;,irnc'&~: 1'ht• EílC<·1s of :\ ggrebwatcjusticc Pcn·eplions on O~niz:uional Ootco111('s",JQurna/ oJ Applie,l l "sy,J1ology,

      jun. 2003. p. 4-32-113; e G. P. [..:uh:;an1 t' C. e:. Pindcr. "\Votk ~Joti\'(ttiou ~rheo,·y ,·, ud Res1:ateh a.11hc O,·,,vu of the 'l\,·cnty-l•irst Ccntury",A1u1uaJ Rrrial' ef P~)'ilwlogl', 56, 2005. p. 485-516. 69. K. Lcung. K. ·rong e S. S. l lo, •·tll'ccts _lntcroc1ional Jus.tice on E.i,roct.·utric Hias in R.('souz"Cc 1\1Jcx:.:1tio11 Ot.-cision.s'', J•11mal ef ,W,li,d Pwho/,g)·, 89, n. 3, 200~. p. 40:\ -115. 70. 'i\1n<·riç:n1.s Fccl 'fhcy 1>:cty Fair Sh:irr oí ·raxcs. Says Poli", .'\'tl/utttl·\ êuJS.tom. 2 ,n:,io 2005, dispo11ivel crn: < n'\\'\\~ na1ur.,h1c\\-s.co1n/007297 .hunl>. 71. G. S. l..t.."\·cn1hal, "\\'h;u Should lk Donc with Equity '"111rory? :'\cn· 1\ppl'Oachcs 10 thc Sn1d>• of F'::tirn(".:$$ in Social Rdationships". c1n K. Cc11,1tn. ~I. Crc<-·nbcrg é R. \\'i.llis {Ed~). ~"iotial l~xfhm,q-: Adoon,e.s in 'D1ttJ1)' and Rrsra«h. Nova ' 'ork: Plcnun1, 1980, J>· 2i·55. i2. 'J"\dt".s.io dos h.'ln('árióS ã greve é 1x1l'dal c.·,n São Paulo'', limai GJ, Econo,nia e Negocios, 2,1 sct 2009.

      or

      73. J. C. Sh,u,~ E. \\'ild cJ. 1\. Colqui11, '·lOJustifr or Excuse! A )lc1:,-Annl)•tit~R1.·,~c,,· <>r thc EITc;.-ts of E.xpl:in:.11ions", Jn1r11al of App/4'((/ /~r~ltolqgJ', 88. 11. 3. 2003. p. •1·1·1-458. 74 . D. l~ Skarlicki e R . Folgcr, " Rct~tliation in thc \\'orkph,ce: 1'hc Rolc;-s of Ois1rihu1i\'c, Proc:ednrnl, and lntcrac:.1ionnl _Ju1;1ice'·',JQ11r11al of tlpj,lit-m<'edoml fron1 l1lte~,c1io11a1 Ju,1ic:c .., Gtoup & 0,&<111i.t.111W11 ,\/a1to~11w,t, 27, n. 3, 2002, p. 32-1-3:',1; e S. (j, R-Och e L R. Shanock, '·Org::inizational.)us1icc in :-in F.xchangc F'r.in1t\\'Ork: Clarif) iog Ól'gá1liz;1tiooalJu!>ticc Di1nc1ls.i<)1ls'',Jtmt11al ef ,\la1wgn11,11I. abril 2006, p. 299-322. 76. Colq11i11, Conlon, \Vc.~n. Poncr e Ng. ~Ju.sticr at Ih(' .\lilkoniu,n.··, 1>, 425·-145. 77. 1..éil::i de ) ltnczc! Stcio t Gcssica Trcv-isa,, PC~,. "Crcv<: e Contplexid:td('. J)ilc,na:; do ~lo\'i111c11to dos (:on1mladorc"S dt \ 1oo no Urasil (2006~2007)'', F.ntonlro 1l11uál dt11l11p(}(.J 2007.

      78.J . Rr-b, B. ~l. Gold1n;,n, LJ. Kr-:i)' e R. C1opa11;,·,;\1to, ''l)ilfen•n1 \\'mngs, l)iHC•rçn1 R<'n1t.."tiit's? R....:ic:tion;,. 10 O~ni1.a1ioual R<'oH·dies .'\fie,· P1·0('eduml :-ind Inltl'3c1ional htiu$ti,·c'', Ptrso1111tl l'S)tfll)fogy, 59, 2006, p. 31--6+; e "~onh,,·c-s.1 Airlin('s 1-'lii,-::ln c~111ocll,uions ~loun1 ns l.:,hQr \\'ocs Co1niouc" .1lt'fO·)\á1;\j;r1tl, 26 juo, 2007, disp,onÍ\'CI c-,n: <"'\\'\\'.ac·r(11h•\\'.:;.1u·t>. 79. \ : H. \ ' roo1n, f1(Jrkn11á..\/o1il·a/ion. Nô\'.l , r()rk: \\'il1..1•, 196•1. no. l'ar::1 a (TÍti<::a, \'('ja l·L e. )i(;ncn1;111 Ili (' 1). P. S<·h\\·nh, ··Ev:llua1ion of R1.".SCt1.l'C'h on EXJX'Clall<')' 'l'lH'o1·y P1·..:diC'lÍon or En11>l(Y)'\.."t~ P<·rforina,,cc"'. l'ff(lro/l)j;ir11/ /Jul/(lit1,jul. 19721 p. 1-9; ·1: R. i\liu;IH·II, "'Expc<.'tanc..;· ~ Iodeis of Jol> S.'11i:lf:u;1ion, Occupational Pr1.·fc1'Cncc and l·:OOtt: .-\ ·rhcorctical. .\lt•th<,clological :'uld E1npirical 1\ppr:,is.:11", l'~yc/10/ogical R11lltti11, no,t 19741 p. 1053-1077j t• \ \ :• \ ':.,n Etl'(le f J-1. 'l'hicn'): "\ t,oo,n's Ex1>cc1ancr) lod<:ls ~01d \\"ol'k-Rclatcd C1iu:ri1\: 1\ i\ lé1::1-1\n;d~is",Jour11n/ of Ajlplifd l's;rlwlogJ: out. 1996, p. 575-586. l~rn QS que ::ão a Í.'1\'0r, 1.. \\'. Portcr t.' E.. I~. l..,.'\\\'kt 111, J /011118(n'al Aflitudes t11ul l>tffo1111t11lf~. f-loo1c\,'Oôd 1 11.: i.,,·in, 1968: t:J.J. l)<>nO\'an, " \\Ork '.\1oti\':llion", c1n ~ . :\ncl1.·n:011 ct ;li. (E
      capitulo 7

      82 . .J. ~o«r::i . ...._11 11..· 1\ nguish of lking :,n i\nalyst'\.,\e'.L· Jôrk 1ima ,t 111a1~ 2006. p. BI , Bl 2. 83. R.J. House. H.J. Shapiro t ~L. A. ll'ahlM, "~xpcc,ancy 'l'he:ory ~,~ a Pre:dittor of \\'o rk Hchavio1· and 1\ u itudt'l-: t\ Rc:C-'\'alu;uio n of' Ern pirical E\'ld <-'ncc", Dtci.sfo,1 &inu{'s, j;u1. 19N, p. -181 -506. 8·1. Par.1 ou1ro:. cscn1plo~. de n1ocklos <111,· vis:nn inH·grar :i:;. 1corias d::i. n,(lliv;1('ão.. "cja 11 ..J. K.leiJ1, ':\n lnt('gr,l11...'- 288·299; <" ·1: R.. ~litchcll. ")latchin_g )1oti,--aüvnal Stratcgies ,\·ith Orgarti1.a1.ion~ú Cont<·xb"1 p. 60-62. 83. N.J. 1\dlcr, lnlrrr11.1tWl1ul l>i11u1uiorr.1 ef O,ga,ti::.fltiMol lkliar·NN. 4. 00. Cincinn;ui, 0 1-1: Soulh-\\'cstc:rn Publi.;hing, 200'2. p. 17·1. 86. G. 1-lofScc.,-dc, "1'•1oli\'ation, U.·;,d crship, aud Organizalion: Do ,\ ,n"~ricnn ·rhcorit'j; 1\pplr 1\broad?". O,goni?,Qtiinu.rl l~·n1nui1s. verão 1980, p. 55.

      87. lhid. 88 . .J. K. Ci::icc,bl>t;:.i\lill<'r, l)..J. ~lillcrc \ ~ 1. \ 'ic.1ol'O\', "A ( :.,1np.:uiso11 or Russ.i:u1 and US. Pa)' AUoctuion Üt'<'.bions, Ois1ributht JusliCéJ udg1n<:111s.. ~utd Produ<:li\'ity Under ü iOCrtru P:t,)'1Ht'lll ( :c)11di1io ns", l 'moruu/ PSJfholog;r, prin1,l\'('r.=1 199a, p. 137- 163. 89. S. 1.. ~lueller f' 1- D. Clarl.:c•, "Po litiC'.:tl-F.cononlic: Con1c..xt .incl Stn~i1i,~l)' to Equily: l)iffcrcncc-$ lkt,\\'(:ll dl<' lJnited States and d1e 'l'ransitials: 1\11 1111<:n uttional Pcrspccti\'c",Jour,w./ '{/' lt1tm1n1ioriul /J1u;11i'SS St11dits., p rin1ciro bi1ncs1re 1990, p. 75-9~t

      Conceitos btisicos de motivaçAo

      229

      9 1. ( ;. E. Popp~ 11..J. 1);,vis e ·1: '"C l lcrl>cn, 'J\n lnlcrn::ition~I S1udy of l111ri1uic )1oth·,niou ( ~0111púSÍtio11" , ,\Jonogrn1rnl lnltnu1lifJnol llniac jan. 1986, p. 28-35. ~)2. R. f•ischcr e P. n. S1nith, ''R<;,,-:u'd 1\lloc.ation and Cuhurc: 1\ ~lc1:, ,.\ nal)'sis" .•]f>l101,0/ ef Ô'c>s.s·Qtl1ural P9rl,l)/,og) 34, n. 3, 2003, p. 25 1-268. 93. E ·i: Chiang e ·i: Birtch, "'111t• 'l'r;, nslt•rr:,bility of ~l:lnagc:n1f'n1 Pr:.t<.'1icc:,; E.xan1ining Cross-N;uional Diffcrcntts io Rc,v.-,rd Ptcf'etcnccs•·, l1u11u11, Rt/Qlio,,J. 60. n. 9, 2007, p. 129~J-1 330; A. E. Lind,'J: R. · rylcr e \:J. H110, "Procc·dural c:on1cx1 and Cuhurx:: \ fari:uion in 1h t 1\ 11t('(;édc111s of ProceduralJusticeJ udgcn1c1us··.Jour11al l>mtJ,wli.!J' (lJ/d Stxiol l~Jytkologr, 7:J. n . .i, 1997, p. 767780; ~1 ..J. G<·lf.1nd 1 ~I. Ercz e Z, A.yc:n1, "C:r()S.$·Culu1r:ll Orgaoi:r.ational Bchavior", A111111a/ lln1ieu, of Pv·log,, S8, 2007, p. 479-5 14. 9.J. E..ila S<'(;io es1á hascad::i en1 E.J. l .:,ncl)• e \\: S. nc,kcr, ··~ lo1iv~nion 1'hto11· R<:considcrtd", t lll L.. 1.. Cunnnings t' B. }.l. s,~ I\\'(1-:.ds.). /UJ((trd, ;li 01Ff111Í<,nlionol B,/1at·iot. \', 9. c;l'('c'n"~c:h, c r :J;-\ I PJ'(':-.~ 19a1. p. 24-35. 95. ··r'Ord 11111<1:l <' C'(u1scgur dnr n vohn por ('Í1na ". 1111111/ 1:..,·a,u, ;\'01ícia.\ ~) Sc·:1. 2009. Oi;;;1)()1\ívtl c1n: <pol'lal<"xa1nç.abril. çon1. hr/ ae/<.:<.'OllQ1nia/fOrd·n111d:1-çonse~'l 1c-cl ar-vohn · ci111n.J9 l 676.sh(n1I>. 96. '}-\ ntonio ~laci('l ~ ('10 dcix:11-á a Fo,'
      1,



      13 :1hr. 2006. 97 . .J. 2 :tslc,,\~ "Lo:-ing \Vc~ll: Ho"' a SuC'cc•ssful ~l;u1 Ocal \\•ith a Rar(· and Puhlic Fnilul'(·'". 1~âJJ S/r(ft,7()11rna/, 2 ,n::ir. 2006. p. OI. 9U. E:. Biy:.\Jc>gorskr1 \ \~ Ho ulcling e R.. S1:i.di11. "Stuck in llu· P:\M: \\'hy ~lanagcrs Persist , \·i1h ;\:c:,v ProcluC"t E1il11rcs",,]our,uú ef .llarl:tti,!.!J, ftbr. 2006. p. 108-1Z1,

      8

      Motivação: do . ' conceito as aplicações O 0breza, nem que seja. 7>0r

      razõesfi 1w ncei1r1s. \Voody Allen

      OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM Depois de ler este capítulo, você será capaz de: 1

      Descrever o modelo das características do trabalho e avaliar a forma como ele motiva, provocando

      mudanças no ambiente de trabalho. 2

      Comparar as principais abordagens motivacionais ao desenho de cargos.

      3

      ldentific:.ir três esquemas alternativos de trabalho e mostrar como eles podem motivar os funcionários.

      4

      Identificar os principais programas de envolvimento do,s funcionários e como aqueles podem mot ivá-los.

      5

      Demonstrar como os d iferentes tipos de programas de remuneração variável podem aumentar a motivação dos funcionários.

      6

      Demonstrar como os benefícios flexíveis podem transformar benefícios em agentes de motivação.

      7

      Identificar os benefícios motivacionais das recompensas intrínsecas.

      UM BRINDE À INTERNET ocê gostaria de trabalhar em uma empresa que lhe dá liberdade para esco· lher de onde quer trabalhar? E não está se falando sobre trabalhar no escritório de Belo Horizonte ou de Salvador, mas sim sobre optar por trabalhar em sua casa na praia ou em seu chalé na serra. Apesar de a Chemtech, empresa de engenharia e tecnologia do Rio de Janeiro, não oferecer um nível tão grande de flexibilidade a todos os seus funcionários, pode-se mostrar por alguns exemplos que ela se esforça para isso. O caso mais evidente de como a organização conseguiu adotar a flexibilidade e o

      V

      trabalho remoto para garantir a permanência de seus funcionários mais importantes,

      além de mantê-los satisfeitos e motivados com o trabalho, e o de Denise Cardoso. A gestora ingressou na empresa em 1993 como estagiária e, desde então, trilhou seu caminho até assumir a gerência de operação da Chemtech, um cargo de grande relevância na hierarquia da organização, em 2005. Logo no ano seguinte, porém, Denise encontrou-se em uma situação bastante dnícil, em que precisava tomar uma decisão que poderia afetar toda a família. Naquele ano,

      Capitulo 8

      Motiv&Ç.30:do conceito às aplicações

      231

      Manuel, o marido, foi demitido da empresa em que trabalhava no Rio de Janeiro quando esta teve de fechar as portas. Em função disso, Manuel resolveu prestar um coocurw público e, ao ser aprovado. teve de assumir a vaga em Manaus, a muitos quilômetros da residência da família, no Rio de Janeiro, e do escritório de Denise, na sede da Chemtech. Isso colocou uma grande dúvida na cabeça da gerente de operação. Afinal de contas, o que ela deveria fazer: seguir com o marido e abandonar seu emprego de 13 anos ou dividir a família, composta ainda por duas filhas, entre o Rio de Janeiro e Manaus? Denise sabia que não poderia continuar na Chemtech do Amazonas, já que a organização não tinha nenhuma atividade nesse estado brasileiro. Ao avaliar as opções, a gerente foi com muita tristeza à sala do presidente da empresa, Luiz Eduardo Rubiâo, para solicitar sua demissão. ·Fui à sala do Rubião e desatei a chorar. Quase não consegui comunicar minha decisão", conta a gestora. Ao presenciar a cena, o presidente da empresa tentou confortar Denise e disse que ela não precisava se preocupar. Depois, "ele me disse que eu poderia ir para Manaus e trabalhar de lá para a Chemtech", disse ela. Mas como isso seria possível? A companhia não tinha nenhum funcionário e nunca havia prestado nenhum serviço na cidade. Aquestão é que a organização trabalha com serviços de alta tecnologia e, portanto, o uso de computadores de última geração e redes de comunicação é algo corriqueiro. Com isso, Denise passou a trabalhar diretamente do Amazonas e tornou-se diretora de Recursos Humanos, um cargo que não exige que ela esteja constantemente no Rio de Janeiro. "Hoje em dia, com o avanço da tecnologia, não há necessidade de ela estar permanentemente aqui", contou Rvbião. Dessa maneira, a funcionária montou um home office em sua nova casa de Manaus e vai ao Rio, em média, uma

      vez por mês, quando participa de reuniões e encontra sua equipe. O caso de Denise é muito interessante, mas não é o único na empresa. Para garantir a permanência de bons funcionários e manter os trabalhadores satisfeitos e motivados, a Chemtech permite que alguns deles trabalhem de suas casas em algumas situações. Obviamente, essa não é a realidade para a maioria dos trabalhadores brasileiros, inclusive para os ocupantes de cargos gerenciais. Na verdade, a falta de flexibilidade ainda é a norma e a autorização por parte das empresas para que os funcionários trabalhem de casa ou montem os próprios horários depende diretamente da natureza do serviço prestado e do negócio realizado pela organização. Por exemplo, ainda não seria sensato imaginar um gerente de uma loja das Casas Bahia trabalhando de casa ou resolvendo mudar seu horário de trabalho, visto que a agenda dele precisa seguir as horas de abertura e fechamento do estabelecimento. No entanto, com a evolução tecnológica, cada vez mais os ocupantes de cargos gerenciais poderão optar por realizar suas tarefas remotamente ou escolher seus horários favoritos de trabalho. Essa é uma nova tendência e as organizações que quiserem manter seus melhores funcionários precisarão se adequar a ela para garantir que eles estejam sempre motivados. 1

      Con10 foi r11os11·ado no caso
      m!otivação por meio do desenho de cargo: o modelo de características do trabalho Oosenho do C3r'gos Forma como os elementos de um trabalho e-stào o,ga.nizados

      _I

      Cada vez n1ais, as pesquisas sobre 1notivaçào estão focadas nas abo rdagens <1uc vincu1:un conceitos n1otivacionais a nltLdanças no 1nodo con10 o trabalho Cestruturado.

      As pesquisas sobre o desenho de cargos sugerem que a maneira como os clcmcn· tos do lrnbttlho cst."io o rganiz.ado.s na H.1nçào a ser dcsc1npcnhada pode contribuir par11 o aum<:1110 ou p,1ra (t (lin1inuiçào cio esforçot ou ~cja, para o aun1(:nto ou dintinuiçào d.a

      232

      Compottamento organiza~ional

      Modelo de

      111otivaç:clo. Pri.n1ciTo. varnos analisar o rnodelo de caractc1ísticas elo tr..,balho e, então, dis· cutir con10 a lt11.nnas funções<:: cargos po
      características do trab•lho (MCT) Um modelo qve p,opôe que qualquer trabalho pode ser de.scrito em 01\Co

      O modelo de características do trabalho

      dimensõM essenciai$; variedade de habilidades, identidade d• tl rel="nofollow">fêfa, significãflOa da taref,3:: autonomia e

      Dcs<::nvolviclo porj . Rich.ard H ack111an e Grcg Oldha1n. o m o d elo d e caracte rís (

      feedba':..._J

      Varled•de de habilidades Grau em que uma função oxige ,ecurso a diversas.ha?ilidades e

      I

      _J

      competenoas.

      Identidade da tarefa Grau em que o trabalho requer finalização de vma porção inteira o identificãvel.

      (

      _J

      Significância da tarefa Grau em que o t
      ou sob,e o ttabalho de outras pessoas.

      I

      _J

      Autonomia Grau em qve um

      trabalho proporciona liberdade substandal e independência para que o indtviduo planeje sev trabalho e determine

      os procedimentos executâ·lo.

      P:'• J

      Feedback G,au em que a prática

      das tarefas exigidas por um trabalho gera informação d ireta e daai sob,& a of1câcia

      ou o desempenho do funooná1io.

      (

      _J

      ticas d o trabalho ('.\ ICT) Jl•'OJ rel="nofollow">ÕC que qualquer ,,.,.balho 1>0dc ser descri10 s,;gundo einco

      d in1cnsõcs essenciais.2 1. Variedade d e habilidades. ;\ varieda d e d e habilidades é o grau cn1 que tuna função exige recurso a di,i;1"S<'lS habilidades e co1npctêntias de tu11 fhncionário na cx<::cuç~o de atlvidack-s cLivcrsi.ficada.s. Por exemplo. ô tl'abalho de um n1<..'é:t,nioo que friça rep.°lros cléuicos, roc-.1pcn• 1110torcs, rc-JOrrnc latarias e inlcmja coo, os clierues ap1'CS<.'llta grande va1ie(L..,,dc de hahilidacles. Por stia \'C'J:, urna ll1ncion;\ria de urn i:.,Jào de lx:lc--ta que la\'a cabelos oito horas po.- dia sc1ia o cxen1plo de wna fi111ç-ào e<>n1 l><'lixa v~uicdadc de h,~,ilicL1dcs. 2. Id entidad e da tar e fa. 1\ identidade da tarefa é o grau cn1 <1uc un1a função exige realização de 1.11na parle idcnliíic,ivel do u·abalho, p1'0<:lutindo 1.11n resultado tangível. Un1 111arccnci1'0 que desenha u,n n1óvcl sclccioua a 111adeira, cons1rói o objeto e d;l o at"aba,ncnto fina] cxr1'Cc u111a fi1nçào c.0111 alta identidade da tarct1. Por sua vez, un1 fi.tncion;:liio de un1a fáb1ica de n1óvc.is que so111cntc opera u1n to rno para fazer os pés das 1ncsas dcsc1npcnha u111 trabalho co1n baixa idcnticlt,(k· da tàrcfrl. 3. Signific.â ncia d a tarefa . .i.\ significância da tarefa é o g'l'at1 ern que u,n u-abalho te1n i,npacto substancial 1na vida ou no ll'ahalho d e outras pessoas. U,n tl'abalho con1 elevada signir-icância é o ele urna cnfcrn1eira 1 que lida con1 as várias neccssidadc:s de pacientes en1 tuna unidade de tcrnpia intensiva de un1 hospital. Un1 tr;tbt1lho co1n baixa significtincia da tarelh seria o de u111 fu nciorulrio c1uc varre o chão de urn hospital. 4. Au tonomia. t\ autonomia ê o grau e,n que u1n 1rabalho proporciona liberdade substancial e independência ·pru·a que o individuo planejr seu trabalho e dctcr1ninc os proc:cdi1ncntos a serc1n ut.ili;,. aclos . durante sua conch.l(;ào. U1n \'Cndcdor que plane· j~1 o próprio dia ele trabalho, decidindo que clientes ahordar e qual cstr..Hégia utili7.ar con1 cada urn dclcs1 possui urn trabalho cc,111 c1<... .. ,acla .autono,nla. J~l unt vcndc..-clor que 1'C<:cbe ins11,1çÕ4~s d ia1ia1l1cn1e (! len1 de l)Cgui,· un'I •"Otcir'O padrooiiado co111 cada cliente pos.~ui \11111rabalho c<,1n baixa autono1nia. 5. Feedba.c k . O J eedback é o grau c111 que a prática das tarcfà.s exigidas por tun 1r~1.balho gera inror1nações claras e diretas sobre o dcscn1pc11ho. Ün1 exen1plô de l\1nçào que apresenta alta po ntuação c1nficdbark Ca 1nontagc1n e o teste de i r•oc1s, con1 a fi11;1licladc de vc1ificar s<:: <::s,ão tl1ncion.l1ldO dcvida111e,uc. ün1 tr~ll>;:1lho conl b-;1ixofttdl.u1rk sc,i~, o de u,n operá,io q ue, após n1ontat unl iPod, tc,n de dirccionàlo a u1n inspt"IOI' de contml(' de qualidad<" ciuc f;!i os les1es de funcionan1f'n10 adequados e os ajustes nccessári:os . •<\ Figura 8.1 nlostra o 1nodelo de carac1ciis1icas do trabalho. Perceba con10 as 1rês düncnsôt"S va1ic.."'Cla.dc de habiJiclade::;.. identidade da tareth e s.igrt.i.fi<:cincla da ta1"Cfi1 cornbinan1 cnu·e si para ciiar un\ u-abalho si.gtlificativo~ que será visto por seu rcspons.ívcl con10 inlportante, valioso e rec-0n1pensador. O·l)Sé1,.-c, tarnbé1n, qu<:: ltabalh(k:; co,n grande autonontia dfio aos que se cncarregant deles 11111a scnsaç;.l.o de responsabilidade pessoal pelos rcsuhados e, se tnn lrabalho propon:ionafledbt,ck, os fuoc-ion~l1ios sabemo se estão deS<:111pcnha1,do suas taref:tS de forina eficaz. Do ponto de ,:ista n1otivacional, o ~·LCT prcconi:r..a que os indivíduos obtê,n rc<:01n1:x:nsas internas qua11do sal:>e111 (conhccir11cn10 dos 1x.-sulH1.do.s) t1uc in0nsabilicladc c:-.1>e1in1c11tada) tivera,n u111 bom dcscn1pcnho <·111 tuna ta.rcf., co1n 1" qn1'1sç prççe,:up(1111 {~igniíi(·f1uc:i~, ri,'('nci~,da).1 Qp,,nto ,nais çAAçs Cíitíl,b"lço,li \.~Üvcrcn1 prcscntcs1 1naiorcs serão a rnotivaçào, o dcscn1pcnho e a satisfação cios funcionârios e 1nenores SCl'ào o abse,ucís,no e a probabilidade de abandono da 01-gani:r.a(ào.

      Capitulo a

      Figura 8.1

      Motiv&Ç.30: do conceito às aplicações

      233

      Modelo de característíc.is do trabalho

      Oim-eMÕCs o»cnciois

      do•abolho

      r

      Voriedode de habilidade, Identidade do lorefo Significôncio do tarefo

      Autonomia

      E,iodos

      Resultodos pcssoois

      psicol6gicos críticos

      e profissionois

      Significõncio

      Elevado motivoçõo

      vivenciado do Irobolho

      inlcmo

      Ré$ponsobilidodc expe1imentodo

      Desempenho de oito quofidode

      Elevada sotisfoçõo com o trobolho

      Feedback

      t

      Conhecimento dos

      Boixo obsenieísmo e

      resuhodos reais

      boixo rololividode

      dos tarefas

      t

      Necessidade de

      crescimento do funcion,ôrio

      Fonté: J. R. Hadcman e G. R. otdham, Wo,,I( Redesigf'I, 1980, p . 79..SO. Adaptação realizada com a p«m1ssão da Pe{u•son Edu~bOl'l. lne. uppe, Saddk- R,ww. Ncw Jersoy.

      Potencial motivador lndice de previsão que wgere o potencial motivador de um trl'Jbalho.

      Couforrne 1noslra a fib"l.1ra 8.. 1. os iHdividuos co,n elevada ncct.ssidadc de cn::·scin1enlo cstílo ,nais propensos a cxpe1imcn lar os estados psicológicos criticos e a responder a eles pQsi1iva1ncn1c - quando seu$ u-abalhos s..1o valorizados do que seus rolcgas corn baixa necessidade de crcscin1c.nto e dcsen\'Ol\'irncruo. 1\ s di1ncnsõcs essenciais podcn1 ser classificadas co1~junta1ncntc cn1 un1 índice agrega· do chan1ado potencial motivador (P~·I), que é calculado da seguinte for1na:

      J

      Va,icdadc de habilidades + Identidade da tarct.1. +

      Signiíiciu:icia da tarefa PM = - - " - - - - - - - - - - - x f\u1ono1nia x /Wback 3 r\ tnaioria das evidência.e;; d á suporte ao conceito do ;\'[C-r de que a presença de un1 co1~unto de características do trabalho - variedade, idcntidaclc signiíiciincfr, autono111ia c.feedba,k - dl· í.1to gcr(I uni dcs..:n1pcnho superior e n1ais satisfruóiio." ;\las ptlrccc que p-0dc1nos calcular n,elhor o potencial de.~ ,notivação ao si1nplcs1n<:nle son,,u· ('.SSas c.-1.ractcdsticas c,n vez de usar s1.1a íór111ula. de cálculo.... Contudo, alén, da I\CCes.sidadc de cresci1ncnto do fi.u,cion;\rio, ou1 tas \'ariáveis, 1al con10 a p('rccpção do en1prcgado a respci10 de sua carga de ll'abalho ('01nparada à dos outros, pode1n ta1nbérn atenuar a l'elaçâo entl'e as din1cnsõcs essenciais de trahalho e resultados pessoais e profissionais. 1

      1

      Como os trabalhos podem ser redesenhados? "O con1pron1eti111ento do grupo era baixo e eles se (]t1eixava111 dos ll'abalhc:,s repetili· vos", conta P1i.scila P~lclua) gercnt,c de produto da c111prcs.1 de bthidas Hacarcli-;\·lartini no Brasil. l)c acordo com a b"'stora) a cxccssi\'a divisão elas tarefas realizada:,; por seus subor· dinados gerou o dcscontl:11uuncnto de sua c(1uipc, que se cans.1,·a ao realizar as 1ncs1Has. ativicla.des dia após di.:i. f .ss.:.-.. espcc ialii.açào f...-..zia que as p('ssoas, alérn de realizarc,n sc,nprc 1ar-cíhs sernclh;)ntcs, oão ,·is\1ali7.assc,n os projelos cozno 1.11n lodo.

      234

      Compottamento organiza~ional

      f\ o perceber os problcn1a.s q ue os Lrabalhos segn1cntados e re petitivos cstava1n cau· saneio, P1iscila resolveu rcc.:struturar sua gerência. f\ n1ucla11ça baseou-se cn, un1 p1i ncípio de intcgra\·ào da~ ativid,1dcs: é-
      Rod ízio de tarefas Se os li.1ncion::llios sofre1n con1 o cxc<:sso de roti1H1i un1a ahcrnati,·a é utilizar ô r odízio de tarefas. ou :t transférCncia periódica de un1 fu nt iorní.rio para ou,ra ftu1çâo no n1esmo n h·el o rganizacional. Por txe1nplo. na Slngaporc J\_irlincs, urn agente de 1-escn·as pod(' exercer as funções de auxiliar de bagagens. O rodi~io de taref.:1s ê tuna das ra~ões pelas quais a Singapo1'<" 1\irlines cslá classificada conlo tuna elas melhores linhas aCreas do 111undo e u1n dos n,ais dc$cjaelos lugares pa1".1 se il'abt1lhar. ~1ui1as en1pl'csas de 111anufinul'a tên, a dotado o l'odizio de tartf.'ls co1no fOrn1a de aurncntar a flexibilidade e evitar dcn1issões e1n algurn as incillstrias produtoras ele calçados ele couro crn J;'r a nca, no inteiior ele S:lo Paulo, o rodízio de tarclhs tcn1 sido in1pla ntado con10 tOr1na ele clc\'ar a eficiência da produçào, algo fund,unc ntal para gar.,ntir a. con11.>etitividadc do produlo no 1nercado glohalizado.t. l)urantc.: ,, c1i.;;c de 2008 e 2009 . .:l Vale tra11síe1i u alguns c1nprcgados para outras ,)rc~ de produção con, <..'ustos rnais baixos, co1110 oco,·rcu con, técnicos que fota,n tca1ocados no sctot de peloti zaçào ele 1niné1~0 de fc1'l'O.; Dcs..:;a ,naneita, a nlincrado1-a brasileira conseguiu evi1ar dcn1iss.õcs cn1 sua fôrça de trabalho cn1 viru.idc de seu con1pron1isso con1 o 1rcin;uncn10 contínuo 1>0r ineio cio rodízio de tarclàs1 tnovi1ncntando os fi.,ncionários para onde são nct.'CSsá1ios. O ponto forte do rodízio de tarefas é q ue c.:lc reduz o tédio, aumenta a 1noth1,ção e aju· da os funcion,irios a cu tender 1nelhor éo1no seu u,-1b,1lho <:ontribui p
      O rodízio dê tarefas é frequel''ltêmente ust1do nos resuu..1rantes da rede de fast food McDon.ald's. Dessa maneira, t1 empresa busc.:J motivt1r seus íuncionáoos, fazendo que eles desempenhem atividades d iferentes e não se c-ansem ao ,ealizar sempte os mêsmos trt1bt1lhos. Com isso. os fvncionârtos passam por d iferentes setor&s do restaurante, como o preparo dos alimentos, o atendimento ao público e a limpeza e recolhimento das bandêjas, evitando-se, assim, um desligamento prematuro da organização.

      Capitulo a

      Motiv&Ç.30: do conceito às aplicações

      235

      MITO OU CIÊNCIA?

      Todo mundo quer um trabalho desafiador ssa afirmação é falsa. Muitos empregados realmente querem ter trabalhos desafiadores, interessantes e complexos. No entanto, apesar de toda a atenção dada pela mídia, pelos acadêmícos e pelos cientistas sociais ao potencial humano e às necessidades dos indivíduos, algumas pessoas se dão melhor em

      E

      serviços mais simples e rotineiros.'º

      A variável que parece dar melhor suporte para explicar quem prefere e quem não quer trabalhos desafiadores é a força das necessidades de nível superior." As pessoas com elevada necessidade de crescimento respondem melhor ao 1rabalho desafiador. Mas qual é a porcentagem de trabalhadores de baixo escalão que realmente gostaria de satisfazer necessidades de nível superior e responderia positivamente a trabalhos mais desafiadores? Não estão disponíveis dados atuais sobre isso, mas um estudo realizado na década de 1970 estima esse número em torno de 15 por cento.•> Mesmo

      após ajustes em função das mudanças tecnológicas e econômicas na natureza do ttabalho, atualmente esse número provavelmente não ultrapassa 40 por cento. Muitos trabalhadores adoram trabalhos desafiadores, mas esse desejo tem sido generalizado de forma exagerada para todos eles. Cada vez mais, as organi.zações têm cobrado responsabilidades extras de seus ·funcionários, frequentemente sem saber se isso é desejado ou como o trabalhador vai lida, com o aumento de responsabilidades. Muitos trabalhadores satisfazem suas necessida-des de nível superior fora do trabalho. A semana tem 168 horas e o trabalho raramente consome mais de 30 por cento desse tempo. Isso dá oportunidade consi-derável, mesmo para as pessoas com elevada necessidade de crescimento, de encontrar a satisfação para suas necessidades de nível superior fora do local de 1rabalho.

      lrnbalho precis.'lm (ljuslar-s<: ao novo funcion{\rio; o su1>crvisor tan1bén, J)Odê precisar de

      n1ais te,npo pata 1"ts1>0ndel' às d(i,.,.jdas e i-nonitorar un1 íuncion~l,~o te<:é1n-chcgado. Entique<:imonto do

      trabalho Expansão vertical das

      ful\ÇOEI$, aumentando o g,au em qve o trabalhado, controla o pltln&jamento, a execução e a avoli&ç.30 de seu • trabalho.

      1

      ~

      Enriquecimento do trabalho O enriquecimento do trabalho rcfcrc·st â expansão das tln,çõcs. Ele .'lun1cn1a o grau c 1n que o 1rab,11l1ador con1rola o planc::ja1ncnto, a excc.:ução e ~1 av(1liaçào de seu u-abalho. Essa pr.:,tica ,notivacional de desenho do cargo 1>ern1ile que o fuocioo.-11~0 c.xecute tnna ai.:ividade J>OI" co,npleto, a lén, d(' atnnen1a1· sua libcrdHde e independênciat a1npliar sua 1-csponsabilidadc e ofc1·eccr.fe1ibM..k pat'a que o indivíduo seja capaz de avaliar e corrigir o própirio dcsc.rnpcnho. 11 Co1no os ad111inistradorcs podc1n c nriqucccr o trabalho de un1 funcionário? f\ Figura 8.2 sugere al!,,u1nas oricnlaçõcs baseadas no n1odclo de car..tclcrislicas cio lrabalho. ,i\ ron1bi· nafÔ() ,!e /arejas n1cscla ati,~cladcs já existentes e fracionadas para que fbr1ncrn un1 ,nódulo de lr.1balho no,·o e n1ais an,plo. 1\ criação d e unid,ults rralurt,is dt Jrabo/1,o retine as lâT<:fas que o funcior1.-l1~0 cxccula de ,nodo a ("Onstitoir u,n todo que tenha 1.11na iclc11tid,\dC e u1n sentido. O e,1111bel«i111e11to dr ttln(Qf.s <0111 () rlin,te au1ne11ta o relaciollarne1uo clirclo enu·c os H.1ncionários e seus clientes (que pode,n sei· in 1ernos ou cx1.e rnos à organiza(ào}. A t-'
      236

      Compott.amento organiza~ional

      Diretrizes para o enriquecimento do trabalho A~ão sugerida

      Dimensão essencial do trabalho

      Combinoçõo de torefo.s

      Voriedode de hobilidode$

      Criação de unidades naturais de trobolho

      lôentidode do lorelo

      Es.tobelecimento de re&oções com o clienl&

      Significôncio do tarefo

      Expansão verticol dos torefos

      Autonomia

      Abertu,o do conols do feédbock

      Feedboá

      Fonte: J. R, HKkm<1n o J, l.. Sut1k, (0,9$,), lmp,oving t.if'1 .,t Work. G~iqw, ll,: S«,1t FQt0'$f'T),3n, 1977, p. 13$. Roprodut1do oom ..iutoriia,ç.io ÓQ íftÇh;,rd H~k~n e J, Uoyd Svttle.

      o·abalho a<.·ab.u11 cnxcrga.ndo a si 111csmos e as organlzcu;õcs cn1 que trab.,1.lhan1cm tcrrnos ,nais positi\'OS e pró-.,s-Ofiais, o que pcxle 1\lgun1as c,~dências recentes sugcrc,n que o enriqucci111cnto ele u,rcfhs funciona n1clhor quando con1pc nsa oficdbark e o sistc111a ele rccon1pc nsas insuficientes. 11' O desenho pode 1an1bi:1n não afetar a lodos da n1cs111a for1n;,, con10 colocado na scçào ' t\·lilo ou ciência' deste capítulo. Un1 estudo n;ccn1c 1nostrou que os funcio11cirios c.:0111 ptcfc1·i-nc:ia por u·;\b.1lhos clcs...\fi1ado1'CS cxpcrio1cn1a1-a1n rnaio1'Cs rcduçôcs 110 nível d~ cs1ressc após o redesenho do cargo C'111 c.:on1paração co1n aqueles c1uc não prcfcre1n esse tipo de trabalho. 11

      Esquemas alternativos de trabalho Alén1 de rcforn1ular o trnbalho c1n si e envolver os funcio nários nas decisões, ou1ra for1na d e abordar:, 1notivaçào é alterar seus csquc1nas con1 o horário tlexjvcl, o con1par· úlhan1cnto de tarefas e o trctbalho a distânci.1. Esses csqucn1as tcnde1n a s.cr c.·spcciah11cnte in1portantcs para uni;c1 força ele tr::lb:;tlho di\·crsificada, forn1ada por casais cn1 que a1nbos os cônjuges crabc,lhcun: pais e 1nàcs solteiros ou fun t ion,llios q ue: cuida111 de un1 flnniliar

      doc:utc ou ido:so.

      Horário fle xivel Horas fte,úveis de

      u,,balho.

      _J

      Horário flexível Sônia Gonçalves é o úpo cl,íssico de 'pessoa n1atutin;,\ Ela acord:, pontuahncntc às cinco hor.ts da 1nanhã. cheia de energia. J~1n co1npcnsaçào1co11tc1 que:: gcr•ll1ncnte jcí está ton, sono quando t<~rn1ina o notici.:l rio ch1s 19 hora.:s na T \ ~ O hordrio de Sôr,ia na ernpl'e sa onde traball,a é flcxÍv('I e perrnite <1uc ela tenha algu,na libcl'dade 1>--"11"1 chegar e ~ ir. O csc1i1ó1io ab,-c às sei..~hora.'> da 1nanhà e fecha à.i 19 homs. Sônia é quc1n clccick. ton10 Í.'lrá S'Ua jornada clc o ito horas ele t1-abalho dcntn:.> de~ c:.qx."
      ckmro de cc11os limites. Como mos1m o Quadro 8.1, <·ada dia consiste de um ní1rlco comum, gcrahncntc de seis horas, <:0111duas íai,.:as flexíveis nas cx1rc1niclades. Por cxc,nplo, tira ndo unia hora para o aJn1c-x:o~ o núcleo poderia ser das nove às 15 hora~ sendo que a c,nprt-S::l abre às seis

      Capit ulo a

      Motiv&Ç.30: do conceito às aplicações

      237

      Quadro 8.1 Núcleo comum

      Horário flexíve l

      6h

      9h

      Almoço

      Horário flexível

      N úcleo comum

      12h

      15h

      18h

      Tempo ao longo do d ia

      horas dá n1anhã e fecha ás 18 hora& ·10<1os os funcion;.\lios clcvc1n estar no trn.b.1.lho durante o ho,,'uio do núclc::o. ,nas &,o livrt:s p,l:.ra d isuiboir as dua.;; horas cxe<:dentcs antes, depois ou antes <' depois dcSS<' p<"dodo. 1\lguns: pl'Og'r1i1nas dt hor~irio ílc....:í\'Cl 1x:r1niu·1n <JUC se acu1nulcrn ho,-;\S cxu-a.s, que poderão ser U'OCacla"\ JX>r u1n dia livre a cada 1nês.. O hc,rálio flexível tornou·sc cx1rC"1nan1entc popular nos l1hin1os anos. No Brasil, as g ra ndes o~nizaçõrs estão pcrcch c nclo que evitar a 1igidcz no horá1io aun1cnta a sa1isfaçào dos respectivos fu ncion0r ccnlo das rnaiorcs c n1p resas cio pais. 13 t\o caso dos Estados Unidos, a propo rção e ntre funcio1ní1ios cf<:li\·os que 1rabnlharn e,n horá1io ílcxívcl rnais cio c1uc d\1plícou Cnln:: o fina l dos .:inos 1980 e· 2005..i.\p1"0xin'ladal'l1cnLC l~3 por cc,uo d:, for~a ele u-abalho no1'1<'a1n crir a na ago,-a 1c rn flc.xibilidad<" c~1n seus ho1·á1-ios cliátios de e ntl'ada t"' i:.aída. 19 E isso não é son1en1c tun fcnôn1cno hl'asileil!'O ou nor1c-a ntcl'irano. l'\a Alernanha, por cxen1plo, 29 por cento elas cn1prcs...·1s ofr:reccn1 o horário flexível para seus fu ncioná iios.w Os bcncficios atrihuídos ao h orário flexível são nu1ncrosos. Entre eles <:stào a rrdu· çào do abscntcís1no~ o au111cnto àa p rochuividaclc. a redução ele gastos con1 horas exlras, ;1 di111inuição ela ho~tilidadc co1n relação à chefia, a reduçào dos <:ongcstiona1ncntos de lrânsito nos locais de lr<1baJho} a C'li,11inaçiio dos atrasos e o ~,u,ncnto de autono,nia e de 1X'Sf)OllS.1bilidadc dos funcioná1~os, o que pode leva,·"'º aumcn10 da sa1isí.1ção.n ~ las quais con1 1ibuiçt)ts reais do ho~írio ílc-xívcl fo1·a111 confirn1ada$ 1>0r pesquisas c1n pitic-a...~? .,.\ 1naior parte
      ho1,,rios prcdcter,ninados. Compartilhamento de

      Compartilhamento de tarefas

      tarefa$

      ou 1n ais pessoas d h~da1n entre si u 111 cn,prcgo tr..,dicional de +O horas scn1an ais. Unia IX'S· so.-1 pode trabalhar da.s oilo horas HO n1cio-d ia enquanto outra 1r.:1balh;, no rncsn10 crnprcgo das 13 às 17 horas. Ou a 1nbas podcnl 1rabalh.:ir o dia lodo, rllàS c1n d ias ;·1hcr11<1dos. Esse é o caso ele Sue i\. lanix e C hal'lou,c Schut%11'1.:tn, que divide1n o 11lulo de \icc-ptcsick~ntc de co1nunicaçõcs ele pessoal no cscritótio da c n1prcsa de 1clcfonia \ 1e1i:>:on, na Filadélfia. nos Es1a dos Unidos.V Charlotte trabalha às segundas e t(:rças-feiras e Sue, às quin1as e sextas. fe iras. Elas se alh·rna111 nas q uartas-1Ciras. A~ duas con1pa1i.ilha1n o esp aço há dez an os, recebendo pron1oçôc.'S, v;írios bõ11us e adn1inis1rando tuna equipe de 20 pessoas durante

      Acordo que pe<mite a

      dois ou mal'S individuos dividirem um trabalho

      tradicional de 40 hora::J

      semana,s.

      O compartilhamento d e tarefas permite que duas

      esse tempo, cquilibrnnclo melhor o u-ahalho e us res1xmsabilidudcs liuniliara. Hoj e cn1 dia, aproxin1adan1cnte l 9 por cento das g randes organizações ofcrcccn1 a possibilidade de co1npar1ilhan1cnt-0 de ,arctàs.11 O n1oti\'o pelo qual ele não é 111,üs adotad o

      238

      Compottamento organiza~ional

      de 1nancira a n1pla~ pro,·a,·chncntc, se deve à dificuldade ele encontrar parceiros co1npatívci.s p ara o con1partilhan1cnto de tarcfils e às perccpçõcs negativas historica1nentc 1nantidas con1 relação a pessoas não n1ui10 con1pro111ctidas con1 s<:t1 traba.1110 e con1 o cn1p1"Cgador. O coo1pa1·tHha1n cnto de tarefas pern1itc q ue a o r&raniza("~o st.~ beneficie dos talentos de 1nais de u1n in0.siç~o. U,n gcrcnt<· de banco que supcn:isiona dois: funcionários nesse sistcn1a descreve o co1npartilhan1cnto de u,rcfi,s como tuna oponunidadt de Ler duas cabeças ~pelo preço de u1na' .1 -> ls.'\O tarnbént possihilila ~, contrai ação de lr.'lba.lhaelorc.~ çapacitados que não cstariant disponíveis en, tun sistc,na de 1cn1po in1cgral - co,no (; o (aso de rnulhe1'Cs co,n filhos 1:x:quenos ot1
      Trabalho a distância

      Os íuncionários trabalham em casa, pelo menos do,s dias por semana, em computadores fig&do.s no $is.tema da empresa.

      I

      __J

      Trabalh o a distância Esta Ca visão de trabalho 111ais próxin1a do ideal para 111uita gente. Não há dcslocarn cnto fisico, o horá1io é flcx.i,·cl, há lo tal liberdade parn se ,·cstir e ncnhurna interrupção por parle dos colegas. Isso se chan1a trabalh o a distância e se 1\:fcrc aos íu11cion;i l'ios q\1c 1rabalh,1111 crn ca~ pelo n,cnos dois dias pot sc111t1na 1con1 sc•us ('Onlp1..1t;1dorcs ligados ao sislc1na da c1npresa.'il1(lJn1 tc r,no i11tin1cuncntc relaci011é1clo con1 o t rabalho a d istânc.·ia~ o eJCrilório virJ,u,/ descreve a situação de fllncion,írios c1uc u,,balhan1 c111 cas.'l de 111:u1cin, qu;,sc q ue pcrn1ancntc.) Dados l'CC<'UH'S fornecido~ pela Sohl'an (Sociedade 13ras.ilcira ele 'IClctrahnlho e;; ~l(:lentividadcs) ind.i<:(nn que o Br..lSil COrltH colll 10,G 1niJhõe.~ de inclivíduos q1..1c u-ab,1lha1n a dist.-ir1ci(t, o que rcprtscnta 1 aproxi1nadan1cnte, 5 por cento do total da população. :\ organizaç.:1o iníor111,, tarnbérn que 1nais ele 20 po r cento da população adulta .túva de nosso pais adota alguma íornta de trabalho a dis1ância ao longo do n1L-s.31 .J:í nos l·:Stados Unidos, csLi1na·sc que. cn1 2002, aproxin1aclan1cn1e 15 por ccnlO da ÍOl'Ça de 1,.rahalho trabalhav~ ern ca~"t pelo 111t~nos u,n dia pot sc111ana.1t U,na pesquisa r<:ce,uc, rcalizada co,n n,ai~ de C"inco ,n il profas..:;ionais de R..J-1, descobriu que 35 por cento das o rgani;,.ações pc n n ilc1n que seus funcioná1ios trabalhcnl a distâ ncia por pelo 1ncnos pati.C de .sua jornada e <1uc 21 por ccnu> ele.las pcrn1itc111 o tra· balho a distância ern p<:IÍQClo in,cgral.a:J Enu-c as organizações reconhecidas que pmn1ovcn1 a1iva1nc11Lc o u-abalho a dis1ância cslào a I B~ 1, a C henneçh, a Narura e a Serasa l~xperian.J.t Na Fínhindia, 11a Suécia, no R<'ino U11ido e na t-\ lC'1na1lha. os 11clctraballu1don::s' 1'Cprcsc1lta,11 17 por c,'(•11to, 15 por cento, 8 por cento e 6 por cento da força cl(' trabalho, rcspcctiva1ncntc.:t.~ Q uais 1ipos de trabalho são acCcquados ao trabaJho a clistân<:ia? ·l i·és categorias f(). ra nt identificadas corno ntais a propr:iadas: 1arcf.1s ele trac:unento l'Otinciro d e inforn1açôc:s, a rividadcs n1óvcis e tareÍ:'\.~ ahan1cntc especializada$ ou relacionad~,s ao conhccintcnto.:k·

      Carlos R:uchaud convivia d iariamente com os engarrafamentos no trajeto até o tr.19balho e com a

      sensação de insegtarança quando trabalhava no Rio de Jal\eiro. Cansado dessa situação, ele não pensou duas vezes ao aceitar oma oportunidade para ser d iretor mádico da farmacêutica Gen.zyme, sediada em São Pavio. Ora, mas isso seria trocar 'seis por meia dúzia", você pode pensar. No entanto, existem duas dife,enças

      fundamentais entre os trabalhos. A primeira delas é que Ruchaud pode trabalhar a distância, no conforto dê sua ca$a, e a $egunda é ainda mais interessante: ele mora em florianôpolis. O gestor montou um home office e,n

      Santa Catarina, de onde trabalha com outcos funcionário$ locali.2ados em São Paulo, Santa Cat-arin.a e Minas Gerais. Muitos deles. também, em suas casas.31

      Capitulo a

      Motiv&Ç.30: do conceito às aplicações

      239

      Esciito rcs. advogados, analistas e funcio ná1ios que passarn a n1aior pa11e do ternpo ao con1putador ou :,o telefone - con10 pessoal de tclc1narkct-ing, rcpr<:scntant(~ de serviços a elicntt·s1 agcutcs de viagens ç esJX."éio:1Jjstas crn suporte lécnico ele produlos são c.-111011ívcis, n1aior p 1"0Ch.11i,·idadc, 01cnor rota tividade, 1noral 1nais a lto e redução de gastos con1 ins1alaçôcs íisicas. F.xistc a inda urna relação positiva <:nux: o 1rabalho a distância e a avaliação ele clcse1n pcnho cios supc1,~SOl'l"S. r\ principal dcsvantagc1n é u111a n1cnor supc rviSti.o direta dos funcionários. Alén1 dissot corn o a tendência hoje é a do trabalho ern equipe. o tra.t,alho a distância Lorna n1ais clilicil pa ra a acln1inistraçiío coorclc11a r o trabalho c111 g r1.1po. •11 Do ponto de vista elo trabal hador, o trabalJlo o-t distcincia o fcr<:<:e un1 considerável au1nento de flex ibilidade, 1nas não sc1n custos. Pa ra q ucrn t<:n1 a ha ncfc~ido:ldc de sociali1..;1çào, ele pode levar a tuna scr)$.-l<;à<, de isoh1111cn10 e r("(luzir a satislãçào no trabalho. Alé111 disso, todos os q ue u-abalha1n a dis1ância podcn1 ficar vulnc~ívcis ao e feito do "longe cios olhos, longe do coração'.º O fhto de não cstal'cn1 dentro da c 1nprcsa, de não participa.r c1n ele rcuniõl·s nc1n das interações do dia a d ia co111 os dc1nais funcio1u\1ios1 pode se tornar dcsvantagc111 na hora elas pron1oçõcs e dos aun1cntos s.:'tlaria is.

      Os contextos físico e social do trabalho Robson c C 1is t-iano forn1aran1~S<: na íhculdade hâ certa de dois anos co1n diplon1as na área de cdutaç;:lo. t\n1bos obtiveram cn1prcgo co1110 professores. mas ern difcrcnles cSéolas e cn, bairros <.Üstintos. Robso11 ÍJn<:diatan1<:ntc cnfi'<:ntou ,{trios obstáéulo~ no traball10: u111a classe nun1e1'0sa (4·2 a lunos). 1.11na sah1 de at1h1 pequena e Sl~a e l'n0dc111 fazer surgit u 111 ciclo positivo dcftedh,uk, visto que os funcionál'ios se 1

      1

      ;tjudarn nu.1tua111en1c crn un1 riclo vinuoso O contexto profissional Lc"tn1bén1 pode afi::t:,r a satisf.1ção do fi.u1cion:írio. O trahalho •

      c1n a n1bicntes m uito qucntcst barulhentos e pe rigosos é 111cnos satisfatório do que aquele

      240

      Compott.amento organiza~ional

      realizado cn1 a1nbicntcs cli1nat.i:t,41.clos, rclativan1cntc silenciosos e seguros. É por isso: p1ovavcl· n1cntc, que a 111aioria das f.X.'SSOas prefere trabalhar crn u111 cafl'· a tr..,balhar c1n uma fundjção de 01na indúsuia n'lctalúrgiea. 1\s <:.-
      iinvolvimento dos funcioná1rios Envolvimento dos funcionários Pro«S$0 par,icipativo que usa a capacidade dos func:iol'lários para avmeotarsev comp
      sucesso da organiz~

      I

      O que é envolvimento dos fun cionários? l)efini111os esse concci10 corno u1n processo participalivo que utiliza a capacidade dos fi1ncioná1ios para au111cntar seu con1pron1c1.in1cnto corn o sucesso da Ol'ô'
      Programas de envolvimento do funcionário Nesta seção exa1ninarc1nos n1ais d ctalhadan1cntc d uas forn1as de cnvolvin1cnto cios funcionários: gestão parLicipati\'a e pal'ticipaçào por rcprcsc111açào.

      Gestão participativa

      Gestão participativa Processo l'IO qual os subotdinados compartilham algum

      poder de decisão com seus chefes imediat~

      I

      Participação p or representação

      Participação por representação Sistema no qual os

      trobalhado<es ~rliopam da tomada de deósões por meio de um pequeno

      grupo dQ funcionários rep,esentJfltes.

      1\ principal caractcristica con1un1 a todos os progran1as ele ges· tão participativa é a u1ilizaçào do p rocesso dccisól'io coletivo, cn1 que os suhordinaclos co,npartilha,n al~"\nn poder de decisão co111 seus chelb-s i,nediatos. t\ lgu,nas ,·ei.cs. a gestão participaLiva é apo ntada con10 un ta 1:,anaccia contra o baixo 111oral e a baixa procluth~cladc. No cn1anto. para c1uc funcio ne, os assuruos nos quais os funcion;lrios estão Cn\'olvidos ti:1n de ser co1npa1h·cis ro111 seus: in1erc!i\~$. Alf1n d issoi para que posst1.1n ~e,· n1orivaclos, o~ fi1nc.:io11;:í.rios precisanl ter capacitac;cio e conhcéi111cnto par" o ferecer contribuições rclc\'antes, sem contar a necessidade ele existir confiança entre as partes envolvidas." l·branl realizadas dezenas de c~tuclos sobre a relação entre participação e dcsctnpc· nho, e os 1·c·st1ltados não sf.io unàni11\CS. 1; 1\s organizações q ue inslituern a gcsul.o p,u·licipativ::t d<' f;'ltO (lprcscntarn ,naior retorno cn, ações, ,ncnorcs índices de rotatividade 1! 1naior proclulividadc esLin1ada, cn1bora os clê ilos não scjanl tnuito significa tivos. •11 U1na revisão cuidadosa das pesc1uisas no nível individual n1os1ra que a pa r1icipação exerce apenas u,na rnodesta innuê-ncia sol,r<' variáv<:is: co1no p roclu1 i\'idadc, 1no1ivac;t10 e sa1 i:.fi1ç,io cios funcionários. J-\ pcs.a r disso, no caso de du,is cn1prcsas cio setor quin1ico de Po rto 1\legrc, pcrccheu·sc q ue as práLicas de participação adotadas influcnciararn positivan1cn· te a satisfação cios 1rahalhadorcs cont relação ao a1nbic1nc de rrahalho e ao Lrahalho propriarncutc dito ...' Logica,ncntc, 1udo isso não i1nplica que a gestão patticipati\'a não possa traicr bcncticios sob condic;õ(:s certas. Signitico·1 que a par1icipaçâo1 por si só, não asscguTa a n1clhoiia do dcscn1pcnho dos trahalhaclorcs.

      I

      Praticamente t0
      possucn1 algu1na legislação que exige que as c1nprcsas pratiquc1n a participação por repres entação, cha,nada 'a IOrn1a de c;11\'oh~1nen10 dos funcionários ,nais 11or1natiY.ada pela lcgíslaçào cn1 iodo o inundo'. •8: O objcli,·o da participaç~10 p-Or' rcpresc,n,1çf10 {; rcdisuibuir o poder dentro da organização de 111oclo a igualar os interesses dos l\1ncioná1ios con1

      os dos clirigcmc! e acionistas da empresa ao permitir que os primeiros srjam rcprcwmaclos po r urn pequeno gntp-0, que; é qucn1 de tato pariicipa.

      Capitulo a

      Motiv&Ç.30: do conceito às aplicações

      241

      A fabricante de embalagens metálicas Brasilata incentiva Íormal e informalmente que seus funcionários p,oponham melhorias e opinem sobre os processos e produtos d.t empresa. Acreditando que o capital humano é a principal fonte de inovação, a Brasilata criou u1n programa de sugestões e promoveu um clima de confiança e comunicação aberta. Graças a essa culrura informal de uoca de informações. a empresa desenvolveu vma embalagem metálica com tampa plástica que passou a ser utilizada em diversos produtos, como leite em pó, achocolatados e até tintas. ~ interessante notar que a ideia para o novo invólucro surgiu em uma conversa de corredor e foi criada por uma funcionária do setor de recursos humanos ..,

      O s dois tôrn1atos anais c<>1nuns de pa11icipaçào por representação são os conselhos de lr.,balhadorc.-s e os representantes do consclho.:ot1 Sào grupos de funcionários, non1<:ados ou clcitos1 que dc,·e111 ser consuJtados <1uando os djrigc11tcs to1narn qualqutr decisi~o que envolva :i força de t"1balho. Os representantes do conselho são fi.ulcionátios que patticiparn das reuniões do consclho de ado1inisltaçâo da cn1ptcsa, nas quais clcfcndcrn os inte1·esses dos 1rabalhaclorcs. A influência ela participação por representação sobre os trabalhadores parece ser n1inin1a.-~1 Os conselhos de trabalhadores ~lo do111inados p<:los gcslorcs e tên1 pouquíssinlO in1pacto sobre os funcionários ou sobre a organização. E:111bora essa particip...-1çào possa au1t1ent..lr a n1oti,·açào e a satisfi)ç.ào dos funcionários rcpres<:ntant<:s, há pouca c,~dl·ncia de que isso seja repassa.do aos opci.lrios que eles reprcscnta1·n. De maneita gcralt "o principal valor da pal'ticipação po1· represe, uaç}io é si1nbólico. Se alguén1 estiver p1'0Cutando 1nudar as atitudes dos íuncionátio~ ou n·1elhorat o d ese1npenho Ol'gani1.acion;1J} essa não será a n1clhor <::scolha'' .;,.-:

      ENQUETE COMPORTAMENTAL

      A maioria de nós acna o salário baixo? Percentual de trabalhador-as que acham seus salários alto, justo ou baixo Amostra

      total

      60

      50

      40 30

      20 10

      o fonte; Baseado em O. Jacobe. "lialf oi Americans Say They Ale Unde.

      242

      Compott.amento organiza~ional

      Vinculando os programas de envolvimento dos funcionários com as teorias sobre motivação O envolvi1nen10 dos fu ncionádos foi deline.,1do co1n base <:1n várias das 1eorias sobre 11101.ivaçào que cxan1ina,nos no Capítulo 7. A "ICoria , , (; <:ocrentc coin a ges1ào participativa, ao passo que a -reoria X está nlais próxirna d o estilo tradicional autorrá1.ico ele gerir as pt'·ssoas. No tocanlc à Lcoria de dois f'atorcs, os progranlas d e cnvolvi1nento pode1u ofi:rccer u1na 1noti,·açào intrínseca, au111c11tando as oportunidades de crc-sci111cnto, r<·sponsabilidadc e cnvolvitncnto cona o trabalho crn si. r-\ opo11unidadc de 101nar dcciW(:s e hnplcrncnt;:i-las - e então obscrv:ii-las funcionando pode ,;\judar a satisf.:'lzcr as nc,ccssldadcs dos 11-abalhado res crn 1-cs1>01lsabiliclad c, tCalizaçào, rcconhcci1nc-n10, Cl'Cscirne11to e ,nclho,·ia da au1oesti1na. O s progtan1as de envolvirne1uo, quando usados a1n1>lan1en1e1 tênl po lencial para aun1entar a n10Livaçào intrínseca do funcionário na reali1.açào de suas tarefa.\.

      ilizando recompensas para motivar funcionários Co1no viinos no Capítulo 3, a rcn1unc11,ção n;"io é o f.uor principal de saúsf.u;ào no trabalho. En1 tuna pesquisa feita co111 cerca de 1.400 gcstor<.'S brasileiros, obscn·ou·sc que a rc1nuncn,çiio <>cupa o terceiro lug,1r co1no fcuor ele n1oti,·açào e de satisfilc;ào geral no cn1prcgo, <:oin u,na 11·prcscnHlÇào de.-: a1x·1H1s 12,8 J)Or cc·nto." No cnta1110, rnc.•ano não sc·ndo a principal fonte ele 1l101ivaçt10, a rc1nuncraçào (: urn i111po1'1arnc í.1101· c1uc as c1np1·c·s,1s fi·cqucn1cn1cntc subcsli1nan1 ..!>• Sendo a rcn1uncraçào tão in1por1;uHct os gestores tên1 de 10111ar aJgun1as d ecisões cs· u11tégicas. t\ organização d eve licleraT o n1crc;,do cn1 111atéiia de pagarncnto, cquipa11,r·sc a ele ou ficar abaixo da 111édia? Con10 .a s contiibuiçõcs indh~duai.s serão reconhecidas? Nesta scçI,o, considcrarcn1os: {I) o que pagar aos funcionários (decidido pelo cstabclc<:in1cnto de unia cslrutun:1 de pags basc:tdúS t:nl c·apacicladcs}; (3) <1uc:: l>t~ncficio~ e opçôc.,;:; ofi::l'Cccr (co1no bcncJicios flexíveis) é (4) co1no cstnuural' progí'arnas de l"CConhc· ci111cnto de funcion.írios.

      O que pagar: estabelecimento de uma estrutura de remuneração Há 1nuita.s rnancirtlS de rcrnunc11tr os cn,prcgndos. O pl'Occsso de cstc1bclcctr nht:is de 1"Cn1une111<;,1o pode ser con1plcxo e c11volvc equilibrar o valor do t1-abalho para a o rgani~.ação, gerahnentc cs1abelccido por tnn processo técnico cha,nado avaliaçJ,o p1'0fLSsional, e a co1npeli1ivid:ide ex1erna ,la rc1nunernçâo de u,na organização e1n l'elaçào à l'C1nuncraç~o 111éclia <'llt sua área de atuação, ge.-ahnc:111.e d<-1f'rn1inada por pesquisas de rnercado. Obvian1cnlc}o rnc)hor sistrrna de rf'ntuncraçào paga o trahalho <1uc vale, sendo 1an1hé1n

      con1pctit.i,·o cn1 con1paraçào ao nlcrcado ele tn1balho . .,.\ lf,'1.Hnas o rganiiac:;õcs prcfcrc1n ser lideres cn1 rc111t111e11,<ào e paga1n a<:inn\ do 111cr· cado. ao passo c1ue outras fican, atrás, 1:>ois não podcn, arcar con'I a ,nl:dia do mercado, ou cstào d ispostas a supo1i.ar os custos ele paga,· abaixo do rncrcado (ou seja, 1ttaior 1-otatividad e urna vez que as 1:>essoas são atraÍ(las por e1nprcgos <1ue paga,n 1nelhot}. .i\o 1-e111unerar 111elhor, as organizações conscgue111 fhncion;irios ,nais be1n <1ualificados e 1nais n1otivados <1ue fica rão n1ais tcn1po cont a c1nprcsa. Unt esludo envolvendo 126 e1nprcsas de grande porte cle.5cobriu que os funcionários que açrcclitavan1 recebe r un1 salá1io con1pctiti,·o 1inha1n o rnoral rnais alto e cran1 rnais produti,·os, e que seus clientes 1an1bé111 cs1ava1n mais satisfeitos. u t\ rcn1u1lcraçào, porl:n,} é f'rcquc ntc:rncntc e, custo operacional n1ais alto pa11' tuna organização, o que significa que pagar n1uito pode tornar seus produtos e serviços n1ui10 ca1'0s. É un1.-'I decisão cstratêgic."1 que deve ser 10,nada pela organi,-.ação, co,n trad,-.f!ffe evidentes.

      Capitulo a

      Motiv&Ç.30: do conceito às aplicações

      243

      Como remunerar: recompensando funcionários individualmente com programas de remuneração variável *'Por que cu f.1.ria uni csfo1-ço c....:tta en1 1neu lrabalho?'', pe1-gu1Ha .A.na Ca1'Cia~ p1'0fessora de ensino fi.11lda1nental ei-n u:ina escola de Cuiabá, no Ã1lalo Grosso. " Po~o n1e esfOrçar ou apena.s f.,1.cr o rninii-no neccssá1io. Não Í.:'lz a rnenor d ifCrcnça. Eu recebo o n1csn10 salário. Por que cu faria qualquer coisa aJé,n cio 1níni1no exigido?",

      Program.ls de remuneração variável Plano que baseia parte

      da remuner3Ção do fvncionãrio em alguma medida de desempenho, individual &/oo ocganiu,cional

      _J

      Con1cntá1ios con10 esse ele 1\na fo r,,n1 co1nuns cnLrc os professores por décadas. poi:; os aun1cntos ~kui;ús nesse setor c rtun ,~nculados ~,o tc1npo d e se1,·iço. Rcccntcrnc1)tc, cnll-Ctanto, divc1"&'ls o rg:u1i~açõcs no 81-nsil - desde crnprcsas privadas a1é escolas p(1blicas e agências go"erna,nen1a is est~lo revendo seus sislc1nas de rc1nunera<:;io (norn'lal,ncntc base.,'la1'a n101iva1' pessoas corno Ana a colocar nlais c1nusiasn10 en1 seu 1rabalho> adem·indo a progra1nas ele ren1uneraçào variável. En1 2008, por c:.:en1plo, o governo clC" São Paulo defini u nonnas para lnn projeco ele rc1nuneraçào 1:>0r dcse1npenho p.ira trabalhadores ela t"i,nção pública, c1n que ~'SOO mil fl1ncioná1ios ligados f, cducaç,io pas.saiian1 ;1 recebe r o equivalente a a té 2,9 saláiios 1ncns::\is se seus alunos absor· ,-c~cn, n1elhor os conteúdos cnsi1H1dos.lb Planos de n:11lu11crtu;ào 1>0r unidades produzidas, i,1cc,ui"os SAla1~..-iis., pal'ticipaçào nos lucros(: pa11icipaç;.o nos ganhos s;1o a l.b"-11nas das íorn1as possíveis de progran1as de r emuneração variável, cn1 que urn;l parte da rcrnuncraçiio baseia-se cn1 albFtuna n1e,'Clicla de dcscrnpcnho, ind.i\·idual e/ ou organizacional. 1\s qua11tias recebidas, por1<111to, flutuan1 de ~1cordo conl a 111cdiçüo do dcscn, 1x:nho:1,1 Os planos de 1-c,nuncraçào \'al"iávcl ti·,n sido usado~ h;'l ,nuito 1crnpo pata co,upcnsar vcndcclorcs e gcsto1·cs. A Clar'O, a Pro1non} o banco lf l·e Pactuai e o ~,l agazinc ( .:uiia são apenas a lguns cxcn1plos de c n1p1:-csas que tHilizan1 pagan1cn1os variáveis con1 funcioná1i os de d ife rentes ní,·cis o rganizac ionais.~ )Jo Brasil, a p rática d esse tipo ele rc1nuncraçào tc1n sido crescente: cnt 2007 1 rcgistrou~sc o a urncnto de 25 por cento nas c1np1·c~is que co1ncça11u11 a a dotar a rcn1unc1<.tçào varíávtl.:.•J Tnfclh:111cntc, pesquisas recentes inclica111 q ue: 1nuitos cn1prcgados c,inda não \'t'l'rtl un1;.1 fo1"tc concx~o entre rcn1u11c11\ÇâO e dcsc111pc~ nho. So,ncritc 29 po r cc.1110 d izc1n que, qua,,do H,zcrn urn bo1n tr..11,alho, sc-.1dcsc1npc11ho é rcc
      Os vendedores representam o caso mais tipico de remuneração v:aiiável. Como forma de il'ICéntivâ·los a elevar suas vendas, as organizações atrelam seus pagamentos a d iferentes fatores. como o volume de vendas, a quantidade de novos clientes conquistados e a diver'Sificação dos produtos vendidos. De~a manéira, as empresas oferecem salários fix.os costumeiramente r(Kfuzidos e uma participação nas vendas feali2adas. a comissão. que, nas lojas de fO\IJ)aS, costumam girar em torno de 5 por cento. Com isso. as organizações motivam seus funcionários a obterem melhores resultados.

      244

      Compo11.amento organiia~ional

      Planos de remuneração por unidade produi:ida Plano de pagamento em que os funcionários

      ,ecebem u1na so,na fixa

      1

      para cada unidade d~ .. produção completad..:.....J

      Plano de pagamento com base no mérito P1ano de pagamento baseado no índice de avaliação de desempenho.

      _J

      Remuneração por unidade produzida O plano de remuneração p or unidade produzida tcn1 sido popular há n1uito tc1npo co1no fonn;, de co111pcnsar funcion;\rios na án::.:1 d.1 produção, pagando·lhts u1na sorna fi.xa pc,r.i cada unjcladc de produção con,ple~ tack1. En, seu estado mais puro, tsscs progran1as não ptcvcc,n J).lb"âll'lcrHO fi~o b::ísico, rl'lns apenas parn aquilo que ror prod111.iclo. _.\. i. pessoas <1ue 11-ahalha,n en1 cs1tl c.:o,npa,·ados con\ 3,6 por cerHo para oo de dcsc1n1>enho n'l(.."<'.liano e 1,3 por cc,no para O!> t11n profes.sor de un1a rcno,nada univcl'sidade c1t1c teve dcsc,npenho destacado crn docência e pc;squisa recebeu u1n au1nen10 de ,nil reais. Por quê? Pol'<1uc o fundo para aun1cn1os .sala riais era n,uito pequeno. J\ssin11 isso clific ihncntc pode ser considerado un1 pagan1cnto por dcsc1npcnho . .Finahnc111c os sindicatos cos1un1a1n re· sistir aos planos de rcn1uneraçào b:.tscados no dcse111pcnho. Por isso, poucos professores têrn o beneficio do incentivo salarial! cnquauto as rt 111u11craçõcs baseadas <:n1 tcrnpo dé :;crviço prcdo1nin"1n. 1

      Bônus

      Plano que rec.ompensa os

      e.,.,,egados, p,iv,1egiM'clo o desempenho~ recente em vez do desempenho histôrico.

      I

      Bônus Ü'$ bônus anuais s.:lo 111n co1nponc:n1<' signific,u i,·o ela co1npc nsaçâo to1.-,I. E1u rc os prcsidcnrcs das cc,n 1naiorcs cn111rcsas nortc·a1ncricanas, os hônus anuai~ (c1n n1éclia J ,O 1 1nilhào ele dólares) brcraln1cn1c exccclcn1 os .salá ,ios·basc anuais (cn1 rnéclia 86'.l 1nil dólarc.s).•'-lo Brasil, cn1 2005, :, ntédia dos salârios·basc dos presidentes (863 ntil reais) ainda era 111alor do que os hônus recebidos por clc.."S (3S2 1nil rcais).1'1 C;,da ,·c-.1, 1naisl os bônus estão <>cupando unl espaço n1aior n;,'\S o rganizações, i11clui11do os funciouários de csc•tlõcs

      Capitulo a

      Motiv&Ç.30: do conceito à.s aplicações

      245

      inferiores. ~,(uitas cnlprc.-sas rccoinpcnsa1n seus funcionários co1n L>ônus c1n 111ilharcs de

      reais quando seus lueros aurncnt~n,. O s efeitos do inccnti,·o por bônus no dcsc111pcnho

      dcveri..im ser nlaiorcs do que ctquclcs do pt1ga1ner1to por rnérito, pois ,nais do que pag(1r as ressoas pol' seu dcscn,penho de anos tttr:l:; (C" que for1un ac;;rrs<·ido~ ao p;1gao1cnto·hasc), os bônus 1·cco1npcnsan1 so1ncn1c o d<•scn1pcnho 1'c('C1Hé. 1\lé1n do ,nais. c n1 1c1npos dificéis, as e1nprcsas podc1n reduzir os custos de co1npcnsaçào. A c1nprcsa nortc-a1ncricana de aço Nuco1; por cxcn1plo. garante a seus fu ncioná1ios u1na rcn1uncraçào de so111entc cerca de 20 reais por hora .. ,nas seus bônus podc1n ser subs tanc iais. En1 2006, seus funcion;i!ios rcccbcnun, c111 1nêclia. aproxin1achuncntc 180 n1il reais. Quando chegou a rec..:essào, os bônus íorarn cortados drastic.-u11e1llC e o pagarncnto total Cé1iu 40 por ccnto.w

      Esse cxcrnplo t.:unbé1t1 destaca o lado 1,1in1 dos bônus:<> p:.lb'cln1ento dos funclonários rica 1nais vulncl'ávcl a cortes. Isso é p<11,icularrncn1c p1'0blcn1.:l1ico <1uando os bônus f01·n1;u11 u1na grande porccn1agc1n do pagan1cnto 101aJ}ou quando os funcion;lrios passaln a considerá-los un1 ganho certo. ':-\s pessoas passar~un a viver corno se os bônus não fossc1n bônus, 1nas parte esperada de sua renda anuaJ") diz f\Ull profcs.5<>r da 1-larvard Busincss School.

      Remuneração por habilidades t\ remuneração por habilidades (t;Hnbém chatnada ren't\11,eraç?io por co,npctências) é:, ,una alternativa à rc1nuncração con, base 110 cargo que es1abclecc o nível s,'\larial de aCOl'0lo, f.1bricanu; gaúcha de carrocerias para ônibtL$, por exc1nplo, são geridos por suas co1npc1ências

      Remuneração por

      habilidades PJano que estabelece

      o salâtio de ac0tdo com a qv<1ntid<1de de habilidades do funcionário ou com a variedi!de de funções que ele é capaz de do,sempenhaf. _

      Pl,nos do participeção

      J

      e sahcnl cxata1ncntc quais habilidades prccisarn desenvolve r para ser prc,1novidos e reccl)(:r aun1cntos saJaiiais. O clcpartan1cnto ele recursos hu1nano$ da o rganizaç-ào 1na1,cou todas as habilidades nccesstírias par,1 a boa execução d;\$ tan:fas e aprcsenlou·as na intr;.u1cl ela cn1p1-csa, p::lra que os lraba lhadorcs pudcsscn, pla 11ejar seu des<:nvolvirncnto. Para o.s c 1n J)l'tgadotcs, o atl'ativo desse tipo Ois as pessoas passa,11 a en1cndcr rncll,or as funções un1as elas outras. Qpal seria o lado negativo desses planos? t\s JX'ssoas poden1 ~atingir o ápice• - aprcncltr 1oclàs as habilidades disponh·cis no progranul, Isso pode lcv;1r os funcionálios ã ti-ustração depois de <.·lcs tcrc1n sido clc.safiados por u1n arr1bic111c d e apn..:ndi;.:ado~ c1"t·-stirne11to e au· TllCnto coruínuo de re,nu11craçào. .:-\lérn disso, os ph111os de 1-cn1une1'a<;ào por habilidadC'S não cnfocan, o oívcl de dcsenl1x 11ho. f.lcs es1l10 voltados apenas pata a ques1ão de as p<:ssoas

      nos lucros Planos que envolvem

      conseguirefn, ou não, realizar de,er111inadas cornpetência.~.

      toda a o,gan,zação,

      Planos de participação nos lucros Os planos d e participação nos lucros siio

      distribuindo um

      progr::unas que cnvolvcn1 toda a o rganização, disuibuindo u1n paga111cnto baseado cn1 alb'lu11a fórn1uh1 de éálculo da lucrati,idadc ela c111prcsa. Esse pagarncnto pode ser feito cn1 dinheiro ou, 111élis <:0111u111cntc no caso dos executivos, c111 ações da \'l'l1.prcsa. Quando você lê no no1ici,lrio qt1e gcs1ores corno i\lárcio C),p,iano, presidente do Braclésco, ganhan,

      pagamento baseado em alguma fórmula de cálo.ilo da lucratividade da emp<esa.

      A DryWash. êtnpfêsa de lavagém d& vek:t.1los a s&co, estabeleceu vm sistema de remuneração variável baseado em uma pfeocupação socioambiental. Implantado em 2007. o programa buscava incentivar os trabalhadores de base a voltar a estudaf, oferecendo um 14Q salário aos gerentes das lojas que cons&guiss&m manter 20 por cento dos funcionários sem ensino fundamental e mêdio nas salas de aula. Posteriormente, a empresa adicionou outro ctitêrio ao programa: para continuar recebendo integralmente o bónus, os gerentes precisavam garantir a reciclage,n dos panos usados nas lavagens.6 7

      1 1

      246

      Compottamento orgc1niza~ional

      cerca de 14 nlilhõcs ele reais por ano/.s q uase toda essa quantia C recebida a título de par· Liripa{é10 nos lucros e rcsult~ldos da con1panhia. Ob,·ian1cntc, nc111 todos os funcion{trios

      rcrcbc111 ,nonuu)léS tão elevados. Entrct.;111to1 <1 parLicip;.ç,1o nos lucros e tcsuhados do prl>· prio Bradc.,;c;;o conferiu tl cada lt~1balhador 2~2 s,1b_ \rios extras ern 2008. Os planos ele· pa1·lic·ipaçào nos lucros pal'cccn, aprcscn1a1· 1un irnpacto positivo nas ê-'tti· t1.1clcs dos fi.utcionários. f\qucles que .se l>encticiarn dele 1ê1n u1na sensação psicológica ,nai.s lbrtc ele prop1iccladc da crnprcsa.'11 Participação na$ melhorias Pfono de incentivo ooletivo baseado na melhoria da produtividade do grupo du<Mtc um dowm;n•do

      período.

      Pl:tnos do participaç3o acionária para funcionârios Planos dé bénefídos estabelecidos pela empresa, nos quais os funcionários compram ações da companhia, geralmente a preços abaixo dos praticados no

      mercado, como parte d~ um pacote de benefíci0$.

      I

      1

      Participação nas melhorias O 1>1-ogra1na de ren1uncraçt10 variável que ,·c1n rcce· bcndo 1naior atcn<:-1:i.o rccentcrncntc é , Sén'I dllvicla 1 o de par tici pação n as melhorias.'º Trata·sc de urn pia,,() de incentivo coletivo basc;ido e,n u1n::1 fór1nula <1ue usa a 1)1elhotia na p1'0Clutividade do gru1>0 clura1uc certo pc::riodo 1>ara dctet1ninal' a <1uantia a set distl'ibuícla aos fi1ncionário$.. Aproxin1adtln1ente 45 por cen10 das 1nil ,naiores en1presas no,, .e. ·a1ncrica11as in1ple1nentaran, esse plano,;• çuja popula,idade parece ser estrcitan1cntc ligada às ,~Ta neles c1nprcsa.~de n1anutàtu1·a. Esse plano é diferente cio plano de participaç;:\o nos lucros.1 pois a.s rccornpcn.sas estão ,·inculadas a ganhos de produtividade cn1 ,·c-i de a ganhos sobre lucros. Nesse plano, os fu ncionários pod<:rn receber os inccnti\'OS nicsmo quando a cnlp1-csa nào eslâ sendo 1nuito lucrali"ª· (:on10 os bcncíiclos S<'io concedidos a grupos de Í\1ncion;l1ios, aquele~ que aprcscntarn des('1n1)Cnho acinla da rnédia pressiona,n os fu1lc:ionârios cttio dcse,npenho es1á abaixo dela para u·:ibalhar ,nais, 1nclho1-anclo o deseinpenho do g rupo co,no un) 1oc:lo.il

      Planos de participação acionária para funcionários Os planos de participação acion ária para funcionários sflO planos de rcn1u11c1-.,ç~i.o varhlvel c.stabclccidos pelas c1nprcsas~ 11os quais os funcionários <.:-Ornpra1n ações da co1npanhi~1, nor1naLnentc a preço~ abaixo elos de ,ncrcado, <:orno parte t lc unl ])(tCOlc de bcneJicios. En1presas con10 a locadora de "cíctilos Localiza, a cons\lhotia 1\ cce1nt11'C e a 1\1nérita l .ati11a l .ogí.stica são exe,nplos de organiiaçõcs co1n planos de pa11icipaçào acionária. En1,·c1anlo1 não t': ncccssál'io lCI' ações vendidas na bolsa ou ser u1na grande entpn::sa para ofCrcccl' parlicipaçào acion~ll'ia a seus íuncionúrios. Aos Estados Unidos, in.clusi\'t, a 1naioria dc:sscs progr.-tn1as oco111! cn1 organi· zaçõcs pequenas ele capilaJ tCchaclo.11 1\s pesquisas 1nosll<.un que esses planos contribut·1n para n1clhorar a salisíhçào elos íu11cio11.:tlios/ • 111as .seu jrnpacto sob,·c o dcsc..·1npc..·1tho é 1ncnos claro. ])e fato, e.sscs planos lCn1 o poder de at11ncn1ar a s:uisí.'lção e a n1otivaçUo, poré1n, pa1·a qut· isso aconteça) o.s ft,n· cio11âl'ios ti;rn de ("xpc1~1nenta1· a sensação psicológica de posse ela rrripresa.15 Ou l;Cja: alé1n de ter tuna parecia fina nceira da co1npanhia, eles prccisa,n ser rcgularn1cnu; infOrn1ados a respeito cio slaltu cios negócios e ter a oportunidade ele exercer iníluência sobre eles para que s~jan) atingidas 1nclho1ias significathr.ts no descn1pcnho da organiza<;ào. i0ssucn1 tuna elevada quan1.idade ele açà<:s1 eles 1·cgistra1n os ganho$ da cn1p1'Csa con1 p1"Ccisão, pois não qucl'Cnl arcai' co,n as conscc1uências nc:gaxivas da queda do preço elas açõcs.17 Avaliação dos p rogramas de remuneração variável

      Esses prog1-::i.111as de rennulera -

      çào v..1riá\'Cl consegucn) al1nle1uat a 1nolivação e a produ1ividadc dos 11-abalhadores? A 1·esposta é 11n1 sonoro '~in1}. No Urasil, os ga1·çons, <1ue ~cebcn1 tuna co1nis$àO de 10 1>01·cenlo a cada cliente atendido, são un1 caso que con1prova cs.5a c,idência. En1 u1n estudo ícilo no Rio ele Janeiro, 90 por cc1uo dos -entrevistados aíirn1a1n que não scria,n garçons se n;io Li,·('SSCn1 conüssào, pelo que os au1orts c-011clucn1 que essa seria su:l principal fonte de 1no·

      úvaçào.1iJ Os csludos nor1nalmcnte conftrrn:-i,n que as orga11iz<.=t.çõcs (1ue adota1n pla11os de pal'ticipaçt10 nos lucros li:rll 1naior lucratividade do que as demais.~ Da 1)lesn1a fol'1na, as c~viclência.s indica1n <1ue a participação nas 1nelhol'ias au111erua a p1·0 alé1n ciç Í1'('<1,1çnten1en\ç \ÇJ' in1pa<'t() J)()~itivo ~ql~l'e as a,üudt;$ (lt:>$ f1,1nçioná1·ios,31> Ül1lro cSll1clo <."'.011:;.1a1ou que, cnquan10 os p lanos de rcn1uncl'açào por l1nidaclc prodl1z.icla cs1i1nulav~n1 n1aiorcs níveis ele proclulividaclc, esse cfC:ito positivo não era obsc,,"ado cn,

      Capitulo 8

      Motiv~o: do conceito à.s aplic.\Ções

      247

      COMPORTAMENTO ORGANIZACIONAL NA MÍDIA Não mexa em minha cultura! Muito menos em meu bolso!

      o

      banco de investimentos Pactuai, desde sua fundação, sempre apresentou uma cultura fortemente baseada na meritocracia. Espe· lhado no modelo do Goldman Sachs, tradicional banco norte-americano que valoriza o trabalho pesado e recompensa os melhores funcionários com gordos bônus e participações nos lucros, o Pactuai buscou implantar esse modelo no Brasil. Dessa maneira, seus fundadores moldaram um sistema em que os salários fixos não são muito elevados, os empregados trabalham muitas horas por dia e os melhores recebem vastas somas de dinheiro ao final do ano. Graças a essa política e à boa qualidade dos profissionais atraídos por ela, o Pactuai tomou-se o maior ban· co de investimentos genuinamente brasileiro, atraindo a atenção de grandes grupos internacionais - um desses foi o UBS, gigante instituição suíça que o adquiriu em 2006. Essa organização também tinha uma política agressiva de remuneração variável, mas. em função da crise financeira global decorrente dos problemas no mercado imobiliário norte-americano, precisou revisar o pagamento dos bônus. Ocorreu que, em 2007, o UBS teve um prejuízo de quatro bilhões de reais. Esse resultado foi decorrente das operações nos Estados Unidos e na Europa. visto que, naquele ano. as operações no Brasil e em toda a América latina foram muito lucrativas. Em função dos maus resul· tados globais, a cúpula do banco suíço propôs a redução

      dos bônus aos funcionários, limitando-os a 750 mil dólares por pessoa e oferecendo a maior parte em ações, que só poderiam ser vendidas ao longo de três anos. Essa política era muito diferente da existente no Pac· tual, onde os funcionários recebiam 45 por cento do lu· cro antes do pagamento de impostos (lair). sendo pagos, principalmente, em 'dinheiro vivo'. Além da mudança no sistema de pagamento, os executivos brasileiros não achavam justo serem prejudicados pelos erros cometidos pelo pessoal da Europa e dos Estados Unidos. Teve iní· cio, então. uma negociação para resolver esse problema. O UBS ofereceu um bônus de até um milhão de dólares aos brasileiros, pagando 'apenas' 50 por cento em ações e distribuindo 30 por cento do lAIR, mas os brasileiros permaneceram descontentes. Os executivos do Pactuai, principalmente os antigos donos, como André Esteves, ameaçaram se retirar da parceria e propuseram recomprar as ações do banco nacional caso o cálculo de seus bônus não considerasse apenas as operações latino-americanas. Temendo perder importantes executivos, o UBS teve de aceitar a proposta e alguns gestores brasileiros receberam bônus superiores a 10 milhões de reais. O problema, entretanto, não estava plenamente resolvido, pois novos prejuízos eram esperados pelo UBS em 2008. Essas divergências foram uma das causas da venda do Pactuai pelo UBS para seus antigos sócios, ocorrida no primeiro trimestre de 2008.

      Fontos: "'Bônus d e ~ bf.isileiros ger~ atritos no UBS Pactuai"', P0t1al Swi$$l,Ofo.eh, 2S jar.. 20:)8, disponivel em: <W'N\v~fo.d-./po,t/ iodc,rJ'Sonus_dc_óx.o-cutlvo$_brMrlciros__ger-a_avitos_no_U8S_P&Ctool.httnl?c::id-6372650>. Aoo$$0 tm; 4 f6'V, 2010; o "Corte de bõnus surp. AeeS$0 em: 4 fev. 2010.

      íuncioná1ios corn aversão a riscos. A~inl, o c1uc o ccono1nhaa Ed 1.azt~ar disse parece t:c110: "O s 1rab:'Llhadorcs rcspondc1n a o s preços asshn con10 a tcoiia cconô1nica preconiza. ,\s a legações dos sociólogos e de oulrôS.. de que os incentivos l'nônctários pode1n de fiuo reduzir os resultados, são refuta.das incqulYOt.:l.lne11lc pelos dados txistentes' 1, ~ las iS$O não significa que toclos respondcn, de flHlnc ira posili\·a aos planos de rc111unera(ão va1iá\'cl.1

      º

      Benefícios flexíveis: desenvolvendo o pacote de benefícios CJáudiri frc i1as da Sih·a e Celso l)elinghauscn 1111.l,alhav,u·n ) e1n 200 l 1 1Hl ·rclel, c1n telcíoni~ cclolar qoe opera no R.io Grande do Sul>n1as tinha1n ncccs.(;idade-s ,nuilo difCre1nes con, relação aos bcnelicios adicionais. Por scren, pessoas dislintas., cada urn deles p 1'C&:'l. de

      Benoficios floxívois Plano de benefícios que permite aos funcionários «ia( o p,óp,io pacot& de acordo com as su~s necessidades pesso~

      (

      Linha prcíel'Cncias espt:cíficas con1 relação aos brncficios que gostarian\ de receber. Pensando nisso, a crnprcsa 1·csolvcu a d otar 111n plano ele bcn cficios 8.cxívei s . " \ 'ocê pode escolhei' se quer vacinar, se não <JUiscr, l'OCê pode aumcmar um pouco a gasolina. :Vias sç você não tcrn carro, não há pl'ohlcana: aurncnLe o va)ordc seu lÍ<JU<:tc-alin1cntaçào'\ conta Cláudia. "Se a pessoa tcrn filhos> JJOdc optar por c reche; se está pcns.,nclo c rn ter; pode op-

      248

      Compo11.amento organiia~ional

      lar por un1 plano ele saúde que contenha o hospital de sua preferência. Se a pessoa já tcn1

      u,n dentista de confiança. que é 1neu càSO, por excrnpto, pode e<:01101niza.r pontos e utilii"...á-los <:111 con1bustívcl 01.1 scrvi~os cn, a 1>i possível p<~lo fino de a crnprcsa oferecer bcncficios flexí\'cis. En, concordância con, a tese da teo ria da cxpccHHiva. que diz que as recornpcnsas o rganizacionais dcvcn, estar ligadas aos ohjcti\'OS individuais de cada funcionário, os bencíicios flexi,·ci.s incliviclu;11izan1 as rccon1pc11sas, pcr111iti11do aos funcio11ários escolher seu pacote de acordo con1 as próprias necessidades e siu.taç~io. Esses prograrnas substitu<:111 o ll'7tdicion.:tl ph)no 1 igual par~1 todo n1uudo'. projetado para funcionários do sexo ,nasculi110 co,n 1nulhcr e dois filhos para sustentar, que don1inou as organizações por n1ais d,· 50 anos.33 ~·Jcnos de IO por cento cios trabalhadores ele hoje se ajust.un a esse estereótipo. Enquanto 25 por cento deles são solteiros, cerca de lHll terço da força ele trabalho é n1ctnbro de un, casal con1 duas fontes de renda e sc1n filhos. O s phu1os de bcncficios Acxívcis podc111 ser personalizados par;., atender a dife rentes necessidades confor1nc a 11tix;, ctáiia, estado ti,,i l, hcncíicios do cOnjugc) nú111cro e idade dos dependentes, e assirn por diante. O.;; u"Cs tipos de ph1no de lx:neficios ,nais con\uns são os planos n\odularcs, os nucleares planos n1od\llares são lôr1nndos por paco1c.s: ou ,nódulos pree o.s de crédito ílrxívtl.ª' definidos de bcncfirios, que podc1n ser so1nados pal'a atender às ncccssicladts de gl'upos específicos d e fu ncionários. Urn 1nódulo projclado para alenagar os scr,riços que contratar ele n1ancira panicular, corno serviços rnédicos e oclonlológicos. Esse tipo de plano pode aurncntar o saJário líquid o do fu ncion;:hio= pois as despesas pagas dessa for1na cslào livres de in11>0:stos.

      o~

      Recompensas intrínsecas: programas de reconhecimento de funcionários .\,l onic1ut Couvêa ganha ;lpC1la.s três ,·eais por ho,-a c,n urna lanchonete en1 ~lacelô, 110 eslado de /\lagoas, e seu lrabalho não é cxauunen1e in1.etessanle ou desafiado,·. ~·lesrno assi1n, .\,l oni<1tte fala co111 entus.ias1110 do en1prego, do chefe e da e1npresa e1n que 1rabalha. "O que gosLo é do làto de Carlos (seu chefe) vaJorizru· ,neu esforço. f~lc n,c elogia na frente

      Na fabricante de produtos. químicos OuPont, os funcionâ,ios anualmente escolhem os benefícios que desejam receber ao longo daquele período. A escolha é realizada por' meio da ll"lternet da emp,esa, em uma espécie de 'compra on-line'. Nesse sistema, os funcionários recebem Cl'éditos anuais e, à medida que vão adicionando beneficios a sua cesta, consomem os pontos (ecebidos. O valor' dos Cr'êditos é pr'oporcionat ao salário dos funcion~rios e as mudanças nos benefícios são realizadas auto,naticamente em casos de casamento, nascimento de filhos ou divórcio..e)

      -,

      Capitulo a

      Motiv&Ç.30: do conceito à.s aplicações

      249

      dos colc~\S durante 111cu turno e, nos úhhnos seis 1ncscs. fui eleita 'funcionári.1 do 111ês' po r duas ,·czes. \ locê ,·iu minh a foto 110 quadro na parede?)' i\ s organizações C~il!10, c:acla: vez. 1nais. rcconhcccndo o que ~loniquc vivcnci.:1: as reco1npcnsas pod(~n1 5iC1' tanto in, 1·ínsccas corno t :1·1na de:: progran1as de rcconhcci1nc:::nto do funci<>nário e cx1 ,í nscc-as no IOr1na1<> de sis1c1nas ele co1npcnsaçào. ~ esta seção, tra1~,rc1nos das 111anciras con10 os gestores podcn1 rcco,npcnsar e 1no tivar o dcsc1npcnho do funcion{uio. Os prograrnas d e rcconheci111ento de funcion~\rios podc1n ser de diferentes fo nnatos. Eles vão desde urn 'n1uito obrig..tdo' cspontànco e cn1 ptu1icular até progr;.,111<-tS íor1nais c.xplic itos, nos quais tipos específicos de con11:>0rta111cnto são cnéorajados e os proccdin1c11lOS p(u"a (l c.:onquista do rcconhcc iincruo silo idcnlificados cl.ara nlC1Hc. f\ lgu1Has pesquisa~ sugcre1n que os inccntÍ\'OS financc;iros pcx lt1n ser n1ais 1notivaclorcs a curlo pr.iz.01 ,nas, a longo praz(), os não financeiros são n1ais rnotivadorc.o;.~ O Real f\tacado1 en1prcsa atacadista gaúcha que atua na distribuição d e cli\'c rsos itens para lojas \'arcjistas: dcscnvoh·cu 11111 progratna for1nal de rcconheci1nento dos n1clhorcs íuncio1ulrios. ~,l cnsaln1cntc.\ tun tr.a.balhador é escolhido de acordo con1 c1ité1ios estabeleci~ dos e recebe o pri:n1io de ' funcion ítrio cio mês'. lendo seu norn c e $U.t foto cxp-Ostos no site da c n1presa.8' No outro cxtrc,n o. ntuitos gcsno rcs usarn abord~tgcns bcnt ,nais inlOr1nais. En1 algu,nas cc1uipcs da c1nprts..-t de 1clcfo11ia Oi] o tc<'onhccin1cnto aos bons trabalhos realizados ocor,·c de n1ane ira bas.lan1c clcscon1l'aida. Qoando alguns 1intcs supcrant suas 1nc1as ele dcsc.1111:x:nho, eles rcaliza.111 verdadeiras 'bagunças co,nc1norativas·. batucando t~n1 suas ntcsas. soprando apitos e percorrendo d.i\'ersas salas para co1nc1nora1: Fi á alguns anos, foi rcaliz:,cla un1;,1 pesquisa con1 1.500 trabalhadores, cn1 diversos setores ele ;tth·idaclcs> para clcscob1ir o que eles con8idcra,·;un o 1naior agente n1oti,·ador d o na balho. J\ resposta? J'l cconhcci1ncnto, re<:onla.·cin1cnto e 1nais rcconhcci1ne11to! U,n,1vantagc=rn óbvia dos pl'o gra,nas de rcconhc..•tin'1Cnto cio fl111cioná1~0 é c1uc são bn,-atos. u1na ,·c-1: c1ue o elogio é gJ'i:itui10!33 Não(' pot aca$0, po,,~Hno, c1uc eles vên1 ctcsccndo c;n1 popularidade. U1na pesquisa realizada c,n 2002 cnvoh't'.:ndo 39 1cn1prcsas revelou c1uc 84 por cento delas tinhan1 algunt tipo de progra1na de rcconhcci1ncnto pelo bo1n dcscn1p<:nho ele seus funcioná1i os e quatro cn1 cada dl..Lcs.ta,a 1n in,1."Stinclo 1nais nessa área do que un1 ano antes."• Apc.sar de su.1 c rescente popularidade, os crilicos argu1ncnta111 c1ue os progra1nas de rcconhcci111cnto cios funcionáiios sà-0 1nuito suscctí,·cis à n1cu1ipulaçào po r parle d e cli.1igcntcs de c1r1prcsa.s.(i(J Quando ulilizados cn1 ,;írcas e1n <1uc os l~1torcs de dcsen1ptnho são rcla1i,·an1cn1c objc·tivos, conto ,tt11d,,s, esses pl'ogtarnas são ,~:;tos 1x los roncionclrios con10 1nui10 jus1os. Enrrc1a nto, t::1n 1nui1as outras fllnçôcs, os critérios para clcfinil' o que é un1 bon1
      Na Daíbasé, fabticante de mãqui.nas it~dust(iais diversas.

      como sistemas de exaustão e tratamento do ar, o

      reconhécimento dos melhotes funciOt1ários e formalizado por meio do programa 'Colaborador do mês', Os critérios para éscolha são a assiduidade, o comp,ometimento e a

      sugestão e implantação de novas ideias.. Na foto, vemos, à esquerda, o s,. Claudemir, opefãrio do setof de produção, recebendo o prêmio de um gestor da Oaibase.9 ~

      250

      Compottamento orgc1niza~ional

      Õmplicações globais 1-\ s abordagens mo1ivacionais clisculiclas neste capítulo varian1 de ac.-ordo corn a cuh1.11'.l? UnHt vez que t1.llC!ncficios flcxh·cis e (5) c nvolvl111cnto do funcion;:í.rio.

      Características e enriquecimento do trabalho t\lguns t-s1udos 1e:s1ara1n o ,noclc]o de carac1e1ísricas do n-ahalho na..~ dif( 1·cntes culturas, ntenas o rclaciona,11cn10 c nu'C o funcionário e: seu trabalho) sugere que as cst.ratégias de cn1iqucci1ncnto ta]\·cz não tcnhan1 os 1nes1nos cícitos c,n culturas n1ais oolctivi.s.tas c1n co1n1)araç;io co,n cuhuras indiviclualist.=1.S (como a nortc..an1clicana).ttt No c ntaolo, outro cs-tudo sugere que o grau en1 que os trabalhos possuía1n cataclc1ísticas intrínsecas foi u1n Í.'ltor de pre\'isào de satii-í'.i'lçào..: envoh~rncnto no lrahalho igualn1cnlc válido para os rrabalhadorcs nortc-a1nericanos1 japoneses e húngaros, pertencentes . . . cuhura.s bas1ante distintas entre si.9'J

      Trabalho a distância A p1'01X>rçâo de fi.incionários que 1rabalha1n en1 rasa usando con1pu1aclores ,•aria de acordo c·o,n a uaçào? r\ ('ÍICácia dc1)endc da cultura.? Prin1eiro> uni estudo sugere <1ue o trabalho ,-cn1010 é ,nais con1un1 nos Es1ados Unidos do que en1 todas as nações da l;niâo Europeia (U E)t exceto a f-lolanda. No cstudo 1 24,6 por cento dos trabalhadores no11eª -anlcricanos 1rabalhan1 rc11\01a1nent,c co,nparados a apenas 13 por ce,tto dos u·nbalhadores na L;E. Dos pr1íses da ui;. a f-lolanda ti1lha a n1aior taxa de traball10 a distància (26.4 por cento), enquanto as taxas 1nais l)ai,xas s.-lo da l~spanha (t~.9 por ccnlo) e Potlug.ll (3,~I por cento}. E quanto ao resto do n:iunclo? i\o Brasil, por cx<:n1plo> urn cn1 cada quatro bntsilciros (23,2 po1· cento da população adulta en1 atividade} rcali:r_.a al.!,'l1nla fOrn1a de u1,balho a distância, o que f:1z que, cn1 nosso p<ús, o trabalho rcn1oto seja u,na !Orn1a de trabalho ,nuito utilizada .1 ' lnfclizrnc111e, há poucos dados co1nparando as la.xas dt Lrabalho a distância cnt outras partes do n1undo.

      Remuneração variável \ locê µrova\·clrncnte pensa c1ut os sistc,nas de remuneração individual (tais con10 bônus ou rc1nuncraçào por dcsc1npcnl10) dcvc:111 fi1ncionar 1nclhor c nt cultura..'t indi\'idualista.s , co,no a ;\u.strália ou o Reino Un ido~ do que c nl culturas colcti\·istas. c;:01110 a (:hina ou a \ lcnczucla. l)a 1ncs1na forn1a, você p 1·ovavchncn1c cle\'C acl'ecli1ar que as 1"Cco1npensa!. baseadas no grupo. conto participação nos lucros ou nas 1nclho1ias~funcíona.111 n1clhor c111 culu.u-as colc1ivis1as do que nas indi\'icllJali.!;tas. Jnfê":liz1nt1uc~não há n1ui1a pcsc1uis,l sobre.~o assunto. De qualquer n1ancira, u1n estudo recente sugeriu que as crenças sobre a lealdade de un1 plano de incen1ivo ti.O gi,1po c~n1 b~1.se:- ,nais í.'lccis p;1l'a p ,·c,·cr a s,1tisfàç. 'lo . profiss ional c nlrc os trahaJhadorcs dos Estados Unidos do que entre os de liong Kong. Unia hucrprctação dessas descobcnas é que os irabalhado1'eS 11ortc-a,nc rica11os s:i'io 111ais crícicos ao avaliar unt p lano de ren1uncraçào c n1 gn1po e, por isso, torna-sr n1ais irnportan1c que

      este seja cornuoicado ch)ran1entc e a(l,ninisLrHdo de rnaneira corrcla.!t.'i

      Capitulo a

      Motiv~o:do conceito à.s aplic.\Ções

      251

      COMPORTAMENTO ORGANIZACIONAL INTERNACIONAL

      e

      Diferenças culturais nas características e na satisfação no trabalho

      orno os vários fatores do trabalho de um indivíduo contribuem para a satisfação em culturas diferentes? Um estudo recente realizado em 50 países d istinguiu características intrínsecas do trabalho (por exemplo, ter um trabalho que permita ao individuo usar suas habilidades, recebendo frequentemente reconheci mento de um supervisor), suas características extrínsecas (por exemplo, receber uma remuneração

      competitiva em determinada área, trabalhar sob condições físicas confortáveis) e diferenças avaliadas entre as duas que possam prognosticar a satisfação do funcionário no trabalho. Em vários países, as características extrínsecas fo~ ram sistemática e positivamente relacionadas à satisfação no trabalho. No entanto, os países apresentaram diferenças na medida em que as características intrínsecas prognosticaram a satisfação no trabalho. Os países mais ricos, aqueles com a seguridade social

      mais forte, os que acentuam o individualismo em vez

      ·do coletivismo e os países com menor distância dopo·der (aqueles que valorizam uma distribuição igualitária de poder em organizações e instituições) mostraram um relacionamento mais forte entre a presença de características intrínsecas no trabalho e a satisfação no 'trabalho. O que explica essas descobertas? Uma hipótese é ,que em países com maior riqueza e melhor seguridade social, as preocupações com relação à sobrevivência são ignoradas e os funcionários têm a liberdade de depositar mais importância nos aspectos intrínsecos do trabalho. Outra explicação é que as culturas que enfatizam o individuo e têm menor assimetria de poder socializam os indivíduos para focar os aspectos intrínsecos do trabalho. Em outras palavras, tais culwras dizem aos indivíduos que está certo querer trabalhos que são intrinsecamente re· -compensadores.

      Fonte: B~eado em X, Huang e E. Van Oe Vlien. - Where lntrinsic Job Sat1sfac11'Qn Fail$ to Wo,1,:: National ModeratOtS of lnvinsic Motivation"', Jourt1al of Cxganizarkmal B~vior. 24. n. 2. 2003. p. 159·179.

      Benefícios flexíveis 14ojc cn1 dia, parece que os benefícios Acxívcis uunbé1n csuio se tornando nor1na cn1 al!,'11ns países quase todas as grandes corporações ela 1\111éiica cio Norlc ofcrccc1n esses planos. Urna pesquisa recente con1 136 c1npresas canadenses revelou que 93 por cento dchls jéi ;;u..lotavan, ou pt'ClCndic11t1 adotar plano d e bencficios ílexiveis cru breve.% Un,a J)('Squisa sc~1nclhante te,,lizacla col'n 307 c1np1·esas no Reino Unido 11,osu'Ou c1uc, c1nbol'a apenas 16 po1· cento d('la.sjá ado1as.scn1 tais planos, 60 po1· ccnlo en1pl'<·cndia1n procc-ssos de itnplc1nc1uaçào ou considcravan1 S(:1ia1ncn1c sua ad oção."' Por fi1n, c1n outra pesquisa que englobou 162 c,nprcsas de difcrcnlc::s tan1anhos e:: sc::gn1cntos no Brasil~ fôi possível obsc1,·ar que::, apc:-s.;1r d e a n1aioria das cn1prcsas brasileiras não adotar tnn plano íor1nal dt< bcncficios flcxí,-eis (apenas 4 por cento o fhz)1 urn quinto elas c nlrcvistaclas j(í. estudou a possibilidad e de i1npl
      Envolvimento do funcionário Os progran1as de e11volvi1n cnto do íun<:ionário clifcrcn\ de país para país.'"' U1'1\ esludo que co1npar'Ou a aceitação dos progra1n,1s de Cll\'Olvirt1ento dos funcion{uios c,11 quau·o paí:o:es. incluindo os Estados Unidos e a Índia 1 coníi ,·n1ou a i111po1·tância d e rno dificar as práticas para rcllctir a e ultur.;, nacional. mo ~1lais cspccific.;·1111entc, enquanto os trabalhadortl> no1·1e-a,ne1·ic:.nos ~cei\,:1 1-a1n dr i1ncdia10 esses progr,ln1as1 os gcsto,·c:,: na Índia, que Lcntara1n fortalecer seus li.111cioná1·ios por 111cio dos progran1as de envolvi..

      nwmo, 1wcliçr.im

      \!lllll

      d~;;;;ilirnçilo li~ÍM
      t~~~,

      rcilÇÕ\:$
      ío r1ncs dentro da cultura de dislfincia do poder da Índia, que aceita e espera d iferenças na autoridade. 0.=r n1csrn~ for nl~·l1 os tr~lbalhadorcs chineses, 1nais ligados aos valores

      252

      Compo11.amento organiia~ional

      lradicio11ais de seu país 1 dcn1onstrara1n se beneficiar pouco das decisões participativas, n1as i:1quclcs n'lcnos tradicionais ficararn n1ais sa, isfCitos e f'é<·(:hcl'arn un1a ,,\·aliaçt10 de descn1pcnho 1nais aha cn1 gestão participativa. 101 Esse estudo llustra as d iferenças sul,s. ta nciais c rn corno as práticas de gcs1Ao são percebidas por indivíduos cn1 certos países, bc1n corno entre países d iferentes.

      ffi;sumo e implicações para os gestores Nc.ci1c capítulo<· no an1crior1 aprescn1a1nos un1a sc.~ric de 1co1ias sobre 1no1ivação e suas aplicações. E1nbor.:t seja se111pre tnn eles.afio tentar sintetizar un, grande número de ideias co111plc.~xa.~. as sugc.'S1Ô<~s a st~guir 1'Csu n1<·1n aquilo c~uc sahc1nos sobre co1no 1notivar os fun· cioná1ios en1 u1T1a orga1úzação. Reconhecer as diferenças individuais Os gestores dcvc,n ser sensivcis f.is diferenças dos indivíduos. Por cxcrnplo, os trabalhadores d as culturas asiáticas prcfr:rcn1 não ser escvlhidos co,110 espccic,is porque n~o se :;cnte1n corlfOrHlveis. Os funcionários têm necessidades diferentes

      Empregue o 1empo neccss,írio para

      co,nprct:ndcr o que é impor1an1c JX\J'à cada u1n deles. Isso pcr,niLir.i que ,1XC indh~duali.te

      as 1ne1as, os níveis de envolvi1ncnto e a~ reco1np<:nsa5i no sentido de alinhá-1os corn as necessidades individuàis. Planeje as làréf.ts conJbr1ne as 1lCCcssidadcs indhriduais para que elas 1na:-:i,nizc1n o po1en~ial
      Capitulo 8

      Ponto

      ... ...

      Motiv&Ç.30: do conceito à.s aplicações

      253

      Contraponto

      O elogio motiva!

      A

      lgumas das palavras mais memoráveis e cheias

      de significado que já ouvimos, provavelmente, devem ter sido as de elogio. Os elogios sinceros significam muito para as pessoas - e podem percorrer um longo caminho em direção à inspiração para um melhor desempenho. Várias pesquisas mostram que os alunos que receberam elogios de seus professores são mais motivados, e normalmente essa motivação perdura após o elogio ter sido feito. Com frequência, nós supomos que simples palavras significam pouco. mas a maioria de nós anseia por elogios sinceros das pessoas que estão na posição de nos avaliar. As empresas estão começando a aprender essa lição. Na rede varejista Magazine luiza, o reconhecimento do bom trabalho dos funcionários por meio de elogios e do bom relacionamento é visto como um diferencial estratégico. Graças à cultura da empresa e ao carisma da diretora-geral luiza Helena Trajano, os funcionários identificam-se com a o,ganização. Na rede, os gestores são incentivados a manter um bom relacionamento com seus

      subordinados e a elogiá·los sempre que eles cumprem suas metas. Na WEG, fabricante catarinense de motores elétricos, a preocupação com a satisfação e motivação dos funcionários também incentiva a manutenção de um bom clima entre todos os empregados. A empresa mantém um assistente social para que os trabalhadores lhe contem eventuais problemas e estimula que os administradores elogiem a boa conduta de seus funcionários. O elogio é importante até mesmo para os relacionamentos a longo prazo. Uma pesquisa de uma empresa norte americana de relacionamento e treinamento 4

      sugere que os casamentos mais felizes são aqueles em que os casais fazem cinco vezes mais afirmações positi..

      vas do que afirmações negativas sobre e para o outro. Por fim, um estudo recente de neuropsicologia descobriu que o elogio ativa a mesma parte do cérebro humano que as recompensas materiais, o que nos leva a

      outro beneficio do elogio: ele pode ser tão motivador quanto o dinheiro e, o melhor de tudo, é gratuito.

      O

      elogio é muito sobrevalorizado. t claro que, em teoria, é bom receber cumprimentos. mas, na prática, o elogio reseiva algumas ciladas.

      Primeiro, o excesso de elogio não é sincero, e elogiar

      as pessoas falsamente gera narcisismo. A pesquisadora Jean Twenge diz que os números sobre narcisismo vêm aumentando constantemente desde 1982 e que o elogio em abundância pode ser o culpado. Se nos dizem que somos maravilhosos o tempo todo, começamos a acreditar nisso mesmo quando não somos. Em segundo lugar, o elogio é paradoxal: se dizemos a todo mundo que são especiais, em breve isso não significará nada para aqueles que realmente conseguem algo extraordinário. No filme de animação Os Incríveis, a mãe super-heroína diz a seu filho: "Todos são especiais!" Aresposta dele foi: "O que é outra forma de dizer que ninguém é". Terceiro, o elogio pode ser manipulador. Um estudo feito com cabeleireiros descobriu que aqueles que elogiavam seus clientes recebiam gorjetas significativamente mais altas. Portanto, o elogio, muitas

      vezes. significa que o 'elogiador' quer alguma coisa do 'elogiado'. Em quarto lugar, algumas das pessoas mais motivadoras são aquelas difíceis de agradar. Pense em Jack Welch. ex-CEO da GE, ou Carlos Ghosn, CEO do gl\lpo Renault-Nissan. Eles são conhecidos por serem difíceis de agradar, o que significa que a maioria das pessoas 1rabalhará muito mais para corresponder as suas expectativas. Quando você distribui vivas para um funcionário que simplesmente apareceu para trabalhar, você manda um recado de que isso é o suficiente. Com frequência, o que as pessoas realmente precisam é de uma gentil reprimenda. t como bons professores fazem: diga às pessoas que elas sempre podem fazer melhor. Como um consultor empresarial diz: "As pessoas querem saber como estão indo. Não enrole. Dê logo a elas a porcaria dos dados" .1°'

      254

      Compottamento orgc1niza~ional

      Questões para revisão 1. O que é o 1nodclo de c.1.ractcristicas do Ll'a halho? Co1110 (-ie rn<>ti, conl :;cu p(ullo de visl,,>en1 que silu~1çõcs unt dos nu.!todos serh1. pn.::fCrí\'cl ao outro? 3. Quais s..=io os u·ês c:squcn1as altcrn;.lljvos de trabalho e quais as van1agcns e clcsvan1.agens de cada unt?

      4. O que são progran1as de envolvi1ncn10 cio funcionário e c<>1no t lt~S podcritun au1nc1uar a 1no1ivt1ção
      Exercícios em grupo Som da floresta

      Contexto t\ Cuitahr;is é urna fr1hrica111e oacional de guitarras co1n lnna planl;1 c1n llio Ur.1nco 1 no 1\ cre. 1, 0 ~\no de 2009. a c1nprcsa obteve urn lucro ele -100 1nil reais e resolveu distribuir I O por cento dele entre seus sele fllncionários de chão de fâhl'ica. P.1ra dctcl'1ninar qu,uno cada 111\1 deveria rc,·cb1.:r, CHtr<:1.tnlO, o ge1·c·11te de rceursos h1111n\ nos .solicitou tnna .:1v;1liaçào de..· d csc1npcnho cn1 que div,crsas infOrn1;u;õcs sobre os trabalhadores fOran1 compiladas. Vcj:, os dados a seguir:

      Finalidade Eslc cxerfício vai ,tjudS. Tempo para a realização 0<' 50 a 60 n1int1lO$, :;1proxi111ada1n c..• ntc.. Instruções 1. Oividan1-se cn1 gn11>0s de cinco pessoas

      Funcionário

      Salário

      Faltas

      Produtividade diária

      Relação com os colegas

      Helen Correa

      R$800

      o

      65%

      Muito boa

      C<'trfos Gonzaga

      RS 1 mil

      3

      70%

      Regular

      Bianca Gomes

      RS 1,5 mil

      2

      95%

      Ruim

      Tiago Piso

      R$800

      4

      80%

      Boa

      Feliciano Barros

      R$1 mil

      75%

      Boa

      Eduardo Bone-cci

      RS 1,2 mil

      2

      75%

      Regular

      Fabrício Tupã

      RS 1,3 mil

      5

      95%

      Régular

      Funcionário Helen Correa

      Opi nião do supervisor

      Erros cometidos no período

      Sugestões

      Regular

      5

      10

      2

      Carfos Gonzaga

      Boa

      Bianca Gomes

      Muito boa

      Tiago Piso

      Re-gula,

      Feliciano Barros

      dadas

      Sugestões aceitas

      5

      2

      4

      3

      2

      5

      o

      Regula,

      1

      6

      2

      Eduardo Bone-cci

      Boa

      2

      8

      3

      Fabricio Tupã

      Ruim

      o

      2

      o

      2. Co,n base r1ess.-1s infi.)1·1na{úcs, dc1ef'1ninc o valor dos bônus pal'a cada urn dos funeionál'ios e jus1ifiquc suas


      Capitulo a

      Motiv&Ç-30: do conceito à.s aplicações

      2SS

      Dilema ético Enriquecendo meu trabalho ou enriquecendo os donos da empresa?

      ·ral\'CZ a p rincipal preocupação d as <.·n1prcsas tenha sido e continue sendo n1clhor:1r o dcsc111penho indivi de suas 1arcfas. l)c....,,;.;i pr<:<.K'upaç,io ~ut),'lu a i111ponà11tia do 1r111c\ 111(1Livaçf10, c1n fuoçào da suposi., l't·la~{10 linear cnttc ela e o tcsultado cio u·abalho doo IUncionál'ios. :--Jo inicio elas pesquisas: sobre con10 ap1i 1norar o dcS(!tnpcnho dos funcionâ1ios e co1no aun1cntar sua 1noti\'ac;ào. adotou·sc a ideia de lton,o «0110,nicus. profi111dt1111cntc difundida no início do século X)(. l)c t1co1-do co1n essa \'is.io, os indivíduos sf,o cstin1ulados 1,c:las rcco1n1x:nsa.s n,ateri:~is e .-1.,gc111 racion:1lrncutc para elt·var $Cus ganho.s fin:l11c;;cil'OS:. l "rnçando-sc u,n pi:1r.llclo c11L.1'e cs..~.-. ideia do ser Jnun:.\110 e os p1·ogta1na..:; 1notl\'aC'io11ais aplicados nas Ollf,llliz,u;-õcs contcnl1>01'ânc;is, podcrianlos visualizar a clara iníluência ela vis.."\o ele l,01,10 ;-co11t,11~icus sob1·c as clifCrcntcs políticas de rcnn1ncraçào variável. (:0111 o passar do tcrnpo, porérn. as organizações co1ncço,r,,n1 a busc~tr otura.s for1n;1s de cltvar a n1oth'
      dos ,r::ibalhadorcs. Nesse gçntido, progranlas de rccstrutu· 1·açáo da.~ rarcf...-.s dcscnvolvcra111-si:: pttra que os funcioná1·ios :1prcciaS$en1 1nais as aLivicl;:,de:; que dcscn1pcnh:e1va1n e. COflS:Cqucn1r1nc111t, apl'in1ol'assc1n seus n:~sultados. J)cssa 1n:.u1cin1, surgir;-1111 progr.unas d(.• rodízio de tareías e c11ric1ue~i111c1uo do ttahalho. Diante dcss..,s inova(Ô(.'S, no entanto. unia pergunta faz scnticlc,: setia1n esses p1-ograr11as rcalincnl<: voltados par,;, a elcvaç:;!i.o d.i n1otiv.1çào dos lr.tb~1lhadorcs ou apenas n1anciras ele cortar custos e au1ncntar a carga de 1ra balho da$ p<:.:;~o~,s? t\ fi11al tll.' contas, redescnh,1 r as u11·cfas pode ser bcn1 n1ais barato do c1uc pagar bônus e dis1 rih11ir p,1r1c dos lucros aos fin,ciollflrios. Oull'<> f>Onto i n,portant(: é que o cnriqucci1ncnto das 1arcfi,s pode não ;1prcsc111a1· ncnhu,na pr(:oc~\1paçêiú real c·on1 os fu n CÍôrHÍ1·ios. sendo só t1111:1 1nancira de fazer que c lc-s trabalhcnl ,uais, c.untprindo tarcf.:1s :·tlllc;s dc$C1npc11hadas por outras pessoas. (:01n base en1 tudo isso, o redesenho de cargos. ao r."tzer que 1nuita.s ,·czcs os 1rahalhado~!. fiqucn, supc ra 1arclàdos1 é justo ou não?

      Estudo de caso 1 Adversário de meu adversário vai ao meu

      aniversário! O li.ncboJ é uni cspo11c qu<· rnO\'(' p~tixõcs e· 1nilhõc.·s no Bra$il e c1n di\'Cl'SOS países do inundo. ~ f uitas cc1uipcs das sédes i \ e B do Ca1npeooato Brasileii'O tê1n 1nilhôcs de 101'C<'rcs <1l1ê enchc,n c,:s C$1:-icli<>ll e 001t1pl'~1n, produtos dos cluhc~. J\1{·111 disso. os tirucs ,·ont.1111 co1n 1>~ttn)('.ÍnÍ<.lS 1nition(írios d(• c1npn.'"-Sas intcrc~1das cn1 cstarnpar seu logotipo nas can1i&1s das equipes e ganh:un 111uito dinheiro das <:•njsso1-as de tclC\"i· s;,o i1ue1-cssadas cn1 1ransn1itir os jogos dos ca111pcona1os c~uc dispu1,u11. 1\ contccc que 0$ valores n..-<:cbidos Mio dircta,ncnte proporcionais aos rc:suhados dos clulx:s. 1\ 0 g-"nhurcn1 títulos, n1a.is produtos s.-io ,·cnclidos, rnais torcedores vão aos csrá.dios e n1:1iorcs st1.o as quantias recebidas dos p.1.trocinadorcs. Para :,,e tc1· uo1:-, idci~. cn
      as partirias. t\té então, nada 1nuilo estranho. En1rc1an10, C$·

      !'iC.~ valores

      não .:;ão oferc<'·idos pelo!. clubes c1n <1uc ús .:11le1as cuuan,. mas por outros tin1cs qt1e torccn1 pelo n:~ulu,clo. l rnaginc, por exc1nplo. que u1n tin1c csttja brigando pelo título ou para fi.t&rir do rebaixa1ncn10 contra outra equipe. Não S<:1·ia interc~nlc que essa cquip<: perdesse seus jogoll? 1-~fn li..111(f10 dis..'<-0, aquele c;lubc ofcrc·cc· tun a 'n,ala bran ca: par~1 m jogadon:s dos ad\'ers.ários de seu advC'rs.:írio direto. Dessa 1nancü·~,. ele pode obter vantagens n,, classifiC'açào cio ca.ntpconato. .t\ ·,nata hl'anca · oàc) ê uo1 ft·1161nc110 l't."<'C1HC nv futc1)01, 111as ;1inda clivid<: .as opiniõ1,-:s dos 1orccdon.·s.. ;\ final de c:ontas, $C c;la r:,,vorect• seu 1i1nc, tudo é ,naravilhoso, n1~LS quando prcjudic~t...

      Questões 1. Con1 qtial tipo de p rognun;i de rccon1pt~ns.a var i..',\'cl o

      pagarncnto d;, 'n1c1la branc."' cst::iria rclac.ionaclo?

      2. "O~jogado1'C.,:; d t· ltJteboJ são pn">fissio11ais e dc,·l·riarn St~ <"Sforçar :1 0 1n~xi1no para dcfcncler S\láS cquip(·s, indcpcnde11tcn1cntc do rcccbinlento d:ls '1naJas brant:tS'," \ 'ocf? concorda con, css."t afir1naçào? J ustifique Séu ponto clt \~Sta.

      3 . É justa a pr.í.tica da 'inala branc-a' nos csponcs? Que

      possíl'cis males ela poderia 1razcr ao csponc?

      2-56

      Compottamento orgc1niza~ional

      Estudo de caso 2 Excelência médica e gerencial .'.\ia ,naio,ia das orgnoi:1.ações, -0 f()co das pr.:iticas tnoti· ,•acionais é exclusivo 011 1nttjoritari:uncntt' cxuí11.St.'CO. :\ s cn1prcsas ofcn.!ccn1 r<:co1npcns.1s 1natcriais p.1.ra garantir o cn1penho de seus funcionários., ernbora 1 1nuilas \'C?.es, receber tun 'tapinha nas costas' e c>u\'Ír ,un ·bo,n 1tabalho' podcria1n t.cr 11111i10 ,nais cfc1i\'0S. ;\1é1n de ,nai.s si111plcs e hara10, o reconhcci1nc1uo, de rtcordo co1n tuna pesquisa rcali~1.da . .surte cfCitos n1ais duradouros na 1notiva(ào dos trab..1Jhaclorcs. En1 dccorl'ência das vantagens dessa prática n1otivacional, rnuitas ofb,:tni7..;1ç6cs passamn1 a C!IIÍrnularquc sc,,s 111c1nbros clogi.-s$(.'lll o:; lx.1ns u,1balhos rcaliz...1dos por $<.:US colegas. indcp<:n· dcnten1cntc de suas pmiçõt-s hicr.lrquicas, pron10,-c11do o que ficou conhecido conto a •cultura do elogio'. ~o l·lo~pi1a) ls1·aclit.1. 1\lbcri Einstein. grupo ntédico corn oito 11nidadcs e 7.5 n1il fi111cion;lrios, buS(:Ou·!)C csti111ular c.s:5C tij)() eh: cond\.ua por parte de.: sc1L~ en1pregado~. Por 1ncio da c::i1npa11h:-\ ' Qutn1 f.1z acontece\ organi7,ad;t p..:l;i área de conn1nicaç..io interna da organização, o hospit:tl procurou cliSS(:1ninar o rcconhcci1n<:nto conto fcn·a.1ncn ta fu11C:ito pelas pessoas e a rcs-, J)OI\S.-\bi1idadç na proíis.s.'lo, avaliados sob três P<.:-l'SJX:ClÍ\'aS distintas: a cio flin1a iJnc;rno, :1ela 11u11"(;a 1-:insu;in e:, dos p.:1c.~icnlcs. 1\ divulg..tçào cl;_t cantp;tnh:i ocon~u por 1nc.·ios clistinl05. <'on10 cana1.cs1 conn,nicados por c-nta.il e silc próp1i o p.11":l o p~cto.

      O objcti\'() prirHOrdial da t'an,panha er::1 111os1r::tr :l n.~a1 prcoc11paçào cio hospital 11:)0 ;,penas c..·0111 !:iCUS 1n1t.·ient('!:i1 ,nas uunbént co1n todas as pessoas que: f.1.zc1n parle da organiza· çào e n1c:1·ccc1n ser elogiadas pelos bons serviços reali1..."ldos. Os prê1nios não en,-olvcJ';11n q11alquer 1'Coo1npco.sa 1ua1crial, scnch) CQlllltituídoi por 1una caria de ag1"1tdeci,11C'nt<> e unia 1nc
      ª'"º

      Questões l. Se elogiar os funcionários por cxccu1arcn1 un1 bo111 trabalho pa,-ecc SCI' 111tH1 fcn'
      2. ConlO ~,es1or, <111ai~ os pa.~os que \'OCê datia pan, ,no-ti,·ar sf•ns f111H·io11ários dc~poi.-: df' ()hsf'nrá-los pelo bfnn dcsc1npcnho? 3 . E.xistc algu1ll aspt~cto negativo c,n dar aos funcion..lrios n1ui10 elogio \'Crbal? (,luais sc1ian1 tajs as.pcctos e torno você poderia a.li\'iá-Jos por ser unt gestor? 4.

      você gar.1111iria qt•c os elogios
      Con10

      Fonte: ·1<)ni ~l('Llo. "Cuhur."1 do dogio'', l'inlol rw; R/1. Noti('i.-s. OiJi>oni,.._,J en1: <\\·w,\~1-cvi:sl.1,'()Cc:1'11.~11,ril.oo,n.br/notitia/<.·onlc-udo_j0928.a. i.hu11J>. ,\ rc:ssocn1: •l lt.'\•. 2010.

      l.

      2.

      ~l:uir<1 Sih•cira, "Opc>rtuuidadt• (· l\.1,'1-:1", fAifà{) tJptcial J()(i S1I E" Oli\'cira. "Eles ntnl J>.'U'éccn1 cn~cuhe.iros", Êp«o .a\(g!Kio:J, 2·t ago. 2009. J. lt l·Lack,nru, e G. R. Oldhan,i ") lotivatio11 'Jlu\)ugl, 1.hc.J)(~gn of \ \ê.•rk: ·1cst or :, ·111,~wy·, Otgvri.QJIN»'lfll /Jd,a;ior a,td H tm/Qlt l trfom~xt, :'8Q-

      1976~ p.15().2i9; cJ. R. l'i.:l('.kin:111 e C.

      R. OkDmm. llód: /lqr. R.,:•lins, ~ LA: Ad
      J. R. l l~ckn1:ln~ ·'\\'ork OC',.si_gn", in.J. R.

      l l~ckn1:ln c.J.

      L. Su1.tlc tEds.). /11,pr
      -1-.

      V'ej,, ·~ob ( :h.-1rr,c1eristits ·1·hc...·üryõf \Vor'k R<·d,•sig:,\··, ii\ J. lt ).J incr, ·n,roriaef Organi<.ati< rel="nofollow">nal Jklur.:ior. Hin..<1d::a.lc, IL: J)ryclc·n Prr.ss, 1980, p. 2'.~l-2C)6; n. ' C Lohcr, R. 1\. ~ oc.

      N. 1.. ~l<>t.:llcrt• ~,1.1~ Fitzgcr.,ld, ·~, ~lc1a-1\ 11:Llysis of lhe Rcl:nion ofJob Charne1eris1ks 10J ob S:l1i.~f."ll'1ion",Jm,nw/ ef ,lpJ,/i((/ P9,J,olog,. m,iv 1935. p. 280,289: S.J . Zo«oro t E. E S1011c. " lncrc,ncnt.1.I \ ·~ lidily au l~rnpiritally Bascd

      or

      ofJoh Char.·1ctcristits",Jou.rr1al oJ Appli
      ;u1d St1·uc1ur::il Equatio,1s ~lodding J~,can1ina1ion"1 Ct1rrt11/ HtMáf(h in S«U1l l'3>d1/Mf.1;, ,naio 2000, 1>, 1i0.189; 'I: r\ . Judgc, "l1ronu,1eJob S,uisfr1c1ion ·.1·hrough ~len1al C h:ll· lt:ngc", in E. t\. ) .QCke (01';), l londbook ef Pri11ripln '!}. Orga•

      Capitulo a

      nÍJ;,ati()ru,l Bdwri()r. 1-lohokcn. ~: \\'ilcy·Olack"'
      5.

      6.

      7.

      8-.

      ;.l ntc~rating ~ lo1i,·ational, SociaJ, and Contextual \ \'ori.. (k,;ign l'C-:uures: t\ i\lcta-1\nal)1ic..· S\tn1n13~· nnd ·rtu..-01'ttk,1.l Extcn.:.ioo of tlit \\'01\ Design Lit<:1'.,tul't··,)l,111,a/ rú 1lpplird P!>Jrl10/ogJ! 92, n. 5, 200i, p. 1332-1336. ·i: 1\ .Judt,'l\ S. K. l~:irkc,~1\. E. Colb«.·n, ll 1-iclhT c R. lli1'.S, ;:Joh $,11isf.-1c,ion: 1\ C1~ -(:l1horal Rc\'il?" '", in N. t\nde1wn. D.$. Oncs (t::ds.}. //ondbool.·1f h1d11sfrial. Hii-,k a11d (),g,u1U.atib1111l l*s;Yhol<>g.>', v. 2. ' l'h<Jt1.\.."ind ()-aks, C t\: Sage l\1l>lic·;ui()n.s, 2002, I), 2S-:í2. \ Cm l.11cin ~a.varro, "Rec':S,1nu11r:u::io Pnxlt11i\':1e· Prtc:uií'.;.'tç.\o do Tr.ibalho na lndú·qria dt C'.alçad~ no Brasil", in li ConfrrmcU, lnltrnacio,m/ /11 obl(1 '" Crrlos .llarx )' los dt'MÚWJ dtl Jig(o .r.r,. 200·11 J l;l\e;1na. Ponc·nrilL'> recihid;L<: p:,rn la 11 Conferencia lntea·nacional l ..1 obr.i d-e:- C::uios ~farx )' los , 200 t "Prcsidc•111c· da \ tale n,\o descana nO\·:,s d c.1nissõcs", Portal Exonu:. J~onon1ia. 4 dei. 2008. .J. O nc..r.1, ·:Job Rot._1tion as a Lcar11ing ~tcch:11\1$1n,.., ,\/amr· g<11unl !i<11
      9.

      \ :irgiuia Sil\'cira, "Rodízio dí' 1,ux-í.1:s t·k·va 1J1·oduti\'idadc n:1 \!\\"', .;:111 Sindic·~uo !\.l(·rcosul. l)isponh-c:I c-1n: <''"'"'~ sindic~to1neroos.td.co1n.br/1101ick102.a~p?notida=24 13>. r\ 1."tS..~ c,n: 8 stt.20 1O, 10. Ha.ckinan, " \\'ork Design'', p. 11 5-120. 11. J. f! \\'a.oous, "ludi,•idu~d Oilf('rcut:ts and Rca<:tiuus lc>Joh Char.1c1c•ris1ic:~",J o11rna/ ef Aj>J,/itd / ~yh,;,fog>', o ul. 1974, p. 616·622: e H. I~ Sin1s t ..-\ . J). S?.ilngyi, ·joh (:ha1':l(;tcris1ic R.elationships: l11dividu~\I and Strutlur..ll ~(odcraton". Orgtu1k.ati1111al lkhari1JT and llunuu1 />u.for11u111
      211-230. 12. ;\-f. l'tin.. ·1·hc Real Nf(':(ls :uld (;oals (1( 8hl('-Col.L.1r \ \brk(:rs'', 1]u Ô>1!ferr11orcxc1nplo. H:\<'k1oiu11· Oldh;\1n, "\\'o,'k R,·désig1l: ;\linc·r", .;/71rorie.ref Orgt1ni?,a/i()111lÍ lkl1m•ior, p. 231-266; R. \\~ G1i ffin, .. F.tfec1s oí \ \ 'ork R.« lesig,1 on En1pkt} (:(: }\.r((1>liOnf.:, t\uitudt~. and Hcha,•iors.: A Long-l <:,·o, hlvtstigatio,f', .Artulm!fef .\/an«gm1r11t.]-0ur,1nl 3·1, n. 2, 1991, p. 12:'>··1:lf>; e J. 1.. Conon, Empl([ltt hwolrm,e,11. Nc:\,·bury Pari.:, C.-\ : Sngr,

      19<J3.p. 14 1-li2. 16. i-: 1\ ~lo>'gcson. M. D.Jolm,on. ~I. A. C;1H>pion, G.J.

      !\.lcdskcr e ·r: \~;\ h unlõrd, ''Undcrs,anding ]{c:\ctio ns toJ<>b R1xlcsign: 1\ Q11asi·F..xperi1ncn1al ln\'çslign1ion oí 1he ~loior", l'>rnon1ul P9·,liologr. 39. 2006, p.

      333-363. 17. E\\~ Hond, I~ E. Fla!<:1nan 1• ll Bunf\', ~111e lníh1t.•nçc· or l'sychological fo'lcxibility on \\'o,·k Rcdt-sigJl: 1'11.-diatcd ~lockr.ttion o í a \\'ork Rcurgani:z.:tlion lntc:1,·cnlion'', Jo11r11al oJ App!Ud P,!rdtologr, 93, n. 3, 2008, p. 6 15-65·1. 18. ~fauríôo ()livçir::i, "&n1 relógio de J:w>nto". lffar ()11•li11t, ccl.

      "°''

      16i4. 8 2000. 19. .' !ational Stucly ur lh<: Ch:lnging \\'orl::roftt. citado cru S. Shtllc11l,:i1·gt'r, "Xtunbcr

      or \Vonicn ~lan;1gers Risc''. f 1'11/J

      Srr«t]or1r11a/1 30li4.'L 2003, p. 1)2.

      Motiv~o: do conceito à.s aplic.\Ções

      2S7

      20. C it.ido c1n ··1:1ex1i1nc Cr1ins in Popul:uit}' in Gcnniin)•'', .lla,1/l(IU.'tl' .4,g~.), se,. :.?000, 1,, 4. 2 1. O. R. D:1ltou e 0.J. )h:sch 1 '"11lt hnJ)aC:t of Flcxibk St:hcduling on Ernploycc ,\ucnd;uu;ç and · tilrnovcr", t1,l111inistratice &imtt (hiofl((!,.jun. 1990. p. :)70.387: K, S. Kush e L K. Stroh, "Flc.'' I.Q\'C f.'lc.'<1i1n\', b ut \Vhat l)ocs h Ü (• to the O rganization·~ l'rodul'th·· i1 y?",Jo11n1al ef Applird l>sJ-<110/ogr, 1naio 1985, p. 272-279; O:ihon e ,\ lcst'h. "'J'hc l1npac1 of Fltxiblc Schcduling on E1nployec .\ncndanc:c: an d 'lürno\'('r", p. 370· 387; U. B. Bl'l.lv·s, 'l~ E. Rriggs.J. \\1, HuO:J ..<\. \ \f,ight e G. A,, l'\(·u,n::tn, ''Flcxil,lc :111<1 Cõ1nprí's..~d \\~rk\,·etk S<•l1Cd· \1les: t\ f't.f1.·1a-1\n:-tlysi11 oí1"1u..·ir Effccts o n \Vo rk-Rcl:ttcd Critcri~1 " 1 Journa/ oJ ,lpJ,licd f*t1Yl1ofoi~ 84. n, 1, 1999, p. 496-513; K.1'. I. Shocldcy e 1: 1). t\ llcn, " \\.hen l:icxibilit)' Hclps: ,\not.l1c1· l .ook at thc ;\v·:lilabilit)' of F'lt:rk 1\ rr::1nge111cnts and \\'ork-F:unilr Conílirt'',Jmir,ia/ '!{ l~ali()11ol lklur.:it,,: i I, 11. 3. 200i, 1>. 479°493: c j . C. Gr.r.)-..vatz, (), S. Carl"<>ll e S. Shull:in, ·'$l'hcdulc FlcNihilhy ,111d Str......~: l .inking fur1n,,I l"lcxihle 1\r~111gcn1c11ts ;_,11d Pcn:civcd FlcxibiJjty 10 F.1nployec: l lcahh". (.'on11111111i!,. 1lôrl.·, and f âmi!,. l l, n.

      2. 2008. p. 199-2 14. 23. Citado c·111 $. C:unioi1i, " l·: ,ir Sh;1n·s", Uôrki,,g Jl ôman, 110\~ 1999. p. 52-54. 2·1. Socil'lY for I hunan R.~ urrc ;\ l~n~"cn1c111, 2008 1:.'mJ,l()Jtt lktl{{ils. Alex.tndria, \ ~ : Author. 2008. 2:,. S. Shc~llcnb:,rgcr. ··~[\,·o Pc~plc:-. Oncjoh: ll C:u1 Rc:dly \\h 1'k" , ft~/J Strrct,µHlrnt,I, i , ·"l'ht'rc'!i ~ o 11:icc l.il.c• J•lon1c: ~ 1anaging · rr.1"co1nnn11ing Par~doxc:.··. Atade,,!)' ef .l fo11ogtm.r,,1 E..i:«uti1 t', ,naio 2001. p. 117-128; S.J. \ \'(:111-, ,;~ lr1king l(•lçc..·Q11111u11ing \ \'ork'', llllll~lll'(Í"'· o,u. 2001.1>. 3-l·f5; l:.J. llill. ~I. Frnis e,: ~lartinsou, '·l)oés h ).latt'-•r \\'hcrc \ Ou \\'orl.:? 1\ C..on1p.1rison oí 1-IO\\' '"n1rc(' \\'ork \ 'c:nUC$ r rmclition:il Otllct·. \ 'irtual Oíl'icc, and t-lo1nc Oíllccl lnOucntc /\spccts of \\'o rk ::ind Person:il/ 1•:·unily I.Ãf<'",Journal ef J;,rati.o,wl IJduu:,'t,r. 63. 11, 2, 2003 1p. 220-241: t 1\oony1nous, ''Laboul' 1 ~ l ô \ '<.:n 1cn1'', Tk" 1;:c()l10,11iJt, 12 al>r. 2008, p. 5. 3 1. SOUR.t\1-"r - Sol'it•(bcdc Brasileira de 1Clet1-:-•h:1lho e Tck·;-,ti\'id~tdc:s. 32. U.S. Ccns.u:s Burcau, Stalistical ,\bslracl of thc Unitcd S1~1es: 2002. 11tc.•\1'1ionol /)ata l'JooJ:, St,tifm 12, Labor l~rcc,

      F.,nplo~111cnt. aud fi..11·nin~rs. \\'a.shiogton. l)C: autor. 2002. 33. Society for Hun1an Res<>tut:c ~l:ui.1gC1lu:111. 2008 Jo:mpfOJtt' ll,:,ef,IS.

      2.58

      Compo11.amento organiia~ional

      \ ·Cj;i~ 1>0r ('Xcnlplo, ?i. l. Conlin, ..1'he Easicsl C'.onunlate of 1\IJ'\ IJu.ú11rJ.Jllid:. 12 dc..-.r,. 2005. p. i8; e S. Shcllc11l:,;u'Sc1i ..·rcl<·\\'Ork Is on thc Ri...c, but h Lsn'tJust l)o nt• frorn Ho1uc J.\n)'lllorc:··. ítá// Strt(l](lllrnal. 23j~n. 200 1, 1>, BI . 35. U. 1-lu,\'S. ••\\'i1'C.·d in l h (' C-Oun11·y", P(()pft ,\/a,u,c-Jffr,1t11t. llO\', 1999,Jd 6- f7 . 36. Conlin, --·r,lc F...-..sics1 Co1unn11c o f t\11". 37. ··.,\ dis1ànc·i:1, ruas a iodo vapor". fÕt'I SA, <'d. 133, 8 jul. 34.

      ·15.

      0

      2009.

      :ia.

      Citado e1n \\'('Jls., ":\l:,kin(;, ·rcleconunuting \\0 1·k•'.1>, 3·l·

      45. Ana Lui1., Nco,.og, ·'F.1.-. lornm parn ca~,. ~lclhor para a <·1nprtsa Urn 1>rog~11na da 'l'ick<:1 n100.1ra (·orno o u•Jc•1rahalho 1)()(lc tOnlàr f~ func;ionári()i. n1;\is :,;:11iílfi.!it()s <: 11-aier f('$uhacl0$1>arn o ncgÓ<'io", rn.-ista 13.t:o,nr,jul. 2006. 1\udré Hrik. " t-1010(' o ffict Í:17. ,,..1lm1:u1c:c'\JQJlrnalef A/,pliM l ~rhofo,g1. 1 ·abs on 1Clecornnnncrs", l jS.,f Today, 24 jul.200 1, p. 1B; e 1). Buss, ..Spies J jl,;<· Us'". 1fnini,,g. clt...,,., 2001, J>, .U-i8. 41. J. \Velch e S. \\'c..·lch~"'l'hc hnportantc oJ' lki,lgThcrc". BusinrssUtYJ:. 16 abr. 2007, p. 92; Z. 1. B;1rsncss, K. !\ . l)iel.n1ann <: ~I. L. Sc-iclcl. ··.\lotiv:n ion !'lncl Opponunity: 1'hc Role· of Ré1)101c \Vork1 l)C'1nogrophic Oi$.'):i1oilarity, anrl S.X,ial Nctwoit Cc•1urality in hnpr.-ssion .\lan~1gç· n1en1 ··, . kade,,V' , 401 -·l 19. 42. E I~ i'o lorgc;)(()n ç S. E. Hu1nJ)l1n;>~ ·•·r h
      39.

      2006. p. 1321·1339: S. E. l·lumpl,,.cy,J. D, N"hrg,rnge E I~ ~ IOrl,~SOn. " lntcbrr.tting ). to1h-:1tional, Social, and Contextual \ \'ork l)csig1t T-«~1urrs: :\ i'o lct:,·.Analy1ic Sonun:iry ;u1~yrho{ogJ: 92, n. :',, 2007, p. l'.i32·1 :{:16: e R. ·ral:.1·uchi, O. R l...(;pa.1.:. 1·1. \\'ang(' K, l 'aJ.:çuchi, •tt.n E1npi1i<.~I Es:uniu:.1tion of thc ~lt"Chantíln1s ) lc:diating Bl'l\\.t'Çn l·lig h·Pt:rfonnanc·c \\'ork Sy.;1cn1s and 111<· P\'r· lbrinaoc(' of J ap.,ncst Organi:-..1tions",Jour11a/ ef Applietl l'{,rhül"l,1, 92, n. 4, 2007, p. 1069-1 083. 43. \ 'C'ja. por c;xc'nlplo, un1n li1t•r.1t11ra sohrc :11.1lono1nia, t:d con10 \\: t\ . R..inclvlph. " R~.'fhink.ing [n11>0,\\·nncnt: \\'h}' ( $ lt So l-i~1rd to 1\thic"c?". O,J.,~11ú.t,otio,wl /J;'na,fli(.S1 29, n. 2. 2000. p. 9·1·107; K. Hlanchnrd.J. I~ Carlos e \\'. :\ , Raudolph, E,11po1,•(r,1~,,, Tak<s ,\Jo,r Tlran a i\li,,111r, 2. c:d. Slpl1, ..~rák.ing E10J>O" 'c nncnt to tl1c Xcxt U."'·d: 1\ ~luhiplc··Lcvrl :\Iodei of E1npo,,,·rn1t'n1, l\:1fonn:111cc, :1nd S~1lisf.'lction.., Atadfl'ny -U .\ lú,u~ge,,rt11tJournaf. 4 i. n. 3, 200<1, J>. 3:12-:! 19. ·1'1 . E Hclli;r, E. J>usic. C. $1111111-.,; e U. \Vilp<:rt. Organk,11tio11al /{1rlitiJ,a/L{)J1: 1l[1llt o,ul Rttdi/r. O xford, ü K: Oxford J..:niver· :r.i1y P1tlS:, 1998.

      \ \j~. po1· excn1pto. K. 1.. !\íillcr e 1~ R. ).longe. " P:.rtk·i· pa1ion, Satisf.11.'tiou, und Productivity: :\ ~lt1,1-1\11alytit Rcvit•\\•'', Aardr11!J''Ú ,\ltutogm1r11t]our11al, dez. 1986, p. 727· 753;J . t\. ,,·;,gn<·r Ili. •·1>anici1>a1ion's Eíl"t-cts 011 Pt•rfor· 1n::u1cc aod s~11isfaction: A Reco11side1•atio1, or RtS("a1'<'h E,~dcot~",Atodr11!1 oJ .\funtt_grm(fll H.triru·, :1b1~ 199·J, p. 3f2.~l30~ C. Ooucouliagos, "\\'ork,·1· P;1nici1>atio n aud P-nwl11c1ivity in L:lhor-). lanagcd anel Pani. 58-77;J . 1\. \\':tgucr Ili, C. R. Lcana, E. ,\ . Loc:kc e D. L\I. Sch,,·cigcr, •·cognitivc and ).loti'-':11ion: :-\ ~ lt t:t•t\nalysU of Prin,:uy Effects"' ..J"ur,taf of 01;.~11i.tt1· lio11af lldu1t·ior. 18. )997, p. •19-65: E. 1\. Lockt·, ).1. Alavi e j . .A. \\'agn(•r Ili , ''P:trticiJ'>:uinn in l)(•çision ~lakiug: 1\n lnfonna1ion Exchnngc:; Pcrspe<:-tivc'". in G. R. Fc·rris (01-g.}, Rr.uarrJ1 Petswn1rf "'"' f./umon Rt.f(tu,r, .\ fanog"''""'· v. 15. Crcc·uwich. c·r:Jt\l Prcss, 1997, p. 293-33 1; cJ . 1\ . \\'agncr Ili cJ. i\. Lc Pinc, " f.OC:cts of P;, rticipation on Pi·rfonnanc:e ::tnd S;il1sf.1;clion: :\dditional ). lc1::i-t\ nnly1ic Ev:idcilcc", f'tJ(hofqgi,11/ Rt/x)rts. jun. 1999. p. 719-i:25. O. K. l):\Ua,J . f! Guduie ~ 1~ ~I. \Vl'ight, ''11urnau Rtwurtc ). hu1;tg('n1ént and Labor Produelivity: l)Oé$ l1utus1ry ) la11cr?", AcadmJJ ef .\lcmagtn1t1ll .]!)urna( ·18, n. 1, 2005. p. 135· I.J-5; ( ;. ~I. Riordan, R.J . \ 1:>11Hl('nl'>l·rg e H. A. R.icha1'.:iti"os"'. 1998. Coaon, 1-.',,;p/o;tt hr~'M,n,re,11, p. 11·~. ~ l'nun:, Sih,·ira, •·(deias si1npl('S q,u·
      i,,

      ·!6.

      47. 48. 49.

      E.:t;(JfTU,

      23 lllàr. 2006.

      \ fcj~. por éxc1nplo, ~l. Gihnan e P. ~hu-ginson. "Ncgo1ia 1ing Etiropcan \\"orks Council: Contours of Co11s1rai11cd Choicc", l nd1utrinf Rdations]ourrud, rnar. 2002, p. 36-.S l ;J. ·1: :-\ ddison e C. R. Bellicld, ··\\'hac l)o \Vc K.no," 1\ l>0ut Ih(· Nê,\' Eu1'úpea11 \ Votks Cou11cil? SflJ)'tt l 1riv,/w11(11f, p. J29-130, 139-140. ;2. lbid .. p. 140. 53. "M<>th'>çào na car,cõra do cxccuti,-o··.J•mal Carmm & SurtsJ,O, 7 ago. 2000, ·l2. t."
      0

      :>~. F.. \\'hitc, "Oppo nunity Knocks. ::and li Pa>'lõ a Lo t lkucr", I H:r// S.Jrt(t .Jour11al, 13 no,~2006. p. 63. 55.

      i\ 1. S:d:,ra 111on~~N. Krau.<;.C,J. ~ orton e G. ~. llurns, ,:·r hc.· R.clatio n.ship Rcl\\'<:cto l lonl.:tJ'I Resou1'<'t Jn,-tstn1c11h,ancl Org:111izatio11:1.I Pcr'l()rnl;uloc: r\ Finn· l .t.-....'CI F..x::11ni11atio n of E<1uilihriu1n ·1·11co11•",]o,,r,uú ef . lppliM Psy,lwlogr, 93, 11. 1

      4,2008,p. 17&-188. 56. •·5p de-fine 1"<.'gntS pal':'I r ClllllllCr:\ÇàQ 1>0r CllhO E~olas sc:r:.'io ;l\·~diadas ano a a.no 1X'lo ldc..·si>: funcion.:il'ivs rtx-tbcrào até 2,9 s.,L;irios a anais··. /triai do Gtx.vrno do Ül(1do dr S4o Paulo. 2008. 57. B:,s<;adô ç1n.J. R. Sch,.L,;t<•r e I~ K. Zi11,ght•i1n, ·"lll(' Nc\,' \ ':iriable 1>:ty: Ker l)csign lssues", (:O,upmsati~,, & Jk,ufit1 Nti1it'l.t\ 1n.-ir./ah1~ 1993 1p. 28: K. S. Aho:,;c-h. " \ •'ruiablc Pay: Oo \\'e Havc dtt, Ba.s:it.'.'s in Pl:,c:c?'\ (Ampr,m1lio11 & &,,jils Rn•ieu•,jul.lngo. 19~}8. p. 1'2· 22; e K. ~I. Kuhn e ).1. 1).

      Capitulo a

      58.

      59. 60.

      61. 62.

      Yot•l.:f>'t ·"\,hriable Pay as a R.i-.ky (:hoil't<: Oc1cri11inantS or Lhe Relati\,: 1\tl1,u:tht:l'1t-'s.'S úÍ lnccnth ~ Plans'·. ~11U:.a1ional lk/1ar-ior a,ul //11.man l krisi011 J~«t.• to Pcrfor· 111a11cc Is 8eto1ni11g a 1'orn1 in thc \Vorkplace··. rt'áll Stutl .Jo11nial, 6 :1hr. 1999, p. t\l. ··Rc1nun<'mçào ,~riávc·I: :lun1çnto da con11,c1i1ividacl<'", SER f/uman (J1/1Ítal ,\Jont,g111r11t 2008. Ci1:ulo cn1 " l~y Progr:urt.'<. : l'c!,\' En1ploy('(·s S<'C the Pay-fôr· Pcrfonnance (:onncction", (:~111pe,w1W1 & lkntjiJs Rtpor1, jun. 2003. p. 1. n. \\'YMJÇki,J r., "(:hilling Rcality -'' "'1its E,t:n thc E,nployt..- nov. 200 1> p. A 1. ~I. Fcin. "'\Vork ~lc~lsurto1cnt ;111d \Vagc lncentivel!>'', /11du.11riaf l!.'ngintrri11g, sei. 1973, p. •19-51. Para c:rhi(';)$ n1u.:Lis sob1 -c o cftilo do pa1,,,oun<·nto con, bast· t 1n d c$Cnlpcnho, V\'ja (~. l).J cnkins,Jr., :,.i. (;upt:,. :\. ~li1rn c•.J. O. Sh~1\\', ·:\ re Finnnc:i::al lnc('rHivcs Rcla1cd Lo PcrfOrinancc? .A ~lt·ta-:\naly1ic RcviC\\º of En1piri<':'II Rcscarçh''.,]ournn/ ef .1pplifd PvduJfogy, 0111. 1998, J>· 777-787: <: S. L. Ryocs, B. GerlHu't e L. Pad,s. " Pcrson· n<·I Ps}'<'hology: PerfOrrnanc<~ Evalua1ion and Pay l()r Pe,-fo,·o,:iocc'', ,,,,,,uai /l(•·itt.i.: ef P,v·e'11JIQgJ: 56, o. 1, 2005, p. ;, 7 l -600.

      63. E. 1\1it:i, "lC'1.'thing·rrouhk~ Asidt. ~lcri1-UaS<.:d Pay c~uch· ing on··..1,ip(tn 1i111c1.13 al.J,: 2001, dís1>0nívtl c1n : :// scan:hJapa1ui1nt-~coJp/cgi-hi11/nb200 1042:la3.h11nl>.

      6-1-. J)aniçl l le~'t.,;(•1'lê·ich. ..O de$C'1npcnho fhz o S:llário'', Rn-ista f>5.

      66.

      6 7.

      (-.8. 69.

      iO.

      fu·amt. ccl. 868 1 18 ,n:iio 2006. N. HynH·.!:.. " Paio, thu Ko l..ayõff.~ :u Xucor'", /Jut111f'Ss Jl «k, 26 1n:,r. 2009. disi>0nívtl cn1: <\,'\\'\\',hu.sintSS\\'Cck.cotn>. G. E. udford.Jr:. "P;,>'U1g foi· lhe Skills, Kno\\ le· $5-62: ll. :\lunn)' e H. Út"rhàrt, 'i\ n E1npi1ical 1\ nal)'Sis of a Sk.iU-Hascd P.ty Progr:un and Pl;uu Ptrfon11:1nf'c Ou1con1c:-'\ .-lradn,!1 ef J/a11ógu,1mt ]õ11n1al, ft\'. 1998, p. G8·i8:J. R. ·rhonlf>SOll e C. \\: l..t.·l lc,,; "Skill-Uali4:d 1-~,y mt.11mtl 1ld11ii,,i:ilnt1i()l1. in,·c1·no 2000. p. 20-40; c.J. O. Sha" ; X. Gupta, ,\ . ). fi11,, e G. E. LcdlOrd, Jr.. ··Succc!iS and Survival of Skill-1k1S("(I Pa)' Plans"•. ]OJJrnal ef ;l(11nagr1t1tnl. r1.."\t 200:°). J). 28-49. l)enisc l{~uni ro. •·(4uando pn.>l('!t~r o vrrdc engorda o 1-,olso". Pt»tnl F:r(l.f11(. ~ leio 1-\1nbit'HlCe Enc1~:a. No1ki~1,,, 111 (l\lt. 2008. ~lal'ia l.:u1r:i. ~e,-cs. .. O ("ni,g1n:l.dl)SS.1l:'triof', Portal É(«a _\,g&~io::. e Carn::ii.1, 1:::jun. 2009. :',;. Chi t' ·r: 1-tan, "F.splo,ing 1h1• l .ink;,gcs Bcl,\"1.'cn Fé)rrnal O\, nt~rsh.ip .lnd Psy('hologie..l O\,'nttSh.ip for Lhe Orga., nizatiun: ·rhe ).ledi,uing Role of Organiza1ionalJusticc", .7m,n,al ef OI~-. k 1, o. 4, 2008. 1>, (i9 1-71 I. v·c~a, por csc1nplo, l).•(l Kin1. '·J)ct('nnin:tnt:s of ,tu· Sur\•ival or G::a.insh.iring Progi-a,ns", /,rdi,Jfriol & labor R1l,1tio11.s lln1inc, out. 1999, p. 21 -42; "\\'hy Gainsh:,ring \ \'orks Evc•n Scntr 'l'od ay ~rh::in in 1he Past", /IR Nlr-us, a.br. 2000, p. :i·5: L R.. Gon1cz·!\lcjia 1 ~[ !\I. \\Clbouroc: ,. R. !\ 1. \\"i,:e1n:in, '·'l"he R<1le of Ri$k Sharing anel Ri:-k 'l':1ki11g U11dcr Cainshariog'', Atod,1r9• oJ .\laf10;_.1<111rr1t NLCÍLu•,jul. 2000, p. ·192-507; \\'. :\ 1kini;()n, " h u;c uti\'C Pay P,·ogr.un.s 'l'h:ic \\'ol'k in l ê.'stilc", /(,tf,'I< ltódd, rc\~ 2001,

      Motiv&Ç,30: do conceito à.s aplicações

      2S9

      1>. 55·57; :\ f. Reynolds~ ":\ Coi;t.. Rc:doclion Su~ l<'JO' 1'h:u !\lay Be Biu:k'º, flf. 58-6·1; e ) 1. R. Oison. L. J . ..lares e.J. Stack) "(:h~1ng·

      ing Con('4;p1ions of E1nploycc Co1np("nsa1ion",.7ourntd ef

      Orgoni~atio11al lkharior Jla11agm1rnt, 'l'.l, n. 2-'.J. 200'.J,

      7 1.

      I'· 95-1 16. Employntcnl Polic:y lóound:uion, U.S. \\"age :1nd Pmducli\'il)' G1'0\,'1h .-\11ai11:1blt ºJ'hrough Ú;\ina?>h:lring, 10 n1,,io

      72.

      ·r. .\J. \\"cJbourne t~ (:.J. l·trr.tnt<\ ..··10 ) looitoror No1 lo

      2000. ~lonitor: 1\ Study of Individual Outconu.."S frorn '.\(oni1ol'ing ()n1,.•'li Pç4.•rs o ndl~r Gainsh:, ring .ind ~h::ri1 l':ly", GrouJ, & 01go11Í~(llio11 t\fo11~D.f111rnl. :tt n. 2. 2008, p. 139-162. 73. Cit;1do cn1 K. Frit:,.,,-k k, '·ESOP-s: Split Pc!'fflnalilr", (:J·'O. 7jul. 2003. p. 1. 7-1. .A. .A. Buchko, 1··r1u· Effc(t!- of E,nployce <),,, 1crs,hip on Ernploycc 1\ ttitudt-s: ,\ ll's1 of ·rhrcc ~rheo rctjcal Pcrspccti,'es°·. ft ?Jrk (lnd Oetupctiq,u. 19. n. 1. 1992. p. 59-7H. JS. J. 1... Picrcc e C. .-\. Furo, " En1ploycc O,vncrship: l1nplic;1tions for i\lan~cll\("1H'\ Orgw,it_ofio'llal 1-b·namirs. 18, n. 3. 1990, p. 32-43. /(), \ ~jrl dados tlll O. S1a1))l)S, ·:·\ Pic<:c of 1ht .-\<'tion)·, 7rt,inü1g, 1n:.,1: 1996, 1>. 66. li. X. Zhaug. K. !\I. H~lrtol, K. G. S,ni1h. ~I. O. Pf..rrtrc O. :\ 1. Kh:iniu. "CE-Os on lhe Edge: 1::.01.rning,s .\l:utipul:.nion and St0<·k-Ba"f..'(l lnc-c:11ti,,; ~lisaligurncnt ", llradentr ef 1\ht1U(~1n1f ,]l)l.(n104 5 1, n. 2, 2008. p. 241·258. 78. 1\na .Alice \ iilas Bo0nivcl c1n: <''"''"''.ac:db.hr/i;c&rc1/:ir1igos67 / 1229_·rr.,b:ill10.1xlf>. 79. C. C. HanSho e , ,; O. Hcll. ltoj,1 Sltnri11g a,1,I Prefi111bill{)·: fiou.• l "rofil Slwn·ng Pronl()ltJ /J11Jinus Sarrm. Lonclrc..,: K.ogan Pagc. 1987; ~l. ~lagn:ln e S. SL-Ónge, " Pro íi1 ....<;h;,ring anel l;irn1 Ptrforrn::ance: 1\ Con1.p:.u-:.,tivc r1nd Longitl1dinal .\naly~•is". 1rabalho apn'SC'ntado no 58:i cn<;on1ro anuaJ dá .-\ tadc1nr of ~l~1n:\gc1nc111, San Oitgo. ago. 1998; e O. 0'1\rt e 1'. ' li.1rner, .. Profit Sharing. r•irin PC'1forn1an<'e, ;)nd Uuion lnflucncc in Sc·lc~u·d Eun)Jk;.tn Counirit~··, l 'mon,u/ Hr.:itt.H 33, n. 3, 200·1, p. :J35<J.">0. 80. ·1: ~I. \\°<·lbo\1rnc c L. R. Gont(;t.·:\,(çji;,, '·Gain.~ha1ing: 1\ Critic:\J Rcvic,\· and ~t futurc l{(~sc~tn.'.h t\ gcnda·',Jol1r,ud ef Jlan((~,,r,11. 21. n . 3) J99j, I>· 559--609. 8 1. C. B. Cadid~·, E Song e E l itpon. "So11ing and lnc::cnli\·c Eíl<x'u of l\1)' fo,· Pcrfo,·n1:11leé: An E..~pcrinlcn1:1I lnvesLi· &oalion'•. Aroâ,n!)''!f .\lanagt,11n11,]our11a~ 50, n. 2, 2007. p.

      387-·105. 82. ·rhi<;nnç ~ l:lrcondc.$. "Xovo 1né1odo pa1.- nm1i.,ia(,lo na f,sto1o de rccurso,:.,; lnuncu)C)$.; o ft1n<·to11:írio escolhê o bcntfic·iv \ti Fies'', Ca11udian /IR R,porter, 18 nov. 2002, p. 11..J. º(àg_~n, ''Pouing Flts Bcnefi1s ·11111:>ugh 1·heir 11:tc:t'.s·•, (Ã11111dian fl R Reporta, 2 de1,. 2002, 1'>, G:J: t' N. 1) . Col<,•· I). H. flint>··Ptl'('CP,, tions l)is1ribu1ívc· ancl J>rocx·dur:,IJl1:«1Ícc ln Rn11>IO')l"I' Bt·ncfiL~: Flcsible \'Cn.us 1 'r.tditioo~ll lkncíi1 1>1;u1s'',fl1""º' of .\la11agfflal P!Jt/iQ/~ 19. 11. 1. 200J. l'· 19·•10.

      or

      260

      84.

      Compo11.amento organiia~ional

      D. ..-\ . 0t'C4.:nio <: S. P.. Robhins, //u,,,n,, R®111tt.\l,111ap,,u,,,. 7. rei. ~O\._. York: \Vilc)~ 2002, p. 346
      85. ~l'hic:1u1ç ~larcondcs. ··~Jais t•n1prt'$a$ ado1;un 1,x;nc:ficios flcx:i,-cis'', .,V'acsl(lla l"arKi,a & Sur<~W, td. 87, 2jul. 200l. 86. S. E. ~larkha1n, K. D. Scon e C . 1·1. ~lc:Kcc, " Rccog11izing G()(,d 1-\11cnclancc:: 1-\ I J>ngi1uclinali Qu;1,,i· F..xptrin1t•n1al l·icld Stu(~'.. , l~·rJ,0111~! J->9YlwJog}'. OUIOll(> 2002, p. (ri 1~ (' S. J. Pc:tc-~n e E l .uthans, ·1'h<:' hnpa<', of r·in ~1nck1l :ind Nonfi, nant-;al lnccntiVl'S on 13usincss Unit Outcon1t--s O\'cr ~linu:", J•mnol ef .4pplvd l'firhi>I,;;:, 91. n. 1, 2006, p. 156-165. 87. Site do Real Atacado Fu1l('io n~1·iv do ~lt--s. ,i.\ eesso cn1: + fcv. 2010. 88. :\, O. Stajko"ic e E Uu.h::u\S.. "Olffcrtntitll Etfc<'IS or lnccnthl'S on \ Vorl.. P<•rf(>n1i.;uu:c'',. lrodnny ef J\/a11agm1,t11/ Jwr,w/,j11n. 2001) p. S87, \'tja t::unlXin E 1.udKtll$ e ;-\, D. Suyko,.'tl·, "Pro\'idc Ret'.ogni1ion íor Pcrfon11ancc hnpl'0\1'· ,ncnt''. tnl E. ,\. l..ockc (Org.), Ha,u/Jml; ef Principl,rs ef' ~,;. ~ah
      91. 98.

      "'íC11dê11éi~LS c1n lknct'icios Fltxivc.·is», ..·n.·udCnciõts c,n U.l•ncficios Flcxh-ci.s·•, 2009. l)isponÍ\'l"I c1n:~.co1n/2009/07 /3 I /tendcncia.~· e•11-hcnc ficios-flcxi,·eis>

      99.

      \ tcja. J>Or cxcinJ>lo, . -\ , S.,git t Z. 1-\ ycan. ·:.,.\ Cross·ClLltuml 1\n:dy"Sis or Pa1•ticipalive O«isioo-~laking io Otgani.,.,a. tio1ls'". //u,uá11 Rtlalioris, ;tbr. 2003.1>. ,1.:.3.,173: cJ. H1'0ék11cl', "lJup.tcking Counlry Efl'ccts: Ou lhe Nccd 10 Opcnuiona· 1izc thc Psychú1ogit~,t1 Uctero1i11:,nls of Cross.·X~ttion:11 Uií· ft•n:nc·cs'', ('Jll R. ~I. Kr.uncr e 1:t '.\ l. Sta,,· (Or~-:..}. Rrst(ud1 iu Orgt111i.r_(IJܵ1n{ lkhm ior, ,: 2$. Oxlê.)rd, UK: f,1$1.•vi<:r. 2003, p. 3%-340. 1

      100.

      e. R.ob<:'rt. ~e ~I. P1'00S1.J.J. ,\l,,1'lOCChio, R. Dmgo,,•c.J.

      .J.

      l...1.,,ler. "E1npó\\'c1·u1t·nt and Continuous l111p1'0\'tlllC!lt in Lhe Unitt-" ~lc.~xico, Po1and, and l11dia: Prt..-di<:tin.g l·ít 011 the Hasis. of thc Oi1lh::nsio11$ oí PO\\X·1· Ob1;u)<·<· a.nd l11dividu:)Jis111" .Jou.r11a/ ef Applied Ps_yrlwlog1. out. 2000, p.

      na.

      643-6:iS.

      90. lbid. 91. Site da l)aih:,sc. No\'idadt!!>. "Colaborador dü ,nêi", 18 dez. 2009. Acesso l'n1: 3 fc\t 2010. 92. li. .\1. ~kglino e 11. ~1. Kong.,«!. ··11,c Role or Othcr Oricn1:,tion in Rc-.ictions 10Joh Ch:.i.r:'lc:lC'ris1ics",.flu.r11a/ ef ;\lorui$f1tt11I, fé\', 2007. p. ~7-83. 93. ~I. E Pttc1~n é S. 1\. R.uiz.Q.ui1H~1.11illá. "t~ultural Socia· lii.:uion as ~ Sourn· or Jiurinsi<' \ \ 1ork ~ lo1i\':uion", r.ro,,p & Orga11i::ntio11 1\l,111a_gn11n11, jull. 2003. p. 188·216. 91. Sobr:u1 - Socicdaclc Hra..ilcir.-1 de ·1<:Je1r.,h;1lho e '(('.

      E. Un:-,\'On.h, ··U.K. En1pl())'t:í$ Fiud Flcx Bcnefi1s 11clpf\1I:

      Su"-cy", JJusi11(SS h,surantt, 2 1 m:1io 2001. p. l9~20.

      101 .

      z.

      X. (:hc:n e S. ..-\ l)X."é, ··01.:lcg;_,1ioo r1nd E,nplO)'CC \\'o ,·k Outto1nes: •.\.11 lixa1nin~1io11 or thc Cultuml ( :ootexl of ~ lcdia1ing P1"0t~ ~ in C hina.,. AtM(lt!)' '!}' .1\lt1náJ,>(ll1t11t ]011r,utl, 50, n. J, 2007. f>. 226,238.

      102:. K. lztun.a, 1). !\1. S:1i10" X. S:ulato, ''PrO('r.ssingof Soci:11 :1nd ~lonctõ'lry Rc:,\..-.rchin thc liun1an S1riatun1",.Vrunm,

      58, ,,. 2, 2008. p. 284,29..J-: ·•'fht ~lost Pr:i.istd Ccncration G(l,c,.'S 10 \\'ork". \.nin(Jrdll, (florid.a). 29 ah1·. 2007. J>. 5C. 6G.J. Zaslo,\·, "]n Pt:1isc of Lcss Prai..st"', lt~I/ S1tr,t.Jw,111al.

      95.

      S. e.:. L. fung e 11. A. Sh.tll(·r; ..·rhc l)in1cns.-ion~dity anel l)tu·rn1in:11n$ of P:t)' S:etlisf:1ction: 1-\ Cross-Cuhur.tl lnvc-stigation of a (;roup h1ct·nti \'C Plan", /111n-nationttl]o11r,ud ~f llu1u,u1 /l(.Wu.rct .itun(IJt»l.fflt.jun. 2003, p. 559-580.

      31naio 2007, p. OI; S. l..ot~\\')'t".J, Bailc-r. "'f'hc Ell(·cts of Graphic l't~l~db,'tck, Coal-Stuj,ig, a.11d ;\.l~1.11;lgtr f>tais<: 01l Custonu:r S<:r\'ÍC:C' lkht1\'iors'', Jounw/ ef ()rgt111i;:ptio11r1/ & · lur.:io.r ,\lanag<1riml. 27, n. 3, 2007, p. 15·26; c j. S. Scilcr <' E. l)ui..son, '"J'hc EfJC<'1 of f'A>n1plin1en1s on 'lipping Hch.tvior in llain,tyling Salons'' ,Jou.r,111/ ef !lppliM Soril,I PJ}'fhology, 31,

      96.

      Hro,\'11, ''l-:v('ryhvd)' ( .Q\1-:~ l"lc;x", J>· 1.

      n. 9,

      le;UÍ\'id~dcs.

      2007, I>· 1999-2007.

      Parte 3 - O grupo

      9

      Fundamentos do comportamento em grupo A /oucum é a e.WJÇâo nm. i>idividuos, mas é a regm nos g1·«1Jos. F>·iedrich Nie1z,;d1e

      OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM Depois de ler este capít ulo, você será capaz de: 1

      Definir grupo e diferenciar seus vários tipos.

      2 3

      Identificar os quatro estágios do desenvolvimento de grvpos. Explicar como as exigências do papel mudam em diferentes situações.

      4

      Descrever como as normas e o status exercem influência sobre o comportamento individual.

      5

      Demonstrar como o tamanho do grupo afeta seu desempenho.

      6

      Comparar os benefícios e as desvantagens dos grupos coesos.

      7

      Comparar os pontos fortes e fracos do processo decisório nos grupos.

      8

      Comparar a eficácia dos grupos de interação, das reuniões de brainstorming, dos grupos nominais e das reuniões eletrônicas.

      9

      Avaliar a evidência de diferenças culturais no status do grupo e na folga social.

      VIDA REAL OU VIDA GRUPAL? s reality shows tornaram-se programas de grande sucesso na televisão mun· dia! a partir da década de 1990. Apesar de o modelo de programa ser anterior a essa época, foi nesse período que eles viraram uma febre mundial. Esse tipo de programação chegou ao Brasil nos anos 2000 e se tornou ime· diatamente um grande sucesso. O modelo é bastante simples: pessoas comuns são reunidas em um mesmo local e passam a conviver como um grupo, mostrando sua vida real (daí o nome do programa) e competindo por prêmios em dinheiro.

      O

      262

      Compott.amento organiza~ional

      Como você já deve saber. a maioria dos realiryshows é protagonizada por grupos de pessoas, e não por um único indivíduo (como ocorre no filme estrelado por Jim Carrey O Show de Truman, O Show da Vida). Esse modelo é seguido para tornar o programa mais interessante, já que os telespectadores estão interessados em observar as relações interpessoais, os conflitos e os possíveis casos amorosos que ocorrem ent,e os participantes. Alguns exemplos de reality shows clássicos transmitidos no Brasil que seguem ou seguiram esse modelo são Casa dos Artistas, do SBT, Big Brother Brasil, da Rede Globo, e A Fazenda, da Rede Recorei. Um reality show, porém, supera esse método, dividindo formalmente seus participantes em equipes rivais. Em No Umite, também produzido pela Rede Globo, as pessoas são d ivididas inicialmente em duas equipes e passam por situações extremas. Os participantes são levados para locais 'selvagens', longe da civilização, e disputam provas que desafiam suas capacidades físicas. Os dois finalistas chegam a passar 60 dias nessas condições, Em todos esses reality shows, podem-se perceber diversos elementos característicos do estudo do comportamen· to dos grupos, como seus estágios de desenvolvimento, a distribuição de papéis e a criação informal de normas e de status entre os participantes. Além disso, também é possível notar o surgimento de conflitos entre os membros de uma mesma equipe. É por isso que No limite permite uma melhor a nalogia com a realidade organizacional, pois, nesse programa, os participantes fazem parte de grupos rivais e seus resultados individuais dependem de seus companheiros de time, da mesma maneira que o trabalho nas organizações. Vejamos, por exemplo, algumas situações de No limite 4, transmitido em 2009. Nessa edição do programa, como também nas outras, ocorreram algumas situações que colocaram membros de um mesmo time em direções opostas.

      No primeiro episódio da temporada, Rafão tornou,se líder da equipe Manibu ao abandonar seus colegas e correr para pegar o colar que lhe garantiria o posto. Nesse mesmo episódio, os membros dos times discutiram em diversas ocasiões enquanto tentavam compreender um mapa que os levaria até o acampamento. Outra fonte de conflitos nessa edição foram as provas coletivas, que sõ eram vencidas caso todas as pessoas de um grupo completassem as tarefas, como uma caminhada nas dunas sob sol escaldante. Além de todas essas ocasiões geradoras de possíveis conflitos, em No limite há ainda outro agravante: alguns prêmios individuais, como um automóvel, são disputados ao longo do programa, acirrando os ânimos de todos os participantes. Obviamente, nas organizações, os membros não precisam passar fome ou realizar testes físicos em situações adversas. Entretanto, muitas semelhanças existem nos comportamentos dos grupos nas empresas e nos reality shows. Afinal de contas, em ambos os casos, os indivíduos lutam por interesses individuais e grupais e sonham tornar-se líderes e escapar da temida eliminação.'

      Con1 base no que você acabou de ler, deve tstar 1.>ensando <1ue os grupos são <:l.pcna.s fontes de conflitos. rnas esse não é o C<'\SO. Os grupos tê,n urna função nas organizações, n"t criar equipes eficazes. Co1ncccrnos definindo g rupo e explicando por que as pessoas se rcúncnl e1n t.,·upos.

      fflefinindo e classificando grupos Grupo Oois ou mais indivíduos, 1ntéfd~pendont&s e interativos, que se ,eúnem visando à obtonçào d•

      U,n grup o (;. definido co,no do is ou 1nais indi\'íduos, intcrclcpcndcn1es e hncra1i\'OS, que se rcúncrn visando a a1ingir rlc1.rr1ninado ohjrtivo. Os g111pos podc,n ser f()rn1ais ou

      1

      determinado objetiv.:....J Grupos formais Grupos de ttabalho dêfinidos pela e-strutura da 0
      I

      inforrnais. Entc:ndcn1os por g rupos form ais aqueles que são definidos pela cstrurura ela o rganização, co1n alribuiçõcs específicas que cstabclcccn1 larcfà.s ncccss;lrias para a rcali1. .a• çào ele un1 trabalho. Nesses grupos, o con1por1arncn10 das pessoas é estipulado e cliiigido c111 í'unçào elas rncUlS organizacionais. Os seis 1nc1nbros da Lripulaçào ele u111 ·voo con1crcia1 silo u1n grupo tO.-n1al. 1\ 0 contr,;ll;o, os grupos infO.-n1ais não s,io estruturados fbi-rnalr11cntc 11c111 dctt1·1ninados por unul organizaç-rlo. l~sses gii.apos s.-lo for1naçõcs n;uur<.liS dcntt'O do a1nhie111e de u"nbalho, que sul'gcn1 cnl ,·csposta à ncces.~icladc de inccraçào social. --r,.ê.~ funcionários ele depa11a1ncnlos clilC•·cntcs que rcgular1nc:.ntc se cnconu-arn para ahnoçar

      C.apituk>9

      Grupos informais

      form;}fmente nom

      dete,minado-s por vma organização, mas que surgem em ré$posta â necessidade de interação social.

      _J

      Grupo do comando Grvpo (omposto de 1ndrviduos que se

      reportam direuu'l"lente a ( um superior hierã.rqui: :.._J

      (

      __J

      Grupo de interesse Grupo de péS$Oas que trabalham em conjunto para atingir um objetivo

      comum, ,el•c,onado com cada uma delas.

      263

      juntos s..\o tun g r upo inform.al. Esses tipos d e interação entre os inclivíduos1 111csn10 que

      Grupos não estruturados

      Grupos de tarefa Grupos de pessoas que se reúnem para ex&e~tar determinada tarefa.

      Fundamentos do
      I

      Grupos do amizade

      Grupos de pessoas que se uniram por compartilharem uma ou

      inforrnais. afcunn profuncla1ncntc sc.:u con11)()rl;.11ncnto e dcscn1pcnho. I~ possível a inda f.:1i cr tnna S\lbc1assificaç.:io, corl'I g rupos de co111ando. tarefi1 1 inlcrcssc c)\1an, izaclc.2Os grupos de co,nan:do e 1a1-età l.àc, ditados pc-la orgaoiz;tçào fol"rnal. ao passo q ue os gn1pos de i111c;1'<~ssc é a111i1.adc sào alianças inf01'rnais. U,n grupo d e comando é clctcr,ninado pelo organogra1na da organização. Ele i co1nposto de pessoas q ue se rcpo11a1n dircta1ncntc a u1n superior hicr;irquico. t\ diretora de unta escola primária e seus 18 docentes fo rn,arn u111 grupo de co1n ando. assint con10 unt d irclor de auditoiia postal e seus c inco in.spcto res.. Os grupos d e tarefa. tã n'I bé,n dctc1·,11i11ados 1>cla orga11izaç.iio, sào íor1nc,dos po r pessoas que se 1-e\lntn, pa1';1 cxcco H,r dctcn n ir1(1da tarcfit. Contudo, (\~ fronteira~ do g1-upo de 1arcf.:'l não se li1ni1a111 ao SUJ><::l'io1· hicn:l1Y1uico i1ncdi,-110. O gl'upo p-0dc uh rapas.~r as relaç()és ele corn ando. Se tun cstudan1c fOr acusado de 1un c1i 1nc d cn11'0 d a univcl'Sicladc, esse procc.sso pod e exigir a coordcnaçào entre o reitor~ o diretor ela faculcladc, o chefe ela se&'l1r..u1ça. o profc~or e un1 representante dos alunos. Essa lbr111açào constitui u1n gn1po de tarcfh. Todos os g rupos de con1a11do s.:.l.o uu11bén1 grupos de 1arcfh~ n1as) con10 estes últirnos pode111 l"Ompcr as fron te iras hicr-clrquicas dentro da o rgauizaçào. o inverso ncrn s<:1n prc é verdadeiro. Scjarn ou não 111e,nbros de u n1 g1·u1,o de con1a11do ou de ta1-efa, as pessoas 1ar,1IX:1,1 podc111 se reunir para atin~tir un1 objetivo co111u111 pelo <1ual cada indivíduo se intcrcss.a. Isso c1ia un, grupo de interesse. Os funcioná1ios q ue se j u111a1n para tcnlar n1udar o csque111a d e ICrias, para apoiar un1 colc~t que foi d cn, itido ou para 1·ci,~nclic.-r anelhorc.·s condições de trabaJho for1na1n urm bloco unido para lutar por inlcrcsscs comuns. Os g rupos se for111t1111 íi-cquenlc1ncntc porque seus 111crn bros possuc111 ali,'11111<.-t.S can,c~ lciisticas cn1 cornurn. Cha1r,... n1os c~as fo rn1ações de grupos d e amizade . Essas ctJiança.s so<'ia is, q ue costun1..11n cx1ra1,oh11· o a1nbienL<: de 1rabalho. podcn1 se basc,1r na nlesrn(t faixa etária}1)a 1ncs11,a h<~1·ança cultu1·al1 na IOl'cida 1><:lo 1l1csn10 Li,nc de fu1cbol, 110 1n (~s1no gosto n1usical ou no Í.'\to de tc1x:rn o pções polí1icas. sc1nclhan1cs1 para citar apenas algu1nas das possí,·cis. caractciisticas con1uns.

      mais earocteristicas.

      Por que as pessoas formam grupos?

      Tool'la da identidade social Teoria que propõe que

      as pessotis aptesentam reações emocionais ao fracasso ou sucesso de Séu grupo, porqué sua

      •utoestimo fica B9ada ao desempenho dele.

      I

      Por que as 1x:sso<1s tOr1na1n gii.1pos e por q ue se in1porla1n tanto co1n eles? Co nsid ere as co1nc1noraçÕl".S que se scgucn1 <'is vitó1ias de certos tin1c-s cn1 ca1npeonatos estaduais ou nacionàis ele futebol. Os to rcedon.:s do tirnc ,·cnccdor f-icam exl.tsiados e as ,·cndas de can1is<·ta.s e bonês que d célaraJ11 a poio ao tin1c crestcnl vcrtiginosa1ne11tc.J á os írls do tiinc pe rdedor w sc11tc1n dc~a11irnados e atê envergonhados. Se voe<: nito gosta d e esportes, q ue n1 sabe possa ter tu11a ideia do sen1i111ctuo de apego c1nocional q ue eles provoc,u,1 ao se lc111hrar da sensação d e orgulho q ue allora c111 cc11as pessoas q uando vcc1n u1n;1 l>a11dcil'a nacional. da vergonha q ue S<:nlcn1 quando a c111prcsa cn1 q ue trabalha1n é alvo ele rc· po rtagens negativas na n1ídi.t ou ela rai,·a c1ue você sente e d a posição defensiva que adota q uando cd tica1n sua p rofissão. Nossa tcndênci.1 de nos scntir1nos pc.s.soaln1cntc orgulhosos ou ofendidos pelas realizações de u111 grupo é o bjeto da teorja da jdentidade s ocial. t::ssa perspectiva passou a ocupar u n1 papel preponderante na dcsc1~c;iio do co1nportaJnento Clll organiM1.ÇÕCS. 1\ teoria. da identidade; social l)t'Opõc que a~ pessoas, apl'<."Scn1a1n reações e1nocionais ao íracas.w ou sucesso ele seu grupo, porque sua au1oesti111a fica ligada ao dcse1npcnho dclc.3 Quando seu grupo vai bcn1. você se deleita na gló1ia rcflt licla e sua autocsti1na aun1cnta, po is você csul a filiado ao tin1c vencedor. Qµanclo seu grupo ,·ai n1al1 você pode se sentir 1nal consigo n1csn10, o u até 11,cs1110 ch(.'gar ao ponto de rejeitar aquela pa11c de sua identidade, con10 faze111 os \ u11igo.s d as horas fl'tccis'. 1-\ s idcnlidadcs sociais la111bé1n ~~ucli:u11 as p·cssoas a reduzir sua incerteza a r<.-spcito
      acordo com a organi1,1çiio em que trabalha, com a cidade onde mora, com a profit~ào que té111, com sua religião. ctnia e sexo. ~ ós 'J.ignrn os o hotào' de dife rentes iclentidadts cn1 di-

      264

      Compott.amento organizacional

      Favoritismo intragrupo Perspécttva que

      consideta que vomos os membros de nosso grupo como melhores que os ovvos e as pessoas de fora com: J todas iguais.

      versas situações. Urn brasileiro que t1·abalha cn1 Ron1a pode se tornar n1uito consciente de sua n~1cionalidadc. nH,s não pensará nela se for tra nsferido entre duas cidades ele seu pais. Urna contadora provavchncnle 1'1 ~0 pensa. na idcntich·1dc: de sua profissão c1n
      Si,nilaridadt. Não surpreende <1uc aqueles que possuem os 111t.-s1nos valOrL"s ou carac· lC1isticas dos outros 1ncn1bros de sua organi7.•.açào podem apresentar um grau ,nais alto de idern ificação co111 o grupo... i\s sc1ncJh,111ças dcn1ográficas tan1bén1 podcrn levar os recén,-contl'atados a estabelecer u111a idcndficaçào 1nais rortc, ao passo que os de1nogr.:ificn1ncntc di fc1"C11tes pode1n tel'
      cas dc,nogn\ficas inco1nuns ou 1-:.ra.s.8 Por cxc,nplo. duas n1ulhcrcs c111 un, grupo p1'Cdo1ni11aruc,nen1c ,na.sculino pode,n <:stabclcccr u,1, laço po,· con1a d e sua iclen1idadc dis1inti\'a. O u11·0 esh1do descobriu que velel'inârios c1uc u·abalha,n crn ntcdicina veLerinária (e nt que Lodos rên1 a 1nesn1a pl'ofissào) idcnrifir,a1n-sc 00111 sua o rganização, ao passo que os que trabalha111 en, cantpos de tncdicina não vete· riná,ia, corno pesquisa anin1al e inspeção sanit::'l 1ia (c111 que ser u111 \'Ctcrinário é u1na car;tftcrís tica ntais disti ,uiva), idcntiíic n,-z sentido cp.1e S<.' sintarn ,nais int('l'($Sadas c.n'I se con<·CHII' a gl'upos dr status 1naiol'. Os ex-a lunos de 1111ivcl'sidaclcs prc$1igiosas l1,1.c1111udo o que podc,n para c nfalizar sua ligação con, a a/;na ,naler <: 1c11clc1n a continuar vincula dos a e las. O s 1ncn1bros de cscri1ó rios ele advocacia 1nais conhecid os: igualntcntc~ tan1· bé111 fhzc111 p rop;,tranda d e sua p osição d e alto status. As pessoas 1cnclen1 a não se identificar con1 organiza~õcs de pouco .status e ;l se esforçar para dci:x;·1r essa identidade p,,ra ll'tÍ.s.1° Ralu(iib da i,,c,tte.ç,a. Pc1·tcncet a t11n gru1>0 tarnbêrn ajuda a lglnnas pessoas a e111cndcr qucrn s.'lo e 001110 se encaixan, no ,nunclo. 11 Unl estudo 111os1rou corno a criação de unla c1nprcsa spi11-<úf gera questões sobre se os íuncioná1ios clc\'ian1 se identificar co1n a antiga organi1.a<;ào ele origc1n ou clcscnvolvcr un1~, identidade única que torrcsponcl<."sse 1nais .', nova organiz:u;:ão. 11 O s gestores dessa nova o rganização trabalhararn para definir u1na identidade ideaJizada e co1nunic~-i-Ja a todos q uando perceberanl que setLS funcionários <.-sta,,an, se senti ndo confusos.

      l'.lstágios de desenvolvimento do grupo O s grupos gcrahncnlc passant por u 111 processo cvoluLivo. q ue podctnos cha111ar de 1nodclo de c inco estágios de clcscnv,olvi1ncnlo cio grupo. E.1nbora as pesquisas indiquc1n

      que nem todos os gru11os scgucrn o mt•smo padl'iio," essa é uma 1:Stl'utura muito útil pal'a o cntcnd i,nento de d('scnvolvi,nento de grupos. Nt-sta sc,çào, dcscrcvcrcn,os o 111odclo

      C.apituk>9

      Modelo de cinco estágios de dosonvolvimonto do grupo Modelo que descreve as étapas pelas quais os grupos pa-ssam: formação. tormenta. normatização. desempenho e interrupção.

      Fundamentos do comportamento em grupo

      265

      geral d e c inco estágios e unl 1nodcJo altcrnallvo para grupos tcrn1>0rários de tarcf;:.is conl prazos cspecificos.

      O modelo de cinco estágios

      _J

      Co1no 111ostra a Figtlra 9. 1, -0 modelo de cinco estágios de d esenvolvi.mento do grupo ct1rac1criza lllll prvccsso qu<· lCnt cinco cH1pas d ife rentes: fo rn1::ui,:ào, 1orn1t nl.:i, nor1rHuizaç.'io> dcsc1npc1lho e iruc rrupçâo. 1·1 O prin1eir() estágio, o da formação, é carac1crizaclo por tnna grande dose de in· certeza sobre os propósilos do grupo1 sua estrutura e liderança. Os n1c.·1nbl'os estão 'reconhecendo o 1c 1Teno' para dcscobTir quais con1portan1en1os são accit:lvcis no g rupo. f.ssc

      Formação P,imeiro estãgio do desenvolvimento do grupo, caracterizado pôf gra.ndo dose de inoefteia.

      Tormenta Segundo estãgio do desenvolvimento do grupo, c.aracterizado por conO,tos entre seus membros.

      cst:i!:,»iO <.'Stará concluído quando os 1nc111bros co1ncç;u-c1n a pensar cn1 si 1ncsn1os conlO parte cio grupo. O c.·.stágio ela tormenta é clq.uclc dos conflitos dentro do grupo. Oj n1cnlbros ;:1ttitan1

      a cxis1ênci~1 do gl't1po, n1as rcsislc111 aos lirttitc·s i1npos-1os à indjvidualidadc. 1\h:'m di~so, c.xistc u,n conflito sobtc qucn'I controlar:1 o g1,1p<>. Quando t:sse esHígio csti\'cl' roncluído, haverá un1a hicra1'c1uia de liderança rclaliv~un cntc clal'a. O terceiro cs1;ígio é aquele cnl que se dcscnvolvcn1 os rclaciona1ncntos t11ais próxi1nos e o gn.1po passa a dc1nonsu·ar coc"St'l.o. Existe agor..1 lU'll fone sentido de identidade coletiva e de

      I

      __j

      Normatização Terceiro estágio do desenvolvimento do grupo, c.araçterfzado por proximidade nos ,elacionamentos e coesão.

      -

      I

      Oost:mpenho Ouano estágio do desenvolvimento do grupo. quando ele ~stâ ( totalmente funciona:.....J Interrupção Estágio final do desenvolvimento paro os grupos temporários. caractetizado por uma preocupação maior com a condusão das atividades do que com o desomponho para realizar a tarefa.

      can1aradagc1n. Esse csttígio de nor,m atização se.: con1plcta quando a estrutura do g rup-0 se soljdifica e ,issi111ila l lln cortiunto d(" expectativas côn1u11s que clefincn, qual d eve ser o

      co1nportJ1.111c11to correto de seu~ n1cn1bros. O quano Cl>tágio é o do desempenho. ,\ cs1ru1111-a, oeste 1r1on1cn10, 4: 1otaltnc nt<' f\111· cional e aceita. A cncrgi;, d o gn11)<> 1r.u1sfc1iu-sc cio csfOtço voltado ao conhcci1ncn10 e à co111prccnsào n1ú1uos de seus n1cn1bros para o dcsc1npcnho da ta rcf.-1 que deve ser l'Calizacla. Para os grupos pcrn'lancntcs ele tTa balho, o dc-se1npcnho é o úlü1no csuígio do dcsenvoh~111cnto. Contudo, para co1nissõcs tcn1por,lii::lS1 cc1uipc.:s, forças·tarefit e grupos similares. q ue possuc1n dctern1inacla tartfil a cu1npiir, o cst{,gio da interrupção prepara o g rupo pa1<1 su;:1 clis.soluçào. O altô dcscn,pcnho jú 11ão é 1nc,is a p 1ioridadc 1n;i,'l:i1na. 1:b · das as al('nçc'°>CS \'Ohan1-sc.' para t1 conclusci.o das a LÍ\'idadc.s. 1\Jguns n1c1nbros do grupo se n1ostr.-un oti1nis1as, confiantes c1n ~na~ 1-caliz::lçÕes, ao r>asso que ouu·os se 1nostl'a1n a h,1tidos, :i(:lltindo a perda d.1 can1araclagc1n é d a a1nizaclc que nasceu no convívio co111 o g n.1po. ~·luitos a nalis1as cio 1nodclo de cinco estágios acrcditan1 que uni g n1po se to rna n1ais eficaz na n1cdida cn1 que p assa pelos quatro prin1ciros csuígios do seu dcsenvolviincnto. Embor~L essa premissa scj,, gc-raln1cntc vcrdadeir.,, o que torna un1 g rupo eficaz é a lgo 1nais con1plexo." Sob certas condi~:õcs.~ u1n a lto nível de conllito pode ser o condutor p ara un1 alto d cse1npcnho. J\isi,n, podenl(>S te r grupos 110 Esuígio f l cotn dt..'Scn1penho 1ncJhor q ue

      o ele ouu'Os nos Estágios 111 ou IV_ Os gl'upos ncn1 sen'l1>re passa1n ele un1 t stágio para outro de 1nodo chH'O. r\ lgun1as vezes., vá1ios cs1~ígios se sohrcpõc111, co1no ocorre qua ndo o grupo passa si1nuh~u1ca1ncntc:: pe las e.ta pas da torn1enta e do dcscn1pcnho. O casion;,hncntc, os grupos 1·cgiidcn1 ao está· gio anterior. Po1ianto) n1<:s1no os 111aiorcs dcftnsorcs desse n1odclo não sustcnta1n que todos

      (

      __J

      Figura 9.1

      Prffstó:gio I

      Estágios de de-senvolvimento do grupo

      E$t6gio I formoçõo

      Estágio li

      Estógio Ili

      Tormenlo

      Normolizaçôo

      EsJógio tv De,empenho

      Estágio V Interrupção

      266

      Compott.amento organiza~ional

      Apôs passar pelas fases de formação, tormenta e normatização do desénvolvimento, esses membros do Departamento Nacional de Obras contra as Secas (DNOCS) agora t,abalham como um grupo na fase de desempenho. Nessa reunião. o grupo analisava a estrutura de diversos municipios nordestinos para decid ir como alocariam os recursos destinados à criação de centtos de extração de óleo vegetal para a produção de biodiesel em usinas de processaménto da Petrobras. 1~

      os grupos scgucn1 o p 1occsso de cinco cslãgios, nc1n que o Estágio J\ ; é scrnpr<: o 1nais clescjá,·c.l. 1\i nda assinl, cn1 unl estudo feilo cenho. O que 1>cr1nitju cs.s<.• ri1pido dcscnvo1vi1ncnto do grupo foi o forte con1cxto organizaciona l c1,1 torno dtls 1arrfas a scrc,n realizadas pela tripuhtç~o.

      o qual forneceu as 1·cgras, as definições de 1al"('làs. as inf()rinaçôcs e os 1'Ccursos necessários

      ENQUETE COMPORTAMENTAL

      Você gosta de traballhar em grupo? Você gosta de trabalhar em grupo para ... 80 70 60 50

      40 30

      20 10

      o Aprender com os outros Porcentagem das pessoas que responderam 'não'

      Completar as tarefas -

      Homens -

      Mulheres

      Fonto: &as.ado em "Whrte Collar Woncers Shoold8f Togother - Liko lt o, Not", Business Wook. 28 atx. 2006. p. 58.

      C.apituk>9

      Fundamentos do
      267

      para o dcscn11>e11..ho do grupo. Seus 1ncn1bros não prccisara111 elaborar planos~ distribuir papéis1 detcr1n inar e aloc~1r recursos. rcsoh·cr conflitos ou fi.x ar nornu'I.S da 111ancira prcvistt\

      no tnodclo de ci,1co cst.:~'los.

      Um modelo alternativo: para grupos temporários com prazos definidos O s grupos L<'rnporários forntndos para a execução de 1an,f.'\s co.-n prazos definidos não parcccrn seguir o 1noclclo clc~~crl to ant<"riorn1cruc. Os estudos indica,n que eles possuc rn u1na sequência de ações (ou inaçõc:s) própria: (1}o pri1nciro encontro serve para dctcr1ni11ar a dirC(.àO do grupo; (2) sc-guc·Se urna pri1ncira fase de inércia; (3) tuna t11111siçii.o acontccc no

      Modelo de equilíbrio pontuado Conjunto de fases pelas quais passam os grupos temporários e que envolvem transições entre a inêrc:ia e a atividade.

      _J

      fi1)al desta f.1sc! cxalartlCnte c1uando o grupo j.:l gastou 1nais ch, nlctadc do 1crnpo alocado para seu funcio1Hllncn10; (4) a tl":i1nsiçào inicia fnudan(as i,nportantcs; (5) u,na segunda r.-.sc de inél'cia segue·se à ttansição e (6) o llhi1no enco1u1'0 do gtupo é ca,·acterizado 1>0t ;uividades 1nal'Cacl;unen1c acelera.elas. 1'' Esse padtào é charnaclo modelo de equilíbrio pontuado e é 1nosu·ado na F'igura 9.2. O pri1nciro cn<:onuo dctcrn1ina a direção do grupo. Urn <:sboço cios padrões co1npor· lêuncntais e das prcn1issas <1uc oricrua111o a abordagcrn do projeto c1ncrgc nessa p1i1ncira 1"C11nião. Esses padrões durá,·cls podcn1 surgir nos pri1nciros segundos de "id.:i do grupo. Uina vez dctcrrninada, a direção do gruJ>O é solidificada e é pouco pro"ávcl <1ue s<;ja rccxa,ninada du1~uuc a pl'irneir:i rnet~lde da ,~ela. do gn1po. ~ :.w é tun pe1ioclo de iné1'Cit'I o gi,,po tende a 11,an1c1··sc parado ou preso a urn plano de açiio fixo. t\·lesn10 se no\'aSper'Ccpçôcs desafia1'C1n os padrões e pren1issas originais, o gn1po é incapaz d e reagir a ela.~ na Fase 1. Unia das descobertas 111ais i111ercssantcs desses estudos dos grupos._111é a de que todo~ eles passan1 pela tra nsição cxatcu11cnlc no 1ncsn,o ponto ele seu cronogran1a - prccisa1ncntc na n1ctadc de seu 1c1npo de vida, cn1rc a pri1r1cir., reunião e sua data oficial de c nccr· ra,nento indcpcndc1uc1ncntc do tcnlpo de vida previsto ser de apenas unla hora ou de seis ,nescs. É co,no se os grupos expc1~1nentasse1n uoi\'e1'S-al1ncntc t111,a ctisc de n1cia-icladc. l~sse po1uo pa,·cce fu11ciona1· con,o u1n dcspe11ador; alr ttanclo os n1e111bt0s do gl'upo de que o 1en1po é liinitado e é preciso seguir en, frente. l~s.sa Í.'I.Se de transiç.à o encerra a Fase I e é caracterizada r><>r inún1eras 1rn1danças, que dcrruban1 os padrões a nltriort~S e ado1an1 novas pcrspcc1ivas . .i\ transição estabelece tuna r<~vis.1.o ela direção para a Fase 2, un)a nova etapa de cquilibrio ou de inércia_ Nessa fhsct os 1ncl'n bros do g rupo cxccut.un ô:; planô:; elaborados no 1>eríoclo de transiçf,o. A l1lti1)1a reunião do grupo é 1n;"1n:ada por tnna 1)0,11 o nda de atividades para (1 <:011· clusão do 11-abalho. E,n 1-csu1110, o 111odelo de equilíbrio 1>0ntuad<> 11)0:;11,1 os g1"tlpos exibindo longos pe ríodos de inércia inte1-calados por breves rno1nen1os rcvolucion:lrios, ro,n n111danças acionadas, principahncane, pela cons.ciência de seus 111e111hros co111 relação à

      Figura 9.2

      O modelo de equilíbrio pontuado

      IAhol

      ~

      $

      P,im-oíro

      fose2

      Cond vsõo

      reuniõo

      . ~

      A

      ~

      osel

      .

      ...,,.__ TronslÇõo

      IA+B)/ 2 Tempo

      . 8

      268

      Compottamento organiza~ional

      lllnit
      strutura dos grupos: papéis, normas, status, tamanho e coesão Os grupos de lrabalho não sào n1uhidôcs cl(.'SOl'g.utizad.a..~. Eles possurnt 111na esu·utura que 111oclcla o co1nponan1cn10 de seus n1cn1bros e ajuda a explicar e prever o co1npor1a111cnlo deles> bc111 cotno o d(·scrnpcnho do gru1>0 cn1 si. Entre essas \'aiiá\'cis cs1ruturais estão os papéis, ás normas, o slafusi o tán1anho do gru1>0 e sua tocsào.

      Papéis Papel Conjunto dê padrôês oompottamentais esperados, atribuidos a algu~m que ocupa

      dowm;oada po,;ção om vma vnidade social

      I

      Shakespeare disse: "Ü n1undo é u1n paléo e tôdos os hoincns e 1nulhercs s;1o apcna.s or esse tcrrno, designamos tun co1tiunto de p;ldrões co1npcn·ta1ncn1ais esperados, au·iblliclo:; a al~1é1n que ocupt1dctcl'n1ioach, 1:>osiçào cn, u1na unidade social. J\'ossa co1np,-eensào desse conceito poderia sei' n1ui10 sirnplc.s se cada u,n de nós escolhesse un, papel e o clcse1npenhasse de íor1na regular e consis1cnlc. lnfclizrne1nc, tcn1os ele dcscn1pcnhar vá1ios papéis d ifere ntes, tanto no trabalho con10 fora dc:lc. Co1no vcrc111os, ln11 dos ;tspcctos ela co1nprccnsào do côn1pona1nenro é perceber c1ual é o pàpcl que u,na pessoa está dcscrnpc11ha11do 11aquclc dado n1on1cnto. 1\ 11derron Go111<.-s é gerente de fábrica de unla g rande indústria de cquipan,cntos elé· Iricos siH1ada c,n Criciluna, Santa Catai-ina. Ele dese1npenha div('rsos papéis crn seu trabalho: é fur1cionái-io da cnlp1·es;1, 1ne1nl:>1'0 da ge,'êocia de uivei rntdio, engenheiro eletl'ici:;ta e o principal 1:>011a-, ·07. da en1pt-csa na c;o1nunicladc. l·bra do trabalho, t\ndcrson des.c.n1pcnha ainda ou1 ros papéis: n1a1ido, pai, católico, sócio de un1 clube. jogador de tênis e síndico do condo1ninio onde ,nora. i\•luítos desses papéis são <:01npaLÍ\'êis entre si; outros brcr:.un confli~ tos. Por c.xcn1plo, de que n1anei.ra sua postura rcHgios.a afeta suas decisões adn1inisu·ativas crn assuntos co,no denlissões, controle ele custos 011 d ivulgaçào de infornu\ÇÕCS para os órg.ios g0\-cr11anlcrnajs? Un,a rc.c.;cnte p1'0J)05;t:1 de prornoçào exige que ele rnude de cidade, c,nbora stia fa,nília goste de ,noral' en1 C 1iciltmH. Co1110 conciliar as de,nandas de stia carreira pn:)· íissional con1 a!'\ de1nandas de seu pa1,el co1110 chefe de f:11nília? 1\ssin1 cont(> f\ndcrson Co1nc:s1 lodos nós dcsc;:n1pcnha1nos difcl'cntes papéis e:: nos:· so co1nporta1ncnlo va1ia de acordo con1 eles. O co1nportan1(•nlo ele ,\.nclcrson na ig reja,

      O apresentador de TV luoano Huc.k desempenha

      uma série de papéis em seu dia a dia. Além de sêr o protagonista de um programa de auditório transmitido ãs tardes de sábado, Huck também é empresário e poss.ui panidpações em uma $érie de negócios., como um bar, uma incorporadora imobiliária. um re-stauran1e e uma pousada em Fernando de Noronha. Além disso, o apresenrador é um empteendedor social. tendo idealizado o Instituto Criar, que promove cursos técnicos no setor audiovisual para jovens carentes. Ademais, Huck é marido e pa,, éntre os outros papéis que desempenha diariamente."'

      C.apituk>9

      Fundamentos do comportamento em grupo

      269

      don1ingo pela n1;111.hà 1 Cdiferente de seu con1poruuncnto na quadra ele tênis. n1ais tarde no 1ncs:1no dia. J-\ssi.111, grupos dilê rcntcs i111põcrn exigências ele papéis diferentes aos indivíduos. Percepção do papel Visão qvc tc1nos $0bto como devemo$ agir.- e~ determinada situaçã.:......J

      1

      Expectativas do papel Visão qu& ~ outtos

      têm de como devemos agir em determ1nada

      situação.

      Contrato psicológico Acofdo tácito entte empregados e empregadores. o qual estabefoce o quo estes esperam daqueles, e vice-versa.

      Percepção do papel A visão que tentos sobre con10 devcn1os agir c n1 dclcrnünada situação é a percep ç ão do pape l. Con1 base na in tc q,rclaçào de con10 acrcclilamos que dcvc1nos nos co1nportar. ass.u111i11nos certos tipos de con1porta1ncnto. 1"ira1nos essas. 1x:rcepçõcs dos cstín1ulos que nos rocteian1 an1igos, l.ivros. fi_hncs. televisão, por exe1np1o , assi1n corno fot1n,u11os unia i,npr(--ssão do trabalho de n1édicos assisljndo aos seriados c·,~,.:sAnãl<>n!)' e Jf /? (o l'l(u,Jiio ,\ lédico, Cj \ 1(; e.-a 1ta ns1ni1ido pela R.cde Globo). Evidcn1en1cnlc. a principal l'azào para a cxis1ência ele progra1nas de aprendizado c.·111 n1ui1as profissõts é. de fiato, pcr1nitir q ue os novatos ol>scnrcn1 un1 pc1i to cn1 ação para aprcndcrcn1 a agir co1no se espera. Ex pe ctativas do papel A< exp ectativas do papel são a forma como os ou,ros acredi1an1 que dcven1os agir en1 deu;r1ninada siuiaçào. O papel ele un1juiz de direito é consi· de,-ado possuidor ele clignidadi.' e princípios. ao passo que o papel ele unl técnico de futehol é visto con10 agl'cssivo, d inâ111ico e inspirador para seus j ognclorcs. No an1bicn1e de trabalho, exan1i11;:i1nos as expectativas do papel pela perspectiva do contrato p s icológico: unl acordo tâ<:ito entre os empregados e e,nprega.dores. Esse contrato estabelece cxpect:uivas ,nú1uas: o que os crnptcgadotcs cspcr'<11n (I(' seus c,nptegaclos, e vicc-,'<'•'Sa.21 Na ,·etdacle, e le define ;i expectativa de co,nporlaotelltO que aco1npanha cada papel. l;:spera-;ge c1ue os gcs101·cs 1raLe1n os Í\1ncio n:l tios con1 justiça, proporcioncnl condições acei1âveis de traba lho, con1uniquen1 ron1 c lareza o qt1e prctendcnl e dcc.~nlfeedhack sobre o d csc1npcnho cios subordinados. J·:spcra·sc que os funcionfirios responcltun dc111onstrando luna atitude posiL.iva, .seguindo as o ricnlaçõcs e 1nostr.u1do lealdade ..\ organização.

      O que aco111ece qu;'lndo as expectativas 1,re,·istas no contralo psicológico não são atcuclidas? Se os ge:;l Ol'CS n,i.o honrarcrn ~ua pa 1·tc no r,cordo, p0
      aS$OCiadas a sevs pa~

      Conflito de papé is Q!oando o com1>romisso com um 1>apcl tem a possibilidade de dificultar o des<:1npcnho de ou11'0, o rcsuhaclo é o conB.ito de papéi s :n E,n casos ('Xlren1os, pode-se tçr lllna situação en1 <1ue dois ou ,nais papéis são co111racli1órios. t\ nclerson Gon1cs teve de enfi·cntar conf-1:itos entre os papéis. co1no sua tentaüva de conciliar as c.· xpcctalivas sobre seu clcs<:n11)(·nho corno chefe de: fi.unília e como gesto r de sua cn1prcsa. Sua cspos.a e filhos d<:scj.avan1 ptrn1ancccr c1n Crich'1ma 1 ao passo que a cn1prcsa onde ele tT".lbaJha csJX:!'ftv~ que os fi,ncionários ro~scn1 receptivos as suas necessidades e de11lar1das. 1-:n1bor:.'I pudesse sct elo in1crc-s.<:c financ<:iro (' J)l'Ofis.sio11al de A1lclCl'SOll aceitar a n1\1danç.a de cidade, o cc111fli10 c;at..\r1e1·izou-se ron10 urna escolha cn1 te as cxpecunivas da fiunília e as ele sua carreira. A 111aioria dos Lraba]hadores pertence si1nuhanea1nc;nle a u1n grupo de Lrabalho~ a u1n departan1cnto e a g rupos SQciais e de1nográficos, sendo que essas difere ntes identidades poclcn1 entrar cnl conflilo quando as cxpcclativas de unia delas v:lo dt' c ncônlro às de outra:1~ l)uranlc fusões <: ac1uisiçõcs1 os funcionáiios podcn1 fica r di,·ididos entre sua idcnlidadc co1110 n1cmbros d~l cnlpl"csa de origc,n e con10 1ncn1bros da 110\'a.tt. 1\s orgnnizações estrutura.elas c,n opcr:u;õcs rnultin,:icionais l~'llnbc.~rn dc111011strar:un levar à dualiclade na iclcntificaçào, pois seus fu1,cion;\1~os faz<'nl u11,a dis1inção entre a filial local e a secfl'.' intrl'nacional.17 A p risão simulada de Zim bardo U1n dos cx1)cri1ncruos 111.lis in1crcssanlcs sobre p<1péis e idcnlidadc foi rcaliZ()dO pelo psicólogo Philip Zin1bardo, ela L:nivcr~idadc de Sta1,ford: 1u1 Calilõrnia, e por seus col<"~s.-ttl Eles <;ons1ruí1'1un u,na ~pri~ão• no port,o
      270

      Compott.amento organiza~ional

      Lc\·ou pouco tcn1po para que os p risioneiros accitasscrn a autoridade dos ·guardas' e p ara q ue csu:s se c~ustassc1n a seus 110,·oo papéis de autoiid,tclc. En1 concordância co,n a tco1i..-i d:;i idcutidi!dc socia l, os goa rdas j)erin1cnto. Un1 deles decla rou: .. f'iquci suq>l'C.SO <:Oll1jgo 1nc.sl'n o ... Eu fiz con1 (jllC c ha 1nassc1n uns ~,os outros pelos piOl'<."S no,ncs e lin1passcrn as latrinas con1 as Jll::1os. Consiclc1':\va os ptisioncit<)S corno gado e pensava: ' Preciso prestar a te nção neles. e.aso 1c1nen1 a lgun1a coisa'.'' Outro guarda ~tcl'csccntou: " Eu j:í es1ava cansado de olha r para os prisioneiros con1 seus trapos e sentir seu 1nau cheiro i1nprcgnando as celas. Eu os observava rcelan1ando, uns para os outros, das ordens q ue lhes clcívarnos". E les n~lo vüu11 aquilo corno uni cxpciin1cnto. Era real e e les csta\'a rn lutando pa 1c.-ri,11cnto, mcs,110 depois de clias de abuso, ncnhu 1n prisioneiro disse: 11 C hcgfl! Sou u1l1 estudante corno você. 1~10 ~ apenas un1 cxpc1i1nen10 ··. Essa sin1ul.u;ào foi rc;,hncntc n1ui10 bc,n-succdicla para clcn1onstrar a ra pidez con1 que os indivíduos ap1·ende1n novos papéis. Os pcsc1uisadorcs úveran1 ele intcn1>n1pcr o cxperi· 111cnlo depois ele .tpcnas seis dias por causa das rcaç&'S patológicas que os participantes con1eçaram a dcn1onstrar. E, lc1nbrc·sci esses indivíduos fonun escolhidos cxatan1cnte {'111 I\J1u;ão de sua '11orn1~\lidadc' e c.:stabiJidadc e1nocio1•al. O c1\.1 C poclc,nos co1'ltluir con'l o ex1:>cri1ncn10 da prisão sin1ulach1? Os participantes linharn> co,no lodos nós, a lgt1111as cc)nC<'pçõcs es1e 1·,·01ipadas dos pa1>éis de guarda e priaprendidas por in1c:;r1néclio dos n1cios de con1unicaç,lo e de suas cxptriências sioneiro pessoais c,n casa (pai-filho)~na escola ~,rofcssor·aluno) e c111 ou1ras si1uaçõcs. lsso per1n itiu que e les assun1isscn1 1 de tOrn1a fácil e 1Cri1ncn10 parecido foi realizado pela BBC 110 forn1ato de urn ,,:(1/i{J sluJu;.1'> ( )s 1'Csuhados f()1"anl dl'asllca111e111c clilCr<:ntcs daqueles do cxpcrin1cn10 de Zin1hardo. Os ·guardas' f0111nl nu1i10 111ais cuidadosos c:111 seu co1n por1a1ncn10 e li111llara1n o u·a,a,n<:nto agrcssi,·o dos •prisioneiros' . ~·luit.ls vezes, eles rnc ncionar.un sua p reocupação sobre corn o suas ações scrianl encaradas. Ern 1-c.sun10: eles não assu1n iran1 seus papéis por co1nplclo, póssi\·chnente porque sabian1 que scll..1con1portan1ento estava sendo obsc1,·ado po r n1Hhõcs de tclcsp<:-étàdores. 1-\ 111cdida que a identidade con1parülhacla crescia entre os 'pri.sionci· 1·os', eles ofCrccian1 ..11>0io .lioth1I cn1 rl ívci:. Ol(tis ahos 1..1ns
      Normas j (t percebeu que os jogaclor<.'S ele golfe não fahun cnqu;uuo un1 deles cstt\ preparando unia jogada o u que os funcio11.írio.li não critica,n os c.:heft.s cn1 pllblico? Por q ue scr•í? f\ rt·spostt1 parit is.ro é: .são nor1n~~·1oc1os O!. grupos csH1bclcçcn1 normas 1 ou seja, padrões accit.i\'c·is de co1npol"tã·

      Normas

      P3drões aceitáveis

      Qe ç9mpqrulmentQ

      mcrno compani lhados pol' todos os seus nwmlwos e que cxpl'es.1~m o que eles devem ou

      compartilhados pelos

      membros do 9,upo.

      1

      não fi,zcr cn1 dc1cr1ninaclas circunst â ncias. Quando aceitas e acol'claclas pelos n1cn1bros do g rupo, as norn1as inAucncia nl o c:onlporuuncn10 dos indh1duos con1 u n1 n1ínin10 de

      C.apituk>9

      Fundamentos do
      271

      controle externo. 1-\ s 11or1nas são dlfcrcntcs para cada g rupo 1 co1nunidaclc ou sociedade, 1na.s todos as tên1.30 1-\.$ 11o rn'l;.lS podcn1 abra11gcr de ,nancin:1 virtu~11 qua.lquer a:;1:>ecto do éOn1po1'tan1<:nto dos w,ipos.31 P1'0, ~lvc:;lincnt<: ~l ,nai~ co1nu1n delas: é a noru1a de Ú,'.Srn1pt:11lto, que ofCtCC<" a s:cus n1c1nhl'os dicas <'Xplíci1a~ ele quão ardu;un(:ntc clc,·cn'I 1r..tba}ha1; co,no concluir u1n trabalho~que nível dt rtndirncn10 dcvc1n tc1; até que J>Onto a i1npo1uualidaclc é apropriada e outras coisas do gênero. Essas no r1nas são extrcnuuncntc poderosas no sentido de afetar o desempenho de un1 Lndivíduo - elas podcn1 1nodificar ele n1odo significath·o urna p revisão de clcsc1npcnho baseada sorncntc na h.-bilicladc do íuncioná1io e cn1 seu nivcl 1:x.-ssoal de 111otivaç~·lo. E1nborê1 indiscutivcln1cnte 1nais i111porlantcs, as nor111as de dcscn,pc nho r'lflo são o l1nico tipo de norn1a cxisLCnlc. Outros tipos inclucn1 as 11or111as de ,,pariucitJ (códigos dt~ vcstin1cnta, 1·cgl'as 1;.'ici1as sohl'c corno pal'ccc1· orupaclo), nor,nas dt condutá social (con1 qucn1 ~,ln1oçar, con1 qucn1 Í.'lztr an1izadcs dentro e fOra do trabalho) e as nor,uas de a/oca(<1o de rtcurJos (atribuição de.· trabalhos diliccis. clis[ribuiç;1o ele recursos, corno rcrnuncraçào o u cquipa111<:nto). 1

      Os estudos em Hawthorne 1-\ ntes do inicio da década de 1930 não havi:'I u,n exan1c a,nplo da influência das norn'las no con1portan1c11to dos 1rabalhaclorcs. Essa análise surgiu ele urna série d e estudos rcali;,..:ados c1n l~la\\'thornc. na \ Vt-stcrn l!lccuic Con1pany1 en1 Chicago, entre 1924 e 1932:J.'! Oiigin<Jn1cntc iniciados por engenheiros ela própiia \ Vcstcrn Elcc1ric t\ depois.. supc1,isionados pelo proíessor d e J-l.-n·ard Ehon ~Itlyo1 os estudos conciu.íran, que os co1nportarn<:ntos e scnlln,cntos dos trabaJhadorcs cst~o inti1nan1cntc r~la· cionados, que as influências do g rupo afct;:111'1 de 1rian<:ira sib'l)ifit.ativ4l o con1po1'tan,ento individual, que os padrões do gt\11)0 ti:1ll 1..11na fo,·tc i11íluênci(, sobre os 1-esultados individuais e c111c o dinl1ci1'0 é u1n fiuor n,c no r na de1c1·111inaçào de resul1aclos se con1parado con1 as norrnas do grupo, os sc1nin1enlos do gn.tpo e a segurança. t\ p·csquisa co1ncçou con, cx1>c1in1cntos c.0111 ilun1inaç;loi envolvendo diversos grupos de u,,balhadorc-s. Os pcsquisrtdores 111anipular.1n1 1 pai,, n1ais e para 1nenos1 a inlcnsicladc d;.1 ilu,ninaçào cnquanlo obsc1,·a, ·an1 possíveis 1nudanças: no rcndin1cnto do grupo, \T1iíic.a ndo as variações nos n.:suhados:. O s J>C.squisadorcs ta1nbé1n rcali~tr,;un esses expcrin1(·n· lOi; ccnn un1 grupo de con11'0le. Q,n·111do ,;1 inlcnsicladc- chi ih1fni11açào at11nentav;.1 no grupo cxpcri1nen1al, os rcsuhados ele a1nbos os grupos 11tclhortlva1n. ~ la~. pal'a a surprcsa elos 1>es· quis.adores, quando se r<·duziu a intrnsidadc da l11z no grupo cxperin'lcntal, a procluti,~dadc continuou crescendo c111 an,bos os grupos. Na verdade, houve queda da prochuiviclaclc: no grupo cxpciin1c111al apenas quando a ínu:nsidadc d.1 luz foi reduzida para \UTia lunllnosídadc sémclhantl" i, do luar. Dando s\!gtti1l'1<:nto aos exp·cri1nentos con1 a ilu1njn::u;ào1 os 1x:squi.saclores inici;,ira n1 otitró coitiunto de <:xpc1in1e11tos na linha de montagc,n de 1-cJês na sala de t<:stes da \ Vcstcr11 Eh::c1ric. U1n pequeno g1'upo de 1nulhc1-cs que 1nonta\'anl 1x<1~1cnos relês de telefones

      Com base nos estudos de Hawthorne. os obsétvado(es fize(am importantés descobertas sobré como o comportamento individual é influenciado por normas coletivas. O grupo dê trabalhadotes determinou o resultado ideal do trabalho a ser realizado e instituiu normas para que o desémpenho individual ficasse dentro dos limites estt1belecidos. Para reforçar essas no,mas. os trabalhadores usavam sarcasmo, ridicularizaçâo e atê força física pa,a iníluenciar os compottamentos individuais considerados inaceitáveis pelo grtJpo.

      272

      Compottamento organizacional

      íoi isolado do grupo p 1incipal para que seu con1po11;u11cnto pudcs:;c ser obscrv<.1 do 1nais cuiclados...1.n1cntc. J-\ s obsc1, ,açõcs phuianuais do cxpcri111cnto n1ostraran1 que a produção desse grupo cresceu ele n1ancira cons1an1c. O nún1cro de f;,ltas por questões pessoais ou po r doença foi aproxi111adan1cntc.~ lHll lcr,ço 111eno1· do que no departa111cnto de produção l'eguJ;u: Ficou evidente quc- o dcse1npen ho do gl'upo foi ~ignifica1iva1ncn1e influenciado pc1o .t/11/u.t de s,·1' urn gru1,o 'csJ>ct.ial'. /\ .i. r1.nulh1;r'CS consid<·ravtun di,•(·rlido fhic~,· p;H' l t: do g-1'1.lpo, sen1ia111-sc corno urna espéci(' de elite e aCl'Cdi1:,va,n que os dirig<'nlCS da c1np1"<'St'l cst1" ·:111) preocupados con1 seus interesses po1· realizar lal lipo de expc1in1cnlaçào. E111 resumo1os Lr.1baJhadorcs envolvidos nas experiências co1n a ihnninaçào e con1 a linha de 111ontagc1n rcagiran1 à crcsctntt ,ucnçào que <.-stavf1n1 rccchcndo. Unt terceiro cs1udo foi introduzido na sala de 1nonitor.1111cnto de cabos c]énicos para avnliar o cf(ito de lHn sist<:nla sofisticado de incenti\'O salarial. :-\ pre1nissa era de que cada opc.-ário 1naxi1niiaria :tua prochuivi0r tuna nornHl colcliva que dit~1va o que.· e1'â satisfi1t6rio produzir a t:lda d ia. ()s rtsuh:'1dos não cslav;un apc-nt1s sendo rcs1ringidos, 111;,s os operários tan1bén1 cstava1n c1nrcgando relatórios co111 c 1Tos propositais. O total dccJarado da scn1ana devia coincidi·r con1 a produção total da scn1ana, nla.s os re latórios d.iá1ios indica\'arn un1 nh·cl const:unc de produção, indc:pcndc111e111c111e da produção rcaJ do dia. O que csta\'a acon1cccndo? As C1llf'C\'ÍSlâS rcvclat:un que o gtupo es1avtt produzindo bc,n n~enos do que sua capacidade rc.:11 e esu1va controlando t>S n..·suhados p(lra se proteger. Seus n1c111bros 1i11han1 1ncdo de aun,cntar signif-icaLi\·tuncnlC os resultados e, co1n isso, fazer que o incentivo po r unidade produzida dintinuí.ssc1 que
      ,ao

      Conformidade ( :orno mcn1bro ele u111 gi1.1po1 você clcscj,, ser aceito J>Or ele e, portanlo, sub1nc1c-sc às norrnas Ílnpostas por ele. Existc.111 C\'Ídências consicler,ívcis de que os grupos cxcrrcn1 íOrtc pressão sobre os indivíduos para que tnuclc1n suas ali1udcs e con,1>0rta1nen· 1os~ a fin1 de c1uc se aclaptcn1 aos pa
      9ost.:i1iam de pertencer e com cvjas no,mas concordam.

      I

      Conformidade Ajusto do oompOtUmento para que um individuo se

      alinho às normas do_ J grvpo,

      .A.s 1xssoas se sub,nctcr'n a t00s ill'tpõen-1 pressões eq11ivalcntes de cooíor1nid,1de sobre seus n1c1nbros. O iinpacto que as pressões do g-ruJX> pela conformidade pod<· ter sobre as opiniões e atitudes de seus n1cn1bros foi clc111011.strado no estudo. hoje considerado clássico, de Solo· 1non J\sch.,·· Ele n1011tou g rupos de sete ou o ito pessoas que se scnta\'a1n cn1 volHl de u1na 111csa e dc,~a1n co1nparar dois cartõc:-s apresentados por u111 pesquisador. U111 cartão trazia u111a única linha e o ouu·o, três linhas de d ifCrcntes 1a1nanhos, u1na das ciuais Linha o 1nes1no con1p1i1ncn10 da linha do pri1nciro, con10 111ostra a Figura 9.3. f\ cliícl'cnça ele 1a1nanho

      C.apituk>9

      Fundamentos do
      273

      As greves são vm bom exemplo de como as normas

      do gfupo e o desejo de se, aceito pelos colegas pressionam os individuos a agirem de vma maneira

      1

      que não necessariamente ,ep,esonta suas c,enças e desejos. O d ireito à greve é justo e garantido po, lei, mas, em algumas situações. nem todos os funcionários podem considerar válidas as razões

      3

      levantadas pelo sindicato. Apesa, disso. pela

      !

      pressão coletiva, eles são impelidos a se conformar e a aderir ao movimento, sendo tachados de fura4greves e até mesmo agredidos. caso não o façam.

      das linhas er:, bastante ób,~a e, sob condições norn1ais, os individuos con1ctü,11, 1ncnos de lU11 por cento de erros ao anunciar cn1 ,·oz alta qual elas três linhas do segundo cartão era igual à linha cio prin1eiro. ~·las o que aconlccctia se os 1nen1bros do gn1po co1ncçassc111 f1 dar resposH1s in<:orr(.•tas? J.\ prcs.sii.o partl a confornúdacle Huia c1ue uni individuo dcspreveniclo alteras.se sua 1-cs1>os1c:, para se alinhar ;\OS dc1nais? 1\sc:h 111ontou o gl'upo de n1a11cira q,,c apcn,ts aquela pessoa não soubesse que· o cxpe,~i,ncnto e ra 'a1·1·a1tjado'. ;.\ pcsi,oa era deixada corno a úh.in1a para d.ar sua 1·c-.sposta. O cxpc1i1n<:nto con1<:çou con1 dive rsos exercícios de con1pa11,çào. 1·oc1os os parLiclpantes clava111 as respostas corretas. No terceiro exercício, conluclo> o prin1ciro pa11icipantc deu tuna resposta ob,~a111cnte rrr.ad:, - por excn1plo1 a lcu·a C na J.'i!,'lu-.., 9.3. O s dc111ais roran1 dando a n1cs1na respost-., c 1Tc1da atC chegar a vez da pcsSóa objeto ele pesquisa. t\ decisão que essa 1><.~so,1precisava 'lOn1ar era a scguiou:: alir,nar puhlica1nc.~11tc unn\ pcrcep-

      c;iio que clifCria da posiçr,o assurn ida por 1oclos os o,u1-os n1c1nb1·os cio grur>o ou dar urna resposta que aercdi1a ser errada a1,ena,; para ficar crn conf01·111idadc co111 (•lc;? Os rcsulrados obtidos de 111ui1os cxpcrin1cntos e testes n1ostraram que 75 pol' cento dos indivíduos dcran1 pelo n1cnos tuna rcspos1a de confor1nidaclc - ou seja, s.abia111 que ('ra a errada, 1nas que era coere nte con1 as respostas cios outros 1ncn1bros do grupo - e que a 1néclia de confor111istas e ra de 37 por cento. Que cnte11cB111cnto podcn1os 1jrar desses resultados? Eles sugcrcn1 c1uc cxistcn1 nor,na~ coletivas que nos prc:;sionarn e111 dirt:c;ão à conforrnidadc. Dcs('ja,nos :;cr p:\rle do gr11po e, portanto, não qucrtinos ser vis1os conto diícrcntcs. Essa pesquisa fOi rcalizacla há quase 50 anos. ' ICria o 1c1npo alterado a validade de suas conclusõc.s? Podc1nos considerar essas descobertas co1110 gcncralizà ,·cis para lodas as cuhuras? f\ s c,~dênci.1s indica,n que os níveis de co11fo rn1idadc baixara1n consistente· ntcnte desde o estudo de J\sch e <1uc suas conclusões lln1 lhnitaçõcs c u.ll\1rais.'tf· .t\ confor·

      Figura 9.3

      Exemplos de cartões utilizados no estudo de Asch

      X

      A

      8

      e

      274

      Compo11.amento organiiacional

      111idadc con1 as nor1na.s sociais é 1nai~ forte c111 cuhuras colclivi.stas, n1as1 1ncs1no nos países individualistas. dcvc1nos consider;:í.-1.:.. u111.a rorÇ
      Desvios de comportamento no ambiente de trabalho Rosanc Costa c
      Oe1vios de comportamento no ambiente de trabalho

      Componamento volt,.1ntário que viola

      rece u,na tipologia desse tipo de conl portarnento. co,n cxcn1p1oi. de cada u1n. Poucas c,nprcsas adn1itc,n que cria,n ou pcrntilen1 condições que encor~tien, e sus1cntc1n o desvio das norn1as. 1'·1as isso acon1ccc. ~lui1os 1rabalhadorcs 1-elata1n 1naior 1·u-

      importantes normas organizacionais e, de$$& forma, .ameaça o bem+estar da organização

      ou d0 SQUS membtOS. lambém cham.ado

      comportamento anbssod al ou ;nciviJ;dade do ambiente de trabalho.

      I

      dcza e insensibilidade no trato con1: os 01111'0s por parle dos chclê:s nos úhirnos 1cnlpos. E q uase n1c,ade cios fUncion::l1ios q ue sofi-cu n1aus..,ratos diz c1uc chegou a pensar cn1 se dcnliti1; sendo q ue 12 por cento deles rcaln1cntc o fizcra1n por c.ssc 111oti\,'0.:.13 Urn estud o co1n aproxi1n.1da1ncntc 1.500 participantc.s dcscob1i u q ue, a lé1n de a un1cntar as intenções de ck·slig,u1·1cnto da c 1nprcs.a, a inc.:h·iJidadc 110 tra balho a tuncntou o relato (l(' cstrtssc e de doc11ç~s fisica.s.3'} Da n1cs1na for111a que as dc1nais nor1nas1 as atitudes ant..issociais dos íuncioná1ios são

      configuradas pelo contexto do grupo ao qual fXl'terH:c,n. 1\s evidências den,onsu-a,n que o co1nportaincnto antissocial ele un1 gn1po é u1n Lndicador signific:tÜ\'O elo n1cs1no con'lpor·



      1a1ncn10 por pa11e de seus 111<'1n bros: no ttabalho. E1n ouu-as palav1-as, o desvio de con1po r1;1n1cnto te nde a ílorcsccr onde .:~ apoiado po r norn1as coleth·tls. Os lrnbalhadorcs que se sociali1..a1n c(un pessoas que li·c<1ucn1c1ncn1c fhha1n ao rrabalho. seja clcr111'0 da cn1pres.a, seja fora dela, tendem a 11\ltar ta1nhé1n. u Para os gcstor(.'s, isso signiíica que, scn1prc que st.11·girc,n nor1nas desviantes no an1bicn1c de 11-ahalho, a cooperação, o co,npro1nc1in1c1no e a n1otivaçào dos funcioniiios cstariio c1n risco. Algnén'I que nor1naln1f'n1c não .se cn\'Ol\'c1·ia e,n con1J)Ol'la1ncnto anor1nal pode fãzf. -lo êtô trabalhar cn1 grupo. \ 'ejamos, por exc1nplo. o <:01nporta1nento dos n1cn1bros de to r-

      Quadro 9.1

      Tipologia de desvios de comportamento no ambiente de trabalho Categoria

      Exemplos

      Produção

      Sair mais cedo Reduzir o ritmo de trabalho intencionalmente Desperd içar recurso$

      Ptop,iedade

      Sabotagem Mentir sobre as horas trabalhadas

      Roubar da organização Política

      Mostrar favoritismo Fazer fofocas e e~palha, boatos Culpar colegas

      Agressões pessoais

      Assédio sexual Abuso verbal Roubar dos colegas

      Fonte: Adapt.Mfo ~ S. l. Robinso.'I e R. J. Senneu, "A Typok>gy oi OCM.ant Wc>rlf M:in,gomont (N'Y). Rop(Odv11do com pormi$$bc> di Ac.adomy of ~~9oment (NY) no form:ito de ftvto•tOll,tO por MÇtO do Copyright Cle;t,r,ln(:4) c~ntor.

      C.apituk> 9

      Figura 9.4

      Fundamentos do
      275

      Grupos e desvios de comportamento no trabalho

      O O

      '22

      Menti r

      Em gfupo Individualmente

      o ' 55 Enganor

      j

      23

      1 29 Roubor

      1 10 10%

      20%

      30%

      40%

      50%

      60%

      t

      cidas organizadas d e clubes de ru1cbol. prov.:~,·cl que, longe cios outros to rcedores, alguns deles u·i<'o1<·n1 co,n suas avós e cuidenl de ga1inhos ôriàos>rnas que, "c1n bando\ 1cnh;11n u,n con1porta1nento con1plcuuncntc opo.sto. Na vc n:ladc, Lun cstudo recente sugere que aqueles q ue 1rahalhan1 cn, g n.1 po possue1t1 rnaior 1end ência a ,ncnLir, enganar e roubar do qu<' os indivíd uos que trabalha1n sozinhos. Con10 n1ostra a Figura 9.4. ncsw estudo, 11<:nhu.111 iud ivíduo <1uc trabalhava isoladal11en1c n1cn1iu, n1as 22 por ccn10 cios q ue trabalhavanl <:nl grupo o fi2c~un. O s que trabalhava,n e,11 grupos tinh;un n1aior propens.ào a 1nentir (55 po r cento contra 23 po r cento ele ind.i.vicluos isolados) e roubar (29 por ccn10 con1p;,raclo con1 son'l<:1HC 10 por cento clo.s q u<· u-abalhav::un sozi11hos).'t U1n a possh'l:I ('xplica("ào é que os grupos proporcion.\nl u1n escud o de anoni1nato, de 1noego r'<>uhanclo pode· co l'lfiar 110 fiuo de· c1uc o u1ro.s mc,nbros do g rupo tivc.·1~un a 1ncs1na o po rtunidad e d e rouhar, criando un1 íh.1.so ~cnro de confiança que pode resultar en1 co,111wr1an'lc1uos 111ais agressivos. 1\ssin1, o~ dcs,·los de co111po1,anic,:1'1 to dcpcnclc,n das normas aceitas pelo grupo - ou n1cs1110 d o f.Ho de u1n indivíduo 54.;r pa11c ele unl gi11po. •3

      St at us

      Status Posição social definida ou atribuída pelas

      Unia posição d efinida socialn1crHc ou a ui buícla pelas pessoas a u1n grupo ou a 1ncnlbros d e un1 grupo penncia todas as socied,,clcs. ~·lcsrno os 1ncnorcs grupos tên1 papéis, d ireitos e rituais que dífe1-cnci,Ht1 .seu.s n1c1nbros. O status é un'I 1no1ivador releva nte l' l<:111 i,npott.-\1\l<..'S co11s<~quêJ\CÍas cc.nllp01'H\l'lléntt1is qua,'ldOos iodi\'iduos p<:1"Cebe1n ,una disp;:irid aclc Cllll'C o .rtotus q ue acrcdi1a1n l >Ossuil' e aq ltclc que rcahnen1e 1ên1.

      pessoas a um grupo ou a seus membros.

      Teoria dé airactetísticas do status

      Teosia qve postula que as diferenças nas caracto,ísticas 90,am hierarquiQS de sc<1tus dentro dos grupos. ~

      I

      O que determina o status? De acordo co111 a teoria de características do stuh,s, o slalu.s tende a dcri,1~r de ttês íontcs:u 1. O poder que urna pessoa exer ce s obre as outras. Por pl'ovavchncntc controlal'C1n os recursos do gn1po, as pessoas q ue controlan1 seus resultados tcnd cnl a ser ,~s.tas co1no possuidoras de u1n aJto status. 2. A capacidade d e con tribuição para as m etas do grupo. ,\.s pessoas cttias co1111i buiçôcs são in'l1>0ttantes para o sucesso do g1'ltpo te11dcnl a ser deten101-as de um alio status. Alguma\ 1>essoas acham que a e111-clu da l\llt\, Kobt ll11>a111, 1c111 n1ais pod ei' de decisão sol:>t'C os jogaclol'Cs do que seus u·cina
      276

      Compottamento orgc1niza~ional

      O goleiro do São Paulo Rogério Ceni é um membro do grupo com elevado status. Jogador do clube desde 1993, quando tinha apenas 19 anos e era

      reserva de Zeni, Rogério tornou-se uma figufa muito importante no etenco sâo·paulino. Capitão da equipe, o atleta é o goleiro com fnaio r número de gols marcados na história do fvtebol mvndial. Reunindo habilidades técnicas, experiência e conhecimento tático, ele auxilia a organização dos zagueiros dentro de campo e é muito respeitado pelos outtos jogadores e treinadores da equipe.

      3. Caracterís ticas p e-ssoais do indivíduo. 1\lgué111 <:tti~lS ca1";'1Ctcrísticas pessoais s~o va101i:1.adas positiva,r1e::1ne pelo gl'ur>0 (bo~ aparência. intcligCncia. dinheiro O\.I si1np;nia} e1n geral 1cl'á u111 stt1tus ,nais elevado do que aqueles que não possuc111 lais caractcrlslicas.

      Status e normas O .Sl(ílllS produ~ alguns efeitos interessantes sobre o poder das uornlaS e da.s. prcssõci. p;tra a confo nnidad c. O s indivíduos de n1aio1·.slalu.r cos1u111anl ter n1ais liberdade para se dc-sviar das norn1as do que os clen,ais. •' J~ssas pcs.';oas 1a1nbén1 dc1nonsu-a1n 1nais rcsis1ênc;a às pressões para a C()t1I01·n1idadc d o que seus colegas con1 staluJ n,cnorc-s. Qpcrn 1c1n uni cn1prcgo de aJco stt1l11s {conto ,nédicos, advogados ou executivos) apresenta reações par1 icular111cn1c ncg~lÍvas à pressão social exercida por pessoas ct~os crnpr(:gos possucn1 baixo slalus. Po r cxc1nplo, os n1éclicos rcsislcnt ;ujva1ncntc ;1~ decisões lo1nadas por íuncionúrios de csc0ssucn1 n1uito n1ais àulonornia contanto que suas atividades nilo causcn1 prcjuí.zo ao ;-,lcance dos ohjc1l\'os do grupo.-18

      Status e interação coletiva .i-\ s pessoas c..:01n :lltO.slalus tend crn :, ser n1c1nbros n1tds asserti\'OS do grupo. 1'> Elas se exprcssa111 co1n n1.:lis frcquCncia, f.1zen1 1nais críticas, dão 1nais ordens e costu,nan, irllctro1np<:r os dc,nais n,crnbros rnais \'eics.. ~,r.i.s as d ifercuc;·as de Slá/11.t, na verdade, inibc1n a divcrsid,1dc d<" ideias e a cti;ui\'idade noi. gl'upos porque os 111c1nbros eon1 111cnor slálUS 1cndc1n a sei· n1enos pal'ticipativos nas discussões. Nas situações cn1 que os n1c111bros ele 111cnor s/11/us possuem habilidades e capac idades i111· portantes pa ra o sucesso cio grupo1 c-ssas c;,ractcrístic:-1s. s;lo subutilizad;,s, o que reduz o dcse1npcnho geral do grupo. lnequidade do status Lt in1portante que os 1ne1nbros do gl'upo pcrcebant a hierarquia de staJus conto justa. Q pando i: percebida con10 injusta, gera-se un1 desequilíbrio que ins.. pirJ. v{uios tiµos de con1ponamt1110 corretivo. ·.o O c01)CCito de <:quidadc aprtsc1na.do no Capítulo 6 aplica-sc ao status. 1\s pessoas ('Spcram que a rccom1>enS
      C.apituk> 9

      Fundamentos do comportamento em grupo

      277

      O s grupos gcrahnentc tên1 u111 consenso intc1·110 quanto aos critCrios de sfafus e. d essa íot111a, existe arflplo acordo sobl'C a hicral"quia ele sc1.1s 111cn1b1·os. Entretanto, as pessoas poclcn1 enfrentar situações de conAito <1uanclo transita1n entre grupos cu_jos c rüé.. rios de Jüat1s s:'io cllfercntc:;. ou qttando se j untarn a grupos cttios ,nc,nbros tê1n históricos heterogêneos. Os gestores poden1 usar sua re nda pessoal ou o índice ele c resri1nento de su.1 en1prcsa con10 clctc..·r1ninanu.- de sucesso. Os burocra tas dos órgãos govcrna111entais podc111 usar su:l.s ved>as. Os opc1·;l.1ios, S<'u tcn1po de cas.-'l. Quando os grupos silo he1erogêncos) ou quando os g rupos heterogêneos são forçados a ser intcrdcpcndcntcs) as d_jf('rcnças de sf<1/11s podc1n dar orige1n a conflitos <1uando se tc11ta conciliar êt.s distintas hicrarq1aias. Co1no vcren1os no Capírulo I O, is:,:o 1>0de ser pa1·1 icularn1ente pl'oble1ná1ico quando os gestores ctian1 equipes ele trabalho fo rmadas por funcion~lrios con1 diferentes funções dentro da orga11i~ação.

      COMPORTAMENTO ORGANIZACIONAL NA MÍDIA

      A banda do Eu Sozinho uando algumas pessoas decidem se reunir para formar uma banda de música, normalmente não têm como objetivo principal fazer grande sucesso no futuro e faturar muitos milhões de reais. Es· ses fatos são vistos como consequências sonhadas, mas não como a meta principal. A criação do grupo costu· ma se, motivada por interesses musicais semelhantes e pelos laços de amizade existentes entre os membros. Caso o grupo venha a fazer sucesso, assine com uma grande gravadora e 'estoure nas rádios', porém, essas semelhanças e proximidades são muitas vezes esquecidas. Em bandas de sucesso, é comum o surgimento de conflitos e de choques de vaidades entre os membros. Bons exemplos disso são as diversas formações que algumas bandas clássicas já tiveram, como os Rolling Stones e o Pink Floyd, e os casos de brigas e separações, como ocorreu com a banda Oasis. Grande parte desses problemas decorre das relações de poder existentes entre os membros. Essas relações estabelecem o status dos membros do grupo e as posições de liderança e influência entre eles. A fonte do status pode ser alguma habilidade única, como a capacidade de compor belas canções ou a proficiência máxima em algum instrumento (como é o caso do guitarrista e compositor Keith Richards nos Rolling Stones e do baixista Flea no Red Hot Chili Peppers). Outras fontes típicas são oca· risma e a aparência do vocalista, que podem arrebanhar muitos fãs. Em função do status adquirido, os membros da banda podem se tomar lideres no grupo e passar a influenciar outros colegas menos conhecidos do público. Dessa forma, as pessoas 'mais importantes' para a banda acabam ganhando poder, por serem consideradas as maiores responsáveis pelo sucesso do grupo.

      Q

      Formada em 1993, em Salvador, a Banda Eva serve de exemplo para a distribuição do status entre os membros de um conjunto musical. Derivada do Bloco Eva, a banda tinha, em sua formação original, !vete Sangalo como vocalista. Em pouco tempo o grupo com~ou a fazer grande sucesso e !vete destacou-se como sua prin· cipal estrela. Em 1998, a cantora substituiu a apresentadora Xuxa em seu programa dominical quando esta entrou em licença-maternidade, o que serviu para mostrar a força do carisma de !vete Sangalo. A cantora já havia participado de um filme e, posteriormente, foi convidada a participar de diversos programas de televisão, o que demonstrava o grande sucesso que fazia, mesmo longe da Banda Eva. Em decorrência disso, !vete, apesar de toda a fortuna que havia conquistado como vocalista da Banda Eva, resolveu seguir em carreira-solo. Com seu enorme talento e carisma, não era difícil prever que ela conti· nuaria tendo enorme sucesso. Dessa forma, a cantora

      acordou seu desligamento amistoso do conjunto, que ocorreu após o carnaval de 1999. Não houve relato de brigas e a Banda Eva continuou sua trajetória com uma nova vocalista, Emanuelle Araújo. O caso de lvete Sangalo e a Banda Eva não é isolado. Mais recentemente, em 2008, a cantora Cláudia Leitte desvinculou-se do Babado Novo, seguindo car· reira-solo e levando consigo todos os componentes. Posteriormente, entretanto. a banda retornou aos palcos com uma nova formação. Para recuperar o status do grupo, porém, perdido com a saída de Cláudia Leitte, um longo caminho ainda teria de ser percorrido.

      Fonte: Luciane André o Luciana Ávila, •tvote Sangalo comanda a mass.a e os negócios", fsto E Gente. 1 nov. 1999. Oisponive1 em; <www.tena.

      oom.b. Ac:6$$0 flffl: 12 fov. 2010.

      278

      Compo11amento organiia~ional

      Tamanho

      Folga social Tendência que as

      p~ssoas têm de se e$forçar menos ao trabalhar em grupo do que Sé &stivessem trabalhalldo sozinha:...._J

      I

      O ta.n1anho do grupo afetá seu cCcsc111pcnho? lnclubitavchncnlc, a resposta i: siin, 111as o cícito depende de q u1:1is varicívcis clcpcndcntcs você consídcra.i11\s evidências i11djta1n que os gru1)()s n1cnorcs st,o n'lais 1c\pidos ll~' rc4'1ização de 1arc..·n1..~ e que os indivíduos trabalharn rnclhor crn grupos ,n~~nores de) q ue nos n1;1iores.s2 Contudo, se a questão íor a 1·csúluc;.:ão de prohlcn1as, os gl'upos 1naiorcs cor1scgucrn rcsllhados consistcnH·n1cn1c n1ais positivos d o que os 1ncnorcs.» T raduzir esses resultados cn1 nínneros específicos é un1 pouco 111:lis ariiscado, 1nas g ru pos grandes - con1 pelo 1ncnos 12 1nc111bros s:lo bons porque rccchen1 inputs diversificados. Assi1n, se o objcúvo do gn1po é clcscobiir infor nl Ele c·spera,~ que três pts.'loas puxando a co1'Cla j untas ati11g is.~c1n lnna 1raçào três ve-1.es n1aior q ue a de unt único indivíduo, ou que oilo pessoas tivcsSc.':111 un1~, tração oito vezes 1naior. O s resultados elo experin1ento d e Ringchnann. contudo, não confir1nara1n essa expectativa. Un1a pessoa p uxando urna corda sozinha exercia a fo rça de 63 quilos. Ern grupos de três.. a Íôr\a caia para 53 q uilos por pessoa e, cm grupos de o ito, a força c..:aia para 31 quilos por pessoa . .Rcprocl.uções da p<:squis,, de Ringchna11n con, larcías sc,nclha,ncs corrobol'fun esses 1"CS1.1hados.Sot. O dc.sc1)1pcnho do grupo au,nenta de aco1xlo con1seu ta111anho, n)as a c1Hrada de novos n1c,nbros provoca quedas na produ1ivid adc. l~ntào 1 pode ser que ·quanto an ais, n1clhor• no scnlielo de que a produtividade total c n1 tu11 grupo ele q uatro p<:ssoas é 1naior d o q ue: a ele un1 g rupo ele três, 1nas a procluti,~dadc indi\'iclua] é reduzida. O que causa esse con1po rtan1e:nto que caraclcriz.a os '.tpro,·eitadorcs'? Ürn n1oti,·o pode ser a crença de que os outros 1n(~111bros do grupo não est.:lo f.1.zcndo sua pane. Se ,·ocê vC os dc1n(tis corno prc,&"t1içosos ou ineptos1pode tentar rcstabc.le<:<:r o equilíbrio reduzindo o p róp1io c.dC:>t\O. Outra <:xplicaç.1o . scr~a c1 clispel"ilào da t'Cspons.1.hilidadc-. (:orn o os l'CSultados do grupo n;\o podc1n sei· a1ribuíclos a u1na l1nica pcssoa, a l'Claçâo entre a con1rihuiçào de cada lun e o resuhado do grupo é u n1 1anlo obscura. As pessoas pod c,n se sentir tcn1ada..\ a 'se encostar' e esperar pelo csíorço do gn1po. f\ s i.Jnp]ic.:1.çôcs desse fcnôn1cno para o co1nportamcnto organizacional são significati,·as. Q uando os gesto res utilizan1 situações de u·;lbaJho colctjvo pclo uso de g rupos conl quaisquer ~""o11os 11<1 satislàçào dos íuocionál'ios.s, Há n1uitas 1nanc-iras de se prcvcnil' a folga social: ( 1) E.stabclcça as n1c:cas cios gl'upos de forn1a que eles tcnha1n tun prqjcto no qual se cn1pcnhar; (2) auinente a con1pctilivicladc entre os grupos, o q ue ta1nbé1n f.:,z que o grupo foque no resultado con1partilhado; (3) cnc.arrcguc-sc ele c1iar avalia~:õcs pelos pares de n1odo que cada pessoa possa avaliar a con· t.ribuiçào de cada 1nc1nbro d o grupo: (4) scll."Cionc 1nc111bros que tenha1n " n1oti,·açào alta e prefi1c1n1 u·<1balhar c1n g rupo e (5) ~e pos~ívcl, dhit1ibua 1·ecornpcns...is aos grupos, l;;;,scadas, c;:1)·, part<\ na contribuição cxclu:.iv<1. de cada 1nc1nbro..ss E1nho1-a nenlu.1n1a dessas ações seja unia 'solução n)ágica' <1uc possa prevenir a folga SO(ial cn1 todos os casos> ch1.s podcr;'io n1inin1i1.ar seus 1.:fc::i(os.

      C.apituk>9

      Fundamentos do comportamento em grupo

      279

      Coesão Coesão Grau em qve os

      membros são auaídos entre si e motivados a pe,manocc, oomo gtupo.

      O s grupos diftrc1n con1 relação a s ua coesão~ou seja, o grau cn1 c1uc os n1c111bros são a lraíclos e ntre si e 1notivado~ a pcr1naneccr unidos con10 grupo. J\Jguns grupos de lr:1balho são coesos porque seus n\c1nbros passan, a n1aior parte do tcn,po j untos. ou pol"(1u<· seu 1a1nanho reduzido facili1a a intcraç ;.\ s pcsc1ui.sas 1nostran1 consistcntc1n c.ntc que a rclaç~lo e ntre a coesão e a proclutivl· dacle depe nde elas norn1as de dcscn1pcnho}'º Se as normas de desempenho para qualidade e c.:ooperaçào co1TI indivíduos dt: fora d o g rupo, 1>0r cxcn1plo, fon::111 exigentes, un, grupo coeso S(•rá ,nais produtivo do que ,un 111cnos coeso. !\•las. se a coesão for grande e a.s norn1as de d c~c,npcnho fo1·c,n fr.1c.-.-..s:, a pl"(,d111ividadc· scr.l haixa. Se a <.:ocs~o f()r pequena e as 1101·,nas cstahclccc1·cn1 níveis clc\'ados, .:, proclutividadl: será n1ais alta, n1as 111enor d o que <:1n un1 grupo coeso con, 11or1nas exigentes. Quando tanto a cocsiio corno as norn1as de dcscn11><:nho são fracas, a p roclulividadc fica e ntre baixa e n1odcra da. Essas conclusões estão rcsun1idas na Fígura 9.5. O que pode ser feito par.., cstÍ1Tiul;u· a COC&ilo cio grupo? {1) Reduzir o uu11anho do grupo; (2) c~ti1nular a co11cordiu1cia s.obn.· os objetivos do grupo; (3) au1ncnt~,r o t<:111po que os m('rnbros do g rupo passarn j unlOSj (4) au111cntar o slt1lt1s do gru1>0 e a
      pcrccbidti p,lrcl a ;\chnis$.<10 nc·lc; (5} cs1irnular a con1pc1 ição con\ ouLros g1'11pos.; (6) dar reco1np(·ns..1.s ao grupo, (•n1 \'CZ de rcconlpcnsar seus n1cn1bros individuahncntc; (7) isolar fisican1cntc o grupo.61

      Figura 9.5

      Relação entre coesão, normas de desempenho e produtividade do grupo Coesão

      o

      .r. e o..

      .. ....•E ..... ... Boixo •o

      E

      Alto

      Alto

      Boixo

      Abo

      produtividode

      Produtividod& moderado

      Boixo produtividode

      Produtividode de moderado o boixo

      •o z

      mada de decisões em g1rupo 1\ cr<:11ça de que duas c,abcças 1x-nsa1n ,nclhor do que u1n,1 é ~unplan1cntc a<:cila corno correta cn1 rnuito.s países {oi; lribuua is dcjllri s~o rruto dcss,, convicçr,o). l--lojc c,n dia, n1ui1as dt:cisõc.~ n,\s organiz;lçõc:s ~ão 10.-nad"s po r g rupos>t~c1uipcs. 0\1 ('01niu··~.6·~ ~ esta seção, v.-u11os t:xan1inar a 101nada de decisões (:111 gii1po.

      Grupos versus indivíduos Os grupos para a 1on1ada ele dct·is.õc~ vêrn sendo a1nplarncn1t: utilizados na.~organii açõcs, n1as isso gera decisões n1clhorcs do que aquelas ton1adas por un1 único indivíduo? A

      resposta depende de uma série de fatores. Vamos mmcçar por discmir os pomos fones e fracos dos processos d(• ton1ada d e clecis::lo cn1 g rupo."''

      280

      Compo11.amento organiia~ional

      A 8rascontel, distribuidora de equipamentos de telefonia de São Paulo, busca elevar a coesão de seus representantes de vendas oom o objetivo de conquistar novos clientes e de manter os atuais. Uma das fol'fna.s encontradas para atjngir esse objetivo são as festas de confraternização. Em um desses encontros. a empresa financiou um churrasco em um cartódromo da cidade. Dessa maooira, os rept'esentantes sentem-se mais untdos e comprometidos oom o bom resultado de toda a equipe.boi

      Pontos fortes da tomada de decisões em grupo Os grupos geram i,![or111açiits r rottlleci,nr11tos 111oi..f obra1tf!,t11/ts. Por agl'egar os recursos de diversos indivíduos~ os gl'upo~ con· scgucrn l'nai.s input, alérn de hclerogcncidadc, para o processo decisório. l~les ofercce1n urna ,naior dÜ.'ersÍlladt de po11tos de vi.sla. lsso cria opo rtunidade par., urn nü1ncro nlaior de aborda~ gcns e :,Jtcr11.,tivas ;,1 scrcn1 considcra
      sohi(iio. :v[uitas decisões frat.a.ss.'\111 porque não Sil o ::lccitas ptlas pessoas. O s 1nc1nbros de un'I g1·11po c1uc particip~un da tornada de 111'l'la decisão rc11dc1n :;1apoiar a soloçf10 escolhidt1 l: a es1io'l11lat os den1ais a acci1á-la.

      COMPORTAMENTO ORGANIZACIONAL INTERNACIONAL Coesão de grupo nas diferentes cult ura s m estudo recente procurou determinar se motivar os grupos de trabalho, oferecendo tarefas

      U

      mais complexas e maior autonomia, resultaria em

      maior coesão do grupo. Os pesquisadores estudaram equipes de bancos nos Estados Unidos, uma cultura in· dividualista, e em Hong Kong, uma cultura coletivista. Os resultados mostraram que, independentemente das culturas às quais pertenciam as equipes, oferecer mais liberdade e tarefas difíceis de realizar criou um grupo mais coeso. Como resultado, o desempenho da equipe melhorou. No entanto, as equipes de culturas individualistas reagiram mais fortemente ao aumento de complexidade e autonomia das tarefas do que as de culturas coletivas. Elas se tomaram mais unidas e mais comprometidas e, como resultado, receberam melhores avaliações de desempenho de seus supervisores do que as de culturas

      coletivistas. Os coletivistas pareceram maissensíveis aos estados de ânimo de seus colegas, o que significa que a motivação e o bom humor de um membro do grupo podem transbordar e aumentar a motivação e o bom humor dos outros. Por que essas diferenças culturais existem? Uma explic;,çâo é que as equipes coletivistas já têm uma predisposição de trabalhar em grupo, portanto há menos necessidade de aumentar esse tipo de trabalho. Essa conclusão é apoiada por outra pesquisa, que mostrou que os coletivistas apresentam menos pro~ pensão à folga social quando trabalham em grupo em

      comparação com os individualistas. Qual é a lição? Os gestores em culturas individua· listas talvez precisem trabalhar mais para aumentar a coesão da equipe. Uma forma de fazer isso é ofere· cer mais tarefas desafiadoras e mais independência

      às equipes.

      Fontos.: B.»é&do em R. Hié'S, O. T. Wagnm é F. P. Morgcson, '"Elff)laining A.fféettVé ünfc3géS ;n Tó&ms: lndividool Oiffé<e-nó)S if'I ~pt1bf!ity to Contagion and lnd1ví<:h.,;,!i,m·CoU&CtM$m'". Jootnat of Applíed PsychoJog/, 92. n. 4, '1/XJ7, p. 114()..t t48: E. M. Sw~ J. O. Shaw e M. K. Ouffy. "Prefer~ for Gf<>vp Worl(, Winning OtiCf'tt'ltion, &nd Soci&I Loafing Seh&vior in GrÕ'.lps·, Gtovp andOr93n,.z.,ii()n Mat1agemenr_ 32. n. 6. 2007.

      p. 699-723; • D. Mon e S. S. K. lom. "The Effect of the Job °'"'Ple»ty ond Au,onomy on Col,e~n... ;n Collecti,,!st ond lndMduolist Wo.!< Groups: A Ctoss--0.lltural Analysis", JovmaJ of Ot~i.uriOtlaJ B«mavior, dez. 2(X)3, p. 979-1001.

      C.apituk>9

      Fundamentos do
      281

      Pontos fracos da tomada de decisões em grupo As dc:cisõcs cm grupo também têm suas desvantagens. Elas conso1nc111 nnlito tcn1po) poi.s os grupos c111 geral dcrnoram 111uito 1n41is para chegar a utna solução. Existc,n prtssii(.r par<1 a co,iforn,idade. O desejo dos n1c1n· bros de scr-crn ac<:itos e V(1lorizados p<:lo grupo pode sufOC(\r qualquer desacor'(IO explícito. As d iscussões poden1 sct tlo,ui,u,das J><,r 11n1 i,ulii·ühuJ (111 u111 {N:qu.tno subgrupo. Se essa roali:dio do1ninanrc for ron1~:>0s1a de n1c1n hms de rapaci1açào haixa ou ,nédia, a cfic:lcia geral do grupo será prcjurlicada. Finahnen1c, as decisões crn grupo sofrcnt de certa a,nhiguidade da responsabilidade. i'\o processo decisório individual, é óbvia a rcspons.1.bilidadc pelo resultado. No processo en1 g rupo. a responsabilidade de un1 n1e1nbro fica diluída. Eficácia e eficiência ,\ afir111ação de que os grupos s.ào 111ais eficazes do que os inclivl· duos depende de con,o se define c:ficácia. t\ s decisões to1nada..11 e nl grupo tenclen1 a $CI' ntais p,uisas do que a ntédia cios indivíduos no grupo, n1as 111cnos precisa cio que os julgan1cntos dos indivíduos n,ais capacitados.lo.'i En1 1natéria de rapidez, os indivíduos scrcio n1clhorcs. Se a rriatir.idade é l.lnpo11antc, os grupos tcndc111 a ser ,nais eficazes que os indivíduos. E. se a eficclria significar o gn:n1 de areilti(iio da .solução final) o \'Oto irá Hó\'(u11cntc para o grupo.(,(; !\,lcls a eíicácia não pode ser ç'l\'(1liad}1 scn1 que ta1nb~1n lcvcrnos en, co1ua a cficiênria. O grupo costu111a ficar sen1p1·c cn1 segundo lugar na con,paraçào co111 os inclivicluos. Con1 ~,ras exceções, a tornada de dcciS<>Cs cn1 grupo conson1c nu1ito n1ais hor-c1.s de trabaJho do que o processo individual p:,ra resolver o 111esn10 proble1na. ;-\s exceções são aquelas situa· çõcs crn quc 1 para conscgujr a 1ncs1na quantidade de contribuições diversas, o indivíduo que tonu, a decisão tcn, de gastar rnuito tc1npo fazendo pesquisas en1 arquh·os ou fitlando con1 pessoas. Corno os grupos poclcn, conlar corn pessoas ele .:'trcas divcn;as, ó tcrnpo gasto no lc::va11Huncnto de infornuu;~ 1,odc ser reduzjdo. Entretanto, con10 1ncncio1)anH)S, essa va11tagc1n de cficiêr1ci:, tende a ser· urna c:xcc(âo. Os grupos sàú gc1'al1ncn1t 1ncnos cfici· entes c1u<: os inclivícluo.s. Ao decidir pelo uso d os gi,1pos no processo d cci..11ório, portaruo, os gcslor<:s dcvcnt questionar se os ganhos cn, cfic<-lcia serão suficientes para suplantar as pe rdas de eficiência.

      Resumo Os grupos ofc1·ct' t:1n u ,n excelente veiculo J>tu·a a realização d e.: d iversas etapas do pro<'csso de 10,nacla ele decisões. Eles s.1o u1n n1cio de reunir as infor111açôcs clt.: forn1a 111;,is a,npla e profunda. S1.: o gn,po for co1nposto de pessoas con1 históricos di!Crcnt<:s, as altcrnath'.,s geradas serão n,ais ex.lcnsivas1 e a an~'ilisc, n1ais crítica. Quando a solução final for escolhida, htlVCr:i n1ais gente do grupo dt: decisão par;t apoiá·la e i1nplcn1cntá·la. Essas vanlagcns. entretanto~ podem ser contr.:,postas pelo tc1npo consun1iclo pelo grupo, pelos

      MITO OU CIÊNCIA? Duas cabeças são melhores do que uma? uas cabeças não necessariamente são sempre melhores do que uma. Na verdade, as evidências confirmam. de modo geral, a superioridade dos indivíduos sobre os grupos quando há brainstormíng. O melhor individuo do grupo também toma as melhores decisões do que o grupo como um todo, embora os grupos tendam a se sair melhores do que os membros comuns do grupo, individualmente.61 As pesquisas também indicam que os grupos são superiores apenas quando seguem certos critérios...

      D

      1.

      2.

      Diversidade dos membros do grupo. Os benefícios de 'duas cabeças' demandam que elas sejam diferentes em habilidades e capacitações. Os membros do grupo devem ser capazes de comunicar suas ideias de fo rma aberta

      3.

      e livre. Isso requer a ausência de hostilida· des e intimidações. A tarefa a ser realizada deve ser complexa. Em comparação com os indivíduos, os grupos funcionam melhor em tarefas complexas do que nas simples.

      282

      Compottamento orgc1niza~ional

      confihos internos c1iados e pelas prcsSÕl'S para a confortn idadc. Portanto. c111 alguns casos, espera-se q ue os indivíduos lon1c1n n1el.hor<:s dc(;i.sõcs do que os grupos.

      Pensamento de grupo e mudança de posição d o grupo

      Pensamento de grupo ou groupthink Situação em que as pressões por conformidade impedem

      qve o grvpo avalie as alternativas de ação de maneira racional e crítica.

      I

      Mudança do posição

      do grupo 01,.1 groupshift Tendência do grupo em exacerbar as posições iniciais dos seus membros, podendo levar ao conse,vadorismo extremo ou a uma postura demasiado arriscada.

      I

      Do is sub produtos da to111ada ele decisões c111 grupo tê111 o potencial de afetar a capacidade do g·rupo par.- avaljar objci iva1ncnte cu; ahc1·ncuiv::is e chegar a soluções dc ahtl q ualidade. O prin1ciro fcnô,ncno, cha1nado pens amento de g rupo ou gro,,pt.h.i,tk,. csi;\ l'C· lacionaclo às nor1nas. Ele descreve a.s si1uaçõcs en1 que as pressões por conforn1ictadc i1npcdcn1 que o grupo a\·alic c1i tica1ncntc propostas i11con1uns. núnoritá1ias ou iinpopularc:s. Esse lênô111cno alua con10 tuna doença que a taca n1uitos grupos e pode prcjudic<·s init·iais. 1\ lgu1nas vc7.cs., o c11idt1.do c;::xccss-i\'O do1nina: e- há tuna n1uclança para o conscr\'ado1is1no. Contudo, os grupos ccndc1n a assu1nir J>OSturas de risco con1 n1ais frequência. \f.1n1os cxan1inar cada un1 desses fc nôn1c::nos dctaU1ad::uncntc.

      Pensamento d e grupo 1\lgu1na ,·nalizan1 qualquer resistência as suas p1·cn1is~,s. Não in1porta quão íor1cs s~jan1 as evidências que conu·adigam suas prc1nissas básicas, t!lcs continua1n reforçando-as ele 1n;:u1t:lra consu1ntc.

      2. Os ,nen1bros exc1'Ccrn pl"Cssôcs diretas sobl"e aqueles q ue n10,11c11la11can1e111c expl'ess,·un dllviclas a 1\"speito de qualquer vis.ão co,npartilhada pelo grupo Oll sobre <1uen1 questiona a validade dos ar&" n11entos c1ue apoian1 a ahernativa Í.'\VOl'i1a do grupo. 3. Os n1cn1hros c1uc lé1n dúvidas ou po ntos de ,·ista diícrcn1cs procura,n não se dcs· viar do que parece ser o consenso do grupo, seja calando-se sobre suas apl"Ccnsõc-s, seja 1nini1nizando paro si ,ncs,nos a i1nporu'ineia de su::-is. d\lvida.s.

      +.

      Há tu11a ilusiio de una.niinicL.'lclc. Se algué1n pc-rn1anecc calado, presu,ne-se que eslC:_ia ele pleno acordo. En1oua'a.S palavr.t\ a abstenção é considerada un1voto 111,'01.Í\'t:I.;º

      O p<.·nsínncnto de grupo parece estar inti1na1n<:ntc ligado às conclusões do cxpcri111c~nlo de 1\sch co,n o d i~idc11tc solicário. 1\s pessoas que- tê1n u,n posit ion;.. ,1,c-010 difc1't!nle daquele da 111aio1·ia don1inan1c $àO p ..cssio11aclas a supri1nir, esronclcr ou 111oclificar seus verdadeiros scnri111cntos e convicções. Conto 111c111bros d(: tun gru1)()1 achan1os n,ais agradável cs1ar c1n concordância - ser unia parte positiva do grupo - do que ser unia fo rç.a de ru ptura n1cs1no q ue C.'ita seja ncccssátia para 1nclhorar a eficácia elas decisões. O pcn.san1cnto de grupo alaca todos os grupos? Não. Ele parece ocorrer con1 n1ais fi·cqui.-ncia q uando ex.is.te tuna clara idcntid,,clc de grupo, quando os 111cn1b1os tê1n um~\ in1agcu1 positiva do gru1>0 que prctc.ndc:11"1 p rot<'gcr e quando cst(' percebe lll)ta an1(.~:t('a cole1iva pa~ s11a i1nagc1n posiliva.H 1\ssi11'l, o pcosa,ncnto ele grupo 11âo é u,n 1nccanis,110 de s:uprcssão ele dissidências.. 111a$ 111na f01'1na d e o grupo proteger stta in1agc1n posi1i,ia. Por cxc1nplo, p.'l1'a a i\a."ª• os pmblcn1as 11Clari\'os a pcnsan1cn10 de grupo rcsuhavan1 da 1cntativa de confinn ar sua identidade con10 unna 'organização de elite que nuncil pode estar errada'.;·: O que os gestores poclcrn làzcr 1,ara 111iniiniznr o pcnsan1cnlo ele grupo?' 1 U1na coisa é moniLorar o ta1nanho cio grupo. t\ s pt-ssoas f·i can1 n1ais intÍlnidada.s e hesitantes c1uanclo o grupo aun,cnta. Ern bora não haja unt 11l1n1cro 111ágico capaz d<' clin1inar esse tipo de pcnsan1ento. os n1c111bros se scnte1n ,ne,1os rcsponSti\'cis pcssoalrncntc quando o grupo é for1

      C.apituk>9

      Fundamentos do comportamento e m grupo

      283

      1n.1clo por 1nais de dez pessoas. O s gestores ta1nbénl dc\·c111 cncor;,.úar os lícll'rcs dos grupos a assu1nir urn papel i111parciaJ. Eles dcvc1n procurar a conlribui~·ào ele lodos os 1ncmbros e evit;;lr a ,nauiícstaçfto das próp1ias opiuiõc~, cspec::iahncnte nos p rimcil'oS e.:ilágios de 1.11t1a dclihel'açào. O utra coisa a ser fc•il!;\ t~ indicar 11111 1nc1nbro do grupo pata Ít'lZcr o p;1pcl de advogado cio diabo. Es..~c 1nc1nhro 1cr;l a função ele eles.afiar ah<:rta1ncn1c a posição da n1aioria e oferecer p<:rspcc1ivas di\'crgc111cs. Outra sugestão é utilizar exercícios que cslin1ulc111 a di.scuss;io ati\·a de alternativas cliícrcntcs scn1 an1caçar o grupo e scn1 cstirnular a proteção de sua identidade. U111 dl'ss<:s exercícios sc1ia lcv.tr os n1cn1b ro.s do grupo a discuth· os perigos e riscos rcprc.s<:ntados po1· un1a decisão e a postergar a cliscus~lo de séu.s ga.nhos JX>tcnciais, de 1nodo que pri1r1ciro eles fillcn1 sobre o.s perigos e riscos increntes i1s decisões. ;\ o pedir às pessoas que p,i,neiro se conccotrcrn 11os aspectos negativos ele unn\ dcei~io. o grupo 1(·rá n1cno1· p1'0bahilidadc cfc tvitar 1>0ntos d<- ,ista dissidentes e 1naior prohabilicladc de conscguil' chegar a un1a avaliaç.-;o 1nais objetiva.

      Mudança de posição do grupo ou polarização do g rupo H,\ diferenças entre a; dccisôcs do g rupo e as decisões incUviduais de scus. nlc111bros.1 1 Eo, alguns casos, as decisões dos grupos são 1nais conscr\'adoras. Ko <-ntanto, na 1naioria da~ vezes, essas clccis.õcs 1cn· dcn1 a urn risco n1aior_;; O que parece acontecer aqu l é que o debate conduz a un1 cxlrc1nis1no elas posições prcvhuncntc adotadas pelos 1nc1nbros do grupo. Os consc1, ·adorcs lornan1·sc ainda 1nais caulclosos e os tipos n1ais assertivos te11dc11, a correr 111ais riscos. E,n outras pala,Tas, .t discuss.:io do grupo tende a cxacerbo i.Stf1l.a1n OS Jll('ln· bros"> individualn1cn1e1 da rcsponsahilidad,· 1>cla escolha final, porlanto) podc~sc :-issu1nir unl risco n1aio1: 1àrnbém é prov;lvcl c1uc as pessoas assu111a111 posturas extrcn1adas porque q ucrtnl dcn1011strar quão dilCrcntes sào de quc1n está de fora. n 1\quelcs qur se cncon1ra1n às ,nal'gcns de n1ovi,11entos sociais <' r>0líticos: ass1.11ncrn posições t.t1 da vez rn~is cx1rc::nl;\$ sin1plcsn1<-ntc para [)l'O\'ar que estão d e làto COlllJ>t'OlllCtidos con1 a causa. Co1no podc1nos usar c.ssas descobertas? Rcconhcccnclo que as d ecisões c1n grupo tcn· d<:1n a cxtre,nar as posições originais de :.eus n1crnbros, q ue a 1nudança coslun1a ser cn1 d ireção a 1>0s111l'as n1ais al'ri~cadas e (jll<' a d i1·eçfio d a n1udança, pal'a a cau\cla ou o risco, vai d epender das inclinações pessoais. antes d a discussão. \ la1nos agora apresentar algttn1as técnicas por n1cio das quais os grupos to1nan1 as de· cisões. Elas •'t"
      Técnicas de tomada de decisões em grupo Grupos de interação Grupos tipices nos quais os mémbros intéragém on1re si, faco a face.

      8rainstorming P1oc:esso dê géraçào de ideias que estimula as

      pessoas a expressarem toda e qualquer

      alternativa ao mesmo tempo em que impede aítias a elas.

      J

      A for1na n1als connun de to111acla de <;nsan1ento de gn.ipo, os gn1pos de inte ração g<·raln1cn1<: r.-..ze111 111na ~u1toccnsura e p rcssiona1n seus 1ncn1bros à confornlidadc de o pinião. 'lCn1-sc p roposto o brai11sfor,,,i11g, a técnica d e gru1>0 noaninal e as rcuniÕL'S eletrônicas co1no íor1nas ele reduzir os problcn1as incrcrncs aos trt,dic:ionais grupos de interação. O brai,istor1>1ing pode superar as pressões para a confo rn1idadc que dificuha1n o deseu"oh~1nen10 de aJtcrnali\·as c•iativas11:1 ao csti,nular loda e qualquer ahernati"a ao 1ncs,no 1e1n1)0 c1n que irnpcdc críticas a cl..,s. l~nt urna típica sessão de brai1t.st1Jr1ui11g1 cn11·c seis e 12 p<:ssoas, aproxirnada,ncntc, scn· ta1n·sc a u111a n1cs.1. O líder coloca o prohlcn1a de 111ancira clara para q ue 1oclos os partici·

      284

      Compo11amento organiia~ional

      pantes po.ssa1n con1p1-cendê·lo, Os participantes, cnlào1 co1ncç~-un a gerar o rnaior núrncro possh·cl de ahcrnativas, dentro ele tun lin1ite ele te1npo. i\'iio t pcr1niLida nc11hu1na critica ~ ideias e todas elas são 1\:giStro :\das paro postcr~or
      Técnica de grupo nominal Mãtodo d@ tom:ida do deci$ôes em grupo no qual os membros se teúnem pata escolher uma solução de maneira sistemática, porém 11\dé~ndéttté.

      _J

      1. As 1:x.-sso.tS se reúucn, co1110 cm u1n b'1'-1JX>: 111;:ts, antes de inici;:u· a discuss.:101 cada 1nc1n· bn:, <:oloca, por csc1ito, suas ideias sobre o p1obltn1a;

      2. l)cpois O. Ncnluuna cliscuss.:1o é pc1111ilida au': c111t tocla.$ as idt~ia$ 1cnha111 sido aprcsc111ada.~ e rcgis.. undas. 3. O gn.lpô discute as ideias para cscl..u-ccl....las e as avalia.

      4. C'lcla pa11icipantc, en, silêncio e scpal'ad:uncn1c dos de111ais, C'lz un1a cla5Sificação das ideias apresentada~ A ideia que fOr n1ais bcn, classificada detcrn1ina a dccisllO final.

      Reunião eletrõnica Reunião na qual os participantes

      interagem por me,o de computadores, pefmitindo o anonimato dos comentãrios e da votação de cada um.

      I

      i\ principal ,,nntagcnl: da técnic~ de grupo no111inal ê q ue ela pcr1nit<: que o g rupo se ,·cúna for1naln)C11tc. ,nas scnl: restringir o pen.sarnento independente, coino Ot.-orrc con1 o grupo ele intcl"açf10. t\s pesquisas ,nostra,n que os grupos rlOrllinais c,n geral supera,11 c,n desen1penho os de t,raiü.stonni,'lg.32 l\ ,nais 1-eccnle abordage1n da 1on1ada de decisões e1n grupo ,ncscla a Lécnica ele gn1i:>0 no,n inal con1 ,una sofisticada tecnologia dr in(()r1na1izaçào.u." Ela é cha1nad a u;cnica de grupo apoiada por con1putado1; ou reunião eletrônica. ' ICnclo a 1ccnologia disponível, o conceito é 111uito sin1plcs. i\té 50 pessoas se scnuun a u1na 1ncsa cm forrna d e fe rradura, cada lnna co,n urn tcrn1inal de computador à fi'cntc. J\s questões são apresentadas e os p::irticipantcs d igita,n a rcspos1a em seu terminal. O.s co,nc,,ulrios individuais e anôni,nos, bc,11 co11lo os votos de cada uo1. siLO aptcscntados c111 urna tela de pr-ojc(;.\o colocada na sala. 17.ssa técnica per1ni1c que as 1>cssoas sejan, absoh11a1ncnte honestas. se1n 111edo de 1-epre:s.'ilias. f.: Lan1bé1n 1nui10 rápid11., já que elin1ina as conversas paralela..5, po is não há d igressão e todo" pode111 'falar' -si111,1hancan1t~1ue srn1 atrapalhar uns ao outros. t\ s ,nais recentes evidências, entrcuuno, inclican1 qut~ as reuniões eletrônicas não IJ-azc1n a n1aior parte dos bcncficios a que se propõc1n. Elas, ,u, verdade, reduzen, a cficAcia do gru1>01 cxigc,n n,ais tcn11>0 par.~ a rca.li1.ação das tarc::fas e ,li111i11ue1n ~· satisf.:"tçào cios n1crnbros do grupo cn1 con,paraçi10 con1 os grupos fole<: ( t face.11• l)c qualquer 1n::u1cira 1o atual en1usiasnlo pelas co,nunicaçõcs elc11-ôoica.s sugere que essa tecnologia veio para ficar e deve cn!scer airlda 1nais e1n populal'idade no funn'O. Cacla tuna rl('S e fracos. t\ escolha da n1ais adequada ,ini depender dos c1ité1ios escolhid os e de un1a análise de custo· be neficio, Co1no rnostra o Quadro 9.21 o grupo de interação é aprop1iaclo para conseguir o co1npro1ncLin1cnto co,11 u,na solução, o brain.ston11i11g clcs<:nvolve a coes.lo do grupo, a técnica de gr"l.lpô no1nir1,ll é tuna for,na cconô1r1ica de gc,~r n1\1iülS id<"ias e HS reuniões clcu·ô11icas 1nini1níia,11 .:, ptc~sfto soc:ial e os conflitoii.

      C.apituk>9

      Fundamentos do comportamento em grupo

      285

      Avaliação da eficácia dos g rupos Tipo de grupo Critério de efieâcia

      Interação

      Brainstorming

      Nominal

      Eletrônico

      Número e qualidade de ideias

      Baixo

      Moderado

      Alto

      Alto

      Pressão soe-ia!

      Alta

      Baixa

      Moderada

      Baixa

      Custo

      Baixo

      Baixo

      Baixo

      Alto

      Velocidade

      Moderada

      Moderada

      Moderada

      Mochuada

      Orientação para a tarefa

      Baixa

      Alta

      Alta

      Alta

      Potencial de conflitos interpessoais

      Alto

      Baixo

      Moderado

      Baixo

      Comprometimento com a solução

      Alto

      Não se aplica

      Moderado

      Moderado

      Desenvolvimento da coesão do grupo

      Alto

      Alto

      Moderado

      Baixo

      Ü mplicações globais 1\ n1aior parte das 1>csqui.sa$ sobre gn1pos foi co11duiida 1H\ ,\ n1érica do Norte, ,nas essa siluação está rnudando 1nui10 rápido. Há u·ês ál'eas de pcsq\1isa de g,·upos t nl qut~ as questões intcrcuhurais s.'lo particular1ncntc in1pol'tantcs.

      Status e cultura ,\.s dilêt'ençtts culturais aícta,n o itatus? 1\ resposta é s i,n.11~ A i1npor1ância do stalu.s varia entre as culturas. Os franceses são cxt1"Cn1a1n enlc prco· cupaclos com o status. Na ;\n1érict1 Lati.na e na 1\ sia, e le cosluma cslar relacionado ao non1c d(• fi11nilic1 ou à rx.1sÍÇi10 for1nal dienll'O de un1;.1 organi;i-_..açào. :,.,io Brasil. obst1, ·a·sc que o gl'andc 1narcador ele .uatu1 é: o dinl1ci1'ú, sendo a classe soci,,I de cada unl definida pela rt~spectiva riqueza, ao passo que, noj apào, esse clc:111c1110 é a. honra (ligada, csscnciahnen1c, à á.sce11dC11cia dos indivíduos}.00 J;-i r1os Estados Unidos e na ,\ustrá l.ia, o .status COSlu1na estar vinculado 1nais i1s conquistas pessoais do que aos 1hulos ou à gcnealogia.31

      1:: i1npor1an1c ron1prcendcr q ucrn e· o qu<; dc1é111 j/ntus ao interagir conl culturas difc· rentes d a sua. Un1 executivo brastilciro que não sabe que o n1ontantc de sua 1iqucza ni"to é 1una 1ncdida de i1nportli11Cfrl para unl executivo japonCs. ou que os b1itãnicos dão ,nuito valor à gcnealo.&,ria e à classe social, provaveln1cnlc vai acab:-1r o f('ndendo seus colegas CS· rrangciros e, <:111 con.scqui:ncia. perderá sua eficácia n o r<:lacionan1c1110 inlcrpcssoal. Folga social 1\ folga social apar·cnta ter ,un viés ocidenlal. I~ conclizcrue co,n cuhuras in· d i,·idualis1as, conto a dos J•:s1ados ·unidos e do Canadá, que são don1inad:1s pelos interesses pessoais. l~stuclos qu,· co1npan.tn1 trabalh:lclorc.~ nortc-an1ciicanos co1n os chint'SCS e israclc11~ (an1l)()s de soricxl:.1dcs colc1ivis1.:1s} 111oslrarn111 <1uc t.:11110 os chineses coino isr.:1clc11.se,:; 1\ào aprescn1avan1 i11clinaçào pal'~t 1al co1npo1,a1ncn10. Na vtrdad<\ eles 1ên1 clt.-scrnpenho n1clhor cn1 gi1.1po cio que u-ahaJh:anclo sozinhos.Já o brasileiro, tão conhecido por sua si1npati:l e hospitalidade co1n os dc1nais, foi considerado individuali..sta no trabalho,f,3 fato que pcxlc sugeri,; à sc,nclha,1ça dN F.stado,:; Unidos<; Canad,í, urna tcnclCnci::l para a folga wcial. Diversidade do grupo (:.ada vci rnais l'Stào sendo fCitas JX'Squisas sobre co1110 a di,·cr~ sidadc iuflucncü, o clcse1np<:nho do grupo. .i\.l&,'1.1n1as del(is obstrvan,, a diversidade cultural e outras considera1n a div('rsidade c111 outras carac1cd~1icas (co,no l'aça e sc:-
      a pesquisa tem idcmificaclo 1a1110 os custos qua1110 os beneficias da clivcrsiclaclc cio gnipo, ;.\ diversidade parece a u111cnt;:1r os conílilos 110 grupo. cspcciahncntc nas plÍ1nciras Í..'\!ics de s1..1c\ c:onstituiçf10~ o que resulta cn1 baixo 1noral do grupo e na saída de seus n1c,nb1"0!>. Uni

      286

      Compo11.amento organiia~ional

      estudo incluindo g rupos que tinh:un ou raça. na verdade, clá a indicação ao gl'upo de que pode ha\lcr diferenças de- opinião.,. E1nhora essa\ difêrcnças po~un levar ao conflito, elas ta111bé1n o fcrcccn1 u1na oportunidade de rcsoh'Cr problc,nas de n1anciras ino\·acloras. Un1 estudo de co1n1>0rlan1cn10 de un1 júri clescobtiu que os mais diversificados pare· ciarn deliberar por rnais ll'mpo! coi:npartilhar 111c1is inforn1•1çõcs e con1ctcr rncnos erros co1u.:rc1os ao discutir evidências. Dois outros estudos de grupos de .alunos de: u1n ~IJ3;.\ dcscobtiran1 <1uc a clivcrsich,dc de nível su1x:rficial levou a 1,11na abcr1urn ,n~üor 1ncs,no quando não ha\ia nenhunla d i\'crsidadc no nível profundo. Ncss.c-s <·as.os, a cliv,·1'Sidaclc de nÍ\·cl superficial ele un1 grupo pode indicar subconscicn1cn1e1ne aos 111c111bros do gi11po que sej:,111 n1ais aber1os a 110\1.tS idcias.1"' E1n re-sunlo, o iinpacto da diversidade cultural sobre os grupos ten1 produzido c\·i~ dências nUstas. É cliJicil ficar cn1 u111 grupo Cnho do g1,1po não parcccfn sc::1· csptcialn1en1c fortes. E co,no un1 pcsqtaisador especificou: 'í\ jus1ificativa c1nprcsa1ial c.111 làvor da diversidade {c111 n1até1ia de l'csuhados financeiros dcnlonstr:ivcis}é d ificil de ser 111anlicla se fOr baseada nas pcsquis..'ls até cntào existentes" : 11

      fflesumo e implicações para os gestores Desempenho Entre os rnais destacados f.·uorcs cs1ruturais elo grupo relacionados ao desempenho, c nconlrarnos a percepção do papel> as norntas, as diferenças d e status= o ta~ 1nan.ho do g11.1po e a coesão. E;,.:istc tuna rel.içã.o positi\·a cnt,·e "' percepção do papel e a a\·alinçào de d<:$cmpenho do funcion terá 5.eu dcsc,npcnho j ulgado. Se a p<:l'Ct:'pçào que o íu11cioná1io cern ele seu trahalho rorl'(:sponde às expec1a1ivas que o chefe H' ln de sru paprl, ele terá unta boa avaliação de dcscn1pcnho. ;-\ s norn1as controlan1 o con1po:rt::unc1110, cstahclcccndo padrões do <1uc é- cerlo e cr· r.tdo. A~ 11orn1as de dctcnninado grupo podcn1 ~'ijuclar a explicar o co111portan1cnto de seus 1ne1nbros. Q.!.1anclo c.ssas nonn•,s valoriz~un resultados de nível elevado. os cx<:cuth·os po· dc11l esperar dese,npcnhos individuais bcrn n1clhorcs do que quando ela~ visarn rcsuingir os rcsuhados. f\ s nor,nas <1oe ~\1Stc111a1n co1nporta111c1uos a11lis.sociais au,11c11Htn\ a probabilidade de que os funcionários se en:vol\'an1 c,n desvios de co1npor1a1nento. A~ i1\justiças conl relação ao stalus gera1n frustrações e poden1 inHuenciar ncga1jvan1cnlc a produtividade e a d isposição do funcionário c1n se nlantcr na organização. J\ incongruCncia pode levar a t1111a redução ela n101j\·açào e a tuna busca po r un1a 111ancira

      de reestabelecer :1 justiçn (p-01· exemplo, procurando ouu·
      C.apituk>9

      Fundamentos do
      287

      1nenor sfafus lc ndcn1 a participar menos de discussões nos grupos, aqueles grupos co111 difcn: nça.s n1uito grandes clt· stalus pod('n1 inibir a participaçào de alguns e reduzir seu dcSCl'flj)Clllto. O i,np,-.c10 cio tarnanhc) do grupo c1n seu dcscrn1x:nho depende ela 1arcí.,. Oi. grupos rnaiorcs $âO 1nais eficazes para tan::f.-.s ele Jcv;1n1a1ncnlo ele inforn1açôcs. Os tncno1"Cs1 pa!'a larcn,s de i1nplcrncntaç.à o de ações. Nosso conhcci1ncn10 sobre a (Olga socia l sugere que, q uando s..~o utilizados grupos grandes, clc,·c~sc procura r cs1abclcccr 1ncdidas para o clesc1npc11ho individual dcnt11> deles. Po r úJti1no. a cocs;io tan1bCn1 pódc ou não influenciar o nível de produtividade do grupo. dcpc11dc11do de suas 11orn1as con1 relação ao dcsc1n1:>enl10.

      Satisfação J\ aha congruência entre o chclC e o funcionário co,n rc)açào ft 1xrccpçào do u,,balho d t.-sle úhin10 está significativ;uncntc ligada à satisfl\ção do funcionário.''' O s confli~ tos de papéis C'Stão associados a 1c11sô<:s no trabalho e ~l in&"ltisfi\çào.'11 ,\ ,naioria das pcs..soas prcfer<: se con1unicar co,n outras c,n seu ,ncs,no nlv1.:I de status ou cn1 njvel n1,1is elC'vado.'.., Con:sequen1cn1enl<:, podcn1os ("Spcrnr u111a s.-.-.ti~façào n1aior cnlrc os funcionários cujas funções 1n i11in1i1.a1n a necessidade de inic1·açào con1 indivíduos de status inferior ao deles. 1\ rcla<;·;io e ntre ~ttisfi1ç:io e tan1a nho do g rupo é o ~ 1t intuitivan1cntc se cs.pcra: c1uanto 1naior o grupo, n1cnor a s.atisf:v;ào de :;cus n1en1bros.'~ r\ 111cclicla que o ta111anho do grupo a umenta= cli.rninu<.·111 as oportunidtu.1cs ele p;1rticipaç•io e intcraçào social, assl1n corno a habilidade de seus 111cn1bros se idcnt ificar<..·1n corn as r<.·aliz~u;,:ões do grupo. 1\ 0 1ncsrno l<:n1po, u1n n(uucro nH1ior de nJc1nbros t a,nbérn favo rece 1'11'1açilo de s1.1bg1·u1>0s, e tudo isso o lo1·na lllll ti e111idadc pouco ,:tgi'adávcl de se fazer parte.

      288

      Compo11.amento organiia~ional

      Ponto

      Contraponto

      '

      Todo trabalho deveria ser planejado para funcionar em grupo

      O

      s g~pos, e não os indivíduos, são a matéria~;pri·

      ma ideal para a construção de uma organização. Existem pelo menos seis motivos para que o trabalho seja planejado em função dos grupos. Primeiro, em geral, os grupos tomam melhores decisões do que a média dos indivíduos. Segundo, com o crescimento da tecnologia, a sociedade está se tornando mais interconectada. Veja o crescimento de ,edes sociais da Internet como o Twitter, o Orkut, o Facebook e o linkedln. As pessoas estão conectadas de qualquer maneira, então por que não planejar o trabalho da mesma forma? Terceiro, os grupos pequenos são bons para as pessoas. Eles podem satisfazer suas necessidades sociais e oferecer apoio para os funcionários em tempos de estresse ou em meio a uma crise. As evidências indicam

      que o apoio social - tanto quando é oferecido como quando é recebido - faz as pessoas felizes e até permite que elas vivam mais.

      Quarto, os grupos são ferramentas muito eficazes para a implementação de decisões. Eles conquistam o comprometimento de seus membros, de maneira que as decisões são acatadas e levadas a cabo com mais sucesso. Quinto, os grupos conseguem controlar e disciplinar seus membros por meios que são extremamente difíceis para os sistemas disciplinares oficiais e impessoais. As normas do grupo são mecanismos de controle poderosos. Sexto, os grupos são uma forma de as grandes organizações se preservarem de muitos dos efeitos negativos de seu tamanho expandido. Os grupos evitam que os canais de comunicação se alonguem demais, que a hierarquia cresça demasiadamente e que as pessoas se sintam perdidas em uma multidão. O rápido crescimento das organizações baseadas em grupos na última década sugere que já podemos estar a caminho do dia em que todo o trabalho será planejado para execução em grupo.

      ações capitalistas, como Estados Unidos, Ca· nadá, Austrália e Inglaterra, valorizam o indivíduo. O planejamento do trabalho em função de grupos não condiz com os valores econômicos desses países. Além do mais, como o capitalismo e o espírito empreendedor espalharam-se pelo mundo, tendo-se estabelecido na maioria das regiões do planeta, como no leste Europeu, na Ásia e em outras sociedades mais

      N

      coletivistas, como a brasileira, a tendência em todos os

      mercados de trabalho é que a ênfase fique menos nos grupos e mais nos indivíduos. Os valores sociais, culturais e econômicos moldam as atitudes e o comportamento das pessoas. Diante disso, nas sociedades capitalistas modernas, as conquistas individuais e a competição são valorizadas pelas crenças da própria população. Além da noção de disputa e da busca pela maximização dos resultados individuais, os valores capitalistas fortalecem a necessidade de víncular os esforços das pessoas aos próprios resultados, independentemente das ações de outros membros de um grupo. Além disso, os valores capitalistas incentivam as pessoas a fazer parte de um grupo em que possam manter uma forte identidade individual, impedindo a sublimação da própria identidade em função da identidade do grupo. Além de fugir dos valores dominantes das sociedades modernas, organizar os trabalhos em grupos tam· bém traz uma série de problemas, incluindo o excesso de conflitos, o pensamento de grupo, a acomodação de alguns membros, a folga social e os desvios de comportamento. Ademais, as pessoas poderiam sentir-se frustradas em situações de trabalho em que sua contribuição seja misturada e homogeneizada com as de outros membros do grupo. De uma maneira geral, os indivíduos preferem ser contratados, avaliados e recompensados por suas reali· zações pessoais. Não estão dispostos a aceitar decisões coletivas sobre questões como suas atribuições de trabalho ou aumentos de salário e nem se sentem bem em um sistema em que a única base de promoção ou de rescisão é o desempenho do grupo ao qual pertencem. Embora as equipes de trabalho tenham crescido em popularidade como forma de os empresários organiza· rem pessoas e tarefas, pode-se espe<ar resistência aos esforços de tratar indivíduos apenas como membros de um grupo.

      C.apituk>9

      Fundamentos do
      289

      Questões para revisão 1. l)cfinc\gr11po. Quai:s são c,s dilCrcntcs tipo:; dr g 11.11JQs?

      2. Quais sf10 os: c-inro c·s1.í&'loi. clc dc·sc·n,'<1lvi,nc1110 de uo, gn.11>0?

      3. 4.

      J\ :; exigC::ncia.,; do papel

      ntud,lln 11::t.J; dilêrcntcs :;i1uaçc>cs?

      do grupo e o .stol1Li inOucnci:un co1nporta1nc1110 individual cios n1t.•1nbros?

      Conu.> ;15 11on1u,:;

      110

      5. Cún1ô o 1an1t111ho d() grupo ;,lê t:1 seu desc1npe11ho? 6. Qu~ii.s i-ào 3$ vc1ntagc11s e a:- li1ni1.1çôcs d,, c<>C:Sào 11os gn1pos?

      Sobrevivência no mundo selvage m \ locê frlz parle ele u1n grt1po ele pessoas que fazcn1 trilhas. Após alcançar o aca1npa1n en10 de base no pri1nciro dia, \'O<'i: decide r..-.ze:r ,una ,'ápida 1.tilha no í>Ôl' do sol po r COnHt pn',pria. Dt~pois ele al1,,"l111$ quilôn'tCtros revigorantes, você dcridc voh;,r ~u, t1c:1n11x11nento. Na ,·oha, ,roe(· percebe que cst:'t pc rcljdo. \ 'ocê grita por socorro) scn1 êxito. Està escuro agora e ficando frio.

      Sua tarefa Sc1n se conn1nicar co1n ningué1n ,nais do gn1po, leia os ro1eitos e c·s<"olha e, 01c!lhor. ~,Jan1enha u,n 1-egistl'O de i,uas rcsposlas c1ll tun pedaço ele J><tpcl. \ 'oré tc:111 cinco ini,uuos para responder a sris questões. 1. t\ prin,cira coisa que \'Ocê dt:cidc ~l'l..Cr (: acende,· luna tOgucir.t. No cnc;lnto. ,·oC'ê não 1cn1 lõsforos~ 1.: ntào usa o 111é1odo ele 'fogo por alrito>. O que é c.:ssc n1élodo? a) Un1a \'.U"<:ta seca e.: 111olc (· esfregada entre.: :,s 111:ios cont.rn u1na tábua dt" n1adci,·a verde 1nacia. h) U,na vareta 1nole e \,e1-dc é Cí-frcgada entre as 1nàos co,ut"a unHt 1ábua de.· 1n;".1clt!il'a dura. <") Urna \'an.•1a 1\!l :t de 11,:,dt·ira (: e.i;fr(:gada r:=tpida,nt'nu· 1>•.u11Jh:::111c e pr-lr., irás contn1 unia án'Orc n1orl::1. d) Duas ,·arct,,s (u1na é o arco e ;_1 otnr;.1 é a b1'0c;1) sào pressionadas para criar taLscas. 2. Ocorrc·-lhc que ,1)(:ê 1a1n l.>é1n pode usar o íogo co,no u1n sinal de socorro. Quando sinaliza co1n fogo, conto você

      tOnna o sinal de socorro internacional? a) dois fogos b) quatro fogos e un1 quadrado e) qu:uro fogos cn1 u1n:.1 cruz d) três tõ gos c1n un1a linha

      3. Você cs1,) con1 1nuita sede. \ ·á i a unl l'io próxi,no e pega

      um pouco de agua na pequena ~irara de meia! que 1cm

      7. ~,ais st10 os 1xunos fortes e l'r.u:os dos g rt1J)<):; {i·rn1,s incli\·icluos) 11;1 101n;1(l.1 de decisões cn1g rupo? 8. Quão eficaics são os g11.1pos de inH·1,1ç,101 b1ai11.stor111i,{t, gn1pos no1ninais e de reuniões e letrônicas?

      9. Qu::iis s,io :1s tvidê nci;,s do CÍ{"ilô das difcr(·nças cul~ turais no status do grupo e na (Olga social cios n1<:n1bros? Co1no a divcrsicladc afeta os grupos e a eficácia deles?

      cnt sua 1noc.hila. ~1.u110 tcntpo você levaria pal'a ftn·cr a ;ígua? a) quinze ,nintnos b) alguns SCb"l1t1clos e) un1a hora

      d) depende da altiluclc 4. :,.Jo próxi1no passo~ \'OCé decide construi!' ut1\ abl'igo pat"a

      a noite. Ao seleciona,· u1n local, o c1uc niio deve lcvat c1n considern~ào? a) ~I.Cn1 de conter n1atc1ial para fi,7,e r o tipo de abrigo de que necessita. b) ~IC1n d e ser livre de insetos. répteis e plantas \'Cllc· 1tO~'lS.

      e;)

      ·rc,n
      dei1ar <X:n~forta\'t;lrncntc. d) 'TC,n de ser e,11 un1a lll(>rttaoha p.1ra que f>OSS:tl si11~1lizar o resg:11e <' fica r (I{" olh<, a ~u:l \'úh:1. 5. i\ :o abrigo que construiu. ,·oc<: percebe un1a aranha. \ iocê ouviu dizer que as aranhas vill\'aS negras po\·oa1n a área. Co,no iclcntilicar 01na vil,va ucgr.,?

      a) Sua cabeça e alxlôn1r n são negros; seu lÓr,u.: é \'Crn1clho. b) 1 atraíd.t pela luz.

      e) foge ela luz. d) Jt un1a :u,.tnh:;l csc::or.a c(nn 1n:,n.·
      h) Conmuir uma 1io111e.

      290

      Compo11.amento organiia~ional

      d)

      "''"'ª

      t'ô<'J\o.1;a, ,is10 qur :lá!,,"'ª sc~l ,nais rns.a e ,'OCê cncontr::u i 11púiOp:1ra as 1nfíos e pl-s.

      a) Sua p
      E.nco,nrar 1111"1 tn·chn 1, l~\OO c)nde a :~gua :.e reparte

      e) :\ lédia cL1 po111uaçr,o indi\'idu:il e do gn.1po _ _ __

      e) ÉncX)n11-ar u1na

      cn1 ,-.trios canais.

      Atividade Oividan1-sc c1n grt1pos de cinco ou seis pessoas.. 1\ gora1 i1n:.l· gine que seu grupo inteiro esteja perdido. Responda a cada pcrgun1a con10 111n grupo. crnprcgando a aho1'Clagr1n do to11J.n1So p:,ra 1o ruar q\1:)lquc;r dccis.lo. Un'l;). vez 'lltC o grupo chegou a lUTI acordo, cscrev::, :, decisão na 1nc:sn1~1 t()lha de papel que u:;ou para :su:ls rcspos1as individua is. \ 'océ tcn1 aproxin1adan1cntc 15 ,ninutos.

      Pontuaçã o Seu instnuor lhe fornecerá as rcspo5tas corretas, ql1e são basc.•adas en, julga,ncntos de especialistas nes.~as situações. Un'l;) v~1. l"t!(;ebidas as rcspost.\s, calcule (1\ ) sua po,uu,,çáo indh~dual; (H) a po1uuaçf10 de seu grupo; (C) :·, rn(·di::1 d.i pontuação individual t'Onl a do grupo; (D) :l n,clhor pontua· çào individual cio grupo. A.note tudo e consulte o gn1po para assegura,· que cssc-s resultados cs1cja1n corrc,os.

      Lidando com folgados Pcrcchc·1nos que un1 dos problcn1as n1a.is ronn1ns crn gn1pos é a folga social, o CJUC significa que seus nlcn1bros co111ribuc1n tne.nos do que se estivesscn1 LJ-a.balhanclo sozinhos. Po. dc111os chan1:,r c.s.ses i11clivid11os dl~ •folgados' a<111clcs <111c contribuc·n1 11111ito 1nc.:11os do <1ue os outros do gn1J>ô. ~,luitos de nós já cxpcritncnta1n06 a IOlga social. ou ociosidade, cn1 grupos. ·1à1nbén1 podc:n1os até adanitir que nós rncs· ,nos jâ fizcn1os is.w. Discu1i1nos antctio1·1ncntc neste capí1ulo alglnnas ronnas de dcse11tc)rajar a •fvl.ga scx·ial', t.'Q1no lin1i1ar o tns;_-l· veis por suas contribuições e estabelecer as 1nctas do gntpo. 1-\ pcsar de essas tá.ricas po dcrcan ser eficazes. de acordo con1 nc)SSt1experiência, 1nuitos pt'$$oas sirnplcs.1nc:n1<: ·carrc1,ran1 os. ouu·o,.; no:. c>1nbro:.'. "Nó:. dcc'idin1os por corua prôpria er.1 1n:li.s fácil ii.s:-in1 .. , dii un1 n1embro do gn.1po. Considere as J>Crgunt:,s .t seguir p::ira lid:1r co111 os IOlg:t· dos c1n grupos. 1. Se- os 1ncn1bros do gr\lpô acab::un por f.1.zcr o crabalho no lugar dos folgados, você acha <1ue essa

      i11for1naçàü de\'etÍa ser <:Oll'luoicada ao pmfeS.$01' ou

      d) ~1lclhot pontua(ào individual do grupo-----

      Qu estões para discussã o 1. Conlo foi o dcsc1npcnho de: seu g11.1po (ll) cnl relação a vo(·c~?

      2. Co,no f()i o clcse1npcnho ele sc.~u gTupo f8) c·n\ 1'Claçào à 01édia de 1)()111uaçào i11di"idual 110 grupo (C)? 3. Coo,o roi o dcsc,npe,,ho de. seu .gl'upo {B) crn n!la(r10 à nlc.~lhor pon111:1<;l10 i,,dividual do gn.1po (O)? 4. Co,11parc seus rcsuhadc>s <:on1 <>s de oturo.:; grup05. ;\ J. gun,5 grupos Ü\'cr.un um n,elhor desempenho ele indi· vícluos que se dcs1acaran1 n1ais do que outros? 5. O que css<.·s resultados lhe dizcnt a respeito da cf-icicia do grupo na 1on1ada de decisões?

      6. O que os g11.1pos podc1n tàzcr para torn:-11· a to1nada de decisões ,nai~cfi('ai?

      superior, de 1nodo que a t':Ontribuiçào do indivíduo ao projeto seja julgada 111ais Justan1cncc? Nesse caso, o gn1po tc::111 un'la rcspoosahilidadc ética de con1u11ir:1r is:;o ;). seu 1ncrnhro? S(·n,ifl, o n1c..~111br<> <>Cioso n:iõ está i1~jus1:11ncntc tir~1ndo proveito d:-1s rt(·orn· pensas dt.: 'carona'? 2. \ iocê a<'ha que coníront:,ro 1nc1nbro ocioso do grupo pode ser justificado? Isso depende das habi· lidaclcs do folgado (se é capaz de f.1.zer uot u'ílbaJho de~hoa <111alid,1de)?

      3. 1\ folga soci;,I p;u-ccc ser ,naior c1n nações indi,·iduaHsta.s no Ocid(.'ntc do que crn outros paísc~. \ ,~cê acha que isso significa que dC\'CIÍa1nos tolerar n1ais a 1011::ir.. de un1 nortc-a1ncricano que a de un, ja.po11< que, nor1naln,c1Hc.\ preocupa-se 1nais coo1 o grupo? 0

      ~,

      4'. O 81-asil é uma uaçào capitaJi$ta, pc,rénl con1 for1<· espírito colc1h;s1a. 1\pc·.s.:1r disso, p;,recc , 111<;l folga social é algo típiro do con1porta1nt..•nto dos brasileiros. Por que você acha que isso acontece énl nosso pais?

      C.apituk>9

      Fundamentos do
      29 1

      Estudo de caso 1 "Se duas cabeças pensam melhor do que uma, quatro são ainda melhor?" ~laria Clara Dias, 24 1é analista de 1narkc:ting da Br.í.sColfc::c, unla p<x1ucn;:l 1•cdc de casa~ etc café do Norte do Br.:1:,;.il. R.ecen1<"r1u·1Hc1 urn tio rico de.• .\h1ri,l fill<..-tc:u e deixou para clt1 1 sua (luic.:i sob1;n1t~1. 100 1nil re::iis.. Xl~1ria Clara considera seu t11u:,I sal:\rio adequado para cobrir seu custo de \'ida, portan10 pretende investir o dinheiro de 1nodo que, quaodo co1np1·a1· L11na (asa, e.la poderá coouu· conl tuna hoa J>úupt111ç..i.

      U1n dos ,'17.i11hos
      ch::incc de ganhar 120 111il reais., n1as ta1nbên1 50 por cento de chanet: de perder 50 1nil reais. ~·laria Clara se considera uni~, pessoa bastantt· racional e objct..iva na n1::incira ele pensar. r-.:o cntantoi ela não está cc1•ta sohn~ qual úpçào de in,·'CSti1nc1no eS<:olher. Edson se 1·cc-u~a a :)judá.la, dizclldo qu<~ela já ~ lirnitoo ha!;t:'uHC ;,o 1>cdir apcn,~s dua$ tthcrnati\'as. EnquanlO dirigk11nu,, a ('asa ele seus pais, onde passaria o final de scn1ana, ~lc,ria Cl:ut1 ficou pensando sobre as duas possibilidades. ,\o chegar lá. ela cha1uou os pais e o ir,nào à ,ncsa e pediu que eles dcsscnl :-iua opiniiio. " \.•(X;Cs c..."011ltc<:<'1n o vt:-lho di1~1do: du;ts çabcç,;1s pcns;,un 111clhor do que 0111;1'' , diz. ela, "então c1uaU'O serão ainda n1cl.hor...

      Questões 1. ~·laria Cl.)ra rcz utna hoa opção s.ohrc a ,nauci1·a pela (1ual ir:'t se decidir?

      2. Qual inves1ilncn10 você escolheria? Porquê? 3 . Qual in,·cstin1c1no você acha c1uc a rnaioria das pessoas escolheria? 4. Co111 basr no que \'OCê aprendeu sobre n1udanç:i de po·

      siçào do gii.1po, qual in,·csti1ncauo você acha que a frtn1ília de ~Jaria Cla1'á \'ai <'St'olhcl'?

      Estudo de caso 2 Entrosamento dourado 1\pcsar de o íutcbol ser considcr.\do a paixão naciona,I, o 8 1-asil 1a,nbé1n f>OS.\11l uo1a looga histól"Ía de a1l10,·co111 outr'C• csponc: o \'Olcibol. L)esdc a n11.'0alha .. de pr.iHt nas O li1nph1das de Los Angeles. ern l 98•l. a seleção 111asculina ele vô~ lei ,o,·nou-sc 1un dos sí,nholos espol'ti\'OS do pais ao 1-edot do 1n11n(lo. 1\pós a 'gcr;ição de prat:i'. <JUC C'onqoistou hon:;. resultados na década de 1980, surgiu. no início da dé<"ada de 1990, a ·gctaç~to de ouro', vencedora das Oli,npíadas de Uarcclona c111 1992 e d;) Lig., .\ ·Lunclial cn, 1993. Dc1>0is desses bons resultados, porénl. a seleção nlasculina de \'Olci· boi fitou u1n longo ftt~riodo sc:n\ g;:Jnhar titulos irnpor1antt~s. 1\ pós can1p::&nhrts ruin:;. nas oli111pí..1das d<' t\tl;,)nt.t· l 996 e Sidney·2000, a (;onfCclcrcu;ào Brasileira de \!oJcibol (CUV) c1UCl\dcu que c,•J'à o 1nonlC1HO de fazc·r tuna 1'Cro1'1nula(',io radical no li1nc. t\o final do ano 2000, o técnico Bcrnardinho, que ha\'ia rc.i10 u111 cxcc·lentc tnlhalho na ~ele~ão fe111i11i11a durante a déca,da de 1990. ctsstnniu o co1nando da ec1uipc nn1.sculina

      e conduziu unH, dr.ística nn1d.anç.1. Un1 novo gru1>0 co~ nH;çou :1 s:c:r fot1n,ldO, n1c;i1<;la11clo a cxpc1iência de algun~ aLlclas. co1110 o ::itacanlc Giba é o lcv;l1Haclor ~1aurício 1 e

      a db,posiç~c, de novos jogaelo1't'.S, con10 <> atacant(: Andn·: N:1sci,nc1110 e,.~ o líbcro Scrginho. O objetivo da 1'('CJ1trulurac;~10 e ra obter 01n:, boa c::oloca(ào nas Olimpiad,,s de ,\ te·· nas-2004. Co,n u1nfl n)li na de trcin11.1nc1nos duros (• t1n1 estilo ele liderança clilCrcnciado por pt1rt(' de Ucrnardü1ho, o grupo con1cçou a ganhar força e cntJ'osa111cnto. Paralcl~unc111c. fora111 surgindo líderes no tin1c. con10 o l<:\'anta· dor~ lauricio e o atacante Nalbcl'l, o que colaborou para a ,n;:iior coesão do$ a1)eu1$. Já cu, 2001, a nova fo n nação collseguiu n::suhados 1>0· :-iitivos, co,110 (> l>iC'tltnptX>Ot110 da 1.iga ~l11ndi~l 1 tit11IQ que a sclc{ào ,·oltaria a ganhar e,.•n1 di\'cn;.as otnras opol'tonicl.1dcs nos anos 2000. 1\lé1n da:; \·i1óiias 11;1 l .iw1, a equipe vcJtCC· 1·i~1 o ( :a,np<·on:uo ~lunclkll crn 2002 e 200li (o ton u:i<) é c:lisputado de qu;Hro cn1 quatro anos} e outras con1pctiçõcs. 1\ principal vitória, cnu·~tanto, ocorre1ia nas ü li111pí:,das ele Acenas. c111 que o Brasil sagrou·sc bica1npcào olí1npico. l)u~ ,·ante cs:w pctíodo, alguns jogadores for..1111 sendo incluídos 110 elenco, con10 o atacante t\nderson e o levantador' Bruni· nho, e ouri-os se aposcn1ar;-11n da S4.~lcç-ào, con10 roí o caso de i\ laurício, Nalbrn e o mdo de ,~,k Gu,ra\'O, Isso, porém, oào arc,ou o c11t1>osa1nc1no do tin1c, \'isto que u1na ha~ pl'inci1)al foi sc,nprc 1na111ida nos 1no1n<:111os de rcnovaçf10.

      292

      Compo11.amento organiia~ional

      Eo, 20081pon;,,1. ú B1'tuil e nfrentou <> ano 1nais diíiciJ cL'I 'El':;\ Bcnuut linho', C()n, a 1xrda da fin,.-,1 oli,npit a cu, Pcquirn e as deno tas na Llgn ~,l undi.11 -.·n, pleno R.io de J aneiro. 1-\Jgu1nas pessoas chcgara111 a pensar que a ·No\'a Era. de Ouro' pudesse estar chegando ao fi.111, crn f\lnção cL'I ítpoocntadoria de io11Xt1'tanu~ jogado,..::s.. :\ 1\'.:S)>O!lla lbi dacl.-"! crn quad,~ d 11~1n1c; a l....i1t<1 ~1u11diaJ de 2009: çorn t1n1a cqujpc rtn0\<1CL'l. co111 no111cs con10 Leandro \1issouo, U.1a1s e Éclcr, o U1~\Sil s.i,grou·sc octa<.-an1pcào, derrotando a Sé1,~a na casa do ad\'crsário. ~·(ais urna v<."1., a 1ncsana receita foi n1antida: j ogadores cxpcrit.•ntcs, corno (;iba e Sc•!'Wnho (qt1C" c·~111111 J\Q\na seh;ç;toen, 2001), rort'•kx:ertun o c.rurw-1111(.'1110 co111 a nova ~,cr:-t(:âo de ·gan:nos'. Graças ~l qu;-1lidadc técniti! e :l cxpcd ência dos jog,1dorcs, à lidcranç:, ele Bcrn~uxlinho, à 111anulençào de tun a base e à constaotc 1·e11ovação da equipe, a seleção h1-a~ifr:irn dos aoos 2000 consolidou-se co,nn o 1i,nc; ,oais vencc;<.lol' d;) histluia do volcihúl 111\111di::1I. C<>rn u1i1 c111t'C)lia1-nc1, 10 per1n~1ncn1c:. ô 1in1(' ~,tr.\\'CSSOU :1 décacl:1 acu1nulandc) vitórias:. O sucesso poderia cansar os j obradorc~ nuu os atletas 111ais novos ja111als pcr1ni1irian1 que isso acontecesse: eles 1a1nbén1 q uen-:111 ganhar os títulos conqui!.tados po1· seus antcc::es.~o-

      "Pcns<, que é apenas() f)rinH;.iro ano. ~: só o co1)\C<:o. &pero c1uc és.se sonho se prolongue até os.fogos Olírnpicos do Rio. cn1 20 16", disse Leandro \ iissotto, a pós a vi1ó1ia na ( :opa dos Can1pcõcs ele 2009. Pior pa ra os aelvcrs.'\1ios. 1"'C{;.

      1. •·No li,nilt 4''. Disponí\'tl c:111: <,\'\\'\\'.noti1nilt.gloho.<:(11n / Nol.i,uilc/Sobn~/0,,CE..~ 1286- J 7303.00.honl>. 1\ cC!-so t•1n: 14 sct. 2010. 2. 1.. R. Sayfcs, ''\\"ork G n, up Bc ha\~or :uul thc• l.a11,1Cr O rga11i1,..11ion''. ln(;. t\ r~:n::-burg<·t ai. (Orgs...), Rt.1((utl1 itt h 1,/11Jlria/ /(elolÍ!JJJJ, ~ O\'a York: l131·pcr & Ro\\~ 195 7. J>, 13 1~ 145. 3. 8. E. J-\shfor, e I~ ~l::lc.'I, ·'Social ld<.·n1i1y 'f'hcorr :-ind d1e Organii'-ation··. Aco.tlm!)l of ,\/a11agm11111 Rn,,;,ut 14, n. 1. 1989, p. 20-39: e ~l. A. 1-iogg e llJ. · r('rry. "SociaJ ldcruity ;u1d Sçlf.. Ç,11c·goriza1ion Pn;K'<':l.
      5.

      H ()g&rs l' ·n·rry. "Social ldenlity and Sclf-Cà1Cgúri·1.ation

      Processes in Organizacion:il Con11;.xL•i°';J. e.:. '1"11n1('rc1:,l. NtrliK~vri,1g Jhf .V>tial Gmu/1: .1 S,!fC,t1~gori~otio11 1flro,y. C~n1· bridgt·, ;\ lt\ : B~sil Bla.ck,,·cll, 1987.

      6. D. ~,J, (:abl<' e O. S. OcRuc. "'l'hc Con\"C~ttíl aucl Ois· <:ri1ni11r1111 \ falidity of Sultit<::ti,·l· l"it l'crec1)tions" ,Journ(lf

      ef Applitil f )f],hOIQf.1, 81, 11. ), 2002, p. 875-RR·l; E. G,·orgr e )~ C h:uu:,pndh~':1)', "Ô nc 1'00t in F:ach Cnn1p: 'f hc l)u,11 ldcn1ilic:uion or Coot1':'ll't \ \ 'orl:ti'S~·. 1ld»1it1istra1irr Stit11(t Qi,arl'1{!< 50. n. 1, 2005, p. 68-99; e O. M. Cablc cj. R. F.plcnic!n1al)' Fi1 : ;\ ' l"hcor\•tical a nd Ernpiril'al ln!Cb'T;11ion", Jo11r11a/ ef Applictl l ~rythol{,f.1, 89, n. 5, p . 822-8'{ . .f-.

      Questões: l. ldtntiíiqtu; uo caso lido as Í.\SCS de forma ção e tormenta no prOCl'SSo de renO\'açào da S('leçào rnascoliná dt~ \"Olcibol corn;,ndaclo J>Qr 1l('rnardinl10~ quando ele se

      tornou técnico ela cquipC'. 2 . Quando Bcrnard inho assun,iu a seleção n1:1sculina ele voleibol, no final do a no 2000, ele c ncon,rou unH, equipe ·aco1nodacla ', corn bons jogadores clcs1noti· \'ados e scn, confiança na c1ualidade do ti1llt . Co1no vocc• .:,ch:1 que clr conseguiu ~upe rar cs:ses p rohlc,nas? Con10 css..."l supcr.lçào cst::í rclacio11acla f1s tascs ele formação e tor menta do processo ele dcscnvolvin1cnto cio novo ~r upo?

      3. O que caracteriza a frtse ele nornl_ati.zação no processo ele dcscn\'oh~rncnlo ele u1n :t equipe csporth1a? Utili,:c o caw pa,-a d:.u· alguns cxc,n plc>!:. 4. 1\ rcnO\'tu;ào é fll11clan1cntal para n1~Ull<-'r unla (X(uipe no topo. \'isto c1uc a eu:rna pe rn1anêncla dos 1nen1b1'0S é inviável. C
      7.

      I~ E :\lcKar t D. R. A\'c1·v. " \Vhal Has Rac(' Gol 10 Do ,,•i1h h? Unr.'l\'1..'l.ing 1h(' Ro l(' o Í' R:;icioc1h11ici1y in j ob Sc,-i•kcrs' R<·áctions to Site \ 'isi1~". Jtffl>,11ul Ps_y,l,olog-,, 59, n. 2, 20061 p.

      395-429. 8. t\ . ;\Jchr:.,. ~I. OildulT e 0.J. Hr.:LS:-~ ·~\ t thc ~largin$: t\ l) i-.1inctÍ\'t'llCSS t\ ppma<.'h 10 1l1f So<:1:il lden1il)' :ind Social Xct\\"Orks of ündc rreprcscntcd Groups". :lt'adr.n!J IJj' .\lnnngr11,ettlJo,i1fltol. 4 1, n. 4 , 1998, p. .._l 1·452. 9. ~J. J).J ohnson, E P. ;\lorgeson, O. R. ll_ge:n, C .J. ;\lcycr e J . \\~J.loydt "':\l uhiptc Profcssional lcl<:ntitit•s: Exa,niniug l)ifff'rcn<'('$ in ldt.·111 ifi<;:uion J-\ cross \ \'orl:-Rel:1tc.."/ tfpp/i«f f )VYko/ogJ'. 91 . li. 2. 2006. J>· ·l98·506. IO. K. )lignonac, O. Hcrrh;u:h t S. Gucrrcro. '··riu~ l111ç1-ac..1iv<· EJTccts or Pcrtci\'t."
      11 . ~1. 1-f~g <' D. Abmnl~. ' '1(),\·a1Yk a Singlé.'·Proc™ Une·,.,,. 1:ain1y- Rcd11e1io n ~l« l•·I o r Soci:11 ~lo1i,-:.11ion in c;roups" . ln (\[, Hogg and D. 1\ bm,ns (O rgs,.), G1'0up ,t/otiiwtion: S«iol l ~Yl1el.ogiral l "irspt:(th•tJ. i\10\i:'I \ 'o rle Han'(.'.S1cr-\Vhc:11.She.,f1 1993, p. 173-1 90. 12. K. G. Corltr <" 1). A. Cioiai ''ld<:nl'i1y A.1nhiguil)' anel C hang(! in thc \\'akc of :, éorpor.·,lc Spin-off" Admi11isl1t11;,,( Scimt( Q!,1otterJ;1 ·~9. n. 2, 200+. 1>. l 73,2(m.

      13.j .. E ,i\. (('Úré\v=J · (;, Bilóllá 1 \J, ~l. l)t.'t.'i'lt':y, "Só!h\'.trc ")(·~uli Forn1:uion and l)cca)·: E.xtc·nding 1hc Sl~ndard l\ loch: l !Or $111.tlJ Cro111-r.;", S,,1all (iroup IY.sm.rth, 30, n. 2, 1999, 1>. 209-23·t

      C.apituk>9

      14-. O. \\'. 'lt.1cknKtn, "Ot"\'cloprntntal Sequcntt~~ in S,nall Groups'", l'~tlwlo&ital Bullttin.jun. 1965. p. 38,f-399: H. \\', ·rutknláll é ~I. c:.J en:;<:1\, "Slagd C)Í Srn:lll-Gn.'>up L)evtlú))· rnenl Rcvi~i1ed". C,011/11111d 0lg(111i;;,ntüntal Studia, d ez. 197 7, p. ·l 19·42i; ~l. F. ~·l:1plt>, ·'(:roup l) e\'Clop1nc1u: E."t<'nding T'u cknl:tn 's 1'hc<>1) •'º, ftlu,taf.for Sp«inli.slJ in (imup I l'Órk. ou1<>no l988, p, 17·23: e K . V'n:nnan c.J. Kovaci<:h, "Co1nputcl'· l\ lcd.i,uc.'CI ln1cnfo;ciplinal)' º(t'";un.s: "J'ht-'tiry anel R tali1y'•, Joornal de óleo ,·cgcl..iJ'"1 13 ab1: 2007. Site.~ do l)KOCS, C~únluni<·~u;:to, l'\otitia.<.. 1\ <'('$.,;()(:n1: 11 fc·,: 2010. 17. l\l<1rtclo ~IÍ)'<1zaki, \ 'u.zun.1 lz:n,,a Fernandes de Abreu e l .ctíci;i F:uuinato ~ lcncgon, ' ~\ utili1.~ç;to da mo1i,<1ç-:io e1n rtd1.•s de Ír:l11qo(·::1dos'', l)ísi>011ívtl c1n: <,\'\\'\\:e.1<1.rta.u5p. L1•/ ... /03 7J-\ dnlºA,20·ºlºlo20é111°/, 18. R. ( :. C inncn, "1'hc· 1\irlinc Cockpi1 Cn:,v". lil j . R. Ha<'k· rnan (Org.), (;roups ..nw1 l l-&1k (and "flwst Tlwl l >o11°I). São Fr:1ncis(·o:J o~··Ul'.L'i$, 1990. 19. C.J. e;. Gcr.-kk, ···ri1nc ~111d ·rr:insitio n in \\'oii. ·1;;:un:,; ·ro\\•a rd a Né,v .\Iodei of Crou1> l)t,tÍOllS of Oe:tdJinC'S on · ,e~ull P,·r(orill:u\Cé ··, Arodm!f ef ,llo,u,,gt,nnlf /(r..·Yt,~ out. 200 1, p. .:>86-600: e 1\. (; h;1ng. J~ Bordi:1cJ. 0 1.1<·.k, " Punctuatcd Equi· lih1inn1 .1.nd Lin('ar P~ o n : ·ro,,·.:nd a ~ <'\,' L:ndcrst=i.nding of Crou1> Ot,·clop1ucn1", Aradr,,p· ef ,\ la11age11~r11t:fouflu1f. fr:\~ 2003, p. 106- 11 i . \ (:ja t~unl>érn 1--1. t\ n'U\V, )1. S. Poole, K. B. licn1:-1 S. \\'h,•cl.111 t R.. ~lo rt land. ,.. ri,nc, (:han!:,"C, ~,11d l)<·,·elc>1.11n(•nt: 'l'hc 'lê1npor:,I Pcr~1x:c1i"c on C ro ups'', S,11all (,"((Jl1p flrS((t((}t, fo:\~ 20()4, J), i3· I0$. 20. C~Cl':$icl., ·"'li1n c ~~ ·rr:,,nsition in \ V()rl: l C·~un.~"; e c~rsicl.:, "1\1:tridng ~l'i1ne., ,

      21. :\ . Secrs e S. \\'oodn1lf, ..·n.' 1n1>o1-al P,1ci11g in ·n-sJ. l'brces: G1'0u1>f.kvclopn,l~n, or [)cadlinc Pr('SStu•c?'' ,Joo,,utl o/ .\/a11a!'ffltt11I. 2'.J, n. 2, 1~>97, p. 1()9. 187. 22. D;1rcio O l.i\'cir.1 e C,uios San1brnna. ·~O\'CII.S. Poderosos e. Riro:5", lstM /)in}u·iro, Negcx;~ 12 IU:lr. 2003. l)isponÍ\·1·1 c-n1: <,,·,,·,,·.ICn:iro11.org.br/fcnn('on_infonna1ivos>. ..-\ c<:MO e1n: 11 fcv.20 1O: e- f..dson \ ,'alente, ·r\ptestntador quer dc:1nocr.itiz:u· olhar'•. Prel11i1J JVJU111 l·.'mprte11dr1!1J1 SocUJI. Oisponh·cl cru : <,\"''"''' l .folha.uol.coin.br/folha/ cn1prccn· de,·dors()(!i:1 I/ fin:i lis1~ ~, 2007-luciano.slu nll>. 1\ c;c·ssQ c·nt: li fc,·.20 10. 23. \ fcja O. ?\ 1. Ro11sse.1.u. fv<MIQgi,al (:tu1tra
      ,;.,,.111,1,.,.;.,.ju rel="nofollow">1. 20, ·IGI -W8: e C. Hui. C. L<e e D. 1 1. Rou:;;scáu, " Ps)'l.'ltologic:i.l t ~ontra<:t and Orga11i;,:[1LÍ011.1I C itiz<'ns hip Bc;havic)r in Chin;1: lnv<;stigating: ( ':en('r:,lizal)ility

      Fundamentos do
      293

      ~,nd ln:Hn11ncnt:rilit),.'.Jounia/ ef tlppli.td P~rtlldl4gv, ahr.. 200·•. p.311-321. ~4. \.'cjn .\1. E Pl~1crson t l :i.l., "Role Conílic1 . •..\,nhiguit~ .incl Ô\'rliorid: ;\ 2 J·Nalio,, Studr''. Awl(h!)' ef ,\Ja11~lt1t1tt1t .1out· nal. abr. 1995, p. ,JZ9. ~52: e 1. J--1 . Scu.h:i;. R. ) t. St:llcn e A. l):uH~)~,Jr., "Óoc Role or ·r\,·o? 'J'hc Funeti()n of Psytholúgi· caJ Scp.tr.1t.ion in R.olc Conflicl··,,7ourrw/ of. lpplitd t•-!)'tholog'J; jun. 2002, p. !}74·582. 2S. i\l. ,\ . Hogg e ll J. 'lé;-IT)·, "Soci.al Jdc111ity and St·lí·Crn 1hc Stanforci Prison Sn1dy", /Mu1rio1al and Soeial .Vifnr, 7iad1t1, jan. 1973, p. 2.5·•15. 29. S. .-\. l-lt1l'. 91 1 n . .5. 2006, I>· 103i· I0.52; S. Rcichtr e S. A. f lasJ,un. " Rc1hinking lhe P:sychology oi' T) rannt: 'fh<· 88(: Priw n Study". IJriti.Jh,"feur,wl oJ .)()(t(I/ J)f.J'. ·li-53. 30. r~m unlá IX:\'is.1o sob1-e ~ nonnM de g1'upo. ,'tjt1.J. R. Ht1tk1na1), "Gro up loflucncéS oo lndi\'iduál.s io Ôfb""'lli:1,;\· lions". ln~(. O. Dunnctlc e L.. J\ l. Houg h (011,-s.), l/a11dbook ef lt1duslrial & Orga11k fllior,a/ I's;·d1oiqg)I. 2. cup Nornls •.\p1>ro3.çh''.~]<;u1,,a/ of Appli, 960·974. 3 1. .-\cltiplado de I~ S. (;(l(l(linttu, F.. Ra\'lin e )1. & hnliokc. "UndtN.tancling Groups: in Organi1..·uions··. 1n L. 1.. Ctun· 01i11~ e 8. ~l. Stil\V (Org.s..), J(rJttnelt ,·,, Orgc1111.;.ati011al fklur.:ior. \'OI. 9, Crct 1uvich. C l':J t\ l Pr<:ü, 1987 1 p. 159. 32. E.. ;\ fá)'<>, ·r,,, Hu,1111t1 Pro6/a11s of a11 /ruf11JttUd CiciliiatiQl1. N0\;1 "York: J\1acnlil1~1111 1933: e.• EJ. Rocthli.sbergcrc \\:J. l)ickson, 1\la1111u111rnl and Jht l lód:n-. C:unhridg<.•, ,;\ l,\ : t-1 ;1r\'ard Cni,,·rl!ity Pn:;s~, 1939. 33. C. 1\ . Kicslcr e S. n. Kicslcr, Coefon11i!J•. R.cadiug. i\·I, \ : Addi~n.\\'t~ l1..1·, 1969. :i-1. lbid., p. 27. 3:'>. S. E. J\s('h, ''EO(•cts ví Group PrcsSure upon thc ~·l cxliíit::)· tion and J)istonion of Jud_gJncnt~··. ln H. Cu(•t.;,.kô" ' fO rg.), Croup1.. ILadmhip and i\/~n. Pittsburgh: Carnegie Pre$, 195 1, p. l ??· 190; e s. E. 1-\ .-srh, ··su.1diC$ of lndcpcn
      mcnl Ta.lk", l'~rhologiral /Jullrtin.jan. 1996, p. 111 -137. 3i. \ 1cjrl S. L.. Rohinso,, e:\ , ) 1. 0 11.(·;u·y· K<:lly. " i\lonkcy Se('. ~lonkt')' Oo: "'f'hc lntlu(:ncc of' \\'ork C ro ups ôn the A.ntiso·

      294

      Compo11.amento organiia~ional

      c:ial Rchavior of Einployc«..-s". A,ode111r ef .\lo11agtr1te,1t:fimrnol. dc-t.. 19t)8. p. 658~672: R.J. lkruu:n e S. L.. Robiu.:.on. "''l'hc Past, Prcscnt, and Futurc o f \\11)rkpk1cc Dc,·i;uu-e". lnj. Creenlx·rg (Org.). Orw,11i{fltio,1ol Bdu,1,iJJr: 111, StDJt ef 1!1t OI(<. 2. t•d. ).lah\\'(lh1 2\j: Edb.tUIII! 2003i l'· 237-271: e ).l. lkrl)•, ll S. Oncs e ~~ R. St-1ckcu. ''lntcrJ>erson;,I Ocvi;,ncc.•, Org3ni7.alional ·\'i:lncc, and 'l'llcir COllllllO!l c:oi•rtl:ucs: r\ Rc\'ic,,· and). lcta-1\ nal)'S.i.s",Jo11nm/ of ,lppli.td P.gtholog:>; 92. n. 2, 2007, p. ,, 10-424.

      s,;. e.

      o. .

      :J8. C. ~I. Pe:ctrson, L. ~I. .\ndcl'SS()n e C:. 1.. Por.ei1h, ·:.\ sscssing and ;\ nacking \\-0,·kpl::icc Ci\'ility", OrganitaHorutl fl1nm11ir.s.. 29, n. 2, 2000, p. 130: ,·l:ja 1tunbc~1n C. l\•;u~n. L ). 1. t\n. dersson e C. 1.. Por:uh, •·\\'orkpk1ce ln<"i\'ilil)'". ln S. l~x e· J~ E. Spcc-1or (Or~.l. O>w,1,,1,tfJdueti.."'t l ló-,.t &J1orio,: b1t'(.Sligátio,is of.l<Wrs a1Jd '/ãrgelf, \ Vashiogton, l)C: .\ rneri<":1n PS)·rhologi· c:il r\..~x-i:uion, 2005, 1>· 177-200. 39. S. l.i,n, I.. ).·I. C loelvili1y: hnpat'l oo \\'01·k and Hcahh 0111co,nes", }Ollrnol ef Applinl /"s)y/,ologr. 93, n. 1. 2003, p. 95· l 07. 40. Rohinwn ,. O ' l..c:iry·K<'II~~ '·~lonkry Se'<', ;\ lonkc·y l)t1'SQ0:1l .-\ ggrrssion in \\'otl.:.· groups: $ocial l11íluc·n,·c, Rt"t'.'il)nx·al, and lndi\'idu' · 486-496. 41. l? Ban1!)C'rgt•re )1. Bimn, •·(;roup Xorins :u1d r·:~cN.SÍ\'C 1\ l)S(;nte<:brn: 'l'ht• Role <,f Pctr RtlCn:·1n Otht•n", Orgq11i.;;a· 1io11nl 1/tluuiqr and /1un11u1 IH,isW11 /l(()(f;SS(J. 103, n. 2, 2007, p. 119-196: e A. \ .':i:jn;ln,•n, :,.:, ' lbrdcl'a , ;\ 1. Ki\'in1fi.l:i, A. Kou· ,'Oncn 1J. Ptuni, 1\ . Li11n~1 ,'J. \ .'ah1era. "'ll1(· R.)1<· <,f \\'ork (:ro l•J) in lndi\'ic;h1:.I $ içkr1<.'$.~ "\hscncc· lkha\'ior",Jtmnw/ of llta/JI, & llt111u1u l klurvh,,, -1-9, n. ·~1 2008.1>. ·l!.2·•167. 42. A. F.,·cz, f-1. l~hll&(· lt IXln,J!. " Lying. Chcaling. SteaJing: 11 f-1:lJ)J)Cns }. low in C:rou1>s''. artigo :'IJ)rc...;c•ntado no r.;uropta11 Jlusi,uss f.'rl1irs .,,,í11e Qd; . 111111,11,I CQ,ifçr(lict, Hudo1pcs.1c. 11ungria, 30 "l,'O, 2003. 43. S. L. Robinson e ~I. S. Kraatz~"Const1'u(:ting 1hc Realitr or Xorn1ati\'C Hch:l\'lor: ·riu· Vse f)Í Ncutr:di:a11ion S1ra11..•gic~ O)• Ü 11f<1niz<11ional Otvia1u.s". 1n R. \\: Griílin t'. \ . 0'1...:-al')'• Kcll)' (Orgs.}, l);·:ifu11c/i(Jlfa/ Jklu1ri'or ;n O,gani::11li-01u: l lo,/mf and IHJ.·üu1t llthrr..:fflr. Cn;('11,dd11 c;·r:J,\1 Pn.·ss: 1998, p. 20:l-220. 4 1. \-~ja R.. $. M~ldn1an, Sopcr S:1ddl,· Ri,'tr. i\j: Pre,nicc t-lall. 2001. p. 464-·165. •15. Cilado por l·l~1<.'k1nan. "Group lnf1ut11cts on l11dividuals i11 Orga1frza1io1,s", p. 236.

      46. R. R. Calli~1crc:J. A. \\':1IIJr., ··Conf1ic1 ,\ cross Orgr111i1.a·

      1ion:\I IJoundarics.: ~ lanr1,,.i:(cd Cal\: Ül'ganiza1ioo$ \ ('rsu~ t-lealth Carc Pt(ipmf/ry. ab1~/1ntlÍO 1%5. p. 19i·209. 49. CcjaJ. ).1. Ltvine e R. L. ).lotcltu1el. " Progrt"!-S i.11 Sniall G ro up R~·scarch". lnj. ·i: S1x·ncc,J. ~1.1),uicy c Jl j . l~)S.S (Ütg,$.},. lnnuol R({'ÜW ef Pv'flu:f/()g_,:. v. 41. ~,to :\ho. C :\ : 1-\ n· nu.il Rc:viC\\'!>. 1990, p . .>85·63 ~i S. O. Sih-cr1 U. 1~ ( :ohc:11 e J. 11. Cnuchficld 1 '·S1;uu.s l)iffi•n•nt i:11ion and lnfornt;uion Exdl:.'l.llge in FaC('otO-Im· and ÜOJ1lJ)UlCl'•}. lcdk11cxl ldc:a Gcn«.."r.11ion''. S«ial l~hofogr íi!ulfln!J. 199·1, p. 108-123: c.J. ~I.

      'f,,,cngc. "Ch:1ngcs in \Von1cn's 1\ss.tnivc11<.'.'$S in Rc$pon54.· to S1atus ,,nd Roles: t\ (:1vss,.'lê11,po1-al ).1c1a t\ 11:'llyiis, 193 J. 1993''. Journal '!f l~rsonoli!)' and S«inl l 's;'(/to/Q&r. j ul. 2001, p. 133-1·15. .iO. J . (;r<~ nhcrg, "Equil)' and \\'ôrkp1acc Status::\ Ficld E..xpc:ri· nu:nt··,,7~uu1111.I ef Applird Psyrhok,gy. 110\: 1988, p. 6(>6.613. 5 1. J;:.J. 1110111;):,. e C. E Fink, "Effcct:s of (;rot11>Si1,e", P~)'(lt
      3. L-d. Kcn':l York: ~lcGrnh··IJill, 1981. 52. G. 1·1. St•ijts e ( ) . I~ l.ath;un, •''íhc Effi·c:1.,; of (;oal Seuing :u1d (;roop Sizc on P1•rfonnt1nc:c.: in :l Soci:11 Oil<·nu11a", C.a•

      1u1din1i ,]011n1al ef lkli.Of:io11rt1l &i~n(t. 32. n. 2. 2000. p. 10.t--. 11 6. 53. Sha\\f, (:ro11p QJ11antÍt,S. 54. \ 'cj.1. por c:xc111plo. O. R. Con1c1\ 't\ ~ Iodei of Sod;,.I Loafing in Real \ Votk Groups", /Ju11w11 J(rl(llio11,1,,ju11. 1995, p. &•7-667; S. ).1. ).1urphy, S.j. \V:lync, R. <.:. l .i<.kn e B. Erdognn, "Undc•rst:1n(li11g Sorial l.o."lfing: ·111c Role of ..J11s1irc P<'1"('«..'ptions :1nd 1:::.x('hnngl' Rcl:a1ionships'', //11,non Rd(tliOII.J. jao. 2003. )), 61-84: e R. IJ dt1l, S..J. \\'ayné. R. A. .J.t,\'Ors.ki e:,.:, Btnncu. "Soci,tl Loa(i.ug: i\ J·icld ln,·csliga· tion'.,J(ltJr1Ja/ ef ,\ /wwgn11t11I. ahr.2001, p. 285-301.

      e.

      55. \\'. ~IOC:gJ:. maio 1986, p. 936-9,11. 56. \ '<.j.t, por t-xcn1plo.J. ,\ . Shcpperd. "Pr<xlucli, ·ily l..ôsS i11 1\-;rÍQnnauC'c Groups: 1\ ~lotiv:uion 1-\ntLl)'.$i.,:'', P!)·
      32. 11. 6. 2007, 1'· 699-723. .;9, lt ).lulteo e e:. (ð)()1>er, "'J'hc Rt lali01) Bct,,'('(•ll Úl'Ollf) (:ohc..~i\'c:nc.~ ,uHI l\ ·1·,hoJogi· ,oi lhtllrtin, ntar. J9<J-~. p. 210-227: I~ ~L Pocl~-.koll: S. U. ;\lnt'Kcn:r.ic: <· i 1. t\hc:c1rne, '·).Jodc.·rnting Effi~1..,: of Gonl Acccp1ancc on lhe R(:la1ionship lk:t\\'C:c:n Ül'oo1> Cohc."Sivc· nc:ss a11d Produt·li,·il)'.., .]11ur11al oJ 1lppN«I l'vtltolqgt:. dC"t.. 1997. p. 97-1-983: e D.j. lkal, R. R. Cohen, .\ l.j. llurl.e e C. 1.. ;\l('l.cndon, ''C',ohcsion and l\~rfonn,111cc in Cn.>uJ:>S: 1\ 11i•1a-.•\ nnl~'1ic." (:brific:i1ion of Cons1ruc1 Rela1ions",Jc,urnol ef Applitd P~th•l•g~ dez. 2003. p. 989-1004. 60. lbicl. 6 1. L~.i~adocn1J. L. Cibsoo.J, ~1. lvancc\'ich ('j, H. Oo,1ndl)~ j r., Orga1ti{.blim1J. 8. td. Uun· R.idg(·. IL.: h·v,in. 199·t. p. 323. 62. N. fuulc. E. }.l.uson! L. \\1eiss e E. \\lcoger, "l.c,tt:raging Gmup Kno\\'lt'· 280-295.

      63. \ (ja X. R. E ~l;,ic·r. •:\~sc1.s :u1d 1.iahili1i('s in C roup Prohltrn So1ving: ·rh<· ~r<'d for :1n lnl('gr.ui\'«..' F11nc1ion", Ps;Yh(}Wgj,al

      C.apituk> 9

      Na:ia.n ::ihr. 1967, 1,. 239·2·l9; C. \\~ 1-lill~ ..Gn)l•P \ 'crsus ln· dividual Pcrfonnaoet": t\te ..\' + 1 l l<'ads Hcuc1·~J'han Oo<'?..) l'!JYl1oJ0&iral IR.llútin. 1n;·Lio 1982, 1>- 5 l 7-5'.l9; ~ I, 1). J oh11~ 11 c•J. R. Hollc::nhc-ck," C'..ollt."Cli\'c' \\"iM.knn as an ô .xy,noron: '(C'arn-Ras('d S1ruc111n:.'> a." ln11x~in1cnt$ 10 l.('arning". ln.J. L...,.ng;1n·Fo:-:. (;. 1.... (:001)1..•r e· R ..J. Kli1nosl.;i (Orgs.}. ll(.Vf?«h C'on1pa11iou /Q Ih( ~·.yiuietiq11nl l lô,J,pltut: ~\ln1t((!!(111er1t Clu,lln~.s ,uul ~pirptonis. Xúr1ha1np1on, .'.\11\ : FA:h~·;:u·d FJgar l'ul,lishing, 2007. p. 319-33 1; r R . E ,\fartçll ,. ~I. R . llorg, ''.\ C,,111p:iri8on of 1he lk-h:ivior::il Rating .~\ ccurac:y of Groups :,nd Tndiviclu:ds".Jour,w,/~f .-lpplitd P~1dwfl)gy. f<·v. 1993. p. 43°50. 64. Fabricio ). larq1.1ts ," Rcccit~ 1>a1~ a fidclidad('... R«ista l~ta111c) cd . 85 1, 20 out. 2005.

      65.

      l), G igon<> e R. H,"tStic. "Proptt Analy~is oi' lhe :\ ccuracy of G r<)t1J>J udõ>1ncn1s", l'!J·r/1ologicol Bullttin. j an. 1997, p. 1·~9167; e B. L. Uo nner. S. ll Si1li10 e ~(. R. Uaurn:u1n, " Col· lc:c1i\'(' F.s tinunio n: ,•\ ccuracy, l~pcrtise. ::ind Es1r0\'l'r:-ion as Sourccs of liHta•Group tnílucnc:e", 01p11,it.tlli()rutl lkfttJt•ior 011d /lum«n IJ«i.Jio11 l~tlSCJ 1 103, 2007, p. 121 -133. 66. \ '<:j:,, púl' t x<:1nplo, \ \1. e. s\\~IPand ,\ ssociau·s, (:roup DttisUJI, Alol.it,g. Nc\,bury Park, C.:A: Sage, 198·1. 67. D. O. 11cnningsc.n, 1'.l. G. Cntz e .XI. L. .'.\lillcr, " Ro le o í Soc~i;,1 1.o:;ifing in Prcd(•lil)l•r:c,tion Ot"("'ision ~l:tking'', Group t!)•nttn1it.s: TJ1('()ry. l<<smrd,. 011(/ {t-(l(/ia1 4, n. 2.jun. 2000.

      p. ICiB-175. 68. J. Ji, Dr.vi~. (;rt>t1/1 P1,fau11álit(, R<>l\ding. ~I.·\ : t\ ddison.\\'<,-s.lt)~ 1969;J. I~ \\'.111ousc ~·I. 1\. Youtz. "Solutio11 Oi\'cni1yaud 1hc Q pality o f Cmup Dcci~io n~··, Aradn,!1 ef 1\h111ogn11n1f Jwrn!ll, 1n:ir. 1986, J>· 1·19· 159; (' R. l.ihl))~ K. 'J: rrro1n1an e 1. %inul1c1~ ").,l c111bcr \ fa1iation, Rrcogni1ion oi' r·:s1,cn.isc, aod C 1'0u1> P<>l'IÔl'lnru,cc··.Jolinffll '!/ Applí'td P,t1th()/ogr. ft\~ 1987, p. 81 -87. 69. 1. I..J.inis, (.'roup1hi11J,:. Bo~lon : l·lougluon ~,(jfllin, 1982: \\'. P;ul.. 'í\ Rc,.·vic,,•of Rc*;u'Ch 0 11 c;roup1hink1',Jor1rru1l ef ltrltatifirttÍ IHl'isj",, .ll()ki,,g, jul. 1990, p. 229-2.fS;J . X. Choi <: ~I. U. Ki,n) ..•rh(' O rgani1..1lional A1>plica1ion of ( :roupthink :u1d hs Lin1ilS in Org::tni.z~nioos'' .Jm,,,l(1/'![. lpplird Pifytlwlog,. .ibr. 1999, p. 2~)7-306; e\\: ,,: ('.ui.,';\ Con1p rchcn!1i,·c E.1n pirica1 ln\'çStigtllion of thc R.cl:i1ionship$ ,\ nlo ng- \ 1àriablc-s of thc ( ;1'(Jt1J>thjnk). lodel" •.J1t11tnal ef O!J!!1,1knlitnnl llll101.il)t;

      ""''· 2000. p. 873-387. 70. J3nis. C.'rt>t1p1hi11t. il. it. E. l'l1tnctc t\ . l{. Pratkanis. "~litigating Croupthink t')'

      e. De o ~ u C E. \ ';:u1 de• \ 'lic·11 {()~...-...) l Si,,g (:0,,j/irt 1i1 OTgQniialirm:;. Lo ndres: S;tgc. 1997, p. 53-7 1. 72. lh id., p. f~I. 73. \,~:ja N. R. F. ).l:;1icr, PrinJi9· [)ttiJi(}!tJ and J,;,11,w.J, 2. c and ( :Onfornli1y Prr.di$J)O.Si1ion ", S«ial lllJu,riN & l',:rsonali!)', 29, n. 1.200 1, p. 31--11; e S. Srhuk,,lh«tt. E C. ll,,xll,eck. 1\ . i\ lojzisch. R. Kerst•l1n::iu:ré D. Frer, "Group l)('t"i)ion ]'\ laking in Hiddc n Proíilc Situ;uio1L,;: J)is:;c.n1 as .a Faeili1;1tor for J)ecL~ion Q p:ili1y..,,]úur11al ef l~·no11trlil)• ,uul S«itll l~lwSli111ulati1lg l~nstruCli\'Cc:onflict''. ln

      logi·. 91, "· 6. 2006, p. 1080-1093. i4. \ '<'j:, O.J. lscnhcrg. " Group Pok1riz~1ion: 1\ Cri1iç.al Rc\·ic\,' and ~·1éta•1\J1aly:-,is''•.]our11a/ ef Pm<>11ali!)· a11d Sotifll P9tluJlf!KJ'-

      dr Choi(e Shifti-". Omu11u11ir11li&11 Ram"''

      fltports, :lh r. l 98t{, p. 180-1 86> t I~ \V. P:icsc, ).1. llifs<:r <'

      Fundamentos do
      295

      ~I. E. 'fu hbs. ··Fr.uning EITccts ~nd C hoic<: Shifis in Group D('tisioo i\laking-.., O,'J!(J11kati1J11ál /Jtlur1,.tr1Jt and l lunuu1 DttilW11 / ',()(tJ Y.J, 0Ul. 1993, J>. 149-165. i:>. \ 'cja1 por cxc1npk). r\1. Koga1) e ).1. A. \\':lllat'h, " Ri~k ·raking ;,s a Func:tion of thc Si1uation, lh e Jli•n.on, and thc Gnn,p". ln, \'tu1l>imlions i11 f'f}YII')(~ v. 3. No\'a York: l lolt, llinch.,n and \\linston. 1967: (· ~ 1. A. \Vali.a.eh,:-.:. Kog.u1e l).J. ll..·n,. "Ül'Oup lnJh1t 11t"e OI\ lndi,iduaJ Risk 'J':lking··,,ft!Unt0.I oJ Ah1wr11ull a11d StxU1/ l's)-dwwgJ, 65, 1962. p. 75-86. 16. R. fl CJ::u·k Ili, "(; 1'0UJ)·l1,duccd SJLifi ·ro,~rd Ri.sk: A Cri1.ical 1\ pprai.sl.ll", P~1rhologiral /J11ll1li11, 0111. 1971, p. 2~> 1-270. 17. Z. K riz::in e R. S. Raron, "Gl'()up Polariza tion and Choicc·· -l)ilc1nn1::~s: 110\\' hnpon :nu i~ S<:lf-C:ucgod1,:uion?", l::Vro-pta1r~Jo11r,1ol of &dai l~/i()/1Jg]'1 37, o. 1. 2007, p. 191·201. 78• .e\ . F. Osl>1>1•n, AppJitd lnufj,iru,1ior1: P,in«i.fio,, ltt>ftSSt.s. jan. 2004, 11· 75·87; (; R. Litch· ftcld, '"Hrainslônning Reton.s.idercd: t\ Go.-11-Basc..'(I \ iic"'", :tradDI!) ef .\lo1111gm1n11 liroirw. '.i:~, n. :l. 2008, p. (i,19.(i,68. 19. t\. L. Kcrr e R. S. ríiudaJt", "'Gnn1p Pcrfi)rmanc:c e Dt•cision· -~l:,k-ini',. ln11111tl Rrritt41 ef P.s;rl11Jl&g_J\ 55, 2004, p. 623-(,55. 80. ··Br:iín$tQrming Ji1nc;iona n1clhor para probl('1ll:lS 1nai<1; g<'n('iiccx~··. Rtdn(il!J tio /)jdTU) do Snúd(, 2009. l)i~poni\'tl cnl: <, v,,'\v,diariock1.s.,ud(',C01n .br/nc\,'S. php?.irtidc=brai11s1on ni11g·funciona-n1clhor-problc1n.tsn1~1is·g<·nl'ri<::os&id=·l830>. J\ f'._-s.~, 1•111: 19 stl. 2010. !H. \ 1<;j~l :\ . L. Ü<'llk!f<J, ,\. J·J. \ ·:u1dt~ \ 'cn e ).}. H. ÚlLq:,fi,on, Croup 1ÍfJ1niqu1.sjM P1o.g1un1 Pla11ning;· A C:1tid1 /() ,•V()1ni11al 0111/ /)(/plti />ro«J$tS, Clc:n\iC\\', IL: S<-on Fotcs1nau. Jf•i5; e l~ H. Paulus e H.• (:. )':u1g. ''lc.ka Gc11c1;.11ion in G1u ups: :\ H,uis for Crc.ativity i11 O rg.ü1iz:ttio ns", Organi,oliQnt,I /Jtlua·ior mui Jlt,,111111 lmision l 'm &hor;ifir, 38. 200 ~. p. 13 3·L 83. \'cj:,. pottxc,nplo. ;\ . ll, Hollingshcad eJ . E . .'.\lcG1-atl1, "Corn pul<'r-1\ S&sted (;ro111x,: 1\ C riticai Rt.·vic:\v of lhe• E,n. pirirnl Rcsc:nrr.h". ln R . :\. G uzzo e E. Salas (O ~ ). Tra,n I'ifl«tit·r11w 011d DrrirUJn .\ fal.ing in 01!ft11;~oti1ms. S;io Francisco: .l"""-1'•1l'18$. 1995, p. ·16-78. 8·1. H. U. B~hes. i\l. \\~ 1Jick~11. ~1.1~ Shc:1·111,111, C. ( :. Baucrc J. 1.:-,(;:,nkt, " ( :01n p111tr-~1t~diat<>d Con11nu,1ic.'àtio l\ t' (; roup 0 (;cision 11,il.jng: A ) l<'ta-1\.n;d~is'', Orga11i:;alio11al lkluu-Ulr nnd Jlu,,1an /')ft?si()II /lr()(tJY,S. j an, 2002. p. 1SG-1i9.

      e:.

      S:'). \ 'çja C. 1lofstc.-d~\ C,dti,r(S a11,I Orgorii~otio,is.: Seflu•nrt ~f th1 ,\ li,ul. ;\Q\'<'I Yoii.:: ~ lcCro\\'•I Hll. 1991. 86. Ron:ildo 1.id6rio, •:,.\ icl1·n1ick1ck $0Cirtl do hont<"ln hrns.ildm e suas in1plica~õcs pai-a a. ('\'àngdh;a(;1o e pasio1~io ... J)isponÍ\'CI cnl: <\\'\\'\\'. i nstitulo.a.nlmpos.corn .b r/ i ndc:x_ php?option=co1n ...contc n t&uL"k=vic,,·&id=-13<1 & l1c n1 id=69>. 87. f:,;1:1 s...~;io é l1a.~<1da (·111 )~ R. f-l:1nis e; R. ·r: i\·lon1n, .\ laru,gi,,g (.'11/11,rr,/ J)ffTtrtn,(J. S. t'd. 1-lou.slo n: Gulr Publis.hing, 1!)99. 8U . .'.\ lích('ll<' 1.orcto, "Saib.-. con10 .si" con1pnr1ar c·n1 tal'<'l':1$ <'lll cqui1>c'', S:.i.o P~ulo. 2009. Ois:1)()nivcl e1n: <\\'\\'\,~gl .globo. con1/jon);ilh<)jc.·/O..~IUL 1389079· 16012,00.htinl>; é l) Cltio Rocha1 "0 c·ar1i1cr i11dividu~tlist:\ é pouco solid::i1iL) de, br:l.Sili:iro", 2007. l)isponÍ\'Cl cn1: < \\'\,..,,:bnl:;.ilr1111al.('01n.hr/ sis1<·n1:1/?1,= 76:l>.

      296

      Compo11.amento organiia~ional

      89. O. S. S1aplcs <: L. 7.h~o. ·''111e Effcc1s of Cultu~I Oi\'crs.ity i1) \ lil'tu:tl 'lêao1s \ tcntis i"acc.--to-Face ' l'i::~uns.., (,ºro11p Dtcisio11 tuul.V'cJ."*"Ü1lfot1, jul. 2006. 1>. 389··106. 90. K. \\~ Phillip~ c- D. L.. L.oyd 1 "\\'hen S urf.'lct ~111d Dcc:p-LtvtJ Oiversity Collide: ~l'hc• EílC•cls on Ois.scnting Croup ~lcrn· bc·rs", Orgmú~otio,,al &hm;ior a11d //11,,,n,1 Dt(isi1111 Procusu, 99, 2006. p. ··~3- 160: e s. R. SonlOl('l'S, ··on R::it•i:,I Divcrsity a11d Ú1'ou1> l)ccision :<. laki11~~ ld~ntil}~11g :<. lultiple Effcc,s of R:1cial (;()1111>0Sitio11 onjury Oelihcr.11ions.'',JJJ11T11(l/ ef l'moruili!ftuul S«ial /~9y/Jo/ogr. abr. 2006, Jl· 597--612. ~) 1. E. ~lannix e ~I. !\. Nc:dc, " \\11111 J)ifl<:1tnC't'S ?\.fakc a l)ilf<'rcn· e<:? 'fhc Promisç and R~:,Ji1y of Diversc ·n:an1i in Organiia· 1io1lS'' 1 P~)·cliol()!.ital Stiflt« in lhe J>ublu /11/((rSI. <>ut. 2005. p,

      :11.;;, 92. 'f. I~ \ t"r11C)~"Role P<.:rcep1ii)n Co1,grur11i~. Pcrfor1l)::tllce, and Satisfaction''. ln O..J. \ ln:dcnhurgh e R.. S. Schulêr

      {Orgs.). Fffe C:1011p D_r1u11nir.s. 96. H..\lollc:n, C. Sy1no11s, 1,.. Hu <.: F.. Sala~. ''Gn.>up Si1.1.·, 1..carlcr..;hip Hthavior. anel Suhordinntc Sa,i.sf."lclion··.,7~u1r11al 1

      ~, (C,n(fd/

      lty,holcx•

      ,i,,, 191i9. p. 1;;.110.

      10

      Compreendendo as equipes de trabalho Eu sm pa,·te ele wna equipe. De certc,Jomw, apenas tennino o tn,balh,0 de 1,m {Jnt})O enorm~ ele pessoas! Ayrtou Sennilt'á

      OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM Depois de ler este capít ulo, você será capaz de: 1 2 3

      Comparar e contrastar grupos e equipes. Comparar os quatro tipos de equipes.

      4

      Identificar as características das equipes eficazes.

      5

      Mostrar como as organizações podem desenvolver membros de equipe.

      6

      Decidir quando é preferivel contar com indivíduos a contar com equipes.

      7

      Mostrar como o entendimento a respeito das equipes difere entre culturas.

      Analisar a crescente popularidade das equipes nas organizações.

      O DURO TRABALHO EM EQUIPE POR TRÁS DAS CÂMERAS uando assistimos às brigas entre as pefSOnagens Flora e Donatela na novela A favorita, vividas, respectiva· mente, pelas atrizes Patrícia Pillar e Cláudia Raia, e .às cenas de amor protagonizadas por Marcos e Helena em Viver a vida, representados por José Mayer e Tais Araújo, raramente nos damos conta de todo o trabalho necessário para que as novelas possam ir ao ar. Em geral, pensamos apenas no talento dos atores e atrizes, esquecen· do-nos da grande equipe responsável pela produção dos capitu· los. Entretanto, no set de gravações, há muitas pessoas envolll'idas nesse processo, e é graças ao trabalho em equipe protagonizado por elas que a fantasia se torna realidade na tela de milhões de televisores em todo o Brasil. Tomemos a novela Viver a vida como exemplo. Produzida e transmitida pela Rede Globo, a atração estreou em setembro de 2009 no horário mais nobre da emissora: após o Jornal Nacional. Escrita por Manoel Carlos, dezenas de atores e atrizes estavam envolvidos nas gravações da telenovela, mas não eram os Úr>icos

      Q

      298

      Compott.amento organiza~ional

      membros da equipe. Mais de 150 pessoas trabalhavam atrás das câmeras para que fosse possível produzir todos os capítulos com um padrão máximo de qualidade e realidade. A primeira fase na elaboração de um projeto como Viver a vida é a de pré-produção. Nessa etapa, o roteirista Manoel Carlos juntou-se ao diretor de núcleo, Jayme Monjardim, ao diretor-geral, Fabrício Mamberti, e ao diretor de produção, Flávio Nascimento, para determinar o time de atores e a equipe de diretores, assistentes, técnicos e operadores que participariam das gravações. Nessa etapa de planejamento, além dos recursos humanos, o roteirista e os diretores determinam os locais de gravações e elaboram o orçamento do projeto. Tem início, então, o verdadeiro trabalho em equipe. Durante as gravações da novela, um verdadeiro exército de cenógrafos, figurinistas, maquiadores, operadores e técnicos de áudio, câmeras e microfones entram em ação. Além dessas pessoas, diversos diretores, como os de iluminação e fotografia, ficam atentos aos mais diversos detalhes para que todas as imagens fiquem perfeitas. Nessa etapa, o diretor de produção cumpre um papel fundamental ao servir de ponte entre os diferentes departamentos. Subordinado a ele, o gerente de produção, que, em Viver a vida, foi 'protagonizado' por Cláudia Braga, atua no dia a dia das gravações, controlando horários e conciliando os ânimos de todos os membros da equipe. Por fim, ocorre a fase de edição e finalização, quando outros diretores, assistentes e técnicos cuidam dos detalhes finais dos capítulos e inserem os temas musicais. Obviamente, todo esse trabalho é bastante complexo e a equipe precisa conviver com diversas pressões, princi· paimente com os prazos que, muitas vezes, são bastante curtos e obrigam o time a trabalhar até de madrugada. Na Rede Globo, porém, hã talento tanto diante quanto atrás das câmeras. Dessa forma, graças à soma das competências de todas as pessoas envolvidas e à sinergia dos talentos promovida pela integração dos membros, sempre é possível chegar a um final feliz.'

      t\s equipes estão cada vez 111ais se lransfor1nanclo no p1Í11('ip:,l 111cio de org:,ni7~u· o lrabalho nas 011,raniza(ôcs 1-nodcrnas.. Na verdade, ..:ss.a tcndCncia está tão an1phuncntc di· íunclida que c,nprcsas como a Jlcdc Globo e a Rede ll ccon:I chega1n a co1Hn'.ltar equipes intci1".as. ~a vc,xlade} há poucos insllltos 1naii- ptejl1dici,1is do que ser acusado de 'não $Cr u1n ttabalhador de- equipe'.

      ~

      que as equipes se tornaram tão populares? Há algun1as décadas1 <1uando c1nprcsas corno a f.,hrirantc sueca de auton1óvcis e C..1.• 1ninhõcs \ iolvo pa.ssaran1 a utilizar equipes cn1 seus processos de procluçào, o falo ,~rou nolicia 1 porque era unia prátic~1 que.· ninguérn 111ais adotn,·a. Hoje aconlccc cxat;uncntc o ton11-ário. É a or&°"nizaçJo que 11,io ltsa cquipc-s qu<.: c::ha1na ;i (ltcnçf10. t\ s c<1uipcs cst.:io Cl'll

      iodas as panes. ~·las, conto explirar essa a1ual popularidade das equi1:>e.~? Q11ando as organiza<;õcs se recs1r,nurar11 para co1npc1ir de n1QCl0 1nais eficaz e cficic,ne~ escolhc1n as equipes co1no for1na de uljlizar n1clhor os talentos de seus funcionários. As cqui1>es são tnais Acxívcis e reagem n1clhor às 1nuclanças do <1uc os clcpa11an1cntos tradicionais ou outras forn1as de agrup;uncntos p<:r1nancnt<.'S. Elas tC:1n capacidade para se estruturar, iniciar seu trabalho, redefinir .seu foco e se dissolver rapid;:1111cn1c. ~ las n[lo dc\'cn,os subcstirnar as propriedade~ n1otivacion;iis das ec1uipcs. Conror1nc nossa discussão sobre o p(\J)Cl do cnvolvi1n('11to do íuncionál'io co1no agcn1c 1notivado1~ nc) Capí111lo i >as eciuipcs fâcilita1n a parricipação do!l I rabalhado l'cs nas decisões op1.~racio11ais. Assin1, 0111ra C'Xplicaçào p:1ta a populatidadc das equipes é que elas são \Ull:-t fOr,na eficaz de os dirigentes pron1ovcrc1n a clc1nocrati7.a.çào de suas crnprcsas e aun1cntarc1n a n1oú,1a çào dos funcionários. O fato ele as organizações tcrcn1 adotado o n1odelo de equipes não significa ncccssa· 1ia1ncntc que elas são sc111p1-c tficaZc!i. 0 -s ton,adorcs de dccisõcs1humanos que· s.101podcn1

      ser lc\'ados ()Or modismos ou 1x:lo que 'todo mundo pensa·. 1\:; cqui1)Cj si,o realmente cfi· c::azci.? Q!.1c condições afe1an, seu pot('ncial? Co,no elas 1rab~1lha,n cn1 co1tjun10? Ess••S são algu,na.~ das qucs,õcs a que 1·cspondcrc111os ao longo deste capí1ulo.

      Capitulo 10

      ComJ)f'eendeodo as equipes de trabalho

      299

      ENQUETE COMPORTAMENTAL

      Importância relativa das habilidades para o trabalho em equipe Porcentagem de func ionários que indicam que uma habilidade é 'muito mais importante' atualmente do que há dois anos. 47

      Adtlptabil"idOOe 41%

      Pensam&ntO CrftiCO

      37~

      liderança ética de tral>d'lo

      rrabalho em eQUJ.Pe



      Criatividade

      Boa escrita

      i:tica Autôdlfé,ÇàO Boa oratória

      Sen,o de dev« çMco

      11% 10%

      Etnp(ff(\(l&do,ismo

      Oominio de lingua estrangeira

      a•

      Habilidade em matemática

      7%

      o

      5

      10

      15

      Fonte-: Baseado em Critkal SkiJls Needs and Resou.rces for the Changrng ~

      . AJexandria. VA:. Society for Human Resource Managern,eot, an3.

      • 1ferenças entre grupos e equipes

      Grupo de trabalho Grupo que interago, basivemente. para

      compartilhar informações e tomar decisões para ajudar atdit membro em seu de-sempenho na área de ,e-sponsabilidade.

      Equipe de t,.-abalho Grupo em c;:ue os

      esforços ir\Chviduais resuham em um nivel de desempenho maior

      do que a s.oma das contribuições individ~



      (

      G 1,1pO$ e equipe$ não sào a 1111<.•sn1a cois..-1. Nesta scçflO, dcfinire,nos: e cscla1-cce1, !rnos as difcl'cnças cni.-c un1 grupo de 11".,balho e un1a equipe de.· trabalho.i No capítulo a,uc1io1~ clc(ini11'1os grupo corno dois ou n1ais indivíduos~ cin intcraçào e interdependência~ que se jun1an1 para aringir tu11 objetivo. Unl grupo de trabalho é aquele que interage basican1entc para con1partilhar infOr1naçõcs e 1or11ar decisões para ajudar cada 1ne1nbro en1 seu desempenho na área d e responsabilidade. Os grupos de t rabalho não tên1 necessidade nc1n oportunidade ele se cng~~ar cn1 un1 t rabalho colc1ivo (J\IC rcc1uci r:·t esforço conjuntv. ,•\ ssin,, seu dcse1't'lJ)énho é apenas o sor11:nó1~0 das co,ntibuiçõcs individuais de seus 1ne1l''lb1·c,s. Não existe un1a sinergia positiva q uc possa c1'1ar unl nível geral de- dcscnlpcnho nlaior do q ue a son1a das con . 1ribuiçõcs individuais. U1na equipe de trabalho, 1>0r sua ,·cz, gera unia sinergia positiva pol' n1eio do esforço coordenado. O s esforços individuais rcsultan1 c1n un1 ní,·cl ele clesc1111x:nho 1naio1· do que ;, sorn,, de suas contribuições inclh~duais. ;.\ Figura 10. l ressalta as diícrcnças e ntre grupos e equipes de t111ball10. l~ssa.s definições <~1..1da1n ,, c~clarc<.:l'r por que tantas org~111izaçbc-.s n.:cc11ten1cnte 1"Ces1ru1u1·;11·c1n1 seus procc.~os de· trabalho e1n tOl'no ele t:quipcs. Os gc:sto1'CS buse;un u1na sinergia posi1jva c1uc 1x:r1ni1a à organização n1clhorar seu dcsc1npcnho. O uso cxtcnsi,·o das; equipes gcr~, o potencial para tuna organização aun1cntar seus rcsuhados scn1 necessidade de au1ncntar os invcstitncntos. Repare, contudo, que disscn1os 'potcnciaJ'. Não existe ncnhun1a 1nágica na criação ele equipes que garanta a obtcnçào da sinergia positiva. ;\penas chan1,1r un,grupo ele equipe 1nio n1clhora auton1atica1ne11tc.· seu clcsc:·111pcnho. (:on10 vcrc1nos neste C<:1pítulo, a~ equipes cíitazc~ possuc.·111 certas caractc1ísticas con1uns. Se os d irigentes

      Compottamento organizacional

      Figura 10.1

      Comparação entre grupos de trabalho e equipes de trabalho

      Grupos de trabalho

      Equipes de trabalho

      Compartilhar iníormoções

      ~ O b j eti v o ~ Desempenho coletivo

      Nevtto (ó.J vezC$ negotivo)

      ~ Sinc,9io ~

      Individual

      ~Responsabilidade-.. Individual e mútuo

      Aleo1ório.J e voriodos

      ,.._.Hobilidode.$____. Comp&emcn1ores

      Positivo

      da c111prcsa prctcndcn1 1nclhorar o dcsc1npcnho o rganizacional 1><>r rncio do uso de cqui· pcs, c.lcs prccisan1 possuir tais características.

      lilpos de equipes 1\ s c<1uipcs poden1 p ,·oduii1· bc,ns, p1x:s1ar se,"~ços, 1lcgociar acordos, coor'(lena1· projetos, ofc,·cccr acor1sclhan1ento ou to rnar dccisôcs.3 Nesta seção, dcscrcvcren1os os quau'() tipos i-nais cc,n,uns ele equipes cn1 tuna organi;,....1çào: tquipes dr re.sofu(ào dt problrn1a.f1 equi/)t.s aulo,gtrn1riadas, equipes n111/Jifi111cio11ais e ajuipes 1•irluais (ver Figura 10.2}.

      Equipes de resolução de problemas No pas.saclo~ as cquip-cs cran1 quase scn1prc co1nposlas ele c inco a 12 funcionárlos, todos cio n1esn10 dcpartan1cnto~ q u e se rcu nia,n duranlc algun1as horas por sen1ana para d.iscutir fo rn1<,s de 1nclhor.1r a. q ua lidade, a cficiCncia e v ainbicntc de trabalho.•

      Nessas chan,ada~ e quipes de res olução de problemas: os 1ne111bros lro<:an1 ideias ou ofercccrn sugestões sobre os processos e ,nétodos de trabalho que poden'I ser ,nelho1·ados. No banco 1101·tc-a1neticano L\,let1·il l1ynch, por exe,nplo, foi ctiada u1na cc1uipe de resolução de problernas pal'a descobrir rnanciras de reduzir o tern po necessário

      Equipes de resolução de problemas Grvpode 5 a 12 funcionários do mesmo departamento. que se te\inem alg-umas hora$ por semana para discutir fo,mas de melhorar a quatidade, a eficiência e o ambiente de trabalho.

      I

      p a ra a realização de alguns proccss.os de acln1inistraçào contáhil.-> 1\ 0 sugerir cor1cs c n1 etapas elo processo de 46 para 36, a equipe reduziu o prazo 1néclio dos p roccdi1ncn tos, de 15 d ias para 8 clias. Da 1ncs1na for1na, na T upy Fundições, de J oinviUc, c111 S,utta C.a tarina, os fu ncio11árlos fornnun equ ipes de (;inco a dez i11l<:gra111es que pcrcorrcrn as

      Figura 10.2

      Os quatro tipos de equipe

      Resolução de AutogerencJada

      p,oblemos

      Multifundonol

      Virtual

      Capitulo 10

      ComJ)f'eendeodo as equipes de trabalho

      301

      Na fábrica da Louis Vuirton em Ducey, na Ftança, todos os empregados trabalham em equipes de resolução de ptoblemas, com cada equipe focando um pl'oduto por vez. Seus membros são encorajados a sugerir melhorias em métodos de fabricação e processos, bem como na qualidade dos produtos. Quando uma equipe foi solicitada a fazer um teste em um ptotôtipo de uma

      nova bolsa, seus membros descobriram que alguns pinos decorativos estavam fa2:endo que o zíper da bolsa

      emperrasse. A equipe alertov os gestores. que fizeram os técnicos mudarem os pinos pata longe dos z.iperes,

      resolvendo o problema.

      instalações industriais para pro1>01· suges1.õ es a problen1as relacionados ao desperdício

      e às falhas na segurança cios tralJalhado rcs.6

      Equipes autogerenciadlas

      Equipes

      autogorendadas Gtupo de dez a 1S funcionários que assumem muitas da~ ,esponsabilidades de seus antigos supervisores.

      _J

      .~\ s equipes de resolução d e p:rohlernas son1cnlc fã.zcn1 rccon1cndações. Algurnas orga· nizações vão 1nais longe e c ria1n <·quipcs que podc1n não apenas solucionar os prob1cn1as, 111as tan1bé1n i1nplen1entar as solu çõcs e assu1nir total rcsponsabiliclaclc pelos resultados. ,\s equ.ip es autogerencja,d as são g1·upos de fi..1ncionários (.&rcraln1c11tc entre dez e 15 pessoas) <1ue rca1iz.tlm trabalhos ,nuito relacionados ou intcrdcpendr11.1cs e assu,nc,n ,nuil;.1.s das responsabilidades que a111cs e ra n'I de seus ttlltigos ~upervisorcs.1 No1·11,al111e111c, i.sso inclui o p lancjan1cn10 <' o ctonogra,na de trabalho. a delegação de tar<:fas aos n1en1hms, a 1on1ada de decisões operacionais e a in1ple1nentaçào de ações para solur ionar 05 proble1nas do trabalho con1 IOrne.ccdorc~ <' clientes . .'-\.\ posições de supervisão perclcn1 sua i1nporlància e até podc1n ser clin1i11adas. ,\ pesquisa sobre a cfic~·lcia d as equipes au1ogcrcnciadas, poré1n: uào 1c111 sido uni~ ror1r1c1nc111e posiliva. 11 Essas cqui1,cs c1n ger«l 11(10 (1es de111ons1n::111 níveis n'lais ahos de sati st:'lç.à o en1 co1nparaçào a oulros indivíduos, à.s vncs cll".s ta111bf111 aprc.scntan1 ahos índices de ahscn1císn10 e 1'0tali,~dadc.

      Equipes multifuncionais

      Equipe multifuncional Grupo de funciooários do mesmo nível hierárquico, mas de dife,cl'lles seto,es da empres., que se junÍat;l para cumprir uma ta~

      I

      t\ llocing criou urna equipe: con1posra de li.ntcionários das áreas de produção, p1anejan1cnto, qualidade, fc rran1cntaria. cngcnhaiia ele pr(1jci:o e sistc111as de infOr111ação para a uto111atizar o p rogran1a de fi,bricaçào di1 acrona,·e ele t ransporte C-17. t\s sugestões dadas pô r esse g rupo rcsuhara111 cn, u111a grande.'! redução de custos e de tc1npo dos proccssos1 alé1n da ,nclhoria da <1ualidadc. 1~ Esse cxc n1plo ilustra ô conceito de equipe multifu.n~ cion.a l, f01'rnada por funcionários do 1nc-s1no oivcl hierárquico, 111as d e difcrc1ucs sc101·cs da cn1p1"<'s.,1; <1uc- sejun1an'I pafa c u1nprir u111a tarefa. ~·l uitas o rganizações usan1 grupos horizon1ais e de duração lin1itada há anos. A JH~·I c1iou tuna g rande força.. tarcfi, n:a década ele 1960. lô r1naOrLC sc1n ele. 'lôdas as principais ind\1strias a ulo1nobilísliadota n1 atuahncnte essa cas 'Tbyota, Honda, Xiss;l11, B:\ I\V, Ccnc.'!ral X1 oto rs e l'Ord rorn1a d<- e<1uipc para coord enar pl'q_jelOS ron1plcxo5. 1\ f-ladcy-l)avidson co111a co1n cc1uipcs n1uhifuncionais cspccífica.5 para a
      302

      Compott.amento organiza~ional

      Essas equipes incluc1n ll tncioná1ios cs l'nuhidisciplin~H'CS 1ornou-sc funda11H;n1al pata vencer g111ndcs casos. Ern p1'0Cc~ssos d e l"C"<'upcraçào jud it·ial. cssc·s <:sc·ritórios fOtn1.un equipes rnuhifuncionais, unindo acriências e perspectivas.

      Equipes virwais

      Grupos que usam a tecnologia da informâtica

      para l'êunir seus membros, fisicamente

      Equipes virtuais

      dispersos, e permitir que ete-s atinjam um objéti~o (

      :-\ s equipes anali~1das até agol"~l rcali1.a1n seu u1tbalho f.1cc a f.1cc. r\s equipes virtuais u.sam a tecnologia da i11forn1ática para re unir seus n1c1nbros fisica1ncntc dispersos e: atingir un1 objcth·o con1un1.1:i Elas p,cr1nitcn1 que as 1x-ssoas colaborem on-line usando

      co1nu1n.

      _J

      COMPORTAMENTO ORGANIZACIONAL INTERNACIONAL Equipes virtuais globais á muitos anos, antes mesmo do e-mail, das men· x1gens instantâneas ou das videoconferências, os membros das equipes de trabalho costuma· vam se reunir no mesmo local, com provavelmente um ou dois membros que vinham para o trabalho de trem ou avião. Hoje, no entanto, as corporações operam em muitos países, daí a necessidade de as equipes traba· lharem em conjunto por meio de linhas internacionais. As multinacionais ux1m equipes virtuais globais para

      H

      atrair uma vantagem competitiva.

      As equipes virtuais globais têm prós e contras. Do lado positivo, por virem de países diferentes, com co· nhecimentos e pontos de vista diversos, podem desen· volver ideias criativas e soluções para problemas que funcionem para várias culturas. Do lado negativo, essas equipes enfrentam mais dex1fios que as equipes tradicionais. Os membros que não aceitam indivíduos de diferentes culturas podem hesitar em compartilhar aber· tamente as informações, o que pode gerar problemas de confiança. Outro dex1fio é que os membros das equipes virtuais globais podem ter ideias diferentes sobre como devem

      interagir. Um estudo de equipes belgas, indianas e nor· te·.americanas revelou que as belgas e indianas tendiam a valorizar o respeito em suas interações virtuais. Faz

      sentido, visto que a Bélgica e a Índia possuem aho grau de distância do poder {ver Capitulo 4), o que significa que as pessoas estão mais ligadas em d iferenças desta· rus, hierarquia e poder. Para criar e implementar equipes virtuais globais eficazes, os gestores têm de selecionar cuidadosamente os membros que eles acreditam que venham a prosperar em tal ambiente. Os empregados devem sentir-se confortáveis ao se comunicar eletronicamente

      e estar abertos a diferentes ideias. Pode ser necessário saber falar outras línguas. Além disso, os membros das equipes devem perceber que os valores que possuem podem ser muito diferentes dos de seus companheiros de equipe. Apesar de as equipes virtuais globais enfrentarem muitos desafios, as empresas que as implementam de maneira eficaz podem gerar recompensas enormes por meio do grande conhecimento que adquirem.

      Fonte~ Base.ado em O. M. Kekket, C. G. Ruttê o P. T. Van den Serg, nCultv,al Oiff&renoo-s in thé Perception of Criticai lt1tetaetion 8&h<1viors in G~V1rtval Teatl\$", ln:ettNtt1onal Jovrnttl oi lnum:uftwat Rel&1i<>n.s, 32. n. S. 2'008, p. 441-452; N. Z.lk&ri3, A Ame,lil\Ckx. e O. wacmon.. M~g Togotho, .Ap~Ht? 8u,ld1ng ii 'Knowtedge,..~fing Cutture f()( Global Virtl$&1 TCbM$., Cre"tivity .,-id lnftOV..,bOO M,:,~mf'(lt1 mor. 2004, p . 15,29; C. J . Fri&y. "Gto~I Virtubl Te,m,: Ch.elleft9Et$ of Te,chnology tnd Cvltute'". E. Bie
      CA: Pfeiffer,Wiley. p. 205-213.



      Capitulo I O

      Figura 10.3

      ComJ)f'eendeodo as equipes de trabalho

      303

      Modelo de eficácia da equipe

      Contox10 • Recur$0S odeqvodo$ • lidoronço e ostruturo • Clima de confio nço • Sistemas de ovolroçõo de desempenho e re
      Composição • Copocidode dos membros • Personalidade • Alocoçõo de popéis • Oiversidode • Tomonho

      Eficócio do equipe

      do equipe

      • Flexibilidade dos membros • Preferências dos membros Processo • Propôsito comum

      • Meios específicos • Autoconfionço • Modelos menta is

      • Níveis de conffito • folgo social

      os links de connnliC[lÇàô, <:01110 redes de lonbr.l <list.ànci~1, vidcoconfcri:ncia ou c-,nail q uer estejam na s..:'lla ::io lado) que r esteja,n cn1 ouu·o conlirlClllC. .1\s cqltipcs vitluais estão lào difullOis hi\ 1ncnos coinJ)atibilidádc social e incnos interação direta c nlrc os 1nc1nbros. Não conscguein reproduziiMtrocas pessoais que ocorreu\ c1n tnna discussão face a fhce. En, especial <1uando os 1nel'nbros não se co11hccc111 pessoahnentc. as equipes virtuais tendcn'I a se vohar ,nais para o Ct.11npri1,1ento de Hu-et'ls e a aptcscntar n,enor l!'OCa de infor1naçào socioc,nocional do que a.s 1>rcsenciais. >Ião é de suq>rccndcl' que seus 1ncll1b1'0s dc1nons1rc1n ntcnor satisfru;ào con1 a in1rraçào de gl'llf)O cio que as equipes pl'cscnciais. Para que as equipes virtuais scjanl (;íicazcs1 a adnt inistraçào precisa garantir· que ( 1) haja confiança entre os mcn1bros (un1 con1cntá1io inflarnado cn1 11111 c-111~\ll de un1 deles pode enfraquecer gi-J.vcrncntc a confiança da equipe); (2) o progrt:sso ela equipe seja 1no11itorado de pen.o (de 1nodo que ela não perca de vista seus objetivos e q ue ncnhu,n n,c,nbro fique

      ·oculto") e (3) os esfo,.ços e pl'odutos da equipe ,ã,·wal sejam divulgados para a Ol'ganização (de ,nodo que a equipe n5o fiq ue i n,~si,·cl).11

      Í!triando equipes eficazes ~,l uilos tên1 te ntado identificar os íato rcs relacionados à eficácia das cquipts. u No entanto, alguns cs1udos translôrrn aran1 o que antes era u1na vcrdadrjra 'li.sta ele ingrcdicnlcs ele holo"u• c n, 11111 n1oclclo rclativan1cnlc focado clc.sscs íhto rcs. i ; f\ Figur~1 10.3 rc!iUlllC

      Compott.amento organiza~ional

      aquilo que sabcn1os at,1ahncntc sob re o que toru.i as equipes eficazes. ( :on10 você pode pcrccl>cr, ele sc fundan1cnta c1n diversos conceitos sobre os grupos que apr<:scntan1os no

      capítulo a11tc1;01·. ,\ dis.cusS:10 a sc:gui,· bascia-$e no 1nodclo e.xi bido na Figur.1 10.3. --rt nha r1n 111e111c doi.s ~,spcc1os an1cs de co1ncçarn1os: o prirnciro é que as equipes clifi:1'<:111 quanto a sua for1na e cstnn,11~\. Co1no o 1nodclo aprcscutado busca 1nna generalização dos diversos tipos de

      Si$tema$ de equipe$ múltiplt1s Siste1nas nos quJi$ dife,entes equipes coordonam seus esforços para produzir o resultado desejado.

      I

      equipe, é preciso ter o cuidado de não tentar apJic.ar rigiclan1cntc esses princípios :, toda e qualquer <.:quipe. 111 Ele deve ser usado con10 u111 roteiro. En1 segundo lugar. o n1odclo parle da prcn1issa ele que ;.,s equipes são scn1prc prcfcri,·eis ao lrabalho indh~cluaJ. (:riar tnna equipe ·eficaz' C(lHlndo o trabalho seria ,nais bcrn realizado por urn indivíduo cquiv;;1lc a 1-csolv<:r' co1t1 pcdCic;~o o problcrna c:r1ctdo. P-Odcrnos oi•tranizar os co1nponcnlcs hàsicos das <.-<1uip<:s eficazes en1 três ca1cgolias. J-\ prin1<:ira dela.\ se rcJC,x: aos recursos e outras influências rontextunis. A sciri1nda diz respeito à con1posir<10 da equipe. Por fin1. as vari~lvcis cio proct.J.So rcHc1cn1 o que acon1ccc na cc1uipc de ntodo a influenciar sua cfic;lcia. O que significa a eficácia da tquipe nesse n1odelo? Ern geraJ. ela engloba rncdidas objeti· vas da produtividade da equipe, a tl,·aliaçã.o dos cxccuti,·os co111 relação ao dcscn1pcnho da equipe e rncclidas ag~gadas da satisn1ção d<' seos 1nc,11bros.

      Contexto: que fatores determinam se as equipes são bem-sucedidas O s c1ua11-o f::uores con1exn1ais n1ais signiíica1iva1nen1c relacionados ao dese1npenho das equipes são a prcs<:nça de recursos ad('quaclos, 111na liderança c·ficaz, lnn clin1a de conlian\':1 e sisten1as de a,·aliaçào de dcscn1pcnho e de rcco1npc11sas que rcíli1a1n as contri· buiçõcs d::l equipe.

      Recursos adequados As equipes são parte de 1.1111 sis1c1na organizacional n1aior. Dessa for111a, toda., as cc1uipcs de u.1balho dcpendc1n de recursos externos para sua sustentação. 1-\ escassez ele recursos reduz clírctan1c1Hc a capacidade ele a equipe dcscn1pcnhar seu tra· ha.lho de n1::u1<·ira t'íicaz e atinbrir seus objetivos. (:orno concluiu u1n estudo que 4'nalisou 13 fi11orf.:$ polcnciahncntc rel.1cionados aó dcst·1npc11ho dos grur)()s, :,lalvcz 11111c1 das c~11·0:1c1c1is1ica$ 111ais irnpor1.-111tcs de u11'1 grupo de 1r.-lbalho cfiraz seja o apoio que ele recebe da organiiaçâo".11 Isso inclui r<'CUl'$OS co1no clisponibilizaçélo ele info1·n1ações cn1 [C.111po háhil, tecnologia apropriacla, pessoal adequado, inccn1ivo e apoio adn1inistrativo.

      Liderança e e strutura 1-\ s c(Juipcs u;\o fu,1ciona111 se scui; 1nc,11bros não cntrare111 c,n acordo sob,·c quc~n1 Í.:'l'l. o quê e assegurar que toclos contribut1.nt i~'\1t1l1'1'1C11tc nesse at'r;\1tjo. O acordo c111 1'C laçào às especificidades do 1rahalho e con10 elas dcvcrn ser organizadas para integrar as habilidades inclivid.uais requer liderança e cscrutura para a equipe, seja da p;,rte elos gestores, st:ia dos próprios 1nc1nbros ela equipe. É. ccno que, nas equipes autogcrcnciadas seus n1cn1bros assu1nc111 111uitas elas funções que gcrahnente fica1n a cargo dos chefes. No c ntanto1 ;t fu nção de un1 gestor: nesse caso. consiste c 111 adn1inistrar as relações rcali:1,ado intcr11a111cntc ptlc,s nlc.~n1bros). t\ liderança(· par1ic.ularn1cn1c nt.:ccssária cn, s istemas de equipes múltiplas, nos quais difCrcntcs equipes coorclcna1n seus esfôrços p:,ra produzir o rcsuh~,clo d<:sc~jado. Aqui os líderes precisan1 outorgar poderes a suas equipes por ntcio da delegação ele rcs:ponsabili· daclc e 11,zer o papel de n,cilit:,clorcs assegurando que as equipes traba..lhan\o cn1 conjunto, e não t n1 un1 an1bicnte conHituoso.'lG Evidências recentes sugcrc111 que cquÍJ>CS que cstabc· lccc1n urna lidcranç~1 cort1partilhada. e torn;,n1 dccistx:s cn1 co1tiunto sf10 111ai.s eficazes do que aquelas que possu<:n1 tuna cstruLurH 1radicio11al que conta <:0111 u,1·1 \lnico lídcr.21 1

      1

      Clima de confiança Os n1c1nbros das equipes eficazes confia111 uns nos oulros. Eles uun· bém dcrnonstra1n confiança cn1 seus lídcrcs. 2z 1\ confianç.1 inte11x:ssoal entre os 1n<:111bros da ('quip<: 11,cilita a coo1:x:ri1Çf10, reduz a necessidade d<: 1no11itorarncnto dos comportan,cn-

      Capitulo IO

      ComJ)f'eendeodo as equipes de trabalho

      305

      los inclh~duai.s e une as p("ssoas en1 lo rno ela crença de q ue ncnhu111a d elas le ntará tira r p11>\·cito da outra. 0 -s m('n1bros d:a cqujpc ,lprt.--sc1H~-1n1 111als disposiçào para ~1ssu1nir riscos ou 111osu<11· vul11crabilidaclc q ual\d o .icn::diu11n c1uc podcn, co11íiar nos o ut1-os mc,nbros. E, con10 \'t' r(·111os no Capí1ulo 131 a e.onfianç:, ê ;1 ba$C para a lid erança. Ela p<.:1·1ni1r que ;1

      equipe aceite as decisões e ol~ctiv<>s de seu líder <.: se con1pmn1c1a <:0111 t~les. Sistemas d e avaliação d e desempenho e recompensas

      Como conseguir que os

      111c1nbros d e urna equipe sejan1 respons.;1vcis,, tanlo in
      avali.-1çÕ<.:s individ uais de dcscn1pe nho e os inccnli\'OS podc111 intcl'fcrir no d cscnvol\'in1c11to d e c<1uipcs de alto dcsc1npcnho. t\ ssitn, ao lado da a\'aliaçào e elas rcco1npcnsas indi,~eluais pela contribuição de cada fun cioná1io, os di1igcntcs prccisa1n n1odifica r o sistc1na tra di· cional d e ava liação, baseado nas rccon1pcnsas individuais, para re fle tir o dl·scn1pc nho da equipe.' 3 tu ava.liaçõc.:s c n1 grupo, á participaç~1o nos luc ros e nos rcsultad os1 os int<:1nh1>.s aos grupos pcque1,os e outr.\S 1nod ificaçõcs 110 sistcn1a poclc1n reforçar o c111pcnhô e o éô1n pron1etin1c11to das equipes.

      Composição da equipe Esl(l catcgo,ia inclui as vari,l'vels relacionadas co,n que1n dc\·e integrar as e<1uipcs as habilida des e pc1"Sonalidad cs ele seus rne1n btos1 a alocação d e papéis e ,1 cli\'crsidad c, o 1a n1anho da ec1uipe e as prefcl'ên,ias d os n1e111hros pelo 1rahalho en1 equipe.

      Capacidades dos membros Parte do desempenho de uma é'<1uipe dcp,mdc dos conhecin1cnlos, d as habilidades e elas capacidades indivlelt1ais de seus, ,ncn1bros." I~ \·crd~1dc q ue, ocasio nal1nen1e, le1nos a 1-esp<:i10 d e equipes espotti\>nS co1npoi:.u\s d e alle1a.~1nedíoc1-es. n1as que. graças a un1 técnico excclcnt e. à d c1ern1i11açào cio grupo e à precis.1o do trabalho c,n

      COMPORTAMENTO ORGANIZACIONAL NA MÍDIA Evitando os erros d a equipe

      Pº:

      cirurgias quase sempre são feitas uma e.q ui· pe, mas, em muitos casos, estas sao equ,pes penas no nome. Isso é o que diz um estudo com mais de 2.100 cirurgiões, anestesistas e enfermeiras. Os pesquisadores pediram aos participantes do es· tudo que descrevessem a 'qualidade da comunicação e da colaboração que experimentaram' com os outros membros da equipe cirúrgica. Talvez não surpreendentemente, os cirurgiões receberam as avaliações mais negativas para o trabalho em equipe e os enfermeiros, as mais positivas. "O estudo é um tanto quanto humilhante para mim", disse Martin Makary, autor que liderou o estudo e também cirurgião no hospital Johns Hopkins. "Existe muito orgulho na comunidade cirúrgica. Precisamos equilibrar essa nossa doutrina de liderança." Os pesquisadores atribuem muitos erros em salas de operação, tais como esponjas deixadas em pacientes e cirurgias feitas no lado errado do corpo, a um trabalho

      de equipe deficiente. Mas é mais fácil falar do que fazer quando se trata de melhorar o sistema. Outro estudo realizado com enfermeiros brasileiros identificou o relacionamento interpessoal com cirurgiões e anestesistas como uma das principais dificuldades enfrentadas por esses profissionais nos centros cirúrgicos. De acordo com os entrevistados, diversas são as causas desses conflitos: as d iferenças nos valores e no estilo de trabalho, a diversidade demográfica, o estresse provocado pela irritação de alguns cirurgiões, entre ou1ras. Além disso, out
      Fontes: E. Nagourney, ..Surgical Teams Foond lxking. in Teatn'WOO(."', New Yorlc n mes, 9 maio 2006, p. 06; "NUfses Give Surgeons PoorGrades Forbes. 5 m,:1io 2006; e "Oiftevldades enfrentadas po, enfo<meiros em um centro ein,ilg;co". Poru,J Educ.oção- Medicina Art.lgos. Olspon~ ém: <www.p(>(t<1lodvc.acao.com b-drur· 9100>. ~ éM; t9 ftv. 2010. oo Te:imworit in OR",

      Compottamento organiza~ional

      No Carnaval, um bom exemplo do ttabalho em equipe acontece quando uma escola de satnba desfila na avenida. Durante o desfile, nada ,epresenta tão bem o espírito e a coordenação de grupo quanto o time de ritmistas da bateria: o coração da escola de samba. Para garantir uma bateria nota dez, entretanto, não basta ter bons instrumentos e uma bela fantasia: é necessário que os ritmistas estejam treinados e dominem completamente o som dos surdos. tamborins, repiques, caixas de guerra, cuícas e chocalhos. Dessa forma, com memb,os muito habilidosos tocando os instrumentos, a escola pode avançar feliz pela avenida.

      equipe> vence,n tnn grupo de alleu,s ,nuito n1a_is talentosos. ~ ra.s tais casos fica,n farnosos cxa1a111en1c porque são cxce(ôes. O dcsernpe11ho de luna equipe não é apenas o so1n:nório das capacidades individuais de seus 1ncn1b1'0s. Contudo 1 css.ns capacidactcs detcrn1ina1n parân1c1sos do que os 1nc1nbros podern fi1zcr e do cluào eficientes serão clcn1ro da equipe. U111a equipe precisa de três tipos diferentes de capacldadl';.~. Prin,ciro~ela prccis.1. de pessoas co1n conl,rcüurntos tic,,icos. Scg:undo: de pessoas: con1 ltabilúlades /)(Ira re.solufliO dt problen1aJ e 1011,ada de,lcci.sõe.s p;:ira idcn1ificar problcn,as> gerar e avaliar altcrn~uivas e fhzer escolhas ton1pc1cn1cs. Finahnente> as equipes pi-ccis;\n\ de 1>essoas que saiban1 ou,~•i dC('n'ljttdback, solocionc~,n conílitos i · possua111 ou~ras hobilidadeJ i,11rrpessoais.1} A ,nistura correia dessas habilidades é c1·ucial, 1nas elas não prccisan1 ('S1al' toclas presentes desde o início. Não é ra1'0 que u1n ou 1nais n1c1nbros da ec1uipe se con1pron1c1a1n a aprrndcr as hahilidadcs de que a equipe tcn1 dtflciCncia para pcrn1itir que o g rupo aüqja 1<xlo o potencial. :\s pcsc1uisas ofcrccc111 algu111as contribuições quan10 :l co1nposiç~\o e ao desempenho da.s cquipts. Prin1cirot quando a tar<:fh co,nprctndc un1.l in1porl;u1te rcllcxào (resoh·er un1 problen1a co,nplexo, co,no n!estrutu1·ar un1a linha de 111ontagen1) 1 as <:<1uipes de alta capac..-:itaçf10 (co,npostas p1~ncipalinente ele rnernbros i1ueligc1ncs) lên'I 1nelhorcs rcsuhados que as dt." baixa capacitação, ('n1 cs1:>eci;d <1uando a carga de tl'abalho é distrihuíd:i por igual. ))essa forn1a 1 o descn1pcnho da cc1uipe não d epende do vinculo rncnos eficaz. r\.11 equipes ahan1enlc capacitadas tan1bén1 são rnais adap1áveis a situações de n1udança, pois podcn1 aplicar conhcciinc1uos a nteriores a J>roblc1n;,s novos ele ,naneira efetiva. Scgundot quando as t~lrCfi\S são sin,ples.1 <.tS equipes aha111cnté capacitadas 11ào trabalharn làO l)('ni> làlvez por(1ue seus rnc rnbros íiquen1 cnte(liados e vohcm sua.s atenções para outras atl,·idadcs ,nais cslin1ulantcs> ao passo que as equipes de baixa capacitação pcr,riall('Ce11\ na 1a1"CH1.. 1\s equipes corn alt<'\ capacita(ào deve,n ser alocadas para lida,· con1 1>rohle1nas con1ple.xos. Sendo assi,n. é irr1pol'tan1e ,·incnlar as e,.1.pacidades da equipe à 1aret:1.. Por fin1>a capaci1açào do líde r da equipt~ta1nhén1 in1por1a. Os líderes inteligcnres aj11dan1 os 1nc1nhros n1cnos inteligentes quando cslcs tê111 clificulcladcs con1 u,na taret1t. ~ las u111 líder menos inteligente pode neutralizar o cfi::ito d e urna equipe aha1ncrnc cap:l.citada.'.!t>

      Personalidade dos membros l)en1ons1r.in1os no Capítulo 5 que a 1:x:rsonalidade ,e,n u,na inffuência significativa sobre o con1portan'lento individ11al cio fi.1ncionário. 1·1uitas das d i1ncnsõcs identificadas no l'\ lodelo Bjg Fivc tan1hén1 se n1os1rara1n relevantes para a <·fic.c'lcia d;t equipe. U,na estudo recente iclcnLificou três dclaj.::; ~lais cspccifican1c111c, as c.x1uipcs que a pn.~scntarn grau elevado ou 1nêdio de conscicnciosidtldc e abertura a experiências lcndcn, a ter ,nelhorcs dcsc,npcnhos. .i-\ lé1n desses> tun nh-cl ,níni,no de amabiJjdade uunbérn é i1nporta11tc: :'IS equipes liver.un pior clcse1np,c11ho quando tnn Ol• nlais 111cn1bros e1ia1n conside1'ados desagradáveis. 1à l,tt u,na ,na(à estl'agada possa 1nes1110 cs11'agar ,oda a cesta!

      As ileRquisas mmb.:m nos dc,o:un uma boa ideia sobre po1' que cs,ws U'l!ÇO~ dr personalidade são rclevanlcs para as equipes. 1\ s pessoas conscienciosas lên1 1.un g ra nde valor nas

      Capitulo 10

      ComJ)f'eendeodo as equipes de trabalho

      307

      cquipcsi pois s.-lo boas e1n dar aJXlio a outros 1nc1nbros e tan1bé111 cn1 scndr quando esse flpoio é nc..·ct-s~hio. Os 111c1nbros rnais abertos a experiências con1unh:a1n -sc 1nclhor con1 os outros e l<111çam ,nais ideias, o que faz que as equipes con1po.slas de pcSS0(1S ~btrta.s <• ('.'l:p<'riê1tcia.,; s.;ja111 tnais c·1'iati\'aS ~ ino,·.:1do1'.'ls.18 Suponha c1uc unta organização precise criar 20 cquipc:s ele qua11·0 p<•ssoa.,; cada e 1cnha 40 pesso:,s aha111cntc con.scicnciosas e 4-0 que apresc111a111 h,lixo grau de conscienciosidade. t\ organiz:u;ão estada cn1 1nclhorcs condições se (a) for111as.sc dez equipes coin as pessoas ah;uncntc conscienciosas e dez con1 as ele rnenor conscicnciosicladc ou (b) colocasse e1n cada equipe duas pessoas co1n aho grau e duas co1n baixo grau de conseicnciosidadc? ·ralvcz., suqltecndcntcn1c,ne~ as evidências sugirnn1 que a opçrlo (a) seja a n)clhoi- delas. O dcsc1n1x·nho n,is equipes scil'á 111clhor se a Ol'gani:,,:açào f(>l'n1ar dez (xtuipcs conscienciosas e dez 111cnos conscienciosas. "Isso pode ser porque, ncss.1s equipes, os 1nc111bros que são ahan1cntc conscienciosos não só dcven1 executar .-s próprias tarcfi,s, n1as 1a111bé1n executar ou ref.lr.cr as tarcfhs dos 111c 111bros 1ncnos conscienciosos. lsso tan1bé111 pode ocorrer p<·Jo fiuo de tal diversidade gerar scnti111cntos de dcsigualcladc de <..'Ont1ibui<;õcs. """1

      Alocação de papéis f\s cqui1)<:"S JJOssuç111 nccc.ssidacles clilCrcntcs e st·us 111c111brQs deve1n ser selecionados ele n1odo a assegurar que Lodos os pa1>éis scjan, preenchidos. U 111 estudo co1n 778 dos piincipai.s t.i111cs de bciscbol norrc-an1c iicanos durante un1 J.>eríoclo de 21 anos destaca a irnportància de clisuibuir pap<':is adequ.1da1ncntc.30 Con10 tspcrado~os tinu.':s Cttios 111crnbros cra1n 1nais cxpc1ic1HCS e habiljdosos aprescntarctrn lUll d csc1npenho n1clhor. No entanto, a cxpcriê11ci~ e as habilidades dos <1uc dese1npenl1a\·a1n os p1incipais papéis e 1-eccbi;:-t111 o ,naior fluxo ele u·abalho cio li,nc-1 alén1 ele sc1-e1n ccnttais pata os proccs..~os cle trahalho (no caso, os lançado1'Cs e apanhadores), eram par1icular111c11tc vitais. Ern outras pal:,vras, coloque seus 1rabalhaclorcs 1nais capa.zcs, experientes e conscienciosos nos papéis centrais ele u111;, equipe. Podcn1os identificar nove pap(·is: potenciais na equipe (\'cr Figura 10.4). J-\ s equipes lxan-sucedidas tê1n p<:sSO;t:) sclcci-0nadas para dcscn1pcnhéí-los de acordo co1n .suas h.1bilidadC$ e prcfcrC11<:ias. -' 1 (Enl 1nuitas cqujpts, a:s pcsso"s descn1pc11ha111o 1uú)liplos papéis.) Para aun-1c1nt11' a probabilidade de que os 1nc111bro)1;. da equipe lt'1balhe,n bcrn, o~ gc:;to1·c$ precisa 11, con1prcc.;11cli;r o~ pontos fottcs que cada J)c.ssoa pode trazc.;r, seleciona,· os 1nc1nhros Lendo c111 n1en1c esses pontos fOrtcs {:distribuiras atribuições de trahalho ele n,anc~ira que se ;\justc111 aos cslilos preferidos pelos n1cn1bros.

      Diversidade dos membros No Capí1t1lo 9 discuthnos a 1>e.squisa sobre o efeito da divc1-sidadc nos gl'upos. Co1110 a di\'e1-sidadc nas t•qu1/)f-S ateu~seu clescn1penho? ~·l uitos 1ên1 a visào oti1nista de que a diversidade deve ser unia coisa hoa - .._.., equipes heterogêneas podcn1 ~e beneficiar de d ifCre ntcs perspectivas e se sair 111clhor. Contudo, cloi.s estudos n1ostrtun que a d iversidade dc1nogn:lfic.·:, não tcn1 tsscnciahncntc ncnhu111a relação <:0111 o dest1npcnho geral de u1na c(1uipe.32 Urn qualificador é que a diversidade étujc:-1 e de gênero lêrn n·H,is cf('itos ncgalivos en, .:l1-cas don1inada.s por funcion,'uios brancos ou do sexo ,nasculino, ,nas ern ,iteas n1ais cq uilibrada~ den\ogrttfiCt'l1nc1ne a dtvc1'Sidaclc não chega a ser un, proble,11a. Pot sua ,"tz, a divc1"Sidadc d e funçôes e conhcci,ncntos es1á ~>0si1i\'an1ente relaçionada descn11xnho dos grupos, ,nas seu efeito é ,níni,no e depende da situação. U1n dos desafios difi.inclidos cntl'c as equipes é que, enquanto a diversidade pode l t'r bcncíicios potc11ciais 1·cai.s 1 o foco das equipes costun1a ser nas infor,naçõcs con1pa11jlhadas por seus n1c111bros. No cnt;,1nto, se as equipes heterogêneas qucr<:rn realizar seu potencial c1i,uivo, 1>rcei.sa,n focar não $ua:- si111ilaridadcs? ,na,:; su:tS diferenças. 1\ solução para os ,ncn\bros de equipes hetcrogênea.s é co,nt111icar('1n seus conheci111c11los exclusi\·os e,;. H1.1lll)(!n1 aquilo qu(· não sabern. Urna lid(·rança aclrquada ta1nbé1n pode 11\elhorar o desc1npc11ho de cqui1:>es hctcrogêneas.3i Q,1anclo os lídcr<."s oíe1·ecc111 tun obje1ivo co111un1 que inspira os 111c111hros d e cc1t1ipcs c,tia educação e conhccin,c·ntos va1ian1 1 a c•qui1:x: se lorna 11111ito c1iativa. Qpando os líderes não oícrcc<:111 1ai.s olajcüvos., as equipes diversificadas não lira111 vantagcrn de suas capacidaclL-'S lln icas e torna.n1~sct na ,·crdadc, nte11os c1i:= niva.s que aquelas de habilidades hon1ogêncas. O g r~\u cm que os n1e111bros de unia unidade ele trabalho



      308

      Compott.amento organiza~ional

      Figura 10.4 Papéis básicos na equipe ProdutO< Orgonizodor

      Montenet

      I1-~~--'-~~--,,.. cxtornO$ Luto em botol~s

      Equipe

      P,omoior

      Conselheiro Criod« Articuto~

      (gn1p-0, cq11i1)(; ou dcparla1ncn10) cc.,1npartilh:un utn 1ncs1no a1 1ibu10 den10&"1-áíico, co1no sexo, í.1ix;i c 1~lria raça, nÍ\'(:I c.:clucaci:onal ou tcn11:>o de sc1, •iço n~, organizaçào; é cha111ado demografia organizacional Esta sugere c1ut auibutos cc,1110 a época de ingresso c,n u.111 grupo poclern nos <~judar a prever a rotatividade. f\ lógica é a seguinte: a rotath~dadc é rnaior entre pcsso<.-t.s. corn cxpciiCncias diferentes porque a con1unicaç~io é 111ais difícil É 111ais pro\·cí,rel que lutj(1 t'<>nAjtos e lut..:1s pelo poclcr e, quando ocorrcn,: estes são 111ais intensos. O conUito <:1-cscentc torn;J a partit.:ipaçào no grupo rncnos a traente. e os funcionários lê1n nlaiot 1cnd(:ncfr1a sair. Da n1c~n,a for,,~.. , os pcrdt·dores na lu1a pelo poder são os ,nais sitit:itos a ir c1nbora, volun1arian1cntc.: ou não.3i 1

      Demografia organizacional Grau em que membros do grupo compartilham atributos demográficos, teus como idade. sexo, ,aça, nivel educacional ou tempo de serviço na organização. e o impacto

      desses au1butos na

      ,otatividade.

      _J

      A equipe de mal'keting da filial carioca da empresa de telefonia Claro é composta de pe$Soas com vm perfil bastante semelhante. Cerca de 90 por cento dos funcionários são mulheres e têm 35 anos ov

      menos. A reduzida diversidade dos memb,os do time facilita a comunicação e pode resultar em uma meno, rotatividade no departamento. Até mesmo os estagiários costumam ser do sexo feminino, o que garante a

      manutenção do perfil e dos valores da equipe no futuro. A semelhança demográfic::a entre os funcionários eleva a coesão da equipe e pode ser considerada uma das responsáveis pelo sucesso da emp,esa na região do

      Rio de Janeiro. onde a Claro assumiu a liderança do mercado em ?.OCII.

      Capitulo I O

      ComJ)f'eendeodo as equipes de trabalho

      309

      Tamanho das e q uipes Quando son1os estuda ntes e prccis..·u nos f., zcr u111. u-abalho c n1 grupo, no rn1ahncntc os professores aconsclharn que as equipes scjan1 con1poslas de, no 1náxin10, cinco 1ncl'nbros..u Esse conselho é corrol)Or.,do pelas evidências cic11liíicas.,s,, De 1na-

      ncira gcr,:11. as cquir>Cs 1'11.ais cficaz.c::s siio to1111>0su1.s de cinco~~clc:1,. clc1ncn1os. Os cspecialista.s sugel'crn a 111ilizaçào do ,11.c::1101· nú n1.('1'0 p<)S.SÍV<:I d e ,ncn1bros para a 1·eali1.açào de u,na 1aref.-.. Jníc:Jizn1cntc, os gcs;torcs; n1111itas ,·e7..es ,:rra1n por co1npor equipes 1nui10 n u1ncrosa$. Pode ser q ue apenas quatro ou c in co pcss.oa.s sçja,n suficientes para garantir a d iversidade d e ha bilidades e po ntos de vist a, ao rncs1110 t<:n1po que os problcn1as de coordenação da equipe aurncntan1 cxpo nc11cial111cntc à 1ncdicla que eh, se 1orna n1ais nun1crosa. Quando a equipe lc1n e xcesso d e co1n ponc11tcs. seus rnc,n bros lé1n d ificuldades d e d cscnvoh·c r a coesão e o co1n pron1ctin1c1Ho, e hfl jun1cuto da IOlga social. aJén\ do Hno de que un1 nl1n1cr'ô 111aior de pessoas di11-.i11ui a co1nu11icaçiio. Os 1nc1nbros de equipes grandes têrn problc,n;is c n1 cool'd c11arc111-sc co,n os o uu'Os, principalincnu:- q uando cs1ào sob pressão de tcn1po. Se ,.una estação d e; traba lho que surgiu nr1.tu1·alrncncc fo r ,n aior e voe.é deseja ln11 esforço d e equipe~ pe nse cn1 dividir esse grupo cn1 c<1uipcs 1ncno re..i;.•;

      MITO OU CIÊNCIA?

      É possível mudar o comportamento cooperativo

      e competitivo das equ ipes de trabalho? ssa afirmação é verdadeira para alguns tipos de equipe e falsa para outros. Vamos ver por quê. Foi realizada uma pesquisa com 80 equipes de quatro alunos de graduação do curso de administração de empresas. As equipes executaram uma simulação de comando e controle desenvolvida pelo Departamen· to da Defesa dos Estados Unidos. na qual a missão da equipe era monitorar uma área geográfica, manter for· ças hostis longe dali e apoiar forças aliadas. Os membros das equipes utilizaram computadores interconectados e seu desempenho era mensurado tanto pela velocidade (a rapidez com que identificavam alvos e forças aliadas) como pela exatidão (o número de erros de fogo amigo e oportunidades perdidas). As equipes foram divididas de acordo com o tipo de premiação: cooperativa (os membros da equipe dividi· ramos prêmios igualmente) ou competitiva (os membros da equipe foram premiados com base nas contribuições individuais). Depois de jogar algumas partidas, as estru· turas de premiação foram trocadas: as equipes que eram premiadas de maneira cooperativa passaram a receber recompensas de forma competitiva, e vice-versa. Os pesquisadores descobriram que os membros das equipes inicialmente premiadas de forma coopera· tiva adaptaram-se facilmente à premiação competitiva e aprenderam a sobressair em relação a seus colegas de time. O contrário, entretanto, não aconteceu. Parece que as equipes que cresceram sendo cooperativas po·

      E

      dem aprender a ser competitivas, mas as competitivas acham muito mais difícil aprender a cooperar. Transpondo os resultados desse estudo para o dia a dia das organizações, poderíamos compreender as mudanças de comportamento das equipes quando o processo de avaliação e remuneração passa por mudanças. Em times recompensados pelo desempenho coletivo, é pos· sível tornar os membros mais individualistas ao modifi. car o sistema de avaliação, ao passo que, em equipes já acostumadas ao método individual de avaliação, é muito mais dificil ensinar seus membros a cooperarem uns com os outros. Em um estudo posterior, o mesmo grupo que realizou a pesquisa encontrou resultados idênticos: as equipes cooperativas se adaptaram mais facilmente a condições competitivas do que o contrário. No entanto, eles descobriram também que as equipes competitivas conseguiam se adaptar a condições de cooperação quando tinham liberdade para escolher como distribuir papéis entre seus membros (em vez de e ncontrar papéis já designados). Essa liberdade pode levar a uma cooperação interna entre as equipes; portanto, o processo de estruturação dos papéis em uma equipe ajuda um grupo anteriormente competitivo a aprender a cooperar. Alição ensinada por esses estudos é que é difícil para as equipes antigas aprenderem conceitos novos. Contu· do, se as equipes competitivas conseguirem se reestrutu· rar, elas podem aprender a ser cooperativas.

      Fontes; B. tl
      310

      Compo11.amento organiia~ional

      Preferências dos membros Nc1n todo funcioná1io é un1 1ncn1hro potencial de equipe. Se for dada a opção, 1nuitos funcionários preferirão ficar.fora das cc1uipcs. Qpando as pessoas q ué" prefcrcn1 lrabalha1· sozinhas são r<:quisi1adàs pt,ra o lrabalho cn1 cquipc 1 há lnna a,nei,ça dirc1a ao 1noral do g11.1po e à saúsfaçào individual de seus mcrnbros.J8: Isso sugere c1ue, ao selecionar os 1nc,nbros da eq11ipc~, os ~ ..srorcs dtvc1n considera,· as p1'("Í<'rl·n('iai. incli,~duaii; jun1a1nen1c con1 as habilictadc~s., prnonalid...1clcs e caparida0.

      Processos da equipe A categoria final relacionada à efic.:ícia das cc1uipcs refere-se às variávci.s de processo, co1no o con1p1'0n1ctân1cnto dos n1cn1bros co111 un1 propósito con1un1> o cstabclccin1cnto de n1ctas especificas para a equipe, a autoconfiança da equipe, o co1npa11ilhan1cnlo de n1odelos ntcnlais: un1 nivcl controlado ele conf-tilos e a redução ela folga social. ·1odos esses <JUCSiloS síl.o cspcciahnentc i1npor1an tcs l'rU equipes grandes e n.:1quch,s alt,11nc·n1c interdepc::nd(·rucs.39

      Plano e propósito comuns As equipes c.licaz.es inicia1n seus trabalhos analisando a ntissão, definindo os objcc.ivos p;,ra alÍ1lgi-la e clescn\'Olve11clo estratégias para isso. Sào cc1ui-

      Reflexibilidade Capacidade de uma equipe de refletir $Obre e ajustar o plano principal. quando neeessátio.

      1 __J

      pcs que cStê,bclccern un1 sentido cla.-o cio que p.-cc-isa ser feito e <:Ol'no apresentar tnn dt..--sc1npcnho to11i.is1c11tcn1enu_ : su1x:tior. 1" Os 1n<:1nbrúS da~ <:<1uipcs b<;1n-s11ccdidas clt;dica,n has1a1uc c;sfc)J'ÇO e u:,npo para configurar un1 propósito>tatuo cn1 tcrn1os individuais con10 coletivos. l~ssc propósito con1un1 1 quando aceito pela equipe, torna·sc o equivalente ao que o n1apa cclcslc para navegação representa para o c;,pitão de tun na,~.o: ele oferece direção e orientação sob loda e q ualquer condiçào. Co1110 urn navio que segue o percurso errado. as equipes que n~lo tê1n habilidades ele plancjc1111cnto cstào condenadas~a cxccuçào pc1fcila do plano c1T;;1do é unu, causa pcrdid" ..u 1\s eqni1:x:s cfil'a:t.c.·s tan1l,é.n1 n1oslr~11n r e ftexibilidad e, 0\1 seja. rc.nc,cnt sobtc seu plallo principal e o ajust.:u11 qua11do nc<:<'ssário. Uma (X1uipc: deve 1cr 111n l>0n1 plano, ,nas ta1nbé1n 1c:1n de estar cli:-.pos1a a se ad;,p1ar <1uando as c:ondiç.1-)cs rcqucrc1n c1u<· isw aconteça. 42

      Metas específicas ;\.~ equipes bcrn-sucedjdas traduzen, seu propósito co1nurn érn niétas dé dc~cn1pénho específicas, mensui-A, ,cis e realis1as. l~sas n1ctas ajudarn a 101·11'1!' a cornunicaçào 1nais clara e ta1nbén1 ajuclan1 n equipe a 1narncr seu tOCo na oh1cnçào de resultados. Cocrcntc1ncntc con1 as pcsquis:ts sobre rnctas. individuais~ as n1ctas elas equipes ta1n· bén1 dcvc1n ser desafiadoras. f\s ,netas difíceis clcva,n o dcst1npcnho da equipe nos c1i térios para os qutlis foránl cs1.-l:x:lccidas. Dessa forn1a, 1ne1as para au1nentar o volun1c de procluc;ào le\-an1ao aumento da produç;.i.o. n1<:tas par.a. au1ncntar a rapidez acek:r-Ant a \·clocidadc::, nletas para a c.xatidào au1ncn1anl a exatidão. <.~ assi1n por diautc. 0

      Os diretores do gf\lpo varejista Pão de AçVcar são om bom exemplo de uma equipe com um ptopôsito comum, que guia a$ decisões de todos os execotivos da empresa. Com uma politica agressiva de controle de custos aliada à crença do cre$cimento por meio de aquisições, a organização consolidou-se como o maior grupo vareji$ta b rasil-eiro. "Temos um time uníssono, com objetivos comuns, que tem registrado excelentes

      resultados(...), o que demonstra que estamos no caminho ceno.. , afirmou o presidente do Conselho de Administração da empresa, Abilio Diniz.~

      1

      Capitulo 10

      Comp1eendeodo as equipes de tr.ib.llho

      311

      Autoconfiança da equipe As equipes eficazes tên1 confia nça cn1 si n1csn1as> pois acrcdi· tarn c1uc terão sucesso. Cha1na1nos isso de '1t1/0<01,jia11ça da equÍ/>e. ~·-.1\:s equipes bc1n-succclidas

      .1tnncnunn a convicção sobre seus. sucessos futuros, <1uc, por sua ,·cz, rnotiv;un-nas a trt1balh;;lr mais ardua,ncntc. O qu<.' os gestores podeol Í.:"17.CJ' para au1ncn1ar a <"fic;lria elas equipes? l)ual. 01,çôci- são ajuiliclades técnicas e interpessoais de $CUS n1c1nbros. Quanlo rnclhorcs essas hahilicladcs, nlais a ec1uipe lcn1 condições de desenvolver sua confiança e sua capacidade d e contar co1n css..1. confiança para oblcr resuhaclos. Modelos mentais Conhe<:iménto é cranças

      dos membros da equipe sobre como o uabaih~ ~ feito pela equipe.

      1 ____J

      Modelos mentais All equipe.\ cfic.-zcs coi-npa1·1ilhan1 m od elos m entai s exatos: co· nhcci1ncnlos e crcnç:,s (u1n 'n1apa psicológico'} sobre conlo o trabalho deve ser fcilo. Se os n1cn1bros da equipe possuern os 1noclclos e rrados, o que é parlicular1ncnte con1un1 c n1 equipes sob c lc\·ado estresse, seu dcsernpenho é afetado. M, Por cxcn1plo) cluranlc a Guerra do Iraque, n1uitos líderes nlilharcs norlc·amc 1icanos disseram que subcstí111a11un o poder de insurgéncia e ,t~ di,i~õcs lntc rnas entre as seitas 1-cligiosas in,qui;,nas. 1-\ s sc1ncl~u1nças doo rnodelos 1nc:ntais dos rnc,nhn)s cl.- equipe tarnb(·n1 i1nporH\tn. Se os n1en1b ros da 1ncs1na cciuipc possue,n ideias difCl'cntc;s sobre co1no H,icr as coisas, \'ào b 1igar a esse 1·csJ>ei10 c rn vez de Sé conccnrrar no que precisa ser fci10.·*'

      Níveis de conflito O conílito dentro de u111(t equipe nào é ncccssa1ia1nc11tc unla coisa negativa. (:01no ,·c1·en1os no Capítulo 15, as equipes tot.:1l1ncn1c isentas eh.: conflitos tend<:rn a se tornar apáücas e cs1agnadas. f\.">Sirn, os conflitos (1nas não de todos os tipos) podc1n, na vc1xlaclc, 1nclhorar a cfCtividadc das cqui1x:s.43 Ô'S conAitos d e rclaciona1ncn10 aquc11.:s baseados c n1 inco111patibilidad cs interpessoais, tensões e anin,osidacle en1 rc .-s p·cssoas quase sen1pre s:lo clisfuncionais. No d esempenho de taref.ts não rolinciras, contudo; o desacordo entre os 1nc111bros sobre o conteúdo da tarcf.1 (chan, ado CQ1iflito de larefa) csün,ula a discussf10, p ro111ovc a a,·aliaçào c 1í dc(1_de problcn1<1s e opçOCs e pode concluzi1· a 111cU1orcs dcc.:is(,cs da equipe . ..ré\l\'ci. por isso, c::111 urtl estudo rcaliz..ido con1 funcionârioi- oriundos de c;:111p"•s;\ s

      do Es1ado de Coiást 1enha-sc sugtl'ido que o conflito de;: Hu'C~'l p;irccc enriquecer

      o trabalho e clin1in11ir a insati$fhçào cios funcionários.19 t\ ,nancira con10 ús conflitos são resolvidos ta n1hé1n pode r.,zer düfcrc.nça e ntre equipes eficazes e incíirazcs. Un1 estudo co1n 37 gn.1pos de trabalho a utõnon1os n1os-1rou que as cc1uipcs cfic~t7..cs n:soh~a1n os conflilos discutindo cxpl.i(,;t~uncntc os problcn1as, ao páSSô que as incfica7..CS aprcscntavan1 111ais clcsen· tendi11,cntos centrados crn tipos de p<:rw 11al.idadc e na 1nanci111 tomo as coisas t·111111 d itas.~

      Folga social

      Os indi,ícluos podc1n se entregar à folga sociaJ e se apn>,·citar do csfOrço cio

      gn1r><> já que. as conuibuiçOCs i.ndi,·iduais n;io poclc1n ser ident..ificaclas. 1\s equipes eficazes nào 1

      co1Tcrn esse risco quando rcspôns.-.bi1izan1 seus 1ncn1bro.s., indh~dual e 001~j1u1t:m1<:ntc, pelos propósitos, ,neta!) e abo1(lagcm da cquip<:.11 Pôrtanto. seus 1ne1nbros dC\-crn deixar claro quais isào suas 1x:spo1\Sc1bilidades lndi,~due1is e qué\is são aquelas do g.nrpo c.on1<> un1 todo.

      H ransformando indivíduos em membros de equipe ..-\cé agora, c nfa ti1.a1nos a c,·csccntc 1l0pula1i dadc e o valor das equipes d e trabalho. tvlas 1nuitas pcswas nào se <;ncaixan1 no perfil ele n1c1nbro ele equipe . e 1nuitas organizações, h istoricarn cnte, valoriza1n csscncialn1cntc as realizações pessoais. t\lé rn d isso. as equipes se ~iju.~na111 rnclhor a cultu111s coletivist~is. O <1uc acontece se 111na o rganização tenta in1pla11t.:\1· o trabalho cn1 equipe con1 trabalhadores nastidos e criados crn tuna sociedade a hé\1nentt indi\'idualista? U,n funcion:lrio antigo de u,,1a en,prcsa de grande 1>0rte, que fez u1,1 bo 1n u-abalho c ,n un1a enlpl"('s:a ele culn1ta indi,·id11alis1a, ele u,n pais 1an1lw1n indiviclualis1a, dcscrcv<'u a CXJ)Cl'iência de se jun1ar a lnna cqui1>e: " l~stou aprendendo ,ninha lição.

      Acabei de 1c1' minha p1i111cira avaliação ele cles,:mpcnho negativa cm 20 anos".'1

      312

      Compo11.amento organiia~ional

      Então, o que as o rganizações poclc1n fazer para au111cntar a eficácia da equipe, ou seja, p.tra trànsíor11n11· colaboradores individuais crn 1ncn1bros de equipe? J-\ qui, ,·ercrnos as opções que os gclitorci,. têrn pa1·(1 transformar os indivíduos c 111 1nc 1nbros de equipes

      de 1rahalho.

      Seleção: contratando 'pessoas que sabem trabalhar em equipe' 1\lgun1a$ pessoas já possuc1n habilid.1des i1uc:-rpcss:oaís para ~er l'nc1nhtos eficazes de equipes. t\ o contratar 111cn1h1'0s ele cc1l1ipcs:1 assc:gul'c~st: ele quC' os candidatos possucn1 con~ diçõcs dt dcsC"n1pcnhar seus papéis no grupo.:., 1\ 0 c:nconlrar canclida1os que não possucn1 habilidades para trabalhar cn1 equipe, os gestores tên1 três opções. O candidato pode passar por un1 trcina1nento para se transfo1·n1ar cn1 1ncmbro de equipe. Se isso nôlo for possivcl, ou não funcionar, as duas outTáS opções Sa.ra outra unidade da c1nprcsa que núo 11c,balhc cm cqtÚIX' (se possível) ou nflo contratá-lo. Nas organi~c,çõc..·s já existentes e que esti10 se rcc..:s11·u1ura11do para o trabalho c,n <;quipc, alguns t~incionários rcsis1c1n a c;ssa n1udança. lnfcli1.1ncn1c, csst·s indiví
      Treinamento: criando pessoas que sabem trabalhar em equipe Os especialistas c1n trcina1ncntto conduzc1n exercícios que pcrmÍlcn1 aos funcion.'ii-ios cxperin1cnt,1r a satisf.tção que o trabalho c 1n equipe pode pro1>01x:ion~,r. íV()rkslto/JS podcrn ~ajudar oi; funcionários a apri,norar suas h,,bilidadcs de resolução de problc,na~. co1nunicaçào, ncgociaçiio, <'ldn1inistraçào dr conílitos e gcn.:nt·i:u,1cn10. :"!o lns1il1110 F.1nbcl<-1.zc, por cxc1nplo, rede de íranquias pron1otora ele cu1'Sos 1·clacionados à bclc7.a ç estética, o 1rcinan1cn10 t.:nfoca o respeito aos colegas> cl<.·n1cn10 considerado funda1ncn· tal para o trabalho de un1a equipe. ;-\lé111 disso, durante todo o 1cn1po, os fl1ncion;írios são lcn1bra.clos da irnportância da paciência c ele saber o uvir as outras pt:-ssoas, pois as equipes le\'a1n 111ais tcrnpo para tornar decisões cio que os funcionários qut' trabalhan1 i 11dividualrne11tc.» ..fao1bén1 Pr"C\'Sa\ldc, operador.a de planos co1·pora1ivos de bcneficios cn1 ,nedicanlc ntos, o 1rc.i 11an1cnto aborda pon10.s d
      º"

      Na Whirlpool, que produz os eletrodomésticos das marcas Consul e Brastemp, a capacidade de trabalhar em equipe é um dos principais critérios levados em consideração nos processos de seleção de novos tra,nees. Os p,6prios membros das equipes par:ic,pam da etapa de entrevistas para avaliar os candidatos aos cargos. De acordo com ú,sula Angeli, ge,rente geral de Recursos Humanos da Whirlpool Latin America, "além das competências técnicas{...), o respeito, a integridade{...} e o trabalho em equipe" são imponantes fatores considerados nos processos seletivos da organização.!o1

      Capitulo I O

      Comp1eendeodo as equipes de tr.ib.llho

      3 13

      Recompensas: oferecendo incentivos para ser um bom trabalhador em equipe O sistei-na de 1-eco1npc n sas p1-ecisa SCI' l'CIOt1nulado pata estitnular os csfo,·ços coo1:>eralivos, c1n vez dos co1npcUtivos."8 A Bosch t\rnérica ! .atina atrelou a rc1n unc1"açào va,iá,·el e a avaliação de desernpenho de set1s fl11lcioná1ios ao alcance das nlclas d as cquipc,.-s ern que eles trahalhanl ..w No grupo varejista J\·lagazinc Luiza, as cc1uipcs das l~jas que supe ran1 as rnctas são rccon1pc11sadas. Quanclo uma l~ja vende rnais do que fora planejado no início do :ano) d c-1. por cento de toclo o lucro excedente é distiibu'iclo cn1rc todos os funéionários do cs1abcleci1ttcn10!'° E,n geral, (:. rnclhor CSIJ'lbclcccr unl tOll\ cooperativo o quaoto a ntes na vida ele u1na equipe. Con10 já noi;nnos, aquelas que passa1l\ de u1n sisLe1na co,npeLitivo para u,n coopcr-:ui\'O não con1parLilha1n iníornlações e 1on1an1 decisões apressadas e de baixa <1ua1idade.'" t\ parcntc n1entc, a pouca confianç.a úpica d os grupos co1npetiti\'OS não pode ser suh sütuícla de in1cdjato por 1nuita confiança p or 1ncio de un1a rápida nn1clança no sistcnH1 de rcco1n· pensas. Esses problcnnis uào são ,·istos c n1 equipes Cttios sistc,nas são consistcntcn1cntc cooperativos. .~ pro,noções, os alnl)entos c..ic salário e o utt--as fotn1as ele rcconh ccirl'l<:nto dcve1n ser dados aos indivíduos pol' sua c firácia co1no n1c1nb1'0s colabora1ivos das eql•ÍJ><:S <1ue trcinanl

      no\'OS colegas, co1npal'lilhando infol'1nações, aj1.1dando a resolvei· conflitos e t1.pe1feiçoando no\'as habilidades nccess..í.rias à equipe. Isso não signifi('a que se d eva ignorar a contribuição individual; pc.~ lo contrário) ela d eve ser equilibrada corn as conuibuiçõcs ahruístas~ para o lx:1n ela cc1uipc. Por úhiino, não dcvcrnos esquecer as rtco,npcnsa.s i1111insccàs, co1no a ca1narada· ge1n, que os fuucion,:llios podc1n receber da equipe de trab<1lho. É csli,nula ,uc e gra tificantt.: fazer p,:lrlc ele u 1na c<1uipe de sucesso. A opo1·tunidadc de aun1entar o próprio d cscnvolvitnen10 pessoal e o dos col<'gas da equipe pode ser u1na expctiência 1nuilo 1·cco1npens.1.dora.

      [!luidado! Nem sempre as equipes são a solução O trabalho en\ equipe cosnuna tornar 111ais tcn1J>0 e con.sun1ir rnais recursos do que o lr..,balho individual. 1\s equipes té111 n1aiores dcn1andas d e co1nunicaçào, 1nais conHitos p.;-'lra ad111injsu-ar e n1;;-ús rcunjõcs pctra rcaliz:ar. J.\ssin1, os bcncCicios da uúlizaçào de equipes

      prccisan1 supc1-;1r seus custos, e Hen1 sc,nprt· esst· é o c;\so.61 .1\ ntcs de i1nple1ncntar equip<:s, os gestores clcvc,n av.-1liar cuidad osa,nc,nc se· o 1tah,,lho l'(~-q uc1· csíol'ço coletivo ou sc1'il hcnc:ficiado co1n sua i1nplan1aç.io. ~,las, co1no saber se o trabalho seria n1ais bern rcali1.ado en1 equipe? Pode111 se realizar tTês testes p ara cletcrn1inar a a clc.~quaçào das equipes ao trabalho. fi3 Prin1eiro. o trabalho pode ser rnais be1n realizado por 1nais de u111a pessoa? U1n bo111 indicador aqui é a co1nplcxidade ela tan::fi, e a necc.:ssidé1dc ele diferentes pcrspccti\'aS. 'I'.,rcfas si1nplcs. que não dernancla1n d iversidade de contril)uiçõcs.. podern ser 111étis bcn1 executadas por apenas ur'll indivíduo. Scgulldo. a 1arcfi1 cl"ia u1n p 1'0j>ÓSÍl O CO!l'lurn ou co,tju,uo ele 1nc1as para os 01co1hl'o s da equipe 1n,1ior do que: a sorna de seus ol~je1ivos individuais? ~ 1ui1os dcpa1·1.uncn1os de serviços de concessionária.-. ele aL1to111Ó\'cis introcluzira1n cquipcs que interligan, o pessoal de serviço ao cliente, n1ccànico~ l"S]X:CiaJistas c1n autopcç~ts e representantes d e \'endas. l~s.-'lS equipes conseguc1n ad1nini.strar n1clhor a responsabilidade colcth'.l pe lo atcndi111cnto ús 11cccssicladcs dos clientes. O teste final é clctcr1ninar se os n1c111bros do g rupo sào interdependentes. ..\s equipes 11\zcrn sentido <1ua11do existe in1crdcpcndCncia cn1rc as tarefas, qu.:lndo o sucesso geral depende do sucesso de cada u,11 e o sucesso de cada 1.1m depende do suCC"$SO dos dcrnais. O fu1chol, por cxc1nplo, é tun caso óhvio de esporte de ,quipt. O suc<:!:S-O requer u111a boa dose de coordc:na.çào c ntl'C jogadores inl<:rdcpendenlcs. Por slla vez, a não ser no caso d e 1·evczan1ento~ a natação niio é exata1ncntc un1 esporte de equipe. Os grupos

      314

      Compo11.amento organiia~ional

      de nadadort.'s são forrnados por alJctas que tên1 clcsc1npcnho individual e o resultado geral do grupó Capenas a son1a dos resultados individuais.

      iimplicações globais F.1nbo1·a a~ pesquis.a.s sob,·e o uso de equipes ern un1 contex10 global estejan1 apenas co,neçandoi vale a pena 111encionar Lrês áreas cn1 p:-irticular: a i1nportància do 1rabalho en1 equipe, as ec1uipcs autogcrcnciadas e a divcrsiclaclc cultural da equipe.

      Importância das equipes de trabalho E1nhora as equipes de 1rabalho scja1n c..1.c. Os trabalhadores, no cnlanto. p::u·eccrl'I J){lTtC

      lc.:11uu· ca1nuflar esse scnti,nc,no: c 11qllanto 75 por ce,no dos e 11trcvislados apa1-e1ua,n atuar con1 i1uc,-cssc colc(ivo c,n seu dia a dia. apenas 44 1>or cento cs.tâo real,11en1e p,-eocupados con, os outros.&• 1\bordando ouu·as cuhuras, tnn estudo que con11)a1'0u os trabalhadores 11011c-a1ncricanos aos canadenses e asiáticos rc\'clou que 51 por cento dos 1rabaJhadores crn países da rcgi:io 1\sia/Pacíftco e 48 por cento dos canadenses rcla1a11u11 ahos níveis de trabalho c1n equipe. :\ penas u111 te rço (32 por cento) dos trabalhadores norte-americanos, poré1n, disse que sua organização possui un1 aho ní,·cl de trabalho cn1 cquipc.tJ Conclui-se, portanto, que as contr;buiçõcs in0ndemntc. ;\o consonar-se <1uc a cuhtn'a 11orte-~·11nc1~c:ana é a ha,nc,ne lncli"i
      Equipes autogerenciadas l\.', c,~dt~nrias. sugcrc1n que as e<111i1x:s autoge1'<'nci:-1das não se sa(:n1 nH1i10 ben1 en1 algun1as çulturas co1no o ~,t éxico, cn1 grande parte 1>0r conta da baixa tole rância d(:ss.-1 cultura con1 relação à an1higuidadc e à i nccrtcza, alérn cio sólido rcspc·ito que os trabalhadon·s lê1n pela autoridade hicr;\rquica.66 l)cssa forn1a, c1n países nos quais a clisulncia cio poder é rclaliva1nc1HC alta - onde os papéis dos líderes e de seus SCb'11idon::s s;io clara111cnlC de~

      lineados un1a c<1uipe pode precisar ser estrulur-ada de ,nodo que os pa1>éis de lidcr;.'lnça sejan, explicitados<: os rcl:-1cio11an1c11tos de poder, idcn1ificados.

      Diversidade cultural e desempenho da equipe sob1'C a clivt,-sid ade na equipe e,n fr1to1·cs corno taça e sexo. e a divers;idade ct'iada 1:>0r diferenças nacionais? c:o,no e,n pe-S(1uisa.s an1erio1·es, as evidências aqui indica,n c1ue esses ele1nen1.o s de diversidade i111edêl'("n1 nos processos da equipe, pelo n1enos a rLn'tO prazo.67 J\ diveí'$idade cultura] parece ser un1a vantage1n para l)iscuti,nos as pesquis.,.1.s

      ~ las

      a tividades que rcqucrc1n un,a \13.ricdadc de pontos de ,~sta, nla.\ cuhuraln1cntc 1 as equipes hclcrogéncas lê 1n n1ais d ificuldade de aprender a 1rahalhar umas conl as outras e •-t rcsolV('r prohlcrn::\S. 1\ boa notícia (· que essas dificuldades parccc111 se dissipar con1 o t<:rnpo. En1bot';1 as <'qui1><::; he1crogênca$ 1'éc-,én1-for1nadas tcnha1n u,n dcs.c,npcnho pior do que as

      recérn-lOr,nadas e cuh 11l"tll1nentc hotnogêneas) 1ais difCrcnças clcsapa1'Cccn1 depois dt'! n1ais ou n1cnos três 1nese.'\.,;3 FCliz,nentc, a lgu1nas estratégias para inr1·cn1c:nlar o desen1penho de equipes parccen1 íuncionar bt::1n c n1 rnuitas culturas. l'or cxc,nplo, un1 estudo descobriu que as equipes da União Europeia for1nadas por 1nc1nl,ros ele pai.ses coletivistas e indiviclua.Hstots se hcncficia-

      rnm por igl1al dos objcúvos d~ grupo.""

      Capitulo 10

      Comp1eendeodo as equipes de tr.ib.llho

      3 15

      lilesumo e implicações para os gestores Poucas tendências influcnciaran1 tanto a situação dos func ion;iiios con10 o n1ovi1nen· to n1aciço de introdução d e equipes no arnbiente de trabalho. N.t passagcn1 do trabalho individual p;1ra o u-.,balho c111 cq uipc, o fu ncioná iio prccis;1 aprender a coo1>erar com os outroo. con1partilhar inforn1açõcs .. confronté,r diferenças e subli,nar seus inte resses pessoais

      pelo ben, da equipe. ,·\s equipes cfic.-1zcs possucr1\ caractél'Íslic;~s c1n con,urn. Ehls co111a1n con1 1-c<:ul"SOS a dequados, liderança efiC'az 1 cli111a cfc confiança e a,·aliaçâo d e dcscn11:x:nho con, un1 sis· tcn1a de rccon1pcnsas que rcflctc 1n as contribuições da cquiJ:><:. l~ssas equipes possuc rn indivíduos con1 especialização técnica e habilidades para solução de problc1nas, 10,nada de decisões e rclaçõcs interpessoais.. alé1n de elevado ní,·cl ele abcrlura a experiências e conscienciosidade. /\s equipes eficazes uunbé111 lcnclern a ser pequenas - n1cnos de dc-t pessoas - . prc:lbrcncialnlcntc sc11do forlnaclas por indivíduos de fo rniaçõcs e cx1>eriências difcrcnlCS. Seus nH•tnbros c u,nprcn1 as cxi.g('ncias ck· srus papéis e pl'<:fcrcn1 i1ucgrt1r un1 gl'upo. O trabalho rcalí::i:a clo pot essas equipes ofCrccc libc1'(lade e autonon1ia, oponunid:-iclc para apro\'eitar diferente$ habilidades e 1a lenios} possibilidade de realizar p;u·1c de urna tarcí::, definida e un1 tra balho que terá substancial i111pac10 para os outros. Por ti1n, as equipes eficazes tên1 n1c111bros cornpro1nctjdos con1 un1 propósito co1nun1, un1 n1odclo 111c ntal prcciso1 integrantes que ac rcdítan1 na capacidade do grupoi un1 ní,·cl adn1inistrávcl de conílitos e u111 gra u 111ini 1110 ele folga social. Cúrno (lS sociedades t.: as 01ga11iiações i11dividualis1as ;,\tracn'l e rccon1pcns.Hn1 as co11q uistas pcssoai~, a fo rnlaçào de equipes nesses a 1nbicn1es é nlais difi<~it. Para fi\zcr essa 1rnnsiçào. os; c~xc;:cutivos dc\'Clll tcn.rar sc·lc;cionar pessoas co1n boas habilidade:.~ interpessoais

      para que scja1n n1c1nbros eficazes da equipe, o ferecer trcinarncnto para 111elhorar css..1s habiJldaclcs e reco111pc nsar os indivíduos por seus esforços coopera tivos.

      316

      Compo11.amento organiia~ional

      Ponto

      Contraponto

      '

      Times esportivos são bons exemplos para as equipes nas empresas

      ., s estudos envolvendo esportes como futebol, basquete, vôlei, entre outros, descobriram elementos que podem ser extrapolados para as equipes de trabalho bem-sucedidas. As equipes bem-sucedidas integram cooperação com competição. Aquelas com melhores resultados nos campeonatos possuem técnicos que promovem um forte espírito de cooperação e um alto nível de competitividade saudável entre seus jogadores. Os objetivos promovem a coesão do time. Um estudo de equipes de basquete descobriu que, enquanto aqueles que estabeleciam objetivos para o time e aqueles que não o faziam possuíam um nível semelhante de coesão no inicio da temporada, os que tinham objetivos se tornavam mais coesos ao final. As equipes bem-sucedidas já começam ganhando o jogo. Um inicio vitorioso aumenta a confiança dos jogadores em sua capacidade como equipe. Pesquisas com equipes de hóquei mostram que aquela que estava à frente no final do primeiro tempo ganhou a par· tida em 72 por cento dos jogos. Assim, os executivos devem inicialmente dar às suas equipes tarefas relativamente simples e que proporcionem 'vitórias fáceis'. As equipes bem-sucedidas evitam sequências de derrotas. Fracassos seguidos podem conduzir a um declínio se a equipe ficar desmoralizada. Os gestores precisam restaurar a confiança dos membros da equipe de que são capazes de reverter situações adversas. A prática leva à perfeição. As equipes bem-sucedidas atuam nos dias de jogo, mas aprendem com seus erros nos treinos. O treino serve para experimentar novos movimentos e cometer erros. Um gestor sensato encoraja equipes de trabalho a experimentar e aprender. As equipes bem-sucedidas utilizam o intervalo entre os tempos da partida. Os melhores técnicos de fu. tebol e basquete usam o intervalo entre os tempos da partida para avaliar o que está ou não dando certo. Os gestores também devem fazer esse tipo de avaliação quando o projeto em que a equipe esti· ver trabalhando chegar à metade e descobrir o que pode ser melhorado.

      O

      um erro usar os esportes como exemplo para o

      E

      desenvolvimento de equipes de trabalho eficazes. Aqui estão cinco problemas. Nem todas as equipes esportivas são iguais. No beisebol, por exemplo, existe pouca interação entre os jogadores. É raro haver mais de dois ou três atletas envolvidos diretamente em uma jogada. O desenvolvimento do time é, em particular, o resultado da soma dos desempenhos individuais. Em comparação, no basquete existe muito mais interdependência entre os jogadores: todo o time participa de cada jogada e todos os jogadores devem ser capazes de atacar e defender a qualquer momento. O desempenho da equipe é mais do que a soma dos desempenhos individuais. Assim, quando usar o esporte como padrão de referência, certifique-se de fazer a comparação correta. É como um especialista observou: "O problema com as metáforas de esportes é que o significado que você extrai delas é totalmente dependente do esporte que você escolhe". As equipes de trabalho são mais variadas e complexas do que as equipes esportivas. Na área de esportes, o desenho da tarefa, o desenho da equipe e o contexto do grupo variam muito pouco de time para time. Mas esses aspectos podem ter variações enormes nas equipes de trabalho. Assim, o papel do treinador é muito mais significativo nas equipes esportivas do que nas equipes de trabalho em uma organização. O desempenho dessas últimas depende mais de se chegar às variáveis certas para a estrutura e o planejamento da equipe. Dessa forma, ao contrário do que acontece nos esportes, a gestão de equipes de trabalho deve ter seu foco na montagem de um grupo para o sucesso, e não em seu treinamento. Muitos func:ionários não entendem metáforas espor..

      tivas. Nem todos os membros de equipes de trabalho se interessam muito pelo assunto e conhecem a terminologia esportiva. Além disso, os membros da equipe provenientes de outras culturas podem não conhecer as metáforas que você está usando. A maioria dos brasileiros, por exemplo, não conhece as regras e a terminologia do beisebol.

      Capitulo I O

      Estar ligeiramente atrás pode ser motivador. Um es· tudo recente de 6.572 jogos de basquete revelou que o time que estava um pouco atrás na pontuação ao final do primeiro tempo ganhou mais jogos do que perdeu. As equipes que estão um pouco à frente podem sofrer da 'síndrome da vitória' ao relaxar e tentar não perder, ao passo que as que estão ligeiramente atrás podem se sentir mais motivadas. As equipes vencedoras têm composição estável. A estabilidade melhora o desempenho. Estudos com times profissionais de basquete revelaram que quanto maior o tempo de convivência entre os membros da equipe, maior a facilidade de prever os movimentos uns dos outros e de entender com clareza o papel de cada um.

      Comp1eendeodo as equipes de tr.ib.llho

      317

      Os resultados das equipes de trabalho não podem ser definidos facilmente em termos de vitória ou derrota. As equipes esportivas avaliam seu desempenho pelo resultado dos jogos. O sucesso é raramente tão claro ou preto no branco quando se trata de avaliar equipes de trabalho. .As metáforas que usam times esportivos são excessivamente simples. As metáforas esportivas simplificam um mundo complicado. Ao mesmo tempo que podem apresentar um apelo intuitivo, também temos de reconhecer que elas funcionam como 'funil mental': em vez de expandir nossa ideia da gama completa de possibilidades, as metáforas esportivas reduzem e simplificam - e isso não é recomendável para um gestor inteligente.

      Fontes: J. Ber~r e O. Pope, "When losing Leach 10 Winni-ng·, trabalho unl\'t?t'$itãrio, Wharton SchooJ of Busin,ess, Un~versidade da Pensilv~nia, 2009: J . Senéc.al, T. M. Looghead e G. A Bloom,. "A Season·Long ream-BuOding lnteNen1k>o: Examini:ng the Effect of Team Goal Senin,g on Cohesion'", Journal of Spo,t & &ercise PsycnoJogy, 30, n. 2, 2C08, p. 1~199; N. K.att. '"Spo,t:s reams as a Model for Workplace Teatns: lessons and Uabi1itios"', Academy o( Management Exerutfve, ago. 2001, p . 56-61; e '"'Talent loc.", The New Yotlcer Online Only, 22 jul. 2002. Oisporúvel em;

      <www.newyo4er.com/online>.

      Questões para revisão 1. ( :o n 1C) SC CXJ:,lic;1 a pc)pularidadc nas organiz.;.-1.çõcs?

      (TC$(;Clll('

      das equipes

      2. Qo;ll ê a dilCrcnc;.a e ntre tun grupo e un1a equipe?

      3. Qua.i.s ~i o os q u,un) tipos de equipe? 4. Quai.s s;i o as co11diçt,(~ ou l:'ltQn;s (-.,1Hcxt11:.tis (lllC dctc r1nin;un se as cquipc·s sào cfi<:azc.s?

      5 . Con10 as org<111i~~1çôcs 1X>dc1u desenvolver 'J)<..-Ssoas que sabcn1 trabalhar c1n cqltipc'? 6. (.2,.u.-ndo o U~tbalho rcaliiado JXlr indivíduos é pn:fCrh·cJ ao ut1balho realizado pelas cquipt-s? 7 . Quais s::lo as três n1c111cira.s co1no nossa con1p~cns:'io ele equipes dilCrc cn1 ton contexto global?

      Exercício em grupo Avenida complicada l)cpois de scrcn1 fonnados g-n.1pos ele três ~1 t inco pcssoasJ a tarefa da cc1uipc consiste cn1 encontrar un1 1n étodo

      3. O argentino 1c1n 1un cachon'O;

      '1-. O chileno bebe C-oca-Cola; 5. Os coelhos estão à 1ncs1na distância do c.1rro d;_, Fiat e da cerveja:

      de trabalho capaz ele resolver, tão r.ípido q uarn o pos.sívcl, o problcrna da 1\vcnida co1nplic.'1cla'. Pal'a a :11ividadc) os alonvs tê111 :,p1·oxi1nad;1nH:11tc; 30 n,inutc,s.. Nessa ;-1venicl~1 1 cxistc1n cin<;o ç~)s:1.$ ntnnt:rad:.i.s de n1o<.lo cn.;S<:cntc.\ da seguinte lô rnu1: 801, 803, 805, 807 e 809. 1\ cada c;,s:.1 corn."Spondc unia cor, uni ::1nin1al, ,una bcbici:,, 11111 a uto1nóvcl c, ohvian1cntc, u1n p1'0prit tá rio, sendo que cada 1norador é Clt'Íundo dt~uo1 paii diferc n1<-. ,\'fE~ÇÀO: p:tra c:tc..l:11 clc~,n ento exis1e1n ciu('O tipos dife rentes (urna vez q ue não há caracte rísticas sc..nclh;1111es c1urc otS ctls;ts).

      7. Na c;:is;,1 verde bebe-se uis(lu<:; 8. f\ ,,ac.:1é vizinha da casa o nde se bebe Coca-Cola;

      Dicas;

      11. O proprictfüio do carro da Volkswagcn c,ia coelhos;

      l . () 111exic:-H10 1'11Q 1-a 1)a (';\$a ,-crn1clha ;

      2. O

      pc r, 1r1110 1t n1 uni (:a1·1'0 da i\ lcr<::cdcÍ';

      6. O g•Ho niio cst.í 1u1ç;1.:sa e,n c1ue S(' bebe c:i1fé nern 111ora na casa. azul;

      9. t\ casa verde é vizinha da casa cinza: que está a sua direita;

      IO. O peruano e o :11~c111ino são \·Í:1.,inho!:>; 12. O ca1'1'C> da Chc\'rolct 1:>c1'tcncc à casa 13. Na te rceira casa b<·bc·-~ Pc·psi-Cula:

      1'0sa;

      318

      Compo11.amento organiia~ional

      14. O hra~ileiro {- vizinho da t"a~ebe cc:1,,cj.ti l 6. O dono da v.aca <- vizinho do dono do carro da Fiat: 17. O p1-opric1ário do carro da Chcvrolct é vizinho do

      Dcpvis 0siç,1o Córret::1 dO!:i t"lêmCrHóS 1>ela.-: <:inco casas. &ní. que vai ser poss-í,·cl dcscon1plicar a :'-\vcnida con1plicada '?'"

      dooo do cavalo.

      Pressão para se tornar um membro de equipe "Está Ct!l'lôi eu acbnito. Eu não gosto de U'ahalhat <'lll equipe. 1"rab:1lho 111elhor quaodú estou .S()Zinho e não oou obri~ulú a dt"pénd<·r d,,_.. O\ltl":\S llCSWnio S;:1nt<);ó-. O en1prcgador de 1\ ntônio. u1n fhbric..'lntc de n1ó,·cis J>::u.\ cscritó1io. rcccntcn1cntc reorganizou a cn1prcs.a cn1 cc1uipcs de ttabalho. ~IO que forn1a111Ql) un1a equipe. .Nós rc.;.<1l111cnlc acrcdi1:11nos que, quando trab.l~ lharn1os junlos, os pozuos fortes da equipe serão ;,1npliados e os pontos fracos scl'ào liinitados".

      E1nbora t\ ntô11io respeite J-lclena. ele 11?10 csttí. con\'Cllc-ido. "F.u 11-ahalho ac1ui hfl <1ua1ro ,11u)s. SQo 1nui10 born

      no qoe faço . .\ linhas :'l\'t1liaçõ,·~ d,· dcscrnpenho é011firn1a1n o que d igo. ~linha po1Huõ'çào anua] de: dcsc1npcnho é a n1als alta na categoria de ,nóvcis para cozinha eles.de que cheguei aqui. ~las agora tudo cs1á 111udando. ~·'linha :t\'aliaçiio ,~ os au1nco1os Sí-'llariais dc.1)c•1ldt:rfu) do descl'npcnho da c<1uipe. t\lérn d iS$O, 50 por éf.!nto d,1 n1i11h.l a\'aliaçào dependerá de o n1cu cornporuuncnto r.-..cilitar ou não o trabalho da equipe - e essa cquipc não é rnuito boa. Si,uo-nlc frus trado e cscou con1 o llloral abalado. Fui contratado pelas 1ni11h.1s. h;,bilidadcs de designer. 'lbdvs s;ll,i.1111 qt•c cu não .sot1 lllll tipo sociul. .t.\ gora qucrcn1 1nc obrigar a virar u1n 1ncn1bro de equipe. Isso não faz nlcu gênero de forrna a lgu1na. 1' O pau-.10 de 1\ntônio está ~ odo élico ao forç,l-lo a trabalha~· (:lll c<1uipc;? c:vn1 is.-.o, a ernpn;:sa est.tria (l\1('br:111do tnn acordo in1plicito (co111r~Ho psicológico) fir1nado co1n ele no 1non1cn10 de sua contrnt~,çào? Esse cnlpreg.1dor tcn1 obrig;,çào de o1Crcc(·r urna ahcrnati\'a p;u1t que 1\ n1ônio co1ninu,· trabalhando tle forrna indelx·ndc1uc? Se vr>eê fos!lc t\ntôr1i()1 C
      Estudo de caso 1 No bar, o trabalho é sempre em equipe 1\té os prin1ciros anos do século >vXI. o zncrcado de cervejas no Hrasil 1>0dcria sei· ca1·actcl'izado conlo nn1i10 1r-J.di· cional. 1::.-.is1ial'n bl'"tsica,ncnt<· ,1s çc1,~jas chlras e as escuras.. e a$ f.:'lbric:u1tl'$ ronc.;cn1r.:1van1-sc na prochu;-i10 de al~'\nnas 1nnrc:.u jà 1.·stabcleci
      dilanclo qut os cs1ilos 1radicionais clcvcrian1 ser rnanticlos, Naquela époc·a, o fo,·o d,1.~ cc1·vtj~1rias era a dis11ihuiçào da h<·bid;,, r a c:;1n1tu11'1 para a ioovação <'ra hai.tanlt" simr>lc~.

      l:111 cxc1nplo disso era ~1 1\n18cv. fab ricante das ln\dicionais 1narç~1s Hrahn1a, A,ua rt li<'a, Skol <" 13ohc1ni;:i. Na <:1nprcsa, as t.:quipcs rcspons..1vcis por cada tuna das 111~, rc.as <:nnn t.11nbé1n n:!ipon~~vcis pelo dcsc;nvolvirnentC> de novos produtos 1'Clacionados a C'la..~. Ou seja, os funcionários que ach11inistrava111 ~· proclu~ào <' distribuição uunbén1 era 111 rcsponsà\'CÍS1>or propor i1u)va~úes para as 1narças que gcr:ia111, Isso gerava u,na S<:ri(· de proble1nas para a Orgilniza .. ç~o. O prirnciro dck·s era a rcdu:1J da crkui"ick1dc, vislo que t~ada grupo ca·a ro1nposto ele pe-sso,1.,;; que já co1npanilhava1n

      Capitulo ao

      1nui1as ideias e que, 1)()1' is.1:;o, não ;1c-resccn1avanl oiuilas novidadC!i às discuss()cs. O segundo l:ra a redu11d,l11çia. ou seja. a rcaliz..'l.-;.:io de dois ou niais projclos par:dc.'los 111uito pa reci· dos por duas equipes difcrcnu.·s. Por fi,n, un1 terceiro problc· nta era a 'nlOl'lC pl'cn1a1ura' ele ideias,_já que a lguns gestores podcrhun considc1·.:11· as inovaçi>es pouco intcrcss:ultc.1:; para suas n1an:·as, apesar de elas podcn..·1u ser <1provcit~1cla~ por oou;:1s divisões da cn1pn::sa. En1 2004-: entretanto, a t\n1Bcv resolveu cl:ir u1n novo ,,uno ao dc.sc.·nvolvin1cnto de produtos. C1iou·sc o r1cn1c11tc o dc..,;cnvolvi1ncnto de oo,'OS p1'0d\1tos. (:()111 un1a cqui1>e lbc.'\d;, cxclusiva1nc1uc né$Sà tc1r('Í.l e co1nposu\ de mcn1bro.s co111 ('Otnpclências e conhc· ci1ncn1os diversos, ,·ários lança1ncn1os de sucesso IOran1 re· alizados. 1\lguns cxcniplos são a t\ ntarctica Original, o Chopp Brahn1;, Bl.,ck e· a;; 13ohe,nias \ Vciss e C-0ofraria. l)css.:, ni.1ncira 1 a 1\ 111Bcv conseguiu ao,ncnta r sua partici· p.içào no n1ercado de ccrvcj.-~ pri1niu111. Pa rct alcançar esses

      ComJ)feendendo as equipes de trabalho

      3 19

      1"t·.suh:1dos, oào has,ou fo nnar urna equipe~forte!; tan1· l>én1 fc)i nccc~{nio c::strun1r:,n· o 1rabalho e a re111onc111<;;,io clcssc ti1ne. Para 1an10) as rccornpcnsas vaiiávcis individuais fora1n atreladas ao alcance das 1netas. ele iodo o depa.rt.an1en· 10. Ou seja, caso as ,·endas dos novos p,·odutos fosse1n boas., t odos os 1ne1nhros do dcp:u1a1ncn10 de i,10,-aç:~10 r<:f<;.heria,n l>Õnt1s. .1\ fin::ll de contas, cn1 tnn hal'; 'scnloo, sorriu, n conta c:li,~diu' e, para issoJ é bon1 que cacl.t u 1n tenha algurn cLinhciro 11a carteira. 1)()11~

      Questões l. Os cs1udvs sohre a d iversidade dcn1ro dit.~ equil>CS de tr.lbalho 111ostr.un pon1,,s positi"os e negativos dl.'SSt fa. 1or. .Nesse caso, ela se n1ostra dc1crn1int111t(.' para o succs· so do 1sabalho do gn1po. J..istc quais pontos positivos e negativos a cli\'C1'iiclade pode tel' 1taz.iclo pata ú ti1ne de ioovaç,·10 da 1\1n8t\'. 2. Utilizando a lipologia de. grupos apresentada no capí· tulo, co,no \'OCê clas.~ificaria tt equipe de ioo\'aç;1o da

      1\ 1n Bcv?

      3. Se ,·oct 1.Í\'CS~t· de n1onta1· 111na equipe parn clcsc11vol\'cr

      nõ,1,s p1'(Kh1to!;., que 1.ipos d<.• indi,;dtu)s selec-io1,a1ia nos qucsil0$ l•abilidadc..·s e pc..·rsonalid;1d('s? 4. \ Toe(: acha <111c.: vs collílitos Cll'I tun grupo \'Oltado para a ,·d:t(f,,, de produtos sfio positi\'Ol> ou nega1i"os? Con10 ,-ocê fh1ia par:;1 cvit~·los ou cs1inn1lá·los?

      fonte: R:L~do cn, ··\'ale :ué <'l'l"\'éj~ con, r hoc<>J:-11<'", por (:ri"1ian1• C:01rea. Rr:!ist,1 J:\·tu11r, ~d. 897, 12 jul. 2007.

      Estudo de caso 2 Formando equipes 'ao ar livre' Os 1•t1iros de fonnação ele c<1uipes são grandes negócios. c1ni,n:::sas acrcdilan, que tais 1-cliro~. noi. c1uais ~ n1e1n· bros das equipes podcn1 p0r <1uc as org.1ni;,;ações c1n·i;un suas l'qoipc-s p
      1

      P,1r1c do sucesso ao qu:tl Hõ\,•a rd se refcr(· t"· o ga11ho de dois díglu)s n0$ lucros do \\CUs F.-rgo - ganhos qt1c ele diz ser un1 dos efeitos dos treina,nentos ao a r li,Te d a c1np1-c·

      s.1. ··o sucesso frcqucnlctncnte é unia fun<;âo ele. gestão. e a gcstf10 1c1n, de t:·uo, a \'Cr conl pessoas, portanto invcs1ilnos ,uuit<> c111110$s<.> pcssoal.'t <2.vanlo de i11vc..·s1i1ru.:nto? O \\'clls l~irgo p::igou 50 mil dé,lar<·s pelo retiro na Califórnia. ()ado o nível de gas.to1 algunu1.s e1nprcsas estão suspcn· dcndo suas a1ivldadc.s de fonnaçào ele equipes fOra ela organiY.;u;-.'.io. De atordo c;orn un1a psicôlog,1 de neg()(io~: ':·\ f()r1ua<;ào de: c·<1t1ipr..s (lçfini1ivan1cn1c di1n inuiu. 1\.,; pc·S...C.>tts cs1::ão rchnantt'S c..·1n g:,star dinheiro (•1n :~lgo que pensa111 n;,'io ser de {1bsoluta necessidade''. O gestor nortc·an1cric.ano. cn· tl'('tanto, pensa de outra for,n:,: "Sei intuili\'arncntc que o 1·c1or110 aquj é ahQ. É uol pec1ucno invcsti111en10 pelo resul· ,ado que ob1cre1no:s". ~o Bn,sil, c1nprçs.1s c<)1no H ( Oniiultork1 ,\ c<:cnturc, a Philips, a l\'.cstJé, a ~abisco e a l'hbricantc de bicicletas Caloi realizan1 trcinan1cntos ao ar li\'rc para pron10\'cr o forta.lc·

      cirncnto dos )aços intcq>cssoais entre os n1cn1bros de suas c..'(1uipes de tr.,halho. Por ll'u·io d,L~ ,nividtldcs ao ar livre, CS· sas or~ uii.z~l<;Õcs prctcndc1n clcv3r a confianç:;l entre.· os ftu1·

      320

      Compo11.amento organiia~ional

      c::ionâl'ios e cs1i1nu)á.Jos a planejar t-:olc1iva1nen1e suas açê',cs. de!ienvolvc•11clo soluç,)c!i: ç,;a11\,ns pa,-:t os problc1nas cnton· trados no decorrer das a1ividadcs. É cJam que as e111p~as que inv<:~1en1 co1 retiros de fo1·1n::iti:iio de equipe$ ~1chan1 que vale o invcsti111ento. f\1!,'lllnas vezes, no entanto, eles tê.1n consequências inesperadas. Po. dc111 ocorn.~r acidcnics, con10 pk·adas de 1nosq11itos durantt• trilhas na floresta e quci1naduras durante ·cantinhadas de íbgú' 11111 t.•xcr('icio de fo n11;1ç:io de equipe que r<.'<Jué·r que os participantes andcn1 descalços sobre carv:lo cn1 eh;.,. l'na..~. Os N'.Sulta.dos pc>dcni ser fu11cio11àrio~ ,uachuc..-idoi; e publicidade 1nui10 ncgati\':t para a cn1prcs..1. U,n obsc1,1ador desses n::1iros di~(~: "N'a 111aiori~1 dt.'Ssoas qt1e pedc1n esses tipos de ;.ujvidadcs nâo c.slào interessadas <:n1 lnna 1"(•al foro,ac:~'i<) de cq11i1}(·. O <11u• ,·h\-" rcalntC'rllt.· <1uc·rcn1 é se divertir". Algu1nas e111prcsas: <'Stão levando cxertir.ios de ronna. çào de equipes pt1ra direções d.ifCrcntcs. cnvol\'cndo seus funrion,)rios c1n lrabalhos voluntários. Qpando cotnpa. nhia.s ;u1unci;ln1 fusões, por cxcn1plo: o çxcrcicio de fOrn1a· c:ão ele equipes pode ser cn1pregaclo para t111ir os 1i,,1cs cl,· excclHi\·os. (:0111 Cst-t..• obje1ivo: ;1lb'"l.11nas cn1pn:sa.s 1.ê111 fu· giclo dos padrões ;llu.tis de trcinan1<·1nos ao ar livre, conto escalacl:;1s C p rálica de T(!/Jingt Optando por engntcs: lk1$Ci1du c,n e. lXlh!t', " Ho,\• I() .Avoid :l R.0111

      financtiro da c,npn~íõa e: 1al\'C-J: ~eja ,nc·lhor pe113:ar c~n, 1ais atl\ ·idades co1no elevadoras do ,nora1. De arordo con1 tuna 011,.ranizadora profis.si01l:.tl de retiros corporativos: ''Onde os bons retiros 1ê1n un1 efeito quantificá\'el é na pennanência, 110 ,noral e na pl'oduúvidade". Segundo o ptcsidc1nc de u,na <:n11)res.., 11011c-.-1,neric;u)a: '"Há u,n :u11nc1HO na pn>duli\~· da.de toda \'CZ <1uc acont<·cc u1n dc·sscs cvcnlos. .i.\ ,j pcsOO~I.S se sentcn1 n1clhor cn1 relaç-.'lo a si n1csn1as e c1n relação à cn11>rcsa e, con10 resultado, f:"trào unt trabalho 1nclhor' 0



      Questões 1. VOcC acn;dita que ;L-, ati\·id::1dt~s de for,nttção de c<1uipes

      au1nc1ua1n a pnxlu1ivid.-de? Por c1uê? Qu::1is s::io os ou· U'OS f:\tores que podrrn s(·r responsáveis pelo ::n1111c1110 dos lucros dc1>0is do retiro corporali"o? 2. Quais são os otUros n1oclos, nlérn dos descritos ~,qui) para fOrn1ar equipes cfiC'azcs e aun1cnmr o trabalho cn1 cqui· pc cnlrc os funcioná,·ios elas <:n1prcsas? Co1uo essas ahcrn:lli\'as pod('.nl. ser 1nclhore:..i: ou piores do c1uc os n.:1iros corporativos?

      3. () que as crnp1º(-Sil$ dcvc1ian1 fazer co,n relação aos funciou..iric>s qoe uão tCnl 1alent·o~ atléticos, ,n:,s ~,inda a$.Si111 são prt-ssion::1dos " 1n1rlicipar clt! atividade..'$ íisica.s con1 seus colegas? Con10 podt urn 111au dcsc1npcnho desses indi\'íduos afetar seu st111l1J drnlro de tuna Ol'gani1.açào? 4. Co1no você podcri:'1 ~nuncntar o u·ahalho cn1 c<1uil>c c1uando seus 1ncn1bros não cst;'io li-cqucntcrncrnc en1 cont.'ltO ctireto uns 00111 os ouu-os? \ focê pode pensar cin ai· g11ns cxc1'C ício!l ·c)ctrôoicos' de •for,naçào ele equipe?

      ª' 1hc (~ rUJ):llly R.,;1"'·:~(·..' "',,(..' tô,A·

      ~r,t/lt),

      31 C)\11. 200·t J>. 1(>: $, .\ la..-.. "S.-:..gal("' ., lor.\h~,

      -t\ thon", Businar l lirk, :3 .ibr. 2006, p.. J 10·112: ~I. C. \\'hiu·, ·'Doiog Good 1111 Co111pa11r 11,nC'"•. \(;o kôd: 7fmc. S nu,io 2007, p. C6; e N. 11. \ \°oodw:u'd. " ~t.,king thc )\losl (lf 'l'e;11n lh1ild.iog ·: l /1( ,lf(~1~i,,t • .sc:1. 2006. 1>,73· 76. Ui~poni\X:I c1n: <w,,·,\~;:tll~1$.tl1t.bt/t1>ei11~11ncn10,.;.o.:1r-li\'1'e I indC'x.php>. Aces.,;o c,n: 2:> Íl'\: 20 10, p. 315.

      1. Site da no,-c1a l"ilt.f'T a ni/r,. l)i:-ponívcl c1n: <\\'\\'\\'. \ ·i,·era,·id::i.globo.c:0111/~o,·ela/ Vºivt.•r.,\'lda I Crc:-di1os/O.)~ I.PO-l 7t,2$,00.h11nl> :\ cc.::-so c;n1: 18 fcv.20 1O; si11; ~fudo sobz'\" 'l'\t l)i51X>nivc:-I t1n: <\,'\\'\\nuclosobrt1v.co1n. br/produ/>. t\ccoo t1n: 18 lt.~·. 2010; e' (:atla ~ l.aia, " Por dentro d~, p roclutàt) de nô,·<·la~: a i1n1>ortii1u·ia do d.itc tor de pnxluç;';o <: o gc:rt'nu..· dl· pr«luç.ào". Ponal º((;IC' l listória. Oispon ív('I cn,: < \\'"\\'"\\\tdc:hi~1nri:t .co1n.br/ t•olun:,,.-./inclcx.

      ::.sp?id=21GI>. f\<.."4.." SWClll: l8 f<..'\~ 20l0. 2. Esta sc-ção cst~l bastaIÍC
      l'vrho/ogiJ1. fc,·. l!l90, p. 120,133.

      ,t. j . H. Shon.k, ·Jê,1111·&srd O~J011iiatiMs. Honlt'\\'(>ôd, LL: BlLi;i. nc:ss Onc ln,ein, 1992; e ~I. 1\ . \ 'crcspcj. "\\"hcn \\'orkcrs Cc1 ~1·,,· Rol(-.s", h1dush)1 IIWk. 3 fc,: 1992, p. 11.

      ,;. C. Bodinson t' R. fh111ch, '·. \ QP's Nouional ' ICam ExC'clltncc t\\\'itrd: hs Pu11X11SC, \ 'alue and Ptocm''. ~fhe,]1J11n1•'Ílll.\\'ét"a 200:it p. 37-,1-2.

      6. ~lauro Sil\'tira., "6 pt{1.1ica.s que t~li1nu.lanl a cria1i,·idadc''. Portal Exa11tr. l)i51>onivcl c:1n: <,v,v,,:1>0tt.t.lcx:unc:.;\hril.co1n. brI re\ei.;"I a/cxanlí•/ cdicoc:s/08()4/c.studQSCx.1111('/ 1n0()3 l l 56. hunl>. Acc.s:ro c1n: 18 ÍC\~20 10. i. \ t"ja1 por C'X('n1plo, .A. Ercz,,J. J-\. 1.<:Pinc.: e l·I. E.hns, ·•F.JlCc1s or Rolatcd l .eackNhip :1nd 1\'("r Evafu:nion •>n 1hc Functioning and fJICcti\'cnéSS of Sclf-~l;ut~,g\.xl lCa.1n~: :\ Quasi-exi;,e,i, n1c11t", l'm<>nncl J~·(lu>log,1- inverno 2002, p. ~)29·9·18. 8. \ ·eja. por (·;.,en11>lô, R. ,\. C:i.ok (·j. 1.... Coff, "(;oniiog c,r

      .Age ,,·i,h SC'lf-~1nuag(·d lC;uns: J)çaJing ,,i1h a ProhlC'1n

      Capitulo ao

      F.111ployc~~.., J.ounial ef /J:1si11aJ ond l~rholl>g), pri1n:)ver.1

      2002. p. <185-~96: e C:. IV, L.,ngfrc
      Jwrno/~jun. 200·~, p. 385-399. 9. C. \\: l.;,ngfn·d. ·''fh c Oo\,'ttsidcof Sdf-~l:lnagc1uc1u: 1' l..tJngitudinal Sn1dy of d1(' EílC('ts of Conílit•t on 'l'r\l:i-t, Au10110n)Y, aücl 'ltsk lntél'dCJ>4.'lld<:ncc in Self-~l,1nô'\ging '((::uns·,, Aradn,!)' ef ,\/111111gn1rn1tJQ1,1r11al. .10, u. -1-, 200 i, p. 88'•·900. 10. Bodin.,;un e Bunch, 'f\ QP's National ' lc!0nh'c'I e1n: <\,'\\"l,:pu1X;ha:sing.conl/ a1·1ic.l<·I (;,.\ 14 786.J.honl>. 12. Rc11:Uá A~o~tini. "Elts st1np1'C ~ dito bcrn··. httal E._,,am~. Oisponh·tl cnl: <,\·w,\:po11alcx. J-\ (('SSO ('n1: 18 IC\~ 2010. 13. \ 'c,;.ja, por cxc-1nplo~.J- 1.ipnack cJ. Si:1n1ps, l'irt11al Ttam.s: l'ropk u idiJJg Ar~ss J;k,1111(/arieJ attd Ttr/i11Q/So11 e S.. C. Cohen {0 11,,s.) , 1irllud 7(am.s 71,at ll&rk. São Fr,ü1c:-isto:Jos..-.1;)'·Bass~ 2003; e L. f _ '.\ l~1n ins. L. 1.. Gik.on <: j\ 1. '[ ~l:irnard. ''\ ,.irtu:tl ·1~uns: \\'h;n J)o \ Ve KnO\\' and \ Vhçr\" l)o \\'e Go Jiu 1n f.J ('r('?" Jwr,1ttl ef ,\lu11ag<111rn11 nov. 2004, p. 805·83.S. 14. 1\ . i\Jalhoo-a, 1\ , ).lajchr,....-.k e H. Roscn. " Leading \ 'inu(tl 'lêa.rns''. rlrada11.1 oJ ,\lt111t1gt,1rn1I l-tnj1, 60-70~ t j . '.\ I. \\'il..c>n, $. S. Strnus e 8. i\lc·Evilr, ",\li iu l)1u· ·ri,nr: 'l'hc De,'<'lopnt<'nt of 'l'rust in Co,npuu.:r-i\l1;rli::i1cd ond F':arl"•lO•F,i.rr 1(':uns", Orgm,i~aliona/ ll(ha:•ior a,td llu,,urn

      ~°'~

      />,,;,;.,, l'ro«JJr< 19. 2006. p. 16-33. l5. \ \;j~. po1·esc1npto.J . R. l-J~('k.iuan, ..·r1ic Oc~ign of \\'o ,·k '((:.:-u us", inJ. \\·: l.orS('h (0 1-g.), fla11dóook ef Organiiational JJ,J1ai'WT. Uppcr Saddlc Ri,·c1~ i\U: Prçnliçc f-1:,11, 1007, p.

      315-3·~2; (' t\1. 1-\ . Cantpion, C.J. t\lt•dsl.c-r I' e. 1.\. Miggs. •·Rt•l:uions Bct\,·cc:n \\"ork G 1X>u1> Charactcristic.s and EffC:cÔ\'cucss: l111plit.;1tio1)~ JOr Ocsigning Effecth·e \\'ol'k Croupi', J'b-s011111/ Psy,holo:,; inverno 1993, p. 823-8:>0. 16. 1) . E. H,-au e ·i: ~I. R.udch~ ')-\11 Ex~unin~11ion úf 1hc R~la· 1iouship. lk 1,,·<·c•n \\'ork C~up Ch.aract<·ristic;s anel Pcrforn1:u1cl": Oncc ;\ lol'<' into 1hc Brecch''. l'monrul Ps_ythol<>g'J. OUIC>llO 1997, p, 555. 17. l!Stc t1Hxlclo.:: ba.sea:an,in~nion of thc Rék1.lionshi1> Hc1,\'l."C» \Vork C1\lui, Ch• .)53-585; Cohen t ll E. Baih')\ "\Vh:tl ~l:~kts ·rca.111s \\Ork: G roup F.lfcc.:1i\'C1H..'S.S Rcs<;al"('h fro1n llu: Shop Floor lQ 1hc F.xc;.-c;uti\'e Suiu·".J1111n111/ ef Jla,wge,11r11t, 23. n. 3. 1997. p. 23~)·290~ 1.. 'fho1npwn• .\lal.i,rg JI(( 1ia,,t. Uppc,· Saddlc Riv<:1', NJ: P((·n· tice J-lall, 2000, 1>. 18-33: c j . R. J-lackn1;.\11, Ltadin.~ Tt(11ns: Srlli1ig tl1t St11gt.for G,e,u /+rformarlír. Boston: ~l:tr\'ard Bus:incss School Pn-&,;,, 2002. 18. \ 'c:ja C . J.. St('\\':lrt e :\'1. R. Barrick. "'IC,u n S1n1r-1ure and Pc.;l'forinance: .-\ :»essing 1hc '.\ ledialing Rol\" or lnu-a,1('::tn) ProccS$ ª"d tht ~lodcl'31ing Role or Task "fype", tltt.rltn!>' ef J\la11agt1111nt.]oun111/. abr. 2000, p. 13.). J,18.

      s. e.

      19. t-lv:111 and Rudd\•, ''t\n J:,:-i;Hnin,nion or thc l(el;nion~hi1> B~l\,•ecu \\'o rl; ( iroup Ch:,rn,·1tris1ics aud P<:rforrn;uu:;ç", p. 577.

      Comp1eendendo as equipes de trabalho

      321

      20. P. fialkun:ct,\'Q1'k Sln.1i·tu1-c's EITccw 011 T<:aru \ 'iabili1y and l'e rfon)1~u1Cé·,, Arod,·"!1 oJ ,\/111u,gr,1m1/ Jwm1al, ·19, n. 1, 2006. p. •19 -68; (;, C~hfn, H. I.. Kirk1n,01, R. K:lnfc1~ O..c\llc-n ~ U. Rosc-n, ·1-\ '.\ lnl\ilc"\'('I S1udyor Leadc:rship. En,1>0,\'ctnient, ~1nd Pc1fornlonce in Tc::in1s'', ]•uma/'!{ ,lppliul l'!)dMlozy. 92, n. 2. 200i, p. 331-316; L. A. l)cChurcl1 e ~I. ,\. ~larks. " L.c adcrship in i\luhin•:un Srs1e1ns" ,,]ourru,I ef Applitd l~rholtJJf1, 9 1, 11. 2, 2006. p. 3 11-329; ,'-\, Srivost:n-a, K. l\l. Bartol t E•. 1\ . l « kc, ··EntJ)C)\\'Cring Lc:;)d<·1"Ship in ~lan:~gc,ncnl Tf!a111~: Eíll"ftll- 01l Kno\\•lcdg(' Sha1i11g, Efficacy. and Pcrfonnancc". A,adnny oJ _\fr11u~11("111enl Jmu1111I, 49, n. 6, 2006, p. 1239-1 2,j l; cJ. E. ~l:uhicu, K. K. C il.$0n e ·1: ~I. Rudd)~··f.n11:>0,,•._·rn1cn1 :lnd ~IC'.1n1 EITc:cti,"(."oess: .-\ n tn,pirical ' l'est of ;)n lntcgmtc/ ,lppli,rll'!Jmffl>gr, 91, n. 1, 2006. p. 9i-108. ':1. 1•.J. B. C;.1rSoo. P. E. Tc.'$.luk cJ. t\ , ~larronc. "Sh(u•cd l..cad..·r· ship in ' IC:uhs: ;\ n ln\'c.:;tigatiun of :\ ntcccdent Conditions :tnd Pcrfonuançc" . . l((u/,n!Y ef.\lonogtn1t11J Jot1rr1a4 SO. n. :,, 2001, p. 12 11-123•1. 22. K. ~i: l)irks, ··1·n1s.1 in 1.eadcl'ship :u1d ·1ean1 Ptrfonnan('t.'; Eviden« fron, NC:\ ;-\ Basketball''•.J<m,·no/ <>] Appli«t Pv'flu,· lov. dez. 2000, p. JOO~·l012: e ~I. \\1illia111:-l. " Ín \ Vho,u \\'e ·rrust: G roup ~lcrnhcrship :"5 ,111 1\HC'cti"c C'.ontcxt for ·rrust l)cvtlopn1,:n1", Auuln~!)' ef .lla11agt111.1nl Jl(z,;,u! jul. 200 1, i>· 377-396. 23. \ 'cja S. 'f.Johng)n, "\Vork 1('anl$: \Vh:a1's- ,-\ he:acl in \\'ork Design ::ind Rc"~rds ~(an~1)1tnt". O,mj1(1H(llio,, & lkr,.tfiu k rrin,i 1nar:/abr: 1993, p. 35-·l 1: e L K. ~lcClurg. '" lê.:un Rc\,,.1rds: l·lo\\' J~,r li,1,--c \ \ C Con1c?" , /1u,um1 R e.tdurtl' ,\ lnna~ gm1c11t, prin1:1\'Cr!12001. p. 73-86. 24. R. R. 14irschfr·ld, ~I. 14.J ordnn, li. S. Vi·ilcl, \V. E Cilcs e- •.\. A. Anncn::.ki.~. " Bec-o1nin~1Canl Playcl'S: Tcant '.\lr nllx.·1-s' ~lastC'I)' of 'lC,:un\\'01t Kno"·lcdgc as a P·r cdictor ol' Te,\IU ·1~1$k Profic:icnt.)' a.1)d O b.sc1,1.:d -n_ ·,1111\\·o,·k Elfcc..'livcness'·, ],uma/ ef ,1f1dicd f'!)y/,o!,,g; 9 1, n. 2, 2006, p. •161-4 H. 25. l),1..:1 l Ullá d i,i$.lO rn:.is dçl:.1lhad.t sob!'(• capac;id r,dc d0$ n1en1hros dr. grupo. ,·('j:a .\I.J . $ 1t\'('n i. e ~I. :\ . c:a1npion, "1'hc KnO\\'lcdge, Skill, a.1ld :\ bilhy Rtquirc1ncn1s for ~1<'.'lnl• \\'Ork l1n plieations fo r l·lun1:u1 R(.'sou1'CC ~l,111.1gc1nc111'·, Jq11n1ni '![ ,\ln1mgn11n1I. ,,::rào 199·1, p..}03-530. 26. H. ~l()C.111,J. R. HollcolK'<'.k (' S. E. H111nphn)~ •J-\sy1'nn1t·· tric t\ d:lJUahilily: l))1n:.n1ic ·1ca1n S1n u•tu1'('S :,s On<·-\\'ay S1reet$", Acadt,,r, ef 1\lor11Jgt»1n11Jo11n1(l/, 4i, n. 5, out. 200.J, p. 681-695; /\. 1\ .). ( u;s,J . R. MolknbeJ.,rlrQ/og,. 88, 11. 3,jun. 2003, p. 459-4 7::.; c.J. 1\. J.,4.:Pinc, "'(C;1n1 1\ daptation and PQ!i.1· chnngc,_· PcrtOnn:uu;ç: Efli:c;1s oí l C.uu Co111posi1io11 in 1Crrns of ~lcn1lx-rs' Cognilh"(' Ahil_il)' :1nd Pcn;onalit)'" ,.'/Qt,rr1al'!f ,tppliW l 'vtftoiogy. 88. n. I, ICv. t003, 1), 2i·39. 2i. S. "C lkll, " l)t<:1>·IÂ'vcl (:01nposition \ !:i,riabl1:s as Pf<."gr. jun. 1998, p. 377-39 1.

      28. Ellis. Mollcnbt-ck e IIJ,'tll, "Tcmn l..citrning"; C:. O. L l l Poncr,J. R. t-lol!(;nhcc:k e O. R. Jlgc!n, " l};,rking Up Bch~vion, in 'J('a1ns: 'f he Rol\" of Pi~r:sonality :ind l.égi1i1n:l(j'

      322

      Compo11.amento organiia~ional

      of Y.ccd",J(Jurnol ef AJ,J>/i(I/ I'$J'(lu,Jog,-,. 88, n. 3,jtin. 2003.

      p. 391 ..103: /\, C:olquiu,.J. R. J lollcnhcck e D. R. llgcn,

      "Co,nputt"r.t\.ssistccl Cotn1nunica1ioo ~u1cl ·1e,,,n Oct•isioo•.\Jaking P('ríon1t:u1cc: ·111c ~lodcrati11g EOCCt of Op<•nuúss to Expcriencc",.]011nw/ ef.lppli.td P,trdwlogy, H1, n. 2, ahr. 2002, p. 402-4 10;.J. /\. L<·l~nc,J. R. Mollcnb«k, D. R. llgcn cJ, Hc:. :388;" S. E. l-iun1phrC);.J. R. Holl"nhcrk, C. J. ,. l<'ycr e D. R. llg"n, ·1'rai1 C:onfigur::uions in Sc,-lf.) l:u1.agrd

      ~rca1ns: 1\ Conttptual l~xanlination of thc l:se or Sct""n1position ~Iodei of Tcan1 P1·rforn1an«'',,7<JUrnoJ ef .1pJ;fi(d l'tr, ~ 8 • 61. 31. (:. ~largeriso1, e 1). J<.JcCanu, fft1111 ,llá1u1.~1rr11: l ta(ti
      or

      p. 1709-1121. :J-1. K. Y. \Villi:l1ns e(;, J\ , O'RciUy Ili, "l)c,nogr:.\phy a.1HI Di,-crsitr in Org~,niz:ttions: :\ Rc,iC\\' of lO Ycars of Rc j.carch'', in H. ~I. $1:'l\\' t' 1... t.. Cununings {Orgs.), /?1.sro((/, ;,, ()(~'(l,,;?ft,i()fía/ lkh,r:;i<1r. ,~ 20. p. i1· l 40~ <' ..., ..Joshi, ..·rht• Inílut1l('C of 01~nizatio,1al l)('1nog1':'\J rel="nofollow">hr ou thl-.. Exttro:.ll Ntl\nu·kiog Bchavi,11· of ..Jt':a1nf' 1 . lradtn!f ef ,\Janori,11/ lla:iau, jul. 2006, p. 5H~J-:',9:',. '.J:> . .J. K:-1ttcnlxu·h, ••\\'hat ?\1:tkes 1Can1.,; \\'orl.?", Ftut Con1JH11!'J! nov. 2000, p. 110. 36. 1-\ cvidên('ia, nes1;i :s(.~:\o, ('Sl:Í cl\-scrit:t ç,n 'l'ho1npron, ,\/11ki11g 1J1r p. 65-~6i. \ \-ja tarnbên1 L. ;-\ , Curral, R. l·L R,,.... n.-s1cr cj . F'. Da,\w 11. "h's \ \ 11iat 'Vou l)o .;u1d lhe \ \'a r Tilat You J)o lt: ~ICan1 ·ni.:;k, ·rc,un Sizc, and hu1ovation-Rcl:,1(.-d G J'Ol lJ) Proc.'e$.<:e.<õ", Ei.1rop,:11n ]0111110/ ef 11(l,t & Orgoni;;,aliMal l~Jdwlog,- 10. n. 2,jun. 200 1, p. 187-20·1; R. C. l.icleu, S.J . \\'ayn(' e R• .i-\ ,J a,\·orski. "Social Loa.ling: t\ Fi('lcl 1t,vcs1iga.~ tio11'',JrA1r1u,I ef .\la11agrn1n11, 30. 11. 2. 200+, p. 285-3o+: ,. J.

      1,a,,,,

      t\ . \\'agnt·r, •·s1udics of lndividu.;,lisrn· Coll«.-cti\'i.s1n: EO<.'CL,; on Coopcr:11icn1 in Crnup.s", Aradc,9' ef Jlanagrme,ll]r>urnal.

      38. "· 1. fe,•, 1995. p. 152-172. 37. •·Js \ Ou1•"l (';;in1 'IOO Uig?'l'oo Sn1all? \ \lhri.t's 1h(" lliglu Nun1· bc•1•?'", l1'r1oul(dgt@ Hiutrlo11. 14 jurl. 2006. p. 1·5. 38 . ..lya11 ç Ru
      .\/(l}tflg,,,t,,mt.

      26. n. 2, 2000, J>. 2~9-279: t S. ,\ . Kiffin·Pt•ttl'$0n

      t:J. L. (:onlc1y. "'fnbt, lodh~clu.tl.i.s.n ,, aud.Job Cha1'.\Ct<.·1•isti('::) or E,nploree Pn:1t~n:,,ce for · 1~:}nn\Vl'k", lntcr11a/Ífll1ill]<,,,rnal oJ t/unu111 /lr,S&11rcr J /111ut§'l11L11/, Ít."'\·. 2003, p. 93 -116. 39.J . r\ . U:J'>inc. R. E 1,iccolo, C. L. .Jac:kson,.J. E..\lathi<:11 e J. R. Saul, ...., ,.lt:ta-J\ n:ilysi,; or ·1c:'lnl\\'Orl: Procc.- s.~: · 1C'S1s of :, Xlultidirnensional ~IIXl('l and Rcla.1ions.hi1>!\ \\'ith ·1~·:\1n E-lltcti\'tness Critc1·ia". l"fflo11nrl l'1;:ff/tr,lf18.1, 61. 2008. p. 273-307. ·10. j . A. LcPinc~ R. F. Picc<>IC>, C. L.Jàc:k.sôn,J. E. ~l:lthicu cJ . R. Saul. ·t\ ~ lc1a-r\naly.s.is of ·rcannço rk PmccsscSs: ·rc.-s1s of a :\.ll1l1idi1ncnsional ~Iodei and R('l.1tionships \,•ith ' lê::in1 F.f. Í<:<'tivtn('..SS C1'itc1ia": c.J. E. ~1:uhitu ç 'I: L. Rr,p1>. "L,ying thc l·Ou11da1ioo for SuCctS-$ful ·1t\,l1n Pcrfor1n:111C<' ·rr::yct· túrit'!i: ·1·hc R.olt'S l.>Í ·1t•a1h (~h:,rters a11d l,(TÍ()rill~)nC:c Stràt(._ g,,-.", }nurnal ef Applitd l'')Ylu,lug~ 9 1, 11. 1, 200\1, p. 90-103. 41. J. F.. ?\lathicu e \\1. Schulic, '·'riu· lnflucnc<' or 1Can1 Kno\, lcdg(' :'lnd N)rni:tJ Plans on Epi.sodic Tc::un Pro<·css· ·PL·tfonna11cc R,elationshi1>:s''. Ac(ldnn;' oJ .1\lcu1ó&'(tm·,11J(Afr11al. 49, n. :t, 2006, p. 605-619. 42. ,•\ . Gur1ncr. i:: ·1~han. N. K. Scnuucr e C. N•i&~lt·, "Ccning Croups 10 J)c\'clop Good S1ratcgics: Eflêc1s of Rcík.xi\'i1y lntCf\'('niion,; on TCan1 Procc,:s...", ·re.un P(rf0nn:nH't', :ind Shal'\.'u111 l)«iJit111 f'ninJMS.

      102. 2007, J>. 12i·142: ~I. C. Sc.•hij)!)Cl'S, 1),

      .~. Oc:11 Htanog e I! L. Koop,n:\11, " R<:flexi\'"it)' in ºf'c:uns: t\ ~lca.s,un· :and Con-cbues", Applird Ps)'cho/ogy: An lnt,r11otio11al Rrrinu 56, n. 2, 2001 1 1>· 189·211; e C. S. Burke, K. C. S1agl, E. Sakt.s. L. Pic:-1tt t D. Kc:11. 307-334. \ ~ja 1amhi·111 R. P. OcShon,S. 1\'.J. Kor,lo,\~ki. ,-\ , )1. $('!11niclt. K. R. ~liJu..:r c O. \ Vit"'l' luniu1n, ')-\ .\luhi1)lc-Go:,J, ~luhik·vt"I ~l()(k•I of l~·dbatk Eff<:et.s on thc Rcgul:nion of lnxintO-prc.>side ntC· p~10-ac·u('".tr·5 l 9710.h11nl>. 1\(:c.,'S.,;o crn: 18 fci., 20 10. 4,;_ K. ·n,sa~ ~l'aggar e G. li . Sctj1.s, ..·rhc Ü('\'Clop111cut of Collcc-1ivc Eílicacy in ·1ca1ns: :\ ~luhilcv«·I and Longi1uclinal Pe1'51:>ec1i,'(''',:fo11rru,lef !lppNtd P~1g1. 92. n. 1, 2007. p. 17·27; O. I•.Jung é .J..J. Sos.ik. •·G,vl11>J>ot<'ll('Y a.ud (:ollecti\'C Effic.tc·y: Ex:)1niui11g ·r11L-..ir Pn:dicti\"é \ ·:)lidil)t IA':,'('l of Analrsis, and Ellê(ts or Pcrf(>rni.u1(;<' i-t',"(."(lh:1C"k on Futun· Croup P1•rforn1an,«·", (:roup &' O,gani~atfon :\lanngr,n(nl, se1.

      s.

      2003.1>, 366-39 1; e R. R. Hôrschfcld c.J. ll. llcrnrnh. ",\lcn· tal EOicacy and Phrsital tíli('.:tC)' at the çre.11n Lc,'tl: Inputs :u,d 0111('0111cs 1\ r11011g Nc..,\·ly furrncd ,\c1iun "fC;:uns'', .,]u11n1a/ ef Applittl I'9Yl1oú,gJ! 93. n. 6, 2008. p. 1429-1437. 46. A. l~J. E.Jlis, "Sys1t•n1 Brcakdo,vn: ·1·hc Rol(: or ,.lc!ntal .\Iodeis :ind 'fr':)n-s:t«'tivt ~ l<:nlOt')' on 1hç Rel:uionships Rcn,·ccn Ac:ott Stress anel 'fca111 Petiorn,a11cc.···, :luu/(1,v· t.tf ,\la11ag<11l(nl ]••mal. ·19, n. 3, 2006, p. 576-589. ·17. S, \ ,:J. Ko:do\,·ski <' 1). R. llgco. "Enhanciilg- the Elf(.>('ti\'t ness or \ \'ork C roups and .., (·:uns", l">Jyclr<>/Qgi(ol Scint« in tl(-( Public lnllrm, (k-1.. 2006, p. 77-1 24; e B. ]). Ech,11.rds, F.. .\. 1):L); \ \ ( 1\ rduu~Jr. 1• S. 1: lkll, "Reknion;:hips 1\ n1ong ·r('a.in t\bili1y C:01nposit.ion. lt'.un ~lental ~Iodeis, and 'l't.un Ptrfvrn11ul(.'C.,. Jounml efAppl.ial PJ]rlwb)g:,. 91 1 n .. 3, 20()(}, p. 727-736.

      Capitulo ao

      48. K. :\ .J chn, ·t\ Qualít:1tive ,•\ nnlysis of Conflicl '"fypcs anel Oin, cnsions in 01-g.inizali01lal Croupsº', ddmi,1i.s/r(lli:>e S7. \ tcja lan1bé,n R. S. P<·terson e K.J. Behfrar, "'l'hc í)yn;uuic R,·lationship Hé•twceu P<'rforin:ince' Fce'dhack, · rru~t, .'lncl Conflict in Croups: .A Lo ngitudinal Study.., Orgat1i~oti(J1111/ lhlu1rior and Hun,a,1 /)(ti· JiOJI fto«.55tS. SC(,/ 110\', 2003. J), 102-1 J 2. 49. l~1rida C:-11'1léiro de R<:St'1ldc. ·;lk1n•est,:11· no trab.'\lho: influêoci:ts d~1s baSl·:s d e poder do :.upcr\'iso,· •· dos lif>ô$ de conflito", 0 111. 2008.

      50. K ..J. Hchí:ir, R. S. Petcrson, E.. 1\. }.fannix e \\~ ~J. K. ·rroçhi1n, ···rh<' Critic:al Role of Conflic, R•-sohttion in 1C::ims: ,\ Close Look al the l..inks Bct\vten Conflj('t 1)1>c~ c:onílict ~Janagé1nc,n Strntcgics. and ·1ca,,1 Oul('OllH:s'·,Jo-Hnuí/ . 170-188. 51. K.. li. Piice, D. 1\ . Hnn'ison c.J.1-1 . Cavin, " \ Vithhold iug Inputs in 1Ca,n Conu:x1s: ~lt.•n1hcr Co1nposi1ion, ln1cr:1c1ion Pro(.'CS."CS. F.\'a1u:uion S1ruc1urc, :1nd Soci:1l l .(X.1fini',.]{N1r,u.r/ of ,lpplúd P~wl,owg~ 9 1. n. 6. 2006, p. 1375-138·1. 52. \ 'cja, po1'<"X(:111plo. B. 1.. Ki14.i,1:u1 é L), I.. Shílpi,-o, "Thc l 1npa(~t of Cuhural \ '.\lucs on E1nploycc R.csistantc lO 'lê,un.s: 'I0\\;1rd a )Iodei of Globali7.A,.-d Sc11:~(an.1gi11g \Vork ·n·an1 Eíli~1iv~·ncJ•s'', Acadl'n!>' ef .\lonag,,unll Rtrini~ jul. 1997, p. i30-?5 i: e U. L. KirkJn~n. C. B. Gibsoo e 11 L. Shnpiro, '"Ex1)()ning· 1ta,ns: l~ohandng lhe hnpl,'nl<"l\t:Hioo :1ocl EITcctivcncss oí' \\'otk 1Ca11l-: iu Cloh:ll 1\flili,ucs•·. Orgmd~o· tiounl l);·,ia111ir.s, 30, n. 1, 2001, p. 12-29. 53. G. l lcru•I, U Konrad1 e.· K. \ios..", ..C<,1nJ>etc:nrics for \ 'irtual "lêan1,\·o rk: l'lc,'(·lopn1('nt :u1d v;,lida1ion of =" \\'ch-Rasccl Sclection 1001 têu· ~ tcnll>ers c,f l)is.iíiholtd ~r(:.,1ns''. l:.iuup.-n,r fltlrnal ef I link a,ul Organi,t.(tti(>f14/ h}thQ/ogJ. 1.). n. ·h 2006, p.·177-50 1-. 5 1. 1. C:llarccp, ''lk'l·kh;uu Loa11 ~lakes ~ o Scusc fOr lhe ü:1laxy", ESl !Vw,~r,irt, 2 ~ 0~11. 2008. l)isponÍ\1;:I cn1: <""'"'· socccrnel.cspn.go.con1> . 55. f)intimir,u dr grr,po onli,u·. l)isponivrl c•n1: <\v\,'\~fonn:i.dor. <'Olll,br/1rx:inanH·n1olrnbalhot1uc.·quipc.aspx>. ,\ cC'-SSO en1:

      2:, fcv. 20 1O. 56. lhid, 5i. ·101,i ~lcllo, •·O ll';.li1lét: idtal .. , /t,,u,/ íôtl Rll. Oispo11i\'('l c•tn: < \\'\\ \\'.rc\iista\'O<·c d 1.abril.côtll, hrI nolic:ia / contcudo_490987.shunl>. !\ c:ci-so c 1n: 19 fev. 20 10. 58 . .J. S. J)c·~l:,1t<:fl, I,. ·1: El>'}•t• E. Suncls1ronl, "'JC;i,n -13:-L~d R.c"-:,r(ls: C\trrrnt En1piriç;1I Evidcn~· and l)ircctions for Fuu11•t Rcs.~i'Ch in H. ~I. Sta,,· e 1. . L•. Cu1n1nin~ {Ül'!,1S.), lltkafth ;,, O,J,vu1i.t.ati1Jtt11l /khai·i()r. \~20. p. 141- 183. 59. 1\ 1la l.ujza Hcr1:og, "[xccpcion;tis. rncdi;u100 o u rncdiOC1'(':,;"', Jla.ifu1 E::roJ/tt. cd. 864, 23 m;,r. 2006. 00

      ,

      ComJ)feendeodo as equipes de trabalho

      323

      60. :-\ n:.l l..uiz::i l·lçr-1,og. ··P:,ra os rnclhorcs.. 1udo". Rn:ist.n E.'(,unt.

      cd. s; 1. 8 "''· 200;.

      6 1. ~I. l) . .Johnson,J, R. 1'1 oUenh<'ck. S. E.-:. 11u1l)phrty. U. R. llgtn, D.Junch e C.J. ~fC)'C1i "Cutthro,u Coop<·r.:ition: 1\.<;)'tllnu:trical 1\dapi.uion to Chang<.-s in 'JC,un Rc•,\·arcl S1n1c:1un:s", Arodtr,!1''!Í .\lonngnnn,t,]ounrol. 49, n. 1. 2006,

      I'· 103-119. 62. e. ~. Nac,llill e- R. o. ' l')'nan, ..•rhc ~rc~m l lalo EIT<:C'I: \\'hy ~rca,ns Ate Not Bkunéd íor ·n 1cir f:'li lurx:s··,Joun1n/ ef Applúd l's;y/10/og_,:. rc-xlcr e R.. furn:stc r. ..~ICa111,,·ork Not .'fcccss:1rih• the :\ ns\\'er", IJRJ/ng(l{itl(. jan. l 99U, p. 55-58. \ ,'c:ja 1an1hé,;1 R. Saa\'cd1~,. P. (:. Earlt..;o· e 1.. \ ':,n l)ynt, .;Con1plc-x lnierdcpcndéncc in ·1:-.sk·Ptrfonni1\~ G1-0l1ps",.7, 7•11 •763. 6-1. ··)\ laior parit dos profissionnis brasileiros tr:lh:t1ha nlclhor SO'ti1lhO cio ( (lll' c,u C(Jui1K··, /;p«a ~V/1Gó(:tos Ot111'11t.jao. 2010. 6:>. " \ \';\t.wn \\'y.ttt'$ Global \ \'ork Studics'', Ddponívcl c111: < \\'\\'\\'.\\':Uso11,\ '}'.

      66. Nicholls, 1...-.ne e 8reh1n Brt<'hu, "·n,king Sclf-~lan.:tg<'d ' l('an1s 10 ~l1•xi,·o". 67. \\'. E. \V::11son, K . Knnu1r t 1.. K. ~l ichaclscn, '·Cuhural Oiver.-íty's ln1p:u:t on I nlcr:1rtion Pr. 590-602: I~C. Earler e E. }. losako\\·itki, "Crt•r.1ing f-l yhrid ' lê:a,n C uhun-$: .•\ n En1piric.tl 1i:.-s1 of ·rrnnitnation:il li::1111 Func1ioning", 1t,adm!»ef .\lan(l,eft'U1tl.J1Jurnal.. fc\'. 2000, p. 26--4-9: t: S. ~loh,un1ncd e.· L. C. 1\1lgcl1 1 "Surf."tcé· and Oi;·cp·L.cvel Oi· véritily in \\'ork~'l'(H1ps: Exa,nining-du: ~lodcra1ing Eíl°t":<:1s of ~n·:,1n ()ri(•n1:i1ion :ind l t'aen Proc..·1•!;s o n Rchuion~hip Confticl'',Journa/ ef Org1uú;;,11tÍQr,a/ Jlflurcio,; dc:r.. 2004. p.

      101;.1039. 68. \\'alson. Ku1na.,· e );Jichaclscn. "Cuhural Oivc1-sit)'s hnpacl on lntcr,u_.tion Proctss and Pcríonnaucc", 69. L>. E C1~\\'11. "'f"lu.: Use of Group .:i11d Grou1)('(:1\1ric lnd ivi· (lu;ll Coais for Cuhttt.ll.lr Hctcrogcnc..· and Hofnogcuc~ous "J:l.sk Cro\lp.s: ,\ n :\ s.,:;C's.~n1en1 of Europ(•an \\'ork ·n·arus", Smoll G,oup Rtr(ílf(h, 38. n. 4. 2007. p. ·IB9-508.

      iO. ·''l'r.:il>alho en1 &1uipe - Oi.11ft o1ic:1". l)isponiv,•I t:nl: <''"'"~ ponaldo1na,·kc1ing.coo\,b1•/l)inaoli(';u/'í'tab:'llho_t•1n_<:<1ui· pt.h11n>.

      11

      Comunicação

      Falar sem par:ar não signijic
      nlente se1n lenlbran<;.,(\S

      OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM Depois de ler este capítulo, você será capaz de: 1

      Identificar as principais funções da comunicação.

      2

      Descrever o processo de comunicação e distinguir entre comunicação formal e informal.

      3

      Comparar comunicação descendente, ascendente e lateral.

      4

      Comparar comunicação oral, escrita e não verbal.

      5

      Comparar redes de comunicação formal e rede de rumores.

      6

      Analisar as vantagens e os desafios da comunicação eletrônica.

      7

      Mostrar como a riqueza do canal fundamenta a escolha do canal de comunicação.

      8

      Identificai' as barYeiras comuns â comunicação eficaz.

      9

      Descrever como superar os problemas potenciais na comunicação intercultural.

      EXTRA! EXTRA! OS 'REPÓRTERES' DO CARREFOUR MELHORAM A COMUNICAÇÃO ORGANIZACIONAL magine o trabalho necessário para garantir que todos os funcionários de um supermercado comuniquem·se de maneira eficiente, dando opiniões e expressando suas ideias. Pense agora em uma grande organização com 170 lojas espalhadas por 14 estados do Brasil e composta de 62 mil funcionários. Deve ser um desalio 'um pouquinho' maior, certo? Muitos, inclusive, podem pensar que essa é uma tarefa impossível. Esse, porém, não foi o pensamento dos gestores de comu· nicação interna e recursos humanos da rede varejista Carrefour que, em 2005, aprimoraram consideravelmente a troca de informações e a disse· minação de ideias entre os funcionários da empresa. Para melhorar a eficiência do processo de comunicação, naquele ano, o Carrelour lançou o projeto "A comunicação em pessoa - rede de repórteres locais". Esse programa tinha por objetivo disseminar infor-

      I

      mações sobre as operações das lojas do grupo. a estratégia da empresa e os resultados alcançados, além de proporcionar um espaço para os

      Capitulo 11

      Comunkaç3o

      325

      funcionários exporem opiniões e troc.irem ideias sobre as tarefas realizadas. Para torná-lo possível, gestores dos dois departamentos reuniram-se e avaliaram a melhor maneira para realizá.lo. Diversos fatores precisavam ser considerados, desde a melhoria do processo de comunicação e os custos envolvidos (não era viável contratar estrelas e equipes de televisão), até a satisfação dos trabalhadores com o programa. Diante disso, a equipe do projeto teve uma ideia considerada excelente pelo pessoal das lojas e executivos do grupo: se o programa visa ã melhoria da comunicação na empresa, então por que não ser realizado pelos próprios funcionários? Com base nisso, foram divulgadas oportunidades para que estoquistas, caixas, atendentes e outros trabalhadores atuassem como 'repórteres Carrefour'. O trabalho seria voluntário e os selecionados passariam por um treinamento antes de começar a produzir as matérias. Após o recrutamento, o d iretor de cada loja selecionou as pessoas que considerou mais aptas a dinamizarem a comunicação dentro das unidades do Carrefour e entre elas. O trabalho consistiria na produção de matérias dentro da loja onde os repórteres trabalhavam e no envio do material para outras unidades. Além disso, eles seriam responsáveis por difundir as notícias, realizando a divulgação dos diversos meios de comunicação existentes na empresa, como a revista, o mural e a lntranet. Outro canal muito importante para aprimorar a comunicação entre os funcionários foi a TV Carrefour. Criada em 2004, a cada 45 dias ela mostrava um programa de 16 minutos produzido pelos próprios trabalhadores, exibido um pouco antes da abertura das lojas. Segundo Antonio Marques Uchoa, diretor do Instituto Carrefour, que engloba a área de comunicação interna da empresa, os repórteres das lojas "são nossos olhos e nossos braços nas unidades para tornar a comunicação mais eficiente e deixá-la mais disponível para todos os colaboradores". Graças ao projeto, a troca de informações entre os funcionários melhorou consideravelmente, com a redução de ruídos e a maior participação dos trabalhadores. De acordo com o executivo, com o programa a rede tem "maior facilidade para divulgar a estratégia, a cultura e os valores da companhia". Além disso, boas práticas puderam ser trocadas entre funcionários da rede. Isso, entretanto, não foi tudo. A Rede de Repórteres Locais tornou-se uma ferramenta para que os trabalhadores expressassem suas opiniões e fossem ouvidos por executivos do Carrefour. Nas palavras do diretor, o projeto "também serviu para que pudéssemos ouvir os colaboradores de todas as unidades". Apenas o típico "Extra! Extra!" das antigas chamadas dos jornais precisa ser evitado: propaganda da concorrência já é demais.•

      Comunicação Transferéncia e compreensão de signifteado.

      _J

      O cxc111plo n1ostrado iluslra as consequências que a comunicação pode ler c1n u111a o rg anizaç~o. ~ este c,tphulo_, anali:stu·c1nos o poder da çon1unicaçào e as fOr111a.s de tor11á-la n1ais (;ficaz. ,\ con1unicaç;'io clcficicnh.: é JJrovavc:hncruc a principal fon1c de coníli1os interpessoais no trahalho.1 Co1no as pessoas passa1n quase 70 por cento das horas cn1 qu<.: estão a<.'Orclada.s se comu11ica11do - escrevendo, lendo, fri.lando, csculando - , parece 111:1,o;ivcl afirn,ar que tuna da.~ ptincipais forças inibidora..~ do bo1n dcscrnpcnho ele:: llll'l g tupo é a faha de urna con1unicaçào eficaz. 'TCr un1a boa capacidade de conu1nicaçào é essencial para o sucesso na carreira. Estudos feitos con1 r,nalistas de rccrutan1cnto e seleção n.:vclaran1 c1uc quase sc1nprc as habilldadcs de co,nunicê,çào cncon1ranl-se entre as ,nais in11>0rlarucs c.:11-aclcrísticas ele 11111 candidalo ideal.' Ncnhun1 indivíduo~ g ruJ>O ou organização podcn1 existir sc,n a transferência de significados entre seus 1ncn1bros. Apenas por n1cio dcl.1 as infor1n;u;ôcs e ideias podcn1 ser lrans1nil.id,ls. 1\ cornu11icaçi,o, contudo. 1:. ,nais do que sin1plcs111cntc transmitit um significado: esse sit•nificado 1an1bén1 precis.a ~cr co1npreendido. Ent u1n grupo en1 que 111n indivíduo fàla apenas alctnào e os clc1nais não sabcn1 o idio1na, e le não conseguirá ser bc1n co1nprccncliclo. Portanto~ a comunicação precisa incluir a lra11eftréncia e a co1npre· c11Jà(J
      Ncnht1rna ideia, por nu;lhor c1uc s<ja, é (uil se não for t1';\11sn1itid;\ e co111pl'<·cndida pelos o u1 ros . .i.\ co1nunicaç,l o perfeita , se cxisliss(~, ocorr·cria quando un1 pcnsa1ncnto ou icltia fosse lransnü1ido de unta J>Cssoa para o ulr.t de lal fOr1na que a figura 1ncntal percebida pe lo receptor fosse idêntica à do c111issor. E111bora un1 tanto clen1enlar na tcotia, a con1unicação pcrféil
      nha e dcscrc\'CI' seu proc..:csso.

      326

      Compott.amento organiza~ional

      & unções da comunicação A con1unicaçào ten, quatro funções básicas clc;n1ro de un, grupo ou de un1a organi1..a... çào: controlL·. 1notiv~,ção, cxpr<:ss::lo c 1nocional <: infor1naçlio. 1 :\ conlunicaçào age no co11lrole cl<> comportarncn,o das pessoas de diversas 111ancir.,s. J\ s o rganizações pc>ssucn, hicrarquia.s e oric11tações fOrmais que dcvcrn .ser seguidas pelos r..111cion.:llios. Qua ndo estes são iníor,nados de que dc,·crn, por exen,plo, comunicar qualquer pl'oblerna dt t1ctbalho pl'inlciro a seu supe1i or inlcdiato. seguir suas instruções de trabalho ou, ainda, adequar-se às políti:cas d~1 cn,pl'csa, a co,nunicaçào rsul drsen1penhando u,na fi1 nçào de controle. ~ las a cornunic-nçào iníor1nal 1a1nbé1n controla o con1ponan,c nto. Quando un1 grupo ele 1raba.lho hostitiza lU1l 111c1nbro que c~stá produzindo de1nais (e, assi1n, íhz que o resto do grupo seja 111al avaliado), esses indivíduos estão se con1unicando inl()r.. n1aln1cntc e co11lrolando o co1nporta,111c1HO do colcgH. A cornunicaçâo ta1nbé1n facilita. a 11101i,,,t1çiio por rsclareccr ::1os funciol)átios o que d eve ser l<-:.i to1 qual a qualiclacle de seu dcscrnp<;nho e co1no tnclhoí'á-lo se cs1ivct ahaixo d o esperado. \ lhnos esses conceitos e1n nossa revisão sobre as teorias do (:Stalx:lccin1c:nto de objcli,·os, no Capítulo 7. O cstabélcci1ncnto de 111ctas es.pccíficas1 o firdba,k do progresso c111 relação ~1 elas e a reco,npensa pelo co1npo1·ta1,1ento (l('scj~ivcl csti,11ula1n :'I 1no1ivaçi10 e rcq11cren1 conn ,nicaç-ào. Para n1uitos funcioníirios., seu grupo d e trabalho é a fo nte prin1áiia ele intcraç:lo social. J\ c::on,unieaçào d c111ro do grupo é unn 1nccanisrno fundan1cntal p.tra que stus n1cmbros cxJ)l"CSSC11\ su.=is fi·ustraçõcs ou sua sa1isfaçào. A co1nunicaçt10, potttt11to, possibilitn a 1:.,prt.ssiio e,nocional de sen1i111enlos e a salisfhç.à() de necessidades sociais. :-\ função final da con1unicaçào é facilitar a lo1nada de clccist,cs. Ela proporciona as i1ifor111nriks de que as 1x:sso;1s e os grupos prcci.sam para lon1af dccisõ('.s ao tr.u1:n11itir dados para que se idcntifiqucn1 e a\'alie1n a hcrnaüvas. Ncnhu1na dcss...1.s quau'O funçõ<:s é 1nais in1por1anlc que as dcn1a.is. Para apresentar u111 bon1 dcsc1npcnho, os gi1.1pos prccisa1n ler algun1 Lipo de conuolc sobre seus 1nc1nbros, cs1irnulá-los a se cstOrçar, ofc~,-cct:r oit n1cioi; par11 sua cxprc."t.;;:ão «~1nocíonç1l e para :1 lOn"l~da dt decisões. Pra1ica,ncntc todas as intc raçôcs d e con,unicaçào que ocorrcrn dcn11·0 de urn grupo ou de tuna organização cxcrccn\ uma ou rnais dessas quatro fi.1nçõcs.

      m

      processo de comunicação 1\ 11tes que a co11nu,ic.:1çào .se rcalii.(:, ela 11ccc.:ssi1a de u111 propósito: de tut1a n1c11sagc,n a ser trans,nitida e ntre urn cn1 issor e l1111 receptor. O e1llissor codifica a n1e11sagen\

      A comunicação exerce uma função fundamental no

      processo dê décisão do estilista Cartos Miefe, dono da rede de lojas de roupas M .Offt-cer. Segundo Miele. é graças a ela que ele col'lSégue reunir as mais diversas informações antes de escolher entre as alternativas que lhe são oferecidas. "Sempre procuro ouvir o que pessoas que considero geniais têm a dizer sobre meu negócio. Quem não divide o dia a dia comigo sempre vê as coisas de outra perspectiva". conta ele. Segundo M iele, uma das decisõés mais importantes de sua canefra, a internacional1zaçâo de sua rede varejista, ocorreu graças a uma conversa com João Alves de Queiroz Filho, controlador da Hypermarcas. !>

      Capitulo 11

      Comunk aç3o

      327

      (convertendo-a crn un1 for n1ato sii11bólico} e a trans1nilc por un1 111cio (canal) até o receptor. q ue a traduz (dccoclifica). O rcsu.ltc,clo é a tra ns ferência d" u1n significado de u,na pCS$Oa

      para outr..i.''

      Proc•sso de

      1\ Figur;\ 11. l 11'\c)Stt'a o

      comunicação

      Os passos entre uma fonte e um receptor que

      result.:im na transfe, &n.cia

      e compreens~o de um

      (

      __j

      significado. Canais formais

      Canais de comunicação estabelecidos pela

      organização que transmitem mensagens referentes às atividades relacionadas com o trabalho de seus membros.

      _J

      Canais informais

      Canais de

      comun,cação criados espontaneam,ente que surgem como ,esposta âs escolhas indrviduais.

      processo de comunica ção. r\ s pal't.CS p1incipais d,:$.$C 1nodclo

      são: ( 1) o emisso,; (2) a codificação, (3) a mensagem, (-1) o canal, (5) a decodificação, (6) o receptor, (7) o "'ido e (8) ojúdhatk. O e,nissor inicia a n1cnsagc1n J>ela codificação de t1111 pcns:.unc1110. 1-\ 111en.sage,n é o p roclu~

      lo Hsicocodificado pelo c1nissor. Qua ndo fhla111os. a f:'\la é a 111cnsagcn1. Q uando escrc,·cn1os. o texto l'Sc1ito ê ;1 n1cnsagc111. Quando gcsticuhunos, os n1ú,·i1ncntos d e nossos braços e as c.xpr~siK:s crn nosso rosto SflO a n1cnsagc111. O tonal é o 1ncio pelo qual a 111cnsagc,n vi;;~a. Ele é sc::lccionado 1x:lo c1nissor, c1uc dctc1·1nina S4.: vai utilizar u1n canal IOr,nal ou inforn"lfll. Os can ais formais são es.o\h<:lccido.s pela Ol'ga11Íí':açào e tl'ansrnitcn1 1ncnsagcn.s q ue se rcfcrcn1 !1s a1i,idadcs relacionadas con, o trabalho de seus rncrnbros. ~r radicional· rncntc, eles scguc1n a rede ele autoridade dentro da org;u1izaçào. Outras for1nas ele rncnsagc1n. con10 as pessoais ou sociais, scguc111 os canais informais , que s,i.o c.·spont..l.ncos e surgem co1no rc.sposta iis cscolhtt.s individuais.1 O rtcepü,r é o sLticito (ou sLticitos) a quem a 111cnsagcn1 se dirige, o q ual deve prirnciro traduzir seus shnbolos de un1 m()(lo co1nprcc11sivcl. ísso ê a d«odijic"çiio da 11tenSt1gc:1n. O ruido é con1posto
      fflire ção da comunicação A comunicaçã.o pode íluir crn sentido vertical ou horiiontal. A di,ncn:são \·crtical, po r sua \·ezi pode ser subc.lividida ern ascendenlc e dcscc,,dcn1c.'1

      Comunicação descendente ..\. cooluoicação den1ro de uul gtupo ou Ol'~ ni~aç~o, a qual ílui dos níveis 1'.f1ais altos pata os ,nttis baixos, ê c.harnada dest t,~dollt. J~la ê u$ada pelos gcsto,·cs e lídc1'CS que se c.001u11ican1 c.0111 os fu ncionários para a uibuir tarefas, IOrncccr ins1ru<;ões de trabalho, infor1nar políticas <' proccdi1n çntos, identificar prohlcn1as que nccrssilan1 d e: atcn<;ào C' fo rnec<:rfitdbacl· sobre o dcsc-1npcnho. ~las a co1n unicaçào clcsccndcntc nào p recisa ser oral ncn1 íhcc a f;lcc. Quando :l cn1prc-sa 111a11da un1a corrc-spondCncia para a casa de seus ll1ncion::írios inforrnando sobre a 110\i:. polhica de licença médica, csLá usando a connu,icaçào dcscc11dcntc. U1n líder de equipe qu..: n1anda un1 c-,nail par;1 seus ,1,c1nb1-os, lcn,braudo-os de u,n prn,.o prestes a S('I" cu,nptido, está usa11do a co,nunicação descendcnlc.

      Figura 11.1

      O processo de comunícação Receptor

      Emissor Menwgem ~ Cod"f" _ O ser I ICOÇOO do mensagem enviada

      Cono!

      Men,09em

      Men>09em

      réeéb1do .----.. decodifícodo

      I

      -

      328

      Compottamento organizacional

      Quando Michel Kleii,, diretor-executivo das Casas Bahia, d is.cursou aos funcionários durante a abertur,;1 da Super Casas Bahia no final de 2009 no Rio de Janeiro. ele utilizou a comunicação descendente para informar os vendedores sobre a fusão entre a empresa e o gf\lpo Pão de AÇ\lcar. Na ocasião, o exécutivo proctJrou mostrar que as Casas Bahia absorveriam o Ponto Frio, rede de lojas de eletroeletrônicos do Pão de Açúcar. com o objetivo de motivar seus vendedores, que comemoraram a notícia. Na verdade. po,ém, o que ocorreu foi uma fusão entre as doas redes de lojas, sendo que o Grupo Pão de Açúcar passaria a $er o controlador

      das duas redes varejistas.?

      r\ o usar •' corn unicação dcsccndcntc, os adntinistradores d C\ 'Clll cxplic;:u· as razões pelas q uais tuna clcris.io foi to1nada. Um estudo revelou que os funcion,lli os tê1n du;,s vezes 1nais co111promctimcnto corn as n1udanças q uando ,,s razões subjacentes são explicadas J>Or co1nplcto. 1.\pes.ar de isso par<..'Ccr senso con1t11n, 1nuhos gcstor<.:s sc11tc1n que C.'itào bastaut<: ocupados para e.~plic
      prcc-isa,n sei· l"CS-ptilaclas e ouvidas". E1npresas co1no a filbric-antc de cclula1·es

      Nokia cscutan1 aLi\'a111cntc as suges•õcs de seus funcioná,ios, p1-á.tira que a organização considera has1::111tc in1portantc para a inovação. 11 Os 1nclho rcs co1nunicadorcs expJica1n as razões por u--:u d;1s L'On1unicaç.ôc.·s dcsccnden· tcs, nn,s ta1nbé1n solicitam a seus sul)ordinaclos q ue rornuniquc111 seus anseios e opiniões. Isso nos leva ~i próxin1a direção: a con1u11ic.açào asce11dcnte.

      Comunicação ascendente 1\ ,o,11u11i
      1 f

      Capitulo 11

      Comunkaç3o

      329

      veis (o CJUCacredita que vai acontecer) e fi,zcr ,1111 plancja1ncnto ele atividades para garantir que us.ar.:l bcn1 a atenção ele seu chcfc. 11

      Comunicação lateral Quando a co111unicaçi10 se da organi1.,..1ção, dizcn1os que isso é 111na fOrrna de ttn111111ita(11o /attral. Por que ha\'c1ia necessidade v<><:ár urn curto-circuito 1Ht l1ierarquia vc1'tic.;:,l e agilizai· a açf10. 1\ssirn, a c,nnuuicaçtio kHc1-al pode ser, do ponlo de: viSl.fl dos 1-:tni c.xccutadas. s<:111 seu co11hc<:j1ncnto.

      nlomunicação interpessoal \ li,nos. ai.é agora, <~uais são a:s fi1nçÕ<:s1 o processo e os 1ipos de con11111icaçào presentes nas organizações. I\ Ias <:01110 os ntc1nbros do grupo trocan1 n1cnsagcns cnlrc si? 1\s 1x:ssoas ulilizan1, csscnciaJn1cnlc, a con1unicaçào oral, a escrita e
      Comunicação oral O principal n,cio de transnti1ir n1cnsagens é a con1u11icaç~io o ral. 1\s palestras, os ele.. bates for1nais cnlrc duas pessoas ou cn1 gru1>0 e a rede infon nal de rurnorcs são algun1~:is forl'nas co,nuns de co,nunitaçiio oral . ..\s va,uage1lS da con1unic.-1ção oral são a l"apidez e o Jr.ed/x1(k. Podc11lOS cnlitir ,una ,nensagern verbal e 1·eccber un1a resposta ern un1 prazo <'lll'\O. Se o receptor li,·er dl,vidas sohre a 1nen.sage111, o fledbatA· per111itirá que o en1issor rorrija seus tern1os. ~ral co1no foi observado por u111 profissional: "a tontunicaçào face a fãce de fOrn1a consi:nente ainda é a 111clhor 1nancira de obter infOrn1açào dos funcio nários e para c:les"." t\ principal dcsvanlagc1n da cornunicaçào oral surge qua.11do lHna n1cn.sagc111 tcn1 de ser tra11s1nilida para v~í.rias pessoas. Quanto n1aior o núrncro de receptores~ 1naior a probt1bilidadc de distorções potenciais. Se você co11hecc a ,·clha brincadeira do ' lclcfonc sc11l fio'. ide11tificar;°l o p1"0ble1na. Cada ptssoa inlerpreta a rnensagern a S\1a 1na11ei1-a. Qoando o con1elldo chega ao des1ina1á1io 1 es1á 1nui10 111odificado cn1 relação ao Ol'i,ginal. l)cnu'O de ui-na organi:i:açào~ onde as decisões e ouu'Os con1unicados sào transn1itidos \'erbalnH!nte ao longo da hierarquia, surge,n n1uitas chances de ocorrer clistorç,io nas n1cnsagcns.

      Comunicação escrita r\ con1tutica.çào escrita engloba n1en1oranclos1 ca11as, trans.n1issões de f;\.x 1 c·n1ails, 1ncnsagcns instanuincas, jorn:Lis internos, inforn1ativos cn1 n1ur.iis (inclusive os eletrônicos)

      ç

      qualqutr 0111ro meio que UJ;(! a lingti.1gem cscrirn ou ~imbólica.

      Por que o emissor escolhe a <:01nu11ic;lç,io csc1i1a? Frequcntc1nentc porque ela é l•Hlgívr·I e vcrificá\'CI. J~,n gC'1~ l, 1a1110 o c1nis.sor quanlo o 1x:cep1or 1na111ê1n 1-egistm da:; ,n.~nsa-

      330

      Compott.amento organiza~ional

      gcns e elas podcn1 ficar arn1azcnadas por tcrnpo indclcrininado. Se houver dllvidas co1n re lação ao c.:ontcúdo, elas pode1n S<.."r íacilmcnte vcri.fic.aclas nos registros. Esse aspecto é j)(H'ticuh11·n1c1uc i1nportanu_:<1uando se tri11a de n1cn:k'lgcns ton1plcxas ou muito longas. O plano ele 1nal'kc1 ing para 111n Hovo produto. por cxe,nplo, 1>0
      1nais lógica e clara. Evldcntc1ncnte. as 1nens.a.gc.:ns CS(:1itas tênl suas dc-svantag(:ns.. Elas conso111c1n ,nais 1c1npo. \ to{'ê pode 1ransnli1il' 111uiro rnais infor1naçôcs il seu ptoícsso1· crn un\ exa1nc oral d e u111a hora d o qut cn, u1n cxan1c escrito co1n a n1c.sn1a duração. ~a verdade. o que você di1. cn1 dez ou 15 1ninutos pode levar u111a hora para ser redigido. Outra grande d csvantagcn1 é a ausência de un1 1nccanisn10 dcfadback. A co1nunicaçào oral pcr1nitc que o recepto r se

      MITO OU CIÊNCIA?

      "As pessoas são boas em pegar mentirosos no trabalho" ssa afirmação é falsa. O propósito principal da comunicação no trabalho idealmente deveria ser o de transmitir informações relativas à empresa e suas atividades. No entanto, também nos comunicamos com a finalidade de influenciar as impressões que se formam a nosso respeito. Parte dessa administração de impressões não é intencional, mas inofensiva (por exem· pio, elogiar o chefe pelas roupas que estâ vestindo). No entanto, âs vezes as pessoas gerenciam as impressões por meio de mentiras, tais como desculpas por faltar ao trabalho ou deixar de cumprir um prazo. Uma das razões pelas quais as pessoas mentem - no trabalho e em outras situações - é porque isso funciona. Apesar de pensarmos que somos bons em detectar uma mentira, as pesquisas mostram o contrá· rio. Uma revisão de pesquisas de 247 estudos revelou que as pessoas detectam as mentiras, em média, com uma precisão de 4,05 por cento maior do que o acaso. E o que é ainda mais desanimador é que os chamados especialistas - policiais, detetives, juízes e psicólogos - não têm um desempenho melhor do que os outros. Além disso, detectar mentiras em uma situação não sig· nifica ser capaz de detectá-las em outra. Por sua vez, outro estudo descobriu que a confiança das pessoas no próprio julgamento de alguém estar mentindo não tem nenhuma correlação com sua precisão real. Pensamos ser muito melhores em apanhar um mentiroso do que realmente somos. Como concluem os autores desse

      E

      esstudo: "As pessoas não são boas para detectar mentira independentemente de sua idade, sexo, segurança ou expeôência". Um dos motivos pelos quais as pessoas são tão ruins para detectar mentiras é que elas prestam dema· siada atenção em pistas como movimentos oculares, tons de voz e movimentos nervosos e prestam pouca atenção ao que é dito. O conteúdo verbal importa mais: quem diz a verdade apresenta uma tendência maior de contar histórias que contêm detalhes significativos (e irrelevantes, inclusive) e uma tendência me.. nora contá·las em sequência cronológica, além de dar as próprias interpretações aos eventos que relatam. Essas pessoas também tendem a transmitir informações que parecem contrárias ao estereótipo das histórias verdadeiras: elas se corrigem ao contar a história (" ela estava usando um vestido azul, hum, não, desculpe, preto"), assumem seu esquecimento ("acho ...", "não tenho certeza ..."), põem em dúvida os próprios relatos anteriores ("sei que parece muito estranho...") e men· cionam coisas desfavoráveis ("sei que não devia ter lido o e-mail dele .. ."). Aonde se quer chegar com isso? Não acredite em tudo o que ouve e não confie tanto em sua capacidade de pegar um mentiroso com base em sua intuição. Ouando alguém afirma que é melhor duvidar de algo, peça a ele ou e la para provar o que diz e preste mais atenção ao que é comunicado do que em como.

      Fonte: Bastmem C. F. 8ond, Jr.o B. M. OePa!Jk>, "lndwidu.at Oiffefenec$ i.n Jud9io9 Ooc.,optt0n:Accuracy .u'ld BiM". Ps~c81 Bvllcth'l, 134, n, 41 2())8, p. 477-492.; M. G. A3modt e H.Cnu~r1 "Who C~n B<m C.1teh a Ul\r? A Meta·Anafysisof lnóividval OifferonotS in Detc-ct1n9 Oe,ceptlon", The F01en$k Examt.ner,primaveta 2(()6, p . 6, 11; e A. Vrii, '"Nonverbal Domin.nnee V4Nu$\lerb81Ac:c:uracy ín lie Detection.:A ptea toChange Polieo Ptactke", Crimi~ JIJS!ioe e.nd Seht'l'Vl'or. 35, n. 10, 2008. p. 1323 ..1336.

      Capitulo 11

      Quadro 11.1

      Comunkaç3o

      331

      Entonação: é o jeito como você diz as coisas!

      Mude seu tom e você mudará o significado do que está dizendo Colocação da ênfase

      O que ssignifica

      Por que eu não levo você para ja1\tat hoje?

      Pensava em levar outra pessoa.

      Por que cu não levo você para jantar hoje?

      Em vez daquele sujeito com quem você pretendia ir.

      Por que eu não levo você para jantar hoje?

      Procurando um motivo para não fazê.lo.

      Por que eu não levo você para jan·tar hoje?

      VOOO tem algum problema com relação a mim?

      Por que eu não levo você para jan·tar hoje?

      Em vez de almoça!' amanhã.

      Por que eu não levo você para jantar hoje?

      E não amanhã à noite.

      FontQ: B»ci>do ooi M Ki(lty, "Whqn 'No' M e.in1- 'YCH'", M;,tketmg, ovt, 1993, p. 7,9, fteptodulido cm A. H ~ i o o O. Bvchanan. Orgi!Maúornil Beha'hOUr, 4, ed. Essex. Inglaterra'. Pearson Educaúon. 2001, p. 194,

      111a11ifcslc i111cdiauunentc co1n relação à 111cnsage111. En1 conscc1uência, o (:nvio de urn ê· ,nail não t: garantia de que ele S(;jã recebido. ncn1 de que seja co,nprcendido pelo n::ccpto1· da for,na que o c,nissol' pretendia .

      Comunicação não verbal "(odas as vezes que 1ransn1ili1nos un1a rncnsagcnt de n1ancira verbal. 1an1bén1 c nvia-

      rnos urn,1 111cnsagc1n não ,·('rbal. 1~ ,\s ,,~ies-, o cornponcntc 11ào ,·crh;\) pode C.Slar :;ozinho.

      l·:m u1na boate ou barzinho, cnviall1-sc n1cnsagcns por u111 olhar 11ípido, u1n olhar 1nais dcn101c,do, un1 soniso, u1n ft'aniir de sobrancelhas~ tnn n1ovi1t1cn10 provôcanle do corpo. 1'011a1no, 1u;nhu1na discussão sohrc con1unicaçào estaria cornplcta sc111 unia análise da co· 1111111ica(ci() t1 cs1011 clisponivcl" ou ainda ''dcixc-n1c s6, estou dcpri1nido''. l\·lostrarnos uossô estado d e espírito por rncio ela língua· gc,n não \'Cl'hal do corpo. Erguc111os un1a sobrancelha c111 sinal de descrédito. Coça1nos a cabcç.a quando fican1os confusos. Cruz:unos os braços para nos isolarn1os ou nos protcger1nos. l.cvantarno.~ os 01nhro$ con1 indifi;rcnça, pisc:unos un1 olho con1 in1in1icladc, t-a1nboriJa1nos os dedos con1 irnpaciência ou batc111os na lesta quando nos dan1os conta de nosso esqueci,nento.16 A~ duas n1cnsa.gcns 1nais in1po11antcs enviadas pela linguagcnt corporal são ( l) o qu;inlo u,na pessoa gosta da outra e até que ponto está intcrc~ada c1n seus pontos de ,~sta e (2) o .stalt,s percebido entre cinissor e: rcccptôr. 1; ·1c.n1os 111aior tcndéncia a no-s posicionarmos p<:rlo elas pessoas de quc111 gos1a1nos e de tocá-las co111 n1ais fi·cquéncia. Da n·u."Srna forn1t1, qu~1ndo vocC 1>en::cbe que tc1n u1n status ,naior ((\1Co de seu i11tcrloculo1; is10 é dcn101'1$t1-ado e1n seus gestos - co,no o de crui~at as pernas ou o de se sen1ar de rnancü"tt ,na.is relaxada -

      indicando sua posição de ,nodo descontl'aido e ('a.sual. 18 f\ linguagcrn co11)0ral so111a-sc à çon1,111icaçào verbal~ gcrahncn1e co1nplicando·a.

      U,na posição ou n10,~n1cnto do corpo po r si só n,1o tc,n u,n signiíica0de alterai' o sen\ido de u111a 1nensagc,n. 1

      332

      Compo11.amento organiia~ional

      f\$ txp1y.ssõesfi1ciais tan1lx·n1 carrcga111 u1na 111cns..tge111. L.:1na expressão ríspida diz algo clifcrcntc de tun.:1 expressão risonha. 1\s expressões fi,ciais, ao lado elas entonações ele \'OZ, podc1n n1os1rar arrog{,ncia, agrc:ssi\•idadc, tncdo~ tirnidez e outras c;;11-a<:tc1ística~. ,\ dütdnt.illfl\ittJ <'n11~· a.s 1x.--ssoa.r; ta1nb<;1n 11-az u1n,1 1ncnsagc,n. O <1uc é; conl:iide1"ado tuna disnlncia adequada cn1rc duas pessoas que COll\-Cl"$arn dcpc.nclc 1nuito das norn1as cuhurais. U1na d istância considerada •<>nnaJ cn1 alguns países da Europa, nos Einaclos Unidos seria considerada intiinidadc. Se aJguén1 se aproxi1na flsican1ente de você alé1n cio que é considerado adequado. isso pode significar agrcssh~cladc ou interesse sexual. Se a distância perrnanccc 1naior cio que a esperada. pode significar desinteresse ou insatisflu;ào co111 o qué cst;;'1. sendo clito. E111 lH11 a to üi.o si1111:>lcs co1no o cu1nprin1cnto, css~, distância (ou proxin1idi'lclc) H\1nbén1 está pl"Csen1c e denota difel'Cl)ÇaS culturais: con10 u1n abraço apcl'tado ou apenas un1 aperto de 1n~o. É i111Jl011a111e c.s1;,r atento p;u·a esses aspectos da co1nunicaç.ào e buscai' os indícios não verbais, tanto quanto o cn1cndin1cnto do significado li1cral daquilo que é transn1itido por un1 c1nissor. \ 'ocê precisa cst.1r panicularrncntc consciente das possíveis contradições entre essas rncnsagc.:ns. lndcpcncl(·ntcrncn•c do que está dizendo, urna pessoa que olha para o relógio ,1 toda hora cstcí. enviando u1na mcn~•1ge1n ele que gosta,ia de encerrar a éOll\'Crs.a. Confundi111os nosso i11tcrlocutor quando traduiin1os e111 pt,h1vr(1S tnna convicção1 Htl co,110 confiança, 1nas envia,nos ,una n1c11s..1gc1n não vcth,;11 con1racli161ia1 qu<: sugcrc: 1'Nl10 confio c,n , 1ocê".

      fl~municação organizacional Nc-sta seção, passarcn1os da co111unicação intcrpcssoal para a co1nunicaçào organiza· cio11al. Nosso prin1ciro foco agor;\ sera descrc.:vcr e distinguir as redes for1nais e as redes de ,·uo,ores. Depois, discutire1nos as i,10,,açõcs tccnolótricas na con1u11icação.

      Redes formais em pequenos grupos :\ s redes íor1Hais na organi1..açào poclc,n ser rnuito <.:ornplexas~ incluindo cen1enas de pessoas e dezenas de níveis hicr'Í11(1uicos. Pa,-a. si,nplificat nossa discussão, conclensa,nos essas ,·edes e1n pequenos g1·upos de cinco pessoas cada, ern 11·<'.s tipos con111ns (vet Figu,-a l l .2}: 1.i1>0 radcia, 1ipo roda e todos os canais. ,\ tadeia segue rigida1nente a ça{lcia fOr,nal de con1ando. t:.55a N'de é do 1j1>0 de rede de con1unicaçào encon1rado crn u1n<1. orga11izaçào de três níveis rígidos. 1\ rod,, depende d o líder par<'l agir co1110 condutor central de toda a co1nunicaçào do g rupo. F:lc csti n1ula a redt~ de co1nunicaçilO que pode ser cncontrnda cn1 un1é' equipe co1n un1 líder forte. ./\ rede de todos os tonais petn,ite que todos os 1ne1nbros do grupo se co,nuniquc,n ativan1e1Hc tins co,11

      Figura 11.2

      Três tipos comuns de redes em pequenos grupos

      Cadeia

      Roda

      /~

      \

      /

      Todos os canais

      Capitulo 11

      Comunkaç3o

      333

      Quadro 11.2 Redes em pequenos grupos e o critério da eficácia Redes Critério

      Cadeia

      Roda

      Todos os canais

      Velocidade

      Moderada

      Rápida

      Rápida

      Precisão

      Alta

      Alta

      Moderada

      Emergência do um lide,

      Moderada

      Alta

      Ncnhu1na

      Satisfação dos membros

      Moder.ada

      Baixa

      Alta

      os outros. Ela C gcrahncnte cncon1r.1da na prática cn1 equipes autogcrcnciadas, c111 que lodos os n1c111bros do grupo tê.111 liberdade para contribuir e ninb111é1n assurnc o pé1JX I ele lide,:

      Co,no o Quadro 11.2 dc1no11s1ra, a c·fic,\cia de cad,a rx::dc depende dos objclivo.s que o canal dr conHulicaç,~,o 1lretcnclc alc·aoça1: t\ CSll'\ltul'a en1 r<:>da Í;\cilita a crnctgência ele u1n lidei~ a rede que us..1 todos os canais é a ,nclhor para a satis.t'lçào dtls rnc1nbl'os e a cadeia é indicada qu::u1do o n1ais in1ponan tc é a prccis;io do conteúdo trans1nitido. O Qpadro 11.2 nos leva à conclusf1.o de que ncnhlnna dtlasi isolada1ncntc~ é a 1nclhor para todas as ocasiões.

      Rede de rumores

      Rede dé rumore-s

      Sistema do comu,,icação infor~al d.entto da organ,zaçao.

      ·

      (

      __J

      O sistcn1a de con1unicaçào i11for1nal dentro de tun gruJ>O ou organização é cha1nado rede de rumores.1., E1nbora scj;.1 inforn1al, isso não significa q ue não scj;1 unia in1J>0rtan~ lc fonte de infornuu;õcs. Urna 1x:squis~1 recente revelou que 75 J)()r ce11to doo furu:ionários saben1 p1in'lciro ch1s notícias por l'neio d(i rede de 11.11'1\orcs do que por 1ncio dos c.:1.n.ais for-

      rnais.10 Unt est1.1do recente 01osu-a que a inlOtn1,lc;ào l'incipais caractcrislica.s. 12 Pri1ncira, ela não é controlada pela d ireção da entprc-s~,. Segunda, é tida pela nt::tio1ia dos funcion<írios co1110 n1ais confiá· vcl e fidcdi1,,,1a cio que os co1nunicados for111ais vindos ela cúpula ela organização. E a tercei· r.l é c1ue ela é a,npla1ne1Jte utilizada para sc1'\ir aos i11tcress<:.s pc::swais dos que a intcgr.-1111. U1n d<>s ,nais fa1nosos estudos dedicados: à rede ele rtnno1·c•s investigou o paclr
      quadro de 1x=ru ou o rcalinh,unemo das auibuiçocs de 1arefos

      criam as condições que >11s-

      tcnta.r11 a rede de i1.1morcs.. O 11.unor vai se nlantcr enquanto os desejos e c:-q>cctaúvas que gcr.un a incê11ci. a. não forcn, atendidos ou enquanto a ans.icdadl' ntlo for rtduz:icla.

      334

      Compottamento orgc1niza~ional

      Quadro 11.3

      Sugestões para reduzir as consequências negativas dos rumores

      Fornecer infoímações - no longo píazo, a melhor defesa conta:i os fumoíes é um bom ataque (em outras palavías, os rumores tende,n a píospe,ar na ausência de comunicação formal). Explicar decisões e comportamento:s que possam parecer inconsistentes, injustos ou misteriosos.

      Abstor·SO de atingir o mensageiro - os n;mores são fato natural da vida de uma organização, então responda a eles com calma, racionalidade e respeito. Manter canais de comunicação abertos - incentive constantemente seus funcionários a chegar a você com preocupações, sugestões e ideias.

      Fonte; Ada,pt;&<;lo de L. Hil'$t;hhon,, '"Manf9in9 Rumor$", om L. Hirsçt,horn (orgJ. C1.1t1ing ~k. Si<> Frt1n(iKO: Jo$l0y• Sass. 1983. p . 54--56. O que podcn1os c.:onc.:luir corn L"SSc:, discu~o? Co1n c.:ct1c:a1, <1rede de 11.unon.:s é u1na parle inlponantc do sistClll~l de <._'On1unica~~io ele qualquer gn1po ou organir.aç:io e 111erccc ser bcnl co1nprccndicla. )>ara os gestores, çla dá u1na ideia acerca do n1oral ele soa organi:,.açào, idcn1ifi<.:a os ten1as que os fi.1ncionários considera1n i1npo,,antcs e ajuda a canali1.at a ansiedade deles. 1\ rede de 1\ u'norcs uunbé1n é útil para os funcio11.:í1ios: as 0011,el'S<'lS superficiais c1~an1 tuna scn~1(iiô de proxiinicladt: e amizade entre aqueles que co1npa11ilharn inforn1a.(ôcsi t1pl'S.:1.r de as ~uis...'lS sugcrirc1n que isso acontece à custa daqueles que estão no grupo 'de fora•.1.(j Os gestores poden1 eli1ninar ron1ple1an1enle os ru1nores? 2'ào! O <1uc r les poden1 f.1zc1·, cntre1anto) é nlini1nizar suas consequências negati\'as1 li,nitando sua abrangência e seu

      irn1>acto. O Q.uadro 11.3 oferece algumas sugestões para tal.

      Comunicação eletrônica U111 rncio indispensável - e cn1 71 por cento cios casos) o principaJ 111cio - ele con1uni~ cação nas organizaçõc.~ é o eletrônico. t\s con1unicaçõcs eletrônicas ineluen1 e-n1a.il1 n1cnsage11s de tcx,o, soft,val'c ele 11elzt'(Jfki1;p., b!IJ/f.) e \'ÍdeoconfCrências. \l;unos cliscu1ir cada un1 deles. E-mail O correio eletrônico (ou c·i:inail) utiliza a J.ntcrnet para transrniür e receber textos e d ocu1ncn,os gerados cn1 co1npu1ad o r. Seu crcscin1c1no 1cn1 sido in1p1·cssio11,uuc e seu uso cs1tí. tl10 difundido <1uc é clificil ill·,agi nar ~ vida scn1 ele. Os e-nlails podc111 ser estritos, editados e arroazcnados rapidan1cntc. Podcn1 ser u-ansnúticlos ptu.l uni:, pessoa af>enas ou para 111ilharcs, co1n u1n .si111ples toque do 111ousc. O s receptores poclcn1 lê-los de acordo eon1 sua conveniência. E o custo da u-ansn1issàú ele un1 e-n,ail para diversos funcionários é apenas un1a fração do necessário para in1prinlir, ,cptoduzir e disu·iboil' urna caria ou 111a\e1·ial irnprx:sso.11 O c-rnail ta1nbé1n r>0ssui d csv.lntagcns. Làsuunos algu1nas de suas limitações 1nais .signilica,ivas e sugcslõcs do <1uc as o rgaini;,.._1.<:.ôcs d cvtn1 111zcr para clin1inar estes problc1nas: ,\,f á interprefofào da 111e11sageni. (~ ,·crdadc que frcqucntc1ncnte intcrpre\an1os rnal as 1ncnsagcns verbais., rnas o potencial para rnal·-c ntendidos co1n c-111ails é ainda 1naiol'. U1n gru1)0 d e pesquisadores da U11i\'c1·sidaclc de Nova ' 'ork d escobriu que só co,,scguinlos decodificar 1>rcci.sa111("n1c a iotcnçào e o 1on1 de u1l1 c-1nail e,n 50 por cento das vezes e, ainda .:,ssi1n, a g.-.. ndc 1naiori<1 de nós supcrcstin,a tt pró pria capacidade ele cn1ltir e inteq1rctar tncnsagens claras. Se vocC estiver enviando tuna n1ensagc1n j111po11,u1tc> rcleia·a para se certificar de que está clara.18 Co,nunica(
      Capitulo 11

      Comunicaç3o

      335

      deputado sobre u111 projeto d e rcctiustc dos saJários dos oficiais ela corporação. E111 decorrência disso, ele flcon detido por quatro d ias c1n un1 quartel da J>olícia ri.•lilitar.~"> Denu,nda de lt'III/JO 110 uso do e-nu,il. E.stiJna~sc que 62 trilhões de c~111ails s.'io enviados por ano, dos quais aproxi1n~,da111cn1c 60 por cento, ou seja, 36 11ilhõcs1 não sào .,pan11'fl.l e alguên, 1cn, de 1't'Spondct a l<Xlas e.~~'1 1ncnsagcns! U,na pcsquis.1 con1 gestOl'CS C.-'lnadenses 1'(:\'Clou que 58 por cento deles pass.c"U'l1 de duas a quau'O horas por dfr1 lendo e.: respondendo a e-1nails. 01.1tra pesquisa 1nostrtt que 60 1>0r tento dos usu{uios da h,tcrnct \'C1iíica1n suas caixas sc1nprc que ac<:ssan1 a nxle.'J' l~1n 1nl'(lin, un1 trah•.1.lhador verifica seu e-rnail cerca d.e 50 vezes por dia. F.tnbora não seja necess..1riamcn1c seu caso, a ,naio,"ia de nós ,c11\ p1'0ble,nas con, a qu;unicladc de e-,nails que tCcebc, especialn1c11,c ao av,,nçar 1,.,. <::a rrcira. Os cspccialilitas .st~rc1'C1n as SCbru.i1nes est1<1tégias: .A'f1111ti(J11or pár<1 ,:oct, te,1/ia ,,,, 11u:11tr que os e·n,ails J;()(/n11 ser 11u•11()S j}ft)l/u/ÍL'M do que /H1rc
      porntivas. ,\lsim, no envia r uma mensagem ela empresa para um deles, você pode estar violando a política cn1prcsarial ou rc,·clando info rn1açôcs confidenciais scn1 intenção. ~ lui1os canpl'<:gad orcs contratan1 pessoas para i1t\'CStigar c-1na.ils> utill·

      336

      Compo11.amento organiia~ional

      ENQUETE COMPORTAMENTAL '

      Quanto tempo os funcionários ficam sem acessar e-mails?

      li Mais de um dia 3-10 horas 1-2 horas

      30-60 minutos Men0$ de 30 minutos

      41%

      20%

      Fonte-: Baseado na análise da ~ t e dos Hotek Starwood e Re10rts/Sohoraton

      zando soli,\~,rc para pegar n;'io so1nentc o óbvio ('i11forn1aç:l.o privilegiada'}, 1na.s o vago ('aquilo <1uc convcrsan1os outro dia') ou co1n scn1in1cn10 de culpa Ca rrcpcndi· 1nen10'). 01.1tra pesquisa revelou que apl'oxin1acla1nen1c~40 pol' cc1110 da$ e1np1'Cs:is possucn, funcion,:l1ios c1.tia tareía é ler os e-1naiJs dos outros. \ 1ocê estt'l sendo vib,iado então te nha cuidado co111 o que e nvia por c-1nail!:k>

      Me nsag e ns insta ntâ n eas e mens.age n s d e text o l):i ,11esn1a fotn1a que o e-,nail. as 1l1cnsag<:ns inst,u11ânc..1s e de texto :wi.o ,nídiM eletrô nicas. Difcrcntc1ncntc do t.....n,ail, con1udo, as n1ensagcns instantâneas e as 1ncnsagcns de texto acontcccn, cn, tcn1po 'rcaP (1ncnsa· gcns instantâneas} ou usa,n aparelhos J:>011átci.~ de con1unicaçào {1ncnsagcns de texto). E1n poucos anos} essa.~ 1ncn.sagcns fOra1n a1npla1ncn,c difundidas. Con10 você, induhitavchnrn. lc.:, dc..~ve lttlbcr, un1.1 n1cns.-1gcn1 insta1Mtâ11f•a costt111,a S<'t enviada de u1n eo,nputado r do t ipo dul·1"p ou lapiop~ ao passo que un1a 111.c11sagc1n ele texto é tnu1s111itida por tclcfonc:s ccluhu·cs ou aparelhos portãtcis. con10 os 131ac kllcr •)rs ou iPhoncs. O crcsci1ncnto dessa pr,.llica é espetacular. :"\os Est~1dos Unidos, por cxcn1plo1 cnquan· 10 cn1 2001 apenas 8 po,· cento dos trabalhadores a 11tiliz.a\'an1, agota esse nl11ncro já cs1,\ ('l'I\ ll'tais de 50 pvr cc,uo. 1t Da 11·1csnHl forrn~,) 110 Brasil) cnu·t· os dctc.:1HOJ'Cs de celular, i\ po rcentagem de JJ{;Ssoa.s que u:x1111 às flunosas S~,IS (Shorl ,\le.ssage .>ervice, cn, inglês) já está cn1 cerca de 60 por ccnto. llll Por quê? Porque as 1ncnsagcns instantâneas e as de. texto reprcscntan1 tuna 111ancira rápid~, e 11:,rata para estar c1n contato co1n seus fi..1ncionários e p,u·a que es1clt n1an1cnha111 con1a10 cnu·c si. 1~m uni I\Íuncro (:,1da \'CZ nlaior d<· casos, isso 11f1v é apenas luxo, é un1a llCCCíl.Sida(IC para OS negÓ<:ios. Ü (;fQ ll'lUll(lial da C011$UhOria 1\ C(Cnture, por CXl'1nplo, não tern urn csc1itó1io pern,ancntc. Por estar todo o te1npo viajando1 visitando os ccn1 endereços da ;\ cccnlurc espalhados pelo inundo, as rncn.sagcns de tcx,o são essenciais p:lra que e le <:s1cja cn1 ron1a10 con1 as pessoas. E1nbora não h~ja outros exen1plos tão significati\'OS, a grande \'t"lntage,n das n1ens......gcns de 1c., ao é q1.1c são ílcxlveis: assi111, ,·oci: pode ser encontrado pra1.ican1c1ue <'lll <1ualquc1· lugar, .:1 qu;,ilquer hora.J·l 1\ pcsar de suas vantage11s, as n1cnsagens ins1antiu1c.,s e de texto não ,i;'io substituir o c-n1ail, visto que este a inda é a n1clhor ahcrnativa para 1nc:nsagcns longas e que: prcciscrn ser ar<1ui\'adas. t\ , 1ncnsagcns ins1.an1âneas são a 1nelhor escolha para n1ensagcns de ,.una ou

      dna$ linha., qu1.~iria1n ro1n r.n1e se arun111Jar c ,n tuna cai~a dr cnttada. O a.~peclo ncga1i\'O é <1uc ;Jlguns usu~í1ios de ,ncnsagtns ins,anL{,ncas ou ele tcxlo consideram <:ssa lCCnologia intrusiva e acha111 que desvia a a te nção. 1-\ presença continua de 1nensagcns na tela distrai

      Capitulo 11

      Comunkaç3o

      337

      a atenção e dificulta a concentração elos funcionários no trabalho. U1n lc\·;:u1uuncnto feito co1n gc.·sto rcs, por cxc1nplo, revelou que, cn1 86 por cento das reuniões, pelo ntcnos al!,'llllS participanl<.~s conlCrira ,n suas n1cnsagens de texto, e outra pesquisa 111osu·ou que 20 po r cento dos ad1ninis-tr-adores telé,tan1 ter sido punidos por usare,n aparelhos zvir,•ltss durante reuniões. 11> Fi11al.Jr1cnte, co1110 cSSor Llltin10. é iznpo1,antc n:io deixar a inforn1alidaclc elas 1ncns..1gcns de texto ('rsrs... \ -C 1a h,incando! ~r +') conta rninar a.s 1ncns..1gcns de c-111ails. 1' lu.i1os p1\:ÍC1'Cn1 n1antcr a for1nalicl;\dC das co,n\lnicaçbes organiza<:ionais. Unla pesquisa cont os en1p1\.--gadol'eS tevelou que 58 por cento cons-ideranl a g ra n1á tíca, a ortog-raÍla e a po11tuação 'rnuito i1nportantcs, na.s 1l1c11S..'\gtns de c-rnaiJ. 11 /\o a$4.:gur..\r que as co111unicac;-õcs profissionais scjarn rca11nc1ttc profissionais, voe<°: dcvr se ntostrar n1aduro e sério. Evi1c expressões e gíria.~ use 1ítulos IOrn1ais, use endereços de e-111ail fol'1nais Qi,Tc~se daquck: [email protected], c1npenhc-sc e1n deixai· suas 1nens.agcns concis.-'lS e lx ,n escritas. Isso 11?10 significa, é chu'O, <1uc \'OCê te,,ha de abandonar il..:i 1ne11.S.:1gcn.s de texto o u n1cns;.1&r<:n.s instant~nca.s: ,-occ} só procisa 1nttnter os lirnilcs <:nu1.' con10 se con1unica con1 seus an1igos e con10 se con1unica no uabalho.

      Software para networking En1 ncnhun1 oull'O lug;,r ,-c1nos ;.1con1t111ic.-.açào rofi-cndo uu1tas

      Site da Internet em que

      transfor1naçõcs qua nto 11;1 :;í.rca de 11rl1.t'<Jrl.i11g (ou rt.'Clc.s sociais). \ locê, scnt clúvicLt,já se .icostu111ou con1 essas redes e talvez até seja usuá1io de platafOr111as conto o J,1,ccbook ou o )ilySpacc. Qucn1 sabe scja até usuário do Ôl'kul, a n1ai.~ popular ck:ssas fcrra1ncntai no Br.L~il. As pC$0as con1 n1ais de 25 anos sào o gn.1po d<.: usu,í.1ios que. 1nais C1'(.'SC(' nc."S.~"IS 1-ed(;S sociais ,~111..1ai.s. ~,Jais de cen1 1nilhõc.s de usuiu·ios rriaran1 contas no .\•JySpacc. e ('.Ste recebe 1nais de 11 7 bilhões de acessos po r rnês. O L.inkccUn. o XL'\!C e o Zoon1lnfo sào todos sites profissionais que pcr1nitcn1 que O,S usuií.rios c1icn1 listas de contatos e façan1 v.'l1ias c·oisas, desde o envio de n1cnsagens. curtas con1 a1 ualizaçõcs :ué hospcdagc1n de sa1as d e baH;-papo p;il'a todos ou alguns dos contatos.. 1\lgun1as c1npres..-...s, corno a I BX r, ti:n1 as p1x)p1i,-1.s rede-~ sociais. 1\ organização C"Stá vendendo ~ua ferran1cnta Bl.uelt,ges p.:1ra c1npres,,~ e usuítrios individuais. 1\ :viicrusofi. está f:-1zcndo a 1ne.s1na cOÍSi\ con1 a ferra1ncnta SharePoint. J'>ara aproveitar bcn1 as redes sociais e não irritar seus contatos, utilizc·as son1cnte para coisas llteis - não con,o u111a fCrrran1c111a cliál'ia ou sc,nanal. 1.rntbre~'.'\e de que unt futuro crnpregador pode checar seus da
      são escritas anotações, geralmente dispostas

      Blogs e Twitter

      8109

      em ordém cronológica

      inverS-8, sobre noticies. eventos e assvntos pe-ssoais.

      l~rn 2009, no últirno ano no con,ando ela ..IJ-\ ~,t , o prcsidcnl<' David Harioni solicitou ao!i clcpar1an1cnto.~ de 1\ ssunros Corporativos, ~,l. al'kcting e 'lêcnologi;, da lnfor1nação c1uc cria5;.~cn1 un1 blo.g pal'a c1uc ele se· con1unicassc di1·c1an1entc com os n,ais de 2,~ n,il funcion;;'uios ela con,panhia aérc.a. Seu objetivo era estreitar os laços cnt~ ele e os trabalhadores, oferecendo un1 canal para que e les pudcsscnt e ntrar crn contato. O blog

      O fundado< e CEO do Facebook, Mark Zuckerberg, continua a transformar a comunicação. Ele anunciou uma nova plataforma estratégica que pe,mite a terceirizados

      desenvolverem serviços no site do Facebook e que também ctia oportunidades de comunicação par.a

      empreendedores de negócios. Para ele, o Facebook ê mais do que um site de ,ede social. Ele o de-screve como

      uma ferramenta de comunicação que facilita o fluxo de informações entre usuários e seus amigos. familiares é

      contatos profi&Sionais.«

      338

      Compottamento orgc1niza~ional

      Outta feuamenta que se tornou muito popular nos dias de hoje é o Twitter, uma espécie de blog instantâneo. O Twitte, pe,mite que as pessoas postem info,mações bem pequenas sobre o que elas estão faiendo naquele exato

      momento. Dessa maneira, é possivel que os 'twittoi,os' esCtevam diversos tópicos ao longo de um único dia, sendo acompanhados por uma legião de seguidores em uma e$?êcie de Big Brother individual. O gerente de relações com inv&stido<es da fabricante catarinense de equipamentos elétricos WEG, Luiz Fernando O liveira,

      usa a ferramenta pa,a atender aos acionistas da empresa e divulgar informações importantes sobre a companhia.•~

      Twitter

      Serviço gr,nuito de blog

      e netwo,king em que os usuários 9nvíam e leem mens.ageos conhecidas como tweets.

      I

      _J

      de Ha1~ol'1i Cl'a fechado para os fi.11l<:.ion:ll·ios da c1npn::s:1, o'las pcrrni1ia <1oc eles dcsstn'I opiniões e cscrcvcssenl conlCltl{trios no sitc.tt. É óbvio que liarioni não ê o único fã cios blogs. O s cspccialislas c:stin1tun que rnais de 112 n'lilh<>Cs d e blogs e i-nais de :{50 n1ilhõc.~ de posls cn1 hlogs scjarn lidos dia1ian1cntc. f\o Brasil, pot cxc,nplo> c-111 de~..crnhro de 2008, 11,6 1nilhõc;:s de pessoas accssa\'an1 blogs na Jn1crnc1, con1p,1rali\'a1nc11tc co,n os 9,5 ,nilhõcs e1n dC'l(;lllbro de 2007 ô que: 1-epn.:SCnlava urn crcsci1nc1uo ele 22~ 1 por cento!' ~·Jilharés de funcion{uios da ) ,licrosoÍl lên1 hlogs. 1~, é claro, 111uilas organizações e líderes o rgat1ii'..;1cionais possucn1 blog.s que tl1lan1 pela ort:,ranizaçào. Con10 tuna \'ariação dos b{o,.f!.s (que são gcrahncntc pessoais ou pertencentes a c1nprc.. sas), o T~-itter é u1'11 SCl'\'i<,:o que perrni1e aos usuál'ios cs<:rcvc1· 'nlic1·opos1s· sobre qualquel' lópico, ir1('lusi\'C o lrabalho. ) ,luitos lídcrcs organiz;;1cio1t.·tis 1na11d~m ,nc11sagc11s ,·i.1 T"·inc r ('t,\·eets'), n1as estas podcrn ,i r de q ualquer íuncion{uio acerca de qualquer tópico profissional. deixando nas 1nàos das c1nprcsas rncnos controle sobre a conlunicação de infor1naçõcs i1n1>0r1~)ntcs ou confidenciais. :\·las quttis ~ão a~ de-sva11ta,g{~ns? J-::rnbota c1n algu11)as crnptesas vigo,x:n'I políticas qu;into ao co111cl1do do~ blogs, muÍla.$ nflO as têrn, e 39 por cento dos bloggm d_izen'I que já colocaranl comc1tlários c1uc rx,dc1iarn ser cons.i dcr.,dos prejudiciais ,\ n.:pulação da c1nprt'8a. ~luitos deles pcnsrun que suas página$ estão fora do alcance de S(::us empregadores., nlaS se alguén1 na e1npl'Csa por ac.·:i.50 ler un1a anotação de hlo.tt, não há nada que o i1npcça de ('On1partilhar co111 os outros a infOtnlaçào c1ue obteve, e o fi111('ionário pode ainda se~,· de1niticlo. O pl'esidentc da Sun :\·lic:rosys1cms, que incentiva seus Í\11'lcioná1ios a tc rt:rn lúqgs pesso;1is1 diz que 1'lào d<:1niliiia urn c1nprcgado po r caus:a de unia anotação c,n unl /Jlog a 1ncnos c1uc ela fosse ilegal. "'Nossa política para ucilizaç.ào de hlogs é: 'Seja aulêntico. .Ponlo tinal'", diz ele. ~·las a n1aioria r<:s 01oni1c,r:,,n ativa1n(•n1e tis concxõt.'S ele sites ele seus funciouário.s. llcsun1indo, se você pretende ter un1 blog pessoal. n1antenha unl "f,reuYJIL1. ' 11

      Vide oconferê ncia 1\ videoconferência pcr1nilc que os funcjo,1.írios de u,na crnprcsa rcalizcrn reuniões con1 pessoas c1n lugares diferentes. ;\ i1n<1gcn1 e o áudio possibilit;,111 que t ias vcjanl e ouçanl u111as :\s ouLras e con,·crst::nl entre si. 1\ lccnologia da viclcoconfCréncia, 11.i ,·calidadc, p<::rnlite que as pessoas conduzan1 reuniões i1uerativas sen'I a necessidade de csHu-en1 todas 110 111esn10 espaço fisico. No final da década de 1990, ;1 v-idcoconfc;l"ência era rc,'lli1_,..ich, c,n salas cs1>eciais, equi-

      padas com c,imarns de T\; dentro das insll\lil\'Õts da cm1irc:;a. Mais recentemente, as cii· 111aras e n1icrotOncs íoran1 c1nhutidos nos con1putadorcs individuais, de ,nodo a pcr111itir que as pessoas participe,n da reunião scn'I sair ele !:ua n,es.'l. 1\ n'ledida que o custo desses

      j

      Capitulo 11

      Comunicaç3o

      339

      cqujp;:uncntos din1inuj, a ,~clcoco nfcrência deve se lo rnar un1a alternativn cada vez 111ais usada no lugar das \'iagens, caras e dc1noradas.

      Gestão da informação Nunca clispuscn)Os de u~1Ha infor,nação quanto hoje. Isso nos lr(,z gnJndcs be11cíitio.s, 111as Lt11nbé1n desafios i1npo1,a1nc:s: o excei.so e a scguran("a ela infor1nação. l)isc111ire1nos esses dois desafios a seguir.

      Excesso de informações

      Situ.)Ção em que o Ruxo d(I informações

      excede a <;apa<:idade de processamento de um

      indivíduo.

      Lidando com o excesso de informações \ iocê se encontra bo1nbardcaclo J)Or info r111;1çõcs - c-1n~a.il;;, blt>gJ', mensagens ins1.:nnàncas, contcl1dos n,, lntt1·ncl, cn1 celuh1rc.1; ç na tclcvisi10? \ locê não C\\t.\ sozinho. ,\ Bascx, lnna c1nprc:s.-1 riuc se p1·cocupa <:0111 a cficiênr ia d e llu1cionários., descobriu que a n1aior par1c etc- u111 dia 111édio de 1rahalho d e un1a pessoa (43 por ccn10} é gas1a c111 assuntos que não são nc,n in1po nantcs ncn1 urgentes, con10 respond er a c-n1ails não p1ioritáiios e navegar pela \\1eb. Para Ít'lzcr justiça con1 os c-n1ails, a Bascx lan1hén1 descobriu que 25 1>0r cento do tcn1J>0 ele un1 funcionário é utilizado para escn.:vcr e respo nder a c-1nails in11Jortantcs. f\ Intel tan1bé1n rc.aliiou uni~ expcriê11ci,1de oi10 111cs.cs para estudar corno u111 lin1ilc ao e.x eesso d e informações poclcasia i11crc1ncn1ar a pl'odu1h~ch1de. l)c1cl'n1inou-sc q ue 11111 grupo de funcionários dc,·cria li111i1ar contatos 1a1110 digitais quanto 1:>essoais pol' <1ua1ro horas às lcrças.-fCiras, ao pas.w que outl'o grupo seguiu sua rotina de scn1prc. O p1i111cil'O grupo foi n1ais produtivo e 75 por ccn10 d e seus n1cn1bros sugerira.111 que o progra1na fOssc a1npliado. ''É n1uita coisa. Esperá\la111os 111cnos", disse o engenheiro da Intel que liderou a cxperiênci;t, " Quando as pessoas não são intc1Ton1piclas, podcn1 se sentar cah11a1ncntc, projetar chips e ptlll>t\r de \'Crdadc." .1\Jgu,na"> da.~ Jll;tion;:s c.~n1p1'C..-.as dt H"c1iriv,.1 cn1 dcsr.obrir con10 abordai' esse prohlc1na''. .Já con1cn1.1111os algun1as 111anciras etc se reduzir o te1npo J>erclido c111 c ..111ails. De u111 111odo n1ais geral, con10 n1ostra o estudo da Intel, pode f.,zcr sentido conectar-se à tccnoJo.. gia con1 1ncnos írequência para, nas palavras de u1n a11igo, "evitar que a balida d os tarn~ bo rcs d.ts nüs.sivas digitais rufem constantcn1cntc e rcorg-~nh:crn nossas listas d e tarcfi:ts". Urna supcrviso111 de contabilidade de un1a pcqucn;.1 c1nprcs.;,t no ·rcxa~ <:011scf,'t1iu pensar 11111i10 11n1is est1·;ut•gican1C·n1<' ao se ;\Í:1i:.tt11' da 1c<:oúlogia digi1,1l por un1 pc·1·lodo a cad:, dia. í\:o pass..-.do, di1. cla1 1\:u sin1plcs1ncntc co111plctava tuna ta,·cfà. Ao dar c-ss<:s intc1,·alos a si n1csn10. ,·ocê pode conseguir priorizar n1clhor as coisas, visualizar u111 contéxto 111ais a1nplo e, cn1 consequência, ser ntais efica z."..'' Sempre a postos 1\ n1cdida (Luc ~' 1ccnologia ela infor1n<1çt1.o t• a co,nunicaçào irtitlan1ânca 101·na1-:t1n-~,· 111n eo1nponc;111c prc::pondcr~1n1c os funcionátios passara111 a sc·11rir que nunca cons<:guc1n estar desconectados.. O porcncial vi .. ciantc da co1nunicaçào constante é tão grande que certos gcs1orc.-s incornodados rcfcrcn1-sc brincando a seus BlackBcrries com o 'CrackBcriics' .~1 .i\Jgun1as pessoas que ,iajan1 frequenlcn1enlc a negócios ficar.un dccc1>cionadas c1uando as linhas aéreas co1ncçara1n à olCrcccr concxào ~c1n fio à l11tcrnet c1n seus voos. pois n;lo poclcrian11nais usar seu tc1n po de ,;"gcn1 <:01110 tnna rara oportunicladc de relaxar sc1n o bo1nbardcio conslantc de con1unicaçi\o o rgani1.acioll:1l. Os i111p ~1ctos ncga1lvos de$ScS <:<1uip,un c1uos de co111unica.çt10 poclcn1 t!'ansho rclar para a vida pessoal dos 11~1balhadorcs ta1nhén1. ~làn10 os fi1ncionários eon10 seus cõnjugcs associa111 o uso de tecnologias de con1unicaçào clc1rôni<:a fo ra do trabalho a níveis nlai..'i ahos de conflito cnlrc a vida pessoal e a profissional. !li Os funcionários clcvcn1 equilib rar a ncccssicladc ele con1unica~ào constante con1 a própria ntccssidaclc pessoal de eles~ can.so do trabaU10, o u se aniscam a se esgotar por cstarc1n de sobreaviso 2·~ ho111s por dia. Segurança da informação r\ segurança é tuna grande preocupação para pr:uica1ncntc loclas as o rganizações c1uc lidan1 con1 inforn1açõcs p1ivadas ou propiicu.írias de seus clien-

      tes e funcionários. Uma JX'Squis:1 realizada pela ~fonil Lynch nos Estados Unidos com 50 exc.:culi,·os dcstobliu que 52 por c(·11to classificara1n os ,:az.a1ncntos de iufo rmaçõcs cn1-

      340

      Compo11amento organiia~ional

      COMPORTAMENTO ORGANIZACIONAL NA MÍDIA A comunicação organizacional em tempos de crise umores e fofocas são elementos bastante comuns nas organizações. Em épocas de crise, então, essas práticas tornam-se ainda mais utilizadas pelos apreensivos funcionários. O medo das demissões, das reestruturações e até mesmo da falência da empresa leva-os a ficar extremamente preocupados e estressados, o que faz que busquem qualquer informação sobre a situação da organização e manutenção (ou não) de seus empregos. Em decorrência desse clima de angústia, os rumores são criados e se espalham a uma velocidade

      R

      impressionante. Durante a crise financeira do final da primeira déca·

      da do século XXI, esse fenômeno pôde ser observado na grande maioria das empresas. Segundo um levantamento, em 2008 a prática de escutar a conversa dos superiores aumentou 23 por cento, o que demonstra a preocupação dos trabalhadores e a busca por informações importantes sobre as empresas. De acordo com um executivo, nessas épocas d ifíceis torna·se muito mais comum encontrar funcionários rondando as salas

      dos chefes, as mesas das secretárias dos gestores e os corredores dos departamentos. Em função dessa maior apreensão e do aumento da 'bisbilhotagem' e das fofocas, as pessoas que oCtJpam

      cargos de direção costumam ser aconselhadas a evitar falar de trabalho fora da organização, para que nenhuma informação importante vaze e chegue aos ouvidos dos aflitos funcionários. Além disso, os gestores também recebem o conselho de conversar sobre possíveis reestruturações a portas fechadas e, de preferência, longe dos funcionários. Pode-se dizer que uma comunicação aberta e eficaz poderia tranquilizar os funcionários e desfazer qualquer rumor que torne o clima na empresa muito pesado. No entanto, essa não é uma p rática muito comum nas or· ganizações, nas q uais costuma prevalecer a máxima de

      Maquiavel: "faça as injúrias todas de uma s6 vez, a fim de que, saboreando-as menos, ofendam menos; e os benefícios pouco a pouco, a fim de que sejam mais bem saboreados•. Sabendo disso, em épocas de crise é praticamente impossível evitar as fofocas de corredor sobre demissões e reestruturações. Nessas situações,

      a comunicação informal torna-se 'oficial' e a preocupação dissemina-se, assim como o som, pelo ar. A única diferença talvez seja que a fofoca é um pouquinho mais rápida .

      Fonte ...fofoc-a no ewi1ório aumenta S4'}{i por causa da crise". Portal lpoc:a Negócios. Oisponive1em: <www.epocanegocios.globo.com/ Revi.sta/Epocanegocios/O,.EOG86080-16628,00.FOFOCA+NO+ESCRITORIO+AUMENTA+P0RTCAUSA+OA-+CRISE.html>. Acesso em: 4 mar. 2010.

      prcsaiiàis co1no a piincipa l preocupação de scguranço1, à frente cios ,·írus e dos llacl.m. Enl resposta a esse pro blcn1a. a n1aio1ia elas c111prcsas 111011Ílora a d,·:u11entc o uso d a Jntc rnct e o arqui\'Od e c -1nails de seus funcion ários.. t: algurnas até uscun o sist<:n1a d e vigilíu1cié, po1· vídeo e gravan1 con,·cr-sas tclcfõnicas. l~1n nosso pais. r>0r(;.1n. as c,nprcsas não p,11·cccrn ser t.'io proativas. Pcsc1uis.as sogcrcrn qu,c as cn1p1"Cs:as b l'asilciras só sr lnosu-a1n preocupada.,; cotn a p1'01cçào da infôrn1açào qua ndo há vazan1cn10 de infor1n açào inlJ}Ortantc, qua ndo un1 funcionário ab andona a c1n prcsa para trabalha r cn1 tuna concorl'cntc ou quando tu11 clicrue d ecide p rocessar a c1nprcsa:"i :-\ lncla que todos esses l'né todos scj::\n1 necessários, tais p rá ticas ele vigiJància e 1110· nitor.:unento podem parecer invasi\'•1s aos funcionúiios. t,\ organização, entt·ct.;uHo, pode conscic1nizar seus funcion,:l1i os, cnvo l\'cndo-os na criaçiio d e po líticas de scg,11·(1nça ele inlOr1naçôcs e dando-lhe.,; controle sob·1·t.· con10 suas infor1naçõcs pessoais si10 usadas:~3

      i'.iscolha do canal de comunicação Ncal Paucrson, C EO de tuna làl>1ican1c de sofi,varc nortc·an1crictu1a~ &ros1.a de <:·n1ails. ..falvcz a té dc1nais. f\ borrccido co rn a rot ina de trabalho de seu pessoal~e le 1nandou

      Capitulo 11

      Comunkaç3o

      341

      rcccn tcincntc tnn c·rnaiJ cnrah·cc-iclo para seus <100 gerentes.:,, Aqui scguc1n a lguns lrcchoo da 1ncnsagcn'I: "Ü inferno -s,i congelar am es que este CEO implcrnen1c O UTRO UENEFÍCIO Pr\R.i.\ os FUNCI0~1-\1~1os nesta C uhul'a. 1-:5:1an1os trndo lll<·noi. de 40 hor:1.s S(;1H;\nais ele sc,,·iço de vá1ios li.1ncion,írios <·n1 nossa sede. O ts1aciona1ncn10 está quase vazio its o ito horas da rnanhà 1 acon1cccnclo o 1ncsn10 às cinco ho,~,s da tarde. Con10 gerentes, ou vocês não sabem o que seus SLJBORDIXAOOS f:ywn, ou VOCÊS não se IMPOl{fA~,J con1 isso. l...] \ locés estão con1 u111 problc1na e vão solucioná·lo ou cu subst.ituirci voci.-s. [...] O que vocês ,·ê1n íhzcndo conno gesto res nesta c1nprcsa n1c deixa DOEl\r'r E:· O c· 1nail a inda s ugere que os gerentes 111arqucn1 reuniões p<1111 as sete horas da n1anh[1, péu'a as seis horas da H\1"(lc e par;i os S(ihaclos pe la ,nanhà; p1'001ctc <1ue o ptssoal sc11í reduzido en1 cinco 1>0r cento e <1u<· sc1-á instituído un1 relógio d e r)()nto; e a nuncia que se estuda de.\Contar as Í.'lhas não .ius1 ificada..~ dos funfionários d e suas férias rc1nunc1-adas.. Depois de algun1as horas, cópias desse c·rnail já havia1n sido colocadas na Intcrnct. l~n1 três dias, o preço das ações d:.:1 cn1prcs;, tinha ali.1nd~,clo 22 por cento. En1bon, pos.sa· 111os nos perguntar se a n;pri1nenda clc,·cria ser diiigicla .1 todos indis tintan1cntc, urna coisa é indiscutlvcl: Pc tcrson dcfinitiv;u;nentc escolheu o canal errado de co1nunic.1çào para sua n1cnsagcn1. Urn assunto tão delicado l' scush-c.:I deveria ser discuddo em contato pe!iSoal. Por qut as f)l"SSO
      r...]

      1

      1

      Riqu&za de e.anal Quantidade de informação que pode ser tfansm1tida durante um epi$6dio de comunicação.

      I

      -

      Figura 11.3

      nicaçào

      divc1'Sas pistas de info trnaçào (palav'!-as, postul'a, cxptcss...1o Jacial, gestos, cn10-

      11açôcs}>ff.fdback i1ncdiato (1an10 verbal con10 não verbal) e o toque pessoal de "estar a li 1' . As n1íclias cscritas in1pcssoais, co1no llOlctins e relatórios c111 geral, sào os c;,nais n1cnos ricos. ,<\ escolha de un1 canal depende de a n1cnsagc111 ser rotineira ou não. As rncnsagcns roti11ciras costuman1 ser diretas e apn:scntar u 1n nível 111ínin10 ele an1bi!,'Uiclade, e os canais pobres poclc1n transn1iti·las cficicn1c1ncntc. ,..u; não rotincir.tS tende1n a ser n1ais co1nplica-

      Riqueza de informação dos canais d e comunicação Gn,po,do

      ReJo1ótios e botelins formeis

      Coool

      Oísw,sos

      gcovo~

      !

      l

      M-lina (grovpworet

      d iKUSSÔO

      1

      0».Ct.N'$0$ 00 vivo

      l

      Coool multo rico

      pQUCQ

      rico

      l

      MemotoMOs, ((U10$

      l

      E.moil,

      l

      VoJc&-m0 ils

      l

      Conversos 1e-icf6'1 ieo,-

      t

      Con..-euos

      coco o eo-ro

      F'ónté~ Baseado em R. L Oaft e R. H. Lengel, •Tu.e Seledion of Communication Media as an Executive SkiU•. Academy of Managemenf Ê.ltecvtive, ago. 1988, p . 225-232; e R. L Daft e R H. leogel. "Organi'Ut,on-aJ lnformation Requ11ements, MeôJa Richness, and Strvcwral Design", Ma11agen·a1 Sei'· ena,, m&io 1986, p. 554-572. Reproduzido de R.. L 0&~ e R. A. Noo. Organ;zat,onal Behavior. Fort Worth, TX: Horcovrt,. 2001. p . 311.

      342

      Compottamento orgc1niza~ional

      das e podcn1 lc,,.,r a un1 erro de cntcndiincnto. Os gesto res podc111 con1unicú-las de n1oclo eficiente ap<:nas se cscolhcn::n1 canais 1icos. Con1 referência c,o caw ;;1nalisado, o p1"0blc1na do cxccuLivo foi, ap(u-cntcr11cntc, uLilizar unt ca11al 1'éh1tiva,ncntc pobre (c-niail) pc1r,,t transl'nitil' unia 1ncnsagc1n que, por scu c atá 1cr não 1'f)tinci1"0 e :::ua con1plexidadc. dc,·cria ser vciculad.l por un1 canal rico cn1 co1nunicaçâo. As evidências indican1 q ue os g(;stol'Cs de aho dcsc1npcnho costu1na111 ter 111aior sen· sibilidade para a escolha do canal ele con1unicaçào do c1uc os de baixo dcsen1penho. '11, O u seja, eles tên1 n1ais habilidade para selecionar a riqueza de 111íclia adequada ú a n1biguidadc c 11,·olvida na co1nunicação. f\ últhna década caraetc1izou-sc pelo fato ele as organiz.açõc~ fcçh;-1rc111 unidades, clc1nitircn1 cn1 111asSt1, pro1novc1-e1ri 1·ccs11,at\11t1çõcs, passarcrn por fusões e aquisições, çonsolidarc1n-sc e lançarcnl novos p1·0,d111os e scrvi(OS c,n riuno acclc ,·ado e tudo isso por n1cio de 111t::11sagcns nào ro1int::iras, <:0111 alto 1c:or de a 1nhiguidadc, que rcqucrcn1 c~,nais capazes de cond uzir unia gr ande quantidade de infbrn1açõcs. Não é tuna sin1 .. pies coincidência c1uc1 cada vez 1nais, os ahos executivos cstcja111 utilizando reuniões para fhci.litar a co111unicação e dcixcn1 rc;gular111cntc seus escritórios para 'gerencia r enquanto circu.lan1 por af. Esses cxcC::tlli\·os cslào utili7_,anclo ctu1ais n1ais ricos de ço1nunicé,çào para

      t.rdnsn1itir as 1ncnSi:1gens 111.ais cu11bíguas.

      ~

      rreiras para a comunicação eficaz J)ivcrsas b,u·,·ciras pode,n difict..1har ou distorcer a co1nunieaçào cíicaz. Ncs1a seção, va.n1os rcssahar as n1ais i1npor1antes.

      Filtragem Filtr-.-.gem Manipulação da informa~o pefo emissor

      para que ela seja vista de manei(a mais favotável pelo receptor.

      I

      ___J

      t\ filtragem se refere à 1n anipu laçào da inforn1açào pelo tnlissor para que o reccplor a veja de rnancira n1ais favor~i.vel. Quando un1 b'"CStor diz a seu supciior cxatan1cntc aquilo que arrcdit.l que o chC'fc quer ou,~r, e le cst.', filtr..l11do ;, i11fo rn1açào. Qu..lnto n1aior o nl11r1cro ele níveis v<·rticais na hicr~1rqui.:, da organiz:ac;ão, mais 01>0r1unidacles exis1cn1 para a ocorrência da liltra.gen,. ~,ras u n1 pouco de filtragcn, ocot1·c- se,np,·e <11.•f h~ dife1-e11ças
      Percepção seletiva J ;í H1Jan1os sobre percepção seletiva neste livro. O as.5 unto surge 1nais un1a vez J)(.lrquc o receptor no processo de co1nunic~lçào vê <: cscu1a sclctivan1cntc, corn base nas pr6piias uc<:cssich,dcs. n1otiv;tçõcs. cxpciiências. histórico e ouu11.s características pessoais. Os rcccplores tarnbé1n ptojc1a1n seus interesses e cx1)cc1.;1tivas quando decodifica1)1 as inensagcns. O e1u1-evis1ador<1ue ac1-eclita que as ,nulhcres sc1nprc coloca,n a fa,nília tuucs do t rabalho, ao selecionar no,. os funcionários, verâ essa 1enclência ern t0
      Sobrecarga de informação .~\s pessoas 1ên1 u1na capaciclacic fin i1a de processar inlôrn1ações. Q uando as inlOr111açõcs con1 as q uais tcn1os de Ln1balhar cxccdc1n nossa capacidade de proccssa1ncn10, o

      rcsulmdo (· a sobrcc,11-g.1 de infonmtçiio. Vimos que lidar com i:;;;o iornou·sc um enorme ck:saf-io J)flr;.) os indivíduos e organiz:ações. É unia barreira ,, cornunicaçào q ue você pod<: gen::nr.ia ,· até rerto ponto ao seguir Oí- passos sugeridos tuHcrior1nente neste capí1ulo.

      Capitulo 11

      Comunicaç3o

      343

      O que aconlccc quando as [>CSSOas tCm infor111ações alérn do que conscguc1n orga· 11lz.ar e utiHiar? 1.\ tc11dê11cia é .scl,c<:ionar, ig11ora1: não r>cn::cbcr ou esquecer Ll\formaçõc.s. Ou eh1s podcrn deixar de processar infor1naçt)cs i1dicio11;;1is alé supcr-.. r css(1sob1-cca1'h~· De qualqucr 1nancira, o 1·csult;\do é: a perda de info1·n-.açôcs e· co1nunica(ào 1ncnos cfif'az. Isso 101·11a ainda 1nais irnpo1,~tntc: abordar a sob recarga ele inf01·111açõcs.

      Emoções \locê pi.">dc interpretar .i rncsana 1ncnsagcn1 ele urna fOr,na, caso csu::ja aborrecido ou d is1r.1lclo, e de ou1ra, caso es1~ja iCliz. Os 1.:s1ados cn1ocionais 111ais cxtn::1nos, con10 euforia ou dcprcs~lo1 ofcrccc111111aior probabilidade de Unpcdir a connanicaç;lo cfic.tz. J\Jcssas sil\1· açõcs1 tcndcn1os a deixar d e lado nossa r.tcionaHdadc e obj etividade para dar lug;,r apenas às cn1oc;õc.s:.

      Idioma ~,fcsrno quaudo cslan1os uos c:01nu1Üc;u1do na n1cs1na língtsa, as pal,·tvra.s tê1n signifirados difcrcnt('S par,c1 pessoas diversas. ,•\ idade e o çontexto cultural S-ti.O dois dos fatores ,nais i,nportantcs que"· influencjan1 lais
      Silêncio Ê. l1ícil ignorar o silêncio ou a faha de con1unicaç.ão. prccisan1c,uc porque este é dcliniclo co1110 ausência d e inlbr1na(;ào. Entrctan101 as pesquisas sugércn1 que o silêncio e a soncg-.-\çào de infor,naçõcs sào 1ão co111uns quanto problc1náticos.:'IR Un1 csludo dt..-scob,iu q ue mai~ de 85 por ccnlo dos geslo rcs rclaHu·a,n ter ~ilcnciado a respeito de pelo n,cnos u111 a~sun,o de grande inlcressc.s9 O silêncio dos f1..1ncion(írios significa c1uc os gtstores não possucnl iníorn1ações sobre pl'oblc1nas operacionais atuais. I~ o silêncio co1n relação à dis·

      As ope,adoras de ca/1 center da Wip,o Spect,amind em Nova Delhi, Índia, falam inglês para atender seus clientes dos Estados Unidos e do Reino Unido. Mas, mesmo que as operadoras e os clientes falem uma língua comum. as baHeiras de comunicação existem por causa das diferenças culturais dos países e dos sotaques da lingua. Para superar essas ba"eiras, as operadoras recebem treinamento em cultura popular no,te.americana e b,itãnica pa,a pode,em estabelece!' uma conversa inicial informal. Elas também aprendem a falar com sotaques ocidentais para ser compreendidas facilmente pelos clientes.

      344

      Compo11.amento organiia~ional

      c1i n1inaçãot ao assédio. à co1Tupção e às n1ás condutas significa que a alta gerência nào pode to1nar 1ncdidas para clhninar tais co1nporta1ncntos. Finahn<-·ntc, os funcionários qut· silcnciao\ :;obre assuntos i111po11antc~ podcn, t<1lllbé1n cxpcrin1cnt-ar estresse psicológico. O silêncio é ,nenos co111111n q uand() as opini?,es da 1ni1101ia são l~\O\da!l corn l'CSpci10, quando a idcntificaç?to conl o grupo de u·ahalho é a lta e:: quando pl'cvalecc a justiça nos proccssos.61' Na pr;ltica, isso significa <1uc os gcs1orc!> dcvcn1 se certificar de que apoiarn seus funcio n:i1iosi c1ua ndo estes 111anilCStan1 opiniões d i,·ergcntes e cxprcssan1 suas preocupa· ções, e clevcn1 Jc,<.-tr essas opiniões e111 consideraçiio. Un1 único a to de ignorar ou di111inuir un1 funcionáiio por cxprc~ar suas 1::ircocupaçõ,·s pode nn1ito ben1 levá-lo a não (hzcr co111u11icaç()(:s íutu1-a8.

      Medo da comunicação Medo da comunicação Tensão é ansiedade com relação à oomvnic.ação oral, escrita ou ambas.

      I

      Esti111a-se que crurc 5 por tento e 20 por cento d:, 1>0puJaçàou1soírcrn de uni érirncntao, u1na t(·nsão ou ansicd:,dc sc,n n101ivo aparcntc co,n relação à co1nunicaçào oral, csc1i u-1 ou ainhas.62 F.las poden1 ach:,r cxtrcn1an1cn1c d ifi:cil con\'crs.ar co111ourra pessoa car-.t a cara ou se sentir cxtrc1n:u11cntc ansiosas c1uando f.tlan1 ao 1cli.:fonc, l.u1çando 1nào d e Ít'lxcs ou n1<:1norandos qu~u,do un1 sllnplcs tclcfoncn1a sc1ia 1nuito 111ais 1clpido e adequado. Os estudos indica1n q ue as pessoas que 1cn1cn1 a con1unicaçào oral procun:un evitar situações ton10 o rnagistério. par-.t o q uiiJ cJ..1 consiste no rcquisjto predo1ni1n\ntc.'"' Q!1a.sc lodos os trabalhos~ 1:>0rén, 1 requereu, <1lgu11u1 co111unicaçào oral. 1-\ principal p1X"ocupaçcio aqui é o indício de que as 1>ésso,1s portildo,-as dessa disfi.1llçào 1('11clc1n a disto1'Ccr as dc1nand::i.s de con1unicaçào oral cn1 seu trabalho, de n1oclo a ntinin1izar a necessidade de con1unica· çào.61 Í~preciso estar consciente, porcanto, ele que algu111as pessoas litnii::un serian1en1c sua con1unicaçào oral e de q ue tcndc111 a racionalizar a <1uc-stào, dizendo a si 1ncs1nas que ela não é t~lo in1portante para o exercício eficaz ele suas funções.

      Diferenças de gênero J>csquisas 111osu·a111 que os homens tenclcn1 a usar o discurso pan, rcafirn1ar Sl'U slalus, ao passo que as mulhcr<.-s o uliliza111 ·par" c1i.1r conexÕ('S, Essas conclusô<:s, cvidcntc1ncntc, nào se aplican1 .- lodos os ho,ncns nc1t1 a tod,u as n1ulhcrcs. C:o,no coloca ê1 autora de ,una das pcsc1uisas, "u111a grande 1,a1·ccla de 111uJhc,-cs ou de l10111c1lS rnqu<111fl) grupo convtrsa dt detcraninada 1na11cira> ou cc1,os hon1cns i.: ,nulhctcs, indi\·iclualrnc111c, aprcscnta1n 1tu1ior prübabilit!ade de; con,·ers..-u· dcs,a ou cl aquela 1naneira '".ai r\s 111ulhcr<:s f.-.hun e ouvcn1 :1 lin· guagcn1 da concxào t da i.nti,nidaclc; os hon1cn.s, a linguagc::111 do slatus, do poder e ela independência. Ül."ssa fo rn1a, par..1 111uitos ho1ncns.1 con,·crs.a r é lnna maneira de prcsér\'ar a independência e 111~-tnter o sfafus c1'l1 un1a hierarquia social. Pnra n1uitas 1nulhcrcs1 a con· vcr~a é uni.:t íor111a de negociar unl~l ;;1p1'0xin1é1Çlio c1n que a.s pe$$oas busca1n oferecer e ,·cl'Cb(·r conli1·111açf,o e apoio. Os hon1e1lS cos1u1na1l1 se q11cixnr de que as 1nulhc1-es H1l;i1n dç111aii. sobre seu~ p ,·ohlcn1as. As 1nulhcrcs Cl'i1ican1 os ho,ncn:s por não ou\'irc111 o que elas diic1n. O que acontece(· que, quando os hon1cns ouvcn1 u111 l>roblc1na, eles rcafu·n1~u11 seu desejo de independência e conu·ole oferecendo soluções. Por sua vc.z, n1ui1as 111uJhcrcs vec1n o ato de contar un1 problc1na con10 un1 1neio de pron10,·er a prox.Llnidade e obter apo io e conexão~ não para 1-c· ccbcr conselhos. ;\ co1npn::cn.sào é 111 (n ua e si,nétrica, 1nas o ~1consclha1ncnto é assi1nétrico; o conselheiro se coloca acin,a do aconselhado, corno se ti,·cssc n·H1i:; conhc<:i,ncnto. 1nelhor 1-aciocínio e ,nais concrolc da i,ituação. Isso contribui para afa.stal' horncns e rnulhcrcs en1 sc11.s C.'\Íorços di.: co,11unicaçào.

      A comunicação 'politicamente correta' final para a con1unicação cíicaz é a con1unicaçào polilican1cn1c cor1'(;ta, co1nu11icaçào essa tão preocupada c1n não ser ofCnsiva que o significado e a sin1plicidadc íica,n perdidos ou se 101'nan1 u111 cn1pccilho à livre expressão. Q pando o 1éc11ico de vôlei 1\ ba1·1·eira

      Capitulo 11

      345

      Comunicaç3o

      lkruarcHnho co111andava ~l seleção fc111inina brasileira. n1uitas pessoas consideravarn sua lj 11!,>1.1agcrn <:xccssiva1ncnlc violenta para fhlar con, as atJctas.. ~ào há d(l\·id.1s de c1uc o u·ein;:)dor exll(l\Cdindo·nos de clizcr <.> que rc"hncnlc cs1cunos pensando, ou ahcrar nossa éOn1uni<:.-\çl10 de H\I fo1·nu1 que a u1111sfor'n1(11nos c,1, algo ininteligível. Quando ser n;spcitoS-O se 11":\nsíor111a cn, ser polilic;\111cntc corrclo? Considere a1guns cxc111plos:G6

      O jornal Los A11gtles 1í111r.s pcr1nite que seus jornaHstas publiquc1n o 1cr1no idade atw.11f<1da, desde que 1cnha.n1 o cuidado de p<:rccber que esse conceito \'.lria de 1x:ssoa para pessoa· e <1ue. cnt um grupo de indivlch.100 de i5 anos1 ncn, todos podcn, ser considerados vcU1os. O canal de noticias C~K 111ultou suas e,nissoras por usarcn1 a p.ilavr~ "r.stmng,iro ' e1n vez de 'i11ter11ario11al'. '.'Ja cartilha do 'politica,n<:ntc t:Orn.:lo\ lançada pelo governo brasileiro en, 2004, tern1os conlo ~ba1~>eiro', usado para xingar rrH\uS rnotoristas, e 'bebu111', n10<.lo <'on10 a$ pessoas costu1nan1 charnat viciados e,n álrool 1 fol'tl1n ronsiderados ·politicantcnle incorretos'. l)iant<' da grande conf\1sào gc1-acla pela carcilha, sua d istribui· çào f()i suspensa cn1 2005~ É preciso prestar ,ncnçi10 a pàl.)vras que, de frttO: se n:fcrc1n a estereótipos, in1i1nicla1n e insuha,11 pessoas. 1\ la.s c.xistc1n a lf,'"lnl\às de-.s,iantagcns no poliúcan1cnte correto. Ele pode co,nplicar 11osso vocabul:írio e lo1~nat a co11,111lic.açâo precisa rnais dilicil. \ locê cc1·ta111entc sahc o significado dcs1as três palav·ras: /i.1·0, rolas e ,1111/l,eres. Pois $.-'liba que cada urna deln.s foi considerada ofcnsi\'a a unl ou .-n;,is grupos. Foran1 substiluíclas por ,ermos con10 ,ut11uia/ de sobra pós·consu,no1 tqtddadt etlucacio11nl e pes.soai do género jiininino. 1\ c1uc-s1.ào é c1uc esses tcrn1os têrn 1nuilo n1cnos probabilidade ele transn1itir urna n1cnsagc111 unifor1nc do que. as palavras substituídas. N:to c;,.;istc urna solução simples para esse dilcn,a. Prccis;:unos csH1r con.scic11t.:.s d.i.sso e buscar o melhor equilíbrio pos:sív<'I. 1

      ilmplicações globais 1\ co,nunicaç;io c-fic-az é cliíiC"il n1es1no sob condições ideais. Os fruo,·cs n111lticuht11·ais ccr1a111cntc 1ê1n o po1encial ele aurncn1ar os prohlc1nas de conn1nicaçào. [!.so é ilustrado na J:,)gura 11.4. U111 gesto aceitável e cor,iquciro cn1 unia cuhura pode ser scn1 sentido ou até ofensivo ent outra. Son1cntc IH por cento das ctnprcsas doctnncntararn cstratégi~,s de con1unicaçào co1n os funcionãrios de diferentes culturas. e apenas 31 por cento cxigc111 que as rncnsagcns corporativas scjarn personalizadas para utilização cn1 outras cuhuras... 1\ Proctcr & Ga,nble, Í.·\bricantc 1nuhinacional de clivcrso.s p.-odutosi d esde S;\bão <:11'1 pó au~ biscoitos, par'Ccc s.c.r unu\ exceção. i\lais da nlCHtde de seus íuncion,liios não lcn1 o inglês co1no prin1ci1'0 idio1na, cnlbora a cn1p1·c.~a seja de origc111 norrc~a1ncricana. Enl fi.1nçào
      Barreiras culturais Os 1><:squisadorcs icl(:ntificaran, alguns problc111as rclacion
      soas difcrcntt'S, panicularmcmc :tqucl:1s de 0111rns cuhums. AIJ,'Um:1s pala1011s nào podem ser traduzidas para ouu·os ldiomas. t\ palavr.., finlandc.-s.t sisu si,b'llifica algo scn1clhante a 'co·

      346

      Compo11.amento organiia~ional

      Gestos manuais têm significados d istintos em países d iferentes O ' ze ro '

      Esse gesto, nos Estodos Unidos, significo um sinal omigóvel de 'tudo bem'. No Austrólio e em olguns poises islâmicos, tem um significodo ofensivo e obs.eeno. No 8rosil, ele é usodo com ombos os significodos, doí o grande impottónc:io do contexto em que é mostrado. O 'V' de vitória

      Em div~rsos potles do mundo, e»c gesto significo 'vitória' ou 'poz'. No lngk,teuo, quando feilo com o palmo do mõo virado poro dentro, e$peciolmente com um movimento de erguer os dedos, e ofensivo, como 'done,.sel'.

      O 'chifrinho'

      Es.SG sinal é utilizado pelos amontes do heovy metal e é um simbolo de boa sorte entre os vene:tvelonos. Em olgvmo.s portes do Áfrioo, e vmo moldiçõo. No llólio e no Btosil. sjgnifico que o e.sposo estó troindo seu morfdo. O dedo apontado

      No 8rosil, ó u.sodo po,o indicor o.lguém poro outro pessoa, oo posso que, nos Estados Unidos, significo 'venho aqui'. No Malásio, uso,se openos poro chomor onimois. No Indonésio e no Ausr.rólio, é usado poro oponlor 'damos do noite'.

      Fonte: Roger E. AxteU. Hand GGstures Mea.n 01fferen1 Thrngs in Oifferent Count11es, Ge$tvres: Thé Do\ .ind Taboos of Body Lángwge Aroond 1fie Wo,ld. Copyright O 1991, Em ma1o,ii3I fo. rtprodvi:ido çom ~e.ito~ d:. John Wiley & Sons, lnc.

      ragcnt' ou ·cx1rcn1a persistência', nta.s não pode ser lracluzida para o porluguês. l)a 111csn1a for1na, os novos capitalistas da Rússia dcvcn1 ler dificuldades para se contunicar e<)nt outros c1nprcsários ao redor do n1u11do.j;:t q uc tc r1nos corn o eficátia. ,nerrado lil.'rt e rtgulaçc1o nào té n1 traduçào direta para o russo. Segundo! há as barreiras cau,Sc1da:s /)(.Úl.S ro11olaf6t.S. 1-\ s palavras tÇn1 i.1nplic.-1ç&:s d.ivcrsas

      c1n diferentes idio1nas. As ncgoci;;1çõcs coo, gestores japoneses. por cxe111plo. costt11na1n ter problc 1nas por caus.:'l. cio tcrrno ja1>011ê.s ltai, que é cqui\'alcntc ao ·sin1· cn1 po,·tuguê-s., ..nas con1 a conota(ào de 'si.--11, estou ouvindo\ e: n~o de *sirn, concordo'. ·rcrcciro, cxisrcn1 as barreiras causadas ptlaf diftrn1(aJ dt tntonncilo. l~n1 a lgu1nas culturas, a linguagcn1 é for1nal; c1n outras> iJ1tOr1nal. As ,·czcs> a cnlonaçào depende cio contcxlo: as pessoas H,Jan1 de 1noclo difercnle quando <.-st-;.i.o c n1 c::tsa, e111 tuna festa ou no trabalho. A utilização de un, to1n JX'SSOal e infôrn1al 1 cn1 urna situação que dcinancla u1n estilo 1nals íor11·1a_l, pode causar c n1baraço e 1:1té co11str
      vichmlisias preferem afirmaçÕL'li explícitas que aceitam a rcs1>onsabilich1dc por conílitos e pedidos públicos clt• desculpas paro r<·staUclcccr rcl"çõcs.

      Capitulo 11

      Comunkaç3o

      347

      COMPORTAMENTO ORGANIZACIONAL INTERNACIONAL

      Perdido com a tradução? os negócios internacionais, a língua pode ser uma barreira para conduzir os negócios com eficácia. Muitas empresas que atuam no Brasil pos-

      N

      suem matrizes em outros países, como a Vivo, a Ford,

      presas exigem que seus gestores aprendam a língua local. Por exemplo, a Siemens, com sede na Alemanha, exige que seus executivos aprendam a língua do país anfitrião. Ernst Behrens, diretor de operações da Siemens da China, aprendeu a falar mandarim fluentemente. Robert Kimmet, antigo membro da diretoria executiva, acredita que aprender a língua do país anfitrião oferece aos executivos "uma melhor compreensão do que está acontecendo dentro da empresa (...] não apenas os fa.

      a Nestlé e o Santander. Da mesma forma, as empresas brasileiras têm presença em outros países; por exemplo, a Vale tem minas na Noruega, em Guiné, na Colômbia, no Canadá e na Nova Caledónia. Para complicar aínda mais, como resultado das fusões e aquisições, as empresas são frequentemente adquiridas por muitas em-

      1os e os números, mas também a textura e a nuanceN.

      presas controladoras estrangeiras, criando uma tensão ainda maior na comunicação. Embora o inglês seja a

      Contudo, aprender uma língua estrangeira pode ser difi· cil para os gestores. Por serem tão diferentes, o japonês

      língua dominante em muitas empresas multinacionais. não falar a língua do país anfitrião pode tornar a situação mais difícil para os gestores desempenharem bem suas funções. especialmente se forem mal interpretados ou se interpretarem mal o que os outros dizem. Tais problemas de comunicação fazem que seja difícil negociar com eficiência e eficácia e podem resultar em perdas de oportunidades de negócios. Para evitar problemas na comunicação, muitas em-

      e o mandarim, línguas asiáticas, se tornam um desafio maior para os executivos ocidentais. Para compensar, esses executivos, às vezes, contam exclusivamente com a linguagem corporal e expressões faciais para se comunicarem. O problema? As diferenças culturais nessas -formas não verbais de comunicação podem resultar em

      problemas ainda mais sérios. Para evitar essa cilada, os gestores deveriam se familiarizar com a cultura de seus -anfitriões.

      Fonte: Baseado em K. Kanhold, D. Bilefsky, M. Kamitschnig e G. Parker, Mlost in Translation? Mana,gers at Muh:inationals May Miss the Job's Nu· ances lf They Speak Onty English", Wall Street Journal, 18 maio 2004. p. 81.

      Cuitura$ de alto contexto Culturas nas quais a comunicação é dependente do contexto e a comunicação das mensagens utiliza i~di~ios ~ãoverbais: J

      sinais suus.

      Cultura.s de baixo contexto Culturas nas quais a eomunic.oção é pouco dependente do contexto e o conteúdo da

      mensagem vaosmitida
      I

      Contexto cultural 1-\ s culturas tcnclc1n a difCiir c1uanto ao gr.,u de iníluêucia cio conte:<· to sobre o significado que as. p<:ssoas pcrccbc1n da co1nunicaçào.(l,I E1n culturas de alto contexto. col'no a China, Corcia,Japão, \iieu,ã et cn, geral. todos os paises da 1\1nêrica l ....·ui1la/11 co,no é o C.-'lSO do Bl"'..-isil , as pessoas u1iliza11\ a,npbunen1e os indícios não ve1·bais e sinais situacionais su1i.s e,n sua c::01nunicaçào 1 e o s1a111s oficial de u1na pessoa, seu lugar na sociedade e sua reputação 1ên1 un, peso considerável. O que ,u1tJ é di10 pode SCI' 1nais signif-ica1jvo do que aquilo que é di.10. A l~uropa e a 1\1nérica do Nor1c) por sua vc-1,t reflclenl suas culturas de baixo context o. Con1an1 csscnciahncntc con1 as palavras orais e cscri· tas par.-t transrnitir suas rncnsagcns. 1\ linguagcn1 corporal e o status social são secundários (,·cr Figura 11.5). l~ssas diferenç-as contcx1oais na \'Crdadc .sig,,ifica1n ,nuito cn'l 1natêria de co,nu11icaç-.ão. i-\ cornunicaç-ào nas cuhurns de ah.o contexto exige coosidcravcltncnte ,nais confiança 1n(t. tua en1re o~ i1nerloc1.norcs. O que pode p.11·ccer apenas tuna conversa casual e in~ignifiran1e reflete, na ,·çrclade, o de~jo de construir un1 relaciona1nen10 e gerar confiança. Os acordos verbais significan1 un1 fOne compro1neLin1cnto entre as partes ncss.as cultura$. E quc:111 você é - sua idade, seu cargo e :,a:u tc111po na organização - são dados alt:uncntc valoiizaclos, que influc11cia1n fortcn1cntc sua cTcdibilidadc. Na:;. cultur..u d<: baixo cont..:xto, cru con,~ paração, os acordos sflO reito.s J>Or escrito, conl escolha precisa dos tcr1nos e con1 ênfase 11C1s aspectos legais. Essas cuh,11-as ta1nbé1n ,~ loriza1ll a con1u11icação direta. Os exccuti"os d<:ve1l\ ser explíci1os e precisos ao ll'tlns1ni1ir o significado que p1-ctende1n co1nunicar. É: 101ahnente difCrerue do que ocorre nas cuhoras de alto con1ex10. en1 que os (!xccutivos Lcndcn1 rnais a •c1ar sugcs1Õ<"s• do <1uc ordC"ns explíci1a.~.

      348

      Compo11.amento organiia~ional

      Figura 11.5

      Culturas de alto e de baixo contexto Alto contexto

      chine.so co,eono ioponeso vietnomilo ô robe b,osileiro

      9ro90 espanholo itoliono ingle$0 norte-omcrkono e.scondinovo suiço Boixo

      o\emõ

      conte)lito

      Um guia cultural Ao n<>s coo1,111icarrnos <:<>111 pessoas de diferentes tuhur.1:;. o que podc1nos faz<·r para <",~uu· c,·ms ele i111cl'p.1'("1açà.o? Podcn1os co111cçal' pela análise do con1cx10 cultural. Provavch11cn1r, tci·c,nos n'lenos d ificuldade se essas pessoas vicrcnt de unt contexto scrnclhan1c ao nosso. 1-\ s regras. a seguir podc1n ser de a1gun1a ajucla:n 1. SujmJw que t.\1Stan1 diferatf-'lS ,,ti que ll si111iú1ridade sg
      p1'C$upor que os outro.s s.proc111-c se colQC.11' no lug.lr cio 1'C.-c<:p101: Q.1:ais s.i.o seus valores, c.x1:>criências e 11.·íc-rências? O que ,'OC(; s.,bc sob1'C sua educação, c1iaçllo e histó1ia de ,ida que possa :tjudá-lo nessa con1p1\..'C11S.ci.o? Tcnle \'C.r a outra )XSSO
      iitsumo e implicações para os gestores P1'0\'tl\1cltne11te você descobriu a rcla(ào ent1'C co1nunica(ào e sati.slàçào do tl'abalhadol' neste capítulo: quanto rnenor a incen:eza, nlaior a 5atislãçào. l'\s dis1orções1 as a,nbiguidades e as inconsisti;ncias enlre a~ n1ens..1gens vc~rbais e não \'erbais aun1cntan1 a incerte-..-:a e, llQr· tanto> rcduzcn1 a s.atisf."lçào.'2 Quanto 1ncnor .- clistorç;io na co1nunicação 1 11,ais os lt.1ncionários cón1prccnclcrào ~s ,netas, o ficdback e c)utras rncnsag<·ns dos di,ígcntcs co,no prc1c11dido. ;s lsso> pôr sua vez, 1'Cdu1.ir!i a an1biguidadc e deixai~ 11,ais ch1ras as larcfas dos grupos. O uso cxlensi,·o dos canais ve1,icaist hori1.on1ais e ioíorntais au1nrn1a o fluxo de cornunicação, tCduz as i1lccne-

      Capitulo 11

      Comunkaç3o

      349

      zas e melhora o descrnpcnho e a s:atisf.u;ão do grupo. ,L\ co1nunieaçào perfeita é ina tingi\·el. ~·Icsn10 assim, existe urna relação positivn c..· ntrc a procluti\~dadc dos t1c,balhadorcs e a co-

      f'nunicaçf,o cfic~1z {que incltü pcrtcpçào de confiabilidadc, percepção de c~;.Hidão, desejo de intrra<;ào, receptividade dos di1igcn1<'S <' requisitos de info r,na<;âo as<:c' nectatl\<;1 do cn1isso1; a 1ncnsagcn1 decodificada na 1ncntc do recepto r representa a rcalidaclc deste úhüno. E é essa realidade que vai dctcr1ninar o dcscn1pénho, junto co1n o 1úvcl de n1otivação e ele satisfi:lçào elo individuo. 1-\ pcs.a.r das in<:rivcis vantagens dos lbrn1cuos de <:ou1unic.c1çtlO eletrônica. suas arrnadilha.s são nu,ncn:>sas. Pelo fiuo d,c rcunir,nos tantos significados quando un)a 111cnsagcn1 é con1unicada (10 1n ele voz, cxprc:iSÕcs fi-1.ciais, linguagc,n corpol'al). o po1cnc:ial ptu'a haver rna l·cn1c 11didos cn1 con1un.icaçào c lctrônica é gra nde. Dc:vc,nos usar os c-1nails, as n1cns.agcns instant.incas, as n1cn.sagcns de texto e os soft,,•arcs de ntllt'-Olk;ng co1n sabedoria ou não scrcn1os tão eficazes con10 gestores qu;:uu o poclc1ían1os ser. Enfhn, ao ter en1 n,cntc as \·á rias barrcirt1.s par.t a coin unicaçào~ tais con10 gêucro e cultura, poclcrcrnos supcr;;l-las e a,tn1cntar nossa cíic.:'icia na cornunicaçào.

      350

      Compo11.amento organiia~ional

      Ponto

      Contraponto

      '

      Guarde segredo! icamos em melhor situação quando guardamos mais coisas para nós mesmos. As fofocas no ambiente de trabalho fogem ao controle e não po· demos confiar segredos às pessoas. Diga a um amigo que nunca, jamais, conte algo para alguém e você vai estimular nele um desejo irresistível de dividir as 'novidades' com os outros. Uma regra básica é que, se você tem certeza de que uma pessoa para quem contou um segredo não falou nada para mais ninguém, ela prova· velmente falou apenas para outras três pessoas. Talvez você ache que isso seja uma reação paranoica, mas as pesquisas afirmam que essas pessoas denominadas confidentes raramente mantêm segredos, mesmo que jurem fazê-lo. Manter os próprios segredos é normal, e a maioria das crianças aprende cedo a fazê-lo. As pessoas sobrevivem protegendo-se e, quando alguém mantém segredo, é porque tem uma boa razão para isso. Mesmo que sintamos confiança em alguém, é prudente mantermos informações confidenciais para nós mesmos. Poucos de nós conseguimos manter segredos e, se tememos certas consequências negativas em contá· -los (nosso confidente vai pensar malde nós ou vai contar para os outros), esses medos são justificados, apesar de não nos impedirem de revelar nossos segredos. Segredos organizacionais são ainda mais importantes de manter. As organizações são indústrias de ru-

      F

      mores e podemos causar danos permanentes a nossas

      carreiras e às organizações para as quais trabalhamos ao revelar informações confidenciais. Veja o exemplo de Leonardo Guimarães Corrêa, vice-presidente executivo de relações com investidores da constMora MRV Engenharia. Quando a empresa preparava um lançamento de títulos no mercado, o gestor deu uma entrevista falando sobre o assunto, desrespeitando o 'período de silêncio' determinado pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Nesse caso, contar um segredo saiu caro para Leonardo, que teve de pagar 100 mil reais para não ser processado pela autarquia federal.''

      º

      problema em guardar segredos é que eles são caros de se manter.

      Um psicólogo social descobriu que, quando as pessoas são instruídas a não divulgar certas informações, isso se toma mais perturbador e difícil para elas cumprirem. Na verdade, quanto mais as pessoas são instruídas a manter algo para si, mais elas ficam pensando no segredo enquanto fazem outras coisas. •Não perce· bemos que, quando mantemos algo em segredo, criamos uma obsessão contida•, diz. Portanto, ao manter as coisas escondidas, usa-se um recurso de nossa psique (normalmente de forma desnecessária), que se soma aos fardos mentais que carregamos conosco. Outro psicólogo descobriu que esses custos são reais. Ele descobriu que jovens que passaram por uma experiência traumática normalmente apresentam mais problemas de saúde posteriormente e, depois de muito pesquisar, descobriu o porquê: geralmente, essas pessoas não falam com outras sobre esses eventos traumáticos. Uma experiência constatou que, quando as pessoas que passaram por eventos traumáticos os compartilharam com os outros, elas tiveram menos problemas de saúde mais tarde do que as pessoas que não os compar· tilharam. Não há nenhuma razão por que compartilhar esses eventos traumáticos possa ajudar as pessoas, mas o resultado foi notado repetidas vezes. Há outro efeito positivo das fofocas: a ameaça de que surjam ajudam as pessoas a se comportarem bem. Um estudo revelou que, em um 'jogo do ditador', a preocupação com o que os outros diriam levou os indivíduos a compartilhar recursos mas equitativamente. Portanto, por razões de saúde física e mental, é melhor não mantermos segredos.

      Fonto-s; Baseado em A van lterson e$. R. Oe99. 1ne Politics of Gossip and OeniaJ 10 tnterorgani.zationat Relations", Hvman RetatKJOS, 6 1, n. 8, 2008, p. 1117-1137; "'Top Managen Oorl'tAppfeciateúfficeGossip'", USA TodD)', 24dez. 2008, p. 81; E. Jaffe, ...lhe Scieoo& 8ehind Seaets·,APS Oóset\'éf', jul. 2006, p. 20-22; e J, Piazza e J. M. Bering. •t:oocems aboot Reputatioo via Gossip Ptomote Gonerous AJloeatiOns in ao Economic G•,...·. Evolutiõn •nd Hunw, &""'-"« 29, n. 3. 2008, p. 172-178.

      Capitulo 11

      -

      Comunkaç3o

      3 S1

      .-

      f•1·111rit1·r1r11oofwm 1. Qu:1is s.1o as funções básicas do p1'ôccs.1:;o de co1nunicac;iio n<\S 01-w,nizac;õt·s? 2. Qu:11is são os elc:111ç1Hós principais cio pn)<"CSSO ele co1nonic.-çào e con10 você distingue co1nt1nic:açào IO nnal de infor1n:d? 3. Quai.s s.'io as diferenças cnlrc co1nunicaçào dc:sccnclcnu.·1 asccndc1u1.: e: lateral? 4. Quais sào os desafios ela conn1nicaçào ,·crha1, escrita e: oão ,1el'b.:'l.l?

      6. QJ,ais sào as ptiocipais fot1nas de co,nunicação clc1rô1~ica? QJ1ais :;.;io !)(!os b(·ncíicios e dcs:.-.fios? 7 . Por que .i riq\1(;"..',a do c.::~111;.ll \t fund:1nu;nt al p~1.-.1 a escolha dos ç.;:u1c1is de con1unicaç5o?

      8. Quais s..io as barreiras corn\1ns 1n1ra tuna coinunictu;ào CÍIC1'lZ?

      9. Qu:1js são os problc1nas singula~s que a con1unicaçào intercultural apresenta?

      5. Quais são as diferenças e scn1.elhanças cntt"C as redes de co1nunicação e a rede de r1uno,·cs?

      Ausência de comunicação não verbal Eslc exercício o ajudará a ver o valor da con1unicaçâo não \'t.rbal nas relações iincrpcssoais. 1. t\ classe dc\'C ser di\'iclida cnt pares. corn lUll dos intcgran· tcs pcncncentc ao grupo dc:no,ninado A e o oul1'0, ao B.

      2. r\s pessoa.." do Gru1)0 1\ dc\'crn escolher urn u:1na Cllll'(: os sc~.,1in1cs: a) /\ adnünistraçào no Oriente ~Jédio é significativa. n1cntt cliícn:ntc da aclininistraçâo na 1\1né1ica do f\onc. b} t\ rot::llivid::,dc dos crnpreg~1dos pode ser funcional pn ra ~' organi;i::v.;ào. e) :\lgu.-n eonílito dcntn., da ol'g-aoiiação é positi,·o. d) O.s 'dedos-duros' prcjudicant n1ais do que ajuclan1 a en1prcsa. e) ~IOdo étnpreg:,dor tern a responsabilidade.· de· ofc· r(:(:e,_•r fl $C.:\I~ rt1ncionárÍO$ \llll l r::1l:>;1lho ÍnlCrt!RiafltC e dcsàfiador.

      ÍJ •(()dos dC\'Cln

      i) ,\ insii1uiç,u> c·m que voei: se formou é mais imporlante pal'a o suc<:sso ele sua ra1·n':ira do qut· a.quilo

      que

      \'OéC

      aprendeu quando esu.1 da\'a 1.\.

      j ) [\';\o é élico um gcs,or manipular a comunicação par,:l ohLcr ,nc:;lho~s resultados.

      3. t\ s f>cS."Oa$ do Grupo B dC\'Cl''ll, tntcio, po~iciorlàr·~ ton· u1, a afirtnaçào csc.olhicl.."'I. por seus pares do Grupo t\ .

      4. Os doi.s grupos lerão dez ntinulos para disculjr o assun· to. O in11>ortant<,· é c1uc s6 se ron1t1niquc111 \'Cl'l)aln1c1uc. Para tanlo, eles dc,·c1n se sentar de costas u1n para o ou11Q. J)es.5a 1nt11l<;ira, de nada adian1~111i <1uc.· eles ges1i. culcrn. tàç-arn qualquer 1novi1ncnto con1 as 111àos ou con1 o corpo> ncol utiliz.c,n úutl'á rotula qualquer de <::01nuoi. e.ação nào verbal. 5 . í1<·poi!i de c11ctrrado o dt·batc, f<,nnc1n gn.1poi; de ~is a oilo alunos. e discuuun o scguinlc por 15 rninutos: a) Qual 10i a cficicia da 00111unicação durante o debate?

      \'OHU:

      g) ,•\s e:1nprcsas dcvi::n11 exigir que: todos os fi.111cioná1ios fi1.csscn1 tc.slt'S par.- identificar se s.:=i.o usuários de dro· gas ou não. h} :\ s pessoas c1uc se rori'l1a1·;un crü :1d1ninis1 r:1(ào ou ccono1nia :;tio ltnu:ionário.$ rnclhor<:s do (Ili(' aqut'· lcs que cul"Sara1n his16ria ou lc1tas.

      Até onde vai minha privacidade na empresa em que trabalho? \ 10(:é 1r--.tha}ha tn1 urna c1np1'<:s;à que nc1o possui políticas c·spt·rifir;·1.S quanto ao us.o cio co1n 1>t1t:1dor e da Internet para

      b) Quais rotarn as ba1'l'ciras coco111tadas para a CO·

      111unica(ào? e) Qual é o propôsilo da contunicaçâo não verbal?

      d) R.claciooc o que foi apreendido nesse <:x<:rcício (:ón1

      os p roblcrn:,s de

      con1t11,i c;;1çào tJUC

      podcrn

      ocorl'cr ao se usar o lClcíonc ou o ,·.111ail.

      n;'io relacionados ao 111,balho. l"a1nbé1n não c:xis,. ccnl rnccanisnlo~ de vcrificaçf10 do uso desses cq1,ipan,cntos assunlos

      1><:IIJS funeiouários. Alguma das ações mencionadas a seguir é ~1n1iética?.Juslifiquc su;i,S 01, iniõcs.

      352

      Compo11.amento organiia~ional

      a) Utilizar o í.istcrna de e-1nail b) e) d)

      e) t) g)

      d1l <"1nprcsa pata .-'IS.:;unlOS J)Clisoai!i donuHc o e xpcdi(•1u.e. Brinc.ar co,n jogos no <-·o,npulador no hor:,\ ri<J de crnbalho. Usar o co1nptuador e~, cn1prt'S.1 p."1r:1 fãzcroo111pras on· linc ou ler notícias esportivas durante o e>qx:dicntc. Procurar con1panhia nos silcs ele encontros na lnttrnct durante o expc.~clicntt. \ 'isitar sites de •oontc:úclo .1du1lo' clunuuc o expediente. Us:-ir os aparelhos portáteis de conu1nicaçào da t1npl"('sa (do Lipo 81,H·kBcl'ry) para uso pessoal. R.ealizal' qualquer dessas atividadts, utilizando os ,ncios da e111pl'csa, a ,u es úu depois do expcdie,ue.

      h) Para aqu(!les qu(• t rahalha,n ,, dis1iu1tia, ul\ar o co1n1)utad<>r e a linha de ~,cesso:) lntcrnc1 p:-,gos pela cn1prcsa para assuntos pessoais durante os horários nor111ais de trabalho.

      E., por parle ela en1prcsa. o que você considera :uniético? a} Analisar o histôrico de sites visitados po r vocC.

      b) Colocar cân1cr.\S nos corredores e elcv;,dorcs. e) \ lcriíic::lr os c·n1::tils en,·iados por você pelo servi· dor ela cn1presa. d) \ lrrific;tr seus c-111:,ils pcsso::,is acessados d e dcn1ro da e1npr-csa. e) Instalar escutas nas salas d e reunião para g ra\'ar coo\'etsas.

      Estudo de caso 1 Dianna Abdala Considere o caso ele üi:u1na t\b, passou pelo exarnc: de· qualific.:,ç,tu) par:\ cxrrccr a profissc1o de advf)~rada (('Orr('s1xn1dc111e ao c:xa1nc d~, 0 1\8 no Brai;il). EJ.., foi cntrC\'iSt:tda e recebeu um:l ofCrt:, de cn1prcgo crn u111 cscrilório de ad\'Ocac-la :,bcrto por \\'illjan1 Ko1-rnan, uni antigo pron101or pllblic:o. A seguir, u1n 1'Csu1no das c::01n unic::ações dc:les pol' l~-.-nail: ---·- ~ lcl\sagc111 Otigioal -···l)c: Di:,110:, ,\ hd::il;, Enviado: se,'õ.ta·ft..·ira, 3 de: fC\'crc:iro d(: 2006 21h23 Para: \ Villia111 .~\. Konnan ·nmlo: Ob,igada P1ttado Dr. Kortnan.

      No 1no,nc1uo, estou cStrcvclldo pt1ra inforl\'1,i.-lo que 11ão aceitarei sua oferla, l)cpois dc.~ cui
      cheguei à c..,'Onclusào de que a ren1uncraçiio que está ofCrecendo não iria 111c saüsf.'lzcr e. ncn1 n1antcr o estilo de viel:i que fX>SSUO co11sielc1-anelo o Ltabalho que <"Slaria fazendo a \~ S;,. En, vc7. d isso, resolvi 1rab11lhar p
      para n1c crans111itir c::ssa infOrn1açào. Parece i1naturidadc ~: é bastante nfio proíissional Na verdade. cu de f.uo confiei <.•111 $t,1t1 aceitação e providcnçic;i rnatctiai.s flJ:itl de; c·scritório e cartões de ,~sil;;1 con1 seu no1nc. a Íon11ataçfâo ele u1n co111put:ador e a coníi!,111r..tç.'i.o cios c-n1ails1 t:uno internos con10 (.':
      Enviado: scgu1u.k1-íCira, 6 de fc\'Crciro de 2006 l6hOJ Para: \ \'ilJi:un i\ , J'\.orn1an 'fítulo: Re: Obl'igada U,n ad,'Oh";ldo de ,'C1'íladc tciia feito u1n con11-ato por c:;crito <-' n~,o ,1prcsc111ado <$$e 1ipo de confiança ~unes dis:;o. ~,t ais unia ,·e-;,, obri~tcht. --··· ~ le11:;agcn1 o ,;ginal---· l)c: \ Villi:1m .t\ . Kon nr1n Par:1; Oianna t\ bclala E.nviado: scgunda-fCira, 6 de fr:\'Cfeil'o ele 2006 l 6h 15 Tí111lo: RE: Ohrigada Ohri&rado por SC\1 cu~
      ....

      Ilia bla bla

      Capitulo 11

      Dc1)()is dessi, ttoc:a de n1c1l-i:a~ns de: <:-,nail, \ Villiao, enviott-as para ,r.irios <:olcg:1.s. e r::1pida1nentc ela se tspall1<>u de fonna exponencial.

      Questões 1. ;\ o lado de quc1n você csul? Dianna ot1 \ \11lia,n?

      Comunkaç3o

      353

      2. Quais C'rros \'()('C acha que~cada lHna das part<"$ t(ul\('tC'u? 3 . \ 'ocê acha que CSS
      Fonte:J. &tndbcrg. ··[nfruuous En1ail \ Vri1ers ,1-\ rcn't Al\\'ª)'S Killing 'llu:ir C:=u't:crs 1\ l1cr 1-\JI''. 11(1// Slrtfl]ournal, 21 Íc."\: 200G. p. lll.

      Peões comendo Reis A ·tndio peão' é o p!'oces.so de conHuticaylo inforn,al Lipic:o de qu.:tlc:10<·1· org.:tni:r.ac;ão. Por ,ncio del.:i, s~,o divulgados todot- Ol> boatos (vcnh1dciros oo íhlsos) cnlrc os íuncionârios de u111a cn1prcsa, desde 'qucni csu, pegando <1uc1n'. até ;, previsão de dernissôcs cni ntassa cn1 unia lãb,ica. f\ seguir. será aprcscn1ada ~l <:1111'(;\~sta que Eliane Acrc1 din:tora de n;ç111~)s hu1n:-1nos da ·1tc-kc1, onnl d(·n·isiona 11u,i$ de 250 pt"'i:sc>as. .A. outr.t é ~1i11da 1nai.s «..·o,npl<~xa: .sc11do rC;<;pons:ível direta ptla rcl:H;ãc, d~, org:,11izaç:.\o con1 todos os seus 111(·n1bros, ela precisa se preocupar co1n a dissc1ninaçào de todos os boatos na 1·ickc1, \'isto que eles pode111 afe1ar clrastica1ne1uc as percepções e a1i1udci dos I rabalhadort"'is e a i.-ua,gern da co1n1);u1hi.-"1. \ Cj
      1111,

      r:i:tt11fi~1<> (tlc q11alqu" tftta) p<,t/t uJar a rJch'o pe,lo a

      .seufln.ior.'

      sua se&'t1rança.J á cansei de vc,· pessoas co1n crises J)l'OÍuodai, es,11-css<: e si1llo1na$ péssi,nos de i;.:lúd<" pot ouvirc1n 1101ícias c1uc u5o cra,n \'crck1dciras. J\ r.ídio pc..lo pode ,gc111r prcjoíios. par:t a c1nprcsa, porque dá 111ais atcnç5o à IOtOca do que ao trabalho. E a solução para con1batcr a fofoc:1 parece si1nplcs: se1· 111,üs ,~ípido do que ela, co1n unia co111unicaçào intenta cficirntc e..· que tçnha roe'() IIC) trabalho.

      3. .\/11ito1 ttt<.ts a rádio proo é ,,iais rtipido t efit1f1111 do que OJ to,11u11itllt!OS oficiais wb« dani~ ou to11lrataçiia. Por qu.t iSS Porque a notic:ia \'tt:1.:) cru algu1u 1tt(n11('11to do pn.>C<.·s.':iO: sc..:ja qu~1ndo Cdesenhado o l«JY>lll do con1unic;1do ou quando ele {; traduzido ou ,nê durante su:, aprov;u;ào. ~CSSI.: u1tic10, a infor111açào pas~ por diversas àreas1 diversas niàos. O int· po,,antc é ft'li:lntcr o ~igilo, en\'olvc!r r>oucas pessoas e 1et u1n 1>r()(;CSS
      f\ r:ídio peão existe cn1 c1ucllqucr c,nprcsa. Ela deve ser us.1.da para 1ransforn1ar o a1nbitnlc de 1rabalho <:1n un1 lu· gar o 1nais agrad:ível poSSÍ\'(:I. Sabendo que ela existe, o cxctutivo clc..."rc c:-onhc..'C«T qu<·111 s.ão os for,nadon~ de opioião, (ltiais as 'paut.1.s' n1ai.s abordada...'- ..: ro1no (•lc dC\'(,' utilizar a fc1T~u11ent;1 a seu f:-1,"0r, con10 sua aliada. ,\ rádio peão é tun canal não oficial <: oficioso. t\ cn1prcsa que consegue se cquilihrar na co111unicaçâo nt10 trrá a rádio peão corno u111a dor de cah~a. Será apenas urna 111::i11iA~s1aç{10 na1ur.-i.l e <111c j :~1nais será t.:x1inta1 pois é u111 proec~o hu1nano se t <)rnunic~,r. inlt.:rabrir; con1ent:1r, cont'Orclar co1n açÕ<'S ou discordar delas, pala,,·as e ati1uclcs.

      4. A rádio /J(ào ilfrtlp11llu1 q lrabtl[lto tio Rfl? Q~t.tndo se f.-1:l c1n con1unic:·\{ào inlcrna se..· fhla cn1 con1pron1isso1 con1pron1ctin1cnto..~\ssin1, n:1o podcn1os dcix:,r de con1tntar sobre o papel elas eh e.fias e gerências no proccs· w . Ela.~ sào partes funda1nc1n,1is <: dc;\'c:1n sc:r as prin,ciras ~, ~ prC(>('upar <'OJ'U a <'(ntunliraç,1o in1cr11a, nào dt:ix.:indo a ,·cspc)n.s(lbilidflde apc11as a cargo do R1·1. 1\ re.spo11sabilidaclt.: é de todos. Con1unica.r, clara e indistinta.n1cntc, é un1~1 ob1i· gnçào ela crnpresa, pois ass.irn pode tornar seus colaboraclo1·es co,npro1ne1iclos e engajados no ohjet.i,'O da e,npl'esa. r\1é 1>0r<1ue hoje. no 1ttuodo dos negótio-s. a palavra •partt·ria' é fu11d:'l.1ne11tal.

      e (Qlfl() 0Jji111,ioudrios tle 1111111/Ql/o gtr(I/ pod(11, 11.S(lf « rádio prt1o'! O funcion:írio prccis.1 estar atento :lS notícias veiculadas pela rádio peão. i\1uitas vczc.s ele precisa checar se a in!Or111açâo divulgada é \1t•1'dadcira ou não. O 11.unor a1cndc ao qtu· rhan1:-1n1os
      Questões

      2.

      1. ~a Ségttncla pergunta, Eliane f;da de con10 os gestores podc;:ri.1111 ulili:1...1r a 1-ádio pcfu) a ~cu Í<'lvor. \ 1oc:C:· acha que i.sso sc1ia po:::.~ivcl ou qoc os fun<:io1n'trios cn\'olvidos not<1rii:1n1 c..1uc ('Stf,o sendo 't1S..tdo.s' pelo c.hcíC?

      354

      Compo11.amento organiia~ional

      2. Con10 fiu1rioo,í1io ele uOH'I c,npn~!ia, vc)cÇ acharia êtico usar os boacos <• seu favor? Cc)n10 vúCC f;ni:·) isso? C,--..so

      (IChc a ntiético, \'OCê denunciaria a1&'1.lél'n que o í.1.z?

      3. l·:lia,u.·, 1'1~1 lértcira (p.1cs1ito, ;;1finnà que.·, par,1 evitar os problcn1as d(..'COrl't'ntcs. desse canal inlOnnal 1 a organi~t-

      ção pn:!risa adotar uota ro1n11oiração c·lar~ e .!iCn\ ·,neias 1}al;;1vras\ VOcê ~·cha c1ué' isso seria 1>0ssivcl. ou seja, <1uc os gestores dc,·cl'n scntprc inforrn~,r os func ionéírios sobre as di\'crsas decisões, principah11e1ne as que os afeuun? t\valic divt t'S-OS casos que conseguir i,naginar.

      f ontes: ·~\ r.,.vi ela 1-:idill pc!i(>', /\,1tal fMiS/A. l )i:.poni\'•'I t'tn: <w,,\\'.\'t)C("$-l.nh1'il.ccun.hr/c~11,·ok :"t·~11.:t·c·al'rei1':'!./nl:.1c-rla/ío1Y':"l·t:"ldio· pcao-'18 126/shunl>. 1\t"C'™' crn: 3 ntar, 201O: (:l:n1ck1nir lknuolo. -·R~ídio 1.x·l10': do ch.io à.s C'.strcl;L'-. do 1,hiro p~,ra o es1ra.u!gico!". (:<Jng1, ·s..~ \ irtu:ll ck ( :Onlt111i('ftçfiQ E.rnprc.:.~irial. Pottnl Cómt,l"ro Co•nuni(':.<;:\o lntcrn :-i. A«sso tnl: :J nu,1•. 2010.

      -

      1. Vr"i:tn<' ~1ansi. ..·n , in1crn::i do C:l!Tc~four". (:OmunW.1(:io lrucl'n~. Dispo11Í\\'I cnl: <""'"''.('01nuni~rncl('()f1Úuncion..'Uio.

      blogs.pot.co1n/2009/06/1,··i1uen1a--c..':ll'ti:fou1~lu1nl>. ..-\ çcsso

      2.

      3.

      1.

      5. 6. 7.

      crn: 3 1nar. 20 10; e 'lc>rli ~ lcllo, "l .iuh.:, J)in;t:l'', J~,f f'o11 7hrory·: A Stru:cl\\'Ol'ks.. a,,d lnílu(·1lt'C on Otgani.1..1tio11al Elfcc:tivc:ness, H u1nan H<:alth, anel Rclalionships·•, in X. t\ndcnion, O. S. Onc.,;, 11. K. Sinangil e C. \iis,\-CS\'ara n

      (&Is.). IltuulbO()}: ef lnd1tJlriol, UôlK (ltrd Or;1111izyitW11al l'fl·(/1(}/Qgy. ,~2. ·111ous:u1d Oaks, Ct\ : Sagt. 2001, p. l!.rJ. 8. R. 1.. Sio1pson. •·\ 'cnical anel 1-lorh:ont:.ll Conl1lll1tlicntinn in For1nr1I Orgauizations.., Admi11iJlnllii..- Stv.·,1« (àlarlnuuuni<·::itions l...addc;r'', //nmrrd flusi,1,n lln•irlc~ sc1./001. 197·l, p. 1·~3- 15 1: ..-\ . C. \ValkcrcJ. \\'. Snli1h(;r, ·~\ Fi\'t·'\~ar Study of' t.:p\,·:\1'd l"tedb:1ck: \Vhat ~1:.1· 1lagt1'S Do ,,·ith 'fhci1• Rc:-.ulls ~·lattt·,: ·, P(f'Jl)1111r{ l'!Jrlwlog,: \'cr:'to 1~)99. J). 393-42+i c j . \\: S1nithcr e.•\. G. \\'alkcr, '~\r c thc C:h.ar:u·tcrislif's oí X.'"l1Tative Co1nn1<·n1s. Rc·lat('d to hnpro, ri:·n1cn1 in ~ luhir:;11('1' FCccll)."lCk R.atings Ove,· ·1'i1nc?'".J~«111á/ ef Appll,d Ps;rJ1o~n 89 1 11. 3,juu. 200-1, p . 57.>-..i81. 9. ,\ ltxandtt Rodrigu es. ··~ lithc:I Klein ~,nuncia a ll1ncionârios u ui.\o c:0111 Ponu.) Frio", Jt,rutl t:xan1<. J) isponívc.l c1n: <,,..,,..,,~ po11alexa1n c.a hril.C'o n1.hr/ncg°'ios/n1ichel·klcin·a nunci;1fu ncion.irios-uni;10·1>. ~\ ccs.so c1n:
      ,na1: 20 10. lO. P. Dvo,-ak, ··1-10\v Undcl'St.:indingthc •\\'hy' of' IX'clSions ~ lauc:r'S' 1 Jlôl/ Strrtt]wrna/1 19 1na.r. 2007, p. 8:t l l. J. ["·ing. ":'1okia: Bring on tlté f.znplorce R.ants", JJ11sinr.ssl l(tk, 22 jun. 2009, p. 50. 12. :'I. IC!lin:-1 dl" Sc.)111,;a ~lo1a e '.\. l:11i;a l\1•1c l 'n•\ii;;,111 Jiossá, •·(',,on1unicnc;:io e (•uhul':'l: a infh1f 11ci;, da (01uunic;u;ào no fon:1k.....·i1ncn10 cio ro1np1'0lll('lin1ç1Jlo 01~ni1..1cional",

      l:Vlm.'ista ,,: 1, n. 3,jul. 2006. Disponível c:m: <,\·w,\·. unircvi.st:1.uni~ino,s.br I _JXlí/ U ~l 1x-v_.\ lol:l. PI) F>. 13. 1\.. Níc:hols, •·f.1)1>c'r~Spc<'- 101. 11 0. 14. L. D ulyc. "Gel Out or '\·Ou,· Ollkc''. /-IR.1/~~;,,<,jul. 2006. p. 9')-1 0 1. 15 . 1... S. R:lshottt\ "\\'hat l)oti 'l'hat S1nile ~ le:1n? ·11,e ~lca.niug oí Non,'l'rl);ll B<'h:\\·ic,n; iu Soc-ial lnta~r.u;tion" , SMinJ P~tl1ol1>gy QJ_u,rt,r(;: 1nar. 2002, p. 92-102. 16. j. Fast, lkJ4y l.a,,guagr. Philadclphi:t: ~I. Ev::in, 1970, p. 7. 17. A. ~ lchr:-1J,i:u1, ~\Qln·rrbal ()nnn11111ittlffo11. Chic;:1&FO: ,\ Jdinc·.Alht n o n, 1972. 18. N. ~1. fol cnlc·y. " l'l.oct)• PQlitirs Rt.•visiu~rl: \\'h.t1 I)<> \Vc Kno\\'

      1bday?", in P..J. K,Jhfkisch e ~ I.J. Cod)• Eds.), Cmd"' J'>ou-a. ond Ô,mn1wtia1lio11 ,',, / luman RdotiMJhip.s. l·lillsd;dc, .\): l..::n\Tt:nc·c Erlbtnun. 1995, p. 27-61.

      19. \ 'tja. poré'x<'nlf>IO. N. H. Kurl:".111d r 1.. H. flclltd, ••Jlrl!>..~ing the \\'ord: l O\\e:1rcl a ~Iodei of (~oi..,;ip anel Poh'<'r in 1hc \ \'orlq>l:tcc··••• lrndn,1.1 ef.\ln,Ulf!'net1t llerin(', abr. :lOOO.

      p. 428--438: e N. Nk·holson. "'fhc ~('\\' \\'õ 1'd oo Gossip'\ l '9yJ11,FogJ' 1{)(fr9< jun. 2001, p. ,t J. ~5.

      20. Ci1ado r>or " l-icard 11 "llH·uugh the Crapc·vio<·". IYJrófJ. 10 fov. 1991, p. 22. 2 1. \ f;u1 Hoyc e E ÜC\'t'I U.. "'f.1pping t hc Cr.11x....·inc: J\ Closcr l ..ook at \\1vrd-0l'-~lou1.h a.-.:, Rc.•tn1itni.•nt Sou1tc",J<,11r11al ef.lpt>li,d l'sj,hology. 9~. 11. 2, 2009, p. s~ 1.:1',2. 22. \ '(jtt, pOréxe1nplo.J. \\". J\'é\\"Slro,n. R. E. ~lúné',d, a e \\: E. R.cit: " Pcn·c1>Lions of lhe C.:rapcvi1u:: IL-. \ 1:aluc· and lnfh1cncc.,,Jo11r11al ef /Jusi11r.JJ 0Jnrmu11iallior1, prin1avc~r..1 1974, p. 12-20; e $.J. ~lodiç, '·(:ra1x'"\•inc Rateei ~IO$t Bclic"\'ahlc.' lru/1u11:rll~el., 15 1uaio 1989, p. 14. 23. K. f) nvi.i;. "~l:111agc1nc1u Co1n1nnnica1ion anti 1hc Gr:1pc:vin<'". J/nrra,d IJ1uinr,JS Rrriru~ s.c;t./0111. 1953, p. 43-·19. 24 . K. Davi.!-, c itado por R. Ro\,·an, " \\lt(•rc l)id ·rh,tt Ru1nor (:ontc• Frorn?". For/11111-, l:l at,,rf> 1979. p. 13·1. 2.i R. L. R.OSIIO\\' e e. J\. l·inc, Jlun10, (tJU! Gt»sip: 11,e Social l 'J}Ykol,og,• ef lltats'!f. Kv\'.'\ '\Ork: F.l!K..,·ic1; 1976. 26.J . K. ~-~-oo, 1\ . H..John~oll. K. ~it". 28. 1). Br:td}; ''*!#?@1he E-1n:ül. Cu1 \ \\' ·nalk?", Busl11tssl l(
      e.

      0



      Capitulo 11

      29 •.Jornal JJ .\'otitio, 1O001. 2QO(J. 30. S. l lourig3n, ..62 'frillion S1>.·1111 E1nails C:iosc l lug1.· C;-1rll01t l"OOlpri1H'\ ONnier ,\Joil, 1i ab,·. 2009. Oisponi\'tl c-,n: <w"'''~ Ot\\'$.C.:01n.au/couritnnail> . 31. li, fattclo N~1n1ur.1, "Bu~a cheg;, perto de c-1nai.l corno a1i,id:1de 1nais popular na in1t•n1c1". Disponível c1n: <,,..,,..,,~ ot>n\11ncn)i;dai111crnc1.«,.'()lll.br/bu:;ça·c:hcg.1-pcr10-dc·c·n1:iil· con10,alividadt·-niais-popular-na-in1eri1tt/>, r\ ct•sso cn1: 30

      abr. 2010. 32. R. Stro.$$, '"f hc Daily Stl'uggl~ to ,\void Bu1ial b)1 f... ~í.lil''. .\ (;v Jôrl.· 1í.mrs, 2 1 abr. 2008. p. llU5j 1-1. R..hodcs, "\Ou'\'c Go1 ~l:1il ... :\ gain", (:Oine-.lnlk SJfn, 29 St't. 2008, p. 1O, 61). 33. C. Hy,vn, ··Carrying ·100 Hç;a"y a 1.oad? ·rhe (A)1nnn111Í('é·ha,·ior" . . \ ·(u1 }ôrl.· 71,ntS, 20 lt,~ 2007. p. 05; e E. Kn;II. •·"riu· Unintt'tuit·d \ \°ord", J/R.\lagt1.:J11r, ngo. 2006, p. 50-5~. 35. Guy Cc>rr<'·:t, .. O Rig Rrothcr na.~ cntp rc.,.as", Rttilta F•.xnn1t,

      ccl. 878, 5 om. 2006. 36. R. Zei
      =

      e r. n ?fa :c:ontcul ~e"~· n c,\~Dctails&.nc,,·si D =66;)5Ül..\fl'<>tn lis1>. !~9. C . Hr 1no,vi1z, " H:·,yc :\dvic:t·, \ \°ili ·rn1ve l", 1n,11 Strul]011n1al,

      5 jun. 2000, p. U1, U'.3. 40. 1\. \\'illiant.\ " ~lincl Your Ulacl:llcrry or ~lincl Your Jl. 1:-innt'rs", ~\ Í'u, 1ôrt 1i1ttr.J. 21jun. 2009. OisponÍ\•cl c1n: <" '\\',.,., n>'I i o,es.(;01n>. --11 . "Su1'\'C)' 1-'inds ) tixed Rtvic\,•S on Checkiug J~-n1ail J)uriog 1' lc('1ings"\ IP.\ l-l·flll /Wlúti1t. 27 abt. 2007, p. 1. -12. K. úun::hick. "Slioddy \\'1•iti1lg C.1n ~fri1> Up l~111plô)'ttS. Orgá11i.1.:ttions'', Sf!R.\ I Onli11r. '27 abr. 2006, p. 1·2. 43. ü . l.id.s.k>~"h'sN01Jus.1 \\'ho You Kno";'· FiufUJ111par!Y. n1aio

      2007. p. 56. 44. Ko::lh B<·rgcr, ~rl1l'.\í11· Jôrk 7l1111s. 45. ···r,,·iuando no 1rnhalho"1 Jln•ista JotiS/A, cd. 132, 11 jun.

      2009. .J6. l):i11ick1 Braun, '"P1\•.sidcn1c da '( j.\ '.\{ çria hk,g p::ir:, se con1unica,· coo1 IUnciooá1ios'", ft,tal l)igitnl .lgr 2.0. ;\ e«."~ c:1n: >J 1)lat. 201 O. 4 i. RaJphe i\fru1zoni .Jr.. "Nluncro d<' brasilcii'Os que lt.-<:01 blogs cr<.~c ern 2008", fcv. 2009. J)isponívcl crn: <,,'""'•.idguo,,·. 11<)l.con1.hr/inl(:nu•1/blog_dos_•,1og.;/an::hi,1.·/2009/02/0·1/ nni('ro·dt·brasilciro&·qu<-·1cçn,-blo8$·Crt'SCe·trn-2008/>. 48. ;-\ . Bahn('}'• '' ln1c"rns? ~o Ulogg('rs Nc<'d :\pply", . \J'1c Jô,J.· 11,,u.s. 2~ ,u::iio 2006, 1>, 1-2; .. 60SS4.'S Bante Risk by Fil'in~ E>n1.lil. l~I & Blog \ ,.iohtton•·, JJJ1\L-i· IIR Bulll'ti,1, 12j.111. 2007. p. 1·2; G. Krants, " Blngging \\ith a \ºéndctta", ll()rlf<>rr, Jl (1kh, n. 25. IOjun. 2007,: 0 .J oncs, ··suo (:to Sé('S (;o,nJ>t'litivc .r\ (h~unagc in Blogging... USA 1ôda;,, 26jun. 2006. p. 78; e B.

      Comunkaç3o

      3SS

      1.eonard, .. Ologs C::in Prc~nt Nc," Challcnges to E,nplorcl's Slll<JI O,tli"(· 13 1n.lr. 2006. p. 1.2. 49. ~I. Ricln('J, •·J.ost in J~.n,a.il. ~l«h l·ir,ns 1'1<'e S<:lf.'.\ lrid(' lka.n ··...\~t' }ô,J.· ·n11t(J, 14 jun. 2008, I" :\1, :\ l·k e.· i I.Joh1L<-01l 1 ..Qpclliu.~ l)iscr.tclion". f/R .\lagozilie, ago. 2008, p. 43-46. 50. O. Hárri~. ··Cracklx·IT)· r\ ddiclion: C;1dgct Csc.•rs Co1npartd tô l)rug Ui.cri: Í<>r Exre"5iV(' fkhavior", :IHC \',ws 011/int, 13 ~go. :?006. l)isponívcl c111: <''"''" '. abc n(',,·s.go.<'on1/\\'Xf/ ~rechnology/sto1'>•?id=2348ii9>. 51. \\', R. Bos\\'CII c.J. H. Olson·Buchan::i.n, -·rhc US<" or Co1n1nunic;:1tiun 'Jêch11ologics 1\fter 1--lou,-s: 1'he Role of \ \°ori..·1\11i111dcs a11d \ ,·ork-1.if(· Conllic..,·· ,Journnl ef .\la11(1ge-111l'nl. 33, n. 4, 2007, p. 592-610. 52. Adil,;on Rocha, F:íhio ele llin..:.-zi. l)r.Jo~ Cláudio ' l"crra e RiC'ardo Shoueri, ··Protc(5o do Conht."cinlcnto: cl<"nlcnto tritico c111 c:.:.lt,uégias dc Ccs.t~v d<> Co,1ht"<;in1c.·nto··. l)i.sponh-cl cnl: <''"'"''.tcm1fOn11n.co111.br/hibliotC<::t/ l)ocun1ents/lilxioc0000007:Jv002P1\)l<:ç;10°/o20do0/o20 Conl1('<'Íntcn10-Const1l1on·s.pdf>. 53. "!\t ) 1:-iny Co1npanic-s. l lu111 for l.i'akt'r$ Expand~ 1-\ri:cnat of )lonit1)ring '1"'::ictics''. 11(1// Stu,1,.*JourtuJI, 11 SCI, 2006, 1>, n1. B3: é B.J. :\.l._l{c, G. r\. H;_\llin&>"Cr, S. '1".u1gir.1la e.J. L.. Oaklcy. ..lnfc)nn:uion Privacy iu Orga11i7,ali<11L,;: EntJ)O\\'Cring Cn·:,1ivt i,nd Ex1n1rolt"' l\•ríonnn11cc''.Jour,w/ ef App!Ud Ppd,oJpgr. 91. n. 1. 2006, p. 221-232. ;';,1-. ~ r. ~I. Bunon e R. f . Sil,·('rn1~n. ··1.oi.s of Einpty Sp.'\<'CS in ·n,cr r~uti11..~ Lot Gel (:[O Rikd U1>... 11&// Slrrrl,]flUTll(I/, 30 rn.tr. 2001, p. H3; e ~. \\0 11.g, '/\. Stiuging OO'icc ~h.•111ti HoOnlêr"iUlg'S'', . \~.e· Jõd, 7"i,,u-.s, :> ahr. 2001, p. C 1. 0

      \

      c:..

      .55. \ 'cj:, R. l.. l)afi ('. R. 1·1.1.A.·•w·I, ·•fnft>rnunion Richn<~"t: .\ ~_,,. ;\pproach to ) lauagcrial Bchavior ;111d Org.-u1izatio11 l~ ign", in U. 11. Sta\\ t' I•. I-C111nn1ings (l-:..Ck), Rr.srmr/1 in 0

      Orgtu,i.ç,dr,JHwt fkl,11,trl)r. "· 6. Gl\."<:n"·ich. c-:-r:JAI P,'tl\, 198--1. p. 191-233; R. 1... 1):ifi ç R.1-i . l.çngd, ··org:,nization:d li1fo11)1i'ttió11 Rt-<1uir\'1nc1Hs. ~ ltdii't RidtnéSS,. :u\d Struccu.r:.J J)csign'\J/a11agnin/Sritru4 1naio 1986, p. 554-·572; R. I~ lli('.c:, ··Thsk Analyz:,bili1y. Ust of Nt•\\· 1' l<::dir1, and tllt'cth'tnt•s.s'·. ()'l'u,i.;.atim, S<'i.nl(r, ncn: 1992. J>· ·l 75-5(}(r, S. C. S1r:u.1s c.J. E. )lc-Gr.:uh 1 "DOI.~ 1hc ) lcdiu1n '.\I"utr? 'll 1c l11tél'<1ccion of l':L"k 'f)1>e and l(:chnology on Gmup Perfonn;incc .ind )lt1nl)('1' llt'ac1ion ",]04ir11al ef l lP/di# t>;;rh<)I<>&~ fC,~ 199-t. p. 87·97; 1.. K. ·rn·,ino,J. \\"chsu·rc E.\\~ Stc·in, " ~l;1k.ing C:Onnoctions: Con,plcn,cnt~u')' 1nflucl\CC$ on Con,n,unjc.uion )lcdia Choi<.X'S. ,\ ttitudes, and l,;sc", Orgm1i::.at#N1 Sci.t1tbiologi('::il .\lodêl: ·10\,~.-tnb a Nt"'' ·r111."ôry of (:on11)utér·~l(-
      l:.<1uinxality, .\IOOia Sélcc:-1ion, a11d ~ laoi'tg<:.1' Pcrrol'n1a11('1~: hnplicatiQns for lnfc>nna,ion S)'litt•1ns", ;\/IS QJ1arl1r{'J! i;ct.

      1981, p. 355-368. 5i.J. Sàndbc:rg, "l ..l1c .Jal'gonJun1blc'', l l âll Stn:tt]o11n,a/, Z·I out. 2006, i>· 111. 58. i::- . \( ~lorriS(ln t l·:J. '.\fillik('n, "Orga,,ii..a1ional Silen«: 1\ lkan·ic•r IO Changc and l)cv,•lop1nt·nt in a Plurnlistic: \\()rfd", :JtadtJ11) of ,\lmt4g(111(111 Rrt:k«), 25. n • .J, 2000. 1>, i06--i2$; (' B. J::. i\shforth t~ \ ~ t\J).tnd, ··'l'hc Xonnalization of (:orn1p1ion in 0q!::inlY...i:lions"', RtSfarth in 0~11i~a1io110/ lkkM1io,. 25, 2003. p. 1·52. 59. F..J. ~1illiken, E.\\: ~lorrisc)n e l~ E l lc,,iin, ":\ n Explor.,lOl')' S1ud) or [n11>lortt Silcll('C! Is.sues That

      356

      Compo11.amento organiia~ional

      f.1nployccs Oo n't Con1n1unic:ne Vp\,':\rd :\nd \\'hy"•.]vurnt1I

      ef .\/ru11lgn1te11t Sludir.s. 40, 11. 6, 2003, p. 1453---1·~76. 60. S. ·n,ngirala e R. Ra1nunuja1n, ''Entploycc Sik·ucc 011 Criticai \ \'o rk lssucs: ·ria~Cro,;s· l.t"\'cl F:O(·cts o í Pnx:c.•dur.11 Jl1$ti<:<.: Cli,nnt<'", /tm()lln,J /~1·ck()/0JQ, 6 1, n. 1. 2008, p. 37. 68: e E Bo"'<:n <" K. Rlack1non. ·;Spirnls or Silcnce: ·111(" Dy1,:llllic EITcc1s oi' Oivc1'$il)' ô11 01\tanizatio,,:,I \ Oic'c'·, Jqurnol SJ(lr(;Wgiral ll11l/11i11, 92, 1982, p. 6·~1-669; e 1•. A. \Vi1hcrs t~ 1.. 1.. \ 1crnon, ···10 Rrt Is Hu,nan: Eo1ba.rrn.ss1ncnt, Atta.dnuc1n. ;u1d ( Ã>1n1nu11ic:1lion Apprchcnsiún". Pusonali~ and lndil,idttal /)jffertn,e.s• ..JO, n. 1, 2006, p. 99-110. 62. \ 'cj;,, por cxc1nplú, U. H. S1)it'l,bçrg t• ~1 . 1.. f-leclu, ·)\ (!Qn1pc•1t nl ~lodtl of Relation:11 (~on11x·1cnc:e'', //tunan l'on11nu11i,aJi()fl RLSearffl. \'t1'ào 198·J, p. 575.599~ c S. K. Op1 e O. A. Lofl'rc:d<>, " Rt~thinkiog Corn1nuni<;.ltio111\ppl't.ht11s.ion: 1\ ).lyers·Hriggs Pcnpcctivc",Journa/ <>J l'~JY/11,lqgy. sei. 2000, p. ~:>6·570. 63. \ ~ja, por cxcn1pló. J •• S1;ttl(>r. 379..-402: e '"I: 1.... Rodcb:lugh, " I ).light l .ook O K, Uut l'rn Still l)ouhtft.11. 1\ nxiou~ ::ind :\ void:u11: 'fhl' ).Jixcd Effi:<:1$ oí F.nh:uic:cd \lid<"o l'(:("(lb:,ck o n Soci::il J\nxicty Sy111p1cuus", lk/,nri(Alr l(tkorth &"r/1(t(1P,_1•. -12, n. 12. dt't., 200·L p. J J35-145 I. \ 'cj a tao-1IX'n1J ..\ . üaly cj. C. )IC'Cmskc)', "Ocrupalion
    1. 1>rchcnsion",.'Jo11nia/ ef Co1111.S(/i11g Piwl,Q/01::r, 22, n. ·I, 19i5. p. 309,313. 64. J. A. J)al)• e ~I. n. ).lill('r, ··'fhc En1pi1·ic:\l l)<:v('.lop111('nt of ao lns.tn11nc1u of \ \'ritiog AJ)l)l'Ch('llsion .., Rt1tt11tl1 ;,, ti,( Tro.,J1ingof En..J?.lis/1, inver no 1!)75, p. 2·J2.249. 65. O. ·r.u111c11. 'láll.."11,gfa,111 9 tq 5: i\/n1 a11d l f'Q..u(lt ai Uôrk. )lO\;t Yo rk: l·larpc·r. 200l, p. I:,>. 66. ()il:'ldo porJ. 1.co. " t'hUing IOr Sei1:-.iti\'il)'''. l 1S. . \ 'fu'S & lló,l,l lltpor!, 13 nununica1ion R()J Study". l)fa1>0nívcl c1n: <,,'\,"\\'.

      ,,•atson,,1·:ut.f'on1/rc:~:!l rch/r1"srcnclcr.asp?id="··868>: e;-\ . ) la.ri.els. "1'u-rning thc 'íidc at P&C''. US..\ (u,s & l lórld /l(porl. 30 out. 2006, p. 69.

      68. \ '<.:ja )1. ~lurucr, ··Cross·Ct1hural (:onu11\111ic;nion for .\ lan.agcl'S··, 811.si"lJ.J flfJfi~r,.ns. nlaio/jun. 1993. p. 7!>·76: e H. Rcn e tt. G 1':l)', "l{cpairi11g RcJa1io,~s.hi1>(:oní!i('I: f-lo,\· \ 'iohilion 'l) l)<'S anel Cuhurt• lníh1cnc·c 1hc EO('C'ti, ~nc•s:- of Rc·storruion Rin1ala;", 1kadr1nJ' ef .\lanagtmrnt Rn.•inu. :i.i, n. 1,

      200!1, J), 105-126. 69. \ 'cj;1 E. ·i: 1klll, /k;wu/ Cu!JJ1rr, G::irdcn Ciir. l\1'\': 1\ n<'hor l)ress/Doohk:
      2005t p. 3'.l-5 1; F.. (;j('))('IS ~· eJ. 'f.'tylo1~ ··1n1cr:1cll(ln Paucrrts in ( ~risis ~ cgoti:ltioni: P<.:rsua.s:i\'(' :~un1cn1s and Cultui.,l l)ilJtrcnccs... Jc,urno/ <>J A/1plial F'!fSs (.'u/11,,al ,\ltJflt-x.éo1n/br77 ..:isp >. 71. ~ - 1\dlé1·. /n1rr,u1üo11nl /)i,11e1i.si(flU of Urg,111k_,,1io11al lkhm·frJr. ·I. çd. C incinn:ui, C)H: Sou1h.\\'c;~1crn PulJlishing, 2002, p. 94. 72. \l(ja, por cxctuplo, R. S. Schulcr, 'i\ Role Pcn:cp1-ion 'Tl':u1s..'lc1ion:1l Procc:-s :.. Iod<-1 for Org:u1ií',;nion:d (:onununic,nio11 ··Ü\1 tco,uc R<.:l.:1lionships··, 0,~11i~atio,utl /Jthai•iora11d l/11111a11 lt1farmt1n(e. abr. 1979. p. 268,291. 73. J. t~ \Vahh, .S.J. 1\shlbtd e ·r. E. Hin. "l-t .,~b~1c-k ó l>St1·urtion: ~ll 1c lnílucnc:c ot thc JnlOr111:ttio n En\'i.ronrncnt on E:1nploycr ' lltrnm'Cr lntention.-.", //u,n11n ll1/111ions.jan. 198:>. p. 2'.l-46. i-1. S. A. l li..'ll\\·cg e S. (•. Phillips., '·Conununic;11ion anel Pa'()(lucti,ity in Orwaniz:l1ions: .,.\ Statt--oí-tht·t\rt RC'\'ÍC\\'", in />ror(tdi11gs of th< 401/t ,1,1,11,úl Atadmv· <>)' ,t la,1ag(l,w1r l'o,if(Tn1((. Uctroil., 1980, p. 18,8..192. \ ~a ta1nbé1n H. r\. Ucchk); •·Sharing )lcaning :\C'ross Occupation:11 Co1nm1111i1ics: 'l'hc ·rransforin:uion of Undcrs1:;anding on a Production Fltx ,,•". Or~1,i.u,1io11 S,i,,,tt. 1,1. n. 3. n,:üo/juu.

      2003, 1>, 312-330.

      •·c,,.~1

      75. Adriana (:hi~l'ini. accita 1>ro1>os1:i d a Posilivo. R.ipasa e 1'. IR\i par:1 c11çc1Tar proct:sws.. , /'or/(,/ &t(lddo. l)isponh'l"I cn1: <'"""'' ~cc:onomi:'l.t-stadao.c:Qn1.br/ no1ici:,~/ At 0/o20~ 1e rca dos+.e,·111·acci1a •pro1>0s1 :t·d:1·pO$iti \'O· ri pas;:i --c-,n ,,·-para.(: nCt ( I';) r'·P l'OCCSSOS, llOL6 7 70. hl 1n > . i\cc-sso c.rl1: 5 ,nar. 2010.

      12 Liderança Tenho mais 111-0<10 de um. exército de cem carneiros liderados por um leão do que de um. e.'tércilo de cem leões lúlerado 1,or 1t11i carneiro. 1'«/leymmi, diplom<,UiJhmcês d-O século XIX

      OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM Depois de ler este capít ulo, você será capaz de: 1

      Definir liderança e comparar liderança e administração.

      2

      Resumir as principais conclusões e contribuições das teorias dos traços.

      3

      Identificar as premissas e as principais limitações das teorias comportamentais.

      4

      Identificar as premissas e as principais limitações das teorias contingenciais.

      5

      Comparar e contrastar liderança carismática e transformacional.

      6

      Definir liderança autêntica e demonstrar por que líderes eficazes valorizam a ética e a confiança.

      7

      Demonstrar de que modo o papel exercido pelo me-ntor ajuda em nossa compreensão de liderança.

      8

      Discutir os desafios à eficácia da liderança.

      9

      Avaliar se as lideranças carismática e transformacional podem ser generalizadas nas d iferentes culturas.

      A 'METAMORFOSE' DE UM LÍDER ode-se dizer que Abílio Diniz passou por uma verdadeira 'metamorfose' desde que assumiu a presidência do Grupo Pão de Açúcar. em 1995. Na época, o executivo já era o acionista majoritário da empresa, mas o controle operacional ainda estava nas mãos de seu pai, Valentim dos Santos Diniz, fundador da corporação. Naqueles anos, Abílio era um líder centralizador ao extremo. "Eu era

      P

      o presidente, o superintendente e o cara que estava com a mão na massa", conta.

      Para ele, esse estilo de gestão era o mais adequado; afina I de contas, além de presidente do grupo, o executivo também era o principal acionista da companhia e como diz o ditado: "é o olho do dono que engorda o boi". Com o controle operacional e financeiro da empresa, Abílio conduziu o Grupo Pão de Açúcar durante um longo período de crescimento e bons resultados. Associando uma aprimorada visão estratégica a bons conhecimentos sobre as atividades operacionais nas lojas, Abílio aproveitou boas oportunidades de negócio. Alguns exemplos disso foram as compras de outras redes supermercadistas, como Barateiro e Sendas, e a venda de uma participação na empresa para o grupo francês Casino.

      358

      Compott.amento organiza~ional

      Em 2003, Abílio resolveu abandonar o posto de presidente da empresa para presidir o conselho de acionistas. "Decidi que essa empresa não poderia viver tão dependente de mim. E aí decidi pela profissionalização, com uma diretoria sem nenhum 'Diniz' como executivo·. conta o gestor. A partir de então, ele mudou totalmente seu estilo de liderança, delegando completamente o controle operacional para seu sucessor. Daquele ano até 2007, Abílio tentou manter distância das decisões cotidianas do grupo, atuando apenas como líder dos acionistas. Nesse período, o grupo estagnou, a concorrência fortaleceu-se e dois presidentes da empresa foram demitidos pelo conselho de acionistas. Notando que algo estava ertado, Abílio decidiu retornar às atividades operacionais. Engana-se, entretanto, quem pensou que ele voltaria a ser o presidente centralizador de outras épocas. Ao final de 2007, Abílio contratou o consultor Claudio Galeazzi para o cargo de CEO e resolveu assumir um novo papel no dia a dia da companhia. Ele não seria apenas o presidente do conselho de acionistas. Abílio formaria uma parceria com Galeazzi no comando das atividades operacionais. Dessa forma, ele se instalou na sala da diretoria e passou a acompanhar todas as decisões estratégicas do grupo. Seu papel, entretanto, não era mais centralizar as escolhas, mas sim opinar e dar conselhos sobre o trabalho da nova diretoria. Com esse novo modelo de gestão, a companhia recuperou a liderança do mer· cado supermercadista brasileiro que havia sido perdida para o Carrefour e voltou a crescer. Paralelamente, Abílio conduziu dois dos maiores processos de fusão e aquisição ocorridos no Brasil nos últimos anos ao comprar o Ponto Frio e anunciar a fusão com as Casas Bahia, líder no varejo de móveis e eletrodomésticos. Ao longo de todo esse processo de transformação, a relação mantida por Abílio com seus subordinados também passou por alterações. Inicialmente, por ser um líder voltado p.ara a execução de tarefas e o alcance de resultados, o gestor mantinha certa distância dos funcionários e buscava resolver todos os problemas individualmente. Em sua nova fase, como presidente do conselho de acionistas e 'CEO-consultor', Abílio adotou uma postura mais voltada para a delegação e preocupada com a construção de um estilo de liderança participativo. Apesar dessas modificações pelas quais passou e dos diferentes estilos de relacionamento mantidos com seus subordinados ao longo do tempo. Abílio sempre foi visto como um líder que dá o exemplo, estando presente na empresa e preocupado com o bom desempenho da organização. Dessa forma, o executivo conquistou a confiança dos milhares de funcionários do Grupo Pão de Açúcar, que sentem estar sendo regidos por um 'maestro competente'. Além disso, o gestor também demonstra preocupação com o bem-estar de seus seguidores: "Eu não quero sacri· fícios. Eu quero funcionários com comprometimento e garra, mas com férias, com divertimento, cuidando de suas famílias e de si e que sejam felizes", diz. Dessa maneira, a imagem de Abílio fortaleceu-se no ramo empresarial e ele passou a ser considerado um dos maiores líderes brasileíros. Sendo um grande defensor da geração de empregos e do fortalecimento do mercado nacional. o executivo tornou·se um ícone no mundo dos negócios. Isso só foi possível, entretanto, porque, apesar de ter passado por diversas formas em seu processo de 'metamorfose', a visão estratégica de Abílio manteve-se impecável. 1

      Con10 n1ost1'íl o cxe,nplo de .'-\bil io Diniz no Grupo Pão de Açúca,~os lídrrcs gerahncntc não s.io pessoas conu111.s. t\•las o que os torna diferentes? hucligência? Detcrn1.inaçào? Sonc? S<:u csülo ele liderança? Essas são algu1nas elas questões que ahordarcn1os a seguir. Neste capitulo} cxan1inarc111os a.s abordagens- pr..\ticas para dctcr1nin;ir o que torna tun líder cfical. e o <1uc dilCrcncin lideres ele não líderes. P1in1ciro, v;1nl OS apresentar tlS tcoiias dos lraços que do,ninararn os csn1dos de lidcran<:a .=ité o final dos anos 19 ~0. E.-n wguida, discu1irc,nos as lcorias co1nporuunc1uais que rora,n populares até o final dos anos 1960. Pos1crio r1ncn1c, aprcsentarc1no$ as tCOl'ias de con1ingências e as 1eoria~ in1crativas de liderança. Por fin1, discutircnlOS as al>0rdagcns n1ais conrcrnporàneas: teorias ela liderança caris1nática, liderança transfori-nario nal e liderança autêntica. ~·las, antes: de exan1inar css.'\s abo rdagens, van1os esclarecer 1,ri1nciro o qucrc1nos dizer con1 o tcrn10 lidera11(0. 1

      Liden111ç" e 1,d111i11istrt1ç,1o são dois tern1os que costunla111 ser confundidos. Qual é a di(Crcnça entre eles? John K.out.:r, proíesso1· dH Harvard Busincss School, atgu1nc1l1,1 qut a

      liderança

      capitulo 12

      3S9

      O técnico de vofeibol Be,na,dinho e um dos p,imei,os

      nomes lembrados no e,astl quando o assunto é liderança. Defensor do uabalho duto, atento âs necessidades dos atletas e dono de um estilo mvito enérgico, ele us.a a comunicação data e assertiva

      para motivar os jogadores a superarem sevs limites e conseguirem as vitórias denuo de quadra. Dessa maneira, o treinador conseguiu revolucionar o vólei

      masculino b rasileiro, conduzindo..o a vários títulos mundiais e o límpicos.

      liderança Capaadade de influenciai' um coniunto de pessoas para alcançar metas e objetivos.

      adrn lnistraçào d iz respeito ao gcrc 11cia1ncnto d a con1plcxldacle. 1 :-\ boa adrninistração traz o rdc111 e consistê ncia por 1ncio da elaboração de planos (Or111ais1 cio projeto ele estruturas o rganizatiouais 1igid,,s e da n1onitoração cios rcsuhado.s. t\ liden:n1ça) por sln, ve:1.) diz respeito ao gc1·c11tia1'l\(!1llO eia rnudaoça. Os lídcrc.s cstabelccc1n clir,·çõcs por 1ncio do drscnvolvi1ncn10 de ,una vii.;.lo do fu1u1ro; depois, c ngaja,n as pessoas, co1nunicando-lhcs ("SSa vis...1o e inspira ndo-as a superar os obstáculos. E1nhora Kotrcr ofereça defin ições separadas para os dois rcr1nos, ranto pesquisadores con10 c.xccutl,us rar.u11enrc fill...cn1 essa disúnçào. Prcci.s..'l.l11os) pon.anto, a presentar a liderança de un1 modo capaz de rcActir con10 ela é cn1c nclld.1 na teoria e na prática. l)cfinin, os lide rança con10 :;\ capacidade de influenciar urn co1~jun10 de pessoas p;;1ra alcançar 1nccas e objc1ivos. /\ 01igc1:'ll dcw1iníluCnci,.1 pode ser IOr111al) co,no a qtac é confl'ricla por u,n ca1:go de d ireçf10 cn1 unu, organi7.;1çâo. No cn1an10. úC1n 1odos os líclcl'CS !ião achni-

      ENQUETE COMPORTAMENTAL

      A confiança nos líderes das organizações está diminuindo? Porcentagem da população que acredita que a informação recebida do CEO da empresa onde trabalham é bastante ou extremamente confiável.

      '

      8
      G!ã·Btetanha Espanha Irlanda Sulça México

      '

      o

      '

      10

      '

      ' 30

      20 -

      2006

      ' 40 -

      1 •

      50

      1 •

      60

      70

      2007

      Fonte: Baseado em Edetman Tru$t Barometer 2(X)8. Ol$pooível em: <www..edetman.com/TRIJSTl.2(X)8!Tru$18a.rometet08..flnal,pdf rel="nofollow">.

      Compott.amento organiza~ional

      nistradorcs, nctn todos os adn1inistrad orcs s;:1o lideres. O f..\lo de a organização conferir ~l seus gestores ilLHo ridadc forn1aJ não lhes g;u1\ntc urna c(1pacicladc de liderança eficaz. r\ liderança aqot l;;1cap~1cicladc de i11flL1cn, iar os outros que e,ncrgc for;;1 cl:i c:strutu ra 1,i10 St1nclo11,1da pode ser 1à.o in1pon:11nc quanlo a inlluc"·ncia forrnal. forn,al cta 01-ganizaç-âo No inundo d inârn ico de hoje, as- o rgani1.açõcs precisam de liderança t ad1ninis1raçào ÍC>rtcs para atingir o nível ótilno de cíic;lcia. Prccis.a,n de líderes que dcsaficnt o status quo, ciicn1 visõc.·s ele fu turo e scjant capazes de inspir.,r os n1c111bros d a o rganização a q uerer realizar essas vi.sões. No entanto. ta1nbé111 prccisain de gcslo rcs capazes de elabo rar planos detalhados, criar <.'S tJu turd$ org..lnizacionais eficientes e gerenciar as operações do dia a dia.

      iieorias dos traços Teorias dos t:taços de tider~nça Teocias que buscam

      identificar as qualidades car-actérístíe;Js péssoait

      é

      que difot<.1nciam líde,es

      de njo lideres.

      I

      1\ 0 longo da h istó1ia, g1-andcs líd ctes eo,no Buch\, Na1>0leào, Chur'Chill t Cetolio Vargas fora nt clcS<'1i l OS C'Olll bas(" e1n seus l raços de 1:>ersonalidade. 1\ssin11 as teorias dos traços de liderança roca1n essa!) qualidades e caract<:rí.sticas p<:ssoais. Rcconhc('e1nos líderes como o e:x~prcsidcnlc sul-africano Nelson ~,·landcla, o Cl~O da \ firgin C roup R.ichard Branson, o l)l'L'Sidcnt~ ela 1\ 1Jplc Slcvc.Jobs e o lé<:nico d e \'Õlei Bcrnardinho con10 c,1rinnátiros1 e11/usiasfa$ e corqj(,$OS, 1\ proct11,, por traços soci~üs.. fisiCO$, inlclc<:luais ou de pcrSO?lalidadc q ue possa,n descrever os líderes e diferenciá-los d os dcn1ais rcrnonla aos csHígios in iciais das pesquisas sob1-e liderança.. Os esforços das p1i1nei1-as pescluisas para isolar os traços 1-espo1tSáveis pela capacidacle de liderança não apresentar:un rcs11l1ados saLisf3tó iios. U1na revisão de 20 trabalhos fei1os no final dos anos l 960 identifico u quase 80 traços de liderança. dos quais ai:>enas cinco cran1 con1uns. a c1uatro ou ,nais estudos.' Por volta d os anos 1990, depois ele 111uitos estudos e aná~ lists, o müxi mo que se podc1ia dizer cr~, que •·os líderes n~i.o são como as outras pessoas)\ rnas os traços específicos que os car-ae.tc1íza1n variavarn rnuito entre os estudos.• Era u,n estado de cois..-1.S basta1,Lc confuso. Certo avanç.o su1'giu <1uando os 1x:sq,1isadol"C~ con1e(<\ran, a organiza.- os traços corn base no 111odclo Big Fi\'e de personalidade (ver Capilulo 5)..s t\ n,aio1ia dos ,-:\rios 1raços identificados nas pesc1uisas sobre liderança podia sr.r incluída c,n tuna das d i111ensõcs do 1nodclo Big Fivc (a1n bi<;ão e energia são parle d a extroversão, po r cxc1nplo), o que pcr1niüu suslc.:nu1r a ideia de q ue os traços são fortes prcditorcs de liderança. ,\ mplas revisões d ,, lileratura sobre liderança, qua1, do organizadas corn referência ao ,node1o Big five, de,nonslrar:tnl que a c~trovcrs{,o é o lraço ,nais in,po1iante do líder cfic.;az.fi N<> cou11Ho, essa caractc1'Ística eslá ,nais a..~ociada ao surgi1ncn10 do líde1· do <1ue a sua t~flcác-ia. f\:- pessoas ,nais sociáveis e do1n ina11tr$. cos1un1a11\ i1npor·se c1n siH1açOCs de

      As qualidades pes.soais de Richa,d Branson. p,esidente da Virgin Group, fazem dele um grande líder. Branson é descfito como alguêm que adora diversão, sensivel

      às necessidades das outras pessoas. trabalhador, inovador, carismático, entusiasta, d inâmico, decisivo e vma pessoa que assume riscos. Esses traços ajudaram o empreendedor britânico a construir uma

      das marcas de produtos e serviços mais respeitadas e reconhecidas cm todo o mundo nas áreas de viagem, entretenimento e estilo de vida.

      capitulo 12

      lide rança

      361

      grupo, n1as os líderes prccisarn asscgt.1r..u··se de que n~lo .s..lo clc111asiado asse11ivos: u1n cs· ludo concluiu que os lídcrc..".S consi:dcrados n1uito asscrti,·os c111n1 n1cnos eficazes do que os tnodcrad,uncntc asscr1ivús. 1 1\ 0 cornr~irio d,l a111abilidad.(: e da c:s1abilid;1dc c:;111ocion,ll1 a conscicuciosidadc e a abcrtu1·a a no\'as experiências 1arnhé1n s.c n1ostr:uttn1 fortc1ncntc associadas à lidc1~ulça, n1as essa relação não era tào f011c quanto con1 a <:XU'O\'Cl's.-°lo. De n1odo geral, parece que a tco1ia dos traços tc1n n1csn10 algo a oli::rcccr. Os líderes que gost.utt de estar rodeados por pessoas, <1uc são asscrti,·os (cxtro,·crtidos), disciplinados e que conscguc1n ntantcr os co1nprontisso.s que assu1nc111 (conscienciosos), alé111 de scrc1n criativos c flcxi\'CÍs (abertos a 111udéu1ças). reahncnte po:u·cccn1 lc"ar ,,1nH1gcnt quando a questrio (• Liderança. sugerindo que os líderes cfico:~zes de f.:"lto possu<:nl alguns traços cl'n co1nu1n. Urna das ra1.(,cs para isso é cp.HCa conscienciosidade e~, cxt1'0,·c1'Sào cs1ão positivatncn1c relacionadas à autocfic..'\cia dos líderes, o que explica tuna gl".utde parte da \'ari,lncia na ~"raliaçào de dcscrn1>enho do líder feita pelos suho rdinados.8 As pessoas tcndc1n a seguir algué1n que as faça acreditar que estão no cantinho certo. Outro trt.,ço que pode indicctr tuna liderança eficaz i:. a inteligência cn1ocional {LE}, discutida no Cc,pitulo 4. ,\queles que defendem a l E di~c.:111 que. se111 c..·la, unta pt·ssoa pode 1<:r un1a t.'Clucaçào notl1vcl, un1 1:>ens.a.mcnto basto:1nu: ~1na.lítico, un·n1 ,·isê'iO ton,incc11rc e urna ro111c incsgo1ávcl eh: ideias ~rcniais, ntas. ntrs,no assi1n1 ainch1 n:io ser ncccssaria111cntc tull grande líder. ls.~o pode ser par1iculatn1entc v<·rdadciro quando as pessoas cn:sc:<:111 dcn1ro de unta n1cs111a organização.~ ~las J>Or que a IE é tão ianportantc para unta liderança eficaz? U1n co1nponcntc prin1ordial da LE é a cntpatia. Os líderes que cê111 cutpatia podcn1 perceber as necessi· dadcs e senli1nentos cios oulros, <,uvir o que os liderados tê1n a clizcr (e o que niio dizent) e cornprcc11dcr suns re,,çõcs. Na pesquisa •Perfil cio líder br:,silciro', realizada J>cla co11· sultoria Caljpcr, os lideres cntrcv:ist..iclos que dc1nonstt::11·<1n1 111,:\Íor cn1patia co11scg1.1il'a111 identificar con1 ptccisào as e....:pcc1a1iv.:ts de· suas cc1uipcs <:111 60 por crnto dos casos, percentual ntuito superior ao dos g<::s101-cs ,ncnos cntp:íticos. 111 Conto obs<:r\'ou unt líder: '7\ característica de cuidar, que é própria da c1np:.uia, cspecialn1cntc cont relação às pessoas co111 que1n se trabalha) é o que as inspira a perrnancccrcnt con1 unt líder quando surgcnt problcn1as. O incro fino de alguén1 se importar con1 você costtuna ser frcquen tcn1cnte rcco1npcnsado con1 a lcaJcléide''. 11 :\ ligt,çiio cntr<: .:1 JE t' ,, cfiieá.cia do:, lidcranç~• é n'luito n1enos cstuch1cla do que os outl"<)S tr.:iços já nl:c11cic.n1ados. U1}\ pcsquist1dot obsc::1·vou q,1c "especular sobtc ~1utilicl.1dc pnític-a d,, cs11,11ura ela I f-: pode S(:I' p.-c:ntaturo. Apesar eles.ses a\'isos, a IJ~ contin11a sendo encarada conto unta solução para n1uilos prohk:111as organizacionais, <' alguns :unorcs alé sugcrc1n que ela clcsentpenha u11t papel essencial cn1 tuna liderança eficaz.". 12 Poré11t, até que se cotnprovc essa rclaçào cnt novos cs1uclos, não poden1os estar seguros a res· pcÍlo dessa lig.tçào. Co111 bé1Sc nas úhi1nas descobertas, chcg(\nto.s a duas conclusões. 1-\ ptirncira é que os o-aços de personalidade p-0d<'n1 (,uxiliar na idc11lificaçào da lidcnutç(l.. H:í 20 anos, <1.S cvicl(:nci.-,.s ;1pon1a\"a1n pat"a a conclus,"lo con1rária. X'la.~, p1·0,ravçln1c11t<~, isso cl<'\'Cu-.sc à ausência de unta csu·u1ura válida r>ara classificar e organi1.ar esses 1raços ele pcrwnalidacle. O 1nodelo Big Fivc parece ter resolvido a qLu.-stão. 1\ segunda conclusão é que os traços funcionant n1clhor para prever o surglntcnto da liderança do que para distinguir entre líderes ef,c(R.t.S e i11gira.e.e.r.' 1 O f.no ele u111 individuo apresentar clctcr1ninados t.raços e ser considerado u1n liclcr J>Clos dc1nai..s não significa, ncc:cssatianlcntc, que scr,í 1:x:111-succdido c1n lidcr-dr seu grupo no alcance (los objctÍ\'oS.

      H eorias comportamentais .~\s fi1lhas dos pri1neiros estudos sobrt traços de lidcranc;a leva11111t os pcsquis.,dores a seguir por outra direção do final
      362

      Compottamento organizacional

      Teorias comportamen· tais de liderança Teorias que p,opõem que comportal'OOl,tos

      espe<:ifloos diferenci~m

      I

      os líderes dos não l í ~

      Esttutur• do !nidação Grau em que um llder é capaz de definir e estruturar o próprio papel e o de seus funcionários na busca do aleánce dos objetivos.

      I

      esttutura de i11it'it1(tlo e t:onsidern(ào. A estrutura de i.niciação rcfcr<:·S<: ao grau crn que unl líder é capaz de definir e csll'\Uura.r o próp1io papel e o dos funcionários na busca cio aJcance dos objeti,·os . Jsso inclui a organização do trabalho e das relações de: t rabalho e a clcfiniç~l.o de 1nctas. O líder con1 alto grau ele cs1rutura ele iniciaçlo pode ser dc..sciilo con10 alguén1 que 'delega tarefas especificas aos n1crnbros cio g rupo'. 'espera que os tra balhadores 1n.1ntcnha111 lUll padreio de dcsc,npcnho definido' e "enfcuiia o cu.111primcnto dos prazos·. 1\ con s ide r a ção é o grau cin c111c l11n;1 pessoa é capa z de.· 1nan1cr rclaciona111cntos de tl'abalho caracicrizados pol' confiança 111\ttua> rcspcilo às ideias dos func ion:ll·ios e cuidado con1 st~us scn1in1cntos. U1n líder co1n ~,lto g ra u de cons iclc 11,çào pode ser de· finido co1no alguén1 que ;:~uda seus fu ncionários nos problentas pessoais, é an1igá\'cl e disponível e trata corno iguais todos os subordinados, alén1 de c:xprc.ssar apreço e dar apoio. U111 c:.stuclo recente revelou q u ct ao scrc111 inclag4'clos .sobre o que rn ais o.s n1otivava no trabalho) 66 por cento dos fu ncion{trios 111cncionara111 o rcconhechntrllo. u E 111 urn estudo éO!l'I os f'u,1cio11,:lrios de t11n-:1ã_.gência do Uanco cio Rrasil, ta1nbénl ficou evidente a i111po11âncitt cio t"éconhccin,cn10 corn o co1npo1,a111e11lo de liderança . :\pesai· de consicle· 1-.u·en1 o 'trabalho cn1 si' a principal I0111c de n1orivaçào, os profissionais avaliant a 'fi,ha de reconhccin1cn10 profissional' corno o 1naior fh tor ele clcsn1oüvaçào. 1f• O u seja. realizar tarcfi,s interessantes é o q ue 1nais os deixa cn1pcnhaclos e interess.ados pelo trabalho> ao passo q ue não receber o reconheci mcnto do chefe é o que deixa os funciontírios rn ais de.smotj,·;1clos no arn bientc profissioltal. Os e.studo.s .sobre lidcranc;,1 d~, Universidade de ~Lichig,ul po~uÍ(11r, objetivos se· rnelhantcs: idç111ifit:i:1!' característica.$ cornportal'n cruais: de líclen:s que pudcssl~n, csu:11· l"c!lacionacl;-is corn un1 dcscn1pc.:nho e ficaz. O grupo ele ~·lic higa n ta111bc:1n p1·opôs duas din11.:11sõcs co111ponan1e111ai.~ o lí'der orientado para as pessoas, que c:.nf.ni1....1 rclaçõcs in terpessoais por n1cio do interesse pessoal pelas necessidades cio ll1ncionário e aceitação das diferenças pessoais cnlrc os 1nc111bros elo grupo; e o lider orientado para a pro .. dução) que cnfllliza os aspectos técnit'Os e práticos do trabalho>ou seja> rc,·cla un1a prcocupaç,to dircrionada il execução das tcu·cfas e ao cun1p1irnc11to das 111cta.s do grupo. Essas din'lc.,·nsõcs cst,~,o c.su·iu1111cntc 1·ch1c io 11adas às d in1ensõcs dos estudos da U11i\'e1-sida
      I

      de iniciaçf,o. Na \'c rdaclc, a rnaioria dos pesquisadores sobre liderança u tiliza os 1cr1nos co1no si11ôni1nos. 17 D urante a lgu1n tcn1po: os rcsult..:'tdos d;,s teorias corn port;unentais de lidcr,,nça fo ra nt considen,clos dcccpcio11antcs. Un1;1 rcvis.:""1.0 feita c1n 1992 co1icluiu que.: ';no gera l, a pesquisa baseada na conccituali~
      I

      Consideração Grau em que um lider ê capaz. de manter

      relacion<1mentos de trabalho caracterizados por confiança mútua, respeito is ideias dos funcionários e cuidado com os -sentímentos

      deles.

      1

      Líder orientado para as pessoas

      Aquele que enfatita as relações interpe$$0<1is;

      deMOnstra interesse

      pes$0al pelas necessidades de seus funcionários e aceita as diferenç.~s entre os membros do gtupo. Líder orientado para a produção

      Aquele qve enfatiza os aspectos técnicos e práticos do trabalho.

      descobrir se havi,, algu111a coisa l".SJJC<:jfica na 1nancira co1110 cstcs seria.s Cúfnportarncntais sugc1ia111 que é pús.sívcl trci11(lr pc~soas para scrc1n líclcn..$ . ~ lo itos ;trgu ..nc.:nt~\r:un que as teorias compor tamentais de liderança possuían1 van1agcns <:111 ,·clação fts teorias d os tr.,ços. As lcorias t'OlllJ)()l'ta 1nenta is rnak.~ abrangentes e rnais rcprodu:íddas rcsuhar.,111 de un1a pesquisa iniciada no final dos anos 1940 na ü rii,'C1'Sidade Estadual de Ohio, 11 na qual os pcs· quisaclorcs buscara1n identificar din1cnsõcs indcpendcnlcs do con1JJ0rla111cnto do líder. Co111eçanclo con1 mais de n1il din1cn.sõt-s diferentes, os estudos a.funilaror funcionátios. Cha1rnu·a1n c~as d\laS din1c::nsôcs de

      1"C,'lsào 111,tis 1·occn1c de 160 estudos 1tCvclo11 q ue os stguiclorcs etc líderes c>1·ieiuados para a$ pessoas es1ava1n n1ais satisfeitos con1 seus n-abalhos, 1nai.s 111otivados e: tinhain 1nais respeito por seus líclc:rcs. Por sua \'CZ> a liderança orientada para a produção estava n1ais relacionada coan nh·c:is de procluti\'idacl<.' do grupo e da o rganização 1na.is ck.· vados e con1 avaliações de dcscn1pcnho 111ais positivas.

      capitulo 12

      liderança

      363

      O btasifei,o Carlos Ghosn. CEO das fabficantos de au-tomóvef$ Renauh e Nissan, pode ser conside,a-do um lidef Ofientado às e>pefaçôes. Em seu dia.a-dia nas sedes das empresas, na França e no Japão, ou nas íáb,icas do grupo espalhadas pelo ,nundo, o executivo analisa todos

      os dados e as 9nálises que lhes são entregues antes de tomar as decisOOS e não se preocupa em desagradar seus subordinados com seu estilo mais quieto e resetvado. Com esse estilo focado nas tatefas, Ghosn conseguiu elevar~ vendas e o lucro do g.rvpo pelo mundo depois de conduzir uma profunda reestrutu,ação nas operações da empresa. parti-culacmente no Japão.1•

      l

      1

      ri.._ ,__,__....

      Resumo das teorias comportamentais O s líclc:rc!. co,n dctf1'1niné'!clos 11-aços de pctSonalidadc e que dc1no11stl'(:1n consid("1-açào e cs11·u1uraçào rcahncnte parccenl sei· rnais cfic:;azcs. 'làlvcz você se pergunte se os líderes consciencioso$ (a conscicnciosicladc é un1 traço) são nlais propensos a ser estrutura11tes {a estruturação é un1 co1nporta.incn10} e se líderes cxu·O\·crticlos {extroversão é Lnn traço) lê1n 1naior tendência a rc\·cla r considc1·açào (consideração é un1 con1po11an1c1Ho). lnf<:liz111cnlc,

      não podc1nos ter ccrtc1.::1 de que h :eija un1~l co11txt1.o. São ncccs-s.:írias pesquisas futu ras para que essas .lbordabre1,s scja111 integra das. :\ .lgu115; líderes podc..;n1 1er os 1.1-aço:1. cer1os ou d c,nons1rar os con1po,,an1t;ntos corretos e, ainda assin1, fraca$$a1-c1n. 1\lê1n disso, 11111ilos lídC"1'cs poclcrn deixa,· a c,npt"<"sa no 1non1enlo c111 que ela rstá no auge do succ~o e. pos1e riol'1nc111c, tercn1 sua carreira e legado 111anchados por fa tos obscuros descobertos após sua saída. Apesar de a teoria dos traços e as teorias co111ponan1cnta is screan in1portant<-!S ~lara a identificação dos líde res eficazes, elas não garantcn1 c1uc u 1n l.ídcr te nha sucesso. O contexto tainbén1 tcn1 11111i1a n::lcvància.

      ileorias contingenciais ,\Jgun.s líder.;:s du1·ões parcCCill't ganhar 111uitos achni,-adorcs apcl e Celulose não contrataran1 1\ntonio .X Iacicl Neto po r aca,;,o. Seus

      Quando assumiu a operação brasileira d.a montadora Ford, o executivo Antonio Maciel Neto foi incumbido de vma tarefa muito d ificil: faz.er que a divisão Cfescesse e voltasse a dar luc,os. Com um estilo de gestão próprio, Maciel Neto conseguiu reestf\lturar a empresa e as.sumiu um des.ifio ainda maior, tornando.se

      presidente d.a Ford na Amêrica Latina. Diante desse sucesso. o exe-cutivo foi co,,siderado a pessoa ideal para conduzir reestN"turaçôes organizacionais e foi conttatado pela Suzano Papel e Celulose para comandar oma revolução na empresa.

      Compott.amento organiza~ional

      COMPORTAMENTO ORGANIZACIONAL NA MÍDIA

      Maus chefes em abundância pesar de se esperar muito dos gestores em posição de chefia, o que surpreende é o fato de eles raramente apresentarem as características típicas de um líder eficaz. Esses gestores são conhecidos

      A

      como 'chefes tóxicos' por tornarem o clima do ambien·

      te em que trabalham bastante desconfortável. Falando alto, sendo rudes, desrespeitando seus subordinados e buscando resultados de curto prazo a todo custo, esses chefes geram um grande mal-estar nas organizações, sendo respeitados apenas por sua posição hierárquica. Diante disso, é justo chamar esses chefes de líderes? Comprovando a presença abundante desses 'chefes tóxicos', um estudo recente conduzido nos Estados Unidos com 700 trabalhadores revelou que muitos subordinados acreditam que seus superiores não lhes dão o devido valor, fazem fofoca sobre eles às escondidas e não mantêm sua palavra. A situação é tão ruim que o autor principal do estudo disse que "os funcionários não deixam suas empresas, deixam seus chefes".

      Outros resultados do estudo foram: • 39 por cento disseram que seus supervisores não cumpriram promessas.

      • 37 por cento disseram que seus supervisores não lhes davam o devido crédito.

      • 31 por cento disseram que seus supervisores os trataram com desprezo no ano anterior. • 27 por cento disseram que seus supervisores fizeram comentários negativos sobre eles para outros funcionários ou gerentes. •

      24 por cento disseram que seus supeivisores invadiram sua privacidade.

      • 23 por cento disseram que seus supervisores culpam os outros para poderem ocultar seus erros ou minimizar constrangimentos.

      Se os subordinados têm essas opiniões sobre os chefes, por que as empresas promoveram tais pessoas a posições de liderança? Uma razão pode ser o Principio de Peter. Quando as pessoas são promovidas a um cargo - por exemplo, de supervisor ou instrutor - com base no bom desempenho que tiveram em um cargo anterior - por exemplo, vendedor ou assistente - presume-se que as capacidades necessárias para um cargo são as mesmas para o outro.

      Dessa maneira, as pessoas só param de ser promovidas quando alcançam seu nível de incompetência. A julgar pelos resultados desse estudo, esse nível acontece com muita frequência quando as pessoas assumem posições de liderança.

      Fonto,s; O. Fost, "Sorvey Finds Many Worl:.ers Mistrust 8osse$'", Sa:n Francisco Clvonic(e. 3 jan. '2007. Disponível em; <www.SfGate.com>; e F•rnand.i Bottoní, "Como lidar-cem cM'fe$ tóx.ioo$'", Revista Você S.A. od. 133-Catreira, 8 jul. 'J5X1I

      acionistas acrtditav,1.n1 que o cxecuti,·o seria a pessoa ideal para conduzir lHn processo de recslruturaçào dessas c1npresas. No c 1,tanto1 esses lídt·rcs ta111bC111 partcc1n deixar seus postos e r11111ar para outras jornadas quando a si1uaçào se tstabiliza. 1\ s ascensões t saídas ele lídc r(~S co,n o ~lacicl Ne to ilus1ran1 q ue prever o sucesso ela lidcr(u.1ç,1(; inuito rn.iis c.:on1plexo
      longo prazo. .~\ iinposs-ibilidaclc ele obter rcsujta clos consis1cn1cs IC\-ou os pesquisadores., na segunda n1etadc do século XX, a cnfOv·u· as influência.~ da situação na qua1 a lidcl'ança é e.\'.ercida. t\ ,-elação <-'tU1'C <'srilo ele lídc1'1lnça e efic.-'lc-ia sügere que\ sob tnna condição a, o estilo x pode se.a dequado, ao ptLSSO que o cslilOJ' é nlais i11dicado par<1,a situação b, e:: o estilo<, 1'rl.:lis ,1propriado para a situação<. ) las o que se1ia1n t-'$.-IS silu.t~õcs ": b e e? Ul'na coisa é di:t.cr que a clicác:ia da lide rança depende da s ituação, outra é identificar essas co11diçõcs situacionais. Van10'.'\ analisa.- qua1ro ahordagens que huscara1n iclcn1ificar essas si1uaçõcs: o n1oclclo d~ ÇQ11ti11gi:11ç-i~\ çlç f'iççl!<-'r>1' t<;o1·i~ ~i1,1ac;io111\I ctç Hc•1-scy e; B!t\1lt~h;ltd , ~ \tQ!'ist çlo ç<1111i11ho-1ncr;;1 de Hous<: e a teoria de p a,·ücip .:, ção e (jden-1nça de \ 1roon,

      e Yeuon.

      capitulo 12

      liderança

      365

      O modelo de contingên cia de Fiedler O priineiro 111oclclo conllngenci.11 abrangcnlt' ele: liderança foi desenvolvido por I•'rcd Ficdlcr.10 O model o de conting,ência de Fied.ler propõe q ue a cficá.ci•, cio dcsc111pcnho do grupo dcpcnd<.• ela adequação cn1 rc o estilo do líder e o gra,1de co1nrolc c1uc a situação lhe proporciona.

      Modelo de contingência de Fiodler

      Teoria que sustenta que os grupos éficazés dépandem da adequação entre o estilo do lider na interação com os subordinados e o grou de controle e influência qve a situação lhe proporciona.

      Questionário do colega de quem meno$ gosto (LPC)

      lnsuvmento cujo propósito é avaliar se uma peS$03 é oriéntada pa,a .,. relacionamentos

      ou para a tarefa.

      I

      Identificando o estilo de liderança flcdler acre0nclcntc..,; ponu.1a11l na ,nt~ela~ atividades sociais da \ farga 1:rcios, ~1fir1na que '·o chcJ'e co1n petcnlc se u-ansf()r,na e 1nodi(ica sua I0 1·n1a de lide· rar cnt íunçào do liderado e ela siLuação''. 22 Definindo a situação J)epois q ue o estilo b,lsico de lidcl"ança do individuo for avaliado J>Ol" 111cio cio queslionál'io I.PC, será 11eccssl1l'io adequar a pessoa à situação. P'icdler identifica 1rês di111ensões contingenciais ou situaçionais que dctcr111ina1n a eficácia d e liderança: 1. Relação lider-liderados: o gi.:tu ele confiança, <:.1t,'(libi1idacl<: <· respeito c1ue os 1nc.111-

      Relação líder-liderados Grau do confiança, e:ted1bilidade e respeito que os membros do 9,vpo têm por seu lider. Estrutura da tarefa Grau de estruturação e fo,mali.tação dos procedimentos e das tarefas no trabalho.

      bro;; do g,"Jló tên> por seu lídc,:

      I

      __J

      Poder da posiçio Gr-,;1u de inflvência que um lide, tem sobre as va,i.ivéis dé poder. tais como poder de contratação, demissão, promoção e aument: J salatial.

      2. Estrutura da tattfa: o gnu,1de esrnnul'ação e f()rn1ali1.açào dos proccdi1ncntos e elas tarefas no u-abalho. 3. P oder da posição: o grau de influência q ue uni líder tcn1 sobre variáveis 001110 o pódcr de cOf1lratar; de rnitir, L01nt,r (1<;õcs d is<:iplin~u·cs, conceder pron1oçõc$ e ª'-11ncn1os sala1i :iis. O pa~so scguinH• ron~is1c c1n avalia,· a $ilua(ào en, 1·t~laçào a essa~ ttê-s variá\'cis. Segundo Fícdlcr1 quan10 1nrlhor a ircl:u;ào líclcr·1iderados, 1nais alro o grau d a estrutura ela tal'cf.1 e 1nais frlli·c o poder da posição, n1ais conlrolc o líder cc,n. U1na situação alta111cntc Í."'orávcl (cn1 que o Jícler possui u1n grande controle) pode ser a ele un1a gerente de 1:x:ssoal resp,citada que conta co1n a confiança ele seus subordinados (boa relação lídcr-1idcrados), que coordena atividades clar.,s e cspecíficasi corno o procc.sSilll\<:nlo da f()lha de paga,Henlo, o 1>rcc11d)i111cruo de che<1ucs e o ;u·quiv;u11cnlo d e l'Chnório.s (alto gl'au de csu·utlll'tt(âo de tare íhs) e que lcn, considerável lilx:l'd adc para rcco1npcnsar e punil' os subol'dinados (forlc poder cl~ posição). U1na siuaaçào dcsfãvorávcl poderia ser a do chcfC pouco csli,naclo de unta c<1uipc de voluntários que 1.rahalhan1 no Jcvan1an1cnto de doaçõcs1 situação cn1 q ue o líder tcn1. pouquís.s;i1no controle. Adequando os líderes às situações (:on1hi n,,nclo as 11·ês vari,l\'ris contingc.nciais, 1c1nos oilo situações potenciais ou calcgorias d ifCrt·n1cs nas <1uais u,n líder pode se encontrar (ver Fib'lH'.l 12.1 ). O 111odclo de Piedlcr propõe que se co111binc1n os rcsuhados do q ucs-

      1ioná1io LPC do indivíduo e essas oito siruaçõcs pam se chegar no máximo de eficácia na

      Compo11.amento organiia~ional

      Figura 12.1

      Descobertas do modelo de Fiedler - - - - - • O,ientodo poro o IOrefo

      ----ôtiontodo poro o rolocionome,,to Bom

      t

      -------------,

      1 1 \

      .,,oe "E... " o"

      1 1 \

      -

      ;

      1...

      ______

      ;

      ;

      ;

      ;

      ,; ;

      ;

      ;

      ;

      ;

      ;

      ,; ;

      ...

      ----.-.

      ;

      Froco FovoróveJ

      Coiegorio

      Moderodo

      Oe$fovoróvel

      li

      Ili

      IV

      V

      VI

      VII

      VIII

      Relações liderJiderodos

      800

      8oo

      8oo

      8oo

      Ruim

      Ruim

      Ruim

      Ruim

      Estruturo do tarefo

      Alto

      Alto

      Boixo

      Baixo

      Afio

      Alio

      Boixo

      8oixo

      Podér do pos.içôo

      For1e

      Fraco

      f0t1<>

      Froc:o

      Forte

      f roco

      Fetté

      Ftoco

      liclcra nç~1.1' Fiedlcr concluiu c1uc os lideres oricnt.1dos para a t<.1rcf.1 aprcscntan1 111clhor de· scmpcnho crn situi,çõcs cxtrc1ruuncn.tc f:.tvo rávcis ou dcsfllvoráveis a e les. O líder orientado para a ta refa te1n ,n clhor dcM'l'llJ)é.nlio quando enfrenta situações das categorias 1, li, 111, \ Ili ou \ ' I li. lideres 0 1~cniados p~ra o rclacionarncnto, cnu-ctanto, tênt rnc.lhor clese1np<:nho ean si1uaçõcs 1nodcrncla1ncn1c favorávéis categorias de 1,, a \ l i. Rccc11Lc rncn1e, Fiedlcr condensou essa., o ito categorias c rn apenas três.11 Ele agora dcfCndc que os líderes 0 1icntaclos para a tarclà têrn n1clhor dese1n pcnho cn1 situações de alto e baixo con1rolc, ao passo q ue os lideres 01icntados para o rclaciona1ncnto 1Cn1 n1clhor dcscn1pcnho nas s itua· çõcs de conlrolc n1odcrado. Con10 se aplicanl as dcscobcru1;s d<: Ficcllcr? \ /ocê deve adequar o lidcr â situação relação lídcr-lidcrado1estrutura da tarefa e posição de podei· na q ua l ele se ~ai ,-n elhor. !Vias lc111b1·c-sc ele <1uc Ficdlcr c11tcndc o estilo de lidc1-ança individual co,no algo fi xo. Poru1.nto, de acordo con1 esse au101; cxistcn1 apenas duas for1nas de rnclhorar a cfic,lcia da liderança. P1i n1ciro1 \'OCC pode 111udar o Jiclcr para se adequar à siluaçào con10 tun treinad or de ,-olcibol) q ue. clcpcnclcndo do estilo do bloc1ucio ~1ch·crs,;l.rio) colo('a 111n atacante 1nais ,·, grcssivo ou tCcnico no jogo. Se a situação de urn grupo é cxtn::n1an1cnte clesf.,voní.vcl e ele est;;l sendo liderado por alb'.rt1ém 0 1icntado para o rclacion.:Hncnto) o dc~c1npcnho do g rupo pode tnclhorar se (~SSC líder for substitniclo por algué1n o rientado para a tarefa. 1\ segunda a hc1·nati\'a seria n1odifical' a situaç.io para adcc1uá-la ao líder, l'C(~s1ruu1rando as ta1'l•frt.i ou, ainda, aun1c111ando ou d in1inuinclo o poder cio líder para controlar í.-uorcs co1no s..1.lários, p ron1oçõcs e ações disciplina res.

      o~

      Avaliação Estud os q ue 1esiara1n a \'ai idade do rnodelo de Ficdle 1· e nconti'ata111 evidên c ias consid<"ráveis pal'a sustentar os co1npone1ucs subs1ancia is desse n1odclo.n Se usar111os apenas t rês categorias e rn vez <:las oito originais, há a1nplas evidências para apoiar as conclusôcs ele Ficd lcr.1" ~las a lógica que sustenta o qucstion;lrio Ll'C nào é bc111 con1pn.:cndiclt1 e as pontuações dos rc-sponclcntcs n:1o são cst{,vcis.11 1\ lê1n disso~ as variáveis ele co1ningi:11ci~, t<1n1bé1n são con1plcxas 1.: dif'i ccis de avaliar1n1esn10 por prolissionais trciu,,dos.~K

      <:api1ulo 12

      lide rança

      367

      O utras teorias contingenciais En1ho ra a tcorii, LPC seja a teoria dr conüngênci.1 111ais arnphu ncntc pesq uisada, o utras trl-s n1crccc1n !>Cr 1nc11cionadas.

      Teoria da liderança situaciona 1 1\ teoria d a liderança s ituacional foca os segui~

      Teori.a da liderança situacional (TLS) Tcotia con1ingoncial que enfoca o nivel

      de prontidão dos subordinados.

      _

      I

      Teoria do eaminho-meta

      Teo,ia que sustenta que é função do lide, ajudar os subordinados llO

      alc.ance de suas metas, fomecendo orieiltação e apoio necessários para asS4:!:gurar q-ue tais metas sejam compatíveis

      com os objetivos da_ J o,ganizaçào.

      dores. Essa

      tCôría diz q ue a lidera nça bc1n·succdida é adqui.rida por 1ntio da escolha cio l'Stilo de liderança correto dcp<:nclcndo do nível de pro,,lidào dos scguidon.:s, ou seja, o ní\·cl 0rlarnentos de acordo con·1a proruidão (ou 11\aluridade) do liderado. Se os scgt1ido1·es f01-en1 intapaç,t.s ou csli\'c1·e,n dt,S111Qtüi,u/o.r, o Jícl<.'r prcçisará d,11· otientaçõc~ claras e especificas; S<' eles fOrcn1 i11ta~s, 111as cs1i\'cr:un ,uotivados> u Jídcr precisará oferecer o,icntaçào na execução das tarcf.').S, para co1npcnsar a lacuna de habilidade d os subordinados, alé,n de dcn101istrar apoio para 'conquistá-los'. Contudo1 se os seguidores fo rern ra/)(1<.fS. 111as estiverem d1s,,1011'vados~ o líder precisará utiliz<.ir u1n estilo ~lpoiador e participati,-o; se o segujdor for sin1ulta11ca111cntc caf><1{ e 1110/h·ado, o líder não precisa Í.lz<:r nluita coisa. /\ teol'ia da liderança sill..1acional tco1 urn apelo iruuilivo. F.ltt r('C011hecc ;i in1po1'tânc-ia cios seguidorçs e;: baseia-se na lógica de que os líclel'es pode1n con1pensar su;ls li111itaçõcs de habilidade e nloti\'açào. ·1oc1avia~ os 1'Csuhaclos de pesquisas q ue busca,n H·st:-ir e validar essa tco1ia tê rn sido. cn, geral) dcccpcionantcs.'n Por quê? 1\lgun1as explicações possíveis l11clucn1 ambiguidack.-s internas e inconsisti:ncias llO rnodclo c1n si, bcn1 corno problcn1as <:0111 as rnctodologias utilizadas nos tt-st<:s. Portanto, apês..'ir do arx:lo intuith·o e da grande f->Opuhuidadc dessa teoria, de\'cn1-0s t<:r cautela ent sua aplicação.

      Teoria do caminho-meta Dcscnvol\'ida por llol:x::rt l·lous.c. a teori a do caminho· -meta é basead a cm clcn, cntos da p·csquisa da Univt:rsidadc de O hio sobre cstrutura de iniciação<: <:onsidcr-.lç~i.01 bem conlo da lCOria da \:xpccu11h't'I de 1notivaç~10. 'º Ela d iz que a funçiio do líder é ajudar os subo1xlinados a alcançar suas ,ne1as, fornecendo infOrrnaçõcs, apoio ou ouu'Os recursos necessárnos para tal. (A cxprcss.-'lo r.(1111i11lu>-1nel'1 i1nplic..1 que o líder eficaz dC\'C esclarecel' o can1inho
      ou esu-essantes cio que <1u ando são ahan1rn1c cs1ru1ul'adas e planejadas. ,\ liderança apoiadorn lcveriência consiclcr~\vcl.

      Em uma mesma empresa, dependendo das atividadé-S desempenhadas e da motivação dos funcionários. diferentes estilos de lidefança podem sef mais adequados. Vejamos o exemplo da fabricante de aeronave-s Emtx.ter. Seus engenheiros estão entre os profissionais mais capacitados do mundo e, como funcionários expefientes, responsáveis e madufOS, ele-s se sentem dispostos a realizar seu trabalho sob uma liderança que lhes proporciona liberdade dê tomar decisões. No setor de pintura das aeronaves, por sua vez1 os funcionários podem ser bem treinados mas, ainda assim, mostrar desinteresse pelas atividades repetitivas. Dianté disso, uma liderança mais participativa e motivadora mostr.a·se necessária.

      Compottamento orgc1niza~ional

      Testar a lCoria do éa111inho~n1eta não tc:111 sido algo fácil. U111a revisão de v;írios L'S· ludos sugere u111 apoio 111istó a t•ssa teoriai ttÍl.rn1anclo que ''t:ssts resuhados sugcrcn1 qul' ncrn a liderança eficaz bascia·sc 1H 1 rc1noçU<> de obsulculos e art'l)adilh.-LS pc1r~) ajudar no carl'linho do fuocion{1rio, con10 a tC()1~a cio ca11)inho·1ne1a propb<', nt n"I ,.i n:ttun.:za dcsseí. oh:-:táculo~ ('Stá de acordo eon1 as propostas ll~óric-as". Ôutl'a análise concluiu que a fa lta de apoio era ·chocante e clcccpeionante' .11 Outl'OS pesquisadores argt1n1cntan1 que os tcs1cs a dequados ainda não fora n1 lê:itos.11 D essa for111a) é seguro djzcr q ue ainda não foi decidida a \'.tlidadc da leod a do can1inho·n1c:ta. Por esse leste ser tão co1n plcxo, essa dúvida pode pcrrnanecer d urante algum lC111po. Modelo de participação e liderança ,\ úhi1na teoria co111ingcncial de liderança a r· gun1cnta que o 1noclo corno o líder ton1a decisões é tão in1portantc quanto o que ele decide.

      \ iictor \ troon1 e Phillip Ycuon desc:n,rolvcrarn o n1odelo de particip ação e liderança, q ue relaciona o co111portcunc.:1Ho de liderança corn a participação dos liderados no processo dccisório.31 Da mes,na for1na que a teorja cio e. anti,,ho·n1e1a. esse modelo suslenta que o

      Modeto de participação

      e liderança Te0tia qve oferece uma

      sequê"cia de regras

      que dovom sor seguidas para a determinação da forma e do volume do pa,ticipa,ç.io dos

      liderados no proceS$O decisório de acordo com

      difet
      I

      con1porta1ncnto do líder deve se ajusHtr à csu·utu1-a da 1a,·cfa. O 1noclelo ele \ 1roorn e ' 'ct· 1011 é 11orn1a1ivo ofl'rrce unia á1'\'0l'C decisória que incorpol'a sete con1ingências e cinco estilos ahcrnativos de liderança p:u·a dc1c r1ninar a for1na e o voh.1111c de particip:lçào dos liderados no processo dccisó1io. t'5 pesquisas que tcstaran1 tanto o n1odclo ori.!,rinal co1no o modelo revisado de parliciª paçào e liderança não süo cncor..~adoras, en1bora os índices elo n1odclo J't'visado scjtun 1nais altos t:1n lermos de <:Íl<:élcia.l' .L\ s <:l"Ílicas tên1 focado ;:ls vcuii1,·('iS 0111itidas e a cornplcxidadc gcr::11elo niodelo.35 Etnbora Vroo1n ('jago tenhan1 desenvoh·iclo ,un progran1a de co,npt.1 tlt'1na. Co1no u111 cslud ioso de liclcran
      lleoria de troca entre líder e liderados (LMX)

      Teoria de troca entre lidere liderados (LMX)

      Teoria que propõe que os lidcros criam grvpos 'de dentro' e 'de fora', e os lide,ados do grupo 'dê dentro'

      ,ecebem avaliações de desempenho melhores,

      apresentam rotatividade mcoo, e mo;o, ,.ti,foç3o com o trabalho,

      I

      Pense c1n u1n lidcr q ue você conhece. Ele ccn1 os Í:l\·orilos1 que fo r1nan1 seu grupo de con.fian(a? Se ,-ocê respondeu afinlllâli\'anlCnlc, acab,1 de reconhecer os íunda1nc11los da teoria d e troe.a entre líder e lid.e rados (LMX).J1 l~la ;,Jrgu1nc1ua q uct 1 rel="nofollow">0r causa das pl'Cssôes cio 1c1npo, os lídc1't":S cs1abc'l<'cc1n 11111 rck1ciona,ncnto <.."special con1 u111 pc~qucno grupo ele lidel'ados. f.:Sses indivíduos oeons1i1uc1n o ~gru1>0 d e clrn11'0' 1ê1n 10
      relacio11an1c111u.

      capitulo 12

      Figura 12.2

      369

      Teoria da troca entre líder e liderados

      Compotibilidode pes$OOI, cornpetêncio do subcxdioodo 6/ou personolidc,ôe oxh'overtiôo

      líder

      :------1 ,:::::::~::::::-:_ TT ! T 1

      liderança

      •Confionç:o

      .. ---------t fortes interações

      Subordinado

      Sobordinodo

      Subordioodo

      A

      8

      C

      Grupo do dentro

      I

      ' - - - - - - R~ões fo,moi,

      Subordinado D

      Subordioodo

      Subordinado

      E

      f

      Grupo de foro

      Exau1111e1uc eo1no o Hclel' escolhe que,n fica ern qual catcgo,ia não é ,nuito claro, n1as as evidências suge,·ern que os 111e1nhros 'de dc1nro' são escolhidos porque 1ê1n alitudcs e carac1cris1icas de personalidade sc1nclhant1.."$ às do líder ou por possuírcn1 u,u nív<·I de con1pctência supc1ior ao dos clcn1ais 111e1nbros3'1 (\·cr Figura 12.2). L.íclcl'cs 1..· SC!)'lliclorcs do n1cs1no sexo, por cxc1nplo1 tcndcrn a ter relacionan1entos 1nais próxi1nos (Lri. IX 111ais elevada) do que aqueles de sexos. 01>ostos. 1') Embora quem làça a escolha seja o líder, são as c.aractcrlSlicas dos liderados que co11duic1Yl a essa decisão. t\ s pesquisas tên1 ofe,·e('iclo l.>0,1 sustentação para essa teoria, t.:on1 evidências substa,1 ciai~ de <111e os lídc1·es 1'Cal1ncntc d ife1-encian1 seus liderados; de 0 sào os ,nais cornpetcntes, os líderes os tr'atan1 conlo tais e, inconscic11tc1ncntc. realiza1n sua profe('ia. 41 l~ssa 1·el,1çào pode ser 111ais fotte quando os SC'guidotts desernpcnharn un, papel 111ai~ a1ivo no des.cnvolvi111ento do ptóprio ll'abalho. U1na pesquisa con1 287 dcsen\'olvcdorcs ele SOÍl\\1,u·c e 16'~ supCl'\'isorcs rnostrou quç a relação entre líder e liderados tcn1 un, i111paeto n,aior no clcsen1pcnho e nas atitudes dos funcionários quando estes possuc-111 u1n nível de autonon,i;t rnaio r e n1aior locus de controle interno. u

      ,

      derança carismática e liderança transformacional Nes1a s.c•;/10. aprcsC'1110r 111cio de palavras, ideias e co1npor1.11ncn1os. Elas s..=io as 1co1ias ela liderança carisn1áüca e da liderança translbr,nacional.

      Liderança carismática Gctulio \ iargas; Nelson !\·lanclcla, Luiz ln;lcio Lula da Silva, Luiza l lclcna -ri·ajano (cio ?vlagazinc Luiza) e Stc,·cj ohs (un\ dos fundadores da :\ pplc) são indivíduos írcqucntcn1entc citados co1no lideres caris1n<.i.ticos. O que ck·s tC111 c1n co111um?

      O que é liderança carismática? O sociólogo i\lax IYcbcr definiu ,arisma (do g,·cgo, 'don1') h<í n1ais de un1 século conto "certa qualidade da personalidade de un1 indivíduo,

      370

      Compottamento orgc1niza~ional

      COMPORTAMENTO ORGANIZACIONAL INTERNACIONAL Líderes brasileiros e norte-americanos: quão semelhantes nós somos! m líder, antes de ser um gestor capaz de motivar sua equipe e de se comunicar de modo diferenciado, é uma pessoa nascida em determinada cidade, de certo país, em um dos cinco continentes. Dessa forma, seria pouco prudente desconsiderar as influências que a cultura exerce sobre o comportamento e estilo pessoal dos líderes. Por essa razão, dedicaremos este espaço para conhecer os perfis dos líderes de dois países, Estados Unidos e Brasil, para que os futuros administradores habituem-se à necessidade de saber gerir a diversidade cultural, até porque as oportu· nidades internacionais costumam chegar de repente e quase sempre sem pedir licença' Em uma pesquisa realizada pela Caliper, consultoria multinacional em gestão estratégica de talentos, foram analisados profissionais que ocupam cargos de liderança nos mais diversos setores, das telecomunicações à construção civil. Pretendeu-se verificar qual é o estilo natural de liderar dos executivos brasileiros e norte-americanos, com base em suas características de personalidade. De acordo com o senso comum, talvez não se esperasse que a agressividade dos líderes brasileiros e norte-americanos fosse semelhante, já que muitos veem os últimos como um povo extremamente belicoso e violento,

      U

      ao passo que os brasileiros costumam ser vistos como

      amistosos e brincalhões. No entanto, de acordo com a pesquisa, a agressividade foi um traço presente em cerca de 65 por cento dos participantes de ambas as nacionalidades. Muito menos seria de esperar que os Estados Unídos tivessem líderes mais sensíveis à empatia do que

      o Brasil. com uma porcentagem de 70 por cento contra 60 por cento, respectivamente. Outra curiosidade está no nível de extroversão dos líderes. Como somos, 'por natureza', um povo 'de be-m com a vida', sorridente,

      com gosto pela festa e movido pelas paixões, parece simples admitir que somos mais extrovertidos do que os norte-americanos. De acordo com o estudo, porém, isso não se reflete no estilo de liderança, visto que os norte-americanos foram classificados como mais extrovertidos. Além disso, já não causa tanto espanto o fato de os profissionais brasileiros se exporem menos ao

      risco (60 por cento), evidenciando, logicamente, mais cautela do que os norte-americanos (75 por cento), algo q ue o pesquisador Hofstede já havia identificado como maior aversão à incerteza dos brasileiros do que do:s norte-americanos. Muitas outras características podem ser englobadas no perfil de liderança. Essas foram apenas algu· mas delas que, além de poder ajudar na compreensão das diferenças (ou semelhanças) dos líderes brasileiros e norte-americanos, podem ainda ter auxiliado a desfazer crenças indevidamente enraizadas. Ê obvio que, como em qualquer trabalho, a amostragem e a metodologia utilizadas podem ter influenciado o resultado. Entretanto, isso impede que reflitamos sobre esses curiosos res.ultados. Vale ressaltar que, apesar das culturas e de seus impactos no ser humano, o mais importante é

      identificar as características que cada um possui e saber aproveitá-las e adaptá-las da melhor maneira - nas organizações e na vida.

      Fonte: &$eado e1Y1 ~Perfil do lider btMileiro x perlll do !.der de $ucesso nQ$ E.\JA - Um comparativo sobt'e o petfll do ltder", pela empresa C<1li· per; Gestão Esctratégica de Tilet\t0$.

      através da qual ele se distingue elas pessoas. co1nuns e que o fi.\z ser u·a,ado con10 se fosse dotado dt poderes ou q ualidades sobrenaturais, sob1·c-hu1nanas ou pelo 1nc11os pat1ir u-

      Teoria da liderança c.arismátic,3

      Teoria que defende qoe os seguido(éS attibuem capacidades hetoicas ou extraordiná rias a seu1 líderéS qutindo observam dote rminad: J • çomportamentos.

      larn1cntc excepcionais. Essas c1ua lidadcs não estão accssh·cis às pessoas conu1ns, sendo vistas con10 s.c fossc111 ele origc1n d ivina e, con1 base nelas, os indivíduos. c111 questão são tratados con10 líderes". u \ Vcbcr arg,.1n1cn1ou que~, liderança c::uis1nát..ica era un1 dos tipos ideais d e atH01iclaclc. O p1in1ciro pcsqul.Sador a considerar a lidcr-,utçtl carisnu\lica e sua relação co111 o co1nporta1ncnto org-4'niz.aeional foi Robert Housc. De acordo con1" teoria da liderança carism.ática de Hous.c, os lide1-ados atrihuc1n capacidades hc1'0icas ou c.. .: traordini-lrias de lidc1·ança a seus lídc1-cs quando ohsc1, 1an1 neles clctcr1ninados con11:>0nan1entos. •5 Diversos cs1uclos 1cntarant identificar as cara.c1crís1icas pessoais. dos líderes carisnt:íticos: eles 1én1

      vis.'io, cst:lo dispostos a correr riscos pessoais por ela, são scnsíl'cis às necessidades de seus liderados e cxibcn1 con1po rt;u11cntos não con,·cncionais11., (ver Quadro 12.1 ).

      <:api1ulo 12

      Quadro

      12.1

      lide rança

      371

      Características-chave dos líderes carismáticos

      1. Visão e articulação. Eles têm uma visão - ex:pr'essa como uma meta idealizada - que propõe um futuro melhor que o status quo. São capazes de esclarecer a importância da visão em termos compreensíveis para os demais.

      2. Ri$Co pessoal. Estão d is.postos a correr riscos pes.s,oaís, assumem os custos de soas atitudes e sacrificam-se para atingir soa vi~o. 3. Sensibilidade às necess.idades dos liderados. São perceptivos com relação âs capacidades dos outros e sensíveis as suas necessidades e sentimentos. 4. Comportamentos não convencionais. Apresentam componamentos vistos como inovado,es e que vão contra as no(mas. Fonte: 8a&e~ om J, A. Con~r o R. N. KJnungo. Ch()rifm.tl~ t.~1<:IC11rnpin o,-g,niu~$. f hou$3nd0itlts, CA: S~go. 1998, p. 94.

      Os líderes carismáticos já nascem prontos ou podem ser criados? Os líderes caris· n1clticos já nasccn1 con1 suas qua]idaclc.s? Ou podcn1os rcah11cntc apr<'ndcr a ser líderes carisn1áticos? 1\ resposta é shn paam an1bas as perguntas. Os indivíduos ,uutenr eo1n tr:t.ços que f.-1icn1 deles pessoas cari,Sn1.lticas. ~a ,·crdndc, estudos <:ecialistas acrcdi1a que as pessoas podell'l ser tt't•ioadas pat;1 cxi· bir co1npor1anlcntos caris1ná1icos."* 1\final 1 só po,·quc herdanlo~ cc.r1as carac1cl'ís1icas não significa que nào ~)()(lc111os aprender a nn1dar. Un1 grupo de au1orc;s propõe un1 processo de u·ês c1apas. •'l Prirneiro, dc,·c-sc desenvolver un1a aura de ca1is1na~ n1an1endo-se Lnna ,~são otin1i.sta, usando a paixão con10 un1 catalisador para gerar cn1us.:ias1110 e utiliiando iodo o corpo no p rocesso ele co1nunic<1<;ào) não a penas as pak,vras. Segundo, eleve-se rodear de pcsso.1s, criando vínculos que ~ls in~pirc,n. r·:, terceiro, deve-sr tr~icr à tona o potenci~1l do.s dc1llais wguídoi-cs, 1ncxcndo conl s<:uii scn1il'n('ntos e c,noçt,cs.. I)<' acordo <'Olll pcs<]uis.:-id<>res c1uc 11"<'i natan1 es1udan1<'s
      Estratégia a longo prazo

      p3ra aleançar um ou vãrios- objetivos.

      (

      _J

      Como os líclci'c.1 ca,is-

      111~\licos inf-lucncian1 seus liderados? As evidências sugcrc1n que o p1'0ccsso de influência se dá c n1 quatro etapas.li (:on1cça con1 a a11iculaçào de urna vis ã o atratntc. u1na estratégia de longo prazo para a lcançar unlla 1ncta por 1ncio da conexào entre o presente e u1n fu. luro 1nclhor para a organiiaçào <>li g rupo. As visões clcscjclvci.s ajusu,n1·sc ao ten,po e às

      372

      Compo11amento organiia~ional

      Na história brasileira, ta1vei nenhum líder tenha sido tão idolatrado pelo povo como Getulio Vargas. Comunicativo e autoconfiante, o ex-presidente (e

      e.>C·ditadot) concedeu d ive,sos beneficies ãs classes mais populares e passov a ser visto como 'o pai dos pobres'. Graças a seu estilo e às medidas tomadas em favor dos trabalhadores, como a Consolidaçâo das leis Trabalhistas (CLn. Vargas tornou,se um herói para boa parte da população brasileira, recebendo maciço apoio popular e sendo acompanhado por muitos quando proferia seus discursos.

      circuns1â11ch\i- e n::Acrcrn a singulal'idadc do gru1>0. StC\'eJ ohs defendeu o iP0
      Por íint= o líder caris1nático se pn.~ocupa <;111 influenciar as e1noçôt•s e 1nuitas vezes cxihc un1 con1portan1cnlo não f"onvencional para dc1nons1rar coragc1n, a fin1 d e S<.'r con· vinccntc sohrc SlUL \'i.sào. Os liclcraclos 'c.-1ptan1~ a i1nportáncia do que scu.s líderes csüto lrn,1sn, iti11do." A liderança carismática eficaz depende da situação? As pesquisas revelam uma forte correlação entre a liderança car is1nática, o aho d csc1npcnho e a satisfação dos lidc:ra· dos.-"* J°\$ pcs..~oas q ue lr.1balhan1 par;., 1ídcrt~ caii.s1nctticos scntc111-sc n1oti,·ad;-1s a f.:1zcr unt csfhrço n,aior porc1uc f.'°<)s1an1 de. seu líder e o rcsp<:i1.:un, alé1n de .scnlircn1 rn.ais salisfação c::on1 o trabalho. 1\:, ól'g;\nii..;:1ç(><:s co1n CEO.s catis,n{uicos são ,nais rcn1.lvc::is., e os prorcsso1·r.s ele f.1culdacle que são ra,isn\áticos recchc1n ,nclhorcs avaliações de seus cursos.." Contudo, o ca1is111a não funciona ele ntodo generalizado: sua eficácia 1>0dc depender ela situação. O caris:111::i parece ser n,ais aprop1iaelo quando a tarcíh cios liderados possui 11111 con1poncntc ideológico ou quando o a1n bicntc envolve un1 alto grau de inccrtc1....1. ou tcn· sào..w. ~·lcsn10 cn1 estudos de laborató lio1 quando as pessoas sflo csti1nuladas psicologica· 111cnu:, t ias 1cndc1n a responder posit.i\"tu ncntc a lidcn.·i; cari.s1nctlicos.!11 lsso pode <.'xplicar por qut•, cn1 g.;;ral, o líder caris1n
      capitulo 12

      liderança

      373

      A vi$àO inspiradora de Steve Job$, o carismático cofundadof e CEO da Apple, faz que a \Jtilização do estado da arte da tecnologia se torne láctl para as pessoas. Por meio dessa visão, Jobs inspira, motiva e lidera os funcionários no desenvotvimento de produtos

      como os computadores Macintosh, os tocadores de música iPod e os iPhones. "O iPhone é como ter a vida em seu bolso", diz Jobs; o aparelho de envada da Apple no mercado de celulares inclui iPod. câmera, alarme e capacidade de comunicação com a Internet por meio de uma tela touch screen de fácil utilização.

      .JohannpcLcr para dar novo Jõlcgo à cn1prcs.a. Ei-n 1997, quando a f\pplc Con1pu1cr estava c1n cliliculdadcs e scn1 oricnlaçàot seu conselho ele .1cln1ini.straçiío persuadiu Stc,·c Jobs a volt;u· <:01no presidente interino ,,ar:a inspirar a e111p1-csa a reclirccionf,.la as suas origens inov,)doras. 01.10'0 fator situaciona) que aparente,nenLe Jimité\ o carisrnH é o nível na organização. O ca1isrna dos t·xecutivos ern po.sições no topo cht hie1-..rquia organizacional (: 111ais tele· ,t;"tnte na c.:xplicaçào de seu sucesso ou fracasso cio que o de gerentes de níveis inferiores, 11111a vez que são os pri111ciros qur dcíinc1n a vis..1o ela organização. t\lé111 dis.110, é n1ais dificil utilizar as c1ualicladcs ele líder caii:s1n<íLic-0 dê alguérn c1n cargos 1,rcrcnci<,is operacionais ou alinhá·las con1 os ol~jetivos da organizaç,1o co,nô un1 todo. P<>r fi1n, as pessoas s.:lo cspeciall'nCntc rcctptivas f, liderança caris1n:'ltica <1ut1ndo per· cebc::1n a existência de urna crise, quando estão sob estresse ou <1uando tc,,.1cn, por sua vida. ~: algu1nas pcl"Sonalidades são pa11lcuh1.trnente suscc1ívcis a lideranças cal'is1ri;\ticas.58Considc1·e a au1oes1in,a. U1n indi, ·íduo que lClll baixa autoestin1a e <1ue quel>tiona seu \'alor Lerá n1aior tendÇncia a aceitar as ins1ruçõcs de u111 lidei' caris1ná1ico de> c1-.1c c ,n seguir o próp1io ca1ninho.

      O lado obscuro da liderança carismática l .ícle1'Cs e1npl"eS..'lriais ca1·is111á1icos co1no Jorge GcrdauJohannpe1er, da Gcrdau;.Jack IVclch, da CE; Luiza Helena Trajano, do Magazine l.uiza; l(inaldo Soares, da Usin1inas; 1 1irhael Eisncr, da l)isncr, e Roli,n 1\111aro, d:1 'J)\.t\•I, cornar:un·sc cclcb1idacles quase tão là1nos..:L'> quanto Jlonaldinho e ~ladonna e, para conU"<'tar esses executivos, a.s organizaçõt's oícrcccn1·lhcs autonornia e recursos sc1n precedentes - 001110 o uso ele jaLos privados) áp.1rtan1cntos de 1nuitos n'\ilhõcs de 1-c:üs, Seb'1tra1H;a pa1·licular e outras rnordornias dignas da realeza. Urn estudo rnostrou que os CF.Os ca1·isl'rHl1icos us.íl1n s<:u ca1is1na pé\r;.1 ala,~ nca,· 11li'tiores salários, nles1no <1uaodo seu desen1penho é n1Nlíocre.Y• InfClizrnen1e, os lídr1·~ ('al'isnlá1ico$ que parece1n ser 111aiol'e~ que a ,ida ne1n sc1nprc agcn1 visando ao 111clhor para suas o rganizações.',,. ~luitos usa.111 s.cu poder para transtOr· 111ar as c n1prcsas c1n algo a sua imagc1n e confl1ndc1n o que é de seu interesse pessoa) c.'0111 os interesses ela <.'1nprcsa. i\ s con:scquências p~u.1 c1nprcsas co1110 \larig, Banco Santos e \lasp fon:1n, açô<:s de lidér<:s qu<: usé\r-An1 in-CSJ)Onsavcln1c11te os recursos da 01:g-4111ização <:1n bcneíicio próprio e cxccuti,·os que vioJ..1ra11, os li,n i1cs das leis e da ética para gcra1· n(unc· ros fina11cei1'0s que inílara1n lCrnporaria,nenle o valo,· ela e,np,-esa, pcr1ni1indo aos líde,·cs c..~n1holsar ganhos ast1'0nô1nico~. Não prctendernos ~uge1ir que! a liderança (aris1n{11ica não .seja f firaz. l)e 111oclo geral, cscc é o caso. t\ questão é que un1 líder cari.sn1ático nc1n se1nprc é a rcspoou,. O succss.o depende. até certo ponto1 da situac:;ào e da vi~io do lídc,: 1\lguns líderes catis1náticos - 1-'li· tlcr, por cxc,nplo - são dcn1asiadan1c11tc b
      374

      Compottamento orgc1niza~ional

      Liderança t ransformacional Líderes tr.-nsaeionais Lideres que conduzem ou motivam seus segutdores em direção às. metas estabelecid~ po, meio do esclarecimento das funções • das e.;gõ,,cias das tarefas.

      I

      Líderes transform.a
      I

      Outra corrente de pesquisa tem bus<:ado clifcrcnctir os líderes tran.sfor1nacionais dos lrAnsacionais..61 Os estudos da Uuivcrsicladc de Ohio, o 1nodclo dt· F'iccllcr e .t teoria do <:a1n i11ho-11'lCtêl dts<.'TC\·cm líderes transacionais, (Juc co1'lduzc1n ou 1notiv·an1 seus seguidores c1n d ireção às ll'lCt.\S es1alx:Jcci·das po1· 1l1cio do esclarcci,nento d a.;;: funções e das c.:-xigências das t:.11·cfas. Po l' sua ,·e,:, os li deres transformacionais inspiranl Séus lidtraclt>s a transcender os p róprios inlcrcsscs p<:lo bcrn da o rganizaç.lo ou do g rupo, sendo c:,pazc-.s de caus..1.r Ulll profundo iinpaclo <:111 seus lidcr.tclos. 0 ;1\icl Ba1ioni, cx..p rcsidcntc da Tt\i\ 1, e SaJi1n ~·fan,,r, da Localiza llcnt a Car, s..1o excn1plos de lideres transforn1acionais.. Eles prcstan1 alc11ç~\o ;\s preocupações e ~LS ncccssid;,d<.'S de seus liderad os; 1nodifican1 a 111ancira de: seus scguidorc.:s verem as coisas~ ;:tiud;;1ndo-os à pensar nos ,·t lhos p roblen1as de urna nova IOrn,a; e• s.;.io capazc.s de cntusiasrnar, incitar(:. inspira,· as 1x:swas a da1'('1n o 11láxi,no dt si na busca dos objetivos d o grupo. O Qu:1d1'0 12.2 identifica suc-intan'lcntt (: define a$ quatro características q uc difCl'cnci:,m esses dois tipos d e lideres. .~\s lideranças transacionais e as transforn1acionais não são abordagens opostas.lil E.las se co1nplcn1enta1n, c111bora isso não signifiq ue que scja1n iguais cn1 inl po11:,tncia. 1\ lide.. rança transforinacional é construída. ,0111 bau na lider.u1ça transacional e produz 1úvcis de esforço e dcsc111p<:nho al61n daqueles obtidos apenas na abord agenl transacional. i\•Jas o contrário não é verdadeiro. t-\ssi1n, se você fo r l llTI hon1 líder lr,:1ns;:1eional, 1n;;1s n~o tiver qualidadc·s lransfor,nacion,,is., vocc-:.1,rov,1vcl1ncn,c :::r1~ u,n líder po11co efic.-11... 0:-. n1<:lho1·ei; líclcl'ts são ll'ansacionais e 1ransl<>rn1acionais.

      Extensão total do modelo de lid e rança /\ Figura 12.3 ,nostra a cxtcnsiio total do ,nodelo de lider~nça. O /.(tiJst,ç,foirt é o estilo de liderança n1ais passivo e, po n.a,uo~ o n1enos c::fica~.t., A ad1n inist1-açào por exceção ativa ou passiv;i - é u,n pouco n1clho1· cp.1c o

      Quadro 12.2 Características dos líderes transacionais e transformacionais Líder transacional Re-compensa contingento: negocia a tfoca de recompensas por esforço, promete recompensas pelo bom desempenho, reconhece as conquistas. Administração por excesão {ativa): procura e observa desvios das regras e pad,ões, tomando as atitudes corretivas nece:ssárias. Administração por exceção (pas$iva): inteivém apenas quando os padrões não são alcanç.)dos. laiss.oz.faire: abdica das r0spons.abil idades, evita toma, decisões. Uder transformacional Influência idealizada: oferece \!ma visão e o sentido da missão. estimula o o rgulho, ganha respeito e confiança. Motivação inspiracional: comunica suas altas expectativas. utiliza símbolos para focar os esforços, expressa propósitos importantes de maneira simples. Estimulo intelectual: promove a inteligência, a racionalidade e a cuidadosa resolução de

      problemas. Consideração individualit.ada: dá atenção personalizada, trata cada funcionário individualmente, aconselha, orienta.

      Fonte: 8. M. BMs, "From Tra,,S&CtiOt1al to Transí0tmaoon.al LeadetShip: leart\Jng to Share the Vision", Otg.ani.zaOOnal Oynomie,. ,nvorno 1990, p. 22. Roprodu;ido <:om outorl:t~$o do$ od1to,tt. ~ric.'ln M.1in•9Cmont A$$0Ci~tion, Nov-' Yo,k, Todos 0$ di«,JtOS f9WIV
      <:api1ulo 12

      Figura 12.3

      lide rança

      375

      Extensão total do modelo de liderança Eficoz

      lnffuên,ç.io

      ideoliz:odo Motivoçõo

      in$pirocionol Estimuloçõo

      inteJectuo1 Consideroçõo inÔivid1JOli2:odo

      Po» ivo - - - - - -

      Recompen30 cootingente

      Ativo

      Adminislroçôo

      po1 exceçóo toi,ssez.foiuJ

      Não eficaz

      lt1i.ut1;,-fai1e, rntts ainda é considera.da u,n estilo de lidrra11ça ine ficaz. Os Jídcrcs que aclrninislra111 por exceção 1cndc1n a est ar d i.sponí,·cis so1ncnlc c1uando acontece u1n prohlci-na, quando gcrahnc ntc já é rareie dc1nais. A liderança por rcconlJ>Cl1S...'l contingente costun1a ser un1 estilo eficaz de liderança, 1>o ré n1 os líderes nào conseguirão que seus funcioná rios se supcrcrn ao prat.ic;l ..la. Son1cn1c con1 os quatro estilos rcstautcs - todos dirncnsõcs ela liderança. cransfor-

      n,acior1<.ll - os lideres poclcrn ,nodvar os seguidores a 1er urn dc.~n1pc.:nho acin1:, das cxJ>CCtalivtlS e 1ransccnclcr sc-us inlc rc~cs pessoais co, prol ela org;1ni;;,,...1.ção. r\ considc1-a\:ào

      Quando Oskar Me1savaht criou a OsJclen, em 1989, seu objetivo era oferecer roupas para brasileiros que viajassem paca lugares 011de o invecno é muito rigoroso. Com sua criatividade e sofisticação. po1ém, o médico conseguiu tcansformar a Osklen em uma das mais importantes grifes de roupas do Bra~L Considerado um líder carismático e visionário, Mets.avaht consegue cativar todos os funcionál'ios da organização, mostrando que a empresa é muito mai.s do que uma loja de roupas. Apoiando eventos esportivos e açOOS socioa1nbientais, o gestor consegue fazer que todos os seus subordlnados sintam que os objetivos organizacionais são ta1nbêm os deles próprios.°'

      376

      Compo11.amento organiia~ional

      individualizada, o c-.stin1uJo intclcctuaJ, a 111oú,·ação inspiracional e a inAuência idealizada rcsulta111 todos c1n cslOrço extra po1· parte dos tl,ncionários, 111cU1or dcsc111pc11ho? 1n;;úor n1otivaçf10 e satisf~1çi1oi n1aior cíicáci,, orgc1niz~1<:ionalt 111cnor rotaLivich1de e ,naior adaptabilidade o.-gani?:ti(·ion,11. Corn h~,sc 11<·ssc 1nodc•lo, os lídc•rçs cos1,11n(1n1 s<.:r n1ais eficazes quando .lplican1 J"t;gular111t.:nlc un1 dos C]Uatro co111por1a1ncntos 1ransíor1nacionais.

      Como funciona a liderança transformacional Os lideres lt'é1n ,noti,·a1n seus $Cguidores a seren1 assi1t1.'~ Nas cn1p1"Ci)(L~ co1n líderes 1ranslOr1nacio:nais, h{1 1naiol' descc1ntalizaçào. os g<:1"Cntes são 1nais propensos a a.ssunlir riscos e os planos de rccon1pcnsa são associados a rcsuhado~ de longo prazo, tudo para fi,cilit~tr o cnvolvin1cn10 e c111prc\:nclcdori.s1no dos trabalhadorcs.fi· .t\s c1nprcsas con1 líderes 1ransforn1acionais ta1nbénl rcvclan1 n1aior concordância cn· lrc os altos a.drnini.stT.tclorcs no qut.: diz rcspc.:ito its metas da organiz.içào1 o que prOJ.)()r· ciona urn n1t'lhor dcsc1npcnho 01-g.lnizacional. 1'' Scguidorc.:s de lídcr(·s transforrnacionais têtn n1ais 1endência a buscar nletas nnais anlbiciosas.~ estão ,nais alinhados co1ll o:; objetivo:; estratégicos da org<'!nização e ltnden, a acrcdilar que as n1eHtS <1ue perscgue,n !.ào pcssoaln1cntt i1npor1<"1111r..~. Urn Cl~O ele u111a en1pr-csa nonc-an1cricana, que age COlll u1na abordage111 1ransforn1:1cionaJ, d iz que ser un1 líder ""rcsun1c-sc a definir tnn percurso a ser seguido ccr ~, habilidade par.-, articular seus fi1ncioná1ios para onde ele deseja ir e 111ostrar con10 quer chegar lá. i\Jais i1nportanlc do que isso é escolher as pc-ssoas <..-0111 quc1n tTaba.1har e idcnt.ific::1r aquelas que tCrn o nlcsn10 nível dc paixão= con1prornisso te1nor e <:0111pc1itividadc para J>Cr-seguir os 1ncs111os objclivos 1·.w 1\ observ·"'çào desse <·xcct.itivo sobre os objcti,·os tr,1~ ~ tona a in1po11ância da definição de urna vis,1o. Oa 11'lesn1a íot1'lla que· aj\ld:t a expli<'a1· co,no a lidctanç.a caris,n,l.tica funciona, a visão explica u1na boa parte cios cJCitos da lidetança tl'anslOrn1acional. Unl csn1do concluju que a ,islio é ainda n1ais i111po11ante que t1111 estilo de con1unicaçào carisn1{uica (efusiva, dinân1ica, vigorosa) para cx1>Jicar o sucesso de <:n1prcsas cn,prcendcdoras. r.. -, Final~ n1entc, ~t liderança tr~\11sforn1acional també1n gera con1promisso por parte dos seguidores e incute neles rnaior confiança no lídc1·, 'º 1

      Avaliação da liderança transformacional A validade da ,coria da liderança 1rnn,for· 111al'ional ten1 sido in1prcssionan1cn1cnh.: corroborada cn1 difCrentcs nÍ\'CÍs o rbranizacionais e e1n diversas profissões (diretores (le ('SCOlas, professores, ofici:tis da mtuinha. n1inistros, presidentes de (•111prtsas, representantes sincUcais, representantes de ,·cndas, cn1rc outros). U,n csludo recente c1n ernpresas de pesquisa e dcscrlvoh·i1ncnto concluiu que ,,s eqltipcs chefiada$ 1>01' lídel'Cs ele p1~ietos que obtivera1n alia J>0111uaçào e1n lideraoça lraosforrna. eional pl'oduz.iran"I artigos de 1nelholl' qual ida.de r f()ra,n 1nais lucr:ui,·as. :-, U1na revisão de 87 CSludo$ que 1cs1ara1n a liderança translOrn,acion:,I concluiu que esta esta,-a 1·clacionada ;I 1no1ivaçào e à satislhç,1o dos seguidores e ao rnclhor dcsc1npcnho e nulior eficácia dos líderes. ;:1 'llunbérn no Brasil 1 os resultados de pesquisas parC('Cm corroborar essa teoria. En1 un1 escudo rcali:1_..ado con"I estagiários de c,npresas divel"sas. concluiu-se que. <1u~1ndo os jo,·cn.s percebia,n que seus chefes adota\'a1n tnn estilo de lidera11ça 1ra1'lsfot1nacio11al. eles se sen· tia,n n1ais sa1isfeitos con"I o ll'abalho c1ue rcaliiava111 e tinharn ,naior in1ctcssc r1n pernlancerr nas organiza(ões e1n que cstagiavan1 após o 1érn1ino de seus cursos. Oe acorclo co1n os rcsuhados do estudo, os jovens scnt.ia1n que os líderes Lransfor1nacionais cla\'a1n·lhcs 111aior apoio e se prcocupav-:in1 rnais co,n seu aprendizado e d1.-scnvolvi1nc1110 gerencial. ; J 1\ liderança transfornlational, entretanto, não é igualn1cntc cfic~,z crn todas as .situa· (ÕCs. Ela J>oSsui tun i,npacto ,naior qu~lndo exercida <:1n níveis hien,rquicos inf<:rior<:s de pequenas ernptcs.as privadas do que en1 orgtrnizações ,naiotes e ,nnis co.-nplex.=is..1' .A.. na· ttu-eza pessoal da liclcra1l(a 1ransfot1na('ional par'tce sei· 1nais eficaz ((lnlnclo os líde1·es in· tcl'agen, dire1an1c1ue t•orn os 1rahalh ado1·es do <1uc <1uando se lit11i1anl a 1'(")a1:u· suas açôes a u1n conselho de clirc101·c·5; externos ou lida111 con1 tuna cs11,11ura bur'Ocnllica co1nplexa. Outro estudo dc111onst1•ot1 que líderes 1rans!Orrnacionais são 111ais eficazes para cstin1l1iar o dcscnlJxnho ele grupos co1n 111aio1r distância hierárquica entré os mcn1bros e onde cstc.s são n1ais coletivistas.;l Nos lugnrcs e, n que os rne1nbros do grupo sào n1uito indh,jdualistas

      <:api1ulo 12

      lide rança

      377

      e não Ol1lorga1n 11,cihncnte autorior trcina1ncnto e,n liderança tran!ifor1nacional aprcsc·n1ara1n rnclhor dcsc1n1:x·nho d o que aquelas tltjos gerentes não pass;al'
      Liderança transformacional versus liderança carismática Lideranç.a 1ransfon11acional e lidcran(a caiis,n;hica são a n1cs1na coisa? O 1.><:squisador Rober1 liouse consjdera que são sinônirnos, aíir,nanclo c1uc as clifc1"tnças i::ào 1111odcs1as' e ·,níniinas'. Po1-én1, urn pesquisador c1uc d iscorda dessa afirn,açào diz c1uc ·'lo líder] pura1ncn1c caris111ático pode querer que seus liderados adotc1n sua visão de inundo e n:1o vão alé1n disso; j,t o líder trans10rn1a .. cional tcntar;í incutir cm seus set:,"1.1idorcs a habilidade de questionar não so1nc111c as visões estabelecidas, 1nas ta1nlX:.n1 aquelas c.:stipuladas pelo líder'\ 18 ,\ pesar de muitos pesquisadores acreditarcrn que a lidcn,nÇ-0r,tuação ah;;, cn'l liderança l1-ansfornlacio11al pro\'a\'chnenlc l;)lnbC:,n a t<:1-á e,n caris11'la. 1\.5sin1, na pl'álic.-), essas 1ncdid;1s slio quase e<1ui,ialc111es.

      iliderança autêntica: a ética e a confiança como fundamentos E1nbora as tco1ias tenh:un au,ncntado nosso cnl(;ncli1ncn10 de liderança cficazi elas nào lida1n cxplicitarncntc con1 o papel da ética e ela confiança, que alguns argu1ncntan1 ser essencial p.:u.-1 que se co1nplclc o quadro ela lidcr..ln(a eficaz. 1\c1ui1 considcrar<:1nos esses dois conceitos sob a teoria da lideran(a autêntica..~"

      O que é liderança autêntica?

      L(de,.es autênticos

      Lidor&s que s.abem quem são, no que açreditam e qoe valorizam e agem conforme seus valo,es e aenças. de forma aberta e honesta.

      O presidente de unHl grande emr)r<:sa norte-anlcricana certa vez afir111ou que os lídel"CS lCrn de ser abnegados, bons ou vi,,lcs e honestos. f.ssa descriç:f,o asscn,elha-se bas1a1l t<' ao concei10 ele lidcran<:a au1.ê11Lica. O e,npteAAtio Eike Ba,is(a, un1 dos ho,ne11s ,nai!, ricos do inundo, pal'<:Ce concol'dar con\ c:s~a ideia. Q!.1anclo pcde1n a ele <1uc 1-efli1a sobre o IOrt<: dcscn1penho dt suas c111pre-sa.\ ele coshuna afir111ar <1ue busca realizar tudo da 111elhor nla· ncira possível. 111as não se esquece de que a sorte 1a1nhé111 cun1prc un1 papel fu nda111cntal. Ka verdade, c111 seu 1nodelo de g(.""Stão 360'\ u1n dos 12 pontos apontados por Eikc é \una pitadri de sorte'."'' Por sua houcsti!dade e jusliÇa ;to lidar corn seus funcion;c\1ios e corn seu suce~, Eike parece ser u1n bo,n cxcrnplo de lidcran(a autêntiol.31 Os líder~s autênticos s.al)e1n que,n são, 110 que ;1c1·cditan1 e o que valoriza,n e age1n conforn,e SC.\1s valor'ts e suas Cl'cnças, de for1na abe1·1a e honesta. Seus lidel'ados os con~iderarn pe.ssoa$ é1icas. t-\ p rincipal qualiôis focà os àSj>eClOS 1nor':lis dê $Ci' ur}} Hdcr. Os lidti'tS h'tu1sfor'n,:,cioí\:lis ou caris,nA1k:0$ poden1 ter unia "isào e co111unicti.-la 1:>ersuasiva1ne1uc. 1nas, às vezes, a visão está Cl'rada

      378

      Compo11.amento organiia~ional

      Roger Agnelli, CEO da Vale, demonstra a impottância

      da êtica para os lideres autênticos. AgneUi tenta manter uma telação data com os funcionários da emptesa

      e com os diversos grupos de interesse com os quai-s ptecisa se relacionat constantemente. Durante a crise.

      a empr~ precisou diminuir sva produção e Agnelli buscou ser franco co1n os uabalhadores, deixando dara

      a situação enfrentada pela companhia e propondo um período de licença ,emunerada aos funcionários.

      Além disso. o CEO sabe das consequências ambientais das atividades da compa11hia e não p,ocu,a 'vartê~las para debaixo do tapete', atuando para tentar ,eduzir

      o impacto uusado pela empresa. Nas palavras do exeC\ltivo: "a ética é tudo"."

      (co1no no raso de Hillcr) ou o líder c-stá 1nais r•·eoct,pado con1 as próprias ncccssicladcs ou prazeres, con10 no caso d e Edcn1ar C id Fer..cira (ex-presidente do Banco Santos) e \ Vagncr Canhedo (ex-presidente da co1npanhia aêrca \iasp).3J

      Ética e liderança

      Liderança cariimática socialitada Conceito de liderança qve estabelece que o lide, deve transmitir valores centrados nos OUVO$ vel'$US centtad0$ em s.i mesmos e- deYem sef, .

      1

      modelos de condvta ~

      r\penas n1uito rcccntcn1cntc os pesquisadores con1cçaran1 a considerar as i1nplicaçõcs éticas ela 1iderança.10 Por que agora? Uma razão pode ser o crescente interesse pela é:tica c1n todas as área:,. da adn1inistração, con,o pode ser fonfirrnado por un,a pesquisa rc.-1li;,_.a da <:0111 cstuda1·1tcs ele adn,iuistraçào e gestores 110 Brasil. ,~ con('Jusôes dei,Se estudo ~ug('rc1n lH'll..1 tendência ele n1t1ior \'alot"izaçtt,; do papel da (:tic(, e da 1'<~spons..1bilicladc SOt'ial J)()1· parte cios a1uais e futuros r_xecullvos.3J. 1\lê1n disso, crn outra ~'}(·squisa, ohM:rvou-sc que 56 por cento de 200 gestores de crnprcsas globais ela J\n1érica l...·uina acrcdita1n que os dois valores p1incipais para un1 CE:O são a ética e a u·ansparência.flt· Algun1as cn1prc.sas, eo1no a f.1brica ntc ele acrona\·cs Bocing, estão li~ndo as rcn1uncraçôcs dos executivos à ética para reforçar a ideia de que ''n;'io ex·islc conccss.:;,o entre thzcr as coi.sas da rnancira ccrla e O dCSClllJ)Cnho'i, lli'.\S pahl\Tíl.S do Ct:0 da ClllJ'>l"CS.:\ 1ji111 ~ lc:":crncy.31 Ética e liderança cr1. 1z,;11n-sc crt1
      capitulo 12

      lide rança

      379

      Confiança e liderança Confiança Expectativa positiva de que o outro não a91tà de maneira oportvna.

      f\ confiança é u1n estado psicológico que existe quando ,-ocC concord;.1 c1n se tornar vulnerável ao o utro porque possui CXJ>Cctativas com rclaçào ao ,nodo co1110 a situaçiio ,i;.li se dcscnrolar.93 1\i11d~1 q ué niio tenha contn:>lc total da situação, você eí-1i1disposto a se 0:11·1-is<.'ar para <1uc a outl'a J>CS.Wa lhe p1Y1porcionc bons resultados. 1\ conriança é un1 auibulo p rirnário associado à liderança; t1'air a confianç~, 1)Q(lc ler cfci1os adversos sérios sobre o dcsctnpcnho cio g n1po.'H Co1no un1 autor colocou, "p:,rtc da 1arcf.1 do líder tcn1 sido, e continua a ser, 1..rabalhar con1 JX'SSoas para encontrar e solucionar problc1nast 111as o fato ele os líderes tcrc:111 ou não acesso ao conhccin1cnto e ao pcns;:unento c1iativo de c1uc precis;:nn para rcsol,·cr pro blcn1as depende ele quanto as pessoas confia111 neles./\ confiança c a crcdibilid aclc 1n0OSIOS a S('. coloca1·cn1 c:;lll \'ulncrahilldaclc ctn virtude.- c:s da di1-c1oria. elas <1ue1·c,n prirnci1'0 asscgur.,r-sc de· que esse..- indivíduo é digno d c sua confiança''.''; L)iartll<: disso, dar a c111cndcr que 'se e'-. de confiança' po
      Como a confiança é desenvolvida? r\ confianç:, não csul rclacio11acla apenas ao líder; as caractciísticas d os Jjderados ta1nbé111 influ4:11cia111 o clcsc11volvin1cnto da confiança. i\ tas, quais são as principais <:;1.ractcrísúcas que nos le,·an1 a acreditar que tnn líder é confi;_ívcl? f\:J c,·idéncias aponttun três d elas: integridadc1 lx:nevolência t capacidade (ver Figura 12.4).'n J\ i11l(,gridatle rc::íerc-sc à honcsdch1dc e i, siJ1Ce1idacle. Par<'ce q ue é a rnais c 1iliCH das t1'(;s na a,r..tliaçf10 da confiabilidadc das o utras pc.~S:>c)as. 101• Quando 570 cxecu1i\'O$ rcc-cn1c1ncn1c r'Ccchcran1 un1a lis1,.1 de 28 a, 1ibu1os ,,·lacionad e>s à liderança. c·lc~ classificaran1 a honestidade con10 a ,n~,is in1po11antc. lfll ln1cgricladc: 1an1bé1n 5ignif'i ca ter consistência entre o que se- fhz e o que se fi,l.a. "Nada é percebido 111,üs rapidan1cntc L···I do que unia discrepância entre o que os gestores prcga111 e o que cspcra n1 que seus colegas f.u;an1" .1w lknnvJ/b1cü, s.ignific.."l. que tnna 1x:sscm de confiançt, oonsid<:rtl ele verdade os intcrcsscs dos outros. n1csn,o que ~tcs não cstej,\.ln nec<."SS.:·uiarncnte alinhados con1 os ck:J.'1. O s con1porta1'l1cntos que rcvcla.n, atenção e apoi() são parte do e-lo c,noc:ional entre liderc..".S e liderados.. 1

      380

      Compo11.amento organiia~ional

      ,.\ c<.'.SSOa le111 de sab(·1· sobre o que ci.t{1 falando. É pouco provável que você ouça algué1n ou dependa de: alguérn ctüas capacidades não respeita.

      Confiança como processo 1\ propensão à (onfit111ç11 rc(Crc·sc ;, predisposição que dctc1·111in;i.clo indivíduo 1cn1 para confiar cn1 outras pcssoas. 100 1\lgu1nas pc-ssoas si111plcsn1cntc acrcditarn que os ourros são dignos de confiança, ao passo que outras dcsconfian1 de todos os que as rodcian1. Aquc· las que docun1cnt.tn1 cad;1 pron1css.a ou conve rsa co1n seus supervisores não são n1uito propensas i, co11fia11ça e provavtlnll"ntc n~1o acreditarão 1nt palav1-a de seu supcr,~.sor cn1 ncnhun1a circunstúncia. Por sua ver,: ac1uelcs que pcns..,1111 que a 1n;.1ioi-ia da:,. pessoas stio ho,1<.'$tas e de co,iriança 1riuito pro,~vcl1nc;,1tc procu1-art,o evidência.~ de que seus lidcrl's se co1npor1a1-.un de nlancira confiável ..i\ p1·opcn..~10 à confiança está fortcn1cntc associada ao Lraço pessoa) de an1abilicladc, ao passo que a baixa ~,utocstin1:1 está associada a urna baixa propensão à confiança.101

      O ttn1po {: o úllllno ingrcdicrHc na rcccit.t da confianç-a. l~sta não é instantânea: co· n1cçcunos a confiar nas pt.ssoas cón1 base na observação de seu con1po11,uncnto ao longo do tc1npo. 10\ Os líderes prccisan1 dc111onstrar que tê1n integridade: bcnc,·olência e capaci· 01't"ntc, ou sej~,, situaçõc.c. ern que 1>0dcrian1 s<· co111portar de 111ancira op(n'lunillta ou dc se,· rcadcuuirida, ll'las apenas cn1 certas situações, dependendo do tipo de vic,lat;ào. w; Se a c~1usa desta f()r fr1lta d e c·apac:icladc, nor1nahnenrc <'· n1elhor se desculpa,· e reconhecer q ue você J:>Odcria ter feito niclhor. Quando o problcn1a é a fr1ha de: integridade, no entanto. pedir desculpas não resolve n1uito. Nào i1nporta qual tenha sido a viola<;ào, sir11plcsn1cntc não clizcr nada ou rccusar·sc a confir1nar ou negar;, culpa nuuca ê unia boa estratégia para readquirir a confiança. Esta pode ser restaurada quando obscrva1nos un-'I padrão de co1nport:a1nento confi,ivcl por parte do transgressor. 10davia, se o transgressor enganou seus subo1·dinaclos ou n1cntiu para eles. a confiança nunca scr,;l to talr'l'lc1Hc 1·cstauracla, nr1n n'ICSlllO após 1>Cdiclos de eles.culpa..~, p1'0111css:as ou un'I padrão consistcn1c de ações c1uc inspircn1 confiant;tL 100

      Fig ura 12.4 A natureza da confiança C~fiobil1~ do lide, lniogridode Benevo&êncio

      1

      Copoc;dode

      '~ ,/

      Proporuôo ô confionço

      Assumi, riscos

      Confionço

      1

      Componilhomento do informoçõos Efic6cio do grupo Prodvtividocle

      capitulo 12

      liderança

      381

      Na Promon Engenharia, a cQnfiança entre os

      funcio1,ãrios, seus pa,es e seus chefes é um fato(· ·chave para o sucess.o organizacional. Sendo uma firma de setviços e SQ!uções em te-enologia e engenharia, o capital humano é o maior ativo da empre$a, e o compartilhamento de informações e o tíabalho em equipe são fundamentais par,;1 que os projetos alcancem bons resultados. Um exemplo dos benefícios trazidos pela confiança entre os funcionários é o 'Mastigando Ideias', um ptogfama que reUne os foncionãrios durante a hora do almoço para que eles troquem informações, deem ideias e exponham suas opiniões sobre as atividades realizadas na companhia. 100

      Quais são as consequências da confiança? A confiança cn1rc supc1,1isorcs e fu ncionário~ csi.í relacionada a ,·á1ios 1'l-su1lados positivos no Lrahalho. f\ seguir. t.'Stào algu,nas das rnais i1nportantcs consequências da confiança dc1nonstradas cn1 pesquisas:

      A rqjt1 a c1.st111nir ri.S
      Gn,pos ro1if,á1.--eis siW 111aiJ tf,cc'-<J',J. Quando ul'n líder c.-stabclc:..-cc lnn tOnl co11fiá,'CI dcnuu de urn grupo, OS 1l1en1bros sc,ncn,-sc mais 1notivado.s a <úudar u11s aos outro.s <: a reali.r,:u· tnn esforço exll'a n ~~ sentido, o que au,nent.:'l ainda 1n,\is .:, confi;1nça. ~ o sentido inverso, n1c111b1Y>S de gn,1pos c:0111 b.aixa confiança le11dc1n a desconfiar uns dos outtos, estão constanu·,ncntc alcrt.as contr"d a cxploraç.ào e sua co1n11nicaçào co1n outros gn1JXJS é cli1ninuta. J~as ações tcndc,n a n1inar t:, (;'\\:lltualtncntc, dt-suuir o gi1.1po. A co1,fia11r(I 111clho1t1 a produtir.ridade. O principal intcre.ssc das e,nprcsas uunbérn paret<: ser posili"arnentc influenciado pela confiança. Puocion::í1ios que co11fian1 cn1 seus supervisores tendc1n a aprc$entar rnclhol"Cs taxas de desc1n1>enho. 111 1\ faha de confiança cha1na a atenção pnl'a as d ifere nças nos i1uc1'Csses dos nlcn,bros, 10 1·nando d ifícil para as pessoas visualizarc:111 obj etivos cn1 con1u1n. Xessa situação, cl;is fica,n suscetíveis a t~scondcr inlõrn1açõcs e buscar os próp1ios interesses. U,n cli1na de làJta de confiança t<:11de a esti1nular fo r111as disll1ncionais de conílito e ;l retardar a coopéraçào.

      liderando para o futuro: mentoring Os Jíclel'CS gcrahncn1e assun1c::1n a rcsponsahilidad(: pelo
      ~2

      Compo11.amento organiia~ional

      Mentor Funcionário sênior que pauocina e apoia um funcionário menos experiente, d'lamado 'ptotegido'.

      I

      _J

      Un1 mentor é urn funcion.:trio sênior que patrocina e apoia u1n fu11cioná1io n1cnos c;,.:pcricnte, seu prutc.&,riclo. Os n, cntorcs bcrn-succd.idos l),(i,o b-0ns professores. Eles aprcscnlàrl1 ideia.s co,H ch1re-.1,.;:1, si10 bons ou,·i11tcs e dc1no11sln:11'n ClllJ>ati.a p~•ra co,n os pr-oblc,nas e scnlin1e1uos ele seu~ pro1cgidos. E.:o:$eS n;laciona111cntos $<'.10 \'áliclos 1a1110 pa,·a a~ H.111çí>es . · · qu.11110 ps1co.s.-.oc1 · ·a1 ·s (,·c1· x.ua n. d 1'0 12..") pm 1ss1on,us ') . '" A relação tradicional de ,nenlol'ing infor1nal dcS<:nvolvc-sc quando os líderes iclcntifica,n ' algué1n con1 pouca e;,.:pcriência, u,n funcionário de un1 nível h ierárquico n1ais baixo que aparenta ter un1 potencia l para dcscn,·oh·ii11ento fu turo. 11 ' O protegido senl testado con1 frequência por 1ncio ele tuna tarcf.t particular1ncntc desafiante. Se S<:u dcsç111pc nho for acciHlvcl. o rncntor dc~c11\'ol"cr~t a rc hu;ão. nlóstraudo iHfor,nahncntc ao protc&ir:iclo conlO a organiz:1ç-ào defaf() funciona !Ora dos procedin,cntos e da.s estrutur.:1s for1nais. O p rotc~"ldo pode ainda apl't ndcr con10 o 1nc.1noir su1>Crou <\S barreiras iniciais da car1'Cil'a e con10 solucio1la1· problc1nas co111 o 1nínin10 estresse. ~,f-a s por que un1 líder dcseja1ia. ser u111 n1cntor? 11 ~~ luitos sc1ucn1 que tênl algo para co111pa11ilhar con1 as gerações ,nais jovens e q uerc1n clei;,.:ar u111 legado. f\Jé1n disso, o 1nt11lori11g ta1nbé1n proporciona acesso scrn filtros às atitudes dos funcionários de l)icrarquia.s infcriorc~ e os protegidos podcn1 se,,. tnna cxcclc111c fon te de intbr1naçào para idcntificc11· potenciais problcnlaS na oi-ganizaçáo. Sc·r.l que todos os fi,ncionários de un1a c1n prcsa tê111 a possibilidade de pa,,icipar de u,n prog1~ 1na de nttntoring? lnfclizn1cn1c, a 1·csposut é: nào. 11 ~ E111 tnn cs111do fcit<> co,n gestores da A1nc":rica L.,'ltina, obs.crvou-sc que 40 por ccnLo dos cntrc::vis1ados considcranl que os líderes 'são t1.,·oritistas'/1" o que pressupõe a preferência de a lguén1 1 de un1a pesso;, en1 dctri1ncnto de otura: por qut•stõcs que poclc1n não se relacionar dirctan1cntc con1 o traba~ lho dcsen,·oh·ido. Isso tan1bén1 acontece 11os Esl.tdos Unidos. Os ocupantes dos cargos da aha hicr..trquia, na 1n?tio1ia da.s cn1prc.sas, costun1<11n ser ho1nc.ns br~tncos e, pelo ~1.10 de os nlen101X"S tcndc.:rcnl •:l $Clc<:io11rotcgidos do 111esn10 sexo,. para n1inin1izar problen1as co1110 atr.,çã.o sexual ou fofocas. ~·l uitas org-.tnizaçôcs dcscnvoh·cra1n prognnnas fo rn1ais para garanlir q ue as relações de 11101l1J1i1,gf..'StCjan1 i&'l.1abnc11tc disponÍ\'ti.s par.1 mcrnbro:; ele grupos 1nino1itário:; e 111ulhcrt".s.111l

      Ouadro 12.3 Funções profissionais e psicossociais da relação de mentoring Funções profissionais

      Funções psicossociais

      • Pressiona a organização para conseguir

      • Aconselha o protegido a respeito de

      tarefas desafiantes e com impacto para seu protegido. • Ptepara o ptotegido para desenvoiver suas habilidades e atjngir seus objetivos do trabalho.

      ansiedade-sou incertezas para ajudar a melhorar sua autoconfiança. • Age como modelo de conduta. • Oferece amizade e aceitação.

      • Oá assistência ao protegido ao fornecer·lhe ex.posição a pessoas influentes dentro da organização. • Defende o p,otegido de possíveis riscos a

      sua reputação. • Patrocina o protegido ao indicá-lo para possíveis contatos ou promoções. • Ago como um propagador das id&ias que

      o protegido hesita em compartilhar com seu supervisor direto.

      • Compartilha ex.periências pessoais com o protegido.

      capitulo 12

      lide rança

      383

      Embora co1ncccn1 con1 as 1nclho1·t·.s intenções, esses rcl.tcionán1cnlos fo rn1ais não são tào eficazes quanto os i.nfor1nais.11q 1\ concepção e o plancjan·,cnlo deficientes desses progran1as Ulrnhérn pod cn1 ser 01na r.l;,...-10 pa,-a sua b,lixa c-fi('<Ícia. O CC)1llp11)n,isso do 1ncn1c;u· é C$St:ncial pata ~l efic~ícia cio pn:>gJ'arna. O s n1c:ntol'(:.~ p rc<'isarn vc1· o 1'Claciona1ncn10 çon10 algo c1uc \'t nha bcn(·ficiá-los e beneficiar o protegido. O prorcgiclo ta1nbé1n prccis., scnár que connibui para o rclaeiona111cn· lo. t\quclcs que scntcn1 que o rclaciona,nento está sendo forçado \'ào sin1plcs1ncntc 'deixar rolar•. 1N Os progr.unas fornnüs de ,ue11tori11g tan1bé1n tên1 1nais chanct-s de sucesso se eo111bi· narcn1 aprop1iadan1cntc o esúlo, as nL'Cc..·ssidadc.'.S e a cxpc1iência do n1c11tor c cio pru tegido.1' 1 ..falvcz você supo nha que o 111.nlloring scj,l álgo "'alioso para o sucesso na c.a rrcira 1 111.u as pcsquiS(tSs ugcrcrn que os ga,1hos silo pl'inéipal1'l1cnlc psicológicos. Os ganhos c1n relação aos rcsuhados o~jc1ivos, co1no rc111unc,-aç.ào e clcscl'npcnho no ll'tthillho, são 1nui10 pequenos. U1na revisão concluiu <1uc. ' ·en1hora o 1ne11tori11g nào possa ser classificado corno urn conceito 1otahncntc scn1 u1ilidadc pa ra o cl<:scn\'olvi111c1110 de c~1rreiras, ran1bén1 não pod e ser consldcraclo tão iln portánlc quanlo outras inf-tuências clcter111inantcs pai-a o sucesso de u111a carreira bcn1-succdida. co1no tls ha bilidades e
      urna boa rede d e con1a1os pode co nstruir rclacionan1c111os q ue ~judarào no progresso d o p ro1cgido. J\ n1aioria elas pesquisas sugere <1ue as redes de rclaciona1ncn10, não i1n porut se construídas pelo n1cn1or ou não, são un1 prc,~sor significativo de urn;, carreira bcn1-succdi· d a. n:• Portanto. se o rnentor não está bc1n relacionado ou n;\o J>Ossui tun forte d cscrnpcn ho, os rnelhorc..".S consclho.s cio n1undo inào t rariio beneficio nenhurn pa r.1 o pt"Olebriclo.

      MITO OU CIÊNCIA? "Os homens são melhores líd eres do que as mulheres" ssa afirmação é falsa. Não existem evidências que comprovem que os homens são líderes melhores do que as mulheres. Na verdade, apesar de as diferenças serem pequenas. os resultados sugerem exata-

      E

      mente o contrário.

      Até o final da década de 1980, havia uma crença generalizada acerca de gênero e capacidade de liderança que defendia que os homens seriam melhores do que as mulheres. Esse estereótipo tinha por base a convicção de que os homens eram inetentemente mais habilitados para a liderança por causa de seu maior enfoque no trabalho, menor emotividade e uma maior propensão para ser diretivo. As evidências mais recentes, entretanto, concluem que, na verdade, as mulheres possuem uma vantagem na liderança. Embora as diferenças sejam pequenas, o que significa que há uma grande quantidade de sobreposição entre homens e mulheres em seus estilos de liderança, as mulheres têm, de fato, em média, uma pe· quena vantagem sobre os homens. Uma análise recente de 45 empresas descobriu que as líderes mulheres eram mais transform,cionaisdo que o~ líderes homens. Os autores concluíram: "Esses dados confirmam a habilidade

      das mulheres em desempenhar muito bem os papéis de liderança em organizações contemporâneas•. É verdade que os homens continuam a dominar as posições de liderança. Apenas 2,6 por cento dos CEOs das 500 maiores empresas dos Estados Unidos são mulheres. No Brasil, apesar de os homens continuarem no domínio, observou-se um aumento da representação das mulheres em cargos de liderança de 1997 até 2009 - 11 por cento para 36 por cento - quando foram analisadas as cem grandes empresas consideradas as melhores para se trabalhar.''' Obviamente, os cargos de liderança não são apenas as posições na presidência ou diretoria de empresas. Portanto, não se está querendo dizer que 36 por cento dos CEOs das organizações brasileiras pes· quisadas são do sexo feminino. Além disso, deve-se levar em conta que ser escolhido para um cargo de liderança não é a mesma coisa que ser um bom líder. Apesar da ascensão feminina, as pesquisas revelam que a maioria das pessoas ainda prefere líderes do sexo mas,:ulino. No entanto, dadas as evidências que aqui apresentamos, essas preferências merecem se, seriamente reavaliadas. 12S

      Compo11amento organiia~ional

      &tsafios ao construto liderança "No St··culo X\ Tl , as J')\'SSOa.s atrihuian1 a Deu~ a rcsponsabilich1clc por todos os cv<·n1os 'l\1c of10 co11scguit1n1 c~x1>licar:. Por qL1C a oolhcita foi fi-ac:a? l~i po1'(111c D\~us quis: ~-.s!ii1n . P<>r que algué1n 1norrc11? F()i l)cus q ucrn assinl decidiu. Agora, a explicação para ludo<~ a lide.rança". H.'li ~Las nluiras coisas que dc1crtnina1n o suc:esso ou o ll'aeasso ele urna organização estão alé111 da capacidade de control e de seu líder. 1\Jgu1nas vc1.cs1 o sucesso ou o ll'acasso dcpcnclcn1 apenas de se estar no lugnr certo ou c1Taclo cn1 dctcrn1in:aclo mon1ento. Nesta scçào1 a prcscntaren1os duas perspectivas teóricas e tun a n1udan~:a lccnológica <]UC desafhun ;1 Cl't'IIÇ
      Liderança como atribuição Teoria da atribuiçlo da liderança

      Teoria que dtt que a liderança ê simple,smente vma auibuição q-ue as pe-ssoas concedem a outros indivíduos.

      I

      Co1110 foi discu1jdo no Capítulo 6. a teoria d a ;:u1ihuiç5.o <:;o.;a1nina con,o as 1>Cssoas tc nt..11n e ntender as l'Claçôcs de catasa e efeito . .1\ teoria da atribuição d a liderança d iz que a liderança é si1nplcsn1cnH: un1a ani huiçt10 que as prssoas c;onccclcn, a ouu'Qs indivíduos. n:, Po!'1an101 atl'ihuhnos aos líersonalidadc cxo·ovcrtida, grande poder de retórica. agressividade, con1prc:cns.ào e cngcnhosidadc. 1'..'3 >Jo nível da organização. tc nclc111os a ver o líde1~ corrctan1cntc ou não. con10 rcspon~lvcl por un1 dcsc1npcnho cxtrcn1an1cnte ncgat-i,·o ou cxtrcn1an1c11tc positivo. 1•"1 U111 estudo longitucli11al con1 128 das 111ais in1portantes en1prcsas nortc-c1n1cric~nas descobriu que <1s per<:epçôc-s do ca.-isnH1 do CEO não lcvara.n1 ao clcsc,npcnho objetivo da <:1np1"Csai ,nas o dcscrnpcnho da cn1prcsa lt·vou i'ts perccJlÇÕCS do carisrna. 1 Outro esnrdo realizado co,n ,nais de 3 1ni l fu ncionários de crnpl'c.sas de iodo o 111u ndo sugere q ue as pessoas que 1cnclcn1 a 'ro1nantizar' a lidcr:u1ça t n l geral acrcclita,n que os próprios



      líderes são u·ansforniaeionais. 111 Quando o g n tpo Pão de: Açúcar passou quatro anos con1 baixo crc-scin1cnto das ,·en-

      da.s e perda de parlicipaç~~o ele 111ercado, entre 200.1- e 2007, seu conselho ele adn1inistraçào n,1o hesitou cnl de1nitir o presidente 1-\ ugusto Cru.1, e seu sucessor, (:;;is.sio c~scb. 1-rl' Se os dois fô r:un r'CSpo11s:lvei~ 1)(:.IO Íl.lCo clesc1ilp<:11ho ela conl p
      capit ulo 12

      lide rança

      385

      Substitutos e neutralizadores da liderança Substitutos Atributos que podem subst•tvir a necessidade de liderança.

      U,na teoria sugere que, cn1 111ui1.,s siluaç&-s, as ações dos liclcn:.-s são irrelcvantcs.1!11· Ex.pcriê11cia e Lrcina1ncnto ~lo alguns dos substitutos part·l a necessidade de lidera nça cn1 (

      u1l1..i org,111izaçào. Caraclcríslicas orgauizacionai~ col'no n1ct
      (

      íorn1al, ao passo q ue a indifr:rc nç.a às rcco1npcnsas organizacionais pod e ncutl'aliz.a r esses c lCi1os. Os neutralizadores irn r,ossibilitanl q ue o co.-nporu,n1cnto do líder faça qualquer difere nça para seus subordinados (ver Quadro 12.4). O rcconhccin1cnto de q ue os líderc.·s nc111 sernprc Ílnpactanl os resultados cios subordí· n.:1dos não chega -a sei· surpreendente. t\ fi.nal> aprcscnt~unos d.iversa.s variáveis atitudes, personalidade, cap~lcidadc e nor1nas gi11pais, apenas l"'-n:\ c:j1ar algu,nas q ue produz<:111 e feito sohrr o dc·.se1np<:1lho e a s:uis~'l\·ào doi; fl1ncionário.s. É. 1n t1i10 si,nplist(1 i,naginar que os fi.1ncion,írios são guiad<>S para a t'Calizaçâo dos ol~jclivos apenai. pc"las açê,es ele u1ll lídc;r. 1\ lid erança é s in1plcsn1cntc nlais tuna va1iávcl indcpcnclc:ntc clcntro de nosso 1nodclo geral de con1po rtan1cnto organizacional. l"iá n1uitos s ubstitutos e ncutralizadorcs p àra os dife rentes tipos de co1nporta1ncnto de liderança nas n1ais ,.:lriad as situaçõts. .i.\Jérn do m ais. a lgun1as vc-.r.es a clilCrcnça c.:ntrc subs· titutos e ncutraliu1dor,~ (:, vaga. S.c c u csti\''C r trabalJ1ando c.:,n tuna t~1rcíh. i11trin scca1ncntc a.g1-acl.:l ,-el 1 a t<.-oric, prccliz q ue a IidcTcu,c;<\ ser.:l 111cnos im1:>0rtantc J>Ol'q uc a tarefa. por si sú. rornccc 1no1ivaçl10 o suí1cit·n1c. ~ las isso signific;:1 <11.1e 1al'C;Hts intri1ls(·ca1nen1c· agra
      _J

      Neutralizador•s Atributos qve impossibilitam que o

      comp0rtamento do líder faça q11alqver diferen,Ç~ . para seus subordina~

      Lid e rança on-line Co1no você lida Cô1n pc-ssoas d.ls quais cstú fisica n1cntc scpar..,clo e con1 as qua is se con,unica eletronicamente? Essa q uestão tem recebido pouca alcnc;,io dos pcsc1uísadorcs

      Quadro 12.4

      Substitutos e neutralizadores da liderança

      Caracteristicas definidoras

      Liderança orientada para o

      Liderança orientada para a tarefa

      relacionamento Individuo

      Experiência/treinamento

      Sem e feito

      Substilulo

      Profissionalismo

      Substituto

      Substitoto

      Indiferença em relação a recompensas

      Neutralllador

      Neutralii:ador

      Tarefas altamente estruturadas

      Sem efeito

      Substiluto

      Oferece o prôprio foodback

      Sem efeito

      Substituto

      Intrinsecamente satisfatório

      Substituto

      Sem efeito

      Sem efeito

      Substituto

      Re-gras e p
      Sem efeito

      Substituto

      Grupos de trabalho coesos

      Substituto

      Substituto

      Trabalho

      O rganização Metas formalizadas explicitamente

      Fonte: Bas.eàdõéM S. Kê"ê J. M. Jêr«11êi, • Sub~titutêi fõilêa&M~!p: Thê1r Mêli"IJi\9 and ME-a!ufêMêl'II", OtgM11l.tt,ôi"l.ll 8M1~ tM HuiMri PMórrMJflCê, 1918, p. 318.

      Compo11.amento organiia~ional

      de con1poruu11cnto orgarúzacional. 118 ~·I as os gerentes de hoje e seus funcio ná1ios estão cada vez n1ais conectados por redes cio q ue pela p roxhnidadc geográfica. Exc1nplos óbvios in<.' lucnt gerentes c1uc rcgular1nente ,niliia1n o c-1n(lil para s<: con1unicar <:
      q ue su1:x:n,isiona1n projetos ou grupc_)s ,irtu;1is e cttios fu ncio1Hl1ios 11-abalha,n a dis1ânci;\ e

      Confiança baseada na

      identificação Fvndamenta·se na compreensão mútua das intençOOs e ap,eciação

      das carências e dos -

      1

      desejos uns dos ootr°:.J

      .lp..:nas se con1unica1n ro,n a <:1nprésa por 1ncio de 111na conexão à h ucrne1. A co1nunicaçào cn1 rede é un1 canal poderoso que pode ajudar a construir e a 1nclhorar tuna lidera nça eficaz. [\ las, quando n1al utilizado, pode n1inar 1nuilo do que tun líder adquiriu por n1cio da co1nunic.açào ,·erbal. Propo111os q ue os líderes on-line pcn$Cl11 cuicladosan1cntc sobre q uais ações e les qucrc1n iniciar por 111cio de suas 1nc11sagcns cligitais. Os líderes 01t-li11e t:iunbé1n c nf:renuun desafios ilnpa rcs, .sendo q ue o ,naior deles é dcsc11,·olvcr e n1:-u11cr a confiança. t\ confiança baseada na identificação. íundan1en1acla na con1prccn sào n1ú1ua das i1nc-nçÕ<:s <' a preciação das carências e dos desejos uns dos oui-ros1 é partieularn1cn1c d ifieil de se adquirir scn1 a ilncraçào cara a cara. i -,
      n1unican1 apenas clctro11ic:uncntc ou acredit
      vc::1111<:ntc se tornarão 11111a exic nsào elas habilidades in1crpcsso:,is.

      -

      m ncontrar e desenvolver líderes eficazes Seleção º1'00o o p rocesso pelo qual passa unia orga1liz.açào pa ra p reencher os cargos de chefia é, csscnciahncnlc, uni exc1Tlcio para id,·111iíicar líderes eficazes. E.ssa bus<:;l pode comcç.ar pela au~llisc de conhcci,ncntos., hilbilidadc::.s e capõ\tidadcs neC<.':iSá1ios para liderar de ,nodo eficaz. Podc,11-sc ucilii a t ,e.stcs de pc1'S011a lidadc pal'tl dclcc1.:u· ttaços ;)~ociados .'.1liderança cxu-oversào, conscienciosidade e abc'rluta a 11ovas C:\l)e1iê11cias. ~ranlbé1n é i1npo1·tanlc testar o g1-au de a u1on1onitor;uncn10 do candidato a líder. 0}1a nto rnais au1on1oni1orado11nais indicado <:le é, pois essa caracterísLic.,-... o torna capaz de co111prccnder n1elhor as situações e de ajustar seu con1po11,u11c1Ho a elas. Dada a i111portància das hahilldaclcs interpessoais para a aclminislraçào) os c~u,cliclatos ·Con1 elevada inteligência e1nocional poclcn1 levar van1agc1n, csp<:ciahnc1,Lé nas situa(õcs que rc<1ucr<:n1 lidcra1u;a transfbrn1acio11al.1º

      Em 2009. a Natura reformulou set.1 programa de

      uainees, desde a fase de sefeção até o encerramento do processo de desenvolvimento. Inicialmente, a emp,esa faz uma divulgação seletiva. comunicando

      por meio de sites e redes sociais o processo, mas não infounar\do o nome da Ofganização. Na etapa

      de seleção, mais do que identificar as habilidades técni<::
      identificar seus valores e competências interpessoais, O objetivo é averiguat a semelhança ent,e os principios

      dos candidatos e os da própria Natuta. Além disso, a émpresa deseja que os futuros trainees tintam-se íelites

      ao desempenhar seus trabalhos. O slogan 'Programa Próx.imos Lidefes. A ger\te quet se apaixona( po, você'

      já deixa claro o objetivo da empresa: desenvolver lidefanças para conduzif o crescimento e a expansão

      internacional da Natura nos anos qve virão.'º

      capitulo 12

      lide rança

      387

      Salx:·se que a cxpeiiência n;io é u1n ~)Olll indicador ele liderança eficaz, n1as cnl unia situação c.speciíica ela é rcle-va1ne. Pode1n-se 1·ea}iza1· eo1l"(:,·ls,as para de1cr,ninar se a exp<'riência antc1ior do candidato se adapta à situação c1n que ele terá de agir e para ,·crificar se o candidato JX>ssuj dcter,njnados lta{Os de personalidade. co,no extrovcr$ào. autoco11fianç.a., visão. ora1ória e r.aris1na. Co1no nada dura para sc111pre, o c,·cnto 1nais irnportante para o qual as c1nprc-sas prccisa,n se plan('jar são as n1udanç.as na liderança. Enl seus l1hi1nos :ulos na CE,Jack \Velch gastou 111ais tcntpo selecionando seu sucessor do que f.-.zcndo qualquer outra coisa. Outras org.:inizaçõcs pareccrn não despender tc1n1>0 na suce~lO da liderança e se surprccnden1 CJll.-incto sua selrçào se nlostra detirien1e. Os 1.i111es de fu1chol hrasilciros são os nlclhol'C.S cxcntplos disso, trocando de técn.ico con.st
      Treinamento .'-\s (;1nprcsas pelo rnundo al01·a gastan'I nlilhõcs de clól:ux:s, ienes. euros e reais c1n tr<~i11an1('nto e dcscn,·oh·in1<:nto de li óbvio. O 11·cinanlcn10 de liderança tende a ter n1,1is sucesso se o indivíduo Liver u111 elevado gr;tu de automonito11u11cnto. Esse tipo d(· 1:x:sso:l possui flexibilidade par:-l 1nuclar o pl'Óptio conlpo1·1a111cnto. Sc!,,"llnclo1 o que un1a organização pode ensinar no que tange à 1llaior cnc~lcia cio líder? Cc11é111 J>odc111os ensinar h~1biliclaclcs conto a construç;lo ela confiança e~ a função de ,ncruor. O 1nes1no acontcct co1n a análise shu~lcional. 1\ .5 pessoas podcn1 aprender a avaliar as shua(Õ<:s. nlodiricá·las para que se ajusu~n1 nlclhor a seu estilo e clctcr111inar cp.1al co1nporla1ncuto de liderança é n,ais cfic<1z para cada situação. l)ivcrsas e,npresas ,•ê1n 1·cco1·rcnclo a treinadores de cxecuti\'OS (toot!ting) para 1nelhol'ar as habilidades ele liderança de seus d irigentes. Hi t\ fr1.rrnacêutic;1 Pfizcr, a (.; nilever e a 1-\n1crica11 l~:<.pres.s co1u1.-itara1n trci11t1dorcs para atender seus cxcctnivos individualn)en1e. fa zendo que eles apri,norc1n suas hahilidades interpessoais e aprendan1 a agir de 111ane ira nu.:nos autocn:í.tica. 1411 O 1rcina111cnto con,1:N)1'ta1nc11t(1I por ,ucio de exercícios d<: dra1na1ização r>ocle 1ucll1011u· a habilidade do indi\')cluo pat.:1 cxihir qualicladc•s d e lidc1.1nça catis,n,\lica. 1\ pesquisa an1cl'iorn1cntc n1c::ncionada conl cstuclan1cs ela gr.-iduaç-ào de acbninistraç.,i.o que üvc1.11n de:: 'agir' de 1nan<'ira caris1nática é unl bont cx<:111plo disso.'~'>

      limplicações globais 1\ 1naioria das pesquisas sobr-c as teorias de liderança discutidas neste capíLulo foi ICita cnl países ocidcnt~is, conlo os l~st:ados Unidos <: o Reino Unido. Lsso não s.ig,1ificaJ poré,n, que oull"a..'i cuhuras n.:1cionais sejan1 dcscon::;idcl'adas pelos pesquis.ado1'C$ que conduzc1n esses trabalhos. ün1 e.-.,:cn,plo disso f<,L ,1,na análise recente do proje10 de pesq,1is.'l al e Eficácia no Çú1111)()1'ta111çnto Organizaci9nal (ver Capítul9 !) para nlais detalhes) que produziu aJgu1nas co111rihuições ú1cis., apcs.."ll' de; prelin,inarcs, sobre as c1ucs1õcs cuhurais que os líderes dcven1 levar cn1 conta ao gerenciar equipes c111 cliícrtntcs paiscs.

      Compo11.amento organiia~ional

      Ntssc lrabalho. os autores procun:ucu11 responder a qutstõcs pr<.lticas sobre con10 a cultura pode i1fcuu· un1 executivo 110 caso de lhe di1rcn1 dois anos para liderar un1 projeto crn cinco paísc~ prototípicos <.:t~as culturas clivcrgcn1 cntl'C si ele v~lrias n·1;;111c.:iras: Brasil, Ftança, Egi10. F.s1aclos Unidos e China. \ 1~unc)s considc.:rat 0 1w a caso. Brasil Oon-1 ba.sc nas descohcrtas dos estudos ela C J.O IJE sobre os valores dos

      U-'balhaclorcs brasileiros, unn executivo liderando 111na equipe no Brasil precisaria ser vohado ao trabalho cn1 cqtúpc, p
      França Os francC'scs tcndcn1 a ter u1n ponto de vista n1ais burocrático sobre o papel cios tídcrcs e são rncnos propensos a esperai· que estes scjn1n hu111a11ilários e bondosos. ])essa for,na, u111 líder bo,n ern csu·ulura de inicfru;ào ou rtlativ.1mc11te

      volH\dô ii tarct-i se s:~airá !'l"1clhor, podendo 101nar decisões de un1a ,naneirc1; n1(1is au10('1-ática. Por sua vcz 1 un1 excrulivo que tenha ;i}{a pon1uação en1 consideração (volLado à~ pessoas) l>odc; chegar à r.on<'lus.io cs de: S<:us fit11c:io11


      Chin a De acordo con, ô C~iludo CLOBE, ~1 cuhu1"â chinesa c11fhli:t..a que .is p<·ssoas :scjarn educadas, bo11d,,sas <.- altr11ís1as. .\·las a cultura ta1nbé1n é voltada ao bo1n dcsernpenho. ES$<'S dois fr1tores sugetern que tan10 a consideração quaruo a cs1ru1ura de iniciação podt~n, ser i111pol'tantcs. E1nbora a cultura chinesa seja relativa1nentc participativa se con1parada à dos norlc-a1nrricanos, há tan1bén1 diferenças de status entre líderes e funcionários. Isso sugere que, assi1n ç.01110 no Egilo, un, estilo n1odt.·r..,cla1ncnlc participativo pode funcionar 1nclhor.

      E1nhoJ'a não cxis1an1 1nt1i1as rí!squilt.'\.~ para confirn1a1· as conrlusões d c1,sc estudo>e sabendo c1uc sc1npr<: haverá variaçõc.~s cnn-c os trabalhadores (nc1n toclo hrasilci1·0 é n1ais coletivista do que o nortc-an1c1icano)1 o estudo GLOllE sugere que os líderes prccisan1 levar a cultura cn1 consideração onde quer que cstcja.111. De 111ancir;i 1nais geral. o projeto GLOBE - feito con1 18 rnil lideres de 825 org:;uüz.1çõcs crn 62 países - revela <1uc ltó a1guns aspectos uuivt·rsais 11~) ticleran,;a. 1\ liclc.rauça Lmnsforn'lacional ap~lrCt<: associada i, liderança cfiti\Z, t1,dcpendc1uen1cnte do país. 1~ Ess..· re~uhado t· rnui10 in1portan1c porque con1es:1a a visJ,o da rontingênria cl<' que o e:s1ilo de lidC'1·a11ça precisa se! adap1ar às diferenças cuhu1" is. E quais elcn1cntos da liderança trans(Or,nar.ional parccc1n ser uni\'crs.ais? \ li.são, con· fiabilidade, dina1nisn10, posilividadc e proati\~dadc sào alguns cxcn1plos. Dois pcsc1uisa· dores do grupo GI..OBE concluírarn. que "os subordinados cios lideres ele negócio eficazes

      capitulo 12

      lide rança

      389

      cspcr;:un que eles tcnhan1 vi.são proativa para guiar a cn1prcsâ para o futuro. fortes h.tbiljdadcs ele 1notivaçào para cstin1uilar todos os funcio1nl1ios a é u1nprir a vl$(lo e excelente habilid(lclC de phu1cj<1n1c.-nlO para irnplc,nentfi-la ''. t 'H Logica,ncnu· 'JUC \una ,~são e'- i1npor1antc ent f1ualqucr cuhora, 111,L~ a fc.lrrna corno ela é dc.scnvolvida e con1unicada J:>Ode variar de tuna cuhul'a para ou11'a. Un, cxccu1i\'o ela GcncraJ Elccuic que urili1.ou seu csrilo de liderança no J apão lc1nbra que "nada aconteceu. Eu rapidan1cntc percebi que dcveiia adaptar 1ninha abordagc1n para at,,rir n1ais con10 un1 consultor e adotar un1 processo ele to111acla de dcci.s.ào participativo cn1 vez de u111 estilo 111ais diretivo, co1110 se tende a ter no O cidente. No Japão . o silêncio ele u111 lidcr signiíica 111ais do q ue u,n 111ilhão de palavras pronu11t iadas J)Or qualquer outra pessoa" . l !>i

      iitsumo e implicações para os gestores .•\ liderança lc111 un1 papel centl"al pnra a co111prccnsào do co1npo1·1arnc1110 do g1,1po, pois é o líder qucn1, gcrahncnte, ofi~r·ccc a direção para alcançar os obj etivos. Saber o que dcíinc u1n líde r eficaz. pode ser vnliow para a melhoria do dcsc1npcnho cio grupo. Os esforços iniciais pt1ra identificar os traços de liderança nào de1.1n1 cerco. Contudo, estudos 1-cccntcs usando o n1odclo Big Five dt.· dimensões de personalidade trouxera1n resultados 1x:1n r-nais a11in1adores. t\ cxtrovc::rscio, a conSéienciosidade e a aber1ura para novas cxpcriências 1nos11-ara1n t1111a 1·elação fo1'te e consisten1.c coo'I a eficácia dn liderança. A p1·incipal con1.~buiçào da aborclagc,n co1npor1a1nental foi a classificação da lidc1"ílnça ern du:-is ca1egorias: a orientada para a tarcfr, (cs1ru111ra de iniciação) e a orientada para as prssoas (consicltraçào). 1\ 0 con:sidcr:.r não apcna.s o co1nporta1ncnto do líder, n'las ta1n· hén1 a situaç:lo n:l qual este está i nscrido, as teorias contingenciais pro111ctia1n u1n avan ~o na co1nprccnsoio da liderança. ~o cntanto1 coin exceção do 1nodclo de Ficdlc,~essas tcoii:1s nào produii1'êln1 os resultados csp~rados. Alé1n disso, pcsquis..-'\S sobte lidcr:.\nça caris,nática e transfo1·n'l:-téio,1al 1C:1n dado gr.'lndcs contribuições para co111p1-ee11dcl"1nos a cfic,lcia da lide1'ê\nça. 1\.s Ol'ganizações estão cacia vez n1í'liS p1·ocu1-ando d irige11ne-s <1ue exihcrn qualidí'lclcs ele liderança 1ranslOr,nacioní'II. Elas qucre,n lídcrt·s con1 visão e co,11 o caris1na necessário pí'lra i1nplcn1cn1::l-la. li oj c c1n dia, os adnünistra clon:s cfica'l.cs d cvc1n trunbén1 ser autênticos e dcscnvolvt"·r rclacionan1cntos de confiança con, aqueles que procuran, liderar, pois as organizaçõts se to rnaran1 1nenos cst<.\vcis e previsíveis. ;\ toníiança cnLrc líderes e subordinados vcn1 substituindo regr,-1.s burocráticas 11a definição de cxpcct prcocupaclos crn preencher· 1>0sições-cha\'e cn1 suas Ol'ganii.açôes com líderes efica'l.es1 n1os1rarnos con10 1csles e enlrtvistas pode1n ajudar a identificai" 1x:ssoas corn qualidades de liderança. t\lén1 de fOcar a seleção de:: líderes, os gestores d cvc1n ta.1nbé1n considerar o in,·cstilncnt.o cn1 1rcina111cnto para a liderança po r rncio de cursos, ,vo1'kshops.1 rodízio de rc-spo11s:,bi1ida.des1 treinamento e progra1nas de ,11e11Joring.

      390

      Compo11.amento organiia~ional

      Ponto

      Contraponto

      '

      Os líderes já nascem prontos, não são construídos I

      a Europa, durante muito tempo, não existiu mo-

      N

      bilidade social e as pessoas eram ensinadas a aceitar seu destino passivamente. logo, se você era filho de um camponês e sonhava se tornar arqui· duque da Escócia, continuaria sonhando e colhendo beterrabas, pois jamais poderia alcançar tal posição. Com o passar do tempo e o fortalecimento dos valores capitalistas, porém, isso foi mudando. Atualmente, no Brasil e na maioria dos países ocidentais, as pessoas são educadas para acreditar que podem ser o que quiserem - e isso inclui ser um líder. Apesar de isso ser uma bela moral para um conto infantil (pense no atrapalhado porquinho Babe, que sonhava em se tornar um 'porco pastor' em vez de um leitão à pururuca). na vida real as pessoas não têm sempre um final feliz, e esse é um bom exemplo. Ser um líder eficaz tem mais a ver com as características que você herda de seus pais do que com o que faz com elas. Aideia de que líderes já nasceram prontos e não são fabricados não é nova. Um famoso historiador britânico certa vez escreveu: •A História não é nada além da biografia de poucos grandes homens•. Embora hoje de· vêssemos modificar essa frase e incluir as mulheres, sua

      colocação ainda é genuína: grandes líderes são os que fazem as equipes, empresas e até países serem considerados grandes. Alguém pode negar que pessoas como Getulio Vargas e Juscelino Kubitschek foram líderes políticos de talento? Ou que Joana D'Arc e George Patton, general norte-americano da Segunda Guerra Mundial, foram líderes militares brilhantes e corajosos? Ou que Henry Ford, Eike Batista, Roger Agnelli e Abílio Diniz sejam talentosos líderes empresariais? Conforme um critico de literatura colocou: •os líderes não são como as outras pessoas•. Eles são notáveis porque possuem a coisa certa - coisa que o resto de nós não tem, ou tem em menor quantidade. Se não estiver convencido, há uma nova evidência

      que sustenta essa posição. Um estudo recente com cen· tenas de gêmeos idênticos separados no nascimento descobriu uma correlação incrível na ascendência deles a papéis de liderança. Esses gêmeos foram criados em ambientes totalmente diferentes - alguns ricos, outros pobres, alguns por pais instruídos, outros por pais re· !ativamente sem instrução, alguns em cidades grandes e outros em cidades pequenas. Mas os pesquisadores

      claro que as qualidades e características pessoais importam à liderança, da mesma forma que os de· mais comportamentos, mas a verdadeira chave é o que você faz com o que tem. Primeiro, se uma excelente liderança fosse meramente a posse de poucos traços-chave -digamos, inte· ligência e personalidade -, poderíamos simplesmente

      E

      dar um teste às pessoas e selecionar as mais inteligen~

      tes., extrovertidas e conscienciosas para serem líderes. Isso, porém, seria um desastre. A liderança é algo muito mais complexo para ser reduzido a uma simples fórmula de traços. Por mais inteligente que Steve Jobs seja, há pessoas mais inteligentes e mais extrovertidas por aí milhares delas. Essa não é a essência que faz dele, ou de líderes políticos e militares, uma pessoa notável. É uma combinação de fatores - criação, experiência precoce no mundo dos negócios, aprendizado com o fracasso e controle da ambição. Segundo, os grandes lideres nos dizem que a chave do sucesso de sua liderança não são as caracteristicas que obtiveram no nascimento, mas o que aprenderam ao longo do caminho. Veja o megainvestidor Warren Buffet, um dos ho· mens mais ricos do mundo, que é admirado não apenas por sua proeza em investir, mas também como líder e chefe. Ser um grande líder, de acordo com ele, é uma questão de adquirir os hábitos certos. •As correntes do hábito são muito leves para serem percebidas até que fiquem muito pesadas para serem quebradas•, diz. Warren argumenta que características ou hábitos como inteligência, confiança e integridade são os mais importantes para um líder - e pelo menos as duas últimas podem ser desenvolvidas. Ele diz: "Você precisa de integridade, inteligência e energia para obter sucesso. A integridade é totalmente uma questão de escolha - e é um hábito que se cria". Por último, o foco "nos grandes homens e nas grandes mulheres" não é muito produtivo. Mesmo que fosse verdade que grandes líderes nascem assim, é uma abor· dagem muito impraticável para a liderança. As pessoas precisam acreditar em alguma coisa e uma delas é que podem melhorar a si mesmas. Quem gostaria de viver andando por ai pensando que somos apenas algumas acumulações de marcas genéticas e que nossa vida in· teira é apenas um palco em que nossos genes atuam?

      capitulo 12

      lide rança

      391

      descobriram que, apesar dos diferentes ambientes, cada As pessoas gostam da história otimista de Babe, o porpar de gêmeos tinha semelhanças notáveis em relação quinho atrapalhado porque temos a escolha de pensar à liderança, Outra pesquisa descobriu que o ambiente positiva (podemos nos tomar bons líderes) ou negativa· mente (os líderes são predestinados), e é melhor 'pensar compartilhado - ser criado no mesmo lar, por exemplo tem muito pouca influência no surgimento da liderança. positivo'. 154 Apesar do que talvez possamos acreditar, as evidências são óbvias: uma parte importante da liderança é produto de nossa genética. Se temos a coisa certa, somos destinados a ser líderes eficazes, Se temos a coisa errada, é improvável que possamos sobressair nesse papeL A li· derança não é para qualquer um e cometemos um erro ao pensar que todos são igualmente capazes de ser bons líderes.'"

      .f•1·111ri11·r1s11,·1wm 1. Liderança <~ achninis1raçào são clifcrc n1c~s utna d.1 outra? Se sirn , coano?

      6. Q ual é o ,·:,lor do 111h1toring ptira ;\ liderança? Q uais. são oi, clc111c111os-cha\'C pa ra un1 progr,1n1
      2. Qual t': a diferença cn1n; as t(:orias dos 1r.-1ços e as 1co1ias co1nport.,rncntais? São :e11nba:i tcori..i.<; ,-:Ilidas?

      7. \ 10<.:ê ç(n1001'da que t xi!ilcn\ si1u:-1ÇÕ(:$ ua.~ q uais a lidcr.111ç.t não é nccCS..{.;l ria? Por qt1ê?

      3. O q ue ê o nuxlclo de f
      8. Corno :-\ s organi1.açõe;5 podern .sclccion:-\r líderes cíicazts?

      l"

      dc~n\'Ol\'çr

      9. Será que os prcssup<>s.tos das tco1i tlS da lidernn(::, C:'Lris111;\tica e t.ransforn1acional podcrn ser gt~ncralizados para ouu-as cuhul'as?

      Exercícios em grupo O que é um líder?

      3. C;,d;, po11a -voi eleve a prcscn1ar a lista do grupo para

      1. f;1ça o cxcrtícic, inclividu;'l.lnt(.'ntc:. l~scr(•\·;.1 12 .tdjCÜ\'ôS de: un1 líder c:rnpresa1ial tfic.·~1z.

      :J élassc. 4. Entre as listas., há n1uitas scrnclhanças? O que isso lhe diz sobre a na1urcza do conccho ele liderança?

      2. l·Õnnc grupos de quatro ou cinco pessoas. No,ncie unta pessoa para fhzcr as anolações e str o porta ..,'O"t.. Cont· pal'c as listas dos 1neo1bros do g l'upo. f.1.zcndo tuna nova lista de actjetivos etn Cô1nu,n. (Co111e o~ sinóoirnm con1t1nic.-1tivo e t:xlr()\'trtido, por cxc,nplc, - corno s<·11do a 111csn1a coisa).

      Os fins podem justificar os meios utilizados por um líder? (:ontcilua,nos antclior1ncntc a lidcrauça con10 hahili· d:,dc pa ra i11flucnciar pC$Wtts 11a dircç~o dr u1n objctÍ\'(}. No t 111.-tn10 1 11:'.1' 0 é..· dito ~ ('ssa càp:tci
      5 . Caso .1s li.s1as .s~j:nn n1t1ilo pan;c;icla~, ,'()(;ct ath:-, que ii-.so se deve ao f.-uo eh~ ,·oct":s conco,'Clarc,n oon, a.1, caracu:rí.s1ic-a..(;j <1uc un, líder eficaz deve t<:r ou ao f.110 ele todos tercn1 lido acesso aos nlcsn1os Livros., revistas e progra· ,nas de T '\f que f."'\ l;un sobre os presidcrncs das grandt·s cn1pn;sas?

      o bc:111 ou para o ntal. E1n conu-apartida aos bcncficios da 1>0siç.1o dt:. Jídcr {JlllluJ, poder, s.:il.-írios elevados etc.), esses gc:s101x·s 1a111bé1tt c•nf'n:nt,un 1nuitas q uestões \!1iras cn\ :seu c:lia il dia no trabo:1lho. ( :0111 rclat;ào .1 cs:;t tt1na, scr.í que os fins, os objcti,·os 1raçado.s prc,ian1cntc: justifican1 os n1cios u tilizados. pelos lidcl'cs?

      392

      Compo11.amento organiia~ional

      ;\fuitos dos gcsto1·cs que ocupair1 011 ocuparan1 e:SS:il!. posiçc.><.'S ficar:Hn t~rnoso~ pôr utilizar p1'átiea.s ,111, tt1nto quanlc) q ucslion.:Í\'Cis para influenciar os 1nc1nbros de suas cqoipcs. Dentre css..,s tátiC'as, ganhar.un destaque a 1nanipulaçào, a agttssividadc vtti>al, a inti1niclac;ào fisica, a n1enlira. o n1edo e~o controle por 1ncio ele :supervisão rígida. ;\ Jgu11s delc.1.: oblivcr.irn grande succ:s.~. ao p~S<• qoc úutros <:air.tn1 no C$q ucci1ncnto. \.i;:j;_11nos alguns cxc1nplos: O cx-Ci.,O da General Elcctric {C E), J ack ll'clch, considerado un1 dos n1aiores presidentes d~1 histó1ia da cornpanhia e responsabilizado por OH1itos por tirar a co11,pa11hia do ,n:u-as1no e t:1zt:-la voh;u· a Cr<':,:c,·r. tinha u1n 1né1odo 1n<:ritocr:i1ic.·o n111í10 cl:1ro. O.s funcion:cirios da cn1prcsa cr;un rl\·alh1dos anua.bncnu: e di\'ididos cn1 rrês !,,'11lpos: os 20 por ccnlo 1nelhores rccchia1n rcco1npcnsas, o.s 70 por ccn· 10 i11tet"111ediários 1-et ebi;un u111 j,tdht1tk pata descobrir ,·0010 n1elhorar e úS l O 1>01· cento piores ('ra,n de1nitidos da e n,prcsa;

      No i,, icjo de 2009, cnt J)lc.11;1 crise cconõntiç.a rnunclial, o presidente da En1bracr, Frcde1ico Cur.,do. anunciou a dc1ni.ss.;o de 20 por cento d a for(a de trabalho da con1panhia, de u1n lotai de ·t200 trabalhaclore$. Ele justificou a 1ncdida dizendo <1uc:. eh, era t'undan1cnu1l para gar.1ntir a .-;obrcvivência d;1

      c1ttp1't'.-Sa e a nuu1u1<'11çà<> ,los ou11'ús postos de trab:tlluJ, ,nas t 1,fn:ntou n,uilas dificold:.1dl'S i1npot-tas pelos sindicatos e pclaj ust..iça do "rrab:,lh o.

      Os cxccuti\·os J orge Paulo Lcn1ann. c:arlos r\lbcrto Sicupira e ~larccl -rcllcs.. sócios da n1aior c<:1''cjaria do inundo, a AB (nhcv, são conhecidos no 1nu11clo cios negócios pelas pr;itic.a!i n'tctiLor1·f11itas de todas aj; c,11p11..'S~\S que co111rola1n. ' l'ais lécnicas.. entre tanto, uunbén1 se1ncian1 :, con1pcti<ào c1n suas organizac;õcs e colaboran1 para a geração de u1n cli1na de cxc(:ssiva busca por rcsuhados, que 1nuitas \'(;'l.<.'S 1-cílc.•tc-sc <;11'1 u,na r.;la(àv pot1c.c, cordial c111r..: 1;:l1cfes e sob<>rdinados.

      Questões 1. O <1ue t~ ,nais ilnponantc quaodo as pessoas a\-alia,n u1n líder: :;u:,s <\ÇÕés ou os resuhadoi. que ele conquis1a? f. o
      Fc,ntc8: ~l:'1rtc:lo, ()11:1ga. "N:ic, nl(' ('11,1,·11tonho do
      19 111;\r. 2009: c: ·:Ju~liç.1nl;111(l:, 1\111H('v iudc:11i~ar

      funcion,ítio co111 RS iO ntil por hu1nilh;u;ào... /"11ilta 011lint. Disponi\1:I e1n: <w,,'\\•l .folha.uol.con1.br/folh11/dinhc:iro/uh9 1u113190.shunl>. ,.\ ctm c:n,: 26 ,n.ir. 201O.

      Estudo de caso 1 Mas e se eu der azar e meu chefe for um 'líder mala'? Oc acordo con1 Claudia Elisa Soares, diretora de Rl-1 do Grupo Pão de :-\ çúrar, 1·chefe 1()xit~o ~ que1n v,li au·,í.1.: do rtsuh~•do certo da lônna c·rr.u.l<\'\ ou .-;('ja, aqueles gestores que dcsn.-spcil~un seus funcionários., prcocup.:un-sc apenas co1n sua i1nagc1n e clesc1n1:k!nho e busca1n a todo cus10 o c;unlprillu··nto d;,.:; n1<:t;).S tra("t1d;1,<; por .sc·us supc~rio1'és. Ess.c..·s chefes vccn1 os subordinados apenas co1no ICrran1cntas pai~, aJcao<;ar se-us ol~c1ivos, of10 os cnxel'gaodo con\o pc~oas que podcn1 1r.1ba lh"r jllnto C<.lnt eles par:-t alcanç:~r os ol~it'tivos lra(ados. No1·11u1linc1uc, CS.St~S 8C"SI01~ são ex-tl'ahalhadon"$ que tinha1n u1n excelente dcsc1npt•nho nas tareÍ.lS qtil' rc.alii..,\~un e
      u·rpes.soais desses trahalhadures, ocorrendo apenas por s,:u dC$t111pc nl10 co1n o sobordin.tdos, esses 1u),-os chefes podc,n vir a se tornar ~tóxicos'. Pr<:iuclicando a satisfhçào e o cli1na de sua cc1uipc de subordinados. ~·las se esses gcslOl''C.S sào táo 1nah~s1os 1x:los funcionários, por que :-l!i 01-g.,nizc1çõcs os 1nantCn1 c1n scos q uttdrús? Ess,;1 é un1;, pergunta b.:i..stantc interessante e.· que possui duas c:-xplicaçôcs. 1\ prin1cir..1 delas é que, apesar de scrcn1 considerados '1naJas", 1..-sscs chefes conscgutn1 bons resultados no cu,,o prazo pvr 1ncio das ;un<'aças que fr1ze1n e do ,nedo qut· ~"(:1·.;.Hn. Sc1,,'l1ndo f elip,e \ V4.;sti11. dir1·1or da {u'(:a de de~c111l)Cnho ()rg;tni~;,(·ion;n:s.tS tolcra,n pessoas conl con1port;,n1cnto inadequado po1·quc elas c1nreg:.1n1 resultados 110 curto pra1.o". t\ scgu11· ela ~ <1ue <1uc.1n oon\'ivc 0001 esse ·chefe 1ó.xico' e solh· as rOl'll\CquCocias de 1rahalhar ('()lll cl<"' não sfu> os .S\tj'>C1iores dc..~e geslor. 1.ogo. quc1n tc1n poder p
      capitulo 12

      p<·«la de tal<'"lllOS jovt::ns, que c·onh(~C<'"rn !\Cus potr.ntiais., s..1ben'l qoc 1>0dcn1 rccolo('ar-sc no 111crcado e n~o lOler.un o tratarncnto dispensado a eles por esse tipo de ch.cfC. Por essas e outras razões, as c1np1-esas <:slào passando a considcra1· o coolpo1•ta1nento dos gestores c1n suas avaJiações, e não apenas o resuhado c1ur~gue por eles.. ,\lé:111 disSO, u1n.:i 1>erspeC'Lh~, n1ais ele longo prazo ssí,·eis. Se, apesar do es.1ilo n.,dc, votê açh,"11' que; ele atcitaiia urna con,·c.:tSa fran. ca, pode falar dirt::1:u'l'H:111ç c·(nn cll· e; ton1u11i<.·ar (h~ 1nt111cirà cch.1c:,da sua inst1tisf:)t;ào. Se isso n:io for suficiente ou pô!i.· sív<'I• o Í\111cionário pode rccon-cr ao R I J <1~1 cn1pn.:sa par., que o dep~u,a1ncn10 Lo1nc as. devidas providências. t\ llltin1a saída seria f.1la1· corno chefe de seu chefe, toJ'cendo para que cl dl' seu chcfr·, (ltt'11ltO do gestor dele, crn ft1nç.'io de você estar utiliianclo ;1 prática conhecida co1110 b)pa.ss, que significa rcco1Tcr a a i· guéan acin1a de S(;\I supc1ior hier:irquico. :\pesar ele crítica,

      lide rança

      393

      ca5.o ncnhunl:t opção anccl'ior s:cjil J)OS$ÍVcl ou surca efeitos, 1;,1::11· co1n o chefe de sct1 chcfl' pode s<·r a única ~aída. Obvia1ncntc. ninguénJ gosuuia de trabalhar conl un1 c hefe co1no esse. ( :aso você se sinta injustiçado e se con~ sidere un1 profu;sional talcncoso) entretanto) sel'n pre restará c>Utl'a saíd:1: procurar çn1 ouu·n crnprcsa un1 1nclhor a1nbico. I(' ele u,,ballu). 'lhr<:cndo, lo~ri<"an1c11tc, par:l H·. r un1 pouco 1n;iis de sorte dcss.- vez.

      Questões 1. Caso ,'()Cê 1rahalhassc coo, un1 thcfc ;\gf'{'~ivo <: Cb"úÍs·

      t:i, éú11u) pn)('t::deri:~ pan, tc111ar n1odific:àr <'SSa situ:,çi'.io (sern ;,grtdir •• inccgrid:ade íisi<':a do indivíduo, obvia· lllClltC)? 2 . \ locê acha que é possível n1odificar urna relação con1 tun gcs1or con10 esse por 1ncio de u1na conversa franca e direta? 3 . \ !oc-ê recorreria"º R.H díl en1prt·sa cn1 que trabalha crn urna situaçüo con10 c!i$a? Qu.il co11iil'<1Uê11<;la ncg.niva isso poderia lhe.· tra:1.cr? Por quê? 4 . Os 'chclCs tóxi<;os' não são pcS.SOás ::1dor<1d:-1,5 por scos. subordin~-1 dos, ,nas são 'c~pazcs de inffuc11ci~í.-tos p~1r.t a realização d(• urn ol->jctivo>, 1ncsn10 que por pouco tcn1· 1:>0. t\ definição c·o1rc~ aspas rep1·csco1a o conc<'ico de li· dc~~111ça ,,1Jrei-t"111:,do rlt~Ste ,-:ipítulo. \focC àch::1 que urn gc~tor (:(ln1() o ;)pre.;1;e11tado nú 1cx10 pc)dc ser eon~idc· rado u111 líder? Por qu(~? Caso não possa. p0<Jcria h:a\'('r algtun erro na definição ele liderança apresentada?

      Fonte: Base.ido e1n l~r11,u1da Bottoni, '·Co1no lid:1r corn ('hcfl-'S tóxicos". &.:iJ.Ja lê(lS.11.~ cd. 133. c:arrcira, 8 jut 2009.

      Estudo de caso 2 É possível 'amar' um líder durão? E111 tun lc\la111:.:irncn10 cosn çxccutivos norlc-.:unc1;canos, doi..~ pcsquh~ado1'C'S idc,nificara,n <1ue i5 po1· cco10 deles ti·1n características de 'rnachos .:1U:'l' - altan1c:nt<.' an1biciosos e agn;&;ivo~. Ess.c, constata<;•io parc<:c· dcsioar do que se prega nas crnpl'<:sas: os chefes dcvc1n ser oolabo1-ativ<>s. descentra· liz••dorcs, dcn1ocrflticos e pron1otorcs de un1 bo1n clin1<1 de equip,c. No c·111~u110, pelo (1uc se ob.:,tn·<,u na pe~quisa (; se obscr\'a nas organiz.açõcs1 os líderes aulorit.lrios parcccn1 rcaln1c,11c cxperi1n~:utar 111na ascensão rnais r.ípida e, de 1nancira paradoxal, colaborar 1nai.s para o rápido dcsCU\'Ol· vin1cnlo ele seus subordinados. \ 1 ários estudos corrobora1n essa hipótese e buscan1 e....:· plicaçõcs para tal fcnô1ncno. f\ prin1cira delas ,cn1 carálcr cognidvo: a gcscicul•u;,io incish1, deno1a <:on11}(:1êntia pata os obsc1,"àdOrc;í.. Dessa lb rn1a, os gestores qt1c pnHi(';un u1n;-l c;-01-nunicat;;io ,·crbal e, princip;1lincntc.\ noio ,·crbal nH1ili. agrcssi\'a 1cndcn1 a cxperi1ncntar u111;1 ;,sccnsào ,nais r:lpid;,, 1-\ outra cxplicaç;.io (; clen1onsu·ada na prática: cn, n1on1cn1os de ad"crsidadt\ s.io cs.ses os líderes que n1ais se des1ac.an1 por

      l>usca,·cff1 os rt;.'1it1hados ~\ ·qualquer prc.:ço·, conquis1a11do, dc:ss.a nuu1cira. a confiança de seus superiores. A gestora l·Cr11and;1 Pornin co1nprovou na pnític~1 os in1· paclos de ser subordinada :, uni líder con1 essas c::urdo corn R.obcrt Sutton, da Uni\'crsidadc ele StanfOrcl) o tirano cficien· te precisa equilibrar o lado i1nplacávcl conl o aniigá"cl. 1-\ 1>crsonalídade dCSS<:$ executivo:; é 11a1ural11lcn1e ag1'Csí.iva e; f<)rnpctitiv,;,i no e11t;11110, c~Jcs p1-c<:i::;.t111 s:1bcr c·onll'Ohí-la para evitar conJlitos con1 sua cc1uipc. Segundo especialistas., utilizar-se constantcrnetHc do n1cdo e de ·p;i.la,·rõcs, não $àO cs11-:uégias adequadas ele n1oti\'açào vi:.:10 que sua cíic;íçia t de c-urto pn,~o. 1\ lén-1 diSS<.>, o líder 1

      394

      Compo11.amento organiia~ional

      a111ori1á1~0 cfit:ien1e prt~ci.:,a saber elogiar sc~u:. sub<1rdinados:,

      2. \ loc(: preferiria 1rabalhat co1n u1n lidt~r corno ('SSC, qut~

      at{; pô1l:1t1c seu aplauso teru un1 1~0 1)1uito n1aior p11ra eles. Por fin1, reservar tc1npo para cnsiná·los e auxiliá·1os é \'ital. redtr.ânclo, con1 isso, C\'Cntuais rccla1naçõcs no futu ro.

      chan,:i sua ::itt•11ç--lc) e o pressiona par:;1 ati11gir os n.:-suha. cios.. n1as qoc o ajuda a se dcs<.'nvolvcr; O\I c:on1 urn lídc·r 'boa-praça•, que é seu :unigo, í.1z elogios cons1an1<:1ncn· lC, rnas não lhe dá u1nfiedbatk sincero sobre seus erros<1:>
      Obvianlcrnc não é f..'lcil co1urolar seus tJ'aços de pcrso· oalidade. O:s chefc~s Jioha·dura dcsenvol\'t r:un si,1::i.s Cl"(;nças e cn1oçõcs prcd<>rninanl<."S ao longo de sua vicia. No entanto, o respeito aos subordinados ixr111i1c u111a gestão n1a.is eficaz das equipes.. 1\final de <'Olllas, a concliç-:lo pti,ncira para ser un1 líd<:r cnl u1na organização não t~ o autoii1atisr110, uc111 n1c:-n10 o t<>lahorac-io11i:<.n10. rnas a exiSl<~ncia de· urna <.:qoip<' ;1 qucrn acl.in iuistrar.

      Questões 1. \ 'ocê acha que se datia hcrn ron1 ufn Jídc·r 1Jinha.dura', que 111:uHt~,11 111tt;-) n~la\·ào estrita1'n<'1UC íJl'Oíis.~i()nal oorn ,1x:t• ( ! f(J('a os rtsuh,,dos ct,,s tan;fi'5 n:.·uli~.ad,~s pela equipe?

      3 . P<>r que você acha que a eficácia dúi: chefes que i1lctn1i. v;.1111 S\l<'ls c<1uipcs por rncio de 'pal:-1,·1·õcs1 e de cunçaç:1:; ê de <"Urto pr.-zo?

      4 . Qo.:1ndo você ocupar \lln c3rgo de lidcrnnç(I, qoal rc· laçào procurar:í n1,1nter co1n seus subordinados? Caso tenha un1a pos.tur-.1. 1naL~ arnigá.vcl. con10 tvitar que c1c.s nfto se aprovei1e,n dt~ ~ua hoa vontade? Caso "enha a agir dt n1odo in;)ÍS. 'linhá·dun)', c..:orno fazer pa r:1 <1uc cJc~s n::io íiquc111 i11s,t.1isfci1os conl su;-1 lid(:r;uu;::,?

      Fo nte: :\l~1uro Silveira,"() l;~do bon, d<> chc:fe liuhtt du1~1", RtflMa E,·a11rt, c:d. 89·1. auo ·11, n. 10, 3 1 ,n:üo 2007, p. 9 h-95. 0

      1. ••() cs1ilo de gc..<;tào de ,\ hilio l)ini:t.", JtJ,1,tf Eran1r. Oisponi\'cl c1n: < \\'\\'\\'.J>0rtalcxan1c.abril .ro1n.brI negocios/cs1-i lo-ges1;10· a.bilic,- . .,.\C\'"SSô ç1n: 12 n1ar. 2010; e Lt1cas ,\ 01orin, •10 e!C'ito d<: J-\.bilio··. l(n:ista E,.·11n1t. cd. 960. 20j<)II, 2010. 2. J. P. Koll<'l'. "\\'hat l..t·.ldt·rS Rc~,11)' l)o''. Han'ard 811.ri,rw /(ri:ia,; 1naio/jun. 1990, p. 103·11 I; c.J. I~ Kottcr,:f /:Orrrfor (:/1a1igt..· l lproacl1 to thc- Study of 1.4.•:idt·rs.hi1>in S1nall G1'0ups"' .p,r,1ál iJf Cwnm111u1011'011. dt'"',',, 1967, p. 31G· -323. 4. S. ,\ . K.irkp;nrick e E. A. UX·kc. " L.cadership: l)o ·rraits ~lattcr?", .rlradr1,!)' ef ,\ la,,age,11,nl F:..,·«11IRtt, 1naio 1991, p. ·18-60; r S..J. Zt,cc:,in,, R ..J. l•bli <' 1). 1-\ . Kenny. "Sdf·.\ lonhoring ::ind 1'1\,il·Bas('d \ ~'lri::incc in l Á'.adcrship: ;-\ n lnvt!Situalions··.Jou,,,,d of ,lpplüd l'ff'hol,g,•. abr. 1991, p. 308-315. 5. \ (:j,1 ·r: 1\ .Judgc,J . F.. Uouo, R. lli1':s e ) J. \\'crnc,·, " P<·n.on<1· lity and l .<.:adt~hi1J: t\ Rt\'ic,,···, anigo :1pn:.-:sc1u,,do ua 15th ..\nnu:ll (:Onffrcnc<' of 1hc Socit•ty fOr lndui'.ui:il and O rg:i~ ni1..'ltig.1. 92, rl, 2. 200i, p. 307-32•1. 8. K. Ng, S. 1\ng (' K. Ch,111. " PC1'$>0ali1y aud Lcadcr i-::1: fc•ctivcnc:.s: i\ )lodc•r;ucxl ) lcd.i,uion ~Iodei of Lc~1de~l1ip Sc:lf.Effica.cy,.Joh l)cn1:1nd~ nndjoh 1\ u1ono1ny'",J
      der?''. flam1rd lhui1a1.ss /(r.it..u, nov./dcz. l9'J8, p. 9'.{-10'1:J. ~I. Grorgr, .. E1no1ions and l .c,ukrship: ·n1c Role of F.1no1ionaJ

      1111<.:lligence··, l lunwn Rda1Wlrs. :~ro. 2000. p. 1027· IOS.:>: C.·S. \\'ongc K. S. L.-.n~,,,.l ltc l~tll.'"Ctsof I.K.\loratory SHt<~·", úaJm/1ip Qyarln'{y, jun. 2002, p. 2·J'.i-

      · 274; <' 1). R. C:lrtli:O e C ..J. \\'olf<', "En101ion:il Jnrelligcncc and l..c.1dc1~hip l)t\'tlu1>n,cnt''1 in 1) . D.:1vid é S.J. Zacc:iro t0,1-,--s.), Ú(tdtr l.k:·,/()pn1n1tfar Tra11if<,nui11.; o,~1ti;.áli()T1J.• (,''r()· . 1:!J. 12. j . 1\nlon:ikis, ••\\'h>• ·E1001io11:.tl l 11tclligc11<:c· Doc..·s 1'101 P1'Cdict Lcadcrsltip Etfccti\'cn~: t\ Co1111n<:111 on Pr.ui. l)ougl;,s, Fc:ni", t\ n1mc;1cr, and Uuc:l.lc1; 2003", /11tmw1;011al ~JQlll'IIQ/ ef O,ga11i{.,1,;l/1t"Cr, "i\ ~1c1a-An;1lysis of tht• Rcl:ition IX·t,\'<'Cll Pcrmn:1li1y ·rrnilS and l .cadtN:hip Pcr<'cpti1>os: .c\ n 1\pplic:uion of \ ."alidily C,·nl"talization P1'\X'cdu1\~",J(I.Urno/ ef :tpplit,I l't.;tlwlogy, ~,go. 1986. p. 402··•10: cj . t\ . S1nith e R.J. H>ti, ·~\ Pattcrn Appro.ic:h to the S1ud}' of l.cad t•r E,ncl},~nce'', !..Ladmhip Q.!1ortn(J: vcrã,, 1998. p. 1 ~7·160. l ·1. R. ~I. S1ogdíll ,. A. F,, <:,0011, \0rg,.), /~/" &M,ior.lu IN.sfflp1i11,, (Jlld J l (OStlf(m(Jtf. Rc-.sc::itch i\ lon~'l':IJ)h li, 88. hunbus: Ohio State U,ii,<:r~it); Butt.iu of liusiness Rt"'scan:h, 19'.l). Esta pcsquis.a IOi illUilli1.ada por .1\. Schricshcirn, Ç . Coglisc·r ç 1.. 1.. Nt·ickr, •·(s lt ""fl·us1,\·or1hy"? 1\ ~h1hipl(·· .l.,:_-,.'("l»,of.1\ n:i.l)'llis R<x~1nún..-uion of .in Ohio Suue U'.ackrshi1>

      e:~

      e.

      e.

      capitulo 12

      Slocly. ,\ilh ln1pliC':tlions for Fu1urc RCS('a1'C h", l..tadmhip

      Qi,ufl
      e R. llie~...·rhc furgottt11Onti? ·1·11e \ 1a lidily or Co11sidc;ra1ion and lni1ia1ing S1n1<'htre in 1.<;adcrship RcM•;1rth", Jwrna/1(. lpplitd /'s)m&lr,gy, fn, 2<10+, p. 36-51. 1:>. í>. Ab1..., .hc Rç" ·:1rd~ <>f Ri'cogni~ing :1Joh \ \'cll Donç•', llrl/1 Stt«t.7ou,,u,/, 31 jan. 2007. 1>, 0 9. 16. (~iuli;,no \\'ilian Chiari, "O que nlotivn os fu ndon!11ios do B~n<:o cio Hmsil?: u1n olhar sob1't' a a~C::ncla de Bi· n1:c,'U1 SP'', 2007, Oi§Jl011h-cl c111: <" \\ \,·Jun~c:.ufi}..-s.br/ hanclle/ 10183/ 14016?1iho,,·=fi1 II> . 17. ,J,1dgc, Picc:olo e rtic~ "' )'hc l'<>rgo11cn Oncs.?". 18. (; . Yukl e ü . 1). \ •~111 f,'lc.•c.!t, ···rhco1) ' and Rc.~·:u1·h on l ..ç;tcl<·rship in Org.1ni1.acions.", in !i. l . 1). l)11nn('lt<' ç 1.. ). l . ..lou~h (0 1-gs.). llandbool: of h1dustri()/ 011d Orggr,i.t_alionol l':,'(/lfH<>gf. ,~'l. Pa.lo ,\lto, C,.\: (:011.)uh ing Ps)'('hologi!Sls P1'tló.S. 1992, p. 1<17-

      -1 97. 19. Ç ;unlin,, ~h·yer, "Urn a rn:íquina 1nmiida a ra;,..;io'', Rrvúta l~,a,rt(, ed. AA9, 22 n1:1r. 2007. 20. F. E•. Ficdl<·r, A 11r"''J' of /,LQdmhip F/f«ràvnt.$s. ~ Qva \'orl.: ).lcGra\\•• HiU, 196i.

      21. S. Shiflcn, "'Is ' l'htre a P1'0bl<:1n \\'hh 1ht LP(: Scorc in l...tadcr n1átch?'', Pttsunntl l'~1fflology. ,-el"ào 1981, p. 7<;5. 769. 22. i\l;:1ria ;\ 1nalia 8en1:,di. " ldc11tific1uc o n1au chefe Ein liCb'11ida livn·-:-c:~dçlc. O 111:u1( hcfc! (: prcjndit·i:,I: f.r1. :, c.:1nprçs~ l)tl'(kr dính.__.iro e cl<.'Sl)l'rcliça 1.:1ltntos t op<>1·1u11idacks". j un, 19(.)6, Oi~pc)llÍ\'CI Clll: < \\'\\'\\',J>01'tah·xarue.ab1•il.c..-onl,b1·/ n·vbta/<·xau\(.' I c.."
    2. . 23. f. t. l·iedlcr, i\l. i\l. Chc1lll'l'S e L. ) lahcu·. /111pror11,g l..ra,Jmhip l~ff«tivrms.s.: 11tr úadrr J\/ottlt Cot1ttpt. i\'ova 'liOrk: \\'ilc.1~ 1977. 24-. C i1ado por R. J. Houi:c <· R . K. 1\di1)r;t, ···rhc Social & icn1ifi('$1ud)' Of l.e:ul<-rshi1>''. p. 422. 25. L. 11. Pc1cri:, 1). ü. fnlingcncy 1'hcory of l ..cadc1~hip: 1\11 :\pp1icadon (IÍ 1ht 1'lttã·Ana.l>~' Pl'O<:cdutc~ of Sch1nich :\nd 1-lu,uer'', PJJ· rholqgitnl /Julúli11. 1nar. 1985. p. 27·~·285; C . A. S<:hrit'shc.in1, B.J . ' ICpp('r e 1•. 1\ . '(('1r.1uh. " l.(•:li.l Pn;fcrn..'íl (;Ã.)\\'Orkcr Stv,r,\ Si111a1i(ln:ll Coruo:>I, nnd J A.':'ldcr.ship EflCcti\'Cn<'$: t\ ).lt1:t-.,\ u al)'l\.ÍS of Contingc-nt)' i\l"odd P1•rt(l1·n,:u1c1.· Prcdic· ti-01\'J.".Jo,,rna/ef Appll(J l'S)·tltMog1. ago. 199·1, p. 561-573; e R. ,·\ yn1;,.n, )1. ).1. C:hcrncrs e E Ficdlcr, ....l.hc Contingcnc.1· ~ lod<'l of l.c·:.dc.!n;hi1> F.ffi-cti\'Cnt·ss: h.!l; 1.cvi;b of i\ n:il)i:,is", l .(fulmhip (h,all('({it. , ·çrf10 1995, 1>· 14 i· 167. 26. 1-lousç e; ,:-\di1ya, "''l'hc· Social Scicn1ific Study of 1.c..•adership". 21. \ 1C'j a, porc-~<;1nplo, R. \\: Rio•, ·'Psy('honu•tri<' Pmp<'1·1i1-sof the E.stcc,n for 1he Lcast P1'tfc:rrcd Co\,'Ol'k<:1' {LPC ) Sc:i.ll•", rlu1dt1nyof ,\ln.11~'(1/l(lll lln ieui ja11, 1978. p. 106-11 8; 1\ . & hri<'s.hci1)l, U. J). U:,)nnislt•r e \\: M. ?<. lont.T, " l•syeh<,1nt•tric· Pmp<·rtÍ('S of 1hc I.P(: Sc:-ik: t,,\ n l{x1cnl)ion of Ricc's RI'· vic•\,•", Aradnl!)' ef .\ f,111ag,,ntnl lln.1int~ :'lhr. 19791 1>, 28i-290; l'J, K. Kcnlled)t.J. 1' 1. l-louston. ~l. t\ . Ko rgitard e O. D. Gt1llu, ..Co11stn1ct SJ.>:.lcc.· of thc Lc:1s.1 Prcférrcd Co\vorkcr (1.P(:) St·al<···. J::dua1lio11al & f•!JYIUJ/Qgical .\lms11rtr1te,1I, o utone) 1987. p. 807-8 14. 28. \ 1cj:i E. l'i . Srhein, Or.gm1is,ydlllkJgr. :~. C'cl. Upp<:r S:td· dlt Rh\·1·1 ~J: Pn:nti('(" Hall. 1980. 1>. 116-11 7: e B•.K:i.b:.u100: 'í-\ Critique of U.•adcr l\l;:1tch licalivn_., IOr Wldcl'-ship Re.,.c:lrch ". Pmo1111rl l 's]tliol.c,g1·. \'êl"o1ú 1981. p. 7·19-764. 1

      e.

      29. \ 'cja, porcxcn1plo, ihid., p. 67-84; C . 1... Gr.1cn: "C, t,lu· tion of Si1u:uio11al 1.cad•·rship 1"hc-ory: .'.\ Crilical Rt.•'\'i,•,,•'',

      lide rança

      395

      Í#dmllip OJu,rtrr{J: 8. n. 2, t99i. p. 153,1 iO; e R. l~ \ 'cc~ chio e K.J. no.i1,\·riglu. "Pttlêrc,,ces ror ldcalizccl Styl('s of Su1>ct\'i:!.io11'', I.Ltldrrthip ()J,u,1e,!J. ago. 2002. p. 327-342. :to. R•. J. House. ·~·\ P:nh·ÚO.'d 'l'he<>l'Y of Lcaclct Eíl'cctiv'<:1u~s.,··, Adn,õ1i.ilrnli,·r &inttr ~tarln(J: sct. 1971, p. ~{2 1.:138: R ..J. 11011.se ,~ 1: R. )1iu:hcll. ·'l">:tth·Go;,I Tiu.."QI)' of J.c..•adcnthi1)', )1Jt.,nu1/ ef (:.011tr»1fX!rt1~r /J1uiru,<st <J\110110 L9i·I. p. 81-9i: e R. .J. Housc. " Path-CotLl ' l'hw1·)' of I..A.'.acleNhip: Ussoos, Legal)', :JJHI ~, R('fôr1nulat<:d ·rhcory". /,1odm!,iJ, Q:,artnli: outOl\ü 19%, p. 32'.{-352. 3 1. J . C. \\'oOOrd e 1.•• Z. J..i.ska, "P;uh-Go:11 ·r hcoric.'S o f l.cade r· ship: 1-\ ~ l('l:'l·f\n:tl)'$lf',.7ou,·11a/ ef .\ln.~u1gn11e11t, in,'l·rno 1993, 1>, 857...S76; f J~ ~I. PvdsaJ.:oíl'. S. 6 . ;>.lacKenzi(' e ~1. Ah<'atnc, "St~~,r<:hing ror a ,\ictdlc in a Hay~tac:k: çl'1)'lng to l R('sc,,rch Us.ing ) lod<:tattd .\luhiplc R.cgn:-ssio,l··. l. OJ.1or1trl;~ 7, 1996, p. Sli.32 1; e ?<-1. C . Evans, "R ..J. llousr.'s :,.\ Path·Go:,J 'rheory of Lc.idc:r EOl-cth't'ntss·", /_.tad('(J}tiJ, 1:

      Qiiart,tly . i, 1996, p. 30.\-309. :53. \ 1<:j.i \ ~ 1-1. \ '100,n (" I~ \ \•: Ycu on, l..cadmhip a,,d /')«ifion·,\ lt,· l:i,ig. Piushul'gh: Univcriily or Piusburgh Pres&, 1973: e \ ( H. \ ' roo1n e,\. G.Jago, '''fhc R.<•lc of 1hc• Situ:u-ion in Lcadc r· ship", A1t1nitan P!Jrlu)/Qg_ist, j:111. 2007, J>· 1i -2·~. 3-1. \ 'cja. 1>0r C.X('tUplo, R. f·I. (.~. Fic.·ld, '',\ of thc \ 'roo1n · Ycnon Nonu:nh·(' ?<. Iodei of l.cad<:1-ship",Journa/ ef Appliltl l'-9tllolog,:. out. 1982. p. 523,::.32; C. R. 1.cana, " Í\'J\\'('J' Rclioquisluncnt \ 'c.·1-sus Po,\·cr Sharing: ·r hi~orctical C l:triíication and E.1npirical Co1np::irison of Oclcgation :1nd Participa· tion".J•""'ª' ef ,lppli0ns",J&Unt()/ ef Applied l's.,tM/ogs j un. 1990. p. 362-366: e R. 1-1. G. fü ld e .J. P. Andrc\\'$, •"Jl~~ting thc l 11trt·rn t•u1al \ i.,lidi1y of 1hc \ ·roon1:Jago \ Crsvs \ ·roo,n· Ycuon ?<.lodt•ls o r Pa n icip.1ti<>n iu l)ccision ~ laking'\.701,nw/ ef lk/la:riot«l l'JuiJior1 .l l®ttt:, dc7..

      ..-e~l

      1998. p. 2:, 1.261. 35. 1-l<,u.!iC: e t\di1)'<'1 , ..~11\(' Soci;J Scitntitie Study of l..c::[1dt1,. ship". 1>, 128. 36. ,,: lx'111lis., .....,.hc: Challengcs of l..cadc·11,hip in thé ~lúclc:n, \ \'orld", A111rria11, J"'-9yJu,l.ogist, jan. 2007. p. 2-5-. 3i. R. ?<.l. Oicncsch e R. C. l..idcn, " L.c:ader-Xlc111bcr l~xchangc ~Iodei of 1.c•adcNhip: A Cri1i<1uc and Funhrr l)t.•vclop1ncn1", Ac()dl'"!1.,f .\l11nog.tt,1n11 Ra:in(l jul. 1986. 1>- 618·634; G. B. Grocn e ~I. Uhl·Bicn, ''llf la1iooship.. Basccl Approach to Lc.-.td(·1-ship: Oe\'clopr"cnl of Lcadt·r ) h·n1hcr l~xchaugt (L~IX) ''llu~11· of Lcadcrsh ip Ô \-er 25 Ycars: 1\pplying a ).lulti-Oorn :,in P('JlJ>«ti\'c '\ lftlR~rship Q!.u,rtn-!,. ,-cr."10 1995, p. 219-2-li: R. Llckn, ll, ·i: SJ):lffO\\'C e S.J . \\'aync. ··Lcaclcr-.~lc.nl1><:t F..xéhangc ·1· hcory: 'f hc Pasl and Potcnti:tl for 1hc· Fuu1r
      e.

      i,,

      ·u•: t\ &·ll"(·th'C l..c,1.:l·of·:\ nal)·~is R<',·ic\\' of thc fidd anda

      l)l~1:tilrcl l ,eàclcr-~lcrn1M'r Exch.ingt" lllus1ra1ion", /,111dmlti/1 Q!,.artrr(>; \'(:rào 200 1, p. 515-55 1.

      396

      Compo11.amento organiia~ional

      38-. R. Lidcn t• ( ; . C rac:n. ··Gc..-nc:rnliz;,-ibilil,' oí thc \ ·'1.·n.ical O\~d l j nk~c (\lodtl oí l ~;"1dcr:;hi1>". Aort and l..e;ldcr·(\le1nbcr E..xch,,ngc",Journa/ ef 1lppt;td /~'(/10/ogr, U7. li. 3,j1.111. 2002, p. 590·;)98; e$.$. .\1:tSICr..c)ll, K. l.ç\\iSl' H. ).. J. Cokhnant ··1ntcgnuing.Justic<' anel $oci:1I Ex('hangc: 'rhc Oiffcring ElfcçtS of F,'\ir Procc..·durcs anel ·rrt
      e.

      t'lll

      for Lcadcrsh ip Oe\'t•lo5nncnt"', in S. E . .'.\lurphye R. E.

      Riggio (Org....), /'Utun ef ILttdttsllip /)n.~/oJ,mtrtl. ,\lah\,·ah. ~: l.::n,·n:n('ç Erlh,'\utnt 2003, p. 129-147. 40. R. \ 'cc·c·hio c• ll )..1. Hr.11.il, ''l.cadcrship -ancl S<'x-.!;i,nil.iri1y: 1\ C.01npari!;on in a )..tili1ary Scning", P1.n011111/ l~y,lwlogr. 60,

      2007. p. 303.33;. 41. \ 'cj;,, por cxc111plo, C. R . Ccrstnt'r e D. \ ~ l)ay, ''!\·(c:ta· ·An:1ly1i(' RçvÍt'\\' of l-4'-3clc:r·~lçrn1:,,c•r E.xchangc ·rlll'ory: C'.()rn·latçs nncl Con:;1n1<1 ls..,;uçi-'\.7~u·,,a/ ef AJ,p!Ud l'S)Yl10/J,. g)•,

      dc1.. 199i. p. 827-844; R. llô<.<,J. D. :slohrgongc F. I\

      ).. lorgtson 1 " l~.:1dc1•,)lc:1nbcr l~xchan~i:te :1ncl Cill·,.cnshi1>

      lkha\'i01"S: ,•\) lcla AnaJysis"".Jo11n1a/ '!{ Appli.td Ps.,,JiologJ', 92. 0

      o. 1. 2007. p. 269-277: <· Z. (:hen, \\; t...un eJ. 1\. Zhon& '"l .ta.dct,.~ltrnl~t Exchangc. and ;\lt 1nher Pcríol'1n;:incc: ,\ Xc"' Loúk al lndi\'idual.-l..c\'cl Negative t-t cdback-Sccking l:khavior anti ·rca1n-l.(.'\'t!I En11:x.>,,·cn11cnl Cul1u1'\"'',Jou11utl ef ,lf,plitd l'-9,/,0/ogi•. 92, n. 1, 2007, p. 202-212. 42. O. f.,dcn, " l.<•adC'rship and Expcctations: Pygn1alion F:lfccL,; and O thcr Sclf-Fulfilling Pmpht•cit~ in Organi1.:uions", lflUlmhip Qrwfleri)' ínwrno 1992, J>, 2i8,279. 43. ).. 1. O:,,cr. ··Pcr.,onal ;)nd 'f."\Sk·Rt:lntcd ~lodcrato1-s or l.t.•adc1• ?'-. le1nbt1' f:xrhangt .•\ 1nung Soft\,'.'11'(· o~'\'\'°lopt1·f'. Jm,mol ef Appli«I l'-9,hology. 93, u. :>. 2008, p. l I H-1182. (11. ~ 1. \ \'cbcr, 7lie 711,m;· oJ S«iol a11d li'.(-,mq111ir O,g1u1Ü;tlfio11. ..-\ . ).. 1. f-lcnderson e ·1: Pt,rsons ( l'r.-1d.). i':ov;, Yo rk: ·rhc Fn::e 0

      Prc,;,;. 19·17. 45 . .J. t-\ . Congcr ç R. N. Knnungo, ·' U<'havioral [)irncnsion~ of Ch::11i~1nati<' I.A·ack nihip", in.J ..-\ , (:ong<:1', R. ;\. Kanungo and 1\ ssock1t<::s (Ürgs.), l'Jtafls"utti, úodmltiJ,, Süo FraneLS('o: .Jo=1·-B,,.,., 1988, p. 79. •16. J. 1\. (".ongcre R. ;\. Kanuogo. (J1(1riJ,,u1h( IL(tdmliip ;,, Q,. ga,,i.(.atWl,s. ' 111oui:and Oal.$, C,\: S..tgt', 1998; e R . .i-\ h·:unlch ç \\t L CardnC'r, '·P<'1'<'1.'p1ions of l .(:nd<:r Chnris1na and Elf<:ctiveness: 11lc: Eff«ti of \ 'is:io n Contcnt, l)divc1y. and Úfghip", /L(u/m:li,p QJu,rlfrb•. '.}, 1992, p. 61 -108; D. N. Ocn J-l:1nogc P. I.. Koopn1:.n, ·' l.('nd<'1-ship in Organit..'l· tions··, i11 N. 1\ ndtl'SOU e O. S. Ont."-S {Orgs.). H(l11dbo<Jk ef bulustn'a4 JIQ,k w1d Organi,t.olio11al P,vdwfogr. ,: 21 ·r h<>usand Oaks, C1\: $;1gr, 2002. J>. 166· 187. ,J8 . \ éj;l.J. J\ . Congcr <." R.. 1'. Kauungo, "'l'rdiniug Ch.ari~1n:uiç l.i·ad<'r:thíp: A Rid,y anô C iitic-al ·rask", CJ1orúr11arir fL(ldtr•

      ship. S:io FrnntiS('Q:Josst)'~na.ss. 1988, J>· 309-323; 1\ .J.'fo\\'• 0

      ler. "[Ot-cts of (:ha,is,natic loíluc:11ce t"1-ai1ü11g 011 1\ ttilucles. Bc.h:ivior, t111d Ptrli::u·n1:\ntt", l 'mo11nrl /~7dwfo~ \.-C1·ào 2003, p. 363-38 1; e ~I. Fr('S(·, S. Bcinu·l e S. Sc;hoc·uhorn, "t\ ction 'fr:lining !Or Ch:uisnuuic L,:adc:rship: ·r,\·o Evt1lu:uions or S1udic'S of a Con1n1c1'C'ial ·rraining ~·l odutt on rn~pirnlional Coll\llltllÜCilli011 or :\ V'is-io11.., Pmo,111d P~r
      2003. p. 67 1-697. -19. R.J. Rit h:·11'lõur .•\'atura{ l.1ndt:J'Jl1ij> Abilil.J. l:ppcr S.'\d dle Rj\'c~r; .\fj: Prt:'nlire 1-lall, 199'.3. 50 ...J. ).. r. J.lo,\·c lJ e l~J. Frost, ...,, l...'lbor;1rorr S1udy or Charis· n1:1tic l.c;_1dcl'lhip''. Organi.;;atiotutl &l1tu:ior r11td fbtmon Dmsiott l'rongirlh"''c~ :\Ocl Chari:;.ina
      4, 2007, J), 11 3 1-1139. 53. 1\ . l~1't'1., \ ~ R ~1isangyi, D. f..John~n. ~i, A. L<:Pinc t' K. (:. A.ilvcrson. ••Stirring t..hc Ht·arls of H>Uo,\·crs: Cht1ris1natic 1.c;.ad<'rship a.<1õ 1hc- 'J'mnsli·r:'11c>I' 1\ff('ç1",Journal of Applinl J>5>'(/1ofc,g)', 9:i, n. :J, 2008, J>. 60:t-615. Pa,-a 1'c..·vis..'l.1' o pa1>el d:1 \'isào na lidcr:,nça. ,'tja S.J. Z,u·,·aro, " \ 1ision,uy ànd ln:spi11l1ion::il ~loclC'l.s of Ex« 1ni\1• l .<'adc·ri.hip: F.ntpiri('.al Rcvic,,· and E\'alu:.uion'', in S.J. Z::icca,'O (O~), 1/u .\átur, ef ,.:,·ct111n,, ILadmhi/>: A (.&,rt/>lual 11111J 1':n1pin'cal A11n.(Jsis ef Su(rm. \\'ashing1on 1 1)(;: 1-\ n1('ri('.an P:ty<'hologiç:-il J.\.'S,.<;,OC"Ía· tion, 2001, J>, 259-278: e ~(. 1-iaustre lt.J . Housc, " l..(~1d ' l'hroug h \ •í sion and \ ~lhl<'s". in F.. 1\. ) .(l(k<.• (()rg.), //andboo.l.; (!f Prit1riplu ef 01J:011i~(1/t()u(1/ lltl11n•Wr. ;\ laldcn, (\lt\: Hlat·k,\'CII, 2001. p. 2;;.273. ,;.1. 1). ,\ . \\'a ldnl;'U1. U. ~(. Bas., e EJ. '{:·uu1nt1rinú, "..-\ dding lú Con1ingcn1·R('\\ :lrd Bch:,vior: ·r11c Augincn1ing EOl•ct oí (:ha.1isfna1ic Lc:~d<:1"Ship (,'(1)14' & 0,8fi,,i.t.11IÜN1 St1,dU.;. dez. 1990, p. 3B l · 39,1; e S. :\ . Kirkp~)tri<·k t~ F.. 1\. l.cx·kc, '·l)in.'"Ct and lndircc, Effc..'Cts of ·rhn:c Core Chnri:;,u:uiC' 1~~dcr..hip Co,nponcnt:s on Pcrfornl,nlC't'° an J :\ttitudts'·,,1o,,,11a/ ef A/r plial J)s;'fflol.og)'. ft·,: 1996. p. 36.51. 55. A. li. n. dt lioogh, 1). ~ . J)tn 11::inog. l~ 1.. K90t>n1an 1 f-1. ' 11liC1'1'),; I~ ·r: van dt•n 1:St1g eJ . G. \-J.11 der \ \"eide. "(:hatiso1atic 1.t•ad..:n.hip. f.11vi1'(;n1n<•n1al 1))•nt1n1i:;n1, and P..:rfonu:uH;ç", Clitrl/ll(ftt p,,·nal ef J lórk & O,;!<Jni~oJi<>nol l ~rhof<>gy, dct. 200--1-, p. 4-17·47 I~ S. f-hu, '(.1·, ;\I. (\ 1.-lrtin e O. Stout. " lnstructol"·s 'lf".ansf<,rn1a1ional l .c;1dcrs.hip: Uni\'Crsit)' Studc:1u 1\niu1clt.".s and R;,-iti11~··, 1,SJYh<>!(t/je,1I Rrporl!. ah1:. 2003. p. 395-402~ . _. O. 1

      00



      t\ . \ Vald1n;1n, ~I.Jr1\'id.1n e I·~ v;_tn:lla1 ··Cha1iSJhatit LcádCr· ~hip :.t 1hc S1r:He!!,.ric I A.'\'C-I: 1\ X C\\' t\pplii:ntion of UpJX'r &-hclous 'l'bco11•", Ú(ldmhip (àta1trt[>·.jl1n, 200·l, p. 355,380. 56. R.J . Ho u~. 't\ 1976 'f ht'QI')' or Ch~uis,natiC' 1"~ad<:1-ship... inj. G. Hunt t• L J,. L;,rson (Ô ll,.~-). úa,Jm!tiJ,: 'Tl1e Cuuing I''.dgr. Carhondnlc;: Soullu: rn Illinois Llni,-cn.:it)' P1'CSS, 1977, p. 189'-207: e Rt)bcn j . l lo\1s.c <' Rn1n N. ,\ di1y:1, ··Tn1t• Soc-inl Sci<:ütifil' Study of Leadcrship ....]our,u.,/
      capitulo 12

      S:,licnce ore E\'a1u:uions oi' Charis1na1ic1 T."lsk-Oricrncd. and Rc:latio,lship-·O rienttd U"adtN", P!rtlrol1>g1((,t Sti,nra, dt"'t., 200·1. p. 8-16-85 1; e ).f. G. Ehrh~1rt t K.J. Klein. " Ptcdic1ing l·b llo,,c·ni' 1,,rcf(·rcnct":i íor Chàri~1nr11ic l,c.·;,d(•rship: ·rhc lnílucnc-c- of J·bllo,,·c-r \ •àlucs anel Pc-rsonnli1y", J~mhip ()Juntff'b', ,'t'rào 2001. J>. t:,3-179. 59. f-1. L. ' IOSi. \ •: ). lisa11gyi, ,\ . F:,11d li, 1). r\ . \\'aldrnan e EJ. 'l'annnàril\O, ''CE() ( ~h;uis.111~1. Con11>cos.1.1ion, a nd l·inn P<""rforn1anrc", /.1adns/lip Q!1a.rttr{i; jun. 2004, p. 405-420. t)O. \ 'eja. por c"X<.:n1plo, R. Khuran,1, Sff,r(l,i,~.for a OitptJr(llt .St"•for; 17te JrratWnál O!,u.slfar (.'l1ori~1r,(l/it Cl!.'Os. Prin~ ton. i'{J: Princtton U11i,1"·1-si1y 1•1t_~..;, 2002: "J. :\. Rarlin, "ºlhe ~l>1h of (~hari.s1natic l.ead(•rs", 1Tai11il1g & l)n:tlopntrnl. 111r11: 2003, I'· f1 -54. 61. \ ~j:i. po,· t•xc,nplo. n. ~I. B::iss. 6.J. r\,'Olio. 1). 1.Jung e V. llt'l'SOn. " J->rc d ic1i11g U11it l'ttfonna.nC"c by r\ ssessing ·1·r:l1bíono:1tion:Li and "J'r;u1s.1c1io11al IA.:adc~rshiJ)", Journal ef Applitd l"s_J·tlwJogy, ahr. 200'.l, 1,. 207-21 8~ e ·i: r\.Judgc e: R. E Pi1.."colo, ~1 ran~fonn:.uional and 1'ransactiQnal l .t.:ad<'rship: :\). lc1,,-1\u:tl)'ti1.: 1ê:H 1'hci1· Rtl,uivt V':,Jidit)'°',.J'~-768. 62. O. '.\I. Bass, "l.c;,dc"rship: (~ood, Hc:1u•r. Br.:sl", Orga11izali<111al f!>'11on,its. invrrnQ 198.S, p. 26-40; c;J. S<'h-zere B. ~I. na~ '1 'ransfor,n:uional I..K.tdcrship: lkyond lnitiacion :1nd Considc1-ation" .•7()ttr1ud of .\lanagrnw1I. dez. 1990. p. 693-703. 63. ·i: R.. Hiukiu c C.:. 1\. Sthrics:chtin1. ·~n Ex:unin:uiún C)f 'Xonlc:adc:rship ': Frotn Lais.. A<:c:s....;o c:111: 26 nK1r. 2010. f)5. S.J. Shin e j . Zhou, .., ·n111.sf<,rn1:1tio n:il l...(';1dc..•1-shi1>, (',0nsc1,·::i1ion. ~nd ( :rca1i,•itr: Evickoct Ji'01n Korca", . l011a11çc Congnicncc in 'l()p ).Janagc-n1c:111 'Jtarns··. Aradm!l' ef .\lt1nognne,1t]ou1nal. 51, n. 1, 2008, p. 81 -96. 68. S. Shinn. ··2 1s1·(~111ury Engin(·cr··. ffi~Ed.jan./rc,~200~. 1). 18-23. 69. J. R. B,unn. E. t\. Lockc e: S. . -\ . K.i1·kpatrick, '/\ Lo1)gitudi11aJ Study oí thc Rcl:11ion oí \ •'i!i.ion anel Visio n Con1n1unic;nio n 10 \ ~nu1rc GrO\,·th i n En1r<.;prçn('11rial l~rms",,]ü11r11al ef Ajl·

      ur

      pli
      Lc:;1dcrship and Organizational Conuni1n1cnt: 1 1t:di;uing R<>lc: oí Psychological E.n11>0\,·cnnc·1n and ~lc:w;lçr:11ing Rol1· of Stn 1ctoral l)is1nncc''.J~111na/ ef 01'ft(Jni::atiQnal &l,oNl!f. dê'/.. 200-~. p. 9:> 1-968: e~,: l),·i1·. N. Kw.s (• B. Shruni1; •·..J'hc E11\otjo1t:\I Bo11d: \ 'i~ion aod Orgt1uizallonal Co,n,ni11nc:11t .A1nong 1-Jigh-'li.:ch En1ploycc~··,.JG-11n10/ ef O,gani.::.ational

      liderança

      397

      Clu11,ge.\la,u,p,nc,1t, 1i. n. 2, 2004. p. 126-143. 1 1. R. ·1: Kd lcr...•rrnn:.fonn:uio nal l ..(;.t(krship, lni1iruing Srru('tu1't\ and Sohstitutcs ÍOI' Leadcrs.hip: :\ 1.on~itudin;:il Sn1d)' of R(~scarc.h and Dc,'CI01)nh:11t Projcc1 1tanl Ptrfottnance·•, :faun1al ef Applird f~rrhology. 91 . n. 1. 2006, p. 202-210. 72.Judgt• e: Pic;colo, "l'r;1nsfornl;'Uional aud ll·a11sactio11al 1.(;!uJcn.hip ". 73. l\1111;,l(•ào, lkrnnrdo. ~fonografia ... 74. V. Jjng. Z. Sint..,l'k, :\1. 11. 1A1h,ukin eJ. E \ 'ciga, ·"Thr l,npact oí 1"r:u\:d0rn1;.11ional CEOs on 1hc Pçrforni:-,ncc S,na.ll·to ~ Lcdiu1n-Sitcd Fi1·1ns: ÜIX"s Otsr.inii..'nju,1:1J Coa•· ltxl ~latter?".]011,na/ ef Appil"td l~lu>lõgt, 93. n. L 2008. I'· 923-93·1. 7~.J . Schaubroc:ck, S. S. K. Lan1 e S. E. Chá, "E1nbrac:ing ·rr:111s:lê1rn1a1ion;,il (,4.•:ulcrship''.

      or

      16. J-f. llcd iind, G. ).J. Santbl e ·r: H.Jo hnscn, " Burno111 in 1hc ln!Onn:uion ·1cchnology $c('tor: l)oes l..cadcrshi1>~laru:r?"' /~111f1J<(l1'~ft)Urnol 'tf Ilb,i on,J Org<J11ii:_(l/i(H1ol l~ytl1(1/çg)', 16! n. 1, 2007 1p. 58-i:t: e 'K. B. Lc.1,,c.·, K. G. Kroc·tk (' 1'. Siv
      n1ania111, "Effcc:ti,'Cncss Correlates oí 1·nuislOrn1;11io11:d :111d ·rra n.s:1ctional IA..·ad crship: ;\ i\lc1n-1\naly1·i,: Rt-..~c,,· of thc ~11.Q ljtcF.t.ture''. Wulmlrip QJ111ttt1b•. o utono 1996. p, 385··125. 77. \ 1cj~l, por <:>-crn1>lo.J. B::1r'lil\,~ ·r. \\\-b<:r e E. K. Kt llo" 'ª>'· "E.ffc:cL;; of 'J\anslO nnational Lcaders.hip ·r r.,ini11g 011 t\tti1udinal and Financi:tl Ou1c-on1cs: 1\ Fícld F.xpcrin1c1u", JourJtal ef :lppHtd PS)rl1ology. cl4·1,. 1996, p. 821 -832; e 'l: Ovir, D. <n e B.J . r\"olio. "lo,pact <•f 'fraosfor1nationnl l...cadcr· ship on l'Ollo"'Cr L)(·,x:ICJ1>fnc111 and Pc1forrn:1nct: 1\ l·i 1~1c1 E.xpt·ri1nent'•. Aca,lt11!)' ef .lla11agtn1t11I Jau111al. r1!,t'(>. 2002, p. 135-144. 78. H.J. :\volio (' 6. ).1. U:1s.,;, ''Tn1ni:íornlJ1tional L.-adcí$hi1>. Charismn. nnd Rcyond". anigo, S.--hool or :0. lnnagcn1c,u. Stnte L:ni,'t~i1y of N<:"' 'l'o,i:, Hinghannon, 1985. p. 1·1• i9. \ 1cja H.J. ,\,'Olio. \\~ t... Cardnct. E O. \Vahunb,v.1, E Lu1hans e O. R. ).lay. '"Unlotki11g lhe i\ lask: 1\ Lc>ok ai the 1•rocei>s by \\'hich :\uthcntic 1.cadcrs ln1p•tc:1 l:Ullo\\·cr Aui1udes and B<.:h:iviors". lndml,ip fl!,,nt('f!,; dez. 200·l, p. 801·823; \ V, 1.... CnrdncrcJ. R. Sch('1'1nt•rho1•n,Jr:. ··Pcrfor1nanet Gaios 'l'ln'Ough l'o si1iv~· Organi7..;nioreal lkhrl...iOt ::u1d 1\ utl1cn1ic 1.c::tdc:1'$hip'', O,g,111k_tllil)1u,/ l~11a111its. ago. ZOO·l, p. 270 -28l; e ~I. ~I. :-.Jovicc,..ic, ).1. G. 1-Jar.-c); ).1. 1

      R. Our.kley,.J. 1\. Bro" 'n·R:,dford e R. [\":lllS. ':\uthtn1i<'

      Lcad<:t.Sl1ip: :\ l·listo1ical Pcl's1x:c1i,-e'·.Jo,,,,,,,r ef /.,((A,/ml,ip ,md O.rgo11iiolional /Jt/1aci91, 13. f1. 1, 2006, 1>, 64-76. 80. Oispooi\'é l t rn: <"·,,'\,•.cikébr1ti..:.ta.tonl.bl'/ ,..is;,o360.lu1nl>. Acc:s,.,;o c:111: 26 111.ir. 2010. 8 1. C. ·n,n, ·'CEO Pinching Pe:nnt•y in a Slo,\·iug Eoono1ny", 1101/ Strttl}üt1mQ/, 3 1j:in. 2000, p. 1-2; e;,\. Carte1·, '·J jgh1ing :t Fire lJndcr C.'\nlpbdl... Bu..i,l(.s.,' llt(k, 4 dC"J.. 2006, p. 96-101. ~,2. R,rút11 CF.O Rtasil. ano 1, n. 2, 0111./d1·1.. 2004. l)i9>0nÍ\'<'I tnl: <,,"'"':i>"'C .corn I pt_B RI br/ publitaOO("s/"-\Sé 1$/<X'<>br.lsll-02 .Jxlí>. :\ tc:sso c:111: 25 1n,1r. 2010. 83. R. llic:s, E I~ ).lo11;tson cJ . O. Xahrg;\11& 'J-\u1hcntic U'a<.l<.·ri;hip :111d Eud:u.'rné)nic \ \'cllb<·ing: U11dC'1'$l(1nding Ii'ad<·r-~JI· lo,,·cr OutCOlll('S''. / jade,s/lip OJ1orll'.rly, 16. 200:i. p. 313-39·1. 8·t Está scç,io i: baseada crn E. J~ liolland()r, " Ethit~àJ ChaJlenges in 1hc l.c;u:lc:r-follo,,·cr Rc:l:ition!-hip'', lfflsi,,us l·.'thirs · 55·6~:J. C. R<>st, ··J.4,•:;idcrship: t\ Discussion t\ bout E1hies", lJ11,1i11rJ1 Et/,Ítj Q!u111t(!Fjan. 199.>, p. 129-142; 1.. K. ·rrc";tu.>, ~I. Uro"·n e L. I~ ..larunan1 'i\ Qu:,Ji1;uivc ln\'(':$tig:uion of l\ ~n:c•ived Ex<.:ct1livc E1hiçal

      398

      Compo11.amento organiia~ional

      U.-adc~hip: l\-rt<:{Hions li".ln1 lnsidc: a1ld Outsi11l.ja.o. 2003, p. 5·37: e R. ;\I. Fulol<:1', "1.hc (:h:illcoge of E1h icàl Lcad<:1'lhip'', Or8(1t1i:,o/i()rud D;wan,;rs, 33, 11. 3, 200 1, p. 307-317. 85. Daniela .-\hrantc.-;, "Étir.a e n::spons.:,hilidadC' social corpora-

      1i\'.'I s..i.o rr.aln1en1C' i111ponnntc:s? l)n1 cs1udo con1 ruuuw ç atu~L~ gestores de cn11>rt.sas''. 2005. 86. 1;lk,n~1 Huchtik, ·•(::1iC'a, coltum, projc1vs inttrnacionais (· lidé1'all(3... / J'&,11/,ufni, dt (,"tr(1UÜt11irnli> (/( Projt,t()J P.1I/-RS Alinlu1ndo &1,otigias, l°'fsAAH ( /Usultatlt>s, sct. 2006. 87. J. L. Lun.:-.fo rd, ••Piloting lkM:ing'i ~ e"' Cou1':S(.···. Háll Slr«t ]<>1,r,wl, 13 jun. 2006, p. 8 1, H3. 88. J. ~1 . Hurn:ot. /~tulmhip. No\'a Yo rk: H,111x:r& Ro,\; 1978. U9. J. ~J. I-IO\\'C'IJ (' B.J. 1\\'Qlio, ···riu· Ethicsor Charisrn;ujc l .c:ulership: Suh1ni1>sion Qr l.ibcnuion?", Acadn11.1 ~· .\lonn1r nl(TI/ Ertro.thx. ,n::i.io 1992, p . .J3-$j,

      90. O."ª" Knippenbcrg, 1). De Crt.'rncr (: B. vau Knipp,cnbcrg, ··1..c::idcrs.hip and FairnC$.$: l 'hc Sunc oi' thc 1\l't... E11roJi((J11 Jwrnal ef J l ôrk ,uul Organü:.a/i(}lla/ l':s]dwlogr, 1G, ,,. 2, 2007, p. 113- 140. 91. ~I. E. Bro,,tt1e L. K. ·rrc\'l1ln, ''Soci.:,ll1.cd Charis.1nalic Lcadcrship, \ 'ah_1('$ Congn1cncx. oud Oevk1ncc in \\'o rk Croups",

      ]o•mnl ef. lpplie,l l'í), 393-.JO-l: eJ. 1\, Si1npson. "P~)'Chologicàl H)undatious of 'li·u~t'·. Cr1r,n1t /)irr(tio11.1 in />1;1,hologirt,I Scltn,t, 16, n . 5, 2007, p. 2&1--268. 9 1. \ i',:j;,, por cscn1plo, K. l)irk.~ •: ll Vi; nin . ...l.n1s1 i11 l,,:·adc:rship: ~lcta-1\ nnlytic- 1-'inding.- anel ln1plka1ion1> t()r R1,•!:>ean-h ond Prai:1it:e'',Journal ef Applilll />t,dwl<,gy, 8i, n , 4, p. 611-628: D. 1..Jungc B.J . :\ volic:,. ''ÜJ:>C'ni11g1ht Bk,c~ Box: :-\ n Esptrin1e111aJ lnvestig-.ttion of tht.> ~ledi:.tling EJlêcts of ·rn 1:s.t and \ 'alué Congn1c11cc on · rransforn1;11ion3l ,1ud ·rran~ctional l..i::ader~hip" .]01,r,wl '![ 01gnr1i~11tio11al llth,:r.:t()r, de-~

      2000. p. 949--,964: (' :\ , 7.....-.chatatos...J. lkuiing e R. 1). h·t·rson, " H igh-PcrlOr ,nanct' \\'01i.. s)~ léO):, :tlld Oct:up:ttion:11 Safety'',J,:,11r11aloj Apj;li,d í'9yftolog)'.jan. 2005, p. 77-9'.J.

      95. D. E. Z.ind. 11rt !.Ladmhip 1riad: / •.;,wc;ltdrt, ·rrust, ,111d l ~u'U. No\'::i Yori.: O xford Univt•rsity l"r,"$$, . . 1997, p. 89. 96. Baseado \'n1 1.. ·1: Hosn1cr, "·rrust: ·rhc <'...0111u~1ing Link Bc.-t\\'C<'n Org:.ni1,!ttional 'l"hcorr !lnd Philowphic:11 E1hics'', Atode11tyef ,11011n#f1~t11t lla·ie((~ abr. 1995~ 1>, 393: R. C. ~f:t)'l·r, .J.1·1. Üa\'isc E O. Sthoonuan, '/\u Jntcgr:.Hl\'C ~Lodd ó Í Org:t11iz:uio1tal ·rn.is1 " , 11('0: j ()$.S(.")'-lk1$-~ 1993, p. l•J. 98. l.ili.in:i Hucluik, •·f.:1ira, cuhurn, projC'I()$ inu·rnacionais e: lidc-1':.ln~3 ", /J/ &,11i11drit> dr Grrnuion'!mlo d( l~t/()S PJ/1-Jl'i Aliulta11do E.sttot}gios. PrJS()(tJ ( RrJtdlados. St·t . 2006.

      99. R. C. Mai~r.J. H. lla\'iS e !e O. &hoonnan. ',\ 11 llllt~l'il· tive ~Iodei Qf Org;-111i1.a1ionál ' l'ru.!-t''; e j . t\ . C<>l<1uiu, H. J\ . Scou e j . i\. Lc PinC":, "'rrus1, 'J'n 1.,;1,vorthi11c:$.~ and ·rn11>1

      Propcn.s ity: 1\ ~·l ci.1.-1\ n::ilytic 'lt"Sl of 'l1ieir Uniquc Rclatio1\ships \\'ltl1 Risk ·r.iki•\~ aoclJob P..·,·rorn1a11cc··.J~ul'lt(J/ ef ,lpp/i((/ /'í)-d,.logy. 92. " · ·f. 2007, ,,. 909-927. 100. H. H. 1àn ,. C. S. F: ~fan. ''Tó\\'ard 1hc· Oiífc1-en1iation of ·rrust in Supervisor and ·r.1.LtrrlNJlog_)', 84, n. 1, 1999, J>, 123-136: <: R. C ..\ ta~'(:r (' !\ l. B. ( ;~,'ln, ·"l'rust iJl ;\·lan.igc1n c·n1 aud P<.·1forn1an<:c: \Vho ~lind.s 1hc: Shop \Vhile 1hc F.ntployc,-s \Vat"h 1hc Boss?", t l(.(uftm)' ef .\ln11np1tt1n1 Joumal, 38. 2005, p. 87-f-881!. IOl . J. 1\. Sirn))son, '·J'()und::uions of lntt!')><'rson;,l lh1s1", in t\ , 11: Kruglmsli e E. H~!Q:i,., (Ü'lt'-), S«ial Pvrhol.,_,, llo,,dbooJ.:ef llasi, Jnncipl~ 2. c:d.. ~º"ª \ Ork: Guilford, 2007, ,, 587.007,

      ·r.

      10.>. lhid. 106. H. Zh;,o, S.J. \V;,y111•, H. C. Glibko\,'1>ki cJ . Hr:l\'O, "'fhc ln,p~ct of P.s)'Chologic-.:1.I Co1u1-:,ct Bl't~1ch 011 \\'ork-Rel:1.lcd ôu1c.:omcs: 1\ !\lct.a-1\n:drsis'', l 'mo,111,I P~y,k()/ogr, 60, 2007,

      p. G+l-680. 107. 1). L. Fél'fin, 1~ 1---1. Ki1n. C. I). (:001>cre K. ·i: Oi1'ks. "Silcnre Speaks \ 'ohun(-..: Thc.- Effí...'<'li\\'11cs.,; of Rç1içcnc-c· in Con1pal'i.son 10 1\ pol0o•y ;_u1d l)coia.l for Rt~J>onding to l111cgri1y- :u1d ConlJX'lcncc-Ha.$t.'(l '['rus1 \ 'iolntions",Jt>urna/ ef ,lppli,,/ f'í)tMlr,gi-, 92, 11, ·I. 2007, p, !193-!JOll.

      t . '[ Br.\c.Uo,,·. ''Pro111i~':$ :111d Lics: Rc-s101in_g \ ·iol:nc..-d ·n·usl", Ow.u1i~,,ti0'1111/ &kn:iior a11d /iumo11 D«is;o,, ltot,ssrJ, 101, n. 1. 2006, J>. 1-19. 109. Nelson 81cchcl'. •·o 1nclhor c:uuinho para inovar·•, Rrrista l•:'l:01nr, c:d. 86·~. 23 lll:'J r. 2006. 11 O. J. R. Oe1cn e F.. R. Buni:;.. ··J....c::idcrs.hip Bc h:1vio r and t.011>loycc \ i:,icc: Is th e Door Rc.1Uy Optn?", Aradt'TI!)' t?} .\lana$(1'lffll}ot1nwl, .;o, n. 4. 2007, p. 869-88-1. 111 . .J. 1\ . Colquiu, 13. A. Scott cJ. A. l..<·Pinl-. ••'frust. 'l'n.11)l\\'O(· 1hinc:s..., <111d ·rrust Propt•nsi1r". 11 2. VCjà, p()I' Cxt·n1plo. ~I. ~lun-:i)~ lkJw1d Jl1e.t [>,1h) tJ1ul ,\/agi, ef Jftntori11g: l louJ'" /Vlrilitatt ,u1 /Çjfatit•L .\/111tori1,g Pr()(CC.\ r<"\'. «."d. Xo\'a Vori.:: \\"ilc~; 2001; K. E. Kr:11n, •·J>ha,s:cs of d1c 11. lcntor Rcl:uiooship... Arodr,1!•- '![ ,\/(l110,,1:mttr1l,]f>11111al. dt-.,., 1983. p. 608--625: R.. :\ . Noc. •;-\n ln\'c:stig;,tjon õf thc l)c,tcrn1i11:u1tS of Stwcc..·ssful ,\ s..;ignc:d ~lt 11tQ1i11g Rela1io11:,hi1>S". /"tr.,Qt11ul P!>'tho/Qg-,; outono 1988, p. 559-5-80~ t 1.. Eby, ;\I, Buus t .-\ , l ..ocl:\\'Ood. ·· ProcégCs' Xew•tivc !\ lcn1ori1\g l~xpcric11Cc$: Co11struc1 Ot"\'t"lop1ncnt and "oruologicaJ \ laJicl.ttion", /}no1111(/ Pfr,lwlogJ. vcr:io 2004, p. 4 11-4---t.i. 11 3. B. R. R;1gin~ c:J. 1.. Couon, " Ea$içr $;,icl 1h;,n J)onc: C.<"nder l)ilT<'rcnccs: in P('rtC'i\•cd Harriers 10 (:nining :1 ;\ltntor'',.l(a(/Qi!J ef ,\lonaµ,,u111 .Journ,,t. 3+. n . +, 1993, 1>. 939-951: C. R. \\'anbcrg: E. T. \\'clsh e S. ,\ . 1-lcrdctt. ".\lcntoring Rcsc.in:h: :\ Rt•vic:\\· and Dyn,unic Proccss i\ lodt•I''. in G. R. fcrris cJ.J. ~lanocchio {Orgs.}, R111ar(l1 l}rso,u1rl 1uuJ llun,on RU<Jurrts .\lo11atf11J(11I, ,·. 22. Grcen,vich, c r: l~ISC\'iC:I' S.:ic1lf(\ 1003, 1>, :39-124; (' T. o. :-\!1('11, " Proté-gé Sclcction by ~lcntúr:s: Co11trib11ting lndh•iduaJ 108. i\ 1. E. S,·h\\-tilz<::r,J. C. l·h·nht)· e

      i,,

      capitulo 12

      and Org~ni:-.:uion~l F<,1<:1ors"•.JQ11rru1/ ef lWatio110/ &lu.nih,r,

      65, ... 3. 200·1. p. 469' 183. 11~. ·1: O. Allen. ~I. L. l'o,ce,.J. f.. A. Russell e G. M. IJobbins, ' i\ Ficld S1ud r oí factors RchuC'd 10 Sup,trviM1rs' \\'illi1tgnc:1,s to li. lc nto r Oihcrs'',.lQUrnal ef litratü111al JJ,Juw;or, SO, n.

      1, 1997. p. 1-22: S. 1\ 1)'<:<', \~ \\~Chay c J . Chc"'• ···r11c ~lo1iv;,1ion to .\ ltntor /\Jnong :\lan:-.g('ri~I [n)J)l<))ttS in tl1c i\laiotenanc(! Career Sta~t: :-\ n 1111<:,~.,ctionist Ptf'SJ)C(ti,'C··, (,'1QJ1J, ,md Orga11iz.111fo11 1\/a111w,11a11, 2 1, n. 3, 1996. p. 261277; L. ·,: Elr:,•, A.• L. t.oc·k\v()l)(I (" ~I. Hutt~ " Pcrrc·i\'t.'d Suppon for \l~ru oring: ,., ~luhiple Pcn.J)l'Ctivç,i. App1~1<'h''. •Joutrt-11/ef l ()(a1íono/ /$(Jl(,rÍ~1, 68. 11, :!. 2006. p. 26i..2(JI: <: '[ D. :\ Ileu, E. l..c111z e R. l)a); ··Carccr Sue«·~) ô utcorue.s ;\.w,ci:nc!ulcu(·c". in g _E. Kossc:.k e S. t\ . 1.ohél (O rg:s..), .t lonaguig /)irmi!Y. (~:unbridgt.', i\ 1..\: Hb,ck\,·cll, 1996. p. 1OU-136; U. R. Ra~'1ns t!J. 1~ Cotton, ..~lcntor Func1ions :-and Ou1oon1cli.: 1\ Con1parison or i\lc:-n and \\'01ntn in M,,nal and loíor,n.al ~lcn1oring Rclruion· ships'·.]wtrna.l o/ Appt;rd Pv·,li<>log1. .11-,"U, 19'.)9. p. 529-550: e J). B. 'IUrban, "[ \\: J)oughcrty<· E K. Lcc, ''Gcudc r. Racc, ;u1d l"t'll'<·i,'\!d $ i1nilarily Effi.•c1.s in l)çv('lop111t•1ual Rdationshi1>s: ·rhc i\ lodcra1ing Rr>le of Rtlritionshi1> l)urn· tion··.Jou,,w/ oJ l <>tall't>1ral /Jdu~,·r,t. out. 2002. p. 240.262. 116. l..ili:.na Bu('lnik. ··E1ica. cultura. prujctos intcrn.ldona.is e Jjdcnuu;a•·. /í' &11unári<> de Cnn,áa111r,l/1> dr l+oj«Jos I~\ l l· RS :lli11/u111do P.stmtlg,iu, Pt.ssoas t Rt.sullad&s, sc•1. 2006. 117. J. t\ . \\'ilsc)n t.' N. S. Eln1an, "01w:1nizational Hcucíits of ?i.lrntoring", Atodn,9· ef Jltuw~,uwt l"..'l:tt11ti1:1, 4, n. 4, p. 90. 118. \ ·Cja, por cxcn1plo, K. l louston-Philpo1, ··1.A't1Clf'rsh ip Ot.""-clopnlcn1 J>a1•tncn hi1>S :u Do,\· Corning Corporation··. .J1J11rr111l '!f 01g<111ii,11iot111l J:::tftllfnct, i11,·('rno 2002, p. 13·27. 119. Ragiose Cono11 1 ··~h~,uor Fuoctioos aod Oute<1n1es"; e (:. ~,l. U1ulc1'11ill. ... f'l1c Elfccti\'rlll".:-S :\lcntoring P1'0!,,'1-:t1n.s

      or

      or

      in Corporatc Scttings: :\ ~ lc1a-1\ n:d)'Út:1J Rc\'ic,,• of thc l .i1cm111n;:",,flJ11n1a/ ef IQ(olionol lkh.ar:ir,r, 68. n. 2, 2006.

      p. 292-307. 120. ·1: 1) . A.llcn, I~. 1: 11by (' l~. l,('1u:r,. '"'l"h(' Kclation_ship 13et· ,,t..~o Fmt, " l•bnu;,I !\ IC'ruoring Pmgrnnu.: 1 'hc Rf'lation"~hip of Progr:l1n Def,ign and Sup· J>On 10 ,\lento~· Pt.·rct.•ptions of .8cncfi1s anel Costr.'\J íJ11111n/ o/ l 'ótatio,wl ikha1,,ilJ,-, 72, 1), 2. 2008, p. 125-2~10. 121. 1.... ~1: Eby e:\ . L.ock,,·ood. " Proté&'ts' ~ud ~lc,nors" J{cac1ioos to P:.l rti<:iprogr:lll'\$: ,\ Qualitati\'1° lnvcs1igation",Joun10/ of 11Kationnl /Jthacior, 61, n. :l. 200.1, p. 44 1~458i G. ~1: Chao. ··J~ nnal i\ lcn1oring: U--ssons L<:l'lrnccl fro1n Pas1 Prac1icc", Profr.ui(}lla/ P,!..Uh1JI-OgJ llt-Y
      69. 2006. p. ·110,423.

      122. 1: D. Allen. L. 1: l'O)·. i 1. L. Po,w. E. L<:ntz e L. Lima. "(;an·cr Bc11efi1s ~

      i;Ut..'
      1\ i\(ct;,-1\naly~i.s'',Journo/ ef Applitd J>9'
      lide rança

      399

      p. 127·136; cJ . O. K;unnlC:)'CI'~ \ lucll<·r e ·r. ,\ .J uclgc, ·;,\ Qoan1ita1h'<' Re"ic,,•of 1lili" 1'.lt 11101'Íng Litc~turc: 'l"cst ora ~ lodcl''.JouniD/ ef lixotio11al lkhari1Jr, 72, 2008, p. 269-283. 123. ~ I. K. fc:cocy e Hoztanao. --~1c1uoring :uul ~th,·orl... 'l"ics", f/11.m«n Rrlolions, 61, n. 12, 2008, p. 1651-1676; X. Boz.ionc.los, ··J1urn-Organiz:1tional t\,·t,,'Q rk Rcsourn-s: I lo,\' "J'h<'y Rdat(' tv C:-u·t~c:r Socc:t'SS l'lnd Organiz~ttional C.onl1nillntn!'·. P(t.11)1111(1 RrJ.-Í(U\ 3i, n. 3, 2008, p. 21~9-263:

      n.

      (' S. 1\ . Hczlétt e: S. K. Cihson, " Liuking i\lcntoriog a nd Social C.apital: fn1plica1ions tOr Carcc;r au d Orgaui:-.;;uio n Oc,'Clopn1<·nt ..~ Adz·onrts ;n Dn.11/opin,_( l/u11ta1t NtsQur<e.s. 9~ n . 3. 200i. p. 381-4 12. l 2·l. .. ~tudo n1,)Str;;a que 36~/o dos c:u-gos de liclel'::tnç::i nas ~ lclhorcs f.1nptt$..-U patr1 'frabalhal' B,,,:,sil são ocu1x1dos por 1nulhen·s". ltJrtal (/11 /'topoga11do. üisp<,nÍ\'tl crll: < \\'\,' \\: portaldapropag,a nd:1. con1 .h r/ porta 1/ propaganda/ 15432tSludo-n1(*"1r:i ·<JtlC·36-dm·cargo.i.·dt'· lid<"r.l nc:a-nas.-1n rlho1'CS·'élllp1·t:1M·J>a ra•trab.'\lhar··hras.il-s.,o«'l•J>."ldOS•J>01'1nulht>1'\."SJU1nl>. t\('t'S..';o crn: 1i.i o ul. 2010. 12.}. C. H.yrttO,\'itz, "°IOday's Hoi:~~s Find )l<:1Horing lsn'1 \ \"onh thc ·r i1n<· and Ri..;1,;~··. 11011 St:r 199.}, p. 329-3-11; e B. Schyns,J . Fclfc e li. Ulanl.. ;'Is Charif,ll\a llyp,cr-Ro1n~nri<'is1n? E1npiric:-il Evidtncc fron1 l\1e,\• l)ata ,,ud a .\lcta .-\ n~tl)'$is.. , .-lpplitd P-fl(ho/J)gJ•: A,1 h1t.tr11ntÍ(}l1al Un•itu:) 56, 11. ·I, 2007, J>, 503-:'>27. 128. R. C. Lo rd, C. L Ot \ ':1der e C. ~I. :\lli,~t, ·~\ ~lc1a-/\nalys-is of th c Rclation Uct\\'C!t!n Pc-rson;ility 'l'r aits ::and f..c;,dcrship P,·rcc1>1iQns: 1\ n ;\pp\i('a1i()n of \ '.llidi1y Ccnçrali1.:uion Proccclur('s°',Jour,u,/ l>j Appli,d Ps.,'". Âpplitd 0

      P~)'t/lQ/Og,: , f,r l t11m1allb11al JU"J,,ie.v. 56. n . 4, 2007. p. 528-$57. .130. B. R••\ glc, N.J . .N'a,&;at:tjan..J. ,\. So1\0cuícld e O. Srini\':.'I· san, "l)oc"S CEO Charisina ~ t.,u cr?" . Aaulm9•q/ .\la11agr· tnt1tl]ournnl, 49, n. l,2006,p.161-1 14.

      13 1. Scl1yn~ Fc:lfi· (' Hlank, ''Is (~h:iris1n:, H)1x·r-Ron1
      132. Luças t\ Jnori,n, ''0 eleito de; i\bilio", lln:istn Ji.xm11r, ccl. 960, 20jm,. 2010. 133. 1\ . S. ROllc·1u;, G.J. l.A.'flnardi.~lli e K. \\; l"hillips, ··1'h<' \ \rhitt S1;,ncl:11'd: R.1:it.'~d Bias iu Lcacll'r C:ucgo1iz.·uivn", ~70,,1110/ bJ .Jppli,,I l's;·(hology, 93, n. ·1 1 2008, 1>, 758·7 i 7. '13·1. :.0 1. \.'an , ,.ugt é 8. R. S1>i~'lk. "Sex Dilfc-1't 1ltcs in thé l~1nçr, gcncc oí l..cadcrship Ouring Co111pctitions \\.ithin ;,nd 0

      lkl\\'CCll

      Cmups'', P~JYlu,IIJ'§cal Sria1(~, 19, n. 9,

      2oon,

      p. 85·1·358. 135. "l-:Sn1do mo:-tra <1uc 36°,~ dos (':u1,~s d<" liclcr:lnÇ!'l n:ls. ) lt lho1'('S E1np1'r&'lS p.i.r.i 1 °1'.l.balh.-ir B,-asil são 0Cll1>ados pc>r 1nulhercs'·, li>rt11/ t!t1 l'>ropt1ga11tJ11. Ois1>óuívcl c1u: <,\.,.,.,.,·, portaldapro pag.1nda .con1 .br/portal/ prop.aganda/ 134 32(.'$1udo-01~ 1m-<1uc-36-dos-c;nrgos--1dos,por.. Olulht1't.'"S.htn,I>. •\ ecsso e1n; lil o u1. 20l0.

      Compo11.amento organiia~ional

      136. S. Kcrr e.). ~í.J t•r,nier, '·SohstiHll('S for Lcadcrship: ~rhcir ~leani11g and l\ltasu1'COl1:nt'', 0"t(1niitJlio,u,l 13dw.::i<,t tuul flumr,,, l »trfor11uu1r~. dt"~. 1978, J>. 37.:;.,103:J. ~1.Jt nnii:t e S. Kerr, "Sub:,.1itu1<;s fo r l .eadcrs..hi1>: '11u;ir ~ 1(•.aning a11d l'\.lcas,1r('1nt'nt - Co1ucx1ual R\'roll('ctions and Corrcnt Ql)S('l'\'aÔons''. l«tdt11hip . 12 1-138. 131. S. D. J)ionne, F..J. \'~n1n1:trino. J_ E.. 1\1\,':llerc- L. R. J runt-s. ··Nt•uu-alii-:iJ1.g Substitutt.s for U:adc,-ship Th<"01')<: U"adt•nhi1> EflCcts ,-u1d Conunon-Sourtc Uias·· ,Jrmrru,/ ef App/;,d l'1JYhology. 87, 2002, p. H-1-164; ,·J. R. \'illa,J. )~ l·lo\\'c•ll, I~ \ \l. l)t)rfn1:tn, l). I.. l)nnid, ·'Prohlcrn s ,,·i1h l)<"l('('ting .\lod(;r:,101-s in l.cad<"•-Ship Rt~:ll'<'h L:sing .\lodcrau:d i\hlhipl<: Rcg1~.s~ion". I--Lodrtsftip Qi,ortnl)', l·l. 200:t, p. 3-23. 138. L. A. 1-1;:unb lcy, ·i: A. O 'KeilJ e·[J. B. Kliuc. "Virtual ..ICa111 l .cadçr.:hip: ·r iu.· EfT1.-"<:tS: <•f l.e:,d1.·rshiJ>Stylr and C4.1nu n11· 11ii:a1ion ~lcdiu1n on 'f<.-:un hucrnc,ion S1rlcs :lnd Ou1cO$.'tblé 01· lndi:;pé11s~1blc?'', E11n>JJ((JnJour111.! ef U·Q,I.· a,,d ()rg,v1i.{nlio11al f',VYÍIDiflg}', 8. 11. 1, 1999, J>. ·19-71. 1•11. C. E. l'aquin (º () . ll PauJson, "Online: U:ugaining and ltut'rpcr.:onal 1 °n Lq"1 ,701m1al ef App/Ud P~rfhologJ~ Ji...,, 200:l, p. 11 3-120.

      142. 6. i\1. H::t.'i,S, ··Cognid\'t', Sock1I, :,ncl Emotion:.ll h uclligenC'e or 'f r.i11sfol'1natiollal l .cad<:1~·,, Íll R. t. Riggio, S. I~. ~lur'· ph)' e EJ. Pirozzolo (0 1·gs..), ,\/ultiplt h1tdlig<1tct1 and l..1adersl1ip. )lah,,·ah• .'{J: La,,'Jl'llCC ltrth~lUIII. 2002, p. 113-114. 143. ·'Ka1ura inova i-clcçiio de trai111."es". /"or!JJI Filas. 1)1:,:.ponh-cl 1.·111: <,,..,,..,,•.pon:ilvil:1J;.con1.hr/hçlc;1.:1/8023-!\:,1 1ura-i110,.'.l· $i.'IC<".ao-dc·1r~1inccs.lun1I> _.\ cc'\.50 c,n: 26 nuo~20 1O.

      14-ia.. \ 'çja, IKtl' 1.•sçn1plo. 1~ l)vo~k. ··'.\.(. 6.:\ . Progr:.uns I lone

      ·S.:.ii Slólls"', l lâ// S,r«tJouu,ol, l 2íc,c 200i, p. 83.

      1,t~. \ '<"ja, po1· txt1nplo. 13arling, \\'cb1.·r (': Kcllo"'ªY· " Ellêc,s or 'f ra1)~for,naLional Lcadcrship 'f r::ti11ing oo ;\ ttitudi1);\I aod Financ:ial Out<:on1c.,;•·; e O. \ : ));\)'., •'Lcadcrship J)i:vclop111c111: A ReviC\,' in Cc)n1cxt'', ÍAtd~n!11p Qr1artrr{): in,-cn10 2000. p. 5&1,6 13. 146. ~ 1. S.'\llhkin, •"'J'h(' \ 1ision:11y 1-é:ider'\ inJ .•\ . Congtr, R. N. K::inungo ('t :,1. {01-gs.). Cl111ris111olit f.Ltultnlu'p. S:1o fran, ciscc>:J os~r-BttSS, 1988. J>• 130. 1,17. D.\: D.ty. "Leadcrsl1ip Dcvc1op1ucnt: ,\ Rc,·ie\,. in Con1cxt", l.eadmJtip Qyartnft, inverno 2000, 1), 590-593. l •Ut ~I. Conlin, "'CE() Co~tt:-ht-.,,.·', /Wsi111.1sllitk, 1l 110\t 2002. p. 98-104. 149. 1lo,,·cll e Frnst, ')\ t.'lhnnuory Stttd)•of Charisn1aric l .e:tdcrship". 15(). R ..J. llousc. ~1 ..Ja,ridnn, I? 11:,ngcii e P. l)orlil1:1n, "U11dcr· s1aoding (:ultul'Cs a.nd l1nplici1 LtadctShip '11H:orics 1\ c1'0SS thc (Jlol'X:: 1\11 hnroduc tiou to Pl'ojc·ét CLO Bt::'',Juurnal ef It'orld /Jwi,,r.ss, pri1navcra 2002, p. 3-10. 1:, 1. O. E. C,,rl e )I.J:•vidan, "Uni\'c:n,alityof Clu1risn1:uic IA:-1dership: J\ :\h1hi-Na1ion S1udr", :inigo :., prl'.sc;ntado n:-i National 1\ tad('1ll>' oi' l'\.·l an.\g('lllcnt Confcrtne<\ \\':tshing· ton. DC, ago. 200 1. p. 29. 1.;>2:. N. Hcccalli. "Eu1'0f>ean Bus.int$S forun1 1\ :1ks: Do Co1np::t· oic.s Cc1 Lhe Lcackrs 'l'hcy Ot"St:n:·c?", J::uropto11lJusi11tJS lion,111. 2003. l)isponivcl cn1: < w,,,\:)"'·cglobalxo1nl<·xn,-ch/ P"'<:Pl' hl ic;u io1i_(, n,;f/ l)ocJ1)/ I) 1EC3380F5898·1·15852.s6l) · i300346A I ll>. 15:$. R. D. ,\ n.'1.")', Z. Zhang<" n.J. ,\ volio. ··ifi...,,l~toprnco1al nnd C:c11Clic Octcnnin:uus of Lt.·adt·nhip Role O tcupancy .-\Jnong \\.01ncn" ,j,Jt1r,1nl oJ Applird l ~·rholoy. n1.1io 2007, I'· 693· 700. 15·1. ~I. P:nulya, "\\'ar r('n Huffi·H on ht\'Cslingand ),(•:tdi:rship: 1'111 \\'irc:d fo r 1'his Carne'', ll'hnr1011 ILadmhip /)ig<JI, 3, 11. i. ltb1~ 1999. Di.spon.Í\'t'J c1n: :l /lcadcrship,\\ li:11100. upt·1u1.c.-du/di}::es1/0·l -99.:s.htntl> .

      13 Poder e política O pocler não consiste eni bater muito ou m.uiu1s vezes, mas

      em acei·u,r ,mi cheio. Honoré de Balz
      OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM Depois de ler este capítulo, você será capaz de: 1

      Definir poder e compará-lo à liderança.

      2 3

      Comparar as cinco bases do poder. Identificar as principais táticas de influência.

      4

      Demonstrar a ligação entre o assédio sexual e o abuso de poder.

      5

      Distinguir entre comportamento político legítimo e ilegítimo.

      6

      Identificar as causas e consequências do comportamento político.

      7

      Identificar as técnicas de gerenciamento da impressão.

      8

      Determinar se uma ação política é ética.

      9

      Mostrar a influência da cultura na prática e percepção de política.

      UM DIA NA SITUAÇÃO, OUTRO NA OPOSIÇÃO ntes de se tornar consultor em marketing digital e abrir a própria empresa, Guilherme trabalhava em um dos maiores grupos empresariais do Brasil. Sua carreira estava bem e Guilherme sentia-se feliz com as atividades desempenhadas e com a relação que mantinha com seus colegas na empresa. Em pouco tempo, no entanto, tudo mudou no trabalho do gestor e, apesar de ele ter sido promovido a gerente de uma importante área, pediu demissão pouco depois de assumir o novo cargo. Mas o que poderia ter feito que um funcionário satisfeito deixasse a empresa pouco tempo depois de ser promovido? De acordo com Guilherme, todas as mudanças começaram em feverei· ' rode 2009, quando um alto executivo da empresa saiu. Em função disso, uma grande disputa por poder começou na organização, com muitos fun· cionários lutando para melhorar sua posição. Com a saída do executivo, alguém seria promovido para ocupar seu posto, deixando outro cargo vago que, por sua vez, precisaria ser ocupado por outro funcionário. Dessa forma, muitos membros da organização começaram a se articular para tentar garantir uma p,omoção nesse cenário de mudança. "As pessoas passaram a buscar alianças, segurar contratos e especular sobre os possíveis promo-

      A

      402

      Compott.amento organiza~ional

      vidos•, conta o gestor. Com isso, o clima intemo piorou significativamente, pois a confiança nos colegas diminuiu de maneira vertiginosa e verdadeiras 'panelinhas' fonnaram-se dentro da empresa. Nesse periodo, além do clima interno, outro fator piorou bastar1te: a produtividade. Segundo Guiherme, nos 30diasde indefinição sob<e a reestruturação da empresa, os resultados produzidos diminuíram cerca de 80 por cento. ·um colega que costumava ganhar, em média, nove mil reais por mês em comissões chegou a receber apenas dois mil reais ao final do período•, afirma o gestor, exemplificando o quanto as articulações e negociações políticas ocuparam o tempo dos funcionários. Como os profissionais passaram a se preocupar em administrar conflitos, gerenciar as impressões e defender seus grupos, o trabalho foi deixado momentaneamente de lado, resultando na redução significativa da produtividade. Mas qual teria sido a posição de Guilherme nesse cenário conturbado? Por ter deixado a organização pouco tempo depois, é de se esperar que ele estivesse no 'grupo dos derrotados' ou que tivesse ficado longe da disputa e descontente com o comportamento político da equipe, certo? Mas não foi isso o que aconteceu. O gestor aceitou a proposta de um alto executivo que havia permanecido na empresa, que ofereceu a Guilherme um cargo de gerente em um importante departamento, caso ele desse apoio para que sua área fosse desmantelada no processo de rees· truturação. "Me envolvi e, quando me dei conta, era tarde para desistir", diz o consultor. Ao final do processo de mudança, a área de Guilherme foi fochada e o executivo a quem ele se associou tornou-se muito influente na organização, promovendo-o a gerente. O problema foi que tudo ficou muito evidente e o clima interno permaneceu muito ruim, mesmo após o término da reestruturação. Todos na empresa perceberam a articulação da qual Guilerme havia participado e, caso ele quisesse permanecer no grupo, teria de se comportar politicamente todos os dias, assumindo sua posição em determinado grupo e mantendo uma relação estritamente profissional com muitos de seus ex-colegas. Diante de tudo aquilo, Guilherme permaneceu apenas por dois meses no posto de gerente, antes de pedir seu desligamento da empresa . ·Nunca havia me envolvido nesse tipo de política e percebi que não tinha nada a ver comigo•. diz o consultor, mostrando que, na política, seja em Brasília ou na empresa em você trabalha, vitórias e derrotas raramente são definitivas. 1 Nota: para ptotegetr a imagem dos cnvotvidos, todos os nomes utilizados no-sto aso são fictícios.

      E111 nossa sociedade, '11,zcr uso do poder~e "agir po litican1enlc' s...l o cxprc.~õcs que tCm sido ,~st-as con10 ,·c:rch1dciros pala"rôcs. É 111ai!) fiicil para a 111aioria ele nós f;llar sobre s<'..'Xo ou dinheiro cio <1uc sobre poder ou co1npo r1tu'llc'nlo polítit·o. J\s J)Cl\.$Oas que• lê1'll p-0dc.:r o negiun; ttquelas que o q11c1-c1n, lcn1an1 pa1'Cccr que não cs1ilo :, sua pr'O('Ul'a) e ::,quclai- qot' são boas cn1 ohté-lo fàzc1n segredo de rorno o conscgu<:rn.2 É. intportanle reconhecer que o 1)()(ICI' e o con1p<>1"L11ncnto polí1ico são proccs.5os naturais c1n qualquer grupo ou organização . ."-ssin1, você precisa saber co1no o poder é obtido e c..xc:rc iclo se quiser cnlcnclcr o co111po rta111cnlo organi1..acional po r inte iro. En1bora você possa ler ou,ido a frase ''o poder corro1npc, e o poder absoluto co1To 111pc de fonna absoh.1ta'·, o poder ncnt scrnprc Crui1n. C<>,no foi obscn·ado por un, auto r. n1ui1os n1cclica1ncntos podc1n 1nata1· se for<:1111 lo111ados r1n ck,scs incotrctas e 1nilharcs de 1x:ssoa-; n1orrcn1 a cada ano c1n acidentes de t'at'ro, rnas não abandona1nos os pr'Ochuos quí1nicos ou os carros ~)()r causa dos perigos que Unes cs1ào associados. .l\o concrário, consideran1os o pe· rigo u1n inccnrivo para ohtcr experiência e inforntaçào, que nos auxiliar•í a usar essas forças produtivarncntc.3 O ntcsmo se aplica ao poder. É un1a realidade ela vida organizacional e c1uc não vai acabar...\lc:01 do n1aisi ao aprender co1no o poder funciona nas organizaçõc.s 1 você cstartl 1nais apto a utili;r,;tr seu cnlcndimcnto para se to rnar u,n gestor 1nais cf1caz.

      fflma definição de poder Poder Capacidade que A tem de inftoenciar o

      compot1amento de 8, de maneira que Baja d~ 3COf'do com a vontad~

      .1

      O poder diz 1·cspc i10 à capati
      Capitulo 13

      Poder e politica

      403

      tuna função de dependência. Quanto 1naior a dependência de B cn1 relação a , 1, 1naior

      Dependência Rolaciot1amonto entte 8 e A quando A algo que B de-seja.

      po$$:J;

      ó poder de , J nesse rclacionan1cnto. 1\ clcpcndência. por sua vez! baseia -se no co1tiunto de

      alternativas pcr<:cbid,,s r>0r Li e 11.:l i1nport.:lnti;;1 que este chí às altcrn;;ttiva~ co11trolach1s por A. U,na pes.~a só pode ter podei' sobr<: ,·ocê se ela cont1'0lar algo que ,·ocê deseja. Se~ ,·ocê quc::r seu diplo1na e, para 1a1uo, precisa ser aprovado (•111 unia d ii'iciplina qt1c é 1ninisu-acla por a 1>enas ttlll profCssor cn1 sua faculdade::, esse professor tcnt poder sobre você. S uas ah<:r· nalÍ\Tas são 111ui10 li1nitadas e você considera in1portantc obter u1na nota para passar nc.s.5a disciplina. Da 111csrna fo rn1a, se ,·ocê cursa a universidade g raças ao dinheiro de seus pais, co111 certeza reconhece o poder q1.1c eles tê111 sobre você. pois i: dcptndtntc deles financci· ra111cntc. Depois de se fornuu; ar,·lunar u,n c 1nprcgo e coincçar a ganhar seu d inheiro. o pode,· deles scr,í 1'Cduziclo d(' n1ancira significativa. ~·lcs,no assi111, qua111os de nósj{, n~o ou· vi111os his1ó1·ias dt• 1)Cssoas n1uito .-·icas c:1ut· con11'Qlarn o con1poruu11ento de 1odos os 1ne1n hros ria f;\n1ília por i1ucrn1édio da anH:aça. velada ou cxplícit~,. de "tirá-los do t<:s1a1nc::nto'?

      ~

      mparando liderança e poder U1na co1nparnç-;:lo cuidados;:, e ntre nossas desc1içõc.~ dê poder e de liderança feitas

      no Capítulo 12 revela que os dois conceitos cst.:1o inter-relacionados. Os líderes utiliz.;nn o poder con10 ,neio de alingir os objcti\'OS do gruJ)O. ~rasque diferenças existcn1 en1 rc os dois tcr1nos? O pode,· não 1-equcr a co,npalibiJi. dade de objelivos, apenas a relação de depe-ndêncitL f\ liderança, j>OI' sua vez, 1-ec1ucr algun1a congl'uência entre os ohjt"'!tivos do líder e os daqueles que são liderados. Unia segunda d ifCrc nça (.'Sl;í rclaciona
      a bases de poder De onde \Tn1 o poder? O que dú a u 1n indj,·íduo ou (1 u 1n g rupo a intluCncia sobre os outros? t\ rc.,;posta a essa.~ qucstúcs é obtida pch1 divisf10 das bases. ou íorucs de l'Xxk·r c,11 dois grui:>0s gcnf1icos forn1a l <: pessoal , c,"l.cla qual suhdi,idido e,n ca1cgoria.~ ,nai.s. cspccíficas.l

      Poder formal O poder fotntal bascia,sc na posição que o indivíduo ocupa na organização. Pode cn1anar ela capacidade de coagir, de rcco1npcns.ar ou, a inda, da autoridade for1nal. Poder coercitivo Poder que deriva da capacidade de punir ou

      recomendar s.ançõe$

      1

      pela não obediênc i : _ J

      Poder coercitivo 1\ base do poder eocl"citivo dc1iv~1 ck1. percepção qoc urna pessoa 1c111 sohrc a capacidad<· que o dc·1en1or ele poder possui pata punir ou 1'Ccon1cndal' s..·u1ç(K·s àc1uclcs que nào ohcdccc1n às suas ordens ou ,·ontadcs. Ou seja, o poder coercitivo é baseado no 1ncdo, fhzcndo que as pessoas ntodifiqucnl seu con1portan1cn10 por receio de strcn1 castigadas. No ní,·cl organlzacional. i l possui poder coercitivo sobre B q uandó poclé ck:rniti1: .su.s· pe nder ou rebaixar B! presun1i11do que este ,·alorlza sc:u trabalho. Se , i po
      Compott.amento organiza~ional

      larcf.lS que este considera dcsagradáYcis1 A posstú poder coercitivo .sobre 8. O poder cocr· tilivo tan1bé111 pode ,·i J· pela retenção ele inforrn;:u;õcs.·chavc. f\s pcsooas que lên, dados ou conJu::ci,ncnlOS de que os outros prccisa,11 crn \nna orgc1niia<;i'io 1>odc,n Í.:\icr que os outros fique,,, drpcndcnlC5: dch15:. Poder d• ,.• componsa Poder .aSS,ociado à capac,dade de

      disttibuição do

      re«>mp
      I

      Poder legítimo

      Poder resultante da posição ocupada na hierarquia da organização, ou seja, da poss& d& autorid: d•J

      formal.

      Poder de recompensa O opos:lô do poder co<:rcitivo é o poder de recompensa, p<:lo qual unu\ J>L'ssoa se sub1ncte à \·ontade ou às ordens de outra porque isso lhe trará algun, beucfieio. Poru'.1nto, aqt1clc <1, le pode distriblür 1-ccon1pensas cousidcracla.s valiosas pelos ouu'Os te,n pode,· sobre eles. Essas 1x:co1npensas poden1 ser flna1tcci1".lS - co1no o con· 11·olc de con1issôcs, au,ncnlos de salários<.: bônus - ou não financeiras - co1no reconheci· 1nc.':nlo, pro,noções. tarefi,s n1ais in1c1·cssantcs, colegas a1nigávcis ou a escolha de turnos de trabalho ou de ~lrcas de vencias 1nais a1..racnt<.-s/• Poder legítimo Nos grupos fonnais e nas organizaç.ões., o acesso n1ais co1nun a un1a ou ,nais bases de poder ocorre por n,eio elo poder legítimo. · rrala·sc do con1role for,nal que un,a 1:>e-.ssoa 1ctn para usar e rc!:,rular os recursos ela organização çon, base c;n1 sua posição estrutural dentro dela. O poder l<:gíthno é n1~lis cunplo <1uc o poder de coerção e o de rccon1pcnsa. Ele inclui, 1nais cspecifican1cntc1 a 4'<:eitaÇ~lO da autoridade de tnn ca.r&ro pelos clcnur.i.s 1nernbros da or· ganiz.açào. De ,nodo geral, o poder csH\ inti,nau,ente associado ;;10 eonceito de hierarquia, o que leva as pessoas a su1>0r qu<· os executivos são espccial1ne11te poderosos, e, qua11do u,n executivo podcl'oso é descrito, as 1xssoas 1rndc1n a colocá·lo na po~içào ,nais aha ao desenhar o ot-ganogrn,na da cn1pn.-sa.7 Quando o d iretor d ç tuna escola. o presidcn1c de 1.un banco ou o con,andantc de un1 exército fala (considcranclo·sc que seu discurso esteja dentro do espectro ele sua a utoiidad.c for1na1), os professores., gerentes ou oficiais 1.:scutan,

      e, ern geral, obcdcccrll.

      Poder pessoal Poder pessoal Influência derivada das uractorísticas individuais.

      .A. maioria dos pesquisadores que descnvolve1n no\·as fragr,incias e produtos na .i\1atu· ra, por exc,nplo, 1e,n pode,~<:l'nbora não t<:nha cargos de chefia ncnl autorid..lde IOrn1a1. O que eles têrn t.': poder pessoa] ac1uelc que ernana das características l,nicas e cspc::cificas de u,n individuo. Nes1a seção, \'a1nos exa,nina1· as duas bases de podei· pessonl - con1pc· tência e ad,niraçào dos outros.

      Poder de competência Poder que se exerce

      Pode r de competência O poder de competência {: a influência <1ue se exerce co,no l"esul1ado da perícia, d::'I habilidade espccífir a ou do conhecin'lcnto . 1\ ,neclida que as tal'efas vão se 101·11ando 1nais especializa
      como résultado da posse de habilidade-s. competências ou conhecimentos distintivos.

      _J

      Desde que a Operação Lei Seca começou a ser realizada em março de '20C.19, no Rio de Janeiro. o nUme,o de acidentes e mortes causados por motoristas embriagados caiu consideravelmente. Até junho daquele ano, por exemplo. o número de acidentes getados pelo álcool foi reduzido em mais de 20 por cento. Essa operação envolve a flscal ização e a reptéssào aos motoristas que dirigem sob o efeito de bebidas alcoôlicas. O poder ex.ercido pelos fiscais

      e policiais é legítimo. pelos cargos que ocupam. e coercitivo, pelas sanções que podem aplicar, que vão desde multas até a p,isão dos infratores.•

      f

      1

      Capitulo 13

      Poder e politica

      405

      ltibulaçào, os cco110111ist.1s, os psicólogos indusuiais e ouuus profissionais tan1bén1 excrcc111 u1n poder resuhantc de suas com1:,ctê:ncias específicas. Poder de referência Poder 3S$OCiado â identificação com um indivíduo que possua recursos ou 1raços pessoais favoráveis e d@Séjáveis.

      (

      ___J

      Poder de referência t\ base do poder de r eferência resulta da idcnLific-açào co111 un, indi\'íduo que possua recursos ou tra<,:os 1:x:ssoais clescj::\vci.s. Se cu admiro algué1n e n1c iclcutifico co,n CSS..'\ pessoa, ela exerce poder sobre n1in1 porque q uero agracl::í.-la. O poder de refcri:ncia cn1.:u1a da adn1iração 1:>elo ouu·o e do desejo de se parecer eon'I e le ....ral poder explica por que as cclcb1ich1dcs rccebcn1 n1ilhõcs ele dólares pai-a endossar pl'o
      consumidores não se iclcntific.an1con1 c1ualqucr un1. Pl'SSO~\S q ue não tê1n atnoiidade fOrn1::\I ta1nhé1n tê1n poder de referência por causa do dinan1is.1no, do ca1isn1ai da atração e dos efejtos e,nocionais qut.~ c;,,:crce1n sobre o.s outros.

      Que base de poder é mais eficaz? ])entre as lri's baSl"'S de !)Oder íornlal (cocrciti\'o, ele reco1npensa e le&rill,no) e as d uas hases de pod<'1' pessoal (de to1npetir1cia e de r'Cfcti.:ncia), quais são as 111ais interessantes p•lra se 1cl'? Pesquisas !-uge1·en1 cla1-a111cn1e <(\IC as íon1e~ de podei' pessoal !<.ào a.$ ,nai~ cfic;i:,,.cs. · l'an10 o pcx-1<:r dt' co111pc1éncia quanto o ele refcrl·nci~, <:s1ào posili\'an1t·111c relacionados à satislàçào dos fun cioncllios t-0111 a chcfia 1 sc.·u compron1isso con1 a organi;,. .açào e seu dcsc1npc nho1 ao passo que o poder ele rcco1npcnsa e o lcgíti1no não parccc111 Cslàr relacionados co1n esses resultados. t\lérn cio 1nais, unn\ das fon tes de poder fo rn1al coercitivo 1J-OP e as c;n1prcsas que qucrc,n pro1novc;r suas 111arcas. 1\ --r ran!-· lation já uniu G,vcn Stc.:fàni à 1(l~Jus1in 'J"in1bcrlakc ao ~,(c l)ouald's. 11cyoncé K no"·lcs ?, 'fOn1111y I lilfi.gcr e .Jay·Z à Rccbo:k. Ess..1. atividade c,~dcn1cn1Cnlc tc1n rnuita. rcla<;ào co111 o poder de rcfcri:ncia. Corno observou usn executivo d e uma gravadora ao refletir sobre ô

      sucesso de S,e,·e Stoutc. dono da 1·c fe1ida c1nprcsa: ''Ele é o hon1crn certo para 01icntar a.s n,arcas n..-i indl,stria ronog-ráfica e para atiugir a culll1rajoven1 de 1nanci1~ confiá\'el". w El'n 0\1t1'.lS pahl,·1-ast utilii?H' asu"Os da ,nllsica pop pa,·a pro111ovcr produtos fi.1 nciona po r co,ua do poder de rcfê.l'ência: as pessoas con1p1-a111 produtos associados a figuras lcgais' 1)()1'(Juc 1

      q ncre:111 se iclc.·ntificar co111 elas e in1i1á~las.

      O mercado de propaganda movimenta bilhões de ,eais pot ano no Brasil. Uma parc&la desse valor ê

      direcionada para a contratação de personalidades. Muitas emp,esas procuram associar suas mafcas e produtos a atletas famosos e artistas com o objetivo de utilizar a influência que eles exercem sobre determinados p\lblicos. Um exemplo d isso foi a loja d-e departamentos C&A, que conuatou a modelo Gisele Bündchen como garota propaganda das roupas vendidas pela empresa e viu suas vendas crescerem signifi'9tivamente."

      1 j

      Compott.amento organiza~ional

      fflependência: a chave para o poder .J:l di.ssc1nos que o aspecto rna is i1n1)0rtante do poder provavehncrae é o tãto de ele srr u,na função ela dependência. Nesta seção, dc1nonstrarcn1os corno a ro.-nprccnsào da dcr>cnclência é c rucial para nos aprofunclar1nos no cntendin1cnto do podei: O postulado geral da dependência \ la111os con1cçar co1n un, posualaclo gera l: quanto n1aior a depe11di11ria tft 8 en1 u(arlio ,, A. 11,aior <> fJ
      O que cria a dependência? 1\ dcpcndtncia aun1enta quanclo o recurso controlado é in1portantc, escasso ou não subst..ituívc l. 1:1

      Importância Se ninguén1 quiser ,o que você possui, não havcr:l criação de dcpcnclên· e ia. As organiztlçÕcs, por cxcn1plo, procurarn evitar ativan1cntc a incerteza. u Poclc 111os. iinaginar, portanto: que os indivíduos capazes de absonrcr as incertezas da organização serão pe rcebidos co1no pessoas que controhln1 urn recurso in1por1antc. Um estudo sobtc organizações industriais l'C\'elou ((\1c os dcpart;.-uncntos de 111a1·kc1ing de truprcsas íahriçantcs de bens de consurno não duti1"cis, con10 biscoilo.s e sabonc;tc·s~ crar'l'I cons1an1c 1ncntc classificados con10 os n1ais podcl'ososJ ao passo que nas íahric.:1111cs ele bens de consun10 dur~l\'cis, conto televisões e -aulo1nóvcis, o depar1an1cnto ele pesquisa e d e· scnvolvitncnto cn, considerado n1ais podcroso. 1$ Os pesquisadores concluíran1 que a in· certeza n1ais critica enfre ntada por aquelas empresas era a venda de seus proclutos.1 ao passo c1ue 1 nas \lhimas: <.l p1int ipal 511ccr1eza c r,, o dcscn,·olvi1ncnto de novos produtos. Isso nos lc\'a •• s upor c1uc os engenheiros, corno grupo. são ,nais poderosos nt1 fi1bricantc: de co,nputadores Po~it..ivo do que.; nê\ Perdigão. l~s.s,,s inferências parcc<·1n ser v,;llidas de ,nancira geral. 01'gtlnizaçõc.~s COJno a Posi1i\'o, c uja o rientação é H1nclan1rntali1lcn1c tecnológica, dcpcndcn1 1nuiro de se us engenheiros para n1antcr a qualidade e o difcrcn·

      Pelo fato de a Xerox ter apostado seu futuro em desenvolvimento e inovação, Sophie Vandebroek estâ em uma posição de poder na empresa. Como a principal responsável pelo departamento de tecnologia {CTO), ela lideta o Grupo de Inovação da Xetox, formado por 5 mil cientistas e engenheiros nos centtos globais de pesquisa da empresa. A missão do gl'upo é "ser pioneiro em tecnologias que alavanquem as vendas, possibilitando que a Xerox lidere seus principais mercados e criando produtos para a empresa". A organização depende de Sophie pata tornar essa missão uma realidade.

      Capitulo 13

      Poder e politica

      407

      c ia l técnico de seus produlos. daí o fluo de eles constituírc1u u1n grupo poderoso nessa c rnprcsa. J;:'t na Perdigão, o jogo é cio 1ni,rkctin& q ue for1na o grupo ocu11acional co1n

      rnaior poder. Esca ssez Ferruccio L;tmborg h ini, o sujeito q ue criou os exóticos supcrc:,rros c1uc co1,tinuan1 ostcnHtndo seu sobrcnon1c c11tc11deu desde cedo a i1nportf,ncia da escassez e a usou cn1 proveito prôprio durante a Segunda Gue rra !\luudial. La1nborghini esta· va co1,1 o exército italiano cn1 R.hodes. Seus sur>criorcs licara,n i,npression ados con, ~uas: ha bilidades 1necânicas, co.-n seu tale nto inactcditá\'el 1>ara consert;u· tanques: e outros v<:ículos que n ing·u<;n, rnais conseguia repara i·. Depois de tcrnlinada a guerra, 1

      e le ndn1i1iu c1uc seu talento devia.se, cm boa par1e, ao fato de ter sido o p ri,neiro na ilha á receber os ,nanuais cios vctculos, que e le d ecorou e, d epois, destruiu, tornando-se indispcns;Í\'êl. 1" 1\ relação entre escassez e depcndCncia ta n1bén1 pode ser observada no poder ele di· ferentes catef,•XHias ocupacionais. Os indivíduos cm ocupa\·õcs cm que a o ferta ele profissionais: é n,enor que a de,na nda podcn, negocia r acordos sala riais e beneíicios melhores do qut' aquele5: en1 categorias com abundância de ('andidatos. Os clil'Ctorcs de escolas, por cxen1plo, não lên, n1ui1a dificuldade para encontrar hons pro fC:ssorcs ele português:. ,Já o 1nc1-c.c1.do d e analisu,s ele sis1cnuts de redes é cxu·e1nan1cntc esc.t.sso, con1 :,ha clcn,anda e baixa oferta. En1 consequência, o poder ele barganha desses tlhin1os pcrn1itc que eles ncgocic1n n1aiorcs S
      dade e fican, sqjeitos a on1a 1nt1.iOI!" iníluência de :,.Cus supcriol'es.

      MITO OU CIÊNCIA?

      O poder sobe à cabeça ssa afirmação parece ser verdadeira. Quando as pessoas têm poder outorgado a elas, parecem inclinadas a ignorar as perspectivas e interesses daqueles que não o têm, diz um estudo feito por um grupo de pesquisadores de três universidades norte-

      E

      ·americanas.u

      Nesse estudo, os pesquisadores fizeram que um grupo de participantes se sentisse poderoso ao pedir que se recordassem de uma situação em que sentiram que tinham poder sobre outra pessoa e es,;revessem sobre ela. Outro grupo de participantes foi instruído a recordar um incidente em que alguém tinha poderes sobre eles e a escrever sobre tal situação. Quando foi solicitado, então, que os grupos trabalhassem juntos em um problema, os participantes do grupo poderoso apresenta-

      ram uma tendência maior a ignorar as perspectivas dos participantes do grupo com menor poder, foram menos pre<:isos ao interpretar as expressões de emoção e se mostraram menos interessados em entender como ou· tras pessoas veem as coisas. Os autores desse estudo

      concluíram que o poder conduz à "tendência de ver as outras pessoas somente pelas qualidades que são necessárias aos interesses e objetivos pessoais, ao mesmo ·tempo, perceberam também as qualidades que definem a humanidade nos outros". Portanto, da mesma forma que o poder tem vanta· gens, também parece ter custos - especialmente no sentido de ver as coisas por meio de perspectivas dos ,que têm menos poder.

      408

      Compott.amento organiza~ional

      & áticas de influência Táticas de influência

      Maneiras que as pessoas vsam para ttansforma:J

      suas bases de poder em ações específicas

      Quais táticas de influência as pessoas usai-n para l.ransfor1nar suas baS<:s de poder c111 ações t."-Sp-ccif-1<:as? Que opções elas têrn para inílucn<:iar seus chefes, colegas ou H.1 11cio· n;:'trios? ~csl.a seção, r<,·visarcn10.s alg.unas opções táticas e as condições que podcn1 tornai· algu,nas n1ais cfiea~cs que ou1n1s. .<\..~ pc-.s<Jui~.s idcnLific;...·un 110\'C táticas de influência clislintas:18 1. Ltgilin1idade. Basear un1a solicitaç~\o na autoridade da pos.lçlr.o exercicL.1. ou no f..1.lo de que ela está de acordo con1 as políticas ou regras cL1. 011,ra.ni1.ação.

      2. l+rs,uJ$tW tt1Wud. U1ili7..açào ele a1g1.1111cntos lút,,ticos e evidências fr1.e1uais pata d(·1no11st1•a.r· que o pc~diclo ou pt'Of:>OS'ltt é \~:ivcl ou rck."\-anlt'. 3. .,ipelo ô1s/Jin1Cio11a/. Dt.-scnvolv:Uncnto de LUll con1pro1nctí1ncnto c 1nociona.J por 111cK) do

      4. 5.

      6. 7.

      8. 9.

      apelo a \<.tlores, ideias. nct'C&ildack.'S. t~µci..u1ç.:'r.S e aspi.t11<;õcs. (',1)11.sulta. E-uvol\~1ncnto e 1xinicipação da JX'SSQ.1:-al\'O no plancja1ncnto de u1na estratégia, a1i\'id;,dc 01.1 1nudança JX'U'tl o c:1uaJ o .ipoio dessa JX"SSOa é ck-scjá\'cl. 1TO<.011an1cnlo an1igtl\'CI para obter a1X>io às propo~tas.. 1-'rtssiit>. Utilização de a,isos, exigências pcrsistc-ntes ou ::i,ne..-1ças. Ôlil/iql,,. Consu1.1çào de alianças con1 outras JX."SS0<'1S para ~judar a persuadir o ah:o.

      1\ lgu,n.:is lâllcas gernhnc1uc sl10 rnais eficazes do <Juc ouu·as..., pt·1-suas.ào tacion.:il, o apelo inspit·acional e a consuha rc11cU·n1 a se,· a~ tnais cficaics, c1n especial cp.1ando os alvos dessa influência estão i1ucrcss.1clos nos resultados do p rocesso decisório. f\ pressão costtnna ler un1 cfcilo conrr.írio e é a n1cnos eficaz das nove t~íricas. 1" (:ontudo, tuna pessoa 1an1bén1 pode aun1c1nar suas chances de sucesso con1 o uso de táticas difcrcnlcs, si1nuhânca ou se.. quc11c.ialrnc1ne1 desde que elas scjan1 cozn patívcis entre si.~ Po r cxcn1plo1 o uso con1binaclo d;l l<.·1,ritin1idacle con1 a i11sinuaçào1 por cxc1nplo, pode 111ini 1nizar ,1 r<·açào negativa <:ausada pelo uso do poder IOt1nal d<> rhcf<·, t1zc11do que ele não scj~l "isto <:01no u1·n 'di1ador', ,n,1s apenas qu;u1clo seus subordinados oão se in1pol'1a1n co1n os 1·c.~ult.-1dos de un1a dccL',.lo ou quando a po1í1ica é un1a rotina.21 \ lan1os considerar a 1na11cira n1ais eficaz de se conseguir un1 aun1cnto. \ focê pode co.. 1ncçar con1 a persuasão racional. Isso significa faze r seu trabalho e cuidados.1n1cntc pensar cn1 u1na 1nancira de justificá·lo: descobrir a relação entre sua rcn1uncração e a de seus

      Os p.roíesso,es da ,ede de colégios e-staduais de- São Paulo uniram-se por meio dos sindicatos e decretaram uma greve em março de 2010 para pressionar o governo estadual a aumentar seus salários e revogar uma série de medidas que os deixou insatisfeitos. Nesse

      cenário, a tática de influência utilizada foi a coalizão. visto que, se apenas um deles resolvesse parar suas

      atividades, dificilmente teria suas exigências atendidas. Dessa forma, mobilizando milhares de professores

      simultaneamente, eles conseguiram chamar a atenção pública para seu movimento e pressionaram o governo

      estadual para atender às suas exigêocías.21

      Capitulo 13

      Quadro 13.1

      409

      Táticas de influência preferidas de acordo com a direção da influência Influência ascendente

      In fluência descendente

      Influência lateral

      Petsuasão ,acional

      Persuasão racional

      Pe,suasão racional

      Apelo inspiracional

      Consulta

      P,ossão

      Insin uação

      Consulta

      Troca

      Insinuação

      legitimidade

      Troca

      Apelo pessoal

      Legitimidadé

      Coalizào

      coltgas obter u111a proposta alternativa de cn1prcgo ou n1ostrar res ultados objetivos que atéstcm seu bon1déscn1pe11ho. Dc~sa 1nancira. ,·oc:ê pode1iajustifi<:ar o pcdido de atuncnlo .to apre-sentar ch1dos que ;1téstc1n seus l>ons 1-esuhados. \ 'ocê tarnbérn pode utilizar l>ons n1eios ele cálcvlo de ~alário, co,no o s(~lariônlc1 1'0 (\\"\,·\\·.salariom t lr<.).~p.go,:br), para co1n par;11· seu st1lá1io <'ôfl \ o do!: outros. ~·las a eficácia ele alb11.unas t;3ticas dcp.cnclc ela dil'c çào da inAuência.23 Corno n1os1ra o Quadro 13. 1. a persuasão racional é a únic-a que é eficaz cn1 todos os níveis da organizaç;'io. O apelo inspiracional fu nciona melhor no sentido dcsccndcnlc, do s uperior para os suOOrdinados. Quando a técnica de pressão funciona. qunse sc1npre se dá ele ,nancira descendente. Por sua vez, o uso do apelo ptssoal e da coaliz.ã.o é anais eficaz nas tentativas dt iníluência laterais. No c11ta1no, alé1n da din:çào da influência, ouu·os fitton:s ta1nbén1 afcta,n a eficácia das 1á1icas. Podcn1os citar, c,nrc eles, sua sequência, a habilidade d.1 pessoa en1 usá,las e a cullura da org.u1izaçào. Ê n,ais Í.í<:il ser eficaz quando se con1cça co1n táticas n1ais 'suaves' baseadas no poder pessoal. con10 os a1x los pessoal e inspiracional. a ptrsuas.1o racional e a consuha. Se elas falharc1n, podc·sc p;usar para as táticas n1ais 'duras'. como a troca, a coalizào e a pressão, que enfr1tj4l'l1n o poder forn,al e t11,·oh-en1 maiores ,iscos e custos.2' É inttrtssautc uotar que o uso de u1na llnica t.-\tica "suave' é mais cJica:t <1ue o uso d e u1tHl llnjc-:1 tática 'dura' e que a con1binaçào ele duas 1áticas 'suaves\ ou de tuna lática 'sua\'e' co,n a persuasão !'acion;1I. (:, n1ais eficaz do que quíllqucr tática (dur-J.' sozinha ou co1nhinada." 1\ c!Cllvidadc da tática 1an1bérn depende daqueles que cst.lo sendo influcnci:,clos.~'li f\s pessoas que ccdcn1 às táticas ele influência n1ais suaves tcndcrn a ser 111ais ponderadas, inllinsccan1cntc n1oth·adas, con1 clt··vacla autocsü1na e n1aior desejo de controlc; j;l as pessoas que accila111 as tcÍlicas duras são 111ais orientadas pa1,1 a açào e cxtrin,:;ccarncnte n1oti,·adas, aJC:111 de M:rc1n 1nais fotadas c1n &e chu· lx:1n c:on, outras pessoas e prcfCrir a re,llizac;ã.o de ttn'CJas csu·ut1.11-adas e conu·oladas 1>0r ouu-as pessoas d o <1oe a.gir por conta p,·ópria. ,\.~ 1>cssoa,; clifc1·cn1 u111as ctas oulras cn1 sua.~ habilidades políticas , o u seja, na capacidade para infiucnciar os o u u-os de 111oclo a alcançar seus objetivos. 1\qutlcs que lên1 habilida de po lítica são 1nais cfica?.cs ao utilizarcn1 <1ualqucr u111a elas t~ílicas de inlluência. As habilidades políticas uu11bén1 pareccn1 ser nutis eficazes quando os riscos são altos - tais <:01110 a queles c 1n que os lndj\·íduos são respo nstívcis por in1portantcs r<:sult.,dos organizacio11(1is. J,'inal,ncntt , aqueles que tên, habilidade poUtica p-Odcrn c~erccr poder s<:n1 que os O\lll'OS pcrx:cba,11, o qut é essencial para ser cíic-:)z (tuna vez q ue sei· rotulado cu,no poHtioo é c.xl1't1na1nc1nc prcjudici;11).27 Para f-inaliia1; sabc rnos que ~s culu1ras clcnu·o elas organiiaçõcs vari;1111 signiíica1 iv;1n1cn1c. r\ lgun1as s.io relaxadas e a 1>0iadoras e ouU'
      Habilidades políticas Capacidade para influenciar os outtos de forma a alcançar $WS

      objetivos.

      Poder e politica

      I

      ~

      410

      Compott.amento organiza~ional

      o rganizacionaJ na q ual a pc:ssoa tral>aJha tcrá 1 portanto, grand e inAuCncia na dcfiniçào d e que t;:lticas serão co11siclcn., clas apro1Jiiadas. J\lgtunas culturas cstin1ula1n a pa11icip.:1çào e consulta; ouo-as cncoraja111 o uso da taiàOi e o uLr.ts .:1ind,;l lauça1t1 ntào da pr'(:ss.;i o. ;.\ s pessoas que se ad;\ptarn à cuhura de un1a o rganizaçi10 1cndcn1 a ,·xctecr influência con1 1n;,i~ eficácia.:.'* t\·lai~ cspccifican1cn1c, os e xu'()vcrtidos 1cndc111 a possuir tnais influência nas organizaçôcs que valo1izan1 o trabalho individual ou tarc làs técnicas. Parte cios n1otivos de a..1; pessoas que se ;1clap1a1n à culn1ra scrc1n influentes se deve ao fato de que elas s.io capazes de a presentar un1 dcsen1penho cspecialn1cntc bo1n nas l1rcas consideradas n1ais in11>011.1ntcs para o sucesso. En1 outras palavras. cl.1.s são inAucntcs porc1ue são cornpc::tcnlcs. Dessa for1na, a organização vai iuíluc:: nciar n <1cfin.içf10 de qual subconjunlo de HÍ.ticas de inAuência scr(l visto corno ac('it{1vcl.

      P.!ssédio sexual: desigualdade de poder no ambiente de trabalho O assédio sexual é errado. E u11nhénl pode ser oneroso para as c1nprcs.as. Bas1a per· guntar para os executivos da fabrica1n c ele c igarros Philip ~·lorris e da firma de c11trcgas U PS. U111 uibunal no11c-an1cric(1no 0rd inados durante cruasc un1 ano. E u1na cx~gcrcntc da U PS ganhou unl processo de 80 rni1hõts de d61arts J)-Or <:ondic;:&:s hostis de trabalho ntl c1nprcsa, <1uc não cscotou suas rcrla,naç&.--s co11tra assédio sexual. (.ogica111cntc, n:io são apc11as as gr:,nclcs cn1prcsas que se con1plicain. Urn tribunal concedeu ganho de causa a.JancLBianco, c nfcr· 1ncir:.1. cio Nc\\' \'o rk1s flushing f-lospil::tli cn1 unl p rocesso de 15 ntilhõcs de d ólares que e la 1110\·cu pelo assédio <1ue sofi·cu nas 111àos d o doutor i\·I auhc ,v l\.Jíllc 1: l)cpols do veredicto,

      A$sedio sexual Qualquer atividade incle$&jada de carátét seJ
      .Jane1 afitn1ou: "Acho que as pessoas não 1cva1n a sério a expressão 1assédio sexual'. Elas nào cnlcnclcn1 co,110 isso afCta sua \ ~cla 1 não apenas no Lrabalho, 1nas cn1 casa e conl os ;1n1igos",1'' Aférn dos perigos l<'gais do alho uunbt:111 . .s\.s pcsqt1isas 1nos1 ta1n <1ue ele ~fc1a negntivan1e 111c as ati1udcs no 1raba.l ho e leva aqueles qu(' sofrera,n o assédio a sair da o rganização. t\lé1n disso. cn1 n1uitos casos, denunciar o assédio não n1clhora a s itu;u;ào, pOi$ a orgo;,11iz,1ção responde de rnancira 11cgrctaçõcs e rrôneas quanlo ~10 lj 1nite exato oncle tcrn1ina a 'an1izadc• e co,ncça o assédio. Urn estudo r'é<"Cnle concluiu que 58 por c·cn10 elas n1ulhcres relatara n, te r Lido cx:pc· 1iências conl con1poruuncntos J>Ol<:nciahncntc asscdiosos e 24 por cento disscr:.un c1uc soª li-cra1n :assédio kxual no trabalho.12 Un, problc1na con1 o assédio sexual é que e le depende, a te certo ponto, dos olhos de qucn1 ô \·ê. 1\s n1ulhen.:s tCrn rnaior tendéncitl a \"Cr cc11os

      ~,c,a

      Capitulo 13

      Poder e politica

      411

      co1nporuuncntos corno assédio sexual. O s hon1c11s possuc111 tuna tend ência 1ncnor a ver con10 assédio sexual certos co111po 1'ta111cntos, tais co1110 beijar alguén1, convidar para sair ou faicr piadas d e cunho sexual. Con10 obst1'\'<~.sar ele alguns con1poruuncn10!: inega\'c:hncnlc s<:1·c1n considerados assédio, os hon1c11s e as rnulhcrcs d ivcrgcn1 até certo ponto s.obrc o que clc seja. 1\pcsar dis· so, para a surpresa dos próprios pesquisadores, ourro cs1uclo, realizado no Brasil. observou que a n1cs111a J.>0rccntagcn1 de gestores e gestoras.. 70 por ccnto,julgou não ha,·cr quaisquer d ifere nças entre as prútiéas que configura n1 o assédio sexual sofi·ido por hon,cns e 111ulhcres.,.u En, todo caso. a 1nclhor política é ser cuidadoso abster-se de qualquer con1porta111c1no que: poss,, se,· visto co,no asscdioso, n1csn'lo que 11ão S(:ja sua i,ucnçào. J_.e1nbrc.-sc de que as l:)(,"SSOâS são diícrtntcs, logo, o que você considera tu11a piada ou abraço inocen1c pode ser vis,o con10 assédio pelo outro.

      COMPORTAMENTO ORGANIZACIONAL INTERNACIONAL Assédio moral e sexual no mundo força das circunstâncias da vida e, tantas vezes, do trabalho faz que pessoas, aparentemente tranquilas e seguras de si, deixem-se ficar submissas perante atentados a sua integridade fisica e moral, sejam homens, sejam mulheres. O silêncio e a vergonha que ainda se encontram nos casos de assédio e de desrespeito nas relações, essencialmente hierárquicas, são preocupantes e parecem sugerir que, para muitas pessoas, o respeito à dignidade humana pode significar muito pouco. O assédio sexual pode ser conceituado como toda conduta relacionada com a sexualidade que invade, sem permissão, o espaço pessoal, o que facilmente se traduz em um abuso de poder sobre o outro, em geral inferior na hierarquia. Semelhante ao assédio sexual, mas não igual, o assédio moral compreende diversas maneiras psíquicas de intimidação ou de pressão, como um olhar intimidante ou um tom de voz reprovador. Em uma pesquisa que abordou um grupo de traba· lhadoras brasileiras, apenas 9 por cento disseram ter sido alvo de assédio sexual. Esperava-se que o grupo fosse maior, dado o conhecido erotismo e a sensualidade expressos na linguagem, nas roupas, na música ou na dança do povo brasileiro. Mas, talvez esse jeito aberto e solto, em que um olhar mais atrevido ou uma

      A

      de repressões pela realização de denúncias. Preocupante é que, das mulheres que se sentiram assediadas, apenas 7,7 por cento denunciaram os superiores e 2,6 por cento entraram com processos na Justiça, contra 30 por cento de silêncio e 31 por cento de abandono
      conversa mais doce podem ser aceitos sem ressenti·

      ças, as perseguições e outras formas de violência verbal ou psicológica, atinge entre 5 e 6 milhões de trabalhadores. Essa realidade mundial deve ser motivadora de um espírito de mudança e não de resignação. Se um dos objetivos das organizações é manter seus funciOllários satisfeitos, empenhados e proporcionar-lhes bem,estar, elas devem primar pelo bom ambiente e abrir um canal para que todos os casos de assédio, morais ou sexuais,

      mentos, justifique por que o assédio nessa amostra foi tão baixo - aliado, obviamente, à vergonha e ao medo

      solução.

      sejam denunciados. Definitivamente, o silêncio não é

      Fonte-s: Saseado em "Assêdio sexu.,f; a,spectos psico16gicm do a ~ sel; U,.li$ Gr.,,ç.o. "Ft,ctoréS de risco psie()$$()QoJ no tr~ba!ho! assédio moral e ovtrM fou'l'IM de víoi&nci.o·. disponível em: <www Cn$p,vnl.pv'lgraeafte)(t0$188..html; ..A.$$.édio mor3I no tr&balho". P(>(f{Jf (f(t Org8(lil~O lntefn1cioflal do Trabalho>, disponlvel em: <www.oitbfas,l,0t9..br/n&N$/nov/ler_nov,php?id-3186>; e Maria Ester Fteit&$, ..A$$édio moral e médio $eXual: f ~ do poder pe,verso nas Ofgani~çõe~ ", di$p0f'tivel em: <wwwt6.fgv.bf/rae/artigos/1033.pdí>.

      412

      Compott.amento organiza~ional

      ,.\ n1aio1ia cios c.studos confir111a que o conceito de poder ê funda1nental para a co1n· pt"Ceosão do assédio sexual.» lsso pal"Cce sei· \'Crdade independcnte1nen1e de o assédio pa.-tir ele un1 chclC1 de urn colega ou de LUn suhordinado. E o assédio sexual tende a ocorrer con, ,na.is fi·c<1ué11ci:t quando a diferença de poder é ,naior. O taso chcíe-subordinado é o que 1nelhor caracteriza 11111a relação desigual de podcr:i e1n <1ue o poder IOnnal dá ao chefe a capacidade de recompensar e coagir. Co1110 os subordinados quercn1 a,·aliaçõc-s fc1,'0ráveis de dcscnlJ>enho, a\11ne1uos salariais, e assi,n por diante, fica claro que os chelês acaban1 controlando recursos c1uc a 1naioria deles considera i1nportanlcs e escassos. Portanto, o asséenho de !,CU 1tahalho, s;cus rolcgas podcnl <:xcrccr poder sobre você. E1nbora não l"tceba a ,ncs,na ~nc::n(ào que o a$$édio J)(:l'J>CU1\dO por um chefe, h(í casos de nlulhcrcs en1 posição de con1anclo que podcn1 ser scxualn1cnrc assediadas por ho1ncns que ocupan1 posições menos poderosas de1)U~) da o rganização. co1no aconteceu na Philip ~ 1lotris. O funcion~h·io dc;$valori7.a a n1ulhct por 1ncio de cstcrcó1j1>0s {l';\dicionais (co,no fragilidade, passividade, fhlta de co111pro1nc1in1cnto con1 a carreira), que tén1 u1n rcílcxo 11cgati\·o sobre o sc."o fc,ninino, a fi111l obter algun, poder sobre ela ou paíd 1nini1ni1.ar as d ifêrcnças ele poder cnn·c eles. Cada vez nl:,is, 1~,111bén1, há ca.sos de 1nulhcrcs cn1 posições de poder que asscdi;:un seus H.1ncio11ários cio sexo oposto. U1n c~studo tecente tevclou os clano.s causados rx:lo as.~édio sexual. (:o,no é de S4.: cspcr.,r} quen1 sofi·c assédio sexual aprc.-senta n,cnor satisfhçào no Lrabalho e reduzido co1n· pro1nclin1cnLO con'I a 01lf.a11i~aç~o. No c1n,111lo, c-ssc <:studt> uunbé1n revelou que o assédio sexual clcbilica a s~u~1clc íisica e n1cn1al da viri1na. 1\lt':n1 d i.sso, 1an1bén1 afc1a 11cga1i\'an1c111c o gn1po cn1 qtt<-' a víthna atua, di1ninui11clo seu nível ele produtividade. Os ,1u1cu-cs dcs.5c csu1do concluc1n que o ass.é j ,í vin·u)i:. co11'lo o assédio .!ifxual pode d<:struir u1na organização, sc;1n fi1hu· nas próp1ias ví1in1as. ~ las isso pode srr evitado. O papel de u111 gestor par.:1 pl'C\'cnir o assédio sexual é de sun1a i1nportá11cia. 1-\ SCb"llir, veja algun1as n1anciras por n1cio das quais os achninistraclorcs podenl se protrgtr e a seus funcioná,ios do assédio sexual:

      A Su-zano Papel e Celulose implementou um canal formal para receber denúncias dos funciont.rios sobre casos de assédio moral ou sexual. Essa ouvidoria. está ligada direu1mente ao setOt de recursos humanos e

      garante o a.nonlma.to das pessoas que entram em contato. Dessa maneira, a empresa procura impedir

      a ocorrência de casos de ass.êdio e prestar o apoio necessário aos uabalhadores que sofrerem algum abuso

      dessa natureza. 31

      Capitulo 13

      Poder e politica

      413

      1. Certifique-se de que exista unta política c n1 ,~gor que defina o que constitui assédio sc."ual, infor,nando aos ti1ncion:lrios de que podc1n ser dc1nitidos por assccliarc,n

      sc.xt1alinentc outrn pesso..1..:: cstabeleccnclo proce
      4. Cc11iíiquc-sc de que os as.secliaclorcs scja1n J)\111idos ou dc1niticlos. 5. Org:aniic wrniuáric,s internos para co11scic,1tizar os íunc.:io,Hl.lios sobr<: as qucs1õcs q ue cnvolvc111 o assédio sexual. A verdade é que os gestores tê111 a rcsponsahilicladc de prott~gcr stus funcionários

      de a1nbicn1ei1. de 1rabalho hos1is, 11"1as 1a,nbé111 1êrn de se protegei'. t:Jes podc,n não saber que uni de seus fll nc io ná.rios cstcí sendo assediado scxual1nentc, n1as não ter consciência não os pro tege d e ntro d~, organ izaçiio. Se os investigadores acrcditarcn1 que un'l gestor pode te.- tido conhccirncnto do assédio, tanto o cxC'cu1ivo quanto a c1npresa ~cl'ào 1·csponsabilizaclos.

      ii;lítica: o pod e r e m ação Quando as pessoas se rel1ncrn c1n grupos, o poder é exercido. Os indivíduos p1-ocu ra1n <.:riar u1n núcleo de poder p;1ra, co1n base nclc 1 exercer influênc ia, receber rccon1· pcnsa,s e a \'ançar na carrcira .'Jfl 1'as organizações, quando os func ion.'irios traduzcnl seu poder cn1 ;\çÕcs concretas} d izcn\OS que cstf10 r~\ZCndo política. Con10 vin1os antcrior1nc111c, aqueles co1n boas habilidades polílicas são capazes de utilizar suas bases de poder de n1a11e ira e ficaz. :Vi

      ENQUETE COMPORTAMENTAL Como você lida com as políticas de escritório?

      Participa diretamente, 20%

      Fica completamente de fora, 24%

      ---"1 li

      Sabe o que estã acontecendo, mas não participa, 10%

      Não sabe, 5%

      Fonte: &seado na pesquisa de op;nt.lOda Aecounte.mps. fea.fiuada com 522 trabalhadores USA Today. 17 nov, 2008, p. 18.

      414

      Compottamento orgc1niza~ional

      Definição de política organizacional

      Comportamento polrtico Ativi&de,s qué t,JIO

      são ,equeridas como parte do papel formal or9an1Zaçào. mM



      que influenciam, ou tentam influenciar, a dís.triOOição de vantagéns e dMvantagc~ oooti'o

      delo,

      (

      __J

      Não existe escassez ele definições de polhica o rganiz.tcional. Elas enfocan1, esscn cialnlCntc.:, o uso do poder corno 111cio para iníluencíar as decisões organizacionais por p.;.lrtc: de: indi,·íduos que buscan, s.;.ujsfi,zer intcrcs.scs pr'Óprios s<:rn S('rc.:nl sancionados p<:la o,-gani:-:aç~o.1° Pa,-a noss<>~ propúsilos) o comportamento político nas 01-ganizaçÕC..'c:onsislc e n'I alividaclcs q ue não fazcn1 parte d o papel forrna) de u 1n indivíduo na organização, 1nas q ue intlucnciarn , ou 1cnt a rn influenciar, a clisui buiçào de vantagens e dcsv:,ntagcns dcn1ro dela. 41 Essa defini~.:lo e ngloba a quilo a que a n1aio1ia das pessoas se refere c1ua ndo frlla de po l.ítica organizacional. O con1portc1n1cnto político c.st{1 fo r;.1 dos requisitos cspcclficos do tJ"t\b.:tlho de .:1lguén1. l~lc cle111a11da u111a tentati"a de uülizar as bases de pod<.·r ..: engloba os esforços 1>0:) n.. influ<·nciar os oi.,jc1i vos, os c;1~1érios ou os p.-occsws us.aclos na tornada de dccisào 1 q\lanrlc, afil'rna11'1os que a 1>olí1ic;.."l cs1;í voha
      Comportamento político legitimo Comport•mento polftic<>

      l'lormal do dia a dia.

      Comportamento politico ilegítimo Comportamento politico que vioht as

      ,egras. do jogo.

      1

      I

      __J

      O \I

      de un,a decisão dentro da empresa.

      H~l u111a d in,cnsào
      A realidade da política Entre,istas con'I gen.:ntcs cxpc1icntcs 111ostn1n1 que a 1naioria acredita que o co1nporta1ncnto 1>01.í1ico constitui a ,naiot parte chi vida Ol'gCuli~acionaJ. ü ~ luitOli deles disscr<1n1 que o ccnnpona1ncnto 1X>lítico i;, ah.;,n de.:: élico, ncc<·s.sário, desde 'lUC11ão prcj11dic1l•C ningué,n d i1·ctan1cn1c. Elc·s d<~sc:-rc,·cn1 a política conto tuna 111,lldaclc necessária c acl'cdi1an1 que algué:1n q ue 1ttu1ct1 usa o con1portan1c11to político terá rnuita dificuld ade para fàzcr as coisas. Boa parte deles t:unbé1n indicou que nunca haviam sido treinados para utilizar o con1por,. tan1cnto político de rnancira eficiente. f\ política C Lun fruo na vida elas organizaçôts., e as pessoas que ib111oram esse fato o íhzc~n por sua conta e risco. ~ las, \·ocê pode se JX:[l:,"llntar, por q ue a política t<:rn de existi,-? Não é JX>SSÍ\'Cl que tuna. Ol'b,'.rê'lllizaçào funcione liC1l'1 c:la? Possfi,;tl. t~l" ci.~ mas 1nui10 in-1provávcl. 1\ s organiiaçôcs si10 íor1nadas 1)01· pessoas e g1·upos corn d if(;n;1uc:o. valol'c.~1 nlcuts e intcrc:-sscs.-u lsso esrabclcc:c tuna base d e conflitos potenciais co1n J'claçâo à clisrribuiçào de recursos li1nirados, tais con10 o rç.a 1ne ntos, alocaçào de <.-spaço íisico1 responsabilidade sobre p rojetos e ;:~ustes s:.llariais.~>Se os recursos fossc1n abundantes. lodos os 1ncmbros d a orga· nizo:\çào podc1ia111 satisfitzer os próptiios ol~jctivos. Co1no são lin1itad os, nc111 todos os intc· rcsscs se concrctizarr1. ,\lém disso, os ganhos de urn indi"íduo ou grupo sào frequentcn1cntc ptrcebidw pelos dc1nais co1110 vantagc.:ns de uns cn1 dctri,ncnto de outros na orgaolz.açào, ind<'pendc,nc,ncnu.: de iS$O sei· ou não ,·e1'(h1de. Ess..-"ls fê:>l'ç-as c1~a1n un1a con1pcti<;ào real pelos recursos li1nitados c1H1'<' os nlcn1bros da Ol'ganizaçào.

      Capitulo 13

      Poder e polit ica

      415

      TaJ,·cz o fiuo r n1ais in1porta11tc que le,·a à política na organização seja a percepção de que a n1aioria cios ·nuos' utilizados para alocar os rt.-cur.iOs linútados é passÍ\'Cl de diferentes interpretações. O que é, por c...'Xc111plo, lnn bo111 dl'se111pe11ho? O que é l1111a 111clhoria tufttJtuula? O ((llC c.ons1iu1i un, tl'~thalho ;,,$flli.eft,J6rio? O '(;,:;t()l'(o ah ruísl~l crn bcn<·ficio d~, o ,·ganir.ação' por parte de ,una p(::SSOil pode sei' visto ))01' ourr., con10 urna 1l<:n1a1iva óbvia de làvorccc1' os intc1x:ss.c:s 1>essoais'.'6 O técnico de qualquer grande tin.1c de fi.11cbol sabe que u1n goleiro que &.:fende 25 por cento das cobr.u1(.~1S de pénallls, en11nédia, é 111clhor do que un1 que defenda apenas 5 por cento. K;1o é preciso ser un1 gênio nesse esporte para escalar o prin1eiro para sua equipe. ti.las o que acontcccri.1 se você li,·cssc de escolher enlrc dois goleiros que dc..:fc11de1n c1n n1édia li por cento e 18 por cento? Nesse caso. outros falon::s n1cnos objcli\'OS rx~aria,n: os r,cílcxos, a ahura. o polc..: nciali o clcs<:1npc::nho c,n n1on1cn1os de tcnsJ101 a lraldad(• ao lin1c, e assin1 po1· diante. tvluitas das d ccis<>cs ad1ninistriuivas lcn1bran1 1nais <:ssa escolha enrrc n1édias de 17 1>0r c<:1110 ou de 18 por cc,110 cio que aquela c nlrc unta 1nédia de 25 por cento e outra ele ;> por cento. É nesse a1nplo e a n1bíguo terreno da \~da organizacional - onde os tàtos não f..1.Ja1n por si 1ncs1nos - que a política Aorcscc (ver Quadro 13.2).

      Quadro 13.2 A política está nos olhos de quem a vê Um comportamento que uma pes$ôa chama de 'política organizacional' pode ser classificado por ouua como um êxemplo de 'administração eficat'. O fato não é que a administração eficaz Sêja necessariamente politica, embora. em alguns casos, ela possa ser. Por exêmplo. um estudo experimental mostrou que o comportamento orientado para o pode, apresentado por um íunc.ionário efetivo é considerado mais legitimo e menos agressivo do que quando apresentado por um funcionário temporârio.4 7 Veja os seguintes rótulos, utilizados para descrever os mesmos fenômenos. Isso sugere que a política, assim como a beleza. está nos olhos do observador. Rótulo: 'Política'

      Rótulo: 'Administração eficaz'

      1. Colocar a culpa nos ouuos

      versus

      1. Atribuir responsabilidades

      2. Bajulação

      versus

      2. Desenvolver relacionamento de trabalho

      3. Adulação

      versus

      3.

      Demonstrar lealdade

      4.

      Passar o ·abacaxi'

      versus

      4.

      Delegar autoridade

      s.

      Defender sua retaguarda

      versus

      s.

      Dcx:umentar as deci545es

      V6fSUS

      6. Estimular a mudança o a inovação

      versus

      7.

      Facilitar o trabalho em equipe

      8. ·Dedufa(

      versus

      8.

      Melhotaf a eficiência

      Conspirar

      versus

      9.

      Planejar com antecedência

      10. Exceder nas fealizações

      versus

      10. Ser competente:! e capaz

      11. Ser ambicioso

      versus

      11 . Mostrar preocupação com a carreira

      12. Ser oportunista

      versus

      12. Ser esperto

      13. Ser astuto

      vefSuS

      13. Se, prático

      14. Ser arrogante

      versus

      14. Ser autoconfiante

      15. Ser perfeccionista

      vetsus

      15. Ser atento aos detalhes

      6. Gerar conflitos 7.

      9.

      Formar coalizões

      Fonte: BaseiKfo em T, e. Krell, M, E, Mendenhall e J. Sendry. "Domg mearch in the conceptual morass of organizational polêtic:s", ttabaiho apreset1tado na Westem Aeademy of Management Coo(erence. Hollywood, CA, ilbr. 1987.

      416

      Compo11.amento organiia~ional

      Po r finl, corno a n1aioria cl.1s decisões precisa ser tomada cnl unl c liln;1 de a1nbi-

      guidadc - cn, (1uc os fatos 1'àra1ncntc são objetivos e. portanto, pa-1>síveis de difcrcutcs i1ncrpret.:1<;õc:s . as pessoas nas or~,a_nizaçõcs usa,n 1oSts. l.sso. <·vldc111c1ncn1c, gera a!i a1ivich1dcs que cha1nan1os de póliticagnn. Assin1. J'cspondcndo à pergunta sobre se u1na organização pode exis tir sc1n política, podc1ía1nos dizer que sin1. se todos os 111c1nbros da organização con1pa11ilharc1n das n1es· 1nas ,netas e intcrcsst.-s, se os recursos organizacionais não forcrn escassos e se os n. -stdtaclos . dos d C!ic111penhos forcn'I totalmente claros e objetivos. ~·las isso não se aplica ao nlundo organizacional c1n que \'ivc,nos.

      iiausas e consequências do comportamento político Fatores que contribuem para o comportamento político ~ e1n todos os grupos e 0 1-gani~ações são iguahnen1e políticos. En1 a lgurnas organi-

      1.a<;ões, por e xe1nplo. fazei· política é u1na atividade explícita e exuberante, enquanto en1 outras a política 1cn1 apenas lun papel secundário na inOuê-ncia dos rcsuhados. Por que acontece css.1 ,·aiiaçào? Pesquisas recentes iden1ilicara1n algl1ns f.,torcs que parcccrn in· cc11tivar o co1nport;in1c11to político. 1\Jguns são c:aractcristicas individuais1 oiigi11adas cl:ls qualidades llnic1,s das pessoas cn1prcgada.s na organização: ou1ros são resultado da cultu1-a organizacional ou do arnbien1e interno da c ,nprcsa. A Figura 13.1 ilustra con10 os Í:"tlOrcs individuais e organizacionais poden1 tslirnular o co1npo1'Hto1en10 político e." criar l'CS\lhados Í.'lvoráveis (au1nen10 das recon1pe-nsa.s e redução das punições)~ tan10 par;i os indivíduos co1no parn os grupos clcnu·o da orga:ni7..:'lçào.

      Fatores individuais ~o 11ívcl individuttl, os pesquisado1·es idcntilicara1'l"I certos lrtl.ços de personalidade, necessidades e ou11·os fhtorcs qu(' pa1"Cccnl cs1ar rclaciooados co,n o con1po11a1ncn10 polí1ico. Co1n relação aos traço~ de personalidade, descobriu-se que os func ionários conl e lcvncla capacidade de auton1onitoran1<"nto, con, lócus de controle inte rno e conl grande necessidade de poder tê1n 1naior tendência de fazer políüca. 111

      Figura 13.1

      Fatores que contribuem para o comportamento político

      FotOfes individuais • Elevoôo copoeidode de 0111omooiloromento • lócv$ de controle interno • Alto grou de moquiovelismo • lnve$limenlo no orgonizoçõo

      • Aiternativo.s percebidos de trobolho • Expectativas de socesso

      Foto,es orgoniz~ionois • Reo1ocoçõo de recursos • Oportvnidodes de promoção • Baixo nivel de confiança • Ambiguidade do$ papéis • Sislémo do ovolioçóo de

      desempenho pouco ck,(o

      • Prólico.s de recompenKI de somo,zero • P,oce.$SO deciWrio democr61ico • P,es$õe$ poro o oho de$empenho • Cúpt,110 de exec:vtivos egocêntricos

      \ /

      Comportamenlo político

      8oixo

      Alto

      ~

      Recursos faVOf'áveis • Recompenses • Reduçõo do punições

      Capitulo 13

      Poder e politica

      4 17

      AqucJc-.s con1 elevada c.a pacidadc de auton1onitoran1enlo s.'io n1ais sensí\·eis às sugestões sociais1 cxibc111 níveis 111aio rcs de confo r1njdadc social e costun1a1n ser n1ais habilidosos que os dc1nais no COl)tportan1c 1110 político. Por ;;1crcdi1arc1n que J:>o<:lcrn conlr"<Jlar seu a1nhicn1c, os incli\'iduos con, lôcus de c;;ontrolc· in1etrio 1ê1n n1ais tcndênti;'l a a~su,nir urna pos1ura pro,uiva e a lentar n1,ulil)ular as siu1açõts a seu favor. 1\·las, não é de surpreender q ue personalidades 1naquia\'élica.s caracterizadas pelo desejo de n1:u1ipulação e ele poder - sintan1-sc confi>rt::lvcis c1n utilizar a polílica conto ntcio de atender aos próp1ios interesses. t\ lé1n disso, o invcsti111cnto individual na o rganiz.1çào1 as altcrna1jvas J>Crccbidas e as cx1:>ertaLivas de sucesso i110ucnci,11n o grau c1n que un1a pessoa busca n1clos ilcgíti1nos de ação po1íticH..''J Quanto n1ais a 1:>essoa li\'c.: r invc.slido n.-i otganiz.açào e espe te desta hcnclicios f~1tu1'0s, 1nais ela ler;\ :a perdei' se fo,· desligada e 1ncno1· será a probabilidade de <:la se envolver e1n aç<)<:s políticas con1 111cios ilcgítirnos. Q uanto n1ais l'thcrnati\11s de oportunidades ele trabalho u1na pessoa tiver seja pelo ntcrcado f.."l\'orávcl, seja por possuir talentos ou conhecirnentos raros, un1.1 boa reputação ou contatos inAucntcs fora da orga11ização - , n1a ior ser.\ a J>robabilidadc de ela s<: arriscar e1n ações J>Olíticas iJebrÍ· linu,s. Finaln1cnte, se a pessoa livcr baix;, expectativa de sucesso corn a pr;:ltica de 1ncios ileghi1nos, é irnprov('ivcJ que e la siga r>or esse.• ca,ninho. A alla cxpccHHivt, de sucesso no uso de pi-..l1ic-as ileg-<1is é n1aior tanto cnu"(: os indivíduos expc:1~cntcs e poderosos, <:0111 sofistic.1clas habilicladts po lí1icas, con10 cnlr<· os fi1ncionários incxpcricrucs e ingênuos, que c:,lculan1 ntal suas chances. Fatores organizacionais ,\ ruividadc política é, prova\'Chl\e11tc, un,a (1,.111ç i10 nltli.S das catactctíslicas orgaoizacionr1is d o que das dife1-cnças individuais. Po t <1uê? A n,a.ioria das organizações possui u1n grande núntero de fu nc ionários con, as ca 1·actcrísticas individuais que acaban1os ele list;,r e, n1esn10 a.ssi1n, a extensão do con1po rlan1cnto político varia an1pla111cnlc. E1nbora rcconhcçarnos o papel que as d iferenças i11di,~cluais podem tt r c111 fon,cntar •~ atividades pôlilica.s, as C\~dência.s sugcrc1n t1uc s..io certas .situaç~ e culturas qut pron10vcrn co1npon.ame11tos políticos llê,s org.u,iz.açõcs.. ~ lais cspccifica,Hc1uc, q1..1a11do os rcc.:urws de 1,.1,na organiz.a çào C.'ilào di1nin\1indo, o padrão cxistenle de 1ttut"SOS c·s1.-) 1nuda11do e c.:x.islcn, opo1,unidadcs de pron,oçõ<:s, (; 1nais p1'0\'ável qu(· a política venha à Lona.50 Alé,n d isso, as culntras caracterizadas por l)aixo nível dc confiança> ;unbi,guidadc de papéi.s, sis1c1n.ls pouco claros de avaliaç..lu de dcscn:ipcnho, práticas: de aloea~-:lo de 1·ccon1pensa ele son1a..zc.·ro, processo dcclsóiio dc111ocr.',tico, aha p r<:ssào para o clL-scmpcnho e cúpula de cxc<:utl\'OS opor· lunista.s podc1n gerar condições pa ra o suq,>úncnto das a tividades polític:
      Fazer politica tende a vir à tona quando os recursos organizacionais são escassos. No final de 2006 e início de '2007. a Agência Nacional de Aviação Civil (Anae) enfrentou um grande problema com os controladores de voos dos aeroportos brasileiros. Em função da pouca quantidade de profissionais, das duras rotinas de trabalho e de um grave acidente aéreo. que aumentou a press~o sobre os controladores, esses profissiorlais articularam 'operações-padrão', tinindo-se e passando a trabalhar de acofdo com as regras de segurança. Em função disso, os operadores passaram a controlar menos voos simultaneamente e a realizar paradas de de-scanso - algo que estava previsto em seti estatuto, mas não era cumprido pelo excesso dê uabalho. Isso féz que se formassem grandes filas nos aeroportos brasileiros e pressionou a Anac a melhorar as condições de trabalho dos controladore.s.52

      418

      Compottamento orgc1niza~ional

      i1npliquc111 ~dgn.ificaüva realocação ele recursos na organizaçào 1 p0
      e auincntar a ativicl.,dc política cntn.: os trabalhadores. t\$ dt'Cisõcs sobre.~ pn)n'1oç:õcs l(:111 sido consistcntc1ncrnc apontadas como urtHl das açõc.:s ,nais polí1ic;.1s oas 01l,"anizaçôcs. t\." oportunidades de p1'0n1oç:io ou dr prog1-csgo csLinu1la111 as pt-~oas a con11x:1ir por rccul'sos li1ni1ados e a 1cn1ar iníluencia1· posi1i\'a111en1c o rcsult:,clo da clccisào. Da 1ncsn1a forn1a, quanto 1nais 1,aixo o nível de confiança dentro da organização, 1nais alto o nível ele con1po nan1cnto político e n1aior a probabilidade ele que este seja cio tipo ilc· gíti1no. ;.\ssi1n. llln cli111a ele grande CQnfiança reduz o con1porta111cnto politico. de nu,ncira geral. e inibe as ações ilcJ:i.-id1r1as. cn1 pa1i:icuJar. r\ a111hig11iclade de· pa1>êis significa q ue o cornpona1n ento csp-erado cios fi.1ncionários nào é clan). Existc,11 1 portanto1 poucos li,nites pata o escopo <: para as funções das ações políticas dos fi.,ncion:lrios. (:01110 as atividades po líticas não sào consideradas pa11c das attibuições do papel for1na) do íuncioná1~01qua,uo ,naiot a a,nbiguid:i.de do papel, ,naiot a p robabilidade de ele realizar essas a tividades. 1\ a\·aliação de dcscrnpcnho C!;l;l longe..~ de~ ser u1na ciência C.'l'.ata. Qua1110 n1ais as OI'· ganizàÇÕL'S utiliz.arc111 c1i térios subjcti\'OS, c11f.tliz.:1.rcn1 tnna única 111cdida de resultado ou pcr1ni1in;:n, ,, passagcn1 de tun gr.1nclc in1etvalo de 1t·1npo cn11"C urna ação e sua tl\'a1iaçào, 111a.ior scr~i a probabilidade de os fi.1 ncionários rccorrcrcn1 à política. Os cd térios subjetivos de avaliaç~~10 ge1-arn an1biguidadc. O uso de unla única n1c0r1an1c-~ cio trabalho, que não estão :o.encto avaliadas. Pol' t'1hi1no 1 o inten,,lo de tcn1po entre un1a açúo e sua avclliaçào ta1111:>C111 é tun fator rclcv,tnte. Q uanto 1naior o período) 1ncnor a prohahilidacle d e <111c o fi1ncionário s~ja responsabilizado pol' seu con1portarncnto político. Q uanto 1nais l.nna cultura organizacional cnlàtizal' :, aborclagc1n do tipo son1a-zcro para alocar sua.s r<:co1npcnsas, 1nais os funcionários fic.arão ,noti\·ados a fi-1zcr política. 1\ abordagc111 de so1na~zcro irata o 'bolo' elas 1'eco1npcnsas corno algo fixo. fa1..endo que qual· quer ganho de um indivíduo ou g rup-0 signifi(luC perdas par.:1 os dcn,~is. Se cu ganho, você prrdc! Sç 15 1nil rt~ais cn1 au1ncn1os salariais de,·c111 ser clistrihuidos rntrc cinco fi.1 11· cion;lrios, <11.n1lqucr unl que receber 1nais de 3 n1il reais cstanl tirando di1,l1ciro dos out1·os colegas. l~sa prálica cstirnula o fi.1ncionário a tentar con1pro1nc1cr a i111agc1n cios colegas e <'11..11nen1at a visibilidade do que faz. Qt1alllQ n1aiot a p1·cssào que u1n func-ionário sente para apresen1ar bont dese,npenho, 1naior a probabilid ade de que ele tàça po lí1icas. Ser esui1a1ncntc responsabilizado pt)r l"C· suhaclos gera n1uita prc:ss:io nas pcssoa..'i para. 'ficar bcn1 na fita'. Se alguén1 percebe c1uc o futu ro de sua carreira está nos result.::\dos das vendas do trintcstrc seguinte ou no relatório 1ncnsaJ de produtividade da fábrica, c::ssa pessoa terá 111oti\·açào par.=t fhz.er o q ue for preciso no scnLido de assegurar q ue os nlnncros lhe scja111 favoráveis. Fírn\ln1cntc, quando os funcionários J)Cl'("ebe,n <1ue os indivíduos da cúpula da t111presa rs1.ão envoh·iclos en, a1i,~dad<"s 1>0lí1icas, especiahnente q uando são bc1n -suctdidas e recon11x nsadas J>Or i~so} cria-se ulbl cli1na que Í.'l\'Ol'CCe a a ti\'idadc políli("a. Essa prática na ct'1pula ela organização, de certa fOr111a, clá a pcr111issào para que O-" escalões inferiores làça1n o 1ncs1110 por sugerir que tal co1nporuunc1110 seja aceitável.

      Como as pessoas respondem à política na organização? Fcltima Lins adora seu trabalho de roteirista de un1 progra1na hurnorístico sc1nanal de T \ { 111~,s odci::\ a política inte rna. 1~\lgu11s rotcirist::\s p.tssrun nHlis tcn11)0 b~julando o produtor do que escrevendo seus textos. E nosso roteirista principal não esconde q ue tcn1 seus favo1i lo:o.. E,nl>0ra ,nc paguem nnui10 be1n e cu po&;a rcahnentc exercitar rninha c1iatividadc, estou cansad;, de 1e1· de es1.J;11· sc,11pn:: ale11a contra ttaiçôcs e de SCI' obrigada a fazei' alarde de ntinhas contribuições. l~s10:u cansada dC" íazer a rnaiot pat"tCdo 1rabalho e receber apenas u1n pouquinho do crédito.» Esses co1ncnt:írios de Fáti1na são típicos de ptssoas <1t.u: IYahalha111 cn1 a111bicntcs altan1cntc políticos. ' Jõdos c.onl1cccn1os pessoas que rccla1nan1 da polhic.1. das c1nprcs:.1s c1n

      Capitulo 13

      Comportamentos defensivos Componamentos

      , ea1ivO$ ou ptotecioni$t~s que bvs<::am evitar ações, culpabilidade ou mudanças.

      Poder e polit ica

      419

      que trabaJhan1. ~Ias como as pcssoa$ reagc1n 1 de n1ancira geral, à poliúca na organização? \!a1nos c.x;u11inar as evlclências. E,n nos:x• clisc1.1slii10 c1n1erio1;, neste capítulo, sobre os fatores que <:ontribucn, par;;, o co1npo1·r;\n1en10 1>0lí1 ico, focé11t1o:s os l'CSuh.-ldOS Í.'lvol":l,·eis oh1idos pelos indivíduos que conscgucn1 sei' hc1n·StJccdidos ao f.-rzcr política. 11a..~ os rcsuhaclos cos1t11na1n ser prcdo1ni~ nan1c1ncntc negativos para nn1it;,s pessoas que não possucn1 habilidade política ou que não c~stào dispostas a participar de jogos po líticos. .L\ figura 13.2 rcstnnc as evidências de pesquisas sobre a relação entre a percepção da política na organizaç;\o e os resultados individuais.» Existe, por cxc1nplo. forte evidência de que a percepção da política na organização cs1à ncgaúvan1e111c relacionaÇàc> ela politica la1nl:X:1n tende ~t au1ncntar a a11siedaclc e o estresse. lss:o j)(u-ccc dever-se ao r.,10 de que o indivíduo scn1c que pode ti.l;u· pc1'dcndo tc1·rcno dc11t1'(') ela c,np,-csit r>0r não f..'lzcr política ou, 1>elo (·on,r,i,io, por sc111ir a pressão adicional de cstar con1pc1inclo na arena polí1ica." Não é surprccndcntc, portan10. que, quando a política se torna excessiva, ela pode lc,·ar o funcionário a se dcn1iti1:·"'' Por fi1n 1 cxisten1 evidências de que a política na organização pode levar ao declínio do dcsc1111:>enho cios funcion{uios. tal,·t--z porque cst('S vejan1 arnbicnlCs políticos con10 iitiustos. coisa que os clcs1notiva:.,, Os JXsquisadores tcunbém nou1ran1 essoa que t<:111 u111 claro cnt<:ncli111c1no de c1uen1 é o respons~lvcl pela torn.lda de clec:isõcs, e do porquê de esse indi\·íduo ter sido selecionado para ;1 função, consegue co111prcendcr anclhor co1110 e por que as coisas acontecen1 daquele jeito quando con1parado a algué1n que não tcn1 esse cntcndi111ento sobre o processo clccisóiio. 11MI Quando a con1prccns..lo é grande e a politica la111hê1n, o dl-.sc..:111pc:11ho tende a :subir, pois 0lítira. ~,las <1ua11do a con1precnsào t: pequena, a J)()lítica 1cndc a sei· cnca· r.1cla con10 u111a a111caça1 o que ltrâ u1n <·feito negativo sobl'c o dcsen1penho no trabalho.S9 Segundo,. quando os fi.1ncion~rios vcc1n a polhica co1110 u111a a111caça. (:lts costu1na111 responder co1n comportamen tos defensivos co1nporta111cntos reativos e protetores para cvltar a ação, a culpa ou a n1udançé,. 1" 1 (O Quadro 13.3 apr<.-senta .t1t't.UlS cxcrnplos desses co1npíJrU11ncntos clcfcn.s.ivos.) O.s co1nportan1c11tos defensivo.s estão geral1nc1ltc as.so· eiados a ~cnti,ncnto.s ncgat..i,·os con1 1·ch1çào ao tn:11>.alho e ,:1 seu ;;unbicntc.t. 1No curto praw,

      Figura 13.2 Respostas dos funcionários à política na organização RO
      satisfação no trab~

      1

      Aumento da ansiedade Peroepçlio da

      e do es1resse

      polllica na

      org.aniZaçllo Aumento da

      ,otatividade

      Oeclink>do desempenho

      J

      420

      Compo11.amento organiia~ional

      as práticas defcnsh·as podctn atender ao interesse pessoal de qucn1 as c1nprcga, n1as., no longo prazo, isso ac.1ba i111plicando uni desgaste. 1\s pessoas que lançam 1nào clcSS<'s ;1rtifi<:ios const'11íte1n e1\tc aeha,n que essa é;, Ú11ÍC.i1 forn)(I possível de con1poruu11cnlô e ..icab,un pcr'dcnclo a coníian(a t.: o ar>oio de seus colegas, rhefi;s, subol'dinados e clientes.

      Gerenciamento da impressão

      Gerenciamento da

      impressão .P,ocesso pelo qual os indivíduos tent~m controlar a impressão que os outros formam a seu ,espeito.

      Quadro 13.3

      1

      S,1h<:ntos <1uc a,s pc·s!;oas 1ên1 urn intc1·csse con sHtfHC c n1 s.....her corno s;\o percebidas e avaliadas p<'los ouuus. Por cxc111plo, os bl'asilcitus gas1an1 hilhõcs de 1'Cajs c,n dietas, acadc1nias de ginástica, cos,nélicos e c irurgias pl;\Sticai para se tornarcn, 1nais atracntcs/12 ela n1cs1na for1na que outros povos, co1110 o nortc·;:u11ciicano.(,:( Ser vi.slo de n1;utcir..1 positiva pelos outros pode tr..,zcr bcncficios p;1ra as pessoas nas organizações. l~o pod<\ iniciahncnlc, pcr,nitir que a pessoa consiga a posiç?10 c1uc deseja na c111prcs..1. e, u111.1 vez contraloilda, obter avaliações favon:íveis, ;:n11,1entos salariais rnaiorc-.s e pro1noçô<:s n1ais rápidas. Em lHll co,u<.·xto polí1ico, pode
      Comportamentos defensivos

      Evitar ação Superconformação. Fazer uma interpretação estrita de suas resp
      Autoprotogondo-so. Agir de maneira a protêger ~us interessos durante um processo de mudança, retendo informações ou outros recursos.

      Capitulo 13

      Poder e politica

      421

      baixo ní\·cl ele autornonitora1nento tcndc1n a n1ostrar urna i1nagc1n consistente con1 sua personalidade, inclcpcndcntcrncntc dos efeitos benéficos ou pn..judicia_is q ué isso possa ler. Em con1p;)1c,ç~o1 os a uto 1n onitor:ados sào hcíbcis ua lcitur<1 ele situações. e salx:111 ,nolclar

      5;ua aparência e co1npo1,a1nc1no ()ara se adcquat ,, c~1cl.1 ci1'Cuns1âocia. Se você quisct c-·onLrolar a i1nprcss5o que os outros íorn1an1 a seu 1-cs1)Ci101 <1u<· técnicas de gc1·cnci.1n1cn10 d e in1prcss.=-to utili1.aria? O ~ ,adro 13.4 rcsunlc algurnas das i-nais popula1-cs e fornece urn cxen1plo de cada u111a. '"fcnha cn1 n1cntc que o gcrcncia1ncnto ela in1prcss::"io nào significa que a.s i1nagcns cxibidc,s pelas pessoas sejan1 neccssaiiamente falsas (embora. é c\·idcntc. às ,·t'7..CS o sejam).v> Desculpas. por cxc111plo. podcn, S,,(:r sinceras. ~h,s a f.1lsidc,d<: pode ter tHn alto pr(.-çO. Se a i1nag<:1n autoprocla,·nacla r,ão for verdadeira, a pcsso(, podcr.:í ficar desacreditada. Se você gri1ar ;fogo1 coro n1ui1a frcqt1ência >ninguén1 vai acrcdi1ar quando u n1 incêndio cslivcr rcaln1cnlc ocorrendo. 1\ssin1 1 o gcrcncian1enlo da i1nprcs.sào dc,i'é ser feito co111 cuidado para que a pessoa não seja vista con10 n1cntirosa ou rnanipuladora.1,; C o1no cxcn1plo dive rtido desse princípio, os participantes ele u1n grupo de foco na Suíça ciiara1n in1plicância co,n un1 participante que
      Oua1,do tfabalhava como administrado( financeifo da subsidiária brasileira de uma mineradora francesa, Ernesto Schlesinger enfrentou muitos problemas com o gerenciamento das impres.sões realizado por outros

      gestores. Responsável por organizar todo o orçamento da empresa para os periodos. posteriores, Schlesinger estabeleceu um prazo final pafa que as pessoas envolvidas. enviassem-lhe a previsão de en1tadas e saídas de caiJ
      se isentavam de colpa e jogavam o probtema para os outros" , diz Schle-singer. Para solucionar o problema, o gestor convocou uma reunião para que todos falassem francamente e os problemas fossem ,esolvidos.1~

      422

      Compottamento orgc1niza~ional

      Quadro 13.4 Técnicas de gerenciamento da impressão Conformidade Concordar com a opin ião do alguóm para conquistar sua aprovação.

      Exemplo: Um gerente dita seu chefe: "'O senhor está absolt.rtamente certo em seu plano para a reorganização do escritório regional do Nordeste. Concordo p tenamente com o senhor"'. Favores Fazer alguma coisa simpática a alguóm para conquistar soa aprovação.

      Exemplo: Vendedor para cliente potencial: "Tenho dois ingress0$ para o teatro hoje ,à n-oite e não poderei usá-los. Fique com eles. Considere como um agradecimento por ter gasto parte de seu tempo comigo"'. Pretextos Apresentar explicações para situações desagradáveis com o objetivo de minimizar sua aparente seriedade.

      Exemplo: Um gerente de vendas para seu chefe: "Nós nos esque,cemos de colocar o anúncio no jornal a tempo. mas ninguém responde a esses anüncios mesmo! " . Desculpas Admitir a responsabilidade por um evento indesejado enquanto procura obter o perdão.

      Exemplo: Funcionário para o chefe: " Sinto muito por ter cometido um erro no relatório. Peço desculpas por isso". Auto promoção Evidenciar suas melhores qualidades, m inimizando seus defeitos,

      e chamar a atenção para suas conquistas.

      Exemplo; Um vendedor d iz a seu chefe: .. Mateus trabalhov por tr-ês anos sem sucesso para conseguir aquela conta. Eu consegui em seis semanas. Soo o melhor negociador que essa empresa possui .. , Intensificação Alegar que algo que você fez tem mais valor do q \1e pensa a maioria dos membros da o rganização.

      Exemplo: Um jornalista diz a seu édltor: "Meu trabalho na mauiria sobre aquele d ivórcio de celebridades realmenté impulsionou nossas vendas" (mesmo que a matéria tenha saido apenas na página 3 do caderno de enuetenimento). Bajulação Elogiar os outros por suas virtudes em um esforço para parecer pêrceptivo e amável.

      Exemplo: Novo trainee de vendas para seu colega: "Você lidou tão bem com a reclamação daquele cliente! Eu nunca teria conseguido lidar com aquilo tão bem". Exemplificação Fazer mais do que precisa em um esforço para mostrar como voc,ê é dedicado e trabalhador.

      Exemplo: Um funcionário manda e--maifs de seu endereço profissional quando trabalha at& tarde para que seu supef'Visor saiba o quanto ele trabalha.

      Fontc:tS: Baseado em 8. R, Sc:h~ke,, tmp1ess;on m.,rn,gemenL Monte,ey, CA::. Brooks/Cole, 1980; W. L. Gardner e M. J . Martinko, · 1mpress;on maM.gcment ,n otg ani:rbt,o ns'". Jouma( of MaMgemenr, jun. 1988, p. 332. ~ R. B. Cialdini, *lndi,ect tatic:s o f image manage~ nt beyond bask"'9", om R. A. Gi~ IOI\C' e P. RO$tnfeld (Or9s.). lmprt,s,,on m3n~cnt ,n rht- ()19an;za1k)n. Htl1$dale, ~ ; Ulwronce Erlbaum A$soçiotC$. 1989. p. 4S·11.

      Cenas técnica~de guencianl("n to da imprcss.'to íuncionam melhor do que outras. O, pcsqui&-1.dorcs co1nparara1n os candid atos que util izavan1 1écnicas que ccntrava1n a realiza· çào c1n si 1ncs1nos {chan1ada ru,toprotllOfdó) t,os que usavan1 técnicas que focav:un liso11jcar o

      Capitulo 13

      Poder e polit ica

      423

      cnLrcvist~1dor c11conlrando áreas cn1 co111u111 (."Is quais se rcfcrcn1 con10 i1ui11u,1fào). No geral, os candidatos parccial'n usar nu1is a aulopron1oçfio cio que i1 insiin1açf10.1!1 1\JCn1 do 1nais, as ulli<:as dé o:1uloprornoção talvez: scjan, n~é,iS i1nportantcs pClência. auo1cn1anclo suas rcalizaçt,cs, levando c·récli10 pelos s ucessos e dando satisfi,çôcs sobre os íi~cassos vão 1nclhor nas cntrcvislas. Esses cJCitos vão alént da cn1rc,-is1a: os candidatos <1ue usan11nais as 1áticas de au1opron1oçào parcccn1 obter 1nais visi1as de aco1npanhan1ento) n1csn10 depois ele làzc· rc1n os ajustes co111 relação à n1édia geral das notas, gênero e tipo de trabalho. f\ insinuação ta1nbC1n funtiona be1n c1n c11trc,ristas: os candidatos que clogian1 o cntre,·istaclor. concor· d;.un co,n suas opiniões e cnfiltiza 111 prcfcrêucias co1nuns entre os dois se Sé\cn1 111clhor do q ue os oull'OS qut não Í.'l~Cn\ i.s.~o.11•

      COMPORTAMENTO ORGANIZACIONAL NA MÍDIA

      As desculpas estão por toda parte s desculpas são uma maneira de administrar as impressões de forma a evitar repercussões nega· tivas de nossas ações. No entanto, a julgar por algumas evidências recentes de absenteísmo, as desculpas são também uma chance para os empregados utilizarem seu lado criativo. Um levantamento de 2007 com aproximadamente 7 mil empregados e 3 mil executivos contratantes revelou algumas desculpas muito criativas para o atraso ou falta ao trabalho: •Alguém estava me seguindo, então eu dirigi por toda a cidade tentando despistá-lo." •Meu cachorro discou 190 e a polícia quis me interrogar sobre o que realmente tinha acontecido.• •Minha namorada ficou zangada e destruiu todas as

      A

      minhas roupas íntimas."

      · uma onça escapou de uma reserva e ficou me perseguindo sempre que tentava sair de casa." •um gambá entrou em casa e deixou todos os meus uniformes malcheirosos."

      •Minha sogra me envenenou." •Minha sogra está na prisão.• ·Eu assoei o nariz tão forte que minha coluna se deslocou." "Minha vaca me mordeu."

      •Engordei demais e não consigo vestir minhas calças para trabalhar.•

      Apesar de ter de dar altas notas aos 'desculpadores' por sua originalidade, nós seriamente duvidamos que os superiores fossem acreditar nessas desculpas. Dar des· culpas deve ser uma das poucas áreas em que é possível ser 'criativo demais'.

      Portanto, se você está considerando dar uma desculpa no trabalho para se livrar de alguma enrascada, leve em conta os seguintes fatores: 1. As desculpas podem ser eficientes. As pesquisas indicam que, em geral, as desculpas efetivamente isentam o individuo da culpa. 2. As desculpas algumas vezes são ineficientes. O fato de as desculpas em geral funcionarem não significa que sempre funcionam. O tiro pode sair pela culatra quando (a) falta credibilidade, (b) apoia-se em condições que parecem facilmente se repetir e (c) reflete autoabsorção - a desculpa serve apenas para livrar você e é originada de um fato relativo a sua vida. Então, se você está pensando em usar uma desculpa, deve certificar· se de que ela é verossímil, que reflete um evento único e que não é auto-orientada. 3. Use desculpas seletivamente. Se você usa desculpas com frequência, não terá credibilidade nem quando sua desculpa for legítima. As desculpas também podem pôr em risco a percepção do caráter daquele que as utiliza. Então, questione a si mesmo se, em vez de assumir a culpa por um evento negativo, você prefere ter seu caráter colocado à prova.

      Fontes: Bas.eado em J. M. Tyto( e R. S. Fektman., "lhe Oougte,Edged Sw<>fd of E.setiSM: Whcn Do Thcy Help. When Do They H\lrt", .looft'M91 of Social & Cliokal Psk:hofogy, 26. n. 6, 2.007, p. 659-688: K. Gu,chiek. "Sorty l'm lote: ARacooon S1ole MyShoe" •HRWeek. "8 maio '2007, dispon:iv(tl em; <www.,hrm.ocwi,,news,,publishedlordliveo/ÇMS_0216@4,up>; e K. Gurdliek. "Runowoy Horwi, Olorging Buffolo Kepi Workeri Home in '06·, HRWeek. 28 de.z. »36, disponivel em· .

      424

      Compo11.amento organiia~ional

      Já no caso das avaBaçõcs de dc.sc1npcnho, o quadro é ligcirantcnlc diferente. f\ insl· nua(ào está relacionada ele 1nancira positiva à classificação de dcscn1pcnho> o que signt.. fica que aqueles que a praticarn cor.n seus supc"risorcs rcccbcrn avali;u;ões 1nelhorcs. No e ntanto) a autopro1noçào parcc(: cla1' errado: aqueles c1uc se autoprorno\'ctn de fato pare· cen1 l'e ceber bai.\·as avaliações de dcs,e,npenho.11 Há urn i1nporta11tc qu.-1lificaclol' pa1-a esse.• 1"<·suhado g~ral. E.lc 1nos1m Cll t<.: iodi,.,iduos con, gr(u1dc h::1bilidadc polílic~\ s..-\o cap:;1'l,~S de lradu'l..ir o ge1"Cnci.:in1cn,o de i111p1·cs.sõcs c,n av..-iliac;õcs de alto dcsen1penho: ao passo que aqueles corn pouca habilidade polídc.:a são 1nais fitciln1cntc prejudicados c111 suas tentativas de gcrcncia1nento ela hnprcssão. ;ªOutro r-..studo con1 760 n1c111bros do conselho da diretoria descobriu que os indivíduos que se i nsinuant ao 111i.;1nbros da dircto1ia (cxprcssa1n a<-'Ordo co1n o d i1•clor, cluu11an1 a alcnçào p ara atitudes e opiniões con1pa11.ilhadas. clogian, o clirc· tor} aun1cn1an1 suas chances de ob1c1· o cinprcgo.;9 O que t·xpliot <"SSC:S resultados? Se pcns..,r a rcspcilo deles~ cl<'·s filrào sentido. r\ insinua· çâo sct nprc ll1ncíona po1'<1u<' qvalqucl' unl tanto cn11'Cvisladol'CS cor110 supc::1vl$()1-es gosta de ser 11·a1ado de forn1tl gentil. No entanto. a au1opron1oçào tah·ez só funcione:: e1n entrcvis· tas e não no trabalho porque, cnqu::u1to o t•ntrcvistaclor não tcrn ideia se \'OCê cstil n1cntindo co1n relação as suas rcaJizt,çõcs, o supcr,~sor sabe po rque o trabalho dele ê obscrv:\·lo. Portanto. se \'ocê for se autopro1novc:r, lcn1brc·sc de que o que funciona cn1 un1a entrevista não funcionará c1uan
      Ü ética no comportamento político E1nhora não c:.:istan1 r1ité1ios absolutos para difCrcnciar as ações políticas éti<;as da.\ antiéticas., h,i a1gun1as c1uestõcs q ue: :i11cn:ccn1 sc:r consideradas. Por cxcrnplo, qual é ;1 u1i· !idade de s.c: envolver <'O lll polí1.ica? i,i.s vezes nos cnv0Jvcn10~ en1 co1npo1·uu11c~n1os político!; pot 1.11n(l 1·<1iào 1>0uco !.i~,oilic.-..niva. Nfc11tiras tal\'C:!. sejarn o c.xen1plo extremo do gcrcncian1c1Ho d;,1 in,prcssão, ,nas n1uitos de n6s dis101-cc1nos inform;:1çõcs par,11ransfornní·las <:m un1.l hnp1-cssão íhvorctvcl. lêrnos de 1er cm n1c11te se isso realmente \'aJc o risco. Outra p<:r· gunta a ser feita\'.: será que a utilidade de se envol\'cr cn1 política cornpcnsá qualquer dano (o u dano cn1 J>Olcncial) que vai causar aos outros? Elo1-,riar o supc1visor sobre sua aparên<-'ia para o bajular é provavcln1cn1c n1ui10 n1cnos prejudicial do que.~ aprop1iar·sc do crédito de lun projc(o que é de 111crcci1ncn10 d e ouu'Os. E11fi1n, a atividade polí1ica c:-.1á ~n1 confot1nidade co111 os padl'õc-s: de equidade e justi· \·a? 1\.i vc"iCS1 é clificil p(:sar o:-. custos e 1,,.,~nclicios de tuna açà() polí1i<'a 1 1na!l ClÍC.-tn1c1uc isso 11ào dcix;:1 dúvidas. O cheft de dcpa1'ta11)c11to que 1nelhora a ;-1valiaçf10 de clcsc::111pcnho de u.1n funtio1nítio querido e piora a ele quern não gosta utilizando css;l:; avali~,çõcs para just.ificar um atunc nlo de salârio para o piin1ciro e nada para o segundo - c.stá con1ctcndo u1na iiüustiça con1 este. Jnfclizn1entc, as pessoas poderosas pod<:111 se tornar n1cstres cn1 discursos que cxplicant se11s co1nportan1cn10-s: e interesses 1>essoai'!, con10 sendo de in1eressc da organi1...'lçâo. Elas conscw.1e1n persuadir os ou1ros de q1..1c ações i1tius1as. s.:1.o, na ve1tladc,jus1as e corrc::las. De fhto, as pessoas in1or:1i.,; podcn1 tentai· justificar <1ual<1ucr con11>0rtan1(·1uo. Os poderosos, articulado~ e persuasi\·os st,o n1ais pr:op<:nsos a un, compo1'ta1nento con1 rário à ética,. pois co11sc&rt1c1n se safi,r co111 sucesso de suas pr;,ltica.s antiéticas. Quando enfrc·ntar u111 d ilc1na ético con1 relação i, J>Olítica organi:1.acional, procure considerar se vale a pena correr o risco fhzcndo política e se os oulros serão prejudicados nesse processo. Se você possui tuna boa b ase de poder> reconheça que o poder pode corron1pcr. Lcn1b1~·se: é n1Liito 111ais fácil para acp.,cles que detê1n 1>0uco podc·r agire,n de rnodo ftico, se não por ou1 ras ra1.,ôcs, pelo frtto de quase não tct(·n1 influência políric.a a sei· explorada.

      Capitulo 13

      Poder e polit ica

      425

      n ;,,plicações globais E1nbora a cultura poss.'I entrar c,n quaisquer dos lópicos que cilan,os au:- agora) três perguntas são parLicularn1rn1c i1n1,ortanlC::s: ( 1) A cuhura iníluencia as pcrccpçõcs políticas? (2) t\ cultura afCta a preferê ncia das pessoas por dc1cn ninadas táticas de influência? e (3) J\ cultura influencia a cfict1cia de táticas difcréntcs?

      Percepções políticas Not:·1n1os a11Lc1ior111cntc (baseados c1n pc-squisas rc::\Jii..aclas sobrccuclo 11os Estacloo t..:nidos) que, qu,u1do as pcssoa.s vcen-. .seu a111bic111c de trabalho con10 polilic<.), as consequências crn seu co111po1,a1nc,1to e atitudes no 1rabalho de 1nodo geral são negativas. Urn csludo rece111e, no c111a11Lo, sui,c1~u q ue as pe1·ce1>0Cs poli1.ic..1.s possue,n os n1esn1os tfeilOS negativos na Kigéria. Q uancio os fu ncioná:rios de duas agências na ~igéria pe1'Cebera111 seus an1bien1es de lraba1ho con10 políticos, eles rclata1-an1 altos ní\'eis ele estresse e ficara1n n1cnos propensos a ajudar seus colegas. E'ort.anto, c1nbora os países cn, dcscnvolvin1cn101 con10 a ~ igéria 1 talvez scja111 n1ais an1bígt1os e polí1icos, as consequências nc1,rativas parcccn1 ser as 111csrnas que nos Estados Unidos.li»

      Preferência por táticas de influência ,\s C\'idências indica1n que as pessoas c1n paiscs d i\'Crsos tcndcrn a p rcl'Crir u\tica.s de in· Ouência difercntes.iu Por exc111plo. 111n estudo c1uc cornpa,.:1 cxc.~cuti\·os 1,os Est~dos Unidos e na China de~obriu que os no11.<'-a1ncricaoos prcfe1-cn1 persuasão racional, ao passo que os chineses pl'efc,-ein as tâücas de coalizào.t1 F,.%as difcr<:nç.as Lendtn1a sei· coc1"C'n1e~ co111 os valores desse~ dois países. 1\ 1-a1"''10 é coel'e111c con1 a preíCrência non.c-a1neri('ana pela con· frontaçào d irela e pelo uso ele pc1'$uasào racional para influenciar os ouLros a resol\·erern a.~ d ifr:rc nçenho gerado 110 trab~lho e qualidade do 1'('lacio11arncn10 1nanlldo conl os colegas de trabalho.*' r\s p·csquisas tíl1nbén1 n1osu-;u11 que os indi\·1 duos 11as culnu-as indi\'idualistas ociden1ais 1.('11den1 a se en\'olver 1nais e111 a111oaprin1oran1e1uo (con10 a atnopron1oçào) d o que aqueles nas cuhuras 01ienrais ,nais coletivistas.3 1

      Eficácia das táticas de influência Nossas conclusões acerca da 1-cs1)0~1a às políticas são glohahncnlc válidas? Devcn,os esperar que os trabalhadores na ;\sgentina, por cxernplo, rc~ja1n ela n1csn1a 111ancira à po H· tica no local de trabalho que os l\.tncionários na Coreia do Sul? Quase todas as nossas con· clusõcs a respeito das reações dos funcio nários às 1>oliticas organizacionais sito baseadas c,n estudos rcalizad~ na 1\1n{:riv1. do ~Orle. Os poucos estudos que incluiran, outros p-a.ises1

      cnu-cu11no. sugcrcn) poucas 1nodific.....ÇÕt."'S.8.i U111a ,~quis;1 co,n c.xecutivos n,1 cultura oo,1ca1ncricana e cn11l'ês clifel'en1es regiões chincS."l.'i {C hina C.ontincntal, Honi Kong e ~r,ü,\,an) descobriu que os norcc-an,cricanos avaJiara111 as rá1icas de ·persuasão gen1il') corno a con~ suha e o apelo inspiraeional, con10 sendo n1ais eficazes do q ue as de seus colegas d1incses.81• En, outro cxcn1plo, os israelenses e os britânicos pareccn1 gcrahn cntc rcs1x >ndcr da 1ncsrna 111;,ncira que os nortc·al'ncricanos - ou seja: sua pcrccpç(lô de polític;t 01-g.tniiacional cstcí. relacionada tl di1ninuic;ão da saüst11ção no tn1baJho e ao a11111c1Ho da rotatividade de einpregados.*1 1'\ f asJ cn1 pa'iscs 1nais politica1ncnt<' i11stá\·tis1 ccu110 Israel, os fu ncionários parccc,n dc1nons11-ar urna 1olrl'áncia inaiol" ao intenso procc~so polítiro no local de tl'ahalho, talvez porque eles esu;,ian1 acosnunados à guerra cie poder e tcnhan1 ,nais experiência en1 parlici-

      Jl31' cio processo polílico.t
      426

      Compo11.amento organiia~ional

      até t<:nha1n propcns.io a utilizar certas politicas agrcsslva.s no locaJ ele trabalho, clifCrcntc· 111cnu: dos trabalhadores ele países t'.On 10 .él Grà-Brctanlul e a Suíça.

      iitsumo e implicações para os gestores Se d eseja que a~coisas scjan1 executadas cnl u1n g1·~1po ou ot,t,raniiaçào, você pl'ecisa ter pod er. Con10 u1n gestor q ue prx-1endc 1naxin1i:zal' o J>Oder, au1nen1c a dependência dos outros cn1 relação a você. \ ioci; pode. por c.~xcntplo, au1ncntar seu poder sobre seu chefe desenvolvendo conhccin1c111os ou tale ntos de q ue e le necessita e para os quais não lcn1 u1n substituto à altura. ~ri as ,·ocC n;:lo estará sozinho nessa tcntati,·a de co11s1 1·uir suas hases de podt'r. Outras pessoas, t:s1,cciahnence seus colegas e subordinados, vão procu r~1 1· torn:;l.Jo dcpcnclcntc deles 1 enquanto você deve tentar ,nini.-ni~ar ~ua dependência d eles e 1naxi1niza1· a dependência dos 01..itros e111 1·claçào a você. O rcs1..1ltado é unia ba1alha co111ínua. Poucos funcionários são inclili?rcntc:s ao fato de não delcr 1>00r cxcn1plo1 que. quando as J><:ss.oas nas organizaç&;s se lOnuun diftccis1 t liscordantes e. tc111pêra1ncnlais, a causa pode ser o fr,to de que as cxpc.·ctali,·as de desc,nr>cnho cxccdcrn seus recursos e suas capacidades, fhzcndo que. elas Sê sinlarn

      sem podei: .i\s pessoas re.~pondern od çr de coerção, 1·econ1pensa e legi1i1nidadc s.=io esscnciahnen1e derivados da organização. Conto as p<:ssoa.s 1cnclcn1 a aceitar e a s.c con1pron1c1cr cozn 1nais cntu.sias1no co1n u1n indivíduo que adn1in:u n e CL~jo lalcnto respciuun (1nais cio que com algu(:111 que utiliza seu cargo para recon1pcns.l-los ou coagi-los), o uso cfcti,·o do poder de co1npctência e de l"eferência pode conduiir a ní,·eis n1ais altos de dcsc,npúnho, eornpron1e1i111cnto e satis.t""tção dos funcioná,ios.!11' .1\ co,np-ctência p~rcce cs1>Ccial,Hentc atraente, e seu uso corno base de poder rcsuha ('nl rnelhor dcscrn1.>enho parn os 1nc1nbl'OS do grupo. 1\ n1ens.,-ige,n para os gc-storcs en1ào (:: ' 1d escn\'olva1n e utiUi,:crn sua base de ~:>Oodc ter Lnn papel na detcrn1inaçào d e sua satisf.-.ção no trabalho. "U1n dos rnotivos pelos quais gosta1nos de trabalhar parn e co111 pessoas po· dcros..u é que gcralrn<:ntc elas são n1ais agraciáveis - não e111 funç~\o de sua natureza, 1nas po rque a 1-cptH.l.<;àO e o poder lhes 1>er1nilê1n nuús d i.scerni1nento <: 111aior c:-i.pacidade para delegar 1arcf.:-i.s."''1 O gcslor eficaz aceita a n:uureza política das orgaoizações. 1\ 0 avaliar o cectiva 1>0lí1ica, você é 1n::.is capai. de f)rcvcr as a(ê>C!. dos 01111-os e d e 111ili1.ar essas infOr,naçõe~ para forn1ular estrau,';gias J:>Olíticas <1uc pos:san1 tl'a?.cr ,·an1agcns para você e para sua unidade de trabalho. 1\ lgu1nas pessoas são n1:üs 'poHticarncntc astutas' do que outras, o que significa que e las têrn 1nals consciCncia ela polilil-..i. subjacente e c01tScgucn1 gerenciar in1pr(~õcs. 1\quclcs que sào bons c,n Í:'lz<:r 1>0litica cousc.gucrn 1nclhorcs avaHaçõcs de desc1n1>enho e, po r isso, maiores au,ncntos ~ala1~ais e r1'lais p,-o,noçõcs do que os funcionál'ios politica,nente 1nenos hábeis o u ,nais ingê111..1os.!>'1 Os polirica,nente astutos ,a1nbé1n pa1-ece,n exibir n,aior sa1isfaçào profis.~ional e 1nclhor rapacidade de neutralizar as preS;SÔCS no trabalho.?3 Para os 1ncnos hábc·is politira1nen1c ou os qur não querem participar dos jogos político$, a percepção da política na organi;,;açào cn1 geral C$tá relacionada~, baixa satist"tção no trabalho e ao baixo dcscrnpcnho, ao au1ncnto ele ansicdádé e à 111aior rotatividade.

      Capitulo 13

      Ponto

      ... ...

      Poder e politica

      427

      Contraponto

      Gerenciar impressões por meio de mentiras é antiético erenciar impressões é errado tanto por razões éticas como práticas. Primeiro, administrar impressões é apenas outro nome para a mentira. Não temos a responsabilidade, tanto para nós mesmos como para os outros, de nos apresentar como realmente somos? O filósofo australiano Tony Coady escreveu: "A desonestidade sempre foi percebida em nossa cultura e em todas as culturas, com exceção das mais bizarras, como um dos principais vícios do ser humano". O imperativo categórico de lmmanuel Kant nos pede para considerar o seguinte: se você quiser saber se contar uma mentira em uma ocasião em particular é justificável, tem de tentar imaginar o que aconteceria se todos mentissem. Com certeza, você concordaria que um mundo no qual ninguém mentisse seria preferível a um no qual todo mundo mente, pois em tal mundo nunca poderíamos confiar em ninguém. Portanto, devemos tentar apresentar a verdade o melhor que podemos. O gerenciamento da impressão vai contra essa virtude. Na prática, o gerenciamento da impressão não funciona a longo prazo. Lembremos o ditado de Sir Walter Scott: "Oh, que teia confusa tecemos, quando começamos a ludibriar!" Uma vez que começamos a distorcer os fatos, onde vamos parar? Muitas pessoas têm passado por maus bocados ao prestar informações falsas sobre seus currículos aos empregadores. Muitos jovens jogadores de futebol, por exemplo, veem suas carreiras sendo arruinadas ao serem punidos por mentir a idade para poder jogar e se destacar em categorias com atletas mais jovens. Alguns ministros da administração Lula também passaram por problemas ao 'inflarem seus currículos', afirmando terem diplomas que não possuíam." Atualmente, muitas faculdades já divulgam códigos de ética instruindo seus estudantes a fornecerem apenas informações verdadeiras em seus currículos e os obri·

      G

      gando a serem honestos nas entrevistas.

      As pessoas são mais satisfeitas com seu trabalho quando seus valores combinam com a cultura das organizações. Se ambas as partes são mal representadas por elas mesmas no processo de entrevista, então as chances são de que as pessoas não serão adequadas às organizações escolhidas. Qual é o benefício nisso? Isso não implica que a pessoa não deva dar seu melhor, mas significa exibir qualidades que são boas, não importa o contexto - ser gentil, positivo e autoconfiante, qualificado e competente - e, ao mesmo tempo, continuar sendo honesto.

      ra, por favor! Desça do salto! Todo mundo camufla até certo ponto no processo de solicitação de emprego. Se você realmente falasse ao entrevistador qual é sua maior fraqueza e seu maior erro, jamais seria contratado. Ese respondesse: "Eu acho difícil acordar cedo e ir ao trabalho"? As 'mentirinhas inofensivas' são esperadas e funcionam como um tipo de lubrificante social. Se soubéssemos de fato o que as pessoas pensam, ficariamos loucos. Além do mais, você pode citar toda a filosofia que quiser, mas às vezes é necessário mentir. Você não mentiria para salvar a vida de sua família? Ê ingênuo pensar que podemos viver em um mundo sem mentiras. Às vezes, um pouco de simulação é necessário para conseguir um emprego. Conheço um candidato homossexual que foi rejeitado em um emprego que queria muito porque ele disse ao entrevistador que tinha escrito dois artigos para revistas voltadas ao público homossexual. E se ele tivesse contado uma mentirinha ao entrevistador? Seria prejudicial de lato? Pelo menos ele conseguiria o emprego. Quando um entrevistador lhe pergunta quanto ganhava em seu último emprego, tal informação será usada contra você para lhe pagar um salário mais baixo do que merece. Ê errado aumentar seu salário um pouco? Ou seria melhor revelar seu salário de fato e ficar em desvantagem?

      O

      O mesmo acontece ao elogiar os entrevistadores, concordar com suas opiniões, e assim por diante. Se um entrevistador lhe diz: "Acreditamos em envolvimento comunitário", você diria a ele que nunca foi voluntário? Ê claro que às vezes pode-se ir longe demais. Não estamos defendendo que as pessoas fabriquem totalmente suas experiências. O que estamos falando aqui é de uma quantidade razoável de administração da impressão. Se podemos nos ajudar sem causar nenhum dano real, o gerenciamento da impressão não é a mesma coisa que mentir e, na verdade, é algo que deveríamos ensinar aos outros.

      428

      Compo11.amento organiia~ional

      Questões para revisão 1. Corno você definiria poder? Qual é sua difCrcnça corn relação à liderança? 2. Quais são as cinco bases do podc:r? 3. Quais s..\o as nove t~iticas dt iníluê·ncia? 4. De: que 1nancira o ::lssédio sc.xual está n~laciona0lilico e corno você dis1ingt1i· ria o çoff1por1anlC1\10 polítit":O lcgí1i1no do ilcgiti1no?

      6. Q.uais são as causas e consequências do co1npor1arncn· to político? 7. ó que é o gcrcncia1ncn10 de imp1·cssõcs e quais são as técniças para gl:l't;nt:i,i-1.-,s? 8. Co1no algu(;1n pode dctctn1in::lr se a aç.à o política é ética? 9. Co1no a cultura influcocia as pc:recpçõcs polí1jcas, pre· l}n'nri,u por d ircn•nu·~ táti,:a~ de iníluê~ncia f' a l~fic-.\cia Ô<'SS.~S tá1it:-'ls?

      Influenciando a massa

      ..-\ pós a p1·in1cira rodada d;l 1·cuniào, cada rcprckntanh· "\'i.S:i tar.i · outtO gl'upo p,u·a a p1'<;S(;111.:u· sua.-. idciÍ<). l~lcs voltar.lo para o 'ca1110 da n::unif10', di$CU· p róxin10ti, ~àirj1111t():;, ronvcrsar dura111c ~' ;;1111.:1 e que tc;nha,n t:ir;io n1(1is onl pooco e, postcriorrncntc, ir5o ao grupo ainda int('T\'SS('S scnu.:lh::1ntts. Caso ncccss:írio, ele poderá pcq.11.1n· não visitado para. buscar apoio. ,\o final, cada 1'ép1-esc1uantc fot1nula1-á u1n~1 ideia para o tar aos alunos quais s:.io os grupos cxistc·nu.·s na tunna. O C\'Cnto e tcr;:'t doL'i 1ninutos; pata aprcs;ent:l-la oa fi·t~ntc da s.-.la. objeúvo da :-atividade será organizai' un1 c,·c1no que reunirá, Q~ d CJl13i$ :tlun o$ (!$('olher:1c) .t IIIC-lhorúlJ(:àú \'fll \IIIHI \'()l:·t('àV. e,n 1un n1t~s1no lugar, todos os aluum. ~eSse evento, todos dt\"CT~IÔ fica r j111HO$, ('01114;1" e: h<'l)c'T à~ ll'lt$t)10s.. Antes do cnco1H1'0, os ·Jj. 2. O rcprcscnt.1nic da ideia vencedora utilizou prcdon1i· deres' OU\'irfío à:, pn.:fi·rc"·nci:):; dos n1c.rnbl"0:5 de su~, c,1uipe nantc1ncntc qual 1á1ica? sobre o C\'CIIIO. Enquanto os reprc-scntantc-s debatcrn sep.1radan1cntc crn 3. l'Oi possível perceber c;;i.ractc.:ri.sticas políticas no con11,ortan1cnto cios rcprcsc111antcs? Quais? un1 dos cantos da sala, os grupos deverão conúnuar pensan· do nas :u raçõcs do evento e• c,n ou1ta~ cois..,s <1uc 1>0dcl"i,un 4. Co..-no a~ ~unizadcs dos 1n<·ntbr(1S cios gtup05; c(nH s<:t1s se.- intc·1-cs.sa11tcs para o <·ncontro. rcpn..~cnt;,1ntcs afCtt'lra.111 ;:, dc('isào cio \'Oto?

      O professor clt\'Crá iclcn1ificar ao 1ncnos três g1'l1pos cxis·

      Dilema ético Avaliando a ética do poder De ntaneira geral, os trabalhadores busca1n asccndct nas organizações e: dcsen\'olvet suas catrci1·as. E:dstc unla sêl"ie de nuorcs que inccntiva,n tsst~desejo: u,1,a ,nclhor rcnlunc. ,,u~ào, 1nai.s status, n1a,jor poder e ~n1to110111ia par..1 ton1~11· OI' clua$ razõc;s p1i 1)Cipai:;: seu !,Up<..'rior 1X>dc não <111cn;r perder u111 born funcion;liio e,«(· pode não ter unl.'\ bon rcl.;u;ào con1 a pessoa que detém o poder para pron1ovê·lo. Oianlc disso, h~l tuna série de n1anciras que podcn1 ser u1ilizad,u para con~eguir 111ais p<Xlcr e visibilidade nas o,-..

      gc1nizaçõcs e, 1;111 últi1na instância, a u\o (l('~tjacla ascensão. Entretanto, n1uiras delas podc1n ser vistas conto f>Ouco êti<'as. .i\va.lic as situações lis1aclas a seguir e discuta ('Olll seus colegas se a:,; prá1icas aptcscnta
      Esforçar~sc para ter tnna boa relação con1 seu supc· rior, ctiaodo 11111 fOttc laço d<: .:utli;,.;tdc co111 aquc:lç qoc pode p1-01novt;-lo; Cuardar p;·1rá i,j inforntaçõc:s rclc\'
      Capitulo 13

      Es<'()1\dc·r suas lécnica~ de~ 1rahalho que i;.1ú seu
      O garçom bajulador 1-\ lbcrlô S::11..-iva é 1'.1 nd;.,dor d•, rede de con1jda ~rabe Habib's. que pos-sui n1ais de 200 lojas en1 todo o Brasil, e un1 rrcqucntado1· das lojas do g1·upo. En1 suas visitas, o cxccu1i,·o n,1o se lirnila a :1v.llia1· os serviços presH1dos e o n(irnc·ro de r licntcs nos r(•staur::lnH·s: ele costtnna se sent:;1r a tnna 1ncsa con1 sua frunília e jan1nr no restaurante. Foi cx:uan1cn1c após un1a dessas visitas que o cxccuü,•o n.·sol· vcu conc<.·clcr a uni dos a te ndentes da c111prtsa o p1·ênüo de rtu:lhor garc;o1n da n;dc;. l)c acordo con1 Saraiv;1. Rodrigo era t1n1 funcionário <1uc; parecia exc111plar. Scn1prc to1n seu unilOnnc a rn.1n1ado e o cabelo pent(;ado. o gan;on1 era 1nuito s.i111pático e atencioso, convcr:,a\'a co1n o clono da r<'dc e sua esposa e b1inca,ia <:0111 os filhos cio <;asai <1uanclo eles vis;i1:,va1n a loja. t\ lé,n da l:,c)a 1'(.'t:c;1'>ÇàO, Ro
      Poder e politica

      429

      Pt"()('ur..lr ,nantt~r co111a1c~ lu1iros co,11 c-lit•rnc~ e Í<)r11eccdorcs da c1npr-cS.i, ~r.111hando p<'t
      c id:1 e sabh, que os dados s us.tent:.uia1n su:1 escolha. l:Oi exata n1cntc por <.·ssa grande confiança que o cxccuü,·o sentiu· -se n1uito surpreso quando rcc-cbeu os resultados da análise. O t 1lll'c todos os atc11deo1cs cio 1·est::H.11·1uuc, R<>clrigo tinha o p ior dcsc1npcr1ho. P:-\r.t ter urn cxç1nplo, t~11qu.11110 Zczinho, un1 garçon1 calado e 111agiicclo que O.lbalh"''ª há muitos anos na loja, conseguia vender 1.5 bebida por cliente c1n n1('.. clia, o ·garço,n 1nodclo 1 vendia apc:.nas 019, ou seja, nlcnos ele uo1;\ po,· clicn1c. 1$$0 foi on1:·l g rande :-.urprt~<\ para o do,10 d<'S d os sopcrvisorcs. '':'\unta ni.'lis cu seria cnhr.lnado". dcst1ba fOu o cxccutjvo.

      Questões 1. Quai.s car:1c1erii;1icas do garçorn i1presc1lt~1do no caw 1110:;u.:un (f\lC ele s.1bia ad,ninislr.tr S\la i1n.tJ,.."Cln?

      2 . 1\ll.x·1·10 Satah.l é um gc.,;1ote.,1>elicn1e> que cons.u·uiu urna grandú 1,xh~f.1..;,t r()()(I, l'nas., aiocla a~illli l(>i (:Jt&raoado pelo g:,I\Tin1 RO<'higo. Po,. l JIIC voc(' acha <1t1c isso a(Ontccc.:11? 3 . \ Toei· acha que h,l algo de 111au no co1npor1a1nc11to de Rod1i go? 4. Qpais tra(os üpicos do con1pot1a1nc:n10 político podcnl ~cr c11co111rados no c·.1~0 ;tp11~e11tê1do?

      Fonte: Hnscado ctn 1\Jbcrto Sa.r.tÍ\,1. "\ bcê conhi.."CC rcaJn1cntc 05 seus furtdon{uios?", /lJrta/ E,·a11rt. l)h1>011Í\'cl cm: <,,..,n,•.ponalcx.'lnlc.abril. <·01n,l11•/ rc:vi~t:'l/p111('/Nlic·oet/002 1/ ,,x(',c'Qlll1«-4..',ft;d1n.;:1uc:«11.~·Íl1n('io11:tl'i1~·5074·15.ht,n1>, .·\cc·~· ,·o~: 1 :'lhr. 201 O,

      O poder do homem do 'boa-noite' O(:sek: 1996, \\illirun Bonnc·r é aprc.v-1uad(lr do.'J,»11a/.,\ 0· riQ1u1!, o pdncipal 1elcjon1;1I da t(•lcvis::'ío br::1i.ilt·i111. l~1n n1ais de

      24 ;11100 d<' ra rrti1-::i, Bn1111('r co11s.olidou ~ u oonu.: na i111pt<·11s."l 1\a<.·ional e se 1or11ot1 uni dos principaisjon1~tlistas do pais. ..roda sua Í."t1u;\ (' seu 1>res1ígio dt::,·(·n1-$e a sua ~<1·;\nd<: c:,rrc.:ira jorn..ilísti<:a 1u1 R<."dc Globo de 'IClcvi!'l.à(>. onde çontt·~·ou

      430

      Compo11.amento organiia~ional

      apr(:s<:ruando o t('lt_jornal do Estado d" São Paulo {SPT'\')1 c1n 1986. llcu11iodo c.. .cepcionais hahilidadcs con1.uoic,u iva.1l e u1na pet'$0oalid:,de 1nui10 cal'is1ná1ica, B<>1H1er consegue gcl'a1· c,npatia nos: 1clcspcct::tdores., ca1h~u1.do·os. r\ lé1n disso, :,;11.1 cx1>rC:$$ào ,r.-,1~nlilc .:;('ricdadt· e t1011t:-s1ic;ladc, 01ls.ahilidadc 110 tc:lcjoroalis,no brasileiro. 1\tualrncntc. a cc1uipc de jornalis,no da Rede Globo e a própria organização dcpcndc1n de Bonncr. Sua in1agcn1 na tela e sua \.'OZ diic11do o tl'aclicio,,al ~boa-noite', i,nol'lalii ado ·pela voz n1,11'(:cunc· de C id ).•lorcir<1, i.~10 :(Ín1bolos eh, c1nii;.sora que prccis,un Sl'r p rl'scrvados a todo custo. Eles

      rcprl'.scntan1 o próprio Jor,1al. \'
      ,,a

      1\ influência ele: Bonnc:r n,1o e:s1,'i 1'('..strita apcllas à Rede Gloht>e aosjorüalistas brttsilciros. 1\ 0 scl('cionar ~,s n1a1t3rias c1uc scr~o assistidas por milhões de br..1silciros de scgund.- a s.íbaclo, o apresentador é capaz de fonnar e inílucnciar as opiniões do J)O\'O brasileiro. f\lé1n djsso, sua i1n:igcn1 conto pai dos 1rigÇ1ncos \ ' inícius~ 1ka11'iz e Latira e ,narido de F,í,i~ n1a Bcrn;,rd<.":S, s\1a éon1pa11heirn no .Jornnl, \ 'orioual, ta1nbén1 são tidas conto e,-.;cn1plos pi'lnt os b rasileiro!>, cnl fonç•lo da exposição ela cclcbricladc \\'illian1 Bonncr cn1 revistas e pro· granlas 1(·levisivos. l><>r 10cs, <1uanclo voc'i; ouvir o 'hoa-noiH· dele,. euccrralldO o .7orn11/ J\'t1r1'011,d, le1ubrc-SC' de que ;1.quc· lc ho,nc1n é t11n dos 1nais i11fluc.'11tcs e pod('rOsos ele: todo o Ur:,sil.

      Questões 1. Quais s.i.o as bases do poder fonnal e J)(..'Ssoal de \ \'illiarn 13onncr? 2. l)or qut podcn1os diz.t•r
      3. 1;xpliquc á reh1ç;io de dcpend.}1H·ir, <"tul' garanlt' e 111;_111térn o poder de \ Villi..un lSonncr. Quais os 1;.uon:s gcn,doax-s dessa dependência? Quais são as táticas de influência l'clacionadas co1n o poder cxcl'cido pol' \ \'illia1n Bonncr? \ 'c)ci: acha que ele usa al1,,"1.11na clchu Có1lscien1e e cleJibcr.1
      c1nis,:;or~1 coucorrcntc.

      Fonee: Hà-.1~í111 Cfn "\\'illia1n lktnnC't \'tnff a t.'l ll'g()ria Jornali,.t,, do .-\no t•ll 1>1\'ll)i:,.;,io glob::,l", (I;, R«la<;,\l) do l'\'irta.l ·n·m\, l)i,pouí"d tn1: <,\,,..,,:dh1:r.-:lo.wrm.ro1n.hr/l\·/nocicia,;/O.,O l l31546().EI 12993.00-\\'illiarn+B<>1u1cr+\~llet--+:,+~11c..-gc>ria+Jor1121lista+do+Ano+c·,n+pre111i;1:r.10+ globt1J.lu1nl>. .c\<:t.-S.W eu,: 9 a.br: 2010.

      t. R<:1\a1a ,\vrdi:u\i, "Con10 c.."\ it.'\r a politit'ágc,n no 1r:1l>:1lho·', !>arta/ liKI S/A. l)i..-.ponÍ\'c•I t•n1: <,,,.,,..,v.,roc<;sa.abril.t·on1.hr/ 1

      d<'Sc'll\'Ol,,:,i-s11a-c;arrrim/n1a1cria/<+01no·c·vi1ar-politiragl'nl-

      1rahalho-,$ l l602..sht1nl>. .'\cesso <:1n: 9 abl'. 2010. 2. R. ~I. Kantci; "PO\,'CI' F,,jlul't' in ~Janagcrnt.'nt (:irc-uit.s"', l l flnrrud Busi,,us Rn:iaa jul./ago. 1979. p. 65. 3. J. Pfcífc,·, "L:od~Nta.ndiog Powttio Ül'ganiza1io11s", (:aljfofttia .\lanagmttnt k.airut in\'c rno 1992, p. 35. 4. Basc,1do ~,n B. ~I. H~ . 1/ass & Slogdill1s l /a11dbool.· ef lnulrrJ/1iJ1i '.i. c•
      5. J. R.. I~ Fn;nrh,J r. e U. R.:"·cn, ''"fite• 8.-scs of So,·i:ll Po" '<"r", in O. C:1rh,,rigl11 (Org.). Stut!it.$ i,1 S~<Íl1l Pontfr. 1\nn

      1\l'bor, :\ li : Univcl'Sil)' of ~fichigan. lnstitutc fot Soci:ll R(':ieal'é'h. 1959, p. 150· 167; B.J . Ra,'cn . ... t'hc Bas<-·S of Po,n.:r: Origius anel Rccc111 Dc,·clop111cn1i.",Jo11r,10/ ef Sotial /s5u1s.. inV('fllO 1993. J), 227-251; t,• e. Yu kl, Po,\·cr Ell'tC'tiv<"ly" 1 in F.. A. 1.o<'kt (Org.)1 lla11dbool: ef J>ri1tt1'plr.s 1f O,ga.,1i~atio11r,/ &lunior. :\laldc1\, ~IA: Hlnck\vtll! 1001, p. N2-2-17.

      ··u~c

      6. 1::. r\. \\·arei, "Social Po,,·ct B:,S('S of ~l:,nagtrs: f.,ncrgcn(·r or :, .Xc,,· Factor"',Jrmnw/ef Sorial l'~vko{~ li."\~2001, p. l·l-1-1•17. 7. S . R. Cic."SSlll~r e 1: \\~Schul,cn) "li igh in the 1-ficrarc.hr: li o,,• \ !<·niçal ).,()(':tlion andJudg111cnt$ of l .<:adcr,;' Pow1,·r 1\ 1·c Inle1•rfk1tcd"', Orga11it,ut~1a/ lldu1~-i11r and / lu11u111 D«isiwt P'rott})IJ,, 104, li. 1, 200 i. p. 3-0--14. 8. 1>ol'tal G 1. "()p<-·ração Léi Stca ap,·cc-1l c.a,·tciras na ..\vc11id~1 Brasil''. ü isponi\'cl cni: <,,.""':gl.gfobo.to1n/Noti· c i;,s/Rio/0,,~1t;J .1 185406-:,606.00-0PERACAO+LEI+SE

      CA +APRF. l'.:-1 DE+ C:1\ R'.J'F.lR1\S+:S1\ + 1\V EN IDA+ l!llASIL.h1,ul>. 1\ce.sso c1n: t out. 2010. 9. 1~ ~ 1. P0s;·dwi.g,. ago. 1989, p. :.61,%7; <: Í! P. Carwn, K . D. Carson e e .\\'. Roe, ··Sot.·i:,1 PO\\'Cr Ha~: J\ ~leia·

      Capitulo 13

      1\n:1lytic E..x;:intin:ition o r lntcrrelationships ;:ind Outron1cs... }wmal ef .W>li«I SMia/ i'J)thologJ: 23. n. l ·I, 1993, I'· 1150· 11 69. 10. J. 1... R.olX'tt.s. "Strikiug a Hôl ).latch'',. \ t'l,:.ht.i(k, 2·l j ao. 200.; , p. 54-55. l l . Po11al G 1, J•ê.rnand.t Schdlcr; "ln\'cstir crn Gi.sclc Oi.indl'he;n rende rn;,i:- qu(· hol.s;,, di:t c.-<:onon1is1a". OisponÍ\'('I tn1: <,\'\\'\\~gJ .globo,<'01n/Noticia.s/ FA.'(1n Qn1ir1_ Negocios/O,.~IUL.25307 1,9356,00,INV ESTIR + 1; ~1+GISF,

      LE+ JlU:-.OCHE:-.+ Rfa\:OE+ ~IJ\lS+QUE+BOI.SA+ OIZ + ECO~O~IJS'ít\.h11nl>. ,\ cesso cru: 1 ahr. 20 10. 12. R. E. E1ncrson, " Po,,·c·r-l)cpcndcnçc: Rcl:11ioni-" . .-lr,rni~a,r S«iult,gica/ Reria14 f~·v. 1962, p. 31-·I I. 13. 11. ~lin1?,htrg, l'm.i.vr ln a11d .lro11nd Orgo11i~alionr. Uppcr S::iddlc Rivtr. ~J: Pr,:,rnict t,.laU. 1983. p. 24. 14. R. ~I. (:yçn t:J. (;, ~larch. A /Jduwi'11al 11tt'(J!fo/ 11,, ,..-,,,,,. L:ppcrS,\ddle R.ivet; ~J: Prtntitc l·-hLII. 1963. 15. <.:. Pcr,·o\,; "l) cpa1•t1nc,nal PO\\'C'r an d l\ :ts1:x~c1h,~ in (o. du;,.tritLI l~nns", in 1', 1. X. Zald {Org.), /t,uw- ;,, Organh:.atiMs. Nashville, ..rX: \ ';1nclcrhih Univcrsity Prcs.<., 1970. 16. K. l~ulkc:s, ..·r,·ac:tc:ir Hoyº', llig/1l_,ffe, 0111. 2002, p. 90. 17. ,\. 1). Calinsky,J . e;. ~lagf,..'(', ~f. E. ln(~i e• o. T·I. Gnh'IIÍcld, "PO\\'C.-r ::i11d Pe1~pc(·1ivc:$ Xo1 'lfl kcn", I'gd10/ggiral .Vinu(, cl<"'J.. 2006, p. 1008- IOH 18. \'cja. por excn1plo, O. Kipnis e S ..\1. Schnlich. ·'Up,\.i.rd. Jnfluéncc St) Srim 525-53$: G. Blôcklc, " lnílucn· c:c ' r.,C'tics USC. 141 - 174t G. R. Fenis. \\', ;.\ , H och\\';\l'lCI',

      e:. Douglas. R R. 81.,ss, R. \( Kotodinkli)' c:

      ~-e. 'lfi·,uh\·ày, "Soe.ia] 1nRucnt·c P l'OCCS~S in Organiza11Qll$ :utd J·lunl:;1n R,·souru· Sy~tcins", in G. R. Vi; rris ('J.J. i\ f~1n(J('('hio ((),~.), N1.rtru(h i,1 /h'sor111tl n,uJ I h11nn11 Rt:11Jurc,1 .\lo,1,

      6.)-127: e C. {\ . Higgins, T. t\ .Juclgc e G. R. fcrril!, "lnRucoc:c l ;1ctics and \\'ork Ôutco1u cs: 1\ ~tc1a-.•\ nal) :,;is",Jo11m.nf ef Organi~ationaf /1dun:i<1r. rnar. 200:l, p. 89-106. 20. (_;, ~I. F:dl><· e• G. ' 'ukl. '·Con~t·qucnt~ íor ~lan::ig(·r~ oí l;sing Singk lnflucncc 'làcti(cll and (:o,nbinn, ion:, of 'làc· li<.'$", ,·frade11r, ef ,\fwrage,,re,11~](1u111, 1\c<.-,...w c,n: 1 abr. 2010. 23. ' 'ukJ, Lentlmhip ;,, (),gn11k.11ti011,1. 24. lb id. 1

      25. Falhe e ' 'ukl, "Con::;c..'<1ucnct.-s for ~ h,nagers oí Using Singlc Inflncnc;,c · r::ictics and Co1nhin:ui(l11s of 1·::icti<:!t". 26 ..~\ . \\: Kn ,glan.ski, A.. Picrro e 1-:. ·1: Higgins, ·' Rc;gula101)· ~ lock· :tnd Pr<'ftrred IJ1':td<'1~hip Stylcs: 1-10\,' Fí, (nrn:a..~.s .Job Salisf.1c1io1\·•. &si, and ,fJ,plkd S«ial PJ)·(fiMo_l{.y. 29. n. 2.

      Poder e politica

      431

      200i. p. 137-1 ~9; e,\ . J>i(·rro. 1.,. Ci~·I'() e B. 1-1. R..:i,·cn. ··~lo· tivatcd (:o,npliaJ)Ce "'ith Bases SociaJ Po"i:r" .._7ou1110/ riol l'~Jtl1rAf>&y. 38, n. 71 2008, J). 192 1-19-H . 27. G. R. J;·,·ris, D. C.1'1'Càd\\;\~í -1~ L. Ptl'rt'\\•l·, R. L. Broucr, C. Doug las e S. Lux, "Poli1ical Skill in O rgani1.ations'' ,Joun1nf ef J\/n11~te,1t,jun. '2007, p. 200-320; K.J. l larri.s, K. ~I. Knc,n~r. S. Zi\'nttsl:a <:J. t). Sha\,~"'fht ltnp:ict of Polilieal Sk.iJJ .,11 hn1>ression li. lanagt1nen1 EITcctivt:lltss··,,7QUnta/ ttf rlppfitd Pg,hofog:,, 92, o. 1, 2007 1 p. 278-28.); \\'. A. Hoch\\'~•rtcr, G. R. Fcrris, ~1. B. Cavin, r~ L.. Pcrn:,H:, .,-\. 1: l·lall e D. O. Frinl:, ··Political Skill as :Xcn1r:,ili1.c-r of J~ ll ,\ c:co11nt~bilitv:Job 1'ension EOl-cts on.Job F\·l'for,nanet R:-i1ings: ,\ l..on~1u«i.tion l'ro· rmt1- 102, 2007. p. 226-239: t 1). C.~. ºJ'rt·ad"t·l'\i~rs· 1111110:s.. sio n.s or Subordinatc Ingr:ni,uion and Ratings of Subordina. tc· lutcrpcrsonal J~,c:ilit.1tion".Joorna/e( A/1J,lial l 's.rdu:,/o,g,; 9-'l, li. 3, 2007, p. 8·18-3$5. 28. C. ,\ ndcrs()n, S. E. Spàtaro e EJ. Flrnn, ·'P<-n:onaJit)' and Orw1ni1.:nional Cuhurç a:- Dc1crn1inant'- Qf Jníluc•ncc", ]our-

      .,r

      110/ ef .4pplird l~vdwllJf.• 9:l, n. 3, 2008. p. iOZ· i IO. . t\J. N. 8ock-. .. Flushing J los1>ital Nursc Cets $15 ~lillion t-\ \\·~rd in Sexual l-latas~1)l(:11l Suil'·.••,n(I lô-,k Dt1í{)'. \ t'ui.), 23 rc,: 2~). l)il!ponÍ\'CI c·1n: < \\"l\..,,•.nrck1il)'llC'\VS.t:Otn>.

      30. L.J. ~luosou. (:. Hulin e E Drasgt>\\; " Longitudinal t\ualwis of Oispo!i.:ilional lnflucnccs and Sexual l l;nassn1~n1: EOC.-c°ts o n.J ()h :u1d J>:,·yçhol()bl'ÍC!ll 0111romt"S". J+rsor,ntl Pg<~OJ.:'li pnnl3\'Cra 2000. P· 21·46: 1: ~,. Glo1nb. L. J. ;\lunson, L. Hulin. ~I. t. Hcl'grna!l t I•: Orasgo,,·. ••S1n 1Clul'.'.tl l-.:C:1ua1io11 ~ (Qdcls (>r Sc·xual Harassn1c11t: l .011gitudinal Ex1>lóii1tions anel Cross-S<'1·tional Ccncr::ili;,,. atio ns'',,J&u1110/ ef Appli,d P-.gtholv, Cev. 1999. p. 14-28: ).1. E. IX·rgnl:1n, R. l) . l..1nghout, P. J\ , Pahnic1'i. L. ,\I, Col'lina e L. f: f'i1zgcr.1ld...·rhc (Unlrcasonahltnl':SS of Rc1>011i11g: ,\1Hc:ccden1s ;·1ud Co n:scf.>; !lhr. 2002, p. 230-2<J2:" J_ R. Ollênnann t.: ;-\ . B. :\lal;:innn. "\\'hcn ~dc:1'S 1-larass: 1'hc__· hnpae1 or1àrgc:t 1',·n::cptions of Org:a1Li:,..a1i and CJi,n:ne on J·h,rassincnt Rcporting rrgacl;~.c-on1.hr/·14,x.

      e.

      1()$/!l~·dio_$('XU31.hlOl >, 3,2. R . lliçs.• N. J-l:,il1.scnnan, S. Sch\,·och:>\1 c__·J . S1il:>.tl. ··R<·110ned lncidcncc Rates of \fork· Rdatt"d St."lai11 Repoi1ed R,ue l)i$f>-"lrili('<.", l 'nson,r,J Ps;,h<>l<>g,:. ()Ul(>nó 2003, p. 607 ·63 J.

      3,3. ~l. !lú tundo, ll Ngurc-11 l' I! R. Sal·kcu. ":\ ~tc1.,-:\ nIQ..!f.'J. out.2001, p. 91 -~922. 3-•t Regina ;\ leira ,-\g\1iar e li. lari;, da Penha 1\ ln,dd:i Pr:ido. "0 assédio ~xual i11vc1·1ido: L:1n estudo das inu:l'f..'IC<'S scxv e poder 110 gcn:otia111ento c111prt.·:-ariaJ sob a pcr~f>Ctli\':l d.a <1ucstào de• gi•ncro". OisponÍ\'cl c111: < ,\..,\",\'.C.ctoc:.con1.hr/ dO\\'nlo:,d /artigos/social I.S.pcll>. ,\ cesso cnl: 1 :thr. 20 1O. 3.5. llics, l l:11..1:-c:rm:;in, & h\,'Qçh:-11.1 e S1ih::il, ·'Rt pon('d lnçiclcncc• Rnlcs<>f \\ºork-Rcl:ucd Sc:.:unl l lnrass,ncn1 in 1hç Uni1ed Statés.. ; A. H. ).lala1nut e 1-- R. Oíltr-,naon. "C.oping \\•i1h Scxu:ll l-larass1nent: Pc1-sonal, E:uvim1unc ntal, aud Cogni1ivc l)ccernlin:uus'',.Journal oJ Applud P9Yl1ology, dc-1.. 200 1, J), 1152· 1166; e 1..••\1. C'-onin:i e S .•\ . \\':t.')li. ··J>ro fil ~i- in Copin~: Rt~sponS('s 10 Sexual Har:1-SSnltnt :\c1os.s PetScJns. C)1-g.-1ni1.ationl!, ;)11d Cuhures''.J(lur11al ef App{i((/ l's;'fholog,: Íc'<2005,p. 182-1 92 .

      432

      Compo11.amento organiia~ional

      36. C. R . \\'illncss, I~ Sictl e K . l...c..'-\', ·)-\ '.\ lc1a·1\nalysis of 1hc

      1\1llccedcntS and (:onS('(1uences or \\'ori:place ScxuaJ l la,-ass.· n,cnf'. f>tr1()t1r,1J PfytltofdJ:r, 60. 2007, p. 127· l62. 3i. fJ:1\ '::i.~oneclos. ··Unl:1.,·su-a11\gja p~1r:1 v llltoro ''. Po,utJ R.,·a· ,,~,. Oisponí\'tl cnl: <""'\'\\',planc1asus1tnt~\\'tLab1•il.eon1.b1•/ ooticia/dtst 1l\vh·irt'lé 1110 I co1Hc udo_265729.~ht 1l\ 1>, 1\ ccsso c,n: 8 abl'. 2010. 38. S. :\ . Culb<·l't cJ.J . '.\JcOonough. ·1n, lni1isihl1 l l fu: A,ryui,~ &!flntmst at 11;,,k, No-.·., Yo,i<: ll;ky. 1980, p. 6. 39. '.\ li nt-:,jhtrg. J'in(vr /11 a,ul. lr(}Und O,ga11i:;oth111s.. J>· 26. \ !cja 1an1· bê,n K. ~ 1. Kac1na1· t R. :\, Ba,vn. ··Organiiational Poljtics: ·n\l~ Stall~of th t l-'ield 1 l .ink.s 10 Rclatcd Prou"SSt-s. ,1od ao ,\ gcocla for r:·ututc Rt-'karch... irl G. R. l=ê:rriíl (Otg.). RtsfaJ'(/1 ;,, Jtno,uu/ and l lu11u1,i /(1.J1J1urrs ,\ lfnwga11n1t, ,: 171 Gn:t•1t\,ich, C'J': J :\ I Pn:·$.\ 19991 1), 1.:{9; e: C. R. tsl~rric;. fl (:. ·rrcad\\-t1); R. \\: Kolokinsk}~ \\: A. lloch,,,artcr, C.J. Kacn1are O. D. Frink, '')À.,,·dop1ucnt :uu-1 \ 'alic-l.:nion of thç Politicnl Skill ln,-c•ntory".Jo11nu1/ '![ .\lf11wg,,11e111. fc:·v. 2005, p. 126· 152. 40. S. B. B:u:hanu·h e E.J. (.,.u\'ler, ''Poli1ic:aJ 1\Jih,'ltn1cn1s in Org;,niz.atio11$", in R. '.\J. Kr:uucr<• i\l. ;\, Í'<·alc (()rg&), fbuYt(Jlld /11jl"r1trt ;,, Organi;:atio11s. 'l'hous<1nd Oc1kc;1 C.\ : Sage, 1998, p.

      68-6!1. 41. D. l·àrn•IJ c:J. C. Pctc:n,l~n, " l'::utcnLc; oí PoliticaJ lkhavior in Org:-tni1.a1ions", :lrodtn~y ef .\la,u,gtn1nll R1ritu~ jul. 1982, p. 405. P:11·;,i l1nu1:111:ílis(' das co1urovê~ias q\1r- ('nvol\'ç1n :l.S políticas org:ini1,:-1f'ion:1is., ,-c:ja ..-\ . Oml'y (' ·r. Ronun, '·1'hr Dcfinition of Orgaoí;,.;uion:11 Politics; .•\ R.cvic,,•", Jli111u111 UtlaHonJ. nw. 1990, !), 113:i· l l!>.J: t R. S. Crop.'u11..1no, K. i\l. K.1cn\;u· e O. I~ Bozernan, "Otgani:1.atio11;ll Politit'S.Jui;ti<..'t'~ a.nd Support: · rhcit Dillt':reuce.s [1nd Si111ila1itics", in R. S. ( :rop:111zaJ\o e K. i\ l. K ac·111ar (Ô rb~-). O,ga,1kotio11ol l+>liti<s, Jwlir< 1111d SupfH,rl: ;\/011ngll,g Soti(l/ (,'/in1at< oi ll&rk. \ \'cstpon. C r: Quorun, t~:,ok~. 1?9.5, p. 1·18. 42. f'am:IJ e Pctcrscn. " l'.l;utcrns of Polilical lkha\'ior in 0 1,p:t· ni;,..;'Uio ns", p. 106·407; é 1\. l)ro11; '·Poli1it'S i11 Org;1niz.uion and l1.s Pcrccption \\i1hin lhe· ( ) rg.1niza1ion'', ()rga11izatir111 Studia 9, n. 2, 1988, p. 165-179. 43. ü . 1-\ . Buc·h,tnan, " \'ou St:tb '.\ Ir 13:u.:k. 1'11 S1ab Yt1n1tJI ef ,\lnMgmiml, 19, n. 1, 200R, p. 49-64. 4 1. J. PfcOCr, l lnc·,r Ui Orga11katiiunan, 1!)8 1. 45. Or0ry e Ro nun 1 ... 11u! Dcfinition of Org,1ni:1.;·11io11aJ Politil'S''. -1-6. S. '.\ l. Rioux e 1... 1\ . Pcnoé1', " 1'h<" Causes of Ot~.\ni1..1tion:\l Citizenship Beltavio1·: t\ ~loth,,tio nal 1\n~dy~ii\Jmmzal of tlpp/i((/ P~J~llology. dez. 200 11 1). 130G· l:il4; e i\l. A. f'inkcl· stcin e L. 1\. Pcnncr, "Prcdicting O rganization;d C itizcnship Bc•h:1,ior: ln1cgr.:1ting thc Func1-io11:d oli1ics in O rg;,ini:t.illions", in R. 1\ . G i.icalo nc e P. Roscnícld (Orgs.). lmprt,J:,io,, .\lonagtn,e,11 in tht Organi;;_(tJiQn. J·lillsdal.,·, ~: 1..'l\\'rcnct F.l'lh,'lutn, 1939, p. 155-156i <' \\: E. O'Connor <" ~r, G. ).Jorrison, •:,.\ Coruparison of Situalional :u1cl J)isposi·

      1ional Pr'(:dictors of Pt.•1-oc:ptions of Otg:-ini1,..-uion:d Politil"S", Joo,nal ef' P~JY/10/0,.1:.. ,na.io 200 I, p. 301 ·312. 49. Farrcll t Pt1c1'Stn, ··1>att('rns of Polilical 6ehavior in 0 1ognni·

      r.;nion~··. 1>, ·108, 50. C. R. fi'ct·ris e K. '.\ 1. K~,e1nar. " Pc,ttptions of Ü1'g.lniia1ional Politit's ··.pn,a/ (d ,\lflt10,V71t<1II. 111,u·. 1992. p. 93· 116.

      .; 1. \ 'çja. por csen11>lo. P. i\ f. Fandt e G. R. Fc::nis, '1 "he ). l:,n:tg<""111cnl of lnfc,r10;1tio11 and lntprt:ssio n~: \\'hcu E:rnp1o)'t..'CS lkh ,.]ournal~/ .\laru,g,:rial l~')rhi>logr, 18. n. 2, 2003, p. 1~8·155. 52. l..eila de .\Jcnci.('S Stcjn e Gessica ·rre"isau Pl'n1, "C,·cvt e c.:on1plcxid;1de. l)ilcrn as d o ntovi,ncnto dos C"ontro ladon•s de voo no Hl'.1sil (2006~2007)'', Entonuo :l111tal do .tl,1/N(s 21)07.

      53. l·Crris, Ross e F:11"1d1, ·' Politi<'s in Organiz~11ion$'\ e K. ).,J. KaC'1nar. O. P. Ho1A'Olà11. D. .S. Cr,rlsun e ,,: I~ AuthOll)i •t\ n l~x..·u11i11a1ion of thc Pt·rccp1ions of O rgani:aulon:,I Politic:< ~lo$JvJ,Mog;. ,naio 0

      2003. p. 1009-1035; e C. Ç, Rw,n, I\ E. l,·,ye R.J. llall, " Pl:,eing P<:1-ceptio11s <>r Politics in tl1c Contcxt of J,'C.,'. 2:l3·266i e E. \ ligod~, ·'$1n:ss· -Rc l:u('d r\ fttrnlaths 10 \\'orkpl:i<·(' Poli1i1·~: ' J'hc R.<'la1ion~hips 1-\n1ong Polities.J ob l)isu't'SS, and .AggreS$Í\'C Uchavior in Orgauiz<11ions"',Joun1a/ oJ O,g,u1i.cnliu11al /klurl'ior. a~>O. 2002, J>· 5; 1.591. 56. KiC\\'il.7.. \\', J\ , Hoch,,':\n.1~r. R. ftrri~e L.. C."\SH'O, ...·111~· Role of l>5>-c:l1ological (~1in1;ue in Xco1~1lizi11g thc Eíli..'Ct~ of Orga1,i,,..nion;)l 1'olitit"s on \\'01·k Outco,ncs"'._]tn,r,,a/ ef Applitd S«iaJ l"'9'tholo~ jun. 2002, p. 1ls<J-1207; <: r\l. C . :\ndr\.'\\'S, l~ A . \\'in (' K . 1,.,1. K~etua1·. ....11l(· lnt<"roctivt" l~fft-'('IS of Organiz:u ional Po li1içs a ud Ex(:hangc ld<·oloh'Y 0 11 t\Jan::iger R:uirlg-s or Rt tt 11tíon··.,7v11,11a/ of Ji>u1tional Btkai·ior. ••hr. 2003, p. 3!)7.369. 57. S. J\ryec, Z. (~hcn e I~ S. Budh,\~r. "Es<'.h.angc Fain1cs.c; :'lnd l~1nployc<- Pcrlôl'1na,1c...: , \ n f.xa1ni1,atio1, of ch t R<'lations.hip lkt,\·t--cn O rg:Jniz:,1ionnl Pc:,li1ics ilnd Pn.,ccdur:,l jlLSticé.'", Otgt1t1kr1fÍIJ11tll fJduuiifJr & llunu111 D<f 1hc 1\•rtcptions of Org3niiation='II Poli1i(";S .\Iodei", 1>. 389.

      e.

      e.

      s.

      or

      59. lbid., p. •10<). 60. 8 . E. /Uhfo1,h e R. 'C L..cc, "Dcfcn.>,i\'c Bcha,~or in Otgani:-.;·, . 1ions: .e\ Prelin1inc11)' '.\1'x kl", llwt1a11 l?tla1Wns,ju1. 1990• p. 621 -6·18. GL ~(. \'alie e l! 1.. Pcrre,\·c. " l)o Poli1ic·s Pcrccplions R<·h11c 10 l>olitical 6chaviors? 'lês.IS of an hnplicit ,\ssunlptíon r,ncl l~xp~utdcd ; Iodei", fbn11an Rrlalions. n1ar. 2000, p. 359.:iSCi. 62. l 'aro,,á Onfi,r(, '·Hni.sik iro gasta n1;1is d<: RS 3 bi <'Qlll ('il'urgia:,.

      plástit~u ... Oisponi,-<:l c,n: <\\'\\'\\',pt~1uis.i/?~:'lrf'h_<1=:-1.s,,u.s1a11do&p:,gc= 13>. Açcsso cn1: 1 1

      .ibr. 2010. G:l. :\1. L. Lc,uyc R. M. Kow;,(,k;, "lmp"""'º " ~buagcmcm: :\ l .it<'r;uurc Rt."\'ic,Y" :-ind ' l \\·o.( :On1plo_ti
      Capitulo 13

      64-. \ 'cja, 1 rel="nofollow">0r CX('lnp)o, \\~ L. Gardncrt· !i. I.J.). fa11.iJ1ktl. " hnpn,-s..

      si<>l'1 ) lanagcrnc.nt in O rg:.u1i;,..atio11s''•Jwr,11.1/ ef ,\/«1uw,11,(11I, j u1t. 1988.1). 32 1.'.338; ~·· l\olino (' , ,: 11. ' li1rnk~~ ...\lort' 'l11a11 Onc \ \';·t )' lO [\ lake ru1 lrnpn:ssion: l;~xpk>1ing Profilcs of l111pn."Ssi<>n i\ lan.i,gcn1çn1",J,,11na/ tf ,\lanagn11n1I. 2'9. n. 2, 2003. p. li 1·160: S. Zivnu:;ka, K. Ji. l. K•,trna.1·. L. 1\ . \Viu. D. S. Ca.rl. son <' \ ~ K. ílrnuon, " lnlcr:'t('l i\t> E.fiê-c:ts of Jn1pr('S.';:ÍOn ~lanaw-n1{·111 :u1d 01'!,'áni7,;uio11al lbliti<:s o njob l-\':rli:>rn1aol"t",flmNll '!{ (),gani,atwno//Jd,m•w,; ago. 20(M, 1, 627-6-IO: < ~I. C. llofü.,, K. ~I. K~tànar. \\; H.1'ün1JC)•t•J. B. Gib1.rap, '}\ :~,luhi·U"\'CI Rcvh~h' of ln11)n..'.S,ion t\ IHn.agc-n1t'lll ~ lotivcs and lkhavio1'$", },urnalf{1\la1Kf8(1fN?tl. 34, 11. 6. 2008. p. 1080- 1109.

      e.

      65. Ji.l. Snyd<·r cj . Copl'land, "St•lf-rnonilo1ing Proc<.~cs in Organi-ia1ional Scuings", in R. :\ . Ciac:don1• e P. Roscnfc'ld {Org:s..), b nJ1rtssiq11 .\/011lino<" \ \1. 11. ·rurnk1; "~lorc than ()nc \\'a)' 10 t\lakt• au ln1prcssio11: F.xploring Profilcs of l1np~1'("S.S.ion ~fa11ag('n1tnt''. ~). 40. 67. R.1\ . Baron, "lrnpres:-ioo ~1loy1n('nl lnu;r\~('\\'.$: l 'hc ·'100 !\ l l1 Ch of n Cood ·rhiog· I::ffi'(·f', iu R. \\; Edcr e G. R. l'Crris (ÜfS$.}. '"! lt< &1· pl(!1'1t1rnt l11trn,in,.1: 111rm:.,. Rt.fftlffll, a11d Pmtlirt. Nc,\·hury Pari,;,

      C:\: Sa_~c, 1989. p. 20.1-2 1.;. 68. C . J.,,;:hht•r1:, K.Jôt1:l1pingon J·irsl h nprc~ion.:-", S«ial lnjlurntr. ·1, n. 1, 2009, p. 62-i9. 6~). focriis, Rus.s e lõ°;uult, " Po li1ics in Org;i1ti1.ations". i<J. Z. 1. Uarsncs..~ K. 1-\ , Diek,n a nn e ;\I. 1.. &idtl. "~lo 1iv.1.don a11d ()pp<)l'tt.111i1y: ·rh,: llolt or Rc.Ol<)lt \\'ork, Oc,n~ràphie l)issirnilnrity, :\nd Socí:11 Nl!l\\'Ori. Cc:nu-:1li\y in hnpn-ss:io n .i\.h1nagcn1cnt" . Arrulr119 ef 1\la110,grn1rnl}ounml. 181 11, 3. 2005, 1

      p. 401 -419. 71. A. P.J. 1'.llis. H.J . ll'cs,. A. M. Ryon e R. P. OcShon, ·'J'lw l:s<• of ln11n~ io1i .\ lanagc111c1u 1'acLics in S tructural 111· tcrvic,\'S: 1-\ Function o f Qo1..·s1ion ·rype?'1,]011nwl ef Applitd l's;,lwlog~ dez. 2002, p. 1200-1 208. 72. C . K . S1c,'Cn" <" ••\ . J.. K1is1of. " ;\ lnking: 1hc Riglu h11p1'<"S.Sio n: ,-\ Fidd Studyof t\pplicant f1np1,·ssio.-1 )la11,'Sc1uc111 l)u,ing Joh Ttucn·ic,,•s",Jm,r,w/ ef App!Ud Pfrtltologr. 80, 1995, p. !>87·606: L. :\ , .\lcFa.rlancl. 1\. ~I. R~n e S. O. Krisk.1, ··11np1'<'S· .sion ~ l anage111cn1 lJsc and EOêcti\'<"ncs.,; ,-\,ross 1\ s.,;c.ss1ncn1 1'. lc1hods",JQ11111a/ ef ,\lo,u,gtr11f11J, 29. n • .:>. 2003. p. 641·661: e. ,\. Higgius e ·r J\ .J udgc, ···r11c Rlli.:<'I of 1\pplicant lnílucn« 'J'actit:s oo Rt'<'n.1itct Perl'Cplions of Fil ::ind Hil'iog Rcoonun cndalions: 1\ Fi<·ld Study"',Jmrrnnl ef . lppliM l't'
      log~ 89. n. 4. 2004, p. 622·632: e \\~ C. 'IS.."li, C. (:. Chen e S.

      F. (:hiu, ··Expl<>1ing Houud:uics 1>í lh(· Efli'<'l$ of 1\ ppli, :11u 1,nprt~ion ~lanagen1cnt 1:1e1.ic.s in.Job ln tc1,·i(·,vs" ••)urnr,/ ef i\lt111ngn11r11l. fc,: 200:,, p. 108-12:1. 73. (;ihut)n• <' 1-C'rris, ·" fhi• EflCC'ts of .'\- ppli<'atn lntprCS$ion ~l:1 ,1agc1nt1)t ' l:'\clics oo hucn·ie,\'(·rjudgn1t·n1s''. 74. Rcn:\la ,\,·cdi:111, ..( :0,110 ......it-ar a politicagcn1 no tn1b;llho''. Portal líi. A<'csso c1n: 9 ahr. 2010.

      4

      1

      75. S1c,'t1).S e Kri)'tof, " ~l.lking 1hc Right l1np1'tSSioo".

      Poder e politica

      433

      76. C. t\ . Higgin1l, ·r ;\ .Judgc e(;, R. F<;rri..s. " lnfh,cncc 'l'a<'"tiçs anel \\'orl.: 0 111()0111cs: .'-\ t\lc1a-J-\ n::ily!(i.._"',jhurno/ •'C"sions of Sul){)rdinatt lngro.tia.tion and R::tlings of Subotdinatt.: ln1crix-rso1lal r-'at•ilit-ation'' ,Jot,t· 11al ef Apf>litd /'~du;I~,;. 92. n. :i. 2007, p. 848,855. 79. J . D. \\(,,-stphat t 1. Stc,·n. °'Fla11c1')' \\'i.11 Gc1 Yoo Evcl)'\\'hc1'(" fl·:SpcciaUy if \ t',u t\tc ::t ~fale C:,uca,~i~l): Ho\" lngt::11iation, Uoa1'(lrooo1 lkhtl\'iOr. aud Dcrnographic ~linorily St.uus 1\llt<1 .•\ dditiooaJ ll-0:\rd ,-\ppoi1nn1t~n1s of U.S. Go1n1).\11ics", A<,ulrn!Y ef .llo11agrn1mt]ounm!,;O. n. 2. 2007, p. 26i· 288. $0. ô.J. l..:1lx.'Clo, "Pcn.:(·ptiuns of Org.u1i:,.-11io11al Polit.it-s: E:-:,1• ,nination of 1hc Situ:\liOllàl 1\ 01cccdco1 and Con.se<1uc11ccs 1\1nong 2\igcria's E..xtension Pcrsonncl'·, Applird 11},hology: A11 lnlm111li01tol lle.:in.u, :>5, n. 2, 2006, p. 2!>5-281. 31. I~ P. f"u e(;, Yukl. " Pc:n:t•i,·cd EO'<.-Clivtncss of ·111ílucnéc "fac· tics iu thc V niu:cl Sr,uc:sand Chiu;,'', ILad
      e.

      p. 32.-16. 32. Fu e \'ukl. " ~\:1~ci\'Cd Eíl<.'clivcucss of lnJlucncc 'llt<'ti<·.s in t hc Unitt.·d S1a1es :)nd (~hin~t" • ~3. 1\Jcs::tnd1'C S:111tillc. "'(f('itos de ni\'cl hic1-:irquiro e gi'-11c1'0 110 uso de t;í1ieas de influ,·:uti::t i11tl'l'lk.'$.'.S().1l 11as urg.-u1i:r.."l.;ões". OisponÍ\'CI crn: <,\,\"\\~tc..c;cs.usp.hr/tesc:s/dis1>011i· \'Cis/47/4 71:i2/tdc· 290[,2008 l 206 l ,1/pt hr:php>. i \ ('.(.';SSO •~n1: 10 OI.li, 2010. 3·1·. S.J. licinc, ..t\laking Scnsc of East 1\sian Sclf·EnhnalJ011r,1nl ef Ii1/11r /Jasal i\ lt111au,11r11t, 1, l 98U, p. 97 -1 13; e E. \ •igod.i, ·' Rcac:tio ns to Org:.niz:uion:'11 Po li1iC"S: 1-\ C rol>.;;.-C ultural E.xa1nin:uion in h r.1cl :'lnd Hrit:;i.in'', l/111111111 Relarions, nov. 200 1, 4

      4

      p . 1483-1 518.

      86. J. 1.. ·r: l .cong, :,..1. 11. Uond e 1~ l~ Fu, ·'Pcn;ci\'e d EflCcti\'C· ncss of Jnl111('11<:c S1rnu.·gi1,~ iu tht• Uni1ed $1:11cs and 'rhn::<' Chinl-SC Soc--i<"li<"s.", /11ttrna/i(lnol.7ot1rnnl'!f Cross 0.1/turnl.\ lm1agt,11t1II, 1uaio 2006, p. 10 l •120. 87. E. \ ígocla1 ··Rc:ic:1io n'! to Org:u1i1.;nic,nal Poti,i~". p. 1512. tlS. lbid., p. 1510. ft9. \ Cja, p<,r l'xc1nplo, F:i.lbc c Yukl, ••(:onS<.'r ) l:1na· gcrs of Using Singlc l nfh1cn,c · ractics and Co1nbin:u ions of

      'l'ac:1icl'. 9'0. \'Cja t\l. A. R.ahirn, ' ·Rcl,11ion~hips of Lcadcr Po,,·cr lo Con1pli;1nce ;ul(I S:ni:.fi1c1ion ,rith Su1x:rvi~ion: l~\~clencc fro111 n N:uk1n:1I S:nnplt• of 1\l:tnag~·n-"•.J1111r,1n/ ef.\ lt111ag,:,11(11/, dei.

      434

      Compo11.amento organiia~ional

      1989. p. 545·556; P. :\ , \\'iloon, ··111e E.ílêc1s:oí Politics ond Po,\·t1'011 1.ht· O,ganizatio11.,I (-01n111.itn1.(·ot oí l·tdc,al Exe· cutivcs'' 1Jo11nm/ ef ,\/011oga1ta1t, p1i111:1,1:1-:.1 1995, p. 10 1-118: e;/\. R. Elangovan e j . L.. Xi<:, "Eíll.><;l$ of l\·rceivtd Po,,·t·r of S111x:1vi.sor on Suhordina1t S1rci;i; :1.nd ~ lo1iv:,1ion: 'rhc ~ loder:ning Rolt oí Subo1'11111n/ of Ô,$fni;:.alio,utÍ &lur.:ior. 1n;lÍO 1999. p. 359.3;3, 9 l . J. Pl('ífcr, :\h11«(~ll1t: uitlt /1);(.'f1-: /'t,fitks a11d !rifl11t11t~ ;,, 01tJu1i,ta· tio,i.s. Boston: Harv;\rd llusillt.';% Srhool Pn:s."', 1992.

      92.

      e. R. tCrris. ·~ L. P~n-ewé, \\'. r. An1hony e o. e. (~iln)OJ'(_', "Politic:al Skill at \\'orl..", Orgoni,!ationnl Qy,w,,rits.. prin1;l\-cra 2000, p. 25·3i; K. K. ;\hc:irn, (; . R. Vi; rris., \\~ 1\. 1-loch,vnr· te,, (:. l)ougt,1.s t A. _I~ l\nuueter; " I.A..•acltr Politk:ll SkiU anel ·l c:ull Pcrli:irn1a11('e'°.}r>Ur11a/(!/,t/a11na<111,n/. 30, 11. 3. 2004, (). 309-327; <: S. E. Sc•il)(•l1. i\l. L. Kn:1irncr e· J. ~I. Cr.uu, ''\ \'h:=11 Do Proac;.1ivç P(ople l)o? J.\ l.ongi1uclinal ~loclc·I l.inking P1-oac1i\·c P<-rsonalilyand C.:u-ccr $11cct'SS Prrs1J11ruJ f>!J'fflol()J:Y. i1\\'ClllO 2001. 1>, 845,8i·I. 0

      '.

      e.

      93. R.. ,,: K(l}odin1,kv, ,,: ...,. 1 loch\\':lnCr cR. l'erri,;, ··Nonli, 11earitr in tl1e R('iationship Oetwc<:11 Pvljtícal SkjlJ a1\d \ Vo,·k Outcoo1t"!;: (:o,w·•:rgeut E\fidcnce fro1n ·r hrtc Stutlit·s" , Jo11tr111l <,)" JWntional Htluwim: C)ut. 200·1, p. 29 1·-308; \\'. H()(:h· ,,·ancr, ... J'hc-- hncrnctiv1· EllCcts of l'ro·l'oli1i('nl Ucha\'lor .-nd Politi<'.s P<:1-«p1ion.s-0nJob S<1tisfhction nnd Aílb:1iv(." ( :o,n1uit1ncnt'". ,]ournt,l'!f Appii,d S«~I P9dwlQg.r. ju.l. 2003, p. 1360-1378~c I~ 1.. Jlcn~·,vt':, K. I.. ZclJ:.1rs, G. R. Ftnis, ..i\- . R~ i. C.J. Kac:nl::ir ~· 1). ~\ . R:1Js1on. ··N<·utralizingj (ih Str1..~sors; Poli1i<.·al Skill ag ::in ;-\ntidott to 1hc l)visJi.1nc1ion:-il Conse<1ucnc,4.-s oí Role CooOirt", Attulmv- ttf .ttâ1tagm,.,11l,]b11rnal. li,: 200-l,p. 1·11-152. 9 •· Ocborah Ocrli11ck e Luizá l);ullé, "Cebo .-\ rnorirn t;unhC:111 inflou furricu1o ('<)nl doutorado". l)ispOt1Í\'t l c1n: ogloho.g lobo.conl I pais/nuu /2009/07 /O,•/cclso-an1ori1n · 1~ 1nb<-n1-inf1oo·cu l'riculo-co1n.(10111orn.do·1566fi6 l 50.nsp >.

      <'"'""'·

      : \ C("$SO ('lll: l ~b1: 20 10.

      14

      Conflito e . ,.., negoc1açao Jamais neg()(,iemos por medo. Mas jamais tenham.os m,edo de

      ·,i.egociat: John F. Kennedy

      OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM Depois de ler este capít ulo, você será capaz de: 1

      Definir conflito.

      2

      Diferenciar as visões tradicional. interacionista e de resolução de conflitos.

      3

      Descrever o processo do conflito.

      4

      Definir negociação.

      5

      Comparar barganha distributiva e barganha integrativa.

      6

      Aplicar os cinco estágios do processo de negociação.

      7

      Demonstrar como as d iferenças individuais influenciam as negociações.

      8

      Avaliar os papéis e funções das negociações com urna terceira parte.

      9

      Analisar o impacto das diferenças culturais nas negociações.

      NEGOCIAÇÃO DA CHINA ma das principais funções do executivo Roger Agnelli como CEO (Chie( Executive Officer) da mineradora brasileira Vale é a de negociador. Desde que assumiu o comando da empresa, em 2001, o gestor já conduziu uma série de importantes negociações para a companhia. seja para resolver conflitos entre grupos de acionistas da empresa, seja para tomar decisões relacionadas a oportiunidades de negócio. Uma das importantes mediações conduzidas por Roger Agnelli foi a saída do controlador da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN). Benjamin Steinbruch, do quadro de acionistas da Vale. Em troca da saída, Agnelli, representante na época dia Bra[ i despar, convenceu os acionistas dessa empresa a abrirem mão da participação que detinham na CSN. ~ Outras importantes negociações comandadas por Agnelli como .. CEO da Vale foram as compras de diversas mineradoras brasileiras -. no início dos anos 2000, em uma época de consolidação do sea, tor no país. Posteriormente, o executivo ainda foi responsável por

      U

      l"'. a

      436

      Compott.amento organiza~ional

      muitos negócios, como a bem-sucedida compra da mineradora canadense lnco, em 2007, e a fracassada investida da Vale para adquirir a mineradora anglo-suíça Xstrata, em 2008. Apesar de todas essas importantes negociações, o principal desafio às habilidades de Roger Agnelli como negociador não são negociações pontuais, como a compra de uma empresa ou a resolução de um conflito, mas situações que se repetem ano a ano: as negociações de preço do minério de ferro, o principal produto da Vale, com as mineradoras chinesas. Durante a década de 2000, a demanda pelo produto esteve muito aquecida em razão do forte crescimento da lndia e da China. Em função disso. Agnelli tinha muito poder de barganha para negociar com seus clientes europeus e asiáticos, dentre os quais se destacavam as siderúrgicas chinesas. Apesar das condições favoráveis, essas negociações sempre foram grandes desafios para Agnelli, uma vez que as empresas chinesas. sendo estatais, também tinham muito poder, de modo que faziam acordos para pressionar seus fornecedores. Nesse processo anual de negociação entre as grandes mineradoras e siderúrgicas mundiais, a Vale e Roger Agnelli sempre tiveram posições de destaque, uma vez que a empresa costumava ser a primeira a negociar os reajus· tes anuais, ditando o percentual de aumentos das outras companhias. Em 2008, entretanto, essa posição prejudicou um pouco a empresa. Apesar de conseguir um reajuste de cerca de 70 por cento, a Vale viu suas principais concorrentes, as anglo-australianas BHP Billiton e Rio Tinto. obterem um aumento ainda maior posteriormente. Agnelli ficou muito insatisfeito com o posicionamento das siderúrgicas de cederem às pressões das mineradoras concorrentes. Diante disso, o executivo não titubeou e voltou à mesa de negociações no segundo semestre de 2008, para buscar um novo reajuste de 12 por cento para o minério de ferro vendido pela empresa. Após dobrar os nego· dadores japoneses, coreanos e tailandeses, o CEO enfrentaria o principal desafio: os chineses. As siderúrgicas da China tinham uma justificativa pronta para a diferença de preços: os maiores custos de frete do produto vindo do Brasil. •A siderurgia chinesa resolveu pagar para os australianos um preço maior do que a gente estava recebendo... nós falamos: 'ótimo, tudo bem, se a Austrália está mais próxima da China e merece preço maior, a minha qualidade de minério merece um preço maior"', contou Agnelli. Segundo ele, ·os chineses estavam quase todos aceitando", mas as companhias se uniram para •chamar o governo chinês para interferir", o que prejudicou o andamento dos negócios. Para piorar a situação, paralelamente às renegociações da Vale, eclodiu a grave crise financeira, que fez despencar os preços das commodities. como o petróleo e o minério. Em função dela, Agnelli teve de tomar uma série de decisões para evitar uma maior queda no preço do produto. como reduzir a produção da Vale. Apesar disso, as siderúrgicas continuaram exigindo uma redução de preços para 2009. Nesse cenário, as habilidades de Roger Agnelli como negociador foram preponderantes. Apesar de toda a pres· são sofrida, o CEO lembrou seus clientes do caso ocorrido em 2008, quando a Vale sentiu-se prejudicada, e salientou a forte relação mantida entre as empresas. "Nós mais que dobramos a produção para atender a eles·, conta Agnelli. "Nós amamos os chineses, e acho que eles devem nos amar também, porque a Vale foi a empresa que mais investiu para atender a siderurgia chinesa. Se nós não tivéssemos investido tanto quanto de 2001 para cá, a siderurgia chinesa não estaria produzindo hoje o que produz". explicou o executivo. Graças a essa postura, a mineradora conseguiu se sair bem no período da crise. Por meio de uma troca, a mine-

      radora aceitou dar descontos de cerca de 20 por cento nos preços do minério, desde que novas negociações fossem realizadas no segundo semestre de 2009. Agnelli confiava na recuperação da economia e sabia que, com essa retomada, os preços voltariam a subir. Como o próprio executivo diz, além dos bons negócios fechados. as negociações trouxeram outro resultado positivo: "a gente aprendeu com os chineses uma coisa importante chamada paciência•, finaliza Agnelli.'

      Coi-no J)()
      dependei- da JX:-11ipec1iv;.1 dl' c.:,da u1n.

      Capítulo 14

      Conflito e negociaç3o

      437

      fflma definição de conflito

      Conflito J>,oce$$O que tem início quando alguém

      porcebe que ouua pano afeta. ou pode afeu1r,

      _J

      negativamente alguma ~isa que considara

      importante.

      O <1t1c não falttun são definições para co,iflito,'1 n1as a rnais cornum para a rnaioria é a ideia d e que o co11Hi10 e,. urna ques1~0 de 1><:1'tcpção. Se ningut~,n tivc1· 11oção de sua cxis1ência, hâ un1 conl!cnso de que ele não c:xis1e.. 1-\ oposição ou incotnpa1ibilidadc, al<~1n de algtuna for1na de interação, ta1nhén1 é ncccssá,ia para .se dcfinil' conflito.1 Podei-nos definir conflito ) c nt~io, co1no un1 processo que tcn1 início quando alguén1 percebe que oulr.t parte afetai ou pock· afc1ar1 negativan1cn,c algu1na coisa que con· sidcr.i i1npo rtantc. 1 Ess.t clcfiniç;lo é propositacla1ncntc a111pla. Descreve aquele po nto cn1 qualquer ativid.-tdl' c1uando a in1cração pass4.1 dos lin1itcs e se torna u1n conllito cnlrc as p~lrtC.!i cuvol\'idas. Engloba tnl'I (ll'l'lplo estopo d<· conflitos ,·xr>cri,nt.•nlados 1H1S orgar1il..::Lçõc..~ incon1p:ulbilicladc ele ohj,cti,·os, dif(·1·cnç.:,s: ele- in1cq,re1açào dos f.1tos, d csacol'clos baseados nas <:xpcc·tativa.~ de co1npo l'ta111cnto, e assin"I por diante. Por f'i1n, nossa definição é suf'icicntc1ncn1c flexí vel p:ira in-cluir todos os nh·cis de conl-lilo - dos :ito.s explícitos e violentos até a~ forrnas 111ais sutis ele desacordo.

      llransições na conceituação de conflito Scrí.-. totalrnerue apropriado dizer que há confljtos corn rclaç..,~o ao papel do conflito nos gn.1pos e o..ganiz~1ç0Cs. U,na escola d e pensa,1,cnto ai-gu,ncnw que ele dC'\'C ser evitado a todo custo - o conflito seria um ~i11al d e qt1e algun,a coisa não e.1ná fu11cio1lando CCti,·a é a vis,io de res~lurào de (o,tjliu,s. \!(11nos dar tuna o lhada en1 cada u rna d elas.

      A visão tradicional r\ abol'(lag,c1n 1nais a11tiga p~u·te do princípio de que todo coníli10 é rui1n e deve ser evitado. O conflito eta percebido negalivai-nente e <:'hegav~\ a ser con1pataclo a lCl'tnos con10 violh1cio, tlt.'iltu1f,1o e irrotionalüladt) para reforçar ess.1 conotação ncgati\'a. Essa visão tradi· cional de conftito condizia co3n as atitudes perante o cotnportan1ento de grupo q ue pn.•valccii:un nas décadas de J930 e 1940. O conflilo sciia tnna disfunção rt'Suhantc de fldhas de co111u11icaçào, da f.:'lha de abertura l" dtl d csco11íhu1ça entre as pessoas. e do íratasso dos gestores c111 atender f1s necessidades e aspira\:ôcs de seus funcionários. l~sse conceito de que coclo conílho (' rui,n e disfunciollal ccrta,nentc oferece urna abo rdage111 sinl1>le~ ao ohser\'ar o co,n 1>011an1cnto da:. pesson.$ que o cria,n. Pl'eci~·unos apenas prc~tal' atenção as suas causas e r-orrigir o c1uc funciona ,nal para 1nelhorat o d csc1npcnho do gi11po e ela o rganizaç.io. Contudo1c.~ssa \'lsào de conflito foi perdendo adeptos à 111cdida que os p.::squisadorcs passar.un a perceber que cc110 ni\'cl ele conflito c r.t incvit,l,·cl.

      Visão tradicional de conflito Crença de que todo conflito é dis.funcional e

      deve ser evitado a todo custo.

      A visão interacionista

      Visão interacionista de conflito Crença de que o conflito é não aponas uma fo,ça positiva em vm grvpo, mas absolutamente

      necessiHio para qu&~stu desempenho s.eja e ~

      1\ visão inter acionista d e- conftito o encoraja, baseada na ideia de que un1 grupo

      (

      harn1onioso, pacífico, tranquilo e coopcr<.Hi\'O está na i1ninência de tornar·SC cs1ático, t1p;\ti~ coe insensível t, necessidade d e mudança e ino,·ação.s .,\ principal conlribuição dessa al>0rdage1n é encorajar os lideres de gi"l.1pos a 1nanter consta11te1t1<:1He ,un 1)Í\'CI 1ní11inlú de conílilo - o suficiente para Í."\%CI' que- o grupo continue viável, au,ocrí1ico e criativo. Pesquisas pal'ecenl COl'l'Oborar essa pel'specti\'a. F.111 un1 estudo ~alizado c::111 no"e países. os au101·es

      438

      Compott.amento organizacional

      Confíltos fundonais Conflitos qoe contribvem para melhorar o ---

      1

      desempenho do g r u ~

      Conflitos disfundonais Conflitos q-uc auapalham o desempe.nho do grupo.

      _J

      Conflito de tarefa

      Oiscordincias com

      _J

      relação ao conteúdo e aos objetivos do tr,eibalho.

      Conflito de relacionamento Incompatibilidades nas ,elações interpessoais.

      Conflito de processo Oiv&gênci.as sobre como o trabalho deve ser realizado.

      I

      _J

      concluinun que os conflitos nas c1nprcsas poclc1n 1nelhorar a co111prcensào por parte cios colegas, bc1n con10 proporcion;lr soluções criativas e ino,·adoras - 76 por cento dos cnu-c,istados concordararn que os conflitos poclc1n gerar resulu1dos positivos. Cu1iosarncntc, nesse estudo, o Brasil OC\1pa o p1i ,11ciro lugar cn11~ os paisc·i. c1.ijos dirigc111cs pe1't".<:ben, o conílito conto pottncialn1tn1e hcnéfi<.:o para as 01-ganizações, con1 u1na po1·c<:nragc1n d e 84 por cento cios c:nn·c\~staclos contra os 76 por cento da 1nédia g lobal.6 f\ visão intcracionls.ta não propõe que todos os conflitos scjant bons. Na verdade, ai· guns conflitos funcionais apoia1n os objcti,·os do grupo e n1clhora1n seu dcsê1npcnho e sào, portauto, (lS for1na.s funcionais e éonstrutl,·:ls de co11Rilo. t\quclcs que atr.,palham o dcsc111pc11ho do grupo s..1.o for111as d,csu1.uivas ou disfuncionais de coutlito. O qt1c difc1-cncia un1 couflito funcional de tnn cli~fun<:ional? t\i; C\'idências indi1.:.-11n que pn.:cisa1tH)S ohsc.-va1· o 11/)0 de conAi10: se são de 1a1·cfh, de tclacic)n,unc1110 ou de p1·occsso.1 O conflito de ta.r efa cst;í rc:lacionado ao contclldo e aos ol~jcti,·os do trabalho. O conftito d e relacionamento se refere :·,s relações interpessoais. O conflito de pro· cesso está ligado à 1nancira con10 o trabalho é rc;,Jizado. ;-\ s evidências sugcrc1n que os conf-lhos de rclaclonan1cnto são quase sc1nprc clisfuncionais.3 Por quê? 1\ parcntcn1entc, o atrito e a.s hostilidades interpessoais ll,crcntcs aos conflitos de rclacion;1n1cnto aun1cntan1 os choques de personalidade e reduzcrn, a compreensão ,n(nua. o que irnpedc a realizaçiio das tan~f.'ls 01-ganizilcionais. lnfcliz1ncntc, os gcs1orcs c n1pl"Cga1n 1nuito ele seu cslbrço tentando 1"Csolvcr conflitos de 1·clacionan1cn10 c nu'C os n1c1nbl'os da equipe. LJ,nn pesc1uisa indicou que essa HH'<:fi1 conson1e 18 por cento ele seu le1npo.q Outro estudo concluiu que, no Brasil, os gl·storcs dc.spcndcn1, cn1 1nédia, 1,9 hora por scn1ana 1 o cquivaJcntc a 9 112 horas por ano ou 1 1,4 dias de trabalho resolvendo conAitos. 1'; Contudo, níveis reduzidos de conflito de processo e niveis de baixos a n1odc.-aclos de co11ftito de t.:u-cfil podc1n ser funcionais, ,nas (IJ>Cnas e111 casos 1nuito Cl)pccificos. ;.\ s anáHscs 1-ccentcs dc1nonstra1r1que os <;onílicos dé p11:>C..:sso gc1~hn,·1uc S[lo uio destrutivos qua1,to Oi- de 1"Ch1ciona111cnlo.11 Par.1 que o (:()11flito ele pl'OC<;sso seja pl'odutivo, SC'u rlÍ\'c·l tcn, ele ser b.tixo. r\ discussão intensa sob1·c quc·111 deve f.,zc1· o quê se torna clisfuncionaJ quando gc1"a inccnczas sobre os papéis de cada u111, au111cn1a o tcntpo de 1-calizaçào das tarcf.ts e leva os n1c1nbros do grupo a trabalhar corn propósitos difusos. Por sua vez, un1 ni,·cl baixo a n1oderado de conflito de tarefh cslintula a discuss.ii.o de ideias. Isso significa que os conAitos de tarefll estão positiva1ncntc ligados í, criatividO já cSt<"l c1npe11l1adc, 1l'1S d iscussões a1i,·as de ideias de un1 n1o
      Um conflito interpessoal foi responsável peta demissão de Maria Teresa Echeverria da gestora de cartões de crédito American Express. Quando essa empresa foi comptada pelo Brades.co. em 2008, a executiva d i2: ter estudado o estilo de t,abalho de seus novos colegas e a cultura da empresa para que ela se adaptasse e fosse bem aceita na equipe. Segundo ela, porém, um conílito interpessoal surgiu entre ela e uma de suas novas colegas. "Ela só me ct1mprimentava quando os chefes estavam por petto e tinha resistância as minhas opiniões", conta Echeverria. O problema é que es.~ rixa passou a afetar o trabalho da gestora. torMndo d ifícil sua permanência. "Tentei contribuir com a minha experiência, mas acho que, por ser a única executiva de fora do grupo, nunca cons.egui me integrar à equipe"',

      d iz ela.u

      Capítulo 14

      Conflito e negociaç3o

      439

      Visão do conflito focada na resolução Os pc.:squi.s.tdorcs) incluindo aqueles que havia111 defendido con1 vccn1ência a ,~são inlc racionisu-11 co1ncçaran1 a reconhecer alguns proble111as c111 inccntiv·ar o co11flito. 1• Co,no vcre111os, h,i .-ilgu11s ca~os C!ipctííi,cos nos c1\1ais eles podenl ser bcn<..tficos. No cnlanto, de i-nod<> geral, os conflitos no loc;il de trabalho não são p1·oduli\'OS, ,·i~to que t(>1nanl o tCrllJ)() que dcvc1ia ser dedicado às tar<:fas ou à intcr"'çào con1 os c licn1cs, scn1 conta,· que pl'OVOcan1 scn1in1cn1os ele 111:Íl,'<>ª e de raiva que pcrduran1, n1ui1as vezes, após os confiitos ter<:111 acabado .•'Vi pessoas ra.ran1c1nc conscgucn1 enquadrar seus scntÍlncntos cn1 categorias níti· das de conAitos de 'tarcfh' e de 'r,clacionamcnto'. Portanto, os conHitos ele t.\rcfh alb"lHnas vcze.s se expandcn1 par;., conAitos ele rtlaciona1ncnto. 1!> Os conílitos produicn1 estresse, que podc1n lc,·ar os líderes a se lor11a:ren1 n1ais rigídos e antagônicos. '" Estudos sobre conflÍl'O e1n lal:>Qr.:,tórios t,:11nbé1n niio lc\'á ,n crn con~id<..·1-aç~o a~,; r<:duçõcs de confian~,:1 e coo1>craçào que ocorrc1n n1c~n10 con, os ,cQníli1os de 1-çla<:ionan1cn10. No longo ptazo, os estudos dc1nonstr::11n que rodos os tipos rcduzctn a confi,u1ça, o respeito (: a cocsào nos grupos 1 o quc din1inui a ,~abilidadc dcstcs. 1' E1n funçào desses r(.-sultaclos1 os pt'Squis.'ldorcs co1neçaran1 a focar n1ais cn1 adnünistrar o contexto gcraJ no qual o conflito oco1Tc. ' ' •irias pesquisas, que Ya1nos rever n1ais adianlc. lcn1bran1 que podc1nos 1ninhnizar os efeitos ncgaLi,·os do conflito ao focar111os c1n preparar :is pessoas para elc-s, desenvolvendo estratégias pa~ S\.1a 11:soluçào e facilitando a
      aberta. Ern surna, ,, visão 1.-aclic iona l é li1nitada ao supor que todos os confl itos dcvcn'I sei" c lianinados. t-\ visão in1cracionista de que ele pode csti1nular utna discus.sào ativa sc,n ser negativo t destruidor é incon1plcla. 1\ pcrspcclÍ\'a do conHito ad1ninis.n,,do reconhece que este é pro\'avcln1cntc inc,·itá,·cl na 1na.i oria das organiz.açõc-s e foca 1nais a resolução produtiva de conílitos. O pêndulo da pesquisa balançou da c lilninação de connitos para o c ncorc~a1nento de lin,itaclos níveis de contlito. e agora para encontrar 111étodos const rutivos pal'a l'CSOl\'ê-los de ,n,:i.neira produti"a, pata que sua i11fl \lência clisíuncional sc,ia 1ninin1iiad;L

      m

      processo do conflito O processo cio conHilo pode ser visto cosno con1posto ele cinco l...'St;igios: oposição po· ltncial ou incon1patibilidt,dc 1 cognição e pcrsonaliza~ào1 intenções, con11>0rta1ncnto e conscquê11cias. O diagrarn:l desse processo .:tparecc 11..'I Figura J•~.1.

      Estágio 1: oposição potencial ou incompatibilidade O p ,i,neiro passo do processo do conílito é o surgirnc,uo d<: concliçô<:s que cria1n

      oportunidades para q\le ele se forn,e. Elas ,uio preci.sa,11 le"ª'" dirctan,cntc ao conflito, mas u,na dess.1s condições pl'ecis,1 cs.is1ir pa,-a q\lC ele apal"eça. Para efeito de si1nplificaçf10, essas condições (que 1a1nbén'I pode1.n se-1· consideradas fontes ou causas dos coníli1os) fol'a1n condensadas e1n três ratcgo1ias gera is: co1nunicaçào. estrutura e variávf'is p<:ssoai~.

      Comunicação O gerente \ Villi.;\11 Leite, do grupo de atquitelura de soft" ·a,-c da BR.Q

      rr Sc,·vices, cn1presa sc:diada c r1l São Paulo, scn1i11 na 1x:lc quttrHO ,una co1n11nicação 1·uinl pode ocasionar conílitos. Logo que foi pronlovido ao cargo, e ,n 2007, o jovc1n gcs1or rnfi·c1uou 1nuitas dificuldades para conseguir liderar sua equipe, conlposta de 20 pessoa.~. " Eu tàl.1va e prcsurnia que todos sabian, do que se tratava", conta \ \lillian. O prohlc1na é qur 111uitos não co1nprcc ndia r11 o que havia sido deliberado, provocando o surgi1ncnto de conflitos entre· os n1cn1bros cio grupo. ,;\iocC não pôde reter a info rn1açii.o, porque os H.Ln~ cio1uírios (ic.;u11 ~..,bcndo dt· <>ulro jeito", diz o gestor. ;\ gora , o gerente p rocura ser o 1nai.s cl:11'0 possível t ptLSSOu a 110,ncar unl dos fi111cionários pata ser o respo11sá\'CI pela conl1,11licaçào no dccor,-ct dos pl'ojc1os da cquipc. 13

      440

      Compott.amento organiza~ional

      Figura 14.1

      O processo do conflito

      Estágio I

      Estágio li

      E.s tágio Ili

      Estágio IV

      Estágio V

      Oposição potencial ou incompatibilidade

      C·o gnição e personoliz.ação

      Estratégia

      Comportamento

      Consequências

      Conflito pe,cebido

      Condições antecedentes / • Comunic:oçõo • Estruluro '-.._ Confl;to • Vori6V1)is péSSOOÍS sentido

      r

      E.sttoTégios poro re sotuçõo de conRito • Competição • Coloboroçõo • Compromissc:> • Não cnfrentomento • Acomodoçõo

      Melh0<0 do

      Conflito ober10 / desempenho • Comportamento do grupo dos portes • Reoçõo dos "'-. Pioro do outros desempenho do grupo

      Os corncruílrios de \ Villian ilusu·an, conto a co,nunicaçâo pocle ser ,1111a fOnic ele con· Oi tos. Eles rcprcscntan1 as forças oposta..~ <1uc surgcn, das dificuldades sc:n1ânticas, dos erros de con1prccns,i.o e do 'ruído' nos c.111ais ele con1unicação. Boa parte d essa discussão pode ser relacionada i,quilo que d isscn1os sobre conu1nicaçiio no Capítulo 11. Un,a revisão da pcsc1uisa sugere q ue as diferc11tcs conotações das palavras, os jargões, a ll°()(Ãt insuficiente de inrorn1é,çôc:s e o ruldo 110 canal de connu1icação sílo obsti'tculos para a conuu-.ic.:iç~o e J>Otcuciais co11dic;ôes pa1'(1 que surjan, os conílitos. .i\s j;>CS<Juisas ta,,1bé,,1 ç1,co11Lra1·an1 ou11'0 dado surprtcnclc111c: o potencial ele <'onflito au1ncn1a quando hcí t.,·cmo de contunicaçào. ,J\ parcn1<:n1<:n1c, uin au1ncn10 na con111nicaçào pode s.c::r funcional, n1;is só a té cerlo ponto, a pa11ir cio q ual pode ha,·cr unt excesso que aun1cnta o polcncial de conflito. Estrutura ~·1ilcne e Fálin,a trabalhan1 na Beleia ~,(ohiliária. unta loja de n1óvcis ele So· rocaha. in1c1ior de S,lo Paulo. ~.ililcn c é vendedora d a loja; F;ícin,a~ gcrcn1c de· crédito. .~\.s duas se conhcccn, h~í n1uitos anos e t11.~ 1n n1uiLas cois~ts cn1 con1un1 - são vizinhas ele bairro e suas filhas n1ais velhas são colegas ele cscol.t e an1i1,ra.s íntin,as. Se :X,1jlcnc e F'áli1na tivessc1n e1npr<:gos diferen tes, até poclciiarn ser :uni.ga.s, mas elas estão constantcn1cntc e1n guerra urna con, a outra, O trabalho de i\ lilene é vender n1óveis e <:ltt é e~cclcntc nisso. XIas a ,naiotia de suas ,·c,1das é feita a crl". O ta111anho e a eSJ>C<:.ializaçào agcn, co1110 estin1ulantcs do <'Onílito. Q panto ,naior o grupo e rnais cspcciali1.adas s11as a1jvidaclc-s, n,aior a probabilidade;: ele ocorrcrcn1 conílitos. Po r outro lado, a antiguidade e os: conflitos parcccn1 t-star invcrsa1ncntc relacionados. O potencial de conflito parece m::\ior c1u:u1do os 1nc1nbros do grupo são n1~lis jovens e quando a rotath~dadc é grande. Quánto ll'lCns,1s tân1l.>cn1 cria1n conflitos <1uanclo o g.auho de tun indivíduo ~1co11t<:ce à custa do outro. Po r

      Capítulo 14

      Conflito e negociaç3o

      441

      úJt:i1no, :;e tun g rupo Jôr dependente de outro (cm vez de a1nbos scrc111 111utu;uncntc indcpcndc11tcs), o u se a intcrdcpcn déncia pcrn1itir a u,n grupo ganhar ~, custa do ouuu, esti111ula1n-se forças opoinas.1'> \ 1océ já cô1lhcccu algué1n de qucn1 não gostou logo de cara? \ 10Cê discordou da 1naio1ia das opiniões dessa pessoa. Tudo nela o d(':s;1gradou, até car.1ctc1í.stiéas insiguific.antes: con10 o s:on) da \·oz. o jeito de son;r e a personalidade. Todos passa111os por i.ss:o. Quando t<:l'nos de t~ balhar eon1 alguê,n assi,u, o potencial de conflitos aun1enta. Nossa úhirna catcgo,;a ele íOnlcs 1>0tcnciais ele conflitos é aq\lcla l'e:J)l'Csc,uada pelas val'i:\vcis pessoais, <1uc incluc,n pc l'sona.lidade1 crnoçõcs e valores. 1\ personalidade cu1npre un1 in1port~\ntc papel no procc..:sso de conflito: algtunas [><."Ssoas sii-nplcs1ncntc tc11clc1n a S<: envolver ba.stan1c c1n conflitos. l~n·1 panicula.1~ aqueles que apresc..:ntan1 traços pl'ssoais de ncuroticis1no ou ~iuton1onitoramc11to tcnclcn1 a arrtunar confusão corn outrtls pessoas n1ais írequcntc1ncntc e a reagir rnuito ,uai quando os conAitos oco1TCn1.21' Urn íuncion{uio que aparece para t rabalhar jr,i tado ctn \'irtudc do tninsito agitado Jogo pela n1anhã pode car•'Cgar essa sc11saçf10 de ral,:a para a reunião das no\·e horas. O proble,n.a é que sua tai\'a pode pc1·turbaros colegas. podendo levar a unu1 1'euniào cheia ele icns.ào.21 Variáveis pessoais

      Estágio li: cognição e personalização Conflito percebido Consciência de uma ou mais ptHtG$ envolvidas

      da existência das condições que geram oportunidades para .º surgimento de oonfl~

      (

      Conflito sentido Envolvimento emocional em um conflito, gerando

      ansiedade, tOl\s30, • fru$Uc:tção ou hostili~



      (

      Se as: condiçÕ<:s r itad;1.s no l~ t<.\gio I afc1a1n negativa1ncn1e os interc;:scs das partes, o po1cncial de oposição ou ele incon1pa1ihilidade se concrc1iz.a no segundo t~s1ágio. Co1no notan1os cn1 nossa d cíiniçào ele conflito, u1na ou n1ais partes cn\'ol\'idas prc· cisa1n estar consficntes da L'xi.stência dtlS condiçõc.-s anteriores. Conntdo, o f.tto de un1 conflito ser percebido não si&ri1ifica c1ue Sl'r;:'l personalizado. En1 outras pala\'ras, ·, 1 pode saber q ue / 1e B estão seriamente crtt de:;acordo... )'las isso pode nrio deixar A tenso ne1n ansioso e pode não ter nenhu,n i,npatlo so1>rc a afeiç;~,o (I(' A por 8. ·tt É o ní\'el de con.R.i to s entido, que Hi.z i:\S pt·ssoa$ se· Cll\'Ol\'e1·c,n c1nocionahncn1e, as parles. expc1i tnenta1·en, ansic.-dadc, 1cn~ào, fi·us1raçào Oll l1os1ilidade. "l'cnha c1n n1cn1c dois p<>nlos. Printciro, o l-:Stágio li é i,rnportantc por ser aquele cn, que os assun tos conflitantc-s costun1a n, ser 1natcrializados. E a parte do processo cn1 que os cnvol\'idos clcciclc1n sobre o q,1e é o conílito.1:l Se cu dcíinir nosso desacordo .sâla1ial <:01no tnna situaçào de son1a-zcro (ou seja. se \'OCê conseguir o aun1ento q ue dcs.~ja, a quantia não estará d isponível po:l!ra nli1n). cst.:u·ei rnuito n,cnos clisposto a <:olaborar do que se cu entender o conflito torno urna situação 1>0tencial de ganha-g(,nha {ou seja, o 1o tal ele recursos pal'a os salários. pode ser an1pliado para q u4,; an1bos pos.~a,nos receber aun1ento). Assint. a dtfiniçào de cin1 conflito é i1npo11an1e pol'quc d elineia o co1tjun10 das possivcis consequências. O segundo ponto é c1uc as en1oçõcs tCrn un1 papel preponderante na conf-iguração elas pcrcepçõcs.24 ,\s en1oções negativas nos fl\zcn, sin1plificar as questões. di1ninuir a confiança e interpretar negati\.'atnentc o comportarncnto do outro. 11 O s scntin1entos 1>0sitivos. ao contr(lL·io. at11nen1an1 a tendência a enxergar o potencial de relações entre os elcrncntos de u,n prohlc1na, a ter urna \'isào rnais an1pJa da si,uaçào e a desenvolver soluções rnais inovadoras.ior.

      Estágio Ili: Definição das estratégias de resolução de conflitos

      Est,atégias de !'&solução de conflitos

      P
      ~o"ílito.

      I

      _J

      O estágio seguinte consis1e na i:scolha de u1na estra1égia que lhe pcrn1i1a r·csolve:r o c;onílito cn1rt as pa1,cs. Essas estratégias rcprcscntan1 prcdispos-içõc~s para agir riada: a preo<"upaçào cónt o~ inicrcssc,: próp1ios e a preocupação con, os in1cn·sscs dos ouu'()s.. r\ Figul'a 14.2 aprc-.scnt~ o ,nodclo ele in1c-

      442

      Compottamento organiza~ional

      rcsscs duais que busca i.nlcrpretar essas duas ditncnsões cn1 tcrJnos psicolóbricos: o grau de assertividade (o grau c1n que tuna das partes tcnt.1 satisfllzcr os i11tcreSS(;s da outra) e o

      Competição Estratégia na qual as partes buscam a satisfação dos próprios interesses, independentemente do impacto na outta parte.

      I

      grau de coopcraçi10 (o grau ct'l1 que u1na das partes tent~1satllif.'lzcr os ptÓprio.s intcn.:S:ics). Cl'11z;,ndo (•J'.'.'i.;ts clirncnsôcs, e'· possívc~ idc111iftc;11· <..'i nco cs11·cuégias ele l"Csoluçâo de cc)nfli1os: eo111pftifr1o (asscl'Üva e não coopcl't11iva), co/aborar,ro {asstrtiva e cooperativa), n;ita,ntulo ou .fi,ga (não assc11i\'a e não cooperativa) , aconu>tlaç,1o (não assertiva e coopcrati\'a) e eo1t1pro1ttÍMO ú>osiçào int<:r111cdi.íria entre as duas din1cnsõcs).:.18

      Competição l~su-:uégia íocada na s:uisf.'lçào dos próprios interesses. i11dcpcndcntcn1cnt<: do i111pacto c1uc isso terá sohrc as outl'as pt111cs c,n conflito. Unia pessoa esul co1n pellndo quando í.1z unia aposta con1 ou1ra p<.-ssoa. 'Para u111 ganhar~ o ouu·o terá ele perdei:

      Colaboração Estratégia em que as partés oonflitantes buscam satisfazer o.s interesses de todos envotvidos.

      Colaboração l~stratégia de l"Csoluçào de coníli1os na <1ua1as partes conflitantes deseja111 sa1isl'lze1· os interesses de ;unhas, d e forrn a a a lcançar u,n resuhado 1n u1uan1c1ue sa1jsÍ.'ltório. Nesse caso, colaborar significa que a intenção das partes é solucionar o problcn1a escla recendo as cliícrc·nças c1n ,·c-1; d e lentar aco1nodar os d ivC'rsos pon1os d e vista. Se ,cntar

      Evitamento Estratégia em que uma das partes procura fugir de um conflito ou tenta suprimi-lo.

      Evitamento Quando unla pessoa. rcconhecf que o conflito existe> anas, e1n ,·ez ele procurar rcsol\'ê·lo, busc.1 suplin1i-lo ou igito1c\.lo> ela está cvi1ando o conflito. t\.lguns cxe.an plos

      :J

      I

      e ncontrar tuna solução ganha ..ganlta, que pern1ite que.: an1bas as p.1rtcs sa1isfhçant seus intérc-.sscs, ,·océ está colabora ndo.

      dessa estratégia inclucn1 a lcntati,·a de si1np1csn1entc.· ig1101.lr un1 conrlito e a d e evitar pcs· soàs ele q ucrn se discorda. Estratégia crn que tuna elas partes sacrifica seus in teresses subsl
      Acomodação

      Estratêgia caracte,izada pela disposição de uma das partes em conflito de ooloca, os ;nwesses dos outros antes dos sevs.

      Compromiss.o Estratégia na qual as partes estão d ispostas a abrir mão dé alguma coisa para solucionar um conflito.

      I (

      __J

      Compromisso Na cstralégia d e co1n pro1nisso não há cxatarncntc \'cnccd orcs e vencidos. O que há é tuna disposiçào para accjtar u1na soluç.à o q ue S.'ltisf:.,ç-a apenas parcialn1cntc os intcr<.-sscs de an1bas .u partes, ou seja> tuna soluç;\o de con1prornis:so. .t.\ característic.- rnais i1npor1antc dessa e.str.:ttégia é, p-011;u110, a clisi>0.siçiio clt cada urna da!i partes c111 ceder algo

      p,n·a sohu.:ionar lHn conflito. 1\s i111cnçô1,:s cs11~1égic;L'i das pe:ssoas não !k1o in1u1á\'<·ii.. l) urantc u111 conflito, a;l cs1ra1égia.s podcn1 1nndar se as parte$ co11scw1irc111 co1np!'ccndcr o 1)()nto de ,~s1a cio outro ou qu;u1do rcspondcnt c111oti,1tuncn1c ao con1po11an1c1uo do outro. Entrc1anto, a..\ pesquisas indicrun q ue as pessoas tênt un1a disposição básica para acln1inis.1rar conililos por 1ncio de tuna

      Figura 14.2

      .,,..

      .,,o

      Estratégias de resolução de conflitos

      .i

      Competição

      ! :l

      :!

      " .i ~

      T

      Comp,omisso

      ~

      <(

      •••

      Coloboroçõo

      ~

      o o

      •O

      z

      Acomodoçõo

      Evitomento

      Cooperotivo

      Nõo cooperolivo

      Coo~raç6o f Of'lt+i: K. Tho«ias, ..ConAict ,,.rw:i Neg<>1i.ation PI0<:1!ss in Orga,niUotions•, in M. O. Dunn,e;u~ e l. M. Hough (Ôfgs.). H.,ndboolc of lndvsu,.,J & 019M1izal1on.,J Ps)d,ology, 2. ed., v. .3. P.1!0 Alto, CA: Consu!tlng Psydlologii1s Pt0si, 1992. p. 668. Rep,oduziclo

      """""-

      Capítulo 14

      Conflito e negociaç3o

      443

      das cinco csLratégias de n.:soluç.'io de conAitos aqui descritas.,., e tendcn1a usà-la co111 basta nte consistCncia. Poclen1os p rever as intenções estratégicas de t1111a pl".SWá r..,zoa\·chncntc bc1n con, hase eo1 urna <:ornbU1ac_;ào en1.1x: suas caract(·rísticas i,uclt..'étuais e de personalidade.

      Estágio IV: comportamento Quando a 1naio1i a das pcs."oas pc11.s.a cn, conílito, tende a pc.•nsar neste Est.:ígio 1\; pois é aqui <1uc os confli1os se t01"1Hun vi.SÍ\'(:is. O csolgio do corn1)()1ia1ncnto inclui as de-

      claraçôt:.s, açêk.s e rcaçôc.~ das partt.s t:.nvolvidas no conflito, gcraln1cntc tc ntaüvas explícitas por cada un1a elas partes conAita11tcs de i1nplc1nc.·nrar suas cs1ratêgias. Con10 rcsuhado de cálculos errados ou ele ações pouco habilidosas1 os co1nportanicntos cxplícilos às ,·ezcs são dcs,~aclos de suas estratégias origi11ais.J11 Podcn1os pensar no Esli,,briO 1\1 co1no u111 processo dinà111ico ele interação. ])or cxc1ttplo: você 1nc fa;,.. tuna exigência; ,cu respondo discu1inelo; você 1nc a1ncaça; cu o anlcaço de.: \'Olta, e as~in1 J>Or diante. 1\ Fi~'ln'a 1-J..3 ofcn::<:c.~ 1.11tu1 visuali~.-.ç~i.o do con1po11anicnlo conflitante. 10dos os conflitos cxis1c1n <·n1 algu1n ponto dcs.~c t(Jnliouutn. ~ a p;:ir1c infê:1io1; 1cn1os coníli1os caracterizados por ío1T11as de tcnsào su1is, indil'elas e 111uito controladas, con10 11111 aluno q uestionando e1n a ula tun con1cntá1io que o professor acabou ele fazer. t\ intensidade cios c.'OnAitos vai crescendo na 1ncdida cn1 que subi1n os no contit1uu111 até chegar ;'15 forn1;.u; altan1cntc clcstruüv;is. ,\s grc\'l"~ rc\·oltas e guerras cncontra n1-sc c.:lara111cntc nesse patainar. l)c 1nancira geral, podc,nos dizer que os coníljtos que atingcrn o pat;nnar 1nais alco qua.se sc111prc SiiO disfi.uu.:ionais. Os confli1os H,ncionais co.slun1an1 estai· co1160;:1do:õ; aos pau1.1na1-e~ ,nais h;\ixos.

      Figura 14.3

      Continuum de intensidade dos conflitos E.S.ÍOfÇOs explk!tos poro de.struir o ourro pane

      Coofll.to oniquilodor

      Ag1$$SÕO fisioo

      . .

      Att\.eocos e ultimo1os Aloques verbois o»ertivos. Q~11iooomenlo expt'1Cilo ou desofio

      De!Ooordos ou moknl$ndidos Je,,.,es Nenhum conRito •

      O gerente de ope(ações comerciais da Datasul. empresa desenvolvedora de softwares, Mário Cury de Paiva, conta que costumava adotar uma postura de evit.ar

      conflitos na empresa. Segundo o gestor, ele nem sempre conseguia reagir diante dos conflitos que su(giam no emprego e evitava d iscordar de colegas e superiores. "Tinha sempre a Sénsação de que havia feito o que era necessário, mas os resultados não apareciam•, conta Paiva. Após consultar um coach, entretanto, o gerente

      passou a adotar uma postura mais proativa, participando das discussões, listando objetivos a serem atingidos e buscando auxillar e resolver os problemas de ambos os fados envolvidos. De acordo com ele, se tivesse adotado

      essa postura mais colaborativa anteriormente. "teria crescido mais rápido na carreira. fechado mais conttatos

      e recebido mai$ des.afios# .''

      i l

      444

      Compott.amento organiza~ional

      Admlni$ttação de conflitos O vso de técnica:s de re:sotução e de estímulo p~ra atingir o nívél desejado de conflito.

      I

      Se un1 conflito é disfuncional, o que as partes envolvidas podcn1 fhzcr para dinünuir sua inlc:nsidadc? Out .:10 contnírio, o que pode ser feito para au1ncntar a intensidade dt· un1 conílito rnuito fi';:\co? Isso nos lc,'(1 às 1écnicc1s ele administração de conflitos. O Quad ro 1·k 1 1nos1ra as p1~ncipais ttc;:nic.a$ l'é!I podcrn 1uilizar para co1urolat os níveis d e confli10.Já clc:screv<:rnos v~\rias delas <:<>nlo cs1ra· légias de resolução de conflitos. Isso não surpreende. Sob as condições ideais, as estratégias de unia 1x.-ssoa se traduzi1ian1 c1n co111poruunentos co111par;ívcis.

      Estágio V: consequências O j ogo de ação e rcaçào entre as partes de u1n c.'On.flito resulta cn1 consequências. Co1110 dcn1onstra nosso modelo (vc;r Figura 14.1 }~ e las podc1n ser íuncionais: quando rcsultan1 c1n 111clho1;a do dcscrnpcnho do g rupo, ou d isíuncio11a is1 qu::,ndo atrapalha111 seu dcse111penho.

      Quadro 14.1

      Técnicas de administração de conflitos.

      Técnicas de resolução de conflitos ResotuçJo de problemas

      Encontros entre as partes conflitantes com o propôsito de identifica, o ptobfema

      e ,osolvi-lo por meio de uma d iscussão aberta. Met~s superordena:das

      Criação de uma meta compartilhada que não possa ser atingida sem a cooperação entre as partes conflitantes.

      Expansão de recursos

      Quando o conflito é causad'o pela escassez de om recurso - por exemplo, dinheiro, oportunidades de promoção ou espaço fisico de trabalho - • a expansão desse recurso pode criar uma solução ganha-ganha.

      NAo enftentamento

      Suprimir o conflito ou évadir-se dele.

      Suavização

      Minimizar as diferenças entre as partes conflitantes ao enfatizar seus interesses comuns.

      Concessão

      Cada uma das pattes abte mão de algo valioso.

      Comando autoritário

      A administração 1..1sa sua autoridade formal para resolve, o conflito e, depois, comunica seu desejo às panes envolvidas.

      AltetaçAo de variáveis humanas

      Utilização de técnicas de modelagem comportamel\tal para alterar atitudes e comportamentos que causam conflitos.

      Alteração de variáveis estrutlirais

      Mudanças na estrutura formal da organização e nos padrões de interação entre as partes conflitantes por meio de redesenho de atribuições. transferências, criação de posições coordenadas etc.

      Técnicas de estimulo de conflitos Comunicação

      Usar men$ageos ambíguas c:,u ameaçadoras para aumentar os níveis de conflito.

      lncfusão de estranhos

      Incluir nos grupos de trabalho funcionários com histõricos. valores. atitudes ou estilos gerenciais diferentes daqueles de seus membros.

      Reestruturação da organiza:çâo

      Realinhamento dos gl'\lpos de trabalho, alteração de regras e regul.amentos, aumento da interdependência e outras mudanças estrutur.tis similares que

      rompam o status quo. Nomear urn advogado do diabo

      Designar uma pessoa para o papel de crítico que d iscuta, propositadamente, as posições defendidas pela maioria do grvpo.

      Font e: Baseado en, S. P. Robbins. Ma11a9mg Orgai,ãariotMI CO!lfl,ct A Nonuad1t1MidJ~(),jch. Upper Saddte R!vet. NJ: Prentice Hall, 1974, p. 59-89.

      Capítulo 14

      Consequências funcionais

      Conflito e negociaç3o

      445

      De que rnancira o conflito pode funcionar con10 unla fo rça

      para n1clhorar o clcsc1npcnho cio grupo? É diftcil visualizar urna situação cn1 que a agressividade txplícita ou violenta possa ser funcional. :\·las níveis baixos ou rnodcrados de conílito 1>0dc,n ,nc1horar a eíicáci::l elo grupo. \ 1,Hnos ex.=uninar ~1lgt.111s cxcrnplos e rever as cvidên<;ias das pcsqui:.as. :\to1r con10 1odos c·.ssei; <'xcrnplos cs1ão Ct'n1ra
      q ualidade cio processo decisório por pcrn1ilir que lodos os pontos de vista scj.ln1 avali,1dos, c::ipccialrnc111c os não usuais o u os q ue são defendidos por 111i11oiias.$l O conflito é un1 antído10 conLra o pensttn1cn10 de g1"1..19>0. Ele cvi1a que o gtupo passi\'a111en1c 'assine c1nbaixo· de d ecisões <1uc poclcrn se basear crn prenlissas ii'acas, cn1 consideração inadequaria de alternaÜ\'~ts relevantes ou en1 o uLras fraquezas. O conttilo desafia o status quo e, por isso, csú1nula a ciiaçào ele ideia.si pron1ovc a reavaliação das n1ctas e das atividades cio grupo e aun1cnta a probabilidade de c1ue este responda às n1uclanças. U1na cliscuss:c1o arn!rta roenda c111 ol~jctivos de ordcn1 supcriôr 1,odc 101·11ar esses rcsuhados funcionais n1ais agr--i!dávcis. Os grupos cxu·cn1amcntc pol..\ri,:aclos não adn1inis1ra1n seus dtsc1nendin1cntos de rnancira cfica,: e 1cndc,n a aceitai' soluc;õcs abaixo da cxcclência, ou ;\ cvi1at to,n at dccisôcs <..~111 vez de solucionar o confli10.'' U111a e111prcsa <1uc soírcu po r cansa. de u111 nível 111ui10 haixo de conHitos fu ncionais íoi a giganlc cio setor aLno1nohilísti.co General ~ lo1ors (G ~'1).J1 ~lui1os dos prohlcn1as cníi·cnª tados por ela, desde o f-inal cios anos J960 até h~jc, poclcn1 ser explicados pela ausência de conílitos íuncionais. 1\ c1nprcsa contralou e pro1novcu indivíduos que crarn 'vac1uinhas de p rcs.épio', leais it Gi\- 1 a pon10 c.lc nuuca <1uc.stionur ncnhunia das ações da organização. ~vlui1os ctllica,n a política ad,ninistrath·,;1 ela Cl'npn::s,-. de evitai' co11fli1os ao concordar co111 as t~xigências si11dicai.s para 1·ccebc1· bcncíicios gcnc1'0SOS ele as,-.: istência ,nédica e pre,idênçia. Esses custos IOra111 au1ncntando con\ o tc111po atê o ponto e1n <1u<> os pesados co1npronllssos da cn1presa con1 gastos ele p rc,id,Cnr-ja e assistência n1édica se tornara111 insustentáveis. 1\ antes irn pcns...i.\'cl f.:1lência da G~ l c.::nl 2009 clcrnons1ra con10 a incapacidade de enfrentar os conflitos dirctarncntc pode ser prcjucliciaJ. Pesquisas cn1 diversos an1bicntcs confirn1a111 a funcior1alid,,dc de discu&;Õcs
      A Nutrimental, fabricante das íamosas barrinhas de cereais Nutry, ê uma empresa que soube e.xplorar os variados betiefíôos gerados pelos conflitos fuocionais. Ouarldo a empresa lançou o produto no mercado, seu posicionamento era o de uma guloseima, CO

      446

      Compo11.amento organiia~ional

      problc111as se co111paraclos co111 aqueles u1ais ho111ogêncos.31 O s n1c111bros d e grupos con1 111aior diferença c1n estilos ele trabaU,o e experi(•ncia t.1n1bên1 tc11clc111 a con1partLIJ1ar 1nais inforn1(lÇÕCS entre si.38 Essas oh.$ervaçt>cs nos lc\'a111 a pr<:su111ir que a cn:·sccntc d i,·c1"l,idaclc cuhur-.tl da fo1-ça de 1rabalho pode trazer 1:x:ncficios para as o l'ganizaçõc~. E é cxa1an1cnu: o que as <:vidências sugcrcn1, na ,naioria dos casos. f\ hc1crogcncicladc cntTC os n1cn1bros d e g n.1pos e organi1_,,. ções pod e aun1cntar a criatividade, m elhorar a qualidade das decisões e facilitar 111ucl;:u1ças, pelo fluo de acentuar a Acxibilidadc d as pessoas.,.., Con sequências disfuncionais ,\ ~ conscc~uCncias dcs11i.11ivas dos confli1os soh rc o dcsc111· pcnho ele un1 grupo ou organização s.::io bas1antc conhecidas: a oposição acirrada leva ao descontc ntarn cnto, q ue dissolve os laços con11111s. o que, 1><>r sua vez, acabá levando à destruição do g n1po. l~xistc uu11bé1n , cvidcn1c1ncntc, 1nui1a literatura q ue documenta co1no os tonJlitos disfuncionais p-0dcrn reduzir a cfictlcia dos grupos. '° J~ntre as <:onscquêucias ll'tais indescjá,·cls estão um dcscon11>asso na c::01nunicação. a rcduç.:io da coesão cio grupo e a subordinação de s11<\S n1ctas às p,·iorid adcs da~ lutas cau re seus con,pone11tes. --rodas as rorn1a') d e conflito a1é 1ncsn10 o~ fi.1ncionais parccen1 reduzir a satisf.1ção e a confiança dos 1nc111bros do grupo.H Quando as d iscussões ativas tornan1-se conflitos abertos entre os n1c111hros, a troca de i11forn1açõcs entre eles se n1ostra sig,1ifirativ~tn1cn1e n1cnor.~l I!n1situa· çõcs extrc111as, o conAito pode parali lku· o grupo e até an1caçar sua sobrc,~vência . Notan1os que a cüvcrsidadc gcra.hncntc pode rnclhorar o dc-$cn1pcnho e a 10111;\dá de d(.'éÍSào Ca de inforolações. 0 Por excrnplo>e,n u,n g1, 1po forn1ado po,· hon1ens e 111\1lhc1-cs crn que 1oclos o~ ho111e11s sus· 1cnu1n1 urna opinião e as n111lheres, o utra, os 111cn1hros do grupo clcix;un eh: o uvir uns aos oull"()S. E:Jcs incorrcn1 no f.1vo1iüsn10 interno do grupo<: não lev;.un o po nlo d e visla do lado oposlo en1 consid craçào. i\J'cssas si1t1açÕ<:s, os gcs1orcs prcci.sa1n prestar bastante a te nção nesses problcrnas e enfaúz.tr os ol~jclivos cn1 connun do grupo. Administrando conflitos func ionais Se os gcsto1·cs re<'onhccel'ern que, cn1 algn,nas si1uaçõcs, o confli10 pode ser benéfico, o <JLICeles podc111 fhzer para ad111inis1rá-lo ele ,na· ncira <·ficic11tc nas 01-ganizaçõcs? 11 Parece ha,·cr u111 conscnsõ geral de que a adn1inistraçào de conflitos funcionais {:_ un1 trabalho ár
      O enfraquecimento e, até mesmo, o fim de uma organização por causa de é:xcesso de conílitO'S não são tão raros quanto parecem. A fabricante de autopeças Cofap, que ficou famosa nos anos 1990 por sua propaganda com um cãozinho da raça Dachshund, teve de ser vendida ao 91\Jpo alemão Mahle após aoos de disputa entre o fundador Abraham Kasinski e seus dois filhos, Renato e Roberto. O conflito pelo poder Íé:Z que a Cofap ficasse muito fragilizada, tornando lentos sevs processos estratégicos e abrindo oportonidade pata o fortalecimento de suas. concorrentes.4 ~

      Capitulo 14

      Conflito e negociaç3o

      447

      Essas cultur..-tS anticonflilos poclcn1 ter sido toleradas no passado, 1nas não o s;lo hoje c1n dia. c1n u,na ~iluaçào de c.:01111>ctiçào fcro7, na cco1101nia globa.li:t.acla. tU c1nprcs..ts que 11;:i o apohun 11c111 csti1nulam dissi os que sustcnuun suas ideias 1ncsn10 quando elas sil.o n.::jcit.1clas pela d ireção da e1nprcs..1. /\. Bcn1atcch, fhb ricante de cquiparncntos tecnológicos.. possui un1 sislcn1a forn1al pelo q ual os funcioná1ios a,·alia1n e criticam seus chefes. ,1.\ 18~,[ ta1nbé1n tc1n u1n sistcn1a for1nc,I que cnco11~a a dive1'8idadc de opiniões: os funcion~lrios poclc1n questionar seus chc· fcs irnpt1ncn1cntc e, se o dcs...1cores que acln1inisu-a1l1 conílitos fu11cionai.s corn s;uctsso é que cs1as 1'<:con1pcns.'ln1 a d i,'<:rgê-ncia e punc111 os que cvi1an1 o conflito. Isso é fãcil na teoria, 1nas difícil na prática. É ncccssctrio disciplina e p,:1ciência para aceitar notícias que você nào deseja ou,~r (cios di~iclcntcs} e forç-a r os que cvitan1 o conflito a lc..·vantar a voz. ]Job Narclclli, ;un:igo CEO d a C h1)'Slcr1 era làn1oso por sujeitar os dissidentes a longas. lições ele n1oral e úrada.s de sarca!i1no) ao passo q ue o (: EO d<.:rccbe1nos <1uc os dis.,.idcnt('S pnJ.gridcnl COfll lentidiio 1'111l10 ..io objetivo o <1uc pode s.<:r \'Cl'cladc·, 111a.~ ao f.11.ê-lo, qucs1ionan1se o objetivo ê o ca1ninho COl'l'CtO a segui,: Os grupos q ue 1'csolvcn1 conflitos con1 sucesso cliscu1<:111 diferenças ele opinião abcr1anlcntc e estão prcp.lrados p.lra aclnlinistrar conflitos qu;u1do eles apareccnl. ,., Os conAitos n1ais destruidores são os que nunc;, são abordados de 1nanc.ira d ireta. Un1a discuss..'io aberta to rna 111uito n1ais fácil dcsenvoh'C1· un1a percepção co1np.1rülhada cios problcn1as; tanlbén1 JX!1·1nite que os g rupos u1,balhcn11,or un1., solução n1utua111cntc ac<.·itá,·cl. Os gerentes p rc· cisan1 cnfati~o:11· os i11t<.·rcsscs co1111Jartilhado-s nt1 resolução d<.• co11flitos para que os grupo:; que di-sCOt(h1111 un1 dos ou11'0$ n:"io fique1ll cxccssiv.:unc·ntc ar1·ai,&;;idos cm sc,1s pontoi; de \liSL01 t: não t~nc.11·c111 os conflitos ele 1nancira pt:ssoal. Os g1·11pos que possucn1 un1 c:s,ilo de conf-li10 coopcra1ivo e u1na base ele idcn1ificaçào sólida con1 seus ohjc:Livos são 111.ais cfic:-icn· tcs do q ue os que tênl un1 estilo n\ais con1pctit.ivo.41

      fflegociação ,\ ncgociaçI10 pcn ncia tod;is as intc11t(õcs. cn1 grupos e crn organiutçõcs. Exis.tcrn as do tipo ,nais óbvio) con,o sinclic(1to-s que bar"g(lnha1n coo) a gerênci::1. l-1 á ;:tquelas que não

      são 1ào óbvias, co,no gcslOl'CS <1oc ncgocia1n co1n funcionários, colc~~s e chef<-s~ \'Cndedores

      Negociação Processo pelo qual duas ou mais partes interdependentes, com algum conflrto aparente.

      decidem como alocar . cecur$0s escass0$.

      (

      _J

      que nego<"'ia,n con1 clientes; e agentes de con1pra.~ que:: negocia,n con1 forncccdo1-es. E exis1e, ainda, a ncgo<'iaç.lo sutil, C'on10 11111 fu ncioná1io que acci1a f.-.zer o trahalho de seu colega por alguns 1ninutos cn1 troca de algu1n beneficio passado ou fi.ituro. )ias o rgani1.açõcs con· tempor~incas-. onde os 1nc1nbros prccisan1 trabalhar c::01n colegas sobre os quais não ti:111 nenhuma autoiidacle e co,n qu<:n• não podc1n sequer con1part.ilhar a chefia, as habilidades de negociação torn~Hn-sc ainda n1.ais cruciais. l) cfini rc1nos negociação con10 o processo pelo q ual duas oo ,nais parles in1etdepcndentes. conl algu,n coníli10 apa1-entct decidc1n co,no alocar ,-ccur·sos escassos.'*ª E1nbora nós co1nu,nen1e pense111os 110$ rcsuhaclos da negociaçào c111 unla organi1.açào apenas c1n ter1nos <;<'onôn1icos. corno a que envolve o p reço de un1 carro, todas as

      448

      Compo11.amento organiia~ional

      ncgociaçõcs t;unbC1n .1fctan1 o rclaciona111cnto entre os negociadores e a 1nancira con10 eles se scntc111 a respeito de si n1csn1os. 1') Dependendo de co1no as partes intcntgc..·n1. às vezes f'l'HuHcr o 1-ch1(iona,ncnto SOéial c se cornportctr de 111ancira étic(, pode iscr ;;1lgo tão i1npo1·1an1" quanto o 1·esultado in,e
      Estratégias de negociação Existt·n1 duas abordagcn.s gerais para ;-1 negociaçflo - a 11rgocÜ1fào dlJ·1ribulhw c a 11egoria· Con,o n1usl.ra o Quacl.r o 1,t2, cla.s difcn.:1n ena seus objetivo~, n~ atitudes dos negociadores, no Í<)CO, nos i1ncrcsses elas patltS, na troca cll· i,,for,naçõcs e na duraçàQ do l"Clacionan1crlto. \'ê\n1os d efinir cada un1a delas e iluslral' as diferenças.

      çiitJ i11tegrahi

      1 ~ , .~ )

      Negociação distributiva Negociação que bvsca dividir uma quantia ft.xa de recursos; situação de ganha-po,de.

      I

      _J

      Negociação distributiva \iocê ,·ê o anúncio on-lin,· de urn carro usado. Parece ser cxatarncnte o qut vocC estcl 1>1-octn-ando. \ '<)ci: vai ver o carro. Ele csHi óti,no e você quer ficar co,n ele. O p1'0ptletário lhe d ii o preço, ,nas você n~o que,· pagar u111to assi,n. \tocês: dois, c n1âo, 11cgocia1n o pl'eço. l~ssa cs1ra1égi;1 de negociaç,lo é chan1ada negociação distributiva. Sua p1inc:ipal caractcris1ica l· que ela opera <:111 condições de son1a-zcro - ou seja, t11do o que cu conseguir ganhar será à sua custa, e \'icc·v<:rsa. Co1n rcícréncia ao excn1plo do carro usrldo. cada rtal que o \'êndcdor tirar do preço scr:t, un1 real qut o co1nprador poupará. e- c.-da real a rna.ls no pn.:<;o scn:i un1 real de prejuízo ptu-a o comprado1: 1\.ssl1n. a

      ENQUETE COMPORTAMENTAL Quando mencionar o salário? Quando é apropriado para um candidato perguntar sobre a remuneração durante o processo de recrutamento?

      Outros

      5% Terceira entrevista 10%

      ~

      Na primeira entrevista 30%

      No momento da oferta de trabalho 12% Na entrevista por telefone 17%

      Na segunda entrevista 26%

      Fonte: Ba$eado na sociedade p.ata Adminis-tt~ de Recursos- Hu~os. Criticai S~11s Nee,d$ and Rt,$C(}lces for dle Chall9ing Work(Of(e:

      Keeping SkiU, Competitivo. Alexandria. VA:. Author, 200l. Disponível em: <www.!hrm.org/Research/SUM!)'Find,ngs/Attides/Pages/CtltialS~lfs· Needs.aspx>.

      Capitulo 14

      Quadro 14.2

      Conflito e negociaç3o

      449

      Negociaçã o distributiva versus negociação integrativa

      Ca racterística da negociação

      Negociação distributiva

      Negociação integrativa

      Objetivo

      Conseguir o máximo possível do

      Aumentar o montante cm

      montante em disptita

      dispota para que ambas as partes fiquem satisfeitas

      Atitudé principal

      Eu ganho. você pêrdé

      Foco

      Posições ("Não posso ir além

      Interesses (.. Vocé pode me

      desse ponto nesta questão.,.)

      explicar por que esta questão é tão importante para você?..)

      Baixa {companilhar i nformação só

      Alta (compartilhar informação

      Ttoca dé infofmações

      Ambos ganhamos

      fatá que a outra parte fique em

      permitirá que cada parte

      vantagem)

      encontre formas de satisfazer os

      interesses de cada uma} Duração do relacionamento

      Longo prazo

      Curto prazo

      ('Ssê" cia d.:1 negociação d i:st1ibutiv•1 é a b~11i.-anli~1 sohl'e o ta1nan ho da parecia qu~ c:,da lllll consegue oblcr de u1n 1non1an1c fixo. Por 1non1an1c rixo querc1nos di7.c1· que as pa,it·s que harganha1n acrccli1arn c1uc há so111cn1c u1na quantidade fixa de bens ou serviços a scrcn1 d ivididos. Qua ndo as quantidades s.ào fixas. ou quando as pa11cs acrcditan1 que é assin1 1 elas tcndc1n a barganhar de 1nanc:ira clisuibutiva. O cxcn1plo 1nais citado de negociação clisuibutiva ét pro\·a\·ehncntc, a nc.brociaçào sa· larial ~ntr<: sindicatos e adn1inist.mçâo. Norn1aln1cntc, os representantes dos tr.1ba1hadorcs vi10 pata a n1e:s.a ck· ncgô<·iaçào dctel'1ni11aclos a tons<·guir o nuixi,no po!isívcl de d inhl:i1'0 da ('1nprcs~,. Co,110 cad n centavo cedido aos funcjoná1ios significa u,n a11111cn10 de dc!-1pc.sa.s para a c1npl'cs.a, as pa,,cs h,11·~~11ha n1 agrcssivan,cntc, e u1na ,rata a ourra co1no un1 oponcn,c que precisa ser vencido. r\ esséncia da negociação disuibutiva é apresentada na l·igura 14-.4. f\ s partes 11 e B rcprcscnta1n dois ncg<><·iadores. Cada ttnl possui un1 po11/()..a/ro que define o que e le quer consegui,: Cada urn tcrn t;u11bé1n u 1n po1110 de rrsislêncía1 que 1na1t'a o pior rcsult",i1do aceitável o ponto abaixo do qual é 1n('lhor ,1bandonar ;:a ncgoci::1çào do que aecit.H· u,n acordo n1c·11os f.-1,·ortí,·cl. 1\ árc•tt entre c·sscs clois pon1os defint.~a ,nargc,n n.c.:gocial cl<· ea.da lU'll. Co,no existe u111a in.tc,-sccçào entre csSils áreas, há un1 C'J;paço de n1anobra no qual as aspil'açôc.s de cada tun podc1n ser atendidas. Quanto se csuí envolvido c1n unH\ negociação clisuibutiva, as pesquisas 111ostran1 consi:stcntc1n cnte que un1 cios 1nelhorcs proccclin1cntos é f.ucr tuna pri1ncira o fcrfa agressiva. Urna das razões para isso é c1uc tàzcr a prin1cir.- ofe rta d crnonstr.1 poder; os indivíduos que

      Figura 14.4

      De marcando a áre a d e negociação

      -+ Morgem negoelol do A

      i..._ . . :=Zona==....i de Margem negocial de 8 . pos,ivtl cxo,; t

      +

      t

      +

      Ponto-otvo

      +

      Ponlo de

      Ponto de

      Ponlo-olvo

      de A

      resistência

      resis1ãncio

      de 8

      de8

      de A

      450

      Compottamento orgc1niza~ional

      Quem já foi a uma feira livre, seja de alimentos, antiguidades ou quaisque, out,os ptodutos, sabe o quanto é importante negociar. Nes.s.e cas.o especifico. a maioria das negociações é uma ba,ganha disttibutiva, em que vendedores e compradores. tentam conseguir os maio,es preços e descontos, ,espectivamente. Enquanto os feirantes tentam elevar s.evs ganhos e, para tanto, costvmam ,ecorror a ãnc-0,as, dizendo pteços muito eJevados no início da negociação, os clientes buscam conseguir bons negócios, tentando r&duzir ao máximo o valor cobrado pelos. produtos. Ambos, entretanto, podem se, traidos por su.a pressa, pelo intetesse na me,cadoria e pela ganância. aceitando preços que não lhes são favorãveis ou perdendo um cliente pelo p,eço inicial muito elevado.

      esti,o 110 poder tcndc1n (l fazer ofertas iniciais 111ais frcqucntc1ncntc, a scrc1n os pri111cii-os a fhhu· uas reuniões t:J a.ssin1, a ficar ê ln posiç{,o de v,111tage1n. Outra ra7.õ10 C <) Yiés de ao<:oragc1u, 1nc.~11cionado no Capítulo 6. 1\ s pc~s.oas lcndc nl ;:, ficar prc.s..:t.S às infor1naçõcs ini<:iais. Urna \'CZ c1uc essa ,lnco1, 1 é estabelecida, elas não conscguen1 se ajustar aclcquadan1cnrc co1n base cn1 inforn,açõcs subsequentes. O s negociadores cxpcrit·n1cs lança,n un,a ;incora co1n a oferta inicial e as pcsqui.s.as dc,nonstran, que essas â ncoras fi,vo rcccn1 1nuito qucn1 as lança.li Diga1nos que você tenha urna ofcrt,·, de <:1nprcgo e que seu prov:ií.vcl c n1prcgador lhe pe rgunte qual é o \'alor cspcrJdo de :seu sa)à1io inicial. \ locê acabou de rcccbtr urn grande presente a chance ele la1u;ar a
      Negociação integrativa Aiuahr,entc. c1uando un1 funcionário é- contratado ou pn)· 1novido 1 é con1un1 a assinatura de un1 contrato de 1ncu1s~ que cspe.ciíica alguns n.:sultados q ue dcvcrào ser alcançados por ele, para que receba os bc11cficios pron1ctidos. O caso de 1\ntonio Laporta 11a EDP, un1a das n1aiorc-s d isuibuidoras cléoicas do Brasil, é tun cxc1nplo dcSsc tipo de contrato. 1\ 0 $Cr prOn'10,·ldo ;1 di1·etor de descnvolvin1ento e ino,·aç~o, l..apo1i:, t C'-rc de assin;;1r unl acordo <.:orno esse. SegurldO ele, o processo cnvo)vtu um~ lo11ga 11cgociaçào co,n seus chefes. Enqua11to o executi\'O gostal'ia de nloclilicar algu,nas 1"f)tt.a.s propos1as, deixar cla1-o as rccon1pensas que 1·ecc;:l:x;ria e dt1crrninar quais con11>01'Uln1en1os

      Capitulo 14

      Conflito e negociaç3o

      451

      MITO OU CIÊNCIA? Ao efetuar uma venda em um leilão, comece com um lance alto ssa afirmação é falsa. Você pode se surpreender, visto que o viés da ancoragem parece sugerir que devemos fazer uma primeira oferta mais alta possível. Em leilões, contudo, isso é um erro. Na verdade, a estratégia oposta é a melhor. Ao analisar resultados de leilões no eBay, um grupo de pesquisadores concluiu que as ofertas que se iniciaram menores geraram preços finais maiores. Um exemplo ilustrativo é o de câmeras digitais Nikon. As que começaram com ofertas ridiculamente baixas (um centavo de dólar) foram vendidas por uma média de 312 dólares, ao passo que aquelas com preços iniciais maiores saíram por 204 dólares em média. O que explica esse resultado contraintuitivo? Os

      E

      pesquisadores concluíram que as ofertas iniciais meno· res atraem mais licitantes e o movimento crescente gera

      licitantes mais competitivos, de modo que, no final, o preço fica maior. Apesar de isso parecer irracional, as negociações e os comportamentos relativos a leilões não são sempre racionais e, como você já deve ter experimentado em primeira mão, uma vez que você co· meça a dar o lance por alguma coisa, vai querer 'vencer',

      esquecendo-se de que, em muitos leilões, quem dá o maior lance é geralmente o perdedor (a chamada mald ição do vencedor). Se você está pensando em participar de um leilão, temos alguns outros mitos para derrubar aqui. Primeiro, alguns compradores acham que os leilões de lance fechado - nos quais os participantes dão um único lance em segredo - representam um oportunidade de tirar vantagem porque uma guerra de preços não pode se desenvolver entre os participantes. As evidências em geral indicam, porém, que esses leilões são ruins para o arrematador (e, consequentemente, bons para o vendedor) porque o lance do vencedor é maior do que seria em outras circunstâncias. Segundo, os compradores cos1umam pensar que elevar o valor do lance - colocandobem acima do que o leiloeiro está pedindo - é uma estratégia inteligente porque acaba com a competição logo no início do jogo. Novamente, isso é um mito. As evidências indicam que dar um lance alto é bom para fazer que os outros potenciais compradores façam o mesmo, aumentando o valor do lance vencedor.

      º

      Fonte$: B:ise$do cm G. Kv, A. O. Gal,n$ky e J K. Mvm11,9~3m, "Stal'ting Low But End,ng High: A Revet$81oí the Anchoting EffC(:U. in Avctions". Joo(N,I of Pcl'$0Ml'ity Md s«:iot P$J'cology, 90. )Un. 2lXl6. p. 97S.986: K. Sh~k. •A Comp,ori$0n of Firs, Piice Multi·Object Al..tctions'"', &per,. mental fC()()OmiC$, v. 12, n. 1, 'l<XR, p. 42--64; e R. M. lu.&e. T. C. Salmon tt A. Zillante, "A ThCKNY of Jump Bldding in Aseending Aúc:1ions•, Journal

      o( Economic Behavior & OrganiiatH)n. v. 62, n. 1, 2007, p. 144-164.

      Negociação integratlva Negociação qve busca um açordo que possa gerar uma solução ganha-ganha.

      c1-an, cs1x:raclos por seus supcl'iores, eslcS <1ucriarn qu(• l....'lpo1·1a acc.'iu-1.sS<~ a oferta d o cargo e assinasse.~ o conlrato de 111ctas. AJlÓS v.'irias convcl'S."t..~t alguns objc1ivos fOran1 modificados e o executivo assinou o contrato. r\ negociação entre L.aporta e seus c hcícs na ED'P é tun cxcn1plo de negociação integrativa . .i-\ o contrá rio da negociação distributiva, a rcs· oluç;'l o de problc1n.u; d e n1anein1 integra.tiva opera sob a prc1nissa de que há tun ou 1nai$ acordos que pode111 gerai· unia soluc;flO ganha-ganha. É claro . coino o cxc1nplo de Lapo11a 1110Slra e ro,n o en~'l1izart1nos 1nais ad ianlC, 'q uando urn n~o quer, dois n~o b1igan, ': a negociação i,negrativa exige que a1r1bas as partes cstcja,n c11,'0lviclas p,u·,-.. funcionai~ E.n1 1crn1os de co111porta111cnto intraorganizacional. se 1uclo se n1a111iv<:r csul,·cl, a negociação intcgrativa é prcfCrívcl à distributiva. porque constró i rclacionan1cntos de longo prazo. Ela une os negociadores e todos sacn1 da n1csa de negociação scntinclo·sc vilOriosos. f\ ncgori.1çào distributi,·a, por sua vez, deixa uma das partes scnti11do-sc perde· d ora. acaba gerando ani1nosidadcs e aprofunda as d.i,~sõcs entre pessoas q ue prccisan1 1rab.1IJ1ar j untas constantc1nc11te. 1-\ s pesquisas most1c\1n que q uando o lado 'perdedor' sente c1uc o resultado é po:titi,·o, este tende a bargar)har de 1nancira cooperativa nas ne· gociaçôt.s s11bscqucn1cs. lsito n1ostra a llnpo rtarnc vantagcn, elas ncgoci:-içõrs in1cgra1ivas: 111cs1110 qut 'vtnça\ você deve (ã.zcr qnc seu oponente se sin1a bc1n con1 o resultado da negociação. H Por que razào 1 cnlào1 nào \'Ctnos nutis negociações intcgrativas dentro das organi1..açõcs? r\ rtsposta está nas condiçêx:s ncccs.s;:í.rias para que esse tipo de ba1-g.1nha aconteça.

      452

      Compo11.amento organiia~ional

      As partes envolvidas prccisa1n ser íra.nca.s c111 suas infor1naçõcs e preocupações. ter scn.sibi~ lidadc corn rclaç
      cncon1l"i'ldas nas organi1.açôc·),:. ntu) s111-p1x:1.:ndc o Huo de que ;1s nc;gocitu~:ôc·s 1cnhan1 c,n gcl'al urna dinâ111ica do lipo ganhar-a-qualqucr-eus10. Há algu1n:,s maneiras de ob1cr 111ais resultados in1cgralivos. As pessoas que ncgocia1n c n1 equipes. por cxcn1plo1 conscgucn1 nlais acordos intcgrati\'OS do que qucnl negocia indi\'idualmcntc. Isso acontece porque n1cüs ideias s.ào geradas quando inais pessoas se envolvc1n na negociação. Po11anto. tente ncgoci:u· c1n equipes;\(' Outrct íorrna ele conS.CgtLÍr 1nais acordos cn1 que an1bas as partes ganha111 é colocar 111ais assunlos sobre a 111es.:1. QuanlO ,nais assuntos 11cgociâvcis íor'Crn colocados 1H\ p;\\1ta da negociação. ,nais oportunidade havcrâ parn tr()cas cn\ que tais assuntos são negociados, po1'C1uc as pessoas tê111 clifc,·cntes prcfcl'ências. Isso cria n,elhorcs rcsuhados para a1nbos os lados cio c1uc se cada questão fc.1ssc negociada inclividualn1cnte.~; Por últi1no) você deve perceber que o 111c:io·tcr1no talvez seja seu p ior inin1igo na nego· ciaçào ganha·ganha. j,t que un1 co1n1>1-on1isso reduz a pressão para negociar de lbr111a intc· grativa. ;.\ final de contas> se ,·ocê ou seu opóncntc clobran1-sc facihncntc às exigências.. isso não cxig<· c1uc alguén1 seja criativo para conseguir un, acorclo que n,axi,niz.c os interesses de a,nbos. Dessa fotrna, as pcs.soa...-. ;\ca11an1 se conu:ntanclo con1 n1cnos do que poclcri:un 1c.oh1iclo se fOssc,n íotçadas a considerar os i111cr-cssc;;s da ou1r., pa1,e, conciliar os prohlc,nas e ser c1iaüvas.:.s Pense no clássico cxenrplo de duas ir,nàs que cs1ào cliscurindo sobre quc1n fica co111 un1:1 laranja. Scn1 s..1.bcr unia ela otnra, utna delas queria a lara1tja para beber o suco, ao passo que a outra quc1i.t a casc.t para f;_1zcr Lnn bolo. Se tuna delas desiste e dei a laranja para a outra. c ntfLo c.:las não scni.o fOrçadas a explorar os 111otivos de qucrcrcn1 a laranj:t e 11u.11t.:l <.'11contt11rúo a $Oluçfto ganha-ganha: ,1111/J(ls podcria111 ter a ho·a1tla J)Ol'(1uc.: qucr<:1n p..lrt<."S diferentes ((("la!

      O processo de negociação ..., Figut".-"I 14..S ofcr'Cce uni 1n0
      Figura 14.5

      O processo de negociação Preporoçõo e

      pk,nefomento

      t Oefiniçõo dos-

      regtos b6.sico.s

      f Esclorecimenlos e jU$11fkoliVO$

      t 8or9onho o soluç:õo de píoblemos

      T Conclusõoe

      implementoçõo

      Capitulo 14

      Conflito e negociaç3o

      453

      Preparação e p lanejamento .:,\ ntcs ele co1ncçar a negociação, você precisa fazer a lição de casa.. Qual é a natureza do conílilo? Qual é o históiico dessa negociação? Qucn1 está e nvolvido e quais são su.t.s pcn::cpçõcs sobre o conílito? O que você J)t'(:lc1'ldc co,,i c-ss.:1 negociação? Qu,1is são )'t1(1.S ,ncta.s? Se \'O<:ê fosst un1 gtrcnu· de s11pii1nc,nos da Deli Cornpu1:-1clorcs, por e:-.:e1nplo, e sua 1nc1t1 fosse cons<:guir 1un clc.sconto significativo
      MASA - Mélhor alter· nativa sem acordo Molho, alternativa para um aoordo negociado; o minimo que uma pessoa podo aceitar.

      I

      sivo. Con,o excrnplo clr que o t(Hn ele un, l'Clacionan1cn10 rs1ahclccido cnl ncgociaç(>cs é i1nporlan1c, leve cn1 conta que as p<'....s.soas <1uc se scn1en1 beni con1 relação ao p,ocrssr> de un1a negociação de oferta de trabalho c ncontrain·sc 1nais satisfeitas con1 seu tra balho e são 111cnos propensas a deixar a crnprcsa un1 ano depois, não irnportando o verdadeiro re.suflado daquela ncgociaçào.t.0 U111a c1npr,csa hc111-succclida cn1 negociai· condições d(• c:rnprcg.,bi· !idade que a ~atisf."IÇ,i\n1: nlas <1ue o[io satisl:.1z os novos éôntr<\t,~dos, paga un, preço cn\ seu r'Cl.-,cionan\eoto con, o funcionário no longo prazo. l\pós reunir as inforrn~tçOCs ncccsii-árias, voei: deve utiliz::'i-las para elaborar tuna (:S· tr.Hégia. Col'no os bons jogadores de xadrci, ô ncgoci"dor clc\·e ter unia estratégia. 1...rccisa pre\'e1· a 1'Cs1>0s1c, pal'a qualquc1· si tu,,ç.:'io que aparecei~ Conl<J paru· de ~11.-1 cstratc':gia, você precisa detcrn1inar a m elhor altc,·nativa s crn a cordo - MASA (do inglês btsl aflt111alit•t to <1 n(gotü1ted t.1grte111r11t - B1\1"N1\ ).ª1 Sua ~vl1\ S1\ dtH:r1l,i1u1 o n,enor \1alor accit~l\'cl para negociar tun acordo. QuaJqucr oft r1:, aci1na de sua t\ l f\Sr\ é n,clhor que o in1passc. Con1udo, você não deve: esperar sucesso na negociação se não conseguir oíc1'Ccc·r para a outra parte unla p1'0J>0Sta ruais atraente que a i\ 11\ $1\ dela. Se parlir parn a negociação lendo u1n;1 boa ideia sobre a .ivl.~\ S,\ do opo nente~ 1ncsn10 que não seja rapaz de s:uisf.-,zê-l:.i. 1 voei: pode faz(•r que l'lé ;:, ,nodifiquc. Pense cuidadosan,entt· sobre o que o outro lado csul disposlO a cedei: 1\ s pessoas <1uc suhcstinlan1 a boa von1adc d e seus oponentes para rcv<.:lar os assuntos principais a111cs. 1ncs1no de a negociação con1cçar acaban1 obtendo os piores rcsulta.clO:i da

      ncgociaçào.62 Definição das regras básicas Oc1:>ois de ter feito seu plancjarncnlo e clabor<\do sua cs11·a1égia1\'OCê esuí p1'()n10 pa,·a definir, C'Otn seu oponen1e1 as 1-egra.s e pmcedi1ncnto~ que guiarão a negociação. Que1n serão os ne1,roci;1dorcs? Onde a negociação scn', realizada? Qu;:1is são as Ji,nitações de tcn1po, se ~ que cxistc,n? 1\ qu~üs questões ('I nt·gocia\·ào csuu-á lintita cla? Haverá algunt procedin1en10 a ser seguido caso chcgue1n a un1 in1pa.sse? Ourante css., Hlsc1 as partes uu11bé111 c xpõc n, suas prirncirtlS propostas o u clcniandas.

      Esclarecimentos e justificativas Depois q11e as posições iniriai.s. forcn1 cs1ahclecidas, an1bas as partes cxplica111~ ampliam, csclarc<:crn, reforça1n e justificarn su:,s clcn,andas originais. Não é p l'eciso ha\'CI' contl"On10. ~a verda de, csla é 1nais tuna o po r1unidade ele explicar e inforniar a outra parte sobr,c as questões envolvidas, as r.tzõcs de sua in1po11ântia e co,no se chegou às propostas iniciais. Ofereça à ouu·;i p~,rtc a lgu,na infor111ação que ~jude a fundan1cnrnr sua posição.

      Barganha e solução de problemas A essênô~ d(, p;,xessõ de ntg0<:i11~itó i; o \'trdndciro to111a.(;í-dá-eá na te ntativa ele se chegar a u1n acordo. 1.\1nbas a~ par1cs tcr~lo, incvitavclrncnle, de razcr algu,nas concessões.

      4$4

      Compottamento orgc1niza~ional

      Conclusão e im p leme ntação O passo final cio processo de negociação é for1nalizar o acordo alcançado e descn,·oh·cr os proccclin1enlos ncccss;lrios p;,ra sua iinplc1ncntaçào e rnonitora1ncnto. Ern grandt·s negociações - ele acordos Lr-Abalhístas a bargnnhas sobre

      aluguéis.i c<.nnpras de i,ttóvcis ou discussiio dos tcr,nos ele urna oferta de cn'lprcgo cn1 \una c1t1p1"<~sa , o acotdo
      Diferenças individuais na eficácia da negociação Algun1as pessoas ncgocia1n 1nclhor que outras? f\ resposta é 1nais co1nplcxa do que se in1agina. ·r rês fatores influenciarn a ,eficácia da negociação cios indivíduos: personalidade, hu1nor/cn1oçõcs e gênero. Personalidade \ focê pode p1·cv(:r as 1;llica.s d e negociação de seu opo nente se souber a lgunla coisa sobre a personalidade dc]c? Pelo falo de a personalid ade e os resuhados das negociações c-sn.trcnl apenas rn odcraclanlClllC relacionados) a resposta é, no nlii..xin10, "anais ou 1ncnos\ O s negociadores agradú~·cis ou extrovertidos não são l'nuito lx:n1-succdidos na negociação distributív<.l. Por quê? Porque os cxtro,·crddos são sociávci.s e amig;-iveís e tendcnl ,, co,n partilhar n1ais infor.-nações do que dcvc1; a111. E pessoas agrachlveis cstf10 1nais in1<·rt-sst1das <:nl cucon1~r ,nodos de cooperação do que· cnl bater clC" fre1'llC. Essc~s traços, que pocic1n sc:1· lncis c1n n<~ociaçôcs intcgr.nivas, são pc1igosos quando os i1Hc:rcsscs são opostos. f\ ssin1. a 1n clhoJ· pessoa par.a a negociação distrihu1iva parece ser a intro\'crtidi Oc certo n1odo, essas Jigaçõcs fracas stto urn a boa noricia, pois si!,,'llifica1n que você não csuí c n1 grande dcs,·anU.l!,'Clll. ainda qut~ seja agradável e extrovertido, quando chega a hora de ncgocüu: 10dos podc111os aprender a ser 1ncJhorcs negociadores. Para dizer a ,·crcladc, aqueles que pcnsan1 a.ssinl tcndern ,1 obter 1nelhorcs rcsuhê,clOs nas negociações porque

      pçrsistcn1 c111 seus esfi)rços 1ncsrno d iante de rcv.::sc.~ tc1npor(íl'los.6s

      Hu m or/emo çõe s O h un1or e as c1noç-Õ<:s inHucncitlm as ntgociaçõcs? Sin1, nias a for1na co,no isso aco11tecc parece dcpe1ldcr elo tipo ele negoci.,ção. Nas negociações d istributivt1s, p
      Apesar de as pesquisas indicarem que as pessoas introvertidas e sem preocupação em agradar os prôximos conseguem obter os melhores resultados em barganhas distributivas, em um segmento especifico das relações internacionais elas não se sairiam muito bem: a diplomacia. O diplomata Maccos de Azambuja exemplifica bem esse ponto. Extremamente calmo, paciente, político e preocupado com os demais, Azambuja tornou-se um dos mais eminentes diplomatas brasileiros, tendo sido êmbaixadoc na Argef'ltina e na França e tendo negociado temas diversos. como desarmamento atômico e meio ambiente. Seu sucesso como diplomata se deve ao tipo de negociação característico desse ramo, em que as barganhas são integrativas e os participantes devem se preocupar c:om suas contrapartes, uma vez que costumeiramente voltam às mesas de negociação por razô~ diversas.ti>

      Capitulo 14

      Conflito e negociaç3o

      455

      go<:hun rc.suhados 111clhorcs porque a raiva induz. seus oponentes a t,zcrcn1 concessões. Isso parc<:c ser verdade mc.s1110 quando os negociadores st'io instruídos n n1ostr;:1r raiva a1:>esar de 11,i o a scntircrn de frito. Po r su;1 \·c-.c. par<\ ac1uclcs crn posiçf10 de poder iníc1ior. d cn1011suc1r raiva ll'az 1·t.:suhado.-.. pio1'C)I:. PorHllllO, se \'Ocê IOr chefe r negociar rorn alg\lén1 de cargo hicr,l,-quico igual ao seu, ou sr cst ivcr nc;gocianclo ccu11 tun suho1'Clinado, dcrnonsu~r l'aiva ou descontcruan1ento pode ajuctá..fo; rnas, se \'OCê fOr ll1ncionário e negociar co1n u111 gerente, isso pode pr~judicá~lo. AJé111 d isso, nas negociações intcgrativas. o hu1nor posiri\'o e as crnoçõcs parecc1n lc\·ar a acorclos n1ais intcgratívos (altos níveis d e ganhos 1nútuos). lsso ocorre porque. co1no pcrccbc1nos no Capilulo 4, o hu1nor positivo está relacionado co111 a c1iat à\·id,lde."'

      Diferenças de gênero l lo1n c11s e n1ulhcrcs ncgocia111 de 1nanciras d ifcrc nlcs? O gênero influencia o n:suhado elas negociações? J\ resposta para a prirncira pergunt:l aparcntc111c11tc ê não.f.SJ~, para a segunda é, d cfinjth·a1ncntc, sirn.11!• U,n estereótipo connun define .lS ,nulheres co,no ,nais cooperati\'as, agradá\·cis e ,"Oltach\S para o 1-claciona1ttcn10 n.as negociações qu.:indo cornparadas aos ho,ncns. 1\s C\'Ídências não corl'obora1n essa cr'Cnça. Ent1-ctan10, os l1on1cns tcndcn1 a conseguir n1clhol'cs rcsulrados nas ha1'{Ç'nhas, ainda que a diferença s~ja p<.:<1ucna.J;í se postulou que ela se d cv<.: ao fino de que horncns e n1ulhercs :1trihuc1n valores clifcl'cntc.-s aos resultados. '' Pode ser que un1 au1ncnto salarial ou lnna sala 111ais an1pla sejan1 n1enos in1po11antcs p;1ra as 1nulhcrcs do que a construção e 1nanutcnçào de tuna boa rclaç;1o intcrpcssoaJ." 71> ,\ crença de que as rnulhcres ~ão n1ilis. '))Oc1zi11h:..~· do que os ho111cns na negociação J)l"O\'avclrnenlc se deve ,' confusf10 cnlrc. o género e ,:1 f.,lta d e poder que gerahncntc elas dc1ê111 na n1aio,~a das g1-anclcs c1npl'tsas. Cofno se c~spcra que as 1l'lt1lhc1'CS scja111 'boazinlH\S' e os ho111ens1 'durõcs', as pcsc1uisas n1oslran1 c1t1Celas são penalizadas qunndo inician1 as nc·~ gociaçôc-s. 11 A.léln cio 111,,is, quando hornens e n1ulhcrcs estão de fato <:111 confornlidadc corn esses estereótipos .ts nu1lhcrcs são 'boazinhas' e os ho111cns) ' clurõcs' > 1orna-se tuna profecia a utorrcaliz;í.vcl, rcforçanclo as diferenças de .sexo estereotipadas enlrc negociadores cio sexo 1nru;culi110 e fc1ninino.' 1 Poruuno , urna das 1,,zõcs pelas quais as negociações Í.\\'Orccern os horncn:s ê que as 11\ulhcrcs ''são criticad,,s se consegucn, e são cri1jcadas se n;.o conscgucn1u. & negol'iarcrn corno 'duronas· sei-ão p<:nali;,;adas por \'iOh\r o CSlC1"Cótipo de gênc1'0. Se ncgocia1·cn1 corno :IX>tizinhas>, ~penas 1·cfo1·çarào o cstCl'CÓ1ipo e serão exploradas por i.ss<>. 1\s cviclênt'ias l~unbé1n sugcr<:111 que as próprias ariludcs das n1ulhcrcs as prcjuclican1 nas negociações. 1\s n1ulhcrcs cxecutiv~ls dL"n1on.stra 111 111cnos confiança en1 sua prcvi~io da ncgociaç.-10 <.: ficarn n1cnos satisfeitas corn stu clesen1p,cnho depois de con1plctar o processo, 111esn10 que seu dcsen1pcnho e os ·resultados obtidos scjan1 parecidos corn os dos hon1<:n.s. rJ J\s 1nulhercs s~o l.:unbé1n 1ne1)0S p1"t,pC11S..-L\ que os ho1nc11s a \X:rcn, tnn
      Negociações com uma terceira parte

      Mediador

      Tetceita pane neutu> que facilita \lma solução

      negociada pOf meio da utilização da razão, da

      persuas3o e d• svgestio de ~lternativas.

      I

      1\ 1é agora, discutiinos a harganha cn1 n1até1ia d e ncgociaç?,o clirc1a. Ocasionahncntc, entretanto, as parles poclcn1 atint,tÍr utna situação ele in1pa.s.5C> quando s..'io incapazes de rcSOl\'cr suas diícrcnças por rncio da negociação direta. Ncsst'S casos, elas podcn1opt~r p,cla utiliz,,çào de t11r1a tcrccirJ parte, c~paz de •tiud,1r a e ncontrar tuna solução. Existcrn quatro J)('ipéis básicos <1uc a terceira p;;ntc J;><Xl<.: asstnnir na negociação: ,ncctiado,; Ílrbitro, (·onciliador e co,1suhoJ: 11 Urn mediador é unla lCIY'Ci rn pane neutl'a, que ~1cili1a urna :solução 11egociada utilizando a raz.l.o e a persuasão, sugerindo ahcrnntivas, e assi111 po r d ia nl<:. Os rnc
      456

      Compo11.amento organiia~ional

      COMPORTAMENTO ORGANIZACIONAL INTERNACIONAL

      Negociar com a diferença omens de diferentes culturas têm percepções distintas sobre o mundo. Ao interpretar a realidade com olhos distintos, criam-se visões e julgamen· tos totalmente diversos sobre a mesma coisa, seja ela um simples cumprimento, seja uma importante negociação. Se deixarmos os livros de administração e recorrermos ao elemento mais básico de procura - o dicionário -, a palavra é tida como sinônimo de 'comprar e vender',

      que diz respeito ao toque, sem incluir os cumprimentos no início e fim do encontro, os brasileiros tocaram por cinco vezes suas contrapartes, sendo que os japoneses e os norte-americanos nunca o fizeram. Por último, as pausas - de dez segundos - na conversação apenas se verificaram nos casos dos negociadores japoneses e

      'contrata(, 'ajusta(, 'comerciar'. Parece importante res~

      norte...americanos: em meia hora, os primeiros fizeram ..

      salvar a ideia de que a negociação é muito mais do que isso. Por ser um ato humano, envolve não só suas consequências, o resultado de todo o processo, mas também as pressões não verbais, os olhares intimidantes, os toques espontâneos. O fim não é conseguido

      -no perto de seis vezes, ao passo que os segundos man· tiveram cerca de quatro pausas. Esses dados não têm de ser necessariamente bons ou maus para nenhuma das culturas - são o que são. Mas, dando atenção a nossos traços, podemos fazer uma autoanálise de nossos hábitos durante uma nego· dação e levar em conta os possíveis preconceitos e per· cepções que os estrangeiros terão ao estar em uma sala discutindo e negociando com brasileiros. No país do samba, do sol e da alegria, pode ser difícil para os estrangeiros acreditar que há pessoas sérias e d ispostas a trabalhar. É apenas um estereótipo porque, apesar da informalidade e do gosto pela folia, nosso país tem pessoas capazes, comprometidas, com perseveran· ça para aceitar e cumprir prazos, tal como têm os Estados Unidos, a França, a China e o Japão. Uma vez aceitas as diferenças culturais, todos nós, independentemente do país de origem, devemos trabalhar para estar no mesmo ponto de partida, não tentando driblar as diferenças pes· soais, mas as aceitando e compreendendo.

      H

      sem os meios.

      Com o objetivo de entender como d iferentes cultu· ras se comportam à mesa de negociação, um estudo exploratório analisou o comportamento de negociadores de três países: Estados Unidos, Japão e Brasil. Foram estudadas várias dimensões comportamentais de uma negociação, entre elas: a interação verbal {o número de interrupções), a não verbal {momentos de silêncio e olhares) e a corporal (toques não propositais). Os resultados desse estudo sugerem que os brasileiros, por hora, interrompem cerca de 30 vezes suas contrapartes na negociação, comparativamente com as 10 dos norte-americanos e 12 dos japoneses. Além disso, na mesma meia hora, os brasileiros passam dez minutos encarando e olhando olhos nos olhos da outra parte, ao

      passo que os japoneses apenas despendem um minuto e os norte~americanos, três, aproximadamente. No

      Fontts: John L G,~~. "Tho tnflvónc. of Cu!turc on the ProcC1$$ of Bv,incss Negotiattof'ls: An l;,tpb'atoiy Stvcty", Jov1t1;,I o( JntormtionaJ 8V$.rncs5 Stvdícs, v. 16, p. 81-96, 2005; e M3ri3 Gomos Fembndf>S, "N~ o BrMil e Chitl.t1: ~us princ:ipois ~$p«'t.0$ c:ufturois·. Olss~aç.ào

      {Mestr&do}, 2006. Oisporiivel em: .

      Árbitro Teruira p3rt& com

      avt0tidade para ditar 0$

      1

      termos de um acordo.:...._J

      Conciliador Terceira parte oonfiãvel que estabelece (()munic:ação informal entte o negociador e a ouua parte.

      1

      a barganha e par.l a busca de unta solução para o conflito. 1\lé1n di.sso1 a inlensidactc do conílilo não pode ser n1ui10 alta, pois: a 111cdiaçào funciona 1nclhor sob níveis n1od\'rados de l'onflito. Fínahnc1Hc, as pcrcepçõcs con1 rclac;ào ao 1ncdiador sào in11:>0rlantcs; p;:ira ser eficaz, ele precisa ser visto conto u1na pessoa nco1ra, e 11i"io cocrciti\'.l. U1n árbitro é t11l'la tCl'Ceira pa1"tCconl aulo1idade para ditar os lCr'n1os de un1 acordo. 1\ ar'bittage,n 1>0dc se,· \'Olu111á1ia (1·cque,·ida pelas pal'tes) ou cornpulsória (itnpos1a pot lei ou conu·,110). O principal hcncíicio ela arbi1ragen1 co1n felação à 1nediação é que ela se1npre resulta c1n u,na solução. Se há ou não u,n lado negativo, dc1>endc do 'peso ela 111ào• do <írbi1ro. SC' u111a elas pa11cs se scn1ir con1plcta1ncn1<· dcrrotaclai é claro que, insaüsfcila, pro\·avc.lmcntc não accit,u·á de l>011l grado a clccis.;.lo do i:í.d)itro. Dessa rorn,a, o conllilo poder.\ re.s.5urt:,rir 1nais adi,H1te. U,n conciliador é tn'll::l lCrccira parte confi(ívcl que cs1alx:lccc urna con~unicaç,io

      info,-mal cnrre os oponcn1es. r-:~e 1>crsonagcm ficou famoso na intcqJl'c1açfio de Rolx n Duval no p,-imeiro filme ela saga O Poderoso Cl,,jilo. Como filho adotivo d e Don Corleone e

      advogado por f()rn1ação 1 o pcrsonag.-::1n de l)uval agia corno in1rrn1ediá1io cnrre a fiunília

      Capitulo 14

      Conflito e negociaç3o

      4S7

      COMPORTAMENTO ORGANIZACIONAL NA MÍDIA

      As negociações no mundo do futebol omo todos sabem, o mundo do futebol envolve cifras milionárias. Clubes assinam contratos inacreditáveis com patrocinadores, recebendo muitos milhões de reais todos os anos. As emissoras de televisão pagam valores exorbitantes pelos direitos de transmissão das partidas. Prêmios por títulos e receitas de bilheteria também representam outros valores miliooários recebidos pelos clubes de sucesso. Entretanto, como fazer para que uma equipe atraia a atenção de patrocinadores e emissoras e receba o apoio dos torcedores? O único meio é contratar grandes astros que consigam desempenhar bem seu papel dentro de cam-

      sória, um valor que, se pago ao clube, garante a contratação do atleta, independentemente da vontade da equipe. No Brasil. para transferências entre clubes brasileiros, o teto máximo dessa cláusula penal é de 100 vezes a remuneração anual do jogador, sendo obrigato-

      po, incentivando os torcedores a ir aos e-stádios e com· prar as camisas oficiais. Para contar com esses atletas,

      Zinedine Zidane (da Juventus para o Real Madrid, em 2001)-€ 76 milhões (R$ 207,1 milhões)

      porém, é fundamental pagar salários também muito elevados. Em função de o futebol ter se tornado um grande negócio hoje no mundo, muitos empreendedores viram essa oportunidade e se tornaram os empresários doesporte. Conhecidos oficialmente como agentes FIFA, esses homens de negócio são representantes dos jogadores, responsáveis por negociar os interesses dos atletas (e os próprios também!). Além de realizar as negociações com clubes e patrocinadores que desejam usufruir da imagem e do poder de influência dos astros, os agentes FIFA também costumam comprar uma parte dos direitos dos jogadores, tornando-se algo como os acionistas de uma empresa. Em função disso, eles passam a ser remunerados, não apenas com uma taxa de administração, mas também com a possível venda do jogador para outros clubes, principalmente europeus. Dessa maneira, os empresários tornam-se verdadeiros negociadores profissionais, que passam grande parte do tempo tentando vender 'seus atletas' - aqueles representados por eles - para equipes de fora do país. Com isso, os agentes FIFA mantêm contatos com variados clubes, buscando aumentar a visibilidade de seus atletas, conseguir melhores salários e, principalmente, garantir a transferência desses jogadores para outros clubes.

      Kaká (do Milan para o Real Madrid, em 2009) E 67,2 milhões (R$183,1 milhões)

      C

      Nesse cenário de transferências multimilionárias, uma expressão tornou-se muito comum: a multa resci·

      riamente reduiida a cada ano.

      Diante dessas negociações que envolvem cifras milionárias, vejamos as maiores transferências do futebol mundial até abril de 2010: Cristiano Ronaldo (do Manchester United para o Real Madrid, em 2009) - E96 milhões (R$ 261,6 milhões)

      Luis Figo (do Barcelona para o Real Madrid, em 2000) - E 60 milhões (R$ 163,5 milhões) Hernán Crespo (do Parma para a lazío, em 2000)e51,2 milhões (R$139,5 milhões) Gianluigi Buffon (do Parma para a Juventus, em 2002) - € 46,8 milhões (R$ 127,5 milhões) Rio Ferdinand (do leeds para o Manchester United, em 2002) - € 46 milhões (R$ 125,4 milhões) Cristian Vieri (da Lazío para a Inter de Milão, em 1999) -€ 45,3 milhões (R$123,4 milhões) Andriy Shevchenko (do Milan para o Chelsea, em 2006) - E 45 milhões (R$ 122,6 milhões) Gaizka Mendieta (do Valencia para a Lazio, em 2001) - € 44,9 milhões (R$ 122,4 milhões) Ronaldo 'Fenômeno' (da Inter de Milão para o Real Madrid, em 2002) - E 43,9 milhões (R$ 119,6 milhões) Robinho (do Real Madrid para o Manchester City, em 2009) - € 43 milhões (R$ 117,1 milhões) Pense agora na seguinte questão: qual seria um preço justo para contratar craques do passado, como Pelé, Maradona e Zico?

      Fontes: Baseado em "As 25 maiores vendas de jogador da Mt&ia do futebol"', Portal Terra Espottes. Disponivel em: ( W>\-w,,erra.com.bf/ espottesf2S.-maiores-vendas·jogadot·historia·futebollindex.htm>. Acesso em: S maio 2010: e lei 9.615/1998- "'lei Pelé".

      458

      Compottamento orgc1niza~ional

      Consultor

      Terceira parte imp.arc,al que busca facilitar a resolução aiativa do um problema por meio da comunicc1ção e da anâlise, apotado por seu conhecimento sobre adminisuação de conflitos

      I

      Corlconc e outros 1nafiosos. 1\ co111paraçào entre conciliaç~lo e 1nediação é dificil, pois a1n· ba.s se sobrcpõcrn cn, n1uitos aspectos. Na pr(ltica, os concili;1clorcs tên, un, papel q ue vai alérn do sin1plcs el<.:1ncnto de li~ç:io, da con1onicaç~o. Eles uunhén, se dc(lica,n a levantc1r O$. fiuos, in1crprc1a1· as rn<:ns:i~ren~ e pél'Suadir os oponc,ucs •·) chegara u1n acordo. U,n cons·u ltor é u1na 1<:rocira pn11e hahilitada e i1np.-1.rcial que hu~1 facilitar a resolução de un1 problc1na por 1ncio da co1n unicação e da análise, apoiado por seu conhccilncnto sobre ad1ninistraçào de conflitos. 03fCrcntc1ncntc dos papéls antciiores. o pap<:I do con· suhor nào é o de chegar ao acordo cn1 si, n1as o de n1clhorar as relações entre as partc.s conOltantcs para que cl.,s nlcs.1nas chcguc1n ao acordo. E111 \'CZ dt a prcscncar soluções especificas, o consulto1· tenta ajudar a.s partes a .se rornpr<:cndcr e u·abalhar urna co111 a 01..11 ra. Essa abordagcrn cc,n un1 cnfõquc de longo prazo: construir pcrccpçÕés e atitudes no\'as e positi\'as cntt'C ;1s parrcs confiitan1cs.

      llmplicações globais Conflito e cultura As pesquisas sugcren1 que as d ifi;:t'Cnças cnu·c· os países no que diz rcsp(·ito à~ csu·a· tégias ele resolução ele conflitos poclc,n se basear cn1 tendências e n10Li,·os colcti\'istas ou individualistas.; ·, A visão dtlS cuhura.s co1c1ivis1as é que as p<:ssoas são profunda1ncntc incrustadas nas situações sociais. a.o passo que as cuhuras individualis,a.s vc::cn1 as pessoas con10 autónon,as <" inde1>endcn1es. Corno rcsuhado. os cole1ivistas &io ,nais propensos a tentar J)l'CS('rvar os rclacioo:unentos ,e pro1110,·er o be,n do grupo co,no tnn toclo do que os individualistas. Para p1-cse1,rat as 1·clações pacíficas, os co1c1,ivistas e\'ita111 a expressão di1-eta de conílitos, preferindo usar i-nétodos 1nais indiretos par.:i rcsol\'er as d iferenças de opinião. Eles tan1bérn podcn1 se in1crc:ssar 111a is por dcn1ons1 rações d e intcJ'<;SSC e recorrer a terceiros para resolver as d ispulas., ao passo qt1c os individualistas s."lo 111ais prop('llSOS a confrontar as diferenças de opinião clirc1a e ahcrt..irncntc. .-\ lgurnas p<:squisas t1poia1n cssn teo1i,1. Sé conlp.trados aos ncgociadorc.s japoneses, 111ais coletivistas, os no1'tC·ens.os a us.1r 1áticas cornpeLitivas abeii.a1ne111e nol. conflitos, o con1pron1isso e a fi.iga são as tálicas prefCridas dos chineses.16

      Diferenças culturais na negociação Co1nparati\la1ncntc à pc~quisa sobre conflito, há n1ais pcsquisa.s sobre con10 os c".°Stilos de negociação v::uian1 entre as cultu ras dos países.;; U1n estudo con1parativo e ntre os nc· gociadores 11ortc·a1nciicanos e japor.. cscs clcscobiiu c1uc os últimos tcndian1 a se cornu11icar indirc1an1cntc e a adaptar seu co1nport:uncnto f, situação. 1\lêrn diss.o, enquan to entre os nortc-an1ericanos as orertas iniciais levava,n ao efeito de ,1ncorage,11 que d i~cuti,nos ao r.1lar sob1-c negociação distrib\1tiva 1 para os japoneses elas levava111 a un1a 1naio1· ll'OC.:'l de infor1nt1.ções e 1nelhor<:s re-suhados incegrati\'os.'" E,n ou1 1·0 escudo, os ge,·entes de l·long Kong, un1 país co1n granclr dis1ância d e poder, f()ra111 ,nais cooperalivos cn1 negociações de un1 recurso co111pa1i.ilhaclo do que os alc1nàcs e os nortc·an1c1icanos. Cl!ia distfu1cia de poder é 1ncno1: ,"! Ou1ro estudo con1parou nor1c-an1cricanos, {1ral:><:s e 11.1ssos.ao <.) s nortt..arnciit
      nernc: além di~~o. enral'avam os prnos finais como muito impol'tatlles. Os árnbes 1e111a1"am persuacli1; apelando para as cn1oçõ<.•s; oontrapunha1n os argi.1n1cntos dos oponentes corn

      Capitulo 14

      Conflito e negociaç3o

      4S9

      senti1ncntos subjeti,·os; fhzia1n con cessões durante toda a b.1rganha e quase se1npre e11,nl recíprocos às concessões da outra parte; e sua abord~1gcn1 sobre prazos finais era u111 tanto i1Tt"Sponsu nf10 fl1zia1n) conc<.-ssôcs; r\s conccssôc!\ f(;i1as pelos oponcn1cs (·1·anl vistas con,o sinais de Íl'aqucza, e eles nunca se nlosu·avan, recíprocos a elas: e, sinlplesn1cn1c 1 igno11l\':l111 os prazos finais. Outro estudo IOi dedicado às táticas ,·crbais e não verbais utilizadas por no11c..a1ncri· canos. japoncS(.'S e brasileiros durante sessões de negociaç,lo con1 duração de 1neia hora.31 ;-\lf,'1.Un
      i§esumo e implicações para os gestores E1nbora n,uitas pessoas prcsu,na,n q ue os conílilo~ estão relacionados ao ,nau d('SCrn1x·11ho dos gru1>0s e das org-.u1izações1 essa hi1>Ótcse costurHa ser incorre ta. O conflito pode sei' taruo constn,.itivo <11.1anto dcst1'1.1~i\'O para o funciona,ncnto de un, gi·upo ou unidade. Corno 1nos1ra a Figura 14·.6, os ní"'eis de coní1i10 pode,n ser altos d en1ais ou cxccssi\'a111c1nc b;iixos. Arnbos os ext1·cn1os pn::judican, o d esc1npcnho. O nívcl ó1i1no se1ia aquele cn1 que há conflito $u{icicntc para evitar a estagnação, csti,nular a criatividade, pcrn1itir q ue as tensões se:ja1n liberadas e q ue se in icic o processo de 1nuda nças, sem ser destrutivo ou pn:;ju·

      d icar ;1 coordcnru;ào das atividades.

      Que conselhos podería,nos dar aos gestores que e nfrcnt4'n1 níveis ei,,:ccssivos de conflitos e prccisarn reduzi-los? Não pense que existe uma llnica cstr.:u6gia de resolução de conllitos que st1np1"C é a 1nclho1·! IES<"olha unia cstl'a1égia apropriada pai-a c,1da $ituaçào:t1 Utilize :, co111peli(àO c1ua ndo un1;, ação rápida e d ccisi\'a f() r vital (e111 c1ncrgências); c1n assuntos in,portantcs, qua11do ações in,popularcs prccisan, ser irnplen1entadas (na rcduç,1o de <:ustos, no reforço a re,.-gr.1s in1popularcs e f1disciplina); c111 aspectos vi1ais pa1"á o be,n da org.ani1...ação, quando \'OCê sabe que cst;:\ c.:c110; e conu~ a:; pessoas <1ue til";;i,n va1uagc,n do co,npotta,nento não co,npetiti\'o.

      Utilize a colahorafào para encontrar u111a so1uçào intcgrativa, c1uando an1has as pat'· tcs tivcrcn1 interesses in1po n antes dc1nais para scrc111 con1pro1nctidos; quando seu obj cLivo fo r aprender; para t'undh· pc.rccpçõcs ele pessoas con, pcrsp,c ctivas difercn· tcs; para oble r compronlcti,ncnto, iucorpora.nclo interesses dentro de urn cons<:n.so; e pata lidar co,n sentimentos <JuC estão irn 1.·rfc1indo en1 un'I rclaC'ionarncnto. Utilize o 1u1o nifr,nta1ne11/o quando o assunto {()r trivial ou sin101na etc outras questões., ou c1uando hou,·cr outros tópicos ,nais urgentes; quando perceber que não hfl tnancira de s.:-itisfazcr seus inte resses; quando un1a potencial ruptura cxccclcr os benc11c ios de unia solução; para deixar q u(' as pessoas se acaln1c1n e ganhc1n unia 11ova perspectiv.t; c1uando o lcv-antal)1cnto ele infornnlÇÕCS substi1uir a decisão in,ctliata; ou c1uando outras pessoas pudcn:111 sohu::ion~lr o eo11flito de n)ancirti ,nai-s eficaz;

      Ulilizc a aco,noda(dO quando perceber que você está e rrado e para pcr1nitir que tnna posição 111clhor seja ouvicla. para aprender e 1nostrar sua racionalidade; quando a q uestão for n1a is in1po rta ntc para os o u,ros cio que para você, e para satisfi,zê.. -los.i gara ntindo sua coop<:raçào; pa111 ganhar créditos sociais a serc1n usados 1na i.s tard('; para n1ini1ni1.ar os
      Compo11.amento organiia~ional

      Fig ura 14.6

      Conflito e desempenho da unidade

      (Alio)

      + ------------------------,-.

      .g ~ ·e,

      /

      o -o o -"' e

      e

      8

      A

      !E

      !

      o

      t Nrlel de conffilo

      (So;xo)

      Situoçõo

      Nível de conflito

      Tipo de

      conflilO

      (Alto]

      Corocleríslieos Oe,sempenho do internos do unidade unidade Ap6rico

      A

      Baixo ou nenhum

      Oidvncionol

      8

      Ótimo

      Funcional

      e

      Alto

      Oisfuncionol

      Estagnado Insensível ôs mudanças Ausência de novos ideias Vióvel Autoc,ilico Inovadora

      Nõo ogregodoro Coôtico Nõo coopcro1ivo

      Soixo

      Alio

      Soixo

      Utilize o co,11/110111Uso quando as tnctas. apesar de i1nportantcs, 11,io justiric:1n1 interferir en, ahcrnati\·as ,nais afirn1alivas; quando os oponentes co1l1 igt1a.l poder estão con1ptonle1idos co1n ,ne1as 1nutu.:i1nenlc excl~1sivas1 pa1·a obler acordos te1l'IJ)()rários co,n relação a ai~u1llOS con1plc~os. para chegar a solt1ções rápidas sob pressão de prazos, ou como últin10 recurso quando a colaboração ou a con1pc1içào não cslivcrcn1 fi.u1cionando. 1\ negociação é urna atividade contínu.1 nos grupos e nas o rganizações. :\ negociação d jsuibuli,11 pode :;olucion ar as disputas, ,nas gcralincntc tcn1 tul't efeito nega1ivo sobre o relacionanlcnlo e a s..-1tisfaçào dos negociadores 1>0r ser ,·oltada para o Clu·lo pra~o e por set co11írontadora. 1\ negociação intcgtativa, por sua ve-t, tende a ptoduiil' l'CS\lh~ldos q\lc sa1isf..'lze1n todos o.~ cnvolvidos1 alén1 de consu·uir ,·claçõcs de longa ch.1rnçào. U1na \'CZ cn1pcnhado na ncgoçiaçào, ccrtific1uc-sc de cs1abelcccr n1ctas ohje,ivas e 1cnlc encontrar n1a11ciras c riati\'as ele a lcançar os ol~jctivos ele ambas as pa11.cs> cspcciah11cntc se você valo1iza o rclacionarncnto ele longo prazo. Isso não significa sa.criíicar os próp1ios irucrc.sse.s~ pelo contrário, significa 1e11tar cncontr"r soluçõ<:s cLiativ,.l.s que oícreça1n a a,nbas as partes o q ue rcalrnc11tc qucren1.

      Capitulo 14

      Ponto

      ... ...

      Conflito e negociaç3o

      461

      Contraponto

      Os conflitos beneficiaim as organizações amos revisar sucintamente como os conflitos ~sti·

      V

      mulantes podem trazer benefícios à organização. O conflito é uma forma de introduzir mudanças radicais. Trata-se de um artifício eficaz pelo qual os dirigentes da empresa podem mudar drasticamente a estrutura de poder existente, o padrão vigente de interação e certas atitudes arraigadas. Se não há conflitos, isso significa que os problemas reais não estão sendo abordados. O conflito facilita a coesão do grupo. Ao mesmo tempo que o conflito aumenta a hostilidade entre diferentes grupos, as ameaças externas unem internamente o grupo como uma unidade. Os conflitos intergrupais aumentam a identificação dos membros com o grupo ao qual pertencem. Tal coesão intragrupal é um recurso importante de que os grupos se utilizam em tempos bons e, em especial, em tempos maus. O conflito melhora a eficácia do grupo e da organização. Os gropos e organizações isentos de conflitos tendem a sofrer de apatia, estagnação, pensamento grupal e outros males debilitantes. Na verdade, muitas organizações fracassam em virtude da falta de conflitos, e não por excesso deles. A estagnação é a maior ameaça às empresas, mas, uma vez que ocorre lentamente, seus efeitos prejudiciais costumam passar despercebidos até que seja tarde demais. O conflito pode quebrar a complacência - embora muitos de nós não gostemos dele, ele é muitas vezes a maior esperança para a salvação da organização.

      s conflitos de modo geral são disfuncionais, e uma das principais responsabilidades da administração é manter sua intensidade a mais baixa possível. Alguns pontos corroboram essa posição. As consequências negativas de um conflito podem ser devastadoras. A lista de aspectos negativos associados aos conflitos é assustadora. Os mais óbvios são o aumento da rotatividade, a redução da satisfação dos funcionários, a ineficiência nas unidades de trabalho, a sabotagem, a negligência, as queixas trabalhistas e as greves. Um estudo avaliou que o conflito no trabalho custa às empresas aproximadamente 450 dias de trabalho de um gestor por ano.03 Os executivos eficazes constroem equipes. Um bom executivo constrói uma equipe coordenada. O conflito trabalha contra esse objetivo. Quando um gropo funciona direito, o todo se torna maior do que a soma de suas partes. A administração cria equipes de trabalho por meio da minimização dos conflitos internos e da fa. cilitação da coordenação interna. O conflito é evitável. Pode ser verdade que o conflito é inevitável quando uma organização está em uma espiral descendente, mas a meta de uma boa liderança e de uma administração eficaz é evitar a espiral no início. Você não vê Alessandro Carlucci, presidente da Natura, entrando em vários conflitos com seus diretores. É possível que eles sejam complacentes, mas achamos mais provável isso ocorrer porque a Natura é uma empresa bem administrada, fazendo o que deveria fazer e, por esse motivo, evitando conflitos.

      O

      462

      Compo11.amento organiia~ional

      Questões para revisão 1. O qoc e conflito? 2. Qoais s;lo :'lS difcrcnç.t.s entre as vi.sões de confli10 1r:ldicional, intc1·:u·ioni!l1a e dt adn1inistraçâo de conllicos? 3. Qu::til; stto os es-1,\gios do pr<,cesso de rontlito? 4. O que é n«:gociaçào? 5. Qpai.s s.,;o a\ diJêrcnças entre negociação dis1J'ibu1iva e i1ucgrativ,,?

      6. Quais são as cinco cu1pa.s no prc.>cesso de ocgociaç,to? 7. ("..()1110 a~ ,liftrenças individua is d<· pc•1-so11:1li,h1dc <" gé1H·n> inAucnc.:i
      Dramatizas-ão de uma negociação Essa 1/r(l111atit,1çào.foi tlabt!rada /Htrt1 qjudtí•/Q II d1.sr,1roh1rr su,,s lu,bi.. lidadt.s de lltgtl dt Alt,"<, o supen:isor do departa,nn,11>. Outra /,eSS()(t mó Cnt!OJ, tJ thrft de l"ll(x. 11,n!H,s 0.1 JN1ttitipa.nt1-.1 de,·en, '" os lrtrhor i11· /Ílula,los 'i\ situação' (.' :,.\ negociação. O 1,.xto dt rad" JH'T.Sot1a,,{!/:ffl da·e srr lido apenas ptla pessoa que irtí dfst11,pc11har q paj)tl (/JOr./âror, n
      O l'ncllor s.ahírio é o dr. um recC.:1n-con1rataclo fbnnaclo c·rn <Juimica. Os dnis func ion::irios qt1(! firarn 11;1 fr(.'ntc• cf(.' E111ília na classificação por d<.-s<-·n1pcnho !f.-lllhtun 3,3 nlil reais e 3.8 1nil reais po1· 1nês. Eles tê1n 27 anos e estão na e1nprcsa h~í. u'ês e quatro anos, rcsp<·cúvruncntc. ;\ 1nédia salal'ial cio d<:· par1.a111cn10 clc 1\ lcx é: de 3 nlil n·ais.

      A situação: 1\l<:x e Carlos lrab::1lh;;1111 na c111presa O Bolicário, cn1 Curitiba. 1\lcx supc1,·isiona un1 labor;uório de pesquisa; Carlos f o ger<:1nr de p<-·squi.sa e· dcsen\'olvi1ncnlO, t\ lcx e Cados for1un colegas de unÍ\'CNicladc e trahalha111 na c~n1pn~sa htl n1:-1is
      1uu ~justc salarial. J\ a\'.tli;u;t10 de· ,\lúx sob!"(· o dt,.-:;c1)1pçnho de En,ília uos pri-

      111ciros seis n 1('S('!i foi 1ntlito pooiti\'.:1. E.lc c:omcnto\1 o tcn1po de dcdic;1Ç.lo de l~n1ilia, seu t,.'Spírito coopcr;ui\·o. o fiuo de todos no laboratório gos1arc1n de 1rnbalhar co1n ela e con10 ela causou un1 hnpacto posit..Í\'O frntdhno no p1~jcto p.:u-a o qual foi clcsig11ado1. r\go1.:1 q\1c a rc\'is.io auu,11 se ap1'0xi111a, ,.\ !ex vohn a ;'t\·;--iliar seu dcscrnp('nho. Ele :1ch11 que En,ilia pode S('I' o 1nclhor íuncion<írio novato <1ue o dcpa11::uncnto de P&D já oon1rn1ou. E.,n apenas tnn ano, seu dtsrmpcnho ioi classifica.. do c.~01 tet'Ccii'O lugal" c1n urn dcpa1•ta1ncn10 ele I J pessoa~. Os sal.\1ios no dcpa r1arncn10 ,111ian1 0111i10. r\ Jt~x. 1>0r <·xe,n plo, ten1 u1n sí'llàrio-basc de 6 n,il n;:)iS por 1nCs.. a lé1n da possibilidade de tuna rc1nuneraçào \'ariá\·cl que pode ficar entre 7 nlil rcajs e 12 1nil reais anuais. Os dcn1ais salários cio clepar1a1nc1uo vari:un entl"C 2,2 1nil 1·c:Us e 5,2 nül ,·eai.s por 1nCs.

      Papel de Alex: você quc1· dar a En1ília unt grande au1nc::n10 de s.1\.lário. ;-\ pesai· de sei' 1ito jovc,n. ela p ,·ovou ser 111na cxcclc:nt(' ac111isição para o dcr,:u,an1e1uo. \ ."oc;:t: núo quer pCl'dC-la e, .:1lé1n disso, eltl sabe qu~11110 a,,; út1tras pessc>~1$ do dcparla· 1ncnto ga11ha111 e sente que cs1cí. sendo 1nal rcn1uncrada. t\ e1npresa costu1na dar un1 aontcnto ele cinco por cento ao finam de u1n ano. sendo rcla1iva1nc1ttc co,nu1n es.sc 1·cajus1c chegar a dct por cc:nto, co111 casos de ap«,vaç~,o de :unnc:1nos de 20 e 30 por cento. \ locê gost.:1ria de dar 11 E1nilü1 o 1naior a.un1cnto que Carlos puder apro\·ar. Papel d e Carlos: todos os supcn,isorcs subordinados:, você tt·nuun ar.t seu pcsso::tl. \ foc,ê coinprccndc isso, pois H,zia a 111csn1a coisa c1uando cr., supc1°\'iS01~ ruas seu chcfC qutr os cus1os sob rontrole. Elt <1u(·1· que \·ocê 1n;111t(·11ha os au,neotos d<>s nO\'OS f111u:·io11cí.· rios cntn..· (.'inco pór cc.:nto 1..· oito p-0r cc·nto. Na \'Crd;)dc\ ele até (:nviou u1n n1t"1norando a 1odos os gcrc1ncs <.." supCr\'iSO· rcs dií'.endo isso. En1rctanto. seu chcfC 1an1bén1 se preocupa bas1 ante ro,n a justiça e con1 a rcn1uncl'açã.o jus1a pelo qu<' as pessoas 111l:1-etc~1n. \ /ocê 1e1n certeza de q1,1t~ ele ac'atar.í. c1ua~qucr n·con1e'1\d.1tçào soa wbrt salfiric>, de$C:lt• que bc.:1n ju.s1ilicad;1. Sua 1ncta, conshtcntc co1n a redução de cus1os, é 1nan1cr o nível dos au1ncauos salariais o i-nais baixo possí\·cl.

      A negociafâ o: J\lcx tcn1 unia reunião ::t.gcndada con1 (:ar· los JJara discutir a avaliação de dcsc1npcnho de Enúlia e seu aun1cnto de S.."l.lário. Gas1c alguns 1ninutos para pensar nos f.. t108 n1os11'tl.dos n(.-stc cxcrcicio e prc.pa,·c sua cstra1êgia. l)cpois, \'OCi: terá 15 n1inuto:; 1>an, tondt1iir .st1a ncgociou;-[10. Quando a negociação fo r concluída, a cl:Jssc irá con1par.1r as cstra1égias tnilizadas e os rcsuhaclos.

      Capitulo 14

      Conflito e negociaç3o

      463

      Dilema ético É antiético mentir e enganar durante uma negociação? No Ç.;,pholo 11. n~i.unos ahos? ;-\ pesquisa sohre negociação ofCn·cc ioíi,ncn)s exc,npktS clt nH;rltiras <11u; clt,o ac, n<..' &«iador u111a va11t;,g1.·1n <:-stratégicl:1.111 t\lé111 disso: a autenticidade e a abcnura n1ostr.ln1-sc cn.1· ciais pat'a se alcançar tuna solução ganha.gaJlha. 1\ Jinal de coo1as, qualc111cl' po~ibiJidadc de alcaoçar o aco,·do ele 1u1la nc&rocii:u;t,o in1,·gr1tti\·;\ d<'p(·ud<..· de ;;unhos os la
      uoi\'crs:11 está na:. pcc1uc oas n1c1uiras: as C\'tlSivi:1s e 01ni,ssõe$ que, con1 frcc1uC11cia1 .sào 11c<:cs.sàri;,5 para vc11cer o opo11cnlc. 1~,n tuna s.ituaç;lo de nt-goch1çào, quando tuna n1cntir::i é t11n:i. tnntlira? $<:ria quando h:í exagero das qualidades, n1i· nin1izaçâo dos proh1c1nas1 ocuhação das f..1lhas., ou <1uanclo S(' diz •·não sei'' <1u<"tnclo, ua ,'(rdadt, ~ sabe? L)ize1·: ;.esta (·· ,ninha l1ltin1á oferta, e'.. p<:~'11.r c)u l111g.:1r"~ quando~ ar('Í· 1:lri.l continu:ir :l discutir, ;, tnna n1t•ntir::1? Quando se finge a.lgun1a concessão. j<í pré.calculada, é 1ncntira? 'Iodas essas práticas c.-ost1unan1 se,· vistas não co,no ,ncntiras, 1nas conto u,na dcn1oostração dos talentos do 11t~gociador, considerado fe)rlt\ iutcligenlc e asttuo. Ou considere ;:1 questão d;, conspiraç:io, corno quando d ois proponentes concordarn cnt não f.,zcr tuna proposta u111 ao outro c,n un1 esforço (oculto) de 1nantcr as ofertas baixas. E,n alguns casos: tais conspirações: s.io ilcw,is, ,nas, olcso10 t111cu1do n.:io é ilcg,11. é: étiro?

      Questões 1 . Quando a sin1ulaç•io, a a1i1udc <.-..r:,siva ou conspiração estão fora dos li1nitcs f,ücos?

      2 . gssas tàticas podern S<-'r consiclcrad:,s legais e, ainda M• si1n 1 antiéticas? 3. 11 ingênuo ser co1nplc·tarncntc honesto e abiir :;ua :i.ln1a durante as negociações?

      4 . 1\ :s regn:1s das ucgotiaçõe.:i i;.lo úuicas? Qualquer t.ilica <1oc rnclhorc :;ua ch:1nce de vencer e~ :1ccir-dvtl?

      Fontes: Base:1du c,n R. C'.ohcn, "Uad Bidncss" . . \ f.t,r lQ,k Tinl,(s .\la.r,,:;iMt. 2' sct. 2000, 1>. 22: e ~I. Olck,1l1lS e I~ l.. Sniilh. ··1.oo~ ,,·iLh Lhe ·rh1Lh:

      Pl'('(lic,ing in ~tgo1i:uion",)n,n1(l/ ef Jk,$1Jt(:fS l td,trs. \~ 76, n. 2, 2007, p. 22.:,·238.

      O maior negociador da história do Brasil

      s-.1ix1~n1cnd<..·r1tc..' da cn1igraçi'.io par:, o ílr:,sil na Eurc:>1Ja, n<:· gocianclo co1n divt•1-sos go,'t'rnos daqu-.:lc continente a ,~nda Nas<.'ido cn1 1845, fiJho ele un1 ,~st'ondc cio Brasil hnpé· cl\' ernigran1<-s para trab~1lhar nas lavc:,ura~de c·afc e toloniz~,r do, é pro\·~í.,·cl que José 1\l~1ria da Silva Paranhos junio1· não regiões brasileiras. tivesse ncn1 ideia da i111port::incia que tcri:i para nosso pais En1 18931 j,'i conc:ei1uado pelos boos 1-esuhados obtidos quando graduou-se c1n direito, c,n 1866. No c.~n1aoto, o jo· 11,, Europ,,, Paraohos foi indicado co,no ttprt~sc111ao1<; bravcn1 vi1ia a se tornar 1u11 cxín1io diplon1:na e, tal\'CZ, o n1aior sileiro nas negociações pt1r~l rt-solvcr a Questiio das ) ,tissôcs. neg"C.k.:iador da hi.$1ô1ia de ,,ossc:, p,,ls. 1:.nglobando 1crritó1ios atuahncntc localizados no oeste cios 1\ carreira d iplo111~ítica de Paranhos teve inicio c1n 1869, estados do Paranâ e San1a Catarina, css., região S<:n1prc ge<111ando foi 11on1e;-ido :;c(:1'(.·t/11"10 da ) li:;.,;...io E,-,1,c<:ial brasilc·ir~1 ao Rio d:.1 Pr..ua e Paraguai, c·hcfiada por seu pai, c1n pleno rou rnuitos problc1nas diplo1náticos cnttc o 81-asil e a 1\l'gcnp,·riodo da Cu,·rra de) P..lr.tguai.Já nos dois anos .s<'guintCS., o tin;;1. l)cfc11 a :111cx;1(àü de~c tt;rri1ó1io cn1 1895.

      Compo11.amento organiia~ional

      Co,n essa negoe:iaçào vilorios.a., Paranhos f()j no,neado p:=1ra n;solvc1· oulro cn1b~~lc. ,,gora rlO no11(' do país. ,,\ a1u:)I região cio ,\111ap:í era prclenclida pelo Hrasil e pela Frc,nça) q ue clcseja\'a ancxâ·la à sua Guiana. ~lais unta \'eZ, o di.. plo1na1a brasilci1'0 fez uota clcfcs.1 perfeita, convencendo o 1>residcn1c; .suíço, <'1uc p:1t1icipava da nt~gociaç-ilo, a dai' g:1nho de c:;u,1:;a ;J nosso país cn1 1900. 'Oinnfc dcssc.s iinporla nlc.. -s resultados. P.1rnnhos (Oi 1101neado nlinistro das llelaçõc:s 1'::.·"1:tcriorcs pelo presidente l{odrigucs 1\l"cs, en1 1902= lendo pcr1na11cciclo no c;irgo até 19 12 (ou seja, chu·antt: c1ua11'0 go· \'C'rnoi. difi·1-..~111c:-t). l·bi cx.0r scrinJ,,'11<:iros hras-i· lci1·os. ,\ pó:;. 1nuitas di.:;pui.,s <·on, a 13-0lh~a <1~1c não ,·i11han1 traz(•odo bon~ resoltaclos, o país ,~-zinho éôtH('<;(>u :-1 nego· ci~1r <'O n1 cn1prcsários nortc·:1111cricanos a concessào de todo o lC1'1'itól'io. Cienlc dos riscos de tnn possÍ\'Cl .acordo cnu-c a Bolívia e os Estados UnidosJ Patanhos to111ou as rédeas da negociação ,. 'th;)rtlou o gove rno bolivia110 ;'1 1t1cii.1·. De 111::incir.1 bainan1c políLicl1, ele ofen..:ccu territórios de )lato Grosso. propôs a constTuçào da ferrovia J\ladeir.,.)la111oré para t?"scoar a produção boliviana e n1ais dois n1ilhõcs de li· hl'as (cc1uivalcntc-s, atua lo1enlc, a 630 111ilhõcs ele 1'<:ais) cn1 ll'<>C,1 de tod<> o ;-\ cre. t\lént dis.so. e,) ;acordo 1arnbé1n previ,1 o direito de os bolh~anos uüli7,.arcrn os rios b111silcims 1><11-;1 alcanç-arc1n o 111ar, tuna vez c1ue o país vizinho. ao &'lir dcrro· 1ado da guerra contra o Chile~ havia perdido o conta10 con1 o Oceano Pacífico. U,n úhi,110 ponto do ·rnitado de Pet1'ÓJ)Olis1 1

      assin ado c1n 1903, foi a criaçf10 de alffi11degas na Íl'01Hei!'.'I éntrc os dois p(1iscs.. Pela assi,1atura do 1nuado, o govtroo brasileiro ainch• presenteou o presidente b0Hvhu10 con1 dois ca\'alos brancos, fa to que fico\l n1arcndo na história. ,..\ pós solucionar a Questão do Ac~. Paranhos ainda r<:· solv,cu lõ1nbia, a ,\r~rc,uina, o Ec1u::1dor e a G,,iantl Holandt•sa (atual Sorin:unc}. O diplo111at;1 a inda panicipou de u111~l ncgocitu;ào con1 o Urugu;ti, quando fez tuna conccss.'io ;:10 país viz.i11ho de dois canais hidroviários. l>or todos ess<~s Í.UO$ que cl('rant ao Brasil scu!l atuais coot(n'1l<)S fronteiriços., .JosC ~·lári.a d,·, Silva Para11hoi; J unior é tido con10 um dos 1naiores ho111ens da his.lóri;) de nosso país. tendo fic.tdo conhecido p~lo titulo que rccél.x-u pouco antes do final do l111pério: Uarão do Rio BranC'o.

      Questões 1. ..i\ pl'incipal ;\nn.t cl.i cli1>lo1n ácia é a negociação. Q.a..11

      ~cria o tipo ele barganha 1ípica ela d.iplon1açia? Por quê? 2 . l )u1'a1ut .1s c1ucstÔé$ elas~ li~si'>c.!l (' 0sic;à<) ao:; jur.·,dos Í<>r::tn1 fi1ud:,. rncntais para g:~r.intir o bó1n resultado obtido pelo Rarào d o R.io Bnu1c...'O. ~1:,is f'hM!s do prorcs.so de negociação (::Hào 1•cprcscn1adas nessas açOCs?

      3. Qual foi e, funçílo exercida pelos presidentes nortc:·a1nc· ricano e suíço duranlc as negociações entre o Brasil e a _f\tgcntina e França. rcspccL.i va1ncntc? Jt,stifiquc.

      Fonce: 1Sat1c<•do e1n J>o,tal l'Ot Edul.nfd(). l)i:spuní\'d c1n: <"·" ·" ~cduc.1<.·ao.uol.con,.br/bio~r.,fi.1s/rio·branco.jh1n1>. A,·l"MO e1u: j maio 20 10.

      Estudo de caso 2 Roupa suja se lava em casa ou na empresa? De todos os <'011íli1os que (>Cúrte1'll 1)0 1nundv, talvc:r. os 1nais típitos s<;ja,n .iquek·i; c ntn' 1ncn1bros dt· un1a n1e$.1na fr1n1ílitt. 1n11àos bri&rando éon1 in11~os, pais brigando con1 filhos e n1aridos brigando con1 suas esposas são alguns dos fittos 1nais. con1uns de se cnco1nrar c n1 unia li.unílía típi<.-a. hnagi11c agora se 100s nacionaisi n1ais de

      ccnro dos postos de tn1lntlho e por 64 por cento do PI 13 nor· tc·od(· 1-cpcrctllÍil· 11<1 ,~da dt n1ilh:.1rei; clt lrab:-,lhaclorcs. U111a da.s principais causas dos conflitos entre parentes nas cn1prcsa.s frunilia1·cs são cli.sc-0rd:i.11cias fora cio trabalho. Brigas., discussÕt·.s e· rixas entre· n1c.:n1h1'0S ela frunilia podcrn t,·,-a r as Ol'g ani1..açc)cs ao caos. l) c acordo co111 u,na pesqui!:a, <'e1ea d(' 65 por cento da monalidad.,, das tmprcsa::: f~Hni· li:1rcs pode ser ;11riboída aos rc>nflitúii énlrc p.lrtntcs. Opi· niôes cli\'crgcnlcs sobre lcn1as di\'rrsos, con10 oportunjdade.s de 11egócio, con1r.11açõe.s, dc1nissões ou o no"o na111ol'ado da soh1.i 11ha, pode1n t.úllduzir os s()(·ios a conflitos. di\'idiodo a fan1 ilia C, Côl)S(:(IUC:.lll<'lllC.1\t(: , a (:ll'lj)l'('.$tl. Entre as. c;u1.s~1s elas brig.1s, tal\'C'I. " n1~1is cornu1n seja a succss.--i.o: a escolha do futuro presidente. Li111 pai pode ter

      50 por cento 1HL~c1c11n c,n 111na nll:s1na í.:·11nilia. Nos Es1ados

      n1ui1os filhos, que ,crào ainda n1ais nc1os:. c111u1n crcsciincn·

      Unid()S, as ('ntprcsa~ f.1111ilial"('..S ~ão res1>0n~vt;i~ por 62 1>0r

      to c1uasc gco1né1rico. l)c;ssa ,na11eira, oa hora da c.sc::o1ha do

      Capitulo 14

      suce,;sor, o pn--sid<'nte 1cr.l 1nui1os pre1c;ndt1ncs ttO tatgo, o que au1)1co1;1 as chan('t'S de co11flilo. ~cn, sc1nprt. poré1'11, os conílil0$ oco1Tc1n entre os poSSÍ\'Cis sucessores. 1\ lf.'1.1111:,s vezes, estes se une111 contra o presidente atual, rnuita.s \'CZes o próprio pai. foi is..;o que acontccc:u na fahricant(; de aulúj)CÇ"a"i Cofiip ~~ na L..1c1a, produu)l'á de thcx:ohucs. ~ esla e,npre~a, os filhos Carolin;:1, Elis:;1 e 1\dhc1nar Nelo brig:-l,·run co1n o pai, 1\ dhcn1nr de B:,rros1 pelo controle .\<'ion{lrio d~, C'o1npanhia. 1\s brigas<: discussões d iíicuhara111 a boa gestão ela c1nprcs..1., que fitou 1nuiro codi\'idada a1ues de sc1· co1np1-ada pela Philifl ~·(orris. Outra <·111prc~a n;-1 q11:1l pai e; filho IÍ\'Cr.un clificuld:1d~ p
      Conflito e

      negociaç3o

      465

      F.ssc.~ e ou11-os cxe,nplos n1os1rn111 os rnuilos problc,nas

      de g,·st~o que pod<:1)1 acontccc::r e,n tuna c,11presa f.-unili:,1r. /\ pesar de scrc1n todos 'do 1ncsrno Sêtllb'\tC.. os p:;11-cnlC.'S pod cn1 ter ideias nn1ito difCrcntcs. f:lzcndo que nasc;.an1 c-011~ flitos cnrrc eles. J-\ lén1 disso, a qucst...'lo da sucessão, co1110 se viu, t;Hnbé111 pode gerai· u1n;\ :;érit· d(· p1'0hlc1nas e brigas. Segundo lUlla pesquisa, :1pcs.ar de 80 por ccnlOdos fundadorocs dcsej3rcn1 ser sobsliu.údos por seus fiJhos, :i1pen.-s 20 por cento daqueles considcr.1111 que estes cst~io aptos para gerir o negócio fruni lia,·. l)ctinidva111cnte, a velha 1náxi1na parece tt;r cl<· Si('I' aprin,orada: •·f.101ília, f.1rnília: neg(>('"ios á parte''.

      Questões 1.. Qtn:il é o 1ipo de conflito can1ctcri:1.;.-1.d o pcl::i,s brigas n~ts cn1prcsas fhn1iliarcs? Por quê?

      2. Q\tHI foi o tipo de conflito cxistcnt(• uo caso do Grupo ~lanins? Ele poderia ter sido positÍ\'O par., a cn1prcsa? 3. O.,; co111li10~ CO'$tu111an1 ser
      Fontes : B,,S<'ado cnl ·nag<.l Ltlhbridgt. "0 dts.lfu:t dr lr.llxllhar co,n (t pai'". Rrt:Ulll €:t.(l111t, cd. 8:W. 10 01::tl'. 2005:" C:la)'ton ~elZ, "Sonho só no bo1nbo1n". lltrista fu,nr, 1.'
      Gaip;\1~" \ tale se pi~pa.rou 1>;.11'õ"t o io\'tr-110. :1fit1oa Rogl'r Agnclli", Portnl l~xa,nt. Oi51XtnÍ\'('I crn: <""'"''·c·-x.inle.

      l. Jl. la lu

      ainil.con1. br/ ncgoc.;cn,/(•rnprc.o;a.s/ 1,ot ic.;,as/,-;,h·-s,·-prtparo11· invt·1·no-afir1na-1-o,gc:r-agndli,396i09>. Acesso c,n: .. nl~liO 20 1O;(' l)c·nise 1.1..11u1, " \ ·:dt· indiçri durn ncgoci;,s<,-:io d•· p1't,"(O do rninério de ícn'O c1n 2009... l11ter11t1fÍ()11al JJ,~i111ss 'Timt1. 31 . 1\ césso <:1n: 1 no,t 2010. 2. \ Cj:t, porc•s<·n1plú, 1.. Pondy, " Rcffç<:liôns on Orga11i1.:,1ional (:011Hic1'\Jo-uuta/ ef 01'g<J1ti;;.ati1111al /JtJl(wiin.. 13, n. 3, 1992. p. 2S7-26 I; e 1). 'ljo..'"'Old, ··l)tfining Ç()nflict aud ~l:1king Choiccs t\ bôut IL~ ~l:u1agc1ncnt: Lighting thc Uark Sidc of Organi,.:uiooal l.ifc", hurr11otionol,JiJur110/ ef (Ã,ijlict .\la11agnnt11I. l 7, n. 2, 2006, p. 87-95. :t 1.. 1.. Putna1n t ~I. S. Pook-, "Conílir-t anel ~tgo1i:uion", in E ?\ l.J ahlin. l •. L.. P111n:11n, K . 11. Robcrt.i e 1.. \ V. Poncr (O~). fltu1d/JooJ.•of Orgo11ka1k>na/ C'.«ln't. ~C\\'bury 1':óui:-, ( :.i-\ : S.'\gc, 19a7, p. 54-9-599. 4.

      K. \\~Thon"-'18, "(Ã:>11Jlicl anel ):°1.-goti..uion Pn.x:(_'SM":S in Org:,ni:1~11ions", in ~l. ll l)unn('ttc.: e 1... ~I. l l(M1gh lÜr~ .l,

      l landbool;. oJ ludustrial ,urd Otgr111i.::tllK!lwl l "'-9ddogv, 2. cd., , ~3. P·,.tlo Alto, C:A: (';uisuldng P,,,hologists "'""- 1992. 1> 65 1-7 17,

      5. ,,ar., urna m·Wro cu111pn.'tn~iv1, da aOOrd;.1~·1n in1cn1"·ionb1a, veja C. Oc: Drcu t· E. \ ~n ck \ .'Jk1•t (Ofl.lS.}, Usi11t Ct>,ijli(t i11 Organi~ali()tls. J.ondrt~: Sage, 1997.

      ô. ·•(:ooílitos podco, g('!'ilr 1•cs:uhados positi\'OS. Pt'~,quisa n~vtk1 qut os <:onílitoit oas c1n1>rcs.b f>bdc·,n trazer n1clhQr co1nprecns.1o e 110\"':L'i sohtçÕCli ", /tJrtal E:i:amt RJI.

      Oi.s.ponívcl c n1:

      <\\'\\'\,1.rt-,~sl:i\"OCC'.rh.ahril.con1.br/nc,1icia/

      oontcudo_392680.shunl>. :\ct."sso ('1n: 1 nov. 20 1O. 7. \ 'ej;i K. A..Jd1n, ·:·\ ~1ulti1nc,l1od f.x;unin:.uion or 1hc Bc11cíits :111d D<:1ti,ne,u.s or lin~h.,x;u1> Coollitt'~. Atl1ni11isflutU.~ &in1f~ ~1arl1r!A jun. 1993. p. 256-282; K. 1\.Jc•h11, 'i\ Q ualitativc 1\ nal)'sis of ConAic, 'l}1x.~ anel Din1<·nsion,;: in Org;tni:1,.;11ion:1l Grou1>s", Ad,nini.flratirt &imrt

      (}J1(ttiafy. sct. 199i, p. 530,557~ K. 1\.Jchu e G. ,\. :\1.-inni.s, " '11\c l))'lla.1nic ;\::iturc of Co11f1ic1: ;-\ L<>11gitudin:)J Study of l11tragrouJ> Conllic·1and Cnn1p Pcrforrnancc'',Aaufnn.r t?f .\Jnnn1?"1t1n1t Jour1111/, ahr. 2001, J>· 23U-25 I; <- C. K. \\1. De Dr<:u e 1.. R. \\'eíngan. ··Task \ 1t 1·sus Relationship Co11flic1. ~rc:11)1 Pc1'for111~u1tc, ,u1d 1'c,un ~ lc:1111,cr S,t1i$Í.1<:1ion: ;-\ }. lct:1-t\u:tlysis'' ,Jour11al ef Applúd l's.,rrkofqgJ, ago. 2003, 1>- 741- 7-19. 3. J. \ '.ing <' K. \\: ~ los.shoklcr, ''lk "(:oupling'J:1!J. ,u1d Rc:la,ion'ship (:onffic1: ~[111" Rolç of Jn1ragm11p Enlotional Proccssiog",:fauttml ef 01"f!11,i:.a1i,,,i.(l/ /kJta~ii<#, 25. 11. 5. .\(O, 2001, I'· :>St.).605: e ;\. G:1fUé1'0, , : Go111".ále-.1.-Ron1.í cJ. ~l. P(•iró, "·r hc lnfhwn<:éi of 11111,~-lta,11 Conílitl on \\Ork ' J(";un~· ,.\ ffi·c·1in; Cli1n,11c;: 1-\ l .qngituhing S1aO' Pc:~onalily Co11fl.iels''. lf.\l,1-fll( Bulktin. 3 no.... 2006.

      Compo11.amento organiia~ional

      lO. ··confli tos podc1n gcr.-,r rcsolt:.,dos 1>os:ilivos Pesquisa fcvela c1l•t os confli1o,s nas cntp1'(.-S.'\S poc:k-rn 1ra.ocr ,n t lhor <:01n p t<..-ens:"10 e 1'10\'M solt1~-s ... J>rirtol E.."a;,,r Rl l . Disponh·el c1n: <""'\' \:1'C,·lsta\'O ttrh.áhril.«."0111.br/no1iC'ià/ c·on1l~u<10_392680.sl111nl>. A<:c:s)c) c1n : 1 llú\t 20 1O. l l. (:. K . \V, O c Orcu e L. 1(. \Vcins,s),h1>logJ". 86, 11. ô, 200l, p. 11 9 1· -1 201. 13. Rcnata 1\ vcdiani, "( :orno C\'Í1~u· a politie..gt1n no 1r.:1balho". lln·~ü, lôtl S/A, cd. 137. 11 uo\: 2009. 14. C. K. \\', Oc l)1·cu, " 1'hc \ tinul~ ::u,d \ 'ice or \Votkplal"CCoufli('t: Food Cor (Pc:~in1istic) 'l'hought''.Jtmnral oJ Or~ni,t,ali()11ttl /klur.:ior. 29. 11. 1. 200H, p. 5-18. 15. R. S. PctcNOll e: K.J. lkhf.,r, "Thc: l)rna1njc Rdation.ship He1,,t:c11 Perforn1;}11('(' Feedl:,.·,ck, l'rust, r,11d Conflict in Crc)u1)s: 1\ Longi1udi11al Su1dr'', 01&1111l.{(1tio1u,/ &ha,,for ,1111/ /Ju,11an JXri.sio11 Jtw,sJ. 92, 11. 1·2, 2003, p. 10'2·11 2. 16. L. ;,.1. l't 111I)' e l~ E. Spet":tor, ':Job Stress. lncivilitr, ,,od ÓJuntcrproductivc \Vo rk Bch,nrior: 1'hc ~lodcrating Role of Xcg;:u ivc 1\ffi'.<'ti'1ity".Jo11r11n/ ef Organi-.t.olio11al &lun:i<>r, 26, n. 7, 200[,, p. 777-796. 17. K. 1\.Jc h11, L. Gn_t.-s, l)i,ncns.ions, :u,d Eme11,rc11t Sta!(;~ 0 11 C ro11p Ouu·ontcs", G'roup lkisiQJ1 0111/. \ ~HntiQl1. 17, n. 6, 2008, p. 465-495. IH. Rcu:it:t 1\ vccti,u1i, " l·àf~,, ~~cn:utc:!'', Jln:ist,, Ih
      19. J chn, ·~ ) luhi1o(•thod E~à111iuf1tion of th(' Hc.ntfit.s and L>c~1ri1n cn1s ot ln1ragro up Confiict''. 20. ·r. ~I. G lc11nb t H. Liao, " l11tcq,c1ro11;)] Aggtt·~io n i11 \\'ork C ro ups: Soc:i:LI lnfluc nt'c, Reciprocai, :tud lndividn:,l f: lfec:ts", Auult1ny<>J .\lw,agemn,t]ournal. 46. n. 4, 2003, p. 486-496; e \ ~ \ 'c:nka t:trnntani e R. S. l)al;,I, '·\Vho Ht•lps and \\'hQ H a rnt.s? R(;lational :\ spcc:L,; or h ucri,crron:,1 1-lelping :ind l lnrn1ing in O rg:,uti7.:uions",JQUrtudof Appli,d />s;·,hQ/ogy, 92. n. 4, 2007, p. 952-966. 21. R. Fricchnan, C. 1\ndcrsc>n,J . Brcn, ~I. O l( k::i.ln.IQJ1r. ab,~ 1990. p. l 17-126i e R. L. Pinklt)' (· G. B. No11hc1-afl, " ( !onflic1 Fr::uncsor Refl'l'('ncc: l n11>lic:nions foi' Dispute P1'0écsstS and Outcon\cs··. :l((11/r11!Y ef ,lla1ur.~1u.t11J ]<mrna/, Ih. 199 f, J>. 193-205. 2+. 1\ . ) 1. ls<:11, .·\ . A. Labroo e r~ Dul'laeh. 'J'\.11 ln llu(·ncc of Produ('I aud Brand Na,uc on l'oi;itin: ,\ lll-cl: lntplicil and F.xplic:i1 )lcasurcl', Jlotiroti<>11 & fJ/1QJion. ntar. 200 l, p. 43,63. 25. lhid. 26. P.J. (). Carnc...,•alc- 4' 1\ . t\ l. lsc-n, ... lltl' lnílucnc·(' of Poi;i1ivç .1\- Jlt."ci and \ 1L~u:;il 1\ <:C'c."SS on 1hc l)i.scov<:ry of lnltgr.'IIÍ\~ S<>lutions in Bil:utr.i.l :"Jtgoli.:uions", 01µ11i.yrlit)t1ol fkhm·ior,111
      e. (

      28. l bid. 29. \ ·Cja R.1\ . Baron. " l>crsona.lit)' anel Organlz~tionru Conflic1: l~Ot.-cts of ihc 'l)'f>CA lk·hct\'ior P,u tcrn aud Sc1r.1uo11itoring". Orgn11k,nhinwl /Jthm.iorq11d flu,11011 Dtcisü111 Prtxusr.,. ou1. 1989, J>· 28 1-296: R.,J, \ 1olkc1n..t e 't:J. Bcrg1n:ul11. ··Conflict Stylci; as lndic:ato1>s o r lkh.t\'Íor.tl Pattcrns iu lntcrpcrsonaJ c :onllicts",Jm,rn11/ ef &ti11/ J>9,holog)', ÍC'\'. 199:', . p. $· 15; ('J. ; \ , RJ10."ld<:s.J. t\rnolel t C.J ay, ·111c Role or t\tl(-ç1h~ 1'ro.its and t\ tl(•clivc• Statcs iu Oisput,utL"' )loti\'ation an d Hchavior l)oring F,piso,l(•s of O rgnni;,:;uiona1 ConAiC'1",.]ourna/ ef Orgo.11i;:.(1.tio11t1l lJtJunri<>r. 111..1io 200 1. p. 329-34.>. 30. 1'ho,n:~s., "Coníl.i tt ;J.nd ~ cgoúation Prcx·c~c:s iu Org:ani;,:,1tions''. 31. lt cnata J-\ \'<·diani. dos<' ct~n.a da :l~<"i<'n ividadc''_ Rn,iJI" r«; .S/.•I. tcl. I'.?+, 1 out, 2008. 32. \ •Cj.:1. J><>t <'xcn1plo, K. 1\..J ch11, "f.nh,u1ci ng Effcc:-li\x·ness: . \n lnvcstigatio n of 1\ dv.:11u;1gcs :.tnd Disach.:1n1;1gcs of V:lh1c,R:1scd Jn1r.t,.lp'0111, (:onftil'1''. /n1crnolional,]ourn11l ef ( ht,jlitt .l/011a.~n1mt. jul. 1994-, 1>- 223-238: R. L.. Pric:1n, ll .A. Ji,1rri.son l~ ~ - K. ~luir, "Structurcd Ô'>ntlic:1 ;u1d C onl!iC1HU~ O u1e:on1cs in Gl'()up l)cc-ision ~lal:io.g",J 1. 33. lt ,\. ~ijs1;1d é S. e . K;~ps, "'HLkiug 11tc &'lli>' \\'ar Out: l>n:í'c rcnct l) iv(•rsi,y, l)('('i.;-ion S1r:11cgics. a nd l) ecision l{efusal i,1 Crour,s",)tm1nal of /tJ')YJnali~ a11d S«iol f~tl,"1(?.Jt 9 1, 11. 5. 2000, p. BG0-1170. 3·1. \ ('ja. J>Or c·x~ínplo,J . Crifli1hi;1 "Etul of nn Era a!t J.u1nl)(·ri11g C~I (:l'a shfS'·, l·i,u111eial Tr1tiu. 1jun. 2009. p. 1•t 35.J. Hall e .\1. S. \\'illian1s, ·~·\ (:,u,npaiison or Occ."ision,:\taking l 'çri<Jnna11cc.:- in F.&tablisht·d a11d ,\syllblogy. Í("\', 1966, p. 2 17. 36. ='Jt•l:son Ulcchcr •" ldci:lS <1u(' viran1 dinheiro"', Rrttista J~,a11it, .-d. 8:,6, 16 '"'" 2005. 37. I{, L. Hoílln~ill, " t-lô11'\ogcnti1y of i\ lc1nht1· 1•t:rM)ll3lil)' :u1d I li: EIT<:('t on C 1'0\IJ) l.l1v,l:>lc.-111-Solving"1 J(l11r,u1/ ef .-lbllQrmo/ ,rnd S«WI l 'v'(/1~/ogxjan. 1959, p. 27~32: R. 1.,,. l loffin a n e N. I{. E ~la icr; ''Q.uality ,·u1d :\ cccpta11cc of 1•rol>IC-n1 SolutiOn!> I])' ~lc1nlx~ of l lon1<>gcnt•(n1.s ;u1d Me1c1-ogrnt'Oll·" Cro,11>S". J()urru,I ef Ab11ornml áu.d S()(i(I/ J>SJ(hofl)!'..J, nu,r. 196 1. I'• 40 I • -•107; e P. Pil('ht·r <: 1\ . D. Sn1i1h, "1 Up :\l;u1ágc,ncn1 l 'e;un l lc1crogí:'ncity-: P('rsonality, Po,,•cr. and Proxies", Otgani~oti<>n Stin1((~j:1n.1rcv; 2001. p, l- 18. 38. ~I. E. Zt·lhucr-Hruhn, ~l. ~I. ~,(alont:); A. D. Bhappu r R . Salvndor, '·\\'h('n :tnd 1lo,,• 1)() OiílCn·neçs )f::incr? 1\ n l~xplor..uion of Pç1tti\'cd Si,nikuit)' in ·rca,1,s", Orxr1uul //11111an lkrision Jt«,sgs. 107, n. 1, 2008, p. ,11-59. 39. \ 'cj::i 1: f-1. Cox, S. 1\. Lohcl e P. 1.. ) lcl.c..•<•d, " Effc;c·1.s <>Í Ethnil' G l'OUJ> c:uhural Olíl'él'Cll<:c.·s on c:ooperotivc lkh;1vior c>n a Group ·1·as.k'',A((ltÍm!Y'Í ,\Jan1,gm1011Jq1una~ dt"L, 1991, p. 82i·8•17~e 1). ,71n Knippc·nhcrg. C. K. \\: l)C' Drcu e t\. C . t-lo1nan. " \\"ork G 1v1.11> l)ivcrs:ity ;u1d Group P~rfornlane(': i \n lntcgr.1li\'e (\(odcl and Rcscarch ,\ gcnd;1",J-0un1n/ ef AJ,pli,d l',yhal~ d e-,. 200-1, p. 1008-1022. 40. \ 1C'j::i, J>Or cxcn1plo,J . 1\. \ \'::ill,Jr. e:; R. R. Callistt r, "Conftict :111<1 lts ~ Lana,,~cn1cnt", 1>, 523·:>2G, p :-i1-:. evidéJld.-~ (l\ll' ;~poi:nn o atgun1t 1lto dr que o conflito i: p1·:uic.a1n('1t1c c:li$runrionaJ. \ 't ja 1,unb(:111 l~J. 1-linds e D. t. Baile·); " Óul of Sigln, Ou1 Sync: l:nd c•rs1;u1d ing Conflict in l) is1ribu1cd 1 1::tn\$", 01gnni-{11.tio,i $(i,,u,. no,t / d e1,. 2003, p. 6 l .j,632. 0

      : \

      or

      Capitulo 14

      t... Cn,'("r; S. Lc\'inc e G. Sz\11:inski, ···n1c Eflêc1.s of (:onUict 'í)'pt.'S. Oin,cos.io11s. anel Enl('1'g('1H Suncs. 011

      -1-1. K. J-\ .Jchn,

      Crôt1p ÔulC01l1es·'. 42. Z.CL11nér-Bnd111, 1\lalonc:y, Bhap1>u e S.'dvado1; " \\'hc.1\ a11d l·lo\\ J)o J)iffc rcnccs }. 1.iucr?" 43. K. B. l)ahlin, L. R.. \\'dng:irt e l~J. 1-linds, "'lCan, l)iv'CrsÍt)' and lnform:11ion U:-(.·", A-23 1. 4.J. F.st.'l sc..'<à<> é ll;t5Cada crn E Son1n1l~rfidd, ''P;,ying 1hc ·rroops 10 Hu(·k tlu· Syi tc1n", /l1uin~s J\ ((lnlh. 1n:-1io 1990, p. 77·79: \\: Kicchl~l 111, " HO\\' LO Mc.\pc thc f.cho (:hainbcl''·, J'<1,1utt<, l8j1111. 1990. p. 129-130: E. \ 'ao clé \ 'lic1·1 C' C. J)e Orcu. ''Ôp1jn1izing Pcrforinancc by Stin1ula1ing Conílit·L" . h1111'11ationalJour11al of (;,;,,jiid .<\la11ogtn11n1. j11I. 199.J, p. 2 11 · ·222: E. \ ;,n d e \ 'licn . •·tnh~ndng Pcrforru:1nrt' by C'.onOicl· ..Stirnulating hHe1·"e11tioo" , in C. De D1·cu e t. \ •'ao de \ ~littt cOrg.), l/ri,rg Vll1jlüt ;,, Orga11i;;,"tilfl1J. Londres: Sage, 1997, p. 208-222; K. ;\(. Ei.scnh;udt,.J. L. Kah\,·ajr e L...J. Bourgeois Ili, " l·IO\\' ~lanagc'nu•nt ·reani_-c: Can fl:I\'<' a Cood Fi,ght", fh,n"O.rd & sirt(J..f Rn:it?.t:, jul./;.\i:;'.O, 1997. !), 77.85: S. \ \'etlaufcr. "Con,1no11 Scnk ,111d Conílict"·. Har.:,ird Bu1inrJJ Ht,,iru,j~in.l fr·"· 2000, p. l l·l-124: e(:. A. Okhu)·i:t:n e K. ~1. Eistnhanh. ··1·:xct~l ' ll n-oug h CJ'Qup Procc~", in E...\ . 1..o (kc (Org.\, 1/andbook ef Principlrt ef Organi1;:(llio110/ lldtnrü,,: ~·l;1!d('n. i\l;-\ :

      Blackwdl. 2004. p. 216·2 18. 45. 'fi:i~o Lctlibridgc. "0 d('~ lÍlO de 1mb,,Jha1· ro.-n o pai" , J(a:ista J::.wun<, ('d. 838, 10 1Hcrior: J~fl<'tti,'CfiC~ of C<>r,gloo)c:r:iu..-\\' Ha1•d Jl(."opl<" Push Ocpc·nds (U\ 1hc Con~ql1Cll(."C'S ·1·1,c:y J>rcd ic1··,J()11n1a/ ef f)erfi()rudi(Y a11tl .Wial !~1<)10/()gf. 9!), n. 6, 2008, 1>, 15·~1·1~57; e.). R. Col'hnn, 1-1 . t-\ . flfcnbtin e li. Xu, "\\'h.11 J)o Peoplc \ laluc: \Vhcn ·rhc-r Xcbrolit11c? ~lnpping th(' Oo1nain or Subj<"<'lh'<..' \ fal uc• in Ncgoti:uion''. J()ur,1al ef PerS<Jnolity and S«frd l's;Ylrolo.!f,Y. 91, o. !i. 2006,

      I'·493-512.

      50. R. lt \\':,ho11 <" .R. B. ~lcKctSic.A lkhm:i()rril Tt,a,,yqf ú,h<,t _.\ r,.J:(lfinJiorlJ: :f11 A11a!ysis ef a SotU1/ /,iltmrlion Systt111. :Vova 'Yo rk: 1 1cG1-a\\••HiU. 1~)65. 51 •.J. )'f~ig<"<:, 1\ . G-alínsk)' e li. Cn.1cnf<.·ld... PO\\'Cr,

      e.

      o.

      o.

      Propcns-ily to ~eguti;1tc, aud í\.lO\'iug l·i 1'St i11 Cornpetili\'C lntér;u·1ions", l >mo11ality n1ul S«inl Pfl(h()fogJ' H11lkli11. ftv. 2007,

      J>· 200-212.

      Conflito e negociaç3o

      467

      ~2. li . R. Bo,,·lc-.s, 1.. H:'11:>00Ck e..· l.. l.ci, '·Socinl lnccnlivt'$ lb r Gcndtr OiffCrenccs in 1hc ProJ)('nsitr to l nili;tli"'é Neg:01.iatioo..s: So,nctin,cs lt Dot·s Hu1•t to :\sk··, Orga11k:.atÍIJlu1/ &l1nt·i&r t1ntl th1111all D«isio11 Jto<,sY.s. 10'.i, 2007, p. 8·1-103. 5-3. Jl ,\. ~loorc. ") 'lvopic Prt."
      /7Qf<M<~jol. 2004. J>· 125,139. 5--l. J. R. Col'h~u. H, .,\ , E.Lrcn1xin <" J.I. Xu. " \Vhat Do Pc:opk 1 \ a..luc \ \'hcn 'J11cr Xcgotiate? )l:1ppi11~ thc Oon1ai11 of Subjc..-clivc \ :alue i11 Xcgotialion'' ,Jo11n1nl ef ltrnJ11alilJ nnd S«inl l'v,J1oi,,gy, 9 1. n. 3. 2006, p. 493-', 12. 5-5. ·r1io1n:,s., "Coníli,·1 anel ~ cgo1i:i1ion Proc"~"c-:1. in Org:1niza1ions".

      5-6. P. ~(. ~ 101~0 e R. S. 'T'ind:tlc, .. Group \ "'$. lndivich1:t1 Pcr101·n,arice io ). Lixcd-~loti\'e SillL.'\tions: Exploring ~ui l11consi!ll~ncy,., Or~111ii11tiorud &t,a,:ir,r & t·lum1111 Dt,isitJll IW<JW. jt1n. 2002, p. •l-~-65 . 5-7. e. t . N~1quin, ···rhc 1\_g(HI)' of Oppo11unil)' in Negoüatiou: N111nhcr of Nc:go1i::ihlt: l~ucs, C:011111c-rf.:"1cu1;,l "rhin~ing; anel l'Cclings of &uisl;lc1ion", Org,111koll°ot1ol ll(Ji(l:1i(); & H unuu, íktiJi()l1 /ti><,sYs. 1naio 2003. p. 97-107. 5,8, C. K. \\! Ot 0 1'tu. L. R. \Vcinga.1•t e S. K,,'On. " lrltlu('nc<: of Soci:ll i\lo th'{'i 011 lntc-grati\'C' X <'gotiation: 1\ ;\lt ta-1\o~,1ytic R.c\lic,, anel 1i."l-t of ~l\n) ·rhcoril"s",Journo/ ef J'tn&111di!)• & Sorial PfJYlltNl>f,}. 111::iio 2000, p. 889,905. 5,9. F.ssc rnod~~lo {;: b:tscadü cn1 R.J. l~ \,·icki, ''lk1rgaining ;1nd N..-goliation..• ,~,·(11.0r,gt: Otga11i~(lfiJJll(I} RtJ1alnw ~lio(hing Jm,,,,at, 6 1 o. 2, 1981, p. 39-10. 60. J . R. Cu1•ha11, 1-1. 1\ . Elfcnbci11 é G.J . KiklulT. "Geuing Oíl' on lht· R.igfn 1·001: Subjt-cti\'c \'alue \ 1cí$U S Eco1101nic \ ~1luc i11 Pn:dicting J,ongitudinalj oh Ou1con1cs fro1njol) OITcr N.-go1i:,1iolls... fl,,na/ 1( Appb'ed l~-,vlu,Jogy, 91. n. 2. 2009, p. 52-1-534. 61. ~I. H. Ba.1.c-1·n,an C' :\t /\. ~falc,~+ \ ~tiali~ Ratío,10/!): No"~ Yo1'k: 1'he fr~..'C Pttü. 1992. p. 67·68. GZ. R. í! l..:.lrrick e· G. \\'u. "Claiülin~ a l.'ll'gt Slice of a S1n,ll.l Pie: 1\.~rnu11c1ric L)isconlinna1ion in ~cgoti:uion'',Juurna/ ef Pmo11alil)' ,1111/ S«i11l P1_,rfhowg}·, 93, n. 2, 2007, p. 2 12-233. 6:!. F.. ·i: 1\ 1nanatullah, ~I. \ \r. ~ lorris e.J. R. C:urf1an, ..Xcgo1i::i10N \\.ho Gin:· 100 i\,(uch: Un111i1ig:11C'cl Co1n1nunio11. Rel:-ttion~,J 1\11xictics.. and f.eo1101nic Costs in J)i~tributi.,,c :1nd h1tt.-g-r,l1ivt· Bargai11ing'',Jour11t1/ ef ltnQ11nli~ 011d Social ,,~JYlwlogJ'. 9f>, n. 3, 2008, p. 72:J-73U. (i,,t U. Hafl)' e R. .-\ . f'ricchnau, " B;u~ra.incr Chan:tctcristja in l)istrihu1ivc and lntegr:ui,-c Xcgotiation",.71)11n1a/ ef l'ers&111:,li!)• & S«iol l'vd•olot1~ r,v. 1998. I'· 345-359. 65. 1.. .J. Kr:ty e ~·I. P. l la..~ll1ohn, ··Jrnplicit );lcgoti:u.ions lklkís ::ind Pt i10nn:.ulcc: E:-:pt1'in,cn1al and l..ongi1udinal t,ickrl(C",}>uni,ú ef p,,,.,,.i;y atid Soâ'111~"'"1v· 93, n. 1, 2007. p. ·19-M. 66. Ros.111.l ·ranu~ "Ôti1nis1no u~l C'rise". & •i.rta f~iS/A. c.."
      'ni.c

      13 1, 10 ago. 2009. 67. S. Kõpdn1:111, ,\ . S. Rosc1u· e L. ·r hon11~on, '~lllc.· ·111rcc

      Facc·:5 of F.\'(': S1rnt('gic Displays of Positive•, \ 1ct,..'' · 92,

      e. ,,.

      n, 6, 2007, 1>· 11 57- 1569; <'.l· ).,1. l1reu, ~I. Qlçk:-1111..:, R.

      l'ritdman. N. Goa1cs. C. Audcrson ,, C. G. 1jsco. "Slicb :md S1011cs: L:u1gua.gc. face. ~u)d Onlillc Ois1>u1c Rcsolution··, ArndrrnJ·ef .\lanagtnirnt]ounml. 50, n. 1, 2007, p. 83-99.

      Compo11.amento organiia~ional

      68. C. \ V~,tson e L. R. f.l offinan. ··~ l~n3gc1-s as :\'cgoti::uors: ;\ 'lêst or Po"·ct \ 'crsu.s Gtndél' :,.s Pttd.it'lOl'S of F1:cli1)1-,-S. tk·havi1;r. ;\nd Outt·o1,1ts'", I.Mdnsl,ip f.l!,arle,f1, pri1H;\vt1-a 1996, p. 63-85. 69. !\ . E. \Vahcrs, /\. E Stuhhnachcr e L. L. .\lc)·cr, •·c;cnd cr and Kcgo1ia1or Con11x:1i1ivc111,.-AA: 1\ ~lcta -An~lysi.,;'', Otgani~a.ti()11(1/ <mior and l l1.11tuu1 lktisUHr Pr()(mtJ. out. 1998. J>. l·29; e

      :\ . E Stuhhh:l<'het e 1\ , t.

      \\'fLhCI'$,

      "GenJcr OillCrencés: in

      N<;go1i:1tion Outto1nc~: /\ ~le1a-t\ n~1lr~i.~··, Pm-01111tl l'.V"d1ologJi OUl()llô 1999. p. 653-677. 70. S1uhhnachcrc \ Vahcrs, "Ccndcr Diílt•rrncc.,; in Xc:gotiation Ou1ront<.·''. I' · 655. i 1. íl<)\,•l('s., Babcock e l A.'i, ..Soc:i:;1l lncc:n1ivt~ ror Cendcr Oiffcrcnct'-S in tht P,opcnsity to lnitia.tÍ\'C Ncgotiations ... i2. L.J. Krny• .A. O. (;:-tJinsky \" 1.. 11lon,pson . .. Rt\'trsing the Cc11dcr Gap i11 N("'goli,nions: t\n E.xplo ratio1, of St(·n:Ol)1>c Rc&"C:ncration ·•. O,gu11k.alfo11a/ lhluu,ior & lltu11a11 IJ«ision l 'tort.ssrs. 1nr1r. 2002. p. 386-·109. 73. 1). r\. S1n.all, ~I. C1clf.,nd, 1.. U.ihç<.)('k e H. Gf'urnan, " \Vho G0<:s 10 1he lk1rg.tining 'l"ahlc? ~rhc lnfluencc or (";c•ncler :1nd f'r:unin.g on thc lni1i:11ion or Negoü:uion'' 1Jo,,n,1tl of l 'trso11olir,011J Sorial l'J;,tholc,gr. 93. n . •1. p. 600-6 13: e " l)iffcrcnccs in tht• t\ c<1uisi1ic,n (IÍ Salary L\'cgotiation Skillo;: 'fhc Role of Co.ils, $('1f-E1Tic:acy, and l\·rccivt.:d Coru rol", Jr,ur11al ef Apph(tl !'41''• i8. n. 5. ou1. 1993, J>. i23-735. 74. \\':ti! f' Blu,n, " Ncgoti:itions", p. 2A3-28i. 1~•. 11. R, ~l:1rku:s (" S. Kitay:11n:i, "Cuh11r1• :ul(l 1hc Sdf: lnlpl.C.itions fot CogniLion. t::n,otion. a,l<-:. :-tnd Cuhure lnflucncc 1hr EOê:cli\'c1x."!>.,;. of Res1()ration Ri111;.1ls'", ,1,.,t,,11r ef ,\/a,,oilf'""" lltritw, 3~, n, 1. :.1009, p. 1O:i- 126.

      76. ~l,.J. Gclfand. ~[, 1figgins. L. 11. Nishii.J. I~

      ~a,~,·. 1\ ,

      Do,ninguez, E ,\lur,'ll::uni. S, Y,un:,guthi e i\l, 'IOy.-una, "Culturt :1nd EJ,~·entric Pcl'(;cp1jon~ or Fairna~:-$ in Conflict

      :.1nd Nego1ia1ion" 1fl',r110/ef AppHtd Psyt/1()/ogJ. out. 2002,

      p. 833--811.5j e

      z. ~la. "'Chill("S(' c:oníli(·t :..1ana,_l{e1n<:1H Str lcs

      and ~ eJ,101ia1io1, Bchr,vio uri: :\ n E1opirital ·1t~l", lnln111,1iu1m/ Jo11nu1l '!l Crr.us (,'11/i1tr11l J\/an,,gnnr11t. t1hr. 2007, p. 10 l -1 19. li. C clt':.111d e:, ai., "'Cuhun: and Egoccntric Pcn:cptionsoí l':1irncss in Conf1ic1 ~tnd ~ cgntia1i()n''. J>· 833·645~e X. 1in ""S•.J. :i. fillcr. ··Ncgoti:nion t\ppm.tches: J)ircc1 and lndirec1 l~OC'Ct of .National Cullure'1• lutu11atiQnt1l ,\lo,/;(1,',1g Rn•it.c·. 20. " · 3, 200:l, J), 286-3Q3. 18. ,,: L.. ,\dair, ·r Okun1u1·a cJ . .XI. Breu. "Xcgoti:tlion lkha\'ior \Vhcn Cuhurcs C:Ollidc: 111c Unitc..-d St;n,·s and Jap;,n"' ,,]<>urna/ ef Applird l"!)'tho/()g~ jon.2001, p. 371-385; ~ \\', L. 1\. 153-163. 80. I·:. S. Gléon, 1). \\'itnlt)'tl'\" K. A. Stevc·n.sc>n, ..Cuhu1';,J Scylc."-S c.lf Pcrsuasion•·.Jour11al'!/ l11tr,(IJ/{urol /ltltllio1u, outo110 1977. J>. 52-66. 81 J. Ciraha1n, "111c lnflucnc(' o f Cuh11rc on BlL(i1tcss Nc:go1i.a1ions",J<,,1rntt/ ef lnürn111iorulf fh1si11NS Studi(S, J)ÔIU:l\'('l'a 198.'.), p. 81-96. 82. I<. \V. 'J'hon1as. "10,,·nrd ;\h.1hidin1en~i()n:-tl \ ~"lh1e.,; in "fea<'hing: 1'hc Exa1npl1: of Conílict lkhaviot'S··. At-t1rln1!>· f!f ~\h11u1gt111n1/ /la•ia11. juL 197 7, J>. ·187. 83. Q Reade, "'\Vürkpktél' Conflic:c Is ~rinlt:-Consu1Hing Prohlcrn Í(1r Bus.incss", Pt'rl01111.trTodf9!0nin.'I en1: <\,"'\\'\\' .J)Cf"ll-OHllC'hocb.y.c;o.uk>. Jll. K. O'Connor e P. C:1n1c\e;ilc:, ' J-\ Nasty hut Effi~th"e Ntgotialion S,ralcgy: ~1.is1'épl'(.'S('llt:uion o r :i C'AJnunon-\ ';:Jut l ssue··, 1tr1(f,1(1ti!)•o1ul ,S«ial l':s],hQI-OgJ' Bul/tJin, ,naio 1997,

      p. ;0-1.;1;.

      Parte 4 - O sistema organizacional

      15

      Fundamentos de estrutura organizacional 1'o({(ls as reooluÇÕ
      a tmna de u.m.ll no·ua burocracia. Franz Ka..fka

      OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM Depois de ler este capít ulo, você será capaz de: 1

      Identificar os seis elementos da estrutura de uma organização.

      2

      Identificar as características de uma burocracia.

      3

      Descrever uma organização matricial.

      4

      Identificar as características de uma organização virtual.

      5 6

      Mostrar por que os gestores querem criar organizações sem fronteiras. Demonstrar como as estruturas organizacionais são d iferentes e comparar os modelos da estrutura

      mecanicista e orgânica. 7

      Explicar as implicações dos diferentes tipos de estrutura organizacional sobre o comportamento.

      8

      Mostrar como a globalização influencia a estrutura organizacional.

      CONSERTANDO A FORD Ford está com problemas e todos sabem disso. Ela tem acumulado prejuízos desde 2006, quando perdeu 12,7 bilhões de dólares. Os problemas da montadora foram agravados pela crise financeira mundial, chegando a apresentar prejuízos de quase 15 bilhões de reais em 2008. O preço de suas ações caiu vertiginosamente de 27,63 dólares, em setembro de 2005, para 6,97 dólares, em dezembro de 2007. Vários analistas apontavam a hipótese de falência da empresa. No entanto, a crise da Ford não é responsabilidade da crise financeira mundial. Os problemas da empresa são responsabilidade de anos de decisões erradas de seus dirigentes. ÜlJ'ando Bill Ford (bisneto do fundador, Henry Ford) se tomou CEO, em 2001, começou por fechar uma fábrica da Ford por ano. No entanto, ísso ainda não foi suficiente. Então, em 2006, a Ford anunciou planos de fechar mais 14 fábricas, a um ritmo de mais de duas por ano até 2012. Quando foi comprovado que até essa medida era insuficiente, Bill Ford contratou um antigo executivo da Boeing, Alan Mulally (foto), para o posto de CEO, enquanto permanecia como presidente executivo. Bill Ford percebeu - tarde demais, segundo

      A

      alguos críticos - que o novo cénãrio mundial de ne9&ios nào susléntaria a linha 9é1al de produtos ou a estrutura organizacional da empresa. A participação dela no mercado tem caido gradualmente desde 2000, quando controlava 25 por cento do mercado. Até 2012, esse valor pode cair para a metade. Mas Alan e

      470

      Compott.amento organiza~ional

      Bill reconhecem que a única forma de sobreviver é encolhendo, e os esforços árduos da Ford no sentido de se tornar menor afetarão todos os seus aspectos. incluindo, obviamente. sua força de trabalho. "A Ford sempre foi boa para mim", diz Dick Holland, que trabalha há muito tempo na fábrica. "Mas as coisas mudaram." Além de fechar fábricas e cortar custos, Alan tem como alvo a estrutura organizacional da Ford. Ele argumenta que a estrutura é arcaica há muito tempo. "Estamos saindo do negócio há 40 anos", diz ele ao se dirigir a cada grupo de funcionários. Entre as mudanças estruturais que Alan deseja fazer está a centraliuição de operações. No passado, a Ford tinha feudos regionais, com cada uma dessas divisões tendo a própria estratégia e produtos. Alan quer quebrar essas divisões e criar uma organização mundial única. Além de ser descentralizada geograficamente, a Ford também era muito burocrática em seus departamentos. Um sistema complicado de níveis salariais estabelecia a hierarquia social dentro deles. Os gestores não eram estimulados a se socializarem com pessoas que não tivessem o mesmo nível salarial que o deles. • Aburocracia crescia na Ford e os executivos se refugiavam na estrutura quando as coisas ficavam difíceis, em vez de inovarem ou experimentarem

      ideias que pareciam arriscadas•, disse um executivo aposentado da Ford. Essa descentralização também afetou a comunicação entre os departamentos. No passado, a Ford realizava reuniões mensais com a chefia. durante as quais havia pouca troca de informações. Alan alterou a frequência das reuniões para semanal e tentou aumentar a troca de informações. Ainda não está claro se Alan pode transformar essa estrutura - que a BusinessWeek chamou de 'bagunça balcanizada', em uma referência à 'colcha de retalhos' que são os Balcãs. na Europa. Porém, parece claro que sem grandes mudanças estruturais a Ford provavelmente não sobreviverá. "Não há empresas globais que possam prosperar com ó nível de complexidade que temos na Ford", diz ele. As medidas tomadas parecem começar a dar resultados. Em 2009, a Ford divulgou lucro de 997 milhões de dólares no terceiro trimestre. "Estamos a caminho de uma lucratividade sólida em 2011 ", disse Alan. A Ford foi a única das 'três grandes' montadoras norte-americanas que escapou da falência durante a crise e dispensou a injeção de recursos do governo norte-americano. Amontadora está ganhando participação de mercado da General Motors e da Chrysler, e seus lançamentos estão recebendo avaliações positivas. "Criamos um negócio muito forte e não estamos usando dinheiro do contribuinte", disse Mulally. Mas o presidente da montadora admite que há grandes desafios pela frente. "A empresa confia na recuperação global, mas a perspectiva de crescimento no curto prazo continua muito incerta", disse Mulally. "Em 2010, há grandes chances de queda substancial nos volumes na Europa. que podem anular os ganhos esperados nos Estados Unidos."

      1\s decisões cslruturais s..lo indii.cutivc;:l,ncntc as rr,ais i1nportantcs <1uc u,n líder co,n o 1\lan .~vlulally 1cn1 de 101nar. 1\ 0 longo deste capitulo. d isc111irc.::rnos quais as principai~ decisões que os gestores têm de ton1ar con1 relação à cstnnura organizacional e sc,1s in1pactos no co111portan1cnto das pcsso;,s.

      l•l que é estrutura organizacional? E$trutura organiucional A forma como as u,refat f'IO trabalho são formalmente divididas, agrupadas e coorden.ad.as.

      Unta estrutura organi7,aciooal d cíinc <:01no as tarcÍc;.s são forn1alrnc11tc d istribuíd as, agrupadas ._. coordcnada..s.. Os gestores precis...1.1n ter e1n rncn1c S('ÍS elcmcnlos básicos

      I

      _J

      quando p1'0je1arn a csu,11t11-a de suas organií':ações: a cspccialiiação do trabalho, a depal'1a1nen1..aliiaçào~a çadcia d e co,nando, a an1plitudc de con11'0le, a cen1talizaçào e d esc('nt.ralizaçào, e a for1nalizaçào.1 O Quadro 15. 1 n1os1ra rada utn rlcssf"s elc1nen1os corno resposL.u a i111po11antcs c1ucsLõcs csLruu1rais1 e as próxin1as seções deste capítulo dcscrc\'c1n esses seis c lcn1cntos d a tsll'Utura.

      Especialização do trabalho No início do século XX 1 Hcnl)' IX>rcl tornou-se rico e f.·unoso por l'hbricar auton1óvcis c1n ul'na linhà de 1nontage1n . Cada l1n1 de seus funcionàiios rctebia uma t.-trcfa especifica e rcpc1iti,·a. corno in.stalar a rod;:1clia ntcira dirciu1 ou a po11a di,u1teir.-1 Lrascira. 1\ 0 dividir o t~balho cn1 pequenas t.-11·efi,s pad1-onizadas, que podia,n ser repc1idas ,nuiots \'CZCS, l1)1'd

      Capitulo 1S

      Quadro 15.1

      Fundamentos de estrutura o,ganiz.acionat

      471

      Perguntas e respostas básicas para o p lanejamento da estrut ura organizacional apropriada

      A pergunta·(have 1. Até que ponto as atividades podem ser subdivididas em

      A resposta é dad a por

      Especialização do trabalho

      tarefas separadas? 2. Qual é a base para o agrupamento das tarefas?

      Départamentali:zação

      3. A quem os indivíduos e os grupos se reportam?

      Cadeia de comando

      4. Quantas péSSOas cada executivo pode dirigir com

      Amplitude de controle

      eficiªncia e eficácia?

      S. Quem tem autoridade no processo decisório?

      Centralização e descentralização

      6. Até que ponto haverá regras e regulamentações para dirigir os funcionários e os executivos?

      Formalização

      Especialb:.&çio do

      tt3balho Grau em que as funções na organização são subdivididas (}m taro :••J

      separadM

      lo rnou-sc c.-,paz de produzir un, carm a Ct\d.1 dez. scg:1.11\dos. n1csrno cn1prcgando u-.1balhado1-r.s co1n habilidades tclali\'an'\cnLc lin1i1ada.s. l'Orcl dc1nonsu'Ou c1uc o Lrabalho pode ser realizado ele forn1a 1nais cficicnu: se os func ionários lorna rcn, ..sc cspcciaLizados c1n unia larcfa específica. f-lojc ctn d ia . u.san1os o tcrrno es p e cialização do trabalho, ou dirisdo do trabalho~ para descrever o grau Clll que as tarcf.ts dentro da organização são subclh~clid;c1s c1n funções isoladas. A essência da especialização d o trabalho consislc c1n dividir un1 trabalho c1n certo nlln1cro de clafn1Si C(\da urna reali~ada por urn ind ividuo difcn.·ntc. F.sscnt i~,J,ncntc, ela ['lz c1uc os indi,~ictuos se cspecializcn, e1n realizai· pa11c dt.:. u111a a1ividaclc e1n vez ele fi\Zt~r· a a li,i clacle inteira. l\té o fi na l da década d e 1940, a 111aioria das atividades nas í.'lbricas dos países indusnializados era realizada por intern,édio de lun a intensa es1x:cializ.açào d e tra balho. Con10 ncrn todos os crn prcgados de tuna o rganiza<;ão tinham as n1cs111as habilidades) a a dnll· nistraçào ,~a a cs1:x:<·ialiu1çào con10 un1 rncio de usar as h.tbiJicladcs de seus funcionários de ror111c, 111.Us <:fi<·icntc. ou mcs1no de a uincnt-.,r C$SHS l1;;1bilidaclcs po r 1ncio da l'(!pétiçào. Dessa fOr,n~,, poupa-$<." o te1npo
      O trabalho é especializado nas fábricas nJs.sas que produzem as. bonecas de madeira chamadas 'matryoshkas'. Na fábrica on,de se produzem estas bonecas, nos arredores de Moscou, as pes.soas se especializam em uma tarefa especifica da produção da boneca. dos artesãos que esculpem as bonecas aos que as pintam e decoram. A especialização do ttabalho traz eficiência na produção, pois aproximadamente 50 funcionários podem produzir cem matryoshkas a cada dois. dias.

      472

      Compottamento organiza~ional

      Figura 15.1

      Economias e deseconomias da especialização do trabalho

      tAhoJ

      t

      1 1 t

      IBoixo).----

      E.specio li~açêio do trobalho

      (Alio)

      Duranlc boa parte ela p1i111cira lllCl'adc cio século XX, po11anto1 a cspc<:iali1.açào cio lrabalho fo i vista pelos gestores <:01110 u111a fonte inc.sgolÍ\\'CI de au111cnto ele produtividade. E, prov:1vcln1<:ntc1 eles cs1ava,t, cl'rtos. (:onlO a t!iJX:<:ializaçf10 niio era ,, ~grn gera l, quando ado1acl:, g('ta\'(\ $Crnprc ,un(t J)l'()Chuiviclaclc 111aior. ~a d écada cl<' 1960, porérn, 1otnou-sc cvidcn1c que ,una <-<>isa ho:a 1a1nhé1n l<'nl seus li111i1cs..l\s dcscconon'lias h,1111anas dccorren1es da cspcciali1.açào passar;un a se 111anifCs1ar na fonna d e tédio, fadiga,. cstrcssc1 baixa produtividade~pe rda de c1ualicladc, au1ncnto d o absc1ucís1no e aha rotatividade, que supcravan1 crn 1nuito suas va11tagc11s cconô111ic.as (ver Figura 15.1 ). (:oncluiu·sc c1uc os gestores podcri;.un aun1cntar a procl.utividadc an1plianclo o escopo das tarcf.1'<'S e a 111n a11nH·n1<>da sarisfi:u;ào pl"ofissional. l\ 1naioria dos gcs1orcs hqjc cnl dia reconhece que a c-spccializaçào pode gerar ccono1nias cn1 ccr1os tipos de trabalho e prohlcn1as, quando levada a cx,rcn1os. Un1a alta especialização de ,rabalho ~juda a red e i ·t cDonald's a fazer e ,·cndcr sanduíches e batatas flitas co1n cticiência 1 ou a uxilia rnédicos especialistas d e n1uitas en1prcsas do seto r de saúde. Por sua vez, c1npresas conlo a El'nbracr tên1 obtido sucesso an1plianclo o escopo das tarefas e 1-cduzindo .-1 cljpc<:ializ:11ção de seus engenheiros.

      Departamentalização

      Oopattamentalliaçio Base para o agcupamento das tarefas em uma 0t9t11,i2:ação.

      I

      Depois de dividir o In,balho por cs1x:.ciali:1.,açào, \'OCê precisa agrupar cts c,tividadcs p.-,1·a c1uc as tarefas eon1uns po:ssan1 :;ct çoordcn,,d;is.. t\ b;-..sc par.1 agn1par as 1a1x:fas é cha1nacla departam.e.n talização. U1na das for,nas 1nais populares de agrupan1en10 d e a ti,idades se dá pclasjiu1(ÕI.S dcscn1pcnha das. O gerente ele tuna f.'lbrica pode organizar sua unidade cin departan1en1os de e ngenharia, contabilidade, f.1bricaçào, rccu1-sos hu1nanos e cotnpras. U111 hospital pode Le r departan1entos vohaclos par.-t pesquisa, cirurgia, terapia intcnsh·a. contabilidade, e assin1 po r ((jantt·. U1na equipe profissional de fu tebol pode ter dcparta m c111os para c uidàr dos

      atlc1al), da ,·t·nda ele ingn::ssos, das passagens e das ~\Côrnodações dur.u11c ,,~agcns. ,\ p1incipal \~n1agc;1n ela dcpar1an1cntali1..ação fi1ncion,ll é obter eficiência pol' c:olocal' especialistas jun1os. A~ tarcf.'\S ta lnbé1n podcn1 ser clcp;,rla1ncntalizadas de acordo con1 o produlo ou sen·iro que a Oll,,.tanizaçào gera. 1\ Bradcsco Seguros, por cxcn1plo, é o rganizada dessa 111ancira. Cada un1 d e seus p1incipais produtos - co1no seguros ele auto111óvcis, de S.."túclc, de vida e títulos de capit,dização - fic;.-1 .sob a a utoiicladc de uni executivo, q ue tcn1 total rt~l)On.sabi-

      lidadc por «qudc pr9(1\!IQ, t\ p,i,wip~J vaumgcn, ,1qui ,, 111m1 m<1inadas a <•lc fica,n sob a direção de un1 único adn1ini.s1rador.

      Capitulo 1S

      Fundamentos de estrutura organiz.acionat

      473

      Quando u111a ernprcsa é dc1>cu1a1ncntalizada co111 ba.sc c1n ciité iios h-'{.()gr4ficos ou ter~ 1itori;;1hi, a íunçito de vendas, por cxc111plo1 pode ter regionais Sul, Sudeste~ (:entro-Oeste. Norte e NordL-stc..·. Cada un'la clc..·s.sas rcgiorHtis é, n..i \'crdadc, u1n dcpartarncnto or&~1,i;i;ado co1n base gcogr.:'lfica. Se• a clicntc.:hl de u,na c1np1·es.a C$UÍ dispc1-sa po,· \una ~i1·ca rnuito granclt e· possui in1c1·c.ssts tornuns crn função de sua Jocalizaçào 1 essa fru·1na dt dcpartarncntalizaçào pode ser rnuito válida. r\ dcpartan1cntaliz.açào por processo ta1nbé1n pode ser utilizada tanto para o proc('S• sa1ncnto cios clic1nes quanto dos p1-odutos. Qucn1 fez intcrcàn1bio para un1 cstabclccin1c nto de ensino no estrangeiro cc11,uncntc passou por diversos dcparuuncntos antes de iniciar as atividades letivas. Na Fundação Gctulio \ ta,g-.-s (FG\ 1), 1,or cxc1nplo. os a lunos de oullY.>S países pre<:.is.an1 passar por três ctap~L\ cada qual ad,ninistrJcla por urn depa11a11"1e1no d ili.::1x:ntc: (1) aceitação pela Í.'lcu~cladc, feita pela J)i1'l·tor·ia; (2) rad.isn,u11c1no na fi1cul· dacl<·, feito nas RclaçÕ<:s huc,·nacionais; <: {3) inscrição nas disciplinas, fCila na Sc:c-rc1aria do curso. Unia calcgoria final ele
      cional vc1n sendo cada vc.::z n1ais con1plc111cntada J>ela acloç;'io de equipes que uhrapas.san1 as linhas divisóiias tradicionais. (!on10 1ncnciona1nos no (:apitulo I O, i, n1cclida que as larcíhs se torna111 rnais co111plcxas e sua rcaliz.aç.à o t•xigc habilidades 1nais dh·ersificaclas, a adn1inistraçào sr ,·olta para a adoção de equip(.'S rnultifuncionais.

      Cadeia de comando Cadeia de comando Linha única dé

      autoridade que va1 do

      topo da organização até o escalão mais baixo, detc,minando qvem

      se tep~ a quem na empresa.

      (

      __J

      Autoridade Os direitos inerentes a urna posição administrativa para dar

      ordens e esperar que elas sejam obedecidas.

      Unídad& de cornl'tndo

      A ideia de que e.oda subordinado deve ter apenas um supc,io1 a quem se reportar diretamente.

      E,nbora o conceito de cadeia de co1nando tcnlia sido o alicerce fu11dan1e1naJ no nlodclo de u1na organização, ele é bc,n 111cnos i1nporlan1e hoje e ,n d ia.1 ~·la.s os ..iu,ais ges101·cs devc1n continuar considerando suas in1plicaçõcs. ,\ cadeia d e c·o mando é u1nc, linha llnie,a ele autoridade. que vai cio topo da o rganização até o escalão ,nais b(\ixo e d<'tc1·ntina quc1n se.~ 1-c1Xtrta a quc1n na cn1prcsa. Ela rcs1>0ndc a pergun1as dos funcionários do 1ipo "Se cu 1.i\'er un1 problc1na, con1 quc;1n elevo falar?" ou ª Por qucn1 sou responsável?". Não podcn1os discutir a cadc;;.1 de con1ando scrn abordur tarnhérn dois conc<:itos co1nplc1ncntal'C$: áutotid,ldt <~ u11idádr de t'lJ111t111osiç;lo achninistrativa é colocada cn1 un, lug;.lr na càclcia de <:01na,,do <: ('ada gestor recebe tun gl'au de aotoridadc para curnp1ir Cúlll suas rcsponsahilidadc:s. O pl'incípio da unida d e de comando ajuda a prcs<.:l'\'ar o conceito ela linha única de auloiidadc. Ele dctcnnina que cada pessoa eleve ter apenas lllll supc1ior a qucn1 se reportar diretamente. Se a uuidade de co1nt111do for quebrada, o func::ion;-liio pode ter de cnfi-e11tat de,nandas ou p 1iol'idadcs conflitilntes ,·ind,\s de diferentes chefias.. Os ,e1npos 1n11dan1, e 1a1nbén1 os dognlas elo p lancjan1cn10 organizacional. l-lojc>un1 funcionário dos escalões n1ais baixos pode acess..1.r e111 segundos inforn1açõcs que cstavan1 d.isponh·cis ê\JX'nns p(tra a cúpula da c1nprtsa há apc11;:ts tnna gcraçiio. Ü:> con1putttdorcs ligados en, l'Cdc petn1itern que os fi,ncioná,·ios denu'O da cn1pl'Csa. cn1 qualq~1er posição, coo1uniquc1n-se cn11-e si sc,n utilizar os canais for,nais. Os funcioná1ios ganhar11 a1ttonon1ia

      474

      Compott.amento organiza~ional

      para to1nar decisões que antciiorn1cntc cran1 reservadas aos dirigéntcs.. So1nc·sc a isso a popuhuidadc elas equipes aulogcrcuciadaj e 111u1tifuncionais e a c1iaçào ele novos 111oclclos estruturais <1uc inclucrn chcíi,;1 ,núltipla, e ,·ocê pcrccbc.:1.J por que.~ o conceito ele unicladt' de con1ando cs1,) 111cno)\ rclcvan1<~. :\·lui1:;ls organi:;,;açôes ainda a<'l'cdi1an1 que fica1n 1nais pmclu1ivas quando l'<·(Orçarn sua caclcia ele cornando, n1as elas pa)•cccrn estai' se lOl'nando

      urna 1ninoria.

      Amplitude de controle Amplitude do controle NUmero de subordinados que vm gestor pode dirigir de forma eficiente

      e efie3z.

      I

      Quantos fi.u1cionâriol'I un1 gestor consc::guc dirigir co1n eficiência e eficácia? Essa questão da amplitude de controlle é iinporta1nc porque, cm boa parte, é ela que vai dctcr1nlnar o n(unero de escalões de chefia que u1na c1npn.:sa tcr.l. Se n1do se n1antivc r cs1ável 1 quanto 111aior a an1plitudc dt! controle. 111ais eficiente ~cní. a organiza\àO. l1nagi11cmos duas organizações, cada qual ton1 cerca de '-1.100 operários. (:Omo ,nosl~ a Fig\lra 15.2) se 1..una li,·<;r tuna a,nplitudc u11itê,1·rne de c1o~U 1'0 e a outn1 de oi10) a an1pli111dc 1naior gerar;i dois nÍ\'cis a 111enos, corn c1ua.~c 800 gc-s101·c..~ a 1ncnos.. S<: CJ sa· lá1io n1l-clio ele C-'da gesto,· for de qu:uro rnil l'cais por n1ês} n 1naior a1nplin1dc vai resultar c nt urna c:cono1nia de cerca de 40 n1ilhõcs de reais por ano! Obvia1nc..:ntc, as an1plitudcs 111aion.-s são 1nais eficientes cn1 1natéaia de custos; contudo1 depois de certo ponro, quando os chefes não tê 1n n1ais tcn1po para oferecer o apoio e a liderança ncccss;írios a todos., sua cfic.,ícia é reduzida e o dcsc1nptnho cios funcio11;:í.1ios sofre.: com isso. ,,\ .s (H1,plitudcs de co11o'Olc pe<1uc1HlS 1ê1n seus defensores. ~,lanccndo a .:unplitudc cn1 ,·inco 01,.1 S<·is funcion,:'1rios, 11111 gestor pod<· assc-gul"',H' lllll control<· n1;"tis prúxi,,10.1 ~vias a

      a1nplitudc )k<jllcna tcn1 l.l'ês grandes dc.~\lantagc11s. l'rin1ci1"0> ela é oncl'osa pc,r aun1cn1ar os escalões de acl1ninis1raçào. Scgunclo, ela torna a con1unicaçào vc11ical na cn1prc:sa n1ai$ con1plicada. Os níveis hic:nírquicos i1ntcr111cdiários rctardan1 o proe<:sso dccisó1io e tcndcn1 a isolar a cúpula da c111prc_·s.,. E1n tc1-;cciro lugar. a an1plitudc de controle pequena pron10,'C unia supt1,~sào n1uilO ri1,'lda, dcsc.stirnulando a ;lutonon1ia dos subordii1ados. J\ tendência nos \lhi1nos tc1,1pos vai c.:111 direção a a rnplitudes rnaiorcs.' Elas condiz<:n1 con1 os esforços ele rcchu;.:ào de custos., corte ele 'gotduras·• ~ li~ação do prOCC$SO dc::ci.sório, aurnc;n10 da ílcxihilid.ldc. apl'oxin1,,ção cios clicrucs e autonon1ia cios fitn<'ionários. F.n11-ctanto, para assc;gurar que o dcsi.:111 pc:nho não seja prejudicado por cs..~a arnplituclc n1aior, as crnprcsas tên1 investido pcsadan1cntc no trc.inanlcnto de seus funcioná1ios. Os adrninis· traclorcs r1.:conhcccn1 que podcn1 gerenciar un1 n(uncro n1aior ele subordinados quando c lc-s conhccc111 bcrn seu trabalho ou. no caso ele dú,~clas, podcn1 se aconselhar co1n os c.:olcgas.

      Figura 15.2

      Comparação entre amplitudes de controle Membros em e-ada nivel Considerando uma amplitude de 4

      Considerando uma amplitude de 8

      2

      4

      8

      3

      1&

      (Mais alto)

      t

      1

      t

      4

      64

      5

      256 1.024

      6 7

      4.096

      64 512

      4.096 Amplilude de 8: Funciol\ádos e,n atividade Executivos (níveis t-4)

      Amplilude de 4 ; FuncionãfioS em alividade a 4.096

      (Mais l)ajxo) Executivos (níveis 1·6)

      = 1.365

      = 4.096 = 585

      Capitulo 1S

      Fundamentos de estrutura o,ganiz.acionat

      475

      Centralização e descentralização Centraliza5ão Grau em que o

      prcx:esso decisório

      _J

      está concentrado em um ú~ico ponto da

      organ,zaçao.

      O tcr,no cen trali zação se rcícrc ao gra1.1 t•n1 c1uc o ptoct~sso dcciW,io c~Hl concentrado ctn t1111 único ponto da organização. 1~111 organizações cn1lralizadas. os altos executivos lo1nan1 toda~ a)) dcciSÕ<:s e os escalões inferior-e.:~ si1nplcsrru.;nu: cun1prcn-. SU(lS orden~. ~,is o rganizações que fica.-n no outro cxlrcn10, as decisões dcsccnu-a.lizadas são levadas até os

      gestores de escalões n1ais lntixos, CJu<· estiio n'lais próx:in'IOS da aç,io. O conceito de ccnrrali1...açào inclui apenas a autoridade forrnal, ou sc_ja) os d ireitos increntes de unH\ posiçfu>. Un,a ,organização caraclerizada pela ccnu-aliza<;ào é cstru1urahnen1c diferente daquela caracterizada pe la descentralização. Nes1a, as ações para solucionar problc,n•tS podc,n ser n'lais rápidas, n,a.is pc~oas J)
      n1i1e que os prOCc$SOs sej<1,1n 1n~,is .-lgcis e au1ncnla (l cr-iativi
      Formalização Formali-taç-ão

      Gtau em que as tarefas dentro da organizaç: - J sâo padrornz.ldas.

      formali:(:açã o se l"Cfcrc ao grau e,,, que as larefa.s dcnlrO da 01-g::u1j~1.çào s.io pa dronizadas. Quando tuna 1arcfi- é n1ui10 padronizada, seu rcspons;lvcl 1c1n pouca au1ono1nia para decidir o que. quando e <:orno deve ser feito . .Es1.>era-sc que os funcion;_lrios 1ransfor1nc1n o n1cs1no insun10, sc::1nprc d.a 1ncs111a fOrn1a1 produzindo urn resultado cons1,1n1c e uniforn,c. J~1n organizações alta1nentc formalizadas existc111 dt·sc1içõcs cxplit.itas de larcías, 1nui1as regras Of&'11nizacionais e proccdin1cn1os cla1-an1cn1c definidos sobre os processos de lr.tbalho. Quru1do a forn1alizaçào é bab.:a. os con1poruuncntos s.i.o rclaüvarncntc n
      âJodelos organizacionais mais comuns \ la1nos agora descrever três cios n1od(·los 1nais con\t1ns ele cst1·,111n-a 01-ganizacional: a tJtruturn si,nplts, a bt1r{)(ft1cia e a estrutura ,nalricial.

      476

      Compott.amento organiza~ional

      A e strutura simples Estrutura simples Estrutura organizacional

      cafacte,izada pelo baixo grau de departamentalização, 9,aooe amplitud& d& controle, autorid.ade centralizada em uma úniGa pessoa é pouca formal iz~ção.

      I

      ___J

      O que tên1 cn1 co1nun, u1na pc.".,qucn.1 loja d e va rejo, u111a cn1prcsa ele eletrônicos di~ 1i gicla po r un, crnpr<:!iário de 111;.lo fir 111c e urna co111panhia aérea no n1cio cll" tuna grc\'C de pilotos? P1'ó\'ê\\'chncntç todas elas ,1dota1n a estrutura s imples. 1\ estrutura si1nplc~ cos1u,na ser CI1rac1cl'iiada rnais p<·lo q ue ch1 uà<J é do <1ue pelo q ue é . Ela n ão é claboracla.6 Possui h ~ixo gra u d e dcpar1,1n1c:111a lizaçâo, gl'a ndc a111pli1uclc de controle, a uloridad c ct::ntralizada cn1 unut llnica pc.ssoa e J>Ouca for1nali1..açào. '"í'r a t;,.sc d e tuna organizaçfio ' acha ta da': gera h11cntc possui a penas dois ou u·CS níveis verticais> un1 g rupo po uco ordenado de funcioná,·ios e un1 indi\'íduo qu{" concentra toda a a utoridad e d o processo d ecisório. ;.\ csu·utura si,nplcs (:, 111ais ti·ç qucntc nos pequenos ncgÓ<:ios, nos q uais o proprict.:l,io l· ta1nb(•1n o p1i ncipal d itigc1Hc. 1\ Figura 15.3 fnoslta o otganogr,\n1a dc· urna loja de rot1pa.~ 1nt1sculina.~.Joào 1)0111-ado é o p1'0pf'ictá1io e d irigente d a c1n p1'CS;\. En1l>0ra cn1p-1'<·gu<: cinco vended ores t::111 1c n1po inl<:gral., un1 caixa e funcio n;lrios 1c n1por:'t1ios para os fins d e sc1n a na e feria dos, é ele q uc n1 'con1anda o cspc:táculo'. t\s g randes <:n1prcsas poclcn1 S(; lornar estruturas si1nplcs tc1nporaiia1nen te cn1 tc n1pos de c rise. Quando.- Pro1n on c nfrcn· lou seu pii1nciro prejuízo a pós 4-0 a nos de lucros c rcsccntc.:s, seu presidente, Luiz Erncslo

      COMPORTAMENTO ORGANIZACIONAL NA MÍDIA Juventude impaciente s jovens de hoje são impacientes. Crescidos em um mundo em que as telecomunicações são instantâneas, profissionais da chamada geração Y (nascidos entre 1975 e 1990, ap,oximadamente) querem tudo 'pata ontem'. Esse fato agravou-se pela relação mantida entre eles e seus pais. Em decorrência da ausência destes últimos, ocupados com seus trabalhos, os jovens das classes mais abastadas foram mimados por seus pais, como uma espécie de compensação pela falta de contato entre eles. Pela realidade que viveram quando crianças e adolescentes, esses jovens profissionais querem tudo a sua maneira e o quanto antes. Além dessa impaciência e desejo de ascensão, eles ainda foram criados em ambientes informais, em que o respeito à hierarquia nem sempre foi pregado.

      O

      Diante dessas características de seus mais jovens

      funcionários, muitas empresas têm enfrentado d ificul· dades para reter seus mais novos talentos e motivá-los. Nessa situação, qual seria a estrutura o,ganizacional mais adequada para atingir esses objetivos? •Hoje as companhias têm de renovar os vínculos com o pessoal, mas a tarefa é mais complicada quando se trata dos jo· vens da geração Y", afirma Renato Guimarães Ferreira, professor da Fundação Getulio Vargas. Sendo pessoas impacientes, informais e, q uase sempre, gananciosas,

      muitos desses profissionais contestam alguns dos traços das estruturas organizacionais típicas.

      Esses jovens têm d ificuldade para lidar com a hie· rarquia, uma vez q ue não necessariamente precisaram

      manter uma relação de submissão com seus pais e avós, visto que a liberdade que lhes foi concedida é bastante supetior à das gerações anteriores. Por essa contestação da hierarquia, os jovens da geração Y também resistem à ceot,alização das decisões, uma vez que exigem opinar e participar, muitas vezes objetivando destacar-se mais rápido na empresa. Outro ponto ge· rador de insatisfação para eles é a cadeia de comando e a formalização excessiva de algumas organizações. Criados em um ambiente infotmal e impacientes com a 'lentidão na comunicação', eles desejam falar direta e abertamente com diretores e até presidentes. · remos explicado aos diretores e gerentes que eles terão de ap,ender a lidar com esses jovens•, afirma Vera Durante, gerente de recursos humanos da Unilever. Além de tudo isso, esses jovens ainda resistem a trabalhos repetitivos, desejando realizar tarefas múltiplas e dinâmicas, um sintoma da impaciência característica dessa geração. Por todas essas ,azões e por verem alguns desses jovens como talentos a serem desenvolvidos e aproveitados, algumas organizações têm buscado flexibilizar suas estruturas para que comportem os profissionais da geração Y. Caso contrário, como substâncias fluidas, eles poderão escapar para a concorrência.

      Fonte: Baseado e m Màtda Rocha, "Impacientes, infiéis e insubordinados", ReMSta Exame, ed. 914, 20 mar. 2008.

      Capitulo 1S

      Fig ura 15. 3

      Fundamentos de estrutura o,ganiz.acionat

      477

      Uma estrutura simples (loja de roupas masculinas de João Dourado) João Dourado Dono/gere nte

      -,

      1

      1

      1

      Thomas Mendes Vendedo<

      Edna Castro

      Roberto Gomes Vendedor

      Veodedôca

      1

      1

      1

      Norma da Silva Gilson de Jesus Helen do Carmo Vendedora Vendedo< Caixa

      Ccn, ignani, percebeu que h;\via algo errado na cn1prcs.;-1 ....\s d ivisõe;s de tclcco1nu11icaçõc·.s e lccuologia vlnharn c11frc11ta11do problcn1a.s e a cstrutur::1 achninistrati,·a e a \'aricdadc de scr\'is:os <~1·,:u n ,nui,o con1plexas. Gcrnig1H11li teve de· si,nplificar a Prornon, dc1n itin podendo até paralisa.,· se o clirigcntt ins.is1ir c 1n to1nar todas a.~ decisões sozinho. Isso 1cn1 sido a causa da dissolução de 1nui1os negócios. Quando a organização co,n cça a cn1· pregar entre 50 e ccnt fi.1ncionários1 fica n1ui10 d ificil para o dirigente continuar tornando lodas as decisões. Se a estrutura 11;io for n1oclificada e rnais cla horada. a cn1prcsa perde o 'pique• e pode alé fi,lír. Outro pon lo fraco da cstnllura sintples é que ela tYaz ,iscos - tudo depende apenas de un1a pc.$Soa. Un1 a laquc cardíaco pode. litcra ln 1cntc, dcst11.1ir o centro de infor111açôc·s: e de decisões da cn1prcsa r\ Sccre,aria da Recei1a ~êdc ral (SR F) coma com p"'ccssos padronizados de '"'balho para a c:oordcnac;ào e o con1mlc. Os funcio ná1ios do órgão scguc:an regras e rcgul:uncntos for1nais ao dcsc1npcnhar suas rotinas operacionais. t\ burocracia do clcpart;uncnto pcr111itc q ue funcionários clcscn1pcL1he1n atividades padronizadas cficicntcn1ente. Os funcion;írios da SR}" 1Tccbcra1n, aproxi1nada1nente, 25 n1ilhõcs de declarações de in1posto de renda c 1n 201 O~ dc\·cnclo vc1ificar se elas cstava1n corrclasl cruz:ar o.s dados enviados J>Clas p<:ssoois fisí<"as e jurídicas e an.:tlisar todai> ias inforrn açõcs.

      A burocracia

      Burocracia

      E'.strvnua organizacional caracterizada por uma elevada especialização e formalização, na qual as tarefas são agrupadas

      em departamentos

      fvno onals. a avtondade é centralizada, a amplitude dé control&

      é redu-zida e o proces.so decisório acompanha a

      cadeia de comando.

      P~1d1"<,11iz.:1çiio! Es.sc é o conceito bí,sico que suslc 1n ,1 ;, buroc1-..tria. Pense no b(tnco cnt qut· você lcn1 cou1a 1 na loja de dc·partantcntos onde fi1:1. co11lpr.=t.'S ou nos ó 1-g.'os govc·1·11a1ncn1ais que; cobra111 seus inlpostos ou fiscali1.an1 as norn1;ls e((; saúde. 'f odos eles ado1a1n processos padronizados de trabalho para a coordenação e o controle. 1\ burocracia é caractcri;,. .1.da . por tarcf:ts operacionais cxtrcn1an1cntc rotineiras. rca· lizadas por n1cio de cs1>ecializ.açào1 regras e rcgula1ncntos 1n uito forn1alizados, tarefas que são agrupadas cn1 dcparla111cntos funcionais, con1 autoridade centralizada: pequena a 111pliludc de controle e p rocesso decisório que acontp;:1nha e, c11deia de con1a ndo. (:omo 111os1ra ~1 fi·asc de al:x:rlur,1dcs1c c.:1pítulo, a b,11'0Cracia l· 1,11)1 palavrão na 1nc·nlc de 1nui1as pcsso;1s. Po1·c:n1, ela 1a1nbén1 1cn1 s.uas vantagens. Seu p rincipal ponto forte· é a capacidade ele realizar .-ti\'idaclcs padronizadas dt 1n a· ncirn 111uico eficiente. Re unir as especializações afins <:111 clc:pana111(:t11os funcio nais tr az ccono1nia de escala, duplicação n1íni111a de pessoal e de cquipan1cntos e ainda dá aos

      f\lncioná1ios a oportunidade ele 'fi,lar a n1csn1a língua' c11trc seus colegas. t\ bur()(ratia constf,'1.IC se sair l:x:111 cOnl gcst0 1'"Cs n1cnos talcnloSOs - e, por1anlo, 111enos o nerosos no~ níveis n1édio e inferior de gcrê11t i;;1. J\ f- regras e rcgularnc111os subs1ilucn1 as dccis<)cs

      478

      Compott.amento organiza~ional

      A Secretaria da Receita Federal (SRF) conta com processos padronizados de trabalho para a çoordenaçâo e o controle. Os funcionários do órgão seguem regras e regulamentos formais ao desempenhar suas rotinas operacionais. A burocracia do departamento permite aos funcionários desempenharem atividades padronizadas eficientemente. Os funcionários da SRF receberam, aproximadamente, 25 milhões de declarações de imposto de renda em 2010, devendo verificar se efas estavam corretas, cruzar os dados enviados pelas pessoas fisicas e juríd icas e analisar to das as informações.

      COMPORTAMENTO ORGANIZACIONAL INTERNACIONAL Considerações estruturais nas mult inacionais

      A

      o levar um negócio inovador para qualquer país, a lentidão da burocracia corporativa, caminhan·

      do penosamente, pode causar atrasos que ge· ram desvantagem competitiva. Isso acontece particularmente na China e na lndia, duas das economias que mais crescem no mundo. As corporações multinacionais bem-sucedidas que operam nesses paises estão percebendo que a estrutura ideal é descentralizada e com um grau relativamente alto de autonomia administrativa. Visto que mais de 1,3 bilhão de pessoas vivem na China e 1, 1 bilhão na Índia, a oportunidade para negócios é extraordinária e, em consequência, a competição e-stá aumentando. Para aproveitar essa oportunidade, as em· presas devem ser capazes de responder a mudanças an· tes de seus concorrentes.

      A Tyson Foods, grande empresa de alimentos norte-americana, por exemplo, dâ a James Rice, vice-presidente e chefe das operações na China, a liberdade de conduzir os negócios da empresa no exterior. Ao passar na frente de um vendedor de alimentos em Xangai, James teve a ideia de fazer os filés de frango temperados. Sem a necessidade de obter aprovação da administração superior, James e sua equipe desenvolveram imediatamente a receita, testaram-na e, após receber 90 por cento de aprovação de opinião dos clientes, começaram a vender o produto dois meses depois de tertido a ideia. A brasileira Marcopolo, fabricante de ônibus de Caxias do Sul, também buscou descentralizar a condução de suas operações na lndia, onde estabeleceu

      uma parceria com o grupo local Tata. Por meio da for· mação dessa união, o diretor de operações internacio nais da Marcopolo, Ruben Bisi, pretende agilizar as decisões na lndia e aproveitar a experiência da Tata, uma vez que os sócios já detêm grande conhecimento sobre o mercado local. Outras empresas que imple· mentaram estruturas mais formalizadas e burocráticas ob1iveram menos sucesso. Um executivo de uma em~

      presa de eletrónicos, que queria reduzir o tamanho da embalagem de um produto para d iminuir seus custos e atrair clientes chineses com rendas menores, teve

      de levar a ideia para seu chefe. Este, o vice·presi· dente das operações na Ásia, então, levou a ideia ao vice-presidente de operações internacionais que, por sua vez. enviou a ideia à administração superior nos Estados Unidos. Apesar de a ideia ter sido aprovada, o processo todo demorou cinco meses, durante os quais um concorrente introduziu um produto de em·

      balagem similar. Assim, quando o assunto é inovação em economias dinâmicas e de ritmo rápido, como as da China e da lndia, a descentralização e a autonomia podem ser vantagens competitivas importantes para as empresas

      multinacionais. Para ganhar essa vantagem competiti· va, empresas como a Tyson e a Marcopolo estão dando autonomia a seus gerentes no exterior para tomarem as próprias decisões.

      Fontes.: Baseado em C. Hymowltz, "Executives inO,ina N&ed8othAutonomy and Fas.t Access to Soss", WaJJ Street Joomal. 10maio 2005, p. 81. "Ma,copolo inaugura fábrica na fndia em me-io à crise.., P<>rtal Exame. Oisponivel em: <www,portale:xame.abril.com.br/H/economia/m.m:opolo-

      inaugora~fabôca-india·meio-erise-261650.shtml>. Acesso em: 8 m&io 2010,

      Capitulo 1S

      Fundamentos de estrutura o,ganiz.acionat

      479

      dos gcslorcs. t\s operações padrou1izadas1 junto cozn a alta for1nalização. p·crnútc1n que o p1-ott·.sso d("Cisório seja centralizado. 1\ssi..111, há pouca necessidade de haver to1nadorcs de

      dceisôc..·s cxpc1icntcs e ino,'<'d01\:s abaixo da cl1pula dirigente. Urn do)\ principais pcnuos rracos ndc: ''. râo interessa o que vocês procluzc1n, projetam ou vc11dc1n. Ninf,'\lérn salx o que csuí. acontl."(;cndo .. até que nós 111o.sfra11os os rcsult,ulos jinfli.s'. 1' . Ess.'t tonvcrsa rcssaha o fato de (J\1C a t-:SJ>é<:iaJização gera coníl.ilos entre (LS uujdadc.s. !\s 1nc1as das unidades funcionais podem se sobrcpot às da organi1....1ç-:io co1110 un1 todo. Outro 1><>1110 li-aco ela buroc1·aci,1 é algo que todos nós jtl vivcncian1os quando tivc111os de tratar con1 pessoas que traba]han1 nesse tipo de organização: a preocupação obscs· siva co1n a obediência às 1·cgras. Quando .surgcrn casos que n;io se <~ustaan cxatan1cnte a elas. não lul c-.sp.tço para rnanobr-ds. r\ burocracia só é eficiente c nquanlo seus func:ion;írios c nfrcnH1n1 problcnJas jt't conhecidos e pc11'à os quais jcl se tcnhan1 e;stahclcciclo rcgr-tts progran1adas de dccis.:io.

      A estrutura matricial Estrutura matricia1 Esvututa organizacional qve etia uma dupla linha de autoridade; combina

      _J

      a departa1Y1entalização funcional eap()( produto.

      Outro 1uodclo or&•.:u1i~c,cionc1l po pular é a estrutura matricial. \ 1ocê pode cnco11lrá-la cn-1 agê1'u;ias d(: p1'0pagr111(la, crnprcsas de a<:1X>n lal>Ol'."tlÓrios de pesquisa e dcscnvol\'i1ncnto, consn·,1toras, hos-pi1ais, agências govcrnan1cntais, u11i,·crsidadcs, co1p1'Csas ele consultoria e cn1prc:sas de cntrctcni1ncnto.11 l~ssenciahncn1c1 a estrutura n1anicial co1nbina duas for1nas ele dcpartanncntalizaçào: fu11cionaJ e por produto. O ponto forte da dcparta1ncntaliz.aç•1o funcional é agrupar especialistas, o que n1i11.i· 111iza o núrncro necessário deles, .ao 111(.'smo tc1npo que pern1itc co1nparülhar os n:éursos especializados entre os d.ivcrws p1'0<1utos. Seu p1incipal 1>011to li·aco é ,:1 dificuldade de éoOl'dcnar as 1arc~1s dos d i,·cr'Sos cs1>eeialistc,~ funciou~ais dcnlt'õ do orça,ncruo e dos pl'azos. A clcparta1ncr11aliz.:1çào por pmchuo, por sua \ 'C"I.~ ofr:rccc os bcnc;fic;:ios
      Figura 15.4 Estrutura matricial para uma Escola de Negócios Programas Departamentos acadêmicos

      Graduação Mestrado Doutorado Pesquisa

      Contabilidade Economia

      Recursos Humanos Finanças

      Marketing '

      Educ.,ção executiva

      Coosultoria

      Compott.amento organiza~ional

      ,.\ c;,ractcrislica n1ai.s óbvi., da estrutura n1at1icial é que ela ronlpc con, o conceito de unidade de co1nando. O s fuucionlirios dessas orga1úz;.1çõcs 1C:.·1n dois chefes: o gerente..· do dcp con1cça a luta pelo poder entre os gerentes funcionais e os de produtos. Para as pc-ssoas que gost.u11 de segurança e rcfu1an1 a an1biguidaclc, esse cli1na de trabalho pode produ:dr eslrcssc. Reportar-se a 1nais de un1 chefe produz conflito de p;.1péis e as cxpcc..·tativas pouco claras gcrarn a1nbiguidadc de papéis. O conforlo dé, prc\·isibilidclde da burocr.-1ciél é substituído pela i11~cgur:-u1c;a e pelo 1..-strcssc.

      mlovos desenhos estruturais Os d irigentes de n1uitas ol'ganizaçõc~ vf'n1 trabalhando pal'a desenvol\'er novos desenhos cslruturais que possa1n ajudar suas cn1presas a con1petir ele 1naneira n1ais cf-icaz. ~ luilas delas rcsuluun cm rncnos can1adM hierárquicas e cm unia ênfase 1naior na expansão das fronteiras da organiz..'1Çà0. 111 Nesta seção, vnn1os d,·scrcvcr dois desses n1odclos de estrutura.: a o,ga11i<.ó(
      A organização virtual Org.1nitação virtual O
      negoc,o.

      I

      Por que sei· propticul..rio se você podt alugar? Essa qucstào rcílcte :-1 essência da o r ganizaçã o vir tual (algu1nas vc:,:es cha1nada org;111ir.açào e111 rt,le <Jo 111od11!11r)> 1ipica1ne111e urna organização pe<1uena e focada nas aiividades essenciais a seu negócio, que tercciriza a n1aio r parte de suas fi.1114:,:ôes. 11 Con1 relação à es1nuura, a organização virtual é ahan1cn1c centralizada, conl pouca ou ncnhun1a d...:par1an1cntalizaçào. O protótipo ela cslrutura virtual s:cio os <:s1(1dios de cine1na atuais. Nos ano:, clour~ldos cl<: Holl)f\\'ood, os íilmc-.s er::un j)roduzidos por coq:)()1-..,çõcs enormes, integradas vcrlic..-.hnente. Cr:lndes oitrani~.tçôes co.-no" l\lGi\l , a \Va1·ner Rtos. e :-1 20th Cen1ury Fox

      Capitulo 1S

      Fundamentos de estrutura organizacional

      481

      A empresa Boeing terceinzou a produção de aproximadamente 70 por cento dos componentes de svas novas aeronaves de pas.s.ageiros, as. Dreamliners 787, Por exemplo, a empresa italiana Alenia Aeronautica produz.1u a fvselagem traseira e o estabilizador horizontal, e a japonesa Mitsubishi Motots criou as asas. Embora a terceirizaçào global tenha ajudado a Boeing a reduzir os custos com o desenvolvimento e a produção de aeronaves, a alta complexidade dessas estruturas também foi responsável por incontáveis attasos para colocar ess.a aeronave de ponta no mercado.

      c 1-a1n proprietária.~ de cnorrncs es1údios e c1nprcga\'a1n 1nilhatcs de C!:pecialis1as c rn LCl1\J)Q inu·gral - cenógrafos, câ,ncras, editores, dircL01-cs e até atores. 1-loje cn\ dia, a ntaioria dos fihnes é ICita por llln conjunto de indi\'íduos r pequenas c1nprcsas que se uncn1 para reaJizar u1n único projeto de cada vcz. 1:t l~ssc for1na lo cslrutural per1nilc que cada projclo cúnlc con1 os Hllcntos cspccialn1cn tc adequados f,quc lc f1hnc, en1 vez de scrcn, c·scolhiclos de tnoclo ob1igató1io entre os íuncio,uhios de u1n estúdio. Isso 1ninin1iz:.1 as dcs1>esa~ buroCl'áticas, Já <1uc nr,o existe tuna Ol'gani1..1çf10 fixa a ser ,na1uid~. 1\lén1 disso, Cl!Sa ~su·utura u1na ec1uip<: é n1on1ada 1>aJ'a cli1ni11a os riscos de longo prazo, 1>0is não há longo prazo 11111 p1'Qjcto co,n 1en1po definido e depois é cxLinta . .1\- nclc lisu e David Ji adn1ini.stran1 un1a organização virt11al. Sua cn1prcsa, a Apcx Digital, con1 sede na (:alifórnia, 6 u111a das 111aio re.s fhbricantcs de aparelho~ de 0\IOs do inundo. c1nbora não possua un1a só fúbiica e nc1n conte co1n engenheiros c1n sua ,:quipc. "l()d,c, a produção é tcrcciri~ttda p<.11<.1 c1nprtsas d~1 China. Con1 Ln11 i11\'cstin1cnto n1ínin10, a

      J\ pcx <:n:sccu cio nada pa1t1 500 o,ilhô<:s de dólares a nuais t'1'11 ,·<:ndtts c1n apenas u·ês anos. 1\ loja dt" roup;,s 'T'a co, p1'CSCnrc ern divc1'$0l\ estados bra.!:il<'ims., ado1a ,,,na t.:s1n1n11-a sc111t"lhan1c. 1\pr,..~ar de todas as 1·oupas 1crc1n a e tiqueta
      qualidade.

      Quase todas as grandes o rg..:\niz,,çõ<:s tê1n au1nc111ado sua tcr<:ci,·izaçào . .1\ Bociug, por cxc1np1o, ~.-.z a 1no1uagc1n de iodas as acl'01H1,1cs 1u1 rcgif,o ele Scaulc: n'las tc1'Cciriza a prochaçào de n l11itos dr S("11.s con111oncnlcs. --ra111hé1n a fhbri c-ttn1e brasileira Ernh1·ac1; por sua ,·cz, IC:c.hou con11'atos cont rorneccclol'cs japonC"scs, belgas e espanhóis para que elas se instala.ssc,n pcrlo da lãbrica de São José dos Ca1npos, onde .são n1011tadas as aeronaves da co1npanhia. Outras en1prc..ir;as pode1n tcrceirizar a gc.stào de todo o sistcn1a infOr111atizado para cn1prcsas con10 a lll~·l. Ouuras, a inda, co1no a \ ;ale, a J>(~trobras, a Ernbratcl e a Oi 1 te rcciiizan1 íunçõcs inteiras (o c1uc é conhecido no ,nundo da ad1ninistrtu;ão co1no ()ui.sou,.. (ing) para e,npresas co,no <, consul l0 1ia f\ cccn1urc. ;\rcas c::01110 o atcndi111cn10 ao consu,nidor ou su1>0rte técnico de bancos<' 01>er;\doras ele telefonia fix a e 1nóvc:;l ta1nbé1n cos1t11na1n se,· tel"Cciri1...:1clas po1· ,ncio de ou1 1-as Ol'ganiz::u;ões, alg111nas vczl''S c,n oucros estados ou no exterior. O que está acon1cccnclo? U111a busca pela Ucxibilicladc 111áxin1a. Essa.s organizações vi11uais crianun tnna rede de rclaciona1nentos que lhes per111itc conlratar a prestação de sc1,1ços ele 1nanuf;\tura, clislribuiço4.io. rnarkcting ou qualquer outr.t fl1nçào scrnprc que seus d irigentes perccbc,n c1uc os ou1ros podl·rn fi"lzer <> serviço nlclhor ou ,najs barato. J\ o rgaoizaçào virtual fi\Z 1.11n conu-astc excr<:nlO co,n a burocracia tipica e se <:On(·enlra nac1uilo que pode íà?.cr n1clhor. Pal'a a 1naioria elas cn1p1·esas que adota t"SSC 1ipo ele cs1,·un1ra, isso significa focar apenas a clahoraçào ele prqje1os ou o ,narkcling dos produtos.

      482

      Compottamento organiza~ional

      Figura 15.5 Uma organização virtual Empresa lndependenle de consuhorla em pesquisa.e

      desenvolltimento

      ''

      ''

      , ,,

      ,

      Grupo

      executfv~

      ,.

      '

      ,'

      Fábricas na Coreia do Sul

      ''

      '' Representantes

      de vendas comissionados

      A Figura 15.5 ,nostra t1111a orga ni::i:açiio ,~l'tt1:i.l que tCl'CCiriza todas as ftnlções básiC.-lS do negócio. ;\ essência da organização é tilll pe<1ueno grupo ele execu1ivos, cujo 1.-ahalho é supervisionar dil'c1arnente as a1jvidades intel'nas e eool'dcnar as l'elações corn os ICf'('f'i1i1.ados1 que J'C"SJ>0ndc1n pe la n1anufhtura 1 distribuição e ou1ras fu nções cn1ciais para a organização vi11ual. 1\ s linhas 1>0ntilh adas rcprescntan1 essas relações, geraln1cnte contratuais. Os gestores das o rganiza<ôcs v:irtuais passa1n a n1aior pa11c do tc111po cssc11cial111cntc coorclcn~ndo e conlro lando relações cxtcn1as! en1 geral por 1ncio do co1nputador. A pri11cipaJ vantagc,n ela o rgani:::i:açiio ,·i11ual é sua flexibilidade, qtu.: JX:rl'nite a 1x:ssoas co,n ideias ino\'ttdoras e pouco dinheiro. c:0111<> jovens <1uc c1'1:.1111 1leg0Cios va1~jistas basc:i.dos na l111crneti co1npc1ir co,n granclc~ 01:ganizaçôest con10 as Lojas 1\1ne1'1canas, a.5 Ca.sas Bahia e Ricardo Elctro-lnsinuan1e. No entanto, as dcsvan1agens das organi1.ações virluais JOran1 se tornando cada vez 1nais claras à 111cdida que sua popularidade foi cr..~scenclo. 1' E.las se cncont.ran1 en1 un1 estado flu ido e de rcorga11izaçào ptl'lltéutcntc, o que significa que seus papéis, objetivos t 1-csponsabilicladcs não são claros. lss.o to1·11<\ o .-11ribicntc propicio para o Uon::sci1ncnto do co1nporta111ento político. 1\quelcs q ue trabalha,11 frcqucnte111ente co,n organizações \'irtuai~ larnbén1 afit1na111 que o alinhanncnlo cultural e os ol~jetivos co111pa1·1ilhados podern .S<' perder en1 vi1·u1dc do baixo grau dei 111egraç-ào cnu·c os fllncionál'ios. Os 111en1hro!: de equipes geografica1nentc d ispersas, que se co1nunican1 apenas de tOr111a in1cr1ni1cn1e, achan1 d ifícil trocar inforn1açõcs e conhcci1ncn1os1 o que pode lintitar as ino\'açõcs e reduzir o lc1npo de resposta. íJc n1ancira irô111icai algurnas o rg~-tniza<Õcs vi11uais são n1cnos adaptá,·cis e inúvadoras do que aquelas q~1c possuc111 co111unicaçf,o bc111 c..·stabclccida. e n:dcs de c:-olal:>0raç~10. Urna p rtscnça de Jidcr~nça que rcfOrça o pr'Opósito d::t otganiz.-1ç..tio e f1tcilita a co111uniração é, por1a1110, cspcriah11c1ue valiosa pal'a essas otgani::i:a(ôcs.

      A organização sem fronteiras Organização sem fronteiras

      Organização que busc.ii eliminar a cadeia

      de comando, ter amplitude ilimitada de controle é subst,tuir

      I

      os d.eparta~entos por equipes avtonomas:__J

      O cx-pn~sidcrnc d:l Genc~ral Elcclric,Jack \ Velch. cunhou o tcr,no o r ganizaçã o St'm fro n teiras para dcsr1'CVCI' sua ideia do que ele quc1·ia que a G E sr 101·na1";SC': ·unta 1ncl*C('a1ia' . 11 Ou seja) apesar do ta,nanho g igantesco da c ,nprcsa (as receitas c1n 2006 chcgara,n pcr10 de 2g..1 bilhões de reais), \ \'clC:h quc1ia c lin1inar as íi-onteiras i·erticois e hori~o1tlais no interior da cntprcsa e quebrar as barreiras txter110.s e ntre a co1npanhia e seus fornecedores e clientes. 1\ Orbr..1nizaçào scn1 fronteiras busca cliininar .1 cadeia de con1ando, ter an1plitudc ilin1it.ada de controle e substituir os dcparta1ncntos por cc1uipes a utõnonias. Enll>Ora a G E ainda não tenha alc.:'HlÇado o cst~ígio c11\ que possa sc-r considerada sc1n fronteiras - e pro-

      Capitulo 1S

      Fundamentos de estrutura o,ganiz.acional

      483

      Em seu processo de reestruturação, a Tefefonica tem buscado 1éduzir as fronteiras existentes dentro da organização, que d iminuiam o ritmo da tomada de decisões e faziam surgir operações redundantes na empresa. Ao reduzir níveis hierárquicos e quebrar as barrE>iras étltré os departamentos, que-, muitas vezes, realizavam ta,efas semelhantes ou iguais, a Telefonica vem tentando focar a prestação de serviços aos clientes, deixando de lado as barreiras criadas pelo antigo modelo estrutura1. 1s

      vavehncntc nunra alcançarJ - , ela fez grandes progressos nesse sentido. l'odc·se dizer o 111csn10 ele ouU1ls cnlprcsas, conlo a U~·l& F Bovcspa. a gestora de ca11õcs ele crédito Ciclo, a ~·lotorola e a 31\'I. \ famos cxan1i nar o que seda tnna organiza<;ào scn1 fro nteiras e o que alg111nas cn1prx:sas rc,ze1-n para tornar isso unta realidaclc. 1'-' :\ o rc1l'lovcr as Íl"Oruciras vcr1icals., a a drn inistração ·achata' a hier.1rquia . Os cargos e sla/11$ pcrclc1n a irn1>0rt~lncia. 1\ s cqui1:>es rnuhi-hlctár<1uicas (que inclucn1 ahos cxcculivos, getCntcs de nível 1nédio1 supCl'\~i10:i·es e OJ>Cl'á1ios), as p 1·á1.icas de 10.-n ada de dccisõc-s par1ir ipativas r o uso das avaliações de dcsernpcnho ele 360 graus (c 1n que os colegas, os superiores e os subordinados de un1 funcion~í·rio a\'alia 1n seu dcsc1npcnho) são a lguns cxcn1plos do que o h aú Unihanco está íhzcnclo par a e lin1inar as fron1ciras vc11icals. Na Oticon 1\ /Si fitbri~

      cante dina1Tiarqucsa de aptu-clhos ;:-tuclith·<>S conl f..1tu ra n1cnto d e 160 rnilhões ele dólares ao

      ano} todos os resquícios de hierarquia fo ran1 clin"linados. ..JOClos os funcionários trabalhan1 c n1 est)ÇÕCS de u·abalho ntô\·cis i~"l.1:lis, e a coordenac;:ão do trabalho fica a cargo de equipes de p~je10, e não de funções ou de dcpartan1cn1os.

      Os dcpar1an1cn1os funcionais c 1ian1 fron1e iras horiz-0ntai~ que d ificuhan1 a interação entre as funções, as linh as de produtos e a.s unidades. ,i\ fo rn1a d e reduzir essas barreiras é substituir os clcpartarn cntos funcionai.s por equipes Olultifuncionais e organizar as atividades c1n torno ele p rocessos. ,1\. Xe rox, 1>0r cxcrn plo, ago111 desenvolve no,·o.s p rodutos por 1ncio de equipes rnuhidiS<:iplina rcs que u-abalh,un enl uc'll l111i<:o processo) crn vez de tr;·l balh;u· cn1 l:tl"Cfhs fi1ncionais linlitaclas. r\ lgu1nas unidades da c,nprx:sa de tt~lcco,nunic::ações A..l.&..r estão f.1zrndo seus orça,ncntos a 11uais co1n hase não n1ais c n1 funçõrs ou clcpar1an1cn1os, n1as en1 pn.xcssos~ conto a n1anut1cnção de- un1a rede intern acional de tt~lccon1unic.1.çôcs. As c n1presas pode1n ta111bén1 e lintinar as ba1T-ciras horizontais, utilizando as u1u1slêrências laterais e Í.'lzcndo o rodízio de pessoas entre áreas funciona.is dife rentes. fusa aborclagcn1 u1,nsfor1na especialistas crn gc11cr-..tlistas.

      A organização mais enxuta: o downsizing o rganizacional O objetivo elas novas cslrutu1·as organjzacionals q ue dcscrcvcntos é a urncntar a agiJi~ d~clc, c,iando urna organizac;ào c11xuta. focada e Acxí,·cl. 1\$ c111prcsas podcnt p recisar exlinbri.1ir dcpa11.antç1HOS q ue nfto cst [10 agtcga,,clo valot. O d()u·nsizing é u,n csfof\:O sistc1ntítito para lo r1u11· a 01•trani1.a(•'io 1-nais cnxu1a por· 1neio da venda d<' unidadC'S d e negócios. fccha 1ncn10 d e filiais ou rcdu(.ã o ele pessoal. i-:stc ren1 sido un1 processo has1a1uc controverso c ,n vir1udc de seus po1e11ciais in1pac1os negativos sobre os funcioná1ios. () cncolhin1cnto radical da C hrys.lcr e da Ccnen,J .X lo tors cn1 anos rccc1ltcs l(>r1na un1 c.1so ele dozv11si~i11g por con1a ela perda de l:'llia de n1crcado e das rn udanças nas clcn1andas

      dos eonsumidorcs. Essas crnprcs,is pro,·11\·cl111cmc prceis,u·arn diminuir simplcsmcrne pm'll sobr<:vivcr. No e ntanto, Oulras 1-ccorrcn1 ao dou:11.si;:.i11g CO!l't o objetivo de direcionar t()do,:; os i.:Sforços p~l ra suas co111pe1ênc::iilS ccntl'(1is. Orpois de u111a séri("' de aquisições c.1.1-as. a

      484

      Compo11.amento organiia~ional

      \ lcriSign decidiu \·cncler a n1aior parte de suas unidades de negôcios e retornar :, sc:u foco estratégico 01-itrina.l: a sc!,11.111.tnça do con1ér<:io clco·ônico e proteção da identidade on-line.:.' 1 Outras ('n1prcs(1S concc1'ltr,1n1-sc cn-'I técnicas ele gcsti10 mais cn.'\:uta p(1ra rcduiir a bu1-otr<1cia e acelc1-.-r o ptocc:sro ck~·isól'io. Apcs.al' da.~ \'antagcns que as organizações n1ais (:nxutas possu('ll\ o i1npac10 do tlou:,1si~ing no dcsc111pcnho organizacional 1en1 sido bastante conn'Ovcrso. u, Reduzir o ta1nanho da forç-a de trabalho produz un1 rc.suhado positivo i111cdiato por 1ncio de un1a cliininui~ào SÍ!,'11Íficati,·a no custo dos saláiios. t\ s cmpr<.'sas que rccorrcin ao dou:11si.ei11g para n1clhorar seu foco c-st1,1tégico 111uitas ,·czcs vcc,n aurncntar o preço de suas crdcnclo, portanto. un1 capit;.,I hu111ano ,·itaL O resul-

      tado é uma cn1p1'Cs.a n1ais anê,nic.:-... q uc enxuta. ,\.,; cn1p1'CSi\S r>odcrn reduzir os rcsulo1dos nc~ralivo:s p1"Cpan1ndo-~c con1 an1c·ctdência para o a1nbic·n1c pós-dou:11si~i11g, aliviando, ass.irn, o cs.Lrcssc de a lguns fllncionários e forLalcccndo seu apoio à nova direção c:su-a1égica.'ZO A scgui1; \'Cl'cn1os algu111as csl~négias eficazes ligadas ao dou.nsi,d11g e sugestões para i1nplc1ncnt;í ..las. 1\ 111aioria delas cst.í ligada aos princípios ele just.iça organizacio111al que discut.irnos anteriorn1cntc: /Jtt'tJIÜ11r11to. 1\ s cn1pn:sas que rcc(nTCrn ao do1.()11.ri,<J11g parti se conccntr(\r c.:n1 co1npc1ê ncias <·çnu·ais são 1nais <:íicazcs quando posu;11orn1cn1c invc;stc1n cn1 pn\lita!i de trabalho que cxigcn1 grande cn\'olvin1cnto.

      ENOUETE COMPORTAMENTAL

      Você está praticando o downsizing atualmente?

      Não, 56%

      Fonte: Ba~ado cm Are Y<>v Oown•~ing? (po:~is& em ~od:uncnto foit.fl ç,om os e~~rcs mtmbl'OS do Natiomt A.$$oQ&bQn of Wholes.1let$-OiSlriootors}.. Disponível em: <www sm.artbri,of,com/n4)W'SINAW/pofl_rewlt.jsp1po11Name• NAW11 l 92001 ~yoffs&i ssueid • 73F877ES·E 1BE-430 t-9875·9CC6907 t A84A>.

      Capítulo 1S

      Fundamentos de estrutura organiuicionat

      485

      Co11uu1ic<1çllo. Quando os c1nprcgadorcs se csforça1n para discutir o dou111si~ittg conl os H.1ncio11ários desde o início. estes se prcocupan1 111cnos cornos resultados e scnlcn1 que e, crnprcsa lc~va c,n conta M:u pon10 dt \'ÍSta. Participação. Os fi.1ncion{1rios íican, 111<:nos preocupados quando podc1n participar do processo de algunla n1ancira. J~tn ccrlas c.1nprcsas, os progratnas ele aposenta· doiia ;'lntccipada ou os planos de. clcn,iss:.lo voluntária podem auxiliar o cnxuga1ncnlo scn, gerar d cn1i.ssõts.

      Assistit1cia. Ft-,rnecet con·li:>ens.açõcs pelo dcsliga1nento. nH11ne1· o 1>lano de saúde e c1iar p1'0gl'tnnas de auxílio para buscar urn novo c1nprcgo s.ào ações que 0rta con1 seus li.1ncion:írios <: honra suas cont1ibuiçõcs. ,\s c111pr<.·sas que se tôrn:un 1nais enxutas podc1n ser 111al.S ágeis, eficientes e produth·a.s, 111as a.penas st fizt rcrrt os cortes conn cuidado e auxiliare1n os funcion:;l1ios durtUllC o processo.

      l for que as estruturas diferem entre si? Modelo mecanicista Modoto eslt\.lturol Q9racterizado por exténsa

      departamenialização, elevada formalizaçJo. e

      I

      _I

      centralização. Modelo orgânico

      Modelo estrutural 'achatado'. que viiliz.a equipes multifuncionais, tem uma reduzida íormalitaçào e estimula a

      pa~ic;paç;o de todos no processo decisório.

      I

      -----

      ])('..SCl'eve111os u111a \'al"iedadc de rnodelos organizacionais c1ue vão desde a h111·ocracia allan1cnrc estruturada e padronizada até a organização se1n f'ron1eiras. Os outros 1nc,clelos que dcscrevc1nos situan1-se en1 algunl ponto entre esses dois cxtrcrnos. t\ Figura 15.6 reconceitua noss.."t.S discus.sõe,."i prévias ao aprcsc1nar dois 111odclos cxtrc111os de cst11.1lura org-ctnizacional. \ia1nos chan1ar tnn dos cxlrc1-nos de modelo me· ca.n icista. Ele gcrahncn1c é :-inõnirno dé btu-ocracia) pois possui processos de 11-abalho al1anlc~n1c: padronizados, c..~ lcvada io,·,nalizaçílo t urna hic1'ar(Juia lll(\ÍS gc1l'nci::il. No o,11t0 cxux:,nc> cs1á o m odelo orgânico }que len1bra basuu11c a organi,:ação se111 íl'Onteiras. Ele é 'achalado', utiliza ,ncnos procecli1ncntos tOrn1ais no p1'0Ces:so decisório, conla con1 vários 1on1adores ele clc:cisào e ravorc<'c as: prárir.as flexi\'eis.11 Co1n esses dois 111odclos c111 n1cnLc, agora es1..,n1os preparados para responder à qucsülo: por que algu1nas o rganiza<;õcs aclora111 1nodclos 1nccanic:istas e ouLras sc:guc1n 1nodclos org;_inicos? Quais s.:io as for(~tS que influcnciarn essas escolhas? 1\ s<:guil'; aprcscn~ tarf'1nos as pri,,cipais causas ou dc1c,·rnina111cs d(' tnna <:su111u111 organizacional.'11

      Modelo mecanicista versus modelo orgânico O modelo mecanicista

      • Elevada especializaçao • Oepartamentalização rígida • Cadeia de comando clara • Amplitude de oontrole limitada

      O modelo orgânico

      • Equipes multiluncionais • Equipes multi·hierâtquicas • Livre fluxo de informações • Amplitude de oontrole abrangente

      • Elevada c11n1ralitação

      • Elevada desceniralitação

      • Elevada formalização

      • Reduzida formalização

      Compo11amento organiia~ional

      Estratégia

      Estratégia de inovação Estratégia que enfatuit:. & invodução de novos produtos ou serviços.

      EstratQgia do minimização de custos

      Uma estratégia que enfati1:a o rígido controle dos costos e eVTta despesas desnece$sárias com inovações e marketing.

      _J

      Estratégia de imitação

      Estratégia que procora lançar produtos ou ingres~r em novos mercados apenas depois que a viabilidade deles é comprovada.

      I

      Co1no a tstTtHura é ;1pcnas u1n n1eio para altançar objetivos, e estes dcrivan1 ela \:Slr.ltégi(1 geral da organização, é lógico que a estrau::gi.-1 e il estrutura ,~teja111 inti1na111entc ,·elacionachtS. l)c 11uo, a C.lill'utura dcv\~ seguir a cstralégit1. Se a ad1ujnistl'<&Çào íit.A:r urna rnodança signific.:.-uh"' lli;l csl'"'Hégia d a crnprcsa. sua csu·u1\11'a precisará set 1110cura lançar i1npol'tan1cs novid:.u;lts cn, n1,ltt:ria de produtos ou sc,, ,iços? U111a estratégia de inovação luta para chegai' a ino\'açõcs de Í:'ttO singuJarcs. Obvia1ncntc:, ncrn todas as c1nprcsas buscan1 a inovação. Essa estratégia pode c.aractt·rizar a Natura ou a f\pJ>lc: 1nas não u1na c1nprcsa tradicâonal con10 a Co1npa· nhia Sidcrl1rgica Nacio11al. t\s c1nprt·sas inovadoras usa1n urna re1nuncraçào con1pctÍlÍ\·a e bcncfirios para atrair os 1nelho.-<:s ranclidatos e 1notivar os funcion,írios a correr 1iscos. No c11tanto, certo grau de 1ncu1nic-is11no pode, na vcrd;:1dc::, be11cfici;;u· a ino\'a(ào. Ca,1ais de co,nuuicaçilo bcn1 definidos. polílicas p:,ra intc.:nsiíicar o co111p1xuni~o de longo pl'azo e- <'"anais de au101idadc claros podc1n ajud ar a l'calizar rnudanças 11ípidas de 101·,na nlais sua\'c. Unta o rganização que busca un:ia estratégia de minimizaçã o de custos controla 1igida1nc1uc seus custos. li111i1.1 os gastos co1n inovações clcsncccss<írias e reduz o preço de \·cnda de produtos biisicos. Essa (~ a clcsciiçCs c1ue aclo1an1 un1a estratégia de i.m.itação 1cntan1 1anto n1ini1ni~ar os riscos qua1110 n1axi111i'l.ar suas 01>0rtunid.tclcs ck· lucl'O. Sua estratégia é c111ra.- crn 110\'0S n1crcados ou lançar produtos só dcE>ois que sua \~abilidaclc tiver sido con1provada 1>elos inovadores. Os f.:,britantcs de artigos de 1noda cn1 n1assa. que copia1n os t-stilistas, SCb"llClll essa csti.uégia, bcn1 corno c1nprcs.-ts corno a 1\1nBcv e a Ncstlé. Elas scgut.·111 seus concor· 1·cntcs 1ncnorcs e 1nais inovadores larnç.audo produtos 1nclhon::s, 111as sorncntc depois que os concorrentes dcn1on.st1-ararn que há 1ncl'<:ado para esses produtos. O Quadro 15.2 descreve a opçt1c"> cs~naur.al que ,nclhor se adapta a cada cstt.ttégia. Os inovaclorc!Õi prccisa,n ela flexibilidade ela cs11·utu111 orgânic."l., ao passo c1uc os n1inilni:t..adorcs ele custos bus.can1 a eficiência e a cstaJ>ilidadc ela cs1ru1ura n1ccanicista. Os i1nitadorcs <:0111· binan1 cunhas as cstrl1turas: aclota1n un1 inodc:lo rnccanicista para 1nantcr controles rígidos e custos baixos c1n suas atividades \~gentes, n1as cria1n sul>unidaclc.s o rgànicas voltadas para a busca de novidades.

      Quadro 15.2 A relação estratégia-estrutura Esttatégía

      Estrutura

      Inovação

      Orgânica: estrvtura solta; baixa especialização, baixa formaliiação, descent"11ização

      Minimização de custos

      Mecanicista: controle l'igido; especialização extensiva do tl'abalho, alta fol'malização, aha cenualização

      Imitação

      Mecanicista e orgânica: misto de caraeteristiais de rigidez e informalidade;

      controle rígido sobre as atividades vigentes e controle mais ameno para as novidades

      Capítulo 1S

      Fundamentos de estrulura organizacional

      487

      O tama11ho é uma variâvel que afeta diretamente a estrutura de uma organização. Vejamos a diferença

      entte duas empresas brasileifas que atllam no ramo de petróleo e gás. Com uma -receita anval de 215 bilhões de reais, a e)(·estatal (e hoje sociedade de economia mista) Petrobras drlide-se em dive,sos departamentos e áreas funcionais. Essa foi a maneira encontrada por

      seus executivos para organ,za, e conuolar seus mais de 55 mil funcionários. Já a OGX, emp,esa do grupo de Eike Batista fundada em 2007, apresenta uma estrutura

      muito mais enxuta. Nos três primeiros anos, com c1penas 130 funcionários, principalmente geólogos e engenheiros, a empresa concentrava-se na elaboração de projetos e no planejamento de futuras atividades, com uma estrutura baseada principafmente em grupos de uabalho.u

      Tamanho da organização O HUl'lanho da organização iníluc1lcia sigoificaliva,ncntc .sua eslrtuur~1.~., ,\s orgaoizaçõcs <11..1 e enlpregan1 duas 1nil ou nu1is pessoas tcndc111 a ter 1nais cspeciali:;,;ação, rnaior dcpa1·1an,entali:;,;açào~ 1nai.s níveis venicais e n,ais regras e 1·egola1nc1HOS do <11..1 e as en,presas pequenas. Con1udo~ o in11,aclO do la1n anho din1inui à ,neclida que a organi:;,;açào se expande. Por quê? Quando u111a cn1prcsa chega a dois 1nil íuncionários. já é bastan1e 111ccanicista. U1n adicional de 500 fu ncionários não vai 11,zcr n1ui1a diíCrcnça. Contudo, arrcsccnH,r 500 fll nr ionáiios a urr1a c1npr('Sa c1uc 1cn\ apenas 300 provavclincntc resultará 1u, 11cccssidadc de 1nudar pam uma CSln1tur.:i nlais n,ccanicista.

      Tecnologia O tcrn10 te·c.n o logia refere-se, ac1ui. ,~o.s 1neios 1x:.los quais un1a crn1>1x:sa 1ransforn1a insumos c,n 1'CSl1l1ados. 'l'oda org~1, i1.aç:io lcrn J)(:10 ntenos urna tecnologia para converter seus 1-ecursos f-inanrei,'Os, hun1anos; <' íisicos e 1l\ produtos ou serviços. O cs1alei1·0 1\Llâ1uico Sul, no Porto de Suapc, cn1 Pcrna1n buco, ~)OI' e_xen1plo, utiliza o lqyoul de projelo pata H,hricar e reparar navios. Nesse 111odclo de 1rahalho, são a.~ fCrra1nentas e n1áquinas que vão até o local de produção. Por sua vc-1., as universidades podc1n utilizar diversas tccno.. logi.-s didáticas - as scn1prc populares aulas cxposith·as, a análise de estudo ele casos ou exercícios cxpcrirnentaí.s. No cnta11to. seja qual for o rnétodo escolhido ou o proce~o de produ<:ào, as cstrutu111s orga,1izacio11ais tên, de se ad:-ipu:,r t, tc..:cno1ogia. ~·luitos estudo~ exa1ninal'a 1n a l'(')::i<:t10 cn1rc csu·,nuta <' 1ccnologia.18 O \e1na co1nu,n da dift;1'!"nriaç.âo dC" 1ccnologias é o grau dt ro1i1ú<,nç11o da.$ operações. As a.ti,iclades roLi neiras são caractc1izada.:S ~)Or operações au10111atizaclas e padronizadas. 1\lg11ns <"Xen1plos :Sào a íahricaçào de puxado1·es por n1old cs de injeção, o p roccssa1ncnto au1on1ático ele transaçõc;.5 con1crciais e a in1prcss.io e cncaclcrnaçào ele un1 livro. t\s atividades não rotineiras são personalizadas. Elas cxigc1n revisão e atur1lizaçào constantes. Es.sas atividades incluc1n a1ividacles v~,riadas! conlo o rC!;tauro de 1nó,·cis, a confc<:c;ão de calçados sob ,ncdida! a pesquisa gené1ica e a clal:>0raç-
      Teçnologla Meio$ pelos quais uma

      empresa transforma insumos em resultados.

      Ambiente Ambiente Conjvnto de insti11,1ições

      ou forças externas que tlhn o poton.cial de tiifet~r.od~empenho da

      organ1zaçao.

      I

      __J

      O amb i e nte de urna org•,u,ização inclui as in~ti1uições ou fOl'Ças cxtc1·1ul$ qu(' 1ê1n o potencial de afê::ta1· 5;cu dc:Sc11\pC1\ho, con10 f01'necedorcs, clientes, concorl'entes, agências regula1ótias cio go\'erno e gl'u1>0s de opinião pllhlica. f\ estn.nura de urna organização pode ser afetada pelas incc11czas desse a1n hicntc? Oc 111odo geral> os a111bicntcs estáveis gcran1 bcn1 rncnos inccrlczas do que os dinân1icos. Co,no a incerteza é tuna a1ncaça. à eficácia da o rganiza(:tl.o, os executivos filzcm de tudo

      Compottamento orgc1niza~ional

      Figura 15.7

      Modelo tridimen sional de ambiente Estável Abundante

      Complexo

      Simples

      Oinãmico

      Escasso

      para n1inir11i1.á-la. Unia das forrnas arlc d:1s cmpn.:sas, con10 a Pc psi, ~lCr<:sccntou clcparlanl<:nto~ de redes sociais a sua <:Sl1111tur"' para responder a i11fo1·,nações ncg:--uiv·"'s postadas <:1)1 blogs. Ou elas podc,n for,nar alia 11ças csu-atégicas con'I outras e,nprcsas, conio ocorl'Cu quando a ~lic1"<>SOfi e a Yahoo unirarn forças para corr1pelit 1nclho1· co,1i a Googl(".19 O a1nbicntc de <1ualquer en1pl"('sa 1>0ssui 11·ês di1nensõcs que deve1n sei' considcl'adas na escolha do rnod elo esui.uural 1nai~ ad cc1uadc,: a capacicladc, a volatilidade ç a co1np1cxidadc. 1\ capacidade rcfCrc·sc ao grau c111 que o a1nbicntc consegue suslentar o crcsci111cnto. 1\n1bicn· tcs iicos e c1n crcsc.i1ncnto gcr;un rc-cursos abund;uucs, que pod c1n ajudar a organ ização c1n LC111J)OS de csc;,ssc-t. relativa. O grau de insl,,bilidadc de unl .11·nbicntc é captu.-aclo n<" di,ncns:1o da V(l/ati/i,/(ldt. U,n a1nbic11tc diná1nico e corn alto índice de n1uda1lça in1previ~ívt'"I f..1z que a ad1ninis11·ação tenha dificuldade de f.11.c1· previsões: exa1as. Pelo fato ele a 1ecnologia da inf()r,naçâo 1n11clar rapidatnentc> n1ais a1nhien1e.s corpor.uivos estão se ,ornando voláteis. l·inaln1cntc, a co,nplt.,·idadt é o gr-.a.u de hcu·rogcncidadc e de concentração dos clcrnen· los :.unbicntais. Os a1nbicntc.s sin1pl,..:s - <·01no o seto r ele tabaco - s.1.o hornogêncos e concentra dos. J á os a1nbierttcs caracterizados pela hctcrogcncid:.de e dispersão - con10 as c1np1X'S.:'ls d o setor de l<:lccon,unicaçõcs são complexos e d i\'ersos, co,n in\uncros concor-



      re1ucs. A figura 15. 7 rcsurnc noss,1. d efinição de a,nhicn1c ao longo de sua~ 1rês dinlensõcs. setas inclica111 o 111ovin1<'n10 c1n direção a tuna n,aior inrerte-J:a . .i\..l\Sin1, as en1presas que au1ain e1n a1nbicn1cs çaracte1izaclo~ 1x la escas..,ez 1 clinà1ni<;a e co1nplexid:-ide cnfrC"ntarn 1naior incerteza, pois tên1 pouco CSJ:>aço para o erro, lida1n co111 alta i111prcvisibilidad(· e possu<:1n un, conjunto de c lcrncntos n1uilo dive rsos para monitorar constánttrncnte. Co1n base nessa dcfinic;ii.o uidii\'lensional de tunbi~nte. podc1nos chegar a rJgu,nas conclusões gerais sobl'C .:\ incerteza a1nl>icn1<1J e os ar-ra,~os estruturais. Quanlo n1ais escasso, dinâ1n ico e co1nplcxo o a1nbientc, rnais Ol'gânica a cstrun11~ dC\'C sct. .\las1 qt1a1Ho 1nais abundante. estável e sirnples o an1bien1c, ,nais adec1uado SCl'á o 1nodclo 1necanicisla. 1\ $

      i s modelos organizacionais e o comportamento do funcionário CQ1ncçarnos este c-..apitulo afirnl~Utdo que a estrutura da organização pode ter efeitos significativos sobre seus 1ncn1bros. ~1Eas quais s.:i.o esses efeitos?

      Capítulo 1S

      Fundamentos de estrutura organiuicionat

      489

      MITO OU CIÊNCIA?

      As pessoas são nosso bem mais importante mbora esse lugar-.:omum seja dito com tanta frequência que chega a despertar um sorriso for· çado no rosto de muitos, há evidências de que, para muitas empresas, isso é verdade. A visão de uma empresa baseada no conhecimento pressupõe que ela só pode gerar valor quando possui as informações e o know-how para usar seus ativos intelectuais de maneira eficaz. Se dividirmos a economia brasileira entre os setores primário (agricultura, extração vegetal e mineraO,secundário (indústrias de processamento) e terciário (setor de serviços em geral - telecomunicações, comércio, educação etc.), veremos que a maior parte da população está ocupada no último setor (58 por cento), mais intensivo em capital humano, e que, da mesma forma, a mai0< parcela do PIB também provém do setor de senriços (46,7 por cento)." Embora tal divisão esteja longe de ser uma prova perfeita, ela sugere que o então chamado profissional do conhecimento é uma parte cada vez mais importante da economia. Ainda assim, mesmo reconhecendo a importância do capital humano, muitas estruturas 0
      E

      ponentes - , terceirizando em menor escala a fabricação ·de autopeças ou a montagem. Já os fabricantes de automóveis do Japão, como a Toyota ou a Honda, de maneira diferente, focaram o desenvolvimento de produtos intelectuais internamente (design e engenharia), terceirizando uma parte da fabricação e montagem, ou a grande parte, para países onde vendem seus produtos. Tem-se defendido que essas d~erenças estMurais podem ser um dos pontos responsáveis pelas vantagens intangíveis, tanto no design como na engenha· ria, dos fabricantes de automóveis japoneses em relação aos norte-americanos. Os autores de um estudo recente observaram o seguinte: "enquanto administrar o intelecto profissional é claramente a chave para valorizar a criação e o lucro para a mai0
      U1na revisão das <:viclCnc.:ias nos conduz a tuna conclusão bastante clara: é in1possívcl gcn(·ralii'.ar cssts impactos! ~ fio s.:-i.o todas a.s pessoas que prcfcrc1n a lihcrcladc e a ílcxibili~ dadt das estruturas org.'"lnicas.. 1-\Jgu1nas delas s<: scntc1n mais satisfeita:; e s...lo 1nais produti~ ,,as quando seu trabalho é padro11izado e qt1ando a an,biguidadc é 1ni11inLiz.:ida ou seja, ~ob urna est1,1l\11(1 ,Hccanicista. ;\ Jén1 clisso, fatores diferentes se dcstaca,n e,n esu·uturas diferentes 1a,nbén1. F.111 01-gani1.,.1.ções . aha1ncntc forn1alizadas, cs1rtnuradas e n1ecanicistas, o nível de j 11s1iça c1n p<>líti('a.~ e procedi1nc111os fo1"1nai$ cl:i 1101 ho,n prognóstico da ~a1isf..1..çào. E1n orbr.u1izaçÕt'S rnais pessoais, ad:,ptávcis ao indivíduo e o rgânica.~. os funcion;\rios v.:1lorizan1 111ais a justiça intcq:x:ssoal."'1 ,-\ ssi1n. qualquer discuss..l.o sobre os efeitos do n1ocfc.. lo organiu tcional no comporta1ne nto dos funcionários precisa lc,·ar c1n conta as d.ifcrcnças individuals. r.·,ra iJusu·ar esse ponto, ,·a,nos considerar as preferências dos funcioncírios por cspccializaçéiO do trabalho, an1p1itudc de co11trolc e centraJiiação.J' t\s cvldências indican1 que, Ctiúvas e lin1itadas sup4.! ram as ccononliàs da cspcciaJizaçào. Con10 a forç;·1de trabalho tornou-se n,ais educad:, e desejosa de trabalhos que stja1n in.. trinscca,ncntc recornpcnsadores~ p,\rccc que chcga1nos ao ponto crn que a produtividade co,ncça a declinar n,a.is rápido do que crn dé-c..1..das pç1ssadas. 1

      490

      Compo11amento organiia~ional

      As ta(efas destas mulhe(es uabalhando na montagem de conversores para televisores d igitais na Zona Franca de Manaus são altamente padronizadas. As difefénças individuais inffuenciam como essas funcionárias reagem a sua alta especialização no tfabalho. Pa,a elas, a especialização talvez seja uma fonte de s.attsfação no uabalho porque ofe,ece a segurança da rotina e dâ a elas a chance de se s0<::ializ:a,em no trabalho, pois ficam p,óxi1nas às colegas.

      No cnla1no, ainda há un1 .scgn1c1110 ela força de 1rabalho que.~ prefere a rotina e a repetição de trabalhos supcrcsp<:ciaJiz.ados. 1'\ lgu111;,s pt·ssoas qucrcn1 un1 sc1,'lço que exija o n1í11in10 ele sua capacida.clc intelectual e que ofereça ~1 segurança ela roúna. Para eles, r, alta espcciaJização é íonte de satisfaçào. 1\ q uestão q ue se coloca ê sc css.:tS J>Cssoa.s 1-cprc· senuun 2 por ccuto ou 52 por ccuto dos trabalhadores. Corno existe certa autosseleção na escolha elas cat1-ci~s, podcrnos concluir que os resultados co1npotu1,ne1Hais ncgall\'OS da alta especialização tên1 rnaior probabilidade de apar·ece,· e,n catreiras de p1'0fissionais con1 alta qualificação, buscadas por indi,·íduos con1 grande ncr"'.ssidaclc de r1·cscin1cnto pt~ssoal e de d i\'trsicladc. Provavcltncntc-1 é seguro afir111ar c1uc não há C\'idéncia suficiente para co1Toborar tuna rclaç;:lo entre .-1 a1up/iJude de controle. (~ o desempenho do funcionário. E111bora scj.1 intuiti· va,ncntc atraente argtunentar que:: 11.una grande:: ,u·nptitudc de con,rolc pode le,"'r a urn desempenho ,neU•or do funcion~\rio por 1:><:rrnjlir urna d istância n,aior da supc::n·isão e dar 1nais opo1·tunidadc pata ,1 iniciativa r>cssoal, as pesquisas não confir1na1n c.s.sa posição. 1\té hoj e, não é 1>0sslvel afirn1a1· que qua.lqucr an1plitude ele conu'Ole srJa a n1clhot para gerar ho1u clcsc1npc1\ho e .sarisf.,çào c111rc os fu ncionflrios. Alg,1ns prcl'Cl'cn, ficar .sós; ou11'0s p1"C· fcrcn1 a segurança de un1 c.hcfCsc1nprc presente. Consistcntc111cntc con1 as diversas lcodas conúntrtnciais sobre liclcr::-,nça q ue cl.i.scuún1os no Capítulo 12 1 podeinos esperar que fruorcs con10 a experiência e a capacidade
      Capítulo 1S

      Fundamentos de estrutura organiuicionat

      491

      I mplicações globais Quando pcns.;.:unos c,n con,o ,, cultu1.l inílucncia o ,nodo corno as organizações são cs1ru1uradas. várias pcrgunlas ,·ê1n á n1c1ne. Pri,neiro: a cultura é rcahuen1c i1nporHt1)lC para cnlcnder a csu·uu.1111 organizncio11al? Segundo: os u-abalhadorts de diferentes p,1íses prefe,·c1n di\'CfSOS 1ipos de esu·utu 1-as organizacionais? Por firn, co,no as considerações cul1urais co1nbina1n co1n nossa discu~ào sobre a organização sen1 f1·on1eiras? \la1nos tratar de cada u,na dessas <1uestõc.i. Cultura e estr utur a orga:nizacio nal ;\ cultura realn1c111c areia a estrutura 0 1-g~:i.nj~acional? t\ resposla parece óbvia sl1n! 1 ,nas h~~ razões pelas quais a cuhura calvez n?,o in1porte lanto quanto pens.:'unos. O nlodclo norle-a,ttericano de neg6<:ios lenl sido ,nuho infl\1cntc, HU)lO que as CSl l"u luras o.-gani-:i:,,.cionais e1l1 outros países talvez se espelhenl nele. ~,Jas, pol' sua vc-:i:~ as estruu 11·as norte-an1eTicanas f01'an) iníluenciadas ))OI' 111odelos o rgani-:i:acionais de ou1ros países (espcciahncn1c.Japào, C!"à-Brctanha e Alc1nanha). No en· tanto~as preocupações culturais ruinda :>õlo in1por1antcs. F.111 n1uitas p::uics ela Europa e da ;\si::t as estruturas burocráticas aimda do111i11;:u11. 'l'tun1X'n1 no Brasil verifica-se que o con· lrole de tarCÍ.l.s ainda se rege.: 1>or uni ,nodclo burocr..\1ico, co,n uorrnai e proceclimcntos, n1as, apesa r clisso! o processo decisório, a distribuição do trabalho e o fluxo de i11for1llações. ;'1SSe1nelhan, -sc a un,a visão ,nais l1u,na1~a e de 1naio1· au1ogctencia1)1enlo.j(, Cultura e prefer ências estruturais d o funcionário E1nbora não haja 1l1ui1as 1x:squisas1 sugcrc-:se que a cuhora nacional de ra,o inrluencia a preferência pela estrutura."' r\s organizações que trahalha.-n co1n pessoas oriundas de países co111 culturas de grande d istância do poder - corno é o e.aso da Grécia 1 ela França e ela 1naioria dos países latinoan1cric..'\nos~ onde se.: inclui o Brasil - l<:r,to funcion,lrios n1uito n1ai.s propensos a aceitar o nlodelo ,nccanicisla do que as que c1nprcga111 genlc que vc1tl de países COl'I) pouca distância do poder. 1\ss.in1, t~ preciso considerar as clifcte nças culturais juntarncnle co,n as individuais ao íhzcr ptc\'iSÕC'S sobn:: corno a esln.tlu!"a afctatá o desen11>enho e a Sr'\tisfação dos foncio1l.i1·ios. Cultura e a organizaçã o. sem fronteiras Quando totahncnte operacional, a o rgani-:i:aç~o sc1n fronteiras tan1bé1n supera as barr<·iras criada.<,; pela geografia. r\tualn1cntc, cxistcn1 111uilas c1nprcs.:'lS brasileiras que s:c1o orga11i'l.._'\çõc:s globais, con10 a P<:trobras, a \'ale, .l Ccrdau e .t Brasil Foods. Elas s.;:lo enlprcs.as intcnHltionais que, algun1~is vct.est tê1n volun1es de negócios cqui,·ale,ncs dentl'O t~ lôra do país. Corno rcsultado1 1nuil,lS crnprcsa.s luta1n con1 o proble,na de co,no incorporar as regiões geog,~íicas en1 .sua es1rutu1't1. A orga1liz;ição se1n tr()1itcil'as oferece urna soll1çlio1 pois a geografia é considetada un1a CJl1es1ào 111ais 1ft1ica e logística do que estrutural. E,n rcsu1no, o objeti\'Oda organização se1n fronteiras é quebrar as barreira.~ cult,u·ais. Un1a for1na de tàzé-lo é por 111cio das alianças estratégicas. E.111prcs.-1$ corno a E.1nbracr, a ~ larcopolo e a 'li\~I fo1·niam alianças estraté,!,rica.s ou parcciias c...'On1 dezenas de outras. Essas alianc;as clirninuc.nl a distinc;ão entre u1n.l 01trani.,.ação e oulra quando seus íuncioruiiios crabalhan, en1 projelos conjun1os. Aléo1n disso, algur)las e1nprcs.as esli10 pcl'n1itindo que os clientes de~en1penhc1n funções anterior1ncn1e resu·itas aos gestores. Por exe1nplo, algu,nas corretol'as, co1no a 1\gora, idcntiíicanl os 1nclhores atendc111C"s con1 ha.'lic na avaliação feita pclc,s clientes. Fínahncntc, podc111os dizer que a con1unicaçã.o on·linc está ajudando a apagar as fronteiras d.as orga· ni:r..t'\ÇÕCS. O analisla de in,·cstin,cntos c1uc Lrabalha para un1;1 gestora ele fundos e 1nora c1n u111 sílio cn1 ~ linas Ccr:a.is, ou o desenvolvedor de sofi,vare que lral>alha para u1na t n1presa de Bauru. 1nas 01ora c,n Jlio Rm ,1co, no 1\crc, sf,o alguns e:-.c1nplos dos muitos lrabalhadores que cxen::c1n suas ~Hiviclades rota dos li,nitcs lii.icos de s11<\~ e1np1-csas..

      492

      Compo11.amento organiia~ional

      esumo e implicações para os gestores O tcn1a deste capitulo ê o fluo de a estrutura interna da organização cont1ibuir para c:,plicar e prever o co1·n porHu11cnto . .t.\lé111 dos fi1ton:s iodi,~cluais e de g11.1po, a.s relações estrutura is cn, que as pcsso(1s trah,ll ha1n iníluencia1n as atitud<'S e o co1npon:unclllO dos ft 111cion;i.1ios. ~,Jas quais são as hases para Í.'lZCI' tal afirrnaçâo? À n1cdida que a cstnuura organizacional reduz a antbiguidade para os funcionários - esclarecendo questões con10 "O que devo fhzcr?", ' 'Conto clc\'O fazê-lo? .. , ')\ qucn1 dc,-o n1c reportar? .. e " Que1n elevo procurar se tiver u1n problema?·· - . ela n1olda suas a titudes e lhes fornece n1otivaçào e fitcilidadc-.s para obte r n1clhorcs níveis ele dcscn1pcnho. E,~dcntcn,c111c. a cstrutu,·a ta1nl)é1n restringe os funcionários. lirnitando e controlando o que fi1zc1n. 1\s otganizaçõcs cs1ruturadas ccun ahos nívc;:i:;, de 10rrnalização e de CS}>CCitl· lizaçâo 1 estri1a adoção de cade;ia d(; co,nando, pouca d elegação de au101idadc e pc<1ucna a1nplitudc de controle proporcionan, 1nuilo pouca autonon1ia a s.c::us funcionários. O con· lrolc nessas c111prcsas é rígido e o co1nporta1ncnto tcn1 pouco espaço para va,iação.Já as o r· ganizaçõcs cstru1uradas con1 pouca espcciaHiaçào 1 baixa Í<>rmaJiz..'lçào. grande amplitude de controle, e assin1 por diante~ ofcrcccn1 1naior liberdade a :;cus funcion{uios e. por isso, .1prc~cnta n1 tuna vnriO d e es11·u1ura ele urna Ol'g anizaçào. J>ar,1 e fe ito d e si,nplificaçâo, va1nos <:lassific~,r os 111odclos <'"sn·unu·ais: cn1 duas categorias: ntccanicista e orgânico. Os efeitos específicos do 1nodclo estrutural sohrc o dcscn11>enho e a satisfação d os fu11cio11{1.1ios scr~!o 1nodcraclos pelas preferências individuais e pelas norntas cultura is. Enfi111, cada vez rnais a lccnólogia cst;cl rc1nodclclnclo o u-ab::11ho1 de for rna que as t'S· lruturas organiz.a<.'ionais talvez c;;S1cjan1 cad:t vc.·z 1-nais an1orfa.s. l~so dcl ao executivo ~1 flexibilidade; de lc,r.:l1' c o1 co11sicl<'r;ição fa tOl'('S c::o,no ptcfcrê11cias do funcionário> ex1xl'iê1,cht e cultura, ele 101'n1a a clcsc11harsis1cn1a:s de 1rabalhc, que 1-calrncntc 1notivc1n os funcioná1·ios.

      Figura 15.8

      Estrutura organ·izacional: seus determinantes e resultados

      Causas • E$tratégia • Tamanho • Tecnologia • Ambien1e

      determinam

      MQclelos estruturais • Mecanicista • Orgânico

      Associados com

      .,

      Desempenho

      ' Moderados pelas diferenças individuais e normas <::ul1urais

      e satislação

      Capítulo 1S

      Ponto

      Fundamentos de estrutura o,ganiuicionat

      ... ...

      493

      Contraponto

      O downsizing melhora o desempenho organizacional

      N

      ão há muitos líderes que gostam de enxugar (downsize em inglês). Fazer isso significa sempre causar dor nos funcionários e aguentar ataques

      de políticos, dos grupos sindicalistas e da mídia. Mas, se há uma coisa que aprendemos nos últimos 20 anos, é que o downsizing é um fator indispensável para tomar as empresas mais competitivas. Nos anos 1970 e 1980, a maioria das empresas em pai· ses desenvolvidos, como o Reino Unido e a Alemanha, por exemplo, tinha mais funcionários que o necessário. Isso fez que ficassem vulneráveis em relação à concorrência estrangeira de empresas com custos de mão de obra mais baixos e com mais habilidade de se adaptar rapidamente às novas condições econômicas e tecnológicas. Talvez seja inevitável que as empresas façam isio: o sucesso gera complacência e, quando os negócios vão bem, elas tendem a contratar muitos funcionários, tornando-se grandes

      demais. 1: como o paciente com um problema no coração: ele acha que o remédio é sempre doloroso, mas, se não usá-lo, a consequência talvez seja muito pior. Quase todas as grandes empresas norte-americanas existentes nos anos 1970 diminuíram sua mão de obra e enxugaram suas operações. Veja a IBM, que tinha um dos maiores números de funcionários do mundo e que muitas vezes enaltecia exageradamente sua política de não demissão. Mas, nas décadas de 1980 e 1990, ficou bem claro que a IBM era demasiadamente grande, complexa e verticalizada. Hoje, a empresa voltou a ser lucrativa, mas apenas depois de livrar-se de aproximadamente cem mil funcionários. Eis o que um antigo CEO disse sobre a necessidade de reestruturar a IBM: A IBM ficou presa porque se sentiu vitima do que chamo de síndrome do sucesso. Quanto mais as empresas fazem sucesso, mais tentam replicar, duplicar, codificar o que nos faz grandes. E, de repen· te, elas estão só pensando. Pensando em como podemos continuar a fazer o que fizemos no passado sem entender que o que as fez obter sucesso foi se arriscar, mudar, adaptar-se e reagir positivamente. Portanto, de certa forma, o sucesso gera o próprio fracasso. Eacho que isso seja verdade com relação a vários negócios de sucesso.

      As demissões e reestruturações raramente são coisas

      populares ase faier. Mas, sem elas, a maioria das empresas não sob<eviveria e muito menos se manteria competitiva.38

      downsizing tornou-se um tipo de rito de passagem para os executivos: você não é um líder de fato a menos que tenha enxugado uma em· presa. No entanto, para separar o fato do mito, vamos observar as evidências. As empresas que enxugaram possuem um melhor desempenho como resultado? Para estudar isso, uma equipe de pesquisadores observou grandes empresas nos últimos 20 anos. A equipe perguntou se as reduções de empregos em um período estavam associadas aos altos níveis de desempenho financeiro em um período posterior. O que se descobriu? Analisando 6.418 ocorrências de mudanças no nível de emprego das organizações estudadas, foi constatado que as estratégias de downsizing não melhoraram o desempenho financeiro a lon· go prazo (medido pelo retorno sobre os ativos ajustado para o setor). 1: importante lembrar que os resultados espelham a evolução do desempenho financeiro entre o período anterior e posterior à implementação do

      O

      downsizing. Os autores desse estudo não argumentam que o downsizing seja sempre uma estratégia ruim. De certa forma, o resultado é que os executivos não deveriam aceitar que as demissões sejam um conserto rápido ao que aflige a empresa. Em geral, o downsizing não melhora o desempenho, portanto a chave é fazê-lo apenas quando necessário e da maneira correta. De que formas as empresas podem fazê-lo? Primeiro, elas deveriam usar o downsizing apenas como o úl1imo recurso. Segundo, e relacionado a isso, deveriam informar os funcionários sobre o problema e dar a eles a chance de contribuir com soluções alternativas de reestruturação. Terceiro, as empresas precisam fazer de tudo para assegurar que os funcionários vejam o processo de demissão como justo, incluindo o fato de os crité· rios de demissão serem justos (e idealmente resultar do envolvimento dos funcionários), que o aviso prévio seja dado e a assistência de recolocação no mercado de trabalho seja oferecida. Finalmente, devem certificar-se de que o downsizíng é realizado para surtir um efeito positivo - não apenas para cortar custos, mas para realocar recursos para onde poderão ser mais eficazes."

      494

      Compottamento orgc1niza~ional

      1. Qpais ~10 os seis cle1nentos-chav<" que clcíi1}t·1n a c.·Hl'u·

      tura de u1na organização? 2. O qoe é buroc:r:-1ci;1 e..· ço1no cl;l difCre de tuna cs1ruun·;l sirnplt:$?

      3. O que é unia organizaç;.lo 1nauicial? 4. Qu,,ls S~t(> ;}s t41rac;:1cri.)tiças ela orga11iz:u;t10 virtual?

      5 . Conlo os gcslon;s poclcrn criai' u1na otganizaç,io scan fro111cir.-1~? 6. Por que as <."'-'.)tnnoras orgru1izaciouais difcn:n1 e qu:·ll C a diferença entre o ,nock·lo nlC<.'~1nicista e ao orgânico? 7. Qpais são as i1nplicaçõcs co1nporta1ncruais ali:1.;l<;ào afc1a a cstn ttura org:-1niz..tcional?

      Figuras da autoridade

      O grupo terá 15 nlinut<>s p~rn escrever urna lista d:ls 1na1H·iras co1110 o c·onjun to de s,·us ,ncrnhros lida <-:orn a autoridade. Tenha cuidado de~se:pa,-ar as tcndêntias co1npa,·1ilhadas pelo~ 1nt1nbros dac1uelas qut'~ não são con,panilhaclas.

      Finalidade (~onhcccr íl t•xpcriênria e os scn1i1nC'ntos individuais co1n relação à autoridade

      Tempo para realização En1 1néclia 75 111intnos

      Procedimentos 1. Seu profes.~)1' vai cli"idil' a clasS<: corn ha.o:;c na úl'cle1n de nasci1nc1no cios alunos. Os gn.tpos scr.\o fOrn1ados por ' filhos l1nicos', 'n1ais velhos'. 'cio 111cio' e 'c;v;ulas', con· fonnc :=1 posição de éada u1n t·tn sott f.·uníliõ'. Os gn11>0s n1aiorcs S(.•rào .s:uhdhriclidos c1n O\lln)s, ro,n (1ua tl'ú ou <'ine:o 11)c~rnhros,. p,lro J)cl'lnitir unla c::ouvc..·1'AA 1nai~ livre.

      3 . R.cpita a c1apa 2. ,nas dcs1a \'(:;,. distutiodo co,no os 1nc1nhros do grupo ·agcfn 1ipica1n('nh~ c11qua1uo figuras

      ele autoii
      4. C,,da g,·upo v:,i cc,ln1p.-,r1ilhar suas conclusões gç,·o)iSçorn o 1"Cs1a1uc da clas-.sc·. 5. 1\ di:;<.·us:;ào d<.-i çlassc l()ç;-1rJ questões con10: a) Qtiais os p,,drôcs de, d ifcn·nç:,s q oe surgiran1 c•ntl'C os

      grupos? b) O que 1>0dc explicar u1is dif<'rcnc;as? e) Qu::,is são as hipólcses que podc111 explicar a con-

      2. Cada rnc,nbro clc\·crá fi,la r sobre sua ' reação típica f, :H.ltoridadc dos outros'. Oe\'<.'111-sc ÍClC
      ci-pccifit,lS q,1c ofcrcç,H'll inl<.11·1t1açõcs gc1'c;1is sobre coroo
      exão entre a reação à autoridade e o co1npona1ntnto cnq,1;1nto autoiiclaclc?

      fonte : E.~"')(' l"xC'rti6o IOi ad:,lpc.-i
      11. 28-'12. Rc1>•'0
      Você acha ético demitir para reestruturar? Se existe u1t1:1 pala\'ra que ganhou fa1ll:1 nas l1lti111as dê· cadas no 111undo c111prcs,11ial. essa palavr., é rttsln11l,rofd'1, Qualquer ccliçào ele revis.ta de ncgól'io. entrevista de alto executivo e palestra de guru de acl,ninistraç.1o não poderia Stl' c.-011s.iclcracla co,nplc1:, S(' nf,o ..:on1ívcssc .1 pa lavra 'rc~ cstruluração·. Pouco ,;, pouco, a rccstru1uraçào co111c.:çou a se tornar tuna espécie de iinônü110 de 'corlr de custos'. Qualquer procc.sso ele n,udanvl na cst1'\1tura organizacio,,al que se prezasse iinh::i ele lc\'ar a tnna redução de 'alguns por

      c<:1110~ nos cuslOs e despesas das cn1presas. Nesse sentido. os processos de dou11si.;âng, ou de clcnlissõcs planejadas cn1 1nas· con1cç:!111u11 a se tornar corriqueiros con10 urna ,ncdida ele cone de custos. 1\ lguns casos ele sucesso con,ci.;a11u11 a ser \'eiculaclos. 111ostrando o au1nc1no dos lucros gerados pela rt·d11t;.io 11,ls f<1lhas dt pagan1c·nu.). l;1n;-l l>C•'g11n1,a, cntl't·taoH), n:io era ICitt1 (X:lo~ rúpc'>1·tcr1•s: e~ C1i<;c) l'Ct-.:;tr111urar por rnc;o de dcn,issc-><.-s? VC;j:u11os o caso da t\zaJcia, !1tbricantc gaúcha de c.1lçados:. l)ia,nc da concorrência dos produtos chint'S<."S. fã b1i·

      s.,.

      Capítulo 1S

      r ados a Cu$10$ ,nuito 1-nais haixf>íõ do que os hrasileim!i t~o, íun<;ào dos salários daquele país, a c111pn.·sa \'i.:t suas cxport:l· çõcs rcduzi1·c1n. Para solucionar esse pl'o blcrna. o novo p1·c· sidc111c da crnpre:,.a. 1\ntonic) Brino. r(uncçou urn 1)1'0<.:t':Sl:iO de reestruturação cn1 2003. :\"esse projeto, f5.bricas fortu11 fechadas e 111ilha1'Cs de trabalhado1"l'S, de1nitidos. Con1 essas rncdid;,~. o.s ClLSIO:s da. .-\ zalt·ia taíra111 lx1s1an1ç~ e a ernpn.."'AA voltou " cxpcrin1entar a clcvaç:\o de seus lucro.~. Di.:1111<· do a pa1·c111e succs..~ do pl;uio. Briuo tentou intensificar a ,·e:· cst1'\1luração e l)l'UJ>ÕS a tc1-ççi1Í;,..;'lç..à<> d;-1 p1"0(h1ç~o para ,1 própria C:tlina, de 1noclo quc a 1\zalcia pass:tria a ser u111a c1np1·es.1. co1no a Nike. que investe apenas no drsig11 e 1narke· 1ing do~ pl"(')0111os. . -\ re:tçiío do!i ac·ionist:-,~ da t n1pn.·sa a t•ss:~ proposta. entrcta1no. foi a pior possí\'cl. Eles rca\'aliaran1 todo o progrnn,a de 1'Ccs1ru1u1·aço\o que vinha .sendo ,·onclu· zido pelo prc~idcntc e dt'ciclirarn que c.:lc não .se alinha\'.I i, cultura organi1. .acional da cornpanhia, que dc\'c1ia proteger os fullcio1u'11'ios das f.'ibriC:L'lló hl'asilciras. Nesse cc:oá,io, não n;;StOu a Briuo ootra CS<·olh::1 sÇn::io ptclir sell dcsligarncnlO da cn1prcsa. H{1 outros casos, cn1rcHuHo, c1n que· o 1/01lw.ti-ti11g é pie~ 11a1nc111c accilo pelos acioni~tas e até por boa parte do:; Íl.111· cionários de urna c111pn-sa. \!cjan1os o caso da f.1.bricantc japoth~sa de au101n6\'t:is ~iss..1n. Quando o cxe<:uli\'O bta· silciro Carlos Chosn :tsso1niu o pc,.stô ele CE.O da cn1presa, cn1 1999. ela acabara de a1nargar un1 prejuízo ele 6. 1 bilhões dt· tl61:u·cs. Por ,ncio de urna clr.lstic.;1 1·ces1n.11utaç~10, que envolveu o fC:ch
      Fundamentos de estrutura o,ganiuicional

      495

      do1· de ('USl
      Questões 1. \ ,Ocê :1cha ético rccstn.1tu111r por 111eio de: clc111issôes? 2. 2'Jo c:1so da 1\ z.,llci.:1, 1\ n1onio Britto estava ronscguiudo au1ne111;1r os lucn)S cl::~c1npr\'.S:-t. Xo c11u1n10, al&'t111s 11rionistas íizcr:un pressão para que cl(' s.'Ússc. \ 1ocê t1t htuia jus10 traDsfC1i r a produção pa ra a China, aun1cntando aioda 1nais os luems1 n,as deixando 1nilharcs de desen1pregad0$ no Brasil? 3. E no caso da ;\;issan? \ !ocê acha que: Ghosn salvou os poslO$ de trabalho dos func:ionâ1·ios que pcr,nancccran, na c1nprc~a ou ;;Lcon,1>anhia sobn..·vi\'t~1i~, am .sc~guidos prcj\lízos? .ai. Ern 2008, fo1n :) c rise rnunclial, a Níssan vuhou a en-

      frenta r problcn1:).s, 1c11do o prinlc;iro pn::juízo d:1 gestão de Carlos Ghosn. Nesse cenário. o executivo \"Ohôu a pl'o por u1n corte.~
      Fontes: 8asC'ado ('Ul Suz;u1a :"taid-i1t·h, "U1n proh!C'ma a. rnais.., Rtr:ista. ExirN, t.'l•I , 2008: e.· Ew~·rthon '10,h,ie't·, "'~iss;in :-i1111ncla (01'(<' de 20 1nil ftn,cion:irit!S". f>o,tal llHC flra.s,J. Oi.sponh-cl en•: <\\'\\,,·.bbc-.co.uk/ponuguC'sc/no1icias/2009/02/090209_j-.ip-aoniss;u•-li>.shlml>. :\cesso enl: 8 maio 2010.

      Estudo de caso 1 Crescimento desordenado Rcnata Ferreira e Luis 1\Jnonio l·laraki trabalh:un na n1('s1na ~ln:a da S111.a110 P:ipcl e Celulose. R.cnau1 f()i con. tn1t~1da e,u 2007 pa ra o ('
      111rquia da orgaoi:-:ação. X,(ui1os do.<: fuorioná,ios, in('lusi\'(:1 11ão :sabian1 qucn1 t!r~un Sl'\IS !itlp(.'riorcs direto~ r<:sf'>ôndcn· c:lo a ordens de 111ais de uni gestor.')\ cstruttu11 íicou confusa e engessada t: não pcnuitia ne,n a 1ransfcrência ele pessoas enu'C áreas 1>0l'<1ue os escalões não tinha1n a nH:s1na configu. 1·ação'". con1,1 1\n10,1io ~·l acicl Neto. prctjdcntc da Suzano. P:~r., rcsolvt:r ts.5.1 situaç~io. foi conduzida un1.- long-il ;,n,l· lisc de cargos. Í1.ln(Õ<.-s e tarefas n::aliz.,das por todos os f\1nciotlários da cn1prcs.1. Depois disso, o n(uncro ele cargos íoi rcdu· z.ido crn 34 1>0•' <'t1uo, ele i-~9 pa.1-a 494. 'Tbdos os funcionários que vir.un ~uas f)OS.i(:&-s hicn'1rquicas deíi.'lpar<.."(;('rcn1 Í<11'<'UH 1-c1,oslcion.iclos, i;,e,_•11do <JUC ccrc.i de 90 por cento deles .subi· 1-an1 ao 111cno.1 lun degrau na hier:.,rquia da Suz~u10. 1-\ lén1 da l'C\'is,1o hicràrquica) foi reafiz.a da un1a diluiç.'io do poder dos

      dil'(;10rc.'i ria 001npanhia, ,·levando a 1>anicipaç;io dos gcr<:n1cs 11<1 l(>1l1a(I:) d(.' de<.·i~1o. "Pr«is.l\'::unos de rnai..,; c:nvolvi,ncnto do~ f1111cion,l1ios (.'Qn1 os pr
      496

      Compo11.amento organiia~ional

      antiga t~tn1tur:1", COl)la () dirf!IOr de cs11-att··gia, 1\(1vo!. 1tcg<)cim e 1'Cl;,ç(>cs cooi in"x:slidol'CS
      Questões 1. Q u:~I di1nc:11s~o ela cstn1tura <1rg.:uliz:1ci()na l estav;i sendo c1IC1ada c1u:,ndo os funC'ion:lrios não s.ahi:11n qucn1 ('111111

      seus su1)ê1i<1n"s cli1'(:l0$? Quais Oi\ prohlc1nas <1u<' t:5,se f.'tlO pode gerar para a c1nprcsa? O que ,·ocê acharia de estar no nu:s.1no nível hicnír<:1uico de u111 colcg:,. ,nas ter cr1rgo e salâ,io difc1·cn1es?

      2. O que rep1'éS4.~nta, c111 ,nah~ria de c.-st.rutura organiza· cion::tl. a n1aior particip;,\:fi.o dos gerentes nn ton1ad;, ele dccis.io? l .istt· 1>0111os posili,'OS e 11egati,'Qs dessa 01aior autonon1ia concedida aos funcionários. 3 . Corn bas(..' son1c_•nte c1n S4:US <'Onhecin1cntos sobre o setor ele pttpcl e celulose, quais voci· ach;.1 <1uc devc1n sc1· os principais dcpan:u11cnto:; da Suzano?

      Estudo de caso 2 O fim do banco hospital O Banco l1aô St~1npr\~ foi visto pctos profiss.ionais do 111crcaclo fina11cci1'0 con10 unta o('.ganização exu'Cn)a..-nc:n1c: fo1,11aJ e hierarquizada. De acordo con1 as (>cSSOas que conhccian1 o an1bic1nc da insthuiçào. as atividadC's e a conn1nicaçào cra.111 cxt1X'1n:-1nu·n1c· fon11:1lizt1das ,. :.\ hic.rarq11i:,, h:,~ta111c rigi0r cento dos executivos do escalão i.upc1ior c_•r.u11 íorn1ados <·n1 c;ngcnh:;u·ia). 'IO lt<\Ú JX."diu a 10<~ que!,. daquela data e1n diante, pass.1ssc1n a chan1á-lo apc.~nas Roberto, deixando o "doutor ' ele: lado. J-\Jén1 de un1 clin1a n1..'lis infOn11aJ, &:tuba] reduziu a c.xccssiva burocr:,cia das OJX'i-açõcs internas c Uc.•xihilizou a rigicL1 hierarquia <'ntrc os dif}rt'111cs esc~:,l«)t:s d;~ i11stiu1iç;)(I. Un1a cla5> !(1r1n;,~dt'! a1i11~rir e.~ ol~cti,·o foi 1)(,r ,ncio tia i1urocluytoda a,·aJiação 360graus. e,n que P•'U'CS e subordinados ta1nbé1n avalia1n os fi.u1cionários

      do banco. O próprio Setubal p."l.§OU a. :ser avaliado por $Ubon:Li· nados dirct~ algo que o fc-1; R'\'Cr :tl!,'llllS pontos cn1 su.1s pniti· ca:; de b"CSliio~ con10 a cornunic<1çào \Ont os ti.1ncion;í1ios. 0111ra rtíudao(a CSttuhu'al foi o inc<~1)1ivo à dc.~çcn1ralizaçào das dcc-isõcs: S<:1uhal l'Csolvcu dcdic:.-r·S4~ a <1u<:-s1~s n1.1is c:s1ra1êgicas, dci...:ando para seus subordinados a 1arcf.-. ele ge1ir o dia ~, di:, Of>eracional do banco. U111 rc<11Tanjo cios: clcpar1:1-cs.a. 1\ lg\111\ tc;nlJ'.>O dc1>0i$1 110 final de 2008. foi anun· ch1d;:, a fusão do ltall con1 o Unibanco. Nesse oovo cenário, bastava 1razcr 1na.is 111esa..~ e cadeiras<' bo1at água 110 feijão 1 porque..· a cultura e a cstnttura do hal', já agr.,davan, à n1aio,. ri., de seus funcionârios.

      Questões 1. ~tais dirnensÕ<-s da c.~tl'utura orga11i1...1.cional esu1dadas 1\cste capitulo forar11 arc.:1adas pela rtC$Lru1uraçfu) J)l'On10\rida por S(·toh~,I no haú? 2. O llat', 1i11ha> l\a l:pú,c:a da rccs1rulu1t1ç.io) ;,pn)xi1nada1nentc 60 1nil funcionàrioi;. Ct)1l'I base no ta1n;;1nho do banco e na natureza das ati"id<1drs realizadas por c.·lc, <1ual seria, c:111 sua opinião, a cstnllura ideal para a ins· 1i,uiçâo? 3 . \ iocê acha c1uc as nn1clanças in1plc1ncntadas por Se1ub,-.J serão duradou1-.,s ou foi apc-nas u1na tenu1tiva que nt10 conscg\lir.í su1x:1c1r a traclicio11al c:;1rutura rígida do ltaú? 4. ~1ais voei: :1cha qu<· fi)1-ao1 os i1npac1os da rusão <·n1rc o haú e o Unihane"O pa,-a a <:Stn1tura ()rganiz;itional d,1:; i11s1iu1içõcs?

      fo n te: lt'\~ado crn l .3ris... 2008.

      Capítulo 1S

      -

      1. \ 1cja. po1• t,'l:C1nplo, R. L. Oaft. Or;:a11i~oti<J,1 171«J1:., mui DtJig1t, 10. cd . C incinnati, 01-1: South-\\t.-st
      Rcassts:in1c1u or P051bu1\·auc1..-i(y ~111cory", 0,#'ni,:lfli()II

      Sâ,,~,. jul.lago.2001, p. •163-483. 4.

      J. Child e R . C. ~lcGrath, "órgaoi1..·nions Unft·ucrtd: Ül'· gani'l. a1ioo:1J fi',r111 in an li\for1n:,1ion-l11tcnsivc &onofuy•·, Aradr,ny· of .\Jn,iagemr11t]
      5. Rt:1uua 1\vcdiani,''R.anking : as cn1pr<·rg, S/ruçtur, ;,. Fim: l),;;gni,1t f;{jiçtirt Or~ni~ali'1!<. U'ppcr $;,ddlc Ri\'cr, ~J: Ptenl.ÍéC: Hall. 1983. p. 1~;. i. Crh,tiaoc ~l:1no. "(;orno eles c,_"()11duzir.tn\ g1•a11dts n1udan·

      ç:i.s". /lais((1 / ~'r(IJ1IC, (•c_l, 8..58, (.) dt.~I.. 2005. 8. L.. R. Bu,·ns e D. R. \Vhol(')'· 'i\dOJ>liún :u1d ~\b,'\nc.k>11n1c11t of )1atrix )1anag<;n1cn1 r•rognun.s: Efli-<:l~of Ô"b'71nization,J C:h:i1':lrt<:ris1iç~ :l11d ln1c;ro rg:ini1.:itional Xcr.\·orks", Arnd~lt!)' ef ,\l011age,,1(11t,7'w1nal. f<.'\', 1993. J), 106-138. 9. \ Cja, 1>01' fX<.'nlplo. 'I: S)' t L.. S. D'1\Jl11un:r.io, "(:ha.llcnges .\nd Stl";ncgics of i\latrix 01-g~1ni:1.alions: 'IOf>-U::\'·tl ~,11<1 ~l.id-Uvcl ~ 1::inagers' J,!rspc·c;ti,-es", l1w11a11 /ltll)11,r~ f'úu111i11g,. 28, 11. 1, 2005, p. 39-·18~ e ·1: Sy e S. (~01e, " En101io n;d ln1e lligcnc:c~: 1\ Kc:y t\hilit)' 10 Su<'ettd in thc tii,l:tt1i~ O rg::iniialion",.7ounw/ of ,\lt11u1$711(,i/ lfttt(()p111(11/, 23, 11, 5. 200·1, 1>. 437..J~~. 10. N. 1\oand e R. I~ l)\\'., "1'hc NC\\' Kch\'Ork Finn: :\ Sphcrical Stn1cturc Huilt on J-fu1nan ln\\-Snneru Phil()l,C)j)hy", Orga11;;;,fltionaf f!>·,ur,nÍ(.$, pri1n:.t· , -e1·a 1995, 1>. 5,IA; ll l\·.sco\'iti. ...T1\t' (:()ll\J)::t.ny \\' hcre t\'trybody·s a ' l('nl1>'', . \'t-u· J(Jtl.• 1i.m<J ,\l~ir1(, 11 jun. 2000. p. 9·1-~)6; B. Hcdbc11;, G. 0:1hJg11·11,J . Hanswn e X. Óh'C, Virtual Orga1liiali01u and ~yo,ul. XO\'l! \'ork: \ Viky, 200 1; ~- S. C.onu":.tc1or. S. \\'a-~scrn1:11l e K. H111~1, ··'í<."Sling )luhi1hcon·· ti<'·al. ).luhilc.."'·c.1 H~1>01ht.sc-s t\bo ul O rga.11i1...11io naJ Nct· \\'Orl.$: 1\11 ,•\ o.tl)'tic Fr::unc,\·orl. and En1pirical Ex,,,nplc" , A,adt'IJ!)' ef .\ la11t1gt111n,t lltriro; 3 1, u. 3, 2006, p. 68 l ·703; e '{.

      12. J. Uah·s. ") laking ). lo\'i<·s .ind ~ lo,~11g On", ú;s .1,,gd,.s T,r,,r.,, 19jan. 1998.p.1\ l, 13. C. B. Gibson cJ . 1.... Cibl:,s, "Unpacking 1hc Conccpl of \ 'irturllity: 1'ht [OC.-ct! of Ceog1'.\phic Oi:.pcrsioo, Elcctr<>nic Dcpcndcncc, Ü )'ll:ttnic S1ructure, and f\ational l)i,·crsity on ·rc·;un lnno\':uion ", Adn1i,,is1ralnv Srim(t QJu,rf,r{,; 51, n. 3, 2006. p. 451··195; e f..l. ~I. l.,.;_u.tpjc ._. \ ~ :,.;t. 'J'rnn, ··suOClll· cure h;>r,nation, ~\'olutÍOrl, tutd Cooíli<:t H<:h\'Cé11 R.cgion,J ·n·anls in \ 'irtu:i.l ()rga11i,::11ionf'. 'Tltt 8u:.i11r.JS lln:itut , -cr.i<, 2007, p. 189-19'.I. l4. "'GE:Just Your A\'cr;1ge E,·ct)-day S60 Billion Fanlily Gro· ccry Sto1-e", hultíSl~1II f(}.·. 2 nt~lio 199-1-, 1>- 13 -18.

      15. C.
      497

      16. ,•\ sc.guinte seção é basc..·acla ('ll) D. D. Davis, "11'.lnn. l;-unclion a,td Stratcgy i11 .Bounda1ylcss Orga11izallons"~ i11 t\ . l-l0\\ t1rd (Org.), Tht Cha1,gi11,g. \ âturr ef 11 ô,k. S:io Francis<:o:J o:::si.')"-Has:s, 1995, J>· 112-1 36; 1~ Robcns, ·'\\'e ;\1..- Ont"' Co1np:iny.1'0 )l::tn('r \\'hcrc \\'e ,Art. ' l'inl(' a nd Spacc J\1x- Jn'('l("\~n,''. /WJ/ ÓN11/>á11J, abt./1naio 1998, p. 122-128: R. L. CJ"OM, ,\ . ' 'an e ~I. R. Louis. "Bounda11· 1\ cti,·i1ics in ' Bo und
      17. lt \\'hitc, •·\ ~riSign to Slin1 l)o,\·11, Sh:,rpcu lts í'OCtlS·', l lã/1 Strrrt,]011n1nl, l·I nc)\, 2007, p. ,\12. 18. \ '(:ja.J. P. Cu1l11ic• e 1). K. l)a11:-. '·))111nb anel 1)un1lx·r: 'l"ltc hnpaet of l) o,\·nsi:úng on Finn PC'1fo nna11("C a~ :\todcr:ned hr l11dusll')' Conclitions", Otgo,1kaúo11 &in,r.r. 19. n. 1. 2008~ p. J08. l 23: \\'. E c~,$(:ió, C. E. V'ouug c j . R. ~lonis. " )~. na1,cial Con$<'<1ucnccs o í Ernploymcnt-Cha11gc lh."Cisions in ) tajor C.S. Corporntions:", Ac(IJn,~r of ,\Jnnag(11tn11 J(N1r,u14 40, 1991, p. 11 i5- 11 89; e K. I~ De ;\ lcusc. ·r:J . R<:rg1n;Jnn, I! :\. \ fandcrhtidcn é 1~. R.01-aff, " ~ C\\' E\'id(•ll('C Rcgal'd ing Ó llf-u1i1..;uio 11al Do\,·nsizing ;:tnd a Finu 'ii t-ina.ucial Pcrfor· nl:&n<·· c: ;\ l » ng:n:-1'1n ,·\ nal)'Sis'' .Jo11r1111I of .\lo,u,gmàl I SJu('J. 16, n. 2,200·l, p. l55-17 7.

      e.

      19. ' Cja. ,x,r ("X('lllpk>, e:. o. ' li't\'01" e :\ .J , X )'bCtg, "K<-~1>i11g Your Hcadt'útul1 \ VIK'O 1\II t\boul \'ou 1\r(' l .osi11g 1'hcin1: Oo"'nSi· 1.i11g, \ 'olunt,-er R.itcs. ,u,d 1.hc ~lodcr.uin,i; Role of 1-1 R Pr.11..'iic<.-s'' , .·fratkrf!.r oJ .\la~1,m/Jor,rru:,4 5 1, n. 2, 2008, p. 2:,9.276: S. ~loorc, L. Cn,nhcrg e E. Grccnhcrg, "Sur,'1 · \"ing Rt·pcatcd \Va,~'ll o f O rganiz:uional 1X),,,1si1.ing: 1 'hc; R('r<;nC}', l)unuion, anel ()rdcr Eíl'c: Stress & C9pi11g: :111 /11/rt11a/iq11aJ.70l1n1al. 19. n. 3. 2006, J>· 309·329; :'..-!. Probst, S. )1. StC\\':tl'I, i\1.1.. Gn1~'$<' B. \ \: 1'i.:-rnt)\ " Prod11<:-1i,it)~ C:ounterp,·OOucti\'ity :u1d C:,-..·,ui,i ty: 'l'hc Lºps t1nd 0<>\\'11:S ofJ ob h\SCCu1·ity", Jwrna/ ef {)ç('upot,'onal o,,J Orgt11,iiotio1u1f f>':)Yl10/qq~ 80, 11. 3, 200i, p. 479··197; c J . E-. f.Crric. ~I.J. Shiplc..1~ i\l. G. ~t:,rntot. P. .;\ l(1rtikai11cn, S. StansfCld e C. O. S1nith, ·~oi) Jnscc:-urity in \\'hitc··Coll,·, r \\.orkc rs: ·n,,\·:\rd an E.xplanalion of 1\.,;.,:ocialions \\ i1h J lc :1hh",Jo,,rna/ of
      te. e.

      Shin, '}\ Pcí$0n·Envirc,nme nt 1-'it ) Iodei íor \'inual O rgnni7..llions"••7011n1a/ ef .\la,1111gm11.,,1, ou1. 2004. J>· i2:t, ?-l-!t

      Fundamentos de estrutura o,ganiuicionat

      1:

      1

      20.

      e. O. z ~11..zick e R.. O. l\'tnsou, " High· lll\'Ol\'CnlCIII i\lanagc·

      nu•1n and \Vorkfon:c Rcduc1ion: C'.on1J>(·titi\'C :\d\1H1tagc: or l)isad\'n111agc?", 1-kadt,ny ef .1\ltu1ngc,n(ltl}<>urnu4 49, n. 5, 2006, p. 999-101.St ,,. 1"r.n':'lglionr e n. c:ros..~ "1)i,ninis.hing th(' Social Ncl\\'Ork io Org~1ni?...·uions: l)oc~ ·n1er<.: !\(·e-d 10 lk Suc-h a Phcnc,1n<·nr>r1 :i~ ·su,,·ivor Syndro111e' 1\fier Oo,\·nsizing?'·. Slrot(f), CJta,w, 15. n. 1. 2006. p. l • 13; cJ. O. Kan,111cyc1·-~ l11clkr. 1-1 . Lir,o t R. 1), ;-\!'\"(')~ " l)o,\·osiúng :'11\d Orga1liJ..'ltio n:d Pt,forinaocc: 1\ R<."\'Íc\\' of thc Lltcr.l.· tu1·t fro,n ;1 Staktholdcr PcrSp<--Cli\."f.' ··, llmmrh i11 JJrno1111.(/ and fl11n1a11 llr!iourr(s 1\ lana~Jtlf11t, 20, 2001, p. 269-329. 2 1. ·i: Bun,i e G. ).1. Stalker. 11,r. .llw11,gr,11<11J rf lunrx:alicn. Lón· dn.'!>: ·1:=1\115'tock. 1961; c J . t\ , ~ 1111igh1, G. ·.: t-:,irt1uO!t t 1.. ê. Roge1'S,, " lntc1.:ic..1.ion P:.111cn1s io O rgauic ~u,d )1ec:h.'\11i.,;lic S)"stcnu'', AfflÓtn!)' '!f ,\ ÍtuN1gmuntJoun,al de·;.. l 9H9, p. 773-80'2.

      22. Esta anàli34~ é rtft:'rentc às abo1'(f;lb>én~ de ton1i11gê11cia do 1no
      498

      Compo11.amento organiia~ional

      "S11\1<.'tur.:1I Contingcncy'fhcory: 1\ Rtappr.:1is;:il". in 6. ~I. Sta,,· e L.. L. Cu1ll1ni1l~ {Ü t'gS.). Ro((l1. 267-309: J. R. Holl«k, H. ~10011, A. l!J. FJ!is, 11. J. ll'c,t, D. R. llgtn, L. Sht'ppard, C . 0.1 .. 14. Pon<'r1\ J- .A. \Vagn<'r I li, ··S1n.1e1urol C:onlingtn<.")' 'fhtory :-ind lndi,-idual Oifft· 1-cn<.·cs: E.:"1:,uni.nation of E..'(tcrnal rutd lntcrnál Pcrs.011-1 C;}1n Fit",JtJ11n1al ef. lpplird Jts;y/wlog,:. jun. 2002, p. 399-606; e f\ . l)r:tc:h-Z:iha,"\' e f\ . fn:l1nd, "'lf.a ,n EílC<·1iv(·1u"-$S Undt r St1'('SS: 1-\ S1n1c1u'rn.1 Con1ingc-n~· r\ 1>1>1-0.'\ch''!J(mn1ol ef O,gnnk111io,,,,/ fklu1:•ÍIJr. 18. n. 4, 2007. ~,. +23-4-.)0. 23. Esta cst1'utu1-a de est1'.uégiá foi origináhncnt<: p1'0]>0Sta 1>or 1\ . O. Ch.indJcr.J r., StmltgJ' and Str,tOt l'tlllo,,·~ thc· Riglu? 1'ht [)yn:11ni~ of Stt:u<-git and So·uctural Chang\~··. Atmlr»!J qf ,\/a110,!!.(11un1 Jo11r11n/. dc:r.. 199·1, p. 1427·1 •152. 2 1. t\ linc Sarai\':·1'lt'ixcir:1. "Estruturas e for1natos org..:111i1.~1t;cr nai:t l-:{Colhtu• e anit·ulac;lio t·stnuégica 11a 'l('le1nt1r Xonc I A.'.Slt' S/f\ : tnn esu1do d(' caso no período d<: 1998:, 2004··. 20<)6. 2.). \ Cja R. 1~. ) ljlcs <: C. (;, Sno\\', OtJ!fl.t1~atr4,,a/ StraJegr. Strit<· /ui(. (IIUI lto<<S!. )iO\~.\ Yorl.: i\lc:Gr.:1,,·-l·lill. 1978; Crtlunic e K. ;\ 1. Eiscnhard1, ''Rc rll'\\i ng- tl1(· S1rtttc&•y-S1rul"1111·cJ>çrf()rn1.inçc l\u'!ldigin'', in H. ~·I. $1.l\\' e 1.. 1.. C\lnunings IOrgs.}i R~srard1in Otgt11ti:,a1W11nl lllhai-io,; v. 16, Grtc'n\\'ÍCh, CT:J/\1 P"-ss. 1994. p. 215-255; e S. ~l. Toh, E 1\ ~forgc:so11 e ~I. A. C:;nnpiou. ''l-luni;u1 Rcsoun:c Conligur.ttions: ln,·t~,;tig::iting Fi1 ,vith t1u: O rgani1.a1ion;,I C:o nu•xt",Jour11a/ ef App/;,:,1 l 'f)dw/og~ 93, 11. •I, 2000, 1>· 86·1·882. 26. D,~hom 'J"horn1~ e ~ícola P:unplon;,, ·'(Ã)1no n OCX já valcUSS 30.6 bi stnl t>:\r;i.ir u nl:.t gota de pc•tróleo", /t,,ta/ O &ládo d< &i'ó Paul&. Di:i;po1li\'cl c,n: <w,\"\\:<:(ono1ni;1.ci;tadao. eo1n .brI not ici.ts/cconornia I con10.,ogxja,·aJcus306bsc111cs1 ra nun;,gol:1dcpçtrolc<>,noi_3 l 73.hun>. 1-\ ccm c,n: 7 1naio

      o. e.

      2010. 27. \ ("ja, por("xc-1nplo. l~ l\·I. l\lan <" R ..A. 54-hol~nh,·rr, T/11 S1,u1h1r, ef Orgoni~atioJtS, No\la \ 'ol'k: Bas.ic Books, 197 1: O. S. Pugh, ,,.l'hc t~ton Progr.-un of Rc:scan:-h: R.ctrospeél auel Prospt..'('l". in t\. H. \ "an <, 135-166; R. Z. CoodintttJ. f\ , \\';:ig1ltr Il i, 'í-\ ,\ltta-r-\ nalftic Rt~\i(·\,•of 1h<· Rçlations:hip Bct,\'Ctn Size and l,crf'i">rn,,u1cc: 'fhc Productivit}' anel Elllcic1u.)' of 0 11,,..ni:r.ations :ind ·rhc ir Suhunil:;", :ld111ini1lmtii·, S
      e.

      28. \'Cja e. Pcr1V1,, 'i\ FnuUC\\'Oli.. for lhe Con1par.uivc J\naJrsis of Ü llf,'111i~:.11ions", Amrriro11 Sociologiral Nn:i~1i; ah r. 1967, J>. l 94·203;J . l l ~c e ) 1.•Aikfn, '·Ro ulinc..· · 1echnQlogy. Soci,11 Stl'uctu1'(.\ a,ld 01-gani;.;.rniooal Co3ls", ,idmit11'11ratk•t Sri<11« ~taffnfJ: SCI. 1969, J>· =~66-'.)77: C. C. i\·lillc1·. \\~ H. G lic k, \ ~ \\'ang e C . P. t-lubcr, "Und~rst;tnding 1Crhnology· S1n1cu1rc Rcla1ionshi1,s: ~1111,..-ory l),·,-clopint~n, :uul ~leia· 1\nalytic 'f'hcOJ)' ·1êSting", Atadnn_,• ef ,\lour,ge,11(11/]fJut11a/, jun. 1991~ p. 370-399: e \\', O. Sinc. H. i\litsuh áiShi e J). :-\ . Kin;ch, " R(·visitiug Hu rns ~uu:I Stalk<·r: Fonnal Structurt: aud NC.'\\' \ '<'nlurt· PcriOrn1anç(" in E1ncrging E<'ono1nic S«ton," , A· 121~132. 29. \ ,Cja E I~. EnlCI)' <.' lt rliist. ""'l'he C::iusal 'ltxuarc of Orga·

      niz:uional En,-i1'ún1n<:nts··. 1-lunuu, N
      p. 21-32: P. ' O:l. \\Ttncc <.'J. ',: Lorsch. Organi11• 111tr1I: J /1u1,;g_i,w. Di.ffer<11l/01ion an,l lnl~roliort. Ho-non: l lar\'a.l'd l{us.inc.~ Sch<,ol, Dh i.;iú11 of R.escan::h, 1967: )1. , ·:t~ai-1\t· dck:u1i, "'S1n 1c1ural :\daptatio ns 10 ~:n\'iroruncn1.~··, Aradnn;' fll .\lano,gt'111n11 Ra-i.tu; jan. HU36, p. !)-21 ; Blucdorn, '"Pilgrirn 's P1Y>g1'eSS'";" :\l. 1\rndl (' 6. Oigclo,\~ ··Pl'('sc1uing S111.1ctu1'al ln1u)\·~1tio11 in an ln~Litutional Envi1'Qnn1tnt: l·lo)pit~1ls' Use oí ln1pn•:ssiou ~ l:111:igc111c111''. A,J,,rít1útroli.:e &inir~ Q..u«rlnfy. -S('I. 2000, p. ,19•1-522. 30. C. C. Des.,;: e ll \\: Hcan;I, "J) i1ncn.si1>n.,;: of ôrganizational ' l:lsk En\ironn1c n1s" ,. ldmi11is11ntiN Stim<< Q!,arttrf>; 111:,ir. 198·~, p. 52-73: 1~. 1\ . Gt doll: N. K. ~l uir e \\~D. Uodcn· stt.i11Ct, "'f lu'éc (:0111ponc11ts of Pcrtei"td E11\~ro111ne1ual Uottrtaint)': :\n Explor.:11011· t\ut,lysis of lhe..~ Elli:-cts flf r\ggn:gatio n",J()Urn(I/ ef .\la11r1gc,11tnl, dc-1.. 1991, p. 749-768: e O. Shtnk:tr, ;,,.:·. :-\ r:ln)':l ~ --i: 1\lrnor; 'C'..onstn1c1 l)i111("n~ions in 1h c (:Ontingc,1c-y '.\ [oclcl: 1\n :\ nal>·sis (:01nparing :,.. tc1ric aud .\!on-~lctric )luhi\'ari~ttc h1s.1nuncnts.. , J/umo11 Rr/olioru. 1nr1io 1995. p. 559-$80. 3 1. /IJ(;J-.'. Coutas R.c;gionais ç J-\nu[1ri<, l-:.,;ta1is1ico. 200-1. 1

      32.J . ll. Quinn, I~ t\ ndcrson e S. Finkcb.tcin, " l..t'\'Crnging lnu?I· lcct'\ Aradt'll!1 ef .\lonngn,rmt Í~\-r(11lii·~. no" 200S. p. 78· 941 e ··i: li. Rcos. .1\ . ~ Raní\. 6. 'J: l.anlont e C. I~ 1\ da,us. 'í-\ n hnerpr<:1i,'é Sys1e,ns \ ' ie" · of Kno\vlcdge l nvt.\q1ne1us··, Atadn,!1 oJ i\/n1101Jt1r1n1t l(r.:in.,~ '.l 1. n . 3~ 2009. J>. :U~2-·IOO. 33. C. S. Spcll e ''f.J. :\ rnold. ·:., i\luhi-Lé\-c.·l ,\nalri;is or 01·· g:u1i7.a tional jlL..-ticc anel Clin1,ttc, Struc:tu1'C, anel En1plQ}l..'C '.\1en1:-il I lc:ihh..•Jo11nwl ef .\/011agn11e,1t1 33. o. :l, 2007, p. 724·i5 1: l' )l. L. 1\Jnbrosc e ~(. Schnünk<.; ·~01'(f))Ylt<dogi(; \\'ith Individual 1\nitudcs rlnd lkhavioi'', O,go1dintio1uú lklur.:ior ,1111/ / lum«11 Jtyôrmanrr. j un. l 9iG, p. 74· l 13; C. S. Spcll (' ·r:J. :\ rnold, ·~\ ~luhi· l .c,-cl 1\11àlp1is or Organi;,:t11ionalJ 11:-.1irc C li1na1r, S1n1c:1ure, and EnaplO)'t'C \ ·h•ntal l l<:ahh",JQ111nol(?f .\lanagt111m1. :~~. n. 5, 2001. p. 724-751; e J . O. Shrt,\' e:- N. Cupta. ·:Joh Co,npltxity. Ptrforrn::incc, ::iod \\'cll·Bcing: \\'hcn OocsSupplic$-\ •~ducs Fit ~l.ttlcr?''. /'me,,,u/ Ps;·,holoJ:J: 57, u . ,J, 8·17-879. 3!;>. \ (ja, f)Or cxcn1plo, H. Sthncidl~r. H. \ \'. Golclslcin ,~ ll lt S1ni1h, •·'l'hc .ASt-\ Fr:t1nc·\\'()ri.: J\ n Upchn"", l "monruJ Pt1vl14/.ogh 48, n. 4 1 1995, p. 747-7i3; <: R. E. Ptoyhan..J . t\ . \\'ccklcr e K. Baug hfnru1, ..~l'hé Structur<: átld function of J-lu111t1u C,·1pitaJ E1ncrgc11cc: ,\:,.. Juhik..,.·êl E..xantination of 1lu• ,\ ur.1c1ion-S4.:lt<:1io11-.'\ t1rition i\l,Kll.!1'', tlrad<,n)' ef _.1Ja11· agm1(11l,](Juntnl, 4-9. n. ,1. 2006, p. 661 -6i7. 36. l~r-n-:.ndo Fil:irdi, ~lari;i li:n:zinh:,i 1\ ng<"loni e Rohcn o di· .\ltd<:i1v,sjunio l'. ··Estnnura organl,..aci(lnal: 1nn a ª"~lfoçfav da~ abordagens p1·edo,nina11tc$ das 01dhord c11lprcs:1s do sul do Hr.uil''. 2009.

      37. \ '('j<1, 1>0r <"Xl'n11)l(), I~ R. H .irris e R. ·i: )lor:10, ,\la1u1gi1,g (.'ui· lura/ /)iffer,nc4, .S. 1~el. l·lous1o n, 1'X: C ulf Puhlishing, 19fM,t. 3H. "ln l~ us: Lou Gct':'ilncr', 1liJ1/d /Jusin,1s, 2 jul. 200-1. l) isponi,'CI -.·111: <,\'\\"\~çnn.001n>.

      e,:,·

      39. \\', E C:1scio, ·'Strattgi(" lbr Rciip(tll.Sil>le Rtsu·ucH1ring", Atn,ltr11.J ef i\lt1110.gtr11n11 t;._-«tvâ:.:t, 19. n. -l. 2005, 1>, 39·50.

      16

      Cult ura organizacional Quando ouço a, palavra cultum, saco logo 11um revólvei: liamis Johst

      OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM Depois de ler este capítulo, você será capaz de: 1

      Definir cultura organizacional e descrever suas principais características.

      2

      Comparar os efeitos funcionais e disfuncionais da cultura organizacional sobre as pessoas e a organização.

      3

      Identificar os fatores que criam e sustentam uma cultura organizacional.

      4

      Mostrar como a cultura

      5

      Demonstrar como se pode criar uma cultura êtica.

      6 7

      Descrever uma cultura organizacional positiva.

      8

      é transmitida aos funcionários.

      Identificar as características de uma cultura espiritualista.

      Mostrar como a cultura nacional pode afetar a forma como a cultura organizacional ê levada para um pais diferente.

      CHOQUE DE GESTÃO E DE CULTURA s órgãos, empresas e autarquias públicas costumam ser vistos como organizações mal geridas, em que os processos são extremamente burocratizados e ineficientes. e os servidores desperdiçam seu potencial e tempo realizando tarefas simples e repetitivas, Obviamente, qualquer generalização conduz a erros, sendo inegável que existem organizações públicas em que a gestão é eficiente e vem alcançando bons resultados. Entretanto, a imagem da ineficiência e da lentidão ainda está impregnada na ideia que muitos brasileiros têm da gestão governamental, inclusive na de muitos servidores, afetando diretamente os valores e normas compartilhados pelos membros dessas organizações,

      O

      Nesse cenário, a cultura organizacional típica das institui·

      ções públicas acaba por se fundamentar em ideias contrárias à eficiência e à meritocracia. A estabilidade dos servidores leva a um sentimento de comodismo. e o lato de grande parte das promoções ser determinada pelos anos de serviço mina a mo-

      SOO

      Compott.amento organiza~ional

      tivação de muitos profissionais para trabalhar duro com o objetivo de ascender. Além disso, a lentidão gerada nos processos, muitas vezes, pela formalização e burocratização excessivas {que exigem o cumprimento de inúmeros regulamentos e a divulgação de várias portarias) cria um clima de passividade, que influencia diretamente a cultura dessas organizações. Todos os aspectos e traços aqui levantados também eram característicos dos órgãos públicos estaduais de Minas Gerais. No ano de 2003, quando Aécio Neves assumiu o governo do Estado, entretanto, as coisas começaram a mudar. Em seu governo, Aécio instituiu o 'Choque de Gestão', um programa de pol~icas públicas para dar maior eficiência à gestão estatal em Minas Gerais. O fundamento básico do projeto era reduzir custos e agilizar os processos das instituições governamentais. Uma questão fundamental, no entanto, era que as ideias por trás do 'Choque de Gestão' são típicas de organizações privadas, indo de encontro à típica cultura da gestão pública mineira. Diante disso, para obter sucesso, era essencial incutir novos valores e c,enças na mente de muitos gestores e servidores da máquina governamental local. Uma das primeiras medidas do programa da equipe de Aécio foi a contratação de uma consultoria para auxiliar o governo a ,eformular a administração nas organizações estatais. A meta, além dos objetivos puramente orçamentários, era inserir uma cultura de busca e apreço por bons resultados. Com esse objetivo, uma das ações realizadas pelo governo foi incentivar a meritocracia para que os servidores se esforçassem mais e ganhassem com isso. Dessa forma, Aécio introduziu bónus anuais de até um salário atrelados a me1as individuais e coletivas, motivando os servidores e os incentivando a controlar seus colegas. Além disso, o governado, contou com o apoio de empresários e executivos de emp,esas com operações em Minas, como a l ocaliza, a Fiai e a Usiminas, que apoiaram a gestão de projetos em áreas diversas, como segurança e educação. Em 2007, o novo governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral Filho, também resolveu implantar o 'Choque de Gestão' no Estado. Com um grande endividamento e algumas organizações públicas extremamente mal geridas, o Estado do Rio encontrava-se em uma situação peculiar, visto que arrecadava muito em função dos royalties do pet,óleo, mas, ainda assim, tinha gastos superiores a sua receita. Nesse contexto, Sé,gio Cabral deu inicio ao 'Choque de Gestão' fluminense, controlando custos e buscando incutir a cultura de busca por resultados. Contando com o apoio da Fundação Getulio Vargas, uma referência internacional em administração pública, e de empresários como Jorge Gerdau e Olavo Monteiro de Carvalho, a equipe do governador conseguiu reverter os maus resultados dos anos anteriores.

      O problema, no entanto, era o mesmo enfrentado por Aécio Neves em Minas Gerais: como modificar a cultura das organizações públicas do Rio de Janeiro? Mais uma vez, o foco foi incentivar a meritocracia e a busca da eficiência dos processos. Nesse sentido, Cabral conduziu um projeto de demissões na máquina pública, cortando ce,ca de três mil postos, algo impensável em uma cultura paternalista e passiva, que p,otegia os servidores apesar de eles não desempenharem bem suas tarefas. logo após, o governador d'eu inicio ao plano de remuneração variável, fixando, como no exemplo mineiro, metas de desempenho a serem alcançadas. Esses exemplos mostram o quanto as culturas organizacionais estão arraigadas no dia a dia e na mente dos trabalhadores. Ao propo, mudanças, ambos os governadores enfrentaram ,esistências, visto que valores e crenças há muito estabelecidos começaram a ser contestados. Mais do que um 'Choque de Gestão', Aécio e Cabral conduziram 'Choques Culturais'.'

      Co1no n1os1 ra a abcr1ura do cap írulo, a cuhurn o rganizacionaJé u1n fiuorirnportantc a ser considerado pelos gestores, tanto nas organizações piivaclas, quanto nas públicas. Urna cultura fo11c proporciona cstabilidaclc para unia o rganização. 1\las. para algun1as delas, lan1l.>én1 pode .ser un"la i1npo11antc barreira i1 n1udança. Nc.stc c.:tpÍlulo. 111ostra1nos que Cétda orgê1niiação lt n"I tnna cultura e.. dcpc1,clcndo de sua forç~,. ela pode ter tuna influência significativa 11.:1s alitudcs e oo co1npo l't:tn1c1110 de seus 1nc,11b1'0s.

      ml que é cultura organizacional? Unta vc1. pc11,'11nl.'lra1n a u1n gestor o que ele achava c1uc cr.i tultura orgo,u"..t,af'io11a/. l~lc respondeu conl a 1ncs111a dcclarnçào utilizada por utn juiz ela Suprc1n:1 Co11c elos Estados

      Capitulo 16

      Cult ura organizacional

      501

      Unidos na tentativa de definir pornografia: "Não consigo definir o que é, 1nas a reconheço quando a \'Cjo ··. ~ ós, porén1. prccisarnós d e u1na clcfinjção básica ele cultura 01trcu1iiacional

      para conhecer- n,t lhor esse fcnôn,cno. ~ csl,1scçr.o, p1'opo,nos un1<1 dcíiniç.:i.o cspccífie.:1 e J)")rur~unos antilisar divcl"Sos assu 1110~ pc1iféricos c in torno clc·la.

      Uma definição de cultUJra organizacional Culturo orgttnizacional

      Si$tema de valores compartilhados pelos membfos de um3

      I

      organização qve a diferencia das out,as.. : _ j

      1\ c ultura or gan.i zaci o nal se l'CfCl'c a unl sislcn1a de \'alol'cS co,np,11·1ilhado pelos 1nc1nhl'o s de· un1a organização que a diferencia d:...1; dClllais.1 l~xis1cn1 sete:: cal'ac1c::iisticas h:\Sicas que c~1ptura1n a essência d a cuhura ele tuna organi1..1.çào:' 1. l,UR.w(ào. É o grau c1n que os íuncion(llios S
      2. .-JJc,1r,u> lldS detalhes. É o grau cn1 que se c.-spc1-:1 que os llu1c:ion~lrios dc1nons1n;1n prccis.1.o, análise e atcn~-ào aos dctalh:cs. 3. Orienlaçlio JJ
      Jt

      +.

      a-; lécnicas e os processos t:111pn::gAdos 1~·uo:l seu al<::lncc. fixo na j>I.SS()a. (~o grnu c,n c1uc as dcc-isões dos di,igcnu~ le·van1 <;nt considcraç.ào o efeito

      dos resultados sobre as p<:ssoas dentro da organi;,..açào. 5. ltKO 11a tquiJ,e. 11 o grau crn que ~:is ati,~dadcs de tralx'Uho são 1Hais org-4'ni:1.adas cn1 corno de equipes do que de indiví
      Cultura é um conceito descritivo A cu/Jura organi;:af'ional se 1"f'ICrc à n1ancir-.t pela qual os H1ncion:íri<>s pcrccbcn1 as caractcrísticas da cuhu ra da cn1prcsai e não ao fato de e les goscarcn1 ou não delas.. · l'r ata-sc de unt conceito descritivo. Isso é i111ponantc 1>0rquc diferencia esse conceito daquele de satistàçào co1n o trabalho. /\s pcsc1u isas sobre cuhura organizacional té111 buscado 1ncclir con10 os íuncionúrios vccn, sua o..ganizaçào: ela cstin1ulo) o trabalho cn1 equipe? Rccon1pcns~, a inov.:1ç::1o?

      A Promon possui yma cohura que reúne algumas das sete c.aracterísticas bâsic.as apresentadas nesta seção. O incenti1,10 ã inovação, típico de uma organização que oferece soluções te-enológicas; a atenção aos detalhes, algo fundament.al para uma empresa que presta serviços de engenharia: e a orientação para os resultados. algo visto como imprescindível par-a que os clientes sintam-se plenamente satisfeitos. Tudo isso, ent<etanto, só é possível com o foco nas pessoas. uma caractêtistica sempte lembrada pelo presidente da empresa, Luiz Ernesto Gemignani: "Temos uma cultura otganizacional fundamentada em princípios e valores humanos", conta o executivo.'

      S02

      Compottamento organizacional

      Quadro 16.1

      Comparando culturas organizacionais

      Organização A Essa organização é uma indústria manufatureira. Espéra.se que os gestores documentem todas as suas decisõ&s. Os 'bons administradores' são aqueles capazes de oferecer dados detalhados que deem sustentação as soas recomendações. As decisões c,iatjvas, que incorrem em mudanças significativas ou em riS<:os, não são encorajadas. Como os responsáveis por projetos fracassados são criticados abertamente e punidos, os gestores procllram não implementar ideias que se desviem muito do status quo. Um gerente de nivel hierárquico mais baixo cit.a uma expressão frequentemente usada na empres.21: "Se não estiver quebrado, não tente consertar". Existem vários regulamentos e regras que devem ser obede-cidos pelos funcionários. Os chefes supetvisionam os subordinados bem de pe-rto, para 9ara1ltir que não haja desvios. Os d irigentes estão preocupados com a produtividade, independentemente do impacto que isso tenha sobre o moral dos fvncionários ou sobre o índice de rotatividade. As atividades de trabalho são planejadas para os ind ividuos. Existem departamentos distintos e linhas de autoridade, e espera-se que os funcionários tenham pooco contato com colegas que ficam fora de sua área funcional ou linha de comando. A avaliação de desempenho e as ,ecompensas enfatizam o êsforço individual; e()tfetanto, a antiguidadê na empresa tende a ser o fator básico na determinação de aumentos ~laria1s e promoções. Organização B Essa organização também é uma indústria manufatureira. Aqui. contudo, os dirigentes estimulam e recompensam a mudança e a assunção de riscos. As decisões baseadas na intuição têm o mesmo valor que aquelas consideradas totalmente racionais. Os dirigentes se orgulham do sua história do experimentação de novas tecnologias e de seu sucesso no lançamento regular de produtos inovadores. Executivos ou funcionários qve têm \lma boa ideia são encorajados a 'leváta adiante'. Os fracassos são ttatados como 'experiências de apretl.d izagem'. A empresa se orgulha de ser orientada para o mercado e de responder rapidamente às mudanças nas ne-cessidades de seus consumidores. Existem poucas regras e regulamentos a serem seguidos e a Supérvisão é livre, pois os executivos ac,editam que seus funcionários são esforçados e confiáveis. Os dirigentes se preocupam com a alta produtividade, mas acreditam que ela é obtida por meio do co-treto tratamento dispe,,sado a seu pessoal. A empresa se otgulha de sua reputação como um bom lugar para trabalhar. As atividades de trabalho são planejadas em torno de grupos e seus membros são estimulados a interagir com pessoas em outras funções e em niveis de autoridade diferentes. Os funcioná rios falam positivamente sobre a competição saudável entre as equipes. As pessoas e as equipes possuem suas metas e os bônus são baseados na realização desses resultados. Os funcionários desfrutam de considorávol autonomia para escolher a maneira de atingir S
      l~c·pri,nc as iniciati\'as? Por <:xe1n1)lo. fôi ICi10 un'I cslud<> sobre 1..nna crnpres,l si1uacla no Jecuopolo de unla cidade univers itária de São Paulo para clcs<"ohrirc n1 as razões do elevado nl11ncro (1.,, inovações tecnológicas criadas por ela dcsd<: 1980. Os aulores cor\· cluíran1 que a inovação eslava positiva1u.cnte re lacio nada à existênria de u1na cultura organizacional cspc::cífica que cs1i,nulava os 1·iscos.... Enquanto a cuhura org,.-iniz;lcioual procura n1ensurar a visão da organização por parte dos trabalhadores, a sali.!fe(<1o co,u o trabal!to procura n1cdir corno os fu11cio1nírios se :;c11tc::n1 con1 relação às cxpcc1ativ.1s da organização, às práticas de recon1pensas e a ou1ros aspecLos. J~n1bora os dois con· ccitos lcnhan1, scn1 dúvida, ccr1os po1nos de i1ncrsccção. 1cnh;, sc1npr<· c1n 1n<:ntc <1uc o conceito de cultura orgt11li4ario11al é d esc1~1i\'0 ao passo q.._,e o de satisfa<<> co11t o Jraballlo é avaliativo. 1

      As organizações possuem culturas uniformes? 1\ culH1ra Ol'ganizacior'lal repres.<:111}1 urna percepção con1u11:1 mantida pelos 111(·1'llbros d;i o rganizáçào. l)cvcn1os esperai~ 1:>orta.n10, que indivíduos co1n d ifcrcntt~s hislóricos e cn1 níveis cliversos dcntl'O da organização de.sc1·c,·.:11n a cultura organi:tcu:ional crn terinos scn1clha111cs." Jsso 11flo significa, co11tudo. que 11{10 po.ssa l1avcr .sulxullutas dentro da o rganizaçtl O, J\ rn:,ioria elas grandes organi1.,.1.çõcs 1><>ss1ii unta cultura do1ninau1c e clivcl'Sas subculturas.'

      Capitulo 16

      Cultura dominante

      Cultura que éxpreua os val0<es eS'Sen.ciais compartilhados pela maioria dos membros da orgtinizaç.lo.

      Subcu1turas

      Culturas dentro da organ~~o que expressam va1ores compartilhados por ilgun! g~pos da organrz~o.

      _J

      Valores t-$$onciai$ Valores básiws ou dominantes oompa~ilha_dos por toda a organ1;a,çao.

      I

      Cult ura organizacional

      503

      1\ cultura dominante expressa os valores essenciais con1pa11ilhados pela n1aioii.-1 cl0$ 1nc111broo da organização. Quando 11,hunos na cuhurtt de tuna orga1úzaçào! reféri1no-11os a soei cuhu1ct do1ni,,ante. que ll1c confe re 1,_11na personalidade distinta.11 1\ s s ubculturas tc ndcrn a ser 0r1an1cn10 das 1x:ssoas. (.: isso c1uc nos pcri-n ilc: dizer> por cxc n1plo, <1uc: a cuhura da ~ licrosoft \'alo1iza a agl'c-ssiviclade e a assunção de d.s cos~ e, então, u tilizar essa infOrtnaçào pa11, c nlt·ndcr rnclhor o cont po r· t'.lntcnto dos gestores e dos funcionários d;-1qucla c:nt prcsa . .'.\fas não dcvcrn os ignor;:u· que 111uitas organizações possuc1n subculturas capazes ele influenciar o co1nporta n1cnto de seus n1e1nbros.

      Culturas fortes versus culturas fracas

      Cultur;) forte

      Uma cultura na qual os vt1lores essenciais são

      intenistimente acatados e companilhados de_ J maneira ampla.

      Ji possh·cl diferenciar as cuJturas fortc..s das fracas.'º Se •t 1r1<1iori(1dos tl1ncion;;l1ios (que respo ndc1n a pesquisas ft itas 1>ehl gerência) tcn1 as n1cs1nas opiniões sohrc a rnissào e os valores ela org,11, izaçào1 a c ultura é fone-.. Sl:. as opiniões varia,n has1an1c, c ntâv ria é fi-aca. Ent u1na cultura forte, Oi valores essenciais da organização são intens.uncntc :,catados<: contpanilhaclos de rn ancira a n1pla .11 Quanto ntais gente aceilar os \'a lores csscnci:,is e q uanto n1aior seu co1n pron1etitncn to cont ck·s, n1ais forte: será a cuhu11t e 1naior sua influência sobre o con1portan1cnto d os mcn1bros da organização, pois o alto grau de con1partilha~ n1cnto e intc.·nsidadc c ,ia un1 clirna i11tcr110 d e a lto controle co1npor1an1ental. 1-\ ~[agazinc Luiza. por cxcn1plo 1 criou unla elas 1nais fo11<.·s cldtun.t.s de sc1, ~ços do s<.·tor Vê1.rc.:jista. O .s func.:io1ní rios ela c1n p rcsa ~abc111 cxa1arncntc·, c~n1 tcrn1os n, uito pn.:ciSO$, o que sc espera dclts, e essa cxpcc1;11i\'a acaba po1· 1nolda1· S(·1.1<'0111po1·1an1cn10. Unta cultu l"íl fOrtc r<."0r cc,110 n a ..naior 1, a1·te dos 1ncsc.s do ano, ao n1es1no 1cn1po q ue 96 1>01· ccn10 cios u·.abalhadol'c s estão satisfeitos. Es;scs dados sugcrc1n que a cuhun, o rgan izacional (: bcn1 aceita pela n1aioria d os trahaJhadorcs. o que explica a existência de un, bo1n an1bicntc de tra balho e a baixa rotaúviclaclc na empresa.' 1 Cultura versus formalização No capítulo antt:rior, cxan1ina1n os conto as regras e re!,'llla ,ncntaç&--s da fo r 1naliza-

      ç~lo agcn1 para controlar o co111por1arncnto dos fun cioná rios. Un1a fo r111alizaçâo intensa na o rganização gc11-1 p revisibilidade. ordcn1 e consi.stência. U n1a cultur
      S04

      Compott.amento organiza~ional

      COMPORTAMENTO ORGANIZACIONAL INTERNACIONAL Uma boa cultura organizacional não conhece fronteiras cultura não é apenas uma manifestação de uma organização, mas também de uma nação ou gru· pode nações. Dessa forma, uma questão que as multinacionais enfrentam é: devem procurar estabelecer uma única cultura organizacional forte ou adotar dife· rentes práticas culturais em cada país onde atuam? As evidências sugerem que a melhor solução é desenvolver uma cultura organizacional única, ao mesmo tempo que permitem às equipes locais trabalharem de uma forma consistente com a cultural local. Em um estudo com 230 organizações de diferentes setores em todo o mundo, incluindo regiões na Améri· ca, Ásia, Europa, Oriente Médio e África, a existência de

      A

      direção e intenção estratégica clara e objetiva, possuir uma visão forte e reconhecível. No entanto, embora houvesse semelhanças ao se compararem regiões com relação a cultura organizacional e eficácia, existiam diferenças quando os pesquisadores comparavam os paises individualmente. Uma cultura organizacional que enfa· tiza a autonomia, por exemplo, parece ser considerada ma is impottante em países como os Estados Unidos e o Brasil e menos impottante em países como o Japão, pois os dois primeiros paises focam os indivíduos. Além do mais, o foco na criação de mudanças internas na organização parece ser um indicador forte da eficácia organizacional na África do Sul, mas um indicador relati·

      uma cultura organizacional forte e positiva foi associada

      vamente fraco na Jamaica.

      ao aumento da eficácia nelas. O estudo concluiu que os aspectos fortes e positivos da cultura organizacional considerados mais importantes para o sucesso, em to·

      No geral, o estudo confirma que ter uma cultura organizacional forte e produtiva está associado ao crescimento das vendas, à lucratividade, à satisfação do funcionário e ao desempenho organizacional geral, independentemente de onde a organização está localizada.

      das as regiões, geralmente incluíam: dar autonomia aos funcionários, privilegiar o trabalho em equipe, ter uma

      Fonte: Baseado em D. R. Denison., S. Hail&nd e P. Goeb:e1, "Corporate C\iltvre and Org.anizational Effe(CNeneu: Is Asia Oiffe<en1 írom the Rest of the WoM'r, Otganizarional Dynamics, p. 98-109, fev. 2004.

      -m

      que fazem as culturas? \ l;unos cx<11)1i1H\1· de n,anúira rnais detalhada o pai:>cl dc$e1npenhado pela cuhur.il avalia!' se ela pode cvcntt1a1,ncntc S.CII" considcra(la t11n passivo pa1':l a orga1~i,..ação.

      e

      Funções da cultura A cuhuta dcsc,np<:rl ha diversas f'unçõ('s. c,n ,..una 01·ganizaç.1o. En, pthncito

      lugat,

      a cultura 1c;:1ll o papel de definidora de fronu•iras, ou seja: e la cria dis1inçô<'s <'llll'C tuna

      organização e as 01uras. Segundo. f"la proporciona unl sentido cie identidade aos 1nen1· bros da organiz...1.çào. ·1crcciro 1 f.,cilita o con1pro n1cü1ncnlo conl algo 111aior do que os inlcrc-sscs individuais d e cad a un1. Quarto, e la csún1ula a cslabilidadc do sislc1na socia.l. 1\ cuhura é a arg;unass.:"t social que •tiucla a n1antcr a organi:t...ação coc-s~t, fO rncccnclo os 1>adrô<:s adcqu;_1clos par-., aquilo que os funcion-.lrios d cvcn1 fa;1,cr ou dizer. Fintiln1l·111c, ela .:;ctvc con10 sinali?:,1do1· de sc,u iclo e rncca,1is1no de controle qut· orienta e
      s,,o

      Capitulo 16

      Cultura organizacional

      SOS

      Na Masa da Amazônia, fabricante de componentes plásticos pêJra elettodomésticos e eletrônicos de Manaus, a cultuta o,ganizacional

      aumenta a identidade dos h.,ncionários com a empresa e os mantém mais satisfeitos com o ttabalho. Baseada em valores co1no ajustiça. a igualdade e a p,articipaçâo coletiva, a o..ihvra da Masa é bem aceita por seus funciMários, que se identificam com os principios da

      empresa e se orgulham de trabalhar na organiz:ação.1'

      .•\ atu:11 tcndênti:, para a dcsccnlralizaç;.io dt~s 01-ganii...-:u;õcs 1orn•• :\ C\1hul"a ,nais inlpor1antt d o que nunca, 1nas, ironica1ncnt<:t tan1bén1 faz con1 que cstal->cl<·ccr u111a cultura rortc seja n1ais dificil. Quando a ::i,110,·idadc forn1al e os tiÍste1nas de cúntrole são rcdu7,idos, os i·alores c1J111partill1ados decorrcnlcs de u111a cultura organizacional forte asscgur:1111 que to· das a$ pessoas canlinhc:-111 para a n,cs1na din.:ção. i\'o enuHHO, oi- ruucio,uírioi. organi:r....-'\dos cn1 equipes n1ostran1 rnaior fidelidade a estas e a seus \'aJorcs do c1uc aos valores da organização co1110 u,n todo. E111 orgallii..1ções. vil"n1ais1 a faha de conHuo pessoal frcc1ue1ue 1or11a o cstabclcci111('nto de u111 conjunto con1tun ele norn1as n1uito dificiJ. Unia liderança forte. que consran1c1ncn1c con1unica os o~jc1ivos r p1·io1i
      O ~justc cntl't indivíduo e 01-gani1....1ção ou S<~ia, a co111pa1ibilicladc éntrc as a1iluclcs e o <:01npo11a1ncnlo dos c;:tnclidatos ou run<:ion..i1ios e a cultura organizacional - influencia g r,u1den1c111c as decisões sobre q ucn1 1'<:cchc un1 convite para se jun1ar a u1na Ol'ganlzaçào, qucrn tcn1 u1na cxcclcnlc ilvaliaçào de clcsc1npcnho ou ganha un1a pro1noçào. i\ào é unta coincidência que os funcio nários dos parques lCntáLicos da Oisney parcçan1 lodos s..1udávcis, au·acntcs e ;;uT1.11nitdos, co111 lHn soni.so brilhantl', J\ cn1pr<·sa contrata íuncio11á1ios que ajudan1 a n1a1ucr essa in1agcn1. Depois de contratados, unia forte cultura o rganizacional, sustentada por 1·cg..as e rcgulan1cntos tOr,nais, assegura que 1odos eles se con1por,arào de 1nancira rclativa111cnlc unifor1nc e pr<:visÍ\'cl.

      A cultura cria o clima Clima organizadonal

      Pe,~epções compartilhad,a:s que os membros da Of9anizaçào

      possuom sobre eJa e sobre o ambiente de

      trabalho.

      (

      ~

      Sl· j~l trabalhou co1n alguérn. cujas atitudes positivas o in.spiral"arn a dar seu rnclhõ1; ou co1n Lun grupo n1esicolôgico esrava IOr-tcn1e11lc l"C'laci<,nado ao nível individual de satisf:.'tçào no 1rabalho, cnvolvi1nc11to, co1npron1cün1cnlo e 111oth·ação.:."> Un1 rli,na 01-ganizacional poSiitivo no an-1bicn1e de tr,\halho 1a1nlX:111 ts1á assoriado ,1 u,n alto nh·cl de satisí::lção do cliente e a u111 bon1 dcscrnpcnho íinancciro.:11 l)czcnas de di1ncnst}(;s do cli111a 1ên1 sido cstudadas1 incluindo scgul"ança,jusliça, d iversidade e serviço ,10 cliente, para citar ;.1pcnas alguinas.12 Un1a pessoa que cnco111 ra tun clin1a positivo de descnlf>enho pensal'á crn fazer un1 bon1 1rabalho con, 1nais frequência e acredjtani que os ou1ros apoüuiio o sucesso dele ou dela. 1\ queles que e11co11tr;,rc111 uni clin1a ele diversidade posi1ivo ~e sentirão n1ais C'Q 11for1ávcis cn1 colaborar co111 seus colegas d<: tr-.,balho indcpcndcn1en1ente do tontexto dc,nogi.,ifico. O cHrna tan11>é,n iurtuen<:ia os

      hábitos adotados pelas pessoas. Se o clima de segurança é positivo, todos utilizam equipa· ,ncntos de scgurr111ça ~ tiCguc,11 p1-occdirncn1os S<'guros me.sino que, individualincnle, eles crn geral não pcnse,n co,n n1oi1a frcq uênc-ia sob1-e a p1'Óp1~a se~"t1rnnc;a.

      S06

      Compottamento organiza~ional

      A cultura como um passivo Esta1nos f.,Ja ndo de cultura scn, julgan1c11to de valores. Nào dissc.n1os q ue ela é boa ou ruin1, apena$ que,,· existe. Boa p.:u·tc de suas funções, co1no vi1nos1 é fa\·orávcl l::tnlO i,

      otganização quanto ;1 seus íuncion<Íl;os. J\ cultura 1nelhora o con'lp1'0rnc1in1c1HO org<111i7,.ac.:io11al e aun1cnta a uniío1'lnidade no cornpo1,an1ento dos íunc.: ion;l.1ios. 1,:5.~s são aspectos clara1nc111c benéficos à org-ani1.aç-.1o. Do ponto de vis1a cio funcion~írio1 a cultura é positiva porque diz clara1ncntc ao funcioná1io corn o as coisas dc\'Clll ser feitas e o q ue{: i1npor1a1uc. ~·las n;i.o dc\'CJ11os Í!:,'110rar os aspectos po tcncia1n1cntc d isfuncionais da cultura. c1n t·spccial de culturas fortes, que afctan1 a cfic;\cia da organização. lnstitucionalii:tção Uma oondiç.:io que ocorre quando uma organização adquire vida p.-6pria, distante de qualquer um

      de seus membros, e se torna imortal.

      Institucionalização Quando ,una organiza<;éiO paS:la por unia i nstitu cion ali zação e

      I

      _J

      se lornt, institurio11ali<(ldt1 ou seja) <1ual)do passa ;\ ser vnlorizada p,or si sú e não J>elos he ns e se1'\·iços q ue produz , ela adquire \id.-. própria >d istan1e ele seus fi1ndadorcs ou 1nc1nbros.n l~la não fecha as portas n1csn10 que seus ohjclivos originais não scja1n 1nai.s rclcv~uncs. O co1nportantcuto accit;ívcl fica claramente L'-Vidcntc a seus n1cn1bros e, c1nbora isso não seja ele todo ruin1 1 significa que na verdade o con11>01i,1n1cnto e hábitos c1uc dcvciia1n ser q uestionados e analisa.cios passar;'un .:1 ser naturais~ o q ue pode sufocar a i110\·a~:;io e 1or11ar a n1anutcnçào da cultura organi;,,.acional un1 fin, e1n si 111c:;1na.

      Barreira à mudança t\ cuhura se lorna 111n passivo quando os valo,·es co1npartilhado!; 11!10 c-stâo cn1 cor1cordância con1 aqut::les q ue J)c)dcria,n ,n elhorar a eficácia d~ organização. Isso tcrn 1naior p robabilidade de ocorrer q uando a organiz.a<;:ào está p.:tssando por r-.\pidas n1udanças para as quais a cultura a rraigada pode não ser 1nais adequada. N t\ unifOr1n iclade do co1nportan1cnto1 un1 a li\'o e1n u 111 a,nbienle estável, pode então se tornar tun Í.'lrdo e d ificuha r a respos1a às 1nuclanças. Isso ajuda a explicar os desafios q ue os cxecuüvos de Ol'ganiz;~çôes t:cuno o C itigl'oup, a Kodak, o '\'ah0t) e a \la1ig cnfre1uar;u11 há pouco te111po. Suas culturas fortes Ít111cio1uu1Un h,cn:n no passado1 n1as se tri,nsfor,11ara111 c,n unn1 barreira ?1 n\t1dança qu;-11\dO 'trabalhar da 1ncs1n;, fbrrna de sc,nprc' deixou ele ser c..~fic:az. Barreira à diversidade .-.\ ('On1tatação ele n0\'0$ íuncionál'ios que; por caus,'1 ele ,-avi~ gênrro, deficiências ou oun·as clifcfcnvi~ não se part"Cc1n oorn a nlaioria dos 1nc1nhros ela OJ'W\niz.açào, cria u1n pru-adoxo:10 1\ adn1ini~raçào quer apoiar as diferenças que C5SCS u,i.b.1..lhadorcs lcvru11 para dcnuo da ctnpn-s.:-i, n1as os novos funcionários que quiscrc..1 n se ~!iustar à o rganl'laçào dcve:111 acci·

      lar os valores essenciais c~1 cultura 01l,r.:utizacional. Co1no os con11xHt."l.111cnlos di,-.:-rs.ificados e os pontos fôn.cs t-spccificos das pessoas tcndcrn ;;1di1nl11uir quando (')as tc11lan1 se adapuu; as c:ultura.s ro,tc...:: podc1n se lorn
      Barreira a aquisições e fusões · r radicionahnc::nrc, os Huo1·cs básicos q ue nor1eavan1 as decisões sobre aquisições e fusões c.saav.,n, relacionados a vanlag<:ns fi nanceiras ou à sin<:r· gia ele produtos. Agora 1 a n1aior p reocupação é a co111patibilicladc cuhural.1 ' En1 igualdade de circunstâncias. a possibilidade de o negócio dar certo está n1ais relacionada ao grau cn1 q ue as duas culturas são co1npativcis entre si. U1n lcvantarnc:nlo fc•ito por tuna cn1prcsa dl' consuhoria revelou que 58 por ccntô dt1s fi1sõcs não .-.1i,1t,'lt,1111 os ohjc•1ivos t•s1ab<·lecido~ pelos a hos c xcc1Hi\'OS.~ ,i\ <'":tosa prin<·i1>HI desses fi·acassos (Oi o conni,o enu·c as cuhutas organizacionais. É conl<') o hsc1'\·ou un1 cspecialü,ta: '}\ s fusões fracassa,n a un1 índice n1ui10 aho, e é scn1prc por catL~, de prohlcn1.ls co1n as 1:x:ssoas''. A fusão que acon1cccu c111200 1 entre a r\ 1ncrica O n line (r\OL) e a 'f in1c \ Varncr (dona ele canais de televisão. estúdios cinctnatográficos e diversos ,·cículos de n1íclia), que custou 183 bilhões de clóla rcs: foi a 111;1ior na história das corporações. No e ntanto. o negócio fo i u111 dcsaslrc - crn apenas dois anos: as açõc-s cairarn .1ssustaclorcs

      Capitulo 16

      Cultura organizacional

      507

      COMPORTAMENTO ORGANIZACIONAL NA MÍDIA O choque cultural na fusão de dois bancos muito diferentes ando se anunciou que o banco espanhol Sannder havia comprado o Banco Real, em oubro de 2007, qualquer pessoa que conhecia um pouco das operações das duas instituições no Brasil ficou bastante surpresa. Afinal de contas, aquela não era uma operação que acontecia todos os dias. Com a fusão, nascia o terceiro maior banco do país na época - atrás apenas do Banco do Brasil e do Bradesco e, atualmente, atrás também do ltaú Unibanco, o novo líder do ranking. Além disso, a complexidade da tarefa de unir as operações do Santander e Real no Brasil também impressionou os especialistas. Além de sistemas e métodos de trabalho distintos, as duas organizações tinham outro ponto de extrema divergência (e que poderia gerar mais problemas do que qualquer software ou processo operacional): culturas organizacionais muito diferentes. O Banco Real havia se destacado no Brasil por sua política de tentar se distinguir das demais instituições do mercado. Empunhando a bandeira da sustentabilidade e da defesa do meio ambiente, a organização levava a sério esse valor, que também era passado a todos os funcionários por meio de uma cultura que prega o desenvolvimento sustentável, o combate ao desperdício e um bom relacionamento entre os trabalhadores, conseguido por meio de uma administração focada nas pessoas e mais informal. Dois outros pontos importantes da cultura do banco são o foco nos dientes e o dinamismo nas práticas internas. O Santander, por sua vez, havia se destacado em todo o mundo por sua cultura agressiva e focada em resultados. No Brasil, isso não era diferente, e um dos principais valores do banco era a crença de que se deve sempre crescer e se expandir. Para conseguir os bons resultados, a gestão da empresa prega a centralização administrativa e o controle acentuado das tarefas, objetivando sempre 'deter as rédeas' do que ocorre na organização. Outro ponto característico de sua cultura é o formalismo das práticas e relacionamentos internos, visto como um exemplo de seriedade para os gestores da instituição financeira.

      Como se pode perceber, as culturas dos dois ban·COS eram muito diferentes, fator que poderia gerar grandes problemas nesse processo de fusão. Os funcionários das duas empresas não compartilhavam os mesmos valores e significados, algo que poderia ocasionar muitos conflitos e ruídos na comunicação inter·

      na. Como resolver isso? O Santander, demonstrando sua sede pelo crescimento, já havia comprado muitos outros bancos ao re-dor do mundo. Nesses processos, sua estratégia sempre foi a de 'aculturação total e forçada', com os funcionários da organização comprada devendo se adaptar rapidamente à cultura Santander. Isso já havia acontecido em 2000, quando o gigante espanhol comprou o Banespa (Banco do Estado de São Paulo). Nesse cenário, -gestores e funcionários do Real temiam pelo pior. Os executivos da instituição adquirente, no entanto, sabiam que essa estratégia não seria frutifera nesse caso especifico. As diferenças culturais eram tão grandes que um processo de aculturação total poderia ser trágico. A matriz espanhola resolveu adotar uma tática diferen·te: aproveitar o melhor das duas organizações. Assim, o presidente do Banco Real, Fábio Barbosa, foi nomeado o principal executivo do Santander no Brasil e escolheu Lilian Guimarães para ser a responsável por comandar o processo de união cultural. Com essa missão, a executiva deu início a um longo processo de 'fusão cultural'. Sempre tendo em mente a importância de uma comunicação transparente, Lilian determinou a realização de seminários e treinamentos.

      A ideia eta criar e transmitir uma cultura nova, focada no -desenvolvimento de equipes e de líderes eficazes. Além -disso, desejou-se aproveitar os ideais de sustentabilida-de do Real e de inovação do Santander. Obviamente, houve algumas resistências, mas o processo gerou resultados positivos. A marca Real estava prevista para desaparecer no segundo semestre -de 2010, mas os valores do banco continuariam existin-do na nova cultura organizacional surgida da fusão das duas instituições.

      Fontes: Baseado em Giuliana Napolitano e C,istiane Mano, "O homem fone do Santander·. Revista Exame, ed. 936, 5 fev. '2<Xh; "'Fabio Barbosa deve assumir Santander no Brasit•, POftal Ex.ame. Disponivel em: <www.portalexame.abfiLcom.bf/ae/negocio/m0152788.html>. Acesso em: 13 maio 2010: e Murik>Oht, "'Real e Santander ;untos•. Revista Você S/A ed. 135, 9set. '2fY:1}.

      90 por cento, e a tlO\<"l (·n1prcsa tcgistn.>u ac1uilo que foi> na época. ;\ 1naior pcrch-1 finantei1-a da história dos l~s1aclos Unidos. Atl llojc~as açôcs da 'l'in1c \ \'arncr negociada..~por cerca de 25 dólares c,n 2009 con1inu:a1n valendo lnlla ffaçào de seu preço antigo (cerca de 200 dólares antes da fusão). O conflito de culturas seria un1a das causas dos problc1nas da 1\0l.

      SOS

      Compott.amento organiza~ional

      Ti1nc \Varncr. Con10 tun cspcciaHsla observou: "De algt.1111a fo rn1a, a fusão da 1\ 0L co111 a T ime \,Varncr foi con10 o casan1crnlo de u1na adolcsccnlc {AOL) co111 u111 banquciro de n1c:ia-ich1dc r rin1c \Varner}. 1\s cuhun:1s Cl'(l lll i,11cnsan'IClllC clifcrcntcs. i\ $ pessoas usa\'an1 jcaos e cola1·iuhos dcsabo1oados na 1\ 0 J•. ;\ 'fi tnc \ V~u·nc1· Ct"a 1nais conscrv~dor~l".29

      ilriação e sustentação da cultura ,\ cultura org.tnizacional não surge d o nada. I~~ tuna vez c-stabelcrida) ela raran1cntc se dcslà.z. Q ue forç.as inllucncia111 a criaçào de urna cultura? O que sustenta e reforça ('SSCS Íc'l.to rcs depois de <.-sta ter sido cstab<:l.ccida?

      Como uma cultura começa Os costun,es. as tradições e a rna11('i111 usu~\1 de '11.ztr as coisas cn1 tnna orgauizr1çào dep·cndcn1 ,nuito do que foi feito antes e do grau de suces.so que foi cnlào alcançado. Isso 11os leva à fonte p1i nlord ial ela <:ultur.-a organi1.. ..., cio11al: os fu ndado1·cs da <:1l1prcsa. ll'J --rradicional1ne111c, os l~1ndaclores ele u1na en1presa são os que tênl ,naior i,n pac10 soh rc a cuhura inicial da organização. Não estando li1ni1ados por cos1un1es ou ideologias anteriores, eles 1ên1 111na visli.o daquilo que a organiiac;ào deve ser, e seu tan1anho pequeno íhcilita a i111posiçào dcss.'t vis.1o sobre todos os nlcn1bros d a o rganizaç-ào. O processo de criação de tuna cultura ocorre de três 111::tncir::ts.. 11 Na p1i1ncira: os H.1 n~ dadores só contra1an1 e 1nanlên, funcio1,ários <'.1uc pensem e sintan1 as cois.:i..S da n1cs1na for,na que eles. Na segunda, eles doulrinarn e socializan1 esses funcionários de acordo co,n sua ror1na de pensar e clt sen1jr. Por fi1n, o con11>0t'lt1me,uo dos H.1 ndaclorcs cstirnula os fiancion~l'ios ;i se identificar corn ele.se a i111ernalizar seus valo1·es.., convicções e pl'ernissas. Q uando a c1llprcsa lC"lll sucesso, a personalidade dos fundadores se to rna tuna parte in1cgr;:u1lc da cultura da organi,zaçào. O estilo agrc·ssivo e co1npctilivo da J~Jyunclai e sua natureza disciplinada e· autoritária são a~ 1ncs1nas t:·tractc1isli<:as usadas para d<.-scrc,·cr seu fundador, (~hung ju~\:ung. Outros li.1nd,,dorcs que 1i,·cr~11n c11onnc in,pac10 11a cultura de suas organi~1çõcs são Bill Gates, na ~·lic1'0solt, lnb"ia,· Ka,npt~1d, n" f.,bricantc sue<:.:t ele 1l1óveis Tkea, Roli,n :\ maro1 11a 'l J-\.i\11, l~ic.-...1'<10 X unes, na R.ica1'(lo Elet 1·01 e R.ichal'd Bta1lson, no Vi1-gin Group.

      Mantendo a cultura viva Depois <1ue tuna cuhul"a é cstallclccicla, exisletn 1>rálicas na organiiaçào <1ue vist11n a nlan1ê-la, dando aos funrionários 11111 ronjunto de <'=<1x.1·ie'nrias seinelhanrcs.31 () processo dr seleção, os crilérios d e avaliação dr dese1nprnho. as allvicladcs d e trcina1ncnto e

      A fonte da cultura organizacional da emp,esa aérea TAM são os valores de seu falecido fvndador, o comandante Rolim Amaro. na foto ao lado. Com sua pe,sonalidad& carismática e fixação pela excelência no atendimento aos clientes, Amaro introdvziv na TAM a consciência de qu& a satisfação dos consumidores devia ser perseguida a todo custo. seja por vm serviço de bordo dife,enciado, por mUsica ao vivo na sala de espera ou por um tapete vermelho na entrada das aeronaves. Após sua morte, em 2001. e com o aumento da conco,rõncia, a TAM abandonou alguns desses valores. mas voltou a persegui-los a partir de 2(()6,

      na ges1ão de Marco Antonio Bologna. Segundo ele. a empresa preeisa voltar a encantar os cJientes e, para isso, precisava passar por um processo de 'rolinização' .31

      Capitulo 16

      Cultura organizacional

      509

      dcscn,·olvi111cnto de c~u..-clra e os pro<:cdirncntos de pro1noç;:i.o (todos discutidos no Capllulo 17) asSC&'11n,n1 que os co11u1,t:ado.s se ;:ljustc..·111 à cuhura, rccon1pcnsa1n quc111 a .1dola e pcnalizan, (ou cllé e,~pt11S(ll'll) aqueles que a dcsaíian1 . ..f ,'(:s força-li têrn u111 p~1pe1 parlicularrne,nc in1pot1anl<' n::1 1n,ulu1c~nçâo da c·uhura: as ptá1 icas d e sclcc;:ào, as açÕ<·s cios <.lirig<·ntcs e os 1nl:1oclos de socialização. \ 'an los cxa1ninâ-las con1 n1ais detalhes.

      Seleção O objetivo explícito do processo de sclcçiio é identificar e contratar indivíduos que tcnharn o conhccbncnto, as habiJidadcs e as capacidades necessárias para o clesc1n1:x:11ho bcn1-sucedido das ati,icl;ldes dcnuo ela organizaçào..1\ decisão finaJ sobre c1uem será contr(\tado é signifitativarnc111e inOucnciad;, 1:x:lo julga,ncuto do l5clccionador sob,·c qucnt parece tnais bcrn ajustado à org:nnizaçào, que idenliíic.-l pcssoa5. Cl~OS valotes condi;,_.en1 con1 p<·lo rncnos parte dos \'alorcs d<·la.1• Alé1n disso~ o pmccs..;o ele seleção rorncc(; aos cia nd iclatos iníc.,rn1açõcs sobre a organização. 1-\ quclcs que pcrcc::lx:nl algu1n conrlito cnu·c seus valores pessoais e os da c1nprcsa Jl0dc1n se retirar \'Oluntari;u,-1cntc do processo. /\. seleção, dessa forn1a, é tuna ,~a de duas 111àos. 1.:111 que tanto a c1npn::sa quanto os candidatos p-Odcn1 desistir cio ·casa1ncnto' e suste ntar a cultura organi1.•acional. deixando de fora os que poderia111 dcsc,fiar ou .:itacar seus valor1.,-s eswnciais. O banco de i1htc;Sti1ncnlOS .BBi\·l tcrn orgulho de sua c..:uhura n,eritocr(\tica e orjent;icla para ati ngir bons 1x:suhados financeiros. Seus fu ncio11tlrios !\àO pessoas capacitadas e bas1ante con11><·ti1iva$. que não se prcocupa,n en1 u~,ba)har a1é tarde pa1'a atingir seus obj cti\'OS e cunlprir suas 1ne1as. i\ lt·snto no prcx:<:sso de seleção de estagiários, di\'crsos g(:s· to res cntrcvist.un pcssoahncntc os. candidatos para identificar sua capacidade ele trabalhar sob pressão, seu gosto por an1bicn t('s competitivos e sua intenção ele trabalhar pc.:sado para atingir as n1ctas traçadas. O s que não se adaptarn a esse ccnitrio ni,o sào sclcl·ionados. Os d irigentes f\s açÕl'S dos d irigerucs 1a1nbé1n 1ê1n unt grande.· i111paclo sobre a cultura o rganizacional,; Por suas palavras e n1ancira d e se co1nportar, os altos cxccut.i,·os cstabclc<:cn, nor1rias que se d.ifu11den1 pela organh:ação acerca de <.tsJx;ctos co1no: quais riscos dcvc1n assun1idos, quanta liberdade c:-lcve s.<:r couccdida aos funcion;\rios1qual a ror1nc, c..:01TCta de se ,·c.stir, que aç&:s podcnl reverter cn1 reco,npcnsas, e assirn por diante. Por cxe1nplo1 R.olx:rt 1\. Kcitlin já foi cha1l1ado o 'p1"Cs-idenlc de crnptc.sa ,nais oga,tat!D dos f~1ados Unidos'. Kcirlin é presidente da FastcnaJ, a n1aior rede ,·a1-cjista de pregos e parafi1sos dos l?.stados Unidos, que conta cont 6.500 funcion,lrios. Seu salá1io é de 5 nli) d61an..'S por 1nês. Ele tcn1 apenas três ternos. e Lodos eles já c1~un usados quando Jôram co1npraclos. Ele coleciona cupons ele desconto, cliiigc u1n carro popular e, quando ,~t,Ja a ncgóciOl>, hosped;l-s<: 11os hotéis n,ais baratos. Robert precisa i:"t.zcr toda essa eco11011Ua? Não. Sua pa11lcipaçào acion,~ria na e1-.-,p11..~s..l cstcl cotad~, en, ce1"C.:1 de 300 ,nilhõcs de dólares. i\,(as o horne,n prcfc1-e tnn c.~sólo de vida bern cconô111ico. E prefere o ,nesrno con\ 1-elaçf10 à c1npl"('s,1.. Rolx:rt argu1ne1ua que SCll co1nporca1ncnto pas~a urna nlensagenl p;ira 1exlos os Íl1ncionários: ninguén1 des1xrdiça nada na cn1presa. Ele se considera un1 rnodclo de aus1c1icladc e os func-ionários da Fas1c1lal aprtnclcrant a SC!,'1.tir seu cxc n1plo.

      Ouando o Magazine luiza começou sua expansão p.1fa a fegião

      Sul do Brasil, algumas cadeias vareJistas menores foram compradas e houve a necessidade de transmitir a cultura organitacional da empresa para os funcionários das redes adquiridas. Mais de dois mil funcionários íoram levados para Franca. interior de São Paulo

      e local da sede da empresa. onde passaram por um programai de treinamento e imersão. Ao tétotnarem para seus estados, a própria

      presidente do Magazine luiza, l uiza Helena Trajano, conduziu uma grande confraternização para simboliur a completa inserção dos

      trabalhadores na cultura organizacional da companhia varejista.36

      510

      Compottamento organizacional

      Figura 16.1

      Um modelo de socialização Processo de socialização

      Resultado$

      Produtividade Pté-chegada

      Socialiiação f>roces$0 qve adapta os funcionários à cultura

      Ofganllacional.

      Quadro 16.2

      I

      ~

      Encontro

      _..,.

      Metamorfose

      f

      Comprometimento

      Rolat,vidade

      I

      I I

      Socialização lodcpendenlc,ncnlc.: da qualidacl<· do processo de rccn.nao'lt1HO e S("lcção, os nO\'OS fi.1ncionários ainda não c·stt10 to1ahncntc d oulrinados na cuhora Ol'ganizaçiona1 <Juando co1ncça1n a trabalhar na c111 presa t podc,n clcsorganiz:u· as convicções e costun1cs ,~gentes nela. O processo que tüuda os no,ros funcion{uios a se aclapt:,r à cultura do1ninantc é clnunado socialização.:n ..fodos os fuziJciros navais> por excn1plo~ prrtisan, passa.r pelos c.:u11po.s de: tn:::inan1cnto para 'p1'0\·ar1s<:u co111pro1nellntento. J\ o 1ncs1no t('n11>0, os instrutores do ca111po iníor1nan1 os 1'C<·ru1as sobre o ·estilo na\'al', u·a1,srerindo-lhcs a cuhtn-a e a d<>\H1i 11a Ol'ganízacionais. ~ lesn10 110 serviço público, c111 que a seleção de llO\'OS scrvido1·es ocorre por 1nc.: io d e roncu1-sos públicos, cxislcn1 processos fõr,nais de socializaçiio. Conhecidos corno Cursos de l'Orn1açào ou Progr~unas de Capacitação, eles são considerados ct.ipas clin1inalóri;,s dos coucursos (podc-n, clin1inar os c.andi<.iatos, 111as n{io scrvc1n para ahcrar suas notas} cn1 que os futuros scrvidor(·s rcccbc,n trcina1ncntô e s<'i.ô apresentados à organizaç•io onde tr.,balhan'i.o. ~ o Progra1na de Capacitaçii.o dos lécnicos do Banco Central do Brasil cn1 201 O> por e;.:cn,plo, os classificados no coricurso visita1-am a sede da insd1uiç,'i.o crn Brasilia, ~cndo l"Ccebidos por Í\lncion:.-í. 1ios d,l autarquia. t\lérn disso, un1 ít1ncju11;írio <1uej~'1ocupa o ca,-go de técnico fi1lou con'I os nO\'OS cntr11111.cs, con1anclo-lhes sobre as Hll-elhs r·c.alizadas e o dia a d ia na organização, e representantes
      Opções de práticas de socialização

      Formal versus informal Quanto mais o novo funcionário for segregado do ambiente normal do trabalho e diferenciado de alguma forma para explicitar seu papel de recém--chegado. mais formal será a socialização. Programas de treinamento e de orientação específicos são exemplos dessas prátí~s. A socialização informal coloca o novo funcionário d iretamente em seu trabalho. sem muita atenção especial. Individual versus coletiva Os novos membros podem ser socializados individualmente. 1sso é o que acontece cm muitas empresas. Eles também podem ser agrupados e expostos âs mesmas experiências simultaneamente. como n-os campos de treinamento militar ou em programas de trainees. Fixa versus variável Refere-se à programação dentro da qual os re,cêrn-che9ados devem fazer a transição de 'de fora• para 'de dentro'. Uma programação fixa estabelece estâgios padronizados de transição. Isso caracteriza os programas de treinamento rotativo. Inclui também os períodos probatõ,ios, como o período de oito a dez anos em que uma pessoa fica no estágio de 'associada' antes de se, aceita e-orno sócia, como ê comum em escritórios de advocacia e contabilidade. No sistema variâvel, as transições no cronograma não são anunciadas. Elas são um exemplo do sistema típico de promoções em qve o Individuo não é promovido para o próximo estágio até que esteja 'pronto' para ele. Seriada vel'Sus aleatória A socialização seriada é caracterizada pela utilização dos modelos de papéis que t<eina,n e incentivam o novato. Os prog,amas de ap,endizes e de mentores são exemplos d isso. Na socialização aleatória, os modefos são deliberadamente omitidos. O novo funcionârio é deixado sozinho para resolver como fazer as coisas. Investidura versus despojamento A socialização do tipo investidura parte do princípio de que as qualidades e qualificações dos novatos são ing,edientes necessários ao sucesso e, por isso, são confirmadas e apoiadas. A socialização de despojamento, ao confrário, tonta eliminar algumas caracteristicas dos novos contratados. Os grupos, por intermédio dos compromissos de socialização por despojamento, enquadram os novatos nos papõis esperados.

      Capitulo 16

      Cultura organizacional

      511

      MITO OU CIÊNCIA?

      A socialização depende do socializado ssa afirmação tem um grau elevado de veracidade. Apesar de normalmente pensarmos na socialização como um processo no qual uma pessoa é moldada pelo ambiente - e, de fato, esse é o foco mais importante na pesquisa sobre socialização -, estão aumentando as evidências de que muitas pessoas se socializam (fazem um esforço para se inserir nos grupos) ou, pelo menos, moldam essencialmente suas experiências de socialização. Os novatos com personalidade proativa são muito melhores em aprender suas tarefas. Como notamos no Capitulo 5, eles identificam oporwnidades, demons· tram iniciativa ao fazer perguntas e pedir ajuda e agem. Em resumo, eles aprendem melhor porque pedem mais informações e feedback.

      E

      Os indivíduos com personalidade proativa também são melhores em aumentar sua rede de relacionamentos e se adaptam melhor à cultura das organizações - resumindo, eles constroem o próprio 'capital social'. Sen·do mais efetivamente socializados na organização, eles 1endem a gostar mais de suas tarefas, desempenham-nas melhor e mostram menor propensão a sair da empresa. As pessoas proativas, ao que parece, fazem muito para se socializarem dentro da cultura de uma organização. Nada disso significa negar que a socialização tem valor, mas as pessoas não são atores passivos nesse processo. A maneira como uma pessoa se socializa dentro de uma nova cultura e o grau de socialização podem depender muito mais de sua personalidade do que de qualquer outra coisa."

      esses atos scrvcn1 para a rnbicntar os novos fu11cio11{1rios e incutir-lhe~ un1 pouco da cultura 0 1lf'llljzacional que ('llCOl'll1<'1rUo n o Banco Ccn1ral. ..-\ SC.)tiali~açl10 pode ser con,c<'ituada co,no un, pl'o<:esso fol'n1ado pot tl"ês c·s1àgios: pré-chegada, cncontro e n1ctan1orf0sc. 19 l'Sss.c.: processo, ilustrado na l·igt1ra 16. J ~ 1t~n1 un1

      Estágio de pré-chegada Periodo dê .iprer\di2:agem do processo de socialização que acontece .:11ntes que o novo funci~nári? envo para a orga.ntZaçao.

      I

      __J

      i111pacto sobre " produtividade do novo funcion;lrio, sobre seu con1pro1nc1hncn10 con1 os obj etivos da organ.i1..."lçào e sobre sua dccisf1.o final acerca de 1xrn1ancccr no c1nprcgo. O estágio d e pré-chegada reconhece cxplicit-an1cntc que: cada indi,·íduo chega con, u1n éoi'ijunto ele valores} atitudes e expectativas. Isso se refere tanto ao trabalho a sc.:r 1"Caliz;;1do con10 f• 0 1-gauiz.açào proprian1cntc <.tita. Os rccé111-chcgados a grandes organi:1,.a çõcs bc1n posicionadas no ,ncrcado tê1,1 .-}s própl'ias hipótc$.CS s<Jb1-e con10 deve ser trabalhar lá ..-o Por cxc1nplo1 a n1aior pa11c dos nO\'OS 1-ec1·11u,s es1xra que a Nikc seja -.una c1np1-csa d inân1ica t; \'ibrantc, que c1n finna.~ de advocacia de prestígio se 1rabalhc sob pl'cssào e haja un1 f011c sis tc1na de rcco1npcnsas> e que os fuzileiros navais cxija1n 1:1n10 disciplina quanto coragcrn. Por n1ais eficaz que os gl·ston..·s considcrcn1 seu processo de social.izaçtlo cios novatos, o indit<.-tdor n1ais i1nportantc do H.uuro con1porta1ncnto deles é.· seu co1nportan1cnto antc,ior. O que as pessoas s.aben, aotcs de.: cntr,;1r na 01ganiza(ào e o uivei de proatividadc d(: Su(t personalidade s..·10 indicadores i,nporlantcs de corno se.: adaptarão à 11ova cultura.' ' Unta n1ancira de aproveitar a i1nportância elas características p1·é-adniissionais ela socializaçf10 é usar o processo eh~seleção 1>a1·;1 i11fonnar os e,,·eruuais fi1ncionário~ sob1~ n organiZ<'lçào co1no un1 todo. Tan1bént j,l vi1nos que o processo de seleção a~egura a inclusão dos 1tipos r<"r1os' - aqt.1(•lci- qu<' s,c ajus1an1. "Na vrrcln
      sua capacidade de c:n1rar na otgani:1..açào. A.ssi1n, o sucesso d cp<:nclc cio gr-.1u c:rn c1uc o aspirante é capaz de prever co1Télárnc111c as expectativas e.~desejos dos enca.1T<·gados da sclc<;ào Estágio do encontro Estágio no ptôee$SO

      de socialização no qval um novo empregado

      vê a org.an,ZbÇào como realmente ê e se depara com a poss.ivel dicotomia

      I

      entre suas expectativas e a realidade. ~

      dentro da organi1.açào.1' 42 Dc:pois de entrar pa ra ;:1 Ollfdniiaçào, o novo 1ncn1bro pa..ssa para o estágio do e ncontro e confronta a possívrl dico1.01nia e ntre suas expcc1a1iva.s - sohl'e o trabalho, os colegas, o chefe c a o r!,'ànização de 111ancira geral e a realidade. Quando as cxpccta1jv·.as são 1nais ou n1cnos precisas, o estágio do encontro sc,, rc a pe nas para reafirn,ar as pcrccpçõcs já existentes. ~ las nem s<:nlprc é isso que aconl<:cc. .E111 casos cxu·c,uos, o novo 1ncrnbro pode ficar totahncntc desiludido con, a realidade de seu trabalho e desistir do c1nprcgo. U,n pmccs.so adequado de wleçt10. alén'I dt un)a tecle de an1igo.s 1);1 organi~açào, 1>0dc

      $12

      Compottamento orgc1niza~ional

      E$tágio de metamorfo$e Estágio da $00ali~çào em que o novo funcionário mud& e se

      ajv$ta à$ tarefas. ao grupo de t,a.balho e à orga-niiação

      I

      ___J

      reduzir a probabilidade de isso ocorrer. Os no,1.nos se 1nostra1n tTIedras·. u Finalnl.C11tc, par.a resolver os possíveis problc111as surgidos no est;igio do encontro, o 110\'0 n1c1nbro rnucla ou passa pelo charnado es tágio de metamorfose. As opções apl'csentadas no Quadro 16.2 são a.hernat iva.s elaboradas para realizar a n1c::tarnoríosc desejada. Quanto n1ais a crn pl'csa adotar progran1as ele socialização fOrn1ais, colcli,'Os. scqucnc-iais, fixos, scrit1is e que cnfhtiz.crn o dcspojan·1cnto, rnaior será a probabilid;·ldc de que (,s diícrcuças e pcr:s1xc-Livas dos n·cén1-chcgados .scja1n suhstituídas por co1nportan1cntos padroniza. dos() pre\·isivcis. Essas prálicas instituciot1llis ~ão comuns ,n, policia! no corpo de bon1bci1·os e en1 outras organizações que valo ..iza111 a ohtdiência às regras e a ordc111. Progra n1as i11íor1n<1is, individuais, aleató rios, \·a,iáveis e que cnÍc'ltizarn a investidura te11dcn1 a dar aos rccén1·chcgados un1 sentido ino,·adoJ' de seu papr l e n1étodos de trabalho. Os ca,npos c ria· tivos, corno 1:>esqujs;.1 e dcscnvolvi,nento, propaganda e ci11c,na se.~ utili1.arn dessas práticas individuais. r\ n1aior p;u·tc das pcsqui.sas sugere que u1n alto nível de práticas in.stitucionai.s incentiva o ajvsh: c111 1'<' a 1>cssoa e a ol'ganizaç.1o <' u,n aho g l'a u de ro1np1-01n<'li1ncn10, ao passo que as pr.ílicas individuais produzc111 u1na 1na.ior inovação nos paJ>éis. 11 O pmcc.sso ele socialização de três <:tapas cs1;í ron1ple10 'luando o novo n1t1n hro lté sente totalmente conforlá\'cl con1 o trabalho e conl ::\ organização. Ele intcrnaliiou as nor· ,nas da 0 1-g;i.11i1"_.a.çào e de seu grupo de 1rabalho1 conlp1·ccndcndo·as e acci1ando~alt. O 110\'0 1nc1nbro se sente ;.,ccito por seus pares corno u,n indh·íduo valioso e confi;.',vcl. sente-se seguro de poder rcali1.a.r seu trabalho con1 sucesso e co1npreencle o sis1e1na - não apenas no tocante às própri;-t.s tarc.:fhs, 1nas t;.u11bén1 a todt,s as regras, proccdiincntos e pràtic,is aceitos inforn1ahncn1c. Por fin1, e le :s..1hc o que se espera dele e quais c ritérios serão usados par·a rncnsurar e ;;,valiar seu trabalho. C-01110 1nostrou a Figura 16.1, a n1et:ul101·fosc be1n· ·Sucedida dc\'c ter un1 i1np:.cto positivo sobre: a produti,~cladc e o con1pron1cti1ncnto co1n a Ol'g..tni1..lÇi"lO, alérn de rx:duzir a propcns..~,o do íu11cio11,í1io a dcix,lr a c1np1\•sa.

      Resumo: como se formam as cu lturas ;\ f igura 16.2 n::su,nc cofno unia cuhura organiz:aciona.l t estabelecida e sus1c,uada. A cuhu1'a original dcri\'a da filosofi.1 do fi1nda
      tiomo os funcionários aprendem uma cultura J\ cultura é 1rans1niLida aos fi.ntcionários por n1cio de diversas n1anciras, sendo que as rnais pod<·1'0sas são f!S his1ól'ias, os ricuais, os shnbolo~ e H lingl.1;-..gc,n.

      Figura 16.2

      Como se formam as culturas organizacionais

      Filosofia dos fundadores da organização

      -

      irigentos

      Critérios de seleção

      (

      /

      ~

      Socialização

      Cu11ura or9anizaciona1

      ---

      Capitulo 16

      Cultura organizacional

      513

      Histórias Qua ndo 1-lcnry Librcl li ('Sl
      subordina.dos, quando cstc.~s íicava,n n'luito a1'1'ógantt.:s: ··1~ o ,·neu 001nc que <·stá 110 ptê(lio''. 1\ 1nc11s.-1.gc,n era brist,HllC clara: H cn1')1 Fo rd li co,naoda\·a a crnp1,·!w1.. 1\ Nikc 1e1n alguns exccu1ivos que pass.a1n hoa pal'tc de seu tc1npo con1anclo h is tó1ia.~ d:1 cn1prcsa. I~ elas pn::tcnclc1n p;,l.ssar a 1ncnsagc1n sobre o que é a Nikc.1> Qu:utclo eles conta1n a his1ória sobre co,no un1 cios fi.1 ndadorcs da c1nprcsa, o treinador de atlcüs1110 BilJ Bo,vcrnu,n , foi a té sua oficina e colocou bo rracha na n1á<.1uina d e f.,zcr \\·affics de sua rnulhcr para c(u1sC!:,'11ir u111 s.-tpato 1-nai.s apropriado para éorridas, elt"-S estão fhfru1d o do espírito d e inovação da ~ ikc. Quando os novatos cscuunn as histórias de Stcvc Prcfontainc, allct::t tarisrnálico cp..1c lutou pat<1 f';i,zcr ela corrida urn cspor1c profissional <." por 111clluu·cs cquipa 111cnt()S, eles estão aprendendo soba-e o con1pro1nc1in1cn10 dr1 )iikc c,:111 auxiliar os

      alicias. l-lis1órias clc-.ssc 1i1>0 cil'cularn c1n divcl'sas organizaçOCs_ Elas gcraln1cn1c se- rcfi:oc,n a eventos ocorridos con1 fundadores ele c 1nprcsas, quebras de regras, sucessos cstronclosos 1 reduções de força d e trabalho, rc.."colocaçõcs ele func ionádos, reações a antigos e rros e as estraté!:,rias organizacionais. "'' Es~ts 1uu-ràti\tls vinculan1 o presente ao passado e ofcrccc1n c.xpli<:açiio e lcgitimjd.1dc p;,ra as ·pr;;'tticas \·igcntcs.

      Rituais Rituais Seqvências repetitivas

      de atividades que exptê$S&m e féfo,çam os

      valore~ fu~ament.ai, da osgantZaç.to.

      I

      __J

      Os rituais são sequências rcpt:ti1i,·;:1$. de alh~clttdt·s que cxprcs.~anl e 1·eforç~un os valores fund arnentais ela organizaç:io; quais objetivos s.-i.o os n1ais irnportantcs~ que pessoas s;io i1nporla11t<·s e quais são dispcnsávcis...1 U1n l'itu::tl 1ipico da corrc101-a Pau·i,n(),·cl, crnprcsa rcspons..\vcl po r gr.tndc parte das ·vencias do rncrcado i1nobiliário do Rio dc j a 11ciro1 são os d iscursos e o gii10 d<: g1.1en.1 puxados po,· Rubcn1 \ ~,sconcclos, prçsidcntc c(,1 <:rllpn;sa. l)urante as ccrin1õnias ft..-sth·as para os con-ctorcs, \ lasconceJos co1nanda lllll verdadeiro sho,v de a udi1ôrio: chan1."t <:orrc101-cs ao palco. fiti. JX:tguntas, enu·cga prê rnios e puxa o g rito de guerra da c ntprcsa. t\ o entoar ')-\ta qucn1 o investidor, vocês vão ver o dinheiro brolar!", o cxCC\Hivo pretc11clc 1notivar s.cus c<>rrctOl'CS e lhes p(,~sar a cultura co,ncrcia l ag,·essi,~ da en1presa. 43 R.ituais scrn clha ntcs são utilizados pela Gol, por outras corrcloras i111obiliárias e por d iversas redes va rcjist,'l.S, corno o ~lagazinc Luiza, as Casas B(\hia, a R.icard o Elctro. Jnsinuanlc e o \Vahnart.

      Símbolos materiais ()s fi.u1cioná1ios das en1prcsas ele coleta de lixo de ,rârias cidades brasileiras u1ilizan1 uniforn1C".s que scrvc1n co1110 sí111bolos para a cultura da ernpresa. O s lixe iros da Lin1purh,

      Nas faculdades, um dos principais rituais de passagem

      e integração dos alunos ingressantes são os 'trotes'. Por meio deles. os 'vetéranos-' recebem os 'calouros'

      e os inserem no ambiente universitário. Os 'trotes' simbolizam a mudança do ambiente escolar para a vida

      na faculdade. com menos regras e controles. porêm

      com mais (esponsabilidad&s. Apesar de. muitas ve:tes, ainda serem realizadas atividades violentas reprováveis durante esses rituais, existem iniciativas muito

      interessantes, conhecidas como 'trotes solidários'. Alguns exemplos são as atrecadações d& alimentos e medicamentos e a doação de sangue.

      514

      Compottamento orgc1niza~ional

      Símbolos mat~riais

      Objet0$, açõe$ oo eventos que transmitem

      sõ9niíõc•dos •os memb,os orgat11zac1ona~.

      l

      de Salvador. por cxcn1plo. utiliza1n roupois azuis. ao pa.sso que os garis da Con1lurb) do Rio de Ja1u.:iro, ulilizam os trad.icionais unifor111cs lar01'ta1ue. qual é o grau ele iguaJdadc dc-scjado pelos di,igcntcs e o LiJlO de oon1po11an1c1110 considerado apropriado~ oon,o
      Linguagem ~ 1luilas ol'ganizaçõcs e unidades dcn1ro delas utiliza111 a linguagc111 para ;tjud;,r os 1ncn1bros a identificar sua c uJtu1·a, clc111011Strar que a acci1an1 e ;tjudar a pr<.'Scrvú.-la. Nas crnprcsas de telefonia l'Clular) con10 a \ fh·o. a 1"in1. a Oi e a Cl;n·o, os func.:íon;\rios usa111 u1n jargão próprio que inclui l<:rn1os específicos: clt..-ssc rncrcado, co1110 ch11r11 (clientes que ab,,nclona,n a cn1presa), ·portar' {ato de transferir o nún1Cl'O de ,una opcr(1dora para a ou11••, dcri\'ado ele '1>0r1abilidadc1) \: diversos n
      tlriando uma cultura organizacional ética .,.\ cuhura o rgani1...'lcionaJ 00111 1;n aior probabilidade ele pro,110\'cr u1n clcvndo padrão ético c nlrc seus n1cn1bros é aquela que lcn1 alta tolcr.1ncia aos riscos> agressividade baixa ou 1nodcrttda e é voltada l..l11to para. os fins <:01no p::,ra os 111cios;'IO Esse tipo de cuhura adota uni;, pers-prcliva clt longo prazo e equiJibra os d ireitos ortan1cnto dos lt.1ncion;írios. 1\ J ohnso11 &Joh1,son {J&;J), por exc1nplo: possui unia cuhura fôr1c que cnf..-:illza as obrigaçOCs da cn,prc-s::, co,n os clicrucs, os funeioniirios, a con1unidadc e os acionistas, ncss.:1 ordcn). Quando fora,n encontrados frascos c,1,-cncnados de 1··y1cool c111 lojas al..gu1\S anos au·.ás, a lgln\S funcion;-í.1~os d;i c,npresa, agindo de ,nodo independente, 1-e1il'ara1n o produ10 das r..,r,nácias dos Es1ados Unidos an1.cs 1nes1110 de os d irigenres da cn1prcsa en1itiren1 o co1nunicado acerca da adultcraç...1.o. Ninguén1 precisou d izer a essas pessoas o que era rnorahncnu; cc·rto: elas s.ahian, o que a organização cspcra\'a drlas naquck· 1no1ncnto. 1\lé:111 disso. urna cultura forre que incentive o uhrapassar cios li1nites pode cstin1ular compo11an1cn1os antiéticos. :\ cultura da 1\1nBe,\ por cxcn1plo, de incc.ssa1llC pn.:ss.-io sobre os gestores J)ata au1ncnl;u· as vcnd;:is, já cstin-1t1lou desvios é.1icos de co,npo11.a1ncnto, co,110 o ass...~dio 1noral sobre scui; sobor'erccbe1n que esses 111oclcl0$ agçn1 d e 1naneira é1ica, tiran1 disso u1na 1ncnsagc111 1>ositi,·a.

      Capitulo 16

      Cultura organizacional

      515

      Co11uu1ique v:/J(cl
      Oflrc(a lrtÍluunrnto ilico. Organize scrninários, ll)tJrkJl1ops e outros p rogr.nlHlS de treina· 111cnlo éciço. Use-os parn reforçar os padrões de conduta desejáveis, esclarecer

      'luais prAticas sflO ou llàú achnis!iívcis ~ ir.atarde possíveis dile1nas éticos. ,C]g
      scn1penho dcvcn, an:,lisa1· dt.•lalhadan1<:ntc qu:uno suas clcc:-isõcs estão à ahura do código de co11du1.-1 da 01lf,\nização. R.e veja 1a11co os fins co,no os 1neios. 1\s pessoas cttio co1nporta1ncnlo scn1prc foi ético clcvcn1 ser rccon1pcnsadas publican1c nlc. Da 111csn1a íorn1a, aqueles que transgrcdirc,n o código dcvc,n ser punidos. For11efa 1n((á11is111os de pmteç,10. í·b1·neça rn<:c.anis,nos íor1nais para qu<: os funcion,trios possam discutir os diJcn,as éticos e reportar as e,·entuais transgressões sc1n n1cdo dt 1-epl'i1nendas. O e.•,nahclccin1rn10 de 11111 cli1na élico poi:.illvo de,·e ro,ncçar no t01)() da organizaçào.l1

      Urn estudo con1 195 gc-.storcs dcrnonslrou quc1 quando a alt.t gerência cnf.1llz.a valores éticos sólidos, os supcr\'isorcs 1cndcn1 a praticar unia liderança c'-1ica. Essa atinrdc ética posiLiva se transfere para os funcioná1·ios de bai..xo escalão. que .:tpres.crua1r1 un1 i11dice rnenor de desvios co1npo11an1t.·11tais e unl grau 111ais alto ele cooperação e assistência. O co1npor· 1a1nento ético geral e as alirudes de out1'0$ 1ne,nbros do depal'la1nen10 1an1bén1 con1a1n para 111oldar o co1nporta.111c11to Ct ico ind_ividual. J·i11alnlc1Hc, os funcionários Cl~jos valores éticos são scn1clhanlcs aos do dc1) arlan1cnto tcnclcn, a rccclx:r 111ais pron1oçõcs; por,anlo, podcrnos p(.'ns.:1r na cullura éLica CofnO algo que trcscc de bajxo p;H·a <:irn;;l uunbé1n.s1

      tlriando uma cultura organizacional positiva l·:1n urna primeira irnprcss;\01 c1iar 111na cultura p0Siliv~1 parece soar irn.:rncdia,Tl· 1nentc ingênuo ou COfllO un1a conspiração do estilo l)ilbert. Algo nos faz ac1'('di1ar q1.1c essa tendência chegou para ficai; porém existcn1 sinais ele que a pr.ttica de gcslào e as pt.squisas de co1npo1,an1e11to 01){at1i'?.acio11al estão convergindo. Uma cultura organizacional positiva cnf..,tizà os 1.>0ncos fOrtcs do funcion{uio corno base. rceofnpt..·11so:l nlais do que pune e p1ivilcgia e, "iu1lidadc e o c,·csci,n<:nto incU · vidual. ·•1 \ l;unos considerar cada Luna dessas ;írcas.

      Cultura organizacional positíva Cultura que enfatiza a

      realização do potellciat do f\lncionãrio. recompensando mais do que punindo

      e íortatocendo o etesdmento e • vital;dade 1ndiv,dual.

      Considerar o potencial do funcionário como base Muitas pr:ilicas do comporta·

      I

      1ne1no organi'?.aciooal e de gesti,o estão preocupada~ enl corno rcsol"cr os proble1nas do func ionário. E-111bor.t un1a cu1Lura organi1. .1cional . positiva não ignore os problc111as~ ela na ,·c rdadc cnfi1tiza que se n1ostrc aos tr;:tba.lhadorcs con10 eles podcn1 explorar seu potencial. Con10 disse o guru da gestão, Pc1cr 01,1ckcr: "{\Jui1os 11ortc-a111cricanos não s.ahcn1 quais são seus pontos ío11c:s. Qu.:iudo ,·ocê os qucslioua, clc-s te olhan1 con1 un1 olhar "ago ou rcsponclc,n con, conhccirncnto do assunto, c1uc é a rcsr>os1a c;rracla". Você sabe q11ais são seus pontos fortes? Não scriét n1clho r cst,:1r cn1 unta cultura organizacional que o ajudasse a descobri-los e ttptcndcr 1nanc iras -de apm\'ci1:í-los ao 111àxii110? r\ CPFl... Ene rgia} 111aior c1111Jrcsa pii,·acla que atua na geração, dislribuiçào e co1ncr· ciali1.açào d(' energia clêtl'ica no B,nu;il, busca idcn1ifical' e \'alori1..11· os 1>0nros fones de- seus funcioná1ios. U1n cxcn1plo disso ê o pn>grarna C PFL t\·l anagc111cnt. l)urantc o segundo sc-1nrs11-c d e 2005, as principais con11x:tCncias de 156 gcsto1-c-s fo1~un idc11tific-adas e, co,11 hasc nessas intôrn1açõcs. fOran1 traçados planos para apro,·eitar os pon1os forces individuais e clc:scnvolvê-los ainda 1nais. Por :incio de n·ciua111cntos para ap1in10111r as habilidades de liderança, cotulling e cur-sos de t\·I B.~. todos os gestores puclcran1 conhecer e dcscnvol\'c r suas princip..lis fot"ças.5)

      516

      Compottamento orgc1niza~ional

      Francisco Valim, presidente da Serasa E.xperian,

      e,npresa prestadora de serviços no ramo de informações de crédito, trabalha desde que assumiu a organização, em '2007. para p romover uma cultura positiva na companhia. Baseada em valores como a transparência, o desenvolvimento dos íuncionàrios e o equilíbrio, a cultura da Serasa pretende garantir a evolução pessoal e profissional de todos os trabalhadores.Só

      Recompensar mais do que punir Ernbora a 1naioiia das organizações cslcja sufici~ c11tcnlcntc frx:ada crn rcconlpcnsas c:xllinscca.s, conlo a rcn1uncração e ~,s pronloçõcs, elas Írcqucntc1ncntc se t·.squccc1n cio pock·r das rccornpcnsa.s nlcnores {e n1.1is baratas), ro,no o elogio. ;.\ \ lh1çf10 1\b•ui.1 Br.:tncct se- s<:nsibiliu t co1n <.'SSC ctspccto. Urn ,-1sst.ssor co1nc1x:ial da con1panhia disse o seguinte: "\ 1ocê tc,n de tc1· rnuito rl'lais que a tc111u11ctaç~o. Quando o fi,ncion,ll'io fala que 1tabalha na ;\guia Branca, ele fala con1 a boca cheia' '. P:trtc cio proC(;"SSO de criar tuna cultura ol'ga11i1.acional positiva significa que os gcs1orc:s 'pcgan1 os íuncion~irios tàzcnclo algu1na coisa certa'. Oun1, pane(;. o elogio. ~l uitos gestores cvit.Ull elogiar, seja porque tênl nlcdo de que os funrion.;írios dcixc1n de se 1.:slôrçar ou porque acha1n q ue o elogio não é valorizado. f\ falta de elogios pcx:lc se tornar un1 'assassino .siJcn· cioso', corno a c.:lc\·açào da pressão s.:l.lll,"ttÍnea. \ lcja o cxcn1plo de Elzbict~• Gól"Ska, gerente de fiib1ic.::a da lntc.r11ation,:"1.I Papc.:r c.:rn K,,ridzyn, na Polônia. O anlbit.:n1<· dc.· 1rahalho na í.'\brica é íiio e dificil. Os f'uncion,irios tra· halha1n c1n unl porão s.crn janelas. O níunc1'0 de funcionários é apenas ap1'0xin'laclan'len1c un1 terço do que era ~,ntcs., nlas a produção, con1uclo, triplicou. l~sse:s desafios acon1cccra1n durante a gcslào elas últin1as três gerências. 1\ssin'I, c1uando Elzbícta assu1n iu a gerência~ ela tinha un1 grande desafio pela írentc. En1J){)17 Privilegiar a vnalidade e o crescimento Uma cultur., organi'l..r1.cional positi,rc, não cnfrniza apc11.:1S a cíic{t(ia organi1.acio11al, rrul.S o c1,~sc::imento i11 que a organii.-çào í..v. para tornar o funcionáiio n'lais eficaz (pc..-sooal e profissionahncnlc}. En1bora talvez seja ncccssá1io 1nais crialh~dade para incentivar o crc.scinlcnto do fl,n~ cionário cm alguns setores, analisemos o setor d inâ1nito da indústria de ali1ncntos. Cons;i. dcrtn1os o caso de: PhilipJ>C Lcscorncz e Didjcr Bl)•1i.1<:rl. Philip1>e Lcscorncz lidera uJna cc1uipc.~ de funcio,uiiios da l\ (astcríoods n;:i Bélgica. U1n dos 1nc1nbros de sua cc1uipe é Oiclict Brynacrl, que u·ab,)lhi:t C1l1 l..uxc1nbt11·go, a aproxi,na. danlcnu~2t~O quilôn,cn'Os do 1."'Sc1'1 tó 1io ccntl'al belga ela crnprcsa. Didiet f()i cons-idc;l'ado Ulll bo1n pro1notor de vendas que correspondia ;ls expectativas. Philippe decidiu que o

      Lrnbalho de Didier poderia ser nrnis imp<>rt.llll<' ~e o vi:;scm menos como somcmc um pro· 1notor ele vendas e n1ais con10 tun <·..spc<:ialista sobre as caractc1ísticas únicas do n1crcaclo de Luxcn1burgo. Então Philippe pc.:diu a Didier info nll.l.ÇÕéS que ele poderia compa11ilhar

      Capitulo 16

      Cultura organizacional

      517

      co111 o cscritô1io ccntraJ. Ele esperava que. ao clc,·ar o perfil de Didier cm Bruxclas1poclcria c1iar neslC u1TI scntin1cnlo ele posse cn1 seu rcn1oto te rritório de vendas. "'Con1ccci a co1nuni<:<11· n1uilo nHiis o que ele fi't~ia a outras pessoas (cl1..·n11'0 chi e 1nprcsa], pois h~í uma gr<1ndc d istância cn1 1'C o cs,·ritól'io de~ Bn1xela.~ r a seção cn1 qur e le 1rah.-1lha. Então ço,necci a nic cornunicar, con1unicar, cornunicar. Quanto n1ais c:u rnc conlttnicava, n1ais ele n1c lê:n·nc<:ia n1:ucrial", diz Philippe. Co1no rcsuh;,clo. •·agora ele é J'C(:onhccido conto o especialista c rn Luxe,nburgo a pessoa capaz de construir urn forte rclacionan1cnto con1 os clientes de lá". diz Philippe. É claro que o que é bon1 para Didier é born uunbéni para Philippe, que recebe o crédito por ;~udar o primeiro a crescer e se dcscnvoh·cr.li3

      Li.m.ites da c ult ura positiva 1\ culutl'a posiLi\'t, é lt1na panaceia? !'\ lcsn10 que a lgurnas cniprcsas corno a N:uura, a Pcu-ohras e <\ Ncstlé 1cnhani abraçado aspectos de urna cultura o rganizacional posi1l,·a 1 ela l: un1a :íre;t nova o suficiente para catL~ar incc11cza sobre co1no e quando lt1nciona 1nclhor. Ncrn todas as culturas valoriza1n o fato de ser positivas tanto q uan,o a b r.asilcir.,, e, 111csmo cm nossa cultura, <:01n ccrtcut h-.i li111itc.s sobre até que 1>011to podemos ir para prcsc1,·ar un1a cultura 1>0sili\'êi. Por excrnplo, um.:t cn1prcsa de seguros britilnica fundou o ~vlinistério da Oh·crsào cn1 seus c"J/ re11ters 1>.:1ra Ol'ganizar eventos ('Qrno: rcdaçiio ele poen1as e can1pcona1os dt; pcho1ini e de Mnker (jogo b 1ititnico realizado coni c."1St~1nhas} e o d ia de se vcslir p:,ra fcsra. Quando a busca ele tuna cuhu ra positiva con1cça a parecer coerciva ou niesnio cxagcracla? Con10 obsc,,,ou u111 crílico: "a pro1noçào da 0 11odoxia social de positi\·idadc concentra-se cn1 unia co11stclação particular de estados dês~j;ivcis e car.,ctc 1íst..icas 1x:ssoais: 1nas, ao fazer isso: pode estigrnali1.,a.r aqueles que não conSCl:,'1.tCnt se adequar ao 1nodclo". S"J O ciuc qul·rcn1os observar é <Jut: pode íi<:r que haja bc1íclicios c,n a.dot.:ir un1,1 ,·ultura posi1iva, n1as 11111a Ol'ganização tarnbén1 pl'ccisa l('r cuidado pal'a ser objcti\'a e 11~~10 J>érseguir essa cultu1-a a pon10 de ultrapassai· os li1ni1cs da cfic,l.cia.

      tiultura organizacional e espiritualidade O que as cn1prcsas ~1;1gazinc l.,uir.a 1 Natura, (:hubb Seguros e LB~·I têni cn, <'O lntun? l~las fo r111a111 o 11ún1cro tn::scentc ele orgt111i1...;1çÕé:s que adotarn a espiritualidade no ;,1nbic1,~ te de 11~balho.

      O que é espiritualidade? E$piritualidade no ambiente de trabalho Reconhecimento de que

      as pe$$0aS po$$uem uma vida interior, que aliment.1 um ttabalho

      e

      com significado e alimentada por ele. no contex10 de uma_ J

      oomvnidade.

      A espiritualidade no arnbien1e de trabalho 1\ada lC1l\ a \'Cr co,n práticas re ligiosas. --r:unhé1t1 não é algo 111íslico 011 n o do,nínio d;, teologia. r\ espiritualidade no ambi~nte de trabalho apenas reconhece que as pcs..~oas poss11e1n tuna coni.ciência c~piri1.11a l, <1ue n11t1'<" (" <1ue f' nu1 .. ida por uni t rabalho signilica1 ivo, realizado
      518

      Compo11.amento organiia~ional

      Por que a espiritualidade agora? Co1no vi,nos cn, nossa discussã o sobre t illoç(t('s, no Capítulo 4, o rnito da racionalidad e prcscl'C'VC c1uc urn a o rganização bcn1 ad1n inistrada deve clin1ina r os scntin1cn1os. 1\ .s preocupações sobre a ,·idt1 interior dos funcioná1ios n,to tên1 lugar deutro do n1odelo absolu1an1í"n1e l'arional ~ las, con10 , tescoh1i 1nos que o estudo elas e1n oçõcs ,nclhora nossa con1precns::io do con1porta1ncnto organiz..-'lcional, o reconhcci1ncn10 da cspi1itualidadc poderá nos ~judnr a entender o con,1>011a,nc,no dos trabalhado1'Cs do século XX 1. Evidentc1nen1c, os trabalhadores sc111prc possuírarn unia ,~da intc1io1: Por q ue, então, CSS..'l busca d e scnlido e p ro1>Ôsito no t rabalho só emergiu agora? Jlcsu1nin1os as razões pt1ra

      isso no Quadl'O 16.3.

      Características de uma organização espiritual O conceito ele (,-spiri1ualidadc no an1bicn1c de trabalho rcn1ctc às discussões a nteriores sobre tc1nas con10 ,i:llorcs? ética 1 1notivação, lidcr:.u1ç. a <:. equilíbrio entre vida proíi.ssional t vida pcs....;oal. t\s organiz.açõc;s cspiri1uais se prcocup,un cn1 ajudai' a.~ pessoas a desenvolver e ;llcançar seu potencial pleno. Da 111cs1na for111a 1 as o rganizaç.Õ(;s p reocupadas corn a (.'Spiritualid;-1dc tcndc1n a cuidar de 111.1~1cira 111;_,is d j rcta dos prohlcnias gcl'(1dos pelos coníli1os <"'ntrc vida profissional e pessoal. O que diferencia tnna o rganizaç,lo que adota a cspiriluaJid,1clc nó a111bicntc de trabalho das clc1na.is? E1nbol'a as peS<1u~s.a.5. sobtc esse assontc.) ainda S<;ͪ" ' prcli1nina.1'(·s, nossa revisão identificou quatro carac1c1isticas culturais que parecc111 ser evidentes c 1n organiz.a· <;õcs cspirituais.(,1 /'Orle sentido de propósito. 1\ s organizações espirituais constroc1n sua cnlu11·a crn torno de \nn propósito signiíic:uivo. Euibora os lucros sc..ja111 i1nporH11ncs, eles oào sào o valor essencial da cn1prcsa. J\s pessoas q ucrc1n ser inspira das po r um p ropósito que acrcdi1a1n ser i1n por1an1c e c~uc valha ~, pena. Co,,fianra e rr.s/xito. 1\ s organ lzaçõcs espirituais s:.lo caractcriz.adas J>ela confiança 1nú1ua cn1rc seus n1r1nhl'OS, l)ela honcs1idaclc e pela transpa,·f'ncia. Seus execr,tivos não tcn1c1n ad1nltir os próprios <:rn:>s. O pre.siclcruc de unu\ indústria de autop<:ças 111uito bcn1·succdida . por cxe1nplo, d iz: ''Não dizcrnos n1cntir.1s aqui. E todo inun-

      do sabe d isso. CosLurn,un os :ser cspcríficos e honMitOS con1 l'cl"ç-;\o ~·, qualidade, e:: à adcquaç.:'io de nossos p rodutos ~lS nc<:cssi,h,dcs de:: nossos clientes.. 111csrno sabendo que eles não co11scguirào encontrar prohlcn1a ncnhu111».'"1 Práticas /Ju11uuiistas ,!e traba/1,o. Essas pràticas a dou\das pela orga1iiz.açào espiiilual incluc1n os csqucn1as llcxi\'cis de horá1ios, sistcn1as de rcco1npcnsas coletivos e Ol'ganizaciona is, a lin1itaçào, de diíCl'<"nças salatiais e de status, a gara,uia dos direitos ti.lbalhista.s~ a au1ono1nia dos li,ncion;.lrios e a <'stabilid;.,dc no crnprcgo. 1\ t lc:,vlcu .. Packard, por cxcn1plo, p rocura driblar as c 1iscs l(;111porárias por n1cio de rech1ção d a se,n a.na de 1l'ab;i.lho (co,11partilhada por· toclos) e alà sta1ncn1os \'Olun tários1 e bus.e~ lidar co1n c1iscs de longo prazo recorrendo " aposcntado1i as e ao resgate de aquisições.

      Quadro 16.3





      Razões para o crescente interesse na espiritualidade

      C:,mo uma contrapartida para as pressões e o estre$$e de \lm ritmo de vida agitado. Os estilos de vida contemporâneos com pais e mães solteiros. mobilidade geográfica, naturez.;1 temporária do traWlho, novas tecnologias que distanciam as pessoas - acentuam a falta que muitas pessoas sentem de laços comunitários e aumentam a nec&s.sidade de envolvimento e conexão. As teligiões instituidas não dão conta das ,,ecessidades de muitas pessoas, que continuam boscando outras mfetências para substituir a falta de uma ctença e pa,a ptocncher o c,escente vazio que sentem. As demandas da profissão transformaram a atividade profissional em um aspecto dominante da vida das pessoas, que aind.a q\les'tionam o sentido de seu trabalho. O desejo de integrar os valores pessoais com os valores profíssionais. Um número crescente de pessoas está descobrindo que a busca de mais aquisições materiais não lhes traz satjsfaç.ão.

      Capitulo 16

      Cult ura organizacional

      519

      Ouando a auxiliar administrativa Marlene Ledoux estava para s,e apo$entar na WEG, fabricante catarinense de motores elétricos, ela começou a ficar apreensiva. " Parece que ess-e dia não vai chegar nunca e , quando $e aproxima, a gente até perde o sono, preocupada com a mudança'", contou Marlene. Foi pensando em funcionários como ela que a empre$a criou o programa 'Novo começo'. Por me~o de palestras de assistentes sociais, nutncionfatas. psicólogos e gestores da organizaç.ão, a WEG quer mostrar para seus funcionários próximos da idade de aposentadoria que a inda há muito a ser feito na comunidade local. Marlene ledoux, por exemplo, começou a cogitar abrir um pequeno negócio após participar do programa. Com 11,7 por cento dos trabalhadores engajados em atividades voluntárias, a WEG busca desenvolver a espiritualidade em seu ambiente de trabalho.°"

      7õlnd11tin ctJ111 n.1 exprt'SSik.f dt ji1,u·i()11ários. r\ cata<'tcrí:o::tica final que difCrcncia a organi;,...:\([10 <:spirilual é qu,c ela nào iinpede a expressão das cn10<:õcs de seus fi.1 ncionários. Elas ~)Cr1nhc1n que as 1x·ssoas scjan1 aulênlica.s. que.· cxprcssc1n srus cst...'l• dos de hunlOl' e sen1in1cnLOS scn1 culpa nc,n rncdo d e rcpri1nenda. O s f~.1 ncionários da Claro, por cxc1nplo, sào csli1nulados a cxpr<:ssar s<:u senso de hu1nor~ a agir cspontanca1ncntc e a tornar o trabalho n1ais di\·crlido.

      Críticas ao movimento da espiritualidade O s c1·íiieos do 111ovi1nc11to da espiritualidade nas Ol'g:tnizaçõcs se det~,n c.-n 1tês qucs1õcs. Pri1nciro, a qucs1ào da íi111da1ncntaçào científica. O que é cxa1.-u-ntntc cspi1iu1a~ licladc no an1bicntc de u1ibalho? E ap<:nas n1ais un1 jargão acln1inis1rativo? Sc:~'\n1clo, as 011,ranizaçõcs espirituais sào lcgíti111as? lvlais cspccifican1cnlc, elas tcri;:u11 o d irci10 ele in1por valores cspi.1ituais a seus funcio1ní. iios? 1\ terceira é u1na qul'stào cconõrnica. t\ cspirituaJ.l. dadc e a lucratividad e s.;1o cornpatívcis \'ntrc:: si? En1 prirnclro lugar, conio ,'OCê pode in1,l.!,ri11ar, há 1>0ucas p<:squisas .sobre espiriu..1 alidadc no loc,;11 de trabalho. Niio sabcrnos se o conceito se ,na11tc11í. ,~ ca1-actcris1icas culu.111.is identificada.~ S<:pa1-an1 as 01-ganizações cs1>il'ituais de f.-uo? 1\ espiritualidade IOi definida d(· for1na tão arnpla cn1 c(·rtas fo ntes que pr:ílicas CJlH' ,1.io dtsdc rodízio cli.: tarcí.,s a l'c· tiros corpo rativos cn1 centros de: n1cditaçào já fOran1 chan1adas ele cspi1·ituais. O s funcionários das t•hrunadas o rga11izaçõcs cspiiituais 1>erccbc1n que trabalhan1 cn1 tais or· ganlz..1.c;õc.--s? Ernbora as J>Csquisas ofercçarn étrta sustentaçào .", espiritualidade no local de trrtbalho, as perguntas qu<: acaban1os dl' colocar prcéisan1 ser rcspo nclidas antes que o conceito tCccba total crcclibilidade. Quanto i, segunda ques1~0 existe clart1111c11tc a possibilidade:: de que a ênlàsc c111 aspccLos espirituais uào seja ben·1 recebida por alguns funcionários. O s críticos podc1n argun1cn1ar que instituições leigas, co,no cn1presas co1ncrciais, não clcvc1n lentar in1pingir valort':S espirituais a seus funcionários. Essa crítica tcn, t1111a validade inclistutlvcl c1uanclo se entende a espirilualid~tdc corn.o a p r;.\úca de clctcrn1inacla religião no local dt~ r.raba· lho/~l ( :ontuclo. ela perde a fo rça quando o objetivo é apenas ajudar as pc::ssoas a encontrar unl ~·nltdo c::1n seu tra1,..,uho. Se as qucstÕ<..~ <.'l tada.~ no Quadro 16.3 1-calrnc::nte ~'\n'lcteriza1n lHll segn1c1no crescente da fo1-ça de trnbalho. talvez seja o l'no o1en10 cc1·to de as organizações ajudal'Ctn sc-:us funcionft1·ios a enconu-ar sentido e propósi10 en1 seu trabalho e a U$ar seu ~unbicntc co1110 fonte d e espírito co1nuni1:lrio. Enfin1, a questão da co1npaú bilidadc entre espiritualidade e lucro é, ccrtan1cnlc, rele· vantc pa11, gestores e ln,·csúdorcs. 1-\ s evidência~ ainda c1uc liJnitaclas, indicam que arnbos os objetivos podcn1 ser pcrfcitan1c11tc <..-on1path·eis. Un1a pesquisa realizada pôr u1ntl in11:>-0rtãnte ernprcsa d e c.:onsultoria n.:velou que as org.:1nizc1çõcs c1ue adotaran, a aho rdagen, cspiritualiSHl 1nclhora1-:-t1n suH produtivid~de e recluzirarn significati,-arncntc a 1'ôt~1ividade.c,,; O u\l\'> t.,"Sl\1( !0 1-çvç1911 qvc~ ~s c'n1p1-ç~\S <111\: ofçrc,:çt~n1 ;t ~<"\IS f\1nçi9nário~ op<>rt\1i1i<1adç~ dt' çl'esci1nc1110 espiritual ti\'c:ran1 u111 descnlJ:><:.nho 111clhor do <1uc as 01111-as.61 Outros t'Studos indic::un ainda q ue a cspi1itualicladc nas organizações está positivan1cntc relacionada 1

      $20

      Compottamento orgc1niza~ional

      ENOUETE COMPORTAMENTAL A cultura de sua organização é religiosa, secular ou algo no meio-termo?

      Algo no meio-termo. 580/o

      Religiosa, 10%

      Secular. 32%

      Fonto: Baseado em Relig.iotl and Corporate Cult!Jle (pesquisa de 2008 com 543 profission.a,s de reco~ humanos}. AJexandna, VA; Society for Human Resoorce Management.

      à criali,~dadc. à sa1isfação do fi,ncionfirio, ao dcsc1npenho de equipe (; ao cun1pt0n1etin11.:1110 organi1.aclonal.'i3 1\ u101'c-S d<- un1 estudo con1 cn1prcsas poru1gucsas e brasileira.~ chcgara,n a duas conclusões n1uito interessantes. J-\ prin1cira sugere que un1 c lin1a rico c ,n cspÍlitualiclad..: é resultado das forças posithl".:ts dos indivíduos., c111 especial dos líderes. J\ segunda> n1ais profunda, salienta que as culturas espirituais pro1no,·c1n o con1pro1netin1cnto e a prodtuh·idade. unia ,-ez que lil:>crt<11l1 as forç:as positivas d05 indivíduos e induzcl'n-nos a c.-1uaJizar seu potencial par,, o bcn.cíicio chi organjiaç,lo e de sua rcaJiiaçiio pessoal.60 E, se Jl1'0cu1·arn1os casos específicos para da,· c1nbas.,'lfnento à questt10 da c.•spi,~lualicladc, o nlelhor, sen1 dúvida>é o da Soulh,,•csl 1\irlinc:5. t\ c111pn;sa de ,1viaçào 1t()rtc~an1c1icana .tpr<:scnta un1 dos n1c:11orcs índices de rotati\'idacle cio setor; o n1cnor custo trabalhista por ,nilha ele voo entre as grandes cio setor; scn1prc consegue bater a concorrêncià c 1n pontua· lidadc e satisfiu;ão dos clientes: e répêlldamcnte destaca-se como u111a elas cn1prcs:,s aéreas de: lucratividade 111als cons t:uit<· do 111u11do.

      Õ mplicações globais No Capítulo 5, considcrarnos os ,·::dores culturais globais (colctivis1no-indh~dualisn10, distància do podei; e assirn por diante). 1\ <1ui. nosso roco é 111n pouco ,nais cstreico: con,o a cultura organizacional é afetada pelo conccxto gtobal? .l\s cuhu~•S org;:.ni,:acionais são tf10 podc,'Osas que frcqucn1cn1cntc trans,cendc,n as Íl"Ontcitas nacionais. -X ías isso não significa que as Ol'ganiiaçõcs deve1n, ou pode1n ser igno!"anlcs a rcspeilo da cultu,·a local. A~ c nlt1.11rts ol'ganir.acionais n1uitas vezes l'tíletcn1 a cultura nacional. A cuhura da 1\i rt\ sia) c·mpr<;sa aérea da ~'la lásia .. cnfàliza a adoção de ,·csli111enta inlOrn1al para que 11ào si• c1icrn difcr
      pativa e não há cscdtórios pri,·ados, refletindo a cuhura rcl::1tivanlCntc coletivist.t cio pais. t\ Gol seria urn e.aso parecido coin e la. No tnu1.nto 1 a cultura da US t\invays e da antiga

      Capitulo 16

      Cult ura organizacional

      521

      \ laiig nào rcflctc1n o 111cs1no grnu de infor111alidadc. Se a US 1-\ ir~vays ou a \ laiig (antes de ~ua Í.'llência) 1ive~e1n 0rt an1cs (~ue os gestores podc1n Í.'\1.er ê ser cuhuraln1en1e sensíveis. Os Estados Unidos são ;.l fo rça do1ninantc nos negócios e na cuhur.t, e.· co1n essa influência ven1 sua 1·cpu1açào. "l)e n1odo geral, son1os vistos co1no J>essoas arroga1tlCS 1:>0r toda parte-, con1ple1a1ncntc egocêntricos e barulhentos", disse unt executivo norte·anterica· no. !\Ias os brasileiros tan,bérn não ficam atr.:ls. Son1os, 11on11ahnc11te. conhecidos corno urn l)Q\'O an1is1osc,, si111pá1ico e festeiro. O problrrna é c1ue essa visão pode ser 1nal i111crprc.tada pelos profissionais, c 1iando preconceitos pelo rtstantc do ntunclo, tais con10: "profissio~ n;iis b1-asilei1'0s chcga,n a1rasados a seus co1npto11tissos", Ol• nprofissionais bt..isilciros não cu1nprcn1 prazos e se1npre achan1 justificativa para qualquer là lha" .10 E.ntprcs•ts conto a !vlarco1>olo~ a l~rnbraer, a \ 'a le, a Odcbrecht e a Pc1robras in1plcn1c11tara,n pn.>gi1un;1s de U'Cinantcnto pa,-a sensibilizar SClLc; gcs1orcs cont rclai;âo às d ifCrcnça.s cultu1-ais. t\lgt1i-nas for1nas qut os adn1inis1radores 1ê1n para scrc1n cultural,ncntt scn.sh·cis incluem fhlar c n1 ton1 baixo e devagar, ou,1ir rnais e cvilar discussões ~obre n.~ligit10 e 1>0lítica. A gestão do co1nportantcn10 ético é lnna firca c nt que a cultura nacional pode tropeçar na cultura corporativn. 11 ~·luitas cstr.ttégias pat'.l nlelhor~r o éoll1ponarncnto ético l>as<:ia1n·SC nos \"alorcs e crenças do país de origc1n da c111prcsa. Os cxccuüvos: 1101·1c -antcl'icanos ('ndoss.;un a suprc1nacia ele forças de 1ncrcado anôni1nas e, iinplícit;:, ou cxplicitan1cntc, vccnt a 1naximi1.ac;~o cios lucroi. ro,110 un1.-'I obriga( ào ,1101-al par~\ as 01'g'ê'!lli1.açõcs ele negócios. ~:ssa visão de inundo coloca o pa.gan1en10 de propina, o ncporisnto e o f.1vorcci1ncn to de c::ont:uos pessoais corno a1ta,ncn1e antiéticos. Q!.1alqu<::r aç::lo que s<: dcs,·ie da ntaxin1iza(ào dos lucros pode indicar que csttl havendo u1n conl1>01'tan1cn10 não adequado ou cor1·up10. Por sua ,·c--1.. os executivos de países cn1 dc-scnvolvin1cnto tcndcrn ;, enxergar as decisões ética.s inseridas c,n u111 a1nbic1tlC social. Isso significa c1uc f;:,zcr Íc'\vorcs especia is a là ntiliarcs e a1nigos é não só apropriado con110 até ntcsnto un1a responsabilidade i:llca. Os gestores de 1nuitas 1'l áÇÕC.~ t•unh,érn vcc1n o ca1Ji1alisruo corn rcticisrno e ;1cr<:ditarn que os ir1tcn.~sscs dos 1rabalhadores cltvcnl ser colocados lado a lado contos dos acio11isl.l:S. Os trabalhadores no,,c.. :uncricanos e brasileiros, entretanto~ não s..lo os únicos que precisam ser cuhuraln1c11tc s.<:nsívcis. l 'rés v(·zc.s por scn1<111;.l os tr..tb(llhaclorcs da unidade canadense da Kú<:i, proch.uora ja1,onesa de jogos clc1rônicos. eo,nc<;:un o dia ao lado de suas rn<:sas, diante ele seu chefe-.
      ~

      sumo e implicações para os gestores 1\ fif,'1.1rc1 l6.3 ntostra a cultur.-t organjzacional co,no Lnna ,·ruiávcl i11tc1,·cnicnte. Os fu11cjon,irios íorntarn u1na percepç.tlOgeral subjetiva da organizaçt1Qcon1 ba.-;e c1n Í.'ltorcs co,no o gl'au de tolcl'ância aos l'iscos, .:, ênf.-1.se- nas e<1uip<:s to apoio à$ pc~soas. Essa ptl'C(·pçào geni:rica acaba se 1ornerson:,lidaclc da organização e aJCta o clcsc1npenho e a s.;uisf.,ç.lo dos func ioná,ios. Quanto ntais forte for a eultur.i, por· tanto, 1naior será seu impac10. ,\ 1)(:rsonalidaclc elas pessoas tende a S(;r cstàvcl :,o longo do tcn1i:x) e o ntcs1no acontece con1 as c::uhuras ntais fo1ies. Por isso, os gestores ti:n1 dificuldade pa1.l 1nuclar culturas íort<"S quando elas não se ajustan1 1nai:; a seu a1nbj(·ntc. ivlas, como den1onstra a scçfto Ponto e Ccl1'1JtílpO!ltO dti,~~ ç.:1phvlo• llt\Jd~u· \l!ll(' <;vhura org~niz;i,çio n(ll (' un1 proÇÇ$So lcu1go e cornplicaclo. En1 cons:C<1uência, os gc:sto1-cs dc\'cnt 11·,uar a cuhura de suas organizaçô<:5i conto rclativan1cn1c c:st:ívcl, pelo 111cnos a curto prazo.

      S22

      Compo11.amento organiia~ional

      Figura 16.3

      Como é o impacto da cultura organizacional sobre o desempenho e a satisfação dos funcionários fo,ço Intenso

      Fo!Ofttt~ • fnoYOÇÕo o mwnçõo

      d,'"'"'

      • AHIRQOO oos ~ • Otierltoçõo pcwo os t~,.ubodos • ÔrienloçÕO poro O S- J)O_,,S-00_,, • ÔfienlOÇÕo potO os tqulJ)41J

      • Ae:rtiu1vidode · E~~

      I

      Percebid os como

      <

      OcsemJ)Cflho



      Solisfoçõo

      Un1a das ~lrincipais i1nplicac;ôes d a cuhu1·a organizacional sobl'-e a achninistraçào cs1á relacionada às dccisÕC'S sobre seleção, de p<>ssoal. 1\ contra.lação de pe:o:soas con1 valores que não se ajustan1 aos da cn1p1'CS..'t gcra ltncntc resulta cn1 fi1ncionários <;0111 pouca. rnoti,-açào e baixo co1npromcli1nento, que se scnten1 insatisfeitos con, seu trabalho e co1n a orga~ 11ii'.açào.n Não surpreende, po rtanto~ o lhto de os funcionários 'dcs.tjustados) aprcsc11t;1n.~111 índices de rotati\'idade ,nuito rn:lis ,1hos.i 1 O desc1npcnho de 11111 funcio11;irio t;"11nbé1n depende de orn grau coosidc•1"ávcl de co11hecirnen10 sob1-e aquilo qtu." ele pode ou não Htzc,·. /\ co111ptecnsào accl"C'a da rn;ineira correia de, se executai' u111a 1aref.'l indicai que hou\'e tuna socialização adequada. Co1no gestor, VO('ê pode n1oldar a cultura do seu an1hicn1e de Lrabalho. ·10<1os os achninistradorcs podcn1 fhzcr sua parle para criar tnna cult11ra ética> e a e laboração de u1na cultura cspi1itualizacla lan1bên1 clcvclia ser considerada. Ccral1ncntc, ,ocê pode 1noldar sua cullurn organii.acioual ao 1ncsnlO tcrnpo que e la o molda.

      Capitulo 16

      Ponto

      ... ...

      Cultura organizacional

      523

      Contraponto

      As culturas organizacionais não podem ser mudadas ma cultura organizacional é formada por caracte· ósticas relativamente estáveis. Ela se desenvolve ao longo de muitos anos e tem suas raízes em valores profundamente arraigados, com os quais os fun· cionários sentem um forte comprometimento. Além dis· so, há diversas forças que operam continuamente para manter essa cultura. Elas podem incluir declarações es· critas sobre a missão e a filosofia da empresa, o projeto físico dos edifícios e instalações, o estilo de liderança dominante, os critérios de contratação de pessoal, as práticas de promoções anteriormente usadas, os rituais, as histórias populares sobre pessoas e eventos, os critérios tradicionais de avaliação de desempenho e a estrvtura formal da organização. As políticas de seleção e promoção são instrumentos particularmente importantes que atuam contra as mu· danças culturais. Os funcionários escolhem a organiza· ção por sentir que seus valores vão se adequar a ela. Eles se sentem confortáveis com esses valores e resisti· rão fortemente aos esforços para romper esse equilíbrio. Os que comandam organizações também vão escolher executivos que preservem a cultura vigente. Empresas como a Eletrobrás, a Volkswagen e os Correios, que his·

      U

      toricamente sempre atraíram indivíduos que buscavam

      situações estáveis e altamente estruturadas, atestam a dificuldade de remodelar a cultura organizacional. Mesmo as tentativas de trazer altos executivos de fora da organização têm poucas chances de ser eficazes. É mais provável que a cultura modifique esse execu1ivo, e não o contrário.

      Não estamos dizendo que a cultura organizacional jamais pode ser modificada. Normalmente, quando a organização enfrenta uma crise de sobrevivência, seus membros reagem de maneira positiva a uma mudança cultural. Contudo, dificilmente algo menos grave que uma crise será capaz de provocar, de fato, uma mudan· ça cultural.

      edificar a cultura de uma organização é extre· mamente difícil, mas as culturas podem ser modificadas. As evidências sugerem que as mudanças são mais prováveis quando existem todas ou a maior parte das seguintes situações: Uma crise séria. Um choque que desestabilize o status quo e exija o questionamento da relevância da cultura vigente. Exemplos desse tipo de crise são a ocorrência de um enorme prejuízo financeiro, a perda de um dos principais clientes ou um salto tecnológico importante realizado por um concorrente. Troca de liderança. Uma nova liderança. que proponha um novo esquema de valores, pode ser percebida como mais capaz de responder à crise {como quando Claudio Galeazzi substituiu Cássio Casseb no Pão de Açúcar). Organizações jovens e pequenas. Quanto mais jovem a organização, menos enraizada será sua cultura. Da mesma forma, é mais fâcil comunicar novos valores quando a empresa é pequena. Cultura fraca. Quanto mais compartilhada uma cul· tura e quanto maior a concordância entre os membros com relação a seus valores, mais diflcil será modificá-la. Em consequência, as culturas mais fracas podem ser mudadas mais facilmente que as mais fortes. Se essas condições existirem, as seguintes ações ge·

      M

      renciais poderão conduzir a uma mudança: inic.iar histórias e rituais novos; selecionar e promover funcionários

      que comungam com os novos valores; mudar o sistema de recompensas para refletir os novos valores; desmobilizar as subculturas vigentes por meio de transferências, rodízio de funções ou até demissões. Mesmo sob as melhores condições, essas ações não resultarão em mudanças imediatas na cultura organiza· cional. Em última análise, a mudança cultural é um processo longo - que se mede em anos, e não em meses. Mas as culturas podem ser mudadas. O sucesso obtido por novas lideranças em transformar a cultura em empresas como a Vale, a Petrobras e a Oi atesta essa afirmação.

      524

      Compo11.amento organiia~ional

      1. O c1uc é cuhura organizacional e c1uais são suas pl'inci~ pais características? 2. Quais )i.jto os clCitos l1.1nciorH,iS e dlsfoncionai.$ da cuh\lr.t Ol"b'rà11izacional? 3. Qu:,is Í.llo1-c-s cri::un e sustcnt~un a cuhu ra de un1~i o~· ni;;,;_tç;\o?

      4. 5. 6. 7. 8.

      Corno a c.·ulnu'í\ é 1rans1nitída aos funcionários? Conlo se (>Ode criar u1na cuhura ética? O <1uc é u1na cultura organiz:icional posi1iva? Quais são as características de urna cultura espiritual? De que rnaneira a cultura nacional afeta con10 a cultura o,-ganizaciooal é levada pata u1n pais difel'c1ne?

      Classifique a cultura de sua classe l.istanto.\i aqui I•~ afin naçõcs. U1íliz.indo \llna C!K.tla de cinco graus {<1uc ,e:,i de ·concordo toH1hncn1l' cu(' 'diM:ordo totalrncrlll''}, dé sua av:1lütç•lo para cad" afinntu;-.:lo c.::in::uh1ndo o n(nncro que n1clhf>r representa so:1 opini:'1o: 1

      Concordo totalme nte

      Concordo Neutro

      Discordo

      Discordo totalmente

      1. Sinto-me à vontade para questionar afirmações fei tas por meu professor. 2. Meu professor pu,,e sêveramente quando os deveres oão são entregues no prazo.

      2

      3

      4

      5

      2

      3

      4

      5

      3. Meu professor acredita que 'o resultado final é o que conta',

      2

      3

      4

      5

      4. Meu professor é sensível aos meus problemas e

      2

      3

      4

      5

      S. Boa partê da minha avaliação depende dê quanto eu ttabalho bem com meus colegas.

      2

      3

      4

      5

      6. Frequentemente, sinto~me nervoso e tenso quando chego para a aula.

      2

      3

      4

      5

      7. Meu professor p.}rece preferir a estabilidade à mudança.

      2

      3

      4

      s

      8. Meu professor me e-stimula a desenvolver ideias novas e originais.

      2

      3

      4

      5

      9. Meu professor tem pouca tolerância às ideias superficiais.

      2

      3

      4

      5

      necessidades pessoais.

      10. Meu professor se preocupa mais com a maneira pela qual chego a uma conclusão do que com a conclusão em si. 11 . Meu professor trata todos os alunos da mesma forma. 12. Meu professor desaprova colegas que ajudam outros a fazer seus deveres.

      2

      3

      4

      s

      2

      3

      4

      s

      2

      3

      4

      s

      13. Pessoas mais agressivas e competitivas têm uma

      2

      3

      4

      s

      2

      3

      4

      s

      grande vantagem nesta classe. 14. Meu professor me estimula a olhar o mundo de

      uma maneira diferente.

      Capitulo 16

      Calcule sua 1)()01uaçào 101a l í«'>1na,1d<• úS 11ú11'1C1'ô~ que você circulou. Ela fita r:;l c;n.tre l 11 e 70 pú1HO$. Un1a pontuat;ào :lha (c:-01n 49 ou 111::1is pônlOS) d..:scrcvc unl;l cuhura abcrt::t, que cstin1uh, os ri.scos, é apoiadora, hun1an.ista 1 orientada para a equipe, de fiícil convi"·ência e voltada para o crcscirncn10. U1n;1 ponrua~:cio baixa (con1 35 ou 1nc1los pontos) indica u,n.t c:ultur;, ícchad
      Cultura organizacional

      525

      1)()111os iodica ull'Hl cultuta 1nais abcna do que 111n re:;ultado de 50 pontos. l ..c1nbrc-sc de que un1:-1 cuhura não é n1elhor do que a outra . .., ct1ht1ra 'certa' vai d epender ele \-OCê e de c1uais sào suas preferências con1 relação ao anlbientc ele aprcndi1.agen1. Forn1c111 equipes d e cinco a sete n1c1nb1'0s cada urna. Cornp:=irc,n as pootua(,'õcs. Elass.1o pa11;c;idas? l)i~\1ta1n e n..·wlv(un as discrcpâ nci
      Dilema ético É ético forçar alguém a se adaptar aos valores da cultura organizacional? (:orno cslud~1n1os uos pri n,ciros <'aphulos do livro, as pessoas tên1 personalidades d iferentes e são 1novidas por v:1lorcs e ideais próprios, que clcscnvolvcn1 e absorvc111 ao longo de S\la vida. ,-\lén1 desses traços, os indivíduos ainda poS$uCn, earactcrís1ic~H• e o pioi(Jcs dircn;:r)tCi; coo, rch1(ào .10 lr:1balho e às n1clhorc!i fOr,nas de dcscn1pcnhar suas tarefas nas organizações. É. cxa1a1ncnlc pelas d islinçõc:s cxistcnlcs entre nós, hu,nanos. que se cslahclccc,n
      n ô1ncno S<:1nclhan1e à d issonância cogniÜ\'a. :\'e~ cenário, 1rt1balhador prec-is.at{1 adap1ar-sc ;\ cuhura d~, C1l1presa e 1ni.ssará por un1:.1 série de etapas p.ira ~1hsonrcr os significados con1partilhaclos por s.cus novos colegas.. Se esse caso já é critico, in1aginc o dos funcionários ele ,una c,nprc~, que l<:l\ha sido co1nprada ou se fundido a outra qu4.~ tcl"n asp<·<:tOS cuhurais diafnc:1rahnc111c opostos. ,\gora, n:.io hc1vcrá 111:.üs o 'filtro ela sch..-çào\ qt1c poclc1;a elirninar os candidatos que n;io co1n p:lrtilhan1 os valon.-s e crenças organizacionaisi corno o do cxc1nplo anterior. Os tl'ahalhadores sc1·;'io oh1iga.dos a .1ceitar e absotvc,· a oova c;uhura, c:1w não qucira1n passar 1:>0r ouu-o ·fi1t1·() c1n ()\l t ta e n1pn.:sa... \ focê ach:, justo que en1prcsas e gestores f0r<'('nl li.1ncio~ 11ários a accilar valores crn que cslcs não acrcdil:in1? (.':on10 , ·c)ci'· agiria se trahalhas:se cn1 u111a c.n1p1'<:sa <1uc íosse c<>1n1>1.:1da por on11.:1 e tivesse de..· absor\'Cr \'alorcs ,,os quais 1l~10 :t('n'dita? e)

      Estudo de caso 1 Tão diferentes quanto um chope claro e um escuro Qu;111do a CC::l'\'ejaria belga l1ucrbrc,v col'nprou a brasileira 1-\1118cv1 ~n1 1narço de 200-1-> esperava-se n1ais un1 típico choque cultural~ c,n c1uc os valon~s t: crenças da c.1npres..-1 adquircn1c invadc::1n a cuhura da adquirida . .Nesse ca.so1 cn1rc1a1110, parece que D ;I\~ 't~,1~oli11º Colia.'I. !'\a verdadc;. uào se trata\'a cxatan1cntc de un1 conl'fOnto entre ·[)avie Colias' (<>s acioniiaai- da 1\1ttB('v ficartun corn 25 por t:(•1110 do capital da nov;:1 organização): estava 1nais para tuna disputa entre u,n brigucn10 Pit 13ull e tnn p:1cífico S:lo Bcrnarde). Nesse cenário. ocorreu o c1uc se classifica con,o urn ra:tnt la/;aR;er no jarg.io cn1pn•.'SHrial: fôi a cuht1n, c1grcssiv.a e IOc..lda ern l"('Suhados da :\n1Bcv que prcvalt'CCu no choque ClllJ'C os \i.,Jorcs das duas con1panhias.

      Controlada por c>:-banquciros, ;1 :\111Bc\", originada da fus:io cnLrc a 13rahn1a e a A1narcLica 1 tc1n un1a cuhur., bastante fOrlc. 1\ agn.:s!-ividadc comercial e a rncritocracia 1azco1 que· o tli1na intCl'UO seja ele grande c"01npcti1ivicrnn~ a eficiência<' o bon1 dcstn1pcnho. 1\ Jén1 disso,~, inforn1alic:laclt é \'ista co1110 rcgl'a, o que pode ser percchido tanto nas 1'ú11pas siinp!e:s quanto 1u, co!l'1unicaçào dos fiulcioná,ios e ('xc;cutivos. Para se ter 111llà idci,1, ll:l li11f,tt1age1n coloquial da "'\ n18cv, é co1nu11\ o u~o de paJavrÕ<.-s. :\ Lntcrbrc\\', por sua vez. e ra lUna cn1prcsa controlada por rradicionais fiunílias aristocrálicas belgas. E1n fun(âo c:lis.so 1 \'ttlores co1no a cs1ahilidadc t o rcspci10 à hicl'ar<1uia csta\~1n1 fOrtcn1cntc ;~rraigados ,,a Ct1hu1.:, da cn,prcsa. J\dc111ai.s, a tOrn1alidadc, tanto nas Vt'SÜtncntas c1uanto n:, co1rtu-

      526

      Compo11.amento organiia~ional

      oicação in1c1·oa, era urn 1raço c,:u-at'H:rístico da <'trvcjaria Clln)p<:i;,. que tinha un1 Í
      cionários de 11111 rncsrno nível organizacional. Nesse ccná1io, cs1ava claro que haveria proble1nas na união e1111·c as duas eo1prcsas. Qualquer das culturas que 1,rc,·:,lcc.cssc nfto seria l"k!1ll à<.:ci1a pelos fi.iociooários cl ahsen1cís1llO nas 11'ibricas brasilcir;1 e bclgu (2 por Cl'IHO co,nra 10 por cento}. E1n função disso. o choque das duas culturas íoi bastante crítico, e o fato de tcre1n sido os \lalorcs da c1nprcsa adqui1i· da a prevalcccl'c,n accnruou o problcn,a. Para gcl'cocia1· css.a '11,,ni-filSiio cultural\ a ln lk"• 11011,c da no\'a <"01n1)
      panhias, co1no ficou claro nas ncgociaçc'"->es entre o sindicato dos trabalhadorc-li belgas e <>S cxecu1i"os dil I nBc\', qua,,do 10ra1n anl1nci.1das clcniissÕCJ; du111ntc .i crise cconô1nica c1n 2009. t\pcs..,r elas di.spulas, bons resultados tinancciros r operacionais \'ên, sendo obtidos. n1a.s a que custo? Str.í que, raso a ins:nisfaç?10 dos lrahalhado1·c-s 1an1bl:nl fosse lc· \':-t<J:-1 ç111 <.:ont.i~ a fus.1o uão cs1arÍ<\ gt•1·t111do pn_:juiz.os c;n'1 \'CZ d<' lucros? Co111 CCrtC",r.;\, c.:ssa.s .são qu(-stÕ<.".S que ficar,un cn1 ;tbt•rto. En, novtntbro d(· 2008, no entanto, elas \'Ohara1n à tona qu:uHloa lnBt~vcoo1p1ou a <:(:rvt•j;uia non<:-ann:1icana 1\nhtt1· ser-Bus<'h, Cl!ja euhur:, as..:;c-11lelhàv:\·sc" b:,sltuHe â da lntert,~,,: Di;.·u1t(: dil5SO, tnn nO\'O pn'>CCS'i<> con1urlx1do de 'llls::io cuhura1' tc\'C iníC'io t\ 001110 no caso anlcrio1~ ele não podt•ria ser rt'SOlvido tornando tuna cc1"cja cn1 unta 1nesa de bar.

      Questões e da Inter· bt'<',,. utilizando tcr1llOS apt"(;ndidos nes1c- capitulo? Ot~ c1uc:- n1:.111ciras as cuhur.,s das duas cn1presas <'ran1 i11r.01npa1Í\'cis?

      l. Corno \'Ocê definiria as culturas cl:1 1-\ rnllcv

      2. Você prefr:riria trahalharen1 tuna c,npres..1: con1 qual 1ipo dt ct1hura? Co1n n:laçào ao 11'.:ibalho, con10 vocC acha c1uc a cultura europeia afc1ou esse processo ele fi.1.sào? 3 . Caso voe(' fOssc un1 alto cxcculivo respons.-ivcl pela gcs· t;io do processo de fu:s:?10 1 o que f.1tia para tentar u-:11\sn1üir os valores da :-\ rnUcv scnt deixar os fi.1ncionários ifl~atisfcitos? 4. \ locê a<:ha que: o processo ele 'fusão c·uhur::i.l' c·on1 a ccr· \'Cjati;1 nor1e-i'l1ncri('ana s<·r;'-i 111aii- filei! ou dificil que e, cio caso narrado? Li.stc pontos que poclcn1 torn;:\.Jo n1ais fácil e ponlos q\tC podc111 H)n1á-lo 111i'IÍS dific:il.

      5. Depois de rcali1.,H' as ,uivicladcs., se· achat intcrcssa111c, busque i11fo rn1açÕ<.'S iuu.iis sobre a fus.'lo c1uc o rib'lnou a 1\ B l1ihcv (1\nht•11s<·1·-Buseh-l n1c·rhl'c:,,·.1\1nBcv).

      Fontes: BasC"ado c•n1 Ciistianc• Corn•:.. '"t\ invas~o bmsilcira n;1 B<'·lgic-.1". Rai.rta E.wn1r, cd. U!t 1, 18 0111. 200!'>; e "l"i.:,go I.J:1hhriddg~:. ''Gt.~tào !"ln,1·l'it:1n!"l, ft·i1a J)<)I' bra~ciki!'OS", R,i·i~to éM.1111,. c.:d. 962. 17 ft·,~2010.

      Estudo de caso 2 Unificação cultural ,1\ \'otoranti1n é tuna elas n1aiorcs organizações hrnsi·

      !eiras en1 vohune de receitas e: invesún1cnlos e nún1ero de funcionflrios.. l~1ll 2007, por cxc1nplo, a c,npn~sa ocupa\':l a qu::u·ta posiç:io cn11-c os 1naiorcs grup()S c1nprcs:-)riais brasileiros do rn11king ~·lclhorcs e i\ laiorcs da l(a)istn /i'(ansão interna· l'io11al. Graç:1.S a isso. ,, Otg-'niza(ào divtl'Sific:ou ainda ,1,;liS

      suas ~uividadcs e au111cntou seu peso n:,a ccononli;, brasileira. O í:h11r e rá1)ido ércsci1ucn10. cn1n:1:-1nto, ao n1t•i-1no 1<·1111>0 que lê:n•talcceu a organização, uunhé,n t1'0UX(' u1na sê1i<: clt difi,culdaclcs. f\ c1nprcsa nào tinha uni •csloquc de líclcn.·s' para sup1i r sua dcrnand~ e preci,:;ou recorrer ::10 rncr('.\'ldo, contl'atanclo 1nuiU">$ gC$101·cs para c:lrgos ~tratégi<"OS oa con1panhia. E1n funç-âo dissot a \lo1orantin1 correu o risco de perder su:l iclc11tidacl<: e ele \'Cr sua cuhur~1 organizacional enfiraqueccr ('fiel.:-) \'Cz 1n:lis.

      Capit ulo 16

      En, 2000, por C:X('1nplo, trl-s d()S ri 1\t() prc.!ii.s seus •10 principais cxccuti,us havl;un sido contnnados de ot1tras c1npresas do ,nercaclo. f\Jé1n disso, a diversificação cn1 ;ui. vidade.'i de divctsos scg1ncntos, co,no cin1cn10, celulose::, papel e 01c1ais., fez que, dcnt1'0 do grupo, cocxi:;tis.~cn1 c11hura.s org;-1ni;1,acionai.s clifCrc11tt~. l)l'ssa forn1a, uiio se podia clh~cr que cxistian1 valores e crenças típicos co1npartilhados pelos n1cn1bros ela organizac;.io, já que.-, entre as unidadC's da lu,ld;,,g, ha,ia diferenças cultutais, e, aJé1n disro, os cxcculi\'OS 11...-cérn-thcgados; 1arnlX111 n;1() tS.ta\';un htlbitoado.s :1 c•S..(C~ traços culturais, tendo dcscn"olviclo sua carrcira cn, ótllros an1bientcs c1nprcsariais. l)cssa ,nancira, a \ '01oranti1n i:t perdendo sua idendd:t• de cultu1·al. O grupo ,~uc. his1orica1n(:01c, delêodia valo1'(:S c:01110 a lc;ald.:u;l1· ç a c·onfia,u;a, "i:,-os l'açâ<> C' consolidação ele 11n1 grande docu1nt1)to qt1t· for111.iliz:1s.sc .J$ 1(:<:nioL'i e· ~ \'alo1"CS da crnprc:;:,.;,. Scgtindo o p1't-sidcnle da \ 'otoranti1n l\1cu,i~..Joào Botico Silva, unt dos executivos vindos de outras cntprcs.1s, ••a gestão ele pessoas era baseada na 1caldadc 1 não crn resultado". ··Cont o ten11X>, n \ 1otor.:tntin1 pa®u <'I ptivilcghu· a COO)f>Ctêricia ã fidc;licl:,dc, o que ,~udou a anu:ni;,.ar o c.:onflito de c$1ilO$", finaliza o gt'Stôr. Outro ponto ll1ncla1nc1nal foi o aprin10,,u11en10 da tc>n1u· nicaçào entre as clifCrc111cs unidades do grupo. Con10 grande pane das dife1-enç-as cuJtul'a.i-s Cl'a deco1·1-cnte da f.'\ha de

      "º"º

      Cult ura organizacional

      527

      con1unicaçilo entre seus c."'ecull\'OS., institucionalizou·SC ,una 11.:u11i~o pc,iôdica entre; eles para que c;.•i1i\'CS:S<:1n sc1npl'(' t1li11hados e con1panilh;:1ti,~n1 Oii n1csn1oti \'<1lorcs e crcnçuti. Por fin1, a \ io1orantin1 criou, c1n 2007, sua Universidade C..orporariva. Co1n isso: a c1nprcs..1 saneou dois problc1nas sin1ul· 1ancan\cntt:: a 1raos1ni~10 d.a ruhura e o dcsc11\'olvio\1.:11to inl('rnO de IÍ(ic;r(:S, (IUC tiUj)riráO
      Questões 1. O grupo \ 'olorantl1n é tnn.1 hfJldi11g que reúne di"crs::,s unidades, que :nuant c-111 d ifcrc1ucs ~lOrt"S. gn, unta organii.."lç:io dessa 11atureza, con1 rnilharcs de lt1ncion;lrios di"idiclos: cn1rc as n)11i1as c1npl't·sas cio gn,po, con10 a \ '01o r:l11ti111 2\,l e1ai..;, .i \ 1<>101.101i1n C'..elulosc ê· í~:q)(;I e a \ 10-

      1oranti1n C i1n(.'1Hos, ,·ocê acha possh·cl (! necessário tra balh~r pa111 que h:tja u1na única cuhu1':l organiz.acional?

      2. Quais são, <:111 sua opinião, o.s p
      patcl'nalist.as <:llll'C gcsto1'ts e funcionários? En1 ,una or· gaoizaç.:1o dcssC" 1a,n:1nho. o c1ue vo<'ê fi-1.t ia para g,H·antir ,;1 clis.~n1.in;;1ç-ào e o co1np~1rtilhan1cn10 dos 111cs111oi; ,·;_1lorcs e
      3. Xo çaso nan,ido, a cóntrataç,,o de"º"" ,·xc<;ntivo, ll,i ,·is.ta co,no u111a elas tt1us;,s d" li-:1gn1cnt;u;iio cultural ela \ 'otorantitn. \ 'ocê acha qu<· isso sc1n prc ocorre ua.s cn1prcsas <1ue crcsc.::nt ,nuito e prccisa1n C'Ontratru· novos func-iooci1ios? (;ode1~a ser tvltado?

      Fonte: n,:lSC.adQ t"nl Lari.~, &unana. "Os for:L'-ttiros inv;:1din11n a \ '01or.u1•iin'', Rn•isto Exam(, cd. 910. 24jan. 2008.

      l. ~lariaua Ourüo. "ÜO\'Ctuo de rt•suhtldos" , lln•úu, l:"..toinr,

      cd. 91+. 20 ,na,·. 2008; e Daniela )/'ahas.-s. "'Bons consclh0$ pata o gO\'troo'', RrtrtJla E.w:inu. ed. 93.), 22 jau. 2009.

      2. \1c:-ja, porexcn1plo. 1·1. S. lkcker. "(:ullul'c: ,\ Socíologie;~d \ 'iC\\'"', Jó!( Ntllit.c~ ,..-r::io 1982, p. 513-527: <" E. 11. Schcin, Otg<111i~(l/i()J't(I/ (41Ílur, and l .tadm/1ip. Siio Fr:'lncisço:.JooC)·· u,..,. 19115, p. 168. 3. /\ dts.-riç:,o d@cs sete i1c11S é ba,;carla cm"· t\. O'Rr ill) 111,J . Ch:,i1n1:in e 1). E C:,ild"·cll, ·'Pt-oplc..• and O rganiza· 1ionaJ Culturc: .•\ Profilc (:(unp:ltison .Appronc-h 10 .As....cssing

      Pcrso11.0 rgani1.,1lio11 l·if'. Aradt"!T ef 1\lmu1gr,nn1/Jour111.1!. sct. 1991, p. 4B7-Slfi: cj. !\. Chr1uuà11 e K . 1\ .Jchn. ·~\ssc:-.-.ing the llckllionshi1> Ht1\\'CC:fl lndustry Char.1cu:ristic·$ :1nd 01'· ganizàtional Cultu1'\": l-lo,v Oiílêrc1H C'..'ul Vou lk?'', Atadhn.J ef .\Ja110,i,n1mt]1Jur11ol. jun. 199 ), p. .;22-553. 4. Raul Junior. "P1·(11non Ca ._~,nptéS.'\ da dfc;.lda". hrtal /~\'{11111 l 'oti S/A. l)ispOllÍ\'CI en1: <""''':po11alcstunt.abril.t:on1.br/

      scr\'iros/n1elhon·:-(· n1p1es:ttip.t ~li rnb.,Ihar/ niOl.)99682.lun11 >.

      :-\ cesso e,n: 13 •nnio 2010.

      $28

      Compo11.amento organiia~ional

      5. Renal~ Sc111cns.'ltO Pcim de Godor, ~\lncs Pcç.lnha e Oó,is LicLh. " CuJtura organi'l..a<:i<)11al e p rocesso~ de inov.:tçào: u111 estudo psico~sociológico cu, c111pré~t de b~tsc 1cc11ológica", &üti,11 Aradn11ia Paulista dr Psiro/Qgio. J)isponívcl C'1n: <\\'\\'\v.redal)'t.~.uac1ncx.nlx/:s.1'C.'°/inicio/A1•tPdfR<.". ,\<.·esso eo,: 20 oul. 2010. 6. ..-\ \~s.1o rio,· <.-St:tr!i consistfnH· dcn1ro d~ 1>er<'c1x:ão da culturn organh·,acion:11 foi ch~1n1adn 1>tr.s.J'1..'<'tiva de ·intcgraçiio·. Parn urna rc·,i~ão d4~:.l J)ol"ri;:(l("Cliva e sohr\'° ahordagcn~ dt'! confli10, \'('ja ll ~IC)tt~n t.J. ~l:tnin, '·Cuhurnl Changc: ,\u ln1<.•gr:.i1ion of 1·11rcc l)iffcn·nt \ 'ic"\\'S.. ,JournoJ ef ,\ !011agt• tJ'U'llt S111dia, nov. 1987. p. 623-64 i; e 1 ·~.J. l·i'OSI, 1~ E ~loorc, ~ 1. R. 1.ouis, C. C. 1.undlxrg c j. :\l:inin (F.c:ls.). Nefro,ni1,g Organi:;otfonnl ( ..'11lll1rr. NC"\\·hury Park, C!-\ : Sage, 199 1. 7. \ 1(:j:\J. ~l.Jcrniicr.J. \\'. Slotuf11,J 1:, L. \ \'. Frycj . Ca.inc~, "01-ganiz.itionnl Subtuhures iu a Sofi Hu rcaucr:.lt;•: Rt:;..i~ 1an<'.c.'! BC'hi11d the ~ lyth anel f:u·ade of :ln Offt<:ial Culrurc·\ O,~ni.(.alW/1 &1mrr. ,naio 1991 , p. 1i0-19·~: S. t\ . S.ti' ki'na.1111, "Cuhurt ;uld Suhcuhurcs.: 1\n t\oalysis or Ü 1'!,...-.niza1jonal Knowk·dge"', Ad,,,i,tiJlrálirt St,fn,t Qiuu/(T{,; 0,:.,1•, 19<J2. p. l ·10 -161: e G. 1-loísc<.-dt. ·•[dcruil)·ing Otg::u1i:1.ationaJ Sulx:ulturts: :\ o E1npitical .-\pp1'0a('h ',Jo11n10./ ~l ,\ltttt(tttnin,t Studi.t4. 0

      jan. 1998, 1>, 1·12. U. D. A. l loílinan e 1.. ~ I.J,111cs, ··l.cadt·rship, ( ~ollc~th'<' Per· sonali1y, nnd Pr rforinance'',Jour,ra/ ef Aj;plüd l ~Yhol'?JI, 90. n. 3, 200:°>, p. 509-522. 9. S. H:unrn. "No Lctup-1\nd J~<> 1\ pok~cs", H1ISV1tS.d lllk, i)ul. 26. 1998. p. .>8-6·1: é C. (:[1rlson, "R1nutr Intel E.x('C Sl:u ns ) littmofl Cultu1-e··. t i l'f.:EK.tQ1111 26 01~1.r. 2002. Disponível érn: <"•,,•n·.e...\\'c.'k.t"o1n/a11idf."2/0.1739,94976.00.asp>. IO. \ \ja~ por csc,npk>t C. G. Gordon e N. Oi'ro1n:oo. ··Prcclktin,( C'.0'1~1':lt(" P<·rfonn::inc(' fro1n Organi'l..;uional (:uhur""· Journal ef .\ ((.lllQ#'llfn/ Sllulit.s., nv\'. l 992, 1>, 793· 798:J. H. SorcnsC'n, ··'rhc Stt<'nglh of Corpor.ue C uhure :111<1 the Rclinbility of Finn Perfonn:111ce". tldi11i11is1ratir1 Sci'r11rt ~1.nrltr/J; n1:1r. 2002. p. 70-91; c;J. Ro$t~1uhnl 4' ~I. ,\ . ~lasarech, ..l ligh-Pcr10nnancc Cuhurc..-.s: J-io"' \!alu('s C:111 l)rivc Busi· nc..-ss Rt'...'>Uhs."~ J ountal ef Orga11k;a1;,11,al E.trtlln1rt. pri1nnvc:ra 2003, p. :!- Ili. 11. Y. \\'icntr, "l"nt,s of \ :1luc Systé1ns: :\ l"QÇus-011 Organi:f.átional Eíli:ct.in::ncss .and Cultural Ch;u1gc ~\nd t\ laintcnance··, Atadr11!J oJ ,\J11,1r1ge,11t11I Rn:inn out. 1988, p. .>36: e B. Sél1néid<.·t, :\ . N. Salv.iggio é 1\1. Subi1'áu., "Clinl;Ht Strcngt11: :\ ;'J(·\,' Oirtttion f'or (:Ji,n:,1C' RcS<::ux:h"'.)w11ur/ ef 1IJ1pliti 1

      l'J1-184; e• t\L Sc:huhc. C. Ü.!aron: S. Shnu1lyi:u1 e•:\ . Kini<:ki, '·Qrg:111i1.a1ion:01l Clinu1t<; Configu· r.uion.!>: Rcl:uionships 10 Collcc:1i\'c t\ 11i1udcs, C ustonu~r S.11.isf;1c1ion, a11d Fin:iuriaJ rcrfi,nnancc•'',Jour11a/ ef Appliti J»s;yftology, 9 k 11. 3, 2009, p. 6 18-63 1. 13. f.dílson da Cosia, C.1rtos Duane Cos.t~1 e Chiudia Rocha Ri· lk:i1'0. ·•r>t-safio da ..-\,norc: )1~tottl" un, úti,no c:liinr, 01w 1ni1.acion:.l con10 t."Strntégia na g1:st,\o do :s.eu público interno··. Ua:i51a (:ir11tljico de Admt',,iJtm(,,4, v. 8. n. 8, j.:1n,/ju11. 2007. 14. S. (... l) olan e S. Can-Í:l, '"'~l:lnaging by \ :1h1r:s: Cuhurnl Rcd<·sign l()r S1r:-11('gic ()rg;1nii..ation:1I Chang'.' ;1t Ih(: l};l\\'ll of 0

      1hc ·r\,-enty-Fi~I c:entury... Jou,no/ ef ,,\,fn11ngc111111/ f)r.v!JJp111t11J. 2 1, n. 2, 1002, p. 101 -11 7.

      1$. \ 1c-j::i C. 1\. O'RdJly cJ. 1\ . C:hanuan, ··Cuhurt as Social C>n· ti'OI: Corpo1ntions, Cuhs. and (:01nn1it,n<:n1'', in n. ~ 1, Sta.\\' e I.~ 1.. Cuouning,;. 0::-ds.!. Rumrtlr i11 0rgrt,,;~01Wlml /Jd,Q:T()f. "· 18. Crr;cn\v;Ch, (;'l':J,-\ 1 P1~ 19!)6, p. 15i-200. \ 'c:fa ta1nl.,;1n ) 1. Pin:.-.e (~unh:l. ··Tr11e ·&~, Pl:-iç(' 10 lk': !\ l:'lnaging Cc>nln:>I :,ncl Emplo)Y'C 1.oyahy in a Kno,d cdgc-lnt<'n~i,'C' Co1np:'lny", .:fa11rr1al ef .,1pp/i(d lk!tt1l"1fJral S01'takxanlt.abril.co1n .br/ SCl'\'ico..~/1ndhorcsc1npn:"S,'\Sf)ar.,a-ab,'llh:.-.r/1n0099683.h11nl>, ..-\ cesso c1n: 13 nl:"1.io 2010. 18. V. l.ing. Z. Si1nsck, ~1. l i. l.ulxukin t·J. F. \ 'cig:•, .....l'r:u1s.forn1ntional Lcadcrship's Role in Pron101i.ng Corporatc l~nln::prc11curship: Exa,nining 1hc Ç EQ:1·~ 1·1· 1,1u;rfr1C<'", Aradtn!1 of .\lnnogmta1t]ournal. 5 1, n . 3, 2008, p. 557-576; e .\ . ~hdh(>lr.t, 1\ . ~hUc;hr.1.ak <: n. RO$Cn, "'Lc:'lding \ 1irtu:l1 ºIC;uns",Aea,/m!>'ef .\la11agtn1t1tl J>mptrlit.u 21. n. 1, 2007, p. 60-70. 19. 1) . J)t,nison, ''\ Vha1 Is d,c OiHCttn<.'<" IJ.tl,v<x:n Orgaoizational c:ullUl'c :ul, ~19,65-l; <.· I... R.Ja1ncs. (:. C. ( :hoi. (:. f.. Ko, P. K. ~lcNc·il. t\l. K. ~rinton. ~I. t\ . \V1igln e- K. Ki,n, ··Organii.:nion.'11~ncl Psychologic:.ll C li1n::itc: 1\ R......·ic"' of 1lw·ory and Rt-~C::tl'('h.. ~ 1-Àtr()p,an .Jour11al ef J 1~k a,ul Orga· 1ti;_'1lio11al PS)Yltolqg_r, 1i, n. 1, 2008. p. 5·32. 20.j . 7.. Carr, 1\ . 1\1. Sclunidt,J. K . l~rd e R. I~ l)eShon. " (; Jin1atc Pcn::cp tious t\ lattcr. t\ ~ lctà-1\ n;1ly1ic l>.1th 1-\ nalysis Rc•l:1ti11g ~h.)1:·, r Cli,n.itt.·, Cogüi1i\1' and ;\ 1Tcc·1ivc S1:u<'s., :ltul Individual L,.,-.."-1 \ \'<>rk Ôult."Olltcs'',Joun,a/ oJ Apf,li«l /~Jelwl"U, 68. 2003. ,,. 605-619. 2 1. ) 1. Schuhé. (~. Q51rolT. S. Sh1nuJyian t A. Kioic-ki~ "Úl'gnniza1ion:.-.I Clin1:nc Configu1-a1ions: Rdalionships 10 (:Qllc:ctivt Anitud<.'S, Cus.ton1er SaUsf.'lc1ion. and Fio~11fi;1J Pcl'for· nlanc<.···.

      22. \ 1cja, por cxc1n plo, Z. S. Byn,c,J . S1onc•r, K. R. 'rhornp~n e \ \~ l"loch\,11ncr; '·'rhe lntemrti\'t: Effc..'CIS of CQn,,;cic-n· tiousnt"!>.'>, \ \'orl. EOOrt, a11d P5>·chological Cli1n:uc on.Joh l\:rfr1nn:u tc<.···.Jo11rr10/ ef f1ixotio11aJ IWtilrÍQt, 66, n. 2, 2005, p. 326-338; O. S. Pugh,J. Dictz, :\ . l~ Bricf c j . \\'. \ \'ilcy, "l.o(tking lnside anel 0 111: ·1·1,e lnlpac;-1 of Enlploycc and Conununity J)c1nogr.1phic Co1nposi1io11 c,n O rg<111i1.atiu11.11 Divcrsil)' CJi,n;uc·•,J!Nlrnal ef Applin/ f»!re/11;/og;:. 93, 11. 6. 2008, p. 1·122- 1128; cj . C. \ V;1U~1c:c. E. Popp e S. :i.1ondo1't.\ "S.dêl\' Clirnatc :1s a ~lcdiatur Sct,vccn fuuudation (:lin1atc"" :,nd O~·<:upatio,lal t\ ccidcnts: 1\ Group-J_,evt1 lnve:;tig;,tio,1··. Juumal '!}' ,lppli«I PvrJ,ol,ga 91, n. 3, 2006, p. 681-688. 23. R. 1...J cppc-rson. ··1n~1i1u1ions, lns1i1udonal 1::1rcctS, :ind lns.1i1u1iou~Llis.m''. in \\: \\~ Po\\'CII .,. P.J. l)i~l.'lggiõ (Eds.), Titt lnstit11/i(!ntrli.sr11 i,1 O,go11i~111ional An'1!,sis. Chicngo: Uni,-crsi1y of' (~hif::tgo Prtss, 1991, J>. l <13~ 163; G. E 1~'ln· 1.:t1':l e• C. l">:nriona, ..l'hc· ln:;1i1u1ionaliza11ion o f Kno\\'lt~dg<.· in :ln Aoton1otivc F:u:.l()ry: "lt.'1npbucs, l1lSCrip1ions, :tnd d1c Pr<•hlen1s of l)1.1rabili1y", O,ga11katio11 Studiu, 28, n. 5, 2007, p. 63.í-660; e ·i: n. l.~"I\\TCO('.(•, ~I. K. ~lau,,-i;, B. Dyrk e R. E Kl~~n, - nw Politi<.'!1 of Üllfn. 200.5.p. 1110-191. 2-1. SortnS4in. "'fhc Stn::11gt11 of' t:orpora1c Cuhurt and thc 1

      v \ ~,

      RC'liability of Finn P~rfo1·1n;ulce··.

      Capitulo 16

      25. \ 'c:j:, ·r. Cox.Jr.. Cultura/ Dirmity in 0Jl'l11k,.ati1n1s: 11w1): /lr.itor,h & Puutitt. São Frnn('isc;o: lkrr.-u-K(l('hlcr, 1993, p. 162-170; L. G rcnsing-Pophal, .. l liring to 1-it \'our Corp<:imtc C:ultu«'", IIR.\laga.:.i1u, a.go. 1999, p. 50.5·1; e O. 1.. Slonç, E. E Stonc-RQn1cro e; K. ~I. l..A.1k.1s~c,:"~ki1 "·1l1c 1111pac:1 of Cultural \ •°:,hJt.'S on 1he 1\ cccp1ancc and Effi:c:1ivr.nes.
      paübili1y in Su,:ccssfi.11 01-g.i.niz:11ional ~ 1:.lrriag,-s", A,ade,,'!f

      ef ,\/011.accrnnll F..tr
      e C. E C.-intt'rcr, .. CohuF.1.I Conflict :-ind '.\ lcrgcr F:1iture: /\n E:,..1">Cri1ncn1al t\ppm:tt'h'', 1\lanogm1n11 Scll'nr,. ahr. 200'.l, p. -100-412;" 1. li . Clcil>:5-, . \ . ~ lununt•ndcy 1.' P. Noack, "'Pn~ictors of Chnngc in P0$11nergc•r lden1ific:n-ion During :i ~lt'rgt'r Proc('_(S: 1\ Longitudinal S1udy",Jrutr11t1/ef J}nonali!)' S«ial PSJ(holag_,; 95, n ..J. 2008, p. 1095-111 2. 28. l~ Cu1nhcl, "Rcturn oJ' 1.hc Urge 10 :'.\lcrgc", "fim< / ~ .\Jaga;.int, 13 jul. 2003. Oi~f>Oliívcl t·1n: <\\·,v,,,tin1e.coni/ ti1nc / cu1'0J>é/ niag:azine/ ~trti· ele/O, 13005,90 1030721-46.J.l 18,00.hunl>. 29. S. E Gal1.\ "i\lc1110 101-\0L 1'i,ne \\';1n1(·r: \ \lhy t\lc~re•'S 1·1til (:ase $n1dic-s''. fti>,*fomo J lt111nge,1m11, ÍM', 2003. Oisponlvçl .-n1: <\\"'"'' .,,"Orl:10 r('c.co111>~ e \\~ 1\ock, "~ lcrgtl"$t lh1bble& and StC\'C Ca.s.:", lli1/9• IJ«J;, .\IQ11dqy M~IIQ. 20 jan. 2003. Disponívrl ent: <\,'\\'\\'.lllOlld:ty1nrn10.nct/030 1:.?fif~·a1u1'('.!Un1>. 30. E. li . Sthcin, "'rhc Role oí 1he l•Oundcr in Cn::uing Üll,, 6 1-62. 32. \ 'cja. por cxe1nplo,J. R. f l:irri~n e G. R. (~1rroll, "Kc:c:ping thc F.-,ith: A ~locl(•I QÍ Cuh1,1ral ·rransrnir....,ion in n)rn1al Org:1 ni;:.:u ions·'. A(b11i11istralil'Y' Stin,rL Qyartn!y. dez. 199 1, p. S:">2-582; e O. E. Bo,,·(·n (' C. OstroO: «·rhc: ·S1rc11gih' of thC HRi\l Sys1cn1, C)rga11iza1ion:ll Clin1;1tt' l·bnnt11ion, :1nd Finn Pc1fonna11cc•·. Aratlm~y ef .\l<1nogtn11nt Rroi.tic. 29. 2004, p. 203-221. 33. t\n.i Luiz.'l lic..-1:og, ··E,n busca da ick11tidade pctdid~... l(r.:Uto E.ro11tt, tcl. 883 1 14· dez. :.?006. 34. n. Schncid('r, 1r. \\~Coldsu:in e l). n. S1ni1h, •·'l'hc :\S.,\ Franlé\\·ork: 1-\ 11 UJ>datc", Pmmt11tl PSJYl1M<>g,:. inv,·rno H)95, p. 7•J7-i7'.J; 1). ~L C:>hl<' 1' ·i: A ..Judg(', ·•1tucn·ic,\'C'1-s' P<·r«p1-ion,; of Pc~n-Org.-inization Fít :and Orgnnizational Sclcction l)í~cisions" ,J011rnol ef. lpplifd Pljtholog,; ago. 1997, I>· $<16-561; ~ 1. 1•. \ '.•rqucr, 1: :\ . B,..;:hr <' S. H. \\';1gncr, ",\ ~lcta-1\n.ilvsis of R<·hnions Uct\,'C.~n Pcrson-Organi;,.:uion Fi1 a11d \\'Órk !\llitudcs",]Qttrru,/ef f'pt1· Eehclons: 1'hc Üt'brani:í'..11i{)o :is a Rtfltttion of h.s ' lõp '.\fr1nagcrs" ! :lrodt119· of ,\h111t1.r:r,11t11t Ra:iett\ ~hr. 1984. 1>, 193-206: O. I~ NithoO: C. 1\ . Rnz e R. A. Cro\'tr. '"l'h(· Jn1pacl<>íT01>·~lana.gcn1cn1 A.ctions on l~1nploycc 1\11i1udcs :1nd Pcrccptions", (;,m,p & Org,n;:.,,,ion Sludi,~ sn 1990. i>· 337-352; < R 11. T r;oc e J. '.\(. Ht)'er. ··Cuhur.il 1.cadcrship in Org:'lniz:11ions", Orga,,i. 1.atifl11 ,'i
      ª""

      Cultura organizacional

      529

      36. :-\lesa S.1lon1:io. '"'5 lic;õcs do '.\ fng,azinc l .ui1..a. S\"gundo 1:-1:ir· van1··1 Rn-isla

      E.,a, ,~. c..·d. 85i. 29110\: 2005.

      37. \ 'cj:-1, porçxc1nplo,J. l~ \ Vanous, Orga11i«1tUi11al f-:tl1ry, 2. cd. ):101,·~1 Yorl: :-\ ddi.son-\\'<-sl<;~ 1992; (;, ·i: C:h:lo, .·\ . )1. O'Lcru1•·Kcll}~ S. \\'otf, 1-1.J. Klein e l~ O. Ga,xlot-,·, "'01-ga, nizational Sociali:-;;:1tioo: lt.s Contcnt ;uHI Con.st:.-quc11ccs", J•11mal ef ,lpplird P9,hoi,g; 0111. 199·1, p. 730-1'13; li. F.. 1\shíonh, A. ~I. S:i.1,~(· R. ·i: J..cc. "Socialii:ition :1ncl N1·\\'('(n11(·r Adjus1n,c1H: ·rhc Role- of Qrg3niz~uion::il C'.on1('x1'', llu,11on Rrlc1ti011J, jul. 1998, p. 89i·926; O. .\. )1:.tjoz·. " l:O ffcc,iv(' Xt\\'· c:otncr Socialitalion inlô l-ligh-J>erío nn:1uc:c Organi1.a1ional (; uhun.-s", in K. i\l. t\.<;.hk:,n;is)'· C. P. ~1. \\'ildcro1n <' i\l. E Pcl('NOn (Eds.). llondW ef Organi~aliwud C11/1,rre & Cli1tmll. I>· 355-368; D. :i. 1. c:.,ble K. P:-t1'Sol\S, "$0('1ali1,;atio11 · iàt'ti<:~ .iocl l'cn;o11-0rg:1ni;,.:nioo Fi1··, PM1J11111I l'.s;rltologr. pri. n1avcr.L 2001, p. 1-23; e K. Rrtll;,g. "'l'h<: hnpact of R<:hu.i,·«· l t nur,· on Nc,,"C<'.!lnrr Socializ:,rion l)ynnn1irs",,J0tintal ef Otl(Ollifa/iQnal Bdu,rir,r. 110\', 200 h p. 853·8i2. 38. ·i: i\. L.·unhrn, J.. ·1: Eh)' <' ~I. I~ Rc«"'·e~, " Pr<·dic1ors (;f Ncc,,"(lrking Jntcn:;i1y ::,nd X<'th'Ork Quali1y J\Jn()ng: \\'hitt'(:()11:t.r.Joh Stc:kc1-s".,fi)U1nul ef (.arrrr /)f,.·1lop111e,11, jun. 2006, p. 351·36:>: c.J. 1\ , 'fho,u1>son, "Prv;,ctj,'C P,;:rson.:ili1y and J oh PcrtOnnanc:e: t\ Social Capital Pen.pectivt'',Jo11nudof ,W>li«l l'9·du,log~ ,.-,. 200:\, p. IOl 1-1 O17. 39.J. \ ';1n ~l.iaucn e E. t-1. Sch<'in, "C:u'Ct'r ün,;lopnl<'nt'', inj. R. H:'lçk1n;u1 e j . L. Suul,· (Ed&), /mprm·i,,g l,ife ai l l~d:. Santa >.lonic:,, C1-\: Coodyc-ar, l9ii, p. 58-62: e O. C. F'cld1uan. "'l'hc ) lultiplé S«i~1lizaliou of Organi:1;;:1tio11 ~le1nlx:t!''. Aradm'.Jef ,lla1u1gmtn1I Rrriro; :d,r. 1981, p. 3 10. -10. C.J. Collini;. '•1'h<· ln1<'r:tctivr Eff«ts of Recrui11nc-n1 Practicc.s <"llid Produc11\\\'al'cllCSS ooJob Stckçf'S' E1npl0)'(·1· K110,vle,'brc and 1\pplic~uiou lkhavion;·•,.fllu,,m/ of ApplitJ·· 88, 2003, p. ii9-79+; ('E. \\: ~IOl'JÍSOll. " L..01lgitudinal Study oi' thc f.l!C:cts oí Lnfc)rnuuion &-x·king o n Xt'\\'éônl<'I' Sori.aLi;,...1. tion ",."faun1al of Applitd l '9Yholog,:. 78, 2003, p. J 73· I H3. ·12. \ 'an ) laailcn e Scheio, "(:a,x:cr De,...-lopn,ent", p. 59. •ti. E.\\~ ~lonison, "Nc,,·c ontt•rs' Rcla1io nships: 'l'hc Rote of Social Nct\\'(>1i: l'ics Jlt,uing SociaJi1,..11iQ11", .4cn.dm!Y ef .\ /wl(lgt• 111011,](lunu)/, 45. 2002, p. 1149- 11 60. ·1.i. ·r: K. 8:ittt>r, ·i: Bodncr, !'$. Er11r11al ~f llppl,"
      te.

      or

      1

      E. Ran~dl1 ..'l'ht ~ il.:c S1ory? Jus1 l('IJ f 1!", lilst C.t11t1/wn.:,: jan.lfc\', 2000, p. +1-46. 46. 1) ..\1. noj<'....J'h" S1orytdling Orwaniz:,1ion: 1-\ S111dy of S1ory J\·ríorn1:u1et• in an Officc-Supply f'irn1 ", Ad,t1;nislrt1· ,n," Sti(I)(( ~l(l!Ur{:t, ntar. 199 1. p. 106-126; e. 11. Oc:;\llSCh, ···rh" 1~11111,l<·s nf C9rpc)r:ll\' Ç ul~vrc·'',. \f{4 )(ir/.· T,mrs, 13 01u. 1991, p. F25; e [\(. Rirkcu.-. c.J. G. Sciling, ''1.anguagc, ~h~u,phon,, and S1oric$: ('.... u,ly:(·L,; for ~h:aning ~ h,king in

      ...J:j.

      530

      Compo11.amento organiia~ional

      O ~ ni7,alions'', O,gnni~ntion [M:dopme,11 J41.,n1(1/. i nverno

      2003, p. 33-43. 47. \ Cj:, K. K:unochc, '·Rhctori<·, Rin1alis1n, :uu;l ' l()ic n1isn1 in

      l·l1un:1n Rt,',;()ur\'.C ) l.i11.ig(:1ncn1", lh11t1n11 lltl11tiinu. nhr. 1995, p. 361-38!>. 48.João Pt,ulo Go,ncs. ·•o SiJvio Snntos d a e~-. p1·6pria", Rt· ris.tQ E.t«1i1t, cd. 85·l. 17 O\U. 2005. 49. ;\ . Rr,f:.\tli e ,\1. G. P1~u. "1:\ilon."d ~lt.~aoin~: O,l the ) lcani11g and lnlJXtCt of Ül'Jr,llliz.ational l)tess'', /l({uk11!)' ef ,\/n,,ogn,wtl lltt:itu;j::in. 1993. p. 32-5~: <.'J. ~I. Mig,gin~ e C. ) lc:-\lkl.SlCl'... \ \'~1n1 l 111l0\-atíon? ' l'hc,1 Use C ultural ;-\nif.,c1:1 ~rhat Support h", 01g: 1ni\r. 1988. p. 101-12.">: R. 1.. l)ufrtsnc. ')\n ,\ c,ion J..cnl'oing PcrspccÜ\'C on l~ff<...-cth'é lo1plco1cntalion of 1\ cadc1nic f.Jonor C'.odcs". c.·,m,p & Orgoni::,otlfln .\/anogrr1re11t. :lhr, 2()().~. p. 201 -218;" :\ . ;\rdichvilli,J. t\. ~litc.:ht"II <· ll,.Jondl~-, '·Çh:u11c1eris1io.- or F.thic:11 Bu.. -inc~s Cultor(~", JQ11n10/ ef /Ju.rinrss /:'thir.s, 8.i, n. 4, 2009, p. 445-4:°> 1. 51. J. I~ ~ lolki,J . F.Jaran1illo t.' \ V. n. IA)c,a;1nclcr, '·Cri1ical Rol<' of l.c;1d<·rship o n E1hicnl Cli,nnu• anel S::iléspcn.on n,~havinn.". ]Qun1t1l oJ IJ11Jinw E1/1ics, 36, n . 2, 2009, p. 125-1 ·• I: )-J. Seh1ninkc:, ~L l.. t\1111.,rosc e (). O. ;\".c ubatun . "' lõc Efft.-.:1 of Lc:.tdcr ~foral Ot.'\·clopn1l•11t 0 11 Ethica.l Cli1natc .tnd E,nplo)'éc 1\ttitud<.'i·•. Orf!Jni4atio11al lk/111nQr ,md l-lunta11 l'J«i· .riori J'ttx(sS(.$.. 91. n. '1. 2005, J), 135-15 1: t )1. 1::. B1'0,\'1l. L. K. ·rr'('vii10 e O. t\ . l li\l'rison ... E,hical l..t.·i\clrrship: J.\ Sockil Lta rning l~l'S]X!t"li\'(' for (",ons1nw-1 l)çvtk>j>nwnl and 1i-sling", Otgurn(l/ ef ,lla11a,t.,tt1,ttnl. ju11. 2007. 1>, 321-3•19. 5f>. "ÇI..F I. ~li\11.,ge1nl'nt". J)isponh1•1 i.:n1: <,v\\'\,:li.111«~"l.:.o rg.br/ pn:111io/hunl/L>oclr _cpfl2.hunl>. 1\ccsso e1n: 13 inaio 2010. 56. " Rt.'('aclo do 1>rx•sidcn1c". l"ortnl li)rl RI/. l)isponÍ\1•1t:rn: <\\'\\'\\'. / n:, i sl. J\ c<:sso cn1: 13 1naio 2010. Si. R. \V;;,.gn1•rc•J. K. f-(;u1cr1 12: TI1tEltn1tntsefGTlat .\lqnngi1tg. Xm ::i \'ori.: Gallup Pn."SS, 2006. 58. R. \\'~1.in i:r tJ. K. 1J:u'ltr, •·Pcrfonnanc.'C Rcvic\\'S \\'ithout 1hc ;\nxic1y'', Cal/J,p l,ttU/1rsh1frJ()JJrnnl~ l2jul. :?OOi, p. J•..J ; e \ \'agncr e• 1-fant•r, J2: --n u J,.7~11u·,1ts ef G'rr.al ,\Ja11aging. 59. $. fincn,:u1. "011 Hcin.g l~itivr: Co1l('c;rns :-ind C'-0\UU('fl>Oint.S''. .'1((11.Ím,yf!/· .\lm"lJ!'l,wnt lltt·in~; 3 1, n. 2, 2006, p. :?i0-291. 60. D. l~ :\slunosc D, l)u<'hon. "Spi1'itualityõ.lt \\0 1k:1\ C.on<tptua· fi1,..11ion :1.nd )lc-~-.suit".}'wr,wl ef ,\l«nngmvnl lff91'llry·,j tln, 2000. p. 139: e E. Pook, ·'Orga11i1,.1lionnl Spirin1:-ility: t\ t .i1c1':llurc.~ Rt'\iit'\,•",fl'1t110/ ff lklsi11(,SJ 1-)hifs, 8·1, n. ·~. 2009, p . .;)77-5,88. 1

      61. 1.. li'. F,yej. \\'. Slocum, ··~1anoging1hcT,•i1>h' Honom l.inc 'fhrough Spiritu:\I Lc:1d<:rship... Orgr111i~ati
      62. l?..sla S<::Ç1.1o cs1â b:t~cad.l t.•n1 1. 1\, ~riuoff e E. :\ . Dcnton,A Spi1il11ol A1ult't ef (."otf,Otal< A11u-,i,o: A I h11d I.MJk "' Sp,',ituali{): RtliJ.,io,i, ,11ul f'id11,s i,, tl11 U&d:plart. São Fr.:111éi~co:J osstr-H:lM, 1999;J. )1illim;111,J. J·ê;rgusc:>n, Jl · rrkkru e B. Condcmi, ··Spiri1 a nel Co1nnu1nity ;u Sotuhh't'-St Airlinc.'\: An ln\'(".Slig:ltion o i' a Spiritual \ ·'nlucs·BMCd :i.1oclcl",.]l/11111al ef 01ga11i:a· tio11"/ (:Ju1t{S:, ,\ ftr,;agan,,,l. 12. n. 3, 1999, p. 221-233; e E. H. Hu ra<·k, ··Spiri1uaJity in thc \\'orkplacc".Joun,a/ ef ('>rgt,11i.{a· tio1111/ (;Juu,gr ,\ la11agr,11r,1J, 12, n. 3, 19991 p. 280-29 1. 63. (:itado 1>c)t \\':._gncr-~latSh e (:oolcy, "1'hc l'Ou11h \\'.\,'('.., p. 29.5. 64. Fl:ívif) Coi,1a,·'Jloas: rç laç~ dentro e for., d:<1 cmpn;s::i'', Ra·üta 1-:.,·a,i1f. 1'd. 857. 1 no\t 2005. 65, )1, Conli111 ··Rcligi-01) in thc \ \(>1'kplare: ' l'hc Cn.>\ving P1't'SC11t':c of Spirituality in Corpor;1tc 1\n1c1ir.a .., /Jrtsinl'.SSlll'd,. 1 nm: 1999, J>· 131 • 1$8~ e I~ l>::.ul, ·:i\ 1Jolicr I lolit111~rapllitJ.. clC"1,, 2001, 1>. 4 l··•5. 66. Citado JX>r Conlin, "'Rc lih>ion iu lhé \\'orkpl;téé··. p. 133.

      >:ccl: cJ. F. '.\lilli,nr1n, -·rhol•ght Sclf-1~,1d('rship: Fioding Spiritu:111,.ulfilln,cnl in 01~niza1ion:i.l l.ifc'',Jo11010/ ef .ll, 9: 1>ara u1n;, rtvisi,o recente . veja.J. C. Can:ia-Za1nor; "'\Vorkplacc SpirituaJity :lnd O rgani7..:ttional Pc rforn1ancc''. Puhli< Ad1ninisltation Rrri~rti ,naio/jon. 2003. p. 3:l5-3f)3. 68. l~ 1--1 . :i.lil'vi:., "Sou.l \Vork in Or~tu,iz.ttions·•. Orga11i,r.ahq11 Stint<<. 6, n. 2, 1997. p. 193; t\. Rt:f:i*"O e.· ~I. Pinu t' ('.unha. " \Vorkpkt('I.' S1>iritu:1lity and Orga niz:ttioo:tl Conuniuncru: An En1pil'il."al Stucly" ,Journnl f!f Organi::,QJi()ll(t/ Ch(tn..~ .\/01,(llf'· n1tr1t. 21. n. 1, 2008. J), 53-i3: e R, \\f. Kolodinsl')~ R. ,\ . C ia calonc e C. L.Jurl..ic" ·ic-.l, "\\'orkpktcc \ •~1luc::1 and Out· co1nc~: Exvloring Pcrwnal, Org:1niza1ional. :ind hucrnccin: \ \'ori.plac(· Spirito~1lil)'" ,)tí'ur11<JI ef l?usi11m &Jiic..,;. 81, n. 2, 2008, p. 465··180. 69. Sokull!,.'(' d,~Oli\'ê ir:, Sôutc) cjoof 1\nul·nio Rt~go, ·t :.•,piri11i;di· dn(lc n:L~ organi.1.aç~ posi1ivid adc <· dcscn11x·nho". 31> F:,1((11Uro da . lnpud, sc.·1. 2006. $alv:1dor/HA, H....sil. 70. )l:.lria f c rnc111da Conlt.-s 1;:r11a11dcs.•\~iaç,Io Bnuil r (;J,i,u,: Sats P,in, .-\cesso c1n: 20 ou1.20 1O. 67. C. 1~

      71. llJ. ~ lçCar1hy e S. )1. l\10C·r, " lnu;rpn.•1ing the E1hiçali1y o f (:nrpnrn1" Covc•rnan~~ L)cC'isinn in Russia: U1ilizing lnll."gr:'I· ,h·t.· Social Co,nrocts Tl1,:ory to Evaluatc chc Rckvancx- of :\gcncy 1~hcor)' i\1onus•·. Arod
      i2. I~ J)"or.:,k, ··A Firn1"s Cuh tirt C:1n Get l.()s1 in ~rransl:1tion'', l lá/l Stru1Jo;1ttl(1/. 3 ~br. 2006. p. 1:$1 . U3; K. K,.-1.nhold, ...l'he l1no1ch Era. Fi,'t' 'réars Okl, ~,·ransf<)nn~ G1::··, rtá/1 Strt(f Ja11n1al, 11

      s(:I. 2006, p. B l, B'.l; e• S. i\lc( :anncy, ···1~·achi11g An1ericans Mo,,, 10 !\ch ave .1\ hm.1d ", ll á/1 Sltftl]ournnl, 11 ohr. 2006. p. D1. J).J.

      73.J. 1\ . C lu1unan. "')latching ,,copie :tnd O rganiz.ition:.: $1.•lc:c tion and $04.·i,,liza1ion in Public 1\ cc·ounting Fi nns", Admi,iútratii·t Stit11ft Q,u(ttltr(JI. S('l. 1991, p. 459-•18-
      i·l,J . ~. Sherid:,n. "Ô1~anizational Cuhurc.· aocl l:'.n1ployec Rctcntiou.. , Aa1dn1!J' ef .\la110.~111,nlJo11r1u1l. d,~z. 1992,

      p. 1036-1o;,G.

      17

      Políticas e práticas de recursos humanos Pam culministrnr melhor as pessoas, as empresas deveriam / ... / elevar o deJxirumumto de Rlf a um~ 1>0siç
      OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM Depois de ler este capítulo, você será capaz de: 1

      Definir seleção inicial e identificar os métodos mais úteis para conduzi·la.

      2

      Definir seleção substantiva e identificar os mêtodos mais Uteis para conduzi-la.

      3

      Definir seleção contingente e comparar os argumentos favoráveis e contrários ao exame toxicológico.

      4

      Comparar os quatro principais tipos de treinamento de funcionários.

      5

      Comparar métodos formais e informais de treinamento.

      6

      Comparar os treinamentos dentro e fora do trabalho.

      7

      Descrever os propósitos da avaliação de desempenho e relacionar os métodos por meio dos quais ela pode ser feita.

      8

      Mostrar como os gerentes podem melhorar as avaliações de desempenho.

      9

      Descrever como as organizações podem gerenciar os conflitos entre vida profissional e familiar.

      1 O Mostrar como o contexto global afeta a administração de recursos humanos.

      QUANDO GERENCIAR PESSOAS Ê MAIS DIFÍCIL DO QUE SALVAR SUAS VIDAS que um administrador ou engenheiro sabe sobre técnicas cirúrgicas ou diagnóstico de doenças? Na maioria das vezes, muito pouco. E o que um médico ou enfermeiro sabe sobre práticas de gestão de recursos humanos? Da mesma forma, também

      º

      pouco. Esses profissionais atuam em áreas distintas e necessitam de

      conhecimentos e competências diferentes. Contudo, independentemente da área de atuação, grande parte das atividades nas organizações é realizada em equipe, o que não é diferente nos hospitais. Em lunção disso, muitos médicos e enfermeiros vêm enfrentando

      S32

      Compott.amento organiza~ional

      dificuldades para gerenciar os membros de suas equipes de trabalho. Especialistas na saúde das pessoas, eles desconhecem práticas para gerenciá-las e liderá-las adequadamente, o que se configura como um grande problema, uma vez que grande parte dos atendimentos e intervenções é realizada em equipe. No Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, essa situação não era diferente. Com um faturamento de cerca de 900 milhões de reais e mais de 7.SOO funcionários, a instituição tinha dificuldade em garantir que seus 360 médicos e enfermeiros em posição de chefia gerenciassem adequadamente os recursos humanos a sua disposição. De acordo com Miriam Branco, diretora executiva de RH, os problemas começavam já no proc= seletivo, quando os profissionais realizavam suas escolhas com base em entrevistas de apenas dez minutos sobre temas relacionados à vida pessoal dos candidatos. Outros pontos que precisavam ser melhorados eram a avaliação de desempenho e o desligamento dos subordinados. Para evitar conflitos, médicos e enfermeiros atribuíam notas elevadas a quase todos os subordinados e agiam de maneira pouco clara no momento de demitir, mesmo naquelas situações em que faltas graves haviam ocorrido. Essa situação gerava injustiças e deixava muitos subordinados insatisfeitos, principalmente pela falta de um feedback claro e construtivo. A solução começou a ser construida em 2008, quando o Hospital Albert Einstein firmou um acordo com uma entidade internacional e criou o Centro de Simulação Realística. Além de servir para o treinamento técnico de médicos e enfermeiros em bonecos, começaram a ser realizados programas de aprimoramento gerencial no centro. Segundo Minam, médicos e enfermeiros em posição de chefia participavam de encenações de processos seletivos, avaliações de desempenho e demissões para perceberem como poderiam melhorar suas ações gerenciais. A si· mulação era realizada com atores, e os profissionais de saúde deviam seguir roteiros preparados pelo departamento de RH do hospital para descobrir como eles poderiam se tornar, além de bons médicos e enfermeiros, verdadeiros lideres. Nessas atividades, descobriram algumas informações importantes. "Percebemos que alguns processos do RH reforçavam um comportamento inadequado por parte do gestor, como o fato de um funcionário perder a bolsa de estudo se não tivesse um desempenho acima do esperado", conta a d iretora de RH. Além disso, resolveu-se instituir uma conversa entre funcionários desligados e um gestor do departamento de RH do hospital, para que este pudesse fazer uma avalôação imparcial dos motivos apontados pelo chefe. Após a implantação do treinamento gerencial no Centro de Simulação Realística, Minam conta que as habilidades de gestão dos médicos e enfermeiros que participaram do treinamento aumentaram significativamente. Além da redução da rotatividade e do absenteísmo, elevaram-se a eficácia dos procesoos seletivos e de avaliação e a transparência nas demissões. Com isso, profissionais do Albert Einstein descobriram que, além de salvar, é preciso saber gerenciar as pessoas.'

      t\ ,nc11.sagcn, deste c;iphulo é a
      flráticas de seleção Costum0rtantc que você pode fi1zcr é sobre se:: você constgt1ir dcscob1ir qucrn sào as p<:ssoas certas. O objc1ivo cl,1 seleção 4.:(ica1. (' aclcc1ua1· il S C-~l!'actc1is1icas individuais (ca1>acidadc, experiência c1c.) às exigência..~ do trabalho.~ Quando a ad1ninis1raçào não consegue' f.1zc1· o ~jusLc co1Tc10. 1a1uo o dcsc,npcnho quanto a satisfação do funcionário s...:'\o prcjuclirados. quér"n tó1llraia1: Isso Í::'lZ sc11tido -

      Como funciona o processo de seleção A Figura 17. l n1ostra coo10 funciona o processo de seleção c1n nluitas o rganizações. t\pós decidir se candidatar a tun c1nprcgo> os prctcnclcntcs pass..1n1 por vá1ios estágios - três s..i.o 111ostraclos na figura - durante os quais podc1n ser rejeitados a qualquer 111on1ento. Na prátical al_E,'l1mas organizações clc.ixa1u de realizar ;1.lgu111as dessas etapas para oti1nÍi'.Au· o tcn1po.

      Capitulo 17

      Figura 17.1

      Poli1icas e prttticásde recursos humanos

      533

      Modelo de processo de se leçã o nas organizações A pessoa se candidato a uma vogo.

      t

      Seleção inicial Objetivo: ulilizodo poro os IJiQgEtflS preliminares poro d«idir se um

      ~

      condidoto po$sui O.$ qvolifi((l,çõe$ b6s.Jco$ poro um !rebolho. Exemplos: formulários, currículo, verificoç:õo de onlecedentes.

      Os eondidoios que nõo préencherém o> quolificoções bósicos rej~

      m

      O candidato preenche os requisitos básicos do v ago.

      f Sel~ ão substantiva

      Objetivo: determinor quais. s.õo os condidotOl mais quoliftcodos entte aqueles q ue préênchém os requisitos.

      Exemplos: Tesles es.critos, lestes de desempenho, entrevislos.

      -

      Os condid<11os que preenchem os quolificoções bõ$iCO$, mo$ sõo met\0$ quolifk:odos qué os outros, sõo rejeitodos.

      O candidato e5tá entre os mais bem qualificados.

      f Sel~ão contingente

      Obje-tivo: fazer o verificoçõo final ont-M óe propor emprego oos candidatos.

      Exemplos: exames toxicológicos,

      Os condido1os que estão enrre os mois bem quolif1codos mos que nõo _ . , . COf\$09uom po»ol° polo soloçõo contingonlo (r0$ul1odo po&ili'IO no oxomo loxico ;/6 ico,g veriftCOÇõo de ontecedenlo$ deifovo,óvel), sõo roieitodos

      verificoçõo de a ntecedentes.

      t

      O candidato recebe o proposta de emprego.

      U1na fiibrica de c1nbalagcrn de carne pode co1nr-
      n3o existe lnna longa r-ib:~de pcsso:as c1ucrcndo 'desfiai·' o intestino dr u1n porco con,o meio de vich,. r\ ,naio,~a das Ol'ganizaçõcs, poré1n, sc-g\lc tnn processo que se pal'C((' con, o que dcscrevcre1nos. \'an,os ver ,na.is dc::1alhes sobre cada 111n desses estágios.

      Seleção inicial ():; instr1.11nC'n1os de sclct.iio inicial ~'lo ai; p!'i1nci1a~ infOr1naçôcs que os <'andichuos íorncccn, e que são usadas nas triagens ptx:lin,inaJ'cs para dc:cidir se un, c-..andida10 a1ü1gc qualificações básicas para tun Lral'lalho. Os fOrn1ulá1ios curriculares (incltL'\ivc as ca,,as de rcco111cnclaçào) são os instn.1111cntos iniciais. l ncluh11os a verificação de antcccclcntcs tanto co1110 u1n instn1111cnto de selcçào inicial quanto co1110 insu1.uncnto de seleção co11tingcntc, dependendo da 1n;:111cir-d con10 .:1. orga1ú.zaçào ~, utiliza. 1-\Jgu,na.s o rgn11i;,...'lçõcs preferem invcstig.:11· os antecedentes de tnn candidato logo de cara. Ouuc1s prcfcrtr11 esperar até que ele esrej.-1 pronto par..i SCI' con1111taclo1 rlcpendcndo ele 11111a série de~ou11-as inforn,nçôes ,~ole1aclas.

      ª"

      Formulários de inscrição Sc1n dúvida. a 1naioiia das pessoas no n1crcado de trabalho jcl preencheu lnna boa cluantidadc ele forn,ulários pêtr" se cHn<.lidatar a unl cn1prcgo. Por si só 1 a quantidade de infor1naçõcs colocada ntun rorrnulário n~ll) é un1 indicador \11il de dcsc1npcnho. ~o cnt;1n10~ pode SCI" u1n bc:,nt co,ncço. Não há, po1· cxc1nplo, rniâo para gas1ar u·n1po

      534

      Compott.amento organiza~ional

      entrevistando un1 candidato para un1a \'aga de enfcrn1ciro se ele não tcn1 os clc,~dos crcdcncian1cntôS (q ualifiçaçi10 acaclên1ica o u experiência profissional}. U1n nún1e1ú c.:rt-sccntc de 01l,'(l11l7,açõcs inc.:entivt\ os candi(hHos ,, f'hzcr Stia insc1ic;fio 011-lioc. O processo lc\·a .sorncnté alguns ntiou1os, e o fo1·n,ul:í1io ponsávcl pc·la dccist,o de• con11-a1ar. 1\ 1.og-1n, c,nprcsa prcst:tdora ele sc1,iços l<>gísti<:os da \ /ale, pol' cxcntplo1 tcrn cn1 seu $itc tuna p:ígina cntitulada '1i·abalhc na Log·ln' ('"''' ''.loglnlogistica.con1.br/l1u11l/1nocl_1rabalhc. asp}, onde ,ucê pode listar suas p rcfcrCncirn1ul;irio on-line e anexar seu cuniculo. O .s ge.ston.-:s d<."\-crn ter cuidado <.:on1 as pcrguntOSta esteja ligada à função a ser exercida.

      Verificação de antecedentes Mais de 80 por cento dos cm1>rcg:idorcs oondu,cm vcrilicaçôel- de rcíerênci.-\S e111 candidato~ trn (llgtnn mo,nento do processo de contratação. 1\ ,-a.,....;o é ób\'ia: eles que1-enl s.abcr corno u1n candidato se po,,ou c1n e111pregos an1c;:tiores e se os a111igos en1prcgaclorcs l'<:con1cndaria1n a co1ura1açào da pessoa. O problc1na é que são r.1ros os antigos c1n prcgadores <1ue forncccn1 infOrtnaçõcs lnt:is. Na \·crdacle, q uase dois terços dos en1prcgi,dorcs se n:cus;u,., a fornecer infor111açõt·s detalhadas de referência dos candidneidadt" 11101-al, sendo eli1nin,\das d os concursos se não o fizcrc1n. Ent virtude da natureza invasiva d<.-ssas investigações, os cn1prcga· dores prcciS(\Tl1 certificar-se de que rc::ahncute txiste a ncc(-sside criar un1 custo legal, caso o funcion,trio contratado tenha ant<>cc.'tltntcs ruins e ,·enha a rcali7...ar algo que p rejudique clientes ou ouo'Os trabalhad<>res da e1npl'csa.

      Seleção substantiva Se lHll candidato passa nas pri,neiras etapas, a próxin1a f.1se fados n1é1oclos de seleção substantiva. Esse é o roraçào do processo de seleção e inclui lC$lCS esc1i tos, de clese1nprnho e enu·cvistas. Test es e scrit o s Ins11'111l1en1os ele s.clc<:ào 1nuito l)Oj)l.1lares d1u·ante longo 1rn1po1 os 1c~1es escritos (ta1n bt n1 disponíveis on...Jinc-) tivcra1n sua u1ilizaçào reduzida a partir do final da década de 1960 até n1caclos dos anos 1980. l~k:s cran1. fi'cqucntcn1cnte caractc1izados co1no disc1i n1inatóiios, e rnuitas organizações não os valida\';un J>Or não considcr.'1-los rclacio... nados con1 o trab;tlho. Nos lllti111os vinte an os, contudo, vciifica-sc t11n.1 rcton1ad.1 desse instrurncnto...:stimtt·SC c1uc a 1naior pa11e elas cn1prcsas íhça uso desse tipo de teste. No Brasil, cspccifica,ncntct ,ncsl'no sendo rrcqllcntc o uso de tcs,cs por pa,·le das orga,1izr1çõcs, e~ f(!r..a1nrn1a de sclcçl10 (" vista C'OlllO ·,n11i10 i,npo1"fan1e· por ~lprnas 22/1 por cento dos gcs1ores ele R.H, <1uc dão n1aior p,eso a ouu-:is prá1ic-as a sc1x:1n esludaclas.• Os ges101·es 1'Cconhccrn1 que cxislc1n tcsrcs confiáveis disponíveis e q11c c:lcs poclc111 prever qucn1 vai .sc

      Capitulo 17

      Poli1icas e prttticásde recursos humanos

      535

      sair lx:111 no scn~ço.'.', Os canclidalos, no cntanlo, tcndc111 a vc1· os testes CSCIÍloSco1no rncnos válidos e justos c1uc as entrevistas o u t<.·stcs de clcscn1pcnho.'' Os tc.stes 1nai.:; típicos ioclue1t1 os de ( 1) intcli,brénei~ ou lH1biJid..1dc c.:ognitiva, {2) pcn.onHlidadc, (3) in1t·gricladc e c'·tic;a (' (-1) intc1-esscs e 1notivaçõcs. --1<:s1cs de habilidade in1clcctoal, de hahilidadt: espacial e n1ccânica, ele p1'Ccisào p<:rccptiva e de habilidade n101ora con1provaran1 ser indicadores 1nodcrada1ncn1c v;ílidos para ntuitas funções operacionais não especializadas ou sc1nicspccializadas cn1 organizações in· dusuiais.; O s testes ele inteligência tên1 se 1nostraclo indicadores particuJar1ncntc bons para ;lliviclades que rcqucrc1n con1plcxidadc cognill,'41. 8 ~luitos ~pccialistas •trgu111enta111 q ue os téstcs tlc intcligêntia silo as n1c lliorcs JOrnHIS de n1cnsur.-u;ão. e que são tão "à lidos nos pc1íses cu,·opeus quanto 11os Estadôs Unidos.!t Ta1nbé1n no Brasil. os resultados co,np1'0,'an, a validade dos tc~tcs cl(: inteligência cn1 un1 grupo de 26 ccs1cs, dentre os c1uais 1() cons11i.1ídos no Brasil e l O i1npor1ados.. 75 por cento dos n;icionais. e 90 por cento d os i,nportados lbran1 considerados precisos e válidos con10 instru1nc:ntos d e afciiçào de intcligência.11) Os testes de personalidade, por sua ,·c-l. s...1.o baratos e si1nplcs de ach11inistrar1 e seu uso tcn1 c rescido na últi1na década. Quaudo contratam trabalhadores p ara lãlJ1icas instaladas fora do J apào. as indllsuias auto1nobilíst.icas dtssc pais asiáLico apo i~un -sc íortc1nc111c nos testes de pe1'SOnaUdadc p<1ra identifica r <1uais t;\ndida1os lcr..lo 1nclhor dcse1npc11l10. 1' Conseguir unl crnprcgo na l ()yotH, por cxc1nplo, poclc dc1nanclar três dh\S d<' t<:Slt'S e entrevistas. Analisando 1:io c1npl'csas do nosso país {nacionais e rnuhinacionais)1 " consuhol'ia Ocloiuc observou que 60 por cento elas organizações utiJiza\'an1 os testes de personalidade nos processos de sclcçào. 12 Evidências sugcrc111 que os traços q ue n1clhor p rcvcc1n o dcsc1npenho no trabalho são de conscienciosidade e de autoconccitos posith·os.1:J ·isso fhz sentido, pois as 1x:ssoas conscicncios;,s tc nden1 a ser 111otivaclas e confiáveis, e as pessoas positivas são 111ais persistentes e se 01ic11uur1cn1 direção ,10 que crce1n poder fhzcr. :\ nlcdid~• <1uc os problc,nas é ticos au1ru:1natan1 11..is 01-gani:1,<1çt,cs, os tt'StCS d(· in1tgridade e éLic;i cr-csccra,n c1n 1>0pult11iclaclc. São teste.'\ escritos que p1'0C111-:un n1c11s111-n1· là101·cs con10 confi.thilidaclc, alençào, rcSJ)Ollsabilidadc e honcstidad<:. Há íOr1cs cviclênci;is ele que esses testes poclc:111 prever a .avaliação de controle de dcsc1npcnho <: con1portan1cn1os d <:s· viantcs dos li.111cionários, con10 roubos1 problc1nas d isciplin:lr<.'S e CXt'<.'SSO de .tbscntcísi-no. 14 ··r endo chcg-"do rcccnte1ncntc ao Jlrasil~ o teste de integridade on-line é tnna fcrrarncnta utilizada e111 1n:;1is de 15 países. De acordo co111 seus rcpreSCnHtntcs c,n nosso país, o teste tcrn u,na n'H1rgcn1 de erro 1nuito rcduzid~1, apresentando-se co,no u1na lxn1 r<1zào ptlra gl'a1tdcs empresa~~ co1no ::1 N(·stlé e a rede ele hú1éis Shc1':1tún 1j..\ o 1crcrn ttdOHldo.u

      j,,

      Testes de simulação de desempenho.

      Para clescob,ir se um tandidalO pode realizar traball10 co1n sucesso, que fo r muJa sc1ia n1cll1or do q ue colocú-lo para trabalhar? J~ssa é} prccisa1ne11tc:, a lógica dos testes de sirnulaç. ào de dcsc1npenho. t\ pes..u· de S<'•"Cnl n1ais co,nplicaclos de dcscn,,,lvcr i.: n1,tis cliHceis de ad111inistral' do que os testes esc1·i1os, os testes de sin1uh1ção de dcsen1pcnho tê1n n1a.is 'validade apru·cntc• (que 1ncdc se a percepção que os candidatos 1ên1 ela~ 1ncdidas sào precisas), e sua popu~ l;uidaclc au1ncntou nas úhin1as décadas. O s dois testes de sin1u.là<;
      Test•s do :.mostragem do trabalho Simulações do parte do trabalho. ou de todo efe, em que os candidatos devem d~empenhar tarefas e$pe<:iflcas do cargo.

      (

      _J

      S36

      Compott.amento organiza~ional

      O processo de seleção de atores para peças de

      teatto e filmes e constituido, basicamente, po, testes

      de simulação de desempenho. Ness-es testes, os candidatos devem interpretar algum trecho de obras famosas ou do próprio roteiro para o qual estão concortendo a uma vaga. Com isso, o d iretor pode avaliar as habilidades, analisar as características dos atores concorrentes e sele<:iona, aqueles que considetar mais aptos para interpretarem os papéis.

      Centros de avaliação Conjunto dé téstes

      de simvtação de desempenho com o objetivo de avaliar o

      potencial gerencial do candidato.

      I

      __J

      U1n conjunlo 111als elaborado de lestes ele sinn1laçào do clcscn11x-nho, desenhado cspc· cifican1cntc p<'lra avaliar o potencial gerencial de tun candidato, é n1inistrado cn1 centros de avaliação. Neles, executivo:;.. supcn:isorts e psicólogos avalian, os candichuo~, por uni p<:rído d<.• urn o u 1nais dias crn q ut eles passan, por exercícios que si,nularn os proble1nas reais que podc1...1o enfrentar na prá1 ic(t de seu trabi1lho. 13 Un1 candidato r,)()(lc fi,zcr o papel ele un'I cxt~Cuti,·o que pl'ecis..1 decidir con10 l'C"spondcr a dez rnc,n orandos cn'I un'I período de duas horas. Para reduzir os custos da.s shnuJaçõcs de dcscn1penho, n1uitas o rganizaç.OCS tê1n prcscnlar,un tnna ,·aiidade in1prcssio11a111c t ' podt1n ser 111ais objcti\'OS do que os l'(~aliz.ados crn ccntl'Os de av.-1liação. Entrevistas Dentre todos os instrurncntos que u1n.1 organização utiliza p:u,, diferenciar candidatos a c111prcgo, a cntrevbta continua a ser o rnai$ usado.w No Bra.sil, 36 por cento dos gercnt('S de Rl·I co11sidcran1-11a o principal iuslrurncnto de sclec;ào na:; Ol'b'nal no p1'0ccsso de selcç:i'io. O C<--indidato que se ~ai n1al na en11-c,~s1a>l:11"1 gemi, é coriaclo ela seleção, indcpendcntc1ncntc de sua cxpc1iê11cia, dos rcsuhados nos ,~stcs ou dt.: suas ca,,as de rcco,ncnclaçào. Por sua vez, ·'111ui10 fi·cqucntt1nc.ntc, a pessoa n1ais t;ui1nbada c1n entrevistas de cn1prcgo acaba sendo contratada, ainda que possa não ser o Ct'lndid;Ho 1nais adequado par., o cargo" ,n ~ ls descobertas s;:io rclcvanlcs por causa da natu reza. das t•nu"C\isla~ de sclcçào.'"' As lfÍO populares cnt11..·vistas nào cs111.uu.--adas de curtê\ duraç;:io1causais e co1npostas de perguntas aleatórias si1nplesn1cn1c stu> un1 instrurnc1·1to i11cfica:t de $Cleçio.:H Os d,1dos coletados cost\1nH11n sei· tendenciosos e coo1 fi't.·quên<:ia não tê,n relação coo1 o f\Hul"O dcse,n1x:nho na função. t\ inda assin1, os gestores 1-c:h11:11n c1n usaJ' as et1/rruisltJJ t.flrttluradas no lugar de suas perguntas preferidas, ,ai corno: "Se vocC fosse un1 anin1al, qual seria, e por quê?"::.; Sen1 a l'Struturaçtto~ os c ntrcvistadon::s tc nclc111 a favorecer candidatos cont perfil scn1c.lh;uuc ao seu, a dar um peso c>:.ccssh·o a iníorn1ações ncgcuivas e se abrcn1 t, possibi· lidadc de que a ordem das entrevistas i11flucncíc suas avaUações.l1it. Para rcduY.ir Csl<.~viés e atuncntar a validade da~ c11trcvista1\ os entrcvistadOr("S dcv<:rn usar un1 conjunto padronizado de pcrg..uuas, 1.11n ,nélodo t111iforn1c ele rcgisu'o das info1·n,açõcs e a padroni~as·ão da classificação das qualificaçe>cs dos candida1os. t\ eficácia d<:S."IC instrun1c1110 aun1c1ua ('Ot11ú uso de enlreuiJtas co,11porla111tt1lai.J tslruturadas, provavt:J111cntc 1)()rquc tais avaliaç.õc~s s.tao ntcnos influenciadas por vfuios ,icscs dos cnu'c\~stadorcs.21 Elas cxigc.111 que os candidatos clcscrc· varn con10 lidõ'ra1n con1 problen1as <..-spccíficos e situações c1n seu antigo c1nprcgo, com base no prcssuJ)()StO de que o con1porta1nc11to anttrior é o n1clhor indicador de:: co1nporta1ncnto futu ro. ,\s entr(."'·istas realizadas po1ff um painel de eutre,~stadorcs tan1bi111 1nini1niza111 a influência de vicscs iocli,iduais e possue111 n1ais "alidadc.

      Capitulo 17

      Poli1icas e prttticásde recursos humanos

      537

      MITO OU CIÊNCIA? A primeira impressão é a que fica ssa afirmação é verdadeira. Quando nos encontra· mos pela primeira vez com alguém, reparamos em

      -do sexo oposto, no entanto, houve algumas evidências de que as entrevistadoras, na realidade, preferem as candidatas que não são atraentes às mais bonitas. Outro estudo revelou como os julgamentos dos entrevistadores são superficiais. Pesquisadores respon· deram a anúncios de empresas em Chicago e Boston, nos Estados Unidos. Eles submeteram currículos falsos de alta e baixa qualidade e utilizaram nomes tradicio· nalmente negros (Kenya e Hakim) e brancos (Allison e Brad). Os currículos com nomes de brancos receberam 50 por cento mais retomo por telefone que os de ne· gros. Enquanto 27 por cento dos currículos de melhor qualidade e com nomes de brancos receberam retornos por telefone, somente 8 por cento dos currículos de alta -qualidade que continham nomes afro·americanos rece·

      E

      diversas coisas na pessoa - características físicas,

      roupas, firmeza do aperto de mãos, gestos e tom de voz, entre outras. Usamos essas impressões para classificar a pessoa em categorias pré-estabelecidas. Essa categori· zação preliminar, feita rapidamente e com base em infor. mações mínimas, tende a ter um peso maior do que as impressões e informações recebidas depois. A melhor evidência sobre a primeira impressão vem das pesquisas sobre entrevistas de emprego. As condu· sões demonstram claramente que a primeira impressão é a que fica. Os entrevistadores em geral sabem se vão ou não contratar alguém um pouco depois do cumpri· mento inicial com um aperto de mão e de uma conversa superficial.28 Aparentemente, um aperto de mão firme de fato afeta os julgamentos dos entrevistadores. As pesquisas sobre a aparência dos candidatos tam· bém confirmam o poder da primeira impressão." Os candidatos mais atraentes apresentam um resultado melhor nas entrevistas, ao passo que aqueles que estão acima do peso são penalizados. As pessoas demons· tram uma preferência especial por candidatos atraentes

      beram retomos.30

      Um último grupo de estudos confirmativos mostra que as avaliações feitas após a entrevista estão significativa· mente em conformidade com as primeiras impressões dos entrevistadores.'' Ou seja, as primeiras impressões têm um peso considerável na avaliação final do entrevis· -tador, pressupondo que a entrevista não traga à tona nenhuma informação altamente negativa.

      ENOUETE COMPORTAMENTAL Principais ferramentas em processos seletivos Entrevistas Oinàmica,s de grupc

      Testes aplicados Conhecimento de outros idiomas Outras técnicas

      o

      5

      10

      15

      20

      25

      30

      35

      40

      Péfcentual dê respostas

      Fontt : "Pesquisa mostra peso do QI e da: ontr~vis.ta na «>ntrauiçàos'". P'Maí Ou.tntvm Assessment. Disponível em; <www.metodoquantum. c:om.btlpublicaioooslm_uol.htm>.

      S38

      Compott.amento organiza~ional

      JI

      ..'

      No Brasil, cinco por cento das vaga-s dos concursos públicos são destinadas a portadores de deficiência. Os candidatos que desejarem concorrer a elas devem, já no ato da in.sctição. solicitar essa opção e enviar um laudo médico para a entidade organizadora do concurso. Além disso, os candidatos aprovados passam por uma perícia médica, uma etapa de seleção contingente. para avaliar a real existência e a gravidade da deíic.iéncia. Caso os médicos considerem que o candidato não se enquadra na descrição de portador de deficiência, ele passará a concorrer às demais vagas do concurso; do contrãrio, ele tomará posse em uma das vagas dentre os cinco por cento reservados..



      ,

      e

      ! ~

      2

      j

      8,

      í

      Na p11llica, n1uitas 01irru1i1.ações ,uilizan1 as cntrc\i'itas não só 001no insn·untcnlo ele prc,~si",o de dcsc,npcnho.n f.rnp1-c.$a$ tão di!Crcntt-S <1ua11to c1 'l êlcsp. a Positivo, a rede de su1x:rl'ncrcados Zona Sul e O llotic-""'1.rio as usan, J:>.'l.rn avaliar a adcc1uaçào cnlrc o candidato e a orga· n..Í7.ação. Ot"SS.:1 íorn1a, alé1n ele habilidcidt':'. t~:)C(:uic<.l.S e n.:k"\'.:ullcs .. pH.ra o u1dxllho cn1 si, as º%,anizaçõcs prrx;urarn nos randidatos caracu:iístic-a.~ de pcrsonalidadc1 valores pessoais e outros lraços sc1ne:lhantcs pal'a encontrar indivíduos que se ajustcn, à cuhura e f, i111agcn, da c1np1'e$.c'l.

      Seleção contingente Se os can didatos passarcrn nos n1étodos ele seleção substanth·a, estão prontos para ser con1 ratado~, dependendo de un1a úlri1na avaJiaçào. Un, 1né:todo contingente con1un1 f o

      cxa1ne toxicológico. Os clubes de ful<:bol. por cxcn1plo~ co1npron,eten1-se a fazer l lllHt proposta aos jo&radorcs, 00111 a condição ele que estes passcn1 nesses cx;:uncs. Por razõc.~ tanto legais qli;1n10 pnlticas, os tCStC$ toxicológicos gcral111t:n1c dc1cc1an1 J1t,ssoas que usara.111 n1a<·onha, rHas uào o:Ueovl, pvi.s o {tlcool é lchral e scti do org(1.nisn,o cn, 2+ horas. Os cxan1cs toxicológicos s::lo polémicos. i\ luitos candidatos acharn q ue é injusto e in· vasivo scrcnl cxaininados scn1 suspeita razoável. ' làis indivíduos acrcditarn que os candid.:ttos dcvc1i;11n ser cxa1ni11:.tdos qua1nco a fatol'tS que ;1fcra1n clireuune1,te o lrabalho, e não quanto a questões de c.slilo de vid~, q uc podc1n ou não ser rclcv:uuc-.s na profissão. Os c1nprcgaclc)l'(:S poclc1n se opor a essa ,·isào co,n o ªl'f>-'lUnen10 ele que o uso e o abuso de d.1-0l,'11.S ~ lO cxtrc111al'rrc11tc caros, H(iO SOr'llé llté c,n tcrn,os de recursos fina nceiros, ,nas de.· segurança pessoal. No Brasil. qua11do se Htla cn1 fiscalizaç:lo e controle quanto ao uso de dmgas., causa-se polê1nica po r não haver u1na lei clara capaz de abordar cspccifican1cntc os cxan1cs toxicológicos. No entanto, de acordo co1n o a11igo 168 da Consolidação das l .cis do Trabalho, as cn1prcsas tên1 o direito de subn,ctcr seus funcionários a cxa1ncs n1Cdicos enf.1tiz.ando a obrigação de o e1npregador arcar com seus custos nas achnissões. de.1ni$$ÕCS e, ai11da 1 pc1iodjcan1cntc. Os cx;:u11cs toxicolôgicos não são baratos. Se o p1in1ciro cxan1c (norn1abncntc uni rxa1nc de urina) n1ostrar rc-sul1ado positivo) então será feiro un1 cx:unc de conrrapro\'a para que haja ccrtC?..a. Ao contrário do que se diz 1 o:; cxa,ncs <:ostun,,un ser precisos e os resultados não podc111 ser faciln, cnte fhl.sific,:iclos. Eles 1cndc1n a ser c:;pccificos, 111osu·a11clo ao cn1pregador que tipo de droga apareceu no organisn10 do candidato. Apesar da controvérsia a 1-es1>eito de cxan1cs toxicológicos µro,·c"'Cl n1cntc c.·les vicra111 p,,ra íi,ar. 1

      1

      i;rogramas de treinamento e desenvolvimento Os funciomírios cornpctcnrcs não permanecem compctcmcs para sempre. As habilidades se dcteriornn, e podcrn se torn:11· obsoletas. Novas hahilidadcs prccis;.1111 ser aprendidas. I~ 1>0r isso que as organiz.:.l('Ôes invcs.1c1n, todos os anos, bilhões ele 1't~Üs t:111 tTcinan11.·ntos formais.

      Capitulo 17

      Poli1icas e prttticásde recursos humanos

      539

      De acordo con1 os dados de unia pesquisa feita co1n IOLc111pr<:sas d e 12 ra1nos de atividack..-s., os sc::1011,_--:; qu(' 1é111 1nais gaslós co1n trcina1ricnto e clcscnvol,·in1cnto &lo o qufrnico e o pctroqu1n11co <:0111 l .3i7 !'C(Üs por u•:ibaJh3dor ao ano e o banc-.í,~o con1 1.31~3 reais por u-abalhad >
      Tipos de treinamento O trcina111cnto pode incluir tudo, cle~ ;;dc o ensino b{Liico de lcitu1-:. até cursos avnnça.. dos de liderança. J\ segui ri discu1ir(:1nos quatro catcgo1ias gcn6iicas de habilidades: leitura e co,nprccnsi10, técnica.;;, intçrpcsso:.1is e de solução de problc,na))., alé1n do trcina,ncnto ético. Habilidad es básicas d e leitura e compreensão O nível cclucacional da 111.,0 de obra b1' r,..,1csn10 assint, cerca de 30 por cento de seus 676 funcioná1ios sc1n cliplonta univcrsitá1io l"Cbris1rara1n pontuação abaLxo das necessidades 1níni1nas de conhcci.111c11lo de lingu;.1gcn1 <· ele rnate1nátic-a. l)cpois do prirnci1·0 período de aulas de habilidades básicas pagas pela cn1presa. e 1ninistrada$ durante;: o, horá1io de trabalho~ 70 por ccnlo dos ti1ncionários j:í t..inhant atiugido o nivcl 111íniino ncccssáiio, o que os ajudou a 111clhorar seu dcscrnpenho. 1-:lcs dc1nons1r.:1rc11n 111ais fhcilidaclc para redigir <: cort1precndcr gráficos, tabelas é boletins, e pal'a 1rabalh.l1' con1 íraçôcs e nL1111c1'()$ doci1nais, ;,lé1n dt~ n1clhol'ar a capatidadc de conu1nic-açào e exibir un1 significativo au1ncnto de .luloconfiança.

      Habilidades técnicas A n1aio1ia dos trcinanlcntos visa à atualização e ao apcrlCiçoantcnto das hahilidaclcs técnicas dos funcionários~ cada ,·cz ntais. i111portantcs por duas razões: as no,·flS tecnologias e os novos n1odclos de estrun1ras organizacionais. O pessoal que trabalha e111 oficinas 111ecânicas precisou passar por u1n treina,11ento cx1cnsi,·o para aprender a lidar con1 os 1nodclos 1nais recentes de a11101nó\'cis> dotados de 1notorcs rnonitorados por con1putado r, sistcn1;,s eletrónicos de estabilização. GPS> chave c::0111 controle:: rc1noto e Oulra.s inov«-1çõcs. Essas 1cc::11ologi•1s ta1rilXn1 exigiran1 que nülhõcs dt 01>er-á1ios aprcndesse,n no\"as liabilidadcs.11 Co,n o fi)rte crcscirncnto da inch~1suia naval hrasilC'ira nos t'1hin1os anos. ntuitos cngenhciro5: e soldadores ti\'C'rant de' passar por u1na série de trcinan1cntos para podcrc1n atuar nesse novo seginento. O engenheiro cléuico Ga1naliel Suk Ki1n~1>0r exe1nplo. •ilho de irnjgra.ntcs<:orc311os. foi contratado pelo csH1lciro 1\tlâ111ico Sul 1 cn1 Pcrna1nburo. e se lOl'nou o ii11érprc1e de 111n grupo de gcs101'CS que \'i,ljou con1 ele para scrcnl trcin:)dos na Coreia do Sul, grande polo nn1ndial ela cons1111ção na\'al.:J., ,\ 111<.'
      S40

      Compottamento organiza~ional

      A tecnologia emergente no setor de telefonia celt.1lar direciona a necessidade de treinamento de habilidades técnicas nas operadoras Claro, Oi, TIM e VNo. As empresas tive,am de ueinar seus fuocionários do setviço de atendimento ao diente para que eles estivessem aptos a ptocessar e atender aos pedidos de uansferéncla de número (portabilidade) quando se permitiu aos consumido,es mudar de operadora mantendo seu antigo número de telefone. Aprimorar constantemente as habilidades técnicas dos funcionários de atendimento permitiu às operadoras de teleíoni
      COMPORTAMENTO ORGANIZACIONAL INTERNACIONAL O treinamento pelo mundo e há 50 ou 60 anos o trabalhador limitava-se a executar tarefas. acatando a ordem direta do chefe sem possibilidade de questioná-la, hoje sabemos que não é assim. Verifica-se uma valorização do trabalhador enquanto pessoa capaz de aprender, de pensar e de dar ideias, o que aumentou a importância do capital humano e intelectual das organizações. Assim. à medida que as empresas se adaptam às f,n)constantes mudanças do mercado e do mundo, como a inovação tecnológica. é importante que seus profissionais as acompanhem por meio, entre outros modos. da aprendizagem. Talvez por isso se explique a grande adesão por parte das organizações ao chamado treinamento e desenvolvimento. Em uma pesquisa feita pela Associação Brasileira de Treinamento e Desenvolvimento (ABTD). integrada à Associatíon Society for Training and Development (ASTD). maior associação do mundo de desenvolvimento de recursos humanos, foram analisados variados aspectos do treinamento nas organizações brasileiras e, poste· riormente, confrontados com os dados do restante do mundo. Como não é possível apresentá-los todos. sele· cionamos apenas dois: o número médio de horas anuais de treinamento por funcionário e o valor percentual do investimento anual médio em T&D na comparação com as folhas de pagamento das empresas. Com relação ao número médio de horas. verificou-se que o Brasil dedi· ca 47 horas anuais de treinamento por funcionário. em contraste com 30 nos Estados Unidos e na Ásia, 31 na América Latina, 34 na Austrália e 36 na Europa. Se ainda levarmos em conta que. em termos internacionais, esse

      S

      número é de 30 para a maioria das organizações e de 38 para um grupo considerado 'líder em desenvolvimento de pessoas', vemos como a média brasileira é consideravelmente superior, quer seja comparada com o seu continente ou com os demais países analisados. No que diz respeito ao segundo critério. o valor percentual dos investimentos em treinamento e desenvolvimento na comparação com as despesas salariais das organizações. conclui-se que, no Brasil, esse valor médio é de 3,2 por cento. ao passo que nos EUA é de 2,2 por cento, na Europa e na América Latina é 2,5 por cento, na Austrália é de 2,8 por cento e na Ásia é de 3.7 por cento. Dessa vez, o nosso país apresenta um índice comparável com os demais. apenas relativamente inferior ao da Ásia, tal como os índices das outras regiões. Apesar de positivos. esses resultados também são sintomas de alguns pontos negativos. como a pouca qualificação de nossa mão de obra e, até mesmo, a menor média salarial brasileira na comparação com a dos países desenvolvidos (daí os investimentos em T&D serem equivalentes, percentualmente, a uma maior parcela dos salárí-Os brasileiros quando comparados aos dos europeus e norte-americanos). Contudo, os autores da pesquisa salientam alguns pontos positivos, como o crescimento dos índices brasileiros em relação ao ano anterior e os melhores resultados na comparação com os países !atino-americanos. Espera-se. com isso, que os trabalhadores brasileiros estejam cada vez mais capacitados, dando maior eficiência e possibilitando o surgimento de soluções inovadoras nas organizações do país.

      FMte: 83seado em ·o retrato do ueinamemo no B,a,.1·. As~o Brasileira de Tre,nameftto eOe..,,voMmento (ABTO) NJ6/YJ7.

      Capitulo 17

      Poli1icas e prttticásde recursos humanos

      541

      Habilidades interpessoais Pratican1cnlc lodos os funcionários ~>Crlcnccnl a tuna unidade de lrabalt101 e seu dcsc1npcnho d epende ele sua habilidade de interagir co1n seus colegas e c:hcfcs de modo eficaz ..1.\Jguns funcionários possuc1n excelentes habilidades in lCrpcssoais~ n'las outros ptecisarn
      O que dizer do treinamento ético? Cerca de 75 1>0r cento dos íuncioniuios elas mil n1aiores c..·1np1'CS.-1$ non c. ;uncricanas rccebcn1 algt1n1 tipo de 1rei1H1n1cnto ético.~' seja no progran1a de oricnlaçào cios nov():. funcionários, s~ja con10 par1c ele urn progran1a eonúnuo de trcinan1cnto par., o clcscnvolvi1ncnto, ou pcrioclican1cntc con10 un1 reforço dos pdncípios élicos.46 ~'ias ainda não htl e\'idências claras ele que é possh·cl ensinar é lica. 41 Os c iíticos argt1111cnt.u11 que a éticSct'\'clÇ~io de excrnplos ainda na inffincia. Quando as pessoê,s c111ran1 no 111crcado de 1rabalho, seus \'alon.:s étic.:os jt'l cslào estabelecidos. 1\lf,'1.u nas pesquisas de falo sugel"C1n que o 1rcina,11c11to Ç~ico nào 1cn1 u1n efeito de longo prazo si.g niíicacivo 11os valo1·es de seus pa,,icipantcs, e atê n1csn10 que a exposiçàú aos c-u1·s.os d<' d ireito e ad1ninis11-açào pode t!itni11uir o nív<:I d.t adesão ele seus alunos a valores éLicos pró-sociais. n O s d efensores do tr<:inanlcnto élico argun1cnta1n que os valores podnn ser n1odificados e aprendidos na idade .sduha. E, 1n<.'S1no que isso seja fos.ie possh·cl, o trcinan1c1uo ético ajuda os funcionátios a identificar dilc1nas éúcoo e a st· torna.r 1nals co1Lscicntcs das qucstõc:s étic<-l.S que funda1ncnt.a.1n i;uas aç&s. Ele ta111bén1 rcafirn1a a cxpectati\·a da organiiaÇéio de <1oc seu~ nlc1nbros aja,11 Clit(1n1ente. O:; indivíduos l'nai.s expostos ao.s códigos de étic..~a 01t"1nizacionais e· ~10 trcin;1n1cnto étic-o lCndcrn a se scn1ir 1nais s.-·uisfciios e a tn:-a;rgar sua or~r.tniiaçào con10 111ais rcs1>011~~ívcl socialrnc:ntc; portanto, o 1reinan1<;n10 ético produz alguns cfci1os positivos:''

      Métodos de treinamento l lislo1ica.1nc111e, o significac!o de trei,uu11t11to se rcslringia ao 'trcinan1c1110 for1nal\ planejado co1n antecedência e co,n íor1nato c:-struturaclo. Contudo, C\.idéncias recentes ind ica1n que 70 por ceuto do aprcncllzado do local de tr.tl>tJho acontece durante o 1rdna111ento i1!forn1al niLO CSlruturado, não p,Jancjado e facihne1nc ad4'ptà,-el às situações e aos indiví-

      Em algumas redes de supermercados, os treinamentos para os novos íuncio"ários, incluem e.xe,cícios p,ãticos

      e a encenação de papéis. Na foto apresentada aqui. uma funcionária &s.tã ap,endendo tknie:a.s ap,op,iadas para guiar pessoas cego)S, E<ssa técnica de treinamento

      no local de ttabalho ê eficiente, pois os funcionários se

      tornam wnsívei$à$ necessjdad~ especiais dos çlientes que prêC:isam de ajuda.

      542

      Compott.amento organiza~ional

      para ensinar habiUcladcs e ananter os funcion{uios atualizados." Na ,·crdadc, a 111ajori.1 dos trcina1ncntos inforrnaís nacl,:\ ,nais é do que o.s funciOnêírios ajudando uns aos outros. Eles con1partillH11tt i11for1naçõe.1; e soluciona1n p roblcrnas de trabalho c..:111 cortilLlllO. Po rtanto, 1n ui10!. gestores hoje apoiaiin o que costu1nava ser <·IH11nado ~convel"Sa de corredor'. ~a f:1hrican1c alc1ni'l ele produtos e cornponcn1cs clcrrônicos Sic1ncns, a ad1ninis1raçào reconhece q ue~ para trabalhar, as pessoas não prccisant estar na linha ele produção.') r\ s con,·crs.as ao redor dô bebedouro ou na cantina da c1nprcsa. não t11Han1, conto acrcdi1avan1 os executivos.. de assuntos estranhos ao trabalho. conto l'spo11cs ou política. r\ rnaioria delas é ,·o hada para a busca de soluções JYara proble1na.s do se1,~ço. Por isso. a Sic1nc11s agora encoraja e.sS<."S encontros casuais. O Jrei11a111.(11/() ,,o /()((1/ de trab(1//,o ÍJ1("h1i 1'001· cxc1nplo, oíerccc pcl'iodic~111c·ntc cu1-ws on-line para sc11s scrvidor<·s q ue não possucrn fo r111açào jt1rídica. O ot~jctivo da insli1uiçào é d isscrninar conhccintcntos ncccss;\ri.os para que os profissionais rcalizcnt de 111.tncira 111a.is cficicnlc suas tarcfhs, act'lcrando o t.râ111itc dos p rocesso e aprintorando o arcnclin1c1110 aos cidadãos. •1 t\ ope1,,dor;, de tclcfOnia Claro ta111bé111 oferece aos funcionáiios e gerentes de suas lctias lrcina111entos on-line sobre os <•parelhos e novos planos vendidos pela e111prcsa. Os sistc1nns de e·IMr11i11,g <:nfiltiza1n o controle do aluno sobre o 1i trno e o contc(1do cstuch1do, pcrrnitcrn que ..:le in1craj::1 crn con1unichldc.:s vil'tuais e incorp,or.un ouu.-,s técnicas, con,o si11lulaçõcs e: discussões de gr11po. O 11·cio,11nc·1110 rctiliiado 1)()r 111cio ele co111pu1aclorcs, que pcrn1i1iran1 que os alunos par1icipasscn1 a1iv;uncn1e ele exercícios e provas, n1os11uu·sc n1ais eficaz cio que a instrução tradicional cn1 salas ele ;lula.~ Pelo lado positivo~ a aprcndizagcn1 e1n an1bicntcs virtuais au1nenta a flexibilidad("; pois a.s cn1prcsas podem levar o treinan1cnto até o funcionário c1n qualquer lugar,_ a q ualquer hora. Tan1bé1n parece ser un1111étoclo r;;Ípiclo e eficiente. :Xo cntanlo, o dcscn,·ol,·i111cnto de prograrnas pcrsonalizado.s on-line é <:aro, e rnuitos fo11cion{1rio$ sc11tcn1 H1ha d<1 intcnu;~o pessoal cxis1cn1c nas salas de <111h1, sc111 c;ornat que a J>ossibilidadc de.: disu':1çào <~ nlaíot na íi·cntc etc un1 co1npu1aclor e não c.xistc nc:nhu111a ga1':1111ia de que os. funcioná,ios cs1cja1n rc:,lrncntc aprendendo algunla coisa~,.1 duos -

      Individualização do treinamento formal para ajustar-se ao estilo de aprendizado do funcionário 1\ 1na11tira pela <1ual a.s pessoas proc.cssarn, intcrru,liza1n e nle1norizan1 coisas 110,·as e W1,·e1n 1n('lhot a.\ info1'ltlaçôes q11ando as lcen1. l'::.1as aprend<.:n1 a us..1r u1n novo sofi:,,1arc lendo unl 1nanual e1n 1una sala. ( )urras 1>es.~o..1s aprenclen1 1nelhor ohscr· vando. 1-.:las ohsc..~1,-a111 alguén1 utilizando o novo SQ1i,,ra1-e f f3zen1 o 111csn10 depois. Os bons ouvintes dcpcndcn1 hasican1cntc de sua Cc.1JJ..1cidadc de ouvir para absorver as infOr111açõcs.. l~lcs prcfcrcrn aprender por 111cio de tnna a 1.tl;l gr.1,,ada c111 áudio. t\s (>CSSO..'IS co111 estilo pa1t icipa1h·o aprcndc,n fazendo. Q ucrcn1 scnu1r-sc d iante do co111putador e ;,,prender na pl'ál.ic.a. Podc,nos 1raduzit esses <:stilos cn1 d iferen tes 1tt6todos de aprendi;,,;ige1'1l que 1n.-"1xin1i1:an1 o ap,·cndiz.ado. Os lcito1-es drvtrn tecebc1· livros ou ourros rnatc1~ais i111pl"essos; os obsel'vadores clcve1n tel' opol'tunidade ele obse1,-.ar outras pessoa.~}pessoahnen1e ou en1 vídeo; os ouvintes são beneficiados co1n palestras ou g1-ava~ões cn1 áudio; os participativos são 111ais beneficiados con1 oportunidades ele experiências e111 que podc111 sin1ular e p raticar as novas httbilid:ldcs.

      C..pitulo 17

      Políticas e prttti<ásde recursos humanos

      543

      O s bons professores rcconhccc111 que seus alunos aprcndc111 de n1anciras diferentes e..·, por isso, c1nprcga1n 111últiplos 111étodos de ensino. Rccon1c11chun leituras para a ntes das

      .r1ula.s; df10 aulas CXJ)()Sid\·~1s~ ulili~atn 1ncios audiovisuais para ilustr,1r ('()1lcchosj lcv;,m os c;:s11,1da1nc;:s a p,u·tic·ipar (h: prújc;:1os: de gi'\tpo, análises de ca.;;os. dra1na1 i:t..rlÇÔC$ <" cxercíc·ios de cxpcri1nc1uaçào. Se você soul,c1· qual é o c-st.ilo d e aprendizado dr s.cus funcio1ulrios, pode elaborar u1n progr;una de trcina111cn10 tOrn1aJ de n1odo a rnaxin1iz.ar essas prclCrências. Caso não conheça as prcfcrências é n1clhor elaborar uni progn:una que utilize unia variedade d e csülos clifcrc11tc-.s. f\ ênfase cn1 dctcrn1inaclo 1nétoclo pode prejudicar aqueles que não tên1 ,nuita afinidade co1n ele. 1

      COMPORTAMENTO ORGANIZACIONAL NA MÍDIA Para tornar o RH mais divertido uem nunca brincou, quando criança {adoles· cente e adulto, por que não?), com os famosos brinquedos educativos? Desde brinquedos simples de montar feitos para bebês até lagos• gigantescos, passando pelos clássicos quebra-cabeças, esses tipos de jogo tinham o objetivo de desenvolver a watividade e o raciocínio das pessoas, ao mesmo tempo que os divertiam {não ne<:essariamente nessa ordem). Além desses, jogos de tabuleiro como wa.-, em que se comandava a estratégia de um exército, e Maste,., em que os jogadores respondiam a perguntas sobre conhecimentos gerais, são bons exemplos de brinquedos que conseguiam desenvolver e divertir seus participantes simultaneamente. Com a popularização de videogames e computadores peSS0<1is, esses jogos ganharam reforços de peso, os simuladores de gestão, como SimCi~ e Roller Coaster Tycoon•. em que se administravam cida· des e parques de diversões. Foi exatamente nessa fase que as organizações perceberam que aquelas 'brincadeiras de criança' podiam ser muito úteis. A ideia de simular atividades e incentivar a aprendiuigem por meio de técnicas divertidas poderia ser

      Q

      bastante interessante para empresas que pfecisavam

      selecionar bons candidatos e treinar seus funcionários. Foi com esse objetivo que departamentos de recursos humanos de muitas empresas começaram a contratar firmas como a Aennova e a lnsolita Studios para desenvolver games específicos para o mundo dos negócios. Um dos grandes sucessos que surgiram foi o Ottoma.-, que procura avaliar as competências e habilidade empreendedoras dos participantes. Adotado pela empresa de telefonia Telefonica com o nome de 'Trilha do Empreendedor'. o jogo passou a ser utilizado no processo seletivo para algumas vagas na empresa.

      Mas foram os programas de treinamento que sofreram a influência dos business games. Seja para avaliar a aprendizagem dos funcionários, seja para transmitir o conhecimento de maneira divertida e aplicada, os jogos eletrônicos vêm ganhando espaço nas organizações, principalmente nas práticas de RH. Segundo Leonardo Reis, da desenvolvedora Aennova, "os business games surgem como uma maneira bastante eficaz de garantir o fluxo da aprendizagem do treinamento para a vida real". Na Atlas S<:hindler, fabricante de elevadores, esteiras e escadas rolantes, por exemplo, os jogos vêm sendo usados desde 2001. Na organização, eles são utilizados para treinar os funcionários da área comercial em técnicas de negociação e transmitir conhecimentos aos supervisores de operação. Acoordenadora de trei· namento e desenvolvimento da Atlas, Andréa Salcedo, ficou bastante entusiasmada ao ver a seriedade e entusiasmo dos participantes nos programas de treinamento. "O objetivo deles é vencer o jogo. O da empresa é que eles aprendam melhor•, conta ela. Agestora ainda completa: •o resultado foi excelente, os adultos têm grande necessidade de experimentar os conhecimentos adquiridos de maneira conceituai. A vivência estimula e

      transforma o conteúdo, impulsionando a assimilação". Os games costumam ser utilizados para treinamentos de funcionários dos setores de marketing, vendas, finanças e produção. Diversas empresas, como O Boticário, Natura, Suzano Papel e Celulose, Porto Seguro Seguros, Coca-Cola, Souza Cruz e Bradesco, já os utilizaram e obtiveram bons resultados. O único problema é os funcionários ficarem 'viciados' e trocarem seus horá-

      rios de almoço por tardes de videogame.

      Fonte: Baseado em Toni Mello, "Games corno opção de lfeinamento", Pona-J Você RH. Cm.ponível em: <www.revistavocerh.abril.eom.br/notida/ conteudo_399504.shtml>.Acessoem: 18maio2010.

      544

      Compottamento orgc1niza~ional

      Avaliando a eficácia do treinamento t\ eficácia dl· tun progra1na de t.rcinan1cnto pode estar rcl.1cionad.1 ao nivcl de salisfàção de seus participantl'S, ao que apn::nclcnl, c.:111 que 111c.:d.icla conscguc.n1 transferir o co111cúdo do tn.:inarncnto para seu trabalho ou ao retorno financéiro dos Íll\'é~ti1t1c111os c.:rn 11-eina1ncnt(.).~11\lgur'nas pessoas c1uc 1ên1 tuna cxpc~1íência posili\'(t Cin u1tn1 classe divcrlida e ani,nada podcn1 aprendei· rnuito pouco~ Olt1ras que aprcndc,n nn1ito podcn1 1t:r dificuldade p;u1t descobrir con10 us..1.r seu conhccin1cnto no local de 1rabaU10, e as n1ud:u1ças no co1nporta1ncnto dos fllncionários 1ntlitas vezes 1lào são profundas o suficiente pat":cl justificar o custo do trcinarncnto. Isso signific;., que_- urna mensuração iigorosa dos v::l1ios n.--sultados de un1 trcin.-11nento dcvc1n ser parte 2 O sucesso do trcina1ncnto tan11>é1n depende do indivíduo. Se cstivcrcn1 dcsn101ivados a aprender, esses indivíduos obtcr..io poucos bcncficios. Urn estudo observou pc1i.o de trê-.s n1il participantes de 226 cursos de treinamento c1n .:trc..·.1.s variadas~ oferecidos pelo Insthuto ScrtedcUo CorrCa (ISC) a se1'\~don:s públicos fedcrai5 e.: estaduais. As autoras <:on<:luirarn o SC!,'1.til\tc: ' 'r\ aprcndizagcn, nf10 dcp.... ndt ,;1pcnt1s das cal'a<:tcristicas do lrei,nuttcnto, 1nas de caractcrís1icas pcssoai5. da clientela (n1otivaçào para a aprendiz.agc1n, c;,rgo e 1-epcr1ó1·io de cn1racla} e de ccr1.t.1, pc1'Ccpçõcs sobre:; o su~)()rrc organizacional''.-~3 Que f.norcs dctcrn1inan1 a morivaçào para o trcinan1cnto? A personalidade é irnportantc: aqueles co1n o lócus de controle interno~ aha conscienciosidade, grande habilidade COl,'llitiva e alta autocfic.:'tcia aprc11dc1n mais cn1 progra1nas de trcina1ncnto. J\ aunoslCra no treina1nc11to t~u11bé111 é i1npor1antc: quando os participantes acrcclitan1 qu<: hà oporlunidaclcs e recursos suficic.:1Hcs pcu11 .apJjcor supc'1'\~sore.~ e colegas tc1n grande iníluência sobl'c a transfr:rência do aprendizado para novos c·on1ponan1e111os por parte dos funcionéírios.» Un1 progra.n1a de trcina,ncnto eficaz clcrnanda não apenas ensinar as novas habilidades, 1na.s tan1bé1n 1nuclar o an1bicnte de t rabaU10 para apoiar seus pa11icipantcs.

      lfvaliação de desempenho \ 1ocê estudaria de ,naneira (tiíercntc ou d<..', cs1 udan1 apenas o .suficiente para conseguir a ap1'()\'tlylo. Isso ilustra corno os sistcn1as ele avaliação de desempenho inílucnr-ian1 o con1porta· 111cnto. Os p1incipai.s dctcrn1inantes d e seu cornportan1cn10 c1n sala de aula e de sua dcdi· caçào aos estudos são o.s critéiios e técnic,1.s que os proícssort.s utilíza111 para fl,·aliar .seu descrnpc11ho cscola1: O que se aplica .:1 cstudanl<:S tan1bém vale para aos funcionários de llll'la c1npres..-'l. Xesta scçfto, n'los11·are1nos C'o,no a escolha de u,n sis1cn1a ele ª ""liação de de~en1penho e a for,11a co1no ele é ad1ninis1fado pode1n sei· unia in1po1·1ante IOl'ça a influenciar o con1por1an1cnlo dos f'llncionários.

      O que é desempenho? No pass,'ldo, a n1aio1· p;i1·1e
      niiaçõrs ele hqje, porém, menos hicn'i111uicas <· mais oricmaclas para o scniço, exigem mais. Os pesquisadores atulan1cntc rcconh cccn1 três co1npor1cu11c11los p1incipais que constiluc n1 o dcsc1npc11l10 proíissionaJ:

      capitulo 17

      das ob,igaçõe-s e

      i.nclui ;:1 ,n-.üor 1x.11c;
      tesponsabilk:l
      administrativas.

      Cidad&nia A ções que contribuem

      (

      __J

      auasos. e faltas.

      São as ações que connibuc:rn p.·tra o an,hil·ntc psioolbgioo cL1 organi1:açào, tais 001110 ~judar os outros 111<."SOlO quando isso não ê exigido, apoi:u· os ol~jc:tivos org.u1izaciona.i~ tratar os colegas con1 respeito, oferecer SU,b't-StÕL'S consUl.ltÍ\11..s e dizer coisas elogiosas a l'CSf'>CÍto do local de trabalho. 3. Cont.raprodutividade. S.'lo as ações que p1'Cjudic.an1 aLiva1ncntc a 01i~niz.1ção. ~n,is con1pona1ncntos inçlt1<:n1 roubar, danificar as i11s1alaçõcs da c1nprcs..1, cornpo11a1'-SC ~tgl'(.~lv:unc111c con1 os co1c:gas e tà har St:1n n<:(.x:ss.idadc. 1\ 1naior parte dos gerentes acrcclita que o bom dcscn1pcnho signific.l apr<:sc11t.lr os do is printciros cotnporta1ncntos e evitar o terceiro.lt. 1\Jguénl que realiza as principais atribuições de seu trabalho n"lt1ito bern n1as €" grosseiro e agi-essivo corn seus colegas n~o será co11side1'ado un1 bo1n Í\lncioná1io na rnaio,ia das organizações., e alé o 1tab;ilhador 1nais aninlado e agradável, se não puclc-r rcalir.ar bern as principais 1arcf.1s Jll'Ofissionais., não será con:,,idcraclo u1n bo1n íuncionáiio. 2. Cidadania.

      serviço, ou para tare: •• J

      Contraprodutividade Ações q-ue prejudicam dclibetadamente a organização, incluindo roubo, agressividade para com os colegas ou

      545

      1. D esempenho de tarefa~ É o dcscnlpc.nho dos d<..·vcrcs e rtsponsabilic~,dt'S que con· uibuc1n p;;ml a produçi'io ck.: Lnn lx·n1 ou scn.i~1".>, ou para tarcÍ.:'\S acb11lniSllõclÔ\'aS. ~

      Desempenho de tarefa Oe1empenho

      para o ambiénte psicolôgico da organizaç.io, <::omo ajudar os out(os quando isso não é exigido.

      Politic.as e práticásde recursos humanos

      Propósitos da avaliação de desempenho (

      _J

      r\ avaliação de dcsc.:n11>c;11ho serve a divel'SO~ pl'opósilos."7 U1n
      n1issõcs. 1-\ s avaliações ta1nbé1n ajuda,n as or.t,ranizaçõcs a ide11tfficar 11tttssidades de trtina111e11/o e dtse11volcin1e11tq. Elas iclcnlifican1 a.s habilidtldcs e co111pc1ências dos íunt ion{uios para as quais pod <:111 ser d cscnvoh~dos progra1na.s de 1neU,01ia. Finaln"lêntei elas.foru«e111 fetdback aosju,1cio11án·os sobre c..:on10 a org:iUllitaçào \·ê $CU trabalho e sào usadas con10 b
      O que avaliamos? Os crité1ios que a ad1ninis1rttção escolhe para avaliai' o desc1npcnho dos funcionários 1crào ,nuita iníluência sobre o c<:,.n11>0rtan1cn10 deles. Os n·ê.~ co11juruos de cri1érios 1uais populares s.io os rcsuhaclos individuais da 1arcfi1, co1npol't~uncn1os e traços.

      Resultados individuais da tarefa Se os finsj ustifica,n os 1neios. isso significa que <>s. gcstotes d cven1 avaliar os l'CSuhados elas tarefas dos funcionários, corno o volu1nc d e produção, a quan1iclade ele l'Csíduos e o cu.s10 unii.írio ele pl'Oduçào. l)a n1esn1a IOr1na, un1 vendedor seria avaliado 1>c:lo volurnc geral ele vencias de seu 1cr1itó1io 1 o aun1cn10 da rcccil:, de vendas e o 11(1n1cro de novos clientes.

      O sistema de avaliação de desempenho da Petrobras é visto como um exém-plo por muitas émJ'.)(&SaS brasiléiras. Os resultados obtidos pelos funcionários são comparados a métas anuais do negócio, rélac:ionadas ao departamento do qual eles fazem parte, e a metas individuais, estabelecidas ante,iol'm&nte com os supetio,es imediatos.

      Dessa maneira, a avaliação ocorre de forma transparente, deixando clatos quais são os fatores ,elevante-s para que os fuocionários obtenham boo ponwação, e justa, visto que os ttabalhadorés tamOOm participam do estabelecimento das metas a serem atingidas..S&

      S46

      Compo11.amento organiia~ional

      Comportamentos

      É clificiJ a uibuir resultados cspccificos às ações de funcion;írios ad-

      111inistrativos ou daqueles cltjas alribuições são parte i11lrí11scca de uni esforço de grupo. O dcst.·n1pcnho do grupo pode ser pro11ta1ncntc avaliado. 1nas talvez seja d ificil dct<.·rn,inar a conuihuiçiío de cada tncmh1'0. '.'Jcssas ci1-cunstúncias. n;io é l(l1'() que os gesto res a\'alicrn o co1nporra1ncn10 dos. fllncio,uítios. Ko caso de tun g<'rcntc da fabrica, os con1pot1a1ncn1oi.

      avaliados podcrian, incluir a l'api
      O <:ritériu nu~is fraco -

      pois é o mais distante do descrnpcnho real no trabalho

      é o dos t17t<;Os individuai.s.00 Ap1"cscn1ar u,na boa postura , n1ostrar confianç~,. ser confiável, pa,·cccr ocupado ou possuir n1ui1a cxpcl'iência são coisa.s c1uc podc1n ou não cs1ar rcl:,cionadas con1 resultados positivos no 1r.:,balho~ 1nas seria ingênuo ignorar a realidade de que as cn1prcsas ainda utilizrun tais traços co1no c 1i térios d e a\'aliaçào de d csc1npcnho.

      Quem deve fazer a avaliação? Qucn1 deve avaliar o dese1npcnho dos funcioná rios? "'f radicionalmcntc, essa tarcf...-. cabe aos gcstor<:s, pois são e les os respons;ívci.s pelo dcse1npcnho de seus subordinados. ~Las outr.-.s JX'SSOas poclcn1 estar 111ais habilitadas para rcaliuu· 1nclhor essa tarcf::t. Co1no, atuaJ,ncnt<.\ 1nui1,,s cn1prcsas utili7_,a1n equipes a utogcrtnciada.s 1 telcco1nutaçào e ou11-as fcrra,ncntas org(n'lizacio11(1is q llc disuu1ch11n os chtfcs do:; Sllhotdinados, o s\1pc1ior irn(.·cliat<> ele u,n fi1nrionário pode: ntu) íiCI" o juiz. ,nais confi,l.vcl para ;1valh11· seu clt.:sc1npcnho. Os colegas e a 1é n1csn10 os subo rd inados são chantaclo~ a parlicipar d o p rocc::sso de: avaliação de descn1pcnho. e os fu ncionários estão participando d:,s próprias avaliações. Unia pesquisa recente rc\'clou que cerca de 1nctadc dos gesto res e 53 por cento dos li.111cionários pa11icipa111 dirctan1cnte dos p róp1ios processos de avaliação.''' Contudo, con10 se pode in1agina1; esse procc:sso sofre co111 o ,isco de c"-ali.u;õcs infladas e c:0111 o ,~CS ela alltOCOn\'cniCncia. 1\Jén1 clis.so, a auloava}jação 1-a1ode1nos oblcr un1a a,·a liaçào 1nais confiá,·cl, in1parcial e precisa. ,..\ l1Jti1na êihordagc1n par.l julga r ó dcse1npcnho Ca avaliação ele 360 g raus.w Ela fornece 1111l.ft,,/batk a<:C1'('a do dcs<:rn1:x:nl10 dado por toclos aqueles que fornlan, o <:írculo de contatos. diários do fi1ncionl1rio, desde o pcssnal da cotrcspondência até os c.:hcfe-s e ('()lcg-
      capitulo 17

      Figura 17.2

      Políticas e prttticás de recursos humanos

      547

      Avaliações de 360 graus O obielivo principal do ovolioçõo de 360 grovs ê combinar o leedbo,k de todos os pe»oos q~ interagem {clienles) com um funcionôrio. Aho direção

      (cliente interno)

      l/

      Geren1e tclienlc interno)

      Fo,necedores (cliente$ extcrnM)

      Funcionório Subordinados (dienles internos)

      ____...-

      .,...__ Clientes do emp,es.o (cfientes externos)

      /\

      Co&obo,odore.s ou

      ÓVlros represén.lontes

      membros do equipe {clientes inlernos)

      de departamentos (clientes internos)

      Font•: Adapt~do do Pcf$0nneJ Jovmal, nov. 1994, p 100.

      <:1llt"C out1'0s insLru,ncnlos, o ,nodelo 360 graus. i\·lcdiantc os rcsultados, pc.:1ttbcu-sc que os u·abalhadotes entendel'-a,n o ,nodelo co,no n1ais eíicaz, de,noc,~ lico e par1ici1>a1ivo.lh :\,1as

      esse sis1c1na 1a1nbé1n 1>0
      Métodos de avaliação de desempenho j ,l discudn,os o qut deve ser avaliado e qu~111 deve ser o avaliador. t\ gora, pe11,rt1nta-sc; se deve avaliar o dcsc,npcnho de lll'll funcionário? Quais são as técnicas CSJ><:<:ííicas J).-'lra ess::i av.-'lli..1c;l10?

      c1J111()

      Relatórios escritos Prova,·cln1c11tc1 o 1nétodo rnais sirnplcs de avaJiaçào é fazer un1 relato. descrevendo os pontos fortes e fracos do funcionário, seu dcscrnp,c.nho anterior, seu potencial e sugestões para .1.pcrfi::·içoa,ncn1os. O rclatótio cst1ito n.1o requer for,nulários co1nplexos. ncn1 U'("ina,nc,no intenso, ,nas, con1 esse 1nérodo, urna a\'aliaçào pode ser boa ou n1;í graças tanto às habilicla
      eficazes ou inefieaz.es.

      Incident es críticos

      Os incidentes críticos 10<;,,l'n H ;) tenção do avaliador aos co,npor-

      Ul1nc1nos <1uc se n1ostra1·a111 cspeciahncn1c cficazcs ou incíica.zei.. O a\'aliaclor clescrc\'C o que o funcionário fez crn dc1cr1ninada siruaçào t• c1ut lenha sido pal'ticula1ncn1c cfic-:iz ou ineficaz, ci1ando apenas co1nporta1nen1os específicos~o que exclui rraços de pcrronaJicladc vaga111<:ntc definidos. Urna lista de incidentes críticos oferece u111 co1tjunto de exernplos

      para rnostrar ao funcioná1io quais são os t'On1ponan1cntos clcscj.:ívcis e quais prccisa1n ser

      melhorados.

      548

      Compottamento orgc1niza~ional

      Escalas gráficas de mensuraç-.io Método de avaliação no qual o avaliador classifica os f()tOtes considet()dos relevc1ntes p,era o desempenho em uma escala ineremental.

      Escal,s de monsuraç.ão ancorados em comportamentos Escalas qué c:ombioam 0$ principais elementos dos in<:idente-$ criticos e das escalas gráfias de men:sutaçâo, por meio das quais o avaliador dá notas ao funcionário oom base em uma sêrie de itens que refletem o comportamento real no tr•balho, • não d..c,;ç6<,, ou traços ge,ais.

      Compi!rações forçadas Método de avaliação em que o desempenho de um funcionário é compar.ado com o de outros.

      I

      1

      1

      Distribuição forçada

      Método de avaliação que coloca os funcionários

      om determinadas fa:J" '" de desempenho. Ordenação simples Método de avaliação que classific.a ~ ordena os empreg~dos do melhor paraop,ot.

      I

      __J

      Escalas gráficas de mensuração Urn dos n1étodos 111ais antigos e po pulares de a\·a· liação é o uso d as escalas g ráficas de mensuração. Xesse 111é1oclo. lis1a-se 1.1111a série de fittores considerados relc,,unc-s para o clcs.c111pcnho, con10 qualidade e q uantidade do trnbalho1 profundidade do conhecir11ento, cooperação, lealdade, assiduidade e inici,uiva. O avaliador cxa1nina a lista e t lassifita. o funcionário e1n cada fiuor1 de acordo co1n unia esrala incrc111cn1al. . .\- s escalas gcralrncnte ti:1n cinco po ntos e un, fãtor co1no tonhrti,nento da tarefa pode receber de u1n ('pouco infOr,nado sohrc as suas tl11ibuiçõcs'} até rinto pontos ('total 1nacs11·ia co1n rcla(,'iú a t0OJ)llla,·cs são a classifica<;ào por grupo e a classilicaçào i11d.ividual.

      A distribuição forçada requer que o avaliador distribua os funcionários en1 dcl<:r· 111in11das filixas de dcsen1pe11ho, p<•~ as quais sílo estabelecidas porcc,11agcns de ful\tion,~rios que dcvc111 integrá-las. Se a classificação cobre vint<· funcionários e o clcse111pcnho ex· <:clcnlc apenas pode sei· c11ho intcn nediá1io' e ;bai.xo clcsc1npcnho'. Na pri1ncira cl:1S.5e, esla1ian1 os 20 por cc:1110 111<·lhores fi1ncioná1io5i <1uc deveria111 ser rcoo1npcnsaclos e 1nanúdos na organizaç.;;1o a toclo custo; na segunda, c::sta1ian1os de 1'Ú,·\!l 1nC<.Üo, c1uc 1-cccbc1itun instn1çõcs de corno poderia1n se dcscr.ivolver 111ais para crescer na <:1nprcsa; no úlàn10 gi1.1po, esla ria1n os trabalhadores ,nais n,aJ avaliados. que devc1ian1 ser dispe11s.:1.dos pcl~ Cnlpresa.

      O dirétot de recursos humanos da empresa de auditoria

      Pricev,atehouseCoopers. Antonio Salvador. empregou

      a dfsttibuiçáo forçada para aumentar a satisfação dos próprios funcionários da empcesa. Antes, a maior parte deles era considerada acima da média. o que os deixava insatisfeitos com a remuneração variâvel. visto que o bolo tinha de ser dividido entre mais péSsoas. .. Não há negócio que consiga remunerar de forma diferenciada sete de cada dez colabotadores"', contou o executivo. Para resolver esse problema, todos os gestores foram in$truidO$ a classificar seus subordinados da se9t1inte maneira; 10 por c-ento de aha performance. 35 por cento acima da ex.pe-ctativa e 55 por cento dentro do esperado ou abaixo da média. Após essa modificação, a satisfa-ção com a remuneração l\a empresa aumentou cerca de 10 por cento,6l

      capitulo 17

      Politic.as e práticásde recursos humanos

      549

      Sugestões para a melhoria das avaliações de desempenho O procc..-sso de avaliaç;io de descn1pcnho Cun1 carnpo potcn<·ia.l de problcn1as.. O s a,r;.tlia· dores podcrni de 1nancira inconsciente, supcrcstirnar a avaliaç.~10 Qcnil·ncia pmiti,r;.1), subt-sti· n,.,r o dcscrnpc;11ho (lcniênci(l 11eg-<1tiva) ou per111itir que..· o julgan1c11to dt· u,n,1 car-dc.tc1ístiea afê;u; indc..•vida111cntc o julga111cnto
      avaliador<:s julgn as apr-esc::11ul.çõ<:-s, a not~• n1ais alta e a 1nais b.:l.ixa são dcS('artadas, e a pontuaçf,o íinal •'tsulta da rnédia ela so,na das 11otas dos Ol1t1-osjuízcs. 1\ lógic;:-i dos fnúl tiplos avaliadores ta,nbé,n se aplica às organi~açõc-s. Se u1n fu11çionç)rio que tcrn dez supc1·viso1·cs é con~idcrado exrt~len1c pc)1' novC' deles e fl'aco pelo ou11-0. c"ssa llhi,na a\'aliaçào f)(Xlc ser descanada. Po1ianto, ao n1ovin1t:n1ar o íunc ionfuio pt.:la organi;,:açào para que ohlcnha d ifê:rentcs avaliações., ou ao utiliztlr diversos avaJiadorcs (con10 no n1étodo ela avaliação de 360 graus), é 1naior a prob~Lbilidadc de se conSCb'"Uir avaliações n1ais \';\.lidas e confiáveis. Avaliar seletivamente Os a\'aliadorcs só dcve111 fazer julgaane111os nas áreas en1 que tc nhan1 bo,n l'onhcci,nento.63 Qp ando isso acontece, a concordância dos julgan1cntos au· 111cnta e o processo da ~1,ialjaç-ào se torna ,n::üs \'álido. De ,nancira geral, portanto, rc<:on1cnda-sc que os avaliadores cstcjan, o n1ais próxi1no possível do avaliado, c ,n relação ao ní,·cl organizacion;ll. Qua,uo n,aior for essa distc"incia 1 n1c1101'Cs serão as oportunidades de o avaliado,· obscn·ar o coi-nporta,ne,1to do avaliado e. logicanlentc, n1;;1jor será a probabi.li· dade de se conletercrn en-os.

      Treinar os avaliadores Se voe<: não consegue enro11trar lx,ns avaliadores, a a.lte rn::,tiv;., é fi1<ê·IO$, O s avaliador<.·s treinados se torrnu11 juízes 1nais cfi<:az<..'8.69 ,\ n,aio,ia dos u'Qr/:.sltops pa11t avaliaclo1'CS c.,1r.·uiza Lu11a 1nud..lt1Ça na csu·utura de 1-cf<'rên<:i:-1.S ao ('1'tS-inar aos a\·aliadorts o CJUC obse1,·a1; pa1'a que toclos na organização defina1n o conc('ito de 00111 dtfnO/Je11ho uniforn1('111entc. Oull-a tfcnica eficaz de Lreina1nen10 é inccn1ivar os a,ia1iadol"es a d escrever o con11lcu1a111e1110 dos fi,ncionários o n,rus detalhada111e1ue possivel. l~rnCt";cr n1ais detalhes ajuda os avaliadores a se le1nhrar d e n1ais thlorcs no d,escn1pcnho dos f\lncionários) c1n vez de apenas levar cn1 consideração con10 se scn1e111 acerca dos funcioná1ios naquele dado n101ncnto. Oferecer aos funcionários um processo justo O concciio de f>roasso jus/o pode ser aplicado na avaliação para a111ncn1ar a percepção de que os funcioná,ios estão sendo tratados con1justiça. ;i> Três aspectos caractc1izan1 os sistctnas de processos justos: (1) as pessoas são inforn1adas sobre o que se cs1>cra delas; (2) qualquer evidência ele violação é divulgada de 1nancirajusta, p.1ra c1uc todos os cn\'olvidos poss;un se nlanifcst,,r e (3) a decisão final é baseada nas e,iclCncias e dcsprovi
      Oferecendo feedback do desempenho Para n1uilos gestores.. poucas athidadcs s..\o tão dcsagrad,í\·cis quanto proporcioniu·/ced* ba0r co,un:,lcs org.1ni:1..<1cionais, a 11laiori~ pr<:fcr<: ignol'ar essa responsabilidadc.12

      SSO

      Compo11.amento organiia~ional

      Por quC? E1n pri1nciro lugar, apesar de quase todos os funcionà1ios tc rcn1 necessidade

      de n1clhoria crn algu,nas ;:'l rcas, os gestores ccmcrn um confronto quando aprcscntan1 un1 fi,,/b(lrk 11C!,rt1Li\'o. Jsso pn1·ecc se aplic.:<11· a tê 111csn10 ;;1casos c,n c1uc as pessoas aprescutc1n1 urnf«.dbt,tk ncgalivo para un1 co111pu1ador! Hill Cates cont.l que a ~lictosofi rc;aliiou utn projeto t:rn q ue pedia às pc$soas que avaliasscrn suas <:~1,c1·iências co1n un1 con1p111ad or. •·OJ_,a ndo o coi-nputador corn o qu~tl a pessoa havia 1rahalhado lhe pedia que avalias.se o dcscn1pcnho dele. as respostas tc ndia,n a ser positi\'as. Nlas., quando un1 segundo con1puta~ dor fi1zia a n1cs1na pergunta , as pessoas se 111ostrava111 1nuito n1ais ciícicas corn relação à 111áquina com a q ual havian1 tn,balhado antciiorrncntc. ,1\. relutància crn criticar o p1i n1ciro con1pu1.ador 'na c.:an, dele· sugere que havia tuna prcocup,1çào c1n uf10 ferir seus scndn1enlúS:. nlCl:llllô sabendo tral<1r-sc apenas. de tnl'la nHlqui na." " Segundo, n1ui1os: fu11çion,l1·ios: ~e colocan1 na clcfCnsiva quando seus po1uos fracos são apontados. Ei-n vez de aceitar o fltdóatk con10 c:on.s11i1tivo t.: funda1ncntal para a rnclho1ia do dcscn1penho. alguns cri tic::un o su perior ou colocarn a culpa cn1 outra pessoa. Un1a pcs· q1lls.a realizada co111 93 cxccuti\·os con1 posição de liderança crn en1prcsas do Sul do Brasil revelou que C('rca de 50 por cento do:; hon1cns e 40 por cento das n1uJ.hcr<:s tê1n d ificuldades cn1 darfeedb"ck c.'l:.atan1cntc por lCn1crc1n a gcraç•1o de conHitos.'' Ei de acordo corn uni cs:1uclo norte-a1n cricano, eles não c.:s1âo 'fit,.cndo tcrnpcstadc cm copo d'à&"l.1,1' . visto q ue 98 po,· ccnlo cios gc!;torcs no1·1c-<.1n1cric;:.lnc,s c ntr<:vis1,1dos clis!icrarn que sof'n·ran, algt1111 tipo de agressão depois ele ,nn.fttdl>acl· negativo a seus Hu1cionários. 1) Por últin101 os funcio nários cosLun1an1 supcrcs1irnar o próprio clesc1npcnho. Estatisti· can1cnle làl;1ndo, 1nc1adc ela força d e trabalho <': co,nposta d e pessoas corn dcscn1pcnhos abaixo da n1Cclia. t<.Jas os funcion;íri:os 1n cdianos se considcr.un co111 un1 nível de clc-sc111~ pc nho cn1 to n10 elo 75º pcrccntil.1.. J-\ssin1 1 1ncs1no (liantc de u111a avuliaç{to positiva, eles

      tcndcn1 a não considcnl-la suficic11tc111c11tc boa. .~\ solução pata esse problen1c1 n ão é: ignora,· o .feedbatk, 1na~ lrcinar os ge~tores para que $aiha1n. conduzir sessões cons1ru1ivas de avr1liação. U1-.1a av-aliaçiio cricaz. aquela crn <1ue o funcionário vê o j ulga1n cn10 corno jus10, percebe a. sinceridade cio chefe e considera o cli1n a constn Hivo - pode resultar na ck:vaçào d o n1ora J cio funcioná1io, con, a indicação das Ítrcas de seu dcsen1pcnho q ue prccisa111 ser 1nclhon1clas e s ua detcr111inaçào c ,n cor1igir as deficiências. n ( :ontudo, p rova\·cl111cnte n;1o é ncnhu1na surprc-s;t .s;1bcr que, quando os íuncio11~rios estão de 1nau hu,1101; aprcscnta1n unia clispos.iç,1o 111uito nlcnor c1n receber <:011l!cl hos cio c1u<· qua11do estão ele lwn1hu1nor. 18 1\ lén1 disso, as ;;tvali<1çõcs dc\'crn ~cr as 111ais t·::;pcclfica.s possíveis. ;\ :; p-cssoas tcnclcrn a inílar a ava liação do pt"C >p1~0 clcsc1npcnho quando lhes: pí:rgun1a1n sohre '"-'HC cn1 gcrttl> n1a.~ podc1n ser rnais objcliv.-,s quando lhcs pí:den1fttdback sobre utna área específica.~ ~r.·unbén1 é d ificil descobrir con,o n1c:lhorar seu desempenho globahncntc: é 1nuito 111ais 11lcil f:1zê-lo c1n áreas específicas. 0

      ,ldministrando os conflitos entre a vida profissional e a pessoal nas organizações No Capítulo L, falan1os d o t•quilíl,1io cuux: ;1 \·ida profissional e a pessoal, e cliscutin1os tl.S íorç.a.s que \'ên, diluin do tls fronteiras e11tre an1bas. Nesta seção, van1os nos co11centrar especial1nentc 110 q ue se.: refc1·c ao que as cn,p,-es."\.S pode,n f..1~e1· pata ajudar a 1'Csoh,::r esses conílüos.. Os co11íli1os c-ntl'e vida p 1·oíissional e pessoal corncçata1n a chanl:11· a alcnçào dos ges1o rcs na d écada ele l 980, p1incipal111cnlc por causa do au111c1110 do n(nncro de rnulhcre..1, con, fil hos que c::ntravan\ no 111crcado de trabalho. l~1n rcsposla, a 111aioria das grandes c1nprcsas cn1prccndcu ações p:u·a tornar seus a n1bicntcs de trabaU,o mais receptivos às faml~ Lias.*1 Elas lntroduz.ira n1 c reches no local de trabalho, acan1pan1cntos~ hor{11Íós f-lcxívcis, con1partill1;tnlC11to de taref.:1s, abonO;S para co111pan::c.:in1c.:nto t, escola dos filhos, trabalho a

      clistàuda e empregos de meio período. Mas as empresas logo 1>crccbcran, que esses cou· llitos não c;1-an1 c.:xclusi\'OS das 111ulhcres con1 fil hos. Os funcionários e as funcionárias sc.:111

      capitulo 17

      Políticas e prttti<ás de recursos humanos

      551

      filhos tan1bén1 tin ha1n problcrnas., f\ carga de trabalho cxccssi,1, e a grande clc1na11da por viagens a trabalho~ por cxc1nplo, cad;t \'CZ rnais dificultava 111 o c~usté cnlrc as exigências

      profissionais e as rc~po11sabilich1dc.s 1x:ssoais para muitos u.tbalhadorc.s. Urn estudo chi Un.iVCl":\id;,1dc de 1-la,·vard, po,· cxcn\plo, l'éVélou c1uc 82 1>0r cento do~ l1on1cns co111 icl::1de entre 20 e 39 anos con~idcr;iv,un u1n lto~írio de ll'ahalho ·adequado à con,1vê·ncia fruniliar' o c1itério 1nais i1nportantc na escolha de un1 c1nprcgo.31 O an1bicntc de trabalho csHi. se 1noclHicando para acon1odar as diferentes nccc-ssidadcs de tuna força de u,,balho di\'crsificada. Isso inclui a otêrta de váiios tipos de csc1uc1nas de l1or.írio de trabalho e de bcncficios. O s íuncionáiios de algunHls cn1prcsas. por cxc111p1o. tê111 horários ílc:-dvcis e un1 ,unplc> cardápio de serviços à sua disposição, co1110 entrega e 1"Ccolhi,nc,no de lavanderia, caixas eletrônicos. aca.dcn1ias ele ginástica con1 /Jn'$(),i<1/ traiuns, vacinação contra a gripe e ou1tas c:locnças1 e consuhas con1 nu1ricionistas.82 O Quadl'o I i . l 111os1ra alg,.un;,s iniciativas para ajudar os funcion;írios a reduzir os conflitos cntl"C a vida profWional <: a pessoal.

      Quadro 17.1

      Iniciativas para reduzir conflitos entre a vida profissional e a pessoal

      Estratégia

      Programa ou política

      Exemplo

      Estratégias com base no tempo

      Horários fle>Civeis Compartilhamento de tarefas Trabalho de meio péríodo Licença.maternidade ou paternidade Telecomutação

      80 por cento dos 400 funcionários da Avaya no Brasil, empresa de softv,ares de gestão do rélacionamento com clientes, têm liberdade para trabalhar a distància; a IBM concede licença-maternidade ou paternidade de atê três anos com garantia no emprego.

      Estratégias com base na i.nformação

      Página na lntranet sobré o equilibrio entre vida profissional e pessoal Assisténcia à ,e-colocação Recursos para programas de te,ceifa idade

      A consultoria Ernst & Young oferece sites em sua lntranet com informações sobre como redigir pedidos de horári~ ílexiveis, enconl(ar parceiro para o compartilhamento de tarefas etc.

      Estratégias financeiras

      Convênios com creches Benefícios flexiveis AssisU!ncia para a adoção Convénios com i,,stituições de ensino Licenças ,emune,adas

      Em algumas organiiações públic.as. como o Banco Central do Brasil, os funcionários podem pedir uma licenç.1 par3 cursa, mestrado e doutorado. mantendo seus salários integ,ais.

      Serviços diretos

      Creche Cuidados emergencíais Salão de estética/saúde Setviços de atendimento Academia de ginástica

      As maiores unidades da Johnson & Johnson

      Estr.ltégias de mudança de cultu,a

      Treinamento para os gestores ajudarem seus subol'dinados a enfrentar os colllflitos ênlfe a vida p,ofissional e a pessoal A remuneração dos gcsto,es ó vinculada â satisfação dos funcionários Foco no desempenho real dos funcionârios e não no cumprimento de horários

      possuem academia de ginástica; o laboratório Eurofa,ma criou creches nos locais de trabalho para que as mães pudessem fica, próximas de seus filhos; na Visa Vafe foi criado o Comunicafé, onde os funcionários têm acosso a aparelhos de massagem e podem jogar sinuca para descontrair e reduzir o estresse. A emp,esa de telecomunicações lucent, a rede de hotéis Mar,iott, a Xerox e os laboratórios Morck e Pfizer são algumas das empresas que vinculam a rernuneração de seus gestores â satisfação dos funcionários.

      Fontes: Baseado em CA Thompson, .. Mana9i"9 the Wotk-Ufe Balanci09 Act: AA lntroductory E.xercise", Joumaf of Management Education. abr. 2002, p. 210: e R. Levering e M. Moskowitz. ·rhe Best in the Worst of Times· , Fortune, 4 fev. 20:>2, p. 60-90; Mauricio OINeira, "Na rua. no e"SCtrtório, na fazenda•, Porta( Você RH. Oisponivel em: <W'N\~.revistavocerh.abril.com.bt/noticia/conteudo_411545.shtml>. Aces.soem: 16 maio 2010. "Na corda

      bamba", Portaf Você RH. Oisponívef em: <www.revistavocerh..abril.eom.br/notiaalespeciars/conteudo_418620.shtml>. Aces.so em: 17 m.1io 2010.

      SS2

      Compottamento orgc1niza~ional

      pressões ele tc1npo 1ulo são o problcn1a principal por trás desse contlíto."'1- O que in1port•1 é a interferência psicolót,rica. da vicia p1"0fissional na fan1ilh,r, e "ice-versa. f\$ J>éSsoas se prcocupa1n co,11 ;:1farníli<1 durautc o tr::\balho e pcnsa,n no tr,;1ball10 quando estão c111 casa. 1\ssi1n, o pai pode cst;\1' fLç;ic-a1n(·111c !)1'CScn1c i, 111c·sa do jan1,u·, n1.:1s $tia 111cntc cs1á longe·. Isso sugere que as c~1nprc.s.a.s não dcvcn1 se pl'cocupar 1anto con1 a questão dos horários de trabalho, ,nas sin1 ctn ajudar seus (Uncioná1ios a scgn1cntar ntc1hor sua \'ida. 1' la ntcr cargas de trabalho raZOá\'cis, cliininuir o n(uncro de viagens a trabalho e o lCrcccr creche de <1ualicladc na cmprc-.sa s;.lo a1~'l1n1as práticas <1uc pode1n auxiliar. f\ lén1 disso, as pessoas difcren1 c111 suas preferências q uanto i,.s opções de bcncficios, o que nf,o é .su11,recndc11tc.s• AJb1'\u1s prcferc1n i1Jieiati\1ts da c1nprcs.a que scparcn, 1nell1or o u-abalho de su;;1 vida pc&-oal. corno hor,ários flexíveis, (:(nnpart.ilha,ncnto de ta1·cfas e: trabalho dt· 1ncio J>Críodo. lsw pe,·n,ite ;\OS fun<'ionftrios 01-ganizn1· suas horas d e trabalho de ,nodo que não conílitan1 con1 responsabilidades pessoais. Outros prcfr·1·cn1 recursos que intcgran, o tr.tbalho e a vida pessoal.. conto c reches, acadcntias de ginástica e atividades de lazer co1n os fa1niliarcs. f\$

      ftmplicações globais ~·llútas das políticas e das pr~í1icas de recursos hu1nanos disculidas ncslc capítulo tén1 de ser ,noclificflda.s para refletir diferenças cuhurais.11s Para ilustr;\r esse pon1oi \'a1nos exan1inar suci111an1cn1c o p1'0ble1na da seleção de executi\'OS pal'a n1issões no e:-.:1el'ior e a i1npo r1ância da a\·aliaçào de descn11>enl10 e1n cliftrentf>.S culu1ras.

      Recrutamento e seleção \ roce pode desconfiar que os \'alores culturais 1evan, a resultados difCren1e~ cn, ntalél'ia de anl,ncios de rcrru1an1cnto, <.' as pesquisas conf-irn1an1. essa intuição. U1n csu1do descobriu que as pessoas que rcsponclian1 a aní1ncios en1 culturas de grande clistáncia ele poder conª sidcr..,van, a rcputaç;:i.o da ory,>1tni;,..;:l\-àô un, Í.:'\tOr 1nai.s irnpOr(antc na escolha do c1nprcgo do que as de rncnor disti1nci;1 de 1>oder.i,; Un1 cs1udo recente <:on1 300 grandes org~u,izaçõe,-s c111. 22 1>aíses dcrnonsti'Ou que as práti~1.s de seleção d ifc1x:,1, de tuna nação pa,~ outra.81 O uso das qt1alificações cch.1caciona is na triage1n dos caodidatos pa1x:ce ser tnna prática uni,'e1'S;tl, n,a~ cada 1>aís tende a enfatizar dilCrcn1es técnicas d<' seleção. As en1 l'e\'is1as estnuuradas s.;o con1uns en1 alguns países e sin1plesn1c1nc incxi~te1ue-s cnt outros. Segundo os autort~s do estudo, "certas culturas parcce1n considerar esse tipo d e entrevista antié1ico cnt vis ta de c renças acerca de con10 uma inte raç:l.o ÍnlerpL.'SSO::ll dt•vc ser concluiida ou sobre ,né que J>olllO .se deve coníia r no julga1n<:1Hó do cn1 rcvistador·i.a11 Outro estudo 1nostra que

      Os executivos da lmageNet Company 1Jma das

      maiores varejistas de roupas pela Internet. conduziram en1revistas no topo do Monte Fuji (ao fundo na foto).

      Das vinte pessoas que se candidataram a tima das quatfo vagas, 11 conseguiram alcançar o topo de

      3.776 metros para a entrevista. A empresa rea1izov &ssa enttévista inusitada com o objetivo de identificar

      candidatos altamente motivados e determinados a obter sucesso e preparados para d-esafios incomuns.

      No 8rasil e em dlversos outros países, esse tipo de enttevis1-a entraria em conflito com as leis de igualdade

      na oportunidade de trabalho.

      capitulo 17

      Politic.as e práticásde recursos humanos

      553

      na l=Iolanda, nos Estados Unidos, na França 1 na Espanha, cn1 Portugal e crn Singapura a 1naiorit, dos candicb;1tos prcfc1-c cn.tr<:-vista.s e testes de a1nostragc111 dl' u·(1balho, e 11(io apre· cia,n o contato pcsso;,I e o uso de testes de integridade e élicc\.89 Ao conuOuca ,i.:,riaçt10 nas prcícrên<'ÍilS c111rc es..:;es país.e~. Esses estudos., ao lado clt pesquisas 1nais l'(;ccnu:s, 1,·,·clan1 que h.l u1na gr;u1dc ,·a1ia. çào das pnlticas ele rccrutarnento ,e seleção entre os países, 111as tan1bén1 características i111por1antcs e111 co1nun1. f\s cn1prcsas globalizadas que tentararn padronizar seus n1étodos ele seleção encontrara111 rcsistCncia dos gestores c111 diferentes países. 1-\ s políticas e práticas de recursos hun,anos prcci.s.1111 se,· adaptadas para rcílcdr as norrnas culturais e os valores socü1is, bcrn con10 as diferenças k-g-Ais e cconô1nic:,s entre as na.çõcs.

      Treinamento e desenvolvimento Pan, entender corno a cult,u<• llé1Cional ;;afeta o trtina1nc11to. pense c1n con,o ela pode influc11cic1r a n1ar1<·ira <::0010 as pessoas aprcnclcrn e; apli<"·a,n SllHS H<.>,·(1S ln1bilidadcs. Un, estudo ele 68 organi1.;.\çôt.s t:111 l ·I· diíc1•(:111cs países descobriu que 1 nas cultura.~ co111 índices elevados de a\'crs.ào à inccncza. os trcinan1cntos de: segurança. causararn uni il'npacto 111cno1·1 pois os funcionários já tcnC~quisa sobre con10 ofCrecer trcinan1cr110 eficaz internacionalmente.

      Avaliação de desempenho Ex,nninart·n1os a avaliação ele dcse111pcnho 110 contexto de trC-s din1cnsõcs culturais: i11dividualisn10/coléti,;s,no, relaçiio pessoal coo, o a1nbie1nc e orientaçiio tc1nporal. Cuhul'(lS inclivlclllalistas, corno a da ;.\ us1l'ália> cnHu iz.-un sistc111as rorn1ais de avaliação de dcsc,npcnho crn de11i1ncnto dos sis1c1nas inforn1ais. Ela.~ dcfc11dc111> por \:xcn1plo, o uso de avaliaçõt:s tsc1itas a inten·aJos regulares, cujos rcsuhados s..1.o co111par1ilhados con1 os funcion;:'u ios e sc1,,e 1n de base. para a de1cr1ninaçào de rccompcns..1.s. Por sua vez, as culturas colcth'l.stas, don1inantt'S na 1-\ sia e cn1 pane da 1\méiica Latin;,, são c.aractcrizadas por sistc1nas 111ais inforn1ais que subcsti111an1 ofledback escrito e d1...-s,'lnculan1 a alocação dt' rccon1pensas da.s a,·a1iaçõcs de dcscrnpenho. 1\JgunHlS dessas d iferenças. porérn, podcn1 csuu· co,ncçaHdo a din1inuir..':a Coreia, cnl Sing;;1p1.11·a e alé ,ncs,no no Japão, o u$0 das avaliações de dcscn1pcnho c1·csc<·u signiíica1iva111cn1c na {1l1i,na década, t 1nbor.1 11c1n !olCnlprc scn1 obstàculos e controvl:rsia:;. Un1a pesquisa co1n 1r.1halhadorcs coreanos 1·c,·clou que a 111aioria deles questiona a validadt' ele seus resultados ele avaliações de dc.·scn1pcnho.91 As c1nprc.s as 11011c·an1cricanas e canadenses clclcgan1 ~los indivíduos a rcsponsabili· dad<.· por suas ações porque ._~ p-cssoas nesses país<.':S acredil
      1

      - m esumo e implicações para os gestores As políLicas e pr{1.ticas de recursos hun1anos de ,una orgaoi1,..(1çào rep,-cscncan1 forças in11>0rlan1es pa!"a 11loldar as alitu0rta111en1os dos íuncioná,'ios. Nes1e capÍlulo,

      diseu1imos c,1>ccifieamc111c as pl'á1icas de seleção, os programas de 1reiname1110 e dcsenvolvin1cnto e os sis1rn1as de avaliação de clescn11)Cnho.

      SS4

      Compo11.amento organiia~ional

      Práticas de seleção Se forern e laboradas de n1ancira adequada) as práticas de selcc;ào de urna organizaç;lo 1'.>0dcn1 identificar candidatos con1pctcntcs e ajust;l-los apropriada· 1ncntc às suas a u;buic;õcs e á organi~açiio. E,nbol'a a sclcçi,o de funcion,i,;os não seja unH1 ciência, algu,nas organizações não conscgl.1e1n Cl'iar urn si~tc1na de seleção d e ,nanei~ a rnaxi,nizar a pl'ohabilicla<>uco qualificados ou que não se ;:~ustan1 à o rga· nizaçào p rovavcln1cntc se sentirão ansiosos, tensos e po uco confo11ávcis. Isso, por sua vez,

      pode aun1cnt.lr sua iusatisfilÇ-~lO COl'n o lr,abalho. Programas de treinamento e desenvolvimento 1\ consequência mais ób,~a dos pro· gra1n as de u·cinan1cnto é o apcrfciçoan1t nlo das habilidades necessárias para que o funcio~ ná1io rca.li7..c sua~ tarefas con1sucesso. isso cnuncnta o polcncial ele dcscn1pcnho ele aho nh·el, nlaS a rcaJ.i 7.aç.'.io óu nf10 desse J:>óltnC'i;:11é. crn grande parle, urna q ucstào ele motiv,1ç,io. Urn sc~gundo beneficio do 1rcin-::11nr1uo é que ele ,nclhora a a utoeíicáci;\ cio ft1ncioruí-

      rio1 a sua expcc1a1iva ele conseguir S<' con1po1·1ar de ,nodo a chegar a dc1cr1ninaclo rcsul1ado (ver Capitulo 7).n O s funcionclrios con1 elevada au1ocficácia possuc1n fOrtes expectativa.~ con1 relação às suas habilidades p ara 1cr u111 ho1n clcsc.n1pcnho c111 situações novas. Sào confiantes e conlan1 con1 o sucesso. O 1rcinan1cnlo1 po n anto1 ê un1 1ncio de inAucnc:iar poshiva1ncnlc a a utocficácia por fi1zcr que os funcion;lrios se torncn1 n1ais dispostos a cn· frcntar as t;1rcfas e a se csforçan.•111 1nais no tr.tbaJho. Con1 relação a tcr1nos de expectativas (ver Car)ítulo 7), o~ indi,1íduos t(·1·n 1na.ior prúbi1bilidadc d<: perceber seus esforços ct.'>n'IO u,n 111<:io para ,nclhorar o dcscrn pcnho. Sistema de avaliação de desempenho Un1.1 elas principais 1nctê1s da avaliação de dcscrnpcnho {; a1ut.Jjs,,r cuid,,dosan1cntc a rontribuiçào do dcsc1n pc11ho de ,nn ind.i\·íduo con,o base p.:1r~1 decisões sobre alocaç~o de n::cornpcusas. Se o processo di:: avaliação enÍc'ltizar· o~ cricêl'ios et1-;,dos ou for i,nprcciso, os fl1ncionál'ios pod(•tào rt"ccbcr reco,npcns...,s abaixo ou acin1a do n1c1·ccido. Con1c, dcn1011s1ran1os no Capítulo 7 na discussão sobre a tco1ia da equidade, isso pode levar f, redução do esforço, ao au1ncnto do abscntcísn10 ou à busca de altcrnaüvas de trabalho for:.t ela c111prcsa. O conteúdo do sistcn1a de avaliação t;un bén1 inHucnc ia o dcscn1pc nho e a satisfaçào cios fi..1ncion;lrios.''' ~·la is cspccifica1ncntc. o dcl)c111pc11ho e a sadsf.\ç.à o n1clhor;cü1l quando a a,·;:lliaç.ão é baseada e n1 c.:1i té1ios con1po rta1t1é1Hais e 0 1ícntados par<, n.:suhaclos, q uando as questões do dcS<:rn pc nho e da cctrrc.:ira são ab(·rc;-u1lcnte discutid:-,s e c1uando o func-ionéÍl"iO te1n a Oj)Ol'lunid.ldc de par1icipa1· do processo de av~)liaç~o.

      C..pitulo 17

      Ponto

      ... ...

      Políticas e prttti<ásde recursos humanos

      555

      Contraponto

      O trabalho a distância é bom para os negócios e certa maneira, o trabalho a distância e os ho· rários flexíveis são notícias ultrapassadas. Muitas empresas têm permitido e incentivado os funcio· nários a trabalhar com horários flexíveis por anos. No entanto, a lógica e o incentivo do horário flexível está mais forte do que nunca. A razão primordial e mais óbvia é a mudança em como e onde o trabalho é realizado. Confinar o 'local de trabalho' a algum escritório escolhido aleatoriamen· te faz cada vez menos sentido para cada vez mais em· presas. A firma de consultoria global Accenture está tão pouco inclinada a manter a boa e velha mentalidade do 'bunker' de escritórios que, na verdade, pede a seus 178 mil funcionários ao redor do mundo para reservar um espaço no escritório quando precisam. A Accenture

      D

      acha que sua cultura de não manter escritórios se encai·

      xa bem à natureza espalhada e global de seus negócios, e conecta melhor os funcionários aos clientes.

      Em segundo lugar, as organizações estão perceben· do que oferecer a possibilidade de trabalhar a distância e em horários flexíveis permite que atraiam e mantenham os melhores talentos. A Chemtech, por exemplo, acredi· ta que os horários flexíveis permitem obter o melh0< das pessoas e há evidências que provam isso (ver texto de abertura do Capítulo 7). A Chemtech náo está sozinha. É c0<no um especialista observou recentemente: ·o Ira· balho remoto não é mais 'bom de se ter'; é fundamental para a produtividade e continuidade das atividades das organizações, bem como para a retenção de uma força de trabalho competente e para a atração de uma nova gera· ção de trabalhadores, interessados no equilíbrio da vida pessoal e profissional•. Empresas como a consultoria Ernst & Young ampliaram os horários flexíveis não apenas para atrair e reter profissionais de conhecimento, mas para ser flexível como empresa. A Ticket, empresa prestadora de serviços de alimentação, fez a mesma coisa e, com isso, viu as vendas contratadas aumentarem significativamente!' Terceiro, enquanto os gestores são os principais opositores do teletrabalho, quando expostos a ele tor· nam-se muito mais positivos em suas atitudes a seu res· peito. Como colocou um artigo do Wal/ Street Journal ao descrever os trabalhadores flexíveis, ·autorizados a encontrar o próprio equilíbrio entre o trabalho e a vida pessoal, eles tendem a colocar o trabalho em primei· ro lugar". Os gestores comprovam isso por experiência própria. Arevisão de 46 estudos sobre trabalho a distân· eia revelou impactos positivos sobre a produtividade e o moral dos funcionários. Há muitos argumentos a favor do trabalho a distân· eia e dos horários flexíveis para que as organizações os ignorem. Uma pesquisa recente com os empregadores indica que, atualmente, 63 por cento delas oferecem horários flexíveis. Estas. de fato, estão à frente.

      trabalho a distância e os horários flexíveis são um daqueles modismos que a imprensa adora incen· tivar. Mas, como a maioria dos modismos, não se sustenta com análises mais detalhadas e lógicas. Os gestores não veem os trabalhadores a distância de forma muito positiva. E se você for honesto e objetivo, teria dificuldades em aconselhar os funcionários a adotar o horário flexível, pois isso atrapalharia a carreira deles. Um estudo recente ofereceu alguns respaldos interessantes para esse argumento. Quando perguntados, mais de dois terços dos funcionários (68 por cento) achavam que trabalhar em casa fazia que fossem mais produtivos. No entanto, quando os gestores foram perguntados, mais de um terço deles (37 por cento) achou que, se fosse permitido aos funcionários trabalharem em casa, eles usariam as horas de trabalho para atividades pessoais. Certamente os funcionários querem horários flexíveis e racionalizam suas preferências, argumentando que isso os ajuda a realizar mais tarefas. Mas muitos gestores bem sabem que, enquanto alguns dos que 'trabalham em casa' de fato trabalham, outra parte faz coisas como serviço de casa, atividades pessoais ou familiares, e assim por diante. É por isso que os funcionários querem tanto essa forma de trabalhar. Se você perguntasse aos funcionários: ·você gostaria de ter o mesmo salário trabalhando a metade do tempo?", a maioria deles provavelmente diria: "Lógico!". Contudo, isso não significa que a gerência deva dar aos funcionários alguma coisa por nada em troca. Uma gestão de RH eficaz. às vezes, significa não dar aos funcionários o que eles querem."

      O

      SS6

      Compottamento orgc1niza~ional

      Questões para revisão 1. QucsuX·s par;1 revis.ão

      2. O qoc é sc.·lc<;.io ink·ial e q oaii;. s:'io os n1é,odos 1n:'lii- cfi· cazcs para rcaliz.í·la? 3. O que é sc:leç:io subslán1iva e quais s~•Oos 1nélodos n1::1is ,·ficazcs para realizá-la? 4. O que é seleção conlingcncial e quais são os ~u·gu1nentos con1rários e íhvoráveis ao cxan\c toxicológico? 5. ~Jals s.~o os quatro principais ti1>0s ele tl'cina1ncnto? 6. Quais s.~o as diferenças entre os 1né1odos de U'Cinan1cnlo

      Avaliação de desempenho e fornecimento de feedback Objetivo Experintcntar na pr:"ltica a a\'aliaçào de dcsc1npcnho e obscr\'al' o forneci1nc1110 dcf«dhru~· sobl'c ele.

      Duração r\proxilnadan1c:n1e 30 n,inu1os.

      Procedimentos Sclcc:iooa-.se utn lídc1· na ch,ssc·. Pode sc:r urn volun· t:irio ou :\lgt1én1 indic.ado pelo p rofc$$()r. Ei-sc líder presidir;', a db:co:ssào e fa ní o papel do gt·s1or no processo de av:,li.1ç;.to. O professor s.-.i ela s.-.la. O líder 1tn1 até 15 n1inutos p:u-a ajud:1r a classe a avaliá-lo. O professor ttn\ 1u.-.çà<> de que se lrttt.-'I sorncnle de u1n cxc1'<'Jcio e es1á p1"C'parado para ;1ccit;\r a.s critiC(lS(ou ~1lb"1n1 elogio que qucira1n fhzc r). Ele uunbén1 sabe qoc a avaliação feita 1x:lo líder é a sorna das avalia-

      fOrmal e inlOnn;;tl, e c11t.rc o trcin;u11cnto no trabalho e.· fOra dele? 7. Quais s.io os p1incipais objetivos ela a,·aliaç;lo de de· sc1npcnho? 8. Conto as organi1,.1çôcs podcn1 1nclhorar S\;us processos de a\'aliação de
      çõ<.·s dos diversos estudantes. Porl.1nto1 s.<jà honesto, aberto e acredite que o prof('ssor não guardará rancor. t\s pesquisas idcnúficarn sete cliH1cnsõcs de dcseanp(:oho pata o 11-ahalho do profcs.;;or: (1) conhecln,en10 do C(>1ll(!lldo cns-ir,á:.\Jiaç'to. a cliscuss:.io d(.."\'Cr..í tOOlr os crité,ios cl'l a\':.\Üação ck~ dcsc1npcnho, a rcaylo do prolCSSOr avaliado e <'.c)ll\O o líder se .saiu ao tOn1oc<:J' of«
      Dilema ético É antiético maquiar o currículo?

      1. R.ical'do $aiu de un1 c,npl'cgo t~,n que seu cargo era \1sslste111,· para <'ôll<'C~ão de crédito'. t\ <) 1)1"0(urar ,un novo

      Quando dar u111a ·incrc1nentada• en, suas realizações st tO?'I\;\ u,,1::1 fraude ou un1a rncnrira? Urn cur1i<-:ulo d<.'\'é S<'r' c<·n1 por <:cnlO vc·rdadciro? .\ p ;)tt:nt<:1ncn1c 1 1nuit;1 gente não pensa assi.rn, Un1:;1, pesquisa recente con1 2,6 n1ilhõcs de can· didatos a c1nprcgo revelou que quase 1nc1adc dos curóculos continha pelo n1cnos 11111a n1c1ui1·a. t\ s cr<.'dcnciais infladas cus1;H·;11n a ,nuitos ge..~1on;S :;c·\1 cn1prcgo alguns dele.~ dcscobe1'tc,s por Ba1Ty ~ íinko,\'1 que fúi pn·so por seu papel 110 esquc.·111a envolvendo açÕ<."$ na ZZZZ Hcst e hoje cn1 dia in\'C"Sti~, corporações e seus exccuti,"Os.

      2. Há ccrc:l ele oilo anos, Solia deixou seu e1nprcgo e cirou nove ll\é~cs para viajar pelo inundo. Co1n 111cdo de qu(· i~o puclt·ssç d profiS$Íonal, no cur· rículo ela se referiu a esse período <.' 01110 ele •,uivid:1,des

      Pata ajudar a esclarecer os aspectos f1icos clc5$a quc·s1ào1

      indcµrn dcntcs de consuhoria'. Isso má crradu? D<·

      c;:ousidere as sitoaçb".s a seguir e ,,·spondt1 às quC'stõe.o;; 1·tJa. 1ivá$ a c'ad:1 o n1a:

      <1uc· ootra fo1·n1,1 ela podc1·ia te1··sc referido a esse: t(:1n· po <"'1'rl stu <'u1'l'Ífulo?

      C1rtpn·go1 ti" dCS(T(:,·cu stu é:\'l,I'() anlc' rÍOr ('ôn10 ';u1alisla de crédito'. Ele achou que esse lÍlulo caus.1,•a urna

      i1npl'essào 1nclho1: Essa n1udança de lítulo é desonesta? Pol' quê?

      capitulo 17

      3. l·lenriquc lCO'l ,16 anos<· é CEO dt- tnl'H) c1nprcst1 <111c esl::'i na list:1 dá.ti 500 X,l aiores e ) ·lt lhorcs do Bra:-il. F:.I(' se 111alriculou crn un1:1 frlCtddadc 20 anos au-âs, ,nas nunc~t concluiu o curso. No\'C 1neses depois de ser indicado a CJ~O, uo1 jol'nal local publicou que ele tinha Olentido crn seu currículo. Kelc, o exec;u1ivo indi<".-1va c1uc t:r.·l bacharel cn1 psicologia, mn.s ncn1 ele 11cn1 a làtuld::1dc podian1 provar a infor1naçào. l~lc clc\'cria ser dcsli~do da c.n1prcsa ixto conselho de acionistas? En1 caso afir· ni.uivo. por quê? Ern ca.so ocg:uivo, o c1uc o crnp1'Cwiclor dcv<·ria fh:,-.,cr <;o,n rclaç~10 à :-11.1!.ê;nc;ia d,t.;.
      Políticas e prttti<ás de recursos humanos

      557

      4. C.-1tolina 1naodú11 ce-n1 fichasdl~i11Sí:tiçào pa.,-a 11111 posto de fl.~isu:nte acl111inisl1-:\li,1), ,n::i.s n..•<:ebeu apCl\::"IS u11, l"('tünto. Por arn.'Clitar que seu n1cs1rado c sua cxpcriênc.·ia ;1111crior co1no professora a cstav;un atrapalhando, ela ürou CS.'k'\S infonnaçõc.~ do c-urriculo. l...'\U1'.I tcn1 26 anos de C:\'))Ctiêneia na árc;, de 111,ui-ctii\~, ttl
      fon1e:5: lk1...~=i. D6: K...J. \ \'in.,1ci11. " lnfk,ted Ctélkntials Sue1:1tc in E;o,;ccuth·t Sui1c·•, 11(11/ Stml Jo11,nal, 13 n (I\'. 2008. p. 81. llô.

      Inovação já na seleção Desde 2009, a c1nprcsa de ,clefonia Oi ven1 inovando c1n seus processos sclc1ivos. O ollic1ivo di:t n1ud:111ça, con1a11clad::1 1>0r 1\n:;1 P.-1.ula C;.nnpcllo, gerente de gcsüio de ialcntos e pcrfOnnancc da co1npanhia, é tornar a prâlic.t de LlJo1 n1ais dinâ1nica e i1ncrcssanlc, de 1nodo a atrair a.inda n1ais os candidatos, f.-.zcndo-os scnlircrn que quc1·c1n tl'ahalhar naqtl(;lc ;unhic;ntt·. U1na das 1nt1d:1t1{.tS 1nai!; i111portantcs co11duzidas pela gestor.a tôi criar cinco difcrcntt'S progran1as de sclcçào. <) prin,ciro deles é volu,do para estagiários. graduandos que estão 1<;1l011co 1t··n1po t' deSlj,,111 ingn:ssar no prob'Ttuna de dtsenvolvi1nc:11to de novos gestores da Oi; o terceiro é o lraint, 1.xptr/1 no qual candida1os que já ti\'Cl'a1n experié11cias p1'0fa.ssionais e adquil'Íl'a1n conhcci1nt111os co1 :lrcas especificas, ron10 1nildetir1g 011 fin.-111ças, C:::'l.ndid:.Han1-sc .i vag-..s na c1'1\prcsa; o <1u~1rto é o 111u'11rt exc·cutivo, p:1rn gestores de n1ais alto nível hicrárqtúco: e o (IJ. tin10 ê o Progr.una de Dcscnvolvin1cn10 l\cclcrado (Pl).i.\), pa1·a profissionais que descjan1 a.llccnder rapidan1cn1c: na org.-1nit.ação e realizar Cu™'>l> no Br~asil e no cxlcrÍOr'; (;o,n cs.,;cs d iferentes processos, a Oi plancj:t cornpor tnna 11150 de obra ,,ariada, buscando lalc111os cn1 clifCrcnt<".S áreas e faü.xas etárias. r\o longo dos pl'ogra1nas ele sclc<;ão, uunbi:111 são ado1.-das pr:hic.:1s inovad<)r-..-i.s. E,n u,n dos procc~os, por c x(:n1plo, j:'t no ato da in:;<;1;ção on-line os candid;::ilos tinh;1111 de cu1nprir algu111as t.trcfrts en1 un1 jogo de sin1ulaçào das a tividades a scrcn1 dcsc1npenhadas 11:1 ~n1prcs:1. Outra inovação <>Cú1'1'(;U na cliuâ1l1ica ele grupo, quandu, alé,n d<· d('ba tt~;; e disc,1si:õcs sohre 1<·n1as divtr~os. ~,pl't'se11t..' l(ào in-

      dívidual e atividades ele J'esolu<;ão de p1'0blcrnas eu1 equipe, 05; caodid.-1tos Livera,n de jull1iíicar a.~ cscolha.'i pcSsOais e1n S(~us perfis do Orkut. "No iníc-io, ele.,; ftcarn,n con1 ,nedo, pois livcra1n ele ('Xplicar suas prcíCri:ncias co,n base nas co· n1unidaclcs de que fazcn1 parte no Orku,, desde 'cu a1no 111i· uissaia' até 'apaixonados por chocolate'. ~las, depois. eles se soh.-1r.-l1n e foi ôtin,o p;1ra conhcccr,nos 111clhor as pcsso,,s", c.:on1ou J.\ na Paul.1. ...\lén1 de ludo isso, a gerente de gcst
      Questões 1. V"océ açh::1que dar 0111 peso igu~1J (ou até nHlior) ao ro1nporta1ncnto e às qualific
      2.

      Em sua opini;io, as di11à1nic;1s d e gn1po cstarian1 l'nqu,1clrndas t'ln qual tipo de prática ele seleção estudada ncslt capitulo? Por quê? \ 1ocê se sentiria à vontade ao tc1· de c·xplicar as escolhas t~,n $eu perfil de Orkut dntal'llt- 111na diniunit~a de grupo d(' uni pmc;c.i~o iielçllvo? \ 'c>cC ;1rha quc t·s.sc n1étodo é inva:i:i,·o e pode ser c111b:u"n(OSO p:ira 1nuitas pessoas, sendo un1 erro da c1nprcsa. rcaliztl-Jo?

      Fonte: Hasl•ado C'lll Luciana C:tr\';iJho. '·Rl'C'n11a.1n<·nto g;:u1ha ;uern;-;io t:Sl)C("ial nà O."'. fbrtal Evm,r,. l)hponín:I <·rn: <w·w,,~exllmt'.!Lhril.ro,n. bt/11cgocios/gcS,c1ao/ 111)tidas/re<'rl1t.1n,c1110·g;u1ha·al('lltl,o•e$J)l"t'hllo(li-55382J>. t\<:c.sso l'1n: 19 n,;1.i11 Z(i IO.

      SS8

      Compo11.amento organiia~ional

      Estudo de caso 2 Analisando a avaliação de desempenho E111 lllna pesquisa realizada por lllna consultoria nort<.... .a,nc·ricana con1 1nais ele 200 clirtLores dt 1\:cursos htuna· ,,os de g ,·,lndcs e111prtsas, n1ê1odos (((' ~,valiação con1paraLiv::i qoc cn\'Ol\'<.'111 a dist-riboiç;io fon;ada e o uso de r(lnk,'ngs fo,111111 considcr.,dos bastante perigosos. por podcrx·1n reduzir o cngnj:u11crno \" a produü,idadc. De acordo con1 estudos e análise de casos hrasilc.iros, o 1né1odo de classificaçflO ld<· 1n17.('r 0111:'l i.é1i1· dc problé"1n::ts 1>ara ns <Jrg-A· nizaçõcs brasil('iras, co1no o aun1C'nto da con1pe1içào entre os funcioná,ios, a piora no relacionan1cn10 entre ges1orcs e subordinados e a rccht<;ão da autoes1i1na cios trabalhadores 111ais ,n:,I a\'aliadô$. E111 11111;, c1npn~::1que utili~ • çs..«.;;Lrnctoclologia de :1,·alia· çào. os (hncionários poclcn1 passar a agir de 111ancira cxccssi· ,i.u11cn1c indivicluall;,.ada. por se scntil'Cnl cn1 111na \'Crdadci· ·~• co1npt1içào co1n seus colegas (cujos ptên1ios e puni<;õcs podc1n ser 1nuito bcnc.':ficos 011 111alélitc~). 1\ lérn dis.~o. cn1 111n 1n1is onde o pcn;onali151no e o p;Hcr11;,lis1no s•1o tnu;os car;cictcrísticos das relações interpessoais nas cn1prcs:.u, lUll:1 1ná avaliação pode ser vista con10 tnna in1plicância pessoal. ao pa.~ que a boa chL~ificação de ,un C'olcga podt str \'i'eu. Por fin1, o ãnirno e a n1oti\'açào dos func;i()n::í1ios no pior gn1po do r(l11king podcn1 c.iir, piorando aind:1 n1ais seu dcscn1pcnho e tornando seu dcsliga111cn10 incvitá· \'el, iudcr>e1tdcntc::n1cntt~ de seu pote ncial de 111t:lhora. ~lcso1ú oa (; E do 81-asil, o rigido sis.1cr11a d,~ ª"aliação,. que· rorçt1 os g<.~ton·s a «·la:;sifitarc,n 20 por c·c1110 dt• S(!US subordin;:1dos na f.,ix;ci ele: 1ncJhor dcscn1pc:nho. 70 por cento na de intern1ediário e IO por cento na de baixo dcsernpc· nho. teve ele ser fle.xibilizaclo...\pesai' de os 1lC1'Ccntuais ainda c::xi:c.tirc,n, os c;hcrcs recchcraol autol'i?:a<;~o pata classificar 1nai$ foncionà rios 11::1 n,ixa de: rc~ult.ido superior. Ôulros casos de flexibilização cn\'olvcrn a busca ele 1naior transparência e validade ao processo. Na filial brasileira da scgul'ado,·a ~lc1 Lifc1 que inn'Odu1.iu o sis1c1na ele ""~1liaçào con1pard1jva cu, 200·-l, os ge:;101-çs prcc·is.an, \'alida1· ~uas cl:,ll).'SÍfiçt1çõcs ro,n p;u-cs d<.· otllras ilrca.!i, d.ando·lhcs n1(1ior conf-iabilidadc. Caso sc1nclhantc ocorre na ' Lêlcfonica. onde uni superior hicrá1"<1uico n1cdia a avaliação cios subo1-djna· dos 1'(:alizada por un\ gestor. .'.\i,.._ pn.\ p1ia ('rnpres.", de tclclbuia, tinl c~.so ajuda a n1os· trar co1no i.:. J>OS$Í\'CI rcct11-x.·r.:1r o rnoral cios canclid;-110.s na pior posição cio ranki11g. f~n1 seu prin1ciro ano n.- organiza· çàú, o dirct,>r de 111arkciing 01><·racional Paulo ~,lcsquita foi classificado c.01110 ·3·. c111 un1a e.,;;cala dl~ LJ'ês ni\'els. E·le diz

      ter ficado s.urprcso e triste, n1as nào dcs:lnin1ou por lt'r rccc· bido apoio e infonnac;õcs do sc1or ele RH da con1panhia. No ano scgui1nc1ele j,'1havia aSC<;ndido un1 degrau e. p,or 1n11ilo l>0\.1ro, nito h.t\'Í.t obLido a rnclhor chl.sli.ificação. C()nta~ cn· 1rctanto, q11c não ficou u;ste por ter cous.idcrado o p rocesso basi::1111c transparente: "(·u prct·isava de 77 por cento de sa· tisíaç;"io entre 1ncus subordinados para chegar lá. Consegui 16, 7 po,· cr,u o''. A \'ice·prcsidcn1r d e ,-ccursos hu1na11os da Tel(:Ío11i.:-a, Fn111çoisc~Tr.1pr11.-1rOlitit:1 da con1p;1nhia: ,;Huscan1os reforçar que o cnqo~1dra1ncnto l· tra11.sitório e pode rnudar no ano seguinte''. ~a filial brasileira da Bosch 1 a co1npetiçào entre os funcionál'ios c11\ d ccor1·,~1\cia d:i a\'alia(àO co,n parnti\'a em vis-ta co1110 u1r1prohlt.nHt a .ser sopcrado. l)c ac·ordo co1n o dirc1or de rccur.sos h1u11::1nos da c1np1-c·s.1. para a .i-\ rnéric:~, L.:1tin.1, Eclson Grouoli, '"ela (:_ incvilá\'c)> ,nas é pos.sh·cl arncui-zá· -la atrelando a a,1aliaçào de dcsernpcnho e a rcn1uncraçào \'ari::'l\'el a 111(·tas 1>01' equipes'', o que a cn\prc:;a fc.-7., COl1S4~· gui~1do cli1nin11ir o indi\'id11alisn10 e o clin1a de· di!ipu1;1 cnt1~ os colcg.,s de lrabalho. Esses cxcrnplos n1ostranl :, irnponância de se gerenciar ack·quada,ncntt o uso ela,;; técnicas ele a\'ali:u;ào e ele se con· sidcr;lr sen1pl"f as rea\'.ÕCS e rcs:i.s1ê·ncias dm sobordi1HH:los.. .'.\10 ccn,ído conl('tnpor.'tnco b rasileiro, o ,;gido 1né1odo CE estaria entre os IO por cento de pior clcscmpcnho, \·indo n ser 'dispens~,clo' por n1uitas ~·n1presas cio país.

      Questões l . O que \'OCê ,,cha do 111odck• de ;1\';;1li;u;ào con1p;1r.-ti,1c1? E cio 1né1odo que força os gestores a classificarc,n per. centuais clctcrnllnaclos cn1 cada tnna das t;,ixas t·s1abclc· cidas.? Se, t.:in ~ua 1urn1,l, ~1s nota:,. 11:,s pn)vas. tivc~s.:st.:nl ele ser scn1p1'C con1parati\'aS. não podendo haver rcpcti<;âo, córn intcrv:,los de 0,5 ponto. \'OC'ê ajuda ajud;uia seus colegas nos c."Studos? E se, para a prova final, 1i\'cssc1n sobrado apcn:ts \'OCê e outro aluno, e o profCsoor tivesse dito que un1 doíi dois 1eria de s<'r reprú,'ádo. \'O<"ê o aju· daria nos c."Stuclos? \ 'ocê acha que seus professores tên1 prcfcrên("Í
      Fonte: H:uc:,do e1n ,\n:, Luiza l lcr1.og. •·L~xc:cpcionais, 1ncdianos ou nte
      0

      capitulo 17

      1. Cl'~ola ,\lon..o). l:'uoo, ..C'...1laS cl~1 ,ida 1\~1.1··, /l,rta/ Eta111(. Di"siXlrlÍ\'d c,n: <\,'\\·\\:1'C\ista,'O('('th.~bri.Lrorn.br/ rH.)Licia/ 1n('I· hOn"-1:>IOOntcudo_52i 19i.i:hltnl>. t\ c"tS$ô (·111: 19111.\io 2010.

      2. \ 'cJa n. lkx·krr e· B. Ctrl1art, '"fhc hn1>.u:c of Huo1an R.csoun:e )lanagcn1c1u on Organi:1.allon:tl Pcrfonnancc: ProgiX'líS ::ind Prospcc1s" 1 / kadtnt>' <>] ,\lonau,,1(111 JQ11rnal, ngo. 1996. p. 7i9-801: ~I. A. lfosdid. S. 1;.J.ck:,0n e R. S. &huler. "'l(.-ch11ical aod S1rategic ..lu1o~)J\ l(.esou1X'e ?\la1,~,gc· 1nc1u Etli't'ti\'tll~ a~ l><·tc;,nni1\a1Us of Firn1 P<:rfc)rn1.u1cc", A,odm9• ef .\lanag('t1tr11:Jm11na4 fc::,~ 1997, p. 171-168; C .J. Collins(' K. 1). C lark. ..Slln, 1\. Robinson. C . lt St1icle, ·1: 1). \V:<111.: S.J. \\(1(1(1, '"l'hc lnlJXICt of lafurnan Rcsounx :'lnd Üp('r:uíon,il ~ 1::ln.agc· lllt 1lt Pr.:icti('(S. on C<11n1>:.'l.ny Productivi1y: .•\ Lo1lgi1udinal Stud>-'', Jt,s(}l111rl P!)dllJll)J;'I. 61.. 11. 3, 2008. p. ·167-501. 3. \ tja. pôr c.·xcmplo. 1\. L.. KJistof:Bro\vn, R.• D. Zi111n1cn11a11 e F.. C.Johnson, "Conscc1u('nc:t.-sof lndividual'.s Fi1 ;u \\'ork: 1\ ~ lct:t·t\naly.,:ii. oi' P<·r~on~ol), P(.'rson·Organi-;,.:nion. l\:N,Qn· C1'0\IJ>. and Pc·rson·Sl11x.-1"\i<1:or F'it'', Pe4r,11nrl f>l)vk1>logr. $8. n, 2. 2005, 1>, 281-!J42: e D. S. Ocf<.uc e: F. I~ i\lorgcson, "Sta· bility a11d Chaugc in Pc1'SOn·1Ca1n a11d Pcrson-llolc Fit ()\'CI' "t'in1c: ~rhc F.ffi:<.'L'- of Gm\\·th Sa1i.sfr1c1ion, Pcrfornl:UlCC, anel General Stlf-Ellic~u.-1•'',Jou,,,o/ ef AJJ/)1.itd Pfl(/l'Qlog,r. 92. n. 5.

      ~n,c·

      2007, p. IN2· 12;3. -1-. ··P..-..quisa nlostr:1 IX'SO do Q J t d~ trnrcvista n~ ront1':'lta· çào", f~tutl Qyantu,,, rlm.ss111rnl. Di~>Onívtl c1n: <\\'\\'\,: n1ctodo. 5. G. Nichol~n, "Scrcc.~11 and Clcan: Good Screcning :ind R.i(·kg1'0und Chccks Mel() i\l:-1ke tht• R igtu ~l:u("h for E\'CI)' Optn Po.silion", ,H,rijê,r(, out. 2000. p. 70-72. 6. .J. 1\ U,oskn«-111. 1). \ ! Day e S. G. Thomas, '>\pplk,m Rc:1ctio11-: to Sclcction Procc:dul'CS: 1\ 11 Updatcd ).lodtf aod i\1cta-:\ nal>~:s··. Jtrso111u·l l'~JYlu1log,:. !Stt .. 2001, p. 63~)-683. 7. t-:. E. Ohistlli, '"l'hc \'"alidit)' of 1\1>ti1udc 'lt-stS in Pc1-so1uld Sclt'Ction", l ffl01111LI P~.r,hologi inverno 1973, p. ·l 75. 8 . E L. & hn1idt cJ. l·luntC'r, "Gcner.11i\ lenta( ;\hil.ity in thc \Vorfd of \\'o rl.: ()cr.up::a1io1tal t\nninntc•nt andjoh Pcrfi>r· ,u:.ncc...~.'/j) 'tlwltJg1, 86. 11. 1, 200•1, p. IG2- 1i3; e t-: t.... S(-hn1id1,J. t\, Shaflêr e 1. Oh, "lnc:1'C('(1'J'lmtl PS)Yhol· 0/IY, GI. o. .f. 2008.1, 827,868. 9. J. J·: S::dp
      or

      p. 1068-1081. lO. r\na Paula Porto 1\"oronht,, Fcrna11d~1 :\ndradc Fn·:ittlli e 1-ic:rnand::, ÜU;l1i, " l~tr.i111('lrós psit'On1étricos de 1cs1cs p~i· colúgicos de inteligênc:-ia .,• htltrá(dtJ nir /'Jitol1Jgil1. 6{2/. 2002,

      p. 195-201.

      Políticas e prttti<ásde recursos humanos

      559

      L1•.J. Flirn, '"Can \ 0\1l('II Applcwucc fro1n PkkJts?" IV/rbt..,., 9 OU!.

      1995, p. 106,100.

      ,,-z

      12. "'l(.~tc·s d.._. J>ct'lSQnalidadc são cada 1n;1i$ c(un1u,s", () Portal do Adnri11islra(dO. ft.•v 2008. l)isponÍ\'CI cn1: <\V\V\-V. ~1<11ninis1r.1dol'('s.(;01n.l>r/inforrnc-sc/i11fi-,nt1:1li\'o/tt·stt.-S·de1>cr~u1alidadc·s.10-t.,1da-,·l·z-n1:lis-co1nu11s./ 14 221 />. 13. ~I. R, Barricl.. ~I. K. ,\lount e ..C1\.Judgc1 "Pc1'S01Klli1y and l\:1•rol'n1ancc :11 1he Bcginning or 1h(' Ne-\\' i\lillt 1lniu1n: \\'h::u Oo \\'e N10,\•ancl \\thcre Do \Vc Go X('xt?" Jn/('l,ia· ti()ROI )uu,11al ef .'Xl«rfo,1 & llsstJSJtUtil. ,nnr./jun.2001, p. 9·30: ~I. R. B;u•rick, G. L.. Stc,\'.'ln e ,\1. Piotr'O\\'Ski, ··P<:Mn:.\lit)' and.Job Per!01·nlall('C: 1C's1 oi' thc ~ l{·di:.ning Efltcts of ?>. lo,. lÍ\'ation t\rnong Salc:i Reprcscn1::,1i,""e,''..]Qur110/ ef AJ1J1littl l'v·· thOl"f.• fcv. 2002. p. H-51: e C..J. Tho~·Sh Pcrfc.H'Ul:1n('1' and Gro,,11h ·rr:ticc-tori<.:S in 1taintC'nancc a nd 'l'r:, n~itionnl.Job S1agcs",]wrnol ef. lpplittl Pvrholog~ OU1. 2001, p. 835-853. l ·1. O. S. Ouc:s, e. v -lS\\..:'S\'11nwl 4'. lpplird P~yy. ago. 199'.l, p. 6i9· ,703: 0. 5. Onts, C. Vis,\'CS,·.tr.u1 t• E L. Scluuidt, " Pé1'$C>Ofll· ity a1ld t\ bsc,ltccis.in: 1\ ).ic1a-:\ nal)>sis of l1ltcgrit)• ..IC~1s". f:.'ruopto11Joun1ól ef l>miJ,u,lílJ. nlat./abr. 2003. Supltnlc1110 1, p. S19....S38: e(:. ~I. Hcl'ry. J~ R. Sackcu e S. \\ic,nann. ·r\ Revic\,• oi' f<.ccto1 Dcvt lop1nents in lotcgl'it)' 11.'~t R("S('a1'eh'', ltrs()nnd Pv'. 2i l,301. 15. "'íc.-s1c onlin,~ dc1cc1n nÍ\'f'I de ética no 1rah:ilho... Rtda,,JJ, ..rt1rt1, out. 2005. l)i$ponÍ\'çl c,n: < "'''''.tccnologi:1.1crra.co1n. br/in1crn;,/0,,01726 198-El4803,00.tunll> . '16. J.J . Asl1cr cj. ,\ . Sci.irrino, " Rc,tli$.lic \ \forl. Sanlplc 11.."sis: ;-\ Rt\'ic"·'': l'tr.,01u1rl l's;·, 248·260. I i. I~ C:irbon:irn, •·1~ire !Or 1\ t1itodt·, ·rrnin for Skill", Rui (.:O,n· /i. 5:},58. J9. E Llcvcns, l·L PéCl(.'fSC E. &hollacn, "Situa1jonal.Judgn1cn1 'f cs1s: 1\ R1.·,it\V' of R<'et·iu Rcsc:irch", P(rso,1111/ Rn·in1137, n. f,

      2008. 1> ·126-+1I.

      20. R. t\ . Postluuna, E (~ i\ lorcgc~n e .\J. A. c:,unpion, •·(k· yond E1nplornu:nt lntc1"\'i<:\\' \ 'alid i1y: :\ Co1npn•hc•1L'-i"c l\arrtttivt· Rt.•vie"' of Rt't-cn1 Rc.scan.-h and ·rrcnd O\'cr ·11,u c". /mt>,mr{ Ps.,drolog_)'.. prin1a\'t•r.:1 2002. p. I; e S. L. \ \'ilk e 1'~ t--:1,ppclli, "U11ck.-s1:n1diug lht lkt<•nninauts of f.1nploycr U:1c of Sdcctio11 ).lcthods", Pmu1111(/ f's;vJ1olng,:. pri1n~\\-era 2003, p. 111. 2 1. "Pesquisa ,nostl'a J)(.'SO do QI e da cntr'c,~&ta na contt.Ua· (ão". l>it,tal ~1a11t11,n ,tss,ss,n(l1t, Oisponi\'el en1: <\,'\\'\\'. 1ntt0.

      S60

      Compo11.amento organiia~ional

      22.

      rf.J. 11:,nson c j . C. lk1.lesrrcri..$pero

      1 ''t\ n 1\ltern::ni\'C lO linc r\'ÍC\\~.., Pn)Qnn,("/f>Utnal.juo, 1985, p, l l•h \ tt:ja ta.,nbéo) ·r. \ V. Ooughtrly, D. B. ·rurb:u1 c.J. C. C:-.lk odcr, "Confiru1· ing Firsl l1npre~\io11s in tl1c En1plor n 1cnt lutc"·ic,\': !\ Ficld $ 1ucly of h u~"·ieh fr Bc-ha\'ior" ••7m1r1111l '!f. lppl,(d t>s_y,holog_-,;

      ou,. 199-1, 1, 6é>9./lô5. 23. K. 1. ,"an dc:1· Zcc. :\ . U. 8akkcr e I~ Bakkç,·, "\\'h,· t\rc Stru('· t uted hlh.:*"~é\\',) So Rartl) L"scd in l'Cl'$01111cl S<-iectio n?'' Journal ef Apj;linl l'$JYhologJ1. ll·, ~2002, p. l 76· 18·1. 24·. \ ftjá ~L ,\ . )lc·Oanicl, O. L. \\'hc1Y.el1 E L. Sclunid1 e S. í).11aurer, ·•'f11e \ 1alidity oí En1plo)Tilt'nt lntc:-n ~e,\1': t\ Co1np1'(:hcnsivc Rc;,·ic\\' :-ind ~l('l!I•.\ nalysis",."feunu,f ef.lp· phd Pt1d•olog,. ago. 199·1. J>. 599-616: ~(. A. Campion. D. K. P,d,ner c.J. 1;;.. <.:..-unpion, ·~·\ RtYit~,,. of S1n1c1urt iu the St·lcctio n lnlcrvi(',v'', Pmmmtl f)f)Yhology. ou1ono 1997. p. 65!>· 702; e 1\. 1. l l uffcun e D. .J. \\'ochr, "Funhc·r Analy$is

      of F.1nployn1t•n1 lntc",ic-,,• \ 'nlidity: A Quantitati\'f' f.\'alua· 1.io11of' l111c"'ie,\'Ct•J{clatccl St1•ucturing ~lcd1õ<.ls'' .Jm1111al ef ôrgani<.ati<Jfl(d lkf1tr.:i&r. jul. 1999. p. j,t9-5-60. 25. \ ~in der i'..t.~, lk1kk.,•r r Bakkc-1; " \Vhr 1\rt" S1ruc-1urtd lu1er,ic" ·s So Ra rcl>' L.:sc•d in Pr rsonnc l &.-lcc:,ion?'' 26. R. E. Carbon , " EflCc:1 o r lntcr\-ic,,· lnlOnn;uion in :\ hering \.~tlid I n1pn.1i.iions' '.Jo11n,a/ ef Applird /~9y/UJ/()gy, l~'\t 1971,

      p. 66· i2: ~ L. London e ~I. O. I.Jakcl ...[ff('<'tS of 1\ 1>1>li('ant S tc 1'Cvl)1R~s, 01·dcr, and lnf'or,nation o n lnt('l'vÍI."\\' h11prt':ssions'',Jounu1/ Appliwu•nt h1trrri1rrx A Sl)(iolJntlgme,1t J"ror,ss.

      o;·

      O n1:íric), C:-in:td:í: S.I.R. 1982: e 'f. \V. l)oughcn y. D. B. rfi.11·b~Ul (' J. e. C:.allc,,ct..·r. ··Confitnl.ing r·irs.t h1'J>fC$SÍOns i11 th e En1p!0}'1HCnt Jntervie,v: t\ Field S1udy ôÍ lnt<:1'\~t,,-er Behavi1)r",Jm,rnnfef Applinl /~·,t1oJov out. 199·1, p. 659-665.

      27. E 1... Srlunich e R. O. Zinuncrn,:-1.11. ')-\ (:ouutcrint uitivc l lypo1ht·sis 1-\ hout En1ploynH~n1 ln1c"·ic\,' \ 'alidity and So1ne Sl•l>poning Evidcncc",fturna/ ef Applied Pofflology, 8'9. n. 3. 20D-I. p. 553-561. 28. "Sutver Finds Eo,ployl~1·s Fo1•1n Opinioos of J, 1139-1 l ·16. 29.•, . R. Bardack é E ' C ~lt{\odtt,,·, "'fhc lnllucncc of Ph~si· c:ctl ,\ llr~~cti\'cncss and ~la uncr of Orc:ss on Succ:css in ~, Sin1ulatcd Pcrsonncl Occi.,;ion'',Jo11n1a/ ef S<xiaJ PJJYhofogr, ~o. 1985. p. ii?-118; ~(. l losodn~ E. E Slonc·R.o n1cro <· G. (:oats, ••'l"hc Effccts of Physical t\tt1-ac-1iveoess on J ôb·Rt ktll'd Outcõ,nt:s: {\ ~ ltta·,•\ naly~i3 of Expcrin1cn1::,I Studic·s", Pwson11tl f'vyfl(Jfogp.. 56. n. 2. 2003, J>. ·1'.l l -'162; <" )l. F. J.uxcn <: F.J. R. van d<.' \ 'ijvc."r, '·F;ic i:ll 1-\ nrnc1iv<'nc$.."'-, SC'sual Sclection, :tnd Personnel Sclt."<'lion: \\'h«-n l!volvl'd Pn·l'crcnces ) lauc r", Journal '!f Orga11i.{áfiqn(lf BtJuu:ior. 27, n. 2, 2006, p. 2·1 1-255. 30. K. ~I. Engcn1illlfl 1· 11. ·i: Ú\\')'<'t ng, "\\'hat'.s i11 a Nà11tt?'' Tkt Jtrgi()lln/ f ~-011on1iJJ, jan. 2006, p. 10-11.

      31 . .J. r: S;1Jgado e S.11ostoso. " \ talidicy of thc Str uccutcd B..·l1:-1,•io1«.tl l 11tcl'\~c,\ ... Rr.:ÍJtá d, Ps~'rologfa dtl 1'r,,bqfo y r!t los O,jftnit o,i()n(S 11 , 199~. 1>, 9-2·1. \ ,'cj:-, tan,bén, S. ~(osc..'()SQ c:J. E Salg.,do, º'Psycho1nclric Pro1>crtics of :.'I StrucH1rtd lkh~,·· iol'l"1l lntervi(·,,· 10 liirt Pr1\'atC S('C'l1ri1y l'crso11ncl",Jo·un10/ ef //14si11,.ss ,1,1d l'9Yl1ol,,g_;. o utono 200 1, p. 51 ·[>9.

      :l2, \Cja G, J\ , J\ dan1~1 1: C, Elac<1ua e S, :..1. Colarclli; "'fht E,nplo)"nu::nt lntt1,'ic,,· ~IS a Soc-ioo1ctric & lcctio 11 1'cch· ojquc··.•"fo11nu,/ef Glfll,(p P4.1,ltoll1era/(f, 0010110 199·11 J>, 99· 11 3:

      33.

      3·1.

      35.

      R. l .. Dipboye. "Stn1cn11'i."na.li1y and O rg:111iz:ni(n1$: 1\ 'fcs1 of 1ht• J fomogcnci1y of Pcrso1i:=1I· ity l·lypothcsis... ~7ourr1al oJ AppUtd Í'J)·. :-\ , llcc•ns.tcin, •"J'ht ~fin,c 8.)1nb in thc \\'orl:.IÕ1'tt: lllit<:1-acy", IJ1tJinr.n fl ifJ.·, 25 li.,,, 2002, p. 122; l' ~ 1. Su1ulia11, " Eugk1nd F:tils on Ntune1-acy aod Litt1';).(j:' 1,,t,Jic Fi111J11(t. 6 ~-,~2009. p. 1:l. llayn1on, '}\ n1e;ric;i's S60 Uillion Pm blcn1", p. 52.

      <'"""'·

      0

      ' ,

      36.

      3i. C .."'-n.sh<·n1~':t\ Nt\,' Uluc~C,ollar \\'orkl'', Jl áll Strett."for,nwf. 30 juu. 2003, p. ll 1. 38. (;ahri<·l Pt·nn.i. "~ lcrcado oav.al l>01nhando", Rn:i.sta IMI S/,1, cd. 135, 8 "''· 2009. 39. G. J{., \\'e avcr. t.. K. ' íit...,,·ino e l~ L. Coch~ln, "C'.orponltt· E,hics PracliCi.$ in 1hc ~lid· 1990's: ,\n E1npi1ic:al S1ody of thc t=o1,u1lt 1(M)(}" .fl!Un1t1! ef' BuSÜl(.U f.llu(s. J(_.,,,, 1!)l.)9, p. 283-294-. ·10. ~·· 8. '\'o<>d, flusi11tSS ElltiN in , ·,,(~fUlÍtl "Ji111i'J. Upr>cr S:,ddlt> Ri\'\'r, ~J: Prcnticf l lall, 200-L J>· 6 1. '1 1. \ "cja. pore.xc,u1>lo. l). Sctig1na11. "O.xy1noron 101'', f°YJrbts. 28 ou1. 2002, p. 160-161; e R. H. Schn1ill, ''Co,npanie...; {\dd Ethic.s ·rraining; \Vill h \\'orl:?" lt~/J Sirtttfll/frutl. + nov. 2002, p. 8 1. -12. \\'. R. 1\ llt•n, P. U,u;dtlyan1 K. B. Ko,\'r1J~i t~ 11. ti. Ri)); " Ex:-unining 1l1c l1npt1('l of Elhics ' l 'r.,ining on Ousincss Studcnt \ ·alues'', ltduc:rii. 1: Punoncn e· 1-1. Pcsoncn, "Ef. fi:cl of Husint.~ E-58: 1! K . 11. SlH~ldon (' 1- s. Kricger. ··u ,ut<;1'$l:.\.llding lhe j\('g:lliVt Eff<.:Cl$ of Lcg~tl f.dut.1tion 0 11 La"' Studc.nts: ,\ Longitudinal lCst of S<·lf-l)c·1crn1in:-11io11 'fh1."'ory'', l~rinlilJ m,d Sl)
      ,ui/ ef Buslll(.ss EIJ1ics. 77. u. 2. 2008. 1>. l .>9-172. 44. K. Dobl~ "'l'hc:- U.S. Ü(.'p aruncnl of J..ahor Es.lin1<1tC!! ' l'h<11 70 Perc('nt of \\'o,·kpl:)ce l.('.trning Ü 1.,"<"urs lnfor n1~lly", SoJ,.s & ,\/arkrling 1\lonogr111ml. 1u)': 20001 p. 9+-98.

      ·15. S.J. \\'dl$, ··1·0rgc1 thc· fur1nl'tl · rr.lining. ·rry Cht111ing :u th(' \Vr1.tt 1' (:oolct'', _\ 'i-.c- Jó,I,· 1'1111,.t.. lO n1aio 1998, p. BU-11. 46. \ 1cj.t, por cxe111plo, K. C. Uru\\·11, " Uising Co1nputcrs lo l)ctivt:r ' 'J'r.1ining: \\rhiçh É1nptoyccs U-arn and \Vhy?" / " ·

      J()1111tl l'JJrhl)(l)g-,:. , 't1':.1o 200 1, p. 271-296; L K, 1..o ng e R. O. S,nith, ·"'['hç Rol1.• of \\'c:b·B:Li('
      l) cvtlop,nent'' ,."fourriál ef 1\lo110.$'n1rnt Da+p111(11f, 23, 11. 3. 200-l. p. 270-284; t• R. E. Demuin, H. A. Frití'.schc e E. Salas,

      "E-Le::u·ning in 01ganiza.1ions",.]D"i1111a/ ef .\Ja,1.t1t:mtt11t, 3 1. n. 3, 200;, p. 920-!llO. ,17. ··cuno on·linc - lntrl)duçào ao l)in·i10, cs1111111rl'I f rorn· p<:tt•nt'la da.Ju.s-ti(o\ Fed('l'al 9" edi(âO", l'urlá.l ,to J,uti(fJ I''M.n-al. Di.sponh-el cn1: <,,""'"·Pºnal.(jl~11s.br/cjf/t...,..c111os/

      capitulo 17

      curso-on-linc·20 13-i,u roduc:,o·a. :\ césso c:in: J6 n'laio 2010. 48. ·1: Silz1nan, K. Kraige.-. 1), St('\\·an. e R.. \\'ishe1·1 "'l'he Con11)a1'
      232-233. 50. D. 1\ . Kolh, ··~Janag<'n1cn1 and thc U·ar ning Pr(M.-c.~", Cali· JM11ia :l/(lnagtn1.111t Rn:i1u; p rin1avera 19i6, p. 21·3 1; e B. filip· cz.ak, ..l)iOC:1'Cnt Strokcs.: Lcatning St~'k'S in lhe (:lassroon1'>. 1;ai,1i11g, n1,u·. 199.>. p. ~3-48. 51. G. ~I. 1\lligl~1; S. 1. ·1:.11111c:11bau1n, \ \'. lkn neu. l·I. ·rra"cr e ,\ . Shotk,nd, ''r\ ~ lc1,t-r\n;1l)1Sis of thc Rc-1:iltion s 1\1nong ' J'r:1i11· ing ( :riteria ". I't l)'()flllt/ P9'llu>logy, 50. n. 2, 1997. p. 3-l·l ·358; <: T. Si11.n1an11. K. G. B1m \ n, \\',J. (:aspcr. K. l~l)' C R. I) . Zi1n,ncrio:u1, 't\ Rcvic\\' an d ~lc1i\-1\ n:ll)'Sis or t..h c ·" <>•no· logical Xct,\·o rk of ·rr:·l inc•c R.cactio ns",J our11a/ ef Applinl

      PvdJOlogy, 9'.l, n . 2, 2008, p. 280-295. 52.

      \\:J. :\ nhur,Jr., \V. lknn...-u.Jr., 1~ S. Ed,·n.st.· $. ·r: lk ll. " F.1:

      or

      f«:livencss of '1'1-aining io Ü•lfun1,1/ of Applkd l'grlrulogr, ahr. 2003, p. 2'.l 4·2·1S. 0

      5 '.t C ardêni~t A hbad,Ja iro J:.du:u-clo Horgcs 1-\ ndradc, l.ucia l lr1uiqucs Sallon.:111.0, t\na l .idia Corn (";$ C:unas e l):lnicl:t ?<. fora.ndinc, ··Projl:10 inslrut ional, ;1pr~ndiza.,q:t.·1n, sa1isfi1ç.io co,u o l«'i.na111e1110 e autOa\'àliaçào de irnp:1cto do tJX'ina· n1cnto 110 trahalho'', jul./dcz. 200 1. 51. J. J\. Cok1uitt,J . .\. J..4.•Piuc (' R. :\ . NO(·, "'lc)\\·:,rd an l111c.:grn· ti\'C ~rheory of 1'rnining ~ lo1iv:,i1ion: .A ~lcta·.<-\ nal)'lic l~th t\ naJrsis of 20 'VC":.11-g of ll1;"~c,1rch",."fo11nta/ ef tlpplitd P,fJth<>l· ~,- o ut. 2000. p. 678 707. 55. \ (:ja L. A. Burkc e H. S. Hutchiu$, "'l'r aini.ng ·r r;u1s.fcr: :-\ n l ntCb'1'áti\'t ' l .iccr::1H1n: R1."\ii(·'" '", t/11111011 RtS(f.Urrr /)a,'t/of!,n~11t !ltt·in.t• 6, 2007, J>· 263· 2!>6; (' )). $. Chi;,huru e S. \ ~ ~l:uino· ,,;,, •·\Vh::il Prt dicu Sl.ill 'l'~nsfc.-1-? .,\ n E:xploratOI')' Study or Go~ll Ü1'Íl:otalion) ·r1-ainiog Stlf.EJllt'a<.1~ ~u\d O tganizatioo:d Supports", /11ttn11llio11al)wr1tal ef Tmini11g ,md lk«lopn1r,1t, 9. n. 2 , 200!,; p. 1 J().123. 4

      56. ~I. Rotundo e P. R. S:u'kc..•11, •··r iu.· Rt·l,11ivç Jrnponnncc• of ·r a:sl.) Chiicn:ship, a nd Co\1n1erp1·oduc:tiv(" PcdOr. ,naocc 10 Global R :ttings of J ob Pcrfo1·r11:1nce: ;\ Poli<') C ::\ ptur iug 1\ pproách", J o,u,u,/ of Applittl Pqtl,olog.l', 87, u. 1, 2002, p. 66-80; e S. \\'. \ Vhiting, P. ~1. l'o dsakolr c,J. R. Picr('t. "EfTects of ~n,sk P1.·rfol'ln:u1ce. 1-1...-lping. \ 1o i<"e~ and O rgani;,;ation:.)I Lo)•a h y on Pctfo1·1nancc 1\ p pr~tisal Rat in.!,"li'',Jo1tnu,/ of Applitd P.r;·,ko{qg_r 93, 11. 1, 2008. I>· 125-1 39. 5 7. \ \~E Casc:io, Appli1d l"sy,hologr i11 fluman R.fJOllr
      cd. 129. 10 """'· 2009. 59. \ 'c.:ia \\',

      (:. Bo1·,nao e S.J. ;\ Loto" 'idlo. "Expanding thc c.:ritcrio11 0 0 11,aio 10 ln( ludc Elc111cnl'i of <.:0111<:xtual P('rforn1.111tc;'', in X. Sclnnitt e \\: C. Horrnan (0 q,"":-.), l"mou· 11tl Stl«ttin, ;,, Orgs.Yg'f, outono 1995. p. 587-605: e S. li. Sculkn, ~I. K. ~louuo e ·1: A,

      Políticas e prttti<ás d e recursos humanos

      561

      Juclg<·, ''Evidcnct o f thc {Ã.)ns1r11ct \ •:"llidity o f l)e'\'cloi:nnen· 1nl R nlings of ~l::in:igcrial 1•crfon11::inct",Jo11r,1a/ ef 1fj,plltd

      Pi,,1,.1i,c., r"' 2003. p. ;o.oo.

      60. :\, H. l.o,chcr e K. S. 'lC'<'I, 'í\ pp1~1is.ll rri\'nds··. Pet#Tt11tt l ,]011nu1I. sét. 1988. J>. 139·1 ~5. 6 1. C itado 1>or s. :\1·1nou1·, ':Job Rcvil"\\'S rl'ak<: t\ ddcd Sig1,iíiC':-lll(C in Oo,,·n rJ'irllt:$". {j $:I ~ (odllJ, 23 jul. 2003, p. ·I H.

      º"

      62. D. J . \Voch r, )l. K. Shceh~\n e \\: Hcnnctt, '/\.'!SCSSiug ~lca· s11n:111cn1 Ec111ivnlcnc<: t\ <'"l'OS.<4. R;,ting Source.'i: .•\ ~1uhi1rnit·

      ) luh ir:ucr t\ pproach" ••7wrnal ef Applial />9'(/l(i/og~ 90. n. 3, :l005. p. 592·600: e H. l·leidenlcic.-1· e K. ~losc1·. "Stlf·Otl1el' :\ gre<:1nc111 in ji) b Pc rfonn:.lnc·c R:nings: 1\ ~lcta·A1ialytit · i-c:st of a P·ro('.<"S.11 ~100('1",]Qttrnal o/ Applitd Ps.Jrholo&}', 9·1, n. 2, n1ar. 2009, p. '.153--3i0. 63. \ 'cj.1, por cxc1nplo.J . O. F.lctcau e S. B. Cn,ig, 'i\rc Pçrfor· ,na.nce f\ppraisal R.'llings fro n1 l)ííl'trcnt R a1i11g Solo-ccs C~o,npatiblc?" }IHtrrud ef Applial l'J.>'tlwlo~ :""tbr. 2001. p. 215·227;J. E Brt'H e L.. E. :\h, t1l(:r. "3(-.0.0eg-i·cc h:~cd· back: :-\ ccur:u.·y, R,·aclions, and Pcrccptio ns or Uscíiiln<-'S..<4.", ,]i)unu,t ef :fpplifd PJJ'tlwlog,,; ou1. 2001, p. 930·9·12i E Luth:tn~ e S.J . Pl."tcrson. "360 Oegrec.- ~cclbat.'k \\'ith !';ys1(·n1.1tic Coaching: En1pil'ic."d ,\ n~ll)~!S S um,"tsts" \\í nuing Co1nhin~1t io11", tlt1,11a11 /Usou«, .\lf11u,gar1a11. out(1110 2003. p. 2·1 3· 25(>: (' B. l.,J. ~I. \'::111 dc-r J-f<"ij,urici:t Bispo, ''l.irl<·ran. 31 111.ir. 2003. :\té5.'i0 crn: 15 n1a.io 2010; P:u,ícia Bispo, '/\ vali:1çiio p à l';t todos os nl\-çi$C'\ Jt110J Rtl. l)isponí,'(:I e n1: <,\..,\'\\'.rh.çon1.br/ Ponal/ l) cs('n1pc.- nho/) 1~·1c1ia/4335/a\'a lia cacrpa r.1•lodos-1,s·ni,'('is. h11nl>. :\ ccsso ,·,n: J:> ,naio 2010: P~nricia Bi)po, "Úé'SlOz'ti da NO\,u1.i.s U"OCcrii·nci:,s'', J)is1>onívcl c1n: <,,.,,'\,: rf1.f'ont .hrI Pon;d/ l.icler.1nc;1/ ).1:1tc1i.1 /3832 / gestores-da· IIO\'llni~1f'O('a1n•t.'ll'.J'1.'ri<:ndas..lu1nl>. 1\ ct~W c1n: 15 111:'lio 1

      2010. 65. :-\tkins t \\1(Kl(lt "Stlf V('r:;.\lS 0

      Ratings a.s J>,x·dic,ors of 1\s$c.sso1<:1u Ccntt1' R~1tin!,,<S"i e B. Pti,u 1 l. Kay, K. il. i\o,\·ack cj. G horp.1dc, " l)ocs 360-l)t'l,'ll..'C FCcd bo1c:k Ncgati\'c;ly t\ Oix1 Con11x,ny PcrlOn11:tncc?" ///lJ/og,,~i11r, 47. n. 6, jun. 2002. p. :,,1-59. 66. l lu_go Pcn:1 Hrnndiio, ~larco \ 'início Zi111n1c..·r, C:-irolina ( :ua1~oni Pereira. ft 1•nandn. )latque.s. Hcldcr \ fian a Costa, Pt.-dro Pa ulo Carbone. \ 1alêri::i ferreira de 1\Jn1;1da, ··Gcsc:\o de d csc 111penho por con1pc1i:1u;ias: integrando a gç.q:io IX'lr <:OlllJ'.K'ti-nt ias.. o holont1d scoufa1d (' :, ~t\':'tliàç,io 360 grous/ Co1111>etCllCl"·b:tscd pcrfonn:-incc ass<'SSn,ent: a 1nock l \\ hich intcgr~ues ('On1p<:l<'J1Cé·has<:d 1na11ag<'· 1ncnt, b:,la11<.·c.·d scorecard and :JGO'' fl'cdhack''. Dispo ni\·cl crn: <\,..,,..,,·.h.ti:cs. hiren1c.h r I cgihin I \\·xislind.cxc I i:.th I onli n~'. /? 1sis$c•rip1=i.ih I i :i h.xis&src=googlC"&haSl·= Lll .:\(:S &Jang=p&ne xtAction = 1nl.&c:, ltl.·OUI. 2008 67. ~la uricio ()livci~l, " P.1hn as pará que1n olcrccc", /'Q11al IQ(; Ri!. Disponi,'CI cm: <, v·w,\:n."\·is1.t\'occrh.abril.con1.b r/ 1101ici:,/1ndhore$p> . 1\ lccsso c1n: 17 1n:1io 2010. 68. \ 1cj.,, por <·xçn1plo,J. ,v.1,1cdg1.· e \\~ C. Jk>nu:in, '·C h,111ging ( :onct•p1ions :-ind Prnelicc:s in Pcrfo,·111.a nce :-\ ppr:tis.-.ln 1 in 1-\ . HO\Var'd (O ~ ). 71,t Ch1.t11ging.\ '&tu" o/ l l(nk. s,10 F'ronrisro, C1\:Jossc>•·l3:tss. 19')5. p. ·153· ~59. 1

      0

      1h<:l'S

      S62

      Compo11.amento organiia~ional

      69. \ 'cja. por t•).:e1nplo, D.J. \\'ochr... Undersu1ndíng F'r~nnc-of· · Rcftreot'C --rrainio~: ·r1,e t,npa,-Lof ·r..aioi11g 0 11 Lhç Recall

      of Pcrfôrl'na11cc l11for1nalion ··,J1Junwl ef tlpplild P~JtliowgF a~>(). 199·1. I>· S25-~>31l; K. 1.. Uggcr:slc;v (' 1.• )1 . S11lsk)\ ·'L;:-ing F'r.11ne-of·Rc:fi.•r('n('f ·rr:1.ining 10 Uncle1~1and 1he l,nplica· 1ion,;; or R:i.Lcr "ldios~·ncra.sy foi· R;uing ,1-\ t•<:u1\1C)···,fl',rr,o/ ef llppliW P!,J(l1oJogr. 93. n. 3, 2008. p. 71 l·i 19: e R. E l\h1.11cll e D. I~ F.\':-ul.,;, "Suurcc-~lonito1ing lºr.lining: ·10,,·:1rd Rcduc:ing R:u1•r F.spt:'C'tílnty Effect~ in Hch:l\'lor:11 )lca;,.11rçn1t·n1",

      ]wmal ef Applied Pvel,q/ogy, 90, "· 5. 2005, 1>, 956-963. iO. )1. S. ~ray1or, K. U.1'-mcy, )J. K. Ren~rd,.J. K. I.J:rirrison é S.J. (::i.nx.11, ,;l) uc Pl"oce-SS in Pc.:l'forn,~ncc A1>ptaisa.l: 1\ Qua~i-Espcri1n e111 in Proc:cduraljusticc", Ad111i11i.str111U•e Sei· ffl(( Cl!1.111ttr{Jl $("1. 199~•. ,,. ,195-523. 71. J. S. Luhliu, " lt's Sh.ip<'·up ·rirn1• íor Ptrf<>rtt1:111t<· Rt"'·ir,,~·•. l l'oll Str(fl ,]011nwl, 3 otn. 1994, p. B1. 72. ) lui1:is. de&(.;tS sc.<;Õ<."$ s..1o ba<:4.•:idas c•1n H. 11. ) ·lc)'l'.'r, ·:,\ $ohnion 10 lhe Ptr1hnuanfl: :\ pp1<1i$:1l l~·cdbarl,: l(nigma", A"ul<11!)· ef .\ ta,wg(11r(111 E.,;«11rh•t. fé"\·, 1991. p. 158.76. 73. 8. Gmes, 7 hdlrx,dilhtad. :S(J',·n \'ooi<: \ 'iking. 1995, p. 86. 7-1-. Si1noni ~ íissc:·I. "Qut'r n,tsn,o s.1b<:r o que cu :1cho? Pcsc:1uis.:'I t·spõc .tlgu,nas diferenças .surprcc11dcn1ts na 111:incira con10 hoincns e n1ulhercs lida1n co111 ;1 ,,nc - ou d ran1:i - de d:.,r '-' rt('tl)(·r ft•l'dh.ick", 01:u: 20 1O. Oisponi"cl tin: <\\'\\"\\:.i1u.inh.i.con1.br/No1id:il)c1;.,lhc. ~b1>s?XOlida IO::: 33ab4acd6(."C•.J.9c3 7<'<'5da+3>. .\ ccs.,w c1n S ru.iio 20 1O. 75. ·i: D. St..i1clhan:h. "lt's ·1"i1nc to E,~.tlualc \-OUr \ \"ork, and 1\ll ln\'ol,,·d A~ {~roaning'', lliJ/ Stmt]ounm/, 19 no,.,. 1996, p.. \ l.

      76. R.J. Hurkc•, "'\\'h)' Pc1fc,rnu111çç .-\1>praisal S)•:-1cnl.:- 1·1lil", Pmon,,.,J Ad111ini$tro1ion, j un. 1972. p. 32··!0. 7i. íl. O. Ca\,·lC)~ 1.. ~I. Kc·cpingc P. E. l.c,"\)\ "Panid p~11ion in 1hc P,·rfonlH1ncc 1\1>1>r:a..i<1.al Procéss .i.nd EnlplO)''('c." Rcactions: .-\ ).Jcta·A1lalytic R.cvie,v of l·icld h r.·eS1igations... Joun1al of App/i,d l 's.Jd,olog~ "S"· 1998. J>. 6 lf>-633: e P. E. 1,·,1· r J. R. \\'illi:un.s, .•~ll1c S0<·ial ConlC'Xt of Pc1fornu1nc·c 1-\pprai.,;a): 1-\ Re\'i1•\\1 :'lnd Fran1e,\·ork for 1hc 1:un1rc-'\Jo11n,a/ ef .\/011.ag,-· "''"'· 30, ... •l. 200-1. p. 381,905. 78. r. Ginu é ~·I. lt S<-h,\·citzc,·. ·•(Uindtd b)' 1\ngcr or Fc1.:ling 1he 1.ú,'t: HO\\' E,,,oLions loílucncc Advitc ·1~1ki11g ·.Jor,rr111l ef Applitd P9Yl1olag11 9!}, n. 3. J>. 11 6[>· 1173. 79. t-1. 1-lcickrncicr <.' K. ~loscr, "Scll:01hcr 1\g-rcc1n cn1 in.Job Pc:1fonnanc:c• R::uings". 80. \ '('j ;,, por cx,·n1plo, l lonwr(/ llu.sinm Rrril'u· on l lôrk 11111/ l..if, &/1uu~. l\.osLon: ll:-i1,'rlrd lh1~incss SJ>On. L. 8;:iilyn.J . K. Fklch(·I" t B. H. Prui11, l~~n,J 11'(/rk·l-à,ni!, &d,111((, São Francisco: J OSS(.")'·Bass., 2002. 81. "Ún lhe Oadd)'·rn,ck''. llóJIS1mt]ounuú. 11 n1:1io 2000. p. :\1. 82. K. \\'ti.ss, " Eddie Haucr USt..s ·1in1e as :u1 E1nplo~'éC' Ul~rh:.fit". J ()urndl Q( ()rgani.z,olional l-:,·ctlle11tt. in\'c rno 2002. 1). 6]. 72. 83. S. ll Fricdnlan cJ . 1-1. Grccnhaus, ll'Õrka11d Fo111ily . lllitsor l:.i,nnits?. ~ o\'a \'orl.: Oxford L' nivcn.ity Prcs.
      IJI/UJn(ff, 2i, n. 4, 2000. p. 485·507; t· C. ,\. lll1lgcr. R. :\. 1'1:uthç,\~ e ) 1. J::. 1loOinao. •·\\Xu'k and l\:1'S011al tire nounda1'\· ,\ laoagt-1ncnt: lk>tnl
      85. \ 'rja, por (·xcn1plo, C. F'lcu;hcr e E. 1.. Pcrry, ·'Pcrfonuancç Apprai:;.11 aud l~·('db..1ck: 1\ Considti.nion of ~::nional (:u1tu1\· anda Re\'ic,,· of (:ontcn,porary ltcscal\'h and Fulurc 'fn:ndf', ill ~. 1\ nractiC<'", PMiPmd P.sytl,ol()f.)'; ccrlo 1999, p. 359-392.

      88. JbicJ,, JS 38(1, 89. ~ . Andtl'Son t· C. \\'it,.•lic1, " F'a.i1·nç.;:,s Rcaclions to Pel'Sôn1,cl Sek-clion ~lt lhods: 1\n lntcrna1ional (:on11>:,ri.sou Bct\,·ccn thc Nt•thcrlands, thc Uni11..-d Stntcs, Frt1ncc, Spain, Portu~oal, and Sing;aporc", lr11,.rnotionol,]011r,ia/ ef .';<J«lion mui Assrss,nr,U,

      IG. n. 1, 2008. J>, 1-13. 90. )1.J. Burkc. S. Ch~tl•Séralin. R. Salvado1: t\. S1ni1h <· S. f\ , Sari,y. ···r iu: Role of N;uiuni\l Cuhurc and O tg;.u1i1..;1liona.J C!in1:1tc in Saícly ·rr.üning Elfccti\'Cllcss··, l!.Uropran]our,10! of l l ôrk a,ul ()rgoni<,o/i()nal Pqrlwlogr, 1i, n. 1, 2008. p. 133-152. 9 1. J. t-lal\. " l)oc·.:- Pt:rfonnnncc·-Hasçd f.i:ilar:,•Systc:111 Suil Ko~a?'' 7'll~ /(orm 'lin,t.r, 15 jr1n. 2008. l)isponi\'c·I <'rn: <,,'\,'\\(. k01'('!11ÍlllCS.CO.kl'>,

      92. I~ C. f....'l1ié)'· ..Sclf or C rou1>? Cuhural EO«'ts of 'fra.ining on S<:Jf.tílica<:)' a1íd Ptrionu~1nc,c ··. Adm1'11ú tr!llÍ.•t Só,11te Qi,artnf;\ ,n,11: l 99·l, f>. 89-11 7. 93. B. R. ):atJ1an, ..\. ~I. ~·l ohrn1a11,Jl'. e j . )lilli1na11. ''lnltr· pcri.on:,J R1·latio ns as a C:ontcxt fo r the Ef1CC1s of .\pprni.sal hn(:rvi(',,,s on P.:·rforman<:c e." Satisf.tl' IÍ()n: ;\ )...()ngirudin:il S1ud)'''..4tode,,9'ef 1\lo.nagtr1tt11l]rkfOn..-e", \\'orkforcc ~ l:-tn:'l,gc1ncn1, 22 sei. 2008. p. 1-25: O. l~uk~n e- B. Ha1·n, cr, '}\,,-ay fro1n th(· l)csk ....A.hva)'S", \\'alll Stl'éc.'t j oun1al, 1Et dez. 2008, p. 138; R. Zc·iducr, •"fclccoou nutiug: "f h c Good, 1hc Bad, and thc Unkno,,11", I IR. :.. tag:1zinc. n111io 2000, J>· 10; O. Í"OSt, .., ·hc.:y'rc \\'ori:-ing 011 1hcir j\l&l Siclc by Sicle'.. Xc"' Yori: 'J'inlt.'S, 20 fC\·. 2008. p. :'>: t R. Scr,lly. '"\\'orking Fro1), Ho1nc '(Oda.)' "fhat's No1 \\'hat \ 'i,ur Boss ·rhinl.,", \\"011..fon:·c· \ \1t'Ck, 6 111:, io 2007, p. 1.

      º"'º·

      18

      Mudança organizacional e administração do estresse Não são os espécies mais fones nem <•s 1nMs iniaigentes que sobmvi1,-e1n, mos sim aquelas que melilJYI' se adaptam às

      mml<m,As. Cluufcs Ocmvin

      OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM Depois de ler este capítulo, você será capaz de: 1 2

      Identificar as forças que atuam como estímulos à mudança e comparar as mudanças planejadas e as não planejadas. listar as fontes de resistência à mudança.

      3

      Comparar as quatro principais abordagens para administrar mudanças organizacionais.

      4 5

      Identificar duas maneiras de criar uma cultura de mudança. Definir estresse e identificar suas principais fontes.

      6

      Identificar as consequências do estresse.

      7

      Comparar as abordagens individuais e as organizacionais para a administração do estresse.

      8

      Explicar as diferenças globais na mudança o rganizacional

      e no estresse no trabalho.

      NADA DE MAQUIAGEM: UMA CIRURGIA PLÁSTICA Natura sempre foi uma empresa que entusiasmou seus acio·

      A

      nistas. Com um crescimento médio histórico de cerca de 30 por cento, que sempre vinha acompanhado pelo aumento dos lucros, a companhia era vista como um exemplo de inovação, sustentabilidade e boa gestão no Brasil. Em 2007, no entanto, suas vendas 'desapontaram' os analistas, crescendo 'apenas 11 por cento', e os lucros caíram 1,6 por cento. Apesar dos bons resultados anteriormente alcançados, algo indicava que a Natura poderia estar chegando a seu nível máximo de evolução. De acordo com seu presidente, Alessandro Carlucci, era preciso mudar. "O modelo de gestão que trouxe a Natura até aqui não é o mesmo que v.ai nos

      levar para a frente de agora em diante", dizia o executivo.

      Compott.amento organiza~ional

      E, de fato, a empresa mudou. Na verdade, ela passou por uma verdadeira cirurgia plástica, tendo sua estrutura, estratégia e até mesmo alguns valores da cultura organizacional modificados. Pressionado pelos acionistas, Carlucci formulou mudanças e criou o que ele chamou de 'plano de ação', uma série de diretrizes para reduzir custos opera· cionais, alavancar as vendas e aumentar a eficiência da empresa. As mudanças tiveram início com a substituição de três vice-presidentes, no ano de 2008. Três executivos foram contratados de outras empresas para fortalecerem a gestão e atuarem como agentes de mudança. José Vicente Marino, presidente da área de consumo da Johnson & Johnson, tornou-se vice-presidente de negócios da Natura; o ex-presidente da consultoria de recursos humanos DBM, Marcelo Cardoso, assumiu as áreas de RH e sustentabilidade, e Roberto Pedote, que estava na Nokia, foi nomeado vice-presidente de finanças da empresa. O passo seguinte foi iniciar a reformulação da estrutura da organização. A Natura tinha muitos executivos e de· parlamentos. Para se ter uma ideia, a empresa contava com uma Diretoria do Núcleo Olfativo e, apenas no setor de recursos humanos, havia nove diretores. Esse inchaço estrutural era uma herança dos diversos departamentos que gerenciavam as atividades da empresa no exterior. Desmontados em 2007 -visto que 95 por cento do faturamento da companhia provinha das operações no Brasil, o que tornava grande parte daqueles setores desnecessários- seus funcionários foram realocados nas atividades brasileiras, ocasionando o excesso de diretorias e subdivisões internas. Com essa estrutura em mãos, Carlucci colocou como uma das prioridades em seu 'plano de ação' a revisão dos quadros da organização. Nesse processo, níveis hierárquicos e alguns cargos desapareceram, o que gerou apreensão e angústia em muitos profissionais. Obviamente, o nível de estresse elevou·se na empresa, uma vez que não se sabia

      ao certo quem seria cortado. Agindo de maneira rápida e o mais transparente possível, o presidente conseguiu fazer uma grande reestruturação organizacional em pouco tempo, vencendo a resistência de muitos que desconfiavam das mudanças. Tudo isso já representava uma grande revolução na Natura, mas como já havia 'mexido no rosto e reduzido o estômago' da companhia, Carlucci resolveu lazer logo uma 'lipoescultura' e modificou profundamente algumas estra· tégias da empresa. A primeira delas refere-se â diversificação dos produtos. Apesar de continuar investindo maciça· mente em inovação e de contar com um portfólio de produtos bastante diferenciado, a empresa passou a focar suas vendas e publicidade nos produtos de maior demanda e rentabi !idade. Outro ponto foi o aumento dos investimentos em marketing. Antes, a companhia não anunciava um único produto ou linha, apenas a marca da companhia e seus valores corporativos. Com a reformulação, a Natura investiu cerca de 300 milhões de reais entre 2009 e 2010. O presidente também modificou o modelo centralizador de gestão, criando cinco unidades regionais, com auto· nomia para tomar as próprias decisões e desenvolver produtos específicos para seus mercados. Além disso, o time de Ca~ucci também criou quatro setores responsáveis pelas principais linhas de produto da companhia, como a Chronos e a Ekos. Segundo o vice-presidente de negócios, José Vicente Marino, "é como se a Natura tivesse se dividido em nove empresas. Cada unidade terá a tarefa de crescer e ser lucrativa. Com isso, queremos espalhar o poder pela organização e fazer que mais gente pense como o presidente". A tarefa de Marino como agente de mudança mostrava·se clara: integrar todas as áreas criadas com a reestruturação. Outra mudança implantada pelo executivo para aumentar a agressividade comercial da empresa foi aumentar o número de revendedoras, diminuindo em 20 por cento o valor mínimo das encomendas e criando a posição de 'con· sultora Natura orientadora', que tem a missão de recrutar novas vendedoras autônomas para alavancar o faturamento da organização. Para se ter uma ideia, apenas no primeiro trimestre de 2009, cerca de 140 mil mulheres tornaram-se consultoras da Natura. Com isso, Carfucci modificou drasticamente a estrutura e a estratégia da companhia, realizando todos os tipos de 'cirurgias plásticas' possíveis. Mas ainda havia dois pontos .a mudar, traços arraigados na cultura organizacional da Natura. O primeiro deles era a prática da decisão por consenso, que só permitia o encerramento de reuniões quando dezenas de gestores chegassem a um acordo. Para acelerar os procedimentos internos, essa ideia de gestão participativa e igualitária foi modificada, com a redução dos times que participam dos processos decisórios. A outra mudança é ainda mais drástica, mas ainda não foi implantada: a permissão para produção e o estabelecimento de parcerias fortes fora do país. Até hoje, a Natura vinha criando suas filiais no exterior 'do zero' e exportando os produtos fabricados na instalação de Cajamar, em São Paulo. Com essa modificação, a empresa estará mudando um traço característico de sua cultura, referente â confiança em parcceiros comerciais e à busca pela perfeição e controle máximo nas operações no exterior.

      É evidente que todas essas mudanças geraram uma série de resistências. Muitos executivos consideravam-nas graves erros, que poderiam destruir as vantagens da Natura, e a<:reditavam na recuperação do modelo anteríor. Além

      Capituto 18

      Mudança organiz.acional e administr.iç.\o do est,esse

      565

      disso, em função da profunda reestruturação, vários funcioná,ios ficaram apreensivos e o estresse c,esceu bastante na empresa. O retorno dos bons resultados, entretanto, serviu p.ara vencer até as resistências mais ferrenhas. Outro fator fundamental foi a velocidade com que as mudanças foram conduzidas. Realizá-las de uma única vez fez que todos os problemas e resistências fossem superados simultaneamente, aproveitando-se o mesmo ambiente de mudança. Afinal de contas, ao realizr todas as intervenções de uma vez, enfrenta-se um único período de recuperação. E não é essa a pior parte das cirurgias plásticas?'

      Eslc capitulo 1rata da n1udan<-"' e do cstrc-ssc. l)cscl'c\·crcn1os as J(>rç~ts :.unbicntais que cxigcrn que as cruprc.sas rnuden,. o porquê de as pessoas e o rganizaçô-cs frequentcrncn tc 1-esistircn1 a rnudanças e as 01;-Hlciras de superar essas resistências. Exan1inarcmos ainda di\'ersos processos de adn1inistracã.o de 111udança organizacional. l~,n seguida. falare1nos do csu'CSS(' e de suas fo11tcs e consequ(:ncias. Final111cnte. concluil"C1nos o capítulo co,n un1a di.scu~s..;o sohre o que os indi\'íduos e as orgnni1...ações poden1 fazer para aclrninis1.tar 1ne)hor os ní\'eis de t;stresse.

      ~~~~~~~~---~~~~~~~~~~~~~~~~~

      IJorças para a mudança Ncnhtun;, cn1prcsa está c111 u 1na situação particuhlrn1enlc cstá,-cl hoje cn1 dia. ~,(cs-1110 aquelas tradicio1u1ln1c1uc cslávcis~ cVél'SOS sistenlas opcracio11;1is o \lista e o \ Vindc,\,'S 7• por (·xc1nplo , ela ta111hc':1n u-.,bnlha para aco1nl)anh;1r e supc1·ar cn1p1'Cs.as co1no a Google e outras conco1Tcnlcs 111cnorcs que ofcn:ccn1 g rau1iran1cnrc pacotes de soft,,~,rc. J!n1 casos co,no o da i\ licrosofi, ter urn born d csc111pcn ho n~'io é so111c111c uana questão rclativ;i à ad111inistraçào d e un1a 1nuclan<;a. 1nas ele con10 e la conseguir{\ achninistrar di\'c rs.1.s n1udanças si1nuhanca111cnle ele curto e de longo pr.tzos. J>o rlanto~ " ~[udt ou n1orr-.1.!'. é o grito de f,'llCn.l tlÍ(ào cst:l 111udanclo. r\ concorrência 1)()(lt estar do outro lado ela cidade ou do outro lado do 111undo. t\ s organizações l:x:n1·succdiclas scn'io aquelas capazes de ser ágeis, dcscnvol,·cr novos produtos rapicla n1cntc e coloc
      S66

      Compottamento organizacional

      Quadro 18.1

      Forças para a mudança

      Força

      Exemplos

      Natu(eza da força de trabalho

      Maior d ivel'Sidade cultural Envelhecimento da população Imigração é téfCeiri.zc1ção creS(:entes Computadores mais rãpidos, mais baratos e portáteis

      Tecnologia

      Surgimento e c;rescimento das redes so
      Altas repentinas de juros para combater a inflação Colapso do sjstema financeiro intemacional Recessão global

      Competição

      Concoft~ncia gfobaliz.1da Fusões e consolidações Maior regulação governamental do comércio

      Tef1dências sociais

      Consciência ambiental creS(:cnte Liberalização das atitude:s para c;om funcionários gays, lésbicas e trans.exuais Mais tarefas múltiplas e conectividade

      Política intemadonal

      Politicas anticapitalistas na Veneiuela, na Bofívfa e no Equador Abettura de mercados na China Embargos a nações árabes, como o Irã e o Iraque

      111cnlc Acxívcl. Nos Estados l,;nidos. na Europa e no Brasil 1 o go\·crno cada vez n1ais. regula inclusive o p.:1g
      •ts priítieas Cnlprcsa,i~ús,

      produção con1 as lojas lliacl1uclo, todas as peças forarn dcstin~1dc1s ao br;1ço varcjisla do grupo, que pa$.SO\I a definir quais p,·oclutos dcvc,i,Hn ser produzidos. f.ss." cstratég h\, scn1clhan1c à adotada pe la cadeia espanhola Zara, ;\Javancou a.s v<:ndas cio grupo. un1a vez que ~,s lojas conscgucnt captar rnclhor as n1udanças 1,as preferências dos con.sun1idorcs.i Nc1n n1csn10 os 111ais exaltados defensores da globalização podcrian1 in1aginar con10 a polltica inlmuteional se 1nodlfica1ia nos últi1nos. anos. \ 'i1n05 o colapso da Uniào Soviétic.1 1 a abc11ura da C hina e cio S udeste d:a 1\sia, e a asc:cnç;io cio l'undarncntalisn10 islâ1nico. AJê1n di~o, c1uc.·s,õcs re lacionadas ;,o uso de recursos naturais nào rcno,·ávcis. ao dcspcrdk:io de nHHcri,1is e às c,nissõcs de gases poluentes caus~u7u11 n1ud;u1ças ('111 pr.\ticas achninistrativas relacionadas ao planrJ~unc nto da produção, tio rcaptovciuuncnto ele rc· cursos n1atcriais, ao cons u1110 consciente-- ele água e energia e à gestão ela in1agcn1 das

      contpanhias.

      Capituto 18

      Mudança organiz.acional e administr.iç.\o do estresse

      567

      00udança planejada

      Mudança Alte-raçho no modo de faze< as ooi$3$,

      I

      ___J

      Mudança planejada Mudanças intencionais e orientadas a objetivos.

      Agontos do mud3nça

      Pessoas que agem como vatalis.adores e aswmem responsabíhdade por g&rir ~ mu5'anç-a nas organ,iaçoes.

      (

      ___J

      U1n gruJ>O de funcionúrios d,c li.1npcza que trabalha para 0111 pequeno holt l desafiou seu c1npr<..-g-dclor: "É ,nuilo dificil, 1>ara a 1naiorié1 dt· nós, 111antcr un, t-squc1'l1a rígido ele tra balho d<\$ i às 16 hotas.", diss.c.:: o po1'ttL-,.,.)z. "'l bdo.s lçn1os irnport,1n1cs rcspons;1bilidaclcs fi\rniliarcs e p(::;soais. Un, ho,-.írio 1ígido ele trahalho n~o no:o. convé1n. \l;uno.s p1'0cu11u· outro c1nprcgo se não conscguirn,os u,n, honírio flexível cn1 sua c1nprcsa 11• O prop1ic:tário ou,~u atcnta1ncntc esse uhi1nato e concordou co1n a reivindicação. ~ o dia scguinl<\ aprcsenlou unl plano ele Acxibi.lização ele horário. U1na gr.tndc indústria automobilistica investiu bilhões de dóla res pant instalar u111 sislcma rohotizadc> uhra1nodcr110. Un,a da.s ,ire.as que dcvc1ian1 receber o novo cquipan1c1HO era o co11tro lc de qualidade, onde un1 sofisticado cquipan1cn10 co11trolado por con1putador ,nclhor.:u~::1significaliva1nc11tc a Citpacidade ela c111prcs,-.. dt dc1ccta1· e coriigir clcfci1os. Con10 o novo cquipan1cn10 nu1claria dl'aslican1c;:.n1c o trabalho elas pessoas do scto1· de conn'Olc de qualidade, e co1no a a.d111inis1raçào sahia que os funcioná1ios rcsistiriarn a isso, os cxecuti\'OS dcscnvoh·cra1n u1n progra1na para rtal'ncn10 da:s p~O;\s <.: dos gru1>0s ch:~1111·0 d:, org.-nizaç,1o. ~ a ..rclc1ns Br:1s.il 'lê·Jccon·l, 1elcfOnia de X·huo G ros.~ cio Sul, 1)()r cxc1n plo, ,una pesquisa iclcnlificou que a nn1dan.ça nun1 cenário co1npc1i1i\'o passa 11ccc:ssaria1ncncc J>cla aprcndizagcn1 de 1oclos os colaboradores da organização. i\cs1c capítulo1 va1nos rc\'cr algu· 111as técnicas que as o rganizações poclc1n utilizar para fà1...cr q ue as J>essoas se t'On1porlcn1 de modo diferente cn1 seu trabalho e cn1 sua interação fOl11 as dcn1ais. Qucn1 é rcspons.l,·cl pela adn1inis.Lr.tç~o das tlti,~dadcs ele n1udançt, dentro ela 01-gitnizaçi,o? ;\ n:.-spoinn é: os agentes de rnudança.3 Eles cnxcrg-.1n'I un1 fi.1\lu'O para a org-A11iz11ção q ut· os outro~ não ldcn1ific~1n·, e' eonscgucn, 1notivar, inv(·n1:.r e i1n plc1ncntar cs:;;1 visão. Os agcn1es ele nu1cl,-.. nça podc1n ser gercn1cs ou não, funcionários 110\'0S ou antigos, ou consultores externos. U1n cxc1np~o de agcnlc d e nn1ci:u1ça interno é Rohcr10 !\ lcclciros, presidente da c1nprcsa d e carlôcs de crécli10 R<:dccarcl. Quando rle assunliu o posto) no início de 2008 1 deixou claro que o le1n.a 'cn1 tünc que c.stá ganhando não se 1ncxc' não teria vez cn1 sua gestào. Scb11.1nclo o executivo, na ,-crcladc, ,;não se ganha 00111 un1 ti1nc cn1 que uiio se 1ncxc". Cont essa n1cnl.:tlidadc, i'.{cdciro.s corncçou a i1npla11tar várias snuclança.s parti •J111ncnuu· a base dt: t li('rHci,:, expandir o.s SCl'\~<;os de rrédil<> e lor11ar os p1"0(;CS."lOS ainda 1nais cficicrncs. Un1 dos p1'0CCSSQS: de tnudança que s.c lo1·nata1n sín1holo de sua gcsti10 na

      Rrdcca,il foi a 1ransfcrçncia ela ~ceie (ia ,·mprcsa de Siio Paulo para o município ck Barurri. O executivo cncarrcgou·SC de explicar os 1norivos da 1n uclança pcss.oahncntc para 1nuilos fllncioná1ios d urante cafés ela 1nan hõl na c1nprcsa. Ncss.1..~ con,·crs.-'\Si ficou claro que o tcrnpo

      Compott.amento organizacional

      A Fiat contnnou um 'esuanho' como agent& d& mudanças pata ttazer a empresa, então 'doente', de volta à lucratividade. Como novo CEO da companhia, Sergio Marchionne comandou uma reviravolta ao trar\sforrnar vma empresa hierarquizada e vohada par<1 a manutenção do stat41s quo em uma empresa voltada para o mercado. Sergio reduziu as camadas administrativas e despediu 10 por cento dos vinte mil funcionários administrativos. Ele aprimorou o celacionamento com os ful\cionários sindicalizados, reduziu o 1empo de

      desenvolvimento de carros e introduziu novos desenhos de automóveis. Um e.xemplo disso é a nova versão do Fiat SOO. carro compacto que ele espera ser para a Fiat o que o ,Pod foi para a Apple. gas,o na ida c na \'Oha à nova sede cm a principal 10ntc de resistência dos trabalhadores e, p ara superá-la, o cxccuti,·o defendeu a a nt<:cipaç;\o c1n unia hora dos horá1ios d e c,nradâ e saída cios funcion,trios.' ~·tuitos ~1f,'éntes dc n1uda11ç;~ fr.:,cass.:1.n1 porc1ue os n1(•111bros da organiz..:1çào r(.'$ÍS.ten1 a elas.. N4i p1-óxin,a scç-.'.io, discuúrtrnos fl resistência à ,nudança e o que pode ser feito;-, esse re;peito.

      ~~~~~~~~:~~~~~~~~~~~~~~~~~~

      n1esistência à mudança Nosso ego é frágil e 1nui1as vezes enxel'ga1nos as ntuda nças con10 an1caças. Urn ('Srudo rccc1ne 1nostrou que, n1csn10 quando são n1ostrados dados aos funcionários q ue sug<'rcn1 que eles prccisan1 de n1udanças> eles se apega1n a qualquer infor1naçào que c ncontrarcn1 e que sugira que estão hcn, e nào prccisarn 111udar:~ Isso foi obsc1, ,ado clar, 63 pol' cento deles confitn1aran1 1-csisrir a elas.(> 1\ l'esistência à n1udança pod e ser 1:>0siti,·a se levar a discussões a bertas e ao dchale.' l~ssas respostas nor1nahnc1ne são prcícii\·eis à a patia e ao silêncio, e podr1n indicar q ue os 111cn1hros da organização estão cn~jados no p rocesso. o ferecendo aos agentes d e n1udança u1na opo11unidadc para explicar sc:u..s esforços nesse: sentido. Os agentes de 111uduu·os 1'!1e,nb1-os da org.utizaçào. Quando eles traHun a rcsis1ênck1 apc11as con10 arl'!C.-'lça, c1n \'t"'Z de 11-a.1:l-la co1n o u1n ponto de vis1.-'l a ser d iscurido~ isso pode au1nc:1uar o nh•el de~ conflilos d i.síuncionais. A resistência à 1nudança nen1 scn1pr(' a pa rece de rnancira padronizada. Ela pode ser aberta, in1plícita> i1ncdiata ou protelada. É n1ais tãcil para os gestores enfrentar a resistência q uando r ia é aberta e imcdi:Ha, con10 quando há p rotestos, d in1inuiçào do riuno do trabalho ou an1caç.as de g reve. O 1naior dcsrdio é ad11"1iniso·a r a rcsistCncia quando ela é impl!cit~ ou pro,clada. Os traços da rcslstência in1pl icita são n1ais sutis - ptl'da de lc.'aldadc à organização, perd.-'I de 1noth~ção 1>arn o trabalho, aunlt1llOdos c1'l"OS e dcfci1os, au1n(:11to

      Capituto 18

      Mudança organiz.acional e administr.iç.\o do est,esse

      569

      do abscntclsrno por •questões de s.a lldc' - e, portanto1 1nais clificcis de iclcntific;ir. t\s ações proteladas ta1nbé1n 1:>0dcn, obscu recer a ligê1çào e11tre ;, fonte ela resistência e a reação a el;i e. as.si,n, a rcsi.:;têoci,1 ,;1caha vindo i1 ton,:t depois de stn\êHH\S, rn<·ses: ou alé anos. U1na pequena flll1danç,1 que causaria pouco i1nptu·10 pode 101·11t\t-s.c a gota cl'"gua po1'(1uc a resistência a nn1danças anttriorc:.s (Oi protelada e ar1nazcnacla. O Q u:ldro 18.2 rcsu1nc as prir1cipais í01ucs de resistência;; n1udança 1 que estão categorizadas segundo suas fontes. r\s fo ntes individuais rc-sidcn1 e111 caractcrísricas hun1anas con10 percepção, personalidade e necessidades. r\s fon tes o rganizacionais rcsidcn, na p rópiia estn1tura da organiz.1çào. É i111porta11tc observar que r.icnl 10
      Quadro 18.2

      Fontes de resistência à mudança

      Fontos individuais Criamos hábitos ou respostas programadas para enfrentar a complexídade da vida. Ovando nos defrontamos com a mudança. essa tendência de reagir conforme de costume t,ansforma-se em fonte de resistência. Segurança - As pessoas com elevada ne,c,essidade de segufança costumam fesistif â rnudança pôf se sentife-m ameaçadas. F<1tores econômicos - As mudanças nas tarefas ou rotinas estabelecidas podem suscitar temor com relação às finanças quando uma pessoa acha que não será capai de apresentar o mesmo desempenho de antes, especialmente quando a remuneração é vinculada à produtividade. Medo do desconhecido-A mudança faz o conhecido ser tfocado pela ambiguidade e pela incettew. Processamento seletivo de informações - As pessoas processam seletivamente as informações para manter suas percepções intactas. Elas só ouvem o que querem ouvi,. Ignoram informações que possam desafiar o mundo que construfram. Hábi tos -

      Fontes organizacionais tnêrcia estrutural - As organizações possuam mecanismos intomos, como seu pfocosso de seleção e as regras fonnais, para produzir estabilidade. Quando uma organização se confronta com a mudança, essa inércia estrutllral age como um contrapeso para sustentar a estabilidade. Foco limitado de mudança - As organizações são formadas por diversos subs~stemas interdependentes. Não se pode fazer mudanças em um deles sem aíeté'1f os demais. Des~ forma, mudanças limitadas nos subsistemas tende-ma ser anuladas pelo sistema maior. rnércia de grvpo - Mesmo que os indivíduos queiram mudar seu comportamento, as normas de gcvpo atuam de fo,ma limitadora. Ameaça ã especialização- As mudanças nos padrõés organizacionais podem ameaçar a exclusividade de alguns grupos especializados. Ameaça âs relações de poder estabelecidas - Qualquer redistribuição de autoridade para a tomada de decisões pode ameaçar as relações de poder já estabelecidas dentro da organiz.ação.

      Superando a resistência à mudança Oi10 táticas podc,n ajudar os agc1ncs de 1nuclança a lidar COll\ as rcsis1ências.11 Vantos cxan1iná-las sucintantcntc.

      Educação e comunicação Co1n unica1· a lógica da 1nud;1üça podr reduzir a 1"C$iStê11cia
      $70

      Compottamento organiza~ional

      Inserida na OJlda de privatizações da dé<:ada de 1990, a venda da Light para grupos privados gerou

      grande resistência nos funcionários da empresa. Junto com outras críticas, eles apontaram que tudo tinha sido muito rápido. o que abriu espaço para manter profissionais pouco comprometidos e competentes enquanto deixavam os melhores abandonarem a empresa. Trabalhadores etHtêvtStados utilizaram termos como 'injustiça', 'perversidade', 'crueldade' e 'drasticidade' para cla.ssificar a1 mudanças geradas péla privatização da Ught. io

      ~

      co,nunicaçâo pode ser útil panl 'v<:nclel'' a occc~iclad(' de 1n\1ch1oça ao ap1·esç1n ~)-la de n1anei1-a api'Opriada. 11 Urn estudo co,n c1npl'C8"S alen1às 1·evelou q,1c as 1nuclanças sào 1nais eficazes quando 1.11na c1nprcs.1 con1unica suajuslificaliva incluindo os interesses elas vii1ias p artes intcrc-ss..'\das (acionistas, cn1prcgaclos, co1nunidacli: e clicnrc:s) contrH u1na j ustificaLiva bol$Cada son1cntc nos interesses dos acionistas. 11 En1 outro trabalho 1 con1 tuna cn1pn.:sa br-ASilcira atuante na indl1s uia quírnita e petroqutlnica 1 percebeu-se que 80 p-Or cento dos fu11cio1nllios tonsidcra\·(nn fulcral o c.:011hcci1ncnto d o projeto pa ra :;•1bcrcn1 qual seu papel 11.:1 1nud~111ça c1n a11dan1c11to, s.coclo que o rncio de co1nurlic..:aç.:lo cc,nsidc..~1c,do 1nais ir·n1>0rta111c: por clc:s fo1-a111 as palcs1ras. Os at1torcs conclucn1 que a in1eraçào pessoal coufi·l'iu c rcdihilicladc para aqueles trabalhadorcs.1:J. Participação 1~ clificil unia pessoa resistir a un1.:1 1nuda11ça se 1iver patticipado de sua decisão. Con1a1110 C(l1e os panicipannes tenh,Hn cornpetência par;i dt1.1' tuna co1n l'ibuição signifira1i\'a, seu e nvolvi1ne1110 podt~1"'á 1'Cclu:t.ir a 1·(~sis1ência, ge1·ar con1p1·01neti1ne1HO e- 1nelhornr a qualidade da d ccis.'lo final. Conludo, existe un1 lado ncgiuivo: o potencial para luna soluç.li.o de baixa quaJidaclc e grande consu1no de 1tn1po.

      Apoio e comprometimento Quando o fu11cio11iil'io dc1nons1ra ,nuito ,n edo e ansiedade, o acQnselhan1cn10 e -a terapia. o u-cinan1ento en1 nova~ habilidades ou un1a J)Cquena lic-cnç..a rennJncrada 1.>0den1 facili1ar o ajuste. Q pando os gestores ou íi1nc:;ioná1ios tê1n baixo co1npro111ctinlcnto cn1ocional c:0111 a 111udança1 eles f:lvorec<·n1 o sfaluJ quo e rcsistc111 a ela. 14 1\ssi1n, inflan1ar os fu ncionários tambén1 pode ajudá·los a se cornpro1nctcr c1nocíonaln1entc co111 a n1udança cn1 \ ·ti de se a&'ârrarcrn ao .sl<1tus quo.

      Desenvolver relações positivas As pessoas se dis1>Õ<:n1 mais a aceitar as 1nuclanças se confia,n nos gerentes que as ilnplcn1cntan1. 11 Un1 estu d o pesquisou 235 funcionários de un1a gra nde coq>0raçào no ran10 h abitacional na liolancla que pass..t\·a por lHna fusão. Aqueles q ue tinhan1 tuna rclaçào n1ais posith'.l <:01n seus supc n.risorcs e q ue scntÍ}Hn que seu arnbicnlC profit-sional :;,poi.:1v
      Manipulação e cooptação i\ m11J1ipul11rlio se ,·efcre a ICl!lati,·as de iufluência
      dis10,.ção de fatos para tor1Hl-los n1ais a u·acnlcs. a sonegação de ifllOr,naçõcs e a criação

      Capit uto 18

      Mudança organiz.acional e administr.iç.\o do est,esse

      571

      de fhlsos rurnorcs para induzir os f1u1cioná1ios a acchar as n1uclanç<.-\S sào alguns cxe1nplos de 1nanipuJaçào. Se u1na crnpn:.sa an1<.·aç;., fcché,r unia ele suas unidades ca.so seus funcionários 1Hio aceitem 111n co11e nos sahí1íos) c se <1 a,neaç;:, não é ,·crdadeirc1, os dirigentes cstào lançando ,não da ,nanipulaçào. 1\ eoo}Jttl( buscando a o pinião desses líderes não porque isso vá resultar cn1 urna clccisào 1nclhor1 1nas apenas para obter seu apoio. 'fanto a n1anipulação con10 a cooptação sf10 for1nas rclativarncntc baratas de obtenção de apoio dos adversários à 1nudança. nu,s podc1n se volt~,r contra o agente no c,1so de as pessoas-alvo perccbcrc,n q ue <.'Stâo seudo usadas. Se isso c1éontccer. a c..:1"Cdibilidade do agente <:air{t a ZCl'O.

      Se lecio nando pe ssoas que aceita m mudanças 1\s pesquisas su&rcrcn1 que a habiHdade de at:citar e se adaptar t:"lcilrn(·ntc a n1udanças esu\ rc.:lacionada à personalidade algumas pc$SOas simples,ncntc ti:m atitudes n1ais posiLivas com l'Claçêio i,s ,n udanças do que ou11-as.1~ Essa~ pessoas Stio al:x:rtas a experiências, lon1am a1ill1dcs positivas nesse sentido, estão disposta.,. a a~stunil' l'iscos e 1ê1n con,pOí\an1cntos flexíveis. U111 <'Stuclo COlll gcs.1ores nos Estados Unidos, na l~uropa <: na 1\sia concluiu que ac1uclcs con1 elrvacla tolerância ,, 1iscos e sernclha111es àquelas citadas 1l() caso d;1 nlanipulação <: da cooptaçtio.

      As políticas da mudança Ncnhurna discussão sobre a resistência à ,n udança 1:>0deria estar cornplcta sern ul'na n1cnçào às polhicas da ,nudança. Co1no a n,udança inva1íavcln1entc :uneaça o stfltus quo. ela in1plica 1 inercn1ernen1c. allvidadc política.11 .~\ política. sugere q ue o írnp<:IO para a ,nudança vcrn provavchncnu; de fo rças c;.ae1iores aos agcnlcs de rnudança, de novos funcio n:'l.rios (q ue tên1 1ncnor in\'cstirncnto no status quo) ou de gestores deslocados da cstruiura central de pode 1: Por sua ,·cz, os gestores <.1uc rizcran1 sua carreira toda dentro da org.u ,izaçào e finalrnentc chegaran1 a urna posiç.;.1o de poder n;.1 hicrar<1l1ia cos1un1a11, ser u,n g1·andc obsui.cu1o ;) ,nud~tnça. 1:ssa é un,a aineaça real e conc1·eta a seu stlllus c a S\1a posiç?io. ~·lcs,no assi,n, pode-se espetar que elei: i1nplc1,'\('ntern fnudanças, até para pro,1cu· <1ue s.ào 111..iis cio que rneros zelado1·es de 1.una situação. Ao atuar co,no agcn1es de n111dança, pode111 sinalizar para os acionistas, IOrneccdol'cs1 fi.111cionários e clientes que clc-s atacan1 os problc,nas e se aclnpta,n a 1.1n1 a1nbicn1c d inâ1nico. F.,~dcnlc1nc1nc1 con10 é ele se supor, c1ua ndo forçados a inu·ocluzir rnuclanças) esses poderosos de long-d data tc.ndc111 a implcn1c11tar apenas as pequenas. J\s 1nudanças radicais sào 1nuito

      an1c;.1.çadoras. Isso <·xplica por que o.s c-0nsclhos de achn inistração, q uaudo recooheccrn a necessidade

      de mudanças rápidas e radicais cm suas organizaç<)(;S, íl'equentemcn1c buscam uma no\'a liderança en1 candidatos d e fora da en1presa.21

      $72

      Compottamento organiza~ional

      f!bordagens para administrar a mudança organizacional \ l;unos agora cxao1intu· a1g. .1111as :,bordagcns pata ;:i adn1inisu-ação da 1nudança: o 111odc;:Jo clássico de lrês ç1apas de l ..c,,rin, o plano de 1') ito passos de Kot1c1~ a 1>esqui$a-ação e o dcs.c.nvolvi1ncnto o rganiz:u·ional.

      Modelo de três etapas de Lewin Descongelamento Processo quo busc:t $uperar ~ pres~o tanto da resistência individual como da conformidade do grupo.

      Movimento Processo de mudança que leva a Ofganiuçào

      do status qvo para ~m~ nova condição dese~

      I 1

      Recongetamento Processo de estabilização de uma intervençio de mudança por meio do equilibrio de força~.

      1

      impulsoras e limita~ Forç&s propul$on,s

      Forças que direcionam o comportamento no sentido contrário do

      star1.1.s quo.

      I

      __J

      Forças restritivas

      Forças que impedem o movimento para f01a do

      I

      equilíbrio e.xi$tente._ _ J

      Kurt L.c\\'111 argun1cn1ava q ue as 1nudanç;,s nas organizações devia1n seguir u·ês eta· pas: descongel amento do st,,lus quo, n1ovime nto na d ireção de tuna nova condição desejada e reco n g ela m e n to da n1udança para totná-la pern)anente.2' (\'er Figura 18. 1.) Suponha que tuna cn1prcsa de aluguel ele vcícuJos 1cnha d ecidido reol'ganizar seus serviços de n1arkcúng no Sul do .Br..ts il. A c111prcsa Linha rrê-s divisões localizadas <'111 Curitiba, F'lorÍétllÓJ.>0lis e Porto 1\ legrc. J\ 111udança ,~s;1va consolidar c~;,s divisões c1n uni único escritól'io r'Cgional sediado na úhi,na das cidades. A decisão foi t0tt,11ncnto 110 sentido con1r:;l1-io ao do J/(lfus qu,,. Pcxlcn1~sc rcduzit as for ç as r estritivas., c1ue in1p(•dcn1 o 1no\'in1e1no pata fOra do equilíbrio. O u, con10 lcrccira alternativa. podc1n·sc con1l>inar css..1.s duas abordagens. E1n· preStlS C)uê já fora,n bcrn-succdídas 110 passado tcndc1n a se dcpar~H· co,n forças rcsuitivas, pois ai. pessoas qu('Stic,nan) a nc~ccs..<.icladc de ,11udança.2·1 l);i 1nes1na fol'ma, as pesquisa-: n1os:rran1 que cn1pr<:$aS con1 cultura.'i fo1·1cs se d istinguc:1n 11a i1nplcn1enlaçâo de pc:qucn~1s n1udanças1 1nas sucumbcn1 fts forças rc.·suiüv;,s q ue se opõc111 a nn1danças ra.clicais?> ,\ t::n1pn::sa de locação de ;\uton,óvc::i.s pode1in esperai· a resistência dos funcionários à consolidaçfio. Ü $ funcionários de C\11·idba e Florianó1>olis podetia,11 não querct s<: ,nudar para outra cidadc1 lrocar os filhos de escola, fhzer novas a n1izadcs1 ter novos colc1,ras e assu111ir novas responsabilidades. 1-\ fin1 de enfrentar a resistência. os ad1ni1ústradorcs podcrian1 utilizar incentivos positivos, <:01no un11 aurnento de rc.:n1u11cmçf10, un1 p,,ga1ne11lo generoso das despesa$ de n1odança e linhas ele ctédiLo cspr-ciais para f."lcili1ar a co1npta de no,·os i1nóveis na capilal ga(1cha. ( )s diligentes 1an1hén1 poderian1 ronsid<;rar o d~congclar do slalus quo por n1eio d;, cli111i11açào da.s fo rças rc.striti,;_,s. Os funcionários podciiatn receber aconsc:lhan'lcnlo individual. J.\ <s preocupações e apreensôc-s de cada un1 scria1H ou,~das e esclarecidas individualinc1Hc. Prcsuo1indo que a 1naioria delas sctia injustificada, o conselheiro podc:iia hra.rantir aos fu ncionários que não havia nada a l(·n1cr e ofCrcccr evidências tangi\'cis de <1uc as fOrças rcscritivas \:Tà1n injustific.adas. Quando a resistência é 1nui10 grJ.n· de, os gcs1orcs podern tCI' de rc:eorrcr l311lO à reduç!10 da 1't.':sis1ên<'i..1 quanto ao aun1c1uo ela atraüvidadc para que o clc:scongelan1cn10 tenha sucesso. 1\ ll:111 disso, as pesquisas sobre n1udanças orgnnizacionais tên1 1noslraclo q ue, para se.. rc1n eficazes1 c~as n'1udanças 1ên1 de aCOnlCCcr rapida,ncntc..·.2'> J\ s o rg::.u1izaçõcs que se prcp..11·a111 p;. 1':l a n1udanc;a se hcneficia11) ,ncnos <·n) l'Clação às que "ão d i,·cto à ação.

      Fig ura 18.1

      Modelo de mud ança de três etapas de Le win O.i
      Mo-
      -

      Reçongelomento

      Capituto 18

      Figura 18.2

      Mudança organiz.acional e administr.iç.\o do estresse

      573

      Descongelando o sta tus quo Estodo désêiodo

      Storu,

      ~ Forças restritivos

      /'

      ''

      /

      f f f f f ,'/

      ~---------' qvo fffjf Forço$ propul.soros

      Tempo---.

      Uma v(..l in1plcn1cntada a n1udanc;a. o nO\ú estado de c..-c1uilíb1io prc.'éisa s<:r rcoongc1ado par"a 1>odet sustentar-se no lo11go p rnzo. Se cs.,;;1 cwpa não for l'eali~ada, há g1-:1ncle chance de que a 1nuclança seja apena~ un1 ICnôn1cno 1cn1porário e que os íuncioná1ios trn1en1 re\'C.11ê·la para a situação de equilíbrio anterior. O objcth'O do rccont,rclan1cnto1 portanto, é estabilizar a 1nuda1u;a pôr 1ncio cio cc1uilihiio c111rc as fOrças propulsor..t..1i é rcsl1ílivas. Corno ::l c1np1'C"..Sa de loc~1c;~~10 poderia recongelar a ,nnd:tnça da consolid,1ç.1o? Subsll1t1indo, sistc:1natica1ncn1c, a.~ fOrçtts t(:tnporál'ias pol' pc1·n1ancn1cs;. Os gcsto1-cs poclc1n clcc rc1ar un1a e levação p<:rtnancntc: dos salários. r\.\ regras e os rcgulan1cn1os que oric:1ua1n o con1porca1ncn10 das pessoas afetadas p<:la 1nudança ta1nbén1 dcvcrian1 ser rc,istos para reforçar a nova s ituação. Co1n o J)ass.ar do 1c n1po, é claro, as nor1nas do próprio grupo se dcscnvolvcrian1 no sçnt:ido de sust,cntar o novo equilíbrio. 111as, ~Hé chegar a esse rno1nento. os gestores prccisari;:1111 ele 1ncc.ani.s1nos 111ais fonnais.

      Plano de oito passos para a implementação de mudança, de Kotter J ohn Kou<'1· 1on1ou pot t.>.-"l.Se o n1oraz.o, a tel\dê11ci,1 a declarar a vitória cedo dctn:,is, e a f.:"tha de anco1-agem da 1nudanc;a na cult1.11-a da organizac;ào. Koner estabeleceu, c111ão, o ito passos sequenciais 1)<1.l'a a sup(;raç.ào desses p1-oble1nn.~ l~les es1âo listados no Quad,-o 18.3. R.epare ço,no os pri1neiros c:nuatro passos de Koncr são tuna cxtcnslio do estágio de 'clcscongclarncnto' de Lc\,•in. Os 1>a.ssos 5, 6 e 7 rcprcscnta,n o 'n10,i1ncn10' e o passo f-inal é o ' rccongclamcn10', A conuibuiçào de Koucr é ofc.:rcccr aos ahrtntcs de rnuclança un,a oiicnta<;ào majs detalhada pa1-a a in,pJcancntaç~io bcm·succdida de 1nudanç.a.s nas organi:t.açõcs.. Pesquisa·açio P,ocesso de mudança baseado na coleta sistomâtico do dados, seguida da seleção de uma ação dé mud<'lnça com base no qu<.t

      os dados analisad0$_ J sugerem.

      Pesquisa-ação A p esquis a -ação l' 0111 processo de ,nudança basc.:tdo na coleta slstcn,ática de dados, seguida da scleçi,o de t11n11 (tção de ,nudanç;"t corn base no que os d::1dos a11aliii.t1dO$ sugel"Cin.13 Seu valor 1-eside en, oíC,-eccl' ,,,na 1ne1odologia rientífica para a adn,i11is1raçào da n111clança planejada. A pesc1u isa-ação consiste e:111 rinco etapas: diagnóslico, a nálise, fiwlback, açà9 e av:1liaçà(). O agente de 111udança. quase scn1prc u1n consultor externo no caso da pcsquisa~nçào,

      co,neç. .-.. lt ,·al\1ando i,1fo r1naçõe$ sob1'<" os pl"oblc111as1 as preocupac;Õ<:s e as occcs..'\idades de

      $14

      Compo11.amento organiia~ional

      Quadro 18.3

      Plano de o ito passos para a implementação de mudança, de Kotter

      1. Estabélecer um sentido de urgência por meio da criação de uma ratão convincenté de

      que a mudança ê necess.ária.

      2. Formar uma coalizão com fo,ça suficiente para liderar a mudança. 3. Criar uma visão para direcionar a mudança e estratêgias para atingir essa visão. 4, Comunicar a visão a toda a organização. 5. Dar autonomia a outros para buscar a visão, removendo barreiras â mudança e incentivando riscos e a busca de soluções criativas para os problemas. 6. Criar, planejar e recompensar 'vit&ias' de curto prazo que encaminhem a organização para a nova visão. 7. Consolida, as melho,ias, reavaliar .as mudanças e fazer' os ajustes necessários nos novos progr'amas. 8. Reforçar as mudanças por meio da demonstração do telacionamento entte os novos comportamentos e o sucesso da organização.

      Font+: Baseado etn J. P. Kotter. l.cadlng Chor,se. 80$ton; Hawa(d Bvsinm School Pte$$, 1996.

      rnudanc;as dos 111crnbros da organiz..:'\çào. Esse diag116tlico í; scmclhantt.: f1quclc feito por un, nléc:ssoas envolvida.~ cn1 qu.1lqucr processo de n1udança ajudc1n a identificar o problcn1a e p:1rticipc1n da ciiaçào de sua solução. 1-\ ssi1n 1 a t<~rccirt, etapa ofitdbar.k d('tCr1l1ina oco 11lp.:tr1ilha1ncn10, co,n os funcion:írios, das dcscobcru,s da$ duas e tapas antcriorc..~. ('.01n a aj ucla cio agente ele nludança: os f11ncioná1ios dcscn\'ol.. vcn1 planos de ação para rc;:,li;,,."lr <Ju:a lqucr n'luda11çes ou um progra1na de adrninisLra· çào f>Or objclivoi; e' sai col husca de p1-oblc1nas <1uc justifiquc1n sua solução. r\ segunda \•antag,~111 é que, con10 a pcsquisa·açào cn\·oh·c intcns.an1entc os funcioná· 1;os no p•"Occsso. cl.l reduz a rcsis1ência à n1uda11\'ª· Ün1<, vez c1uc os l\1ncionàrios parllcipa1n ativa1nente dil etapa do.fet.dbat..k. o ptoccsso d e n1udança parcc<:. seguir soiinho c1n virtude da pressão sustentada por eles para in1plcrncruar a 111udança.

      Desenvolvimento organizacional 0.,S4)nvolvimonto organizacional Série de intervenções de mudanç•-s planejadas que buscam melhorar a .,fic6cia 0t9anizactonal

      e o bem-estar dos funcionários.

      _J

      O desenvolvimen to organizacional (DO) engloba tuna série de i 1Hcr'·venções de n1udança planejada, que husca1n n1clhorar a eficácia organizacional e aun1cnlar o bc1n· -estar dos ftu1cionêi1ios.l!'1 C)s n11;todos do 1)0 \'alori1.an1 o creSC'i1ncn10 hu1nano e organizacion.:tl 1 proccsso:i; colaborativos e participati,·os e un1 cs1,írilo invcstigarivo. O DO contcn1porànco apro\·cita ,nuito da filosofia pós· inodel'na e col.oca u,n::i g rande c,,fasc nas 111aneiras subjcLiv::is co,no as pessoas ,·ccn1 o an1bicntc. Seu foco cst;l cnl con10 os indivíduos con1prccndc1n o a,nbicn· te. O agente d e 1nudança pode orlcn.,ar o dcscn\·olvllncnto organi;,_,acional, porén, hei tuna rol'te ênfase na colabornção. l~s1cs sào os valores c1uc e1nbasan1 esse conceito:



      Capitu1o 18

      Mudança organizacional e administr.içAo do estresse

      575

      A Visa Vai&, emptesa de caftões de vale-alimentação,

      foc<1 o íortafecimento dom-oral de seus trabalhadores efn seu ptograma de desenvolvim&nto orga.nizacjonaL

      Oe acordo com a gerente de desenvolvimento de pessoas da c-0mpanhia, Débora Dado, atividades que estimulam a saúde, a qualidade de vida e o companheirismo enue os funcionários, como aulas de c:orrida e de yoga, são oferec:idas pela Visa Vale, que deseja aumentar o orgulho e o sentimento de pe-rtendmento dos membros da organização. Oferecendo atividades interessantes e abrindo espaço

      para a participação dos trabalhadores, a empresa pretende estimular a aceitação dessa mudança de mentalidade por parte dos funcionários.11

      1. Respeito pelas pessoas. As pcsroas s.'lo ,~stas COlllO 1t:Sp0nsávcis, conscientes e dcdi· c..'\das. D<...,:-c:111 ser tn uad..,.s co111 dignic~,dc e rcspcilo. 2. Confiança e apoio. U111a orgdlliz.:'lção cficai e saud,l,-el se C.'\ 111ctcriza por unl cfuna de c::onft..:111ç.:1. ,uucnticida
      4. Con.front:ação. Os p1Xlbl,c1r1.:1S ck.,e,n ser confiuntadoo abcn.arncnte, e n~io var,idos p,l1~ b.'l.~...:o do tr,pete. 5. Participação. Quanto ll\tÚS as 1x.·ssoas afetadas por urn:, 1n udan~~ p., nicip..1.rc1n das d('ciS(J(,-s relacionadas ao proccsso1 rn~\tS elas se <:on1pron,cter.to co1n su:-t in1pl<:n1cn1aç~10. (lt1
      mudar comportamentos por rne10 de uma

      interação de gn.tpo no: J · estruturada.

      levantamento de feedbaclc

      Uso de questionários para identificar discrepãnc:ias entre

      as pe,cepções dos memb,os, s&guido de

      discuS$Ões e sugestões de soluções para os problemas.

      Treinamento de sensibilidade l)i,·crsos no,ncs - 1rci11an'lc1,10 de lal>0rat6iio) treinaw rnt:nto de sensibilidade, grl•j»S de encontro ou gn.1pos ·r·(grupos d<' 11·cina1nc1uo) l"ércl'Cnl·SC' a u1n antigo rnéLodo d e 1llludança de 00111po1·ra1n('n10 1)01" ,neio de urna interação dc grnp,o não es1runu-ada.n Os ,nentbl'OS do &'"l'upo se re(1ne1n e111 un1 a1nbiente livre e abeno, no q11aJ di$cu1enl seus proce:,:;sos interativos, tendo u1n psir.ólogo corno Í.'\rilitador (n1as S(:lll pa· pcl de liderança), o c1ual ciia oportunidades para que os participantes cxprcs.<;enl suas ideias., convicções e atitudes. O grupo é orientado para o proe<:sso1 ou seja, as pessoas aprcndern por 1neio da observação e d0-s 11(iô cstruLurados inti1nidadorc-s, caóticos e prejudiciais às 1·clações p1'0íissior1:Jis. E1nbo1-a 1enha111 sido bastante popula1-e.1: nos anos 1960, eles l()ran1 di ntinui ndo na décadr, segui11rc e p1-alic:unenle desaparecr1·a1n. No enranto, a:s in1ervenções Ol'ganizacionais, corno os lrcinan1çnlOS para a diversidade, os ll'f'i· nan1r1uos exccuti\'os e os cxcrcíci,os de construção de equipes são descendentes dessa pri111cira intervenção c1n 00. Levantamento de feedback U1na fc:rran1c:n1a para avaliai· a.,; a1irudc.,; as..c;11111i
      hnlho, os cokgn$ e o chdc imcclinw. O s dados d o qucstioná1io são tabulados con1 os dados rclaci\'os à 'f.-uníJ.ia · especifica de cada pessoa e a coda a organização e, então> clistribuiclos para os funcioná1ios.. Esses dados

      576

      Compottamento orgc1niza~ional

      se tornan1 o ponto ele pa11..id.1 para iclcnúficar problemas e esclarecer as c1ucstõcs que podc1n estar c1ianclo clificuldadcs para as pC$0as. Un1a alcnçào especial é dada f, i111porcància do c.stin1ulo p(1ra ;, discussi101 gc.1~r,tlndo q,1c ela ~cja rocad(, 11as idtiai\ e 11t10 em c:ssoais ou as atribuições de tal'cfà? Esp<:11\·SC que as rcs1>0s1as rcsuhcrn :no co1nprornctii-ncnto do grupo co1n as soluções pa1'a os problcn1as identificados.

      Consultoria de processo Os gcs,ores ,nuitas \'CZCS scn1cnl q\1C o dcscnl1x:nho de Sl1as unidades pode 1nclhortu; n1as ncn1 scanpl'c conseguen1 identificar o que pode sei' 1nclhorado Consultoria de processo Téauca por meio da qual um consultor ajuda os gestores a entender os processos organizadonai$ e a idcn1ift<:ar aq\leles que precisam de aperfeiçoamento.

      _J

      Construçio de oquipos Atividades <:oletivas de alta interatividade par-a aumentar a aber1ura e a conftan~ entre os membros da equipe~

      Desenvolvimento intergrupos Esforços de de$envolvim&fltO 0<9anizacional para promover mudanças de atitudes, &Ste,é6tipos e pet'oepções que os grupos têm uns dos outros.

      ou <:01no. O propósito ela consultoria de processo é fazer que u111 consultor externo ajude un1 cliente (1nuitas vc-..r.es, u1n gerente) a upcrcclx:1~ cornprccnclcl" e a&rir con1 relação a prot.'l'S· sosn co1n os quais prctis.a liclar. 11 F.sses próctsws podcn1 incluir o fluxo do trabalho1 rcsa. Corno o cliente parlicipa a,1jva,ncntc do diagnóstico <: d o dcsen,·oh~1ncn10 ele altcrnati,·as, há 1naior con1p1-ccn~ào do processo e da $Oluçào proposta e rncnor 1
      Construção d e equipes Con10 1ncnc-iona1nos e,n divc1-sos ,no1nc,uos ao lo,1go de-slc livro, as organizações cada vc'I. ,nais 1.1Si'l111 equipes p;u·a l'e alizal" o trabalho. t\ construção

      I

      I

      de equipes u1iliza a1ivicladcs colc1ivas de aha i1llCrati,~dade para anlpliar a confiança t: a abertura entre; os n1cn1bros ele u1n grupo, n1clhoral" os csfOrc;os de coordenação e au1ncntar o dc·scn1pcnho da cquip1.·.'16o 1\ qui cnfhtizan1os o nÍ\'cl intcrgrupo, no caso as f:1n1ílias organizacion~lis (gru1>0s ele COl'n ando), bcn1 como os con1iti:s, as equipes ele projeto, :t.s equipes autogcrenciad,ts e os grupos de 1arcf.:'l. As atividades que Í."tZern pa1'1e ela co11su,1ção da c<1uipc norn1al111cnte incluen1 o csrabelecin1c,uo ele obje1ivos1 o dcscnvol vin1enlo das relações iiuerpe~oais entre os ,ne1nbros, a an!tlise de papéis para esclal'eccr o papel e as responsabilidades de cada 1u11 e a análise do proctliSO de eq11ipc. f\ const11.1çào da equipe pode cnf.,1izar ou excluir cenas a1ividaclcs, dcpcnclcndo do propósito dos cs(Orços de dcscnvohin1c1no e cios problc1nas cspctíficos que c.~ada equipe conlit,nta. B:,sic:unc.·nlc, contudo~ chi procura u1jlizar a :1lta interação crurc c,s 1n<:n1bros pt1ra aurnc11uH· à cortfiança e -' abertura. Desenvolvimento intergrupos Xo descn\'olvin1ento o rgnni;,..acional, urna das p1i ncipais áreas de- a.tenção é o conJHto disfuncional c1uc pode existir entre os grupos. O desenvolvi· mento intergrupos busca n1udar as atitudes, os cstcrcbt..i1>0s e as pcrccpçõcs que os g1,1pos Lên1 uns <:on, rclac;ão a.os outros. 1\qui as sc.-ssõcs de Lrcinarncnto lc1nhrarn ba.sta1He o 1.rcin;:\1ncn10 para a di\'('1-sid,,de {na vcrdaOS), cxcc10 l'k~lo r.,uo ele que:. e1n , ·t"'.i: de rocar as clife1'('nça.~ de111og1-:ífiv'l..~ elas se cenrran1 nas clilêrenças enu"t" profis.wes., dc1)arta111enlos 011 divisões c1rnt1Y) da 01-gani,:açào. Por cxe1nplo, c111 un1a cn1pl"csa,, os engenheiros podcnl ver o depana,ncn10 de co111ahilidadc con10 un1 lugar onde estão indivíduos tín1idos e conservadores> e o d cpartan1cnto de recursos hun1
      Capit u1o 18

      Mudança organizacional e admini str.içAo do

      est resse

      577

      DcntTc as d h·crs.;.tS abordagens para a 1nclhoria das rclaçõc.·s lntcrgrupos/11 un1 cios

      n1étodos 1nais populares enfa1iza a soluçúo de pi-oblc1nas. $11 Cada grupo se reúne indcpcndc1ne1nc1ne para listar as pcrcepç~s que ce,n de si rncs1no e do ou1ro grupo, e de con10 acredita que é visto 1>elos outros grupos. J\ partir daí. os grupos cotnparanl as lista\. d iscu· Lindo as sc1n clhanças e diferenças. e busca1n as causas das d isparidades. Os ol~jctivos dos grupos s,lo conto1·rentes? QoaiS J)
      dos cstcrcó1i1>0s? t\lgu,nas dif<:rcnças for.un causadas 1>0r intenções 1nal·intc11>rctaclas? Os conccilos e tcrn1os rcccbcrarn clifcrcntcs clc:tiniçõcs c·n1 cada grupo? 1\s rcspost.:tS a pcrgunlé\:i desse ti1>0 podem esclarecer a 11atu1"C.'Za exata do <:onflito. Q uando as causas d.-,s dificuldndc;s fo1"tn1 idcn1ifir. . . .das, os grupos podcrn passar pata a fhsc d:, inu·graçào e tra balhar na elabo ração ele soluções para nl.t·lhorar as relações entre eles. Poclc111·sc ciiar subgrupos C.'Orn n1c1nbros de cada grupo de conflito para clt1bor~u· di:,gnósticos postc1iorcs e COfl)CÇ<•r a for,nular possíveis <\ÇÕCs ahcrn:uiv,ts que n)clhon:)rf10 as relações.

      e$peci.ais de uma

      Invest ig ação a p reciat iva 1\ ntaioiia das abordagens do dcscnvolvin1ento organiz.acion(ll é centradt\ e1n problcn1;1~. EJ«$ idcntificu1n os proble1nas e, cntào, buscan1 u1na solução. 1\ inve-s tiga çã o aprcciativa, ao concrál'io, acenlua os pontos positivos.'9 1~111 vez de procurar p roblemas que dc·va111 ser ~olucionaclos, çssa abordagcnl busca identificar a.5 q ualidades ú11icas e as fo rças especiais de urna orgai1i:t.•açào, que podcn1 .servir de ponto de parrida para c1 nH:lho1i(1 do dc-sc1npenho. Ou seja, ela fOca os succ.sso.s d a o rb~ni;,J1çi10, e

      organização, que podem,

      não suas dificuldades.

      as.sim, setvi, dé ponto de partid3 para~ melho :;•J

      O p rocesso da in,·csti~,çào aprcciativa consis te ..;111 quatro passos - descoberta, sonho, desenho e destino - gcrahnenLc realizados e1n l1111~ reunião g«:ral co,n dois ou três
      lnv•stigação apte
      Abordagem qve bu$Ccl identificar as qualidades ex.clusivas e as fo,ços

      do desempenho.

      Glriando uma cultura de mudança . J á considcr:unos con10 as or:gnnizaçõcs podcn1 se adaptar às 111udanças. 1\tualn1cntc, poré1n 1 alguns pesquisadores d e co1npor1a1nento organizacional tên1 se conccntr.ldo c.:nl un1a abord agcn1 111ais p roativ;\ con, rclru;ão à 1nuclança: crn co1no as organizações poden1 acollteri,.s 1nuclanças tn,n.sfor111andô sua cuJtura. Nesta scç.ão, discutircrno.s duas dessas abordagens: o c:;llínulo i1 cultura de inovaçf10 e.: a cri;-lçào de tu-na organização que aprende.

      $78

      Compottamento orgc1niza~ional

      Estimulando uma cult ura de inovação Co1no un,a organização pode :;e tornar 1nais inovadora? Um cxcc.:lcnte ,nodclo é a Pc lrobrai\ q ue IOi considerada a 4 1:, ernpresa 01ajs inovado~ do inundo ern 2009. A con1panhia de pe1róleo brasileira conquistou ~ssa l'eputaçào ao clesen,·olver divers.,1.s no,·as tecnologias c1uc pcr111itcn1 a perfuração e cxlraçào c1n águas profundas, a p rodução de bioc.:on,bust:í,·eis. a taptul"a e o ar111azc11.arncnto de g-J~ <:arbônico, entre outras coiSt'lS.. 11 Q uaJ é o segredo do sur<;s.'>o d a Peu'Ohras? O <1uc as ou1ras en1pres..1.s podc1n fazer para seguir o 111csn10 carn inho de ino,·ação? En,bora não exista u 1na fó rrnula p recisa, algu1nas carncterístiC;\s costun1a1n vil' cons1arucrnentc à to na
      de recursos hun\anos. Os ag<:ntcs de ,nudanc;a devcn1 busca1· inu·oduiir essas caract<:risticas en1 suas Ol'ganizac;ões para criar un, clin1a de ino\'açào. Porént, a nres de exan1inar 1ais ,at<>r inov,u;ào. lnovaçSo

      Um.a nova ideia aplicada

      para desenvolver ou melhorar um p,~uto, processo ou SCl'\IIÇO,

      1 ___J

      Definição de inovação Oissc111os q ue a 1n udança st~ refere;\ fazer as cois;,s de 1nancira diferenu:. 1-\ inovação é unl tipo ,na is cspcciali;:c,do de 1nu
      Fontes de inovação .:\ s t'Oritireis e.strulur"is tê-rn sido as n,,1is estudadas fon tes potc.nciaii. de inovação.º Un, 1-c,isào de literatu ra abrangente sobre a relação cn1rc estrutura e inova~ ção levou às conclusões a seguir. ~ E1n prirnt iro lugar, as CSll'ULui.,s orgânicas iuíluc11cia1n posi1i\'.:11ncn1<· a inovaçt10. Co1110 1ê111 1nc11os diferenciação ,•c•1·1ical fOr,nalizaçào e ccnu·,11

      liz.açào, as organizações ol'gfinicas p,ropicia111 a flcx ihilidacle, a adaptação e a rnuhifc rtill-

      z;,ç.lo_, que 1orna1n 111ais Hícil ado,~11· ,una i110,".:1çf10. Segundo_, a cxptriência gerencial cstá associada à ino\'açào. O tcn11>0 de ,experiência gerencial é un, fator que apart·n1en1en1e proporciona legitimidade e conhcci1l1cn10 accrc.::\ de con10 rcalii.a r as tarcfhs e obter os rc-

      s,1hados desejados. ..rt:r'Ccirv, a i11ovacão é csti1nulada onde existe abund{111cia de tccursos.. ;\ d is po nibilidade d e recursos pcr111i1c c1uc a org:u,izaçào adquira inovações.. asstuna os custos de insti1ui·las e absorva seus fi-acaSSo.'i. Po r úhi1110, a con,unjcaçiio interna enu·c as unidades

      é gl'ancle nas 01·ganizações inovadol"as. ~ l~s.-.as organizações f.1zcn1 a1nplo uso de co1nités, IOrças-tarcf;_,, equipes 111ultifuncion.1is e outros 1nccanisrnos que tàcilitanl a inu:raçào entre

      as linhas depal'to:uncntais. ,\s organizações ino\'adoras tc:r•drrn a possuir rullura.s sen1clhan1es. Elas cs1i111ula1n a cxpcri1ne11tttçà.o: rcco1npc11san1 tanto o succ.".Sso c:01110 o fr.'.tc.:,sso e fcstcjan1 as falhas. lnfclizn1crHc, c,n 1nui1.:1s organiz,1çc>Cli1 as pessoas ~~o rccon1pc11S
      Respeitada como uma das empresas mais inovadoras do mundo, a Sta,bucks t1ansformou uma me(cado(ia cujas vendas estavam caindo e inventou os tipos especiais de café como uma nova e impottante cau~goria. A

      Starbucks conta com seus funcionários para compartilhar as impressões dos clientes com os gerentes e leva as equipes de desenvolvimento de produtos a passeios de estudos. em grupos, pata examinar os comportamentos

      dos clientes, culturas locais e tendências de moda. A rede ampliou suas cafetetias de lojas denuo de

      faculdades norte-americana$ ervas para locai$ variados em todo o mundo, incluindo a loja mosttada aqui, na

      Cidade do México.

      Capitulo 18

      Mudança organiz.acional e administr.ição do estresse

      579

      O apoio interluncional para os esforços de inovação

      attaem pe-ssoas em c;uhuras coletivistas como a Finlândia. Hannu Nieminen, diretor da área de lnsi9ht e Inovação da Nokia Design, comanda uma equ,pe global de mais de 300 pessoas, representando 34 nacionalidades diferentes. e que atua no desenvolvimento de aparelhos celulares para a empresa com sede na Finlândia. A equipe é composta de designers, psicólogos. pesquisadores.

      afltropólogos. engenheiros e especialistas em tecnologia situados nas mais importantes cidades mundiais. Eles trabalham em conjunto e fundem as tendências mac,o que vêm de culturas locais ao desenhar os p,odutos que atraem clientes de países com seus gostos e necessidades específicos.

      f..'l lhas do <1uc pela prcsenç.a de bons resul1ados. --rais cul1uras c1inlioa,n os ,'Iscos e t.\rnbénl

      Campeões de ideias Indivíduos que assumcun uma inovação

      e ptomovem uma ideia de forma atrva e

      entusi.asta, conseguem apoio, vencem as

      resistências e asseguram

      que a inovação seja_ J implementada.

      Organização qu• aprénde

      Organiz,ções que desenvolve, a capacidade continua de ( se adapta, e de mud: _ J Aprendizado de ciclo simples Correção de e,ros

      usando •• totinas ptó,nas e as politicas vigentes.

      I

      Aprendizado d• ciclo duplo Correção de ecros pela modificação dos objetivos, políticas e

      rot;t\a~ pa~,onizadat da organ,zaç~o.

      (

      ~

      a inovação. 1\ s pessoas só apresen1anl ideias novas onde não s.-~o penalizadas po1· esse cornporta1nento. <)s gestores de 01l,f.}nizaçõcs ino,·adoras sabe,n que o fracasso pode ser u,n subproduto de se a\'enturar pelo cl(>.sconhccido. O jogador de fruebol Zico, por t'xen1plo> é lcn1brado, hoje: cn1 dia. por seus lances e cobranças ele fhlla geniais> e não pc1o pênalli perdido conu,, a França na Cop.1 de 1986, que poclcri.1 ter levado o Brasil par-d as sc1nif1nt1is. ;\ pesar de não ter feito aquele gol. ele é lcn,brado pelos p1'1n"lciros ICi1os. não pelo segundo! !)entro da oucgo1~a ele r(:('urtos /111111a11os, as Ol'ganizações ino\'adoras pro1novtn1 ati\'anlente o treinan1en10 e o clesenvoh~1nen10 de seus lll("n1bros pata que eles se 1nantc-nha1n aruali;,..ados, gnrantc1n sua e1npregnhilidade para que não 1cnhan1 1nedo de S(r de1nitidos por con1e1er erros e inc.cntivan, os indivíduos a se 1ornarc1n ca1npeôcs da 1nudança. 1\ssin1 qut~u1na no\'a ideia C desenvolvida~ os campeões d e ideias .- pron1ovc1n de lônna aüva e cntusiasn1.1da, co11Seb11.1e1n apoio, \'C11cc1n as resistências e assegura111 que a inov,1çào seja in, plc1nen1ada." E~cs c;:11npcõc.s JJóSSucn1 càr..\cte1islic.a.s <:01nu11s de p<:rw 11a.lidadc: cxtrc1na autoco1,fiança, IX'rs.istência, CJ\crgia e u,na tendência a corr('r riscos. Os carnpeôes de ideias 1an1hénl aprestn1an1 catac1c11sticas associadas ii liderança u-ans.fo1·11H1.cional. Eles i11spi1-a1n e~ cnefgiza,n os outros por nleio de sua vislio do po,cncial de unHt ino\·açào e r>ela f()1·1e convicção que 1Çn1 en1 sua n1iss.'lo. ~,an1hé1n são bons en1 obter o co1npron1e1i1ncnlo do~ outros. Os c:an1peõcs ele ideia~ estão en1 1,osiçõcs que lhes proporcionan1 consicler:.í,·<'J autono1nia dccisóiia. E.ss.." autono111i.- os ajuda a introduzir e in1plc1ncntar inovações nas organi;,..,1.ç.õcs. 1ª

      Criando uma organização que aprende Outra lôr1na pela qual a.s organi7.,açôcs podc1n achnini.su,,r as 1nudanças ele fOrn1a proativa é fazer q ue o crcscin1cn10 contínuo s<;j~1 parte de sua cuhui.1 - lrans.forn1ar-sc enl u11);, orga.n ização que aprende. ''1 :"lesta ~cçlio, descrc,·cn1os o forrna to de u,ua organização que aprende e os 1nêlodos J)ata a ad1ninis11-ação da aprcndiz.ag<:1n. O que é uma organização que aprende? D.t n1cs1na forsna c1ue as pessoas, as orga~ nizaçõcs l~1n1bé1n podcn1 aprender. '•'fodas as 01g.1nizaçõcs ap1'Cndcn1. \·oluntaria1nt:nte ou n~o - esse é un, rcc1uisi10 funda1ne1ual para sua c..xistência sus1cnt.:ívcl'' ..1,0 l~ntrctantú, algunlas conscguc,n esse- ICito ,nelhor do q ue as <>ut,-as. ~,luitas organi1.açõcs utilizanl! o aprendizado de ciclo s implcs .l• Quando ororrc,n crmS-i o processo de correção baseia-se nas 1'0tinas prêvias e nas políticas vigentes. Oifcrcn· tcn1entc dessas> as organizações que aprcncle1n utiliza1n o aprendizado de ciclo duplo. Os erros s;io corrigidos por 1neio ele ,,,odif,cafõt.S nos obj ctiv~ nas políticas e nas rotinas padronizada...; da organi1....1.çào. O :aprendizado de ciclo duplo de:iafta convicçOO e nor1nas profundcunc11tc arraigadas. Dessa forn1t1, oferece oportunidadc.s de soluções r~1dico:\hncntc difi::re1)l<:S pan, os problcrnas e pc,·nlitc grandes i-<&hos de ,nclhoria.

      l

      !I

      580

      Compo11amento organiia~ional

      Quadro 18.4 Características de uma organização que aprende 1. Existo uma visão compartilhada com a qual todos concordam.

      2. As pessoas abrem mão de suas velhas ideias e das rotinas padronizadas que utilizam para sotucionar problemas ou para realizar seu trabalho.

      3. As pessoas pensam todos os proc,essos, atividades, funções organizacionais e interações com o ambiente como pat1e de um sistema de inter-relacionamentos. 4. As pessoas se comunicam de maneira aberta (vertical e horizontalmente). sem medo de críti~s ou de punições. 5. As pessoas sublimam os seus inter'esses pessoais e os de seus departamentos fragmentados em prol do trabalho conjunto para alcançar a visão compartilhada da organização. Fonte: Baseado em P. M. Senge. The Fifrh Dis,c;pline. Nova Yo&. Ooubleday. 1990.

      () Quadro 18.•~ •'Csu,nc as cinco C.-'lrac,e11s1icas básica.s d~1 o~~ni:-:açào <1ue aprende. Tra1a-~e de urna organiz;i.çào na <1ual as p<:ssoa)I ab1-ern n1ào de sua.~ velhas ideias,. apl'endr,n a str abcnas u1nas co1n as ouLras, cornpreendcn, .;01110 sua organi1.açào 1-cah11en1c runciona, IOr1na1n un1 plano ou viiw1.o con1 o c1ual lodos concordan1 e, depois, u·abalham <.: n1 conjunto para conqui.slar essa visào:•'t Os defensores da orgnniz.ação que aprende argun1cnlarn que ela é uma soluçào Jlflra três problcrnas funda1ncntai!> increntes fts orgelcn1 para prc,\'ar qucin /:. o 1nclhor gcsto1: F., terceiro: a reatU:ülade, c,n \'é"'t. de buscar a c,iati\'idadc. 1nuda o tôco da atcnc;ão da adn1ioistraçJ,o para a soluc;flo de pml)le,nas. U,na ênfase o~l rca1ividadc irnpcdc a inovação e a n1clhoria contínua e, crn seu luga1·, colo('a ai. pessoai- para 'apag:u· incêndios'.

      Administração do aprendizado O qué os gcs1orcs podcn, fi,zcr para tr.u1.sfo nn,,r suas crnprcsas cn, o rg;H1iz,1c;ões que apren
      1

      que correr riscos e achnitir fi·aca.ssos S(lO coisas dcscj;í,·cis. Isso significa rcco1n~ pensar aqueles que:: a11isca111 e co111ctc1n c111>s. Os cli1igcntcs prcclsa,n tan1bén1

      cs1in1ular o coníli to íuncional. "O :;cg1't:dO para conseguir urna n.:,:il abc.·1iu111 no trabalho"~
      Capitulo 18

      Mudança organiz.acional e admini str.ição do est,esse

      581

      m

      estresse no trabalho e sua administração Nossos a1nigos se qucixa.111 de que CSlflO trabalhando l'nuito 1nais, con, é.:\r!,'<'S e horàrios cada vc-~ ,naiorcs. 1>0r causa do ·en.xugarnento' de stias cn11)rcsas. Os ,nais velhos se preocupanl con1 a falta de cs1abilid;ide, saudosos do tc1npo e,n <1uc u,n e1nprcgo en1 tuna grande c1npresa significa\'a segurança para ioda a vida . .Jol"nais publica,n enque1es enl que os funcionários recla,na1n do es1rc.sse criado pela necessidade de equilibrar as rc~ponsabili· dades do trabalho con1 as da Huníl ia.i) R.caln1cntc, con10 n1ostra o Quadro J8.5, a principal íontc de csu·cssc, para a 111aior p.:u1c elas 1x:ssoas.J é o u11balho. Quais são as causas e as conscc1uénc.'"i;tS cio <."Stn::s:;c e o que as pessoas e orgaui;.,.•açõcs podcnl f:licr pan\ rcdu..:i-lo?

      Quadro 18.5 O e stre sse é a g rande fonte d e estresse para a maioria "Qual área de sua vida provoca mais estresse?" Provoca mais estresse

      Área

      Meu emprego

      26%

      Minhas finanças

      20%

      Meus relacionamentos

      21%

      Meus filhos

      10%

      Colégio

      8%

      Medo de desastre/ataque terrorista

      3%

      Outros

      8%

      Fonte: 2009 Stress Management polJ com 7.807 indivfduos. Disponível em http://sttess.aboot.com/gilpages/ poll.htm?lil'lkback•&poll_id•2213421040&poU13• 1%subm.t1 •Submit-+vote

      Estres.s• Condição dinâmica na qual um inchviduo

      O que é estresse?

      ê confronu,do com umil opot1t,1nidade. demanda ou recurso com ,elação b alguma coisa

      que ele deseja e cujo ,esultado ê percebido, ~imultanaam~nté, como importante e ,ncerto.:...._J

      I

      Estre»ores por desafio Est.ressores associados com a carga de ttabalho. pressão para a fina lização das tarefas e urgência.

      I

      Estressores por obstáculo Estréssores qué impedem o alcançar de sevs objetivos {por exemplo. borocracla.

      politica da empresa e <:onfvsões com reh,ção às responsabilidades vabalho).

      :J º

      () estresse é ,una condição dinânlica na qu~l u,n indi,íduo é ronli'on1aclo <:'orn ,una oportunidade, exigência ou recurso con1 relação a algu,na coisa que ele deS<:ja e cujo resultado é percebido, si1nultanca1ncntc, con10 in1portantc e incerto."-' Ess.., é u,na definição co1nplcxa. Va,nos cxa1ni1lar 1nais clctaJhadan1cntc seus co1nponentes. O cstn:ssc não é nccc~.ruitun,cnte ruiin. Ernbora cn1 geral seja discutido dentro ele u1n contexto negativo! ta,nbénl tcrn seu lé,do positi,·o.l 1Ele apr-cscnta urna 01,011u1\idadc quando ofC,-cce tun ~anho 1>otcncial. Cons;:idere. r><>r cxcn1plo, o desc111pcoho superior dcn1onstr'.-ldo 1>01' u1n ;ulcta ou u1n ;,1or quando exJ>OSlOS a tuna 1si1uação-li1ni1c'. E.ssas pcsso;is cosn111l;un utilizar o csrrc~c pal'a dar o n1âxi1n o de si. Da n1csnl;i IOnna, 1nuitos profissionais vce,n as pressões do excesso de carga de trahalho e do ctnnpri1ncnto de prazos con10 urn desafio po· sÍtÍ\'O qu<> rnclh on, a qualidade d e seu trabalho e aun1cnt..."l sua satisf:'lçàO profis.~ional. E1n u1n estudo realizado con1 recepcionistas de grandes hotéis situados na cidade do Recife, csr-.tdo

      de Pcrnan,buco, cerca ele 90 por C(:fllô dos profissionais considcra.rn sua .:uuaçào estrcssanlc. Contudo, sào pessoas capazes de criar estratégias dcfc,isi,-as p,\ra. seus efeitos negativos. co1no ·au1ocontrolc:/1'tlrionali:,;ação' (38, 1 por cento) ou enfn.~ntan1cn10 alÍ\'O' (1--1·,5 por ctnto). E11l suas conclui:ôcs, os auto1-es cio csn1do sugercn1 <1ue o estresse, quando dcvidan1('ntc gerencia. do, pode p1nporcionar unl bon1 1iuno d e trabalho e tun aun1cnto cio nível de prochu:ividade. 'la 1

      R.occntcrn enlc, os pesquisadores vê,n discutindo que os estressor es p or d esafio ou cstrcssorcs associados con1 a carga de trabalho, prcss•.'1.o para a Hnali;,....1.çào das larcf.'ls e urgência do tc1npo - opcrarn ele n1ancira 111ui10 diícrcntc cios cstressores p or obstá· cu lo - esti"éSSôl"t:$ que i,npcden; ..tlt•·ué,n de alcançar !>tus objcti,·os ~>u1ocracia, política da

      582

      Compo11.amento organiia~ional

      ENQUETE COMPORTAMENTAL

      Gap de estresse Porcentagem de fatores indicados por funcionários como causa de estresse e porcentagem dos que concordam que a empresa está trabalhando para resolver o problema:

      Muitas horas de trabalho

      Equilíbrio enlfe vida

      Tecnologia

      Fana de habilidade

      Falta de Perturbaçõ&s Medos com habilidade na segurança refação à

      pessoal e

      Por parte

      profissional

      dos gestores pal'3 encontrar soluções para o estresse

      -

      Causa de estresse

      -

      segurança

      Empresa tabalhando

      Fonte: Baseado em '"few Emptoye<s Addressing Woriq:)tace Stress, Watson Wyatt Survey Finds", press reíe.ts.e, 4 fev. 2008. Oisponivel em:

      .

      Demandas Respoosabilidades, pressõe$, obrigações e atê incertezas que os individuos enfrentam no ambiente de trabalh.:.....J

      I

      Recursos

      Coisas que &stão sob o controle de uma pessoa e que podem ser usadas para resofv&r as

      demandas.

      I

      c111pn:.-sa e confusões conl relação às. rcsponsahilidadcs no trabalho). Ernbora as pt'squisas sobre o assunto t-stcja1n (1pcnas co1ncçando,já cxisten1 e\·idêucias que sugerem que os est.rt~· sorcs por desafio p.-oduzcn1 n1cnos tcns.io do que os ("Stress-Ores por obstáculo.Y.•U1n" n'1(·ta· an;'1lísc das 1'Cspostas de rnais ele 35 rnil indivich.1os 01ostrou q\1C a a1nbiguidaclc, o cont1ito e a superposição de papéis, a insegurança no trabalho, a inccncza a1nbicntal e os limi1,~ situacio· n,üs cstav;un consisu:n1cn1entc rcJacionaclos ele for1na ncgatjva ao dcscn1pcnho profissional.00 '1";unbé:rn h:í c,i.dências de que o l·su·cssc por desafio pode 1nclhorar o clcsc1npcnho profissio.. nal e111 u1n an1bicntc ele trabalho que oferece apoio aos funcionários, ao passo que o c.·strcssc por obsll:lculo reduz esse dl-sc111pcnho crn todos os a111bicntc.s.''1 Os pesquisadores lcnlara111 csch1reccn1 as cc.n1cliçõcs sob as que.is ocorre cada 1i1>o de estrCSl-C. Pa,·c<:c.: que os funcion;í 1ios que tên, 1..un c<,111pn)111cli1ncnto ~•fCli\'o n1ais fol'tc.: conl a organização podc1n transfo1·1n:11· o csn·c.ssc psicológico crn un, aunH:1110 do fOco e.: das vencias, ao passo que aqueles cttio c:01npro1nc,in1cn10 é 1nai.s haixo apl'cscn1a1n u1n clcsc1n· pcnho pior sob L'Strcssc.61 E quando o estresse por dt'satio au111cn1a, aqueles que conta1n con, 111aior apoio organizacional ta1n.bên1 n1clhoran1 seu dcsc1npt'nho, ao contrário cios que nào tê1n esse apoio.ta ~·hüs tipic:.:nncnt(\ o cslrt-ssc aparece associado às d emandas ou recursos. t\ s ele· 111andas s..-i.o as rcspousabilidad<:s, p1"t·ssôes.. obrit,rações e (1té ,nt·sn,o i,1ccrlcza.s que as pesso· as c11fi·cn1a1n no anlhientc ele trHbalho. Os 1·ccul"SOS são coisas que c:;u"io sob o con1rolc de algué1n e poden1 ser usada.1, para resolver as dcn1anclas.(, 1 Quando você f.1z suas provas na escola ou passa pelo proct'sso ele avaliação de de· sen1pcnho cn1 seu trabalho, sc111c o estresse por estar confrontando oportunidades e prcs· sões sobre o desc1npcnho. Un, bo1n dcsen1pcnho pode lc\'ar a un1a pron1oç,io, a 111aiorc-s

      Capit u1o 18

      Mudança organizacional e administr.içAo do estfesse

      583

      responsabilidades e a tun salário mais alto. U1n n1au clcscn1pcnho pode in1pcdi-lo de

      conseguir a prontoç<.LO, Se ~, ª"a1ãaçfio for n1uito rui111! pode até si&.,Jificar sua clcrnissào. Na mediei.:, cn1 que \'Otê policar os recursos sobre a demanda tais con10 est~lr preparado, clC•ual' o cxan1(· ou a avalia\:ào co,n ccrlo d is1ancia,11c1uo ou oh1cr supcu,c scnti r;í n1cnos estresse.

      soci,11

      r\..\ pt-squisas sugcrcn, que os recursos adequados ajuclan1 a reduzir a natureza cs-

      trcssantc das d cn1andas quando estas e aqueles co111bina1n . Se as dcn1andas c111ocionais cstivcrc111 causando estresse. é CSJ)<:Cialn1e rnc in1portantc que hctia recursos crnocionais na íor1na de apoio social. Se as dcn:ianclas JOrc1n cogniti\'as - por cxcrnplo. sobrecarga de inforn,ação então os recu rsos do trabalho na forrna de suporte tecnológico ou de inforn1aç~o são 1nais i,nporlantcs. l) cssa IOrnta. sob a pcrspccti\'a d e d cnlandas t l'Ccursos. o bu:1· rccu1'SOS parn lidar con1 o csltessc é tào in1po1·1anrc para equilibrá-lo c1ua1110 as clcn1andas o são para aun1cnl:i-lo}"\

      Fontes potenciais de estresse O que causa o csn"<.·ssc? Conto n1ostr:.1 o n1odclo da Figura 18.:l, cxi.stc111 u·t"S calc,&"Oria.s de t-strcs.5e potencial: ;u11bicntal, organiz.acionaJ e indh~dual. J~:xanünarcrnos cada tuna delas.(,;

      Fatores ambientais

      l)a 1ncs1na ÍOl'1na que as incc1i.eias a1nbie1nais influenciarn o ,nootgani;,..,1c-ional, elas influcncia,n 0!'1 nh·cis ele esl rC!'1SC dos funcioná1·ios da o rganizaç-ào. Scn1 dúvida, a inccrtc7.a é o n1aio1· n1otivo pelo ql1.ll as pessoas tên, prohlc,nas para lidar con1 as nlucla nças orgnnizac ionais.r.; 1 lá três principais tipos de incerteza a1n· bicauaJ: cco11ó1nica, p-Olítica e t<:cnológic:,. ,\s n1ucla11ças nos ciclos dos 11cgócios gcr.,un i11<erle;:as «011ôndcas. Quando a cconon,ü, entra ent recessão, por <:xentplo. as p<:ssoas íica,n n,ais a ns iosas cotn relação a sua segurança. As i11ce,·ta,,u jJ()/ftica:,· nf10 costu1nan1 a lingil' tanto os indivíduos de palses con'I sistcn111.s polí1icos es1abilizados quan10 os de f)aíses <1uc sofrcrarn golpes de l~stado ou que não 1ê111 u1na cs11·u1ura hurocrálica consolidada . con10 o l la.i1i o u a \ 'c•nezucla. O n101ivo óbvio é q ue os prin1ciros1 conto a 1\lcn1anha, o Bras il ou a Vmnça 1 possuc111 sistcn,as políticos cs1;ívcis nos quais as 1nudanças são i1nplc1ncntadas de n1ancira ordenada. De qualquer tOrn1a. as mu· danças ou an1eaças polítit.:\S pode i n induzir ao estresse cn1 qualquer país, dos desenvolvidos aos cm d csen\·olvin,<:nto. 1\s a1nca(as de scpar:lçào e.la Província de Qucbec do restante

      dtlo da

      t'"Sll'Ul Ul':1

      Um modelo de estresse Fontes potenciais Fot«es a mbientois • lncertezo econômico • ll'leertoz.o político

      • Mudonço tecnológico

      -

      Diferença s individuais • Percepçõo • E.x.periéncio ~

      no trobolho • Apoio socia l • lócus de controle • Auloeficócio

      Consequências Sintomas físicos • Dores de cobeç:o • Prcsroo oflo • Doenças cordiocos

      • H0$1ilidodc Fot«M or9onizociooois • Demondos de lorelos • Oemondos de papéis • Dema nde s interpe»oois

      Sinlomos psicológicos • Aosiedode

      foto,és indivíduois • Problemas fo miliores • Probiemos econômicos

      Sintomas comportamentais • P,odutividode • Absenteísmo • Rolotividode

      • Pc<Sooolidode

      • O&prossôo

      • Oiminui,çõo do sotisfoçõo no trobo1ho

      J

      Compotta mento orgc1niza~ional

      MITO OU CIÊNCIA? '

      O estresse profissional pode matar ssa afirmação parece ser verdadeira. Os relatos individuais sobre o estresse profissional estão correlacionados de maneira negativa a toda sorte de indicadores de saúde física e mental. Um problema com mu~os desses estudos, no entanto, é que é um pouco difícil estabelecer uma relação de causalidade. O estresse profissional causa problemas de saúde ou os problemas de saúde aumentam o estresse profissional? Também é possível que uma terceira variável seja a causa de ambos: os indivíduos neuróticos relatam tanto um nível maior de estresse quanto de problemas de saúde, o que pode questionar a ligação causal entre estresse profissional e saúde. No entanto, um estudo recente sugere que o estresse profissional pode de lato levar a uma piora na saúde. Nesse estudo, 972 participantes com idades entre 35 e 59 anos voltaram ao trabalho após sofrerem um ataque cardíaco. Os pesquisadores acompanharam-nos por seis anos. Aqueles que retornaram para trabalhos muito estressantes apresentaram uma tendência 2,2

      E

      ve~es maior de sofrer outro ataque cardíaco (ou de ser hospitalizados por causa de problemas do coração) do que os indivíduos em trabalhos pouco estressantes. Um dos pesquisadores considerou esse efeito 'muito importar1te' e concluiu que o fator de risco era mais ou menos equivalente ao fumo e à pressão alta. Outro estudo recente, realizado ao longo de oito anos com 7.810 trabalhadores finlandeses da área florestal, descobriu que aqueles que sofreram forte es· tresse profissional, na forma de elevado burnout psicológico, possuíam uma tendência 3,8 vezes maior de apresentar alguma incapacitação permanente posteriormente. Outro estudo de longo prazo, ainda. feito com 3.190 homens japoneses, revelou que trabalhar em um ambiente muito estressante praticamente dobrava suas chances de sofrer um AVC. Portanto. parece que as implicações de se trabalhar em umemprego altamente estressante podem se, severas - e ameaçar a própria vida.

      Fontes: Baseado e m A. Tsutsomi, K. Kayaba, K. Kario e S. isruk.awa, ..Ptospective Study on Occupationat Stress anel Risk of Stroke..., Atchives oi lnremat Medidne. 169, n_1, '2.0CI}, p. 56-61; K. Ahob, S. Topptnen-Tanner, P. lwuhtanen. e A. Koskineo, A. Vããnãen, "Occupattonl Bumoot and ChronicWorkOisabifity: An Eight-year Cohort Study on Peosioning Among Fin™sh FOl'est lndustry W«kers .., Joumal ofAffectwe Oisofders, 115, n. 1-2. 'ltl:P, p . 150-159; C. Aboa-Eboulé. C. Btisson. E. Maunselt, B. Más.se. R. Bourbonnais, M. V~zina et ai.. "Job Strakl and Risk of Acute Recurrent Coronary Heart Oisoase Ewntl". JoomaJ oi thé Ameri'atn Medical Anõc;ation (JAMAJ, 298. n, 14, 2007. p . 1652·1660.

      do (:anadá ou as dificuldades da 1-\ lc1nanha O iicntal ao se integrar co1n a Alcnnu1ha O câ· dcrllal lc,·an1 a un1a i11cc..·11cza polidc.a, criando·M: u1n fato r c.strcssor para as pessoas d esses

      países.1.1& f \ '5 111udt111f(l..\' l«11Q/6gic,,s íor1n~un o terceiro gru1>0 de íatOl'C:$ causadores de csll'CSs(·. Co,no as inovtiçõcs podc111 tornar obsoletas a.s habilidades dõs u-ah<1lhaclor'es cn1 u1n pe· liod o n1uito cnrlo de 1crnpo, o~ con'lputador<:s, os robôs, a au101naçào <~ 01utas no,·idades tecnológicas significarn u111a a1n eaça para 1nui1a gente e podc1n ser causas d e csrrcssc.

      Fatores organizacionais :"[ão sà-0 põucos os fatores que podel'n ser fontes de cstr'CSSC denuY, ele tuna Ol'g anizaç1lo. ,\lg\lns ~xc1nplo.~ s.,;o as pressões para evitar e n'OS ou cu1np1i r praiosJ a excessiva cal'g;i dç 1:1rcf.1s, un1 chcfê;; t :-:igcntc <; ins.cn$ívcl e colegas dcs.'lgraclávcis. Catcgoriza1nos esses f.1.torcs cn1 to rn.o das dc111anclas ele tarcf..1s, clt pa pé is <: exigências in· lc rpcssoais.,,.,

      1\s dn11a11d,u de l<1refiLS são f;uorés rcJacionados ao trabalho das pessoas. lncluc1n as ca· r.tclcrístic,~ da ativida de (seus graus de [ntton.01nia, \'ctd cd adc d e tan::fh$, autornaçào), as conpode aun1cu1ar a a nsiedade (: o esu'c~c.;(l f\ n1cdicla que o sc1, 1ço d e a1cndi111ento ao cliente se 1orna 1nai.s ünportantc, o csfOrço c111ocional é u,n a l'0111c de çstrcssc. 11 hnaginc·sc no lug~u· de Lnn co.. 111iss{uio de bordo da 1/'\~·I ou ele tnn. caixa do supcrn1crcaclo Ex1r;1. \ iocê acha que poderia 1nostrar tun rosto feliz quando cst,í tendo u111 cli;l n1í111?

      1\s drma11da$dr. /m/léÍ$se relacionam i1prcssi,o soíiida por uma r>t-ssoa cm funçào do pa· pcl dcse,npcnhado na org-éis difercnlCS. c.:11a,n t xpccuuivas qt1c podc,t1sei· dificeis de concili;-1.1· 0 ..1s.-·11isf.:tz.cr. 1\ sobt'Ccarga ocorre qu,"t11clo se es1>Cra qu('

      Capit ulo 18

      Mudança organiz.acional e administr.ição do est,esse

      585

      Segundo a diretora de RH do Grupo Pão de Aç\icar, Claudia Elisa Soares, "o chefe tôxico ttaz resultados a qualquer custo, pensando no curto p,azo e muitas vezes comprometendo o longo prazo·. Quando trabalhava em uma instituição financeira, a pedagoga luciara Lubrand ficava bastante angustiada e tensa com o tratamento recebido de seu superior, o gerente de uma agência. Tentando resolver o ptoblcma, a assistente comunicou a ele estar bastante incomodada com a situação, razão pela qual foi demitida logo depois. 11

      un, íuncioncí 1io Íc'\Ça ,nais coisas do que o l('n1po pcnnitc. f\ a1nbiguidadc ;rcontecc c1uaodo as cxpectati\'as não são clararncnlc co,nprcendidas pelo funcionáiio e ele não 1<:nl ccncza do que deve fiu,,er. Os indi\'icluos que cxpc1i1ncntan1 ele,-aclas li,nitaçõcs situacionai.s {con,o horário de trabalho fixo ou responsabilidades profissionais n1ui10 exigentes) 1a111bén1 tê111 111cnos propensão a desenvolver un1 compor1a1nenlo proativo que poderia r~juclá-los a reduzir seu ní\·tl cll" <:str~(·. ;t Quando se dcfronta111 to1n os incô1nodos do tr.ib~dho1 não apenas scruc,n-sc n,ais aílitos no 1non1cnto cnl que ocorrern. ,nas tarnbé1n fica,n menos propcus~ a cli1ninar os esu-essorcs no fi.1turo,. ,\s rlr.ll1a11das it1ftr/xssoois são as p1'CSSÔ<"S <:xcrcid,:i.s 1x:los 0\1l1'0S funcionários. r\ falia de apoio social por pane cios colegas ou r·claçô<·s i1Hcrpcssoais insatislàtórias poclcn, provocar u111 nível de cstrcssc considcr-.Í.\'cl, t-spcciah11entc para aqueles con1 elevada ncccssicladc social. De acordo con1 un1a pc-squis;, inglcs;1, 37 por cento da i1Titaçào existente nas o rga· ni;,_,açôl'.s dcii,·a de colegas 1n
      Fatores individuais ,\s pessoas traba.Jha111: cnl Inédia, de 40 a 50 horas por scn1ana. ~'las a.s cxperiêncitls e os problc1n;1.s vh~clos no rcs1an1c do tcrnpo poclcnl 1cr cícilos no tra· b~,lho. 1'ossé1 categoria final, portanto, se rcrcrc a r.,,ore.s da vida pessoal dos íuncion{u-ios: as <11.1 estões fi1nlilial"Cs, os p1-oblc1n as econõ,nicos e as c.anlctcrísticas de personalidade. .~\s pesquisas n,os1rtt1n consisitcnte1nen1e que as pessoas prcza,n n1oi10 seus 1·clacion,Ln1en1osfi11ni/iorts e pe,;soais. 1\ s d ificuldades no casa,ncnto, o 1'0n1pin1enLo de lnna l'<.:laçào ou problc111as disciplinares corn os filhos s...'lo causadores de esu·cssc nos íuncioná1ios que não conscguc1n deixar tajs clificuldaclcs de lado no horá1io ele trabalho.;~ 1ndcpcndcntc111cntc d;, fhixa sala1i:ll - h~l qucn, ganhe 80 anil reais por ano e tenha 1n:lis dificuldade de ,·iver dentro do orça1nc1uo do <1uc outros que ganhan, apena~ 18 n1il reais , a1gu1nas JX"'Ssoas sào 1>éssi1nas ad1ninistradoras de seu dinheiro ou scrnprc quel"C1n ler o que não podcrn p3.&t-ar. Os problc.~n1as 1,0116,,,itoJ cnfi·e,uados pelos indi,·íduos que se1nprc gas1anl 1nais do que 1ên1 são ou11-a fOntc de clificuldadei:. <1ue podern gerar es11-essc e des,'lar a atenção do trabalho. Estudos conduzidos crn t.rês 01'ganizaçõcs clil<:rcnt(.'S concl11íran1 que os panicipant<:s <'JUC rclauu,un si11to1nas de estresse ;unt..--s do início ele unl trabalho cran1 rcs.pons.ávcis pt~la n1aior p;\rtc da va1iància nos sintom~\$ vtJificados no,·c 111cS\.'S depois.;" Os pcsqui.s.,dorcs chcgar.un à conclusão de que aJgun,as pessoas 1>o=ux:cen, ter urna tendência incrente a aoc,nu;,r os aspectos negativos da \~da.&: isso for verdadeiro, urn Í.'ltor individuaJ sjgnilicalivo que inílucncia o estresse sel'ia u1na dis1>0~ição b;'i$1ca natural ela pessoa, ou seja, os sin101nas de CSH't'SSC expressados no trabalho te1-ia111 origenl, na ,"Crdad<.\ na própiia />(1'$()11(1/id,1dt do indivíduo. Os estressores são cumulativos Unt fiuo c1ue costu,na ser rnenospn:;;,.ado é que os cs1rcssol'Cs sito u1n f(:nô,ncno cu1n11la1ivo. :,. Cada Ít"l.1or novo e 1>er5,istentc faz crescer o nível

      586

      Compo11.amento organiia~ional

      de estresse d o inc)_j\'íduo. i\ssi111 1 detCJ'n1inado fator pode ser pouco in1porta ntc quando ob· sc1, ado isoladan1cntc. n1as pod e \'irar a gota d\ígua q uando sornado a urn nível de cstress(' jii aho. Pêu·..1 a\'(lliar o nÍ\'Cl n..·a_lele esu-e~e cnfrc,uado por alguérn, ternos de son1.1r t0<.los os fh1orC:-$ cs111•5:$01·(·.s de oport11nicladc, ele li1ni1a<,:t,cs r de clcrn;\l\da.~. 1

      Diferenças individuais Algun'la.s pessoas s.1.o e-a pazes d e reagir a siu1açÕ<:s cstrtssantcs, ao pa..~ o que ouu·as parecem ser ahalicl.-s po r elas. O <1uc d.ifcrcncia as rx:ssoas cont relação:·, capacidade de lidar

      con, o estresse? Quais são as variá,·c·is individuais que l'nodcra,n" relação cntr<· o estresse pct1:11tiál e o retl/11~e11tr cx1x:.l'in1tnu,do? PeJo 1ne11os quatro delas s.1o relevantes: p<:l'écpçào, experiência p rofissio11:,I, apoio social e personalidade. No ( :apítuJo 6 1 n1ostran1os c1uc os fi.111cionários rcagc1n ern rl'sposta às suas pcrccp(Õt.s d,, r<:alidadc, n,ai:; do que à rea1idtic1c en, si. t\ /)ff(tPf0rta11to, 1nodcr;1 a relação <:nlrt unta condição potencial de c:s11·cs.sc e a rcaç.lo do funcionário a ela. Quando ,una c1npte:..a está clcn1itindo ntuita gc.ntt, u1na pessoa pode sentir n1cdo de perder o c111prcgo e oulra pode ver nesse f.uo u1na oportunidade de receber tuna boa indenização e iniciar o própiio negócio. 1\ssi,n. o po1cncial de esu·css<: n{10 está ua condiçf,o objetiva 1n,as n:;1 interpretação que o funcionário r.-.z dessa condi(ào. f\ e.rpeneluia no trabalho tende a c.s1.ar ncgaciva1ncnte relacionada co1n o estresse. Por quê? f·Iá duas explicações. n f\ pti111cira é a d:, seleção natural. f\ rotati,~claclc voluntáiia é n1ai.s p1'0\'ê\vcl entre as pessoas que sofre,n rnais corn o estresse. 1\ssin1i as pcssoa.s c1ue pen1,anccc.11, ,nais lCJflf.>O na en1pl'esa são as c1ue 1ênt 1nais u-a(os de resistência ao cs11-esse ou que n::sisten1 n1elhor tr$b11olültule d(, 1ipo A. sobre a qual discu1in1os no Capítulo 5. O 1'ipo A particularn1c1nc no aspecto que St:: 111;11tifcsta na hostilidade e na raiva - C:-itá asso<:frlclO ao .tlnncnto de níveis de estrc.ssc e .-iscos de doenças carclíacas. ;, 1\s pcss-oas que se ir1itan1 corn facilidade, que ,nantêrn scrnpre u,n ar hosLil e que dc1nonstra1n lllna. desconfiança c rônica co1n relação aos ourn:>s tcndc,n a cxp<:rin,c1uar un1 estresse ntaior. 1\ compulslo pelo trabalho é OtLtra caractcdst.ica rtlacionacla ao rú,·cl d e estresse. O s u'Orkal,olics são pessoas obcecadas ,,o trabalho: elas u-abalharn por períodos nluití~in10 longo~ pens.11n no 1rt1.halho n1eSJtlO quando clâo e.~1ão U"abalhando <: crian1 responsabilidades profissionais adicionais para s.1.t.isfàzcr sua ,co1npuJsào interior ele trabalhar 1nais. De certo 1noclo, essas p<:sso.1s podem dar a in1prt-ss..\o de S('t'Cn1 os funcíoná1ios iclc.ais. Pro\1.\\·cln1c11te Cpor isso que, <1uando se pcrgu11la a rnuit.:'"l gcutt.: c1n cnu'C'\·istas de c,nprcgo qual é seu p1incipa.l dcíeito, as pessoa.\ pens..1cla1ncntc rcspondc1n que '1.rabalhant dentais'. En11'(:1an101 há u1na d ife1-e1lça entre trabalhar duro e crabaJhar compulsiva1nente. Os u:orkaltolir.s não s.lo ncccss,·uia1ncntc 111ais procluúvos que os ouU'OS funcion.:i.rios, apesar de fltzcn:1n t'Sforços c~xtré.111os nesse sentido. O dcsga~tc de colocai' ,1111 nhTl tão alto de (.'$Íorçc, 1to 11-.:1hallto acab..1 pordesg.,scat o u:orlml,ollir, levando a u1n conflito 1naior e ntre a vida profissional e pessoal t": ao hur11out psico16gico...,

      Consequências do estresse O csu·cssc se ~'"lz 1'1 01a1· d e clivcl"$aS n,aneiras, co,no por pl"Csst,o a h.a , úlceras, i1,~tabilid,1cle. dific11ldacl<; pai-a 10,nar dccis~s 1'0tinciras1 ~>er'Cia d(· ap<:ti1c~ pl'op<:nsào a acid ente$, <:ntrc outros si1nonlas. Isso 1uclo pode ser rcsu1nido c,n três ca1cgo1ias gerais: .sin101nas lisi· cos. psicológicos e co1nporta1ncntais..11,

      Sintomas físicos A~ pri,nei,-as preocupações co,n o t--st,-cssc eran, cli,'ifirida.s aos sin10111as íisicos. Isso se dc,'C p rcdon1inanu;n1c111e ao fruo d e c1ue o assunlo era pe-squisado por proíission~üs da saúde- f: da ntcclicina. O lr.abalho desses profissionais levou à conclusão d e que o

      Capitu1o 18

      Mudança organizacional e administr.içAo do estfesse

      587

      cstn.'.SSC poderia ser a causa ele rnu
      COMPORTAMENTO ORGANIZACIONAL NA MÍDIA

      Para quem gosta de estresse uitas pesquisas são realizadas na tentativa de identificar quais são as profissões mais estressantes. Obviamente, os resultados variam de lugar para lugar: ser um policial na Dinamarca é bastante diferente de ser um policial no Brasil ou na Angola. Dependendo das condições locais, uma profissão pouco estressante nos Estados Unidos pode gerar grande angústia em seus ocupantes de outras partes do mundo. Imagine o caso de um guarda florestal de uma reserva no Pará constantemente invadida por madeireiros que entram em conflito com tribos indígenas. Com certeza, esse não será um trabalhador com poucas preocupações. Um levantamento feito pelo Centro de Controle de Doenças dos Estados Unidos (CDC) e pela revista Health listou os dez trabalhos mais e menos estressantes daquele país. Veja a lista:

      M

      Os dez mais estressantes: 1. Professor do ensino médio na periferia das grandes cidades 2. Policial 3. Mineiro 4. Controlador do tráfego aéreo 5. Médico residente 6. Corretor da bolsa de valores 7. Jornalista 8. Serviço de atendimento ao cliente/reclamações 9. Secretária 10. Garçom 1. 2. 3. 4.

      Os dez menos estressantes: Guarda florestal Encadernador Atendente de telefone Ferramenteiro

      5. Técnico industrial 6. Reparador 7. Engenheiro civil 8. Terapeuta 9. Cientista 10. Representante de vendas No Brasil, uma pesquisa realizada pela ISMA·BR (o braço no país da lnternational Stress Management As· sociation) encontrou resultados semelhantes para as profissões mais estressantes, acrescentando outras que deixam seus ocupantes muito angustiados e ansiosos. Os grupos nas três primeiras posições foram: 1. Policiais e seguranças 2. Motoristas de õnibus e controladores de voo 3. Executivos, caixas de banco e serviço de atendimento ao público Os seguranças foram classificados na primeira posição empatados com os policiais. De acordo com o vigilante Francisco Cezar, a carga horária, a pressão para estar sempre atento e os longos períodos em que permanecem parados são as causas do cansaço e do es· tresse da profissão. Os condutores de õnibus também entraram na lista, em função do trânsito enfrentado e do calor e barulhos emitidos pelo motor, que ficam ao lado dos motoristas na maioria dos ônibus no Brasil. ·roc10 dia é uma loucura, é buzina do lado de fora e confusão do lado de dentro", conta o motorista Marcelo Rantos. Na lista nacional também entraram os bancários e os exe<:utivos. Aqueles, pela ne<:essidade de atenção para não cometer erros, pela questão da segurança e pelo atendimento a variados clientes, e estes, pela pressão por resultados e pelas longas rotinas de trabalho.

      Fontts: easeildo em Heficobacw pylory • Pcpr,c Vfce, D,seast, Centro de Controle de Doo1191, dO$ ~stoooo Unidos (ÇOQ, Oel),1ru1men10 de Sa\ide e. Roo..irsos Hvmanosdos Est.&dos Unido,; e 8n.sno Pin"Mtntel Saviotti, ·pesqui$& identiflai prot'issõesmai, csitessante,", Jornal LíJbo4ltório do Jnstítoro de Edvc-açJo Superior de Btas,1ia. 11 maio 2006.

      Compo11.amento organiia~ional

      Sintomas psicológicos A in..s...'llisfaçào no trabalho é 'o e feito psicológico ruais sirnplcs e Ob,~o' do e.stresse.•• !\•las o e.stresse tan1bén1 se ;,presenta en1 outros estados psicológicos po r exemplo, tensão, ansiedade, irritabilidade, tédio e proc111stinaçào. Quando os tl"abalhos apresentam dc1nandas rntlltip las e conílitantcs, ou quando não

      h,i clareza sohrc os dcvrres, a au1o tidad<" <: a 1-csponsahilidade de e.ada u,n . tanto o cs1rcssc- quan10 a insaLisfãção podc,n aun1c111ar.8l Da 1nes1na 10r1na, q uanto 1ncnor o controle cio indivíduo sohrc o ri11110 de seu 1rahalho. 1naiorcs são o estresse e a insatisfação. En1hora scjant necessárias rnais pesquisas para dcccr1ninar essas relações, os trabalhos q ue otê:recc111 baixos níveis de variedade, significância= autono1nia:fltdback e identidade gcran1 estresse e rcduzcn1 o cnvoh·i111cnlo e a s;.1tislàçào co111 o lrahalho.111, No entanto, ucn1 lO
      O s. sinto111a.s co1npo11a111cntais cio <.'Strt·ssc i11clucn1 n1u-

      d.-1nças na produtividade;. absc.:ntcísn10 e rotatividade.:, bc111 co1no 1nudanças nos h,'tbitos de ali,nc.~111açi10, atuncnto do cons\ullO de úlcool ou tabaco, fala ,11ais r-dpida, i11c1uictaçio e d istúrbios do sono.• U,na quantidade significativa de pesquisas investigou a rclaç.ã o cnrrc dcsc1npc:nho e estresse. O padrão 1nais estudado e docun1entado é a relação do ü invertido, n1ostrada na Figura 18.4."" 1-\ lógica que H.1ndarncnt.-'"l o paclrào elo U in,·crlido é que níveis baixos a rnodcrados de estresse cstin1uhun o corpo e au1ncntan1 su.1 <:apacidacle de reagir. .Kessa.s situações, os indivíduúii gerahncntc realiz,;1nl sua$ tarc~lS con1 1nals qualich,de, intensidade ou rapidez. ~ las o cxce~o de ,·s11·cssc: in1pôc dcrnanclas ou li1niH1ções in:llcançá\'cis., o que 1"C;sulta crll pior.. do dtscn1pcnho. Es.sc padrão do U invertido uun hé.111 pode sc.r usado para explicar a reação ao estresse ao longo do tcrnpo e as n1udanças cn1 sua intensidade. ~·l cs1no os ní,·cis anocleraclos de estresse podcn1 te r tuna influência ncgntiva sobre o dcscn1pcnho a longo prazo. quando a intensidade continua conso1ne o indivíduo e reduz suas fo ntes de energia. Un1 atlct cstr(-ssc para chcgc,r a u1n alto dcse1npcnho a c"da sábado da tcn1porada de jogos, ou un1 executivo pode sc.:r c,1paz de d,11· tudo de si ,·111 su.;1 apresentação crn un1 c;ongrcsso nacional. ~,1as un1 nível n1odc1-aclo de ,·stresse vivcnci:,do continuan1cn1c, con10 ocorre c1n u1n pronto-socorro de u1n grande hospital urbano, pode resultar cn1 li·aco dcscn1pcnho. Isso c>q>lica por que o quadro de pcs.soa.l dos scrvi(OS de pronto..atcndin1ento sc1nprc 1nuda e por que praticarncntc ninguén1 passa toda a carreira nesse tipo de a111bicntc. De f.uo, tal situação coloc~1ria a pcSSóa sob o risco de um 'c.sgor.11ncnto profission;,J '.

      '

      Figura 18.4

      Modelo do U invertido da rela ção entre estresse e desempenho Alio

      t o e

      .t::

      X.

      E

      !:

      8 1

      Baixo Boix o - - - ---<estress,e------Allo

      Capitu1o 18

      Mudança organizacional e admini str.içAo do estfesse

      589

      ,..\ pesar da popularidade e do apelo intuiú,·o do 1noclclo do U lB,·crtido. e le não len1 l"cccbido n1uila sustcnlação crnpiric,1.'~1Os gestores dcven, ter o cuidado de não aceitar que esse 1nodclo scj,:l u1tl(1 ilustração precisa de, rcl;J çào entre cst"-'Sst' e descn1p(·11ho.

      Administrando o estresse Conto os nh·cis de baLxo a 1noclcrado de estresse podc111 ser fi.u1cionais e levar a tuna 111clhora do clcsc111p,cnho. os géSlOJ"CS não p1·ccisa1n se preocu1>ar quando os íun<:ioná1ios os cxperi1nenta1n. Os funcion,írios, no cn1antn, podc1n pcrc<"'bcr a1é 1ncsn10 uni nível baixo d e cstt<:Ssc co1no indesejável. Por essa razão, é prová\'cl que:: os gcs10 1·cs l' os funcion;\rios 1c:11ha1n opiniõc.~ diferences quanto ao nív<:l de estresse accirá\'cl no trabalho. O que os g<::storcs consldcr;un 'un1 cstinndo positivo~ que 1nantén1 a adrenalina c n1 ação' pode ser visto pelos funcio11;:\1ios con10 ' unia pressão excessiva 1• 'T'cnha isso cn1 1ncn1c enquanto cliscutirn1os as abordagens Lndi\·iduais e organiu1cionais ela adntiuis,raçào d o cstres.sc.11 Abordagens ind ivid uais Urn funcion:'.\1io pode assu1n ir a rcsponsabilidaclc ele reduzir o próprio nívc1 de estresse. 1-\ s cst raté1,rias individuais que s.c 1nostrara1n eficazes inclucn1 iinplen1c1uaçào ele técnicas de adn,inistraç,to do ternpo~ aurncnto ele exercícios fisicos1 trci11an1cnto p<.-1ra o rclaxa1nento e cxpans<1o da rede de apoio social.

      COMPORTAMENTO ORGANIZACIONAL INTERNACIONAL Lidando com o estresse: diferenças culturais

      A

      tualmente, a maioria dos indivíduos já vivenciou

      momentos de estresse. Na União Europeia, in· clusive, o estresse é considerado a segunda pa· tologia mais comum do mundo ou até a 'epidemia do século XXI'. Partindo de uma pesquisa internacional, observou· -se que 64 por cento dos funcionários das PME's {Pequenas e Médias Empresas) relatam níveis mais elevados de estresse, em comparação com 60 por cento das pessoos que trabalham em empresas multinacionais. Amaior pressão pela rentabilidade é a razão enfatizada por grande parte dos entrevistados. O relatório ainda aponta que. nos últimos dois anos, 58 por cento das emp<esas tiveram um aumento do nível de estresse ocupacional significativo. O Brasil, onde os executivos trabalham 54 horas por semana, quando a média mundial é de 41 horas, obteve o segundo maior índice de 'exaustão física e emocional', ficando atrás apenas do Japão e superando países como a China, os Estados Unidos e a Alemanha. Para combater as porcentagens avassaladoras, as férias podem parecer uma boa solução como transmissoras de descanso e relaxamento. No entanto, evidências suge· rem que esse periodo também virou sinônimo de estresse.

      Em um estudo realizado em São Paulo e Porto Alegre, os pesquisadores perceberam que cerca de 40 por cento dos entrevistados sofrem de vacatioo phobia, ou seja, têm medo de tirar férias. Desse grupo, praticamente metade se angustia por acreditar que decisões importantes podem ser tomadas na empresa durante sua ausência. Outra forma de aliviar o estresse passa por recor· rer ao apoio de amigos, familiares e grupos de auxílio. Nem todos os povos, entretanto, recorrem a essa forma de combate ao estresse. Em um estudo que abordou diferenças culturais, observou-se que os asiáticos e norte-americanos de origem asiática - mais coletivistas - usam o apoio social com menos frequência do que os norte-americanos descendentes de europeus mais individualistas. Os autores sugerem que os asiáticos, por serem coletivistas, preocupam-se mais em manter a harmonia do grupo do que com seu equilíbrio interior, o que os leva a não compartilhar seus problemas e a guardá-los para si. No fundo, apesar de não faltarem sugestões para melhorar a qualidade de vida dos trabalhadores e seus níveis de estresse, deve-se tentar aplicá· las de acordo com o grupo e suas características específicas.

      Font&S: Ba~ado em S. Taylor, O. K, SheNT\8.ll, H. S. Kim, J. Ja,cho, K. Takagi e M. Du~n. "'Culture and Social Support: Who Seek$ lt a,ndWhy?"

      Journat o( Pers,onafiiy and Sociat Psyc.hofogy, set. 2004, p. J-54·362; "Cresce esuesse t,om trabalho no Brasil e no mundo'", Dispooivel em: <.www. ondasweb.com.br/radio/2()00/12123/cresce,.esttesse<em-trabalho·no-bfasil·e·no-mundol>. Acesso em: 18 maio 2010: e Rosana lakabi, "'Stress nas férias'", Guia Brasil. Ois.pof'l'ivel em: <>.w.w.via,eaqvi abril.com.brlbk>g/9W·braS1Vstress~nas-ferias/>. Acesso em: 19 maio 2010.

      590

      Compo11.amento organiia~ional

      ~·fuita gente não s..1.bc adn1inistrar o próprio tc111po. Un1 funcion.:í.iio organizado, da 111csn1a tbrn1a que u111 estudante org-..:1.niz;;1do. pode fazer o dobro de coisas que lUn clcsorgan.izado íhz. Con1pn.:c udcr e utilizar os princ-ípios básicos de (l.(Í111i11i.str0rais.c1} Pcrjoclos de 15 a 20 1ninutos di{lrios de rclaxa1ncnto proíundo alivia111 a.s tensões e dão,\ pessoa u1na i1ncn.sa scnsaçiio de paz, bc1n con10 difcr<:nç.a.s significati,·as no riuno cardiaco, n,, 1,rcs.sào ,,1'1.c1'1al e ('1n ou1ros f."lt<>res fis.iolúgicos. Con10 1ncncionan1os no início clc~ae caphulo, 1er an1igos, parc111cs ou colegas con1 quc,n conversar oferece u1n;l válvula ele escape quando o cs1rcssc se 1orna cxccssi,·o. 1\ exª pans.:io da rede de (lj><>io JocÜ1l~ portanto, pode ser u,na n1aneira ele reduzir a tensão e oferecer un1;1 perspectiva 1nais objetiva d.t siluaç."io do que a sua. Abordagens o rganizacionais l)i,·crsos f3.lo1-cs- causadores do cs11'Csse - parLicular. nlcnlc as dcn1anclas de tarcf:ls e de papéis - são controlados pelos gestores e pocle1n, po11an101 ser 1noclificados-. t\lgutnás estratégias incluc.111 a 1nclhoria cio processo ele selcç;';o t: coloca\·âo ele pessoal, trcin.:uncnto, a íixaç;to de objetivos realistas, o rccle.scnho do trabalho, o au111cnto do c11,·olvi1ncnto dos íuncio11á1iol), a rnclhorii, da co,nunic!lÇàO organiz.acional, a conCC:iSt10 de licenças :;abo:í.ticas e a irnplantaçt,o de prog~1nas corporativo)) ele lx:nl-Cl)lar. 1\inda que certo~ u-ahalhos sejam ,nais esu-essanu.--s do que oull'OS, ,·ln1os neste capítulo quc as pessoa~ cliíc1·c·n1 cn1 suas rcspos1a.s a si111açôcs ele cs1rcssc. Salx:n1os que as 1x:ssoa.~ con1 pouca experiência ou lócus de co111rolc externo tc nclc1n a ser 111ais \'ulncrá\'cis ao cstrcsst:. 1\ s dc<·isõcs de selt(àO t rolorarão dt pessoal dcvc111 lcvnr c-111 consideração css.'l.s ca· ractc.:rí.stit~\s. Ob,·ian1c.ntc, c111bora a cn1prc.sa não possa se restringir a contratar apenas indivíduos cxp<:ritntes e <:ó1n lócus de coutrolc interno, são eles os que n1clhor se .1daptan1 aos trabalhos 1nais (".Stressantes e os <1uc conscgucrn rnclhor dc.sc111pc11ho ncss.:1s situaçõc-.s. l)a 1ncs1na forn,a: o 1n.711(l111tnlo pode aurnen1ar a aut<.)Cfi<.'"o;Í.fia do funcion,írio e reduzir o esu-cssc do trabalho.

      Em janeiro e feve,eiro, o ritmo de trabalho oa KPMG, firma dé auditOrés indepéndentés que valida as demonstrações financeiras de diversas empresas, aumenta d1asticamente. Nessa êp0<:a, mui1as companhias estão fechando set1s balanços e contratam c1 emptesa de auditOfia, fazendo qué seu$ funcionãri0$ assumam múltiplas responsabilidades. Para reduzir o nível de es1ressé nesse pe
      Capitu1o 18

      Mudança organizacional e administr.içAo do estfesse

      591

      Di.scuti1nos o estabclfcin1ento ,!e o/yfliuos no Capítulo 7. r\s pessoas lê1n m elhor d c-sc111pcnho quando possuem ,netas específicas e dcsafiaclora..s, e quando rcccbc1nfic,/ba,k sobre -seu progresso coo, rch,çào a c h,s. .i.\ ul.iJi~açf10 dos objt:livos pode r·cduzir o csu-csse~ alé1n ele aurnent:-ll' a rnoli\'açào.91 Os H1ncio11ários aha111cnlc ccnnpron1e1idos con1 seus ohjcli\'OS, que cnxe1:ga1n u1n propósito cn1 sua vicia pl'ofissional> c ~p(;l'i1ncn1;11n nlcnos estresse por scren1 n1ais propensos a perceber os cst11·esso1'Cs corno desafios <:111 \'ez de i1npcdiincntos. ~l ctas específicas, ,isu,s co1no factÍ\'eis, csclarcccn1 as expcctati,·as eon1 relação ao dcse1npenho. J\lé1n disso, ofiedha,k reduz as incc11czas con1 relação ao d cscn1penho real O s resultados se u,,cluzc1n enl 1nenor frustração para os funcioncí.rios, 111cnor .1n,biguidadc de papCis e n1cnos estresse. O redaenho do traballto para dar aos ll ul<:ion;.1rios 1nais 1'ésponsabilidadcs, Hll''cHts 1nais significativ;\S1 ,nais ~\utonornia e 111aisJt~dbark pode tcduzi1· o cs11·c.sst, po1'C1t1c lhts ofc1·ccc 111:lior conu'Olt' sobre suas atividades e anais independênc ia cn1 relação aos oulros. ~·las, co1110 con1en1an1os cn1 nossa discussão sobre d esenho do cargo. nenl todos os funcionfirios qucrcn1 o cn1iquccln1cnto ele tarcÍ.lS. O redesenho ideaJ para os fu ncionfuios co1n baixa necessidade d e crcsci1ncnto, po11anto1 pede a busca de n1cnos responsabilidades e 111ais cspcciali:tação. Se os inclivíduo.s prclCrcrn csu1.uun1 e rotina. ,, redução da variedade de tarefas pode ajudar a d iniinuir os nivcis de incertezas e de estresse. O cs1 ress(· relacionado co,n os pap(:is é 1nt1i10 prcj11dicial>l)OÍS os íuncion;'uios ntto se scnt('1n seguros con, rclaç;lo a s.<:us ol~jc1ivos. c~pcctativ,1s <: Jbr1nas dt avaliação. Ao dar aos funcio1ulrios a oportunidade de se expressar sobre as clccisôcs que afcta1n clircla1ncntc seu clcscn1pcnho1 os gestores podc1n aun1en1ar o controle de cada u1n e reduzir o estresse do papel. Para isso1 os gcsto rt•s elevem considc1,1r o au,11t'lll<> do nu:olvhne11/() dosjiu1ci()11ários no processo decisório. •Ili AJén1 disso, 111clhorar .:1. con11111icaçiio org'1niz<1cü11ud for1nal con1 os fu1u::iono:'11ios reduz as inccttc-za.s po1· d i,ninuir a :unbiguidadc e os couílitos de papéis. l)ad..i a i1n1>0rti1ncia que; a JX:l"C"epçào 1c1n na nlcxlcraçào da relação <·ntrc o cs1 1·es.sc e a !"ÇS'f>OSta c1uc ele pl'ovoca, o.s gestores podc1n ulilizar a cotnunicação cficic n1c n1c n1c para n\olclal' a percepção cios funcionários. Lcn1brc·S(: de que aquilo que o fi.1neionário entende co1no <:xigências, an1caças ou oportunidades são so111cntc inteq)rctaçõcs, que poclc1n ser afetadas pelos sítnbolos e pelas .tções con1unicados pelos d irigentes da cn1prcsa. ,\lguns funcioncirios precjsa1n de un1 aJhs1an1cnlo ocasional cio riu110 frenético ele seu

      1rabalho. 01-g--<1ni~a<·ôes co1no Ou Pont1 Nikc1 Chcnitt'éh e. as ;1utc1rquias fed cro1is> co,no as agências 1·cguladoras, J>assar::10\ a aceitar os pedidos de seus íunt.:io1HÍ1~os pot longos intcrv.-,los de u,,balho.9'.l l~ssr-~períodos .tnl,átiros <1uc pocl(·n1 dural' rlcsclc .1lgu1nas sc1nan~s a té d i\'crsos rncsc:s pcnnitc1n que os funcio1ulrios ,iajcn1, t'élaxe1n ou se dcdiquen1 a pr~jetos pessoais que conson1en1 111ais tc nlJJO do c1ue o pc1íodo no r111al de fC1ias. O s defe nsores dessa prática argu1ncntan1 q ue os pe ríodos s,1báticos poclc111 dar novas energias ao trabalhador, quê, de out1, , forrnai est~lria thdaclo ao csgotarnento. Nossa \1l1in1a sugestào é a oferta de progr,unas ,Jc he11, ..,sfar p<1trocinaclos pela org;;11llu 1.ção. t-:sscs p1'ógr.:ln1as são dirccion::,dos a nu.:lhorar as cor'ldiçõcs lisicas e n1cntaís dos H.1 ncion{1rios.100 Eles gcrahncn1c o ícrccc.11n U,VJrk.d1bps para ~Yud~-los a deixar de íu1na1~ con11'0lal' o consurno de álcool, perder pcso1 habiluar..sc a unla a li1ncntaçào ,nai.s s.aucl;lvt.:I e dcscn\'olvcr un1 progran1a reg ular de cxc1'1Cíeios fisicos. t\Jguns ajudan1 os funcion:írios a n1clhorar ta1nbé1n sua condição de saúde psicolóbrica. Uma n1eta~an,üisc d e 36 progi,u11as planejados para reduzir o estresse (inch1sl\·c os de bcn1·c.star) 1nosU'OU que .1s intervenções para c~udar os íuncio11á1; os a repensar siluaçõcs csln::ssantt-.s e usar (•stratébrias ativas para lidar con, o <:Stresse lcval(1111 e, urn,;1 redução con:;idcr.:lvcl no~ níveis d e c.strcs.8c. 1 1-\ prc,ni~a bêt'-ica da n1aioria deSS4.:s progran,as é a de c1uc os f'l1ncicn1;l1~os pr<.-cis..'ln"I as.<.,11nir a 1-cs1>0nsabi1idad«~ por sua saúde: fisica e rncntal. ;\ organização é apena~ un1 n1c;io para esse fi,n. A n\aio,ia das cn1prcsa.s que in,·cstc nesse tipo de progra1na ttlll descoberto que eles rcalrncntc trazcn1 bcnclicios significati,·os. ün1 t.·studo cn,·olvcndo oito c1nprcsas canadcn~ sc.s revelou que cada dólar invcsrido cn1 seus progran1a.s ele bem-estar gerou um retorno de 1,64 dólar e, no caso de runcionáilÍOs ele alto risco, corno os fu1nantcs. o retorno chegou a quase quatro dólares. •00

      °'

      592

      Compo11.amento organiia~ional

      n ~plicações globais Mudança organizacional [)ivcrsos aspectos da 1nuda nça d iscu1idos a((ui são unia q ucstiio ele cultu1..i. Pa r::i ilustrar essa argunlc111açào, vtunos cxantinar sucintal'ncnte cinco ques1ôes: ( l) 1\ s pessoas acreditan1 que a nludança é possível? (2) ~esse <;aso1 quanlo 1en1po leva prtra que <:la aconteça? (3} /\ resistência ,1 1nudança é rnaior c1n ccrt,,s culturas? (4) 1\ cuhurn infloencia a 1nancil'a co,no a nu.1dança é i1nple1nentada? (5) Os ca,npeões de ideias agc111 d ifcrcnl<:n1cntc c1n cuhiu ras distintas? As pessoas acrcdi1an1 <1ue a 1n1.1clança (; possível? t...enlbre-se de que as c~1huras diícre1n con1 relação à crença sobre suá capacidade de controlar o arnbicnte. :'\as culturas cn1 que as pessoas acrcdita1n podei!' do11linal' o arnbientc, os indivíduos tên, \1nla visão proativa da n1udança. Esse é o caso. por cxc1nplo, do Canad;í. E1n outros países, c-01110 o I r,i e a J\.r{ihia Saudita, onde ;:is (>cssoas a<.Teditarn ser subjugadas pelo an1bicnte. elas tcnclc1n a assu1nir un1a poslura passiva diante da n1udança. Se (1 111ud;:111ça é possh·cl, quant o t<.-1npo lcv,~ p;-1ra aco1Hccer? 1\ oric1nação tc1npot;d de cada cultura pode nos ~ljucla r a responder a essa J>ergunta. As sociedades que pcnsarn a longo prazo. como é o caso doJar>ào. de111onstran1 <:onsiclc1·,lvcl paciência para CSJ)C-rar os resultados 1>0Sitivos de tnna 1nudança. Jii. naquelas voltadas para o c.u1,o prazo, con10 os Estados Unidos, as pessoas cspcran1 1nclho 1ias r.:lpid.1s e bu$c0eler pode esclarecei- esse 1ópico. l~1n culturas co,n grande dislêincia de poder, co1no as da Espanha ou do llrasil, os estOrços de mudança tcndc1n a ser in1postos de ,nodo autocr~ltico pela dircç~io das e,npl'c:;as. Ern con1pn1-nc:f10, cuhuras co,n ,ncnor d istância de poder valoriza1n os n1étod os dc1nocráticos. Podcrían1os prc,·c ,; po11anto 1 urna u tilização ,naior da parti<:ip.-1çiio en, p;;1iscs co,no a l)i1Hunar<:a e a l:-lola11da. Por fin1,. os ca,npcõcs de ideias a.gcn, difcrcn1cn1cntc cn1 culturas disrintas? Si111}0'J 1\s pessoas inseridas c,n cuhtn"tls coletiviSL<'lS, c,n co,npn1-açfu) co,n aquelas c,n culturas individuali.slas, prcfCrcn1 apelar ao apoio 1nuhifi1ncional para os csfOrços de inovação. Pot sua vci, nas cuhu1"as co,1, gra111de distância de podei; as pessoas preíercn1 que os ca,npcõcs 1rahalhcm próxirnos aos clctcnlorcs ela autoridade, para que .a.s a ti,·iclaclcs ino· vadora.s scjan, aprovadas antes de ser conduiidas J)Or elas; e quanto 1naio1· a aversão à incerteza nas socicdaclcs, 1nais os c.:;;unpcõcs prccisa1n agir de acordo conl as norrnas e procedi1ncntos para desenvolver as iuovaçôc.s. ~sas dc.scolxrtas sugcrc1n que os gestores eficazes dcvc1n ahcnu· suas cs1111tégias para rcílclir os valores culturais.

      Estresse

      Ao considcr.unos a.~ d iferença.$ globais co111 1'Claç,io ao es11-cssc, há 11-ês questões a .s<:r<:ln respondidas: ( l ) As cauS:ls do estresse variam entre as diferentes cuhur:ls? (2) .:\ s consc<1uências do cstrcss<' varia1n c111 re as d ifC.:rc,ues cultura~? e (3) Os fluorcs que rcduzcn, os cíeitos do cslrcssc ,·ad.1111 entre a.s diícn.:ntcs culturt1.s? Tratare1nos de c,,da unia dessa.~ qucs1õcs ;\ sc&•1Jir. Pri1nciro= as pesquisas sugerc111 que Or sua f.,ha de eontrole, os úhi1noi. fita\·anl <.~Sln.:~s.ados por avaliaçt><'l> e fàlta de t rci11a1ncn10. En1hora as condições que lcva,n ao estresse J)()Ssa111 ser diferentes nas divcrs."ls culu1ras,

      "''º parece que acontece o mesmo com relação aos efeitos ela personalidade sobre o cs,

      trcsse. Un1 estudo con1 trabalhadores na Hungria, na hália; no Reino Unido, cn1 Israel

      Capit u1o 18

      M udança organizacional e admini str.içAo do estfesse

      593

      e nos .Estados Unidos concluiu que os traços da JX!rSOnaJidadc tipo f\ (vtr Capítulo 5) ío1~un indicadores de C!itl"CSS(· de fOr1na t·c1oivalcn1c c:;nu·e as cuhu ras. 101 U1n estudo li::i10 co1n 5.270 gerentes de 20 paiscs descobriu que aqueles 01iundos de países individualistas) con)o Estados Unidos, Ca11ad;l ou Reino U11ido, c~qxrin1c111a,n níveis 1n a is altos de cslrcssc c rn virtude do fato de o trabalho in terferir na fàn1í1Jia c 111 con1paração con1 os de 1>a iscs coletivist.al) na 1\ s ia e na ,\ 1né1·ica 1..,nin:1. 10:i Os a11to1"CS p topôcn1 que isso pode ocorre r porq ue, nas c ulturas coletivistas, 1sabalhar horas ext ras é visto con10 um sacriíicio pa ra ajudar a í:unília, ao passo q ue nas individualis1a:; o ttabalho (' \'isto co,no u1n 1ncio para a realização pessoal q ue tira algo da fan1ília. Segundo, as evidências 1cndc1n a sugerir q ue os cstr<:ssorcs: estão associados à pcrccp· çào do estresse e das tensões entre tr.1balhadorc-s cn1 d ifc rcnlcs paísc.s. Ern outras palavras, o <:stresse(; ibti.1ahnentc rui1n para 0$ lr.:ibalhadorcs cn, todas~ culturas. iót. ·rc,x:ciro, t1pC))(')r de 11e1n toclos Oli. Ít')torc:s q ue 1'Ccll1zc1n o csu·cssc 1c1·cn, sido con"l-

      pa1·ados cn1 1-e as cuhul'as, as pesquis.,'L;, suge1-cn, que, enquanto as exigincias para <JUC os fi1ncioná1ios trab:1lhe1n por 111uitns horas levan, ao ("Stresse, esse n,esn10 estresse pod e ser reduzido ao se utilizar o apoio social co,no recurso, con10 ter a1nigos ou í.·uniliarcs con1 q uc1n conversar. U1n estudo rcccnnc conrluiu que isso é verdadeiro para 1rabalhadorcs c n1 d ifcrc nu·s grupos de países (r\ustrá li.1, (:anacht Ing laterra) No,-;:1 Zclàndia) Estados Unidos, China) 1"';ti,van 1 t\rgt:nti na, Brtisil,. Colú1nbia, Equado1; ) ·léxico, 1\ :ru e Urugu;ii). m;

      - m esumo e implicações para os gestores A necessidade de n1udança ficou in1plícita c1n todo o 1cxto. ·'U1na reflexão r n1odclo de cstr,nura. os t:·uores cuhu rais e as políticas de recursos hu1na1tos dctcr1nina1n , c1n grande pa1·lc 1 o nível de inovação denlrO urna organiz;1çfio. Oa ,nei.rna for1na, as políticas e pl'á1icas dos gestores detct111inar;clo o grau crn q ue a o rganização aprende e se adapta aos iàtorcs a1n b ientais cn1

      °"

      lra11i.forn1ação. Pcrccbc1nos que a cxistênciai cio estresse no trabalho não é, por si só, 111n fator que impliC4' rccluç~;o do dc.scn1pcnho. ;\s cvidência.s indicam que o t".Strc:;s<: pode exercer tuna influência positiva ou negativa sol:>rc o clcsc.,npcnho dos funcio n~lrios. Para 111ui1as pessoas, u111 uivei baixo ou 1noclcrado ele estresse pode capatiül-las a trabalh;.n· 111elhor por aurn<.·ntar a in1cnsidadt· de seu 1rah :1lho, !ilia a tenção e sua capacidade dr l'cagir. Contudo, un1 alto nh·el d e estresse, ou n1c:;n10 u1n nivcl rnodcrado q ue seja constante e duradouro, pode levar a un1a queda do dcsc1npcnho. O in1pacto do estresse sohrc· a s;itisfaçào no cl'ahalho é bcn1 1nais d ireto. f\s lcnsõcs relacio nadas ao tra balho tcndcn1.t reduz ir a satisfação geral do íuncionârio.1o, ~,l es1no quando u1•1 nÍ\'cl de baixo a 111oclcrado de c.-s111:s.,c· pode n1clhol'a1· o dcsc111pcnho, os fu ncionáiios o considcran1 dcsagrad;lvcl.

      594

      Compo11.amento organiia~ional

      Ponto

      Contraponto

      '

      Os gestores estão constantemente gerenciando mudanças abordagem episódica da administração da mu· dança organizacional tomou-se obsoleta. Ela se aplica a um mundo de certezas e previsibilidade. Desenvolvida nos anos 1950 e 1960, reflete o ambiente daquela época e trata a mudança como um distúrbio ocasional em um mundo normalmente pacífico e previsível. Entretanto, esse paradigma pouco tem a ver com o ambiente de hoje, em constante e caótica mudança. Se você quiser entender o que é administrar a mudança nas organizações de hoje, pense nisso como um rafting permanente. A organização não se assemelha a um grande navio, mas sim a um bote para ultrapassar corredeiras. Em vez de singrar mares de águas calmas, esse bote precisa atravessar um perigoso rio, cheio de pequenas e ininterruptas cachoeiras. Para tomar as coisas ainda mais difíceis, o bote é manejado por dez pessoas que nunca fizeram essa viagem juntas, a maior parte da travessia é feita no escuro, o rio é cheio de cuNas e obstáculos inesperados, o destino não é muito claro e, em várias ocasiões, o bote precisa atracar na margem para deixar que alguns tripulantes saiam e outros entrem. Amudança é um estado natural e sua administração é um processo continuo. Em outras palavras, os gestores nunca podem se dar ao luxo de escapar das corredeiras. A estabilidade e a previsibilidade caracterizadas na abordagem episódica não refletem mais a realidade do mundo de hoje. As interropções do status quo não são ocasionais, temporárias e seguidas pelo retorno ao estado de equilíbrio. Na verdade, não existe um estado de equilíbrio. Os gestores de hoje enfrentam mudan· ças constantes, beirando ao caos. Eles são obrigados a participar de um jogo que jamais jogaram antes, com regras que são criadas à medida que o jogo acontece.

      A

      mudança organizacional é uma atividade epi· sódica. Isso significa que ela começa em algum ponto, passa por diversas etapas e culmina em um resultado visto por todos os envolvidos como uma melhoria em relação ao ponto de partida. Ela tem um

      A

      início, um meio e um fim.

      O modelo de três etapas de lewin representa uma ilustração clara dessa perspectiva. A mudança é vista como uma quebra no equilíbrio da organização. O sta· tus quo foi rompido e a mudança é necessária para estabelecer um novo estado de equilíbrio. O objetivo do recongelamento é estabilizar a nova situação por meio do equilíbrio entre as forças propulsoras e as restritivas. Alguns especialistas argumentam que a mudança organizacional deve ser vista como o equilíbrio de um sistema constituído por cinco variáveis interativas dentro

      da organização - pessoas, tarefas, tecnologia, estrutu· ra e estratégia. Uma mudança em qualquer uma delas repercutirá nas outras. Essa perspectiva é episódica na medida em que trata a mudança organizacional essencialmente como um esforço de sustentação do equilíbrio. Uma mudança em uma variável inicia uma cadeia

      de eventos que, se adequadamente administrada, exige aju,stes nas demais variáveis para obter um novo estado de equilíbrio. Outra forma de conceituar essa visão episódica da mudança é pensar em sua administração de maneira análoga ao comando de um navio. A organização se as· semelha a um grande navio que vai em direção a um porto específico nas calmas águas do mar Mediterrâneo. O capitão já fez essa viagem centenas de vezes, com a mesma tripulação. De vez em quando, contudo, acontece uma tormenta e a tripulação tem de responder à crise. O capitão faz os ajustes necessários - ou seja, implementa mudanças - e, manobrando pela tempestade, faz o navio retornar para águas calmas. Da mesma forma, a administração de uma empresa deve ser vista como uma jornada, com um começo e um fim, e a implementação de mudanças, como uma resposta à quebra do status quo, necessária apenas em determinadas ocasiões.

      Capitu1o 18

      Mudança organizacional e administr.içAo do estfesse

      S9S

      Questões para revisão 1. Que ÍOJ\'as ;uuan1 coi-no cstiinu.l;uncs p:lra 1nudanças e qual é a difcreoça c-1nrc 1nudaoça planejada e nflo planejada? 2. ~1ai.,; 101-ças ;-uua1n co1no Jbn1c.'i ele resislência i, 1nudança? 3 . Q},ai!'i ~io as c1ua11'0 principais aho1·d;ig(·ns pai-:, a acl· 1ni11l:;1raÇàQ da 11)11dança -0rga11i~\('iC)11al?

      4. Corno os gestores podeo, <:ri:u· ,nna cuhu,·a voh;-..da p;lra a rnudança?

      5. O que é estresse e quais s..~o as possí\-cis fonlcs de csn·cs.sc? 6. Quais s.i.o as consequências do csrrc-ssc? '1. Quais são as abordagens individuais e organizacionais 1)a achninis1ração do cs11'Cssc? 8. O qu<· as pesquisas nos 1·rvcla1n sobre a.i clifr~1'<:nç-as globais 11a n1uclan<;a organizacional e no t.'Str<;ssc no u·::,balho?

      Exercício em grupo Poder e o ambiente em mudança Objetivos 1. Descreve,· corno ocorre o ganho de poder cn1 p1'0c<:ssos de rnud:,nças organizacionais..

      2. Con1p1'Cc::Hdcr o efeito das n11,.1dança:; 1ccr1olúgitas, legais, polí1itas e sociais sobre o podei' das 1>essoas dentro de. un1a organização. A situação Sua <;1nprcsa fbh1ica ca1~ri11hos de golfr· e o~ vende para cluhes de ca,npo, escola.,; de golfe<; direta1ne111e 1)at'a os con~u,nidor,-s. A 1:.n~fa dt~sua c·,p1ipc t-. ~,valiar <:(nnfi :15. nu1(1;,nc;as no arnbientc afctal'ào o f>ôclcr de cada indi\·ícluo dentro da organi7,.'\Ção. Leia a descrição das cinco siluaçõcs e iden· tifique <:rn cada ,una os cinco 1n.c1nbl'o.s da organização que tcr.io seu 1>0der ror1al€'cido crn função dai. coodic;b~ :unbit:1uais. (J-1) : homem ~ 1nulher Es(l"cialisia cm 1>l'Opaganda (H) l)i,-ctor fi11a1)criro (~f) 1\n~1lh,1a financ.-ciro (H) Ccrcnlc ele opc11u;õcs ~'l) Engenheiro industrial (1-1) Pa'Ojttista de produtos (H} l-:Sp,cciali~t.1 en, rclaçv<.'.s plibli<'as (1·1) Trci11:1dor c1npn:s.ari~,I (l-1) Contador (11) Gerente geral (11) Gcrc1uc de 111al'kc1ing (~() Progl'i-'l1nador de co1np11t~1dor (l\1) Q11in1ico (li)

      [) =

      (:On.sultor inlCrno (li )

      Gerente ele recursos hurnanos ~ [) 1. U,na nova 1ccnologia de 1n:111ufruura co1npu1aclol'izada SCl'á intl'oduzida na c1npresa dentro de dois a J8 n1cscs.

      2 . Novas leis tCdcrais de cn1issõcs de ga.scs cst:i.o sendo ela· borada., JXlo govcrno1 que CS$Cncial1nc:ntc tornarão oh· solc1os os carrinhos d<: golfe 1novidos a ga.,;olina (40 por cento de seu ~t1ual 1h~gó('io}.

      3 . l\s vendas estão cn1 queda por dois n1otivos: (:1) declínio no nún1cro de pessoas que joga1n golfe e O>) seu con· corrente foi 1nais rápido c1n ado1a1· ht11el'ias ele lítio, que pcrn1ilen1 aos cartinhos de golfe il' 1nais longe; to1n urna ,joita e:1rga. 4. En1 função do c1·csc:itncnto dos can1pos de· golfe- cn1

      outro.s países (espcciaJ1nc:n1c Índia, (:hina e sudeste da r\si:,}, a <:1npn~!la está plaoc-jando se t':..xpandir in1er11ac.ion:;1hnc11tt· nos próxirnos 11 ;, 18 1t1cs.::-.

      5 . .t\. Secretaria de Lgualdade de Oporlunidaclcs do ~linis· té1·io do 1"rahalho cst:l r.,zcndo pressão pal'a equilibrai' a f)l'Cscnça feu,inina c 1n(L'ic;uli11a UC) con1ando das c·1np1'é· sas., ;Hncaç::1ndo aclv<:11i-to sohrc! a prcdorniniu,ria nitL,;· culina nos c,1rg<.l$ cxccu1ivos.

      Procedimento 1. l)ivicla a classe ent gn.11.)()s de três a quatro alunos: cada.

      2.

      t·quipcs dcvt·n1 ler a dc,:S<"ri(:lo d<· C';1da situa<;f10 e, par., cad.1 11111a, idrntificar 0$ cinco 1nc,nbro$ d.t orga·

      t\:;

      niz;ição <111«: 1cr.to M.:11 poder for1.1lcc;ido

      t-,n funç.iio das

      tOlldiçc"'>t:.s a1nbicn1ais dí"sc:rit
      4. D<:pols de vinte:, uinta 1ni1n.1tos. cada grupo escolhe urn n:prc~n1antc p:1ri'1 aprcsc.:111ar suas co11clusõc•:; à cla$SC. t\s discussões co,ne<;arào na situa('ào de n(1111t1'() un\ e irf,o atê a de n(uncro ri1H' (), e depois c' Cnln'1n·l5C na ·si· tuaçào geral'.

      Fonte: Ad:il!>lado dcJ. E. BarbutoJr.. ..Powcr and (:hanging E.nvironn1cnL".fl#nu,/ ef •\/11,w_gr,Jrtw/ Ethrtati. 28S.2<J6.

      596

      Compo11.amento organiia~ional

      Exigindo sempre mais dos funcionários Uni dos líderes c1npl"t".sa1iais 111ais ad1nirados diz. que a l1nica for1na de oblc1· o 1ná.xilno das p<:ssoas é exigindo sc111prc. tnais delas. Esse po1uo de vista parece ter apoio tan· 10 pol' rcla1os conio por c:vidência.s c..-on1 base c1n p<.\~quisa. '·Se \'OCê rcahncntc sabe conio chegar l:í. então o al\'o não cs.t<Í t:io distante", disse o antigo CEO da GEjafk \ Vclch. "Descobri1nos c1uc. ao tentar alcançar o que parece ser i111· possível, nornialn1cntc t:\zcn1os o in1possív<.·l; e n1csn10 que não consiga1nos fhzcr por co1nple10, incvitavcln1cnte acaba· rcn1os fazendo n1t1ito rnc:lhor do c1uc teri.1n1os tCito ... 11i> Qu:,nto à..; (•vidénci::,s das pesquisas, obsc1,,;.u nos. no C:l· pllulo 6, que a teoria elo <.~tabclccin1e1tto ele objcth'OS - por 1ncio da qual os ges1(Jrt$ c-s1abclc'tf·111 as 1nc1as 1n::1is difttc•is e·o,n as <1uais os fo1l<;iollf1rios se conlpr(.unc1en'.'io - talvc"Z seja a 1eoria ,n,·, i~ bcnl ll1ndanu;ntada sobre fnotivação. :\ irnplicação é que, para ser o gestor 1nt1is cfica:-:, é ncctS!-~í1io ro1'Çi\l", ÍOl'Ç...it C f()rçar Ull\ l)OU('Q JtlaiS..

      ~las isso rcprese1ua u1n dile1na é.tito pata os gcsto1-cs? )~ S(· \'O<:ê so11bt1 · que: fOrçar os ll111cionários ao cx1re1no vc:1n fi cust<:nho que qucrc,n ao fixar nictas dc.safiacloras. 1a1nbén1 pa rece que as pessoas se csfon;-a1n alé1n da conta para cu1npri-las. hna· ginc o <.' aso ele uni .:,nalista ele investin1cn1os CJUC não pôde

      ir cto torneio de íotcbol do filho. ou d<.· unia :;1cron1oç.ít que nãeJ co,n,>arect:u à apreS(:111aç.'.io de balé d(t filha 1 pois cs1a"'' e,n u1n avi~,o a q uilô,ntlros de altura. C::L~'- corno esse sào has.tan1c co1nuns e podcn\ St:l" 111ui10 estrcssat1lcs. Por urn lado, você talvez a rgu1ncnlc qu<.' os fu ncionários dcverian1 ser rcspons.ívcis pelo próprio hcrn -esu,r, e 'cuid:u·· clclt.::s S(.'l'i::J considerado patc rnalist:·l e cncontiaria a ,ncdio· cridade. Por ou1ro lado. se suas 1nc1as ele crcsci1nc1no signific:-111 que seus 1nclhores ll1ncionários são ac1ucles que ofc1-ecc1ti ludo à organização :1.lé nicsn10 colocando ele lado os próprios intcrc.'SScs pc.·ssonis ou f~uniliarcs. - , é esse o tipo de aeh,·1ini.s1r:·1dor t)ttC \ -o<;i· deseja SC'r?

      Questões 1. \ ;ocê acha que há u1na con1pcnsa4;"ào entre os cfci1os per siüvos (aho dcscrnpcnho) e negativos (au1nen10 ele cs1rcs.sc) das ,netas de t rcsri,n,·nto? '2. \ iocê acha que l llll gestor dc,-cria considerar o estresse ao Clitalx·let:c.·1· :ts 1nCl:\S de cn-sci1nt1uo para e'>S fu ncion{ui os.? Se 1'C.,;pondet1<1ue 11,10, então o que u,n gc~tor d(..'Vc íi)zcr se u,n funcionál'io valioso 1x:cl,111u1. ele 1nuho e.i..tressc? Se rcs1>0ndcu (Juc sirn, então c.01nú isso poderia ser ícito? 3. Con10 vocC açh ;1 'ltt(' dc.·vcd;1 n:Hgir ás metas de e'n's· ci11lc1uo? Elas au1ncn1a1ia111 :.cu dcsc1npcnho? Elas o cs1rcs.~ria.1n?

      Estudo de caso 1 'Xô estresse' RaOàclla ~ lillõn1 t<"Jn 37 anos e já trabalhou cn1 alb'l1.n1;1s en1pn::sa.:;, 1n:,ii, SCt')'l111clo ela, ncnluuua lhe" pcnni1io 1,:>~tli-1.:1r su,u ali\~d,\dc.-s e ~'(;r<::nciar scussubordi1ladO$ coin (ànta :111.:gri,, quanto a \ ,~s.1 \ fale. crnpl'es.1 de 1ickc1s de ali1ncntação cletrôni· oos. Cc,orclcnadora de n1arketing e sustcruabiliclaclc da c1npro-s.a1 :1 gestora oontaj;í ter 1rab:dhado cn1 01gani7,açÕ<.-s bastante 'sisu(~,s', onde lir e fh.,,<·r h1incadcir::1..,; 11...io (•1,:1 nnailo lxtn \'isto J)C'.l0r
      que, apesar das prt-ssõcs, scmpl'c é pnssírd b1inc.1r e se di· vcnir (azcndo o que gosta. "Lcvcr.a não lcn1 a ver con1 gar· g:,Jh::1das for:'l de hora, e sin1 corn a votn:tde de encar~u· os

      pro,blt 1na..1:; co,n oti1nísfllOsc,i1 deixar de :1prc-.sc1H.'lt" bons rcsuh tidos'\ diz Scou Chris1ophc"1; h11n1s são inccl)Livados a trabalha1x:1n se divc,,indo, sen, ficare,n cslressados co,n ai: f) l'l!S.ib($ co1idiant1$,. Foi co,n 1.'~Sá ideia que os :;()cios da Pl::11101 criar.t1n " co111pctiç~io de aviõezinhos de papcl1L'ln que os tr;1balhaclo1·cs cria1n nioclclos no csc,itório e di.sputa1n ao ar livre para \'er qual deles é o 1nais \'Cloz. Na <:1np1"C"sa, a co111pc:liçào ê tun dos llnÍfOS n101ttc,uos: d(· ttnSiàO entre os ll11ll'ion{1rios e, 1nc~n1q se· oi- a\·if,c•z.inh(>;; dos (lQJlôS do nçgl.Xic) fir.itn'Jn nns úJtirnas posições. pode-se p1-ovo<:á-los à vontade; eles coni certeza não fica rão nc:1,·osos con1 isso.

      Mudança organizacionale administr.içAo do estfesse

      Capit u1o 18

      597

      Questões 1. \ 1ocê S<º considera tuna pessoa tensa, ou cs1á sc1npre cal· 1110 e lx:1n·hu111oraclo? (.~01n base nisso. você acha que se dari:'Lbcn1 1rabalhando en1 uni :, cn1prcsa de cli1na n1ais dcscontr~ído, ou preferiria tr.:1balh,1r c1n un1;-1 organi:1.;~ção séd à, cltiO foro é l:i,C111pr-e 11:ts u1ref:1s?

      2 . \ toei; acha que cxi$t<.: \nn li11,i1c p,u,, as brintt1dciras e o ho1n hu111or no trahalho?

      3. En1 sua opinião, quais s.-io as vantagens e clcs\·antagcns de \UH estilo d,· lidcntnç:-1 ha&:ado nv uso do l1111nt1r co1no estratégia de con1unicaçào?

      Fonte: U:,sc~,do eut Eli:1...'t 10:t.zi. ".Adol<' utn con1porlan1cnlO lt·vc no 1r.:1b:\lho". Rn•islil I Ô
      Mudando para reduzir o estresse De acordo co1n a International Stress ~·la nagcment i\ s· socia1ioo {ISi\ú-\}, o 11t'11ncro de hotas gasta.,;,. e,n 1nt~dia, pelos gcstor(.-s br:1sih:iros con1 o tr.·1b:1lho s:·lltoo rle 48 pt1ra 54 por senlana nos úhi1nos a nos. Segundo a 1nes1na pcsquis.'I, os c;...ecu1ivos de nÍ\'Cis hier{1r<111i<·oi; n1ais ahos chcga11·1a pal>· sar 65 horas de suas sc1nanas trabaJhando, C EOs con10 Roger ,\ gnelli, 011iu1ci" sccu11d;l1i~,. Dentre os que poss.ucn1 tais c1n prcgos, 4,4 por cento tiran1 1ncnos de dc-.r. dias ele fe rias ao ano. ~ 1uitos incli\'Íduos que 11-ahalh:un d<.'\SSa IOrn1:1 , 'Cc111 a socicd.:1de n1uchu1do pa r,1 un1 n1odclo cn1q ue 'o \'t nccdor leva tudo', onde aqueles que accitan1 se sticrificar u1n 1>011co ;1 ,nais vão colhe:!' ,,ma porç.:'i o dcspr<>· porcional d:,s n..:con1pcnsas intrinst·cas e cxuí nsccas. Põl' c1uc a.~ fX:~vas -'Cei1arn ernpr("gos. txtrc;nlOS {011 pe rnütc·n1 que seus lrabalhos fiquc1n assin1)? Un1 estudo rcalii.1do en1 2006 sugc,iu que, tanto para hon1cns eon10 para n1u· lh<•rc~, a ra:1..:10 nú1n<"m llll1 <· t,:les trt,balhan..·111 1n11i1as ho~,i. cstrcssantcs não é a r<:nn1ncr.,('ào, En1 vez disso, é o trabalho es1inn1lan1c e desafiador que os 1notiv:i. É co1no un1 cxccu1ivo da 1\sia
      esses cn1prcgos o c1uc eles custan1 para elas. Ocnu·c eles) 66 1>or ct~1uo de hcn11cns e i? 1>01' C<: J\ t<, d e n1ulheres dizcn1 que s<'tt e1nprego interfe re na habilidade de nlant<'1· 11111;\ t ,1:.:1. Ot ntrc aqueles que tên1 filhos. 65 por cento dos hon1t'os e 33 1xu· cento das 1nullu·rcs cli1.cn1 que c.·ssc Upo de c1nprego 0$ inl(X:d(; dc 1na 111c·r uo1 relaciona1l1co10 co1n seus filhos. E ---16 por cento de.· hon1cns e rnulhcrcs diic111 que o tr~1balho i ntcrfCrc no rclaciona n1cnto con1 seu cô1tjugc....\ proxin1adalllC1llC 1nc1ade de ~da gn1po diz que o 1rabalho intc1ft1•e oa "ida sexual dele;~. " N~10 pó!iSO nçrn 1c1· 11111 narnorado". di~ tnna trabalhadon,. las css..1. situação parece estar chegando ao fi111 cn1 ai· gtunas cn1prcsas. U1n lcvn111a111c11to da c.011suhotia Boston C <>1t~olti11g Gn:,\1p (BCG) Cún1 1nilh:'1.r<:s ct,~gt;sto,·es d(' R H identificou que •concili~1r a vida pessoal e profissional cios trabalhadorci' lornou-sc lUlla das tl'ês priol'idad-cs cio setor oas org~1niY.ações. Dois pontos :1j11dttn1 t1 e.xpliear essa nt1va posiç3o: o <:u.sto anu;ll para as cn1p1'('sas do 1r..ua1ncnto de doenças relacionadas ao <.'Stress<.' dos fi111cionáriosj~l é ele cerca d e 100 hilhõcs de ,·c;ais oo B1':lsil. 1\ lé,n disSQ, p1'ofissic,1H1.is jovens, da ch:unad,1 'gcraç,io V\ l>itrt-ce1n bl1sç;1r tns hu1n:;111os da Eun,f:u·1n::1, .\ fikiko ltu,uc.-. "o <.tbjc.'IÍ\'O IOi cuidar d:,s crianças, para que os p:lis pudc.--sscn1 ter tran· q uilidade e tralxilhal' felizes". Outra n1uclança foi o bloqueio ao .tfCS!:O dv e-1n.ail e..· d os sofl" ·a1'CS corporati\'OS qu,H1clo os funcion{\,; os üran1 R·ria.s. ·:..\ t<.'<'nologi.1 làrilita o tr(1balho, 1n as tcn1os a clareza de que ela não eleve ser usada para au· 1ncn1:ir o nÍ\'<.'I de cs11'C~(· das pessoas··, explica l\Jikiko. ~;-i f.1bii('~\11tc d e can-occ1 ias e \';:&1:,'0CS Ra ndon, de Ca· xi.as do Sul. rnudanças 1an1bé1n fora n1 inlplc1nentadas para

      c-on1ribuen1 con1a:s persperú\'as: gerais ele nossa C'tonorr1ia)'.

      diminuir a press.'\o sobre os trabalhadores. O primeiro passo

      En1bo1";1 p.1rcça estar tudo lxan, a situaç•io é ,nais con1· plicada c1uando você pc1gu1ua a L-ssas pessoas q ue. nH11Hên1

      lbi ins1ituir unla pesquisa bicna.J p:u·a d cscoh l'il' v nível de cso·cssc 11;1 <:1n pl'C$êl, Co,n lXlt$(" nos valores. 11 ro111pa nhi~,

      )

      1

      598

      Compo11.amento organiia~ional

      pa~on ~, prúttlO\-er \~Sir;:is dos f.-U'tliliarrs ;\ organizaçào, h,)l'neios és1>ôrtivos entre os l11ntionários e p::-i.sseios turístiCó$. O diretor de supri,ncnlos. achninistraçào e fi1u111ç:,s da R~ln· don>Jain1e Vergani 1 afinna: "'consegui1nos 1naior produtivi· dadc educando as pessoas a 1c1·e1n cquilíhrio c:n11'C rrabalho. ra,nilia <- Jazer''.

      Questões 1. \ 1ocê acha que tcr:l un1 c1nprcgo con1dedicação extrcn1:'l al~'\ln1 dia? \'ocê estaria disposto a gast~u· 12 hofas por dia e1H1'<' u 1no1ne1no <1uc VO('ê sai d e (·asa pata trabalhar <' o ,nonu.:rHO que você retorna? O <1ue !(·vou voc:C a 1-cspondcr si1n ou não?

      2. Por que você acha que o 11ú111eto dc$sC tipo de t111prego :1urnc1Hou nos úhi111os anos?

      3. \ locê ach:t qut' as cn1prcsas clcvcrian1 cstirnular

      L'SSC

      tipo de trab:ilho. des.t~s1i1nul:l-lo ou deixá -lo a critt~l'io do runtÍõr):·Í rio?

      4. Por que você :,cha que as pessoas accitan1 cs.scs- trabalhos? 5. \ 'ocê :1cha que 1nud;1oças <:0010 as da Eurofarnlil e da R.,111clo11 ~ão 1m it:i\'.1s? Poderian1 ~t111,'1r n·.sistCnci::i.;s? Seria justo C..'Otll tnn funclonttrio que an1:, o que f;,z e 'vive pela c1nprcs:.1~ in1pcdi..to de trabalhar dur:,ntc as férias? ln1ab'l· nc M: i111pt:disse!1n vocf' ele jogar finehol e- \'Ídcogan1t, sair t<.nn os ao,igos ou passear ('Qrn as arnigas. Isso seria jus10?

      fon,e: l!a.~·.ado cn, "~a c<11'. 1-\ «.~ <'1n: 20 1n<1io 2010.

      1. ( :ristinne !\. lnno ··.\Jcnos con,\•r$J, n1:ii.s ação'', R
      td. 965, 2!) IU31', 2010.

      3. \ ft:jn, 1>or cxc,nJ)lo~J· Birkinshn" '• (;, 1lnnu;I (' l\l. ,J. l\lol. •· ~l::inng('1nen1 lnnov!'ltion ·•, AuulnJ!J' '!Í .l far1a#tt11'nl Rti•it~<", 33, n. ·I, 2008, p. 825·8•1:,; c.J. \\'ekh e S. ll'elch. "\\'h,t (:hangt t\gtnts t\tt ~l::idc Of", Uu5/,11ss lt(tk. :lO out.

      2008. I'· 96. 4. ·1ooi ~h-·IJo, ··1·:nl 1in1e que est:l gtulhanclo n;1o se ,ncxe?", f(Jflal ltM'i Nfl. Oi.s1>0nív('I c1n : <\'''''"\r('vistavoccrh.abril. con1.br/11otitia/co111cuclo_4023 IG.sh1fnl>• .'-\ C<:8$0 cn,: 19 tlláÍO

      20 10.

      5. P. C. 1\udi:, e S. Briou, " Rcluc1:un to Ch~1og<·: Sclf..tn· hát1<.'i1\g R('S'J>OI\SC$ to Oi\'(~rging Pt1foro1ance ;\Jeas-urcs"'. Organi.(.oli
      n:tl (' ~uf1S possÍ\'tis rcsuh:111tt·s positi\'::\..{: u,n estudo de caso na Indústria c:~,l<:idos Bibi do ~(unic:ípio de Cruz da~ :\hu:-1.s, B,\''. l)i:-ponÍ\·1·1 cn1: <\\'\,.,.,·.cad.íc:t.usp.br/ sc·,nead/ 1Osc•n1(•ad/~is1(·n1.1/ rc~uhado/1r:1b;ilhosPüF /3•1. pdf>. :\ cesso c.111: 4 nnv. 2010. 7. J. ll l·brd, 1.. ,,·. n)rd e 1\ . l)':\ n1dio, "R<•sis1:.nt-e to (:hilnge: 'l'hc R<·s1 of thc• Story''. AradmlJ ef i\/01,agmv,1/ J(rr:inc, '.tt

      n. 2, 2008. p. 362-3;;, 8. )1. ~r: l--lannan, L. Pólos t' C. R. C:arroll, ·"J1u· l·bg of Chnngc: Opac:i1y and 1\spcri1y in Org:aniza1ions", Ad,ninül1a· tirt Sl'itnrt 01,wrtrr(,; sei. 2003. 1>· 399-,132.

      9.

      J. I~ Knucr e L.. A. Schlrsingcr, "Ch~ing Stratcgic..."'i' fc,r

      Changc", llon,'(Ird l).•ain(.JS R(t'U'1r; nu1r./ab1: 1979, p. 106-114. 10..\utonio ~lanin<:í'. ~·andi1lo, Érif'a Chulvis do \ 'ai 1;·r· reira, Lidin Scgrc e Rctianc Prcvot Na~c:in1c1no, '·Priva· tiz:u;:\o, ) ·l uclanço1~ Oqr.1ni?'..:u.-ion:,1ii;: e Con~cqiiCn(·ias sobrt• a r.c~tào de Recursos Hu,n:inos: Es.u.ado dc Caso a p:u·1ir d:, Ótica cio Coq>o Gcrcntial ele un1a l~1n1>ttsa cio Scto•· ele Enc1·gi::1" 1 Slt(;tf Sin1p6sio dt JJ,·c,!Enci11 ,,,, Gtstl;q t

      1((,,oloil(I.

      11 . ..J. E. l)uuon, S.J. Ashíord. R. ~ 1. O'NciU e K.1\. 1.-.,,,rc1lC'I.', "~ 10\'l'S 1'h::i1 ;\la11('1-; li-Sue StlliJ1g and 0 1-g.~ni;,,;uiooal C~h;111gi:", :Ja,dmyi ef ,\ t,,nagm1111t]w,0111/, ago. 2001, p. 7tfl...736. 12. l~ C. Fi~ ç R..J. Zaj:.<:, '"l'hc· Sr1nboli(' !\ l:'lnt1gc:;1ncn1 of S1r::i1tgic Ch::u1g't.':: Scnsegiving \'Ía l"r,:uning and Occouplin_g"~ Aradt'l'1~1 e/ Jl,11ut,go11a1I Journal, 49, n. 6, 2006, p. 11 i3-l l 93. 1:i. l-~111íci;1 Ftli.shino, "Co1nu11ic;u;;to e gestão de nn1d:l11ças: estudo d(' c;:t.St.) e,n 111ua ind(1~ria qoirniC'.l". 14. Q N. l loy, "'lr,no1ional lk,1:tot"ing of Organiza1ional (:ontinuity ;uu.i Radital Changc: 'íhe Co111ributi<>11 of ~Jicldl«· ~ f anngcrs''. Adn1i111$trolitre Scirnrc Qytntt,~r.

      m:.r. 2002. p. 31-69; O. ~I. llcrolcl. O. li. 1-'cdorc S. 1), C.1Jd,,·ell, " Bt)•Oud Ch~uu;c ~{;111agc111t'Ut: t\ ~luhilcv(:l hn·cttig:11ion of Con1c:.:H1al anel Pcr~onal lnílucn('\'$ on C1n1>loyt·cs' Co1n1ni11uc:n1 10 Chan[!.<:",]011;11<1/ ef Applic,J I'frtholo,gr, 92. n . .J, 2007, p. 942-951 : e G. B. Cunningh:nn, ··~r hc Rclalionships 1\ 1nong Con11ni11n('IH to Cli~o1.gt. Co1>iog ,,,itlt Chang-e, and 'íunH,,•cr loh·otions" , J!.urof,· 29-45. 15.J . P. Kotter. ··uading Ch:,og(': \\11yTr:1nsfor111ational Ef· foru l:".til.. 1 1-!t,n·nrd Busi11(.ss IW.•r,,c1 85.Jau. 2007. p. 96·103. 16. K. vau Oan1, S. Oreg e B. Sc:hyus, ''Oailr \\'o ri. Contt.xls and Rcsis1ance 10 Organi..;a1ic:u1:;il Chnnge: ·11u· Role of l.,('adc1,.;\ lc1nbc,· Excha.ngc..·1 Dc,'t·loprncnt Clin1a1c. a.nd CJ1:1ngc Proccss Char.tctcris1ics". Ap/1/itd l's.,rl1olog,-: A11 /11trrnalional Rrrin,1, 57, n. 2, 2008, p. ~l:l-334. 17. l). B. F1.~dor, S. Cald\,·cll ç 1). ~J. 11,:rold, ...l'ht EOêclS of Org:u1iJ.atio11.al Cha.1igt-s 01l En1ployc..-c C.-01nlllitn1cn1: ,\ t\lul· tilc\'el lnvc:-;1igation", l trson11tl /~9'i/1ology. S9, 2006, p. 1-29. 18. S. Orcg, "'Per.wna1ity, Con1ext, ::ind Rc~itlancc 10 Orwiniiational Ch;1ngc", E,1r()jl(a11 :faurtial ef 11(>',f tl11d Orx,ani,t1tti()ttal l's;rdu,l,qg,·, 15, n. 1, 2006, p. i3-IOI. 19.J. 1\. LcPinc,J . .\. Colquitt e 1\ . En.-1., '~d.ap1:1bili1y to C:hangíng ~làd: Con1cx1s: Eflêcts or Gc.•nC"r:,1 Co1,?11i1ivc.· :\ bility. Conscicntiousncss. anel Opennt~ 10 l~pc1'i(~ncc'>, l lrsonntl l'vr/10/ogt omono 10()(), p. 563-5\)'.l: ·i: .\ ..)uclgc, C. ...J. ·rhon:·stn, \ ,: PuC'ik c 1: :.. 1. \Vc-lhournc-, ··~1nnngc1ial C.op· ing \\'Íth ()tganizational (:h:tngt: 1\ OistMitional Pél"SJ>tt·

      Capitu1o 18

      CÍ\'t':",.]Qf,,,u,/ef tlppHtd Psy
      p. 680,693. 20. ,,: n. ~ '\" e.· ·~ o. 61ic.sc, ··ccner.,1 ~lentai t\bilicy aud l\,o ·rrpcs of .-\d:iptatio n to Unforscen c:han!,{c: .A1>pl~~ng l)is· ('0111iuuo111 G1'0\\·th :\lod~l.s to thc º11LSk-(:l,ang_,· P:11-.1dign1", Jwrna/ ef Applilll l';,,hology, 9<1. n. 2, 2009, p. ·1l 1-·128.

      2 1. \ 'cjaj . PfCíTcr, .\/anngi11g ui1k J"ou:er. Po/iJits and lr!}luntrt ;,, Otgani;:.oti()lt.f, Hoston: 11:,rvard Bu.sincs.,; School Prc.."$.!-. 1992, p. 1c 318-320. 22. \ '(:ja. por <"Xt.'1nplo. ;-\ , Ka.r::ievli, " PetfOtn1an('(' ConS<'qucn· CC! IOr Nc\,' (:E:O 'Óut$idcrncss": :\lodcr-:ning Eíl<:c1$ uf P1-c· and Pos1..Succ:cssio n Contcxts". Strattgi<. .\la11agtmtnl]our1111', 28, 11. 7. 2007, p. 681 -706. 23. K. I.A'\,·in, Fi
      Row, 1951.

      ~º"ª

      24. f~(;, t\udin, E. J-\ , l ,O('k<· e K. (; . S,nith, ...l'h<· P:u11dox oí Succtss: :\ n 1\rfhival and a L.1bor:uo1·)' Sn1cly of S1ratcgic Pcrsl$tcncc fullo,\·ing R.ad.ic.·.il En"irou,ncutal C h.:u1gc··, A,ad,,J!r ef .,\ /,11wg<111r11tfltrnal, o ut. 2000, p. 8.17-8;:°>3; e (:! C. 1\ ud ia e S. B,ion, "'Rc..•h1('lan1 10 Ch:1ngr: Sc·lf-EnhnnC'ing R.<.'SIX>lt.~s 1<> Oh'\'°rging P(rf() l'nl:,tllC\" l\lc.~::ts,1rcs" 1 Of$"ni;.a· ti~nal Jkha:•i1Jr ond Hunuu1 l>tti.f1'o11 l:+ott.JJ(J, 102. 11. 2, 2007, i>· 255-26~). 25. J. U. Sorcusen. '111c Strcngth of Corporalc Culture aud Ih(' R<;liability of Finn Ptrforn1.inc;('", Ad,ni11istralirt Sci.tnrt Qjw,tf'f!):. 111:tr. 2002, p. 70-91 . 26. J..>\1nis, ·1: Slack e e:. R. Minin~, ·"'11w· Paçc, Sccp,cnce, ;;ind Linl"arity of R.~dic~,I Ch:lngc-... Atadtn!)' oJ :\fnnl{q»1111t .7outnal. fe,.~ 200.l, 1>. 15-39; e E. 1\ u1io, 1-1..J. S.1picftza l".). G. ,\ bntida. " l~lêcts o r 1\ g-c :u Entl) \ Kno"i<:d~"C l11tc1L,;ity, ~111d I nii1ability on I nt(:rn;11ional (~m\,•lh", Atadnf!J' ef ,\ltJ11agrmt11t }wma/, 2000, p. 909-92·1. 27 . .J. I~ Ko1ti::1: · ·J,eading (:h:tng('&: \ Vhy ~rra nsfonn:-uion EITon.s Fail''. H(ln.·a1,I Bwiut.SS R((IÜ-t.t~ 1nar.l<'lbr. l99~t p, 59·6i: (' J. P. Kottcr, / .ro(/ii,g Cha11ge. 1-1:u·,,ud Husínc.~ ~chool Vrtss. 1996.

      º"'·

      28. \ fj:,, J)l)rcxt1nplo1 C. 1·:d cn e C. 1-iuxha,n. 'f\ (1.ioo R('S(";..rch

      or ()l'g:.,nizatjons''. in S. R. Clcgg, C. H::trd) e ,,: R. ~ ord {Or~.), Jla,u/l)()t)/,: ef Organi_z.ation St11dia. l..ondr~ ,; S.,gc, 19'.JO~ C" L.. S. Liisrher e ~J. \ ,: LA.•\,;~ <'OrganiT.:uio1i.1l ( :h:,ngç an:, 1. 11. 2. 2'0081 p. 221· 2•10. 2~). P.ara lHll an\().:.lra de \'ári:.u. d<:íiniçô<'S d e dcsé1l\'ú l\'ill1('1\lO 011,oauizacic>n:d, '\'cj:, ..1. K. Sinangil e E 1\'\'allonc, ''ôrgani· 7.ationnl l) e\'tlop1ncn1 :-ind Chan_gr'", in K. And('1'SOn, D. S. Oncs. f..l. K. Sin~ngil e C. \ 'is,,\·.s\-nr.t.11 (Orgs.), llond/XXJk ef Ind~s,n'ál. J l~tk ,uul Org
      11.

      30.

      1. 2008. p. Si-SI 9.

      \'e.ti••, po,· txc.:1nplo, R. Lincs, "111Uuc1,<'é of P:.1rtici1>.1tion in

      St1':'1ttgic: <.:ha,~~: Rtsistance, Otganiz:llional Co,n,nioncnt a.11d Ch:111.gc Coai ,\ c:hic"\'l'rncnt",Joun1a/ ef C!to1,gt ,\ltuw$· tJ1tllf. S('I, 200,1, J>· 193-215. 31. ~l<>ni ~(cllo, "'Qualidade de ,ida e.q ra1égica1', Portal IDfl RI/. l)íspon í,·cl eo1: <''"'"'~l'(.'\'is1::I\'4X'Crh.abril,<'on1.brI uotid a I co111tudo_·l893·l 8,!Sht1nl>. Act.-s.w c,n: 18 ,oaio 20 1O, 32. S. l-lig hhoust. 'r\ I.Jis101')'0f 1he 'f ..G 1'011p :ind l1s l~atly r\ pplica1lo.-1iu ).ianage,ncnt Dc,-eiop1ll<:n1... CT()lij; DJ,wmits: 'J7u&ry, Rtstarrk, & /'lratli
      Mudança organizacional e administr.içAo do estresse

      599

      33.J . E. [tt.ss C.o,,sultation: ils Rolt in Orga,,iz_aiionol Dn.:t/()p,nn,t. 2, cd. Rcading. ~li-\: t\ IC)', 1994. 3i. \ •'0r cxcrn1>lo, E. 11. Xc.ilscn, 't.:nrtriotil.•t /11qui,y & 01gp11itfllio11nl 7i-nn.'!farnur· tion: Jl,potl.r l·io111 tht Fitld. \\'cs1pc.n1, C'I': Q11or11n1, 2002; .J. K. Rarge e C. Oli\'tl', •·\\'ol'f,:ing " ·ith Appr<.:(i.ilion in ~l~1nagcri~,I Pr;ltcicc·,. A"1de1'!>' of ,\lccti\'c". //""'º" Rd,,tio,i..f. ;,go. 2~}J, p. 1017- 1036. ·10. G. úiglio. S. ,\li.:halOO\-a e C. Vaies. "'lns.1.illing~, Cuhurc of \\'iuning al :\ 1neric::.1n E.xpre.,.,", Org!llti<,afi(}f1 /)n'(/op111nd ,Joun1al, 15, n. 4, 100i, p. P3'.J-P37. ~ 1. J.uciana Cal'\7!lho, ''Pc1rohr~is cs1. t\ n.".s.,..u cfl1: 20 111:,ió 201O. 42. \ 1('j.t, porexcn11)lô. R. )1. K.11ncr. " \ \'hcu a 'fhousand Flo\,·crs Blc>01u: Struc·turnl. Collecti\'c and Social Conditions ror h1n,)\·:uion in Organi1,:uions", in 13. ~I. S1a,\' e; 1.. L (:ununings (Orgs.), H.tJtord1 ;,, O~ni:;ational B&ár,i11T. \', 101 Crccn\,·ich, (.."1':Jt\ l Pn:ss, 198U, p. 169-2 11. ·13. ''B1;1~ilj!, tcn1C'.:tnt> jlt.,:}11/, qué fu nc..'1011~1tol ou gasolin:.i". Jmml d,, (."ilndo E"n111il, cd. 224!), 31 n,ar. 2003. ,,l,I. E J) :unanpour, "Org.anizatio nal lnnm·:uiú11: 1\ ~Jct;1-1\ naly· sis of Efli:-t1s of Oc1crn1in:tn1$ :1nd ) lodçra1ors". :lcadmy• of .\Ja11Uf,.'<1t~mlJot1t1u1I. s.c.·t. 199 1, p. 55 7, ·15. lbicl., i>· 555.590, 46. \ 1c.:jn. P. R. ) loogc. ~1. D. CcY13.<"I\S e N. S. Conu·,-.c101~ "( :o,n· 1nu11iea1io11 :.lnd '.\1oti\'àtion:.ll Prcdicto~ o i" th<· Ovoa1niC'.s of ôrg.u1i;.o..atio n:tl l nnov:nion", Orga11ü:.atim1 &intt.t. n;aio 1992, p. 250-2i4. ·1i .J. '.\ 1. t 10\,·dl e C. ,,, . l liggin~. "Ch~n11>ions of Changc'1, 81,sinw Qpa,,m,, pl'i1na\'t t:i 19901 1). 3 l·32: e ll L. 0.:i): " R~1ising katlicals: Oilfcttnl Pl'ô\'éSSCi 10 1' (:ha,upio11in~ h1n(>v;u i,;c Corpor.ttt' \ ºcnhn~". (},gani;:.ati()tt St-imcr. nKaiô 199 1, p.148-1 72. ,,18. l lo"'c11 e fliggins, "·Chan1pio11.-. of C:hangc". 49. \ •'cja, por e~c1nplo, 1: B. J.a" ·rcnc..·<.", ~I. K . .\l:tl1,,~ B. Dyck t R. i,: KJc.~·scn...•rhe Politic..'$ of Otg;1nil',atioual l...c..·al'nj1).!f. l ,ucgratirlg f\>\,'l"I' into tl1c ·11 1-'r:tnle"·ork''. Atadm!J o/ 1\/011· ngn11nll Rt.itui j:111. 200:'>, p. 180-191. 0

      1

      600

      Compo11.amento organiia~ional

      50. O. 1-1. Kj,u, ..·n1e Link lkt,,•ttn lndhidual ,,nd Org;tniz~nion:'I) Ltru•ning.. , Súx11t .il/,u~"01iall Rt,.ffl•: outono 19931 p. 37, 51. (:, 1\í'"&)'1is t 1). A. Schon. 0Q!O,ni,tolif;,1ol leor,ii11i, Reaclin~ ) 1,\ : 1\ddi.w11-\\'e~le~·1 1978. 52. B. Du,nainc, ":.. LJ·. Lc,uning Orgaul",,;.ttiou" , l'rJrltlllf, 17 out. 1994. p. 148. 5 '.-t F. Kofin;'U1 t )~ :..·I. Scngc, ''Cô1n1nunitic~ -0r Co111n1itnl(·111: ·r11c H(•ar1 of l.earning ()rg:1nii.-uion.s", ()rgani;,atirmal l?,11ami(.5. o uto no 1993. p. 5·23. 5.J. Du1n;.linc, "~ Ir. 1.c.-arning Organi'l.:uion.'', p. 154. 55. \1eja, por t~\'.(;1nplo, S. 1\ rn1our, ··Risin.gJob S1re:;s Could Alfec1 l~ouc11n t.inc", l,:S:-l 1Õd(!1, 29 jul. 2003. J). 1B:J. Sc.· hta1n1n. ·•\\'ork/LiJ(' On Hold''. Hltllagr,,:,i11~. 53, ôut. 200ft, p. 120. 56. .Adaptado de R . S. Schulcr. "Dcfini1io11 :u1d Conct)ptu.tl· i:1.;uion of Str('_,;s. in Organi1,.a1ions", O,ga11i;;a1iollol lkho1.1ior tuul l lu11,01t l'tifor111orur. :1br. 1980, J>· 189. Pnra osna l'e\'ÍS{10 alua.liz.1da das.dcíioições. veja C. L.. Cooper.1-~J. l)twt (' ) 1. f~ O' Orisco ll. Organ1_.tt1lt't111nl S.tr,SJ: ,1 H.erieu1 t111d C'ritiqur o/ ·r,u(Jry. llts(Orth, and !\pplic.itions. ·rhousand Oak.<., Ct\ : Sage, 2002. 5i. \ 'c;j:,, port::xe,nplo, t\l. t\, Ca\'anaugl1, ,,: R. l\o.s\\'CII, t\J. \ ~ Roehliu,g tj. \\', Houd1~u. '}\n l~rnpi1•ic:ll E.xanlinaüon of Sc1r.R.epo1·1ccl \Vot'k S11x-s.s A1noog lJ.S. :\f:,11agrrs'',Jou,11ól ef,lpp/i,d /'')Yko/ogs I<,•. 2000. p. 6;>-],(. 58. Kcítia \ írgínia 1\ rrcs, lrancide Pcrcir:c1 d.- Sih-::1. Ro béria C.éc;:,r Sou14;~i.o de J>rofis.,io1t.,il) do &,or de l lot•.:k1ri:i ''. 59. X. R Pod~il:oO:.J ..~\. l.t·Pinc..· t.' .\1. :-\ . 1.cPin<·, " l)ilTcl'l!ntial ( :h::i.lk1\~t·Hind1';.'IUCt.' St,csso1· Rcla1ion~hips. " '11hjob Al· titudt"$, ·rurnovcr lnlcntion!. ~!;.1r110,-cr. ;u1d \\iLhd,.._nv.-11 Ut•h::l\'ior: r\ ~lcta-. \ nal)'sis'' .J o11nu1/ ef Appli.td Pqthology, 92, n. 2, 2007, p. •l38-'15-1; <'J. ,\. J.cPinc~ ~I. i\. l.i;;Píru: (' C. I.. Jackson, ..Cha.llrngc ~nd tlind1-an<.X' S1rc.ss: l~l.i.1io11shi1>s \\log:,. o ut. 200 l , p. 883-891. GO. S. GiJboa. 1\ . Sliiro1n, Y. Frit-d e C. Coopcr, 't\ :.O lcta-1\11.1· l)'sis. of \\'ork Dc1n:,nd S1n·ssors andJob Pcrforn1;u1c·c: F.x:1n1ining ~l:1in nnd t\lodcrnting Elfc('1.s", / 7($()r111f/ P,!Y(h()· logy, 61, n, 2. 2000, p. 227-271 , 61. ( :. \V:-ill;"iCt\ 8, 1). F'.d"':ll'rS, Rolt·B:t$(.-d Pc1'Íor1nancc, ..\Jld lhe ). lodcraling lnlluc11cc of Organi.1.a1io11al Support'•,Jounm/ ef , lppliLfl J"sy,lwlogr, 9-11 n. 1, 2009i 1>· 25 1-262. 62. 1.. \\~ Hunt<:r e$. )1. B. 'll1a1<'h<•r, " 1-1.·eling th(' 1-1~11: Eff«:1.s of Stn·s.,;, C<,n1n1itn1cnt, nnd.)ob f.'.\1X"ricncc on.Job Pc:1forn1;'l.nc<: ... 1l· 254-262. 64. X.,,; \ ~1n '\'pcrc: n e O.Jans..'>Cn, "f::nl((\ltd and Oi.~ ti'-ftC01\S(';$ to t-1 igh Joh Oc,nanlc of,Job (:Q1nrol and,Joh Social So1>1>01•t", rl~1od S1mii1 :LL \ \Orle 1\ Lon.i;,>i1ud.i1lal ·1(-sl or tht• ' liiph•.)l:1t('h Prin('ipl<-", J()Ur,wf ef Applitd l~
      66. Rst:i St"'yio foi :Ld3p1ad:1 de C. L Coopc:r <' R. P:))1l'l', StrtSS at l lbrl:. 1.Qnd1CS: \ \'ik:y. 1978: $. l~1-asl1r:u,1.in ('.J. . -\, ..\l1,1no. ..Sourccs ::incl Oulooints of Stt\'.M in Organiz.,1K>n..'ll Senings: 'fi)\,·,:ud thc Oc....\.'lop1nc111 of a S11\1('1tu'tll J\l0' o/ ,\/(l11agmin1t.}Nn11(1/, 27, n, 2.jun. 1984. p. 330-350: <: I~)1. 1-larl e C. L.. Coopca; "OccupalionaJ Stres.:.: "[O\,,:;u·d a ~ tore lntcgr:ucd FrarnC\\'Ork... i11 X. ,;.\11
      ,w,1;"1

      F:1e1or of ( ~h:.nge in Strcssor-S1rain R.cl:uionships: A Grú\\"lh C ur\'t ~·lodd o n a l..011gi1udin:1I S1udy iu F.ast Ctrrnany", ~7quntal of :lppli,d PJ)Ylw/JJgy. jun. 2000, p. 417--13&. ()9. \ 'cj.a, 1>0rt•xçn1plo, ~,. 1•. )•()X. l).J. J)\\'~'('I' e 1.) . e. Call:ilC1; "EITocL,; of S1rcs.,;fi1I.Job Oc·nla11ds nnd Control of Ph)ti:i· ologi<'nl :,nd 1\ui1uclin3l Ou1('onu,,s in :, l lospi1al $euing''. Ai1rrutf. re,~2003, 1>, 86-96. i2. EJiia 10"1..1,i. 't\do1t unl C'OlllJ>0r1:1nl('n10 IC"\'(' no tr.lb:llho'', Rrr:isto liviSl.'I, cd. 1-1-1 Dtscu,'()Jva sua e::i.rrclra. 8 nuu·. 2010; ... ftn)a11d:, Bouoni, "(:Orno lidar con1 chcft'S tóxic~··. f1'til.°'<'túr, C. 1.. ('.ol)J>er, S. Pochna1\S, 'J: 1). r\lleo, ) 1. ô'Driscoll,.J. l. S.,nc:hcz ct ai .. ·~\ Croli,li.·:'\aLiont1I Co1np<1ra· ti\'C S1udy of \\'c)rk·F..,nlilr S1n:s.son-, \\.orking I loun;, aud \\'<•11-Bc;ing: China and l .a1in t\n1r.1ir-a \ é rsus 1hc 1\nglo \\'orid", Pmonntl P!JYlwiog,i, prinl;l\-cra 2004, p. 119-142. 7~,. 1). 1.. i\çlson e C. Suuon, "Chn:iniç \\Ork Stn.~o:.s :111d Cop-

      ing: :\ l,011git\1din:,l Su1dy :ind S\1ggcs1rd Xc\\' Oi1\'c.' tions", Atodtr'!1'Ú i\ll111~,v,11(r1t)QIJrnal. d t'.t, l~:I0.1>, 859...a69. 76. H. Sclyc. 11ieS'1tJS'!/ úfl. cd ,-e,~~º"ª \ 'orl:: :..rcGr::i.,,'-HiU, 19,6. i7. S.J . ~lôto,\·idlo,J. S. l'tu:k.trd e ~I. R. :\ l~Lnning) "Üc:CuJXt· ti01\;1I S1n:;s.,;: lt.,; C..".àusc:s ,111d ConS<":<1ucteté~ ÍQr Job l\~rlOr· ni;1nce-",Jo11n111/ ef Applial f"s]y)u1lllf.-p, 110\'. l9Ui, p. 619-620. i8. \ 'cja.J. R. J.f:úhcslchen, "So,n·n"S of Social Suppon and Hurn· ou1: i\ .\let:t•:\naly1ic ·rcst or 1hc (:onSc..'r\'.llion or llt.."SC)(1nxs ~lodcl"',ji,un•d oJ1lppli
      Capitu1o 18

      80. R.J . 13\irkC'. 1\ . 11. Ri<'h:lrtlson <' ;\(, ;\ lo11inossc;n. "'\Vorka·

      holisrn 1-\fnong Non, cgia1111a.11agc1-s: \Vorl. and \\'cll-Bci11g Outco1ncs",Jounin/ oJ Orgt111i;;.r,tio11t1/ l'!w11ge :\la11agt111tnl. 71 200·1, p. ~59-470; e \\: tt. Sc·haulf;li, ·i: \\'. º1':uist• \\'. v;u1 1

      Rh<:n1·n, •·\\Orl,m.hotisn1, Hurnou1, anel \\'orl: En~gcn11,~n1: 'fhrtt ora Kind or 'l''hrtc Oílfcr<:nt Kinds of E1nploycc \ \'cU-Eking-··. AJ,plitrl l'v·d1ul"X'I: A,r lnlt'TIUllio11al l(n:in,,, 5 7. li. 2, 2008, p. 173-203. 81. &huh:1; ..l)t,fi11iti(1n aud (~011rcptua.li.í'..'\tio11 of Stn·~"'~··, p. 200-20$; <" k. 1.. K ahn e ~1 . Byositrc, "S1n;i;s in ()rg;1ni· z:tlions", in ~1. 1). Ounntll<' e- L. ~I. Hol1~h (l:.'.(L"-}, //a11d6ook of lndu11rial a11d O,p,""'~atio,u,/ PvvJ1q/fJKI. 2. cd.. ,~ 3. Palo 1\ho. Ct\: Consuhing f~'ChOIO!,>iSt~ l'1't"S.). 1992, p. 60·l-6l0. 82. \tja ·i: 1-\ , Hcchr cJ. E. ~ c:,\·n1an. ·~ob S1rcs.,;, En,ploycc Hc-ahh, ~u1d Org:)11i-za1iv11al Efli:-.·1iv.-·1)t•s:;: :\ Faccl 1\n;1ly.si:r.., ~lod<'l, and Litcrau1rc Revic,,•'', l"'mu1111tl f'sjyluJftJg'JI, invc·n10

      19i8. p. f,65-699: e B. O. So. ''ll'onq,lac-< Slrc~ :u1d l11dic:tno1-s of Coronar:,··Disc.:"sc Risk"'. Arodn,~ of 1\la11ogtn1l'11t:faunm/, .scc. 1988, p. 686-698.

      63. J . Sthaub1'()é(k,J . R.J ooes cj. 1..... Xit\ " lndividu:d l)iffcrcnt· e::;. in Utilizing Co1ttrol co (;opc• \\'ithjoh Dc111r1nds: EOêr.1! on SUSC'<'ptihility U) lnfc<'tious l)isca.~".Journa/ oJ .Jppli,d Pvd1o/Qf.,. ab,·.2001. p. 265-278. 84, S1cíl)· çJonc..-s. ··\Vorkplacc St1'tSS and lnclicato1-s or Coro,.. ,1ary-Oiscas.;· H.isk". p. 687. 85. C. L. Coopcl' cJ. ~latSh:.\11, "Ü(cup:.uional SourC("S of St1'Css: ,\ RC'\·ic\,. of thc Lltc..·raturc R.cl:.tting to Coron:.uy 1-leart Oi.s-<"vyf,ologJ. ~9. n. 1. 1976. p. 11-28. 86. J. R. liaC'kn1nn e C. R. Oklh:uu. "'l)e,....·lopn1cn1 of tl1(' Job l)i<\!:,YJl(ll$liC Sun.Y.:y''.Jou11111J ef ApJ,lit,l l 'vffl(l./tJgr. ab,·. 19i5, p. 159-liO. 87. L. L. ~{c..•ier. :,.t, K. Scnl111c1} 1\. Elfcring e N.J aéobsh:.1gc:11, •··rhe J)ouhlt~~lc<1ning of Control: "'ll1n~c-\\'a r hntr..1c:1ions He1,,'(!(;n hut.;ru:-il Resourccs.Job (~ontrot, and $1n;ssôrs n1 \ \'ork",Journol~f 0l'
      p. 2-1·~·2.58. 89. B. ~I. de C1oon 1.J. K. Slui1c1•, R. \\~ B. 131onl.,.J. P.J. 81'(>· crst·n e ~I. li . \\', F1i11~01't~11. St1·e:,sful \\'o rk. Psrt"ho· logic·:tljc,h S1raiu, and ·rt1rnU\'t'r: 1\ 2-Yc·ar Prospc,c1ivc Cohon Study of ·rru<'k J)riv,·rs'',Je>1rrnol ef Apt,li(d /"sjy/1olog_J. jun. 2oo+, p. -14245+: t R. ( :rop:lnznno, O. 1;:., Ropp e Z. S. Byrnc. "'fhe Rclalioos.hl1>or E,nolio,1al Exhaustion lO \\1ol'k :\ ttitudcs,J ob PcrfOnn:u1Clº. and Organiz,uional Cüizcnship Ek·havio rs'' .Journol ef Applit d l"s.,cÍlQ/oy, fi,,,. 2003. p. 160-169 89. \ 'c:ja, port•xc;1nplo, s. Zi\'IUIJ.ka, e. Kic,vi1z, ,,: t\ . Ho· rhw-ancr, I! L. Pen·r,,'<. e· K . 1.. Zcllar...., ··\\ºhru l:; '100 ?\luc-h or Too l.itde? Thc ( :urdljnc.ir EHC.-('1s orJob Tt·11'iion on 'furnõvcr ln1en1: \ 'alue ,\n:1i1ut1c111. :111dJob S..,tisl:.t(tion'>, JQIJrnol of AJ,plial Sotial /"'9'(/rologJ: jul. 200:!. p. 1344 1360. 90. 1•. 1\ . ) 111.st-1 S. G. H.ini.$ e 1-1. S. 1-'ícld, "l-lt1.s tht ln\'t:rtcd·U 'l'h('ory of S1rcss and .Joh PC"rfo nnr.u1cc J-lad :i Vii ir ' l'c1-1?" J/11,nnn ltiformnntt, 16, n. 4-, 2003. p. 349g,:,:. pri1n;l\'('r.1 19i9, p. l
      4

      Mudança organizacional e administr.içAo do est,esse

      601

      .\1. Fr(.'<;(lnl:lll cJ. S. J>hillip<,., •·\Vorl.:-;1c SlrtSS ~ (anagrmcnt l11tc1vt11tions'',.-lin<1'ita11 Ps.,tlr(}/f,1J:,ÍJt. lC\, )990. p, 252-261: e R. Sch,,'· 937-950.

      93. \ 'cj:i., por <.'--<<·tu pio. G. 1~"l\,Ttn«·-EII, TJ,t hwi.,ihlr C/()(.k: .1

      l'n.utlu,I Hn.t>lution in 1-indil',g ·nme.for f~·tf.rtJ11t t111d f-:r:trJthi,~. Sc·;1::;id<' Park,~: Kingsland H a ll. 2002; t' B. ' J'rtu;y. 'fi111t l bu..vr. Xo\':t Vorl:: J.\1n::iro1n, 200.J. 94. S. ..-\ . l)cvi1 ·:-\ging Hrnin: Prc,-c;n1ion of Oxid:tli\"(' Sn-e&( hy \ i1an)in E and Exerci~··. Stit11tifit I IQtld]o11r,1al. 9, 2009. p. '.JG(j.:{72. \ 'cja ta1nbé111J. Kicly e G. Hodgso11, ''Stn."SS i11 thc Prison Sc-"içc-: ·rhr 1Scncfits of E.xC'1ri,;,c· Ptogr.uns", lft,. ,na,1 Rtlotit,u.jun. 1090. p. 551°572.

      E..J. rorbts e R.J. PC"kaJa. "P.sychophysiolugical Eflê..-c,s: of St.'\"Cral Strcs.o: ~lanagcrncnl ' ICchni<1ucs", Ps;,hologia,I Rtports. fcv. 1993, p. 19-2i; <' ) 1. O<·r l lovnncsian, ''Zc·n :tnrl the 1-\ n or COl'f)O~ll(' Produ<'livily'". Barin(.SSl1't-d,. 28 jul. 2003, p. ~6. 96. Eliz~11.0'1.:zi. ')\dote u10 t:01npon:une1110 lc.....,.·c uo tral>:.dho'', Rr.:ista IGl(I S/.-1. cd. l •11 l)cscnvolv;, sua c:arrcir:t, 8 1nar. 2010. 9i. E. R. Gn:cngla:;s é L. l·'ikscnb:lunl, ··Proac1i"c Co1>ing. Positi\'c r\OCc::1, and \\'cll·lkiug: ·rc~ting for ~lc..."incss :,nd Sdf·Rcali1.atiof1as 1•s)'Cl1ôlc~i(·al Rt~'iôUl'Ct."S undcr Cl1álh:n&"é'', ,\/qh'r.:alitn1 a11d E1no1io,i, 30, n. 4, 2006. p. 259-272. 98. $. 1-:.Jackson, ··Parti<:i1>:uion in Oe,cision .\l:lJ.:ing as :t Stn1lcgy 101' R.C'clucingJolrRcl:1tcd St1'.lin ··.Journol ef Applittl r~,rJ1olo•1,)! lt"\: 1983, p. 3. J9, 99. $. (;1~Ct1b":lrd, '·ll's .,\ J,out 'l"in1c", lndusl1J• '1êtJ.·. IC.."\: 7, 2000, p. 4i·50: S. ~:tyynr, ··Ginun(' :t llrc:lk'', A111trim,ographif'f, jun. 2002. p. 6. 100. \ •'c ja. por c-x('tnplo, n. J ,eonnrrl 1 ''1-lealth Cart C'..osts lnc-rc:.\M'.' ln1crcS1 in \\'cll11ess Progran1s''. J,JRJ.\faga1:J11r. Sé1.• 2001, p. '.35-~16; e "Hcahh)~ J·fapp)' and Prudttcli\'c", ·1;«üii11g, fov. 2003. p. 16. 101. K. ~I. Rich~rdson e- I~ . R. Ro1h~1cin, ·'Efli.-c1~of 0<'· cup~1tio,1al S1rc:ss ?<. lana_~cn,c:nt lnlé-''tntion Progra,ns: :\ ~lc1;1-:\nalysisº',Jo11rrm/ ef Or,11/>ntional Htalt/1 PS)Ykorog)• 13, n. 1, 2008, p. 69·93. 102. 1). UrO\\'ll) ··\\'clhu.·'. S;S Progrant~ JJ.ring l-1('::thh>' Oottont Linc ", (A,uuli,111 /-/R R,JN>rlt,, dez. 17. 200 1. p. 1 e .ss. 103. \ 1tja S. Shane, S. \ ~nka1ara1n;\11 e 1. i;\ lac~lil.lan. "Cultur.d l)ilTcrcnc;(.'$ in ln110\';nic)n Ch:unpioning Str.ttcgics.".Jo1,n10/ of .tl on11gm1r11t~ 21~ n. $, 1995, p. 931·952. 10-1.J. ( ~h<:Jl 1 C. Sll\'t"nhorn(' eJ. l lung_. ''Otg.iniz;nion (:01n· 1nu11ita1io1,,Job Stress. Organi.1.atiooal Co1,unjtnh:n1, ,u1d Jôl> Pcr1Qrn1:tnce of J.\ çc()uruing Pn)fcssional$ in ··1;,ij"·:111 :u1cl ,•\1nerica ·•• J.((U/mhip & Orga,ii:,(1li1Jt1 l~·d1Jp111e,1t,]
      n. ·I, 2006. i>· 2+2·2·19; C. l.iu, 1: 1\, Sp,1:1or t L. $1,i, "C,=o -N:,tionalJol> $1r(':-.i1.: 1-\ (b1:1111i1:11i,-c t1nd Qu11li1~1livt:· S1ud).-" , ]i!11rt1nl ef Orga11k:_a1rimal / l(JurilfÕt, fe,•, 2007, J>. 209-239.

      602

      Compo11.amento organiia~ional

      l05. P. E. Spcc,or, 1: O. 1\Ucn, S. ,\. V. Pochn:ins.. l.. ). L l..'lpi· c rrt, (:. L. Coopc1·, ~l. O'Drisc.vll ct :\1,, ''Cross N:1tiooal

      Oifli.":rt11cC'.s in l{elationships of \\'ori.. i)('1naud~Job S,ui:sfac1ic.1n, :ind ·rurn()\'<;f lntcntio n ,\'ith \Vorl.-F,:unily Conflic;1", J)mo,m.tl l >.tyth()fogr, 60, n. 4, 200i, p. 805-1335. 106. l·t i\l. Add.ac e X. \Y:lng...Stress ;11 \Vork: l .inç:lr:,nd C111,'l-

      finc:1r EOCc1~ of Psythol0j,1iC:)l•,Job·, and Orgnnl1,.ation·RcL·u· cd F:1c101-s: 1\u Esplotatory Studr of 'friniclad and 'lObago", /11tmmlWl1al}!)d1(1/r«1,. 1>ri1navc1-a 2004, p. 119· l 42.

      108. I~ S. (;()(xl1n:1n e l.. n. KurL:c;, ..Sn1dics of Ch;.ctngc.· in Org:,oizatio,1s:: 1\ Status Repon", i,l I~ S. Good111a11 (01~}. Clu11,g< ;" Orga11i..t.atiuns. S:'.iü F1·;,11t isco:J~y-BaM, 1982. p. l. 109. Kah11 e l~}'OSicn·, "S11·cs~in Org::111i,z~nions'", p. 605-608. 110. .J, D. llrcu1, "Sctting Strttth Coals Hcl1» J\gtnticl> Excccd · rhcir Rc;tch... Grx~rnn1t11l l..tad« f . n. 9,sct./out. 2006. l)i.:sponÍ\'C.'I Cl'n : <,,..,,..,~go\"r.nu11cn1lcadcr.<·01n/is$U('$/ l _9/ 001n1ncnt~lf)tl205- l .1111nl>; (;. Stolk:1~ '"Frcqurn1 Husint"SS Pack Guilt, i,:~i "(c)(/q;•, 22juo. 2006. Ois.J><>ohttl

      ·r1'à\'élt1'S

      crn: <\\'\\'\\:us.1tod:,}~t<>n1/1)1011cr/biz1nl\'t:l/2006-06-2 I· road· \,--:,n·iorsus.tt._ x.hlm.>.

      Apêndice

      A pesquisa em comportamento organizacional Pa1r1cale.w, há tt>»a soluçra
      Há a lguns a nos, urn a ,nigo 1ncu cs1ava rnuilo aninl~,clo porque havia lido a respe ito d e: tuna pesquisa q ue rcsol,·cria clcfinitivan1cnlc a qucstào de con10 chegar .to lopo ele tuna grande o rganizaç;1o. Duvidei q ue houvesse

      u1na resposta si111pl~ para ('.Ss.:1 qucstào) 111as. coino não

      qut:ria acabar con, o <·ntusi"sn,o dele, pedi <1uc ,nc contas.se sobl'c o qu" ha,~a lido. t\ 1-c:s1)0s1a, segundo ele, era '"'praticar cspor1cs ll
      -sucedidos d as 500 111ajorcs c111prcsas dos Estados Unidos. 0 -s pesquisadores clc.·.scob1i ran1 q ue ,nctadc dc~cs cxcéuIi,·os linha p.:1rt it ipado de c(p.1ipcs de co,npcti\:~o cspor1iva quaodo c~tudan1cs.1 t\1cu a,nigo) que é: bo1n c1n cs1a1ís1ica, infor1nou-n1c que, co,no n1<~nos de dois po1· cento d os t1nivcrsi1ários par1icipan1 de con1pcLiçõcs cspo,,ivas cstudanLis, a probabilidade de que essa descoberta IOssc puro acaso era 1ncnor q ue urna c1n d ez 111ilhõcs! Ele concluiu sua anàlisc clizcndo q ue, co111 base nessa pesquisa. c u ck·vcria cncon·t iar n1cus alunos de adn1inistraçào .1 cntr"r c1n JOr111<, e a se inscrc\'cr cn1 co,npctiçôcs cspo1i.ivai; unh-ersi1;írias. ~·leu a1nigo ficou un1 tanto perplexo q uando cu d isse que essas concluSOCs d cvian1 estar erradas. Esses cxc· curi,·os cra.111 todos ho1ncns q ue havia1n frequentado a universidade nas décadas de 19+0 e 1950. Que sentido te1ia tssc conselho para as n1ulhcrt,'S do sérulo X....'
      das organizações tcnhan1 tendência a praticar ati\'idaclcs co1npcútivas, cozno o esporte univcrsitcírio.

      Meu amigo pecou pelo uso errado de dados de pesquisa. E,~clcnrc1ncnrc, ele nào é o li nico a corncrcr esse tipo de erro. "lodos son1os c,,'Onstanttn1tntc expostos a rCJX>rtâ· gcns sobtC pcsc1uisas que vincuh,,n ct.:-1ias suhstiincia.s ao cànccr cn1 ratos d e laboratório, por cxc1nplo, ou sobre a 1n udança de postura <:o,n 1-ela(:.o ao sc.-..:o cnLre os universitários. ivluiL1.s dessas pesquisas são planejadas cuicl.adosa1ncntl', com 1n uila atenção no que se n:fcrê ;Is i111plicaçõcs e; às li,niti\Ções de sc~u$ 1'(:S\1hados. 1\ lguns cs1uclos. no entanto. s..1.o planejados sem tais cuidados, o que torna suas conclusõ<:s suspeitas ou ~ué S('m qualquer sentido. l~zn vez d c 11-a11::tOr1nar o lcito1· c·nl pesquisador, ('SIC a pêndice busca chan1ar a atenção ptu1, os cuidad os q ue ele clc\'c 10111ar cnqu.-1nto cons\nnidor de pcsquis.-'l co1n1,ortan1cntal. O conhcci1ncnto cios 1né1odos de pesquisa 1>cr1nitc que se avalie o cuidado corn a colc1a dos dados que fundan1cn1a1n as infOrn1açõcs e as conclusões apresentadas ncssc lCXto. Alé111 disso. a co111prccnsào dos ,nétoclos de pcj;quisa ,·ai 1or11~í-lo tun t,\'aliador rl'l;-lis capacitado cios estudos sobre coinponan1ento ol'ganizacional c:1uc \'OCi: encontrar..\ (:ln publicações profissionais e de negócios. l)cs.~'l forina, u1ntL apl'cciaçào sobl'c a pesquisa con1por1an1cntal é i1nportan1c po rque: (1) ela é o íi.111cla· 1ncn10 .sobre o q ual se c:rgucn1 as ceol'ias conlidas ncslc texto e (2) \'ai ajudá.Jo, no fiuuro, a ler 1·clató1ios d e J>CS· quisa e a analisar seu valor.

      Propósitos da pesquisa 1\ ptsq11is11 Lrata da colct.;_1 si.slcn1ádca de infor1n;;1çõcs. Seu propósito é nos ajudar ua busca d ~ verdade. E1r1bcs.quisa au1ncnta nosso corpo de conhccin1cntos sobre c:01nporta1ncnto organi7...:'lcional ao corrobo rar algurna.s

      604

      Compott.amento organiza~ional

      lcoiias. refutar outras e sugerir no\·as tcotia.s para substi·

      luir as <1uc fbr.:nn refutadas.

      Terminologia de pesquisa O s pesquisadores p-0ssuc1n u111 vocabulário próprio para se co1nu11icar entre si e con, as dc111aii; 1>Cssoas. ,\ ,;cgui1~apn·scnta1nos alguns cios tc1'rllOSnlais C(nnuns <1uc você p l'ovavchncntc cncon11111<í nos estudos. de ciência do

      con1por1a1ncnto.2

      Variável U1na rwrith:e/ é quaJqucr caraclc11suca gci.,I q ue possa ser n1cdicla e que se n1odifiquc cn1 a n1plitudc e/ ou intensidade. ,L\Jguns exemplos d e \ºl:Ui}'ivcis ele co1npor· t.tn1cnto organizacional e ncontradas neste texto $~1o a satisfru;ão con, o trabalh<>, a produtividade do fuucjorH,1io1

      a pe nas significa que o non1c dado à \·ariávcl depende de sua. posição relativa dentro da hipótCS('. Na afirrnaçào ''o
      1'0t;;u ividadc dos fiultion:,nos". a s:-nislàçt10 corn o 1rabalho é u1na ,·a1iávcl independente. Contudo~na aíi1·n1açào {,o aun1cn10 da rc1nu11craçào lc,~, ao aumento da s.-nislà.çào conn o trabalho'\ ela se torna u1na ,·ari;ívcl dependente.

      Variável moderadora Urna i'<1riálJtl 11,oderador
      as nor1nas gt\lpais.

      dcrador-.1). Para traduzir isso c1n ,nn excn1plo concreto, poc:lc1nos d izer qu(•, i;c au1nc1ua1·1nos a supcrvis.i.o dirt·1a no traball10 (,Y). haverá u1na 1nudanc;a na proclutividndc dos fu1tt.:io11~\rios (J'), 111;;\s esse creito scr,1 rnodcrado pch, rom1>lcxicladc das tarefas realizadas (Z ).

      Hipótese

      Causalidade

      .,\ tentaliva d(' explicar a relação c1H1'c dua..~ c>u n,ais vari~í,·cis é chan,ada llipóte..'ft. J\ afinn~H;-ào ele n1cu a1nigo de que a parricipaçào cn1 cspor,ts universit.í1ios conduzi· da o individuo ao aJto escalão ele u111a organização é un1 cxcrnplo de hipólcsc. Antc-s d e ser confirn1ada po r n1cio da pcS<1uis.:1. e 1npirica, u111a ltipôlcsc pcr1na11cce .lpc nas co1no u1na tentativa de explicação.

      Urna hipô tesc1 1>0r definição, i1nplic::l uma relação, ou seja, a cxistênci;-1 ele tnna cau:sa e ele tnll efeito. E!iSa d ir,cçào entre causa e t~fCilo é cha1nada tt1usalidadt. "\ s 1nuchu1ças na variúvcl independente sào entendidas co1110 a c;iusa elas a hera(ôes na variável dt•pende ntc. 1'a pesquisa con11>011a1ncntal, contudo, é possível haª ver tuna suposição inço1TCUl da causalidade quando as

      Variável dependente

      relações são idcnlificadas. Por cx<::rnplo, os pioneiros do csunclo con1po11arncntal c ncontran:un un1a relação e ntre

      o CSll"C~c

      ocupacion;-)1,

      a

      capacidaclc,

      ,l

      p·crsonalid"clc

      e

      U1na t'llrilu,iel tft/N7tde11te é u,,1a rcsposut afetada por u,na va1iável indcpendc11te. Co1l1 1'Clação à hipb1esc, é. a variável c1uc o pcsc1uisaclor cs1~í tcn1ando t.:xplic-ar. ~aque· lc cxr1nplo inicial, a vari;ívc.1 dcpcndcnlc da hipótese ele n1e u amigo e ra o sucesso do executivo. Na pesquisa sobre co1nporta1ncnto organizacional, as va1iávcis d cp<:ndcntcs cstuda
      Variável independente U1na 1.•arilh:el indepe11dt1Jlt é a c.aus;i presu1nida d e a lgunla nlodifi<.'açào ela variá\'cl d ependente. A partiripaç.-io nos cspo11.cs universitários era a va 1iávcl inclcpcndcn1c da llipótcsc de n1cu a tnigo. .i\s vari;ívci.s indcpc;nclcntcs n1ais estudadas 110 con1portan1c1110 orga1Üzácional i11clucn1 .1 inteligência, a personalidade. a s.:nisÍc'lÇilo con1 o tt;\balh o, a experjência, a 11101ivação, os padrões de reforço, o estilo de lideranç.fl, a alocação de 1·eco,n1>énS.fl.$, os ,nttodos de

      seleção e o planejan1en10 0 1·ganizacional. Yocê deve 1cr notado que dissemos c1uc a ,i.11isfaçào con1 o trahaJho costu1na ser estudada t~uno 001110 va1i:ívc.l dependente c1uanto independente. Isto n;io é u1n cngnno:

      a ~ tisfa(âo dos funcionários e a produtividade. Eles conclulrain que urn funcioná rio feliz e ra u111 fu ncionário pro· dutivo. 1\s pesquisa.'> seguintes confin11,n·arr1 .:1 cx.istCncia des.,sa relação, nlas refu1ara 1n a direc;.à o d.i causalidade. t\ s (;vidências indica1n q ue é a alta produtividade que leva à satisfação, não o con1 tário.

      Coeficiente de correlação Urna coisa é saber que existe urna relaçào e ntre duas ou n,ais ,·ari,:lveis, outra é identificar afar(a dessa relação. O tcr1no totjicin1tt derorreía(ilD é utilizado para indicar essa forç.1, e é cxpn.:sSú por um 1u.'1n1cro de valor crure • l 100

      (unla ,-clação 11('ga1iva pc rfCita) e+ 1,00 (u,na rclac;ão positi\la perfeita). Quando duas: v,,riávcis 1nudan1 dire1a1ncntt.: \una cn1 1'Cl.içâo à outra, a col'1'Claçào (~ exp ressa por unl nú1ncro positivo. Quando a varia~ào é inversa - ou seja, uo\;1 cn::sce cnquarno a o tura di1ni,11.Ji , a correlação é t."Xprcssa por un1 nún1cro negativo. Se as duas varia1n inctcpcndcut<:rn<:ntc urna da outra, di7.cnlOS q ue ..i co11'CJaç~o entre <:las é 7.cro. Por exemplo, um pesquisador pode ,·studar um grnpo de funcioná1ios par..1 clc:tcrn1inar a satisfação de cada LUll co1n o trabalho. Para tanto, ele pode utilizar os registros da

      Apendice

      c111prcsa sobre abscntcísn10 e correlacionar a pontuação na satisíhçào c...-01n o tr.ibalho con1 os registros ele prcscn\ct ele cada funcio11,\rio p;:1111 dctcr,n.inar se aqueles que ,nosu-;,1111 n1ais satisf.1ção f.,ha,n n1cnc;,s; ao trabalho. Sup<Jnhanl<)S que o pc.·~qui.~adnr 1enha cnconrraclo u1na corn·laçàú de· +0,50 entre a satisfi,çào e o con1parccin1ento ao trabalho. Sc,ia essa un1a associação fo1ic? ~ão existe. inlCliz.rncntc, un1a di· fercnciaçào nuinêrica precisa entre un1a relação fo1,c e un1a fi·ac;,. U1n lcs.te c..·s.tatí.stico pad111o dt.'\'CIÍa ser ~,plicado parct detcnninar S(: a relação é. de fato1 ~if,'lÔÍlulÚva. Ul'na \lhirna obsetvaç~o antes de prossc~'\1Ínnos: un1 cocficie1uc· de corrc1ação ,ncd c apcoas a fOr~a ela a.').~cia· çào entre duas vari.Í\'Cis. U,n valor ~,lto 1u1o significa cau· salidadc. O co1nprin1ento d:, saia das 1nulhcrcs e o preço das ações nas bolsas clé valores há 111uito tc1npo se 1noslra1n ahan1cntc correlacionados~ 111as não se d eve iinaginar i1nccli
      Teoria O te r,no fina l que incluí1nos nc•s1a ~e\·ào (; ll'oria. J\ Lco1ia é u,n co,tjunto d(• conceitos ou hipóteses sistc,n,ui· can1entc inter-relacionados que huscan1 explicar e prever un1 fcnôn1cno. No co111porta1ncnto organizacional, as teorias cn1 geral são chan1aclas 111odtl
      ·nas: c1 qu:=indo aprúpriaclo 1 propc)c1n novos 111odclos: que pos:sa1n ter n1aior podei· ele explicação e de previs.tio. 1\ cxiscência ele diversas tco1ia~ que tc nt~un explicar lnn 111csn10 li::n ôrncno apenas atesta que o con1po11an1cnto

      organizacional é un1a disciplina ati,·a. <JUC ainda se cn· contnl c1n c rcsc in1cnto e evolução.

      P.ivaliação da pesquisa Co1110 1>01cnci,,I consun1ido1· de pesc1uisa co1npo1·1an1cn1al, você deve seguir o que se d iz sobre caurcla: ·'o contprador que se cuide!". 1\ 0 avaliar qualquer pcsc1uisa, você deve (3zcr três 1><:rgun1;,s.' l{lt1 1 1:á/üla? O CSludo rcaln1Cnlc n1cdc aquilo que prete nde 1ncdir? Nos llhi,nos anos, rnultos teslcs psico1ó~ gicos vêrn S(."ndo descartados por cn1pregadorcs porque

      A pesquisa em comportamento o,ganiulcionat

      605

      11~\o se con1provou que cran1 n1ediclas válidas da capa· c.:idadc dos éandiclatos de obter suct-sso no cn1prcgo. ;.\ quei,tt10 dà v;;1lidade é 1·clc\·;;111lc pa111 q1n1lqucr pesquisa . J\ ~~i11l, dcpal'ar çorn 11111 (~tudo que relaciona a coesão rccisa dcscob1ir con10 essas vari~l\'cis forant rncdid:,s e se ;, pesquisa rcaln1cntc n1cd iu ac1uilo a que se propunha. Ela é co11jiá1.:el? 1-\ confiabilidade se refere à consistên· eia ela meclida. Se você 1ncclissc sua altura todos os dias co111 urna régua de rnadeira. tc1;a un, resultado alta1ncnlc confi~lvcJ. Se fosse usada un1a Lira clástic;,., podc1·ia havc.:1· difc1'Cnça entre as 111cdiclas titaclas a cada d ia. Sua ahura 1 obvian1cntct não n1uda de uni dia para o OUll'O. r\ va1ia~ bilid;,clc se eleve à in1prccis.i.o cio instrun1c nto ele n1cdição. Se un1a e 1nprcsa pede a un1 grupo d e Ji.,ncionários que 1·csponda a 11111 questionário confi.l\'cl sobre sati.sfiu;ào co1n o trabalho e rcpc.:te o c.:xpcri1ncnlo seis ntcscs depois, desde espcra,nos que os resultados scja,n s.cn1clfH11lt<:s que, nesse pcdodo, nada tenha se a lterado a ponto de aíc1ar sig nificarivan1c11tc a satisfação dos fi1nci()náric.)s. Ela é genrralk;,ái·tl? Os resultados da pesquisa são gcnc1·aliz.:lvcis para outros grupos de indivíduos a.lé1n daquele que participou cio <.-studo original? 1ê:nha cuidado con1 .:,s liinh;,çõc.-s que podcn1 existir nos csludos ct!ios sltit·ilos sàoi por (')l:en1plo 1 <.'Studantc:s u11ivcrsiHí1ios. 1-\ .s descobertas
      ,,o

      11sloas nucleares de Angra cios Reis,. na l'Cgiào Sudeste, pode ser t'Stcnclido para toda
      m odelo de pesquisa F.:')zer 1>esqui$;1 é unl cxcrc.fcio ele subslitujções. 1\ ri· quc:7.a ele iníon naç.ões gc1-al111cnle substitui a gcne rali:1,ação. Qt1a1110 1nais <> 1:>esquisaclor procu1-a conu'Qlar as variáveis, 1ncnos rcali~1.as são os resultados do es1uclo. Alta precisão, gcnç rali.z~,çào e controle costun1an1 signiíic.a r custos 111.t.i.~ .:1hos.. Q panclo os pc.:squi~1dorcs cscolhcn1 quais pessoas ser.lo cstudrlcláS1 o local onde a pl'Squis.:1 será fc.:ila, os nié· todos de levanta,n cnto de dados. e assin1 por diante, prcciS;)rn f..')zcr algu,nas concessões. Urn bo1n ,nodclo de pcsqui· s::i não é pel'fCito. 1nn.';. reflete cuidadosarncntc as petgtu11as feitas. "lê-nha isso e1n rncn1c enquanto cxa1ni11an1os os pon1os fonc;s e li-acos de cinco ,nodelos clt· pesquisa bastante utilizados: os estudos de caso1 os IC'v antamcntos ele ca1npo 1 os cxpcrin1Cnlos de laboralório, os cxpcri1ncntos de c~unpo e as 1x.·visõcs quantitati\·as agrcgada.s..

      Estudos de caso l\,guc a autobiografi~ de Soichiro Honda. Nela, de
      606

      Compott.amento organiza~ional

      111ccânica. 111ontar n1otociclctas e, finalrncnte, 1nonu,r auto1,1óvcis; e con10 tudo isso lc,·ou i, criação ele tuna elas 111aiore~ e 1nai:- bcn1-succdidas <:Oq.)()raçõcs do inundo. Ou você 1>0de c~su11· na ~lia de auh1 e sru profi·ssor
      Levantamento de campo Uin longo qucs1ion~rio foi e laborado para a\'aliar a utilização de políticas éticas, d(: cst1'\1tui.1s éticas íor1nais, de atividades IOrn1alizadas (co1110 o treinamento ético) e do e nvolvin1cnto de exccuti,·os en1 p rogr;:i.mas éticos nas coq,on,çõcs bilion;irias. Os escritórios ele co1nluÜcação ou de l'c1aç0ndido u1n índice de resposta de pouco ll'•ais de 25 por cento. O s tcsuh~,dos ela J>C.l\quilla 1-cvcla-

      cc11to tinha1n u1n encarregado especifico para lid:.u· co1n as questões ele ética e conduta.1

      Esse estudo iJustra u111 típico le\l0. Un1a :unost1-a ele respondentes (no caso, 1nil g1"andes cn'IJ)l'é$..1S 1101·tc-a1nc:ricanas:) fOi sclccionarla para l'Cprescntar un1. gi,11>0 n1aior que estava sendo cx.-'ln1inado (todas as grandes coq)01-açC>L-s de capital aberto dos Estados Unidos). Os respondentes foran1. então, abordados por 1ncio de un1 qucstioncí1ioi ou ele entrc.."~stas, para a coleta de dados sobre dcttrnllnacl-l\.S caractcri.sticas (o conteúdo e a csu1.1tura de prograrnas e p 1,ltica~ t"Cl.acivos f, ética) de interesse dos pesquisadores. 1\ ptlclroniz..-1ç::i.o da.~ 1'C'Spos1as 1x:r1ni1t· <111c osclados: scjan1 fi,ciln1c111c q uan 1ificados, analisados<: rcsu1nidos1 e que os p<."squisaclores possan1, bascando,.sc na ;unost.r.,} fhzcr infcn:ncias par.t o total da populaçilo. O lc,r.1n1.u1·1cnto de ca1npo pcrn1itc que o l'Studo seja 1na is cconôn1ico. É n1ais barato pesquisar urna anloStra dCJ que todos o.s indivíduos de tuna população. (l~xistcm, por cxcn1plo, n,ais de cinco 1nil empresa~ no,,c-arncricana.~ co1n receita superior .-1 11111 bilhão de dól.-11'<:s, n1as a l~unas não s.i.o sociedades anônin1as e, por isso, estão fora da lis1a da f"ortune. } ;-\lé1n disso, corno o estudo ela ética dcn1onstra, os levanta111cntos ele ca111po são un1a 1na ncira eficiente ele dcscob1ir con10 as pessoas se scntc rn c1 respeito d(! dctc rn1i11aclos assuntos e c:01110 e las d jic,n :;..e eo1npo1·tar coo, relação a \:le~. ~:sscs dados podc1n ser Hu;ilinc,ne quantificados. A pesquisa clc can,po, no entanto, pode aprcscntar d iv-crsos pontos fracos. Plin1ciro, os qucstio11{11ios cn,~a· dos pelo correio quase nunca chcgan1 a 100 por cento de retorno. Os baixos íncliccs de resposta podc1n colocar c n1 disc::uS$àO se as có11élusõcs po
      çào e ela ccono,n ia.

      Experimento de laboratório O escudo a scgt1iré 1.1111 exc111plo cl:tssioo de c~pcri1ncn-

      r:un, cmrc ouu-:is coisas, c1uc 77 por cerno das oit
      to de labo1,uó1io. O pesquisador Stank')' ~lilgmm que,ia

      zaçõcs possuían1 códigos forn1ais de ética e que 54 por

      s;ll)(•r ;ué que ponto as pessoas s.io capazes de obcclcccr

      Apendice

      co1nandos. Se elas fosscn1 colocadas no papel de profcssort'S cn1 urn c:.xpcrllncnto sobre aprcncli7..agcn1 e r(."tebcsscn1 ,1 insu,1ç1nc1<.•ssc un1 c•1·n,, obcdcc;c;;tian, ~• esse co111ando do pesquisador? Sua disposição p.,ra obcclt:ccr di1ninui1ia à 1ncdicL1 que a potência do d1oquc au1ncntassc? Partl testar essas hipóteses. ~lilg ra1n toutr~\tOu :llgu· 111as pessoas. Elas fo1'a1n lcvad~,s a ac1-edi1ar que a pesquisa era sobre os efeitos da punição na n1cn1ória. Ocvcrian1 agir c::01110 profc."'.S.sôrts (' aplicar un1a puuiçà.o todas as vezes c111 que o aluno co1netcsse u1n e1'1'0 no tCi-tCele aprendizado. •4.. punição era un1 choque elénico. O st~jcito sentava-se diante de un1 &rtrador <:0111 30 nív<:is de choque de zero a -~50 \'Ohs, cn, p1·og1-cssôes de 15 \'Ohs. t\s de111atCaçõcs desses níveis i;nn de 'choque lc,·c' até 'cuidado: cho,. que violento'. Para aunu.:ntar o rcalis1110 do cxperirnento: cada sujeito recelx:u u,n choque de a1nosu-a, de 45 \'Ohs, e viu o aprendiz - tun senhor paca.lo e gentil, clt cerca ele 50 anos atado a urna 1cack:ira elétrica' na sa.la acljaccntc. Obvia,nenl<:, o ap1-cndi1. et;i u1n ator e os choques scri;un falsos, ,nas os SL!jeitos do cxpc1i1ncnto não sabian, disso. Sentado à fi·cnte do gerador. tacla .st~cito devia inici,u· o choqut no ní\'el 1nais baixo e atuncnta,· a i11tcnsidadc gradariv;uncnlc e.ada vez que o aprendiz desse u n1a resposta errada ou deixasse de r<.-spondc::r. ~ o início do tes1e, a intensidade do choqt1e subit1 rapida1nentc, pois o aluno errou diversas vezes. A pessoa recebia u1nfit·dba(k vtrbal do aprendiz; aos ij volts. ele co,neçou a rcs1nung;i 1· e a gernet~ aos 150 vohi;:, ele pediu para deixar o cxpcri1ncrno; ao.s I no volts, gritou que não conSCf,"l.Üria ll'1ais suportar a dor: aos 300 ,·olts. ln1plorou para sai,~ fi1lou de seu proble1na cardíaco, gritou e c11tào não conseguiu dar n1ais ncnhun1a resposta. 1-\ n,aio1ia d(ts pessoas protestou e. cc,111 1ncdo dl· n1a1.u· do co1-nçào o ah1110, en1 vi.r,udc da intensidade dos choqu~ alegou que não podia dar continuidade ao lr.1b;:1lho. J.\s hcsit;u;õcs e aos protcslOs elas pessoas, o pc.squis..1do1· l"Ci-por1dia: " \ 1oc<" não tcn1 escolha. \ 1ocê ten1 de continuar! Sua tarcf., é punir os cn1>.s con1etidos pelo aprendiz", Eviclcnlc1ncnlc, a.s JX'SSO.:lS tinhan1 unia escolha: tudo o <1uc 1inhan1 a í.1zcr era lev}l nlal' e ir e1nbol'a. t\ rnaloria discordou do 111étodo. i\·las discordar não é clcsobcdcccr. Observou-se :,inda <1uc.: 62 por cénto das pessoas a un1e111atarn o ní\'el dos choqtics pata 1150 volts ..4.. n1édia da intensidade aplicada pelos ou· tro.s 38 por cento lbi de quase 370 \'OJrs.f• En'I urn t•xpcri,ncnto de.: laborató1io1 c.:ornó t·ssc tonduzido por ~ Lilgr.u-n. o pesquisador' c1ia u1n a1nbicntc ar· Lificial. Ele rnanipula unia \'ariávcl indcpcnclc.ntc sob eon· d içt>cs co111rolada$;. Final,ntntc, desde c1uc todas <.,s Q\11rai; coisas se n1an1cnhan1 iguais~ o pesquisador pode concluir que quaJqucr rnudança na variável dependente se deve à n'lanipul;1(f10 ou ~. rnudança i1npost~1 sobre ti \·a1i,lvcl independente. Repare que~ por caus..'l das condições con1roladas, o 1>esquis.1.dor é capaz de inferir a causalidade t n1rc as vati;Í\'("l$ independente e dependente.

      A pesquisa em comportamento o,ganiulcionat

      607

      O cxpcrin1cnto de laboratório substitui o n.:alisn10 e a genel'ali:,..açào por precisão e- conLrole. Ele 1>ropol'C".:iona 1.un aho grau ele controle sobre as valÍá\'cÍs e urna n1cnsu· 1·aç:io precisa clclas. ~1[as as descobcl'tas dos experi1nentos de lahora1ório d ificilinentf; podr,,n !ler generalizadas para o n1undo real cio tr.-tbalho. O laboratódo artifici.11 rara1nente rcp1'0du1. e111 detalhes ,una Ol'ganização de \'Cl'(ladc. Alén1 do 1nais, n1uitos cxpcri1ncntos de laborató1io tratan, de fcnô rncnos que não pod<:nl ser reproduzidos ou aplicados a situações da vida real.

      Experimento de campo O que ,·cn1 a seguir é u1n cxcn1plo ele c.,1x:1in1c1uo de ca1npo. Os diligentes de unta grande en1prc.s.1 qucre,n dcscob1ir qual é o i1npacto que urna .scn1ana de quau1> dias íucis tciia sobre o abscntcisn10 cios ti.111cioniuios. ~·lais cs,. 1,cc.ifiea111cntc, <:lcs querem saber se. trabalhando por dc-t hor"s cli;l1ias clul"'<11Hc quatro d ias por sc1nana, os funcionários 1cria1n índices de absc1ucis1no 1nai$; haixos do c1uc na scn1ana 1radicional de cinco dias de oito horas c;icla. Co1110 a e1np1'Cs.1 é grande, possui clivcn,..'1s fã bricas que c1n1,n::ga1n forças de trabalho scn1clhantcs. Duas elas í.ib1icas forarn escolhidas para o expc1i 1nento, tunba.,; loc..1.li:1..acla.s na 1·cgiào 111ctropolitana de São Paulo. Obvian1cntc, não sciia 1,ossivcl coo1pt11'á1· duas f~1bricas do 1ncs1no t(u1lanho se cl.:1;; estivt·ssc1n localízaOncs ou o cli1na poderian1 ser rcspo1u;ávcis pelas n1udanças obsc1,:aclas.., 1nais do que a alteração cios honl.rios de trabalho. O cxpcri1nento foi posto c111 pnitica <'nl unia da.s f.:íb1icas. Os funcionàrios co1r1cçara1n ,., trilh.tlhttr quacro <.lias por stn'lana. l"\a outn1 fábtic:;1 1 us.ada coino g rupo de co1111·o lc) nenhu1na 1nud,\11ça IOi feita 11a sc.n1a11a de cinco dias. Os dados sobre ahscn1eísn10 fOra111 coletados nos 1·cgistros das duas fáb ricas por un1 período de 18 n1escs. Esse período reduziu a possibilidade ele os resultados se· rc111 clistorciclos pela n1c1-a novidade das n1ud.111ças irnplc· 111<-·ntadas ri.., fàbiica expc1in1cn1al. l)cpois de 18 n1cscs, c:>s clirigcntts clcscobriran1 que o ahscnleísn10 ha\'i,1 8Ído rtduzido cn1 ·~O por <.·t ,no na fi:íb,i ca cxpcl"i1ncnH1l e <:1n ap,1,;nas 6 por cento na fY1b1ica-('0111rolc. Por causa do proj clo dessa pesquisa: os d irigente.~ da cn1prcsa concluíra,n que a gl"'.i.ndc queda cio abscntcísino d eveu-se à introdução da sen1ana de quatro dias. O cxpc1in1cnto de can1po é sc111clha11lc ao d e labo* 111ló rio, con, a exceção de ser condu:,;iclo na org;tniz:~1çào 1·eal. O an1bicntc nHtural é 1n
      de trabalhadores, urna grande dcnllssào coletiva ou urna 1·ccstruluraçào corporallva, 1à.lvc7. o principal problcdo~ estudos de can1po cstcj;;t nos vicscs d~, sclcçào da

      11\.,

      608

      Compott.amento organiza~ional

      organização. ~cn1 lodas as organizaçõc-s pern1item que

      pesquisadores cstudcrn seus funcion::,rios e operações. Isso é c..·s.pcci;:1l111c1Hc verdadeiro para ~u; <:1nprcs.as c1uc enfl"tn1~ut1 s('1i-'S dificuldadt..-s. Po,· isso, con10 a rnaioria dcss.cs cs1udos é fCita por pesquisadores externos, o viés de seleção pode atuar para que se publiquem estudos conduzidos quase c1uc cxclusiva1ncntc en1 or1,ranizaçõcs bcn1·succdidas e bc1n ad1ninistradas. Noss.1 conclus~io g<:l"~J ê que, dos quatro 1nodclos de 1x:sc1uis.1 <1uc discutin,os atê agora, o cx.pc1in,ento ele can1po (: o que ofcrc,'(c resultados nlHis válidos e gcncl'aliz,tvcis e, a1>esar de sc·u elevado cus10. é aha1nc1nc co,npcnsador.1

      Revisões quantitativas agregadas Qual é o efCi10 geral ela rnuclança do co1npo11a.n1en10 o rganiz.acional sobrt o dcscn1pcnho das tarefas? \ lários c~1:><·rirn1'ntos de ca111r>0 tê111 buscado 1'(.-Spostas pata essa quc'Slào. JnfClizn1cntc, a grande va1icdade ele efeitos encontrados nt"SSC.'S estudos to111a rnuito diJicil u1na brcnc,._dizaç.'io. Para 1en1ar concilia,· c.."!..;;.as dcscobcnas. dift.:re111cs, dois pcsc1uisadorcs íizcra1n un1a rcvis..-i.o de lodos os estudos ent· piricos que enc(nllrois de descartar relatórios con1 lnfi>r1naçõcs inadequadas, dados 11,lo quarnita.1ivos ou que não atenclian\ às çondiçõcs a.~· sociadas aw princípios cl.,1. nn1dança co1nporta1ncntal, t•lcs linli1<11<11n o fo('O a 19 estudos qu(· i11('luían1 dados sobre 2.818 1x:~oa.~ Utilizando un1a técnica de agregação cha· 1nad:1 111clo·a11álist, pudcr~\nt .sintetiz4,r quantitatiwuncntc esses <·stuclos r concluir' que o dcscn1pc.:11ho ,nédio indi,i · dual sobe cio 50" pcrccmil para o 67' pc11:c111il depois da intcn'<'nçiio da 111udança co,npo11:e11ncntaJ. Essa an;tlisc s.obrc a ,nudança do con1porl•-t11h;t1to o rganizacional con1 rc;laçào ao dcscanpcnho de tarefas

      ilustra a tllilização da 1ncta·,11H.llisc, tutla fo rn1r1 de r(·,·il>o'Lo quantitativ,1 cio n1a1crial public,1clo soh1'(: un1 assunto, <1uc pcrn1itc aos pcsc1uisadorcs buscar os resultados v;\lidos de diversos estudos individuai~ e, depois, ;,'!plicar un1;, tõrnu1la sohl'c eles para d ctcr,ninar se pí·oduzt:n1 resultados siinila rcs con.sistcntc1ncnte... Se os rc:suhados Sê nlostra· l'C1n consis1cntcs. os JX:$quisadotcs podcn, concluir con, 1n;1is confiança que sua validade é gcncraliz~ívcl. ,\ 111('ta· -análise ê unia lbr,na de superar as intcq,rcta.çõ<:s pôtcn· cial111entc in1pl'CCi$.tts d;:L~ revisões qualitaLivas e de sinlC· Lir..ar as variações dos estudos quantitalivos. 1\lé1n disso. essa 1êcnica pcr1nilc que os pesc1uisadorcs idcntiíiqucrn po1cnriais variáveis 1noderadoras c·nu"C un1a \'ariávcl indcl>cndcntc e unia va1iávcl dependente. Nos llhi1nos 25 anos, a populaiidaclc dc~c 111étodo de p(:squisa l<:111 rn.:-sc..:ido. l~lc oferece u1r1a 1na11ei1-a ~1pa· r<:nlCtllClll<: nlais objeLiv:·l de íhier a tradicio,,a1 n:vis.ri.o da lil<:1-alu~. E,nbora a n1cta-tulálise <:x.ija ((l•e o pesquisador realize divcrsosjulga1nentos, o <1uc pode introduiir u,na ccru1. subjcLi\'idadc- no proC'csso. não há dúvidas de

      que esse 1nêtoclo tornou-se 1nuito cointnn na literatura sol,rc con1por1an1cnto organizacional.

      fitica na pesquisa Os pcsquisadorx:s 11e1n sen1pl'C são diplonláticos ou i,nr>arciais co111 :-;eus objeto~ de esu1do. Por cxen1plo as 1

      pe:1i;untas dos Jcvan1an1cnlos de can1po podc1n ser pcrcc· bidas co1no c1nbar.:u;osas1 ou con10 invas:clo de privacidade, por parte dos respondé11tt..-s. ,1\lé1n 0is conside1-a1n o engano nece-ss.1.iio para oh1cr i-es1:>0s1as honcs1as''. 1º Os 'cxpcrin1('111os de aprcndizagcn1• conduz.idos por Stanley L\lilgra1n há n1ais de 30 anos foran1 ,nuito criticados cn1 tcn11os éticos por psicólogos. Ele mentiu par:-1 os parLitipantcs ao dizer que a pcS<:1uisa era sobre aprcndiiage,n <1u;:1nclo, na v<·rcladc, era !;Obre obcdiênc..:ia. 1\ n1,lq1..1ina de choc(l.•Cs elétricos era falsa. t\té 1ncsn10 o ' apl'encliz! e1'.t u,n clln1plice de ~·lilg11u11 1 treinado para fingir sofii,nento e dor. L\,lcsnlo a.ssi1n, os deslizes éticos ainda ocorrcrn. E111 200 l I por cxcn1plo1 un1 protCssor de con1porta1ncntô 01g.-,11izacional da Univ(:rsidade de Co· lu111bia enviou cópias de tuna carta enl pap-cl ti1nbrado da universidade para 240 rCSli\urantes ela cidade de Kova Yo~k, contando que ele e sua cspO$.tt havia,n jancado no estabeleci,nc,no pa,-a co,ncn1otar o ani,·c1'Sôdê prejudicar eri1nento <: condenai' as fu11.11-..tS pesc1uiS..."tS. 1\ 1ncn1ita1 pot exernplo. ,nuitas vC'l.es é nccess.'lria pal'a evitar a conl.in1inaç1io dos l'CS11hados.1 lais ain·d a, Cs.5<.'S defensores da ética n1ínin1a argu111cntan1 que

      Apendice

      poucos stticitos sofrcra1n quaJqucr problen1a real nesses

      c;..:p,c1i r·nentos. i\·l(."s1110 11a 1x-squisa <>$tt11'a étic'l rn ais rígida argun1cnta1n que nc1lhun1 proccclitn cnto dc\"C criar problcn1.1s c.1nocionais ou fisicos aos Sl~citos da pcsquis., e que os l>C'SC1uis.aclorts, cnqua1no profissionais, s.:io obd· gados a ser total1ncntc honestos corn os pa11icip,uu cs e a p1-olcgc.r a prh-ncidadc deles a qualquer custo .

      fflesumo O 1c1na ·con1pona1ncn10 organiz()Cional' ê con1. posto ele un1 grande nún1cro de tco1ias c1uc 1ê1n con10 base a pcsquis...1 . ...\s pesquisas, quando integradas c unn1· !ativamente) to rnan1-sc teorias q ue, por sua vcz 1 são se· guid;1s por outras pesquisas co111 o intuito de valid:í.·las. Os conceitos q ue Có111põc1n o conhccin1cn10 sobre con1· 1>011a,nc1no ol'ganiiacional, portanto. só têm ,~ lidadc i, rncdicla <1uc l5àO co1'1'0bor.-ldO!. pelas pesquisas. Os tópicos e assuntos cobr,·tos por L'Slt livl'o são, crn sua rn aior par1c, dcri\'ados d i.: p<~squis.1.s. E-lcs rcprcscn1:11n

      A pesq uisa em comportamento o,ganiulcionat

      609

      o resultado de coletas sistcn1áticas de dados, e não de incras opiniões, intuições: ou palpites. Isso não significa, <:vid1.: nlc::1ncntc, c1uc lClllOs toda.s a.s respostas sobre as q uestões do con1porta1n cnto organizacional. I\ Iuitos aspectos ainda rcq11c1
      Rtl"tio11s,Joumn/ ef Appli,d PJJdwbigr,Jo11m11/ ~f .\la11agn11ent, Jour11al of Orgt111icalio1wl Jk!tm:io~ Orga11i<.allO,ud /JduurrOr Qyarter(J,. !\o ll ra1il, rccon1cndan1os a Rt:L'ista de Ad1ni11istraf1i() de l!.,nprtsas, a Rcc:isltl de Ad11d11i.stra(àO C'o11tn11porânta. a Rn1ista de 1ld,ninúlraçdo ,\ la· efít,,~it, a /Jrat.ilüui llusi11t:1S Rt.t:in,1e a í 111i,1A,ueric11lí Busints.s J?a:ieu;, l~u~ intcrprctaÇÕl.'S rnais práticas e a plicadas sobré as dC"scohcrtas das pcsqui$.1S, consulte puhlicaçõcs co1no .~lradn1!)1
      rlino, 1/an•ard BusintJS l(roiezo, Sloan ,\la11agn11t11/ Rn,,ieu~ //~ \/ .,, l a11agl'1n~11J e Gf' E.rttt,Jii:o.

      Notas 1. J..A. 8yl't\(", "f:-..1."1.'UÔ\'(' s\\'Có'\I°', rorbtt, 10 rll.t.io 1985, p. 198-200. 2. \ 1cja D. P. SelH\'ah. Re.uardt .\ltt!1<Jds.for Orxani~ati()nal &/10.~Wr.

      s. e.

      1.

      4.

      5.

      6.

      7.

      ~ lfLh\\'~tlÍ: L.1,,·rcncc Erll>.tUJII t'\ssoc-i;ites. 1999: (' Rog<·lbcrg (Org.}, Bla,ktt1'11 llandbool.· oJ Ra,arr/1.\ltd1ods ;n l,11/11.1fm1/ and ~ni:.11t«Jno/ Psyrho/og-,: ~1:lldcn: Bbck,,<ell, 200'2. U. ~ 1. Sta\,' e G. R. O ldha1n, " Re<'on~idt•ring Our l)C"p,·n· dcnt \ !ariabt('.s: t\ Cri1i(1uc ::ind F.1npiri('al Sludy'', 1lrndr1tl)' ef ,\lú1t1if,'('r1tnll]óUrnal. dt.""'-· 19i8. 1>, 539-559; e 8 . ) L Stil\,; "órganiz,uional Bch.\\;or: A. R.cvic" · aud Rcforrnulation oi' du• Ficld"i Ouu·on1c \ 1ariabks", in ) 1. R())tC11z,,·1,;ig e l.. \\'. PQrlc:;r t{)rg.), A1111111ll llrr'it:1• ef J~ylffJfqg_)', , •. 35 1 Palo ,.\hQ: .r\n· n\lal Rc:vit·,,'s, 198--l, p. 627--666. R, S. 131::i<'kborn, ··txpcri1ncu1::i.l Jx~ign in Organizational Sctti,,gs". iu .J. \\'. Lo1'S4.'h {Org;), flt111dlJ(JQ/.· oJ Org0r.tlé l'~thil"S P~ttlÍétS in lhé ) li<J.1990'5: :\ n funpirit",d Study or thc N>11u11<; 1000",Jo,rrna/ ef l t11sil11.çs f:thirs. I(•,: 1999, p. 283·29-I. S. ~lilt,onun, ('Jb«lintrt to AuLlwri!)'. )i'· n'l.;u: Jg,tJ l, p. 398-·~13. \'er, porcxernplo, \\~N. K.ighan. i\. L. Str.1ui,:s1 S. R. 8:Hic}~ )l. '\'. Brannc-n e R.. .J. 1"ho1nas, ..~l'he Pr:,ctice and

      Llsc-sof

      Field Rt-.s<:arch in th(' 211h C(:nn1ry Org.,niz:,tion",,7(Junu1/ ef

      !i lu11a8(111rnt h,quifJ'· 1our. 1999. p, 6i-81. 8. A. D. S1,tjkO\'ÍC (' E Luthan11...,, ~lcta·Aoalr~is or lhé t::ílêcts. of O rgaoization,d Hch:)Yio1· 1\ lodi!ica1ions 011 'f:\$.k 1•crlê.lnna11c<-, 1975· l 995". Aradm!)' ef .\ la11agt1t11111]011.nlfll, OUI. 1997, p. 1122-1149. 9. \ "cr; 1:>0r csc,nplo, K . Z::ik1.:inis, ·-"r h(' R..;liahilicy of ~ rc·\:t~ •t\nalytÍ<' Rc\·ic,v'", l~tluJ~1(al RtfJ')rt. ago. 19<.JS, p. 215· ·222: C. Ô$trol1' e 0. A. Harrison, '''~leul·r\11:11)-Si.s. l.tvel or 1\Ju1lri-l.$, a11d Jksl E.,;tin1:U(':$ of l-01>ul.atio11 C.:orn:l:1üo11ii: C.'lutions l()r l n1crpn:1ing ~ l c1a· 1\ naly1ic R.csuhs in O rg:ani1,;;i1ionnl lkh::ivior",.]<)Jrrnn/ ef AJ,pli.rd PSJYl«>logy, nhr. 1999, p. 260-2i0~ R. ROSc:1llhal e l\l. R. Oi)lanco. "~lt1a-1\oal}~is: Reccn1 l)t.'\-Clóp1nc11ts in Q.ua111i1ati\'t: ~ltLhods for Litl'rith1re Ri."\il·,,ii"', in S. ·1: Fiiikc, D. 1.. Sc;h;1c:ter e C. Z<1lu,.\\':'í('h('-r (()rp.l. An,,unl Rn·;rw ef P~/""4gr, , ~.;1, Palo ..-\ ho, (Ã-\: .1-\ 11· nu;:i.l Rc,íe,V'S, 200 l, 1). 59-82; c• I\ L Schniidl I"J. lt 1-hnHl'r, " ?\ lcta-t\oal)'$is'', in N. ,\ 11dcrso11 1 D. S. On1.'$, f-1. K. Sinangil e \ flS\\'CS',-,Ucln (O r~rs.), / laJ1dbookof /11d11strinl. 11(11* & Otgtu,i· :_(l/io,u,J," 1. 1"housa11d 0~1ks: S:l!,"t, '200 1, p. 51 •70. IO. Pi1n1 n,ai_c. qn<;iilÕCs é1ic::is n;, pe.._"(1ui.sa, ,-..~r 'I: 1.. Hcau('h;unp, R. R. Fadcn, R ..J. \\':,llaif.Jr. e 1.. \V:1hcrs (O~.). F.!hicnl Jssue1 ;" S«lol Srier,r.r R,Stnrd,. l3ahinlo1·c: .Johns ..lo1)kins Uni· vcr~i1y Prcss, 1982: c:J. G. ,\ d.tir, "Ed1ia oi' Psychologital Rcscan:h: !\<.'"' Poli<;es, Con1i11uing lssuc:s.. Xc"' Conc<:rns", (Àuuu/ion I'~Ylwlog:r, Íc,'\.~ 2001, J>· 25.37. 11 •.J. Kili1cr, ·'Scholar Seis ()lf C;i~1mno1nic Falsc· 1-\ larn,", "\'t-u1 )(í,J,; Tim(J. 8 SCI, 2001, p ..<\I.

      e.

      ,

      PAGINA EM BRANCO

      Índice de empresas

      201h (:tntury JiOx. 480.481 3~ 1C,., 130. 483

      A t\U Jnl)Ç\·, 392, 526. 1'ija 1111nbm1 Jnn,.,., t\hbou Labs, 1i2

      Atl:i,nico Sul. 487. 539 ,\11:.s & l1indlcr. 5 13 ''"ªr."t, .55 1 :\zalcia, 491-495 Azul, 202

      .AUN 1\1nro. ,18

      B

      1\c-.ad<:1lt}' of ~laoagc111eo1, 608

      ..\lenia 1\eron:iutkn, ·l8l

      Babado Xo"º· 277 H:.(';irdi-.\ 1:,nini, 233-234 H.."ln<·o (:C·n1r:ü dó Bl'asil, :) J0-511. ,;34, 551 B:u1co do Ur.tsil, 173, 362, 507, 539, 54\\.547 B
      1\1n8év. 1-2, 11 , $1. 108. 137, 152, 3 18· 319. 4-l·i, 486, 5 l •I, 525,526

      Baring Bn,t1u•rs, 569

      Am·murc, 56. 246. 319. 336. 481. ;;; A<·ouo,..-1, S·•3 AF.S l~ll'U'Ql)-'Ht!o, 18i ,\gC'ncia Xaciou:c,J de 1-\vi:1çào Civil U\n:-1c~ --1-17 1\gênc:ia .:'\acional de \ ljgil.inc:la Sani1âri;1 (/\1\visa l, 188 1\gon,, •l9 I t\ir:-\:;ia. 520-321 ..-\ lbrá!-, 5 Ak,80

      1\n1é·1i ta Latina Log:i'.stic·a (1\LL), 77, 2·H; A1nC'ric..-a Online (AO 1.). ~06-508 1\nlc1iran Exprcs.i, 17. 387. 4'.JH, 577 A.n1cl'i('~1n P:s)'chologit.:il 1\ssocknion. 608 ,\1ncric;1n Soclologic:al r\ssoci:1tion, 608

      1\111crita11:,s.<:01n, 18

      A1nht1'St College, 603 1\11l1cuser-Uusch, ·•·t7. 526

      r\.NZ. ·196 Af>CX 1)igit:,I, ·l8 1

      r\pplc- C'.on1pt11cr. 102. 129, 130. 360. 3(i9, '.!72, 373, ·186, :,(xi Awici:içào Alh~IÍC'a P<1ntt l>rtta. J~ Ponte Preta f\S$CK'iação 6ro.si.lciro de ~n-cin~nltnto e J)c-sen,-olvintcnto Í1\ l3'fD), 540 1\ssc:i<:i.-i.ç;'1u 01..·~porti\
      l •~j

      Barateiro, 357

      Base,. 339 tkttálhà() de Opc1-a(Õé$ Poli<-iaii l~pee:i:)is

      (Bopc), 210 Bai'1 da 1-(-liC'id:.lde. 196 BBC. 270 BII.\I, 87, 50!) lklgo ~Jincir::t, 18

      Bl--1 P Llilliton. +36 Bluc Sk)' Studic,s., 179 Bi\l&F lk>\·,.Apa. '183 BMW, 14.301,535 B(lei11g Co,111>:.lny. 18.301. 3i8. -169. -~81 lloo-llox, 176 llo,;,:h, 313, 55R Ooston ConsuhingC1'(H1p (BCC}. l89. 597 BI\ 172 Br:u lcsc:o, 80, 118, 245-2•16, 438, 472. 507. 543 Br..1rtSC011tcl 1 280

      Btas.tcrnpi li. 52. 18i. 31'1 BRQ IT St:"-itcs, ·139 BTG P:.cmnl,87, 125-126, l:,2, 243, 2+7 íll1('nos 1-\ yrcs., 100 Bun.ge l~rti.liz~ullcs, 187 B\' Finnnc<'ira, 80

      e C&A, 40:, Caix:l Econ(unic:l Fcd1•r.il, 1i Calipcr, 361, '.!70 C.'t1oi, 208, 319 Ca.1,>ill, 187 C.a rrct()ur. 324-32:), 3:.8 Casa, llahia, 17. 231, 328. 3;8. ·182, 513 (:asino, 35 i C.11crpillar, 18. 71 (Ã.'1um de- (À)nU'(llt dt l)ocnçaf' do:-

      Es1ados L:nidos (C J)C}, 587 Ch<·n1inova, 6 Chcnttcch, •18, 65-66, 77, J 17-118, 2302:J 1, 238, 555, 591 Clu)'sler Corp., •1·17, •liO. J83

      (:hubb Seguros, 517 Ciclv. -183 Ci,igroup. 130, :,06 Clnro. 243, 308. 514, 519. 540. 542 Clube d<' Rcgnta!ô do Fl:tnt<'ngo. 19a F1amcngo C:'>i:'>i, 3>1:i Cot•;1-Col.1, 1s. •18, 5-~3 c.:orr,p, ·t-16, ·16~ (:01nlul'b. 51 ·1

      C-0,np,'ulhia Sideri'1fgic:1 do ,.\ dà,uico, 14 (:Onl1>.1nhia Sidtrlll'giea :,.[::i<."ional (CSN). 33,435.486 Con1plcxo Petroquhnic;o Rio de• Janeiro (C'.ontpcrj), 65 Confc:dcr.:,çào Br.:l$ilcira de \ 'olc:iho1 IC I!\~, 291 (:Or\.~ul, :>2. 3) 2 (~orinthia,,s, 9 l ·92

      Br·::_i;')CoOCC, 291 fimil food,. 491

      (:On'<'ios. 523

      R1·:.lsil:11a~2·~I

      C PFI, Energia, 2. 515, 546

      Braskem. 187, <173. 539

      ( :uhuta 11,gksa, 2

      (:OSiJ)íl, 18i

      612

      Compott.amento organiza~ional

      D

      ü uitahrás, 254

      D,üba:;.c.>. 249

      C urgel, 18

      Oat:L,;ul, «3

      Oll~I. 5frl l)cll Co,npulc1· Co,npa11)', 17. 4-5:i l)c.loinc, 535 l)o1nin<>'1<, 18 01)•\Vash, 245 OlLPt•nt. 2-1-8. 5~) 1

      E e.H,,y, 451 EllP, 450-•151 Elctrobr-:l~ 523 l~1nhr..H.X>. 15

      Embra«. l•I, 15, 18, 105, 202. 367. 392. 481, 491, S2 1

      l!,nbratcl, ·181 Enron. 152 Ernst & \'oung. 1·~3. 551, 555 E:.u-ela, 18 Eurofhrn1at 2. 129. 130, 55 1• .:>97 11x1n1, 58 f

      F foccboo~. 2ll8, :l37. 566 1·1L,;u·nal, S09 FcdEx. 129

      ferrous, I ·~ Fí:u. 5-00. 568 Flcuneugo. i I FJu,nintnst. 22+..225 l'Orça Aén~ Xonc-:uncric:-ann, 108 H,rd ~low,· Co.. 1·1, 18, 222. 301. :l47, 36:l. 447. 469··171. 489. 513 Vund:u;âo l)o,n Cahrnl, '.l87 Fun
      165. 387

      (,inkcdln 1 238. 33i l...oc.ili1.a R.t•nt a C.,r, 106, 2·16, 37•1, ~ Lojas :\Jllçl'ica1las, 137. 152. ·182 (.ojiLct Br.L,;ilcinL,;, 18

      H lhl,;1,·,. 180, 429 H:\rky-l)a\'id.'iCJll. 301-302 ..,a,·vard Uu~incss &hool. 245. 358 llowlcn-l''l
      l·lond
      l.õg·lu, 53·1

      r.'Oré::11, 179 /.l)s Angde.r 1in~, 31.) Louis \ 'oinon. 301 l.11«111 ·rcc·hnc)k~'1l~. :',51

      M 11.0fficcr, 326 ~ lach::1do1 i\11,..1,;a; Sendacz e Opicc

      H )'t•ndai. 508

      (~ 1~ ISO), 302

      IIIM, ·18,51, 146, 14i.23!1, 30 1, 337, 339, 4f7, 48 1, ·193, 517, 551 l11Bcv, 44i. :>26. lt,(f lan1h&,, 1\B lnlx,· lkl'.' 1 . 508 l111agcNc:t Co111páll)~ 552 (o5 Instituto d e 'JCc:nologia ele '..\l:,ss,1chus<·11s

      (~lrl), 3 (n.sti1u10 E1nlX'lcz:tA\ 312 instituto Gallup. 7·1 l1L~ti1uto Kcn('xõ'1, 7·l

      lntd, 339 lntc:rbn.:,,; 52:)-526 (ntcn1;11io11.1I f),1pel', 516 (111,·rnational Stress \lanag1.·n1<:nt ,~v.ociation (IS~ Lt\ ), 11 2,, S.U7. S97 lnlt rSc.-u'<'h \Vorld\\1dé, 18 1 lntc1-s,:i.t(" U:-iu('rics, 517 h rd1 Unibanc<>, 11 8, ·183, 5-07

      J Jc·quili, 196 Johns liupkins, 305 Johnson &J uhnsorl

      o&.n. :t 14. :'>51. 56 1

      ~ la,1;azine

      l .uiza. 20, 48, 130, 2·13, 2:'>3,

      313,369.3i3.503,509. 513,51i ~lahlc. H6 ~ lafCopolo.

      l·I. 189,190. 2·15. 478. 491. 521

      55 1 ;\ las~. 1i9, 505 ~l(1.s1erfoods, 516-5 17 ~lcü o11afd':s1 15. l7i, 23·l, ·lOã> ·•72 ) l('re,,doLi\'re, 188 :\ 1c· 1-tt.-
      473,488,;03.508.550.565 ~lidsl1ip, Ull :\ li1subishi ;\ lo1ors Co1'J)()1-atio1,, 481 ) tiu:il Su•el, 18 :\loody's. 172

      :\ lo1orola, -18:l )IR.\' Engenhari~1. 350 )IT\; 142 ) lucllcr EJc1rodo,uésticos, ISU-189 ~lySp.'lé(', 337

      .JP~ lorgan Ch:isc~ 172

      G CencraJ Elc,·tric (GE), 130. 1ii, 25:{, 3/3, 387. 339. 3!12. 482-183. 548, 558, 596

      N

      K

      Nabi~o. 319

      Ki1nberlr·Clark, 33.:> Kodak, 506 Koci, 52 1

      X::is.:,, 282 Xatur.,, 8. 169. 238. 386. 38i. ·101, ·161.

      Gc11oa 1 86-87

      KP~ IG,61,590

      XB:\ , 27:,

      Gcn~ynu:. 238 Ccedan, 372-'.l73, 49 1

      L

      l\c·,,· York's Flushing 1-1<,~pital, 410

      GlaxoS,nithKlinc, 170 Gnl l.inh:1s 1\ én·:Lct, 486, 5 l 3. 520 Cold1n~ul S.aths, 2·17

      L..1bo1'átô1·io :\psc:11. +8 l .:tCl:l., 465

      .;'\e",n;ln's O ,\·n, 48 1 x ;ke, 118, 49;, 5 11 , 513, 591 ;\'ippou S1t'CI, 33 ~ iss:-tn .\1otor Contp:u1y, 301, 363. ·19~.

      G,·ncrnl ~lotoos {G.\ I), 165, Ili, 30 1. lf5, HO. 4113, ·189

      Xcstlé. 187. 207, 208.3 19. 3<1i. -186. 517. 535

      (.:utcli:, +(;yr, ·17

      Gooi:lc, 3,9, ·188. 565

      U!hn1a11 Brothcrt, 13, 126

      Grccn, 266 Cntpo 1\ ec·or, 80

      U·\\~l..11':11 5·16

      Grupo ) lanins. ·l65

      Grupo Sihio S:i.nt<~ 196

      ·186. 51i, 5-13. 563-565

      Lidcn111ç;1GlohaJ e Eficiici:, no Cornpon,uucnto 01}.,'ànizáclónal

      (GL08El. 149. 387-388

      Grupo 'lê lt:íonica, 14'.J, 483, J43, 5!'.>8

      Liglu, !>70

      Gu>1'1t':IJJe, Conf
      Limpurb. 513·.; 14

      lija t,unMn Rc:11.toh·i\'is..;:111

      Xok;a, 14. 328, 56+. 579 Xovani~ 5·l 6

      .Nucor. 245 Xui ri,nc111a1. ·1·15 :'\'u1rin, +:i

      Índicedeempre-sas

      o

      s

      u

      O llotidrio. 538. 543

      CBS. 125-126, 2·17

      Oi 1 ·18 1, ·f86. 51 4, 523. 5 40, 5:)7

      Sadi:i, 16·1t 187, ~8.G S:1<..-c."Q, 1 i I S.111t~111dcr, •18. 118. 3·17. ~07 São C at l::sno, 91 S.io Paulo, 276

      Ornclc (':orpor!l1ion, 135, 176

      $.io Paulo f'ut("bol CJul)('.

      O rdc1n Ró$., C ruz (,\ 1no1'é), 50'.J 01i::11t. 28U, 337. S57, :t66

      Sarai, ·.l.éo 1n . 13

      Oasi~. 2i7 Ockbredu. 15. '173, 521

      OGX. 48;

      rya São Paulo

      s.,...,, 22

      Osklc u, 37S

      St•1nco. 20, 13:i

      OSX.·171

      Scnd:,s. 42. 35 7. 606

      O ticon 1\ /S, 483

      St•rac;a EXJ>Cri.in, :is. •IU, 168. 238, 516 Shc1-.1to11. 535 Sic1ncns. 55, 3 ~7. 5-12

      p P:,ln1ciras, 2·1-1 Püodctl (Úcor, 202. 3 10. 328. 357-358. 38+. 392. S23, :,li.; , 606 l'a1rin1Ó\'\'I. 513

      Sing;\p01't" t\ itliuts. 23·1

      Pttd igào. ·lOG· 107

      Si.:ile1na Brnsilciro de 'l'(:lc"i.sào (SlfD, 196,262 Socicd::sdc- Rsp oni\'a l>:tln1ciras. I~ Pahncir:l~ Sony ( :Orpor:11ion, 129

      Peu-obr:l~ 1
      Soudnn:.st ,\i1iincs, 520

      l't·psiCo. 488

      Philip ~Lo rrili, ·110. ·112, '-Hi )

      Souza Crl1.Z, 6A, 86, 543 Spon (;lub Corinth ians Pau1is1;,. f ija Corinlhians

      Philips.. 3 19

      S tandard & Poor's, 172

      521, 523, 539, 5·1:> Pfi7.c;1·, 387, 55 1

      Pink Floyd, 277

      Pizza Hut, ·12 Pf;,i nu l, :',96 Pf.t$("a1;

      2

      Polícia Ft.•dcrnl (PF'J, ~3·1 Prt.t::t, 91

      1'0 11lé

      Ponto Fiio, 328, 356 P-01·10 Seguro Seguro~. ~·13 Pos,i1i,'O, •l-00·407, S38

      Starbucks, 116,5 17,578 Sul,n1;, rino, 18 S ulJ-\ ,nél'ic.:1 Seguro~ e l>rcvid~n<..'1:1. 5 1 Sun ;\ 1icn:r.-yslc:n1!>. 338 Su.i::i.110 P:1J)í'I e Ccl11JôSc, :J63, 412, ·195. 5·J3

      T ·n.
      Pn.•vi, 173 Pr~;vSallde. 3 12

      ·r~ta

      Pricc\\·;ucrl10,L<:.eCoopcrs (P\,·( :}, 5·18 Proc1cr & G,unble (P&G), 3·15 Pron1on En~,c!nharia , 48, 73, 243. 2·14,

      'là urus. 85-86 TCk 1n :i.r Xonc l..(;&tc SI;\ , -~86 l Clc n1s Brasil ·re k'COlll , :',67

      381. 476-.Jil. 501

      R Ra11do11. 2. 597-.)98 Rc::1l 1\1aC'ado. 249

      508,58-1 )lot
      190, +78

      'lêl<""~J>. 538 Tc·k,. 2.J7 l ('x;;\ t:o. 506

      ·rtic Los . .\- n.;,'\:les (~al::ix,~3 12

      Linibanw . 496. í fjfl t1u11M1t h::iú Unibt111to l.;nilc."\'Cr, 48, 387. ·•76

      Uni,ncd, ~. 80, 224 V11i1cd P:·u't"cl Se rvic:c (UPS): -~lO l.;ni\'crs:idadc de Colu1nbia, 60fl Uni\'cr.s:id.:,de de J 1:u·\':u-d, 50, 551 ü ni\'trsidadc de .:\ lichigao. 362 t.: 11i\'cNid:u:lc de ) lin11ê".sôtt1, J28 Univcn.:id adç de ~º"ª Yorl., 3'.J4 Uni\'trs.i
      L"s.iJn.ina.s.. 32·33, 373. 500

      V Valç, H , 19, 172, 234, 3·17, 378, -1'.l,5-·136, 48 1, 49 1, 52 1, 523, 53-f, 597 \ 'arg~ fl'cios, 365 \T;uig. 18, 373, 506, 520-521 \ ·á sp, 373, :178 Vcl'iSign, 483-48•1 VCrizon 1 237 \lia~·:'io i\~'l1ia 13r:tn ta, 5 16

      \ 'irgin Group, 300. 508 Vis.."\ \ !~1le. 551, 575, 596 \ 'i\'ú . 160, 3·t7, :i l·J.. 5·10 \ 'olk~" ·agcn , 14 , 18, 165, 23"• :,23, 578 \ ~Ivo, 298 . .J75 \ 'c>tóra,ujn1, .>26-527

      w \ \'aln1an, 11 5, 513

      ll'ah Oi,n,·r Co.. 303. 373, 505, 575 \\'anl<:I' Urothers., •180· 181, 506-508 11'1'.G. 4;, 25'.l, 338, 5 19 1

      \\'c ll~l·:'lrgo, 3 19 \\'<..'$lCl"II (lc..-ctrit. 31, 77. 27 1 \l'hiripool, 52. 312 \ \'ipro S pcctra1nincl, 34 3 \\'unclc::rrnan. 61

      ·ric.k<:I. 239, 353, 5':>5 Tn!, 5M,5 10 'l'i nH· \ \ ',u·nc ·~506-508

      X

      Rt"dl~ Rccord, 262. 298

      ·rod(.'1('hini. 5.J6

      Xs.1~1ta. ·t i()

      Rcdccacd. 56i

      'IOnunr liilfigcr, 105

      Red l-lo t c:i.ai l't.·p1>érs, 277

      R"k GloJ.,, 262. 269, 297-298. •129·130

      Rechol.1 ·105 Refin~rk1 .~\brtu '" 1.inl~. 65 Rcuauh , 187. ftja tambó,t Rc11ault-~ i.~,n

      Rtn:iult· ~ ~·u1, 253 Ri:u~huclo, 5(-.6 Ric«rdo Elmo. 197. 482. 508. 5 13 Right :\lanage1nen1, 392 Rio 'L"i1Hu. ~36 Ro lling S1oncs. 277

      ·1oro1a :\10101' Corporat ion. 172. 301, 4~). 53:")

      1}ausbrasil. 1a ·rr::in.sc:o, 57 ' f r;:ui.slatiou, ·10:.

      Xc!ro x C:011>0ra1ion, 406, 48:l, 551

      XI.NG.337

      y \'ahoo, 335, ·188. é,06

      z Z..·u1zini .:\16vtis, ·18

      ·rnunp Intcrn:11ion~1I I k•td and ' 10\,'tJi 136

      Z a ra, 566

      ·rupy Fundiç:tX'S, 300-301

      7.()n:il Sul, 538 Zooo,1111<>. ~J37 7.ZZZ lk-'-t, 556

      ·ryro J)in::iço, 9+

      ·rysou ~.,oc:l.::. 178

      6 13

      ,

      PAGINA EM BRANCO

      Índice onomástico

      A 1\ :,n1c)dt, :\ 1. e.~330,i :\ hdal:i, l) iann::i, 352

      .c\boa-Eho\1lé, (:., 584,, Abl'~vancl. Scnor. I~ Sihio S:uuos 1\ ccic.>I); 1\Jcxandl"t.·, 18 1 1\d.;\JllS.J. S t.\C)', 1\ tlri;} I\O,

      2 13

      71

      1\ çrc, Eliane', 353

      .\gnclli, Rogcr, 3i8, 390. 435-436, 597 ;\ guiar. A1naclo1~ 118 1\.hola, K .. 58411

      1\Jbu<1ucré1uc. P:~ulo Cê-.sar1 5 AJIC'n, \\'c)()d}! 230 1\ llport, G on:lón, 127 t\l,·:,rcn,g a, R::t(Jucl, ~2

      .\h'C'$, Regin!), 11 8n

      1\ h't'S, Rc.1drigue.s1 -lG·~ 1\1n araJ, Lcandro1 224 .A1n:u-::tl. Ric::trdo, 181 1\Jn an.>, Roli1n, 373, 508 A1nbady, ~ -. IOln ..\1nclincl..'X, t\ ,, 302,, t\Jnori,n. Locas, 33,r 1\J1dr.1dc, D.:u1iela. 38 1\udri-, LuciaHC', 277n A11gcli, Ún,ula, 312 1\ny.$io, Chic·o. 48 ;\ra\tio, E1nanucllC', 277

      A1-aiUo, ·1rus. 297 1\ Séh, Solo1no11. 272·273, 282 1\tkins, l-ló\\'ard, 319 Ávil:,. Luciana, 27711 1\ xtdl, R. F.., 34611 1\ 'l.crcdo1 (:i1n:lr. ·l-1~45

      B Balln1er, S1cvc, 11 O lbll-Rokcach, S.j., 140n

      Balzac. 1Lonoré de.·10 1 Baodul':I, r\lbcrt, i 10-2 l l

      ll;u;1o do Rio Br:ulto, 463-·lô+ B:, rhôsa, Fáhio, 11 8, ,;07

      lhrhuitoJ r.,J. E., ~9Sn Rarioni, l) a,·id, 337
      º""'°'·8. ·,:. 33,,, 183

      lk,ss, B. ~l., 37411 B:ni~1a. 1\ dilf.On, 61 B:ui~1:1, Eike, 13.S. 377, 390. 471, 487 6:.zcrn1an, i\l. 11., 187,, B("('kh:nn l o.,,rid, 312 lk-crs.1n:l. n.. 309n lkhrt·n~, Ernst, !~..J i Bell, Alt:-:andc.1· ( ; raharn, 18 1

      lknncu. R..J., 2i4n lknz, ) 1., 82,i lktgcl',.J., 3 17ri lkriug.J. ~I.. 3;o,, lkri1..irde.s. f{11i,n..1. ,l30 Bcruard inho. 29, 29 1, 3•l+<J4.>. 359, 360 lkr.saghi, \ ';)Jtlt..-tir; 9·1 tkrtuolú. C l:u1dcn1ir, 354-11 Bi;u1t hi, l)c>rivál, 113 Bia nro,J;incc 410 Bilcísky, 11 , 347,i Bis.i. Ruhcn, 4 78

      Rlan<,: h:nd, Kc•n, 36,J Bloo1n, C. A., 3 1111 IW)logn:1, .\l3r<.'O 1-\1uonio, 508 lk11llCI'$, ('; , B.J ., 4-~311 Bon::tJ>.'\)1C, :'\a1X>kào. 360

      lk>nd. C:. E. 330" Boufin1. Ca1nila. 119 Bo,lnél', \Villia1n. 42!)430 lk>noni, ft 1•nanda, r, l 11, :i6-lr1. 39311 B.l u l'bo1lO..\iS.,

      R.• 58·l,r

      H-O"·c1·1n;)n1 Bill. 513 Bra~a. Cl,\udi,11 298 8r::lJ1co. ~larco ,\Juônio Cai:stclló. 33 Branco. i\liria.111, .;32 Brandão. Li\zaro, 118 Bra.n..,;on, llichard, 360, 508 Bri..~;;on, C ., 58·ht Britto, 1\11to nio, 19.j 6run1, l)cni~<', '.J3

      Bryan11 Kohc, 275 8 ryna<'rt, Didier, 5 16-517 Buch:'ln:in, O., :t3 ln Iludo, 360 BuOCt, \\'an'('u, 390 Buíl'on, GianJuigi. ·l5i Bündch,: n, ( :istk. 405 8 yr11t. D on11, 58

      e Ca1na1-go. CisltínC", 61 C a1nargos, Oauiclla, 11911

      C:un1>tllo. ,\ n..1 Paula, 55i Can:l\'<''l.., Flávio, 86 ( ~:tohcdo , \\'t\g11c1: 3i8 Cappi, 1.uiz c:arlos ' ír:,hut.-o, 118. 11 9 C:u'l!uso, De nise. 230-23 1 Cardoso, ~,J:,rcclo. 169 (!.'trdoso, l\Lan:tlô, .>6J

      c,1ios•.\l:inocl. :.!:97-198 C:uios, Rolx;rto. 166 Ca,io«:i, r\1(:$$:lndro. 461, 563°564 Carn.:)~J itn, 262, 324 Ca,·rc.,·. Jioully, 106 C arvalho, Fclip<", 18 1 Ca.l'v all10. l..ud:tna. 557,i

      C.'15,;;ch, C;íi;_;;io, :l8·5, 52'.l 0:-ni, Rogério. 2i6 CC'rf.>.'ISi. CU.$13\"(), 29

      Cczar, Frauci..sco, 587

      (;h,.11,dlcr. e., 165n

      C h ris1opht•1; Sr.ott, :>96 Chuang. \\~. 12n C ho rf hill, \\'in:;.1on, 360 C ialdini 1 R. B., ,12211

      Ckgg. S. R.. 350" C1t.....·cl~111d, C 1'0, t-r, ·16:l C lint()n, Bill, 105 ô.).'\tl)~' là nr, ·127

      Coelho. P~1ulo. -18 Coh<'n, R., 46311

      Coi1nb1-a, 1\1•1hul" 1\1nunt·s. f'tjn Zico Congcr.J. ~\., 3i l ,i

      C:Onloli, D. E. 1 309,, Conti, Sil\'ü1. 43 Corbcllini. J\rblidt.~ 14 Corrta. ( ~ri:;:ij;u1c, 3 l 9n, 526n Corrê;,. t.c.'U11ardo C u i111;t r;\c~ :t)O C'-0nt•lla, >.1,.1 l'io Se•)ÓO, 32 Ül)l,tà, l.utiana. 117, 118

      Cox. ~làylor. 58

      (~rc::1><.i, ~leni:í n, 457 Ctuz., :\ ugu~10, 384 Cn1z, Ric:,irdo, 117. 118

      616

      Comportamé"nto organizacional

      Cur:1do, Frtderico, 392

      (:ust('r; M., 33011 (:)1)ri!'lno, ~,l :\n;;io. 11 8. 24~246

      D

      F

      H

      l·~1ria>Ro,nàrio de Souz
      f-la~Lland. S.• 50 ~n 11:.ckm:m,J. R., 232, 233n, 236,, f-.l.tr~1ki, Luis t\ n1onio, 495 f lt'1'SC,.')', Paul. 364 Hcr7.bcrg. f·rcdcrick. 200-202, 221 f.lcr-i:og. 1\f1a Luiz.,. ·l--4ri, Siri, 5!;8n l lirsçhhorn, 1..• 33-~n l·lidc1; 1\doll; 373, 378

      f.'lyol, 1-Jc·n,·i. 3 Fc:dcrcr, R.og,·r, •121 Fcldtn:ul. R.. S., ·12:\11

      1)':,rc,.Joan:,, 390 l)a Silva •.Aynon S...nna, 297 Oa Sih·a, Cláudia Fn:i1as., 247·2·Ul

      1-'crdina.nd. Rio, ·157 Fcrnnndc..,_, Luiz C('1..ar, 125

      Oe :\?,.11nbltit1, ~larcos. ·15•1 I)<' lku·ros, Adlu:·m:ir, 465

      Fernandes, ). laria Con1c:s, 4.;6r1 l :\ dziarle) Li,na,. 164 Ferreira, Ed<"1nar Cid, 152, 37R Fc;rrrir.i, Rc:n;u;1., 49:'> Ferreira. Re nato Gui,nairães, ·l 76 res1ingcr, L<:011. 68 F'it·dlc:r, 1-'n•d, .. 36·~-3f>ti, 374, 38~). 391 fi&~ Luis., ,1:,7 figucircde), U<"1·n.1rdo, 1 7·1 1-'ilho,J o.:.o .Ah cs de Qu(•imz, 326 Filho, Sc': r~,'lo (~;dJ1-:\I, 300

      Oc· Carvalho, O lavo ,\lontt•iro. 500

      Fina.1.zi1 91-92

      Oc L, Ros:t.JOS(' Rubens. 190

      Fishcr, Kcn, 172 Flynn,Jan1.cs. C:iO F<,1,scca. ~laria 1\pareei-da. -42 1--brd, Bill, 469-470 for
      Oa Silva, I.A1ii ln:lrio Lul:í. l'rya l .ul.1 Ih Silv:,, PatrÍ('i:, 1 119

      l):1d(), l) ~hora. 575 Doí,, R. l.., 3+1n Oahlc. ( :., 32011 l)an,in. Ch:ui('S. 563 l)aui. (:. S., I0-111, l)e .'\hncida, F..J. R, l44n

      1

      Oc J .inH1., Ronaldo l .uis '.'J::i1..írio. f'Q{J R.on:1ldo l)e Lu<'C.t.1 J~IC'io t\ nnibal, 38 l)i• l.ucc:1 1 Elcio. lóR De Olivc..·ir::i. lxti<'i:1, 10111

      (>e Pai"ª· ~l:'irio Cury, 4-13 Ot Rc1.cndc\ Jk,ri)::irdo Rochn. l{IO ncrnardinhv

      Oe Soui.i. 1 Robson. f;ja Robinho Oc \ ·C(·idonk, E. \ 'an. 1OI tt Oé \ 11ic·1·1. E. \ 'an. 251n L)e \ 'ries. ~lanfrcd Kcts, 152 Oc·linghauS"n, C:c:lso. 24i·248

      l·<>St, 1) .. 3&1n Frc
      G

      [ lc ,ntldi •. \lt.ss:lndra. 6

      Denison, D. R.. 50-~n OcPaulo. B. !\(., 33011

      C:1lra1..:i, Clandio, 358, úalinsk)t A. 11, ·~5111

      Oc1rf. 1-\ nclrf~ ·~95·4-96 01'ake. :\ . R.• 1211 0 1·ucl:<"r; l>et<"r. $ 15 DulTy. ) 1. K.. 280" Dunag(ln. ~Vl., 589,, Ounga. 9i Ounncut. ). 1. D.. +t2,, L)u1~111tc, \ Cr.,. 476

      E f.:HiC')~ C.~ 51 l:.<'h<:\'~.·rri:a. .\'l;uia lê.:rts(l. 438 i"..dson Arnnlcs do N:IS('inlt'nto. Einstein, :\lb('fl, 29. 179

      lfia PclC::

      f-.lodgcus.. R. ~J., 7n llofstt,le.Gc,·11, 12;, 1<16- 119, 153, 183.370 1--lolland. l)ic:k, ·170 l·loll,1od.Joh11. 143 1·14, l ·l.i 4

      I lolk'nbcck,J . R.1 3091t

      f-lond:t, Soichiro, 605-606 Hougb, 1.. ~I., H2n

      Hou,.._ Rolwn, 36·1, 367-370, 377 f.hu. Anele, -18 1 f·luriug, X., 2[> 1,, Huck, l.u<'iano, 181. 268

      l lucl;ynskic, :\ ., 33111 fi unlC:, l)., 9 1 f.lunlphtty. S. I~.. 309n f·l11n1fr;j . E.> 29 Huuh1::1nco. I~, 58·111 f"l ynlO\\'il:r., f:., 4i8.it

      l·ll.-dcric:k, \ \'. C.> l ·IOn

      f'rti las, ~la.ria f.sttr, .J 1l n fr('y, B. S., 8211 F1i
      Ga.g:c. Phin<':tS, 96·97, 110

      Ot·sc:;1.rt<·s.. Rcné, 9·1 Oini1:. ;-\bitio! 3l0. 35;.:ij.81 390 OiniJ., V'aknti1n dos S.1n1os, 357 Oc)k1hcla. J!i:rn:1.ndo, 29

      I lohbc,, '!'.. 9~

      52:J

      llgen, 1). R., 309,i mco, R., 280n lno~,,·, ~likil:o, 597 lsaaç, R. ~ 1., 45 1n ls.hil:a,\·a, S., 58·b,

      J

      (;:i.rci.i. 1-\ n~. 243 G;1rdner, \\~ 1., 422,r Gaspar..\J:Ju. 33,,

      .JriílC. E... 35011 Jago. A. G., 368

      Jaoobc. D., 2-11,,

      G.11es. Bill. 97, 508, 5$0

      J~nol, Pcdroi 202

      (';audêncio, Paulo, 29 Gc··n1i&•11:uü, Luiz En1e~!O, ·176-·l 77, 501

      J arr l10,J., [>8911 )'l)'•l.,, -10;

      (;hosn, c:a,ios, 253, 363, 495

      .Ji, l):ivid, 48 1

      Ci:,c,;1IC)1t<\ R. A.. , 422" Ghtd"·cll, ). lalcohn, 175 Gl:i.si1 l~. 11--'t)n Gloinb.1: ). 1., 103n

      Johs, St<,·r. 179. 360, 369. 372.:!73, 390 .Joh.:innJ)Cl('1', Jorge G('rd::tl•, 372-3i3, 500 Johnron. J.yndon, l 06 J<>hnson. ~I. O.. 30911

      Coclzcr. 1~. 50-ln

      ,jl)hs1, Hnnns, ·19~)

      Gonçãhl.>s. ~lárcío, ltt9n Coouvên. ~Joniqut-, 2r1a..2,19 C:ór,;k:,. Elzbict:'I, 516 C.-.u,.,1, Luís, 4-1 t,,

      Juud1. O., 309n .Ju· Vung. Chung, 508

      G1'aha1n1.John 1.. , 456" G rall, R(;na1a, 2 G re\'C, E, 60n

      Kaíl::i, Franz, •J.69

      Eisnc1·, l\Jic-hacl. 3i3 f.lfeubcin. 1-1. 1-\ . 1 10111 Elliwn. Larry. 135 ELl.s"'-'1'lh, lt IOJ ,,

      C ,·inel'. Ca,·los.. 496 C ronoli, l!.dson. 558

      Erlandson, Eddil', 153

      Gur"hi('k, K.1 -12311

      G 11edc:., Fn:cleric:o C:h:-l\'1:s. lifa Fred Gui1narà..-s1 Lili;u1, 507

      K Kahn, \ V. A., ·191,i K ak.í, 4-57 Kanlnl<')~r.. ; ltu'llcr,,J. ll, 10311 K:-unprad, lrl8''.'l.r, .'>08 K anhold, K ., 3.J7n Ka,u, lrno,anucl, 427 Kanuogo, R. N.. 3i In

      lndice onomãstico

      K:uio, K., 58-1,t KarnitSChnig. ~!.. 34-i11 K!ls.in.ski, t\brnh:un , -H6 Kas.inski, Rcn:ucl, +t6 K:-isinski, Robén o. -H-G Kaw.,.' J.. 3 17n K:tyaba, K., 58.f,, Kt irlin, 1{obtn ..-\ .. 509

      K39 Ki,n, .., . S.. 589n Ki,n,nt•t, Robcn. 347 Kiy,,saki, Robt11, 2!~ Kldo 1 ~lichcl, 328 Kno,,•lt-:s, HC)'Oncc, 405 K.0 1'0):\tl, \\illifl lll t\., 3$2 Ko!ikioen. A. 1 58·111 Ko ucr.John. 358 359• .)72-5 74 K rell. ·r C .• 41511 Krieck. (:h,uics, 590 Kronau, l)t n kc. 55 Ku, C .. 151n KubitSchck,Juscclino~ '.J90 Kt1<:rtc11, C ustavo, ·10.) 4

      L L.·uuborghiui, ltrruccio. <107 L,pon;;i. J-\ Jlt
      l..t..'\'Cl'ifl& R.. 55 111 l..c"in, Ku11. 572-574-, .:;94 l...ockc, E.. 1\ ., 206. 209,, l..oJ)(:~. Ca,n:u-:-1, 86 1...ckht~r. l'c H·r. :,:, l..uughe::td. ·i: )1.. 3 1711 l...ublin,J. S., 55711 l..ubntnd . Lut iara, 58.) l..udcn1;u1. Katc, 153 Lula. 369, 37 1 l..uppa. Luís Paulo. 29

      M ~ lad~1c:i'10,

      l)tnisC', •l·ln l\1.tkat)~ [\,(artin, 30.>

      ~ran11.x:n.i. Fabríciv. 298 ?\ lan, O.. 28011 ?\ l:1ndçla, Xclson, 360, 36!• ~ lanix, $ 11('_, 237

      ) furninghatu,J . K.. 45 111 ) h.1s:1. EcL..c)n, 203

      ~fano, C ristianc, 50711 [\·h1n1don;1, l)icgo, 45i ~ l!tn:hio nnc, Sc~'lo, $68 [\ larinQ,J osé \ 'lc:cnlc, 564 ~larqut.~. S{·r&rio. lOO ?i. lan inko, )1.J., •12211 ~lanins, t\l;tir, 465 ~ lanins,J usceli110, 465 ~la.slo,\; 1\ h r.th;u n, 197-200, 220-221 ~litSSC. U., 58<~n ~lasud.i. ·r . 10 1,, ~t.,u .. r. Sali111. 106. 374 ~1:tllôS, 1\.11.1 Caro li11<\, 11 2: ?i. launscll. E.. 58·1,r

      Xt1g<)11rn<')', F..• 30Sn ;\l:iidiu·h. Suzan:i, 190n. ~95n

      N

      ~ la)'O, Ehon. 31. 211 ~h,inc,11,:j, ~latt.h..l! 51, 6 1 ?i. lcCldla11d. David, 202·203. 22 1

      ~a1>0lit.lno, Giuliana, 11911 Xapolita110, Ciuli~uta. 50711 .Xard<'lli, Boh, -1·17 Xa"('in1,·nto, Flávio, 298 ~ c:çkn1an, l):ivid. 202 1'c,o. t\ dhc1nar de Barros, 465 Xcte>~ Enunauucl l)i..ts, 86 ~ cto,Joào Z.ingr:uuii, 171 :,;<.:to. ~lacicl 1-\111onio. 222. 363-3&1. 495 ~ t vt-s, .1\- é.-io. 500 Xcvt.-s.Joào Castro, 108 .Xic1ni11cn, l-l;,11n1u, S79 :,;i,·17.schc, Fricdrich. 2(i I ~ ixou) Rich:1rd. 106 Xoc. 1( . 1\ .. 34111 Xunes. R.icardo. 197, 508

      ) LcC rcgo,·, Douglas, 198-200 ~ lcGn:g
      o

      ~ hi..x.

      S. 1 32011

      ~Ja)'Cr.J osé. 297

      ~ h: Ncrnl')•,Ji1n,

      378 ~ t.xkiros. R()lx no, 567-~68 [\ lei:s1cr, C\1ilhern1<', ·14S ?\ lc:llo, '"íoni, 256n, 543n ?\ lenckc•n, 11. 1.., ()()3 ~h.:ndcnh;:ill, ~I. F... ~15,r ~,f,·ndi(;ta, G;ii;,:l;;,, ·1!>7 ~lcnczcs, ~l:;1110, 91 ~lcrkk·. e., l6 lt1 i\ lesc:1ui1,,. n.• 10 1.n ~ lc:«1uita, P.-udo. 558 ~lt tS<)vt1h1, O sk~1r, 375 ~lcrc·r, C.J ., 30911 !o.lé')"'r, C~arolina, 3311 ?i. litk-1l ~i11io~ 326 ~lilfinu. R,tllàtlla, :>% ?i.liltttiun. St:uilév, 606,607 608 i\ fjlfe1·. !o. lauti,," ,' ·1 1O ' ?i. ling-roni. ~I. t\ ., 6011 ~ liokou•, Bal'ry, 556 i\lj11t:d>el'j!, H.1 3.5 !o. lí1-a11d.'i, Luit.., 3:l ~loby, 335 ~Jocaibc1·, l~'\l.x:la. 10 111 ?\ 10<.""t.)'
      ~loon, 1-1 .. 309» ~ loreir:l, Cid, 430 ?i. lon·in,, RQnaldo de 1\ ssis. lija Rou;)Jclinho ~,(orgt'lion. E 1\ 280,, ~ loM1k<)\,•likl, E.• :') I J\ IQi;l.utvitz, '.\I., 5:', 111 ~lota, C ahi:, 22511 ?i.lulall)', Al:111. 4,17, ·169-+70

      O b:u11at lk u'3Ck, 50 O h:111i.:u1, 1..., 22·1,i O hl, ~lurilo, ~,07ri Oldham. Crcg, 232-233 O lcblns. ~1.. •IG3n Olivcir.1.JO~)', 100 Oli,-cir.r, (.uiz. Fernando, 338 Oli\rcirn, ~laurí<'io, 55 111 O on...'f<', ~·lar('tlo. 32 0 11r~. )l~tt't<:lo, 392,r

      p Po.i
      P:,r:ulhosJ r...José ~l:ui.a da Sih~,. lfja Bar:lo do Rio Hranco P;ui.:,·r, C .. 34 7n P:u1crson1 Ne:il, 340-34 l Pauon, Gt·01'.!(t', 390 Pedotc. Roberto . .)6·1 f\1,..-idú, l';,,ulo. 32 P<·IÇ, 457 Pt na1 Brcnd :1 ~larqu<'S. 2311 Pe11ni11gto11 . (:hacl. 58 1 Pt·rcira.1\lincs G,~r('.ia . 10 111 Pc-n•ira, Rcnl-ç, l 7·111 Pc1cnon, R.• -1-4311 Pi:t1~..'l.j ,. 35011 Pit:~\!sS<>, P.tblo. 17!) Picc:olo, R. E, 76,, Pill;u~ P:urki::11 297 Pin"'. R.o lxrto. 158 Poch1nan11, ~ hu·cio. 41 Pods:ako ll;_ ~ - (~, 76n Po1nin, Fernand a. 15'.J, :{93

      PoJ)(, 0., 31i11 P<11•tc1·. J .. 557n Prado. :-\ otõnio <101 15

      617

      618

      Comportamento organizacional

      Prado. ).f:.luricio de 1\ Jn1cid.:i. 596 Prmes, ~ 1., 33,,, 183 P l\:Ío1uainc, S1(·, "t,,; 13 Pn:Mou, L. I~.• 1-IOn f>rous1, ~l;u-cc:I. 1

      Q

      Savioui, 61'uno Pin1c..-n1el. 587n & hlcnkcr,. H. R., •J2211 &hlt :iingcr, Ernesto. ·12 l $çhu11.rnan, Charlotte, '237 &h\\·:inz.Jon~than. l+l,.. l ·15 St:-0u, Sir \Vahcr, •1:27

      "ísu1.$un1i, 1\., 58-t,r ·1-;,\-;ún1 ~larl:, 91

      Stabl'
      C<.· ho.1, .\ n tonio ) l::1n1ue:,., 325

      Q uagli.ito, ,\ n ndiuo DonizcHi. 1'1'a Zetti

      Scgnl, X:, 110 ~ 128

      R

      Scanlcr, Ricatdo, 20. 133 Scncl ry..J., 4-15,i

      Ralfo. 1\., 221ln

      R.aia. ( :lâuclia. 2!>7 R::unalho, ~luricy, 24-4

      Ra,uos.. J\lan.."t'lo. 587 R1•ag::u1, Ron:,ld, 106

      Rego, .-\ rrnCnio. 72n Reis, I A..-01,ardo, 5,~3

      Rilxcs.Jo,,o, 38 Rib<·irQ, AclrianQ1-cit<'. l rja "\claiano Rit<'.J a,ncs. -~78 Rich. R. L., 76n Richa.rds, Kcith, 277 Ringdn1ann, ~fax. 2i8 Robhins, S. I~. 14'.in, 44411

      Robinho, ·157 Rohin..,;. R. \\\ JOln Rohi1\Sõn, S. L., 27411 Roch:1,José Ouios, 143 R(~l1.\. ~ lárcia . 476n

      Rodrigo. Raf:u; I, 119 Rc;gc1'S<10, R.. 22411 Rokrric:-h •.\liho n, 139-14-0, J<14 Ro,nàrio. 125 Ro naldinho. 4-8 Ro naldo,
      Ros..-., r\ na ,\hu•ia .

      l l2

      Ro:•.c·nfcld, I~. 42211

      Scnê<."Cr, S .. 12011 Slu::rn1:H1, 1). K •• 53911 Sh~~1~lr uk, K.. ~51,i Shc,'C IH'nko, 1\ndri}; ·l.J7 S icupir.t, Ca1ios :\ llx·rto, '..\ 92

      Sih•at faus101 100 Silv::1,J o:io llosc';o, 527 Sil"cira. ~lauro. 39-111 Skinncr. B. F., 2 11 Sn1i1h,J .J., 22 l n Smith, P. 1~. ·163n So;u'CS. C:laudi:\ Elisa, 392, !i85

      Soan-:t, Rinaldo ( :an11~. 32433. 373 Sc>hr.11, EJ. H. 1\ ., l·l•ln Snuto, Solangt. 7211 S pinoza, H., 9,, Statk, F.. ,\1 .. 280n St<'lâ ni, G,n:n, 405 Stcinbn.1c-h. Bc,tjtul)in, ·136 St<'ICr, l i1rriln, 61 S toutc1 Stt."\'C, •105 Suuk ,J. I» 236n Sutton, (.~))., 153 Suuon, Robert, 153, 393

      ROS<:nk1-;11H~ A•• 7

      T

      Rotundo, ~ 1., 10311

      T'akagi. K.• 58911

      l{ubi,io. Luiz Edual'do. 231

      ·n,th:yr:,nd, 3S7

      Rt.1( h:1t1d 1 CarlOSi 238 Ru1tc, ( ~. G., 302,i

      'lâ.naka, ~lal'('QS, 176 'í:.nid:,, $., 1Ol ri ' t ';·u 1urc~ Hetaoia, 32

      s Sagan, C.'lri, 96 S:-tlc("
      Santr11ta1 l.:,riss;,, ·1-96,i, 52in

      S:intos, Sil\-io, 195-196 Sa1-ai\'a, i\ lbcr10, 180, 42"-.) Sarlre,J can Paul, 11 6

      'l:1r.11uino, Quc-1uin, 180 'làva.n·s, l) (>ta S:111ti11i, ·1-2 ·n1yl<Jr, s., 58911 'lê·llcs. )l:1rccl. 392 ·r ho1na.,;, K., 442,, ·rhon1pso11, C. 1\ ., 35 111

      'fio1hel'lake,J ustin, 405 "IOJ>pincn··nu1ncr, S. 58,Jn 'IOSCano. Guilhtr1nc. 2:?5n ·rozzi, Eli1.n, 59;,, 'fta(1•.J . L.., 10 111 ·rr.:ijano, Lui,-..'I t-l•·lena ?O l '.lQ ' 53 369 :i1:3t 509 ' - • . '- '. ., ·rr:'lpcnatd, Frnnçoise, 5.58 ~l'n uHp1 Oônald. 136

      'l\ \·c. ·ngf,Jcan, 253 'li·lcr,J. ~I., 423,i

      u V \ ':tiln;itn, 1\., 58 111 \ ·á lint. F1-anei54.X>.

      168, 516

      \ ·~1n dc..'n Fk:rg, I·~·i:, 30211 \ ~'11l h Cl'SOrl, .·\ ,. 35,0,,

      \ ~anrl.;bn:x;l:, Sophii•, 406 \ fatg<). Ctliôo, 365 \ 'arg:,ir., C<-11'1lio, :l60, 369, 3i 1, 372, 390

      \ '.tSCOllct'IOS., Ruhc,n. 5 13 \ ':I,:, ( ;ilhe-n o, l'.l8n \ 'crg.1ni,J :1.imc, :.98 \ fézina, ;\I., 584n \ ícti, C1isti:1n, ,1.;7 \!vlchan, Eli:uu.·, 101,, \ ftij. ;\., 33011 \ 'roonl, \ 'ictor li.. 217. 36-~. 368

      w \ \'agncr, 1). 'C, :.?8011 \\':,i1e, P,·tc.r.181 \\':,Iler, l~li~1h<'tt. 176 \l'd,cr,.J., 14011 \\'chcr, i1.. 16 1n

      \ \'<'htr, ;\fax, :J69~3i0 \\'c iubcJ,J oan> J 7

      11'.-lch..Jack. 253. 3;3, 38;, :l92, 482, 531, 5 -IH, :>96

      \\'cstin. felipe, 392 \Vhitt:, ;\I. ( '.., 32011 \\'ilJc. Osc:-~11·, 3; \\'ik,non, ))., ~l02n \\ínsttiu. K.J .• ~5711 \\'0 11g,.J., 12,i \ \'0<1(1$, 1~igtl', -1-·I \ \

      1

      0(l('l\\•:-t1'd, ~ - 1-1., 320,t

      y YeHon, Phillip. 364, 36U

      z 7..,'tk:tbi, R~1na. 589 2.ak.aria, N., 30211 Z<'tti, 276 Zico. 457, .;79 Zidru1r, Zintdinc • .J5i Zillan1c, 1\ ., 45 ln Zindxuxlo, Philip. 269-270 Zucla·rb<•1g, ~l:trk, ~\37 Zurit~. 1\'an, 207. 208

      Glíndice

      Gl..i.., 1)1(:E (Ünl.1 eo1nbin~1çüo de gloss:lrio e ind i<'c· d~ :-1~1.1n tQ:i)

      1\Jianç~..s t-.Sl1>a1l-g:it~$. •l8;8. ·~91 1\ t0<·adon·i- dt• rcc;ur,;<,::, 5 1\lta (:e1'~1lt ia, 55. 2·16, 3,1-~. 515. 526,

      A

      527 A1nabilidadc Di111tt1Jà() dn J1"So11obiladt qut $r rrj(fr ã tllfJl1ltn dr IIOO 1.J1dolr, ro/11/x,rmlor r <Mfiâul, 130 1\1nbic1nc ele 1rnhalho in,pac:to d a pn.•.s(•nça de funcion,lrios s..·uisícitos e ins.1ti"", --192 1>0.sitivo, criando u1n. 20 ..-\1nhi<;n1cl'rny·1u1/1J dr in.1titul{.iJrs fJttfarordi11odt>s qur uni gmor podt ,Jin'gi, dr fornu, tjiri111tt, rfeal., 4 74 .\n;dogias. habilidade de u::s.,r. 180 :\ncor~gcnl lt11di,ll10 dP a11t<,rnr 0Ju([!,1mt11to n1t urna 1i!fornut(ào i11itiaJ, o que difirulf11 " (tj11Jlt dia,11, dt h!for,11tt(ikS />(Mltrlflrrs. 1 i2 .,\nc-0n1$, 172 t\1ltc«Je1ltl~s cri,ninais. 53-1 1\ nt rúpc>logia (.il11rio qut r1tudq ru S(J(itt/(ldtl pou1 t01rtprttndtr ()J Jtl<S l11,11u111QJ t $Utl$ 11./iliiJadt.t, f / A1>elo i1lSpirncion:il, 408, 4~. 409q, 425

      1\ hcnur:1 p :tr.:1 experiências

      /)1111nl.Silo da

      pmo11alidrult que M refrrt alJJ folefl'.ne..s dt u,110 j,(.WH1 mattán ,k(n(/ti~·id(lde. t1111't,si(/od(

      <"'

      tM11sihilid«de
      13 f, 138 1\bord;)1,~nt do t ij)C..l :son,n-zçrv, •118

      .-\ bscn1clSn10 . \'(ilJ rt11"rj}(lr«i1,un/() rio Junrionán'o ao lrabnlko, 22 1\ con10(;r 11111 f(lf()t/lJ rJ.1>fie/tt;. tontfi('(//,arJ. JD /irr>grt'.1.fO do 1Üst111pt,tJ111, 20H t\d1ninis1t.ulorts ou gcs1orcs /rl(ft'rldu,05 qut s11ptn•isio11am 4S otii•idadts das &J1/rns jl<'-u«IJ
      Al<'tivid::idt· posi1i\'a Di111rnsilc, ,los lt!tlin1011os qur w1sistt t1n nfff>(l,a positi1ws tJp«!fi6]

      iutuilivo, 1061 2++. 317. 367, 589 J>e.,·~oai~ 4-08. ,a-09q social, 7.>. 239, 288, 583. J83f~ .;s:;.

      ;86,j89,j90,j93 ,\prcndizado

      1>rogl'<11nas de. 269 do í11n("io ná1io, 5,12-s,13 79 ;1d1ninist1'a(';1o do . .;so o rgnni1..1.ç:io do, 5fl0

      lt."StC de. 607 ,\ prcndiY.a ~ rotilu,s padro11k,_adas d" orga11i.::,1tfàQ1 !.]9 Apl'Cndi1,.'\rcncliiados.. 8, 1:\9, 170. 376, 390, 54-2, 5 1k606

      1\1>rcnOr oh~c1,~('sio. 210. 212 1\ pt<: ndi-1.~\!,"('ll I

      por obsCJ"\'::tc.,-ão. 21O t-0(1.il, 2 J2 exp<"ritodas ele. 502 progr;uuas ele, 5·~2 ad1ninis11>;lçfio cta. 57!J cxperin1c1uos d•., r,oa 1\1>rcnarlt 'º'" at1/Qn'dadr par" rlitaro., trr11ros dr 11,n O
      trabalho. 3 1·I A~'·dio de cn11)r<'stLs iotern,1t'lôll;\is, 86 1\ ssédio sesoal Qj_,(l/1/utt (ltô•ida,le indtMJa.d.a d, ra.rtfl~r Jtxual que ,ifrtr a nJa(do dr nnprff!J dr uma jl(JJOll. trituulo u,n át11óin11, ,Je trabalho hojfil, -l l O ,\$u.1n i1• 1iS('()6.. 305. 3761 380r. 381, 50 1. 571 1\ 1it11di.'-" no tr:1halho, 65, 69·73, 8 1, 83, 85. 107. 111. ·110, ·125 A1il\1d1..~'- Afirrna(Qfs arolíatiiâas ou julgtlmr11to5 CQl!I ,tla(dO ,, ofd
      GG

      ec
      288. 378. ·192, 50i, j53 .,\ 1ividadc• c1>isódica, 594 ,.\li\'lclad<.'S cfic:-a1:cs ,,::Nus a1ividri 1\ turtr cn1 nívt•I p ro fundo Tn,tati1·11 dt n1odifirar os ,·,,.,lá
      620

      Compott.amento organiza~ional

      .\tu;i.r cn1 nível S\IJ>crfic;at Ttnratira de ,,suJ1u!rr os srnti,11t11los i11tinm t ,1wdifict11 as t.\/ff(JS(/(S.f(l(f(tis m, (OIH()IUi11âa ™' ,u rtgra, d( dtfll()R.flm(d<>, } 03

      1\uh\.~ e:<J>OSitivas, 487, 5-13 J\u10:1,..-1lia(àO h{L.;i,à . \ 11Yl dt .111Jiiftl(dú ().IJ insatiefa(à() dlJ ,itdil.tfdwJ <.onsig(, 1tl(Jmi>. se tlr srjulga tfirni ndo, sr acrtdita t1r (Jtl11tt ron, r1lt1(ilO i8 1\u1oco11cord:ànci~1 Grou n11 qut as- r(tSrguir (l/ydÔ..V)S ido ttxm1ttJ
      °"

      n:

      l'X((Uld·I<>,

      232

      J\111ôpro111()Ç:i(), 170, ,122<1, 422 423, •124 Autoridade 0.J dird/()S i,1('f'(flU.S 11 1u11a /J(J!i(ilo ad,t1ilti.s1ro1ll:o pa111 t/1,r ortl1ns r eJ/)mlf 'Jli( ,laJ Jrjtn, (K/(dttidáS, -1-73 1-\u1on1•aliz1u;ào, 197, l 9U, 220 1\,~Liaçào de d<:scn,pçuho ncgativ:1, 102. 3l l

      e rccon1pcns.,s) 303f'. 305 rts1riçõcs org3nizac:ionais, 177 boa,2 17 ,isttma de. 217, 2 19. 303f. 301, 305, ,11Gr: 5 11. 553, 5.)4 c-ri1trios de. 2 l 8f. 503! 5-16 sis1r1n:• c,l~c..·tivos de, 2 1Uf r l'('(OlHl)éltS."'IS, 305

      propósitos da, 54_; ,nocklo de, 5-16 nt<'·1<>dos d<', 54 7 ;u1.tlis~u1do a. 558

      """'""º d<. 582

      1\ vali.i(ÔCs de 360 !,'1':tU~ 5·16, f>•l7f

      A\'crs.lo à inC('nC".ttJ.wa:, e,ir u1111t sOt'it:tinór prifmn1 sifllllf{Jr.J eJir11tu11ulru

      e,,r JtJft1t/,/ll/(J tÚIJ dtS<JlfttlUl'OdáS, 14·i

      A\'CJ~io ao riJK·o 7llullncit1 a prifni, u111 :,11tl1tt (IYftt ,Ir 1111,a 1ua11tid(IJ/t 111(}(/&1ada a u111 rt.sult,UW ,nnit arriscilll&, ntt:mlfí qur ttlr 1t11ha umá (W11/>e11sa(ào 111a.i1 a/111, 136, 137, J 73t

      IR 17i, 11!0, 220

      B llol,ylmmm.14 1q, 142, IH Barg.inhar ele 1na11çir:1 cljJ.1ribu1i,,;1, ·1-1·9

      Oarrcira a .tquisiçõcs e li.ti:Õ\.·s, .)06 á 1nudanc;:'l.St 500. 506 i, divcncid:u.lc, 506 Ba1 rcims scnlãn1ic-a.s1 345 lli•havi()ristno '(Mn'a qut afin11a qut 11111 (()nl/X)tl<1111e,1t(J s,utde (J$ ~,1/l,nu.lM de ,nodo nlati1VJ111r1llf inror1.s,ân1lJ', 211 U.c:11t~6dos flcxívti:. Pla11Q rú bn11fltios q11e /ifrniitt atllfa11cUP1ários niar .o J1rópru> parotl' dt aMrdo wu at J;JtaS Jl,('(t!Jsidad~s pts.sooú, 241

      Bi'!{«dbark. 590 Siu da /11tn11tl ,,n q,u são arriüu

      Blog

      aJWID(IK.s. #f"Dl1t1111lt t/ÍSJ,oJttlS (r,t ()trltt11 cro11ol6jta i,n-,rsa. J1Jbre ,wlffi,u. n. 1ntos e llSSllrlf(JS f>t.$$íH!ÍS. 33 7 1

      Bl0<1ucio d<· produção, 28·1

      lk>ls."\ de <:Sludos.. 20 U(,nt·scni:o, 1, 12, ·•J, 17l Bô,lu!I Plano que l'CCO!llp<:1ls::, m c•n,pn-gndos, pro\ril<;ginndo o dcsco1pc11ho ,nai.$ r'cc..·c:1H<: cn) \'C'".L do dcscn1rcnho histórico, 244 /Joorrtt'(j1 1-l lq, 1•12 l)roins1orn1i,,g Pr()((SS<, dt pc(d() ,lt idti ,lr, '~7.5~ 477-·179 Burop~lologias. 48-0

      e Cadcij>(> da urgn,,i;:tl((1o ai; o ,.sad,10 mais baixo. de1ern1i,1111u/Q quet1t Jt rtJIOrln n 'fll{ni 11n n11p11.sa, 4 i3 <..:au1p<.'ÔO de idéias lndi.. íduos que d$Sl~tne,n t1t1i(I i11<,:,'0(4iJ e prvrno:trn unw idrin defarn1tJ t1fh'.(1 t n1l11sia.s/o. to11Jtgum1 apoio. t·t11cer,r as lfJ.Ííllrtrias t! asstg1,1rn,it q11t o i1w.Yl(do J.tjo in1plm1nttoda, 579 Canada 1

      c:'tus:,s de c."St ~ , :)U4

      Ca.oais fonnais Co11ois dr Nm1u11i't,lfihJ utabrl«idos p,lo 01gn111-<.afdo q,u Jransn1il(111 1t1ntJQJ.,'
      o lrttbitlho (/e ~"s n1,n1b,w, 327 C;_,u:l iS inronn

      usposu, às rsr'1IIWS indi,•iduais, 327 C:ln:ll ck (()n111nicru;Jo escolha do. 324, 312, 3 ,19

      riquc;-1,a de, 3-1-1 Canal, 32•1, 325, 327, 337, :H 1, 386, •li 1, ,112. 4~5 Ca1)ilalis.1no, 314, 521 C:l1-aetc1is1ic-as hiO!);l'áli~_g CtutteUf/JtitoJ pa..r()(li.S, tais tmno id111!t. !f,1m, t rt1(tl q1tt sà()fat,'/111,:,1u (){>tidas 11()$ t«ishoJ Jl(Jf()(liJ

      dn.rfa11âon6rios I qut sdo rtpnsrntatiro.t da dit:el)idtule tf,r nii"I Juprrfie,'o/, ,J 1 i
      Causalidade. 58-1, 003, 60-+, 605. G07 Catt.s;1S de c.-strcssc, 584 (Ã:ntr:tli.,,;.1(ào (;,nu e,n q1u () /Jft)(ISSO J«;sório tJfá ront('l1/rado e111 '"" Uni,o po11l1'

      da Qrgani;.ação. 175 Ct1uros dC' avaljaç-:\o °'1lj11J1/() dt /t,J/ts de sim11ldfdO de ,l1Jn11pe11lw (O/li o ()fdttil.'q tlt m:a/lar" f><;l(lt1i11J gerr,1l'ial do ta111/id(I/IJ, 536 ChO(Juc$ <.'<'on()1nit'{,:S. 565, 566q C idad:lnia A(Õt'.J 'I"' to-11trihue,11 /NJl'O o 11,11bit11tt p.rico{6gi,o dt1 orgw1k.11Jt1o. 101110 qj,u!,1, óJ flttlros q1u1111/o W" rui~ t ,.,·igi1/t.,, 545 (;l.ai..-.ificaç:lo indh~duaJ. 5·18 por gntpC>, .'.'>48 (~licntt·s

      abtt.'-i,w cau;.;un çntoçõc.<;.. 119-120 déJ>.tnan1cnlaliz•·,çfu> lc 1n c:01110 IOCo o lipo çSJ>ecífico dt•, 4 i3 ahu!i\'c~. 119 s.11isí..1c;ão conl o Lr:ilx1lho e :l J.;.11L5f..-,çào dt,:,;., 80 ;-\t('ndinlc."nt<•ao ('Jicn1t. 16-17, 28, 11, no, 101, 111. 11s, 11 6, 11 9,

      13·1. 160. :YIO, 58+ Clint:, de confi.an(:t, 2-11 , 303f. 304-, 315,575 O i,n:1org.'lnix;1cic:,nal Jm-tpfi}ts <WilflflrliUl(N/aJ que os 1m:mbros da llfgtmi~tl(('ló possut,,, JOh" r/n r ,,-ol,rt o mJt/)Í(11k dr tmftoll,o, 50S C lint:1. 97-9H Codific:iç-ão. 327 Coc:ficic:ntc de..• con1·l:.çl10, 601-.60:'t

      Cocrçiio, 5 71 ( ;ucs.io

      Grau 101 qut os n1n11bros sdo

      atr(lú/()S 111trt .ti e 111otii·ado5 e, perr,1á11«n ('()1110 grupo, 279 C'..ogniç;io. ·l--1 1

      /J.s.lrntlgia ,:,,r q11e as parlJ'.s (()fljlito11lt,s b,utam .satiifa;.er Oi i11ttf(Sks dt ttJdQs 111rolrúlos, •J-.12

      Colal)()l-:t(flo

      o,

      Glindice

      Coleg:\S col~bor;:idor<:s. 240 Cokcivisnto Grau 1111 q111 QS itidi.:lduos rJJxm111 1//Jt 05 PU'1T~i'l)j (/.t,gf«/)'I (I() lfl#IÍ/)nfnt(c?Tf ,uidn,1·v t prokja,n·.Q' '1t11h1m11nllr, l •17

      (:On11>:irações fo1~adas ,\ lltodo dr m:oliaçr?Q nn qur o dan11pml"' dl' u111 fan1Wl1Jri(, l (hltlfl(ttat/q ro,11 O dt 91iltt>S1 5-~8 Contp:irtilh::unento d<· 1an:l:tS . frurdo '!'"' pm11i1< t1 do;J ou 11,ais i,uJíríduM J1ndi,n11 «111 lroballto tmdi(1(JJ1af dJ' 40 lwr,u .m11m111is, 237 Co1npcns:u;-ào de positi\•idadc Ü11dlncia da nu,ioria dw 1iulir:idtl<)$ t11t t.'lp,,,in1('t1!111 un, sn1fimn1to s1u1.,,-yn1n1u positú:o quo11do 11ada dt (J/)«Ía/ tJlâ at.Q1/l«t1idO, 96 Con1pc1~•lo /Ishnligia 1111 q1u1! tu/)afia IN«a.t11 11 S(I/ÍJfaçiJi> dl)S /11'6prios infn'aJtJ.. i111kpnW,1fnM1lr do ;,,,pado 1tá iJtllra J,arlt, -1-l 2 Co,npollcnt<: arc,ivo (:e,npo1llnlt ,la at,'tudr qut J.f rtft'fr oo q/tlo r à.s t1t1Qfik, rtJO(dO a um <WjtltA ptJS(J(J Qfl silu<1(ào. 66 Con1poncn1c cognitÍ\'o C:ompo,unlr da tJlihulr refm ,l rtt11(1J or, &pi11ÜkJ ardro dt. 111n o/y(tiJ. JIUSl)(I ou sit11ll(di>. 66 Con1poucute co111porta1ncnta1 OJmJ,o,1t111t ,ta alit11dt que sr r,firt à Üilt11(,lQ dr ro111JH.1rlar-st r!t detnn1i1mdn manrira ro,,1 rtla(à(l lf atubn ou t1fguma to;sa, 61 Cornpúr1t11nç11tú{11.) a1ilu, 27.J Cornportanu:nto d.:1 cid ,u.lánift org:1ni1.acion;'tl (:.C,,npona,n,nw dismeimuírio 911.t 11iwfi1..ç, porte das t~.i~t1tias.fi11t('Í(J111Jis tft ,tfll t#Yg4, 1'/111 f/11( ajudt1 a pron,m•tT ofi111cim111111Rnto efira;:, do

      'º"'


      l)rHJnÍ~a((}(),

      25

      Cornporuu1u..·nu) de u,n jl1ri, 286 (:On1po1·1~1111en10 (·tico. n1tlhorando o. 20-21 Co1111><>1't.\Olcn10 h1una,10,

      2. 9. 121 28. 29,

      112. 133 Con1port~unento org.111r,.acional \C0) (.mnpo d, rsludos q11t ;ntvsligt, <1 i111J,ac/o qur 1itdi.. írl"o"- gn1pos e" r.slnllu.r11 Jh'/1 Sl)brt o ((Jltt/)l)rfn1,1mlo dtu j>USQIU dn11rr, das orga11i;:.,l{iit.s. ª'"' oproJX)Sito dr uriJl.{,,r 1

      (JSt ((Jlllt
      7 <11.~safioo t v1 rel="nofollow">0nunidadcs oo can11>0 do, ):t.21 disciplinas <1uc conttibuc,n JXlr.t o c:!ttudo do, J 0-11 J:>esquis.."l c,n, 182. 603-60~ C'.on11x,nnn1c"ntc> poli1ico ik,:,ritimo C()l11/)orlon1n1lo po.Jít;,,o qut lriok, 0'1,,J(llli.;;,O<;()lt(I,/,

      Q.\ r(f.flJ.\

      ;/<,jogo, 414

      (',0nl1lOrU11nc;nco J>0li1ioo ltghifnô 0;,,1/>(lrla111mftJ políf;. mas que i1iflun1tio11i. OJt ten/0111 i,,jlurn<Ítt{ q ,li.Jtrif,111(40 dr t'(f111apn.~ r dr,J.f"arttngau dr11tro dtla. <1 11 ik·gi1.i1no, .\ I·~, +28 k·ghin10, <11 il, ·128 fatores que conu'ibucm p,1ra, f 16· ~ 18, 419 (Ã:>1111>0rt:1.1ncnu) por c~1u:S.lS C.'\iltrn,·, ~ 162 ContJ>ortnnu.·rnos dcfcns Í\'0$ Ó,mJN>r/a1nr11tOJ rtaliros
      ,,,(!,.ois ( itiu11. iO Co1npron1t.'1i1ncnto org:1ni1.;,cional (,"rau dt itln11ifi nn pnrtintlar. .a,,11 ()S objttiros dato.

      r I) dt:Sg-0 dt 11w11td'-~ w,10 j,arf< dda, 70 C'.ornpron1elirnc.•nto, ('~alada do. 173 (;o,npro1)lisso l~trátégi#J na qual as párleJ f.fl(l() tlirj)Q.fl()S a 11!,rir nulo d, n(l(1111u1 roi,a paro J(}luti()f111r «17t <m!llilo. •H2 C..on1unkação 7Ton.ifrrt=t,No to (;Qlt1f11cmsdo dt sig,,if,au/11, 32:, aS('c;ndcntc. 32K.:329. 34-2 dcscc.·ndcntc, 327-3"28 bam:i1':.lS para a ro1nunic.-::,ção, 3+9 clctrbnic.i, 324, 334·339, 349, 336 dirc<;ão da. 327 -329 fac;f·ll·filiX, 329

      funçõe.) da, 326 ÍlltC'J>l'>SOal, 8. 28·1, 3:/9,332 latc.-ral. 329 n5o \'l;'rhal, 1O1, 33 1·332 ornl, '.l29, 33(). 3~ valor da, 351 org:u1i:,.;1cional, 32•1. 332-3.JO, 590, 59 1 .)up<:riuldO a rt."'l-istê11t i,1 à 1nudtu1ç.a,

      ,69 p()li1ican1en1t <:or,'f"t.i., 34-1.34,j

      rsrrita. :l29,33 I C-.ontunir:,çi'to Tro11.!fnh1tin t ror11prN1udo dt sig11~ji,ado. 325

      621

      Contili:ulor Ttrctiro parir ,o,ifiárel qut tslabtltrr un,u111irafdo ir!fo,maJ ottrr. o 11tfp1x:r:uuc, 211, 212

      C:>nfia,1ça baseada na idcnLificatà<> l-l(1ul1111rr11l(J·Jt na ron,pt«nsilo n1útu11 rl,u i111(,1{iks t af,fl'ria(do dar ((lti11cúu t ,tos

      datfas 11,u dOJ oulfw. 386 C.onfiança E.,'j>«latii-a JHJ.Sitit..w dt q,u () fHJITO niJo agirá dr mtJncira o/J<)rlu11a, 379 Conflitú de papéis Sit11t1(tlo trit que""'º fKJJIXt l ronff'(lltflJda pr,r df/rrtr1lts cx/1ttt111ir-11J OSW(Ul(/(IJ O strt.f

      j>aJ1fi.s. 269

      ( :Onflito de proécsw /)UYtglnritu J-Ob,, «m1(1 I) lfO.(Htf}rl) d.rr-t S(f t(Ofi'4,at/O. +38 C'..onfli10 de rc:Jacionan1cnto lnron,pa1ibilidqd111as rr/nçW.s i11ttrprssooiJ, 438 Conf1i10 1:>t.·n:·chiclo (:.0,1S dt ,o,iflitoJ, +l l Co,tflito sentido &1colci,rw1/o r111ocWna/ e,n ut11 t. f!,'1(1ndo t1rt.Jialáilr. ltnsào. ftustra,,W 011 J1Qf.lili,l&k. 4-11 C'-<•níli1v PrQttul) 'l"f /(111 i11üi11 qu<11ulo alguhn JNrCrtcbid<>. 4-101: ·14 1 processo do, 439-4•17 de n:lacion.:11nc11lo,, 3 111 •l 3H. i39 de tarefa, 3 11 . 138 téc:n.ic..'as de ad1ninis1raç-.1o de, '1·1-f. -1-l•lq ( :Onf1it~s) de l~r<·f.'l Disrordti,uias ((}lt1 nlaft10 ao (()ft/clido r aos objdi..VJs do /r(lht1Uu1, 438,439,~, Conflitos disfun
      518,5~0,551.5~6 C'.onfli1os funcionais Cmiflitos qu1 tMtrib11nJ1 /'""' 111rU1Qrllr r, dtJ(lt1/)tnlr1J d& gmpo, -138 CónfOnnidadt ,~·11slr tio ro,11pqrtamn1to /J(lm q11t "'" i11dhtfd1to u oli,ilit às 1wn11(1$ rio gmpo, 272 ( :Onforn1i~nlo. 14 lq Congntruri~•. 286, 287 Conh<:ti1né1110 otganizac..'i01l.:t.l positivo :lrl"a dr /Jtsquisa do rornporlwnntlo organi~ócir;nal qut k J1(((J(1,1pa <MI a ,,~an(lrtt como orgoni.(.OfW.t df.st11rok1111 as farçtU t ron1ptthui1u dr Jt«s tralHJUuit!"rt.s. pw,r,otY'lir

      622

      Compott.amento organiza~ional

      a i•ito/Ul< ta ruilibuia t dtsrobrtn1 111f111tw jKJl
      Co1101açocs, 346. HO Consc:i('nt iosidade l)ir,,n,sào do PÇf$onolitl-111I< q1rt ,Jacr(t'( 11111 intlh.'ldlilJ rr.spo,,sât:,4 pmistnUe r 01ci7nizndo. l .1 0 Conselhos de lr.,halh:i.dol'('s, 2·11 Cooscn,o, 8. 6 1, 16 1. 162, 132. 183. 282, 290,437.460 (:OnscquênC'ia.s d isíüncio11;,is, ·l·J6 funcionais,. ·~~~446 11eg.t1i\'as. :{3, ·10. ·16. 68. 110, 152. 2·16. !!34,1, :l34, 350, 42ô, 46 1 Considcr.ição Gra11 "" q1u u111 lldtt I ,apaz de ,iranl« rrlaciD11a11untos dr 1,aba/111, ,arotl(Yi~odos por Cbrr od»1i11i.,Jm(d1J ,Ir <011jl,'to). -i.;a Consultoria de p nx;(:s.,..c., Tlo,ira por 111110 (lo q,wt ""' «msu//(lf tefudo <>S g(JtilfQ a n1ündu OJ procwo.1 or;,,w11i<,a(io11ais I' a id1ntifitQr nq,u/,s qur prN'i.ro1t1 dr apnfii(OOlft
      J,,

      q,.,

      Coop1açào, 5 70. 5 71 Con't·io dt" ,Qz, 3.j2

      Con'Cio clctrúnko, 334 Con·claçào ilufüri:1 Tt11dl11rio das prss()(U (111 ltfSoÇiffr dQÚ (C(l1/1)$ quand(), no rrrdtUl.r~ nito /1/,. rdafào r11hr rio, 98

      (;rcsci1ncn10 dcsorclrnado. ·~95 Crialividade llábi/id(IJ/t dr friór idd,u noras r Ntrir. 179

      1nod('lo d<: 1rêsco1nponent,.:~;;1 c>11f.1niiadonal 1m ilho, l 'u/1,ua qu1t r,,faliz_t1 a rmlk:fl(il4 tio poln1cial do fanrio11d1io. rmn1U do a,nltxlo r a rw,11111i((l(t)() das n1n1.w_~, 11ti/i.;:.(1 i11Óí(io.1 não vtrbais r si11oi.1.u1ti.r. 3·~7. '.!•18f Cuhl1ras de bt1i:..:o conttXlO Cu//11,as ,uu quais n <0111u11irnfdO I po,1co dtJK,uln,tr do (t)t1tr"ttt1 te> co,1Jt1ido (/tt 1,rl'nsogt,n tro11nn,'1;dn I objttiiv, r rrplüitu. 3-17, 34Uf Cuhu1\1!0Cid('n1ais. 28. 82~ 137 Cuno pr:,zo Grau,,,, 'I"'" tltlrrn,inada eitltura t alori_z11 o prtsrnl<. ~,crifa aJ 1t1udan(as 111ai.s prontamtnlf' e 11do i•i 11$ obn).Jll(iir.S tomo in1prdi111rnNJl ,IJ mutlan(tu, 1

      J.17, J.19, 153. 207, 246. 2•19, 286, 3H, 3(i,J, :l92 393, 39·f. H9q, 460, '170. 573. 592

      D Ül'éis.:1o (ÕCj) J:J
        ç•1o e a ton,ad:·1 de. individur,l.167al.,8. 187 1on1ando, nas (li
        e,,frn1/a'111W 0111bin11c de /1(1haU10, 582 l)c,nandas i11l<'rJ>e...SO.'\iS. 583í. 5R.5

        0 <:1nogr.:1fia 1/ast.J atribu/01 na rolotinOadr. 308 Dcp;utantcittiiliz.'\".1o 8ru dn.f larr}ãs an 1m1t1 o,ga,ii::.ll(ilo. •172 por p,-.,duto, 473, ·l79 fiu1cional, 4 72, ·179 por p 1'0C.,'\"SSO, 4 73 l)Cpl~ndi1)<:ia. llrJoa~l o pode,·. ·100..·107 l)e:s;L'<1rf's n::11uraiti, 201 Ocsrobcrta. nn1d~nç:i (', 128 l)e~:o ngel,uncruo Procr"o qur b11srt1 s1~prr"r a Jrrr-Jsil11 tnnl4' da trJislltuiQ indiridu(l/ ((}!1/() do (()ttfo1111idodr do grupo. 5 72 D~ ·ulpas, técnica" de gcrcncian1cn10 da i1np1\'Sefto. 422<1 l)c;Sejo púr serviços inter<·~uuts, 220 Ü<:'$C'lllJ)('nho Q!,wr/() l'Jldgú> tio dr.u110-•o/ç,;11r,111> do grupo. qw111do rir r.slá /otab11r11/rjiuuio11al, 265 Ocsc1npe1tho cit~ l:tl'cfh /Jt.sm1/J(rtlu, dãJ ob1tga(ôa r rrspt,11st1bilidadcs q1u ron1rihun11 poró •l Jrrod1.1(rlo dr 11111 btrn 01, srn•i((), ou Jxlra iurrfiu admi11iJt1nti,w. 5+5 l)<':Sf'lllJ)('nho dm c·n1pwgados, 205, 2.í5, 419. ·174. ;,t;. 5·16. 519. 593 0 (-s4•n11,c·11ho no 1n1halho, •12, 4-3, 5;,, 70, 77, 104·. 104f, 105, 106. 107. 130. 13 1. J.19, 202. 383, ·119, 535 l)<,~·1npl'nho Q!,ulftt, .,.,,.tigio t!JJ deJ
        /otab11rnlrJi111rih11al 26:;t, 265q

        D('~nho de c.i.tgos

        I''fJ11i10 (()ti1<1 ()$ rlmintlOS

        de un, ln1haU10 r.sft'VI 01ga11ic.lJfihJ. 23 1

        l)('l;('n,'()l\'Ínlf'lllO interg rnp<)S 1-:.~fot(OJ dt dr.s<1u'(Õ<.S que os grupos 1/111 utts tios ()ltlf(J). 5 i G Ü<"St'nvOl\ iln cn10 org.1niz.1c:ional Sín.t de inttn'ttt((l(.i dt 11uu!(lt1fas p/1111,fadas q111 h11Jr11111 1nrllzo10.r a efrrdâa '1f§111ü:.aâo1111I, o /Jnn·eJlar tiosfi11,rUJ11t.i1ios. 57·~ l)("~·1h·olvio1cnlo 01:g.1oiz.\ciooal SltU dr i11t('fl'rnrilrs flr n111da11;n.s planrjadns, <-0111 basr (rtt :alorr.s hu»w11os r ""t1J}(1AtiroJ, que h11J(n1t1 111tJho11lf a <Jicário 1.11!,(111iztlri(Jl111/ r o ban· r.startlosfi111ffl1,uJrios. l69, 5i2, .ji.J~~77 Design, 3 18 DN lino, $77 0<.-S\'iO-~ dC' coru ponan1cn10 no a,nbknle de tr;thalho Cõn1port11n1ntt() i·o/u11lário qut i•ioln i1t1r,<,Tta1tlts 11t,n11n.s ()tgo,til{.t1rionai.t r. dr.ssaforn1a. flllt((fl q 6m1·a/a1 d11 cugtYIIZtlfilJJ or, dt .SfUS 1rr1n16TOJ. 1i1n1/Jhn cfwrn«do ro,11fx,ftúmfrll
        Glindice

        Ots\'ios de co1upon:l1ncnto no ::nnbiente .-.lho. 2,f ·25 l)clcnniu~~ç.iio da pcrsouaJidade, 127. 128 l)ia da ~,nana e hora do di:,, font(' d~L
        l)ilêrt1l(':\S cuhur:lls co1 f>l.~rééJ)('àú> 182 Oi!Crcnç;,s c:uhurai..
        183, 251, 26 1, 280, 285, 286. 327, 332. 3 13. 3H, 388. ·13;,, H8. -156, 458,459. +91, 50), 52 1, ,21, .'>52, 589 n::1 negociação,
        l)iftn~nci:'lç:'io, 161. H32. 170. 218. f87, 605 l)il<;n1n1~Uc·o,3 1,59,85, 117, 15 1, IU7,

        223.255.290.3 18,351,391 . 424, 428. 463. 494, .;2~. 556, 5% l) ilc1nas e escolhas de n,uu1'C"'..:a f tic:a Sit11"ti>r nn qu, ô.f i1Jdir·ltl11os tln, ,J, dtjinir rjulgo, (U ro,ulutas (ttl(tf, ,rmdas, 20 l)irt('àO l ·i11t(
        ,,,,,is

        ,o,tjlit.os, 3 l)isc-1·ifni11a~ào R«o1i/ur<,S soôtegrupos d(f>U5oa5, ·•O

        Í)is.-«)11:'inci:, c:ogniti,·a

        Q;,u1/q1111

        i11C()!llptJlibilidodr mltt duas ou ,nnis otitud,s ou tnlrt ron1/)(irtan1n1U1 r a/iluda. f>IJ

        Oim nànci;., c:1nocional lnr011sislln<Ío5 as n1wc(l(';J qut srn1i,11os t oqut/1u qur p~l.dl1k)J.. 102 l)is.1.tncia do poder Grau m, qu,:as jl(',SSOO.S nn ,,111 /l(lls ottt'to,n qut q /J()dtr s(ja dis1r,'lnddo dtfon1u1 t!tsigual 116, 1•18q l)i:s.t~\ucia. fis.i(';,, 332 l)is.1rilH1i~ào fi,rçcula ,\lllodi> d~ m.·,tlia(do qut l~()(O osju11(ÍM6ri1>$ ,,.,, 3 l)iv1..•n;id a.dc •·n1 nivt.."I profundo Diftr(n(0.1 de ;.-o/orrs. persuno/Ulad,s r prefai11das dr lroballto q,,, se torrin111 J1rotrtssim,nrnlt n,ais ;,,,por1onlt J><,r dtlrrmi11ar si,11ilorillm/rs à ,,ttdida qut ,u jlf.$Ji)(i5 ,·,1~ t<JJth«r11do 111111:0 ,U oulrtu, 39 Oivcrsicla.de ('1n ni\'tl supcrfit·ial /)ifnt11(11S r,n rorartniiliroJ Jaei/11,(11/L identffi. tinia. rrligido r ,J,jiriinri,1. '}"' 11ffll rdfrtr,r, <W11(J as />(JJ(J(JJ JN,lktm ""se M11lrn1. mo.) podr,11 ali:rar rrrlJJs rslrrtólipos, :\9 l)ivcrSid adc: cficaics, 5-4-56 ad,nini.str.uu.lo .t, da íorç~1de

        c,1,,

        11,1balho, lá·ló ooli &-n11~)S., I>·1

        nas ofgani?..-u;õcs.. 37..{)·~

        Oivis.io do t~balho, 4i l /Jmiwski,,g, 13, .iao) ,J83-485, 493. ·19·1, -!95

        E l',luçaçào, 60, '.>69

        164, .5-1-9

        Flrnn. 60 (;:,lalcia. 210. 211 PigtnalcJ.01 167. '.1 10. 2 11 Eíci1os de con1ras1c, 167 Eíicãcia ndtnini~ltath-a, 203 Eíic:áciá da cqui1x·. '.JO..'it :J0-1, :tOG. 3 12 F.fic~cia Grau d1 rtfJht•.ri(M ti, (}/yt/in')$, 22,

        281. 316, 5H Efiçiên,;a Rtln(iJ<J ""'" resultado f1lroncodo t ar~for(cJ ,n,p,~dl> o/)J(w/1). 22 Egi10. cultur.,, 388 E-leorr111~. 542 f:lcnl<':nto de lig.14:;;.i.o, 4 F.-1n;,iil, '.i34-336

        '"''ª

        Ern;s,or, 325, 32G, 327, .327í, 329, 331. 342, 3•19 En,oçOO e.,prtsl«s efetÜ"(IJ i11/(n.UIJ dirigidas a algulnr ou (dgumo rois11. 92 dcn1(u1su-ad a.,;; E,lff)(&S rrq11rrid()S J)lla '1rg<111ii.t1(dd t ,w11idertJdas (lpf()jlrtju/,u Jldm drlrrn1inado , 102

        nega,;,.,,,, 82. 9~. 96, '98. 9'J. 110. 111, I H. 131, 4-H positivas, 82, 95, ~)6, 100, 108. 109, 110. 11 1, 113. 1H. 11 9. 13 1 SC"nlidas

        E,nquadr:1n1i::n10. 558 E11riquccirn t•n10 do Lrabalho fi.,pn11sdo L'UtitáJ dáSfi111(1ir!J. (111/ll(llllllU[(> (} /!(OU t7ft qur o t,;1/Jolhador rq111tolo o plantjam(11to, " r.xrru(ilO t tJ m:a/il,(db fÚ sn1 trah(ll/t.0, 2'.jS,

        236f

        f.f(·i10 de con1;Í!,"ÍO, 113 d1• contr:t,.
        623

        /•';,nQ(t',r.Jg,nulna.f dr 11.ma j>rs.foo,

        102 :1plic:açõcs das. l07, l 13 ('licrnes :,hosi,Y>S cau.~~n11 119 to1tiu1uo h::·1~ito d i: . ~)-1 definição, 92 fontcsdt, 91

        E1111.,da,03, 107, 176,!H8,361,37 1, 382. 430 &1pouvrr,1a1I psicolôgit--O

        Crtn(a dos funâf)náriDs .st,hrr () gr11u n,, que i1,jlun1d11ni ot11nhit1llr ,lt tral>nl/10. a p,'6pritt «m1ptth1c1'1., a in,porlâ11cia dt s,•i, l1ahnlho, .u1a 011I0111»11in jt(r(tbid(I, 70 Enlprcendcdorts., p.iptl de,:, E111prc:sa$ inO\':ttlo r:ts, 486 tnconlr.-u1do ufn bode cxpiátório, 420q F.11frt.•111ando 111Q1,·i,ne111os an1k;1pi1;1listas, 15 f.ngajan,.-·n,o do f"ünciun;lritt fJrrrlh·iturnl<J! Ja.li.rfa(
        E,uon:,ção. 331 1 346 E111ô11a\«N·'!-, 332, :\,1 1 Enlrc\'iSt;\S dt· sclt..'t;'ào-. 165, :'>36 En,n...·vi~as cs1n11ur::1d:u, 536. !,52 En\·olvin1cn10 co1n o 1rahalho (:rau r.111 qut umo /J<'""'1 k Ulr111ifira p:,itologirom,111( eotti Stu 1robalh0t e ro11Jidera stt, dtsm1ptr1Ju1 ton1ofo1or dt ,wlo/1,(.a(do pasool, 70 E1n·olvinlé1\IO dos Ílulcio ná.rios Pr«rJJ()

        1,a11icipa1ivo i/Ut 11Jt1" .'\lho (;,upo r,11 qur os refot(()S i,ulit·i,lt1oiI rrsult,i1n fltt 11111 nilvl dr t!tsn11pnú10 ,11aior do qur.11 som" d,,s r011lribui(lkS i,ulli:U/1111iJ, 299 t(1uipc n,uhifuncional (;n•f>'> dt Jun()11sobilidod,s Stus onl(S!(>1 supm:iso,ts, 30 1 E(1uipés d<· rtsolu\:ào dé 1>robli:1n:-s Grupo d(.;" I 2fi111tio,ubi().J do n1Nn10 drJHutn111rnto, qu, Jt reú11rm olgun1as /u11as por wnn11n pa111 disruti, fornt()S ti, 11ufho,or (f qu(l/i,Jade. n tjici'lntia e~ on1bi111J,: dt hnbalho, 300 E<1uipés esponi,·,~s. 305, 3 16. 317 Equip<"5 n1,1hi-hi(:r:lrquiç:o1~ 483 ~1uipcs 110 ,unbicntc de 1n1b a ll10, 315 l.'.<1uiµçs \'irtuai:t giobai$, 302 f'..<1uipts virtu::U~ &'nr/m ljlf< usrun o l((ll(H~ia da i,ifr,rntálito /!(Iro rt1111ir s,uç 11~1,ibros.JOuamn1/r disJ1mos. t jNT111itir qur 1/tf a1i19')1ti u,n <Jbjttilia ((flt1111,r1302 l~1uipcs difcrcnçM entre gn1pos. 299~300 popularidade das, 297, 298, 474 L:.lü).;:u1ho dt1, 309 lifK)S d<:, 297 Erro de ~,lé<1l01it-'l;l:1de "lmdà1e1ii llu/ier,ül,utl de ,urrditnr q111 Jr JJOdr pmin r; rt.sr,ltodo ,ü n:a,ws alratórios, 173 Erro f11nd~n1<:ntnl dc- :1uihui~-iio Tnullnria dr ni/l(.Jfi11iar o injl11h1tia dosjat&rrs aler11os, s11prrrsli,11nr ,, ú,jfui,1rin d9s fa!()rts i11t1111Q( ao (J ,ompor1at11r11to dos outros 1 16:J

        m,

        ,t,

        J"-""'

        Erro(s)

        de nk•:.u()ticdadt•, 173

        624

        Compott.amento organiza~ional

        de <;1Hcndi1n cnto, 342 de· siruilariclad c;, 549 E~alélda do co1nprv rnc1i1ne11to :Jpt_go a uma dftisd(J anlm'or. a dt,SJJ0is fftmtnlos dos i11tidmlt.J . por nttio da:, quais" ,a..oluu/q, d6 T11Jll1s ao.fi111hot1á,ifJ (()Ili bost e,11 tttiul slni dt i1t11:, q1u refk1t111 (i rwnJl(Jrt,11nrn10 rraJ 1IQ trnl>t1IJUl. r 11à(I dmric&s ou tra,.osg,rai.s. S48 EM'.:alás grúíit~,,s de 1nc:ns-ur.t('àô 1\/étodo dt a.,"YJilit.(,>o "º ,7ual o a:.:áliador da5:,ffita os fatores ((msirlrro,los r(/n.·art/(.J f>11ra Q drJ1111/)(nlto m1 11111n t.Stola i11cmn,11tal, 54U Escas..'i<."'.1.. •107 Esforço é111ocional ti cs J1111ti()J1tfrios dtlf(ll'l/t os rtk1(t(),111.t11l'11l0$ interptssoois ,io tralH1/Jl(J, 102 EsÓ,101;uncnto profissional. S38 E:.J>Ctitlli;,.a~ào do Lrah.tlh<> (:rflu mi qu< àsfi(n( são .«tbditididas tni lt11efiJJ. srpor(ldas, 4-i I c.~tn •lom org:,niz:it'inn:il, 4 i0-4 75 E..-piritualkl:,dç no :unhicntc de trabalho R,,o,Úl. 1novin1('n10 d:1. 519·5:lO cultura o rgnniz,u.~ion::iJ ('. 51 i·520 E,,;ponc de e<1uipc, 3 J3 Esqucn1as ahcl'n:,ti\'4.lS de lr.ih;.dho, 236-

        239 Est~lbilida.de cn,ocion,:iJ Dim,11s,lo da J,rnonnlidaJlr 9111 rnrar1rrk,11Af pt.SSM1 colr"ns. ,11lfoa11,jíanlt.S t. srgun1,1, l 30 E~tabilidadc c1nocio1tal, 130, 13 1, l 32f,

        134. 138. 211, 2i0, 361 EstabiJid,.ldc: no e1np1\~o, ·1-6·•18, 518 Esi.,do s::i1i..-f..--itório, 167 Es1ados Unidos respôndt•ndo à glvhafizaç:io, l •1 cnfrcnt.tndo 1novin1cntOS :.lUÚC~pitaliMM, 15 n,clho r:-.ndo o •11cndi1nc-n10 :\o c)it;lll C, J6 jo rn.ida scrn anal nos, 19 C'On\O p,"l.d r-do de 1't'ÍcrC11c:i~1, 23 l<:c-n ologia da ii,rorinação nos. 2-1 con1<'xto
        E~ti1g io de 1nc1:\1norlOse f-:stágio da s()(Ía/,',tfl{ rn, t/llt t> 11(J(r(JjirneWlt6tii> ,111ulo t 11 qj11s10 âs tarifas, aogruJ>I> dr traballio t à or:nni.ç,0(àO, 512 Est~Q d e pl't·c:hegad:i l>modb dr optrndi:,,"8<11, t/q p,oc,sw 1/r S()(ioli~a(tÜ> qu! ac<mt«e onlts q11t o no::oji11u:Wnário t1Ulf para o o,gani.zafdo, 51 J

        E.st(1..,'Po de 1nc1.unorfosc, 512 pof«hC!(ilda, 5 11 E~tágio e.lo ç11çon1ro

        f:11ágio 11<> pro r1Q q11aJ u,11 rtrR.'O

        r

        365, 36G, 367, 370, 3N, 3i5, 376, 388, 389, 523, 5·16, 601 l-:.SlÍll1lllO intcl«-IUl'llt ,~2. 374<1, 376 E$th1111lo, 110, ·l·l·l, S76 f.sl.l'nt(:gia de irnita(';io Eslratlgia qut ftrMlla /1111,ar produtos ou i,,grasar rm 11q F.s-t,-at<:gias de r<:soluçào dct·onflitos l 'ttdisposi(«..1 para ogir dr dt1Un1i,uulf1111ontiro dtfonn'1 a tholt:tr 11111 ronjlilb. 4-t I l:.stJ~ 110 lral>.,Iho, 7.>. 563, 58 J•.)9 1,

        593, :,9,, , 605 e sua .ic.huini.'itr;_,ç.\o, 581 -59 1

        fsu'éS'.Sc k

        10 1'0.t é ;tl:ttSS-i\'O,

        500

        (:1.m,li(M dinâmita 11a qu(l/ 111n i11di:1idu() I 1,1 o/J(Jrtutt,dttdt. d(l11anda 011 rm1f1'J ,om rdaçd-o a alg11nu1 roiso qut tlt (/tufa r t1,1j(I m11/l(ldi> l /1ttrtbidt,, sir,t1i/ta11ttu11e,1l<. con1Q im/)011011/t t i11c,rto.

        E'St1'CSSC

        '""ª

        581 ocupacion:d, 8, 1Of, 11. 60.f ruuflicos pcsw.,is e, 19 n() 1rah.'llho. 75. 581 ·59 I

        cfeilos do. 98 1>sic;olbgiço, 3,J4 111uOlénci:ii.~ de, 58:i-586 profissional 1)1)(k rn.ttar, !>84

        conscquCuci:.ls d<>. 586-589 adtninisu';lndo o. 589--59 1 lid.tndo co1n o, 589

        xô. 596-59i 1n ud.ando p;-1ra n~d uú r o, :>97-598 Esttts.::w1'CS pot clt'~,fio EstrtJ.,Ort:, ()~iados o targa d.t /f(tbalho, prwdo parti a fouJ/i,;.t1fiffJ tla:i /atef4S r utgi,,tia, 581 F.sl~W•'CS por ob..-.1á1.·ulo l-:Shl$rorts qu< ;,,,fl(dtrn () idtonsar dt srur (){drtil•oj (por t:an,ph,, bu(O('F()tia, p.tlflira dt.J n11/1rtSa r to1tfiuiil:, ((Jlfl rrla(do à.t tt.r{>Qns11hilidadrs 11(} trabalh•). 58 1 Estn"S.SOrcs por obs1áculo, 58 1, :,82 f.su, 1tt11';l ela tarei.à Gta11 dr r.slr11ltttll(di> f farn10/kncào dos frroa11iiorio11a/

        'º"'

        ,w

        quç m'a u11u1 dupla Ji,:ha d, ,mtoridadt.• t0fl1hi11a n drpart1111tr11tt1li::Ofdo,f,1nao11al
        nal A.fon,w r-0,,ro tr.1 lorefas no lraht,lll.o sãofarn1al11l<11tr divididos, agn1p,ul11J e (O()r11Lnadas, 1-70 1 4 i l q ~ us dc1('rn1in:11ui;!- e 1\~uhados, ·192í Est1•u1ura $if»J)lts Es1,11t11rn (Jrgar,i:,,aeión(,l ((lttlfltri?,odo />tio haiw, gr(lu dt dtpartt11T1ou,afon,u1lil:a(do. -1 i 5,

        476-+77, +9; Es1udõ d e c:,unpo. 607-608

        E,tucloclccaoo, 31, 32, 60. 86. 87. 118. 119, 152, 153. 168. 189, 223, 224, 255,

        256. 29 1,3 18.3 19,352.353,392.393, ,129, 463, 46 1, ·195, ·f96. 525, 526, 5,7, 558. õ96 l~1udo s-is.1t n1:\1ico •-studo d,· n:la(ÔCS éntrc \'<'lri
        442

        Glindice

        Eset"$S()d1:conJiança. J34.171· 1i2. l ii Escc.sso de info rn1açôci. Situa(do nn qur ojlu,\'O d( i1ifor1nt1(«~· t.trrd( ,1 (t(idadt dr /1(0(t.f5rll1/(lt/() dr 11111 indh·i,fu(), 339 F.sc'('uti\'~ uarC'i.si.!,tas, l52· 1:>3 ex1xul'ia\'àO. 15 IIC) ( ::1n;1d:!i. 16

        de SUC<.'$SO, 20 bm ilc:i,m . 31

        quo. 5i2

        estudo oorn, 11O Eset'l~ít iOli físitús, ~). 589, 590, 59 1 t sigi:11cia co~niti"ª · 1-el:u;."10 entte rcnn11,tr.1ç:lo ç g r:,l u de con1 pagan1cntos, l 03f f.xig('11c.·i:1. CS.ll't:$Sé, .)8 J

        f..sigi·nriai; cnlocionaL~. 103 EsJ>t"<:1:ui\'a do 1x1pc:J l'iuw que os ou/101 Jt,n de (.qn1t1 t!n;mrt>S agfr mi tlrlrnni11odtt silt«l(il". 269 F.spec1:1tÍ\'as de d ,·sciupcnho, 46. 2 11 , ·126 l:.s1>criC'ntia 1 586 Ex1>cri1uc1uo de cantpo, 607·60H l.1horató1·io. 6()6.60i f.Nprcssõ('S f.'l.ciais. 332 Extinção. 18 Extf'O\·c1'Si1o J)inrauilo dtt ptr101ullidade qur id(l1/ifit't1 ,1{;.,1W11 J«illr(I. a&l'f!!:(tdot e t1JJntitVJ. 130

        F Fa tor<."S hig:it"uic:os

        Fihl':,gen1 1llanipiila(ito da i,iforma(d<1 /1tlo ('7,tÚ~r /'(lm qtu ,la Jt.)(l t'fsln d( mQn(tra ,nai.t fon)lá<:tl />(lo rrc,pt&r. 3'12 ['Olga social 'lâ1dlnria que,,., /J(_jJ(Jas lhn dr sr ({fi,r(ar 111r11t>S a() troblrllrar t1n grujl() do q11r se rsfU rssn11 lra1N.,Uia,11U> ~i11!1tu, 278 l-or"Ça, p:,ra a 1nud.a11ça. 56Gq. 56i l~ rçropul$0r.L,; /'Or(cJS qu.t dirrcio,111111 q con1fl<Jrl11111n1lo 110 JnJtido ,0111,ãriD do sta/11.S

        Fátorrs (on10 politi
        da empttS(J, P 1/W1}is,'lo e f(11111n(f
        .183f, 58~-;a; Fa\'orci;, tC:cuic;,,s de gc.•rcnci,u1u.:nto da i1n1n'Css.1o. ·l22q Fa\'oritis1no inu":'lgropo / }11/J('.(IÜ'O qu, coi1.1idrra qu, m11os os ,11,,11bros dt ,10Js.o gri1Jl(J ro,1t() mrllwu:r qut ()S ~1Jros t d.) pmMs dtfa,o (Q1110 todas ;guais. 26·1IVMbad, do dl.'li<·1npcnho, 5--19·5.SO IYMbadi· (.',011 n11 qur II prália, dar Jarefiu t-Aig1ila.s por u,11 tra/)aU,~ gtra i,,forn,(l((UI dinta r clara 5o/,rr a efi,ótia 011 dtsm1p,,tlu1 do Juncioi1ó1ifl. 232, 2!t1f l("\'ô'\lll:'l.OlflllO clt·, 575 •.)7(; l,,licid ndc, •18, 75, 80. 82, 8•1. 93f. 9·1, 102, 112, 11·1, l·IOq. 142, 180 F'c,ninilidadc Grou ,n, qu.e dtkrn11'11ada cu/Jura i·ipottras diftt(llfas rnlrt asfi111(&tS

        ,1uwulina tfm1i11inn. lrn.lnntlo 11.l mul/11,,s «n110 igubis aos l10111ntJ s()b JuduJ ru /1V11/.r,S dr i•iJla, l4i, l48q

        for(as r( rel="nofollow">StritÍ\':\S IW(aS qu( ;mptdrm o 1110.:i111tnlo pt1rc,fara do tquillbrio txistn1f(,

        572 l~ rn1:iç:\o ele e<1uip(', 26. 31.S. 3191 320 For1naçào l'ri11:riro (.Std,,~11 tkJ dr.w,t·olri1,tn1to do grupo, ((tl(1rtui<,<1do porgronde dos, dt i11rrrta,1.1, 2()5, 265f furnl:-ili7-'H;ào (;rnu ttn 1/Uf as 11,rrftu dmtm da ()tgani.;.a(à() JtJ() podttn,i::.adw. 365. 372. 170, 4 i lq. -1-75. 485, 503--50 1 F,>rmn.s dl..'Stnni,·:,s Ot) di.$ÍUn<'ion;,is d('

        ronílito.438 H·, nnulál'ios, 533.53~ Fra&'ltlt'nt.1çào. 52i, 580 Frnn(a, 15, 16,56,82t; 301,3!l8,161,

        +91, 553 Fuga, H 2 l"unc..'1011á1io s) in1J>.tc10 da p rcscnc;-;, de·, JU-81 p:ui.kip.'tçào no proces...,;o
        G C cncralizá\'tl. 605, 608 G1..-og:i-afia, 1~.491

        Gtr..,ção X. l•l lc1, 1-12, 143 Y, 141q , 142, 14'.!, 4i6, 597 G('rcnciadol' de turbuli:ncias, •lq Ú(·1't."1M'i..\rn ento d~, i1n1>ress.1o Prrx-tJH f,(lo qual os tluli.rfdlJ()J ln1t,1111 (o,1ITfNl1r tl i111pmJM qur 1).1 oulroJfor,na,n a stu rrJJll'lio• . J-0 1,420.

        -~2i-428 Gen:ntc de cootrolc d e qur,lidaS lfll.'HÍ\'a P.ro no q1111l os subo1di11tuf()j ro111pa,1ilhl.'IJ11 algum /J(>
        625

        Grupo de inte1-e,_~ Cru/J() d, />(M'(J(JS q,u Jraballu,11, (n1 f'll!ÍttfllOpor,r atingir um <>b} ohjtti.-o, 262,21!5q drfin indo e class.ific-ando, 262·264 a\i.llfru;ào d:.1 eficácia do. 285q Jb nn:.\J, 262 d e a1nizadc. 263

        inforin:il. 263. 282 d e relêtêucia, 2i2 t•.st.igios ele desCl1\-0)\'in1c1tto cio, 26'1, 265, 2f>5f

        dt lm'tfa, 263. 576 G ,·u1>0s fJjl>ru pt,'lfl1trn1 t>u ~storW.11, de Jl('(l(llltt t ron1 t1yaJ 11armas <011cfirdam, 2i2 G rupos de• tarcf.'l. G'n1{>11s dt jJ(mJ(U que .st J'(Últ(1fl parfl ri:m,u,r drJt1111ir,ndh larefa1 26:-s G rupos fo nnais G'n,po dt trabaU111 definidos Jl(ft1 rJlrrllt1ra dt1 o,ga,1kfl(J farn1a/111n1lt 11~111 drlroninadl).1 por u,rw ()rgr.,ni.tafilo. f/1(1.f qut Jttrget1r t ,11 rtJjx>Jla d 1t«r..1sidadr dr i11lrta(do s«ial, 263 G 1•upo~ ~ r (gn.11>00 dé ll't'in:u"Clltô), 5i .) C rupoi; li"n1porâlios 00111 prazos fi nais, 287-288

        <; rupos tc1npo1'á1ioo, 265, 26i·!lôa

        H l·lahilid;tdc 1ncn1al t,Tt:r.,J Fator~ral dr b1ill<~,1(Ü1 r«q1J1r,id() J)(IW pnquisodfirrS tx,r
        ·•9

        dtvmp,nhar atn•idadts q111 dtflMndam rtsi.t.tê11eill. dalff.:r_a.far(fl t rarorJmstirai similorts. 52

        626

        Compott.amento organiza~ional

        l·lahilidadcs hurnanas Ca.fx)cidadt dt lmbalhar ro11t 011/ras /itssoas. ron1pr«ndn1do· as i,!for1t1ll(ôts t 11w1h·o11dc>·M. 1a,1/q i11di,•iduabntnff' ,-01no ,,,, grupos, 5, 7, l 7 1'1 ;"tbilid~dts intel«:tuais C,pr,,id«dt /)t1ta dm111ptnJ1ar f1tiridodts t1rollais. tai.f cor110 ,tjltli,:. mti()(inar t ,,~oh'# probla,uu. 3 7. 49, 52. 56, 96, 1711·18!• Habilidadc..'S i1ucq>(:ssoai\ 1. 2.:J, 5, 28. 30, l'.!2( 195, 306. 3 12, 31$, '.386, 387, :,,lJ 1-fahilidadc..-s polilicas Capafidade para influ.tnrinr ,,s outros dt.fontu, o akan(ar g,;s ol!frlil·os, ·109 IJn.biJi39 1'1 ::tbiJi
        236 lituu<>n·s, 92 (l('finido. 92

        lndic:1dor d<· 1"ipos de PcrsQnalidade ~ 1ycrs-B ri.JU."S (~ 1Ir r" lls,,. dt jKTSfRu1/Ul(uÜ r,rn/il1 'º"'º ru jN'SJ(NIJ agm, Olt Jt smtm, n11 dtln111i11adas .útua('K'.5, 129 lodividualisn10 Grau .:o, ,qu(· :is pessoas 1>rcfrrcn, agir i:-olada n1("ntc..· :'I :-.gir ron1t> n1cn1h ros dt: grupos, 146, 148q 1rcin:un cn10 iorn,al, S 12 1,,dividuos coo, J>él'SOrlálidadc j)l'O:uh'á, 511 lncquicl.:1dc do St~1·us. 276-277 lnfluê nc:i.a n~·r,uiva, 588 l11fluC nci:, sobre o t"otnJ>Qrt:.1nu'.n10 dos n1c1nUros dtl org,,u1i:1..;u;fto. 50:5 l llO\':'l~O l./11io n«'ll ldtia aplitáda po,a dtMlll"OfNr Olt ti 1(//1M(lf llfll p.roJut(}, firotU$t) OU Jtn,j(O, 5 78 c:.tin111l:1ndo a. l8 ln.satisfaçlio con1 as condiçõts de trab,)lho,

        'I"'

        18·1 lnsinu.ição. 408, 4-09q, 423. 424. 45 i , 4i0 lns1i1ucionali~t<;ào l '1110 e
        lmcgmçiio. 218. 298, 5 13 lnt<-gridad(', '.} 12, :Ji8, 3i9. 380. '.l80J:

        390, 535. 553 lnu:ligênci;, cuJtural1 51, 52 l 01cligê11c i~ c·,nociooal (11~} flabilbladr dr idrntif,ra, t atl111i,1islrtJtpist,LJ , i,ifr,ntul{ikl 1•010<.·ionaili, 105 ª'b..u nento contra .i1 J07 ,·n gu,ncnto a t;n·or da, IOG l1)tcliKê11ci" hcn('ficios da. f"uhu1-al. 5 1 cnux·ion:.1 1,5 1.9 1, 105-lOi, 108, 11 5, 11 8, :J(il, 386 lutc usida dc ;:tl'ctiv;, Df/rrtn(aS ,w i11tr,/Jidàde ,e111 á l(llttl eóda hulicúlu.() (."
        ldad,-. 26, 31!, 3!), •11 -12 dcs('1npcnho pmlis.sion:11, ·11 e salisf:u;ào Côn1 o tràb.·dho, ·12 fo"n d(' 1~b:1lho. 4 1 ldcn1id<'l
        (;,º" ,,,, f/""o

        ""'ª

        1ro/xllh1J a,q,,,..,.fi110!t~a;M ,lt /l(IY(,,IJ i11ttirtJ e idn11{fit6i:,t, 232, 23'.lf l 1npac10 do ,/()u•11si4./11g. 484 ln1plicaçào 1:,;,ra a ad111inis1raçào, 8;) l nccrtcz~is CC()nÔ111icas, $83 poliliC
        tjicn4,U ou intji,a~a, 5 17 l11(·i\~lid ~1dc no ;\n1bicn1c de trah:Llho. 274 lncon1p:uihilid~d r, 68, 209, 437, 43B, 439.

        +IOI; +H

        97

        ln1cn.sid;id1..• d<' ('()níli10, 45-6 lntc,,·oncx:'io, 18 lutc rn.11,çào listii.,gio fi11af do d~mroli•i11irnlo porá 1Jj gru/JO) lht1fXJrárioJ. et11()t u111f,r<«11p(l(Ao 11,«ior (<,n, n o,,ufus~ d~ tJtÍVÚladu ti~ 'I"' ((Jtn ó 1/.t~,n11/J(1Úlh /x)f(f rtalk.a, a 111,ifa, 265 lntn)\'t11idos, 129, 130, 131, 1:l2 lntuitào .'i<,m1(do ou i11sli11IG 11ào ntuJJ(Jfilll!ttnft (qff()fNr(IJ(> /"/a /)(.$(JIIÍS
        podnn. «ssi11,, Jtnrir dr /l()llfq tlt f>artidt1 /10rn a 11tt/Jwria do drk't,~/J(1tlro. 577 l.sr,1cl, 6, l ·16, l 18q, 220, .)92

        J J ap:\o, 6. 16, 56, 74, 82, 101, 11 ·1 , 11 ,, H6, IH, 158 165, 220. 22·f, 238, 3H, 363, 389, 4!:>6, <189, ·~91. 504, 535, 553, 589. 592 J ulg:unc1uos das outras 1>cs.<;Qas, 163-1 66 c..'riruinais, 164 d<: , ....tore:., â06 5i1oacional, 536 sobrtosou1ros. 161 -1 6i

        J ustiça dis1ributi\':l ]11stif,, fll«tbida d<> tVJlor e ol«-áf,t"' ,ú ff(()l11/J(r/JáS r,11te h1dh.iduos, 214 J ustiça interocional (,'tau de fl(f(tPf1}0 t,11 que 1u11 individuo J trolado (()Jlt d~,nidad,. considrraçi/Q r raptito-, 2 l5f, 2 16 Justiçá orga11i:1. atio11,ü l'n-rtPfdo ~wrll d1J qur i j1U/(J "" l0 dr jtuli(a ,listrihuli:·«. prt)(tssurJ/ t int((,uui01UJI.

        21 1. 2 15f ,Jusliç,, p1'0<'CS.$u:,I ,]t.4fÍ(
        22 1. 223, 225, ·184 proc:cs.,;nal, 215

        iotcr.:idonal. 216 intc11~.:."..;(>;d, -189

        L l.aúsr..z-jilir(. 37•1. 374q. 37S l ..-111c-c-s no k ilão. 174 l..t·;_1Jd~ldc Rrsposta à in1oliifafõtJ rx/ne'"a 11a aJ>tra /wsin1 dt mdhr,1ia 11as an1di;t,,.r dr ha/xll4o. 78 Lc!,'11i111id.idc. 408, 409q, 4 J•t 426. 513, 578 Lt ,,iêrlcia J>OSitiva, $,l!t

        negr,ti,~,l, 5-~9 l.A!"\·:unam.:1110 dcf«dba(I: l 'st> (lf' quatio,,án'QS fMYJJ idn1lifí trobalho. 362 Líder ori<'ntado p:1.rn a 1:1rcf.,1., :366 Lidcr orientado pára ~lS pessoas A11u,I, qur rnfali~a os r,/a;ik.s i111,rpt.s:.(J(Jis: dnno11slrt1 i11fut$:lt pasool p,lar tt«tssid,ults

        Glindice

        dr MU$fi11tcÚ#uJri1JS t acdlfl as dfferrn(as ,-nlrr os n1m1bro.s do grupo. 362 Li9 Lidt~rança c.a,is,nática scx.i:,lizad:t (~rtilQ dr lidtro»fa qu, tJtabr/t(t qur G lüftr dn:t l1a11s111itir rt1W1YJ (tr1tradQS IIQS 011tms rm11s cn1trado.r n,r si n1u1nos t dr.·,.,,, ser 111,xlrlos dr ronduta !rira. 3i8 l..idcr.1nça c:cui.!>rtl<Ítjta, 357, 358, 369.37·1, 389 Lickr.1nçt1 de R.~OITIJk"IISa (."C)lllillg(! lllC,

        Lid1.·res

        343, 345, 347, 3•18, 3-19, 426. 509, 513.

        ;,utênlicos, '.J77, '.i78 t";\1i~1hí1ticos. 369, :370, 37 lq. :J7 I, 372, 373. 378 o riçnt3dos 1~u-:1 ~ 1x:ssoas. 362 ('nço1u rnr <'
        Lider.,nç.i (11ohnl e· Efic;h•i:t no

        Con,1>0na.01cn10 01-gani:,;acional. 387 l.idcr.,nç.t on-lin(', 365--!l86 l.id<'~u\ça orientada 1>•l1-a. o funcion::irio. :162

        Liderança t1·a11slUr111..icio 11aJ. 3.'.'>8. 386. 38a, :!89.; 1i, 579 liderança caris,niuica e, 369-37 7, 39 1 av;i.ljaçào d;i, 376,..377

        Lickr.utçá ü,paâdade ,ü i,rftumriar 11111 ro,lju,,to dr pt~MS ptu» alcfv1rar 111tlfl\ r obfrtiros, 359 auténtica. 35 7, 358, 3ii-378 1c;o1i;,s cornpon;unt:ntai:i, <.11·, 362, 36 1• 363 carii;:n1ática, 357, 358, :{69-:\73, :J76, 377.378.387,389 oontingcncial ;1.brangcn1c d<'. 365 conflito e, 14 teorias contingênciai.s, 357. 36i-368, 389, 190

        rccon,1>ens,1 coruingt•nti: . 3i4-<1i 3i5f, 375. 377 o ricnt:ld.a 1>.'11'a o fu odooã,·io. 362 Qn·linc, 385<{86 .:.ubscitut~ <: ocu1ralb-..1d
        36;,q ttáns.1cional. 374. 377 1rnni;fo rn1acional, 358. 369-377, 386,

        388. 517.579 ronfi::inç::l e. 379 Lidcn·s ;uuêntic:os lidrrrs qtlf Jlthmt qun1t .,®. que (lffldito,11 t que rv:,/Q,kam e a.gr,11 ronfan11r sros i·olorr,1 < r,n,,os, úrfarn1a tlbtrt11 t l1onrJta. 377 Lídt!~ l rans.-1ct()u;,i.,i; Ililms qur ro,11h.1q,11 ou 1t"t()li.rf1«r1t1 ."'1,IS Jtg,,úlh,r,s ,,,, dir((dv tb' 11rtJOS esltJlt!tridas por nvio do '5fltl1tt'fnM'?1to ,lar Jii,,rl'Jes t da, r.,·igi,IMJ dás lmrjM, 3 74, 37•1(( l .ídt'rrs ll':'lnsforn1acionaic; lldnr.s qtll' inJpi,am .f


        Longo pra;,. o (.,~rau tn, ffUI' dl'lrrn,i11ada afilofaturo < iwk,l'U.fl a pros/)(ridadr. a pmi.stlntia , a lr6di(ào. 14 7

        336-337. 339. 3-19 ~ l<·n1or

        f i11uio1uiri<J Jb1iQr q,u jlalro(Ínu apoia u111Ji111rior,ário n1nu,s 1'.tpain,tt, rlwmado J1rotrgidQ'. :182 J\ lc1't":tdó d t· u·.tb,'llho1 2, 13. 37. 39. 43, 4-1. 86, 141, 1:,9, H2, +93. 533. 54 1, t

        550 pr.ítifa, 2 1O l80, 505, !>9 1, ()()3 i\lichit,-an, t.:oi"crs.id,\dt de. estud0$ M)bré ~ l<'l:ct·análiSt•,

        li(lél':.Ul~'i.l,

        362

        ~ liss&s in1crnacio11nis.

        1-1· r:l<:io n:,limY>t1álidadr 11111,u,,,o. 1301

        ~ li10 d:l

        i\ laldiçüo do Yl'llCctifit'11111 os 111tios, 1:34 ~lt\ St\ - 1\lclhc,r ahern:uiva S('rn :,cordo .\ltlhQr alttr11atirw {> ilt (J/l(r1111th·11J, 455 ~ l<,"flitaçâo, 590 ~ lt"
        ,i,

        º"

        332.3-M f\ lentb~ d:, úrganiz:,çào, ·1, ·lq~ 66, ·10·1, ·l l •1, ·116. 122q, 502, 503, 501. 506, 508. 527. 568. 5H individu:>i~ 26 da l()rça d ç tl':1b;liho, 41 do conselho, ,t) dt.~ siodic.~tos, 79, 139 J çap,1.c:idadcs do~. 30S-306 intc!li~cntc·s, 306 pcr.wn,didadc dos., 306·307 d ivcn.idadt' dos. 307·30U prcícrênci:,s dos. 3 1O

        'de dçntro', ~{69 d:, c·~tnHur., n1;d1icial., 4UO ~lt·11lô1iá, ·J9. ·•9
        51 .t, 532 ~l<:1l.Sàgc:1ls i11.:,taocánc::15, 1·13. 302. 329 1

        ~ h,'l-tri:i

        347, 349, ~11 , ; 12. 514

        M

        377

        627

        109. 2 11 . 326. 32). 329, 330, 331. 33l. 334. 335.341 , 3+2,

        1321'. 1-16. 1·19. 332, 360. 389 ~ lod c·lo ele

        C::lrttc-1cris1ic:ls do trnb:,lho

        (?\ 1C 1) L1111 ,11od(lo que proJJiJr qur quolqurr trabalho jlQ(lr
        232, 233f

        ~ loddo d e

        cinco c.'Stâgios de dc.~·11\'úh·i1hClllô dô gn11>0 ,\/0tltfo q11c tlt.J(1fl't aJ ,topa!t prlas (JuaiJ oJ gro.pos jlaS111111:.for,~1tl(1}{}. 1or111t,1to.. 11(!r11,ati~(dri. dr.sr111pt11ho n11x,rt:11nc:nt<> o rganizacional coutingcuciaJ. 27·28 i\ foclelo de con1i1,.gt:ncias de l·icrio 1>0n1u.1do Q,fiu11/Q drfores J>tlas 91111Íf j)(l.çU1J11 o.f ~rupos tm,porários e qu, t11i•-0/m11 transiçW.s t11trr a inbcU1, a aliVid,1dt, 267. 267f J\ !odeio de particip;,çào e Jidt'l'rl.nç~ "'rtorio q1,r '!Jtl'ttt uma srquàrci(J 11( f(_.(ru1 f/Ut d«m, ur stg,,idus paro o dettrmi11a(i/JJ da.forma t do rolu1t1t dr parti,ipt1c1io ,Jo1 /Uli'1iulos no p/TJ<esJ.o drris6rio de 11.1qrdo ro,11 df/mnt,~ situofik.S. 368 ~ Iode lo de tr«.\~ etapas dt: l..(,\\'i n . 5 7'2· 1

        573, 59•1 ~ (O(lt•lo

        n1c.-r~nic~1~, J/oddo atruhtral ramc/Lmado p,:,,·r.,·toisa d(ftllrl0111i11/a/,i;;.(J(ào, dmtdà.for111(1/kll(INJ e«nhálka
        628

        Compott.amento organiza~ional

        i\ locldo <>rg.lnico .\ /()(/tio ,,1,u/ul(,/ 'atlwuuliJ ', q111 J1tili~o tquipes 111ultif,111d411ai.s, lnn llltW rrduz.Jda.for,nali?.Of4o t r.,Jbnulo a porti(ipaçil" dr todos 110 pror,ss" duisQrU>, 485, 485f i\ Iodei o rac·ic,nal de torn:1d a de drc:iJ.ào li11 11wd.t.l1> qttt dr.srrn·t torrw os i11dil.'ÍdUOJ dtm11 se ,m11J,ortar parll maxi,ni<,ar dtllrmi11a1/os 1tJr,l/adOJ, 168, 168q i\ lode1o :1/ntraçào du rralidadr. lltP,($(11/tt(iih

        11i11pi,f11adu d, 1111tfml>,11nNJ do 1111011/o '"''· 2 1 i\ lodc:los n,cnlais (',411J,,"'11K11lo, <mt(ru d01 t,1m1bros da ((Juif>I John (QIIIO o trt,btllJro lfiitt /!tio tquipe, 3 11 i\ l0
        2(H. 205, 219, 2·12 i\lo1i\,;:i.;ão J)..'lra ccnns t.ircfa.~ criati\'ast 20·1 :\. lo1i\':'IÇão l "'ro
        ""'ª, 196

        i\ lovin1c1no co11>0r.'ll, 33 l ;\(Q\~1ncn10 Procts.w dr n1udnn(a qur laVJ a organi~a(do do stah,s q110 pant 11nta ,,o;.w ('Ofldi(do drsrj,uln, 572 i\lud:1nç;• d e posiç l u de g rupo ou grouf41,ifl Tnullnria do grupo ,11, rxt1rtrhflr as posi(iid initi1ús dos fflLJ nimd,roi.. fX>dnu/q la:ar ao rq,,s,n;.adori511t0 t.i:trrmo ou a u111a Jmtur" dn11nsiado arn"scada. 282 i\lud:.\1\Ça organizacional1 101: 119, 563·

        602 i\ 1uda1)(a planejada 1\ liid,111(-.f, 56i i\h1dan.;a tccnológiC'a, 38-t. 583f ~ 1udan('a Alttrp;d<> 1111 ,rl(}(/o d,/tU.n' as

        567 criando

        (();SOS,

        \ llll:l

        c uhura di.!', 5ii-580

        ÍOY(=1ms para a irnplcmc:ntaçào de, de Koucr, '.:,73, óJ.lq :u hninis1r.1r a} 572-577 pla1ujad:1, 567-568 políticas da, 5 71 rtsistênc:ia ,1, 568-.>69 stlctiúOá11d•, 1X'$so;1s (1uc :.itc:itao1, :,j I l'Sti1nulando a inU\·açào "~ a. 18 ~lulLi11tlCÍooais . 001tsidcr.'lÇÕCS cs.tn.1tlu'ais

        l.'rn.478 ;'\.(últiplos ª"-ali:.ldoffs. 549

        N

        ,xigir aJ,,,;ra(,llJ f..~idadc (.s) hicn11"(1ui::1 de, 197-198, 198(,. 200 1corit1 d(', de '.\ lcClrll;111dt 2:02-203, 22 1 7':c.ccssid:.tdc de: aíiliaçàC> (~!//) /)tStjo dt relariorumt(l1/.0s i111npt.:;SQQiJ pr6i:i11u,:s t a111igá.:11J. 202 1 ~ <·c;c.~idnd ~· de p«lcr (nPott').,\ítrssidadr d(fot.tt q11t M r,utros"' ron1f><,Tlt1111/1 ""' 111odo qut 11tio oji,rin,i, naturrtl111nlfl'. 202 i\1c«"SSidad,· de rc:1li:1.:l.;ào (nt-\c-h) llusra da t:ix,lltuia. de k 1(al1i:.or º"'' ulardo " ddtrn,i,uu/Jis pt.ulrõts. dr /11/(IT p.,lo Jlt(tsJ(J,

        202 7\'cc~idad c de S<'!,..u-ança, l •17, S69«'1 Nc«ssid:.lclt.s dt 11ívtl inferior . \{(rssitl.o.dts qut J(}q #ttisfritru 1xtmin111r11l1: ,0111Q n«t.ssi1/nd1s jisiol/Jtjrns r dt ,;;rg,11on(a, 198 Ncccssid:.l apar,11tr. d«idan totu(J -
        t-Stn'lté,b'las d(·, l•Hl·452 d iferenças ('vhu raÍ$ na, ·l ·18, •1$3--159

        di·finivio, 44 7 .i\"cgociaç;i o dis.1ribuliva .·\ íg<>r,nfdo q11.1 bl.1$(.(1 111,r (l(Q(t/(} qt-
        Negoci::i('ão di,.tributi\'a, 4-18-·l.>O. 11-'19c1, 45 k 458

        in1egr..1iv~,. 448, ·~50-4-52. •163 ()r'OCCSSO de, -t-J2•.J5.. 1 ~ egõcios ir11cr11:1cionais, 3 ~ 1 Nc.:uu1J.izridotl.'S .41rib,1tos i111/J0s.1ibilita111 que<, ror11po1l-<111101lo do lídl'fJa;a q1ut!q11u difrr"'(ª pan1 snis suoordi11ados, 385, 385q i\1oçõcs pn:c:onccbidas, 91 139 .N()nnas Jt,drotS ar,ilÍlrrir de t{11tt/1t11la111tnlo ,o,11po,1iU1adoJ />(los 1111r11l,11):J do gruJX,. 210 status e, 276 Nornuuiiação ,.(((((iro rsfágio do dtst1wtJlvi111r,1tfJ ,lo gn,po. rar JH,t proximidt1dt nos rrlarionan1,11/os r torsilo.

        f/"'

        26:,, 265f

        o

        Não 5ubs1iluiçfio, ·H)7

        Objctil'O cornun1, 3, 263, 302, 307

        ~an·isisnH> Trndbvia a srr nrroga11tr. /X)Jstúr sn1.kJ ,,·agrnuls flr importtinâa dr Ji n1.1.:;1no,

        ( )bj<·1ivôs, 403

        o~-ani'1..'\Cionais. 197

        lCOri::t de) CSH1lxk:cinlClllO de. 200.209 ('l)l

        ('asca,~, 2cmr

        e of«db,uk, 2:,2 Ohio, l;ni\'ç~i(l:1de Es1adu;1l de, 362 Üp<>J.içào potC'nc:ial, 43~)-,W I ()rdcna\-:;lo Jiin1plé.;; ., fltot/q dr artdia(ilo qu, dalJif,ra, ordrna os t111/ntgtlllos do 1t1rfltor /JOIU IJ piM. 5.Jfl ()rgauiz:)çào <·spiri.tu,,l, carac:-tcrístir~1~ dà, 518-.} 19 Ú1"ga1lizaç;lo que
        O~oiza.;-,1o sc,n fro,ucira..,; ÓffPJ11it.a(® qur btlJIIJ cli11u'1111t P tad,ia dr ((}11Uu11/(J. ltr an1plitude ifim,'l
        111'1.")11~ 480, 4821' Org::ini7,:lç:i<-1 virnml, 469, ·~S0.482. 48:?f. 49 1 Org:inizaçào ú',tidadr s«iol ron.frÍ.lnlrmr11tr (()()Tdnw1/11, ton,posto tle d1111.1 011111ais ptssoos. qutfiu1cWna de n1a11n:r" rclatu•,1nu:r11, continua part1 ali1rgir unr o(dttil..v, ro,nu111. 3 Organi'laçõcs intc..•rco1u•c:ta
        183. 485. 49 1, ·191 O rgcu,iz~u· ./it1t(t'lo qu.t (()tl$Úl~ r,n drln111i11ar quaú ilJ tarefas a srrn11 rtalitadas. qun11 irá rto/izd·lá$. com(; $ttrio agrupiUltzs. qu.m, M rrpqrltr a 11u11,r ç rs rel="nofollow">, quoi.t ÍflJ/IJntim as J«is(J(.s W'(i~ ll111u1.ilfl.s1 3

        Oric.-,naçã<> Sc.'X\lal. •l-6°-IH Oriente i\lédio. l'Vtuudo, as ª":Ji::t\'Vl', de tlC'-S(:llllX'llh<>, 553

        p IMnl<-.éiíros.13$, 178. 183, 181, 378,5 14 Pag:u11<·n10 co1n base no 111érilo, 2,14 P;tpéis inforrnaci<>nt1is, 4 i ntt· rpc..•s.soais, ·I, 7 Paptl (:01ifu11t0r1a·vo1,. 4

        s.i1nbolo1 ·l P:u·1icipaç="o n:1s 1ndhorias P/(1110 d, i11rr11tir<1 roklii•o havodo 110 mdJHrria rln

        Glindice

        prr,d11tii·úlod1 do gn,tx, ,lurantt 111Jt dtl1rnii,uuk1

        m,ços de. 1;o, 36(). 369. 586

        /medo, 246

        S(.',b'\11':l.

        Pan.icip..'lção 1>vr rç1>rtl\<:n1aç:1o Siskriia no qu,d os tn1bal)111dol!J /Ktrf;ripan1 da tomada dt d1tÍS(/(J J;o1 ,n(t() ,lt u,11 {i(qun1() gtr1po rlt far1rio11án·os repr,.gnlantu1 2 10 Ptr'1s.1n1<:nlo Cl'ia1ivo, 180, 169. 37!• Pçn~:rint<;n10 d<' grupo ou gro1tJ>tJ1i11k Situa;,io an q11<. a~·pmsõts por <(>Jifonnidodt intpttlt»1 qut o grupo m•alir tU altrr1Ulth"1,1 dl a(
        P('rctpc;âo de &llJ>One nrgani:1.:u·ional (fl(lu an qt1r QJ fattâ()t1/trio$ ruraliu,,,, fJUf n v~111i;;t(âf> i•olori<,11 s1uu ,or11n·b11i(&.s t g prcocujla l0»1 o $ili bm1·tSlál'. 71 l\•rç,cpç,io do pap<•1 Vi.,UW (JIIJ' lt1111JJ sobu ({)t/t{) dtt'(trtl>J ,,g,'r (tft dttnm1'11a1!t1 .Jit«afÕQ. 269 Pcn:c1>Ç•1o s<:lctiva Ur,dà1cill qu1 as f>dSOOS tit1t dt i11ttrprrtdr stlttit.•a111a1tr o qut iwn,. (0111 6<JJ1 nos pr6prios ;nlm.sJi~ rxJNrih,nas r

        ª';"""'·

        163. 167. 3·12 Pt•rf(:pç.ào />,r,r1ssíl fHlo qual os ;,uliLíduos ortttni,!{t111 t i1t1t,pr,ttJ111 suaJ i,r,J,rtssfJeJ .,n1JIYfiais 10,n a Ji1utlidad, dJ' dar .101tida ao Sttt IIIÇIQ, 159 definição. J59 l:uo1t.-squ(" ioll11tndan1 ri. 159·16 1.161q e 1on1acL-i de dcC'it-ilo indivich1;1I, l $8· l 9·1 01.1ue e. t.:>9. 161 ligaç:io <'ntre a,(' a to1n:ida de decisões indjvidu;J 1 H)J.1 68

        i1ulividual1 215 d;~justiça, 220 d-0 1>~1X'I, 269. 286 da J>(1lílic:), ,119 sck1h·a. 1i'J., 3-11 de .suporte: or:ganiza('·ional, 70, 71, 72, 73 de p<:SS.Os'l.$1 161 • ltii Perfil, '.>9. 129, 137, 165, 308, '.l i 1, 361,

        370.51i,53G.;;7 ê tniro. 165 Pcro1u(a social agrad~i,'t'!I, 454 Pçrion~lidack $ont{) das mo,t
        39. 58125

        ê, 127, 129

        modelo llig füc de, 130,133. 36() l 3'.J-138 vinculando :1, l 43· l 4(l sc.·m,·lluu1ça d<;, 53 lÍpôS de, 5·1, 126 de un1 hanqucirc>, 125· 126 i\lycrs-Brlggs. 129-130, 1·19 ,;po ,\, 137, ;93 proativa~ 137.138 Q UIIUJ; tr::-1ÇO$ dl\

        no b:t.s<1uctc. 138

        21 1

        dos 1nc1nbros. 306·30i d i!-lÍlll:t, 503

        Pçrsc,1K1.licf:ul<' pro:uiva /~ q1u tllnllijiaun opo,tu11idadts. nm/f(IPI i11iri<1ti:·o, {Jf.(ltl t j}(f$f.'IYW11 atl q1,r a 1111uk1n(.O dL.
        P<· Noas.1o .~.,1..;on:d, ,·J08, ·109<1. ·J.2.J vt•rbal, 21O P1.-squisa cn1 co1npona1nc1110 o rgani:t..ac:ional, 182, 603·609 pn:>1>ó!oi10 ela pcS<1ui~-.., 603 tcnniuologia da JX'.s<1uis<1, 60 1 v~ui:Í\'tl, 60-t hipÓl('SC) 60-t vari.:h't'!I dt•pcndc:nt<', 60,1 \':ll'iá"cl n10<:lc1·ado1·a. 60-I caus..1.lidadc, 001 \':lii:\v(·I indc1)('nd('ntc. 604 cocficicntc de corrcla~âo. 60-I 1coria, 60:", avali~ç.'ioda J>t."-S<1uisa. 60.5 1nodc:lo de pesquisa, 605

        t.srudo de caso. 6Qj -606 lt"\-:11u:uncoto dt' ca.n1po. 606 c!\1x:rin1tn10 de l:1l)()ra1ório. 606·(l0i expcrin1e1110 dt ca,1,1>o. 607-608 n::vis,t",c,-s qua111i1a1ivas ;,gn:gadas., 608 élitn na 1>rsqui~. 60~-609 rcsurno, 609 Pc~uis:.l·:\Çâo l1rl<.mo de mttdQn{O bastado t()/era 1útm1/Jti((1 dr tlw/Qs. jtguida tia stf<(do (/t 111na nçdo de mlldon(a rom bas1 no qur o., dadM analisad<Js su.~u. 5 72. 573 •.;7-1 Plancj:1111cn10 do U":'lbalho, 23-1-, 2R8 Pl.111cjan1enlo Í'r011sw iJu.t rngloba a drfi11icdo das mtl1u da D'§llni~,afdo. u araWltti11"n10 dt u,,u, (.)/ra~to gtmf /J(rro. " akm1ct dessaJ 111t/(Jj I o abaixo 1/0l pralÍfár/O$ 110 1neraulo, ron10 pari, dt 11n1 pacolt dr D(1tljltio.1, 246

        ,u,

        629

        Pl:u1os de p~1niC'ip;t~io noi: luero~ Planos q11e mrtdt
        1>,,scs. do. 428, 4:{0 cOCn.'ilivo, 403· lO ~

        de n:co1npcnsa, ,10,1, ·105 lcgíti1110. 10<1

        l)('.ssool. 40·1-l-05. ,109 de rx:fcr('ncia, ·10:> di.slfiocia
        :,s h~1i.cs de. ·103-405 lb rn1;\I, 401· '105

        n cha\'C par::i o, 406- 101 d csi.i;,•1.1;·,tdad<· dt~4 1O··l 13 cn1açfio. -1-13...11li a\71.liando a ética do, 428··•29 do ho1ncff1 do 'hoa..noilt', 429·-130 d e 1alen10. 430 t.-qua.li'i'..:,(fto do. 575 e o :unhicn1c cn1 nn1d;1nça, 59~ Pod1.·I" coc1'Citl\u f'rxlrr 1/Ut im'ra dr, ,apaci,ladt dt punir mi rt<0t11n1dar s,u1ciks J>(/11 1tbQ obrdih1d,1. ·103 Poder da posição GrtJu tlt injlu&u·h, qut u1ti ' " ' " ((11/ so/)1( (IS L' da pow dt J1abilidad1s. t()»1p,tti11ria1 ou t1111lim»lftll1JJ dúrll,u,s, 4-0·1 Poder de r.-con11x:ni:n l'tJd,r aJ,1«iado à (aj,arüüul, dr ,li1lribui(àQ dr 1ca.1111pm,as i·i.fta.s ,ont() ralil)J,(ls p,101 o-ulr()S. 40.1 Poder d<' l't'Í('1incia 11'
        df1(jár~ü, 405 Poder d<' 1::ilc·1uo, ·t!O Poder forn1~1. ·M:>3-404 Poder lcgiliruo J'txlrr raldla11/t dll poJifiio ()(U/l(tda na hitfa11ui11 da or/:(J11i4.a(àt>. "'' $1J·a. da posst dt autoridadtfornwl, 40.J Pod1.·I" péSS0.'1.1 b,jlubllia drll~·«da das tam
        630

        Compott.amento organiza~ional

        Politica. rc,tlid::1dc da. 4 l '1-~416 Po lilicas o rgt1nizacionais. 73, 425

        Ponto ele rcsisttº·nck,. 449 Pos1ulado g,·r;il da dc1->(•ndência, ·106 Potenc'i:1l 1n o1iv:tdor f11ditt tlt prtt·údo qu, Jt~yrt <> fl<>lt11rial 111oth ,ulor dt u111 11aball10, 2:l3 Pr,Ílicas de sclcç;°;o, 509, 55•1 l-'011tingcntc, 538 iuicinl, 533 subst.\nti\'a, 53 l,.538 Pr.hic:as h \linanistas de trahnlho, 518 Pr<:ccde,u<:5 his:tüôco~ 1i8 l)rçciso 1cr (":tu1cla, 75 P1>t:s..~o s0ti;d, 69. 276. 281, 285
        327, 3271'

        Prop<:n.(.:to n riscos. l 3·l Próxio1á geração. 19 Psicologia (,'if11cia qur burca mrdi,; t1tJ,/icar (, algunuu NQJ, 11UMlifi<11r o eQ,11jlorla11rt11to dw srres h111ua11()$ r dQJ a1,i1r1aú, 1O PsicoloJ.,Yia soti;d Ran,o da Jn,irolvgia que 1'ti.Uura <011(tÍIM desta eilntia e tia wiol~a para.fo,:ar a irifluh1ri11 dt um i1ldiríd11.11 Jobrt 011hr1s. 11 Puniç;io, :',9 18,1, (l()7

        Q Q 1w.lid:ide de \'Íd.i, 20, 23 26. 3 l, 32, '}:,, l ,17, 220,

        575,.'i89 n1c1hori;, da, 30 1 Qua,uidade fi.'<;l. -H9 ~ ll-'Slion,írio do c:oleg:, de q11C'1n m4•nos gosto (LP<.:.> J11shw11nJto
        R R::)(':l e c1nia, ·l3-·~5. 5·1

        Pm('<::S.W do c·onílito, •l39-447 t-.st{1gio 1: óJ'>úsiçào pô1t·nei:1l t>u incon11x11ibilid::id1', 1~39.44 1 t._"Stágio li: c:ogn iç;'io e: pcrson:tlizaçào, H I

        t."Stágio Il i: definição d.as estr..1tégias d e résoluçiio de eonílitos, ·J.11 443 t.~1:ígio 1\1: cornpon;1mc1110, 443.,1-44 c~t{1gio v·: ( :on.scquCndas, ·l-1·1· 1--'l 7 Procc~-.Q sc•l,ctivo, $32, 543, 557 Pnx·e~ de attnçf,o. 212 Pro<'<'&WS df' reprodução n101o ra, 2 12 Produtividade J\/rdid11 dt dtjrt1tpmlu, qut obrfl.tff efi,W1d(l e fjiaitio. 2'2 1nC'lho ria na, 2·16 Profecia ~tnen1-e~uu·, 591 dtt-fn\'olvin1('11to. !>~. 73, 557, 575 tO\'Ol\
        2; 1, 2:H rec:onht..•cinu;nte) dm fiu1c·io n;írios, 2·12,

        2·18-241) Ptmu, q1,t brueü, paru da rtn11uura(t'kl doJuntÍ()t1(irÚJ r,n

        ren1uncração variá \'d

        algtn,ra 1tudida dr d1sm1pmlm. indittidual t/ou Ofgú1dt4do11al. 2·13 Pmgr;unas (briuai..( de n1t•n1oring1 383, 5J2 Pm1uid5o dos $í.'g\lidol"('li, 367

        R:iciocíoio dt•dulivo, ·•9, ·19(1 induli\'01 ·~9 1 49<1 Racion:ll Rifm·.fr à /1t5soa qurfa:; estolluu tf.>tdislnrltJ J><1rt1 ma.,·i,n;.(.af o t'é'l/()r df11lfo de li,niloçik.5 tJP,.(ifoada.f, 168 Ration;_-Jid i\dc li111it.ula l~t.sJO de lonurr dttiJ«r ro,1str,1in,l1> 111«b/()S si,nplijitados qw rxtramt os as/>(,Jos r.ssr,1cütis dos probJr,11as S(,11 ea.pt111'(11 11>

        111 . 114, 180, 182. 213. ·f39. 441, .'i8G Rc;,~ào afc1i,".\, 93 n1odc•rad;,, 94 en1ocional ncgati~. 1O:> ,nni( tlcfcn..-i\'a, 110 ;, u 111 probko1.1, 16i ;, ~in1açcjc,-s in,portnnu~ 333 ucgati\'a. 108

        dos ouum. l•IOf Rt.~>11lJk"1)$:\S 1

        da d~§Onâoda, 68 j ll!>t;L'-, 84

        fi n;lnt.'<'.ims.141, 2i2 <-"Xtrrnru., 20'.{ fxtri1lSCC3S, 203. 20·L 51(;, 597 J>OStiti\'as., 2 12 C l l1 C.'(CC5.'i01

        213

        o rgani1.acionai.(, 214, 2 16f. 2 17, 2 18(.

        219, 385 inu:.nl :i.'>, 232

        i11suficientcS, 236 utilizando, 2•12·252

        \'Íncolc :ts, 252 sistcrn;.\s de á\1i.li;u,:ào de dtst1np<:11ho

        c,305

        i11di, ~duai~ :~o~ s-ist1:n1a dl", :{ 13, 511} ~2:J intrÍflsC'c:a.~. 1!)5, 2'.JO, 2·18-2·19, 25·1,

        313,597 pr.'ÍtiC
        :,loc::u;;to dt. 545, .}:>3, 55·~. 604 R4:congclan1en10 J>-r«rs.so dt r:Jtailka(dr, dr 11.ma i11ttrtYT1(à1J dr 111udat1(<1 {>(IT n1rio "" e<Jltilibrü, ,b .forças in,pulsoms t limit,u/qro.t, 572 Rt-conhoci1ncnlo c1n oci(>n~I. 101 Rct::ursos Coisas q11, a.Ido sob o rontro/1 d( u,,u, pts..1(>111 qu( f><Jtler,, SfY WtUla.s para rook-a a.r tln11andaJ, :,82 R1..-·dt de n.111101·\~s SiJ.1,1110 dt ((1111u,1ito(d4 i1!forn1al rúntro tia orga11h,a(tlo, '.l'.i'.{ R<.·d l'S forn,:üs cn, 1x:quénos grupos.. 332· 333 Rcllc:,,dhili(L't.dc Qipa,idade dr unu, rquipr tlr rt}l<:('sSós de, 2 12

        Regu1nnu•111:içõe~ fonn:,is, 150, li7 R-.:1.tçào d l•i;c·,upr 11l1ú-1't'<"ornpcn~a. 2161: 217. 2 19 Relação entre líder e os lid<.~r.ulo:-. 369 Rclaç~o é.SÍorço-d<·sc1npc1lhot 2 16í, 217 Relação lider· liden,dos GJ'au d, ronfum(a,

        errdihilidade t

        t'tspri10 qut OJ nir111bros do

        grupo lin1 fK,r sm lültr, 365 Rcliitc)rios c~ritos. 1né1odos dt~ ;o\vàli.l(úr 11:lhilid;\dct. Pt,111u que fSlal,t.l«t o Jalário dt (l(()rrlo C()ft1 ,, quo11titlatlt dr lu1bilid11dt's 1/0fiu1rUll1ári8 ou (()lí1 a rn;itdad.t dtfa11ç(!(.S q1tt tÜ l
        i11dh
        ·119,5..J.5 piores. J55 funC'ional, ·145

        R1·u11iào cle1ri>oic~1 RPu11id() 11a quttl fAf particiJx,11/a i11t(1agat1 /NJT 11,n() dt (Of11pulíulo"J.. pm11ililulo o (1110,tilnato (/J,f «,n1l11t6rios Ida f'0/4(.h~ dt <>dt ser lro11Jn1itida d1tra111t 11m ipi.t6dio de a,munica(iJO, 341, 34 l f Rituais Srqub10ás rtfxtiti.:as ,Ir ali~1idod(J. q1,, t.,prrssa111 r rtf<Jr,an1 ()S LV1lorufanda1t1.mlnis da organi.(.o;ào. 513 RO
        632

        Compott.amento organiza~ional

        'lt'orin da ex1>ect:ni\'a Troria qtu ojinna qut afarça d« ttntflnri« pttra agir d, dttv,n,'110,/0 ,uo,1tita dt/J(nd, da fo,ra J« txp«tatit:o dt qut tssa a(dO trará crfio rtotfl1,dq t ,la atm(rlo qut t.sse rür,llndo t>:fflt snl,rt o ittdirlduo, 21 7, 22 1 1t>ol'ia da higicnc- olo1i,·av10. 200 'll·
        dtJt111pniM dt/t. 263

        'ICoria d:, lider:111("a (.<1ris1n::itica "'l ronf1 q11t ,ltft11tle q,,, os stguidorrs otrib11tr11 ,apa,idada ltm>icas"" rxlrnordinári1u a /Jd('(t.f qu1 oli11luun, ;111.as ptSottnlidadr.s ao traba/110 qur d.trc11:;oh•t»1, 14 3 ·1c-0ri,\ d e carac1cristic:,ts do >l(llr,J Troria

        "ª"

        q11t J•srulo qut as difertn(QJ nas ,:an1
        202

        'lê.-oria de troca éutrt lidtr <· liderad os (l..~L'1 Trorio qu, prr,jxi( que os lfdtres ,:rio111 gn,pos ;dr d.tnlm' 1 ·defaro: r os JiduadQs t/Q gntfH> 'dt dn1tro' rtttbt111 m,'(t(i(l((/(..S d( d(J(lf~/)(11/tr, n1dJ11rru, npr<J1Jll(J111 rollltii,idndl' mrnor r 11111ior Jitli.if"(ikJ ro,11 o lrt1ballto, 368 'l(•(u'ia do ca,nlnho,n, et~ ·rtiJ1ia qu, susl1nln qu, Ifunf4f> d" lfdtr ajudar os subordin01/os ,w alat11rl' dr .nms 1'1.tla!.. far11«tr11/.q on'rnto(iiO t OJ»io 11«tss6rio.s parti n.ístg11111r 911.1 tais ml'tm stja,u ,m11potiz-ri.s
        mdhortdrsm,p,n/wJ. 206. 209, 211. 221 ' lc'()ri:, do r(ÍO~ !.(o-riu qut r.stabtf((t

        qur o ron1porto11u'l1/o l afi111rdo dr suas w11tq11&1Nas. 195. 2 11 °212, 219, 22 1 l êx,ri::1 dos ,loi$ fr11on::s 1ír,ria qu, r.stipuln qutfalbre.s ;n1rln.Jt
        sati/feçào
        insoti.ffe(iJO, 200

        ' ((.'Q1ia

        <'°5: (:vç ntos afc1ivo:< .\/(J(./tfo q11t

        StWTf q,1r os m111<>s dQ

        /()(a/ (Ir 1n,.OOU10 rt111sm11 JWJ(Jts htWfflJfWis por pari( diJsfi,ncUmários ( qur i1,jl11n,rill1t111$ ,11it1«lb t r4'11pr,rt1mi,ntos ,w loca/ dt trabnUw, 1{», 1O,t.í 'lt(>ria X ·rroria qur Jusl.tnla que os fa1r rri11liros. huStan, r,..Jpot,sahilrdndes t fXJde,n sr autodfrttionor, l 9U 'IC-Ori:.'ls oon1porla1ncn1ais
        195, 203-2 19, 22:l 'IC.'t.lria;> d ;.\ n101iv,u;:i10. 195 1(.'()rk,s de lidtronça. 387 'ICOrias cios tn1ços de' lidc•ra nta Trorias qur bwtan, i,ltnlifirar a.i quu.Jid,1,lts r rarnttrtislÍ((lf ptss(;(lis q11.1 difrrn1ri11m lldms de 11i1'1 llt!m.s, 360 ·1erceírizaçào. l43. ·18 1, ·19.J, 565. 566<1 l f!Slcs de: ~uuostrngern cio 1rnh:-1lho Si,nulafik.S dt pari~ do Jrabalho, 011 d, todo rir. on qur tll' ca11dirlt1lo1 ,lrvr,,, dtJ1111ptnJ11,r rarif,u tJP«ffit(IJ dl) targp. 535 l ('$l<'S d e integridade, 5'.iS, 553 'IC$tcs dc rx~rsc)n:\lida de, 12i, 131. 269.

        386,535 'lt'sl<:$ dt :.i1nulaç;i o de dC!i(;1tlJ>4.' nho. 53.}, 536 · r._'SICS CSC-l'ilOS, :.3,f·535

        ·ripos de 1rein:in1ç1110, !',39 ·10 111ro
        pcrSOnaJjdadç e. 175 ·ro1n::ida de decisões c:1n gn1J)C), 279, 280,

        281, 282, 283, 28·1. 289 pon1os ír:'1{'0S da, 281 'l( un:ula rlc· nncnta Slgt11ul& tttágio du d,snn:of,,i111nil0 d() grupo. to'f(l.(l
        265

        ·rrab:dh;tclQrcs rnais vclhm, 40q, 4 1, 12,

        I H. 16·1 ·r r.'lh:'llho a rlistàn<'i:t

        Osfi,n,i()t1órios

        tmba/l,a,,, m, u,sa. pdo ,nrnos dois ,litu po, st11u1n1J. e,11 con1/)uliU/tJrts l~~tdM JiJtm1a do

        ª"

        emJ,rtsa. 238 Trllhalhorn,c<1uip,·,,i6, 131<1, H lq. M2. 116, li6. 1a;, 239. 297-298, 299. 30;, 306. 310. 3 11 . 3 12, 313, 314. 3 15. 3 19,

        320, 388, 4 12. ·1 15. 501. 5CH, 525, 567, 574. 593 'l'rahaJho. nivel de, 3 1••

        Tr.,i;o,, 33. 45. 53. 80, 118, 126. 121. 128. 129, 13 1, 132, 134.135. 138. 150. 164, 176, 179, 2 11. 306, 358, 360-36 1, 362. 363. 3i 1. 387. •105. '1-11. 4-18, 45 1, 5·16. 548,.568

        ·rr.."I~
        (:ararttrlstira.r dur11,!f1u1as qu, ptxlm, 1/r.s
        ·r rcinan1en10 de lidcrnnc;:1. 387 ·rrein~uncntt> dt .scns.ibilid.1de 11< ético. 515. 5391 5-1 1, 606

        ·rl'Cin:uncn10. :s 12, 38i.:; 15. 538.-5·1-4,

        55'.l, 55-l, :,1:. prog1-::11nas dt Cor1nai~, 5 progr,unasde, 210, 5'.}8-5·l·I. 353, f>5 I par:, a dlvt:rsid;ide. 5i6 <-'011ti11uo 123,1 <'riando p<;i-."()a$ <1uc ~1b<;1n tr:,h:ilhar c-111 <'quip<-. 3 12 cn1 lidcr., nt;-a 1r.1nsfo n11aeional. :177 (."(lllll)Ol'l::tlllCIHal, 38i ç progr..Hl1a de ,nt1tton1,g1 :l89 c!tico, $ 1:i, 541, f)()(\ f,"é rcncial. 532 lê)nn::ii~ 538 lipos de. 531, 539·5-~1. 542. 556 c xtcnsjvo . 539

        r>clo n1un
        infor,nais. 5+2 no h)c.al d(' u-.i.halho, 5+2 íor.-1 cio local d<' 1r:1h::1lho, 54-2 i11dividualizt1(·ào d o1 5 l2-.i•l 3 :" ,:;1li11ncl«..) n rfiaí('ia d o, 5 11 id(·n1iíica1· nccc:ss:id~1dcs d(~. 5+5 intt•11.,;o, 5-1 7 e dtsc1n'Ol\'i1ntnto. 5$3 de $t!gur:uu;a. 5.13 ele $C11Sihilicl.:lclc, :,1.j, 576 g rupos de.:.~;~ Tris...-,.a, 92, 931; 9·1, 95. %, IOI, 109, 115. 1i6, 180. 231 Troca, 408 'l \,. i1,('r Sen:i(.o gra111itb dt blJJg t 1trtlt.'01l;i,'t r,11 q11< OJ «)116rioJ nwia,n t l
        V Uuid,u.te de con1ando ,\ ideia de que c..-:1da suhc)rdin::ido devi:· ter apcn;,s

        Glindice

        R(ldí1.io de tarcf:,s Tro,Jfferti1cia ptrwditt, dmfi,ncio11ó,ios dt u111fl lr11efll poro oulm. 23-1 Ro kca"h \ tatu(' St1r'\'\.')', 1:i9 Ro1na1,ccs no ao,bicn1c d<: tr.-ibalho, 117-118 Roi.a1i\'ldade &fd(t JKnnonrnttdt jl(J.S()(lf da o,ga11i.ta(do. r:oft1111áni1 ou Uwol11111ária,nr11tt. 24,81 Rot;.uivid~de dé e,npl'('g:o\d0$, 425 Rui
        Rumores. 1o;. 329. 332. 333. 340.57 1

        s Sal:tllicos, 591 S::.ida lleJposta d insali.ifaçdo t.tp1e.JJa ptlo olx,ndo,u, ,la orga11izacil<>, 78 Saida, co,nr>ottan,cnh)~ Jt. 79 S:oisf., çào cont o 1r.1ba lho .'>n16111n1to Jmitit'O '""' rtla(dQ (J() tmbidlto. rt~ullttdo r/1 ,in,a arali11(1'1o rl-r suas u,ractnisticas, 70 S.atistâçlo co,u o trabalho. 101: 11, +2. 69. 10. 73-78. ;9, ao. s1. 82, 81, a;,, 87,

        139, 221. 233f. 252. 368, 372. ;01. ;02. 55,1l 588, 60·1, 603 S:l1i$fac;,io do funcionário, 80 Sa1bfaç.:1o 11<> 1r.i.baJho Sttili111,(1uo poJiti,:o con, reffl!dq fl() trabalho. rtJ11ltado dt un,a (trolitJ(iJO ,!e JffllJ cartt(ltristi,a,., 22. 25. 26. 28. ,li, i> I, 6;, 70, 73-78. 87, 10·1, 10;, 133, 142, 146, 184, 200, 201. 216, 239. 2·12, 250, 25 1, ·1 12. ·119. ·l 19r. 425. •126. 4{19, 490, 505, i, 58:lr, 588. 59,l e absentcís1no e. 80 t:áUs.'lS de, 6,; c;cn11':'1lii.ação e;, 4-9() rdicidadc é, 89

        ,,1

        e dcsc1npcnho no tr:1b~1lho, 77 llÍ\'CI clt, iO. i3 e pn:x:luü,~d;,dc, i9, 20 1 rol~tivid:.,de 4.\ 41 Sati.:.f::t(';1o proliss.ion:\I, 2·10, 2:">0, 426, ·172,

        581 Sdtçào .iL 6, 101: 11, 522 1>roccssock.53,58.8·1, 131. l;O, 18 1, 3 12. 508. 50'J, i> l 1, j'.!2-53'.l. 5331;

        ~rá1ica$

        1>mgF.11n~s de. 557

        subs1an1iva, 5:31. 5331~ 53'1--538, 556 nn1un1l, 536

        e coloca<:ào de pc.~,I • .190 &•rn:ula de 1raba.lho. 51~3 Stn1i1nento po:;.iti\'01 25, 70. i3.96 Scntinicutos J::Suulos ,!fotiros ,nmos inte,,sos t mais dunh'N d" que 11.l r,,wr.Ja t qi,e ~lnitnl( 11/J.() ft'JU(t('lt ""' t.Jff,i,it/1) ((11/IL-XIU(I/ para H 1111111fjf".dttll11t, 92

        afeto. cn1t)('ÔCS e. 93r Scxo,26,59, 191,214,286,330,369, 102. 603 Signifi"ânc-ia ela ,artf.1 ( ,"rou m; 'JUf t lrt1bolho possui uni in1pacu, s116s1a11âa/ sl'/bll a rido m, Jobrt 1J troboll1b dr oufios /JtSS(JQS.

        232. 233f SírnOOlo:; 1n:11eriais Olrfat()$. O(ÕlJ ou ft.'(tttos qur t,a11smita11 sig11ijirados aos 111m1b10J or~ni~a(Í()nttis. 5 14 Sin101nas ,xun1>0rta1ncn1ais do cs1re..c,sc~ 588-589 Sisrc,na de valores /1inarqu;a baswdo "" i111/X1rtóncia r(/atii-a 9111 ,,nu, pt,s.{()(J atri!Juj {)()$ t'ltlom individuais, 139 Si$tCOl~I.S de t-<1uiJ)('S nu.ih.ipl:,ll Si.un1lf.1-I nó.f quais difem1tl'.t rquipt:J (O()rdr,umt 1ftlS r.ifõr,os para produ~ir o rtmltnáo daefado, 301

        Sobrecarga de inforn,:,çf,o. 342..3·13. 583 Sobrcvi\·ênc:ia no nu1n
        286,289 SociaJizaçào Pr()('tsSQ qi·,< adapt,J os f11nri()l1ftfWs d tultura QrgtJ11k,ari(l11t1!, 5 1O Sôt.·ializ:tçàv, f> 1O Scx.'lologir1 Cilndo qur rStlfda w jJ(,SS(JáJ n11 rtlllfilo a JtUS a11,hi,:,1ta S()(ÚÚJ "'' fltliurais, l I Sofh\;1rc para nch \'orl..ing, 337 Soht(ão de problcn,as. 3 15. 451, 539. 541,

        577,580 Soluções r.'ípida:-, 29, 460

        Sonho,57i Sono. 98-99. 236, 5 19, 588

        º"

        Status lhri(tÜ'J s«ial defi.11ida lltrihuf1/11 p,l,u ptJJ()(IJ a""' gru/H) ou a J.J.

        275 Culturas dr11tro tlt1 orgtu1i..:.tl(do qut ô/)YrJSánl l'lllortJ «mJfl01lilliadoJ /J()r

        Sul.x:uhurás

        534,536 ;,,i5tcrnas dt, 55 cri11trios d<;, 1 de nlc1nb1w J>vSÍl\"'OS, 11 3 tntrevista d e, l66 ('l)ntr:Hanclo ·1>essoris 11uc S:ll)('nt trab.,lh0liti('as de, 52:.i, 532-538 fihn:>da, 525

        on

        inciol, 53 1, 533f. ;33.534 5Ub$t
        ro1ningrn1c, 531, ~33~ 5:}8 1•tcrut::unc1Ho e, 5.12-553 ium'â\;lojfl n:). 557

        631

        0/gJt11.f grtt/"1S dO l!fg
        503

        Suhsti1u1os Atributos qu~ podm, r11bstituir II n«LSJitlo,lc dr fidr,ttn(a. 385, 385() S upOt'l(' organii.'\don:.11 70. 71 . i2, 73. 5+l Surprcs.a, 271

        T 'f'ail:1odia. 15. l·Uk1. 183 ·ratuanho d~ o rganii.açfio. 4Ri 'l'tunanho das cquip<"S, ~!09 ·r ,\tita& de i1,llui:ntia .lla11ci1oj qur (IJ j,(J.1()(1J uso,t1 pt,ro rrtt1ef11n11<1r suas blists dt p,,d" "" "{li,s ap«tjiras, •108, 109<1

        fradulcn1:,J.., 110 agn:;s..;iv;,s, J3·• de influê11cia 1 401 . ,108-·llO, l25. ·~28 de conq llislada s.uh1nissão. •10:J de :l11lopr(l1noç:\o, 423 de n,;gociaç-à(), ·l~,.J 0011lpC1ÍtiV:lS, •1;)8 , ·tri)t'\ÍS, •l 59 'fécnica de ~tupo 11001ina l

        .t/lf()<11dtnlt, 28-1 'l'ix:nicas d(' 1'tlax.'unc,no. 590 'fc:<'nologia ,, lriM JlfllJs 91uús urna (1nprt.so tmn!for,na i11J1u1m e,n r,-1ultados. 487 úrgunilacional, IOí, l l de éo1uu11ica<,,
        'l<.-enologia. •J8i 'l'clt.'t"o1nu1ay:io1 5-~6. 551 q '[Ç,,,poí.lrit-d!.l co1n ,:a.. 18 Tcndêndas soci!.li!ó:, 566. !,66q ·r('ori:l d:, apl'("ndi1,:-1gcnl social T(f)na qut dyi11dr qut /KJd1r,1os aprnu/rr ta11t11 por ,11rio da obsmtJ(fW qua11to da ~rptrilncin dirrla, 212 ~l(."Ori;-i d a :,oi buic:;1o 'Jâ1ft1lil'a dt dtl-rrn,i,w, sr o (tµtt/1'!1fttnit11/1J 1/r u,n i11tlit·üt,w ltr11 (aus,, intc111a m, rxttr11,,, 161. J621' Tt"'01·ia da auib11ição da lidtrança /((Iria qut ,li;, qu.t o /i1ltrn11(a i simplw,1tt1tt uma atribuiçilo qur as /1'JSl)aJ conrrdc,n a outros ü1dh•i1/uQJ, 38·1 ~rt--oria da .iutoclc tc rntinaçào lrori11 dr J11olirv1;do qur lida co,11 OI efti{()J ba,ific(JJ da 11WIÍtVJ(ilo inlrinj«tt e rom 01 eftitos 11«iroj·da nwhiVl(i'i<> rrtrl,1J«o. 203

        'íool'ia da ::t.l1tocíi(~aci~. 209·2 l l Trori:i da ::iv:.tli~çil<> cogniliv::i l'Mba da 1(1.mo da (11Jl()(Ítfrr1ni11a(iJQ que ojir,no que ,ústi11ar rtco111pnua1 t.rtnnaJ a cQP1/J()rlt1111er1tor qur já.fo1an1 rflmn/1e1u,u!o.t i11frin1«11111n1tt kndt a dilni11uir o nk·,I gt7al dr motô.•11(tio t(IJ(} tlaJ Jlj,an, t·Ut,11 ton1() wntrok. 203 Tro1•ia da tquidack· T('oria qut dtfcndt qu(~ os indi\'íduos conlp!.lra1n C)ÍOl"(1)S re:ili;,..11doli e :Lc, rccontpcn~-.s ob1idas de seu 1rabalho tQn1 a<1u('l<:s dt o utros fi.1ncio1uírios e respondc1n de 111a1u~irà ~1ê li1oin.tr <1uais<1ut•r i1tjusli(·:t.s pértcbicl.18, 213. 2 l 3q, 221. 55 1

        ·rtoria da cquid:i.dt\ 195, 2 12-2 17, 219. 220. 22 1. 22·1, 55·1

        Glindice

        unl S-\IJ>t'rior a que1n Sé 1'\"pon.3r d irc1,uncnto. ,173 Ulilit~risn,o 0JfY<1II(fil1J11Jjico qu( sustn,ta

        q1tt tu d«uõts cornlas sifo oq11.1fas W11111dn.r no ~t,11ído ,lt propt,rrio,u,, ,110Í1Jt uli/Ulmlt pam o n,aior 11tín1no dt fx..uoo.t, 178

        oontingcnci:,is Fr,u,re.s s.ituaci(!nqis: <.:t1riá.:-eiJ qur 1nodrra,n a rrla,,io n1/rr du,1.1

        da t,•\'idência confirnl:;idor.1, J72 d<\ co.-nprt~ns.lo tardia ímdh,rí'o "

        ou ,,,ois r'Oriár-tis, 12, 28. 36::>. 368

        Mlu.1r qut so6iamw ,u11«ipodo,;,m11 o

        Fi1teTQ-t/tmv que u pl(ltndt t\p/i((lr o,, 1,m·« r que siJ(t efrJadM pt,r olgrt111 011trojillor(i·ariãr,,-f indtpnulrnlt},

        rr.sJtliado de 11111 n'nrlo depoi.1 dt (/l' lt"t

        dcpcndtnt(•:-.

        l>Cf!rtid1J, 17~ da ~ falort.t i11lr:n1os r tol,xnrm, a culpa dos

        22, 25, 221, 604

        V Validade, 101, 149, 166, 197, 2 19, 366,

        376, s:16, 60.>, 607. 609 \ ':tlOr(..'S ~ncinL, Jálot(;f Mi.tos ou don1i11a11lll q1tt sikl romptulil/ttulós /NJI /()(/(1 a o,~ni~tr( i I Liitn.1n1(· ntai~ •\ lodos preftrfltriaU dt UNl1ptlft(tJll,fl/(() '1"11 ()$ llt(;()S /K)f(f S( thq!;(lr tis rr1tlaJ dos iwlorr.s Urn1i11ais, 139 v:,tol'\'S tcr1ninais (:OOJl{«~ d, t.\·i.,Ji,l(,'o d,sqmvi, rrladmuulas â.r ,nrtn.r t/lU' u111n jla.foa ~latia ,Ir alÍ11f<ÍI' dura,11< S1«11. ida, 139 \ ':,lorc..-s C()11rir;ik.s bdsiras dr qut um 1110(/q tJJ'ltcljiro dt ro11duta ~, urna rondi(
        l10 ,11Mo
        d,·finic;ào. -1-~1

        633

        indC'pcndC'ntcs Suposta ,au.sa d,- aig,ona 111udn11ra t111 1111u1 roritli'fl drjkt1dn1/(.. 26. 21, f,0.1 nó nh,:I indi,~du.11, 26 no nívc·I de g111po. 26 no nívtl de sistc111a 01,g.-tnizacional, 26

        1nodcraclo1·as... 69. 213, de d<:st111penho, IO·•

        do processo, 30·1 f>e.-:~1)ais.., ·139, ·l·IOí. l-11 éSIJ'lll U1'aÍS,

        .ji8

        \ 'arit'
        \''idl.-'OCOnfi·rênda. 302. 303. 33-l, 338-339 \ fié-s t"SéS)

        de ~ncorngern, 1i2. 450.·l51 dt di$ponibilid::1ck lt11d(1trio drj,tfgar

        a., tofras f(f1ti boJt ,i(LJ ;tyorma((l(.s mqis jãcihn,1111 tliJpo,1íé'ffs, 1i2

        Jrat,IJJOJ c111fatorts

        182, 5•16

        '"""'°'' 163, 1i6,

        \ 'is.1o Estral~io á l~lf> p,a~o pan, ttlt1.t11(af Ul'II ()JI i·dri.tJS QDj(IÍl'()s, 3i l Visào i1uer.H.'ióoista dt 001\llito lir11(a dt quç o C()l'tjlito f ,um apmo.f u,u,,forca positico r,,r uni grujl(). 111111 al,Jo/ul1unr11le 11t(tJSdri& para q111 .stll dt.stn1prnl10 J4t, ef,t(I(., ~37 \ 'i$..iO traclicic,11aJ cl1• t:011fli1<> (:r"rfa dequ( l(J(Ío u,,,jlito I ,lisfu111wnal, d(re Jl"I' <::itado a todo ntJlo. ·13 7 \ 'isualizaçào <:S)>.'\Cfr1.I. 49. +~><1 Vi1alid.;1dc·, 20, SI~. Sl6

        ''oz

        lltJf>OSl(I (I ÍnJaii.Jfa(àO t l'J!l't.SJó jJ(Jt' 11/(ÍO

        de 1t11/()li1vu oth·as t twutntlllws de mtllwrar OJ w,d,(6t.t de t,obo/1,o, 78

        w f Iõndnlir /}(rro11nt/ ltJI, 50

        ,

        PAGINA EM BRANCO

        ,

        PAGINA EM BRANCO

  • Related Documents


    More Documents from "Winne Domingues"

    January 2021 2
    February 2021 4
    February 2021 1
    March 2021 0