Mestre De Obras Modulo Ii- Escola Tecmatic

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MESTRE DE OBRAS MÓDULO II – LEITURA E INTERPRETAÇÃO DE DESENHO

“Onde quer que haja mulheres e homens,há sempre o que fazer, há sempre o que ensinar, há sempre o que aprender.” Paulo Freire

LEITURA E INTERPRETAÇÃO DE PROJETOS Introdução Os profissionais da área da construção civil, constantemente deparam-se com projetos executivos: elétricos, hidráulicos, arquitetônicos, estruturais etc. Contudo, nem todos se encontram aptos a interpretar corretamente as informações ali contidas.

Diante do crescimento da necessidade de profissionais qualificados para atender a demanda de mercado, estamos introduzindo na grade de cursos de Mestre de Obras, esta matéria que busca sanar as principais dúvidas dos profissionais, quanto à leitura e interpretação dos projetos.

Não pretendemos ensinar os profissionais como projetar, pois essa possibilidade requer uma base de conteúdos mais sólida e um curso de maior carga horária, entretanto pretendemos que ao final o profissional seja capaz de entender as informações contidas no projeto e aplicálas corretamente durante o processo de execução.

Objetivos Capacitar o profissional para: 1. Interpretar corretamente as informações contidas em um projeto executivo. 2. Ser capaz de: a partir da leitura correta do projeto, executar com eficiência o que está projetado. 3. Reconhecer a importância de se cumprir fielmente cada etapa de um projeto. Vamos utilizar um projeto simples de uma pequena residência, que será a nossa referência do curso.

Com Conceitos Fundamentais Escala Escala é a relação entre a medida de um objeto ou lugar representado no papel e sua medida real, ou seja, é a relação que indica a proporção entre cada medida do desenho e a sua dimensão real no objeto. Prédios muito longos ou grandes extensões urbanizadas em geral são desenhados nas escalas de 1:500 ou 1:1000.

Para projeto pequeno desenhado na escala de 1:100 (ou 1/100) talvez possa utilizar uma prancha A4 ou A3. A designação completa de uma escala deve consistir na palavra “ESCALA”, seguida da indicação da relação: •ESCALA 1:1, para escala natural;

•ESCALA X:1, para escala de ampliação (X > 1); •ESCALA 1:X, para escala de redução (X > 1).

Quando for necessário o uso de mais de uma escala na folha de desenho, além da escala geral, estas devem estar indicadas junto à identificação do detalhe ou vista a que se referem; na legenda, deve constar a escala geral. E

d 1  D N

d 1 Seja: E   D N

Onde,

•E = é a escala; •d = distância medida no desenho; •D = distância real (do objeto, peça, estrutura, etc.). •N = é o módulo da escala.

Uma escala de 1:500 informa que, o comprimento de um segmento representado em uma planta, equivale a quinhentas vezes este comprimento no campo. Exemplos: •1m em planta representa uma linha de 500m no terreno. 1m 1 E   D  1m  500  500m D 500

•10 cm em planta representam uma linha de 5.000cm (= 50m) no terreno. 10cm 1 E   D  10cm  500  5000cm D 500

Escalas Recomendadas •Escala 1:1, 1:2, 1:5 e 1:10 - Detalhamentos em geral; •Escala 1:20 e 1:25 - Ampliações de banheiros, cozinhas ou outros compartimentos; •Escala 1:50 - É a escala mais indicada e usada para desenhos de plantas, cortes e fachadas de projetos arquitetônicos; •Escala 1:75 - Juntamente com a de 1:25, é utilizada apenas em desenhos de apresentação que não necessitem ir para a obra;

•Escala 1:100 - Opção para plantas, cortes e fachadas quando é inviável o uso de 1:50. Plantas de situação e paisagismo. Também para desenhos de estudos que não necessitem de muitos detalhes; •Escala 1:175 - Para estudos ou desenhos que não vão para a obra; escala 1:200 e 1:250- Para plantas, cortes e fachadas de grandes projetos, plantas de situação, localização, topografia, paisagismo e desenho urbano;

•Escala 1:500 e 1:1000 - Planta de localização, paisagismo, urbanismo e topografia; •Escala 1:2000 e 1:5000 - Levantamentos aerofotogramétricos, projetos de urbanismo e zoneamento.

Escalímetro É um instrumento na forma de um prisma triangular que possui 6 réguas com diferentes escalas. É utilizado para medir e conceber desenhos em escalas ampliadas ou reduzidas. Se, por exemplo, for usar a escala 1:100 significa dizer que cada medida representa uma 100x maior na medida real, ou seja: 4 cm são, na escala real, 400 cm (4x100) ou 4 m.

Na escala 1:75 cada medida representa uma 75x maior na medida real, ou seja: 4 cm são na escala real 300 cm (4x75) ou 3 m. Na dúvida, para representar uma medida de 4 m: •Com o escalímetro basta pegar a face com a escala desejada e marcar 4; •Sem o escalímetro, faça a regra de 3:

•1:100 - 1 está para 100, então x estará para 400, x=4 •1:75 - 1 está para 75, então x estará para 400, x=5,3 Exemplos de escalas: •Escala 1:100 (1cm no desenho representa 1m real). •Escala 1:50 (2cm no desenho representa 1m real). •Escala 1:20 (5cm no desenho representa 1m real).

Traços Os traços de um desenho normatizado devem ser regulares, legíveis (visíveis) e devem possuir contraste uns com os outros. Esses traços possuem espessuras para cada tipo de utilização (não vai ser objeto de estudo nosso, pois só serve para o desenhista), além de seus tipos que podem ser:

Normas •Principais normas envolvidas nesta documentação:

•NBR-10647 – Norma Geral; •NBR-8196 – Escalas; •NBR-8402 – Escrita; •NBR-8403 – Tipos de linha; •NBR-10068 – Folhas de Desenho; •NBR-10126 – Cotagem; •NBR-13142 – Dobramento de cópias.

LINHAS DE COTA NBR – 10126 Representação gráfica das dimensões no desenho técnico de um elemento, através de linhas, símbolos, notas e valor numérico numa de medida. Elementos gráficos para representação de cotas:

FORMATO DO PAPEL As Normas Brasileiras de Desenho Tecnico estabelecem como padrão a série “A”. A NBR 10.068 tem o objetivo de padronizar as dimensões, layout, dobraduras e a posição da legenda, garantindo desta forma uniformidade e legibilidade. Essa série tem como base o formato A0, cujas dimensões guardam entre si a mesma relação que existe entre o lado de um quadrado e sua diagonal, e que corresponde a um retângulo de 1m².

PROJEÇÕES ORTOGONAIS Em desenho técnico, projeção é a representação gráfica do modelo feito em um plano. Existem varias formas de projeção, entretanto a ABNT adota a PROJEÇÃO ORTOGONAL, por ser a representação mais fiel à forma do modelo.

REBATIMENTO dos três planos de projeção: Quando se tem a projeção ortogonal do modelo, o modelo não é mais necessário e assim é possível rebater os planos de projeção.

Com o rebatimento, os planos de projeção, que estavam unidos perpendicularmente entre si, aparecem em um único plano de projeção. Pode-se ver o rebatimento dos planos de projeção, imaginando-se os planos de projeção ligados por dobradiças. Conforme a seguir:

Agora imagine, que o plano da Vista Frontal fica fixo e que os outros dois planos de projeção giram um para baixo e outro para a direita, conforme as seqüências a seguir:

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