Patologias - Parte 1

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Patologia das Construções: Como evitar

Prof. Eng. Alexandre Tomazeli

www.institutopini.pini.com.br

Patologia em fachadas de edifícios BREVE HISTÓRICO

As estruturas e o seu material constituintes concreto armado, alvenarias e revestimentos, assim como as criaturas humanas, podem padecer de males congênitos e adquiridos, bem como sofrer acidentes durante a vida, ou prolongarem seus aspectos estéticos, desde que tomados os devidos cuidados (manutenções).

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Patologia em fachadas de edifícios Segundo Banduk, as anomalias em revestimentos externos advêm: A – Por parte dos construtores: Deficiências técnicas muitos grandes, insensibilidade no desenvolvimento e na necessidade de projetos específicos para fachadas, fachada considerada como produto decorativo e não de Engenharia; B – Por parte dos fabricantes: Deficiências no conhecimento do revestimento na fachada como um conjunto integrado às suas bases, de pesquisa e desenvolvimento, pouca preocupação com a capacitação e certificação de aplicadores, produção de argamassas de baixo desempenho, propriedades confiáveis e ineficazes;

Patologia em fachadas de edifícios C – Fabricantes de resinas: Deficiência enorme no conhecimento sobre o comportamento dos revestimentos, inexistência de pesquisa do desempenho dos seus produtos, não sabem como deve ser a aplicação de seus produtos e produtos de qualidade duvidosa. D – Fornecedores de serviços de aplicação: Deficiência muito grande no conhecimento do comportamento dos revestimentos, práticas atrasadas e muitas vezes erradas que comprometem o desempenho do revestimento, pouco preocupados com o treinamento da mão de obra, segurança e higiene do trabalho. E – Projetistas, consultores e pesquisadores: Deficiência no conhecimento sobre o funcionamento e comportamento dos revestimentos, Deficiência de pesquisa, pesquisas centradas no comportamento da argamassa e não no revestimento como um todo, pouco concenso do que deve ser um “projeto de revestimento”.

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Patologia em fachadas de edifícios RAF : Revestimento Argamassado de fachadas: 1 – BASE CONCRETO OU ALVENARIA. 2 – CHAPISCO (V.O.) OU INDUSTRIALIZADO. 3 – EMBOÇO (MASSA GROSSA) OU MASSA ÚNICA. 4 – ACABAMENTO FINAL.

RCF : Revestimento Cerâmico de fachadas: 1 – BASE CONCRETO OU ALVENARIA. 2 – CHAPISCO (V.O.) OU INDUSTRIALIZADO. 3 – EMBOÇO (MASSA GROSSA) OU MASSA ÚNICA. 4 – ARGAMASSA COLANTE. 5 – PLACAS CERÂMICAS E REJUNTE.

Patologia em fachadas de edifícios Conceitos básicos sobre argamassas: 

As argamassas são compostas por um ou mais aglomerantes, agregados miúdos, água e, eventualmente, aditivos, fibras e adições.



As propriedades das argamassas dependem das qualidades e quantidades de seus componentes.



Quanto a fabricação (produção) elas podem ser preparadas em obra ou industrializadas.

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Patologia em fachadas de edifícios As argamassas tradicionais preparadas em obra podem ser: - de cimento (aglomerante hidráulico) – chapisco; - de cal (aglomerante aéreo) – reboco interno; - mistas (de cimento e cal) – assentamento e revestimento. OBS.: À estas argamassas poderão ser adicionados aditivos (retentores de água, incorporadores de ar, polímeros adesivos etc) ou adições (fibras, pozolanas, filler etc).

Patologia em fachadas de edifícios Argamassas industrializadas (pré dosadas) são produzidas em plantas industriais, fora do canteiro de obra. Elas podem ser classificadas em: • Argamassas secas; •

Argamassas úmidas.

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Patologia em fachadas de edifícios •

Quanto a forma de entrega no canteiro: a) Ensacadas:

a) Bags:

Patologia em fachadas de edifícios •

Classificação das Argamassas Secas: C )Silos.

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Patologia em fachadas de edifícios Classificação das Argamassas Secas: • Quanto as funções: a) Adesivas; b) Revestimentos; c) Assentamentos; d) Pisos. Classificação das Argamassas Secas: •

Quanto aos tipos: a) Argamassa adesiva; b) Chapiscos colantes ou tradicionais; c) Reboco (massa fina); d) Emboço (massa grossa); e) Massa Única; f) Regularização de pisos. pisos.

Patologia em fachadas de edifícios

FENÔMENOS PATOLÓGICOS.

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Patologia em fachadas de edifícios

A norma ABNT NBR 13749/96 - Revestimento de paredes e tetos de argamassas inorgânicas – Especificação, no seu anexo A classifica alguns fenômenos patológicos nas argamassas de fachadas, tais como fissuras mapeadas e fissuras geométricas

Patologia em fachadas de edifícios

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Patologia em fachadas de edifícios Fissuras Mapeadas Conforme a norma NBR 13749/1996, Revestimentos de paredes e tetos de argamassa inorgânicas. Especificaçãos, (anexo A fenômenos patológicos). Podem formar-se por retração da argamassa, por excesso de finos no traço, quer sejam de aglomerantes, quer sejam de finos no agregado, ou por excesso de desempenamento. Em geral, apresentam-se em forma de mapa ou teia de aranha.

Patologia em fachadas de edifícios 1.1 – Pela perda de água para as bases e/ou meio ambiente: A – Espessuras insuficiente da argamassa de emboço < 20mm:

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Patologia em fachadas de edifícios B – Falhas de preparo da argamassa:

Preparo inadequado da argamassa, principalmente as industrializadas.

Patologia em fachadas de edifícios C – Da deficiência da Cal Hidratada industrializada: A hidratação do óxido de magnésio (MgO) é lenta e pode não ocorrer de forma plena durante a fase de fabricação (extinção) da cal hidratada. Caso a hidratação seja mal executada ou incompleta, parte do óxido de magnésio estará presente na cal hidratada. A presença de óxidos não hidratados dentro da cal hidratada pode provocar pipocamento, fissuras e desplacamentos no revestimento aplicado, pois estes óxidos reagem com a água de amassamento utilizada no preparo das argamassas, provocando assim, aumento de volume no revestimento ou assentamento já aplicado. SOLUÇAO: Hidratar a cal mergulhada em água por no mínimo 72 horas (denominada cal “massa ou cal morta”).

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Patologia em fachadas de edifícios E – Falta de uniformidade na granulometria dos agregados fornecidos à obra. • (areia mais fina) maior área específica resulta maior consumo de água. • Conceito de superfície específica, quanto menor o diâmetro maior o consumo de água de amassamento, maiores retrações por secagem.

Patologia em fachadas de edifícios Prováveis causas das origens da retração da argamassa de emboço: G – Deficiência dos aditivos retendores de água no caso de argamassas industrializadas ou viradas na obra: - Éteres de celulose (em pó): Ao entrar em contato com a água utilizada no preparo da argamassa, se solubilisa e cria uma “rede” no formato de “teia de aranha” em que as moléculas de água ficam presas (dosagem cuidadosa pois se em excesso podem provocar fissuras a fresco na argamassa aplicada). Este produto não cria película do tipo filme.

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Patologia em fachadas de edifícios Prováveis causas das origens da retração da argamassa de emboço: G – Deficiência dos aditivos retendores de água no caso de argamassas industrializadas: Metil hidroxi propil celulose puro (MHPC) : - Pó branco com boa solubilidade na água. Ele tem o espessamento, aderência, dispersão, emulsificante, filme, suspensa, adsorção, gel, e protetivas colóide propriedades de atividade de superfície e manter a umidade

Patologia em fachadas de edifícios Prováveis causas das origens da retração da argamassa de emboço: G – Deficiência dos aditivos retendores de água no caso de argamassas industrializadas:

Acetado de vinil Etileno: Polímero em pó redispersível flexível, utilizado em compostos cimentícios resultando em propriedades como flexibilidade, adesão, resistência à tração/ compressão, deformação.

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Patologia em fachadas de edifícios Prováveis causas das origens da retração da argamassa de emboço: H – Deficiência dos aditivos retendores de água no caso de argamassas viradas na obra (V.O.): - Aditivos base PVA ou Acrílicos:

Patologia em fachadas de edifícios I – Deficiência no equipamento de mistura:

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Patologia em fachadas de edifícios J – Uso de fibras potencializam a resistência à tração: As fibras aumentam a resistência à tração da argamassa diminuindo os quadros de fissuração tanto por retração quanto por movimentação das bases. As principais fibras utilizadas nas argamassas são: - Fibras de vidro álcali-resistente; - Fibras de polipropileno; - Fibras de Nylon;

Patologia em fachadas de edifícios K – Ausência de cura: -A

ABNT NBR7200/1998 - Execução de revestimentos de paredes e tetos de argamassas inorgânicas – Procedimento , no item 9.1.3, especifica o que segue:

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Patologia em fachadas de edifícios

FISSURAS GEOMÉTRICAS

Patologia em fachadas de edifícios 1.0 – Fissuras situadas na região de fixação da alvenaria ao fundo das vigas de periferia das fachadas nos últimos pavimentos: A – Sintomatologia:

- Fissuras na região de fixação da alvenaria às vigas das fachadas.

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Patologia em fachadas de edifícios 1.0 – Fissuras situadas na região de fixação da alvenaria ao fundo das vigas de periferia das fachadas nos últimos pavimentos: C – Como evitar: C.1 - É recomendado que a argamassa de revestimento externo das fachadas, o longo da região de fixação entre viga e alvenaria nos últimos três andares tipos, seja reforçada com tela metálica galvanizada adequada, para sistema RAF (acabamento sem cerâmica), conforme a norma ABNT NBR 7200/1998, tal como ilustra abaixo trecho da norma:

Patologia em fachadas de edifícios 1.0 – Fissuras situadas na região de fixação da alvenaria ao fundo das vigas de periferia das fachadas nos últimos pavimentos: C – Como evitar:

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Patologia em fachadas de edifícios 1.0 – Fissuras situadas na região de fixação da alvenaria ao fundo das vigas de periferia das fachadas nos últimos pavimentos: C – Como evitar: Proteção térmica na laje de cobertura:

Patologia em fachadas de edifícios 2.0 – Fissuras na região de fixação da alvenaria ao fundo das vigas de periferia das fachadas ao longo dos pavimentos: A – Sintomatologia:

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Patologia em fachadas de edifícios 2.0 – Fissuras na região de fixação da alvenaria ao fundo das vigas de periferia das fachadas ao longo dos pavimentos: B - Origens: Falhas no preenchimento da argamassa de fixação. Inexistência de reforço no emboço na região de fixação.

Patologia em fachadas de edifícios 2.0 – Fissuras na região de fixação da alvenaria ao fundo das vigas de periferia das fachadas ao longo dos pavimentos: C – Como evitar?: Nas fixações (“encunhamentos”) com lajes ou vigas superiores, após limpeza e aplicação de chapisco no componente estrutural, o preenchimento deve ser feito com argamassa de baixo módulo de deformação, (“massa podre”). Cria-se assim uma espécie de “colchão deformável”, amortecedor das deformações estruturais que seriam transmitidas à parede.

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Patologia em fachadas de edifícios 2.0 – Fissuras na região de fixação da alvenaria ao fundo das vigas de periferia das fachadas ao longo dos pavimentos: C – Como evitar?

Patologia em fachadas de edifícios 2.0 – Fissuras na região de fixação da alvenaria ao fundo das vigas de periferia das fachadas ao longo dos pavimentos: C – Como evitar?

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Patologia em fachadas de edifícios 2.0 – Fissuras na região de fixação da alvenaria ao fundo das vigas de periferia das fachadas ao longo dos pavimentos: C – Como evitar?

Patologia em fachadas de edifícios 3.0 – Fissuras na região de amarração das alvenarias aos pilares: A - Sintomatologia:

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Patologia em fachadas de edifícios 3.0 – Fissuras na região de amarração das alvenarias aos pilares: B - Origens: Nas ligações das alvenarias com a estrutura devem ser considerados os gradientes térmicos nas fachadas, as dimensões dos panos e a flexibilidade da estrutura.

Detalhe dos esforços da movimentação higrotérmica entre alvenaria e pilar.

No assentamento, os blocos devem ser fortemente pressionados contra o pilar, resultando refluxo de argamassa e total compacidade da junta.

Patologia em fachadas de edifícios 3.0 – Fissuras na região de amarração das alvenarias aos pilares: B – Origens: USO INDEVIDO DE CHAPISCO ROLADO.

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Patologia em fachadas de edifícios 3.0 – Fissuras na região de amarração das alvenarias aos pilares: C – Como evitar?

IMPORTANTE: ATENÇÃO PARA DETALHE DE AMARRAÇÃO DAS ALVENARIAS NAS VIGAS (PREVER LIGAÇÃO COM TELA EM TODAS AS FIADAS)

Patologia em fachadas de edifícios 3.0 – Fissuras na região de amarração das alvenarias aos pilares: C – Como evitar? Inexistência de reforço no emboço na região de fixação.

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Patologia em fachadas de edifícios 4.0 – Fissuras junto às quinas das aberturas (“bigode”): A – Sintomatologia:

Patologia em fachadas de edifícios 4.0 – Fissuras junto às quinas das aberturas (“bigode”): C – Como evitar: Viga Argamassa de fixação (encunhamento) 2 a 3 cm

Tela eletrosoldada de arame galvanizado. # 25mm x 25 mm

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Patologia em fachadas de edifícios 4.0 – Fissuras junto às quinas das aberturas (“bigode”): C – Como evitar:

Patologia em fachadas de edifícios 4.0 – Fissuras junto às quinas das aberturas (“bigode”): B – Inexistência de “vergas” e “contra-vergas”:

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Patologia em fachadas de edifícios 4.0 – Fissuras junto às quinas das aberturas (“bigode”): B – Uso indevido de pré-moldado em “quinas”: Neste caso, devido a facilidade ergonômica (peças mais leves), a redistribuição de carga para a base da abertura, através dessas peças pré-moldadas separadas, não é feita com a mesma eficiência das contra-vergas contínuas. Pode-se verificar o destacamento dos tramos pré-moldados e elementos de alvenaria, fissurando o revestimento de argamassa junto às quinas e ao longo da região central do vão da janela.

Patologia em fachadas de edifícios 4.0 – Fissuras junto às quinas das aberturas (“bigode”): B – Uso indevido de pré-moldado em “quinas”:

Trinca entre o pré-moldado e alvenaria

Trinca no meio do vão da janela.

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Patologia em fachadas de edifícios 4.0 – Fissuras junto às quinas das aberturas (“bigode”): B – Inexistência de “vergas” e “contra-vergas”:

Patologia em fachadas de edifícios 5.0 – Fissuras nas platibandas dos edifícios e muros de divisa: A – Sintomatologia: “As platibandas, em função da forma geralmente alongada, tendem a comportar-se como os próprios muros de divisa; Normalmente surgirão fissuras (...) caso não tenham sido projetadas juntas ao longo da platibanda. As movimentações térmicas diferenciadas entre a platibanda e o corpo do edifício poderão resultar ainda no destacamento da platibanda e na formação de fissuras inclinadas nas extremidades desse corpo.” Fonte: Trincas em Edifícios, eng. Ercio Thomaz

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Patologia em fachadas de edifícios 5.0 – Fissuras nas platibandas dos edifícios e muros de divisa: B – Origem e como evitar: A fim de evitar-se fissuras e desplacamentos provocados por movimentações higrotérmicas dos materiais, recomenda-se a execução das juntas de controles em paredes que forem muito longas ou enfraquecidas pela presença de vãos de portas e janelas.

Patologia em fachadas de edifícios 5.0 – Fissuras nas platibandas dos edifícios e muros de divisa: B – Origem e como evitar: Para revestimento de argamassa. - Executar juntas de controle; - No caso de platibandas pode-se executá-la em concreto armado.

A espessura das juntas de controle devem ter aproximadamente 1,5 a 2 cm

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Patologia em fachadas de edifícios 5.0 – Fissuras nas platibandas dos edifícios e muros de divisa: B – Origem e como evitar: Para revestimento de argamassa.

Patologia em fachadas de edifícios 6.0 – Fissuras e desplacamento das argamassas de regularização dos topos de muros e platibandas: A – Sintomatologia: Por deficiência de aderência desta argamassa de regularização com a base, aliada a argamassa permeável, com higroscopia alta.

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Patologia em fachadas de edifícios 6.0 – Fissuras e desplacamento das argamassas de regularização dos topos de muros e platibandas: B – Como evitar: Emprego de argamassa com aditivo acrílico e reforçada com tela metálica sobre ponte de aderência de “boiaca” de cimento CPII-F-32 e PVA.

Patologia em fachadas de edifícios 7.0 – Desplacamento de revestimentos de peitoris: A – Sintomatologia: Deficiência do preparo da base de alvenaria – limpeza

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Patologia em fachadas de edifícios 7.0 – Desplacamento de revestimentos de peitoris: C – Como evitar?

Patologia em fachadas de edifícios 7.0 – Desplacamento de revestimentos de peitoris: C – Como evitar? No caso de pingadeira reforçar com tela metálica e argamassa mais plástica.

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Patologia em fachadas de edifícios 8.0 – Desplacamento de fundo de vigas: A – Sintomatologia:

Patologia em fachadas de edifícios 8.0 – Desplacamento de fundo de vigas: B – Causas: - Falha de preparo de base (não lixamento do concreto); - Inexistência de chapisco adesivo; - Espessura acima de 50mm; - Uso indevido de pó de cimento; - Uso indevido de gesso para pega rápida.

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Patologia em fachadas de edifícios 8.0 – Desplacamento de fundo de vigas: C – Como evitar?

Patologia em fachadas de edifícios 8.0 – Desplacamento do revestimento de argamassa: A – Sintomatologia:

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Patologia em fachadas de edifícios 8.0 – Desplacamento do revestimento de argamassa: B – Causas e como evitar: FALHAS DE PREPARO DE PASE. As principais patologias de revestimento que ocorrem sobre as bases de concreto advêm da limpeza incorreta de resíduos de desmoldantes e acúmulos de nata provenientes da fase da execução de estrutura.

Assim, a superfície deverá ser escovada energicamente com escovas dotadas de cerdas de aço, se possível mecanicamente (ver figura) e/ou apicoadas com ferramentas apropriadas. Toda superfície contaminada por desmoldante e outras impurezas deve ser rigorosamente limpa. A superfície do concreto, após esta operação, deve apresentar os poros abertos, tornando-se mais áspera, o que potencializa a microancoragem e a macroancoragem.

Patologia em fachadas de edifícios 8.0 – Desplacamento do revestimento de argamassa: B – Causas e como evitar:

Nata de cimento da desforma.

Concreto liso sem rugosidade.

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Patologia em fachadas de edifícios 8.0 – Desplacamento do revestimento de argamassa de emboço: B – Causas e como evitar: USO INDEVIDO DE CHAPISCO SOBRE CONCRETO

Não uso de chapisco adesivo e os “Cordões ” do chapisco na Longitudinal com excesso de água.

Patologia em fachadas de edifícios 8.0 – Desplacamento do revestimento de argamassa de emboço: B – Causas e como evitar: FALTA DE CURA DO CHAPISCO VIRADO EM OBRA

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Patologia em fachadas de edifícios 8.0 – Desplacamento do revestimento de argamassa de emboço: B – Causas e como evitar: USO DE CIMENTOS INDEVIDOS NO CHAPISCO VIRADO EM OBRA: Na preparação dos chapiscos recomenda-se evitar a utilização de cimento de alto forno (CP III) ou pozolânico (CP IV). Estas adições que tem reações lentas, precisam de água para o seu endurecimento, com ou sem a ação do C-S-H do cimento portland. Pelo fato do chapisco ser aplicado em fina camada, ocorre rápida evaporação de água de amassamento, não havendo tempo para as reações de hidratação da escória e da pozolana. Deve-se preparar chapiscos virado na obra com cimento CPII F 32 ou CPII E 32, sempre aditivados base celulose ou acrílica.

Patologia em fachadas de edifícios 8.0 – Desplacamento do revestimento de argamassa de emboço: B – Causas e como evitar: Grandes espessuras do emboço (desaprumo da estrutura).

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Patologia em fachadas de edifícios 8.0 – Desplacamento do revestimento de argamassa de emboço: B – Causas e como evitar: Dupla camada úmida sobre seca:

Na aplicação de uma camada de emboço sobre uma camada já curada, devesempre umidecer a base com água, de modo a evitar que a base seca absorva a água da argamassa no estado plástico, impedindo a hidratação adequada docimento nesta interface, fragilizando a aderência entre as camadas.

Patologia em fachadas de edifícios 8.0 – Desplacamento do revestimento de argamassa de emboço: B – Origens e como evitar: REFORÇOS COM TELAS ANCORADAS ÀS BASES INCORRETOS:

Tela de reforço encostada na base.

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Patologia em fachadas de edifícios 8.0 – Desplacamento do revestimento de argamassa de emboço: B – Causas e como evitar: 1ª Opção:

Patologia em fachadas de edifícios 9.0 – Uso indevido de gesso na argamassa: A – Sintomatologia: Fissuras e desplacamento nas regiões de requadração de janelas, quinas das fachadas, fundo de vigas de beirais, varandas e trechos onde o emboço encontra-se espesso. Emprega-se a pulverização do gesso, para que o emboço Nos trechos espesso “puxe” mais rápido, podendo-se aplicar nova camada sobre a 1ª, e também pode dar o acabamento.

ESTA PRÁTICA CRIMINOSA É MAIS COMUM DO QUE SE IMAGINA.

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Patologia em fachadas de edifícios 9.0 – Uso indevido de gesso na argamassa: A – Sintomatologia:

Patologia em fachadas de edifícios 9.0 – Uso indevido de gesso na argamassa: C – Como evitar: - TREINAMENTO DA MÃO DE OBRA; - VALORIZAÇÃO DA EQUIPE; - FISCALIZAÇÃO CONTÍNUA POR PARTE DA EQUIPE TÉCNICA DA OBRA.

D – Como corrigir: Não tem cura, esperar manifestar-se e recompor a argamassa e o acabamento final.

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Patologia em fachadas de edifícios 10.0 – Aplicação de pó de cimento sobre camadas: DESPLACAMENTOS

Desplacamento do emboço pelo uso indevido de pó de cimento.

Patologia em fachadas de edifícios 11.0 – Desplacamento por corrosão das armaduras: A – Sintomatologia:

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Patologia em fachadas de edifícios 11.0 – Desplacamento por corrosão das armaduras: B – Causas: - Não atendimento as condições de durabilidade impostas nas normas ABNT NBR 12655/2006 e ABNT NBR 6118/2014; - Maior porosidade do concreto por deficiência de cura; - Outros quesitos à serem mencionados na aula Patologia do concreto armado.

Patologia em fachadas de edifícios 12.0 – Trincas por deformação excessiva de balanços: A – Sintomatologia:

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Patologia em fachadas de edifícios 12.0 – Trincas por deformação excessiva de balanços: B – Como evitar:

Análise da deformabilidade estrutural, e quando não possível, a execução de tirantes ou pilaretes na alvenaria junto às quinas dos balanços para minimizar as deformações.

Patologia em fachadas de edifícios 12.0 – Trincas por deformação excessiva de balanços: B – Como evitar?

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Patologia em fachadas de edifícios 13.0 – Fissuras na interface da argamassa de regularização aplicada sobre os topos das vigas de periferia dos terraços (chapins): A – Sintomatologia:

Patologia em fachadas de edifícios 13.0 – Fissuras na interface da argamassa de regularização aplicada sobre os topos das vigas de periferia dos terraços (chapins):

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Patologia em fachadas de edifícios 14.0 – Ruptura de molduras e cornijas em EPS: A – Sintomatologia:

Patologia em fachadas de edifícios 14.0 – Ruptura de molduras e cornijas em concreto: B – Como evitar? Aderir com ACIII em demãos cruzadas aplicado com desempenadeira denteada 6mm x 6mm e tela de nylon com impermeabilizante cimentício semi flexível.

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Patologia em fachadas de edifícios 15.0 – Fotografia das juntas dos blocos nos revestimentos externos: A – Sintomatologia:

Patologia em fachadas de edifícios 15.0 – Fotografia das juntas dos blocos nos revestimentos externos: C – Como evitar? As juntas de assentamento tem por objetivo solidarizar os elementos de alvenaria, e facilitar a redistribuição de tensões provenientes de cargas verticais ou introduzidas por deformações estruturais e movimentações higroscópicas.

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Patologia em fachadas de edifícios 15.0 – Fotografia das juntas dos blocos nos revestimentos externos: C – Como evitar? Segundo Sabattini(1), “as funções primárias das juntas de argamassa de assentamento são: - Unir solidariamente os componentes de alvenaria (blocos ou tijolos); - Distribuir uniformemente as cargas atuantes por toda a área resistente dos blocos; - Absorver as deformações naturais a que a alvenaria estiver sujeita; - Selar as juntas.

Patologia em fachadas de edifícios 15.0 – Fotografia das juntas dos blocos nos revestimentos externos: C – Como evitar? As paredes utilizadas como elemento de vedação devem possuir características técnicas que são: · Resistência mecânica · Isolamento térmico e acústico · Resistência ao fogo · Estanqueidade · Durabilidade Atender a ABNT NBR 15575/2013.

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Patologia em fachadas de edifícios 16.0 – Excessiva esbeltez da alvenaria de vedação das fachadas: A – Sintomatologia:

Deformação em ambas as direções.

Patologia em fachadas de edifícios 16.0 – Excessiva esbeltez da alvenaria de vedação das fachadas: A – Sintomatologia:

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Patologia em fachadas de edifícios 16.0 – Excessiva esbeltez da alvenaria de vedação das fachadas: A – Sintomatologia:

Patologia em fachadas de edifícios 16.0 – Excessiva esbeltez da alvenaria de vedação das fachadas: A – Sintomatologia: Apoio superior deforma mais que inferior.

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Patologia em fachadas de edifícios 16.0 – Excessiva esbeltez da alvenaria de vedação das fachadas: B – Como evitar?

* Caso esses limites sejam superados, executa-se reforço c/ pilarete.

Patologia em fachadas de edifícios 16.0 – Excessiva esbeltez da alvenaria de vedação das fachadas: B – Como evitar?

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Patologia em fachadas de edifícios 17.0 – Fissuras nas fachadas por execução de juntas a prumo em alvenarias de vedação externa: A – Sintomatologia:

Patologia em fachadas de edifícios 17.0 – Fissuras nas fachadas por execução de juntas a prumo em alvenarias de vedação externa: B – Causas e como evitar: Nos encontros entre paredes (“L”, “T” ou cruz) é sempre desejável as juntas amarradas; recomenda-se o emprego de blocos com comprimentos ou formas adaptados para essas ligações. Quando optar-se por encontros entre paredes com juntas a prumo, uma série de cuidados deve ser prevista: • Maior rigidez dos apoios, • Disposição de ferros ou telas metálicas nas juntas de assentamento, • Embutimento de tela no revestimento, • Cuidados redobrados na compactação da argamassa das juntas horizontais e verticais, Nesse caso a junta deve resultar sempre interna à edificação, desaconselhando-se, fortemente, juntas a prumo nas fachadas.

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Patologia em fachadas de edifícios 17.0 – Fissuras nas fachadas por execução de juntas a prumo em alvenarias de vedação externa: B – Causas e como evitar:

Patologia em fachadas de edifícios 18.0 – Corrosão de peitoris metálicos em varandas: A – Sintomatologia:

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Patologia em fachadas de edifícios

DEMAIS COMPORTAMENTOS ANÔMALOS EM REVESTIMENTOS DE FACHADAS COM ARGAMASSA DE EMBOÇO.

Patologia em fachadas de edifícios 1.0 - EMPOLAS PEQUENAS: Oxidação da pirita presente como impureza no agregado, resultante da formação de gipsita, acompanhada de expansão (o agregado apresenta pontos pretos). Ensaio de recebimento areia.

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Patologia em fachadas de edifícios 2.0 - PULVERULÊNCIA:

Patologia em fachadas de edifícios 2.0 - PULVERULÊNCIA: A pulverulência pode ser causada por: - Excesso de finos no agregado; - Traço pobre em aglomerante; - Carbonatação insuficiente da cal, em argamassa de cal, dificultada por clima seco e temperatura elevada ou por ação do vento; - Deficiência do retentor de água no caso de argamassas industrializadas, resultando em baixa resistência da camada superficial do emboço.

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Patologia em fachadas de edifícios 3.0 – VISÍCULAS: Existência de material pulverulento ou concreções Ferruginosas ou hidratação retardada de óxido de cálcio da cal.

Patologia em fachadas de edifícios 4.0 – PROLIFERAÇÃO DE FUNGOS E SUJIDADES: A – Sintomatologia: Em texturas cimentícias

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Patologia em fachadas de edifícios 5.0 – BAIXA RESISTÊNCIA DE ADERÊNCIA À TRAÇÃO DA ARGAMASSA DE EMBOÇO: A – Analise do ensaio: – NBR 13528/2010 – Revestimento de paredes de argamassas inorgânicas – Determinação da resistência à tração. - 01 lote com 12 testemunhos para cada 100m2 de revestimento de fachada (critério da fiscalização da obra). - Dos 12 testemunhos, 08 devem ter valores maior ou igual ao mínimo estabelecido na tabela abaixo:

Patologia em fachadas de edifícios 5.0 – BAIXA RESISTÊNCIA DE ADERÊNCIA À TRAÇÃO DA ARGAMASSA DE EMBOÇO: A – Análise do ensaio:

Fonte: Dra. Profa. Helena Carasek.

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Patologia em fachadas de edifícios

RECEBIMENTO DO REVESTIMENTO DE FACHADA EM OBRAS NOVAS.

Patologia em fachadas de edifícios 1.0 - Ensaio de auscultação com cordeiro oficial: - Inspeção visual; - Inspeção apartamentos e fachada através das aberturas; - Abertura de “janelas” de inspeção.

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Patologia em fachadas de edifícios 1.0 - Ensaio de auscultação com cordeiro oficial:

Patologia em fachadas de edifícios 1.0 – Aberturas de “janelas” de inspeção: O corte do revestimento deverá ser executado com disco de corte do tipo MAKITA, por toda a espessura do revestimento. A dimensão e configuração destas “janelas” são as indicadas na figura e, como exemplo, as fotografias que seguem:

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Patologia em fachadas de edifícios

CUIDADOS ESPECIAIS NAS ALVENARIAS DE VEDAÇÃO QUE PODEM REFLETIR NA QUALIDADE E GERAR PATOLOGIAS NAS FACHADAS.

Patologia em fachadas de edifícios 1.0 – Recebimento e armazenamento da alvenaria no canteiro: - Cuidados na estocagem: •



Os blocos cerâmicos devem ser estocados em pilhas com altura máxima de 1,80 m. Os blocos de concreto deverão ser empilhados com no máximo 2 pallets sobrepostos, ou quando empilhados manualmente em até 8 fiadas com “juntas amarradas”. Os elementos de alvenaria deverão ficar apoiadas sobre superfície plana, limpa e livre de umidade ou materiais que possam impregnar a superfície dos blocos.

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Recebimento da estrutura para o assentamento da alvenaria: • As lajes, pilares e vigas deverão estar limpos, sem desmoldante, livre de lixiviação, “ninhos de pedra” e corrosão de armaduras.

Recebimento da estrutura para o assentamento da alvenaria: • Realizar a desobstrução e a limpeza do pavimento.

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Recebimento da estrutura para o assentamento da alvenaria: • Lavar com água e escorvar com escova de aço as superfícies de concreto que farão contato com a alvenaria.

Aplicação do chapisco adesivo na estrutura de concreto, nos locais de amarração e fixação da alvenaria :

Aplicar cordões do chapisco na vertical (com desempenadeira dentada)

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Patologia em fachadas de edifícios 2.0 – Ensaio de aceitação da argamassa de assentamento da alvenaria no canteiro:

Patologia em fachadas de edifícios 2.0 – Ensaio de aceitação da argamassa de assentamento da alvenaria no canteiro:

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Patologia em fachadas de edifícios 2.0 – Ensaio de aceitação da argamassa de assentamento da alvenaria no canteiro:

Patologia em fachadas de edifícios 2.0 – Ensaio de aceitação da argamassa de assentamento da alvenaria no canteiro:

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Patologia das construções: Como evitar

Prof. Eng. Alexandre Tomazeli

www.institutopini.pini.com.br

Patologia em fachadas de edifícios RAF : Revestimento Argamassado de fachadas: 1 – BASE CONCRETO OU ALVENARIA. 2 – CHAPISCO (V.O.) OU INDUSTRIALIZADO. 3 – EMBOÇO (MASSA GROSSA) OU MASSA ÚNICA. 4 – ACABAMENTO FINAL.

RCF : Revestimento Cerâmico de fachadas: 1 – BASE CONCRETO OU ALVENARIA. 2 – CHAPISCO (V.O.) OU INDUSTRIALIZADO. 3 – EMBOÇO (MASSA GROSSA) OU MASSA ÚNICA. 4 – ARGAMASSA COLANTE. 5 – PLACAS CERÂMICAS E REJUNTE.

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SEQUÊNCIA EXECUTIVA Subida e descida do balancim

Preparo da base Concreto (Etapas 1 e 2) 01 ) Limpeza da superfície de concreto com equipamento eletromecânico tipo "politriz" ou Esmirilhadeira até abertura de porosidade e remoção de impurezas : desmoldante,madeira, nata de cimento e remoção de trava - formas. 02 ) - Tratamento do concreto segregado "bicheiras"; proteção de ferragem exposta com pintura anti-corrosiva de primer rico em zinco. (Armatec ZN ou Nito primer ZN / Vedacit / Anchortec Quartzolit).

Alvenaria (Etapa 3) A) Prenchimento com argamassa de falhas assentamento ; B) Remoção de rebarbas nas juntas de assentamento das alvenarias ; C) Preenchimento (Fixação) do encunhamento. Utilizar a mesma argamassa de assentamento.

1ª Subida

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Lavagem da base e chapisco 01 - Lavagem das bases (superficie de concreto e alvenaria de blocos cerâmicos) com jato de água (pressão > 95 psi ).

Alvenaria 02 - Chapisco convencional sobre alvenaria no traço em volume 1:3 ( Cimento Portland CP II- F 32: areia grossa) aditivada com adesico PVA (Rhodopas,Sika Bond,ou similar). Espessura média de 5 mm e deve ser aplicado até 3 horas de sua preparação.

Emboço 01 - Aplicação da argamassa de emboço sobre o chapisco pressionando o de encontro a base. 02 - Fixação das telas metálicas galvanizadas conforme projeto específico,sobre argamassa ainda úmida ( argamassa fresca)

Concreto 03 - Chapisco adesivo industrializado aplicado com desempenadeira metálica de 8 x 8 mm. 04 - Colocação de arames de prumo

1ª Descida Nota: Para aplicação do chapisco as bases devem estar secas ao tato.

04 - Corte de argamassa de emboço ainda no estado fresco nas juntas de movimentação horizontais (cerâmica) e frisos técnicos (textura). Nota: Utilizar apenas talisca cerâmica e remove-las após o nivelamento da argamassa

Nota: As telas metálicas não podem estar encostadas nas bases (alvenaria/estrutura) 03 - Acabamento de argamassa de emboço sarrafeada e dessempenada ( utilizar desempenadeira de madeira e desempenadeira de espuma para acabamento final).

2ª Descida

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REFORÇO COM TELA METALICA DE REFORÇO EMBOÇO:

Método de execução

Telas de reforço metálico – método executivo (demais áreas)

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Inspeção de emboço e impermeabilização 01 - Inspeção visual, qualitativa (resistência ao risco e à abrassão superficial) e à percursão (utilizar martelo de borda de plástico em ABS) da argamassa de emboço aplicasa. (mínimo 21 dias de cura do emboço). 02 - Impermeabilização dos frisos : Aplicar membrana acrílica impermeável (MAI): Viaplus 1000 ou de Baucryl Vedafriso (ME - 19). Aplicar duas demãos de pintura em uma faixa de 10 cm acima, 10 cm abaixo e dentro do friso técnico.

Ensaio de percussão Ensaio de arrancamento Impermeabilização dos frisos

3ª Descida

CUIDADOS A SEREM TOMADOS

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Projeto de produção de revestimentos de fachadas.

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