Vou Fazer Cerveja Artesanal Na Panela Em Casa –

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Vou fazer cerveja artesanal na panela em casa – dicas e divagações www.vidtudo.com.br

Semana que vem devo começar a fazer minha primeira leva de cerveja artesanal em casa. "Um dos motivos que me levaram a tentar fazer cerveja na panela foi diminuir a quantidade de cerveja que tenho bebido." Quando disse isso a minha mulher e a alguns amigos, eles meio que riram e acharam contraditório. Um slogan bem usado no meio cervejeiro, inclusive por algumas microcervejarias, é "BEBA MENOS, BEBA MELHOR".

Deu trabalho, mas valeu a pena.

Pretendo beber menos, após fazer minha própria cerveja, pois não pretendo tomar cerveja na rapidez que o brasileiro está acostumado a tomar, especialmente em situações que vão do anual carnaval ao semanal churrasquinho. Eu as batizei de “brazilian corn beer” :) Fato é que as scóis, squins, bramas e antarticas que dominam o mercado de cerveja em nosso país não são dos melhores representantes desta nobre bebida, cuja origem remonta à antiguidade. Sim, as cervejas comerciais, cujas propagandas costumam dizer que "quanto mais gelada, melhor", são, ao contrário das cervejas artesanais, acrescidas de absurda quantidade de milho. Em resumo, e para não parecer um "beer chato", o milho barateia o custo das cervejas comerciais, aumentando astronomicamente os lucros dos grandes conglomerados cervejeiros mundiais, ao passo que torna a cerveja brasileira (aqui chamada de pilsen) bem suave e fácil de beber. Mas não sejamos radicais, o milho (assim como o arroz) pode também ser usado pelo cervejeiro caseiro, pois contém açúcares fermentáveis, e não aumentam o

corpo da cerveja, ajudando a criar uma bebida bem refrescante. Pretendo fazer uma Cream Ale logo, utilizando uns 20% de milho rsrs.

Chimay Blue - uma delícia feita por monges trapistas na Bélgica.

Pretendo beber menos, após fazer minha própria cerveja, pois não pretendo tomar cerveja na rapidez que o brasileiro está acostumado a tomar, especialmente em situações que vão do anual carnaval ao semanal churrasquinho. Fato é que as scóis, squins, bramas e antarticas que dominam o mercado de cerveja em nosso país não são dos melhores representantes desta nobre bebida, cuja origem remonta à antiguidade. Sim, as cervejas comerciais, cujas propagandas costumam dizer que "quanto mais gelada, melhor", são, ao contrário das cervejas artesanais, acrescidas de absurda quantidade de milho. Em resumo, e para não parecer um "beer chato", o milho barateia o custo das cervejas comerciais, aumentando astronomicamente os lucros dos grandes conglomerados cervejeiros mundiais, ao passo que torna a cerveja brasileira (aqui chamada de pilsen) bem suave e fácil de beber.

O registro já adaptado à panela.

Quando pesquisar preços, é preciso tentar ao máximo "unificar" o frete, de preferência, comprar os equipamentos em uma mesma loja, e se possível ao mesmo tempo levar os insumos (maltes, lúpulos e fermento); isso vai tornar o seu custo final por litro menor. 20 litros é a média esperada do líquido fermentado com o kit de panelas, baldes e acessórios que montei; sem contar equipamentos e frete; se tudo correr bem acho que esse primeiro lote que farei terá um custo de no máximo R$ 3,50 por litro. Isso porque comprei 2 tipos de maltes, 2 de lúpulos, e não pretendo fazer nenhuma água lavada. Ainda que o cervejeiro busque economizar onde possível (e aumentar sua produtividade), não é para economizar que fazemos cerveja, fazemos pelo prazer, pelo desafio, pela mágica que envolve a mosturação>fervura>fermentação, pela oportunidade de criar algo com nossas próprias mãos (e mentes). Assim, dinheiro não é a maior preocupação do cervejeiro caseiro, contanto que a cerveja fique boa. Por fim, lembrando os americanos, estou numa ansiedade daquelas para, pela primeira vez, "get high on my own supply"*! *ficar doidão com meu próprio suprimento. ATUALIZAÇÃO 1 – 10/04/2015 Fiz a primeira cerveja, uma American Pale Ale, com ótimo amargor dos lúpulos, no dia 26/03/2015, e posso dizer que abrir a primeira garrafa de uma cerveja que eu mesmo fiz – ouvir aquele “tsssss” e depois sentir seus aromas e sabores – foi uma das melhores sensações de minha vida :) Obviamente, ocorreram alguns contratempos, mas no final ficou uma ótima cerveja, só restam 6 garrafas, as quais estou com pena de tomar com os amigos. Semana que vem iniciarei uma nova brassagem: agora uma English Pale Ale, uma cerveja com lúpulos, maltes e fermentos ingleses. Vamo que vamo!

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