Aula 08 Henri Pirenne Fim Da Antiguidade

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CURSO H ISTÓRIA MEDIEVAL N OTURNO A ULA 08: PIRENNE E O MEDITERRÂNEO Primeiras informações Henri Pirenne, belga, morre em (1862) 1935, ano de lançamento de sua tese – que teria grande impacto. Geração: Pirenne pertenceu a uma geração antes de Febvre e Bloch, já preparando uma abertura da historiografia para além das questões políticas. Características: a) Prioriza a dimensão econômica na análise histórica b) Faz História comparada. c) Historiografia de grandes generalizações. Gosto pela síntese, pelo PANORAMA. Herança: Lucien Febvre e Marc Bloch (Apologia) se reivindicam herdeiros de Pirenne. Depois em Braudel – O Mediterrâneo Foi um historiador em que sua época ofereceu ao mundo historiográfico contribuições audaciosas. Sem usar o termo (dos Annales), fez uma “história-problema”. Problematizava aquilo que já estava consagrado – ex. recortes temporais. Na sua época, valorizava-se RECORTE POLÍTICO. Artigo polêmico de 1922: “Maomé e Carlos Magno” A “Tese de Pirenne” sobre a origem da Idade Média Problema: repensar as FRONTEIRAS HISTORIOGRÁFICAS entre as grandes eras. Está em busca da RUPTURA, da MUDANÇA sobre a Europa com relação ao mundo antigo.

império romano. Até a língua de Roma, os chefes germanos mais instruídos trataram de cultivar. GERMANOS SE ROMANIZARAM. Argumento 2: Os árabes, ao adentrarem no mundo romano, continuaram sendo árabes, seguiram sendo muçulmanos, não se romanizaram e não aderiram à fé em Cristo. A relação deles para com a religião dos povos dominados era de indiferença (imposto sobre culto). “INASSIMILÁVEIS” (P.132) – BARREIRA INTRANSPONÍVEL. Citar 134 – A SEPARAÇÃO DE DOIS MUNDOS Argumento 3: O Islã rompeu a unidade mediterrânea que as invasões germânicas tinham deixado subsistir. CITAR P144. Mediterrâneo: o “lago árabe” O RESULTADO DISSO NA ECONOMIA: COMÉRCIO CONTINUA, MAS DIREÇÃO MUDA – p.145. Argumento 4: “Cristãos não podem fazer flutuar uma tábua no mar” – Mediterrâneo entregue à pirataria sarracena. Isso impactará toda organização social do Ocidente Medieval – eixo se desloca para o Norte. Argumento Central – CITAR p.147 Exemplos: produtos que deixam de circular (especiarias, ouro – moedas cunhadas). PP. 150-152 Resultado: Regressão econômica – ruralização da Europa. P.152 Conclusão – CITAR PP.162-163.

Tese: Ao contrário do que dizia os grandes manuais de história (Ex. GIBBON), o mundo antigo, segundo Pirenne, não havia acabado com as invasões bárbaras dos séculos V e VI, mas com a expansão islâmica dos séculos VII e VIII. Foram os árabes islamizados que provocaram a ruptura.

SEGUNDA PARTE – como economia alterada influenciou na organização política.

Argumento central: Maomé e Carlos Magno constituem as duas faces de uma mesma moeda no que se refere aos destinos da história da Europa Ocidental.

Fatores de mudança: a) Influência germânica crescente. b) Características da civilização antiga se apagam. c) Relações com a Igreja se alteram: Rei coroado pelo pontífice. Governar com a Igreja – P.237. d) Abandono da burocracia romana; e) Impostos desaparecem (consequência do comércio extinto e da falta de ouro). f) Poder do Rei se enfraquece, fragmenta. Vassalagem e benefício. P241.

A expansão islâmica teria condicionado diretamente o padrão que se inicia com o império Carolíngio (retração comercial). Diante de um NOVO MOMENTO HISTÓRICO – Estado teve que se ADAPTAR à nova realidade.

Método: Faz isso comparação entre mundo MEROVÍNGIO e o CAROLÍNGIO. P.233

ONDE ESTÁ A MUDANÇA: No fechamento do mediterrâneo pelo mundo islâmico.

Conclusão – CITAR P251

Argumento 1: Os germanos não alteraram a religião da România. Não tinham nada de mais poderoso, no terreno da fé, para opor ao cristianismo. Nem suas leis, nem suas instituições, eram melhores ou mais adequadas do que as do

Contribuições 1) Destaque para a economia, quando se falava apenas em instituições políticas. 2) Valorizou o papel do MERCADO como elemento de FIXAÇÃO URBANA.

3) Valorizou o papel dos Mercadores na vida urbana medieval/ e na transformação do mundo feudal. Críticas: 1) Noção de “economia de casa fechada” para Ocidente. 2) Crítica à noção de que comércio decaiu após invasões sarracenas. “HIATO URBANO” NÃO OCORREU EM TODA A EUROPA. 3) Generaliza processo de revitalização das cidades para toda a Europa em detrimento de especificidades. 4) Ignora comércio que se desenvolve com EXPANSÃO AGRÍCOLA. 5) Noção muito restrita de CIDADE (cidades semi-rurais – com mercadores e artesãos cultivando o campo; cidades de artesãos, etc. Não aceitava noção de cidade que não abarcasse comércio de longa distância. 6) Na segunda metade do XX: críticas que apontavam que Pirenne não levara em consideração outros aspectos – religiosidade, mentalidade, cultura, história social. Texto: LE GOFF, J. “O ocidente Carolíngio” In: A civilização do Ocidente Medieval, pp.43-56. Mostra configuração do poder Carolíngio e as transformações políticas e sociais ocorridas – Benefício e Vassalagem. Defende: Renascimento do século X, que levará a um “arranque” da Cristandade Ocidental no século XI. P53. Arranque econômico. Arranque frágil – ameaçado por invasões de húngaros, normandos, sarracenos. Sinais de renovação do comércio: a) Apogeu do comércio em frísio (Frísia – província Países Baixos) e porto de Duurstede. b) Reforma monetária de Carlos Magno. c) Exportação de tecido flamengo. d) Melhora na produção agrícola e nas técnicas de cultivo. Citar P.54. Pergunta: “A que se deve atribuir este despertar do Ocidente?” Fatores “Externos” – Maurice Lombard: estímulo vindo das metrópoles consumidoras islâmicas (p.55). Fatores “Internos” – avanços tecnológicos na produção agrícola – Lynn White.

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