Mmpi

  • Uploaded by: coyote533
  • 0
  • 0
  • January 2021
  • PDF

This document was uploaded by user and they confirmed that they have the permission to share it. If you are author or own the copyright of this book, please report to us by using this DMCA report form. Report DMCA


Overview

Download & View Mmpi as PDF for free.

More details

  • Words: 11,468
  • Pages: 42
Loading documents preview...
ÍNDICE 1. FICHA TÉCNICA .............................................................................................3

2. INSTRUÇÕES .................................................................................................. 3

3. NORMAS

DE

COTAÇÃO ............................................................................... 3

4. DESCRIÇÃO

DAS

ESCALAS ........................................................................ 4

4.1. ESCALAS

DE

VALIDADE .............................................................................. 4

4.2. ESCALAS CLÍNICAS .................................................................................... 5

5. DESCRIÇÃO

DO

PERFIL............................................................................... 6

6. CODIFICAÇÃO

DOS

RESULTADOS........................................................... 7

7. INTERPRETAÇÃO........................................................................................... 8 7.1. ASPECTOS GERAIS

NA

INTERPRETAÇÃO..................................................... 8

7.2. O TRAÇADO

EA

ANÁLISE

DO

PERFIL ....................................................... 9

7.3 OS CÓDIGOS............................................................................................... 13

2

7.3.1 CÓDIGOS

DE UM

DÍGITO................................................................. 13

7.3.2. CÓDIGOS

DE

DOIS PONTOS .......................................................... 15

8. ANEXOS ........................................................................................................ 29 I - QUESTIONÁRIO ............................................................................................... 29 II - GRELHA

DE

RESPOSTAS ................................................................................. 32

III -TABELA

DE

CONVERSÃO

DE

NOTAS BRUTAS

EM

NOTAS STANDART (T).. 34

IV - TABELA

DE

FRACÇÕES

DE

K .......................................................................... 36 V - FOLHA DE CONTAGEM

E

PERFIL

MASCULINO .................................................38 VI FOLHA DE CONTAGEM

E

PERFIL

FEMININO ....................................................40

1. FICHA TÉCNICA O MMPI é a escala de personalidade não projectiva mais usada nos E.U.A. Características Constituído por 71 itens distribuídos por diferentes categorias nosológicas: Hipocondria, Depressão, Histeria de Conversão, Personalidade Psicopática, Paranóia, Psicastenia, Neurose Obsessiva, Esquizofrenia e Mania. População Idade mínima de 16 anos e com escolaridade de pelo menos 6 anos

3

completos.

2. INSTRUÇÕES Nestas folhas encontram-se várias frases às quais deverá responder VERDADEIRO ou FALSO. Se a sua resposta for VERDADEIRO, faça um círculo à volta de V. Se a sua resposta for FALSO, faça um círculo à vota de F. Não demore muito tempo entre uma resposta e a seguinte e dê as respostas por ordem.

2. NORMAS

DE

COTAÇÃO

Terminada a prova, terão que se proceder aos seguintes passos: PASSO 1 – TRANSCRIÇÃO DAS RESPOSTAS PARA A GRELHA DE RESPOSTAS Se a resposta a um item for verdadeira, deve o psicólogo colocar um círculo à volta de todos os V correspondentes a esse item e ignorar os F. Se for falsa, colocar um círculo à volta de todos os F e ignorar os V. (Anexo 1) PASSO 2 – CONTAGEM Quando terminar os 71 itens deve fazer a contagem do número de círculos para cada escala – Nota bruta. Passo 3 – Converter a nota Bruta em Nota T Obtido o total bruto das 3 escalas de validade e das 8 escalas de personalidade deve o psicólogo converter a nota bruta em nota standart (nota T) PASSO 4 – TRANSCRIÇÃO DOS TOTAIS DAS ESCALAS PARA A FOLHA DE PERFIL A transcrição dos totais compreende 4 passos fundamentais:  Transcrever os resultados brutos obtidos em cada escala  Adicionar os valores de K segundo cada uma das escalas recorrendo ao quadro central  Após adicionar os valores colocá-los no espaço reservado para o efeito  Transcrever os resultados finais para o quadro principal e construção do perfil, unindo os vários pontos entre si, com excepção das três primeiras escalas que apenas serão unidas entre si.

4. DESCRIÇÃO 4.1.

ESCALAS

DE

DAS

ESCALAS

VALIDADE

A Escala de Validade (L,F,K) permite-nos avaliar a atitude do sujeito perante o teste.

4

Escala L - Escala de Mentira: se for acima de 10 o perfil clínico fica invalidado. 10 é o limite aceitável. É elevada nas pessoas conformistas. Pode assinalar um sujeito que consciente ou inconscientemente apresenta uma visão ingenuamente perfeccionista de si mesmo. Os itens desta escala referem-se a pontos fracos que as pessoas admitem que têm, apesar de não serem positivos do ponto de vista sociocultural, como por exemplo: “Ás vezes fico zangado”. Responder com falso a estes itens poderá significar que o sujeito não admite que poderá ter certas fraquezas, essa atitude tende a manter-se com os outros itens, havendo assim um efeito supressor nas outras escalas. Escala F – Esta escala remete para situações mais bizarras, p.e., quando a pessoa quer passar uma má imagem de si própria ou exagera as suas queixas, o F é elevado. Vai elevar todo o perfil clínico (acima dos 70 – nota Standart T) . Mede uma diversidade de respostas inusitadas e atípicas (sensações bizarras, ideias estranhas, experiências peculiares, etc.), bem como certo tipo de crenças, expectativas e auto-descrições improváveis e contraditórias. Um ponto alto nesta escala, poderá subentender uma forma de pensamento confuso ou auto depreciação. Uma pontuação baixa representa conformidade com os padrões do grupo normal. Escala K – Escala de Defesa: aumenta se a pessoa estiver muito defensiva, baixa se a pessoa não estiver/for muito defensiva. Explora a atitude do sujeito face aos seus sintomas, possibilitando a identificação de factores subtis, mas eficazes, aumentando a sensibilidade do instrumento e proporcionando um meio de correcção. CONFIGURAÇÕES ESPECÍFICAS DAS ESCALAS DE VALIDADE Dependente da elevação das escalas e da conjugação delas na definição do perfil específico, poderemos estar na presença de um esforço para dar uma boa impressão de si, uma atitude defensiva ou uma grave perturbação do comportamento. Nesse sentido deverão ser analisadas as Hipóteses de Vincent por forma a garantir a validade do Perfil. Índice F-K É chamado o índice de dissimulação de Gough, resultando da diferença entre as notas brutas de F e K. Quando K é muito alto e o F baixo é porque a pessoa está a tentar passar uma boa imagem de si própria, na medida em que tem uma grande atitude defensiva e F é baixo. Assim, o índice aponta para a tendência a dar uma imagem favorável (F baixo e K alto) ou desfavorável (F elevado e K baixo) de si.  Se a diferença entre F e K for muito grande ( > que 12 ou < que –12) o perfil clínico fica invalidado. As escalas que estão ( ) são afectadas pelo K

5

Hs (+ 0,5 K) Pd (+ 0,4 K) Pt (+ 1 K) Sc (+ 1K) Ma (+ 0,2 K)

4.2 ESCALAS CLÍNICAS ESCALA HIPOCONDRIA – HS (1) É considerada uma escala de sintoma, compreendendo basicamente queixas, preocupações e sintomas relacionados com a saúde corporal. O sujeito queixa-se de dores cuja característica principal é a variedade e a natureza difusa da sua localização. Isto na ausência de qualquer causa orgânica detectável. Apresenta uma correlação muito elevada com a escala Hy. No entanto, é diferente da Histeria, porque o Hipocondríaco é mais vago nas suas queixas e ainda porque o hipocondríaco é mais angustiado, queixoso. ESCALA DEPRESSÃO – D (2) Desenvolvida para medir o sintoma clínico da depressão. É também considerada uma escala de sintoma. Medida muito sensível da depressão, proporcionando o melhor índice isolado do actual nível de satisfação, conforto e segurança pessoal. Verificar a relação com as escalas 1 e 3 que formam a tríade neurótica. ESCALA HISTERIA – HY (3) Desenvolvida para avaliar pacientes que usavam mecanismos de defesa do tipo conversivo. Incluí itens que se associam com a presença de queixas, sintomas somáticos e com a habilidade social de negar tais sintomas. A sua elevação parece associada a uma tendência a evitar a consciência de conflitos internos, quer mantendo-os ao nível inconsciente, quer canalizando-os através de sintomas somáticos, através da repressão. ESCALA PSICOPATIA – PD (4) Destina-se a identificar um desajustamento social e transtornos de carácter associados com déficit no controlo dos impulsos que levam à passagem ao acto. Mede igualmente ausência de reacções emocionais intensas, um certo egocentrismo, incapacidade para tirar proveito da experiência adquirida (aprender), negligência das regras sociais que pode levar a um comportamento antisocial, defesas como a racionalização. ESCALA PARANOIA – PA (6) Desenvolvida no sentido de diagnosticar o quadro clínico da paranóia, dá-nos conta da presença de desconfiança, hipervigilância, perturbações categoriais. O conteúdo de alguns itens é claramente psicótico, enquanto que outros envolvem apenas preocupação com os motivos percebidos nas acções de outras pessoas.

6

ESCALA PSICASTENIA – PT (7) Desenvolvida tendo em vista a avaliação do padrão neurótico, incluindo aspectos fóbicos e obsessivos compulsivos, a astenia (fadiga física, intelectual), dúvida, indecisão, insatisfação, etc. É considerada uma escala de sintoma e é vulnerável a flutuações em função de uma perturbação experienciada. Não apresenta relação com nenhuma estrutura específica. Nota: Psicastenia é um termo antigo ESCALA ESQUIZOFRENIA – SC (8) Mede um conjunto de sintomas característicos da esquizofrenia: alienação das relações afectivas e sociais, comportamento bizarro, isolamento. É considerada uma escala fraca, não servindo para diagnóstico, apesar de ser a mais numerosa, pelos itens que incluí, visto que a sintomatologia é muito heterogénea e complexa. É classificada como uma escala de sintomas, reflectindo distorções da realidade ou pensamentos bizarros, confusos e esquizóides. ESCALA HIPOMANIA – MA (9) Desenvolvida para diagnóstico do estado hipomaníaco e casos leves de mania, caracterizado por hiperactividade, excitação emocional e fuga de ideias. Os itens envolvem sentimentos de grandiosidade, grau de excitação e nível de actividade, abrangendo sintomas do estado hipomaníaco, assim como questões morais, interacção social, familiar e temas somáticos.

5. DESCRIÇÃO T são   

DO

PERFIL

as notas Standart. Todos os valores situados entre 40 e 60 estão na média da população Acima de 80 é muito patológico Abaixo de 40 é muito raro.

Os itens foram seleccionados com base na existência de diferenças estatisticamente significativas entre pacientes psiquiátricos e sujeitos ditos normais. A partir da média e do desvio padrão, baseados nos dados da amostra normal, foram estabelecidas as pontuações T. A pontuação de cada escala é convertida numa pontuação T=50 e o seu desvio padrão num intervalo de pontuação T de 10 pontos. A linha correspondente à pontuação T=70 representa um afastamento de dois desvios padrão da média e é considerada um ponto crítico, pois todas as pontuações acima de 70 são consideradas como indicativo de patologia. O significado de uma pontuação T abaixo de 30 (dois desvios padrões abaixo da média) não parece muito clara. O perfil do traçado entre estes dois pontos será aparentemente normal. A interpretação dos perfis tem de ser feita a partir das diferentes escalas, isto é, nunca se deve interpretar um resultado de uma escala isoladamente, nem limitar a interpretação à escala mais elevada.

7

Embora cada escala tenha a designação de uma perturbação patológica, nenhuma escala é pura, isto é, pode diferenciar o grupo patológico do normal mas não diferencia necessariamente os grupos patológicos uns dos outros.

6. CODIFICAÇÃO

DOS

RESULTADOS

O procedimento para a codificação, chamado Código Hathaway envolve os seguintes passos: 1. Atribuir um número a cada escala clínica. Assim a escala Hs fica designada como 1, a D como 2, até à Ma como 9. 2. Escrever o número da escala com pontuação T mais elevada por ordem decrescente, cuja pontuação esteja acima de T=54; 3. Colocar um apóstrofe (‘) se T for maior que 70, as pontuações com valor maior ou igual a T=80 com dois apóstrofes (‘’) e aqueles com valor maior ou igual a 90 com três apóstrofes (‘’’). O apóstrofe é o código que representa os pontos altos do perfil. 4. Sublinhar os números cuja pontuação seja igual ou apenas com diferença de um ponto; 5. A pontuação T=54 a T=46 é a chamada zona normal que não aparece no código. Colocar um traço (-) após o último número escrito, é o que vai caracterizar a separação entre os pontos altos do perfil que ficam à esquerda e os pontos baixos à direita; 6. Escrever o número da menor escala, entre os valores T abaixo de 46, colocando-os por ordem crescente e repetir os passos anteriores; 7. À direita do código devem ser escritas as pontuações brutas de L, F e K, nesta ordem e separados entre si por dois pontos ( : ). Se a pontuação bruta de L for maior ou igual a 10 e se a pontuação de F for maior ou igual a 16, regista-se um X, logo após o código das escalas clínicas, que é indicador de possibilidade de o perfil não ser válido.

OUTROS ÍNDICES

AV – Trata-se da média das notas T das escalas (Modlin, 1963). Quando a elevação global do perfil é superior a 70 considera-se a existência de psicopatologia. Embora este índice não seja muito útil para o diagnóstico individual, pode ser utilizado com o objectivo de triagem. AI – Índice de Ansiedade, desenvolvido por Welsh (1963) e que inclui notas de escalas utilizando 3 características do perfil de ansiedade: um aumento geral da “tríade neurótica”, a relação anticlinal de D (considerada em relação a Hs e Hy) e uma elevação secundária de Pt, da seguinte forma: AI = Hs + D + Hy 3

+

(D + Pt) – (Hs + Hy)

8

O valor esperado de AI, para a população normal é de 50, sendo que os valores mais elevados são frequentes em grupos clínicos que em que a ansiedade é significativa. IR – Trata-se do quociente de internalização, útil para ser associado ao AI. Welsh (1963) propõe uma relação entre “a somo das três escalas de queixa, humor ou sentimento – Hs, D e Pt” e “a soma das três escalas de perturbação do comportamento ou de carácter – Hy, Pd e Ma” (p.302) da seguinte forma: IR = Hs + D + Pt Hy + Pd + Ma O valor esperado do IR, para a população normal é de 1, sendo que os valores mais elevados são encontrados “em sujeitos que tendem a ter muitos sintomas somáticos e o sentimento subjectivo de stress”, enquanto valores mais baixos são mais frequentes em sujeitos que tendem à acção e “externalizam” os seus conflitos (p.300). Valores concomitantemente elevados de AI e IR são encontrados em casos caracterizados por ansiedade e depressão. Já os valores baixos em ambos (ou só com leve elevação do IR) são mais comuns em casos de actuação.

7. INTERPRETAÇÃO 7.1. ASPECTOS GERAIS    

        

NA

INTERPRETAÇÃO

Ver quais são os dois pontos mais elevados. As escalas associadas são importantes. Devemos ver o que significa as associações. Histeria, Depressão e Hipocondria formam a tríade Neurótica Pa (6) , Pt (7) , Sc (8) e Ma (9) são as escalas psicóticas. 2 muito elevado  defesas não estão a ser eficazes (pode haver descompensação). Recorre-se a defesas mais primárias, mais psicóticas. Assim o 8 pode elevar. A 4 associada à 6 vem, muitas vezes, confirmar perturbações de Personalidade 4+9 e 6 associadas riscos de passagem ao acto Escala 3 elevada  dificuldade de controlo dos impulsos 3 + 4  há um maior controlo dos impulsos 6+8 elevadas e 7 baixo formam o “V” paranóide ou psicótico e indica a possibilidade da presença de delírios. 2 (D) + 9 (Ma)  Psicose maníaco-depressiva F muito elevado em quase todos os psicóticos Esquizofrenia paranóide: 8 muito elevada; 6 muito elevada; muitas vezes associada à 2 (depressão) A escala 8 eleva com muita facilidade nas pessoas muito queixosas  Pedido de socorro. Eleva o F. Estão aflitas e querem transmitir isso. Podem não ser psicóticos.

9

7.2. O TRAÇADO

E

ANÁLISE

DO

PERFIL

Perfil do Tipo Neurótico -

O perfil é descendente (lado esquerdo é o mais elevado) Há a possibilidade de elevação secundária das escalas Pt e Sc. Características das escalas de validade: Ficam nos limites da normalidade sendo a escala F a que, em regra geral, se apresenta com menor elevação.

90 80 70 60 50 40 30 20 10 0 ?

L

F K

Hs D Hy Pd Mf Pa Pt Sc Ma Si

Gráfico 1

Na Neurose temos duas categorias, as que têm manifestações ansiosas como sintoma dominante e as somáticas: Perfil típico da Neurose Ansiosa ; D é a escala mais elevada na Tríade Neurótica; Elevação das escalas Pt e Sc, sendo a primeira mais elevada.

100 90 80 70 60 50 40 30 20 10 0 ?

L

F K

Hs D Hy Pd Mf Pa Pt Sc Ma Si

Gráfico 2

Perfil típico da Neurose Somática – Tríade Neurótica formando um V; as escalas mais elevadas são a Hs e Hy.

10

90 80 70 60 50 40 30 20 10 0 ?

L

F K

Hs D Hy Pd Mf Pa Pt Sc Ma Si

Gráfico 3

Perfil típico da Histeria de Conversão – Tríade Neurótica em forma de V; A escala Hy tende a ser mais elevada que a Hs.

80 70 60 50 40 30 20 10 0 ?

L

F K

Hs D Hy Pd Mf Pa Pt Sc Ma Si Gráfico 4

Perfil do Tipo Psicopático -

Elevação da Escala Pd;

11

-

Pode haver elevação da escala Ma (o que significa passagem ao acto) Pode haver elevação nas escalas de validade (tentativa de falsificação no sentido favorável ou desfavorável).

80 70 60 50 40 30 20 10 0 ?

L

F K

Hs D Hy Pd Mf Pa Pt Sc Ma Si

Gráfico 5

Em situações particulares, e como indicador de grave desorganização interna poderemos ter um perfil em que se regista uma elevação associada das escalas Pd, Pa e Ma.

100 90 80 70 60 50 40 30 20 10 0 ? L

-

F K

Hs D Hy Pd Mf Pa Pt Sc Ma Si

Gráfico 6

Perfil do Tipo Psicótico Características gerais: traçado ascendente no sentido da esquerda para a direita; Geralmente há elevação da escala de validade F que é proporcional à forma de perturbação;

12

-

A escala F é elevada, mas menos elevada que as escalas clínicas; Frequentemente acompanhado com elevação da escala L; Perfil Psicótico Bifásico (elevação da Tríade Neurótica e elevação maior da Tríade Psicótica), é comum que Pt seja a mais elevada da tríade. Outras vezes é Sc a mais elevada (esquizofrénicos delirantes). A elevação da tríade neurótica revela mecanismos de defesa que impedem a quebra do contacto com o real, sendo que a elevação de D revela consciência do problema.

100 90 80 70 60 50 40 30 20 10 0 ?

L

F K

Hs D Hy Pd Mf Pa Pt Sc Ma Si

Gráfico 7

Perfil Psicótico Monofásico, idêntico ao anterior mas a tríade neurótica situa-se abaixo do T=70, significando ausência de mecanismos de defesa, indicador de maior gravidade da perturbação. 120

Característico paranóide” que presença de paranóides.

100 80

o “V significa delírios

60 40 Gráfico 8

20 0 ?

L

F

K

Hs D Hy Pd Mf Pa Pt Sc Ma

7.3. OS CÓDIGOS

13

7.3.1. CÓDIGOS DE UM DÍGITO São aplicáveis quando existe, uma elevação única, ou seja, apenas uma nota T=70 ou mais. Código 1 O sujeito interessa-se demasiado pelo seu estado de saúde. Os sujeitos são descritos como imaturos, autocentrados, lamurientos, queixosos, exigentes, pessimistas, teimosos, cínicos (DeMendonça, Elliot, Goldstein et alii, 1983), narcisisticamente egocêntricos e manipuladores (Groth-Marnat, 1984). As hipóteses diagnósticas (DSM-III), segundo Vincent (1987), são: a) no Eixo I: perturbação de humor depressivo; perturbação somatoforme e factores psicológicos afectando a condição física; b) no Eixo II: perturbação de personalidade dependente, passivo-agressiva, evitante e compulsiva (p. 138). Código 2 Sentimento de inutilidade, de incapacidade para encarar o futuro como optimismo normal, ausência de auto-confiança, tendência para a ansiedade, para a inquietação, limitação de interesses e tendência para a introversão. Numa pesquisa com pacientes psiquiátricos, os sujeitos com este código apresentam perturbação afectiva major ou perturbação de adaptação, com traços depressivos ou mistos (Vincent, 1987). Código 3 Traduz quase sempre um importante grau de imaturidade afectiva, uma tendência para a exploração do meio circundante como uma reivindicação afectiva, pouco poder de introspecção e de análise do outro (ausência ou superficialidade), erotização das relações sociais. As hipóteses diagnósticas (DSM-III), segundo Vincent (1987), são: a) no Eixo I: perturbação afectivo depressiva; perturbação somatoforme e factores psicológicos afectando a condição física; b) no Eixo II: perturbação de personalidade dependente, passivo-agressiva, evitante e compulsiva (p. 139). Código 4 Os sujeitos são descritos como rebeldes, levianos, impulsivos, agressivos, hostis, caracterizados pela ausência de reacções emocionais intensas, um certo egocentrismo, incapacidade para tirar proveito da experiência adquirida (aprender), negligência das regras sociais que pode levar a um comportamento antisocial. As suas características negativas tornam-se manifestas, geralmente, em períodos de stress, já que, inicialmente, causam boa impressão. Muitas vezes têm história de má adaptação escolar, profissional, conjugal e envolvimento com álcool, drogas e a justiça.

14

Numa pesquisa com pacientes psiquiátricos, os sujeitos com este código apresentam “perturbação de adaptação, com humor depressivo ou traços emocionais mistos, sendo o diagnóstico diferencial humor depressivo ou perturbação afectiva”. Em termos de perturbações de personalidade, distribuemse em perturbação de personalidade histriónica, limite ou passivo-agressiva (Vincent, 1987, p. 140). Código 6 Os sujeitos são descritos como rígidos, suspeitosos e hostis e, de forma menos frequente, como ressentidos, desconfiados, emocionais e preocupados (DeMendonça, Elliot, Goldstein et al., 1984). Há probabilidade elevada da presença de patologia mais severa sendo que muitas vezes o diferencial deve ser feito entre funcionamento psicótico e uma perturbação de personalidade paranóide. É possível que se trate duma “pessoa paranóide, que é cismática e suspeitosa, rumina com rancor e sente que não conseguiu da vida a melhor fatia” (Groth-Marnat, 1984, p. 284). As hipóteses diagnósticas (DSM-III), segundo Vincent (1987), são: a) no Eixo I: perturbação de adaptação; perturbação paranóide e esquizofrenia paranóide; b) no Eixo II: perturbação de personalidade esquizóide, esquizotípica e paranóide (p. 141). Código 7 Os sujeitos são descritos como autopunitivos, sensíveis, individualistas e sentimentais e, ainda, como preocupados, ansiosos, conscienciosos, tensos, medrosos, insatisfeitos, distraídos, emotivos, rígidos (DeMendonça, Elliot, Goldstein et al., 1984). Alguns sintomas dos sujeitos com esta elevação incluem: “tensão, preocupação, obsessões, fobias, medos irracionais, autodúvida mórbida, culpa, introspecção apreensiva” (Vincent, 1987, p. 141). As hipóteses diagnósticas (DSM-III), segundoVincent (1987), são: a) no Eixo I: perturbação de humor depressivo, perturbação de ansiedade; b) no Eixo II: perturbação de personalidade dependente, passivo-agressiva, evitante e compulsiva. Código 8 Um resultado elevado nesta escala não deve levar automaticamente a um diagnóstico de esquizofrenia. Pode estar presente em adolescentes de baixo nível intelectual ou que apresentam abandono escolar, principalmente no género feminino. Os sujeitos são descritos como confusos, retraídos, imaginativos, individualistas, preocupados, tensos, impulsivos e não convencionais (DeMendonça, Elliot, Goldstein et al., 1984). Tais características aplicam-se quando a Nota se encontra próxima de T =75, tornando ainda possível um ajustamento social e ocupacional. Se as elevações ultrapassam T=80 associam-se, provavelmente, a uma “significativa perturbação do pensamento, que se completa com confusão mental., e com ideias, crenças e comportamentos estranhos” (Groth-Marnat, 1984, p.288).

15

As hipóteses diagnósticas (DSM-III), segundo Vincent (1987), são: a) no Eixo I: perturbação de adaptação; esquizofrenia; b) no Eixo II: perturbação de personalidade esquizóide, esquizotípica e paranóide (p. 142). Código 9 Os sujeitos são caracterizados pela instabilidade de humor, excitação psicomotora, hiperactividade e facilidade de passagem ao acto. Quando a elevação é maior do que 80, há probabilidade de manifestações maníacas, incluindo “fuga de ideias, sentimentos de grandeza e expressões hiperactivas” (Groth-Marnat, 1984, p.290). São muito comuns perturbações afectivas e abuso de drogas, frequentemente associadas, e perturbações de personalidade, principalmente personalidade histriónica (Vincent, 1987). 7.3.2. OS CÓDIGOS DE DOIS PONTOS São aqui apresentados os códigos de dois pontos, considerando a combinação das elevações das duas escalas mais elevadas. Muito úteis na elaboração dos relatórios deste teste, complementam organizando sucintamente a informação necessária e descritiva do tipo de funcionamento da personalidade dos sujeitos. A interpretação dos códigos de dois pontos é aplicado a casos clínicos, em que a pontuação T é de 70 ou ultrapassa este valor, e as características visam a descrição da psicopatologia. Se as elevações se situarem na área moderada, as referências só podem ser utilizadas de forma criteriosa. 12/21 Uma característica importante destes pacientes é a dor, seja expressa através de sintomas ou queixas, e tendo como causa problemas orgânicos ou funcionais. A outra característica observada é depressão. Queixas comuns são de dor, ansiedade, tensão, irritabilidade, fadiga, e preocupação com questões somáticas, principalmente na forma de sintomas físicos reais ou imaginados, com base na interpretação distorcida do próprio funcionamento do corpo e na medida em que isto possibilita ganhos secundários ou a manipulação dos outros. Mesmo quando existe uma patologia física documentada (frequentemente em casos de úlcera e problemas pulmonares ou reumáticos), a tendência é a exacerbação das queixas e sintomas. Os pacientes concentram-se nas suas dores e não apresentam insight quanto aos componentes emocionais da sua adaptação, funcionando predominantemente a nível neurótico (Hathaway & Meehl, 1963). Este tipo de código associa-se frequentemente a um carácter passivo dependente e é mais vulgarmente encontrado no sexo masculino e entre pessoas idosas. O mecanismo mais usual é a repressão.

16

Segundo Groth-Mamat (1984), há três categorias de pacientes pressupostas por este código. O paciente hipocondríaco seria o protótipo do código 12, com importantes traços depressivos. Se as queixas são de carácter funcional, tende a ser tímido e retraído, enquanto, se existe alguma base orgânica, mostra-se mais manifestamente lamentoso. As dificuldades que apresenta envolvem principalmente o sistema cardíaco e digestivo. A segunda categoria abrange pacientes com dor crónica, com forte componente emocional intensificando-a. A dor é utilizada para manobras manipuladoras e explica uma tendência para a adição ao álcool e às drogas, aparentemente por intentos de automedicação, especialmente quando há elevações simultâneas da 3 e da 4. A terceira categoria é composta por pacientes com história recente de acidentes, reagindo com depressão aos seus efeitos incapacitantes. Numa pesquisa numa amostra de pacientes psiquiátricos, cerca de metade dos casos com o código 12/21 apresentava perturbação somatoforme ou factores psicológicos afectando a condição física (Vincent, 1981). O código 123 é encontrado em pacientes deprimidos, com múltiplas queixas, supervalorizadas, comuns ao padrão 12, e representando, em idosos, o declínio da saúde física (Vincent, 1987). Na combinação do 12 com a escala 7, além de depressão e dificuldades somáticas, a ansiedade dá um colorido especial ao quadro neurótico, com marcados sentimentos de inadequação. Se o código 12 se acompanha por elevações na 8 e/ou na 0, pode ser evidenciado um funcionamento pré-psicótico, com prováveis alucinações somáticas. As dificuldades são de carácter funcional, embora, em alguns casos, possa haver uma "síndrome orgânico-cerebral, muitas vezes secundária a trauma, senilidade ou toxicidade alcoólica" (Vincent, 1987, p. 111). Na combinação menos comum com a escala 9, mantém-se a sintomatologia do padrão 12, que é manejada através de negação, observando-se aspectos hipomaníacos. Os tipos também menos frequentes envolvem combinações com a 4, a 6, ou com o código 46, podendo configurar-se um perturbação de personalidade, especialmente passivo-agressivo, com sintomas de depressão (Groth-Marnat, 1984). 13/31 O padrão 13/31, com elevação característica das escalas Hs e Hy, em relação à escala D (com diferença de 10 pontos ou mais), é a combinação mais comum entre pacientes psiquiátricos, na sua maioria “neuróticos”, e é frequentemente referida como "vale conversivo", "V conversivo" ou, ainda, como "V psicossomático". Não obstante, é interessante notar que, muitas vezes, o tipo 13/31 é compatível com uma elevação de nível moderado ou normal, abrangendo selectivamente itens somáticos (Hy-O), combinados com negação da ansiedade (HyS), sem elevação na 2 e na 7. Ainda que exista certa contradição psicológica na concomitância da admissão de sintomas e protesto de estabilidade emocional, na realidade este padrão envolve uma possibilidade de perturbações mentais (Dahlstrom, Welsh & Dahlstrom, 1972). Mas tais pacientes, sob stress, demonstram um aumento de queixas somáticas (Groth-Marnat, 1984).

17

De um modo geral, pacientes com este código caracterizam-se por queixas de dor crónica, não tratável, que se acentua com o decorrer do tempo. As suas dificuldades físicas “são recrutadas ao serviço de conflitos psicológicos" e, à medida que tal adaptação se vai cristalizando, maior parece ser a discrepância entre as escalas 1 e 3, que se elevam, e a escala 2, que baixa (Trimboli & Kilgore, 1984, p. 620), "aumentando a possibilidade de uma perturbação conversiva" (GrothMarnat, 1984, p. 294), com escassa manifestação de ansiedade, que se converte em sintomas funcionais (confirmar a ausência de elevação das escalas 2 e 7). Porém, principalmente em pacientes de mais idade, pode haver documentação física para alguns problemas (Vincent, 1987), ainda que com forte componente psicológico. Pesquisas de Lair e Trapp (1962) e de Caldwell e Chase (1977), citados por Leavitt e Garron (1982), mostraram que doenças orgânicas podem elevar as escalas 1 e 3 e, também, a 2, acima de pontuações médias, inclusive em casos de lombalgia. Estes autores também referem resultados de pesquisa mais recente, em que foi apurado que tais elevações também podem ocorrer com a crescente duração da dor, da mesma forma que quando há compensação financeira, por ganho secundário O V conversivo tornou-se, numa época, muito usado como critério para diferenciar a lombalgia funcional da lombalgia orgânica, sendo desenvolvida a subescala Lb (Hanvick, 1963). Entretanto, a partir de estudos posteriores, observou-se que, embora em tais pacientes seja comum o perfil sugestivo de "neurose de conversão" (Elkins & Barrett, 1984), indicando a presença de distúrbio psicológico, mas não necessariamente conversivo (Leavitt & Garron, 1982), outros perfis têm aparecido com bastante frequência, tanto em casos de sintomatologia de causa orgânica como funcional. Na realidade, muitas formas de patologia são encontradas nesses pacientes, independentemente da etiologia, o que pôs em dúvida a utilidade da escala Lb (Elkins & Barret, 1984). Contudo, as pontuações pré-operatórios desses pacientes, nas escalas Hs e Hy, ainda parecem importantes para a predição de resultados cirúrgicos (Leavitt & Garron, 1982; Elkins & Garrett, 1984). O chamado padrão da histeria (V conversivo) também aparece, de forma proeminente, em alguns quadros psicossomáticos de asma, de sintomas cardíacos e envolvendo problemas dermatológicos. As queixas são muito variadas, desde sintomas gastrintestinais, cefaléia, lombalgia, até dificuldades aparentemente "neurológicas" (Groth-Marnat, 1984). Nota-se, porém, uma falta de preocupação com os sintomas, isto é, um “correlato, no teste, da 'belle indifférence' clínica. (Marks & Seeman, 1963, p. 52). Os pacientes são imaturos, sugestionáveis e, ainda que procurem passar aos outros uma imagem socialmente satisfatória (principalmente com a elevação de K), são manipuladores, para conseguir a atenção dos familiares, utilizando os seus sintomas exagerados como pretexto para evitar assumir responsabilidades e obter ganhos secundários. Estabelecem relações superficiais e o seu comportamento; por vezes, tem um sentido algo exibicionista (Groth-Marnat, 1984). Os seus mecanismos de defesa mais conspícuos são repressão, negação e somatização (Vincent, 1987). Observa-se que, quando a escala 3 ultrapassa a escala 1, o foco de conversão tende a ser o tronco do corpo, enquanto, se há predominância da 1, o foco é constituído pelas extremidades corporais. Os diagnósticos mais vulgarmente associados com o código 13/31 são hipocondria, perturbação conversiva e perturbação de personalidade histriónica

18

(Groth-Marnat, 1984). As combinações mais frequentes incluem: a) o código 134, com hipóteses diagnósticas, no Eixo 1, de perturbação afectiva (depressivo), perturbação somatoforme e factores psicológicos afectando a condição física; no Eixo 2, perturbação de personalidade passivo-agressiva; b) o código 136, com hipóteses diagnósticas, no Eixo 1, de perturbação afectivo (depressivo), perturbação somatoforme, factores psicológicos afectando a condição física, perturbação paranóide; no Eixo 2, perturbação de personalidade evitante; c) 137, com hipóteses diagnósticas, no Eixo 1, de perturbação afectivo (depressivo), perturbação de ansiedade, perturbação somatoforme, factores psicológicos afectando a condição física; no Eixo 2, perturbação de personalidade dependente, passivo-agressiva, evitante e compulsiva; d) 138, com hipóteses diagnósticas, no Eixo 1, de perturbação afectivo (depressivo), perturbação de adaptação, esquizofrenia e perturbação de stress pós-traumático; no Eixo 2 perturbação de personalidade evitante e e) 139, com a hipótese diagnóstica mais frequente de perturbação de stress pós-traumático (Vincent, 1987, p. 112 e 113), 14/41 O código 14/41 associa-se a quadros severos de hipocondria e, entre as queixas somáticas, destacam-se queixas de cefaléia, em relação às quais os pacientes expressam grande preocupação. Tais pacientes são superficialmente extrovertidos, embora não mantenham boas relações interpessoais. São manipuladores, mas raramente anti-sociais. Apresentam má adaptação em relação ao trabalho e ao sexo oposto, não aceitando bem regras e normas e mostram tendência à adição ao álcool e às drogas. As hipóteses diagnósticas mais comuns, no Eixo 1, são perturbação afectivo (depressivo), perturbação de abuso de drogas, perturbação somatoforme, factores psicológicos afectando a condição física e, no Eixo 2, perturbação de personalidade dependente, passivo-agressiva, evitante e compulsiva (Vincent, 1987). Groth-Marnat (1984) chama a atenção, porém, para a elevação relativa das duas escalas. Quando predomina a escala 1 (acompanhada ou não por elevações da 2 e 3), o quadro clínico caracteriza-se especialmente por traços neuróticos. Não obstante, se há uma elevação mais acentuada da escala, é provável a presença de perturbação de personalidade. 23/32 O código 23/32 associa-se especialmente com sentimentos de ineficiência e inadequação, inclusive no que se refere a tarefas quotidianas. Os sujeitos apresentam dificuldade de expressão emocional, depressão, tensão, ansiedade, inibição, dúvida, carência de energia e inadequação social. O mecanismo de defesa mais utilizado é a negação. O seu insight não é bom e raramente progridem na psicoterapia. Apresentam muitos sintomas somáticos, mas muitas vezes abandonam o tratamento médico, ao saberem que os seus problemas não têm uma causa física. Os homens são ambiciosos, mas imaturos e dependentes. Desejam aumentar as suas responsabilidades, mas temem-nas por medo do fracasso e isto provoca stress e insegurança. Apesar disso, mantêm, geralmente, um bom nível de

19

eficiência. As mulheres são mais deprimidas, fracas e apáticas. As suas relações são superficiais e muitas vezes tem uma história de matrimónio infeliz, mas raramente de divórcio. São resignadas na sua insatisfação. O diagnóstico mais vulgarmente encontrado é de perturbação distímica. Se o código se combina com a elevação da escala 4, têm conflitos em relação à hostilidade, mostrando-se cismáticos na sua depressão, com ideias anti-sociais subjacentes, não expressas no seu comportamento, que se mostra controlado. Com a elevação da 6, os pacientes têm conflitos de dependência, o que se reflecte nas interacções, na forma de susceptibilidade e desconfiança. Com a elevação O, observam-se retraimento e introversão. Além disso, caso haja elevação concomitante da escala F e/ou da 8, há hipótese de depressão, em nível psicótico (Groth-Marnat, 1984). 24/42 Este código é encontrado em pacientes com tendências anti-sociais e instabilidade emocional. A sua dificuldade de controle dos impulsos leva-os à actuação, com subsquente depressão e culpa, mas que parecem ter mais um sentido situacional face às consequências dos seus actos, do que constituir um efeito da acção coercitiva do superego. Embora tais elevações teoricamente se possam associar ao aumento do risco de suicídio, se a escala D se eleva a um T = 80 ou mais (Trimboli & Kilgore, 1984), este não constituiu o padrão predominante nos grupos de pacientes que Farberow (1963) utilizou para o estudo do comportamento suicida. As suas tentativas de suicídio, então, teriam um carácter manipulador (Vincent, 1987), ainda que, no caso de elevação extrema das escalas, associada com funcionamento psicótico ou pré-psicótico, o suicídio possa ser considerado um risco sério (Dahlstrom, Welsh & Dahlstrom, 1972). As dificuldades desses pacientes preverem as consequências dos seus actos leva-os a novas actuações. Desta maneira, "embora essas pessoas possam prometer mudar e a sua culpa seja geralmente autêntica, as suas acções são resistentes à mudança" (Groth-Marnat, 1984, p. 297). Consequentemente, têm problemas na sua vida, familiar, académica, profissional, chegando a envolvimentos com a justiça. Já Vincent (1987) não acredita que esses sujeitos sejam sinceros na sua culpa e remorso, a não ser quando estes se relacionam com a sua frustração. O abuso de álcool e drogas, bastante comum, poderia associar-se com a sua depressão, como uma forma de automedicação (Groth-Marnat, 1984). Aliás, num estudo recente, este código relacionou-se com o nível mais alto de uso do álcool (Vincent, 1987) e outras pesquisas registaram a presença da 2 e da 4 entre as maiores elevações do perfil, em alcoólicos (Barnes, 1979; Conley, 1981). A hostilidade pressuposta pelo código 24/42 deve ser considerada em relação às escalas 6 e 9. A elevação concomitante da 6 sugere que os impulsos hostis podem ser expressos de forma directa contra pessoas. Ao contrário, quando a 6 é baixa, "pode reflectir a supressão ou negação inconsciente da hostilidade" (Groth-Marnat, 1984, p.298). Já a combinação com a elevação da escala 9 pode associar-se a comportamento violento. O código 24/42 é mais vulgarmente encontrado em pacientes com perturbação de personalidade, especialmente passivo-agressiva e anti-social, mais

20

provável ainda se há uma elevação concomitante da escala 6. Outra alternativa diagnóstica seria perturbação de adaptação, com humor depressivo. Parece importante, também, procurar discernir se a depressão é crónica ou reactiva. A depressão crónica associa-se com aspectos neuróticos e fica evidenciada pela presença da "tríade neurótica" (1, 2 e 3 elevadas). A depressão reactiva é mais típica da personalidade anti-social. Quando, no código 24/42, a escala 4 ultrapassa um T = 90, a hipótese de funcionamento pré-psicótico ou psicótico deve ser considerada, principalmente se estão presentes elevações da F e da 8. 26/62 Os pacientes com este código caracterizam-se por serem muito susceptíveis, hostis, sentindo-se facilmente ressentidos e funcionando principalmente com base num mecanismo de projecção. Fundamentando-se em dados sempre insuficientes ou imaginários, pressupõem críticas e rejeições, das quais procuram se preservar, muitas vezes rejeitando as pessoas e induzindo igual rejeição dos demais, o que usam como confirmação da pressuposta atitude anterior, projectando a culpa e não se dando conta do seu verdadeiro papel na interacção. Consequentemente, as suas relações interpessoais são muito difíceis. Contudo, podem alternativamente internalizar a culpa, voltando sua hostilidade contra si mesmos, com possível ideação suicida ou tentativa de suicídio. Uma hipótese diagnóstica, para este padrão, é perturbação distímica, mas é muito importamte a consideração do restante perfil. Com a elevação também das escalas 7, 8 e, possivelmente, da 9, a hipótese de funcionamento psicótico ou prépsicótico deve ser considerada, com provável diagnóstico de esquizofrenia paranóide (Groth-Marnat, 1984). 27/72 Este código pode ser considerado como o mais comum em pacientes psiquiátricos, tanto em regime de internamento como ambulatório, como também em pacientes médicos, pelo que é tido como manifestação de anormalidade (Dahlstrom, Welsh e Dahlstrom, 1972). Aliás, Trimboli e Kilgore (1983) citam uma observação desses autores, em trabalho posterior, em que assinalaram que tais pacientes, quando examinados em regime hospitalar, costumam ser classificados como psicóticos, mas sem perturbação de pensamento e, quando examinados em regime ambulatório, são habitualmente categorizados como "neuróticos". Tais pacientes são descritos como ansiosos, tensos, deprimidos, agitados, muitas vezes, obsessivos meticulosos e perfeccionistas, podendo apresentar fobias e medos variados. As suas queixas são de fraqueza, fadiga, insónia, dor no peito, constipação, tonturas e, eventualmente, de lentidão psicomotora, além de sentimentos de inadequação. Enfim, podem ser caracterizados como queixosos, pessimistas, apresentando sintomas neuróticos múltiplos e variados, além de “correlatos somáticos de ansiedade" (Vincent, 1987, p. 125). Desta maneira, "as escalas 2 e 7 reflectem o grau relativo de perturbação subjectiva que a pessoa experiencia e, portanto, são muitas vezes referidas como "escalas de aflição"

21

(Groth-Marnat, 1984, p. 299). Assim, quando as escalas estão muito elevadas, há pouca concentração para que os sujeitos possam participar em programas psicoterapêuticos, sendo necessária medicação, para relaxarem e reduzirem o nível de depressão e de ansiedade e terem motivação para um tratamento, que passa a ter um bom prognóstico, quando as elevações recaem numa zona moderada. Aliás, embora estes sujeitos possam ter alguma dificuldade nas relações interpessoais, são capazes de estabelecer um vínculo emocional, pelo que podem apresentar um adaptação estável no casamento e na área profissional. Quando as escalas estão elevadas, cresce a probabilidade de ideação suicida ou de tentativas de suicídio (Vincent, 1987) e, assim, o potencial suicida desses sujeitos deve ser cuidadosamente examinado, especialmente quando as escalas 6 e 8 também estão elevadas (Groth-Marnat, 1984). Um diagnóstico provável é de perturbação afectiva, principalmente depressão psicótica ou perturbação bipolar mista. Contudo, com frequência semelhante, pode ocorrer a possibilidade de funcionamento neurótico, num quadro de ansiedade ou obsessivo. Em pacientes com este código, é especialmente importante a história clínica. Além disso, quando há também a elevação da escala 8 (código 278), é necessário o diferencial com esquizofrenia. Roy (1984) utilizou o cálculo do Índice de Goldberg (IG), com esta finalidade, isto é, L+6+8-7-3, chegando às seguintes regras: "a) se IG < 40, qualifique como 'não-esquizofrénico'; b) se GI > 100, qualifique como' esquizofrénico' e c) se GI = 41 - 99, qualifique como " indeterminado" (p. 401). 28/82 O código 28/82, embora pouco frequente, parece muito importante, porque pode indicar comprometimento sério do contacto com a realidade, inclusive com a ocorrência de fragmentação dos processos de pensamento numa perturbação afectiva severa. Os sujeitos com este padrão caracterizam-se como retraídos, alienados, ansiosos, agitados, tensos, irritáveis e, também, podem ser não sociáveis, susceptíveis e suspeitosos. Têm dificuldades de concentração e memória, pensamento confuso, sentimentos de desamparo e desvalia e podem apresentar delírios, alucinações e ideias de referência, especialmente quando a 8 é T > 85. As suas queixas são de depressão, ansiedade, insónia, fraqueza, perda de memória e tonturas. Também é importante lembrar que a elevação 8 é compatível com deficiência na função do juízo e, num quadro de depressão (especialmente quando a 2 é maior que T=80), pode haver risco de suicídio (Trimboli & Kilgore, 1983). Na realidade, ideação suicida e tentativas de suicídio são frequentes. Os pacientes têm dificuldade de controlar impulsos e isto inclui o controle dos impulsos agressivos contra si mesmos. Como se pode ver, as características deste código são muito variadas e só em parte são aplicáveis num caso individual. Para melhor interpretação, é preciso não só examinar outras elevações, mas também analisar os itens críticos, considerar os resultados das escalas óbvias e subtis, bem como outras fontes de informação disponíveis (Groth-Marnat, 1984).

22

As considerações diagnósticas incluem síndrome orgânico-cerebral, que se aplica a uma minoria, mas é típica com este código. e também perturbação de stress pós-traumático, em que é um padrão frequente. Na maioria, os sujeitos funcionam a nível psicótico apresentando perturbação afectiva ou esquizofrénica (neste caso, com a 8 ultrapassando a 2). Contudo, essas elevações, em nível mais moderado, são compatíveis com um quadro neurótico. 29/92 Este código é paradoxal, no sentido em que, teoricamente, esperar-se-ia que ambas as escalas não apresentassem uma elevação simultânea. Os sujeitos com este código apresentam grande perturbação e podem ser descritos como ansiosos, deprimidos e agitados. O nível de energia pressuposto pela 9 representa um esforço defensivo para lidar com os componentes depressivos subjacentes. Como esta forma de lidar não tem sucesso, pode-se esperar adição ao álcool. Por outro lado, se há elevação simultânea de 4 (que, junto com a 9, pressupõe mau controle dos impulsos) e no caso da 2 ser maior que T = 80, pode-se configurar um quadro de urgência psiquiátrica, se outros dados sugerirem risco de suicídio. A elevação extrema na 2 pode indicar intensificação de cargas agressivas, associadas à incapacidade do sujeito de descarregá-las, que se voltam contra ele mesmo, com aumento do risco de suicídio, que fica potencializado pelo mau controle dos impulsos, implícito pela 4 a 9. As hipóteses diagnósticas incluem duas alternativas principais: a) perturbação afectiva bipolar mista e b) síndrome orgânico-cerebral. 34/43 Sendo a elevação 3 atenuante de outras variáveis no perfil e estando a 4 associada a fraco controle dos impulsos, é fácil entender que, no caso das elevações marcantes de ambas as escalas, principalmente se a 3 ultrapassa a 4, se encontre um estilo passivo-agressivo de gerir a hostilidade, em que “o indivíduo expressa a ira de uma maneira encoberta ou oculta” (Trimboli & Kilgore, 1983, p. 621). Observa-se que tais sujeitos procuram agradar superficialmente as outras pessoas, mas “ainda experienciam considerável grau de raiva e necessitam encontrar meios para controlá-la ou descarregá-la” (Groth-Marnat, 1983, p.300). Podem então estabelecer relações com outras pessoas, por vezes, com um indivíduo anti-social, e “actuam através delas” (Vincent, 1987, p.128), isto é, estimulam nelas manifestações hostis, embora aparentemente pareçam discordar de tal comportamento e apresentando pouco insight sobre o seu papel, na interacção. Também podem actuar os seus impulsos agressivos, de forma mais directa, contra as pessoas (principalmente se a 4 é maior que a 3), em períodos alternados, em que podem apresentar-se como sociáveis e cooperativos. Há um conflito subjacente de dependência-independência e, assim, após uma fase de supercontrole, podem “ocorrer episódios de violenta actuação” (Trimboli & Kilgore, 1983, p. 621). Assim, a actuação é comum e de vários tipos. As dificuldades na vida matrimonial são crónicas e, frequentemente, há história de abuso de álcool e de

23

drogas. “Tentativas impulsivas de suicídio usualmente são subsequentes a períodos de actuação ou de bebida excessiva” (Vincent, 1987, p.127-128) e podem ocorrer fenómenos dissociativos. A descrição é compatível com uma personalidade passivo-agressiva. Quando as elevações ultrapassam um T = 85, são possíveis fugas psicogénicas, em que “impulsos agressivos ou sexuais são atenuados” (Groth-Marnat, 1984, p.301). Numa pesquisa entre pacientes psiquiátricos de clínica privada, o diagnóstico modal foi a perturbação de adaptação e os tipos de personalidade mais comuns foram histriónica, limite ou passivo-agressiva (Vincent, 1987). 36/63 Este é um código importante na avaliação da gestão da agressividade dirigida aos outros de forma indirecta. Neste caso, a agressão chega a ser manifesta e observada por outras pessoas (principalmente quando a 6 ultrapassa a 3 por mais de 5 pontos), mas o sujeito tem escasso insight (Groth-Marnat, 1984), surpreendendo-se quando os outros assinalam a natureza dos seus actos (Trimboli & Kilgore, 1983), ficando ressentido e culpando-os (geralmente pessoas da família) pelas suas dificuldades, o que resulta num problema nas relações interpessoais. Quando a 3 ultrapassa a 6, por mais de cinco pontos, o uso das projecção não é tão conspícuo, mas, antes, há uma tendência para negar os problemas e os conflitos, através de uma imagem muito idealizada de si mesmo e do mundo. Os pacientes “têm mais probabilidade de desenvolverem queixas somáticas do que uma ideação paranóide e a hipótese de um processo psicóticos fica significativamente reduzida” (Groth-Marnat, 1984, p.301). As hipóteses diagnósticas podem ser: a) no Eixo I, perturbação afectiva (depressiva), perturbação de adaptação, perturbação somatoforme e perturbação paranóide e b) no Eixo 2, perturbação de personalidade evitante (Vincent, 1987). 38/83 Este código está associado a acentuada perturbação emocional, em que se observam ansiedade, depressão, tensão e inquietação. A ansiedade, porém, pode ser canalizada, através de vias somáticas, com queixas de cefaleias, problemas gastrointestinais, etc., principalmente quando a 3 é maior que a 8. Embora a elevação na 3 seja considerada tipicamente como uma contraindicação de psicose, este código pode constituir uma excepção, especialmente quando há preponderância significativa da 8 sobre a 3. Então, o sujeito apresenta dificuldades de pensamento, concentração e memória, com má capacidade de insight, podendo ter sintomas de confusão mental, desorientação e, eventualmente, pensamento delirante e perda de associações de ideias. Socialmente, os pacientes mostram-se alienados, esquizóides ou dependentes. Assim, muitas vezes têm conflitos em relação a necessidades de dependência, requerendo atenção e afecto, mas temendo a rejeição em função da natureza inusitada das suas experiências interiores. Quando a escala 8 está grandemente elevada concomitantemente com a F, o diagnóstico provável é de esquizofrenia. Contudo, se a escola 3 é bem mais alta que

24

a 8, com F menor que T=70, as alternativas diagnósticas prováveis são se perturbação somatoforme ou dissociativa (Groth-Marnat, 1984). 46/64 A escala 4 é considerada por Trimboli e Kilgore (1983) como “a marca distintiva do carácter” (p. 624), relacionando-se a sua elevação extrema a uma falta de controle dos impulsos. A combinação da 4 com a 6 constitui um padrão significativo em termos do entendimento das relações objectais, uma vez que, ao egocentrismo, reflectido pela elevação da 4, se associa uma versão manifesta e dirigida contra pessoas específicas, caracterizada pela 6, ocorrendo, então, uma potenciação mútua dos efeitos de ambas, aumentando a possibilidade de actuação (especialmente se a 4 e a 6 se mostram mais altas que K e a 3 e, em menor grau, que a 5). Por outro lado, este código pode sugerir a utilização de mecanismos mais arcaicos. Os sujeitos com este código são descritos como hostis, irritáveis, suspeitosos, auto-centrados, mal-humorados, desagradáveis, com problemas em relação a figuras de autoridade, questionadores e defensivos (especialmente com a L e K elevadas), altamente susceptíveis a qualquer exigência e sensíveis a críticas imaginárias ou não, desconfiados das intenções dos outros, culpando-os pelas próprias dificuldades e, naturalmente, apresentando pouco insight sobre os motivos das suas atitudes pessoais. Assim, para evitar a rejeição imaginada, procuram manipular os outros, o que lhes dá um certo sentido de segurança (GrothMarnat, 1984; Vincent, 1987). Dentro deste quadro, é de se esperar desajustamento nas relações interpessoais, em várias áreas e, muitas vezes, adição ao álcool e às drogas. Num estudo em pacientes psiquiátricos, a maioria com este código apresentou um diagnóstico dual de perturbação afectiva (depressiva) e abuso de drogas (Vincent, 1987). No sexo masculino, a concomitância da elevação 8 torna o caso compatível com um funcionamento pré-psicótico ou psicótico, com diagnóstico possível de esquizofrenia paranóide. Já, se estão elevadas também a 2 e/ou 3, há probabilidade de uma perturbação de personalidade limite. No sexo feminino, este código é mais encontrado em psicóticos ou pré-psicóticos, com uma personalidade subjacente passivo-agressiva (Groth-Marnat, 1984). 47/74 Este é um padrão que envolve comportamentos contraditórios, sendo os sujeitos caracterizados por insensibilidade em relação aos outros (pelos quais se sentem rejeitados, com manifestação de impulsos hostis, culpa e remorso em relação à própria conduta). São imaturos, inseguros, mal-humorados, teimosos e têm conflitos dependência-independência. O seu estilo é cronicamento cíclico, no sentido em que se alternam períodos nos quais não controlam os seus sentimentos de raiva, havendo passagens ao acto, seguidos por fases de supercontrole, com culpa genuína, remorsos, autocondenação e autopiedade. O sujeito “frustrado por estes sentimentos, pode tentar egoisticamente satisfazer as suas necessidades através de meios como o abuso de álcool, promiscuidade ou actos agressivos.

25

Assim, o ciclo continua e, habitualmente, é muito resistente à mudança” (GrothMarnat, 1984, p.304). Durante os períodos de remorso, há procura de ajuda terapêutica, mas sem muito êxito, porque o alívio da ansiedade dá lugar a novas passagens ao acto. Desta maneira, embora com necessidade de afecto, as relações interpessoais não são boas e o sujeito pode chegar a ter envolvimentos com a justiça. Numa pesquisa com pacientes psiquiátricos de hospitais particulares, na metade da amostra, as alternativas diagnósticas mais comuns foram perturbação afectiva major (depressiva), perturbação bipolar ou ciclotimia, enquanto, na outra metade, foi de perturbação de personalidade, principalmente de tipo passivoagressivo (Vincent, 1987). Já Groth-Marnat (1984) relaciona, como hipóteses diagnósticas prováveis, perturbação de personalidade anti-social ou perturbação de ansiedade. 48/84 Sujeitos com este código são descritos como estranhos, peculiares, esquisitos, impulsivos, imprevisíveis, erráticos, não conformistas, com severas perturbações emocionais, podendo apresentar comportamentos anti-sociais em associação no submundo ou com minorias políticas e religiosas estranhas e inusitadas. Provêm geralmente de lares muito perturbadas, podendo ter sofrido rejeição e maus tratos, de modo a desenvolver uma atitude de desconfiança em relação a um mundo frio e perigoso, com problemas de auto-identidade. “Estas pessoas são basicamente medrosas, instáveis e prontas a actuar”. (Vincent, 987, p.132). Por medo de rejeição, tornam-se alienadas e hostis, apesar da sua intensa necessidade de afecto. A sua adaptação pode ser considerado marginal ou má, em várias áreas. Apresentam, frequentemente, disfunções sexuais de vários tipos, são capazes de actos anti-sociais, com envolvimento com a justiça, sendo que há um cunho bizarro e persistente em muitas das suas actuações. São comuns tentativas de suicídio e tendência à adição ao álcool ou às drogas. Na verdade, é o padrão mais comum entre os toxicodependentes (Vincent, 1987). Em hospitais públicos, a maioria dos pacientes tem o diagnóstico de esquizofrenia. Em hospitais particulares, o diagnóstico é dual, incluindo abuso de drogas e perturbação de adaptação com humor depressivo (Vincent, 1987). Groth-Marnat (194) associa este padrão com personalidade esquizóide ou paranóide e, se há elevação também da escala 6, com esquizofrenia paranóide. 49/94 As escalas 4 e 9 estão associadas com mau controle dos impulsos e esta configuração é encontrada em sujeitos em que se observa a acção directa dos impulsos agressivos, sem consideração pelas consequências dos seus actos, já que a elevação 9 é compatível com o uso do mecanismo de negação (Trimboli & Kilgore, 1983). São indivíduos impulsivos, anti-sociais, egocêntricos, hedonistas, sensuais, desejosos de excitação, extrovertidos, irritáveis, violentos, alienados, manipuladores, energéticos e activos. Apresentam histórias de mau ajustamento

26

familiar, mau aproveitamento escolar, além de dificuldades no trabalho e com a justiça. Contudo, tais dificuldades, em pessoas mais novas, não são tão extensivas e intensas. Por exemplo, ambas as escalas costumam ser elevadas em adolescentes normais ou não, pelo que a interpretação deve ser feita com muito cuidado, uma vez que casos de delinquência e abandono escolar apresentam vulgarmente este código (Hathaway & Monachesi, 1961). No entanto, tal tipo de código, após os vinte e cinco ou trinta anos, já tende a associar-se com um padrão crónico (Vincent, 1987), “muito resistente à mudança” (Groth-Marnat, 1984, p. 305). Ainda que os sujeitos passem inicialmente uma boa imagem, quando as relações se tornam mais profundas os problemas tendem a aparecer, muito em função do egocentrismo, irresponsabilidade, hostilidade e tendência a manipular os outros, embora procurem racionalizar as suas atitudes. Com a elevação da 3, a actuação diminui e a manutenção da hostilidade é semelhante à associada ao código 34/43. Quando a escala 6 se eleva, a actuação pode ser violenta, perigosa e bizarra. Em termos de diagnóstico, a hipóteses provável é de personalidade antisocial. Se há elevação da 8, deve-se considerar a possibilidade de um estado maníaco ou de esquizofrenia (Groth-Marnat, 1984). Contudo, num estudo de pacientes psiquiátricos de hospitais particulares, abuso de drogas foi encontrado em 75% dos sujeitos (como diagnóstico primário ou secundário), tendo, como hipótese alternativa, perturbação de adaptação (Vincent, 1987). 68/86 Trimboli e Kilgore (1983) citam a afirmação de Dahstrom, Welsh e Dahlsstrom em trabalho de 1975, de que uma pontuação maior que 80, seja na escala 6, 8 ou F, de forma característica, “associa-se a um contacto perturbado com a realidade” (p. 622). A combinação da escala 6 com a 8 é um dos códigos mais marcados por sintomas psicopatológicos. Os sujeitos são descritos como suspeitosos, desconfiados, inibidos, com sentimentos de inferioridade, falta de auto-estima e de auto-confiança, distantes, com dificuldade extrema de estabelecer vínculos afectivos e acentuadamente voltados para um mundo de fantasia. Apresentam comprometimento das funções de juízo, sentido da realidade e teste da realidade. O seu pensamento é geralmente “considerado inusitado, senão bizarro, frequentemente contendo delírios de grandeza e/ou de auto-referência.” (GrothMarnat, 1984, p.306). Alucinações, confusão mental, humor inapropriado e depressão podem estar presentes, além de problemas de concentração e memória, medos e fobias. Estes sujeitos habitualmente são solteiros e podem ter tido uma história profissional prévia aparentemente adequada, até que factores stressantes tenham levado a uma intensificação de sintomas, que os incapacita (Groth-Marnat, 1984). Até recentemente, este padrão estava associado à psicose, principalmente com esquizofrenia paranóide (em especial quando há elevação da escala 4). “Se a escala 7 está 10 pontos ou mais abaixo das escalas 6 e 8, este código é referido como o “V paranóide” e enfatiza a presença de ideação paranóide (Groth-Marnat, 1984, p.306). Em termos de classificação nosológica, este código associa-se, no

27

Eixo I, com perturbação de adaptação com traços afectivos mistos ou depressivos, tendo, como diagnóstico alternativo, perturbação esquizoafectivo. No eixo II, principalmente com personalidade limite (Vincent, 1987). Com menos frequência, podem ser encontradas síndrome orgânico-cerebrais ou perturbações de ansiedade severos (Groth-Marnat, 1984). É importante observar que, com este código, se as elevações são superiores a T = 80, um F elevado não invalida o perfil. 78/87 Segundo Groth-Marnat (1984), a emergência do quadro associado a este código, relaciona-se com uma crise. Assim, quando o paciente é internado, frequentemente apresenta muita perturbação, dificuldades de concentração e, eventualmente, um estado de pânico (Vincent, 1987). São pacientes ansiosos, deprimidos, tensos, retraídos, supersensíveis, obsessivos, com sentimentos de insegurança, inadequação e inferioridade, que também se podem relacionar com problemas na vida sexual, especialmente no que se refere a relações heterossexuais nos adultos. Podem apresentar uma vida de fantasia (inclusive devaneios), delírios e alucinações, pelo que frequentemente são classificados como psicóticos. Deve ser levado em conta o risco se suicídio, especialmente com a elevação na 2. Neste caso, devem ser analisados os itens críticos e outras fontes de informação. Alcoolismo e abuso de drogas também são possibilidades. Este código deve ser cuidadosamente analisado em função da elevação relativa das duas escalas. A predominância da escala 7 torna o quadro mais benigno, porque significa que o sujeito ainda está a conseguir utilizar defesas de nível neurótico. A predominância de 8 (especialmente quando maior que T = 75) associase a sintomas mais de nível psicótico e prognóstico é pior. Se ambas as escalas estão bem elevadas, com T maior que 75, é provável a presença de esquizofrenia, principalmente quando a “tríade neurótica” está baixa. “Mesmo que a esquizofrenia possa ser descartada, a condição tende a ser resistente à mudança, como, por exemplo, numa perturbação de personalidade alienada” (Groth-Marnat, 1984, p.307). Com elevação da 2, a hipótese duma perturbação distímica ou obsessivocompulsiva deve ser considerada (Groth-Marnat, 1984). Segundo Vincent (1987), em hospitais públicos os diagnósticos mais comuns são de depressão major ou de esquizofrenia. Em hospitais particulares, um diagnóstico frequente é o de perturbação de adaptação, com alternativas de perturbações psicóticas (geralmente esquizofreniformes ou esquizoafectivas), perturbações afectivas e abuso de drogas.

89/98 Segundo Marks e outros, apud Trimboli e Kilgore (1983), as elevações 8 e 9 potenciam-se mutuamente e, então, quando o T de ambas está ao redor de 80, “vêse um indivíduo psicótico, errático, que evidencia considerável confusão e

28

perplexidade” (p. 622). Além disso, caracteriza-se por ser altamente energético, hiperactivo, agitado, indeciso, emocionalmente lábil, irrealista, desorganizado, muitas vezes, com delírios de grandeza de sentido religioso (especialmente com a elevação da 6). São sujeitos que se frustram se não recebem afecto, e são imaturos, desconfiados, irritáveis, evitando as interacções mais íntimas. Têm planos ou objectivos que podem ultrapassar o seu nível de realização, pelo que têm sentimentos de inadequação e de inferioridade e o seu desempenho escolar e profissional não é bom. Têm escasso insight e negam a necessidade de ajuda terapêutica. Em hospitais públicos, são frequentemente classificados como psicóticos, com perturbações bipolares e, eventualmente, com esquizofrenia. Em hospitais particulares, recebem uma variedade de diagnósticos, como abuso de drogas, perturbação de adaptação, perturbação esquizoafectiva ou depressão major e, nas perturbações de personalidade, o mais comum é a limite (Vincent, 1987).

29

ANEXO I QUESTIONÁRIO

MINI-MULT QUESTIONÁRIO Nome:______________________________________________________ Sexo: _________________________Data de Nascimento: __/__/______ Data do exame: __/__/_____ Nestas folhas encontram-se várias frases às quais deverá responder VERDADEIRO ou FALSO. Se a sua resposta for VERDADEIRO, faça um círculo à volta de V. Se a sua resposta for FALSO, faça um círculo à vota de F.

30

Não demore muito tempo entre uma resposta e a seguinte e dê as respostas por ordem. 1. Tenho bom apetite 2. Quase sempre acordo bem disposto 3. A minha vida de todos os dias está cheia de coisas que me interessam 4. Trabalho grande tensão nervosa 5. Às vezes penso em coisas demasiado indecentes para poder falar delas 6. Raramente tenho prisão de ventre 7. Há alturas em que desejo muito deixar a minha casa 8. Algumas vezes tenho crises de riso ou de choro que não consigo impedir 9. Sofro de náuseas e vómitos 10. Parece que ninguém me compreende 11. Às vezes apetece-me praguejar 12. Tenho pesadelos quase todos os dias 13. Tenho dificuldade em ficar a atenção quando trabalho ou estou ocupado 14. Tenho passado por coisas muito esquisitas e especiais 15. Se os outros tivessem querido, com certeza eu teria mais sorte 16. Numa certa altura da minha infância aconteceu-me roubar pequenas coisas 17. Tenho tido períodos (dias, semanas, meses) durante os quais nada pude fazer bem feito porque não conseguia tomar atenção a nada 18. O meu sono é incómodo e agitado 19. Quando estou ao pé de outras pessoas sinto-me contrariado porque ouço coisas esquisitas 20. A maior parte das pessoas que me conhecem gostam de mim 21. Muitas vezes sou obrigado a receber ordens de pessoas que sabem menos que eu 22. Gostava de ser tão feliz como os outros parecem ser 23. Acho que muitas pessoas aumentam as suas desgraças só para receberem a simpatia e a ajuda dos outros 24. Às vezes fico furioso 25. Acho que tenho pouca confiança em mim 26. Nunca reparei que os meus músculos estremeçam ou tremam duma maneira incómoda ou estranha 27. A maior parte das vezes tenho a impressão de que fiz qualquer coisa mal ou desastrada 28. Sinto-me quase sempre feliz. 29. Há pessoas que são tão autoritárias que tenho vontade de fazer o contrário do que elas dizem, mesmo que eu tenha a certeza que elas têm razão 30. Tenho a impressão que os outros tentam prejudicar-me 31. Acho que todas as pessoas são capazes de usar meios pouco honestos para ganhar qualquer coisa ou em vez de perderem 32. Tenho muitas vezes problemas com o meu estômago ou os meus intestinos 33. Muitas vezes não percebo porque sou brusco e rabugento 34. Às vezes os meus pensamentos andam tão depressa que não consigo contá-los 35. Estou convencido de que tenho na minha casa uma vida familiar tão agradável como a maior parte das pessoas que conheço 36. Às vezes sinto que não sirvo para nada 37. Nos últimos anos tenho gozado, geralmente, de boa saúde. 38. Há alturas em que faço coisas sem saber mais tarde o que fiz realmente 39. Acho que muitas vezes tenho sido castigado sem razão 40. Nunca me senti tão bem como agora

V V V V V V V V V V V V V V V V V

F F F F F F F F F F F F F F F F F

V F V F V V V V

F F F F

V F V F V F V F V F V F V F V F V V V V

F F F F

V V V V V

F F F F F

31

41. Não me importo com o que os outros pensam de mim 42. Acho que tenho boa memória 43. Para mim é difícil começar uma conversa quando encontro pessoas que não conheço 44. Muitas vezes sinto um estado de fraqueza geral 45. Tenho muito poucas vezes dores de cabeça 46. Não acho difícil conservar o equilíbrio quando ando 47. Não gosto de toda a gente que conheço 48. Há pessoas que tentam aproveitar-se das minhas ideias 49. Gostava de não ser envergonhado 50. Estou convencido que os meus pecados não podem ser perdoados 51. Preocupo-me muitas vezes com coisas que não são muito importantes 52. Os meus pais muitas vezes criticam as pessoas com quem me dou 53. Às vezes acontece-me dizer um pouco mal dos outros 54. Há momentos em que tenho a impressão de que o meu espírito trabalha melhor do que é costume 55. Quase nunca senti palpitações e raramente me falta o fôlego 56. Fico furioso com facilidade mas esqueço-me depressa 57. Tenho alturas em que estou tão nervoso que sou incapaz de estar sentado numa cadeira 58. Os meus pais e amigos acham que eu tenho mais defeitos do que realmente tenho 59. Ninguém se preocupa com o que pode acontecer aos outros 60. Não censuro uma pessoa que se aproveita de outra se esta deixar 61. Há alturas em que me sinto cheio de energia 62. A minha vista não tem enfraquecido 63. Raramente sinto barulhos ou zumbidos nos ouvidos 64. Numa ou em várias alturas da minha vida senti que alguém tentava hipnotizar-me 65. Às vezes sinto-me cheio de alegria sem nenhuma razão especial 66. Mesmo quando estou ao pé de outras pessoas sinto-me só a maior parte do tempo 67. Julgo que quase toda a gente é capaz de mentir para se livrar duma situação desagradável 68. Sou mais sensível que a maioria das pessoas 69. Às vezes o meu espírito trabalha mais devagar do que é costume 70. As pessoas desiludem-me muitas vezes 71. Tenho abusado das bebidas alcoólicas

V V V V V V V V V V V V V V

F F F F F F F F F F F F F F

V V V V V V V V V V V V V

F F F F F F F F F F F F F

V V V V

F F F F

FIM DA PROVA CONFIRME, POR FAVOR, SE NÃO DEIXOU NENHUMA FRASE SEM RESPOSTA

32

ANEXO II GRELHA DE RESPOSTAS

GRELHA

DE

RESPOSTAS

Nome: ___________________________________________________ Idade: _____ PERGUNTA Nº

1

2

3

1

L

F

K

F

F

F

2 3 4 5 6 7

F

F F V

F F

4

6

F

8

F F

F

V

V

9

V

F

V F

7

F V

V

V

33

8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52 53 54 55 56 57 58 59 60 61 62 63 64 65 66 67 68 69 70 71 Nota Bruta Nota T

V V F

V F

F

F

V

V

V V

V

V

V

V

V

V

V

V V

V V V V

V V V

V V V V V

V

V F V V F F

V

V

F

F V F

V F

F

F F

F V F

V F

F

V F F V F

V V

V F F

F F

F F

V F

F F

V V

F

V

V V

V F F

F

F F

F

F F V F F

V

V V

F F V F F

F

F

F

F F

V V

F V V F

V V

F V F

F F V

F V V

V

V

F F

V

V V

F F F

F F V

V F

F

F F

F V

F V F V

V

V V

F F V

34

ANEXO III TABELA DE CONVERSÃO DE NOTAS BRUTAS EM NOTAS STANDART (T)

TABELA Escala

DE

CONVERSÃO

DE NOTAS BRUTAS EM NOTAS STANDART

(T)

L

F

K*

1

2

3

4

6

7

8

9

2 4

2 4

4 5

2 4

13 15

10 11

9 11

5 7

2 4

2 4

8 10

N.Bruta

0 1

35

2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26

6 8 10 12

6 9 11 14 16 18 21 23 25 28 30 33 35 37

7 8 10 11 13 14 15 17 18 20 21 23 24 26 27

6 8 10 12 14 16 18 20 22 23 25 27 29

16 18 20 22 24 26 28 29 31 33 35 38 39 40 42 44 46 48 50

13 15 16 18 19 21 22 24 25 27 29 30 32 33 35 36 38 40 41 43 44 46 47 49 50

13 14 16 18 20 21 23 25 26 28 30 32 33 35 37 39 40 42

8 10 12 14 15 17 19 21 22 24 26 28 29

6 9 11 13 16 18 20 23 25 27 30 32 34 37 39

7 10 13 15 18 21 24 26 29 32 35 37 40 43 46 48 51 54 57

11 13 15 17 18 20 22 24 25 27 29

36

ANEXO IV TABELA DE FRACÇÕES DE K

FRACÇÕES

DE

K*

POR VALOR DE

K BRUTO

Fracções de K K Bruto 30 29 28 27

0,5K 15 15 14 14

0,4K 12 12 11 11

0,2K 6 6 6 5

37

26 25 24 23 22 21 20 19 18 17 16 15 14 13 12 11 10 9 8 7 6 5 4 3 2 1 0

13 13 12 12 11 11 10 10 9 9 8 8 7 7 6 6 5 5 4 4 3 3 2 2 1 1 0

10 10 10 9 9 8 8 8 7 7 6 6 6 5 5 4 4 4 3 3 2 2 2 2 1 1 0

5 5 5 5 4 4 4 4 4 3 3 3 3 3 2 2 2 2 2 1 1 1 1 1 0 0 0

* O Valor de K estimado é adicionado às escalas que são afectadas por ele: o Hs (+0,5K) o Pd (+0,4K) o Pt (+1K) o Sc (+1K) o Ma (+0,2K)

38

ANEXO V FOLHA DE CONTAGEM E PERFIL MASCULINO

INVENTÁRIO MULTIFÁSICO MINNESOTA DE PERSONALIDADE Folha de Contagem e Perfil Masculino

39

F-K = ___________ Válido  AV (Média dos valores T) = ____ AI = Hs + D + Hy 3 IR = Hs + D + Hy Hy + Pd + Ma

+

Inválido

(D + Pt) – (Hs + Hy)



AI (Índice de Ansiedade) = _____

IR (Quociente de Internalização) = _____

40

ANEXO VI FOLHA DE CONTAGEM E PERFIL FEMININO

INVENTÁRIO MULTIFÁSICO MINNESOTA DE PERSONALIDADE Folha de Contagem e Perfil Feminino 41

F-K = ___________ Válido  AV (Média dos valores T) = ____ AI = Hs + D + Hy 3 IR = Hs + D + Hy Hy + Pd + Ma

+

Inválido

(D + Pt) – (Hs + Hy)



AI (Índice de Ansiedade) = _____

IR (Quociente de Internalização) = _____

42

Related Documents

Mmpi
January 2021 3
Mmpi-2
January 2021 3
Mmpi Caderno
January 2021 0
Interpretacion Mmpi
March 2021 0
Mmpi-2 Hoja De Respuestas
February 2021 0

More Documents from ""

Mmpi
January 2021 3