O Espírito De Aloha

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O ESPÍRITO DE ALOHA de Serge Kahili King tradução de Ivonete R. Mascara (Vivi). O Espírito de Aloha é uma referência bem conhecida da atitude de aceitação amistosa pela qual as Ilhas Havaianas são bem famosas. No entanto, também se refere a uma maneira poderosa de resolver qualquer problema, atingir qualquer meta e, ainda, atingir qualquer estado de mente ou espírito que se deseje. Na língua havaiana Aloha significa muito mais do que "alô" e "adeus" ou "amor" . Seu significado maior é: compartilhar (alo) com alegria (oha) da energia da vida (ha) no presente (alo)”. Ao compartilharem essa energia, vocês se tornarão conectados ao Poder Divino que os havaianos chamam de mana. E o uso amoroso deste Poder incrível é o segredo para se obter saúde, felicidade, prosperidade e sucesso verdadeiros. A maneira de se conectarem a este Poder e fazer com que ele opere a seu favor é tão simples, que vocês poderão ficar tentados a descartá-la como sendo fácil demais para ser verdade. Por favor, não se deixem enganar pelas aparências. Esta é a técnica mais poderosa no mundo e, embora seja extremamente simples, pode vir a se tornar difícil, uma vez que precisarão se lembrar de fazêla - e será necessário fazê-la REPETIDAMENTE. Trata-se de um segredo passado à humanidade por inúmeras vezes e, mais uma vez agora, de uma outra maneira. O segredo é este: Abençoem todos e tudo que representem o que vocês desejam É só isso. No entanto, qualquer coisa tão simples assim requer alguma explicação. Abençoar algo significa reconhecer ou dar ênfase a uma qualidade, característica ou condição positivas, com a intenção de que aquilo a que se reconhece ou enfatiza venha a crescer, perseverar (persistir) ou vir a ser. Em primeiro lugar, o foco positivo de sua mente mexe com a força positiva, criativa, do Poder. Segundo, move a sua própria energia para fora, permitindo que uma parte maior do Poder passe através de vocês. Terceiro, quando vocês proferem bênçãos para o benefício de outros, ao invés de o fazerem para si mesmos, há a tendência de se ultrapassar quaisquer medos subconscientes a respeito do que se deseja para si mesmo; e, também, o próprio foco em si sobre os atos de abençoar faz com que o mesmo bem aumente na própria vida. A beleza desse processo é que a bênção proferida em favor de outros ajuda a estes, bem como a vocês mesmos.

As bênçãos podem ser proferidas com a ajuda de visualização ou toque; porém, a maneira mais comum e fácil de fazê-lo é através de palavras. Os principais tipos de bênçãos verbais são: ADMIRAÇÃO: Trata-se do ato de cumprimentar ou louvar algo bom que se note. Ou seja, “Que belo pôr do sol; gosto de seu vestido; você é tão divertido.” AFIRMAÇÃO: Trata-se de uma declaração específica de bênção para aumento ou continuação do estado descrito: “Abençoo a beleza desta árvore; abençoada seja a saúde de seu corpo.” APRECIAÇÃO: Trata-se de uma expressão de gratidão a respeito de algo bom que existe ou que tenha ocorrido: “Obrigado, Deus, por me haver ajudado; agradeço à chuva por nutrir a terra.” EXPECTATIVA: Trata-se de uma bênção para o futuro: “Teremos um ótimo piquenique; abençoo sua renda sempre crescente; obrigado(a) pela(o) minha(meu) companheira(o) perfeita(o); desejo-lhe uma ótima viagem; que o vento sopre sempre a seu favor.” A fim de se obter o maior benefício possível de uma bênção, vocês terão de desistir ou renunciar à única coisa que a anula: o ato de amaldiçoar. Isto não se refere a palavrões, mas ao oposto da bênção; ou seja, criticar, ao invés de admirar; duvidar, ao invés de afirmar; culpar, ao invés de apreciar; e se preocupar, ao invés de aguardar com confiança. Quando quer que tais atitudes sejam tomadas, elas tendem a cancelar alguns dos efeitos da bênção. Assim, quanto mais vocês amaldiçoarem, mais difícil e demorado será obter bons resultados da bênção. Por outro lado, quanto mais se abençoar, menos mal farão as maldições. Aqui, então, vão algumas idéias para se abençoar várias necessidades e desejos: SAÚDE: Abençoem pessoas, animais e até mesmo plantas saudáveis; tudo o que seja bem feito ou bem construído; e tudo o que expresse energia abundante. FELICIDADE: Abençoem tudo o que seja bom, ou o bem que há em todas as pessoas e coisas; todos os sinais de felicidade que vocês virem, ouvirem ou sentirem nas pessoas e animais; e todos os potenciais para a felicidade, que perceberem ao seu redor. PROSPERIDADE: Abençoem todos os sinais de prosperidade em seu ambiente, inclusive tudo o que o dinheiro ajudou a fazer ou construir; todo o dinheiro que vocês possuírem, sob qualquer forma; e todo o dinheiro que circula no mundo. SUCESSO: Abençoem todos os sinais de realização e completeza (como edifícios, pontes e eventos esportivos); todas as chegadas a destinos (navios,

aviões, trens, carros e pessoas); todos os sinais de movimento de progresso ou persistência; e todos os sinais de alegria e diversão. CONFIANÇA: Abençoem todos os sinais de confiança em pessoas e animais; todos os sinais de fortaleza nas pessoas, animais e objetos (incluindo-se o aço e o concreto); todos os sinais de estabilidade (como as montanhas e árvores altas); e todos os sinais de poder com propósito (incluindo-se grandes máquinas e fontes de energia). AMOR E AMIZADE: Abençoem todos os sinais de carinho e cuidado, compaixão e apoio; todos os relacionamentos harmoniosos na natureza e na arquitetura; tudo o que esteja ligado a alguma coisa, ainda que a esteja apenas tocando gentilmente; todos os sinais de cooperação, como nos jogos ou no trabalho; e todos os sinais de risos e alegria. PAZ INTERIOR: Abençoem todos os sinais de quietude, calma, tranqüilidade e serenidade (como águas plácidas, por exemplo); todas as vistas distantes (horizontes, estrelas, a Lua); todos os sinais de beleza, advindos da visão, som ou toque; cores e formas definidas; os detalhes de objetos naturais ou manufaturados. CRESCIMENTO ESPIRITUAL: Abençoem todos o sinais de crescimento, desenvolvimento e mudança na Natureza; as transições do amanhecer e do entardecer; o movimento do sol, da lua, dos planetas e estrelas; o vôo dos pássaros no céu; e o movimento dos ventos e do mar. As idéias acima são para sua orientação, caso vocês não estejam acostumados a abençoar; porém não se limitem a elas. Lembrem-se de que qualquer qualidade, característica ou condição pode ser abençoada (por exemplo, vocês podem abençoar postes finos e animais magros para encorajar a perda de peso), quer haja existido, exista no momento, ou exista apenas em sua imaginação.

A TÉCNICA DYNAMIND Copyright de Serge King 2003 - Exclusivamente para Distribuição Gratuita - O autor expressa sua permissão para que sejam feitas cópias para distribuição gratuita,tanto eletrônicas como impressas,desde que não haja alterações no texto sem sua expressa aprovação.Para maiores informações, dirijam-se ao Aloha Project ou entrem em contato com: ALOHA INTERNATIONAL PO Box 426 Volcano HI 96785 USA Endereço eletrônico: [email protected] Telefone: 808-645-7007 (USA) AJUDE-SE COM DYNAMIND por Serge Kahili King Tradução do original em língua Inglesa por José Marcos Sobral Formato Básico 1. Escolha um problema físico, emocional ou mental que deseje resolver. 2. Junte as mãos, com apenas as pontas dos dedos se tocando. 3. Faça a seguinte afirmação, em voz alta ou silenciosamente: " Tenho um problema e sei que pode ser resolvido, quero que ele desapareça." 4. Com dois ou três dedos de uma das mãos, bata sete vezes, suavemente,

nos seguintes pontos: No centro do peito, na área externa de ambas as mãos, entre o polegar e o indicador e no osso na base do pescoço. 5. Inale com sua atenção focada no topo de sua cabeça e exale com sua atenção focada nos dedos de seus pés. 6. Os sintomas poderão mudar de intensidade, de local, ou de tipo. Repita os passos indicados para melhores resultados. O QUE É DYNAMIND? A Técnica Dynamind, ou TDM, é um método de cura efetivo, seguro, rápido e fácil, baseado numa combinação especial de palavras, toques, respiração, e às vezes, visualização. Ela foi desenvolvida de maneira que a maioria das pessoas possa usá-la em si mesmas para ajudar a aliviar a maior parte dos desconfortos, geralmente em menos de uma hora. Pode também ser usada em combinação com outros tratamentos para ajudar a todas as pessoas a qualquer momento. Toda a cura vem de nosso interior. A TDM por si só nada cura, mas auxilia a preparar a mente e o corpo para que a cura possa acontecer mais facilmente. Ela se comprovou efetiva numa larga variedade de problemas físicos, mentais e emocionais e está sendo testada diariamente em mais e mais situações por um grupo internacional de terapeutas. A TDM pode ser usada sozinha, ou combinada com qualquer outro método de cura, seja ele alternativo, convencional ou complementar. Pode ser usada tanto por crianças como por adultos e também tem sido utilizada com bastante sucesso na cura de animais. A Técnica Dynamind é simples de aprender e de usar. Você não precisa adotar qualquer sistema religioso ou filosofia para fazer uso dela e na realidade, funcionará mesmo que você não acredite nela. Vale dizer, no entanto, que uma atitude frontalmente negativa com relação a ela diminuirá seus efeitos.Você pode usá-la em você, em sua família e seus amigos, ou naqueles que dela necessitarem. COMO ELA FUNCIONA? A efetividade da Técnica Dynamind está baseada na teoria de que todos os problemas físicos, emocionais e mentais estão relacionados à excessiva tensão no corpo. A teoria propõe que a tensão se acumula em camadas, cujos pontos focais produzem sintomas específicos. A cura acontece quando as camadas de tensão são aliviadas. De acordo com esta mesma teoria, quando o corpo está num estado de tensão dinâmica uma onda cíclica de tensão e relaxamento o corpo imediata e automaticamente entra num estado de cura onde quer que um estado de estresse incomum seja encontrado. Enquanto o estado dinâmico for mantido, a cura será muito rápida .Durante este mesmo estado, a mente se recupera rapidamente do estresse e seus conflitos emocionais serão temporários e moderados. Se o corpo entrar num estado de tensão estática - uma parede de crescente resistência então a resposta à cura será inibida, permitindo a entrada da doença, da disfunção, da confusão e de pensamentos negativos, e mesmo sentimentos de raiva ou de medo poderão surgir. Qualquer método que auxilie o corpo a mudar de um estado de tensão estática para um de tensão dinâmica liberará ou estimulará a resposta curativa do mesmo. Você não precisa aceitar esta teoria para se beneficiar da Técnica Dynamind. POR QUÊ ELA FUNCIONA? Cada segmento da Técnica Dynamind é por si uma técnica de cura independente.Ainda que a fonte específica destas técnicas pertença às

antigas tradições havaianas, técnicas similares são encontradas em muitas outras partes do mundo.É da combinação e do efeito cumulativo destas técnicas que conseguimos os espantosamente rápidos resultados da TDM. A posição das mãos A Técnica Dynamind começa com a união das mãos, deixando apenas as pontas dos dedos se tocarem, como se elas estivessem segurando uma bola. Esta é uma posição utilizada em alguns tipos de meditação para induzir ao relaxamento. Traz também o benefício de servir como um sinal subconsciente de que um processo curativo está para começar. Na prática, a posição das mãos é mantida através de todo o processo, exceto quando forem necessários os toques. A Declaração A Declaração Básica Dynamind, composta de três partes, não é nem uma afirmação nem um pedido. É, isto sim, um reconhecimento do problema, uma declaração de expectativa e uma diretiva específica. Vamos analisar a Declaração Básica desta maneira: " Eu tenho um problema..." Este é um reconhecimento de que o problema existe. Funciona melhor se o problema for claramente definido em termos de sintoma, intensidade, sensação e localização. Até mesmo um simples reconhecimento muitas vezes inicia um processo de relaxamento. "...e sei que pode ser resolvido...". Esta é uma declaração de expectativa de que o problema não é permanente e que o alívio é possível, é também uma idéia relaxante. "...e quero que o problema desapareça..." Isto é uma diretiva. Não importa como você pense para onde ela está sendo dirigida, ao seu corpo, ao seu subconsciente, ou ao seu cérebro ou outra parte qualquer. Quando você fala tal diretiva a si mesmo, ela começa a tomar efeito em algum grau. Esta diretiva básica foi escolhida por funcionar para a maioria das pessoas, a maior parte do tempo. Qualquer parte desta declaração pode ser modificada para produzir um efeito melhor. O que segue ajudará para que o mesmo seja ainda maior. O Toque Tocar o corpo em qualquer parte estimula uma resposta energética que afeta inteiramente os sistemas físico, mental e emocional. Tocar o corpo em certos pontos e de determinadas maneiras pode evocar uma resposta específica que será tanto energizante como relaxante ao mesmo tempo. A Técnica Dynamind usa quatro áreas específicas do corpo para exercer o toque, na seguinte sequencia: .1. A área do timo no centro do peito. Sabe-se que tocar esta área de certa maneira ajuda a aliviar a ansiedade, relaxa o peito e os músculos dos pulmões, estimulando o sistema imunológico 2. Os pontos "Hoku" de ambas as mãos. Bem conhecidos na acupuntura chinesa, estes pontos são muitas vezes estimulados para o alívio das dores de cabeça e são considerados por alguns como possuidores de um efeito revitalizador em todo o corpo. Eles estão localizados na intersecção das linhas que seguem os lados dos dedos polegar e do indicador. 3. A 7ª vértebra cervical. ( A protuberância óssea no topo da coluna vertebral, na base do pescoço ). Considera-se que ao estimularmos esta área, usada em exercícios físicos havaianos, produzam-se efeitos revitalizantes e relaxantes na parte superior do corpo, coluna vertebral e área pélvica. Diversos pontos ou áreas poderiam ter sido utilizados, porém estes têm a vantagem de cobrir a frente, os lados e as costas do corpo, além

de serem fáceis de alcançar. Cada um deles é altamente efetivo quando estimulado sozinho e mais ainda quando feito em conjunto com os outros. É suficiente apenas tocar a área geral dos pontos mencionados acima para conseguir o efeito desejado. Massagem ou forte pressão não são necessários. Quatro tipos de toque são geralmente usados na Técnica Dynamind: 1. Batidas leves. 2. Vibração suave. 3. Contato demorado ( com leve pressão ). 4. Contato demorado com vocalização do som "hummm " com os lábios fechados. Cada forma de toque é exercida numa contagem até sete, não por razões esotéricas, mas porque é um ritmo fácil de lembrar e não é nem muito longo, nem muito curto. A respiração A Técnica Dynamind conclui com um tipo especial de respiração chamado "piko-piko" em Havaiano. Este tipo de respiração consiste em inalar com a atenção voltada para um ponto,( neste caso, o topo da cabeça ), e exalar com a atenção voltada para outro ponto,( neste caso, os dedos dos pés ). Isto produz uma onda de energia entre os dois pontos, mas de qualquer maneira, o efeito é tanto relaxante quanto vitalizante. O turno Cada sequencia da Técnica é chamada de turno. A Declaração, o Toque e a Respiração são assim chamados. Após cada turno, verifique o estado dos sintomas e pare o processo, repita-o, ou mude-o, se houve modificações na natureza ou localização dos sintomas. ( Isto se faz, geralmente, alterando a Declaração ). Visualização A imaginação simbólica pode ser acrescentada à Técnica Dynamind com muito bons resultados. O processo consiste simplesmente em traduzir o sintoma num símbolo mental, o que chamamos de "chave simbólica", usualmente com a intenção de abrir uma fechadura emocional, que ocorre quando uma resistência emocional inibe o processo curativo e as palavras não têm efeito.Quando se usa uma chave simbólica, ela é inserida após a Declaração e antes do Toque. Para muitas pessoas, o simples imaginar a quê o sintoma se assemelha,produz um símbolo com que se pode trabalhar. Por exemplo "...sinto como se fosse uma faca..." , " ...parece que estou me afogando..", " parece que alguém está me asfixiando..." etc. O modo de trabalhar com o símbolo é transformá-lo pela imaginação, num símbolo positivo que substitua o negativo. Usando-se os exemplos acima, podemos imaginar que estamos retirando a faca e jogando-a fora; ou estamos sendo salvos da água por alguém; ou que as mãos que nos asfixiavam nos soltaram e desapareceram. A idéia é alterar o símbolo de maneira que a sensação dos sintomas também seja mudada e o estado geral fique melhor do que estava. A experiência demonstra que as transformações pela imaginação semelhantes às expostas acima, por três vezes seguidas, são muito benéficas na maioria dos casos. Para aqueles que acharem difícil imaginar um símbolo, é possível criá-lo fazendo-se uma série de perguntas: " Se o sintoma tivesse uma forma, o quê seria ?" " Se tivesse uma cor, qual seria ela? " " E se tivesse peso, quanto pesaria? " O próximo passo O próximo passo seria ter um amigo imaginário, um anjo, ou outro auxiliar que tirasse do interior de seu corpo o símbolo, com sua forma específica, sua cor e seu peso.É de ajuda descrever isto como se estivesse acontecendo.Mais uma vez, uma tripla repetição conseguiu melhorar

os resultados. VARIAÇÕES São infindáveis as possíveis variações nas declarações usadas na Técnica Dynamind, mas as seguintes idéias foram tentadas e testadas com ótimos resultados.Em todos os casos as declarações foram seguidas do toque e da respiração. Declarações de sensações O quanto mais específicas, melhor.Exemplos: " Sinto dor na terceira junta de meu dedo mínimo..." " Sinto medo ( ou ansiedade ) em meu peito..." " Sinto raiva em meu interior..." " Sinto um desejo de comer quando assisto à televisão..." Em tais casos, as diretivas serão: " Quero que estas sensações desapareçam " Declarações de estados de pensamento Estas declarações são úteis para lidar com assuntos relacionados com o passado ou o futuro. Exemplos: " Quando penso no que aconteceu..." " Quando penso em fazer um discurso..." Declarações de poder Estas se referem a declarações que se parecem com afirmações, cuja intenção é mais reforçar ou criar um comportamento positivo do que resolver um problema. Elas são bastante efetivas após o uso da TMD, para resolver qualquer problema físico, emocional ou mental relacionado. Exemplos: "Tenho o poder de discursar perante pessoas sem ficar nervoso, tenho mesmo ! Que assim aconteça! Que assim seja! " " Meu corpo sabe como se livrar do excesso de gordura, sabe mesmo, e ele está começando a fazê-lo agora! O Dynamind como pronto auxílio Ele é útil para o alívio de tensões em geral, pela manhã, noite, ou a qualquer hora que se necessite. Use a Posição das Mãos para começar e siga cada Declaração com o Toque e a Respiração " Pode haver medo, ansiedade, preocupação ou dúvida em meu corpo ou em minha mente e isto pode ser mudado.Eu quero que todos estes problemas desapareçam." "Pode haver raiva, ressentimento, infelicidade ou culpa em meu corpo e em minha mente e isto pode ser mudado. Eu quero que todos estes problemas desapareçam." " Há amor e paz, harmonia e felicidade em algum ponto do meu corpo e de minha mente e isto é bom. Eu quero que estas qualidades cresçam e se disseminem." " Há força e poder, saúde e vitalidade em algum ponto do meu corpo e de minha mente e isto é bom. Eu quero que estas qualidades cresçam e se disseminem." Você tem toda a liberdade de mudar o palavreado segundo seus desejos e necessidades. ANIMAIS E CRIANÇAS Dynamind pode ser usado em animais e crianças, ou naqueles que não possam desenvolver a técnica sozinhos. 1. Estabeleça um elo emocional com o animal ou pessoa a receber ajuda. Isto pode ser feito com palavras suaves e carinho, afagos, ou abraços. . 2. Ainda em contato físico com o animal ou pessoa, de uma maneira confortável, faça uma Declaração em seu nome. Exemplo: " (Nome da pessoa, criança ou animal) tem um problema e ele pode ser resolvido. (Nome_________) quer que ele desapareça". 3. Toque o animal ( supostamente um mamífero) ou a pessoa - de sua maneira preferida no peito, nas juntas dos ombros e na base do pescoço. Caso seja muito inconveniente tocar este ponto, repita o toque no peito. 4. Faça uma Respiração com uma das mãos tocando o topo da cabeça do animal ou da pessoa enquanto inalar e quando exalar, tocando na base da espinha ( ou nos quadris ). DICAS E SUGESTÕES 1. Use uma " Escala de Intensidade".

Escolha um número para representar a intensidade do problema, antes de iniciar a TDM, sendo o zero nenhum problema e 10 um problema severo. Escolha então um número, depois de cada turno, para monitorar seu progresso. 2. Sempre que possível use sensações específicas na descrição dos problemas e não palavras abstratas."Tenho um resfriado" é abstrato."Tenho o nariz entupido", é específico."Estou com raiva", está bem, mas "Sinto raiva em meu plexo solar" é melhor. 3. Se uma dor ou outro sintoma mudar de lugar após um ou mais turnos de TDM, assuma que este novo local representa um diferente sintoma numa camada diferente de tensão, seja o sintoma do mesmo tipo do inicial ou não. Por exemplo, se uma sessão de TDM começar havendo uma dor no peito no primeiro turno e mudar para uma dor no ombro, ou tremor nas pernas, no próximo turno. 4. Se um sintoma físico não se alterar após três turnos de TDM é porque há uma emoção reprimida envolvida no quadro,haja ou não consciência da mesma.Em geral esta emoção será ou de raiva, ou de medo. Use Declarações como: "Pode haver raiva em meu ombro", ou "meus olhos podem estar com medo de ver alguma coisa." 5. Quando a TDM não funcionar de maneira alguma, use alguma outra coisa, ou combine a TDM com outra abordagem. Usos Para a Técnica Dynamind Eis aqui uma lista parcial de problemas onde a TDM foi usada com sucesso: ALÍVIO DE DORES E DESCONFORTOS FÍSICOS Costas (partes superior, do centro, de baixo ) Ombros Juntas Músculos (inclusive mialgias) Dores de cabeça e enxaquecas Dor no pescoço e rigidez Irritação nos olhos Dentes, gengivas e mandíbulas Ossos Pele Coração Tendões Uterinas, vaginais e cervicais Dor generalizada ALÍVIO DE OUTRAS MOLÉSTIAS FÍSICAS Entorpecimentos e formigamentos Artrite (dores, inchaços,rigidez) Cancer (alívio das dores e náusea devido ao tratamento, problemas emocionais) Rigidez ( juntas e músculos ) Moléstias da pele: Dermatite, eczema, urticária, inchaço, coceiras. Sintomas alérgicos Náusea (inclusive enjôo do mar) Gerenciamento do peso (controle dos impulsos) Zumbido nos ouvidos Pressão nos ouvidos Tremor diabético Sintomas de resfriado, sinusite, gripe Respiração curta Fadiga e exaustão Fraqueza Tonturas e vertigens Excesso de energia e nervosismo Calor excessivo ou sensações de queimaduras. Sintomas da menopausa (inclusive ondas de calor) Insônia Problemas de visão (miopia,hipermetropia, distorções) Estresse físico em geral e tensão DOR EMOCIONAL E MÁGOA Ansiedade específica e generalizada Raiva e ressentimento Culpa e aflição Infelicidade Depressão Perda Abandono Traição Tristeza Maus tratos Estresse emocional em geral e tensão SOFRIMENTO MENTAL E SUAS CONSEQÜÊNCIAS Dúvida Confusão Indecisão Conflitos Preocupação Auto estima e valor próprio Mania de criticar e pensamentos negativos Pesadelos Autismo Estresse mental em geral e tensão MAUS HÁBITOS Roer unhas Fumar Urinar na cama Ingestão de álcool (controle dos impulsos)

Reflexões sobre o Câncer por Serge Kahili King tradução de Denise von Poser Meu irmão morreu com câncer aos trinta e poucos anos e o mesmo aconteceu com minha mãos aos oitenta. Tive a oportunidade de trabalhar com muitas pessoas nestas condições e sei que esta doença tem muitos aspectos físicos e emocionais e o reforço de qualquer destes aspectos pode fortalecer o outro e o tratamento dos segmentos pode curar os dois aspectos. Meu irmão teve câncer de pulmão. Ele fumava muito e passou por muita tensão em sua vida. Adicionalmente ele apresentava o perfil em personalidade do fumante, apresentado pelo dr. David Kissen do Hospital Geral de Glasgow, como os outros 1000 pacientes estudados, ou seja, antes dos quinze anos de idade um de seus pais faleceu, seguidos por dificuldades em seu casamento e dificuldades profissionais. Naturalmente muitas pessoas apresentam estas dificuldades na vida, mas o dr. Kissen analisava como as pessoas reagiam face a estas dificuldades, de maneira pessoal. Tipicamente estas pessoas, com este perfil, negavam estes conflitos. E assim era meu irmão. Minha mãe teve câncer de pulmão. Perdeu seu pai antes dos 15 anos, teve conflitos em seu casamento e frustrações profissionais e negava estes conflitos, também. Experiências de perda, conflitos e frustrações... muitos casos de câncer, estudados em Psychosomatics por Howard R. e Martha E. Lewis [Pinnacle Books, 1975} e Who Gets Sick, por Blair Justice, Ph.D. [Jeremy P. Tarcher, 1988]. A ameaça em comum de respostas emocionais em todas as formas de câncer ( e suspeito, em todas as doenças) é o desejo frustrado de controlar estas experiências. O desejo do controle é a parte venenosa das doenças. O desejo de controlarem seus comportamentos, o de outros, o controle do passado, do presente e do futuro. Algumas pessoas tentam controlar tudo. Não é à toa que os sintomas de depressão sempre acompanham o câncer e nos fazem crer que esta depressão é a sensação que as pessoas têm de não poder controlar a doença. Na minha experiência de trabalho com estas pessoas notei que as recuperações mais fantásticas estão associadas com as mudanças no comportamento mental, emocional e físico , destes pacientes. Muitas vezes uma mudança drástica de estilo de vida e perdão a ressentimentos profundos, trazem a cura. Uma das mais surpreendentes curas ocorreu com uma mulher que deixou sua família, mudou sua religião, seu guarda-roupa, sua dieta e se mudou para um

país diferente. Talvez ela precisasse destas mudanças ou não, mas que aconteceu uma cura maravilhosa para ela, aconteceu. Infelizmente meu irmão não mudou nada em suas emoções e reações para com a vida e minha mãe continuou com suas convicções à respeito de algumas pessoas até o final de sua vida. Assim se você tem que mudar alguma coisa, você precisa fazer estas mudanças. Se tentamos controlar alguma coisa mental, física ou emocionalmente e falhamos, aumentamos a tensão no nosso corpo e isso causa doenças. Quanto mais tentamos e falhamos, maior a tensão. Não é porque construímos tensão que vamos adquirir câncer mas sabemos que o alívio da tensão cura as doenças. A necessidade de controle é baseada no temor e o temor é que gera a tensão. O controle, então, é uma técnica para não sentir-se o medo e lidar com ele. Talvez o melhor caminho para se começar a cura é parar de tentar controlar o medo e tentar mudar a reação a ele. Sabe-se que não se pode sentir medo se o corpo está totalmente relaxado. Existe centenas de maneiras para se relaxar através de drogas, ervas, massagens, meditações, felicidade, etc. Mas isto não resolve o problema. O problema está além da tensão, além do medo. O problema ainda não está no que sentimos ser temeroso. O problema está em nos sentirmos sem força e sem poder para enfrentar o medo. Quando este problema está resolvido o medo desaparece, a necessidade do controle desaparece e uma imensa quantidade de tensão, desaparece. Estou falando basicamente na confiança. A certeza que está dentro de nós e que nos impulsiona. Uma emoção verdadeira que nos conduz à vitória em todos so segmentos de nossas vidas, em todos nossos objetivos vitoriosos. Vou dividir com todos uma técnica poderosa, vou dividir algumas palavras hawaianas para confiança, que possuem raízes que podem levar-nos a certas direções: Paulele: - pare de dar voltas à esmo! Kanaloa: - uma calma ampliada. Não existe a transformação mágica para a produção da real confiança, sentida e vivenciada como absolutamente forte e curativa. Precisamos Ter uma consciência interna e real e decisões reais e fortes, mas mesmo assim , só teremos reais resultados se respondermos à vida de maneira diferente. Huna Diariamente por Peggy Kemp tradução de Denise von Poser Eu sou uma alakai de Huna International. Isto significa que decidi me tornar uma curadora e uma professora em Huna e apoiar a missão de Aloha International, que é ensinar e praticar as Sete Leis Espirituais Huna e criar paz e harmonia através do Espírito de Aloha “Curando o mundo com Aloha”. É

muito mais que um slogan, é um trabalho feliz com prática diária. Um importante tópico notei sendo uma alakai: pessoas esperam muito de mim. Esperam que eu seja mais calma, mais iluminada, mais próspera, mais talentosa. Melhor que a maioria das pessoas. Recentemente fui perguntada: “Se a filosofia e técnica Huna realmente funcionam, por que as pessoas alakai têm problemas, como todos nós? Não deveriam gozar uma vida perfeita?” Esta é uma boa pergunta! A minha reposta veio rápida: A qualidade da ferramenta não se reflete no talento do usuário! As coisas acontecem e nossos talentos são aprimorados como um resultado, especialmente quando temos uma boa ferramenta para trabalharmos! Em segundo lugar nós nunca nos conscientizamos totalmente do total resultado da vida de cada uma das pessoas. Uma pessoa alakai, como todas as outras pessoas, tem muitas coisas boas acontecendo ao mesmo tempo em sua vida, bens pessoais, situações amorosas e não sabemos se estas condições seriam piores se não estivessem usando as técnicas Huna. Não podemos e não devemos julgar uns aos outros. Não é produtivo, muito pelo contrário! O amor Aloha vem do não julgamento. Em uma manhã eu entrei em uma rua a amassei a lateral de meu carro Louisa. Ninguém se feriu mas ela vai precisar de consertos, mas ainda andava e a levei para meu trabalho, pensando em todo o caminho como faria para convencer ao seguro que alguém tinha batido no meu carro. Este pensamento não era racional e eu não gosto de mentir para ninguém e o levar a mentira adiante e sustentá-la causa muita perda energética e não compensa. Uma hora depois, minha irmã me liga dizendo que os exames de nosso pai informavam que o seu câncer tinha se alastrado e uma metástase acontecia no cérebro. Todos os meus problemas com meu carro naquele momento sumiram. Minhas providências imediatas foram pedir cura à distância para minha família, ir ao escritório para resolver necessidades imediatas e liguei para meu agente de seguros avisando que calculei mal a distância e acertei um poste. Ele me disse que fosse para casa e tentasse me acalmar e que ligasse depois. Uma amiga alakai se encontra comigo no escritório e me fala sobre tratamentos alternativos para tensão. Sua experiência recente com a morte de seu pai , com câncer, lhe trouxe novas luzes para ajudar aos outros. Seus conhecimentos vieram ao meu encontro e necessidade. Chegando em casa, me sentei e cheirei. Chorei muito e de repente , dei graças pela minha vida e minha segurança. Meu pai não estava mais doente do que estava há um mês e isso já era uma benção. Então afirmei para mim mesma: “ Você é uma alakai e as pessoas vem para você para conselhos nos sete princípios Huna. Por que não faz o mesmo consigo mesma?”

Assim a primeira coisa a se fazer era reduzir a tensão para que a harmonia e a cura pudessem se fortalecer. Massageei minha face e cabeça, respirei e acalmei meu corpo. Assim consegui sorrir. Depois comecei a trabalhar os preceitos Huna e comecei com IKE – o mundo é o que você pensa que é. Consciência. Senti a conexão imediatamente. Quando tenho pensamentos aterradores, todo o meu corpo se contrai e começo a chorar. O oposto é o mesmo. Uma ótima sensação começou a tomar conta de meu corpo e relaxei. Aí fui para KALA – não existe limite. Liberdade. Todos estamos conectados e influenciamos uns aos outros. Eu ajudaria mais meu pai lhe mandando energia. O tereciro preceito MAKIA – a energia flui para onde está nossa atenção. Focalize! Meu pai depois me disse que suas dores cessavam após eu enviar energia a ele. No meu trabalho também tratava de focalizar minha atenção no que tinha que ser feito e assim eu relaxava e ele também. MANAWA é o quarto princípio – agora é o nosso momento de poder. PRESENÇA! Eu me focalizei no presente pois não poderia mudar nem o passado e nem o futuro. Tinha que me concentrar no agora, na beleza do momento e relaxei ainda mais. O quinto princípio é ALOHA – amar é ser feliz sempre. Amando e abençoando as pessoas e situações do momento presente. Tudo tem uma razão de ser e acontecer. Eu me sentia melhor a cada minuto que se passava. O sexto preceito MANA – todo poder está dentro de nós. Confiança. Da obra Urban Shaman: nada acontece sem a sua participação. Você constrói suas escolhas. Sou o resultado de meus pensamentos. Eu me lembrei de todas as vezes que me senti triste, com ressentimentos, as coisas aconteciam e eu as lamentava. PONO é o sétimo princípio Huna – o resultado final é o resultado conferido pela verdade. Faça o que é correto e o que funciona PARA VOCÊ! Ao invés de Ter tensão e tristeza, focalizei minha atenção na cura. Tomei providências para o conserto de meu carro, liguei para minha casa verifiquei a necessidade de tomar um avião para lá sem me desgastar emocional ( seria pior para todos) e verificamos que não era necessário. Meu pai tem 80 anos, nunca estudou Huna, mas sempre teve uma atitude Huna em relação à vida. Meu pai me disse que estava lendo um livro sobre Meditação Transcendental e que sentia um pouco de temor mas estava tentando mudar esta atitude. Eu disse a ele que eu e amigos estávamos enviando “Energia Radiante” para ele e que a recebesse com alegria. Ele me disse que estava tentando mudar o seu sentir e pensar. Ele estava focalizando o viver e a felicidade. Ele me disse que tinha uma missão e estava focalizado nela. Ele me falou sobre suas tarefas em plantar mais flores (elas estavam mais belas que nunca!), em pescar em dançar e que pretendia voltar para casa antes de sua próxima consulta médica e que ninguém iria demovê-lo de sua confiança! Disse a minha irmã: “Sem chances para a tristeza! Precisamos nos focalizar na alegria!” Assim as coisa também acontecem para nós, alakai e batemos o carro, enfrentamos doenças, mas não podemos desistir de utilizar todas as ferramentas Huna que temos em nossas mãos! Abençõe o presente! Acredite em si mesmo! Espere o melhor! FUNCIONA PARA MIM!

TRABALHE MENOS E PROSPERE MAIS por Jim Brinkley tradução de Denise von Poser Você está trabalhando muito? Um dos discípulos de Max Freedom Long uma vez escreveu: “Se você não pratica Huna, você está trabalhando demais!” Eu gostaria de compartilhar com todos, duas técnicas espirituais que lhe capacitem a trabalhar menos enquanto prosperam muito mais! Primeiro é necessário que saibam que o dinheiro possui uma enorme espiritualidade e que as transações financeiras possuem uma enorme essência espiritual. O dinheiro – por sí só – não tem qualquer valor intrínseco. Não podemos comê-lo, amá-lo ou curar com ele. É o que ele representa que confere valor a ele. Em outras palavras, é o aspecto espiritual do dinheiro que valorizamos. O dinheiro é simplesmente um símbolo para mana. Mana pode ser definido como autoridade espiritual. Existe muitas maneiras de se conseguir mana e aumentar mana. Por herança, certificações em graus avançados, posição na sociedade, comportamento exemplar que gera respeito. A riqueza também pode gerar mana, mas como tudo é um reflexo o reverso também é verdadeiro. Se você está trabalhando para aumentar seu mana por que não está trabalhando para aumentar sua prosperidade? Quando você paga alguém por alguma coisa, você está conferindo a esta pessoa o símbolo da autoridade (em comprar o poder), em retribuição a produtos e serviços que está adquirindo. Fazendo isso, você está formalmente reforçando e reconhecendo o bem que lhe é feito com esta transação. Na visão Huna, você está abençoando esta pessoa. E esta benção também tem um efeito positivo em você, pois todas as bênçãos trabalham assim. Essas bençãos podem ser fortalecidas se processadas de modo mais consciente como se fossem rituais para impressionar sua mente subconsciente e assim as bênçãos serão contínuas em suas vidas. Os rituais conscientes precisam ser reforçados quando recebemos e quando pagamos. Os seres humanos são espíritos transformadores de energia ! De acordo com o terceiro princípio Huna ( a energia flui para onde está nossa atenção e intenção), podemos entrar na energia espiritual e amplificá-la e redirecioná-la para a manifestação de um efeito desejado. Sendo o dinheiro um símbolo de autoridade espiritual, podemos aumentar o dinheiro aumentando a energia espiritual. Como a energia elétrica, ela é melhor amplificada quando flui. Um transformador elétrico aumenta o fluxo de energia. Podemos fazer a mesma coisa com a energia espiritual. Somos designados para dar e receber. Uma das melhores técnicas para aumentar o dinheiro em nossas vidas é valorizá-lo muito quando recebemos e uma das melhores maneiras de usá-lo é abençoar os pagamentos que temos que fazer.

A valorização do que recebemos é sempre doar o dízimo de nossos recebimentos para a fonte de nosso crescimento espiritual e inspiração. Podemos entregar este dízimo a uma pessoas, mestre, ministro, pastor ou igreja. A caridade é maravilhosa mas não é a oferenda espiritual de um dízimo. O oferecimento ocasional para uma igreja não é uma oferta espiritual de um dízimo. Este ritual deve ser feito continuamente para a pessoa ou local responsável pelo seu crescimento espiritual como uma forma de seu subconsciente se impressionar com este ato de reciprocidade, de troca, que é a base de toda a sua riqueza. Assim se você tem uma fonte inspiritual em sua vida., quando receber o primeiro pagamento é o dízimo para esta fonte que lhe apoia. Uma das melhores escritoras que encontrei neste segmento foi Catherine Ponder, uma pastora. Nos seus livros ela me convenceu a usar esta técnica em abundância. Ela afirma que se fazemos o dízimo como obrigação, esta atitude torna-se negativa pois nosso subconsciente também assim a vê. A doação do dízimo tem que ser feito com gratidão, respeito, amor e carinho. Fazer a doação de seu dízimo para uma igreja achando que é uma obrigação religiosa, não será bom para sua prosperidade. Você precisa fazer este ritual apenas para quem é responsável pelo seu crescimento espiritual. Nos dias atuais eu sempre faço minha doação de dízimo para a Aloha International pois ela é a minha fonte de crescimento espiritual. No passado eu dividia meu dízimo e este ato era tão eficiente quanto é agora. Outro importante ensinamento de Catherine Ponder é que quando as contas a pagar são maiores do que os recursos é impossível oferecer o dízimo. Se não tiver nada e ninguém que seja responsável pelo seu crescimento espiritual, você não deve fazer a oferta de dízimo regularmente. Porém este ritual cria a abundância. A segunda técnica que eu gostaria de dividir é a benção ao pagar as contas: Faça as respirações piko-piko e abençoe cada quantia destinada a cada pagamento. O Universo sempre quer que você prospere, à medida que você quer prosperar! Eu tenho usado estas técnicas por mais de 10 anos e meus rendimentos mais que triplicaram e eu reduzi minhas horas de trabalho em quarenta por cento. Tenha confiança em seu sucesso com entusiasmo! O Resgate da Alma por Davina Colvin tradução de Denise von Poser O resgate da alma tem sido uma prática shamanica por todo o mundo. Baseando-me em uma certa quantidade de leitura, uma enorme intuição,

algumas sessões de aprendizado e ensinamentos, e uma incrível experiência pessoal de resgate de alma, tenho agora a certeza de como esta técnica e momento é importante para mim e para outras pessoas. Depois de ler o livro de Sandra Ingerman – Welcome Home – considerei alguns de seus pensamentos sobre o resgate da alma e comecei a me lembrar de sensações que tive , por mais ou menos dois meses desde que deixei San Diego e a minha pessoa amada, no meio do mês de dezembro, particularmente quando cheguei a Kauai. Nas tradições shamanicas, por todo o mundo, sabe-se que se uma pessoa sofre um trauma como a perda de uma pessoa muito amada, um acidente, uma violência, esta pessoas pode perder uma parte de sua alma. Isto acontece pois a pessoa em questão “manda embora” uma parte de seu ser para garantir sua sobrevivência. Apesar de parecer uma tentativa de manter seu corpo físico, esta ação é um esforço maior em evitar a aniquilação da alma e com isto de toda a existência desta pessoa. Depois que o trauma passa, se houve perda da alma, a pessoa sente que alguma coisa nela está faltando e por vezes a pessoa perde toda a ação e vitalidade. Toda a capacidade em agir e viver normalmente. Após ler alguns capítulos do livro comecei a juntar algumas sensações e a aquilatar algumas coisas muito importantes. Por algum tempo tive a sensação de estar em um estado alterado de consciência. E conversei sobre isso com algumas pessoas e passei a me recordar deste fato. Depois de chegar a Kauai, esta sensação se intensificou. Sentia-me muito perdida! Finalmente tive a certeza que alguma parte de mim faltava e eu não sabia o que fazer. Minha vida perdeu o significado e eu não sabia por que. Eu estava estudando e treinando técnicas de shamanismo Hawaiano nos últimos 4 anos e também tinha estudado sobre técnicas em regate de almas e neste momento decidi trabalhar esta técnica em mim mesma. Pedi ajuda a pessoas que me conheciam. Na técnica, as pessoas que estão ajudando se colocam em jornadas shamanicas e vão buscar “pedaços” que estão faltando para a pessoa tratada. A maioria das pessoas estava muito ocupada para ajudar mas alguém me indicou Serge Kahili King, o shaman que tinha me ministrado várias aulas. Após contato com ele e informação sobre minha condição (eu estava desesperada e com medo de não conseguir manter minha sanidade) ele combinou comigo um ritual de resgate para dalí há 3 dias. Fiquei um pouco mais aliviada mas ao mesmo tempo frustrada pois eu estava em um local mágico, cheio de energia, eu tinha técnicas maravilhosas e estava ao mesmo tempo impotente e me sentindo totalmente separada destas coisas todas. Eu pedi ajuda em sonhos e duas noites antes de meu ritual, alguma coisa aconteceu em sonho. Apareceram-me dois aspectos de mim mesma: um bebê, uma nova vida e um homenzinho, perfeitamente formado, muito orgulhoso e bem-vestido. Uma amiga minha também estava no meusonho, me dizendo que

após o ritual, se eu precisasse de mais ajuda , ela estaria lá para me socorrer e no sonho ela estava, com um super equipamento! Neste sonho aquilatei muitos pontos pelos quais tinha perdido parte de minha alma. Me vi neste sonho, no útero de minha mãe escutando-a dizer: “Não temos como criar este bebê!”. Também me vi em seu colo quando ela dizia a outras pessoas que desejaria não me ter. Me vi também, aos três anos ser estuprada pelo irmão de minha mãe que me ameçou de morte se eu contasse a alguém. Quando eu tinha 12 anos, sofremos um acidente e meu pai faleceu. Minha mãe, meu irmão e eu nunca mais fomos os mesmos depois deste enorme acidente. Após a morte de meu pai , minha mãe colocou-se – bem como ao meu irmão – sob a minha responsabilidade e fiquei sem ninguém para amparar. Quando eu tinha 33 anos deixei meu casamento, meu filho com 6 anos de idade e minha filha com 10 anos. Há pouco tempo, soube por um parente que minha mãe me espancava regularmente e tive até meu nariz quebrado, apesar de não me lembrar. Uma coisa aprendi com a técnica de resgate da alma: na idade (tempo) que mandamos “um pedaço nosso embora” para que possamos sobreviver, continuamos naquela idade/tempo, até que a cura aconteça. Há pouco tempo, apesar de todos nós sermos adultos, meus filhos e eu tivemos uma discussão e senti meu filho como um garotinho de 6 anos e minha filha, como se tivesse 10 anos de idade e eu com 12! Qual foi a mensagem que passei aos meus filhos quando os abandonei? E mesmo depois que nos unimos, que mensagem eles receberam de mim enquanto cresciam? Mas aqui começa a parte boa de toda esta situação. No meu encontro com Serge Kahili King ele me pergunta sobre quais as partes de mim que quero resgatar. Quais as partes que queriam e deveriam voltar para minha segurança. O que eu iria aguentar com esta volta de minhas partes. Ele pediu que eu nomea-se as qualidades que faltavam em minha vida. Eu mencionei criatividade, força e e o sentimento de conexão. Assim , juntos , chegamos ao termo de “ser criativo” que seria resgatado durante o ritual. Fui orientada a fechar os olhos e fui conduzida a um estado meditativo de respiração profunda em um local absolutamente quieto. Meu amigo shaman tomou sua forma de animal de poder coruja e chamou por seu aumakua, nesta mesma forma para ajudá-lo. Quando seu animal de poder aumakua chegou eles se transportaram para os céus de uma ilha, viando durante a noite por uma densa neblina. Continuaram a voar até que chegaram a dois altíssimos picos de um pequeno vale entre eles. À medida que se aproximaram do vale puderam ver um pequeno vilarejo. A maioria das casa era pequena e tinham tetos alaranjados. Seu aumakua indicou uma pequena porta que deveria ser adentrada. Dentro deste enorme aposento, tinha um rapaz com mais ou menos 16 anos vestido com um robe alaranjado com toques de verde e vermelho que trabalha com muita atenção em uma escultura, com suas costas para a porta. A coruja assumiu sua forma humana e enviou uma forte onda de energia para anunciar sua presença. O jovem sentiu que alguém tinha entrado em sua casa mas

mesmo assim continuou a trabalhar até que achasse que pudesse ser interrompido. Então virou-se com um pequeno sorriso – que não era feliz e nem triste. O shaman explicou sua razão e missão para esta jornada e explicou ao jovem as razões pelas quais dos dois deveriam voltar juntos, as coisas que aconteceram na minha vida, caminhos que seria mais seguros para ele agora e vantagens em se viver uma vida melhor, mais completa. Ele mencionou a energia criativa do rapaz, combinada com a minha energia de direção, resultando em uma energia de criação direcionada. Neste momento o rapaz virou-se para sua mesa e começou a colocar suas ferramentas em uma caixa de madeira, fechando a caixa com um pedaço de pano vermelho e colocando em um compartimento de seu robe. A seguir avisou que estava pronto para partir. Para proteger o rapaz o shaman o colocou dentro de uma pedra que tinha trazido e novamente assumiu a figura da coruja e voaram para fora do vale. Voltando aonde estávamos ele assumiu novamente a forma humana , pegou a parte faltante de mim, dentro da pedra e colocou dentro de meu umbigo selando com um movimento circular. Eu continuava com meu olhos fechados mas as lágrimas rolavam pelo meu rosto. Eu percebia uma luz diferente à minha volta. Eu conseguia ver e sentir as coisas de maneira diferente! Depois perguntei o que teria que fazer adicionalmente a este ritual e momento e ele me disse: “ Lembre-se e alimente, nutra!” Todas as mudanças só podem ocorrer se nos lembrarmos e nutrirmos estas lembranças. As mudanças só podem ocorrer se permitirmos a reposição de padrões de hábito neurológicos. Quando voltava da casa de meu amigo ahaman , eu via uma estrada diferente, um caminho diferente. Repentinamente parei e observei os raios do sol , as árvores e tudo me parecia maravilhoso! Antes de me deitar, mais tarde escrevi um poema magnético: Todos os sorrisos tristes se foram, a escuridão não mais me assombra, eu sinto abraços de amor todos os dias, a luz do sexo sagrado, música e poesia dançando e cantando dentro de mim, sonhos fluindo através de mim, vagarosamente como o perfume de pêssegos maduros, no verão, apenas lindas coisas para mim daqui para frente, você quer um pouco para você também? Quando eu acordei, eu olhei para a mangueira, frondosa que se estendia acima de minha varanda no quarto. Fiquei inebriada com as cores, texturas, o formato do tronco, dos galhos. Naquela noite usei um tambor para entrar em estado alterado de consciência e viajar mantrando as palavras que me foram dadas: “Eu sou agora parte do Todo e o Todo sou eu e a minha fé está restabelecida!” Na noite seguinte usei o chocalho para minha jornada ao mundo inferior, onde encontrei o mesmo tigre branco siberiano, que eu tinha visto na noite anterior. Eu eu vi e sentia suas cores, seus músculos, seu pelo amcio e maravilhoso e adorava estas sensações. Naquela noite eu estava escutando música no rádio, enquanto eu lavava louças e de repente senti que podia escutar e sentir as notas musicais, como eu não sentia, mesmos endo uma terapeuta em música e movimento do corpo por 25 anos. Eu podia sentir,

neste momento, cada acorde, de cada instrumento musical e me movia levemente com todas as minhas sensações, com emoções que nunca tinha sentido antes. Mais uma noite depois,a ntes de deitar e terminar estes escritos, tive sede e fui à cozinha para um copo d’água e vi, pela janela, as cadeiras de vime, banhadas pela luz do luar. Inebriada com aquela visão decidi me sentar em uma delas, por uns momentos para receber aquele presente de luz. Me deitei em uma das espreguiçadeiras e maravilhada recebia pedaços da lua banhando meu corpo e comecei a cantar “A Luz do Luar se torna Você” e outras músicas românticas e a lua e eu nos tornamos uma só. Duas noites depois terminei minhas jornadas deste ritual pedindo ao meu tigre que se tornasse meu orientador. Montando em suas costas ele me levou aos mundos dos sonhos e muito depois se despediu de mim, tomando sua forma humano e me deixando. Agora tenho minha vida de volta e entendo tudo e todos como nunca tinha , antes. O meu grande amor está comigo e estará pelo resto de nossas vidas e nos sentimos mais integrados como nunca e seu processo de amor em relação a mim tem sido a evolução de meu coração e de minha vida. Quero estudar mais e aprender mais sobre as técnicas de resgate da alma até que eu me sinta confiante para fazer meu próprio trabalhos para o bem dos outros. AMAMA! SHAMANISMO MODERNO (MODERN SHAMANISM) Por Serge Kahili King Tradução de Denise von Poser “Você parece muito mais moderno do que pensei que seria” disse um visitante quando sentamos na minha confortável sala-de-visitas, em minha casa, que tem vista para o oceano que cerca a ilha de Kaua’i. Ele olhou estranhamento para minha TV e aparelho de vídeo, bem como para uma linda paisagem retratando os penhascos de Tabora, em uma das paredes. Sua afirmação é típica de muitos visitantes que esperam talvez tem até a certeza – de me encontrar usando um tipo de robe ou sarongue e vivendo na simplicidade de uma cabana ou mesmo uma caverna, quem sabe em uma floresta longe de todas as amenidades da civilização.. A idéia geral é que eu seria mais autêntico. Eu já considerei a idéia de ter um “Local para visitantes” onde eu usaria um manto e proporcionar o que eles gostariam de encontrar. O shamanismo, entretanto não está atrelado a um local ou estilo de vida ou até mesmo um específico meio cultural. Shamanismo é um modo de ser, pensar e agir que desafia fronteiras, limitações ou estilo de se vestir e estilo cultural. Pode até utilizar meios da civilização moderna se for útil ou conveniente. Nos tempos antigos, o shaman – que era um curador da mente, corpo e circunstâncias – estava no centro da tribo ou vida do vilarejo. Ele ou ela poderia inclusive assumir as tarefas de Chefe ou Sacerdote/Sacerdotisa, se não houvesse ninguém para tal, mas a principal função era a de curador (a). O

shaman trabalhava, cantava e participava de todas as atividades artísticas e culturais de seu povo. Em algumas culturas utilizava roupas especiais e elaboradas, quando participava das mencionadas atividades, enquanto que para tarefas mais árduas, isto era impossível. Era assim igual a todos. Quando os serviços do shaman eram solicitados havia uma retribuição em alimentos ou mercadorias necessárias ao dia-a-dia, de acordo com a estrutura econômica da época . Por vezes eram oferecidos serviços de pesca, limpeza, plantação e até a confecção de artesanato durante algum tempo. O importante é que o shaman era parte da comunidade dividindo os sonhos, trabalho e a alegria. Seu isolamento só ocorria em épocas de repressão ou retiros religiosos e assim mesmo era mantido o contato com determinadas pessoas da comunidade. Now shamanism is experiencing a revival of interest and freedom. Now the shaman is coming back into the community where he/she belongs in a viable, vital, visible way. It isn't necessarily any easier now, but it is extremely important that the new shamans who are remembering and reviving the ancient skills become fully a part of today's society, become modern shamans in every sense of the word. Um shaman moderno (ou “shaman urbano”) é o que utiliza o conhecimento antigo aplicado ao seu tempo, às novas necessidades. Eu sempre afirmo aos meus alunos que qualquer pessoa pode ser um shaman na floresta. É muito mais fácil não ter ninguém que cruze seu caminho enquanto faz suas práticas. Como é muito mais fácil não ter que ganhar a vida, trabalhando arduamente. Isto não significa que um shaman tenha que escolher lugares barulhentos e cheios de gente para morar e trabalhar, mas sim que ele leve ao seu núcleo, seu trabalho de cura e de amor. O shamanismo está revivendo fortemente em nossos novos dias e a dificuldade é que o suporte em nossas culturas modernas é muito escasso e isso dificulta muito o trabalho e a ação. Assim o sucesso do shamanismo moderno dependerá de suporte, integração e adaptação. O conhecimento shamanico depende do grau de consciência, a habilidade em dirigir a atenção e dos poderes da mente e da natureza.. Adaptar o conhecimento antigo às civilizações modernas é muito simples pois as pessoas continuam a desejar saúde, prosperidade e felicidade e também sentem amor, medo e raiva. A Mãe Natureza ainda tem 4 elementos: Fogo Terra, Água e Ar . O trabalho de cura do shaman continua sendo o de substituir crenças e expectativas para mudar a experiência dos outros. A sabedoria e a aplicação são as mesmas o que muda é o contexto. Um shaman em uma montanha vulcânica utilizando as mãos para curar uma ferida causada por uma fera utiliza as mesmas práticas que uma dona-de-casa, em seu apartamento , utilizando as mãos para curar um ferimento causado por seu gato de estimação. Os dois utilizam o mesmo conhecimento. As habilidades em telepatia, envio de energia, manifestações dirigidas, mudanças físicas instantâneas, bênçãos e estados alterados de consciência não são afetados pelos tempos modernos. Tudo precisa ser adaptado às modernas circunstâncias. A integração em nossa moderna sociedade é mais difícil pela sua complexidade e variedade. A maioria dos antigos shamans só tinha um ou

dois sistemas culturais para lidar com e assim crenças limitadas para trabalhar. Hoje contamos com um infinito número de sistemas, culturais, filosóficos, religiosos e sociais que obriga o shaman a expandir seu conhecimento e manter uma abertura de consciência enorme, prestando enorme atenção à abundante quantidade de informações que lhe chega a cada instante. Mais do que nunca a necessidade de cooperação entre os shamans modernos se faz necessária para que tenham suporte em suas práticas e em suas emoções. Mesmo eles precisam de amigos e de quem lhes ajude! Com isto eles precisam aperfeiçoar a arte da cura para “doenças modernas”. A minha contribuição foi a fundação Aloha International que dá suporte a todos os praticante da tradição shamanica havaiana, mas shamans de diferentes culturas também precisam cooperar mutuamente. A profunda cooperação é a chave pois o shamanismo não tem hierarquia e possui uma filosofia totalmente democrática. Existe uma enorme quantidade de cura a ser feita em nós mesmos e nos outros. Então façamos isso juntos dentro do espírito de Aloha. ENSINANDO HUNA PARA CRIANÇAS (TEACHING HUNA FOR CHILDREN) por Serge Kahili King Tradução de Denise von Poser Por vezes me perguntam se existem obras e cursos especialmente feitos para crianças ou se eu poderia desenvolvê-los. Em primeiro lugar seria ótimo se alguém o fizesse (se alguém já os fez me avise para que possa recomendar às pessoas que me pediram). Em segundo lugar eu não faria pois Huna é tão simples que pode ser aplicado em qualquer idade de nossas vidas. Por mais incrível que pareça, por vezes quando estou ensinado as técnicas a adultos, tenho que sofisticá-las pois do contrário eles não aceitariam sua simplicidade. Normalmente é o que acontece com a simplicidade das técnicas. As pessoas não valorizam a simplicidade e facilidade. Quando pais me solicitam se é possível a participação de seus filhos em meus cursos eu sempre digo que sim desde que estejam dispostos a participar das discussões, exercícios e dos grupos de questões. O mais jovem aluno que tive foi um garotinho com cinco anos e meio. Ele foi um dos meus melhores alunos! Foi um dos que apresentou melhores resultados e nível de discussões. A única concessão que precisei fazer foi deixá-lo, durante as meditações, deixa-lo rolar para frente e para trás, por baixo da cadeira de sua mãe. Assim eu pessoalmente não encontrei qualquer necessidade especial em desenvolver um curso específico para as crianças. As crianças têm os mesmos problemas que os adultos (necessidade de amor, temores, raiva, necessidade de aprovação, etc). e o mesmo desejo em ser mais feliz e produzir mais. Destarte seja criança ou não, Huna é perfeito para quem quer mudar alguma coisa em sua vida. Naturally, it's important to tailor your language to your audience. When I'm teaching a group of mostly adults with a few children I make it a point to include examples the children can relate to, and to cut down on intellectual discussions so they don't get too bored. When I'm teaching a group of mostly children with a few adults I include examples the adults can relate to and toss in an intellectual idea or two so they don't get bored. And I allow both adults and children the freedom to come and go as they please,

using the theory that you are only going to learn what you are interested in anyway. Part of my job as a teacher is to make it as interesting as possible for all the participants, but I'm not obsessive about it. Naturalmente é necessário que adaptemos a nossa linguagem conforme o público que estamos ensinando. Assim sempre ensino com exemplos que possam ser aquilatados pelos dois segmentos, tendo-os em conjunto em sala de aula. Outra fantástica chave é deixar as pessoas saírem do recinto se o assunto não lhes agrada. Ninguém aprende se não estiver estimulado e interessado. Parte do meu trabalho é criar interesse mas não sou obsessivo a respeito disso. Se eu vou ensinar os Sete Princípios a um grupo de crianças, naturalmente eu reestruturo um pouco a linguagem pois os ensinamentos não apresentam estruturas formais sagradas. Logicamente sem mudar a essência. Assim normalmente eu ensino: 1. O mundo é o que você acha que é. O que você sente depende no que está pensando. 2. 2. Não há limites. Tudo escuta o que você diz e sente o que você sente. 3. A energia flui para onde está sua atenção. O que você quer é muito mais importante do que você não quer. 4. Agora é o momento de poder. As coisas não acontecem nem ontem e nem amanhã, acontecem agora. 5. Amar é estar feliz com... Quanto mais feliz você for mais afortunado será. 6. Todo poder vem de dentro. Sempre há alguma coisa que você pode fazer. 7. A eficácia é a medida da verdade. Faça sempre da melhor maneira para você. (E se alguma coisa não funcionar, faça de outra maneira). Estas são apenas algumas sugestões. Em grupos ou situações particulares, posso fazer novas adaptações em linguagens. Crianças, assim como adultos, respondem bem aos trabalhos com visualizações, assim é muito importante proporcionar muitos detalhes sensoriais em exercícios e meditações. Quanto mais abstratos somos menos impressão causamos para resultados otimizados. Vejam esta afirmação que escutei em uma meditação orientada: “Agora você está em um maravilhoso lugar onde todos são muito felizes”. Cheio de boas intenções mas não evoca nada consistente. Uma condução alternativa, teria mais efeito: “Agora você está em um lindo parque, onde os passarinhos cantam ao lado de uma fonte, cercados de lindas flores e muitas crianças estão brincando e se divertindo muito!” Esta direção proporciona um local e evento específicos e não qualquer lugar ou qualquer acontecimento. Quando temos mais crianças do que adultos em um grupo é melhor ter mais movimento. Os adultos estão condicionados a permanecerem sentados por horas e crianças, não. Porém o aprendizado é mais efetivo e eficiente quando corpo e mente estão envolvidos e as crianças têm este conhecimento instintivo. Então deixo as crianças se movimentarem à vontade desde que não quebrem a linha de condução. Ao longo doas anos aprendi que algumas pessoas aprendem melhor quando estão se movendo. Destarte dou liberdade de movimento à crianças e adultos quando leciono. As crianças não precisam ser ensinadas de maneira diferente por serem crianças. A linguagem precisa ser segmentada, os exemplos precisam ser parecidos com os seus e assim as suas necessidades em aprendizado acontecem como no segmento dos adultos.

TRABALHANDO COM OS ELEMENTOS por Serge Kahili King do texto original "Working with the Elements” Tradução de Luiz Carlos Jacobucci (Brasil) Há 7 elementos com os quais se trabalhar no Xamanismo Havaiano. O trabalho pode ser feito telepaticamente, simbolicamente ou, com mais eficácia, com o processo conhecido como "caminhar e conduzir" ou "assumir o padrão e guiar". A sintonia com os elementos pode ser usada para intensificar o poder pessoal ou o poder pessoal pode ser usado para direcionar e influenciar os elementos. Seguem os elementos com seus nomes Havaianos, os símbolos para imaginar no umbigo (piko) para evocá-los, mudanças imaginadas para aumentar ou diminuir seus efeitos simbólicos ou reais e as áreas que podem ser atendidas com a cura elemental. FOGO / AHI Símbolo: chama, sol, estrela, relâmpago ou arco-íris no piko Mudanças: chama para brasa, brasa para chama Áreas de aplicação: fogo, calor, frio, escuridão, luz, emoções, inchaço, infecções ÁGUA / WAI Símbolo: queda d´água, fonte, córrego ou nuvem no piko Mudanças: gelo para líquido, líquido para gelo (alternativo: céu nebuloso para céu limpo, seco para molhado) Áreas de aplicação: chuva, inundações, marés, seca, nuvens, suprimento de água, tensão, fadiga, ansiedade, agitação VENTO / MAKANI Símbolo: vórtice de vento no piko Mudanças: ventos fortes para brisa suave, brisa suave para ventos fortes Áreas de aplicação: furacões, tornados, ventos, calmaria, altos, baixos, ar, tensão, confusão PEDRA / POHAKU Símbolo: cristal, agrupamento cristalino, mineral ou montanha no piko Mudanças: granito para areia, areia para granito Áreas de aplicação: terremotos, deslocamentos de terra, vulcões, erosão, solo, tensão, ansiedade, dúvida PLANTA / LA´AU Símbolo: árvore, flor ou erva no piko Mudanças: semente para árvore, árvore para semente Áreas de aplicação: cura, frutificação, crescimento, amor ANIMAL / HOLOHOLONA Símbolo: um animal da sua escolha no piko Mudanças: da corrida ao repouso, do repouso à corrida Áreas de aplicação: resistência, energia, convicção, confiança SER HUMANO / KANAKA Símbolo: uma figura espiritual ou um herói no piko Mudanças: calma para alegria, alegria para calma Áreas de aplicação: sucesso, prosperidade, habilidade, espiritualidade Bênçãos por Serge Kahili King do texto original “Blessings” Tradução de Luiz Carlos Jacobucci (Brasil) Nota: Esta é uma versão expandida e revisada do meu artigo original. Um amigo da Polônia que conhece a Bíblia melhor do que eu, me ajudou a ser mais preciso sobre minhas referências a respeito de bênçãos. Colocamos grande ênfase nas bênçãos em nosso trabalho de Huna. O livreto "O Espírito de Aloha" é todo sobre bênçãos, como exemplo, e começamos e terminamos nossos encontros, classes e oficinas com algum tipo de bênção. Os antigos Havaianos abençoavam seus lares, suas ferramentas, suas canoas e uns aos outros abundantemente, e os modernos Havaianos e residentes do Havaí ainda abençoam seus lares, escritórios, hotéis e outros prédios. Uma definição de dicionário de bênção é "desejar o bem, conceder favores e benefícios, louvar". Mesmo que as bênçãos possam vir na forma de

bens materiais e de comportamento prestativo, na maioria das vezes nossa tendência é a de pensar em bênçãos em termos de palavras. Por trás disso há a crença em duas coisas: o poder das palavras e o poder das boas intenções. O poder das palavras é o que nos ajuda a concentrar nossas intenções. O poder das boas intenções tem uma base mais esotérica. Essencialmente, é a expectativa de que alguém ou alguma coisa irá ouvir ou responder à nossa declaração ou à nossa ação, seja porque as ouviu com seus ouvidos físicos ou as viu por escrito com seus olhos físicos ou porque as recebeu telepaticamente e atuou pelo consciente ou pelo subconsciente. Uma bênção não é o mesmo que uma oração, embora uma oração possa conter uma bênção. As orações normalmente são pedidos (a raiz de “orar” significa “pedir”), mas, na verdade, podem assumir várias formas. A famosa "Oração do Pai Nosso" do Novo Testamento (Mateus 6:9-13) usa a seguinte fórmula, que inicia com louvor, em seguida diz a Deus o que fazer e termina com louvor: Pai Nosso que estás no céu, Santificado seja o teu nome, Venha a nós o teu reino, Seja feita a tua vontade, Assim na terra como no céu. Dá-nos hoje o pão nosso de cada dia, Perdoa as nossas dívidas Assim como nós perdoamos nossos devedores E não nos deixes cair em tentação, Mas livra-nos do mal. Porque teu é o poder e o reino e a glória, para sempre Amém Embora muitos pensem como se estivessem pedindo alguma coisa a Deus, isto se deve a um conceito muito moderno de que quando se quer algo de Deus se deve pedir, como se Deus quisesse ou não atender o seu desejo. Esta não é a forma como os povos antigos oravam porque eles sabiam da importância da expectativa confiante. Ao invés disso, eles oravam de forma adequada a Deus ou a quaisquer deuses que eles adoravam, e assim se expressavam através do uso de termos claros e confiantes exatamente como eles esperavam que Deus fizesse. O Livro dos Salmos é repleto deste tipo de oração e um bom exemplo é o famoso Salmo 23. A bênção é encontrada em todo mundo de uma forma ou de outra. Fazendo uma curta pesquisa, cheguei a estas poucas informações da Bíblia que podem ser interessantes para você. Estas citações são da versão do Rei James. As duas primeiras bênçãos mencionadas na Bíblia: 1. Gênesis (1:3) - E Deus disse: "Haja luz!" E houve luz. 2. Gênesis (1:4) - E Deus viu que a luz era boa. O primeiro exemplo para ensinar o homem a abençoar: Números (6:2226) - E o Senhor falou a Moisés: "Fala a Aarão e a seus filhos dizendo: Assim abençoareis aos filhos de Israel, dir-lhes-ei: O Senhor te abençoe e te guarde! O Senhor faça resplandecer o seu rosto sobre ti e tenha misericórdia de ti! O Senhor levante sobre ti o seu rosto e te dê a paz!". O primeiro pedido por uma bênção (como um presente material) e a primeira concessão de uma bênção entre pessoas: Juízes (1:15) - E ela (Acsa, irmã de Caleb) respondeu a ele: "Conceda-me uma graça .... dê-me também fontes de água". E Caleb lhe deu ... as fontes. A primeira bênção de Deus pelo homem (Noé): Gênesis (9:26) - E ele disse: "Bendito seja o Senhor, o Deus de Sem". No entanto, uma tradução alternativa diz: "Abençoado pelo Senhor meu Deus, seja Sem", o que a tornaria a primeira bênção dada a um homem por outro, em nome de Deus. E assim, a

primeira bênção de Deus por um homem (Melchizedek) seria de Gênesis (14:20) - "E bendito seja o Deus altíssimo..." A primeira indicação de uma pessoa abençoando outra com palavras: Gênesis (14:19) - E ele (Melquisedek) o abençoou dizendo: "Bendito seja Abrão pelo Deus Altíssimo". Bênçãos insinceras: Salmos (62:4) - Com a boca bendizem, mas no íntimo maldizem. A primeira bênção do Novo Testamento (O Sermão da Montanha): Mateus (5:3) – Bem-aventurados os humildes de espírito, porque deles é o Reino do Céu. O uso da bênção para mudar a realidade: Mateus (14:19-21) - Tomou cinco pães e os dois peixes e erguendo os olhos ao céu, os abençoou, e partindo os pães, deu-os aos discípulos; os discípulos distribuíram às multidões... e sobraram doze cestos cheios... e os que comeram foram cerca de cinco mil homens, sem contar as mulheres e crianças. A última linha da Bíblia é uma bênção: Apocalipse (22:21) - A graça do Senhor Jesus esteja com todos. Amém. E de Paulo temos este bom conselho relacionado à bênção: Filipenses (4:8) - Tudo o que é verdadeiro, tudo o que é nobre, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude e se há algum louvor, nisso pensai. Em Havaiano a palavra para bênção é ho'omaika'i ou ho'opomaika'i. Ambos tem o significado de bondade ou de boas experiências e são bem intercambiáveis, exceto que pomaika'i (com um apóstrofe antes do o) traz mais o sentido de um estado de boa fortuna ou bem estar ao invés de simplesmente uma coisa boa. Assim eu concluo enviandolhes esta típica bênção em Havaiano: E pili mau na pomaika'i me 'oe; "Que você sempre tenha uma boa fortuna" ou, simplesmente, "tudo de bom". E, claro, mais uma: Aloha. Um Plano para Eliminação do Estresse por Serge Kahili King do texto original A Destressing Plan Tradução de Luiz Carlos Jacobucci (Brasil) O que segue é decorrente de uma resposta que dei a alguém que precisava de orientação e espero que, da mesma forma, possa ser útil para muitos outros. “Eu me simpatizo com suas dificuldades, mas minhas simpatias não irão ajudá-lo. Abaixo, apresento um plano simplificado para tirá-lo das dificuldades pelas quais passa e conduzi-lo a um futuro mais brilhante. Funcionou para mim assim como para milhares de outros. Porém, apesar de simples, você pode achá-lo extremamente difícil. Quanto maior for sua motivação para mudar sua vida, entretanto, mais facilmente essa mudança ocorrerá. E note que este plano tem uma grande falha: ele apenas funcionará se você o utilizar. Parte 1 – Reduza o estresse físico Plano: Respire como um golfinho. Os golfinhos não respiram automaticamente: cada respiração tem que ser consciente. A melhor maneira de respirar conscientemente é colocar sua atenção total em alguma coisa que você estiver segurando em suas mãos enquanto respira. Comece com um minuto em cada hora e depois aumente até cinco minutos, até que essa prática se torne um hábito. Você ficará impressionado quanto estresse físico irá aliviar. Parte 2 – Reduza o estresse emocional Plano: Seja responsável por seu estresse. Ninguém mais é o causador do seu estresse. Os outros nunca foram

e nunca serão. O que acontece é que alguém faz alguma coisa que você não gosta e você reage se estressando com alguma variação de medo ou raiva, que afeta seu corpo e sua mente. O que o torna menos saudável e menos eficiente. Enquanto você estiver culpando os outros por seu estresse você estará se colocando numa armadilha sem saída. Comece por se responsabilizar por suas reações e, depois, faça alguma coisa para mudar essas reações. Se a técnica Dynamind parece ser exagerada, use o TFR – pense no que o incomoda, sinta sua reação, então relaxe a área de seu corpo onde sente a reação. Comece com as pequenas coisas e depois vá entrando aos poucos nas grandes coisas. Parte 3 – Reduza o estresse mental Plano: Mude suas expectativas. A maioria das pessoas cria expectativas ao se lembrar de situações negativas do passado, projetando-as para o futuro, o que produz confusão, desânimo e desespero. O fato é: o futuro é muito amplo e ninguém, absolutamente, pode predizê-lo com certeza. Apesar disso, outro fato é que se você espera o pior, você irá, subconscientemente, provocar o pior. E, se você espera o melhor, você irá, subconscientemente, provocar o melhor. O problema não é o aparecimento de expectativas negativas. O problema ocorre quando você se habitua com elas e as trata como verdade, sendo que elas não passam de uma fantasia. A melhor solução é você energicamente transformar cada expectativa negativa em positiva, assim que apareça. A expectativa positiva também é uma fantasia – um produto de sua imaginação - mas ela o ajuda a se sentir melhor a o ajuda a se preparar para o sucesso. E é só isso. Muito difícil, eu sei, mas novamente ressalto que funciona. Se você encontrar um plano melhor, então use-o, mas se você não fizer nada, nada de melhor acontecerá. ” Abençoe Seu Caminho Para O Sucesso por Serge Kahili King do texto original “Bless Your Way To Success” Tradução de Luiz Carlos Jacobucci (Brasil) Você já pode estar familiarizado com a idéia da bênção, seja por nosso livreto “O Espírito de Aloha” ou por uma de nossas aulas ou cursos, assim irei me estender um pouco nessa idéia a fim de ajudá-lo a melhorar sua aplicação da bênção. Para começar, alguns de vocês já testemunharam ou experimentaram o teste muscular que usamos para demonstrar o poder da bênção, mas muitos outros ainda não. Assim, iniciarei com este fenômeno extremamente interessante, pois o ato de abençoar não é apenas bom espiritualmente, mas também é bom fisicamente. Quando você abençoa alguém ou alguma coisa, ou seja, quando você de alguma forma cumprimenta, elogia, agradece ou menciona algo de bom em alguém ou em alguma coisa, seu próprio subconsciente responde relaxando seu corpo e aumentando seu fluxo de energia. Mesmo que você tenha direcionado a bênção a uma outra pessoa ou a alguma coisa, você se beneficia fisicamente. É fácil demonstrar isto com o teste muscular. Peça para alguém colocar-se de pé e levantar o braço em linha reta para a lateral do corpo, na altura do ombro. Diga-lhe para manter o braço firme em cima até que você diga “resista”. Empurre suavemente o pulso da

pessoa para baixo apenas para sentir sua resistência normal. Não empurre demais - você não está tentando vencer a força da pessoa - mas apenas o bastante para que você saiba o quanto ela pode resistir. Peça, então, à pessoa para criticar silenciosamente alguém e dar uma indicação a você do momento que fizer a crítica. No momento certo diga “resista” e empurre o braço para baixo novamente. Você irá notar que, desta vez, o braço abaixará mais facilmente, em geral de forma súbita. Isso acontece porque o subconsciente da pessoa considerou a crítica pessoalmente (lembre-se “não há limites”). Faça o mesmo teste novamente com a pessoa, desta vez elogiando alguém e você irá notar que o braço, em geral, estará mais firme, porque o subconsciente também considerou o elogio pessoalmente, relaxou e liberou mais energia para resistir. Basicamente, suas próprias críticas ou as dos outros fazem com que seu corpo se torne mais tenso e seus próprios elogios ou os dos outros fazem com que seu corpo relaxe. Aborrecimentos causam estresse e bênçãos o reduzem. A auto-bênção pode melhorar tremendamente sua saúde e, algumas vezes, é tudo o que é necessário. Numa oficina recente, uma mulher me perguntou o que fazer quando alguém nos critica. Como demonstramos, a coisa mais eficiente e eficaz a fazer é, em voz alta ou em silêncio, contradizer a pessoa com um auto-elogio. Você pode abençoar seu caminho para o sucesso em saúde. Tantas pessoas têm problemas em seus relacionamentos e, aqui também, uma solução muito fácil e prática está disponível. Não importa que tipo de relacionamento é, nem a intenção quando você se comunica, o fato é que se você faz mais críticas do que elogios, você tende a destruí-lo e se faz mais elogios do que críticas, tende a melhorá- lo. A irritação é fatal para um relacionamento porque é simplesmente uma crítica evidente ou implícita e não ajuda a tornar a pessoa melhor ou você mais feliz. Se há alguma pessoa ou grupo de pessoas com as quais você não se dá bem, é porque você tem uma atitude crítica em relação a elas. Você se dá bem com uma determinada pessoa porque ignora suas falhas ou, pelo menos, não as considera como sendo tão importantes quanto suas boas qualidades e porque você a elogia por essas boas qualidades. Em outras palavras, você abençoa mais do que amaldiçoa. É uma forma simples mas verdadeira de pensar, que se você quiser amar alguém totalmente, enxergue e reconheça apenas as boas qualidades dessa pessoa. Ao contrário, se você não o fizer, o relacionamento irá sofrer. Dessa forma você poderá abençoar seu caminho para o sucesso no amor, também. O sucesso em sua carreira funciona da mesma forma. Se você de fato gosta dela em todos os seus aspectos e se apenas a abençoa, então você será bem sucedido nela. Algumas pessoas experimentam a chamada “fadiga” em seus empregos. Suas ambições desaparecem, seus desejos de fazer um bom trabalho desaparecem e seus trabalhos podem até mesmo fazê-los adoecer. O problema é tão simples quanto a solução. Por quaisquer razões, justificadas ou não, essas pessoas começaram a maldizer seus trabalhos ao ponto de praticamente não abençoá-los mais. O subconsciente resiste naturalmente a se manter nessa condição, mas a mente consciente insiste,

geralmente por razões econômicas e o resultado é a fadiga. A solução? Ou você procura um trabalho que possa abençoar ou começa a abençoar o trabalho que tem. Mesmo quando ainda não chegou à fadiga extrema você pode utilizar a bênção para melhorar sua eficiência e para aumentar sua satisfação. E quando você ama seu trabalho e o realiza bem, as recompensas aumentarão também. Que estas poucas idéias possam ajudá-lo em seu trajeto enquanto você abençoa seu caminho para o sucesso. ALGUMAS CONSIDERAÇÕES SOBRE IMUNIDADE por Jim Brinkley do texto original “Some_Thoughts_on_Immunity” Tradução de Luiz Carlos Jacobucci (Brasil) Você já tomou sua vacina contra gripe? É previsto que esta temporada de gripe seja uma das piores em muitos anos. No trabalho, todos recebíamos vacinas contra a gripe, mas, infelizmente, a pessoa que supostamente deveria pedir as vacinas esqueceu-se disso. Neste momento, os estoques terminaram e os fabricantes não podem fabricar mais, pois isso leva quatro meses, quando a temporada de gripe terá terminado. Aparentemente, mesmo que tivéssemos a vacina, algumas cepas predominantes de vírus deste ano não estariam incluídas. O que aconteceria se fôssemos expostos a uma dessas cepas? Sem a vacina, o que deveríamos fazer? Bem, isso depende da sua visão sobre o que causa a gripe. A medicina ocidental nos ensina que um vírus causa a gripe. Os estudantes de Huna entendem que, de fato, nem vírus nem bactérias, na realidade, causam doenças. Há várias razões válidas para que os médicos acreditem que eles causem. Há muitos estudos controlados que mostram que esses organismos estão presentes nos corpos das pessoas portadores de certas doenças. Quando estes organismos são erradicados com drogas antivirais e antibióticos, as pessoas ficam boas. Entretanto, isto não significa que os organismos foram os causadores; mas apenas que foram os vetores. Em outras palavras, uma pessoa não pode pegar uma gripe viral sem ter o vírus, mas o vírus não é a causa. Uh? É fim de tarde da véspera de Natal no escritório de uma empresa de Chicago. O prédio é velho, mas o escritório foi reformado e a sala de conferências lindamente forrada com painéis de madeira preta e equipada com todas as facilidades modernas. Uma árvore de Natal foi colocada no canto com suas lâmpadas multicoloridas piscando alegremente. Uma dúzia de empregados está reunida ao redor de uma mesa de conferências. Estão esperando por uma consultora que está agendada para fazer uma importante apresentação. Ela está atrasada. A sala de conferências é aconchegante e quente e, devido ao calor do vapor do velho prédio, está bastante úmida. No lado de fora, uma nevasca terrível já provocou o acúmulo de muitos centímetros de neve. Os empregados estão ansiosos para terminarem a reunião e irem para a casa para estarem com suas famílias no longo final de semana de feriado. Finalmente, a consultora chega. Mesmo após tirar seu casaco, chapéu, cachecol, luvas e botas, devido à mudança rápida do ar seco e frio do lado de fora para o ar quente e úmido do lado de dentro, ela tem um acesso de espirros e tosses. Todos notam que essa jovem e infeliz

senhora está bastante doente. Todos gostariam de adiar a reunião, mas a apresentação dela é crucial para um importante projeto programado para iniciar imediatamente após os feriados. Alguém, gentilmente vai até o bar onde há um microondas e prepara uma xícara de chá e a coloca ao lado da mulher, sobre a mesa. Ela agradece com a cabeça e toma um gole. Assim, ela começa sua palestra que leva uma hora. Ela está bem preparada e tem boas maneiras, mas sua infecção respiratória das vias superiores a força a fazer freqüentes interrupções. Ela pega uma caixinha de lenços de papel em sua maleta e a deixa ao alcance das mãos, mas um espirro frequentemente a toma de surpresa e, antes que possa cobrir sua boca, não intencionalmente, ela espalha gotas carregadas de vírus por toda sala. Finalmente, ela termina sua apresentação que foi excelente e que será de grande ajuda para os empregados e seu projeto. Dois deles ajudam nossa pobre consultora com seu casaco, a acompanham até a saída e lhe conseguem um táxi, de forma que possa ir para a cama em sua casa. Uma semana mais tarde, os mesmos empregados são escalados para uma reunião na mesma sala de conferências para dar início aos planos definitivos para o projeto. Apenas dois estão faltando que ficaram em casa, na cama, com infecções nas vias respiratórias superiores. Todos os outros dez estão presentes e se sentindo bem. Por que apenas esses dois ficaram doentes, mesmo que todos os doze tenham sido expostos? Não era a proximidade com a consultora; um estava sentado próximo dela, mas o outro estava na extremidade oposta da sala. Não era o fato de que estavam em frente a ela; vários outros estavam mais diretamente na “linha de fogo” das gotas carregadas de vírus. Então por que estes dois, e apenas estes dois, ficaram doentes enquanto todos ficaram igualmente expostos? Contei esta estória e fiz esta pergunta para muitas pessoas. Alguns eram treinados em medicina ocidental, alguns em métodos de cura complementares e alguns não tinham nenhum envolvimento com cura. Mesmo assim, suas respostas foram todas virtualmente idênticas. “Eles eram mais susceptíveis.” “Eles não tinham os anticorpos contra aquele vírus.” “Eles tinham um sistema imunológico mais fraco.” “Seus mecanismos de defesa não estavam tão fortes.” Em outras palavras, aqueles que ficaram doentes tinham uma falta relativa de imunidade; eram, relativamente, imunodeficientes. Dessa forma, não é um vírus que causa a gripe, é a incapacidade do sistema imunológico de lidar com o vírus. Vírus e bactérias estão em toda parte. Bombardeiam a todos nós com regularidade. E, apesar disso, nossos sistemas imunológicos se incumbem deles e nos impedem de ficar doentes. O que, então, faz com que nosso sistema imunológico nos deixe decair. Obviamente, pode haver muitos fatores. Nutrição fraca, falta de exercícios, toxinas como fumaça de cigarro e certas deficiências genéticas são alguns fatores óbvios. Entretanto, nos tempos recentes, a medicina ocidental tem descoberto algumas coisas que os xamãs já conhecem há milhares de anos; ou seja, que a atitude influencia o sistema imunológico. Têm-se realmente demonstrado que o riso reforça o sistema imunológico, assim como uma perspectiva positiva, a prece,

uma natureza espiritual e um forte envolvimento religioso. Em outras palavras, nossas perspectivas e nossas atitudes sobre a vida afetam a resistência dos nossos sistemas imunológicos. Nossos pensamentos influenciam nossa saúde. A saúde da pessoa, como o mundo da pessoa, é o reflexo do pensamento da pessoa. O mundo é aquilo que você pensa que ele é. Anos atrás, eu desenvolveria pelo menos uma séria infecção nas vias respiratórias superiores (resfriado) a cada inverno. Eu sofreria com o nariz escorrendo, espirros, tosses, a garganta doendo, febre e dores como quase todo mundo. Estes sintomas com freqüência fizeram com que eu perdesse a escola ou o trabalho por vários dias. Nas últimas duas décadas que estudei e pratiquei Huna, perdi apenas meio-dia de trabalho, o que aconteceu em uma época de estresse muito alto por motivos muito óbvios e reais. Embora desenvolva ocasionalmente uns sintomas de resfriado, sou capaz de minimizá-los e comumente abortá-los em 24-48 horas. Como? Todos os sintomas físicos são mensagens do seu subconsciente de que alguma coisa não está bem. Lembre-se que seu subconsciente se desloca, instintivamente, em direção ao prazer e no sentido oposto da dor. Quando se depara com duas alternativas dolorosas, ele irá escolher a menos dolorosa. Considerando que seu subconsciente é a mente do seu corpo, ele se comunica com você através de mudanças corpóreas simbólicas. Se você se defronta com uma apresentação estressante no trabalho ou um exame importante na escola e seu subconsciente tem medo do resultado, ele poderá decidir que o desconforto de ficar em casa na cama com um resfriado é muito menos doloroso do que comparecer para o exame ou para a apresentação. Se você considera o alarme simbólico do seu subconsciente e fica na cama, você irá se recuperar. Se você não considera o alarme, você pode piorar ou pode ter uma recuperação transitória e desenvolver uma outra doença com sintomas mais sérios. Quando você fica em casa na cama com o caldo de galinha, chá quente, etc. não está apenas mimando o seu corpo, está também afastando seu subconsciente da ameaça da idéia ou do evento doloroso. Se usar o tempo em casa para se preparar melhor para o exame ou a apresentação, estará também fazendo com que a idéia ou o evento sejam menos dolorosos para o seu subconsciente e, assim, afastando-o do impulso para produzir sintomas físicos como um meio de comunicação simbólica. A maioria das técnicas de cura Huna baseiam-se na idéia de que a remoção do medo (ou raiva, ou arrependimento ou culpa) que provoca os sintomas físicos irá fazer com que esses sintomas desapareçam. Como você faz isto? Primeiro, você (o você consciente e que decide) precisa entrar em contato com a mente do seu corpo (o você subconsciente e que sente). Há muitas técnicas sofisticadas usadas por xamãs treinados para fazer isto. Elas incluem o uso de um pêndulo, casting ( 1 ) e meditação conduzida. Também há uma maneira muito fácil que pode ser usada por qualquer um. É tão simples quanto conversar consigo mesmo. Algumas vezes, ao conversar consigo mesmo, você está apenas ponderando uma decisão. Neste caso, o você consciente está conversando com ele mesmo. Os dois lados da conversa

estão destituídos de emoção. Sua mente consciente está apenas vendo cada lado da questão. Entretanto, quando o você consciente se comunica com o você subconsciente, um lado da conversação será racional (“cabeça”) e o outro será emocional (“coração”) (ou, como os Havaianos acreditavam, “intestino”). Uma boa maneira de começar a entrar em contato com seu subconsciente é dar a ele um nome. Uso meu nome do meio para me referir à mente do meu corpo subconsciente e quando expresso meu primeiro nome me refiro ao meu eu consciente e que decide. Assim, quando começo a dar umas fungadinhas, minha garganta começa a arranhar ou sinto algumas dores esparsas, sei que é hora de ter uma conversa com meu subconsciente. Normalmente, espero até o final do dia quando tenho alguns momentos de calma, mesmo que os sintomas piorem enquanto espero. Faço isso porque quero convencer Roy (meu subconsciente) que pretendo levar a discussão a sério, que reconheço suas necessidades e suas FUDS/RAGs (Fear [medo], Uncertainty [incerteza], Doubt [dúvida], Stress [estresse] / Resentment [ressentimento], Anger [raiva], Guilt [culpa]) e que estou pensando sinceramente em como satisfazê-las ao mesmo tempo que satisfaço as minhas necessidades, i.e., do meu eu consciente e que decide cumprir as responsabilidades da vida diária. Lembro Roy que se pudermos passar apenas o dia, ou os próximos dias, ou a semana (dependendo das circunstâncias) e que se pudermos focar apenas nas demandas do mundo externo por um pouco mais, haverá uma recompensa para ele. Considerando nosso exemplo acima, isto poderia significar convencer o seu subconsciente a ir em frente e arrasar no teste, passar a noite inteira preparando a apresentação ou encarar quaisquer demandas colocadas por sua realidade externa. Lembre-se que seu subconsciente é a mente do seu corpo e que ele busca prazer. À medida que você fica mais sintonizado com ele, saberá que tipo de recompensa prazerosa irá persuadir seu subconsciente a suspender as mensagens simbólicas dos sintomas do resfriado, por quanto tempo for necessário. Para muitos, alguma comida especial irá fazer isso. Para outros, pode ser o momento para relaxar em uma praia, um concerto sinfônico, uma massagem, um bom filme ou um buquê de flores. Seja qual for a escolha, ela irá apelar para um ou mais dos seus sentidos físicos. Logo que a(s) tarefa(s) em questão for(em) completada(s), é importante providenciar a recompensa a fim de estabelecer confiança, cooperação amorosa e facilidade de comunicação com o seu subconsciente. E tudo isso significa que vacinas contra gripe não tem nenhum valor? Não, não é isso. A cura moderna ocidental com base tecnológica funciona pela mudança da condição física do corpo. Removemos e/ou substituímos as partes doentes (p.e. remoção do apêndice, transplante renal), atacamos formas de vida invasoras (p.e. antibióticos, agentes anti-virais), nos prevenimos contra o desenvolvimento das formas de vida invasoras (p.e. vacinas, camisinhas), reforçamos o funcionamento de órgãos ou tecidos que falham (p.e. medicamentos para o coração, medicamentos para o glaucoma), eliminamos células doentes fora-de-controle (p.e. radiação, quimioterapia) ou trabalhamos o corpo físico de alguma outra

maneira. Trabalhamos nesse aspecto da realidade definido por separação. Sistemas de cura com base no xamanismo ou em outras crenças funcionam pela mudança dos pensamentos que provocam as mudanças físicas (p.e. afirmações, bênçãos) e/ou pela atenuação das emoções que fortalecem esses pensamentos (p.e. imaginação conduzida, atitude simbólica). Trabalhamos nesses aspectos da realidade definidos por reflexão e conexão. Estas duas aproximações não se excluem mutuamente, mas, ao contrário, são complementares e sinergéticas ( 2 ). Sua mente subconsciente será sensibilizada pelo fato de que é bastante importante para você evitar ou reverter os sintomas de forma que você decide passar pelo desconforto (uma injeção), por despesas (medicamento) ou por outro tipo de invasão em sua vida. Assim, enquanto estiver treinando suas mentes (consciente e subconsciente) para se fixarem em pensamentos sobre ‘o que você quer’ ao invés de pensamentos sobre ‘o que você tem medo’, vá em frente e tome a vacina contra gripe e, se necessário, a aspirina. Lembre-se, efetividade é a medida da verdade. Como somos motivados por prazer, compreensão e amor, é fácil determinarmos o nível de eficácia de uma pessoa, a qualquer momento, ao avaliarmos a intensidade que esses dons se manifestam em sua vida. Quanto mais eficaz sua vida for, mais resistente sua imunidade será. Notas do Tradutor: (1 ) técnica muito antiga de jogo de dados feitos de argila cozida, com as faces impressas com seis símbolos tradicionais Havaianos, usados para tomada de decisão, divinação e como fonte de inspiração (2 ) cooperativas, interativas A CURA SIMPLES por Sonja Kass do texto original “Simple_Healing” Tradução de Luiz Carlos Jacobucci (Brasil) Eu gosto de coisas simples e tenho simplificado diferentes aspectos de minha vida nos últimos anos. Alguns dos resultados foram a organização de armários e cadernos de endereços, comer de forma mais simples comidas mais naturais e a prática da espiritualidade de forma mais simples. Mas o mais notável para mim foi um dos métodos de cura que descobri. E, como funciona muito bem, é certamente o Huna. Tudo começou como uma mancha horrível em minha perna, quase na mesma posição onde o câncer de pele do meu pai se desenvolveu. Na primeira vez que notei, a mancha era marrom avermelhada escura, estufada, áspera e tinha um contorno irregular que, algumas vezes, ficava ligeiramente inflamado. Parecia simplesmente repugnante para mim e, mesmo não tendo mais que 1 mm de diâmetro, me encheu de medo. Como curandeira, tentei diferentes métodos alternativos de cura sobre a mancha e parecia que, de início, estava tendo algum sucesso. Ela não cresceu e até mesmo diminuiu um pouco. Lamentavelmente, fiquei tão ocupada que me esqueci dela e 2 meses mais tarde descobri que estava com 2,5 mm de diâmetro e 1 mm de altura. Mostrei a mancha para minha médica que me recomendou que a removesse logo após um evento familiar em 2 semanas, para a execução de uma biópsia. Frequentemente pensava nela com emoções muito negativas. Durante uma

viagem xamânica para o meu jardim interno, descobri uma técnica que se adaptou bastante à minha necessidade de simplicidade. Visualizei uma boca em minha perna, exatamente na mesma posição onde estava a mancha. Em minha mente, a boca cuspiu a mancha como se fosse um caroço de cereja e a mancha descolou de minha perna e, imediatamente, se dissolveu em luz. As visualizações não são difíceis para mim, mas esta, em particular, foi fácil. E também acredito que o Ku, a mente do corpo, assim como cada célula do corpo, podem entender esta imagem, no caso de uma pessoa que já tenha comido e gostado de cerejas. Na semana seguinte, toda vez que a mancha vinha à minha mente ou eu tocava ou lembrava dela de alguma outra maneira, eu visualizava minha perna cuspindo a mancha e, quando ela se desprendia, eu a visualizava se desmaterializando e se reduzindo a luz, a energia original. Mesmo pensando bastante na mancha, os medos, as preocupações e outras emoções negativas eram imediatamente neutralizadas pela visualização. A técnica é tão rápida de aplicar que mesmo durante uma conversa, o trabalho e em outras situações em que precisava estar atenta, eu podia aplicá-la. A pior coisa que aconteceu foi que eu tive que pedir às pessoas que repetissem a última frase que tinham dito ou talvez, possivelmente, que alguém notou que eu parecia distraída. A visualização pode durar um ou dois segundos e assim, provavelmente, não é uma boa idéia aplicá-la enquanto estiver dirigindo um carro. Como um efeito secundário, me tornei muito mais consciente de meus medos e preocupações e de outros pensamentos menos construtivos. Como reagi a eles da mesma maneira – como se estivesse cuspindo alguma coisa – eles também diminuíram substancialmente e, em contrapartida, isto me deu a sensação de estar novamente no comando. Depois de menos de uma semana, notei que a mancha havia encolhido até a metade de seu tamanho e, 3 dias mais tarde, quando verifiquei se tinha diminuído ainda mais, ela tinha desaparecido completamente. Havia uma pequena cicatriz branca em seu lugar e já parecia ser um ferimento antigo. Novamente gostaria de resumir a técnica que pode ser facilmente modificada: Visualize uma boca na área onde está o problema Veja a boca cuspindo o problema Enquanto está sendo expelido, visualize o problema se dissolvendo em luz **Se você não tem comido cerejas há muito tempo, compre um pouco, encontre um lugar escondido, coma e cuspa com vigor e alegria, como a criança do livro de estórias no ramo da cerejeira... ... e, se você não gosta de cerejas, escolha alguma coisa que as substitua. A ERA DO XAMANISMO ELETRÔNICO por Serge Kahili King do texto original “The_Age_of_Electronic_Shamanism” Tradução de Luiz Carlos Jacobucci (Brasil) Uma revolução muito sutil, silenciosa e penetrante está em andamento no mundo inteiro neste momento. Está acontecendo nos lares, nas escolas e nos escritórios com a ajuda dos computadores, dos jogos e de uma variedade de dispositivos eletrônicos. O que é fabuloso nesta revolução é que a maioria das pessoas envolvidas nem mesmo está ciente dela. São participantes

conscientes sem estarem conscientes da participação. Permita-me ampliar sua consciência nesta revolução, relacionando-a com algumas das práticas do xamanismo, um termo genérico para o uso dos poderes da mente e das forças da natureza para ampliar o conhecimento e influenciar a realidade material. Algumas das coisas que discutirei são praticadas por pessoas que não consideram xamânico aquilo que fazem, mas o uso do xamanismo como base torna a discussão mais simples e clara. Comecemos pela telepatia, geralmente definida como uma comunicação de mente para mente com alguém ou alguma coisa na ausência de contato físico. Os cientistas modernos gostam de debater sua existência, mas virtualmente qualquer grupo com três ou mais pessoas desejando falar sobre ela terão experiências pessoais telepáticas para compartilhar, seja com uma outra pessoa, um animal ou qualquer outra coisa. Além disso, toda cultura no mundo tem estórias de experiência telepática como parte de sua sabedoria popular. Os cientistas têm a tendência de zombar dessas estórias como sendo casuais, por se basearem em experiências pessoais ao invés de pesquisas, mas uma experiência pessoal com telepatia é tão real quanto uma experiência pessoal com amor e uma pesquisa não a torna mais real. Assim, observemos a telepatia mais de perto, a experiência de conhecer pensamentos e/ou sentimentos de alguém ou alguma coisa à distância, na ausência de contato física. Em muitas culturas, xamânicas ou não, isto é feito propositalmente com a utilização de ferramentas físicas como cristais, pêndulos e padrões formados por símbolos de várias espácies como cartas de Tarot, moedas do I Ching ou ossos das juntas de carneiro. Nos tempos atuais a mesma coisa está sendo realizada com o uso do rádio, televisão, computadores e telefones celulares. Posso ouvir algumas pessoas protestando: “Espere! Isso não é a mesma coisa. Essas coisas são físicas!” E eu respondo, “cristais, pêndulos e padrões simbólicos são físicos, também.” E essas pessoas protestam novamente: “mas as ondas de rádio e televisão, os campos eletromagnéticos e as microondas são físicas também e podem ser medidas.” E eu respondo, “é hora de aprender que essas ondas e campos que vocês acabaram de mencionar são tão físicas quanto as chamadas ondas e campos ‘telepáticos’.” O fato é que as ondas de rádio e televisão, os campos eletromagnéticos e as microondas não podem ser medidos diretamente. As únicas medidas que podem ser feitas com relação a essas ondas são as medidas dos efeitos físicos que elas produzem nos dispositivos projetados para responder a elas. As próprias ondas e campos são tão não-físicos como qualquer coisa pode ser. Vamos também examinar o que na verdade acontece quando você escuta um programa de rádio, por exemplo. Alguém fala em um microfone. Algo no microfone vibra em resposta ao padrão de onda sonora e essa vibração gera um sinal elétrico não-físico que, de alguma forma, reproduz duplicatas dos padrões originais da voz. Outro equipamento físico processa esse sinal convertendo-o em ondas de rádio não-físicas com determinada freqüência medida que, da mesma forma, também reproduz duplicatas dos padrões originais da voz. Estas ondas são transmitidas da estação,

aparentemente, uma ondulação tridimensional de 360 graus. A antena de seu rádio, sintonizada nessa freqüência específica, converte a onda de rádio em um sinal elétrico que, em seguida, estimula a vibração de algum tipo de membrana que gera as ondas de som que carregam duplicatas dos padrões originais da voz para seus ouvidos. Surpreendente, não é? O cérebro pode ser considerado um dispositivo orgânico projetado para responder a ondas e campos telepáticos, que incluiriam a percepção consciente de pensamentos e emoções de outras pessoas sem o uso dos olhos, ouvidos, bocas ou gestos. E da mesma forma que um rádio não pode captar uma estação com a qual não esteja sintonizado, um cérebro não capta pensamentos e sentimentos com os quais não esteja sintonizado. Um pensamento ou um sentimento é transmitido em todas as direções a partir de alguém ou de algo, usando um cérebro ou não. Supondo que seu cérebro esteja sintonizado nessa freqüência telepática específica, algo em você capta o sinal e o converte em impulsos elétricos reproduzindo certo grau de duplicidade do padrão da fonte original e estes impulsos alcançam, dependendo do conteúdo do padrão, várias partes do seu cérebro onde, novamente, dependendo do conteúdo, você se depara com algum tipo de consciência sensorial, emocional ou cinestésica acompanhada de alterações químicas e físicas mensuráveis em seu corpo. Como a maioria das pessoas não está acostumada a sintonizar seus cérebros a sinais telepáticos, pode haver muita distorção na interpretação final desses sinais. Por essa razão, os dispositivos físicos como cristais, pêndulos e padrões simbólicos podem ser úteis para manter a recepção mais próxima do padrão original, pela conversão do sinal da entrada em um sinal visual e cinestésico na saída. Acredito que ainda temos uma grande distância a percorrer até o desenvolvimento de dispositivos mais precisos para recepção telepática, mas os rádios primitivos também não eram tão bons. Isto está de acordo com minha tese de que os dispositivos eletrônicos que usamos atualmente para transmitir pensamentos e sentimentos não estão, como alguns pensam, nos afastando do desenvolvimento de nossas capacidades telepáticas naturais, mas, ao contrário, estão servindo para, artificialmente, nos treinar nessas capacidades, especialmente enquanto se tornam menores, mais eficientes e mais precisos. Estão ajudando a criar uma expectativa subconsciente de como é fácil a comunicação com alguém em outro ponto do globo, tanto que cada vez menos palavras são necessárias para comunicar nossos pensamentos e sentimentos. Pense em como um simples emoticon como este “:)” pode fazê-lo se sentir bem e poucas letras como “AOS” (do inglês: “Adult Over Shoulder) podem, se você for um adolescente, fazer com que você ou seu amigo saibam que um adulto está atrás de seus ombros, observando o que vocês estão fazendo e, portanto, sejam discretos. Além desse efeito, existe o recurso atual de inserções de anúncios-padrão de 5 segundos em publicidade. Com freqüência, você ouve que isso é devido à diminuição da capacidade de concentração do público, mas considerando que as pessoas ainda assistem a segmentos muito mais longos na programação normal, na verdade, isso tem aumentado a capacidade das

pessoas de absorver mais informações a partir de menos sinais de entrada. Uma outra técnica eletrônica é o treinamento de pessoas para absorver mais informação do que, de uma só vez, seria uma quantidade de informação excessiva. Estou falando aqui da prática comum de muitos noticiários, em especial aqueles dedicados às notícias financeiras, de apresentar informações múltiplas e simultâneas. A CNBC, por exemplo, mantém uma ou mais pessoas falando ao mesmo tempo que dois letreiros no topo da tela dão os resultados atuais do mercado dos fundos de ações e commodities, enquanto dois letreiros no rodapé da tela – um movendo-se mais rápido que o outro – dão as cotações de vários tipos de ações e outra pequena tela, acima desses dois letreiros, apresenta informações ou notícias que podem estar ou não relacionadas com o que as pessoas estão dizendo. Como nosso cérebro está recebendo uma infinidade de informações muito além daquilo que conscientemente percebemos em condições normais, isto pode estar ajudando a nos preparar para prestar mais atenção a sinais de entrada telepáticos que normalmente estaríamos ignorando. Até aqui dei ênfase à telepatia, mas, praticamente, todas as capacidades xamânicas estão sendo praticadas hoje em dia por cada vez pessoas, sem que elas se dêem conta disso, em especial aqueles milhões que ingressam em mundos virtuais através de uma conexão por computador. Para demonstrar meu ponto, usarei apenas um desses mundos virtuais como exemplo, o “Second Life”. Para os que não estão familiarizados com essa experiência, o procedimento padrão de funcionamento é pela utilização do seu teclado e de um “mouse” para manipular um “avatar,” um personagem digital que o representa em um ambiente virtual tridimensional. Em uma típica sessão do “Second Life”, aqui estão algumas das capacidades xamânicas com as quais você provavelmente irá entrar em contato: • Telepatia: isto é feito geralmente pelo envio de uma “mensagem instantânea” para alguém que pode estar em qualquer lugar no mundo real. • Clarividência: você faz isto com uma “visão de câmera” que permite a você ver coisas nos cantos, fora do campo de visão do seu personagem. • Levitação: sempre que você desejar, na maioria das posições virtuais, você pode saltar no ar e mesmo flutuar ou voar até um destino de sua escolha. • Viagem Astral: apenas abra um mapa, escolha uma posição, aperte uma tecla de Teletransporte e “whoosh!” você estará lá mais rapidamente do que um transportador do Star Trek poderia levá-lo. • Mudança de Forma: conforme desejar, você pode mudar a forma do seu corpo, sua pele, seus olhos e seu cabelo para satisfazer sua própria fantasia. E pode até mesmo se transformar em um animal. • Materialização: com um feixe de energia projetado pela mão do seu avatar, você pode fazer com que uma grande variedade de formas fundamentais apareça do nada e, a seguir, transformá-las em casas, barcos, aviões, vestimentas, jóias… quase tudo que quiser. • Cura: este é um dos efeitos mais surpreendentes, porque os resultados produzem mudanças reais em sua mente e seu corpo vivos. Para compreender isto, você tem que aceitar que todos temos uma capacidade subconsciente para imitar o estado ou a ação de qualquer coisa sobre a qual

colocamos nossa atenção plena. Uma das maneiras de como esta capacidade é usada na Vida Real é fazendo com que atletas assistam vídeos de especialistas em sua modalidade e depois pratiquem o que assistiram. Os experimentos demonstram que o desempenho dos atletas aumenta significativamente após assistirem o vídeo. Outra maneira usada em muitas áreas da vida real é imaginar, com realismo, o que você quer fazer ou ser, e depois fazer ou praticar essa ação. De volta ao “Second Life”. Quando você imerge seu avatar em uma banheira quente, seu corpo físico começa a relaxar. Quando seu avatar medita em uma floresta ou em um templo, sua mente e suas emoções reais acalmam-se. Quando seu avatar se coloca em frente a um campo de energia, seu corpo real se sente energizado. Em alguns casos, quando outro avatar usa toques de cura ou aplica massagem em seu avatar, sua dor real pode desaparecer. Se examinarmos este fenômeno com os conceitos de Rupert Sheldrake, centenas de milhões de pessoas ao redor do planeta estão gerando e mantendo campos mentais e comportamentais de transformação que farão com que, cada vez mais facilmente, cada vez mais pessoas comecem a expressar talentos e habilidades xamânicas que geralmente são associadas a lendas, fantasia ou ficção científica. Os talentos e habilidades são reais, apesar de, até recentemente, terem sido praticados apenas por poucas pessoas. Neste momento, entretanto, milhões e milhões de pessoas estão envolvidos e o treinamento de toda raça humana começou. Esta revolução acontecerá facilmente? Muito provavelmente não, porque as vidas de muitas pessoas são baseadas no medo. As áreas potenciais de resistência mais comuns são estas: • Medo de tudo que seja eletrônico ou eletromagnético. Isto é baseado na ignorância de como esses dispositivos funcionam e muitos não querem aprender. • Medo de que as pessoas se tornem viciadas. Isto é baseado na ignorância sobre o que é o vício. Pessoas com muito baixa auto-estima podem tornar-se viciadas em qualquer coisa que lhes traga certo grau de prazer. Se você afasta uma fonte de prazer delas, elas simplesmente encontrarão outra. • Medo de que as pessoas se tornem tão dependentes dos dispositivos eletrônicos que perderão suas habilidades naturais. Isto é baseado na ignorância sobre a natureza humana. Seres humanos são criaturas que utilizam ferramentas. Sempre usamos e sempre usaremos ferramentas para realçar nossa criatividade natural. Acabei de me lembrar de uma estória que me contaram há alguns anos atrás sobre um Australiano branco e um Aborígine que estavam caminhando juntos no interior e se perderam. O Australiano branco disse a seu companheiro, “Oi, porque não utiliza alguns daqueles poderes que você supostamente tem e nos encontra ajuda?” “Tudo bem,” disse o Aborígine que tirou um telefone celular do bolso traseiro e ligou para alguns parentes. “Espere um momento,” disse o Australiano branco. “Pensei que vocês podiam se comunicar através de suas mentes!” “Oh, claro, podemos fazer isso,” disse o Aborígine, “mas isto é muito mais fácil!”

A VIDA, A MORTE E O HUNA por Serge Kahili King do texto original "Life,_Death_and_Huna” Tradução de Luiz Carlos Jacobucci (Brasil) Através dos tempos, filósofos, cientistas, teólogos e todos os que pararam para pensar nos porquês das coisas, têm se questionado sobre a experiência e o sentido da vida e da morte. Os Adeptos do Absurdo decidiram que a vida e a morte não têm significado, então a melhor coisa que se tem a fazer é ignorar a morte até que ela ocorra e, se você ainda estiver vivo, ignorá-la logo após ter ocorrido. Os Adeptos da Resistência vêem a vida como boa e a morte como má e fazem tudo o que podem para prolongar a vida e evitar a morte, sem considerar a qualidade de vida ou o desejo de morrer. Os Adeptos do Pós-Vida dizem que a vida é um lugar de provação. Se você segue as regras, terá uma vida diferente e melhor após a morte, mas se você contraria as regras, terá uma vida diferente e pior após a morte. Os Adeptos das Vidas Cíclicas afirmam que a essência de uma pessoa experimenta a vida e a morte, em um ciclo repetitivo, até que pela graça divina, pelo esforço individual ou pela evolução gradual não existe mais necessidade de nenhuma das duas. Naturalmente, com os humanos sendo tão criativos, há muitas variações e alternativas para o que foi dito acima. Aqui está uma delas derivada dos Princípios de Huna. Primeiro, a vida e a morte existem como experiências. Os sentidos e as consequências da vida e da morte são decididos por você com base no que outra pessoa lhe ensinou ou em suas próprias conclusões. Não importando o que a vida e o que a morte possam de fato ser, suas crenças sobre elas irão governar os seus pensamentos e suas ações relacionadas a elas. Segundo, o Huna assume que a existência é infinita e, dessa forma, a vida e a morte, o tempo e o espaço são diferentes nomes para diferentes tipos de experiências. Terceiro, uma crença é apenas uma forma de organizar suas percepções ou expectativas para permitir a você certas experiências e não permitir outras. Reorganizando suas percepções e expectativas sobre a vida e a morte você poderá mudar a forma de experimentá-las. Quarto, toda experiência está acontecendo agora. O tempo é meramente uma crença. Para as pessoas do passado, neste momento você ainda não nasceu. Para as pessoas do futuro, neste momento você já está morto. Quinto, vida e morte são parte do impulso em direção à realização que chamamos amor. O amor muda o amante e o amado e sem mudança não há existência. Sexto, o poder da vida e da morte vem de dentro. Não de dentro da personalidade ou do corpo, mas da nossa fonte espiritual infinita. Fatores “externos” podem influenciar o momento certo ou o modo de vida e de morte, mas não provocam a experiência. Sétimo, sem dar importância ao que qualquer outra pessoa diga sobre a vida e a morte, o que realmente importa para você é o que você pensa. Você tem o direito de escolher qualquer conjunto de idéias ou crenças sobre a vida e a morte que façam sentido para você e que o ajudem a lidar com essas experiências. AMOR, PODER E HARMONIA por Serge Kahili King do texto original “Love,_Power_and_Harmony” Tradução de Luiz Carlos Jacobucci (Brasil) Para

qualquer estudioso sério da sociedade, fica claro que todos os seres humanos compartilham das mesmas necessidades, desejos e, em maior abrangência, até mesmo o simbolismo, independente de raça, cor, credo ou cultura. O que todo ser humano gosta e quer pode ser definido como Amor, Poder e Harmonia. O amor faz parte da nossa natureza. É o estado de se sentir feliz conectado ao outro ou o ato de se tornar conectado. É a extensão do nosso ser para incluir o outro. Não precisamos lutar pelo amor a menos que sintamos que não o temos. Quando seres humanos se reúnem em condições onde não existe o medo, o amor simplesmente se manifesta. Participei de muitos encontros em muitos países diferentes onde dezenas de participantes completamente estranhos se tornaram enamorados após dois ou três dias simplesmente por estarem juntos. O que eles fizeram e porque estavam lá não parece ser importante. Uma simples proximidade e a ausência de medo produziu o amor sem esforço. Em momentos de perigo o amor também se manifesta naturalmente. Quando acontece um desastre ou um acidente, as pessoas que não estão presas ao medo começam, automaticamente, a prestar assistência àqueles que precisam de ajuda. Não precisam ser ensinados ou instruídos exceto em como prestar uma melhor ajuda. O desejo de ajudar, que é uma forma de amor, surge espontaneamente. Esta resposta de amor automática é tão fabulosa que algumas pessoas colocarão suas próprias vidas em risco para ajudar outra pessoa. Chamamos essas pessoas de heróis quando elas se jogam em rios violentos para salvar alguém do afogamento ou entram correndo num prédio em chamas para tirar uma criança ou fazem outras centenas de coisas corajosas para ajudar alguém. E, mesmo assim, poucas dessas pessoas se consideram heróis. A maioria das vezes dizem que fizeram aquilo porque era o que tinha que ser feito ou porque fizeram sem pensar. Foi um ato espontâneo de amor. A dúvida é uma das coisas que enfraquece a conexão do amor. Quando alguém duvida da existência do amor, então nasce o medo e o amor começa a morrer. O medo interfere no amor porque é o oposto do amor. O medo surge quando nos sentimos ou estamos desconectados. Quando o amor diminui, o medo aumenta e quando o medo diminui, o amor aumenta. E mais ainda, quando o amor diminui, o medo aumenta e aumenta também a necessidade e o desejo de amor. A necessidade e o desejo de amar e de ser amado influenciam todas as nossas ações e reações ao ponto de sentirmos falta de amor em qualquer de suas formas. Em acréscimo à força poderosa do amor sexual também somos impulsionados por um amor para aprovação e reconhecimento. Muitos dos nossos comportamentos são dirigidos pela esperança de aprovação ou pela reação à desaprovação. E muitos são dirigidos por uma busca pelo reconhecimento, seja pequeno ou temporário, especialmente quando parecem iminentes a afeição e a aprovação. Grandes atos que beneficiam a sociedade e atos perversos que maltratam a sociedade, ambos vêm da necessidade e desejo por reconhecimento. Quando falta reconhecimento, algumas pessoas o forçam através da busca do respeito, talvez fazendo alguma coisa que valha a

pena ou talvez alcançando um falso respeito pela provocação do medo. Quando há muita frustração ao satisfazer a necessidade ou o desejo por algum tipo de amor, o resultado é uma doença mental ou física. Isto acontece quando o medo resultante da falta de amor não tem por onde escoar. Quando, de acordo com as crenças do indivíduo, não há nada que possa ser feito, o medo causa uma retração para dentro, produzindo grande tensão no corpo e, em consequência, a doença. O poder é parte da nossa natureza. Como o amor, não devemos lutar pelo poder a menos que tenhamos a sensação que não o temos. O poder em si é o ato de ser eficaz. Desde o momento da concepção estamos todos prontos para expressar nosso poder e fazer o que é eficaz para nossa sobrevivência e nosso prazer. Desse momento em diante, em cada momento de nossas vidas, estamos empenhados em expressar nosso poder, mais ou menos efetivamente. Fisicamente, nossos corpos estão empenhados na busca da manutenção, da reparação, do crescimento, do aprendizado e do prazer. Mentalmente, nossas mentes estão empenhadas na solução de problemas, na criatividade e na expansão da nossa influência ao mundo ao nosso redor. Somos sempre poderosos, mas, por muitas razões, nem sempre enxergamos isso. Quando a expressão do poder não é efetiva, a reação natural é buscar uma solução diferente para um problema ou encontrar uma nova maneira de ser eficaz. Os inventores podem experimentar milhares de tentativas diferentes antes que suas invenções funcionem; equipes esportivas podem tentar dezenas de estratégias diferentes para vencer seus oponentes; os políticos podem arquitetar muitos planos sociais e econômicos diferentes para atingir seus objetivos. Individualmente, as pessoas tentam diferentes tentativas e técnicas de cura, diferentes carreiras, diferentes relacionamentos e diferentes religiões com a ânsia de serem mais eficazes em suas vidas. Novamente, a dúvida é o que enfraquece a expressão natural do poder. Quando alguém duvida do seu poder pessoal, ou fonte de poder, aparece a raiva e o poder começa a desaparecer. À medida que o poder diminui, a raiva aumenta e quando a raiva diminui, o poder aumenta. E, como acontece com o amor, quando o poder diminui, a raiva também diminui assim como a necessidade e o desejo de poder. O controle é a técnica mais popular para tentar resgatar o poder enquanto a dúvida e a raiva ainda estiverem ativas. Muitas pessoas confundem poder com controle, mas controle é usado pelas pessoas quando elas se sentem sem poder. O controle ativo é usado para forçar as pessoas a fazerem o que você quer. Normalmente, é utilizado na forma de intimidação ou de força física. O controle passivo, também chamado de agressão passiva, é utilizado na forma de conseguir com que as pessoas façam o que você quer por se recusar a agir ou por fazê-las se sentirem bastante culpadas para fazerem o que você quer. Além disso, por ser ruim para relacionamentos e para a efetividade, a tentativa de controle causa muita tensão no controlador. Quando o controle não é possível, algumas vezes, uma outra técnica usada é o vandalismo. Uma criança que se sente magoada e sem poder pode quebrar coisas para expressar sua raiva. Isto raramente funciona

para controlar os pais, mas provoca uma reação e esse substituto da efetividade traz, pelo menos, um pouco de satisfação. A criança pensa “Não posso conseguir o que quero, mas, pelo menos, posso tornar alguém infeliz”. É um substituto muito fraco para a efetividade, mas pode progredir de uma birra de criança para o vandalismo do adolescente e para o terrorismo do adulto. E, naturalmente, traz tensão com ele. Entretanto, quando não há escape para a raiva e não há volta para o verdadeiro poder, a raiva é direcionada para dentro o que resulta em doença física e mental. Finalmente, há a tendência natural em direção à harmonia. Por harmonia, me refiro à integração e cooperação mútua e benéfica das pessoas com seu ambiente natural e social. Podemos observar isto mais facilmente em grupos tribais isolados, mas também em muitas pequenas comunidades, vizinhanças, grupos, clubes e associações. Podemos ver tentativas de criar harmonia por governos nacionais e pelas Nações Unidas, mas quanto maior o grupo mais difícil parece ser para alcançá-la. Isto parcialmente porque quanto maior o grupo mais fácil desse grupo de ser impessoal. Isto é, mais fácil para perder um senso de conexão e de influência pessoal. Mas a harmonia envolve mais do que isso; realmente tem a ver com o senso de lugar e propósito de uma pessoa no mundo e um reconhecimento da interdependência com o resto do mundo. Quando uma pessoa duvida dessa interdependência e duvida do lugar e do propósito próprios de uma pessoa dentro dessa interdependência, então surge a alienação. Ao invés de “você e eu ou nós e eles juntos” a situação muda para “eu ou nós contra eles”. A alienação, que frequentemente inclui uma extrema falta de descanso, apatia, confusão e desespero, cria uma grande tensão interna e, naturalmente, uma doença mental e física. A solução para a doença causada pelo medo é ser mais amoroso dando mais reconhecimento, apreciação, admiração, tolerância, misericórdia, cuidado e ajuda para outros e para si próprio. A solução para a doença provocada pela raiva é o aumento do seu conhecimento, habilidade e auto-confiança. A solução para a doença causada pela alienação é, primeiramente, buscar harmonia espiritual com ser um mais elevado ou mais profundo e depois procurar esse espírito em todas as coisas. Porém, se você quiser um solução rápida por causa do passo ultra rápido da vida moderna, então simplesmente pare de duvidar. Mantenha um ceticismo saudável sempre que necessário, mas se recuse a duvidar do seu próprio valor, do valor dos outros e do valor do mundo. AS REGRAS COM AS QUAIS VIVEMOS por Serge Kahili King do texto original “The_Rules_We_Live_By” Tradução de Luiz Carlos Jacobucci (Brasil) Muitos passam a vida inteira procurando conhecer as leis ou regras do universo. Decidi, então, fazê-los economizar tempo e dar-lhes aqui, de graça, aquilo que procuram. Alerto a vocês que isto tem como base a visão xamânica do Universo no qual tudo está vivo, tudo tem consciência e tudo reage ativamente. O Universo, e tudo nele, tem três aspectos: Espírito, Corpo e Mente. Cada um destes aspectos tem suas próprias regras. Quanto melhor entendermos estas

regras, mais fácil será para que possamos crescer, curar e desfrutar de bons momentos. O Espírito tem apenas uma regra: “Experimentar a existência”. Só isso. Sem condições, sem “deverias”, sem limites. E sem esquivar-se dessa regra.. O Corpo tem apenas duas regras: “Buscar prazer” e “Evitar a dor”. Como a maneira de fazer isto nem sempre é clara em todas as circunstâncias, o Corpo irá, algumas vezes, se mover no sentido da dor com o objetivo de experimentar algum prazer sensorial ou emocional associado a ela. Seria como subir uma montanha pelo prazer do panorama, exercitar-se pelo benefício da energia ou passar por uma cirurgia para ficar bem. Algumas vezes, o prazer não é uma das opções apresentadas e, nesse caso, o Corpo tentará se mover na direção da menor dor disponível. Podemos observar isto nas pessoas que bebem até adoecerem para superar a dor emocional, pessoas que se mantém em um relacionamento ruim por medo de não encontrarem mais ninguém e pessoas que cometem suicídio violento. E há também aquelas que fogem do prazer por medo de uma dor associada a ele, como as pessoas que evitam o sucesso por medo da crítica, aquelas que acreditam que prazer é um pecado punido por Deus e as que acreditam que o prazer as tornam fracas. Para a maioria, entretanto, é fácil notar que todo comportamento espontâneo, intuitivo e subconsciente segue as regras de buscar o prazer e evitar a dor. E sobre a Mente? Ahhhh! A Mente é uma fanática fazedora de regras. Ela faz regras – muitas e muitas regras – sobre tudo que é imaginável. Ela faz regras de linguagem, regras sobre religião, regras sobre comportamento e até regras sobre o Universo. E quando ela realmente quer alguma coisa, ela vai em frente e muda as regras. Assim, temos centenas de idiomas ao redor do mundo, centenas de culturas que se baseiam em suas próprias idéias de certo ou errado, centenas de maneiras de nos relacionarmos com Deus, centenas de teorias científicas sobre centenas de assuntos, centenas de países com suas próprias variantes de sistemas políticos, centenas de milhares de leis governando o comportamento em diferentes sociedades... você já pegou a idéia. Pergunte a opinião de qualquer pessoa sobre qualquer coisa e o que você ouvirá serão as regras com as quais ela vive. As pessoas podem chamar suas regras de opiniões, crenças ou fatos, mas elas são apenas regras, algumas herdadas, algumas emprestadas e algumas fabricadas. Quebrar as regras é complicado. Tente quebrar a regra do Espírito. A não-existência não parece ser a opção. E quando tenta quebrar as regras do Corpo, você normalmente obtém conseqüências físicas e emocionais severas e imediatas. O Corpo busca seu prazer e teme toda dor, então, pobre da Mente que tentar alterar suas tendências naturais sem um bom motivo. Há conseqüências por quebrar as regras da Mente, mas elas dependem de quais regras estão envolvidas e de quem mais está envolvido com elas. Você pode quebrar uma lei do direito com a impunidade se não houver mais ninguém ao seu redor, a menos que você confunda legalidade com moralidade (eventualmente elas coincidem). E se você quebrar uma lei moral, uma que você adotou para si, quando não houver mais ninguém por perto, você estará provavelmente

punindo a si próprio. Você pode quebrar as regras de linguagem, mas corre o risco de ser mal compreendido. Você pode quebrar as regras da ciência a qualquer momento que quiser desde que não esteja buscando algum beneficio, mas algumas coisas podem não funcionar do jeito que quer que elas funcionem. Você pode quebrar as regras sociais do seu grupo se não se importar de ser colocado para fora dele. Não recomendo que você quebre as regras. Recomendo que você use as regras do Espírito e do Corpo e que trabalhe criativamente com as regras e com o talento que a Mente tem para fazer regras. Com as regras da Mente é muito mais fácil fazer regras diferentes do que tentar quebrar as regras antigas. As regras que não são mais utilizadas apenas desaparecem gradualmente. Você pode criar qualquer regra que quiser sobre qualquer coisa que quiser (não estou dando permissão, apenas é algo que qualquer pessoa pode fazer). Pode criar regras diferentes sobre como pensa e como se sente, sobre o que é possível e sobre o que significa o passado e o que o futuro trará. As regras que utiliza afetam seu comportamento e sua experiência. Mude suas regras e sua vida irá mudar. Pode ser este o momento de avaliar as regras com as quais você vive e de criar algumas novas regras. AUSÊNCIA DE MEDO por Serge Kahili King do texto original “Fearlessness” Tradução de Luiz Carlos Jacobucci (Brasil) Nascemos para não ter medo. Não herdamos o medo de nossos ancestrais. O medo não é uma reação instintiva, nem é necessária para a sobrevivência. Cautela, sim; reconhecimento de um perigo em potencial, sim; mas não o medo. Devemos ser ensinados a como sentir medo. Me lembro quando era um garotinho vendo minha irmã mais nova caminhando pelo corredor de nossa casa esmagando as aranhas da parede com sua mão. Eu achava aquilo nojento, minha irmã achava aquilo divertido e minha mãe achava aquilo horripilante. Ainda posso ouvir os gritos de minha mãe quando via minha irmã, alegremente, diminuindo a população de aranhas; e me lembro da rapidez como minha irmã mudou de atitude e de comportamento em relação às aranhas após uma única sessão de treinamento intensivo de aranhas-são-horríveis tenha-medo-delas. Em um minuto podemos não ter medo e no seguinte podemos aprender a ser medrosos. Por enquanto vamos deixar de lado a questão se o medo tem algum valor ou não. A questão aqui é se ele é inato ou é um comportamento adquirido. Aqui está outro exemplo, oposto ao anterior. Em um dia ensolarado em uma longa praia na África, quando o oceano parecia com um lago calmo, notei que meus filhos de quatro e sete anos estavam se divertindo na água e meu filho de três anos estava se divertindo na areia. Não havia nenhum problema com aquilo, exceto que também notei como ele fugia rapidamente toda vez que uma ondinha se aproximava a meio metro dele. Isto parecia ser uma tarefa para um “Pai”! Peguei meu filho de três anos, conversei com ele calmamente e o carreguei alguns passos em direção à água. Ele imediatamente tentou escapar de meus braços mesmo que a água apenas atingisse meus tornozelos. Ele estava

nitidamente com medo; então parei, acalmei-o e dei mais alguns passos à frente. Naturalmente, ele reagiu da mesma maneira. Muito devagar e delicadamente, usando um método psicológico clássico de dessensibilização, fui capaz de conseguir com que ele aceitasse entrar na água até cobrir os tornozelos, até a cintura, até o peito e, finalmente, até mergulharmos rapidamente juntos. Depois disso, o levei de volta à praia e o deixei desenvolver seu próprio relacionamento com o oceano. Hoje, meu filho mais novo é um Mergulhador de Combate da Marinha Americana. Mais um exemplo para ilustrar o meu ponto. Ensino uma técnica de auto-ajuda para modificação de comportamento chamada “Dynamind” e uma das coisas para a qual ela é muito boa é a eliminação de fobias. Durante uma demonstração em um seminário, chamei uma jovem mulher para o palco que disse ter medo de água. Em seguida, apuramos esse medo e chegamos a um estado de pânico paralisante quando ela se defrontava com uma piscina. Em uma apuração ainda maior, chegamos à descoberta interessante que o pânico apenas ocorria quando a piscina estava a menos de dois metros de distância, tinha mais que um metro de largura e a cor da água era azul. Na verdade, independente do tamanho ou da proximidade da piscina, o pânico desaparecia se a cor da água fosse verde. No primeiro exemplo acima, minha irmã não tinha medo de aranhas até que foi ensinada por nossa mãe a ter medo. Sua primeira reação a aranhas foi instintiva. No segundo exemplo, meu filho tinha medo do oceano e não da água em si. Sei disso porque o vi espalhando, alegremente, a água do banho por todo lado, em inúmeras ocasiões. Não tenho idéia de qual evento o ensinou a ter medo – e ele não se lembra – mas sua capacidade de se livrar do medo em um tempo tão curto definitivamente indica um comportamento aprendido e não um comportamento instintivo. E, no último exemplo, o fato de que tantas condições específicas tenham que ser atendidas antes que o medo se instale, da mesma forma, é um indicativo de um comportamento aprendido. Este seria um bom momento para definir o que quero dizer com comportamento “instintivo”, pois muitas pessoas o confundem com o comportamento “automático”. O comportamento é automático quando você o aprende tão bem que nunca mais precisa pensar nele. É basicamente uma resposta a um estímulo como o cachorro de Pavlov salivando ao badalar de um sino. Para muitos, pedalar uma bicicleta, usar talheres, reagir com medo a eventos específicos ou ter sintomas de resfriado ao molhar os pés quando usa sapatos de passeio, mas não com sandálias de praia, são exemplos comuns de um comportamento automático. Esse comportamento tem uma ligação muito próxima com a experiência individual e as expectativas culturais. O comportamento instintivo, por outro lado, é comum a todos os humanos e não depende de uma experiência individual ou cultura. A respiração é instintiva, a respiração ritmada é aprendida. Comer é instintivo, a escolha de alimentos é aprendida. O impulso para aquecer-se quando se resfria, resfriar-se quando se aquece, procurar por segurança quando se sente inseguro ou ir em frente ou repetir experiências prazerosas e afastar-se ou evitar experiências dolorosas

ou desagradáveis são todos parte do repertório humano dos comportamentos instintivos. Outra diferença importante é que os comportamentos aprendidos, automáticos ou não, são possíveis de ser desaprendidos ou modificados muito rapidamente, enquanto que os comportamentos instintivos podem apenas ser reprimidos, ampliados ou redirecionados. É um fato, sustentado por fartas pesquisas, experimentos e experiências, que os medos podem ser desaprendidos, frequentemente com muito rapidez, sem repressão, amplificação ou redirecionamento. Isto é suficiente para colocar os medos na categoria dos comportamentos aprendidos. Parte do mal-entendido sobre o medo vêm de antigos experimentos em que bebês eram jogados para o ar e seus comportamentos eram observados. A reação instintiva de procurar uma conexão com algo seguro era interpretada como sendo uma expressão do medo. Na verdade, desde que você não os derrube, alguns bebês acham imensamente divertido serem jogados para o alto. “Desde que você não os derrube”. Isto traz à baila o assunto de como o medo é aprendido pela primeira vez. Para que isso aconteça, três fatores vitais devem estar presentes: a autodúvida, uma memória de dor e uma expectativa de dor. A auto-dúvida é o fator mais importante, pois sem ela o medo não ocorre. A autodúvida também é um comportamento aprendido, mesmo quando você ainda é um feto. Basicamente, a auto-dúvida surge quando um indivíduo interpreta um sentimento ou uma sensação como se tivesse perdido contato com sua fonte de poder ou de amor. Até o ponto que esta interpretação é repetida com sensações e sentimentos similares e se torna um comportamento aprendido e automático. As memórias de algum tipo de dor estão presentes em todos, mas nem todos são afetados por elas da mesma forma. O medo aparece - e mais tarde é aprendido – quando a auto-dúvida está presente no momento em que ocorre uma experiência dolorosa porque, devido à auto-dúvida, uma expectativa de dor surge diante de qualquer estímulo que se assemelhe à dor original. Quando tinha cerca de sete anos, eu estava brincando com alguns amigos e decidimos subir em uma árvore e pular de um grande galho. Os outros garotos fizeram isso sem nenhum problema. Eles não tinham auto-dúvida, pelo menos quanto a pular de árvores e, assim, mesmo que tivessem se machucado no passado por terem escorregado de um galho, eles não tinham a expectativa de dor ao fazerem isso novamente. Eu, entretanto, tinha auto-dúvida suficiente e a memória de uma queda dolorosa prévia não relacionada com árvores, que fiquei agarrado ao galho, congelado de medo, por muito tempo. Os outros garotos simplesmente rastejaram ao meu redor e pularam com alegria no coração. Finalmente, suprimi meu medo, concentrei minha coragem e pulei para o desconhecido – aquela foi minha primeira experiência de pular de um galho. Felizmente, fiz um bom pouso e foi tão divertido que pulei muitas outras vezes, desaprendendo o meu medo nesse processo. Uma das últimas sentenças no parágrafo anterior me faz lembrar de outro aspecto do medo que necessita de esclarecimento, o chamado “medo-do-desconhecido”. Não existe tal coisa, pessoal. É sempre um medo do conhecido. Ou, então, um medo de

não conhecer. Se experimentamos algo realmente desconhecido, ou ficamos curiosos ou vamos ignorá-lo. Neste caso, o medo apenas surge quando uma nova experiência nos faz lembrar de uma experiência dolorosa anterior e temos uma expectativa de outra experiência dolorosa porque não sabemos o que fazer. Aqui está a moral da estória. Não importa se temos auto-dúvida, memórias dolorosas ou medo de qualquer coisa, seja o que for. Aprendemos como agir na primeira vez e podemos nos ensinar como agir de maneira diferente. A autodúvida pode ser apagada ao ensinarmos a nós mesmos – quantas vezes forem necessárias – a confiar em nós mesmos e/ou em um poder superior. Confiar, não que nada de ruim jamais irá acontecer, mas que, seja o que for que acontecer, seremos capazes de enfrentar; e confiar que mais coisas boas do que ruins acontecerão. O que fazemos e como pensamos no momento presente pode não controlar o futuro, mas tem mais influência no futuro do que qualquer outra coisa. Não há medo sem auto-dúvida. A autodúvida começa com uma decisão. E também pode terminar com uma decisão. BATER PALMAS COM UMA DAS MÃOS por Serge Kahili King do texto original “One_Hand_Clapping” Tradução de Luiz Carlos Jacobucci (Brasil) Existe uma famosa koan (charada filosófica) Zen que pergunta: “Qual é o som obtido ao se bater palmas com apenas uma das mãos?” O estudante de Zen deve meditar sobre esta charada até que algum grau de discernimento ou esclarecimento se manifeste. O interessante é que não há resposta certa. O que você é, ou o que você sabe, ou o que você acredita é o que você obtém. Embora não sendo mais um estudante de Zen em atividade, recentemente estive meditando sobre a charada do bater palmas com apenas uma das mãos, quando cheguei a uma resposta que poderia ser útil para compartilhar: O som obtido ao bater palmas com apenas uma das mãos é o mesmo som obtido ao bater palmas com as duas mãos. Como isso poderia acontecer, você pergunta? (assumo que você pergunte, para o bem deste artigo) É simples, respondo. O conceito do bater palmas implica que um som é produzido por duas superfícies que se tocam, mesmo se apenas uma delas estiver realmente se movendo. Não havendo som, não haverá palmas batendo; não havendo a segunda superfície, não haverá som. Mas a charada claramente afirma que há som e que há palmas batendo. Assim, minha resposta parece lógica. Sim, eu sei que a resposta para uma koan supostamente vai além da lógica, mas asseguro que a resposta veio por intuição. A lógica veio depois. Antes que você descarte isto apenas como uma simples brincadeira ou uma perda de tempo, deixe-me falar sobre o restante da meditação. Após a revelação de que o som obtido ao bater palmas com apenas uma das mãos deve ser o mesmo som obtido ao bater palmas com as duas mãos, me ocorreu que esta seria uma boa metáfora para dois dos corolários do Segundo Princípio de Huna. O princípio básico declara que não há limites, o que implica que tudo está relacionado com todo o resto. E implica que quando um dos lados de uma relação é alterado, ambos os lados serão alterados. Mesmo que somente uma das mãos mude sua posição com relação

à outra mão que se mantém parada, um som de palmas batendo irá ser produzido. Não temos que aguardar a participação dos dois lados de um relacionamento para que haja uma mudança vantajosa. Mude um lado desse relacionamento e o outro lado deverá mudar, porque o relacionamento mudou. No ensino do Huna, usamos muito esta idéia. Por exemplo, no trabalho de cura de terceiro nível, quando assumimos que tudo é um sonho e que tudo está sonhando, dizemos que, se você muda um sonho, automaticamente muda todos os sonhos relacionados. Dessa forma, você pode ir a um jardim imaginário e provocar mudanças em símbolos da sua experiência de vida e sua experiência de vida irá mudar. No trabalho de cura de segundo nível, quando assumimos que tudo está telepaticamente ligado, dizemos que, se você começa a abençoar em silêncio e perdoa as pessoas com as quais está tendo dificuldades, elas saberão e começarão a mudar o comportamento delas com relação a você, sem nem mesmo uma palavra ser dita. E na cura de primeiro nível, quando assumimos que tudo está separado, mas potencialmente interagindo, ensinamos que, se você sorri e abraça bastante, a tendência será de você receber muito mais sorrisos e abraços, mesmo de pessoas que, normalmente, não sorriem e não abraçam. Agora, o que você acha que aconteceria se aplicasse esta idéia para a totalidade da sua vida? Num relacionamento pessoal tenso, por exemplo, ao invés de esperar que a outra pessoa dê o primeiro passo em direção à reconciliação, você poderia começar o processo na sua própria mente, criando propositalmente uma melhor opinião sobre a outra pessoa ou imaginando vocês dois se entendendo bem com todas as suas diferenças. Sinto, mas você não pode controlar, através da sua imaginação, o que a outra pessoa pensa ou faz (isso simplesmente não funciona), mas pode usar uma persuasão imaginada da mesma forma como você faria em um encontro cara a cara. Entretanto, como em qualquer forma de persuasão, quanto mais sua persuasão se basear em uma vantagem para a outra pessoa, melhores resultados essa persuasão provavelmente irá obter. Assumindo que nossa teoria é válida (que significa viável), num relacionamento global tenso, poderíamos ser capazes de nos reunir até mesmo num grupo menor e repensar (ou re-sonhar) nosso relacionamento com um ou ambos os países envolvidos. Teoricamente, é claro, seria necessária apenas uma pessoa para fazer a mudança. Por outro lado, a mudança do relacionamento de uma pessoa para com um país poderia produzir apenas uma mudança muito pequena, assim, quanto mais gente melhor. Um ponto para lembrar, neste contexto, é que você está tentando mudar seu próprio modo de pensar ou de sentir sobre o país, não tentando mudar o país. É uma diferença sutil, mas importante, e se aplica tanto a pessoas quanto a países. Se esta idéia for entendida, podemos apresentar um koan Huna (a verdadeira frase Havaiana é “nane huna”, uma charada oculta ou um enigma): “Qual é o som de uma pessoa sozinha amando?”

ESTAR CENTRADO por Serge Kahili King do texto original “Getting_Centered” Tradução de Luiz Carlos Jacobucci (Brasil) Embora utilizem diferentes termos para o conceito, muitas religiões e filosofias enfatizam a grande importância de se “estar centrado”. Elas podem dizer a você em suas próprias linguagens para estar centrado em Deus, no Amor, no Espírito, em Servir, em Seu Coração, na Beleza, no Momento Presente ou no espaço 5 cm abaixo do seu umbigo (conhecido por muitos nomes nas tradições orientais). Não há dúvida de que estar centrado é uma grande idéia. Quero falar sobre como alcançar esse estado. Naturalmente, vou recorrer à ajuda da tradição Havaiana. O “ponto” Havaiano para se estar centrado é o piko, o umbigo, que também significa um “centro”. Um dos nomes da Ilha de Páscoa é Ka Piko O Ke Ao, o “Umbigo do Mundo”. Um número bastante grande de cidades ou regiões antigas adotaram esse nome ou outro similar e isso nos dá uma dica de seu significado mais profundo. Neste aspecto, esse nome se refere a “o ponto a partir do qual, para o qual e em torno do qual tudo se move”. Literalmente e figurativamente o umbigo representa nossa conexão com a fonte da vida. Simbolicamente, então, o umbigo é um conduto direto para a própria fonte e estar centrado no umbigo é estar centrado na fonte. No caso de você estar imaginando se esta é uma forma de promover a meditação do umbigo, asseguro que não. A meditação do umbigo é uma boa técnica para certas coisas, mas o meu objetivo é mostrar um outro lado. Na cultura Havaiana, a área do umbigo é também o centro para “o coração, a mente e os sentimentos” porque estes são significados alternativos para a palavra na’au, “intestinos”. Outra palavra, mana’o, está relacionada com o pensamento, a mente, a crença e a opinião, além da expectativa, da concentração e da memória. Os Havaianos reconheciam o pensamento intelectual como uma coisa muito diferente e o associavam ao cérebro. Manawa, a palavra-chave do princípio de Huna “O momento de poder é agora”, também significa “coração, sentimentos, afeições” além de “o topo da cabeça”. Para confundi-lo um pouco mais antes de dar sentido a isto tudo, a palavra piko pode ser usada para o topo da cabeça e para os genitais além do umbigo. Tenha paciência, o assunto será explicado. Parece razoável supor que para estar centrado, você precisa saber como é o centramento. Surpreendentemente, muito pouco foi escrito ou dito sobre essa experiência. Os termos “bem aventurança” e “unicidade” têm sido bastante utilizados, mas verdadeiramente não transmitem nada a alguém que nunca tenha vivido esse estado. É como tentar descrever sua viagem pelo Deserto do Saara aos amigos e familiares que vivem em sua cidade natal e que nunca tenham viajado para fora de sua própria região. No início, eles tentarão parecer interessados, depois ficarão perplexos e, finalmente, logo que puderem, começarão a contar a você as novas fofocas do local. Para querer estar em algum lugar, é preciso que haja alguma coisa nesse lugar que você considere valer a pena, alguma coisa que você relacione com algo bom. Eis aqui a minha descrição de como é estar centrado. Posso fazer isto porque estive nesse estado e continuo trabalhando nas habilidades para voltar a esse estado com

mais freqüência. Enfim, uma das características do centramento é a tranqüilidade. Quando está centrado, você se sente tranqüilo. Não tem conflitos que causem estresse, sua mente está livre e seu corpo está relaxado e, realmente, se sente bem. Outra característica é a conexão amorosa. Você se sente amado e sente como se amasse a todos e a tudo ao seu redor. O medo deixa de existir. Uma terceira característica é a confiança. Você se sente capaz de fazer o que quer e de lidar com quaisquer circunstâncias que possam surgir. É um sentimento bastante criativo onde não existe raiva nem frustração. A última característica em minha descrição é a harmonia. Você se sente uma parte significativa de tudo que foi, é e será. Toda sensação de insignificância, alienação e de estar fora de contato com a vida desaparece. Parece excelente, não? Claro. Parece impossível para a maioria das pessoas? Pode parecer, mas não é. Qualquer um pode fazer isso, mas não significa que seja fácil. Se fosse fácil, não estaria escrevendo sobre isso, em parte para ajudar a você e em parte para ajudar a mim mesmo. Se fosse fácil, todos já teríamos chegado a esse ponto. Mas isso é possível de fazer. Estou pronto para lhe dar uma maneira para chegar lá. Não é apenas uma técnica, mas certo tipo de comportamento para ser praticado. O que apresentarei a você não o manterá centrado (não sei se isso é possível ou mesmo desejável), mas irá ajudá-lo a voltar ao centro quando estiver se afastando dele. O objetivo aqui é manter-se mais próximo do centro toda vez que você tentar. Não prometo que você irá experimentar tudo integralmente na primeira vez que tentar. Se isto puder ajudá-lo a manter-se um pouco mais centrado do que está – um pouco mais tranqüilo, um pouco mais amoroso, um pouco mais confiante, um pouco mais harmonioso – então isso é bom, especialmente se puder se aproximar um pouco mais do centro a cada dia. Lembra de toda essa coisa Havaiana acima? Ela conduz à noção de que os sentimentos ou as emoções são o ponto de encontro da mente e do corpo. São os meios através dos quais sua mente e seu corpo se comunicam entre si e com o mundo. Os sentimentos são a sua resposta. Quanto melhor você se sentir, mais centrado você estará. Assim, a prática é fazer algo que o faça se sentir melhor, sem muito esforço, alguma coisa específica. Tudo o que você tem que fazer é praticar a doação, como expresso na palavra Havaiana manawale'a, que significa ”doar livremente e com boa vontade”. A tradução primordial seria “coração alegre”. O que você doa? Qualquer coisa que quiser, desde que doe conscientemente, livremente e de bom grado. Mas não precisa se limitar a coisas materiais. É não é uma questão de se desfazer das coisas. É sobre doar dons. Aqui estão algumas idéias do que você pode doar: reconhecimento, atenção, apreciação, gratidão, orações, desejos, encorajamento, apoio, presentes e pensamentos e ações de cura ou de ajuda. Você pode doar para outras pessoas, para qualquer coisa em seu ambiente, para qualquer coisa ou qualquer um que você conheça, para Deus, para o Universo ou para seu próprio corpo, mente e espírito. O objetivo é doar quanto mais você puder, com a maior freqüência possível e doar com a intenção consciente de estar dando um presente. Parece mais fácil do que

realmente é. Em algum momento você provavelmente irá experimentar sensações estranhas ou resistência uma vez que a prática traz à tona padrões profundos de pensamento e de comportamento. Mas o caminho da doação conduz ao centramento. O estado centrado é bem ilustrado neste provérbio Havaiano que se refere a uma pessoa que pode se manter calma em frente à dificuldade: He po'i na kai uli, kai ko'o, 'a'ohe hina puko'a Embora o mar seja profundo e agitado, a rocha de coral se mantém em pé. HUNA KUPUA por Serge Kahili King do texto original “Huna_Kupua” Tradução de Luiz Carlos Jacobucci (Brasil) Huna é um termo Havaiano que significa “segredo”, mas que também se refere à sabedoria esotérica da Polinésia. Kupua é outro termo Havaiano que se refere a um curandeiro especializado que trabalha com os poderes da mente e com as forças da natureza. Nesse aspecto, é similar à palavra “Xamã”, originária da tribo dos Tungues da Sibéria. Os conhecimentos de Huna aqui descritos são originários da tradição Kupua da família Kahili da ilha de Kauai, através de Serge Kahili King, que foi adotado como neto por Joseph Kahili e treinado em sua tradição. Os Sete Princípios Estes são os princípios básicos de Huna: 1. O mundo é o que você pensa que ele é 2. Não existem limites 3. A energia flui para onde a atenção é colocada 4. O momento do poder é agora 5. Amar é ser feliz com (alguém ou alguma coisa) 6. Todo poder vem de dentro 7. A eficácia é a medida da verdade Os Três Eus (ou Quatro) Outro conjunto de princípios usados em Huna estabelece que a experiência e o comportamento humanos podem ser explicados e alterados pela interação de três (às vezes quatro) eus, aspectos ou funções: 1. O Eu Superior (Kane, Aumakua) – inspira 2. O Eu Consciente (Lono) – imagina 3. O Eu Subconsciente (Ku) – lembra 4. O Eu Central do Universo (Kanaloa) – deseja Os Quatro Níveis de Realidade Um terceiro conjunto de princípios que vem da tradição Kupua divide toda experiência em quatro níveis ou estruturas de crenças sobre a realidade que podem ser resumidas assim: 1. Tudo é objetivo (realidade científica) 2. Tudo é subjetivo (realidade psíquica) 3. Tudo é simbólico (realidade xamânica) 4. Tudo é holístico (realidade mística) O Kupua (Xamã Havaiano) aprende a se movimentar para dentro e para fora dessas realidades a fim de mudar a experiência com mais eficácia. “HUNA” SIGNIFICA “O SEGREDO” por Serge Kahili King do texto original ”Huna”_Means_”The_Secret” Tradução de Luiz Carlos Jacobucci (Brasil) Realmente existe um método secreto que permite alcançar toda saúde, riqueza, felicidade e sucesso que se possa desejar. O engraçado é que isso nunca foi um segredo. Como alguns descobriram há muito tempo atrás, a melhor maneira de manter um segredo é contar a todos sobre ele, muitas e muitas vezes, de muitas maneiras diferentes até que parem de prestar atenção e se esqueçam dele. Alguém, então, “redescobre” o segredo e todos se entusiasmam com ele até que se torna algo ultrapassado e fica novamente esquecido. Provavelmente a forma mais antiga do processo secreto é

encontrado no Huna, um nome apropriado dado ao conhecimento esotérico muito antigo da Polinésia. Ka huna, a palavra Havaiana, na verdade significa “o segredo”. O interessante é que esta palavra em particular tem a conotação de alguma coisa difícil de ver e não de alguma coisa que se pretende manter escondida. O processo propriamente dito é descrito no provérbio Havaiano Makia ke ali'i, ehuehu ka ukali (literalmente, a concentração é o guia, a energia é o seguidor) o qual traduzi pela primeira vez como “A energia flui para onde a atenção é colocada” em meu livro “Mastering Your Hidden Self”, de 1985. Em outras palavras, para realizar todos os seus desejos, mantenha o foco naquilo que quer e não naquilo que não quer, uma interpretação do segredo expressa com freqüência nos Seth Books da autora Jane Roberts. Outras interpretações do processo secreto podem ser encontradas no Velho e no Novo Testamentos da Bíblia, em escrituras Budistas e Taoistas, em sutras da Yoga, na poesia Sufi e, naturalmente, nos trabalhos de escritores mais modernos como Wattles, Hill, Emerson, Holmes e muitos outros. Uma coisa boa sobre a interpretação Havaiana é que ela inclui instruções específicas de como colocar o segredo em prática. Estas instruções podem ser encontradas na raiz de uma palavra Havaiana pouco compreendida, haipule. O dicionário Havaiano Pukui-Elbert define haipule como “religioso, devoto, piedoso, reverencial, adorar, oferecer oração ou serviço, consagrar o serviço de um heiau (*) e de uma igreja. Mas esta é obviamente uma interpretação Cristianizada desta palavra de origem Havaiana. Mais provavelmente seu significado original como uma palavra integral baseia-se na palavra hai (oferecer) e na palavra pule (oração, bênção, encantamento). Isto é, haipule é um termo relacionado a uma técnica para fazer com que coisas boas aconteçam. A verdadeira técnica, conforme meu tio Havaiano William Kahili, é encontrada no significado da raiz da palavra. Mais precisamente, suas raízes descrevem quatro maneiras de manter um foco positivo, que é o ingrediente-chave do segredo. Ha, que significa “vida, respiração, espírito” Respire profundamente e mantenha-se emocionalmente estimulado enquanto pensa naquilo que quer ou, pelo menos, sinta-se o mais positivo e feliz que puder. Quando perder o foco, respire profundamente para voltar ao momento presente e comece tudo de novo. I, que significa “dizer” Diga as palavras que descrevem o que você quer, em voz alta ou em silêncio. Quando perceber que está dizendo palavras negativas em relação ao que quer, pare, respire e volte a dizer o que quer Pu, que significa “emanar, manifestar-se como fumaça” Esta é uma descrição poética da imaginação. Imagine o que quer com o máximo de detalhes sensoriais que puder. Quando se perceber imaginando o que não quer, pare, respire e imagine novamente o que quer. Le, uma forma abreviada de lele que significa, basicamente “mover” Sempre que estiver pensando ou falando sobre o que quer, assuma uma postura positiva e mova-se de maneira confiante. Quando se sentir depressivo, desamparado ou desiludido em relação ao que quer, pare, respire profundamente e mude sua postura ou a maneira como se move para um modo mais positivo e confiante. Você não tem que realizar todos esses métodos toda vez que pensar no que

quer, mas cada método reforça o outro e o ajuda a manter sua expectativa positiva. E é isso. O segredo está desvendado. Ou, como os antigos Havaianos diriam: Ahuwale ka nane huna “Aquilo que foi um segredo não está mais escondido” (de 'Olelo No'eau, por Mary Kawena Pukui) Nota do Tradutor: (*) heiau – um templo tradicional Havaiano HUNA WAENA Uma Meditação Huna Ampliada do texto original “Huna_Waena” Tradução de Luiz Carlos Jacobucci (Brasil) 1. IKE A. Ike Papakahi – tome consciência dos objetos no ambiente B. Ike Papalua – fale com os objetos no ambiente C. Ike Papakolu – experimente o ambiente como sendo um sonho seu D. Ike Papaha – experimente o ambiente como sendo você 2 . KALA A. Relaxe seu corpo B. Movimente sua energia C. Perdoe D. Conecte-se com o mundo. 3. MAKIA A. Estabeleça objetivos pessoais (corpo, habilidade, personalidade) B. Estabeleça objetivos sociais (relacionamentos com pessoas) C. Estabeleça objetivos vocacionais (dinheiro, carreira) D. Estabeleça objetivos espirituais (propósito na vida) 4. MANAWA A. Esteja ‘aqui’ com o toque (forma, textura, temperatura, peso, cheiro, sabor) B. Esteja ‘aqui’ com o som (natural, feito pelo homem, música, interno) C. Esteja ‘aqui’ com a visão (forma, cor, brilho, contraste, curvilíneo) D. Esteja ‘aqui’ com o espírito (consciência da energia, presença) 5. ALOHA A. Experimente o prazer B. Experimente a felicidade (paixão, excitação, entusiasmo, satisfação, etc...) C. Experimente a bênção (cumprimentos, elogio, gratidão, apreciação) D. Experimente a beleza 6. MANA A. Aumente a resistência física, flexibilidade B. Evoque sentimentos de confiança C. Faça afirmações de confiança D. Confie no poder interior 7. PONO A. Pratique postura positiva B. Pratique sentimentos positivos C. Pratique orientações positivas D. Pratique expectativas positivas Para o melhor resultado, faça pelo menos uma vez ao dia até que as atitudes e as práticas se tornem habituais. MESTRES E ESCRAVOS por Serge Kahili King do texto original “Masters_and_Slaves” Tradução de Luiz Carlos Jacobucci (Brasil) Esta vida é uma experiência bem interessante. Somos todos participantes de um vasto jogo que todos concordamos jogar antes que chegássemos aqui. O jogo consiste em tentar traçar nosso caminho entre dois mundos, cada um com um diferente conjunto de regras. Por um lado, temos este mundo físico tridimensional onde temos que encontrar comida, abrigo, roupa, companhia e nos confrontar com os outros participantes do jogo que lutam para compreendê-lo e enfrentá-lo. Por outro lado, temos um, digamos, mundo tetradimensional que mostra que esta realidade é um produto das nossas mentes, uma ilusão, um “mundo dos sonhos” do ponto de vista da quartadimensão. O que há de bom em saber tudo isso? Depende se você quer ser um escravo da vida ou seu mestre. Ser um escravo da vida é aceitar tudo ao seu redor como uma realidade definitiva e agir como se você não tivesse qualquer domínio sobre ela. É identificar-se com as ondas de energia que

passam através de você de tempos em tempos, às quais chamamos de emoção, pensar que elas são você, que elas são suas e deixar que elas condicionem seu pensamento quando, na realidade, em princípio, a energia foi influenciada por seu pensamento. É como um cachorrinho perseguindo seu próprio rabo. Aí existe o problema das outras pessoas. Tudo seria perfeito se todos fizessem apenas o que você quisesse ou que esperava que fizessem. Mas os outros seres um tanto opostos. Frequentemente, preferem fazer o que querem, ao invés de fazerem aquilo que queremos, mesmo quando “sabemos” que a nossa maneira é a melhor. Assim, quando os outros não agem de acordo com nossas expectativas e desejos, isso nos aflige terrivelmente, nos causando trauma emocional (energético) e sentimentos de insegurança e desesperança. Mas – e considere isto com muito cuidado – quando os outros não agem de acordo com nossos desejos e expectativas, talvez algo esteja errado com nossos desejos e expectativas e não com o comportamento dos outros. Um escravo da vida também é excessivamente preso às posses materiais - dinheiro, terra, bens. A perda ou a falta dessas posses também causam trauma emocional e sentimentos de desesperança e insegurança. Buscamos esses objetos “palpáveis”, que não necessitamos, por segurança, mas um tipo de segurança frágil e efêmera. Esta parábola bíblica reflete uma verdade fundamental: o homem que trabalhou duro por anos a fio para encher seus depósitos e celeiros com riquezas, para descobrir que, no mesmo dia que acreditou ter alcançado a esperada segurança material, teria que partir desta vida naquela mesma noite. Estamos apenas de passagem por esta vida. O mundo material é somente uma ferramenta para nossa experiência. Estaremos fadados a sofrer se tentarmos basear nossa segurança em átomos que giram presos a um padrão temporário e pensar nesse padrão como a única realidade. O mestre da vida – que é o aqui-e-agora em potencial que cada ser humano deve ser – sabe que a experiência tridimensional é um reflexo do pensamento e nada mais. Como um mestre da vida você percebe que escolhe o que experimenta através de suas crenças básicas sobre a vida. Depois, você percebe que para mudar sua experiência deve apenas mudar suas crenças e entende a diferença entre desejo e crença. Sabe que você, e somente você, é responsável por toda sua felicidade e infelicidade. E também sabe uma das mais importantes verdades: que a forma como você experimenta a vida depende de como você escolhe reagir ao que acontece com você. E este é um poder inato e inalienável que cada um de nós tem. Escolhemos ser felizes ou tristes, desgostosos ou cheios de alegria, impacientes ou compreensivos, fanáticos ou tolerantes, inflexíveis ou desprendidos. O escravo também escolhe, mas permite que sua escolha seja determinada pelo desejo ou ações de outros colocando, assim, o seu poder nas mãos dos outros e depois tenta culpar os outros por seus fracassos e infelicidades. O mestre da vida escolhe o modo como quer se sentir e reagir em termos do que será mais eficaz para ele, independente do que acontece. Todos vocês são os mestres dos seus destinos, todo o tempo, desde que assumam o poder de escolher suas

reações. A diferença é que o escravo se recusa a aceitar a responsabilidade por sua escolha, e se mantém um escravo, enquanto o mestre da vida escolhe com conhecimento, e é livre. As pessoas falam da coragem que precisam para fazer uma escolha eficaz e da dificuldade de escolherem uma reação ao invés de outra. Na verdade, a única coragem que existe é a de arriscar-se a obter a desaprovação de alguém como resultado da escolha feita. E a única luta é contra seu próprio medo e dúvida. Naturalmente, é mais fácil flutuar do que nadar, é mais fácil ser arrastado pela corrente do que estar no comando do seu curso. Mas, ao flutuar, você é jogado contra pedras agudas e desagradáveis enquanto que, ao nadar, você chega a um lugar seguro. Para continuar um pouco mais nesta analogia com o nadar, vamos considerar uma experiência particular na vida como sendo uma maré brava. Uma maré brava é uma forte corrente que se afasta da costa para o mar aberto por centenas de metros ou mais. Vamos usar a corrente para demonstrar uma experiência de vida sobre a qual, aparentemente, você não tem controle. Ao ser arrastado por ela, um escravo da vida ou entra em pânico e tenta lutar contra a corrente - nesse caso ele perde rapidamente sua força e se afoga - ou perde toda esperança e flutua de volta para o alto mar com a corrente – e, nesse caso, se afoga da mesma forma. O mestre da vida, entretanto, flutua até sentir que a força da corrente enfraquece e, em seguida, nada no sentido oposto e volta à praia. Ambos, escravo e mestre, submetem-se à mesma experiência. A diferença está em como eles reagem a ela. Dominar a vida não significa controlá-la; significa dominar sua relação com ela. Um mestre surfista não controla a onda. Ele domina a arte de manter-se na crista da onda. O MEDO DO FOCO por Serge Kahili King do texto original “Fear_of_Focus” Tradução de Luiz Carlos Jacobucci (Brasil) Eu estava revendo minhas velhas anotações e me deparei com esta que escrevi para mim mesmo num momento bastante crucial de minha vida. Não é muito extensa, mas acho que sua leitura poderia ser útil a pessoas que poderiam estar passando por uma situação similar em algum momento de suas vidas. “É hora de rever e estabelecer objetivos precisos. Os últimos dias têm sido uma tormenta para o meu Lono porque preciso de mudanças radicais e minhas prioridades e direções estão confusas. Acredito que tenho um problema muito sério com o comprometimento com um único objetivo. Existe também uma questão sobre o que é importante, sobre trabalhar no presente com confiança versus planejar/programar para o futuro, sobre o que quero e sobre o que me dá prazer, sobre segurança e prestação de serviço e sobre focar na criação de uma organização ou focar na disseminação do conhecimento. De tudo que sei, o sucesso precisará de motivação, confiança e concentração. A motivação vem da crença de que alguma coisa é importante. A confiança vem de acreditar em si próprio e no universo. A concentração vem de cada um das duas anteriores. Você não pode se concentrar se houver apatia, medo e dúvida. Em outras palavras, a concentração vem em primeiro lugar porque deve existir algo para o

qual estar motivado ou confiante. Voltamos à questão do comprometimento com um único objetivo. Até mesmo quando penso nisso, me surgem sensações estranhas parecidas com o medo. Provavelmente, porque também descobri que é difícil me comprometer com uma única técnica. Esta é uma questão primordial. Entendo que a forma como enfrentei essa questão anteriormente, foi pela mudança do foco dentro de uma área mais ampla ou encontrando uma forma de distração. Assim, mudei de paz para amor, para poder, para energia, para sucesso, para prosperidade, para presença... tudo dentro do contexto da Aloha International e do Huna. Mesmo quando “assumo um compromisso” com um único foco, ou me esqueço dele no dia seguinte ou começo a ter enormes dúvidas. Se esse medo existe, deve haver a manifestação de dor ou perigo como resultado desse compromisso. Esse é um medo do poder? E o que isso poderia causar em mim ou nos outros? É um medo da rejeição ou da crítica se eu estiver “muito” comprometido? Existe um medo baseado em algum outro modelo que vi ou em alguma outra vida que estou vivendo? È um medo de perda por ter estreitado demais o foco? Considerando que tudo isto veio à minha mente provocando sensações e alívios em graus variados, provavelmente um pouco de cada uma dessas questões esteja ocorrendo. Que relação complicada. Não importando em que tento focar minha mente, me surgem medos, dúvidas e desculpas como que para perguntar por que essa não seria uma boa escolha. Assim, a questão não é o foco escolhido, mas o próprio ato de focar. O que aconteceria se eu tivesse que focar exclusivamente em uma única coisa? (achei difícil manter o foco até mesmo nesta sentença!) Neste momento sinto minha cabeça estranha, meu peito apertado e meus ombros pesados. Eu diria que o principal ponto seria a crítica/rejeição. Por que seria criticado se mantivesse um foco intenso e fixo? Este é o panorama que acabou de passar por minha cabeça: Se eu me comprometer, vou ser bem sucedido; se for bem sucedido, serei notado por me destacar; se me destacar, serei criticado por ser diferente e egoísta; e se for diferente e egoísta, não haverá ninguém para me amar. Uau! Lawa! É o bastante. Eu, através desta, me comprometo a focar na prática e no ensino do Poder do Amor, 24 horas por dia!” Nota do momento presente: Bem, ainda não estou preparado para 24 horas por dia, mesmo após muitos anos, mas todos os dias, de todas as formas, vou cada vez melhor.

O PODER CURADOR DA PACIÊNCIA por Serge Kahili King do texto original “The_Healing_Power_of_Patience” Tradução de Luiz Carlos Jacobucci (Brasil) A palavra Havaiana ahonui normalmente é traduzida como “paciência”. Entretanto, essa tradução para o Português pode ser muito enganosa porque não agrega exatamente o mesmo significado da palavra “Ahonui”. Em geral, quando falamos sobre paciência em Português, queremos dizer da capacidade de sofrer com dificuldade, desconforto ou dor, sem reclamar. Há um sentido de

força interna ou coragem, mas é, essencialmente, um conceito passivo. Alguma coisa ruim está acontecendo com você e você a suporta bravamente por quanto tempo ela durar. Por mais interessante que esse conceito possa ser, ele não transmiti o significado integral de “Ahonui”. Vou contar uma estória que ajudará a ilustrar isto, uma das estórias de Maui. Esta é uma versão Kauai e irei apresentar alguns de seus significados internos para mostrar a ligação com “Ahonui”. Era uma vez, muito tempo antes do Capitão Cook, Maui Kupua, nascido, claro, em Kauai, que voltava de O’ahu em sua canoa quando pensou: Por que as ilhas são tão distantes umas das outras? “Elas deveriam ser mais próximas.” Assim, após desembarcar, foi até sua mãe Hina, em Wailua, e pediu um conselho a ela. Hina parou de bater a “tapa” (1 ) e disse: “Se quiser aproximar as ilhas, você terá que pescar a baleia gigante Luehu com seu anzol mágico, Manai-a-ka-lani, e segurá-lo firme por muito tempo. Se puder fazer isso, Luehu irá circundar as ilhas e você conseguirá aproximá-las. Leve seus irmãos para ajudá-lo com a canoa, mas alerte-os para sempre olharem para frente, não importa o que aconteça, ou você irá falhar”. (2 ) Maui, então, reuniu seus quatro irmãos, Maui, Maui, Maui e Maui e disse-lhes o que iria fazer. Todos ficaram empolgados com a aventura e quando ele os alertou sobre olharem sempre para frente não importando o que acontecesse, eles prometeram que assim fariam. Finalmente, a canoa estava pronta, o anzol estava pronto e os irmãos estavam prontos. Durante um intervalo da ressaca, eles remaram em direção ao Canal de Kaieiewaho e começaram a procurar pela grande baleia. Procuraram por muitos dias até que, finalmente, encontraram a grande baleia Luehu nadando perto de Nihoa, a ilha a noroeste de Kauai. Maui jogou seu anzol mágico, Luehu o agarrou com a boca e, imediatamente, começou a arrastar a canoa pelo oceano, em alta velocidade. Por muitos outros longos dias, os irmãos Maui resistiram com determinação enquanto a baleia os puxava para frente, mas segurando cuidadosamente a linha de pesca da maneira correta e, habilmente, remando da maneira correta e no tempo correto, fizeram com que a baleia circundasse as ilhas, até que um dia chegaram novamente à costa de Wailua, de frente para O’ahu. Luehu já estava cansado, e assim, enquanto Maui Kupua puxava a linha de pesca com toda sua força, seus irmãos remavam para trás vigorosamente e, muito lentamente, as ilhas começaram a se aproximar. Nesse momento, um balde coletor de água da canoa, Kaliu, flutuava ao lado da canoa. O mais velho dos irmãos Maui, no controle do leme de direção (3 ), agarrou rapidamente o balde e o jogou para trás dele, para o caso de precisarem dele. Ele não sabia que o balde era um espírito malévolo, um e’epa, que se transformou numa mulher muito linda. Todos os que se amontoavam na praia de Wailua admiravam a beleza da mulher. No início, nenhum dos irmãos Maui prestou atenção, mas, finalmente, a aclamação ficou tão intensa que os quatro irmãos Maui se voltaram para ver que bela mulher era aquela quem todos estavam aclamando. Naquele momento, Luehu sentiu a linha afrouxar e deu um último salto desesperado para a fuga. Sem a ajuda dos irmãos, Maui Kupua puxou muito

forte, a linha de pesca quebrou, Luehu fugiu e as ilhas novamente se separaram. E sabemos que a estória é verdadeira porque as ilhas continuam separadas até hoje. As lendas Havaianas sempre contém um conhecimento oculto, normalmente na forma de nomes com vários significados. Nesta estória, o herói Maui quer realizar uma grande façanha, a reunião das ilhas, mas, para fazer isso tem que capturar a baleia Luehu com seu anzol, Manai-a-ka-lani. “Luehu” significa “espalhado” e “Manaiakalani” é “a agulha usada para fazer colares de flores havaianos”. As ilhas espalhadas tinham que ser aproximadas, talvez política, cultural e socialmente, como flores amarradas em um colar havaiano. Onde eles encontraram a baleia? O antigo nome do Canal de Kauai, ”Kaieiewaho”, significa simplesmente “o mar aberto”, mas poderia se referir à necessidade de uma pessoa sair de suas próprias fronteiras. O lugar onde encontraram a baleia, “Nihoa”, foi um lugar muito sagrado em tempos passados. O nome significa “pontiagudo, afiado”, como uma fileira de dentes, e é parte de um ditado antigo: “Ku paku ka pali o Nihoa i ka makani – Os penhascos de Nihoa se elevam como uma barreira contra o vento”. Este ditado refere-se a alguém que enfrenta as adversidades com coragem. O elemento mais importante na estória é a linha de pesca, pois é chamada de “aho”, e também significa “respiração, respirar” e “exercer grande esforço”. Maui deveria exercer grande esforço para realizar seu intuito, que ainda assim não era suficiente. A palavra “nui” significa “grande, muito, muitos, alguma coisa que dura muito tempo ou alguma coisa muito importante”. “Ahonui” é a palavra que usamos para representar a última letra de Aloha, para nos dar uma compreensão mais profunda de amor. Significa “paciência” e também é a palavra para “perseverança”. Não é a paciência para aguardar numa fila. É a persistência para bater numa porta até conseguir uma resposta. Não é a paciência para aguardar fora de uma tempestade. É a perseverança para deslocar-se através da tempestade até seu destino. Não é esperar para ser curado. É usar tudo o que se sabe e fazer tudo o que se pode para fazer a cura acontecer. “Ahonui” pode também ser traduzida como “muitas respirações”, o ato de mover-se em direção a alguma coisa que se quer com todas respirações que forem necessárias. As lendas Havaianas nem sempre têm finais felizes, porque algumas vezes não têm objetivo de dizer como ser bem sucedido, mas também como falhar. Nesta estória que acabei de contar, o fracasso do grande plano para aproximar as ilhas foi provocado por “Kaliu”, o “balde coletor de água de vazamento da canoa”. “Ka” se refere a um balde de canoa, mas também é uma palavra que indica uma ação enérgica para amarrar coisas juntas, para realizar ou fazer coisas e até mesmo para pescar. “Liu”, o “vazamento”, é o vazamento de atenção para o seu objetivo, a perda de foco do que é importante. Na estória, os irmãos de Maui, que representam aspectos dele próprio, distraíram-se e, ao perderem o foco, também perderam seu objetivo. A perseverança não funciona em tempo parcial. Felizmente, há muitos exemplos neste mundo de pessoas que perseveraram diante de situações aparentemente insuperáveis e que realizaram mais do que se concebia ser

humanamente possível. Conheci e conversei com muitas dessas pessoas e li sobre muitas outras, mas uma delas ficou fortemente marcada em minha memória. Há alguns anos atrás tive o privilégio de participar de um programa do Departamento de Educação para ensinar jovens sobre auto-estima e parte da oficina que dei foi incluída em um vídeo distribuído pelo sistema escolar. A melhor parte do vídeo, entretanto, não foi minha contribuição. A melhor parte foi a estória de uma jovem garota que se tornou uma dançarina de “hula”. Fiquei profundamente impressionado quando a câmera mostrou a garota, da cintura para cima, dançando junto com outras garotas, todas em um movimento gracioso, no mesmo ritmo e com os mesmos gestos. Quando a câmera se afastou, fiquei espantado. Sim, essa adorável garotinha era uma boa dançarina, tão boa quanto as outras. E tinha apenas uma perna. Imagine a paciência, a persistência, o sofrimento, a perseverança, o AHONUI que essa garotinha empreendeu para desenvolver a graça e a habilidade que era difícil até para suas parceiras de duas pernas. E o que deu a ela este ahonui? De onde ele veio? Como ela o mantinha apesar de todos os medos, dúvidas e problemas que deve ter suportado. Há apenas uma resposta. O que deu a ela a força do seu ahonui foi o aloha que ela sentia pela hula. O que dará a você a força para perseverar na direção de seus sonhos e vontades, planos e objetivos, desejos e curas, é o amor que você tem por alguma coisa que você decide ser tão importante, tão valiosa, tão boa, que realmente nada pode substituí-la em sua mente e em seu coração. Se o seu aloha for forte o suficiente, você terá o ahonui para seguir em frente apesar da dúvida, da decepção, do medo, do mal entendido e de todas as pessoas que dizem que o que você quer é impossível. Neste universo infinito, a única impossibilidade é qualquer coisa que você nunca tenta fazer e a única falha é quando você decide desistir. Notas do Tradutor: (1 ) tapa - fibra vegetal para fabricação de tecido (2 ) na estória, Luehu é uma baleia macho (3 ) o controlador do leme de direção fica no último banco traseiro do barco. OBSTÁCULOS – OPORTUNIDADES DISFARÇADAS por Jim Brinkley do texto original “Obstacles_-_Opportunities_in_Disguise” Tradução de Luiz Carlos Jacobucci (Brasil) O Huna ensina que não há limites e que cada um de nós tem o poder de criar a vida que deseja. Então o que fazer quando nos deparamos com obstáculos? Os obstáculos, como qualquer outra coisa, são criados por nossos pensamentos. Como, conscientemente, não colocamos obstáculos em nossos caminhos, devemos estar fazendo isso subconscientemente. Nossa mente subconsciente (ku) atua através de memórias das instruções que foram impressas ou, pelo menos, implicitamente aceitas, em algum momento, por nossa mente consciente (lono). Estes comandos são obedecidos, mesmo que não sejam mais relevantes, até que sejam substituídos por outros comandos atualizados. Tudo na nossa experiência física é um reflexo da experiência do nosso pensamento e as instruções obsoletas são frequentemente refletidas pelo subconsciente à mente consciente através de mensagens na forma de

obstáculos. Você pode experimentar estes comandos obsoletos na forma de medo da mudança, dúvidas sobre suas próprias capacidades, incertezas quanto ao seu próprio autovalor, falta de auto-estima, ressentimentos devidos a velhas feridas, raiva da sua própria incapacidade para manifestar algo ou culpa daquilo que seu subconsciente considera como sendo erros feitos no passado. Sua mente subconsciente sempre quer cooperar com você (i.e., com sua mente consciente) e sempre quer estar em harmonia amorosa com você. Entretanto, qualquer uma ou muitas destas emoções negativas podem atrapalhar seu subconsciente em sua busca para manifestar seus desejos atuais. A forma de contornar qualquer obstáculo é conseguir a cooperação do seu subconsciente ensinando-o e guiando-o pelo caminho do amor e do ganho de poder. Uma vez que todos os obstáculos são criados no pensamento, eles podem ser removidos no pensamento. Considerando que todos os limites são ilusões e considerando que todos os obstáculos são reflexos de algum conflito emocional não resolvido percebido por seu subconsciente, todo obstáculo é, na verdade, uma oportunidade. Uma oportunidade para remover limites e resolver um conflito. Dessa forma, é muito útil enxergar cada obstáculo aparente, ao contrário, como um desafio. O desafio de encontrar a oportunidade escondida. Há vários anos, contratei um associado no trabalho. Seu volume de trabalho crescia muito lentamente e ele não tinha tanto a fazer quanto gostaria de ter. Na verdade, tive que cortar meu salário para subsidiá-lo e era o que eu desejava fazer, pois o volume de trabalho era maior do que o que eu podia suportar sozinho. Um dia, inesperadamente, ele me informou que estaria saindo. Minha reação inicial foi de reprovação, decepção, medo e depressão. Sabia que não poderia conduzir o trabalho sozinho, mas também sabia que não havia trabalho suficiente para nós dois. Por vários dias mergulhei nestes pensamentos de auto-derrota. Finalmente, entendi que deveria haver uma oportunidade que não estava enxergando. Após passar algum tempo em meditações utilizando técnicas que havia aprendido em meus estudos do Huna, fui inspirado a ligar para um colega meu e perguntar se ele tinha interesse em juntar as forças. Coincidentemente, ele também tinha muito trabalho para um, mas não o suficiente para dois. Juntos tínhamos trabalho suficiente para três. Nos unimos e, no início, acrescentamos um e, mais tarde, um novo parceiro ao nosso grupo. Reduzimos nossas despesas, fomos capazes de ter mais tempo livre e tivemos o prazer de trabalhar juntos em um tipo de situação de trabalho que sempre desejamos. Nada disso teria ocorrido sem o desafio que, no início, enxerguei como um obstáculo resultante da minha falha. Alguns instrutores espirituais chamam este fenômeno de Lei do Vácuo. Com isso, pretendem dizer que quando alguma coisa desaparece da sua realidade, ela cria um vácuo que pode atrair alguma coisa nova e melhor. Meu primeiro associado teve que sair a fim de atrair a oportunidade para um ambiente ideal em sua carreira. Algumas vezes, um amante ou até mesmo um esposo deve ser abandonado para que seja criado espaço para um relacionamento mais bonito. O fim de um emprego, por mais desagradável que possa ser, pode permitir que

uma melhor oportunidade se apresente em sua carreira. Esta é apenas outra maneira de dizer que todo obstáculo aparente é apenas um desafio para desvendar uma oportunidade escondida. Para cada um dos princípios do Huna há uma palavra-chave que resume o princípio. Para cada princípio também há um desafio. O desafio da consciência é a ignorância. Se você é ignorante, não pode ser realmente consciente, então pratique a visão! O desafio da liberdade é a limitação. Se você se sentir limitado de alguma forma, não estará realmente livre. Então pratique a remoção dos limites. O desafio do foco é a confusão. Se estiver confuso sobre qual direção tomar, não poderá focar em nenhuma direção, então pratique o foco. O desafio da persistência é a procrastinação. Se você procrastinar, não estará atuando no aqui e agora, então pratique o estar aqui. O desafio do amor é a ira. Se você nutri ira e ódio, não pode amar e ser amado verdadeiramente, então pratique o compartilhamento da alegria. O desafio da confiança é o medo. Se você estiver com medo de alguém ou de alguma coisa, não pode estar confiante, então pratique o aumento da sua autoconfiança. O desafio da flexibilidade é a rigidez. Se você tiver a tendência de ser inflexível em seus pensamentos e ações, será menos eficaz, então pratique novas formas de ser eficaz. Há um lugar que você pode visitar em espírito, a qualquer momento, para praticar a remoção de limites, a superação de obstáculos, a harmonização de desafios e a descoberta de oportunidades. Esse lugar é chamado de A Terra dos Desafios. O propósito de uma jornada para esse lugar é encontrar um obstáculo aparente, harmonizar-se com ele e descobrir a oportunidade oculta que sempre está presente. Toda jornada em espírito é um exercício do pensamento através do qual você está treinando seu subconsciente (ku). Considerando que o que o seu ku aprende na realidade do pensamento irá refletir na sua realidade física, quanto mais você praticar a criação de oportunidades a partir de desafios no campo do pensamento, mais você se verá fazendo o mesmo no mundo físico. Convido você a me acompanhar até A Terra dos Desafios a fim de converter um obstáculo em uma oportunidade. Para chegar a esta terra, escolha um lugar calmo e instale-se confortavelmente. Escolha um momento e um lugar que você não seja perturbado. Elimine as distrações sensoriais fechando os olhos e escolhendo um lugar sem sons e cheiros perceptíveis. Pense em um objetivo que você está tentando alcançar na vida. Imagine-se, então, percorrendo um caminho em um ambiente tranqüilo, isolado e pacífico. Procure por algum tipo de passagem que pode ser um buraco no chão, uma caverna na encosta de um morro ou uma abertura no tronco de uma grande árvore. Assim que encontrar a passagem, entre. Você estará em um túnel bem iluminado e bastante amplo para caminhar confortavelmente. O túnel irá descer para outro campo de realidade. Quando sair do túnel na extremidade oposta, você estará entrando na Terra dos Desafios. À sua frente haverá vários caminhos. Escolha um e comece a percorrê-lo. À sua frente se apresentará seu primeiro desafio que poderá parecer uma fera ameaçadora, uma imensa parede, um rio caudaloso, uma erupção vulcânica ou qualquer outro desafio simbólico que seu subconsciente

criar para você. Ao se deparar com ele, lembre-se imediatamente que o desafio, como qualquer outra coisa, está vivo, tem consciência e reage ativamente. Converse com o desafio, pela fala ou pelo pensamento. Esclareça seu objetivo e sua necessidade de ir além dele e de aprender a oportunidade que ele tem para oferecer. Descubra quais são as necessidades e objetivos do desafio e esforce-se para que encontrem, em conjunto, uma forma de atingir os objetivos de ambos. Juntos, em harmonia e colaboração, descubram uma oportunidade para resolver seus desafios e atingir seus objetivos. Depois de ter partilhado uma cooperação carinhosa com o seu desafio e descoberto uma oportunidade escondida dentro ou além dele, você poderá continuar seguindo pelo caminho para confrontar outro desafio ou, então, retornar para o campo da separação, ou seja, o mundo físico. Quando estiver pronto, respire profundamente, abra seus olhos e retorne para o presente. Abençoe a nova oportunidade que acabou de descobrir e tire proveito dela. Sua primeira jornada em espírito para a Terra dos Desafios poderá ser bastante assustadora. Você estará usando a imaginação conduzida, uma outra forma de chamar o sonho criativo. Uma vez que você está sonhando um sonho, mesmo que seja um sonho ativo, ele poderá facilmente se transformar em um pesadelo. Você poderá se deparar com desafios tão intimidadores que se sentirá desconfortável no sonho e, assim, incapaz de enfrentar o desafio. Esta é uma experiência muito natural para o iniciante. Há uma forma excelente para evitar isso. Você tem à sua disponibilidade, a qualquer momento, um ajudante espiritual muito poderoso, sábio e destituído de medo, que pode assumir a forma de uma pessoa, um animal, um personagem dos quadrinhos ou qualquer outra forma que você desejar. Pode ser fêmea, macho, sem sexo, jovem, velho ou sem idade. Ele (como você) não tem limites! Para encontrar seu ajudante espiritual, simplesmente retorne para o mundo subterrâneo. Quando começar a seguir o caminho em direção ao seu primeiro desafio peça para que seu Ajudante Espiritual apareça. Se preferir, pode pedir para seu Espírito Guardião (superconsciente ou aumakua) para enviar a você o seu ajudante espiritual. Normalmente, é mais eficaz deixar que seu ajudante espiritual apresentese na forma que ele próprio escolher ao invés de você conferir atributos a ele. Quando seu ajudante espiritual chegar, reserve um pouco de tempo para conversar com ele, pela voz ou por telepatia, até que você se sinta à vontade na presença dele. Sinta o amor, a sabedoria, a proteção e a força dele. Saiba que ele estará com você a cada passo da sua jornada em espírito à Terra dos Desafios. Quando se deparar com algum desafio que pareça intransponível, apenas peça ao seu ajudante espiritual pela orientação que precisa e ela será dada a você.

PODER E PROPÓSITO por Serge Kahili King do texto original “Power_and_Purpose” Tradução de Luiz Carlos Jacobucci (Brasil) A essência

do poder é a influência. É isso que o capacita a ser eficaz ao fazer o que quer, a obter os resultados pretendidos, a incentivar os outros a ajudá-lo e que afeta o poder de outros mesmo sem intenção. Tudo tem os aspectos ativo e passivo do poder. Uma flor tem um poder ativo para crescer, florescer e se reproduzir e também o poder passivo de dar alimento para uma abelha ou prazer para o homem, aspectos que acentuam o seu poder ativo para crescer e se reproduzir. Um ser humano pode ter o poder ativo para desempenhar certa tarefa e também o poder passivo para inspirar outros seres humanos com o seu desempenho. Há vários tipos de poder: 1. O poder da energia (como dos elementos, força, emoções, vibrações) 2. O poder do favorecimento [capacidade de dar ou tirar] (como dinheiro, posição, prestígio, afeição, punição, proteção, prazer, etc...) 3. O poder da intimidação (ameaça ou ato de violência ou perda, manipulação emocional, etc...) 4. O poder do conhecimento (como habilidade, informação, sabedoria) 5. O poder da autoridade (como autoconfiança ou confiança em acessar o poder do outro) 6. O poder do foco (como decisão, determinação, motivação, desejo). 7. O poder da crença (como princípios, atitudes e expectativas) O poder pessoal é o poder para direcionar a própria vida e de assumir a responsabilidade pelos efeitos resultantes disso. Todos usam o poder pessoal até certo ponto e a maioria aceita a responsabilidade quando o poder funciona do jeito que querem. Entretanto, relativamente poucas pessoas querem assumir a responsabilidade quando ele não funciona e relativamente muitas pessoas preferem transferir a autoridade para conduzir suas próprias vidas para uma outra pessoa. “Tome conta de mim” parece ser um pedido mais popular do que “Me ajude a tomar conta de mim”. “Não é minha culpa” é ouvido com mais freqüência do que “Vou mudar a mim mesmo”. O poder pessoal não afeta apenas o indivíduo, mas também tem conseqüências sociais. Fiquei sabendo de um incidente que ocorreu durante o tempo em que as relações dos EUA e da China comunista estavam no início de um processo de abertura. Como uma forma de intercambio cultural, os EUA enviaram uma equipe de tênis de mesa para competir com seus oponentes chineses. Durante um intervalo, as equipes estavam discutindo a vida nos dois países com a ajuda de um tradutor. Um americano mencionou uma estatística da época em que, na média, os americanos mudavam de residência a cada dois anos. Um chinês perguntou se os americanos estavam irritados com o governo por fazê-los mudar com essa freqüência. Quando os americanos explicaram que eles se mudavam sempre que quisessem e para onde quisessem, o chinês exclamou com descrença: “Como é possível vocês controlarem sua economia se todos se mudam por vontade própria?” É difícil para algumas pessoas entenderem que a nação mais poderosa (influente) e que a nação mais bem- sucedida, próspera e caridosa seria aquela cujos cidadãos têm a maior liberdade para fazer suas próprias escolhas. Uma maneira para aumentar o poder pessoal ou o poder de uma pessoa para desenvolver sua própria vida pessoal é através da combinação das técnicas ku'uwelu, ho'ohui hoaka e nalu. Ku'uwelu pode ser traduzido como “fique

calmo” e, como é entendido aqui, significa entrar em um estado de nãoresistência a influências internas ou externas. A nãoresistência se manifesta tanto na mente quanto no corpo e o processo é realizado pelo uso de palavras, imagens, pensamentos, sentimentos, movimento, consciência e intenção. Na prática, a não-resistência consiste em monitorar o corpo para liberar continuamente qualquer aumento de tensão desnecessária (tensão necessária, como exemplo, é a requerida para se manter em pé ereto) e de reações de tensão e em monitorar a mente de forma a liberar continuamente todos os pensamentos negativos e reações de pensamento. O efeito é alcançar uma espécie de transparência mental e física, uma espécie de “consciência vazia”. Isto não significa ausência de consciência, mas uma consciência elevada límpida ou limitada por padrões de reação automáticos. A consciência elevada inclui clareza de pensamento, percepção sensorial ampliada, percepção de energia ampliada e uma habilidade para agir ou reagir quase que instantaneamente a qualquer estímulo. Na prática dessa técnica frequentemente há uma experiência de liberações corporais e “aha!” realizações. Ho'ohui hoaka significa “conectar a aura” e se refere a uma técnica para ampliar sua aura para conectar-se ou integrar-se às auras do seu ambiente. Ao executar adequadamente essa técnica você está plenamente consciente da forma, da textura, do movimento e da ‘sensação’ daquilo com o qual está integrado, seja o que for. Entretanto, é uma técnica de segundo nível e não é como o “grokking” (1 ) do kulike, porque você está ainda muito consciente de que o objeto ou a pessoa não é você. Além de estar fortemente ligado ou integrado como quando segura ou toca um objeto ou pessoa que é familiar a você e que gosta muito. Ho'omaika'i, a técnica da bênção, é bastante útil para fazer a conexão. Nalu é uma técnica de contemplação que trabalha com o principio EFWAG (do inglês “Energy Flows Where Attention Goes” – A energia flui para onde a atenção é colocada). Sempre que a mente focaliza alguma coisa, especialmente com intenção, não apenas existe um fluxo recíproco de energia, mas a natureza ou a qualidade do que é focalizado tende a ser reproduzido pelo Ku, a mente do corpo. Dessa forma, se você focar na energia de uma fogueira, você tende a ficar energizado e se você focar na liberdade de uma águia, você tende a se sentir livre. E nalu também pode ser usada para promover influências telepáticas e psicocinéticas. Quando ku'uwelu, ho'ohui hoaka e nalu são combinadas, os resultados podem ser muito poderosos. Se você já experimentou um estado elevado de poder ou de amor, este é um caminho para retornar a esse estado conscientemente. A idéia é que o estado de não-resistência permitirá um fluxo desimpedido de energia, a expansão da aura irá conectá-lo com seu ambiente e o processo contemplativo irá dirigir a energia de acordo com uma intenção natural, tornando-o assim uma espécie de supercondutor para a super-eficácia. E quando você estiver “transparentemente conectado”, o fator-chave será o foco da sua contemplação. Este foco não tem que se manter sempre o mesmo. Por exemplo, você pode começar por contemplar a beleza, mudar para a energia e

depois para um efeito ou uma influência desejados. A combinação das três técnicas é também muito útil para a eliminação de bloqueios pessoais, pois à medida que você contempla uma área problemática você terá muitas oportunidades para continuar liberando a mente e o corpo. O poder, entretanto, não tem significado sem um propósito e nenhum propósito pode ser alcançado sem poder. Quanto maior o propósito, maior o poder, mas isso não funciona no sentido oposto. Você não pode, primeiramente, acumular um poder imenso e depois aplicá-lo a um grande propósito. É o propósito que amplia o poder. É natural a utilização do poder com o propósito de uma auto-gratificação imediata. Fazemos isso toda vez que agimos para aumentar nosso conforto, nosso prazer ou nossa eficácia. O ato de comprar é uma expressão de poder pessoal, assim como dirigir um carro, participar de um jogo ou fazer amor, mas o grau de influência – e consequentemente o nível de poder – é relativamente pequeno. Na medida em que envolvemos outros em nossa expressão de poder pessoal, ao ajudá-los a ampliar suas influências, nosso próprio poder cresce. Todos os grandes líderes religiosos, políticos, militares, econômicos ou sociais têm usado esta idéia, consciente ou inconscientemente. A maioria também encontrou dois problemas principais pela má compreensão do poder. O primeiro problema é a falsa associação do poder com o controle. Este é um erro muito comum e é a principal razão que leva tantas pessoas a ter medo do conceito integral do poder. Na verdade, o controle é apenas uma técnica, e não uma boa técnica, para exercer influência. Para ser eficaz, o controle requer uma ameaça de punição ou uma punição real e a resposta a isso é sempre o medo e a raiva. Entretanto, o uso da técnica do controle faz surgir uma resistência natural contra sua utilização. Se você enxerga superficialmente uma situação, a técnica do controle pode parecer eficaz, seja numa família ou num estado policial, mas a resistência subliminar está constantemente trabalhando para anulá-la. Mesmo que a situação dure por muitos anos, a técnica do controle irá gerar um histórico muito pobre de obtenção dos resultados desejados. O segundo problema é o uso do poder contra alguma coisa. Neste caso, o exercício da influência induz mudanças e o universo tem uma resistência intrínseca contra mudanças que o ajuda a protegê-lo contra entrar em caos. Em toda a existência podemos ver uma influência constante entre as forças de mudança e a resistência a essas forças. Também vemos constantes tentativas de reduzir a resistência a fim de tornar a mudança mais fácil, tal como o trajeto seguido pela lava derretida, a forma de uma gota de chuva, a estrutura da folha de uma palmeira, a força de um elefante, a aerodinâmica de um avião e a alteração de um estilo de vida. É muito raro vermos o poder sendo utilizado com coerência e propósito para eliminar alguma coisa, exceto entre os seres humanos. Alguns não se satisfazem apenas com o desenvolvimento do seu próprio sistema político ou religioso; eles têm de fazer que seus sistemas sejam os únicos, pela destruição dos outros. Alguns não querem competir; querem eliminar a competição. Alguns não querem curar o câncer ou eliminar o problema com as drogas; querem declarar guerra aos

problemas. O uso do poder para se opor, subjugar ou destruir intencionalmente o poder de outro, gera enorme estresse que reduz a eficácia dos dois. O “poder sobre” ou o “poder contra” são formas muito ineficientes de uso do poder. Uma forma muito mais eficiente é o “poder para”. Os primeiros são intrinsecamente destrutivos, enquanto o último é intrinsecamente criativo. Algumas vezes a diferença é tão sutil como uma atitude, mas os efeitos podem diferir significativamente. Por exemplo, duas aproximações muito diferentes para a cura são o tratamento da doença como um inimigo ou como um comportamento. Se uma doença como o câncer é vista como inimigo, isso nos leva a pensar em declarar guerra a ela e, assim, tratamentos como cirurgia, radiação, quimioterapia e raios-x são vistos como armas para ganhar a guerra. Além disso, qualquer tratamento sem o poder para suprimir ou destruir o câncer, ou para revelar seus segredos, é deixado de lado por ser irrelevante, na melhor das hipóteses, ou uma ilusão, na pior delas. Por outro lado, tratar o câncer como um comportamento ou um efeito de comportamentos, nos leva a pensar que qualquer tratamento que mude o comportamento do corpo, da mente ou do ambiente pode ser útil, podendo até mesmo incluir tratamentos vistos como armas na abordagem do “inimigo”. A maior diferença é que a atitude bélica produz muito mais estresse resistente no corpo, na mente e no ambiente do que uma atitude de mudança comportamental pacífica. Naturalmente, o resultado disso é que, neste último caso, a maior parte do poder aplicado no processo de cura é, de fato, utilizado na cura e a menor parte é utilizada para vencer a resistência. Isto é apenas um aspecto da física da energia. Na natureza, vemos exemplos abundantes de rochas, plantas e animais seguindo o caminho da menor resistência. Também observamos isso em seres humanos, simultaneamente ao que parece ser a prática de seguir o caminho da maior resistência. Entretanto, o caminho da menor resistência pode ser tão evidentemente óbvio que deve haver uma mudança radical de atitude para reconhecê-lo. Uma folha de grama tem, aparentemente, o poder de penetrar uma camada de concreto, mesmo que claramente não tenha resistência para realizar essa proeza. Mas talvez ela, de fato, não penetre no concreto. Talvez, usando o princípio de que a energia flui para onde a atenção é colocada, ela esteja focando totalmente sua atenção em alcançar o sol e ignorando totalmente o concreto. Talvez, em função desse amor, o concreto simplesmente rache para deixá-la passar. E, talvez, a mesma idéia pode ser aplicada para nossas vidas humanas. O que significa dizer que, talvez, o caminho da menor resistência seja o caminho do amor. Se for assim, então, talvez, haja maior poder e maior propósito em colocar nossa atenção naquilo que queremos e não naquilo que não queremos; menos no que odiamos e temos medo e muito mais no que sentimos ser o bem mais elevado. Nota do Tradutor: ( 1 ) Grokking - Assumir tão bem as características ou o padrão de alguém ou de alguma coisa (animal, vegetal ou mineral) que podemos pensar que somos aquela pessoa ou coisa, estando em tal ressonância com ela de forma que ao mudarmos nosso comportamento, a pessoa ou coisa também

mudará seu comportamento; ao mesmo tempo queremos lembrar nosso padrão original para podermos retornar a ele assim que desejarmos; uma das aplicações desse processo é promover a cura e a harmonia. Esse assunto pode ser encontrado no Livro “Xamã Urbano”, capítulo “A Sétima Aventura”, de Serge Kahili King.

SOBRE O AMOR por Serge Kahili King do texto original “On_Love” Tradução de Luiz Carlos Jacobucci (Brasil) Realmente, o amor é um conceito bastante misterioso. Quando as pessoas o sentem parecem saber o que significa, mas poucos são capazes de expressar claramente o que sentem. Parte do problema vem da confusão sobre o termo que tem sido mal e demasiadamente utilizado pois muitos pensam que estão sentindo amor enquanto. na verdade, estão sentindo outra coisa qualquer. Amor não é o mesmo que desejo. Desejar alguma coisa é querer tê-la como posse, ao passo que o amor nunca é possessivo. Amor não é um produto do desejo, nem o desejo é um produto do amor. São totalmente distintos embora um objeto de desejo possa, ao mesmo tempo, ser um objeto de amor. Há três palavras-chave que explicam o que é o amor: compreensão, aceitação e doação. A compreensão pode levar ao amor, mas em si mesma não é o amor. Portanto, é menos importante que os outros dois aspectos. Mas muitas vezes deve haver compreensão antes de haver aceitação. O desconhecido deve se tornar conhecido antes que o medo causado por ele possa ser superado. Muito frequentemente, onde há falta de amor, o medo está presente. O medo é o pai do ódio, que é a rejeição e o egoísmo, o oposto de amor. E pode-se dizer que ignorância é a mãe do medo. Quando a ignorância é substituída pela compreensão, o medo é dissipado e o amor poderá entrar. Mas o amor irá entrar apenas se for convidado. É uma coisa ativa e não existe a menos que haja ação da parte daquele que ama. Mencionei a aceitação, mas não uma aceitação passiva que nada mais é do que a indiferença. Falo do tipo de aceitação que abre a porta e convida para entrar. E quando o convidado estiver dentro, o outro aspecto do amor entra no jogo – a doação. Não a doação de coisas materiais, mas a doação do eu, sem comprometimento. O amor é melhor praticado quando o objetivo é amar e não se quer obter alguma coisa em troca e nem mesmo para apenas satisfazer alguém. Pois estes tipos de amor são falsos e vazios, trazendo pouca satisfação por serem dependentes do capricho do outro. Quando você tem um coração realmente amoroso, não lhe faltará alguém para amar. Eles serão atraídos a você como abelhas são atraídas para uma flor reluzente. Há um grande segredo para amar os outros e ser amado. È amar a si próprio primeiro. A menos que exista água na torneira, nada sairá quando você tentar abri-la. A menos que tenha aprendido a aceitar e dar a si próprio, você terá grande dificuldade para fazer o mesmo por outros. Aceitar a si próprio significa reconhecer todas as suas boas e más qualidades e entender que esse é o

material que tem à sua disposição para trabalhar e assim tomar a decisão de seguir em frente e trabalhar com ele. O tipo de amor que doa não é a indulgência, mas cuidado, atenção e o esforço para polir o que é bom e melhorar o que é ruim. Amar a si próprio também significa aceitar o fato de que você é merecedor de amor. Muitos pensam que não são merecedores de amor por causa das coisas que fizeram e da forma como foram tratados. Isto é um grande erro. Como foi tão lindamente colocado: “Você é um filho do Universo, não menos que as árvores e as estrelas, você tem o direito de estar aqui”. Você é merecedor de amor simplesmente pelo fato de existir. Nada que tenha feito, nada que tenha pensado, nada que qualquer um tenha dito a você pode alterar esse fato. Como os antigos Havaianos também diziam, tão lindamente: He punawai kahe wale ke aloha O amor é uma fonte de água que flui livremente Significando que o amor não tem limites e está disponível para todos UMA CHAVE PARA A CURA por Paul Waters do texto original “A_Key_to_Healing” Tradução de Luiz Carlos Jacobucci (Brasil) Ao longo dos últimos seis anos, nosso Círculo de Cura em Kauai tem feito mudanças profundas nas vidas de um incontável número de pessoas. Semanalmente, temos focalizado nossas energias em pessoas, lugares e coisas ao redor do mundo com resultados favoráveis e mensuráveis. Um desses resultados misteriosos foi presenciado em 26/Março/2002. Naquela manhã, fui ao Museu de Arte Havaiano, onde são realizadas as reuniões, para verificar algumas coisas. Quando destravei a porta, tive muita dificuldade para tirar a chave da fechadura. Após cinco minutos puxando, torcendo, balançando e até conversando com a chave (na verdade, implorando a ela) ela finalmente saiu. Então, realizei minhas tarefas. Quando sai e tranquei a porta, ela novamente resistiu para sair da fechadura. Após mais alguns minutos repetindo o procedimento acima com certo grau de frustração, ela acabou saindo. “Bastante embaraçoso”, pensei. “Ontem ela funcionou perfeitamente”. Mais tarde, naquele dia, tentei novamente, achando que, se a deixasse em paz, ela poderia decidir cooperar. Errado! Ela continuou sendo duas vezes mais teimosa. Naquela noite aconteceria o Círculo de Cura. Cheguei mais cedo para organizar e arrumar a sala para a reunião e descobri que a chave estava mais emperrada do que nunca. Desta vez, abençoei a chave, implorei e depois lutei com ela por quase dez minutos antes que ela cedesse e saísse da fechadura. Bem, em cada Círculo de Cura, colocamos os nomes de pessoas, lugares e coisas em uma cesta no centro do círculo. Deslizamentos de terra, secas, tempestades, automóveis e quase tudo que se possa imaginar já foi colocado dentro da cesta, um após o outro. E porque não uma chave? Afinal, tudo está vivo, tem consciência e reage ativamente, assim peguei a chave e coloquei na cesta. Abri o círculo com uma meditação de cura para os participantes e para o “pessoal da cesta” e pedi a todos que abençoassem a chave no final. Então, fiz a chave passar pelo círculo de forma que todos também pudessem dar,

individualmente, suas energias de harmonização para ela. Ensinamos que a eficácia é a medida da verdade e havia chegado o momento! Peguei a chave e fui até a porta. Colocando-a no buraco da fechadura, travei e destravei a porta. E chegou o momento da “verdade” Voilá! Ela saiu da fechadura sem qualquer esforço. Abismado, tentei novamente. Perfeito. E novamente. Perfeito. Num misto de descrença e alegria, os participantes do círculo aplaudiram e o círculo todo se empolgou com a eficiência do nosso trabalho. Tudo é energia. Sua energia é a mesma energia como em tudo no universo, embora em diferentes padrões. Afinal, esta energia pode influenciar e influencia os padrões de outras pessoas, lugares e coisas. Essa é a chave. 'Ohe Hano Ihu: A Flauta Nasal de Bambu Havaiana por: Serge Kahili King Tradução de José Marcos Sobral A ” 'ohe hano ihu“, muitas vezes chamada apenas “hano”, para abreviar, é um antigo instrumento musical havaiano fortemente associado ao Espírito de Aloha, pelo que as ilhas são tão famosas. Em havaiano, ” 'ohe” significa bambu, “hano”, glorificar ou respirar com força, assim como também uma flauta nasal e “ ihu” significa nariz. Nos tempos antigos, a “hano” era usada para cortejar as namoradas, em parte por causa de seu doce som, parte por causa do significado da palavra “hano” e parte por causa da maneira de tocá-la, que era um lembrete do estilo havaiano de beijar. O beijo havaiano, chamado “honi”, era na realidade um roçar dos narizes, lado a lado, para que assim os namorados inalassem o aroma de cada um e para partilhar da força da vida ou respiração de um e de outro. Por causa de sua associação com “aloha”, a flauta era também usada para acompanhar certos cânticos e ainda com o propósito de abençoar uma área ou um evento. Como denota seu nome, a flauta nasal é tocada com o nariz e não com a boca. Seu material ideal é um bambu de paredes finas, para realçar seu som. Um dos lados é fechado, cortado junto ao nó e o outro é aberto. O comprimento da flauta pode variar consideravelmente, dependendo da distância entre os nós e das preferências de quem a fizer. De acordo com o pesquisador Peter Buck, o comprimento de uma flauta era tradicionalmente entre 25 e 50 cm. Também segundo Buck, com exceção do orifício para o nariz, que deve ser feito bem perto do nó, não existe um padrão para a colocação dos dois ou três outros para os dedos, como nos tempos passados. Isto naturalmente significa que tampouco existia um padrão determinado para as notas serem tocadas. Cada flauta, portanto, e suas melodias, eram únicas. Hoje, todavia, numa sociedade que adora padronizações, a maneira usual de fazer uma flauta nasal havaiana é com três orifícios para os dedos. Você começa fazendo um bem no centro da flauta, alinhado com o orifício para o nariz. Então, coloca os dedos polegares em ambos os lados do orifício, marcando com suas partes mais largas, perto das unhas, a distância para fazer os outros dois furos. Algumas pessoas, com um conhecimento musical, preferem usar uma fórmula matemática para calcular o ponto exato dos orifícios, a fim de conseguirem notas específicas. Tamanhos diferentes de flautas também irão alterar suas notas. A maneira

tradicional de tocar a flauta era segurá- la com o polegar e o indicador da mão direita, usando os outros dedos para tocar as notas. O dedo polegar esquerdo era usado para manter a narina esquerda fechada e o resto da mão ficava em concha, ou por cima ou por baixo da flauta. Nos dias de hoje, a maneira mais comum de tocar é a de segurar a flauta com a mão esquerda, com o dedo polegar na parte de baixo e os três dedos seguintes sobre os orifícios ou perto deles. A parte de flauta com o orifício para o nariz é pousada suavemente sobre o lábio superior, próximo da narina esquerda, mas não sobre ela. A mão direita segura a parte fechada da flauta, enquanto o dedo indicador tapa levemente a narina direita. O próximo passo será o de exalar pela narina esquerda de maneira a tirar um som da flauta. Por ser uma flauta feita à mão, ela é única. Talvez você tenha de ajustar sua posição para obter um som mais claro. Experimente girar a flauta de lado a lado, ou incliná-la para cima e para baixo. O som é resultado de seu sopro passando sobre o orifício e não diretamente para dentro dele. Algumas flautas terão o som cristalino e outras apenas sussurrarão, isto dependendo do tipo de bambu e de sua particular configuração. Uma flauta bem feita, no entanto. produzirá facilmente um som. Semitons poderão ser alcançados cobrindo-se com o dedo a metade do orifício, mas não temos evidências de que isto tenha sido feito no passado. Com muitas flautas você poderá extrair um tom descendente ao reduzir gradualmente seu sopro no final da nota. Embora haja 4 notas principais (todos os orifícios abertos,ou o primeiro, o segundo ou o terceiro, tapados com os dedos) você poderá conseguir mais notas tocando cada orifício separadamente. Para os mais imaginativos, poderá ser obtida uma nota completamente diferente fechando o final da flauta com a palma da mão esquerda enquanto se toca. Se os antigos também faziam isto, é uma coisa que todos gostariam de saber. Mais uma coisa de grande importância. Se você assoprar com muita força, o som obtido será estridente e desagradável, ao invés de uma doce nota de amor. Mantenha-o cristalino e suave. © 1989 by Serge King A Flauta Mágica: Usando a flauta nasal havaiana para curar e manifestar por: Jim Fallon Tradução de José Marcos Sobral Como na maioria das culturas indígenas nativas, os antigos havaianos desenvolveram um tipo de flauta para somar-se a seus mais corriqueiros instrumentos de percussão, como tambores, chocalhos e castanholas. Todavia, diferentemente da maioria, esta flauta era tocada com o nariz. Para detalhes de sua elaboração e como tocá-la, vejam o artigo " ‘Ohe Hano Ihu" , por Serge Kahili King. Neste artigo nós vamos descobrir como a flauta nasal havaiana pode ser usada para curar e manifestar. Como tradição, a flauta nasal havaiana era comumente usada como uma forma de comunicação entre namorados. Os jovens costumavam tocar à noite, para suas escolhidas, canções românticas vindas do fundo de seus corações. Então, pela manhã, tocavam suas flautas novamente, à beira do mar. Se as namoradas em potencial tivessem gostado das canções, iriam

saudá-los na praia, como um sinal de aceitação. Isto é importante, pois revela que a flauta nasal era usada para ajudar na manifestação de um desejo, neste caso, um relacionamento amoroso. Nós podemos também usar este princípio para ajudar a manifestar curas ou outros desejos em nossas vidas. A flauta nasal era também usada em conjunção com certos cânticos e canções. Na verdade, há relatos sobre músicos muito habilidosos que conseguiam fazer com que o som da flauta se parecesse com um cântico. Os havaianos acreditam que o nariz é puro e inocente, ao contrário da boca, que pode dizer muitas coisas tanto positivas como negativas. Assim, a respiração entrando e saindo através do " ‘ohe hano ihu" é considerada mais espiritual do que a feita pela boca. Isto condiz com a lenda havaiana de que Deus soprou o hálito da vida através das narinas do homem. Deste modo, eles usaram a flauta para oração e manifestação. Devido ao princípio da sincronização cerebral, onde o cérebro tenta ajustar naturalmente sua freqüência àquela de sons externos, tocar a flauta nasal é um auxílio precioso para alterar o estado de consciência de ondas cerebrais “beta”, ou mais elevadas, a um estado mais baixo,”alfa” ou “theta”. A seqüência das notas tocadas ajuda a efetuar esta alteração de consciência. Abaixo vocês encontrarão uma técnica de improvisação que auxiliará a levar o cérebro a mais profundos estados de consciência. Ao usar a flauta nasal para curas ou manifestações, pode-se criar uma canção sobre uma situação ou condição e então mudá-la, alterá-la , ou melhorá-la para conseguir que se manifeste o efeito desejado. Isto é levar a real e literal condi- ção física ao nível mítico e espiritual.Os curandeiros usam a técnica para fazer um "mapa canção" mítico / literal, onde eles tomam a energia do corpo físico, a respiração, e a põe num mapa simbolicamente mítico,uma canção. Então,eles mudam o mapa mítico, a canção, para efetuar uma mudança no mundo literal ou físico.Esta mudança, a "velha" canção modificada ou melhorada, é agora refletida na "nova" canção. Um modo de usar a flauta nasal para trazer um pouco mais de criatividade e propósito no trabalho de cada um de curar e manifestar é levar a música à técnica secreta do curandeiro, a que o Dr.King se refere em seu livro “Curandeiro urbano”, que é aquela de mudar a posição das pedras para alterar o resultado de uma adivinha- ção.Com a flauta, nós podemos mudar a posição ou seqüência das notas para fazer a mesma coi- sa. E enquanto fazemos isto, estamos também recebendo um auxílio de nossa respiração. Isto ajuda a trazer o pensamento de dentro e manifestá-lo no físico através do uso da flauta. Muitos de nós já experimentaram atrair a atmosfera mental de uma música, ao ouví-la, e depois achá-la se repetindo em nossas mentes por vezes e vezes. Enquanto tocamos ou ouvimos uma canção, ainda que não nos apercebamos, damos total enfoque e atenção subconsciente a sua mensagem. À medida que fazemos isto, atraímos mais pensamentos afins expressados por nossa canção. O som sempre foi considerado um elo direto entre a humanidade e o “divino”. Como bem sabemos,a música pode induzir a estados alterados de consciência,abrir novos níveis de percepção, estimular a intuição e aumentar a criatividade. O seguinte processo é similar a uma técnica

ensinada em escolas de música como ferramenta para improvisação e composição de canções. O que fazemos é relacionar as letras de uma palavra ou nome aos orifícios da flauta. Como há 26 letras no alfabeto inglês e 4 padrões para os dedos para se tocar a típica flauta nasal havaiana, a cada dedo serão relacionadas várias letras. O número 4 é altamente significativo. Não apenas a forma havaiana de contar é baseada num sistema de base 4, que é diferente de nosso moderno sistema de base 10,como a palavra havaiana para 4 é “ha”, que também significa “ vida, respiração, espírito”. E ele tem mais um uso na linguagem como uma partícula “causativa” relacionada à manifestação. Vejam abaixo o mapa das correspondências a cada dedo: 0 1 2 3 A B C D E F G H I J K L M N O P Q R S T U V W X Y Z Como se vê, temos quatro colunas, onde os algarismos 1, 2 e 3 correspondem aos orifícios para os dedos e o zero será quando os três orifícios estiverem fechados. Para demonstrar, se usarmos a tabela para converter a frase “eu te amo” em algarismos, obteremos a seguinte seqüência: 00 30 002 eu te amo As notas específicas irão variar conforme a flauta, mas ainda assim se produzirá uma melodia muito agradável. Antes de darmos outros exemplos, que poderão ser usados para curar dores ou arranjar um emprego, falemos um pouco mais sobre a maneira de funcionar deste método. Serão dados três princípios que possibilitarão ao leitor o amplo uso do sistema, de acordo com sua necessidade; O primeiro princípio é na forma de uma pequena equação. Ela simplesmente declara que: “som, mais intenção, é igual a manifestação”. No caso da aplicação da flauta nasal para cortejar, vimos que à intenção do indivíduo foi somado o som da flauta para obter-se a desejada manifestação, um relacionamento amoroso. Podemos acrescentar dizendo que a intensidade da desejada manifestação é igual à intensidade do que é desejado. multiplicado pela duração da intenção aplicada. O segundo princípio é da Física Quântica, o princípio de complementaridade. Ele declara basicamente que não há realidade palpável até que ela seja percebida ou observada. O próprio ato de mudar a maneira como observamos altera o objeto observado. Isto é como tomar uma onda quântica de probabilidade e mudá-la numa partícula, o que aumenta a probabilidade de manifes- tação. O terceiro princípio é a velha e confiável lei dos opostos. Esta lei é claramente explicada no artigo de Dr. King a respeito de como curar o furacão Katrina: É feita uma imagem da situação existente e então aquela imagem é trocada por outra, geralmente a oposta, para neutralizar a condição. Exemplo: Curar uma dor em alguma parte do corpo: Um dos métodos é simplesmente escrever uma pequena declaração descrevendo a condição, tal como “eu estou com uma dor nas costas.” 1. Converta as letras da frase em números correspondentes às mesmas, na tabela acima. 2. Digamos, por exemplo, que a melodia resultante de nossa conversão de letras em som musical, com o que pretendemos usar nossa intenção de realizar a manifestação desejada, fosse algo como “ dó, mi, mi, sol, lá “. Para usar a flauta nasal para ajudar nesta cura, teríamos simplesmente que inverter a melodia. Por exemplo, para “lá, sol, mi, mi, dó”. Esta inversão

aplica a “força” oposta e neutraliza a condição original, agindo como um interruptor psíquico que desliga o estado de consciência relacionado com a condição original e ativa o novo estado desejado de consciência relacionado à manifestação visada. 3. Toque a melodia original com a flauta nasal usando a narina direita, então, mude para a narina esquerda e toque a melodia alterada para manifestar a condição desejada. Como uma alteração da técnica acima, podemos também usar os princípios da Técnica Dynamind, onde poderemos descrever um símbolo para a condição original e então imaginar com o quê se pareceria a condição desejada. Se o símbolo original, descrevendo a dor nas costas fosse, por exemplo, um quadrado preto, usaríamos a tabela para compor uma melodia para as palavras “quadrado preto”. Se o símbolo usado para o estado de cura fosse um “círculo azul”, comporíamos uma melodia para estas palavras. Como sempre, toque a melodia original com a narina direita e então mude a flauta para a narina esquerda, tocando a melodia para o estado de cura. Nós ainda utilizamos a técnica da inversão porque estamos alternando as narinas. A narina oposta simbolicamente neutraliza a condição original. As mesmas técnicas poderão ser usadas para obter um emprego. Se a situação inicial fosse “eu estou desempregado”, escreveríamos a melodia para ela e depois, inverteríamos a melodia. Tocaríamos a melodia original com a narina direita e a nova melodia com a narina esquerda. Se ao usarmos a chave simbólica da Técnica Dynamind, o símbolo usado para “desemprego” fosse, digamos, “uma faca cravada no ombro”, e representássemos a situação de “estar empregado” como uma “vertente de água cristalina”, teríamos dois símbolos para trabalhar, como explicado no exemplo de cura. Poderíamos também utilizar o símbolo original, “a faca cravada no ombro” e escrever uma melodia para a frase e então simplesmente decidirmos mudar o símbolo original para algo melhor, digamos, “um ombro movendo-se livremente” e continuar deste ponto. Como os havaianos poderiam dizer : “Aia no i ka mea e mele ana”, isto é, deixe o cantor escolher a melodia”. O q u e é u m X a m ã ? U m a a b o r d a g e m f i l o s ó f i c a Autor Larry Williamson Tradução e Notas Explicativas de Anselmo Mansano Filho INTRODUÇÃO Eu estou usando a palavra Xamã por causa de sua popularidade. Xamãs tem os seus próprios nomes dependendo do seu conhecimento e localização. Eu chamo a mim de KUPUA 1 , que é como se denomina um Xamã Havaiano entre as tradições da Polinésia. O foco de um Kupuna está mais na essência de uma ferramenta e do que no ritual. Existem muitas definições de Xamanismo, mas poucas mencionam a essência das crenças Xamânicas que aprendi com os meus mestres. A maioria das definições descreve “o que” o Xamã faz ao invés “em que” o Xamã acredita. Xamãs usam quase sempre as ferramentas que conhecem e que parecem adequadas para as circunstâncias. Uma lista destas ferramentas não constitui um significado preciso dos limites e singularidade do Xamanismo. Quase todos os livros sobre Xamanismo, trabalhos acadêmicos e livros populares, escritos

por "Xamãs", são acerca das ferramentas de um Xamã e as descrições das assim chamadas ideias Xamânicas são apresentadas de uma forma não muito “Xamânica”. Ideias Xamânicas são descritas como se os Xamãs acreditassem nelas. Esta visão limitada do Xamanismo é compreensível, uma vez que Xamãs quando falam para não Xamãs e estudantes, evitam tentativas frustrantes para discutir a ilusão da realidade. Muito absurdos foram escritos sobre Xamanismo, citando alguns dos muitos exemplos: "A base do Xamanismo é uma visão animística 2 da natureza"; "O princípio fundamental do Xamanismo é a tentativa de controlar a natureza física"; "Um Xamã usa magia simbólica e uma forma de fetichismo 3 [“onde o poder repousa na força do Page, mais do que no objeto]”. Observações como estas são baseadas na confusão entre o que um Xamã "acredita" e o que decide que ser eficaz em uma determinada circunstância e num momento particular. Animismo, aqui utilizado no sentido de crer que "espíritos" estão em todo lugar é diferente de usar uma ferramenta útil em que o Xamã está apenas agindo como se tudo tivesse uma natureza espiritual. Um guerreiro Xamã age fundamentalmente como se ele estivesse controlando "natureza física" – seja isso o que for - mas para um Xamã, que é mais do que um aprendiz, isto é apenas um jogo. “A crença não é importante - apenas os resultados são importantes”. E finalmente para um Xamã, magia simbólica e fetiches são apenas ferramentas, e não declarações sobre a realidade. A visão popular é que: "Um Xamã entra em estados alterados de consciência e viaja para outros reinos." Um Xamã pode dizer, usando os termos de um estudioso da visão da realidade, que: “estados alterados” e “outros reinos” são termos razoáveis para uma pessoa que acredita que a realidade “normal” é uma coisa e a realidade “não-normal” é outra, e que cada uma pode ser descrita como algo absoluto. 2 O mundo de um Xamã está cheio de sentimentos sobre a atualidade objetiva existente das demais pessoas, mas de uma forma que é simultaneamente o mesmo e o oposto de uma definição de dicionário para a palavra "realidade" 4 . Filósofos têm lutado com questões sobre a realidade ao longo da história. E cada vez que alguém se ilude, ela acaba se estreitando, assim como existem outros filósofos ocultos nas sombras, alegremente prontos para descobrir novos conceitos e por abaixo os pressupostos originais. A filosofia tinha uma “revisão paritária” 5 informal milhares de anos antes de vir a ser moda na ciência - com todas as suas virtudes e defeitos, muito embora uma “revisão paritária científica”, nunca esteja relacionada com as suposições básicas da realidade e depois de séculos de trabalho, mesmo os filósofos raramente encontram um caminho interessante e de valor. Algumas Ideias Xamânicas são encontradas em lugares previstos e inesperados. Algumas destas Ideias fazem sentido para muitos povos e algumas às vezes são percebidas como corretas e algumas vezes parecem concordar com a experiência. Eu freqüentemente leio que um Kahuna é um Xamã Havaiano. Existem e existiram Kahunas Xamãs, mas são duas tradições distintas. Existem Druidas que também eram Xamãs, mas ambos os conhecimentos praticados por uma só pessoa, são casos raros.

Assim como pode ser deduzido, havia e há Xamãs tanto na Polinésia como entre os Celtas, que não são Kahunas ou Druidas. Um Xamã é um curador, mas havia poucos Xamãs entre os curadores, tanto hoje como no passado distante. Coletâneas de ideias como as da Huna, ou como queiram chamar a essa tradição esotérica havaiana, contém ideias Xamânicas, mas como as tradições similares ao redor do mundo, não é Xamanismo. Ideias Xamânicas são encontradas na Bíblia, na Kalevala 6 e até mesmos em alguns episódios do seriado de televisão Star Trek 7 , dentre muitas outras obras. O que separa estas obras do Xamanismo é que as ideias são percebidas e apresentadas como “a forma como as coisas são”, enquanto um Xamã vê todas as ideias como simplesmente úteis ou interessantes. Um Xamã trata as crenças como ferramentas. Nesta discussão, descrevo as ferramentas Xamânicas apenas como elas se relacionam com as ideias de um Xamã. Eu escolhi apresentar as ideias de um Xamã de um modo não Xamânico uma vez que estou a tentar definir o Xamanismo, e não a escrever sobre como se tornar um Xamã. Definições são todas compostas. Isso deveria ser óbvio para todos, ainda que algumas pessoas imaginem ter resolvido um problema, quando rotulam alguma coisa ou alguém. "O entendimento é a chave". Definições não são indicações da realidade, são apenas ferramentas de comunicação. Se eu fosse escrever um artigo sobre filosofia formal, teria que definir alguns argumentos com mais precisão. Mas desde que estou a escrever uma definição de Xamanismo, não quero esconder seu significado acrescentando centenas de palavras nas explicações. Outros argumentos, os acrescento pelo seu efeito emocional: Eu descreveria ideias Xamânicas, escolhendo palavras que ofendessem o maior número possível de pessoas, uma vez que a reação a estas palavras poderia incitar a pessoa pensar sobre o que foi dito e desejar provar que o autor está é falando um evidente disparate. Porém, por trás das palavras, as Ideias, elas próprias, é que são a essência fundamental do Xamanismo - Eu só espero que Xamãs de outras tradições ainda sejam capazes de reconhecer as suas próprias Ideias depois de eu as ter reduzido aos seus significados essenciais! Se você perguntar a um grupo de Xamãs o que é um Xamã, você receberá um monte de respostas. Estou tentando condensar a essência de todas essas respostas em um núcleo comum. Espero também mostrar-lhe uma maneira de olhar as coisas que você pode achar útil. Uma visão que não é apenas uma maneira de olhar o Xamanismo, mas uma que pode incrementar a paz e a eficácia em sua vida. Trabalhei como Analista de Sistemas por mais de 25 anos. Durante a maior parte do tempo eu chamava a mim mesmo de Xamã. Tornei-me consciente de quão estreitos e relacionados estão o estudo das ideias Xamânicas e o da natureza dos sistemas - É por isso que escolhi esta abordagem peculiar. 3 No entanto, Xamanismo não é um exercício intelectual: é um jogo que envolve corpo, mente e coração. A base do nosso mundo, está naquilo que experimentamos e isso não é criado pela lógica. Anos atrás, Napoleon Hill escreveu um livro lido por milhões, chamado “Pense e torne-se Rico”, se ele tivesse esse conhecimento, teria escrito um livro chamado “Sinta

e torne-se Rico”. Muitos Xamãs fazem o “jogo” de desenvolvimento da força e iluminação através do conflito e controle de coisas personificadas 8 (esse é o assim chamado “caminho do guerreiro”). Outros Xamãs atuam como se a força e iluminação pudessem ser melhor alcançadas através do amor e da cooperação. Estes Xamãs despersonificam 9 as coisas e trabalham com o efeito dessas coisas e condições. (é como eu denomino “o caminho da harmonia”) Se uma pessoa tenta aprender sobre Xamanismo, estudando o que faz um Xamã, muitas coisas vão parece ser inconsistentes e ilógicas, especialmente se a pessoa é produto do pensamento ocidental. Por outro lado, encontrei Xamãs (que podem ou não assim chamarem-se) que não têm uma clara consciência das principais crenças de um Xamã, mas são bem-sucedidos em aplicar as suas próprias crenças essenciais, inconscientemente. Chamar-se de Xamã, não o torna um. Um Xamã não é criado por uma espécie de "iniciação" ou reconhecimento ou aceitação ou ainda experimentando algum "estado alterado de consciência". Xamã não é um título ou um estado de ser - é uma habilidade. EXPLORAÇÃO Milhares de anos atrás alguém olhou para as suas crenças e as reduziu a um pequeno número "autoevidências" 10 de crenças essenciais 11 sobre o mundo. O mundo de uma pessoa é uma coleção de tudo que é lógico e ilógico que são extensões destas “autoevidências”. Matemáticos chamam a isto de um "sistema axiomático". 12 A grande maioria destes axiomas é ensinada a nós alguns pelas pessoas e alguns pelo "mundo" que percebemos à nossa volta. Alguns são nossas próprias ideias. As extensões são ideias sobre as coisas, e não "o que ela é". Mas, em qualquer caso, fizemos uma escolha pelo caminho de aceitar ou rejeitar as mesmas, portanto, somos responsáveis pelo que somos. Ninguém pode provar seus próprios axiomas para ninguém se o outro tem um conjunto diferente de axiomas. Com um sistema axiomático o melhor que podemos esperar é a torná-lo internamente consistente e completo, através de sua verdadeira natureza. Na prática, isso só funciona para sistemas relativamente limitados. Quando tentamos fazer inferências externas ao sistema, já não estamos no reino da lógica. Este é um problema frequente, uma vez que é difícil perceber quando estamos atravessando um limite, pois a partir desse ponto começamos então a questionar a inteligência de quem discorda de nós. Nossas crenças são o que consideramos possível. É o que é. Então tudo o que é... é a nossa visão do mundo. Isto define e limita o nosso universo pessoal. Nós podemos conceber um universo além do “o que é”, mas "apenas" com a nossa imaginação. Nós percebemos que isto é possível, talvez com um grande ou pequeno milagre ou os dois ao longo do caminho. Para algumas pessoas, os milagres acontecem por causa do nosso limitado conhecimento (ilusão) – a Televisão parecia um milagre no século 19! Outros veem como milagres a Intervenção Divina. Mas, em ambos os casos, eles parecem ser milagres porque estão além das nossas Ideias sobre o que é normal. 4 Os limites das nossas Ideias sobre “o que é” limitam a nossa percepção em um nível muito básico, ou seja, essas percepções são inerentes ao "o que é". Nós percebemos

o que é real e essa realidade permite-nos deduzir “o que é”. Tudo gira em redor disso como num círculo. O problema em assumir essas pressupostas "autoevidências" é o que é a VERDADE, e se estes axiomas e ideias DETERMINAM nossa visão de mundo. As nossas PERCEPÇÕES e OBSERVAÇÕES “provarão” a VERDADE subjacente, isto é, a verdade não manifesta, mas implícita no fato. Em outras palavras, nossos axiomas determinam nossa visão de mundo a qual determina nossas percepções. Se isso parece um elefante, caminha como um elefante e se sente como um elefante – isso deve ser um elefante! Se alguém diz: “Mas olhe o mundo lá fora, ele é real para mim!” Essa pessoa começa a pensar como um Xamã. Xamanismo não é uma questão de tentar provar que a racionalidade é inatingível ou que nossas crenças determinam e confirmam o nosso mundo – isso não é necessário: o Xamã age como se não existissem provas. O problema para alguém que tem uma visão racional do mundo é provar que aquilo que se vive não é o resultado de nossas crenças, sem permitir as "autoevidencias" das verdades! Você não pode provar ou refutar uma hipótese com outra hipótese. Lógica Indutiva aqui não ajuda, uma vez que estamos a falar sobre a base da percepção em si mesma. Se você não pode negar isso, você não pode dizer logicamente que o mundo é isso ou aquilo ou até mesmo dizer que o mundo "lá fora" está “fora daqui”. Se você decidir ignorar este desafio e quiser continuar usando a máscara de homem racional, para mim está OK... – desde que você não se sinta envergonhado de convencer-se. Mas, "você não pode provar uma negativa." E então, onde a lei da lógica originária da crença. Certamente não vem dos logicistas. A "Lei" é provavelmente uma confusão de dizeres, que você não pode provar indutivamente que algo não existe, porque você não pode provar que você sabe tudo sobre tudo, devido seus "juízos negativos existenciais". Se você não pode provar uma negativa, então a lógica da declaração negativa - "Você não pode provar uma negativa" é improvável. Portanto, é uma coisa ilógica para se dizer. Na verdade, cada negativa implica em uma declaração positiva, por isso não há declarações lógicas puramente negativas. Enfim, não estou pedindo para ninguém "provar uma negativa", estou apenas dizendo que ninguém pode chamar-se de racional sem provar que é falsa a afirmação que as nossas crenças determinam nosso mundo. Por que deve você desperdiçar seu tempo respondendo uma pergunta capciosa quando tudo que você tem a fazer é olhar em volta e ver que o mundo, obviamente, não funciona dessa maneira? Você não será a primeira pessoa que foi capaz de conciliar crenças incompatíveis Xamãs fazem isso o tempo todo - seres humanos têm talento para isso, mas um Xamã está consciente ao fazê-lo. Até que um homem racional prove ser falsa essa afirmação, ele não pode chamar-se honestamente de “homem racional”. Ele não pode suportar intelectualmente uma visão racional do mundo. Cada pessoa PENSANTE deve-se perguntar: "Estou sendo intelectualmente honesto comigo mesmo ou eu estou seguindo cegamente uma “Doutrina de alguns anônimos da Igreja do Pensamento Racional”? 13 Qualquer um que

detenha uma visão racional do mundo sem contestar que nossa opinião determina e confirma nosso mundo está vivendo em um mundo de sonho. Um Xamã diz exatamente isso: o mundo é um sonho. Todo mundo tem que ter seus axiomas sobre a FÉ - que é tudo que temos - não existem outras opções mesmo para as pessoas que não gostem da palavra fé. 5 Se os nossos axiomas são aceitos na fé, não há diferença entre fé "racional" e fé cega - há apenas fé cega. Se você prefere chamá-la de fé racional, tudo bem, mas a reconheça pelo que é - “uma preferência emocional”. Muitas pessoas dizem que a fé cega é a única desejável. Outros sentem que a própria natureza de ser humano nos permite escolher as verdadeiras hipóteses - o mundo lá fora está realmente lá, e nós podemos conhecê-lo - o que pode bem ser, mas isso é outra hipótese. Ainda que eu esteja utilizando o termo "crença" no seu sentido intelectual, um Xamã muitas vezes vê a realidade como se ela fosse o resultado de nossas crenças, expectativas, intenção, desejo, foco, amor e medo. Eu não estou apenas apresentando a idéia de que nossas crenças "criaram nossa realidade". Estou simplesmente a sugerir que muitas vezes é eficaz ver o mundo como o resultado de algumas “causas” primárias. Praticamente todos os não Xamãs focam sobre um monte de efeitos que chamam "Mundo". Um Xamã não está dizendo que esta é a forma que as coisas são. Ele está somente dizendo que algumas coisas são mais importantes do que ele acreditava ontem ou que ele acreditará amanhã. Ao descrever a crença de um Xamã eu não estou dizendo o mundo não é o que você pensa que ele é, pelo contrário um Xamã amigo meu diria deste jeito: “O mundo é o que você o pensa que ele é”. Tudo que eu estou a dizer é que nós podemos ter que admitir a possibilidade que em algum momento em nossa vida, nós podemos ter aceitado algumas de nossas Ideias sem prova suficiente, realmente eu estou falando sobre nossas Ideias em geral, naturalmente. Um corolário pode ser: dê às pessoas uma pausa quando delas discordar - elas não são estúpidas, mas apenas estão a trabalhar com diversas hipóteses. Julgamento é uma reação emocional, e não um sinal de superioridade. Claro que essa forma de pensar pode levar a crença em “NADA” (Niilismo 14). Mas o Xamã não viaja por essa via. O Xamã diz que as coisas são realmente muito reais, para a pessoa que acredita que elas são reais e que essa realidade não é de modo algum inferior ou menos desejável, ou menos “real” do que algumas "Verdades Cósmicas". Existe algo tal como Verdade Cósmica além da Verdade Pessoal? - você está livre para decidir, baseado naquilo com o que você se sinta confortável emocionalmente. Se algo é real para nós, vamos pensar, experimentar e agir de a forma refletir essa realidade. O Xamã pode decidir não fazer o jogo do "O que está realmente acontecendo?" desde que a resposta dependa da fé. Ele aceita essa realidade baseado na sua fé, juntamente com seu poder para mudar sua mente quando sentir desejo de fazê-lo. Se tudo isto parecer demasiado simplista para ser verdade, considere que o conceito de simplicidade é um atributo de todo o "conhecimento". Não importa o quanto complexa é a nossa percepção da realidade e o quanto essas

percepções estão de acordo com nossas outras percepções. Quem pode dizer que elas são independentes de nossas crenças? Quem pode dizer que a percepção é realmente de qualquer forma, independente de outras percepções? Qualquer definição do conceito de percepção em si é baseada em um processo lógico a partir de um conjunto de pressupostos. Se tudo isto viola o senso comum e vai contra a forma como você sente que as coisas são (FÉ), vire a mesa e diga como Samuel Johnson disse uma vez, "Assim, eu a nego!" Lobachevski 15, Riemann 16, e outros matemáticos demonstraram alternativas para geometria de Euclides 17 e matematicamente está provado que não há como escolher entre elas. Não foi apenas a geometria que foi afetada - O problema vai além da questão: a geometria euclidiana é verdade ou a geometria de Riemann é verdade? Pergunta-se: Se não há como escolher, como é que podemos saber o que é real? Poincaré 18 deu uma resposta xamanica: essa questão não tem qualquer significado! 6 Todos os nossos conceitos são apenas definições convenientes, algumas mais interessantes do que outras. Einstein 19, de uma forma realmente xamanica, escolheu a geometria de Riemann para descrever espaço... E o espaço respeitou. Tudo isto não é surpresa para muitas pessoas, isso pode ser adquirido em qualquer faculdade em cursos de Filosofia da Ciência, muito embora a maioria dos cientistas ache que tudo isso exposto é um monte de asneiras, se é que eles pensaram sobre isso como um todo. Eles, e mais outras pessoas, têm um apego emocional à sua própria visão de mundo. Isso lhes dá estabilidade e poder. Xamãs não levam as coisas tão a sério, eles sentem-se confortáveis num mundo em mutação, porque não dependem dele - eles encontram o poder dentro de si mesmo. Eu não quero dar a impressão de que Xamãs são anticientíficos. Na verdade, eu suspeito que os Xamãs devem encarar os cientistas como um grupo de pessoas “espirituosas” que olha a ciência como um jogo fascinante e útil. Um jogo com regras e métodos fixados arbitrariamente, isto é, considerando o ponto de vista de um Xamã, como por exemplo: repetibilidade, experimentos duplo-cego, reductio ad absurdum etc. Se você estiver jogando xadrez e decide mudar alguma regra, você pode fazêlo e até mesmo achar engraçado, mas certamente não mais estará jogando xadrez. O jogo da ciência tem o seu lugar no esquema das coisas e suas regras básicas mudaram continuamente através da sua história e irão continuar a evoluir, assim eu espero. Desde que nós escolhemos jogar o jogo científico, na maioria das vezes nós temos que navegar em águas seguras a fim retornar a nosso porto familiar. Os psiquiatras têm trancafiado pessoas que se aventuram em águas desconhecidas e perderam seu caminho de volta. Agora lhes dão drogas para obscurecer sua consciência e restauram o equilíbrio químico de seus cérebros o que permite lidar com eles. A maioria de nós parece ter medo de navegar no mar desconhecido da irracionalidade. O autor Robert M. Pirsig 20 chamava a teoria da “Terra Plana” de racional. “Se você navega para muito longe, você pode cair quando chegar à borda” – isso é muito assustador! A lógica pode ser uma de nossas ferramentas mais valiosas.

Se você está jogando um jogo, é sempre útil seguir as regras. Não é difícil encontrar pessoas expondo teorias que são incompatíveis ou incompletas dentro do sistema axiomático que elas estão usando. Não há nenhuma lei que diga que você não pode usar o que está dentro de sua cabeça. Para os cientistas, a lógica é crucial no jogo. Eles não têm muita simpatia por aqueles que não usam suas cabeças. Alguns cientistas veem teorias pseudocientíficas como uma ameaça extrema ao bem estar de um público ignorante e errante que precisa ser protegido do absurdo, antes que o dano esteja feito. O dano acontece algumas vezes, mas a resposta emocional dos cientistas é enfraquecida pela falta de compreensão das suposições básicas atrás dos seus fatos. Um Xamã é treinado para jogar com suposições e não procurar por hipóteses atrás de indícios lógicos ou ilógicos. Um princípio do método científico, que algumas vezes os cientistas tentam seguir é o de não decidir por uma resposta se começar a suspeitar que a resposta seja diferente do que se espera. Isto não é prático para um Xamã, pois ele imagina que as crenças precedem a percepção. A ciência tem uma abordagem conservadora para fenômenos, ou seja, algo é suspeito até que o mecanismo para a sua existência seja conhecido. Isto ajuda a eliminar os "falsos" dados e coloca o ônus da prova sobre o observador. Porém ela também tende a eliminar Ideias inovadoras. Não vou insultar a sua inteligência apontando o óbvio lógico das falhas nessa homilia de ciência popular como "Occam's Razor" 21. "Alegações extraordinárias exigem provas extraordinárias", etc. que são normalmente aplicadas. 7 Você pode encontrar muitas discussões expondo as falácias desses métodos pseudocientíficos, se olhar com atenção. Um Xamã não leva a sério estes jogos recreativos científicos. Explicações são apenas modelos Xamãs estão mais interessados no valor que as coisas têm. O quão rapidamente uma crença se torna aceita, depende geralmente do aceite da “autoridade” da pessoa que detêm a nova crença. A aceitação começa normalmente no âmbito de um campo especializado e se espalha para fora de lá. Se um fenômeno invulgar é observado por mais e mais pessoas, a crença em si pode aumentar até que a visão normal do mundo inclua este fenômeno. A Ciência pode, então, parar a rejeição dessa observação incomum e começar explicá-lo por vias normais. "Obviamente, o mundo segue seu caminho adiante." - A história é uma ferramenta útil para a confirmação de nossas crenças. Um Xamã percebe que as ideias sobre a forma como o mundo funciona, são apenas pontos de vista arbitrários. O autoproclamado homem racional, não tem qualquer dificuldade em conceber outras explicações. Nós escolhemos diferentes pontos de vista com base nas emoções, isto é, "sentirse bem" ou na fé, ou seja, “é isso". A não ser, claro, que você seja o primeiro homem racional da história, que honestamente respondeu ao meu desafio e conseguiu provar ser falso o incomum ponto de vista do Xamã que nossas experiências são resultados de nossas crenças. Um Xamã é a última pessoa prática e desde que ele não tenha nenhum vínculo emocional com suas Ideias, irá usar qualquer método que produza o resultado desejado. O que conta são

os resultados, e não alguns “Métodos Sagrados”. Mas note que, um dos muitos significados da palavra havaiana "pono" é harmonia. Isto implica que os meios determinam o fim e não que o fim justifica os meios! Se você deseja um desfecho pacífico e amoroso, utilize meios pacíficos e amorosos. O que o Xamã milhares de anos atrás fez com esse entendimento de sistemas de crença foi sutil e surpreendente: se o nosso sistema de crenças é improvável, podemos mudar as nossas crenças fundamentais e construir outra visão do mundo! O Xamã ao perceber que o bloqueio psicológico "de alguma forma o está enganando”, conclui que é possível trocar a visão do mundo. O primeiro Xamã provavelmente não foi mais longe do que isso, mudou para outra visão do mundo e permaneceu nesse outro mundo. Há algum tempo na evolução do Xamanismo, alguém observou que as diferentes visões do mundo têm diferentes vantagens - alguns sistemas de crença são mais eficazes em determinadas condições do que outros sistemas. Este Xamã poderia ter-se perguntado algo como: "Seria um engano se eu mudasse a visão do mundo, baseado em como efetivamente ela completa o que eu quero fazer?" Esta pessoa foi verdadeiramente o primeiro Xamã. Não fique com a ideia de que um Xamã é um "fingidor", embora esta possa ser uma boa maneira de começar em uma direção desejada. Fingir é uma capacidade intelectual para obter resultados, o Xamã deve saber que no momento atual o mundo é realmente "desta maneira". Para um Xamã, isso não é somente um exercício intelectual. Se nossas crenças determinam nossas percepções do mundo, então essas percepções são obviamente o que “está lá fora”. O mundo, concreto e constante, muda na medida em que os pensamentos são aceitos pelas pessoas que fazem este mundo. Surpreendentes novas descobertas, não revelam fatos anteriormente ocultos sobre o mundo e sim mudanças nas crenças. Se o concreto e imutável mundo é como nós o conhecemos, isso comprova nosso ponto de vista e quem pode apontar a diferença entre a visão do mundo e o mundo real “lá fora”? Nós construímos um modelo ou aceitamos o modelo de alguém e tornamo-lo parte de nós mesmos. Nós não reconhecemos o modelo pelo que ele é - apenas um modelo. Nós confundimos isso com "realidade". 8 O modelo adquire uma vida própria e nós construímos uma lógica sobre um monte de "fatos", tal qual um edifício um “arranha-céu”. Às vezes, o resultado pode ser trágico, por exemplo a Inquisição tinha a “gloriosa meta” de salvar a alma imortal da pessoa à custa do seu insignificante corpo mortal. Às vezes o que resultada afeta só a nós mesmos. Às vezes nós aceitamos os ensinamentos de pessoas, como “sábios”, quando elas conversam ou escrevem sobre a sua própria lógica “arranha-céu”. O ensino quer seja temporal ou espiritual, pode ter a sua quota de sabedoria, mas é apenas um modelo. Para um Xamã, realidade é o que a faz ser. Um Xamã aceitará uma realidade particular em algum momento particular, mas uma parte de si vai reter a opinião de que é apenas um modelo. Ele então é capaz de ver a realidade a partir de um ponto de vista mais universal. Um Xamã olha para as coisas de uma maneira relativista. Isso pode aumentar seu ponto de vista e

permitir-lhe descobrir pressupostos ocultos de uma pessoa a qual olha para a sua crença de uma forma absoluta. Esta perspectiva tem a vantagem de ajudar o Xamã perceber o valor e a limitação desse modelo. Isso lhe permite substituir aspectos em seu atual modelo por outros, sem vergonha. O Jainismo 22 tem uma técnica que alguém descreveu como "descascar as camadas de uma cebola", vejamos um exemplo: Pergunta: "Quem sou eu?"; Resposta: "Eu sou..." “Então Eu não sou aquele!" - Pergunta novamente; ficando cada vez mais perto da essência. Experimente olhar para as hipóteses onde suas crenças se apóiam, reduza e resuma essas hipóteses para algumas crenças essenciais e depois, olhe suas crenças como um todo com esse novo entendimento. Você pode ter uma surpresa. Coisas que começam com artigo definido “a” ou “o" não são maneiras Xamânicas de pensar. Às vezes estas coisas são descritos como "A Lei de...” da Termodinâmica, do Karma, etc. A lei é lógica e útil ou pessoas que não irão se preocupar com ela. Mas para um Xamã, isso é limitante. Isso envolve colocar o poder fora de si mesmo e tornarse mais indefeso: "Isso é A Lei e uma vez que é a forma pela qual as coisas são, temos de trabalhar com ela." "Mas uma coisa também pode existir ou não, certo? Não existem outras opções." Se isso parece razoável, talvez você precise se tornar mais consciente da sua visão do mundo. Nem todas as perguntas podem ser respondidas “sim” ou “não”. Uma questão indeterminada pode ter seu próprio valor. Um Xamã torna-se mais eficaz, incrementando a habilidade para usar o seu poder interior. Para um Xamã, a fonte interna desse poder é infinita e abundantemente disponível para todos. Não precisamos incrementar ou "criar" alguma coisa infinitamente, precisamos descobrir a nossa liberdade para usá-la conscientemente. Energia é a capacidade de realizar algo. Na física, é a taxa de realização do trabalho. Para um Xamã, é um efeito de confiança e de autoridade. A palavra havaiana para isso é "mana", uma palavra que freqüentemente é confundida com "energia". Outra melhor interpretação de "mana" é "poder divino" - não no sentido judaico-cristão, mas no sentido de que tudo é divino... Isto é apenas uma definição e todas as definições são apenas tentativas de evitar a confusão. Trabalho é o esforço aplicado para realizar alguma coisa é a força é aplicada para transferir energia. Nós transferimos energia com a nossa intenção e foco. A energia é a força ou a capacidade de realizar trabalho. Em Havaiano, a expressão "ki" ou "ti" tem um significado de energia interna - compare a palavra "ki" para a palavra japonesa "Ki" ou a palavra chinesa "Chi". 9 Um Kupuna da Polinésia – ou Xamã, entende "ki" de uma maneira similar ao que algumas pessoas chamam de "força vital". Para físicos, energia, força, trabalho e potência estão relacionados entre si como resultado destas interações, e o universo é o resultado de um pequeno número de metáforas que eles chamam "forças" primárias, a saber: gravidade, eletro-magnetismo, e forças atômicas fortes e fracas. Um Xamã pensa as “coisas” e a relação entre as “coisas” como uma interação da metáfora da força primitiva a qual chama de "energia". Tornar-se consciente destas interações é o caminho para utilizar o poder interior. Deixo isso para você especular sobre

os efeitos que uma mudança da visão do mundo poderia ter para alguém sobre a sua realidade e que valor pode ser ganho a partir disso. AVISO: Eu evito dizer que é ou não é "verdade". A visão do mundo de qualquer pessoa é única, as diferenças vem em todas as cores, formas e tamanhos. Você pode considerar que uma nova visão do mundo implica na criação de um novo universo pessoal, ou assumir que algo é deixado para trás após esse universo ter sido criado. Você pode visitar outros universos criados por Xamãs, outras pessoas, você mesmo ou "outros universos" no passado próximo ou distante? Estou usando o "passado" aqui como um termo conveniente e não afirmando que o tempo existe ou não existe. Estou adicionando estas interrupções no fluxo do texto não para irritar você, mas para lembrá-lo a que deve pensar como um Xamã. Considere a idéia de que o nosso compartilhado, familiar e normal “universo” pode ser continuamente ramificado para diferentes percepções de “universos” compartilhados - geralmente compartilhados apenas entre os habitantes de seu próprio universo particular. Qual ramo você escolhe tomar? Este é um ponto de vista que tem um eco na ciência moderna. Isso você pode começar, basta sonhar tantos sonhos quantos quiser, mas não proclame seu pretenso saber de que isto seja um desperdício de tempo até que tenha tentado. Você deve ter reparado o que já está implícito: a "realidade" da existência de qualquer universo, incluindo nosso próprio "normal" não é necessariamente parte do valor que alguém recebe partir de uma experiência pessoal. Para um Xamã, o único relacionamento que este valor que tem com a realidade, é o que nós o fazemos ter... Então por que fazer da "veracidade" um grande negócio? Escape numa viagem de fantasia usando sua imaginação, que é um dos poucos e verdadeiros poderes que possuímos. Você pode experimentar algumas coisas surpreendentes. Quando navegar ao largo da borda da “Terra Plana” você pode olhar para trás e ver a sua "verdadeira" forma. Só não diga aos seus amigos, ou eles vão tentar curar a sua loucura, ou então desviar o olhar e rir discretamente. Afinal, esta não é uma sociedade primitiva da idade da pedra ou temos avançado para além disso? Se você acha que tem uma mente racional, você precisa se tornar mais consciente que os jogos da mente sempre estão ativos dentro de nós mesmos. Uma abordagem racional para as coisas é muitas vezes uma ferramenta muito útil. Mas tornarse cada vez mais consciente, pode dar-lhe a liberdade de escolher qual a ferramenta que você deseja usar. Se você não tem conhecimento de quaisquer opções válidas, você não tem escolha. Está preso a uma só ferramenta. Pense sobre o ato de ouvir música: você pode apenas pensar no contraponto, harmonia, estrutura, ou você pode dançar ou ser levado pela emoção ou apenas sentir o ritmo... Todas estas alternativas são válidas, úteis e agradáveis modos de se ouvir música. Você tem uma escolha. A mais eficaz visão do mundo é muitas vezes a visão do mundo de alguém que o Xamã está a tentar ajudar - um Xamã é um curandeiro da mente, corpo e circunstância. Observe as diferentes ferramentas que o Xamã usa em diferentes sociedades. 10 Um Xamã encontra frequentemente “poder” aceitando o mundo como ele "existe"

em vez de tentar mudá-lo. Uma pessoa pode ter ideias Xamânicas sobre a "realidade", mas sem um compromisso com a cura, essa pessoa não é um Xamã. A palavra "feiticeiro" é por vezes utilizada para descrever alguém que muda visões do mundo para obter poder pessoal. A visão xamânica da cura é uma criação do paciente. Um Xamã, médico, conselheiro, terapeuta ou quem queira, só pode auxiliar um paciente pois cura vem de dentro. A parte mais importante do trabalho de um curandeiro é a de convencer os pacientes que uma cura está realmente a acontecer, através de jornadas Xamânicas, cirurgia, pílulas, aconselhamento, ou seja, o que for. A outra parte está em ajudar os pacientes a curarem a si mesmos, através de jornadas Xamânicas, cirurgia, pílulas, aconselhamento, ou seja, o que for. Alguns Xamãs podem dizer que a única parte é o "convencimento" pois as crenças precedem a realidade e um Xamã é um realista como se define. Outros "realistas" dirão que o Xamanismo está longe de remover o "realismo". Outros curadores podem ter as suas próprias ideias sobre o seu papel ... Uma técnica de cura por vezes utilizada pelos Xamãs em algumas partes do mundo, é o que se chama popularmente "Resgate da Alma". Um Xamã vê o mundo de diversas maneiras. Uma forma eficaz é ver o mundo como se tudo é separado. Esta é a forma como a maioria das pessoas veem o mundo. O "Resgate da Alma" só pode ter lugar em um mundo onde as coisas estão separadas. Porém, uma alma não pode ser separada em um mundo onde as coisas estão conectadas ou são compartilhadas como uma "unidade". Mas um Xamã pode pensar nisto como uma ferramenta útil quando o paciente está convencido de que a sua alma precisa ser "resgatada". Um Xamã eficaz nunca iria sugerir para o paciente que se trata de um novo conceito - a menos que esta seja a única técnica de cura que ele conhece, então, por que criar problemas adicionais? Para um Xamã, curar é mais do que ajudar as pessoas doentes. Por vezes, parece que na vida, as coisas e os acontecimentos estão todos lutar pela sua própria idéia de saúde perfeita. Um Xamã tenta tornar-se consciente dos objetivos de qualquer um ou de qualquer coisa que esteja tentando cooperar. Um Xamã possui um conhecimento prévio que não pode ser completamente descartado. Um Xamã tem fé em algo que não pode ou não quer mudar. Todos nós temos fé em nossos próprios deuses (as nossas ideias), ou fé em Deus (Teísta), ou fé na não existência de Deus (ateu), ou fé em nossa falta de fé em Deus (agnóstico). Ateus gostam dizer que eles não estão dizendo que Deus não existe, eles estão dizendo que eles não acreditam em Deus – de qualquer forma, estão a professar sua fé. Um agnóstico basicamente diria: "eu não sei" ou ainda, "ninguém sabe". Essa é uma conveniente camuflagem intelectual, que muitas vezes, utilizamos para ocultar a fé em nossas crenças básicas. Alguns incluiriam como agnósticos, aqueles que em vez de professar a sua fé, imaginam-se como crentes racionais. "Aqui está a prova...", muitos diriam que em algum nível interior estamos todos teístas. Explore as hipóteses como "não sei" ou "quem sabe?" Há muitas maneiras de aprender. Para descobrir as coisas mais valiosas, não precisamos de professores - todos nós sabemos

mais sobre as coisas que achamos que sabemos. Um Xamã não muda completamente visões do mundo. Para ser eficaz, uma visão do mundo só tem de ser adotada, na medida em que os resultados mudam. Toda a gente pode observar isso - repare quantas pessoas passam por você com sorrisos quando você está feliz e como muitos com antipatia quando você está irritado. É fácil explicar: "É apenas a nossa percepção". O nosso compartilhado mundo físico é real? 11 Para um Xamã, o nosso mundo normal detém um legítimo e influente lugar entre os muitos outros mundos reais como resultados de muitas pessoas que o experimentam. Um Xamã não pensa que a "física" mundo é ilusão, no sentido que algumas filosofias orientais o chamam de véu ou Maya 23. Um Xamã muitas vezes nem sequer distingue entre o "físico" e "espiritual", por isso não faz sentido dizer é um é "melhor" do que o outro. Normalmente Xamãs veem o mundo como se todos estão conectados. Como resultado, a visão do mundo de todos é afetada pelas crenças de todos os outros. Afinal, se um bebê rola fora do berço, vai cair no chão: para ele não importa o que o bebê entende sobre gravidade, só importa o que o observador acredita. É por isso que um Xamã tem coisas melhores a fazer do que tentar voar. Tentar voar é um trabalho enorme - a maioria das pessoas acredita na gravidade - e indica que você tem alguma necessidade de provar o seu poder e, se você tem poder, você não tem que provar para si mesmo pois já sabe, ou então provar para alguém o que importa só se você tiver perdido seu poder real. No entanto, por transitar entre mundos diferentes, um Xamã encontra a liberdade. Nossas escolhas são somente limitadas por nós mesmos. O Xamã não se preocupa sobre isso ser um delírio: nós chamamos as pessoas de “desiludidas” quando elas quebram nossas regras. Se pudéssemos simplesmente desistir dos anexos emocionais nas nossas ideias, nós deixaríamos de levar as coisas tão a sério. DEFINIÇÃO A partir do conhecimento sobre como um Xamã vê o mundo, as ferramentas que um Xamã usa são vistas como aplicações lógicas da visão do mundo. Você pode testar a minha definição do que é um Xamã: as coisas que um Xamã faz para seguir trabalhando com diferentes visões do mundo. Faça um teste observando o que os Xamãs fazem a partir da perspectiva de um sistema de crença. Você não tem que se apegar a minha palavra para isto. Assim, aqui está a minha arbitrária e simplificada definição de Xamanismo: Xamã é um curador que muda a visão do mundo, a fim torná-la mais eficaz. Notas do tradutor 1 Kupua ou Kupuna é a pessoa que pratica Kupua, ou seja, o xamanismo da Polinésia. 2 O termo Animismo foi cunhado pelo antropólogo inglês Sir Edward B. Tylor, em 1871, na sua obra Primitive Culture (A Cultura Primitiva). Pelo termo Animismo, ele designou a manifestação religiosa na qual se atribui a todos os elementos do cosmos (Sol, Lua, estrelas), a todos os elementos da natureza (rio, oceano, montanha, floresta, rocha), a todos os seres vivos (animais, árvores, plantas) e a todos os fenômenos naturais (chuva, vento, dia, noite) um princípio vital e pessoal, chamado de "ânima", que na visão cosmocêntrica significa energia, na antropocêntrica significa espírito e na teocêntrica alma. Fonte Wikipédia. 3 O

fetichismo, em particular, atribui características antropomórficas a todos os seres, isto é, todos os seres (vivos ou não) são percebidos como vivos e dotados de vontade. Fonte Wikipédia. 4 Realidade (do latim realitas isto é, "coisa") significa em uso comum "tudo o que existe". Em seu sentido mais livre, o termo inclui tudo o que é, seja ou não perceptível, acessível ou entendido pela ciência, filosofia ou qualquer outro sistema de análise. Fonte Wikipédia. 5 Nos meios acadêmicos, a revisão por pares, também chamada revisão paritária ou arbitragem (peer review, refereeing, em inglês) é um processo utilizado na publicação de artigos e na concessão de recursos para pesquisas. Consiste em submeter o trabalho científico ao escrutínio de um ou mais especialistas do mesmo escalão que o autor, que se mantêm anônimos ao autor. Esses revisores anônimos frequentemente fazem comentários ou sugerem a edição do trabalho analisado, contribuindo para a qualidade do trabalho a ser publicado. Fonte Wikipédia. 6 Kalevala é o nome da epopéia nacional da Finlândia, escrita/compilada por Elias Lönnrot. Fonte Wikipédia. 12 7 Star Trek é o cenário de seis séries televisivas, dez filmes para o cinema, criada pelo roteirista e produtor Gene Roddenberry na década de 1960. Fonte Wikipédia. 8 A personificação ou prosopopéia é uma figura de estilo que consiste em atribuir a objetos inanimados ou seres irracionais sentimentos ou ações próprias dos seres humanos. Dizer "está um dia triste" implica a atribuição de um sentimento a uma entidade que, de fato, nunca poderá estar triste mas cujas características (céu nublado, frio, etc.) poderão conotar tristeza para o ser humano. Fonte Wikipédia. 9 Despersonificar, Privar da própria personalidade ou de características individuais. Fonte Wikipédia. 10 Autoevidências, tais quais: a. Os princípios gerais que não podem ser provados. b. As proposições deduzidas dos princípios gerais são frequentemente tão evidentes quanto os princípios donde são deduzidas. Ex: a aritmética pode ser deduzida dos princípios gerais da lógica e as proposições simples da aritmética são tão autoevidentes quanto os princípios da lógica. c. Parece que existem também alguns princípios éticos auto-evidentes. d. Verdades imediatamente derivadas da sensação e. Juízos de memória ― dependem deles todo o conhecimento do passado. Conforme http://www.filedu.com/brussellprobfil11.html - Os problemas da Filosofia, capítulo 11 – O conhecimento intuitivo. 11 Em filosofia, crença é um estado mental que pode ser verdadeiro ou falso. Ela representa o elemento subjetivo do conhecimento. Fonte Wikipédia. 12 Sistema Axiomático, é um conjunto qualquer de axiomas, que podem ser usados, todos ou só alguns, para a derivação lógica de teoremas. Um axioma é uma sentença ou proposição que não é provada ou demonstrada e é considerada como óbvia ou como um consenso inicial necessário para a construção ou aceitação de uma teoria. Por essa razão, é aceito como verdade e serve como ponto inicial para dedução e inferências de outras verdades (dependentes de teoria). Fonte Wikipédia. 13 Estilo irônico de referir-se à comunidade científica como uma igreja, cujos membros, os cientistas, acreditam em Deus mas a ciência é que pode explicar. Fonte Wikipédia. 14 Niilismo, é um termo e um conceito filosófico

que afeta as mais diferentes esferas do mundo contemporâneo (literatura, arte, ciências humanas, teorias sociais, ética e moral). É a desvalorização e a morte do sentido, a ausência de finalidade e de resposta ao “porquê”. Os valores tradicionais se depreciam e os "princípios e critérios absolutos dissolvem-se". "Tudo é sacudido, posto radicalmente em discussão. A superfície, antes congelada, das verdades e dos valores tradicionais está despedaçada e tornase difícil prosseguir no caminho, avistar um ancoradouro". Fonte Wikipédia. 15 Nikolai Ivanovich Lobachevsky (1 de dezembro de 1792 - 24 de fevereiro de 1856) foi um russo matemático, muitas vezes chamado de Copérnico da Geometria. Fonte Wikipédia. 16 Georg Friedrich Bernhard Riemann (Breselenz, Reino de Hanôver, 17 de Setembro de 1826 — Selasca, Itália, 20 de Junho de 1866) foi um matemático alemão, com contribuições fundamentais para a análise e a geometria diferencial, algumas das quais abriram caminho para o desenvolvimento da relatividade geral. Fonte Wikipédia. 17 Euclides de Alexandria (360 a.C. — 295 a.C.) foi um professor, matemático platônico e escritor de origem desconhecida, criador da famosa geometria euclidiana: o espaço euclidiano, imutável, simétrico e geométrico, metáfora do saber na antiguidade clássica, que se manteve incólume no pensamento matemático medieval e renascentista, pois somente nos tempos modernos puderam ser construídos modelos de geometrias não-euclidianas. Fonte Wikipédia. 18 Jules Henri Poincaré (Nancy, França, 29 de abril de 1854 - 17 de julho de 1912, Paris) foi um matemático, físico e filósofo. Fonte Wikipédia. 19 Albert Einstein (Ulm, 14 de Março de 1879 — Princeton, 18 de Abril de 1955) foi um físico alemão radicado nos Estados Unidos mais conhecido por desenvolver a teoria da relatividade. Fonte Wikipédia. 20 Robert M. Pirsig (Minneapolis, Minnesota, EUA, 6 de setembro, 1928) é um escritor e filósofo americano. Fonte Wikipédia. 21 A Navalha de Occam ou Navalha de Ockham é um princípio lógico atribuído ao Lógico e frade Franciscano inglês William de Ockham (século XIV). O princípio afirma que a explicação para qualquer fenômeno deve assumir apenas as premissas estritamente necessárias à explicação do fenômeno e eliminar todas as que não causariam qualquer diferença aparente nas predições da hipótese ou teoria. O princípio é frequentemente designado pela expressão latina Lex Parsimoniae (Lei da Parcimônia) enunciada como:"entia non sunt multiplicanda praeter necessitatem" (as entidades não devem ser multiplicadas além da necessidade). Esta formulação é muitas vezes parafraseada como "Se em tudo o mais forem idênticas as várias explicações de um fenômeno, a mais simples é a melhor". O princípio recomenda assim que se escolha a teoria explicativa que implique o menor número de premissas assumidas e o menor número de entidades. Originalmente um princípio da Filosofia Reducionista do Nominalismo, é hoje tido como uma das máximas heurísticas (regra geral) que aconselha economia, parcimônia e simplicidade, especialmente nas teorias científicas. Fonte Wikipédia. 22 O jainismo ou jinismo é uma das religiões mais antigas da Índia, juntamente com o hinduísmo e o budismo, compartilhando com este último a ausência da necessidade de

Deus como criador ou figura central. Considera-se que a sua origem antecede o Bramanismo, embora seja mais provável que tinha surgido na sua forma atual no século V a.C., em resultado da ação religiosa do Mahavira. Fonte Wikipédia. 23 Maya, na religião Hindu é a principal divindade que cria, perpetua e rege a ilusão e sonho de dualidade no Universo fenomenal e para alguns místicos essa manifestação é real, mas é uma realidade fugaz, é um erro, embora para uma pessoa singular Maya representa uma realidade fundamental ou Verdade. Fonte Wikipédia.

O q u e é H U N A K U P U A ? Autor Serge “Kahili” King. Tradução e Notas Explicativas de Anselmo Mansano Filho Huna é uma palavra havaiana que significa “segredo”, mas também se refere ao Conhecimento Esotérico da Polinésia. Kupua é outra palavra havaiana que se refere ao “curador” especializado que trabalha com os poderes da mente e das forças da natureza. Nesse aspecto é muito similar a palavra “Xamã” da língua Tungúsica Siberiana. O entendimento de Huna aqui descrito, vem da família Kahili, “Kupuas” da Ilha de Kauai, através de Serge “Kahili” King, que foi adotado como “neto” nesta família e treinado na tradição Kupua. Os Sete Princípios As premissas básicas da Huna estão expressas nestes sete conceitos: 1. O mundo é o que você pensa que ele é. 2. Não há limites. 3. A energia flui para onde sua atenção vai. 4. O Agora é o momento do poder. 5. Amar é estar feliz com... 6. Todo o Poder vem de dentro. 7. A eficácia é a medida da verdade. Os Três Eus (ou Quatro) Outro conjunto de conceitos usados na Huna, é que o comportamento do ser humano e suas experiências, podem ser explicados e também mudados através da interação de três (às vezes quatro) Eus ou aspectos ou funções: 1. O Eu Superior (Kane ou Aumakua), tem a função de criatividade, é motivado pela harmonia e usa energia. 2. O Eu Consciente (Lono) tem a função do raciocínio, é motivado pela vontade e usa a imaginação. 3. O Eu Subconsciente (Ku) tem a função de memória, é motivado pela alegria e usa as sensações. 4. O Eu Essência (Kanaloa), tem a função da vontade, é motivado pela experiência e usa confiança. Os quatro níveis de realidade Um terceiro conjunto de conceito vem da tradição Kupua e divide toda a experiência em quatro níveis ou estruturas de crenças sobre a realidade as quais podem ser resumidas em: 1. Tudo é objetivo. 2. Tudo é subjetivo. 3. Tudo é simbólico. 4. Tudo é holístico. 2 Notas do CyberShaman: Recentemente é moda tentar desacreditar a palavra Huna. Alguns dizem que esta palavra não é havaiana e sim uma invenção de Max Freedon Long. ¹ Outros dizem que a palavra nunca foi usada como parte da tradição Esotérica Havaiana. Para melhor entender esse conceito leia Huna e os Havaianos de Serge King. Muitos Xamãs fazem o “jogo” de desenvolvimento da força e iluminação através do conflito e controle de coisas personificadas (esse é o assim chamado “caminho do guerreiro”). Outros Xamãs atuam como se a força e iluminação pudessem ser melhor

alcançados através do amor e da cooperação. Estes Xamãs despersonificam as coisas e trabalham com o efeito dessas coisas e condições. (é como eu denomino “o caminho da harmonia”) ² Do Livro “O que é um Xamã” de Larry Williamson Dr. King chama o caminho da harmonia de “o caminho do aventureiro”. Eu freqüentemente leio que um Kahuna é um Xamã Havaiano. Existem e existiram Kahunas Xamãs, mas são duas tradições distintas. Existem Druidas que também eram Xamãs, mas ambos os conhecimentos praticados por uma só pessoa, são casos raros. Assim como pode ser deduzido, havia e há Xamãs tanto da Polinésia como Celta, que não são Kahunas ou Druidas. Um Xamã é um curador, mas havia poucos Xamãs entre os curadores, tanto hoje como no passado distante. Coletâneas de idéias como a Huna, ou como queiram chamar a tradição esotérica havaiana, contém idéias xamãnicas, mas como as tradições similares ao redor do mundo, não é Xamanismo. Do Livro “O que é um Xamã” de Larry Williamson Observe que no artigo acima, o Dr. King usa a palavra Huna poucas vezes, mas os Sete Princípios, em especial o sétimo, conduzem pelo caminho Kupua, isto é, do Xamã. Note também que o título desse artigo é “O que é Huna Kupua?” e não “O que é Huna?” Não há uma tradição esotérica única no Hawaii. As crenças e valores dos havaianos do passado diferem de ilha para ilha e de família para família. Há linhas de pensamentos comuns que formam a trama dessas tradições, mas há diferenças nos detalhes e mesmo nas idéias básicas. Os Havaianos eram e ainda são uma sociedade muito individualista. Um Kupua (Xamã) não tem um conjunto fixo de crenças e usa aquelas tradições que percebe ter valor no presente momento. No artigo acima o Dr. King descreve uma estrutura prática muito eficaz para ação, mas também quer deixar bem claro que esta estrutura e outras existentes são todas em última análise, arbitrárias. Notas do tradutor: ¹ - Personificar aqui significa: atribuir a uma coisa inanimada ou a um ser abstrato a imagem, os sentimentos e a linguagem de uma pessoa. ² - Despersonificar no sentido de: privar da própria personalidade ou das suas características individuais.

H u n a e o s H a v a i a n o s Autor Serge “Kahili” King Tradução, Ilustração e Notas Explicativas de Anselmo Mansano Filho Controvérsias têm ocorrido sobre se os antigos Havaianos praticavam Huna. Um escritor não-havaiano sobre a espiritualidade do Hawaii chegou mesmo a afirmar que Huna era uma palavra inventada por Max Freedon Long e que não era da tradição havaiana. Bem, então vamos examinar algumas fontes Havaianas. Inicialmente no “Webster's Encyclopedic Unabridged Dictionary of the English Language”, edição 1989, encontramos que o oitavo significado dado para a palavra "coin" é o de "fazer, inventar ou fabricar”, como por exemplo, inventar uma palavra. ¹ Sabemos que Max Freedon Long, baseou suas pesquisas na edição de 1865 do dicionário “A Dictionary of the Hawaiian Language” de Lorrin Andrews, e

aqui nós encontramos a palavra Huna com as seguintes definições: · Esconder ou ocultar para prevenir que alguém veja ou descubra. · Manter escondido um conhecimento ou sabedoria. · Aquilo que pode ser escondido, sendo que na conversação ou na escrita essa definição pode ser expressa como “ka Huna”. Obviamente, Max Freedon Long não inventou esta palavra. Na página 23 do livro “A Ciência Secreta atrás do Milagre” ele pela primeira vez introduz a palavra Huna com o sentido de “segredo” o que como vimos acima é uma tradução perfeitamente aceitável da idéia de conhecimento secreto. Mais tarde ele declara que esta é a palavra que usará para descrever o sistema de conhecimentos esotéricos do Hawaii (isto é, os segredos) assim como os compreendeu. Portanto, mesmo que não se concorde com a versão de Max Freedon Long sobre esse conhecimento esotérico do Hawaii, permanece o fato de que ele não inventou a palavra Huna ou o seu significado. Mas a questão permanece. Teriam os Havaianos usado a palavra Huna para se referir aos seus conhecimentos esotéricos? Isto não é fácil de ser determinado numa cultura de tradição oral, mas alguns Havaianos deixaram anotações sobre suas próprias tradições após a introdução da linguagem escrita então talvez lá, nós possamos encontrar alguns indícios. Muitos dos antigos Heiau ou Templos do Hawaii possuíam na sua parte mais alta, uma estrutura de madeira chamada de ‘anu’u (torre) que era parcialmente coberta com kapa (similar a uma toalha de mesa) a qual havia sido usada pelos sacerdotes nas oferendas para revelar as palavras dos deuses. E ao anunciar as palavras reveladas, os sacerdotes iniciavam com a frase: “Deixe aquilo que é desconhecido tornar-se conhecido” No livro de provérbios e expressões poéticas Havaianas de Mary Kawena Pukui – ‘Olelo No’eau, nós encontramos as mesmas frases em havaiano: “Ahuwale ka nane Huna”, que Mary traduz como: “Aquilo que era segredo já não está mais escondido” Na pagina 54 do livro Ka Po’e Kahiko – “O povo antigo”, de Samuel Kamakau, no artigo publicado em 13 de Outubro de 1870, ele diz que “nos dias antigos, declarações profética e expressões ocultas eram confidenciados”, usando a sentença ‘Olelo Huna, isto é, discurso secreto.

No capitulo seis do livro Mitologia Havaiana de Martha Beckwith (University of Hawaii Press, 1970), ela relata as histórias que seus informantes Havaianos lhe disseram sobre as 12 ilhas sagradas que nos tempos muito antigos estavam próximas do Hawaii e com as quais havia intercâmbio freqüente. Essas ilhas eram habitadas por seres espirituais e os humanos costumavam para lá viajar ida e volta para ter contatos com eles. Após a grande mudança políticoreligiosa ocorrida na metade do século XIII, dizem que estes espíritos das ilhas, raramente voltaram a ser vistos. Dizem também que estes espíritos podiam se movimentar sob o mar, no horizonte ou no ar como uma nuvem de acordo com a vontade do “Espírito Chefe”. Um dos mais famosos espíritos dessas ilhas era conhecido por “Kanehunamoku” que traduzido significa “A Ilha oculta de Kane”. Kane aqui tem o sentido de um tipo de “espírito criador”. Quanto a tradução, “Ilha oculta de Kane” normalmente poderia também ser a tradução de “Mokuhunaokane” e mesmo “Kanemokuhuna”. Estas palavras também aparecem em antigos cânticos. Kanehunamoku, pode ser melhor traduzido como “A Terra do invisível espírito criativo”. No Dicionário Havaiano de Pukui & Elbert, a frase “Po’o Huna” é traduzida como “misteriosa, escondido e invisível como os deuses”, assim interpretar “KaneHuna” como “Kane invisível” é uma tradução perfeitamente válida. Tudo isso é muito significativo, pois há varias histórias sobre “Kanehunamoku”, nas quais humanos viajam para lá, aprendem conhecimentos esotéricos, isto é, conhecimentos das artes e dos ofícios

desconhecidos pelos humanos de então, e retornam para compartilhar este conhecimento com o resto da humanidade. Bem, uma pesquisa adicional mais intensiva poderá provavelmente revelar muito mais exemplos onde a palavra Huna foi realmente usada pelos Havaianos como referência para “segredo ou conhecimento esotérico”, mesmo sem recorrer a palavra “Ka Huna” com todas as suas raízes e implicações. Não há dúvidas que “KA IKE HUNA”, isto é, o conhecimento esotérico de usar o poder da mente para influenciar a natureza e outros eventos foi intensamente praticado pelos Havaianos. Referências dessas práticas são abundantes em muitos registros escritos, no entanto este é um artigo simples, que pretende mostrar que “HUNA” foi uma parte da antiga cultura havaiana. Para finalizar, listarei sete provérbios do livro de Mary Kawena Pukui - ‘Olelo No’eau, os quais mostram que os antigos Havaianos também estavam cientes dos Sete Princípios Kupua. 1. 'A'ohe pau ka 'ike i ka halau ho'okahi, - “todo o conhecimento não é ensinado na escola”, que é uma variação sobre a idéia que há muitas fontes de conhecimentos e muitas maneira de pensar sobre as coisas. 2. ‘A’ohe pu’u ki’eki ke ho’a’o ‘ia e pi’i – “nenhuma montanha é tão alta que não possa ser escalada”, que é uma forma de dizer que nada é impossível e que não há limites. 3. He makau hala ‘ole – “anzol que nunca falha na captura”, é como se diz sobre alguém que sempre pega o que quer. O anzol era o símbolo primário de atenção concentrada e um bom anzol sempre atrairá o peixe, mesmo sem isca. 4. Wela ka hao ! – “ faça-o agora !” 5. He ‘olina leo ka ke aloha – “a alegria é a voz do amor”. 6. Aia no I ka mea e mele ana – “deixe que o cantor selecione a canção”, um modo poético de dizer que o poder vem de dentro. 7. ‘Ike ‘ia no ja loea I ke kuahu – “um perito é reconhecido pelo altar ele constrói", como Mary Pukui coloca, “é o que alguém faz e quão bem ele faz que mostra se é um perito”. Nota do tradutor: ¹ “Coin” é uma palavra inglesa a qual como substantivo, tem vários significados como, por exemplo, moeda ou disco de metal, e como verbo significa “fazer, inventar, fabricar”.

OS CORDÕES AKA E O EMARANHADO QUÂNTICO por Jim Fallon do texto original “Aka_Threads_and_Quantum_Entanglement” Tradução de Luiz Carlos Jacobucci (Brasil) O emaranhado quântico lida com o aspecto físico de dois ou mais objetos. Ele nos revela que se dois objetos interagem entre si e depois se separam, os dois objetos permanecem sob a influência um do outro, contanto que não sejam observados. Quando um dos objetos é observado, o outro objeto instantaneamente se comporta como se ele também estivesse sendo observado, mesmo que os dois objetos estejam separados por uma grande distância. Após a observação, os objetos se comportam independentemente um do outro. O Emaranhado Quântico supõe a existência de algum tipo de conexão entre estas partículas. O conceito Havaiano de aka supõe o mesmo. Como o Dr. King expressa em seu artigo “O Corpo de Deus”, “tudo com o que

você entra em contato através de qualquer um dos sentidos resulta na criação automática de um cordão aka ‘pegajoso’ que serve como uma ligação contínua entre você e o que você contatou, que é ativado pelo pensamento e que torna mais fácil um futuro contato”. Utilizando uma metáfora um pouco diferente, ele também diz, “quando, por exemplo, você pega uma pedra, o campo aka da pedra retém uma impressão do seu padrão de energia e o seu campo aka retém uma impressão do padrão da pedra”. O que a física Quântica está dizendo é que no mundo quântico do “diminuto”, há uma interconectividade entre todas as coisas. Essa é a mesma concepção que o povo indígena tem. Você pode intencionalmente criar “cordões ou ligações aka” com um pouco mais de energia focalizada e também pode dissolvê-los assim como dissolver quaisquer cordões que não estejam mais servindo para uma finalidade útil. Para fazer uma conexão mais consciente, imagine claramente um centro de poder como uma cor projetando uma luz intensa curvando-se para cima e para fora, para se conectar com o centro de poder de outra pessoa, como o topo da cabeça, as sobrancelhas, os ombros ou o coração. Por exemplo, um simples exercício de visualização conduzida poderia ser: Imagine uma conexão entre os centros de poder das testas. Visualize uma luz violeta intensa emanando do centro da sua testa... imagine essa luz. Crie essa luz com o poder da sua mente. Veja a luz se projetando para fora, conectando o centro da sua testa com o centro da testa da outra pessoa. Outra ligação aka bastante eficaz que também pode ser conduzida por uma pessoa no seu “jardim mental” seria imaginar as cores e os cordões se conectando com uma outra pessoa em um local distante. Esta é a verdadeira telepatia intensificada – intensificada pelo cordão aka. Esta técnica pode ser aplicada na prática em entrevistas com empregadores em potencial. Antes de uma entrevista, estabeleça um cordão aka entre você e o possível empregador. E depois de estabelecida a conexão, imagine as informações e as imagens de como e porque você seria a escolha certa para esta posição. Também é possível utilizar a técnica de cura do Piko Piko “raiz”, para uma aplicação de cura à distância. No seu jardim mental, estabeleça um cordão que se projeta, por exemplo, do centro do seu coração ao centro do coração do cliente, e um outro cordão da área crítica do cliente a um ponto equivalente no seu corpo. Depois, estabeleça um terceiro cordão que se estende da base da sua espinha até a Mãe Terra. Esta conexão com a Mãe Terra não é para ser estabelecida no corpo do cliente. Ela é criada para você transferir estas energias para serem absorvidas pela Mãe Terra e serve, principalmente, como uma capa psicológica para você. Em seguida, apenas desloque sua atenção de um cordão para o outro. Pode-se utilizar cordões com diferentes cores para facilitar o deslocamento da atenção. Para dissolver o cordão, apenas imagine–o se dissolvendo, desaparecendo ou simplesmente sendo cortado. A pessoa também pode viajar para o seu jardim mental e lá solicitar a todos os cordões que não estiverem mais servindo para uma finalidade benéfica que se mostrem no jardim como ervas daninhas. Depois, pegue uma ferramenta do seu armário de jardinagem e comece a remover e a

cortar estas ervas daninhas. A pessoa também pode se valer do misterioso povo Menehune cujos poderes mágicos sempre estiveram disponíveis aos seres humanos amistosos e obter a ajuda deles na limpeza do seu jardim.

RESPOSTA PARA UMA DIFÍCIL QUESTÃO por Serge Kahili King do texto original “An_Answer_to_a_Tough_Question” Tradução de Luiz Carlos Jacobucci (Brasil) Ao longo dos anos, muitos têm me perguntado porque algumas coisas acontecem com tanta facilidade para algumas pessoas enquanto outras têm que se esforçar muito para colocá-las em prática. E porque uma pessoa considera que certas coisas se realizam com facilidade enquanto outras coisas são muito difíceis de programar. A pergunta sempre me faz lembrar de um anúncio que vi uma vez em uma revista que mostrava dois bebês de fraldas sentados em um cobertor. O bebê da esquerda estava tranqüilo, olhando para a câmera e segurando uma colher de prata na boca. O bebê da direita estava com o que poderia ser descrito como um olhar de cobiça, estendendo a mão para pegar a colher. A mensagem era que algumas pessoas nasceram para a riqueza enquanto outras têm de fazer algo para alcançá-la. Entretanto, isso ainda deixa a questão em aberto, e ela não se restringe à riqueza. Certas coisas são mais fáceis para certas pessoas e mais difíceis para outras em todas as áreas da vida. E por quê? Há muitas respostas, dependendo da sua filosofia e da sua cultura. A predestinação é uma das respostas. Nesta filosofia, tudo é predeterminado de alguma forma por Deus ou por um Destino impessoal. O lado positivo é que isso não é sua culpa. O lado negativo é que isso deixa você impotente. Outra resposta é o “carma”. A concepção popular desta idéia é que sua experiência nesta vida é determinada por seu comportamento em uma vida anterior. O lado positivo é que se você foi uma boa pessoa, desta vez sua vida será boa, e o lado negativo é que se você foi uma má pessoa, você terá que pagar a sua “dívida cármica” e vivenciar as coisas más que fez aos outros. Dois outros pontos negativos, naturalmente, são que isso também o deixa impotente e que a culpa é sua. A terceira possibilidade é que tudo é Vontade de Deus. Deus tem um Plano no qual você deve representar um papel, mesmo que Ele não diga a você qual é esse papel. O lado positivo é que tudo é culpa de Deus. O lado negativo é que não importa o que você faz ou deixa de fazer – Deus sempre decidirá o desfecho. Há muitas outras respostas, naturalmente, incluindo a bastante popular que diz que tudo de bom que acontece é devido a Deus, e tudo de mau que acontece é por culpa do Diabo, mas a maioria delas é apenas uma variação sobre o tema da impotência humana. Então, vamos pular todas as outras e partir diretamente para a filosofia Huna. Caso você ainda não a tenha memorizado, a filosofia Huna diz que o mundo é o que você acredita que ele é, não há limites, a energia flui para onde a atenção é colocada, agora é o momento do poder e a eficácia é a medida da verdade. Neste contexto, a resposta à pergunta do início

do artigo é que tudo depende do que você acredita sobre si próprio e sobre a vida. Neste momento você está manifestando em sua vida tudo muito automaticamente, sem qualquer esforço aparente. Quando você não tem bloqueios com relação a uma determinada situação, o pensamento mais insignificante pode trazê-la para que você a experimente. As pessoas que aparentemente têm uma sorte extraordinária em determinadas áreas, simplesmente não têm medos ou dúvidas para se embrenharem nessas áreas. Assim, podem tomar decisões sobre um assunto relacionado a essas áreas e fazê-lo acontecer com facilidade. Quando você quer mudar condições muito antigas da sua vida, de forma consciente, você geralmente deve empregar muito tempo e energia para manifestar essa mudança. Isso acontece porque você também deve mudar as crenças que o conduziram à sua condição atual. Quando parece que as coisas estão acontecendo por conta própria, isso ocorre porque você não está notando uma mudança mais gradual nas crenças que está ocorrendo em um nível “subconsciente”. Você manifesta sua própria realidade. Mas é o “você” total que faz isso, não apenas a mente consciente. Mais precisamente, o seu Eu Superior cria a sua realidade de acordo com as crenças estabelecidas por você na sua mente Ku. E essas crenças são fixadas através da atenção focalizada e da repetição efetuadas por sua mente Lono. Para mudar sua experiência, você deve mudar a si próprio. A regra da vida é que você obtém aquilo em que você se concentra. Esteja certo de que você sabe exatamente onde está colocando o seu foco. Muitos acreditam que estão colocando foco em ter saúde, riqueza, amor, sucesso ou espiritualidade quando estão, na verdade, colocando foco na falta destes. A manifestação de algo muito diferente em sua vida irá depender da força da sua motivação, da persistência do seu foco naquilo que você quer, e não naquilo que você não quer, e do grau de confiança que você tem em que o Universo irá ajudá-lo a obter o melhor resultado possível de acordo com estes fatores. VIBRAÇÃO CÓSMICA DO OLHO DE KANALOA por Jim Fallon do texto original “Cosmic_Vibration_of_the_Eye_of_Kanaloa” Tradução de Luiz Carlos Jacobucci (Brasil) O olho de Kanaloa é simbólico e real. Ele é o verdadeiro “Portal Estelar” do xamã. Coloque sua atenção no centro do símbolo onde está a estrela de sete pontas. Observe os círculos ou anéis dentro da estrela. Há três círculos ou anéis internos. A luz da estrela pode ser vista por todos. Suavemente, feche seus olhos e, com eles fechados, observe o nível de escuridão. Agora, com os olhos ainda fechados, eleve suas sobrancelhas e observe quanto a escuridão se torna mais clara. Isto acontece porque você está pressionando levemente a área no centro das sobrancelhas, o olho de Kanaloa. Essa é a verdadeira luz da estrela no olho de Kanaloa. Ao longo dos tempos, esta luz foi chamada de olho solitário, terceiro olho, ponto da sabedoria e olho espiritual. Esta energia irradia como as luzes dos sete princípios ou sete centros que compõem o corpo e formam o restante do símbolo como é descrito pelo Dr. King em seu artigo “O Olho de Kanaloa”. A

energia ou luzes que formam a estrela de sete pontas irradia a partir dos círculos dentro da estrela. O círculo externo é percebido por muitas pessoas quando executam neste ponto o piko-piko(1) com uma luz dourada. O próximo círculo interno é um disco azul opalino e o último círculo interno tem a cor branca. Dentro do círculo dourado você percebe as energias primordiais da criação física; o substrato (essência) de forma grosseira; à medida que você faz uma viagem astral e penetra no círculo dourado, você experimenta o amanhecer dourado da vida astral e entra no jardim da criação – o seu jardim. O próximo círculo interno percebido por muitos quando levantam as sobrancelhas é o disco colorido azul. Este disco se estende telescopicamente formando um túnel no qual, quando é penetrado, a pessoa experimenta um estado mais elevado de consciência e uma mente mais equilibrada. O círculo mais interno é percebido por algumas pessoas apenas como um lampejo momentâneo de um pequeno ponto de luz branca. Algumas vezes este círculo interno é chamado de portal estelar prateado, e este círculo ou anel é flutuante, ou tem um movimento de abre-e-fecha. É o verdadeiro portal estelar da viagem astral. Astral significa simplesmente aquelas forças mentais que precipitam e dão forma ao universo físico como nas sete pontas da estrela que cria o universo e formam os sete princípios de huna. Enquanto sua mente estiver ativa, o círculo mais interno expandirá e contrairá. Se a mente for acalmada com o piko-piko, o círculo se manterá aberto. Apenas ao ver o olho, ao reconhecê-lo, é que você será capaz de mover-se através dele, com facilidade e com consciência. Este é um método simples de Viagem Astral. Faça o pikopiko da base da coluna até o centro da testa. Isto significa que, ao inspirar, coloque sua atenção na base da coluna e, ao expirar, coloque sua atenção no centro da testa, e observe a luz branca prateada. Se você quiser fazer uma viagem astral, com a atenção colocada no Olho de Kanaloa, durante a inspiração, mantenha sua intenção no local para onde você quer viajar e, durante a expiração, imagine que sua consciência está se projetando cada vez mais em direção ao universo astral. Apenas se o círculo se mantiver aberto você poderá se movimentar para Esse (universo astral) que está distante de você. Nota do tradutor: (1) piko-piko – técnica ou exercício de respiração feita colocando a atenção em um ponto do corpo enquanto inspira e colocando a atenção em um segundo ponto do corpo enquanto expira - pode ser encontrada em “Xamã Urbano”, livro de Serge Kahili King, publicado em português, no Brasil. CURA COMPLEMENTAR por Jim Brinkley do texto original “Complementary_Healing_-_Part_I” Tradução de Luiz Carlos Jacobucci (Brasil) O Grande Debate Ao longo das últimas décadas, cada vez mais pessoas têm se mostrado insatisfeitas com a medicina tradicional ocidental, particularmente com a forma como é praticada nos EUA. Há muitas razões para isto. Uma delas é que, a medicina ocidental, enquanto é tecnologicamente maravilhosa, tem se tornado cada vez mais fria, impessoal e desprovida de compaixão.

Exigimos que nossos médicos sejam treinados, examinados, certificados e que recebam uma educação médica continuada, tudo isso de forma padronizada e rígida. Isto é bom, porém faz com que nossa comunidade médica concentre-se cada vez mais na tecnologia e menos nos relacionamentos. Em outras palavras, temos a tendência demasiada de padronizar o atendimento a ponto de começarmos também a padronizar os pacientes! Outro problema é que nós, como sociedade, chegamos a crer, e a exigir, que o atendimento médico é um direito que deveria ser concedido por nosso empregador, nosso governo ou pago por terceiros. Ao fazermos isso, nos eximimos da responsabilidade de pagar por nosso atendimento e, ao invés disso, a transferimos a esses terceiros. Como pagadores, esses terceiros, naturalmente, passaram a exigir o direito de se envolverem na decisão de quem recebe qual tipo de atendimento e em que nível. Isto tem sido cada vez mais enfatizado no sistema HMO(1) de atendimento administrado. “Atendimento administrado” é um eufemismo para “atendimento racionado”. É importante entender que o atendimento médico, e tudo o mais, sempre foi racionado. No passado, era racionado com base na disponibilidade que uma pessoa tinha para pagá-lo. O rico podia pagar o melhor atendimento: os médicos mais notáveis, a tecnologia mais avançada, quartos ou suítes hospitalares particulares e todo conforto que o dinheiro podia comprar. A classe média trabalhadora comprava seguros médicos que forneciam médicos de qualidade e experientes, tecnologias atualizadas, quartos hospitalares semiprivados e conforto razoável. Os pobres eram recebidos em hospitais-escola municipais e atendidos por residentes médicos em treinamento supervisionados por voluntários do grupo de médicos que atendiam aos dois grupos anteriores. Os pacientes pobres eram alocados em enfermarias com muitas camas, atendidos com tecnologia apenas satisfatória e sem qualquer conforto adicional. No atendimento administrado, o tratamento médico é racionado de uma nova forma denominada “tarifa per capita”. Os médicos não são pagos pelo trabalho que realizam, mas a eles é alocado um valor fixo por mês para cada paciente que atendem. Este sistema é baseado na suposição de que todos devemos receber o mesmo tipo de tratamento. Assim, os recursos são igualmente distribuídos entre todos os grupos e a qualidade do atendimento é, em muitos casos, enquadrada na faixa do medíocre. Freqüentemente cria-se um sistema conflituoso com médicos e pacientes de um lado e o HMO do outro. Em alguns casos há conflitos até mesmo entre os pacientes que tentam obter o tratamento que desejam e os médicos que são autorizados a dispor apenas de um determinado valor fixo por paciente, sem levar em conta o tipo de tratamento que este necessita. Há vinte e cinco anos atrás, quando eu exercia no Havaí, havia tempo para conversar com cada paciente, indagar sobre suas famílias, contar uma estória e dar algumas risadas. Os pacientes normalmente traziam pequenos presentes e pagavam suas contas com prazer. Agora, quase não tenho tempo para discutir os pontos importantes da doença e do tratamento de um paciente antes de passar para o próximo paciente. Muitas pessoas acreditam que até mesmo a pequena

parcela que pagam por seu seguro é ainda muito alta. Com todas essas mudanças no nosso sistema de atendimento de saúde, não é de estranhar que pessoas de todos os lugares estejam se desiludindo. Cada vez mais empresas de seguro estão deixando o campo de atendimento médico. Cada vez mais médicos estão se aposentando mais cedo ou mudando de carreira. Cada vez mais pacientes estão buscando outros tipos de cura. A esta altura acredito ser importante lembrar dos incríveis avanços que a medicina ocidental nos tem dado. Temos isto tão bem estabelecido que nos esquecemos que há apenas um século atrás as pessoas rotineiramente morriam de doenças que hoje em dia apenas raramente nos incapacitam. Meu avô morreu aos 21 anos de pneumonia porque ainda não havia antibióticos. Todo ano, como crianças, meus amigos e eu temíamos o surto de poliomielite e sabíamos que alguns de nós passaríamos o resto de nossas vidas paralisados, dependentes de um longo tubo chamado de pulmão artificial, que respiraria por nós até a nossa morte. Apenas neste século os diabéticos puderam viver o bastante para criar seus filhos. A lista de partes do corpo desgastadas que podem ser substituídas com técnicas cirúrgicas modernas é impressionante e cresce a cada ano. As cirurgias são, com freqüência, realizadas em pacientes sem a necessidade de internação e as longas e desgastantes permanências em hospitais são coisas do passado. O que podemos fazer para voltar a ter o atendimento médico na América como o melhor do mundo? Como uma pessoa treinada e experiente em ensino, tanto da medicina ocidental quanto em técnicas de cura espiritual Havaiana, talvez eu tenha uma perspectiva que seja aplicável. Acredito que existam dois aspectos. Primeiro, ao escolhermos dar ênfase a tecnologias e medicamentos cada vez mais novos, precisamos encontrar o dinheiro para pagar por eles. Ninguém sabe onde esse dinheiro pode ser encontrado. Acredito que apenas possa ser encontrado se cada um de nós, como indivíduos, começasse novamente a assumir a responsabilidade por nossas próprias vidas e escolhesse pagar mais por um seguro médico de alta qualidade. Em outras palavras, cada um de nós deve reconhecer o valor do atendimento médico e estar disposto a pagar por ele. Segundo, precisamos entender que os métodos complementares de cura podem muitas vezes reduzir e, em alguns casos, eliminar nossa necessidade por uma medicina tecnológica cara da qual passamos a depender. Podemos todos nos beneficiar enormemente da exploração desses métodos. Muitos médicos estão começando a entender isso, assim como a sociedade em geral. Na edição de janeiro de 2001 do Honolulu Magazine havia um artigo intitulado “Estabelecendo um Preço para o Mana”, que discutia as tentativas preliminares de incluir alguns métodos de cura tradicionais Havaianos em uma clínica médica ocidental de primeira linha de Waimanalo. No Relatório de Atividades do Comitê Médico da Califórnia de janeiro havia uma nota declarando que uma nova lei da Califórnia determinava que o Comitê investigasse os métodos de cura “alternativos” e que incorporasse em sua área de operação aqueles que fossem eficazes. Há cerca de dois meses, acessei este website da Aloha

International para verificar as atualizações. Notei uma frase na página inicial que não tinha visto anteriormente. Ela dizia, “Aloha International - os melhores recursos de cura alternativa do mundo”. Perguntei ao Serge se aquilo era novo. Ele me disse que já estava no site há algum tempo, mas em um local menos destacado. Sugeri que a palavra “alternativa” fosse substituída pela palavra “complementar” pois, para mim, o termo “cura alternativa” subentende que uma pessoa deve escolher um método ao invés do outro enquanto que o termo “cura complementar” sugere que vários métodos ou sistemas podem ser utilizados ao mesmo tempo. Serge contra-argumentou dizendo que, para ele, “complementar” sugere que um método é melhor que o outro. Para mim não significa isso de maneira alguma. Como exemplifiquei para Serge, um bom vinho complementa uma boa comida e uma boa comida complementa um bom vinho. Não há nada nessa sentença que diga que a comida seja mais importante que o vinho ou vice-versa. Ele deve ter levado em consideração o que eu disse, pois hoje a frase pode ser lida, “Aloha International - os melhores recursos de cura alternativa e complementar do mundo”. Do ponto de vista do Huna, esta distinção é importante. Para os novatos leitores do website do Huna International e nos estudos de Huna em geral, a sabedoria tem como base sete princípios e quatro realidades que são explicados na página “Info and Articles”. Para nossa discussão atual, aplica-se o Sétimo Princípio, “A eficácia é a medida da verdade”. Em outras palavras, use aquilo que funciona! A medicina ocidental destaca-se na realidade física que é o domínio da separação. Ela tende a ignorar as outras três realidades nas quais muitos dos métodos de cura complementares se destacam. A cura genuína pode apenas ser alcançada quando todos os quatro níveis forem levados em consideração. Logo, a associação da tecnologia física da medicina ocidental com as tecnologias emocional, mental e espiritual dos outros sistemas conduz à cura efetiva otimizada. Apresentarei alguns exemplos na seqüência. Aloha ame malu do texto original “Complementary_Healing_-_Part_II” Até aqui apresentei a vocês algumas das minhas considerações de porque existe tanta insatisfação com a medicina ocidental contemporânea e porque, em contrapartida, muitas pessoas estão se voltando para os métodos de cura alternativos. Também os lembrei dos incríveis avanços na saúde que a medicina ocidental tem nos dado. Sugeri também que, talvez, a forma mais ideal de alcançar a cura fosse a combinação da medicina tecnológica ocidental moderna, a qual se destaca no aspecto físico da realidade, com outros métodos de cura, os quais se destacam nos aspectos emocional, intelectual e espiritual da realidade. Salientei que muitos órgãos governamentais e médicos respeitados concordam com essa idéia. Também sugeri que, desde que esses outros métodos possam ser efetivamente associados à medicina ocidental, ao invés de serem aplicados em substituição a ela, é útil pensar neles como métodos complementares de cura. Antes de apresentar algumas formas de combinar os métodos de cura Huna com qualquer tratamento médico ocidental que você possa estar recebendo, gostaria de explicar porque a maioria dos médicos formados no ocidente não

apóia a utilização da cura complementar. Nossos médicos estão sujeitos a padrões rigorosos. Nós nos submetemos a um treinamento extensivo. Temos de passar por exames escritos extensos e difíceis para obtermos nossa licença e por exames escritos e orais muito mais extensos e árduos para nos certificarmos em uma especialidade no Conselho de Medicina. A re-certificação é exigida a cada década, o que significa outros testes adicionais. Também nos deparamos com a possibilidade de uma auditagem prática a qualquer momento por representantes do governo federal (Medicare e Medicaid), companhias de seguro e conselhos regionais. Parte destas auditagens verifica se o médico está praticando a Medicina com Base em Evidências. Isto significa que a utilização de todos os exames de diagnósticos pedidos, as decisões de tratamento tomadas e os procedimentos realizados devem ser sustentados, sempre que possível, por estudos científicos aleatórios, prospectivos e doubleblind(2) publicados em respeitados jornais médicos revisados por especialistas. Em outras palavras, uma vez que a medicina é hoje considerada uma ciência, é exigido que os médicos apenas utilizem aquilo que é rigorosamente fundamentado pelo método científico. O método científico é, naturalmente, bastante conhecido e respeitado como um meio de determinar se alguma coisa é válida no mundo físico. Entretanto, a maioria dos médicos está bastante ciente de que a medicina não é apenas uma ciência, mas também uma arte e que os aspectos emocionais, mentais e espirituais da cura são igualmente importantes. Os médicos não são capazes de inserir formalmente esses aspectos na prática médica, pois elas não podem ser comprovadas através do método científico, o qual apenas lida com a realidade física. Apesar disso, muitos médicos reconhecem a utilidade da cura complementar. Pelo menos uma escola de medicina, na atualidade, tem um Departamento de Medicina Alternativa (naturalmente, acho que seria melhor chamá-lo de Departamento de Cura Complementar). Então, como poderíamos utilizar as técnicas de cura complementar do Huna para ampliar o excelente atendimento médico que o nosso sistema com base científica fornece? Nos termos deste artigo, a realidade física é o aspecto da realidade onde tudo é separado. Tudo tem um começo e um fim. Vemos limites (contornos, fronteiras) em tudo. A realidade emocional é o aspecto da realidade onde tudo está conectado. Cada ação que tomamos e cada pensamento que temos influenciam todo universo. Os limites podem ser eliminados. A realidade intelectual é o aspecto da realidade onde tudo é um reflexo. Seus sonhos são um reflexo da sua vida, mas sua vida também é um reflexo dos seus sonhos. Mude um deles e você mudará o outro. Os limites começam a se dissolver. A realidade espiritual é o aspecto da realidade onde tudo é uma coisa só. Cada um de nós é uma parte de um todo maior e, ao mesmo tempo, somos o todo. Não há limites. Tudo é energia. Uma forma de energia é a consciência, ou seja, o pensamento. Tudo que existe no mundo físico primeiramente existe no pensamento. Pensamentos persistentes, focados e acompanhados por emoções fortes, positivas ou negativas, posteriormente irão se manifestar no mundo físico. Estes pensamentos podem

ser conscientes, subconscientes ou a combinação dos dois. As técnicas de cura Huna fazem uso das nossas imaginações para criar pensamentos suficientemente poderosos para manifestar qualquer realidade física que desejarmos, incluindo a cura de doenças. A medicina ocidental cura pela mudança da realidade física da doença. As técnicas de Huna curam pela mudança dos padrões de pensamento que criam a realidade física da doença por padrões de pensamento que criam a realidade física da saúde. Um dos princípios do Huna estabelece que todo poder vem de dentro. Desta forma, toda cura vem de dentro. Mesmo quando alguém é curado com o auxílio da medicina ou da cirurgia modernas, a verdadeira cura é feita pelo paciente. Os médicos, assim como todos os outros curadores, são, na verdade, facilitadores da cura. Toda cura é feita pelo paciente. Isto torna o Huna ideal como um método complementar de cura, pois o paciente pode ser facilmente ensinado a utilizá-lo. Os curadores, familiares, amigos e outras pessoas que amparam o paciente também podem ser ensinados a utilizá-lo em nome do paciente assim como curar seus próprios sofrimentos causados pela doença do paciente. Vamos explorar agora duas das técnicas de cura mais simples do Huna. Em Huna, falamos dos três EUS: nossa mente subconsciente que memoriza (ku), nossa mente consciente que decide (lono) e nossa mente superconsciente que cria (aumakua). Ku é a mente do nosso corpo, a parte de nós que está diretamente envolvida com a cura do corpo, assim como com a criação da doença(3). Toda doença é vista como um desequilíbrio entre tensão e relaxamento. Momentos de tensão (estresse) são uma parte normal da vida, mas devem se alternar com momentos de relaxamento (bem estar). O estresse prolongado trará uma sensação de falta de bem estar o qual, se persistir, irá, em última instância, se manifestar como uma doença física. Antes que isso ocorra, o ideal é que o estresse seja tratado com recursos não-físicos. Uma das mais poderosas técnicas do Huna é a comunicação com a mente Ku da pessoa. A maneira mais simples de fazer isso é conversar consigo mesmo. A próxima vez que você sentir que um resfriado está se aproximando, tome o acetominofen, os anti-histamnicos e os descongestionantes, mas, em seguida, sente-se em um local tranqüilo e tenha uma conversa consigo mesmo. Pergunte-se que estresse está fazendo com que você se sinta doente. Pode ser um problema no trabalho, algo que esteja acontecendo em sua família ou alguma coisa em sua existência que o faz sentir medo, culpa ou ter dúvida sobre sua habilidade de lidar com a situação. Desde que você identifique o que provocou esse estresse adicional, decida o que você pode fazer objetivamente sobre isso. Lembre-se que, enquanto a doença pode ser uma fuga temporária, ela não resolve o problema. Prometa a si mesmo que logo você terá o problema resolvido e que, quando isso acontecer, você dará à sua mente ku uma recompensa. Esta recompensa deve ser algo físico, como um alimento favorito, um dia de descanso na praia ou uma massagem. Após praticar isto por um certo tempo, você poderá ter uma agradável surpresa de que os sintomas do resfriado ocorrerão com muito menos freqüência do que antes. E,

quando ocorrerem, você será capaz de livrar-se deles em poucas horas, apenas lembrando sua mente ku de que o resfriado não é a maneira mais eficaz de lidar com seus problemas. Você nem mesmo poderá ter a necessidade de abrir aqueles frascos de remédio. Outro princípio do Huna estabelece que a energia flui para onde a atenção é colocada. Os seres humanos são transformadores de energia tanto espiritual quanto física. Nós absorvemos energia do universo, a amplificamos e a redirecionamos para atingir um objetivo. Podemos facilmente utilizar este princípio para curar. Na próxima vez que você sentir dor em alguma parte do seu corpo, experimente isto. Escolha um ponto de poder. Pode ser o topo da sua cabeça, que representa sua mente que pensa, ou o seu umbigo, que representa sua mente que sente. Pode ser também qualquer um de vários outros pontos tais como o centro do seu peito, um ombro, o quadril ou a palma de uma das mãos. Escolha um ponto de poder o mais longe possível do ponto onde está a dor. Inspire lenta e profundamente, enquanto se concentra no ponto de poder escolhido. Então expire vagarosamente concentrandose no ponto onde está a dor. Faça isto em ciclos de quatro. (As palavras são muito poderosas e, em Havaiano, a palavra ha significa quatro, mas também significa respiração.) Lembre-se de se concentrar no ponto de poder a cada inspiração e no ponto de dor a cada expiração. Faça tantos ciclos de quatro quantos desejar. Observe, então, a sua dor. Você pode se surpreender ao descobrir que ela diminuiu sensivelmente e que, com a prática, ela desaparecerá com uma rapidez incrível. Naturalmente, a dor indica que sua mente ku está estressada. Se você não procurar pela causa desse estresse e resolvê-la, a dor simplesmente reaparecerá ou irá se manifestar em outro lugar. Há muitas outras técnicas de cura Huna mais avançadas e muito eficazes. Uma das minhas favoritas é a kaulike, a qual é uma forma mais avançada de transferência de energia. É muito útil no auxílio da insônia, falta de concentração e depressão moderada. Outra que utilizo freqüentemente é a la’a kea, a luz da harmonia. Esta técnica é particularmente útil ao atuarmos na cura de outra pessoa. Você pode aprender estas técnicas, assim como muitas outras, participando do Curso de Cura de Huna Havaiano (veja o Calendário de Atividades neste site) oferecido por Serge e Susan. Você não aprenderá apenas os fundamentos básicos da cura complementar ao estilo Huna, mas também terá maravilhosas experiências físicas, emocionais, intelectuais e espirituais na bela Ilha Garden de Kauai. Aloha ame malu. do texto original “Complementary_Healing_-_Part_III” Sinergia Sinergia é um termo freqüentemente usado na medicina. Quando duas drogas (ou outros tratamentos) são sinérgicas, elas não apenas trabalham em conjunto, mas seus efeitos combinados são, na realidade, maiores que o efeito que se poderia prever a partir da soma dos efeitos individuais. De certa maneira, cada uma delas realça o poder da outra. O mesmo princípio é verdadeiro quando a cura física ocidental moderna é combinada com outras técnicas de cura tradicionais, tais como as do Huna ensinadas pela Aloha International. Um corolário derivado do terceiro princípio do Huna na tradição

Kahili estabelece que “tudo é energia”. Se tudo é energia, então tudo que é novo começa com energia. É a consciência que transforma a energia em experiência. Como o primeiro princípio (“o mundo é o que você pensa que ele é”) nos mostra, tudo existe no pensamento antes de existir na realidade física. Os pensamentos que forem mais focados (concentrados), mais persistentes (repetitivos) e mais emocionais, assim como os que forem reforçados com linguagem, imagens e postura, são os que mais provavelmente se manifestarão fisicamente. Assim, uma pessoa pode normalmente assumir que as coisas que são fisicamente bastante concretas necessitaram de um grande esforço mental para serem criadas. Na teoria, um mestre xamã ou, em alguns casos, qualquer pessoa pode criar ou destruir uma realidade física concreta com um único pensamento. Na atualidade, muito poucas mentes aprenderam a fazer isso. Estas idéias se aplicam à saúde e à doença assim como a outros aspectos de nossa experiência. A doença(3) é resultado da tensão, que é uma resistência ao estresse. O estresse é uma parte normal da vida, seja ele físico, emocional, mental ou espiritual. Entretanto, o estresse normalmente se alterna com o relaxamento. Se este ciclo for interrompido pela resistência, isso pode resultar em tensão e, posteriormente, em doença(3). A resistência é quase sempre devida ao medo e à raiva ou a uma derivação de uma delas como a incerteza, a dúvida, o ressentimento ou a culpa. A resistência ao estresse é controlada por nossa mente subconsciente (ku). Se nosso pensamento subconsciente está alinhado (em sintonia) com nosso pensamento consciente, incríveis manifestações físicas irão ocorrer. Isto será negativo ou positivo, dependendo da natureza dos pensamentos alinhados. Obtemos aquilo que pensamos. Se obtivermos uma doença(3), isso se deverá à tentativa do nosso subconsciente de nos alertar sobre a resistência e a causa subliminar dessa doença. Se ignorarmos a mensagem, nosso subconsciente continuará a repetila cada vez mais intensamente. Se uma pessoa tem uma doença(3) relativamente leve, tal como um desarranjo estomacal, ela pode considerar que um pensamento não muito intenso foi necessário para criá-la. Conseqüentemente, um pensamento não muito intenso será necessário para eliminá-la. Uma técnica simples como a do piko-piko ou do kahi normalmente irá resolver o problema. (Para os que não estiverem familiarizados com essas técnicas(4), elas são ensinadas, junto com outras técnicas xamânicas de cura, em vários cursos listados na página Workshops deste website.) Se, neste ponto, falharmos em agir para aliviar a resistência, nosso subconsciente continuará a resistir e a nos enviar mensagens mais contundentes. Uma doença mais séria, como uma febre estomacal (intestinal), pode ocorrer a partir deste pensamento mais concentrado, mais prolongado, mais emocional e/ou mais reforçado. Normalmente, um pensamento mais concentrado, mais prolongado, mais emocional e/ou mais reforçado será necessário para restaurar o equilíbrio (saúde). Técnicas de cura xamânicas mais avançadas serão exigidas. Entretanto, um novato nessas técnicas pode ter dificuldade de aplicá-las durante períodos de desconforto. Além disso, uma pessoa

inexperiente na aplicação dessas técnicas pode não ter confiança suficiente para produzir os resultados desejados. Lembre-se do sexto princípio “todo poder vem de dentro” e do seu corolário “quando você tem a confiança, tem a habilidade”. Neste ponto, seria também sensato empregar algum método físico de cura. Um Kahuna lapa’au (curador que utiliza procedimentos físicos ou ervas) ou o equivalente dos dias atuais, um Doutor em Medicina, podem estar capacitados para fornecer uma medicação que irá auxiliar. À medida que a medicação atua sobre o corpo, ela irá impressionar o subconsciente capacitando-o a parar de resistir e permitindo que o corpo se cure. A propósito, você poderá se surpreender ao saber que a Escola de Medicina da Universidade do Havaí atribui aos seus graduados tanto o título de Doutor em Medicina quanto o de Kahuna lapa’au. Se a resistência não for reduzida até este nível, o subconsciente continuará seu processo através do pensamento e, posteriormente, uma doença mais séria poderá se manifestar (por exemplo, uma úlcera gástrica ou mesmo um câncer). Mesmo estas poderiam ser curadas puramente através do pensamento, porém muito menos pessoas terão a autoconfiança, a auto-estima, o auto-amor e estarão livres do medo e da raiva, condições necessárias para manifestar uma cura por este meio. Uma Alakai (guia espiritual) da Aloha International de fato se curou de uma doença crônica séria utilizando as técnicas de pensamento do Huna. Até que você atinja o nível de perícia e de confiança dessa mulher, entretanto, você pode ter de considerar uma combinação de técnicas de cura. Neste ponto, uma cura física ainda mais agressiva, como uma cirurgia, poderia ser necessária para incutir no subconsciente a necessidade e a liberdade para alterar seus padrões de pensamento e eliminar a resistência. Em outras palavras, manifestações físicas fortes, mesmo que inicialmente criadas no pensamento, geralmente requerem técnicas físicas drásticas para removê-las. Um único pensamento pode fazer isso se for gerado com o poder de alguém com um nível extremamente elevado de consciência, liberdade, concentração, persistência, amor, confiança e sabedoria. Para a maioria de nós, entretanto, é mais fácil destruir um velho prédio com um pouco de dinamite do que com uma imagem em pensamento de um novo parque. Poderíamos escolher voar para Kauai nos transformando em uma nuvem, mas a maioria de nós acha mais fácil pegar um avião! O sétimo princípio (“a eficácia é a medida da verdade”) nos ensina a utilizar aquilo que funciona. Todo curador por excelência começa utilizando métodos de cura menos invasivos e menos perigosos, sejam eles físicos, mentais, emocionais, espirituais ou uma combinação destes. Desta forma, quando a doença surge, tente quaisquer métodos com os quais você se sente mais confortável. Se eles falharem em produzir o resultado desejado na medida desejada, considere a inclusão de outros métodos. Não tenha medo de trabalhar em todos os quatro níveis ao mesmo tempo. Os métodos de cura nas realidades da separação (física), da conexão (emocional), da reflexão (mental) e holística (espiritual) são sinérgicos. Eles não apenas trabalham em conjunto, mas o efeito resultante é maior do que a soma dos seus efeitos individuais. Notas do Tradutor: (1) (2) (3)

(4) HMO (Health Maintenance Organization) - sistema americano de atendimento de saúde, regulamentado por lei, equivalente aos planos de saúde privados no Brasil, onde os segurados têm à sua disposição um grupo de especialistas, hospitais e laboratórios cadastrados para atendimento naquele plano específico. Double-blind - procedimento experimental onde a identidade dos indivíduos que recebem o tratamento testado é desconhecida tanto pelos pesquisadores como pelos indivíduos tratados. Doença – No texto original em inglês a palavra doença foi traduzida a partir da palavra “disease” que foi escrita intencionalmente pelo autor na forma de “dis-ease”. Em inglês, a palavra “ease” pode significar “bem-estar, conforto, alívio, equilíbrio” e o prefixo “dis” equivale ao nosso prefixo “des” que significa “o oposto de”. Portanto, “disease”, como escrito pelo autor, além de significar “doença” também teria a conotação de “um estado de desequilíbrio”. No texto em português não foi possível utilizar esse mesmo recurso interessante para representar a palavra doença. Essas técnicas também podem ser encontradas em “Xamã Urbano”, livro de Serge Kahili King, publicado em português, no Brasil. A MUDANÇA É UMA LEI DA VIDA por Serge Kahili King do texto original “Change_is_a_Law_of_Life” Tradução de Luiz Carlos Jacobucci (Brasil) Nota: Este é um artigo de arquivo de 1975, publicado pela primeira vez na "Ka Manu Newsletter" da época. A mudança é uma lei da vida, a única lei que é normalmente considerada imutável. Estamos vivendo uma época em que a mudança está a passo acelerado como em nenhuma outra época registrada na história. Um fator dominante dessa mudança é a rápida derrubada das barreiras aparentes entre as ciências física e metafísica e a nova abertura das pessoas em todos os níveis para considerar assuntos que seriam inconcebíveis a muito pouco tempo atrás. Além das mudanças óbvias vistas nos jornais e revistas, há uma variedade de coisas acontecendo que nunca chamam a atenção do público em geral. Algumas delas são aparentemente sem importância, mas o significado é profundo para aqueles que podem enxergar as implicações. Um professor de psicologia de Harvard vai à Índia para aprender a meditar. Um famoso astronauta, um dos primeiros a caminhar na lua, afirma que as jornadas interplanetárias futuras poderão ser feitas por viagem astral. Um arqueólogo tradicional volta sua atenção para a Atlântida. A Marinha Americana utiliza varinhas(1) para localizar túneis. Literalmente, milhares de pessoas – gente comum, do dia-a-dia, como o vizinho do lado – estão ingressando, a cada ano, em grupos de controle da mente, experimentando e utilizando as capacidades psíquicas. A título de experiência pessoal, há pouco tempo atrás, fiz uma demonstração em um centro de compras ao norte de Hollywood. Centenas de compradores sem nenhum conhecimento de fenômenos psíquicos viram suas próprias auras, utilizaram com sucesso uma varinha(1) e até mesmo sentiram as emanações de energia de geradores de mana. Na verdade, isso foi menos impressionante que o fato de eu ter sido autorizado a realizar essa demonstração. Sim, uma grande mudança está se

aproximando, mas de que tipo? Sensitivos que prevêem catástrofes e tempos obscuros estão ganhando notoriedade ao prognosticar o fim da terra (ou pelo menos da Califórnia), vendo mudanças como as mudanças físicas de natureza destrutiva da terra. Outros apontam a natureza desumana (?) das guerras atuais, a manifestação em excesso de Cristos ressurrectos, a decadência da religião formal, a modificação do código moral e dizem que o Armagedon está prestes a acontecer e é bom que estejamos preparados para fugir para as colinas e aguardar pelo momento do caos sombrio que se aproxima rapidamente. Após isso, todas as “pessoas do bem” (você e eu) serão chamadas para ajudar a governar o mundo sob a bandeira de um bem que desceu do céu para forçar a todos a nos tornarmos gente decente. Ou há uma vertente que diz que é tarde demais e que o mundo está se aproximando da destruição! Gostaria de ressaltar algumas coisas. Antes de mais nada, em nenhum outro momento da história escrita do homem atual houve tanto altruísmo entre pessoas totalmente diferentes. Considere o fato de que um terremoto no Peru, uma epidemia na África, um furacão em Bangladesh acabam resultando em ajuda espontânea e incondicional na forma de roupas, medicamentos e suprimentos vindos de todas as partes do mundo. Antigos inimigos fazem as pazes e cooperam. Nações se unem para formar organizações de ajuda social e econômica a outras nações. Grandes organizações privadas fazem o mesmo. Temos a tendência de não dar muita importância a isso mas, virtualmente, não se tinha conhecimento disso antes da Segunda Guerra Mundial. Claro que ainda existem guerras terríveis, mas sempre houve guerras terríveis, algumas muito piores do que as que vemos hoje. E também, nunca houve uma produção tão grande de bons trabalhos. Ainda temos guerras, mas agora também temos bons trabalhos. Isso parece um progresso para mim. Em seguida, você deve entender que muitos profetas modernos não conseguem interpretar seus próprios simbolismos e, quando conseguem, eles geralmente exageram. Um terremoto, em uma visão, é quase que invariavelmente um símbolo de grande mudança mental, comumente na vida do próprio visionário. Um sensitivo da atualidade também previu um deslocamento polar que devastaria o mundo em um determinado momento. O momento chegou, passou e nada aparentemente aconteceu. Posteriormente, descobriu-se que houve um deslocamento, mas tão diminuto que não provocou nenhum efeito virtual sobre qualquer coisa. Os sensitivos com foco social, que prevêem grandes mudanças na terra, na realidade estão prevendo grandes mudanças na consciência e nas atitudes e a destruição de velhos modos de vida. Não se esqueça de que criamos nossa própria realidade. Este mundo é nosso e não será totalmente destruído até que todos os nossos EUS superiores se reúnam e concordem que não precisamos mais dele. Espero que isto não decepcione muitos de vocês, mas Cristo não descerá pairando em uma nuvem branca para governar a terra por nós. O Armagedon e a vinda de Cristo são um simbolismo da batalha interna e da percepção da união com o EU superior. Ambos ocorrem em cada um de nós individualmente. O mundo

somente irá mudar na medida que nós próprios mudarmos. Nota do Tradutor (1) varinha ou forquilha – instrumento utilizado na radiestesia, consiste de duas hastes ou ramos unidos pelas extremidades

VIAGEM ASTRAL, VIAGEM NO TEMPO E VISÃO REMOTA por Jim Fallon do texto original “Astral_Travel” Tradução de Luiz Carlos Jacobucci (Brasil) Por séculos, místicos e xamãs têm deixado seus corpos físicos para explorar planos de consciência mais elevados nos mundos astrais. Muitas pessoas têm vislumbrado estes domínios através de sonhos, enfermidades ou de um despertar espontâneo. Viagem astral ou projeção astral é um deslocamento do seu ponto de referência ou uma mudança ao passar de um estado de consciência para outro. Ela envolve a mudança do seu ponto de referência como na Teoria da Relatividade de Einstein: muitas observações são alteradas pela alteração do “método da medida” ou do ponto de referência da observação. É a elevação do “corpo energético” a diferentes planos de consciência e o retorno com a lembrança daquilo que ocorreu. A projeção astral é a bi-localização simultânea do corpo físico em um local e do corpo “energético” em outro. A diferença é que a consciência da pessoa é transferida para esse corpo “energético”. Quando o corpo “energético” retorna, a jornada é lembrada em função do grau de continuidade da consciência que o viajante desenvolveu. A projeção astral é usada para angariar conhecimento. Viagem e jornada no tempo: Ka Waena Iho (O Jardim Pessoal). Siga as instruções dadas pelo Dr. King em Xamã Urbano(1): “Imagine um jardim interior com tudo que você quiser para ampliar sua energia tanto quanto desejar”. Este é também o “mundo intermediário”. Esta é a dimensão espiritual do nosso mundo físico. É para onde os índios Nativos Americanos exploradores iam para fazer o reconhecimento da real condição do terreno, para a caça e a proteção das tribos. A viagem astral ao mundo intermediário ocorre no tempo atual. Você pode simplesmente ir para o seu jardim interior, ver um caminho direto para fora à sua frente e percorrê-lo com uma intenção e um propósito claros da sua jornada. Outra maneira é percorrer esse caminho, chegar a um portal, passar através dele e virar à direita para prosseguir sua jornada. A Visão Remota, outro termo para Viagem Astral, é uma forma de projetar-se mentalmente até outra pessoa ou a um local distante e observar com seus olhos interiores o que está ocorrendo lá, o que a pessoa focalizada está fazendo e/ou os detalhes do local distante. Sua consciência mental é simplesmente expandida até esse local distante. Execução da Visão Remota: assim que estiver relaxado e à vontade no seu jardim, comece a visualizar a pessoa (ou o local) que gostaria de ver. Capture a essência da pessoa ou do local em sua mente – sua aparência, como se move, o som da sua voz – tudo. Então, se quiser se conectar, ao passar pelo portal e virar à direita, diga: “Eu quero agora receber a informação de onde (nome da pessoa ou do local) está, o que está fazendo, o

que está sentindo, etc...” Esteja alerta para tudo que se manifestar – cada pensamento, sensação e emoção. Para retornar, dirija-se novamente ao portal, atravesse-o virando à esquerda para entrar no seu jardim. Outro método para fazer isto é apenas visualizar seu jardim se transformando lentamente e se tornando o local exato para onde você quer viajar ou então que o caminho se altera na direção da pessoa e do local que você quer visitar. Outra técnica que pode ser aplicada nas viagens no tempo é o Dispositivo de Tempo. Apenas imagine que a palma da sua mão esquerda é o mostrador de um relógio que indica uma data. Mentalmente, com o dedo indicador da sua mão direita, aponte para o relógio da mão esquerda e ajuste a hora e a data desejadas girando o dedo indicador uma volta para cada incremento de tempo desejado. Por exemplo, para adiantar dez unidades de tempo, gire o mostrador do relógio dez vezes no sentido horário. Para voltar ao passado dez unidades de tempo, gire o mostrador do dispositivo dez voltas no sentido anti-horário. Outras Jornadas Lanikeha (O Mundo Superior). Para entrar a partir do seu jardim interior, passe por uma abertura no céu, suba uma montanha ou apenas flutue até passar por uma entrada para o mundo superior. O Dr. King explica no Xamã Urbano(1) que o objetivo é ouvir e aprender dos espíritos da Natureza. Normalmente, isto envolve o tempo futuro, os guias e professores espirituais, a reparação do destino e assumir a forma(2) do seu Eu no futuro. Retorne ao seu jardim interior passando pelo portal e descendo. Milu (O Mundo Subterrâneo ou Inferior). A partir do seu jardim interior, entre no solo, desça para dentro da terra por túneis subterrâneos, cavernas, escadas de pedra, etc..., chegue ao portal de entrada para o mundo subterrâneo e passe através dele. O Dr. King explica no Xamã Urbano(1) que o mundo inferior é usado para curar os símbolos de grandes problemas. Normalmente, isso envolve o passado, os animais de poder e o resgate da alma. Retorne, escalando até alcançar o seu jardim interior. Bali Hai (O Local de Reunião). A partir do seu jardim interior, como o Dr. King explica no Xamã Urbano(1), vá até uma ilha onde você pode se comunicar ou curar os espíritos de outras pessoas. Uma maneira de fazer essa jornada é percorrer um caminho no seu jardim interior até chegar a uma praia. Veja uma ilha distante em alto mar, nade ou use uma canoa a remo até chegar a ela, desembarque na ilha e explore-a. Retorne com a canoa em direção à praia do seu jardim interior. Notas do Tradutor: (1) (2) Xamã Urbano Livro de Serge Kahili King publicado em português, no Brasil. Mudança de forma - tradução do termo em inglês shapeshift que, resumidamente, significa transformar-se em, assumir a forma ou desempenhar o papel de diferentes manifestações físicas como um objeto inanimado, um animal ou uma pessoa, logicamente que em uma atitude consciencial. No caso deste texto, a pessoa assume a forma do seu próprio Eu no futuro. UMA BREVE HISTÓRIA DA LEMÚRIA por Larry Williamson do texto original “A_Short_History_of_Lemuria” Tradução de Luiz Carlos Jacobucci (Brasil) A lenda de Mu é encontrada em ilhas de todo Oceano Pacífico. Por milhares de

anos, os Polinésios têm transmitido, de geração a geração, a estória de uma civilização do Pacífico que foi a terra natal do gênero humano. O nome Mu, de certo modo, parece ser uma contração pouco interessante de um nome mais exótico. Por outro lado, a palavra Lemúria nos traz a imagem de uma terra no princípio dos tempos, uma terra esquecida em nossas histórias mas não em nossos sonhos. O nome Lemúria resultou de uma polêmica do século dezenove sobre a Origem das Espécies de Darwin. Os defensores de Darwin tiveram dificuldades para explicar como certas espécies se distribuíram ao longo de extensas áreas. Em particular, os zoólogos tiveram dificuldades para explicar a distribuição dos lêmures. O lêmure é uma pequena forma primitiva de primata encontrado na África, Madagascar, Índia e no arquipélago Índico Oriental. Alguns zoólogos sugeriram a existência de uma massa de terra no Oceano Índico, entre Madagascar e a Índia, há milhões de anos atrás. Um zoólogo inglês, Phillip L. Schlater, propôs o nome Lemúria (LEMURia) para a antiga terra dos LÊMURES no Oceano Índico. Earnst Heinrich Haeckel (18341919), um naturalista Alemão e seguidor de Darwin, utilizou a Lemúria para explicar a ausência de restos de fósseis do homem primitivo: se o homem teve origem em um continente submerso no Oceano Índico, todos os fósseis do elo perdido estariam agora dentro do mar. Para citar Haeckel: “Schlater deu a este continente o nome de Lemúria, devido aos semi-macacos que eram característicos dele.” Os zoólogos agora explicam a distribuição dos lêmures sem recorrer ao uso de uma ponte de terra. E os antropólogos descobriram muitos ossos do homem antigo na África. Entretanto, no século dezenove, as teorias de Haeckel eram amplamente lidas e respeitadas. Como conseqüência, o nome Lemúria era bastante conhecido entre as pessoas educadas da Europa e da América. Madame Elena Petrovna Blavatsky (nascida Helena Hahn 18311891), fundadora da Teosofia, em seu livro A Doutrina Secreta (1888), sustentou ter tomado conhecimento da Lemúria através do Livro de Dzyan que, segundo ela, foi escrito na Atlântida e a ela revelado pelos Mahatmas. Entretanto, em seus escritos, ela atribuiu a Philip Schlater a honra da criação do nome Lemúria. Madame Blavatsky situou sua Lemúria no Oceano Índico há cerca de 150 milhões de anos atrás. Ela pode ter tido suas idéias de uma terra submersa no Oceano Índico a partir das lendas sânscritas do ex-continente de Rutas que submergiu no mar. Mas o nome Rutas soava muito apático e sem inspiração para denominar um lugar tão proeminente na história cósmica. Ela descreveu os Lemurianos como a terceira raça raiz que habitou a terra. Eram seres ovíparos com um terceiro olho que os dava poderes psíquicos e permitia que funcionassem sem um cérebro. Originalmente bissexuais, sua decadência ocorreu após terem descoberto o sexo. O Teósofo Inglês W. Scott-Elliot, que diz ter recebido seu conhecimento por “clarividência astral” dos Mestres da Teosofia, escreve na Estória da Atlântida e da Lemúria Perdida (1896), que as proezas sexuais dos Lemurianos revoltaram os seres espirituais, Lhas, a tal ponto que eles se recusaram a cumprir o plano cósmico de se tornarem os primeiros a encarnar nos corpos dos Lemurianos. Scott-Elliot situou sua

Lemúria não apenas no Oceano Índico: ele a descreveu como se estendendo a partir da costa leste africana e cruzando os Oceanos Índico e Pacífico. Neste século, os escritores têm, cada vez mais, situado a Lemúria no Oceano Pacífico. Até mesmo os médiuns e os profetas modernos canalizam seres que foram cidadãos da Lemúria. Hoje, praticamente todos os que ouviram falar da Lemúria consideram que as lendas de Mu são idênticas à da terra dos lêmures do zoólogo Inglês. Afinal, Mu não é exatamente uma forma reduzida de LeMUria? ---------------------------------------------- Nota para os leitores xamãs deste artigo: Como se sabe, a história subentende um “passado” determinado e é apenas uma das várias maneiras válidas de vislumbrar o mundo. Escolhi esta visão não-xamânica porque praticamente todos os que falam sobre a Lemúria utilizam este estranho ponto de vista fixo – escrevo a eles de acordo com sua própria visão peculiar do mundo. Para os leitores não-xamânicos, se esta nota não fizer sentido, leia meu artigo: O_que_é_um_Xamã – CyberShaman SÍMBOLOS DE CURA por Serge Kahili King do texto original “Healing_Shapes” Tradução de Luiz Carlos Jacobucci (Brasil)

Há alguns anos, ao ler esta pequena citação de Seth no livro Seth Fala: “Eu me comunico com sua dimensão, por exemplo, não desejando estar em sua realidade mas me imaginando lá”, tive a sensação de que uma luz acendeu em minha mente. Isto deu início a uma enxurrada de idéias que culminaram com o fato de que eu ainda não havia desenvolvido uma técnica instantânea de cura baseada em uma simples visualização de imagens que qualquer pessoa pudesse aplicar sem muito esforço mental. Naturalmente, eu já desenvolvi muitas técnicas de visualização que são extremamente simples se comparadas com outras, mas não tão simples – nem tão efetivas - como eu gostaria que fossem. Este raciocínio me fez lembrar de várias tentativas que fiz para formular um conjunto de símbolos básicos sem muito sucesso nem persistência. Trabalhei com petróglifos (1), com efeitos energéticos de símbolos geométricos de complexidade variada – cujo mais simples é o círculo – e também experimentei os símbolos do Reiki e outros supostamente desenhados para produzir cura ou manifestação. Entretanto, acredito que a maioria deles é difícil de lembrar ou de visualizar e não são mais eficazes do que simples afirmações. Subitamente, um sistema simplificado surgiu em minha mente, com a utilização de apenas quatro símbolos, cada um com um significado fundamental relacionado à sua forma e tendo demonstrado fortes efeitos energéticos. Estes foram o Círculo, o Triângulo, o Quadrado e o X. A simplicidade desses símbolos era indiscutível, mas, e quanto aos seus

poderes? De início, pensei e então me dei conta de que eu vinha experimentando essas formas, através da minha pesquisa energética, desde o início dos anos setenta. Os primeiros experimentos com esferas de cristal me levaram a descobrir que um simples círculo preto desenhado sobre um papel branco poderia produzir os mesmos efeitos de visualização. E o mesmo desenho poderia provocar efeitos energéticos em qualquer um que olhasse fixamente para ele por pelo menos um minuto. Além disso, descobri que um bambolê era muito eficaz como um espaço meditativo energizado. Considerei a inclusão de uma espiral como um símbolo à parte, mas acabei concluindo que a espiral era apenas uma variação do círculo. O efeito global da energia circular promove a harmonia física e mental. O triângulo está relacionado com a energia da pirâmide, com a qual eu fiz uma pesquisa bastante extensa. Experimentando uma simplificação, descobri que uma armação piramidal funcionava tão bem quanto uma pirâmide de paredes sólidas. A seguir, descobri que a forma triangular de um dos lados da pirâmide funcionava tão bem quanto a pirâmide completa para a maioria das aplicações. O efeito geral é para intensificar ou amplificar a energia. O quadrado, encontrado em todo mundo, é tido como um símbolo de estabilidade e de resistência. Em minhas pesquisas energéticas, descobri que os vértices são áreas de energia intensamente ativa. No conjunto, esta energia promove a estabilização, a fundamentação e a resistência. O X ou a cruz é um símbolo bastante antigo usado para representar as propriedades mágicas de uma encruzilhada ou linha divisória em culturas de todo mundo. O símbolo é representado por deuses ou deusas como a Hecate Greco-Romana, Ganesha da Índia e Papa Legha ou Exu da África. As encruzilhadas são consideradas como locais de energia intensa com duas características aparentemente opostas: por um lado, são aberturas para outros mundos e, por outro, elas impedem a passagem para esses mesmos mundos. Parece, em função da pesquisa do uso cultural da forma e da sua experimentação energética, que a forma de cruz é uma abertura ou um ponto de encontro e que a forma de X é uma obstrução ou um bloqueio. Até aqui, eu meramente sustentei os significados e os efeitos energéticos conhecidos em muitos lugares por muitas pessoas. A inclusão do uso desses símbolos no campo mental advém de uma outra área da minha pesquisa: o uso das formas-pensamento. Uma forma-pensamento é um pensamento estruturado, mantido na mente e projetado para o exterior com a finalidade de influenciar situações e condições. Para maximizar o efeito da forma-pensamento, ela pode ser associada a uma palavrachave que ajuda a focalizar a intenção. Após uma análise meticulosa, decidi experimentar com quatro símbolos, cada um acompanhado por uma palavra de comando simples, da seguinte forma: Círculo - Cure! Triângulo - Intensifique! Quadrado Fortaleça! X - Pare! Utilizo isto pensando em um assunto que eu quero influenciar, projetando uma forma-pensamento do símbolo sobre esse assunto e pronunciando a palavra-chave. A repetição é parte do processo. Estas são apenas algumas das experiências que fiz: 1. Uma manhã, sentia uma tensão

em meu peito e a sensação de uma leve depressão. No caminho para o “Talk Story” (2), imaginei um círculo em meu peito e pronunciei “Cure a tensão!” Em seguida, coloquei um triângulo dentro do círculo e pronunciei “Aumente minha auto-estima!” Imediatamente, comecei a sentir alívio da tensão e ao chegar ao nosso museu, onde os encontros aconteciam, as sensações haviam desaparecido. No caminho, repeti o processo por várias vezes. Após o “Talk Story” recebi muitos cumprimentos sobre a sessão e sobre o meu trabalho, mas isso não era incomum e não dei muita atenção. Nós, então, fomos ao Aloha Beach Resort para almoçar e, no saguão, Dickie Chang, um crítico de vídeos bastante conhecido na época, parou para se apresentar, elogiou meu trabalho e disse a todos que ali estavam: “Este homem é um tesouro!” Mais tarde, ele me parou no restaurante e repetiu o feito anterior. Isso foi bastante incomum. Além disso, durante a refeição, o chefe da cozinha veio e conversou com nosso grupo por um longo tempo, o que também foi incomum. 2. Posteriormente, experimentei o uso dos símbolos em vários incômodos físicos, dores, tensões e sensações e obtive resultados muito rápidos. 3. E também funcionou em várias ocasiões com rápidas manifestações de intenções e desejos. Por algum motivo, coloquei todo este projeto de lado para trabalhar com outras coisas, há alguns anos atrás, mas ele voltou a chamar minha atenção e eu gostaria de pedir a qualquer um de vocês que tenha interesse em tentar este método para me informar se ele funciona e como funciona para vocês. Notas do Tradutor (1) (2) Petróglifos – gravuras rupestres. Talk Story – um evento regular realizada pelo Dr. King, quando ele responde questões sobre o Havaí, suas lendas, idioma, cultura, cura, xamanismo e sobre o Huna, no contexto dos tempos antigos e atuais. MASSAGEM HAVAIANA LOMILOMI por Tracey Ha'aolakainapali do texto original “Hawaiian_Lomilomi_Massage” Tradução de Luiz Carlos Jacobucci (Brasil) Ho'omoe wai kahi ke kao'o Vamos todos viajar juntos como água fluindo em uma direção Minha paixão por tudo que é Havaiano começou há muito mais tempo do que faço questão de lembrar. As pessoas, o Espírito de Aloha, a recepção calorosa, a cultura e a tradição do povo, a beleza e a energia das ilhas, e assim por diante. Era uma progressão lógica e de repente descobri que minha jornada espiritual envolveria uma grande conexão com o Xamanismo Havaiano e com o Trabalho Corporal. Mais tarde pude perceber claramente porque fui atraída tão fortemente para ambos. Como terapeuta massagista e conselheira eu tinha uma prática intensa, mas ainda havia alguma coisa que estava faltando. Ao observar os outros terapeutas, entendi o que era – o coração. Era uma porção de excelentes “técnicos”, embora tratassem todos os “corpos” da mesma maneira, como uma linha de produção, tentando “consertar” as pessoas. Não havia coração, não havia o tratamento do ser integral, física, mental, emocional e espiritualmente. Surge a Lomilomi, o elemento essencial que faltava, a conexão do coração com a alma. Waiho wale kahiko Os antigos segredos são agora revelados Também conhecida como a

massagem do “Estilo Templário” e das “Mãos Amorosas”, a Lomilomi é uma das formas de massagem mais profundamente curadora. Esta forma única e sagrada de trabalho corporal tem sido transmitida pelos Antigos Mestres Curadores do Havaí por gerações. Para entender a profundidade e a abrangente capacidade de cura da massagem Lomilomi, será útil conhecer a filosofia Havaiana chamada de Huna e como as filosofias do Huna se relacionam com o trabalho corporal e a cura. Uma hipótese básica do Huna é que tudo busca a harmonia e tudo busca o amor. A característica da Lomilomi é a conectividade amorosa entre o terapeuta e o cliente, de onde surge o nome massagem das “Mãos Amorosas”. Enquanto a técnica é uma parte importante da massagem e da cura associada a ela, a maior parte do trabalho é feita por amor, com o foco total do terapeuta sobre o cliente, que usa as mãos amorosas e um coração amoroso. Este fluxo de energia integral, que utiliza movimentos longos, contínuos e fluentes, em combinação com o toque muito amoroso, relaxa o ser integral, ajudando-o a liberar as crenças, padrões e comportamentos antigos que causam limitações e que são armazenados na memória celular do nosso corpo. Os Havaianos observam as coisas em termos de fluxo de energia, seguindo o princípio de que um pensamento ou uma crença, assim como a tensão muscular, podem bloquear o fluxo de energia. A Lomilomi ajuda a liberar os bloqueios enquanto, ao mesmo tempo, re-direciona a energia. Desta forma, a Lomilomi não é apenas uma experiência física, mas também facilita a cura nos níveis mental, emocional e espiritual. Os Havaianos enxergam todos os aspectos do corpo como uma só coisa e acreditam que o físico, o mental, o emocional e o espiritual são todos partes do Eu “total” – quando a cura ocorre em um nível, ela provoca impacto em todos os níveis. Ao invés de ver o cliente como alguém a “ser consertado”, um terapeuta de Lomilomi vê cada pessoa como um Ser a ser auxiliado no retorno ao estado de harmonia e de equilíbrio. É importante lembrar que o terapeuta não cura mas é um facilitador da cura, que cria condições seguras para que a cura ocorra. Quando falta harmonia, o efeito é a dor física, mental, emocional e espiritual. A doença é um estado de tensão que conduz à resistência que bloqueia o movimento de energia. A Lomilomi ajuda a liberar a energia e, em conseqüência, facilita o caminho para a cura. No nível físico, há muitos benefícios tais como a liberação do estresse e da tensão, a desobstrução do fluxo sanguíneo e linfático e o estímulo à eliminação dos excrementos e das toxinas. Uma sessão de Lomilomi normalmente começa com uma quietude do terapeuta e do cliente, em geral com as mãos do terapeuta repousando suavemente sobre as costas do cliente. Nesse período de quietude, o terapeuta pode dizer silenciosamente uma bênção ou uma prece pedindo para que aquilo que necessita ser curado se manifeste durante a massagem. O cliente pode ser solicitado a expressar sua intenção sobre alguma cura que deseja receber. O massagista trabalha bastante intuitivamente com o cliente. Assim sendo, enquanto a técnica é importante, não há uma formatação ou uma seqüência fixa para a massagem e nunca haverá duas massagens idênticas.

Há inúmeras características distintas nos estilos e toques utilizados na Lomilomi. Além da utilização das mãos, a massagem é feita com toques rítmicos e suaves do antebraço em deslocamentos amplos e uniformes, aliviando as tensões. Isto tem sido descrito como uma sensação de ondas suaves se deslocando sobre o corpo. Outra característica é a que diferentes partes do corpo são massageadas ao mesmo tempo, por exemplo, um braço ou uma mão pode estar trabalhando em um ombro e a outra mão pode estar trabalhando no quadril. Isto propicia ao receptor um relaxamento completo pois é extremamente difícil para o cérebro se concentrar em duas áreas distintas ao mesmo tempo. O trabalho no corpo inteiro, ao invés de ser concentrado em áreas isoladas, ajuda a atingir uma sensação profunda de equilíbrio e de harmonia. Enquanto a técnica é importante, a prioridade é amar o corpo, utilizando a intuição de forma que a massagem seja a mais apropriada para cada pessoa. Toques na parte inferior do corpo e no corpo inteiro também ajudam a liberar a energia e a dar mais suavidade ao corpo, propiciando um fluxo livre e abundante de energia vital do receptor. De acordo com a filosofia Huna, a energia também fica bloqueada nas articulações. Alongamentos moderados do corpo e rotações moderadas das articulações podem também ser acrescentados para auxiliar a liberação de tensões e o fluxo de energia, mas sem a aplicação de esforço, apenas sentindo o nível de resistência ou de conforto do cliente. O massagista também pode cantar suavemente ou fazer um som hum(1) em vários momentos da Lomilomi pois a energia resultante da vibração e da amplificação também ajuda a liberar os bloqueios. Como o terapeuta trabalha com a intuição, uma massagem pode ser lenta e muito relaxante ou, outras vezes, pode ser um pouco mais rápida, mais vigorosa e agitada para o corpo. É possível que uma liberação emocional seja vivenciada, pois a massagem pode liberar e transformar emoções e crenças negativas que tenham sido armazenadas nas células do corpo, o que faz com que os efeitos benéficos da massagem continuem por muito tempo depois da sua conclusão. A Lomilomi não é apenas terapêutica, ela é amorosa, nutritiva e completa. Movimentos de Hula(2), combinados com o trabalho energético e o trabalho respiratório do terapeuta, também são aspectos importantes integrados na Lomilomi. Todos são essenciais para facilitar o fluxo energético tanto do terapeuta quanto do receptor, além de auxiliarem na manutenção da energia em um nível alto. O compartilhamento da respiração, do Mana, da essência da Energia do Criador ou do Universo é um costume Havaiano ancestral que também realça enormemente o fluxo de energia. Outra característica que distingue a Lomilomi das demais formas de massagem é a de que o cliente repousa diretamente no vinil da mesa e não sobre uma toalha. Também, ao invés de ser completamente coberto por toalhas, o cliente é coberto por um sarongue que deixa exposta a maior parte do corpo durante a massagem, ao mesmo tempo em que mantém a privacidade do cliente e o caráter respeitoso da massagem. Isso permite que os toques na parte inferior do corpo e no corpo inteiro sejam efetuados sem a interrupção do fluxo da massagem.

Tradicionalmente, a Lomilomi pode ser feita por uma pessoa ou por duas pessoas trabalhando em conjunto. Para mim, a Lomilomi “dupla” é a “piece de resistance” da massagem, uma experiência incrivelmente especial. Quando pensamos no Havaí, normalmente vem à mente a palavra “aloha”. Quase sempre pensamos em aloha com o significado de olá ou adeus. Entretanto, seu significado é muito mais profundo – “o compartilhamento harmonioso da energia vital no presente”. Este é realmente um dos segredos da Lomilomi. Tia Margareth Machado, uma das mais antigas e mundialmente reconhecidas professoras de Lomilomi, tem a seguinte definição de Lomilomi: “O Toque de Amor – uma conexão do coração, das mãos e da alma com a Fonte de Toda Vida!” Os estudantes de Lomilomi aprendem a fazer fluir o amor do coração através das mãos para se conectar com a alma daquele que está recebendo a massagem. A cura é intensificada pelo amor – o amor recebido e o amor doado. O significado mais profundo de Amor para os Havaianos também inclui tolerância, perdão, aceitação, não-julgamento, apreciação, compaixão, respeito e muitos outros elementos – este é o verdadeiro fundamento da massagem Lomilomi. 'A'ohe pau ka 'ike i ka halau ho'okahi Todo conhecimento não é ensinado na mesma escola Como todos os ensinamentos Havaianos antigos, existem diferentes linhagens e professores de Lomilomi. Cada um terá uma técnica ligeiramente diferente. Uma não é melhor do que a outra, são apenas diferentes. O importante é a concentração, a intenção e o amor do terapeuta. As técnicas devem ser sempre respeitosas e dignas, manter a excelência da massagem e fazer aquilo que é pono ou certo para a cultura e para os antigos ensinamentos. Há alguns meses atrás, uma nova cliente que por anos teve preocupações com suas medidas, chegou em prantos no final da massagem. Ela me disse que pela primeira vez em sua vida estava se sentindo linda. Porque faço o que faço? – é por esse motivo. Minha paixão pela cura e pelos ensinamentos Havaianos continua a crescer e a se expandir, assim como as temporadas regulares que passo na minha casa da ilha para uma re-conexão com a energia que alimenta minha alma. Meu desejo é o de espalhar o Espírito de Aloha e o de reunir mais energia e conhecimento para criar um pequeno pedaço de paraíso aqui. Aloha Mai – Venho com amor. Nota do Tradutor: (1) (2) HUM – som vibracional (como o de uma abelha) gerado com os lábios cerrados. HULA - dança Havaiana DYNAMIND E A CURA DE RELACIONAMENTOS por Jim Fallon do texto original “Dynamind_and_Healing_Relationships” Tradução de Luiz Carlos Jacobucci (Brasil) Você quer melhorar seu relacionamento ou ser bemsucedido em um novo relacionamento? Nosso senso de autovalorização ou a dinâmica de nossos relacionamentos mais importantes podem ser influenciados positivamente pela técnica Dynamind(1). A promoção de transformações pessoais e interpessoais talvez seja a área em que a Dynamind realize a verdadeira mágica. Eventualmente, em nossas vidas, podemos descobrir que nossos relacionamentos não acontecem da forma

como gostaríamos. Há muitas maneiras pelas quais podem surgir problemas nos relacionamentos. Há tantas maneiras pelas quais nossos relacionamentos podem sair dos trilhos em muitos momentos de nossas vidas: casais que tenham se separado, podem ter permitido que barreiras criadas a partir de antigos atritos se colocassem entre eles; amigos de longo tempo, que tiveram uma séria divergência de opinião, são incapazes de se aproximar para resolvêlas; filhos de pais maduros algumas vezes ficam ressentidos por maus tratos recebidos por anos após o incidente; e, em muitas famílias, certos períodos do desenvolvimento de uma criança podem trazer desarmonia ao lar. Mas nunca é tarde demais para a cura começar. Estes são alguns exemplos do que pode ser melhorado com a Dynamind: • Problemas de relacionamento em geral em um casamento; • Superação de problemas em um relacionamento à distância; • Amigos e colegas que tiveram uma divergência de opinião que são incapazes de se aproximar para resolvê-la; • Desarmonia que surge em famílias com adolescentes; • Pessoas que tenham dificuldade de entrar em novos relacionamentos, particularmente quando acham difícil ‘seguir em frente’ depois de uma separação anterior; • Medos e problemas associados a encontros. Com freqüência, é difícil pedir conselho sobre relacionamento. Caso você esteja tentando lidar com problemas de relacionamentos ou esteja interessado em construir relacionamentos bem-sucedidos, a Dynamind pode ajudá-lo de muitas maneiras. Com o uso da Dynamind, as percepções podem ser alteradas para tornar possível a cura de relacionamentos fragilizados ou a estabilização de relacionamentos basicamente positivos e saudáveis. A Dynamind pode fazer com que você reconsidere os eventos-chave, que veja as situações de uma perspectiva completamente diferente e que leve em consideração a posição de outra pessoa. Você pode retomar sentimentos perdidos de amor, amizade, romance e comprometimento, permitindo que a cura ocorra aqui e agora. Como melhorar seus relacionamentos com a utilização da Dynamind: • A Dynamind pode ajudá-lo a reviver memórias passadas de uma maneira mais positiva e a ganhar novas perspectivas; • O uso da Dynamind para relaxar e manter a calma na presença de outros pode se um benefício positivo; • A Dynamind pode começar a ajudá-lo a desenvolver uma maior autoconfiança e um pensamento positivo levando-o a crer novamente em si próprio e em sua capacidade de criar relacionamentos novos e bem-sucedidos. A utilização da Chave Simbólica e das declarações de poder da Dynamind para imaginar um futuro melhor pode ajudá-lo a vivenciar relacionamentos mais bemsucedidos. O que você pensa que irá acontecer, pode muito bem acontecer. O que você pensa que não irá acontecer, não acontecerá. O formato genérico para uma Declaração de Poder é: “Eu tenho o poder para (.................), sim eu tenho, que assim aconteça, que assim seja”. Para a melhoria de relacionamentos em geral, as frases a seguir podem ser utilizadas como modelo de Declarações de Poder: “Meus relacionamentos ficam cada vez melhores, sim eles ficam, que assim aconteça, que assim seja”. “Eu me comunico abertamente e compartilho minha vida com meu parceiro, sim eu faço isso”. “Eu me comprometo

totalmente com meu relacionamento e apoio a pessoa que amo de modos que aumentam a auto-estima. Sim eu faço isso”. “Eu experimento vivacidade, excitação, alegria e prazer em meu relacionamento”. “Eu me comunico direta e honestamente com a pessoa que amo”. “Eu aceito a individualidade da pessoa que amo sem expectativas”. “Eu apoio a pessoa que amo de formas que aumentam a auto-estima”. “Eu deixo as pequenas coisas passarem, me desligando da negatividade”. “O maior presente que posso dar à pessoa que amo é ser quem eu sou na totalidade”. “Eu escuto e quero apreciar a posição da pessoa que amo mesmo quando não concordo”. “Eu sempre reservo tempo para a pessoa que amo”. “Eu comunico o que quero direta e honestamente”. “A cada dia eu aproveito as oportunidades para demonstrar meu amor”. Não espere que seu parceiro faça uma mudança positiva. Como em qualquer aspecto da vida, você obtém de um relacionamento tanto quanto você deposita nele. A maioria das pessoas não toma a iniciativa em suas vidas. Ao invés disso, vivem a vida correndo o mínimo risco, esperando que os outros tomem a iniciativa para que assim possam reagir. Uma mudança positiva deve começar com seus próprios esforços. A Dynamind pode ser aplicada à ansiedade relacionada com o desempenho em situações sexuais, na falta de confiança, no medo de fazer as pazes, na raiva de um parceiro ou de um evento em um relacionamento antigo. E a lista continua. Que tipo de relacionamento você deseja estabelecer? É hora de mudar a maneira como você enxerga o seu relacionamento? Seja feliz. Seja livre. Use a Dynamind! (Nota: para uma descrição mais completa da Técnica Dynamind, clique_aqui). Nota do Tradutor (1) Dynamind – Palavra criada pela fusão de Dynamic Mind (Mente Dinâmica) TECENDO UM SONHO por Jim Fallon do texto original “Dream_Weaving” Tradução de Luiz Carlos Jacobucci (Brasil) A mitologia xamânica estabelece que a criação não está completa. Nos foi dada a tarefa de completá-la e de nos tornarmos os zeladores do planeta Terra. Nós (os xamãs) temos de transformar em realidade o mundo que sonhamos. Por esta mitologia, os xamãs têm a responsabilidade e a possibilidade de continuar a transformar em realidade os seus sonhos. A mitologia dá forma à realidade. Quando a curadora Navajo faz uma pintura em areia, precisa e simbólica, do seu cliente e depois provoca uma alteração nessa pintura em areia, uma mudança acontece no cliente. No seu artigo sobre a ajuda a vítimas de furacão (Cura Xamânica no Rastro do Katrina), o Dr. King criou um símbolo da situação daquele momento e depois foi alterado para melhor. Os índios Hopi(1) também têm xamãs especializados que se reúnem e partem em jornada, tecendo o sonho do mundo que querem criar para seus netos. Não é a sua atuação que faz com que as coisas aconteçam, é a sua intenção de se permitir focalizar naquilo que deseja, tal como criar filmes mentais sobre o que você quer tecer em sonho, como se já tivesse acontecido, até sentir que a energia positiva começa a se movimentar dentro de você. Visualize seu desejo e torne-o bastante realista em sua mente através do envolvimento dos sentidos. Lembre-se que a criação de qualquer

coisa se dá através da sua vibração. Tudo vibra, está vivo e tem seu próprio sonho. E é através dessa vibração que nos harmonizamos e atraímos experiências para nós. Assim, antes de agir e fazer qualquer coisa, primeiramente pergunte a si próprio: como estou vibrando? E como você responde? Através de como você se SENTE. Suas sensações mostram a você sua vibração. Como você se sente determina o que você atrai. Uma boa maneira de pensar nisto é pensar em um eco. A montanha ou o vale representa o universo. Quando sua voz alcança um determinado nível, o vale ecoa o que você disse, de volta a você, da maneira como você disse e com amplificação. O universo responde à sua energia sensorial da mesma maneira. Quando você usa este processo de criação através das suas sensações, notará que o universo irá fornecer a você um conjunto de circunstâncias diferentes, que combinam com sua vibração. O universo deve combinar com sua vibração pois essa é a função dele. E, nos mundos interiores, os iguais se atraem e, portanto, você desenvolve o poder da atração. Todos os tipos de técnicas utilizadas para tecer um sonho têm elementos em comum. A técnica a seguir é mais aplicável ao xamã urbano: 1. Faça a jornada ao mundo superior aplicando as instruções encontradas no livro Xamã Urbano(2) do Dr. King. 2. Ao chegar ao mundo superior, crie ou vá até um ponto especial desse mundo superior. Por exemplo, crie um estúdio de cinema. 3. No estúdio de cinema, em uma tela de grandes dimensões criada por você, imagine, faça de conta ou veja a atual situação como um filme, exatamente como ela é. Você está assistindo a um filme da situação atual. 4. Agora torne-se o diretor, produtor e ator e crie um outro filme. Mas, desta vez, crie um filme da forma como você gostaria que a situação fosse. Visualize este novo filme (veja com seus olhos, como se estivesse lá). Utilize sensações, visão, audição e quantos sentidos puder, para criar este segundo filme que é apenas uma versão melhorada da situação do primeiro filme. 5. Agora acrescente uma linha de tempo. Veja a situação desejada do segundo filme levando os efeitos desejados desde o presente até os dias futuros, veja os dias se transformando em semanas, as semanas se transformando em meses e os meses se transformando em anos. Sinta como é ter esta condição desejada nos dias que se seguem, à medida que os dias se tornam semanas, as semanas se tornam meses e os meses se tornam anos. Veja isso acontecendo na tela do cinema da sua mente. Nota do Tradutor: (1) (2) Hopi – povo indígena do norte do Arizona Xamã Urbano - Livro de Serge Kahili King publicado em português, no Brasil DYNAMIND À DISTÂNCIA por Jim Fallon do texto original “Distant_Dynamind” Tradução de Luiz Carlos Jacobucci (Brasil) Este é um método de utilização da Técnica Dynamind(1) de Serge Kahili King para aplicações de cura à distância. Consideremos que, à luz da teoria, a maioria das indisposições e doenças ocorrem quando há desequilíbrio de energia. Na maioria dos casos, isto está relacionado com o acúmulo de camadas de tensão no corpo. A doença ocorre quando existe um estado psíquico ou psicológico de tensão que mantém o

desequilíbrio por um prolongado período de tempo com um relativo grau de intensidade. Na cura energética, é fácil “injetar” energia psíquica em uma pessoa, visando sua cura. O problema está no fato de que, a menos que o “cliente” mude sua forma de pensar, a energia pode rapidamente se dissipar ou provocar outros problemas. A Dynamind dá condições para que o pensamento ou a atitude em questão mude, além de estimular pontos específicos de energia no corpo. Esta combinação dá ao cliente algo para mudar seus padrões de cura. A menos que o padrão de pensamento mude, a condição geralmente retorna, independente da técnica utilizada. Segue um método de utilização da Técnica Dynamind em aplicações de cura à distância ou remota: 1. Relaxe, respirando suave e profundamente ou faça o Piko Piko algumas vezes. O Piko Piko é feito colocando a atenção no topo da cabeça enquanto inspira e colocando a atenção no umbigo enquanto expira. 2. Imagine que você está em seu local favorito na natureza ou no seu jardim favorito. Este é o seu jardim interior ou o seu “local especial” em sua mente. Coloque sua atenção em qualquer som que ouvir; depois coloque sua atenção ao tocar em alguma coisa no jardim; depois coloque sua atenção em alguma coisa que vir no seu jardim. A utilização dos sentidos, feita dessa forma, ajuda a desenvolver e a concentrar sua percepção o que ajuda a aumentar sua energia. 3. Com sua imaginação criativa, visualize que o indivíduo que necessita de ajuda de cura está mentalmente lá com você em seu jardim, de pé à sua frente. 4. Mentalmente, veja-se conversando com ele e o orientando a colocar as mãos na posição Dynamind. Agora, visualize-se dizendo a ele (nota: neste exemplo assumiremos que o nome da pessoa é Mary), “Mary tem um problema e isso pode mudar. Mary quer que o problema vá embora”. Substitua a palavra problema pela descrição e localização do problema de saúde que Mary tem. 5. Agora, com a técnica do Símbolo Dynamind, imagine e crie um símbolo da condição e depois altere esse símbolo de uma forma positiva para melhorá-lo. Agora, visualize a cliente, Mary, caminhando por dentro desse símbolo que envolve seu corpo. 6. Em seguida, imagine que uma luz de cura vem de cima e que você pode focalizar essa luz do mesmo modo que a íris de uma câmera pode focalizar a luz. Imagine que você concentra a luz em uma pequena esfera e que essa pequena esfera de luz causa uma sensação de calor e alívio que relaxa e estimula. 7. Mentalmente, desloque a pequena esfera de luz na direção da cliente, Mary, e veja-a no peito da cliente. Veja a luz piscando por sete vezes. Usando o processo de toques Dynamind, faça o mesmo para os pontos nas mãos e na base do crânio. 8. Veja a cliente novamente juntando as mãos na posição básica Dynamind. Agora, desloque a esfera de luz para o topo da cabeça da cliente e veja a esfera de luz iluminar o corpo da cliente à medida que desce vagarosamente do topo da cabeça até a planta dos pés. 9. Agora, imagine que existe um ponto no centro do seu cérebro que irradia pequenos raios e ondas pulsantes de luz ou anéis concêntricos. Mentalmente, pergunte à cliente como a sessão de Dynamind agiu sobre o problema. Veja essa onda de pensamento com a pergunta tocando a cliente e, como um raio

emitido por um radar, a resposta da cliente reflete ou ecoa de volta a você. A resposta pode ser na forma de uma sensação, um pensamento ou um símbolo. Com base na informação que retorna da cliente, é possível decidir se será necessário utilizar um tratamento adicional de Dynamind. H.U.N.A. por Paul Waters do texto original “H.U.N.A.” Tradução de Luiz Carlos Jacobucci (Brasil) Para a maioria das pessoas que encontro pela primeira vez, invariavelmente, surge a questão: “O que é Huna?” Até hoje, eu normalmente dava início a um longo discurso sobre a cura Havaiana, as visões do Huna Kupua sobre a realidade e como uma pessoa poderia, efetivamente, utilizar os poderes da Natureza para promover mudanças. Assim que terminava, as pessoas normalmente estavam dormindo ou coçando suas cabeças e pensando: “Porque perguntei?” Agora, após uma procura extenuante por uma forma de expressão mais resumida, desenvolvi um acrônimo para defini-la. Se você estiver tendo o mesmo problema para definir Huna para os outros, isto pode ser útil. H.U.N.A. é o acrônimo e significa: Cura com a Utilização de Capacidades Naturais(1) . Primeiramente, Huna Kupua é um sistema de Cura Havaiano. Todos os seus princípios, corolários, níveis de realidade e técnicas são apresentados para esta finalidade. Ao longo dos séculos, suas raízes nas áreas psicológica, espiritual e do movimento de energia têm sido incorporadas na pesquisa científica moderna, na cura dos relacionamentos e até mesmo na melhoria do desempenho nos esportes. O que antigamente era considerada uma visão xamânica do Universo, hoje se transformou em métodos simples e pragmáticos para uma cura rápida e instantânea e um conhecimento pessoal profundo. O Huna utiliza capacidades Naturais. O sistema Kupua não utiliza drogas, cirurgia ou meios artificiais, embora possa incorporar essas alternativas se assim for desejado. Em seus 7 princípios estão incorporadas as capacidades naturais inatas de todos os humanos. São os poderes da Consciência, Liberdade, Concentração, Presença, Amor, Confiança e Flexibilidade para mudar. Estes poderes podem ser ampliados ou modificados para se adaptar a qualquer situação. À medida que você intensifica qualquer um destes poderes, uma incrível mudança ocorre no seu relacionamento com qualquer pessoa, lugar ou coisa. Efeitos mais profundos podem ser experimentados com a ajuda de outras entidades naturais como ervas e plantas, E também, a teoria provada em milhares de casos é a de que os poderes da sua mente podem influenciar os eventos futuros e a saúde. O sistema Huna Kupua torna-se, então, um plano de ação detalhado com uma via natural para ajudar a si próprio e aos outros. Com os poderes da mente surge uma variedade de níveis ou campos de cura. Suas capacidades naturais podem evoluir da terapia cinestésica e da massagem para a intuição psíquica e a cura à distância, para a cura simbólica e dos sonhos, para uma fusão holística com o espírito. Em cada um destes campos há um número infinito de técnicas e processos para uma mudança positiva. Lembre-se, então, em suas tentativas para explicar aos outros a definição do Huna, de dizer-lhes que é a

Cura com a Utilização de Capacidades Naturais. Eles agradecerão pela resposta concisa, provavelmente irão compartilhar este acrônimo com os outros e, o mais importante, continuarão acordados! Bênçãos para uma vida feliz, saudável e próspera. Nota do Tradutor: (1) H – Healing U – Using N – Natural A – Abilities - Cura - Utilizando - Naturais – Capacidades

PERCEPÇÕES por Susan Pa'iniu Floyd do texto original “Insights” Tradução de Luiz Carlos Jacobucci (Brasil) Aloha e Mana, estes princípios são a espinha dorsal do Huna. A aplicação destes princípios é uma habilidade que vale a pena dominar. Aloha: amar é ser feliz com... Se amamos alguma pessoa ou alguma coisa que nos fazem sentir felizes, não as julgamos. Algumas vezes, preferimos que elas façam escolhas diferentes, mas amar é ser feliz de qualquer forma. Amar profundamente é querer a felicidade do outro, mesmo que isso o afaste de nós. E se for difícil “ser feliz com...”? Neste ponto é onde o Mana se torna útil: lembrar que você tem o poder interior e então utilizá-lo. Tomar decisões. Neste ano, meu gato Fred parou de comer. O veterinário disse que Fred tinha um tumor canceroso nos intestinos e que nada poderia ser feito para ajudá-lo. Queria eu que ele provocasse a morte de Fred? Não imediatamente, desde que ele não estivesse com dores. Levei Fred comigo e o mantive dentro de casa de forma que eu pudesse passar o maior tempo possível com ele. Então, tive de decidir: eu deveria acabar com sua vida? Perguntei a um sábio amigo, SKK, que disse: “A decisão é sua.” Perguntei o que ele faria se a decisão fosse dele e ele respondeu: “Eu respeitaria os instintos do gato.” Para mim, isso significou que eu deveria deixar Fred sair. Ele ficava todo o tempo sentado com olhar fixo na porta. Logo que se sentiu livre, Fred escolheu sair de casa e ficar no quintal do vizinho, debaixo do carro. Essa escolha me fez sofrer (Não, eu decidi sofrer com a escolha de Fred. Vê a diferença?), mas essa foi a escolha dele e eu o amo. Eu o visitava várias vezes ao dia para que ele soubesse que eu o amava, até que, finalmente, ele desapareceu. Nesse momento, eu já sabia que Fred estava me ajudando a me preparar para experiências de uma outra vida. Há não muito tempo atrás, uma grande amiga decidiu se mudar de Kauai. Eu sinto muita falta dela. E, apesar disso, respeito inteiramente sua escolha, tanto quanto respeitei a escolha de Fred. Eu a amo e quero que ela seja feliz em qualquer lugar que vá. Da mesma forma que aconteceu com Fred, foi uma decisão difícil não impor os meus valores a ela, mas amor incondicional significa exatamente isso: incondicional. Minhas orações para eles e todos os meus amigos são para que suas escolhas continuem a trazer felicidade a eles. Outra amiga tomou uma direção diferente no ano passado. Annemarie Assman saiu para nadar com os golfinhos e não retornou. Ela se afogou na Grande Ilha durante nosso Treinamento de Professores de Kino Mana, em Novembro passado. Eu acreditava que tinha superado a experiência e transformado minha angústia por perder sua

presença física (seu espírito está sempre presente), mas uma experiência recente me mostrou o contrário. Eu estava sentada ao sol na praia, olhando fixamente para o oceano azul e calmo quando me veio um pensamento. Eu estava decidida a não nadar porque estava com medo do oceano? (Nos últimos tempos, eu vinha me recusando a me juntar aos meus amigos na água, dizendo que ela estava muito fria ou que eu estava muito cansada.) Eu amo o oceano, então este pensamento radical me chamou a atenção. Isso indicava um conflito da mente ku? Utilizei as pedras xamânicas. Realmente, depois de algumas perguntas, soube que minha mente ku estava se sentindo pelo menos parcialmente responsável pela morte de Annemarie. Era hora de me reprogramar com as pedras. Cada vez que eu verificava o aprendizado da mente ku, no entanto, descobria que ela ainda se sentia parcialmente responsável. Obviamente, eu tinha um trabalho de aprendizado a fazer em um nível profundo. Comecei por examinar minhas crenças conscientes de forma que eu pudesse descobrir quais eram elas. Eu acredito em Mana – todo poder vem de dentro. Se o poder está dentro de todos e de tudo, ninguém pode fazer com que coisas aconteçam a uma outra pessoa. Nós influenciamos os eventos mas todos os elementos envolvidos estão presentes devido ao seu próprio mana, algumas vezes participando conscientemente, muitas vezes cooperando inconscientemente. De quem era o mana, considerando que nossa turma toda estava presente na passagem de Annemarie (era uma manhã sem aula)? De quem era o mana, considerando que mais de 50 pessoas estavam na praia ou na água e, em nenhum momento, ninguém ouviu um gritou pedindo ajuda ou viu uma mão acenando? Os xamãs são ativistas, curadores. Se pudéssemos salvá-la, nós teríamos feito isso. Deus sabe que tentamos. Mas o simples fato de que não pudemos ajudá-la, apesar de todos os nossos esforços, todas as nossas orações, todo nosso amor, deve significar que um mana maior estava em vigor. Nós saudamos o seu mana, Annemarie. Uma forma que temos para demonstrar nosso amor é deixarmos de nos sentir tristes ou culpados por nossa parte na sua dança e, ao invés disso, nos sentir honrados. Ich liebe dich, Annemarie. Aloha nui. Hoje decidi me sentir feliz comigo também, AlohaMana. (A mente ku entende o ensinamento.) Amanhã eu nado! Susan Pa'iniu Floyd é uma Alakai da Huna International e a Diretora Gerente da Aloha International. Ela treina praticantes de massagem Havaiana e professores de Huna e dá aulas e cursos de Huna, Massagem Havaiana, Xamanismo Havaiano e Hula ao redor do mundo, principalmente na Europa. Dê uma olhada no Activity Hut em sua programação e entre em contato com ela. PENSAMENTO POSITIVO por Graeme Kapono Urlich do texto original “Positive_Thinking” Tradução de Luiz Carlos Jacobucci (Brasil) Esta é uma ferramenta de mudança que foi mal-compreendida e muito desacreditada ao longo dos anos. A questão é: o que verdadeiramente é o pensamento positivo e como fazer com que ele trabalhe a seu favor? Parte do problema que as pessoas têm é que ele parece muito simples para ser verdadeiro. Bem, é

simples mas, na verdade, não é fácil. Pensar positivo “não” é estar numa situação ruim e tentar convencer a si próprio de que tudo está bem. Pensar positivo “não” é sentir-se abalado por algum problema interno e tentar demonstrar uma atitude positiva aos outros. Pensar positivo “não” é estar numa situação bastante difícil e achar que não há nada que possa ser feito sobre ela. No modo de pensar Huna, pensar verdadeiramente positivo é ter uma atitude positiva diante de qualquer situação, evento ou relacionamento que você experimentar. Pensar verdadeiramente positivo é saber que, independentemente da circunstância que você está enfrentando, ruim ou boa, há sempre uma maneira de melhorá-la e de torná-la útil. Não obstante quão desesperadora uma situação pareça ser, o pensamento positivo sempre oferecerá algo para corrigí-la ou melhorá-la. A maioria de nós consegue ser positiva diante de algumas situações mas não diante de outras. À medida que você toma uma atitude positiva em relação a qualquer situação, sua vida será positiva. Se o seu pensamento for 50% positivo, conseqüentemente sua vida será 50% positiva. Se o seu pensamento for 100% positivo, sua vida será 100% positiva. Então, como dizer se estamos sendo positivos? Se o pensamento é decorrente de uma situação de medo, ciúmes, cobiça, falta de esperança, desejo de controle, sensação de carência ou qualquer outra coisa dessas, então ele não é positivo. A raiva quando é decorrente do medo, também não é positiva. Quando a raiva se manifesta e inspira uma ação positiva, então ela é positiva. Estamos sendo positivos quando pensamos em uma situação de uma maneira construtiva. A seguir, nos perguntamos: como mudamos nossa forma de pensar ao descobrirmos que não estamos sendo positivos? Como transformamos o pensamento mudado em uma ação que venha a criar uma mudança no mundo real? O pensamento na sociedade moderna se tornou muito negativo e crítico, focado em derrubar a outra pessoa para que possamos seguir em frente. Esta forma de pensar se tornou um comportamento muito enraizado, um hábito que requer tempo e esforço para ser mudado. Quando procuramos por uma forma de sermos eficazes, mesmo que muito pouco, em qualquer situação, estaremos sendo positivos. Quando mudamos nosso modo de pensar para nos ver fazendo coisas bem-sucedidas, não importando o que, mesmo quando a situação não parece estar relacionada com a situação que queremos corrigir ou melhorar, estaremos sendo positivos. Quando identificamos pensamentos limitantes e destrutivos, nós os transformamos em pensamentos expansivos e construtivos. Isto é ser positivo. Estas mudanças que fazemos são eficazes quando fluem através de nossas imagens mentais, nossas emoções e nosso comportamento. Também são eficazes quando influenciam um assunto específico que está sendo trabalhado. Precisamos ser persistentes ao fazermos isto até que a nova forma de pensar substitua a velha forma e se torne um hábito, até que não precisemos mais colocar muita atenção consciente para mantê-la. O pensamento, por si só, não muda nada. Se não decidirmos agir de acordo com os novos pensamentos e não perseverarmos nessa decisão, nada estará mudado. Uma forma de

praticar isto no dia-a-dia é reconhecer que você é bem-sucedido em tudo o que faz, qualquer coisa, por menor que seja. Eu acordei muito bem nesta manhã. Eu caminhei muito bem do meu quarto até o banheiro, tomei um bom banho e me vesti muito bem. Levei meu filho de carro com sucesso até a escola e cheguei lá no horário. Cheguei bem em casa sem sair da estrada. Depois, fiz um bom café da manhã e tomei meu café sem me queimar ou derramar e, mesmo se tivesse derramado, eu teria limpado tudo muito bem. Uma grande quantidade de pessoas passa a vida fazendo um imenso número de coisas bem-sucedidas e mesmo assim elas se vêem como uma falha total. Uma das muitas opções que temos é trabalharmos firmemente nesse processo que nos ajudará a enxergar o quão bem-sucedidos realmente somos todos os dias. No início, as pessoas podem se desestimular por descobrirem o quão negativas elas realmente são; no entanto, isto é bom, não se desestimule. À medida que começarmos a mudar nosso foco e a desenvolver o hábito de sentir e agir como bem-sucedidos, esse hábito se expandirá por todas as áreas das nossas vidas que se tornarão cada vez mais alegres, prósperas e positivas. Toda vez que começamos um programa de mudança como este, os velhos hábitos sempre tendem a resistir. Nos descobriremos pensando e agindo da maneira antiga. Simplesmente mude sua maneira de pensar, sua emoção e sua atitude logo que perceber isso. Não fique chateado consigo mesmo. Ficar chateado irá fortalecer o antigo padrão (isto também requer prática). Gradualmente, faça as mudanças e reforce os hábitos positivos. Treine os novos padrões e atitudes na sua imaginação até que eles comecem a formar hábitos e você passe a agir dessa maneira na realidade. Como eu disse, este processo é simples mas, definitivamente, não é fácil. Requer tempo e concentração, determinação e esforço. Todos podemos chegar a um estado onde nossos pensamentos sejam 100% positivos e nossas vidas sejam 100% positivas. É uma jornada e um esforço que vale muito a pena. Quando começamos, a realidade começa a mudar, gradual e magicamente. Livros, pessoas e situações surgem para nos auxiliar na jornada. Apenas temos de começar e continuar seguindo em frente. ORGULHO E HUMILDADE por Serge Kahili King do texto original “Pride_and_Humility” Tradução de Luiz Carlos Jacobucci (Brasil) “Demonstre algum orgulho!” ”Fique do seu lado!” “Caminhe ereto!” “Não seja um capacho!” “Orgulhe-se de quem você é” “Empine o peito e mantenha a cabeça em pé!” “Demonstre alguma humildade!” “Mantenha a cabeça baixa!” “Não se destaque na multidão!” “O orgulho vem antes da queda!” “Aprenda a ser humilde!” “Quem você pensa que é?” Quando eu era um jovem tentando encontrar meu lugar no mundo, minha mãe me disse uma vez: ”Não pense muito em si próprio ou Deus irá castigá-lo.” Bem, aquilo era assustador. E também confuso por que o mundo estava repleto de religiões, filosofias, psicologias e culturas com pontos de vista diametralmente opostos em assuntos de orgulho e humildade, normalmente nessas mesmas religiões, filosofias, psicologias e culturas. Por muitos anos vaguei por um labirinto de idéias conflitantes, tentando descobrir

como ser humilde sem perder meu auto-respeito e como ter orgulho sem perder meu senso de humildade. Na maioria das vezes, como muitas pessoas que conheci, oscilei de um lado para outro entre a arrogância e a autodesvalorização, passando por todas as condições intermediárias, antes de descobrir o que, finalmente, tudo isso significava na verdade. Na Grécia antiga, um dos piores pecados que se podia cometer era a presunção, uma forma excessiva de orgulho, também conhecida como arrogância. A forma mais séria disso era quando se pensava ser igual ou melhor que os deuses. Há muitas estórias na mitologia Grega sobre mortais cuja presunção fez com que os deuses os punissem. Socialmente, isto se traduzia pelo perigo real de ser duramente derrubado por aqueles que representavam os deuses como os sacerdotes, reis e representantes governamentais, caso alguém ousasse pensar ser igual ou até mesmo melhor do que eles. Posteriormente, a idéia se tornou parte intrínseca da cultura Ocidental em geral e foi transferida não apenas para os deuses ou o Deus das religiões mais modernas, mas também para os sistemas de classe que se desenvolveram como os nobres e os plebeus ou os ricos e os pobres. E, dessa forma, seria presunçoso pensar em si próprio como igual ou melhor que os “melhores”, qualquer pessoa vista pela sociedade como tendo uma posição social ou financeira mais alta do que a sua. Como se isso não fosse ruim o bastante, o problema piorou quando a palavra presunção saiu de moda e foi substituída pela palavra orgulho, cujas definições nos dicionários são muito contraditórias. Finalmente, hoje chegamos ao ponto onde é bom ser orgulhoso e é ruim ser orgulhoso, é bom ser humilde e é ruim ser humilde. Existe alguma saída para esta charada? Existe, se estivermos dispostos a pensar de forma um pouco diferente. Primeiro, temos que distinguir entre o orgulho verdadeiro e o orgulho falso e depois distinguir entre a humildade verdadeira e a humildade falsa. O verdadeiro orgulho tem a ver com o reconhecimento e o respeito a quem você é e ao que você pode fazer, sem qualquer confirmação ou aprovação externas. O falso orgulho tem a ver com a sustentação de que você é mais do que acredita ser e que sabe mais do que acredita saber. Este tipo de orgulho quase sempre requer confirmação ou aprovação externas para disfarçar um sentimento interno de inadequação. Entenda que não estou dizendo que há alguma coisa errada com confirmação ou aprovação externas. Apenas digo que existe um certo grau de falso orgulho quando não se pode sentir auto-respeito sem elas. Outro aspecto do falso orgulho é a arrogância. Isto ocorre quando você finge ser melhor que os outros em aspectos que não podem ser medidos pelas habilidades. Uma coisa é ser melhor que qualquer outro em uma determinada habilidade e outra coisa bem diferente é exigir que os outros o reconheçam ou fingir que, de alguma forma, suas capacidades o tornam um tipo superior de ser humano. Note que continuo dizendo “fingir”. Isto porque não importa quanto uma pessoa consegue fingir ser superior enquanto necessita de uma validação externa para essa superioridade que finge ter. Uma pessoa com orgulho verdadeiro pode ou não ser uma pessoa superior, mas isso não importa a ela. A verdadeira

humildade tem a ver com o reconhecimento e o respeito a quem você é e ao que você pode fazer, sem qualquer confirmação ou aprovação externas. A falsa humildade tem a ver com a sustentação de que você é menos do que acredita ser e que pode fazer menos do que acredita poder. Este tipo de humildade quase sempre requer confirmação ou aprovação externas para esconder um sentimento interno de arrogância. A pessoa com falsa humildade tem uma necessidade impulsiva de convencer os outros do quão humilde ela é. Algumas vezes isso acontece porque a pessoa acredita que qualquer forma de orgulho é ruim e, algumas vezes, uma pessoa essencialmente arrogante usa a falsa humildade como uma forma de desarmar ou manipular outras pessoas. Uma pessoa realmente humilde não tem nenhuma necessidade de que os outros saibam o quão humilde ela se sente, nem medo de que os outros saibam. Uma pessoa verdadeiramente humilde não se sente nem superior nem inferior a qualquer outra. Como ficamos após tudo isto? Apenas uma idéia muito simples: o verdadeiro orgulho e a verdadeira humildade são exatamente a mesma coisa. TRANSPOR A FORMA por Rev. Michelle Khan do texto original “Reach_Beyond_the_Form” Tradução de Luiz Carlos Jacobucci (Brasil) Quando o espírito fala, é hora de escutarmos. O espírito tem falado comigo e me feito entender que é hora de parar de ignorar as vozes em minha cabeça e de começar a escrever. Esta percepção começou há alguns anos atrás quando passei a colocar meus pensamentos em um diário. Quando o espírito me pediu para escrever, brotaram em minha mente pensamentos de desmerecimento. Reconheço que era uma crença limitante sobre mim mesma. Agora percebo que SOU dotada de valor e, à medida que me submeto, o espírito Divino irá trabalhar através de mim. Ontem mesmo me veio novamente a mensagem que sou uma professora e que devo escrever. Fiz a pergunta ao espírito: “o que posso ensinar”? As palavras a seguir fluíram através de minhas mãos sobre o papel. Espero que isso possa servir como inspiração de alguma forma singela. Bênçãos a todos vocês. Perceba que somos mais do que esta forma, nós somos espírito. Os limites desta forma estão restritos ao intelecto; vá além do intelecto, além da razão, para encontrar as respostas. Cada problema tem centenas de soluções. VOCÊ é o criador do seu próprio destino, da sua vida. Primeiro, decida o que você deseja criar. Tudo começa com um pensamento, com um sonho. Vá fundo no coração e decida o que você amaria fazer. Decida o que você foi criado para fazer. Se você ama crianças, encontre um modo de estar entre as crianças. Se ama a música, encontre uma maneira de estar próximo da música. Se ama dançar, encontre uma maneira de ser talentoso na dança. Se ama escrever, encontre uma forma de abrir os canais para a escrita. Sim, tudo começa com um pensamento, um sonho, uma visão. Pensamento é energia e a energia flui para onde sua atenção é colocada. Comece agora a fazer até mesmo aquelas pequenas mudanças na sua vida. “Faça uma sintonia fina” com aqueles talentos que trazem ALEGRIA a você. Demonstre gratidão a

tudo de bom que ocorre em sua vida. Agora é o momento do Poder e você é a argila pronta para ser modelada. Transponha a forma. A forma como conhecemos no corpo físico nos limita e limita nosso pensamento. Não somos os rótulos que carregamos, somos pura potencialidade. Centenas de pessoas, de centenas de maneiras, têm dito que “Somos o que pensamos”. Enquanto estivermos presos a esta forma, seremos limitados em nosso pensamento. A meditação é a chave para criar o que você quer em sua vida. A meditação pode ser feita de muitas formas: sentado em silêncio, caminhando na natureza, meditando em grupo, fazendo alguma forma de arte marcial como Tai Chi ou Qigong. Seja qual for sua escolha, a meditação é a chave para criar a realidade que VOCÊ escolhe. O intelecto limita você; ao escapar da sua mente, você ser capaz de acessar a consciência coletiva onde reside todo potencial. Aproveite este momento para reavaliar sua vida. Esta é a vida que você escolhe ter? Entenda que sua vida pode mudar e isso pode ser feito rapidamente se assim você escolher. Tudo começa com um pensamento. Medite, entre em contato com sua própria intuição e faça uma escolha consciente para trazer a ALEGRIA de volta para sua vida. As coisas que parecem ser tão importantes agora, não são realmente tão importantes quanto trazer a alegria de volta para sua vida. Crie a vida que você escolher. VOCÊ é o criador do seu próprio destino. REATIVANDO A HUI XAMÂNICA por Susan Pa'iniu Floyd do texto original “Reactivating_the_Shaman_Hui” Tradução de Luiz Carlos Jacobucci (Brasil) Com todos os intensos desafios globais recentes enfrentados pela humanidade, dos desastres naturais aos conflitos humanos, o que pode fazer um curador xamã para ajudar? Somos treinados para reconhecer o poder de uma mente com muita energia e livre de dúvidas. Sabemos que fazemos a diferença. E, mesmo assim, há alguma maneira para que possamos ser mais eficazes? Lembro-me que, há alguns anos, em um treinamento xamânico avançado, Serge deu início a sete sociedades idealizadas para organizar xamãs de cura em grupos firmemente determinados a trabalhar pela cura de certos aspectos do conflito global. Como a comunicação daquela época era deficiente, o foco posteriormente decaiu. Agora, com o WWW e os correios eletrônicos gratuitos e rápidos, parece que é o momento perfeito para reorganizar e retomar o foco. Além do mais, a terra e todos os que aqui vivem precisam de muita ajuda. Juntos, podemos proporcionar muito mais energia de cura e podemos ajudar a ingressar em um estado mais harmônico, como a medicina preventiva, se mantivermos um foco contínuo de valorização de todos estes aspectos da vida. Estou sugerindo as mesmas sete sociedades (também chamadas de hui) como é discutido por Serge em Xamã Urbano(1), de onde transcrevo o seguinte: Uma hui é qualquer tipo de organização para trabalho, jogo ou reunião em grupo, como uma companhia, uma parceria, um clube, uma associação, uma sociedade ou uma rede. A Aloha International tem sete diferentes hui, sociedades ou redes xamânicas, cujos membros trabalham em

conjunto em projetos de interesse global mesmo que vivam distantes uns dos outros. Claro que você não precisa pertencer a uma hui xamânica para fazer isso. Você poderia ingressar em alguma organização que trabalha com problemas globais, inicialmente, e adicionar seus potenciais ao trabalho dessa organização. Mas uma descrição dessas hui e de suas áreas de atividade podem ajudá-lo a formar sua própria hui ou lhe dar idéias de onde aplicar seus potenciais em algo útil. 1. A Hui da Onda – Um dos projetos desta hui é dar assistência aos golfinhos pintados rodopiantes que correm perigo de morrer afogados nas redes usadas para pegar atuns de barbatana amarela. O atum nada abaixo dos golfinhos e por isso os pescadores capturam os golfinhos para pegar o atum. Os xamãs estão trabalhando nisto utilizando a comunicação intuitiva, o grokking(2), e a mudança de sonho para ensinar os golfinhos como pular ou escapar das redes ou para ensinar os golfinhos e os atuns a não nadarem juntos. Esta hui também trabalha com as baleias e outros mamíferos marinhos e com coisas como ondas gigantes e poluição oceânica. Se um procedimento não trouxer uma clara solução para uma determinada situação (como a separação dos atuns e dos golfinhos) então o xamã se concentra no resultado final (p.e. a eliminação de um derramamento de óleo). Pelo modo como a realidade de segundo nível opera, ao se concentrarem em um resultado final positivo, os xamãs estarão, indiretamente, energizando as soluções em andamento e inspirando novas soluções entre as que estão fisicamente envolvidas. É bom contribuir com fundos para organizações nas quais você acredita, e contribuir com pensamento focalizado é tão bom ou melhor. 2. A Hui do Cristal – Esta hui trabalha com terremotos, erupções vulcânicas, recuperação de solo e localização e uso de recursos minerais. O tipo de trabalho que pode ser feito com terremotos e vulcões já foi previamente discutido. A recuperação de solo é uma área estimulante pois já existem os modos e os meios para propiciar a transformação da argila morta em terra viva, e o foco do xamã pode ajudar a espalhar isso para a maior parte do mundo. A localização de novos recursos e o uso mais eficaz e eficiente dos recursos existentes – incluindo tudo desde o carvão aos cristais – pode ser um benefício mundial. Os xamãs podem utilizar a intuição, o grokking e o sonho nesse esforço, assim como outras capacidades xamânicas que talvez sejam o assunto de um livro posterior, assim como a prospecção radiestésica(3) e a radiônica. 3. A Hui da Chama – Não é de admirar que esta hui trabalha com o fogo: fogo em floresta, fogo em petróleo, fogo em edifícios e qualquer coisa que ameaça a comunidade humana ou que tenha sido causada por humanos. Ela também trabalha com auras e, neste aspecto, a la'a kea é uma ferramenta muito importante. Como uma hui, entretanto, ela trabalha com comunidades e não com indivíduos. Por exemplo, se uma comunidade está passando por um conflito ou uma comoção civil, os membros desta hui irão acessar a aura da comunidade e trabalhar na harmonização e na mudança da sua qualidade. Outra área de atuação xamânica é o estímulo da energia solar, da fusão nuclear e de projetos similares. 4. A Hui do Arco-íris – O tempo é o campo de

atuação desta hui. Em curto prazo, ela ajuda a evitar ou reduzir os danos a comunidades humanas causados por furacões, tornados, tempestades e enchentes. Em longo prazo, ela estará envolvida com a pesquisa e o acompanhamento do tempo. Isso implica em uma forma mais profunda de comunicação com os elementos do tempo a fim de operar a partir de um estado de confiança mútua e cooperação e não a partir de uma tentativa arrogante de controle. Uma pessoa que busca o controle tenta forçar o tempo a fazer o que ela quer enquanto que a pessoa que coopera busca conhecer e utilizar os tipos de mudanças ou de estabilidade que caracterizam as condições específicas de tempo. Não é inconcebível que os membros desta Hui ou os xamãs que trabalham nesta área possam descobrir ou ajudar a inspirar modos de armazenar e utilizar as abundantes energias dos ventos e das tempestades. 5. A Hui da Folha – Trabalhando em uma ampla escala, esta hui se dedica à preservação, proteção e propagação das plantas (incluindo as árvores). O reflorestamento, a introdução de novas espécies de plantas e a produção de safras são outras aplicações. E também, a cura das plantas ou através das plantas e o modo como os humanos e as plantas podem trabalhar em conjunto de forma mais produtiva, um atendendo as necessidades do outro. O estudo e a prática da comunicação das plantas é uma extensão natural do trabalho desta hui. 6. A Hui do Unicórnio – Esta hui envolve o trabalho xamânico com animais terrestres e aéreos, que inclui pássaros, insetos e bactérias. Ajudar a sobrevivência e o desenvolvimento de certas espécies é sua principal missão, assim como a cooperação entre humanos e animais e a comunicação animal. As lendas mais antigas das sociedades mais tradicionais falam de uma época em que os humanos e os animais se comunicavam facilmente uns com os outros e que, em muitos casos, foram os animais que ensinaram os humanos sobre a cooperação entre eles e com o meio-ambiente, assim como os mistérios mais profundos da vida. Na medida que os humanos se tornaram mais arrogantes, a habilidade de comunicação foi perdida. Essa habilidade foi restaurada, até certo ponto, em estudos científicos que observam animais no seu habitat natural, mas degenerou ao extremo nos experimentos pseudocientíficos absolutamente desnecessários com animais desenvolvidos por algumas pessoas. A comunicação animal é de uma importância extrema para o bem estar do planeta assim como para a sobrevivência humana e o crescimento espiritual. Os métodos e as ações xamânicas podem ser de tremenda utilidade nesta área. 7. A Hui do Coração – Os relacionamentos humanos com seres humanos são de responsabilidade desta hui. Seus membros utilizam técnicas e conhecimentos xamânicos para intensificar a paz, a harmonia e a amizade entre os grupos. Também estão incluídas a pesquisa e a prática de curas xamânicas da mente e dos corpos humanos. Sim, devemos aprender a amar e a cooperar com a natureza mas, acima de tudo, devemos aprender a amar e a cooperar com nós mesmos. Temos o conhecimento e a tecnologia para criar uma Era Dourada e, ao mesmo tempo, temos o conhecimento e a tecnologia para nos extinguir. Não importa o que fizermos, a

terra sobreviverá. Provavelmente, a terra reviverá muito rapidamente mesmo se devastarmos a superfície, da maneira como as samambaias brotam logo após a lava derretida e os gases tóxicos causarem destruição durante uma erupção vulcânica. Mas, mesmo que isso não aconteça, a terra pode levar milhões de anos se assim precisar. Podemos ser parte do destino da terra ou podemos desaparecer gradualmente. O destino seguirá adiante. Com tudo o que a Terra dá, acredito que está claro que ela nos ama, mas não acredito que ela nos ama mais que seus outros filhos, como os golfinhos, as formigas e as árvores. E ainda acredito que seu amor é tão grande que ela continuará a nos amar, não importa o que fizermos. Não será a Terra que se voltará contra nós, jamais. O perigo vem apenas de nós. Assim como a solução.” Precisaremos de voluntários para dirigir cada sociedade. Isto significaria receber pedidos de ajuda e notificar os outros membros da sociedade para ajudar com a cura xamânica. Ocasionalmente, seria maravilhoso para a Aloha Internacional receber relatórios de atividades de cada sociedade para que pudéssemos divulgar em nossa website. Naturalmente, precisaremos de membros para cada sociedade que queiram ficar de olhos atentos nas notícias e em outros meios de comunicação à busca de áreas de desarmonia para, a seguir, partilhar com o líder da sociedade para disseminação por todo o grupo. As sugestões de como focar a energia de cura pode vir de qualquer membro. Se este tipo de cura xamânica orquestrada for do seu interesse, por favor entre em contato comigo pelo [email protected] e teremos estas sociedades reativadas para a cura do nosso planeta! Mahalo A Nui Loa! Notas do Tradutor: (1) (2) (3) Xamã Urbano – livro de Serge Kahili King publicado em português no Brasil. Grokking – assumir tão bem as características ou o padrão de alguém ou de alguma coisa (animal, vegetal ou mineral) que podemos pensar que somos aquela pessoa ou aquela coisa, estando em ressonância com ela a tal ponto que, ao mudarmos o nosso comportamento, a pessoa ou a coisa também mudará o seu comportamento; ao mesmo tempo queremos lembrar nosso padrão original para podermos retornar a ele assim que desejarmos; uma das aplicações desse processo é promover a cura e a harmonia. Esse assunto pode ser encontrado com detalhes no capítulo “A Sétima Aventura” do livro citado em (1) . prospecção radiestésica – feita com varetas ou forquilhas de radiestesia. REFLEXÕES SOBRE SER UM AVENTUREIRO por Stewart Blackburn do texto original “Reflections_on_Being_an_Adventurer” Tradução de Luiz Carlos Jacobucci (Brasil) Nesta nossa gloriosa comunidade, estamos todos familiarizados com a noção de que somos xamãs aventureiros em contraste aos xamãs guerreiros. Reconhecemos que, ao invés de personificarmos os problemas para derrotá-los em batalha, nós, intencionalmente, os despersonificamos com o objetivo de tratá-los como problemas que apenas precisam ser solucionados de uma maneira adequada. Enxergamos o mundo como um local bonito que é fundamentalmente bom e seguro ao invés de mau

e perigoso. E olhamos para nosso futuro em termos da maximização da felicidade ao invés da maximização do sofrimento. Acredito, entretanto, que há muito mais em ser um aventureiro, xamã ou não. Na verdade, acredito que adotar a atitude de um aventureiro é essencial para levar uma vida feliz e bem sucedida. E, para mim, é o modo de vida que automaticamente decorre dos Sete Princípios. Há várias coisas que a maioria das outras atitudes, ou estilos de vida, não enfocam adequadamente. Uma delas é a mudança. Um aventureiro, seja escalando uma montanha ou dirigindo em uma estrada nova, tem de estar consciente de que ele nunca está certo do que vai acontecer a seguir. As condições abaixo dos pés ou do pneu podem mudar. O tempo está sempre oscilando, assim como a iluminação, a energia, o foco e a motivação de uma pessoa. Sentir-se confortável em condições que continuamente se alteram remove a ansiedade de tentar agarrar aquilo que não pode ser agarrado. Relaxar e ser flexível ao mesmo tempo em que mantém o foco na sua intenção é, acredito, uma característica de um bom aventureiro. Administrar bem o risco é outra característica. A vida é arriscada. Corremos constantemente o perigo de perder aquilo em que nós mais fortemente nos agarramos. Esse perigo pode não ser grande mas sempre existe. Arriscamos nossa reputação toda vez que experimentamos algo novo em público. Arriscamos o amor sempre que expressamos nossas emoções, sejam elas positivas ou negativas, para alguém que gostamos. Arriscamos nossas vidas sempre que entramos em um carro, atravessamos a rua ou comemos em um restaurante de comida rápida. Arriscamos nos humilhar sempre que contamos uma piada, usamos um novo traje de banho ou tentamos algo novo em público como dançar ou jogar boliche. O amor reduz esse risco por ajudar a nos sentir melhor conosco e com os outros e por aumentar a energia positiva ao nosso redor. Mas sempre estamos na posição de assumir riscos. Aceitar que há riscos envolvidos em vez de evitar riscos sempre que possível, distingue o aventureiro de muitas outras pessoas. Outra característica de um aventureiro, na minha opinião, é que ele é capaz de lidar com a intensidade. Quando agarrada por inteiro, a vida é intensa. Apaixonar-se é muito, muito intenso. Assim como o primeiro dia na escola, um novo emprego ou o confinamento, seja em um hospital ou em uma prisão. O sexo é intenso; na verdade é, muitas vezes, considerado melhor quanto mais intenso for. Mas nós, freqüentemente, tentamos reduzir a intensidade. A maioria de nós limita a quantidade de prazer que estamos dispostos a aceitar, seja pelas crenças sobre o quanto merecemos ou o quão “sem controle” acreditamos que podemos ficar. De fato, a intensidade é, com freqüência, associada à dor. Enquanto que sons intensos podem ser experimentados como barulho incômodo, sensações intensas são apreciadas por alguns enquanto outros podem perfeitamente considerá-las como incômodas. Atletas de esportes radicais e amantes de comidas apimentadas entendem bem isto. Explorar novas coisas, física, emocional e mentalmente, pode ser bastante intenso e, para um aventureiro, essa intensidade é algo a ser apreciado e até esperado. A intensidade em todos os

níveis em práticas como esqui, salto aéreo ou mesmo falar em público pode causar uma surpreendente alegria e excitação. É essa intensidade que estimula a sensação de estar vivo. É abraçar a totalidade irrestrita da vida que começou no nascimento e que continuará até a aventura da morte. O poder também pode ser intenso. Muitos consideram que aceitar as responsabilidades do poder é bastante atemorizante. As sensações internas do poder podem parecer perturbadoras e os efeitos do uso do poder podem ser intensamente dramáticos. Sentir o momento do poder, aquele ponto onde o passado e o futuro se encontram no presente, creio que seja muito intenso. Acredito que é preciso muito foco e ter uma grande disposição para manter a intensidade ao transitar nesse campo. Assim, o aventureiro precisa ser capaz de manter-se íntegro diante da sua própria grandeza, força e brilho. Outra característica do aventureiro é o seu modo de lidar com as expectativas. Noto que os aventureiros que conheço têm grandes expectativas para cada momento de suas vidas assim como uma disposição para não se sentirem abalados pelas expectativas não atingidas. Esta flexibilidade otimista os mantém emocionalmente dóceis e fortes. Como tal, eles assumem responsabilidade por suas expectativas, entendendo que elas não são realidades, mas apenas desejos muito fortes. E considero que os aventureiros sabem que suas motivações advêm do prazer e da diversão. Aventureiros não são normalmente motivados por dogmas, ideais elevados ou pelo pós-vida. Eles parecem ter mais inclinação por variedade, contraste e novidade, todos elementos do prazer. Porém, mais do que apenas o entusiasmo e o apreço pelas sensações, da mesma forma, os prazeres do coração, da mente e do espírito estão presentes para serem experimentados. Isto conduz às características mais óbvias de um aventureiro que são o amor pela exploração, as alegrias pela descoberta e pelos novos aprendizados. Considero que, ao aceitar e cultivar um senso de curiosidade, eles procuram identificar quais outras experiências são viáveis e permitem que sua curiosidade e sua imaginação estejam totalmente envolvidas. É o desejo dos prazeres da vida e a total aceitação, deles próprios e dos outros, que os estimula, os excita e os leva para novas e mais profundas conexões com eles próprios e com o universo. Então, este artigo é para o aventureiro e para a intensidade, a mudança, o risco, o poder e a alegria de viver na Terra! O CORPO DE DEUS por Serge Kahili King do texto original “The_Body_of_God” Tradução de Luiz Carlos Jacobucci (Brasil) Aka é uma palavra Havaiana que se refere à essência da matéria ou ao que poderia ser chamado de “substância divina”. Ela está relacionada lingüística e conceitualmente com a palavra em Sânscrito akasia e pode ser comparada, de certa forma, à “matéria astral” ou “matéria etérica”. Sob o aspecto esotérico, aka exerce duas funções principais. Uma é a de adquirir forma em resposta aos pensamentos. Em outras palavras, o conceito é que os pensamentos dão forma ao aka. Quanto mais fraco for o pensamento, menos substancial será a

forma; quanto mais intenso for o pensamento (i.e. quanto mais energia estiver associada a ele), mais substancial será a forma. A segunda função é a de atuar como um meio perfeito para transmissão de energia. No caso dos cordões aka, a idéia é que sempre que você pensar em uma pessoa, local ou objeto, você envia uma linha de força através do aka onipresente, uma porção do qual se transforma no que pode ser chamado de cordão aka. Através desse cordão você pode enviar ou receber idéias e/ou energia psico-emocional e informações de qualquer um dos sentidos. Um outro conceito nesta linha de raciocínio diz que tudo com o que você entra em contato através de qualquer dos sentidos resulta na criação automática de um cordão aka “pegajoso” que atua como uma ligação contínua entre você e o que você contatou, que será ativado pelo pensamento e que tornará mais fácil um futuro contato. As pessoas, locais e objetos com os quais você mantém contatos mais freqüentes produzem uma grande quantidade de cordões, o que ajuda a explicar porque o contato mental é mais fácil com eles. Entretanto, esta é uma explicação simplista e pragmática que atende as pessoas não-tecnológicas. Se aplicada como uma hipótese, ela irá ser útil e é nisso que os kahunas práticos estão mais interessados. Mas há uma abordagem mais refinada utilizada por alguns kahunas atuais no que diz respeito às ligações psíquicas entre pessoas, locais e objetos. Esta abordagem, que também se baseia no código Huna, diz que a essência aka de qualquer coisa física atua como um transceptor de rádio ou televisão. Ela irradia ou transmite sua própria freqüência ou padrão de energia e recebe e retém impressões de outros padrões que irradiam em direção a ela. Quando você pega uma pedra, por exemplo, o campo aka da pedra retém uma impressão do seu padrão de energia e o seu campo aka retém uma impressão do padrão da pedra. Daí em diante, independente de onde você estiver, ao pensar nessa pedra é como se você sintonizasse um sinal único de rádio/tv e estabelecesse uma ligação ressonante com ela. Se você concentrar seus pensamentos nessa pedra, tudo ocorre como se você estivesse transmitindo seu o próprio sinal específico ou “enviando um cordão aka”. Quanto mais energia for associada a tais contatos, mais fortes serão as impressões recebidas ou os sinais transmitidos. A intensidade da impressão depende: (1) da natureza do contato (um toque físico deixa uma impressão mais energética do que uma mera aproximação); (2) da freqüência do contato (um número alto de contatos deixa uma impressão mais forte); e (3) da quantidade de energia emocional presente durante o contato (o manuseio da pedra durante um estado emocional intenso irá produzir uma impressão mais forte). Assim, ao segurar objetos manuseados por outros, as primeiras impressões recebidas e as mais intensas serão aquelas que foram impressionadas com mais energia. Princípios similares são aplicados na emissão de pensamentos para o exterior. O aka pode ser analisado cientificamente, mas é importante lembrar da sua natureza espiritual. Eu disse em algum outro lugar que “somos os dedos de Deus sentindo a Sua criação”. A parte da criação de Deus que mais nos interessa agora é o universo físico que é formado por aka. Se somos os dedos

de Deus, então conhecemos e respeitamos o fato de que o aka e o mundo físico dos nossos sentidos são o corpo de Deus. A QUÍMICA DO AMOR por Serge Kahili King do texto original “The_Chemistry_of_Love” Tradução de Luiz Carlos Jacobucci (Brasil) Eu quase chamei este artigo de “Cientistas Mecanicistas Atacam Novamente!” Entretanto, “A Química do Amor” parece bem melhor. A ciência mecanicista teve origem durante a Renascença na Europa, parte em função de um interesse crescente pelos experimentos reais em lugar da discussão filosófica e teológica e parte como uma reação contra as restrições religiosas e a superstição cega. Em decorrência disso, surgiu a idéia de que tudo é separado e que, a fim de compreender a totalidade de uma coisa, precisamos compreender suas partes. Outra forma através da qual isto é normalmente expresso é que o todo é a soma de suas partes. Estas idéias levaram a uma outra idéia de que a Natureza opera como uma grande máquina, e para uma idéia mais recente de que, para se obter resultados verdadeiramente precisos a partir de um experimento, a objetividade seria primordial. Isto é, o observador deve se posicionar distante do experimento, suprimindo todos os sentimentos e opiniões, pois estes interfeririam no experimento. Posteriormente, como esta forma de ciência se tornou mais mecanicista, todas as emoções, sensações e pensamentos não-objetivos foram considerados subjetivos e, por essa razão, suspeitos, e foram rigorosamente excluídos da consideração experimental. E isso nos leva ao evento que deu início a este artigo. Em 12 de Fevereiro de 2009, o jornal “Hawaii Tribune-Herald” publicou um artigo escrito por Seth Borenstein intitulado “Entendendo a Ciência do Romance.” E trazia como subtítulos: “Cientistas estudam cérebros para desvendar os segredos do amor” e “Regiões do cérebro revelam o romance.” Esta é uma transcrição do começo do artigo: “Como qualquer jovem mulher apaixonada, Bianca Aceveda trocou corações de São Valentino(1) com seu noivo. Mas o neurocientista de New York sabe ainda mais. A fonte do amor está na cabeça, não no coração.” Em algumas sentenças a frente é dito que “o amor pode ser entendido, principalmente, através de imagens cerebrais, hormônios e genética.” E qual é a origem dessa conclusão? Verifica-se que as pessoas que dizem estar apaixonadas (uma decisão subjetiva, se é possível dizer assim), quando a elas são mostradas fotografias dos seus amados, uma diminuta área do centro do cérebro, a área tegumental ventral (VTA), demonstra atividade. Esta é uma área que produz dopamina, uma precursora da adrenalina. Também verifica-se que o mapeamento cerebral de pessoas que dizem estar desconsoladas demonstra atividade adicional no núcleo accumbens, associada a hormônios que são associados a vícios. Pessoas que se amam há muito tempo, por outro lado, demonstram atividade no paládio ventral, uma área que produz hormônios relacionados com a redução de estresse, e no núcleo raphe, associado com hormônios tranqüilizantes. Pessoas com determinados tipos de sentimentos demonstram atividades em certas áreas do cérebro. Isso não é de

surpreender uma vez que a mente, o corpo e as emoções sempre interagem. Na interpretação mecanicista, no entanto, os neurotransmissores químicos e hormonais geram os pensamentos, as sensações e os sentimentos de amor e romance. Um pesquisador diz: “O amor funciona quimicamente no cérebro como um vício em drogas.” Outro diz: “A pessoa desconsolada demonstra mais evidência do que eu chamaria de compulsão, similar à compulsão pela droga cocaína.” A conclusão, decorrente destas interpretações subjetivas, é que logo teremos comprimidos que provocam quaisquer sensações de amor que quisermos criar ou curar quaisquer experiências de amor que sejam desconfortáveis. Aqui está minha opinião subjetiva. Quanto mais tentarmos ignorar o lado subjetivo do amor, menos iremos entendê-lo. É como se tentássemos entender a vida através da análise química do que é chamado de “matéria viva”, sendo que essa definição também é subjetiva. Para fazer justiça, um dos cientistas mencionados no artigo mantém uma mente aberta. Ele diz que, embora o amor possa ser teoricamente estimulado por substâncias químicas, é melhor praticar ações que estimulam as substâncias químicas como o abraço, o beijo e o contato íntimo. E, no final do artigo, ele diz: “Minha esposa me diz que flores também funcionam bem. Como cientista, é difícil entender como isso estimula os circuitos, mas sei que elas parecem exercer algum efeito. E a ausência delas, igualmente, também parece exercer algum efeito.” Nota do Tradutor: (1) corações de São Valentino – tradição americana que envolve a troca de cartões em forma de coração com as pessoas que gostamos, no dia de São Valentino, que corresponde ao dia dos namorados no Brasil. O SIGNIFICADO MAIS PROFUNDO DE ALOHA por Curby Rule do texto original “The_Deeper_Meaning_of_Aloha” Tradução de Luiz Carlos Jacobucci (Brasil) Para aqueles que seguem o caminho Huna ou que tenham a sorte de viver no Havaí, é comum para nós utilizar a palavra Aloha. Nós a utilizamos em cumprimentos de chegada e de despedida e para expressar amor. Mas a palavra significa mais do que isso, ela é um modo de vida. Além destes significados comuns, a palavra Aloha traz em si tudo o que uma pessoa precisa saber para interagir adequadamente com o mundo natural. Estas percepções descrevem uma atitude ou um modo de vida algumas vezes chamado de “O Espírito de Aloha” ou “O Caminho de Aloha.” O espírito de Aloha era uma importante lição ensinada às crianças do passado, pois se referia ao mundo do qual elas faziam parte. Este é um dos antigos ensinamentos: Aloha é ser parte de tudo e tudo sendo parte de mim. Quando há dor – é minha dor. Quando há alegria – a alegria também é minha. Eu respeito tudo que existe como parte do Criador e parte de mim. Eu não irei, voluntariamente, causar dano a ninguém ou a nada. Quando precisar de comida, eu tomarei apenas aquilo que necessitar e direi porque estou pegando. A terra, o céu, o mar são meus para cuidar, adorar e proteger. Isto é Havaiano – isto é Aloha! À medida que a criança crescia, a ela era ensinada a necessidade de um código de ética

fundamental. Este código encontra-se em um nível mais profundo do significado da palavra Aloha. O código é derivado de um dos acrônimos de Aloha. A ala vigilante, alerta L lokahi trabalhando em unidade O oia’i’o honestidade verdadeira H ha’aha’a humildade A ahonui perseverança paciente O kahuna David Bray interpreta este código como “Adiante-se, esteja em unidade e em harmonia com seu o verdadeiro Eu, com Deus e com a humanidade. Seja honesto, verdadeiro, paciente, gentil com todas as formas de vida e seja humilde.” Ele também coloca que para o Havaiano do passado, Aloha significava “Deus em nós.” Até aqui, encontramos em Aloha uma explicação para o nosso lugar no mundo e um código de ética que nos auxilia em nossas interações com o mundo. A única coisa que nos falta é nossa “diretriz principal” para o momento que nos encontramos aqui, e isso também pode ser encontrado nas palavras que integram Aloha. Alo 1 – compartilhar 2 – no presente Oha afeto que provoca felicidade, satisfação Ha energia de vida, vida, respiração Utilizando as regras gramaticais do idioma Havaiano, traduziremos isto literalmente assim: “O compartilhamento feliz da energia de vida no presente” ou, simplesmente, “O compartilhamento da vida com alegria.” Mas um outro nível de significado pode ser encontrado a partir dos significados das palavras que compõem Aloha. “A” significa “queimar” (figurativamente, faiscar) e também é o nome do mofo encontrado em alimentos azedos. “Lo” é a contração de lo’o e loa’a que significa “obter ou buscar.” Juntas indicam a transformação da energia (queimar, faiscar, alimento azedo), um produto da transformação de energia (o mofo) e um esforço para conseguir ou obter algo. Para mim, isto parece exatamente como a manifestação ou a criação consciente. Isto nos leva a uma outra tradução de Aloha, “Conscientemente, manifestar a vida com alegria no presente.” Esta é nossa diretriz principal. Outra tradução de Aloha nos fornece um método básico para captar o Mana ou influência espiritual, para utilizar na manifestação. Respirar no momento presente. A consciência da sua respiração e a respiração normal correta aumentam o Mana e a respiração concentrada aumenta ainda mais o Mana. Eu sempre tive uma Grande Questão Cósmica sobre nossa existência que fica muito mais fácil de contemplar quando desmembrada em pequenas partes. As partes são, Quem, O Que, Quando, Onde e Por Que. Até agora, Aloha já respondeu três delas. Quem, naturalmente, somos você e eu. O Que é a criação consciente da sua Realidade. Quando é o Agora, o Momento Presente, aquele lugar entre o passado e o futuro o qual é o único lugar onde a Realidade existe. A resposta para Onde é a Natureza. A resposta para Por Que é porque estamos aqui para amar, proteger e cuidar deste ser do qual vivemos, a Terra. Vou explicar. Os Havaianos não têm uma palavra para “natureza” no sentido de “estar fora na natureza”, mas têm uma palavra para “mundo” ou “Terra”. A palavra é honua que também significa “ambiente” ou “origem”. Os antigos Havaianos não viam a natureza como uma coisa separada deles, porque a natureza era a sua realidade. Dessa forma, Onde é na Natureza, a origem do nosso mundo físico. Para encontrar a resposta para Por Que, precisamos de

uma pesquisa mais profunda. Se analisarmos as palavras que dão origem a honua, encontramos a palavra ho’onua. Estes são alguns dos significados desta palavra: 1 – doar generosa e continuamente; 2 – entregar-se como uma criança; e 3 – aumentar repentinamente, elevar-se em ondas, como no mar. Dessa forma, um significado mais completo de honua é que a base da nossa realidade física, a Natureza, está doando, continua e generosamente, para satisfazer nossas necessidades e realizar nossos desejos. Mas aqui também há um sentido de dar e receber. Assim como as altas ondas do mar retrocedem para ganhar energia renovada, a Natureza também deve “retroceder” para Se renovar e fortalecer a base da nossa realidade. Dessa forma, assim como a Natureza dá de si para nós, devemos dar de nós de volta para a Natureza. Esta verdade pode ser encontrada em um das versões da estória da criação de Papa e Wakea, os primeiros Mãe Terra e Pai Céu. “Da primeira união entre Papa e Wakea, surgiu um menino que nasceu prematuramente. A criança morreu ao nascer e foi enterrada. Do seu corpo cresceu um broto que Wakea chamou de Haloa. Este broto se tornou o primeiro inhame. O próximo menino a nascer também foi chamado de Haloa, em homenagem ao seu irmão morto e se tornou a origem ancestral da humanidade.” Deixem-me explicar os significados ocultos nesta estória. Haloa significa “caule longo e ondulado”. Este primeiro inhame representa a base da alimentação Polinésia, mas também todas as plantas que crescem nesta Terra. Haloa também significa “respiração prolongada” e em um plano esotérico é “ciclo perpétuo”. O ciclo de vida e de morte das plantas sustenta todas as criaturas, incluindo nós. As plantas são a fonte da alimentação e da medicina e produzem o oxigênio que respiramos. O primeiro homem é chamado de Haloa em homenagem a estas plantas e para nos lembrar de respeitar e cuidar do “ciclo perpétuo”. O dom da vida passa de um ser humano para as plantas e depois volta para a humanidade. Esta estória nos conta que a qualidade da nossa existência está, em última instância, ligada à Natureza. Na Natureza, os ciclos transformadores contínuos da água, do ar e do crescimento são necessários para a existência. A Natureza engloba o significado de Aloha e vice-versa. Não é por coincidência que Aloha e Haloa são um rearranjo gráfico uma da outra. É na Natureza que podemos descobrir a maravilha da nossa existência aqui na Terra. Onde, além da Natureza, é mais fácil de experimentar o espírito de Aloha? Sua beleza é imponente e energizante e traz você para o momento presente, não diferente das sensações trazidas pelo amor e pela felicidade. A Natureza é também o lugar onde podemos obter sabedoria para fazer escolhas responsáveis se nos aproximarmos com Aloha em nosso coração. Com uma atitude de Aloha podemos aprender a partir da sabedoria do vento, da sabedoria da água, da sabedoria do solo, da sabedoria das árvores e aprender a partir das verdades e revelações apresentadas pela comunidade não-humana. Assim, vimos que Aloha é, de fato, um modo de vida, uma atitude e até mesmo contém normas para nos ajudar em nossas vidas. Ela é, definitivamente, “uma palavra para o sábio”. Para finalizar, gostaria de recordar um antigo ditado: “uma imagem vale

mil palavras” e destacar que Aloha é um exemplo perfeito de que, no idioma Havaiano, às vezes, o oposto deste ditado também é verdadeiro. Portanto, na próxima vez que você recepcionar um amigo com “Aloha”, tenha seus significados em seu coração e pense no quadro que você está pintando. Ele é, de fato, um mundo maravilhoso. O PODER QUE POSSIBILITA por Serge Kahili King do texto original “The_Enabling_Power” Tradução de Luiz Carlos Jacobucci (Brasil) Existe um poder no universo que tem uma característica peculiar. Ele possibilita que as coisas aconteçam. Alguns o chamam de “graça”, outros de “inteligência infinita” e outros de “Espírito Santo”. Em Árabe ele é chamado de baraka, em Chinês de li e em Havaiano de wai ola (água da vida) ou kumu uli po (o fundamento invisível que conduz – de David Malo). Lógico que há muitos outros termos em diferentes idiomas. Alguns acham que ele vem de “Deus”, que tem vários nomes e outros acham que ele apenas existe. Alguns acham que é preciso ser uma pessoa especial para vivenciá-lo, fazer ou dizer algo especial como um ritual, ser iniciado por alguém que o possua, alcançar um estado especial de pureza ou coisa similar, ou possuir qualquer outra qualificação. Para começar, vamos admitir que sua mera existência é teórica. Em outras palavras, é uma interpretação de fenômenos. Neste nosso mundo, todos experimentamos fenômenos – luz do sol, chuva, gravidade, eletromagnetismo, dor, prazer, felicidade, infelicidade, etc... etc... Experiências e circunstâncias também são fenômenos. Após experimentarmos um fenômeno, dependendo do nosso nível de curiosidade, normalmente tentamos interpretá-lo. Ou seja, criamos teorias sobre porque uma coisa é do jeito que é, como funciona e assim por diante. Algumas vezes estas teorias podem ser comprovadas e outras não. Um bom exemplo das que não podem ser comprovadas seriam as principais teorias conflitantes de como o Universo foi criado. Nos Estados Unidos estas teorias se dividem, geralmente, entre a teoria Judaico-Cristã de que Deus criou o universo e sua ordem subseqüente por um ato de vontade e a assim chamada teoria Científica de que tudo começou com uma grande explosão (Big Bang) e a ordem subseqüente surgiu por casualidade ou por um efeito “natural” da própria explosão. O ponto é, nenhuma destas teorias pode ser comprovada. Como são consideradas teorias, são simples interpretações de fenômenos porém, quando são assumidas como verdadeiras, elas se tornam elementos de fé. Este tipo de fé pode ser muito útil para os indivíduos aos quais ela proporciona um senso de segurança emocional, mas nenhuma destas teorias pode ser comprovada e, quando os seguidores de uma ou de outra teoria começam a brigar entre si, isso se torna absurdo. As teorias do eletromagnetismo, por outro lado, podem ser comprovadas e, na maioria dos casos, têm se mostrado extremamente úteis para a maioria das pessoas ao redor do mundo. Isto não significa que as teorias sejam necessariamente verdadeiras mas, apenas, que são úteis. Na verdade, uma coisa que as torna tão úteis é que elas são normalmente tratadas como teorias por aqueles que as

utilizam e se mantém abertos a modificações ou ao surgimento de novas teorias. As teorias de cura também podem ser demonstradas e, como as teorias do eletromagnetismo, são mais úteis quando é possível modificá-las ou substituí-las por outras, conforme a ocasião requer. E quanto à teoria de um “Poder que Possibilita”? Bem, esta teoria também pode ser comprovada. A forma de comprovar uma teoria é começar com uma observação dos fenômenos, depois levantar algumas hipóteses de como os fenômenos são produzidos e, finalmente, chegar a um modo de testar as hipóteses de tal forma que qualquer pessoa que entenda da teoria seja capaz de reproduzir o experimento e de chegar aos mesmos resultados. A teoria do Poder que Possibilita existe há muito tempo e, por inúmeras vezes e em muitos lugares, já foram apresentadas instruções muito claras sobre como utilizá-la e como colocá-la em prática de modos específicos. Entretanto, apesar de estar mais disponível do que nunca nos tempos atuais, a teoria tem sido muito raramente colocada em prática da maneira como supostamente deveria ser. No passado, algumas vezes isto ocorria, em parte, devido à forma obscura pela qual a teoria era explicada. Aqui está uma citação de Kumarajiva, um Budista Indiano: “Quando alguém está livre tanto do mal quanto do bem, seu potencial interno se identifica com a realidade suprema”. E esta é uma citação do Tao Te Ching de Lao Tse: “Freqüentemente, sem intenção, eu vejo a maravilha do Tao. Freqüentemente, com intenção, eu vejo suas manifestações. A maravilha e as manifestações são uma e são a mesma coisa”. O Primeiro Livro dos Aforismos da Ioga de Patanjali considera que o leitor já conhece o Poder que Possibilita e diz que: “É perfeitamente correto criar padrões mentais para dar forma ao fluxo desta Força de Vida que está em contínuo movimento com a finalidade de assumir o controle ou de criar uma situação”. Tudo isto é bastante abstrato e não é facilmente compreendido a menos que seja bem esclarecido. Em 1910, um homem chamado Wallace Wattles publicou “A Ciência de como Ficar Rico” no qual expõe sua versão da teoria e sua aplicação prática. Em seu livro ele diz que a teoria tem origem Hindu e que é o fundamento das filosofias de Descartes, Spinoza, Leibnitz, Schopenauer, Hegel, e Emerson. Esta é uma menção do seu sumário: “Há uma matéria pensante da qual todas as coisas são feitas. Um pensamento nesta substância produz o que é imaginado. O homem deve formar uma imagem mental clara e definida das coisas que ele deseja ter, fazer ou se tornar. Nunca é demais realçar a importância de uma contemplação freqüente da imagem mental, junto com uma fé inabalável e uma gratidão sincera”. Um escritor inglês, James Allen, publicou em 1902 um trabalho intitulado “Como Pensa um Homem.” Ele compreendeu o conceito básico como está evidenciado no poema que escreveu como prefácio do seu livro: “A mente é o poder Magistral que modela e faz, E o Homem é Mente, e eternamente ele se apodera Da ferramenta do Pensamento e, dando forma aos seus desejos, Produz mil alegrias, mil doenças. Ele pensa em segredo, e isso acontece: Seu ambiente nada mais é do que seu espelho.” No entanto, enquanto seu livro fala de pensamento, desejo e ação, ele não menciona fé,

crença ou expectativa. Não é surpresa que Allen começou pobre e terminou pobre enquanto Wattles começou pobre e terminou muito bem em todos os sentidos. Outro escritor da mesma época foi William Atkinson, também conhecido como Yogi Ramacharaka que publicou O Poder da Mente em 1912. Embora quase todo livro é dedicado ao desenvolvimento do desejo, da vontade e da imaginação como forma de acessar O Poder que Possibilita, no último capítulo, como parte de uma lista de doze faculdades que precisam ser desenvolvidas “pelo homem que deseja ganhar qualidades dinâmicas”, ele chama de “Expectativa Sincera” uma das três “características do sucesso”, e diz mais: Não seja um mero sonhador ou um visionário, mas cultive o desejo; depois, desenvolva uma expectativa sincera e, então, uma vontade de agir. Cada uma destas atitudes é necessária. Eu poderia utilizar citações de centenas de livros que contém a mesma idéia mas aqui está uma citação excepcionalmente clara que tem cerca de dois mil anos: “Garanto a vocês, se alguém disser a esta montanha: ‘Levante-se e jogue-se no mar’ e não duvidar no seu coração, mas acreditar que isso vai acontecer, assim lhe será feito. É por isso que digo a vocês: Tudo o que vocês pedirem em oração, acreditem que já o receberam, e assim será seu”. (Marcos 11:23-24 RSV) É impossível ser mais claro que isso mas, por alguma razão, mesmo os bons Cristãos não experimentam ou ainda não compreendem totalmente o poder. Notem, por favor, que nada é dito aqui sobre ter que fazer ou ser alguma coisa especial antes que isto possa acontecer, nem há nada sobre isso nos versículos anteriores ou posteriores. Se aceitarmos as instruções acima como forma de acessar este Poder que Possibilita (seja qual for o nome que escolhermos para ele), então fica claro que a oração (ou qualquer outra coisa que você quiser utilizar para conseguir o que quer), por si só, não é suficiente. O elemento fundamental é a crença. Assim, se todos concordassem com o significado de “crença”, seria um problema a menos, mas algumas pessoas a consideram uma forma fraca de “desejo esperançoso”, outras um conceito abstrato de “fé” e ainda há outras que simplesmente não conseguem aceitar que seja apenas isso. Ainda, realmente é simples assim. Decida o que você quer e aguarde conseguir. O que você mais precisa é ter uma expectativa confiante ou nenhuma dúvida em seu coração. Se palavras e imagens o ajudam a tornar claro o que você quer, então utilize-as, e se palavras e imagens além de um forte desejo o ajudam a atingir a expectativa confiante ou remover a dúvida, então utilize-os com esse intuito. O segredo é que você não pode trapacear. Você não pode simplesmente dizer as palavras certas, não pode simplesmente se apegar às imagens certas e não pode simplesmente construir um forte desejo. O poder total não se manifesta até que você não tenha nenhuma dúvida em seu coração. Ele não funcionará simplesmente usando a confiança como um esparadrapo. A verdadeira chave está na expectativa confiante, que é o mesmo que não ter dúvida. Para entender isto melhor, pense em um equipamento elétrico ou eletrônico que você possa ter em casa. Há várias razões superficiais pelas quais ele poderia parar de funcionar, mas a razão

essencial é que a eletricidade não está chegando ao motor ou ao componente que o impulsiona. Neste momento, tenho um computador sobre uma das minhas mesas que não está funcionando. Na verdade, o computador funcionou bem na oficina de consertos e funcionou bem quando eu o trouxe para casa, mas parou de funcionar quando o conectei a um outro cordão de alimentação. O problema superficial é um cordão de alimentação defeituoso. Mas, de acordo com a teoria eletromagnética, o problema real é que quando aquela entrada é conectada, a eletricidade não consegue chegar ao computador. Minha esposa e eu viajamos muito e sempre temos muita sorte quando o fazemos, mesmo quando temos a bagagem perdida, atrasos de vôos ou itinerários cancelados. Não é porque temos sorte. Temos sorte porque cremos na boa sorte. Como minha esposa diz: “É como subir uma escada rolante. Você faz todo o planejamento, compra todas as passagens, entra no avião e o resto apenas acontece”. Por outro lado, estamos atualmente vendendo nossa casa, mas não está funcionando. Os problemas aparentes são que o momento não é adequado, o mercado mudou, as taxas de juros subiram e assim por diante. Mas, de acordo com a teoria do Poder que Possibilita, nós dois ainda temos muitas dúvidas em nossos corações. Dúvidas superficiais como “Nós encontraremos a casa certa?” ou “Onde iremos morar?” não são importantes. O que está realmente interferindo é a dúvida profunda do coração que diz “Nós realmente queremos fazer isto?” Até que isso seja resolvido, a expectativa confiante não pode acessar o Poder que Possibilita para ativá-lo. Em sua própria vida, para as grandes ou as pequenas coisas (ao Poder que Possibilita não importa se você quer um milhão de dólares ou um bom par de sapatos), pratique desenvolver a sensação da expectativa confiante ou a sensação da ausência de dúvidas. Faça isso, inicialmente, lembrando ou observando as coisas em sua vida que se manifestam facilmente, sem esforço, desde que você coloque sua atenção emocional sobre elas. Depois faça o possível para lembrar como você se sente após isso. Algumas vezes há, simplesmente, uma sensação de “saber” que alguma coisa irá acontecer e algumas vezes há uma sensação de não importar se isso vai acontecer ou não. A “ausência de dúvidas” é o fator primordial em ambos os casos. Finalmente, pratique pensar no que você quer e, ao mesmo tempo, ter a sensação de “não ter dúvidas”. Quando essas duas coisas acontecerem, tudo acontecerá. O OLHO DE KANALOA por Serge Kahili King do texto original “The_Eye_of_Kanaloa” Tradução de Luiz Carlos Jacobucci (Brasil) O Nome Na mitologia do antigo Havaí, Kanaloa era o deus do oceano, um deus curador e um companheiro fiel de Kane, o deus da criação. Eles seguiam juntos em jornadas, compartilhavam a bebida sagrada ’awa e usavam seus cajados para furar o solo e causar o surgimento de fontes de água fresca. Estátuas raras de Kanaloa o caracterizam com olhos redondos, ao contrário das representações de quaisquer outros deuses. De acordo com uma tradição Kauai, se pudéssemos olhar para o olho de Kanaloa, veríamos esse padrão. No idioma

Havaiano, “kanaloa” também é usada como uma palavra que significa “uma concha marinha, o estágio precoce de um certo tipo de peixe, um nome alternativo para a Ilha Kaho’olawe e seguro, firme, imóvel, estabelecido, inconquistável.” Uma tradução da raíz da palavra ka-na-loa é “a grande paz ou a grande calmaria.” A palavra também tem a conotação de total confiança. Na tradição esotérica de Huna Kupua, Kanaloa representa o Eu Essência ou o centro do universo dentro da pessoa. O Padrão De forma abrangente, o padrão representa a Teia Aka ou a Teia da Vida, a conexão simbólica entre todas as coisas. Neste aspecto, a estrela central é a aranha/xamã ou o indivíduo que tem a percepção de ser o tecelão de sua própria vida, um tecelão de sonho. Em outro aspecto, as oito linhas representam o “mana”, ou o poder espiritual, pois outro significado de “mana” é o de “linhas ramificadas”, e o número oito na tradição Havaiana simboliza um grande poder. Os quatro círculos representam “aloha”, ou amor, porque o “lei”(1) ou a guirlanda, um símbolo de amor, é circular e é usado figurativamente em Havaiano para significar um círculo (como em “Hanalei – Baia Circular”), e porque a palavra “ha” é parte da palavra “aloha” que também significa “vida” e o número quatro. Juntos, os círculos e as linhas representam a harmonia do Amor e do Poder como um ideal a ser desenvolvido. O padrão da estrela é composto por um ponto no centro representando Aumakua ou o Eu Superior, um anel representando Lono ou o Eu Mental, as sete pontas da estrela representando os Sete Princípios de Huna, e o anel ao redor da estrela representando Ku, ou o Eu Físico ou Subconsciente. Uma ponta da estrela está sempre voltada para baixo, alinhada com uma linha reta da teia representando a conexão do interno com o externo. A Energia O símbolo do Olho de Kanaloa gera energia sutil, conhecida como “ki” em Havaiano. Esta energia pode ser utilizada para cura, para estimular faculdades físicas e mentais e para muitas outras finalidades. A maioria das pessoas pode sentir a energia como um formigamento, uma corrente, uma pressão ou um resfriamento ao aproximar a mão, os dedos, a bochecha ou a testa do símbolo. O símbolo, em si, auxiliará na harmonização das energias físicas, emocionais e mentais de uma sala ou outro local. A energia pode ser acessada mais diretamente através de um olhar fixo meditativo ou segurando o símbolo próximo de algo que precisa ser harmonizado. O símbolo também pode amplificar ou harmonizar outras fontes de energia ao ser colocado atrás ou na frente da fonte. Nota do Tradutor (1) lei – colar típico havaiano feito com flores O CAMINHO HUNA PARA A MUDANÇA DO MUNDO entrevista com Serge Kahili King do texto original “The_Huna_Path_to_World_Change” Tradução de Luiz Carlos Jacobucci (Brasil) Esta é uma entrevista com Serge Kahili King conduzida por Jennifer Kos da Revista Ciência da Mente, para a edição de Maio de 1990. O conteúdo original foi ligeiramente editado e atualizado. O caminho Huna possui uma notável semelhança com o da Ciência da Mente na sua mescla da sabedoria antiga com a metodologia moderna. Serge King e

Ernest Holmes compartilham de uma plataforma filosófica em comum, por aceitarem a relação íntima entre mente, energia e matéria. E ambos ensinam que podemos verdadeiramente alcançar o que todos temos o direito – felicidade, abundância e prazer em um mundo de paz. Ciência da Mente – Serge, você é uma reconhecida autoridade em Huna. Por favor, defina Huna para nossos leitores. King – Huna é uma filosofia de vida Havaiana que enfoca os poderes da mente e as forças da natureza e como elas interagem. É uma filosofia muito antiga associada à Polinésia. Há sete princípios básicos de Huna, o que a torna uma filosofia e não apenas um sistema de técnicas. Huna é simplesmente uma maneira de ver ou de lidar com a realidade e, devido à sua simplicidade, Huna é fácil de lembrar e de aplicar com eficácia. Ciência da Mente – Seus trabalhos escritos descrevem a utilização da Huna sob a forma de xamanismo que segue o Caminho do Aventureiro ao invés do Caminho do Guerreiro. O que é um xamã Havaiano e o que diferencia estes dois caminhos? King – Nossa definição de xamã é o de alguém que tem uma visão particular do mundo e que opera de acordo com os sete Princípios de Huna, principalmente o primeiro que estabelece que “o mundo é o que você acredita que ele é”. Um corolário deste princípio é que “a realidade é um sonho e nós podemos mudá-la”. Nós mudamos o interno a fim de mudar o externo. E isso é o que realmente designa um xamã – não uma técnica em particular, mas uma maneira particular de ver e de interagir com o mundo. King – A característica que diferencia a forma Havaiana de xamanismo de outras formas é que esta é um sistema Aventureiro e não um sistema Guerreiro. O Xamã Guerreiro é um curador que também trabalha com a mente e com o espírito, mas que faz isto através de confrontação e conquista, com o objetivo de derrotar a doença e o mal. O Xamã Aventureiro trabalha a partir da perspectiva da cooperação, amizade e harmonia, com o objetivo de mudar o comportamento. O Caminho do Aventureiro se torna muito mais divertido porque envolve uma atitude de harmonização ao invés de proteção e defesa. Ciência da Mente – Como o xamã vê a realidade? King – Do ponto de vista do xamã, a realidade não tem limites estabelecidos. Naturalmente, existem certos limites que nós aceitamos, reconhecemos e dentro dos quais operamos, mas que não são inerentes. Há limites “criativos” e limites “não-criativos”. Um limite criativo é como um canal que permite que a energia flua de determinada maneira e um limite não-criativo é como uma represa que bloqueia o fluxo. Devemos ter alguns limites nãocriativos para operar aqui na dimensão física. Caso contrário, não seríamos capazes de focar nossa atenção. Por exemplo, para ouvir um programa no rádio, restringimos nossa recepção a uma determinada freqüência e assim podemos captar esse programa. Isso não significa que não existam outros programas mas, para que possamos ouvir aquele programa, devemos criar um limite. Através de nossos sentidos nós estreitamos nossa faixa de percepção para que possamos sintonizar na freqüência da realidade física. Mas isso não significa que não existam realidades de outros tipos. Ciência da Mente – Na sua linha de raciocínio, qual é a visão do mundo e a parte que nós

desempenhamos nele? King – Do ponto de vista do xamã, existe um mundo, uma terra. Somos parte dessa terra única, somos criaturas na terra com nossos próprios propósitos e, ao servimos esses propósitos, estaremos servindo o propósito da terra. Como xamãs, quando falamos de cura, falamos da cura do corpo físico. Falamos sobre curar as condições do tempo, como terremotos, e sobre curar circunstâncias, como pobreza ou opressão. Falamos sobre curar animais, árvores e plantas. Enxergamos o mundo todo como um e vemos nosso papel na ajuda da cura do mundo. King – O Xamanismo difere de muitas outras práticas de cura por não ser um sistema apenas orientado para o ser humano. É um sistema orientado para a Terra. Ciência da Mente – Isso sempre foi verdade? King – Sim. O xamanismo sempre tratou o mundo todo como um. Esse é o motivo pelo qual algumas das culturas tradicionais consideram os animais como irmãos, irmãs e amigos, não como criaturas totalmente distintas. Ciência da Mente – Você acha que mais pessoas estão começando a ter essa atitude hoje? King – Com certeza. A preocupação com nosso meio-ambiente está aumentando em todos os lugares. Ciência da Mente – Parece que está ocorrendo uma mudança de consciência, particularmente neste momento. King – Esta mudança vem ocorrendo há muito tempo e acredito que isso está acontecendo porque há um crescente interesse no amor e na prática do amor, como nunca vimos antes na história. Ciência da Mente – Algumas pessoas poderiam discordar dessa afirmação e diriam que estamos envenenando, destruindo e matando mais coisas como nunca fizemos antes – a água, a atmosfera, a terra e uns aos outros. King – Essas coisas certamente estão ocorrendo. Isso sempre ocorreu com os seres humanos. Mas agora, a grande diferença é que há mais amor sendo praticado do que jamais foi anteriormente. Ciência da Mente – Qual prova disso você vê? King – Vamos analisar o que aconteceu quando o Plano Marshall foi implantado no final da Segunda Guerra Mundial. Nunca antes na história da raça humana, um país vencedor doou seus recursos não apenas para auxiliar seus aliados mas também doou seus recursos para auxiliar seus inimigos, tornando-os, assim, amigos. King – Durante o período pós-guerra, grupos privados se formaram. Alguns eram grupos patrocinados por igrejas, como o Conselho Mundial das Igrejas e os Serviços Católicos de Amparo, alguns eram privados, como o CARE e o OXFAM. Esses grupos foram criados para ajudar outras pessoas. Mais tarde, eles serviram como modelo para o Corpo de Paz. Eles foram criados para ajudar pessoas em outros países com produtos, suprimentos, serviços, tecnologia, dinheiro, assistência, alimentos e pessoal – sem esperar retorno, com propósito de pura cordialidade. As pessoas ajudadas por eles não tinham que dar nada em troca. O Corpo de Paz tem muito desse mesmo conceito. Naturalmente, havia pessoas no governo Americano que pensavam na vantagem política do Corpo de Paz, mas ele funcionava porque muitos dos voluntários no exterior não estavam servindo por essa razão. Eles serviam porque amavam as pessoas. Eles colocavam seus esforços com tremenda dificuldade, dando anos de suas vidas em condições extremamente fatigantes

e, algumas vezes, perigosas – tudo pela satisfação de ajudar pessoas. King – O princípio básico de um Corpo de Paz, onde um governo treina e envia pessoas para ajudar outros países sem exigência direta de retorno ou de pagamento, nunca ocorreu antes na história. E outros governos também estavam fazendo isso. Os Estados Unidos foram os que receberam mais publicidade mas, quando eu estive na África, trabalhei com voluntários semelhantes da Áustria, Inglaterra, Israel e China. Muitos outros países estavam fazendo coisas similares. Ciência da Mente – Você vê que há alguma outra evidência de amor que está sendo praticado em escala mundial? King – Sim. Recentemente, quando um terremoto devastador ocorreu em uma província Russa, os Estados Unidos se apressaram em ajudar com suprimentos, serviços e medicamentos. Após o desastre nuclear em Chernobyl, cidadãos de outros países se deslocaram para lá para ajudar. Eles não diziam “Vocês terão de nos pagar muito para fazer isto”. King – Quando duas baleias encalharam no gelo do Ártico, dois “inimigos”, Estados Unidos e Rússia, enviaram seus navios militares para quebrar o gelo de forma que as baleias fossem libertadas. Duas superpotências utilizaram seus recursos militares para ajudar dois animais! Não tenho conhecimento de nada parecido que tenha ocorrido antes. Cada vez mais, esse tipo de coisa está ocorrendo ao redor do mundo. Ciência da Mente – Talvez, este tipo de atividade de atendimento e de ajuda tenha acontecido nos tempos primitivos. King – Não que saibamos. Um dos conceitos mais primitivos é o medo do desconhecido. Muitos povos primitivos acreditavam que tinham de se proteger do mal trazido pelo desconhecido. Mesmo no Havaí, nos tempos remotos, quando as pessoas aqui eram amistosas, elas ainda queriam garantias de que você não era uma ameaça para a comunidade. Ou você tinha de provar que era tão forte que eles não poderiam fazer nada contra isso. A partir do momento que havia o reconhecimento que você tinha intenções pacíficas ou força superior, uma grande amizade nascia, mas isso não era automático. Ciência da Mente – Então, este medo de outros povos é muito antigo em nossa história e estamos começando a dar passos na direção para superar isso? King – Isso é o que parece que está acontecendo e em uma escala que nunca foi registrada antes na história humana. Ciência da Mente – A que isso poderia ser atribuído? King – O que contribuiu para isso foi um grande número de pessoas que se uniu ao longo do tempo e que está ensinando e praticando o amor. Houve, e ainda há, grupos espirituais de todos os tipos e naturezas. A mensagem continua a chegar: amor, amor, amor. Há uma mudança na consciência interior. Movimentos que ensinam esta mensagem estão se formando. Estamos tendo isso em todos os lugares. As pessoas falam da existência de notícias ruins em excesso, mas há mais notícias boas na televisão e nos jornais agora do que nunca. Há mais programas e artigos sobre o meio-ambiente, sobre animais, sobre a natureza, sobre coisas que os seres humanos estão fazendo positivamente na educação. King – Quando houve o terremoto em São Francisco, a Armênia enviou alimentos. Pense nisso. Uma província russa

enviou alimentos para ajudar uma cidade americana. A Rússia está lançando uma série de selos. Um dos selos comemora o pouso da Appolo. Os Russos estão, na verdade, comemorando um feito americano. E é claro que eles pretendem se beneficiar do assunto, mas ainda assim é extraordinário. Vistas individualmente, estas coisas parecem ser muito pequenas. Mas o “mundo unido” está se formando cada vez mais rápido. De formas, modos e dimensões muito diferentes, o amor está se fortalecendo. Ciência da Mente – O amor pode fazer a diferença mesmo depois de termos envenenado tudo? King – Nós não envenenamos tudo. Espere um pouco. Olhe aqui em torno de você. Esta terra parece envenenada? Observe o mundo. Quando eu estive na África, recebíamos notícias sobre os Estados Unidos, da poluição e do envenenamento. Isso foi nos anos 60. Eu voltei em 1971. Por volta de 1971 parecia claro a todos, no restante do mundo, que os Estados Unidos eram um aglomerado poluído, podre e mal-cheiroso – que todos os rios estavam obstruídos com óleo e entulhos, todos os peixes estavam mortos e todos os céus cinzentos e nublados. Voltei para casa e, honestamente, meu choque de cultura não era devido à minha ida à África, era por eu ter voltado e encontrado a maior parte do nosso país em tão boas condições. Nós atravessamos o país em um furgão. Maravilhoso, lindo! Água clara e brilhante, ar limpo, florestas magníficas. Mal podíamos acreditar nisso em função das notícias levadas ao exterior pelos jornais e revistas americanas sobre as condições do país. King – A maior parte do mundo está em boas condições. Há lugares que necessitam muito seriamente de ajuda, que são um perigo em potencial. Não há nenhuma dúvida sobre isso. Mas não pense que o mundo inteiro está poluído, pois não está. Isso não significa que não tenhamos de agir agora. Devemos agir agora. Da mesma forma que seu corpo todo deve estar saudável, mas se você tiver uma dor, fará algo para curá-lo. Certo? Mas não se esqueça que a maior parte do seu corpo está saudável. Ciência da Mente – O que as pessoas podem fazer para começar a criar mudanças no mundo? King – Devem começar do ponto onde estão. Os Estados Unidos estão publicando matérias muito boas indicando coisas específicas que todos, de um jeito próprio, podem começar a praticar, o que irá fazer a diferença. Há normas disponíveis e organizações através das quais podemos atuar como o Sierra Club, o Greenpeace, a Federação Nacional da Vida Selvagem e outras. Elas sugerem coisas que as pessoas podem fazer e as ajudam a fazer. Ciência da Mente – Quais ferramentas específicas o xamã utiliza para ajudar a curar o meio-ambiente? King – Eles utilizam as mesmas ferramentas que todo ser humano tem disponíveis. Os xamãs fazem tudo o que todos fazem, nós apenas fazemos com um pouco mais de consciência. Nós utilizamos palavras, utilizamos imaginação, utilizamos emoção, utilizamos sensação e movimento físico – utilizamos todos os nossos poderes divinos a fim de alterar a nossa realidade. Ciência da Mente – Sendo assim, como seres humanos, podemos exercer uma influência positiva sobre o meio-ambiente, mesmo que tenhamos a impressão de estarmos isolados das árvores e das rochas? King – A realidade ordinária

diz que somos isolados. A realidade xamânica diz que não somos. É apenas uma forma diferente de vermos e interpretarmos os fenômenos. King – Quando experimentamos nossa unidade com todas as coisas, estamos praticando amor, e este amor tem uma influência curadora sobre qualquer coisa que precisa ser curada. Ciência da Mente – Mas um indivíduo sozinho pode realmente fazer uma diferença tão grande? King – Não estou dizendo que uma pessoa irá mudar o mundo inteiro. Uma pessoa irá mudar sua consciência sobre o mundo e há um efeito cumulativo. Na Aloha International temos agora mais de 2000 xamãs trabalhando individualmente e em grupo. Outras pessoas e outros grupos estão fazendo outras coisas. O número de pessoas capazes de operar desta maneira está aumentando. Com cada um destes indivíduos fazendo seu trabalho interno para ajudar os vários aspectos do planeta, as mudanças podem ser feitas rapidamente. Dessa forma, sim, um indivíduo faz uma grande diferença pois um indivíduo nunca está sozinho. O segundo princípio de Huna diz que “Não há limites”. Todos estamos conectados. As outras mentes captam e são influenciadas pela forma como pensamos e atuamos. Em parte, é isso que está contribuindo com todas as mudanças que estão começando a ser feitas em todo o planeta. Ciência da Mente – Então, mais pessoas pensando em paz na terra podem, em determinado ponto, mudar totalmente a velha realidade? King – Essa é a idéia. Agora, se você começar a dizer que “é tarde demais”, então você não estará concordando com o que é ensinado pela filosofia da Ciência da Mente – que é a de que nós podemos mudar o mundo. Se pudermos acreditar nisso, podemos chegar lá. Então, a questão não é se há tempo; a questão é “somos capazes de acreditar nisso?” Ciência da Mente – Como você disse, a mudança sempre ocorre de dentro para fora. A maneira como pensamos e sentimos no dia-a-dia afeta o mundo em torno de nós? King – Exatamente. Ciência da Mente – Por favor, considere o princípio de Huna “Agora é o momento do poder” e faça uma relação com a capacidade de fazer uma mudança positiva no mundo. King – Bem, essa é fácil, porque agora é o único momento que você pode executar alguma mudança positiva. Você não pode fazer isso ontem nem amanhã. Você não pode fazer isso nesta manhã nem nesta noite. O único momento que você pode agir, de qualquer forma, é agora. Então, mesmo sob o ponto de vista da lógica pura, podemos ver isso. Agora, no modo xamânico de pensar, a conseqüência disso é que você pode alterar qualquer evento do passado – neste momento – porque aqui é onde o seu poder está. Você pode estabelecer e começar a criar qualquer tipo de futuro a partir deste momento. O ponto de vista é que não estamos atados ao passado. No que diz respeito a fazer mudanças, o passado não importa. É o que pensamos com relação ao passado que importa. Ciência da Mente – Então, não é tão importante saber o “porquê” do que estamos passando na atual situação do mundo? King – Está certo. O que importa é o que vamos fazer sobre isso. Na realidade ordinária, muito poder é atribuído ao passado. As pessoas acreditam que se puderem simplesmente descobrir as causas passadas dos seus problemas elas poderão

descobrir como resolver esses problemas. É claro que podemos aprender e reunir informações sobre o que está acontecendo agora a partir do que ocorreu no passado, mas o poder para mudar está aqui e agora. Podemos reunir informações mas, em algum momento, devemos começar a fazer mudanças. King – A condição atual da maior parte do mundo é que é preciso reunir todo tipo de justificativas para mudar, em função de tudo o que aconteceu no passado, e dar importância e crédito a elas, antes que você possa seguir a diante e mudar. Os xamãs não vêem as coisas dessa forma. Se alguma coisa não está indo bem agora, comecemos a mudá-la. Algumas vezes, precisamos reunir informações a fim de fazer uma mudança mais efetiva. E depois, se necessário, usamos essas informações. Mas não as usamos como garantia. Aí está uma diferença. Ciência da Mente – É muito difícil para algumas pessoas acreditar que elas criam sua própria realidade quando se sentem influenciadas por forças externas como, por exemplo, o carma. King – Bem, veja, não temos esse conceito. Acreditamos que “agora é o momento do poder”. O carma é agora. Tudo o que você está experimentando neste momento é o seu carma. E, a qualquer momento, você pode alterar isso, tomando decisões diferentes sobre si próprio e sobre a vida. É claro que não estamos dizendo que isso é sempre fácil de fazer pois isso depende do seu nível de confiança do quanto é fácil tomar uma decisão. Se sua confiança ou sua auto-estima não forem elevadas, então você achará mais difícil tomar tais decisões. Quanto mais elevadas forem sua confiança e sua auto-estima, mais fácil será tomar decisões para mudar. Ciência da Mente – Qual você acredita que é o papel da auto-estima na cura dos problemas com os quais nos defrontamos neste momento no mundo? King – Quanto maior a nossa auto-estima, mais nós começamos a expandir nosso senso de identidade diante das outras pessoas. Algumas vezes, tentamos construir a auto-estima nos diferenciando dos outros. Essencialmente, isso nunca funciona. Isso causa efeito. Isso pode produzir grande rendimento, muita popularidade, mas sempre com uma enorme tensão interna. Nossa auto-estima, dessa forma, é sempre dependente das coisas externas ou das outras pessoas. King – A verdadeira auto-estima vem da confiança e, à medida que nossa confiança aumenta, nosso senso de identidade com relação às outras pessoas aumenta. Dessa forma, nos identificamos mais com o mundo e, conseqüentemente, nosso envolvimento e nossa compaixão aumentam. Assim, começaremos a pensar de maneiras que propiciarão a cura, não apenas de nós mesmos mas também do nosso ambiente. Isso, indiscutivelmente, irá afetar o mundo! Ciência da Mente – É necessário para cada indivíduo ou para nós, como um grupo, termos uma idéia de qual mundo gostaríamos de ter? King – Nada é necessário. Não. Entretanto, se você quiser mudar o mundo de um modo em particular, sim, então é necessário ter alguma idéia de como você quer mudá-lo e como você gostaria que ele fosse. Se você não tem uma idéia mais definida do que você quer, como você vai conseguir isso? Conheço muita gente que diz “Eu quero ajudar as pessoas”. Bom. O que você quer fazer? “Não sei. Eu apenas quero ajudar

as pessoas”. Bem, você nunca irá ajudar alguém a menos que decida, de fato, o que você vai fazer que seja útil. Ser específico ajuda a levar a cabo o seu propósito. Ciência da Mente – Serge, sua organização é dedicada a disseminar “o espírito de Aloha”. O que é “Aloha”, exatamente? King – Entre os sete princípios, Aloha é o quinto. Ele diz que “amar é ser feliz com”. Em termos de manifestação, ele tem dois significados. Primeiro, quanto mais em paz você estiver com o que você tem no presente, mais fácil será para mudar. Muitos acreditam que devem estar bastante insatisfeitos com suas condições atuais antes que elas mudem e, no entanto, tudo o que fazem, é criar o hábito de estarem insatisfeitos para que possam crescer. Este princípio apresenta a idéia esclarecedora de que você pode ser feliz onde está e mesmo assim crescer. E esse crescimento será mais rápido e mais fácil se você fizer isso. Em segundo lugar, quanto mais você amar o seu sonho – quanto mais estimulante ele for – mais fácil será de realizá-lo. Muitas pessoas têm sonhos que são oriundos do medo. Querem manifestar a prosperidade porque têm medo da pobreza ou querem manifestar a paz porque têm medo da guerra. Mas, se o medo for sua única motivação, você irá manifestar apenas aquilo que tem medo. King – O quinto princípio expressa que a melhor maneira de manifestar a prosperidade é amar a prosperidade e a melhor maneira de manifestar a paz é amar a paz. Como uma medida prática, é imensamente útil parar de criticar o que você não gosta e começar a abençoar e a exaltar o que você gosta. Ciência da Mente – Existe alguma técnica simples que você pode compartilhar com nossos leitores que pode intensificar nosso poder para exaltar e abençoar aquilo que gostamos? King – Sim, existe uma técnica de respiração simples que intensifica nosso poder para abençoar através do aumento da nossa energia pessoal, ou ki, como é chamado em Havaiano. Esta técnica não requer uma postura especial ou um local silencioso. E pode ser feita em movimento ou parado, ocupado ou em repouso, com os olhos abertos ou fechados. King – Primeiro, faça uma varredura do seu corpo com sua mente e tome consciência de cada músculo que não precisa ser utilizado para o que você está fazendo no momento. Depois, enquanto você inspira, coloque sua atenção no topo da sua cabeça; enquanto você expira, coloque sua atenção no seu umbigo. Com um pouco de prática, você sentirá uma energia de formigamento crescente. Quando puder sentir a energia, mentalmente envolva-se com ela como um campo eletromagnético ou uma nuvem de luz. Depois, sintonize-se com o poder sentindose o mais feliz que puder. Ao abençoar, envolva o objeto que está sendo abençoado, projetando mentalmente um campo ou nuvem desta “energia de amor”. Esta técnica de respiração é chamada de pikopiko em Havaiano, porque piko significa tanto o topo da cabeça quanto o umbigo. Ciência da Mente – Quais as formas que sua organização propaga este “espírito de Aloha”? King – Nós patrocinamos uma crescente rede mundial, a Aloha Fellowship, um grupo de pessoas comprometidas com a propagação do espírito de Aloha através do processo da benção. Como dissemos, também treinamos xamãs promotores da paz e curadores para trabalhar em nossos

ambientes urbanos modernos. Além disso, ministramos treinamentos sobre efetividade. Temos uma nova série de seminários para o público em geral que ajuda as pessoas a aprenderem como amar melhor – como serem bemsucedidos, saudáveis e felizes através do amor. E também temos um centro em Kauai onde apresentamos as pessoas ao amor à terra e ao amor aos outros. Queremos ensinar as pessoas como trazer paz e harmonia ao mundo. Ciência da Mente – Serge, qual é a sua visão pessoal para o planeta? King – Tenho uma visão deste mundo se tornando um local de paz e harmonia como uma grande orquestra tocando uma sinfonia complexa e inspiradora. Haverá uma integração cooperativa de muitas pessoas diferentes usando muitas capacidades e instrumentos diferentes para tocar uma composição de vida que seja excitante, agradável e aventureira.

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