Zumbi Quadrinhos

  • Uploaded by: Tatianni Cruz
  • 0
  • 0
  • February 2021
  • PDF

This document was uploaded by user and they confirmed that they have the permission to share it. If you are author or own the copyright of this book, please report to us by using this DMCA report form. Report DMCA


Overview

Download & View Zumbi Quadrinhos as PDF for free.

More details

  • Words: 6,142
  • Pages: 40
Loading documents preview...
Zumbi e a Auto-estima No melO do verde e amarelo do desfIle de sete de setembro deste ano, a popula~ao de Betim encontrou outros tons da hist6ria brasileira. Cores fortes e alegres que, apesar de escondidas ha quase 300 anos nos por6es da hist6ria oficial, se man tern vivas. A dan~a, a musica e a religiao dos negros. Nao foi urn desfile folcl6rico, mas uma grande aula clvica. Uma tentativa de fazer justi~a hist6rica e social a Zumbi e seu povo, legftimos her6is brasileiros que conheceram, verdadeiramente, a liberdade. Para os alunos das escolas publicas da cidade que se debruc;aram sobre a vida na Republica dos Palmares, a homenagem trouxe muitas surpresas boas. Trezentos anos depois da morte de Zumbi, os estudantes viram surgir, no meio de reis temperamentais, rainhas loucas e princesas caridosas, lfderes de carne e osso, capazes de mudar 0 rumo da hist6ria. A descoberta de urn povo brasileiro que ja viveu a experiencia de urn pais livre, democnitico e solidario, em pleno Brasil-colonia e uma das mais educativas que ja pudemos comprovar. Zumbi, nao e uma lenda ou apenas urn mito, mas 0 exemplo tricentenano de auto-estima que nossas escolas querem perpetuar. Urn jovem pobre e oprirnido, mas com enorme lideran~a e espmto coletivo. 0 mais eminente lfder dos Palmares personifica o cidadao que a Secretaria Municipal de Educac;ao quer ajudar a construir. Altruista, independente, patriota, alegre, participativo e agente do processo hist6rico. Dedicar a Zumbi, urn desfile c1vico que contou com a participa~ao de quase 40 mil alunos e reeditar esta revista e uma busca da valoriza~ao da hist6ria de cada cidadao comum, uma pr
Carlos Roberto de Souza Secretario de Educac;ao e Cultura de Betim

300

ANOS DE ZVMBI DE PALMARES

1

Reapresenta~ao

Quarenta Anos Depois Ha quarenta anos, eu e 0 Alvaro de Moya, projetamos executar uma hist6ria da Republica de Palmares c Zumbi, 0 seu lider mais destacado e her6ico. Naquele tempo 0 feito ainda era chamado de quilombo dos Palmares e nao tinha sido revisto pela Hist6ria com a objetividade que tern hoje. Palmares ainda estava nos por6es da hist6ria, era lembrado apenas como urn territ6rio de negros fugidos, cujo chefe supremo havia se suicidado atirando-se de urn despenhadeiro. Por outro lado, os negros ainda nao havlam saido da penumbra com 0 dinarnismo e a determina~ao atual, quando muito, reuniam-se em entidades recreativas e culturais. A hist6ria de Zumbi, por outro lado, era questionada e muitos autores chegavam mesmo a negar-lhe a existencia como pessoa. Zumbi seria apenas urn titulo que passara pelas maos de muitos, negando-se, assim, a existencia do grande chefe como agente social dinfunico. Dai para ca muita agua correu tanto nos veios do movimento negro como na historiografia sobre Palmares. Embora a a hibliografia palmarina ainda esteja muito aquem da sua importfulcia social e politica, ja muita luz se fez e ha uma visao mais lucida do que foi a Republica de Palmares como modelo de resistencia vitoriosa, durante quase urn seculo. Expressou a maior manifesta~ao dos negros contra a escravidao durante todo 0 Sistema Colonial. E nao apenas como movimento de revolta radical a esse sistema, mas tambem, como exemplo da capacidade de organiza~ao social e politica dos negros quando livres do sistema que inibia 0 seu poder organizacional: a escravidao. Escolhemos a hist6ria em quadrinhos porque era 0 veiculo de comunica~ao muito mais abrangente, como timbem, porque poderiamos idealizar as figuras dos protagonistas, visualiza-Ias e compartilhar com o lei tor a viagem nessa carninhada proporcionada pelo seu imaginario. Essa fa~anha ficou a cargo do Alvaro de Moya, que teve a sensibilidade de captar 0 sentido her6ico do epis6dio palmarino, e expressa-lo em tra~os vigorosos e realistas. Ha nos tra~os desta hist6ria em quadrinhos urn sentido de valoriza~ao permanente dos personagens e das cenas. Eles van conviver conosco como se cstivessem vivos. Queremos destacar que ha quarenta anos urn enfoque como este era uma antecipa~ao em rela~ao a tudo aquilo que se produzira. Em primeiro lugar, qualificamos 0 que antes se chamava 0 quilombo dos Palmares de Republica dos Palnuues. Com isto, demos destaque politico ao fato, procurando demonstrar que qualificamos Palmares nao apenas como urn quilombo isolado, mas como uma Confedera~ao de negros em varios locais da Capitania e que formavam uma republica cuja capital era Macaco, na serra da Barriga. Com isto, descartamos a visao de urn simples aglomerado desalinhado c desordenado para em seu lugar colocarmos a visao de uma ordena~ao social nova, alterantiva, de homens livres no territ6rio que era dominado pelo latifiindio escravista. Com isto, compusemos pela primeira vez uma visao realista, atraves da palavra e do desenho, do que foi a epopeia dos liderados por Zumbi. Nessa epoca , 0 movimento negro nao tinha a dinfunica que possui hoje. Basta que se diga que 0 13 de maio ainda era a data que os negros tinham para festejar a sua "liberta~ao." Muito depois foi que e1a passou a ser questionada ate chegar-se, atraves de analise critica do seu significado, a reconhecer-se logo 0 que ela representou para 0 negro do ponto de vista social, econornico, cultural e politico. Os negros que atualmente comemoram 0 20 de novembro - data do assassinato de Zumbi - sabem muito bern que essa reviravolta no calendario deu-se muito mais recentemente. Zumbi cresce, por isto, como afirma~ao politica e autenticidade etnica, it medida que 0 tempo pass a e os simbolos da hist6ria van sendo reformulados a favor dos oprirnidos e discrirninados. Nesta breve reapresenta~ao da obra, queremos destacar urn fato que deve ser lembrado: durante esse tempo todo, a hist6ria que fizemos deve ter pass ado de mao em mao, contribuindo para a tomada de consciencia de muitos negros e de oprirnidos no Brasil. Passou a ser parte da mem6ria dos anonimos da hist6ria. E nao deve ter sido por outra causa que uma entidade de trabalhadores, sensibilizou-se com a hist6ria e depois de quase meio seculo, com 0 patrocinio de uma .adrninistra~ao democratica e popular possibilitouque fosse reeditada, numa demonstra~ao de' que essa mem6ria e guardada peios trabalhadores e agora e novamente dinarnizada quando se come mora nacionalmente os 300 anos da morte de Zumbi. ClOvis Moura Siio Paulo, outubro de 1995.

300 ANOS DE ZVMBI DE PALMARES

2

A Republica dos Palmares Zumbi dos Palmares e 0 grande her6i dos escravos brasileiros. Sua vida her6ica virou lenda, sua bravura ficou famosa. Nossos hi stori adores , desde Rocha Pitta, vern se ocupando da vida do lider dos escravos da Serra da Barriga, alguns exaltando sua mem6ria, outros denegrindo-a. Governador de uma republica que chegou a ter uma popula~ao pr6xima de 20 mil pessoas, ocupando area calculada em cerca de 27 mil km2, Zumbi realizou a maior tentativa de auto-governo da ra~a negra, fora do continente africano. 0 infcio do quilombo ainda nao foi explicado pelos historiadores com 0 rigorismo exigido. Rocha Pitta - 0 seu primeiro historiador - na sua' 'Hist6ria da America Portuguesa" , afirma ter surgido em consequencia da fuga de escravos da Vila de Porto Calvo. Os historiadores que se sucederam nada mais fizeram do que repetir Rocha Pitta. 0 certo e que, iniciado 0 quilombo por volta de 1630, logo a ele acorreu grande numero de escravos, fugidos dos engenhos da regiao. A republica instalada em uma das regioes mais ferteis da capitania, cedo prosperou, aglutinando em seu redor enorme numero de ex-escravos. Tinham abundancia de madeira para construirem casas e fortifica~oes. A ca~a era farta. Havia facilidade de agua potavel, alem da grande possibilidade de defesa. Suas ro~as, nessas condi~oes, floresciam, dando abundante colheita. Af plantavam mi1ho (base da sua alimenta~ao), banana, mandioca, batata doce, feijao, coco e criavam alguns animais domesticos, a1cm de aves. No ana de 1643 - segundo urn cronista da epoca - a popula~ao ja alcan~ava cerca de 6 mil. o primeiro rei dessa singular "republica" foi, ao que parece, Ganga-Zumba que dirigiu os seus destinos ate quando resolveu fazer a paz com os brancos, em 1678, fato que fez com que perdesse a confian~a dos palmarinos, fosse preso e executado e substituido por um jovem guerreiro - Zumbi - que, daf em diante, tornou-se 0 lfder incontestavel dos homens de Palmares. A direr;ao dos destinos da republica era exercida, alem de Zumbi, por um Conselho composto dos chefes dos principais quilombos que constitufam a republica. Os principais quilombos eram 0 de Zumbi, 0 de Arotirene, os dois conhecidos por das Tabocas, 0 de Dambrabanga, 0 de Subupira (quartel general dos negros), 0 quilombo real do Macaco (capital da republica com 1500 casas), 0 de Osenga, 0 de Andalaquituche, alem de outros menores. Os chefes desses quilombos, como dissemos, constituiam 0 Conselho que deliberava sobre a guerra e a paz. Constituida a republica, os ex-escravos estabeleceram comercio com os colonos das vizinhan~as trocando seus produtos agricolas por armas, p61vora e outros objetos de que necessitavam. Por outro lado, atacavam aqueles colonos que nao desejvam estabelecer troca com eles. Dos colonos traziam, alem de vfvcres, novos cscravos que iam aumentar a popular;ao de Palmares. Os que se recusavam acompanhar os palmarinos eram levados como prisioneiros e transform ados em escravos. Os que iam voluntariamente, eram considerados livres. Iniciadas as represcilias pelos brancos - ala. expedir;ao punitiva foi enviada em 1644 - os palmarinos viram-se na contingcncia de organizar urn exercito que garantisse a sua seguranr;a. Alem disso, foram construfdas fortificar;oes que tornaram quase inatingfveis 0 reduto. dos comandados de Zumbi. 0 comando supremo foi entregue ao GangaMuir;a e 0 excrcito estava arm ado nao s6 com arcos, flechas e lanr;as, como com armas de fogo, compradas ou tomadas dos brancos. No mocambo de Subupira, os componentes do exercito de Zumbi recebiam instru~ao militar. Os colonizadores - holandeses e a principio, depois portugueses - e que nao podiam se conformar com a existcncia de semelhante "perigo" e iniciaram a repressao a republica de Palamares. As primeiras expedi~oes praticamente fracassaram. Apenas aprisionaram alguns combatentes do exercito de Zumbi, destruiram-Ihes algumas ro~as e casas. As represalias se sucederam quase ininterruptamente. Segundo dados colhidos na . 'Rela~ao da Guerras Feitas aos Palmares de Pernambuco no Tempo do Governador D. Pedro de Almeida, de 1675 a 1678", foram 25 expcdir;oes enviadas contra Zumbi, numero que Edison Carneiro, um estudioso moderno do assunto, acha excessivo, reduzindo-o para 16. Finalmente, foi feita uma proposta de paz aos negros, tendo sido os mesmos recebidos pelo governo com honras de chefes de estado, a fim de discutirem a tregua. Como nao aceitassem, praticamente, a paz proposta, reiniciou-se a guerra entre os portugueses e os escravos fugidos. Assumiu, depois disto, aspecto mais sangrento a luta entre os dois lados, sendo enviado 0 conhecido cabo de guerra Fernao Carrilho, para dar combate aos homens de Zumbi. Apesar dos esfor~os de Fernao Carrilho, 0 reduto dos negros continuava inatingivcl. As tropas de Zumbi batiam-se, valorosamente, sem que nenhum proveito pratico tivessem os atacantes. Finalmente, 0 governador Joao da Cunha Souto Maior resolveu contratar os servi~os do bandeirante Domingos Jorge Velho, que acabara de

300

ANOS DE ZVMBI DE PALMARES

3

exterminar os indios Janoins para travar combate com Zumbi e recolocar seus homens sob 0 cativeiro, prometendo como recompensa ao paulista, ah!m da percentagem nos escravos capturados, uma area das terras ocupadas pelos negros. lniciou-se entao, em dezembro de 1692, a ultima fase de comb ate a republica dos Pal mares. Na primeira investida, Domingos Jorge Velho nao foi muito feliz, teve que bater em retirada. Ficou, em consequencia, esperando refor~os que vieram na pessoa de Bernardo Vieira de Mello e sold ados da infantaria. E ainda, chegaram refor~os de artilharia para liquidar com a pra~a-forte de Zumbi. Diante das fortifica~6es de Palmares, essa segunda expedi~ao de Domingos Jorge Velho esbarrou, surpreeendida, com as fortifica~6es que os negros haviam construido em sua ausencia. Os primeiros combates ocorreram sem que os atacantes conseguissem vitoria. Muitos dos homens de Domingos Jorge, cafam nos fossos enos estrepes que os palmarinos haviam construido ante os muros do quilombo. Outros morriam por causa da agua fervendo e das pedras que eram atiradas pel as for~as de Zumbi de cima do muro. Foi quando Domingos Jorge Velho entrou com a artilharia. Os escravos come~aram a sentir falta de muni~ao e mantimentos: a posi~ao era insustentavel. Zumbi, entao, aplica 0 ultimo recurso: a retirada. Notando existir urn VaG de sete metros entre a contra cerca que os sitiantes haviam construido e 0 precipicio que circulava em Palmares, evacua, durante a noite, os seus homens, aproveitando-se dessa safda. Somente no fim e que uma sentinela da pela coisa e toca alaime. Os atacantes investem sobre os negros em retirada matando cerca de 200 e aprisionando mais de 500. Quantidade igual ao de mortos em comb ate precipitou-se no abismo, ao tentar a fuga. Estava ocupada a capital de Palmares, ap6s 22 dias de muita resistencia. Depois disso, e uma verdadeira ca~ada que se realiza ao valoroso chefe dos quilombolas. Transformando-se em guerrilheiro, ninguem mais consegue localizar com seguran~a a Zumbi e os guerreiros sobreviventes. Somente pela trai~ao sera morto, tempos depois. Numa das batidas contra os negros de Zumbi, as tropas legais con~eguem aprisionar urn dos seus lugares-tenentes, mulato de "maior valimento", conforme termos da carta que comunicou 0 fato ao Conselho Ultramarino. Prometendo-Ihe liberdade, pediram que denunciasse 0 esconderijo do lider palmarino. Assim, a tropa foi conduzida ate Zumbi que se encontrava oculto ja tendo "lan~ado fora a pouca farm1ia que 0 acompanhava", ficando somente com 20 negros num "sumidouro que artificiosamente havia fabricado". Nesse local foi encontra-Io a tropa , atacando-o de surpresa. Mesmo assim pclejou "valorosa ou deseperadamente", matando urn homem e ferindo alguns, sendo em seguida assassinado, com seus companheiros. o governador Caetano de Mello Menezes ordenou que sua cabe~a fosse pendurada em urn pau e exposta "no lugar mais publico desta pra~a a satisfazer os ofendidos e justamente queixosos e atemorizar os negros que supersticiosamente julgavam este imortal" .(*)

ClOvis Moura - outubro de 1955

(*) Este documento que estamos citando acaba, de l/ma vez par todas, com a lenda do suiddio de 211mbi contado por Rocha Pitta e repetida pelas histariadares que a seguiram, Pade, atl/almente, ser callsultada em duas fOllte.\': em Edisoll Carneiro, no seu /ivro indispensavel para a conhecimento da hist6ria da repliblica "0 Quilombo dos Palmares" e 110 trabalho do historiador portllgues Ernesto Ennes' 'As Guerras nos Palma res , "

300 ANOS DE ZVMBJ DE PALMARES

4

···NW

OS ESCRAVOS VIVIAM SOB 0 CHICOlE DO FEITOR NAS FAIENDAS. EM CONSEQUblCIA D1980. RESOlVERAM FUGIR PARA AS MATAS E FUNDAR UMA REPUBLICA ON.D£ FOSSEM lIVRES 00 CATIVEIRO. COMECARAM FUGINDO EM PEOUENOS BANDOS. INDO TOOO5 PARA UM S{TIO MUlTO FERlll QUE Sf lOCALlIAVA 00 A1UAl ESTADO Of AlA(3(")AS. All TINHAM TUDO : BOA flGJA. fRUTAS E MADEIRA PARA CONSTRUIREM SUAS CASAS. FOI 0 INlelO DA

REPU8lltA Jos

PALMARES

ENTRE OS ESCRA· K>S RAVIA UM OlJE SE OESTACOU lOOO . E ERA GUE S1BIA CAMINHO PARA

o

A REGIAD OOS PAl-

MARES.

SABEOOR

00 SEGR£00 lM isTRAOII VINHAM

BUSCAR OS SEIJS COMR4NH£IROS E OS LEVAU4 PARA 0 RECESSO lMS MATAS. CHAMAW4-SE OANGIf-

Zl.IMBA £ TRN'ISFORMOl.I-SE C()'t1 0 TEMPO

NO VEROtANRO

CHEFE OOS NlGROS. £NFR£NTOl.I £N;>rAS VElES OS "CIIPI-

TAES 00 M4TO H GUE VINHIfM EM SEll fM:'Al~.

as- ATAOl.I£S GiL 0$ N£rJI?OS DE PAl-

MAlliS Fill/AM N4S R£DOND£ZAS RE/IOlTOlI-S'E 0 0<Jt,£.QMJ PR£Pt4IlIlIVPO lN14A GRANDE EKPEOI(!Ab D£ SOlOllOOS RWA EX7ERM/NA~lOS'.

300 ANOS DE ZVMBI DE PALMARES

5

VAMOS UOUIQAQ COM

fLES!

OS

EX -ESCIlIIIIOS C'ONSEOlIEM OERROTAR A EXPEOICAO QUE REGI1ESSA SEM VA'-

RIOS OOS SEllS 110-

MENS. ROfXJLIV BARO ESCAPOlI A?~E Fl/GIU.

o

EPOIS DII f)£RROTA PE BARO .. OUE CHEOOl/ EM REl"IFE O£SIUORAlISIUJO. AKJVA EKPEOIr;AO E' OR6ANIZAlJII mIlA PERROTAR os R4~M.'RINDS, ESSA EXPEO/l CHEGA FINALMElIIll Jtls PORrAS a4 REPOOIICA.

300 ANOS DE ZVMBI DE PALMARES

6

ZUMe.~'1-:ro=1-:--;'~;;~~;~~;~~~~~;~~~;~~:;;:;;~~~

FEll/DO 11K) Cl)t.f.1 8ATE aEPOIS O£ HAVER ABATIDO

j

VARlo$ ADVERSA'.......~~ii'I moS. VAOOl/ DURANTE IHU/TAS KORAS NA

nOR£STA ATE'

OtJE CNllJOl/ its PQqTAS Df R£PiJI1lICA <:WOE FO/ RECOlNDO

PElOS Cot1MNNE/HOS. S£U PRESTKJIo CCKf ISSO SE J'iM-

PlIOU A/NOA MA/S ENT/K ()$

OVERIt€/1i'OS DOs PAJ./IItAIllS.

300 ANOS DE ZVMBI DE PALMARES

7

DA/ POR PlANTE" 0 ~ OROANIZOU /NlJMEIIKS EKP£OIc&s CONTRA If REPOBt.Of DE MlMAIll\S'. CA1A4 WL EllA M/lt(¥l 0 NiJMIE".QO DE SOlD4DOS EJWIAlJOC CONTRII OS EX-ESCR/lII'OS aUE 71WRAM MUlTAS a4S SUIIS CIDlfDES /NCEMJlAQ4.S' £ IX"STRUDIfS. AS

SllCES'SIVAS EKF'E"OKXi'$ GlJIR/lM APIlIS/ONAR

CY)I\rS{:

vA1i>tas'.

GUERf1EIPOS IMPORTANTES tM REPr1B1.1O'f ,INC'LUSIVE DOtS FILNO$ 00 REI GAIIfI(M-Zl.IMf:JA• .lA' SE HAVIAM ~ CE.q;>A 1JE TRINTA A~ O£SO£ 0 {)(If EM QuE HAVIAM FUVDllOO If R£PtJeUC'A. 0 REI aofi\itNf -ZUMBA Mt?ST~VA-S£ ~/MISTA, PRfN·

CIPALM£NTl:

paq(}U£

Q'/£oM 0$

roMW'L~ 00 SEU.t.0H40 OUE

ruoo RlZIA

PJIIPA

~

i'UMIilI

GiJE EHA 0 OUERREI.QO DE

IUfIOI? PRMrKuo DtI RERIBUCA.

DIOA ~ SUA TERRA OOE ESlOU

PRONTO A FAlER A An OOM HOMENS Of PAlMARES. RESPE/TAREI A lIBeR[W)E DE

os

o

10DOS E DE/XAREI

GOIIDlNAtX:W a PEDRO DE IILMEIDII , TRAMOU ENVIAR IIrE'RtiMAIlES DOIS PmSIONEIm:JSatE HAVIAM C'AlOQ

QUE

CONTINUEM f.M SUAS TERRAS. Sf NAO ACEI-

TAREM ESSAS CONor;6£s

EU

os

ARRAlAREI.

EM SUASM40G

o

REI G;4NG4-lUMBA PtR/J£lJ A FIBI7A E RESOLWU MAN-

lWlUtWI £MBAIXADA ENTEMJ£R-SE COtf 0

GOCf£~f1H

OOMA~­

11EC/FE,INDt:'AV-

Sot PE Rtl,. 11MIH AIN~ DE· LIOtIIIMH aMI OG

8El/3 F1lHOS

£r-.f3'CIa4K)f, AB81M QUE

rus

AC£I7ASSEM A 1HZ ES£~ MASafM.

00 IJO(S DOS

co-

MO EMBlllKIfOO/lE$ E MIllS

AlOUNS OlERIl£IROS MAIS VEtMJS QUE ACE11JVi1J11M

IN TER EN1ENUMENTOS COt1

os MANC()S.

300 ANOS DE ZVMBI DE PAlMARES

8

o

Rei GANGA -lUMBA

TRAIU 0 POVO DE

PAlMARES. gLE IRA' ABRIR AS PORTAS DA RfPUBLICA AOS NOSSOS INIMIOOS.

o

PLANO 00

GOI'EIlNAOOI? SUIi'TIU EFE/TO

E GANGA-lUMBA

EIWKJlJ II EMlIAI-

MLM CUJa1..t1£MSIlOS FORAM REC£B/DOS NO REC/FE roM NONli'AS OOS CHEF"ES

00 ESTAoo. A C/IJIIO£ ESTAVA EN-

BANOORAIM RIIIIA R!fC£~-LOS E OS GU£RRE/ROS tJ£ RIlMANEG iJ£SFILAIlAM P£/AS HUllS ARMADOS, SENOO

RECEBltJOS OEPrJIS PELO aowRWADae

NAo PODEREMOS ACEITAR ESSA ~l PQROOE ISSO f' UMA ARMADllHA. £LES QUE REM ENTRAR NA REpUBliCA PARA DEPOlS SE APOOERAREM Of NOSsAS TERRAS E DE NOSSAS MUlHERES.

OGMOf-ICWA (}u£SEM/WE Ol¥OU lUMBI,TBVTA

.KX1AR 0 CONSELHO DO HEI £0 GfMiM-il/MBll CO"'~IIf'" tiE. GUEHIA DE QUtllQ(J£,q IH4Nn04 OESTIf1IVIN 0 ~­ rDto DE ZUMBI £ F/OIfIl NO SEU lUGAR.

300 ANOS DE ZVMBI DE PAlMARES

9

P~ISAMOS EROUER

F~'FI­

CACt?ES. MURAIJiAS EM TOOA A

QUANDO lUMJlI

VIU AS INTEM;OlS

DO ~-lIMIJA.

Rll/NIU OS (J{J£HH£lROS /IM/S JO-

REPtl8/..ICA PARA NOS DfFfND£RMOS. FORMAREI\1OS UM GRANDE ~--::=:s::;;:::::: fXERCllO.

~aw"l~­

DO-OS RWf GtE

IJ£PtlUSSEM 0 REI A FIM O£ P/lOSSEOUHEM RESIST/NOD AOS 1VJ,IfG(]R£8,

latM

A POPUIIt;'AO IJE PAlMAIi£S

nr:ou

AD /.ADO DE lIAB Gi.JE 1& ACYM44DO REI. 0 G44Gfll/MIM FOIIJEPOSTO E EXECUTAOD POR~A.

TUoo

FAREI,SfNHOR.

PARA ACA·

~~ BflDES.

AOO. QUEM FALA E' ZUMBI.

REI DOS PALMARES. VOLTEM PARA SUA CASA E QIGAM

QUE NPD FAREMOS PAl COM

QUEM NOS ATACA E PERSEGUE.

300 ANOS DE ZVMBI DE PALMARES

10

NO sm 00/0 CEGO, 0 tlAM7A -lONA • 111AMA ENIIE"NENAR ZUMBI OUIMNTE OS rEST£"JOS EM auE SE COMEMORA A Vlrd?IA $(J. BRE OS B.rlANCOs' APROV£ITAN/X) A O/ST/IA~ DE 1000s PREPIIRA 0 W7\EM? A RM DE POR M4 C01-fIOIl Of ZUMBI. PEN.£4114 EXTERMIIVAR 0 VIIlOROSO CHEFE DOS R41.MIIIKNOS TOMAR 0 S£U llKJA.rl E ~ZER II ",~ COM OS BRAIIICOS ENrlfYOANDO 3EUS COM-

PANH£IROS NOVAMENTE 110 {)IITIVEIIXJ.

o GANGA-lONA E' UM TRAIDOR. QUER MAlAR lUMB!. PREelso IMPfDIR QUE ISSO ACONTB;A DE OUAlQUER MANEIRA.

300 ANOS DE ZVMBI DE PAlMARES

11

SOLTEM GANGA-

lONA. DISPUTAREMOS EM PELEJA LEAL 0 TRONO DE PAlMARES. UM DUELO RESOLVERA' 0 ASSUNTO!

llMOI GUE 0 ADVERSAIlIO ESCOlNA If ARMA GUE L¥VERIf' USAf? GAAGf-~CWA ACEITA O/JESAFIO PORQ{JE NAO TEM OUTIi'(} m-Mi'ao MAS. SABE ANTECIFHDAM£Nl£ OOE ESTA' f)£RROrAOO , PORGU£ NNfJ«M POO£ ~ ZVM81 EM GlMLG{,IER

tHG ARMAS USAa4$ EM R4LIU4RES.

DEPOlS [;M O£RIlOTA DE GANCi4-IONA. MtI/lOS IfNOS SE PASSARAM. it/MDI TRANSFORMOiI-$£ MJ lIOCR IIVcONrEsTlfllEl DOS EK-ESCRIfIlOS E SEll NOME lORNOCJ-SE lENafmQ M1VMM POS SARGENTOS-MORES TIIVHAM COIMGEM DE ENFRENTIfR OS SEllS NC:¥1ENS aUE OOMINAVAM TO'a4 If REGIAt) IMPONOO Aoo

MORAOOHES ~A

,., SUA

Q4

VlZINIIAN-

~NCIf.

INlC'IIfRAM. EIVTAb. 0 COMENcIO COM OS COlONOS. T1lOCJtfNOO POR ARMU E MUN~S. OS VlW-

RES (}{£ PNOOtJZ/AM IJ£N-

TRO lE SUAS' fliIONrEI,t;JtfS E ItO MESMO TEMPO CONSE(JlIIRAM C'ENTEIVAS OE NOVOS AOEprOS GlIE ENGROSSAU'lM AS TROPIfS 114 REPlJSllC'A DOS RtllMARES.

~~7IJ11J'I1 OS SEUS CONSEiHEINOS PARIf INFORMA'-lOS /)£ GUE 0 BlflVDEIRlWTE DOMINGOS .IOIf>GE VEiNO, NAVlA-Sf PNONT/FICAOO A EXTERMINAR 0 g,NO Pi' ZUMBI MEDIANTE flifG4MEN,.O aVE 0 GOVERNO DEVERIA FAlER. Os CONSElNE/ROS /MED/ATAMENTE APRCNARJIIM A PROPOS'A DO GOVERIVA[)().Q QUE MAIVIJOU UIM C'Al7TA -RtlTENTE 040 BANOEIRANr£ AUTOR/lANDO -0 A LUTAR CONTR/4

300 ANOS DE ZVMBI DE PALMARES

iUMBI.

12

SOUSE OOE OS BRANCOS MANDARAM UM EX(~CITO PARA DEGTRUIR A REPOBLICA E NOS SUJEITAR DE NOVO AO CATIVEIRO. ~AS RESISTIREMOS ATE' 0 LJlTIMO HOMEIVI.

VAMOS EXTERMINAR A REPOBlICA DE PAlMARES.

VOCF E OS MENINOS Sf-

RAO

MANDADOS PARA FO-

RA , JUNTAMENTf COM ~S AS MULHERES f CRI~AS.

MDRREREJ COM VOC£;

FICAREI AQUI ATE' A MeRT~. NAc QUfRQ

SER ESCRAVO NOVAMENTE.

o

BANO£IR4NTE tOWMit'J.$ .IOROE VElJK) Pm"IHRA-sE RIIRA ATlfCAR IMEOIATAMENT£ A HEMal/Of. OA' INSTRUC01'S R4RA GlJE SEUS HOM£NS ATACJUEIW i4 NOlTE. JA' CONrA ANTEC/-

R4a4MENTC COM A VI TOr'A Gl/£ PARA cU, SERTAN/STA EXPERiMENTADO E aUE £fM\14

DE £XTERMINAR

os

INDIOS .MN.t\?-

INS, ESPERAIIA alTER VITcN?IA

FA-

CllMENTE ll4AOO POR TEPMINAlJO CAPITULO C£

o

R4LM4RES.

UGWANTE A NOlTE, SOI.QIIDOS OE fX)-

os

MINOOS ..t::lQ(Y VElHO ATACAM FJflMAk'ES.

300 ANOS DE ZVMBI DE PAlMARES

13

lUZ lM liJA" 71l14V'OU-SE A BATALHA TENDO ZtIMBI COtfANDfOO PESSQAlMENTE

VAMOS SAIR DAS FORnfICA-

OOES £ TRAVAR COMBATE EM CAMPO RASO COM OS IMASORES.

UMA OUTRA RI\R;

TE DO NOSSO EXER-

A PFlEJA GUE /XIROlJ HORAS.

cne FtcARP: AQUJ PARA GARANTIR

0

REDUTO.

MARCHAM AS TnoPAS OE PAlMAIl£S AO ENCONTIlO DOS /NVASQI;)£.S J ZUMBI VAl A FRENTE E lOGO S£ EMXWTRMf COM AS /X) BANDEIRANTE I /NIC/AN· 00 A PRIMERA ORAN~ [)£ BATAlHA.

'STABEL EeE3E 0 Rf'N/CO ENTRE OS HOMENS O£ lXJMINGOS JQQGE VElNO,GLE VIAMEM IUM81 1M SER SOSllEAHTUMl. ~""A~~ lJANDAD4 LOGO EM SEGUllM, OS SOlOADOS FlBIlIM PARA

o M41D ORITANtxJ POR SOCORRO I [)£SOBEPEC£NOO liS QQNNS tJO SEll C'Or1+4NtMNT£ I

GUE INSISTIA AfHA aUE 0 COMBATE ccwTlNlJASSE.

DEPOIS 00 ATAGUE INESPERADO DOS hOIIIOVS DE' IUMB/. GUE TINHAM A VANTAGEM DE awwCER 0 j.OC'Al ATE' NA $ ClRloAO lOS BANOElRANTES QUE FORAM ElWIAlJOS PARA O£STRVlR A R£ptJ-

A AMBICAO FEZ COM

au;

NOSSO SANGUE

FOSSE OERRAMADO. POQERIAMOS VIVER EM PAl COM NOSSAS FAMJlIA$. GUEREM ~EM DE QUALQUfR Ml\N8RA QlIE VOlTEMOS A SER ESCRAVOS. JURO PaR ~SES MQR-

TOS QUE LUTAREI ATE' MORRER CON-

TRA os OUE NOS PRETfNO£M DESTRUIR.

BllCA a'B4ND4RAM OENTRO a4 MJITE SEM QUE ~M:;OS

..,ota7'E IlE'lHO

PUO£SSE LK:TG'-lOS. EM FACE DOS ACCW!{l:IH£NTOS OIlOENOU, ENTAO , A RETlRAOA MARC'HANOO MJ DUTRO PIA RfR4 A POl-OAC"AO IE POIllO CAlloq OAR" F.QqAM ESPERAR REFORCOS. ZUMBI HAIl/A TRIUNFAtxJ MAIS UMA VEZ COVTNA AS FORCAB ENIKADIIS lXWTRA R4lMARES.

300 ANOS DE ZVMBI DE PAlMARES

14

SOlDADOS

!

EXIJO UMA

R£ABllITAC;Ab COMPlHA DA

TROPA. AQU~L£ QUf RECUAR SERA' PASSADO P£lAS ARMAS IMEDIATAMENT~ MARCHAREMOS AMANHA

AQUI NO CUME DA SERRA OA BARRK3A, FAREMOS UMA FORTAlElA INEXPUGNAVEl. ERGUEREMOS MURALHAS DE MADEIRA E RESISTIREMOS ATE' 0 ULTIMO OOMfM.

PARA DAR NOVO COMBATf AOS NfGROS

REBElDfS!

ENGUANTO ISSO,ZUMBI MANOOUQU£

SE EIlOUESSE UM4 GHANO£

FORTIFICII-

¢"is NO

ClIME Q4 SERRA Q4 BARIlIGIl £R4RA All SE TRANSPOR-

TOY COM 0 SEY POlIO. ESTAt#I 015-

POSTO A

DERROTAR OS INVASORES.

RECOLHAMOS AS MUlHERES E CRIAN<;AS PARA A RfTAGUARDA DA FORTIFICACAO PARA OlE. TRABAlHEM NA FflTURA DE lANQAS E FlfCHAS. AUQUITANE, Sf ENCARREGARA' 01550. SUBUPIRA SERA' 0 COMANDANT£ DO GRUPO QUE DfFENOERA' CORREGO.

vod.

o

o

SOlQllOO

DE OOMIMlOS JORGE VElHO FORA MANQIlOO ANTES D4 CHEG'AOf lJ4S TRO~S Pilii'll $ PlAH OS PREPARATII,.QS DE RESISTl"IIICIA IJ£ PIIlMARES.

300 ANOS DE ZVMBI DE PALMARES

15

QUANTOS HOMENS TEM

A TROPA DE DOMINGOS

_ _ _ JORGE VELHO?

JLI'.nv',,!

WMBI ESTA' MAIS FORTE DO QUE Nds. FUI PRESO

POR ~LES E ENTREI NO IN-

lERIOR DAS MURAlHAS. LA' E' UMA OFICINA Of GUER-

w...:.r~" RA.

moos

----

TRABALHAM

PARA RESISTIR : HOMENS

MUlHERES E CRIANCAS.

.......

~ CHEGIID4 00 lSPfAO auE FO -

GOM

RA ENVIAOO PARA ME/JIR AS FORCAS

DE PALMARES, DOMINGOS JORGE VELHO F/cOlJ SABEN00 lM RlAl F~A 00 RElXJTO. INICIAlMENTE PRETEN-

E',O WMBI E' UM GRANDE GUERREIRO MfSMO. JA' FUI DERROTAOO UMA Vfl E NAO POSSO ARRISCAR MEU PR£STIG/O NUMA CARTADA COMO ESTA ... TENHO DE

PEDIR REFORCOS,

NA'O Htt OU1RO II~S.t.l~ REMEDIO...

oa!fr:J1~, :&5 A MEOI(J4 aUE 0

ESPIAO FALAVA Fo/ MUOANOO O£ I!KIA E COME~Ol/ A VACILAR.

300 ANOS DE ZVMBJ DE PALMARES

16

COM Mil DlABOS I CONSTRUIRAM UMA D£FESA QUASE INEXPOO.NAVEl. TENHO Of RECONHECER QUE £SS£ lUMBI £' UM GRANDE CABO DE

TEMOS DE CONSTRUIR

UMA OUTRA PALlCAD'

PARAlELAS A Of PALMARES ~RA POD£R-

GUERRA' YOU PfDIR REFOR<;OS.

MOS REALllAR 0 ASSALTO ANAL.

Os R£FORr;OS

CHEGARAM FINAlM£NT£ E ACAMRWfM NO LADO

OPOSTO. FlCNiDO R4llWlRfS CERCAOO PRA7IC'AMENTE.

IREI AO ACAMPAME'NTO

DE DOMINGOS JORGE VElHO CONFERfNCIAR

50BRE OS PLANeS DE ATAQUE. AUMENTEM A GUARDA E PREPAREM UMA £SCOLTA PARA

PARECE QU~ OS BRANCOS V£M ATACAR CdRREGO PARA NOS PRIVAREM DE N3uA. TEMOS Of RES/ST/R.

o

ME ACOMPANHAR.

300 ANOS DE ZVMBI DE PALMARES

17

o

0i0QcE

ENTRE TIKJI!ftfS £

OSEX-~KlS•..

Os SOlIWXJS IE

BERNARDO VIEIRA VENCEM A BATIILHA PElA POSSE DA FONTE,

Jf\ ESTABELECI UM PlANO QUE DEVERA' SER EXEc;UTADO EM dUIMO CASO, ENtRE A PALICADA E 0 PRECIPCIO CONSTRUlREMOS UM PEQUENO CAMINHO. POR AU SAIREMOS TOooS EM CASO DE RfTlRAlM. PROSSIGUIREMOS A LUTA ADlANTE.

---

0111""'''' D£ D£FESA O£ PAlMARES -.14' MVIAM SIOO

UM OOERREIRO QUE TOMOU A4RTE NA BllTAlHA PELA POSSE Q4 AOOA. VEM AViSAR ~lJMlIl DA DERROTA E OA MORTE lJ£ SUBtlPIRA.

POR Zl/MBI.

300 ANOS DE ZVMBI DE PALMARES

18

PODEMOS FICAR SfM .\'GUA. TEMOS DE RETOMAR A reNTE. COMANO\REI P£SSOAlMENTE ~Sf ATAQUE. HOJE ~ NOlTE IREI COM OS MAIS DESTEMIDOS GUERRt:IROS D£ PAlMARES f RETOMAREI A FONTE.

DURANTE 0 /JIA PREPARAM-SE ,£HRA RECONGUISTAR A N;UA. A NOlTE CHE-

GA E ENCONTRA ~lJMBI E $El/S GiJERREIROS EM MARCHA P...tnA 0

LOCAL OA B4TAlHA.

Os GlEHIU'IIi'OS [)£ lYMeI PnER'lRAMSE PARA AI4CAR [)£ SURPHESA.

~SAO UNS DEMONIOS. ESTAMOS LIQu/DADOS.

300 ANOS DE ZUMBI DE PAlMARES

19

J;)ALMAIIFS

TRANsnJIl-

V MOU-SE EM lIMA MA~ DC GU£IIRA,

701IOS OS &£Us

H,46IrIlNrE& EMPENHIIVIIM-SE AOS 711,481111/0$ IJ£ DEFESA. EM nillNO P£ 'UM/1/ E OQ SOl cc:KVSEll/O II PQI1(Jl.fC,llJ PIlrPIIIIlOf/-SE MllH I/EPEll1? OS INWI$OIIES. OOMIIWlOS

~ mHO MANiIOU COHS-

TRUIR UMII Nll/(JIIIJII Btl rr1I;M:11J£ PIIlMAII£S NIl/II Dill I TENrAR ESClIllIR 0 MUNO. IS80 F8:NOU PflArK;IIMENff 1I1/1""I/,4PII IJOS "'lMMIN~ JII' QUE IJO OlITNO tAlJO S£ ENCONTllIIVAM AS rIlORIS P£ 8£1/NlIlIJO VIEINII O£ MEla ~UM81 PEReE8EU ISSO E EsrA6£UCEU SUit ESTllIITECIA IJ£FENSIVA.

Os

SOlDADOS PC

DOMINGOS JOIIGE W£NO INle'IlM os PI/IM£IROS TlROS ctJNrNA Pill MAR£&,

/NICIA-SE II BI/IINIJE BllrlltHII PEllI POSSE 1M

CIIPIrlll DE PIIlMIIIIES. liS TIIOPAS /I£" iJOMINtlOS JONGE V£l/lO INV£STEM CONTRR os MUAO$ P" CIOIIO£.

QUANIJO ~UMIJI ESTIIVA N£lJNIDO COM

6£U8 GEN£RA/~ OuVAVPO 11& INFOI/MII(MCS E £&TIJBEUCCNfJO II rMICII D£FENGIVII.

Os PAlMAINNOS HIIVlAM CIIVA-

PO DO lllDO IJE FOIIII DII AIIl ~H­

PII UM lllAGO I" FUNDO 1'OU.ro

NO SEU INT£RICIII (l(}[OCIIRIIM • EUIICII8 PONTEIIG'bPIIS II~TIIPAS AllIIII ClMII. ESSII II'IICIATIVA POS

PIIlMIIRIN06 PUNHII EM p£.QIGO 0 /'xITO DO HSSRlTO A PHlI(lHPR.

300 ANOS DE ZUMBI DE PALMARES

20

06..!¥£/lIlEIIlOS IJ£ PIIlMA«S «,slSlCM NEI'CU/CAM£NTE. OS 8OLPIIPOS IJ£ IJOMINGOS JC]IN;E V£lNO RJllAM /Nf:E811JO.S COlt AbuA F£IIVFNPQ PEPIIAS G/tlANT£l/CA6 QUE EIlAM JO(lIIpAS OF CIMA pA PfllIClAPA. ATlN6INP(]~OS. MillTOS CAJ~"jfl PAS ESCIIDAS E S£ £SlTlEPilRAM NilS CSTlICIIG PO rossa A 811TAl Nil Pi/ROll A NOITF 1l1PA. Da£NAS IJ£ INIIRSOI/ES CNCONTRARIIM If MOIlT£ ANTE OS MIMOS 011 IlEPiJ8l10A.

EST~MOS DfRROTMDO ()6 INIMIGOS. VOU

fA!fR liMA SORTIM

IMPfDR QUE rLES SE

UNAM ~S TROPAS DE MRNARDO YIEIRA, GUE EST~O DO OUTRO LADO.

i;7 UMlJ/

SRI /JOS MUROS I'll IIEPtJ8llCA POR lIMA PIISSIIGEM SE(lllaA E EMPIIEENH LIMA SOIITIDA CONTIIA AS TROP/IS CIINSIIDAS DE IJOMINqaG .JOIIGE VElHq QUE SF PlIIIG/IIM PAllA (] IIOIIMPAM£NlO DE NIlNIIRDO VlEIIIA P£

l.J

M£Lo, IIF/M DE DESCANSM.

DEPOIS p£ 'OCIII./~IIA (] INIMH¥Q IfTJICA-OS IMPfEOO811MLNTl' C()III SO/S GUm«/1108. "~G L/Qil/DAR£M COM /I 7R~" VOt.1"II ~lIM'" caM GElIS GUEIlR£lIlOS PARII PAL MARES.

QlJ[RO ALGUNS VOlUNT~RI~PMA ,""ACAR I\S TROPAS aUf £STllo LEYANOO os CANtfClEs! !UM81 DrVERA'

VOlTAR PARA 0 INTIRIOR M R£A}&LlCA AfiM Of ORGRNI!AR A Rf&ISltHC/AI

300 ANOS DE ZVMBI DE PALMARES

21

£NQUIINfD ISSO...

nHtGANOOA

\,;)

IIEPflBlICA,

~UM8t IMElKA-

TitM£NT~ ORO£NA QUE S£JIIM

£VACUII/M8 AS MUlN£N£8 E CRIAN(JAIJ. nJoAa A8 MULNERE8 DE . PAlMIIRE~ AO £NTAN1Q N£DA/lAM-SE II i1£JXAIl OG SEllS NIlIlIIJOS. FllHoG £ HlMAbS PERMAM"CENDO NOR£DUro A1l' 0 FINAL 011 iJArAlNA.

/) 011 OS ATAGUES ~ IJfIfRIDS POS

IN"'A~P/O.flAVII

A SITUII~/'-O NO INTERIOR 1M IlEPd8L lell. II FONTE DE CWa" PROWNHA A ,(cUll PAllA OS SEUS /tfOl?II/J01?£S JA EaTAVII HAS

MAtJs PO ADVlN-

SARlO. lOOOS OS

CIIMPOS GTlLTIYA/XJS QUE FK1I1VIIM FOHA /lOS Ml/1iOS FOI/IIM f)£smur-

DOS. II

f'OJIE

SE

APrJt)£NIIYII PII . I'l£Pd811CA DOS PlfLMIIR£S.

_ _ _-.I

II FawE 0111 II O{II CIlESCIII NO INTENIO/l MUROS Oil IlEPiJ8UCII.

300 ANOS DE ZVMBI DE PAlMARES

I'1IJrsAt'llM Gtlff COM8ArES 0111'NIOS FNENff /lOS MUNOS DE PIIlMIIRE~ SEM QUE SUII SOlllF rosSE DECIDIM. OS GU£RR£IflOS R£81STIAM.

PRECISAMOS ACA8AB EST" GUERRA. VOCE ATACARA' PESADAMENTf COM ARTllHARlA,\JA' QUf £GS(S NfGROG Nii> QUfREM RfNDfR-8E PfLA roME.

oar 22

II AIlT/lHARIA CASTI§OU OUllIIMENTE, DUIlAIIITi Tapa a OA( A roIlT/FICA~AV tC PAlMA/f'ES. CENTENAS /JECUEN1l£lllO6 MaRN£/UM EM CONS£(JO~NC/A OA ~o OA ANTIlHARIII. OEPO/S DE VlNfC E DOfS DIllS /JE R£$IST~NC/II.1 II REPOBlICIl PHREelA QUE IA CAJrJ/TllL

/iI RET/flRM t ENTAO

L;,/

OROENIfl)II POll IUNDI. IIIIICIAM-$E OS PN£PIIRIITIYOS, PIIRII Qll£, ,t NOlTE, os HII81TIINTES 011 REN8llCil GIl/liM SIl£NC'/OSAMEIIITE. fllM81 PllINErlOU PIIGSIIREM IJEIRIINIJD II

8DflDR DO

MECIPICID. GANHIINPO EM So;UIPA II FlORESTA, OEM SEREM I/fSlOS.

300 ANOs DE ZVMBI DE PALMA RES

;;;J/NAlMEIIITE

V CoMEt;1I COM TOOA II CAUTELA, II FllGII_ MAIS J)£ MIL .JII' HAYIIIM CDNGEGll/Dq PNINCfPlflMENTE MUlHERES E CIlIIIIII(:'llS, QllE FORIIM EVIICllAPIIS lM PRINE/flO IllGAI/.

DePOIS INICIOll-SE A I/£TIRIIOII /JOS GtJERR{IROS

COM StIllS IIRMIIS.

23

fOMOS DfRROTADOS. MAS CONTINUAREMOS A LurA. AGUrlES GUE QU,S£REM FfCAR COM/GO

(!J.s INVIlSOtqS C'IIiRAM s(J -

ME os NEGROS

fAlEM. OSOUTROS PQl)EM votTAR PARA eND( GUISEREM. QUANTO 'AS MULHfR[S. PEVER~O OISP£RSAR - Sf !

""ATANDO ~ CfNTENAS

DtuS. ""UITOS

IOIMM IITIRIIDOS - - - - Nil RfFI1EtU PElO PRECIPfcIO. MAtS

N QUINHENTOS CAillllM PRISIONEIROS DAS TROPI!.~ PIIRR SERE,." REVENDIOOS COIttO ESClMflOS.

DEPOIS Of MUlTO ANAfR rUMBIIIMC08RE os SOIJIIEvlvENrES BArAiNA.

"A

CH£GIINIJO ;, PIl£SEN(:II DO (JOVEIINIIDOIl. DOMINGOS t10fIGf VfLHO /NFOIIMOU QUE ~UMB/ UTI/VII MQIlTO. CDWO /'lE'COMP£NSA.Il£C£8£U AS 'UlIIIIS ONIJ£ os Ntr;tKJS 5MMMINGmiIlM(m£MIJ£~mMMN~~

300 ANOS DE ZVMBI DE PALMARES

24

MAS. NAS ESTRAOAS 00 S£RTlfq A FAMA D£ ~l/M61 CR£SCIA ...

~-------

TROP~S

QUf SURGIR[MEM NOSS~ fRENTE. voct, 6flCHIOR, ESTI( ENCARRfGAOO Of SAIR COM ALGUNS HOM£NS P.A.RA ATAeAR OS "CAP/mrs DO MATO"QUf PASSA-

RAe AMANHK PEL" [STRADA RfAL.

.(ilif)

y

lllMBI R£V£lA A 8(lCNION A EX/STl'NCIA /JA GIIUTA DNIJE F/CARIA N"NlrlWlMCNT£ INSTAlAOO COM SEUS NO/tIENS.

£LES

QUE NAO

ATAC/\RfMOS IM£DlATAMfNIT COMO MANDOU

lUM~? OS

"CAPf~

S DO

MAlO 0 APAR£C[RAM p()RQ(JE

fSSES SOLDADOS VlfRAM ATACAR-NOS.

iLOOONINbq

1.,;,1 BELCHIOR MOSTROlI'SC UM GU£RRCI/IO SEM AS QlIALlDADCS EXIGIIJAS PIIIIA AS C/IlCrISTA'NCfAS. OEIXOlI DE ATACAR 2 AOVERSAlllo, PflCFCNINfJO ESPENA'-lO NAS MATIIS. Al£(/ANOO CONNECER IIIElNON 0 TERRENO All £ AFIRMANPO QUE ISSO INFLUIIIIII NO COMBIITE.

300 ANOS DE ZVMBI DE PAlMARES

DfVfM fSTJ\R Of

£M80SCADA POR PER TO.

rfMOS Of ARMAR UMA SORTIOA CONTRA

tus.

/i' COMANOANTE,

\;I P1l£SSENTINOO QUE SERIII ATACA00 IKJ TERlllniRIO AINOII OOMINAf)() PElOS GUCRIIILNEIROS DC ~uMBI, MANOII QlIC UMA !¥INTE DE SEllS HOMENS GIGA NA FRENT£. O{/~ANOO

0

GIIOSSO DOS SOLOIIDOS NA RETA GUIIRDII, ESPCRIINIX} 0 ATIIQU£ DOS £K- ESCNAvas. PAllA ENTIlA/(CM Nit LUTA.

25

BElCH/Oil COME~A A TEll MtpO NO MOMENTO EM OUE ,sENff A IIPROX/MIf~lfO OAS TIlOPIf$, ..

If) EtCH/Oil

CI IITIICIlPO

t

PElO COMIINDIINTE PO PES-

TACAMENTo. QUE PRESUME SEll Ell IUMB/. INTEIIlIIMENTE IICOYARPIIOo. PEDE CLEMrNCIA

110 IIDV£IlSA'llfO CONF£SSIINPO NA'lJ SEll 0

l{NIl POS NEGRO$. CHEGif 0

NESro 011

TIlOPA QUE CEIICII NFINIT/VIIMENTE OS G'UERflEIROS PlilMIIIlINO$.

300 ANOS DE ZVMBI DE PALMAR£!

26

VOC~ OIl aUf N~O lU.MB,. ONDC ( QUE Elf ESTA' AGORA?

ACHO QUf

----t

tLE

O£VE SER lEVADO

'A PRESfNCA 00 GOVERNADOR.

R£fORCfM A GUARO" E PONH"M (SP'AS NUM" ARC" Df CCM METRO~! NINGutM OrvCRA APROXIMAR-SE 5EM A SENHA PREVISTA.

alllTIMOS

/fOtICN5 Of IUM/JI OISCUTfM COMO NESIST/R Nil ETAPA FINAL 011 LUTA. COM 0 P£SIIPlIlllC/MfNTO OlBELCH/O~

NOVAS IIPNUNS(fES DOMINAM· ~UM/J( QUE PN£.rSENTE AlGO PE TIl,ftilCO,

ACOVAIlPIIOq IlESOLVE BELCH/OR O/~ER 110

G"OVEIlNADOR ONDE EllA 0 ESCONPERIr7{] DOCHEFE oos N£G/i'OS.

300 AN OS DE ZVMBI DE PALMARES

27

~NALMEtm; ~-+-t1 V' «LeNIOIl

..

IlESOlVE TIlIIIIl IJ£rtNIT!VAMENTE SEllS COMPIINNEINOS E tJELllrllR ONJ)£ ESTAVIIM ESCONDIOOS OS valMOS GlIERRElllOS DE PIILMAIIES E SEll CHEFE.

PRfPAREM /MfD/ATAMENTE UM A fXPfOICKO E lEVEM lSTr CANAlHA COMO GU/A.

IMEtJIATIIMENTE; ~ OIlGIIN/~RPIl. liMA £XPEP/~AO COMPOSTII PE /)(J~ENros NO-

MENS IIflM IJ£ EFETlIlIllEM A CAPTlIlI1I DE ~lIM8/.

PaO

t"..nt.~Dt.J'"

JA' [STAMOS

. NO TrMPO DE EXTfRM/NAR Dff/NITIVA -

MENTE COM

fSSA PRAGA QUE PESI\ S06R£

NOS

1000S!

AGOI D£VfMOS Pf\RAR. IREI SOllNHO E DARE I SINAL QUANDO fOR NEefSSl(RIQ

f"lNAlMENTt; BElCH/OIl CHaiA

o rRAIPOR COMBINA COMO CHEGII/l A GRlITA ONO£ ~lIMBI SE ENCONTRR COM SEllS NOMEN$.

300 ANOS DE ZVMSI DE PALMARES

lis PORTRS PII GNUTA £

~

/OENTIFICAPO P£lA SEII(T/NE/A.

28

fOMOS DfRROTAOOS. fORAM MORlOS ... fSCAP[I POR MllAGRE. T[MOS Of fUGIR IMEDIATAMENTf. fUl PfRSEGUI DO POR TROFY\S DO GOVrRNO.

moos

Ij1 CReOITANPO NO

l.;J TRAIPOI1.~UMBI

OROE'NA QUt: W/JIIS AS SE'NTINE'I.AS IIBANPOIVEM SellS POsrps PARA NAO ATRAIREM 0 /NIM~ QUe AS POIJE'RIA O£ScaM/fl. COM ISSo, HAVIA B£{CIIIOR IlBERTO OIMINHO PARA as SOI.OAPOS tJO GOVEI?NAPOR Ar~ PflATICIIMt:IVff, a INTeRIOR P/I GRUTA.

300 ANOS DE zVMBI DE PALMARES

29

CONSEGUI ArASTAR OS VIGIAS. lfMOS Of ATACAR IMEDIAlAMENTE!

Nl(o POUPARfMOS A VIDA DE NINGU(M. MATAREMOS ATt 0 ULTIMO HOM EM

lUMBI.

flNAlM£NT£ £STAVA CCWSl/MAOA A 17UI(lAo PC 6£LCN.tJ~ Gl/£ CONOl/Z/l/ 0& SOlOAPOS PElO CIIMINNO /lI1 6'1<'(//JI.

voer JP: NOS

CONDUllU

~ GRUTA Df lUMBI. AGO-

RA,CHfGOU 0

MOMENTO

~--1"'- PAGARMOS

o

SEU

-"'I~\~

TRABALHO.

300 ANOS DE ZVMBI DE PAlMARES

30

lila

CHE(1AII A POIITA DA GIlUrA. , NLCHIOIl E ASSASSINAla

RNQUANTO

/.:1 'EGPEIlAVAM

PEep TTlAI/J01l, KIlO I/1IlAM AS TROPiIS QUE

POll OIII){M

BE APfH»(IMA-

/JO COMANDANTE QUE, IMEPIATAMENTE

VAAl DA GIlUrA. rlKAlMENr£, IRIlONPC INIMIGO IJ£NTIIO DO /JLTIMO R£IJUro PO CHEFE IJE PAlMAIlES.

a

O£PO/~

MANIJA

INVAPIIl 0

HOJUTO IX ~UM81.

ONleM.-S£, £NrAV, A SANG'RCNTII BllrlllHA DENTIlO DA GRUTA. PEGAPOS DE 6l/I/PRES/C GlIEIUl£lllOS DE lUMBI sA"q /NICI/fLUENT£, MASSACIlIlDOS, MilS IMEOIIIrAMENTe 1lE1I6EM E CAEM stJiJRE OS SOlOAOOS.

as

300 ANOS DE ZVMBI DE PALMARES

31

~UM8111811TE os IIPVCIMIfR~ UM AP(JS OUTIKJ, LUT1lNPO COMO lIMA F£RIIIIIUM CANTO PA (¥/U11l.

300 ANOS DE ZVMBI DE PAlMARES

32

fi\ EPOIS DE lUTAR HEROICAM£NTE CONTRA

l.M M1N£IlO CONSlIJUlIiVElMENT£" SlIPElllOR N AOVERSARlat OS GU£RIIEIROS DE ~UMBI.s/lb T7?tICIOIIPOS PELOS SOLOIlDOS. 0 CNEFE DOS £X- E8CRAVar, AIICARfUIIPO PElAS COSTAS QURNOO LUTAVA COM 0 COMANOANff DOS SOl.OROOS TEl'£" AICJIll£ NERO/CA. '

1,,;/

Sf N}O /t>SSE AGUELf TIRO PROVtOENCtAl, EU ESTARIA MORro

AGORA. COMO

LUTOU

~QUtL[ EX - ESCRAVO ... TINHA MAtS BRAVURA DO QUE

TODOS N6s.

A CIIBEyR DE lUMBI rot SEPRRIIOR DO CC¥lPO £ LEVROII CUMO TROFiu AD GaVE/<-

NAIlOR.

300 ANOS DE ZVMBI

33

/?OMUNICAD/I

~

A NOTICIA DA MOIlTE DE fUMB~ o GOVEIlNIIIJ(}R FO/IIOM/NIIDO POI1 IMENSA AlE6/NII, TllANSMITINIIQ /MEIJIATIIMENTE. II NOrif:IA 110 !lEf J)£ POIITUGAl. aTAVII ENCEIlIlIIDO a CAPiTULO DIIS lUTAG DE PlIlMIIIlES.

300 AN OS DE ZVMBI DE PALMARES

34

Soci610go, escritor, jornalista, poeta, presidente do Instituto Brasileira de Estudos Africanistas, atualmente e diretor da Oficina de Pesquisas Hist6ricas c Sociais Assessoria Cultural e Arquivos. Autor dos livros . 'Rebeli5es da Senzala", "Introdu~ao ao Pensamento de Euclides da Cunha", "0 Prcconceito de Cor na Literatura de Cordel", "Sociologia de la Praxis", "0 Negro: de Born Escravo a Mau Cidadao?", "A Sociologia Posta Em Questiio", "Sacoe Vanzetti: 0 Protesto Brasileiro", "Os Quilombos e a Rebeliao Negra", "Os Quilombos e Resistencia a Escravidao", "Hist6ria do Negro Brasileiro", "As Injusti~as de Clio - 0 Negro na Historiografia Brasileira", "Dialetica Radical do Brasil Negro". Como poeta publicou os livros "Espantalho na Feira", "Ancora no PlanaIto", "Manequins Corcundas", . 'Hist6ria de Joao da Silva" e "Flauta de Argila". . Membro da Academia Piauiense de Letras e da Uniao Brasileira de Escritores. Tambem faz parte das associa~6es culturais Latin American Studies Association e African Studies Association, dos Estados Unidos e da Association Internacionale D' Afrolatinoamericanistes, do Senegal.

Queme Clovis Moura

300

ANOS DE ZVMBI DE PALMARES

Jornalista, professor da Universidade de Sao Paulo no Nucleo de Pesquisa em Quadrinhos. Roteirista, produtor, diretor de cinema e de tcve. Chargista e ilustrador do jornal "0 Tempo" , tam bern criou c apresentou o programa "Cinemusica" na radio Cultura FM (Sao Paul). Autor dos livros .. Shazam" e "Historia da Historia em Quadrinhos". Organizador da Prime ira Exposi~ao Internacional de Hist6rias em Quadrinhos, em 18 de junho de 1951, reconhecido internacionalmente como 0 evento pioneiro nas modemas concep~6es dos estudos dos comics*. De 66 a 94, chefiou as delega~5es brasileiras nos Congressos de Quadrinhos realizados na Italia. Atuou como correspondente da revista internacional de charges Witty World e da revista "Latin American Studies", editada pela Universidade New Mexico, nos Estados Unidos. Foi 0 unico rcprescntante da America Latina cscolhido pcla Universidade La Sapienza de Roma, num grupo de 10 especialistas mundiais no estudo dos comics, para determinar a data do centenario dos Quadrinhos, comemorado na Italia.

Queme

Alvaro de Moya

35

Related Documents


More Documents from "edomaru"