Ap Con(pedreiro Completa) 2008 Rev. 02

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DENDEZEIROS

Pedreiro

DENDEZEIROS

Pedreiro

Salvador 2008

Copyright © 2008 por SENAI DR BA. Todos os direitos reservados Área Tecnológica: Construção Civil Elaboração: Gleice Maria de Araújo Ribeiro Revisão Técnica: Gleice Maria de Araújo Ribeiro Nádia M. B. Morais Costa Ubirajara Lira G. Junior Revisão Didática: Lucia Maria Gonçalves Normalização: Núcleo de Informação Tecnológica - NIT

Catalogação na fonte (NIT – Núcleo de Informação Tecnológica) ______________________________________________________

SENAI - DR BA. Pedreiro. Salvador, 2008. 89 f. (Rev. 02). 1. Agregados Naturais 2. Blocos Cerâmicos 3. Esquadro I. Título CDD 624 _______________________________________________________

SENAI DENDEZEIROS Av. Dendezeiros do Bonfim, 99 CEP: 40.415 - 006 Tel.: (71)3310-9974 Fax. (71)3314-9661 Site: www.fieb.org.br/senai E-mail: [email protected]

Lista de Ilustração

Figura 1 - Agregados naturais..................................................................................................... Figura 2 - Agregados artificiais................................................................................................... Figura 3 - Malha ......................................................................................................................... Figura 4 - Blocos cerâmicos........................................................................................................ Figura 5 - Blocos de concreto..................................................................................................... Figura 6 - Materiais..................................................................................................................... Figura 7 - Concreto Armado........................................................................................................ Figura 8 - Tração......................................................................................................................... Figura 9 - Compressão............................................................................................................... Figura 10 - Operários nivelando piso......................................................................................... Figura 11 - Pedra de mão............................................................................................................ Figura 12 - Barragem.................................................................................................................. Figura 13 - Bainha...................................................................................................................... Figura 14 - Compressão prévia na peça concretada................................................................. Figura 15 - Vigas com concreto protendido................................................................................ Figura 16 - Padiola...................................................................................................................... Figura 17 - Operários virando o traço........................................................................................ Figura 18 - Operários preparando o concreto............................................................................. Figura 19 - Lançamento do concreto na forma........................................................................... Figura 20 - Concreto adensado........................................................................................ Figura 21 - Operário utilizando o vibrador................................................................................... Figura 22 - Colher de pedreiro.................................................................................................... Figura 23 - Colher meia cana...................................................................................................... Figura 24 - Esquadro.................................................................................................................. Figura 25 - Prumo de face.......................................................................................................... Figura 26 - Prumo de centro....................................................................................................... Figura 27 - Nível de bolha........................................................................................................... Figura 28 - Nível de mangueira................................................................................................... Figura 29 - Nível a laser.............................................................................................................. Figura 30 - Nível Alemão............................................................................................................. Figura 31 - Uso de escontilhão................................................................................................... Figura 32 - Ponto de referência.................................................................................................. Figura 33 - Gabarito.................................................................................................................... Figura 34 - Marcação.................................................................................................................. Figura 35 - Locação.................................................................................................................... Figura 36 - Radier....................................................................................................................... Figura 37 - Sapata corrida.......................................................................................................... Figura 38 - Sapata isolada com viga baldrame........................................................................... Figura 39 - Detalhe de sapata.....................................................................................................

37 37 38 39 39 40 41 41 41 42 43 43 43 43 43 45 45 47 49 48 49 51 52 52 52 53 53 54 54 54 55 58 58 59 59 60 61 61 61

Lista de Ilustração Figura 40 - Estacas de concreto................................................................................................. Figura 41 - Fundação profunda................................................................................................... Figura 42 - Alvenaria de pedra.................................................................................................... Figura 43 - Alvenaria de pedra.................................................................................................... Figura 44 - Impermeabilização ................................................................................................... Figura 45 - Pilar........................................................................................................................... Figura 46 - Detalhe de verga ..................................................................................................... Figura 47 - Detalhe de verga e contraverga......................................................... ..................... Figura 48 - Formas para viga................................................................................................... Figura 49 - Armadura da laje....................................................................................................... Figura 50 - Instalações antes da concretagem........................................................................... Figura 51 - Montagem da laje.................................................................................................... Figura 52 - Montagem da laje com vigotas................................................................................ Figura 53 - Detalhe da vigota e o concreto................................................................................ Figura 54 - Operários executando a Montagem da laje.............................................................. Figura 55 - Montagem da laje..................................................................................................... Figura 56 - Operários concretando a laje................................................................................... Figura 57 - Detalhe da montagem.............................................................................................. Figura 58 - Alvenaria de tijolinho................................................................................................ Figura 59 - Marcação com tijolo.................................................................................................. Figura 60 - Ferramentas............................................................................................................. Figura 61 - Colocação de argamassa......................................................................................... Figura 62 - Assentamento do tijolinho......................................................................................... Figura 63 - Nivelamento.............................................................................................................. Figura 64 - Alinhamento............................................................................................................. Figura 65 - Assentamento........................................................................................................... Figura 66 - Colocação do prumo................................................................................................ Figura 67 - Detalhe de cantos de alvenaria................................................................................ Figura 68 - Bisnaga..................................................................................................................... Figura 69 - Colher meia cana..................................................................................................... Figura 70 - Paleta....................................................................................................................... Figura 71 - Colher meia-cana..................................................................................................... Figura 72 - Assentamento........................................................................................................... Figura 73 - Alinhamento.............................................................................................................. Figura 74 - Operário utilizando escantilhão................................................................................ Figura 75 - Cavalete e plataforma para andaime........................................................................ Figura 76 - Blocos cerâmicos...................................................................................................... Figura 77 - Detalhes de paredes.................................................................................................

62 62 63 63 64 65 65 65 66 67 67 67 68 69 69 70 70 70 71 71 72 72 72 73 73 73 74 74 75 75 75 75 76 76 76 77 77 78

Lista de Ilustração Figura 78 - Chapisco com colher................................................................................................ Figura 79 - Chapisco com desempenadeira............................................................................... Figura 80 - Chapisco no teto....................................................................................................... Figura 81 - Chapisco rolado........................................................................................................ Figura 82 - Chapisco argamassa ............................................................................................... Figura 83 - Colocação de talisca................................................................................................. Figura 84 - Colocação de talisca................................................................................................. Figura 85 - Colocação de mestras.............................................................................................. Figura 86 - Sarrafeamento.......................................................................................................... Figura 87 - Desempeno no teto.................................................................................................. Figura 88 - Execução de desempeno.........................................................................................

79 80 80 81 81 82 83 83 84 84 85

Sumário 1. Leitura e interpretação de projetos......................................................................................... 1.1 Conceitos Básicos................................................................................................................ 1.1.1 Cálculo de área................................................................................................................. 1.1.2 Convenções para desenho............................................................................................... 1.1.3 Escala................................................................................................................................ 1.1.4 Formatos........................................................................................................................... 1.1.5 Carimbo ............................................................................................................................ 1.1.6 Legenda............................................................................................................................ 1.1.7 Terminologia...................................................................................................................... 1.2 Tipos de projeto civis........................................................................................................... a) projeto arquitetônico.................................................................................................. b) projetos de detalhamento arquitetônico...................................................................... C) desenvolvimento dos projetos complementares ao projeto residencial ..................... 2. Estudos dos materiais............................................................................................................ 2.1 Aglomerantes ....................................................................................................................... 2.2 Agregados ........................................................................................................................... 2.3 Tipos de bloco ...................................................................................................................... 2.4 Água ..................................................................................................................................... 2.5 Aditivos ................................................................................................................................ 2.6 Argamassa ........................................................................................................................... 2.7 Concreto................................................................................................................................ 2.7.1 Concreto simples .............................................................................................................. 2.7.2 Concreto armado .............................................................................................................. 2.7.3 Concreto especiais ............................................................................................................ 2.8 Traço .................................................................................................................................... 3. Ferramentas e equipamentos ................................................................................................ 4. Reconhecimento do solo ........................................................................................................ 5. Locação ................................................................................................................................. 6. Marcação da obra .................................................................................................................. 7. Fundação ............................................................................................................................... 7.1 Tipos de fundação ................................................................................................................ 7.2 Impermeabilização da fundação .......................................................................................... 8. Elementos estruturais ............................................................................................................ 9. Alvenarias ............................................................................................................................... 10. Revestimentos...................................................................................................................... Vocabulário Técnico.................................................................................................................... Referências.................................................................................................................................

9 9 9 12 16 16 17 17 18 19 20 33 34 35 35 36 39 40 40 40 40 40 41 42 46 51 56 58 59 60 60 64 65 72 80 87 89

APRESENTAÇÃO

Com o objetivo de apoiar e proporcionar a melhoria contínua do padrão de qualidade e produtividade da indústria, o SENAI BA desenvolve programas de educação profissional e superior, além de prestar serviços técnicos e tecnológicos. Essas atividades, com conteúdos tecnológicos são direcionadas as indústrias nos diversos segmentos, através de programas de educação profissional, consultorias e informação tecnológica, para profissionais da área industrial ou para pessoas que desejam se profissionalizar, visando a sua inserção no mercado de trabalho.

Este material foi preparado para funcionar como instrumento de consulta.Possui informações que são aplicáveis de forma prática no dia-a-dia do profissional, apresentando uma linguagem simples e de fácil assimilação. Possibilita ao profissional da área de contrução civil a aquisição de conhecimentos técnicos, normativos e práticos, contribuindo para a sua atuação profissional.

O mercado cada vez mais competitivo está exigindo empresas e profissionais com habilidades e atitudes diferenciadas. Busca-se continuamente a qualidade em produtos e serviços. Os temas aqui abordados constituem conteúdo relevante na formação profissional do Pedreiro. Leia, estude, analise, tenha como objetivos compartilhar conhecimentos e ser um bom profissional.

AS ATIVIDADES DO PEDREIRO NA CONSTRUÇÃO CIVIL

Quando pensamos em construção, geralmente, o primeiro operário que vem a mente é o pedreiro e, inclusive, as suas ferramentas de trabalho, trena, colher de pedreiro, prumo, nível e todas as demais que fazem parte de suas atividades diárias. A figura do pedreiro é constante no dia a dia, sempre encontramos uma obra ao nosso alcance.

Nesta apostila o aluno- trabalhador terá o conhecimento sobre as várias partes do mundo do pedreiro, uma vez que dentro desse ofício há inúmeras possibilidades de especialização, como por exemplos: pedreiro de marcação, pedreiro de alvenaria, pedreiro de acabamento etc.

A identificação dos diferentes tipos de atividades que um pedreiro desenvolve, depende de sua especialidade. Que caminho você gostaria de percorrer? Antes de tudo é preciso ter o conhecimento, a informação e após desenvolver as habilidades práticas no decorrer do curso e no dia a dia. O pedreiro desempenha as tarefas de medir, marcar, executar, conferir, participando assim de todas as fases da obra, desde a estrutura até o acabamento. Para que o pedreiro possa desempenhar bem suas atividades e realizar um bom trabalho de qualidade, confiável e seguro, precisa conhecer bem e utilizar adequadamente os materiais e ferramentas que são utilizados nas diferentes etapas da construção.

A apostila trás informações desde como fazer a leitura e interpretação de um projeto, conhecer os materiais e ferramentas e sua aplicabilidade e entender sobre as etapas de uma edificação. Então vamos começar a aprender!!!!! Bom estudo !!

1 Leitura e interpretação de projetos Planta baixa! Corte! Fachada! O que significa???

Polígono é a figura geométrica plana constituída por linhas consecutivas formando uma poligonal fechada. (Januário, 2006)

09

A=b.h P=2(b+h)

A=l² P=4.l d=l 2 A=(B+b).h 2

A=b.h A=D.d 2

10

A=b.h 2

A=¶r² C=2¶.r =¶.D Sendo ¶=3,14

A=P.a 2 P= n×l Sendo P= perímetro M= mediatriz do lado O= origem do círculo

11

12

13

14

15

16

FORMATO

DIMENSÃO EM MILÍMETROS

A-4

0210x297

A-3

0420x297

A-2

0594x420

A-1

0841x594

A-0

1188x841

17

18

Arquitetônico

19

20

21

22

23

24

25

26

27

28

29

30

31

32

33

Com o projeto em mãos, o próximo passo é conhecermos os materiais utilizados na construção civil.

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2. Estudos dos Materiais 2.1 AGLOMERANTES O primeiro aglomerante utilizado pelo homem foi provavelmente a argila. Na bíblia são encontradas citações do uso de argila nas construções (assírios e caldeus). Na antiga Grécia, a aplicação mais simples de aglomerantes fez-se em paredes de tijolos. Tipos de aglomerantes: Cimento portland, Gesso , Cal aérea, Cal hidratada natural e pozolonas. Abaixo trataremos sobre alguns aglomerantes importantes e necessários para a realização de atividades na construção civil. Cimento Portland O cimento pode ser definido como um pó fino, com propriedades aglomerantes, aglutinantes ou ligantes, que endurece sob a ação de água. O cimento Portland é composto por: calcário + argila = clínquer + gesso = cimento portland. Cimento Portland, - referência a Portlandstone, tipo de pedra arenosa muito usada em construção na região de Portland, Inglaterra.

Obs.: O gesso é adicionado no final do processo de fabricação do cimento. Sua principal função é regular o tempo de pega quando das reações de hidratação do cimento.

No mercado existem os seguintes tipos de cimento que estão divididos conforme sua composição e características. Ver tabela 1. TIPO CPI – Cimento Portland comum CP I S - Cimento Portland comum com adição CP II E - Cimento Portland com escória CP II Z - Cimento Portland composto com pozolana CP II F - Cimento Portland composto com filer CP III - Cimento Portland de alto-forno CPIV- Cimento Portland Pozolânico CP V – ARI** - Cimento Portland de alta resistência inicial

CLASSE 25,32 ou 40 25,32 ou 40 25,32 ou 40 25,32 ou 40 25,32 ou 40 25,32 ou 40 25 ou 32 -

Tabela 1- Tipos de cimento

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Dicas para recebimento e armazenamento do cimento. Ao receber e armazenar o cimento, você deve adotar os seguintes cuidados. ·

Não receber cimento empedrado = Rejeitar os sacos de cimento que estejam abertos ou rasgados = Não aceitar sacos de cimento úmidos ou molhados; = Quando estocar não empilhe mais de 10 sacos de cimento = No depósito, não deixe que os sacos de cimento encostem-se ao teto ou nas paredes.

G

.

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Exemplo de agregados naturais: areia de rio, pedras, pedregulhos, areia de mina, seixo rolado, etc. Area de mina Area de rio

Pedras

Seixo rolado Pedregulhos

Figura 1 - Agregados naturais

Os agregados artificiais são encontrados na natureza, mas passam por um processo de industrialização 1)

2)

Areia artificial

3)

Brita

Argila expandida

Figura 2 - Agregados artificiais

Entende-se por granulometria a caracterização dos tamanhos dos agregados.

37

4,8 mm

4,8 mm Figura 3 - Malha

( material de preenchimento) -

DIÂMETRO CLASSIFICAÇÃO 4,8 a 9,5 mm Brita 0 9,5 a 19 mm Brita 1 19 a 25 mm Brita 2 25 a 38 mm Brita 3 38 a 76 mm Brita 4 Tabela 2 Classificação das Britas

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2.3 TIPOS DE BLOCO O bloco pode ser de cerâmica ou de concreto de tamanhos variados conforme NBR’s específica para blocos. NBR 15270 NBR 6136

Figura 4 - Blocos cerâmicos

14x19x34 14x19x39

14x19x54 14x19x19

Figura 5 - Blocos de concreto

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RETO O concreto é um material resultante da aglomeração de agregados , cimento, água e eventualmente concreto aditivos.iúdos e graúdos

Areia

Cim

ento

Brita

Cimento

Água

Agregados

40

Trata-se de uma

Figura 7 - Concreto Armado

A resistência do concreto ele . Vamos aprender sobre as forças que atuam em uma estrutura.

Exemplo: Tração e compressão

Figura 8 - Tração

Figura 9 - Compressão

8 9

41

Figura 10 - Operários nivelando piso

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Figura 11- Pedra de mão

Figura 12 - Barragem

Figura 13 - Bainha

Figura 14- compressão prévia na peça concretada

Figura 15 - vigas com concreto protendido

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Após o conhecimento sobre os diversos tipos de materiais, utilizados na construção civil o pedriro, precisa saber sobre a dosagem dos materiais (argamassa e concreto).

S

TRAÇO??

44

2.8 Traço É a proporção entre as quantidades utilizadas na mistura. Pode ser apresentado das seguintes formas: · Traço em volume de todos os materiais do concreto; · Traço em volume só dos agregados, sendo o cimento dado em peso; · Traço em peso de todos os materiais que constituem o concreto. Largura

Nas obras encontrarmos diversas formas de compor medidas, citamos: carrinhos, latas e padiolas. As padiolas de medição dos volumes nos traços possuem medidas de boca (largura igual a 35 cm e comprimento igual a 45 cm). São confeccionadas nas obras, conforme figura ao lado.

Altura

35 cm

C

en im pr om

to

=

45

cm

Figura 16 - Padiola

O traço é o volume de todos os materiais que constituem o concreto, é o mais usado na prática, mas o mais correto ainda é o traço em peso.

Os traços são indicados nas seguintes maneiras: 1:3:3, 1:3:4, 1:3:6, sendo que o 1º algarismo indica a quantidade de cimento a ser usado; o 2º algarismo indica a quantidade de areia e o 3º algarismo a quantidade de brita. Assim temos para o traço 1:3:3, um volume de cimento por três volumes de areia. A quantidade de água depende da umidade da areia, devendo-se lembrar que as argamassas e concreto com uma dosagem excessiva de água diminuem sua resistência. De acordo com o traço temos diferentes resistências para os concretos: 150 Kg/cm2, 250 Kg/cm2, etc.

C

im

en

to

e ia Ar

Figura 17 - Operários virando o traço

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Outras formas de medição do volume do traço. ESQUEMA 1

+

Traço 1:3:3 Cimento

+ areia

brita

ESQUEMA 2

+

Traço 1:3:4 Cimento

+ areia

brita

Fatores que influem na resistência do concreto: · Impurezas na água de amassamento podem impedir o endurecimento do cimento que constitui o concreto, por essa razão a água deve ser potável e não possuir sais, graxas, sabão, barro etc. · Relação entre água e cimento -É a quantidade de água que se adiciona no concreto para cada quilo de cimento empregado. Esta relação é indicada por números decimais ou em fôrma de traço de argamassa, porcentagem, etc. Exemplo: N.º decimal 0,48 indica que em 100 Kg de cimento serão usados 48 litros de água. Em fôrma de traço de argamassa: 48:100 ou 48%.

Como o pedreiro pode preparar o concreto manualmente ou mecanicamente ? Preparar concreto É uma operação, geralmente manual, executada com freqüência pelo pedreiro e auxiliares. Consiste em medir, reunir e misturar areia, cimento e pedra em proporções adequadas, adicionando água e revirando com a pá até obter uma mistura plástica que, posteriormente, será lançada nas fôrmas de madeira ou metálicas, na construção de fundações, colunas, pavimentos, lajes, etc. Os componentes cimento, agregados, água e aditivos são intimamente misturados, obedecendo a uma seqüência lógica, que veremos a seguir.

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Processo de execução I AREIA + CIMENTO + BRITA

· Coloque a quantidade de areia necessária, de acordo com o traço em volume; · Coloque o cimento sobre a areia; Precaução: O cimento deverá ser lançado compassadamente e o mais perto possível da pedra britada, para evitar que se levante o pó, penetrando no nariz e nos olhos do operador. O uso dos equipamentos de proteção individual é muito importante para a realização das atividades.

· Misture a areia e o cimento com o auxílio da pá, até que fique homogênea; · Coloque a pedra britada sobre mistura de areia e cimento; Obs.: A quantidade deverá obedecer ao traço em volume previamente estipulado. · Misture por partes os componentes; · Adicione água, aos poucos. Vire, com auxílio da pá e enxada.

Figura 18 - Operários preparando o concreto

NOTA No caso de preparar concreto mecanicamente, com betoneira, a ordem de colocação dos ingredientes é : agregado graúdo + água+ aglomerante+agregado miúdo. Lançamento de concreto É o processo pelo qual coloca-se o concreto nas fôrmas em caçambas, carrinho de mão (burrica) ou bomba. A bomba está sendo largamente empregada no lançamento de concreto nas grandes obras, tendo-se em vista o barateamento da mão-de-obra e a rapidez com que se efetua a concretagem de grandes quantidades.

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Figura 19 - Lançamento do concreto na forma

Obs.O lançamento do concreto deve ser feito de modo que não haja segregação(vazios). Logo após o lançamento do concreto nas formas, é indispensável torná-lo o mais compacto possível. É necessário eliminar os vazios por meio de um adensamento conveniente.

Adensamento do concreto É o processo pelo qual o concreto deve ficar bem ajustado dentro da fôrma, de maneira a não deixar vazios.Uma percentagem mínima de vazios pode acarretar uma redução de resistência significativa. A compactação do concreto consiste na saída de ar até então aprisionado no seu interior proporcionando a arrumação interna das partículas do agregado(SOBRAL,2000).Esse processo pode ser manual ou com auxílio de ferramentas como martelo ou a improvisação de um soquete pequeno.

Figura 20 - Concreto adensado

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Pode ser feito também com máquina , vibrador, consiste em um motor elétrico ou com motor de explosão que contenha um cabo flexível por onde é transmitida a vibração do eixo.

Figura 21 - Operário utilizando o vibrador

Execução: ·Introduza a agulha do vibrador no concreto, mantendo-o alguns segundos, e retire-o (sempre ligado). · Repita a ação cada 20 a 25 cm de espessura, no comprimento e na largura de toda a camada'. Obs.: O concreto deverá ser vibrado em camadas com espessura não maior que 30 cm. O excesso de vibração desagrega o concreto e a falta não completa a compactação. Em ambos os casos, o concreto não alcançará a devida resistência. Precaução: Deve-se evitar que a mangueira do vibrador se enganche na armadura, para que não danifique a borracha; Quando o vibrador não está sendo usado deve-se parar ou diminuir sua marcha, fechando com o tempo de interrupção; Ao concluir a vibração, deve-se lavar as partes da máquina que estiveram em contato com o concreto.

Você aprendeu que a mistura dos materiais pode ser feita manual ou mecanicamente com betoneira. O material misturado mecanicamente dá melhor homogeneidade em menos tempo. No mercado existem firmas especializadas que fornecem o concreto pronto (bombeado) nas dosagens desejadas, de acordo com o trabalho a ser reallizado.

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O uso de concreto bombeado exige misturas com características especiais, essas misturas não podem ser nem muito secas nem muito úmidas. O concreto após ser adensado corretamente deve passar pelo processo de cura. Ela é importantíssima, se não for feita de modo correto, o concreto não terá a resistência e a durabilidade desejadas. Cura do concreto É o tratamento dado ao concreto durante seu período de endurecimento, a fim de evitar a evaporação da água que lhe foi adicionada por ocasião do seu preparo. Este processo pode ser feito espalhando areia sobre a superfície concretada, que deverá permanecer úmida cerca de 6 a 7 dias até atingir o 1º estágio de secagem. ATIVIDADE

Como é importante entendermos sobre as fases do concreto! Existem outras formas de fazer o adensamento e a cura do concreto. Identifique as mais utilizadas nas construções. ____________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ Existem situações onde a água pode circular no solo de diversas maneiras, atingindo as camadas permeáveis, esta pode muitas vezes provocar problemas específicos de umidade nas paredes de subsolo e pavimentos térreos. A grande maioria dos materiais de construção existente, hoje, possui uma capilaridade elevada, fazendo com que a água possa migrar, na ausência de qualquer barreira que iniba este deslocamento. Após os conhecimentos aprendidos sobre materiais, o pedreiro precisa ter em mãos ferramentas e equipamentos necessários e em bom estado para realização de suas atividades.

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3 Ferramentas e Equipamentos

Cabo Virola ou anel Pescoço de ferro

Folha de aço

Figura 22 - Colher de pedreiro

Figura 23 - Colher meia cana

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Teorema de Pitágoras

C=4

B=3

A=5

a² = b² +c²

Figura 24 - Esquadro

Corda Cilindro Noz

Figura 25 - Prumo de face

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Corredeira Corda

Prumo

Figura 26 - Prumo de centro

Figura 27 - Nível de bolha

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Figura 28 - Nível de mangueira

Figura 29 - Nível a laser

Figura 30 - Nível Alemão

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Figura 31 - Uso do escantilhão

Quantas informações sobre as ferramentas e equipamentos!! Agora vamos aprender sobre o reconhecimento do solo , etapa muito importante para construir a edificação

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4 Reconhecimento do solo O reconhecimento do solo é o passo inicial para identificar a natureza das várias camadas do solo, através de sua resistência mecânica e sua composição física. O pedreiro precisa saber que antes de começar a executar uma edificação é necessário o estudo para o reconhecimento do solo. Existem empresas especializadas para realizarem o estudo necessário. Sabendo que, no laboratório, identifica-se a amostra sob o ponto de vista geológico;Para as partículas finas, a análise é feita por sedimentação e para os pedregulhos e as areias, emprega-se o processo de peneiramento, como se faz, também, para os agregados do concreto

É preciso conhecer o terreno sobre o qual se vai construir !!!!

ARGILOSO?

ARENOSO ? SILTOSO ?

O solo pode ser composto de : · Blocos rochosos: dimensões superiores a 20 cm · Seixos: entre 20 cm e 7.6 mm · Pedregulhos: entre 7.6 mm e 4.8 mm · Areia: de 4.8 mm a 0.05 mm · Silte: de 0.05 mm 0.005 mm (5 microns) · Argilas: são inferiores a 0.005 mm (compostas de grãos extremamente finos) Influência da Água Os solos são constituídos de partículas sólidas, água, vazios ou poros. Estes poros alinhados formam inúmeros capilares muito finos, que aspiram a água como faz uma pessoa aspirando uma bebida através de canudinho.

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A água desempenha um papel importante nas características dos solos e de sua resistência. Quando se encharca um solo com água, a resistência do mesmo é diminuída, podendo provocar recalques.Essa é uma causa freqüente de fissuração nas construções. Este efeito é tanto maior quanto mais argiloso for o solo. A água pode ainda provocar deslizamentos e desmoronamentos em taludes, como decorrência da diminuição da resistência do solo. PARA REFLETIR!!

O processo de reconhecimento do solo através de sondagem é o mais preciso, onde permite reconhecer a natureza das várias camadas até encontrar um bom solo. São várias as amostras retiradas das camadas a fim de serem ensaiadas e depois de enviada para o laboratório. Cada camada do solo apresenta uma particularidade. A análise em laboratório é de suma importância para escolher o tipo de fundação mais adequada para a edificação.

ATIVIDADE Fazer a seguinte pesquisa sobre os tipos de solo: Arenoso, Siltoso, e massapê ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ _________________________________________________________________ Após o reconhecimento do solo é feito o estudo para escolher o tipo de fundação, onde veremos mais adiante. Agora vamos aprender a fazer a locação de um terreno.

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5 Locação da obra A locação da obra consiste em traçar sobre o terreno a planta de uma obra a ser construída. A locação é feita relacionando-se a situação da obra a pontos previamente fixados, denominados pontos de referência, os quais poderão ser: o alinhamento da calçada, uma edificação já construída, ou o alinhamento do terreno. Dos pontos de referência faz-se a determinação dos alinhamentos e eixos da marcação. Geralmente são utilizadas tábuas ou sarrafos, para facilitar a locação dos pilares e paredes por meio de pregos e trenas etc.

Ponto de referência

4m

3m

Calçada

Figura 32 - Ponto de referência

Os cavaletes são utilizados em marcação de obras de pequeno porte, enquanto as tábuas corridas são utilizadas em obras de médio e grande porte, como os edifícios.

Todas as marcações dos eixos e faces são transportadas para o solo através do prumo de centro.

Figura 33 - Gabarito

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6 Marcação da obra Consiste em determinar no terreno, os locais que deverão ser escavados para receber as fundações.. O terreno deve estar previamente preparado(nivelado) e estabelecidos os pontos de marcação nas guias, para facilitar o transportes das linhas ao terreno. L F E

· Localize os pontos nas guias de marcação que cercam a ala a ser construída; · Prenda as linhas nos pontos que correspondem à largura da região a ser escavada (ver figura 34); · Transfira para o terreno as linhas de marcação com o auxílio de um prumo de centro;

Figura 34 - Marcação

· Marque no terreno, com estacas de madeira, os pontos determinados pelo prumo de centro; · Prenda a linha nas estacas e determine o local a ser escavado.

Figura 35 - Locação

Atenção! Não se esqueça de conferir o esquadro.

Para a realizar a marcação de obra em pequeno porte é necessário a utilização cavaletes, enquanto as tábuas corridas são utilizadas em obras de médio e grande porte, como os edifícios.

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7 Fundação Fundação é o plano sobre o qual se assenta os alicerces de uma construção. 7.1 TIPOS DE FUNDAÇÃO Existem vários tipos de fundações, para os diversos tipos de terrenos: Radier (Placas de Fundação) - É um tipo de fundação usada em solos pouco resistentes, como argilas, areias fofas e locais alagadiços. Retira-se o solo e faz-se uma laje de concreto armado, onde se apóia a construção. Além de apoiar a construção, o radier já funciona como contrapiso e calçada.

Terreno Firme

Terreno fraco

Figura 36 - Radier

Atenção! · Não esqueça de instalar os tubos de esgoto e os ralos antes de concretar o radier. · Se uma parte do solo for firme e a outra fraca, o radier não pode ser utilizado.

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Sapata corrida - Fundação rasa, ideal para terrenos firmes, composta de pequenas lajes armadas que percorrem sob toda a alvenaria, recebem o peso das paredes e se distribui por toda faixa do terreno.

Figura 37 - Sapata corrida

Sapatas isoladas - É um tipo de fundação rasa indicada para terrenos firmes, logo nas primeiras camadas do solo. Composta por elemento de concreto de forma piramidal, elas são construídas apenas nos pontos que recebem a carga dos pilares. Como são isoladas umas das outras, são interligadas por vigas baldrames. Vigas baldrame também conhecida como cinta de amarração. É um tipo de fundação rasa, construída geralmente em em uma cava com pouca profundidade.

Figura 38 - Sapata isolada com viga baldrame

ARMAÇÃO DO PILARA ARMAÇÃO DA SAPATA

CONCRETO ESTRUTURAL

ESCAVAÇÃO

TERRA

LASTRO DE PEDRA 2 OU CONCRETO MAGRO 3 A 5 CM FUNDO NIVELADO E APILOADO

Figura 39 - Detalhe de sapata

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Estacas - É um tipo de fundação profunda, ou seja, usada em terrenos em que o solo superficial não apresenta boa capacidade de sustentar o peso da construção. As cargas então são concentradas sobre estacas enterradas no solo, que conduzem o peso para camadas de terras mais profundas e resistentes. Conforme a carga da construção, as estacas podem ser do tipo strauss (mais profundas) ou broca (menos profundas).

Bloco de apoio

Estacas

Figura 40 - Estacas de concreto

Blocos - Elemento de fundação, que recebe a carga de um pilar, constituído de concreto simples, pedra ou alvenaria e caracterizado por uma altura relativamente grande, necessária para que trabalhe essencialmente à compressão. Normalmente, os blocos possuem a forma de um bloco escalonado ou pedestal ou de um tronco de cone. A altura de um bloco é calculada de tal forma que as tensões de tração atuantes no concreto possam ser absorvidas pelo mesmo, sem necessidade de armar o piso de sua base. PILAR BLOCO LASTRO DE BRITA 2 OU CONCRETO MAGRO

ARMAÇÃO DO BLOCO

CAMADA MOLE

ESTACA CAMADA MEDIANAMENTE COMPACTA

CAMADA COMPACTA

PROFUNDIDADE DA ESTACA

ARMAÇÃO DA CABEÇA DA ESTACA

SOLO RESIDUAL

Figura 41 - Fundação profunda

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Cinta de amarração - É uma viga de concreto armado, cuja finalidade é fazer a amarração do conjunto de estrutura da construção. As cintas de amarração podem ser moldadas in loco ou executadas de bloco de concreto (bloco calha). Fundação em alvenaria de pedra – É construída em terrenos firmes e resistentes. É constituída de pedras bruta unida com argamassa de cimento e areia.

Processo de execução A construção é feita sobre a base da vala, colocando-se uma camada de argamassa (traço 1:5 de cimento e areia) e sobre esta camada as pedras, de modo que fiquem todas bem assentadas e posicionadas para que as brechas (espaços vazios) sejam reduzidas ao máximo

Figura 42 - Alvenaria de pedra

Figura 43 - Alvenaria de pedra

ATIVIDADE Quais os tipos de fundação mais utilizadas em edifícios na sua cidade ? ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ Faça uma pesquisa à respeito do tipo de fundação da sua residência . ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________

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O que o pedreiro precisa fazer para proteger a fundação ?

Para evitar que a umidade da terra suba pelas paredes (capilaridade) é necessário fazer a impermeabilização da fundação. Abaixo veremos algumas situações:

REVESTIMENTO INTERNO/CAMADA IMPERMEÁVEL Revestir sempre em duas camadas

CAMADAS IMPERMEÁVEL 1,5 cm Traço 1:3 (cimento/areia) 2 litros impermeabilizante /saco de cimento

CERTO Alvenaria de tijolos

SOLO Impermeabilizantes

Canto arredondado 15 cm

1,00 metro REVESTIMENTO EXTERNO ACIMA DO SOLO

alvenaria de tijolos JUNTAS das 1ª, 2ª e 3ª fiadas Argamassa de assentamento com impermeabilizantes

PISO IMPERMEABILIZADO

ASSENTAR E REBOCAR as primeiras fiadas de tijolos dos alicerces com Impermeabilizantes

IMPERMEABILIZAÇÃO - PAREDES DE ENCOSTA ZONA EM CONTATO COM O TERRENO

Penetração de Umidade

Falha nos cantos

Tijolo - material poroso de grande absorção

ERRADO

Figura 44 - Impermeabilização - Catálogo da Vedacit

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8 Elementos estruturais

Figura 45 - Pilar

6

7

6

Verga Altura da janela + folga do contramarco

Altura do batente

PISO FUNDAÇÃO

Figura 46 - Detalhe de verga

Verga Altura da refêrencia de nível até a verga

Altura da porta + folga do contramarca

Largura da janela = folga do contramarco

Largura da porta + folga do contramarco

Altura do piso pronto até o nível de 1,0 metro

PISO FUNDAÇÃO

Figura 47 - Detalhe de verga e contraverga

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Figura 48 - Formas para viga

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Figura 49 - Armadura da laje

Figura 50 - Instalações antes da concretagem

As taliscas devem obedecer a um espaçamento máximo de 2 m entre si. Essa distância deriva do comprimento da régua de alumínio. O nível das taliscas deve ser ajustado e conferido com o aparelho de nível a laser. Na locação de taliscas, admitese uma tolerância de ferro no posicionamento de até 15 cm em planta.

vigota de laje pré-fabricada

Lajota (tavela) Capa da laje

As lajotas também servem de guia para medir a distância entre as vigotas.

Figura 51 - Montagem da laje

67

Apoio da vigota na parede Cinta de amarração

Figura 52 - Montagem da laje com vigotas

A espessura da capa de concreto deve obedecer as instruções do fabricante da laje, que definirá a armadura complementar a ser utilizada.

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Capa da laje

Tábua ou tabeira

Vigota

Cinta de amarração

Figura 53 - Detalhe da vigota e o concreto

c

Figura 54 - Operários executando a Montagem da laje

69

intereixo = 47 cm vigota treliçada

Figura 55 - Montagem da laje

6

Figura 56 - Operários concretando a laje

7

Figura 57 - Detalhe da montagem

Quantas informações importantes para o pedreiro! O próximo passo é aprender sobre alvenarias!

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9 Alvenarias

Figura 58 - Alvenaria de tijolinho

59

Figura 59 - Marcação com tijolo

71

0

Figura 60 - ferramentas

1

Figura 61 - Colocação de argamassa

Figura 62 - Assentamento do tijolinho

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Figura 63- Nivelamento

Figura 64 - Alinhamento

Figura 65 - Assentamento

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s 6

Figura 66 - Colocação do prumo

Figura 67 - Detalhe de cantos de alvenaria

77

total

Figura 68 - Bisnaga

Figura 69 - Colher meia cana

Figura 70 - Paleta

Procedimento: · Prepare o local onde será construída a parede, marcando o alinhamento; · Umedeça a superfície, coloque a argamassa e assente o primeiro bloco. Obs.: O afastamento dos cordões da argamassa deve ser da largura do bloco que se estar trabalhando.

Figura 71 - Colher meia-cana

A argamassa desta 1ª fiada deve acomodar toda superfície inferior do bloco (espessura da parede).

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Martelo de borracha

Figura 72 - Assentamento

3 4

Figura 73 – Alinhamento

Escantilhão

Argamassa

Escantilhão

Linha Guia

Figura 74 - Operário utilizando escantilhão

76

t

Figura 75 - Cavalete e plataforma para andaime

Figura 76 - blocos cerâmicos

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Figura 77 - Detalhes de paredes

Procedimento:

Deve-se ter atenção na construção da primeira fiada, pois se trata da fiada que irá marcar todas as paredes (fiada de marcação). As aberturas de portas e janelas devem ter elementos estruturais.

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10 Revestimentos Etapa da obra cujo principal finalidade é regularizar as superfícies de paredes e também tetos, muros e fachadas, protegendo-as das interpéries e do desgaste de maneira geral.

O uso de chapisco melhora a aderência do produto

· Aplique a argamassa fazendo movimentos rápidos com o jogo da colher, de tal forma que fique espalhada na parede. · A distância para lançar a argamassa é de aproximadamente 25cm da parede. Não se esqueça de elevar a mão para cima, evitando que a colher se choque contra a parede. Figura 78 - Chapisco com colher

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Procedimento: · Pegue a argamassa com a colher de pedreiro e coloque na desempenadeira de madeira. · Aplique na parede, como você aprendeu anteriormente.

Figura 79 - Chapisco com desempenadeira

Obs.: As paredes serão molhadas para retirar a poeira e evitar a absorção da água da argamassa. No caso de tetos, geralmente dispensa-se este procedimento.

Para chapiscar o teto, o lançamento deverá ser feito sempre á esquerda.

Figura 80 - Chapisco no teto

80

· A areia deve ser de granulometria média e peneirada. · A proporção do traço é de 1 volume de cimento, para 4,5 de areia. · A água de amassamento deve ser misturada com resina PVA na proporção de 1:6 em volume.

Figura 81 - Chapisco rolado

Este chapisco é aplicado com a desempenadeira dentada, formando sulcos de 6mm. Deve-se usar argamassa industrializada própria para chapisco. Colocar a quantidade de água segundo especificação do fabricante. Figura 82 - Chapisco argamassa

81

deve ser bem dosada para se obter trabalhabilidade e evitar retração em excesso que possa causar trincas.

(medida do sarrafo)

Obs.: Esta talisca deverá estar fazendo face com a linha, ou seja, você deve fazer com que a linha coincida com a aresta da talisca, e fique afastada 1mm.

· Coloque as outras taliscas seguindo o mesmo exemplo da primeira, de tal forma que as distâncias entre elas, não seja superior a 1,50m;

Figura 83 - Colocação de talisca

82

· Coloque as taliscas inferiores no mesmo alinhamento das taliscas superiores; · Retire a linha;

Figura 84 - Colocação de talisca

Procedimento: · Umedeça o local entre as taliscas verticalmente; · Lance a argamassa, com firmeza, contra a parede;

Figura 85 - Colocação de mestras

83

Encher panos de parede É aplicar o emboço ou massa única na parede a fim de dar o acabamento, ou preparação da base, para revestimento cerâmico. Normalmente é aplicado sobre o chapisco, entre as mestras da parede ou teto, em camadas sucessivas, até atingir a face das mestras feitas anteriormente. Procedimento: A seguir, depois da argamassa puxar, procedese o sarrafeamento com régua de alumínio, para retirar o excesso.

Figura 86 - Sarrafeamento

Figura 87 - Desempeno no teto

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· Espere a massa puxar, para fazer o sarrafeamento, tendo sempre como guia as mestras existentes; · Sarrafeie fazendo movimentos de vaivém, e inclinando ligeiramente a régua para cima, afim de facilitar a remoção do excesso de argamassa; Figura 88 – Execução do desempeno

Obs.: Não se deve encher o pano todo de uma só vez, lance duas ou três camadas de acordo a espessura da camada, para facilitar a aderência da argamassa.

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Vocabulário técnico ALVENARIA - Arte do pedreiro ou do alvenal. Obra composta de pedras naturais ou artificiais, ligadas por meio de argamassa. Pode, porém, ser insossa, isto é, as pedras podem ser arrumadas umas sobre as outras sem nenhuma argamassa. ALVENARIA DE PEDRA - Aquela que é feita com pedras naturais de vários tamanhos e forma diversas. ALVENARIA DE TIJOLO - Alvenaria em que o material usado é o tijolo. Diz-se de tijolo aparente quando é feita com juntas aparelhadas e não é rebocada. ALVENARIA INSOSSA - Alvenaria em que as pedras são simplesmente arrumadas umas sobre as outras, com auxílio de outras menores, sem nenhum meio plástico de ligação. AMARRAÇÃO - Disposição dos materiais de modo a formar um todo unido e com a máxima estabilidade. Operação de ligar e manter unidos diversos materiais por meio de grampos de ferro, de bronze, etc. ANDAIME - Obra provisória, constituída de plataforma elevada, destinada a sustentar os operários e os materiais durante a elevação da alvenaria, na construção de qualquer edifício. ARGAMASSA - Material aglutinante de assentamento ou de revestimento das alvenarias. ARGAMASSA DE CAL - É a argamassa em que o material de ligação é a cal, em geral na relação de uma parte para três de areia. Se tiver cal em pequena quantidade, a argamassa diz-se magra, não faz boa pega e não adere ao tijolo se tiver grande quantidade de cal, diz-se gorda e, torna-se pegajosa, aderindo na própria colher do pedreiro. ARGAMASSA DE CIMENTO - É a que tem o cimento como elemento de ligação e varia conforme o emprego que se vai fazer da argamassa. ARGAMASSA MISTA - É a argamassa em que há dois elementos aglutinantes entre a cal e o cimento, ou saibro e a cal. BALDRAME - Vigota que se fixa aos pés direitos das estruturas em gaiola, altura do chão, e a qual se prende o tabuado da parede BATE-ESTACA - Aparelho destinado a cravar no terreno estacas de fundação, tem duas corrediças verticais entre as quais coloca a estaca. BETONEIRA - Máquina para preparar o concreto. Consta em essência de um tambor oco, tendo

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internamente várias lâminas radiais, é dotado de movimento rotativo e de caçamba, elevadiça com funil. BLOCOS DE CONCRETO - Paralelepípedos de concreto pré-moldado que têm em geral, interiormente, para diminuir o seu peso, furos que os atravessam. BRITADOR - Máquina que recebe pedaços de rocha e os fragmenta. São de mandíbulas se possuem dois pedaços de aço dotado de movimento alternativo a que esmagam a pedra, ou rotativos se possuem peça tronco cônica, girando dentro de uma espécie de funil. CAOLIM - Argila branca refratária e friável que serve para fabricar hidratado de alumínio. CHAPISCAR - Revestir parede ou teto com argamassa, cimento ou barro. DESEMPENADEIRA - Ferramenta de pedreiro com uma das faces bem aplainada e a outra contendo alça. EMPENA - Parte superior de unia parede com a forma de triângulo isósceles. ESPELHO - A parte vertical do degrau da escada. FIADA - Carreira horizontal de tijolos ou pedras. A altura da fiada é a dimensão vertical entre dois leitos consecutivos. PEITORIL - A peça inferior de madeira das janelas.A parede balaustrada ou grade entre o peitoril do marco e o piso da sala (parede de peitoril). PILAR - Elemento construtivo de suporte nas edificações e de seção quadrado ou retangular. É construído alvenaria, de concreto ou de ferro. Quando de seção circular denomina-se coluna. REBOCO - Argamassa de cal e areia, ou cimento e areia utilizada para revestir as parede, em uma ou duas camadas. No caso de duas camadas, a primeira denomina emboco ou reboco, e a segunda reboco fino. REMATE - Ornamento que finaliza qualquer obra de arquitetura. Dar à obra os últimos acabamentos. RODAPÉ - Cinta de proteção, na parte inferior das paredes e junto ao piso, feita de madeira, mármore, etc.

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REFERÊNCIAS ARQUITETURA e Construção. São Paulo: Abril, v.2, n. 7, Jul. 1995.

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