Apostila De Biblioteconomia

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CONCURSO CÂMARA MUNICIPAL DE SALVADOR – APOSTILA DIGITAL EDUC LINE.

CARGO: ANALISTA LEGISLATIVO MUNICIPAL / ÁREA DE QUALIFICAÇÃO: CULTURA,DOCUMENTAÇÃO E MEMÓRIA / SUBÁREA: BIBLIOTECONOMIA ÁREA DE ADMINISTRAÇÃO DE BIBLIOTECAS PÚBLICAS: A Biblioteca pública e o Ensino Público: Relação Biblioteca e Comunidade. Biblioteca pública: Estrutura, organização, funções e objetivos. Sistemas de informação: planejamento e gestão. Administração de recursos e serviços. Marketing e relações públicas.Tecnologias da Informação e da Comunicação. ÁREA DE ORGANIZAÇÃO E TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO: Representação Temática: Políticas de indexação. Classificação Decimal Universal (CDU). Análise temática. Linguagens de indexação. Controle de vocabulários. Recuperação da informação em bases de dados. Representação Descritiva: Políticas de descrição. Padrões de descrição: CCAA2 e normas técnicas brasileiras. Formato MARC 21. Catálogo de autoridade. Catalogação cooperativa. ÁREA DE SERVIÇOS DE REFERÊNCIA E INFORMAÇÃO: Fontes especializadas em C&T: obras de referência, periódicos eletrônicos, bases de dados, portais de informação; Bibliotecas digitais; Ferramentas de busca e recursos informacionais na Internet; Programas cooperativos e consórcios; Intercâmbio eletrônico de documentos; Aplicação de normas técnicas nacionais e internacionais na elaboração de documentos; Estudo e educação de usuários; Serviços de referência virtuais e presenciais. Constituição Federal – Da Administração Pública (Art. 37 e 38); Dos Servidores Públicos (Art. 39 a 41). Métodos e Sistemas Organizacionais.

ÁREA DE ADMINISTRAÇÃO DE BIBLIOTECAS PÚBLICAS: A Biblioteca pública e o Ensino Público: Relação Biblioteca e Comunidade. Muitos autores nacionais e internacionais tem pesquisado & divulgado inúmeras questões sobre os rumos, objetivos e serviços que as bibliotecas públicas proporcionam, e, sugerem implementações conforme a realidade da comunidade. O tema da educação continuada da sociedade tem dado respaldo para uma série de publicações provocando a reflexão que o tema demanda. Pode-se observar na pesquisa realizada por Barroso (1998) onde sugere que sejam utilizadas as bibliotecas públicas 1

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como espaço privilegiados para a alfabetização e educação continuada e permanente de jovens e adultos. Segundo Gadoti & Romão, citado por Barroso (1998, p. 4) a "estratégia na educação continuada e permanente do adulto fora da escola é tema de debates desde 18 30". Portanto, o tema persiste e ganha cada vez mais adeptos e recursos para apoiar o combate ao analfabetismo, e principalmente como meta incentivar a leitura de diferentes obras, promovendo a hábito da leitura, favorecendo o conhecimento a novos "mundos" ao ser humano. Outros autores demonstram por caminhos diferentes o grande espaço vazio que vem sendo ocupado gradativamente pelas bibliotecas públicas, lembrando a influência das ideologias dominantes nos diferentes momentos. Entre os diferentes artigos resgatados numa obra literalmente importante, Almeida Júnior (1997b, p. 65) menciona que "alterar algo que nunca mudou deve ser, hoje, uma palavra de ordem do bibliotecário que atua em biblioteca pública. A informação nunca deixou de ser o fundamental, mas é necessário que isso se torne patente e cristalino. Atingir todos os segmentos da sociedade é tarefa, mais que isso, dever da biblioteca. Ao contrário da leitura, a informação atinge a população como um todo. A biblioteca pública, trabalhando com a informação, estará, então, presente na comunidade, independente de ser esta formada por leitores ou analfabetos." Portanto, cabe aos bibliotecários mudarem, a biblioteca, transformando-a num canal de resistência cultural, ou seja, a biblioteca deverá aglutinar, produzir, veicular ,e disseminar informações que estejam coadunadas com os legítimos interesses da comunidade a que serve. (Almeida Júnior, 1997b, p. 67) Pensando na implantação de novas tecnologias da informação, mais especificamente o uso da Internet nas bibliotecas, surgem questões de como as bibliotecas públicas brasileiras oferecerem serviços a comunidade. Será que a instalação de microcomputadores interligados a Internet resolveriam alguma demanda informacional, ou a questão vista por outro angulo, pode-se perguntar de que forma as pessoas desempregadas poderiam utilizar as informações disponíveis na Internet para alcançarem um novo emprego, ou se atualizarem, ou ainda obterem informações específicas sobre determinado assunto? Considerando que muitas vezes o computador ainda é visto (Como um "bicho" pêlos próprios bibliotecários, como será que está acontecendo a participação das bibliotecas públicas brasileiras na Internet? Cabe mencionar o dizer de Brito (1997, p. 139) onde a "organização dos serviços de informação e das bibliotecas encontra com a Internet, a necessidade de novos modelos administrativos e de gerência. Os novos perfis profissionais e os novos produtos de informação abrem perspectivas para a reorganização das instituições e de seus espaços. As bibliotecas passarão a criar salas de acesso público à Internet, assim como abrem salas de leitura. Na Internet as 2

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bibliotecas tornam-se acessíveis à distância exigindo estruturas mais adequadas de empréstimo/cópias de documentos para usuários externos. A variedade de novas iniciativas pode se estender longamente para beneficio dessa categoria de profissionais e igualmente dos usuários. "

Portanto, os tipos de serviços oferecidos através deste canal de informação - Internet podem variar conforme as necessidades da comunidade e da tecnologia disponível ou acessível. Entre alguns dos tipos de serviços mais freqüentes na Internet estão as páginas de hipermídia na Web, correio eletrônico, listas de discussão, salas virtuais - conhecidas também como salas de bate-papo, protocolo de transferência de arquivos, e, o acesso remoto a diferentes bases de dados, Observa-se que estes tipos de serviços estão em constante evolução e modificação. Os recursos tecnológicos permitem que mesmo a Instituição não dispondo de servidor exclusivo, poderá utilizar outros provedores de informação, pagos ou gratuitos, pois existem diversos serviços de correio eletrônico e condições de armazenamento em espaço físico para disponibilizar informações eletrônicas na Web gratuitamente. A questão aponta na adoção de políticas estratégicas sobre utilizar ou não a Internet para expor serviços, produtos e informações generalizadas das bibliotecas públicas. As implicações repercutem também nas escolas e nos profissionais que atuam na sociedade informacional. Observa-se que o saber organizar, recuperar e disseminar a informação eletrônica e ou digital, utilizando a flexibilidade e velocidade que as novas tecnologias da informação possibilitam e facilitam o acesso à informação. Espera-se que o usuário da informação eletrônica e digital receba qualidade e evitando a sobrecarrega de informação, pois necessita de informação para satisfazer suas diferentes necessidades.

Biblioteca pública: Estrutura, organização, funções e objetivos. Estrutura A estrutura organizacional projeta e organiza os relacionamentos entre os níveis hierárquicos e o fluxo das informações essenciais para uma organização. Conceitos estrutura organizacional c2007, Valentim Organização da empresa é a ordenação e o agrupamento de atividades e recursos, visando ao alcance de objetivos e resultados estabelecidos (DJALMA, 2002, p. 84). Forma pela qual as atividades de uma organização são divididas, organizadas e coordenadas (STONER, 1992, p.230). Melhorar a comunicação da organização; 3

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Propiciar maior comunicação entre os setores e processos; Propiciar a consolidação das redes formais da organização; Propiciar maior equilíbrio aos níveis de decisão; Racionalizar os fluxos de informação; Otimizar as atividades e tarefas; Melhorar a relação custo x benefício; ESTRATÉGICO: elabora estratégias de ação para a decisão TÁTICO: elabora estratégias de ação para o planejamento e articulação interna OPERACIONAL: elabora estratégias de ação para a execução das atividades tarefas Analisar os documentos legais de criação da organização; Compreender a evolução histórica da organização; Analisar o desenho da atual estrutura da organização; Elaborar estratégias de implementação da nova estrutura. Quais são as áreas de trabalho necessárias para a organização; Descrição de cada área de forma realista e razoável (objetivos, diretrizes, planos, metas e resultados esperados); Quais as atividades e tarefas desenvolvidas nas áreas; Quais os fluxos de informação entre as áreas; Qual o quadro de funcionários necessários para executar as atividades da área (estratégico, tático e operacional e os níveis de competência). Estrutura Formal Deliberadamente planejada e formalmente representada, em alguns aspectos, pelo seu organograma Ênfase quanto as posições em termos de autoridades e responsabilidades Autoridade flui, na maioria das vezes, de forma vertical Estável Foco no controle Liderança é formalizada É alicerçada por fluxos e canais formais Surge da interação social das pessoas, o que significa que se desenvolve espontaneamente. Representa relações que usualmente não aparecem no organograma Vinculada as pessoas Autoridade flui, na maioria das vezes, de forma horizontal Dinâmica Não tem foco no controle Trabalha com a inteligência emocional Liderança informal É alicerçada por fluxos e canais informais .

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Organização As bibliotecas universitárias não são organizações autônomas, e sim organizações dependentes de uma organização maior - a Universidade, portanto sujeitas a receberem influências externas e internas do ambiente que as cercam. Mudanças acontecem cada vez mais rápidas no cenário mundial, nacional, regional, local e organizacional, como conseqüência do desenvolvimento da ciência e tecnologia que vêm colocando no mercado cada vez mais globalizado e competitivo, tecnologias que afetam as organizações no tocante às estruturas e às formas de gerência. A história da administração tem mostrado que o desenvolvimento das organizações está ligado à história da humanidade e reflete as mudanças ocorridas na sociedade, ao mesmo tempo em que aponta para a necessidade de se criar técnicas administrativas condizentes com as necessidades emergentes destes cenários. Assim, pressionada pela Revolução Industrial, a administração começou a se desenvolver: surgiu o grupo racionalista com as escolas Clássica e a Burocracia; a Teoria das Relações Humanas como uma reação à abordagem formal clássica; o Comportamentalismo promovendo a transição entre o movimento das relações humanas e os que se seguiram; o Estruturalismo e a Teoria dos Sistemas e a tendência de estudarem as organizações sob o ponto de vista totalizante. E num cenário em que a incerteza é uma constante, provocada pela instabilidade econômica, política e social, surgiu a Teoria Contingencial que herdou da Teoria dos Sistemas a ênfase dada à ambiência, como fator importante e propulsor das mudanças na estrutura e funcionamento das organizações. Flexibilidade e adaptação tornam-se palavras chave do contingencialismo e, ao mesmo tempo em que mostra uma reação ao ambiente, sugere uma adaptação a esse ambiente. Segundo Motta (1993, p, 111): "(...) tornou-se necessário reverter as práticas organizacionais existentes para conquistar novas idéias de flexibilidade, mais ajustáveis às mudanças, ambigüidades e contradições do mundo contemporâneo". Numa perspectiva pós-contigencialista, já se critica o excesso de contingencialismo, ou seja, é considerado negativo tanto os antigos excessos de estrutura quanto a pouca estrutura. Verificou-se também que, por mais mutável que seja o ambiente, existem algumas condições em que ele se mantém estável por um período mais demorado. Sobre este aspecto, Motta (1993, p.117) comenta que: "(...) a estrutura de uma organização determina, em parte quais os fatores ambientais que serão percebidos no o ambiente, existem algumas condições em que ele se mantém estável por um período mais demorado. Sobre este aspecto, Motta (1993, p.117) comenta que: "(...) a estrutura de uma organização determina, em parte quais os fatores ambientais que serão percebidos no meio ambiente - que é influenciado pela própria ação da organização". Para conviver com este cenário em que a incerteza é uma constante, as organizações em geral, e as bibliotecas universitárias em particular, resguardadas suas 5

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peculiaridades, precisam se adequar à situação vigente, principalmente aquelas organizações calcadas em propostas que apresentam uma rigidez estrutural, capaz de provocar um choque com uma realidade que não as permitam mais atender aos propósitos para os quais foram criadas. MODELO CONTEMPORÂNEO DE ORGANIZAÇÃO Tem-se constatado que, modernamente, não existe, em princípio, uma melhor maneira de se estruturar uma organização, tornando-se necessário considerar formas alternativas de estruturas que permitam às organizações se adaptarem às constantes provocações da ambiência. A organização holográfica surge como um modelo de organização que apresenta propostas para se enfrentar esta era de incertezas, e segundo Moscovicci (1988, p. 108): "(...) a abordagem holística preconiza o modelo holográfico como o caminho apropriado da transformação organizacional para a realidade emergente da mudança do século XX para o século XXI". Considerando que a estrutura é dependente do ambiente, e que este muda no tempo e no espaço, conclui-se que a estrutura deveria ser igualmente variável e fosse fruto de uma adaptação constante a essas mudanças. Ao mesmo tempo uma organização não pode sobreviver na dependência absoluta de variações ambientais. Precisa de alguma regularidade estrutural para enfrentar todas essas incertezas e que seja, ao mesmo tempo, simples e flexível. Esta simplicidade viria, segundo Motta (1995, p. 122) através de uma descentralização administrativa e da adoção de sistemas de informação mais ágeis e acessíveis a todos da organização, caracterizado como "(...)um modelo de organização descentralizada, com unidades autônomas que refletem, a princípio, o todo organizacional". Seriam organizações projetadas com base em equipes de trabalho, com menos hierarquia em sua estrutura, responsabilidade compartilhada, com redundância funcional e predominância de um sistema intensivo de comunicação, podendo contribuir para se conseguir a flexibilização necessária às organizações contemporâneas. FUNÇÕES GERENCIAIS OU ADMINISTRATIVAS As funções gerenciais em uma biblioteca são aquelas de cunho administrativo e responsáveis pela ativação de todas as funções meio ou fim e pelo seu direcionamento e ajuste às metas e objetivos do sistema. A complexidade dos sistemas de informação e todas as mudanças e modernidades a que estão sujeitos hoje em dia, exigem que os bibliotecários conheçam bem as funções administrativas que lhes são afetas.

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Sabe-se que um administrador se encontra a todo momento planejando, organizando, dirigindo, coordenando e avaliando. Ë um processo ininterrupto, constituído por atividades interligadas, justapostas e contínuas, não obedecendo a nenhuma ordem hierárquica (Pires & Gaspar, 1981, p 31). Este conjunto de atividades - planejamento, organização, coordenação, direção e controle pertence à chamada abordagem clássica da administração, identificada por Henri Fayol em 1916. Segundo Dias (1985, p.39) , essa abordagem clássica "(...) teve enorme influência, atestada por uma série de outras abordagens dela derivadas, bem como pela sua utilização na organização de cursos e textos de administração e na prática dos administradores". Seguindo ainda esta linha clássica, Arantes (1998, p. 131) distingue três funções como componentes do processo gerencial: o planejamento, a direção e o controle, caracterizando-as como: a) planejamento: processo que antecede à ação, exige reflexão e auxilia a tomada de decisão. Estabelece, para cada parâmetro em questão, os resultados que se pretende atingir no futuro, levando o administrador a definir, previamente, o que, por que, como, quem deve fazer, o quanto, quando e onde deve ser feito. b) direção: é a função responsável pela implementação dos planos e pelo acompanhamento de sua execução: (ibid.) Inclui desde a designação até a capacitação dos responsáveis pela execução dos planos, responsabilizando-se também pela coordenação da execução, para que os resultados sejam satisfatórios, através da adequada alocação dos recursos e da aplicação dos métodos mais corretos. c) controle: é a função destinada a verificar se os resultados planejados estão sendo alcançados através das operações executadas. Permite adotar ações corretivas visando corrigir os desvios detectados durante a avaliação. d) No entanto, existem outras abordagens para as funções gerenciais. Segundo Dias (1985, p. 37), "uma abordagem moderna de grande impacto é a dos papéis gerenciais, desenvolvida por Mintzberg". Mintzberg tenta mostrar que os gerentes não são aquelas pessoas meditativas e disciplinadas conforme consta de inúmeros livros didáticos, o que é comprovado por ele através de estudos realizados que mostram os gerentes envolvidos com questões diárias "(...) colhendo suas próprias informações, tomando rápidas e às vezes apressadas decisões" (Mintzberg, 1977, p.23). Segundo esta teoria, Mintzberg (ibid., p.27-29) trabalha com 3 (três) categorias básicas, representada por papéis gerenciais, classificados como:  papéis interpessoais  papéis informacionais  papéis decisórios 7

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Os papéis interpessoais decorrem do status e autoridade inerente aos cargos administrativos, são, em grande parte, de natureza social e legal, implicando no relacionamento do gerente com representantes da organização, com os subordinados e com indivíduos ou grupos externos à organização. Os papéis informacionais estão diretamente ligados às informações recebidas pelos gerentes, com a finalidade de se inteirar do que acontece na organização, e posteriormente transmitidas aos subordinados ou quando se torna o porta-voz da unidade/organização, falando em seu nome. Os papéis decisórios relacionam-se às tarefas de tomar decisões, seja através das atividades de planejamento, solucionador de problemas, alocador de recursos, negociador, dentre outras. Dias (1985, p.45-46) comenta ainda que esses papéis básicos são usados por todos os tipos de administração, ressaltando a possibilidade de existirem outros, desempenhados por grupos específicos de administradores, e que sofrem influência, principalmente, da área de atuação do gerente. Importante considerar também as mudanças que a introdução de novas tecnologias informacionais vêm provocando nos serviços meios e fins das bibliotecas universitárias e na necessidade de seus gerentes se adaptarem a elas, pois, segundo Oliveira (1994, p. 417) a automação nos serviços bibliotecários está alterando não só a distribuição destes serviços mas a criação de muitos outros o que tem "(...) forçado a redefinição de algumas funções, influenciando relacionamentos interpessoais, repercutindo seriamente na estrutura organizacional". Ao gerente ainda são apontadas na literatura, algumas características que o capacitariam a desempenhar com eficácia sua função, características estas condizentes com o contexto atual, como por exemplo flexibilidade, ser inovador, participativo, comunicativo dentre outras.

MUDANÇAS ORGANIZACIONAIS BRASILEIRAS

EM

BIBLIOTECAS

UNIVERSITÁRIAS

À medida que as organizações se desenvolvem e se tornam mais complexas, fazse necessário uma preocupação maior com a sua administração. Segundo Dias (1985, p. 52), a preocupação com a administração de bibliotecas só começou a acontecer recentemente e recomenda: "Há uma grande necessidade de se dar mais atenção à administração de bibliotecas como um meio de enfrentar os problemas, sempre presentes de escassez de recursos, e também para aumentar a eficácia nesse aspecto do trabalho do bibliotecário". Considerando o cenário atual em que as bibliotecas universitárias estão inseridas, já se encontram informações sobre a preocupação em ajustá-las às necessidades impostas pela sociedade. Assim é que, através de comunicações encontradas na literatura da área, principalmente em anais do Seminário Nacional de Bibliotecas Universitárias, 8

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publicados na década de 90, nota-se a preocupação da utilização do planejamento estratégico como forma de lidar com as ameaças e oportunidades oferecidas pela ambiência. Como experiência prática no tocante a mudança estrutural, existe a da UERJ Universidade do Estado do Rio de Janeiro, em que "(...)evidenciou-se a necessidade de uma reavaliação da estrutura para adequar o Sistema de Bibliotecas - SISBI às novas demandas informacionais de uma comunidade cada vez mais exigente, em termos de rapidez e eficiência explorando suas potencialidades e otimizando a sua estrutura organizacional sistêmica" (UERJ, 1997, p.1). A nova estrutura proposta pela UERJ (ibid. p.155-156) tem a forma de rede - a REDE SIRIUS - e tem como filosofia de trabalho "(...) o cooperativismo e o compartilhamento que caracterizam a atuação de redes (...)", estando as bibliotecas reunidas em grandes áreas que correspondem aos Centros Universitários, acompanhando as tendências contemporâneas da administração, e cujas "ações relativas à aquisição, processamento técnico, indexação, serviços e produtos de informação dependem, essencialmente da demanda da comunidade de usuários especializados e diferentes umas das outras, na nova estrutura é proposto um comitê coordenador...e com representante de cada biblioteca dos respectivos centros...". Outra mudança significativa foi a ocorrida na Biblioteca da Faculdade de Saúde Pública/USP que promoveu uma reorganização e reestruturação, visando, segundo Andrade et al. (1998, p.311) "(...) alcançar prestação de serviços de qualidade ao usuário do meio acadêmico e profissional em face das novas tecnologias de informação e comunicação e dos novos processos de trabalho". Implantada em inícios de 1977, foi planejada procurando atender às necessidades de se criar um modelo que considerasse o cliente como foco central da organização e com uma nova estrutura organizacional capaz de permitir a flexibilidade necessária aos tempos atuais (ibid.). Adotou-se a organização horizontal, modelo que, segundo Andrade et al. (ibid.), já vem sendo tratado na literatura com aplicações em bibliotecas, tendo por princípio básico o trabalho em equipes e a participação da alta gerência, num compartilhamento de responsabilidade e objetivo. É um modelo de gestão que envolve a integração de recursos, apoia-se em equipes autogerenciadas que trabalham em conjunto fazendo parcerias e, de tempos em tempos é feito rodízio nas equipes, compartilham espaço físico e recursos tecnológicos e materiais. No entanto, Andrade et al. (ibid., p. 316) comentam que: "O impacto dessas mudanças foi muito forte, o que trouxe dificuldade de adaptação ao meio físico, exatamente oposto ao que se estava habituado salas sem portas, visibilidade total entre as atividades de atendimento ao usuário e de trabalho, mas que deveria propiciar melhores facilidades para implantação do novo modelo organizacional e de gestão." As bibliotecas universitárias, como todas as organizações contemporâneas, estão sentindo o reflexo que a turbulência ambiental lhes vêm transmitindo. Seus usuários 9

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precisam acompanhar o ritmo das mudanças para se sentirem adaptados ao mundo que se apresenta e poderem atuar com eficiência em seus campos de trabalho. Sentimos que é possível às bibliotecas universitárias se aproveitarem de experiências vividas pelas empresas privadas, desde que essas experiências sejam devidamente adaptadas considerando suas características específicas. A flexibilização das estruturas, o trabalho em equipes, o compartilhamento e o cooperativismo já estão presentes em algumas bibliotecas universitárias brasileiras, apesar de sabermos que envolvem uma mudança considerável de comportamento, sendo, por isso, um processo lento na obtenção dos resultados. É notório, entretanto, que mudanças são necessárias e que o bibliotecáriogerente precisa estar preparado para realizá-las no momento oportuno. Conhecendo as funções de um moderno gerente e as transformações necessárias à biblioteca, com vistas a oferecer serviços adequados às necessidades informacionais de seus usuários, estará apto a exercê-la com eficiência.

Funções e objetivos. AS FUNÇÕES BÁSICAS DA BIBLIOTECA PÚBLICA

Para que uma biblioteca torne-se verdadeiramente pública, faz-se necessário assumir as seguintes funções: educativa, cultural, recreativa e informacional. Antes de descrever essa categorização, é interessante salientar que, na prática, as funções acima destacadas encontram-se interrelacionadas, não sendo possível trabalhálas isoladamente. Porém, como nossa intenção liga-se à exposição dessas funções de forma didática, visou-se apresentá-las separadamente para que o processo de compreensão ocorra com maior qualidade. No que se refere à educação, Susana P. M. Muller (1984) afirma que a função educacional não deve ser entendida como sendo a mesma da escola ou da educação de massa, pois a biblioteca deve visar o benefício da sociedade através da prática de leitura, sem ganhar grandes abrangências, ou seja, apenas estimular o uso dos livros. Contudo, junto à evolução histórica dos papéis e objetivos atribuídos às bibliotecas, observa-se que, inicialmente, sobretudo ao final do Entendido com sendo o grupo de cidadãos marginalizados, ou seja, o público infantil, analfabeto, recluso, livre, hospitalizado, deficiente físico e visual, etc. No século XIX, a missão básica da biblioteca era a educação. Daí a razão de afirmar que a origem da biblioteca de caráter público correspondeu, eminentemente, à função educacional, haja vista que esse tipo debiblioteca nasceu a partir das reivindicações da população em obter um maior acesso à educação (Nogueira, 1986). De acordo com Walkíria Toledo de Araújo (1985), a biblioteca pública, desde seus primórdios até os dias atuais, constitui-se em uma instituição educativa por excelência.

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Todavia, não deve oferecer seus serviços apenas aos públicos real e potencial, bem como voltar-se unicamente à educação formal − entendida como sendo a pesquisa escolar. Partindo desse pressuposto, pode-se dizer que a função educativa desenvolvida pela biblioteca pública deve ser entendida como sendo as atividades que servirão, exclusivamente, como complemento, suporte e apoio à educação formal, sem, contudo, deixar de atender à educação não-formal e a informal. Isso implica dizer que a biblioteca pública deveria se preocupar não só com o público estudantil, devido o fato de que, atualmente, 90% dos usuários freqüentadores da biblioteca são constituídos por alunos, sobretudo, dos níveis fundamental e médio, como destaca Oswaldo Francisco de Almeida Júnior (1997), mas também com o público potencial e, sobretudo, o não-público. Para isso, necessitar-se-ia modificar os objetivos da biblioteca, alterando-se sua postura, suas atitudes e atividades para abranger a comunidade em geral, isto é, o público alfabetizado, o neo-alfabetizadoe o não-alfabetizado. Para Ana Maria Cardoso de Andrade (1979), a educação não-formal é vista como sendo aquela desenvolvida em entidades ou instituições, com métodos tradicionais, com métodos tradicionais de aula, por está desvinculada do sistema regular, voltando-se para a educação de adultos, treinamento profissional e outros, enquanto que a educação informal passa a ser sinônimo de educação contínua, porém, sem vínculo a nenhuma instituição sob a forma de cursos de formação esporádica. Lamentavelmente, até hoje, os próprios bibliotecários desconhecem a extensão dessa função, excluindo desta forma, a classe marginalizadada população, haja vista que não fazem nada em favor dessas pessoas,devido se voltarem apenas para a parcela da população que sabe fazeruso da biblioteca.

Contudo, no que tange ao descaso para com a classe marginalizada, pode-se dizer que este está associado à formação quetais bibliotecários tiveram, pois durante seus cursos de graduação foram preparados para trabalharem como agentes de informação técnico científica apenas para os pesquisadores, estudantes, especialistas,professores e administradores (Martins, 1982; Lima, 1982). A parte cultural é denominada a segunda função básica da biblioteca pública, sendo que esta foi incorporada somente na primeira metade do século XX. Na prática, a função cultural é pouco desenvolvida, pois esta confunde-se com o caráter erudito, de superioridade, não estando, portanto, disponível ao público em geral. Porém, o desenrolar dessa função deve ser entendida como sendo todo e qualquer tipo de manifestação artística oferecida à comunidade,dando, segundo Ana Maria Cardoso de Andrade e Maria Helena de Andrade Magalhães (1979), aos indivíduos a 11

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oportunidade― de contato, participação, apreciação das artes, proporcionando ambiente agradável, estimulando e agindo, tanto quanto possível,como contra-peso à cultura comercialmente orientada de nossos dias‖ . Isso implica dizer que a biblioteca poderia oferecer desde uma programação de música clássica, ópera, ballet, até algumas sessões de cinema, vídeo e TV, abrangendo, também, um acervo de literatura em nível variado, palestras, debates, exposições, conferências, concertos, cursos e tudo o mais que se possa imaginar em favor da cultura. É interessante salientar que não é pretensão da biblioteca pública ocupar o espaço dos museus, galerias de artes ou instituições afins, nem mesmo servir como influenciador de opiniões. Todavia, pelo fato de se continuar concebendo a cultura como algo que leva apenas ao refinamento, acaba deixando de lado a incultura, a ignorância e a rudeza. A função recreativa ou de lazer, embora tenha sido criada na mesma época que o processo cultural, é vista como sendo a que mais vem perdendo espaço junto aos meios de comunicação, uma vez que a mídia relega o hábito de leitura para segundo plano. Com o intuito de promover o gosto pela boa leitura, a partir do detrenimento, a função recreativa visa atender a uma importante necessidade social, que é o equilíbrio psíquico. Em sendo assim, a finalidade dessa função corresponde ao oferecimento de uma leitura descompromissada e de livre escolha para proporcionar ao público que a procura o relaxamento e/ou recreação do indivíduo, cuja rotina encontra-se inserida nas pressões exercidas pela vida moderna, como destacam Andrade e Magalhães (1979). Isso não implica dizer que essa função proporcionará à biblioteca um estado de desordem, pelo contrário, através da aparente leitura descompromissada, esta poderá tornar-se indispensável para a comunidade que, apriori, irá procurá-la apenas para a obtenção de uma leitura que desperte a imaginação, ficção, criatividade ou, simplesmente, prazer estético, a fim de obter uma forma de evasão e de compensação. Progressivamente, esse mesmo público que solicitava apenas a leitura descompromissada, começará a se interessar pelos demais gêneros literários existentes no acervo da biblioteca, podendo a vir se tornar um usuário real. O grande problema que isso aconteça, liga-se ao processo de seleção do material que será colocado à disposição do público, pois ―...não se pode pretender que as pessoas acostumadas a outras formas de entretenimento se transformem repentinamente em leitores, e muito menos que se possa dirigir o seu gosto literário‖ (Andrade e Magalhães, 1979:57). É válido ressaltar que, durante a prática dessa função o público infantil não pode ser esquecido, uma vez que a biblioteca deve desempenhar o papel complementar junto à família e escola, necessitando, para isso, de um local reservado às crianças, contendo livros, jogos, brinquedos e gibis apropriados para cada faixa etária, TV e vídeo, palco para representações, a fim de despertar o raciocínio, coordenação motora e, sobretudo, o gosto pela leitura. Por fim, destaca-se a função informacional, cuja origem deu-se a partir da Segunda Guerra Mundial, mais precisamente, após os anos 50. 12

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Inicialmente, essa função foi implantada nos Centros Referenciais dos Estados Unidos, sendo em seguida, difundida à Inglaterra. Para se manter como uma instituição relevante à comunidade, a biblioteca percebeu que deveria fornecer a informação de forma cada vez mais confiável, rápida e, principalmente, com qualidade. É válido ressaltar que a função informacional foi resultante não só da finalidade de encontrar um meio de se manter importante, necessária e imprescindível à comunidade, mas também devido sua própria existência encontrar-se ameaçada, em decorrência da falta de verbas. Durante o desempenho dessa função, os serviços que a biblioteca deveria oferecer ao público em geral, liga-se à informação que corresponde à necessidade das pessoas que a solicitam, tornando-se, portanto, de vital importância para a comunidade, mesmo que tal solicitação seja uma informação do cotidiano, conhecida como utilitária. Por esse tipo de informação, entende-se como sendo aquela que não se encontra apenas no suporte tradicional, sobretudo no livro, pois ―A ênfase portanto, do trabalho do bibliotecário deve estar voltada para a disseminação das informações e não para promover, exclusivamente, o acesso dos usuários ao suporte dessas informações. Até hoje o profissional da área não assumiu nem percebeu o papel que deve desempenhar para a sociedade‖ (Almeida Jr., 1997:56). Desenvolver essa função implica na prestação de serviço junto à informação que visa satisfazer as necessidade imediatas da comunidade, não estando, por sua vez, localizada nos documentos existentes na biblioteca, já que se volta para as questões de esclarecimentos diversos, endereços de pessoas ou instituições, indicação de emprego, pontos turísticos, preços de hotéis, etc. (Nogueira, 1983; Vergueiro, 1988). Diante do exposto, é interessante resgatar que as quatro funções descritas não caminham isoladamente, pelo contrário, encontram-se interligadas entre si, bem como não são exclusivas, uma vez que somente através da união entre elas é que a biblioteca poderá tornar-se uma instituição verdadeiramente pública. Por fim, biblioteca pública, entende-se como sendo aquela que visa oferecer seus serviços à comunidade em geral, voltando-se, portanto, ao público alfabetizado, neoalfabetizado e não-alfabetizado, independente de sua cor, raça, sexo, faixa etária e classe social. De acordo com a historiografia, a origem da biblioteca verdadeiramente pública, deu-se nos países anglo-saxônicos, a partir da Segunda metade do século XIX, devido refletirem as necessidades do povo, haja vista que foram resultantes das suas reivindicações, em favor da democratização da educação.

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Sistemas de informação: planejamento e gestão. A evolução da tecnologia da informação tem atingido a área da Ciência da Informação. Conseqüentemente as bibliotecas vêm evoluindo tecnologicamente para atender a demanda de usuários que é cada vez mais exigente, ou seja, eles esperam que os serviços prestados pelas bibliotecas sejam refinados e com grande valor agregado à informação. Os profissionais da informação são fundamentais para fazer o elo entre os usuários e novo paradigma informacional . No Brasil as bibliotecas começaram a ser efetivamente automatizadas na década de 90, já em outros lugares do mundo a informatização se iniciou muito antes. Muitas bibliotecas começaram a pensar sobre automatização por volta de 1970. (EKPENYONG, 1997). Para Burin, Lucas e Hoffmann (2004) ―A finalidade da informatização é agilizar e aumentar a eficiência e a precisão na recuperação da informação‖. As unidades de informação têm investido em softwares para automatizar os serviços/produtos prestados aos clientes/usuários. Entretanto, o processo de implantação de um sistema automatizado em uma biblioteca deve seguir uma metodologia para que realmente agregue valor aos serviços/produtos prestados pela Instituição. Conforme Silva e Favaretto (2005, p. 107): Qualquer processo de migração entre sistemas e a biblioteca deve ser o mais suave possível para todos os envolvidos – equipe responsável, staff da biblioteca e usuários. Para que isso ocorra, deve haver um planejamento com toda a equipe, ou seja, fornecedor do novo software e os responsáveis por essa tarefa dentro da biblioteca. (...) migrações de sucesso mantêm os dados (bibliográficos e administrativos), as funcionalidades e o fluxo de trabalho (a biblioteca não pode deixar de disponibilizar seus serviços durante a conversão) do sistema anterior, até que sejam incorporadas as características e capacidades do novo sistema ao servidor de produção que atende à biblioteca. Segundo Silva e Favaretto (2005, p. 107) a obtenção de sucesso na escolha do software apropriado depende, em grande parte, da instituição. É fundamental a compreensão do conceito moderno de gestão da informação e fazer uma leitura real da instituição como um todo, para apresentar um sistema que atenda aos itens obrigatórios, imprescindíveis e desejáveis aos gestores. Na pesquisa de Campregher; Oliveira; Thiry (2001, p. 30) o processo de avaliação de softwares deve ser composto por uma comissão de bibliotecários e analistas, levando-se em consideração um conjunto de requisitos baseados nas necessidades da instituição. Outro fator importante a ser levado em consideração na implantação de um sistema informatizado de biblioteca é a capacitação da equipe. È necessário ajustar um 14

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programa de treinamento em aplicações de computador para a equipe de funcionários envolvida com o trabalho da automatização. Cabe ressaltar que não adianta somente contar com um programa inicial de capacitação, a instituição deve realizar capacitações regularmente para aprimorar a qualidade dos seus serviços/produtos. O treinamento contínuo é necessário se manter lado a lado com as tecnologias. (CHANDRAKAR, 2003). Neste âmbito, percebe-se que o processo de implantação de um sistema informatizado de bibliotecas não é simples, mas pode trazer inúmeros benefícios tanto para os profissionais da informação, quanto para os usuários da biblioteca, desde que seja bem planejado. Segundo Rowley (1994), ―a informática tem exercido uma influência fundamental no funcionamento das bibliotecas e serviços de informação‖. Com o advento do computador e das novas tecnologias e, sua conseqüente introdução nas bibliotecas, ―resultou em padronização, aumento da eficiência, cooperação e melhores serviços‖ (ROWLEY, 1994) oferecidos. Entretanto, para que esses diferenciais sejam atingidos é preciso que se tenha claro os objetivos a que se propõe a informatização das bibliotecas. Dentre as muitas e variadas razões que justificam a opção por um sistema informatizado de gerenciamento, Rowley (1994), aponta: os computadores possibilitam a redução do número de tarefas repetitivas. Em geral, os dados serão inseridos uma única vez e, daí em diante, poderão ser acessados e modificados; • os sistemas informatizados podem ser mais baratos e mais eficientes; • podem propiciar a introdução de serviços que não existiam antes; • controle adicional de todas as funções que se consegue com a ajuda de informações gerenciais mais abrangentes que justificam um processo decisório mais eficaz. De uma forma ampla, a finalidade da informatização é agilizar e aumentar a eficiência e a precisão na recuperação da informação. Figueiredo (1992), diz que a informatização deve ser pensada e implementada a partir do momento em que: • os procedimentos manuais se tornem inadequados; • é possível ampliar a gama de serviços/produtos oferecidos; • a cooperação se torna imprescindível. Considerando-se a importância da informatização para as bibliotecas universitárias que buscam cada vez mais atender de forma rápida e eficiente as necessidades de informação de seus usuários fornecendo subsídios para o desenvolvimento das atividades fundamentais das universidades – pesquisa, ensino e extensão –, realizou-se pesquisa para conhecer a realidade que origina a informatização das bibliotecas universitárias da região sul do Brasil. 15

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O universo desta pesquisa foi constituído pelas bibliotecas universitárias (BU’s) centrais das universidades da região sul credenciadas pelo Ministério da Educação – MEC, distribuídas conforme tabela 1 e tabela 2. Foram enviados questionários para os e-mails (deisponibilizados nas home-pages oficiais) de trinta e oito BU’s que foi respondido por onze BU’s, o que corresponde a um percentual de 29%.

Softwares usados em bibliotecas Gnuteca O Gnuteca é um programa para manutenção de acervos de bibliotecas. O software gerencia empréstimos, acervos e processos rotineiros de bibliotecas. Os módulos de uso do programa é totalmente baseado em web. O programa, que tem seu código aberto para livre uso, pode servir como gerenciamento de pequenos até grandes acervos de livros. O acervo pode ser pesquisado a partir de qualquer acesso à internet. Ele permite que reservas sejam feitas pelo simples acesso ao acervo. OpenBiblio O OpenBiblio é um programa de código livre para gestão de acervos de bibliotecas. O programa é desenvolvido para ser utilizado em plataforma Linux, mas também é flexível para ser utilizado em outras. A interface de utilização é baseada em web e oferece apoio para bibliotecários e profissionais envolvidos na área. O programa oferece suporte para ações tais como: catalogação de acervos, circulação de livros, funcionalidades de administradores, entre outros.

Biblivre O Biblivre é um programa para desenvolvimento de bancos de dados de bibliotecas baseados na Web. Através dele, é possível cobrir os mais rotineiros processos da área: como circulação de livros, pesquisas, catalogação de exemplares, entre outros. A base de programação do software é em JAVA. Uma vez que os bancos de dados ficam hospedados na WEB, através do programa é possível realizar integrações entre outras bibliotecas baseadas na rede. O acesso ao banco de dados pode ser feito através de qualquer brower com conexão à internet. O programa, apesar de possuir direitos autorais registrados a seus autores, é fornecido de graça e possui seu código de programação aberto para mudanças e aperfeiçoamentos no software. Exemplo projeto para implantação de um software na biblioteca do instituto estadual de educação 16

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A biblioteca Henrique Fontes está localizada no térreo das dependências da instituição, e está subordinada a direção de ensino, essa por sua vez é subordinada a direção geral do Instituto Estadual de Educação. A referida biblioteca possui um acervo diversificado em torno de 12 mil monografias e obras de referências. Conta com o apoio de professores e funcionários remanejados, e a coordenadora é formada em biblioteconomia e trabalha na instituição há 25 anos. A biblioteca funciona em período integral para atender a demanda de seus usuários.Seus usuários são compostos de usuários reais e potenciais, possui em torno de 7 mil alunos, 300 professores e 400 funcionários, além de atender ao público em geral. O uso da tecnologia e dos sistemas de gerenciamento de bibliotecas é justificado por alguns motivos, conforme Rowley (2002) descreve necessidade de lidar com mais informações e maior nível de atividade; necessidade de maior eficiência; oportunidades de oferecer serviços novos ou melhores; oportunidades de cooperação e centralização na criação e utilização de dados compartilhados. O acervo da biblioteca Henrique Fontes do Instituto Estadual de Educação, não conta com um tratamento adequado, e sobrevive na maioria das vezes, por doações de pais, alunos e professores. O material recebe o carimbo da biblioteca e seu único controle e o número de registro, em seguida, é feito de forma improvisada o número de chamada (para ser colocado nas estantes), e preparado para circulação (colocado o bolso e lombada). Atualmente a utilização da tecnologia da informação nas Unidades de Informação em geral resulta na criação de novos produtos, melhores serviços e na significativa redução de custos. Por conseguinte, percebe-se a importância da implantação de um sistema automatizado para que possa facilitar o tratamento, controle do acervo, disseminação e a recuperação da informação. Tendo como objetivo geral: · Processar tecnicamente o acervo da Biblioteca do Instituto Estadual de Educação. E como objetivos específicos: · Registrar, catalogar, classificar e indexar os documentos; · Elaborar os catálogos dos documentos; · Importar os registros (de outras bases de dados); · Automatizar o serviço de empréstimo; · Disponibiliza o acervo em linha; · Imprimir relatórios e estatísticas sobre a utilização do acervo. · Facilitar as renovações de empréstimos;

Nesta Etapa foram consultados vários documentos que relatavam diversas experiências de escolha de software adequadas para automatizar bibliotecas. Desta literatura, foram retirados os critérios de avaliação considerados mais relevantes. O estudo baseou-se principalmente nas listas apresentada nos documentos: Avaliação de softwares para bibliotecas (CÔRTE & ALMEIDA, 2000), no livro Bibliotecas Eletrônicas (ROWLEY, 2002) e nos artigos: Automação de bibliotecas e centros de documentação: o processo de avaliação e seleção de software e no artigo (CORTÊ,

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et.al, 1999) e Proposta de um método para escolha de software de automação de bibliotecas (CAFÉ ; SANTOS ; MACEDO, 2001). Em seguida, definiu-se que os critérios de avaliação do software seria feito através da lista definida pelos autores Café, Santos e Macedo (2001), que estabeleceram três pesos para cada critério: indispensável (peso 3), atribuído a um critério imprescindível; importante (peso 2), atribuído a um critério que pode ser interessante para a biblioteca e dispensável (peso 1) atribuído a um critério desnecessário para a biblioteca. Após finalizar a etapa de atribuição de pesos os autores recomendam avaliar cada software, através de uma escala de valor de 0 a 5, assim atribuída: inexistente (0), o critério não existe; muito ruim (1), o critério possui uma serie de problemas; ruim (2), o critério possui ainda pequenos problemas; regular (3) o critério funciona; bom (4), o critério funciona perfeitamente e por último excelente (5), o critério funciona perfeitamente e oferece opções suplementares interessantes. Os softwares pré-estabelecidos para análise foram: o Pergamun (da Empresa Associação Paranaense de Cultura, desenvolvido pela PUC/PR) e o WebMARC ( da Empresa Biblioshop de SC), as informações obtidas foram extraídas de seus manuais oferecidos em suas páginas na Internet, e o envio de uma solicitação de orçamento.

ESCOLHA DO SOFTWARE

Nesse processo foram obtidas informações sobre os dois programas em suas páginas na Internet, o envio de uma solicitação de orçamento e os requisitos técnicos para a implantação, como mostra o quadro abaixo. Quadro 1: Requisitos Técnicos Pergamum WebMarc Pentium IV 2Ghz, 512 Mb de Pentium IV 1,5Ghz, 512 Mb de RAM, monitor SVGA, 40Gd RAM, monitor SVGA, 40Gd de de disco rígido, controlador disco rígido, controlador de disco de disco SCSI, Windows NT SCSI, Windows NT 4.0; Servidor 4.0; Hardware Pentium 300Mhz, 64MB de Pentium 200Mhz, 64MB de RAM, RAM, Monitor SVGA, Drive Monitor SVGA, Drive 1.44", 1MB Estação 1.44", 1MB de placa de de placa de vídeo, 1.96Gd de de vídeo, 1.96Gd de disco disco rígido, adaptador de rede Trabalho rígido, adaptador de rede Sistema Operacional Windows 95 Sistema Operacional ou Superior, Acrobat 5.0 ou Software Windows 95 ou Superior superior Rede Ethernet, Velocidade de Rede Ethernet, Velocidade de 10 Rede 10 Mbps Mbps Em seguida, verificou-se a utilização desses softwares em pelo menos cinco instituições com as mesmas características da Unidade de Informação estudada no 18

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Estado de Santa Catarina. O Pergamum é utilizado em toda a rede de bibliotecas escolares do município de Florianópolis (numero de Bibliotecas) e o WebMARC é utilizado pelas bibliotecas escolares dos seguintes colégios: Colégio Catarinense, Colégio Coração de Jesus, Colégio Nossa Senhora de Fátima e a Escola Estadual Básica Getúlio Vargas. Para obter informações sobre os softwares pré-estabelecidos foram enviados para o correio eletrônico dos profissionais bibliotecários das instituições que utilizam os dois softwares, um questionário elaborado a partir da lista definida pelos autores Café, Santos e Macedo (2001), dessa lista foram extraídos apenas os critérios que se referia aos objetivos propostos para a Biblioteca do IEE, para que os bibliotecários dessas instituições pudessem relatar suas experiências sobre os programas (pontos positivos e negativos). Os requisitos necessários para atender os objetivos da Biblioteca do IEE, foram selecionados obedecendo esses critérios: · Características Gerais: língua português; interface gráfica, acesso via Internet; pesquisas por tipo de material bibliográfico; assistência técnica para instalação e manutenção; acesso simultâneo de usuários às bases de dados; gerenciamento integrado de dados e funções da biblioteca e entrada e atualização de dados online. · Processo Gerencial: controle de listas de sugestão; seleção; aquisição; reclamações e recebimento de material; controle financeiro dos recursos orçamentários para aquisição de material bibliográfico; controle de recebimento de materiais; emissão de relatórios; inventário do acervo. · Processamento Técnico: catalogação AACR2; entrada de dados online; formato MARC 21; importação de dados; catalogação cooperativa; exportação de dados no formato ISO-2709; geração de etiquetas; inclusão de novos exemplares de um mesmo título; manutenção controle de autoridade; cópia de registro facilitando o cadastro de materiais com edições diferentes; controle de aquisição interligado com o processo de catalogação. · Circulação: devoluções; renovações; emissão de relatórios referentes ao processo de empréstimo. · Recuperação: consulta e pesquisa on-line; pesquisa utilizando operadores booleanos; pesquisa por autoridades.

1 Cronograma: custo e implantação

Custos

Implantação Licença de software Treinamento (40horas) Manutenção

Implantação

Tempo/ cronograma

Pergamum 2000,00 5000,00 4000,00 4.200,00 ano Duas semanas incluso no preço de

WebMARC Sem custos Não tem Sem custos 1.800,00 ano

indefinido 19

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implantação 2

Pontos positivos e negativos Pontos Positivos Pergamum

WebMARC

Módulos integrados Módulos integrados Catálogo coletivo; Importação de dados Importação de dados já cadastrados já cadastrados

Pontos Negativos Pergamum

WebMARC

Erros na catalogação Falta de personalização

Interface inadequada Configuração dos Permite o controle Permite o controle de módulos não de login - quem fez o login - quem fez o corresponde à realidade Erros na que, no sistema; que, no sistema; escolar catalogação Acesso ao catalogo via internet para consulta e reservas de Perda de informação e Perda de materiais. retrabalho informação e Manutenção Refinar a pesquisa retrabalho não permite Ajustável à realidade personalizar o resultado escolar da pesquisa Valor da manutenção proporcional ao numero de bibliotecas Complexo de mais para do contratante. a realidade escolar Migração de dados com Custo erro

Acesso ao catálogo via internet para consulta, reserva, sugestões;

Treinamento prático do sistema insuficiente

Não permite Relatórios complexos e personalizar o poucos específicos Personalização de resultado da campos e subcampos. Custo pesquisa

Através de contatos realizados via e-mail com bibliotecários de instituições escolares que utilizam os programas pergamum e WebMARC e comparando cada um dos programas com a realidade da Biblioteca Henrique Fontes do Instituto Estadual de Educação, foram possíveis levantar dados e verificar a satisfação dos profissionais que utilizam o Sistema WebMARC como recurso de gerenciamento de suas bibliotecas.

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Constatou-se que, pela opinião da maioria dos bibliotecários, as capacitações recebidas pela Empresa Biblioshop foram suficientes para desenvolver o trabalho com qualidade. O que retrata um cenário positivo no processo de planejamento e implantação do Software WebMARC na Biblioteca do IEE. Por adaptar-se aos objetivos e as necessidades da instituição, privilegiar o compartilhamento de dados e adotar padrões e formatos específicos para o intercâmbio de informações, como também possuir melhor custo/benefício. A informatização trouxe benefícios tanto para os profissionais que utilizam o sistema como instrumento de trabalho quanto para os usuários que utilizam o mesmo para recuperação da informação. É importante ressaltar que o software escolhido deve ser testado, garantir a manutenção, responsabilizar-se pelo treinamento tanto dos funcionários da biblioteca como também para os usuários, garantir suporte técnico em tempo hábil e realizar os testes necessários ao perfeito funcionamento do sistema (CÔRTE et al.,1999). Em virtude dos fatos mencionados, conclui-se que a implantação de sistemas de informação precisa ser planejada, a fim de oferecer produtos e serviços que atendam a demanda de seus usuários. PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO: PROPOSTAS EM SISTEMAS DE INFORMAÇÃO E BIBLIOTECAS

Dentro das tendências atuais o planejamento estratégico ganha destaque, pois adequa-se melhor as constantes mudanças sociais e econômicas que afetam as organizações. As bibliotecas e/ou sistemas que lidam com informação também estão sempre devendo adequar-se a mudanças, como por exemplo: inovações tecnológicas para o acesso a informação. A informação é um bem econômico, é agregada de valor e cada vez mais os sistemas devem ter estratégias para utilizá-la com qualidade. Como MAURY (1992) comenta: o que torna a informação estratégica é a sua especialidade, a utilidade que ela tem para o usuário, o fato que ela se torna fator de agregação de valor ou de poder; o caminho para isto é o trabalho interdisciplinar, ampliando a capacidade de percepção. PACHECO (1994) comenta que sendo a informação um recurso estratégico de que dispõe as organizações para o aumento de sua vantagem competitiva, é importante que todos os níveis de estrutura organizacional possam compartilhar recursos, uma visão integrada e completa de sua gestão. Complementando esta referência, as organizações, incluindo as bibliotecas, precisam se reavaliar, conhecer suas fraquezas, seus pontos fortes, delimitar metas, otimizarem seus serviços, definirem formas de controle e avaliação. Para isso, o planejamento estratégico se faz necessário. NASCIMENTO (2000) declara: ―O planejamento estratégico possibilita um diagnóstico preciso da realidade, favorecendo a participação que é fundamental na implementação de ações que contribuem para melhoria da qualidade. Constitui um excelente recurso para a tomada de decisões, programação, controle e avaliação de atividades‖ 21

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No Brasil, o planejamento estratégico é recomendado ao gerente de Sistemas de Informação , como uma nova forma de reavaliar a administração das bibliotecas. Essas idéias são comentadas por (BOTELHO, 1994; MAURY, 1992; VIEIRA,1993), só para citar alguns. LIMA (1996, p.9) também, considera importante a aplicação deste tipo de planejamento em bibliotecas, destacando: ― O planejamento estratégico, por isso torna-se fundamental na medida em que o mesmo favorece a discussão da missão, dos objetivos, da políticas, das estratégias e dos mecanismos de controle e avaliação.... A utilização do plano estratégico é importante para as bibliotecas, mesmo com as restrições que se pode observar, pelo fato do mesmo estabelecer os elos de ligação entre os meios e os fins‖ Sobre a forma de implementação do planejamento estratégico, cada centro de informação e/ou biblioteca, irá definir as fases de implantação. LIMA (1996) descreve inicialmente a identificação dos valores dos dirigentes; definição da missão; diagnóstico interno e externo; definição dos objetivos e metas; comparação entre missão , objetivos, metas e diagnóstico, definindo as estratégias, estabelecer mecanismos de controle e monitoração; avaliação. Destaca-se em DUARTE (1998) a aplicação das etapas do planejamento estratégico, a partir da fase de diagnóstico em consulta a clientela, onde foram analisados os ambientes interno e/externo. A partir do resultado dessa fase, definiu-se a estratégia do planejamento. Em PIRES (1996) a partir da análise situacional dos problemas inerentes á Biblioteca com consulta ao público interno, sendo estes, bibliotecários e auxiliares, foram analisadas as causas que interferem nas atividades do sistema, procurando-se soluções . Como tendências na literatura encontrada, verificou-se vários enfoques da aplicação do planejamento estratégico na área. Seu uso é amplo, indo desde um plano de marketing, desenvolvimento de coleções, preservação de acervo, diretrizes para bibliotecas públicas, desenvolvimento de bibliotecas eletrônicas, gerência de bibliotecas Universitárias, desenvolvimento de sistemas de informação, abrangendo qualquer tipo de serviço de informação, através da análise de sua situação interna e de fatores externos. Os pontos fortes de um serviço de informação são definidos através do conhecimento das atividades melhor realizadas, ou seja, das mais bem aceitas pelos usuários, onde haja maior integração/participação dos funcionários ou ainda, representem o reconhecimento do trabalho realizado pelo mesmo . Destacando-se: presteza de atendimento, eficiência do sistema de recuperação da informação, perfeito processo de comutação bibliográfica, grandes capacidades de novos produtos e serviços, plano de desenvolvimento de recursos humanos. (BARBALHO, 1995) PIRES (1996) cita como pontos fortes apoio financeiro da administração superior nos eventos para reciclagem do servidor; 22

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divulgação de eventos através da rádio universitária; curso de atualização de técnicas bibliotecárias; acesso a base de dados internacionais. Nos trabalhos com descrições de aplicação prática recuperados, o ambiente de atuação de cada Biblioteca ou serviço de Informação é analisado conforme a situação e o entendimento conceitual de cada organização, no que se refere à fatores internos e externos, os pontos fortes e fracos, oportunidades e ameaças.

Administração de recursos e serviços. A biblioteca pública é o centro local de informação, disponibilizando prontamente para os usuários todo tipo de conhecimento. Os serviços fornecidos pela biblioteca pública baseiam-se na igualdade de acesso para todos, independente de idade, raça, sexo, religião, nacionalidade, língua ou status social. Serviços e materiais específicos devem ser fornecidos para usuários inaptos, por alguma razão, a usar os serviços e materiais regulares, por exemplo, minorias lingüísticas, pessoas deficientes ou pessoas em hospitais ou prisões. Todas as faixas etárias devem encontrar material adequado às suas necessidades. Coleções e serviços devem incluir todos os tipos de suporte apropriados e tecnologia moderna bem como materiais convencionais. Alta qualidade e adequação às necessidades e condições locais são fundamentais. O acervo deve refletir as tendências atuais e a evolução da sociedade, assim como a memória das conquistas e imaginação da humanidade. Coleções e serviços não podem ser objeto de nenhuma forma de censura ideológica, política ou religiosa, nem de pressões comerciais. Missões da Biblioteca Pública As seguintes missões básicas relacionadas à informação, alfabetização, educação e cultura devem estar na essência dos serviços da biblioteca pública: 1. Criar e fortalecer hábitos de leitura nas crianças desde a mais tenra idade; 2. Apoiar tanto a educação individual e autodidata como a educação formal em todos os níveis; 3. Proporcionar oportunidades para o desenvolvimento criativo pessoal; 4. Estimular a imaginação e criatividade da criança e dos jovens; 5. Promover o conhecimento da herança cultural, apreciação das artes, realizações e inovações científicas; 6. Propiciar acesso às expressões culturais das artes em geral; 7. Fomentar o diálogo intercultural e favorecer a diversidade cultural; 8. Apoiar a tradição oral; 9. Garantir acesso aos cidadãos a todo tipo de informação comunitária;

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10. Proporcionar serviços de informação adequados a empresas locais, associações e grupos de interesse; 11. Facilitar o desenvolvimento da informação e da habilidade no uso do computador; 12. Apoiar e participar de atividades e programas de alfabetização para todos os grupos de idade e implantar tais atividades se necessário. Recursos, Legislação e Redes  

A biblioteca pública deve por princípio ser gratuita. A biblioteca pública é de responsabilidade das autoridades locais e nacionais. Deve ser apoiada por uma legislação específica e financiada pelo governo nacional e local. Deve ser componente essencial de uma estratégia a longo prazo para cultura, informação, alfabetização e educação. Para assegurar a coordenação e cooperação das bibliotecas por todo o país, a legislação e planos estratégicos devem também definir e promover uma rede nacional de bibliotecas baseada em normas de serviço.



A rede de bibliotecas públicas deve ser concebida tendo em vista sua relação com as bibliotecas nacionais, regionais, especializadas tanto quanto, as bibliotecas escolares e universitárias.

Operação e Administração 

Deve ser formulada uma política clara definindo objetivos, prioridades e serviços relacionados com as necessidades da comunidade local. A biblioteca pública deve ser efetivamente organizada e respeitar padrões profissionais de operação.





 



Deve ser assegurada a cooperação com parceiros adequados, por exemplo grupos de usuários e outros profissionais, em âmbito municipal, regional, nacional e internacional. Os serviços devem ser fisicamente acessíveis a todos os membros da comunidade. Isto requer que o prédio da biblioteca esteja bem localizado, com instalações corretas para leitura e estudo, assim como tecnologias adequadas e horário de funcionamento conveniente aos usuários. Isto implica também na extensão dos serviços aos usuários impossibilitados de freqüentar a biblioteca. Os serviços da biblioteca devem ser adaptados às diferentes necessidades das comunidades em áreas rurais e urbanas. O bibliotecário é um intermediário ativo entre usuários e recursos. A educação profissional e contínua do bibliotecário é indispensável para assegurar serviços adequados. Programas de extensão e educação do usuário devem ser promovidos visando ajudá-lo a beneficiar-se de todos os recursos disponíveis. 24

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Marketing e relações públicas. Marketing O marketing pode ser entendido como uma filosofia de gestão que consiste em identificar as necessidades dos clientes (reais e potenciais) de uma determinada organização, aferindo quais os produtos e serviços que podem servir e satisfazer esses mesmos clientes. Qualquer tipo de organização que tenha um papel no mercado deve atender às necessidades dos seus clientes/utilizadores/consumidores, adaptando a própria organização e respectivos produtos/serviços a essas mesmas necessidades, para desta forma assegurar o máximo de satisfação por parte de quem deles usufrui. A noção de marketing está habitualmente associada à área empresarial. De fato, foi nessa área que as técnicas de marketing se foram desenvolvendo, sendo progressivamente adotadas pela área dos serviços. Tem-se verificado que também as organizações sem fins lucrativos podem usar técnicas de marketing, de forma a melhorar o seu desempenho e capacidade de resposta. A Sociedade de Informação com que nos deparamos atualmente tem vindo a mostrar uma certa revolução na produção documental, bem como novos tipos de documentos que surgem com o desenvolvimento tecnológico. Assim, a noção de biblioteca tradicional tem sido um pouco alterada, surgindo serviços com maior dinamismo e claramente mais coerentes com as necessidades dos utilizadores. Atualmente verifica-se uma crescente necessidade de disponibilização de informação em vários suportes para que as bibliotecas conservem e conquistem utilizadores. Como tal, e dada a exigência da Sociedade de Informação na qual estamos inseridos, o marketing começa a ser adotado também pelos serviços de informação com o intuito de tornar a informação atrativa e de informar os utilizadores acerca da sua existência. À semelhança das organizações com fins lucrativos, também as bibliotecas devem manter uma relação com os seus utilizadores, recorrendo, para isso, a métodos e técnicas que possam auxiliar essa mesma relação. Segundo Ramos Simón, aceita-se a existência de ―marketing informativo‖, ou seja, ―um conjunto de atividades organizadas para difundir mensagens através de produtos informativos que promovam ou favoreçam relações de troca de ideias e de interesses tangíveis, em benefícios de pessoas, instituições ou empresas.‖ Há quem também refira o conceito de ―marketing bibliotecário‖, sendo ―o conjunto de atividades que a biblioteca realiza com vista a identificar as necessidades informativas dos utilizadores, para as satisfazer de forma rentável‖. (Mañao Moreno, 2003) Nas bibliotecas o marketing deve ser aplicado no sentido de identificar, satisfazer e até mesmo antecipar as necessidades dos seus utilizadores. Conhecer estas necessidades e adotar o ponto de vista destes mesmos utilizadores, bem como criar espécies de grupos 25

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que se identificam pelas suas necessidades específicas, ajustando os objetivos do serviço às necessidades identificadas, pode garantir o sucesso destes serviços. Importa, no entanto, realçar que o marketing tem de ser aplicado às bibliotecas com precaução, pois a sua natureza claramente comercial não coaduna, de todo, com a missão destes serviços, que é diferente das organizações com fins lucrativos, tendo mesmo um carater muito próprio. O marketing é cada vez mais importante nesta área pois os profissionais de informação começam a ter em atenção os utilizadores potenciais e não apenas os utilizadores reais. Atualmente, os utilizadores são o núcleo central dos serviços de documentação e informação. A atual sociedade atribui um grande valor à imagem e parece evidente que, neste momento, as bibliotecas sofrem um problema de imagem. É precisamente aqui que surge o marketing, apresentando-se como uma técnica de promover (produtos e serviços) e que melhora a imagem das instituições. A bibliografia existente separa o marketing em duas categorias distintas: o marketing que visa promover os serviços e as próprias bibliotecas (externo) e o marketing aplicado no interior da biblioteca, motivando os próprios funcionários (interno). Se os funcionários estiverem motivados, conhecendo bem os processos e tecnologias existentes, irão passar esse conhecimento e motivação para os utilizadores, o que vai gerar satisfação no atendimento e tornar agradável a relação entre funcionários e utilizadores. É importante realizar atividades que fomentem a relação entre estes, motivando ambas as partes. Ações de formação, reuniões, colóquios, palestras, entre outros, são opções sempre ponderáveis. São várias as vantagens encontradas na adoção de técnicas de marketing. Estas técnicas podem potenciar um melhor relacionamento entre a biblioteca e os utilizadores (reais ou potenciais), pois têm como principal objetivo detectar as necessidades destes mesmos utilizadores, criando produtos e serviços que possam satisfazer estas mesmas necessidades. O marketing auxilia a gestão das bibliotecas, coordenando as potencialidades das instituições (oferta) com as necessidades dos utilizadores (procura). Através da realização de estudos de utilizadores, pode diminuir-se o risco na tomada de decisões que, de alguma forma, poderiam pôr em causa o sucesso da instituição. As técnicas de marketing podem, assim, facultar um investimento mais eficiente dos recursos financeiros, que resulta da adequação dos produtos/serviços às necessidades reais dos utilizadores. Fundamental é o fato de a componente promocional do marketing dar a possibilidade de os utilizadores conhecerem a biblioteca e os serviços que esta oferece. Este fator é bastante positivo pois as pessoas gostam de ser informadas e têm um tendência natural a usarem mais aquilo que conhecem. Ao dar a conhecer a biblioteca, os seus recursos, serviços e atividades, a visibilidade e reconhecimento da própria instituição aumentam. Quanto melhor a imagem que é projetada da instituição, mais favorável será a imagem dos profissionais, que começam 26

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a ser vistos como gestores de informação que desempenham um papel social bastante importante. Estes profissionais desempenham funções que favorecem o acesso à informação e à cultura fomentando, assim, o desenvolvimento das comunidades. O marketing nas bibliotecas visa a adaptação dos espaços, das coleções e recursos às já identificadas necessidades dos utilizadores, melhorando o acesso e disponibilidade dos acervos e reduzindo o tempo de espera no acesso à informação. Visa adaptar o serviço e os seus recursos, a cada momento, às necessidades dos vários e diferentes utilizadores. Uma biblioteca que foque a sua missão nos utilizadores deve dirigir toda a sua atenção para as necessidades informacionais destes mesmos utilizadores, identificando-as e estudando-as de forma a conduzir à adoção de estratégias de marketing que se adequem a esta satisfação. A publicidade é a técnica mais usada e visível, tendo como objetivo o desencadear de atos de consumo de um determinado produto/serviço. Mas o marketing não se cinge apenas à publicidade, é apenas uma parte deste. São vários os materiais aos quais as bibliotecas podem recorrer como meio de promoção, nomeadamente: folhetos, desdobráveis, agendas de atividades, convites, cartazes, pequenos livros sobre a biblioteca, marcadores para livros, canetas e lápis, entre outros. São os próprios bibliotecários e funcionários das bibliotecas que dão asas à criatividade e procedem à criação destes e outros materiais. É útil também que os serviços comuniquem aos meios de comunicação social as atividades que desenvolvem, sendo também esta uma estratégia de marketing. A realização de atividades e a sua respectiva divulgação contribui claramente para o aumento da visibilidade dos serviços, havendo uma explícita relação entre este fator e o sucesso das instituições. Para que as atividades tenham êxito é efetivamente determinante a sua promoção. Como já foi referido, as bibliotecas têm cada vez mais a sua orientação focada nos utilizadores, sendo estes a razão de ser dos próprios serviços. Existe uma preocupação crescente no fornecimento de serviços de excelência e que sejam plenamente capazes de satisfazer estes utilizadores. São estas crescentes e claras preocupações que levam, como já vimos, à adoção de estratégias e técnicas de marketing que conduzem à divulgação da informação e dos próprios serviços. ARTIGO PARA AMPLIAR LEITURA 1. Premissas da orientação para clientes Orientação a clientes e usuários é um tema conhecido das bibliotecas públicas desde os anos 70. No princípio, limitava-se à composição dos produtos, isto é, a apresentação do acervo, hoje o foco é cada vez mais o posicionamento frente ao cliente da biblioteca. No entanto, concentrar-se apenas no cliente seria uma visão muito estreita. Orientação a clientes é um conceito amplo, que integra pontos fundamentais para o sucesso – usuário, funcionário, produto, que estão em estreito contato. (Folie) 27

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Usuário Produto Funcionário Orientação otimizada a clientes exige além do foco no usuário, uma apresentação otimizada dos produtos. Aqui, trata-se de otimizar a construção do acervo em tempos de verbas curtas, de forma que as necessidades dos clientes continuem a ser satisfeitas sem modificar o perfil da biblioteca. Fazendo um balanço: cálculo do acervo, ofertas autofinanciadas como serviços de bestsellers, taxas especiais para mídias específicas ou patrocinadores são exemplos a serem citados. Hoje, vou apenas citar estas medidas diretamente ligadas a construção de acervos. Interessante também para as bibliotecas é a incorporação de produtos inovadores e orientados ao futuro, que se pautam pela realidade de vida em transformação do leitor atual – palavra-chave sociedade de informação. Aqui, devem ser especialmente citados a prestação de serviços eletrônicos e o E-Government. (Citar exemplos) No contexto do foco no cliente, o funcionário desempenha um papel fundamental. Nos locais de prestação de serviços e bibliotecas estão entre eles, há um intenso diálogo cliente-prestador de serviços que deve refletir positivamente na satisfação do cliente. Cada colaborador tem que estar comprometido com os resultados. A biblioteca é um local de aprendizado para o usuário, devendo ter ela própria uma estrutura organizacional aberta para o novo. Isto engloba a cultura do diálogo e as plataformas correspondentes como workshops, reunião da equipe ou encontros dos colaboradores bem como uma estrutura formal de informação e comunicação internas, como reuniões, mural, jornal interno, escaninhos individuais, sendo de grande importância a Intranet. (colaboração de Volker König in BUB 7/8 2002) Boa informação é o cerne da questão Premissa básica da fidelização de clientes: Sem funcionários satisfeitos não há cliente satisfeito Equipe · Funcionários e colegas também são clientes: o cliente interno é igualmente importante. · Criar uma cultura de prestação de serviços: deve estar claro a todos os colaboradores que cada um contribui para a satisfação do cliente. · Engajamento total: dos administradores até cada colaborador, todos estão incluídos nesta filosofia. · Política de prestação de serviços definidas por escrito: no entanto, sem regras sem exceções – cada funcionário tem o direito de agir a favor do cliente, em casos excepcionais. · Funcionários devem ter autonomia: deve-se ter liberdade de decisão em situações concretas, de agir de acordo com as necessidades do cliente ou poder distribuir presentes de compensação, em casos de falhas. · Regras flexíveis: a única regra é: o desejo do cliente – incentive seus colaboradores a tomarem decisões sozinhos. 28

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· Treinamento continuado dos funcionários: o cerne da questão! · Comunicação: a competência comunicativa é um fator decisivo: treinamento da personalidade é indispensável. · Elogiar a lealdade: tanto clientes como colaboradores devem ser reconhecidos pelo seu engajamento pela biblioteca. · Treinamento mútuo: os funcionários devem poder realizar o trabalho dos colegas. · Rotação da distribuição de tarefas: dar tarefas de outros departamentos aos colaboradores, para propriciar a compreensão do contexto global. · Administração da prestação de serviços no dia a dia: como o colaborador pode facilitar o trabalho do cliente? · Sorrir: gera uma sensação agradável para ambas as partes. · Reconhecimento e elogios aos funcionários: avaliar, sistemática e regularmente, positivamente e não somente tematisar problemas. · Pausa: o bom contato com os clientes é cansativo, os colaboradores envolvidos também precisam de tempo de descanso. · Prazer no trabalho: não desprezar hábitos e convivência. · Publicar os resultados: tornar públicos o reconhecimento do colaborador e os comentários dos clientes. · Descobrir, entre os funcionários, aqueles que gostam do público: identificar o colaborador que melhor trabalha com público e utilizá-lo como exemplo. · Aparência e atmosfera: como a equipe da biblioteca está vestida? A biblioteca está limpa, a apresentação das mídias está em ordem? Olhe com os olhos dos clientes. · Conforto e atratividade: mobiliário e ergonomia do local de trabalho, iluminação, design, etc. · Sugestão de melhoria: os colaboradores em contato com os clientes devem poder apresentar propostas. Clientes Tornar pública a política de prestação de serviços: deixar claro ao público que se almeja a excelência no atendimento voltado ao cliente. · Apresentar propostas realistas: não prometer em excesso: · A cereja do bolo: propiciar serviços extras personalizados que se deseja a si próprio (serviços 24 horas, tratamento correto da informação, informação pró-ativa, etc.) · Propriciar acesso descomplicado: interfaces amigáveis dos equipamentos técnicos. · "Chinês" bibliotecário: evite jargões (OPAC, RAK, URL etc.) · Serviços telefônicos amáveis: telefone uma vez para sua biblioteca – o cliente foi realmente atendido? Pode-se perceber que o atendente sorri? · Treinamento do cliente: cada contato com o usuário serve ao mesmo tempo para a informação e para o treinamento nos serviços oferecidos pela biblioteca. · Buscar saber a reação dos usuários: sistematicamente, informar-se como o usuário/cliente avalia a prestação dos serviços na biblioteca. (administração das reclamações, caixa de sugestões, grupos de discussão temática) – tornar públicos os resultados. · Orientação a clientes de acordo com a idade: as necessidades dos usuários modificam-se ao longo do ciclo de vida. · Livrar-se de preconceitos: alegrar-se com as diferenças entre seus clientes.

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· Negociar de modo consistente e honesto: não é necessário concordar sempre com o cliente – deve-se, no entanto, ter a mesma linha de conduta. · Desapontamentos pesam – surpresas agradáveis encantam os clientes. · O cliente precisa ver utilidade na prestação de serviços: o cliente não precisa apenas de amabilidade, mas da informação precisa e correta. · Hightech com Hightouch: justamente as tecnologias de vanguarda exigem uma manipulação humana e um apoio compreensível ao cliente. · Falar com o público: dirigir-se ao cliente e perguntar por suas necessidades, oferecer auxílio. · Conhecer as necessidades do público: procurar saber das necessidades e expectativas do usuário – informá-lo das mudanças. · Levar o cliente a sério: cada cliente é individualmente importante. transmita-lhe a sensação de ser significativo. · Utilizar a experiência dos clientes no trabalho de relações públicas: exemplos com clientes reais evidenciam a qualidade da prestação de serviços – os clientes envolvidos sentir-se-ão valorizados. · Parlamento de clientes: fundar associações de fomento, círculo de amigos ou grupos de discussão e incluí-los no trabalho. · Transparecer aos clientes que se está preocupado com eles, por exemplo, com ações por e-mail ou cartões de cumprimentos a parceiros e patrocinadores escolhidos. Reclamações · Reclamações são uma oportunidade. · Feedback negativo: incentive seus clientes a fazerem comentários críticos. · O custo de um cliente perdido: clientes insatisfeitos comentam de 11 a 13 vezes com outros a sua insatisfação. · Propaganda boca a boca positiva é ainda a propaganda melhor e mais barata. · Reagir corretamente às reclamações: primeiro, aceitar a raiva do cliente, escutá-lo atentamente, assegurar-lhe que será feito o possível para a solução do problema, agradecê-lo por ter reclamado. Produto / Campo de ação · Excelência na prestação de serviços e não uma prestação mediana: só o melhor é bom o bastante para sua biblioteca. · Monitoração da concorrência: não apenas outros prestadores de serviços de informação mas a concorrência pelas verbas cada vez mais exíguas dos mantenedores. · Pesquisa de mercado: nunca se tem informações suficientes sobre seu público. · Mensurar o trabalho: medir a produtividade e a efetividade e tornar público seu resultado.

O que é orientação a clientes? Na literatura especializada o conceito de orientação a cliente é definido de formas diversas, com amplas interpretações comprovadas como praticáveis: (Folie) „Orientação a clientes é avaliação constante e abrangente, é a análise das expectativas do cliente bem como transformação em realidade interna e externamente dos 30

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prestadores de serviços empresariais e interações, com o objetivo de estabelecer relacionamentos estáveis, a longo prazo e economicamente vantajosos:― Satisfação do cliente – um fator decisivo para a fidelização Está constatado que entre satisfação e retenção de clientes há um elo positivo. Este elo não tem uma natureza simples e linear, mas possui um caráter complexo. A satisfação do cliente não induz automaticamente à fidelização, mas é premissa básica. Foco nos clientes – para muitas bibliotecas um velho conhecido? Infelizmente não! O conceito satisfação do cliente ou orientação a clientes pouco é encontrado na literatura biblioteconômica especializada. O objetivo do trabalho bibliotecário é o atendimento satisfatório do maior número de clientes com a otimização dos recursos disponíveis. Folie Smilies Incontáveis pesquisas atestam que um cliente satisfeito comenta com três pessoas sobre suas experiências positivas, enquanto que um insatisfeito relata suas experiências negativas a 11 até 13 pessoas. Isto significa que são criadas quatro vezes mais imagens negativas do que positivas. Excelência no atendimento a clientes e a satisfação do cliente têm grande importância, já que um cliente satisfeito é a melhor propaganda e o melhor portador de uma imagem positiva. Uma pesquisa da biblioteca pública de Bremen (Alemanha) confirma: a propaganda boca-a-boca traz novos clientes e é a melhor propaganda que existe. Foram consultados mais de 2000 novos usuários da biblioteca. Um pouco mais da metade (53 %) declarou que se deixaram convencer por amigos, conhecidos e parentes a fazer uma visita à biblioteca. Clientes satisfeitos externam-se positivamente, em seu meio, sobre as ofertas da biblioteca. Além da propaganda boca-a-boca, uma política de comunicação também influencia o cliente (faixas, cartazes, vitrines, folhetos) (17 %). seguida de relatório nos meios de comunicação (9 %), eventos (5 %), Internet (3 %), visitas guiadas (3 %) etc. Aqui, há a necessidade de uma ação incisiva das bibliotecas, já que com a concorrência acirrada do setores culturais, educacionais e de lazer, as bibliotecas devem se impor e apresentarem-se de modo atrativo aos clientes. Os cidadãos têm a possibilidade de escolher entre as diversas atividades de lazer, sendo necessária uma apresentação atrativa e inconfundível das ofertas e dos serviços prestados pelas bibliotecas visando a fidelização. [O sociólogo alemão Gerhard SCHULZE (1992:507) define: „Pela perspectiva do consumidor, não há diferença entre prestação de serviços públicos ou privados. Para o consumidor, o contexto original destes bens não desempenha um papel sociológico significativo. [...] Prestação de serviços públicos e privados devem orientar-se segundo os mesmos critérios, isto é o consumidor final – desta forma, não há diferença entre teatro, centro cultural, museu por um lado e academia de ginástica, fliperamas, etc, por outro―.]

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Futuramente, não será possível apenas oferecer variadas mídias e informações tratadas com excelência mas é relevante e indispensável ter o maior número possível de clientes fiéis e satisfeitos. A economia reconheceu este fato há muito tempo e reagiu proporcionalmente. O marketing sofreu nos últimos anos uma transformação significativa. O marketing de influência originou-se do marketing de relacionamento. Na era da informação, os clientes podem mais facilmente do que nunca informarem-se sobre as ofertas da concorrência sendo cada vez mais importante um relacionamento positivo clienteprestador.. Não é a venda mas a confiança é que está em primeiro plano. O especialista em marketing Kotler entende que o prestador de serviços, aqui a biblioteca, é mais do que um "jardineiro" que cuida do relacionamento mas está mais para um "caçador" que busca clientes. As bibliotecas devem desenvolver suas ofertas não apenas para o público, mas com o público e os usuários constantes devem transformarem-se em conselheiros e colaboradores, isto é, tornarem-se parceiros. Esta nova concepção mantém-se com o relacionamento recíproco e com o diálogo; passando a orientação a clientes a ter uma dimensão totalmente nova. Paciência, tempo, competência, bem como a construção do relacionamento e respeito mútuo são fatores decisivos na confiança e retenção dos clientes. Alta fidelidade traz para as bibliotecas uma gama de vantagens: (Folie) · Legitimação frente ao mantenedor e com ela a segurança do acervo · Receitas melhor calculadas e despesas pequenas · Planejamento dos serviços com objetivos definidos · Alta lealdade dos clientes · Grande abertura a inovações · Grande tolerância a erros · Postura positiva frente à instituição interna e externamente · Grande interesse na participação e no diálogo com a instituição, por ex. em discussões em grupo. A moderna administração de empresas dispõe de um amplo e comprovado espectro de instrumentos e conceitos sobre o tema orientação a clientes, quero apresentar-lhes alguns modelos simples e de pequeno custo.

2. Instrumentos para otimização da orientação a clientes nas bibliotecas públicas 2.1 Mystery Shopping - cliente oculto para mais qualidade Descrição Nos restaurantes não são estranhos, nas bibliotecas, ao contrário, ainda são uma raridade – o cliente oculto. Com um questionário de avaliação previamente definido e sem avisoprévio, o cliente oculto examina a oferta e a prestação de serviços em profundidade. „Mystery Shopping― ou teste de compra significa aqui descobrir os pontos fracos em 32

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uma empresa. Mystery Shopping permite a visão de fora. É uma boa medida contra a cegueira empresarial e uma possibilidade de reter clientes e melhorar a rotina de trabalho. Mystery Shopping pode ser indicado como um método relativamente barato e de rápida execução na averiguação da própria orientação a clientes. Especialmente nos Estados Unidos há um boom deste setor. Lá, os prestadores deste serviço aumentaram 25% em apenas três anos – no total são mais de 500.000 clientes ocultos em atividade. TITTEL (2002) afirma que, no quesito Mystery Shopping, a Europa está pelo menos cinco anos atrasada. Em bibliotecas, o cliente oculto foi introduzido principalmente para a avaliação da qualidade dos serviços de informação. Transformação em realidade Procedimento A biblioteca busca um parceiro adequado, que tenha experiência com esta matéria ou que já trabalhe neste sentido com outras bibliotecas. O colaborador envolvido visita a(s biblioteca(s) parceira(s). A vantagem é que quem faz o teste conhece os procedimentos em uma biblioteca. A desvantagem é que perde-se o olhar do cliente leigo. A visita de teste pode durar desde algumas horas até um dia inteiro, dependendo do tamanho da biblioteca e deve ser realizado em intervalos regulares, excelente seria todo ano ou a cada dois anos. Os resultados extraídos segundo escalas de avaliação previamente definidas podem servir, em ocasiões futuras, de parâmetros de comparação e para Benchmarking (processo contínuo de comparação de produtos). A avaliação através de um cliente oculto é naturalmente subjetiva e espelha um momento. Por isto, devem ser definidos critérios objetivos de investigação.

Instruções O método é relativamente de fácil aplicação e fornece com o emprego sistemático, continuado e a longo prazo, resultados muito úteis. Os custos são em torno de 500 a 1.000 Euros por biblioteca. Tempo de duração A visita de teste pode durar de algumas horas a um dia inteiro, dependendo do tamanho da biblioteca e deve ser repetida em intervalos regulares, melhor seria ser repetida todo ano ou a cada dois anos. Avaliação Os resultados extraídos segundo escalas de avaliação previamente definidas podem servir, em ocasiões futuras, de parâmetros de comparação e para Benchmarking (processo contínuo de comparação de produtos). Especialmente, quando as bibliotecas se unem em um círculo de comparação mútua. Perspectivas Utilidade Através de um avaliador externo, os pontos fracos no atendimento ao cliente e na prestação de serviços são revelados. A médio prazo aumenta a satisfação e a fidelidade do cliente.

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Problemas O Mystery Shopping é um procedimento sensível, pois a equipe pode sentir-se vigiada e controlada e pode resultar em a consideráveis irritações e desconfianças. É decisivo informar que não se trata de vigilância ou controle sobre cada colaborador, mas de detectar todo o potencial de otimização do sistema como um todo. O objetivo é a excelência na orientação a clientes. Fatores de sucesso Informação e participação de toda a equipe, inclusive da diretoria da biblioteca. Consequências Não deve ser uma ação única. Os resultados devem ser discutidos com a equipe e utilizados na definição de parâmetros e padrões. A curto prazo, o Mystery Shopping pode aumentar a qualidade dos serviços mas para que o método não se esvazie os parâmetros e padrões devem ser continuamente atualizados. A equipe deve perceber as consequências e receber elogios e motivações. Sugestões Mystery Shopping pode ser aconselhável como método de avaliação rápida e barata da introdução do conceito orientação a clientes. No caso de orçamentos pequenos, as bibliotecas podem fazer o Mystery Shopping mutuamente (exemplo de Londres, Bromley). Há que se fazer o questionamento crítico se um bibliotecário possui o olhar não especializado do cliente ou se ele avaliará a biblioteca apenas com a visão do especialista. Interessante é a sugestão de Wellington, Nova Zelândia. Lá, é praticado um modelo misto. Neste caso, os clientes reais são questionados sobre suas experiências após uma visita à biblioteca.(Folie / 2 Checklisten)

2.2 Administração das reclamações como fator de sucesso A administração de reclamações está entre os métodos mais qualitativos de aferição de satisfação do cliente – são descobertos quais problemas realmente existem. As queixas oferecem uma oportunidade de descobrir quais são os pontos fracos. É um instrumento claramente mais barato do que o questionário. Fornece informações mais atualizadas, concretas e relevantes sobre a satisfação dos clientes do que dispendiosas ações de questionamento e oferecem quase sempre sugestões práticas de ação. Como a palavra reclamação tem um significado negativo, aconselha-se utilizar a expressão „feedback―, que permite associações positivas e negativas. Quem não gosta de anglicismos, pode utilizar as expressões "elogio – sugestão – crítica". Tanto os cumprimentos e os elogios assim como as críticas devem ser informadas pois eles contribuem sobremaneira para a motivação do colaborador. Pesquisas sobre satisfação dos clientes comprovam que 25% dos clientes não ficaram satisfeitos com suas compras, no entanto apenas 5% reclamam. 95% dos clientes insatisfeitos não reclamam mas também não retornam. Isto significa que o pequeno número de reclamações não é igual a satisfação do cliente. Clientes insatisfeitos partem do princípio que reclamações não levam a nada, não sabem onde e com quem reclamar 34

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e têm a impressão que o trabalho não compensa. Apenas a metade das reclamações e dos problemas são resolvidos satisfatoriamente. Estes clientes, que tiveram suas queixas resolvidas, são mais fiéis às instituições do que os clientes que nunca tiveram motivos de se queixar. Uma administração profissional das queixas é um instrumento efetivo de fidelização do cliente. Uma solução rápida é especialmente importante: 52% (em caso de queixas graves) e 95% (em caso de queixas pequenas) retornam para a mesma instituição[i] Os números atestam quão importante é a boa administração das queixas, mesmo quando não fornecem um quadro completo sobre a (in)satisfação do cliente. Colocação em prática De um modo ideal a administração de reclamações transcorre em diferentes níveis: estímulo, recebimento, análise, resposta e estatística das reclamações.[

O estímulo coerente às reclamações bem como a avaliação precisa das queixas são a base da administração das reclamações. Os colaboradores devem ser sensibilizados para as queixas através de treinamentos em técnicas de solução de conflitos e negociação e/ou através da literatura especializada. É comprovado, que o grau de satisfação futura com a administração das queixas é decidido pela atitude da pessoa responsável em recebê-las. O cliente deve poder perceber que as queixas são bem vindas. Isto pode ser sinalizado através de canais claros de possibilidades de reclamações, como a existência de publicações, cartazes, documentos, etc, além de convites explícitos a externarem opiniões. Sugestões de canais que estimulem as reclamações:  Serviço de atendimento ao cliente - SAC  Possibilidades de contato por email / formulário na homepage  Foruns de discussão (Internet)  Canais de reclamações (caixa de feedback, guichês, mural, touch-screen)  Livro de sugestões, cartão de reclamações, formulários  Questionário a clientes  Questionário de feedback pós eventos ou visitas guiadas  Conversas personalizadas através de Ombudsmann No caso de murais e fóruns de discussão pode ser vantajoso que os clientes entrem em diálogo uns com os outros; uma desvantagem é que chama a atenção de outros clientes sobre os possíveis déficits. No caso de estímulo de reclamações escritas, dá bons resultados o oferecimento de pequenos brindes ou bônus. Quanto mais canais abertos a reclamações, melhor. Na prática, confirmou-se na biblioteca pública em Würzburg que uma caixa de feedback bem colocada no hall de entrada, é 5 vezes mais utilizada do que o formulário online. Recebe-se mensalmente cerca de 60 formulários de feedback e cerca de 20 formulários online. 26% das respostas são críticas, 44% sugestões e 30% de elogios. O equipamento e o trabalho gerado com esta forma de recebimento de reclamações são mínimos: uma caixa, um questionário bem formulado e uma caneta. (Folien) 35

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O objetivo da administração das queixas deve ser a busca pela melhor solução do problema. Para o cliente é decisivo, além de honesto e atencioso a forma pela qual a queixa é recebida. Para pequenas panes na prestação de serviços, as bibliotecas podem dispor de pequenos brindes de compensação. O bibliotecário deve escolher qual tipo de compensação se aplica a cada caso. Nestes casos de medidas compensatórias, não está em questão o valor financeiro do brinde mas o tipo de resposta e a atitude do colaborador. No atendimento ao público (balcão de informação, balcão de empréstimo) é onde chegam o maior número de reclamações verbais e onde normalmente é necessária uma rápida intervenção para a solução dos problemas, o princípio „Complaint Ownership" deve ser seguido. Isto significa que o colaborador que recebeu a reclamação é também o responsável pelo prosseguimento. Através de treinamento adequado, os colaboradores devem ser sensibilizados que as queixas são uma oportunidade de melhoria da prestação de serviços. Na finalização, deve ser permitido ao colaborador um poder de decisão correspondente. Para fins estatísticos, o problema é relatado em um formulário padrão e encaminhado à central de reclamações, que pode ser apenas uma pessoa. Em princípio, as queixas devem ser resolvidas em curtos espaços de tempo; em caso de problemas maiores deve haver uma resposta intermediária ao cliente. Deve ser estabelecida uma data limite para a resposta a uma reclamação, excelente seria de 3 a 5 dias. Muitas vezes são necessárias decisões quase instantâneas, por isto o departamento de reclamações deve, em caso ideal, estar subordinado à direção. Avaliação Reclamações podem ser auferidas qualitativa e quantitativamente. A aferição quantitativa das reclamações avalia a quantidade de vezes que o mesmo problema apareceu e sua importância para o cliente, a aferição qualitativa pesquisa as causas das reclamações. Uma simples tabela é suficiente para a investigação dos diferentes tipos de reclamações, para o contrôle do encaminhamento e para as estatísticas.

Data 07.01.

08.01.

Elogios

Sugestões

Falta fraldário

Críticas Responsável Faltam Müller toalhas de papel nos toilettes Mayer

Medidas Informar o pessoal da limpeza

Solução 08.01.

solicitar compra

10.01.

Abb.: Questionário da biblioteca pública de Würzburg É indispensável a administração profissional das reclamações em uma biblioteca orientada a clientes. Mesmo quando a utilidade não é facilmente percebida, há um consenso na literatura especializada que uma administração ativa das queixas, 36

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especialmente na prestação de serviços contribui enormemente para a retenção do cliente. Pesquisas confirmam que a satisfação e a fidelização do cliente que reclama é muito maior do que entre pessoas que não o fazem. 2.3 Discussão temática em grupos – em diálogo com os clientes As discussões temáticas em grupos são um método qualitativo de questionamento dos clientes e é realizado em forma de discussão em pequenos grupos. Até o momento, são na sua maioria utilizadas pelos anglo-americanos, que as utilizam como método de aferição da qualidade em bibliotecas. Sobre o tema satisfação do cliente podem, por exemplo, ser feitas perguntas sobre a satisfação em geral com os serviços da biblioteca como a amabilidade da equipe, a rapidez dos serviços e os horários de abertura. Podem ser utilizadas como instrumento de análise de mercado e planejamento de novos serviços. Realizadas regularmente, podem conduzir a desdobramentos que possibilitem uma adequação das ofertas aos desejos dos clientes. Discussões temáticas em grupo podem ser realizadas tanto com os clientes como também com a equipe da biblioteca. As discussões em grupo constroem a base para a pesquisa sobre o cliente. Com uma boa escolha dos participantes pode-se realmente ter novas avaliações sobre as práticas na biblioteca e contribuem ao mesmo tempo para a retenção do cliente e para o trabalho orientado de relações públicas. Discussões temáticas em grupos podem ser utilizadas nos seguintes tipos de questões: (Folie) · Avaliação do cliente sobre o acervo da biblioteca · Modelo para procedimentos na utilização da Internet · Avaliação da prestação dos serviços da biblioteca pelos clientes · Procedimentos na busca da informação · Reação dos clientes aos novos serviços · Avaliação das necessidades dos clientes para o desenvolvimento das novas prestações de serviços · Avaliação das necessidades dos clientes quanto ao mobiliário e equipamentos da biblioteca · Necessidade de treinamento para a equipe · Consequências para a equipe das mudanças organizacionais Uma decisão importante é se será contratado um moderador profissional ou um próprio funcionário da biblioteca se encarregará da moderação. A moderação pelo próprio funcionário é uma variante quase sem custos, mas há o perigo de que os participantes não se externem claramente o que o moderador não tenha objetividade frente às críticas. Sugere-se como alternativa um colega de outra biblioteca. Neste caso, há que assegurarse que a pessoa em questão tenha a necessária habilidade e profissionalismo como moderador.

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Ideal seria o máximo de 10 a 12 participantes e o grupo deve ser homogêneo. A discussão não deve ultrapassar 90 a 120 minutos. Após cada reunião, cada participante deverá receber um pequeno presente ou uma pequena recompensa pecuniária. Utilização e fatores de sucesso Dieser Ansatz geht vom Kunden aus. Der Kunde kann hier bereits bei der Angebotserstellung einbezogen werden; desenvolve-se um diálogo cliente-biblioteca. Através de dinâmica de grupo e da interação entre as pessoas vêm à tona, via de regra, mais informações do que as que foram inicialmente questionadas. O público-alvo pode ser definido com exatidão. O método é relativamente pouco trabalhoso, de baixo custo e pode ser rapidamente introduzido, sendo adequado também a pequenas bibliotecas. A equipe da biblioteca pode ser utilizada no planejamento, realização e na interpretação dos resultados, diminuindo os custos. O perigo da influência do moderador é significativamente menor do que através de entrevistas individuais. Todas as faixas etárias e uma infinidade de temas são adequadas às discussões. Entrevistas temáticas em grupos podem ser utilizadas como elementos de relações públicas frente à coletividade: A biblioteca externa o interesse que tem pela opinião dos clientes e com a publicação dos resultados se faz notar na coletividade. Discussões temáticas em grupos são de grande valia em grupos pouco adequados a questionários escritos, por ex. crianças, já que este método pressupõe uma adequada capacidade de compreensão escrita. (Folie)

Checklist Definir foco da discussão (em torno de 10-12 questões) Definir pontos que estimulem a discussão(p. ex., filmes, resumo dos problemas) Escolher moderador e grupo de participantes Definir local e espaço Organizar exibição de vídeos/ audio e ata Criar uma atmosfera agradável no local (bebidas, lanches, crachás) Pós-evento: avaliação, interpretação dos dados e ata da reunião

2.4 Marketing dos serviços eletrônicos: serviços virtuais inovadores No marketing dos serviços eletrônicos, a utilização da comunicação digital está no cerne da questão. Este tipo de marketing especialmente focado no cliente é individual e com objetivo nas necessidades especiais dos clientes. (Folie virtuelle Projekte) As bibliotecas podem criar serviços personalizados na Web. A biblioteca pública de Würzburg (http://www.stadtbuecherei-wuerzburg.de) oferece os chamados "InfoServices― . (Folie Info-Service Text, dann 6 Musterfolien) A biblioteca inspirou-se nas sugestões da Finlândia. Com este serviço, os clientes da biblioteca podem ser informados, através de email, sobre as últimas aquisições sobre os mais variados temas. Os clientes inserem seu número de usuário e são automaticamente informados das aquisições da biblioteca sobre os temas de sua escolha. Os clientes são responsáveis por suas contas, devendo eles próprios atualizar seus dados cadastrais. 38

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Para a utilização deste serviço, faz-se necessário o cartão de associado e uma senha, acesso à internet e um número de celular. Com este serviço podem ser comunicados newsletters, notícias sobre a disponibilidade dos materiais reservados e cobranças de materiais atrasados. Como serviço especial é possível o aviso antecipado sobre as mídias vincendas em prazo próximo. Como isto, o cliente esquecido pode economizar a multa pelo atraso. Este serviço deve ser ativamente divulgado. Na biblioteca pública de Würzburg isto acontece não apenas na Internet e através de trabalho de relações públicas mas através de informação dirigida e propaganda na casa. Outras sugestões sobre serviços personalizados através da Web, podem ser encontrados na versão inglesa da homepage da biblioteca de Tampere, Finlândia: (<SPAN lang=PT-BR style="mso-ansi-language: PTBR">http://kirjasto.tampere.fi:8000/). Outro projeto da biblioteca pública de Würzburg é a reativação de usuários inativos, ausentes por um tempo previamente definido pela biblioteca. Os usuários inativos recebem automaticamente um email ou carta, convidando a uma nova visita à biblioteca. Os possíveis clientes recebem um bônus que os motiva a desfrutar novamente dos serviços da biblioteca. O bônus dá direito à utilização gratuita por três meses, sendo um estímulo extra. 2.5 Outras medidas eficientes em Würzburg • Definição do tempo de espera / possibilidade de auto-atendimento • Cartão de sugestões / definição do tempo de resposta • Linha telefônica exclusiva • Prestação de serviços eletrônicos • 24 horas, 7 dias por semana / possibilidades de renovação de prazos • OPAC com a capa do material, mapa de localização na biblioteca, aviso de disponibilidade, reserva de mídias não emprestadas • Newsletter • Horário de abertura prolongado • Estrutura das taxas • Caixa de "Elogio – Sugestão – Crítica" • Parcerias (Secretarias de educação, do trabalho, escolas etc.) • Estúdios de aprendizagem • Treinamento continuado para os colaboradores • Crachás • Serviço de fornecimento de livros • Serviço de entrega à domicílio • Design corporativo • Patrocínios ("compre-me", "clientes trazem clientes", patrocinadores para o acervo, locação de estantes) • Disposição do acervo / grupos temáticos integrados • Empréstimo de guarda-chuvas e de óculos • Balcão de empréstimo agradável • Comunicação visual clara e objetiva • Ações especiais para crianças como o carimbo no passaporte (Folie) 39

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• Ofertas para o fomento à leitura (materiais especiais a crianças - Sonderflyer, Bücherbabies, Kasper & Co., Flip der Bär) • Regularmente jogos e brincadeiras para crianças

2.6 Fidelização de clientes através de serviços de valor agregado (Value-AddedServices) Serviços de valor são serviços adicionais ou secundários combinados com a prestação de serviços primários. Na literatura empresarial especializada, é-lhes conferido um papel especial na fidelização do cliente, já que objetivam uma alta satisfação e a retenção do cliente. À prestação de serviços primários em uma biblioteca – disponibilização de mídias e mediação do acesso à informação – podem ser adicionados serviços secundários materiais ou imateriais (p.ex., composição de listas temáticas literárias, lista de links temáticos, entrega à domicílio). Os serviços secundários devem agregar valor aos serviços primários frente a estes mesmos serviços primários oferecidos pela concorrência e refletir em favor da própria instituição sendo um fator de retenção. Um bom exemplo para bibliotecas é o serviço "desejo do leitor". Caso o leitor não encontre a mídia desejada na biblioteca, ele poderá preencher e entregar um formulário especialmente desenvolvido para este fim. A biblioteca terá três dias para adquirir e disponibilizar ao leitor a publicação desejada. Dois fatores de influência são especialmente relevantes para a diferenciação dos serviços de valor agregado: a relação dos serviços secundários com os serviços primários e a expectativa do consumidor.[iii] A relação dos serviços secundários com os primários pode ser muito baixa (p.ex. bexigas como brinde nas bibliotecas infantis, inscrição para os programas de escolas técnicas através da biblioteca), ou bastante alta (p. ex., a distribuição do texto de uma palestra na biblioteca). Quanto maior é a afinidade, aumenta a probabilidade de transferência da satisfação pelos serviços secundários para os primários. Quando se combinam os dois fatores, expectativa do cliente e afinidade com o produto, que são determinantes no peso dos serviços de valor agregado, temos o seguinte quadro na biblioteca:

Afinidade com produto Alta afinidade primário Expectativa do cliente

Média afinidade

Baixa afinidade

Serviços essenciais

Máquina xerox

Sacolas para os usuários da biblioteca

Mediação da informação

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Serviços desejáveis

Catálogo online na Encontro com Internet escritores

Cafeteria/ Café literário

Serviços adicionais

Cursos de Internet Entrega à para pesquisa domicílio literária

Venda antecipada de entradas de teatro

Exemplo de serviços de valor agregado em bibliotecas públicas (Folie) No planejamento de serviços adicionais deve ser levado em conta que serviços primordiais e serviços adicionais devem estar em um contexto lógico.

2.7 Cartão de leitor e sistemas de desconto O primeiro passo para a fidelização a longo prazo dos usuários é o cartão de leitor. O detentor de um cartão destes é relativamente independente da instituição. Ele pode utilizá-lo ou não. Com o cartão, ele está ligado à instituição (estratégias de fidelização), não como através de uma assinatura, um contrato ou o pagamento de uma taxa anual (estratégias de retenção – pressupõe obrigatoriedade); esta fidelização lhe garante certas vantagens e a sensação de pertencer, acolhimento. O papel do cartão do leitor é de possibilitar uma utilização extra, via de regra que tragam vantagens financeiras. [Ao contrário das associações de leitores, o cartão de leitor desempenha um papel subordinado no diálogo intenso com a instituição, em primeiro plano estão simples vantagens financeiras.] Cartões de leitor em instituições culturais devem oferecer vantagens pecuniárias, além de serviços adicionais imateriais. Nas bibliotecas, estas ações especiais podem ocorrer no decorrer da programação de atividades (p. ex., pagamento sem dinheiro, cartão de reserva com opção de pagamento posterior, desconto para acompanhantes). Vantagens adicionais podem ser também as ofertas casadas com transporte público, bebidas gratuitas durante os eventos, materiais adicionais ou informações personalizadas. Por ocasião do pagamento das taxas anuais, são interessantes as ações especiais para os diversos membros da família (cartão familiar) combinadas com serviços personalizados de informação. Os possuidores do "BiblioCard" podem ter um desconto e prioridade na reserva para espetáculos e eventos como encontros com escritores entre outros. Sistemas de desconto também são instrumentos de fidelização de clientes. Como a aquisição de entradas para espetáculos, por ex., compra do cartão literário para uma série de eventos com escritores, a cada visita é concedido diretamente um desconto. O usuário paga primeiramente um preço fixo na compra do cartão de leitor, os custos variáveis é que podem ser reduzidos a cada utilização. Este sistema é um instrumento típico de fidelização, já que quanto maior o uso mais o cartão se paga. Descontos devem ser utilizados como elementos paralelos na retenção dos clientes, pois da sie zwar „künstliche― Wechselkosten erzeugen, aber kaum „echte― Zufriedenheit, sozusagen „von innen heraus―, auslösen. 41

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Bibliotecas podem, p.ex., conceder descontos sobre as taxas anuais. Pode-se pensar em semanas especiais para estudantes no começo do ano letivo, descontos no verão, descontos para crianças aniversariantes, semanas da terceira idade, etc. Uma outra oportunidade é a ação " clientes trazem clientes". Aqui, os usuários que trouxerem novos clientes recebem um desconto em suas taxas anuais. Para crianças, que normalmente já usam gratuitamente a biblioteca, há o carimbo no passaporte, parecido com o antigo selo de desconto que contribuem para a fidelização. A cada visita à biblioteca, o passaporte é carimbado e quando estiver completo, há um brinde.

Tecnologias da Informação e da Comunicação. TECNOLOGIA, SOCIEDADE E SOCIABILIDADE As diversas teorias sobre a sociedade da informação indicam uma transformação radical na estrutura do emprego e das profissões. Conforme Masuda (1982), nesse contexto as tecnologias de informação e comunicação operam como forças propulsoras que modelam as relações sociais, econômicas e políticas, originando um tipo de sociedade diferente. A sua aplicação transforma-se na principal fonte do crescimento econômico, dissolvendo muitos dos problemas dos países menos desenvolvidos. Nesta ótica, ainda que determinista, percebe-se uma interação entre as tecnologias de informação e comunicação e a sociedade. Tais tecnologias, ao mesmo tempo em que moldam a sociedade, também são moldadas por ela. As tecnologias de informação e comunicação exercem influências profundas na vida cotidiana. Contudo elas não são autônomas e, portanto, não podem ser desvinculadas do contexto social em que foram produzidas. É difícil prever as múltiplas conseqüências em relação ao emprego, às novas competências e aos novos níveis de qualificação dos trabalhadores com a difusão e aplicação das tecnologias de informação e comunicação. Percebe-se que os impactos sobre serviços interpessoais tradicionais desaparecem com a automação, provocando em decorrência o surgimento de novos serviços. Uma tendência da sociedade da informação, pelo uso cada vez mais intensivo das tecnologias, é uma reestruturação econômica do emprego e das relações de trabalho. Dentre as novas configurações destas transformações no mundo do trabalho, destacamse uma organização flexível do trabalho e o aumento do trabalho independente. Conforme sublinha Kovács (2002, p. 37): ―A segmentação e flexibilização do trabalho implica a crescente diversidade dos salários laborais e das condições de trabalho, diferenciação e individualização dos trabalhadores e das relações de emprego‖. As questões propostas remetem aos processos interacionais e aos estudos de sociabilidade. A sociabilidade e suas diversas formas – relação do eu com o outro e do outro comigo, do eu fora de mim, do eu com o ―mesmo‖ – é uma preocupação antiga na 42

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teoria sociológica, desde Augusto Comte, Émile Durkheim, Karl Marx, Max Weber, até os contemporâneos, como Ferdinand Tönnies, Georg Simmel e Norbert Elias. Neste estudo, a sociabilidade é entendida a partir do referencial teórico de Simmel, que a define como forma específica do processo geral de sociação. A sociação é constituída pelos impulsos, motivos, interesses e objetivos dos indivíduos. Esse conjunto de interesses e objetivos assume formas e conteúdos diferenciados. Para Simmel (1983, p. 166), a sociação é: ―[...] a forma (realizada de incontáveis maneiras) pela qual os indivíduos se agrupam em unidades que satisfazem seus interesses. Esses interesses, quer sejam sensuais ou ideais, temporários ou duradouros, conscientes ou inconscientes, causais ou teleológicos, formam a base das sociedades humanas‖. Assim, o processo de sociação é constituído pelos impulsos dos indivíduos, por interesses, objetivos ou por outros motivos e pelas formas que essas motivações assumem. Conforme o autor (1983, p.166): ―Tudo que está presente nos indivíduos (que são dados concretos e imediatos de qualquer realidade histórica) sob forma de impulso, interesse, propósito, inclinação, estado psíquico, movimento – tudo que está presente neles de maneira a engendrar ou mediar influências, designo como conteúdo, como matéria, por assim dizer, da sociação‖. A sociedade é produto dessa sociação entre os indivíduos que interagem entre si e com os outros. As formas de interações se desenvolvem em um determinado contexto social. Por isso, na visão de Simmel, a sociedade caracteriza-se como sendo dinâmica, em constante transformação e permanente construção. Nesse processo, de múltiplas e variadas formas de interação, os indivíduos, atores socializados, jogam uns com os outros, contra os outros e contra si mesmo. Segundo Simmel (1983, p.168), ―os sociados sentem que a formação de uma sociedade como tal é um valor; são impelidos para essa forma de existência.‖ Assim, necessidades e interesses específicos fazem com que os seres humanos se unam em forma de associações econômicas, religiosas, profissionais e outras. Essas sociações produzem um sentimento, entre seus membros, de ―estarem juntos‖, e a satisfação derivada disso é o que agrega os indivíduos a formar um agrupamento. A vida em sociedade é um constante fazer, desfazer e refazer, repetindo uma série de formas de convivência e relações de aproximação e de separação, de ações e reações recíprocas entre os indivíduos, de consenso e conflito, de competição, dominaçãosubordinação, comuns ao jogo da sociabilidade. Essa característica dos homens, de poder associar e dissociar, reforça a idéia da impossibilidade de concretização das ―formas puras‖ e o da inevitabilidade da relação entre os opostos (Simmel, 1996). Estudos recentes (Lemos, 2001; Sá, 2001) mostram como na sociedade contemporânea configuram-se as novas formas de sociabilidade emergentes a partir das inovações e possibilidades tecnológicas. Neste contexto, em que o fluxo constante das trocas de 43

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informações se efetiva pelos meios comunicacionais, torna-se possível a criação de vínculos sociais nas comunidades virtuais. As novas ―convivências‖ advindas da mediação tecnológica têm ampliado a rede de relações entre as pessoas e construído laços afetivos entre elas. O uso das ferramentas disponíveis na Internet abriu a possibilidade de as pessoas se ―conhecerem‖ e estabelecerem relacionamentos sem qualquer contato físico anterior. Essa prática, cada vez mais comum, vem modificando os hábitos, os comportamentos, tornando mais complexas as formas de interação social entre os indivíduos e produzindo novas formas de sociabilidade entre eles. A sociabilidade, neste estudo, é definida a partir da constituição dos papéis sociais instituídos, ou seja, o desenvolvimento das práticas profissionais dos bibliotecários e o estabelecimento do jogo das relações entre os bibliotecários e os usuários em unidades de informação universitárias. No período em que as bibliotecas possuíam os registros das informações predominantemente em suportes impressos, a sociabilidade entre os bibliotecários e os usuários era marcada pela interação face a face e pela comunicação oral. Hoje, com a introdução da informação em suportes eletrônicos no acervo das referidas unidades de informação e de tecnologias para acessá-la, abriu-se a possibilidade de consultas a bases de dados on-line.. As trocas de mensagens por meio do correio eletrônico e a participação em videoconferências, entre outros recursos, intensificaram seu uso. A automação das bibliotecas e, conseqüentemente, dos serviços prestados aos usuários, que implicam o uso cada vez mais constante das tecnologias de informação e comunicação, fez com que a sociabilidade entre os atores envolvidos se modificasse substancialmente. A máquina passou a realizar o processo de mediação entre os agentes profissionais, responsáveis pelos serviços de organização, busca e recuperação da informação, e os seus usuários, tornando tais processos mais dinâmicos. As tecnologias de informação e comunicação, ao permitir a manipulação de diferentes mídias (texto, imagem e som), possibilitam o estabelecimento de ―[...] uma relação mais interativa entre o sujeito cognoscente e o conhecimento‖ (Ferreira, 2003, p. 38). O emprego de tais tecnologias, sem dúvida, trouxe maior rapidez no acesso e transferência da informação em escala mundial. Diante desse contexto, uma questão se impõe: essa mediação tecnológica trouxe maior interação entre os usuários e bibliotecários? Hoje, o ciberespaço constitui a nova fonte de construção das recentes formas de sociabilidade, possibilitando a comunicação e a disseminação da informação de maneira instantânea. Segundo Giddens (1991), esse processo faz com que haja um desencaixe dos sistemas sociais, ou seja, deslocamento das relações sociais de contextos locais de interação e sua reestruturação por meio de extensões indefinidas de tempo-espaço. O tempo e o espaço já não constituem mais barreiras para que se estabeleçam a comunicação e a troca de informações entre bibliotecários e usuários. Nesse processo, a relação entre as partes é marcada por um jogo – ou entrecruzamentos – que inclui tanto as formas ―tradicionais‖ de sociabilidade quanto as formas ―modernas‖, o que costuma conduzir a relacionamentos tensos, conflituosos e, por vezes, contraditórios. Tradicionalmente, as práticas dos bibliotecários estiveram alicerçadas na organização e no tratamento técnico das informações em suportes impressos, localizados em centros 44

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de documentação e bibliotecas. Além disso, o lugar físico – a biblioteca – e os processos interativos deste profissional com os usuários da informação permitiram que se constituísse a identidade do bibliotecário, competências plenamente consolidadas e regulamentadas pelos estatutos da profissão. O avanço das tecnologias de informação e comunicação e suas aplicações em diversas áreas, inclusive nas bibliotecas, possibilitou uma relação direta e interativa dos usuários da informação, tornando-os mais autônomos em relação aos serviços mediados pelos bibliotecários no processo de busca da informação. A introdução das tecnologias altera as relações dos bibliotecários e as suas práticas, trazendo mudanças na forma de sociabilidade e modificando o perfil deste profissional. Essas transformações fazem com que se reestruture ou se crie uma nova identidade coletiva do profissional. As mudanças tecnológicas e as novas sociabilidades acarretam uma nova forma de articulação, relação e apreensão do conhecimento destes profissionais. Entretanto, esse processo não é linear. Envolve uma complexidade de elementos e conflitos de diversas ordens. O redimensionamento dos papéis tradicionais no campo profissional e a desterritorialização do espaço físico na biblioteca no ciberespaço geram conflitos, desde a constituição da subjetividade deste profissional, até conflitos de competências com outras profissões. A percepção das formas interativas e a sociabilidade podem nortear o bibliotecário em direção a uma prática que auxilie na construção da auto-imagem e da sua imagem perante os outros. BIBLIOTECAS UNIVERSITÁRIAS MUNDO CONTEMPORÂNEO As bibliotecas como instituições sociais são partes integrantes da sociedade. Como tais, também acompanham os processos de desenvolvimento econômico, social e tecnológico. No mundo contemporâneo, as bibliotecas passaram a utilizar técnicas e processos automatizados e, amparadas pelo conhecimento científico, começaram a dar um tratamento diferente em relação ao armazenamento, registro, disseminação e recuperação da informação. A profissão de bibliotecário e sua regulamentação nasceram tendo como cenário o processo de racionalização, em que as organizações ou instituições adquirem um papel fundamental no desenvolvimento do processo produtivo. A eficiência e eficácia, nesse contexto, são as palavras-chave. Todos esses aparatos conhecidos hoje, que têm ainda muito sentido e estão, segundo alguns, com os dias contados, são denominados bibliotecas ―tradicionais‖ . São aquelas que possuem a maioria do acervo constituído de documentos em suporte de papel (Cunha, 1999). Tais unidades de informação encontram-se em locais físicos definidos, sendo que seus catálogos são em papel e seus serviços não são automatizados. A figura do bibliotecário está sempre presente no ambiente da biblioteca tradicional. As relações entre usuários e bibliotecários são amplas e visíveis ao olho humano.

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As bibliotecas tradicionais, bem ou mal, cumpriram e vêm cumprindo o seu papel. Como organização, elas foram capazes de criar sociabilidades, ou, pelo menos, referendaram tipos de sociabilidade definidos historicamente. Sobre seu futuro, afirmam Drabenstott & Burman (1997) que, daqui a 20 ou 50 anos, elas terão as coleções deterioradas, novas edificações serão necessárias, novas funções serão atribuídas aos bibliotecários, coleções de valor histórico deverão ir para museus e o restante do acervo será reciclado. O futuro é incerto, porém é notável que estamos diante de uma realidade de ―transição‖ entre os procedimentos das práticas da profissão consideradas ―tradicionais‖, que tinham por base o registro das inscrições em suportes impressos em papel e a constituição de novas práticas ―modernas‖, alicerçadas no uso das tecnologias de informação e comunicação. A utilização dessas tecnologias possibilita o rápido acesso à informação e também o uso simultâneo de um mesmo documento. Tais procedimentos, baseados em processos interativos virtuais, constituem o sustentáculo da trama que forma o tecido da cibercultura. As conjecturas sobre o futuro alertam que, cada vez mais, serão utilizadas as tecnologias de informação e comunicação em todas as áreas da vida social. Nas bibliotecas e centros de informação, não será diferente. Conforme aponta Lancaster (1994), o uso dos computadores nas bibliotecas permitiu que várias operações internas fossem automatizadas, tornando o acesso às fontes da informação em formato eletrônico, mais acessível aos usuários. Segundo o autor, isso leva a um novo conceito de biblioteca. O sistema eletrônico trouxe consigo vantagens como acessibilidade, seletividade e rapidez na disseminação da informação: ―[...] a transição do papel para sistemas eletrônicos deve ser olhada como parte de um processo normal e previsível‖ (Lancaster, 1994, p. 16). Este sonho pregado por alguns autores –biblioteca virtual, biblioteca do futuro, biblioteca sem paredes localizada no ciberespaço – já começa a dar seus primeiros sinais. ―Em 2010, quase a totalidade, se não a totalidade das bibliotecas universitárias, estará automatizada, e muitas serão totalmente digitais‖ (Cunha, 2000, p. 75). A automação é pré-requisito para a otimização dos processos e serviços desenvolvidos pelas bibliotecas, uma vez que ela beneficia o fornecimento de informações de maneira mais veloz aos usuários. As bibliotecas universitárias brasileiras enquadram-se nesta nova configuração que as bibliotecas assumem no contexto atual. Localizadas nas universidades e centros da produção técnico-científica, as bibliotecas universitárias são responsáveis pelo tratamento, armazenamento e disponibilização do acervo das mesmas e devem estar de acordo com os objetivos de suas instituições mantenedoras. Entretanto, como a implantação das tecnologias de informação e comunicação ainda é recente, essas unidades de informação disponibilizam as informações armazenadas em suporte impresso e em suporte eletrônico, dando um caráter ―híbrido‖ ao seu acervo. Ao empregar as tecnologias de informação e comunicação, as bibliotecas universitárias criaram novos serviços e aperfeiçoaram os já oferecidos. Nas bibliotecas pesquisadas foram encontrados serviços de referência on-line, acesso a bases de dados gerais e especializadas, entre a prestação de outros serviços. Além disso, tais unidades de informação disponibilizam a informação nos diferentes suportes (impresso e eletrônico), 46

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possuem o sistema de catálogo on-line, e algumas mantêm paralelamente o tradicional catálogo de fichas, porém este instrumento não é mais atualizado. Elas realizam os serviços de processamento técnico da informação, como classificação, catalogação e indexação. Os materiais são adquiridos mediante compra, doação ou permuta. Hoje, percebe-se que as bibliotecas universitárias caminham para uma dependência quase total do emprego das tecnologias de informação e comunicação e dos processos automatizados inerentes a essas tecnologias. Diante desta realidade, é quase impossível imaginar as tarefas de rotina realizadas em uma biblioteca sem o auxílio de processos automatizados, que possibilitam a conexão com a rede mundial de computadores em tempo integral. Desta forma, as bibliotecas universitárias, ao utilizar e incorporar em suas práticas cotidianas as tecnologias de informação e comunicação, alteraram as formas de sociabilidade, implicando o redimensionamento dos papéis sociais dos atores que nela atuam, construindo novas formas de sociabilidade. O USO DAS TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO NAS BIBLIOTECAS UNIVERSITÁRIAS E AS PERCEPÇÕES DOS BIBLIOTECÁRIOS Com o objetivo de captar as percepções dos bibliotecários em relação ao uso das tecnologias de informação e comunicação na constituição das novas formas de sociabilidade entre bibliotecários e usuários, foram analisadas três variáveis: a interferência das tecnologias de informação e comunicação entre as relações do bibliotecário e o usuário; uso da comunicação direta entre bibliotecário e o usuário; o grau de autonomia do usuário em relação ao uso das tecnologias de informação e comunicação. Em relação à interferência das TICs nas relações entre os bibliotecários e os usuários, 77,3% dos entrevistados responderam que a tecnologia interfere na sua relação com o usuário e 22,7% que não há interferência. Dos que percebem a interferência, 70,5% trabalham em bibliotecas públicas e 29,5% atuam em bibliotecas privadas. Quanto à percepção dos bibliotecários em relação à utilização das tecnologias de informação e comunicação e a manutenção da comunicação face a face entre os bibliotecários e os usuários, 54,6% afirmaram que aumentou a comunicação deste tipo, ocorrendo o mesmo nível de igualdade de 22,7% entre a diminuição e sem alterações na forma de interação face a face. Esses dados parecem contraditórios, pois o aumento do uso das TICs diminuiria a interação direta (face a face) entre bibliotecários e usuários. Entretanto, conforme a percepção de alguns bibliotecários, esse tipo de interação aumentou. Em relação ao grau de autonomia dos usuários na busca da informação com emprego da tecnologia, 50% dos bibliotecários percebem que os usuários estão mais autônomos, 22,7% parcialmente autônomos e 27,3% não-autônomos. Na percepção dos bibliotecários, as mudanças introduzidas pelo uso das tecnologias de informação e comunicação no seu ambiente de trabalho e nas relações com os usuários trouxeram 47

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maior autonomia na busca das informações. As tecnologias de informação e comunicação possibilitaram uma mudança de comportamento dos usuários em relação ao uso da biblioteca e das fontes de informação. Visto que a maior parte dos usuários já domina as ferramentas de informática, especialmente a Internet, quando ingressam nas instituições de ensino, eles apresentam certo grau de autonomia em relação ao uso das tecnologias referidas. Entretanto, os dados quantitativos não foram suficientes para verificar as modificações nas relações entre bibliotecários e usuários a partir do uso das tecnologias, pois elas envolvem um conjunto de significações que fazem parte do processo de elaboração dos sujeitos envolvidos nestas interações sociais. Na tentativa de evidenciar a complexidade destas relações, apoiamo-nos em algumas narrativas dos bibliotecários. Elas expressam a autonomia dos usuários quanto à busca de informações e às mudanças ocorridas na rotina do trabalho dos bibliotecários em relação ao processo de organização e quanto ao tratamento da informação: ―A primeira mudança que percebo é em relação ao aluno. Ele antigamente dependia muito de nossa ajuda para localizar o livro na estante. Hoje se dá um treinamento no início, se ensina uma vez, e eles sozinhos se acham na biblioteca. Às vezes, solicitam ajuda quanto ao assunto (Helena, 41 anos, biblioteca universitária pública). ―Com a tecnologia ficou melhor, mais dinâmico, há mais recursos. Quando não sabemos a resposta, entramos em contato com colegas e respondemos por e-mail (Maria, 46 anos, biblioteca universitária pública). ―Em relação ao usuário, ensinava-se a usar fichas, e agora tem de ensinar a usar catálogo. A biblioteca atende a usuários de áreas distintas, sendo que alguns têm de ensinar a clicar o mouse (eles têm medo do computador). O computador exige mais trabalho, para alguns é preciso ensinar a usar o computador, antes de ensinar o catálogo (Joice, 47 anos, biblioteca universitária pública). ―Em relação ao processamento técnico, há facilidade maior de inserir dados na base, em função de ter acesso à importação de registros de outras bibliotecas, estar conectado à rede, ter acesso a bibliotecas de outros países e a uma série de informações autorizadas. Antes se preenchia um formulário à mão e outra pessoa digitava, que não o bibliotecário. Atualmente, entramos diretamente com os dados no computador‖ (Maristela, 39 anos, biblioteca universitária pública). Percebe-se pelas narrativas que novas atividades estão sendo incorporadas no exercício da profissão do bibliotecário, enquanto outras estão sendo abandonadas. Dentre as novas atividades, destacam-se algumas, como importação de dados, transferência de informação para o usuário por meio da rede e educação do usuário orientada também para as fontes de informação disponíveis on-line. Entretanto, o ponto forte é a automação das bibliotecas. Conforme previsão de Cunha (1999), em 2010 quase a totalidade das bibliotecas universitárias estará automatizada. Neste cenário, o fato de o suporte impresso estar sendo ―substituído‖ pelo eletrônico não significa a exclusão total do primeiro, mas a coexistência de ambos. 48

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As narrativas a seguir demonstram a complexidade que as tecnologias trouxeram na constituição das novas práticas profissionais e a modificação no modo de interagir entre bibliotecários e usuários. ―O bibliotecário passou a se dedicar mais ao serviço interno e menos ao serviço ao público. O principal fator de mudança foi o computador‖ (Joana, 61 anos, biblioteca universitária pública). ―Agora trabalho quase o tempo inteiro com computador, comunico-me muito com o usuário de outras bibliotecas por meio do computador. Meu trabalho depende muito do computador e acesso à rede. Hoje o trabalho do bibliotecário é extremamente dependente do computador, principalmente de bibliotecários de bibliotecas universitárias e especializadas‖ (Eduarda, 43 anos, biblioteca universitária pública). ―Acho que a relação ficou mais informal, mas não houve distanciamento. Antigamente o usuário pedia o livro e ia para casa. Hoje acabam questionando mais, buscam mais informações. O treinamento do usuário é feito de outra maneira. Acabamos tendo mais contato com o usuário. Antes, a relação era mais fria‖ (Rosa, 53 anos, biblioteca universitária pública). ―A relação mudou para melhor. É como um desafio, pois com a evolução das tecnologias, temos que estar atentos às mudanças‖ (Renata, 55 anos, biblioteca universitária privada). ―Com o uso das tecnologias, houve maior interação entre usuários, bibliotecários e auxiliares. Os usuários procuram ajuda não só no ambiente físico, mas por e-mail‖ (Maria, 46 anos, biblioteca universitária privada). As narrativas evidenciam que o uso das tecnologias modifica as interações entre os bibliotecários e os usuários. Surge uma nova forma de comunicação, mediada pelos meios tecnológicos, proporcionando o dinamismo e a rapidez na busca e nas trocas de informações, o que não implica, necessariamente, um distanciamento entre os atores envolvidos. Nesse sentido, confirma-se a proposição de Masuda (1982), quando ele afirma que as tecnologias de informação e comunicação causam impactos na vida cotidiana e atuam como forças propulsoras no processo de transformação das relações sociais. Esse processo analisado é por Giddens (1991) como responsável pelo ―desencaixe‖ dos sistemas sociais. Além disso, o emprego das tecnologias de informação e comunicação exige dos profissionais alto nível de especialização e faz com que os mesmos desempenhem uma educação continuada para atender às necessidades de suas práticas profissionais. Porém, alguns bibliotecários não percebem as mudanças trazidas pela tecnologia. Afirmam que o contato com o usuário é realizado da mesma maneira que no passado, antes do uso das tecnologias de informação e comunicação. ―Não vejo mudanças propriamente com os usuários. Mudou um pouco porque antes se ensinava ou orientava o usuário como se movimentar exclusivamente no mundo do 49

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papel, hoje a gente mostra como obter informações de outras fontes. Não houve afastamento do usuário da biblioteca ou do bibliotecário, acho que a relação permaneceu‖ (Vânia, 40 anos, biblioteca universitária pública). ―Não vejo em que a tecnologia mude o relacionamento com o usuário. A gente pode ter contato com o usuário por e-mail, ele acessando a página na Internet, mas o usuário acaba tendo que vir à biblioteca. Não vejo mudanças‖ (Vânia, 40 anos, biblioteca universitária pública). ―Acho que o comportamento não se modificou. Eles precisam, como antes ocorria com o papel, de um aconselhamento, de saber como funciona o processo. O treinamento ainda é dado. O contato ainda continua sendo como era antes, nos perguntam no bar, no corredor, até em casa já me telefonaram‖ (Helena, 41 anos, biblioteca universitária pública). Para a minoria dos bibliotecários entrevistados, as relações entre o uso das tecnologias e as novas práticas da profissão parecem não estar associadas. Entretanto, o ensino, a comunicação e a disseminação das informações para os usuários são mediados por processos que utilizam as tecnologias de informação e comunicação. Conforme apontam Lemos (2001) e Sá (2001), a mediação tecnológica faz emergir novas formas de sociabilidade, abrindo novas possibilidades de as pessoas estabelecerem novos relacionamentos. As mesmas tecnologias de informação e comunicação que possibilitam o acesso e o uso das fontes de informação disponíveis na rede de computadores trouxeram, também, algumas tensões no relacionamento entre os bibliotecários e os usuários. Essas ―zonas de conflito‖ são percebidas pelos bibliotecários, que se expressam nas seguintes narrativas: ―O que modificou é o relacionamento com nosso leitor, porque quando comecei havia um contato maior dos leitores com o bibliotecário, hoje, ele está muito distante e, às vezes, hostil‖ (Joana, 61 anos, biblioteca universitária pública). ―Os usuários não se submetem às nossas orientações, por exemplo, avisos de não beber, comer e usar celular, eles nos desafiam e acaba-se tendo problemas com usuários. Isso antigamente não existia, mas não é somente o caso da nossa biblioteca, são os novos tempos‖ (Joana, 61 anos, biblioteca universitária pública). ―Eu sou o carrasco de todos, isso é porque eles não podem acessar a Internet, não podem fazer isso ou aquilo, somos vistas como bruxas. Eles acham que a biblioteca é a casa deles, que podem entrar com água, celular e fazendo barulho. Mas claro que existem aqueles que são educados também. O agradecimento é raro‖ (Rita, 37 anos, biblioteca universitária pública). ―A tecnologia trouxe benefícios, mas a partir do momento que não há equipamentos para o usuário utilizar, cria-se um atrito entre bibliotecários e usuários. O bibliotecário vira um carrasco por não deixar ver e-mail e acessar a Internet‖ (Rita, 37 anos, biblioteca universitária pública). 50

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O conflito, como afirma Simmel (1983), é uma forma de sociação tão necessário à vida em grupo quanto o consenso. Na visão do autor, o conflito é uma condição para a própria manutenção da vida em sociedade, por isso ele é parte do jogo da sociabilidade. No processo de interação social, no ambiente das bibliotecas universitárias, as relações que se estabelecem entre os bibliotecários e os usuários demonstram que o uso das tecnologias não faz desaparecer os conflitos. O que se observa é a manutenção das relações de poder fundamentadas na constituição dos papéis sociais dos sujeitos de tal forma que, no processo interacional, o bibliotecário conserva seu domínio sobre o usuário baseado nas competências atribuídas socialmente. À GUISA DE CONCLUSÃO O contexto da sociedade da informação que se vislumbra, em que a mediação dos significados compartilhados passa a ser realizada mediante o auxílio do computador, com a utilização das tecnologias de informação e comunicação, gera diferentes impactos, entre os quais uma nova forma de sociabilidade. Ela se caracteriza pelas transformações nos processos interacionais entre os próprios bibliotecários em seus ambientes de trabalho, envolvendo novas práticas profissionais em relação às formas de gerenciamento da informação e dos serviços prestados e na interação com os usuários. Além disso, interfere na construção, na apreensão e na articulação do conhecimento na sociedade contemporânea. À medida que os bibliotecários passam a empregar as tecnologias de informação e comunicação, de forma ampliada, tais ferramentas passam a se constituir elementos de sua prática profissional. A amplitude do seu uso passa a interferir na relação com os usuários da informação, bem como nas formas de interpretar suas práticas, levando o profissional a construir novos modos de subjetivação de sua profissão e suas práticas. Assim, poderíamos pensar a relação entre tecnologia e sociabilidade, percebida a partir da prática profissional, como responsável pela construção da identidade social dos bibliotecários no contexto atual? Na visão dos bibliotecários pesquisados, o emprego das tecnologias de informação e comunicação nas bibliotecas universitárias torna os usuários mais autônomos em relação à busca de informações em suas fontes. Entretanto, essa autonomia dos usuários não implica, necessariamente, uma substituição das formas ―tradicionais‖ de sociabilidade, nas relações face a face e na comunicação oral. Esses processos interativos entre bibliotecários e usuários podem, inclusive, intensificar-se. Assim, por meio das narrativas, percebeu-se que há coexistência entre as formas ―tradicionais‖ de sociabilidade e as formas ―modernas‖, denominadas sociabilidades virtuais. Por longo tempo, a imagem dos bibliotecários na sociedade permaneceu atrelada ao lugar físico da biblioteca e à ordenação dos livros. De certa forma, sua imagem ainda continua colada a eles. Difícil prever por quanto tempo essa imagem vai perdurar. Todavia, com a utilização mais intensiva das tecnologias de informação e comunicação, o conseqüente aumento dos suportes eletrônicos da informação, a criação das bibliotecas digitais e as novas formas de sociabilidade, a imagem desses profissionais, aos poucos, apresenta os primeiros sinais de rompimento de identificação com o bibliotecário ―tradicional‖. Nesse processo, surge o conflito entre as imagens que se 51

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justapõem e contrapõem. Como no jogo das sociabilidades, o imaginário social faz, desfaz e refaz, fazendo emergir uma nova imagem e identidade profissional. Nesse jogo, estaria nascendo um novo profissional?

Impacto das tecnologias da informação nas práticas informacionais Lévy (1993) considera que as novas tecnologias da informação, da mesma forma que a invenção da escrita por volta de 3000 a.C. e da imprensa por Gutemberg, no século XV, são tecnologias da inteligência, no sentido de se constituírem em novas ferramentas cognitivas. Na medida que viabilizam novas possibilidades cognitivas, possibilitam um salto qualitativo em nossos possibilidades de raciocínio e apreensão de conhecimento. O trabalho de Lévy é emblemático de uma série de outras colocações, que vinculam de forma definitiva o trabalho informacional com a questão da gestão do conhecimento e da inteligência (farradane, 1980; Dedijer, 1987; Miranda, 1995; Borges, 1995). As novas tecnologias de informação transformaram de maneira fundamental as práticas informacionais, na medida que operaram a separação entre suporte e informação. A partir daí, toda uma prática informacional baseada nos suportes esta tendo que ser repensada, trazendo novos problemas conceituais e, consequentemente, didáticos. A diversidade de novos documentos em meio eletrônicos -hipertextos, imagens- também diminui o peso relativo do livro em relação a outros materiais e as facilidades de acesso propiciadas pelas rede demandam que sejam pensadas novas formas de tratamento e recuperação dos mesmos. Simultaneamente, outros impactos se dão também pelo lado do usuário, propiciando novas facilidades de acesso e tendendo a alterar profundamente o papel desempenhado pela biblioteca, tradicional intermediária entre os usuários e recursos informacionais. Com o acesso às redes, os usuários tendem a se tornar mais autônomos. Entre nós no entanto, muitos usuários ainda não descobriram as potencialidades das novas tecnologias, o que abre todo um novo espaço para um trabalho informacional de promover, capacitar, organizar e prover o acesso a esses novos recursos (Gonçalves, 1998). A partir do advento da Internet, na década de 90, a quantidade de informação disponível em meio eletrônico passa a crescer exponencialmente. As políticas de acervo de todas as bibliotecas tem que ser repensadas a luz dessa nova realidade. Todo o ciclo informacional que incluía etapas com identificação, localização, acesso ao documento, manipulação e uso deve ser repensado. O foco do trabalho informacional se desloca do tratamento para a facilitação do acesso; a ―explosão informacional‖ torna mandatório que sejam desenvolvidas novas propostas de ―catalogação na fonte‖ de documentos eletrônicos como por exemplo o Dublin Core (Weibel). Tudo isso aponta para a necessidade de um novo pacto com os usuários, para um novo papel, para sua incorporação definitiva nas práticas informacionais, para um papel mais fundamental dos mesmos na co-gestão, sustentação e nas práticas do dia-a-dia das unidades de informação. 52

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Ora, informação é meio; só tem sentido como viabilizadora de outros fins demandados pela sociedade: cultura, ciência, ensino / aprendizagem, atividades econômicas. Mais do que nunca entre nós, precisa ser repensada a ―utilidade social‖ da biblioteca, sua visibilidade. O conceito de demanda social é útil para analisar as instituições de informação brasileiras e sua relação com os usuários. Sobre isso Shera (1971, p. 11) nos adverte: O objetivo da biblioteconomia seja qual for o nível social que deva operar é aumentar a utilidade social dos registros gráficos, seja para atender à criança analfabeta absorta em seu primeiro livro de gravuras, ou um erudito absorvido em alguma indagação esotérica. Diante da intangibilidade do nosso objeto de trabalho, utilidade social, visibilidade, demanda social devem ser buscados obsessivamente pelas bibliotecas. A tecnologia da informação deve ser vista como potencializadora de novos e melhores serviços aos usuários, aumentando a utilidade social da biblioteca. Nessa perspectiva, vejamos como essas questões se refletem no ensino.

ÁREA DE ORGANIZAÇÃO E TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO: Representação Temática: Políticas de indexação. A indexação é a operação que consiste em descrever e caracterizar um documento com o auxilio de representações dos conceitos contidos nesses documentos, isto é, em transcrever para linguagem documental os conceitos depois de terem sido extraídos dos documentos por meio de uma análise dos mesmos. A indexação permite uma pesquisa eficaz das informações contidas no acervo documental. A indexação conduz ao registro dos conceitos contidos num documento de uma forma organizada e facilmente acessível, mediante a constituição de instrumentos de pesquisa documental como índices e catálogos alfabéticos de matérias. A informação contida num documento é representada por um conjunto de conceitos ou combinações de conceitos. A indexação processa-se em duas fases: a) Reconhecimento dos conceitos que contêm informação: ● Apreensão do conteúdo total do documento; ● Identificação dos conceitos que representam esse conteúdo; ● Seleção dos conceitos necessários para uma pesquisa posterior. b) Representação dos conceitos em linguagem documental com o auxílio dos instrumentos de indexação: 53

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● Servem ao indexador para indexar o documento; ● Servem ao utilizador para recuperar a informação; ● Contribuem para a uniformidade e consistência da indexação; Nos arquivos e centros, ou serviços de documentação, utilizam-se, normalmente, a indexação coordenada e a indexação por temas. Os parâmetros a ter em conta para realizar tarefa de indexação são: a) Exaustividade: ● Todos os assuntos (conceitos) de que trata o documento estão representados na indexação; ● Não existe seleção de termos. b) Especificidade ● A descrição do conteúdo traduz, o mais próximo possível, a informação que o documento contém; ● Não se utilizam termos de indexação demasiados genéricos ou demasiado específicos, relativamente aos conceitos expressos no documento. c) Uniformidade ● É um parâmetro muito importante ligado a qualidade da indexação; ● Procura anular a sinonímia (palavras de significação idêntica ou parecida, mas não tem o mesmo valor e emprego), representando para um mesmo conceito a escolha de um mesmo termo; ● Utiliza, sempre que possível, termos de estrutura idêntica para a representação de conceitos análogos. d) Coerência ● Aplicação dos mesmos princípios e critérios de escolha para a resolução de casos análogos, implicando uma uniformidade intrínseca ao próprio sistema. e) Pertinência ● A indexação deve ser feita sempre em função do utilizador. f) Eficácia

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● Capacidade de um sistema de informação recuperar a informação relevante, nele armazenada de uma forma eficaz e com o mínimo de custo. A qualidade num processo de indexação é influenciada pelos seguintes parâmetros: a) Características dos instrumentos de indexação utilizados; b) Características do indexador: ● Pessoais: objetividade, imparcialidade, espírito de análise, capacidade de síntese, desenvolvimento intelectual, sociabilidade, cultura geral, cultura específica e outras. ● Profissionais: conhecimento técnicos que permitam decisões acertadas, conhecimentos profundos acerca do sistema de indexação em que está integrado. Etapas da indexação  Compreensão do documento De modo a ser possível determinar os conceitos expressos num documento, é essencial fazer uma apreensão global do mesmo. Embora não seja geralmente necessário ler a publicação na íntegra, não é recomendável, todavia, indexar apenas com base no título e/ou resumo. Para identificar e compreender o assunto de um documento há que ter em consideração as partes mais significativas deste, isto é, as partes consideradas úteis como fontes de informação acerca do(s) tema(s) ou assunto(s) versado(s), e que são:  título;  resumo ou sumário;  índice de assuntos;  prefácio, introdução, etc.;  parágrafos introdutórios dos capítulos;  ilustrações e respectivas legendas;  palavras ou expressões sublinhadas ou tipograficamente realçadas;  conclusões. 

Seleção dos conceitos para a pesquisa

Quando se está a "percorrer" um documento, devem-se extrair as noções fundamentais e decidir quais os conceitos que melhor reflitam as intenções do autor. Nesta fase de análise, é importante ser-se exaustivo, identificando todos os conceitos presentes no documento e fazendo uma avaliação objetiva e neutra do seu valor para um potencial utilizador; os termos a utilizar para exprimir o(s) assunto(s) devem ser específicos.

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A lista de conceitos/termos resultante da análise do(s) assunto(s) de um documento deve, pois, ser: I. exaustiva ® todos os conceitos que determinam o(s) assunto(s) devem ser identificados e registrados; II. específica ® um conceito não deve ser nunca traduzido, nesta fase, por um termo mais geral. Seguidamente deve-se verificar se a análise do conteúdo está completa, isto é, verificar se foi feita a identificação da(s) matéria(s) abordada(s), dos objetos ou fenómenos de que trata o estudo, da localização, das condições ou metodologia usada, dos fatores considerados, dos resultados obtidos, etc..  Tradução de conceitos na linguagem de indexação Os conceitos selecionados para descrever o assunto de um documento têm de ser traduzidos na linguagem de indexação. A profundidade com que os conceitos de um documento são analisados depende do nível de detalhe da linguagem de indexação utilizada. O AGROVOC - tesauro agrícola multilingue - é um vocabulário controlado, em linguagem natural, que permite descrever o assunto de um documento com bastante pormenor. Como vocabulário controlado que é, o AGROVOC assegura que um mesmo conceito seja sempre descrito com o mesmo termo ou termos. Os termos usados na indexação designam-se por descritores.

Critérios de seleção de descritores  Ao traduzirem-se os conceitos de um documento em descritores do AGROVOC, têm de ser observados os seguintes critérios:  verificar, para cada conceito identificado, se o termo que se utilizou figura no AGROVOC;  ter a certeza que se está a usar o descritor correto para exprimir um determinado conceito, lendo a nota de aplicação e/ou os termos genéricos;  identificar no AGROVOC o descritor mais específico para esse conceito, analisando cuidadosamente o bloco de palavras, e verificar se há termos específicos ou termos relacionados mais apropriados para traduzir o conceito que se pretende;  fazer uma indexação exaustiva, isto é, atribuir descritores a todos os conceitos presentes no documento e que se considerem de interesse para o utilizador.

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Quanto à correção Antes de se selecionar um descritor, deve-se ler todo o bloco de palavras, em particular a nota de aplicação e/ou os termos genéricos, para se ter a certeza de que o descritor expressa o conceito que se quer descrever. A partir dos termos genéricos do descritor Doença fúngica, fica-se a saber que é restrito a plantas, e que para os homens e animais se usa o descritor Micose: Doença fúngica BT Doença infecciosa BT Doença das plantas Scope note: Restrito a plantas; relativamente ao homem e aos animais, usar Micose Micose BT Doença infecciosa RT Doença dos animais RT Doença humana Scope note: Restrito aos animais e ao homem; para plantas, usar Doença fúngica A partir do termo genérico do descritor Algodão, percebe-se que se refere à fibra algodão, isto é, ao produto da planta; a planta do algodão deve ser indexada com o termo Gossypium. Algodão

Gossypium

BT Fibra macia

BT Malvaceae RT Algodão

Os não-descritores não devem ser usados na indexação, mas ajudam a encontrar o(s) descritor(es) apropriado(s).

Quanto à especificidade Devem-se usar os descritores que representem com maior especificidade os conceitos identificados. Selecionado um descritor, deve-se analisar cuidadosamente o seu bloco de palavras porque, frequentemente, o descritor mais apropriado encontra-se entre os termos específicos do descritor que se está a analisar. Por vezes é preciso usar dois descritores para exprimir um só conceito. Canil

Pinhal

USE Cão

USE Pinus

USE Alojamento para animais USE Floresta de coníferas

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Não se deve indexar um conceito a dois níveis diferentes, isto é, um conceito não deve ser expresso por dois descritores unidos por uma relação hierárquica (BT/NT). O nível apropriado de indexação deve ser escolhido em função do grau de especificidade do documento que se está a analisar. Excepcionalmente, pode ser necessário utilizar dois descritores unidos por uma relação hierárquica para indexar dois conceitos diferentes identificados num documento, quando exista um descritor específico para um, mas não exista senão o termo genérico para o outro. Por exemplo, um documento trata simultaneamente de 1) Arachis hypogaea e de 2) Arachis duranensis; para identificar o primeiro conceito, utiliza-se Arachis hypogaea (existe no AGROVOC como descritor específico de Arachis); para identificar o segundo, ter-se-á de utilizar o termo genérico Arachis, porque o termo específico Arachis duranensis não consta no AGROVOC. Uma vez que a área temática coberta pelo AGROVOC é demasiado vasta, facilmente se compreende que esta linguagem documental não pode contemplar descritores para exprimir todos os conceitos que possam existir nos vários domínios abrangidos. Para contornar essa questão, poder-se-á, em certos casos, proceder da seguinte maneira:  se se pretender indexar uma espécie de uma planta que não exista no AGROVOC (como é o caso do exemplo acima da espécie Arachis duranensis), pode-se usar na indexação o nome do género (Arachis);  se se pretender usar na indexação o nome de uma região que não exista no AGROVOC (por exemplo, Algarve), tem de se usar o nome do país como descritor (Portugal);  se se quiser indexar um produto específico de uma planta que não exista no AGROVOC, deve-se usar na indexação o nome da planta e um descritor correspondente ao tipo de produto da planta (por exemplo, para indexar um documento sobre Medronho (termo inexistente no AGROVOC), deve-se indexar com o nome da planta Arbutus unedo e um descritor correspondente ao tipo de produto da planta): conceito Medronho termos a usar na indexação: Arbutus unedo e Fruto (se o documento tratar do medronho do ponto de vista botânico e não económico (de acordo com a nota de aplicação de Fruto); conceito Medronho termos a usar na indexação: Arbutus unedo e Fruta (se o documento tratar do medronho enquanto produto com importância económica e não do ponto de vista botânico (de acordo com a nota de aplicação de Fruta); 

se se quiser indexar uma doença específica que não exista no AGROVOC (por exemplo streptococose), pode-se indexar com o nome do agente que provoca essa doença e o tipo de doença provocada (Bacteriose e Streptococcus).

Quando não se encontrar nenhum descritor ou não-descritor para traduzir o conceito que se pretende, deve-se proceder da seguinte forma: 58

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consultar obras de referência que ajudem a pensar noutras palavras (expressões sinónimas) que possam exprimir esse conceito e, mais uma vez, confirmar no AGROVOC se o termo existe e se a escolha é correta, analisando o bloco de palavras desse termo; pensar num descritor próximo ou mais genérico que exprima o conceito, para o qual exista um descritor no AGROVOC, e verificar se dentro do bloco de palavras desse termo genérico haverá algum termo específico ou relacionado mais apropriado, que traduza o mesmo conceito o mais adequadamente possível; combinar vários descritores, os quais, usados conjuntamente, exprimam esse conceito.

Quanto à exaustividade Deve-se ter a certeza de que são indexados todos os conceitos que foram considerados importantes quando se fez a análise do documento. Sempre que as condições ambientais forem relevantes, o local (país, região, zona climática) deve ser usado na indexação. Documentos sobre importações, exportações, aspectos legais relativos à agricultura, condições climáticas, etc., devem ter, entre os descritores usados na indexação, o descritor correspondente à localização geográfica. Quando ao analisar um documento se deparar com a palavra "nacional", deve ser registrado como descritor o nome do país em questão. Depois de feita a indexação, deve poder ser possível, ao ler-se o conjunto de descritores selecionados, ficar com uma idéia clara do conteúdo do documento.

Classificação Decimal Universal (CDU). ESTRUTURA A Classificação Decimal Universal – CDU, apresenta-se em dois volumes: Parte 1 – Tabela Sistemática e Parte 2 – Índice Alfabético. A Tabela sistemática, por sua vez, subdivide-se em outras duas tabelas: a tabela principal e as tabelas auxiliares, as quais exemplificam os elementos enumerativos e analíticos-sintéticos em todas as classes do sistema da CDU. Faz uso de números arábicos que, após pesquisados, passam a formar a notação que é o código (valor numérico) que representa os conceitos na classificação e expressa sua ordenação. 1 Tabela principal A tabela principal é igualmente identificada como notação primária. A base da CDU é constituída por nove classes específicas e uma classe geral, seguindo o mesmo esquema 59

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da Classificação Decimal de Dewey - CDD, diferenciando-se na supressão de dois zeros à direita, portanto, apresenta-se somente com um algarismo arábico e na classe 4 – Lingüística, que foi incorporada na classe 8 – Literatura (em 1963), deixando então, a classe 4 vaga para futuras expansões. A CDU apresenta as seguintes classes principais:

Edição de 1987 Classe

Descrição

Edição de 1997 Classe

Descrição

0

Generalidades. Ciência e Conhecimento. Organização. Informação. Documentação. Biblioteconomia. Instituições. Publicações.

0

Generalidades. Ciência e Conhecimento. Organização. Informação. Documentação. Biblioteconomia. Instituições. Publicações.

1

Filosofia. Psicologia.

1

Filosofia. Psicologia.

2

Religião. Teologia.

2

Religião. Teologia. 21 Teologia natural. Teodicéia. De Deo. Teologia racional. Filosofia religiosa.

3

Ciências Sociais. Estatística. Política. Economia. Comércio. Direito. Administração Pública. Forças Armadas. Assistência Social. Seguro. Educação. Folclore.

3

30 Teorias, metodologia e métodos nas ciências sociais em geral. Sociografia

Ciências Sociais. Estatística. Política. Economia. Comércio. Direito. Administração e Governo. Assuntos Militares. Assistência Social. Seguro. Educação. Folclore. 30 Teorias, metodologia e métodos nas ciências sociais em geral. Sociografia

4

Vaga

4

Vaga

5

Matemática e Ciências Naturais.

5

Matemática, Ciências Naturais.

6

Ciências Aplicadas. Medicina. Tecnologia.

6

Ciências Aplicadas. Medicina. Tecnologia.

61 Ciências Médicas

60 Questões gerais das ciências 60

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aplicadas. 61 Ciências médicas 7

Arte. Belas Artes. Recreação. Diversões. Esportes.

7

Artes. Recreação. Diversões. Esportes.

8

Linguagem. Lingüística. Literatura.

8

Língua. Lingüística. Literatura. 80 Questões gerais relativas à lingüística e à literatura. Filologia

9

Geografia. Biografia. História.

9

Geografia. Biografia. História.

Cada classe principal, por sua vez, subdivide-se em dez subclasses, abordando conceitos mais específicos, interligados à classe principal a qual está subordinado. Apresenta-se a seguir o exemplo da classe 3, comparando as edições:

Edição de 1987 Classe

Descrição

Edição de 1997 Classe

Descrição

3

Ciências Sociais. Estatística. Política. Economia. Comércio. Direito. Administração Pública. Forças Armadas. Assistência Social. Seguro. Educação. Folclore.

3

Ciências Sociais. Estatística. Política. Economia. Comércio. Direito. Administração e Governo. Assuntos Militares. Assistência Social. Seguro. Educação. Folclore.

30

Teorias, metodologia e métodos nas ciências sociais em geral. Sociografia.

30

Teorias, metodologia e métodos nas ciências sociais em geral. Sociografia.

31

Demografia. Sociologia. Estatística.

31

Demografia. Sociologia. Estatística.

32

Política.

32

Política.

33

Economia. Ciência econômica.

33

Economia. Ciência econômica.

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34

Direito. Jurisprudência.

34

Direito. Jurisprudência.

35

Administração Pública. Governo. Assuntos Militares.

35

Administração Pública. Governo. Assuntos Militares.

36

Assistência Social. Previdência Social. Seguridade Social.

36

Atenção às necessidades materiais e mentais da vida. Incluindo: Serviço social. Assistência social. Habitação. Seguros.

37

Educação. Ensino. Instrução. Lazer.

37

Educação. Ensino. Instrução. Lazer.

389

Metrologia. Pesos e Medidas

38

Vaga (389 transferido para 006.9)

39

Etnologia. Etnografia. Costumes. Modas. Tradições. Modo de Vida. Folclore.

39

Etnologia. Etnografia. Costumes. Usos. Tradições. Modo de Vida. Folclore.

Cada subclasse é uma divisão lógica da classe principal, identificado sempre pela igualdade no primeiro dígito com relação à classe principal (3 – seguido do 30; seguido do 31). Por sua vez, estas mesmas subclasses podem ser subdivididas novamente em 10 subclasses, utilizando agora três algarismos, como exemplo à seguir:

Edição de 1987 Classe

Descrição

Edição de 1997 Classe

Descrição

36

Assistência Social. Previdência Social. Seguridade Social.

36

Atenção às necessidades materiais e mentais da vida. Incluindo: Serviço social. Assistência social. Habitação. Seguros.

364

Problemas sociais que requerem auxílio e assistência. Tipos de serviço de assistência.

364

Problemas sociais que requerem auxílio e assistência. Tipos de serviço de assistência.

365

Anseio pela casa própria e sua

365

Anseio pela casa própria e sua satisfação. Segurança da 62

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satisfação. Segurança da habitação.

habitação.

366

Vaga

366

Defesa do consumidor

367

Vaga

367

Vaga

368

Seguro. Provisão comunitária através da participação nos riscos.

368

Seguro. Precaução comunitária mediante repartição dos riscos.

369

Vaga

369

Seguro social. Seguridade social.

Assim, os assuntos são subdivididos, sucessivamente, tornando-se cada vez mais específicos, ou seja, quanto maior a extensão dos números de classificação, maior é o detalhamento da informação. Por exemplo:

Edição de 1987

Edição de 1997

Classe

Descrição

Classe

368

Seguro. Provisão comunitária através da participação nos riscos.

368

Descrição Seguro. Precaução comunitária mediante repartição dos riscos.

(083.41) Estatística de risco de acidente Auxiliares comuns e especiais 368-05 extraída da Tabela Ik –05 Pessoas 368.01 Teoria, princípios científicos do seguro. Teoria atuarial.

368.01 Teoria, princípios científicos do seguro. Teoria atuarial.

368.02 Técnica e métodos de seguro.

368.02 Técnica e métodos de seguro.

368.03 Tipos de firmas, empresas de seguro.

368.03 Tipos de firmas, companhias, empresas de seguro.

368.04 Seguro voluntário e compulsório.

368.04 Seguro voluntário e compulsório. Falta de seguro.

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368.06 Medicina no seguro. Controle. Abusos.

368.06 Vago

368.07 Estrutura administrativa. Órgãos da administração.

368.07 Estrutura administrativa. Órgãos de administração

368.08 Pessoal administrativo

368.08 Pessoal admionistrativo

368.092 Pseudo-Seguro. Quase-seguro. 368.095 Adiantamentos em dinheiro por conta das apólices 368.1

Seguro de coisas materiais em geral. Seguro de objetos. Seguro da propriedade. Seguro de bens. Seguro contra perdas e danos.

368.1

Seguro de coisas materiais em geral. Seguro de objetos. Seguro da propriedade. Seguro de mercadorias. Seguro contra perdas e danos.

368.2

Seguro de transporte

368.2

Seguro de transporte

368.3

Seguro relativo à pessoa do segurado. Seguro de vida. Seguro individual, pessoal. Seguro total individual.

368.3

Vago

368.4

Seguro social. Previd~encia social em geral. Seguridade social.

368.4

Vago

368.5

Seguro agrícola.

368.5

Seguro agrícola.

368.8

Seguro da riqueza, dos bens. Seguro de imponderáveis. Seguro contra perdas financeiras. Seguro de riscos exclusivos. Vários outros tipos de seguro.

368.8

Seguro da riqueza, dos bens. Seguro de imponderáveis. Seguro contra perdas financeiras. Seguro de riscos exclusivos. Vários outros tipos de seguro.

368.9

Vago

368.9

Seguro privado para pessoas físicas

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Os números de classificação são frações decimais, portanto, seguem casas consectivas, obedecendo uma estrutura hierárquica, ou seja, as tabelas são divididas hierarquicamente, tanto na parte numérica como na parte conceitual. Partem do geral (da classe principal) para o específico (as subclasses), conforme a figura no anexo 1. Observando a CDU, a pontuação de suas notações diferem com relação à CDD (que coloca apenas um ponto após o terceiro dígito), a CDU acrescenta um ponto a cada grupo de três dígitos para facilitar a leitura, não tendo, portanto, valor classificatório.

2 Tabelas auxiliares As tabelas auxiliares apresentam-se em duas divisões: os sinais e as subdivisões auxiliares. O uso destas tabelas permitem, além dos números simples, a construção de números compostos e sínteses. Os números simples são qualquer número extraído da tabela principal ou auxiliar e citado isoladamente. Por exemplo: Brasil (81) ou Mineração 622. Os números compostos são os criados por síntese, ou seja, a composição feita com números extraídos de mais de uma parte da tabela (principal ou auxiliar), que juntos formam uma notação de assunto. Por exemplo: Mineração no Brasil 622(81) ou Mineração e Metalúrgica 622 + 669. 2.1 Sinais Os sinais, apresentados nas Tabela Ia – Coordenação e Extensão e Tabela Ib – Relação, Subagrupamento e Ordenação são em número de cinco:     

Coordenação, representado pelo sinal de + (adição); Extensão, representado pela / (barra ablíqua); Relação, representado pelo sinal de : (dois pontos); Subagrupamento, representado pelos [ ] (colchetes) e Ordenação, representado pelos :: (dois pontos duplos). Os sinais permitem a composição de números, atingindo um grau maior de especificidade e de recuperação de assuntos. Sinais gráficos Para a classificação dos assuntos compostos ou sínteses, contidos nos documentos, a CDU faz uso de sinais, apresentados nas Tabela Ia – Coordenação e Extensão e Tabela Ib – Relação, Subagrupamento e Ordenação e são em número de cinco (p. 1 da tabela sistemática da CDU), identificados por:    

Coordenação, representado pelo sinal de + (adição); Extensão, representado pela / (barra oblíqua); Relação, representado pelo sinal de : (dois pontos); Subagrupamento, representado pelos [ ] (colchetes) e 65

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 Ordenação, representado pelos :: (dois pontos duplos). Os sinais permitem a composição de números, atingindo um grau maior de especificidade e de recuperação de assuntos.

O sinal de coordenação + (adição) é usado para ligar dois ou mais números separados, ou seja, não consecutivos. Formando assim, um assunto composto para o qual não existia um número simples na Tabela CDU. O uso deste sinal permite a reversão dos assuntos, ou seja, a inversão dos primeiros assuntos, gerando assim duas entradas para o mesmo documento. Exemplo: As Universidades e as Indústrias Brasil e França O sinal de extensão / (barra oblíqua) é usado para ligar números de classificação que são consecutivos nas tabelas, ou seja, liga o primeiro ao último número de uma série de números da Tabela CDU, formando um assunto com conceitos amplos, compreendidos entre uma seqüência de números. Exemplo: Os equipamentos domésticos Exemplo: Macro-sociologia Meso-sociologia Micro-sociologia 316.012 316.013 316.014 Se o número que se segue à barra contém mais de três dígitos e começar com o mesmo grupo de números iniciais anteriores à barra, ele então poderá ser abreviado, conforme o exemplo acima. Resumindo, eliminam-se os números idênticos, anteriores ao último ponto, no que estiver após a barra. Desta maneira, gera-se números de classificação em série, subentendendo-se que a informação classificada desta forma será arquivada sob a indicação do primeiro número da série. Nos casos em que as informações são relevantes aos usuários, opta-se pela classificação em separado, podendo assim recuperar nominativamente cada assunto. Exemplo: Zoologia sistemática O sinal de coordenação (+) e extensão (/) representam tipos de agregação ou seja, representam a soma de significados de diversos números da CDU, tanto os principais como os auxiliares, dando uma maior amplitude a abrangência do documento classificado. Exemplo: Brasil, Argentina, Paraguai Estações do ano (primavera/verão/outono/inverno) O sinal de relação : (dois pontos) indica a relação entre dois ou mais assuntos. Ao contrário da coordenação e extensão, a relação limita o assunto, ou seja, um assunto relacionado ao outro assunto. Igualmente à coordenação (+), o uso deste sinal permite a reversão dos assuntos, ou seja, a inversão dos primeiros assuntos, gerando assim duas entradas para o mesmo documento.

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Exemplo: Acasalamento da Baleia-azul Arbitragem de disputas entre o Brasil e a Canadá

O sinal de subagrupamento [ ] (colchetes), é utilizado para identificar o assunto principal dentro de uma combinação complexa de números da CDU, onde dois ou mais números são ligados pelo sinal de coordenação (+), extensão (/) ou relação (:). Os colchetes ([ ]) são utilizados usando o sinal de relação (:), identificando a entrada principal, conforme os exemplos: Estatísticas de salários e a infração. Música de igrejas protestantes O sinal de ordenação :: (dois pontos duplos) é usado na formação de um número composto e serve para fixar a ordem destes números, ou seja, fixar a assunto considerado como o principal. Exemplo: A CDU e seu uso nas Bibliotecas Especializadas Fotografia de guerra .2.2 Subdivisões Auxiliares As subdivisões auxiliares subdividem-se em Auxiliares Comuns e Auxiliares Especiais, analisados a seguir. a) Auxiliares comuns: possibilitam o inter-relacionamento entre assuntos e indicam características repetitivas, ou seja, aquelas que são aplicadas em todas as classes principais. São eles: Auxiliar Comum de Língua, de Forma, de Lugar, de Raça, de Tempo, de Ponto de Vista, de Materiais e de Pessoas Incluem-se, também, o asterisco e as extensões alfabéticas. ASTERISCO E OS AUXILIARES ALFABÉTICOS Utilizados na especificação de assuntos por notações que não pertencem à CDU A partir da edição de 1987 da CDU, foi introduzido outro recurso gráfico: o asterisco *, cuja função é de especificar que o assunto que o segue não pertence a CDU, ou seja, assuntos que não constam nas tabelas da CDU. Pode ser uma palavra, um símbolo ou um número, e seu uso ocorre em seguida a um número CDU e identifica claramente a separação dos números ou símbolos ou palavras não pertencentes a CDU. Exemplo: NB66 – Referências Bibliográficas 006.065*NB66 O outro recurso utilizado pela CDU são os auxiliares alfabéticos (nomes próprios, abreviaturas, letras, palavras e numerais), utilizados para detalhar, ainda mais especificamente, as suas notações. São acrescidos logo após a notação da CDU, observando a forma que o assunto for mais conhecido. Exemplo: Quadro de Pablo Picasso

75 Picasso

67

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75 P. Picasso 75 Picasso, P. Os auxiliares alfabéticos são largamente utilizados na tabela auxiliar de lugar (subdivisão geográfica), onde acrescenta-se auxiliares alfabéticos junto com a notação de lugar, dentro dos parênteses, identificando, assim, o local, a capital, o município, não contemplados com as notações da CDU. Exemplo: Exposição de calçados em França/SP 061.43 : 685.3 (815.6Franca) A CDU orienta o classificador, indicando, em algumas classes e sub-classes, o uso de subdivisões alfabéticas. Exemplo: Classificação Decimal de Dewey025.45CDD Partido dos Trabalhadores

329PT

Nessa Segunda edição de 1987 as subdivisões alfabéticas e o asterisco são considerados como uma das tabelas auxiliares dependentes. Significa que tem que ser sempre aplicados a um número da CDU, isto é, não pode ser utilizado isoladamente. RESOLVER 1) 2) 3) 4) 5)

1)Inflação na gasolina em torno de 10% 2)Vôo RG560 da VARIG 3)Feira anual de Hannover 4)Crianças com QI 100% (superdotadas) 5)Partido político do PT

b) Auxiliares especiais: indicam características que se repetem em determinados lugares da tabela, isto é, aqueles que são aplicáveis a um número limitado da tabela, cuja classe principal a qual está subordinada autorize sua utilização. São eles: Auxiliares Especiais de Ponto Zero, Hífen, Apóstrofo e serão estudados um a um na instrução 4. Em resumo, a CDU utiliza, na composição da sua notação, números decimais, sinais, símbolos, letras ou palavras, portanto, é uma notação mista. O leiaute da CDU pode ser observado no anexo 2, onde pode-se observar sua estrutura de apresentação e as notas remissivas. Aparecem, também, outros símbolos identificados a seguir: Remissiva "ver" aparece por extenso nas tabelas; 

Seta " - > " indica "ver também";



Subdividir como = indica a divisão paralela, onde os números que antecedem o símbolo podem ser subdivididos de maneira análoga à do número que o segue, o que permitirá uma série exatamente análoga, com os mesmos conceitos e mesmos algarismos. 68

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ORDEM DE CITAÇÃO E ORDEM DE ARQUIVAMENTO Para a montagem da notação de classificação, a CDU sugere a seqüência em que os elementos (números) de classificação deverão ser citados – a ordem de citação. Igualmente, no momento da guarda dos material e de sua organização nas estantes – a ordem de arquivamento.  A ordem de citação, é a ordem em que os elementos são combinados para formar um número composto. Esta ordem é o inverso da ordem de arquivamento, ou seja, a seqüênciaprocede do específico para o genérico.  A ordem de citação é opcional, embora apresente-se citada, de forma relevante, nesta nova edição. Assim temos:  Número principal classe 0à9  Auxiliares especiais .0 (ponto zero)  - hífen  ’ apóstrofo  auxiliares alfabético  *  Auxiliares comuns.00 ponto de vista  (1/9)lugar  (=...) Raça  "..."Tempo  (0...)Forma  =...Língua  Por exemplo:  Conferência sobre uma pesquisa da Constituição Brasileira de l969, em português.  Dificilmente são usados, na classificação de documentos, todos os conceitos presentes no exemplo acima. Caso haja necessidade de utilização de todos, pode-se fazê-lo.  A ordem de arquivamento é utilizada para arquivar as fichas nos catálogos e os documentos nas estantes. Esta seqüência parte do geral para o particular. A ordem de arquivamento, obrigatória, é a seguinte:  Utilização de auxiliares comuns – tabelas independentes: =... língua; (0...) forma; (1/9)lugar; (=...) raça e ―...‖ tempo.  +sinal de adição  /sinal de barra             

notação simples :sinal de relação ::dois pontos duplos =...língua (0...) forma (1/9) lugar (=...) raça "..."tempo * asterisco A/Zsubdivisão alfabéticas .00ponto de vista 69

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                    

-0hífen zero -1/-9 hífen de 1 a 9 .0ponto zero (analítica) ,apóstrofo Subdivisões decimais de assunto Conferir o exemplo com a nova edição da CDU: 331+331.2 331.1/.2 331 331:333 331::65.012.21 331=690 331(046) 331(81) 331=924) 331"19" 331*40h/s 331 FIAT 331.003.1 331-055.2 331.021 331.812

CLASSIFICAÇÃO DECIMAL DE DEWEY Loida Vaz Teixeira

Classificação Decimal de Dewey

Melvil Dewey (1851 - 1931) Bibliotecário americano, idealizou um sistema de classificação bibliográfica, conhecido mundialmente pela fácil memorização e universalidade da notação. Seu sistema filosófico foi baseado no sistema de W.T.Harris (1870), que por sua vez tinha sido baseado no sistema filosófico de Bacon (1605). Sistema Bacon Memória - originando a História Imaginação - originando a Poesia Razão - originando a Filosofia

70

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Sistema Dewey Razão - originando a Filosofia, Religião, Sociologia, Língua, Ciências, Artes Aplicadas, Belas Artes. Imaginação - originando a Literatura Memória - originando a História A projeção do sistema de classificação de Dewey foi tamanha que a FID (Federação Internacional de Documentação) o adotou, com modificações, dando origem, então, à Classificação Decimal Universal (CDU), também chamada Classificação de Bruxelas. Traduções Há traduções do Dewey para inúmeros línguas. Edições Língua inglesa 1ª edição - 1876 - Publicadas anonimamente. Ed. abreviadas - Publicadas desde 1895 ―Abridged Decimal Classification‖. 16ª edição - 1958 - ―Dewey Decimal Classification‖, em 2 volumes. Pela primeira vez o nome de Dewey aparece no título da obra. 18ª edição - 1971 - 3 volumes. 20ª edição - 1989 - 4 volumes. 21ª edição - 1996 - 4 volumes. Notação Simples, facilmente memorizáveis e de uso universal. Baseia-se no uso de algarismos arábicos na seqüência decimal: Permite, ainda, o uso de letras tais como: B - biografia J - literatura juvenil R - livros de referência P - periódicos Características da CDD 71

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1.sistema geral de classificação - inclui todos os raros do conhecimento humano. 2. classificação natural ou lógica - baseia-se no assunto dos livros e não nas suas características extrínsicas.

3. notação simples ou pura - consiste somente de números, embora, raramente, admita o uso de letras.

4. flexibilidade - o uso dos números em forma decimal permite uma classificação tão pormenorizada até onde se queira.

5. universalidade - sendo empregados apenas números arábicos na notação, a leitura pode ser considerada universal.

6. sistema utilitarista, com base filosófica ou científica.

7. apresenta tabelas auxiliares.

8. índice geral e relativo, relaciona os assuntos em ordem alfabética, indicando os n.ºs de classificação que lhes são atribuídos, de acordo com o ponto de vista em que são tratados.

9. inclui manual com explicação sobre o uso do sistema.

Base do sistema Dewey

1.Divide os conhecimentos humanos em 9 classes, numeradas de 1 a 9 e uma classe numerada 0 (zero), precedendo as demais, para os assuntos que não se enquadrem nas 9 72

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classes, num total de 10 classes. As classes principais são sempre representadas por 3 algarismos. São as grandes áreas do conhecimento. 000

100

200

300

400

500

600

700

800

900

100  o 1 representa a classe principal

 os 00 representam a divisão e a seção ainda não preenchidas.

2.Depois das classes principais vêm as divisões 100  classe principal 150  divisão da classe principal, já preenchida.

3.A seguir, aparecem as seções e subseções 100  classe principal (filosofia) 150  divisão (psicologia) 155  seção (psicologia genética e diferencial)

155.4  subseção (psicologia infantil) 4.A partir do momento em que as divisões e as seções forem sendo utilizados, os zeros finais da classe principal vão sendo eliminados. Daí dizer-se que, na notação do Dewey os zeros finais das classes e das divisões só têm valor para formar os três algarismos representativos de uma classe principal. Tal procedimento ocorre, quando se junta à notação, as tabelas auxiliares, ressalvadas as exceções feitas no esquema, dentro de alguns assuntos.

- Filosofia da educação T1-01

370+01 = 370.1

370

73

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- História da filosofia T1-09

100

- Dicionário de Medicina T1-03

470+5 = 475

470

- Enciclopédias brasileiras 030

420+2 = 422

420

- Gramática da língua latina T4-5

860+7 = 867

860

- Etimologia da língua inglesa T4-2

840+3 = 843

840

- Sátira da literatura espanhola T3-7

910+561 = 915.61

T2-561

- Ficção da literatura T3-3

900+45 = 945

T2-45

- Geografia da Turquia 910

610+03 = 610.3

610

- Historia da Itália 900

100+09 = 109

030+69 = 036.9

T6-69

74

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- Periódicos alemães 050

050+31 = 053.1

T6-31

5. Depois do terceiro algarismo usa-se um ponto. Esta é a única pontuação permitida pelo sistema.

Classificação Decimal de Dewey 21ª edição 1996

Publicada em 4 volumes

Volume 1 - Introdução - Tabelas

Volume 2 - 1º sumário (000-100-200-300 ...) 2º sumário (000-010-020-030 ...) 3º sumário (000-001-002-003 ...) Esquema (000-599)

Volume 3 - Esquema

(600-999)

Volume 4 - Índice - Manual

75

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Tabelas

Tabelas

Conteúdo

Índice

Tabela 1

Standard subdivisions (Subdivisões padrão)

Tabela 2

Geografia areas, historical periods, persons (Áreas geográficas, períodos T2históricos pessoas)

Tabela 3

Subdivisions for individual literatures, for specific literary forms T3(Subdivisões para literaturas individuais e para formas literárias específicas)

Tabela 3A

Subdivisions for works by or about individual outhors (Subdivisões para T3Aobras por ou sobre autores individuais)

Tabela 3B

Subdivisions for works by or about more than one author (Subdivisões T3Bpara obras por ou sobre mais de um autor)

Tabela 3C

Notation to be added where instructed in table 3B and in 808-809 T3C(Notação a ser acrescentada, de acordo com instruções da tabela 3B e de 808-809)

Tabela 4

Subdivisions individuais)

Tabela 5

Racial, ethnic, national groups (Grupos raciais, étnicos e nacionais)

T5-

Tabela 6

Languages (Línguas)

T6-

Tabela 7

Groups of persons (Grupos de pessoas)

T7-

of individual languages

T1-

(Subdivisões para línguas T4-

Índice Apresenta entrada para cada palavra significativa do esquema. A maioria das palavras são apresentadas no plural e arrumadas palavra por palavra. O classificador deve procurar não só na palavra desejada, mas, também em termos sinônimos ou relacionados a assuntos mais amplos. Síntese O sistema continua sendo hierárquico, embora dando maior chance de classificar assuntos compostos através de várias sínteses (assunto + assunto). 76

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Principais abreviaturas, sinais e expressões usadas na CDD

s.s.

Standard subdivision - Subdivisão padrão - tabela 1

area

Area - Local - tabela 2

lit.sub

Literatures subdivisions - Subdivisões para literatura - tabela 3

lang.sub.

Language subdivision - Subdivisão para línguas - tabela 4

r.e.n.

Racial, ethnic, national groups - Grupos raciais, étnicos e nacionais - tabela 5

lang.

Languages - Línguas - tabela 6

pers.

Persons - Pessoas - tabela 7

s.a

See also - Ver também

spec.subj.

Specific subject - Assunto específico

[

]

Colchetes - Classificação usada em edições anteriores

(

)

Parênteses - Preferência para classificar em outra classe

*

Asterisco - Remete para notas de rodapé, que devem ser lidas e seguidas com atenção

+

Espada - Remete para notas de rodapé

Standard

Formas padrão

Comprehensive Works

Obras gerais, sobre um assunto. O assunto tratado em sua forma geral, amplamente.

77

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Tabela 1 Standard Subdivisions - Subdivisões padrão Índice T1-

Alguns procedimentos para uso da tabela

1. São constantes para todos os assuntos Ex.: Dicionário de MUSICA T1 - 03

780

Enciclopédia de química T1 - 03

551.9 + 0202 = 551.90202

551.9

Pesquisas de Matemática T1 - 072

398 + 05 = 398.05

398

Compêndio de geoquímica T1 - 0202

54Ø + 03 = 540.3

540

Periódico de folclore T1 - 05

78Ø + 03 = 780.3

51Ø + 072 = 510.72

510

2. Dividem o assunto de acordo com a sua forma de apresentação. Estas formas podem ser: interna ou intrínseca - filosofia, teoria, história, pesquisa, estudo e ensino, etc. 78

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externa ou extrínseca - dicionário, enciclopédia, compêndio, periódico, etc. Ex.: História da Medicina T1 - 09

61Ø + 09 = 610. Ø9

610

Filosofia da educação T1 - 01

37Ø + 01 = 370.1

370

Teoria da literatura T1 - 01

8ØØ + 01 = 801

800

Pesquisa científica T1 - 072

5ØØ + 072 = 507.2

500

Estudo e ensino da fotografia T1 - 07

770

Dicionário da Bíblia T1 - 03

22Ø + 03 = 220.3

220

Enciclopédia de filosofia T1 - 03

1ØØ + 03 = 103

100

Compêndio de psicologia T1 - 02

77Ø + 07 = 770.7

02

15Ø + 0202 = 150.202

150 79

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Periódico sobre hipnotismo T1 - 05

154.7 + 05 = 154.705

154.7

3. Vêm sempre precedidas de um 0 (um zero). Ex.: __ 01 (Filosofia, teoria) __ 02 (miscelânea) __ 03 (Dicionários, enciclopédias, concordâncias) __ 04 (Tópicos especiais) __ 05 (Publicações seriadas) __ 06 (Organizações e gerenciamento) __ 07 (Educação, pesquisa e assuntos relacionados) __ 08 (História e descrição do assunto entre pessoas ou raças - 089) __ 09 (Tratamento histórico, geográfico e pessoas) 4. Admitem, porém, 00 (dois zeros) e até 000 (três zeros), de acordo com a orientação apresentada no esquema das classes 000-999 (v.2 e 3), que dirá ou mostrará quando usálos. Ex.: Problemas e exercícios de álgebra T1 - 076

512

Periódico de pediatria T1 - 05

618.92 + 0005 = 618.920005

618.92

Equipamentos utilizados na física T1 - 028

512 + 0076 = 512.0076

53Ø + 0028 = 530.028

530

80

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Compêndio de engenharia T1 - 0202

620

Dicionário de ciências sociais T1 - 03

62Ø + 000202 = 620.00202

3ØØ + 003 = 300.3

300

5. Não se usam duas ou mais subdivisões padrão no mesmo assunto, a menos que o esquema (000-999) ou a própria tabela 1 dê instruções ao contrário. Ex.: Bibliografia de periódicos de química orgânica 016+547+05 = 016.547005 547+05+016 = não é permitido

mas

Dicionário do folclore brasileiro 398+09+81+03 = 398.098103

mas

Refugiados políticos poloneses no Canadá 325.21+09+438+09+71 = 325.21094380971

Tabela 2 Geografhia areas, historical periods, persons Áreas geográficas, períodos históricos, pessoas Índice T2 Alguns procedimentos para uso da tabela 1. Subdividir um assunto em relação a uma área usando a tabela de área (tabela 2) diretamente com o assunto desejado, quando o esquema (classes 000-999) assim disser para fazê-lo. Ex.: 81

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Biblioteca pública do Paraná 027.4

T2 - 8162

Bibliografia nacional de Hong Kong 015

91Ø + 436 = 914.36

T2 - 436

Geografia da Europa 910

9ØØ + 5 + 0 = 950

T2 - 5

Geografia da Áustria 910

9ØØ + 493 = 949.3

T2 - 493

História da Ásia 900

336 + 62 = 336.62

T2 - 62

História da Bélgica 900

912 + 45 = 912.45

T2 - 45

Finanças públicas no Egito 336

015 + 5125 = 015.5125

T2 - 5125

Atlas geográfico da Itália 912

027.4 + 8162 = 027.48162

91Ø + 4 = 914

T2 - 4

2. Subdividir um assunto em relação a uma área através da tabela 1, s.s. - 09 (tratamento histórico e geográfico), sempre que necessário, quando o esquema (classes 000-999) 82

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não permitir o uso da área diretamente com o assunto. O uso da s.s.-9 é permitido, mesmo que o esquema (classes 000-999) não diga nada a respeito. Ex.: Cooperativas no Japão 334

T2 - 52

Música em Portugal 780

78Ø + 09 + 469 = 780.9469

T2 - 469

Ciência na Inglaterra 500

5ØØ + 09 + 42 = 509.42

T2 - 42

História dos museus na Holanda T1 - 09

069

370

069 + 09 + 492 = 069.09492

T2 - 492

História da educação na Suécia T1 - 09

334 + 09 + 52 = 334.0952

37Ø + 09 + 485 = 370.9485

T2 - 485

3. Subdividir um assunto em relação a uma área através da tabela 1, outras s.s., sempre que necessários, e quando a s.s. permitir. Ex.: Congresso chinês de oftalmologia T1 - 060

T2 - 51617.7

Pesquisa científica na Alemanha T1 - 072

617.7 + 0060 + 51 = 617.7006051

500

5ØØ + 0720 + 43 = 507.2043

T2 - 43

83

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Escolas de engenharia na Dinamarca 620.00711489 T1 - 0711

620

T2 - 489

Indicador de museus americanos T1 - 025

069

62Ø + 000711 + 489 =

069 + 025 + 73 = 069.02573

T2 - 73

4. As áreas se dividem em: __ 1 Áreas, regiões e lugares em geral __ 2 Pessoas __ 3 Mundo antigo __ 31 a 39 Áreas do Mundo antigo __ 41 a 49, Países e localidades da Europa __ 5 Ásia __ 51 a 59 Países e localidades da Ásia __ 6 África __ 61 a 69 Países e localidades da África __ 7 América do Norte __ 71 Canadá __ 72 América Central e México __ 73 Estados Unidos __ 74 a 79 Estados e localidades dos Estados Unidos __ 8 América do Sul __ 81 a 89 Países e localidades da América do Sul __ 9 Outras partes do mundo, mundo extraterrestre, Ilhas do Oceano Pacífico

84

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Tabela 3A Subdivisions for works by or about individual authors Subdivisões para obras por ou sobre autores individuais Índice T3A

Alguns procedimentos para uso da tabela

1. Procure no esquema (classes 810-890) o n.º base para literatura. Ex.: 810 -

Literatura americana

n.º base

81

820 -

Literatura inglesa

n.º base

82

830 -

Literatura alemã

n.º base

83

840 -

Literatura francesa

n.º base

84

850 -

Literatura italiana

n.º base

85

860 -

Literatura espanhola

n.º base

86

869 -

Literatura portuguesa

n.º base

869

870 -

Literatura latina

n.º base

87

880 -

Literatura grega

n.º base

88

890 -

Outras literaturas

n.º base

89

2. Encontre na tabela 3A, o subdivisão para a forma literária. Ex.: __ 1 Poesia

__ 5 Discursos

__ 2 Drama

__ 6 Cartas

__ 3 Ficção

__ 7

__ 4 Ensaios

__ 8 Miscelânea

--

85

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3. Verifique se no esquema (classes 810 - 890) existe uma tabela de período, que se aplique à literatura desejada. Ex.: Literatura americana

Para Canadá

Para Estados Unidos

3. Período colonial to 1867

1. Período colonial, 1607-1776

4. 1867-1899

2. 1776-1829

5. 1900-1999

3. 1830 - 1861

52. 1900-1945

Classifique aqui o século XIX. Para 1800-1829, use 2; para 1861-1899, use 4

54. 1945-1999

4. 1861-1899

6. 2000-

5. 1900-1999 52. 1900-1945 54. 1945-1999 6. 2000-

4. Se houver dois ou mais países com a mesma língua pode ser usada a literatura para a língua, adicionando-se letras iniciais para os países, ou, use o n.º especial designado para literaturas dos países não preferenciais. Ex.: Literatura portuguesa

869

Literatura brasileira

B869

Literatura espanhola

860

Literatura argentina

A860

Literatura colombiana Literatura venezuelana

CO860 V860

86

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Drama em inglês, por um autor neozelandês, do século XX Literatura inglesa com letras iniciais

NZ82Ø

Drama (forma literária - tab. 3A)

-2

Século XX (tabela de período)

2 NZ 822.2

ou

Outras literaturas

828.9933

Drama (forma literária - tab. 3A)

-2

Século XX (tabela de período)

2 828.993322

5. Para classificar uma obra literária de um autor individual junte o n.º para a literatura (classes 810-890) + a forma literária (tabela 3A) + a tabela de período específica daquela literatura, nesta ordem, e o n.º de classificação estará completo. Não use a tabela 1 para autores individuais. Ex.: Poesia inglesa, por um autor do período elizabetano. Literatura inglesa

820

Poesia (forma literária)

-1

Período elizabetano

3

821.3

87

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Tabela 3B Subdivisions for works by or about more than one author Subdivisões para obras por ou sobre mais de um autor Índice T3B -

Alguns procedimentos para uso da tabela

1. Procure no esquema (classes 810-890) o n.º base para a literatura. Ex.:

810 -

Literatura americana

n.º base

81

820 -

Literatura inglesa

n.º base

82

830 -

Literatura alemã

n.º base

83

840 -

Literatura francesa

n.º base

84

850 -

860, etc.

2. Encontre na tabela 3B a subdivisão para a forma literária. Ex.: __ 1 Poesia __ 2 Drama __ 3 Ficção __ 4; -5; -6, etc.

3. Se necessário, ou, se deseja subdividi a forma certa literária pelos tipos específicos. Ex.: __ 1

Poesia

__ 2

Drama

88

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__ 102 Poesia dramática televisão

__ 202

Drama para rádio e

__ 103 Poesia narrativa

__ 2022 Drama para rádio

__ 1032 Poesia épica, etc.

__ 2025 Drama para televisão __ 203

Drama para cinema, etc.

4. Ainda, se desejar, acrescente a ―standard subdividion‖ para literatura, existente na tabela 3B, à subdivisão para a forma literária. Ex.: Coleção de sonetos da literatura inglesa Literatura inglesa Poesia (sonetos) (tab. 3B) Coleção (standard subd, tab.3B)

820 - 1042 -08

821.04208

5. Depois, acrescente a tabela 3C, se necessária, para complementar a informação. Ex.: Coleção de sonetos da literatura inglesa sobre o amor Literatura inglesa

82Ø

Poesia (sonetos) (tab. 3B)

-1042

Coleção (standard subd., tab.3B)

-08

Amor (tabela 3C)

-3543

821.042083543

Coleção de poesias inglesas sobre a guerra Literatura inglesa

82Ø

Poesia (tab. 3B)

-1042

Coleção (s.s. tab. 3B)

-0080

Guerra (tabela 3C)

-358

821.0080358

89

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Crítica ao idealismo na poesia inglesa do período elizabet. Literatura inglesa

82Ø

Poesia (tab. 3B)

-1

Período elizabetano (classe 900)

3

Crítica (s.s. tab. 3B)

-09

Idealismo (tab. 3C)

-13

821.30913

Tabela 4 Subdivisions of individual languages and languages families Subdivisões para línguas e famílias de línguas Índice T4 -

Alguns procedimentos para uso da tabela

1. São usadas em toda a classe 400 (410-490)

410 -

Lingüística

n.º base

41

420 -

Língua inglesa

n.º base

42

430 -

Língua alemã

n.º base

43

440 -

Língua francesa

n.º base

44

450 -

Língua italiana

n.º base

45

460 -

Língua espanhola

n.º base

46

469 -

Língua portuguesa

n.º base

469

470 -

Língua latina

n.º base

47

90

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480 -

Língua grega

n.º base

48

490 -

Outras línguas

n.º base

49

2. Principais divisões da tabela 4, a serem acrescentadas do n.º base de cada língua __ 1 Sistemas escritos, fonologia, fonética das formas padrão da língua __ 2 Etimologia das formas padrão da língua __ 3 Dicionário das formas padrão da língua __ 31 Dicionários especializados (antônimos, sinônimos, etc.) __ 32-39 Dicionários bilingües __ 4 ---__ 5 Gramática das formas padrão da língua __ 6 ---__ 7 Variações históricas e geográficos e variações modernas não geográficos __ 8 Uso padrão da língua (lingüística aplicada)

Ex.: Dicionário da língua francesa Língua francesa Dicionário (tab.4)

44Ø -3

443

Etimologia da língua inglesa Língua inglesa Etimologia (tab.4)

42Ø -2

422

Gramática da língua portuguesa Língua portuguesa

469 91

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Gramática

-5

469.5

Dicionário de sinônimos da língua italiana Língua italiana

450

Dicionário especializado (tab.4)

-31

453.1

3. Quando apropriado, a tabela 1 poderá ser acrescentada. Ex.: História da gramática da língua norueguesa Línguas norueguesa Gramática (tab.4) História (tab.1)

439.82 -5 -09

439.82509

Dicionário etimológico da língua russa Língua russa

491.7

Etimologia (tab.4)

-2

Dicionário (tab.1)

-03

491.7203

Compêndio da língua alemã Língua alemã Compêndio (tab.1)

43Ø -0202

430.202

Pesquisa em lingüística Lingüística

41Ø

Pesquisa (tab.1)

-072

410.72

4. Ao classificar dicionários bilingües, isto é, aqueles com entradas nas duas línguas, proceda da seguinte forma: 92

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a) Classifique o dicionário bilingüe na língua (classe 400) onde ele será mais útil, isto é, na língua menos conhecida para os usuários, seguido da divisão dicionários_3 (tabela 4) e do n.º da outra língua (tabela 6) Ex.: Dicionário francês - alemão / alemão - francês Língua alemã Dicionário (tab.4) Língua francesa (tab.6)

43Ø -3 -41

433.41

Dicionário italiano - chinês / chinês - italiano Língua chinesa Dicionário (tab.4)

495.1 -3

Língua italiana (tab.6)

-51

495.1351 b) Se qualquer uma das duas línguas for igualmente pouco conhecida, ou, se for, indiferente a escolha de uma de outra, classifique seguindo a ordem das línguas apresentadas na seqüência da classe 420-490, naquela que vier por último. Ex.:

Dicionário russo - polonês / polonês - russo Língua polonesa Dicionário (tab.4) Língua russa (tab.6)

491.85 -3 -9171

491.8539171

Dicionário japonês - árabe / árabe - japonês Língua japonesa

495.6

Dicionário (tab.4)

-3

Língua árabe

-927

495.63927

Dicionário inglês - francês / francês - inglês Língua francesa

44Ø

93

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Dicionário (tab.4)

-3

Língua inglesa

-21

443.21

c) Sempre que a língua portuguesa for uma das línguas, classifique o dicionário bilingüe na outra língua. Ex.: Dicionário português - inglês / inglês - português Língua inglesa

42Ø

Dicionário (tab.4)

-3

Língua portuguesa (tab.6)

-69

423.69

Tabela 5 Racial, ethnic, national groups Grupos raciais, étnicos e nacionais Índice T5 Alguns procedimentos para o uso da tabela

1. Usar a tabela 5 diretamente com o assunto desejado, se o esquema (classes 000-999) assim determinar. Ex.: Grupo Social dos japoneses 305.8

T5 - 956

Psicologia étnica dos ciganos 155.8491497 155.84

305.8+956 = 305.8956

155.84+91497 =

T5 - 91497

História dos judeus

909.04+924 = 909.04924 94

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909.4

T5 - 924

Serviços Sociais para cubanos 362.84 T5 - 687291

362.84+687291 = 362.84687291

2. Usar a tabela 5 através do auxílio da s.s.- 089 (história e descrição de um assunto entre grupos raciais, étnicos e nacionais), quando não puder usá-la diretamente com o assunto. Ex.: Arte cerâmica dos judeus 738

738+089+924 = 738.089924

T5 - 924

Homossexualismo entre os franceses 363.8908941 363.49

T5 - 41

Controle da natalidade entre os russos 363.96

363.89+089+41 =

363.96+089+9171 = 363.960899171

T5 - 9171

3. Usar a tabela 5 através do auxílio da área - 174 (t.2) (regiões onde predominam grupos raciais, étnicos e nacionais), quando não puder usá-la diretamente com o assunto. Ex.: Mapa das áreas onde predominam os povos árabes 912.19 T5 - 927 912.19 + 174 + 927 = 912.19174927

95

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Utilização do órgão nas regiões onde predominam os alemães 786.5

T5 - 31

786.5 + 174 + 31 = 786.517431 4. A menos que o esquema (classes 000-999) dê instruções ao contrário e se não for redundante, acrescente 0 (zero) ao número da tabela 5 e logo após acrescente a área (tabela 2) desejada. Ex.: Grupo social dos japoneses no Brasil 305.8

T5 - 956

T2 - 81

305.8+956+0+81 = 305.8956081 Serviços sociais para os cubanos nos Estados Unidos 362.84

T5 - 687291

T2 - 73

362.84+687291+0+73 = 362.84687291073 História dos judeus na Alemanha 909.04

T5 - 924

T2 - 43

909.04+924+0+43 = 909.04924043

Tabela 6 Languages - Línguas Índice T6 Alguns procedimentos para uso da tabela 1. A tabela 6 é usada quando o esquema (classes 000-999) assim determinar. Ex.: Tradução da Bíblia para o holandês Bíblia

220

Versões modernas e traduções

220.5

96

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Língua holandesa (tab.6)

-3931

220.53931

Enciclopédias gerais em língua italiana Enciclopédia gerais em italiano, etc.

035

Língua italiana (tab.6)

- 31

035.1

Enciclopédia Barsa Enciclopédias gerais em

036

espanhol e português Língua portuguesa (tab.6)

-69

036.9

Periódicos gerais em língua francesa Publicações seriadas em

054

francês, etc. Língua francesa (tab.6)

-41

054.1

Provérbios da língua portuguesa Provérbios

398.9

Língua portuguesa (tab.6)

-69

398.969

2. A tabela 6 é usada junto à tabela de área (tabela 2), notação - 175 Ex.: Geografia das regiões onde a língua espanhola predomina Geografia de áreas, regiões,

910.91

lugares em geral Regiões onde predominam línguas

-175

Língua espanhola (tab.6)

-61

910.917561

Tabela 7 97

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Groups of persons Grupos de pessoas Índice T7 -

Alguns procedimentos para o uso da tabela

1. Usar a tabela 7 diretamente com o assunto desejado, se o esquema (classes 000-999) assim determinar. Ex.: Grupo social dos luteranos 305.6

T7 - 241

Ética do professor 174.9

174.9+372 = 174.9372

T7 - 372

Costumes dos juizes nas cortes 390.4

305.6 + 241 = 305.641

390.4+343 = 390.4343

T7 - 343

2. Usar a tabela 7, quando necessária, através da s.s. (tabela 1) -024 (obras para pessoas em ocupação específicas). Ex.: Matemática para economistas 510

T7 - 339

Astronomia para crianças 520

510 + 024 + 339 = 510.24339

520 + 024 + 054 = 520.24054

T7 - 054

98

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Botânica para agricultores 580

580 + 024 + 63 = 580.2463

T7 - 63

3. Quando não for possível o uso da tabela 7 diretamente com o assunto desejado, verificar na tabela 1 (-08 história e descrição do assunto entre classes de pessoas), se já existe pronto o n.º desejado, para o grupo de pessoas específico (-081 a -087). Neste caso, não se usa a tabela 7, usa-se somente a tabela 1. Ex.: A religião entre os adolescentes 200

T1 - 00835

Arte cerâmica dos cegos 738

738 + 0871 = 738.0871

T1 - 0871

Relação sexual entre os idosos 306.7

200 + 00835 = 200.835

306.7 + 0846 = 306.70846

T1 - 0846

4. Não havendo o grupo de pessoas desejado entre -081 a -087 (tabela 1), usar a tabela1 -088 (história e descrição de um assunto entre grupos profissionais e religiosos) seguido, então, do n.º correspondente da tabela 7. Ex.: A religião entre os médicos 200

T7 - 61

Arte cerâmica entre os bredistas 738

200 + 0088 + 61 = 200.8861

738+088+2943 = 738.0882943

T7 - 2943

Controle de natalidade entre

363.96+088+283 = 363.96088283 99

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os Mórmons 363.96

T7 - 283

5. A menos que o esquema dê instruções ao contrário e se não for redundante, acrescente zero (0) ao n.º da tabela 7 e ao resultado acrescente a área (tabela 2) desejada. Ex.: Grupo social dos luteranos no Brasil 305.6

T7 - 241

T2 - 81

305.6 + 241 + 0 + 81 = 305.641081

Arte cerâmica entre os budistas do Rio de Janeiro 738

T7 - 2943

T2 - 8153

738 + 088 + 2943 + 0 + 8153 = 738.088294308153

Síntese das classes Reunião de vários elementos em um todo. Reunião de uma classe com outra classe, formando um novo número. IMPORTANTE: A síntese só pode ser realizada ou forma da, quando uma das classes determinar. A classe determinante virá em primeiro lugar. A síntese é formada pela reunião de: 1) classe + classe Ex.:

Acrescente ao n.º base 026, as notações 001-999 Bibliotecas especializados em medicina 026

610

026 + 61Ø = 026.61

Bibliotecas especializadas em folclore 100

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026

398

026 + 398 = 026.398

Teste de aptidão para música 153.94

780

153.94 + 780 = 153.9478

2. classe + subclasse Ex.:

Acrescente ao n.º base 799.25, os n.ºs seguintes a 59 em 594-599. Caça de marmotas (esporte) 799.25

599.366

799.25 + 599.366 = 799.259366 Acrescente ao n.º base 375.04, os n.os seguintes a 00 em 001-006 Currículo de ciências da computação 375.04

004

375.04 + ØØ4 = 375.044 Acrescente ao n.º base 331.1378, os n.os seguintes a 6 em 620-690. Desemprego na indústria automobilística 331.1378

629.2

331.1378 + 629.2 = 331.1378292 3. classe + classe + tabela auxiliar Ex.:

Acrescente ao n.º base 016 as notações 001-999. Bibliografia de dicionários de microbiologia 016

T1 - 03

576

016 + 576 + 03 = 016.57603 4. classe + subclasse + tabela auxiliar 101

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Ex.:

Acrescente ao n.º base 616.9951 os n.ºs seguintes a 611.1 em 611.11 - 611.15. Periódico de tuberculose do coração T1 - 05

616.9951

611.12

616.9951+611.12+005 = 616.99512005

5. Bibliografias de assunto Podem ser formados de duas maneiras: a) classe 016 + classe do assunto da bibliografia Bibliografia de música 016

780

016 + 78Ø = 016.78

Bibliografia de folclore 016

398

016 + 398 = 016.398

b) classe do assunto da bibliografia + tab.1 (016) Bibliografia de música T1 - 016

780

78Ø + 016 = 780.16

Bibliografia de folclore T1 - 016

398

398 + 016 = 398.016

Na 2ª opção não existe síntese das classes. 6. Bibliografias Podem ser formados de duas maneiras: a) classe 920 + classe do assunto do biografado Biografia de psicólogos 102

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921

150

921+15Ø = 921.5

Bibliografia de oftalmologista 926

617.7

926 + 617.7 = 926.177

Biografia de jogadores de baseball 927

796.357

927 + 796.357 = 927.96357

b) classe do assunto do biografado + tab.1 (092) Biografia de psicólogo T1 - 092

150

15Ø + 092 = 150.92

Biografia de oftalmologistas T1 - 092

617.7

617.7 + 092 = 617.7092

Biografia de jogadores de baseball T1 - 092

796.357 + 092 = 796.357092

Nesta 2.º opção não existe síntese das classes.

Análise temática. O setor de processamento técnico é responsável pela análise temática (classificação e indexação) e descritiva (catalogação) dos materiais bibliográficos que compõem o acervo da Biblioteca, bem como pelo controle de cabeçalhos de assunto e autores, obedecendo a critérios biblioteconômicos internacionais de padronização. Para o processamento técnico dos livros o código de catalogação utilizado é o Anglo American Cataloguing Rules, 2nd ed. (AACR2).

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O sistema de classificação adotado é CDU - Classificação Decimal Universal. E para notação de autor é utilizada a Tabela Cutter. O armazenamento da coleção se dá por alfabetação, onde é seguida a seqüência da CDU e depois o Cutter de cada título. O processo operacional voltado para o acesso e recuperação da informação ocorre por meio da etiquetagem com a utilização de código de barras e número de chamada. Os periódicos estão separados por cursos e ordenados nas estantes por ordem alfabética dos títulos, em seção própria.

Linguagens de indexação. As linguagens de indexação e recuperação da informação exercem função muito importante na construção dos sistemas nacionais e internacionais de Informação Científica e Técnica (ICT). A qualidade e o nível dos atuais serviços de informação dependem, em grande escala, da qualidade e nível das linguagens de indexação e recuperação da informação. É necessário ter em mente que existem hoje diversos tipos de linguagem de indexação e recuperação da informação e que é também possível determinar as respectivas funções primárias e secundárias. Merecem especial atenção os problemas relacionados com a possível interconexão de tais linguagens, já que a solução destes problemas relaciona-se diretamente com a possibilidade da interconexão temática dos diferentes subsistemas de ICT, ou seja, daqueles cuja interconexão é razoável e desejável. A partir deste ponto de vista, já nos é possível fazer um juízo das funções primárias que deverão ser exercidas pela Classificação Decimal Universal (CDU), ou pela nova CDU reestruturada (NCDU), no conjunto das várias linguagens de indexação e recuperação da informação utilizadas hoje. O pleno reconhecimento das funções principais e secundárias de cada uma das linguagens (inclusive da CDU) será de grande ajuda para a formulação correta dos princípios e critérios básicos para o planejamento e/ou abordagem conceituai e/ou replanejamento ou desenvolvimento posterior. É também muito importante ter em mente que de acordo com tendências objetivamente verificáveis — a tecnologia do computador está crescendo em importância nos sistemas de informação, mesmo admitindo que os sistemas que utilizam computador ainda não constituem maioria em relação aos sistemas convencionais. Se abordarmos o problema do ponto de vista das redes nacionais de ICT, poderemos verificar a existência de diversos tesauros (linguagens utilizando descritores) especializados que já se encontram em funcionamento, de alguns em experiência e de outros em preparação.

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Condição importante para aumentar sua eficiência como um todo é tomar as medidas necessárias à sua mútua interconexão. Mas os esforços para atingir este objetivo só adquirem sentido se houver uma superposição temática mútua entre os tesauros individuais (superposição temática entre os tesauros especializados Tl l , T21 e T23>. Noutras situações, não há necessidade de interconexão. Certamente isto não significa que não seria razoável tomar medidas convenientes para atingir alguma consistência metodológica ou formal na preparação dos tesauros, o que é possível pela observância dos padrões internacionais, regionais e nacionais, assim como de regras obrigatórias na elaboração dos mesmos. A unificação da superposição das partes temáticas de cada tesauro pode ser atingida com a ajuda de um macrotesauro nacional ou de um grupo menor de macrotesauros parciais. Os macrotesauros poderiam unificar os termos até determinado nível de generalidade, sendo o seu uso obrigatório em cada um dos tesauros individuais especializados. Isto tornaria possível utilizar dados (p.e. informações provenientes de centros orientados para disciplinas) para atender às necessidades de informação daqueles usuários interessados na informação num nível relativamente alto de generalidade. Esta relação entre macrotesauros e tesauros especializados ajudará também na transferência de blocos de informação entre os diferentes componentes das redes nacionais de ICT, embora sob este aspecto a função dos macrotesauros seja secundária e mais ou menos auxiliar. Esta abordagem hoje não é apenas uma possibilidade teórica, pois existem muitos esforços práticos neste sentido; o exemplo a ser citado em primeiro lugar é o do sistema Internacional de ICT que está sendo construído sob a orientação do Centro Internacional de ICT de Moscou(1) e também na República Democrática Alernã(2). O problema das possibilidades de interconexão em micronível (nível de microindexação). A ligação entre as redes nacionais e a rede internacional . Há, em primeiro lugar, ligações mútuas entre os diferentes tesauros (especializados) na mesma área e o tesauro internacional especializado nessa área. Isto já foi realizado no caso da divisão internacional de tarefas através da distribuição dos processamentos importantes de informações pêlos centros de informação localizados em países diferentes. Este é o caso de tesauros idênticos ou quase idênticos (este é o caso normal) em diferentes línguas; seu desenvolvimento e manutenção são coordenados e controlados por um só centro. Num caso ideal, já a preparação de tesauros internacionais especializados pode ser coordenada e influenciada pela existência de um macrotesauro internacional ou de um tesauro regional supranacional. A criação de um macrotesauro internacional não é apenas uma possibilidade teórica, como já se viu através dos esforços realizados pelo Centro Internacional de ICT em Moscou. Merece especial atenção o problema da transferência de blocos de informação. Esta é a situação quando encontramos a superposição temática de tesauros individuais e especializados T11, T12 e T13. O instrumento básico para a transferência de blocos de informação pode ser uma classificação bem ampla (p.e. o BSO —Broad System of

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Ordering — que está sendo preparado para o UNISIST, ou uma versão padrão abreviada da CDU ou de qualquer outra classificação universal). Os blocos de informação necessários deverão ser tematicamente definidos pelo BSO ou suas versões nacionais, ou mesmo por meio dos respectivos macrotesauros nacionais (que podem ser compatíveis com os tesauros nacionais especializados mais importantes). Deste modo será possível também obter. em caso de necessidade, a automação da transferência dos Blocos de informação entre os tesauros e T12 mutuamente superpostos, ou entre os tesauros TJ2 e T13 se eníre eles houver a mesma relação. Uma situação semelhante pode ser vista noutro exemplo para uma rede internacional de ICT (tesauros e por um lado, e tesauros T22 e T23 por outro). Se existirem três ou mais superposições mútuas de tesauros ( encontram-se nesta situação os tesauros , T21 e T23) é possível passar automaticamente de uma estrutura de indexação para outra, quer diretamente por meio de concordância, quer pela aplicação de descritores idênticos (combinação de descritores) — e isto será possível se for aceita uma estrutura idêntica das partes superpostas dos respectivos tesauros — ou ainda por meio de uma linguagem intermediária na forma de uma classificação universal (microclassificação), p.e. a CDU. No segundo caso, como também parcialmente no primeiro, a aplicação de um macrotesauro não é suficiente para a perfeita compatibilização das estruturas dos tesauros porque o macrotesauro coordena a preparação dos tesauros (especializados) só até determinado nível de generalidade. Aqui é necessário aplicar outro mecanismo que torne possível uma coordenação direta (que conduza a uma identidade parcial) de dois ou mais tesauros (isto é, das partes superpostas) em micronível, do ponto de vista da sua futura aplicação em nível de microindexação, que é a base do processo de recupecão da informação.

Controle de vocabulários. Criação de listas hierarquizadas de assuntos, para a criação posterior de um tesauro; Utilização das remissivas de assuntos em todas as demais rotinas do sistema; Cadastramento de assuntos; Emissão de relatórios; Estatísticas. A problemática da manipulação de dados e termos em um sistema de bibliotecas que abranja todas as áreas do conhecimento esbarra na necessidade de que se represente não somente assuntos tópicos de uma área, mas também seus limites temporais, espaciais e de abrangência bem como a inter-relação entre os termos dessa mesma área e destes com outras áreas do conhecimento. Segundo Lancaster (2004, p.14) ―um vocabulário controlado é essencialmente uma lista de termos autorizados‖ cuja estrutura destina-se, especialmente, a: (1) controlar sinônimos optando-se por uma única forma padronizada, com remissivas de todas as

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outras formas; (2) diferenciar homógrafos; (3) reunir ou ligar termos cujos significados apresentem uma relação mais estreita entre si. A opção pelo desenvolvimento de um Vocabulário Controlado, como instrumento terminológico, levou em conta que, dentre as ferramentas disponíveis (palavras-chave, tesauros, taxonomias ou ontologias), foi a que mais se mostrou compatível na organização, processamento e recuperação da informação do Sistema de Bibliotecas da UFF. As bases teóricas e metodológicas para o trabalho do GT pautaram-se na Teoria da Classificação Facetada de S. R. Ranganathan, na Teoria da Terminologia de Eugen Wüester e na Teoria do Conceito de Ingetraut Dahlberg como descreveremos sucintamente a seguir (CAMPOS, 2001).

Recuperação da informação em bases de dados. O acesso aos grandes sistemas de recuperação de informação, também denominados de bancos de dados e, conseqüentemente, às suas bases de dados veio ampliar significativamente a qualidade das buscas bibliográficas, visto que essas bases proporcionam diversificados pontos de acesso à informação. Esses sistemas possibilitam o planejamento de estratégias de busca com maior nível de complexidade envolvendo vários conceitos na mesma estratégia; permitem a utilização de busca de palavras apenas dos títulos e resumos dos documentos, isto é, termos da linguagem natural; buscam os termos específicos de linguagens controladas, nos campos de descritor; buscam por autores; por ano de publicação; por títulos de periódicos; por classificação; permitem, também, a busca de conceitos compostos ou simples e a possibilidade de truncagem de raízes de palavras e de substituição de caracteres no meio dos termos, dentre outros recursos de recuperação. A evolução histórica dos sistemas de recuperação da informação, segundo Lancaster (1993, p. 202) apresenta duas linhas principais de desenvolvimento. A primeira tem suas origens nos grandes sistemas de bases de dados desenvolvidas pelas instituições americanas: National Library of Medicine (NLM), Department of Defense (DOD) e pela National Aeronautics and Space Administration (Nasa), que indexavam suas bases de dados referenciais utilizando os thesauri específicos de suas áreas temáticas. A segunda linha teve o seu desenvolvimento no campo de direito e envolvia a geração da base de dados com o texto completo das leis. Tanto as bases de dados referenciais, quanto as textuais vão exigir um planejamento acurado da estratégia de busca, visando a uma recuperação de informação de acordo com as necessidades dos usuários. Os conteúdos de informação nos bancos de dados variam, de acordo com a diversidade temática das respectivas bases de dados oferecidas em cada banco. Algumas são orientadas para um determinado assunto, enquanto outras são orientadas para a missão da instituição que as desenvolvem, como, por exemplo, a base da agência americana sobre o meio ambiente Environmental Protection Agengy (EPA), que não se limita à indexação de documentos apenas em química, toxicidade ou saúde pública, 107

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porém amplia suas áreas temáticas para outros aspectos relacionados com sua missão de controle e regulamentação do meio ambiente. Esses e outros fatores devem ser levados em consideração no planejamento das estratégias de busca, assegurando a qualidade na recuperação da informação pode-se inferir que, para alcançar a resposta pretendida pelo usuário de informação, faz-se necessária a execução de movimentos e operações táticas, ora restringindo os resultados alcançados, ora ampliando-os para a obtenção de informações mais relevantes, conforme o pedido de busca demandado. No âmbito da recuperação da informação, a estratégia de busca pode ser definida como uma técnica ou conjunto de regras para tornar possível o encontro entre uma pergunta formulada e a informação armazenada em uma base de dados. Isto significa que, a partir de um arquivo, um conjunto de itens que constituem a resposta de uma determinada pergunta será selecionado. Bourne (1977) investigou o impacto dos erros ortográficos nas bases de dados bibliográficas e como eles afetam a produtividade das buscas em linha. Analisou erros ortográficos que ocorrem na linguagem natural, isto é, nos campos de títulos e resumos, assim como os que ocorrem nos campos de descritores das linguagens controladas. Relembra que os grandes bancos de dados oferecem múltiplas bases de dados para consulta, algumas com milhões de itens de informação, e que esses bancos desenvolveram linguagens de busca que permitem a consulta textual para pesquisa nas palavras contidas nos títulos, resumos e outros campos de dados. Afirma, ainda, que a disponibilidade e uso de todas essas facilidades têm contribuído para o desenvolvimento de linguagens de indexação associadas com essas bases de dados. Observa, entretanto, que a quantidade de erros de ortografia, formas variantes de palavras e mesmo erros ortográficos dos termos de indexação afetam consideravelmente os resultados das buscas. Lembra que, no índice impresso, essa alta incidência de erros ortográficos não é tolerada e, portanto, a mesma atitude deve ser mantida quanto ao índice das bases de dados. Constatamos, na vida profissional, que o usuário final está pouco habilitado a lidar com a incidência de erros ortográficos em bases de dados. O intermediário, que dispõe de maior habilidade para utilizar as linguagens controladas, obtém melhor desempenho em conseqüência do conhecimento prévio desses e de outros fatores durante o processo de planejamento e operacionalização da estratégia de busca.

Representação Descritiva: Políticas de descrição. DESCRIÇÃO DA BIBLIOTECA Vejamos o exemplo de uma Biblioteca Central e Setoriais que adota o Pergamum como Sistema Gerenciador de Informação. Através dos sistema gerencia-se, armazena-se, organiza-se e dissemina-se toda e qualquer informação que diz respeito ao acervo bibliográfico, afim de que, atendamos os interesses e necessidades de informação dos 108

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usuários. Por ser um sistema integrado o Pergamum oferece acesso a um catálogo coletivo de pesquisa tanto para nossas Bibliotecas como para as Bibliotecas Universitárias do país que fazem parte desta Rede. A localização da Biblioteca , a estrutura física do prédio , como por exemplo:, dividida em três pisos, estes ocupam uma área de 1880,70 m2. No térreo encontram-se a Coordenação, Secretaria e Seção de Desenvolvimento e Processamento das Coleções. No primeiro piso encontram-se a Seção de Atendimento ao Usuário, Coleção de Referências, Periódicos e Multimeios, Gabines de Estudo Individual. No segundo piso encontra-se a Coleção de Livros, três Salas de Estudo em Grupo e a Informática. Acervo A Biblioteca Central e Setoriais reúnem material bibliográfico nas áreas do conhecimento específicas e afins aos cursos oferecidos por esta instituição. Este material está distribuído da seguinte forma: 

 

  

Coleção de Referências: o acervo desta coleção é formado de dicionários, enciclopédias gerais e especializadas, bibliografias, catálogos, guias, almanaques, entre outros Coleção de Periódicos: o acervo desta coleção é formado de jornais, revistas, folhetos, boletins informativos. Coleção de Multimeios: o acervo desta coleção é formado por fitas de vídeo, fitas – cassete, CD-Roms, disquetes DVD’s, mapas, transparências, cartazes, entre outros Coleção de Livros: reúne livros didáticos e literatura, abrangendo diversas áreas do conhecimento. Coleção de Manuscritos: reúne monografias, dissertações e teses. Coleção em Braile: reúne livros didáticos, técnico-científicos e literatura, abrangendo diversas áreas do conhecimento na linguagem braile.

Descrição da Biblioteca quanto ao seu acervo bibliográfico por área de conhecimento, política de atualização e informatização Quadro 1 -Acervo de livros, monografias, teses e dissertações, folhetos, disquetes, gravação de vídeo, gravação de som, CD-ROM, mapas e normas quanto à área de conhecimento Quadro 2 - Acervo de periódicos quanto a área de conhecimento (Número de assinaturas por área de conhecimento, separados por compra, doação, permuta) Informatização da Biblioteca NÍVEL DE INFORMATIZAÇÃO DA BIBLIOTECA (1) Acervo Nenhum

Serviços Parcial

Total

Nenhum

Parcial

Total 109

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X

X

(1) - Apenas assinalar Rede (s) de informação acessada Redes de Informação acessada: PERGAMUM – Sistema Integrado de Bibliotecas (Gerenciador de Informação), Internet, Sites de Busca e Acesso à Base de Dados. Área Física Construída Biblioteca Central, Rio do Sul →1880,70 m2 Biblioteca Taió → 78,32 m² Biblioteca Ituporanga →76,61 m² Biblioteca Presidente Getúlio → 75,95 m² Biblioteca ACADEPOL – Canasvieiras, Florianópolis → 12,00 m² Biblioteca Residência Médica → 12,00 m² TOTAL →2135,58 m² Política de Atualização do Acervo O processo de aquisição do acervo bibliográfico da Biblioteca Central e Bibliotecas Setoriais é centralizado na Biblioteca Central, mediante solicitação do corpo docente desta instituição. Utilização do Acervo O acervo de livros, monografia, teses, dissertações, folhetos, disquetes, gravação de vídeo, gravação de som, CD-ROM, mapas e normas são utilizados 80% e o acervo de periódicos são utilizados 20%. Formas de Acesso ao Acervo O acervo bibliográfico pode ser pesquisado da seguinte maneira:   

via web através do acervo on-line; terminais de consulta; nas estantes.

Serviços oferecidos:

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Acesso à Base de Dados Recuperação de informação sobre um determinado assunto através da Base de Dados On-line e CD-ROM.

Atendimento Personalizado Consiste no atendimento individual do usuário, realizado pelo Bibliotecário.

COMUT - Comutação Bibliográfica Serviço de solicitação e fornecimento de cópias de artigos publicados em periódicos técnico-científicos (Revistas, Jornais, Boletins, etc.), monografias, dissertações, teses, anais de congressos e capítulos de livros.

Consulta Local É o uso do material bibliográfico consultado na própria biblioteca.

Consulta Rápida Serviço de informação no qual o usuário dirige-se ao terminal de consulta e/ou à pessoa que está no atendimento.

Empréstimo de Material Bibliográfico Circulação externa do material bibliográfico.

Empréstimo Entre Bibliotecas Serviço de solicitação de empréstimo de materiais bibliográficos entre as Bibliotecas Setoriais da UNIDAVI e de outras instituições de ensino de âmbito nacional.

Visita Orientada É um serviço que a biblioteca oferece para que a comunidade conheça nosso material bibliográfico e os recursos tecnológicos. Agendamentos: ICAP Serviço de Indexação Compartilhada de Artigos de Periódicos nacionais editados pelas Instituições que fazem parte da Rede Pergamum. Treinamento ao Usuário Mediante agendamento e tem como objetivo ensinar ao novo usuário as rotinas da Biblioteca e os serviços oferecidos.

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Empréstimo Especial (licença saúde) Serviço oferecido aos alunos, professores, funcionários e egressos mediante a licença médica

Padrões de descrição: CCAA2 e normas técnicas brasileiras. CCAA2R - Pontos de Acesso Os pontos de acesso determinam sob qual aspecto uma obra terá entrada no catálogo. Ponto de Acesso Principal (entrada principal): corresponde à pessoa física ou jurídica (entidade) responsável pelo conteúdo intelectual da obra. A escolha de um ponto de acesso principal de um ítem deverá ser determinada pela fonte principal de informação - a página de rosto - ou, na falta desta , por qualquer parte do ítem, ou ainda, consultando outras fontes de referência. Pontos de acesso secundários (entradas secundárias): Corresponde a outras formas possíveis de recuperar o documento. Ex: assunto, título, série, tradutor, ilustrador etc. A escolha do ponto de acesso secundário será estabelecida a partir da descrição bibliográfica. OBS: Pessoa física: escritores, compositores, ilustradores, tradutores etc Pessoa jurídica (entidade coletiva): associações, institutos colégios, hospitais conferencia, feiras, congresso, seminários, fundações etc Tipos de autoria: O CCAA2R prevê 3 tipos de autoria: 1) Autoria individual: responsabilidade de 1 única pessoa ou entidade 2) Autoria Compartilhada: responsabilidade de várias pessoas ou entidades 3) Autoria mista : responsabilidade de várias pessoas ou entidades, porém cada uma com uma função diferente. Autoria individual: fazer a entrada principal pelo nome do autor, esteja ou não mencionado no ítem C Obras atribuídas ficticia ou erroneamente a uma pessoa C1 – Caso se saiba o nome do verdadeiro autor, fazer a entrada por ele; caso não se saiba fazer a entrada pelo título. Fazer uma secundária para a pessoa a qual a obra é atribuída, caso seja uma pessoa real. Ex: The hums of Pooh / by Winnie the Pooh A obra foi escrita por A. A. Milne. A entrada principal aerá pelo nome do verdadeiro autor. Nào haverá secundária para a pessoa a qual a obra é

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atribuida pois o POOH é um personagem de história e não uma pessoa real. Obras de autoria desconhecida ou incerta ou de grupos sem nome A - Se a obra tiver autoria desconhecida ou incerta ..... faca a entrada pelo título. Caso tenha sido atribuída a uma ou mais pessoas ... seja em fontes de referência, seja em edições diferentes da obra, faça secundárias para estas pessoas. B - Se as fontes de referência indicarem que o autor provável da obra é uma pessoa, fazer a entrada sob o cabeçalho estabelecido para ela. C - Se o nome de um autor individual é desconhecido e o único indício de autoria é a presença na fonte principal de informação, de palavra ou expressão que caracterize o autor, ou de uma frase em que se menciona outra obra da pessoa, fazer a entrada principal pela palavra ou frase (cf 22.11D) e secundária para o título. Se a única indicação de autoria for um sinal em que predominem caracteres não alfabeticos nem numéricos, fazer entrada pelo título. Não fazer secundária pelo sinal. Ex: **** Autoria compartilhada A Definição de quando aplicar a regra Colaboração de duas ou mais pessoas Contribuições diferentes de pessoas diferentes Intercâmbio entre duas ou mais pessoas B Responsabilidade principal indicada B1 – Se a responsabiblidade principal for atribuída (pela redação ou layout da página de rosto) a uma pessoa, fazer a entrada principal por esta pessoa. Se o nome de outra pessoa aparecer primeiro na página de rosto, fazer secundária para esta pessoa. Fazer secundária para as outras pessoas se não houver mais de 2.

B2 - No caso de 2 ou 3 autores figurarem fazer a entrada principal pelo primeiro e desdobrar os outros 2. Ex: / João da Silva, Jorge Matos e José Moura com contribuições de Maria Augusta Telles ... [et al.]. --

C Responsabilidade principal não indicada

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1 - se a responsabilidade principal é compartilhada por 2 ou 3 autores e não há responsabilidade ppl indicada segundo leiaute da página de rosto ou pela redação, fazer a entrada pelo nome indicado em primeiro lugar e fazer entradas secundárias para os outros nomes 2 - Se a responsabilidade é compartilhada entre mais de 3 pessoas e não há indicação de responsabilidade principal a nenhuma delas , fazer a entrada principal pelo TÍTULO e entrada secundária para o primeiro nomeado.

D - Pseudônimos compartilhados: Se duas ou mais pessoas usam um único pseudônimo , usar o pseudônimo como entrada principal. Ex: Agamenon Mendes Pereira - é o pseudonimo coletivo de 2 dos escritores do Casseta & Planeta: Reinaldo e Hubert Coletâneas de obras por diferentes pessoas ou entidades A - Aplicar esta regra para: a) coletâneas de trabalhos ou extratos independentes de pessoas diferentes; b) obras que consistam de extratos de obras independentes por pessoas distintas c) obras que sejam parte de A e parte de B. B - Com título coletivo Fazer entrada pelo título e fazer entrada secundária para os compiladores/coordenadores se não forem mais de tres e estiverem citados em destaque no item.. se forem mais de três fazer secundária para o indicado em destaque e/ou para o mencionado em primeiro lugar EX: A PRESENÇA FEMININA NA TV BRASILEIRA NO SÉCULO XX Coordenação editorial de Marilia Gabriela

Textos de: Ana Maria Braga Adriane Galisteu Hebe Camargo Luciana Gimenez 114

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A presença feminina na TV brasileira no século XX / coordenação editorial de Marilia Gabriela ; textos de: Ana Maria Braga ... [et al.]. --

Entrada pelo título e fazer secundárias para: Maria Gabriela e Ana Maria Braga Se o trabalho incluir 2 ou 3 contribuições de obras independentes, fazer entrada secundária de nome -título para cada uma delas. Ex: ALGUMAS PERIPÉCIAS NO SÍTIO DO PICAPAU AMARELO

ORGANIZAÇÃO J. G. SILVA textos extraídos de A aritmérica de Emilia, Sermões de Dona Benta e Narizinho de Monteiro Lobato

Algumas peripécias do Sítio do Picapau Amarelo / organização J. G. Silva ; textos extraídos de A aritmérica de Emilia, Sermões de Dona Benta e Reinações de Narizinho de Monteiro Lobato.

Fazer secundária para J. G. Silva Fazer secundária autor título para: Lobato, Monteiro. A aritmérica de Emilia Lobato, Monteiro. Sermões de Dona Benta Lobato, Monteiro. Narizinho

Se houver mais de três obras mas apenas 2 ou 3 pessoas responsáveis, fazer secundária (ou nome-título, quando couber) para cada pessoa.

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Se hover mais de três pessoas mencionadas na página de rosto, fazer secundária para a que aparecer primeiro.

C Sem título coletivo Fazer entrada principal sob o cabeçalho apropriado para o primeiro trabalho citado na página de rosto. Fazer entradas secundárias para o compilador / editor e para outros trabalhos seguindo o mesmo procedimento de 21.7B

Autoria Mista Existem 2 categorias: a) modificação de uma obra já existente (tradução, adaptação etc) b) obra nova para a qual diversas pessoas participaram com contribuições de diferentes espécies ( escritor + artista, entrevistas p. ex.) Adaptações de textos Fazer a entrada de uma paráfrase, nova redação, uma adaptação para crianças pelo adaptador. Se o nome do adaptador for desconhecido, fazer a entrada pelo título. Se for apenas revisão, atualização etc, fazer pelo cabeçalho da obra original. OBS: deve considerar o leiaute da fonte principal de informação Deve-se fazer secundária de nome- título para a obra original Ex: Satton, Felix As aventuras de Tom Sawyer / por Mark Twain ; reescrita para jovens leitores por Felix Satton. 1.

I. Twain, Mark. As aventuras de Tom Sawyer,

A entrada pincipal será pelo criador do novo texto. Deve-se fazer secundária de nome - título para a obra original

Textos ilustrados A1 Fazer a entrada para uma obra que é composta de um texto para o qual um artista fez ilustrações pelo cabeçalho adequado ao texto. Fazer entrada secundária para o ilustrador, cf previsto em 21.30K2. 116

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Atenção: Se for colaboração entre artista e escritor ver 21.24

B1 Se as ilustrações de um só artista para um texto – ou vários textos – forem publicadas separadamente, fazer a entrada principal pelo nome do artista. Fazer entrada secundária nome-título para as obras que foram ilustradas se não forem + de 3. Se forem + de 3 obras de um só escritor, fazer secundária para o escritor Ex: Ilustrações de Doré para a Divina Comédia de Dante : 136 pranchas / Gustave Doré. A entrada pincipal será pelo artista: Doré --- deve-se fazer secundária denome - título para a obra original.

Revisões de texto A – Autor original considerado responsável A1 Fazer a entrada de obra revisada, atualizada, aumentada etc. pelo autor original se: -

ele foi mencionado na indicação de responsabilidade; ou se ele foi mencionado no título principal e nehuma outra pessoa aparecer na indicação de responsabilidade ou em outras informações sobre o título. Fazer secundária para o revisor. . B - Autor original não mais considerado responsável. B1 - Fazer a entrada pelo revisor etc., ou pelo título – quando for o caso – sempre que a página de rosto indicar que a pessoa responsável pela obra original NÃO É MAIS considerada responsável pela obra. Fazer secundária nome - título para a obra original. Se a obra entrar pelo título fazer secundária para os revisores. Se entrar pelo revisor fazer secundária para o título. Ex: Guia de obras de referência. – 7. ed. / por Constance Winchell baseada no Guia de obras de referência, 6. ed. por Isadore Mudge. A entrada principal será pelo revisor: Constance Winchell Deve-se fazer secundária de nome - título para a obra original. 117

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Ex: Roget’s thesaurus of English words and phrases. – New ed. / completely rev. And modernized by Robert A. Dutch. A entrada principal é pelo revisor. Secundaria nome-título. Secundária de título.

Textos publicados com comentários Esta regra deve ser usada quando a obra que será catalogada consistir de textos ou textos escritos pela mesma pessoa, com um comentário, interpretação ou exegese por outra pessoa. Exegese: explicação ou interpretação de obra literária, artística etc

B Com o comentário em destaque 21.13 B 1 - Se a página de rosto apresenta o ítem como um comentário, fazer a entrada da obra como um comentário, de acordo com a situação prevista nas regras 21.1 a 21.7. Fazer a entrada secundária para o cabeçalho apropriado ao texto.

21.13C Com a edição da obra em destaque 21.13C1 – Se a página de rosto apresentar o ítem como edição da obra original, fezer a entrada como tal (cf 21.1 a 21.7). Fazer a entrada secundária para o cabeçalho apropriado ao comentário.

21.13D Fonte principal de informação ambígua No caso da fonte principal de niformação não deixar claro o que está em foco, fazer a entrada da obra baseando-se no aspecto enfatizado no ítem 1) pela materia prefacial 2) pela apresentação tipográfica 3) pela extensão do texto e do comentário Se a dúvida persistir, tratar como edição da obra original e fazer secundária para o comentário.

21.14A Traduções Fazer a entrada principal de uma tradução pelo cabeçalho adequado ao original. Se necessário, fazer secundária para o tradutor (21.30K1) 118

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21.15 Textos publicados com matéria biográfica / crítica 21.15A Se a obra com 1 ou várias obras de um mesmo escritor - for entremeada ou acompanhada de material biográfico ou crítico feito por outra pessoa e estiver apresentada na página de rosto como obra biográfica ou crítica, fazer a entrada principal como tal (21.1 a 21.7) Fazer secundária para as obras incluidas sob o cabeçalho adequado. EX: Vida e correspondência da Sra. Jason Lee : um estudo crítico-biográfico por Theressa Gay. Entrada principal para Theressa Gay Entrada secundária para Jason Lee.

21.15B Se o biografo/crítico estiver apresentado como compilador, coordenador etc, fazer a entrada pelo cabeçalho apropriado à obra ou obras incluídas Fazer secundária para o biografo/crítico. EX: A vida e a correspondência de Catherine Sedwick / compilada por Mary Dewey. Entrada principal para Catherine Sedwick Entrada secundária para Mary Dewey.

OBRAS DE ARTE 21.16 Adaptações de obras de arte 21.16 A - Fazer a entrada de uma adaptação de obra de arte (altera a forma iconográfica) pelo cabeçalho estabelecido para o adaptador. Se o nome do adaptador for desconhecido fazer a entrada pelo título. Fazer secundária autor/título para a obra original. Ex: gravação de som a partir de desenho 21.16B - Fazer a entrada de uma reprodução de obra de arte (ex: foto de quadro, reprodução de escultura) pelo cabeçalho do original. Fazer secundária para o responsável pela reprodução. 119

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21.17 Reprodução de duas ou mais obras de arte 21.17A Sem texto 21.17A 1 - Fazer a entrada pelo artista

21.17B Com texto 21.17B1 - Se a obra for composta por reproduções de obras de um artista e é acompanhada de textos sobre o artista ou suas obras. Fazer a entrada pelo cabeçlho adequado para o texto, se a pessoa for apresentada como autor na página de rosto. Fazer secundária para o artista. Caso contrário, ou em caso de dúvida, fazer a entrada principal pelo artista. Neste caso, fazer secundária para o autor do texto se o seu nome aparecer na página de rosto. . RESPONSABILIDADE MISTA EM OBRAS NOVAS 21.24 Colaboração entre artista e escritor Fazer a entrada de uma obra (que é ou aparenta ser )resultante da colaboração entre artista e escritor, por aquele que for mencionado em primeiro lugar na página de rosto, a não se que o nome do outro apareça em maior destaque pela redação ou pelo leiaute. Fazer entrada secundária para o que não for a entrada principal.

21.25 Relato de entrevistas ou intercâmbio de idéias 21.25A - Se o relato restringir-se essencialmente às palavras da(s) pessoa(s) entrevistada(s) -ou de participantes da troca de idéias (exceto o relator) - fazer a entrada pelo principal participante, pelo mencionado em primeiro lugar ou pelo título (cf as regras de autoria compartilhada (21.6). Fazer entrada secundária para o relator se ele figurar com destaque no ítem. 21.25B - Se o relato consistir em grande parte das palavras do relator, fazer a entrada pelo relator. Fazer secundária para as outras pessoas envolvidas se não houver mais de 3. Se forem mais de 3 mencionadas na página de rosto, fazer entrada secundária para a que aparecer em primeiro lugar.

21.26 Comunicação de Espíritos - Fazer a entrada principal pelo nome do espírito e secundária para o médium ou a pessoa que registrou a comunicação 120

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21.27 Concursos acadêmicos

21.28 Obras relacionadas ENTRADAS SECUNDÁRIAS

21.29 Regra Geral 21.29A 21.29B 21.29C 21.29D 21.29E 21.29F 21.29G Opcionalmente, use, em certos casos, remissivas explicativas em vez de entradas secundárias (VER 26.5 – Exemplo:

Lutero, Martinho. Biblia.. Para edições da Bíblia completa traduzida por Lutero, VER Biblia. Alemão. Lutero

21.30 Regras específicas 21.30A Duas ou mais pessoas ou entidades envolvidas 21.30B Colaboradores 21.30C Escritores 21.30D Coordenadores e compilaores 21.30E Entidades 21.30F Outras pessoas ou entidades relacionadas 121

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21.30G Obras relacionadas 21.30H Outros relacionamentos 21.30J Títulos 21.30K Regras especiais para casos específicas 21.30K1 Tradutores 21.30K2 Ilustradores 21.30L Séries

Associação Brasileira de Normas Técnicas Fundada em 1940, a ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas – é o Órgão responsável pela normalização técnica no país, fornecendo a base necessária ao desenvolvimento tecnológico brasileiro. É uma entidade privada, sem fins lucrativos, reconhecida como Fórum Nacional de Normalização – ÚNICO – através da Resolução n.º 07 do CONMETRO, de 24.08.1992. É membro fundador da ISO (International Organization for Standardization), da COPANT (Comissão Panamericana de Normas Técnicas) e da AMN (Associação Mercosul de Normalização). O que é Normalização Atividade que estabelece, em relação a problemas existentes ou potenciais, prescrições destinadas à utilização comum e repetitiva com vistas à obtenção do grau ótimo de ordem em um dado contexto. Certificação É um conjunto de atividades desenvolvidas por um organismo independente da relação comercial com o objetivo de atestar publicamente, por escrito, que determinado produto, processo ou serviço que está em conformidade com os requisitos especificados. Estes requisitos podem ser: Nacionais, estrangeiros ou internacionais. ABNT como Organismo de Certificação A ABNT é um Organismo Nacional que oferece credibilidade internacional. Todo nosso processo de certificação está estruturado em padrões internacionais, de acordo com ISO/IEC Guia 62/1997, e as auditorias são realizadas atendendo às normas ISO 10011 e 14011, garantindo um processo reconhecido e seguro. A ABNT conta ainda com um quadro de técnicos capacitados e treinados para realizar avaliações uniformes, garantindo maior rapidez e confiança nos certificados.

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Normas Técnicas Norma é o documento técnico que estabelece as regras e características mínimas que determinado produto, serviço ou processo deve cumprir., permitindo uma perfeita ordenação e a globalização dessas atividades ou produtos. As Normas são fatores vitais para que a evolução tecnológica nacional acompanhe com sucesso o processo de globalização mundial. Com as normas, é possivel trabalhar com um padrão tecnológico, pois elas permitem que haja consenso entre produtores, governo e consumidores. Isso facilita o intercâmbio comercial e aumenta a produtividade e as vendas não só no mercado interno como também no mercado externo, pois ficam eliminadas as barreiras técnicas criadas pela existência de regulamentos conflitantes sobre produtos e serviços em diferentes países. As Normas Técnicas propiciam o correto suprimento das necessidades práticas dos produtores e consumidores e são fundamentais para a eliminação de desperdícios de tempo, matéria-prima e mão-de-obra, o que resulta em crescimento do mercado, melhoria da qualidade e redução de preços e custos, fatores que alimentam o ciclo motor do desenvolvimento social. No Brasil, as atividades de Normalização precisam ser intensificadas em rítmo acelerado, não só pelo crescente desenvolvimento do mercado, como para atender às exigências do Comitê Técnico OMC – Organização Mundial do Comércio.

Formato MARC 21. O formato MARC é um conjunto de códigos e designações de conteúdos definido para codificar registros que serão interpretados por máquina. Sua principal finalidade é possibilitar o intercâmbio de dados, ou seja, importar dados de diferentes instituições ou exportar dados de sua instituição para outros sistemas ou redes de bibliotecas através de programas de computador desenvolvidos especificamente para isto. Um registro MARC é composto por três elementos: estrutura, indicação do conteúdo e conteúdo propriamente dito. A estrutura do registro é uma implementação dos padrões internacionais ANSI Z39.2 e ISO 2709. As indicações de conteúdo são códigos e convenções estabelecidos para identificar e caracterizar os dados dentro do registro e permitir sua manipulação.Os conteúdos dos dados que compõe um registro MARC geralmente são definidos por padrões externos ao formato, como: International Standard Bibliographic Description (ISBD), Anglo-American Cataloguing Rules (AACR2), Library of Congress Subject Headings (LCSH) ou outros códigos usados pela instituição criadora do registro. O formato MARC 21 para dados bibliográficos inclui informação sobre material textual impresso ou manuscrito, arquivo de computador, mapas, música, recurso contínuo, material visual e material misto; os dados bibliográficos normalmente incluem título, nome, assunto, nota, dado de publicação e descrição física.

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Livro (BK) - usado para material textual impresso, eletrônico, manuscritos e microformas, por natureza monográfico, por exemplo: livros, teses, etc.;



Recurso Contínuo (CR) - usado para material textual impresso, eletrônico, manuscritos e microformas, com publicação frequente, por exemplo, periódicos, jornais e anuários. Até 2002 era designado como Publicação Seriada (SE);



Arquivo de Computador (CF) - usado para programas de computador (softwares), dados numéricos, arquivos multimídias desenvolvidos para computador, serviços e sistemas on-line. Outros tipos de recursos eletrônicos são codificados de acordo com seu aspecto mais relevante;



Mapas (MP) - usado para todos os tipos de material cartográfico - impresso, eletrônico, manuscritos e microformas, incluindo mapas planos e globos;



Música (MU) - usado para música impressa, eletrônica, manuscritas e microformas, registros sonoros musicais e não-musicais;



Material Visual (VM) - usado para mídias projetáveis e não projetáveis, gráficos bi-dimensionais, artefatos tri-dimensionais ou objetos naturais e kits;



Material Misto (MX) - usado para documentos com formas mistas principalmente para coleções de arquivos e manuscritos. Até 1994, Material Misto (MX) era designado como Material de Arquivo e Manuscrito (AM).

Todos estes materiais, podem ser monográficos ou seriados, dependendo da sua característica. Tipos de registros bibliográficos Os tipos de registro e de material são especifícados através de códigos, indicados no Líder 06 (Tipo de material), que identificam os seguintes tipos de registro bibliográfico: Material textual Material manuscrito Arquivo de computador Material cartográfico impresso Material cartográfico manuscrito Música impressa Música manuscrita Gravação de som não musical Gravação de som musical Mídia projetável Material gráfico não projetável Artefatos tridimensionais e objetos da natureza Kit Material misto 124

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Microformas, sejam elas originais ou reproduções, não são identificadas como um tipo especial de registro. A microforma é um aspecto secundário do material original, por exemplo a microforma de um livro. O mesmo se aplica para Arquivo de computador. Componentes do Registro Bibliográfico Um registro bibliográfico em formato MARC é composto de três elementos principais: o Líder, o Diretório e os Campos Variáveis. Líder - contém informações que possibilitam o processamento do registro; apresenta números e códigos que são identificáveis pela sua posição; compreende as 24 primeiras posições de um registro. Diretório - apresenta uma série de entradas de tamanho fixo, uma para cada campo variável do registro. Cada entrada possui 12 posições e apresenta três partes: a tag ou etiqueta do campo, o tamanho docampo e a posição inicial do campo. O Diretório vem em seguida ao Líder e está localizado na posição 24 do registro, sendo gerado automaticamente. Campos Variáveis - os dados ou informação do registro estão organizados em campos variáveis ou de conteúdo variável, cada um identificado por uma tag ou etiqueta composta por três caracteres numéricos. Existem dois tipos de campos variáveis: campos de controle - que são os campos 00X; não contém indicadores nem sub-campos; campos de dados - são agrupados em blocos, de acordo com o primeiro caractere da tag; o tipo de informação no campo é identificado pelos caracteres restantes da tag. Apresenta dois tipos de designação de conteúdo: indicadores, as duas primeiras posições no campo de dados variáveis; são representados por um caractere numérico ou alfabético minúsculo; e os códigos de sub-campos, representados por dois caracteres que distinguem as informações dentro do campo; aprsenta um delimitador ($) e um identificador de dados - que pode ser um caractere numérico ou alfabético minúsculo. Repetitividade de campos e subcampos Teoricamente, todos os campos (exceto o 001 - número de controle) e 005 (data e hora da última atualização) e subcampos podem ser repetidos. A natureza do dado, entretanto, não permite a repetitividade. Por exemplo, um registro do formato bibliográfico pode conter somente um título principal, ou seja o campo 245 subcampo $a não é repetitivo. A repetitividade ou não de um campo ou subcampo está representada pelas abreviaturas R (Repetitivo) e NR (Não Repetitivo), apresentadas ao lado de cada campo e subcampo. Níveis de Catalogação O formato MARC21 apresenta dois níveis de catalogação, utilizados nos EUA: nacional e mínimo. Os registros com nível nacional contém informações de catalogação 125

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suficientes para permitir o uso por várias agências nacionais e internacionais. Os registros com nível mínimo de catalogação contém apenas informações essenciais, embora informações adicionais possam ser fornecidas. São utilizados códigos para indicar a exigência ou não de um determinado dado ou informação no registro: A - Obrigatório, se aplicável: a informação referente aquele campo ou subcampo deve estar presente se a utilização dos mesmos for apropriada ao documento que está sendo descrito e se a informação estiver disponível; M - Obrigatório: é obrigatória a utilização do campo ou subcampo; O - Opcional: a utilização do campo ou subcampo é opcional. Caractere cheio e valores relacionados Um caractere cheio (ASCII 7C hex), representado neste documento por uma barra vertical (|), pode ser utilizado em um registro quando o formato especifica que deve-se utilizar um código, porém o criador do registro decide não fornecer este código. Este caractere não deve ser utilizado em nenhuma posição do Líder, tags, indicadores ou códigos de subcampos. O código u - desconhecido ou não especificado - é utilizado para indicar que o criador do registro tentou fornecer um código, porém não foi capaz de determinar o código apropriado. O código n - não se aplica - é utilizado para indicar que as características definidas pela posição não se aplicam ao tipo específico de documento ou registro. Convenções Tipográficas 0 – representa o dígito zero nas etiquetas, campos fixos e indicadores e outros lugares numéricos. Não confundir com a letra ―O‖ maiúscula, em exemplos e textos. # - é usado para espaço em branco em campos codificados e em outras situações especiais, onde a existência do espaço em branco poderia ser ambígua. $ - indicador de subcampo – utilizado como delimitador de código de subcampo. No texto, os códigos de subcampo são indicados como subcampo $a, por exemplo. / (barra diagonal) – posições específicas de caracteres do Líder, Diretório, campo 007 e 008, subcampo $7 dos campos de entradas de ligação são expressas utilizando-se uma barra e o número da posição do caractere. Exemplo: Líder/06, 007/00, 008/12. 1 – o símbolo gráfico 1 representa o número 1. Não confundir com a letra i ―I‖ maiúscula e a letra L ―l‖ minúscula. 126

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| (barra vertical) – representa um caractere cheio em exemplos do MARC para casos em que um código pode ser usado mas o criador do registro decide não fornecê-lo. Podemos utilizá-lo nos campos 006, 007 e 008 e subcampo $7 do campo 533 e nas entradas de ligação (760-787). Não utilizamos este símbolo no Líder, nas tags, nos indicadores ou nos códigos de subcampos.

Catálogo de autoridade. A Catalogação é o processo através do qual se descreve, formalmente, qualquer objeto, documento ou recurso, e se estabelece um número variado e variável de pontos de acesso à informação recolhida, a fim de que o utilizador final encontre, identifique, selecione e obtenha a informação que pretende numa biblioteca, num catálogo, numa base de dados. A Catalogação tem a ver com a ordem, a lógica, a objetividade, a indicação precisa e a consistência, e necessita, por conseqüência, de mecanismos que assegurem esses atributos. Um registo catalográfico consiste em três partes:  o ponto de acesso  a descrição bibliográfica  a localização ou (para os recursos digitais) o próprio documento. O ponto de acesso encaminha o utilizador para o registo; a descrição permite-lhe decidir se o recurso descrito interessa ou não e a localização conduz o utilizador para o documento desejado. Esta formulação simples é a base de toda a Catalogação. Não obstante, cada elemento do registo catalográfico obedece a normalização. Assim, a descrição faz-se de acordo com princípios pré-estabelecidos que determinam quais os elementos relevantes a registar e a ordem pela qual se devem apresentar. A normalização ISBD (Descrição Bibliográfica Internacional Normalizada) é a mais conhecida e universalmente utilizada. A localização obedece também a formas normalizadas, ainda que sem expressão nacional ou internacional, antes seguindo esquemas pré-determinados localmente. A exceção é a formulação para a localização de recursos electrónicos, essa sim sujeita a regras internacionalmente aceites. Já no que respeita aos pontos de acesso, a situação é diferente. Com efeito, para garantir que o utilizador do catálogo encontre um registo e/ou possa agrupar registos que partilham uma característica comum, é preciso que a formulação dos pontos de acesso seja normalizada, ou seja, é necessário que exista controlo de autoridade. O CATÁLOGO DE AUTORIDADE 127

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O catálogo de autoridade tem como objetivos gerais:  a criação e manutenção de registos de autoridade que validam o trabalho do catalogador e a qualidade do catálogo;  a provisão de um acesso à informação fiável e consistente. O registo de autoridade, durante o tempo do catálogo em fichas, continha a forma autorizada para um cabeçalho e, noutras entradas, registavam-se as formas variantes autorizadas (como entradas remissivas ―Veja também‖) e as formas rejeitadas (como entradas remissivas ―Veja‖). O ficheiro de autoridade praticamente só existia em bibliotecas de grande porte, sendo em muitos casos o próprio ficheiro bibliográfico a fonte de informação sobre a(s) forma(s) autorizadas(s) e as formas rejeitadas. O uso de formas consistentes nos cabeçalhos, consagrado pelos Princípios de Paris, 1961, proporcionavam às bibliotecas a possibilidade de, ao mesmo tempo, evitar informação inconsistente para o utilizador e facilitar o trabalho do catalogador. Os resultados eram tanto ou mais apreciados quanto, para além das entradas propriamente ditas, os registos de autoridade continham notas sobre as fontes utilizadas para estabelecer a forma autorizada ou para explicar a identidade de determinada pessoa de forma a poder distingui-la de outras com nome semelhante. Esta tradição encontrou facilidades acrescidas no contexto automatizado e o registo de autoridade, concomitantemente com o ficheiro de autoridade, passou a ser uma peça fundamental na validação dos pontos de acesso. Essencialmente, podemos afirmar que o papel do registro de autoridade se reveste de cinco componentes:    

Registra a forma normalizada de cada ponto de acesso. Possibilita o agrupamento de todos os registros com o mesmo ponto de acesso. Garante a normalização dos registros no catálogo. Documenta as decisões tomadas e as fontes utilizadas para estabelecer os pontos de acesso.  Regista todas as formas do ponto de acesso que não a escolhida como normativa.  Documenta outras formas usadas para o ponto de acesso (como formas anteriores do nome) de modo a servir de orientação para o catalogador. Nos catálogos em fichas e outros pré-OPAC, o registro de autoridade existia, na maioria dos casos, só implicitamente, como atrás referimos. O cabeçalho utilizado era a sua manifestação evidente. Os catálogos em linha obrigam, não raro, à formulação explícita de registos de autoridade ligados às entradas do catálogo e contendo, pelo menos, os elementos que a seguir indicamos:  o ponto de acesso normalizado  todas as formas remissivas ―Veja‖  relação (ou entrada remissiva ―Veja também‖) com registros de autoridade aos quais está ligado  as fontes utilizadas para estabelecer o ponto de acesso  listagem de formas anteriores e de outros usos de forma normalizada. O registro de autoridade assim constituído está ligado, nos sistemas integrados, a todos os registrros bibliográficos aos quais diz respeito, sendo a partir do ficheiro de 128

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autoridade que se desenrola o processo de pesquisa e a apresentação dos respectivos resultados sempre que o utilizador interroga a base de dados. O conteúdo do registro de autoridade pode ser de grande importância para o catalogador e para o utilizador final, na medida em que reflete do trabalho de pesquisa em torno de um autor, título ou assunto. Em casos em que se verificam variantes há uma razão para escolher uma forma e não outras, bem como para optar por uma fonte de informação e não por outra. O agente principal que determina a escolha é o código ou as regras de catalogação em vigor na zona em que a catalogação é feita. Dado que não há um código global de catalogação (apesar das Anglo-American Cataloguing Rules, second edition – AACR2 – serem largamente utilizadas ou inspiradoras de regras nacionais), os catalogadores em diferentes áreas geográficas podem chegar a conclusões completamente diferentes mesmo quando havia alguma similaridade na evidência. Esta, por sua vez, é uma mistura da atitude objectiva (a evidência que os documentos apresentam e as próprias obras de referência) e da atitude subjectiva (a interpretação que o catalogador faz das regras de catalogação e o modo como as aplica ao documento catalogado). As razões objectivas e subjetivas podem até motivar diferentes abordagens da mesma evidência dentro da mesma instituição ou por parte do mesmo catalogador. Para evitar a frequência de tais situações convém ter em conta as fontes a utilizar na construção dos cabeçalhos:  os ficheiros de autoridade existentes, a nível nacional ou local  as regras de catalogação em vigor  o documento que está a ser catalogado  as fontes de referência (qualquer fonte que providencie informação). Cada categoria deve ser sopesada face às outras e, mesmo dentro de cada uma, quando haja discrepâncias, certas fontes podem ter mais autoridade do que outras. CONTROLE DE AUTORIDADE NO AMBIENTE WEB O ambiente Web vem abrir novas potencialidades para os registos de autoridade. A rápida acessibilidade à informação, a globalização desse mesmo acesso propiciando a entrada em várias bases de dados ao mesmo tempo, leva a que a construção do ficheiro de autoridade, enquanto acto isolado de uma biblioteca, passe a ser visto como um acto coletivo indispensável, sob pena de não ser possível encontrar, na pesquisa via Web, a informação fiável e exaustiva que, obviamente, o investigador pretende. Do ponto de vista da gestão de recursos humanos e financeiros e dos objectivos estratégicos a alcançar por uma biblioteca, a partilha da informação em torno dos ficheiros de autoridade é um benefício porquanto reduz os custos globais que o trabalho de autoridade acarreta sendo que, ao mesmo tempo, permite um acesso controlado e uma maior precisão na pesquisa. Da mesma maneira que vemos vantagens na cooperação para um controlo de autoridade mais eficaz e para a construção de melhores pontos de acesso, não podemos esquecer 129

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um conjunto de dúvidas que naturalmente se levantam à persecução deste trabalho. A primeira é independente do acesso Web e tem a ver com os custos inerentes ao controlo de qualidade e o interesse (e viabilidade) de tal tarefa para as bibliotecas em geral. Com efeito, para se executar as tarefas de Catalogação com a plenitude normativa que atrás se mencionou, é preciso pessoal adequadamente treinado, com um bom conhecimento das regras sobre determinação e forma dos cabeçalhos, instrumentos de referência para apoiar as escolhas feitas e um sistema automatizado que sustente o ficheiro de autoridade. A atribuição de autoria, a escolha da forma do cabeçalho, a aposição de elementos de identificação ou distinção, o estabelecimento de entradas remissivas, a elaboração de notas explicativas, em suma, a criação do registro de autoridade, é uma tarefa morosa e dispendiosa. Nem todas as bibliotecas dispõem de meios para poder desenvolver um trabalho rigoroso ao nível da investigação, sobretudo, e nem todas assumem o controlo de autoridade como uma prioridade a prosseguir. Trata-se de um trabalho que foi sempre mais conotado com as agências bibliográficas nacionais, com a elaboração da bibliografia nacional corrente ou retrospectiva, considerando-se que, a partir dos registos de autoridade criados a esse nível, está constituída uma mais-valia de que as outras bibliotecas, a nível nacional, podem beneficiar, evitando a repetição do trabalho e assegurando cabeçalhos de qualidade para os seus registos. Por outro lado, a nível internacional, o ficheiro de autoridade da agência bibliográfica nacional é também um valor acrescentado pois, em ambiente de cooperação e sobretudo tirando partido da interoperabilidade entre sistemas, esse ficheiro serve de autoridade para os autores do respectivo país de origem. Mas será que é mesmo necessário o controlo de autoridade no acesso à informação via Web? Não dispomos de ferramentas que o podem substituir, com vantagem, nas pesquisas com truncatura ou por palavra-chave? Como vencer as barreiras objectivas e subjetivas de que falámos atrás, num ambiente multilingue e de múltiplas variantes de códigos de catalogação? Será ainda necessário (e possível em termos de custo/benefício) o cabeçalho uniforme? Estarão os Princípios de Paris e as Regras de Catalogação desadequados aos novos contextos tecnológicos? Comecemos pela primeira questão e analisemos as oportunidades e desafios que a Internet coloca ao controlo de autoridade. A Web é, quase por definição, caótica. Muitos utilizadores lançam uma questão e obtêm uma resposta que consideram satisfatória mas ignoram que pode haver muito mais informação sobre o mesmo autor, título ou assunto que não foi recuperada. Pode ser porque o nome que pesquisaram não estava correcto ou a colectividade sobre a qual queriam investigar não é reconhecida pelo seu acrónimo mas sim por uma forma completa (ou vice-versa), enfim, uma multiplicidade de situações que conhecemos como variantes bibliográficas e que dão origem a uma recuperação de informação incompleta e, por vezes, errada. Quando colocamos os nossos catálogos disponíveis através da Web, introduzimos os princípios de vocabulários controlados para assuntos, nomes e títulos. Os catálogos em linha podem, pois, servir de auxiliares de busca na Internet, sobretudo quando se estabelecem hiperligações entre o registo bibliográfico e o próprio recurso. Também 130

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podemos ter a situação inversa, isto é, ligações na Web para os nossos catálogos, a partir de ferramentas de referência ou de documentos em linha. Essas ligações permitem a quem pesquisa saltar directamente para catálogos em linha, a fim de encontrar obras de ou sobre determinado autor ou assunto. Quanto à origem da informação, tanto pode ser a partir dos registos bibliográficos como dos de autoridade, que proporcionarão outros elementos informativos de interesse sobre o autor ou o assunto pesquisado. Poder-se-á dizer que para grande parte das pesquisas na Web, o acesso à informação controlada e normalizada não será absolutamente vital. Pesquisando tentativamente (experimentando chaves de pesquisa, procurando por palavras isoladas, truncando a expressão) ou recorrendo aos motores de busca para localizar sítios de interesse, muitos utilizadores da Internet vão percorrendo os recursos disponíveis e juntando informação relevante, sem que as suas pesquisas signifiquem mais do que um ―browsing‖ à imensidão informativa de que a Web dispõe. Porém, quando a pesquisa é mais fina, quando há necessidade de encontrar informação precisa e exaustiva, o utilizador sente, obviamente, que a estrutura habitual de um catálogo controlado é a que melhor facilita a procura e o agrupamento de informação. O controlo de autoridade permite precisão na recuperação dos registos ou obras de interesse e a estrutura de um ficheiro de autoridade, com as remissivas, assegura que os materiais relevantes serão encontrados, independentemente da forma usada na pesquisa. Ainda que, hoje em dia, a Web não ofereça grande quantidade de informação controlada, devemos desenvolver esforços para que se possa funcionar no caos … com alguma ordem e, sobretudo, compete às bibliotecas e aos bibliotecários dar aos utilizadores a opção de uma pesquisa mais fiável, se eles assim o quiserem.

Catalogação cooperativa. O PCC é um programa de cooperação internacional, coordenado pela Biblioteca do Congresso dos Estados Unidos da América (Library of Congress (LC)), juntamente com os participantes do PCC no mundo. Na seqüência, será apresentada pequena sinopse de um dos programas de maior êxito e mais dinâmicos de controle bibliográfico. O PCC, em contínuo desenvolvimento, expande seus benefícios a todos os catalogadores profissionais, empenhados no provimento de acesso mais amplo e profundo aos acervos bibliográficos. É um indicador excelente de cooperação em catalogação e, por essa razão, estamos convidando novos parceiros a participar deste importante programa. O que é o PCC? O Programa de Catalogação Cooperativa é um projeto de cooperação internacional com o principal objetivo de expandir o acesso a registros bibliográficos, provendo uma catalogação útil, rápida e de baixo custo orçamentário, seguindo regras e padrões comumente aceitos pelas bibliotecas em todo o mundo.

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Objetivos do PCC 

   

Aumentar e agilizar, por meio de ações cooperativas, a disponibilidade de registros bibliográficos e de autoridades, produzindo catálogos a serem usados e compartilhados com outras instituições, a custo controlado. Desenvolver e manter padrões comumente aceitos. Promover a importância de acesso fácil e de custo controlado de catalogação e expandir o número de catalogadores, usando as regras aceitas. Aumentar e compartilhar o uso de registros bibliográficos estrangeiros. Manter um diálogo constante, sobre planejamento e operações entre os participantes deste programa, possibilitando assim levar adiante a missão do PCC. Benefícios para os Membros do PCC

 

 

     

Participar dos programas cooperativos mundiais mais abrangentes em catalogação e ajudar a formar o futuro da pr tica de catalogação. Participar do desenvolvimento e da revisão de regras nacionais e internacionais de catalogação para ajudar a criaçã o de um sistema mais confiável e de custo controlado. Reduzir o custo de operações de catalogação, aumentando o número de registros que possam ser usados com pouca ou nenhuma correção local. Reduzir o número de registros de autoridades criados e a manutençã o local dos mesmos, aumentando o número de contribuiçõ es de registros pelos participantes dos programas NACO e SACO. Atualizar e melhorar os registros de monografias, publicaçõ es seriadas e de autoridades, incluindo os criados pelas bibliotecas nacionais. Receber treinamento de pessoal capacitado do PCC. Relacionar-se com colegas de outras bibliotecas nacionais e instituições. Receber documentaçã o e treinamento grátis de participantes do NACO, BIBCO e CONSER. Reduzir a carga dos trabalhos de catalogação em âmbito local através de esforços coletivos em âmbito global. Influir nos objetivos, políticas e regras do Programa, participando em seus comitês e grupos de trabalho. Participantes do Programa Cooperativo em Catalogação No mundo global cont¡nuo e em evolução, de redes de catalogação, o compartilhamento de informação é absolutamente necessário. Desde que as bibliotecas começaram a implementar o AACR2 em escala mundial, a criação, atualização e manutenção de catálogos padronizados de autoridades (nomes) comprovaram ser verdadeiros desafios para os catalogadores. Além disso, o constante crescimento do número de publicações, numa ampla e variada gama de formatos, vem proporcionando renovado interesse na cooperação de iniciativas bibliográficas.



NACO: Programa para o estabelecimento de autoridades bibliográficas por nome.



SACO: Programa para o estabelecimento de autoridades por assuntos. 132

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 

BIBCO: Programa de registros bibliográficos CONSER: Programa cooperativo em linha de publicações seriadas. NACO : Programa para o Estabelecimento de Autoridades Bibliográficas por Nome Por meio deste programa, os participantes contribuem com registros novos e atualizados para nomes, t¡tulos e séries para o banco de dados nacional de autoridades. A adesão é individual, ou por grupo de bibliotecas com interesses comuns, que podem organizar um subgrupo para contribuir com registros, nomeando um coordenador responsável pelo esforço comum.







Propósito: Os participantes concordam em seguir um conjunto de padrões e instruções comuns para criar ou modificar registros, a fim de manter a integridade de um registro compartilhado internacionalmente. Capacitação: Os participantes são treinados durante uma semana, por especialista do NACO, optando pelo local, em suas próprias instituições ou na LC. Durante esse período, discutem-se as diretrizes a seguir, enfatizando-se a necessidade de simplificar os esforços de catalogação e, ao mesmo tempo, criar um registro consistente e confiável. Este registro ajudará a comunidade bibliotecária mundial a trabalhar mais eficazmente, colaborando para o aproveitamento máximo de recursos. Contribuições para a Base de Dados de Autoridades de Nome: Por meio das redes de serviços bibliográficos OCLC e RLIN, os participantes do NACO podem contribuir com registros de autoridades novos e também fazer mudanças nos registros já existentes dentro da base de dados que se encontra na LC. Além disso, os participantes podem contribuir com registros de autoridades para séries e títulos uniformes. Para mais informações (em inglês) sobre este programa visite o "site" Web do NACO. SACO: Programa Cooperativo para Cabeçalhos de Assuntos Por meio deste programa, os participantes propõem cabeçalhos de assuntos para inclusão nos Cabeçalhos de Assuntos da Biblioteca do Congresso (LCSH).







Propósito: As bibliotecas participantes do SACO propõem novos cabeçalhos de assunto, de modo que essa ferramenta de catalogação reflita as necessidades dos usuários na comunidade de bibliotecas. Também podem-se propor modificações. Treinamentos: Os participantes assistem a semin rios sobre catalogação de cabeçalhos de assuntos, oferecidos pela LC, em conjunto com conferências da ALA e reuniões do PCC. Propostas: São fornecidas instruções detalhadas para apresentar propostas, usando o formulário de propostas em linha acessível no "site" Web PCC 133

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BIBCO: Programa de Cooperação de Registros Bibliográficos Por meio deste programa os participantes, membros do NACO, contribuem com registros para as bases de dados nacionais. Estes registros são identificados como registros do PCC e se distinguem por seu trabalho completo de cabeçalhos autorizados. 

Treinamentos: Os bibliotecários participantes assistem a uma sessão de capacitação, organizada especificamente para suas próprias necessidades, na sua instituição de trabalho. O treinamento se baseia no registro bibliográfico básico e na capacidade para tomar decisões necessárias, a fim de que os catalogadores produzam um produto de qualidade. O treinamento é dirigido por bibliotecários de bibliotecas pertencentes ao PCC. Para mais informações (em inglês) sobre este programa, visite o "site" Web do BIBCO

CONSER: Programa de Cooperação Online de Publicaçães Seriadas Os objetivos do CONSER são dois: produzir e manter uma base de dados de registros de publicações seriadas de vários formatos e de amplo uso e contribuir para a catalogação e a criação de padraões dessas publicações, através da criação de uma documentação responsável. 



As contribuições de registros do CONSER: A base de dados do CONSER se encontra inserida no Catálogo Coletivo Informatizado do OCLC. Os membros do CONSER verificam e modificam registros de catalogação no OCLC ou contribuem com registros originais através de FTP, serviços de distribuição de fitas e produtos bibliográficos. Treinamentos: Os novos membros do CONSER são treinados por catalogadores especialistas em publicações seriadas da LC ou de outras instituições do CONSER. O período de aprendizagem é geralmente de uma a duas semanas, seguido de uma sessão de reforço. O CONSER está em processo de desenvolvimento do Programa de Capacitação em Cooperação de Publicações Seriadas, numa proposta de tentar produzir material de treinamento de modo padronizado e ensinar a futuros monitores. Os treinamentos serão oferecidos por monitores especialistas de instituições pertencentes ao PCC e LC.

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ÁREA DE SERVIÇOS DE REFERÊNCIA E INFORMAÇÃO: Fontes especializadas em C&T: Obras de referência, Obras de referência são compilações de informações sobre determinado tema. Podem ser específicas, como compêndios temáticos e de profissões, ou gerais, como dicionários e enciclopédias. Normalmente possuem apenas as informações consideradas fundamentais para o entendimento dos verbetes. Têm como objetivo serem apanhados imparciais do conhecimento contemporâneo à sua produção. Por isso, seu conteúdo é escrito de forma impessoal e normalmente não há assinatura do autor de cada entrada. Oganizadas por editores, tendem a uma certa homogeneidade na profundidade e formatação dos textos. A Wikipédia, nestes pontos, apresenta algumas diferenças permitindo que se verifique com maior precisão a autoria e a própria credibilidade das informações, assim como a profundidade dos textos é diferente, dependendo da disponibilidade de algum contribuidor.

Periódicos eletrônicos, Periódicos eletrônicos possibilitam uma pesquisa rápida e eficiente, pois o armazenamento e acesso eletrônico permitem uma excelente precisão na busca de artigos. Vejamos alguns dos principais portais de periódicos, tais como CAPES, CNEN, PloS ONE, Scielo, entre outros. CAPES Periódicos Portal de periódicos da CAPES. CNEN / LivRe Portal com listagem de periódicos digitais de acesso gratuito. Gallica BNF Lista de periódicos da Biblioteca Nacional da França. PloS ONE Revista eletrônica com artigos sobre pesquisas científicas e medicinais 135

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Bases de dados, O que é uma Base de Dados? É possível dizer de uma forma genérica que qualquer conjunto de dados é uma Base de Dados (BD): uma agenda com as moradas de pessoas conhecidas, uma lista de CDs, um livro, apontamentos tirados nas aulas, os dados guardados nos computadores das Finanças sobre os contribuintes e a World Wide Web. O objectivo de criarmos e mantermos uma BD é a de poder obter e utilizar os dados lá guardados: procurar a morada de uma determinada pessoa, saber o que foi dito nas aulas sobre um tema ou procurar a página WWW do Prémio Nobel da Economia deste ano. Embora sendo possível usar a definição genérica dada acima, o termo base de dados é aplicado hoje em dia principalmente para fazer referência a bases de dados informáticas, isto é, conjuntos de dados estruturados, manipulados usando um Sistema de Gestão de Bases de Dados (SGBD) ou Database Management System (DBMS). Para permitir ao utilizador atingir os objectivos referidos acima, um SGBD disponibiliza linguagens de:   

definição de dados: para criação e alteração da estrutura da BD (DDL - Data Definition Language) consulta de dados: obter e processar os dados armazenados (DQL - Data Query Language) manipulação de dados: para acrescentar dados novos e modificar dados existentes (DML - Data Manipulation Language).

Hoje em dia, cada vez mais SGBD, como o Access, "escondem" essas linguagens por trás de interfaces do utilizador gráfica. Outras características dos SGBDs são: 





acesso simultâneo: vários utilizadores podem aceder e alterar a mesma BD ao mesmo tempo sem criar inconsistências. Por exemplo, 2 utilizadores diferentes podem consultar simultaneamente os dados do mesmo cliente. No entanto o SGBD não permite que ambos os utilizadores alterem esses dados ao mesmo tempo. vistas: diferentes utilizadores poderão ter o seu acesso limitado a partes da BD. Por exemplo, embora todos os dados de uma organização estejam na mesma BD, aqueles que são importantes para a definição da estratégia só podem ser consultados pela administração. construção de aplicações: a tendência actual dos SGBDs é para combinarem a gestão do armazenamento/manipulação dos dados com a construção das aplicações que implementam os processos da organização. Tradicionalmente, os 136

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processos eram implementados independentemente, com recurso a linguagens de programação mais ou menos integradas com o SGBD.

Alguns exemplos de SGBD de grande porte são ORACLE, Informix, Adabas, SQL Server e DB2. Para PCs temos o MySQL, Dbase, FoxPro e Access. Os primeiros têm mais capacidade e são mais fiáveis do que os últimos. Estes são adequados para uso doméstico, em pequenas empresas ou como forma de aceder a partir de PCs a BDs instaladas em sistemas de grande porte, através de uma aplicação acessível ao utilizador não especialista em informática 1. Um Pouco de História? A utilização comercial de BDs começou nos anos 60. Inicialmente a informação era guardada em ficheiros e a sua consulta e manipulação era muito pouco prática. Para definição de dados eram usados os modelos hierárquico e de rede. No início dos anos 70 surgiram os SGBD relacionais cuja popularidade não tem parado de crescer até hoje. Este sucesso pode ser explicado pela simplicidade do modelo em que assentam, o modelo relacional, que é constituido somente por relações, e pelo surgimento de uma linguagem de manipulação simples e eficiente, o SQL (Structured Query Language). 1.

Uma Aplicação: Requisição de Livros numa Biblioteca Entidades: Livros(cota,titulo,autor,situação) Leitores(bilhete_identidade,Nome,Morada) Requisições(nr, bilhete_identidade,data) Requisicao_livros(nr,cota,data_devolucao)

Modelo de dados:

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As entidades "Leitores" e "Livros" são as entidades primárias nas relações. Estas entidades existem de forma independente. Isto é, uma biblioteca pode ter leitores e livros mesmo que não tenha requisições, no entanto não pode haver requisições se não houver livros ou leitores.

Usualmente, a manutenção das tabelas que envolvem entidades primárias requer: - Consultar registos que satisfazem determinadas condições; - Inserir novos registos; - Corrigir dados em registos existentes; - Eliminar registos-

A entidade "requisições" reflete as transacções entre "leitores" e "livros". A manutenção desta entidade requer: - Efectuar requisições; - Consultar requisições; - Efectuar devoluções.

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A entidade de ligação "Req_livros", surge por necessidade do modelo: deverá ser transparente para o utilizador.

1. Menu principal O formulário "Biblioteca" é um "BlankForm" com botões de comando para aceder ás diferentes operações. Á propriedade "OnClick" dos botões estão associadas macros que abrem os formulários respectivos.

Na base de dados, existe uma macro chamada "Autoexec". Porque se chama "Autoexec", é executada automaticamente quando a Base de Dados é aberta. Esta macro abre o formulário "Biblioteca".

2. Gestão de Leitores A manutenção (inserir, editar, consultar ou eliminar registos) da tabela "Leitores" é feita através do formulário "Leitores" (um "Tabular Form" em que a fonte de registos é a tabela "Leitores"):

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Control

Tipo Control

Propriedade

Macro /Função

TextBox

AfterUpdate

localiza

CommandButton

OnClick

primeiro, novo, ultimo, fechar

CommandButton

OnClick

anterior(), seguinte(), elimina()

Todas as operações para deslocar pelos registos poderiam ser efectuadas a partir de macros. No entanto, situações de erro (Ex: posicionar no registo anterior quando está no 1º registo) não são tratáveis por macros, por esse motivo as operações de: posicionar no registo anterior, posicionar no registo seguinte e eliminar registos, são implementadas utilizando funções.

Macros associadas aos controlos: 140

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Funções para as operações: posiciona no registo anterior, posiciona no registo seguinte, elimina registo:

Function anterior ()

Function seguinte ()

On Error GoTo anterior_erro

On Error GoTo seguinte_erro

DoCmd GoToRecord , , A_PREVIOUS

DoCmd GoToRecord , , A_Next

anterior_exit:

seguinte_exit:

Exit Function

Exit Function

anterior_erro:

seguinte_erro:

MsgBox("Inicio da Fonte de Registos!")

MsgBox ("Fim dos Registos !") Resume seguinte_exit

Resume anterior_exit End Function End Function

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Function elimina () On Error GoTo elimina_erro DoCmd DoMenuItem A_FORMBAR, A_EDITMENU, A_SELECTRECORD_V2, , A_MENU_VER20 DoCmd DoMenuItem A_FORMBAR, A_EDITMENU, A_DELETE_V2, , A_MENU_VER20 elimina_exit: Exit Function elimina_erro: MsgBox ("Não pode eliminar registo corrente !") Resume elimina_exit End Function

3. Gestão de Livros A fonte de registos do formulário é uma "query" que ordena os livros por ordem alfabética do "Titulo":

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Os botões ("A" a "Z") permitem filtrar os registos que são apresentados, selecionando os registos para os quais o campo selecionado na "ComboBox" começa pela letra indicada. A "Combo Box" "procura por" possibilita estabelecer o campo ("Titulo", "Autor" ou "Editor") sobre o qual é estabelecido o filtro:

"Combo Box" "Procura por"

Botões de comando (A a Z)

A função "Localiza" está definida no Módulo "Biblioteca":

Function Localiza (Letra As String) Select Case Forms![Livros]![procura] Case "Titulo": DoCmd ApplyFilter , "[titulo] Like ""[" & Letra & "]*""" Case "Autor": DoCmd ApplyFilter , "[autor] Like ""[" & Letra & "]*""" Case "Editor":

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DoCmd ApplyFilter , "[editor] Like ""[" & Letra & "]*""" End Select End Function

O botão de comando "TODOS" tem associada a macro:

4. Gestão de Requisições A informação necessária está distribuída por 4 tabelas. Um formulário Main/Subform tem duas fontes de informação. Uma solução é a seguinte:

"Query"

Objectivo

leitor requisicao

livros requisitados

Formulário Main/SubForm que integra a informação das duas "queries".

Query "Leitor requisição":

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Query "Livros requisitados":

Formulário de Requisições:

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Os controlos com fundo branco, são os que recebem "Input" do utilizador. Os controlos de fundo cinzento, têm as propriedades "Enabled" e "Locked" respectivamente "No" e "Yes" de forma a não possibilitar alterar o seu valor (nem receber "Foco"). O botão "Requisição" é utilizado para criar uma nova requisição (em branco). Tem associada uma macro que posiciona num novo registo. O botão "Fechar" tem uma macro associada que fecha o formulário. No subformulário existe uma "Text Box" que conta o número de livros requisitados. É um controlo calculado que tem a expressão =COUNT( cota ), associada á propriedade "Control Source".

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Digitando um Bilhete de Identidade não existente na tabela "Leitores" a operação de "JOIN" na "Query" "Requisição leitores" (a mesma situação para "Cota"), não satisfaz as restrições de integridade, pelo que aparece a mensagem de erro:

Uma forma de ultrapassar este problema consiste em definir uma função para validar a informação digitada pelo utilizador.

Macro

Control

Propriedade

Objectivo

nova

Botão "Requisição"

OnClick

Iniciar uma nova requisição

leitor

"TextBox" Leitor

BeforeUpdate

Verifica se o leitor está registado na tabela "Leitores"

livro

"TextBox" Cota

AfterUpdate

Verifica se está identificado o leitor

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Verifica se a cota digitada corresponde a um livro na tabela "Livros" fechar

Botão "Fechar"

OnClick

Fecha o formulário

Modulo "Biblioteca" Variáveis Globais para o módulo: Dim db As Database, leitor As Recordset, livros As Recordset

Function abrir () Set db = DBEngine.Workspaces(0).Databases(0) Set leitor = db.OpenRecordset("Leitores") leitor.index = "PrimaryKey"

Associada á propriedade "OnOpen" do formulário. Tem como objectivo inicializar as variáveis tipo "RecordSet"

Set livros = db.OpenRecordset("Livros") livros.index = "PrimaryKey" End Function Function fechar () livros.Close

Associada á propriedade "OnClose" do formulário.

leitor.Close db.Close End Function Function procura_leitor (cod As Control) leitor.Seek "=", cod

Executada a partir da macro "Leitor". Verifica se um leitor existe na

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If leitor.NoMatch Then MsgBox ("Leitor não existe !") procura_leitor = 0 Else

tabela "Leitores". O parametro "cod" é o código do leitor, a função retorna "True"(-1) se o leitor existe "False" (0) caso contrário.

procura_leitor = -1 End If End Function

Para o control "Cota" a situação é mais complexa, pois alem de validar o valor introduzido é necessário o efeito "lateral" de atribuir ao campo "situação" o valor FALSE.

Function valida_livro (cod As Control) livros.Seek "=", cod If livros.NoMatch Then MsgBox ("O Livro não existe !") valida_livro = 0 Else

Executada a partir da macro "livro". Verifica se um dado livro existe na tabela "Livros". A função tem um parametro "cod" - a cota do livro - e retorna "True" (-1) se o livro existe ou "False" (0) se o livro não existe.

If livros.[situação] Then valida_livro = -1 Else MsgBox ("O Livro está requisitado!") valida_livro = 0 End If End If

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End Function

Function reset_livro (cod As Control) If Not IsNull(cod) Then livros.Seek "=", cod If livros.NoMatch Then MsgBox ("Livro não existe !")

Associado á propriedade "OnEnter" do control "cota" e "OnDelete" do formulário. Marca o campo "situação" da tabela "Livros" como disponível.

reset_livro = 0 Else livros.Edit livros.[situação] = -1 livros.Update End If End If End Function

Function set_livro (cota As Control) On Error GoTo set_livro_erro If Not IsNull(cota) And Not livros.NoMatch Then livros.Edit

Associado á propriedade "OnExit" do control "cota". Marca o campo"situação" da tabela "Livros" como indisponível.

livros.[situação] = 0 livros.Update End If set_livro_exit: Exit Function

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set_livro_erro: Resume set_livro_exit End Function

5. Gestão de Devoluções Devolver um livro requer: localizar a requisição onde esse livro foi requisitado, preencher o campo data de devolução e marcar o livro como disponível (campo situação da tabela "Livros"). O formulário que se apresenta, identifica o leitor, e mostra, no subformulário, todos os livros ainda não devolvidos, requisitados pelo leitor. Prenchendo o campo devolução, é executada a função "devol()" que marca o livro com disponível.

A fonte de registos para o formulário principal é a tabela "Leitores". A fonte para o subformulário é a "query":

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A query seleciona os livros da tabela "Req_livros" com o campo "devolucao" não preenchido (Criteria: IsNull).

O formulário "Devoluções" só possibilita preencher o control "Localiza" para encontrar uma dada requisição e o controlo "devolução", todos os outros têm as propriedades:

A macro "invalida" associada ás propriedades "On Insert" e "On Delete" do subformulário, cancela os eventos de inserir ou eliminar registos:

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O controlo "Devolução" tem associada á propriedade "AfterUpdate" a função:

Funções Definidas:

Option Compare Database 'Use database order for string comparisons Dim db As Database, livros As Table

Function abrir_livros ()

Function fecher_livros ()

Set db = CurrentDB()

livros.Close

Set livros = db.OpenTable("livros")

End Function

livros.index = "PrimaryKey" End Function

Function devol (cota As Control, data_devol As Control) livros.Seek "=", cota If Not livros.nomatch Then livros.Edit If IsNull(data_devol) Then livros![situacao] = 0 Else livros![situacao] = -1 End If

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livros.Update End If

Portais de informação; Os portais de informação e administração do Virtual Community Grid -VCG são partes integrantes do Projeto GT-VCG, realizado pelo Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC) em parceria com a Rede Nacional de Pesquisa e Ensino (RNP). Estes portais foram desenvolvidos através do uso de tecnologias gratuitas e se tendo em mente o bem estar e a segurança dos seus usuários; foram utilizados padrões de design e segurança descritos pelo World Wide Web Consortium - W3C. Dentre as tecnologias utilizadas destacam-se: Linguagem PHP 4; Server Side Include (SSI); Linguagem Cliente Javascript; Cascade Style Sheet (CSS); Gerenciador de Banco de Dados PotgreSQL versão 7.4; Apache Web Server versão 1.3 com suporte SSL; Algoritmos de criptografia de senha para envio das mesmas através da rede. Portais do GT-VCG Para atender as necessidades do Projeto GT-VCG foram desenvolvidos 3 portais: portal de informação, portal de administração e portal de submissão. Portal de Informações Este portal tem por finalidade criar uma área pública de acesso às informações relativas ao projeto, assim como o cadastro(comunidades, projeto e usuário), acesso às áreas restritas, monitoramento de máquinas na grade, submissão e monitoramento de tarefas. Dentre seus componentes destacam-se: Página Inicial Através desta página é possível obter várias informações atualizadas sobre o projeto, além de links para as demais áreas do Portal de Informações. 154

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Usuários não cadastrados, além de obter informações, podem entrar em contato com a equipe do Projeto GT-VCG, realizar o donwload dos pacotes de instalação, necessários para aderir ao projeto.

Bibliotecas digitais; Biblioteca digital é a biblioteca constituída por documentos primários, que são digitalizados quer sob a forma material (disquetes, CD-ROM, DVD), quer em linha através da Internet, permitindo o acesso à distância. Este conceito inclui também a ideia de organização composta por serviços e recursos cujo objectivo é seleccionar, organizar e distribuir a informação, conservando a integridade dos documentos digitalizados. Segundo Leiner (1988), "Uma biblioteca digital é a colecção de serviços e de objectos de informação, com organização, estrutura e apresentação que suportam o relacionamento dos utilizadores com os objectos de informação, disponíveis directa ou indirectamente via meio electrónico / digital." Uma biblioteca digital permite o acesso remoto através de um computador com ligação em rede e, ao mesmo tempo, a sua utilização simultânea por diversos utilizadores, onde estes podem encontrar em suporte digital os produtos e serviços característicos de uma biblioteca física. Através dela é também possível utilizar de forma integrada diferentes suportes de registo de informação (texto, som, imagem). As bibliotecas digitais eliminam as barreiras físicas e a distância, factores que desde sempre limitaram o âmbito das bibliotecas físicas – biblioteca sem muros. Porém, estas bibliotecas sofrem de outros tipos de limitações, nomeadamente a nível da sua temática. Assim, a Internet, meio por excelência de transmissão da informação neste contexto, comporta diferentes aspectos únicos, como sendo a capacidade de memória, a transportabilidade e a ubiquidade da informação. A biblioteca digital pode ser também designada por biblioteca electrónica (eletrônica no Brasil), biblioteca sem muros ou biblioteca virtual.

História O desenvolvimento das bibliotecas digitais está intimamente relacionado com a evolução da tecnologia e do modo de tratamento e transmissão de dados. Desde a invenção do telefone por Graham Bell (1876), passando pela criação do primeiro computador pela ENIAC (1946), até à invenção da web por Tim Berners-Lee (1991). Antes, em 1971, Michael Hart, no momento em que a rede se limitava apenas a 23 computadores, criou a Biblioteca de Alexandria em formato digital (Projeto Gutenberg), cujo primeiro trabalho se baseou na Declaração da Independência dos Estados Unidos. Esta iniciativa foi muito bem sucedida, dando origem à disponibilização de mais de 2 000 títulos em diferentes línguas.

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As bibliotecas começaram por utilizar a tecnologia dos computadores para melhorar os seus serviços básicos como a catalogação e organização do acervo à sua guarda. Com a proliferação do acesso em linha, estas instituições passaram a poder ter bases de dados organizadas, dinamizando assim a informação disponível. Na última década do século XX, o mundo da informação digital sofreu grandes transformações, tendo surgido inúmeros projectos que confluíram no que hoje denominamos de bibliotecas digitais, tal como acontece com as bibliotecas das universidades de Columbia e de Yale. «Na verdade, hoje o digital deixou de ser um desafio para se transformar numa realidade.»

Vannevar Bush O surgimento da biblioteca digital pode ser considerado como uma evolução natural da tradicional, em virtude do aumento do fluxo informacional que dificulta a atualização e a recuperação da informação. Foi pensando em um meio para organizar a informação que Vannevar Bush teve a idéia inovadora de criar uma máquina para "automatizar a memória humana". Bush considerava que a mente humana trabalhava por associação, criando uma intrincada rede de vias interconectando as memórias e os dados nela armazenados. Portanto, sentiu que o melhor desenho para organizar mecanicamente a informação deveria incorporar a associação. Em 1945, publicou um artigo na Atlantic Monthly com o título As We May Think. Neste artigo descreveu a máquina que denominou de Memex. Este, seria um aparelho onde se poderia guardar e abrir documentos utilizando o microfilme. Seria composto por um teclado, botões e alavancas de selecção, e armazenamento de microfilme. A informação guardada no microfilme poderia rapidamente ser aberta e exposta num ecrã. Esta máquina serviria como uma extensão da memória humana e das suas associações. Tal como a mente humana forma memórias através de associações, o utilizador do Memex seria capaz de fazer links entre documentos. Bush chamava a estes links rastros associativos. Apesar de Bush acreditar que esta máquina era a evolução da tecnologia da época, o Memex não foi criado. Pode-se dizer que foi Bush o idealizador da criação de um mecanismo em que se recupera informações para o usuário. Porém, faleceu no dia 30 de junho de 1974, sem que sua invenção fosse colocada em prática - antes mesmo da Internet se tornar popular. Entretanto suas idéias não ficaram no esquecimento, pois, depois de sua morte, outros deram continuidade aos pensamentos dele. Theodore Nelson, por exemplo, foi um dos que seguiram o raciocínio de Vannevar Bush e passou a ser conhecido, por alguns pesquisadores, como discípulo de Bush.

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O hipertexto, o crescimento da Internet e, mais ainda, a concretização dos sonhos de Bush através do desenvolvimento destes recursos tecnológicos é que vão permitir ao leitor, à medida que lê, associar rapidamente àquilo que leu outros textos já lidos e de igual interesse, unindo a eles suas próprias observações, de forma a poder recuperar tudo isso mais tarde, como se fosse um novo texto por ele construído. Os avanços dos recursos tecnológicos, favoreceram os meios que trabalham com informação, dentre eles a biblioteca tradicional, que para facilitar o acesso, implantou computadores e recursos da área de informática em todos os serviços como catalogação, empréstimo, devolução, etc. Esta modernização serviu de base para a criação da biblioteca digital.

Utilizadores Tal como acontece com as bibliotecas tradicionais, os utilizadores das bibliotecas digitais dividem-se em três grandes grupos: investigadores, estudantes / professores e de leitura pública. As necessidades dos utilizadores neste contexto são preenchidas, essencialmente, através da utilização da Internet, acedendo ao sítio ou a página da biblioteca que apresenta informações sobre a própria biblioteca (serviços e colecções), podendo também consultar o catálogo bibliográfico em linha.

Vantagens 

       

Conjuga a nova tecnologia informática com a milenar tecnologia da escrita, possibilitando o arquivo e a disponibilização do saber a todos os seus utilizadores; Funciona 24 horas por dia e permite o acesso à distância; Desenvolve-se a partir de contribuições individuais dos seus utilizadores; Permite o acesso simultâneo de um número infinito de utilizadores; Permite o acesso em linha a outras fontes de informação externas; Comporta diferentes formatos de informação; Os custos de aquisição são reduzidos; Desempenha um papel importante na preservação dos documentos; Facilitam o acesso a pessoas com deficiência.

Desvantagens    

O excesso de informação cria redundância e perda de tempo; Inexistência de infra-estruturas necessárias; Perigo relacionado com os Direitos de Autor; A complexidade dos sistemas informáticos pode levar à info-exclusão.

Elementos das bibliotecas digitais 

Dados bibliográficos (referentes a documentos em papel e electrónicos); o Metadados (em português) 157

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     

Índices e ferramentas de pesquisa; Colecções; Documentos primários disponíveis sob diferentes formatos; Imagens; Periódicos em linha; Informações úteis sobre a instituição e a comunidade.

Tipologia 



   



Bases de Dados Bibliográficas: sistemas de informação onde se registam a existência de recursos, tais como revistas, jornais, relatórios, etc., como por exemplo a PORBASE - Base Nacional de Dados Bibliográficos (Portugal); Repositórios Digitais: fundo de obras digitalizadas, tais como revistas, jornais, relatórios, etc., ou de obras nascidas já digitais, como por exemplo a BND Biblioteca Nacional Digital (Portugal); Manuais Digitalizados: obras em linha que correspondem a manuais de estudantes com informação e serviços complementares (ex.: Metatext); Colecções de e-book: acesso via web de livros completos (ex.: NetLibrary); Ferramentas de cursos Digitalizados: iniciativa relacionada com o processo de aprendizagem (ex.: XanEdu); Bibliotecas Digitais Patrimoniais: colecção de obras raras ou de valor importante para uma dada comunidade, digitais ou digitalizadas a fim de serem acessíveis a todos, como acontece com determinadas colecções à guarda de uma Biblioteca Nacional; Bibliotecas Digitais Eruditas: constituição de uma colecção enciclopédica.

Biblioteca Digital Mundial Em 2009, a UNESCO, em parceria com a Biblioteca do congresso dos Estados Unidos, lança a Biblioteca Digital Mundial. Bibliotecas digitais brasileiras

         

Biblioteca Digital Brasileira de Computação (BDBComp) - UFMG (em português) Biblioteca Digital Paulo Freire (em português) NUPILL: Núcleo de Pesquisa em informática literatura e lingüistica - UFSC (em português) Domínio Público: Bilioteca Digital do Governo do Brasil (em português) Biblioteca Digital MetaLibri (em português) Biblioteca Digital da Universidade Estadual de Campinas, Brasil, São Paulo (em português) (em português) Pesquisa Mundi Biblioteca Virtual - Brasil Escola pribi.com.br - Biblioteca Virtual com clássicos em domínio público (em português) Wikilivros (em português) - Biblioteca Digital da Wikimedia Foundation 158

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  

Wikisource (em português) - Biblioteca Digital da Wikimedia Foundation Biblioteca Brasiliana Digital - USP (em português) Biblioteca Digital do Senado Federal - BDSF (em português)

Ferramentas de busca e recursos informacionais na Internet; Pode-se dizer que a Internet acabou definitivamente com o isolamento entre pesquisadores de todo o mundo. Nenhum cientista com acesso à rede mundial de computadores pode hoje alegar que seu trabalho é ruim por não ter conseguido obter as melhores ou mais atualizadas informações a respeito de um assunto. No entanto, procurar informações na Internet é como procurar agulhas em um palheiro. Se quisermos fazer levantamentos sistemáticos e eficazes para fins científicos, devemos lançar mão de instrumentos adequados, sob pena de ficarmos soterrados sob milhões e milhões de informações. Neste contexto, o excesso de informações pode ser tão grave quanto sua escassez. É preciso saber garimpar, sobretudo procurando os endereços ou mecanismos de busca mais adequados. Lidar eficiente ou inteligentemente com os mecanismos de busca evita um acúmulo não seletivo de publicações, como resultado de nosso levantamento. Em primeiro lugar, todos os catálogos, antes presentes nas bibliotecas sob forma impressa, já estão hoje disponíveis apenas sob a forma eletrônica, diretamente online. É o caso, por exemplo, dos catálogos eletrônicos como o ASFA. Através destes catálogos, temos acesso, em um primeiro momento, ao resumo dos artigos ou livros, além de uma série de outras informações bibliográficas importantes. A principal limitação destes catálogos é conter apenas os resumos dos trabalhos, que nem sempre são suficientes ou satisfatórios, dependendo do rigor das nossas buscas. Felizmente, mais e mais editoras científicas importantes já disponibilizam o acesso online aos textos completos de artigos científicos, ou mesmo de livros. É o caso do serviço Science Direct, da importante editora Elsevier, disponibilizado pela CAPES para universidades brasileiras, e também acessível pelo Portal da Informação da UFPR. Muito material pode ser obtido de maneira gratuita, mas em geral o acesso aos textos completos (assim como o preço das assinaturas das versões impressas) é dificultado por causa dos preços elevados. Isto faz com que, na maioria dos casos, as assinaturas de periódicos sejam institucionais. Podemos acessar e imprimir estes artigos, através de um aplicativo chamado Adobe Reader, em formato rigorosamente idêntico ao das versões impressas. Por outro lado, muitas editoras disponibilizam temporaria ou permanentemente, de forma gratuita, o acesso a textos completos de suas publicações, como forma de fazer propaganda ou atrair assinantes potenciais. Estes ―serviços‖ ou facilidades da Internet nada mais são do que ―correspondências‖ do mundo impresso, ou seja, versões eletrônicas de documentos originalmente disponíveis sob a forma impressa. No entanto, as enormes facilidades proporcionadas pela rede mundial de computadores não se limitam a estes recursos. 159

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Há programas ou mecanismos de busca, vinculados à própria rede, que se encarregam de localizar sites ou endereços com informações sobre um assunto, a partir da indicação (e do cruzamento) de palavras-chave. O mais adequado para fins científicos, além de gratuito, é o Google Acadêmico, em http://scholar.google.com.br). Mecanismos de busca para fins científicos são o Web of Science, o Scirus (http://www.scirus.com/?b), Science Direct (http://www.sciencedirect.com), Scopus (http://www.scopus.com/scopus/home.url) e Ingenta (http://www.ingentaconnect.com/) que permitem acesso rápido a uma infinidade de informações técnico-científicas, sobre todo e qualquer assunto. Entre as muitas facilidades da Internet, serviços como correio eletrônico (e-mail) e as vídeo-conferências têm extraordinárias implicações para a atividade científica. Com eles, podemos contatar rapidamente colegas de todo o mundo e rapidamente trocar idéias, trabalhos e quaisquer materiais de interesse mútuo. Estas facilidades contribuíram muito para reduzir o isolamento de pequenas instituições de pesquisa, em países menos desenvolvidos, ao mesmo tempo em que aumentou poderosamente a capacidade de submetermos nossas idéias e trabalhos ao crivo crítico da comunidade científica de todo o mundo (e vice-versa). Como exemplo, muitas páginas pessoais ou institucionais sobre temas científicos e as listas de discussão (listas de conferência ou list servers) são hoje absolutamente essenciais para qualquer pessoa que faça pesquisa e queira se manter permanentemente atualizada e em contato com pesquisadores que trabalham em áreas correlatas. Existem hoje centenas de listas de discussão na área das ciências do mar.

Programas cooperativos e consórcios; Programa de Catalogação Cooperativa (PCC) O PCC é um programa de cooperação internacional, coordenado pela Biblioteca do Congresso dos Estados Unidos da América (Library of Congress (LC)), juntamente com os participantes do PCC no mundo. Na seqüência, será apresentada pequena sinopse de um dos programas de maior êxito e mais dinâmicos de controle bibliográfico. O PCC, em contínuo desenvolvimento, expande seus benefícios a todos os catalogadores profissionais, empenhados no provimento de acesso mais amplo e profundo aos acervos bibliográficos. É um indicador excelente de cooperação em catalogação e, por essa razão, estamos convidando novos parceiros a participar deste importante programa. O Programa de Catalogação Cooperativa é um projeto de cooperação internacional com o principal objetivo de expandir o acesso a registros bibliográficos, provendo uma catalogação útil, rápida e de baixo custo orçamentário, seguindo regras e padrões comumente aceitos pelas bibliotecas em todo o mundo. Objetivos do PCC 160

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    

Aumentar e agilizar, por meio de ações cooperativas, a disponibilidade de registros bibliográficos e de autoridades, produzindo catálogos a serem usados e compartilhados com outras instituições, a custo controlado. Desenvolver e manter padrões comumente aceitos. Promover a importância de acesso fácil e de custo controlado de catalogação e expandir o número de catalogadores, usando as regras aceitas. Aumentar e compartilhar o uso de registros bibliográficos estrangeiros. Manter um diálogo constante, sobre planejamento e operações entre os participantes deste programa, possibilitando assim levar adiante a missão do PCC. Leia o Plano Estratégico Qüinqüenal (texto em inglês) para saber como o PCC alcançará estes objetivos. Benefícios para os Membros do PCC

 

 

     

Participar dos programas cooperativos mundiais mais abrangentes em catalogação e ajudar a formar o futuro da pr tica de catalogação. Participar do desenvolvimento e da revisão de regras nacionais e internacionais de catalogação para ajudar a criaçã o de um sistema mais confiável e de custo controlado. Reduzir o custo de operações de catalogação, aumentando o número de registros que possam ser usados com pouca ou nenhuma correção local. Reduzir o número de registros de autoridades criados e a manutençã o local dos mesmos, aumentando o número de contribuiçõ es de registros pelos participantes dos programas NACO e SACO. Atualizar e melhorar os registros de monografias, publicaçõ es seriadas e de autoridades, incluindo os criados pelas bibliotecas nacionais. Receber treinamento de pessoal capacitado do PCC. Relacionar-se com colegas de outras bibliotecas nacionais e instituições. Receber documentaçã o e treinamento grátis de participantes do NACO, BIBCO e CONSER. Reduzir a carga dos trabalhos de catalogação em âmbito local através de esforços coletivos em âmbito global. Influir nos objetivos, políticas e regras do Programa, participando em seus comitês e grupos de trabalho. Participantes do Programa Cooperativo em Catalogação No mundo global continuo e em evolução, de redes de catalogação, o compartilhamento de informação é absolutamente necessário. Desde que as bibliotecas começaram a implementar o AACR2 em escala mundial, a criação, atualização e manutenção de catálogos padronizados de autoridades (nomes) comprovaram ser verdadeiros desafios para os catalogadores. Além disso, o constante crescimento do número de publicações, numa ampla e variada gama de formatos, vem proporcionando renovado interesse na cooperação de iniciativas bibliográficas.



NACO: Programa para o estabelecimento de autoridades bibliográficas por nome.



SACO: Programa para o estabelecimento de autoridades por assuntos. 161

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 

BIBCO: Programa de registros bibliográficos CONSER: Programa cooperativo em linha de publicações seriadas. NACO : Programa para o Estabelecimento de Autoridades Bibliográficas por Nome Por meio deste programa, os participantes contribuem com registros novos e atualizados para nomes, t¡tulos e séries para o banco de dados nacional de autoridades. A adesão é individual, ou por grupo de bibliotecas com interesses comuns, que podem organizar um subgrupo para contribuir com registros, nomeando um coordenador responsável pelo esforço comum.







Propósito: Os participantes concordam em seguir um conjunto de padrões e instruções comuns para criar ou modificar registros, a fim de manter a integridade de um registro compartilhado internacionalmente. Capacitação: Os participantes são treinados durante uma semana, por especialista do NACO, optando pelo local, em suas próprias instituições ou na LC. Durante esse período, discutem-se as diretrizes a seguir, enfatizando-se a necessidade de simplificar os esforços de catalogação e, ao mesmo tempo, criar um registro consistente e confiável. Este registro ajudará a comunidade bibliotecária mundial a trabalhar mais eficazmente, colaborando para o aproveitamento máximo de recursos. Contribuições para a Base de Dados de Autoridades de Nome: Por meio das redes de serviços bibliográficos OCLC e RLIN, os participantes do NACO podem contribuir com registros de autoridades novos e também fazer mudanças nos registros já existentes dentro da base de dados que se encontra na LC. Além disso, os participantes podem contribuir com registros de autoridades para séries e títulos uniformes. SACO: Programa Cooperativo para Cabeçalhos de Assuntos Por meio deste programa, os participantes propõem cabeçalhos de assuntos para inclusão nos Cabeçalhos de Assuntos da Biblioteca do Congresso (LCSH).





 

Propósito: As bibliotecas participantes do SACO propõem novos cabeçalhos de assunto, de modo que essa ferramenta de catalogação reflita as necessidades dos usuários na comunidade de bibliotecas. Também podem-se propor modificações. Treinamentos: Os participantes assistem a semin rios sobre catalogação de cabeçalhos de assuntos, oferecidos pela LC, em conjunto com conferências da ALA e reuniões do PCC. BIBCO: Programa de Cooperação de Registros Bibliográficos Por meio deste programa os participantes, membros do NACO, contribuem com registros para as bases de dados nacionais. Estes registros são identificados como registros do PCC e se distinguem por seu trabalho completo de cabeçalhos autorizados. 162

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Treinamentos: Os bibliotecários participantes assistem a uma sessão de capacitação, organizada especificamente para suas próprias necessidades, na sua instituição de trabalho. O treinamento se baseia no registro bibliográfico básico e na capacidade para tomar decisões necessárias, a fim de que os catalogadores produzam um produto de qualidade. O treinamento é dirigido por bibliotecários de bibliotecas pertencentes ao PCC. CONSER: Programa de Cooperação Online de Publicaçães Seriadas Os objetivos do CONSER são dois: produzir e manter uma base de dados de registros de publicações seriadas de vários formatos e de amplo uso e contribuir para a catalogação e a criação de padraões dessas publicações, através da criação de uma documentação responsável.





As contribuições de registros do CONSER: A base de dados do CONSER se encontra inserida no Catálogo Coletivo Informatizado do OCLC. Os membros do CONSER verificam e modificam registros de catalogação no OCLC ou contribuem com registros originais através de FTP, serviços de distribuição de fitas e produtos bibliográficos. Treinamentos: Os novos membros do CONSER são treinados por catalogadores especialistas em publicações seriadas da LC ou de outras instituições do CONSER. O período de aprendizagem é geralmente de uma a duas semanas, seguido de uma sessão de reforço.

CONSORCIOS No Brasil o consórcio nacional de periódicos eletrônicos da Capes, criado no final de 1999. A Coordenadoria de Aperfeiçoamento de Pessoal do Ensino Superior (CAPES) é a instituição pública governamental responsável pela formação de pesquisadores e pela concessão nacional de projetos e bolsas de pesquisa no país. A instituição formou este consórcio assumindo integralmente a responsabilidade pela compra de grande parte das revistas científicas de agentes de revistas e distribuidores às bibliotecas brasileiras participantes - em 1999, com 85 bibliotecas membro. Toda a articulação política fora feita pela Comissão Brasileira de Bibliotecas Universitárias - CBBU -. Nestes últimos dez anos, o relacionamento entre a CAPES e os participantes do consórcio em geral, fora caracterizado por diversos problemas, marcados pela demora e desentendimentos no repasse das verbas a estas instituições. Outro fato marcante desse período e que afetou a aquisição de periódicos no país como um todo foi a forte crise cambial ocorrida ainda em 1999. Porém, em meados de 2000, uma mudança positiva nos rumos do consórcio influenciada pela entrada massiva dos periódicos científicos eletrônicos no mercado brasileiro e a criação de uma infraestrutura tecnológica do órgão gerenciador, dando o suporte que faltava ao consórcio. Em setembro de 2005, o consórcio possibilita o acesso a cerca de 9.444 títulos eletrônicos e a dezenas de bases de dados referenciais disponíveis pelo portal CAPES (http://www.periodicos.capes.gov.br/), e oferecidos a 163 instituições, sejam 163

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de ensino superior ou outras, com acesso restrito às coleções contratadas. as lições de um consórcio de bibliotecas no Brasil A seleção do Consórcio ProBE Programa Biblioteca Eletrônica – para este estudo de caso, dentre os poucos consórcios existentes no mercado brasileiro, foi baseada em critérios como: • habilidade de negociação com os agentes distribuidores de revistas científicas e/ou diretamente com seus editores; • tempo de vida do consórcio e sua habilidade política para atuar como um organismo empreendedor em relação às instituições participantes do Consórcio, considerando as peculiaridades e diferenças em suas linhas de ação, bem como as características de seus dirigentes. É importante destacar que, por ocasião da opção pelo Consórcio ProBE como estudo de caso, o consórcio CAPES estava ainda recém iniciando suas atividades no Brasil e tinha, como uma de suas maiores restrições, a exclusão de participação das bibliotecas das três universidades públicas do Estado de São Paulo, sendo, por este motivo, naquele momento menos amplo que o ProBE, o qual permitia a participação de todas as bibliotecas. De parte do consórcio CAPES, uma das explicações dadas para justificar a exclusão das bibliotecas universitárias destas universidades era a situação em que se encontravam as universidades federais, que necessitavam de apoio financeiro para a aquisição de revistas científicas, enquanto que as bibliotecas do estado de São Paulo, pelo contrário, eram exatamente as bibliotecas líderes, que possuíam os maiores orçamentos para a compra de revistas em todo o estado e, provavelmente, de toda a região sudeste do Brasil. No entanto, alguns meses mais tarde, ocorreram algumas mudanças na política da CAPES, no que diz respeito a estas bibliotecas, que passaram a ser integradas a este. O consórcio ProBE se manteve em atividade até junho de 2002, quando foi descontinuado. A partir desta data, a CAPES se transformou no maior consórcio brasileiro até os dias atuais, tomando o lugar do Consórcio ProBE como portal referencial de revistas de todas as áreas do conhecimento às bibliotecas. Metodologia As seguintes ferramentas metodológicas foram utilizadas para a coleta de dados no estudo de caso: a) Pesquisa e leitura dos documentos oficiais do consórcio; b) Entrevistas e questionários submetidos aos principias líderes e profissionais relacionados ao Consórcio ProBE, de acordo com um guia pré-estabelecido (que foi submetido, como um pré-teste, a um bibliotecário não-participante da pesquisa), bem como questionários submetidos aos principais agentes distribuidores internacionais de revistas científicas com escritórios no Brasil. c) Análise e relatório das principias atividades do consórcio, por meio do acompanhamento das atividades de sua comissão dirigente; d) Coleta de informações dos sites oficiais dos principais agentes distribuidores que participaram deste consórcio na América Latina; e) Análise dos fatores relacionados ao contexto mundial e o brasileiro, para melhor avaliação dos fatos relativos ao consórcio. Resultados

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Em seu período enquanto projeto piloto, o Consórcio ProBE - conforme descrito em documento produzido em seu II Workshop (Programa Biblioteca Eletrônica, 2001) reuniu as cinco universidades públicas paulistas (Universidade de São Paulo - USP, Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho - UNESP, Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP, Universidade Federal de São Carlos UFSCAR, Universidade Federal de São Paulo - UNIFESP), e o Centro LatinoAmericano e do Caribe de Informação em Ciências da Saúde - BIREME, visando naquele instante à compra de 606 títulos eletrônicos da Elsevier Science, sendo pouco mais de uma dezena de títulos da HighWire Press e mais de 100 títulos da então Academic Press. O Consórcio ProBE era gerenciado por um comitê gestor composto por três bibliotecárias, uma das quais se dedicava, em tempo integral, ao consórcio; um representante de cada instituição-membro fundadora (USP, UNICAMP, UNESP, UNIFESP e UFSCAR) e consultores técnicos e jurídicos de todas as partes envolvidas. Além das instituições fundadoras – aquelas universidades que participaram do período piloto do consórcio – juntaram-se outras instituições de pesquisa ao projeto, trazendo a este uma dimensão política única no país naquele momento. O consórcio cresceu aos poucos, devido ao rápido sucesso do acesso aos textos completos desses títulos eletrônicos: de acordo com o relatório de seu comitê gestor, em novembro de 2001, ele atingia a meta de oferecer 2.260 revistas científicas de nove editores diferentes, a uma comunidade de 145.613 pesquisadores, congregando uma rede de 132 bibliotecas de 41 instituições e um orçamento global de US$ 1,500,000.00 dólares, conforme atesta o Programa Biblioteca Eletrônica (2001). Os resultados obtidos evidenciaram que as bibliotecas realizavam a atividade consorciada atingindo um novo patamar quanto aos seus programas de desenvolvimento de coleções. Tal constatação foi corroborada pelas diversas opiniões coletadas, que denotaram: • a conscientização da importância, por parte de cada biblioteca ou instituição, de manterem e ampliarem o acesso compartilhado, bem como a ciência das novas dificuldades com as quais se depararam, num contexto marcado pela crescente migração do periódico científico para o meio digital. Isto ainda que esta migração não possa em médio prazo ser concretizada em sua totalidade para o mercado latinoamericano; • foi possível inferir que o fator anteriormente apontado interferiu diretamente na construção e reformulação do modelo de compras utilizado até então pelas bibliotecas em suas políticas de desenvolvimento de coleções, as quais, dependendo das políticas institucionais ditadas por suas universidades, tenderam a facilitar o acesso à informação científica para um universo mais amplo de usuários (pela idéia de informação enquanto um bem público). Houve saudável discordância e diferenciação entre as instituições do consórcio, no que diz respeito a alguns dos pontos de suas políticas de desenvolvimento de coleções, em conseqüência da atividade consorciada. Isto evidenciou as novas interações políticas e econômicas possíveis entre as instituições como elementos agentes de todo o processo cooperativo. Na medida do possível, cada instituição tentou adaptar seus serviços oferecidos à realidade criada pelo consórcio, diversificando-os pelo aumento das coleções de revistas científicas com acesso eletrônico, com grande parte delas tendo 165

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impacto em suas respectivas comunidades acadêmicas. Esta modificação foi uma reação das bibliotecas para manterem as suas sobrevivências financeiras, agravadas pela alta dos preços de títulos e, em conseqüência, a inelasticidade da demanda pelo uso. No entanto, a análise do consórcio ProBE durante sua existência evidenciou que ele cumpriu parcialmente seus objetivos, enquanto órgão administrativo e empreendedor na condução deste grupo de bibliotecas pela ação de sua liderança política relativamente forte, algo não ocorrido nos anos seguintes. Uma das ressalvas a ser feita e comprovada por depoimentos da coordenadoria do consórcio foi a dificuldade do mesmo em repassar as suas diretrizes de execução às bibliotecas participantes pela utilização de um marketing mais ativo, com a divulgação de todas as suas atividades, permitindo assim uma maior e mais rápida disseminação dos recursos eletrônicos existentes, a fim de torná-lo uma atividade constante nestas instituições-membro do consórcio.

Intercâmbio eletrônico de documentos; Intercâmbio eletrônico de dados designa a troca eletrônica de dados padronizada entre clientes, fornecedores e demais agentes da cadeia da produção e distribuição. O EDI tem sido utilizado como uma ferramenta estratégica pelas empresas, principalmente na relação cliente-fornecedor, podendo ser definido como o movimento eletrônico de informações entre o comprador e o vendedor, com o propósito de facilitar uma transação de negócios (HANSEN e HILL, 1989). Complementando esse conceito, PIZYSIEZNIG FILHO (1997, p.55) destaca que o EDI é uma rede de acesso direto aos clientes do provedor, permitindo a conexão entre os sistemas eletrônicos de informação entre empresas, independentemente dos sistemas e procedimentos utilizados no interior de cada uma dessas empresas. LUMMUS (1997, p.80) cita que as transações freqüentemente enviadas pelo EDI são as de compras, transporte e transações de pedidos entre um comprador e um vendedor. Ordens de compra, avisos de estoques, despacho de material e transporte de tabelas são transmitidos do consumidor; enquanto que o envio de pedidos avançados são remetidos pelo fornecedor. O EDI, segundo MOONEY e PITTMAN (1996), ajuda a conduzir negócios de ordenação, armazenamento e outras funções que eliminam gastos e papéis de trabalho. Com relação aos aspectos técnicos, diversos estudos têm analisado o EDI, o que não é o propósito deste trabalho. No entanto, cabe destacar que o EDI ocorre apenas quando há a troca de informações relativas a um documento comercial, em formato previamente especificado, entre computadores de dois ou mais parceiros. Destaca-se também que essa tecnologia necessita de um formato genérico a ser adotado pelas empresas e seus parceiros de negócios; tecnicamente, o EDI envolve padrões (tais como o ASC X.12 e o EDIFACT) bem como plataformas de hardware e software que se enquadrem a uma rede de trabalho que adiciona valor VAN (TSAI et al., 1994; MARTINEZ e POLO-REDONDO, 1997; HANSEN e HILL, 1989). 166

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PIZYSIEZNIG FILHO (1997, p.52) afirma que a função principal de um provedor de EDI é, no momento da adesão de um cliente à rede, instalar o hardware e o software para a tradução das informações da empresa em padrões já normatizados internacionalmente. Na operação do sistema, o provedor deve garantir, tanto o registro da transação, isto é, a comunicação entre os dois parceiros de rede, quanto o sigilo em relação ao acesso de terceiros a estas informações. O EDI tem permitido a modificação na forma de organização das empresas com respeito aos diferentes processos produtivos, obtendo melhorias na produtividade e na eficiência dos agentes empresariais, podendo também diminuir os custos de produção de uma simples operação, por coordenar atividades de produção entre empresas distintas. Assim, essa tecnologia surge como um diferencial nesses tempos de mudanças, em que a globalização sugere a realização de negócios no mundo inteiro de uma nova maneira, de modo a provocar um equilíbrio positivo entre a qualidade de seus produtos/serviços e as necessidades específicas dos diversos clientes (DANIELS e DANIELS, 1996).

Aplicação de normas técnicas nacionais e internacionais na elaboração de documentos; NORMALIZAÇÃO TÉCNICA DE DOCUMENTOS

1 DEFINIÇÃO A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) através da NBR 6023 estabelece convenções para transcrição e apresentação da informação, orientando a preparação e compilação dos elementos que compõem a referência bibliográfica. A referência bibliográfica consiste num conjunto de indicações precisas e minuciosas que permitem a identificação e recuperação de publicações no todo ou em parte. Devem ser organizadas de tal forma a torná-las compreensíveis para quem as elabora, como também para quem as utiliza. Portanto, este manual tem por objetivo orientar seus usuários quanto a elaboração das referências bibliográficas. 2 ElementoS ESSENCIAIS São os elementos indispensáveis à identificação de uma publicação. · Monografias: autor, título, subtítulo (se houver), edição, local de publicação, editora e ano de publicação.

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· Periódicos: autor, título, subtítulo (se houver), nome do periódico, numeração correspondente ao volume, paginação inicial e final do artigo e ano de publicação. 3 Elementos Complementares São aqueles opcionais que, acrescentados aos essenciais, permitem melhor caracterizar as publicações, tais como: série e notas. 4 REGRAS GERAIS · Os elementos da referência devem ser retirados da página de rosto da publicação, e de seu verso quando necessário. · Quando tratar de parte da publicação (capítulo de livro, trabalho de evento, etc.) complementar a referência com as indicações da parte utilizada (autor, título e página inicial/final do capítulo ou do trabalho de evento, etc.). · A lista de referências bibliográficas deve obedecer a ordem alfabética de sobrenome de autor e título, para todo tipo de material utilizado (citado no texto) como fonte de informação. · Incluir nota de rodapé, na primeira página da lista das referências bibliográficas, o seguinte texto: As referências bibliográficas estão de acordo com a norma NBR6023/2002 preconizada pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). 5 APRESENTAÇÃO DAS REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS DE LIVROS/MONOGRAFIAS 5.1 Livros/monografias 5.1.1 Com um único autor (obra citada no todo) BIER, O. Bacteriologia e imunologia. 8.ed. São Paulo: Melhoramentos, 1957. 914p. Sobrenome do autor (em maiúscula ) seguido de vírgula e iniciais dos pré-nomes Título da obra (grifado, negrito ou itálico) Edição (exceto a 1ª) colocar ponto após o número da edição (8.) Local (cidade) de publicação

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seguido de dois pontos ( : ) Editora em seguida vírgula ( , ) Ano de publicação seguida de ponto ( . ) Número de páginas da obra (usar a abreviatura p. após o número)

5.1.2 Obra citada em parte. Quando apenas algumas páginas foram consultadas. BIER, O. Bacteriologia e imunologia. 8.ed. São Paulo: Melhoramentos, 1957. p.10-21. Nota-se que a abreviatura de páginas, neste caso, precede a numeração das mesmas. 5.1.3 Com dois autores MARZZOCO, A.; TORRES, B.B. Bioquímica básica. 2.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1999. 360p.

Separar os autores por ponto vírgula(;), e não usar espaço entre os pré-nomes. 5.1.4 Com três ou mais autores VILLELA, G.G.;BACILA, M.; TASTALDI, H. Bioquímica.Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1961. 452p. Todos os autores devem ser citados. Não usar et al.

OBSERVAÇÃO

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Para obras constituídas de vários trabalhos ou contribuição de vários autores a entrada será pelos editores, coordenadores e organizadores, veja ítem 7.

5.1.5 Obra sem autoria, ou autoria desconhecida. Inicia-se pela primeira palavra do título, em caixa alta (todas as letras em maiúsculas). EXPERIÊNCIAS de química: técnicas e conceitos. São Paulo: Moderna, 1982. 241p. Título Sub-título Local (cidade) de publicação Editora Ano de publicação Total de páginas FARMACOPÉIA Brasileira. 4.ed. São Paulo: Atheneu, 1996. pt.2, p.16.1 UNITED States Pharmacopeia. 24.ed. Rockville: United States Pharmacopeial Convention, 1999. p.945-946. BRITISH Pharmacopoeia 1999. London: Her Majesty's Stationary Office, 1999. p.1423. EUROPEAN Pharmacopoeia. 3.ed. Strasbourg: Council of Europe, 1996. p.1234. (European Treaty Series, n.50).

5.1.6 Obras que se consagraram pelo "nome" ou sua abreviatura PDR. Generics. 2.ed. Montvale: Medical Economics, 1996. p.2035-2040. USP DI. 15.ed. Rockville: United States Pharmacopeial Convention, 1995. p.365-369. [Drug information for the health care professional, v.1]. DEF 2000/2001: dicionário de especialidades farmacêuticas. 29.ed. Rio de Janeiro: Publicações Científicas, 2000. p.34. 170

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MERCK index. 12.ed. Withehouse Station, 1996. p.980. OBSERVAÇÃO

As preposições e artigos, que iniciam o título, não devem ser consideradas.

5.1.7 Citação de capítulo de Livro, cujo autor do capítulo é diferente do autor do livro.

PRADO, J.L. Hormônios. In: VILLELA, G.G.; BACILA, M.; TASTALDI, H.Bioquímica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1961.cap.13, p.333-374. Sobrenome do autor do capítulo (em maiúsculo) seguido de ponto e vírgula e iniciais dos prenomes; Título do capítulo (sem destaque); Preposição latina In: (em); Sobrenomes dos autores do livro (em maiúsculo) e demais elementos identificadores da publicação; Indicação do nº do capítulo; Páginas (inicial e final) do capítulo.

BENNET, J.E. Antimicrobial agents: antifungal agents. In: HARDMAN, J.G.; LIMBIRD, L.E.; MOLINOFF, P.B.; RUDDON, R.W.; GILMAN, A.G., eds. Goodman & Gilman's the pharmacological basis of therapeutics. 9.ed. New York: MacGraw-Hill, 1996. cap.49, p.1183-1184.

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5.1.8 Citação de capítulo de livro, cujo autor é o mesmo da obra KOROLKOVAS, A.; BURCKHALTER, J.H. Agentes anti-sépticos, antifúngicos e antibacterianos. In:_______. Química farmacêutica. Rio de Janeiro: Guanabara, 1988. cap.30, p.522-546.

Autor do capítulo; Título do capítulo (sem destaque); Preposição latina In : ( em ); Travessão (_____); Título da publicação (extraído da página de rosto), em destaque (negrito, ítalico ou grifo); Páginas referentes ao capítulo citado.

5.1.9 Obra não paginada Sem paginação usar n.p. (não paginado). BRAGA, A.L.; ZENI, G.; MARTINS, T.L.; STEFANI, H.A. Síntese de calcogenoinos. In: REUNIÃO ANUAL DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE QUÍMICA, 18, ENCONTRO BRASILEIRO DE FOTOQUÍMICA E FOTOBIOLOGIA, 7, Caxambu, 1995. Programas e Resumos. São Paulo: SBQ, 1995. n.p.

5.1.10 Quando a obra não apresenta um ou todos elementos da imprenta (local, editora e data) Sem local de publicação (s.l.): MORETTO, E. Manual de normas higiênico-sanitárias para indústrias de leite. S.l.: Sociedade Catarinense de Bromatologia, 1986. 103p. Sem editora (s.n.): POURCHET CAMPOS, M.A. Aulas de toxicologia. São Paulo: [s.n.], 1954. 252p. 172

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Sem local e sem editora: SILVA, E. Introdução ao estudo da química geral e inorgânica. 2.ed. [S.l.: s.n.], 1953. 105p. Sem local, editora e ano (s.n.t. - sem notas tipográficas): THIERRY, M. Induduction a l'etude de la chimie. s.n.t. 456p.

5.1.11 Separatas LION, M.F.; ANDRADE, J. Drogas cardiovasculares e gravidez. Separata de: Arq. Bras. Cardiol., São Paulo, v.37, p.125-127, 1981. 5.1.12 Obras com mais de uma editora, ou mais de um local de publicação MARCHIOR, P.Z. Bibliotecas virtuais. Curitiba: UFPR, SEBRAE, 1997. 53p. [Apostila]. NEVES, D.P. Parasitologia humana. Rio de Janeiro, São Paulo: Atheneu, 1987. 455p.

5.1.13 Obras com mais de uma editora e locais de publicações diferentes TEN, P. Metals. Rio de Janeiro: Koogan; São Paulo: Atheneu, 1995. 240p.

5.1.14 Obras divididas em partes FARMACOPÉIA Brasileira. 4.ed. São Paulo: Atheneu, 1988. pt.1. McKNIGHT, S.L. Transcriptional regulation. New York: Academic Press, 1992. v.2, pt.2. 5.1.15 Quando a instituição responsável pela obra entra como autor ABBOTT LABORATORIES. Diagnostics Division.TDx/TDxFlx assays manual: amphetamine/methamphetamine II - List n.1A99. [S.l.], 1996. 8p. [66-6428/R1 jan. 1996].

5.1.16 Citação de citação

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Usa-se o recurso da expressão latina "apud" ( significa "junto a", equivalente a expressão "citado por") quando não se tem acesso ao documento original, assim sendo cita-se a fonte consultada. ANTONINI, E., BRUNORI, M. (1971). Haemoglobin and myoglobin in their Reactions with ligands. (Neuberger, A. & TATUM, E.L. (Eds.), North Holland Publishing Company, Amsterdam, p. 61-3, 76-8, 110, 123-9, 184-6g apud LADIKOS, D.; WEDZICHA, B.L. The chemistry and stability of the haemoprotein complex in relation to meat. Food Chem., Barking, v.29, p.143-155, 1988. KINTZ, P., ed. Drug testing in hair. Boca Raton, FL, CRC Press, 1996. 233p. apud ANALYTICAL therapeutic drug monitoring and toxicology. Boca Raton: CRC Press, 1997. p.237-251. Nota-se que a norma da ABNT só é aplicada depois do apud.

6 ENTRADA PELO COORDENADOR, ORGANIZADOR DA OBRA Obras constituídas de vários trabalhos ou contribuições de vários autores, entram pelo responsável intelectual (organizador, coordenador e editor), seguido da abreviação da palavra que caracteriza o tipo de responsabilidade (org., coord. e ed.). EPSTEIN, I., org. Cibernética e comunicação. São Paulo:Cultrix, EDUSP, 1973. 181p. BECHARA, E.J.H., coord. Cromatografia líquida sob alta pressão. São Paulo: Multitec, 1979. 181p. OGA, S.; BASILE, A.C., eds. Medicamentos e suas interações. São Paulo: Atheneu, 1994. 199p.

7 ENTRADA PELA ENTIDADE COLETIVA As obras de responsabilidade de entidades coletivas têm geralmente entrada pelo título, com exceção de anais de congressos e de trabalhos de cunho administrativo e legal. ASSOCIATION OF OFICIAL ANALYTICAL CHEMISTS. Official metods of analysis of AOAC. 13.ed. Washington, 1980. p.858.

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Quando a instituição da publicação é a própria editora, não é necessário coloca-la na imprenta (Washington: AOAC, 1980).

BIBLIOTECA NACIONAL (Brasil). Relatório da diretoria geral, 1984. Rio de Janeiro, 1985. 40p. Entrada pela Entidade Coletiva (trabalho de cunho administrativo) Título da publicação Local (cidade) Ano de publicação Paginação.

7.1 Entidade coletiva: denominação hierárquica Quando a entidade coletiva tem uma denominação genérica, seu nome é precedido pelo(s) orgão(s) superior(es), hierarquicamente. BRASIL. Ministério das Minas e Energia. Departamento de Administração. INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Centro de Serviços Gráficos.

7.2 Entidade Coletiva: denominação específica Quando a entidade coletiva, embora vinculada a um orgão maior, tem uma denominação específica que a identifica, entra-se diretamente pelo seu nome. Em caso de ambigüidade coloca-se, entre parênteses no final, o nome da unidade geográfica(país, estado, município) a que pertence. INSTITUTO NACIONAL DE ESTATÍSTICA (Brasil) INSTITUTO NACIONAL DE ESTATÍSTICA (Portugal) INSTITUTO MÉDICO LEGAL (RJ) INSTITUTO MÉDICO LEGAL (SP) 8 LEGISLAÇÃO 175

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Toda a legislação (leis, decretos, portarias etc) deve trazer o assunto tratado como título. BRASIL. Portaria n.188, de 29 de novembro de 1996. A Secretaria de Vigilância Sanitária estabelece critérios para prescrição e dispensação de fármacos anorexígenos, institui a notificação de receita tipo "C" e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, n.233, 2 dez. 1996. Seção 1, p.25527. SÃO PAULO (Estado). Decreto n.8.468, de 8 de setembro de 1976. Dispões sobre a prevenção e o controle do meio ambiente. Diário Oficial do Estado de São Paulo, São Paulo, 8 set. 1976. Seção 1, p.25014.

9.PUBLICAÇÕES SERIADAS/PERIÓDICAS 9.1 Artigo de periódico: autor único WERNSDORFER, W.H. Necesidad de medidas urgentes para combatir el paludismo resistente a los medicamentos. Cronicas de la OMS, v.37, n.1, p.12-15, 1983. Nome do autor ( em maiúsculas), seguido de vírgula e iniciais dos prenomes, sem espaços entre eles Título do artigo (sem destaque) Título do periódico por extenso, em destaque (negrito, itálico ou sublinhado) Volume do periódico (precedido de v., sempre em algarismos arábicos (sem destaque) Fascículo ou número (precedido de n.) Paginação do artigo precedida por p. Data de publicação, precedido por vírgula e seguida de ponto final

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9.1.1 Artigo de periódico: informações especiais número especial ou special issue; v.6, n. esp., p.5-18, 1988. v.6, sp. iss., p.5-18, 1988. suplemento ou supplement; v.6, supl.1, p.5-18, 1988. v.6, suppl.1, p.5-18, 1988. fascículo com suplemento ou fascículo suplemento; v.6, n.1 (suppl.), p.34-38, 1998. v.6, n.1 (suppl.4), p.23-37, 1999. mais de um volume reunidos na mesma unidade física e v.1/4, p.2-4, 1992/1995. mais de um fascículo reunidos na mesma unidade física. v.4, n.1/2, p.3-4, 1992.

9.2 Artigo de periódico: dois autores FERREIRA, E.I.; KOROLKOVAS, A. Pró-fármacos e latenciação. Química Nova, v.3, p.113-128, 1980. Os autores são separados por vírgula ( ; ).

9.3 Artigo de periódico: três ou mais autores KLEBE, J.F.; FINKBEINER, H.; WHITE, D.M. Silylation with bis (trimethylsilyl) acetamide, a nighly reactive silyl donor. Journal of the American Chemical Society, v.88, n.14, p.3390-3395, 1966. Não se usa mais ET AL. Todos os autores devem ser mencionados

9.4 Relatório técnico (ou artigo) publicado em periódico, com autor corporativo (instituições, faculdades, associações, etc.)

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AMERICAN MEDICAL ASSOCIATION. Council of Pharmacy andChemistry. Committe on Pesticides. Report. JAMA, Journal of the American Medical Association, v.147, p.571-574, 1951. Nome da entidade, por extenso, em maiúscula Divisão da entidade citada Subdivisão da entidade citada Título do trabalho Título do periódico em que o relatório foi publicado, seguido dos elementos identificadores

9.5 Artigo de periódico, citado, mas não consultado no original DUPAIGNE, P. The aroma of the banana. Fruits, v.30, n.12, p.783-9, 1975.apud Chemical Abstracts, v.84, n.23, abstr. n.1622934u, 1976. Autor do artigo citado Título do artigo citado Título do periódico Volume demais elementos de identificação Preposição latina apud equivalente a citado por Publiccação que citou o artigo e demais elementos de identificação

9.6 Artigo de jornal (comercial), com autor individual

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AMORA, J. Mendicância. Folha de São Paulo, São Paulo, 17 out. 1962.Caderno Cidades, p.2.

Autor do artigo, em maiúsculas Título do artigo, sem destaque Título do jornal, em destaque Local de publicação (cidade) Data de publicação (dia, mês, ano) Título do caderno, seção, suplemento, etc. Página(s) do artigo referenciado

9.7 Artigo de jornal (comercial) sem autor SÃO PAULO ajuda pesquisas com biblioteca de medicina. Jornal do Brasil, Rio de Janeiro, 26/27 abr. 1970. p.35.

Título do artigo, com a primeira palavra (ou expressão) em maiúsculas e as demais minúsculas Título do jornal, em destaque Local de publicação (cidade) Data de publicação (dia, mês, ano) Página do artigo referenciado

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9.8 Artigo publicado em EVENTO (congresso, reunião, seminário, etc) SILVA, A. M.Em defesa da desdolarização. In: ENCONTRO NACIONALDE EXECUTIVOS FINANCEIROS, 1, São Paulo, 1984. Anais. São Paulo:Instituto Brasileiro dos Executivos Financeiros, s.d. p.11-12.

Autor do trabalho, em maiúsculas Título do trabalho Preposição latina In = em Título do seminário, congresso, etc., em letras maiúsculas Número de ordem de realização do EVENTO Local (cidade) de realização do EVENTO Ano de realização do EVENTO Título da publicação do evento (anais, abstracts, proceedings, resumo) em destaque Local de publicação (cidade) Editor responsável pela publicação Ano de publicação Páginas inicial e final do artigo publicado

9.8.1 Publicação de dois EVENTOS ou mais, realizados simultaneamente

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BRAGA, A.L.; ZENI, G.; MARTINS, T.L.; STEFANI, H.A. Síntese de calcogenoeninos. In: REUNIÃO ANUAL DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE QUÍMICA, 18, ENCONTRO BRASILEIRO DE FOTOQUÍMICA E FOTOBIOLOGIA, 7, Caxambu, 1995. Resumos. São Paulo: Sociedade Brasileira de Química, 1995. res. QO-056. Usar vírgula para separar o nome dos eventos.

9.9 Resumo de EVENTO (congresso, reunião, seminário, etc.) publicado em periódico RITA, T.S. O senso comum em química orgânica I experimental.Química Nova, v.14, n.2, res.ED-06, 1991.( Apresentando na Reunião Anual da Sociedade Brasileira de Química, 14, Caxambu, 1991).

Autor do trabalho Título do trabalho Título do periódico, em destaque Volume do periódico (precedido de v., sempre em algarismo arábico, (sem destaque) Fascículo ou número (precedido de n.) Paginação do resumo ou n° de identificação Ano de publicação Título do seminário, congresso, etc. (entre parênteses) Número de ordem da realização do EVENTO Local (cidade) de realização do EVENTO 181

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Ano de realização do EVENTO

10 PATENTE 10.1 Citação de patente (texto completo) McNedd, J.P. Drugs in paths. US Pat. 456.789, 25 ago. 1998. 4p. 10.2 Publicações especializadas em patentes COMMODITES TRADING AND DEVELOPMENT LIMITED, Andre Aspa. Processo e instalação para alcalinizar e pasteurizar as sementes de cacau antes de seu esmagamento. Int. Cl3 A 23 G 1/02. BR n. PI 8002165, 2 abr. 1980. Revista de Propriedade Industrial, Rio de Janeiro, n.527, 1980. p.15. 10.3 Citação de citação (apud) de patentes CARABATEAS, P.M. N-Acylanilides. US. Pat. 3655675, 1972. 8p. apud COSTA, L.E. Drug reviews. Journal Pharmaceutical Science, v.36, p.34-37, 1992. Nome do autor (sobrenome em maiúscula) Título da patente Sigla do país, da palavra patente, seguido do número da patente Ano da patente Total de páginas Preposição latina apud Autor do artigo que citou a patente Título do artigo Título da revista e demais

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elementos de identificação

11 DISSERTAÇÃO E TESE ASUKURA, Y. Hidrólise de proteínas de carne bovina pela ação da papaína, bromelina e ficina. São Paulo, 1982. 98p. Dissertação de Mestrado - Faculdade Ciências Farmacêuticas - Universidade de São Paulo.

Autor (sobrenome em maiúsculas) Título em destaque Local (cidade) Ano Total de páginas Grau de titulação (Tese de Doutorado, Tese de Livredocência, Dissertação de Mestrado ou Dissertação de Especialização) Faculdade ou Departamento onde foi defendido o título Universidade a qual o Departamento ou Faculdade pertence

12 RESENHA OU RECENSÃO Trabalho de síntese, tendo por objetivo servir como veículo de crítica e avaliação. Geralmente constitui seção especial de revista, sendo também chamado de revisão ou nota de livros.

COMITE de Expertos de la OMS en farmacodependencia. 26º informe. Genebra: Organizacion Mundial de la Salud, 1989. 34p. Resenha de: CRETELLA, Y.A.C. 183

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Revista de Farmácia e Bioquímica da Universidadede São Paulo, v.26, n.1, p.78-79, 1990. Título da obra Local (cidade) Editora Ano de publicação da obra Total de páginas da obra Identificação para resenha Resenhador Título do periódico ou obra cuja resenha foi publicada Volume e demais dados que o identifiquem

13 TRADUÇÃO DE PARTE DE MONOGRAFIA

MORENO, F.S., trad. Vitaminas e drogas nutricionais terapêuticas. In: GILLIAS, H.J.; ROGERS, E.G.; SPECTOR, R.G.; TROUNCE, J.R. Farmacologia clínica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1991. p.45-57.

Nome do tradutor do capítulo seguido da abreviatura de responsabilidade (trad.) Título do capítulo Preposição latina In Autores da obra original

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Título da obra Local (cidade) Editora Ano de publicação Página inicial e final do capítulo

14 DOCUMENTOS ELETRÔNICOS 14.1 Livros 14.1.1 CD-ROM ZANINI, A.C.; OGA, S. Guiamed: uso racional de medicamentos. Versão 1.0 for Windows. São Paulo: IPEX, c1997.1 CD-ROM.

UNITED States Pharmacopeia. Ketoconazole. Version 1.0. For Windows. Rockville: Enigma, 1994/2000. CD-ROM. Produzido por US Pharmacopeia. 14.1.2 Online PRITZKER, T.J. An early fragment from central Nepal. Disponível em: http://www.ingress.com/~astanart/pritzker/pritzker.html . Acesso em: 8 jun. 2000. 14.2 Periódicos 14.2.1 Periódicos em CD-ROM OURY, T.D.; TATRO, L.; GHIO, A.J.; PLANTADOSI, C.A. Nitration of Tyrosine by hydrogen peroxide and nitrite. Free Radical Res., Jersey, v.23, n.6, p.537-548, 1995. CD-ROM. Produzido por Harwood Academic Publishers, c1995/1996. 14.2.2 Periódicos Online MUKHOPADHTYAY, B.; CONCAR, E.M.; WOLFE, R.S. A GTP-dependent vertebrate-type phosphoenolpyruvate carboxykinase from Mycobacterium smegmatis. J. Biol. Chem., Birmingham, v.276, p.16137-16145, 2001. Disponível em: http://www.intl.jbc.org/content/vol276/issue19/ . Acesso em : 29 maio 2001. 14.2.3 Resumos de Trabalhos de Periódicos, em Bases de Dados 14.2.3.1 CD-ROM KAWASHIMA, S.; UENO, K.; UEMOTO, K.; IKADA, M. Elution of Pentoxifylline long acting products. J. Jpn. Soc. Hosp. Pharm., Tokyo, 185

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v.25, p.1071-1073, 1989 apud International Pharmaceutical Abstracts. CD-ROM. Produzido por Silver Plater International, c1989. 14.2.3.2 Online HARIHARAN, M.; GUPTA, V.; PRICE, J.C. Optimization of sustained-release tablet formulations: a four-component mixture experiment. Pharm. Dev. Technol., v.2, n.4, p.365-371, 1997 apud MEDLINE. Disponível em: http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed . Acesso em: 29 maio 2001. 14.2.4 Citações de sites da INTERNET FDA. U.S. Food and Drug Administration. Transdermal drug. Disponível em: http://www.fda.gov/ohrms/dockets/98fr/022699.txt . Acesso em: 29 maio 2001. 14.3 E-Mail BARREIROS, A.A. Genéricos [mensagem eletrônica]. Mensagem recebida por [email protected] em 18 maio de 2000.

15 MATERIAIS ESPECIAIS 15.1 Vídeo LIDERANÇA e criatividade. São Paulo: Encyclopedia Britannica do Brasil,1993. 1 fita de vídeo (30min).

Título do vídeo Local (cidade) Produtor responsável Ano Identificação do material 15.2 Transparências O QUE ACREDITAR em relação à maconha. São Paulo: CERAVI, 1985. 22 transparências, color., 25x20 cm.

16 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TËCNICAS. Referências bibliográficas : NBR 6023. Rio de Janeiro, 1989. 17p. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TËCNICAS. Referências bibliográficas : NBR 6023. Rio de Janeiro, 2000. 21p. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TËCNICAS. Referências bibliográficas : NBR 6023. Rio de Janeiro, 2002.. FRANÇA, J.L. Manual de normalização de publicações técnico-científicas.5.ed.rev. Belo Horizonte: UFMG, 2001. 211p. UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO. Sistema Integrado de Bibliotecas. Diretrizes para apresentação de teses e dissertações à USP. São Paulo: SIBi/USP, 2004. Disponível em: http://www.teses.usp.br. Acesso em 18 ago. 2005. UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO. Sistema Integrado de Bibliotecas. Grupo de estudo de referências bibliográficas. Referências bibliográficas. São Paulo: SIBi/USP, 1990. 17p.

APÊNDICE Lista de Abreviaturas e Siglas ABNT

Associação Brasileira de Normas Técnicas.

abstr.

abstracts.

apud

citado por, segundo ou conforme.

cap.

capítulo.

coord.

coordenador.

ed.

editor.

et. al.

e outros. 187

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ISO

International Organization for Standardization.

n.

número ou fascículo.

n.p.

não paginado.

org.

organizador.

p.

página.

res.

resumo.

s.d.

sem data.

s.n. (sine nomine) sem editora. s.l.

sem local de publicação.

s.n.t.

sem notas tipográficas (local, editora e data).

trad.

tradutor

v.

volume.

Estudo e educação de usuários; Atualmente a sociedade vem passando por profundas e rápidas alterações que têm se refletido nos mais variados setores. Nossa inserção nos processos de globalização, a proeminência da informática e das telecomunicações, assim como as mudanças que vêm ocorrendo na economia mundial mudaram os parâmetros profissionais a que estamos subordinados. Isso tem afetado particularmente a educação, sugerindo a adoção de novos paradigmas educacionais mais adequados a essa nova realidade. Nesse sentido tem crescido a importância do aprendizado significativo, com ênfase na formação totalizante do indivíduo e sua capacitação para lidar com a incerteza e o volume superlativo de informações disponibilizadas. Busca-se, mais do que nunca, a construção do conhecimento enquanto processo. 188

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Nesse contexto a importância dos Serviços de Informação e sua atuação educacional, são mais valorizadas. Cumpre então examinar quais seriam as formas mais adequadas dessa atuação frente a essa nova realidade. Surgem então as questões: como deve ser a educação de usuários de serviços de informação frente a esse novo cenário mundial? Quais seriam as competências do bibliotecário educador? O tema desse trabalho é um percurso na busca de respostas a essas questões, rumo a um delineamento que sirva de base à implementação de possíveis modelos de educação de usuários de serviços de informação. Esses modelos devem estar centrados nos usuários e inseridos no contexto da Sociedade do Conhecimento. O cenário de uma nova era Na sociedade atual, a informação passou a ser elemento chave e sua disponibilização tem crescido de maneira exponencial. Tal realidade é sustentada pelos meios de comunicação que ajudaram a construir um quadro calcado na informação e sustentado por uma economia global. O paradigma sistêmico ou holístico tem se fortalecido, em função das mudanças pelas quais a sociedade vem passando. Na visão sistêmica os fenômenos e os acontecimentos são vistos como dinamicamente interconectados e existe a constante busca pela totalidade, que é um dos suportes da Sociedade do Conhecimento. Porém, se hoje falamos em Sociedade do Conhecimento, há pouco tempo tentávamos definir a Sociedade da Informação. Sociedade da Informação é o mesmo que Sociedade do Conhecimento? A pergunta inicial seria: informação é o mesmo que conhecimento? Informação ou conhecimento? Informação e comunicação são dois conceitos indissociáveis e, de forma simplificada, poderíamos afirmar que a comunicação se baseia na troca e no compartilhamento de informações. A informação, por sua vez, é um elemento da comunicação; uma coleção de fatos, dados ou eventos. Por outro lado, o conhecimento passa necessariamente por um processo de percepção, análise, reflexão e interpretação da informação. Se de um lado a informação se baseia na fragmentaçção, o conhecimento se baseia na inter-relação, é essencialmente aberto, sempre em processo, implicando em pensamento crítico na busca de uma visão totalizante. Sociedade da Informação ou Sociedade do Conhecimento?

A expressão Sociedade da Informação advém do boom da informática e das telecomunicações, que permitiram a criação da chamada cibercultura, neologismo definido por LEVY (1999, p.17) como sendo:

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(...) o conjunto de técnicas (materiais e intelectuais), de práticas, de atitudes, de modos de pensamento e de valores que se desenvolvem com o crescimento do ciberespaço, definido por meio de comunicação que surge da interconexão mundial dos computadores, abarcando não apenas a infra-estrutura material da comunicação digital, mas também o universo oceânico de informações que ela abriga, assim como os seres humanos que navegam e alimentam esse universo. A Sociedade de Informação foi calcada neste cenário essencialmente pósmoderno, informático, onde o indivíduo percebe uma certa angústia diante do impacto gerado pela velocidade com que a tecnologia tem evoluído e disponibilizado a informação. Essa evolução tem ocorrido através principalmente dos meios de comunicação como a televisão e a Internet. Por outro lado, a Sociedade do Conhecimento assume contornos diferentes na medida em que, devido a essa explosão de informações disponibilizadas, o indivíduo é levado a desenvolver uma consciência crítica em relação ao que está sendo apresentado, a analisar a relevância disso para suas necessidades, a assumir posturas pró-ativas de busca e uso da informação e a estabelecer relações entre as informações processadas, para então produzir conhecimento. O centro está no processo e na verbalização, não mais na conceituação, uma vez que os conceitos são mutantes em função das condições de relevância , interpretação e contexto em que o indivíduo está inserido. O conceito de Sociedade do Conhecimento é ainda incipiente, fundamentado numa visão do mundo baseada na interdependência social, na constante mutação, no desenvolvimento da consciência crítica e na valorização da cidadania, com o aproveitamento da tecnologia como um meio, não mais como um fim em si mesmo. Surge por um lado, calcada na Sociedade de Informação, uma vez que sem informação não há conhecimento; por outro, calcada na economia, pela transformação do conhecimento em mercadoria, num bem administrável a ponto de podermos falar numa economia do conhecimento. Numa economia global fundamentada nas grandes corporações o valor que o conhecimento agrega é fator determinante superando cada vez mais o trabalho e a matéria-prima. Nesse contexto, a educação assume papel essencial, quer como formadora de profissionais adaptados ao mercado (empregabilidade), quer como formadora de uma consciência crítica capaz de constituir (ou reconstituir) o conceito de cidadania, buscando uma visão totalizante do ser humano. A educação na Sociedade do Conhecimento As mudanças de paradigma social e econômico que vivenciamos atualmente levam a sociedade e suas instituições a um processo de amplo questionamento. A educação e a Universidade devem rever seu papel. Os Serviços de Informação, particularmente as Bibliotecas Acadêmicas, devem se adequar a esta nova realidade.

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Até recentemente, a visão educacional predominante foi a tradicional, baseada num modelo no qual o professor transmite um conjunto de informações aos estudantes a partir de representações quase sempre abstratas, cabendo ao estudante perceber, decodificar e armazenar o que lhe foi apresentado. Atualmente, tem crescido o interesse pela abordagem onde o aprendiz constrói seu conhecimento através da interação contínua com o docente e com o conteúdo a ser apreendido, a partir de situações ou problemas que lhe são apresentados e sobre os quais são feitos questionamentos que o levam a buscar alternativas e soluções, sendo avaliado constantemente no decorrer de sua formação. (FOSNOT, 1998). Assim, como destacam ZABALA (1998) e MASSETO (1998), a educação para uma sociedade baseada na construção de conhecimento deve se voltar para alguns aspectos tais como: . Formação totalizante do aluno (Abrangendo não só conhecimento acadêmico, como também desenvolvendo suas habilidades e seus valores ); . Aprendizado significativo (Aquisição de novos significados e relacionamentos entre idéias, com a formação de uma consciência crítica, oposta ao aprendizado mecânico); . . Aprendizado participativo (Os programas devem ser criados a partir do estabelecimento de definições e compromissos entre educadores e aprendizes); . Aprendizado contextualizado (As situações-problema e as tarefas devem estar inseridas no contexto da comunidade e da sociedade do aprendiz); . Interdisciplinaridade (A interação entre educadores e a interação entre conteúdos deve ser prioritária); . Aprendizado cooperativo (A cooperação entre professores, bibliotecários e aprendizes deve ser fomentada); . Aprendizado pró-ativo (O aluno deve ser incentivado a eleger suas próprias prioridades de formação); . Educação continuada (Formação permanente que se inicia nos primeiros anos de faculdade e se prolonga por toda a vida, aprender a aprender).

A Universidade deve se abrir ao diálogo com a sociedade, com os outros espaços de conhecimento e com o ambiente profissional, já que não é mais o único pólo de produção de conhecimento. As faculdades também devem passar por mudanças, de ambientes condicionadores, predominantemente restritos às salas de aula, a ambientes de convivência social e cultural. Nesse particular, a Biblioteca Universitária é um ambiente possível e desejável.

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O paradigma teórico-pedagógico deve se centralizar no aprendizado significativo, onde o estudante deve saber como o conhecimento é organizado, como achar a informação, como usá-la , para depois tornar-se apto a buscar soluções e a produzir conhecimento. A pesquisa e a elaboração de projetos deve ser enfatizada. Frente a este novo cenário, a educação de usuários é mais do que nunca uma necessidade. A educação de usuários de Serviços de Informação Bibliotecas são instituições educacionais, principalmente as universitárias e as escolares, que não podem ser julgadas independentemente das organizações às quais estão intrinsecamente ligadas. A cada avanço tecnológico, a educação de usuários dos Serviços de Informação torna-se mais importante. Cresce também a necessidade de adequação dos sistemas a seus usuários, de maneira a incorporar a dinâmica da construção de conhecimento, com seus reveses como a incerteza e a ansiedade. Somente planejar melhores formas de orientar as pessoas quanto a fontes e tecnologias não resolve adequadamente tais problemas (KUHLTHAU, 1993) . A educação de usuários é um termo abrangente que reúne vários tipos de ferramentas que vão desde a instrução, o treinamento, a apresentação de interfaces amigáveis, o marketing, a divulgação de artigos e reportagens, manuais, tours, cursos de acesso a bases de dados, até a orientação bibliográfica. Independentemente da designação dada, todos os autores parecem considerar que a educação de usuários permeia os vários processos e produtos da Biblioteca por ser, em essência, a relação entre a Informação, o Bibliotecário e o Usuário/Cliente. Portanto, serão conteúdos de aprendizagem todos aqueles que possibilitem o desenvolvimento das capacidades motoras, afetivas, de relação interpessoal e de inserção social. BELLUZZO (1989, p. 37) conceitua a educação de usuários de Bibliotecas "(...) é o processo pelo qual o Usuário interioriza comportamentos adequados com relação ao uso da Biblioteca e desenvolve habilidades de interação permanente com os sistemas de informação.“ Interiorizar comportamentos significa assimilar conteúdos factuais e conceituais (conhecimentos), conteúdos procedimentais (habilidades) e conteúdos atitudinais (valores). Somente a partir desse trinômio - conhecimentos, habilidades e valores - é possível realizar a educação de usuários em sua verdadeira acepção. Emprestando definições de ZABALA (1998) e MASSETO (1998) da área de Educação e extrapolando para a Biblioteconomia teríamos então vários tipos de aprendizagem: Aprendizagem de conteúdos factuais: A informação dos fatos, acontecimentos, situações, dados e fenômenos. Assim é a informação embutida nos folhetos de divulgação, mapas, tours, e na maior parte das palestras sobre os Sistemas de Informação. 192

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Aprendizagem de conceitos e princípios: São termos abstratos. Esta aprendizagem implica na compreensão dos significados e na elaboração e construção pessoal de conceitos. Assim é o conhecimento dos sistemas de classificação, ou da organização de thesaurus. Aprendizagem de conteúdos procedimentais: Conjunto de ações ordenadas que abrangem regras, técnicas, métodos, procedimentos, dirigidas à realização de um objetivo. Compreendem a ligação estreita entre os mecanismos motor e cognitivo, baseados na realização de ação ou conjunto de ações. Assim é o conhecimento que está por trás dos treinamentos e instruções, no uso de bases de dados, catálogos, etc, como também na habilidade de buscar, de se exprimir, de comunicar-se. Aprendizagem de conteúdos atitudinais: Engloba uma série de conteúdos que podem ser agrupados em valores, atitudes e normas. Os valores se referem às idéias éticas, de juízo. As atitudes se referem à maneira como as pessoas atuam, sua conduta de acordo com seus valores. As normas se referem aos padrões ou regras de comportamento a que somos obrigados a atender desde que integrantes de um grupo social. Os conteúdos atitudinais enfatizam a criatividade, o cidadão, o pensamento crítico , a ideologia e o aprender a aprender, desenvolvendo no indivíduo o processo de reflexão crítica. A verdadeira educação de usuários engloba todas essas aprendizagens e significa acima de tudo o aprender a aprender, aprender a pensar e ser um usuário eficiente da informação. Aprendendo a identificar, buscar, localizar, avaliar e selecionar a melhor informação, refletindo e escolhendo a alternativa mais pertinente, extrapolando para outras situações, o usuário constrói o conhecimento; torna-se capaz de intervir no processo de construção de conhecimento de outras pessoas. Segundo KUHLTHAU (1993) a educação de usuários envolve uso, interpretação e busca de significados da informação, não apenas busca de respostas a perguntas, mas formas de auxiliar o estudante/usuário a construir seus próprios pensamentos e soluções às suas necessidades, desenvolvendo espírito crítico. A ênfase se dá para os aspectos que envolvem os processos de busca e uso da informação, na construção de modelos mentais. Os processos de busca da informação A busca de informação é um processo intelectual que começa com um problema do usuário, uma lacuna entre o que o ele sabe e o que necessita saber, numa determinada situação. Tal estado é dinâmico, mutável e o processo se inicia com questionamentos que levam à busca de respostas, através de determinadas estratégias, análises e tomadas de decisão, buscando o que DERVIN (1993) chamou de ―sense making‖. O processo de busca de informação para a resolução de problemas ou produção de trabalhos científicos é essencialmente um processo de construção de conhecimento. 193

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Como destaca ROUSE e ROUSE (1984) apud FERREIRA (1996, p.221) "O ser humano raramente busca informação como um fim em si mesmo. Ao contrário, ela é parte de um processo de tomada de decisão, solução de problemas e/ou alocação de recursos." Os estudos realizados por KUHLTHAU (1993) revelaram que os estudantes em seus processos de busca de informação para a realização de tarefas propostas, passam por uma sequência de seis estágios que compreendem: início das tarefas; seleção de um tópico; exploração para atingir um foco; formulação do foco; coleta de informações; conclusão do processo de busca e processo de redação. Incorporando três domínios: afetivo (sentimentos), cognitivo (pensamentos) e físico (ação), comuns a cada estágio, o modelo de KUHLTHAU (1993) define os passos da construção de conhecimento a partir da busca da informação. Isso nos leva a considerar que a educação de usuários de Serviços de Informação deve necessariamente se ligar a esse processo. O modelo educacional que melhor se adapta a esse processo é o da alfabetização informacional (information literacy). TIEFEL (1995, p. 318) afirma que cada vez mais a educação de usuários tem se referido às práticas de alfabetização informacional e RADER (1997) em sua revisão anual de literatura da área, também se refere a esse termo. A alfabetização informacional O conceito de alfabetização informacional (information literacy) não é um conceito novo. Surgiu pela primeira vez na literatura com ZURKOWSKI (1974) e reaparece agora valorizado, ligado aos processos de construção de conhecimento a partir da busca da informação e de valores como o aprender a aprender. Aprender a aprender já se tornou chavão. Porém efetivamente do que se trata? A partir da visão da educação de usuários esse conceito fica claro. De acordo com vários autores como a AMERICAN LIBRARY ASSOCIATION (s.d) ; RADER (1997); SMITH (s.d.); TIEFEL (1995) e outros, uma pessoa alfabetizada em informação é capaz de:        

Reconhecer quando existe um problema ou questão e definir tal problema; Determinar as questões sugeridas pelo problema; Identificar a informação necessária à solução do problema e/ou resposta às questões; Encontrar a informação; Analisar e avaliar criticamente a informação; Organizar a informação; Sintetizar a informação dentro da solução/resposta; Integrar os novos conhecimentos a seu universo de conhecimentos estabelecendo relações; ou seja construir o conhecimento. 194

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Em resumo, uma pessoa alfabetizada informacionalmente aprendeu a aprender, uma vez que sabe: . Como o conhecimento é organizado, . Como encontrar a informação, . Como usar a informação para aprender, . Como construir conhecimento. Dentro do cenário atual a alfabetização informacional tem sido impulsionada pela necessidade de formar cidadãos capazes de serem aprendizes independentes, ao longo de suas vidas. Mais do que isso, é necessário aprender a pensar e não somente acumular conteúdos. Isso se traduz na aquisição do chamado pensamento crítico. Entendido como a capacidade de ver conecções entre as disciplinas, o pensamento crítico habilita o aprendiz a considerar questões realmente significativas, a avaliar a relevância, a pertinência e os aspectos ideológicos envolvidos em qualquer processo de aprendizado. Enfatizando o pensamento crítico, o modelo da alfabetização informacional integra-se perfeitamente ao modelo de busca e uso da informação descrito por KULHTHAU (1993) e torna possível realizar uma educação de usuários de qualidade. Neste contexto o bibliotecário ganha destaque como educador/mediador do conhecimento, assumindo-se que a educação de usuários de Bibliotecas deve estar inserida na missão da instituição educacional à qual pertence, com docentes e bibliotecários trabalhando em conjunto. Novas competências para o bibliotecário Acompanhando as mudanças de paradigma do mercado o profissional Bibliotecário também deve estar preparado e atuar de maneira diferente da que vinha atuando. Dentro do contexto da Sociedade do Conhecimento cresce sua importância como educador/mediador do conhecimento. Mediação na Pesquisa Considerando-se que a produção de conhecimento resulta de um processo que se inicia na busca de informações para a satisfação de uma necessidade, partindo-se então para o estabelecimento de relações, surge a ênfase nos processos de busca da informação. Em estudos realizados por KUHLTHAU (1993, p.128) aparece o conceito de mediador atribuído ao bibliotecário, enfatizando tais processos. Existem nesses processos mediadores informais e formais. Mediadores informais são pessoas com as quais o estudante fala a respeito de seu trabalho ou pesquisa, incluindo a família, amigos, etc. Mediadores formais são os profissionais

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empregados em sistemas de informação, como os professores e bibliotecários. 1 Há um consenso entre os autores de que o bibliotecário é o profissional, por formação, especialista em coleção, organização, avaliação e acesso à informação, em seus mais variados formatos e que é, portanto, o profissional mais preparado para atuar como mediador da pesquisa. A mediação do bibliotecário geralmente se inicia quando o estudante já sabe o que precisa e busca coletar informações e, neste ponto, o sistema Biblioteca é bem eficiente. Porém, nos estágios iniciais da pesquisa , onde o estudante experimenta uma situação de angústia e incerteza, não há uma atuação efetiva do bibliotecário para auxiliá-lo. O bibliotecário deveria atuar desde o primeiro momento em conjunto com o professor. Do ponto de vista de KUHLTHAU (1993), o bibliotecário pode assumir vários níveis de mediação: 1. Organizador (só operacionaliza o sistema) 2. Localizador (intervenção factual, respondendo a questões ou localizando informações) 3. Identificador (entrevista, entendimento do problema, indicação de fontes possíveis) 4. Conselheiro (entrevista, entendimento do problema, recomendação de fontes, geralmente do geral para o específico)

negociação,

5. Tutor (intervenção no processo, busca estruturada, interação com o estudante, diálogo, estratégia, recomendações, checagem, redefinição, encorajamento, atuação conjunta constante até a resolução e finalização do processo) . Cada vez que o bibliotecário interage com o usuário algum nível é utilizado. A maior parte das questões ou problemas ficam no nível organizador, localizador e identificador. O intercâmbio entre bibliotecário e usuário raramente chega ao nível 5 (Tutor), que seria o nível ideal de intervenção . O tutor está ativamente envolvido com o currículo, professores e administradores, atuando em conjunto no planejamento educacional.

Mediação Pedagógica

1

The term mediator, rather than intermediary, is used for human intervention to assist information seeking and learning from information access and use(...)a mediator(...)implies a person who assists, guide, and otherwise intervenes in another person’s information search process.. (KUHLTHAU, 1993, p.128).

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A mediação pedagógica atribuída ao bibliotecário se insere na esfera do bibliotecário como docente. A responsabilidade de quem se dispõe a educar usuários em Bibliotecas de comunidades acadêmicas é complexa e vasta, requerendo, segundo PATTERSON (1987) uma mescla de conhecimentos e habilidades tanto como professor quanto bibliotecário. O bibliotecário como mediador pedagógico se confunde com o bibliotecário mediador na pesquisa uma vez que ambos devem estar intimamente familiarizados com os recursos informacionais disponíveis e os instrumentos de acesso às informações, tanto no formato eletrônico quanto no tradicional nas mais variadas disciplinas. Também é desejável que tenham um profundo conhecimento das estruturas das áreas do conhecimento. A crescente importância da educação de usuários e da alfabetização informacional (information literacy) em todos os tipos de bibliotecas fez crescer o número de questões ligadas à formação do bibliotecário como mediador pedagógico/educador. Como educador, o bibliotecário deve estar apto a expressar-se e comunicar-se, criando um ambiente que estimule o aprendizado, utilizando técnicas de transmissão de informações efetivas, assumindo também seu papel de tutor. Porém, nem todos os bibliotecários estão preparados para assumir esse papel. De acordo com PASQUARELLI (1993, p. 99) os cursos de Biblioteconomia oferecem aos bibliotecários o embasamento necessário para o desempenho da profissão, mas não dão capacitação didática. A função do bibliotecário como docente tem sido enfatizada na literatura e a Orientação Bibliográfica é um exemplo disso. JACKSON-BROWN (1993) afirma que, com o crescente uso da tecnologia, o envolvimento dos bibliotecários e dos Serviços de Informação com as instituições de ensino e pesquisa é cada vez maior. A expansão dos espaços educacionais promoveu também o acesso à informação através da Biblioteca e dos bibliotecários que são chamados para alfabetizar seus usuários no uso da Internet , no acesso às informações e na criação de uma consciência crítica frente ao volume superlativo de informações disponíveis atualmente. Neste ponto o papel de mediador de pesquisa e mediador pedagógico se confundem. Concluindo, embora hajam comportamentos díspares convivendo simultaneamente, em termos gerais, o Bibliotecário educador deve re-orientar sua atuação buscando desenvolver suas competências enfatizando: . Atuação direta com o cliente/usuário e comunidade na qual esteja inserido; . Sólidos conhecimentos das fontes de informação; . Capacidade de avaliar a qualidade da informação;

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. Desenvolvimento de pensamento estratégico; . Atitude voltada ao aprendizado permanente; . Compartilhamento e intercâmbio de conhecimentos; . Visão sistêmica da realidade; . Ampliação da capacidade organizacional; . Capacidade de seleção ; . Capacidade de tomada de decisão; . Desenvolvimento de parcerias.

É necessário que o bibliotecário trabalhe junto com os professores de maneira a incrementar a colaboração e interação mútuas, atuando como co-autores nas mudanças educacionais e reestruturações curriculares que buscam a adequação do ensino ao novo contexto da Sociedade do Conhecimento. Seu papel como mediador do conhecimento traz à luz o verdadeiro sentido educacional dos Serviços de Informação. O desenvolvimento de parcerias para a realização de tarefas, temas ou projetos de pesquisa propostos pelos docentes como forma de avaliação de seus cursos, é um dos caminhos possíveis para implementar uma real integração entre os membros da comunidade acadêmica (alunos, docentes e bibliotecários). Nesse sentido, os programas educacionais das Bibliotecas Universitárias devem se voltar para:       

Ênfase no trinômio: conhecimentos, habilidades e valores; Mediação na construção de conhecimento através da busca de informação e da alfabetização informacional; Mediação entre o aluno e os suportes de acesso informacional, sejam em papel ou eletrônicos; Promoção da cooperação e interação com a comunidade; Ênfase nas habilidades e nos valores de pensamento e questionamento; Promoção de uma atmosfera de confiança e segurança para o aprendizado; Auxílio aos alunos a fim de torná-los responsáveis por seu próprio aprendizado.

Serviços de referência virtuais e presenciais. Com o advento da Internet e a novas modalidades de ensino a distância em curso, nas universidades brasileiras, as bibliotecas estão sendo pressionadas a servir de suporte aos usuários presenciais e àqueles fisicamente distantes. Por conseguinte, há uma demanda 198

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por serviços e produtos para usuários remotos e as bibliotecas e seus recursos bibliográficos são solicitados por um número crescente de usuários com as mais variadas questões. O usuário remoto não é um fenômeno novo para bibliotecas, pois o uso do telefone, fax, correio e, mais recentemente, o catálogo on-line são meios que caracterizam essa denominação. O que inova é o rápido aumento do número de usuários que acessam os recursos de sites remotos. Para COOPER (1998) o usuário remoto é definido como todo acesso eletrônico individual aos recursos da biblioteca realizados de um site externo caracterizado pela distância física ou vínculo acadêmico. Por ser invisível, estes usuários não são considerados por muitas bibliotecas que ainda atuam administrando recursos informacionais centrados no usuário presencial. No contexto atual, em que as bibliotecas estão em processo de virtualização, necessário se faz, definir quem é o usuário presencial e virtual, o que, como e quando oferecer, ou seja, redefinir formas de atuação, pois, invisíveis ou não as necessidades e expectativas destes usuários são claras: estão motivados, possuem experiência em pesquisa e estão familiarizados com recursos eletrônicos. São estas mudanças que direcionam radicalmente a forma de atuação e estruturação dos serviços de bibliotecas universitárias consideradas, até então, como mero depósito de fontes de informação. Com alto nível de mediação, estão migrando para bibliotecas digitais, sem fronteiras, habilitando seus usuários a um nível de auto suficiência no uso de fontes e redes de informação e capacitando-os à acessar informações de múltiplos pontos. (HARTZER, 1998). Nas palavras de BERTHOLINO (1999, p.188) "as bibliotecas, dentro de todo esse processo de virtualização, passam por uma etapa de transição e de conceituação de seu papel e de suas funções." Neste contexto, o foco da biblioteca orientada ao usuário remoto deve considerar questões como: flexibilidade e adaptabilidade às novas mídias e ao perfil do novo usuário, educação no acesso a recursos on line, cooperação, rapidez e eficiência das coleções. As bibliotecas brasileiras estão esboçando uma arquitetura virtual em sites na web que contemplam diversos serviços e produtos. Em pesquisa realizada por BERTHOLINO & OLIVEIRA (1999) identificou-se que a Internet está presente nas bibliotecas das universidades públicas e particulares brasileiras com uso dos recursos em diversas rotinas, sendo que o levantamento bibliográfico é a principal atividade no uso da rede; e o E-mail, com uso diário, está incorporado às rotinas dos bibliotecários. Para o setor de referência a Internet é um recurso que amplia o universo de fontes bibliográficas, afinal o acesso cada vez mais rápido à informação é o que diferencia atualmente as pessoas e por sua vez as bibliotecas. DEVLIN (1997) analisa a Internet como ferramenta de referência baseado na habilidade de promover rápido acesso às fontes de informação, pois esta incorporou-se ao SR oferecendo documentos nos meios eletrônico ou impresso tais como: centros de informação, pesquisadores, listas de discussão, correio eletrônico entre outros. A Internet marca nitidamente a transformação entre SR(s) tradicionais ( para o usuário presencial) e os SR(s) para usuários remotos. No SR tradicional o bibliotecário mantém 199

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controle e opera de forma independente. Com o usuário remoto a relação é diferente, pois ele controla o processo de acordo com sua conveniência, preservando anonimato, selecionando fontes, descartando e buscando outros SR(s). No estudo de ROSENTHAL & SPIEGELMAN (1996) as autoras avaliaram o uso da Internet, em bibliotecas universitárias, como ferramenta de trabalho dos profissionais do setor de referência. Alertam para as percepções e atividades dos profissionais, destacando a Internet como um componente imprescindível da atividade deste setor, aliada à importância de direcionar seus serviços à este recurso tecnológico. Ressaltam que os SR(s) terão um papel singular na biblioteca eletrônica/digital do futuro, pois estas, devem suprir e aumentar o número de recursos que os usuários podem acessar remotamente. Para SLOAN (1998) e MYERS (1994) este futuro envolve colaboração com o usuário bem como a biblioteca deverá fornecer informações com valor agregado com a atuação do bibliotecário virtual (não presente fisicamente em uma biblioteca). Neste novo papel o bibliotecário de referência deve guiar os usuários através dos recursos informacionais, quer seja, em meio eletrônico ou impresso. Em pesquisa desenvolvida em bibliotecas universitárias americanas encontrou-se SR(s) centrados no E-mail e em videoconferência, sendo que o primeiro é o que apresenta melhor desempenho, mas a videoconferência promete ser um excelente recurso. ABEL (1996) discute, em seu estudo, o uso do E-mail no SR e destaca elementos básicos da entrevista de referência via E-mail, onde sugere que esta deve conter: dados pessoais, o assunto e o contrato da pesquisa. A partir das pesquisas de ABEL (1996) e SLOAN (1998) os autores desenvolveram um modelo de entrevista de referência remoto utilizando o E-mail. Consiste em: introdução ao problema - o usuário preenche o pedido de referência remoto; negociação da questão - somente se a questão necessita de clarificação; sumário - o bibliotecário prepara a informação conforme a solicitação do usuário; feedback - o bibliotecário encaminha o resultado preliminar ou final da pesquisa; o usuário pode retornar confirmando o recebimento da informação. Os usuários destes serviços pedem agilidade e atendimento diferenciado para suprir as suas necessidades de informação pois eles próprios (os usuários) têm acesso e conhecimento dos recursos tecnológicos em ambos os meios: eletrônico e impresso.

Serviço de Referência, abrange todo o espectro que inclui desde uma vaga noção do assunto aos leitores até um serviço de informação muito abstrato e altamente especializado (SHERA, 1966) e sintetizado também, como ―utilização de recursos da biblioteca visando prestação de serviços (BECKER, 1963). A disponibilização da Biblioteca, através de uma página na Internet, os ambientes virtuais, como listas de discussão, correio eletrônico, geraram uma nova demanda para as bibliotecas, que a partir de então, independente da localização geográfica de seus usuários, permite que a conheçam e acessem. O atendimento, quase que em tempo real, aos usuários remotos, é viabilizado inicialmente através de um e-mail: e do correio eletrônico dos bibliotecários de cada setor onde as questões de referência, 200

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passaram a ser atendidas também neste ambiente. Serviço de referência em tempo real O serviço de referência no ambiente digital obriga as bibliotecas a repensarem seus serviços e as levam a explorar novas formas de oferecer serviços , que no processo de planejamento devem definir os serviços e considerar o grau de satisfação das necessidades dos usuários, que exigem cada vez mais obter respostas imediatas para suas questões de referência . A ALA-America Library Association criou comitês que estabelecem padrões relacionados à serviços de referência e algumas diretrizes sugeridas podem ser adaptadas para serviços aos usuários à distância. A interoperabilidade dos softwares para os serviços de referência virtual está sendo discutida, devido principalmente ao crescimento de novos sistemas de correio eletrônico e de softwares intertivos e em tempo real. Dentro desta perspectiva é proposta a utilização de uma ferramenta de atendimento que permita a troca de mensagens entre usuário e bibliotecário, em tempo real, como por exemplo, a introdução de um chat na página da Biblioteca Universitária. Os softwares interativos usados para os chamados chats, apesar de serem muito populares na Internet, não são usados nas bibliotecas devido a complicações que apresentam, tanto sua configuração, com no seu funcionamento (ARELLANO, 2001). Segundo Meola (1999) os novos ―java browsers‖ permitem que os programas de chats já estejam integrados nas páginas web e estão se convertendo no intermediário entre referência virtual via correio eletrônico e a videoconferência.

Constituição Federal – Da Administração Pública (Art. 37 e 38); CAPÍTULO VII DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA Seção I DISPOSIÇÕES GERAIS Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) I - os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos brasileiros que preencham os requisitos estabelecidos em lei, assim como aos estrangeiros, na forma da lei; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

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II - a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) III - o prazo de validade do concurso público será de até dois anos, prorrogável uma vez, por igual período; IV - durante o prazo improrrogável previsto no edital de convocação, aquele aprovado em concurso público de provas ou de provas e títulos será convocado com prioridade sobre novos concursados para assumir cargo ou emprego, na carreira; V - as funções de confiança, exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de cargo efetivo, e os cargos em comissão, a serem preenchidos por servidores de carreira nos casos, condições e percentuais mínimos previstos em lei, destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia e assessoramento; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) VI - é garantido ao servidor público civil o direito à livre associação sindical; VII - o direito de greve será exercido nos termos e nos limites definidos em lei específica; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) VIII - a lei reservará percentual dos cargos e empregos públicos para as pessoas portadoras de deficiência e definirá os critérios de sua admissão; IX - a lei estabelecerá os casos de contratação por tempo determinado para atender a necessidade temporária de excepcional interesse público; X - a remuneração dos servidores públicos e o subsídio de que trata o § 4º do art. 39 somente poderão ser fixados ou alterados por lei específica, observada a iniciativa privativa em cada caso, assegurada revisão geral anual, sempre na mesma data e sem distinção de índices; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) (Regulamento) XI - a remuneração e o subsídio dos ocupantes de cargos, funções e empregos públicos da administração direta, autárquica e fundacional, dos membros de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, dos detentores de mandato eletivo e dos demais agentes políticos e os proventos, pensões ou outra espécie remuneratória, percebidos cumulativamente ou não, incluídas as vantagens pessoais ou de qualquer outra natureza, não poderão exceder o subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, aplicando-se como li-mite, nos Municípios, o subsídio do Prefeito, e nos Estados e no Distrito Federal, o subsídio mensal do Governador no âmbito do Poder Executivo, o subsídio dos Deputados Estaduais e Distritais no âmbito do Poder Legislativo e o sub-sídio dos Desembargadores do Tribunal de Justiça, limitado a noventa inteiros e vinte e cinco centésimos por cento do subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo Tri202

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bunal Federal, no âmbito do Poder Judiciário, aplicável este limite aos membros do Ministério Público, aos Procuradores e aos Defensores Públicos; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 41, 19.12.2003) XII - os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo e do Poder Judiciário não poderão ser superiores aos pagos pelo Poder Executivo; XIII - é vedada a vinculação ou equiparação de quaisquer espécies remuneratórias para o efeito de remuneração de pessoal do serviço público; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) XIV - os acréscimos pecuniários percebidos por servidor público não serão computados nem acumulados para fins de concessão de acréscimos ulteriores; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) XV - o subsídio e os vencimentos dos ocupantes de cargos e empregos públicos são irredutíveis, ressalvado o disposto nos incisos XI e XIV deste artigo e nos arts. 39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) XVI - é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto, quando houver compatibilidade de horários, observado em qualquer caso o disposto no inciso XI. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) a) a de dois cargos de professor; (Incluída pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) b) a de um cargo de professor com outro técnico ou científico; (Incluída pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) c) a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões regulamentadas; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 34, de 2001) XVII - a proibição de acumular estende-se a empregos e funções e abrange autarquias, fundações, empresas públicas, sociedades de economia mista, suas subsidiárias, e sociedades controladas, direta ou indiretamente, pelo poder público; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) XVIII - a administração fazendária e seus servidores fiscais terão, dentro de suas áreas de competência e jurisdição, precedência sobre os demais setores administrativos, na forma da lei; XIX – somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição de empresa pública, de sociedade de economia mista e de fundação, cabendo à lei complementar, neste último caso, definir as áreas de sua atuação; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

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XX - depende de autorização legislativa, em cada caso, a criação de subsidiárias das entidades mencionadas no inciso anterior, assim como a participação de qualquer delas em empresa privada; XXI - ressalvados os casos especificados na legislação, as obras, serviços, compras e alienações serão contratados mediante processo de licitação pública que assegure igualdade de condições a todos os concorrentes, com cláusulas que estabeleçam obrigações de pagamento, mantidas as condições efetivas da proposta, nos termos da lei, o qual somente permitirá as exigências de qualificação técnica e econômica indispensáveis à garantia do cumprimento das obrigações. (Regulamento) XXII - as administrações tributárias da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, atividades essenciais ao funcionamento do Estado, exercidas por servidores de carreiras específicas, terão recursos prioritários para a realização de suas atividades e atuarão de forma integrada, inclusive com o compartilhamento de cadastros e de informações fiscais, na forma da lei ou convênio. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003) § 1º - A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos deverá ter caráter educativo, informativo ou de orientação social, dela não podendo constar nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos. § 2º - A não observância do disposto nos incisos II e III implicará a nulidade do ato e a punição da autoridade responsável, nos termos da lei. § 3º A lei disciplinará as formas de participação do usuário na administração pública direta e indireta, regulando especialmente: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) I - as reclamações relativas à prestação dos serviços públicos em geral, asseguradas a manutenção de serviços de atendimento ao usuário e a avaliação periódica, externa e interna, da qualidade dos serviços; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) II - o acesso dos usuários a registros administrativos e a informações sobre atos de governo, observado o disposto no art. 5º, X e XXXIII; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) III - a disciplina da representação contra o exercício negligente ou abusivo de cargo, emprego ou função na administração pública. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) § 4º - Os atos de improbidade administrativa importarão a suspensão dos direitos políticos, a perda da função pública, a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário, na forma e gradação previstas em lei, sem prejuízo da ação penal cabível.

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§ 5º - A lei estabelecerá os prazos de prescrição para ilícitos praticados por qualquer agente, servidor ou não, que causem prejuízos ao erário, ressalvadas as respectivas ações de ressarcimento. § 6º - As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa. § 7º A lei disporá sobre os requisitos e as restrições ao ocupante de cargo ou emprego da administração direta e indireta que possibilite o acesso a informações privilegiadas. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) § 8º A autonomia gerencial, orçamentária e financeira dos órgãos e entidades da administração direta e indireta poderá ser ampliada mediante contrato, a ser firmado entre seus administradores e o poder público, que tenha por objeto a fixação de metas de desempenho para o órgão ou entidade, cabendo à lei dispor sobre: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) I - o prazo de duração do contrato; II - os controles e critérios de avaliação de desempenho, direitos, obrigações e responsabilidade dos dirigentes; III - a remuneração do pessoal." § 9º O disposto no inciso XI aplica-se às empresas públicas e às sociedades de economia mista, e suas subsidiárias, que receberem recursos da União, dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios para pagamento de despesas de pessoal ou de custeio em geral. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) § 10. É vedada a percepção simultânea de proventos de aposentadoria decorrentes do art. 40 ou dos arts. 42 e 142 com a remuneração de cargo, emprego ou função pública, ressalvados os cargos acumuláveis na forma desta Constituição, os cargos eletivos e os cargos em comissão declarados em lei de livre nomeação e exoneração. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998) § 11. Não serão computadas, para efeito dos limites remuneratórios de que trata o inciso XI do caput deste artigo, as parcelas de caráter indenizatório previstas em lei. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 47, de 2005) § 12. Para os fins do disposto no inciso XI do caput deste artigo, fica facultado aos Estados e ao Distrito Federal fixar, em seu âmbito, mediante emenda às respectivas Constituições e Lei Or gânica, como limite único, o subsídio mensal dos Desembargadores do respectivo Tribunal de Justiça, limitado a noventa inteiros e vinte e cinco centésimos por cento do subsídio mensal dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, não se aplicando o disposto neste parágrafo aos subsídios dos Deputados 205

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Estaduais e Distritais e dos Vereadores. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 47, de 2005) Art. 38. Ao servidor público da administração direta, autárquica e fundacional, no exercício de mandato eletivo, aplicam-se as seguintes disposições: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) I - tratando-se de mandato eletivo federal, estadual ou distrital, ficará afastado de seu cargo, emprego ou função; II - investido no mandato de Prefeito, será afastado do cargo, emprego ou função, sendo-lhe facultado optar pela sua remuneração; III - investido no mandato de Vereador, havendo compatibilidade de horários, perceberá as vantagens de seu cargo, emprego ou função, sem prejuízo da remuneração do cargo eletivo, e, não havendo compatibilidade, será aplicada a norma do inciso anterior; IV - em qualquer caso que exija o afastamento para o exercício de mandato eletivo, seu tempo de serviço será contado para todos os efeitos legais, exceto para promoção por merecimento; V - para efeito de benefício previdenciário, no caso de afastamento, os valores serão determinados como se no exercício estivesse.

Dos Servidores Públicos (Art. 39 a 41).

DOS SERVIDORES PÚBLICOS (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 18, de 1998) Art. 39. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão, no âmbito de sua competência, regime jurídico único e planos de carreira para os servidores da administração pública direta, das autarquias e das fundações públicas. (Vide ADIN nº 2.135-4) § 1º A fixação dos padrões de vencimento e dos demais componentes do sistema remuneratório observará: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) I - a natureza, o grau de responsabilidade e a complexidade dos cargos componentes de cada carreira; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

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II - os requisitos para a investidura; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) III - as peculiaridades dos cargos. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) § 2º A União, os Estados e o Distrito Federal manterão escolas de governo para a formação e o aperfeiçoamento dos servidores públicos, constituindo-se a participação nos cursos um dos requisitos para a promoção na carreira, facultada, para isso, a celebração de convênios ou contratos entre os entes federados. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) § 3º Aplica-se aos servidores ocupantes de cargo público o disposto no art. 7º, IV, VII, VIII, IX, XII, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XX, XXII e XXX, podendo a lei estabelecer requisitos diferenciados de admissão quando a natureza do cargo o exigir. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) § 4º O membro de Poder, o detentor de mandato eletivo, os Ministros de Estado e os Secretários Estaduais e Municipais serão remunerados exclusivamente por subsídio fixado em parcela única, vedado o acréscimo de qualquer gratificação, adicional, abono, prêmio, verba de representação ou outra espécie remuneratória, obedecido, em qualquer caso, o disposto no art. 37, X e XI. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) § 5º Lei da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios poderá estabelecer a relação entre a maior e a menor remuneração dos servidores públicos, obedecido, em qualquer caso, o disposto no art. 37, XI. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) § 6º Os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário publicarão anualmente os valores do subsídio e da remuneração dos cargos e empregos públicos. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) § 7º Lei da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios disciplinará a aplicação de recursos orçamentários provenientes da economia com despesas correntes em cada órgão, autarquia e fundação, para aplicação no desenvolvimento de programas de qualidade e produtividade, treinamento e desenvolvimento, modernização, reaparelhamento e racionalização do serviço público, inclusive sob a forma de adicional ou prêmio de produtividade. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) § 8º A remuneração dos servidores públicos organizados em carreira poderá ser fixada nos termos do § 4º. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) Art. 40. Aos servidores titulares de cargos efetivos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, incluídas suas autarquias e fundações, é assegurado regime de previdência de caráter contributivo e solidário, mediante contribuição do respectivo ente público, dos servidores ativos e inativos e dos pensionistas, observados 207

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critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial e o disposto neste artigo. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 41, 19.12.2003) § 1º Os servidores abrangidos pelo regime de previdência de que trata este artigo serão aposentados, calculados os seus proventos a partir dos valores fixados na forma dos §§ 3º e 17: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 41, 19.12.2003) I - por invalidez permanente, sendo os proventos proporcionais ao tempo de contribuição, exceto se decorrente de acidente em serviço, moléstia profissional ou doença grave, contagiosa ou incurável, na forma da lei; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 41, 19.12.2003) II - compulsoriamente, aos setenta anos de idade, com proventos proporcionais ao tempo de contribuição; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 15/12/98) III - voluntariamente, desde que cumprido tempo mínimo de dez anos de efetivo exercício no serviço público e cinco anos no cargo efetivo em que se dará a aposentadoria, observadas as seguintes condições: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 15/12/98) a) sessenta anos de idade e trinta e cinco de contribuição, se homem, e cinqüenta e cinco anos de idade e trinta de contribuição, se mulher; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 15/12/98) b) sessenta e cinco anos de idade, se homem, e sessenta anos de idade, se mulher, com proventos proporcionais ao tempo de contribuição. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 15/12/98) § 2º - Os proventos de aposentadoria e as pensões, por ocasião de sua concessão, não poderão exceder a remuneração do respectivo servidor, no cargo efetivo em que se deu a aposentadoria ou que serviu de referência para a concessão da pensão. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 15/12/98) § 3º Para o cálculo dos proventos de aposentadoria, por ocasião da sua concessão, serão consideradas as remunerações utilizadas como base para as contribuições do servidor aos regimes de previdência de que tratam este artigo e o art. 201, na forma da lei. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 41, 19.12.2003) § 4º É vedada a adoção de requisitos e critérios diferenciados para a concessão de aposentadoria aos abrangidos pelo regime de que trata este artigo, ressalvados, nos termos definidos em leis complementares, os casos de servidores: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 47, de 2005) I portadores de deficiência; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 47, de 2005) II que exerçam atividades de risco; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 47, de 2005) 208

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III cujas atividades sejam exercidas sob condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 47, de 2005) § 5º - Os requisitos de idade e de tempo de contribuição serão reduzidos em cinco anos, em relação ao disposto no § 1º, III, "a", para o professor que comprove exclusivamente tempo de efetivo exercício das funções de magistério na educação infantil e no ensino fundamental e médio. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 15/12/98) § 6º - Ressalvadas as aposentadorias decorrentes dos cargos acumuláveis na forma desta Constituição, é vedada a percepção de mais de uma aposentadoria à conta do regime de previdência previsto neste artigo. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 15/12/98) § 7º Lei disporá sobre a concessão do benefício de pensão por morte, que será igual: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 41, 19.12.2003) I - ao valor da totalidade dos proventos do servidor falecido, até o limite máximo estabelecido para os benefícios do regime geral de previdência social de que trata o art. 201, acrescido de setenta por cento da parcela excedente a este limite, caso aposentado à data do óbito; ou (Incluído pela Emenda Constitucional nº 41, 19.12.2003) II - ao valor da totalidade da remuneração do servidor no cargo efetivo em que se deu o falecimento, até o limite máximo estabelecido para os benefícios do regime geral de previdência social de que trata o art. 201, acrescido de setenta por cento da parcela excedente a este limite, caso em atividade na data do óbito. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 41, 19.12.2003) § 8º É assegurado o reajustamento dos benefícios para preservar-lhes, em caráter permanente, o valor real, conforme critérios estabelecidos em lei. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 41, 19.12.2003) § 9º - O tempo de contribuição federal, estadual ou municipal será contado para efeito de aposentadoria e o tempo de serviço correspondente para efeito de disponibilidade. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 20, de 15/12/98) § 10 - A lei não poderá estabelecer qualquer forma de contagem de tempo de contribuição fictício. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 20, de 15/12/98) § 11 - Aplica-se o limite fixado no art. 37, XI, à soma total dos proventos de inatividade, inclusive quando decorrentes da acumulação de cargos ou empregos públicos, bem como de outras atividades sujeitas a contribuição para o regime geral de previdência social, e ao montante resultante da adição de proventos de inatividade com remuneração de cargo acumulável na forma desta Constituição, cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração, e de cargo eletivo. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 20, de 15/12/98)

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§ 12 - Além do disposto neste artigo, o regime de previdência dos servidores públicos titulares de cargo efetivo observará, no que couber, os requisitos e critérios fixados para o regime geral de previdência social. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 20, de 15/12/98) § 13 - Ao servidor ocupante, exclusivamente, de cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração bem como de outro cargo temporário ou de emprego público, aplica-se o regime geral de previdência social. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 20, de 15/12/98) § 14 - A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, desde que instituam regime de previdência complementar para os seus respectivos servidores titulares de cargo efetivo, poderão fixar, para o valor das aposentadorias e pensões a serem concedidas pelo regime de que trata este artigo, o limite máximo estabelecido para os benefícios do regime geral de previdência social de que trata o art. 201. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 20, de 15/12/98) § 15. O regime de previdência complementar de que trata o § 14 será instituído por lei de iniciativa do respectivo Poder Executivo, observado o disposto no art. 202 e seus parágrafos, no que couber, por intermédio de entidades fechadas de previdência complementar, de natureza pública, que oferecerão aos respectivos participantes planos de benefícios somente na modalidade de contribuição definida. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 41, 19.12.2003) § 16 - Somente mediante sua prévia e expressa opção, o disposto nos §§ 14 e 15 poderá ser aplicado ao servidor que tiver ingressado no serviço público até a data da publicação do ato de instituição do correspondente regime de previdência complementar. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 20, de 15/12/98) § 17. Todos os valores de remuneração considerados para o cálculo do benefício previsto no § 3° serão devidamente atualizados, na forma da lei. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 41, 19.12.2003) § 18. Incidirá contribuição sobre os proventos de aposentadorias e pensões concedidas pelo regime de que trata este artigo que superem o limite máximo estabelecido para os benefícios do regime geral de previdência social de que trata o art. 201, com percentual igual ao estabelecido para os servidores titulares de cargos efetivos. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 41, 19.12.2003) § 19. O servidor de que trata este artigo que tenha completado as exigências para aposentadoria voluntária estabelecidas no § 1º, III, a, e que opte por permanecer em atividade fará jus a um abono de permanência equivalente ao valor da sua contribuição previdenciária até completar as exigências para aposentadoria compulsória contidas no § 1º, II. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 41, 19.12.2003) § 20. Fica vedada a existência de mais de um regime próprio de previdência social para os servidores titulares de cargos efetivos, e de mais de uma unidade gestora do 210

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respectivo regime em cada ente estatal, ressalvado o disposto no art. 142, § 3º, X. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 41, 19.12.2003) § 21. A contribuição prevista no § 18 deste artigo incidirá apenas sobre as parcelas de proventos de aposentadoria e de pensão que superem o dobro do limite máximo estabelecido para os benefícios do regime geral de previdência social de que trata o art. 201 desta Constituição, quando o beneficiário, na forma da lei, for portador de doença incapacitante. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 47, de 2005)

Métodos e Sistemas Organizacionais. Método “Método é o caminho ordenado e sistemático para se chegar a um fim” Este caminho pode ser estudado como um sistema ou processo, tanto em nível operacional, tático, estratégico como o filosófico, nos três últimos ocorrem os processos intelectuais. Como processo intelectual, entendemos a abordagem de qualquer problema mediante análise prévia e sistemática de todas as vias possíveis de acesso à solução

Sistemas Organizacionais A abordagem sistêmica não lança novos elementos formadores de uma ou de diversas ciências, mas sim uma nova forma de encará-las. Analisá-las sob o enfoque sistêmico não as modifica; resume-se a observálas sob um mesmo prisma. Portanto, o ―Moderno Enfoque de Sistemas‖ procura desenvolver:

• uma técnica para lidar com a amplitude das empresas; • um enfoque interativo do todo, o qual não permite a análise em separado das partes do todo, em virtude das intrincadas inter-relações das partes entre si e com o todo, as quais não podem ser tratadas fora do contexto do todo; e • o estudo das relações entre os elementos componentes, em preferência ao estudo dos elementos entre si, destacando-se o processo e as possibilidades de transição, especificados em função dos seus arranjos estruturais e da sua dinâmica. Sistema é um conjunto de partes interagentes e interdependentes que, conjuntamente, formam um todo unitário com determinado objetivo e efetuam determinada função. Na discussão de problemas empresariais de nossa época a palavra SISTEMA, vem sendo usada com muita freqüência, de tal forma que pesquisadores estão estudando sistemas, analistas vêem as organizações como sistemas, e aumenta gradativamente a instituição de Órgãos e CIAS sob enfoque sistêmico. Uma definição de Sistema em termos de Administração de empresas poderia ser:

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“Sistema é um conjunto de atividades interligadas de forma que todas estejam em uma relação direta, de maneira a possibilitar que determinados objetivos sejam alcançados” Sistema Organizacional é um conjunto de elementos que têm um objetivo em comum, e que se relacionam entre si, de forma dinâmica. O sistema organizacional se refere ao sistema aplicado por uma determinada empresa ou organização na execução de suas tarefas

Objetivos do estudo de Sistemas na Empresa • Identificar todos os sistemas que ocorrem na empresa, definindo de forma objetiva as entradas, as operações e as saídas, que devem estar sempre em sintonia com os objetivos preestabelecidos; • Canalizar todas as forças e energias que ocorrem no sistema para os objetivos preestabelecidos; • Estabelecer sistemas de controle e avaliação, permanentes em todas as fases do sistema (entradas, processos, saídas e retroalimentação). visando acompanhar e desempenho em relação aos objetivos; e • Criar sistemas de retroalimentação, que sejam verdadeiras reintroduções no processo, para que este não perca o seu movimento dinâmico, não haja ―estrangulamentos‖ no sistema de comunicações da empresa, auto-regulando os sistemas

SISTEMAS • Análise de viabilidade econômica no desenvolvimento de sistemas; • Elaboração de cronogramas físico/financeiro/pessoal para desenvolvimento; • Avaliação de equipamentos, instrumentos e ferramentas á disposição; • Análise e definição da amplitude dos níveis organizacionais contemplados; • Definição e estruturação dos dados a nível operacional das informações transacionais; • Definição e estruturação das atividades dos sistemas de informação paraintegração e planejamento das informações gerenciais; • Definição e estruturação das informações visando proporcionar flexibilidade, adaptabilidade e respostas rápidas à tomada e ao apoio às decisões. ÁREAS FUNCIONAIS FINS Englobam as funções e atividades envolvidas diretamente no ciclo de transformação de recursos em produtos e de sua colocação no mercado. Pertencem a esta categoria as seguintes áreas funcionais: • Marketing: é a função relativa à identificação das necessidades de mercado, bem como a colocação dos produtos e serviços junto aos consumidores. 212

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• Produção: é a função relativa à transformação das matérias-primas em produtos e serviços a serem colocados no mercado. ÁREAS FUNCIONAIS MEIOS Congregam as funções e atividades que proporcionam os meios para que haja a transformação de recursos em produtos e serviços e sua colocação no mercado. Podem ser desse tipo, para uma empresa industrial e comercial qualquer, as seguintes áreas funcionais: • Administração financeira: é a função relativa ao planejamento, captação, orçamentação e gestão dos recursos financeiros, envolvendo também os registros contábeis das operações realizadas nas empresas. • Administração de materiais: é a função relativa ao suprimento de materiais, serviços e equipamentos, à normatizacão, armazenamento e movimentação de materiais e equipamentos da empresa. • Administração de recursos humanos: é a função relativa ao atendimento de recursos humanos da empresa, ao planejamento e gestão deste recurso, do seu desenvolvimento, benefícios, obrigações sociais etc. • Administração de serviços: é a função relativa ao transporte de pessoas, administração dos escritórios, documentação, patrimônio imobiliário da empresa, serviços jurídicos, segurança etc. • Gestão empresarial: é a função relativa ao planejamento empresarial e ao desenvolvimento de sistemas de informações . .

ORGANIZAÇÃO • Projetar a criação, união ou eliminação de unidades, bem como acompanhar a respectiva execução; • Descrever e definir o objetivo e as funções de cada uma das unidades empresariais; • Divulgar, nos níveis competentes, os trabalhos desenvolvidos em OSM; • Implantar e acompanhar in loco os trabalhos desenvolvidos por OSM; • Elaborar, emitir e divulgar as normas, regulamentos e manuais necessários; • Estudar os ciclos organizacionais; • Analisar as alternativas de ação para promover a maturidade organizacional; • Avaliar impactos ou desgastes provenientes das ações e dos ciclos; e • Estruturar as formas e necessidades de treinamento de pessoal visando o desenvolvimento.

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