Olavo

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http://pt.vbook.pub.com/doc/6723105/Olavo-de-CarvalhoO-Carater-Como-Forma-Pura-Da-P ersonalidadeBreve-Tratado-de-Astrocaracterologia A segunda consiste, sobretudo, da visão que ele tem de uma unidade orgânica do conhe cimento - um ideal que o sec. XX perseguiu em vão, mas para cuja realização a filosofi a de Aristóteles pode dar ainda uma ajuda substantiva. Minerva: Seu livro O Imbecil Coletivo, está indo para a 3ª edição. Qual o alcance filosófi co de sua crítica à intelligentzia dominante? Olavo: Toda manifestação cultural tem por fundo alguma tese filosófica que pode perman ecer implícita e inconsciente. A técnica que emprego em O Imbecil Coletivo é explicita r as teses subentendidas na produção cultural brasileira, e em seguida examiná-las cri ticamente. Em muitos casos, torna-se claro que a única força delas residia no fato d e permanecerem escondidas: uma vez trazidas à luz, sua absurdidade salta aos olhos . Às vezes, basta revelar a origem histórica de uma crença dominante para que ela fiqu e instantaneamente desmoralizada. Um exemplo é a crença de que tudo na vida é político, de que a política é uma dimensão onipresente, de que todo ato humano encerra uma signi ficação política e de que portanto tudo deve ser julgado politicamente. Essa crença, que tanta gente na esquerda brasileira professa de maneira ostensiva ou velada, tem origem nas doutrinas de Carl Schmitt, teórico do estado Nazista. Basta revelar isto, e a pessoa que subscreveu a tese de maneira ingênua vai se sen tir tentada, se for honesta, a questioná-la criticamente. Meu livro não tem só o propósi to de denunciar um estado de fato, mas de desentranhar as raízes intelectuais de c ertas crenças e hábitos que deprimem e enfraquecem a inteligência humana. Minerva: A seu ver, qual a ajuda que a religião pode dar a uma compreensão global do mundo? Olavo: Que é uma religião? É a encenação ritual de um conjunto de mensagens simbólicas de im portância medular para a conservação do estatuto humano do homem. As regras morais faz em parte desse grande teatro, do qual devemos participar com sinceridade e devoção, porque ele é a única fonte de vida e saúde para o espírito humano. Mesmo quando as norma s de uma religião parecem estranhas ou absurdas quando vistas desde uma outra cult ura ou desde a ingenuidade fingida do cético, elas devem ser aceitas de coração, porqu e elas só entregam seu sentido profundo a quem as ama. Amá-las não quer dizer obedecê-la s de maneira mecânica e burra, mas simplesmente não ter contra elas uma atitude de s uspeita, de malícia. A sabedoria que reside no núcleo das religiões não se entrega ao ol har malicioso. É isto que Cristo quer dizer quando pede que nos tornemos como cria nças. A malícia, no entanto, é o mandamento número um da intelectualidade moderna, que n asce com Voltaire.

O intelectual moderno, cheio de suspicácia e medo, teme ser enganado pelas mensage ns de Moisés, de Cristo, de Maomé, do Buda, e acaba por se deixar ludibriar por ment irosos baratos com Voltaire e Marx, que o arrastam a aventuras políticas sangrenta s e sem sentido. Veja você, a Revolução Francesa matou, em um ano, dez vezes mais gent e do que a Inquisição tinha matado em seis séculos. Pergunto eu: quem é o ingênuo e quem é o esperto? Aquele que crê em Buda e Cristo ou aquele que crê em revoluções? Apesar disso, na imaginação moderna, é a Inquisição que continua a constar como a imagem mesma da violênc ia. Especialmente no Brasil, e particularmente na USP, tem havido uma epidemia d e estudos sobre Inquisição, com farta cobertura jornalística, dando a impressão de que o fenômeno inquisitorial está nas raízes mesmas da violência brasileira, o que é uma bestei ra descomunal. Em três séculos , a Inquisição, em toda a América e não só no Brasil, não exec u mais de trezentas pessoas: uma centena por século, uma vítima por ano. É uma cifra r idiculamente pequena, se comparada ao número de pessoas que os índios matavam na mes ma época ou à taxa de homicídios de qualquer município da Baixada Fluminense hoje em dia . Minerva: Como o senhor vê o panorama filosófico brasileiro atual?

Olavo: Há dois panoramas: o visível e o invisível. O primeiro é constituído de uma grotesc a pantomima em que os medíocres se bajulam uns aos outros para dar ao público a impr essão de que são importantes. O invisível constitui-se do esforço sincero de dezenas de estudiosos, de ontem e de hoje, alguns perfeitamente geniais, dos quais o público nunca ouve falar. Para mim, a notícia mais importante da década, em matéria de estudos filosóficos no Brasil, foi a edição das obras completas de Platão traduzidas por Carlos Alberto Nunes e publicadas pela Universidade Federal do Pará. Em qualquer país do m undo, isso seria um acontecimento seminal (para usar uma palavra da moda). No Br asil, foi solenemente ignorado, enquanto um jornal de São Paulo gastava doze páginas de uma edição especial para elogiar um livreco do dr. José Arthur Gianotti, um sujeit o cujo único talento filosófico é ser amigo do presidente. Como se vê, há dois mundos filosóficos no Brasil: um visível, outro invisível, como as dua s faces da Lua, tudo o que é mais interessante está no lado invisível. Minerva: Num momento como este, como fazer com que o filósofo chegue até uma juventu de que não tem sequer perspectivas de sobrevivência econômica?

Olavo: A mensagem do filósofo aos jovens estudantes, no que diz respeito à dificulda de financeira, é simples, quanto pior ficar a sua condição econômica, mais se apeguem à su a vocação intelectual. Não cedam à pressão de um mundo que quer matar em vocês o espírito à f de atormentá-los com problemas financeiros. O mundo, no sentido bíblico do termo (is to é, a sociedade mundana), só respeita quem o despreza. Na Primeira Guerra Mundial, o físico Werner Heisenberg, então um adolescente, numa cidade reduzida à miséria pelo c erco e pelos bombardeios, se escondia no porão de uma igreja para ler Platão e discu tir com seus amigos a metafísica de Malebranche.

Foram os anos decisivos de sua formação: ele poderia tê-los perdido, aguardando melhor es dias para estudar. Mas nada, neste mundo, pode vencer a determinação do homem que é fiel à vocação espiritual. Não se intimidem, não desistam. Quanto mais pobres vocês ficare , mais se dediquem aos estudos. A porcaria reinante não prevalecerá sobre a sincerid ade dos seus esforços. Digo isto com a experiência de quem, ao longo de mais de duas décadas de pobreza, com mulher e filhos para sustentar, jamais deixou de estudar um único dia, aproveitando cada momento livre e abdicando de toda sorte de viagens e divertimentos. Nunca esperei que minha situação melhorasse para depois estudar, e garanto: seja teimoso, e um dia o mundo desiste de tentar dominar você pela fome. Minerva: Qual a ligação entre a arte e a filosofia?

Olavo: A arte, é na ordem do tempo, a primeira e mais básica das formas de conhecime nto. É a síntese imaginativa, que precede toda elaboração conceptual. Logo, a formação artíst ca é a primeira que se deve dar a criança ou a um jovem. Isso inclui o desenho geométr ico, como forma de preparação para as matemáticas (um ponto que aqui em Recife o prof. Jarbas Maciel tem ressaltado com muita pertinência), o desenho de observação das form as vivas, como preparação para as ciências naturais, a música, o teatro e as artes narra tivas, como preparação para a ciência histórica, as artes oratórias como preparação para a fi osofia, etc. Sem cultura artística, nada feito. A imaginação faz a ponte entre o sensível e o inteligív el, já dizia Aristóteles. Sem uma imaginação treinada e apta, o pensamento conceptual fi ca boiando no vazio como mero formalismo e o sujeito nunca adquire o senso da ve rdade no pensamento. As relações entre arte e filosofia podem ser abordadas também de um ponto de vista mai s profundo, metafísico, como faz Schelling. Mas, no momento, basta falar do aspect o pedagógico. Minerva: O que o senhor diz da proposta de José Arthur Gianotti ocupar o lugar de Darcy Ribeiro na Academia Brasileira de Letras?

Olavo: É coerente: pôe o oco no lugar do vazio. Mas o Darcy tinha pelo menos talento verbal, era engraçado e simpático. Era um brilho fácil e superficial, mas era um bril ho. Gianotti é a encarnação mesma da opacidade. Se eu fosse votar, escolheria Bruno To lentino, Franklin de Oliveira ou Antônio Olinto. Minerva: O senhor disse que as pessoas já não procuram na filosofia uma sabedoria, u ma orientação para viver. Então o que procuram nela? Olavo: Procuram aquilo que o ensino em geral oferece: uma profissão e um poder de ação política - tudo aquilo que, tomado como essência em vez de mero acidente, pode leva r o homem para longe da concentração interior necessária à busca da sabedoria. A filosof ia torna-se assim uma misosofia - o horror à sabedoria. Publicado em Minerva - Informe Filosófico da Universidade Federal de Pernambuco . Nº 5, maio de 97. Minerva: Qual a força de um filósofo dentro de uma sociedade profundamente massifica da? Olavo de Carvalho: É força de um pequeno comprimido de tranqüilizante no corpo de um n eurastênico: não vai curá-lo, mas vai lhe dar um breve momento de calma e lucidez no q ual ele poderá tomar decisões que mudem sua vida. Se a sociedade souber aproveitar a presença do filósofo, melhor para ela. Se não, o filósofo, sem recriminar ninguém, irá calm amente para o seu canto ensinar a si mesmo o que os outros não quiseram aprender. Minerva: Qual a importância de Aristóteles para o conhecimento humano? Olavo: É dupla: a importância do que já nos deu, a importância do que ainda pode nos dar . A primeira consiste das dezenas de ciências que ele fundou - a anatomia comparad a, a embriologia comparada, a lógica, a história da filosofia, a teoria literária, a p sicologia, etc. - e das concepções metafísicas que inspiraram a Idade Média Cristã. A segunda consiste, sobretudo, da visão que ele tem de uma unidade orgânica do conhe cimento - um ideal que o sec. XX perseguiu em vão, mas para cuja realização a filosofi a de Aristóteles pode dar ainda uma ajuda substantiva. Minerva: Seu livro O Imbecil Coletivo , está indo para a 3ª edição. Qual o alcance filosóf ico de sua crítica à intelligentzia dominante? Olavo: Toda manifestação cultural tem por fundo alguma tese filosófica que pode perman ecer implícita e inconsciente. A técnica que emprego em O Imbecil Coletivo é explicita r as teses subentendidas na produção cultural brasileira, e em seguida examiná-las cri ticamente. Em muitos casos, torna-se claro que a única força delas residia no fato d e permanecerem escondidas: uma vez trazidas à luz, sua absurdidade salta aos olhos . Às vezes, basta revelar a origem histórica de uma crença dominante para que ela fiqu e instantaneamente desmoralizada. Um exemplo é a crença de que tudo na vida é político, de que a política é uma dimensão onipresente, de que todo ato humano encerra uma signi ficação política e de que portanto tudo deve ser julgado politicamente. Essa crença, que tanta gente na esquerda brasileira professa de maneira ostensiva ou velada, tem origem nas doutrinas de Carl Schmitt, teórico do estado Nazista. Basta revelar isto, e a pessoa que subscreveu a tese de maneira ingênua vai se sen tir tentada, se for honesta, a questioná-la criticamente. Meu livro não tem só o propósi to de denunciar um estado de fato, mas de desentranhar as raízes intelectuais de c ertas crenças e hábitos que deprimem e enfraquecem a inteligência humana. Minerva: A seu ver, qual a ajuda que a religião pode dar a uma compreensão global do mundo? Olavo: Que é uma religião? É a encenação ritual de um conjunto de mensagens simbólicas de im portância medular para a conservação do estatuto humano do homem. As regras morais faz

em parte desse grande teatro, do qual devemos participar com sinceridade e devoção, porque ele é a única fonte de vida e saúde para o espírito humano. Mesmo quando as norma s de uma religião parecem estranhas ou absurdas quando vistas desde uma outra cult ura ou desde a ingenuidade fingida do cético, elas devem ser aceitas de coração, porqu e elas só entregam seu sentido profundo a quem as ama. Amá-las não quer dizer obedecê-la s de maneira mecânica e burra, mas simplesmente não ter contra elas uma atitude de s uspeita, de malícia. A sabedoria que reside no núcleo das religiões não se entrega ao ol har malicioso. É isto que Cristo quer dizer quando pede que nos tornemos como cria nças. A malícia, no entanto, é o mandamento número um da intelectualidade moderna, que n asce com Voltaire. O intelectual moderno, cheio de suspicácia e medo, teme ser enganado pelas mensage ns de Moisés, de Cristo, de Maomé, do Buda, e acaba por se deixar ludibriar por ment irosos baratos com Voltaire e Marx, que o arrastam a aventuras políticas sangrenta s e sem sentido. Veja você, a Revolução Francesa matou, em um ano, dez vezes mais gent e do que a Inquisição tinha matado em seis séculos. Pergunto eu: quem é o ingênuo e quem é o esperto? Aquele que crê em Buda e Cristo ou aquele que crê em revoluções? Apesar disso, na imaginação moderna, é a Inquisição que continua a constar como a imagem mesma da violênc ia. Especialmente no Brasil, e particularmente na USP, tem havido uma epidemia d e estudos sobre Inquisição, com farta cobertura jornalística, dando a impressão de que o fenômeno inquisitorial está nas raízes mesmas da violência brasileira, o que é uma bestei ra descomunal. Em três séculos , a Inquisição, em toda a América e não só no Brasil, não exec u mais de trezentas pessoas: uma centena por século, uma vítima por ano. É uma cifra r idiculamente pequena, se comparada ao número de pessoas que os índios matavam na mes ma época ou à taxa de homicídios de qualquer município da Baixada Fluminense hoje em dia . Minerva: Como o senhor vê o panorama filosófico brasileiro atual? Olavo: Há dois panoramas: o visível e o invisível. O primeiro é constituído de uma grotesc a pantomima em que os medíocres se bajulam uns aos outros para dar ao público a impr essão de que são importantes. O invisível constitui-se do esforço sincero de dezenas de estudiosos, de ontem e de hoje, alguns perfeitamente geniais, dos quais o público nunca ouve falar. Para mim, a notícia mais importante da década, em matéria de estudos filosóficos no Brasil, foi a edição das obras completas de Platão traduzidas por Carlos Alberto Nunes e publicadas pela Universidade Federal do Pará. Em qualquer país do m undo, isso seria um acontecimento seminal (para usar uma palavra da moda). No Br asil, foi solenemente ignorado, enquanto um jornal de São Paulo gastava doze páginas de uma edição especial para elogiar um livreco do dr. José Arthur Gianotti, um sujeit o cujo único talento filosófico é ser amigo do presidente [Fernando Henrique Cardoso]. Como se vê, há dois mundos filosóficos no Brasil: um visível, outro invisível, como as dua s faces da Lua, tudo o que é mais interessante está no lado invisível.

Minerva: Num momento como este, como fazer com que o filósofo chegue até uma juventu de que não tem sequer perspectivas de sobrevivência econômica? Olavo: A mensagem do filósofo aos jovens estudantes, no que diz respeito à dificulda de financeira, é simples, quanto pior ficar a sua condição econômica, mais se apeguem à su a vocação intelectual. Não cedam à pressão de um mundo que quer matar em vocês o espírito à f de atormentá-los com problemas financeiros. O mundo, no sentido bíblico do termo (is to é, a sociedade mundana), só respeita quem o despreza. Na Primeira Guerra Mundial, o físico Werner Heisenberg, então um adolescente, numa cidade reduzida à miséria pelo c erco e pelos bombardeios, se escondia no porão de uma igreja para ler Platão e discu tir com seus amigos a metafísica de Malebranche. Foram os anos decisivos de sua formação: ele poderia tê-los perdido, aguardando melhor es dias para estudar. Mas nada, neste mundo, pode vencer a determinação do homem que é fiel à vocação espiritual. Não se intimidem, não desistam. Quanto mais pobres vocês ficare , mais se dediquem aos estudos. A porcaria reinante não prevalecerá sobre a sincerid ade dos seus esforços. Digo isto com a experiência de quem, ao longo de mais de duas décadas de pobreza, com mulher e filhos para sustentar, jamais deixou de estudar um único dia, aproveitando cada momento livre e abdicando de toda sorte de viagens

e divertimentos. Nunca esperei que minha situação melhorasse para depois estudar, e garanto: seja teimoso, e um dia o mundo desiste de tentar dominar você pela fome.

Minerva: Qual a ligação entre a arte e a filosofia? Olavo: A arte, é na ordem do tempo, a primeira e mais básica das formas de conhecime nto. É a síntese imaginativa, que precede toda elaboração conceptual. Logo, a formação artíst ca é a primeira que se deve dar a criança ou a um jovem. Isso inclui o desenho geométr ico, como forma de preparação para as matemáticas (um ponto que aqui em Recife o prof. Jarbas Maciel tem ressaltado com muita pertinência), o desenho de observação das form as vivas, como preparação para as ciências naturais, a música, o teatro e as artes narra tivas, como preparação para a ciência histórica, as artes oratórias como preparação para a fi osofia, etc. Sem cultura artística, nada feito. A imaginação faz a ponte entre o sensível e o inteligív el, já dizia Aristóteles. Sem uma imaginação treinada e apta, o pensamento conceptual fi ca boiando no vazio como mero formalismo e o sujeito nunca adquire o senso da ve rdade no pensamento. As relações entre arte e filosofia podem ser abordadas também de um ponto de vista mai s profundo, metafísico, como faz Schelling. Mas, no momento, basta falar do aspect o pedagógico. Minerva: O que o senhor diz da proposta de José Arthur Gianotti ocupar o lugar de Darcy Ribeiro na Academia Brasileira de Letras? Olavo: É coerente: pôe o oco no lugar do vazio. Mas o Darcy tinha pelo menos talento verbal, era engraçado e simpático. Era um brilho fácil e superficial, mas era um bril ho. Gianotti é a encarnação mesma da opacidade. Se eu fosse votar, escolheria Bruno To lentino, Franklin de Oliveira ou Antônio Olinto. Minerva: O senhor disse que as pessoas já não procuram na filosofia uma sabedoria, u ma orientação para viver. Então o que procuram nela? Olavo: Procuram aquilo que o ensino em geral oferece: uma profissão e um poder de ação política - tudo aquilo que, tomado como essência em vez de mero acidente, pode leva r o homem para longe da concentração interior necessária à busca da sabedoria. A filosof ia torna-se assim uma misosofia - o horror à sabedoria.

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