Método Para Harmônica Diatônica - Leandro Ferrari Pdf

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MÉTODO PARA HARMÔNICA DIATÔNICA

GAITA FOLK, POP & ROCK 1ª EDIÇÃO

LEANDRO FERRARI Expresso meus agradecimentos aos meus alunos, pelo estímulo e inspiração para a realização deste trabalho.

Método para Harmônica Diatônica GAITA FOLK, POP & ROCK Belo Horizonte - Minas Gerais - 2012

CONTEÚDO ORIGINAL Autor: Leandro Ferrari Revisão: Fernanda Shairon Foto: Karlis Smits EQUIPE MIDIDÁTICA CONSULTORIA LTDA & CHEESEBREAD STUDIOS Direção Geral: José Renato Caldeira de Souza Diagramação: Yuri Martuccelli Ilustração: Marcelo Braga

Ficha Catalográfica

F375g

Ferrari, Leandro Gaita Folk, Pop e Rock / Leandro Ferrari Belo Horizonte: Mididática Consultoria Ltda, 2012. 126p. ISBN 978-85-65259-16-3 1. Música. 2. Harmônica. 3. Método. I. Título. CDD

780.7

Todos os Direitos Reservados. Proibida a reprodução por qualquer processo sem a autorização do autor. Este método é dedicado aos mestres Joe Filisko, Marcelo Batista e Sérgio Duarte.

ÍNDICE 1ª aula: A História da Gaita - Parte 1.......................................................................................................... 006 2ª aula: A História da Gaita - Parte 2.......................................................................................................... 006 3ª aula: As Principais Posições na Harmônica Diatônica........................................................................ 007 4ª aula: Embocadura de Bico....................................................................................................................... 008 5ª aula: Dicas Importantes........................................................................................................................... 009 6ª aula: Manejo da Harmônica.................................................................................................................... 010 7ª aula: Suas Primeiras Canções na Gaita Diatônica................................................................................ 011 8ª aula: Novas Canções para Gaita Diatônica........................................................................................... 012 9ª aula: Como Soprar e Aspirar sua Gaita – Parte 1................................................................................. 013 10ª aula: Como Soprar e Aspirar sua Gaita – Parte 2............................................................................... 014 11ª aula: As Notas Musicais........................................................................................................................... 015 12ª aula: Figuras Rítmicas.............................................................................................................................. 016 13ª aula: Compasso......................................................................................................................................... 017 14ª aula: Localização das Notas.................................................................................................................... 018 15ª aula: Exercícios de Articulação............................................................................................................... 019 16ª aula: Folk 1................................................................................................................................................ 020 17ª aula: Exercício de Articulação (semínima)........................................................................................... 021 18ª aula: Ponto de Aumento, Ligaduras e Staccato................................................................................... 022 19ª aula: Folk 2................................................................................................................................................ 023 20ª aula: Folk 3................................................................................................................................................ 024 21ª aula: Exercícios de Respiração................................................................................................................ 025 22ª aula: Exercícios de Articulação (colcheia)............................................................................................ 026 23ª aula: Folk 4................................................................................................................................................ 027 24ª aula: Folk 5................................................................................................................................................ 028 25ª aula: Exercícios Diatônicos (semicolcheia) – Parte 1......................................................................... 029 26ª aula: Exercícios Diatônicos (semicolcheia) – Parte 2......................................................................... 030 27ª aula: Tongue Blocking (Notas Cobertas)............................................................................................. 031 28ª aula: Tom e Semitom.............................................................................................................................. 032 29ª aula: Bending Notes (Notas Fabricadas).............................................................................................. 033 30ª aula: Quadro de Notas Fabricadas........................................................................................................ 034 31ª aula: Exercícios Técnicos para Bend 4, 1 e 6....................................................................................... 035 32ª aula: Exercícios para Alterações de 3 semitons (Bend 3).................................................................. 036 33ª aula: Exercícios para Alterações de 2 semitons (Bend 2).................................................................. 037 34ª aula: Exercícios Técnicos para Bend 8, 9 e 10.................................................................................... 038 35ª aula: Intervalo............................................................................................................................................ 039 36ª aula: Exercícios Diatônicos – Parte 3................................................................................................... 040 37ª aula: Exercícios Diatônicos – Parte 4................................................................................................... 041 38ª aula: Acordes e Arpejos.......................................................................................................................... 042 39ª aula: Resumo dos Acordes Tríades....................................................................................................... 043 40ª aula: Resumo dos Acordes Tétrades..................................................................................................... 044 41ª aula: Prática de Arpejos........................................................................................................................... 045 42ª aula: Eine Kleine Nachtmusik 2/2 (binário simples)........................................................................ 046 43ª aula: As Notas Musicais e suas Funções.............................................................................................. 048 44ª aula: Escala Maior.................................................................................................................................... 049 45ª aula: Quadro de Notas (harmônicas diatônicas)................................................................................. 050 46ª aula: Quadro de Intervalos sobre o 1º Grau....................................................................................... 051 47ª aula: Síncope e Contratempo................................................................................................................. 052 48ª aula: Graus da Escala Diatônica............................................................................................................ 053 49ª aula: Função.............................................................................................................................................. 054

50ª aula: Riffs Diatônicos (1ª Posição)........................................................................................................ 055 51ª aula: Escala Menor (Escalas Relativas).................................................................................................. 059 52ª aula: Quadro de Intervalos sobre o VI Grau (4ª Posição)................................................................. 060 53ª aula: Folk 6 (4ª Posição).......................................................................................................................... 061 54ª aula: Folk 7 (4ª Posição).......................................................................................................................... 062 55ª aula: Summertime (4ª Posição).............................................................................................................. 063 56ª aula: Improvisação................................................................................................................................... 064 57ª aula: Riffs Diatônicos (4ª Posição)........................................................................................................ 065 58ª aula: Inversão de Intervalos.................................................................................................................... 067 59ª aula: O Ciclo das Quintas e Quartas..................................................................................................... 068 60ª aula: Armadura de Clave (sustenidos e bemóis)................................................................................. 069 61ª aula: Escalas Pentatônicas....................................................................................................................... 071 62ª aula: Campo Harmônico (Maior e Menor).......................................................................................... 073 63ª aula: Dicas para Analisar Músicas ou Progressões............................................................................. 075 64ª aula: Dominante Secundário, Trítono e Sub V7................................................................................. 076 65ª aula: Modos Gerados pela Escala Maior.............................................................................................. 077 66ª aula: Analisando Acordes e Escalas...................................................................................................... 078 67ª aula: 2ª Posição (Cross Harp)................................................................................................................ 079 68ª aula: Quadro de Intervalos sobre o V Grau (2ª Posição).................................................................. 080 69ª aula: Folk 8 (2ª Posição).......................................................................................................................... 081 70ª aula: Country Bend e Wha-Wha............................................................................................................ 082 71ª aula: Campfire Boogie (2ª Posição)....................................................................................................... 083 72ª aula: Afinação Country........................................................................................................................... 084 73ª aula: Quadro de Notas Fabricadas (Afinação Country).................................................................... 085 74ª aula: Quadro de Intervalos (Afinação Country/Jazz)....................................................................... 086 75ª aula: Quadro de Intervalos (Afinação Country/Melody Maker)..................................................... 087 76ª aula: Folk 1 (2ª Posição).......................................................................................................................... 088 77ª aula: Folk 4 (2ª Posição) ......................................................................................................................... 089 78ª aula: Prática de Arpejos (2ª Posição) ................................................................................................... 090 79ª aula: Riffs Diatônicos (2ª Posição)........................................................................................................ 092 80ª aula: Licks (Pentatônica Maior)............................................................................................................. 094 81ª aula: Efeitos.............................................................................................................................................. 096 82ª aula: Riffs para Pop & Rock (2ª Posição)............................................................................................. 097 83ª aula: Prática de Improvisação sobre Progressões............................................................................... 098 84ª aula: Licks (Escala Clássica de Blues)................................................................................................... 100 85ª aula: Riffs (Escala Clássica de Blues).................................................................................................... 102 86ª aula: 5ª Posição......................................................................................................................................... 104 87ª aula: Quadro de Intervalos sobre o III Grau (5ª Posição)................................................................ 105 88ª aula: Quadro de Intervalos (Afinação Country/5ª Posição)............................................................. 106 89ª aula: Folk 9 (5ª Posição).......................................................................................................................... 107 90ª aula: Riffs Diatônicos (5ª Posição)........................................................................................................ 108 91ª aula: 12ª Posição....................................................................................................................................... 110 92ª aula: Quadro de Intervalos sobre o IV Grau (12ª Posição).............................................................. 111 93ª aula: Folk 4 (12ª Posição) ...................................................................................................................... 112 94ª aula: 3ª Posição (Slant Harp ou Double Cross Harp) ....................................................................... 113 95ª aula: Quadro de Intervalos sobre o II Grau (3ª Posição).................................................................. 114 96ª aula: Folk 10 (3ª Posição)........................................................................................................................ 115 97ª aula: Summertime (3ª Posição).............................................................................................................. 116 98ª aula: Riffs 3ª Posição (Dórico) .............................................................................................................. 117 99ª aula: Escala Clássica de Blues (5ª e 3ª).................................................................................................. 119 100ª aula: Exercícios Técnicos (3ª e 5ª)....................................................................................................... 120 Bibliografia .................................................................................................................................................... 125

MÉTODO PARA HARMÔNICA DIATÔNICA - VOLUME 01

1ª aula: A História da Gaita - Parte 1 Existem várias versões para o surgimento da Gaita de Boca (Harmônica), uma delas é que sua origem seja chinesa, mas não na forma que conhecemos hoje. Ela é na verdade um aperfeiçoamento do Sheng (Voz Sublime), um instrumento milenar de aproximadamente 4.500 anos inventado pelo ministro da música do imperador chinês Huang Ti, mas de origem controvertida e pouco conhecida. Até hoje a paternidade da Harmônica é disputada entre Inglaterra, Áustria, França e Alemanha. A história registra  que um fabricante de órgãos, o alemão Christian Friedrich Ludwig, detém o direito maior de ser o inventor da Harmônica. Ocorreu por volta de 1820, Ludwig viajava pelos diversos países da Europa como afinador de órgãos e pianos. Para realizar o seu trabalho necessitava de um diapasão prático e de fácil transporte. Chistian então idealizou um pequeno instrumento composto por uma placa metálica onde estavam aplicadas 12 palhetas metálicas, de diferentes comprimentos e afinadas de maneira que pudessem reproduzir os 12 sons da escala cromática. Ele chamou seu instrumento de Aura. Logo depois passou a ser chamada de Harmônica em razão da possibilidade de reproduzir também grupos de 2, 3 ou 4 vozes, simultaneamente, formando acordes. 

2ª aula: A História da Gaita - Parte 2 No Brasil a harmônica é conhecida como gaita, além de acordeom de queixo, gaitinha de boca, realejo, harp, etc. Na Europa durante muito tempo este instrumento foi moda em Viena, onde senhoras a usavam como pingente no pescoço e os cavalheiros a adaptavam ao castão (cabo) da bengala. Mas a verdadeira paixão pela gaita teve início quando um viajante levou um destes instrumentos de Buschmann para a pequena cidade de Trossingen, na orla da Floresta Negra, na Alemanha. Nessa cidade um relojoeiro, Mathias Hohner, iniciou a produção em escala maior, distinguindo o seu produto dos outros pela alta qualidade e o seu nome estampado em cada instrumento. Em 1862 a Hohner passou a exportar para América do Norte e mais tarde, em 1890, as gaitas Hohner podiam ser encontradas em todo o mundo. São diversos os tipos de gaitas e entre essa enorme diversidade as mais conhecidas são as gaitas diatônicas e cromáticas.  Hoje existem várias fábricas espalhadas pelo mundo. Você precisará de uma harmônica diatônica Dó (C) para estudar este método.

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GAITA FOLK, POP & ROCK

3ª aula: As Principais Posições na Harmônica Diatônica

 

A gaita diatônica foi desenvolvida primeiramente para a execução de músicas apenas sobre a escala fundamental (tônica) e sua relativa menor. Hoje com a utilização de técnicas como o “bend” e “over bend” os gaitistas já exploram outras tonalidades em uma mesma harmônica. Podemos executar qualquer tom (12 posições) em uma só gaita, ou seja, existe uma posição para cada nota da escala cromática de doze tons. Essas novas técnicas facilitam a utilização da gaita diatônica em gêneros musicais como jazz, samba, bossa nova e outros. Duas posições fundamentais são as mais usadas pelos harmonicistas:

1ª Posição (Straight Harp) As melodias tocadas nesta posição sempre serão adequadas á tonalidade da gaita. Sendo a mais fácil e a posição original do instrumento, é com ela que começaremos nossos estudos.

2ª Posição (Cross Harp) Praticamente todas as melodias de blues, rock e country são executadas nesta posição. Ela deve ser dominada por qualquer gaitista que queira atingir o típico som da gaita blues.

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MÉTODO PARA HARMÔNICA DIATÔNICA - VOLUME 01

4ª aula: Embocadura de Bico O princípio básico para se tocar uma harmônica consiste em emitir com clareza as diferentes notas do instrumento (individualizadas). Soprando e aspirando um só orifício de cada vez. Podemos tocar a gaita de diferentes maneiras: solo e acompanhamento simultâneo, notas simples (individualizadas), solos em oitavas e intervalos de 3ª, 5ª, 7ª e acordes. Iniciaremos nossos estudos usando notas individualizadas através da técnica do sopro de bico (embocadura de bico). Una os lábios como se fosse beber água no bebedouro, assobiar ou chupar um canudinho e sopre ou aspire cada um dos orifícios do bocal. Repita esse estudo pelo menos um pouco todos os dias até sentir-se seguro e conseguir movimentar os lábios de um orifício para outro sem desfazer a “máscara”, mantendo sempre as notas individualizadas. Uma outra maneira de se obter notas perfeitas na gaita é através da “U Block”. Dobre a língua em forma U e direcione o ar para cada orifício. Além de ter um fundamento genético que talvez não permita sua utilização, essa embocadura “dificultará” o estudo dos bends (notas fabricadas) e o aprimoramento de um timbre (a cor do som) satisfatório. Em outro momento estudaremos também a Tongue Block.

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5ª aula: Dicas Importantes Por não trabalharmos com a memória visual nos estudos da harmônica estamos sujeitos a criar muitos vícios no início. Por isso use sempre um espelho para auxiliar seus estudos e observe alguns detalhes: • Movimente os lábios sobre a gaita sem perder a máscara (embocadura de bico). • Evite o atrito. Não empurre a gaita na boca e nem a boca na gaita. • A saliva é seu lubrificante natural, deve ser usada para lubrificar a gaita e seus lábios. Uma postura incorreta ao tocar o instrumento pode causar uma salivação excessiva, podendo entupir suas palhetas, criando certo desconforto durante a execução dos exercícios (Lei da Gravidade). Você deve tocar sempre com o corpo ereto e a cabeça levemente inclinada para trás. • Mantenha sempre os lábios em contato com a gaita, evitando retira-los ao passar de um orifício para outro. • Ao terminar de tocar bata a gaita “suavemente” na palma da mão para tirar o excesso de saliva e principalmente, se for de madeira, espere alguns minutos antes de guardá-la no estojo. Limpe sua gaita sempre que possível com um pano (que não solte fiapos) umedecido levemente no álcool e retire com algum objeto pontiagudo os resíduos de saliva que se solidificam e ficam nas bordas dos orifícios e no bocal. Vire a gaita para baixo para não cair nada dentro dela e não enfie esse objeto totalmente nos orifícios, pois pode prejudicar as palhetas. • Utilize uma toalha de rosto ou algo parecido e bloqueie totalmente a saída de ar de sua gaita. Desta forma abafará o som do instrumento quase que por completo, diminuindo muito a intensidade do som. Essa dica pode facilitar o estudo da harmônica em locais e horários alternativos. Afinal de contas ouvir alguém aprendendo e aperfeiçoando seus estudos musicais, nem sempre é agradável!

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MÉTODO PARA HARMÔNICA DIATÔNICA - VOLUME 01

6ª aula: Manejo da Harmônica Mantenha a gaita entre o dedo indicador e polegar de sua mão esquerda e forme uma concha com o restante. As notas graves devem estar voltadas para dentro da concha. Não aperte a gaita e não invada o bocal, respeitando o espaço que seus lábios necessitam (por isso é um instrumento anatômico). Posicione a mão direita “sob” a gaita completando a “concha acústica”. Se for canhoto toque a gaita de cabeça para baixo mantendo sempre as notas graves dentro da concha (mão direita). A gaita diatônica é um dos poucos instrumentos musicais, talvez o único, em que não é necessário o uso das mãos para tocar e por isso também é indicada para portadores de necessidades especiais. Usando um suporte específico também é possível executar a gaita e outros instrumentos ao mesmo tempo.

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7ª aula: Suas Primeiras Canções na Gaita Diatônica A tablatura traduz informações contidas no pentagrama (pauta musical). Esta simbologia facilita o estudo da harmônica e de outros instrumentos que dificultam a visualização das notas, e que são tocados através de memorização de “digitações”. Utilizada para o alaúde no século XVI, adaptou-se a várias formas ao longo dos anos. A tablatura para gaita diatônica varia de país para país e nós a usaremos da seguinte forma: 1s - Soprar (Blow Notes) o orifício 1 1a - Aspirar (Draw Notes) o orifício 1 3a’ - Produzir 1 semitom no orifício 3 3a’’ - Produzir 2 semitons no orifício 3 3a’’’ - Produzir 3 semitons no orifício 3 (1234)s - Soprar simultaneamente os quatro orifícios (acorde) (1/4)s - Soprar somente os orifícios 1 e 4 (oitavar) (4=5)a - Alternar entre o 4 e o 5 aspirado (Head Shake) Execute com a ajuda da tablatura suas primeiras canções: Hino à Alegria

The Magnificent Seven

5s 5a 6s 6s 5a 5s 4a 4s 4s 4a 5s 5s 4a 4a 5s 5a 6s 6s 5a 5s 4a 4s 4s 4a 5s 4a 4s 4s 4a 5s 4s 4a 5s 5a 5s 4s 4a 5s 5a 5s 4a 4s 4a 3s

5s 6s 6a 6s 5a 7s 5s 6s 6a 6s 5a 4a 4s 4a 5s 6s 6s 6a 6s 5s 4s 7s 7s 6a 6s 6a 4s 4a 5s 4s 4s 4s 5s 5s 4a 4s 4s 4s 5s 5s 4a

Noite Feliz

When Johnny Comes Marching Home

6s 6a 6s 5s 6s 6a 6s 5s 8a 8a 7a 7s 7s 6s 6a 6a 7s 7a 6a 6s 6a 6s 5s 6a 6a 7s 7a 6a 6s 6a 6s 5s 8a 8a 9a 8a 7a 7s 8s 7s 6s 5s 6s 5a 4a 4s

5s 5s 6a 6a 6a 7a 7s 7a 7s 6a 6s 5s 6s 5s 5s 6a 6a 6a 7a 7s 7a 7s 8a 8s 7s 8s 7s 8a 8s 8s 8s 8a 7s 8a 8a 8a7s 7a 7s 7s 7s 7a 6a 7a 7a 7a 7s 8a 8s 8a 7s 7a 5s 5s 6a 6a 6a 6s 6a

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8ª aula: Novas Canções para Gaita Diatônica Happy Birthday (Parabéns) 6s 6s 6a 6s 7s 7a Happy birthday to you 6s 6s 6a 6s 8a 7s Happy birthday to you 8s 8s 9s 8s 7s 7a 6a Happy birthday to 9a 9a 8s 7s 8a 7s Happy birthday to you

Popeye - Tema do Desenho 5s 6s 6s 6s 5a 5s 6s I’m Popeye, the sailor man 6s 6a 5a 6a 7s 6a 6s I’m Popeye, the sailor man 6s 6a 5a 6a 7s 7a I fight to the finish 6a 6s 6a 6s 5s Cause I eats me spinach 6s 6s 6s 6s 6a 7a 7s I’m Popeye, the sailor man

Oh! Susanna 4s 4a 5s 6s 6s 6a 6s 5s 4s I came from Alabama 4s 4a 5s 5s 4a 4s 4a with my banjo on my knee 4s 4a 5s 6s 6s 6a 6s 5s 4s I’m goin’ to Lousiana 4s 4a 5s 5s 4a 4a 4s My true love for to see. It rained all night the day I left The weather it was dry The sun so hot I froze to death Susanna, don’t you cry 5a 5a 6a 6a 6a 6s 5s 4s 4a Oh, Susanna, don’t you cry for me 4s 4a 5s 6s 6s 6a 6s 5s 4s Ive come from Alabama 4s 4a 5s 5s 4a 4a 4s with my banjo on my knee PÁGINA

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9ª aula: Como Soprar e Aspirar sua Gaita – Parte 1 Aprenderemos agora a soprar corretamente uma harmônica. Sopre sua gaita com o “bafo”, ar quente ou “o ar da vida” e não com o ar frio. Tencione seu abdome pra empurrar o ar para fora como os vocalistas e outros instrumentistas de sopro. Ao utilizar o ar frio ou ar torácico você estará se limitando, pois não possui tanta reserva de ar em seus pulmões. O certo é utilizar seu ar residual (ar que existe em seu corpo). Com o ar quente você conseguirá um timbre mais interessante, maior controle sobre sua gaita e maior resistência física. A grande dificuldade é conseguir soprar desta forma com a embocadura de bico, já que a tendência natural ao usar o bico é também usar o ar frio ou torácico. Um bom exercício é acender uma vela e soprá-la com a embocadura de bico. Se a vela apagar você estava usando o ar frio, se a chama somente ondular você estava usando o “bafo” ou ar diafragmático (abdominal). Quando se acostumar com a técnica encha o abdome de ar e sopre o máximo que puder uma mesma nota. Tente sempre aumentar sua resistência e o tempo de duração desta nota. Com o ar quente você pode tocar sempre no seu limite de força, pois o seu próprio corpo regula esta força e não permite que você agrida sua gaita, mantendo o timbre desejado.

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10ª aula: Como Soprar e Aspirar sua Gaita – Parte 2 Aprenderemos agora a aspirar corretamente uma harmônica. Aspire sua gaita pronunciando a vogal “A”. Não é necessário vocalizar. Desta forma você aspira com a glote (garganta) bem aberta e a língua em repouso e para baixo, evitando sugar seu instrumento e o travamento das palhetas, incluindo a palheta 2 aspirada que costuma ser o grande problema dos iniciantes. Você deve sentir sua garganta gelada como se tivesse acabado de chupar uma bala mentolada. Portanto seus lábios devem funcionar somente como um canalizador de ar e nunca use seu poder de sucção, o que é uma tendência natural ao se aspirar com o bico. Um bom teste é aspirar a mão com a embocadura de bico e observar se está sugando, o correto é você não exercer tal pressão. Se ainda não conseguir assimilar a técnica correta, você pode ensinar ao seu corpo a não sugar as palhetas inclinando à cabeça totalmente para trás e esticando a laringe ou tampando o nariz ou ainda, ao aspirar a gaita também aspire ar pelo nariz simultaneamente. A próxima fase é aprender onde colocar este ar. O correto é colocá-lo no abdome (respiração diafragmática). Qualquer sensação de cansaço se deve ao uso da respiração torácica. Observe diante de um espelho se seus ombros sobem quando aspira a gaita. Esse movimento indica o uso da respiração incorreta. Dicas: Evite tocar gaita após comer. Com o diafragma comprimido você se sentirá mais limitado. O corpo em repouso, como durante o sono, aciona o uso da respiração diafragmática. Portanto tocar gaita deitado é um bom exercício. Coloque um livro sobre o abdome e observe o movimento do diafragma. Coloque a mão esquerda sobre o peito e a mão direita sobre o abdome. Respire normalmente e observe qual mão se mexe mais. O correto é a mão direita (abdome) se movimentar mais do que a esquerda (tórax). Tais técnicas estão totalmente ligadas a um bom timbre e uma perfeita fabricação de notas (bends).

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11ª aula: As Notas Musicais As notas são os sons musicais, representados graficamente. São sete os números de notas. Dó, Ré, Mi, Fá, Sol, Lá, Si. Consta que foi Guido D’Arezzo, célebre músico do século XI, quem deu nomes aos sons musicais aproveitando a primeira sílaba de cada verso do seguinte hino a São João Batista: ORIGINAL Utqueant laxis Resonare fibris Mira gestorum Famuli tuorum Solve polluti Labii reatum Sancte Ioannes

TRADUÇÃO Doce, sonoro Ressoe o canto Minha garganta Faça o pregão Solta-me a língua Lava-me a culpa São João

A palavra Ut ainda é usada na França. Mas, como ela era difícil de ser falada, principalmente nos exercícios de solfejo, foi mudada para um som mais suave e acabou ficando a palavra Dó. A pauta ou pentagrama é o conjunto de 5 linhas e quatro espaços onde são escritas as notas musicais. As linhas são contadas de baixo para cima. As cifras são símbolos (letras, números e sinais) criados pelos gregos para representar as notas e os acordes, tornandoos mais práticos. A (Lá), B (Si), C (Dó), D (Ré), E (Mi), F (Fá), G (Sol). A clave é um sinal usado no início da pauta para determinar o nome e a altura das notas, ou seja, dar nome as notas. As claves mais usadas são as claves de Sol, para instrumentos que atuam em uma região médio-aguda (gaita diatônica, flauta, violão, etc.) e a clave de Fá, para instrumentos que atuam na região grave (baixo, violoncelo, etc.). O pianista utiliza as duas simultaneamente devido à extensão do instrumento. A clave de Sol (a letra G estilizada) determina o local da nota Sol na 2ª linha. Podemos também utilizar linhas suplementares superiores e inferiores.

Baseado na 2ª linha a seqüência natural das notas será:

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12ª aula: Figuras Rítmicas Existem sete figuras rítmicas: semibreve, mínima, semínima, colcheia, semicolcheia, fusa e semifusa. Sendo que a semibreve é a mais longa e a semifusa a mais curta. Cada uma das figuras rítmicas (ou figuras positivas) tem uma pausa (ou figura negativa) correspondente. É muito importante entender que as figuras não têm valor de tempo definido, ao contrário do que pode se pensar. O valor de tempo de cada figura é definido pela fórmula de compasso, ou seja, uma figura pode ter valores de tempo diferentes em fórmulas de compasso diferentes. Porém cada figura vale a metade do valor de tempo da figura anterior, consequentemente, o dobro do valor de tempo da figura posterior. Portanto podemos definir a proporção entre as figuras: em qualquer fórmula de compasso a semibreve é a figura mais longa, como a mínima vale a metade do valor da semibreve, são necessárias duas mínimas para ocupar o mesmo espaço de tempo de uma semibreve; o mesmo espaço de tempo pode ser ocupado por quatro semínimas, ou oito colcheias, ou dezesseis semicolcheias, ou trinta e duas fusas, ou ainda por sessenta e quatro semifusas. Esses números (1, 2, 4, 8, 16, 32 e 64) mostram a proporção entre as figuras e as representarão nas fórmulas de compasso.

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13ª aula: Compasso Toda música pulsa, portanto toda música tem vida. Essas pulsações podem variar de velocidade (batidas por minuto) e são divididas em ciclos binários, ternários, quaternários e quinários. Essa divisão métrica da música é chamada de compasso. Os compassos são separados pelo travessão ou barra simples. O compasso é escrito logo após a clave. O número de cima (numerador – unidade de compasso) significa o número de tempos (quantidade). O número de baixo (denominador – unidade de tempo) significa a unidade de tempo correspondente de acordo com o quadro da aula anterior. Desta forma o compasso 4/4 pode ser preenchido da seguinte forma:

3/4 (compasso ternário)

2/4 (compasso binário)

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14ª aula: Localização das Notas O esquema a seguir representa a posição de todas as notas sopradas e aspiradas na harmônica diatônica C (dó).

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15ª aula: Exercícios de Articulação Os exercícios de articulação foram criados para dar ao gaitista habilidades técnicas e desenvolver sua parte rítmica. Comece sempre devagar e depois aumente a velocidade. Use o metrônomo quando se sentir seguro.

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16ª aula: Folk 1 Esta canção foi alterada ritmicamente para se adequar ao seu nível de leitura. Procure executá-la na velocidade 70 (bpm), mas só use o metrônomo quando se sentir seguro. Toque uma oitava acima e procure ligar as notas sempre que possível. Observe os sinais de repetição:

- Ritornelo (significa que você deve repetir o trecho musical demarcado).

D.C. - (Da Capo, do início, tudo de novo).

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17ª aula: Exercício de Articulação (semínima) Execute o exercício abaixo primeiramente devagar e sem metrônomo, em seguida com o metrônomo tente chegar a 90 (bpm). Observe sua respiração.

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18ª aula: Ponto de Aumento, Ligaduras e Staccato Adicionando um ponto ao lado de uma figura musical, aumentamos seu valor em metade do seu valor atual:

Podemos ligar o valor de uma figura musical à outra figura, unindo-as por uma Ligadura de União ou Prolongamento.

Para notas diferentes chamaremos de Ligadura de Expressão (legato) ou Slide.

A técnica de execução instrumental ou vocal que se opõe ao legato é o staccato ou picado. O staccato ou “destacado” designa um tipo de articulação onde as notas e os motivos das frases musicais devem ser executadas com suspensões entre elas, ficando as notas com curta duração. Nos instrumentos de sopro, através da utilização de sílabas, é possível alterar a forma como se articula um som. Assim, os instrumentistas de sopro utilizam por norma três tipos de staccato. Staccato Simples: esta é a articulação simples do staccato. As notas são atacadas com a sílaba “te”. Staccato Duplo: usado majoritariamente em situações mais rápidas, por exemplo, colcheias e semicolcheias, onde o staccato duplo é utilizado aos pares. As sílabas utilizadas são “ta - cá”. Staccato Triplo: mais empregado em situações que envolvam tercinas e/ou três semicolcheias agrupadas, e como o nome indica, é utilizado em trios de notas. Os sons são articulados com as sílabas “ta - cá - ta”.

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19ª aula: Folk 2 Esta canção foi alterada ritmicamente para se adequar ao seu nível de leitura. Procure executá-la na velocidade 110 (bpm), mas comece devagar e só use o metrônomo quando se sentir seguro.

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20ª aula: Folk 3 Esta canção foi alterada ritmicamente para se adequar ao seu nível de leitura. Procure executá-la na velocidade 100 (bpm), mas só use o metrônomo quando se sentir seguro. Toque uma oitava acima e procure ligar as notas sempre que possível. Observe sua respiração, não sugue e sopre com o “bafo” sua gaita.

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21ª aula: Exercícios de Respiração Execute o exercício abaixo em 100 (bpm) e faça a ligação das notas sempre que possível.

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22ª aula: Exercícios de Articulação (colcheias) Execute o exercício abaixo primeiramente devagar e sem metrônomo, em seguida com o metrônomo tente chegar a 90 (bpm). Observe sua respiração e ligue as notas para obter mais velocidade (ligadura de expressão).

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23ª aula: Folk 4 Toque esta canção na velocidade 85 (bpm), mas só use o metrônomo quando se sentir seguro. Toque uma oitava acima e procure ligar as notas sempre que possível. Observe sua respiração.

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24ª aula: Folk 5 Toque esta canção na velocidade 90 (bpm), mas só use o metrônomo quando se sentir seguro. Observe sua respiração.

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25ª aula: Exercícios Diatônicos (semicolcheia) – Parte 1 Os exercícios diatônicos são importantes não apenas por dar ao gaitista habilidades técnicas, mas também por proporcionar subsídios melódicos para a improvisação diatônica. Execute os exercícios em semicolcheias começando em 35 (bpm) até chegar em 90 (bpm).

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26ª aula: Exercícios Diatônicos (semicolcheia) – Parte 2 Os exercícios diatônicos são importantes não apenas por dar ao gaitista habilidades técnicas, mas também por proporcionar subsídios melódicos para a improvisação diatônica. Execute os exercícios em semicolcheias começando em 35 (bpm) até chegar em 90 (bpm).

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27ª aula: Tongue Blocking (Notas Cobertas) Uma outra maneira de conseguirmos somente uma nota (individualizada) na harmônica é através da utilização do bloqueio de língua. Sopre ou aspire um acorde (três ou mais notas dadas simultaneamente) e em seguida coloque a ponta da língua, voltada para o lado esquerdo da cavidade bucal, suavemente sobre a trave que divide os orifícios no bocal. Não force a língua. Ela cobrirá dois orifícios. No caso da necessidade de bloquear três buracos coloque a língua entre o primeiro e segundo (central) orifício, também de forma suave. Dessa forma essas notas não serão executadas e somente a nota que ficou aberta (orifício da direita) soará individualmente.

Outras formas de explorarmos a harmônica: • Oitavada Execute simultaneamente notas homônimas, porém em alturas diferentes. Para atingir o efeito é necessário que os orifícios intermediários sejam obstruídos com a língua, ficando expostos somente as notas laterais que formam a oitava. Outros intervalos também podem ser formados (5J, 6M, 7M e 7m). Algumas oitavas necessitam o fechamento de três orifícios. Use uma fita adesiva para tampar os orifícios necessários em seu treino, caso tenha dúvida sobre o som desejado. • Vamping Posicione os lábios para a execução da Tongue Block ou Oitavada e em consonância com o compasso musical retire e coloque a língua no bocal. Desta forma manterá um acompanhamento em acordes durante o trecho musical. Podemos usar ligando as notas com um sopro constante ou em staccato. Essa técnica é muito utilizada no blues, country, folk, etc.

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28ª aula: Tom e Semitom A diferença de altura entre dois sons é chamada de intervalo. Sempre que comparamos duas notas de sons diferentes temos o intervalo. Semitom (st) – É o menor intervalo na música ocidental. Tom (T) – É o equivalente a dois semitons. Na seqüência das notas naturais teremos os seguintes intervalos:

Escala Cromática é uma série de sons, na ascendente ou descendente, constituídos de ½ em ½ tom. A última nota será a repetição da primeira uma oitava a baixo. Escala cromática usando sustenidos e bemóis:

Notas enarmônicas são notas que tem o mesmo som e nomes diferentes. As notas enarmônicas são: C# D# E# Fb F# G# A# B# Cb

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Db Eb F E Gb Ab Bb C B

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29ª aula: Bending Notes (Notas Fabricadas) Para fabricar uma nota corretamente na gaita, ou seja, fazer um bend (curvar, entortar), é necessário entender a relação entre alguns músculos de sua garganta e o movimento das palhetas. Aspire corretamente sua gaita pronunciando a vogal “A”. Nesse momento os músculos de sua garganta estão no formato mais aberto possível. Partindo para o lado da fonética, ao pronunciar a vogal “A”, mesmo que com a aerodinâmica invertida, ou seja, para dentro, sua língua fica para frente e em repouso aumentando assim a área. A palheta inferior se afasta da placa para o ar passar. Seu objetivo é trazer esta palheta para o interior da gaita. Você pode conseguir este efeito simplesmente sugando a sua gaita, mas como esta nunca foi a melhor opção para aspirar o instrumento, partiremos para uma lei da física que diz que, quanto menor a área, maior a pressão. Para diminuir a área em sua garganta, ainda dentro dos estudos de fonética, pronuncie a vogal “U”, desta forma a língua recua e sobe. Sem aumentar a sucção você criará pressão sobre a palheta obtendo assim a sua nota fabricada. Comece os treinos pelos orifícios 4, 1 e 6, nesta ordem. Você conseguirá bends de meio tom. É extremamente necessário o uso de um teclado para seus estudos. Toque simultaneamente o teclado e a gaita e observe, ao fabricar a nota, se existe a formação de ondas. Elas são produzidas quando as notas não estão em paralelo, ou seja, afinadas na mesma freqüência. Quanto mais oscilar, mais distante estão. Faça este exercício com os olhos fechados para aumentar sua concentração. Do ponto inicial (nota natural) até seu objetivo final, que é a queda de meio tom, você passará pelos comas ou micro tons, que são notas musicais desprezadas pela teoria musical ocidental. Podemos relacionar estas notas às outras vogais E, I e O (por isso a gaita diatônica é um instrumento “não” temperado, assim como o violino, a voz humana, etc.). Exercite os músculos de sua garganta pronunciando todas as vogais para dentro sem mexer os lábios como um ventríloquo (use um espelho). Desta forma sua dicção não influenciará no exercício. Não é preciso vocalizar. Você sentirá o recuo progressivo do dorso de sua língua e a contração dos músculos de sua garganta. Verá que se quiser é até possível fechar completamente sua glote. Aproveite e treine também sua respiração, localizando o ar no abdome. Em seguida tente na própria gaita a execução das vogais. Para facilitar seus estudos é necessário regular as palhetas (sopradas e aspiradas) de sua gaita e diminuir todos os vazamentos. O principal teste é conseguir produzir estas notas bem baixinho, quem suga a gaita não pode executar os bends desta forma. Uma outra maneira de aprimorar esta técnica é exercitar os bends com a tongue block. Lembrando que os gaitistas de blues tradicional sempre a produzem utilizando o bloqueio de língua. Usando tal embocadura é impossível sugar o ar com a ajuda dos lábios. Os bends soprados seguem o mesmo principio dos aspirados (quanto menor a área, maior a pressão). Você conseguirá tal pressão empurrando o ar com a língua (assobio). Está técnica, o bend, passou a ser usada no inicio do século passado por um desconhecido gaitista americano, em 1968, o gaitista Howard Levy, de Illinois, aperfeiçoou a produção de notas dentro de uma harmônica diatônica com os “Overbends”, ou para alguns “Overblow” e “Overdraw”, possibilitando assim o cromatismo neste instrumento.

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30ª aula: Quadro de Notas Fabricadas Esta é uma gaita C, com suas notas naturais representadas na parte interna e as notas fabricadas na parte externa.

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31ª aula: Exercícios Técnicos para Bend 4, 1 e 6 Execute os exercícios abaixo com a ajuda de um metrônomo e um teclado. Ligue as notas quando necessário e aumente a velocidade progressivamente. Observe sua respiração.

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32ª aula: Exercícios Técnicos - Alterações de 3 Semitons (Bend 3) Treine os bends do orifício 3 inicialmente em staccato e pronunciando as sílabas indicadas. Utilize um teclado e um metrônomo para auxiliar nos estudos. 3a - B - Te 3a’ - Bb - Ti 3a’’ - A - Ta 3a’’’ - Ab - To Em seguida execute os exercícios abaixo ligando as notas (slide).

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33ª aula: Exercícios Técnicos - Alterações de 2 Semitons (Bend 2) Treine os bends do orifício 2 inicialmente em staccato e pronunciando as sílabas indicadas. Utilize um teclado e um metrônomo para auxiliar nos estudos. 2a - G - Ta 2a’ - Gb - Ti 2a’’ - F - To Em seguida execute os exercícios abaixo ligando as notas (slide).

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34ª aula: Exercícios Técnicos para Bend 8, 9 e 10 Utilize um teclado e um metrônomo para executar estes exercícios.

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35ª aula: Intervalo É a distância sonora de uma nota para outra. Os intervalos são divididos em: 2ª, 3ª, 4ª, 5ª, 6ª, 7ª e 8ª. Cifragem: (2b, 2m, 2, 2M), (3m, 3b, 3, 3M), (4b, 4, 4J, 4#,4dim, 4aum), (5b, 5, 5J, 5#. 5dim, 5aum), (6b, 6m, 6, 6M), (7, 7m, 7M, 7+). Os intervalos 4ª aumentada ou 5ª diminuta (enarmônicos) são chamados de trítono (tensão/ três tons). Eles dividem a oitava em duas partes iguais e a sua inversão possui a mesma distância. Na inquisição esse intervalo chegou a ser proibido (principalmente nessa época em que os grandes mestres da música produziam músicas para a Igreja), uma vez que tem uma sonoridade bem “maligna”. Alguns músicos da época chegaram a ser punidos pelo tribunal da Santa Inquisição sendo queimados vivos por insistir em usar o trítono em suas músicas. Nos tempos um pouco mais recentes, temos algumas bandas que usaram o trítono, um dos intervalos do acorde meio diminuto, sétimo grau do campo harmônico de tríades, justamente com a intenção de criar uma sonoridade meio satânica. Jimi Hendrix (Purple Haze): na introdução dessa música ele faz o uso do trítono de uma forma bem gritante, parece que com a intenção justamente de provocar as autoridades religiosas, que na época ainda eram bem mais conservadoras que hoje. Metálica (Enter Sandman e Call of Kthulu): nas duas músicas o trítono foi usado no arpejo e a sonoridade cai como uma luva na intenção da música. Intervalo

C – Db C–D C – D# C – Eb C–E C–F C – F# C – Gb C–G C – G# C – Ab C–A C – Bbb C – Bb C–B C–C

Distância

½ Tom 1 Tom 1 Tom e ½ 1 Tom e ½ 2 Tons 2 Tons e ½ 3 Tons 3 Tons 3 Tons e ½ 4 Tons 4 Tons 4 Tons e ½ 4 Tons e ½ 5 Tons 5 Tons e ½ 6 Tons

Nome

2ª menor (2m) 2ª maior (2M) 2ª aumentada (2aum) 3ª menor (3m) 3ª maior (3M) 4ª justa (4J) 4ª aumentada (4aum) 5ª diminuta (5dim) 5ª justa (5J) 5ª aumentada (5aum) 6ª menor (6m) 6ª maior (6M) 7ª diminuta (7dim) 7ª menor (7m) 7ª maior (7M) 8ª justa (8J)

Este quadro foi feito na tonalidade de Dó. Faça o mesmo quadro partindo de Ré, e prossiga, passando por todos os tons, para exercitar e decorar os intervalos. PÁGINA

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36ª aula: Exercícios Diatônicos – Parte 3

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37ª aula: Exercícios Diatônicos – Parte 4

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38ª aula: Acordes e Arpejos Acorde é o conjunto de três ou mais sons, tocados simultaneamente. • Tríade - É formada pelo agrupamento de três notas, separadas por sobreposições de terças. • Tétrade - É formada pelo agrupamento de quatro notas, separadas por sobreposições de terças.

Arpejo – São as notas do acorde tocadas separadamente.

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39ª aula: Resumo dos Acordes Tríades Abaixo, a formação de todos os acordes tríades e suas estruturas. Tente memorizar e pratique em todos os tons. Cifra

Tônica

Terça

Quinta

1 terça

2 terça

C (Maior)

T

3M

5J

3M

3m

Cm (Menor)

T

3m

5J

3m

3M

C0 (Diminuto)

T

3m

5dim

3m

3m

C+ (Aumentado)

T

3M

5aum

3M

3M

Estudaremos em um próximo capitulo os modos gerados pelos acordes.

GRAUS

TRÍADES



C

D

E

F

G

A

B



E

F

G

A

B

C

D



G

A

B

C

D

E

F

MODOS

Jônico

Dórico

Frígio

Lídio

Mixolídio

Eólio

Lócrio

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40ª aula: Resumo dos Acordes Tétrades Abaixo, a formação de todos os acordes tétrades e suas estruturas. Tente memorizar e pratique em todos os tons. Cifra

Tônica

Terça

Quinta

Sétima

1 terça

2 terça

3 terça

C7M (Maior com 7ª maior)

T

3M

5J

7M

3M

3m

3M

C7 (Maior com 7ª)

T

3M

5J

7m

3M

3m

3m

Cm7M (Menor com 7ª maior)

T

3m

5J

7M

3m

3M

3M

Cm7 (Menor com 7ª)

T

3m

5J

7m

3m

3M

3m

C0 (Diminuto tétrade)

T

3m

5dim

7dim

3m

3m

3m

Cm7(b5) (Meio diminuto)

T

3m

5dim

7m

3m

3m

3M

Estudaremos em um próximo capitulo os modos gerados pelos acordes. GRAUS

TÉTRADES



C

D

E

F

G

A

B



E

F

G

A

B

C

D



G

A

B

C

D

E

F



B

C

D

E

F

G

A

MODOS

Jônico 7M

Dórico 7m

Frígio 7m

Lídio 7M

Mixolídio 7m

Eólio 7m

Lócrio 7m (b5)

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41ª aula: Prática de Arpejos Abaixo diferentes maneiras e algumas dicas de como praticar arpejos. Execute todas as permutações nas variações rítmicas citadas em todas as oitavas. Em seguida faça o mesmo com todos os acordes relacionados nas aulas anteriores (quadro de tríades e tétrades).

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42ª aula: Eine Kleine Nachtmusik (binário simples) Procure executar esta canção na velocidade 95 (bpm). Lembre-se que as figuras rítmicas no compasso 2/2 valem à metade do 4/4.

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Compasso simples é aquele em que cada unidade de tempo corresponde à duração determinada pelo denominador da fórmula de compasso. Por exemplo, um compasso 2/4 possui dois pulsos com duração de 1/4 (uma semínima) cada. Os tipos mais comuns de compassos simples possuem 2 ou 4 no denominador (2/2, 2/4, 3/4 ou 4/4).

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43ª aula: As Notas Musicais e suas Funções Podemos dividir as notas musicais em três tipos e funções. • Repouso (estável) • Tensão (menos instável) • Passagem (instável) Função Repouso: é uma função de sentido estável e conclusiva, formada por notas do acorde. Função Tensão: é uma função do sentido suspensivo, que da a sensação de preparação instável e pede resolução. É formada por notas que estão um tom acima das notas do acorde (T-3-5), exceto nos acordes dominantes ou suspensos. Função Passagem: é importante evitar estacionar nestas notas, pois não soam bem. É formada por notas que estão meio tom acima das notas do acorde (T-3-5), exceto nos acordes dominantes ou suspensos.

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44ª aula: Escala Maior A escala maior é uma escala diatônica (nomes diferentes) que tem dois semitons entre os graus III - IV e VII – I. Entre os outros graus há 1 tom. Sequência de tons (estrutura): T- T - ST - T - T - T - ST Formação: T – 2M – 3M – 4J – 5J – 6M – 7M Aplicação: Acorde Maior e Acorde Maior c/ 7M

C

CDEFGABC

G

G A B C D E F# G

D

D E F# G A B C# D

A E B F#

A B C# D E F# G# A E F# G# A B C# D# E B C# D# E F# G# A# B F# G# A# B C# D# E# F#

C#

C# D# E# F# G# A# B# C#

F

F G A Bb C D E F

Bb

Bb C D Eb F G A Bb

Eb

Eb F G Ab Bb C D Eb

Ab

Ab Bb C Db Eb F G Ab

Db

Db Eb F Gb Ab Bb C Db

Gb

Gb Ab Bb Cb Db Eb F Gb

Cb

Cb Db Eb Fb Gb Ab Bb Cb

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45ª aula: Quadro de Notas (harmônicas diatônicas) A gaita diatônica é um instrumento musical dividido em pedaços. Abaixo a localização de notas em harmônicas diatônicas.

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46ª aula: Quadro de Intervalos sobre o 1º Grau Uma nota musical depende de um contexto para entendermos sua função. A melhor forma de compreender uma harmônica diatônica é memorizando seus intervalos. Desta forma não é necessário decorar todas as notas nas 12 harmônicas e sim os intervalos que correspondem a cada grau da escala.

C C#/Db

T 2m

D D#/Eb E F F#/Gb

2M 3m 3M 4J 4aum/5dim

G G#/Ab A

5J 5aum/6m 6M

A#/Bb

7m

B

7M

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47ª aula: Síncope e Contratempo (deslocamento de acentuação) Diversos  gêneros musicais  possuem síncopes no seu ritmo básico, tais como o samba, reggae e diversos ritmos latinos. Síncope  - quando uma nota é executada em tempo fraco ou parte fraca de tempo e se prolonga ao tempo forte ou parte forte do tempo seguinte.

A síncope é regular quando as notas que a formam têm a mesma duração (figuras rítmicas iguais).

É chamada de irregular quando suas notas têm durações diferentes (figuras rítmicas diferentes).

Contratempo  - quando a nota soa em tempo fraco, ou parte fraca de tempo, sendo antecedida, isto é, tendo no tempo forte ou na parte forte do tempo, uma pausa.

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48ª aula: Graus da Escala Diatônica Os graus são numerados a partir da 1ª nota da escala. Além da numeração, os graus de uma escala também podem receber denominações especificas: I grau

Tônica ou Fundamental

II grau

Supertônica

III grau

Mediante

IV grau

Subdominante

V grau

Dominante

VI grau

Superdominante

VII grau

Sensível

VIII ou I grau

Tônica ou Fundamental - 8ª acima

Progressões: São encadeamento de acordes, que podem ter resolução ou não. Uma das progressões mais usadas é a IIm – V – I. É o segundo, quinto e primeiro grau da escala maior. No tom de C maior temos: Dm, G e C Outros exemplos: V – IIm V – IV I – IV – V I – IV – V – VIm I – IV – V – VII0 I – IIm – IV – V – VII0 I – IIm – IV – V – VIm I – IIm – IV – V - VIm – VII0 I – IIm – IIIm – IV – V – VIm – VII0 PÁGINA

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49ª aula: Funções São três tipos de funções: • Tônica (estável) • Subdominante (menos instável) • Dominante (instável) Função Tônica: é uma função de sentido estável e conclusivo. O acorde principal da função é o de I grau, que pode ser substituído pelo VI ou III grau. Ex: Função: Tônica Acorde: I7M Substituição: VIm7 ou IIIm7

Função Dominante: é uma função do sentido suspensivo, que dá a sensação de preparação instável e pede resolução na tônica. O acorde principal da função dominante é o V, podendo ser substituído pelo VII. Ex: Função: Dominante Acorde: V7 Substituição: VIIm7(b5)

Função Subdominante: é a função intermediária entre as funções dominante e tônica. Tem sentido suspensivo, mas não tenso, e da à sensação de expansão. O acorde principal da função subdominante é o IV grau, podendo ser substituído pelo II grau. Ex: Função: Subdominante Acorde: IV7M Substituição: IIm7

Na tonalidade de “C” maior podemos ter as seguintes substituições: Função: Tônica Acorde: C7M Substituição: Am7 ou Em7 Função: Subdominante Acorde: F7M Substituição: Dm7 Função: Dominante Acorde: V7 Substituição: Bm7(b5) PÁGINA

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50ª aula: Riffs Diatônicos (1ª Posição) Harmonize os riffs a seguir usando as progressões citadas anteriormente. Observe as funções dos acordes. Ex: I – IIm – IV – V – VIm I e VIm – Tônica (estável) V – Dominante (instável) IIm e IV – Subdominante (menos instável) Riff diatônico C (1ª posição) Graus da escala C maior C e Am – Tônica (estável) G – Dominante (instável) Dm e F – Subdominante (menos instável)

Riffs: São estruturas melódicas criadas a partir de determinadas escalas. Elas podem ser desenvolvidas através da mistura entre diversas escalas existentes. Pesquise e copie riffs de guitarra, sax, trompete, etc. Os riffs a seguir devem ser executados em todas as oitavas possíveis. Utilize os bends quando necessário e como notas de passagem. Modifique e crie novos riffs a partir destas estruturas.

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MÉTODO PARA HARMÔNICA DIATÔNICA - VOLUME 01 Exercite sua improvisação sobre as seguintes progressões:

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51ª aula: Escala Menor (Escalas Relativas) A escala menor é uma escala diatônica, que tem dois semitons entre os graus II- III e V – VI. A principal característica é o intervalo de terça menor entre o I – III graus. Sequência de tons (estrutura): T- ST - T - T - ST - T - T Formação: T – 2M – 3m – 4J – 5J – 6m – 7m Aplicação: Acorde Menor e Acorde Menor c/ 7m Comparando as escalas: Menor natural: C D Eb F G Ab Bb C (T 2 b3 4 5 b6 b7 8) Maior: C D E F G A B C (T 2 3 4 5 6 7 8) A diferença entre a escala maior e a menor natural são os intervalos de terça, sexta e sétima. Na escala menor todos esses intervalos serão menores, e na escala maior eles serão maiores. Escalas Relativas (4ª posição): As escalas maior e menor natural são formadas pelas mesmas notas, mas com tônicas diferentes. Para achar a escala menor relativa da maior, conte seis notas acima a partir da tônica ou três abaixo. Se a escala tiver algum acidente, este deve ser mantido. Ex: “C” maior tem as mesmas notas que “A” menor natural. Portanto ao tocar “A” menor natural em uma harmônica “C” maior você tocará sobre a 4ª posição (VI grau da escala de dó maior).

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52ª aula: Quadro de Intervalos sobre o VI Grau (4ª Posição) Uma nota musical depende de um contexto para entendermos sua função. A melhor forma de compreender uma harmônica diatônica é memorizando seus intervalos. Desta forma não é necessário decorar todas as notas nas 12 harmônicas e sim os intervalos que correspondem a cada grau da escala.

C

3m

C#/Db

3M

D

4J

D#/Eb

5dim/4aum

E

5J

F

5aum/6m

F#/Gb

6M

G

7m

G#/Ab

7M

A

T

A#/Bb

2m

B

2M

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53ª aula: Folk 6 (4ª Posição) Execute esta canção na velocidade 102 (bpm), mas só use o metrônomo quando se sentir seguro. Ligue as notas sempre que possível. Observe sua respiração.

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54ª aula: Folk 7 (4ª Posição) Execute esta canção na velocidade 76 (bpm), mas só use o metrônomo quando se sentir seguro. Toque uma oitava acima e ligue as notas sempre que possível. Observe sua respiração e o sinal de repetição (1ª vez), que indica que este trecho deve ser tocado somente uma vez.

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55ª aula: Summertime (4ª Posição) Execute esta canção na velocidade 70 (bpm), em seguida toque uma oitava abaixo.

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56ª aula: Improvisação Como você pode notar as escalas de “Dó Maior” e “Lá menor” tem as mesmas notas, começadas em notas diferentes. Isto possibilita o uso da escala de “Dó Maior” nos dois acordes, Am e C. Exercite as escalas em toda extensão da harmônica. É importante saber que se você tocar as notas subindo e descendo o solo vai soar como um exercício. Treine então, após o estudo das escalas, idéias rítmicas e repetições de notas criando assim uma melodia. Exercício: Crie uma melodia usando o nome das seguintes notas musicais (ex: dó, ré, mi, sol e lá) e depois repita a mesma melodia sem nome de notas (use a vogal “U” por exemplo). Faça o mesmo processo ao contrário. Cante uma melodia sem nome de notas musicais e depois cante a mesmo melodia com o nome das notas. Em seguida use as bases da 48ª aula.

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57ª aula: Riffs Diatônicos (4ª Posição) Os riffs a seguir devem ser executados em todas as oitavas possíveis. Utilize os bends quando necessário e como notas de passagem. Modifique e crie novos riffs a partir destas estruturas. Harmonize os riffs usando a progressão IIm7(b5) – V7 – Im7. Quando se tem um acorde dominante com resolução no primeiro grau menor, o segundo grau é um acorde ½ diminuto (50ª aula – Progressão 7). Em seguida use as outras bases da 50ª aula.

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58ª aula: Inversão de Intervalos Toda vez que invertemos um intervalo a soma deve ser igual a 9. O intervalo maior passará a ser menor e vice versa. O intervalo diminuto passará a ser aumentado e vice versa. O intervalo justo se manterá justo.

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59ª aula: O Ciclo das Quintas e Quartas São as seqüências de intervalos de quintas e quartas justas que definem as tonalidades (maior ou relativa menor) que utilizam os sustenidos e os bemóis para a sua formação. O Ciclo das Quintas: Quantidade de sustenidos

Tonalidade maior representada

Tonalidade menor representada

0 1 2 3 4 5 6 7

C G D A E B F# C#

Am Em Bm F#m C#m G#m D#m A#m

Sustenidos F# F#C# F#C#G# F#C#G#D# F#C#G#D#A# F#C#G#D#A#E# F#C#G#D#A#E#B#

O Ciclo das Quartas: Quantidade de bemóis

Tonalidade maior representada

Tonalidade menor representada

0 1 2 3 4 5 6 7

C F Bb Eb Ab Db Gb Cb

Am Dm Gm Cm Fm Bbm Ebm Abm

Bemóis Bb BbEb BbEbAb BbEbAbDb BbEbAbDbGb BbEbAbDbGbCb BbEbAbDbGbCbFb

As posições são marcadas pelo ciclo das quintas. O tom da gaita sempre é a 1ª posição ou “Straight Harp”. Observe que a 4ª posição no ciclo (ângulo de 90º) é sempre a relativa menor.

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60ª aula: Armadura de Clave (sustenidos e bemóis) São os sinais de alteração (sustenidos ou bemóis) correspondentes à escala, colocados após a clave. A armadura de clave pode ser de bemóis ou sustenidos. Pegue o último sustenido e aumente meio tom para obter a escala maior correspondente. No caso de bemóis, o penúltimo bemol determina o tom da escala. A mesma armadura serve tanto para a escala maior quanto para a menor relativa.

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61ª aula: Escalas Pentatônicas As escalas pentatônicas são as escalas mais usadas na música moderna. Pentatônica Maior: Como o próprio nome diz, ela contém 5 notas da escala maior, exceto a 4J e a 7M. Formação: T – 2M – 3M – 5J – 6M Aplicação: Acorde Maior, Maior c/7M e Maior c/7m Ex: C C D E G A C (1, 2, 3, 5, 6 e 8) Ex: G G A B D E G (1, 2, 3, 5, 6 e 8) Outra possibilidade de aplicabilidade da escala pentatônica maior é executá-la em três tons diferentes (T, 2M e 5J) sobre um mesmo acorde. Ex:

Pentatônica Menor: Como o próprio nome diz, ela contém 5 notas da escala menor, exceto a 2M e a 6m. Formação: T – 3m – 4J – 5J – 7m Aplicação: Acorde Menor, Menor c/7m e Maior c/7m Ex: C C Eb F G Bb C (1, b3, 4, 5, b7 e 8) Ex: G G Bb C D F G (1, b3, 4, 5, b7 e 8) Outra possibilidade de aplicabilidade da escala pentatônica menor é executá-la em três tons diferentes (T, 2M e 5J) sobre um mesmo acorde.

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Ex:

Escala Blues: A escala Blues é a escala pentatônica menor mais a quarta aumentada (blue note). Devido a sua sonoridade, a sua maior aplicação é no blues. Formação: T – 3m – 4J – 4aum - 5J – 7m Aplicação: Acorde Menor c/7m e Maior c/7m Ex: C C Eb F F# G Bb C (1, b3, 4, #4, 5, b7 e 8) Ex: G G Bb C C# D F G (1, b3, 4, #4, 5, b7 e 8)

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62ª aula: Campo Harmônico (Maior e Menor) São sobreposições de terças, a partir de cada grau da escala maior e menor. Campo Harmônico Maior (Tríades) Ex: C

Ex: G

Campo Harmônico Maior (Tétrades) Ex: C

Ex: G

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Campo Harmônico Menor (Tríades) Ex: Am

Ex: Em

Campo Harmônico Menor (Tétrades) Ex: Am

Ex: Em

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63ª aula: Dicas para Analisar Músicas ou Progressões 1 – O acorde diminuto aparece como VII. Aumente ½ tom para ter o tom da progressão. Ex: C

2 – O acorde maior aparece nos seguintes graus: I – IV – V. Quando tiver dois acordes maiores com diferença de 1 tom, eles serão IV e V respectivamente. Ex: C

3 – O acorde menor aparece nos seguintes graus: II –III – VI. Quando tiver dois acordes menores com diferença de um tom, serão II e III graus respectivamente. Ex: C

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64ª aula: Dominante Secundário, Trítono e Sub V7 Na harmonia funcional, temos dois tipos de acordes dominantes. O dominante principal e o secundário. O dominante principal ou primário é o acorde diatônico do V grau que prepara o acorde da tônica.

Dominante secundário é o acorde do tipo dominante (uma quinta justa acima), que prepara os demais graus diatônicos (exceto VII grau).

Trítono é o nome que se dá ao intervalo de quarta aumentada, ou três tons. Na escala maior o trítono ocorre entre o IV e VII graus da escala e pede resolução na terça e tônica respectivamente. No acorde maior com 7ª menor (dominante), temos o trítono, que pede resolução no I grau.

Sub V7 é a substituição do V7 por outro acorde (uma quinta diminuta acima).

Observe que os acordes G7 e Db7 têm o mesmo trítono.

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65ª aula: Modos Gerados pela Escala Maior Se pegarmos cada grau da escala maior e montarmos novas seqüências de tons, usando somente as notas da escala maior, teremos sete escalas diferentes para cada grau, que são chamadas de “Modos Gregos”.

Jônio

Escala Maior Natural

T 2M 3M 4J 5J 6M 7M

Dórico

Escala menor c/ 6ª M

T 2M 3m 4J 5J 6M 7M

Frígio

Escala Maior c/ 9ª

T 2m 3m 4J 5J 6m 7m

Lídio

Escala Maior c/ 4ª Aum

T 2M 3M 4aum 5J 6M 7M

Mixolídio

Escala Maior c/7ª m

T 2M 3M 4J 5J 6M 7m

Eólio

Escala menor Natural

T 2M 3m 4J 5J 6m 7m

Lócrio

Escala ½ Diminuta

T 2m 3m 4J 5dim 6m7m

Acorde Maior

X7M

Evitar 4J

Acorde Dominante Acorde Menor

X7 Xm7

Evitar 4J Evitar 6m e 2m (9m)

Acorde ½ Diminuto

Xm7(b5)

Evitar 2m (9m)

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66ª aula: Analisando Acordes e Escalas • A escala Dórica também pode ser vista como uma escala maior, sendo tocada 1 tom acima (“C” Maior tem as mesmas notas de “D” Dórico). • A escala Dórica por conter 3m, 6M e 7m, também pode ser usada nas progressões blues. • Não há nenhuma nota a evitar na escala Dórica, por isso é uma excelente opção para o acorde menor. • A escala menor natural (Eólio) tem uma nota a evitar (6m), portanto, trata-se de uma escala de sonoridade interessante, porém, tome cuidado com a 6m. • A escala Mixolídio também é uma boa opção para o blues. • O modo Lídio também pode ser visto como uma escala maior, sendo tocada uma quarta acima (“G” Maior tem as mesmas notas de “C” Lídio). • A nota característica da escala Lídia é a quarta aumentada (blue note). • O modo Lídio pode ser aplicado sobre X7M, X7M(9), X7M (#11) e X6. • A quarta justa da escala maior é uma nota a evitar sobre o acorde maior, portanto, tratase de uma escala de sonoridade interessante. Use a quarta justa como nota de passagem. • O modo Lídio não tem nenhuma “nota a evitar”, portanto é uma excelente opção para o acorde maior. • A escala Lócria também pode ser vista como uma escala maior ½ tom abaixo (“B” Lócrio tem as mesmas notas de “C” Maior). • A escala Lócria pode ser aplicada sobre Xm7(b5) e Xm7(b5b13) • O Mixolídio não é a melhor opção para o acorde dominante com resolução no I grau menor. Use uma escala pentatônica menor 3 tons acima (5dim). • Outra possibilidade de aplicabilidade da escala pentatônica maior é executá-la em três tons diferentes (T, 2M e 5J) sobre um mesmo acorde. Observe que se analisar os intervalos terá os mesmo intervalos do modo Lídio. • Outra possibilidade de aplicabilidade da escala pentatônica menor é executá-la em três tons diferentes (T, 2M e 5J) sobre um mesmo acorde. Observe que se analisar os intervalos terá os mesmo intervalos do modo Dórico. • O modo Frígio possui duas notas a evitar (2m e 6m), o que torna essa escala desinteressante acusticamente.

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ESCALA

ACORDE

NOTAS A EVITAR

Maior (Jônico)

X7M

1

Menor (Eólio) Dórico Frígio Lídio Mixolídio Lócrio Pent. Maior Pent. Menor

Xm7 Xm7 Xm7 X7M X7 Xm7(b5) X7M e X7 Xm7 e X7

1 0 2 0 0 1 0 0

Esc. de Blues

Xm7 e X7

0

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67ª aula: 2ª Posição (Cross Harp) Vimos anteriormente que tocar na 1ª posição (straight Harp) significa tocar no tom original da harmônica. Você executou canções no tom dó maior (1ª posição) em uma gaita (C) e canções no tom lá menor (4ª posição) em uma gaita (C). Na 2ª posição (Cross Harp) a tonalidade da música está relacionada ao 5º grau (Dominante) da escala original da harmônica. Por exemplo, em uma harmônica afinada em dó maior (C), você deve executar a melodia no tom sol (G). Observe que no ciclo das quintas a 2ª posição é representada por um ângulo de 30º. Esta posição é usada amplamente pelos gaitistas. GAITA (1a POSIÇÃO)

MÚSICA (2ª POSIÇÃO) MÚSICA (4ª POSIÇÃO)

C Db D Eb E F F# G Ab A Bb B

G Ab A Bb B C Db D Eb E F F#

Am Bbm Bm Cm Dbm Dm Ebm Em Fm F#m Gm Abm

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68ª aula: Quadro de Intervalos sobre o V Grau (2ª Posição) A melhor forma de compreender uma harmônica diatônica é memorizando seus intervalos. Desta forma não é necessário decorar todas as notas nas 12 harmônicas e sim os intervalos que correspondem a cada grau da escala e suas funções.

C C#/Db

4J 5dim/4aum

D

5J

D#/Eb

5aum/6m

E F F#/Gb

6M 7m 7M

G

T

G#/Ab A

2m 2M

A#/Bb

3m

B

3M

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69ª aula: Folk 8 (2ª Posição) Execute esta canção na velocidade 125 (bpm), mas só use o metrônomo quando se sentir seguro. Procure ligar as notas sempre que possível. Observe o símbolo Coda.

Coda: Indica um pulo para frente na música até a passagem final, indicada pelo mesmo sinal. Só é usado depois que a música já foi executada uma vez e uma indicação D.S. al coda ou D.C. al coda foi seguida.

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70ª aula: Country Bend e Wah-Wah Para fazer um “country bend”, também conhecido como “wah-wah” (com a pressão dos lábios), passe rapidamente pelo bend antes da nota natural. Usado na 1ª e 2ª oitava da gaita, o efeito é obtido com a embocadura de bico ou tongue block (como os gaitistas tradicionais). Você associará a está técnica o efeito wahwah “com as mãos formando concha”. Use as mãos como uma surdina e produza notas musicais com sonoridade ora abafada, ora aberta (U-Á-U-Á-U-Á). A união das duas técnicas amplia a intensidade do efeito.

Country Bend *

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71ª aula: Campfire Boogie (2ª Posição) Execute esta canção na velocidade 110 (bpm), mas só use o metrônomo quando se sentir seguro. Procure ligar as notas sempre que possível.

Observe o sinal “Bequadro” que anula o sustenido da armadura de clave.

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72ª aula: Afinação Country Existem duas possibilidades para este tipo de afinação. Começaremos pela afinação country também conhecida como “Jazz”. Como várias canções se harmonizam melhor com o acorde X7M, podemos alterar a nota do orifício 5 aspirado aumentando em meio tom a nota original. Desta forma teremos também ao aspirarmos os orifícios 4,5 e 6 um acorde maior e não mais o menor original. Na 2ª posição essa afinação nos permite executar a escala maior de forma mais tranqüila na 2ª oitava, sem termos que fazer uma overbend (overblow). Na 1ª posição facilita a execução do “Modo Lídio” e na 4ª o “Modo Dórico”. Ao aumentarmos meio tom no orifício 5 não perdemos necessariamente a nota original, pois com está alteração também será possível um bend, no mesmo orifício, de meio tom. Gaita C (1ª Afinação Country/Jazz):

A outra possibilidade de afinação country é conhecida como Melody Maker. Esta afinação muda o tom de 3 palhetas. Além de aumentar meio tom no orifício 5 aspirado (7ª Maior – 2ª posição), ela também aumenta meio tom a mesma nota (uma oitava acima) no orifício 9 aspirado e 1 tom no orifício 3 soprado. Desta forma só teremos uma bend no orifício 3 aspirado. Esta afinação muda completamente os acordes originais de uma harmônica diatônica. Gaita C (2ª Afinação Country/Melody Maker):

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73ª aula: Quadro de Notas Fabricadas (Afinação Country) Esta é uma gaita C (Afinação Country/Jazz), com suas notas naturais representadas na parte interna e as notas fabricadas na parte externa.

Esta é uma gaita C (Afinação Country/Melody Maker), com suas notas naturais representadas na parte interna e as notas fabricadas na parte externa.

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74ª aula: Quadro de Intervalos (Afinação Country/Jazz) A melhor forma de compreender uma harmônica diatônica é memorizando seus intervalos. Observe as alterações feitas nas afinações country. I Grau (1ª posição)

VI Grau (4ª posição)

V Grau (2ª posição)

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75ª aula: Quadro de Intervalos (Afinação Country/Melody Maker) A melhor forma de compreender uma harmônica diatônica é memorizando seus intervalos. I Grau (1ª posição)

VI Grau (4ª posição)

V Grau (2ª posição)

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76ª aula: Folk 1 (2ª Posição) Toque esta canção na velocidade 70 (bpm).

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77ª aula: Folk 4 (2ª Posição) Procure executar esta canção na velocidade 85 (bpm), mas só use o metrônomo quando se sentir seguro. Procure ligar as notas sempre que possível. Observe sua respiração.

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78ª aula: Prática de Arpejos (2ª Posição) O Campo Harmônico Maior é formado por: Tríades: I – IIm – IIIm – IV – V – VIm – VII0 Tétrades: I7M – IIm7 – IIIm7 – IV7M – V7 – VIm7 – VIIm7(b5) Ex: (G) Tríades: G – Am – Bm – C – D – Em – F#0 Tétrades: G7M – Am7 – Bm7 – C7M – D7 – Em7 – F#m7(b5) No início trabalharemos somente com os acordes do Campo Harmônico Maior. Podemos dividir os acordes da seguinte forma: Tríades G: ACORDE

G

Am

Bm

C

D

Em

F#0

Nota 1

G

A

B

C

D

E

F#

Nota 3

B

C

D

E

F#

G

A

Nota 5

D

E

F#

G

A

B

C

ACORDE G7M

Am7

Bm7

C7M

D7

Em7

F#m7(b5)

Tétrades G:

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Nota 1

G

A

B

C

D

E

F#

Nota 3

B

C

D

E

F#

G

A

Nota 5

D

E

F#

G

A

B

C

Nota 7

F#

G

A

B

C

D

E

Permutações Tríades:

Permutações Tétrades:

1351 1315 1531 1513 1135 1153

1357 1375 1537 1573 1735 1753

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Observe que a afinação “Country” facilita a execução dos arpejos em 2ª posição. Procure novas variações rítmicas para seus estudos e treine o arpejo de todos os acordes do Campo Harmônico de G. Mais uma vez fica claro que memorizar os intervalos, os graus da escala maior e conseqüentemente “digitações”, é a melhor opção para o estudante de gaita diatônica. PÁGINA

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79ª aula: Riffs Diatônicos (2ª Posição) Harmonize os riffs abaixo usando as progressões citadas anteriormente. Observe as funções dos acordes. Modifique e crie novos riffs a partir destas estruturas.

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80ª aula: Licks (Pentatônica Maior) Licks são frases curtas que se repetem várias vezes. Escala Pentatônica Maior: Ex: G G (T) A (2M) B (3M) D (5J) E (6M) G (T)

Quadro de Intervalos (V Grau)

C C#/Db D D#/Eb E F F#/Gb G G#/Ab A A#/Bb B PÁGINA

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4J 5dim/4aum 5J 5aum/6m 6M 7m 7M T 2m 2M 3m 3M

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Estude a escala pentatônica maior e obtenha habilidade e precisão.

Permutações para (G A B D E G): GAB-ABD-BDE-DEG GABD-ABDE-BDEG GA–GABA–GABDBA–GABDEDBA–GABDEGEDBAG GAG–BAG–DBAG–EDBAG–GEDBAG Ex: (1ª permutação) G A B IDA E VOLTA: G A B A G A B A G... IDA E IDA: G A B G A B G A B... VOLTA E VOLTA: B A G B A G B A G... Faça o mesmo com todas as permutações acima em todas as oitavas de sua harmônica.

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81ª aula: Efeitos Podemos empregar alguns efeitos à gaita para enriquecermos nossas interpretações. A harmônica lhe oferecerá diversas possibilidades para colorir o seu som. Chamaremos de efeitos de sonorização tais possibilidades. 1. Head Shake Através da embocadura de bico ou tongue block movimente a cabeça lateralmente enquanto emite a nota principal. Comece devagar e aumente a velocidade. Normalmente começamos o Head Shake a partir de um Country Bend (*). Este tipo de trinado pode ser aplicado sobre toda a extensão da harmônica. Tablatura: (4=5)a 2. Glissando Faça soar rapidamente várias notas consecutivas até seu objetivo final. Tablatura: ≈ 4a 3. Vibrato de mão Use suas mão para criar uma caixa de ressonância (surdina) e ao emitir uma nota ou um grupo de notas abra e feche a mão rapidamente criando o efeito wha-wha. A principal diferença entre o vibrato e o wha-wha será a velocidade com que executará o efeito. Tablatura: 4a ∆ 4. Trêmulo (vibrato de diafragma) Sobre notas aspiradas: Aspire algum orifício e com o corpo relaxado pronuncie a vogal “A” suavemente ou em staccato, movimentando o diafragma. Mantenha o ritmo sem oscilações e aumente a velocidade. Sobre notas sopradas: sopre algum orifício e com o corpo relaxado pronuncie a vogal “A” em staccato movimentando o diafragma e vibrando o interior da cavidade bucal. O processo se assemelha a uma tosse. Mantenha o ritmo sem oscilações e aumente a velocidade. Você também poderá usar o efeito sobre grupo de notas sopradas ou aspiradas. Tablatura: 3a ~~~ 5. Vibrato com Bend Acrescente ao tremulo o bend. Este vibrato é uma oscilação de meio tom entre a nota natural e o bend ou entre um bend e outro. É importante enfatizar que os bends devem estar sempre afinados para se obter um resultado satisfatório. Tablatura: 3a’ ~~~ 6. Country Bend e Double Stop Faça um bend ou country bend em algum orifício e aspire simultaneamente a nota ao lado. Tablatura: (3’4)a PÁGINA

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82ª aula: Riffs para Pop & Rock (2ª Posição) Toque os riffs abaixo e crie suas próprias variações rítmicas. • • • • • • • • • • • • • • •

8s 8a 7s 7a 6a 6s 5s 4a ∆ 3* 4a 3* 2a 3a’’ 2a 3a’’ 4a 3* 3a’’ 2a ~~~ 4a 8a 7s 7a 7s 7a 6s 5s 4a ∆ 2s 2s 3s 2s 3s 3a 4a 5s 6s 6* 6s ∆ 6s 6a 7a 8a 8s ≈ 9s 8s 8a 7a 6a 6s ∆ 6s 6a 7a 8a 8s ≈ 9s 9s’ 8s’ 8s 8a 7a 6a 6s ∆ 2s 2a’ 2a 3a’’ 3a ≈ 5s 3a 3a’’ 2a 2s ~~~ 4a’ 4a 4a 4a’ 4a 4a 4a’ 4a 4a 4a 4a’ 3a 4s 3a’’ 2a ~~~ (staccato) 1a 2s 2a 3a’’ 3a 4a 3a 4a 3a 3a’’ 2a 3a’’ 3a 4a 3a 4a 3a 3a’’ 2a 2s 2a ~~~ 4a’ 4a 6* 6a’ ≈ 4a 4s 5s 6s 5s 4a 3a’ 3a’’ 2a 2s 2a ~~~ 6s 6a 6s 5s 6s 6a 6s 5s 6s 5s 4a 3a’ 3a’’ 2a ~~~ 7a 6a 6s 7a 6a 6s 7a 6a 6s 8a 7a 6a 6s ∆ 4a 5s 4a 3a’ 3a’’ 2a 4a 5s 4a 6s 5s 4a 3a’ 3a’ 3a’’ 2a ~~~ 2s 2a 3a 3a 3a’’ 3a 3a’’ 2a 2s ∆ 1a 2s 2a 3a’ 3a’’ 2a 3a’ 3a’’ 2a 2s 1a 2s 2a ~~~

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83ª aula: Prática de Improvisação sobre Progressões Exercite sua improvisação sobre a progressão I – IIm – IV – V. Use os riffs, arpejos (permutações) e variações rítmicas estudadas nas aulas anteriores. Quando se sentir seguro passe a usar notas de tensão e passagem em seu improviso e exercite seus bends. As afinações country continuam sendo uma boa opção. Tom: G (2ª posição) I G (G, B e D) IIm Am (A, C e E) IV C (C, E e G) V D (D, F# e A) VIm Em (E, G e B)

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Exercite sua improvisação sobre novas progressões:

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84ª aula: Licks (Escala Clássica de Blues) Licks são frases curtas que se repetem várias vezes. Escala Clássica de Blues: Ex: G G (T) Bb (3m) C (4J) Db (5dim) D (5J) F (7m) G (T)

Quadro de Intervalos (V Grau)

C C#/Db D D#/Eb E F F#/Gb G G#/Ab A A#/Bb B PÁGINA

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4J 5dim/4aum 5J 5aum/6m 6M 7m 7M T 2m 2M 3m 3M

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Estude a Escala Clássica de Blues e obtenha habilidade e precisão.

Permutações para (G Bb C Db D F G): G Bb C – Bb C Db – C Db D – Db D F – D F G G Bb C Db – Bb C Db D – C Db D F – Db D F G G Bb – G Bb C Bb – G Bb C Db C Bb – G Bb C Db D Db C Bb – G Bb C Db D F D Db C Bb – G Bb C Db D F G F D Db C Bb G G Bb G – C Bb G – Db C Bb G – D Db C Bb G – F D Db C Bb G – G F D Db C Bb G

Ex: (1ª permutação) G Bb C IDA E VOLTA: G Bb C Bb G Bb C Bb G... IDA E IDA: G Bb C G Bb C G Bb C... VOLTA E VOLTA: C Bb G C Bb G C Bb G... Faça o mesmo com todas as permutações acima em todas as oitavas possíveis. PÁGINA

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85ª aula: Riffs (Escala Clássica de Blues) Toque os riffs abaixo e crie suas próprias variações rítmicas. (2ª posição) 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8.

2a’’ 2a 3a’ 4s 4a 3a’ 2a 2a’’ 2a 2a’’ 1a 1a ‘ 1a 2a ~~~ 4a ≈ 6s 5a 4a 4a’ 4a ≈ 6s 5a 4a 4a’ 4s 4a’ 4a 5a 4a ≈ (3-6)s ~~~ 2a 4a 6s 5a 4s 4a ~~~ 2a 4a 6s ≈ 6* (67)a ~~~ 2a’’ 2a 3a’ 2a 4s 3s 3a’ ~~~ 2a 2a’’ 2a 3a’ 4s 4* 4* 4s 3a’ 2a 1a 2a 2a’’ ~~~ ≈ 6s 5a 4a 4a’ 4s 3a’ 2a 2a 2a’’ 1a 1a’ 2a 3a’ 4s 4a’ 4a 5a 4a 4a’ 4a 5a 4a 4a’ 4a 5a 6s 2a 2a’’ 1a 2a 2a’’ 1a 2a 2a’’ 1a 2a’’ 2a 3a’ 4s 4a’ 4a 4a’ ≈ 2a 4a’ 4a 4a’ ≈ 2a 4a’ 4a 4a’ ≈ 2a 4a’ 4a 5a 6s 9. 4* 6s 4* 4a’ 6s 4* 4s 6s 3a’ 2a 10. 2a 3a’ 4s 4a’ 4a 5a 4* 4a’ ≈ 2a 2a ~~~ Use a Escala Clássica de Blues e exercite sua improvisação sobre as seguintes progressões: Gaita C – 2ª posição

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86ª aula: 5ª Posição A escala menor é uma escala diatônica, que tem dois semitons entre os graus II – III e V – VI. A principal característica é o intervalo de terça menor entre o I – III graus. Sequência de tons (estrutura): T- ST - T - T - ST - T – T Formação: T – 2M – 3m – 4J – 5J – 6m – 7m Aplicação: Acorde Menor e Acorde Menor c/ 7m Comparando as escalas: Menor natural: G A Bb C D Eb F G (T 2 b3 4 5 b6 b7 8) Maior: G A B C D E F# G (T 2 3 4 5 6 7 8) A diferença entre a escala maior e a menor natural são os intervalos de terça, sexta e sétima. Na escala menor todos esses intervalos serão menores, e na escala maior eles serão maiores. Escalas Relativas (5ª posição): as escalas, maior e menor natural, são formadas pelas mesmas notas, mas com tônicas diferentes. Para achar a escala menor relativa da maior, conte seis notas acima a partir da tônica ou três abaixo. Se a escala tiver algum acidente, este deve ser mantido. Ex: “G” maior tem as mesmas notas que “E” menor natural. Portanto ao tocar “E” menor natural em uma harmônica “C” maior você tocará sobre a 5ª posição (III grau da escala de dó maior). As posições são marcadas pelo ciclo das quintas. O tom da gaita e é a 1ª posição ou “Straight Harp”. Observe que a 5ª posição no ciclo (ângulo de 120º) é a relativa menor da 2ª posição.

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87ª aula: Quadro de Intervalos sobre o III Grau (5ª Posição) Uma nota musical depende de um contexto para entendermos sua função. A melhor forma de compreender uma harmônica diatônica é memorizando seus intervalos. Desta forma não é necessário decorar todas as notas nas 12 harmônicas e sim os intervalos que correspondem a cada grau da escala.

C

5aum/6m

C#/Db

6M

D

7m

D#/Eb

7M

E

T

F

2m

F#/Gb

2M

G G#/Ab A A#/Bb

3m 3M 4J 5dim/4aum

B

5J

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88ª aula: Quadro de Intervalos (Afinação Country / 5ª Posição) A melhor forma de compreender uma harmônica diatônica é memorizando seus intervalos. III Grau (5ª posição) – Country/Jazz

III Grau (5ª posição) – Country/Melody Maker

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89ª aula: Folk 9 (5ª Posição) Execute esta canção na velocidade 70 (bpm), mas só use o metrônomo quando se sentir seguro. Ligue as notas sempre que possível. Observe sua respiração.

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90ª aula: Riffs Diatônicos (5ª Posição) Os riffs a seguir devem ser executados em todas as oitavas possíveis. Utilize os bends quando necessário e como notas de passagem. Modifique e crie novos riffs a partir destas estruturas. Harmonize os riffs usando a progressão IIm7(b5) – V7 – Im7 (83ª aula – Progressão 9). Em seguida use as outras bases da 83ª aula.

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91ª aula: 12ª Posição O modo Lídio tem dois semitons entre os graus IV – V e VI – VII. A principal característica é o trítono entre o I e IV grau. Sequência de tons (estrutura): T- T - T - ST - T - T - ST Formação: T – 2M – 3M – 4aum – 5J – 6M – 7M Aplicação: Acorde Maior e Acorde Maior c/ 7M Comparando as escalas: Maior natural: F G A Bb C D E F (T 2 3 4 5 6 7 8) Lídio: F G A B C D E F (T 2 3 4aum 5 6 7 8) A diferença entre o modo Lídio e a maior natural é o intervalo de 4ª aumentada. Na escala maior esse intervalo será justo, e no modo Lídio ele é aumentado. A escala Dó maior e Fá Lídio são formadas pelas mesmas notas, mas com tônicas diferentes. Ex: “C” maior tem as mesmas notas que “F” Lídio. Portanto ao tocar “F” Lídio em uma harmônica “C” maior você tocará sobre a 12ª posição (IV grau da escala de dó maior). As posições são marcadas pelo ciclo das quintas. O tom da gaita é a 1ª posição ou “Straight Harp”. Observe que a 12ª posição no ciclo é um ângulo de 330º.

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92ª aula: Quadro de Intervalos sobre o IV Grau (12ª Posição) A melhor forma de compreender uma harmônica diatônica é memorizando seus intervalos. Desta forma não é necessário decorar todas as notas nas 12 harmônicas e sim os intervalos que correspondem a cada grau da escala e suas funções.

C C#/Db

5J 5aum/6m

D

6M

D#/Eb

7m

E

7M

F

T

F#/Gb

2m

G

2M

G#/Ab

3m

A

3M

A#/Bb

4J

B

5dim/4aum

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93ª aula: Folk 4 (12ª Posição) Procure executar esta canção na velocidade 85 (bpm), mas só use o metrônomo quando se sentir seguro. Procure ligar as notas sempre que possível. Observe sua respiração.

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94ª aula: 3a Posição (Slant Harp ou Double Cross Harp) A escala dórica tem dois semitons entre os graus II – III e VI – VII. A principal característica é o intervalo de sexta maior entre o I – VI graus. Sequência de tons (estrutura): T- ST - T - T - T - ST – T Formação: T – 2M – 3m – 4J – 5J – 6M – 7m Aplicação: Acorde Menor e Acorde Menor c/ 7m Comparando as escalas: Menor natural: D E F G A Bb C D (T 2 b3 4 5 b6 b7 8) Dórica: D E F G A B C (T 2 b3 4 5 6 b7 8) A diferença entre a escala dórica e a menor natural é o intervalo de sexta. Na escala menor esse intervalo será menor, e na escala dórica ele é maior. As escalas, maior e dórica, são formadas pelas mesmas notas, mas com tônicas diferentes. Para achar a dórica relativa da maior, conte 1 nota acima a partir da tônica ou 7 abaixo. Se a escala tiver algum acidente, este deve ser mantido. Ex: “C” maior tem as mesmas notas que “D” dórico. Portanto ao tocar “D” dórico em uma harmônica “C” maior você tocará sobre a 3ª posição (II grau da escala de dó maior). As posições são marcadas pelo ciclo das quintas. O tom da gaita é a 1ª posição ou “Straight Harp”. Observe que a 3ª posição no ciclo (ângulo de 60º) é a relativa menor da 12ª posição.

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95ª aula: Quadro de Intervalos sobre o II Grau (3ª Posição) A melhor forma de compreender uma harmônica diatônica é memorizando seus intervalos. Desta forma não é necessário decorar todas as notas nas 12 harmônicas e sim os intervalos que correspondem a cada grau da escala e suas funções.

C C#/Db D D#/Eb E F

7m 7M T 2m 2M 3m

F#/Gb

3M

G

4J

G#/Ab

5dim/4aum

A

5J

A#/Bb

5aum/6m

B

6M

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96ª aula: Folk 10 (3ª Posição) Execute esta canção na velocidade 112 (bpm), mas só use o metrônomo quando se sentir seguro. Ligue as notas sempre que possível. Observe sua respiração.

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97ª aula: Summertime (3ª Posição) Execute esta canção na velocidade 70 (bpm.

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98ª aula: Riffs 3ª Posição (Dórico) Os riffs a seguir devem ser executados em todas as oitavas possíveis. Utilize os bends quando necessário e como notas de passagem. Modifique e crie novos riffs a partir destas estruturas.

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99ª aula: Escala Clássica de Blues (5ª e 3ª) Estude a Escala Clássica de Blues e obtenha habilidade e precisão. Ex: E (5ª posição) E (T) G (3m) A (4J) Bb (5dim) B (5J) D (7m) E (T)

Ex: D (3ª posição) D (T) F (3m) G (4J) Ab (5dim) A (5J) C (7m) D (T)

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100ª aula: Exercícios Técnicos (3ª e 5ª) Crie permutações e forme licks em todas as oitavas possíveis, em seguida improvise sobre as progressões usando a escala clássica de blues.

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Bibliografia • Faria, Nelson. Acordes, arpejos e escalas. Rio de Janeiro: Lumiar, 1999. • Júnior, Chiréia, Benevides. Harmônica Blues – Volume 1. Curitiba: Avlis & Aierich Editores, 2001. • Mckelvy David. Instant Harmonica Pack. U.S.A: Hal Leonard Publishing Corporation, 1989. • Faria, Nelson. A Arte da Improvisação: para todos os instrumentos. Rio de Janeiro: Lumiar, 1991. • Chediak, almir. Harmonia e improvisação. Rio de Janeiro: Lumiar, 1986 • Med, bohumil. Teoria da Música. Brasília: Musimed, 1996. • Lieberman, Maurice. Ear training and sight singing: New York: W.W. Norton & Company, 1959.

Copyright 2012 | Leandro Ferrari www.leandroferrari.com www.leandroferrari.blogspot.com [email protected] É proibida a cópia parcial ou integral deste material, bem como sua utilização sem autorização prévia de Leandro Ferrari. PÁGINA

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Anotações

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Sobre o autor

L

eandro Ferrari leciona seu curso de harmônica desde 1995, é o idealizador do “Minas Harp/ Encontro de Gaitistas” e escreveu artigos para o portal “O Debate” e para as revistas “Zona Cultural” e “Sax e Metais”.  Ferrari já se apresentou no  5º Harmônica e Blues Project (São Paulo – 2003), Garimpo (Belo Horizonte – 2007), Conexão Vivo (Gov. Valadares/MG – 2009), Fórum Harmônicas Brasil (Fortaleza – 2009), Tagima Convention (São Paulo – 2009) e Blueseiros do Brasil (SP - 2011). Abriu o show dos americanos Kim Wilson & The Fabulous Thunderbirds (Belo Horizonte – 1996), Larry McCray (Belo Horizonte – 2010) e Guy King & Hot Spot Blues Band (Belo Horizonte - 2011). O músico foi uma das atrações do 4º Encontro Internacional de Gaitistas realizado em 2005 no Sesc Pompéia/ SP e já recebeu elogios de Jason Ricci (USA), Greg Zlap (FRA), Rildo Hora (BRA), PT Gazell (USA), Frederic Yonnet (FRA), Joe Filisko (USA) e de outros renomados gaitistas. Também gravou e tocou com vários grupos, incluindo a banda mineira Skank, Living Colour (USA), Los Mind Lagunas (MEX), Diamondog (Angola), Rubén Santillana (Cuba), Rodica Blues (USA), Gustavo Andrade (Hot Spot), Maurinho Nastácia, Glauco Nastácia, Scarcéus,  Sideral, Cartoon, Bauxita, The Nasty Blues, Falcatrua, Alto-Fante Band, além de outras importantes parcerias. DISCOGRAFIA: • • • • • •

LEANDRO FERRARI Y COMPADRES 2006 SALIVA (SINGLE) 2007 SK8 DUB (SINGLE) 2008 FAT NASTY 2010 BLUES ROAD TRIP (DVD) 2012 PELICANO (SINGLE) 2012

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