Apostila Polícia Rodoviário Federal - Apostila 1 - Gps

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PORTUGUÊS CAPÍTULO 1 – FONOLOGIA .................................................................................................................................................... 3 CAPÍTULO 2– ORTOGRAFIA .................................................................................................................................................. 8 CAPÍTULO 3– ACENTUAÇÃO GRÁFICA ............................................................................................................................ 11 CAPÍTULO 4– ESTRUTURA E FORMAÇÃO DE PALAVRAS .......................................................................................... 15 CAPÍTULO 5– MORFOLOGIA ................................................................................................................................................ 31 CAPÍTULO 6 –FLEXÃO NOMINAL ........................................................................................................................................ 67 CAPÍTULO 7 – VOZES VERBAIS .......................................................................................................................................... 78 CAPÍTULO 8 –FRASE, ORAÇÃO E PERÍODO ................................................................................................................... 80 CAPÍTULO 9 –TERMOS DA ORAÇÃO E DO PERÍODO ................................................................................................... 82 CAPÍTULO 10–PERÍODO COMPOSTO POR COORDENAÇÃO E SUBORDINAÇÃO ................................................ 88 CAPÍTULO 11–REGÊNCIA VERBAL..................................................................................................................................... 98 CAPÍTULO 12–REGÊNCIA NOMINAL ................................................................................................................................ 102 CAPÍTULO 13–COLOCAÇÃO PRONOMINAL ................................................................................................................... 103 CAPÍTULO 14–CONCORDÂNCIA NOMINAL .................................................................................................................... 108 CAPÍTULO 15–CONCORDÂNCIA VERBAL ....................................................................................................................... 108 CAPÍTULO 16–CRASE .......................................................................................................................................................... 113 CAPÍTULO 17–PONTUAÇÃO ............................................................................................................................................... 116 CAPÍTULO 18–USO DOS PORQUÊS ................................................................................................................................. 119 CAPÍTULO 19 - SIGNIFICAÇÃO DE PALAVRAS .............................................................................................................. 120

MATEMÁTICA 1 - NÚMEROS RELATIVOS INTEIROS E FRACIONÁRIOS, OPERAÇÕES E PROPRIEDADES. ............................................................ 124 2 - MÚLTIPLOS E DIVISORES, MÁXIMO DIVISOR COMUM E MÍNIMO MÚLTIPLO COMUM. COMUM. ...................................... 125 3 - NÚMEROS REAIS: .................................................................................................................................................................. 127 4 - EXPRESSÕES NUMÉRICAS. ..................................................................................................................................................... 127 5 - EQUAÇÕES E SISTEMAS DE EQUAÇÕES DE 1º GRAU............................................................................................................. 136 6 - SISTEMAS DE MEDIDA DE TEMPO. ........................................................................................................................................ 143 7 - SISTEMA MÉTRICO DECIMAL................................................................................................................................................. 144 8 - NÚMEROS E GRANDEZAS DIRETAMENTE E INVERSAMENTE PROPORCIONAIS. ................................................................... 147 9 - REGRA DE TRÊS SIMPLES ....................................................................................................................................................... 150 10. REGRA DE TRÊS COMPOSTA ................................................................................................................................................. 153 11 - PORCENTAGEM ................................................................................................................................................................... 156 12. EQUAÇÕES E SISTEMAS DO 2º GRAU ..................................................................................................................... 168 FUNÇÃO LINEAR E AFIM: .......................................................................................................................................................176 INEQUAÇÕES DO 1º GRAU .....................................................................................................................................................179 FUNÇÃO QUADRÁTICA:..........................................................................................................................................................179

Apostila PRF INEQUAÇÕES DO 2º GRAU .....................................................................................................................................................182 FUNÇÃO EXPONENCIAL: ........................................................................................................................................................183 LOGARITMOS: ........................................................................................................................................................................184 FUNÇÃO LOGARÍTMICA: ........................................................................................................................................................185 SEQÜÊNCIAS NUMÉRICAS: ......................................................................................................................................................... 188 SEQÜÊNCIAS NUMÉRICAS: .....................................................................................................................................................188 PROGRESSÃO ARITMÉTICA (PA) .............................................................................................................................................189 PROGRESSÃO GEOMÉTRICA (PG) ...........................................................................................................................................194 ESTATÍSTICA................................................................................................................................................................................ 199 CONCEITOS BÁSICOS ..............................................................................................................................................................199 ORGANIZAÇÃO DE DADOS .....................................................................................................................................................199 MEDIDAS DE TENDÊNCIA CENTRAL .......................................................................................................................................200 DISTRIBUIÇÃO DE FREQUÊNCIA .............................................................................................................................................202 MEDIDAS DE DISPERSÃO ........................................................................................................................................................203 DIREITO CONSTITUCIONAL CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988 ............................................................................................. 205 TÍTULO I DOS PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS ............................................................................................................................... 205 TÍTULO II DOS DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS ........................................................................................................... 205 TÍTULO III DA ORGANIZAÇÃO DO ESTADO ................................................................................................................................. 211 TÍTULO IV DA ORGANIZAÇÃO DOS PODERES ............................................................................................................................. 221 TÍTULO V DA DEFESA DO ESTADO E DAS INSTITUIÇÕES DEMOCRÁTICAS ................................................................................. 243 INFORMÁTICA HARDWARE E SOFTWARE .......................................................................................................................................................... 254 SOFTWARE ................................................................................................................................................................................. 266 INTERNET E INTRANET ....................................................................................................................................................... 269 CONCEITOS SOBRE SEGURANÇA. .................................................................................................................................. 277 BACKUP ................................................................................................................................................................................... 281 VÍRUS DE COMPUTADOR E OUTROS MALWARES: .................................................................................................... 282 WINDOWS 7 ............................................................................................................................................................................ 286 APLICATIVO OFFICE: ........................................................................................................................................................... 295 PLANILHAS ELETRÔNICAS:................................................................................................................................................ 297 EDITORES DE TEXTO .......................................................................................................................................................... 310 NAVEGADORES – WEB BROWSER – BROWSER ......................................................................................................... 334 CLOUD COMPUTING ............................................................................................................................................................ 346

Apostila PRF CAPÍTULO 1 – FONOLOGIA DEFINIÇÃO

3) Em alguns casos, a mesma letra pode representar mais de um fonema. A letra x, por exemplo, pode representar: - o fonema sê: texto

Fonologia é o ramo da Linguística que estuda o sistema sonoro de um idioma. Ao estudar a maneira como os fones (sons) se organizam dentro de uma língua, classifica-os em unidades capazes de distinguir significados, chamadas fonemas. FONEMA A palavra fonologia é formada pelos elementos gregos fono ( "som, voz") e log, logia ( "estudo", "conhecimento") . Significa literalmente " estudo dos sons" ou "estudo dos sons da voz". O homem, ao falar, emite sons. Cada indivíduo tem uma maneira própria de realizar esses sons no ato da fala. Essas particularidades na pronúncia de cada falante são estudadas pela Fonética. Dá-se o nome de fonema ao menor elemento sonoro capaz de estabelecer uma distinção de significado entre as palavras. Observe, nos exemplos a seguir, os fonemas que marcam a distinção entre os pares de palavras: amor - ator

- o fonema zê: exibir - o fonema chê: enxame - o grupo de sons ks: táxi 4) O número de letras nem sempre coincide com o número de fonemas. Exemplos: Tóxico fonemas: /t/ó/k/s/i/c/o/ 1234567 galho

1) O fonema não deve ser confundido com a letra. Na língua escrita, representamos os fonemas por meio de sinais chamados letras. Portanto, letra é a representação gráfica do fonema. Na palavra sapo, por exemplo, a letra s representa o fonema /s/ (lê-se sê); já na palavra brasa, a letra s representa o fonema /z/ (lê-se zê). 2) Às vezes, o mesmo fonema pode ser representado por mais de uma letra do alfabeto. É o caso do fonema /z/, que pode ser representado pelas letras z, s, x: Exemplos: zebra casamento exílio

letras: g al h o 12345

5) As letras m e n, em determinadas palavras, não representam fonemas. Observe os exemplos: compra conta Nessas palavras,menindicam anasalizaçãodas vogais que as antecedem.

Cada segmento sonoro se refere a um dado da língua portuguesa que está em sua memória: a imagem acústica que você, como falante de português, guarda de cada um deles. É essa imagem acústica, esse referencial de padrão sonoro, que constitui o fonema. Os fonemas formam os significantes dos signos linguísticos. Geralmente, aparecem representados entre barras. Assim: /m/, /b/, /a/, /v/, etc. Fonema e Letra

fonemas: /g/a/lh/o/

123456

12 3 4

morro - corro vento - cento

letras: t ó x i c o

Veja ainda: nave: o /n/ é um fonema; dança: o n não é um fonema; o fonema é /ã/, representado na escrita pelas letras a e n. 6) A letra h, ao iniciar uma palavra, não representa fonema. Exemplos: hoje

fonemas: ho / j / e / letras: 1 2 3

hoje 1234

Classificação dos Fonemas Os fonemas da língua portuguesa são classificados em: 1) Vogais As vogais são os fonemas sonoros produzidos por uma corrente de ar que passa livremente pela

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Apostila PRF boca. Em nossa língua, desempenham o papel de núcleo das sílabas. Assim, isso significa que em toda sílaba há necessariamente uma única vogal.

Posteriores ou Velares - A língua eleva-se em direção ao palato mole (véu palatino). Exemplos:

Na produção de vogais, a boca fica aberta ou entreaberta. As vogais podem ser: a) Orais: quando o ar sai apenas pela boca.

ó, ô, u Médias - A língua fica baixa, quase em repouso.

Por Exemplo:

Por Exemplo:

/a/, /e/, /i/, /o/, /u/. b) Nasais: quando o ar sai pela boca e pelas fossas nasais. Por Exemplo: /ã/: fã, canto, tampa / /: dente, tempero / /: lindo, mim /õ/ bonde, tombo / / nunca, algum c) Átonas: pronunciadas commenorintensidade. Por Exemplo: até, bola d)Tônicas: pronunciadas commaiorintensidade. Por Exemplo: até, bola

a 2) Semivogais Os fonemas /i/ e /u/, algumas vezes, não são vogais. Aparecem apoiados em uma vogal, formando com ela uma só emissão de voz (uma sílaba). Nesse caso, esses fonemas são chamados de semivogais. A diferença fundamental entre vogais e semivogais está no fato de que estas últimas não desempenham o papel de núcleo silábico. Observe a palavra papai. Ela é formada de duas sílabas: pa-pai. Na última sílaba, o fonema vocálico que se destaca é o a. Ele é a vogal. O outro fonema vocálico i não é tão forte quanto ele. É a semivogal. Outros exemplos: saudade, história, série.

Obs.: os fonemas /i/ e /u/ podem aparecer representados na escrita por" e", "o" ou "m".

Quanto ao timbre, as vogais podem ser: Abertas

Veja:

Exemplos: pé, lata, pó Fechadas Exemplos: mês, luta, amor Reduzidas - Aparecem quase sempre no final das palavras. Exemplos: dedo, ave, gente Quanto à zona de articulação: Anteriores ou Palatais - A língua eleva-se em direção ao palato duro (céu da boca). Exemplos: é, ê, i

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pães / pãis

mão / mãu/ cem /c i/

3) Consoantes Para a produção das consoantes, a corrente de ar expirada pelos pulmões encontra obstáculos ao passar pela cavidade bucal. Isso faz com que as consoantes sejam verdadeiros "ruídos", incapazes de atuar como núcleos silábicos. Seu nome provém justamente desse fato, pois, em português, sempre consoam ("soam com") as vogais. Exemplos: /b/, /t/, /d/, /v/, /l/, /m/, etc. Encontros Vocálicos Os encontros vocálicos são agrupamentos de vogais e semivogais, sem consoantes intermediárias. É importante reconhecê-los para dividir corretamente os vocábulos em sílabas. Existem três tipos de encontros: o ditongo, otritongo e o hiato.

Apostila PRF 1) Ditongo É o encontro de uma vogal e uma semivogal (ou vice-versa) numa mesma sílaba. Pode ser: a) Crescente: quando a semivogal vem antes da vogal.Por Exemplo: sé-rie (i = semivogal, e = vogal) b) Decrescente: quando a vogal vem antes da semivogal.Por Exemplo: pai (a = vogal, i = semivogal) c) Oral: quando o ar sai apenas pela boca.Exemplos: pai, série d) Nasal: quando o ar sai pela boca e pelas fossas nasais.Por Exemplo: mãe 2) Tritongo É a sequência formada por uma semivogal, uma vogal e uma semivogal, sempre nessa ordem, numa só sílaba. Pode ser oral ou nasal. Exemplos: Paraguai - Tritongo oralquão- Tritongo nasal 3) Hiato É a sequência de duas vogais numa mesma palavra que pertencem a sílabas diferentes, uma vez que nunca há mais de uma vogal numa sílaba. Por Exemplo: saída (sa-í-da)

O agrupamento de duas ou mais consoantes, sem vogal intermediária, recebe o nome de encontro consonantal.Existem basicamente dois tipos: - os que resultam do contato consoante + l ou r e ocorrem numa mesma sílaba, como em: pe-dra, pla-no, a-tle-ta, cri-se... - os que resultam do contato de duas consoantes pertencentes a sílabas diferentes: por-ta, rit-mo, lis-ta... Há ainda grupos consonantais que surgem no início dos vocábulos; são, por isso, inseparáveis:pneu,gno-mo,psi-có-lo-go... Dígrafos De maneira geral, cada fonema é representado, na escrita, por apenas uma letra. Por Exemplo: lixo - Possui quatro fonemas equatroletras. Há, no entanto, fonemas que são representados, na escrita, por duas letras. Por Exemplo: bicho - Possui quatro fonemas e cincoletras. Na palavra acima, para representar o fonema | xe| foram utilizadas duas letras: o c e o h. Assim, o dígrafo ocorre quando duas letras são usadas para representar um único fonema (di = dois + grafo = letra). Em nossa língua, há um número razoável de dígrafos que convém conhecer. Podemos agrupá-los em dois tipos: consonantais e vocálicos. Dígrafos Consonantais Letras

Fonemas

Exemplos

lh

lhe

telhado

nh

nhe

marinheiro

poesia (po-e-si-a)

Saiba que: - Na terminação -em em palavras como ninguém, também, porém e na terminação -am em palavras como amaram, falaram ocorrem ditongos nasais decrescentes. - É tradicional considerar hiato o encontro entre uma semivogal e uma vogal ou entre uma vogal e uma semivogal que pertencem a sílabas diferentes, como em ge-lei-a, io-iô.

ch

xe

chave

rr

Re (no interior da palavra)

carro

ss

se (no interior da palavra)

passo

qu

que (seguido de e e i)

queijo, quiabo

gu

gue (seguido de e e i)

guerra, guia

sc

se

crescer

Encontros Consonantais

5

Apostila PRF sç

se

desço

xc

se

exceção

Dígrafos Vocálicos: registram-se na representaçãodas vogais nasais.

A - MOR A palavra amor está dividida em grupos de fonemas pronunciados separadamente: a - mor. A cada um desses grupos pronunciados numa só emissão de voz dá-se o nome de sílaba. Em nossa língua, o núcleo da sílaba é sempre uma vogal: não existe sílaba sem vogal e nunca há mais do que uma vogal em cada sílaba. Dessa forma, para sabermos o número de sílabas de uma palavra, devemos perceber quantas vogais tem essa palavra. Atenção: as letras i e u (mais raramente com as letras e e o) podem representar semivogais.

Fonemas

Letras

Exemplos

ã

am

tampa

an

canto

Classificação das Palavras quanto ao Número de Sílabas

em

templo

1) Monossílabas: possuem apenas uma sílaba.Exemplos: mãe, flor, lá, meu

en

lenda

2) Dissílabas: possuem duas sílabas. Exemplos: ca-fé, i-ra, a-í, trans-por

im

limpo

in

lindo

3) Trissílabas: possuem três sílabas. Exemplos: ci-ne-ma, pró-xi-mo, pers-pi-caz, O-da-ir

om

tombo

on

tonto

um

chumbo

un

corcunda

õ

4) Polissílabas: possuem quatro ou mais sílabas.Exemplos: a-ve-ni-da, li-te-ratu-ra, a-mi-ga-vel-men-te, o-tor-ri-no-la-ringo-lo-gis-ta

Divisão Silábica Na divisão silábica das palavras, cumpre observar as seguintes normas: a) Não se separam osditongos etritongos. Exemplos: foi-ce, a-ve-ri-guou

Observação: "Gu" e "qu" são dígrafos somente quando, seguidos de "e" ou "i", representam os fonemas /g/ e /k/:guitarra, aquilo. Nesses casos, a letra "u" não corresponde a nenhum fonema. Em algumas palavras, no entanto, o "u" representa um fonema semivogal ou vogal (aguentar, linguiça, aquífero...) Nesse caso, "gu" e"qu" não são dígrafos. Também não há dígrafos quando são seguidos de "a" ou "o" (quase, averiguo).

b) Não se separam os dígrafos ch, lh, nh, gu, qu. Exemplos: cha-ve, ba-ra-lho, banha, fre-guês, quei-xa c) Não se separam os encontros consonantais que iniciam sílaba. Exemplos: psicó-lo-go, re-fres-co d) Separam-se as vogais dos hiatos. Exemplos: ca-a-tin-ga, fi-el, sa-ú-de e) Separam-se as letras dos dígrafos rr, ss, sc, sçxc. Exemplos: car-ro, passa-re-la, des-cer, nas-ço, ex-ce-len-te f) Separam-se os encontros consonantais das sílabas internas, excetuando-se aqueles em que a segunda consoante é l ou r. Exemplos: ap-to, bis-ne-to, con-vicção, a-brir, a-pli-car Acento Tônico

Sílaba: Observe:

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Apostila PRF Na emissão de uma palavra de duas ou mais sílabas, percebe-se que há uma sílaba de maior intensidade sonora do que as demais. calor - a sílaba lor é a de maior intensidade. faceiro - a sílaba cei é a de maior intensidade.

Paroxítonos: são aqueles cuja sílaba tônica é a penúltima.Exemplos:dócil, suavemente, banana Proparoxítonos: são aqueles cuja sílaba tônica é a antepenúltima. Exemplos: máximo, parábola, íntimo

sólido - a sílaba só é a de maior intensidade. Saiba que:  São palavras oxítonas, entre outras: cateter, mister, Nobel, novel, ruim, sutil, transistor, ureter. Obs.: a presença da sílaba de maior intensidade nas palavras, em meio a sílabas de menor intensidade, é um dos elementos que dão melodia à frase.

Classificação da Sílaba quanto à Intensidade Tônica: é a sílaba pronunciada com maior intensidade. Átona: é a sílaba pronunciada com menor intensidade. Subtônica: é a sílaba de intensidade intermediária. Ocorre, principalmente, nas palavras derivadas, correspondendo à tônica da palavra primitiva. Veja o exemplo abaixo:

 São palavras paroxítonas, entre outras: avaro, aziago, boêmia, caracteres, cartomancia, celtibero, circuito, decano, filantropo, fluido, fortuito, gratuito, Hungria, ibero, impudico, inaudito, intuito, maquinaria, meteorito, misantropo, necropsia (alguns dicionários admitem também necrópsia), Normandia, pegada, policromo, pudico, quiromancia, rubrica, subido(a).  São palavras proparoxítonas, entre outras:aerólito, bávaro, bímano, crisântemo, ímprobo, ínterim, lêvedo, ômega, pântano, trânsfuga.  As seguintes palavras, entre outras, admitem dupla tonicidade: acrobata / acrobata, hieróglifo / hieroglifo, Oceânia / Oceania, ortoépia/ortoepia, projétil / projetil, réptil / reptil, zângão / zangão Monossílabos Leia em voz alta a frase abaixo:

Palavra

be -

primitiva:

bê O sol já se pôs.

átona Palavra derivada:

tônica

be -

be -

zi -

nho

átona

subtônica

tônica

átona

Classificação das Palavras quanto à Posição da Sílaba Tônica

Essa frase é formada apenas por monossílabos. É possível verificar que os monossílabos sol, já e pôs são pronunciados com maior intensidade que os outros. São tônicos. Possuem acento próprio e, por isso, não precisam apoiar-se nas palavras que os antecedem ou que os seguem. Já os monossílabos o e se são átonos, pois são pronunciados fracamente. Por não terem acento próprio, apoiam-se nas palavras que os antecedem ou que os seguem. Critérios de Distinção

De acordo com a posição da sílaba tônica, os vocábulos da língua portuguesa que contêm duas ou mais sílabas são classificados em:

Muitas vezes, fazer a distinção entre um monossílabo átono e um tônico pode ser complicado. Por isso, observe os critérios a seguir.

Oxítonos: são aqueles cuja sílaba tônica é a última.Exemplos:

1- Modificação da pronúncia da vogal final.

avó, urubu, parabéns

Nos monossílabos átonos a vogal final se modifica ou pode modificar-se na pronúncia.

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Apostila PRF Com os tônicos, não ocorre tal possibilidade. Exemplos: Vou de carro para o meu trabalho. (de = monossílabo átono - é possível a pronúncia di ônibus.) Dê um auxílio às pessoas que necessitam. (dê = monossílabo tônico - é impossível a pronúncia di um auxílio.) 2- Significado isolado do monossílabo O monossílabo átono não tem sentido quando isolado na frase. Veja: Meus amigos já tes, mas eu não.

compraram

os

convi-

O monossílabo tônico, mesmo isolado, possui significado.

são chamadas de homônimas (canto, do grego, significa ângulo / canto, do latim, significa música vocal). As palavras homônimas dividem-se em homógrafas, quando tem a mesma grafia (gosto, substantivo e gosto, 1ª pessoa do singular do verbo gostar) e homófonas, quando tem o mesmo som (paço, palácio ou passo, movimento durante o andar). Quanto à grafia correta em língua portuguesa, devem-se observar as seguintes regras: O fonema s: Escreve-se com S e não com C/Ç:

Observe: Existem pessoas muito más. Nessa frase, o monossílabo possui sentido: más = ruins. São monossílabos átonos: artigos: o, a, os, as, um, uns pronomes pessoais oblíquos: me, te, se, o, a, os, as, lhe, nos, vos preposições: a, com, de, em, por, sem, sob pronome relativo: que conjunções: e, ou, que, se São monossílabos tônicos: todos aqueles que possuem autonomia na frase. Exemplos: mim, há, seu, lar, etc. Obs.: pode ocorrer que, de acordo com a autonomia fonética, um mesmo monossílabo seja átono numa frase, porém tônico em outra. Exemplos: Que foi? (átono) Você fez isso por quê? (tônico)

 as palavras substantivadas derivadas de verbos com radicais em nd, rg, rt, pel, corr e sent. Exemplos: pretender - pretensão / expandir - expansão / ascender - ascensão / inverter - inversão / aspergir aspersão / submergir - submersão / divertir - diversão / impelir - impulsivo / compelir compulsório / repelir - repulsa / recorrer - recurso / discorrer - discurso / sentir - sensível / consentir - consensual Escreve-se com SS e não com C e Ç:  os nomes derivados dos verbos cujos radicais terminem em gred, ced, prim ou com verbos terminados por tir ou meter Exemplos: agredir - agressivo / imprimir impressão / admitir - admissão / ceder - cessão /

CAPÍTULO 2– ORTOGRAFIA A ortografia é a parte da língua responsável pela grafia correta das palavras. Essa grafia baseiase no padrão culto da língua. As palavras podem apresentar igualdade total ou parcial no que se refere a sua grafia e pronúncia, mesmo tendo significados diferentes. Essas palavras

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exceder - excesso / percutir - percussão / regredir - regressão / oprimir - opressão / comprometer compromisso / submeter - submissão  quando o prefixo termina com vogal que se junta com a palavra iniciada por s Exemplos: a + simétrico - assimétrico / re + surgir - ressurgir

Apostila PRF  no pretérito imperfeito simples do subjuntivo

 os sufixos gregos: ase, ese, ise e ose. Exemplos: catequese, metamorfose.

Exemplos: ficasse, falasse Escreve-se com C ou Ç e não com S e SS:

 as formas verbais pôr e querer. Exemplos: pôs, pus, quisera, quis, quiseste.

 os vocábulos de origem árabe: Exemplos: cetim, açucena, açúcar  os vocábulos de origem tupi, africana ou exótica

 nomes derivados de verbos com radicais terminados em d. Exemplos: aludir - alusão / decidir - decisão / empreender - empresa / difundir - difusão  os diminutivos cujos radicais termi-

Exemplos: cipó, Juçara, caçula, cachaça, cacique

nam com s  os sufixos aça, aço, ação, çar, ecer,

iça, nça, uça, uçu.

Exemplos: Luís - Luisinho / Rosa - Rosinha / lápis - lapisinho  após ditongos

Exemplos: barcaça, ricaço, aguçar, empalidecer, carniça, caniço, esperança, carapuça, den-

Exemplos: coisa, pausa, pouso

tuço  nomes derivados do verbo ter. Exemplos: abster - abstenção / deter - detenção / ater - atenção / reter - retenção  após ditongos

 em verbos derivados de nomes cujo radical termina com s. Exemplos: anális(e) + ar - analisar / pesquis(a) + ar - pesquisar Escreve-se com Z e não com S:

Exemplos: foice, coice, traição  palavras derivadas de outras terminadas em te, to(r)

 os sufixos ez e eza das palavras derivadas de adjetivo Exemplos: macio - maciez / rico - riqueza

Exemplos: marte - marciano / infrator - infração / absorto - absorção O fonema z: Escreve-se com S e não com Z:  os sufixos: ês, esa, esia, e isa, quando o radical é substantivo, ou em gentílicos e títulos nobiliárquicos. Exemplos: freguês, freguesa, freguesia, poetisa, baronesa, princesa, etc.

 os sufixos izar (desde que o radical da palavra de origem não termine com s) Exemplos: final - finalizar / concreto - concretizar  como consoante de ligação se o radical não terminar com s. Exemplos: pé + inho - pezinho / café + al cafezal ≠ lápis + inho - lapisinho O fonema j:

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Apostila PRF  as palavras terminada com aje.

Escreve-se com G e não com J:  as palavras de origem grega ou árabe Exemplos: tigela, girafa, gesso.  estrangeirismo, cuja letra G é originá-

Exemplos: laje, ultraje O fonema ch: Escreve-se com X e não com CH:

ria.

 as palavras de origem tupi, africana

Exemplos: sargento, gim.  as terminações: agem, igem, ugem,

ou exótica. Exemplo: abacaxi, muxoxo, xucro.

ege, oge (com poucas exceções) Exemplos: imagem, vertigem, penugem, bege, foge.

 as palavras de origem inglesa (sh) e espanhola (J). Exemplos: xampu, lagartixa.

Observação Exceção: pajem

 depois de ditongo. Exemplos: frouxo, feixe.

 as terminações: ágio, égio, ígio, ógio,

 depois de en.

ugio. Exemplos: enxurrada, enxoval Exemplos: sufrágio, sortilégio, litígio, relóObservação:

gio, refúgio.  os verbos terminados em ger e gir.

Exceção: quando a palavra de origem não derive de outra iniciada com ch - Cheio - (enchente)

Exemplos: eleger, mugir. Escreve-se com CH e não com X:  depois da letra "r" com poucas exce-

 as palavras de origem estrangeira

ções. Exemplos: emergir, surgir.

Exemplos: chave, chumbo, chassi, mochila, espadachim, chope, sanduíche, salsicha.

 depois da letra a, desde que não seja radical terminado com j.

As letras e e i:  os ditongos nasais são escritos com

Exemplos: ágil, agente.

e: mãe, põem. Com i, só o ditongo interno cãiEscreve-se com J e não com G:  as palavras de origem latinas Exemplos: jeito, majestade, hoje.  as palavras de origem árabe, africana ou exótica. Exemplos: alforje, jibóia, manjerona.

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bra.  os verbos que apresentam infinitivo em -oar, -uar são escritos com e: caçoe, tumultue. Escrevemos com i, os verbos com infinitivo em -air, -oer e -uir: trai, dói, possui.

Apostila PRF  atenção para as palavras que mudam de sentido quando substituímos a grafia e pela grafia i: área (superfície), ária (melodia) / delatar (denunciar), dilatar (expandir) / emergir (vir à tona), imergir (mergulhar) / peão (de estância, que anda a pé), pião (brinquedo).

CAPÍTULO 3– ACENTUAÇÃO GRÁFICA INFLUÊNCIA DO NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO 1) ALFABETO Com o advento do novo ortográfico, acrescentam-se as consoantes k, w e y no alfabeto que passa a ter 26 letras: ABCDEFGHIJKLMNOPQRSTUV W X Y Z. As consoantes k, w e y serão usadas nas seguintes situações: a) Em escrita de símbolos de unidades de medida: Kg (quilograma), Km (quilômetro), W (watt); b) Em escrita de palavras e nomes estrangeiros: workshop, playground, show, Welliton. 2) TREMA O trema desaparece do u nas formas gue, gui, que, qui. No entanto, a pronúncia permanece inalterada. ANTES DO NOVO ACORDO Argüir Cinqüenta Delinqüente Freqüente Lingüiça Qüinqüênio

DEPOIS DO NOVO ACORDO Arguir Cinquenta Delinquente Frequente Linguiça Quinquênio

O trema ainda continuará em palavras estrangeiras e em suas derivadas. Exemplos: Müller, mülleriano, Bündchen.

3) ACENTO GRÁFICO a) Não serão acentuadas graficamente os ditongos orais abertos ei, e oi tônico quando forem paroxítonas. ANTES DO NOVO ACORDO Alcatéia Andróide Assembléia Bóia Coréia Debilóide Européia Estréia Geléia Heróico Idéia Jibóia Odisséia Paranóico Platéia

DEPOIS DO NOVO ACORDO Alcateia Androide Assembleia Boia Coreia Debiloide Europeia Estreia Geleia Heroico Ideia Jibóia Odisseia Paranoico Plateia

O acento continuará nas oxítonas terminadas em éis, éu, éus, ói, óis. Exemplos: anéis, céu, troféu, troféus, herói, heróis. b) Quando os vocábulos forem paroxítonos, não receberão acento gráfico o i e o u tônicos após ditongo decrescente. ANTES DO NOVO ACORDO Baiúca Bocaiúva Feiúra Sauípe

DEPOIS DO NOVO ACORDO Baiuca Bocaiuva Feiura Sauipe

O acento continuará caso a palavra seja oxítona e o i ou o u estejam no final da palavra ou caso a palavra seja proparoxítona. Exemplo: tuiuiú, Piauí, maiúscula. c) Palavras com vogais repetidas perdem o acento. ANTES DO NOVO ACORDO Crêem (verbo crer)

DEPOIS DO NOVO ACORDO Creem

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Apostila PRF Dêem (verbo dar) Lêem (verbo ler) Vêem (verbo ver) Vôo Zôo

Deem Leem Veem Voo Zoo

1) Sílaba tônica (sílaba mais forte) dos vocábulos; 2) Abertura ou não da vogal; 3) Flexão de número (singular/plural) do verbo; 4) Diferença entre palavras homônimas.

d) Perde-se o acento para diferenciar os seguintes pares: para/ para; péla/ pela(s); pelo(s)/ pelo(s); pólo(s)/ polo(s); e pêra/ pera. ANTES DO NOVO ACORDO O rapaz pára o trânsito A jovem irá ao pólo Norte O urso polar tem pêlos brancos Compramos pêra no início de ano

DEPOIS DO NOVO ACORDO O rapaz para o trânsito A jovem irá ao polo Norte O urso polar tem pelos brancos Compramos pera no início de ano

OBSERVAÇÃO a) Em pôr/por, permanece o acento diferencial. A forma pôr é um verbo, já a forma por é uma preposição. Exemplo: Pretendo pôr um funcionário na empresa inaugurada por mim. b) Nas formas verbais pôde/pode, permanece o acento diferencial. O sintagma verbal pôde é o verbo poder no pretérito perfeito do indicativo, na 3ª pessoa do singular. Enquanto pode é a forma do presente do indicativo, na 3ª pessoa do singular. Exemplo: Antes, ele não pôde comprar o carro, mas hoje ele pode. c) Será opcional o uso do acento circunflexo para diferenciar as palavras fôrma (substantivo) de forma (verbo); dêmos (verbo no subjuntivo) de demos (verbo no pretérito). Os acentos gráficos são: ( ´ )  agudo; ( ^ )  circunflexo; ( ` )  grave. Os acentos agudo e circunflexo indicam:

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O acento grave irá indicar a fusão entre duas vogais idênticas (crase).

REGRAS DE ACENTUAÇÃO 1) OXÍTONAS:são aquelas palavras cuja última sílaba é a mais forte. a) Oxítonas monossilábicas tônicas: acentuam-se aquelas finalizadas em -a, -e ou -o (seguidas ou não de -s). (IBAMA/ TÉCNICO/ CESPE) As palavras “pó”, “só” e “céu” são acentuadas de acordo com a mesma regra de acentuação gráfica. Comentário: as palavras “pó” e “só” são acentuadas por ser oxítonas monossilábicas finalizadas em -o. Já o vocábulo “céu” é acentuada por ser uma oxítona terminada em ditongo aberto “éu”. Sendo assim, o item está errado.

b) Oxítonas com mais de uma sílaba: quando finalizadas em -a, -e ou -o (seguidas ou não de -s),em e -ens, devem ser acentuadas graficamente. (IBAMA/ TÉCNICO/ ADAPTADA/ FGV)As palavras a seguir são acentuadas em decorrência de mesma regra de acentuação gráfica:“até”,“está”,“biogás”,“contará”. Comentário: as palavras “a-té”, “es-tá”, “bio-gás”, “con-ta-rá” recebem acento gráfico porque são oxítonas finalizadas em a, -e ou -o (seguidas ou não de -s). Por isso a assertiva está correta.

c) Oxítonas terminadas em ditongos abertos ei, oi, eu: todas devem receber acento agudo. (LIQUIGAS/ MÉDIO/ ADAPTADA/ CESGRANRIO)De acordo com as regras de acentuação, o grupo de palavras que foi acentuado pela mesma razão: céu, já, troféu, baú.

Apostila PRF Comentário: as palavras “céu” e “troféu” recebem acento agudo por finalizar em ditongo oral aberto “éu”, enquanto o vocábulo “já” será acentuada por oxítona monossilábica terminada em “a”. Por último, a palavra “baú” acentua-se por haver um hiato da vogal “u”.

d) Oxítonas seguidas de pronomes oblíquos -lo, la, -los, -las: acentuam-se as terminadas em -a, -e, o. (MPE-PI/ ANALISTA/ CESPE) Os verbos “comunicar”, “ensinar” e “comandar”, quando complementados pelo pronome “a”, acentuam-se da mesma forma que “constatá-las”, “designá-las” e “elevá-las”. Comentário: caso os verbos sejam completados pelo pronome oblíquo “a”, as formas equivalentes resultantes serão comunicá-la, ensiná-la, comandá-la assim como os verbos apresentados. Note-se, ainda, que é necessário acentuar se forem terminadas em -a, -e, -o. Portanto, o item está correto.

a pensar e a se adequar a novas realidades”, diz Ramos. Comentário: o acento gráfico, nos vocábulos “é”, “e”,assim como, nas palavras “por” e “pôr”, diferencia-se em três níveis: morfológico, gráfico e fonético. Atente-se aos três planos: Morfológico: “e” é uma conjunção, enquanto “é” trata-se de emum verbo. O vocábulo “por” é uma preposição, já “pôr” é um verbo. Neste caso,de fato o acento gráfico estabelece diferença morfológica. Gráfico: ocorre mudança também, visto que os vocábulos recebem o acento gráfico. Logo, as palavras mudam a grafia. Compare: e→é;por→pôr. Fonético: o som pronunciado em “é” (com acento) éaberto, enquanto o som pronunciado (o timbre) em “e” (sem acento) éfechado. Assim, por interferência do acento, houve, sim, mudança fonética(pronúncia da palavra). No entanto, não haverá mudança na fonética entre as palavras “por” e “pôr”. Devido a este último caso, o item está incorreto.

e) Pôr ≠ por: deve-se acentuaro sintagma verbal “pôr”, para diferenciá-la da preposição “por”. (CEF/ MÉDIO/ CESPE) O acento que distingue a forma verbal ‘é’ da conjunção ‘e’ estabelece diferença morfológica, gráfica e fonética, tal como ocorre com pôr e por. TEXTO:O despreparo dos jovens, portanto, é patente. “Desde cedo, é preciso ensinar as crianças

f) Tem ≠ têm; vem ≠ vêm: acentuam-se as formas verbais têm e vêm, que representam a terceira pessoa do plural do presente do modo indicativo dos verbos ter e vir, para diferenciar das formas no singular tem e vem. (TJ-RR/ MÉDIO/ CESPE)A forma verbal “têm” em “têm esse originário poder” estáempregada no plural porque faz parte de uma cadeia coesivacujos elementos se referem a “magistrados”. TEXTO:Os magistrados não governam. O que eles fazem é evitar o desgoverno, quando para tanto são provocados. Não mandam propriamente na massa dos governados e administrados, mas impedem os eventuais desmandos dos que têm esse originário poder.

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Apostila PRF

Comentário: o item está incorreto, pois a forma verbal “têm” permanece no plural para concordar com o pronome demonstrativo “os” presente no termo “dos”, em que ocorre contração da preposição “de” com pronome demonstrativo “os”. Note-se, ainda, que poderia substituir o pronome “os” por “aqueles”. Portanto, a forma verbal “têm” não concorda com “magistrados”.

(ANATEL/ MÉDIO/ CESPE) Nas formas verbais “vêm” e “têm”, ambas na linha, foi aplicada a mesma regra de acentuação gráfica. TEXTO: Em terceiro lugar, vêm os adúlteros. Só agora eles têm a possibilidade de receber ligações de seu parceiro secreto sem que membros da família, secretárias ou colegas mal intencionados possam interceptar o telefonema. Comentário: o item está correto, pois as formas verbais vem e tem recebem acento circunflexo quando concordam com um sujeito no plural para diferenciá-los do singular. Contextualmente, os verbos citados concordam, respectivamente, com “adúlteros” e “eles”.

Comentário: o item está errado, porque a forma verbal “mantêm” concorda com a expressão “as sociedades ocidentais”. Dessa forma, mesmo que fosse reescrito no singular o trecho “As relações”, o verbo manter permaneceria inalterado.

2)PAROXÍTONAS:são aquelas palavras cuja penúltima é a mais forte. a) Quando finalizadas em -a, -e ou -o (seguidas ou não de -s), -em e -ens, não podem ser acentuadas graficamente. Então, devem ser acentuadas caso terminadas em: -r, -x, -n, -l, -i, -is, -um, -uns, -us, -ps, ã, -ãs, -ão, -ãos;ditongo oral, seguido ou não de -s. (TJRR/ ANALISTA DE SISTEMAS/ CESPE) As palavras “área”, “deságua”, “índios” e “planícies” são acentuadas graficamente devido à mesma regra de acentuação. Comentário: as palavras “á-rea”, “de-ságua”, “ín-dios” e “pla-ní-cies” são acentuadas por serem paroxítonas terminadas em ditongo crescente. Portanto, o item está correto.

(TJ-AC/ ANALISTA JUDICIÁRIO/ CESPE) As palavras “negligência”, “reservatórios”, “espécie” e “equilíbrio” apresentam acentuação gráfica em decorrência da mesma regra gramatical. Comentário: as palavras “ne-gli-gência”, “re-ser-va-tó-rios”, “es-pé-cie”, “e-qui-líbrio” serão acentuadas devido à mesma regra de acentuação, pois todas são paroxítonas finalizadas em ditongo crescente.

IMPORTANTE Os verbos derivados possuem acento agudo quando no singular e acento circunflexo quando no plural. (INPI/ INTERMEDIÁRIO/ CESPE) Se a expressão “As relações” passasse para o singular,a forma verbal “mantêm”deveria, em concordância a esse termo, ser substituída por mantém. TEXTO:As relações que as sociedades ocidentais industriais mantêm com os temas da ciência e da tecnologia não se constituem numa constante.

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(ANAC/ TÉCNICO/ CESPE) As palavras “início” e “série” recebem acento gráfico com base em regras gramaticais distintas. Comentário: o vocábulo “i-ní-cio” e “sé-rie” são paroxítonas finalizadas em ditongo crescente; portanto, devem ser acentuadas.

3) PROPAROXÍTONAS: São aquelas palavras cuja antepenúltima é a mais forte. Todas devem ser acentuadas.

Apostila PRF (ANATEL/ TÉCNICO/ CESPE) Nas palavras “análise” e “mínimos”, o emprego do acento gráfico tem justificativas gramaticais diferentes. Comentário:as palavras “a-ná-li-se”, “mí-ni-mos” são acentuadas por ser proparoxítonas; portanto o item está correto.

(MPE-PI/ ANALISTA/ CESPE) De acordo com a ortografia oficial vigente, o vocábulo “órgãos” segue a mesma regra de acentuação que o vocábulo “últimos”. Comentário: o vocábulo “ór-gãos” é acentuado por ser uma paroxítona finalizada em (TJ-RR/ ditongo TÉCNICO/ decrescente, já aOs palavra “úl-tiCESPE) vocábulos “jumos” é acentuada por ser uma proparoxítona. rídicas”, “econômicas” e “físico” recebem acento gráalternativa está incorreta.diferentes. ficoLogo com abase em regras gramaticais

Comentário: as palavras “ju-rí-di-cas”, “e-co-nômi-cas” e “fí-si-co” são acentuadas por ser proparoxítonas; portanto o item está correto. REGRA DO HIATO Deve-se acentuar o -i ou o -u, quando: 1) Formar um hiato com uma vogal diferente anterior;

Comentário: a palavra “cons-tru-í-da” recebe acento gráfico por constituir hiato da vogal -i. Enquanto isso, o vocábulo “pos-sí-veis” será acentuado por ser paroxítono finalizado em ditongo seguindo de -s. CAPÍTULO 4– ESTRUTURA E FORMAÇÃO DE PALAVRAS ESTRUTURA DAS PALAVRAS Estudar a estrutura é conhecer os elementos formadores das palavras. Assim, compreendemos melhor o significado de cada uma delas. Observe os exemplos abaixo:

art-ista

brinc-amos

cha-leira

cachorr-inh-a-s

A análise destes exemplos mostra-nos que as palavras podem ser divididas em unidades menores, a que damos o nome de elementos mórficos ou morfemas. Vamos analisar a palavra "cachorrinhas": Nessa palavra observamos facilmente a existência de quatro elementos. São eles: cachorr - este é o elemento base da palavra, ou seja, aquele que contém o significado. inh - indica que a palavra é um diminutivo a - indica que a palavra é feminina

2) Não houver consoante na mesma sílaba, exceto -s; 3) Não aparecer semivogal na mesma sílaba;

s - indica que a palavra se encontra no plural Morfemas: unidades mínimas de caráter significativo.

4) Não surgir -nh na sílaba posterior. (MMA/ AGENTE ADM/ CESPE) O emprego do acento agudo nos vocábulos “país” e “aí” justifica-se pela mesma regra de acentuação gráfica. Comentário: os vocábulos “pa-ís” e “a-í” acentuam-se por ser oxítonas com vogal tônica i antecedidas de uma vogal a com que não formam ditongo nem constitui sílaba com a eventual consoante seguinte. Observe-se alguns exemplos dessa última regra: conteúdo, miúdo, recaída, juíza, cafeína, saída e paraíso. Tem-se um caso especial de acentuação de hiatos com as vogais -i e -u. (CNJ / ANALISTA/ CESPE)A mesma regra de acentuação gráfica, justifica o emprego de acento gráficonas palavras “construída” e “possíveis”.

Obs.: existem palavras que não comportam divisão em unidades menores, tais como: mar, sol, lua, etc.

São elementos mórficos: 1) Raiz, radical, tema: elementos básicos e significativos 2) Afixos (prefixos, sufixos), desinência, vogal temática: elementos modificadores da significação dos primeiros 3) Vogal de ligação, consoante de ligação: elementos de ligação ou eufônicos. Raiz

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Apostila PRF É o elemento originário e irredutível em que se concentra a significação das palavras, consideradas do ângulohistórico. É a raiz que encerra o sentido geral, comum às palavras da mesma família etimológica. Observe o exemplo: Raiz noc [Latim nocere = prejudicar] tem a significação geral de causar dano, e a ela se prendem, pela origem comum, as palavras nocivo, nocividade, inocente, inocentar, inócuo, etc. Obs.: uma raiz pode sofrer alterações. Veja o exemplo: at-o

at-or

at-ivo

aç-ão

ac-ionar

que a- e -ar são morfemas capazes de operar mudança de classe gramatical na palavra a que são anexados. Quando são colocados antes do radical, como acontece com "a-", os afixos recebem o nome de prefixos. Quando, como "-ar", surgem depois do radical, os afixos são chamados de sufixos. Veja os exemplos: Prefixo

Radical

Sufixo

in

at

ivo

em

pobr

ecer

inter

nacion

al

Radical Observe o seguinte grupo de palavras: livr-

Desinências são os elementos terminais indicativos das flexões das palavras. Existem dois tipos:

o

livr-

inho

livr-

eiro

livr-

eco

Você reparou mumnesse grupo?

que



Desinências

um

Desinências Nominais: indicam as flexões de gênero (masculino e feminino) e denúmero(singular e plural) dos nomes. Exemplos:

elementoco-

Você reparou que o elemento livr serve de base para o significado? Esse elemento é chamado de radical (ou semantema). Radical: elemento básico e significativo das palavras, consideradas sob o aspecto gramatical e prático. É encontrado através do despojo dos elementos secundários (quando houver) da palavra. Por Exemplo: cert-o cert-eza in-cert-eza

alun-o

aluno-s

alun-a

aluna-s

Observação: só podemos falar em desinências nominais de gêneros e de números em palavras que admitem tais flexões, como nos exemplos acima. Em palavras como mesa, tribo, telefonema, por exemplo, não temos desinência nominal de gênero. Já em pires, lápis, ônibus não temos desinência nominal de número.

Afixos Afixos são elementos secundários (geralmente sem vida autônoma) que se agregam a um radical ou tema para formar palavras derivadas. Sabemos que o acréscimo do morfema "-mente", por exemplo, cria uma nova palavra a partir de "certo": certamente, advérbio de modo. De maneira semelhante, o acréscimo dos morfemas "a-" e"ar" à forma "cert-" cria o verbo acertar. Observe

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Desinências Verbais: indicam as flexões de número e pessoa e de modo e tempo dos verbos. Exemplos:

Apostila PRF Formação das Palavras compro

compracompra-s mos

compra-va

comprava-s

compra-is

compra-m

A desinência "-o", presente em "am-o", é uma desinência número-pessoal, pois indica que o verbo está na primeira pessoa do singular; "-va", de "amava", é desinência modo-temporal: caracteriza uma forma verbal do pretérito imperfeito do indicativo, na 1ª conjugação. Vogal Temática Vogal Temática é a vogal que se junta ao radical, preparando-o para receber as desinências. Nos verbos, distinguem-se três vogais temáticas:

Caracteriza os verbos da 1ª conjugação. Exemplos: buscar, buscavas, etc Caracteriza os verbos da 2ª conjugação. Exemplos: romper, rompemos, etc.

Existem dois processos básicos pelos quais se formam as palavras: a derivação e a composição. A diferença entre ambos consiste basicamente em que, no processo de derivação, partimos sempre de um único radical, enquanto no processo de composição sempre haverá mais de um radical. Derivação Derivação é o processo pelo qual se obtém uma palavra nova, chamada derivada, a partir de outra já existente, chamada primitiva. Observe o quadro abaixo: Primitiva

Derivada

mar

marítimo, marinheiro, marujo

terra

enterrar, terreiro, aterrar

Observamos que "mar" e "terra" não se formam de nenhuma outra palavra, mas, ao contrário, possibilitam a formação de outras, por meio do acréscimo de um sufixo ou prefixo. Logo, mar e terra são palavras primitivas, e as demais, derivadas. Tipos de Derivação Derivação Prefixal ou Prefixação Resulta do acréscimo de prefixo à palavra primitiva, que tem o seu significado alterado. Veja os exemplos:

Caracteriza os verbos da 3ª conjugação. Exemplos: proibir, proibirá, etc. Tema Tema é o grupo formado pelo radical mais vogal temática. Nos verbos citados acima, os temas são: busca-, rompe-, proibiVogais e Consoantes de Ligação As vogais e consoantes de ligação são morfemas que surgem por motivos eufônicos, ou seja, para facilitar ou mesmo possibilitar a pronúncia de uma determinada palavra. Exemplo: parisiense (paris= radical, ense=sufixo, vogal de ligação=i) Outros exemplos: gas-ô-metro, alv-i-negro, tecn-o-cracia, pau-l-ada, cafe-t-eira, cha-l-eira, inset-icida, pe-z-inho, pobr-e-tão, etc.

crer- descrer ler- reler capaz- incapaz Derivação Sufixal ou Sufixação Resulta de acréscimo de sufixo à palavra primitiva, que pode sofrer alteração de significado ou mudança de classe gramatical. Por Exemplo: alfabetização No exemplo acima, o sufixo -ção transforma em substantivo o verbo alfabetizar. Este, por sua vez, já é derivado do substantivo alfabeto pelo acréscimo do sufixo -izar. A derivação sufixal pode ser: a) Nominal, formando substantivos e adjetivos. Por Exemplo: papel – papelaria riso - risonho b) Verbal, formando verbos. Por Exemplo:

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Apostila PRF atual - atualizar c) Adverbial, formando advérbios de modo.

Exemplos:

Por Exemplo: feliz - felizmente Derivação Parassintética ou Parassíntese Ocorre quando a palavra derivada resulta do acréscimo simultâneo de prefixo e sufixo à palavra primitiva. Por meio da parassíntese formam-se nomes (substantivos e adjetivos) e verbos. Considere o adjetivo " triste". Do radical "trist" formamos o verbo entristecer através da junção simultânea do prefixo "en-" e do sufixo "-ecer". A presença de apenas um desses afixos não é suficiente para formar uma nova palavra, pois em nossa língua não existem as palavras "entriste", nem "tristecer".

comprar (verbo)

beijar (verbo)

compra (substantivo)

beijo (substantivo)

Saiba que: Para descobrirmos se um substantivo deriva de um verbo ou se ocorre o contrário, podemos seguir a seguinte orientação:

Exemplos: Palavra

Ocorre derivação regressiva quando uma palavra é formada não por acréscimo, mas por redução.

Inicial

Prefixo

Radical

Sufixo

Palavra Formada

- Se o substantivo denota ação, será palavra derivada, e o verbo palavra primitiva.

mudo

e

mud

ecer

emudecer

- Se o nome denota algum objeto ou substância, verifica-se o contrário.

alma

des

alm

ado

desalmado

Atenção! Não devemos confundir derivação parassintética, em que o acréscimo de sufixo e de prefixo é obrigatoriamente simultâneo, com casos como os das palavras desvalorização e desigualdade. Nessas palavras, os afixos são acoplados em seqüência: desvalorização provém de desvalorizar, que provém desvalorizar, que por sua vez provém de valor. É impossível fazer o mesmo com palavras formadas por parassíntese: não se pode dizer que expropriar provém de "propriar" ou de "expróprio", pois tais palavras não existem. Logo, expropriar provém diretamente de próprio, pelo acréscimo concomitante de prefixo e sufixo.

Derivação Regressiva

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Vamos observar os exemplos acima: compra e beijo indicam ações, logo, são palavras derivadas. O mesmo não ocorre, porém, com a palavra âncora, que é um objeto. Neste caso, um substantivo primitivo que dá origem ao verbo ancorar. Por derivação regressiva, formam-se basicamente substantivos a partir de verbos. Por isso, recebem o nome de substantivos deverbais. Note que na linguagem popular, são frequentes os exemplos de palavras formadas por derivação regressiva. Veja: o portuga (de português) o boteco (de botequim) o comuna (de comunista) Ou ainda: agito (de agitar) amasso (de amassar) chego (de chegar)

Obs.: o processo normal é criar um verbo a partir de um substantivo. Na derivação regressiva, a língua procede em sentido inverso: forma o substantivo a partir do verbo.

Apostila PRF Derivação Imprópria A derivação imprópria ocorre quando determinada palavra, sem sofrer qualquer acréscimo ou supressão em sua forma, muda de classe gramatical. Neste processo: 1) Os adjetivos passam a substantivos Por Exemplo: Os bons serão contemplados. 2) Os particípios passam vos ou adjetivos

a substanti-

Observação: os processos de derivação vistos anteriormente fazem parte da Morfologia porque implicam alterações na forma das palavras. No entanto, a derivação imprópria lida basicamente com seu significado, o que acaba caracterizando um processo semântico. Por essa razão, entendemos o motivo pelo qual é denominada "imprópria".

Por Exemplo: Aquele garoto alcançou umfeitopassandono concurso. 3) Os infinitivos passam a substantivos Por Exemplo: O andar de Roberta era fascinante. O badalar dos sinos soou na cidadezinha. 4) Os substantivos passam a adjetivos Por Exemplo: O funcionário fantasma foi despedido.

Composição Composição é o processo que forma palavras compostas, a partir da junção de dois ou mais radicais. Existem dois tipos: Composição por Justaposição Ao juntarmos duas ou mais palavras ou radicais, não ocorre alteração fonética. Exemplos: passatempo, quinta-feira, girassol, couve-flor

O menino prodígio resolveu o problema. 5) Os adjetivos passam a advérbios Por Exemplo: Falei baixo para que ninguém escutasse.

Obs.: em "girassol" houve uma alteração na grafia (acréscimo de um "s") justamente para manter inalterada a sonoridade da palavra.

6) Palavras invariáveis passam a substantivos Por Exemplo: Não entendo o porquê disso tudo. 7) Substantivos próprios tornam-se comuns. Por Exemplo: Aquele coordenador é um caxias! (chefe severo e exigente)

Composição por Aglutinação Ao unirmos dois ou mais vocábulos ou radicais, ocorre supressão de um ou mais de seus elementos fonéticos. Exemplos: embora (em boa hora) fidalgo (filho de algo - referindo-se à família nobre) hidrelétrico (hidro + elétrico) planalto (plano alto)

Obs.: ao aglutinarem-se, os componentes subordinam-se a um só acento tônico, o do último componente.

Redução

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Apostila PRF Algumas palavras apresentam, ao lado de sua forma plena, uma forma reduzida. Observe: auto - por automóvel

analogia, análise, anagrama, anacrônico anfi- : Em redor, em torno, de um e outro lado, duplicidade. Exemplos:

cine - por cinema

anfiteatro, anfíbio, anfibologia

micro - por microcomputador

anti- : Oposição, ação contrária. Exemplos:

Zé - por José Como exemplo de redução ou simplificação de palavras, podem ser citadas também as siglas, muito frequentes na comunicação atual. (Se desejar, veja mais sobre siglas na seção "Extras" -> Abreviaturas e Siglas) Hibridismo

antídoto, antipatia, antagonista, antítese apo- : Afastamento, separação. Exemplos: apoteose, apóstolo, apocalipse, apologia arqui-, arce- : Superioridade hierárquica, primazia, excesso. Exemplos: arquiduque,arquétipo, arcebispo, arquimilionário

Ocorre hibridismo na palavra em cuja formação entram elementos de línguas diferentes. Por Exemplo: auto (grego) + móvel (latim) Onomatopeia Numerosas palavras devem sua origem a uma tendência constante da fala humana para imitar as vozes e os ruídos da natureza. As onomatopeias são vocábulos que reproduzem aproximadamente os sons e as vozes dos seres. Exemplos: miau, zum-zum, piar, tinir, urrar, chocalhar, cocoricar, etc. Prefixos Os prefixos são morfemas que se colocam antes dos radicais basicamente a fim de modificar-lhes o sentido; raramente esses morfemas produzem mudança de classe gramatical. Os prefixos ocorrentes em palavras portuguesas se originam do latim e do grego, línguas em que funcionavam como preposições ou advérbios, logo, como vocábulos autônomos. Alguns prefixos foram pouco ou nada produtivos em português. Outros, por sua vez, tiveram grande utilidade na formação de novas palavras. Veja os exemplos:

cata- : Movimento de cima para baixo. Exemplos: cataplasma, catálogo, catarata di-: Duplicidade. Exemplos: dissílabo, ditongo, dilema dia- : Movimento através de, afastamento. Exemplos: diálogo, diagonal, diafragma, diagrama dis- : Dificuldade, privação. Exemplos : dispneia, disenteria, dispepsia, disfasia ec-, ex-, exo-, ecto- : Movimento para fora. Exemplos: eclipse, êxodo, ectoderma, exorcismo en-, em-, e-: Posição interior, movimento para dentro. Exemplos: encéfalo, embrião, elipse, entusiasmo endo- : Movimento para dentro. Exemplos: endovenoso, endocarpo, endosmose

a- , contra- , des- , em- (ou en-) , es- , entrere- , sub- , super- , antiPrefixos de Origem Grega

epi- : Posição superior, movimento para. Exemplos: epiderme, epílogo, epidemia, epitáfio eu- : Excelência, perfeição, bondade.

a-, an-: Afastamento, privação, negação, insuficiência, carência. Exemplos: anônimo, amoral, ateu, afônico ana- : Inversão, mudança, repetição. Exemplos:

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Exemplos: eufemismo, euforia, eucaristia, eufonia hemi- : Metade, meio. Exemplos: hemisfério, hemistíquio, hemiplégico

Apostila PRF hiper- : Posição superior, excesso. Exem-

adjunto,advogado, advir, aposto

plos:

ante- : Anterioridade, procedência. hipertensão, hipérbole, hipertrofia

Exemplos:

hipo- : Posição inferior, escassez. Exemplos:

antebraço, antessala, anteontem, antever

hipocrisia, hipótese, hipodérmico

ambi- : Duplicidade.

meta- : Mudança, sucessão. Exemplos:

Exemplos:

metamorfose, metáfora, metacarpo

ambidestro, ambivalente

para- : Proximidade, semelhança, intensidade.

ambiente,

ambiguidade,

ben(e)-, bem- : Bem, excelência de fato ou Exemplos:

ação.

paralelo, parasita, paradoxo, paradigma

Exemplos: benefício, bendito

peri- : Movimento ou posição em torno de.

bis-, bi-: Repetição, duas vezes.

Exemplos: periferia, peripécia, período, periscópio

Exemplos: bisneto, bimestral, bisavô, biscoito circu(m) - : Movimento em torno.

pro- : Posição em frente, anterioridade. Exemplos:

Exemplos: circunferência, circunscrito, circulação

prólogo, prognóstico, profeta, programa

cis- : Posição aquém.

pros- : Adjunção, em adição a.

Exemplos: cisalpino, cisplatino, cisandino

Exemplos: prosélito, prosódia

co-, con-, com- : Companhia, concomitância. Exemplos: colégio, cooperativa, condutor

proto- : Início, começo, anterioridade.

contra- : Oposição.

Exemplos: proto-história, protótipo, protomártir poli- : Multiplicidade. Exemplos:

Exemplos: contrapeso, contrapor, contradizer de- : Movimento de cima para baixo, separação, negação. Exemplos: decapitar, decair, depor

polissílabo, polissíndeto, politeísmo sin-, sim- : Simultaneidade, companhia.

de(s)-, di(s)- : Negação, ação contrária, separação.

Exemplos: síntese, sinfonia, simpatia, sinopse

Exemplos: desventura, discórdia, discussão

tele- : Distância, afastamento. Exemplos: televisão, telepatia, telégrafo Prefixos de Origem Latina a-, ab-, abs- : Afastamento, separação.

e-, es-, ex- : Movimento para fora. Exemplos: excêntrico, evasão, exportação, expelir en-, em-, in- : Movimento para dentro, passagem para um estado ou forma, revestimento. Exemplos: imergir, enterrar, embeber, injetar, importar extra- : Posição exterior, excesso.

Exemplos: aversão, abuso, abstinência, abstração

Exemplos: extradição, extraordinário, extraviar

a-, ad- : Aproximação, movimento para junto. Exemplos:

i-, in-, im- : Sentido contrário, privação, negação.

21

Apostila PRF Exemplos: ilegal, impossível, improdutivo inter-, entre- : Posição intermediária. Exemplos: internacional, interplanetário

ultra- : Posição além do limite, excesso. Exemplos: ultrapassar, ultrarromantismo, ultrassom, ultraleve, ultravioleta vice-, vis- : Em lugar de.

intra- : Posição interior. Exemplos: - intramuscular, intravenoso, intraverbal intro- : Movimento para dentro. Exemplos: introduzir, introvertido, introspectivo

Exemplos: vice-presidente, visconde, vicealmirante Quadro de Correspondência entre Prefixos Gregos e Latinos

justa- : Posição ao lado.

PREFIXOS

Exemplos: justapor, justalinear

GREGOS

PREFIXOS LA- SIGNIFICADO TINOS

a, an

des,

privação,

in

negação

contra

oposição,

EXEMPLOS

ob-, o- : Posição em frente, oposição. Exemplos: obstruir, ofuscar, ocupar, obstáculo per- : Movimento através. Exemplos: percorrer, perplexo, perfurar, perverter

anti

pos- : Posterioridade.

anarquia, desigual, inativo antibiótico, contraditório

ação contrária

Exemplos: pospor, posterior, pós-graduado

anfi

ambi

duplicidade, de um anfiteatro, e outro lado, em ambivalente torno

apo

ab

afastamento, paração

di

bi(s)

duplicidade

dia,

trans

movimento através diálogo, transmitir

pre- : Anterioridade . Exemplos: prefácio, prever, prefixo, preliminar pro- : Movimento para frente. Exemplos: progresso, promover, prosseguir, projeção re- : Repetição, reciprocidade.

se-

apogeu, abstrair dissílabo, bicampeão

Exemplos: rever, reduzir, rebater, reatar retro- : Movimento para trás. Exemplos: retrospectiva, retrocesso, retroagir, retrógrado

meta

so-, sob-, sub-, su- : Movimento de baixo para cima, inferioridade.

e(n)(m)

i(n)(m)(r) movimento dentro

endo

intra

movimento para endovenoso, dentro, posição in- intramuscular terior

e(c)(x)

e(s)(x)

exmovimento para êxodo, fora, mudança de cêntrico, estender estado

Exemplos: soterrar, sobpor, subestimar super-, supra-, sobre- : Posição superior, excesso. Exemplos: supercílio, supérfluo

para encéfalo, ingerir, irromper

soto-, sota- : Posição inferior. Exemplos: soto-mestre, sota-voga, sotopôr trans-, tras-, tres-, tra- : Movimento para além, movimento através. Exemplos: transatlântico, tresnoitar, tradição

22

Apostila PRF epi,

supra

super, per

hi-

eu

bene

hemi

semi

hipo

sub

posição superior, epílogo, supervisão, hiexcesso pérbole, supradito excelência, perfei- eufemismo, benéfico ção, bondade divisão duas partes

ad

proximidade, junção

peri

circum

em torno de

cata

de

movimento baixo

cum

hemisfério, semicírculo hipodérmico, submarino

posição inferior

para

si(n)(m)

em

ad- paralelo, adjacência periferia, circunferência para catavento, derrubar

simultaneidade, companhia

sinfonia, silogeu, cúmplice

Sufixos Sufixos são elementos (isoladamente insignificativos) que, acrescentados a um radical, formam nova palavra. Sua principal característica é a mudança de classe gramatical que geralmente opera. Dessa forma, podemos utilizar o significado de um verbo num contexto em que se deve usar um substantivo, por exemplo. Como o sufixo é colocado depois do radical, a ele são incorporadas as desinências que indicam as flexões das palavras variáveis. Existem dois grupos de sufixos formadores de substantivos extremamente importantes para o funcionamento da língua. São os que formam nomes de ação e os que formam nomes de agente. Sufixos que formam nomes de ação -ada - caminhada

-ez(a) - sensatez, beleza

-ança - mudança

-ismo - civismo

-ância - abundância

-mento - casamento

-ção - emoção

-são - compreensão

-dão - solidão

-tude - amplitude

-ença - presença

-ura - formatura

Sufixos que formam nomes de agente -ário(a) -secretário -or - lutador -eiro(a) - ferreiro

-nte - feirante

-ista - manobrista Além dos sufixos acima, tem-se: Sufixos que formam nomes de lugar, depositório -aria - churrascaria

-or - corredor

-ário - herbanário

-tério - cemitério

-eiro - açucareiro

-tório - dormitório

-il - covil

Sufixos que formam nomes indicadores de abundância, aglomeração, coleção -aço - ricaço

-ario(a) - casario, taria

-ada - papelada

-edo - arvoredo

-agem - folhagem

-eria - correria

-al - capinzal

-io - mulherio

-ame - gentame

-ume - negrume

infan-

Sufixos que formam nomes técnicos usados na ciência

-ite

bronquite, hepatite (inflamação)

23

Apostila PRF -oma

mioma, epitelioma, carcinoma (tumores)

-ato, eto, ito

sulfato, cloreto, fito (sais)

-ico - geométrico

-ático - problemático

-il - febril

-az - mordaz

-ino - cristalino

-engo - mulherengo

-ivo - lucrativo

-enho - ferrenho

-onho - tristonho

-eno - terreno

-oso - bondoso

sul-

-ina

cafeína, codeína (alcaloides, álcalis artificiais)

-ol

fenol, naftol (derivado de hidrocarboneto)

-ite

amotite (fósseis)

-ito

granito (pedra)

-ema

morfema, fonema, semema, semantema (ciência linguística)

-io - sódio, potássio, selênio (corpos simples)

-udo - barrigudo b) de verbos SUFIXO

budismo kantismo comunismo

SUFIXOS FORMADORES DE ADJETIVOS

EXEMPLIFICAÇÃO

-(á)(í)vel

possibilidade de prati- louvável, perecar ou sofrer uma cível, punível ação

-io, -(t)ivo

ação referência, modo tardio, afirmativo, pensativo de ser

-(d)iço, (t)ício

a) de substantivos -ento - cruento -ado - barbado

SENTIDO

-a)(e)(i)nte ação, qualidade, es- semelhante, doente, setado guinte

Sufixo que forma nomes de religião, doutrinas filosóficas, sistemas políticos

-ismo

-ário - diário, ordinário

-(d)ouro,

- possibilidade de prati- movediço, car ou sofrer uma quebradiço, factício ação, referência ação, pertinência

-(t)ório

casadouro, preparatório

-eo - róseo SUFIXOS ADVERBIAIS

-áceo(a) - herbáceo, lilá-esco - pitoresco ceas -aico - prosaico

-este - agreste

-al - anual

-estre - terrestre

-ar - escolar

-ício - alimentício

24

Na Língua Portuguesa, existe apenas um único sufixo adverbial: É o sufixo "-mente", derivado do substantivo feminino latino mens, mentis que pode significar "a mente, o espírito, o intento".Este sufixo juntou-se a adjetivos, na forma feminina, para indicar circunstâncias, especialmente a de modo. Exemplos: altiva-mente, brava-mente, bondosamente, nervosa-mente, fraca-mente, piamente

Apostila PRF Já os advérbios que se derivam de adjetivos terminados em –ês (burgues-mente, portuguesmente, etc.) não seguem esta regra, pois esses adjetivos eram outrora uniformes.

Observe este quadro de sufixos verbais: SUFIXOS

SENTIDO

EXEMPLOS

-ear

Freqüentativo

cabecear,

durativo

folhear

frequentativo,

gotejar,

durativo

velejar

factitivo

aformosentar, amolentar

Exemplos: cabrito montês / cabrita montês. SUFIXOS VERBAIS Os sufixos verbais agregam-se, via de regra, ao radical de substantivos e adjetivos para formar novos verbos. Em geral, os verbos novos da língua formamse pelo acréscimo da terminação-ar.

-ejar

-entar

Exemplos: esqui-ar; radiograf-ar; (a)doç-ar; nivelar; (a)fin-ar; telefon-ar; (a)portugues-ar. Os verbos exprimem, entre outras ideias, a prática de ação. Veja:

-(i)ficar factitivo

clarificar, dignificar

-icar

frequentativo-diminutivo

bebericar, depenicar

-ilhar

frequentativo-diminutivo

dedilhar, lhar

-inhar

frequentativo-diminutivo-pejorativo

escrevinhar, cuspinhar

-iscar

frequentativo-diminutivo

chuviscar, biscar

-itar

frequentativo-diminutivo

dormitar, saltitar

-izar

factitivo

civilizar, utilizar

-ar: cruzar, analisar, limpar -ear: guerrear, golear -entar: afugentar, amamentar -ficar: dignificar, liquidificar -izar: finalizar, organizar

fervi-

lam-

Observações: Verbo Frequentativo: é aquele que traduz ação repetida. Verbo Factitivo: é aquele que envolve idéia de fazer ou causar. Verbo Diminutivo: é aquele que exprime ação pouco intensa.

Radicais Gregos Radicais Gregos O conhecimento dos radicais gregos é de indiscutível importância para a exata compreensão e fácil memorização de inúmeras palavras. Apresentamos a seguir duas relações de radicais gregos. A primeira agrupa os elementos formadores que normalmente são colocados no início dos compostos, a segunda agrupa aqueles que costumam surgir na parte final. Radicais que atuam como primeiro elemento Forma

Sentido

Exemplos

25

Apostila PRF

26

Aéros-

ar

Aeronave

Ánthropos-

homem

Antropófago

Autós-

de si mesmo

Autobiografia

Bíblion-

livro

Biblioteca

Bíos-

vida

Biologia

Chróma-

cor

Cromático

Chrónos-

tempo

Cronômetro

Dáktyilos-

dedo

Dactilografia

Déka-

dez

Decassílabo

Démos-

povo

Democracia

Eléktron-

(âmbar)

Eletricidade Eletroímã

Ethnos-

raça

Etnia

Géo-

terra

Geografia

Héteros-

outro

Heterogêneo

Hexa-

seis

Hexágono

Híppos-

cavalo

Hipopótamo

Ichthýs-

peixe

Ictiografia

Ísos-

igual

Isósceles

Makrós-

grande, longo

Macróbio

Mégas-

grande

Megalomaníaco

Mikrós-

pequeno

Micróbio

Mónos-

um só

Monocultura

Nekrós-

morto

Necrotério

Apostila PRF Néos-

novo

Neolatino

Odóntos-

dente

Odontologia

Ophthalmós-

olho

Oftalmologia

Ónoma-

nome

Onomatopeia

Orthós-

reto, justo

Ortografia

Pan-

todos, tudo

Pan-americano

Páthos-

doença

Patologia

Penta-

cinco

Pentágono

Polýs-

muito

Poliglota

Pótamos-

rio

Potamologia

Pséudos-

falso

Pseudônimo

Psiché-

mente

Psicologia

Riza-

raiz

Rizotônico

Techné-

arte

Tecnografia

Thermós-

quente

Térmico

Tetra-

quatro

Tetraedro

Týpos-

figura, marca

Tipografia

Tópos-

lugar

Topografia

Zóon-

Animal

Zoologia

Radicais que atuam como segundo elemento: Forma

Sentido

Exemplos

-agogós

Que conduz

Pedagogo

27

Apostila PRF álgos

Dor

Analgésico

-arché

Comando, governo

Monarquia

-dóxa

Que opina

Ortodoxo

-drómos

Lugar para correr

Hipódromo

-gámos

Casamento

Poligamia

-glótta; -glóssa

Língua

Poliglota, glossário

-gonía

Ângulo

Pentágono

-grápho

Escrita

Ortografia

-grafo

Que escreve

Calígrafo

-grámma

Escrito, peso

Telegrama, quilograma

-krátos

Poder

Democracia

-lógos

Palavra, estudo

Diálogo

-mancia

Adivinhação

Cartomancia

-métron

Que mede

Quilômetro

-nómos

Que regula

Autônomo

-pólis;

Cidade

Petrópolis

-pterón

Asa

Helicóptero

-skopéo

Instrumento para ver

Microscópio

-sophós

Sabedoria

Filosofia

-théke

Lugar onde se guarda

Biblioteca

Radicais Latinos Radicais que atuam como primeiro elemento:

28

Apostila PRF Forma

Sentido

Exemplo

Agri

Campo

Agricultura

Ambi

Ambos

Ambidestro

Arbori-

Árvore

Arborícola

Bis-, bi-

Duas vezes

Bípede, bisavô

Calori-

Calor

Calorífero

Cruci-

cruz

Crucifixo

Curvi-

curvo

Curvilíneo

Equi-

igual

Equilátero, equidistante

Ferri-, ferro-

ferro

Ferrífero, ferrovia

Loco-

lugar

Locomotiva

Morti-

morte

Mortífero

Multi-

muito

Multiforme

Olei-, oleo-

Azeite, óleo

Oleígeno, oleoduto

Oni-

todo

Onipotente

Pedi-



Pedilúvio

Pisci-

peixe

Piscicultor

Pluri-

Muitos, vários

Pluriforme

Quadri-, quadru-

quatro

Quadrúpede

Reti-

reto

Retilíneo

Semi-

metade

Semimorto

Tri-

Três

Tricolor

29

Apostila PRF Radicais que atuam como segundo elemento:

30

Forma

Sentido

Exemplos

-cida

Que mata

Suicida, homicida

-cola

Que cultiva, ou habita

Arborícola, vinícola, silvícola

-cultura

Ato de cultivar

Piscicultura, apicultura

-fero

Que contém, ou produz

Aurífero, carbonífero

-fico

Que faz, ou produz

Benefício, frigorífico

-forme

Que tem forma de

Uniforme, cuneiforme

-fugo

Que foge, ou faz fugir

Centrífugo, febrífugo

-gero

Que contém, ou produz

Belígero, armígero

-paro

Que produz

Ovíparo, multíparo

-pede



Velocípede, palmípede

-sono

Que soa

Uníssono, horríssono

-vomo

Que expele

Ignívomo, fumívomo

-voro

Que come

Carnívoro, herbívoro

Apostila PRF CAPÍTULO 5– MORFOLOGIA EMPREGO DAS CLASSES GRAMATICAIS 1- SUBSTANTIVO Tudo o que existe é ser e cada ser tem um nome. Substantivo é a classe gramatical de palavras variáveis, as quais denominam os seres. Além de objetos, pessoas e fenômenos, os substantivos também nomeiam:

4- que equivale a um substantivo, ou que o traz implícito: onde é que está a ideia substantiva no meio desses adjetivos?(CNT) . Nm 5- palavra que por si só designa a substância, ou seja, um ser real ou metafísico; palavra com que se nomeiam os seres, atos ou conceitos; nome: Hákodesh é na origem um substantivo feminino (VEJ); Planctus era um particípio passado e não um substantivo (ACM) Classificação dos Substantivos

-lugares: Alemanha, Porto Alegre...

1- Substantivos Comuns e Próprios

-sentimentos: raiva, amor...

Observe a definição:

-estados: alegria, tristeza... -qualidades: honestidade, sinceridade... -ações: corrida, pescaria... Morfossintaxe do substantivo Nas orações de língua portuguesa, o substantivo em geral exerce funções diretamente relacionadas com o verbo: atua como núcleo do sujeito, dos complementos verbais (objeto direto ou indireto) e do agente da passiva. Pode ainda funcionar como núcleo do complemento nominal ou do aposto, como núcleo do predicativo do sujeito ou do objeto ou como núcleo do vocativo. Também encontramos substantivos como núcleos de adjuntos adnominais e de adjuntos adverbiais - quando essas funções são desempenhadas por grupos de palavras.

s.f. 1: Povoação maior que vila, com muitas casas e edifícios, dispostos em ruas e avenidas (no Brasil, toda a sede de município é cidade). 2. O centro de uma cidade (em oposição aos bairros). Qualquer "povoação maior que vila, com muitas casas e edifícios, dispostos em ruas e avenidas" será chamadacidade. Isso significa que a palavra cidade é um substantivo comum. Substantivo Comum: é aquele que designa os seres de uma mesma espécie de forma genérica. Por exemplo: cidade, menino, homem, mulher, país, cachorro. Estamos voando para Barcelona.

Você sabia que a palavra substantivo também pode ser um adjetivo? Reproduzimos a seguir o verbete substantivo, do Dicionário de usos do português do Brasil, de Francisco S. Borba. Observe que as quatro primeiras acepções se referem à palavra em sua atuação como adjetivo. Substantivo Adj [Qualificador de nome não animado] 1- que tem substância ou essência: destacavase entre os homens hábeis daquele país o hábito de fazer uma conversa prosseguir horas a fio, sem que a proposta substantiva ganhasse clara configuração (REP); se olham as coisas não pelos resultados substantivos(VEJ); 2- essencial; profundo: eu te amo por você mesma, de um modo substantivo e positivo(LC) 3- fundamental; essencial: o submarino foi um elemento adjetivo na I Guerra Mundial e substantivo na II Guerra (VEJ)

O substantivo Barcelona designa apenas um ser da espécie cidade. Esse substantivo é próprio. Substantivo Próprio: é aquele que designa os seres de uma mesma espécie de forma particular. Por exemplo: Londres, Paulinho, Pedro, Tietê, Brasil. 2 - Substantivos Concretos e Abstratos Os substantivos lâmpada e mala designam seres com existência própria, que são independentes de outros seres. São assim, substantivos concretos. Substantivo Concreto: é aquele que designa o ser que existe, independentemente de outros seres. Obs.: os substantivos concretos designam seres do mundo real e do mundo imaginário. Seres do mundo real: homem, mulher, cadeira, cobra, Brasília, etc. Seres do mundo imaginário: saci, mãed'água, fantasma, etc.

31

Apostila PRF acompanhante - comitiva, cortejo, séquito; Observe agora:

alho - (quando entrelaçados) réstia, enfiada, cambada;

Beleza exposta

aluno - classe;

Jovens atrizes veteranas destacam-se pelo visual.

amigo - (quando em assembleia) tertúlia;

O substantivo beleza designa uma qualidade. Substantivo Abstrato: é aquele que designa seres que dependem de outros para se manifestar ou existir. Pense bem: a beleza não existe por si só, não pode ser observada. Só podemos observar a beleza numa pessoa ou coisa que seja bela. A beleza depende de outro ser para se manifestar. Portanto, a palavra beleza é um substantivo abstrato. Os substantivos abstratos designam estados, qualidades, ações e sentimentos dos seres, dos quais podem ser abstraídos, e sem os quais não podem existir. Por exemplo: vida (estado), rapidez (qualidade), viagem (ação), saudade (sentimento). 3 - Substantivos Coletivos Ele vinha pela estrada e foi picado por uma abelha, outra abelha, mais outra abelha. Ele vinha pela estrada e foi picado por várias abelhas. Ele vinha pela estrada e foi picado por um enxame. Note que, no primeiro caso, para indicar plural, foi necessário repetir o substantivo: uma abelha, outra abelha, mais outra abelha...

animal - (em geral) piara, pandilha, (todos de uma região) fauna, (manada de cavalgaduras) récua, récova, (de carga) tropa, (de carga, menos de 10) lote, (de raça, para reprodução) plantel, (ferozes ou selvagens) alcateia; anjo - chusma, coro, falange, legião, teoria; apetrecho - (quando de profissionais) ferramenta, instrumental; aplaudidor - (quando pagos) claque; arcabuzeiro - batalhão, manga, regimento; argumento - carrada, monte, montão, multidão; arma - (quando tomadas dos inimigos) troféu; arroz - batelada; artista - (quando trabalham juntos) companhia, elenco; árvore - (quando em linha) alameda, carreira, rua, souto, (quando constituem maciço) arvoredo, bosque, (quando altas, de troncos retos a aparentar parque artificial) malhada; asneira - acervo, chorrilho, enfiada, monte; asno - manada, récova, récua; assassino - choldra, choldraboldra; assistente - assistência; astro - (quando reunidos a outros do mesmo grupo) constelação; ator - elenco;

No segundo caso, utilizaram-se duas palavras no plural.

autógrafo - (quando em lista especial de coleção) álbum;

No terceiro caso, empregou-se um substantivo no singular (enxame) para designar um conjunto de seres da mesma espécie (abelhas).

ave - (quando em grande quantidade) bando, nuvem;

O substantivo enxame é um substantivo coletivo. Substantivo Coletivo: é o substantivo comum que, mesmo estando no singular, designa um conjunto de seres da mesma espécie. Principais Substantivos e Suas Formas Coletivas:

32

avião - esquadrão, esquadra, esquadrilha; bala - saraiva, saraivada; bandoleiro - caterva, corja, horda, malta, súcia, turba; bêbado - corja, súcia, farândola; boi - boiada, abesana, armento, cingel, jugada, jugo, junta, manada, rebanho, tropa;

abelha - enxame, cortiço, colmeia;

bomba - bateria;

abutre - bando;

borboleta - boana, panapaná;

Apostila PRF botão - (de qualquer peça de vestuário) abotoadura, (quando em fileira) carreira;

cido;

burro - (em geral) lote, manada, récua, tropa, (quando carregado) comboio;

cereal - (em geral) fartadela, fartão, fartura, (quando em feixes) meda, moreia;

busto - (quando em coleção) galeria; cabelo - (em geral) chumaço, guedelha, madeixa, (conforme a separação) marrafa, trança; cabo - cordame, cordoalha, enxárcia; cabra - fato, malhada, rebanho; cadeira - (quando dispostas em linha) carreira, fileira, linha, renque; cálice - baixela; cameleiro - caravana; camelo - (quando em comboio) cáfila; caminhão - frota; canção - (quando reunidas em livro) cancioneiro, (quando populares de uma região) folclore; canhão - bateria; cantilena - salsada; cão - adua, cainçalha, canzoada, chusma, matilha;

célula - (quando diferenciadas igualmente) te-

cigano - bando, cabilda, pandilha; cliente - clientela, freguesia; coisa - (em geral) coisada, coisarada, ajuntamento, chusma, coleção, cópia, enfiada, (quando antigas e em coleção ordenada) museu, (quando em lista de anotação) rol, relação, (em quantidade que se pode abranger com os braços) braçada, (quando em série) sequência, série, sequela, coleção, (quando reunidas e sobrepostas) monte, montão, cúmulo; coluna - colunata, renque; cônego - cabido; copo - baixela; corda - (em geral) cordoalha, (quando no mesmo liame) maço, (de navio) enxárcia, cordame, massame, cordagem; correia - (em geral) correame, (de montaria) apeiragem; credor - junta, assembleia; crença - (quando populares) folclore;

capim - feixe, braçada, paveia; cardeal - (em geral) sacro colégio, (quando reunidos para a eleição do papa) conclave, (quando reunidos sob a direção do papa) consistório; carneiro - chafardel, grei, malhada, oviário, rebanho; carro - (quando unidos para o mesmo destino) comboio, composição, (quando em desfile) corso; carta - (em geral) correspondência; casa - (quando unidas em forma de quadrados) quarteirão, quadra; castanha - (quando assadas em fogueira) magusto; cavalariano - (de cavalaria militar) piquete; cavaleiro - cavalgada, cavalhada, tropel; cavalgadura - cáfila, manada, piara, récova, récua, tropa, tropilha; cavalo - manada, tropa; cebola - (quando entrelaçadas pelas hastes) cambada, enfiada, réstia; cédula - bolada, bolaço; chave - (quando num cordel ou argola) molho, penca;

crente - grei, rebanho; depredador - horda; deputado - (quando oficialmente reunidos) câmara, assembleia; desordeiro - caterva, corja, malta, pandilha, súcia, troça, turba; diabo - legião; dinheiro - bolada, bolaço, disparate; disco - discoteca; doze - (coisas ou animais) dúzia; ébrio - Ver bêbado; égua - Ver cavalo; elefante - manada; erro - barda; escravo - (quando da mesma morada) senzala, (quando para o mesmo destino) comboio, (quando aglomerados) bando; escrito - (quando em homenagem a homem ilustre) polianteia, (quando literários) analectos, antologia, coletânea, crestomatia, espicilégio, florilégio, seleta; espectador - (em geral) assistência, auditório, plateia, (quando contratados para aplaudir) claque;

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Apostila PRF espiga - (quando atadas) amarrilho, arregaçada, atado, atilho, braçada, fascal, feixe, gavela, lio, molho, paveia; estaca - (quando fincadas em forma de cerca) paliçada;

gente - (em geral) chusma, grupo, multidão, (quando indivíduos reles) magote, patuleia, poviléu; grão - manípulo, manelo, manhuço, manojo, manolho, maunça, mão, punhado; graveto - (quando amarrados) feixe;

estado - (quando unidos em nação) federação, confederação, república; estampa - (quando selecionadas) iconoteca, (quando explicativas) atlas; estátua - (quando selecionadas) galeria;

gravura - (quando selecionadas) iconoteca;

habitante - (em geral) povo, população, (quando de aldeia, de lugarejo) povoação; herói - falange;

estrela - (quando cientificamente agrupadas) constelação, (quando em quantidade) acervo, (quando em grande quantidade) miríade; estudante - (quando da mesma escola) classe, turma, (quando em grupo cantam ou tocam) estudantina, (quando em excursão dão concertos) tuna, (quando vivem na mesma casa) república; fazenda - (quando comerciáveis) sortimento; feiticeiro - (quando em assembleia secreta) conciliábulo; feno - braçada, braçado; filme - filmoteca, cinemoteca; fio - (quando dobrado) meada, mecha, (quando metálicos e reunidos em feixe) cabo; flecha - (quando caem do ar, em porção) saraiva, saraivada; flor - (quando atadas) antologia, arregaçada, braçada, fascículo, feixe, festão, capela, grinalda, ramalhete, buquê, (quando no mesmo pedúnculo) cacho; foguete - (quando agrupados em roda ou num travessão) girândola; força naval - armada; força terrestre - exército;

hiena - alcateia; hino - hinário; ilha - arquipélago; imigrante - (quando em trânsito) leva, (quando radicados) colônia; índio - (quando formam (quando em nação) tribo;

frase - (quando desconexas) apontoado;

inseto - (quando nocivos) praga, (quando em grande quantidade) miríade, nuvem, (quando se deslocam em sucessão) correição; javali - alcateia, malhada, vara; jornal - hemeroteca; jumento - récova, récua; jurado - júri, conselho de sentença, corpo de jurados; ladrão - bando, cáfila, malta, quadrilha, tropa, pandilha; lâmpada - (quando em fileira) carreira, (quando dispostas numa espécie de lustre) lampadário; leão - alcateia; lei - (quando reunidas cientificamente) código, consolidação, corpo, (quando colhidas aqui e ali) compilação;

freguês - clientela, freguesia; fruta - (quando ligadas ao mesmo pedúnculo) cacho, (quanto à totalidade das colhidas num ano) colheita, safra; fumo - malhada; gafanhoto - nuvem, praga;

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maloca,

instrumento - (quando em coleção ou série) jogo, ( quando cirúrgicos) aparelho, (quando de artes e ofícios) ferramenta, (quando de trabalho grosseiro, modesto) tralha;

formiga - cordão, correição, formigueiro; frade - (quanto ao local em que moram) comunidade, convento;

bando)

leitão - (quando nascidos de um só parto) leitegada; livro - (quando amontoados) chusma, pilha, ruma, (quando heterogêneos) choldraboldra, salgalhada, (quando reunidos para consulta) biblioteca, (quando reunidos para venda) livraria, (quando em lista metódica) catálogo;

garoto - cambada, bando, chusma;

lobo - alcateia, caterva;

gato - cambada, gatarrada, gataria;

macaco - bando, capela;

Apostila PRF malfeitor - (em geral) bando, canalha, choldra, corja, hoste, joldra, malta, matilha, matula, pandilha, (quando organizados) quadrilha, sequela, súcia, tropa; maltrapilho - farândola, grupo; mantimento - (em geral) sortimento, provisão, (quando em saco, em alforge) matula, farnel, (quando em cômodo especial) despensa; mapa - (quando ordenados num volume) atlas, (quando selecionados) mapoteca; máquina - maquinaria, maquinismo; marinheiro - marujada, marinhagem, companha, equipagem, tripulação; médico - (quando em conferência sobre o estado de um enfermo) junta; menino - (em geral) grupo, bando, (depreciativamente) chusma, cambada; mentira - (quando em sequência) enfiada; mercadoria - sortimento, provisão; mercenário - mesnada; metal - (quando entra na construção de uma obra ou artefato) ferragem; ministro - (quando de um mesmo governo) ministério, (quando reunidos oficialmente) conselho; montanha - cordilheira, serra, serrania; mosca - moscaria, mosquedo; móvel - mobília, aparelho, trem; música - (quanto a quem a conhece) repertório; músico - (quando com instrumento) banda, charanga, filarmônica, orquestra; nação - (quando unidas para o mesmo fim) aliança, coligação, confederação, federação, liga, união; navio - (em geral) frota, (quando de guerra) frota, flotilha, esquadra, armada, marinha, (quando reunidos para o mesmo destino) comboio; nome - lista, rol; nota - (na acepção de dinheiro) bolada, bolaço, maço, pacote, (na acepção de produção literária, científica) comentário; objeto - Ver coisa; onda - (quando grandes e encapeladas) marouço; órgão - (quando concorrem para uma mesma função) aparelho, sistema; orquídea - (quando em viveiro) orquidário;

osso - (em geral) ossada, ossaria, ossama, (quando de um cadáver) esqueleto; ouvinte - auditório; ovelha - (em geral) rebanho, grei, chafardel, malhada, oviário; ovo - (os postos por uma ave durante certo tempo) postura, (quando no ninho) ninhada; padre - clero, clerezia; palavra - (em geral) vocabulário, (quando em ordem alfabética e seguida de significação) dicionário, léxico, (quando proferidas sem nexo) palavrório; pancada - pancadaria; pantera - alcateia; papel - (quando no mesmo liame) bloco, maço, (em sentido lato, de folhas ligadas e em sentido estrito, de 5 folhas) caderno, (5 cadernos) mão, (20 mãos) resma, (10 resmas) bala; parente - (em geral) família, parentela, parentalha, (em reunião) tertúlia; partidário - facção, partido, torcida; partido político - (quando unidos para um mesmo fim) coligação, aliança, coalizão, liga; pássaro - passaredo, passarada; passarinho - nuvem, bando; pau - (quando amarrados) feixe, (quando amontoados) pilha, (quando fincados ou unidos em cerca) bastida, paliçada; peça - (quando devem aparecer juntas na mesa) baixela, serviço, (quando artigos comerciáveis, em volume para transporte) fardo, (em grande quantidade) magote, (quando pertencentes à artilharia) bateria, (de roupas, quando enroladas) trouxa, (quando pequenas e cosidas umas às outras para não se extraviarem na lavagem) apontoado, (quando literárias) antologia, florilégio, seleta, silva, crestomatia, coletânea, miscelânea; peixe - (em geral e quando na água) cardume, (quando miúdos) boana, (quando em viveiro) aquário, (quando em fileira) cambada, espicha, enfiada, (quando à tona) banco, manta; pena - (quando de ave) plumagem; pessoa - (em geral) aglomeração, banda, bando, chusma, colmeia, gente, legião, leva, maré, massa, mó, mole, multidão, pessoal, roda, rolo, troço, tropel, turba, turma, (quando reles) corja, caterva, choldra, farândola, récua, súcia, (quando em serviço, em navio ou avião) tripulação, (quando em acompanhamento solene) comitiva, cortejo, préstito, procissão, séquito, teoria, (quando ilustres) plêiade, pugilo, punhado, (quando em promiscuidade) cortiço,

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Apostila PRF (quando em passeio) caravana, (quando em assembleia popular) comício, (quando reunidas para tratar de um assunto) comissão, conselho, congresso, conclave, convênio, corporação, seminário, (quando sujeitas ao mesmo estatuto) agremiação, associação, centro, clube, grêmio, liga, sindicato, sociedade;

Obs.: na maioria dos casos, a forma coletiva se constrói mediante a adaptação do sufixo conveniente: arvoredo (de árvores), cabeleira (de cabelos), freguesia (de fregueses), palavratório (de palavras), professorado (de professores), tapeçaria (de tapetes), etc.

pilha - (quando elétricas) bateria; planta - (quando frutíferas) pomar, (quando hortaliças, legumes) horta, (quando novas, para replanta) viveiro, alfobre, tabuleiro, (quando de uma região) flora, (quando secas, para classificação) herbário; ponto - (de costura) apontoado;

Nota: o coletivo é um substantivo singular, mas com ideia de plural. Formação dos Substantivos

porco - (em geral) manada, persigal, piara, vara, (quando do pasto) vezeira; povo - (nação) aliança, coligação, confederação, liga; prato - baixela, serviço, prataria; prelado - (quando em reunião oficial) sínodo; prisioneiro - (quando em conjunto) leva, (quando a caminho para o mesmo destino) comboio; professor - corpo docente, professorado, congregação; quadro - (quando em exposição) pinacoteca, galeria; querubim - coro, falange, legião; recruta - leva, magote; religioso - clero regular; roupa - (quando de cama, mesa e uso pessoal) enxoval, (quando envoltas para lavagem) trouxa; salteador - caterva, corja, horda, quadrilha; selo - coleção; serra - (acidente geográfico) cordilheira; soldado - tropa, legião; trabalhador - (quando reunidos para um trabalho braçal) rancho, (quando em trânsito) leva; tripulante - equipagem, guarnição, tripulação; utensílio - (quando de cozinha) bateria, trem, (quando de mesa) aparelho, baixela; vadio - cambada, caterva, corja, mamparra, matula, súcia; vara - (quando amarradas) feixe, ruma; velhaco - súcia, velhacada.

4 - Substantivos Simples e Compostos Chuva subst. Fem. 1 - água caindo em gotas sobre a terra. O substantivo chuva é formado por um único elemento ou radical. É um substantivo simples. Substantivo Simples: é aquele formado por um único elemento. Outros substantivos simples: tempo, sol, sofá, etc. Veja agora: O substantivo guarda-chuva é formado por dois elementos (guarda + chuva). Esse substantivo é composto. Substantivo Composto: é aquele formado por dois ou mais elementos. Outros exemplos: beija-flor, passatempo. 5-Substantivos Primitivos e Derivados Veja: Meu limão meu limoeiro, meu pé de jacarandá... O substantivo limão é primitivo, pois não se originou de nenhum outro dentro de língua portuguesa. Substantivo Primitivo: é aquele que não deriva de nenhuma outra palavra da própria língua portuguesa. O substantivo limoeiro é derivado, pois se originou a partir da palavra limão. Substantivo Derivado: é aquele que se origina de outra palavra. 2- ARTIGO Artigo é a palavra que, vindo antes de um substantivo, indica se ele está sendo empregado de

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Apostila PRF maneira definida ou indefinida. Além disso, o artigo indica, ao mesmo tempo, o gênero e o número dos substantivos. Classificação dos Artigos Artigos Definidos: determinam os substantivos de maneira precisa: o, a, os, as. Por exemplo: Eu matei o animal. Artigos Indefinidos: determinam os substantivos de maneira vaga: um, uma, uns, umas. Por exemplo: Eu matei um animal. Combinação dos Artigos É muito presente a combinação dos artigos definidos e indefinidos com preposições. Este quadro apresenta a forma assumida por essas combinações: Preposições

Artigos

o, os

a, as

um, uns

uma, umas

por pronomes indefinidos e, posteriormente, retomadas pelos definidos. Assim, o referente determinado pelo artigo definido passa a fazer parte de um conjunto argumentativo que mantém a coesão dos textos. Além disso, a sutileza de muitas modificações de significados transmitidas pelos artigos faz com que sejam frequentemente usados pelos escritores em seus textos literários. 3- ADJETIVO Adjetivo é a palavra que expressa uma qualidade ou característica do ser e se "encaixa" diretamente ao lado de um substantivo. Ao analisarmos a palavra bondoso, por exemplo, percebemos que além de expressar uma qualidade, ela pode ser "encaixada diretamente" ao lado de um substantivo: homem bondoso, moça bondosa, pessoa bondosa. Já com a palavra bondade, embora expresse uma qualidade, não acontece o mesmo; não faz sentido dizer: homem bondade, moça bondade, pessoa bondade. Bondade, portanto, não é adjetivo, mas substantivo. Morfossintaxe do Adjetivo:

a

ao, aos

à, às

de

do, dos

da, das

dum, duns

duma, dumas

O adjetivo exerce sempre funções sintáticas relativas aos substantivos, atuando como adjunto adnominal ou como predicativo (do sujeito ou do objeto). Classificação do Adjetivo

em no, nos

por (per)

pelo, pelos

na, nas

pela, pelas

num, nuns

numa, numas

-

-

Explicativo: exprime qualidade própria do ser. Por exemplo: neve fria. Restritivo: exprime qualidade que não é própria do ser. Por exemplo: fruta madura. Formação do Adjetivo

- As formas à e às indicam a fusão da preposição a com o artigo definido a. Essa fusão de vogais idênticas é conhecida por crase. - As formas pelo(s)/pela(s) resultam da combinação dos artigos definidos com a forma per, equivalente a por. Artigos, leitura e produção de textos O uso apropriado dos artigos definidos e indefinidos permite não apenas evitar problemas com o gênero e o número de determinados substantivos, mas principalmente explorar detalhes de significação bastante expressivos. Em geral, informações novas, nos textos, são introduzidas

Quanto à formação, o adjetivo pode ser: Formado por Por exemplo: brasiADJETIVO um só radical. leiro, escuro, magro, SIMPLES cômico. Formado por Por exemplo: lusoADJETIVO mais de um ra- brasileiro, castanhoCOMdical. escuro, amarelo-caPOSTO nário. ADJETIVO É aquele que Por exemplo: belo, PRIMIdá origem a ou- bom, feliz, puro. TIVO tros adjetivos.

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Apostila PRF É aquele que Por exemplo: belísADJETIVO deriva de subs- simo, bondoso, maDERItantivos ou ver- grelo. VADO bos. Adjetivo Pátrio Indica a nacionalidade ou o lugar de origem do ser. Observe alguns deles: Estados e cidades brasileiros: Acre

acreano

Alagoas

alagoano

Amapá

amapaense

Aracaju

aracajuano ou aracajuense

Amazonas

amazonense ou baré

Moçambique

moçambicano

Mongólia

mongol ou mongólico

Panamá

panamenho

Porto Rico

porto-riquenho

Somália

somali

Adjetivo Pátrio Composto

Belém (PA)

África

afro- / Por exemplo: Cultura afro-americana

Alemanha

germano- ou teuto- / Por exemplo: Competições teuto-inglesas

América

américo- / Por exemplo: Companhia américo-africana

Ásia

ásio- / Por exemplo: Encontros ásioeuropeus

Áustria

austro- / Por exemplo: Peças austrobúlgaras

Bélgica

belgo- / Por exemplo: Acampamentos belgo-franceses

China

sino- / Por exemplo: Acordos sino-japoneses

belenense

Belo Horizonte belo-horizontino Boa Vista

boa-vistense

Brasília

brasiliense

Cabo Frio

cabo-friense

Campinas

campineiro ou campinense

Curitiba

curitibano

Estados dos

Na formação do adjetivo pátrio composto, o primeiro elemento aparece na forma reduzida e, normalmente, erudita. Observe alguns exemplos:

Uni- estadunidense, norte-americano ou ianque nha

Espa- hispano- / Por exemplo: Mercado hispano-português

El Salvador

salvadorenho

Guatemala

guatemalteco

Europa

euro- / Por exemplo: Negociações euro-americanas

Índia

indiano ou hindu (os que professam o hinduísmo)

França

franco- ou galo- / Por exemplo: Reuniões franco-italianas

Irã

iraniano

Grécia

greco- / Por exemplo: Filmes grecoromanos

Israel

israelense ou israelita

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Apostila PRF Índia

indo- / Por exemplo: Guerras indo-paquistanesas

Inglaterra

anglo- / Por exemplo: Letras angloportuguesas

Itália

ítalo- / Por exemplo: Sociedade ítaloportuguesa

Japão

nipo- / Por exemplo: Associações nipo-brasileiras

Portugal

luso- / Por exemplo: Acordos lusobrasileiros

de ovelha

ovino

de paixão

passional

de pâncreas

pancreático

de pato

anserino

de peixe

písceo ou ictíaco

de pombo

columbino

de porco

suíno ou porcino

de prata

argênteo ou argírico

de lago

lacustre

dos quadris

ciático

de laringe

laríngeo

de raposa

vulpino

de leão

leonino

de rio

fluvial

de lebre

leporino

de serpente

viperino

de lobo

lupino

de sonho

onírico

de lua

lunar ou selênico

de terra

telúrico, terrestre ou terreno

de macaco

simiesco, símio ou macacal

de trigo

tritício

de madeira

lígneo

de urso

ursino

de marfim

ebúrneo ou ebóreo

de vaca

vacum

de mestre

magistral

de velho

senil

de monge

monacal

de vento

eólico

de neve

níveo ou nival

de verão

estival

de nuca

occipital

de vidro

vítreo ou hialino

de orelha

auricular

de virilha

inguinal

de visão

óptico ou ótico

de ouro

áureo

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Apostila PRF ...[primeira: numeral = situa o ser "pessoa" na sequência de "fila"] Obs.: nem toda locução adjetiva possui um adjetivo correspondente, com o mesmo significado. Por exemplo:

Note bem: os numerais traduzem, em palavras, o que os números indicam em relação aos seres. Assim, quando a expressão é colocada em números (1, 1°, 1/3, etc.) não se trata de numerais, mas sim de algarismos. Além dos numerais mais conhecidos, já que refletem a ideia expressa pelos números, existem mais algumas palavras consideradas numerais porque denotam quantidade, proporção ou ordenação. São alguns exemplos:década, dúzia, par, ambos(as), novena.

Vi as alunas da 5ª série. O muro de tijolos caiu. É necessário critério! Há muitos adjetivos que mantêm certa correspondência de significado com locuções adjetivas, e vice-versa. No entanto, isso não significa que a substituição da locução pelo adjetivo seja sempre possível. Tampouco o contrário é sempre admissível. Colar de marfim é uma expressão cotidiana; seria pouco recomendável passar a dizer colar ebúrneo ou ebóreo, pois esses adjetivos têm uso restrito à linguagem literária. Contrato leonino é uma expressão usada na linguagem jurídica; é muito pouco provável que os advogados passem a dizer contrato de leão. Em outros casos, a substituição é perfeitamente possível, transformando a equivalência entre adjetivos e locuções adjetivas em mais uma ferramenta para o aprimoramento dos textos, pois oferece possibilidades de variação vocabular. Por exemplo: A população das cidades tem aumentado. A falta de planejamento urbano faz com que isso se torne um imenso problema.

Classificação dos Numerais Cardinais: indicam contagem, medida. É o número básico. Por exemplo: um, dois, cem mil, etc. Ordinais: indicam a ordem ou lugar do ser numa série dada. Por exemplo: primeiro, segundo, centésimo, etc. Fracionários: indicam parte de um inteiro, ou seja, a divisão dos seres. Por exemplo: meio, terço, dois quintos, etc. Multiplicativos: expressam ideia de multiplicação dos seres, indicando quantas vezes a quantidade foi aumentada. Por exemplo: dobro, triplo, quíntuplo, etc. Leitura dos Numerais Separando os números em centenas, de trás para frente, obtêm-se conjuntos numéricos, em forma de centenas e, no início, também de dezenas ou unidades. Entre esses conjuntos usa-se vírgula; as unidades ligam-se pela conjunção e. Por exemplo: 1.203.726 = um milhão, duzentos e três mil, setecentos e vinte e seis. 45.520 = quarenta e cinco mil, quinhentos e vinte. FLEXÃO DOS NUMERAIS

4- NUMERAL Numeral é a palavra que indica os seres em termos numéricos, isto é, que atribui quantidade aos seres ou os situa em determinada sequência. Exemplos: 1. Os quatro últimos ingressos foramvendidos há pouco. [quatro: numeral = atributo numérico de "ingresso"]

Os numerais ordinais variam em gênero e número:

Eu quero café duplo, e você?

primeiro

segundo

milésimo

...[duplo: numeral = atributo numérico de "café"]

primeira

segunda

milésima

2.

3. A primeira pessoa pode entrar, por favor!

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Os numerais cardinais que variam em gênero são um/uma, dois/duas e os que indicam centenas deduzentos/duzentas em diante:trezentos/trezentas; quatrocentos/quatrocentas, etc. Cardinais como milhão, bilhão, trilhão, etc. variam em número: milhões, bilhões, trilhões, etc. Os demais cardinais são invariáveis.

da

fila

Apostila PRF primeiros

segundos

primeiras

milési-

segundas

Capítulo XX (vinte)

Século VIII (oitavo)

Século XX (vinte)

Canto IX (nono)

João XXIII ( vinte e três)

milésimas

Os numerais multiplicativos são quando atuam em funções substantivas:

invariáveis

Por exemplo:

Para designar leis, decretos e portarias, utilizase o ordinal até nono e o cardinal de dez em diante: Artigo 1.° (primeiro) Artigo 10 (dez)

Fizeram o dobro do esforço e conseguiram o triplo de produção. Quando atuam em funções adjetivas, esses numerais flexionam-se em gênero e número: Por exemplo: Teve de tomar doses triplas do medicamento. Os numerais fracionários flexionam-se em gênero e número. Observe: um terço/dois terços

Artigo 9.° (nono) Artigo 21 (vinte e um) Ambos/ambas são considerados numerais. Significam "um e outro", "os dois" (ou "uma e outra", "as duas") e são largamente empregados para retomar pares de seres aos quais já se fez referência. Por exemplo: Pedro e João parecem ter finalmente percebido a importância da solidariedade. Ambos agora participam das atividades comunitárias de seu bairro. Obs.: a forma "ambos os dois" é considerada enfática. Atualmente, seu uso indica afetação, artificialismo.

uma terça parte duas terças partes Os numerais coletivos flexionam-se em número. Veja: uma dúzia um milheiro

5- PRONOME Pronome é a palavra que se usa em lugar do nome, ou a ele se refere, ou ainda, que acompanha o nome qualificando-o de alguma forma. Exemplos:

duas dúzias

1. A moça era mesmo bonita. Ela morava nos meus sonhos!

dois milheiros É comum na linguagem coloquial a indicação de grau nos numerais, traduzindo afetividade ou especialização de sentido. É o que ocorre em frases como: Me empresta duzentinho... É artigo de primeiríssima qualidade! O time está arriscado por ter caído na segundona. (= segunda divisão de futebol) Emprego dos Numerais Para designar papas, reis, imperadores, séculos e partes em que se divide uma obra, utilizam-se os ordinais até décimo e a partir daí os cardinais, desde que o numeral venha depois do substantivo: Ordinais Cardinais João Paulo II (segundo) Tomo XV (quinze) D. Pedro II (segundo)

Ato II (segundo)

mos

Luís XVI (dezesseis)

[substituição do nome] 2. A moça que morava meus sonhos era mesmo bonita!

nos

[referência ao nome] 3. sonhos!

Essa moça morava nos meus

[qualificação do nome] Grande parte dos pronomes não possuem significados fixos, isto é, essas palavras só adquirem significação dentro de um contexto, o qual nos permite recuperar a referência exata daquilo que está sendo colocado por meio dos pronomes no ato da comunicação. Com exceção dos pronomes interrogativos e indefinidos, os demais pronomes têm por função principal apontar para as pessoas do discurso ou a elas se relacionar, indicando-lhes sua situação no tempo ou no espaço. Em virtude dessa característica, os pronomes apresentam uma forma específica para cada pessoa do discurso. Exemplos:

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Apostila PRF 1. Minha carteira estava vazia quando eu fui assaltada. [minha/eu: pronomes de 1ª pessoa = aquele que fala] 2. Tua carteira quando tu foste assaltada?

estava

vazia

[tua/tu: pronomes de 2ª pessoa = aquele a quem se fala] 3. A carteira dela estava vazia quando ela foi assaltada. [dela/ela: pronomes de 3ª pessoa = aquele de quem se fala] Em termos morfológicos, os pronomes são palavras variáveis em gênero (masculino ou feminino) e em número (singular ou plural). Assim, espera-se que a referência através do pronome seja coerente em termos de gênero e número (fenômeno da concordância) com o seu objeto, mesmo quando este se apresenta ausente no enunciado. Exemplos: 1.

[Fala-se de Roberta]

2. Ele quer participar do desfile da nossa escola neste ano. [nossa: pronome que qualifica "escola" = concordância adequada] [neste: pronome que determina "ano" = concordância adequada] [ele: pronome que faz referência à "Roberta" = concordância inadequada] Existem seis tipos de pronomes: pessoais, possessivos, demonstrativos, indefinidos, relativos e interrogativos. Pronomes Pessoais São aqueles que substituem os substantivos, indicando diretamente as pessoas do discurso. Quem fala ou escreve assume os pronomes eu ou nós, usa os pronomes tu, vós, você ou vocês para designar a quem se dirige e ele, ela, eles ou elas para fazer referência à pessoa ou às pessoas de quem fala. Os pronomes pessoais variam de acordo com as funções que exercem nas orações, podendo ser do caso reto ou do caso oblíquo. Pronome Reto Pronome pessoal do caso reto é aquele que, na sentença, exerce a função de sujeito ou predicativo do sujeito. Por exemplo: Nós lhe ofertamos flores.

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Os pronomes retos apresentam flexão de número, gênero (apenas na 3ª pessoa) e pessoa, sendo essa última a principal flexão, uma vez que marca a pessoa do discurso. Dessa forma, o quadro dos pronomes retos é assim configurado: - 1ª pessoa do singular: eu - 2ª pessoa do singular: tu - 3ª pessoa do singular: ele, ela - 1ª pessoa do plural: nós - 2ª pessoa do plural: vós - 3ª pessoa do plural: eles, elas

Atenção: esses pronomes não costumam ser usados como complementos verbais na língua-padrão. Frases como "Vi ele na rua" , "Encontrei ela na praça", "Trouxeram eu até aqui", comuns na língua oral cotidiana, devem ser evitadas na língua formal escrita ou falada. Na língua formal, devem ser usados os pronomes oblíquos correspondentes: "Vi-o na rua", "Encontrei-a na praça", "Trouxeram-me até aqui".

Obs.: frequentemente observamos a omissão do pronome reto em Língua Portuguesa. Isso se dá porque as próprias formas verbais marcam, através de suas desinências, as pessoas do verbo indicadas pelo pronome reto. Por exemplo: Fizemos boa viagem. (Nós) Pronome Oblíquo Pronome pessoal do caso oblíquo é aquele que, na sentença, exerce a função de complemento verbal (objeto direto ou indireto) ou complemento nominal. Por exemplo: Ofertaram-nos flores. (objeto indireto) Obs.: em verdade, o pronome oblíquo é uma forma variante do pronome pessoal do caso reto. Essa variação indica a função diversa que eles desempenham na oração: pronome reto marca o sujeito da oração; pronome oblíquo marca o complemento da oração. Os pronomes oblíquos sofrem variação de acordo com a acentuação tônica que possuem, podendo ser átonosou tônicos.

Apostila PRF Pronome Oblíquo Átono São chamados átonos os pronomes oblíquos que não são precedidos de preposição.

Os pronomes o, os, a, as assumem formas especiais depois de certas terminações verbais. Quando o verbo termina em -z, -s ou -r, o pronome assume a forma lo, los, la ou las, ao mesmo tempo que a terminação verbal é suprimida.

Possuem acentuação tônica fraca. Por exemplo:

Por exemplo: Ele me deu um presente.

fiz + o = fi-lo

O quadro dos pronomes oblíquos átonos é assim configurado:

fazeis + o = fazei-lo

- 1ª pessoa do singular (eu): me dizer + a = dizê-la

- 2ª pessoa do singular (tu): te - 3ª pessoa do singular (ele, ela): o, a, lhe - 1ª pessoa do plural (nós): nos

Quando o verbo termina em som nasal, o pronome assume as formas no, nos, na, nas.

- 2ª pessoa do plural (vós): vos

Por exemplo:

- 3ª pessoa do plural (eles, elas): os, as, lhes Observações:

viram + o: viram-no

O lhe é o único pronome oblíquo átono que já se apresenta na forma contraída, ou seja, houve a união entre o pronomeo ou a e preposiçãoa oupara. Por acompanhar diretamente uma preposição, o pronome lhe exerce sempre a função de objeto indireto na oração.

repõe + os = repõe-nos retém + a: retém-na tem + as = tem-nas

Os pronomes me, te, nos e vos podem tanto ser objetos diretos como objetos indiretos. Os pronomes o, a, os e as atuam exclusivamente como objetos diretos. Saiba que: Os pronomes me, te, lhe, nos, vos e lhes podem combinar-se com os pronomes o, os, a, as, dando origem a formas como mo, mos, ma, mas; to, tos, ta, tas; lho, lhos, lha, lhas; no-lo, no-los, no-la, no-las, vo-lo, vo-los, vo-la, vo-las. Observe o uso dessas formas nos exemplos que seguem:

Pronome Oblíquo Tônico Os pronomes oblíquos tônicos são sempre precedidos por preposições, em geral as preposições a, para, de ecom. Por esse motivo, os pronomes tônicos exercem a função de objeto indireto da oração. Possuem acentuação tônica forte. O quadro dos pronomes oblíquos tônicos é assim configurado: - 1ª pessoa do singular (eu): mim, comigo - 2ª pessoa do singular (tu): ti, contigo

- Trouxeste o pacote?

- Não contaram a novidade a vocês?

- 3ª pessoa do singular (ele, ela): ele, ela - 1ª pessoa do plural (nós): nós, conosco

- Sim, entreguei-toain- - Não, não no-la contaram. dahá pouco. No português do Brasil, essas combinações não são usadas; até mesmo na língua literária atual, seu emprego é muito raro. Atenção:

- 2ª pessoa do plural (vós): vós, convosco - 3ª pessoa do plural (eles, elas): eles, elas - Observe que as únicas formas próprias do pronome tônico são a primeira pessoa (mim) e segunda pessoa (ti). As demais repetem a forma do pronome pessoal do caso reto. - As preposições essenciais introduzem sempre pronomes pessoais do caso oblíquo e nunca pronome do caso reto. Nos contextos interlocutivos que exigem

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Apostila PRF o uso da língua formal, os pronomes costumam ser usados desta forma:

Ele disse que iria com nós três.

Não há mais nada entre mim e ti. Não se comprovou qualquer ligação entre ti e ela. Não há nenhuma acusação contra mim. Não vá sem mim.

Pronome Reflexivo São pronomes pessoais oblíquos que, embora funcionem como objetos direto ou indireto, referem-se ao sujeito da oração. Indicam que o sujeito pratica e recebe a ação expressa pelo verbo. O quadro dos pronomes reflexivos é assim configurado: - 1ª pessoa do singular (eu): me, mim.

Atenção: Há construções em que a preposição, apesar de surgir anteposta a um pronome, serve para introduzir uma oração cujo verbo está no infinitivo. Nesses casos, o verbo pode ter sujeito expresso; se esse sujeito for um pronome, deverá ser do caso reto.

Por exemplo: Eu não me vanglorio disso. Olhei para mim no espelho e não gostei do que vi. - 2ª pessoa do singular (tu): te, ti. Por exemplo: Assimtu te prejudicas.

Por exemplo: Trouxeram vários para eu experimentar.

Conhece a ti mesmo.

vestidos

- 3ª pessoa do singular (ele, ela): se, si, consigo.

Não vá sem eu mandar.

Por exemplo: - A combinação da preposição "com" e alguns pronomes originou as formas especiais comigo, contigo, consigo, conosco e convosco. Tais pronomes oblíquos tônicos frequentemente exercem a função de adjunto adverbial de companhia. Por exemplo: Ele mento consigo.

carregava

o

docu-

- As formas "conosco" e "convosco" são substituídas por "com nós" e "com vós" quando os pronomes pessoais são reforçados por palavras como outros, mesmos, próprios, todos, ambos ou algum numeral.

Guilherme já se preparou. Ela deu a si um presente. Antônio conversou consigo mesmo. - 1ª pessoa do plural (nós): nos. Por exemplo: Lavamo-nos no rio.

Por exemplo: - 2ª pessoa do plural (vós): vos. Você terá de viajar com nós todos. Estávamos com vós outros quando chegaram as más notícias.

44

Por exemplo: Vós vos beneficiastes com a esta conquista.

Apostila PRF Por exemplo:

Observações:

- 3ª pessoa do plural (eles, elas): se, si, consigo. Por exemplo:

a) Vossa Excelência X Sua Excelência: os pronomes de tratamento que possuem "Vossa (s)" são empregados em relação à pessoa com quem falamos.

Eles se conheceram. Por exemplo: Elas deram a si um dia de folga. A Segunda Pessoa Indireta A chamada segunda pessoa indireta se manifesta quando utilizamos pronomes que, apesar de indicarem nosso interlocutor ( portanto, a segunda pessoa), utilizam o verbo na terceira pessoa. É o caso dos chamados pronomes de tratamento, que podem ser observados no quadro seguinte: Pronomes de Tratamento Vossa Alteza

V. A.

príncipes, duques

Vossa Eminência

V. Ema.(s)

cardeais

Vossa Reverendís- V. Resacerdotes e bispos sima vma.(s) Vossa Excelência

V. Ex.ª (s)

altas autoridades e oficiais-generais

Vossa MagnificênV. cia Mag.ª (s)

reitores de universidades

Vossa Majestade

reis e rainhas

V. M.

Vossa Majestade V. M. I. Imperial

Imperadores

Vossa Santidade

V. S.

Papa

Vossa Senhoria

V. S.ª (s)

tratamento cerimonioso

Espero que V. Ex.ª, Senhor Ministro, compareça a este encontro. Emprega-se "Sua (s)" quando se fala a respeito da pessoa. Por Exemplo: Todos os membros da C.P.I. afirmaram que Sua Excelência, o Senhor Presidente da República, agiu com propriedade. - Os pronomes de tratamento representam uma forma indireta de nos dirigirmos aos nossos interlocutores. Ao tratarmos um deputado por Vossa Excelência, por exemplo, estamos nos endereçando à excelência que esse deputado supostamente tem para poder ocupar o cargo que ocupa. b) 3ª pessoa: embora os pronomes de tratamento se dirijam à 2ª pessoa, toda a concordância deve ser feita com a 3ª pessoa. Assim, os verbos, os pronomes possessivos e os pronomes oblíquos empregados em relação a eles devem ficar na 3ª pessoa. Por exemplo: Basta que V. Ex.ª cumpra a terça parte das suas promessas, para que seus eleitores lhe fiquem reconhecidos. c) Uniformidade de Tratamento: quando escrevemos ou nos dirigimos a alguém, não é permitido mudar, ao longo do texto, a pessoa do tratamento escolhida inicialmente. Assim, por exemplo, se começamos a chamar alguém de "você", não poderemos usar "te" ou "teu". O uso correto exigirá, ainda, verbo na terceira pessoa. Por exemplo:

Vossa Onipotência V. O.

Deus

Também são pronomes de tratamento o senhor, a senhora e você, vocês. "O senhor" e "a senhora" são empregados no tratamento cerimonioso; "você" e "vocês", no tratamento familiar. Você e vocês são largamente empregados no português do Brasil; em algumas regiões , a forma tu é de uso frequente, em outras, é muito pouco empregada. Já a forma vós tem uso restrito à linguagem litúrgica, ultra formal ou literária.

Quando você vier, eu te abraçarei e enrolarme-ei nos teus cabelos. (errado) Quando você vier, eu a abraçarei e enrolarme-ei nos seus cabelos. (correto) Quando tu vieres, eu te abraçarei e enrolarme-ei nos teus cabelos. (correto)

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Apostila PRF Pronomes Possessivos São palavras que, ao indicarem a pessoa gramatical (possuidor), acrescentam a ela a ideia de posse de algo (coisa possuída). Por exemplo: Este caderno é meu. (meu = possuidor: 1ª pessoa do singular) Observe o quadro:

3- Em frases onde se usam pronomes de tratamento, o pronome possessivo fica na 3ª pessoa. Por exemplo: Vossa Excelência trouxe sua mensagem? 4- Referindo-se a mais de um substantivo, o possessivo concorda com o mais próximo. Por exemplo:

NÚMERO

PESSOA

PRONOME

singular

primeira

meu(s), minha(s)

singular

segunda

teu(s), tua(s)

singular

terceira

seu(s), sua(s)

Trouxe-me seus livros e anotações. 5- Em algumas construções, os pronomes pessoais oblíquos átonos assumem valor de possessivo. Por exemplo: Vou seguir-lhe os passos. (= Vou seguir seus passos.) Pronomes Demonstrativos

plural

primeira

nosso(s), nossa(s)

plural

segunda

vosso(s), vossa(s)

plural

terceira

seu(s), sua(s)

Note que: A forma do possessivo depende da pessoa gramatical a que se refere; o gênero e o número concordam com o objeto possuído. Por exemplo: Ele trouxe seu apoio e sua contribuição naquele momento difícil.

Os pronomes demonstrativos são utilizados para explicitar a posição de uma certa palavra em relação a outras ou ao contexto. Essa relação pode ocorrer em termos de espaço, tempo ou discurso. No espaço: Compro este carro (aqui). O pronome este indica que o carro está perto da pessoa que fala. Compro esse carro (aí). O pronome esse indica que o carro está perto da pessoa com quem falo, ou afastado da pessoa que fala. Compro aquele carro (lá). O pronome aquele diz que o carro está afastado da pessoa que fala e daquela com quem falo.

Observações: 1 - A forma seu não é um possessivo quando resultar da alteração fonética da palavra senhor. Por exemplo: - Muito obrigado, seu José. 2 - Os pronomes possessivos nem sempre indicam posse. Podem ter outros empregos, como: a) indicar afetividade.

Atenção: em situações de fala direta (tanto ao vivo quanto por meio de correspondência, que é uma modalidade escrita de fala), são particularmente importantes o este e o esse - o primeiro localiza os seres em relação ao emissor; o segundo, em relação ao destinatário. Trocá-los pode causar ambiguidade.

Por exemplo: - Não faça isso, minha filha. b) indicar cálculo aproximado. Por exemplo: Ele já deve ter seus 40 anos. c) atribuir valor indefinido ao substantivo. Por exemplo: Marisa tem lá seus defeitos, mas eu gosto muito dela.

46

Exemplos: Dirijo-me a essa universidade com o objetivo de solicitar informações sobre o concurso vestibular. (tratase da universidade destinatária). Reafirmamos a disposição desta universidade em participar no próximo Encontro de Jovens. (tratase da universidade que envia a mensagem). No tempo:

Apostila PRF Este ano está sendo bom para nós. O pronome este refere-se ao ano presente.

expressiva, para salientar algum termo anterior. Por exemplo:

Esse ano que passou foi razoável. O pronome esse refere-se a um passado próximo.

Manuela, essa é que dera em cheio casando com o José Afonso. Desfrutar das belezas brasileiras, issoé que é sorte!

Aquele ano foi terrível para todos. O pronome aquele está se referindo a um passado distante.

- Os pronomes demonstrativos podem ser variáveis ou invariáveis, observe: Variáveis: este(s), esta(s), esse(s), essa(s), aquele(s), aquela(s). Invariáveis: isto, isso, aquilo. - Também aparecem como pronomes demonstrativos: o (s), a (s): quando estiverem antecedendo o que e puderem ser substituídos por aquele(s), aquela(s), aquilo. Por exemplo: Não ouvi o que disseste. ouvi aquilo que disseste.)

b) O pronome demonstrativo neutro o pode representar um termo ou o conteúdo de uma oração inteira, caso em que aparece, geralmente, como objeto direto, predicativo ou aposto. Por exemplo: O casamento seria um desastre. Todos o pressentiam. c) Para evitar a repetição de um verbo anteriormente expresso, é comum empregar-se, em tais casos, o verbofazer, chamado, então, verbo vicário (= que substitui, que faz as vezes de). Por exemplo: Ninguém teve coragem de falar antes que ela o fizesse. Diz-se corretamente:

(Não

Essa rua não é a que te indiquei. (Esta rua não é aquela que te indiquei.) mesmo (s), mesma (s): Por exemplo: Estas são as mesmas pessoas que o procuraram ontem. próprio (s), própria (s): Por exemplo: Os próprios alunos resolveram o problema. semelhante (s): Por exemplo: Não compre semelhante livro. tal, tais: Por exemplo: Tal era a solução para o problema. Note que: a) Não raro os demonstrativos aparecem na frase, em construções redundantes, com finalidade

Não sei que fazer. Ou: Não sei o que fazer. Mas: Tenho muito que fazer. (E não: Tenho muito o que fazer.) d) Em frases como a seguinte, este refere-se à pessoa mencionada em último lugar, aquele à mencionada em primeiro lugar. Por exemplo: O referido deputado e o Dr. Alcides eram amigos íntimos: aquele casado, solteiro este. [ou então: estesolteiro, aquele casado.] e) O pronome demonstrativo tal pode ter conotação irônica. Por exemplo: A menina foi a tal que ameaçou o professor? f) Pode ocorrer a contração das preposições a, de, em com pronome demonstrativo: àquele, àquela, deste, desta, disso, nisso, no, etc. Por exemplo: Não acreditei no que estava vendo. (no = naquilo)

Pronomes Indefinidos

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Apostila PRF São palavras que se referem à terceira pessoa do discurso, dando-lhe sentido vago (impreciso) ou expressando quantidade indeterminada. Por exemplo: Alguém entrou no jardim e destruiu as mudas recém-plantadas. Não é difícil perceber que "alguém" indica uma pessoa de quem se fala (uma terceira pessoa, portanto) de forma imprecisa, vaga. É uma palavra capaz de indicar um ser humano que seguramente existe, mas cuja identidade é desconhecida ou não se quer revelar. Classificam-se em: Pronomes Indefinidos Substantivos: assumem o lugar do ser ou da quantidade aproximada de seres na frase. São eles: algo, alguém, fulano, sicrano, beltrano, nada, ninguém, outrem, quem, tudo. Por exemplo: Algo o incomoda? Quem avisa amigo é. Pronomes Indefinidos Adjetivos: qualificam um ser expresso na frase, conferindo-lhe a noção de quantidade aproximada. São eles: cada, certo(s), certa(s). Por exemplo: Cada povo tem seus costumes. Certas pessoas exercem várias profissões. Note que: Ora são pronomes indefinidos substantivos, ora pronomes indefinidos adjetivos: algum, alguns, alguma(s), bastante(s) (= muito, muitos), demais, mais, menos, muito(s), muita(s), nenhum, nenhuns, nenhuma(s), outro(s), outra(s), pouco(s), pouca(s), qualquer, quaisquer, qual, que, quanto(s), quanta(s), tal, tais, tanto(s), tanta(s), todo(s), toda(s), um, uns, uma(s), vários, várias. Por exemplo: Menos palavras e mais ações. Alguns contentam-se pouco. Os pronomes indefinidos podem ser divididos em variáveis e invariáveis. Observe o quadro: Variáveis Singular Masculino algum nenhum

Plural Feminino alguma nenhuma

Masculino alguns nenhuns

Invariáveis Feminino algumas nenhumas

alguém ninguém

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Apostila PRF todo muito pouco vário tanto outro quanto

toda muita pouca vária tanta outra quanta

todos muitos poucos vários tantos outros quantos

qualquer

todas muitas poucas várias tantas outras quantas

outrem tudo nada algo cada

quaisquer

São locuções pronominais indefinidas: cada qual, cada um, qualquer um, quantos quer (que), quem quer (que), seja quem for, seja qual for, todo aquele (que), tal qual (= certo), tal e qual, tal ou qual, um ou outro, uma ou outra, etc. Por exemplo: Cada um escolheu o vinho desejado. Indefinidos Sistemáticos Ao observar atentamente os pronomes indefinidos, percebemos que existem alguns grupos que criamoposição de sentido. É o caso de: algum/alguém/algo, que têm sentido afirmativo, e nenhum/ninguém/nada, que têm sentido negativo; todo/tudo, que indicam uma totalidade afirmativa, e nenhum/nada, que indicam uma totalidade negativa; alguém/ninguém, que se referem a pessoa, e algo/nada, que se referem a coisa; certo, que particulariza, e qualquer, que generaliza. Essas oposições de sentido são muito importantes na construção de frases e textos coerentes, pois delas muitas vezes dependem a solidez e a consistência dos argumentos expostos. Observe nas frases seguintes a força que os pronomes indefinidos destacados imprimem às afirmações de que fazem parte: Nada do que tem sido feito produziu qualquer resultado prático. Certas pessoas conseguem perceber sutilezas: não são pessoas quaisquer. Pronomes Relativos São pronomes relativos aqueles que representam nomes já mencionados anteriormente e com os quais se relacionam. Introduzem as orações subordinadas adjetivas. Por exemplo: O racismo é um sistema que afirma a superioridade de um grupo racial sobre outros. (afirma a superioridade de um grupo racial sobre outros = oração subordinada adjetiva). O pronome relativo "que" refere-se à palavra "sistema" e introduz uma oração subordinada. Diz-se que a palavra "sistema" é antecedente do pronome relativo que. O antecedente do pronome relativo pode ser o pronome demonstrativo o, a, os, as. Por exemplo: Não sei o que você está querendo dizer. Às vezes, o antecedente do pronome relativo não vem expresso. Por exemplo:

49

Apostila PRF Quem casa, quer casa. Observe o quadro abaixo: Quadro dos Pronomes Relativos Variáveis Invariáveis Masculino

Feminino

o qual

os quais

a qual

as quais

cujo quanto

cujos quantos

cuja quanta

cujas quantas

quem que onde

Note que: a) O pronome que é o relativo de mais largo emprego, sendo por isso chamado relativo universal. Pode ser substituído por o qual, a qual, os quais, as quais, quando seu antecedente for um substantivo. Por exemplo: O trabalho que eu fiz refere-se à corrupção. (= o qual) A cantora que acabou de se apresentar é péssima. (= a qual) Os trabalhos que eu fiz referem-se à corrupção. (= os quais) As cantoras que se apresentaram eram péssimas. (= as quais) b) O qual, os quais, a qual e as quais são exclusivamente pronomes relativos: por isso, são utilizados didaticamente para verificar se palavras como "que", "quem", "onde" (que podem ter várias classificações) são pronomes relativos. Todos eles são usados com referência à pessoa ou coisa por motivo de clareza ou depois de determinadas preposições: Por exemplo: Regressando de São Paulo, visitei o sítio de minha tia, o qual me deixou encantado. (O uso de queneste caso geraria ambiguidade.) Essas são as conclusões sobre as quais pairam muitas dúvidas? (Não se poderia usar que depois desobre.) c) O relativo "que" às vezes equivale a o que, coisa que, e se refere a uma oração. Por exemplo: Não chegou a ser padre, mas deixou de ser poeta, que era a sua vocação natural. d) O pronome "cujo" não concorda com o seu antecedente, mas com o consequente. Equivale a do qual, da qual, dos quais, das quais. Por exemplo:

50

Apostila PRF Este é o

caderno

cujas

folhas

estão

rasga-

das.

(consequente)

(antecedente)

e) "Quanto" é pronome relativo quando tem por antecedente um pronome indefinido: tanto (ou variações) etudo: Por exemplo: Emprestei

tantos

quantos

foram necessários.

quanto

havia falado.

(antecedente)

Ele fez

tudo (antecedente)

f) O pronome "quem" refere-se a pessoas e vem sempre precedido de preposição. Por exemplo: É um professor

a

quem

muito devemos.

(preposição) g) "Onde", como pronome relativo, sempre possui antecedente e só pode ser utilizado na indicação de lugar. Por exemplo: A casa onde morava foi assaltada. h) Na indicação de tempo, deve-se empregar quando ou em que. Por exemplo: Sinto saudades da época em que (quando) morávamos no exterior. i) Podem ser utilizadas como pronomes relativos as palavras: - como (= pelo qual) Por exemplo: Não me parece correto o modo como você agiu semana passada. - quando (= em que) Por exemplo: Bons eram os tempos quando podíamos jogar videogame. j) Os pronomes relativos permitem reunir duas orações numa só frase. Por exemplo: O futebol é um esporte. O povo gosta muito deste esporte.O futebol é um esporte de que o povo gosta muito. k) Numa série de orações adjetivas coordenadas, pode ocorrer a elipse do relativo que. Por exemplo: A sala estava cheia de gente que conversava, (que) ria, (que) fumava.

51

Apostila PRF Importância nada relativa Não é difícil perceber que os pronomes relativos são peças fundamentais à boa articulação de frases e textos: sua capacidade de atuar como pronomes e conectivos simultaneamente favorece a síntese e evita a repetição de termos.

Pronomes Interrogativos São usados na formulação de perguntas, sejam elas diretas ou indiretas. Assim como os pronomes indefinidos, referem-se à 3ª pessoa do discurso de modo impreciso. São pronomes interrogativos: que, quem, qual (e variações), quanto (e variações). Por exemplo: Quem fez o almoço?/ Diga-me quem fez o almoço. Qual das bonecas preferes? / Não sei qual das bonecas preferes. Quantos passageiros desembarcaram? / Pergunte quantos passageiros desembarcaram. Pronomes Substantivos e Pronomes Adjetivos Pronomes Substantivos são aqueles que substituem um substantivo ao qual se referem. Por exemplo: Nem tudo está perdido. (Nem todos os bens estão perdidos.) Aquilo me deixou alegre. Obs.: ao assumir para si as características do nome que substitui, o pronome seguirá todas as demais concordâncias (gênero - número - pessoa do discurso - marca de sujeito inanimado - marca de situação no espaço). Pronomes Adjetivos são aqueles que acompanham o substantivo com o qual se relacionam, juntando-lhe uma característica. Por exemplo: Este moço é meu irmão. Alguma coisa me deixou alegre. Observação: a classificação dos pronomes em substantivos ou adjetivos não exclui sua classificação específica. Por exemplo: Muita gente não me entende. (muita = pronome adjetivo indefinido).

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Apostila PRF Trouxe o meu ingresso e o teu. (meu = pronome adjetivo possessivo / teu = pronome substantivo possessivo).

53

Apostila PRF  auxiliares: juntam-se ao verbo princi-

6- VERBO

pal ampliando sua significação. Presentes nos Conceito: É uma classe gramatical que atribui ação ou estado ao sujeito.

tempos compostos e locuções verbais;  certos verbos possuem pronomes

Os verbos apresentam três conjugações. Em

pessoais átonos que se tornam partes inte-

função da vogal temática, podem-se criar três para-

grantes deles. Nesses casos, o pronome não

digmas verbais. De acordo com a relação dos verbos

tem função sintática (suicidar-se, apiedar-se,

com esses paradigmas, obtém-se a seguinte classifi-

queixar-se etc.);  formas rizotônicas (tonicidade no ra-

cação:

dical - eu canto) e formas arrizotônicas (tonici regulares: seguem o paradigma ver-

dade fora do radical - nós cantaríamos).

bal de sua conjugação;  irregulares: não seguem o para-

Quanto à flexão verbal, temos:

digma verbal da conjugação a que pertencem. As irregularidades podem aparecer no radical

 número: singular ou plural;

ou nas desinências (ouvir - ouço/ouve, estar -

 pessoa gramatical: 1ª, 2ª ou 3ª;

estou/estão);

 tempo: referência ao momento em que se fala (pretérito, presente ou futuro). O

Entre os verbos irregulares, destacam-se os anômalos que apresentam profundas irregularidades.

modo imperativo só tem um tempo, o presente;

São classificados como anômalos em todas as gra-

 voz: ativa, passiva e reflexiva;

máticas os verbos ser e ir.

 modo: indicativo (certeza de um fato

 defectivos: não são conjugados em determinadas pessoas, tempo ou modo (falir no presente do indicativo só apresenta a 1ª e

ou estado), subjuntivo (possibilidade ou desejo de realização de um fato ou incerteza do estado) e imperativo (expressa ordem, advertência ou pedido).

a 2ª pessoa do plural). Os defectivos distribuem-se em três grupos: impessoais, unipes-

As três formas nominais do verbo (infinitivo, ge-

soais (vozes ou ruídos de animais, só conju-

rúndio e particípio) não possuem função exclusiva-

gados nas 3ª pessoas) por eufonia ou possibi-

mente verbal. Infinitivo é antes substantivo, o particí-

lidade de confusão com outros verbos;

pio tem valor e forma de adjetivo, enquanto o gerúndio

 abundantes - apresentam mais de uma forma para uma mesma flexão. Mais fre-

equipara-se ao adjetivo ou advérbio pelas circunstâncias que exprime.

qüente no particípio, devendo-se usar o particípio regular com ter e haver; já o irregular com ser e estar (aceito/aceitado, acendido/aceso tenho/hei aceitado ≠ é/está aceito);

54

Quanto ao tempo verbal, eles apresentam os seguintes valores:

Apostila PRF  presente do indicativo: indica um

 Abolir (defectivo) - não possui a 1ª

fato real situado no momento ou época em que

pessoa do singular do presente do indicativo,

se fala;

por isso não possui presente do subjuntivo e o

 presente do subjuntivo: indica um

imperativo negativo. (= banir, carpir, colorir,

fato provável, duvidoso ou hipotético situado

delinqüir, demolir, descomedir-se, emergir,

no momento ou época em que se fala;

exaurir, fremir, fulgir, haurir, retorquir, urgir)

 pretérito perfeito do indicativo: in-

 Acudir (alternância vocálica o/u) -

dica um fato real cuja ação foi iniciada e con-

presente do indicativo - acudo, acodes... e pre-

cluída no passado;

térito perfeito do indicativo - com u (= bulir,

 pretérito imperfeito do indicativo:

consumir, cuspir, engolir, fugir) / Adequar (de-

indica um fato real cuja ação foi iniciada no

fectivo) - só possui a 1ª e a 2ª pessoa do plural

passado, mas não foi concluída ou era uma

no presente do indicativo  Aderir (alternância vocálica e/i) - pre-

ação costumeira no passado;  pretérito imperfeito do subjuntivo:

sente do indicativo - adiro, adere... (= advertir,

indica um fato provável, duvidoso ou hipotético

cerzir, despir, diferir, digerir, divergir, ferir, su-

cuja ação foi iniciada mas não concluída no

gerir)  Agir (acomodação gráfica g/j) - pre-

passado;  pretérito mais-que-perfeito do indi-

sente do indicativo - ajo, ages... (= afligir, coa-

cativo: indica um fato real cuja ação é anterior

gir, erigir, espargir, refulgir, restringir, transigir,

a outra ação já passada;

urgir)

 futuro do presente do indicativo: in-

 Agredir (alternância vocálica e/i) -

dica um fato real situado em momento ou

presente do indicativo - agrido, agrides, agride,

época vindoura;

agredimos, agredis, agridem (= prevenir, pro-

 futuro do pretérito do indicativo: in-

gredir, regredir, transgredir) / Aguar (regular) -

dica um fato possível, hipotético, situado num

presente do indicativo - águo, águas..., - pre-

momento futuro, mas ligado a um momento

térito perfeito do indicativo - agüei, aguaste,

passado;

aguou, aguamos, aguastes, aguaram (= desa-

 futuro do subjuntivo: indica um fato

guar, enxaguar, minguar)  Aprazer (irregular) - presente do indi-

provável, duvidoso, hipotético, situado num momento ou época futura;

cativo - aprazo, aprazes, apraz... / pretérito perfeito do indicativo - aprouve, aprouveste,

Alguns verbos da língua portuguesa apresentam problemas de conjugação. A seguir temos uma lista, seguida de comentários sobre essas dificuldades de conjugação.

aprouve, aprouvemos, aprouvestes, aprouveram  Argüir (irregular com alternância vocálica o/u) - presente do indicativo - arguo (ú), argúis, argúi, argüimos, argüis, argúem - pretérito perfeito - argüi, argüiste... (com trema)

55

Apostila PRF  Atrair (irregular) - presente do indica-

 Construir (irregular e abundante) -

tivo - atraio, atrais... / pretérito perfeito - atraí,

presente do indicativo - construo, constróis (ou

atraíste... (= abstrair, cair, distrair, sair, sub-

construis), constrói (ou construi), construímos,

trair)

construís, constroem (ou construem) - preté Atribuir (irregular) - presente do indi-

rito perfeito indicativo - construí, construíste...

cativo - atribuo, atribuis, atribui, atribuímos,

 Crer (irregular) - presente do indica-

atribuís, atribuem - pretérito perfeito - atribuí,

tivo - creio, crês, crê, cremos, credes, crêem -

atribuíste, atribuiu... (= afluir, concluir, destituir,

pretérito perfeito indicativo - cri, creste, creu,

excluir, instruir, possuir, usufruir)

cremos, crestes, creram - imperfeito indicativo

 Averiguar (alternância vocálica o/u) presente do indicativo - averiguo (ú), averiguas

 Falir (defectivo) - presente do indica-

(ú), averigua (ú), averiguamos, averiguais,

tivo - falimos, falis - pretérito perfeito indicativo

averiguam (ú) - pretérito perfeito - averigüei,

- fali, faliste... (= aguerrir, combalir, foragir-se,

averiguaste... - presente do subjuntivo - averi-

remir, renhir)

gúe, averigúes, averigúe... (= apaziguar)

 Frigir (acomodação gráfica g/j e alter-

 Cear (irregular) - presente do indica-

nância vocálica e/i) - presente do indicativo -

tivo - ceio, ceias, ceia, ceamos, ceais, ceiam -

frijo, freges, frege, frigimos, frigis, fregem - pre-

pretérito perfeito indicativo - ceei, ceaste,

térito perfeito indicativo - frigi, frigiste...

ceou, ceamos, ceastes, cearam (= verbos ter-

 Ir (irregular) - presente do indicativo -

minados em -ear: falsear, passear... - alguns

vou, vais, vai, vamos, ides, vão - pretérito per-

apresentam pronúncia aberta: estréio, es-

feito indicativo - fui, foste... - presente subjun-

tréia...)

tivo - vá, vás, vá, vamos, vades, vão

 Coar (irregular) - presente do indica-

 Jazer (irregular) - presente do indica-

tivo - côo, côas, côa, coamos, coais, coam -

tivo - jazo, jazes... - pretérito perfeito indicativo

pretérito perfeito - coei, coaste, coou... (=

- jazi, jazeste, jazeu...

abençoar, magoar, perdoar) / Comerciar (re-

 Mobiliar (irregular) - presente do indi-

gular) - presente do indicativo - comercio, co-

cativo - mobílio, mobílias, mobília, mobiliamos,

mercias... - pretérito perfeito - comerciei... (=

mobiliais, mobíliam - pretérito perfeito indica-

verbos em -iar , exceto os seguintes verbos:

tivo - mobiliei, mobiliaste... / Obstar (regular) -

mediar, ansiar, remediar, incendiar, odiar)

presente do indicativo - obsto, obstas... - pre-

 Compelir (alternância vocálica e/i) -

térito perfeito indicativo - obstei, obstaste...

presente do indicativo - compilo, compeles... -

 Pedir (irregular) - presente do indica-

pretérito perfeito indicativo - compeli, compe-

tivo - peço, pedes, pede, pedimos, pedis, pe-

liste...

dem - pretérito perfeito indicativo - pedi, pe Compilar (regular) - presente do indi-

diste... (= despedir, expedir, medir) / Polir (al-

cativo - compilo, compilas, compila... - pretérito

ternância vocálica e/i) - presente do indicativo

perfeito indicativo - compilei, compilaste...

56

- cria, crias, cria, críamos, críeis, criam

Apostila PRF - pulo, pules, pule, polimos, polis, pulem - pretérito perfeito indicativo - poli, poliste...

Também merecem atenção os seguintes verbos irregulares:

 Precaver-se (defectivo e pronominal)  Pronominais: Apiedar-se, dignar-se,

- presente do indicativo - precavemo-nos, precaveis-vos - pretérito perfeito indicativo - precavi-me, precaveste-te... / Prover (irregular) -

persignar-se, precaver-se Caber

presente do indicativo - provejo, provês, provê, provemos, provedes, provêem - pretérito perfeito indicativo - provi, proveste, proveu... / Re-

 presente do indicativo: caibo, cabes, cabe, cabemos, cabeis, cabem;

aver (defectivo) - presente do indicativo - reavemos, reaveis - pretérito perfeito indicativo -

 presente do subjuntivo: caiba, caibas, caiba, caibamos, caibais, caibam;

reouve, reouveste, reouve... (verbo derivado do haver, mas só é conjugado nas formas verbais com a letra v)

 pretérito perfeito do indicativo: coube, coubeste, coube, coubemos, coubestes, couberam;

 Remir (defectivo) - presente do indicativo - remimos, remis - pretérito perfeito indicativo - remi, remiste...

 pretérito mais-que-perfeito do indicativo: coubera, couberas, coubera, coubéramos, coubéreis, couberam;

 Requerer (irregular) - presente do indicativo - requeiro, requeres... - pretérito perfeito indicativo - requeri, requereste, reque-

 pretérito imperfeito do subjuntivo: coubesse, coubesses, coubesse, coubéssemos, coubésseis, coubessem;

reu... (derivado do querer, diferindo dele na 1ª pessoa do singular do presente do indicativo e no pretérito perfeito do indicativo e derivados,

 futuro do subjuntivo: couber, couberes, couber, coubermos, couberdes, couberem.

sendo regular)  Rir (irregular) - presente do indicativo - rio, rir, ri, rimos, rides, riem - pretérito perfeito indicativo - ri, riste... (= sorrir)

Dar

 Saudar (alternância vocálica) - pre-

 presente do indicativo: dou, dás,

sente do indicativo - saúdo, saúdas... - pretérito perfeito indicativo - saudei, saudaste...

dá, damos, dais, dão;  presente do subjuntivo: dê, dês, dê,

 Suar (regular) - presente do indicativo - suo, suas, sua... - pretérito perfeito indicativo

demos, deis, dêem;  pretérito perfeito do indicativo: dei,

- suei, suaste, sou... (= atuar, continuar, habituar, individuar, recuar, situar)

deste, deu, demos, destes, deram;  pretérito mais-que-perfeito do indi-

 Valer (irregular) - presente do indicativo - valho, vales, vale... - pretérito perfeito indicativo - vali, valeste, valeu...

cativo: dera, deras, dera, déramos, déreis, deram;

57

Apostila PRF  pretérito imperfeito do subjuntivo:

 presente do subjuntivo: esteja, es-

desse, desses, desse, déssemos, désseis,

tejas, esteja, estejamos, estejais, estejam;  pretérito perfeito do indicativo: es-

dessem;  futuro do subjuntivo: der, deres,

tive, estiveste, esteve, estivemos, estivestes,

der, dermos, derdes, derem.

estiveram;  pretérito mais-que-perfeito do indi-

Dizer

cativo: estivera, estiveras, estivera, estivéramos, estivéreis, estiveram;

 presente do indicativo: digo, dizes,

 pretérito imperfeito do subjuntivo:

diz, dizemos, dizeis, dizem;

estivesse, estivesses, estivesse, estivésse-

 presente do subjuntivo: diga, digas,

mos, estivésseis, estivessem;

diga, digamos, digais, digam;

 futuro do subjuntivo: estiver, estive-

 pretérito perfeito do indicativo:

res, estiver, estivermos, estiverdes, estiverem; disse, disseste, disse, dissemos, dissestes, disseram;

Fazer

 pretérito mais-que-perfeito do indi presente do indicativo: faço, fazes,

cativo: dissera, disseras, dissera, disséramos, disséreis, disseram;

faz, fazemos, fazeis, fazem;

 futuro do presente: direi, dirás, dirá,

 presente do subjuntivo: faça, faças,

etc.;

faça, façamos, façais, façam;  futuro do pretérito: diria, dirias, diria,

 pretérito perfeito do indicativo: fiz,

etc.;

fizeste, fez, fizemos, fizestes, fizeram;  pretérito imperfeito do subjuntivo:

 pretérito mais-que-perfeito do indi-

dissesse, dissesses, dissesse, disséssemos,

cativo: fizera, fizeras, fizera, fizéramos, fizé-

dissésseis, dissessem;

reis, fizeram;

 futuro do subjuntivo: disser, disse-

 pretérito imperfeito do subjuntivo:

res, disser, dissermos, disserdes, disserem;

fizesse, fizesses, fizesse, fizéssemos, fizésseis, fizessem;

Seguem esse modelo os derivados bendizer,

 futuro do subjuntivo: fizer, fizeres,

condizer, contradizer, desdizer, maldizer, predizer.

fizer, fizermos, fizerdes, fizerem.

Os particípios desse verbo e seus derivados são irregulares: dito, bendito, contradito, etc.

Seguem esse modelo desfazer, liquefazer e satisfazer.

Estar

Os particípios desse verbo e seus derivados  presente do indicativo: estou, estás,

são irregulares: feito, desfeito, liquefeito, satisfeito, etc.

está, estamos, estais, estão;

58

Apostila PRF  presente do indicativo: posso, po-

Haver

des, pode, podemos, podeis, podem;  presente do indicativo: hei, hás, há, havemos, haveis, hão;

 presente do subjuntivo: possa, possas, possa, possamos, possais, possam;

 presente do subjuntivo: haja, hajas, haja, hajamos, hajais, hajam;  pretérito perfeito do indicativo:

 pretérito perfeito do indicativo: pude, pudeste, pôde, pudemos, pudestes, puderam;

houve, houveste, houve, houvemos, houvestes, houveram;  pretérito mais-que-perfeito do indi-

 pretérito mais-que-perfeito do indicativo: pudera, puderas, pudera, pudéramos, pudéreis, puderam;

cativo: houvera, houveras, houvera, houvéramos, houvéreis, houveram;  pretérito imperfeito do subjuntivo:

 pretérito imperfeito do subjuntivo: pudesse, pudesses, pudesse, pudéssemos, pudésseis, pudessem;

houvesse, houvesses, houvesse, houvéssemos, houvésseis, houvessem;

 futuro do subjuntivo: puder, puderes, puder, pudermos, puderdes, puderem.

 futuro do subjuntivo: houver, houveres, houver, houvermos, houverdes, houve-

Pôr

rem.  presente Ir

do

indicativo:

ponho,

pões, põe, pomos, pondes, põem;  presente do subjuntivo: ponha, po presente do indicativo: vou, vais,

nhas, ponha, ponhamos, ponhais, ponham;

vai, vamos, ides, vão;  presente do subjuntivo: vá, vás, vá, vamos, vades, vão;

 pretérito imperfeito do indicativo: punha, punhas, punha, púnhamos, púnheis, punham;

 pretérito imperfeito do indicativo: ia, ias, ia, íamos, íeis, iam;  pretérito perfeito do indicativo: fui, foste, foi, fomos, fostes, foram;  pretérito mais-que-perfeito do indicativo: fora, foras, fora, fôramos, fôreis, foram;

 pretérito perfeito do indicativo: pus, puseste, pôs, pusemos, pusestes, puseram;  pretérito mais-que-perfeito do indicativo: pusera, puseras, pusera, puséramos, puséreis, puseram;

 pretérito imperfeito do subjuntivo:

 pretérito imperfeito do subjuntivo:

fosse, fosses, fosse, fôssemos, fôsseis, fos-

pusesse, pusesses, pusesse, puséssemos,

sem;

pusésseis, pusessem;  futuro do subjuntivo: for, fores, for,

formos, fordes, forem.

 futuro do subjuntivo: puser, puseres, puser, pusermos, puserdes, puserem.

Poder

59

Apostila PRF Todos os derivados do verbo pôr seguem exa-

 pretérito imperfeito do subjuntivo:

tamente esse modelo: antepor, compor, contrapor,

soubesse, soubesses, soubesse, soubésse-

decompor, depor, descompor, dispor, expor, impor, in-

mos, soubésseis, soubessem;

dispor, interpor, opor, pospor, predispor, pressupor,

 futuro do subjuntivo: souber, sou-

propor, recompor, repor, sobrepor, supor, transpor

beres, souber, soubermos, souberdes, soube-

são alguns deles.

rem.

Querer

Ser  presente do indicativo: quero, que-

res, quer, queremos, quereis, querem;

 presente do indicativo: sou, és, é, somos, sois, são;

 presente do subjuntivo: queira, queiras, queira, queiramos, queirais, queiram;

 presente do subjuntivo: seja, sejas, seja, sejamos, sejais, sejam;

 pretérito perfeito do indicativo: quis, quiseste, quis, quisemos, quisestes, qui-

 pretérito imperfeito do indicativo: era, eras, era, éramos, éreis, eram;  pretérito perfeito do indicativo: fui,

seram;  pretérito mais-que-perfeito do indi-

foste, foi, fomos, fostes, foram;  pretérito mais-que-perfeito do indi-

cativo: quisera, quiseras, quisera, quiséramos, quiséreis, quiseram;

cativo: fora, foras, fora, fôramos, fôreis, foram;

 pretérito imperfeito do subjuntivo:

 pretérito imperfeito do subjuntivo:

quisesse, quisesses, quisesse, quiséssemos,

fosse, fosses, fosse, fôssemos, fôsseis, fos-

quisésseis, quisessem;

sem;

 futuro do subjuntivo: quiser, quiseres, quiser, quisermos, quiserdes, quiserem; Saber

 futuro do subjuntivo: for, fores, for, formos, fordes, forem. As segundas pessoas do imperativo afirmativo são: sê (tu) e sede (vós).

 presente do indicativo: sei, sabes, sabe, sabemos, sabeis, sabem;

Ter

 presente do subjuntivo: saiba, saibas, saiba, saibamos, saibais, saibam;  pretérito perfeito do indicativo: soube, soubeste, soube, soubemos, soubestes, souberam;  pretérito mais-que-perfeito do indicativo: soubera, souberas, soubera, soubéramos, soubéreis, souberam;

 presente do indicativo: tenho, tens, tem, temos, tendes, têm;  presente do subjuntivo: tenha, tenhas, tenha, tenhamos, tenhais, tenham;  pretérito imperfeito do indicativo: tinha, tinhas, tinha, tínhamos, tínheis, tinham;  pretérito perfeito do indicativo: tive, tiveste, teve, tivemos, tivestes, tiveram;

60

Apostila PRF  pretérito mais-que-perfeito do indicativo: tivera, tiveras, tivera, tivéramos, tivé-

 presente do indicativo: vejo, vês, vê, vemos, vedes, vêem;  presente do subjuntivo: veja, vejas,

reis, tiveram;  pretérito imperfeito do subjuntivo:

veja, vejamos, vejais, vejam;  pretérito perfeito do indicativo: vi,

tivesse, tivesses, tivesse, tivéssemos, tivésseis, tivessem;

viste, viu, vimos, vistes, viram;

 futuro do subjuntivo: tiver, tiveres, tiver, tivermos, tiverdes, tiverem.

 pretérito mais-que-perfeito do indicativo: vira, viras, vira, víramos, víreis, viram;  pretérito imperfeito do subjuntivo:

Seguem esse modelo os verbos ater, conter,

visse, visses, visse, víssemos, vísseis, vissem;

deter, entreter, manter, reter.

 futuro do subjuntivo: vir, vires, vir, virmos, virdes, virem.

Trazer  presente do indicativo: trago, trazes, traz, trazemos, trazeis, trazem;  presente do subjuntivo: traga, tragas, traga, tragamos, tragais, tragam;  pretérito perfeito do indicativo: trouxe, trouxeste, trouxe, trouxemos, trouxes-

Seguem esse modelo os derivados antever, entrever, prever, rever. Prover segue o modelo acima apenas no presente do indicativo e seus tempos derivados; nos demais tempos, comporta-se como um verbo regular da segunda conjugação. Vir

tes, trouxeram;  pretérito mais-que-perfeito do indicativo: trouxera, trouxeras, trouxera, trouxéra-

 presente do indicativo: venho, vens, vem, vimos, vindes, vêm;  presente do subjuntivo: venha, ve-

mos, trouxéreis, trouxeram;  futuro do presente: trarei, trarás,

nhas, venha, venhamos, venhais, venham;  pretérito imperfeito do indicativo:

trará, etc.;  futuro do pretérito: traria, trarias, traria, etc.;  pretérito imperfeito do subjuntivo: trouxesse, trouxesses, trouxesse, trouxéssemos, trouxésseis, trouxessem;  futuro do subjuntivo: trouxer, trouxeres, trouxer, trouxermos, trouxerdes, trouxerem.

vinha, vinhas, vinha, vínhamos, vínheis, vinham;  pretérito perfeito do indicativo: vim, vieste, veio, viemos, viestes, vieram;  pretérito mais-que-perfeito do indicativo: viera, vieras, viera, viéramos, viéreis, vieram;  pretérito imperfeito do subjuntivo: viesse, viesses, viesse, viéssemos, viésseis,

Ver

viessem;  futuro do subjuntivo: vier, vieres, vier, viermos, vierdes, vierem;

61

Apostila PRF  particípio e gerúndio: vindo.

7- ADVÉRBIO Compare estes exemplos:

Seguem esse modelo os verbos advir, convir, desavir-se, intervir, provir, sobrevir. O emprego do infinitivo não obedece a regras bem definidas. O impessoal é usado em sentido genérico ou indefinido, não relacionado a nenhuma pessoa, o pes-

O ônibus chegou. O ônibus chegou ontem. A palavra ontem acrescentou ao verbo chegou uma circunstância de tempo: ontem é um advérbio. Marcos jogou bem. Marcos jogou muito bem. A palavra muito intensificou o sentido do advérbio bem: muito, aqui, é um advérbio.

soal refere-se às pessoas do discurso, dependendo

A criança é linda.

do contexto. Recomenda-se sempre o uso da forma

A criança é muito linda.

pessoal se for necessário dar à frase maior clareza e

A palavra muito intensificou a qualidade contida no adjetivo linda: muito, nessa frase, é um advérbio.

ênfase. Usa-se o impessoal:

Advérbio é uma palavra invariável que modifica o sentido do verbo, do adjetivo e do próprio advérbio.

 sem referência a nenhum sujeito: É proibido fumar na sala;  nas locuções verbais: Devemos avaliar a sua situação;  quando o infinitivo exerce função de complemento de adjetivos: É um problema fácil de solucionar;  quando o infinitivo possui valor de imperativo - Ele respondeu: "Marchar!" Usa-se o pessoal:

Às vezes, um advérbio pode se referir a uma oração inteira; nessa situação, normalmente transmitem a avaliação de quem fala ou escreve sobre o conteúdo da oração. Por exemplo: As providências tomadas foram infrutíferas, lamentavelmente. Quando modifica um verbo, o advérbio pode acrescentar várias ideias, tais como: Tempo: Ela chegou tarde. Lugar: Ele mora aqui. Modo: Eles agiram mal.

 quando o sujeito do infinitivo é diferente do sujeito da oração principal: Eu não te

Negação: Ela não saiu de casa. Dúvida: Talvez ele volte.

culpo por saíres daqui;  quando, por meio de flexão, se quer realçar ou identificar a pessoa do sujeito: Foi um erro responderes dessa maneira;  quando queremos determinar o sujeito (usa-se a 3ª pessoa do plural): - Escutei baterem à porta.

62

Observações: - Os advérbios que se relacionam ao verbo são palavras que expressam circunstâncias do processo verbal, podendo assim, ser classificados como determinantes.

Apostila PRF Por exemplo:

Por exemplo:

Ninguém manda aqui! mandar: verbo aqui: advérbio de lugar = determinante do

" Isso é simplesmente futebol" - disse o jogador. "Orgulhosamente Brasil" é o que diz a nova campanha publicitária ufanista.

verbo - Quando modifica um adjetivo, o advérbio acrescenta a ideia de intensidade. Por exemplo: O filme era muito bom.

IMPORTANTE: Toda estrutura adverbial será uma circunstância e toda circunstância sempre será uma estrutura adverbial. As circunstâncias mais usuais são:

- Na linguagem jornalística e publicitária atuais, têm sido frequentes os advérbios associados a substantivos:

Lugar

Tempo

Modo

Causa

Conseqüência

Condição Companhia

Proporção Ausência

Finalidade Meio

Negação Matéria

Afirmação Comparação

Concessão

Conformidade

Intensidade

Oposição

Instrumento

63

Apostila PRF - Subordinativas - ligam duas orações depenExemplos: Ex: Amanhã iremos de avião com nossos pais a São Paulopara uma festa anual.  Amanhã  advérbio de tempo  iremos  verbo*  de avião  locução adverbial de

dentes, subordinando uma à outra. Apresentam dez tipos:  causais: porque, visto que, já que, uma vez que, como, desde que; Palavra que liga orações basicamente, estabe-

meio  Com nossos pais  locução adverbial de companhia  a São Paulo  locução adverbial de lugar (destino)  para uma festa  locução adverbial de finalidade  anual.  adjetivo

lecendo entre elas alguma relação (subordinação ou coordenação). As conjunções classificam-se em:  comparativas: como, (tal) qual, assim como, (tanto) quanto, (mais ou menos +) que;  condicionais: se, caso, contanto

8- CONJUNÇÃO

que, desde que, salvo se, sem que (= se não), É a palavra que liga orações basicamente, es-

a menos que;

tabelecendo entre elas alguma relação (subordinação ou coordenação). As conjunções classificam-se em: - Coordenativas, aquelas que ligam duas orações independentes (coordenadas), ou dois termos que exercem a mesma função sintática dentro da ora-

 consecutivas (conseqüência, resultado, efeito): que (precedido de tal, tanto, tão etc. - indicadores de intensidade), de modo que, de maneira que, de sorte que, de maneira que, sem que;  conformativas (conformidade, ade-

ção. Apresentam cinco tipos:

quação):  aditivas (adição): e, nem, mas também, como também, bem como, mas ainda;  adversativas (adversidade, oposição): mas, porém, todavia, contudo, antes (= pelo contrário), não obstante, apesar disso;  alternativas (alternância, exclusão, escolha): ou, ou ... ou, ora ... ora, quer ... quer;  conclusivas (conclusão): logo, portanto, pois (depois do verbo), por conseguinte, por isso;  explicativas (justificação): - pois (antes do verbo), porque, que, porquanto.

conforme,

segundo,

consoante,

 concessiva:

embora,

conquanto,

como;

posto que, por muito que, se bem que, ainda que, mesmo que;  temporais: quando, enquanto, logo que, desde que, assim que, mal (= logo que), até que;  finais - a fim de que, para que, que;  proporcionais: à medida que, à proporção que, ao passo que, quanto mais (+ tanto menos);  integrantes - que, se.

64

Apostila PRF As conjunções integrantes introduzem as orações subordinadas substantivas. Por exemplo: Espero que você volte. (Espero sua volta.) Não sei se ele voltará. (Não sei da sua volta.)

presta a ligar palavras entre si num processo de subordinação denominado regência. Diz-se regência devido ao fato de que, na relação estabelecida pelas preposições, o primeiro elemento – chamado antecedente – é o termo que rege, que impõe um regime; o segundo elemento, por sua vez – chamado consequente – é o termo regido, aquele que cumpre o regime estabelecido pelo antecedente. Exemplos: 1.

Locução Conjuntiva Recebem o nome de locução conjuntiva os conjuntos de palavras que atuam como conjunção. Essas locuções geralmente terminam em "que". Observe os exemplos: visto que desde que ainda que

à proporção que logo que a fim de que 9- PREPOSIÇÃO Preposição é a palavra que estabelece uma relação entre dois ou mais termos da oração. Essa relação é do tipo subordinativa, ou seja, entre os elementos ligados pela preposição não há sentido dissociado, separado, individualizado; ao contrário, o sentido da expressão é dependente da união de todos os elementos que a preposição vincula. Exemplos: 1. Os amigos de João estranharam o seu modo de vestir. amigos de João / modo de vestir: elementos ligados por preposição de: preposição 2. Ela esperou com entusiasmo aquele breve passeio. esperou com entusiasmo: elementos ligados por preposição com: preposição Esse tipo de relação é considerada uma conexão, em que os conectivos cumprem a função de ligar elementos. A preposição é um desses conectivos e se

sa-

hora das refeições: elementos ligados por preposição de + as = das: preposição hora: termo antecedente = rege a construção "das refeições" refeições: termo consequente = é regido pela construção "hora da" 2.

por mais que à medida que

A hora das refeições é

grada.

Alguém passou por aqui.

passou por aqui: elementos ligados por preposição por: preposição passou: termo antecedente = rege a construção "por aqui" aqui: termo consequente = é regido pela construção "passou por" As preposições são palavras invariáveis, pois não sofrem flexão de gênero, número ou variação em grau como os nomes, nem de pessoa, número, tempo, modo, aspecto e voz como os verbos. No entanto, em diversas situações as preposições se combinam a outras palavras da língua (fenômeno da contração) e, assim, estabelecem uma relação de concordância em gênero e número com essas palavras às quais se ligam. Mesmo assim, não se trata de uma variação própria da preposição, mas sim da palavra com a qual ela se funde. Por exemplo: de + o = do por + a = pela em + um = num As preposições podem introduzir: a) Complementos Verbais Por exemplo: Eu obedeço "aos meus pais". b) Complementos Nominais Por exemplo:

65

Apostila PRF Continuo obediente "aos meus pais".

Há palavras de outras classes gramaticais que, em determinadas situações, podem atuar como preposições. São, por isso, chamadas preposições acidentais:

c) Locuções Adjetivas Por exemplo: É uma pessoa "de valor". d) Locuções Adverbiais

como (= na qualidade de), conforme (= de acordo com), segundo (= conforme), consoante (= conforme), durante, salvo, fora, mediante, tirante, exceto, senão, visto (=por).

Por exemplo: Tive de agir "com cautela". e) Orações Reduzidas Por exemplo: "Ao chegar", comentou sobre o fato ocorrido. Classificação das Preposições As palavras da Língua Portuguesa que atuam exclusivamente como preposição são chamadas preposições essenciais. São elas:

Saiba que: As preposições essenciais regem sempre a forma oblíqua tônica dos pronomes pessoais:

a, ante, após, até, com, contra, de, desde, em, entre, para, per, perante, por, sem, sob, sobre, trás

Por exemplo: Não vá sem mim à escola. As preposições acidentais, por sua vez, regem a forma reta desses mesmos pronomes:

Observações: 1) A preposição após, acidentalmente, pode ser advérbio, com a significação de atrás, depois.

Por exemplo: Todos, exceto eu, preferem sorvete de chocolate.

Por exemplo: Os noivos passaram, e os convidados os seguiram logo após. 2) Dês é o mesmo que desde e ocorre com pouca frequência em autores modernos. Por exemplo:

Locução Prepositiva

Dês que começaste a me visitar, sintome melhor. 3) Trás, modernamente, só se usa em locuções adverbiais e prepositivas: por trás, para trás, para trás de.Como preposição simples, aparece, por exemplo, no antigo ditado: Trás mim virá quem bom me fará. 4) Para, na fala popular, apresenta a forma sincopada pra.

É o conjunto de duas ou mais palavras que têm o valor de uma preposição. A última palavra dessas locuções é sempre uma preposição. Principais locuções prepositivas: abaixo de

acima de

acerca de

a fim de

além de

a par de

apesar de

antes de

depois de

ao invés de

diante de

em fase de

em vez de

graças a

junto a

Por exemplo: Bianca, vros pra mim.

alcance

aqueles

li-

5) Até pode ser palavra denotativa de inclusão. Por exemplo: Os ladrões roubaram-lhe até a roupa do corpo.

66

Apostila PRF junto com

junto de

à custa de

defronte de

através de

em via de

de encontro a

em frente de

em frente a

A contração da preposição a com os artigos ou pronomes demonstrativos a, as ou com o "a" inicial dos pronomes aquele, aqueles, aquela, aquelas, aquilo resulta numa fusão de vogais a que se chama de crase - que deve ser assinalada na escrita pelo uso do acento grave. Por exemplo: a+a=à

sob pena de

a respeito de

ao encontro de

Exemplos: às - àquela - àquelas - àquele - àqueles - àquilo

Combinação e Contração da Preposição Quando as preposições a, de, em e per unemse a certas palavras, formando um só vocábulo, essa união pode ser por:

Principais Relações estabelecidas pelas Preposições  Autoria - Esta música é de Roberto Carlos.

Combinação: ocorre quando a preposição, ao unir-se a outra palavra, mantém todos os seus fonemas.

 Lugar - Estou em casa.  Tempo -Eu viajei durante as férias.

Por exemplo: preposição a + artigo masculino o = ao preposição a + artigo masculino os = aos

 Modo ou conformidade - Vamos escolher por sorteio.

Contração: ocorre quando a preposição sofre modificações na sua estrutura fonológica ao unir-se a outra palavra. As preposições de e em, por exemplo, formam contrações com os artigos e com diversos pronomes. Veja:

 Assunto - Não gosto de falar sobre política.

 Causa - Estou tremendo de frio

 Fim ou finalidade - Eu vim para ficar  Instrumento - Paulo feriu- se com a faca.

do

dos

da

das

num

nuns

numa

numas

disto

disso

daquilo

naquele

naqueles

 Companhia sair com meus amigos.

Hoje

vou

 Meio - Voltarei a andar a cavalo.  Matéria anel de prata.

Devolva-me

meu

 Posse - Este é o carro de João. naquela

naquelas

Observe outros exemplos: em + a = na em + aquilo = naquilo de + aquela = daquela de + onde = donde

 Oposição - O Flamengo jogou contra Fluminense.  Conteúdo copo de (com) vinho.

Tomei

um

 Preço - Vendemos o filhote de nosso cachorro a (por) R$ 300,00.

Por exemplo: per + o = pelo

Obs.: as formas pelo, pela, pelos, pelas resultam da contração da antiga preposição per com os artigos definidos.

CAPÍTULO 6 –FLEXÃO NOMINAL

 FLEXÃO DOS SUBSTANTIVOS Encontros Especiais

67

Apostila PRF O substantivo é uma classe variável. A palavra é variável quando sofre flexão (variação). A palavra menino, por exemplo, pode sofrer variações para indicar:  Plural: meninos  Feminino: menina  Aumentativo: meninão  Diminutivo: menininho  Flexão de Gênero Gênero é a propriedade que as palavras têm de indicar sexo real ou fictício dos seres. Na língua portuguesa, há dois gêneros: masculino e feminino. Pertencem ao gênero masculino os substantivos que podem vir precedidos dos artigos o, os, um, uns. Veja estes títulos de filmes:

Por exemplo: a criança, a testemunha, a vítima, o cônjuge, o gênio, o ídolo, o indivíduo. Comuns de Dois Gêneros: indicam o sexo das pessoas por meio do artigo. Por exemplo: o colega e a colega, o doente e a doente, o artista e a artista. Saiba que: - Substantivos de origem grega terminados em -ema ou - oma são masculinos. Por exemplo: o axioma, o fonema, o poema, o sistema, o sintoma, o teorema. - Existem certos substantivos que, variando de gênero, variam em seu significado. Por exemplo: o rádio (aparelho receptor) e a rádio (estação emissora) o capital (dinheiro) e a capital (cidade)

- O velho e o mar - Um Natal inesquecível - Os reis da praia

Formação do Feminino dos Substantivos Biformes a) Regra geral: troca-se a terminação -o por -a.

Pertencem ao gênero feminino os substantivos que podem vir precedidos dos artigos a, as, uma, umas: A história sem fim

Por exemplo: aluno - aluna b) Substantivos terminados centa-se -a ao masculino.

Uma cidade sem passado

Por exemplo:

As tartarugas ninjas

freguês - freguesa

 Substantivos Biformes e Substantivos Uniformes Substantivos Biformes (= duas formas): ao indicar nomes de seres vivos, geralmente o gênero da palavra está relacionado ao sexo do ser, havendo, portanto, duas formas, uma para o masculino e outra para o feminino. Observe:  gato - gata  homem - mulher  poeta - poetisa  prefeito - prefeita Substantivos Uniformes: são aqueles que apresentam uma única forma, que serve tanto para o masculino quanto para o feminino. Classificam-se em: Epicenos: têm um só gênero e nomeiam bi-

em -ês: acres-

c) Substantivos terminados em -ão: fazem o feminino de três formas: - troca-se -ão por -oa. Por exemplo: patrão - patroa - troca-se -ão por -ã. Por exemplo: campeão - campeã -troca-se -ão por ona. Por exemplo: solteirão - solteirona Exceções: barão – baronesa

chos.

ladrão- ladra

Por exemplo: a cobra macho e a cobra fêmea, o jacaré macho e o jacaré fêmea.

sultão - sultana

Sobrecomuns: têm um só gênero e nomeiam pessoas.

- acrescenta-se -a ao masculino.

d) Substantivos terminados em -or:

Por exemplo:

68

Apostila PRF doutor - doutora

A cobra macho picou o marinheiro.

- troca-se -or por -triz:

A cobra fêmea escondeu-se na bananeira.

imperador - imperatriz e) Substantivos com feminino em -esa, -essa, -

Sobrecomuns:

isa: Entregue as crianças à natureza. -esa -

-essa-

cônsul

abade

consu-

aba-

lesa

-isa-

poeta

duquesa

conde

profeta

con-

profe-

dessa

Nesse caso, nem o artigo nem um possível adjetivo permitem identificar o sexo dos seres a que se refere a palavra. Veja:

poetisa

dessa duque

A palavra crianças refere-se tanto a seres do sexo masculino, quanto a seres do sexo feminino.

A criança chorona chamava-se João. A criança chorona chamava-se Maria.

tisa

Outros substantivos sobrecomuns: f) Substantivos que formam o feminino trocando o -e final por -a:

a criatura

João é uma boa criatura.

elefante - elefanta Maria é uma boa criatura.

g) Substantivos que têm radicais diferentes no masculino e no feminino: bode – cabra boi - vaca h) Substantivos que formam o feminino de maneira especial, isto é, não seguem nenhuma das regras anteriores:

o cônjuge

O cônjuge de João faleceu. O cônjuge de Marcela faleceu.

czar – czarina

Comuns de Dois Gêneros:

réu - ré

Observe a manchete:

Formação do Feminino dos Substantivos Uniformes

Motorista tem acidente idêntico 23 anos depois.

Epicenos: Observe:

Quem sofreu o acidente: um homem ou uma mulher?

Novo jacaré escapa de policiais no rio Pinheiros.

É impossível saber apenas pelo título da notícia, uma vez que a palavra motorista é um substantivo uniforme. O restante da notícia nos informa que se trata de um homem.

Não é possível saber o sexo do jacaré em questão. Isso ocorre porque o substantivo jacaré tem apenas uma forma para indicar o masculino e o feminino.

A distinção de gênero pode ser feita através da análise do artigo ou adjetivo, quando acompanharem o substantivo.

Alguns nomes de animais apresentam uma só forma para designar os dois sexos. Esses substantivos são chamados de epicenos. No caso dos epicenos, quando houver a necessidade de especificar o sexo, utilizam-se palavras macho e fêmea. Por exemplo: a cobra

Exemplos: o colega - a colega o imigrante - a imigrante um jovem - uma jovem artista famoso - artista famosa

69

Apostila PRF repórter francês - repórter francesa

Substantivos de Gênero Incerto Existem numerosos substantivos de gênero incerto e flutuante, sendo usados com a mesma significação, ora como masculinos, ora como femininos.

a abusão

a aluvião

erro comum, superstição, crendice sedimentos deixados pelas águas, inundação, grande numero

a cólera ou cóleradoença infecciosa morbo

a personagem

pessoa importante, pessoa que figura numa história

a trama

intriga, conluio, maquinação, cilada

Note que: 1. A palavra personagem é usada indistintamente nos dois gêneros. a) Entre os escritores modernos nota-se acentuada preferência pelo masculino: Por exemplo: O menino descobriu nas nuvens os personagens dos contos de carochinha. b) Com referência a mulher, deve-se preferir o feminino: O problema está nas mulheres de mais idade, que não aceitam a personagem. Não cheguei assim, nem era minha intenção, a criar uma personagem. 2. Ordenança, praça (soldado) e sentinela (soldado, atalaia) são sentidos e usados na língua atual, como masculinos, por se referirem, ordinariamente, a homens. 3. Diz-se: o (ou a) manequim Marcela, o (ou a) modelo fotográfico Ana Belmonte.

Masculinos a xerox (ou xérox)

cópia xerográfica, xerocópia

o ágape

refeição que os cristãos faziam em comum, banquete de confraternização

o caudal

torrente, rio

o diabetes ou diadoença bete o jângal

o lhama

o clã

o eclipse

o Hosana

o lança-perfume

o herpes

o dó (pena)

o pijama

o sanduíche

o suéter

o clarinete

o soprano

o champanha

o proclama

o sósia

o pernoite

o maracajá

o púbis

floresta própria da Índia mamífero ruminante da família dos camelídeos

o ordenança

soldado às ordens de um oficial

o praça

soldado raso

o preá

pequeno roedor

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o tapa

o grama (peso)

o epigrama

o quilograma

o telefonema

o plasma

o estratagema

o apostema

o dilema

o diagrama

o teorema

a dinamite

a pane

a áspide

a mascote

a derme

a gênese

Apostila PRF a hélice

a entorse

a Alcione

a libido

a filoxera

a cal

a clâmide

a faringe

a omoplata

a cólera (doença)

a cataplasma

a ubá (canoa)

Exceções: o Rio de Janeiro, o Cairo, o Porto, o Havre. Gênero e Significação: Muitos substantivos têm uma significação no masculino e outra no feminino. Observe: o baliza (soldado que, que à frente da tropa, indica os movimentos que se deve realizar em conjunto; o que vai à frente de um bloco carnavalesco, manejando um bastão)

a baliza (marco, estaca; sinal que marca um limite ou proibição de trânsito)

o cabeça (chefe)

a cabeça (parte corpo)

do

o guia (pessoa que guia outras)

a guia (documento, pena grande das asas das aves)

o grama (unidade de peso)

a grama (relva)

o caixa (funcionário da caixa)

a caixa (recipiente, setor de pagamentos)

o lente (professor)

a lente (vidro de aumento)

o moral (ânimo)

a moral (honestidade, bons costumes, ética)

o nascente (lado onde nasce o Sol)

a nascente (a fonte)

o maria-fumaça (trem como locomotiva a vapor)

a maria-fumaça (locomotiva movida a vapor)

o pala (poncho)

a pala (parte anterior do boné ou quepe, anteparo)

o rádio (aparelho receptor)

a rádio (estação emissora)

o voga (remador)

a voga (moda, popularidade)

o cisma (separação religiosa, dissidência)

a cisma (ato de cismar, desconfiança)

o cinza (a cor cinzenta)

a cinza (resíduos de combustão)

o capital (dinheiro)

a capital (cidade)

seres;

o coma (perda sentidos)

a coma (cabeleira)

O plural, que indica mais de um ser ou grupo de seres.

dos

o coral (pólipo, a cor vermelha, canto em coro)

a coral (cobra venenosa)

o crisma (óleo sagrado, usado na administração da crisma e de outros sacramentos)

a crisma (sacramento da confirmação)

o cura (pároco)

a cura (ato de curar)

Flexão de Número do Substantivo Em português, há dois números gramaticais: O singular, que indica um ser ou um grupo de

A característica do plural é o s final.

Plural dos Substantivos Simples a) Os substantivos terminados em vogal, ditongo oral e n fazem o plural pelo acréscimo de s. Por exemplo: pai – pais

o estepe (pneu bressalente)

so-

a estepe (vasta planície de vegetação)

ímã – ímãs hífen - hifens (sem acento, no plural).

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Apostila PRF Exceção: cânon - cânones. b) Os substantivos terminados em m fazem o plural em ns. Por exemplo:

ação - ações

c) Os substantivos terminados em r e z fazem o plural pelo acréscimo de es. Por exemplo:

- substituindo o -ão por -ães: Por exemplo: cão - cães

revólver – revólveres

- substituindo o -ão por -ãos:

raiz - raízes

Por exemplo:

Atenção: O plural de caráter é caracteres. terminados plural, trocando

Por exemplo: quintal - quintais caracol – caracóis hotel - hotéis Exceções: mal e males, cônsul e cônsules. e) Os substantivos terminados em il fazem o plural de duas maneiras: - Quando oxítonos, em is. Por exemplo: canil - canis

grão - grãos h) Os substantivos terminados em x ficam invariáveis. Por exemplo: o látex - os látex. Plural dos Substantivos Compostos A formação do plural dos substantivos compostos depende da forma como são grafados, do tipo de palavras que formam o composto e da relação que estabelecem entre si. Aqueles que são grafados sem hífen comportam-se como os substantivos simples: aguardente e aguardentes girassol e girassóis

- Quando paroxítonos, em eis.

pontapé e pontapés

Por exemplo:

malmequer e malmequeres

míssil - mísseis. Obs.: a palavra réptil pode formar seu plural de duas maneiras: répteis ou reptis (pouco usada). f) Os substantivos terminados em s fazem o plural de duas maneiras: - Quando monossilábicos ou oxítonos, mediante o acréscimo de es. Por exemplo: ás – ases retrós - retroses - Quando paroxítonos ou proparoxítonos, ficam invariáveis. Por exemplo: o lápis - os lápis o ônibus - os ônibus.

72

- substituindo o -ão por -ões: Por exemplo:

homem - homens.

d) Os substantivos em al, el, ol, ul flexionam-se no o l por is.

g) Os substantivos terminados em ão fazem o plural de três maneiras.

O plural dos substantivos compostos cujos elementos são ligados por hífen costuma provocar muitas dúvidas e discussões. Algumas orientações são dadas a seguir: a) Flexionam-se os dois elementos, quando formados de: substantivo + substantivo = couve-flor e couves-flores substantivo + adjetivo = amor-perfeito e amores-perfeitos adjetivo + substantivo = gentil-homem e gentishomens numeral + substantivo = quinta-feira e quintasfeiras b) Flexiona-se somente quando formados de:

o segundo elemento,

verbo + substantivo = guarda-roupa e guardaroupas

Apostila PRF palavra invariável + palavra variável = alto-falante e alto-falantes palavras repetidas ou imitativas = reco-reco e reco-recos c) Flexiona-se somente o primeiro elemento, quando formados de: substantivo + preposição clara + substantivo = água-de-colônia e águas-de-colônia substantivo + preposição oculta + substantivo = cavalo-vapor e cavalos-vapor substantivo + substantivo que funciona como determinante do primeiro, ou seja, especifica a função ou o tipo do termo anterior. Exemplos:

Plural dos Nomes Próprios Personativos Devem-se pluralizar os nomes próprios de pessoas sempre que a terminação se preste à flexão. Por exemplo: Os Napoleões também são derrotados. As Raquéis e Esteres.

Plural dos Substantivos Estrangeiros

palavra-chave - palavras-chave bomba-relógio - bombas-relógio notícia-bomba - notícias-bomba homem-rã - homens-rã peixe-espada - peixes-espada d) Permanecem invariáveis, quando formados

Substantivos ainda não aportuguesados devem ser escritos como na língua original, acrescentando-se s (exceto quando terminam em s ou z).

de: verbo + advérbio = o bota-fora e os bota-fora verbo + substantivo no plural = o saca-rolhas e os saca-rolhas e) Casos Especiais

Por exemplo: os shows os shorts os jazz

o louva-a-deus e os louva-a-deus o bem-te-vi e os bem-te-vis o bem-me-quer e os bem-me-queres o joão-ninguém e os joões-ninguém. pãe(s) + zinhos

pãezinhos

animai(s) + zinhos

animaizinhos

botõe(s) + zinhos

botõezinhos

chapéu(s) + zinhos

chapeuzinhos

farói(s) + zinhos

faroizinhos

tren(s) + zinhos

trenzinhos

colhere(s) + zinhas

colherezinhas

flore(s) + zinhas

florezinhas

Substantivos já aportuguesados flexionamse de acordo com as regras de nossa língua:

Por exemplo: os clubes

os chopes

os jipes

os esportes

as toaletes

os bibelôs

os garçons

os réquiens

Observe o exemplo: Este jogador faz gols toda vez que joga. O plural correto seria gois (ô), mas não se usa.

Obs.: são anômalos os plurais pastorinhos(as), papelinhos, florzinhas, florinhas, colherzinhas e mulherzinhas, correntes na língua popular, e usados até por escritores de renome.

Plural com Mudança de Timbre

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Apostila PRF Certos substantivos formam o plural com mudança de timbre da vogal tônica (o fechado / o aberto). É um fato fonético chamado metafonia. Singular

Plural

Singular

Plural

corpo (ô) esforço fogo forno fosso imposto olho

corpos (ó) esforços fogos fornos fossos impostos olhos

osso (ô) ossos (ó) ovos ovo poços poço portos porto postos posto rogos rogo tijolos tijolo

Por exemplo: Aqui morreu muito negro. Celebraram o sacrifício divino muitas vezes em capelas improvisadas. Juntou-se ali uma população de retirantes que, entre homem, mulher e menino, ia bem cinquenta mil." Flexão de Grau do Substantivo Grau é a propriedade que as palavras têm de exprimir as variações de tamanho dos seres. Classifica-se em: Grau Normal - Indica um ser de tamanho considerado normal. Por exemplo: casa Grau Aumentativo - Indica o aumento do tamanho do ser. Classifica-se em:

Têm a vogal tônica fechada (ô): adornos, almoços, bolsos, esposos, estojos, globos, gostos, polvos, rolos, soros, etc. Obs.: distinga-se molho (ô), caldo (molho de carne), de molho (ó), feixe (molho de lenha). Particularidades sobre o Número dos Substantivos a) Há substantivos que só se usam no singu-

Analítico = o substantivo é acompanhado de um adjetivo que indica grandeza. Por exemplo: casa grande. Sintético = é acrescido ao substantivo um sufixo indicador de aumento. Por exemplo: casarão. Grau Diminutivo - Indica a diminuição do tamanho do ser. Pode ser: Analítico = substantivo acompanhado de um adjetivo que indica pequenez. Por exemplo: casa pequena.

lar: Por exemplo: o sul, o norte, o leste, o oeste, a fé, etc.

Sintético = é acrescido ao substantivo um sufixo indicador de diminuição. Por exemplo: casinha.

b) Outros só no plural: FLEXÃO DOS ADJETIVOS Por exemplo: as núpcias, os víveres, os pêsames, as espadas/os paus (naipes de baralho), as fezes. c) Outros, enfim, têm, no plural, sentido diferente do singular: Por exemplo: bem (virtude) e bens (riquezas) honra (probidade, bom nome) e honras (homenagem, títulos)

O adjetivo varia em gênero, número e grau. Gênero dos Adjetivos Os adjetivos concordam com o substantivo a que se referem (masculino e feminino). De forma semelhante aos substantivos, classificamse em: Biformes - têm duas formas, sendo uma para o masculino e outra para o feminino. Por exemplo: ativo e ativa, mau e má, judeu e judia.

d) Usamos às vezes, os substantivos no singular mas com sentido de plural:

74

Se o adjetivo é composto e biforme, ele flexiona no feminino somente o último elemento.

Apostila PRF Por exemplo: o moço norte-americano, a moça norteamericana. Exceção: surdo-mudo e surda-muda. Uniformes - têm uma só forma tanto para o masculino como para o feminino. Por exemplo: homem feliz e mulher feliz. Se o adjetivo é composto e uniforme, fica invariável no feminino. Por exemplo:

Adjetivo composto é aquele formado por dois ou mais elementos. Normalmente, esses elementos são ligados por hífen. Apenas o último elemento concorda com o substantivo a que se refere; os demais ficam na forma masculina, singular. Caso um dos elementos que formam o adjetivo composto seja um substantivo adjetivado, todo o adjetivo composto ficará invariável. Por exemplo: a palavra rosa é originalmente um substantivo, porém, se estiver qualificando um elemento, funcionará como adjetivo. Caso se ligue a outra palavra por hífen, formará um adjetivo composto; como é um substantivo adjetivado, o adjetivo composto inteiro ficará invariável.

conflito político-social e desavença político-social. Número dos Adjetivos Plural dos adjetivos simples Os adjetivos simples flexionam-se no plural de acordo com as regras estabelecidas para a flexão numérica dos substantivos simples. Por exemplo: mau e maus feliz e felizes

Por exemplo: Camisas rosa-claro. Ternos rosa-claro. Olhos verde-claros. Calças azul-escuras e camisas verde-mar. Telhados marrom-café verde-claras.

e

paredes

ruim e ruins boa e boas Obs.: Caso o adjetivo seja uma palavra que também exerça função de substantivo, ficará invariável, ou seja, se a palavra que estiver qualificando um elemento for, originalmente, um substantivo, ela manterá sua forma primitiva. Exemplo: a palavra cinza é originalmente um substantivo, porém, se estiver qualificando um elemento, funcionará como adjetivo. Ficará, então invariável. Logo: camisas cinza, ternos cinza. Por exemplo: camisas cinza, ternos cinza. Veja outros exemplos: Motos vinho (mas: motos verdes)

- Azul-marinho, azul-celeste, ultravioleta e qualquer adjetivo composto iniciado por cor-de-... são sempre invariáveis. - Os adjetivos compostos surdo-mudo e pele-vermelha têm os dois elementos flexionados.

Grau do Adjetivo Os adjetivos flexionam-se em grau para indicar a intensidade da qualidade do ser. São dois os graus do adjetivo: o comparativo e o superlativo. Comparativo

Paredes musgo (mas: paredes brancas). Comícios monstro (mas: comícios grandiosos). Adjetivo Composto

Nesse grau, comparam-se a mesma característica atribuída a dois ou mais seres ou duas ou mais características atribuídas ao mesmo ser. O comparativo pode ser de igualdade, de superioridade ou de inferioridade. Observe os exemplos abaixo: 1) Sou tão alto como você. Comparativo De Igualdade

75

Apostila PRF No comparativo de igualdade, o segundo termo da comparação é introduzido pelas palavras como, quanto ouquão. 2) Sou mais alto (do) que você. Comparativo De Superioridade Analítico No comparativo de superioridade analítico, entre os dois substantivos comparados, um tem qualidade superior. A forma é analítica porque pedimos auxílio a "mais...do que" ou "mais...que".

O secretário é muito inteligente. Sintética: a intensificação se faz por meio do acréscimo de sufixos. Por exemplo: O secretário é inteligentíssimo. Observe

alguns

superlativos

sintéticos:

3) O Sol é maior (do) que a Terra. Comparativo De Superioridade Sintético

benéfico

beneficentíssimo

Alguns adjetivos possuem, para o comparativo de superioridade, formas sintéticas, herdadas do latim. São eles:

bom

boníssimo ou ótimo

célebre

celebérrimo

comum

comuníssimo

cruel

crudelíssimo

difícil

dificílimo

doce

dulcíssimo

fácil

facílimo

fiel

fidelíssimo

frágil

fragílimo

Por exemplo: Pedro é maior do que Paulo - Comparação de dois elementos.

frio

friíssimo ou frigidíssimo

Pedro é mais grande que pequeno - comparação de duas qualidades de um mesmo elemento.

humilde

humílimo

4) Sou menos alto (do) que você. Comparativo De Inferioridade

jovem

juveníssimo

livre

libérrimo

magnífico

magnificentíssimo

magro

macérrimo ou magríssimo

manso

mansuetíssimo

bom-melhor mau-pior grandemaior

pequeno-menor alto-superior

baixo-inferior

Observe que: a) As formas menor e pior são comparativos de superioridade, pois equivalem a mais pequeno e mais mau, respectivamente. b) Bom, mau, grande e pequeno têm formas sintéticas (melhor, pior, maior e menor), porém, em comparações feitas entre duas qualidades de um mesmo elemento, deve-se usar as formas analíticas mais bom, mais mau,mais grande e mais pequeno.

Sou menos passivo (do) que tolerante. Superlativo O superlativo expressa qualidades num grau muito elevado ou em grau máximo. O grau superlativo pode serabsoluto ou relativo e apresenta as seguintes modalidades: Superlativo Absoluto: ocorre quando a qualidade de um ser é intensificada, sem relação com outros seres. Apresenta-se nas formas: Analítica: a intensificação se faz com o auxílio de palavras que dão ideia de intensidade (advérbios). Por exemplo:

76

Apostila PRF mau

Forma-se o comparativo do advérbio do mesmo modo que o comparativo do adjetivo:

péssimo

de igualdade: tão + advérbio + quanto (como) nobre

nobilíssimo

Por exemplo: Renato fala tão alto quanto João.

pequeno

mínimo

de inferioridade: menos + advérbio + que (do que)

pobre

paupérrimo simo

ou

Por exemplo:

pobrís-

Renato fala menos alto do que João. de superioridade:

preguiçoso

pigérrimo

próspero

prospérrimo

Analítico: mais + advérbio + que (do que) Por exemplo: Renato fala mais alto do que João.

sábio

Sintético: melhor ou pior que (do que)

sapientíssimo

Por exemplo: sagrado

Renato fala melhor que João.

sacratíssimo

Grau Superlativo Superlativo Relativo: ocorre quando a qualidade de um ser é intensificada em relação a um conjunto de seres. Essa relação pode ser: De Superioridade: Clara é a mais bela da sala. De Inferioridade: Clara é a menos bela da sala.Note bem:

O superlativo pode ser analítico ou sintético: Analítico: acompanhado de outro advérbio. Por exemplo: Renato fala muito alto.

1) O superlativo absoluto analítico é expresso por meio dos advérbios muito,

muito = advérbio de intensidade

extremamente, excepcionalmente, etc., antepostos ao adjetivo.

Sintético: formado com sufixos.

2) O superlativo absoluto sintético se apresenta sob duas formas : uma erudita, de origem latina, outra popular, de origem vernácula. A forma erudita é constituída pelo radical do adjetivo latino + um dos sufixos -íssimo, -imo ou érrimo. Por exemplo: fidelíssimo, facílimo, paupérrimo. A forma popular é constituída do radical do adjetivo português + o sufixo -íssimo: pobríssimo, agilíssimo. 3) Em vez dos superlativos normais seriíssimo, precariíssimo, necessariíssimo, preferem-se, na linguagem atual, as formas seríssimo, precaríssimo, necessaríssimo, sem o desagradável hiato i-í.

alto = advérbio de modo

Por exemplo: Renato fala altíssimo.

Obs.: as formas diminutivas (cedinho, pertinho, etc.) são comuns na língua popular. Observe: Maria mora pertinho daqui. (muito perto) A criança levantou cedinho. (muito cedo)

Flexão do Advérbio . Os advérbios são palavras invariáveis, isto é, não apresentam variação em gênero e número. Alguns advérbios, porém, admitem a variação em grau. Observe: Grau Comparativo

77

Apostila PRF Obs. : o agente da passiva geralmente é acompanhado da preposição por, mas pode ocorrer a construção com a preposição de.

CAPÍTULO 7 – VOZES VERBAIS Dá-se o nome de voz à forma assumida pelo verbo para indicar se o sujeito gramatical é agente ou paciente da ação. São três as vozes verbais: a) Ativa: quando o sujeito é agente, isto é, pratica a ação expressa pelo verbo. Por exemplo:

Por exemplo: A casa ficou cercada de soldados. - Pode acontecer ainda que o agente da passiva não esteja explícito na frase. Por exemplo:

Ele sujeito agente

fez ação

o trabalho. objeto (paciente)

b) Passiva: quando o sujeito é paciente, recebendo a ação expressa pelo verbo.

A exposição será aberta amanhã. - A variação temporal é indicada pelo verbo auxiliar (SER), pois o particípio é invariável. Observe a transformação das frases seguintes: Ele fez o trabalho. (pretérito perfeito do indicativo)

Por exemplo: O trabalho

foi feito

por ele.

sujeito paciente

ação

agente da passiva

O trabalho foi feito por ele. (pretérito perfeito do indicativo) Ele faz o trabalho. (presente do indicativo)

c) Reflexiva: quando o sujeito é ao mesmo tempo agente e paciente, isto é, pratica e recebe a ação. Por exemplo:

O trabalho é feito por ele. (presente do indicativo) Ele fará o trabalho. (futuro do presente)

O menino feriu-se. O trabalho será feito por ele. (futuro do presente) Obs.: não confundir o emprego reflexivo do verbo com a noção de reciprocidade.

Por exemplo:

- Nas frases com locuções verbais, o verbo SER assume o mesmo tempo e modo do verbo principal da voz ativa. Observe a transformação da frase seguinte: O vento ia levando as folhas. (gerúndio) As folhas iam sendo levadas pelo vento. (gerúndio)

Os lutadores feriram-se. (um ao outro) Formação da Voz Passiva A voz passiva pode ser formada por dois processos: analítico e sintético. 1- Voz Passiva Analítica

Obs.: é menos frequente a construção da voz passiva analítica com outros verbos que podem eventualmente funcionar como auxiliares.

Constrói-se da seguinte maneira: Verbo SER + particípio do verbo principal. Por exemplo: A escola será pintada O trabalho é feito por ele.

Por exemplo: A moça ficou marcada pela doença. 2- Voz Passiva Sintética A voz passiva sintética ou pronominal constrói-se com o verbo na 3ª pessoa, seguido do pronome apassivador SE.

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Apostila PRF Por exemplo: Abriram-se as inscrições para o concurso. Destruiu-se o velho prédio da escola.

conservando o mesmo tempo. Observe mais exemplos: Os mestres têm constantemente aconselhado os alunos. Os alunos têm sido constantemente aconselhados pelos mestres.

Obs.: o agente não costuma vir expresso na voz passiva sintética.

- Eu o acompanharei. Ele será acompanhado por mim.

Curiosidade A palavra passivo possui a mesma raiz latina de paixão (latim passio, passionis) e ambas se relacionam com o significado sofrimento, padecimento. Daí vem o significado de voz passiva como sendo a voz que expressa a ação sofrida pelo sujeito. Na voz passiva temos dois elementos que nem sempre aparecem: SUJEITO PACIENTE e AGENTE DA PASSIVA.

Obs.: quando o sujeito da voz ativa for indeterminado, não haverá complemento agente na passiva. Por exemplo: - Prejudicaram-me.Fui prejudicado. Saiba que: 1) Aos verbos que não são ativos nem passivos ou reflexivos, são chamados neutros. Por exemplo: O vinho é bom. Aqui chove muito. 2) Há formas passivas com sentido ativo: Por exemplo:

Conversão da Voz Ativa na Voz Passiva Pode-se mudar a voz ativa na passiva sem alterar substancialmente o sentido da frase. Por exemplo:

É chegada a hora. (= Chegou a hora.)Eu ainda não era nascido. (= Eu ainda não tinha nascido.)És um homem lido e viajado. (= que leu e viajou) 3) Inversamente, usamos formas ativas com sentido passivo:

(Voz Ativa)

Por exemplo: Gutenberg

inventou

Sujeito da Ativa

a imprensa

Objeto Direto

(Voz Passiva) A imprensa Sujeito da Passiva

foi inventada

Há coisas difíceis de entender. (= serem entendidas)Mandou-o lançar na prisão. (= ser lançado) 4) Os verbos chamar-se, batizar-se, operarse (no sentido cirúrgico) e vacinar-se são considerados passivos, logo o sujeito é paciente. Por exemplo:

por Gutenberg Agente da Passiva

Chamo-me Luís. Batizei-me na Igreja do Carmo. Operou-se de hérnia. Vacinaram-se contra a gripe.

Observe que o objeto direto será o sujeito da passiva, o sujeito da ativa passará a agente da passiva e overbo ativo assumirá a forma passiva,

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Apostila PRF Ex.: João e eu visitamos a moça / Jessé ou José casará com ela? / Estão aqui o seu dinheiro e sua bolsa!

CAPÍTULO 8 –FRASE, ORAÇÃO E PERÍODO Frase - todo enunciado de sentido completo, capaz de estabelecer comunicação. Podem ser nominais ou verbais.

Observação nos casos de inversão do suj. a verbos intransitivos (aparecer, chegar, correr, restar, surgir...), pode-se confundi-lo com objeto. Deve-se sempre examinar a natureza do verbo, para não se deixar enganar - apareceu, enfim, o cortejo real

Oração - enunciado que se estrutura em torno de um verbo ou locução verbal. Período - constitui-se de uma ou mais orações. Podem ser simples ou compostos. Observação  haverá num período tantas orações quanto forem os verbos, considerando locuções verbais e tempos compostos como um só verbo.

sujeito oculto, elíptico ou desinencial - determinado, mas implícito na desinência verbal (DNP) ou subentendido através de uma frase anterior. Deve-se atentar para a 3ª pessoa do plural, onde não há sujeito oculto eles ou elas e sim um caso de sujeito indeterminado.

SUJEITO O verbo mantém relação de concordância com seu sujeito. A composição do sujeito explícito pode ser uma única palavra ou um conjunto de palavras (onde se deve determinar o núcleo ou núcleos), incluindo também as orações substantivas subjetivas.

Ex.: Vivemos felizes / "Antes de iniciar este livro, imaginei construí-lo pela divisão do trabalho" - G. Ramos / Beba esse leite, menino! 

Podem ser núcleo do sujeito: substantivo ou um equivalente dele (pronomes substantivos, numerais substantivos ou palavras substantivadas).

indeterminado - quando não se pode (ou não se quer) precisar que elemento é o sujeito. Ocorre de duas maneiras: verbo na 3ª pessoa do plural, sem sujeito explícito ou 3ª pessoa do singular (exceto VTD) + SE. (Nunca lhe ofereceram emprego / Precisa-se de empregados)

Tipos de sujeito Observação Os tipos de sujeito são basicamente dois, segundo Pasquale e Ulisses, determinado (simples, composto e oculto) e indeterminado (indeterminado e oração sem sujeito). 

simples - possui um núcleo. Ex.: Maria esteve aqui / Alguém me viu / Duas vieram Observação o pronome oblíquo átono pode funcionar como suj. de um verbo no infinitivo. Isso ocorre quando se tem na 1ª oração um verbo causativo (deixar, mandar, fazer...) ou sensitivos (ver, ouvir, sentir...) - o chefe mandou-o trabalhar / não o vimos entrar



a oração de suj. indeterminado com a partícula se não pode ser transformada em voz pass. analítica. Havendo essa possibilidade, a palavra se deve ser interpretada como pronome apassivador - celebrou-se a missa - a missa foi celebrada

composto - possui mais de um núcleo, independente de sua ordem na frase.



oração sem sujeito - o processo verbal encerra-se em si mesmo, sem atribuição a nenhum ser. Ocorre sempre com verbos impessoais nos seguintes casos: verbos que exprimem fenômenos da natureza; verbos fazer, ser, ir e estar indicando tempo cronológico ou clima (no caso do ser, também distância); verbo haver = existir ou em referência a tempo decorrido. Ex.: Choveu demais / São três anos de solidão / Há cem voluntários / Há muitos anos não o vejo / Vai para dois meses de espera

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Apostila PRF Observação os verbos impessoais não apresentam sujeito e devem permanecer na 3ª pessoa do singular (exceto o verbo ser, que também admite a 3ª pessoa do plural). Quando um verbo auxiliar se junta a um verbo impessoal, a impessoalidade é transmitida a ele.

É formado por um verbo de ligação acrescido de um nome (substantivo, adjetivo ou pronome), dito predicativo do sujeito. O núcleo deste predicado é o predicativo, uma vez que o verbo somente estabelece ligação. Ex.: O rapaz estava apreensivo. / Ela caiu de cama. / A mãe virou bicho naquele dia. Predicado verbal

PREDICADO Apresenta-se em três tipos: 

verbal - núcleo é um verbo significativo, nocional que traz uma idéia nova ao sujeito (transitivo ou intransitivo) nominal - núcleo do predicado é um nome (predicativo). O verbo não é significativo, funcionando apenas como ligação entre o sujeito e o predicativo verbo-nominal - contém dois núcleos: verbo significativo e um predicativo





É formado por um verbo transitivo ou intransitivo, isto é, um verbo que não seja de ligação. Neste caso, o verbo será sempre significativo, constituindo o núcleo do predicado verbal Ex.: Os passageiros desceram. / Comprei flores. / Comprei-lhe flores. Predicado verbo-nominal Encerra em si mesmo uma união de predicados. Apresenta um verbo significativo (núcleo do predicado verbal) e um predicativo (núcleo do predicado nominal), portanto dois núcleos.

Observação Quando houver verbo de ligação, o predicado será necessariamente nominal e quando houver predicativo do objeto, o predicado será verbo-nominal sempre. Para se classificar o predicado, torna-se indispensável o estudo dos tipos de verbos (transitivos, intransitivos e de ligação). Verbos 

 

ligação - expressam estado permanente ou transitório, mudança ou continuidade de estado, aparência de estado (ser, estar, permanecer, ficar, continuar, parecer, andar = estar). Deve-se entender que estes verbos não serão mais de ligação se não estabelecerem relação entre sujeito e seu predicativo. (Ando preocupado / Andei cem metros, Fiquei triste / Fiquei na sala, Permaneceu suspensa / Permaneceu no cargo) intransitivo - quando a significação verbal está inteiramente contida no verbo, não necessitando de complementação. transitivo - pedem complementos verbais para completarem a sua significação. Podem ser transitivos diretos, indiretos e diretos e indiretos, dependendo do complemento.

Ex.: Ela entrou risonha na sala. / João abaixou os olhos pensativo. / Considero inexeqüível o projeto exposto. A regência verbal é importante para se compreender que os verbos devem ser classificados em função do contexto em que se apresentam. Há casos de verbos que aparecem com transitividades diferentes se os contextos foram trocados. Ex.: Perdoai sempre. - intransitivo / Perdoai as ofensas - transitivo direto / Perdoai aos inimigos - transitivo indireto / Perdoai as ofensas aos inimigos. - transitivo direto e indireto

Predicado nominal

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Apostila PRF CAPÍTULO 9 –TERMOS DA ORAÇÃO E DO PERÍODO

Estas serão sintaticamente classificadas como “ADJUNTO ADNOMINAL”

Introdução à Sintaxe Quando vamos estabelecer a comunicação, fazemos uma frase, período ou oração. Há várias classes gramaticais para estabelecer a comunicação. Cada palavra vai exercer uma função, podendo uma ser mais importante que as outras. Na Análise Sintática um “serve”, o outro é “servido”. Lembre-se que na Análise Morfológica há 4 classes gramaticais para servir ao substantivo. Não existe adjetivo sem que exista um substantivo. O mesmo acontece com o artigo, numeral e pronome. Sintaxe conceito: caracteriza-se por analisar a função de um termo perante outros termos de uma mesma construção gramatical. A análise sintática é fundamentada nos Termos Essenciais. Preste atenção na classificação de Machado de Assis, são 3 termos essenciais, sem eles não há comunicação em regra.

Ex1: Os meu dois lindos cachorros / são idosos. Os = artigo Meus = pronome possessivo Dois = numeral Lindos = adjetivo Cachorros = substantivo  Sintaticamente: núcleo do sujeito. Sintaticamente: Os/ meus/ dois/ lindos  todos são adjuntos adnominais. Ex2: Os dois amigos meus/ chegarão amanhã. . Os = artigo . Dois = numeral . Amigos = substantivo  sintaticamente: NÚCLEO DO SUJEITO, porque todos os outros elementos referem-se a este substantivo. . Meus = pronome **Sintaticamente, todos os demais elementos serão ADJUNTOS ADNOMINAIS.

Os “TERMOS ESSENCIAS o o o

Sujeito Predicado Predicativo, que pode ser do Sujeito ou do Objeto.

 SUJEITO



OBS: é um termo essencial e sempre que tal estrutura sintática possuir mais de um termo, deverá localizar o “Núcleo do sujeito”. Ex: Cachorros / fazem bem ao emocional de todos. Classificação: cachorros = substantivo = sujeito.

É válido saber que as classes gramaticais o Preposição o Conjunção o Interjeição Nunca apresentarão funções sintáticas. **OBS: locução, são 2 ou mais termos. Se a preposição não tem classificação sintática, a locução prepositiva também não pode ter função sintática. Isso também vale para as respectivas locuções:  Locução prepositiva  Locução conjuntiva  Locução Interjetiva

OBJETO DIRETO 

OBS: Dentro daestrutura de sujeito, se antes ou após o núcleo tivermos as classes gramaticais: o ARTIGO, o ADJETIVO, o NUMERAL o PRONOME,

É um complemento verbal solicitado pelo verbo não havendo preposição na pergunta. Para que tenhamos tal complemento, o verbo só poderá realizar duas possíveis perguntas:

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Apostila PRF  

O que? – para coisa.  Algo, alguma coisa. Quem? - para pessoa.  alguém. **Note: como não tem preposição na pergunta, então não existirá na resposta. Por isso é O.D.( objeto direto) **Não se analisa olhando para o complemento. Você analisa verbo e complemento olhando o verbo!

OBS: verbos que fazem qualquer uma destas perguntas serão sintaticamente classificados como: V.T.D. (verbo transitivo direto) V.T.D.  O.D. OBS: Toda a resposta dada à pergunta do verbo será a estrutura de O.D., logo havendo mais de um termo na estrutura de O.D., deveremos localizar o “Núcleo do O.D.”. Ex: Adoro (o quê?) cães.  

Adoro: verbo/ V.T.D. **Toda a resposta é sintaticamente O.D.:. Cães: substantivo/ OD

OBS: Dentro da estrutura de O.D. , se tivermos antes ou após o núcleo as classes gramaticais:   

o o o

Importante: verbos que fazem qualquer uma dessas perguntas serão sintaticamente classificados como V.T.I. (verbo transitivo indireto). VTI  OI Estrutura sintática com mais de um termo, temos que localizar o núcleo, porque os outros termos além do núcleo terão uma função sintática. Com exceção da preposição. Então, na hipótese de que quando há 2 termos, e um deles não tem função sintática, não é necessário achar o núcleo. No O.I. há preposição, que não tem função sintática, então, não é preciso localizar o “núcleo”, aliás, nem existe o núcleo, porque só 1 elemento tem função sintática.. Ex: Gosto / de cães. VTI  OI  

Estas serão sintaticamente ADJUNTO ADNOMINAL. **Note que nessa OBS, ao contrário da OBS de sujeito, não tem adjetivo (este pode assumir duas funções, veremos depois)

    

Amo = verbo/ (o que?) V.T.D. Os = artigo/ adj. adnominal. Meus = pronome possessivo/ adj. adnominal. Cinco = numeral cardinal/ adj. adnominal. Cães = substantivo/ núcleo do O.D.

OBJETO INDIRETO É um complemento verbal solicitado pelo verbo havendo obrigatoriamente preposição na pergunta para que tenhamos este complemento o verbo fará as seguintes e possíveis perguntas: A DE

Gosto (de que?) = VTI De cães = preposição + substantivos. **De = não tem função sintática. Como não há função sintática para a preposição, o Substantivo é OI. Se ao lado do substantivo houver um adjetivo, ai sim teremos que diferenciar as funções sintáticas, bem como localizar o núcleo. E a preposição continua não tendo função sintática.

OBS: Dentro da estrutura de O.I., se antes ou após o núcleo tivermos as classes gramaticais: o o o o

Artigo Adjetivo Numeral Pronome

Estas serão sintaticamente “ADJUNTO ADNOMINAL” Ex: Assistimos / a uns três ótimos filmes/ nesse fim de semana. VTI/ OI / estrutura adverbial 

 o o

QUE? QUEM?

**antes de “Que? Quem?” usam-se as preposições (várias preposições)

Artigo Numeral Pronome

Ex: (EU) /Amo / os meus cinco cães.  Sujeito Oculto/ Predicado V.T.D./ O.D.

COM PARA EM

Assistimos (no sentido de ver/ presenciar) = VTI = exige preposição A.  assistimos a quê? O Objeto é tudo aquilo que foi perguntado pelo verbo: OI = / a uns três ótimos filmes/

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Apostila PRF     

A = preposição = NÃO POSSUI FUNÇÃO SINTÁTICA. Uns = artigo indefinido = adjunto adnominal Três = numeral = adjunto adnominal Ótimos = adjetivo = adjunto adnominal Filmes = substantivo = núcleo do OI **Todos os demais elementos, que não o núcleo do OI, serão adjuntos adnominais. **Com exceção a preposição que não possui função sintática. PREDICATIVO DO SUJEITO

“Qualquer palavra que está no predicado que se refere ao sujeito. Assim, o substantivo pode ser Predicativo do Sujeito. Quem mais? Adjetivo (em maioria), além de pronome e numeral.”

Conceito: É um substantivo que invoca o interlocutor (com quem se fala) para a comunicação. Ex: André,/ A Aline / viajou neste mês para o exterior/  Vocativo/ Sujeito/ Predicado  

André = substantivo  VOCATIVO. Quem viajou? Aline, que é o sujeito.

Ex2: A Aline, André, viajou neste mês para o exterior. **Regra: nunca se separa o sujeito de ser verbo com vírgula, mesmo quando deslocado. **essas vírgulas não pertencem a “Aline”, mas, sim, a André. Se tirarmos o termo “ André”, as vírgulas desaparecerão .

Ex3: Aline viajou neste mês, André,para o exterior. Ex: Aquele cara / é /o Lula./ sujeito/ VL/ predicativo do sujeito     

Aquele = pronome demonstrativo/Adj. Adnominal Cara = substantivo/ núcleo do sujeito É = VL O = artigo/ Adj. Adnominal. Lula = substantivo, que se refere ao Cara (que é o núcleo do sujeito), então Lula = predicativo do sujeito.

**Núcleo é a estrutura mais importante da estrutura do sujeito, ou seja, ele é o sujeito propriamente dito. O mesmo ocorre no Objeto. Observe que somente filmes é núcleo do O.I. . Todos os demais elementos são adjuntos adnominais.  A classe gramatical ARTIGO só conseguirá, em toda a Língua Portuguesa, desempenhar a função sintática de ADJUNTO ADNOMINAL. Importante: É válido lembrar que o PREDICATIVO DO SUJEITO virá, em maioria, representado pelo adjetivo, mas podendo também vir por um substantivo, numeral ou pronome. VOCATIVO “É uma estrutura bem simples, geralmente cobra-se uma curiosidade, “pega”: vocativo é um termo independente. Vocativo é um elemento que invoca/chama o interlocutor. Em documentos oficiais, carta*..redação oficial, começa o texto pelo vocativo. *(não é a carta ao leitor que é dissertativo, argumentativo em que uma pessoa conversa com o leitor)”

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Lembrando: Para = destino permanente/ A = destino provisório Ex4: Aline viajou neste mês para o exterior, André.  Vocativo pode ser deslocado por toda a sentença. **Para dizer se o vocativo está na estrutura do sujeito/predicado devo analisar período por período? Não, pois vocativo é um termo independente, não pertence a estrutura nem de um nem de outro.  É válido saber que o vocativo é uma estrutura que não faz parte nem da estrutura do sujeito, nem da do predicado, pois é um TERMO INDEPENDENTE em qualquer estrutura. (Vocativo pode deslocar por toda a sentença). APOSTO Aposto: sempre será um substantivo se referindo a outro substantivo dentro da mesma estrutura de sujeito ou de predicado. ( Os 2 substantivos têm que estar dentro do sujeito ou dentro do predicado, porque se um estivesse no sujeito e o outro no predicado, seria predicativo do sujeito (termo no predicado que se refere ao sujeito))  Dentro da estrutura de aposto se o núcleo for antecedido ou sucedido pelas classes gramaticais:  Artigo  Adjetivo  Numeral

Apostila PRF 

Pronome Estas serão sintaticamente JUNTO ADNOMINAL.

Estas serão sintaticamente ADJUNTO ADNOMINAL.

AD-

Ex3: Fabiano, 23 anos, / formou-se em direito. O aposto pode ser classificado de 4 formas:    

  

APOSTO ESPECIFICATIVO (sem vírgula) APOSTO EXPLICATIVO (com vírgula) APOSTO ENUMERATIVO (com vírgula) APOSTO RESUMITIVO (com vírgula)  OBS: APOSTO RESUMITIVO é o único tipo de aposto que virá sendo representado por um pronome (todo, nada, alguém, ninguém, todos) **concordância verbal , o verbo concordará com o aposto resumitivo.



Fabiano = substantivo  núcleo do sujeito. 23 = numeral  adj. adnominal. Anos = substantivo  núcleo do aposto explicativo 23 anos = é uma característica do Fabiano.  APOSTO EXPLICATIVO. Quem é núcleo? Toda vez que tiver mais de um termo, tenho que localizar o núcleo, que neste caso é ANOS. **Numeral : quantifica substantivo. Então 23 = numeral = adjunto adnominal; 23 serve a anos, nunca a substantivo serve o numeral.

Ex: O mecânico Fábio / é o melhor da cidade. Ex4: André, Fábio, Ronaldo, ninguém / o ajudou. O aposto não é preso em estrutura nenhuma: pode aparecer no sujeito, ou predicado. Para que haja o aposto teremos 2 substantivos (juntos) ou no sujeito ou no predicado.         

    

O = artigo  adjunto adnominal. Mecânico = substantivo  núcleo do sujeito Fábio = substantivo aposto especificativo. É = verbo O = artigo Melhor = adjetivo O melhor = predicativo do sujeito Da = preposição Cidade = substantivo.







Quem é o núcleo do sujeito?! É uma palavra na estrutura que não serve ninguém, ele é servida. Nesse caso Fábio serve a mecânico. Especificar/ apontar/ caracterizar/ determinar. Qual mecânico é o melhor da cidade?! Fábio não explica a palavra mecânico, mas, sim, específica! Ex2: Fábio, mecânico,/ é o melhor da cidade. APOSTO EXPLICATIVO: é caracterizador, é uma característica dada ao núcleo do sujeito (Fábio). Ou seja, explica quem é Fábio, ou seja, o que ele faz. OBS: Dentro da estrutura (sintática) de aposto, se antes ou após o núcleo tivermos as classes gramaticais (as mesmas do sujeito)    

Artigo Adjetivo Numeral Pronome

  

Sujeito Composto: André = subst.  núcleo 1 Fábio = subst.  núcleo 2 Ronaldo = subst.  núcleo 3 Ninguém = pronome APOSTO RESUMITIVO. **Ninguém = relação negativa, está no lugar dos 3 substantivos (ideias) e o resume em uma só palavra. Ajudou concorda com o aposto resumitivo (ninguém)  REGRA: regência  o verbo concorda com o aposto resumitivo. Ajudou. = verbo. Ajudou quem? VTD. Daí a gramática manda trazer o pronome oblíquo para perto dele. O = pronome = OD; Regra: Não pode ser ELE, porque ele não pode ser OD. Vamos colocar outro exemplo? André, Fábio, Ronaldo, ninguém ajudou Fernanda. André, Fábio, Ronaldo, todos ajudaram Fernanda. (Regra de regência)

Ex5: Algazarras, festas, viagens, nada / agradou os turistas.   

Algazarras, festas, viagens = substantivos; Núcleo 1;2;3 Nada = pronome – está resumindo os outros 3 substantivos  APOSTO RESUMITIVO Agradou = verbo, concorda c/ aposto.

Ex6: Os turistas / queriam várias coisas: festas, bebedeiras e algazarras. 

Os = artigo = adj. adnominal.

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Apostila PRF      

Turistas = substantivo = núcleo do sujeito. Queriam = verbo = queriam o que? VTD Várias coisas  OD Várias = pronome = adj. adnominal. Coisas = substantivo = núcleo do OD festas, bebedeiras e algazarras. = substantivos  APOSTO ENUMERATIVO, está enumerando as várias coisas. Ou seja, serve ao substantivo “coisas”.

ADJUNTO ADVERBIAL É o termo da oração que indica uma circunstância (dando ideia de tempo, lugar, modo, causa, finalidade, etc.). O adjunto adverbial é o termo que modifica o sentido de um verbo, de um adjetivo ou de um advérbio. Observe as frases abaixo: Eles se respeitam muito. Seu projeto é muito interessante. O time jogou muito mal.

COMPLEMENTO NOMINAL

“Foi falado em Complemento Nominal como uma estrutura(preposição + substantivo) referindo-se a um outro substantivo (somente abstrato); complementa a ideia de um nome.” Conceito: É uma estrutura gramatical iniciada por preposição e com um núcleo substantivo que completará o sentido de um:   

Substantivo (abstrato) Adjetivo Advérbio

**Então há situações que o núcleo pode ser representado por um pronome, mas este está no lugar no substantivo. (Somente pronome pode substituir o substantivo – para que não haja repetição de ideias, palavras.) Ex1: A emoção (da garota) (pela morte) (do pai) / chocou a todos.           

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A = artigo – adj. adnominal. emoção = substantivo abstrato (sentimento) – núcleo do sujeito da = preposição (de + a) garota = substantivo Locução = da garota – serve a emoção – pratica ação – ADJUNTO ADNOMINAL pela = preposição (por + a) morte = substantivo abstrato. (estado de vida/morte/viúves) Locução: pela morte – serve a emoção – recebe ação – COMPLEMENTO NOMINAL do = preposição (de + o) pai = pai substantivo concreto Locução = do pai – serve morte. – como está servindo o substantivo abstrato, dá na mesma, pode ser adj. adnominal ou complento nominal.; “O pai morreu” – pratica ação, então é ADJUNTO ADNOMINAL.

Nessas três orações, muito é adjunto adverbial de intensidade. No primeiro caso, intensifica a forma verbalrespeitam, que é núcleo do predicado verbal. No segundo, intensifica o adjetivo interessante, que é o núcleo do predicativo do sujeito. Na terceira oração, muito intensifica o advérbio mal, que é o núcleo do adjunto adverbial de modo. Veja o exemplo abaixo: Amanhã voltarei de bicicleta àquela velha praça. Os termos em destaque estão indicando as seguintes circunstâncias: amanhã indica tempo; de bicicleta indica meio; àquela velha praça indica lugar. Sabendo que a classificação do adjunto adverbial se relaciona com a circunstância por ele expressa, os termos acima podem ser classificados, respectivamente em: adjunto adverbial de tempo, adjunto adverbial de meio eadjunto adverbial de lugar. O adjunto adverbial pode ser expresso por: 1) Advérbio: O balão caiu longe. 2) Locução Adverbial: O balão caiu no mar. 3) Oração: Se o balão pegar fogo, avisem-me. Observação: nem sempre é possível apontar com precisão a circunstância expressa por um adjunto adverbial. Em alguns casos, as diferentes possibilidades de interpretação dão origem a orações sugestivas. Por Exemplo: Entreguei-me calorosamente àquela causa. É difícil precisar se calorosamente é um adjunto adverbial de modo ou de intensidade. Na verdade, parece ser uma fórmula de expressar ao mesmo tempo as duas circunstâncias. Por isso, é fundamental levar em conta o contexto em que surgem os adjuntos adverbiais. Classificação do Adjunto Adverbial

Apostila PRF Ela vive para o amor. Daniel estudou para o exame. Trabalho para o meu sustento. Viajei a negócio.

Listamos abaixo algumas circunstâncias que o adjunto adverbial pode exprimir. Não deixe de observar os exemplos. Acréscimo Por Exemplo: Além da tristeza, sentia profundo cansaço.

Frequência Por Exemplo: Sempre aparecia por lá. Havia reuniões todos os dias.

Afirmação Por Exemplo: Sim, realmente irei partir. Ele irá com certeza.

Instrumento Por Exemplo: Rodrigo fez o corte com a faca. O artista criava seus desenhos a lápis.

Assunto Por Exemplo: Falávamos sobre futebol. (ou de futebol, ou a respeito de futebol).

Intensidade Por Exemplo: A atleta corria bastante. O remédio é muito caro.

Causa Por Exemplo: Com o calor, o poço secou. Não comentamos nada por discrição. O menor trabalha por necessidade.

Limite Por Exemplo: A menina andava correndo do quarto à sala.

Companhia Por Exemplo: Fui ao cinema com sua prima. Com quem você saiu? Sempre contigo irei estar.

Lugar Por Exemplo: Nasci em Porto Alegre. Estou em casa. Vive nas montanhas. Viajou para o litoral. "Há, em cada canto de minh’alma, um altar a um Deus diferente." (Álvaro de Campos)

Concessão Por Exemplo: Apesar do estado precário do gramado, o jogo foi ótimo. Condição

Matéria Por Exemplo: Compunha-se de substâncias estranhas. Era feito de aço.

Por Exemplo: Sem minha autorização, você não irá. Sem erros, não há acertos. Conformidade

Meio Por Exemplo: Fui de avião. Viajei de trem. Enriqueceram mediante fraude.

Por Exemplo: Fez tudo conforme o combinado. (ou segundo o combinado) Dúvida

Modo

Por Exemplo:

Por Exemplo:

Talvez seja melhor irmos mais tarde. Porventura, encontrariam a solução da crise? Quiçá acertemos desta vez.

Foram recrutados a dedo. Fiquem à vontade. Esperava tranquilamente o momento decisivo.

Fim, finalidade

Negação

Por Exemplo:

Por Exemplo:

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Apostila PRF Não há erros em seu trabalho. Não aceitarei a proposta em hipótese alguma. Preço

Por Exemplo: Fui à escola

e busquei mi- que estava esnha irmã perando.

Oração Coordenada

Oração Coor- Oração Subordenada dinada

Por Exemplo: As casas estão sendo vendidas a preços muito altos. Substituição ou troca Por Exemplo: Abandonou suas convicções por privilégios econômicos.

Obs.: qualquer oração (coordenada ou subordinada) será ao mesmo tempo principal, se houver outra que dela dependa. Por Exemplo:

Tempo Por Exemplo: O escritório permanece aberto das 8h às 18h. Beto e Mara se casarão em junho. Ontem à tarde encontrou um velho amigo.

Fui ao mercado

Oração CAPÍTULO 10–PERÍODO COMPOSTO POR COORDENAÇÃO E SUBORDINAÇÃO 6 - PERÍODO COMPOSTO Coordenação e Subordinação Quando um período é simples, a oração de que é constituído recebe o nome de oração absoluta. Por Exemplo: A menina comprou chocolate. Quando um período é composto, ele pode apresentar os seguintes esquemas de formação: a) Composto por Coordenação: ocorre quando é constituído apenas de orações independentes, coordenadas entre si, mas sem nenhuma dependência sintática. Por Exemplo: Saímos de manhã

e voltamos à noite.

b) Composto por Subordinação: ocorre quando é constituído de um conjunto de pelo menos duas orações, em que uma delas (Subordinada) depende sintaticamente da outra (Principal). Por Exemplo: Não fui à aula

porque estava doente.

Oração Principal Oração Subordinada c) Misto: quando é constituído de orações coordenadas e subordinadas.

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Coordenada (1)

que estae comprei os produvam faltos tando. Oração Coordenada (2) (Com relação à 1ª.) e Oração Principal (Com relação à 3ª.)

Oração Subordinada (3)

Classificação das Orações Coordenadas Sindéticas De acordo com o tipo de conjunção que as introduz, as orações coordenadas sindéticas podem ser: aditivas, adversativas, alternativas, conclusivas ou explicativas. a) Aditivas Expressam ideia de adição, acrescentamento. Normalmente indicam fatos, acontecimentos ou pensamentos dispostos em sequência. As conjunções coordenativas aditivas típicas são "e" e "nem" (= e + não). Introduzem as orações coordenadas sindéticas aditivas. Por Exemplo: Discutimos várias propostas e analisamos possíveis soluções. As orações sindéticas aditivas podem também estar ligadas pelas locuções não só... mas (também), tanto...como, e semelhantes. Essas estruturas costumam ser usadas quando se pretende enfatizar o conteúdo da segunda oração. Veja: Chico Buarque não só canta, mas também (ou como também) compõe muito bem. Não só provocaram graves problemas, mas (também) abandonaram os projetos de reestruturação social do país.

Apostila PRF Obs.: como a conjunção "nem" tem o valor da expressão "e não", condena-se na língua culta a forma "enem" para introduzir orações aditivas. Por Exemplo: Não discutimos várias propostas, nem (= e não) analisamos quaisquer soluções. b) Adversativas Exprimem fatos ou conceitos que se opõem ao que se declara na oração coordenada anterior, estabelecendocontraste ou compensação. "Mas" é a conjunção adversativa típica. Além dela, empregamse: porém, contudo, todavia, entretanto e as locuções no entanto, não obstante, nada obstante. Introduzem as orações coordenadas sindéticas adversativas. Veja os exemplos: "O amor é difícil, mas pode luzir em qualquer ponto da cidade." (Ferreira Gullar) O país é extremamente rico; o povo, porém, vive em profunda miséria. Tens razão, contudo controle-se. Renata gostava de cantar, todavia não agradava. O time jogou muito bem, entretanto não conseguiu a vitória.

Diga agora ou cale-se para sempre. Ora age com calma, ora trata a todos com muita aspereza. Estarei lá, quer você permita, quer você não permita. Obs.: nesse último caso, o par "quer...quer" está coordenando entre si duas orações que, na verdade, expressam concessão em relação a "Estarei lá". É como disséssemos: "Embora você não permita, estarei lá". d) Conclusivas Exprimem conclusão ou consequência referentes à oração anterior. As conjunções típicas são: logo, portantoe pois (posposto ao verbo). Usa-se ainda: então, assim, por isso, por conseguinte, de modo que, em vista disso, etc. Introduzem as orações coordenadas sindéticas conclusivas. Exemplos: Não tenho dinheiro, portanto não posso pagar. A situação econômica é delicada; devemos, pois, agir cuidadosamente. O time venceu, por isso está classificado. Aquela substância é toxica, logo deve ser manuseada cautelosamente. e) Explicativas

Saiba que: - Algumas vezes, a adversidade pode ser introduzida pela conjunção "e". Isso ocorre normalmente em orações coordenadas que possuem sujeitos diferentes. Por Exemplo: Deus cura, e o médico manda a conta. Nesse ditado popular, é clara a intenção de se criar um contraste. Observe que equivale a uma frase do tipo: "Quem cura é Deus, mas é o médico quem cobra a conta!" - A conjunção "mas" pode aparecer com valor aditivo. Por Exemplo: Camila era uma menina estudiosa, mas principalmente esperta. c) Alternativas Expressam ideia de alternância de fatos ou escolha. Normalmente é usada a conjunção "ou". Além dela, empregam-se também os pares: ora... ora, já... já, quer... quer, seja... seja, etc. Introduzem as orações coordenadas sindéticas alternativas.

Indicam uma justificativa ou uma explicação referente ao fato expresso na declaração anterior. As conjunções que merecem destaque são: que, porque e pois (obrigatoriamente anteposto ao verbo). Introduzem as orações coordenadas sindéticas explicativas. Exemplos: Vou embora, que cansei de esperá-lo. Vinícius devia estar cansado, porque estudou o dia inteiro. Cumprimente-o, pois hoje é o seu aniversário. Atenção: Cuidado para não confundir as orações coordenadas explicativas com as subordinadas adverbiaiscausais. Observe a diferença entre elas: - Orações Coordenadas Explicativas: caracterizam-se por fornecer um motivo, explicando a oração anterior. Por Exemplo: A criança devia estar doente, porque chorava muito. (O choro da criança não poderia ser a causa de sua doença.)

Exemplos:

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Apostila PRF - Orações Subordinadas Adverbiais Causais: exprimem a causa do fato.

Pode-se também modificar o período simples original transformando em oração o adjunto adnominal do núcleo do objeto direto, "profundidade". Observe:

Por Exemplo: Henrique está triste porque perdeu seu emprego. (A perda do emprego é a causa da tristeza de Henrique.) Note-se também que há pausa (vírgula, na escrita) entre a oração explicativa e a precedente e que esta é, muitas vezes, imperativa, o que não acontece com a oração adverbial causal. PERÍODO COMPOSTO POR SUBORDINAÇÃO Classificação das Orações Subordinadas As orações subordinadas dividem-se em três grupos, de acordo com a função sintática que desempenham e a classe de palavras a que equivalem. Podem ser substantivas, adjetivas ou adverbiais. Para notar as diferenças que existem entre esses três tipos de orações, tome como base a análise do período abaixo: Só depois disso percebi a profundidade das palavras dele. Nessa oração, o sujeito é "eu", implícito na terminação verbal da palavra "percebi". "A profundidade das palavras dele" é objeto direto da forma verbal "percebi". O núcleo do objeto direto é "profundidade".Subordinam-se ao núcleo desse objeto os adjuntos adnominais "a" e "das palavras dele ". No adjunto adnominal "das palavras dele", o núcleo é o substantivo "palavras", ao qual se prendem os adjuntos adnominais "as" e "dele". "Só depois disso" é adjunto adverbial de tempo. É possível transformar a expressão "a profundidade das palavras dele", objeto direto, em oração. Observe: Só depois disso percebi que as palavras dele eram profundas. Nesse período composto, o complemento da forma verbal "percebi" é a oração "que as palavras dele eram profundas". Ocorre aqui um período composto por subordinação, em que uma oração desempenha a função de objeto direto do verbo da outra oração. O objeto direto é uma função substantiva da oração, ou seja, é função desempenhada por substantivos e palavras de valor substantivo. É por isso que a oração subordinada que desempenha esse papel é chamada de oração subordinada substantiva.

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Só depois disso percebi a "profundidade" que as palavras dele continham. Nesse período, o adjunto adnominal de "profundidade" passa a ser a oração "que as palavras dele continham". O adjunto adnominal é uma função adjetiva da oração, ou seja, é função exercida por adjetivos, locuções adjetivas e outras palavras de valor adjetivo. É por isso que são chamadas de subordinadas adjetivasas orações que, nos períodos compostos por subordinação, atuam como adjuntos adnominais de termos das orações principais. Outra modificação que podemos fazer no período simples original é a transformação do adjunto adverbial de tempo em uma oração. Observe: Só quando caí em mim, percebi a profundidade das palavras dele. Nesse período composto, "Só quando caí em mim" é uma oração que atua como adjunto adverbial de tempo do verbo da outra oração. O adjunto adverbial é uma função adverbial da oração, ou seja, é função exercida por advérbios e locuções adverbiais. Portanto, são chamadas de subordinadas adverbiais as orações que, num período composto por subordinação, atuam como adjuntos adverbiais do verbo da oração principal. Forma das Orações Subordinadas Observe o exemplo abaixo de Vinícius de Moraes: "Eu sinto que em meu gesto existe o teu gesto." Oração Principal Oração Subordinada Observe que na Oração Subordinada temos o verbo "existe", que está conjugado na terceira pessoa do singular do presente do indicativo. As orações subordinadas que apresentam verbo em qualquer dos tempos finitos (tempos do modo do indicativo, subjuntivo e imperativo), são chamadas de orações desenvolvidas ouexplícitas. Podemos modificar o período acima. Veja: Eu sinto gesto. Oração Principal

existir em meu gesto o teu Oração Subordinada

Observe que a análise das orações continua sendo a mesma: "Eu sinto" é a oração principal, cujo objeto direto é a oração subordinada "existir em meu gesto o teu gesto". Note que a oração subordinada apresenta agora verbo no infinitivo. Além disso, a conjunção que, conectivo que unia as duas orações,

Apostila PRF desapareceu. As orações subordinadas cujo verbo surge numa das formas nominais (infinitivo - flexionado ou não - , gerúndio ou particípio) chamamos orações reduzidas ou implícitas. Obs.: as orações reduzidas não são introduzidas por conjunções nem pronomes relativos. Podem ser, eventualmente, introduzidas por preposição. 1) ORAÇÕES SUBORDINADAS SUBSTANTIVAS A oração subordinada substantiva tem valor de substantivo e vem introduzida, geralmente, por conjunção integrante (que, se). Por Exemplo: Suponho

que você foi à biblioteca hoje. Oração Subordinada Substantiva se o presidente já chegou?

Você sabe

Oração Subordinada Substantiva Os pronomes interrogativos (que, quem, qual) também introduzem as orações subordinadas substantivas, bem como os advérbios interrogativos (por que, quando, onde, como). Veja os exemplos: O garoto perguntou

qual era o telefone da moça. Oração Subordinada Substantiva

Não sabemos

por que a vizinha se mudou.

É fundamental Oração Principal

que você compareça à reunião. Oração Subordinada Substantiva Subjetiva

Atenção: Observe que a oração subordinada substantiva pode ser substituída pelo pronome " isso". Assim, temos um período simples: É fundamental isso ou Isso é fundamental. Dessa forma, a oração correspondente a "isso" exercerá a função de sujeito. Veja algumas estruturas típicas que ocorrem na oração principal: 1- Verbos de ligação + predicativo, em construções do tipo: É bom - É útil - É conveniente - É certo - Parece certo - É claro - Está evidente - Está comprovado Por Exemplo: É bom que você compareça à minha festa. 2- Expressões na voz passiva, como: Sabe-se - Soube-se - Conta-se - Diz-se - Comenta-se - É sabido - Foi anunciado - Ficou provado Por Exemplo: Sabe-se que Aline não gosta de Pedro. 3- Verbos como:

Oração Subordinada Substantiva Classificação das Orações Subordinadas Substantivas De acordo com a função que exerce no período, a oração subordinada substantiva pode ser: a) Subjetiva É subjetiva quando exerce a função sintática de sujeito do verbo da oração principal. Observe:

convir - cumprir - constar - admirar - importar ocorrer - acontecer Por Exemplo: Convém que não se atrase na entrevista. Obs.: quando a oração subordinada substantiva é subjetiva, o verbo da oração principal está sempre na 3ª. pessoa do singular. b) Objetiva Direta

É fundamental

o seu comparecimento à reunião. Sujeito

A oração subordinada substantiva objetiva direta exerce função de objeto direto do verbo da oração principal. Por Exemplo:

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Apostila PRF Todos querem sua aprovação no vestibular. Objeto Direto

Todos querem que você seja aprovado. (Todos querem isso) Oração Principal Oração Subordinada Substantiva Objetiva Direta

As orações subordinadas substantivas objetivas diretas desenvolvidas são iniciadas por: 1- Conjunções integrantes "que" (às vezes elíptica) e "se": Por Exemplo: A professora verificou se todos alunos estavam presentes. 2- Pronomes indefinidos que, quem, qual, quanto (às vezes regidos de preposição), nas interrogações indiretas: Por Exemplo: O pessoal queria saber quem era o dono do carro importado. 3- Advérbios como, quando, onde, por que, quão (às vezes regidos de preposição), nas interrogações indiretas: Por Exemplo: Eu não sei por que ela fez isso. Orações Especiais Com os verbos deixar, mandar, fazer (chamados auxiliares causativos) e ver, sentir, ouvir, perceber(chamados auxiliares sensitivos) ocorre um tipo interessante de oração subordinada substantiva objetiva direta reduzida de infinitivo. Observe: Deixe-me repousar. Mandei-os sair. Ouvi-o gritar. Nesses casos, as orações destacadas são todas objetivas diretas reduzidas de infinitivo. E, o que é mais interessante, os pronomes oblíquos atuam todos como sujeitos dos infinitivos verbais. Essa é a única situação da língua portuguesa em que um pronome oblíquo pode atuar como sujeito. Para perceber melhor o que ocorre, convém transformar as orações reduzidas em orações desenvolvidas: Deixe que eu repouse.

Ouvi que ele gritava. Nas orações desenvolvidas, os pronomes oblíquos foram substituídos pelas formas retas correspondentes. É fácil compreender agora que se trata, efetivamente, dos sujeitos das formas verbais das orações subordinadas. c) Objetiva Indireta A oração subordinada substantiva objetiva indireta atua como objeto indireto do verbo da oração principal. Vem precedida de preposição. Por Exemplo: Meu pai insiste em meu estudo. Objeto Indireto Meu pai insiste em que eu estude. (Meu pai insiste nisso) Oração Subordinada Substantiva Objetiva Indireta Obs.: em alguns casos, a preposição pode estar elíptica na oração. Por Exemplo: Marta não gosta (de) que a chamem de senhora. Oração Subordinada Substantiva Objetiva Indireta d) Completiva Nominal A oração subordinada substantiva completiva nominal completa um nome que pertence à oração principal e também vem marcada por preposição. Por Exemplo: Sentimos orgulho de seu comportamento. Complemento Nominal Sentimos orgulho de que você se comportou. (Sentimos orgulho disso.) Oração Subordinada Substantiva Completiva Nominal Lembre-se: Observe que as orações subordinadas substantivas objetivas indiretas integram o sentido de um verbo,enquanto que orações subordinadas substantivas completivas nominais integram o sentido de um nome.Para distinguir uma da outra, é necessário levar em conta o termo complementado. Essa é, aliás, a diferença entre o objeto indireto e o complemento nominal: o primeiro complementa um verbo, o segundo, um nome.

Mandei que eles saíssem. e) Predicativa

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Apostila PRF A oração subordinada substantiva predicativa exerce papel de predicativo do sujeito do verbo da oração principal e vem sempre depois do verbo ser. Por Exemplo: Nosso desejo era sua desistência. Predicativo do Sujeito Nosso desejo era que ele desistisse. (Nosso desejo era isso.) Oração Subordinada Substantiva Predicativa Obs.: em certos casos, usa-se a preposição expletiva "de" para realce. Veja o exemplo: A impressão é de que não fui bem na prova.

formarmos outra construção, a qual exerce exatamente o mesmo papel. Veja: Esta foi uma redação cesso. Oração Principal nada Adjetiva

que fez suOração Subordi-

Perceba que a conexão entre a oração subordinada adjetiva e o termo da oração principal que ela modifica é feita pelo pronome relativo que. Além de conectar (ou relacionar) duas orações, o pronome relativo desempenha uma função sintática na oração subordinada: ocupa o papel que seria exercido pelo termo que o antecede. Obs.: para que dois períodos se unam num período composto, altera-se o modo verbal da segunda oração.

f) Apositiva A oração subordinada substantiva apositiva exerce função de aposto de algum termo da oração principal. Por Exemplo: Fernanda tinha um grande sonho: a chegada do dia de seu casamento. Aposto (Fernanda tinha um grande sonho: isso.)

Atenção: Vale lembrar um recurso didático para reconhecer o pronome relativo que: ele sempre pode ser substituído por: o qual - a qual - os quais -as quais Por Exemplo: Refiro-me ao aluno que é estudioso. Essa oração é equivalente a: Refiro-me ao aluno o qual estuda.

Fernanda tinha um grande sonho: que o dia do seu casamento chegasse. Oração Subordinada Substantiva Apositiva

Forma das Orações Subordinadas Adjetivas

Apesar de a NGB não fazer referência, podem ser incluídas como orações subordinadas substantivas aquelas que funcionam como agente da passiva iniciadas por "de" ou "por" , + pronome indefinido. Veja os exemplos:

Quando são introduzidas por um pronome relativo e apresentam verbo no modo indicativo ou subjuntivo, as orações subordinadas adjetivas são chamadas desenvolvidas. Além delas, existem as orações subordinadas adjetivas reduzidas, que não são introduzidas por pronome relativo (podem ser introduzidas por preposição) e apresentam o verbo numa das formas nominais (infinitivo, gerúndio ou particípio).

O presente será dado por quem o comprou.

Por Exemplo:

Saiba mais:

O espetáculo foi apreciado por quantos o assistiram . 2) ORAÇÕES SUBORDINADAS ADJETIVAS Uma oração subordinada adjetiva é aquela que possui valor e função de adjetivo, ou seja, que a ele equivale. As orações vêm introduzidas por pronome relativo e exercem a função de adjunto adnominal do antecedente.Observe o exemplo: Esta foi uma redação Substantivo junto Adnominal)

bem-sucedida. Adjetivo (Ad-

Note que o substantivo redação foi caracterizado pelo adjetivo bem-sucedida. Nesse caso, é possível

Ele foi o primeiro aluno que se apresentou. Ele foi o primeiro aluno a se apresentar. No primeiro período, há uma oração subordinada adjetiva desenvolvida, já que é introduzida pelo pronome relativo "que" e apresenta verbo conjugado no pretérito perfeito do indicativo. No segundo, há uma oraçãosubordinada adjetiva reduzida de infinitivo: não há pronome relativo e seu verbo está no infinitivo. Classificação das Orações Subordinadas Adjetivas Na relação que estabelecem com o termo que caracterizam, as orações subordinadas adjetivas podem atuar de duas maneiras diferentes. Há aquelas

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Apostila PRF que restringem ou especificam o sentido do termo a que se referem, individualizando-o. Nessas orações não há marcação de pausa, sendo chamadas subordinadas adjetivasrestritivas. Existem também orações que realçam um detalhe ou amplificam dados sobre o antecedente, que já se encontra suficientemente definido, as quais denominamse subordinadas adjetivas explicativas. Exemplo 1: Jamais teria chegado aqui, não fosse a gentileza de um homem que passava naquele momento. Oração Subordinada Adjetiva Restritiva Nesse período, observe que a oração em destaque restringe e particulariza o sentido da palavra "homem": trata-se de um homem específico, único. A oração limita o universo de homens, isto é, não se refere a todos os homens, mas sim àquele que estava passando naquele momento. Exemplo 2:

seu universo. Para isso, usa-se uma oração subordinada adjetiva restritiva. Exemplo 2: Mandei um telegrama para meu irmão, que mora em Roma. Nesse período, é possível afirmar com segurança que a pessoa que fala ou escreve tem apenas um irmão, o qual mora em Roma. A informação de que o irmão more em Roma não é uma particularidade, ou seja, não é um elemento identificador, diferenciador, e sim um detalhe que se quer realçar. Observações: As orações subordinadas adjetivas podem: a) Vir coordenadas entre si; Por Exemplo: É uma realidade que degrada e assusta a sociedade. e = conjunção b) Ter um pronome como antecedente.

O homem, que se considera racional, muitas vezes age animalescamente. Oração Subordinada Adjetiva Explicativa Nesse período, a oração em destaque não tem sentido restritivo em relação à palavra "homem": na verdade, essa oração apenas explicita uma ideia que já sabemos estar contida no conceito de "homem". Saiba que: A oração subordinada adjetiva explicativa é separada da oração principal por uma pausa, que, na escrita, é representada pela vírgula. É comum, por isso, que a pontuação seja indicada como forma de diferenciar as orações explicativas das restritivas: de fato, as explicativas vêm sempre isoladas por vírgulas; as restritivas, não. Obs.: ao redigir um período escrito por outrem, é necessário levar em conta as diferenças de significado que as orações restritivas e as explicativas implicam. Em muitos casos, a oração subordinada adjetiva será explicativa ou restritiva de acordo com o que se pretende dizer. Exemplo 1: Mandei um telegrama para meu irmão que mora em Roma. No período acima, podemos afirmar com segurança que a pessoa que fala ou escreve tem, no mínimo, dois irmãos, um que mora em Roma e um que mora em outro lugar. A palavra "irmão", no caso, precisa ter seu sentido limitado, ou seja, é preciso restringir

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Por Exemplo: Não sei o que vou almoçar. o = antecedente que vou almoçar = Oração Subordinada Adjetiva Restritiva 3) ORAÇÕES SUBORDINADAS ADVERBIAIS Uma oração subordinada adverbial é aquela que exerce a função de adjunto adverbial do verbo da oração principal. Dessa forma, pode exprimir circunstância de tempo, modo, fim, causa, condição, hipótese, etc. Quando desenvolvida, vem introduzida por uma das conjunções subordinativas (com exclusão das integrantes). Classifica-se de acordo com a conjunção ou locução conjuntiva que a introduz. Observe os exemplos abaixo: Naquele momento, senti uma das maiores emoções de minha vida. Adjunto Adverbial Quando vi a estátua, senti uma das maiores emoções de minha vida. Oração Subordinada Adverbial No primeiro período, "naquele momento" é um adjunto adverbial de tempo, que modifica a forma verbal "senti". No segundo período, esse papel é exercido pela oração "Quando vi a estátua", que é, portanto, uma oração subordinada adverbial temporal. Essa oração é desenvolvida, pois é introduzida por umaconjunção subordinativa (quando) e apresenta uma forma verbal do modo indicativo

Apostila PRF ("vi", do pretérito perfeito do indicativo). Seria possível reduzi-la, obtendo-se: Ao ver a estátua, senti uma das maiores emoções de minha vida. A oração em destaque é reduzida, pois apresenta uma das formas nominais do verbo ("ver" no infinitivo) e não é introduzida por conjunção subordinativa, mas sim por uma preposição ("a", combinada com o artigo "o"). Obs.: a classificação das orações subordinadas adverbiais é feita do mesmo modo que a classificação dos adjuntos adverbiais. Baseia-se na circunstância expressa pela oração. Circunstâncias Expressas pelas Orações Subordinadas Adverbiais a) Causa A ideia de causa está diretamente ligada àquilo que provoca um determinado fato, ao motivo do que se declara na oração principal. "É aquilo ou aquele que determina um acontecimento". Principal conjunção subordinativa causal: PORQUE Outras conjunções e locuções causais: como (sempre introduzido na oração anteposta à oração principal), pois, pois que, já que, uma vez que, visto que. Exemplos: As ruas ficaram alagadas porque a chuva foi muito forte. Como ninguém se interessou pelo projeto, não houve alternativa a não ser cancelá-lo. Já que você não vai, eu também não vou. Por ter muito conhecimento (= Porque/Como tem muito conhecimento), é sempre consultado. (Oração Reduzida de Infinitivo)

É feio que dói. (É tão feio que, em consequência, causa dor.) Nunca abandonou seus ideais, de sorte que acabou concretizando-os. Não consigo ver televisão sem bocejar. (Oração Reduzida de Infinitivo) Sua fome era tanta que comeu com casca e tudo. c) Condição Condição é aquilo que se impõe como necessário para a realização ou não de um fato. As orações subordinadas adverbiais condicionais exprimem o que deve ou não ocorrer para que se realize ou deixe de se realizar o fato expresso na oração principal. Principal conjunção subordinativa condicional: SE Outras conjunções condicionais: caso, contanto que, desde que, salvo se, exceto se, a não ser que, a menos que, sem que, uma vez que (seguida de verbo no subjuntivo). Exemplos: Se o regulamento do campeonato for bem elaborado, certamente o melhor time será campeão. Uma vez que todos aceitem a proposta, assinaremos o contrato. Caso você se case, convide-me para a festa. Não saia sem que eu permita. Conhecendo os alunos (= Se conhecesse os alunos), o professor não os teria punido. (Oração Reduzida de Gerúndio) d) Concessão As orações subordinadas adverbiais concessivas indicam concessão às ações do verbo da oração principal, isto é, admitem uma contradição ou um fato inesperado. A ideia de concessão está diretamente ligada aocontraste, à quebra de expectativa. Principal conjunção subordinativa concessiva: EMBORA

b) Consequência As orações subordinadas adverbiais consecutivas exprimem um fato que é consequência, que é efeito do que se declara na oração principal. São introduzidas pelas conjunções e locuções: que, de forma que, de sorte que, tanto que, etc., e pelas estruturas tão... que, tanto... que, tamanho... que. Principal conjunção subordinativa consecutiva: QUE (precedido de tal, tanto, tão, tamanho) Exemplos:

Utiliza-se também a conjunção: conquanto e as locuções ainda que, ainda quando, mesmo que, se bem que, posto que, apesar de que. Observe este exemplo: Só irei se ele for. A oração acima expressa uma condição: o fato de "eu" ir só se realizará caso essa condição for satisfeita. Compare agora com: Irei mesmo que ele não vá.

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Apostila PRF A distinção fica nítida; temos agora uma concessão: irei de qualquer maneira, independentemente de sua ida. A oração destacada é, portanto, subordinada adverbial concessiva. Observe outros exemplos: Embora fizesse calor, levei agasalho. Conquanto a economia tenha crescido, pelo menos metade da população continua à margem do mercado de consumo. Foi aprovado sem estudar (= sem que estudasse / embora não estudasse). (reduzida de infinitivo) e) Comparação As orações subordinadas adverbiais comparativas estabelecem uma comparação com a ação indicada pelo verbo da oração principal. Principal conjunção subordinativa comparativa: COMO Por Exemplo: Ele dorme como um urso. Utilizam-se com muita frequência as seguintes estruturas que formam o grau comparativo dos adjetivos e dos advérbios: tão... como (quanto), mais (do) que, menos (do) que. Veja os exemplos: Sua sensibilidade é tão afinada quanto a sua inteligência. O orador foi mais brilhante do que profundo. Saiba que: É comum a omissão do verbo nas orações subordinadas adverbiais comparativas. Por exemplo: Agem como crianças. (agem) Oração Subordinada Adverbial Comparativa No entanto, quando se comparam ações diferentes, isso não ocorre. Por exemplo: Ela fala mais do que faz. (comparação do verbo falar e do verbo fazer).

Outras conjunções conformativas: como, consoante e segundo (todas com o mesmo valor de conforme). Exemplos: Fiz o bolo conforme ensina a receita. Consoante reza a Constituição, todos os cidadãos têm direitos iguais. Segundo atesta recente relatório do Banco Mundial, o Brasil é o campeão mundial de má distribuição de renda. g) Finalidade As orações subordinadas adverbiais finais indicam a intenção, a finalidade daquilo que se declara na oração principal. Principal conjunção subordinativa final: A FIM DE QUE Outras conjunções finais: que, porque (= para que) e a locução conjuntiva para que. Por Exemplo: Aproximei-me dela a fim de que ficássemos amigos. Felipe abriu a porta do carro para que sua namorada entrasse. h) Proporção As orações subordinadas adverbiais proporcionais exprimem ideia de proporção, ou seja, um fato simultâneo ao expresso na oração principal. Principal locução conjuntiva subordinativa proporcional: À PROPORÇÃO QUE Outras locuções conjuntivas proporcionais: à medida que, ao passo que. Há ainda as estruturas: quanto maior... (maior), quanto maior... (menor), quanto menor... (maior), quanto menor... (menor), quanto mais...(mais), quanto mais... (menos), quanto menos... (mais), quanto menos... (menos). Exemplos: À proporção que estudávamos, acertávamos mais questões.

f) Conformidade

Visito meus amigos à medida que eles me convidam.

As orações subordinadas adverbiais conformativas indicam ideia de conformidade, ou seja, exprimem uma regra, um modelo adotado para a execução do que se declara na oração principal.

Quanto maior for a altura, maior será o tombo.

Principal conjunção subordinativa conformativa: CONFORME

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Lembre-se: À medida que é uma conjunção que expressa ideia de proporção; portanto, pode ser substituída por "à proporção que". Na medida em que exprime uma ideia de causa e equivale a "tendo em vista que" e só nesse sentido deve ser usada.

Apostila PRF Por Exemplo: Na medida em que não há provas contra esse homem, ele deve ser solto. Atenção: não use as formas “à medida em que” ou “na medida que”. i) Tempo As orações subordinadas adverbiais temporais acrescentam uma ideia de tempo ao fato expresso na oração principal, podendo exprimir noções de simultaneidade, anterioridade ou posterioridade. Principal conjunção subordinativa temporal: QUANDO Outras conjunções subordinativas temporais: enquanto, mal e locuções conjuntivas: assim que, logo que, todas as vezes que, antes que, depois que, sempre que, desde que, etc. Exemplos: Quando você foi embora, chegaram outros convidados. Sempre que ele vem, ocorrem problemas. Mal você saiu, ela chegou. Terminada a festa, todos se retiraram. (= Quando terminou a festa) (Oração Reduzida de Particípio)

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Apostila PRF Dica: Em uma boa gramática: Pisar (em) quer dizer que só pode ser usado com a preposição “em”. Ex: Não pise na grama. Pise = VTI = (em quê?) Na grama = OI

CAPÍTULO 11–REGÊNCIA VERBAL Esquema: VERBOS Ação: 



 

VTD – Verbo Transitivo direto  pede um complemento verbal sem preposição na pergunta  OD (Objeto direto) VTI – Verbo Transitivo indireto  pede um complemento verbal com preposição na pergunta  OI (Objeto indireto) VTDI - Verbo Transitivo direto e indireto  pede 2 complementos verbais  OD e OI VI – Verbo Intransitivo  não pede um complemento verbal, pois possui sentido completo.

Estado: 

VL – Verbo de Ligação  só existirá se houver junto a ele “Predicativo do Sujeito”, ou seja, VL + PRED. SUJEITO.

**REGÊNCIA: Verbo pisar = pisar algo/ pisar em algo.

Ex3: Todos / aguardaram/ você / durante 2 horas.  Sujeito/ VTD/ OD/ Locução adverbial de tempo.    

Todos = sujeito Aguardaram = VTD Você = OD Durante 2 horas = Locução adverbial de tempo = Locução adverbial (iniciada por preposição e com núcleo substantivo); OBS: O verbo aguardar pode também ser utilizado com VTI: Aguardar (Por) – só pode ser utilizado com a preposição por – sem mudança de significado: Todos/ aguardaram/ por você/ durante 2 horas.  Sujeito/ VTI/ OI/ Locução adverbial de tempo. **não precisa encontrar o núcleo do OD, porque preposição não tem função sintática. ESTUDO DOS V.L.

ESTUDO DOS V.T.D. Conceito: são verbos de sentido incompleto e devido a isso pedem complemento verbal sem que haja preposição a pergunta.

**Assistir – prestar ajuda/dar assistência/ prestar socorro. – é VTD.. Ex: A enfermeira/ assistiu / o enfermo / com paciência.  Sujeito/ VTD/ OD/ Adj. Adverbial de modo.   

Assistiu quem? VTD – sentido de prestar ajuda. O enfermo = OD com paciência. = locução adverbial de modo = adjunto adverbial de modo.

Ex2: Não pise / a grama.  

Pise o que? – VTD – sentido de esmagar; A grama = OD OBS: O verbo pisar recentemente foi registrado como VTI (com preposição “em”).

São verbos que só podem ser chamados como tal se junto a eles houver predicativo do sujeito. A Língua Portuguesa nos oferece uma lista de verbos que nasceram para serem VL:         

SER ESTAR FICAR PERMANECER CONTINUAR PARECER ANDAR (sentido de “estar” Ex: eu andei doente, andei cansado...) TORNAR-SE VIRAR

**“E se eu usar o verbo e não ter predicativo? Todo verbo que nasceu para ser VL e não tiver predicativo do sujeito é VI” VL + PREDICATIVO DO SUJEITO. Importantíssimo: Todo verbo que nasceu para ser de ligação e não possui predicativo do sujeito será, então, um verbo intransitivo. Ex: Os alunos /permaneceram /atentos.

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Apostila PRF   

Ex: Os alunos /permaneceram /em sala.  

 

o o o

Alunos = substantivo = sujeito Permaneceram = VL Atentos = adjetivo  é uma característica do sujeito predicativo do sujeito.

Alunos = substantivo = sujeito Permaneceram = VI Em sala = adj. adverbial de lugar. **O verbo “permanecer” nasceu para ser VL, mas como não há predicativo ele é VI. **VI não pede complemento, mas geralmente pede a circunstância da ação  Devemos lembra que os VL: Nunca pedem complemento verbal. São semanticamente nulos, ou seja, não conseguem atribuir ação. VERBOS INTRANSITIVOS

Dica: Em caso de dúvida, utilizar (aplicar) o verbo em questão em várias situações sem complemento e observar se isto é possível: Exemplos: Pesquei muito hoje/ Comi muito./ Estudei bem hoje. 

Todos pescaram muito hoje. o Pecaram = VI o Muito = adjunto adverbial de intensidade (a ação de pescar que foi intensificada, e não a quantidade do produto da pesca, ou seja, o peixe.) o Ontem = adj. adv. de tempo  Observe a diferença em: Todos pescaram (o quê?) muitos peixes. VTD/ OD

São verbos de sentidos completos, logo não admitem completo verbal.

 Verbos utilizados no sentido de fenômeno da natureza, serão VI.

OBS: Sobre os V é importante saber que:



Em maioria estarão associados às circunstâncias da ação (estruturas adverbiais).

Ex: MORAR o Lugar  “em” o Modo  “de” o Companhia  “com” o Ausência  “sem” Ex: Assisto / em Goiânia. VI/ Adj. Adverbial de lugar. Cuidado: Não confundir. *Deve-se sempre buscar o referencial. Ex: Namorei com você durante 10 anos.  VI (Processo da ação/ “tratar a relação”) / Adjunto adverbial de companhia. Ex: Namoro /Adriana há 8 anos.  Namoro (quem?) = VTD/ Adriana = OD Há verbos intransitivos que pela necessidade do contexto trabalham como VTD. Exemplos: “Verbos naturalmente intransitivos” o Estudar o Pescar

Chorar Comer Beber

Verbos Transitivos Indiretos (VTI) São verbos de sentido incompleto e devido a isto, pedem complemento havendo obrigatoriamente preposição na pergunta. ** O Artigo “pessoaliza” a opinião emitida (Com o uso do artigo entende-se que existe uma relação mais próxima, pessoal.), por isso, Figuras bíblicas (como “Santos”, “Deus”) e políticos, não admitem o artigo. Exemplos: 

Chamei /por Deus/ naquela hora  VTI/OI/ Adj. adv. de tempo o Chamei por quem?  No sentido de invocar ou chamar = VTI o Naquela (em + aquela)



Assistimos/ a um péssimo filme.  VTI/ OI o Assistimos A que?  no sentido de ver/presenciar = VTI

OBS: Assistir no sentido de 

Assistir = ver/visualizar = VTI  pede preposição A

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Apostila PRF 

Assistir = ter direito = VTI  pede preposição A  neste caso, o sujeito obrigatoriamente deve vir após o verbo. Ex: Assiste / ao trabalhador / o 13º salário.  (Assiste A = “ter direito”) VTI/ OI / Sujeito. ** (AO = Preposição A + Artigo O) Ex: Necessitamos /de mais algum tempo/ para cumprir o acordo.  VTI/ OI/ adj. adv. de finalidade.

Verbos Transitivos Diretos e Indiretos – VTDI São verbos de sentido incompleto e devido a isso pedem complemento verbal. Importante: É válido saber que VTDI é um verbo que “comporta” os dois tipos de complementos, mas o uso destes será determinado pelo contexto.

Exemplos: 

 

Eu/ chamei /a atenção /do teu filho.  sujeito / VTDI/ OD (coisa)/ OI (pessoa)  Relação comum (“Se fazer notado”) O brinquedo/ chamou/ a atenção/ do teu filho  Sujeito/ VTDI/ OD (coisa)/ OI (pessoa) Eu/ chamei/ o teu filho / à atenção  Sujeito/ VTDI/ OD (pessoa)/ OI (coisa)  Relação incomum ( “repreender”)

OBS: Há VTDI que ao mudarem “a relação” não incorrerão na mudança de significados. Ex: Ensinei/-o/ aestudar para a prova.  VTDI/ OD (pessoa)/ OD oracional  Relação incomum. Ensinei/-lhe/ estudar para a prova.  VTDI/ OI (pessoa)/ OD oracional **Ensinei o que? A quem? Se já foi feito uma pergunta ccom preposição, a outra pergunta deverá ser feita sem preposição.

OBS: A maioria dos VTDI utiliza a relação comum:  

OD  COISA - Ideia de coisa. OI  PESSOA - Ideia de pessoa.

ACONSELHAR (TD e I) Ex.: Aconselho-o a tomar o ônibus cedo Aconselho-lhe tomar o ônibus cedo

DAR MOSTRAR ENTREGAR AGRADECER FAZER QUERER

AGRADAR O que?  OD  coisa A quem?  OI  pessoa

No sentido de acariciar ou contentar (pede objeto direto - não tem preposição). Ex.: Agrado minhas filhas o dia inteiro. Para agradar o pai, ficou em casa naquele dia.



Ex: Mostreias fotos do meu filho a todos. o Mostrei = VTDI o Mostrei o quê? As fotos = OD (coisa) o Mostrei a quem? a todos = OI (pessoa)

OBS: Há verbos VTDI que admitem relação incomum:  

OD = pessoa OI = coisa

OBS: Há verbos VTDI que ao alternarmos sua relação mudam de significado. Lembre-se: Verbos que nasceram para ser de VL, mas não estão acompanhados de predicativo do sujeito, se tornam VI.

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No sentido de ser agradável, satisfazer (pede objeto indireto - tem preposição "a"). Ex.: As medidas econômicas do Presidente nunca agradam ao povo. AGRADECER TD e I, com a prep. A. O objeto direto sempre será a coisa, e o objeto indireto, a pessoa. Ex.: Agradecer-lhe-ei os presentes . Agradeceu o presente ao seu namorado.

Apostila PRF ASPIRAR No sentido sorver, absorver (pede objeto direto não tem preposição)

Ex.: Chamei o menino à atenção, pois estava conversando durante a aula. Chamei-o à atenção.

Ex.: Aspiro o ar fresco de Rio de Contas.

Observação

No sentido de almejar, objetivar (pede objeto indireto - tem preposição "a")

A expressão "chamar a atenção de alguém" não significa repreender, e sim fazer se notado.

Ex.: Ele aspira à carreira de jogador de futebol

EX. O cartaz chamava a atenção de todos que por ali passavam.

ASSISTIR CHEGAR, IR (Intrans.) No sentido de ver ou ter direito (TI - prep. A). Ex.: Assistimos a um bom filme.

Esses verbos exigem a prep. A, na indicação de destino, e DE, na indicação de procedência.

Assiste ao trabalhador o descanso semanal remunerado.

Observação

No sentido de prestar auxílio, ajudar (TD ou TI com a prep. A)

quando houver a necessidade da prep. A, seguida de um substantivo feminino (que exija o artigo a), ocorrerá crase (Vou à Bahia);no emprego mais freqüente, usam a preposição A e não EM

Ex.: Minha família sempre assistiu o Lar dos Velhinhos. Minha família sempre assistiu ao Lar dos Velhinhos.

Ex.: Cheguei tarde à escola. Foi ao escritório de mau humor. se houver idéia de permanência, o verbo ir seguese da preposição PARA.

No sentido de morar é intransitivo, mas exige preposição EM. Ex.: Aspirando a um cargo público, ele vai assistir em Brasília..

Ex.: Se for eleito, ele irá para Brasília. quando indicam meio de transporte no qual se chega ou se vai, então exigem EM. Ex.: Cheguei no ônibus da empresa.

AGUARDAR (TD ou TI) A delegação irá no vôo 300. Ex.:

Eles aguardavam o espetáculo . COGITAR Eles aguardavam pelo espetáculo.

CHAMAR

Pode ser TD ou TI, com a prep. EM, ou com a prep. DE.

- TD, quando significar convocar.

Ex.: Começou a cogitar uma viagem pelo litoral.

Ex.: Chamei todos os sócios, para participarem da reunião.

Hei de cogitar no caso. O diretor cogitou de demitir-se.

- TI, com a prep. POR, quando significar invocar. COMPARECER (Intrans.) Ex.: Chamei por você insistentemente, mas não me ouviu. - TDe I, com a prep. A, quando significar repreender.

Ex.: Compareceram na sessão de cinema. Compareceram à sessão de cinema. ENSINAR - TD e I

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Apostila PRF Ex.: Ensinei-o a falar português.

(Quem tem necessidade tem necessidade de alguma coisa)

Ensinei-lhe o idioma inglês FALTAR, RESTAR E BASTAR SUBSTANTIVOS Podem ser intransitivos ou TI, com a prep. A. Ex.: Muitos alunos faltaram hoje. Três homens faltaram ao trabalho hoje . Resta aos vestibulandos estudar bastante. SIMPATIZAR E ANTIPATIZAR (TI) Com a preposição COM. Não são pronominais, portanto não existe simpatizar-se, nem antipatizar-

se.

Ex.: Sempre simpatizei com Eleodora, mas antipatizo com o irmão dela.

Admiração aversão atentado bacharel capacidade devoção doutor dúvida acerca horror impaciência medo obediência ojeriza proeminência respeito

a, por; a, para, por; a, contra; em; de, para; a, para com, por; em; de, em, sobre; a; com; a, de; a; a, por; sobre; a, com, para com, por.

SOBRESSAIR (TI) Com a preposição EM. Não é pronominal, portanto

Observação: O substantivo medo rege também a preposição "a", mas surge mais freqüentemente acompanhado da preposição "de".

não existe sobressair-se. ADJETIVOS Ex.: Quando estava no colegial, sobressaía em todas as matérias. CAPÍTULO 12–REGÊNCIA NOMINAL Regência Nominal é a relação existente entre um nome (substantivo, adjetivo ou advérbio) e os termos regidos por esse nome. A Regência Nominal determina qual é a preposição que devemos usar. Observe que não há regras específicas, pois a regência de uma palavra é um caso particular. Cada palavra pede seu complemento e rege sua preposição. Exemplos: Ela fez referência (substantivo) a este evento (complemento nominal). (Quem faz referência faz referência a alguma coisa) Eles têm necessidade (substantivo) de dinheiro (complemento nominal).

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Acessível contíguo Generoso acostumado contrário grato afável curioso hábil agradável descontente habituado alheio desejoso idêntico análogo diferente impróprio ansioso entendido indeciso apto equivalente

a; a; com; a, com; a; a, por; com, para com; de, por; em; a; com; a; a, de; de; a; a; de; para; de, para, por; em; em; a, para; a;

Apostila PRF insensível a; ávido de; escasso de; liberal com; benéfico a; essencial a, para; natural de; capaz de, para; Fácil de; necessário a; compatível com; fanático por; nocivo a; contemporâneo a, de; favorável a; paralelo a; parco em, de; propício a; semelhante a; passível de; próximo a, de; sensível a; preferível a; relacionado com; prejudicial a; relativo a; suspeito de; prestes a; vazio de; satisfeito com, de, em, por. ADVÉRBIOS: longe de; perto de. Os advérbios terminados em "-mente" tendem a seguir o regime dos adjetivos de que são formados: paralela a, paralelamente a; relativa a, relativamente a.

(sem preposição) ME NOS TE VOS O, A, SE, LHE OS, AS, SE, LHES

1ª 2ª 3ª

Agora é hora de posicionar corretamente esses pronomes:

1) Próclise: colocação do pronome antes do verbo. (PRF/ TÉCNICO/ CESPE) No período “Mas não o faça sem conhecimento de causa” , o elemento “o”, que estabelece coesão com os períodos anteriores, marca a elipse do sintagma nominal “um carro” (R.1). TEXTO: Se você quiser, compre um carro; é um conforto admirável. Mas não o faça sem conhecimento de causa, a fim de evitar desilusões futuras. Comentário: O pronome oblíquo proclítico “o” faz referência ao sintagma verbal “compre um carro”; logo o item está incorreto.

2) Mesóclise: colocação do pronome no meio do verbo.

(STF/ SUPERIOR/ CESPE/ 2008) A função sintática exercida por “a mim mesmo”, em “Tratarei a mim mesmo” corresponde a me e, por essa razão, também seria gramaticalmente correta a seguinte redação: Tratarei-me. TEXTO:Tratarei a mim mesmo como um objeto.

Comentário: Neste item, houve um erro de colocação pronominal em “tratarei-me”; sendo assim, a alternativa está incorreta. Visto que o

CAPÍTULO 13–COLOCAÇÃO PRONOMINAL

verbo “tratarei” está no futuro do presente, de-

A colocação pronominal está diretamente ligada à po-

verá, então, ocorrer a mesóclise. A forma cor-

sição que os pronomes oblíquos átonos ocupam em

reta seria “tratar-me-ei”, pois se observa o uso

relação aos verbos, podendo apresentar-se em casos

do pronome oblíquo mesoclítico “me”.

de próclise, mesóclise e ênclise.

PRONOMES PESSOAIS OBLÍQUOS ÁTONOS

3) Ênclise: colocação do pronome depois do verbo.

103

Apostila PRF (TELEBRAS/ SUPERIOR/ CESPE) Estaria mantida a

ção desses nos bens e serviços produzidos e comer-

correção gramatical do texto caso fosse inserido, logo

cializados pelas organizações e pela sociedade. Des-

apos a forma verbal “dizendo”, o pronome lhe ― di-

tacam-se, sobretudo, a maior velocidade, a confiabi-

zendo-lhe ―, elemento que exerceria a função de

lidade e o baixo custo de transmissão, armazena-

complemento indireto do verbo, retomando, por coe-

mento e processamento de enormes quantidades de

são, “Marconi”. TEXTO:Em busca de mais recursos,

conhecimentos codificados e de outros tipos de infor-

Marconi escreveu ao governo italiano, mas um funci-

mação.

onário descartou a ideia, dizendo que era melhor

Helena Maria Martins Lastres et al. Desafios e opor-

apresentá-la em um manicômio.

tunidades da era do conhecimento.

Comentário: Observe-se que caberia perfeita-

In: São Paulo em Perspectiva, 16(3), 2002, p. 60-1

mente o pronome “lhe” após a forma verbal “di-

(com adaptações).

zendo”, retomando o termo “Marconi”; por isso o item está correto. Note-se ainda que se tem o

(SERPRO/ SUPERIOR/ CESPE) A correção gramati-

uso do pronome oblíquo enclítico.

cal do texto seria mantida, caso a mesma forma de colocação do pronome "se" no segmento "que se fazer esforço" - anteposição à forma verbal - fosse em-

IMPORTANTE: Lembre-se de que o pronome pessoal

pregada em "aumenta-se", "notam-se" e "Destacam-

oblíquo átono jamais poderá iniciar uma frase.

se".

O novo milênio — designado como era do conheci-

Comentário: No trecho “que se fazer esforço”,

mento, da informação — é marcado por mudanças de

ocorre um exemplo de próclise. A alternativa

relevante importância e por impactos econômicos, po-

propõe que, nos sintagmas verbais “aumenta-

líticos e sociais. Em épocas de transformações tão ra-

se”, “notam-se” e “Destacam-se”, desloca-se o

dicais e abrangentes como essa, caracterizada pela

pronome “se” para antes das formas verbais, co-

transição de uma era industrial para uma baseada no

locando-os em função proclítica. Entretanto, não

conhecimento, aumenta-se o grau de indefinições e

possível fazer essa inversão porque o pronome

incertezas. Há, portanto, que se fazer esforço redo-

do caso oblíquo átono nunca poderá iniciar uma

brado para identificar e compreender esses novos

frase. Logo, o item está incorreto.

processos — o que exige o desenvolvimento de um novo quadro conceitual e analítico que permita captar, mensurar e avaliar os elementos que determinam essas mudanças — e para distinguir, entre as características e tendências emergentes, as que são mais duradouras das que são transitórias, ou seja, lidar com a necessidade do que Milton Santos resumiu como distinguir o modo da moda. No novo padrão técnico-econômico, notam-se a cres-

CASOS DE PRÓCLISE OBRIGATÓRIA Será o obrigatório o uso do pronome proclítico quando houver um fator de atração, isto é, um vocábulo ou expressão que atraia o pronome oblíquo átono para antes do verbo.

cente inovação, intensidade e complexidade dos conhecimentos desenvolvidos e a acelerada incorpora-

SÃO FATORES DE PRÓCLISE (ATRAÇÃO) 1) ADVÉRBIOS

104

Apostila PRF (TRANSPETRO / SUPERIOR/ ADAPTADA/ CES-

Comentário: alternativa incorreta. O pronome

GRANRIO) Segundo a norma culta, é possível inver-

pessoal do caso reto “elas” somente exercerá

ter a colocação do pronome em “se sabia” por “sabia-

função sintática de sujeito ou no máximo de pre-

se”. TEXTO: Como já se sabia, o ser humano adapta-

dicativo do sujeito. Como complemento do

se rapidamente a novas condições de vida.

verbo, deve-se utilizar os pronomes pessoais do

Comentário: O vocábulo “já” é um advérbio de

caso oblíquo; logo, a substituição ocasionaria

tempo, e exige que o pronome oblíquo “se” ve-

erro gramatical na estrutura. Note-se, ainda, que

nha obrigatoriamente antecedido do verbo;

o termo “nem” é uma palavra negativa e exige a

logo, o item está incorreto.

próclise.

2) PALAVRAS NEGATIVAS 3) PRONOMES DEMONSTRATIVOS

A Carta de Pero Vaz de Caminha De ponta a ponta é toda praia rasa, muito plana e bem formosa. Pelo sertão, pareceu-nos do mar muito grande, porque a estender a vista não podíamos ver senão terra e arvoredos, parecendo-nos terra muito longa. Nela, até agora, não pudemos saber que haja ouro nem prata, nem nenhuma coisa de metal, nem de ferro; nem as vimos. Mas, a terra em si é muito

(CORREIOS/ ANALISTA/ ADAPTADA/ CESPE) No segmento “isto me obrigaria a escrever outra mensagem para explicar a mudança”, o pronome me poderia sem prejuízo gramatical ser escrito também após a forma verbal “obrigaria”, tendo-se, portanto, a seguinte reescritura: isto obrigaria-me a escrever outra mensagem.

boa de ares, tão frios e temperados, como os de En-

Comentário: Deve-se utilizar a próclise, pois o

tre-Douro e Minho, porque, neste tempo de agora, as-

vocábulo “isto” é um pronome demonstrativo e

sim os achávamos como os de lá. Águas são muitas

atrai o pronome para antes do verbo. Dessa

e infindas. De tal maneira é graciosa que, querendo

forma, a alternativa está incorreta.

aproveitá-la dar-se-á nela tudo por bem das águas que tem. (In: Cronistas e viajantes. São Paulo: Abril Educa-

4) PRONOMES RELATIVOS

ção, 1982. p. 12-23. Literatura Comentada. Com

(TJ-RO/TÉCNICO/ CESPE) Seria mantida a correção

adaptações)

gramatical do texto caso o trecho “que se acelerou”

(DETRAN-RN/ ANALISTA/ FGV) Uma opção correta

fosse substituído por que acelerou-se. TEXTO: Os

de acordo com a norma culta seria substituir “nem as

partidos de massa, vinculados às camadas populares,

vimos” por “nem vimos elas”.

com matizes ideológicos mais pronunciados, surgiram apenas em uma fase mais recente da história do país, como consequência do processo de industrialização, que se acelerou a partir dos anos 50 do século passado.

105

Apostila PRF Comentário: a partícula “que” é um pronome re-

Comentário: mesmo que haja o fator de atração,

lativo, que exige próclise. Obrigatoriamente, o

ou seja, o advérbio “não”, o verbo no infinitivo

pronome “se” deverá localizar-se antes da

sempre admitirá a ênclise. Isto quer dizer que o

forma verbal “acelerou”; portanto, o item está

pronome poderá se posicionar antes ou depois

incorreto.

do verbo; por isso o item está correto.

5) PRONOMES INDEFINIDOS (MINISTÉRIO DA DEFESA/ MÉDIO/ ADAPTADA/

2 – Verbos no futuro e no particípio jamais admitirão a

VUNESP) O pronome está posicionado em conformi-

ênclise.

dade com a norma-padrão da língua na expressão

(PETROBRAS/

“ninguém recusou-se”. TEXTO: Ninguém recusou-se

GRANRIO) A colocação do pronome átono destacado

a arrumar as malas no carro.

está incorreta na sentença a seguir: “Disse que, por

Comentário: o vocábulo “ninguém” é um pro-

SUPERIOR/

ADAPTADA/

CES-

vezes, temos equivocado-nos nesse assunto”.

nome indefinido, e exige que o pronome oblíquo

Comentário: a forma verbal “equivocado” está

“se” seja inserido antes da forma verbal “recu-

no particípio; por isso o pronome oblíquo átono

sou”. Sendo assim a alternativa está incorreta.

“nos” deverá localizar-se antes desse verbo. Portanto, a construção correta seria: Disse que, por vezes, temos nos equivocado.

6) CONJUNÇÕES SUBORDINATIVAS (TJ-SP/ MÉDIO/ ADAPTADA/ VUNESP) A colocação do pronome no trecho “quando teme-se” está de acordo com o português padrão. TEXTO: O efeito ocorre sobretudo quando teme-se uma doença ou o tratamento a ser enfrentado. Comentário: o termo “quando” é um conjunção subordinativa adverbial temporal, que exige a próclise. O pronome “se” deve se alocado antes da forma verbal “teme”; por isso o item está er-

3 – A expressão “em + verbo no gerúndio” exige a próclise. (BRB/ MÉDIO/ ADAPTADA/ INSTITUTO DATA RIO) Na expressão “em se tratando”, o pronome oblíquo átono “se” respeita as regras de colocação dos pronomes. TEXTO:Em se tratando de denúncias contra funcionários do alto escalão, nada o impedia de divulgar informações esclarecedoras. Comentário: note-se que foi usado de forma cor-

rado.

reta o pronome oblíquo átono “se”, pois, quando OBSERVAÇÕES IMPORTANTES

1 – Verbos no infinitivo sempre admitirão a ênclise.

houver preposição “em” com verbo no gerúndio, deve-se utilizar a próclise. O item, portanto, está

(STF/ MÉDIO/ CESPE) No trecho “o não importar-se com o que ocorra”, é opcional a colocação do pronome “se” antes de “importar-se”: o não se importar

4 – Frases que exprimem desejo exigem a próclise.

com o que ocorra. TEXTO: É o medo que engendra

Bons ventos a levem, Marta!

a omissão, o não importar-se com o que ocorra, ou o não assumir-se em nada.

MESÓCLISE 1) Verbos no futuro do presente. Dar-te-ei as flores quando chegares.

106

Apostila PRF 2) Verbos no futuro do pretérito. Realizar-se-ia uma nova proposta para deixar o projeto mais claro.

APOSSÍNCLISE Consiste na colocação do pronome oblíquo átono entre duas palavras atrativas. (CÂMARA

DOS

DEPUTADOS/ANALISTA/

CESPE)A colocação pronominal no português do Brasil é variável, por isso, em “quase se não pode extratar nada”, estaria gramaticalmente correta qualquer uma destas opções: quase não se pode extratar nada ou quase não pode-se extratar nada. Comentário: note-se que os vocábulos “quase” e “não” são palavras atrativas; neste caso, ocorre a chamada apossínclise por haver dois fatores de atração. É possível fazer as seguintes construções: quase não se pode extratar nada ou quase se não pode extratar nada. No entanto, o item está incorreto por afirma que poderia deslocar o pronome para após a forma verbal “pode”.

107

Apostila PRF CAPÍTULO 14–CONCORDÂNCIA NOMINAL

EX: É proibida a entrada de meninas.

1. Substantivo + Substantivo... + Adjetivo EX: Ternura e amor humano. EX: Amor e ternura humana. EX: Ternura e amor humanos. 2. Adjetivo + Substantivo + Substantivo + ... EX: Mau lugar e hora. EX: Má hora e lugar. 3. Substantivo + Adjetivo + Adjetivo + ...

9. Pronome de tratamento (referindo-se a uma pessoa de sexo masculino) + verbo de ligação + adjetivo masculino - Quando um adjetivo modifica um pronome de tratamento que se refere a pessoa do sexo masculino, vai para o masculino. Exemplos: Sua Santidade está esperançoso. Referindo-se ao Governador, disse que Sua Excelência era generoso.

EX: Estudo as línguas inglesa e portuguesa.

10. Nós / Vós + verbo + adjetivo

EX: Estudo a língua inglesa e (a) portuguesa.

Quando um adjetivo modifica os pronomes "nós / vós", empregados no lugar de "eu / tu", vai para singular.

EX: Os poderes temporal e espiritual. EX: O poder temporal e (o) espiritual. 4. Ordinal + Ordinal + ... + Substantivo EX: A primeira e segunda lição. EX: A primeira e segunda lições.

Exemplos: Vós (= tu) estais enganado. Nós (= eu) fomos acolhido muito bem. Sejamos (nós = eu) breve.

5. Substantivo + Ordinal + Ordinal + ... EX: As cláusulas terceira, quarta e quinta.

CAPÍTULO 15–CONCORDÂNCIA VERBAL

6. Um e outro / Nem um nem outro + Substantivo

Ocorre quando o verbo se flexiona para concordar com seu sujeito.

EX: Um e outro aspecto.

a) Sujeito Simples

EX: Nem um nem outro argumento.

Regra Geral

7. Um e outro + Substantivo + Adjetivo

O sujeito sendo simples, com ele concordará o verbo em número e pessoa. Veja os exemplos:

EX: Um e outro aspecto obscuros. EX: Uma e outra causa juntas. 8. Substantivo + é bom / é preciso / é proibido EX: Maçã é bom para a saúde.

A orquestra longa. 3ª p. Singular

tocou

uma valsa

3ª p. Singular

Os pares que rodeavam a nós dançavam bem. 3ª p. Plural 3ª p. Plural

EX: É preciso cautela. EX: É proibido entrada. OBS: Quando há determinação do sujeito, a concordância efetua-se normalmente:

Casos Particulares Há muitos casos em que o sujeito simples é constituído de formas que fazem o falante hesitar no momento de estabelecer a concordância com o verbo. Às ve-

108

Apostila PRF zes, a concordância puramente gramatical é contaminada pelo significado de expressões que nos transmitem noção de plural, apesar de terem forma de singular ou vice-versa. Por isso, convém analisar com cuidado os casos a seguir. 1) Quando o sujeito é formado por uma expressão partitiva (parte de, uma porção de, o grosso de, metade de, a maioria de, a maior parte de, grande parte de...) seguida de um substantivo ou pronome no plural, o verbo pode ficar no singular ou no plural. Por Exemplo: A maioria dos jornalistas aprovou / aprovaram a ideia. Metade dos candidatos não apresentou / apresentaram nenhuma proposta interessante. Esse mesmo procedimento pode se aplicar aos casos dos coletivos, quando especificados: Por Exemplo: Um bando de vândalos destruiu / destruíram o monumento.

Obs.: nesses casos, o uso do verbo no singular enfatiza a unidade do conjunto; já a forma plural confere destaque aos elementos que formam esse conjunto.

2) Quando o sujeito é formado por expressão que indica quantidade aproximada (cerca de, mais de, menos de, perto de...) seguida de numeral e substantivo, o verbo concorda com o substantivo. Observe: Cerca de mil pessoas participaram da manifestação. Perto de quinhentos alunos compareceram à solenidade. Mais de um atleta estabeleceu novo recorde nas últimas Olimpíadas.

verbo deve ficar no singular. Quando há artigo no plural, o verbo deve ficar o plural. Exemplos: Os Estados Unidos possuem grandes universidades. Alagoas impressiona pela beleza das praias. As Minas Gerais são inesquecíveis. Minas Gerais produz queijo e poesia de primeira. Os Sertões imortalizaram Euclides da Cunha. 4) Quando o sujeito é um pronome interrogativo ou indefinido plural (quais, quantos, alguns, poucos, muitos, quaisquer, vários) seguido por "de nós" ou "de vós", o verbo pode concordar com o primeiro pronome (na terceira pessoa do plural) ou com o pronome pessoal. Veja: Quais de nós são / somos capazes? Alguns de vós sabiam / sabíeis do caso? Vários de nós propuseram / propusemos sugestões inovadoras.

Obs.: veja que a opção por uma ou outra forma indica a inclusão ou a exclusão do emissor. Quando alguém diz ou escreve "Alguns de nós sabíamos de tudo e nada fizemos", esta pessoa está se incluindo no grupo dos omissos. Isso não ocorre quando alguém diz ou escreve "Alguns de nós sabiam de tudo e nada fizeram.", frase que soa como uma denúncia.

Nos casos em que o interrogativo ou indefinido estiver no singular, o verbo ficará no singular. Por Exemplo:

Obs.: quando a expressão "mais de um" se associar a verbos que exprimem reciprocidade, o plural é obrigatório:

Por Exemplo: Mais de um colega se ofenderam na tumultuada discussão de ontem. (ofenderam um ao outro) 3) Quando se trata de nomes que só existem no plural, a concordância deve ser feita levando-se em conta a ausência ou presença de artigo. Sem artigo, o

Qual de nós é capaz? Algum de vós fez isso. 5) Quando o sujeito é formado por uma expressão que indica porcentagem seguida de substantivo, o verbo deve concordar com o substantivo. Exemplos: 25% do orçamento do país deve destinar-se à Educação. 85% dos entrevistados não aprovam a administração do prefeito.

109

Apostila PRF 1% do eleitorado aceita a mudança. 1% dos alunos faltaram à prova. Quando a expressão que indica porcentagem não é seguida de substantivo, o verbo deve concordar com o número. Veja: 25% querem a mudança. 1% conhece o assunto. 6) Quando o sujeito é o pronome relativo "que", a concordância em número e pessoa é feita com oantecedente do pronome. Exemplos: Fui eu que paguei a conta. Fomos nós que pintamos o muro. És tu que me fazes ver o sentido da vida. Ainda existem mulheres que ficam vermelhas na presença de um homem.

8) Quando o sujeito é o pronome relativo "quem", pode-se utilizar o verbo na terceira pessoa do singular ou em concordância com o antecedente do pronome. Exemplos: Fui eu quem pagou a conta. / Fui eu quem paguei a conta. Fomos nós quem pintou o muro. / Fomos nós quem pintamos o muro. 9) Quando o sujeito é um pronome de tratamento, o verbo fica na 3ª pessoa do singular ou plural. Por Exemplo: Vossa Excelência é diabético? Vossas Excelências vão renunciar?

7) Com a expressão "um dos que", o verbo deve assumir a forma plural.

10) A concordância dos verbos bater, dar e soar se dá de acordo com o numeral.

Por Exemplo:

Por Exemplo:

Ademir da Guia foi um dos jogadores que mais encantaram os poetas. Se você é um dos que admiram o escritor, certamente lerá seu novo romance.

Deu uma hora no relógio da sala. Deram cinco horas no relógio da sala.

Obs.: caso o sujeito da oração seja a palavra relógio, sino, torre, etc., o verbo concordará com esse sujeito. Atenção:

Por Exemplo:

A tendência, na linguagem corrente, é a concordância no singular. O que se ouve efetivamente, são construções como: "Ele foi um dos deputados que mais lutou para a aprovação da emenda". Ao compararmos com um caso em que se use um adjetivo, temos: "Ela é uma das alunas mais brilhante da sala." A análise da construção acima torna evidente que a forma no singular é inadequada. Assim, as formas aceitáveis são: " Das alunas mais brilhantes da sala, ela é uma." " Dos deputados que mais lutaram pela aprovação da emenda, ele é um".

O tradicional relógio da praça matriz dá nove horas.

11) Verbos Impessoais: por não se referirem a nenhum sujeito, são usados sempre na 3ª pessoa do singular. São verbos impessoais: Haver no sentido de existir; Fazer indicando tempo; Aqueles que indicam fenômenos da natureza. Exemplos: Havia muitas garotas na festa. Faz dois meses que não vejo meu pai. Chovia ontem à tarde. b) Sujeito Composto 1) Quando o sujeito é composto e anteposto ao verbo, a concordância se faz no plural: Exemplos: Pai e filho Sujeito

110

conversavam longamente.

Apostila PRF Pais e filhos devem conversar com frequência. Sujeito 2) Nos sujeitos compostos formados por pessoas gramaticais diferentes, a concordância ocorre da seguinte maneira: a primeira pessoa do plural prevalece sobre a segunda pessoa, que por sua vez, prevalece sobre a terceira. Veja: Teus irmãos, tu e eu tomaremos a decisão. Primeira Pessoa do Plural (Nós) Tu e teus irmãos tomareis a decisão. Segunda Pessoa do Plural (Vós) Pais e filhos precisam respeitar-se. Terceira Pessoa do Plural (Eles)

Descaso e desprezo marcam / marca seu comportamento. 2) Quando o sujeito composto é formado por núcleos dispostos em gradação, o verbo pode ficar no plural ou concordar com o último núcleo do sujeito. Por Exemplo: Com você, meu amor, uma hora, um minuto, um segundo me satisfazem / satisfaz. No primeiro caso, o verbo no plural enfatiza a unidade de sentido que há na combinação. No segundo caso, o verbo no singular enfatiza o último elemento da série gradativa. 3) Quando os núcleos do sujeito composto são unidos por "ou" ou "nem", o verbo deverá ficar no plural se a declaração contida no predicado puder ser atribuída a todos os núcleos. Por Exemplo: Drummond ou Bandeira representam a essência da poesia brasileira. Nem o professor nem o aluno acertaram a resposta.

Obs.: quando o sujeito é composto, formado por um elemento da segunda pessoa e um da terceira, é possível empregar o verbo na terceira pessoa do plural. Aceitase, pois, a frase: "Tu e teus irmãos tomarão a decisão."

3) No caso do sujeito composto posposto ao verbo, passa a existir uma nova possibilidade de concordância: em vez de concordar no plural com a totalidade do sujeito, o verbo pode estabelecer concordância com o núcleo do sujeito mais próximo. Convém insistir que isso é uma opção, e não uma obrigação. Por Exemplo: Faltaram coragem e competência. Faltou coragem e competência. 4) Quando ocorre ideia de reciprocidade, no entanto, a concordância é feita obrigatoriamente no plural.Observe: Abraçaram-se vencedor e vencido. Ofenderam-se o jogador e o árbitro.

Casos Particulares 1) Quando o sujeito composto é formado por núcleos sinônimos ou quase sinônimos, o verbo pode ficar noplural ou no singular. Por Exemplo:

Quando a declaração contida no predicado só puder ser atribuída a um dos núcleos do sujeito, ou seja, se osnúcleos forem excludentes, o verbo deverá ficar no singular. Por Exemplo: Roma ou Buenos Aires será a sede da próxima Olimpíada. Você ou ele será escolhido. (Só será escolhido um) 4) Com as expressões "um ou outro" e "nem um nem outro", a concordância costuma ser feita no singular, embora o plural também seja praticado. Por Exemplo: Um e outro compareceu / compareceram à festa. Nem um nem outro saiu / saíram do colégio. 5) Quando os núcleos do sujeito são unidos por "com", o verbo pode ficar no plural. Nesse caso, os núcleos recebem um mesmo grau de importância e a palavra "com" tem sentido muito próximo ao de "e". Veja: O pai com o filho montaram o brinquedo. O governador com o secretariado traçaram os planos para o próximo semestre. Nesse mesmo caso, o verbo pode ficar no singular, se a ideia é enfatizar o primeiro elemento. O pai com o filho montou o brinquedo. O governador com o secretariado traçou os planos para o próximo semestre.

111

Apostila PRF

Obs.: com o verbo no singular, não se pode falar em sujeito composto. O sujeito é simples, uma vez que as expressões "com o filho" e "com o secretariado" são adjuntos adverbiais de companhia. Na verdade, é como se houvesse uma inversão da ordem. Veja: "O pai montou o brinquedo com o filho." "O governador traçou os planos para o próximo semestre com o secretariado."

Precisa-se de governantes interessados em civilizar o país. Confia-se em teses absurdas. Era-se mais feliz no passado. Quando pronome apassivador, o "se" acompanha verbos transitivos diretos (VTD) e transitivos diretos e indiretos (VTDI) na formação da voz passiva sintética. Nesse caso, o verbo deve concordar com o sujeito da oração. Exemplos: Construiu-se um posto de saúde. Construíram-se novos postos de saúde. Não se pouparam esforços para despoluir o rio. Não se devem poupar esforços para despoluir o rio. 2) O Verbo "Ser" A concordância verbal se dá sempre entre o verbo e o sujeito da oração. No caso do verbo ser, essa concordância pode ocorrer também entre o verbo e o predicativo do sujeito.

6) Quando os núcleos do sujeito são unidos por expressões correlativas como: "não só...mas ainda", "não somente"..., "não apenas...mas também", "tanto...quanto", o verbo concorda de preferência no plural. Não só a seca, mas também o pouco caso castigam o Nordeste. Tanto a mãe quanto o filho ficaram surpresos com a notícia. 7) Quando os elementos de um sujeito composto são resumidos por um aposto recapitulativo, a concordância é feita com esse termo resumidor. Por Exemplo: Filmes, novelas, boas conversas, nada o tirava da apatia. Trabalho, diversão, descanso, tudo é muito importante na vida das pessoas. Outros Casos

1) O Verbo e a Palavra "SE" Dentre as diversas funções exercidas pelo "se", há duas de particular interesse para a concordância verbal: a) quando é índice de indeterminação do sujeito; b) quando é partícula apassivadora. Quando índice de indeterminação do sujeito, o "se" acompanha os verbos intransitivos, transitivos indiretose de ligação, que obrigatoriamente são conjugados na terceira pessoa do singular. Exemplos:

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O verbo ser concordará com o predicativo do sujeito: a) Quando o sujeito for representado pelos pronomes - isto, isso, aquilo, tudo, o - e o predicativo estiver noplural. Exemplos: Isso são lembranças inesquecíveis. Aquilo eram problemas gravíssimos. O que eu admiro em você são os seus cabelos compridos. b) Quando o sujeito estiver no singular e se referir a coisas, e o predicativo for um substantivo no plural. Exemplos: Nosso piquenique foram mas. Sujeito tivo do Sujeito Sua rotina Sujeito jeito

eram



guloseiPredica-

só alegrias. Predicativo do Su-

Se o sujeito indicar pessoa, o verbo concorda com esse sujeito. Por Exemplo: Gustavo era só decepções. Minhas alegrias é esta criança.

Apostila PRF

Obs.: admite-se a concordância no singular quando se deseja fazer prevalecer um elemento sobre o outro. Por Exemplo: A vida é ilusões.

c) Quando o sujeito for pronome interrogativo que ou quem. Por Exemplo: Que são esses papéis? Quem são aquelas crianças?

3) O Verbo "Parecer" O verbo parecer, quando seguido de infinitivo, admite duas concordâncias: a) Ocorre variação do verbo parecer e não se flexiona o infinitivo. Por Exemplo: Alguns colegas pareciam chorar naquele momento. b) A variação do verbo parecer não ocorre, o infinitivo sofre flexão. Por Exemplo: Alguns colegas parecia chorarem naquele momento.

Obs.: a primeira construção é considerada corrente, enquanto a segunda, literária. Atenção: Com orações desenvolvidas, o verbo parecer fica no singular. Por Exemplo: As paredes parece que têm ouvidos. (Parece que as paredes têm ouvidos.)

CAPÍTULO 16–CRASE CRASE A palavra crase é de origem grega e significa "fusão", "mistura". Na língua portuguesa, é o nome que se dá à "junção" de duas vogais idênticas. É de grande importância a crase da preposição "a" com o artigo feminino "a" (s), com o pronome demonstrativo "a" (s), com o "a" inicial dos pronomes aquele (s), aquela (s), aquilo e com o"a" do relativo a qual (as quais). Na escrita, utilizamos o acento grave ( ` ) para indicar a crase. O uso apropriado do acento grave, depende da compreensão da fusão das duas vogais. É fundamental também, para o entendimento da crase, dominar a regência dos verbos e nomes que exigem a preposição "a". Aprender a usar a crase, portanto, consiste em aprender a verificar a ocorrência simultânea de uma preposição e um artigo ou pronome. Observe: Vou a a igreja. Vou à igreja. No exemplo acima, temos a ocorrência da preposição "a", exigida pelo verbo ir (ir a algum lugar) e a ocorrência do artigo "a" que está determinando o substantivo feminino igreja. Quando ocorre esse encontro das duas vogais e elas se unem, a união delas é indicada pelo acento grave. Observe os outros exemplos: Conheço a aluna. Refiro-me à aluna. No primeiro exemplo, o verbo é transitivo direto (conhecer algo ou alguém), logo não exige preposição e a crase não pode ocorrer. No segundo exemplo, o verbo é transitivo indireto (referir-se a algo ou a alguém) e exige a preposição "a". Portanto, a crase é possível, desde que o termo seguinte seja feminino e admita o artigo feminino "a" ou um dos pronomes já especificados. Há duas maneiras de verificar a existência de um artigo feminino "a" (s) ou de um pronome demonstrativo "a" (s) após uma preposição "a": 1- Colocar um termo masculino no lugar do termo feminino que se está em dúvida. Se surgir a formaao, ocorrerá crase antes do termo feminino. Veja os exemplos: Conheço "a" aluna. / Conheço o aluno. Refiro-me ao aluno. / Refiro-me à aluna. 2- Trocar o termo regente acompanhado da preposição a por outro acompanhado de uma preposição diferente (para, em, de, por, sob, sobre). Se essas preposições não se contraírem com o artigo, ou seja, se não surgirem novas formas (na (s), da (s), pela (s),...), não haverá crase. Veja os exemplos:

113

Apostila PRF - Penso na aluna. - Apaixonei-me pela aluna. - Começou a brigar. - Cansou de brigar. - Insiste em brigar. - Foi punido por brigar. - Optou por brigar.

Atenção: lembre-se sempre de que não basta provar a existência da preposição "a" ou do artigo "a", é preciso provar que existem os dois. Evidentemente, se o termo regido não admitir a anteposição do artigo feminino "a" (s), não haverá crase. Veja os principais casos em que a crase NÃO ocorre:

Ele fez referência a Vossa Excelência no discurso de ontem. Peço a Vossa Senhoria que aguarde alguns minutos. Mostrarei a vocês nossas propostas de trabalho. Quero informar a algumas pessoas o que está acontecendo. Isso não interessa a nenhum de nós. Aonde você pretende ir a esta hora? Agradeci a ele, a quem tudo devo. Os poucos casos em que ocorre crase diante dos pronomes podem ser identificados pelo método explicado anteriormente. Troque a palavra feminina por uma masculina, caso na nova construção surgir a forma ao, ocorrerá crase. Por exemplo: Refiro-me à mesma pessoa. (Refirome ao mesmo indivíduo.) Informei o ocorrido à senhora. (Informei o ocorrido ao senhor.) Peça à própria Cláudia para sair mais cedo. (Peça ao próprio Cláudio para sair mais cedo.) - Diante de numerais cardinais: Chegou a duzentos o número de feridos. Daqui a uma semana começa o campeonato.

- Diante de substantivos masculinos: Andamos a cavalo. Fomos a pé. Passou a camisa a ferro. Fazer o exercício a lápis. Compramos os móveis a prazo. Assisitimos a espetáculos magníficos. - Diante de verbos no infinitivo: A criança começou a falar. Ela não tem nada a dizer. Estavam a correr pelo parque. Estou disposto a ajudar. Continuamos a observar as plantas. Voltamos a contemplar o céu. Obs.: como os verbos não admitem artigos, constatamos que o "a" dos exemplos acima é apenas preposição, logo não ocorrerá crase. - Diante da maioria dos pronomes e das expressões de tratamento, com exceção das formassenhora, senhorita e dona: Diga a ela que não estarei em casa amanhã. Entreguei a todos os documentos necessários.

114

Casos em que a crase SEMPRE ocorre: - Diante de palavras femininas: Amanhã iremos à festa de aniversário de minha colega. Sempre vamos à praia no verão. Ela disse à irmã o que havia escutado pelos corredores. Sou grata à população. Fumar é prejudicial à saúde. Este aparelho é posterior à invenção do telefone. - Diante da palavra "moda", com o sentido de "à moda de" (mesmo que a expressão moda de fique subentendida): O jogador fez um gol à (moda de) Pelé. Usava sapatos à (moda de) Luís XV. O menino resolveu vestir-se à (moda de) Fidel Castro. - Na indicação de horas: Acordei às sete horas da manhã. Elas chegaram às dez horas. Foram dormir à meia-noite. Ele saiu às duas horas. Obs.: com a preposição "até", a crase será facultativa.

Apostila PRF Por exemplo: Dormiram até as/às 14 horas.

- Em locuções adverbiais, prepositivas e conjuntivas de que participam palavras femininas. Por exemplo: à medida que

à tarde

às ocultas às pressas

à noite

às claras

às escondià força das

à vontade

à beça

à larga

à escuta

às avessas

à revelia

à exceção de

à imitação de

à esquerda

às turras

às vezes

à chave

à direita

à procura à deriva

à luz

à sombra à proporção à frente de de que

à toa

à semelhança às ordens à beira de de Crase com os Pronomes Relativos A Qual, As Quais A ocorrência da crase com os pronomes relativos a qual e as quais depende do verbo. Se o verbo que rege esses pronomes exigir a preposição "a", haverá crase. É possível detectar a ocorrência da crase nesses casos, utilizando a substituição do termo regido feminino por um termo regido masculino. Por exemplo: A igreja à qual me refiro fica no centro da cidade. O monumento ao qual me refiro fica no centro da cidade. Caso surja a forma ao com a troca do termo, ocorrerá a crase.

A ocorrência da crase com o pronome demonstrativo "a" também pode ser detectada pela substituição do termo regente feminino por um termo regido masculino. Veja: Minha revolta é ligada à do meu país. Meu luto é ligado ao do meu país. As orações são semelhantes às de antes. Os exemplos são semelhantes aos de antes. Aquela rua é transversal à que vai dar na minha casa. Aquele beco é transversal ao que vai dar na minha casa. Suas perguntas são superiores às dele. Seus argumentos são superiores aos dele. Sua blusa é idêntica à de minha colega. Seu casaco é idêntico ao de minha colega. A Palavra Distância Se a palavra distância estiver especificada, determinada, a crase deve ocorrer. Por exemplo: Sua casa fica à distância de 100 quilômetros daqui. (A palavra está determinada.) Todos devem ficar à distância de 50 metros do palco. (A palavra está especificada.) Se a palavra distância não estiver especificada, a crase não pode ocorrer. Por exemplo: Os militares ficaram a distância. Gostava de fotografar a distância. Ensinou a distância. Dizem que aquele médico cura a distância. Reconheci o menino a distância. Observação: por motivo de clareza, para evitar ambiguidade, pode-se usar a crase. Veja: Gostava de fotografar à distância. Ensinou à distância. Dizem que aquele médico cura à distância. Casos em que a ocorrência da crase é FACULTATIVA - Diante de nomes próprios femininos: Observação: é facultativo o uso da crase diante de nomes próprios femininos porque é facultativo o uso do artigo. Observe:

Veja outros exemplos: São normas às quais todos os alunos devem obedecer. Esta foi a conclusão à qual ele chegou. Várias alunas às quais ele fez perguntas não souberam responder nenhuma das questões. A sessão à qual assisti estava vazia. Crase com o Pronome Demonstrativo "a"

Paula é muito bonita.

Laura é minha amiga.

A Paula é muito bonita.

A Laura é minha amiga.

Como podemos constatar, é facultativo o uso do artigo feminino diante de nomes próprios femininos, então podemos escrever as frases abaixo das seguintes formas:

115

Apostila PRF Entreguei o cartão a Paula.

Entreguei o cartão a Roberto.

Entreguei o cartão à Paula.

Entreguei o cartão ao Roberto.

A palestra vai A palestra vai até as cinco horas ou até às cinco horas da tarde. da tarde.

Contei a Laura o que Contei a Pedro o que havia ocorrido na noite havia ocorrido na noite passada. passada. Contei à Laura o que Contei ao Pedro o que havia ocorrido na noite havia ocorrido na noite passada. passada. - Diante de pronome possessivo feminino: Observação: é facultativo o uso da crase diante de pronomes possessivos femininos porque é facultativo o uso do artigo. Observe: Minha avó tem setenta anos.

Minha irmã está esperando por você.

A minha avó tem setenta anos.

A minha irmã está esperando por você.

Sendo facultativo o uso do artigo feminino diante de pronomes possessivos femininos, então podemos escrever as frases abaixo das seguintes formas: Cedi o lugar a minha Cedi o lugar a meu avó. avô. Cedi o lugar à minha Cedi o lugar ao meu avó. avô. Diga a sua irmã que Diga a seu irmão que estou esperando por estou esperando por ela. ele. Diga à sua irmã que Diga ao seu irmão estou esperando por que estou esperando ela. por ele. - Depois da preposição até: Fui até a praia.

ou

Fui até à praia.

Acompanhe-o até a porta.

ou

Acompanhe-o até à porta.

CAPÍTULO 17–PONTUAÇÃO 1- PONTO ( . ) a) indica o final de uma frase declarativa. Ex.: Estou muito feliz. b) separa períodos entre si. Ex.: Estou muito feliz. Nada é capaz de tirar minha paz de espírito. c) nas abreviaturas Ex.: Sr. / Av. / V. Ex.ª 2-DOIS-PONTOS ( : ) a) inicia a fala dos personagens. Pedro foi lacônico:— Não sei! b) antes de enumeração. Os meus poetas preferidos são poucos: Bandeira, Quintana e Castro Alves. c) antes de citação. Jesus disse: “Deixai vir a mim as criancinhas.” 3-RETICÊNCIAS ( ... ) As reticências indicam dúvidas ou hesitação de quem fala. Indicam também supressão de palavra (s) numa frase transcrita, interrupção de uma frase deixada gramaticalmente incompleta e servem de recurso quando se quer deixar o sentido da frase suspenso. — Sabe...eu queria te dizer que...esquece. “Quando penso em você (...) menos a felicidade.” — Não é que eu queira eximir-me às minhas obrigações, mas... — Ele acabou de sair. Quem sabe se você ligar mais tarde.. Nota: As reticências usadas no começo ou no fim de uma frase, podem servir para indicar que o trecho

116

Apostila PRF transcrito pertence ao corpo de uma frase que não se transcreveu desde o início ou que não se terminou. 4-PARÊNTESES ( ( ) ) a) usamos parênteses para isolar palavras, frases intercaladas de caráter explicativo e datas. Na 2ª Guerra Mundial (1939-1945), morreu muita gente. Certa noite lá em Angra (Verinha lembrava-se como se fora na véspera), encontrei um tal de Genésio.

d) complemento nominal de nome; e) oração principal da subordinada substantiva (desde que esta não seja apositiva nem apareça na ordem inversa) A vírgula no interior da oração É utilizada nas seguintes situações: a) separar o vocativo. Maria, traga-me uma xícara de café. A educação, meus amigos, é fundamental para o progresso do país.

Dica: Os parênteses também podem substituir a vírgula ou o travessão. b) separar alguns apostos. 5- PONTO DE EXCLAMAÇÃO ( ! ) a) Após vocativo Parte, Anita!

Valdete, minha antiga empregada, esteve aqui ontem.

b) Após imperativo Cale-se!

C) separar o adjunto adverbial antecipado ou intercalado.

c) Após interjeição Ex.: Ufa! Ai! Ui!

Quando chegar de viagem, procurarei por você. As pessoas, muitas vezes, são falsas.

d) Após palavras ou frases que denotem caráter emocional Ex.: Que pena!

D) separar elementos de uma enumeração.

6- PONTO DE INTERROGAÇÃO ( ? ) a) Em perguntas diretas Ex.: Como você se chama?

Precisa-se de pedreiros, serventes, carpinteiros e pintores. E) isolar expressões de caráter explicativo ou corretivo.

b) Às vezes, juntamente com o ponto de exclamação Ex.: - Quem ganhou na loteria? - Você. - Eu?!

Amanhã, ou melhor, depois de amanhã podemos nos encontrar para acertar a viagem.

7-VÍRGULA ( , ) É usada para marcar uma pausa do enunciado com a finalidade de nos indicar que os termos por ela separados, apesar de participarem da mesma frase ou oração, não formam uma unidade sintática. Ex.: Adelanta, esposa de João, foi a ganhadora única da Loteria. Podemos concluir que, quando há uma relação sintática entre termos da oração, não se pode separá-los por meio de vírgula.

Não havia, porém, motivo para tanta raiva.

Assim, não se separam por vírgula: a) predicado de sujeito; b) objeto de verbo; c) adjunto adnominal de nome;

f) separar conjunções intercaladas.

g) separar o complemento pleonástico antecipado. A mim, nada me importa. h) isolar o nome de lugar na indicação de datas. Belo Horizonte, 26 de janeiro de 2001. i) separar termos coordenados assindéticos. "Lua, lua, lua, lua, por um momento meu canto contigo compactua..." (Caetano Veloso) j) marcar a omissão de um termo (normalmente o verbo).

117

Apostila PRF Ela prefere ler jornais e eu, revistas. (omissão do verbo preferir) Termos coordenados ligados pelas conjunções e, ou, nem dispensam o uso da vírgula. Conversaram sobre futebol, religião e política. Não se falavam nem se olhavam. Ainda não me decidi se viajarei para Bahia ou Ceará. Entretanto, se essas conjunções aparecerem repetidas, com a finalidade de dar ênfase, o uso da vírgula passa a ser obrigatório. Ex.: Não fui nem ao velório, nem ao enterro, nem à missa de sétimo dia.

c) separar orações subordinadas adverbiais (desenvolvidas ou reduzidas), principalmente se estiverem antepostas à oração principal. "No momento em que o tigre se lançava, curvouse ainda mais; e fugindo com o corpo apresentou o gancho."( O selvagem - José de Alencar) d) separar as orações intercaladas. "- Senhor, disse o velho, tenho grandes contentamentos em a estar plantando..." e) separar as orações substantivas antepostas à principal. Quanto custa viver, realmente não sei.

A vírgula entre orações É utilizada nas seguintes situações: a) separar as orações subordinadas adjetivas explicativas. Meu pai, de quem guardo amargas lembranças, mora no Rio de Janeiro. b) separar as orações coordenadas sindéticas e assindéticas (exceto as iniciadas pela conjunção e ). Acordei, tomei meu banho, comi algo e saí para o trabalho. Estudou muito, mas não foi aprovado no exame. Há três casos em que se usa a vírgula antes da conjunção e: 1) quando as orações coordenadas tiverem sujeitos diferentes. Os ricos estão cada vez mais ricos, e os pobres, cada vez mais pobres. 2) quando a conjunção e vier repetida com a finalidade de dar ênfase (polissíndeto).

8- PONTO-E-VÍRGULA ( ; ) a) usa-se ponto-e-vírgula para separar os itens de uma lei, de um decreto, de uma petição, de uma seqüência, etc. Ex.: Art. 127 – São penalidades disciplinares: I- advertência; II- suspensão; III- demissão; IV- cassação de aposentadoria ou disponibilidade; V- destituição de cargo em comissão; VI- destituição de função comissionada. b) separar orações coordenadas muito extensas ou orações coordenadas nas quais já tenham tido utilizado a vírgula. Ex.: “O rosto de tez amarelenta e feições inexpressivas, numa quietude apática, era pronunciadamente vultuoso, o que mais se acentuava no fim da vida, quando a bronquite crônica de que sofria desde moço se foi transformando em opressora asma cardíaca; os lábios grossos, o inferior um tanto tenso (...) " (O visconde de Inhomerim - Visconde de Taunay)

E chora, e ri, e grita, e pula de alegria. 9- TRAVESSÃO ( - ) 3) quando a conjunção e assumir valores distintos que não seja da adição (adversidade, conseqüência, por exemplo) Coitada! Estudou muito, e ainda assim não foi aprovada.

118

a) dá início à fala de um personagem Ex.: O filho perguntou: — Pai, quando começarão as aulas?

Apostila PRF b) indicar mudança do interlocutor nos diálogos

equivalendo a "pelo qual" (ou alguma de suas flexões (pela qual, pelos quais, pelas quais).

— Doutor, o que tenho é grave? — Não se preocupe, é uma simples infecção. É só tomar um antibiótico e estará bom

Exemplos: Estes são os direitos por que estamos lutando. O túnel por que passamos existe há muitos anos.

c) unir grupos de palavras que indicam itinerário Ex.: A rodovia Belém-Brasília está em péssimo estado. Também pode ser usado em substituição à virgula em expressões ou frases explicativas Ex.: Xuxa – a rainha dos baixinhos – será mãe. 10- ASPAS ( “ ” )

POR QUÊ Caso surja no final de uma frase, imediatamente antes de um ponto (final, de interrogação, de exclamação) ou de reticências, a sequência deve ser grafada por quê, pois, devido à posição na frase, o monossílabo "que" passa a ser tônico. Exemplos: Estudei bastante ontem à noite. Sabe por quê?

a)isolar palavras ou expressões que fogem à norma culta, como gírias, estrangeirismos, palavrões, neologismos, arcaísmos e expressões populares.

Será deselegante se você perguntar novamente por quê! PORQUE

Ex.: Maria ganhou um apaixonado “ósculo” do seu admirador. A festa na casa de Lúcio estava “chocante”. Conversando com meu superior, dei a ele um “feedback” do serviço a mim requerido.

A forma porque é uma conjunção, equivalendo a pois, já que, uma vez que, como. Costuma ser utilizado em respostas, para explicação ou causa. Exemplos: Vou ao supermercado porque não temos mais frutas. Você veio até aqui porque não conseguiu telefonar?

b) indicar uma citação textual Ex.: “Ia viajar! Viajei. Trinta e quatro vezes, às pressas, bufando, com todo o sangue na face, desfiz e refiz a mala”. ( O prazer de viajar - Eça de Queirós) Se, dentro de um trecho já destacado por aspas, se fizer necessário a utilização de novas aspas, estas serão simples. ( ' ' )

PORQUÊ A forma porquê representa um substantivo. Significa "causa", "razão", "motivo" e normalmente surge acompanhada de palavra determinante (artigo, por exemplo). Exemplos:

CAPÍTULO 18–USO DOS PORQUÊS

Não consigo entender o porquê de sua ausência. Existem muitos porquês para justificar esta atitude. Você não vai à festa? Diga-me ao menos um porquê.

POR QUE A forma por que é a sequência de uma preposição (por) e um pronome interrogativo (que). Equivale a "por qual razão", "por qual motivo": Exemplos: Desejo saber por que você voltou tão tarde para casa.

Veja abaixo o quadro-resumo: Forma

Emprego

Exemplos

Por que você comprou este casaco?

Em frases interPor que ele chorou? (inrogativas (direterrogativa direta) Por que tas e indiretas)

Há casos em que por que representa a sequência preposição + pronome relativo,

Em substituição Digam-me por que ele à expressão

119

Apostila PRF "pelo qual" (e chorou. suas variações) indireta)

(interrogativa

Os bairros por que passamos eram sujos.(por que = pelos quais) Eles estão dos por quê?

Ele não veio não sei por quê. Em frases afirNão fui à festa Porque mativas e em que choveu. respostas Como tivo

cegar

Segar

(deixar cego)

(cortar, ceifar)

Cela

por-

substan- Todos sabem o porquê de seu medo.

CAPÍTULO 19 - SIGNIFICAÇÃO DE PALAVRAS Homônimos São palavras que possuem a mesma pronúncia (algumas vezes, a mesma grafia), mas significados diferentes. Veja alguns exemplos no quadro abaixo:

sela

(pequeno quarto)

(forma do verbo selar; arreio)

Censo

senso

(recenseamento)

(entendimento, juízo)

Céptico

séptico

(descrente)

(que causa infecção)

Cerração

Serração

(nevoeiro)

(ato de serrar)

Cerrar

serrar

(fechar)

(cortar)

Cervo

Servo

(veado)

(criado)

revolta-

Por quê No final de frases

Porquê

(perseguir animais) (tornar sem efeito)

chá (bebida)

xá (antigo soberano do Irã)

acender

Ascender

Cheque

(colocar fogo)

(subir)

(ordem de pagamento)

(lance no jogo de xadrez)

Círio

sírio

(vela)

(natural da Síria)

xeque

acento

assento

(sinal gráfico)

(local onde se senta)

acerto

asserto

(ato de acertar)

(afirmação)

Cito

apreçar

apressar

(forma do verbo citar)

(situado)

(ajustar o preço)

(tornar rápido) Concertar

consertar

(ajustar, combinar)

(reparar, corrigir)

concerto

Conserto

(sessão musical)

(reparo)

Coser

Cozer

(costurar)

(cozinhar)

bucheiro

Buxeiro

(tripeiro)

(pequeno arbusto)

bucho

Buxo

(estômago)

(arbusto)

Caçar

120

cassar

sito

Apostila PRF esotérico

Exotérico

(secreto)

(que se expõe em público)

espectador

Expectador

(aquele que assiste)

(aquele que tem esperança, que espera)

Esperto

Experto

(perspicaz)

(experiente, perito)

Espiar

Expiar

(observar)

(pagar pena)

tachar (atribuir defeito a)

taxar (fixar taxa)

Homônimos Perfeitos Possuem a mesma grafia e o mesmo som. Por Exemplo: Eu cedo este lugar para a professora. (cedo = verbo) Cheguei cedo para a entrevista. (cedo = advérbio de tempo)

Atenção: Espirar

expirar

(soprar, exalar)

(terminar)

Estático

extático

(imóvel)

(admirado)

Esterno

Externo

(osso do peito)

(exterior)

estrato

Extrato

(camada)

(o que se extrai de algo)

Estremar

Extremar

(demarcar)

(exaltar, sublimar)

incerto (não certo, impreciso)

Existem algumas palavras que possuem a mesma escrita (grafia), mas a pronúncia e o significado são sempre diferentes. Essas palavras são chamadas de homógrafas e são uma subclasse dos homônimos.Observe os exemplos: almoço (substantivo, nome da refeição) almoço (forma do verbo almoçar na 1ª pessoa do sing. do tempo presente do modo indicativo) gosto (substantivo) gosto (forma do verbo gostar na 1ª pessoa do sing. do tempo presente do modo indicativo)

Inserto (inserido, introduzido) Parônimos

incipiente

insipiente

(principiante)

(ignorante)

Laço

Lasso

(nó)

(frouxo)

Ruço

É a relação que se estabelece entre palavras que possuem significados diferentes, mas são muito parecidas na pronúncia e na escrita. Veja alguns exemplos no quadro abaixo. absolver

absorver

(perdoar, inocentar)

(aspirar, sorver)

apóstrofe

apóstrofo

(figura de linguagem)

(sinal gráfico)

Russo

(pardacento, grisalho)

(natural da Rússia)

tacha

Taxa

Aprender

Apreender

(prego pequeno)

(imposto, tributo)

(tomar conhecimento)

(capturar, assimilar)

121

Apostila PRF arrear

arriar

esbaforido

espavorido

(pôr arreios)

(descer, cair)

(ofegante, apressado)

(apavorado)

ascensão

assunção

estada

Estadia

(subida)

(elevação a um cargo)

(permanência em um lugar)

(permanência temporária em um lugar)

bebedor

Bebedouro

(aquele que bebe)

(local onde se bebe)

flagrante

fragrante

(evidente)

(perfumado)

Fluir

fruir

cavaleiro

cavalheiro

(que cavalga)

(homem gentil)

(transcorrer, decorrer) (desfrutar) comprimento

Cumprimento

(extensão)

(saudação)

deferir

Diferir

(atender)

(distinguir-se, divergir)

delatar

dilatar

(denunciar)

(alargar)

descrição

Discrição

(ato de descrever)

(reserva, prudência)

Descriminar

discriminar

(tirar a culpa)

(distinguir)

despensa (local onde se guardam mantimentos) Docente

Dispensa (ato de dispensar)

Fuzil

(aquilo que funde)

(arma de fogo)

imergir

emergir

(afundar)

(vir à tona)

inflação

infração

(alta dos preços)

(violação)

Infligir

Infringir

(aplicar pena)

(violar, desrespeitar)

Mandado

Mandato

(ordem judicial)

(procuração)

peão (aquele que anda a pé, domador de cavalos)

discente

(relativo a professores)

(relativo a alunos)

emigrar

Imigrar

(deixar um país)

(entrar num país)

eminência

fusível

precedente

Pião (tipo de brinquedo) Procedente

(que vem antes)

(proveniente; que tem fundamento)

ratificar

retificar

(confirmar)

(corrigir)

recrear

recriar

(divertir)

(criar novamente)

Iminência

(elevado)

(qualidade do que está iminente)

Eminente

iminente

Soar

Suar

(elevado)

(prestes a ocorrer)

(produzir som)

(transpirar)

122

Apostila PRF Sortir

Surtir

(abastecer, misturar)

(produzir efeito)

Sustar

Suster

(suspender)

(sustentar)

tráfego

Tráfico

(trânsito)

(comércio ilegal)

123

Apostila PRF e)3  {12  7  [14  23  (10  7)  20]  15}  f )32  {19  8  [7  3  12  (4  10)  8]  20}  30  g )  60  {[40  15  (10  50)  30]  100}  h)  18  42  [10  26  11]  15 

MATEMÁTICA 1 - NÚMEROS RELATIVOS INTEIROS E FRACIONÁRIOS, OPERAÇÕES E PROPRIEDADES.

Multiplicação de Números Inteiros Sinais iguais  o produto é positivo

 5   3  15  5   3  15

1.1 - Números Inteiros: Módulo de um Número Inteiro O módulo de + 8 é 8 e indica-se por |+ 8| = 8 O módulo de - 3 é 3 e indica-se por |- 3| = 3

Sinais diferentes  o produto é negativo

 5   3  15  5   3  15

Números Inteiros Opostos ou Simétricos O oposto de 6 é – 6, ou seja, | 6 | = |- 6| = 6 O oposto de – 9 é 9, ou seja, |- 9| = | 9 | = 9

Multiplicação com mais de dois fatores

Comparação de Números Inteiros O conjunto dos números inteiros (Z) pode ser representado por uma reta:

 4   3   10   120  5   8   2   5  400 Propriedades da Multiplicação

-7 -6 -5 -4 -3 -2 -1 0

1

2

3

4

5

6

7

Ao compararmos dois números inteiros, o maior será sempre o que estiver mais a direita na reta. +7>+3 +5 > 0 -2>-6 Adição de Números Inteiros

Sinais iguais :  3   6   9  3   6   9 sinais diferentes :  3   6   3  3   6   3 Subtração de Números Inteiros Subtrair dois números inteiros “a” e “b” nessa ordem, significa adicionar “a” ao oposto de “b”.

( 16) - ( 5)  ( 16)  (- 5)   11 ( 4) - (-1 2)  ( 4)  (1 2)   1 6

124

A multiplicação de dois números inteiros é sempre um número inteiro; A multiplicação de dois números inteiros é cumulativa; A multiplicação de três números inteiros é associativa; O número “+ 1” é elemento neutro da multiplicação de números inteiros. Divisão de Números Inteiros Sinais iguais  o quociente é positivo

 20    10   2  30    10   3 Sinais diferentes  o quociente é negativo

 50    50   1  300    60   5 1.2 - Números Racionais: Adição e Subtração Algébrica de Números Fracionários:

Apostila PRF 4 3 2 4  6  3  3  2  2 24  9  4 28  9 19 a)       5 10 15 30 30 30 30 10 3 2 10  4  3  1  2  2 40  3  4 39  3 13 b)       3 12 6 12 12 12  3 4 1 2 1 1  2  2  6  1  3 2  12  3 11 c)      9 3 6 18 18 18 4 3 1 2 4 3 11 92 4  6  3  3  11  12  92  2 d)   2  3      10 20 5 30 10 20 5 30 60 24  9  132  184 85  5 17    60 60  5 12

a)

3 4 6 1 1 2 7  8 15        8 2 9 2 7 3 1 4 7 28 28 1

Redução de Frações a um mesmo Denominador

4 6 e 2 3 1º) Verificar o menor denominador comum M.M.C. (3, 2) = 6 2º) Multiplicar o numerador de cada fração pelo quociente entre o denominador comum e o denominador inicial da fração.

Multiplicação de Números Fracionários: 1

4 4 1 1 :4   8 8 4 8

2

2 5 8 2 20 24 20  100  144 24 4 b)  4   3        3 6 5 3 6 5 30 30 5 1 1 5 1 11 14 1 154 15  616  601 c)1  2  3        4 5 3 4 5 3 4 15 60 60 1 6 1 10 24 10 288  10 278 139 d )4          3 2 8 9 6 72 72 72 36

8 18 e 6 6 2 - MÚLTIPLOS E DIVISORES, MÁXIMO DIVISOR COMUM E MÍNIMO MÚLTIPLO COMUM. COMUM.

2.1 - Números Primos e Compostos: Divisão de Números Fracionários: 8 4 2 6 8 14 2 10 112 20 10 36  10 26 a)           4   7 14 3 10 7 4 3 6 28 18 9 9 9 1 2 4 1 3 4 12 2 b)        9 3 5 9 2 5 90 15

 1 3  5 3   1 14  1 1   1 2  1 2 1 2 1 c)                     7 14  6 10   7 3  2 2   1 3  4 3 4 12 6 7   3 2  2 6 8 6 1 6  1 3 5  d )    4       4        2 4 2 2 8 5 7       40 7 5 7 35

Em N para que um número seja primo só pode apresentar como divisores a unidade e ele próprio (2 divisores). Em Z um número primo(p) tem 4 divisores : -1,-p,1 e p . Portanto, são primos em N:

P  2, 3, 5, 7, 11, 13, 17, 19, 23, 29, ... São primos em Z:

Tipos de Frações  Frações Próprias – o numerador é  menor que o denominador

4 8

 Frações Impróprias – quando o nu merador é maior que o denominador

6 4

 Frações Aparentes – são as frações impróprias em que o numerador é múl-  tiplo do denominador

4 2

 Frações equivalentes – são duas ou mais frações que representam a  mesma parte da unidade

4 2 e 6 3

Simplificação de Frações Simplificar uma fração é dividir seus termos por um mesmo número e obter termos menores que os iniciais.

P   2, 3, 5, 7, 11,  13,  17,  19,  23,  29, ... 1. Reconhecimento de um número primo. 41 é primo?

Observe que todas as divisões não apresentam restos nulos, portanto, 41 é primo. Outro exemplo: 23 é primo?

125

Apostila PRF Por 4: Um número é divisível por quatro quando os dois últimos algarismos que formam o número é divisível por 4. Exemplo: 1736 ,2072 , 504 , 125648 .

Observe que todas as divisões não apresentam restos nulos, portanto, 23 é primo.

Por 5: Um número é divisível por cinco quando termina em 0 ou 5. Exemplo: 105 , 1260 , 530 , 485 .

Um número composto é todo número que pode ser decomposto como um produto de fatores primos. Todo número que não é primo pode ser decomposto . Exemplo de números compostos: 4,6,8,9,10,12,14,15,...

2.4 - Máximo Divisor Comum e Mínimo Múltiplo Comum: Máximo Divisor Comum (MDC) O MDC de dois ou mais números é o produto dos fatores primos comuns, elevado ao menor expoente.

2.2 - Decomposição em fatores primos: Mínimo Múltiplo Comum (MMC) O MMC de dois ou mais números o produto dos fatores comuns e não comuns com o maior dentre seus expoentes.

30  2  3  5 25  5 2

Propriedade:

MDC (a, b) . MMC (a, b)  a . b , com a e b  IN* 1) Dados os números 30 e 25, temos que o seu MDC e MMC, serão:

50  2  5 2 35  5  7 20  2  5 2

2.3 - Divisibilidade: Regras de divisibilidade: Por 2: Um número é divisível por dois quando é par : Exemplo: 252 ,1024 ,100 ,58 , 70 . Por 3: Um número é divisível por três quando a soma dos algarismos é múltipla de 3. Exemplo: 234 , 156 , 978 , 1704 .

126

30  2  3  5 25  5 2 MDC30,25   5 MMC30,25   2  3  5 2  150 2) Dados os números 50, 35 e 20, temos que o seu MDC e MMC, serão:

Apostila PRF 50  2  5 2 35  5  7

Definição :

20  2 2  5 MDC50,35,20   5 MMC50,35,20   2  7  5  700 2

5

mn

a)2  3  2  3

2

2

4 8

3

6 2 

b)3 4  2 5  6 4 2  6 5 3  6 4 2  5 3  6 16  125  6 2000 3

c)

 2 3 12

4

 3 c)    5

3

 5     3

52  5 3

d)

23

3



53 125  3 27 3

2

4  53

2

RADICIAÇÃO

3

3

81 3  27  3 3

64  23 2 6  6 2 6  2 2

83 1 2



3

82 4



3

64 4



4 2 2

4 - EXPRESSÕES NUMÉRICAS.

9 e) 73  7

2

3

4

6

4   5 3

e) 4

f)

5

4 2 f)  5 3 2 2 2

81

3

d )6 1024  6 2 210 2  3 2 5  3 32

5 5 b) 6  5 3 46   5 7  6  513 5 3

n m

a) 2  3  5  2  3  5  30

m

8

m

Exemplos :

n

6

a b

a a

n

Exercícios : 4

n

3n m a  n  m a 4n  p a m  p  n a m

mn

n

n

3

b

mn

n

m

 1000  10   10   1000

2 n a

a a a a a a a m  a  a    b  , a  0, b  0     b a a  a n

3

n

a  a  a  a  ...  a Propriedades da potenciação : n

8  2  23  8

1n a  n b  n a  b

n

m

3

Pr opriedades :

Potenciação : definição :

n

a  b  bn  a

2

3 - NÚMEROS REAIS:

m

n

6

Calcular : a) 5  3 - [20  (14 - 8) - 11]  b) 13  {10 - [36 - 45 - (10 - 8)  6] - 2}  c) 40  10 - {7 - [4  (5 - 13) - 9]  18}  d) 100 - [200  (80 - 300)]  e)3  {12  7  [14  23  (10  7)  20]  15}  f )32  {19  8  [7  3  12  (4  10)  8]  20}  30  g )  60  {[40  15  (10  50)  30]  100}  h)  18  42  [10  26  11]  15 

127

Apostila PRF i )5  3[(8  6)  4]  j )12  2{8  4[4  6(9  12)  5]  7}  k )60  45  5[7  3(12  8)  7]  l )80  8[10  30(2  4)]  m)5   3   7    20    4  n) 25   3   35   7   o) 32    4 6  10  (9  6  3)  EXERCÍCIOS PROPOSTOS:

1) Observe o diagrama abaixo:

Em cada retângulo vazio, escreva um número, de modo que, da segunda camada mais baixa para cima, o número em um retângulo seja a soma dos números escritos nos dois retângulos em que ele se apóia. O valor de x é: a) – 36 b) – 27 c) – 8 d) -35 e) 17 2) Se A, B, e C são inteiros positivos e consecutivos tais que A < B < C, qual das seguintes expressões corresponde, necessariamente, a um número inteiro ímpar? a) ABC; b) A + B + C; c) ( A + B ) ( B + C ) d) A + BC e) ( AB ) + ( BC ) 3) Se x = 0,7867; y = a) x < y < z; c) y < x < z;

0,7867

, e z = ( 0,7867)2 então: b) x < z < y; d) y < z < x;

e) z < x < y. 4) (AFC) Os números A, B e C são inteiros positivos tais que A < B < C. Se B é a média aritmética simples entre A e C, então necessariamente a razão ( B – A ) / ( C – B ) é igual a: a) A / A b) A / B c) A / C

128

d) B / C e) (B/B) 5) Numa adição com três parcelas, o total era 58. Somando-se 13 à primeira parcela. 21 à segunda e subtraindo-se 10 da terceira, qual será o novo total? 6) Certo prêmio será distribuído entre três vendedores de modo que o primeiro receberá R$ 325,00; o segundo receberá R$ 60,00 menos que o primeiro; o terceiro receberá R$ 250,00 menos que o primeiro e o segundo juntos. Qual o valor total do prêmio repartido entre os três vendedores? 7) Numa adição com três parcelas, o total era 58. Somando-se 13 à primeira parcela, 21 à segunda e subtraindo-se 10 da terceira, qual será o novo total? 8) Certo prêmio será distribuído entre três vendedores de modo que o primeiro receberá R$ 325,00; o segundo receberá R$ 60,00 menos que o primeiro; o terceiro receberá R$ 250,00 menos que o primeiro e o segundo juntos. Qual o valor total do prêmio repartido entre os três vendedores? 9) Numa subtração a soma do minuendo com o subtraendo e o resto resultou 412. Qual o valor do minuendo? 10) Uma pessoa ganha R$ 40,00 por dia de trabalho e gasta R$ 800,00 por mês. Quanto ela economizará em um ano se ela trabalhar, em média, 23 dias por mês? 11) O produto de dois números é 620. Se adicionássemos 5 unidades a um de seus fatores, o produto ficaria aumentado de 155 unidades. Quais são os dois fatores? 12) Um negociante comprou 8 barricas de vinho, todas com a mesma capacidade. Tendo pago R$ 7,00 o litro e vendido a R$ 9,00, ele ganhou, ao todo, R$ 1.760,00. Qual era a capacidade de cada barrica? 13) Renato e Flávia ganharam, ao todo, 23 bombons. Se Renato comesse 3 bombons e desse 2 para Flávia, eles ficariam com o mesmo número de bombons. Quantos bombons ganhou cada um deles? 14) O dono de uma papelaria adquiriu um certo número de pastas escolares que seriam revendidas ao preço unitário de R$ 5,00. Ao conferir as pastas constatou que entre elas havia 15 com defeito. Fazendo as contas, descobriu entã que se ele vendesse as pastas

Apostila PRF restantes ao preço unitário de R$ 8,00, a sua margem de lucro continuaria sendo a mesma de antes. Quantas pastas perfeitas o donop da papelaria recebeu? 15) Marta, Marisa e Yara têm, juntas, R$ 275,00. Marisa tem R$ 15,00 mais do que Yara e Marta possui R$ 20,00 mais que Marisa. Quanto tem cada uma das três meninas? 16) Dois homens, três mulheres e seis crianças conseguem carregar juntos um total de 69 quilos. Cada homem carrega tanto quanto uma mulher e uma criança, enquanto cada mulher consegue carregar tanto quanto três crianças. Quanto cada um deles consegue carregar? 17) Do salário de R$ 3.302,00, Seu José transferiu uma parte para uma conta de poupança. Já a caminho de casa, Seu José considerou que se tivesse transferido o dobro daquele valor, ainda lhe restariam R$ 2.058,00 do seu salário em conta corrente. De quanto foi o depósito feito?

a) 14,5

b) 15

c) 15,5

d) 16

e) 16,5

25) (CEF) Ao receber moedas como parte de um pagamento, um caixa de uma agência bancária contou t moedas de 1 real, y de 50 centavos, z de 10 centavos e w de 5 centavos. Ao conferir o total, percebeu que havia cometido um engano: contara 3 moedas de 5 centavos como sendo de 50 centavos e 3 das moedas de 1 real como sendo de 10 centavos. Nessas condições, a quantia correta é igual à inicial. a) acrescida de R$ 1,35 b) diminuída de R$ 1,35 c) acrescida de R$ 1,65 d) diminuída de R$ 1,75 e) acrescida de R$ 1,75 26) (CEF) Se A é um número compreendido entre 0 e 1, então é FALSO que:

18) Num atelier de costura empregam-se 4 gerentes, 8 costureiras e 12 ajudantes. Cada gerente ganha por dia tanto quanto 2 costureiras ou 4 ajudantes. Qual o valor da diária de cada gerente, costureira e ajudante, se a folha mensal desta equipe é de R$ 26.400,00?

a) 1/A > 1

d) - A > - 1

b) A2 > A

e) A 2A = 0,5

19) Se eu der 4 balinhas a cada um dos alunos de uma classe sobram-me 7 das 135 que eu tenho. Quantos alunos há nesta classe?

27) Antonio tem 270 reais, Bento tem 450 reais e Carlos nada tem. Antonio e Bento dão parte de seu dinheiro a Carlos, de tal maneira que todos acabam ficando com a mesma quantia. O dinheiro dado por Antonio representa, aproximadamente, quanto por cento do que ele possuía?

20) Quero dividir 186 figurinhas igualmente entre certo número de crianças. Para dar duas dúzias a cada criança faltariam 6 figurinhas. Quantas são as crianças? 21) A soma de dois números inteiros e consecutivos é 91. Quais são eles? 22) A soma de dois números pares e consecutivos é 126. Quais são eles? 23) A soma de três números inteiros e consecutivos é 249. Quais são eles?

a  ( 2) , b 

5

32 , c  (0,02)

a) 11,1

d) 35

b) 13,2

e) 42

c) 27 28) Qual é o menor número pelo qual se deve multiplicar 84 para se obter um quadrado perfeito? a) 18

b) 21

c) 27

d) 35

e) 42

29) Todas as opções abaixo são corretas, exceto:

24) (IBGE) Considere: 2

c) 0,9 . A < A

1

3

e d  1  49

a) os trens trafegam no sentido da Estação A para a Estação G; b) somente o trem I pára em todas as estações;

A média aritmética simples dos números a, b, c e d é: c) somente o trem VI não pára na Estação G;

129

Apostila PRF d) as viagens dos trens III e IV, entre as estações inicial e final, têm a mesma duração; e) caso o trem I pare na estação G às 8h 49 min, estará 16 minutos adiantado. 30) Duas grandezas a e b foram divididas, respectivamente, em partes diretamente proporcionais a 3 e 4 na razão 1,2. O valor de 3a + 2b é:

b) 106

c) 110

d) 159

35) (Metrô) Seja x o número que, somado à sua metade; mais três quartos do quociente de x dividido por 9; mais o dobro de sua terça parte, é igual a 16. Então:

b) 8,2 e) 20,4 c) 8,4 31) Numa pista circular de autorama, um carrinho vermelho dá uma volta a cada 72 segundos e um carrinho azul dá uma volta a cada 80 segundos. Se os dois carrinhos partiram juntos, quantas voltas terá dado o mais lento até o momento em que ambos voltarão a estar lado a lado no ponto de partida? a) 6

34) (PRF) A distância entre duas cidades A e B é de 265 metros e o único posto de gasolina entre elas encontra-se a 3/5 desta distância, partindo de A. O total de quilômetros a serem percorridos da cidade B até este posto é de: a) 57

a) 6,0 d) 14,4

x  1  x  1  1 , en-

(3) se o número real x  1 é tal que tão x  3.

b) 7

c) 8

d) 9

e) 10

32) Considerando a e b quaisquer reais que satisfazem à condição 0 a < b, julgue os itens que se seguem:

a) x < 5 b) 5  x < 8 c) 8  x < 10 d) 10  x < 12 e) x  12 RESOLUÇÃO: PÁGINA 5

1 (1)

1 a

2



1 b

b 2

(3)

1

2

(2)

1 a



b 1 b

a



a  3b

a 2

2

2

b2  3a

(4)

2

| ab|  | a b |

33) Julgue os itens que se seguem: (0) para todo número inteiro positivo n, tem-se :

2

n (1)



2

n (1) se o número real x é tal que - 0,01 < x < 0,002, então 0  |x|3 < 8 . 10-9 (2) se y   y  ½.

130

x2 , em que x é um número real, então 0 1  x2

a)  5  3 - [20  (14 - 8) - 11]   5  3 - [20  6 - 11]   5  3 - 15   8 - 15   -7 ----------------------------------------------------------

b)  13  {10 - [36 - 45 - (10 - 8)  6] - 2}   13  {10 - [36 - 45 - 2  6] - 2}   13  {10 - [42 - 47] - 2}   13  {10 - [-5] - 2}   13  {10  5 - 2}   13  {15 - 2}   13  13   26

Apostila PRF c)  40  10 - {7 - [4  (5 - 13) - 9]  18}   40  10 - {7 - [4  (-8) - 9]  18}   40  10 - {7 - [4 - 8 - 9]  18}   40  10 - {7 - [-13]  18}   40  10 - {7  13  18}   40  10 - {38}   50 - 38   12 ----------------------------------------------------------

d)  100 - [200  (80 - 300)]   100 - [200  (-220)]   100 - [200 - 220]   100 - [-20]   100  20   120 ----------------------------------------------------------

e)3  {12  7  [14  23  (10  7)  20]  15}   3  {12  7  [14  23  3  20]  15}   3  {12  7  [34  26]  15}   3  {12  7  8  15}   3  {20  22}   3 2  1 ----------------------------------------------------------

f )32  {19  8  [7  3  12  (4  10)  8]  20}  30   32  {19  8  [7  3  12  (6)  8]  20}  30   32  {19  8  [7  3  12  6  8]  20}  30   32  {19  8  [25  11]  20}  30   32  {19  8  14  20}  30   32  {33}  30   62  33   29 ----------------------------------------------------------

g )  60  {[40  15  (10  50)  30]  100}   60  {[40  15  40  30]  100}   60  {[40  85]  100}   60  {45  100}   60  55   5

h)  18  42  [10  26  11]  15   18  42  [21  26]  15   18  42  [5]  15   18  42  5  15   33  47   14 ----------------------------------------------------------

i )5  3[(8  6)  4]   5  3[2  4]   5  3   2   56   1 ----------------------------------------------------------

j )12  2{8  4[4  6(9  12)  5]  7}   12  2{8  4[4  6(3)  5]  7}   12  2{8  4[4  18  5]  7}   12  2{8  4[4  23]  7}   12  2{8  4[19]  7}   12  2{8  76  7}   12  2{91}   12  182   170 ----------------------------------------------------------

k )60  45  5[7  3(12  8)  7]   60  45  5[7  3(4)  7]   60  45  5[7  12  7]   60  45  5[2]   60  45  10   70  45   25 ----------------------------------------------------------

l )80  8[10  30(2  4)]   80  8[10  30(2)]   80  8[10  60]   80  8[50]   80  400   480 ----------------------------------------------------------

131

Apostila PRF m)5   3   7    20    4   5  21  5  21 n) 25   3   35   7    75   5  75  5  70

QUESTÃO 5: a + b + c = 58 a + 13 + b + 21 + c - 10 = ? a + b + c + 13 + 21 - 10 = 58 + 13 + 21 - 10 =

o) 32    4   6  10 (9  6  3)    8   6  10 (9  18)   48  10 (9)   38   9   342

= 82 QUESTÃO 6: 1º recebe: R$ 325,00 2º recebe: R$ 325,00 - R$ 60,00 3º recebe: (1º) + (2º) - R$ 250,00 Total = (1º) + (2º) + (3º) T = 325 + (325 - 60) + (325 + 265 - 250)

PÁGINA 5

T = 325 + 265 + 340 T = 930

QUESTÃO 1

QUESTÃO 7: a + b + c = 58 a + 13 + b + 21 + c - 10 = ? a + b + c + 13 + 21 - 10 = 58 + 13 + 21 - 10 = = 82 RESPOSTA: A QUESTÃO 8: QUESTÃO 2

1º recebe: R$ 325,00

Sendo A  1, B  2 e C  3 ( A  B )( B  C )  (1  2)(2  3)  3  5  15 Sendo A  2, B  3 e C  4 ( A  B )( B  C )  (2  3)(3  4)  5  7  35

2º recebe: R$ 325,00 - R$ 60,00

RESPOSTA: C

Total = (1º) + (2º) + (3º) T = 325 + (325 - 60) + (325 + 265 - 250) T = 325 + 265 + 340 T = 930 QUESTÃO 9:

QUESTÃO 3

0,252  0,0625 2 logo : 0,25   0,25 

3º recebe: (1º) + (2º) - R$ 250,00

m + s + r = 412

0,25  0,5

Numa subtração temos que:

0,25

m-s=r

conclusão : z  x  y

onde: RESPOSTA: E

m = minuendo s = subtraendo r = resto

QUESTÃO 4: AC A  C  2A A B-A CA 2 A 2 2     1 2C  A  C C-B C  AC 2 CA A 2 2

132

m  s  r  412  m  s  r

Apostila PRF 2m  r  412  r

Flávia ganha 2

2m  412  r  r

R-5=F+2 logo:

2m  412

R-F=5+2 R - F = 7 (eq. B)

m  412  2

somando-se eq. A e eq. B:

m  206

R  F  23 R  F  7

QUESTÃO 10: 23 dias no mês

R$ 800,00 (gastos)

1 dia = R$ 40,00

economia mensal:

em um mês:

920 - 800 = 120

23 x 40 = 920

economia anual:

R$ 920,00 (ganhos)

120 x 12 = 1440 R$ 1440,00

2R  30 R  30  2  15 Calculando F : R  F  23 F  23  R  23  15  8

QUESTÃO 11:

Questão 11

a . b = 620 (eq 1) (a + 5) . b = 620 + 155

QUESTÃO 14

a . b + 5b = 620 + 155

N = nº de pastas

da eq. 1, temos a . b = 620

x = nº de pastas vendidas por R$ 8,00

logo:

N - x - 15 = número de pastas vendidas por R$ 8,00

620 + 5b = 620 + 155

N - x - 15 = número de pastas vendidas por R$ 5,00

5b = 155

5N = 8x + 5(N - x - 15)

b = 155  5

5N = 8x + 5N - 5x - 75

b = 31

- 8x + 5x = - 75

Calculando “a”:

- 3x = - 75

a . b = 620

x

a . 31 = 620 a = 620  31 = 20 QUESTÃO 12: compra = R$ 7,00/litro

 75 3

 25

As 15 pastas com defeito corresponde a 3x. Obs.: Não é possível identificar N pois é anulado na equação.

venda = R$ 9,00/litro lucro = 9 - 7 = R$ 2,00 Total de litros:

1 liro



x x

Marta = M

R$ 2,00 R$1760,00

1760

QUESTÃO 15 Marisa = m Yara = y M + m + y = 275

 880 litros

2

m = y + 15 M = m + 20 = y + 35 logo:

QUESTÃO 13

M + m + y = 275

R + F = 23 (eq. A)

y + 35 + y + 15 + y = 275

Renato perde 5

3 y + 50 = 275 3 y = 275 - 50

133

Apostila PRF y = 225 3 = 75 Calculando as partes de:

QUESTÃO 19

m (Marisa)

135 = 4A + 7

m = y + 15 = 75 + 15 = 90

135 - 7 = 4A

M (Marta)

128 = 4A

M = y + 35 = 75 + 35 = 110

logo:

A

QUESTÃO 16

128

 32 alunos

4

2H + 3M + 6C = 69 H = M + C = 3C + C = 4C

QUESTÃO 20

M = 3C substituindo-se: 2 (4C) + 3 (3C) + 6C = 69 8C + 9C + 6C = 69 23C = 69 C = 69 23 = 3 quilos

186 = 24 . C - 6 186 + 6 = 24C 24C = 192

C

192

8

24

H = 4C = 4 . 3 = 12 quilos M = 3C = 3 . 3 = 9 quilos

QUESTÃO 21 x + x + 1 = 91

QUESTÃO 17

2x = 91 - 1

P = valor transferido para poupança.

2x = 90

3302 - 2P = 2058

x = 45

3302 - 2058 = 2P

x + 1 = 45 + 1 = 46

1244 = 2P logo:

P

QUESTÃO 22

1244

 622

2

x + x + 2 = 126 2x = 126 - 2 2x = 124 x = 124 2 = 62

QUESTÃO 18

x + 2 = 62 + 2 = 64

4G + 8C + 12A G = 2C = 4A

QUESTÃO 23

logo: C = 2A

x + x + 1 + x + 2 = 249

folha mensal = 26.400

3x + 3 = 249

folha diária

3x = 249 - 3

26400

 880

30

3x = 246 x = 246 3 = 82

4G + 8C + 12A = 880

x + 1 = 82 + 1 = 83

4 . 4A + 8 . 2A + 12A = 880

x + 2 = 82 + 2 = 84

16A + 16A + 12A = 880 44A = 880

QUESTÃO 24

A = 880 44 = 20 G = 4A = 4 . 20 = 80 C = 2A = 2 . 20 = 40

134

a  ( 2)

2

4

Apostila PRF b  5 32  2 c  (0,02)

1

QUESTÃO 29

 2     100 

1

solução:



100

 50

3



4

Média=

=

58

9h 26 min 6h 00 min

d  1  49  3 1  7  3 8  2

4  2  50  2

trem III

2

3h 26 min trem IV

=

9h 36 min 6h 12 min

 14,5

4

3h 24 min QUESTÃO 30

a QUESTÃO 25



3

b

 1,2

4

1t + 50y + 10z + 5w - errado

a = 3 . 1,2 = 3,6

1(t + 3) + 50(y - 3) + 10(z - 3) + 5 (w + 3) - correto

b = 4 . 1,2 = 4,8

diferença:

3a + 2b

3 . 1 - 3 . 0,50 - 3 . 0,10 + 3 . 0,05

3 . 3,6 + 2. 4,8

3 - 1,50 - 0,3 + 0,15 = 1,35

10,8 + 9,6 = 20,4

QUESTÃO 26

QUESTÃO 31

Supondo A = 0,5 80,72

2

40,36

2

20,18

2

10,9

2

5,9

3

5,3

3

Antonio = 270 - x

5,1

5

Bento = 450 - y

1,1

720

1

1



A

 2 1

0,5 2

2

(0,5)  0,5  A  A QUESTÃO 27

Carlos = x + y

Carri n h o1 :

270 - x = 450 - y = x + y

720

270 x  x  y  2x  y  270

 1 0 v o l t as

72

270 x  450 y  x  y  180 3x  90

Carri n h o2 :

x  30

720

 9 v o l t as

80

QUESTÃO 28 QUESTÃO 32

Resolução: 84 2

84 = 22 . 3 . 7

42 2 21 3 7

0 a
7

1 para obter quadrado perfeito temos que multiplicar por 3 e 7.

135

Apostila PRF 1

1



2

2

y 

2

11 1 2 1 1  (falso) 2 5

1  10

2



13

1



1  32

 0,9

101

x 1  x 1  1

item (3): (VERDADEIRO)

2

100

item (3): (FALSO)

1 1  11 1 2 1 2  (verdade) 2 3

2

 2

item (2): (VERDADEIRO)

2

10

2

x  3

4  2  1 (V)

x  4

5  3  1 (V)

x 5

6  4  1 (V)

QUESTÃO 34

3 2

2  3 1

 265km159km

5

1 QUESTÃO 35

7

0,15... 0,14... (verdade) item (4): (VERDADEIRO) |1 - 2| < |12 - 22| | - 1| < | 1 - 4| | - 1| < | - 3| +1<+3 QUESTÃO 33

x 3 x x    2   16 2 4 9 3 x x 2x x    16 2 12 3 12 x  6 x  x  8 x 192  12 12 27 x  192 192 x 27 x  7,11 x

item (0): (VERDADEIRO) N {1, 2, 3, 4...}

n

1

1

n 1

5 - EQUAÇÕES E SISTEMAS DE EQUAÇÕES DE 1º GRAU. 5.1 – Equações do 1º Grau

n

n

não pode ser zero ou negativo logo : n

2

1

ax + b = 0



2

n item (1): (FALSO) se x = - 0,009 = - 9 . 10-3 |x|3 > 8 . 10-9 | - 9 . 10-3|3 = 729 . 10-9 item (2): (FALSO) se x = 10

136

Denominamos equações do primeiro grau às equações redutíveis à forma: (com a  0)

Exemplos : 2x  3  0 5x  4  2x  3 2  4y  8y  9 4z  3  9z

Apostila PRF Raiz de uma Equação:

1º caso : ax  b  0 sendo a  0 e b  0 raizes : 0x  0  0 0x  0 0 x  (indetermin ação) 0 log o : S R

2º caso : ax  b  0 sendo a  0 e b  0 raizes : 0x  b  0 0x  -b -b x (impossível ) 0 log o : S 

3º caso : ax  b  0 sendo a  0 raiz : ax  b  0 ax  -b b x a b S { } a

EXERCÍCIOS PROPOSTOS: 1) Qual é o número que adicionado a 5 é igual à sua metade mais 7? 2) O triplo de um número, menos 49, é igual à sua metade mais 20. Qual é este número?

4) Três números pares e consecutivos soma 702. Determine o menor deles. ) Três números ímpares e consecutivos somam 831. Determine o maior deles. 6) A soma de 11 números consecutivos deu 198. Determine o maior deles. 7) Qual é o número cujo triplo excede de 16 a sua Terça parte? 8) A soma de um número com a sua terça parte é igual à metade desse número acrescida de 30. Qual é esse número? 9) Encontrar dois números consecutivos cuja soma seja igual a 2/3 do menor com 9/7 do maior. 10) Liquidaram-se três contas com a quantia total de R$ 1.300,00. A primeira foi paga com tanta notas de R$ 50,00 quantas a Segunda de R$ 10,00 e a terceira de R$ 5,00. Qual é o valor da menor das três contas? 11) Certa quantia foi dividida em partes iguais entre dois irmãos. Atualmente, a parte do mais velho está aumentada de 2/7 e a parte dos mais moço, diminuída de 3/5 do valor inicial. Sabendo-se que o mais velho tem R$ 6.200,00 mais do que o mais moço, quanto tem hoje, este último? 5.2 - Sistema de Equações do 1º Grau com duas Variáveis Um sistema de equações com duas variáveis, x e y, é um conjunto de equações do tipo ax + by = c onde (a, b, c  R ) ou de equações redutíveis a esta forma.

Exemplos : 2 x  3 y  0 a) 5 x  2 y  7  4 x  3 y  2 b)  x  2 y  6 Resolução Algébrica a) método da adição:

3) Três números consecutivos somam 369. Determine o maior deles.

137

Apostila PRF  x  2 y  10  x  y  1 resolução :  x  2 y  10   x  y  1 2 

 x  2 y  10  2 x  2 y  2 3 x  0 y  12 3 x  12 12 x 3 x4 x  y 1 4 y 1  y  1  4  1 y  1  4 y3 S  4,3

 x  2 y  10  x  y  1 separando - se x na 2º equação : x y 1 x  1 y substituin do - se x por 1  y na 1º equação x  2 y  10 1  y  2 y  10 3 y  10  1 3y  9 9 y 3 y3 calculando - se o valor de x : x  1 y x  1 3 x4 S  4,3

Sistema Indeterminado b) método da substituição:

Se, ao tentarmos encontrar o valor de uma das variáveis, chegarmos a uma expressão do tipo 0 = 0 ou 3 = 3 ou qualquer outra que expresse uma sentença sempre verdadeira, o sistema terá infinitas soluções e diremos que ele é possível mas indeterminado. Sistema Impossível Se, ao tentarmos encontrar o valor de uma das variáveis, chegarmos a uma expressão do tipo 0 = 3 ou 2 = 5 ou qualquer outra que expresse uma sentença sempre falsa, o sistema não terá qualquer solução e diremos que ele é impossível. O conjunto-solução de um sistema impossível é vazio. Exercícios

x  y  5 x  y  1

1) 

x  2 y  1 2x  y  7

2) 

138

Apostila PRF x  2y  11 x  y  5

QUESTÃO 1

3) 

x5 

x 7 2

x  75 2 x x  2 2 2x  x 4  2 2 x4 x

3x  7y  13 4)  4 x  5 y  3 5) Dividir o número 120 em duas partes, tais que a maior exceda a menor em 30 unidades.

6) Dois números são tais que se multiplicando o maior por 5 e o menor por 6 os produtos serão iguais. O menor, aumentando de 1 unidade, fica igual ao maior, diminuído de 2 unidades. Quais são estes números?

7) Numa gincana cultural, cada resposta correta vale 5 pontos, mas perdem-se 3 pontos para cada resposta errada. Em 20 perguntas, minha equipe só conseguiu 44 pontos. Quantas perguntas ela acertou? 8) Somando-se 8 ao numerador, uma fração fica equivalendo a 1. Se, em vez disso, somássemos 7 ao denominador, a fração ficaria equivalente a 1/2. Qual a fração original?

QUESTÃO 2 3 x  49 

x  20 2

x  49  20 2 x 3 x   69 2 6 x  x 138  2 2 5 x  138 138 x 5 3x 

9) Num quintal encontram-se galinhas e coelhos, num total de 30 animais. Contando os pés seriam ao todo, 94. Quantos coelhos e quantas galinhas estão no quintal? QUESTÃO 3 10) Quando o professor Oliveira entrou na sala dos professores, o número de professores presentes ficou igual ao triplo do número de professoras. Se, juntamente com o professor, entrasse também uma professora, o número destas seria a metade do número de professores (homens). Quantos professores (homens e mulheres) estavam na sala após a chegada do professor Oliveira? 11) A soma dos valores absolutos dos dois algarismos de um número é 9. Somando com 27, totaliza outro número, representado pelos mesmos algarismos dele, mas na ordem inversa. Qual é este número?

x   x  1   x  2   369 3 x  3  369 3 x  369  3 3 x  366 366 x 3 x  122 x  1  123 x  2  124 ( maior )

RESOLUÇÃO: QUESTÃO 4 EQUAÇÕES DO PRIMEIRO GRAU:

139

Apostila PRF x   x  2    x  4   702 3 x  6  702 3 x  702  6 3 x  696 696 x 3 x  232 (menor ) x  2  234 x  4  236

x  16 3 9 x  x 48  3 3 8 x  48 x6 3x 

QUESTÃO 8

x x   30 3 2 x x x    30 3 2 6 x  2 x  3 x 180  6 6 5 x  180 180 x  36 5 x

QUESTÃO 5

x  1  x  3  x  5  831 3 x  9  831 3 x  831  9 3 x  822 822 x 3 x  274 x  1  275 x  3  277 x  5  279 (maior )

QUESTÃO 6

x  x  1  x  2  ...  x  10  198 11x  (1  2  3  ...  10)  198  1  10  11x     10  198  2  11x  55  198 11x  198  55 11x  143 143 x 11 x  13 x  10  13  10  23 (maior )

QUESTÃO 9

2 x 9x  1  3 7 2x 9x  9 2x  1   3 7 42 x  21 14 x  27 x  27  21 21 42 x  14 x  27 x  27  21 x6 x  x 1 

QUESTÃO 10

50 x  10 x  5 x  1300 65 x  1300 1300 x 65 x  20 notas

QUESTÃO 11 QUESTÃO 7

140

Apostila PRF 2x   3x    x     x    6200 7   5   2x 3x x x  6200 7 5 10 x  21x 35  6200  35 35 31x  35  6200 35  6200 x  7000 31 Quantia do mais moço : 3x 3  7000 x 7000   7000  4200  2800 5 5

SISTEMA DE EQUAÇÕES COM DUAS VARIÁVEIS:

QUESTÃO 1:

Separando x na segunda equação : x-y 1 x  y -1 Substituin do x na 1º equação : xy5 y -1  y  5 2y  5  1 6 y 3 2 x  y 1  3 1  2 S  2,3

Separando x na primeira equação : x  1 - 2y Substituin do na segunda equação : 21 - 2y   y  7 2  4y  y  7  5y  7  2  5y  5 5 y  5 5 y  1 5 x  1  2 y  1  2 1  1  2  3 S  3,1

QUESTÃO 3:

2º equação : x y 5 x  5 y 1º equação : x  2 y  11 5  y  2 y  11 3 y  11  5 3y  6 6 y 2 3 x  5 y  52  7 S  7,2 

QUESTÃO 4: Solução:

QUESTÃO 2:

141

Apostila PRF 3 x  7 y  13  4 x  5 y  3

4  - 3

 12 x  28 y  52   12 x  15 y  9 - 43y  43 43 y  1 - 43 3 x  7 y  13 3 x  7(1)  13 3 x  7  13 3 x  13  7 3x  6 6 x 2 3 S  2,1 QUESTÃO 5:

 x  y  120   y  x  30 x  y  120 x  x  30  120 2 x  120  30 2 x  90 90 x  45 2 y  x  30  45  30  75 S  45,75 

QUESTÃO 6:

5 y  6 x  x  1  y  2 x 1  y  2 x  y  2 1 x  y 3  5 y  6x 5 y  6 y  3 5 y  6 y  18 5 y  6 y  18  y  18 y  18  x  y 3 x  18  3  15  S  15,18 

QUESTÃO 7:

x  resposta y  resposta x  y  20  5x - 3y  44

x  20  y  520  y   3 y  44 100  5 y  3 y  44  8 y  44  100  8 y  56 8 y  56 y7  x  20  7  13 QUESTÃO 8:

142

certa. errada.

Apostila PRF x 8  y 1    x 1  y  7 2 x  8  y  2 x  y  7  2x  x  8  7 2 x  x  15 x  15  y  x  8  15  8  23

x  professores. y  professoras. x  1  3y  x  1  2y  1  x  3y 1  x 1  2y  2 3y 1  1  2 y  2 3y  2 y  2 y2  x  3y 1  3  2 1  5

QUESTÃO 9:

  2   x  y  30  4 x  2 y  94  2 x  2 y  60   4 x  2 y  94 ______________  2x  34 x  17 --------------x  y  30 17  y  30 y  30 - 17  13 --------------Coelhos  17 Galinhas  13

QUESTÃO 10:

QUESTÃO 11:

x  y  9  10 x  y  27  10 y  x  x  9 y  109  y   y  27  10 y  9  y 90  10 y  y  27  10 y  9  y 117  9 y  9 y  9  9 y  9 y  117  9  18 y  108 18 y  108 108 y 6 18  x  9 y  96  3 Os números são 36 e 63.

6 - SISTEMAS DE MEDIDA DE TEMPO. 1 DIA = 24 HORAS 1 HORA = 60 MINUTOS 1 MINUTO = 60 SEGUNDOS

143

Apostila PRF Para transformar um certo tempo dado na forma fracionária, para a forma tradicional, faz-se uma divisão inteira, convertendo-se os restos para a unidade imediatamente inferior. Exemplo:

7 - SISTEMA MÉTRICO DECIMAL. Medida de comprimento: No sistema métrico decimal, a unidade fundamental para medir comprimento é o metro (m).

Múltiplos

Unidade Fundamental Exemplo: Submúltiplos

Exemplo:

1.000 m

Hectômetro

hm

100 m

Decâmetro

dam

10 m

Metro

m

1m

Decímetro

dm

0,1 m

Centímetro

cm

0,01 m

Milímetro

mm

0,001 m

b) 2,006

GABARITO c) d) 900 4,13

e) 54,2

f) 62,5

Expresse em m as seguintes medidas: a) 11,5 cm : b) 246 mm : c) 20,34 hm : d) 1003,6 mm :

a) 0,115

Exemplo:

km

Transforme : a) 3,25 km em cm : b) 2006 m em km : c) 0,0009 km em mm : d) 413 dm em dam : e) 5420000 mm em hm : f) 0,000625 km em cm : Gabarito:

a) 325000

Exemplo:

Quilômetro

b) 0,246

GABARITO c) 2034 d) 1,0036

Responda: a) Quantos cm há em 3/5 de m? b) Quantos metros há em 9/2 de km? c) Quantos km há em 18/15 de m?

a) 60

b) 4500

GABARITO c) 0,0012

Medida de Superfície No sistema métrico decimal, a unidade fundamental para medir superfície é o metro quadrado (m²).

144

Apostila PRF km² hm² dam²

1.000.000 m² 10.000 m² 100 m²

Unidade Fundamental



1 m²

Submúltiplos

dm² cm² mm²

0,01 m² 0,0001 m² 0,000001 m²

Múltiplos

Transforme: a) 36 m² em dm2 : b) 64 m² em km2 : c) 10,7 m² em cm² : d) 30.000 m² em km² : e) 1,35 km² em m² : f) 5.625.400 mm² em dm² :

a) 3600

b) 0,00006 4

GABARITO c) d) 10700 0,03 0

UNIDADES DE MEDIDA DE VOLUME A unidade fundamental para medir volume é metro cúbico (m³). e) 135000 0

f) 562,5 4

Hectare (ha) é a unidade agrária padrão. É a medida de superfície de um quadrado de 100 m de lado. Em alguns estado do Brasil utiliza-se o alqueire (unidade não legal). 1 alqueire mineiro = 48.400 m² 1 alqueire paulista = 24.200 m² 1) Faça as transformações: a) 3,5 ha em m² b) 6,0 alqueires paulistas em m² c) 70 alqueires mineiros em ha d) 30 ha em km² e) 5.000 m² em há

c)338,8

km³ hm³ dam³

1.000.000.000 m³ 1.000.000 m³ 1.000 m³

Unidade Fundamental



1 m³

Submúltiplos

dm³ cm³ mm³

0,001 m³ 0,000001 m³ 0,000000001 m³

Múltiplos

1) Transforme em m³: a) 1860 dm³ b) 1.512.600 mm³ c) 2.000.000 dm³ GABARITO a) 1,86

b) 0,0015126

c) 2000

2) Quantos dam³ há em 2500 cm³? Solução:

GABARITO b)145200

4) Um terreno de 25.000 m² está a venda por R$ 50.000,00. Qual é o valor de 1 ha desse terreno? Solução:

O valor de 1 ha desse terreno é R$20.000,00.

As Medidas Agrárias

a)35000

Um terreno de 300ha é maior que um terreno de240ha.

d)0,03

e)0,5

2) A medida do Distrito Federal é 5.814 km². Qual é a medida dessa superfície em ha? Solução:

3) O volume inicial de um tanque é 6 m³ de ar. Cada golpe de uma bomba de vácuo extrai 600 dm³ de ar desse tanque. Após o 5º golpe da bomba, quantos m³ de ar permanecem no tanque? Solução:

3) O que é maior, um terreno de 300 ha ou um terreno de 2,4 km²? Solução:

UNIDADES DE MEDIDA DE CAPACIDADE

145

Apostila PRF A unidade fundamental para medir a capacidade de um sólido é o litro (  ). 1 litro = 1 dm³

Múltiplos Unidade Fundamental Submúltiplos

Quilolitro

k

1.000 m

Hectolitro

h

100 m

Decalitro

da 

10 m

Litro



1m

Decilitro

d

0,1 m

Centilitro

c

0,01 m

Mililitro

m

0,001 m

1) Transforme em : a) 640000 m  b) 1545 c  c) 7375 dm³ d) 32000 cm³ Gabarito: a)640

3) Uma lata cilíndrica tem 15 cm de altura e o raio de base mede 5 cm. Quantos ml de água, aproximadamente, cabem nesta lata? Solução:

4) O tanque em um automóvel de passeio tem 1,25 m de comprimento, 0,30 m de largura e 0,20 m de altura e está totalmente cheio. Durante uma viagem, gastou-se 2/4 da capacidade do tanque. Quantos litros restaram no tanque? Solução:

5) Quantos litros d’água comporta, aproximadamente, uma caixa-d’água cilíndrica com 3 m de diâmetro e 80 cm de altura? Solução:

b)15,45 c)7375 UNIDADES DE MEDIDA DE MASSA d)320

2) Uma garrafa pequena de guaraná tem capacidade de 390 m . Quantos litros cabem nessa garrafa? Solução:

3) Devem ser distribuídos 84000 m de certa substância líquida em frascos de 100 cm³ cada um. Quantos frascos serão necessários? Solução:

PROBLEMAS ENVOLVENDO VOLUME E CAPACIDADE 1)Um reservatório tem 20m de comprimento, 14m de largura e 5 m de profundidade. Quantos litros de água são necessários para encher 2/3 desse reservatório? Solução:

Quilograma (kg). 1kg = 1 dm³ (água destilada a 4° C) A unidade principal é o grama (g). Outras unidades muito usadas são: tonelada (t) = 1.000 kg quilate = 0,2 g Quilograma Hectograma Decagrama

kg hg dag

1.000 g 100 g 10 g

Unidade Fundamental

Grama

g

1g

Submúltiplos

Decigrama Centigrama Miligrama

dg cg mg

0,1 g 0,01 g 0,001 g

Múltiplos

1) Expresse em gramas as seguintes medidas: a) 13,2 kg b) 28600 mg c) 3/4 kg d) 20 quilates GABARITO a) 13200

2) Quantos litros de uma substância líquida podem ser colocados num recipiente cúbico de 200 cm de aresta? Solução:

146

b) 28,6

c) 750

d) 4

2) A massa de uma carga é de 45.000 kg. Quantas toneladas tem essa carga?

Apostila PRF Solução:

3) Um anel é formado por 40 brilantes, de 4 quilates cada um. Se o grama de brilhante custa R$ 2.400,00, qual é o preço desse anel? Solução:

O quociente entre dois números quaisquer, não necessariamente inteiro, chama-se razão. A razão entre duas grandezas é uma generalização do conceito de fração. Sendo a e b as duas grandezas anotamos a razão de a para b como a:b. a é chamado também de antecedente e b de conseqüente. Razão do número a para o número b o quociente de a por b, isto é: ou a: b

Uma Relação Importante Exemplos: Volume Capacidade Massa 1 dm³

1

1 kg

1) Quantas toneladas há em 80 m³ de certa substância se em cada dois litros dessa substância há 1 kg? Solução:

1) 2) 2,5.

A razão de 8 para 2 é , que é igual a 4. A razão de 50 para 20 é , que é igual a

8.2-Razões inversas: Duas razões são inversas entre si quando uma é igual ao inverso multiplicativo da outra. Note que: 2) Um metro cúbico corresponde à figura de um cubo que tem quantos dm de aresta? Solução: Cubo com 10dm de aresta. 3) Uma laje de concreto é um bloco retangular de 10 m de comprimento por 4,5 m de largura. Se a espessura da laje é de 20 cm, calcule: a) O volume, em m³, de concreto usado nessa laje. Solução:

b) A massa dessa laje, considerando que 1 dm³ de laje corresponde a 1,2 kg. Solução:

se a e b são números reais não-nulos, então são razões inversas;

a b  1 b a Exemplo:

6 10 e 10 6

As razões

são chamadas inversas

entre si. Note que:

6 1 , isto é, uma das razões é  10 10 6

igual ao inverso multiplicativo da outra. Exercícios: 1). Os números 2a + b e a + b formam, entre 8 - NÚMEROS E GRANDEZAS DIRETAMENTE E INVERSAMENTE PROPORCIONAIS.

si uma razão de

6 . 5

8.1-Razões:

147

Apostila PRF Pode-se afirmar que, se a e b não são nulos, então:

A razão de 5 para 4 e a razão de 15 para 12 exprimem mesmo quociente, então dizemos que essas razões formam uma proporção.

a) a = b Lemos: b) a =

b 2

5 está para 4, assim como, 15 está para 12.

c) a =

b 3

Genericamente:

d) a =

b 4

Os números a, b, c e d, todos diferentes de zero, formam nessa ordem uma proporção se, e somente se, a razão

e)

a = 4b

2a  b 6  ab 5 52a  b   6a  b  10 a  5b  6a  6b 10 a  6a  6b  5b 4a  b b a 4

c d

.

a c  b d onde a e d são chamadas extremos e b e c são chamados meios. Exemplo:

A razão de 20 para 40 é

2) Duas grandezas a e b foram divididas, respectivamente, em partes diretamente proporcionais a 3 e 4 na razão 1,2. O valor de 3a + 2b é: b) 8,2

c) 8,4

d) 14,4

e) 20,4

Solução:

a b   1,2 3 4 a  1,2  a  3  1,2  3,6 3 b  1,2  b  4  1,2  4,8 4 3a  2b  3  3,6  2  4,8  10,8  9,6  20,4 8.3 - Proporções: Uma igualdade entre duas razões é dita “proporção” observe:

148

é igual à razão

Essa proporção é indicada por:

Solução:

a) 6,0

a b

A razão entre 15 e 30 é

Logo,

20 40 15 30

, que é igual a

, que é igual a

1 2 1 2

;

.

20 15  . 40 30

Portanto, os números 20 , 40 , 15 e 30 formam, nessa ordem, uma proporção. Propriedade Fundamental das Proporções Em toda proporção, o produto dos extremos é igual ao produto dos meios. Assim, se a, b, c e d são números reais nãonulos e formam, nessa ordem, uma proporção, então a . d = b . c:

a c  b d

 ad  bc

Exemplo:

Apostila PRF 4 12  formam 9 27 4  27  9  12

uma

proporção,

pois

Propriedade das Proporções Múltiplas Somando-se ou subtraindo-se os numeradores de uma proporção, em qualquer ordem, e fazendo o mesmo com os respectivos denominadores, a proporção se manterá: Exemplo:

zendo

a) Pedro arcou com 50% do prejuízo. b) Paulo arcou com 30% do prejuízo. c) Padilha arcou com 20% de prejuízo. d) A soma dos prejuízos de Paulo e de Padilha corresponde a mais de 50% do prejuízo total.

4 12  , obteremos uma nova razão fa9 27 4  12 4 12 4  12 4  12    ou ou ainda 9  27 9 27 9  27 9  27

Se

do prejuízo acumulado de R$ 32.000,00. Sabendo que esse prejuízo foi dividido entre os sócios proporcionalmente ao tempo de permanência de cada sócio na sociedade, assinale a opção correta.

4 12 16  8 que guarda evidente proporção    9 27 36  18 com as razões anteriores.

8.4 - Divisão em partes diretamente proporcionais: Para se dividir um certo valor em partes proporcionais (ou em partes DIRETAMENTE PROPORCIONAIS) basta escrever a proporção, como fizemos até agora. Exemplos: 1) Dividir o nº 420 em três partes diretamente proporcionais a 2, 3 e 5.

e) A diferença entre os prejuízos de Pedro e de

Padilha corresponde a menos de 20% do prejuízo total. Solução:

x y z x yz 32000      500 15 21 28 15  21  28 64 x  500  x  15  500  7500 ( Padilha) 15 y  500  y  21  500  10500 ( Paulo) 21 z  500  z  28  500  14000 ( Pedro) 28 A soma dos prejuízos de Paulo e de Padilha correspond e a mais de 50% do prejuízo total 32000 pois 7500  10500  2

Solução:

x 2 x 2 y 3 z 5



y z x  y  z 420     42 3 5 235 10

 42 

x  2  42  84

 42 

y  3  42  126

 42 

z  5  42  210

2) A sociedade criada por Pedro, Paulo e Padilha não durou muito. Padilha permaneceu na sociedade por 15 meses e Paulo, 21, Pedro, único sócio que nunca deixara a sociedade, extinguiu a empresa 28 meses após a sua criação, por causa

8.5 - Divisão em partes inversamente proporcionais: Dividir um número em partes inversamente proporcionais a outros números dados é achar parcelas desse número que sejam diretamente proporcionais aos inversos dos números dados e que, somadas, reproduzam o número. Consideremos, agora, o inverso dos números dados. No restante, mantém -se o que foi visto. Exemplo:

149

Apostila PRF 1)Dividir o nº 7400 em partes inversamente proporcionais a 8, 10 e 12. Solução:

y x yz x z    1 1 1 1 1 1   8 10 12 8 10 12 7400 7400 120    7400   24000 15  12  10 37 37 120 120 x 1  24000  x   24000  3000 1 8 8 y 1  24000  y   24000  2400 1 10 10 z 1  24000  z   24000  2000 1 12 12 2) Para estimular a assiduidade, uma professora primária promete distribuir 600 figurinhas aos alunos de suas três classes. A distribuição será feita de modo inversamente proporcional ao número de faltas de cada classe durante 1 mês. Após esse tempo, as falta foram: 8, 12 e 24. Achar a quantidade de fig urinhas que cada classe recebeu: a) 100, 200, 300 c) 200, 300, 100 e) 300, 100, 200 Solução:

b) d)

x yz y z x    1 1 1 1 1 1   24 12 8 8 12 24 24 600 600  600   2400   6 3  2 1 6 24 24 1 x  2400  x   2400  300 1 8 8 y 1  2400  y   2400  200 1 12 12 1 z  2400  z   2400  100 1 24 24 Re sposta item D 9 - REGRA DE TRÊS SIMPLES 1) Cem quilogramas de arroz com casca fornecem 96 kg de arroz sem casca. Quantos quilogramas de arroz com casca serão necessários para produzir 300 kg de arroz sem casca?Resolução: Solução:

100, 300, 200 300, 200, 100

100



x

96

 x  312,5 quilos

300

2) Em 8 dias, 5 pintores pintam um prédio inteiro. Se fossem 3 pintores a mais, quantos dias seriam necessários para pintar o mesmo prédio? Solução:

150

Apostila PRF 8



x

8 5

logo x  5 dias

x 3) Um veículo trafegando com uma velocidade média de 60 km/h, faz determinado percurso em duas horas. Quanto tempo levaria um outro veículo para cumprir o mesmo percurso se ele mantivesse uma velocidade média de 80 km/h? Solução: 2 horas = 120 minutos

78



10

 12x  780

12

x  65

6) Qual é a altura de um edifício que projeta uma sombra de 12m, no mesmo instante, uma estaca vertical de 1,5m projeta uma sombra de 0,5m? Solução:::R

120



x

80 60

8 x  7 2 0 x  9 0 min o u x  1 h 3 0 min

H



1,5

12

 0,5H  18

0,5

H  36 m 4) Uma roda d’água dá 390 voltas em 13 minutos. Quantas voltas terá dado em uma hora e meia? R Solução::

7) Um comerciante comprou duas peças de um mesmo tecido. A mais comprida custou R$ 660,00 enquanto a outra, 12 metros mais curta, custou R$ 528,00. Quanto media a mais comprida? R Solução:

390 x



13

 x  2700 voltas

90 660

5) Duas rodas dentadas estão engrenadas uma na outra. A menor delas tem 12 dentes e a maior tem 78 dentes. Quantas voltas terá dado a menor quando a maior der 10 voltas? Solução:::

528



x x  12

6 6 0 x 7 9 2 0  5 2 8 x 6 6 0 x 5 2 8 x  7 9 2 0 132x 7920 x  7 9 2 0 1 3 2 x  6 0 metro s

151

Apostila PRF 8) Um navio tinha víveres para uma viagem de 15 dias. Três dias após o início da viagem, contudo, o capitão do navio recebe a notícia de que o mau tempo previsto para o resto da viagem deve atrasá-la em mais 4 dias. Para quanto terá de ser reduzida a ração de cada tripulante? R Solução::

12



16

X

660

12

660-528

x 660  12 660  528 x 660  12 132 12  660 x  60 metros 132 11) Um criador tem milho para alimentar 48 aves durante 12 dias. No fim de dois dias ele compra mais 32 aves. Se a ração não é diminuída, quantos dias deverá durar o milho restante?

x% 100%

x  75 % Solução: 9) Duas rodas dentadas estão engrenadas uma na outra. A menor delas, tem 12 dentes e a maior tem 78 dentes. Quantas voltas terá dado a menor quando a maior der 10 voltas?

48

Dias para alimentar 12-2=10

48+32=80

Solução: Mais dentes implica menos voltas (grandezas inversamente proporcionais)

10 80  x 48 480 x  6 dias 80

Solução:

10)Um comerciante comprou duas peças de um mesmo tecido. A mais comprida custou R$ 660,00 enquanto a outra, 12 metros mais curta, custou R$ 528,00. Quanto media a mais comprida? Solução: Mais metros implica maior custo (grandezas diretamente proporcionais) . Metros

x

12)A guarnição de uma fortaleza é formada de 1.600 homens que tem víveres para 60 dias. No fim de 15 dias, chega um reforço de 400 homens. Para quantos dias deverão durar os víveres restantes?

x 78  10 12 780 x  65 voltas 12

152

Número de aves

Preço

Homens

Dias

1600

45

2000

x

45 2000  x 1600 45  1600 x  36 dias 2000

Apostila PRF 7 15 100   x 40 75 7  40  75 x  14 dias 15  100

10. REGRA DE TRÊS COMPOSTA 01) Para pintar 20m de muro de 80cm de altura foram gastas 5 latas de tintas. Quantas latas serão gastas para pintar 16m de muro de 60cm de altura? Solução: Mais metros de muro implica mais latas de tinta (grandezas diretamente proporcionais) Maior altura do muro implica mais latas de tinta (grandezas diretamente proporcionais)

03) Uma família de 6 pessoas consome em 2 dias 3kg de pão. Quantos quilos serão necessários para alimentá-la durante 5 dias estando ausente 2 pessoas?

Solução: Mais pessoas mais kg de pães (grandezas diretamente proporcionais). Mais dias mais kg de pães (grandezas diretamente proporcionais).

Metros de muro

Altura do muro

Latas de tinta

20

80

5

Número de pessoas

Dias

Kg de pães

16

60

x

6

2

3

6-2

5

x

3 6 2   x 4 5 3 4 5 x  5 kg de pães 62

5 20 80   x 16 60 5  16  60 x  3 latas de tinta. 20  80 02) Em 7 dias, 40 cachorros consomem 100 kg de ração. Em quantos dias 15 cachorros consumirão 75 kg de ração?

04) Sabe-se que 4 máquinas, operando 4 horas por dia, durante 4 dias, produzem 4 toneladas de certo produto. Quantas toneladas do mesmo produto seriam produzidas por 6 máquinas daquele tipo, operando 6 horas por dia, durante 6 dias?

Solução: Maior número de cachorros implica ração durar menos dias (grandezas inversamentemente proporcionais). Comprar mais quilos de ração implica durar mais dias (grandezas diretamente proporcionais)

Número de dias

Número de cachorros

Kg de ração

7

40

100

x

15

75

Solução: Mais máquinas implica mais toneladas (grandezas diretamente proporcionais) Mais dias implica mais toneladas (grandezas diretamente proporcionais) Mais horas pordias implica mais toneladas (grandezas diretamente proporcionais)

Máquinas

Dias

Horas por dia

Toneladas

4

4

4

4

6

6

6

x

153

Apostila PRF 4 4 4 4    x 6 6 6 4666 x  13,5 toneladas 444

1,5 1,5 1,5   18 9 x 18  1,5  1,5 40,5 x   3 minutos 9  1,5 13,5

05) Para asfaltar 1km de estrada, 30 homens gastaram 8 horas por dia. 20 homens, para asfaltar 2km da mesma estrada, gastarão quantas horas por dia?

Solução:

07) Se 2/5 de um trabalho foram feitos em 10 dias por 24 operários que trabalhavam 7 horas por dia, então quantos dias serão necessários para terminar o trabalho, sabendo que 4 operários foram dispensados e que os restantes agora trabalham 6 horas por dia?

Considerando-se a mesma quantidade de homens, mais km de estrada para asfaltar implica mais horas de trabalho por dia (grandezas diretamente proporcionais).

Solução:

Considerando-se a mesma quantidade de km de estrada, mais homens para tra balhar implicam menos horas de trabalho por dia (grandezas inversamente proporcionais).

Fração do trabalho

Dias de trabalho

Horas por dia

Operários

2/5

10

7

24

3/5

x

6

20

Km de estradas

Homens

Horas por dia

1

30

8

2

20

x

8 1 20   x 2 30 8  2  30 x  24 horas por dia 1  20 06) Um gato e meio come uma sardinha e meia em um minuto e meio. Enquanto tempo 9 gatos comerão uma dúzia e meia de sardinhas?

10 2 / 5 6 20    x 3 / 5 7 24 10 2 6 20    x 3 7 24 10  3  7  24 x  21 dias de trabalho 2  6  20 08) Uma turma de 15 operários pretende terminar em 14 dias certa obra. Ao cabo de 9dias, entretanto, fizeram somente 1/3 da obra. Com quantos operários a turma original deverá ser reforçada para que a obra seja concluída no tempo fixado? Solução:

Solução: Mais gatos comerá mais sardinhas (grandezas diretamente proporcionais). Mais tempo mais sardinhas serão comidas (grandezas diretamente proporcionais).

Gatos

Sardinhas

Tempo em minutos

1,5

1,5

1,5

9

18

x

154

Base de cálculo: dias de trabalho.

Base de cálculo: número de operários. Operários

Dias

Fração da obra

15

9

1/3

x

5

2/3

Apostila PRF 11) Um criador tem milho para alimentar 48 aves durante 12 dias. No fim de dois dias ele compra mais 32 aves. Se a ração não é diminuída, quantos dias deverá durar o milho restante?

15 1 / 3 5   x 2/3 9 15 1 5   x 2 9 15  2  9 x  54 1 5 54  15  39 operários

Solução:

09) Se quatorze operários, em 10 dias de 9 horas de trabalho diário perfuram 15m 3 de um túnel, quantos metros cúbicos do mesmo túnel 21 operários perfurariam em 6 dias de 8 horas? Solução:

Número de aves

Dias para alimentar

48

12-2=10

48+32=80

x

10 80  x 48 480 x  6 dias 80

Base de cálculo: m 3 de túnel.

Operários

M 3 de túnel

Dias de trabalho

Horas por dia

14

15

10

9

21

x

6

8

12) A guarnição de uma fortaleza é formada de 1.600 homens que tem víveres para 60 dias. No fim de 15 dias, chega um reforço de 400 homens. Para quantos dias deverão durar os víveres restantes? Solução:

15 14 10 9    x 21 6 8 15  21  6  8 x  12 m3 de túnel 14  10  9 10) Doze operários em, 90 dias, trabalhando 8 horas por dia fazem 36m de certo tecido. Quantos dias levarão para fazer 12m do mesmo tecido com o dobro de largura, quinze operários trabalhando 6 horas por dia?

Homens

Dias

1600

45

2000

x

45 2000  x 1600 45  1600 x  36 dias 2000

Solução: Base de cálculo : dias de trabalho. Operários

Dias de trabalho

Metros de tecido

Largura

90

Horas por dia

12 15

x

8

36

2

6

12

1

14) Um batalhão de 1.600 soldados tem víveres para 10 dias à razão de 3 refeições diárias para cada homem. No entanto, juntaram -se a esse batalhão mais 400 soldados. Quantos dias durarão os víveres, se foi decidido agora que cada soldado fará 2 refeições por dia? Solução:

90 15 6 36 1     x 12 8 12 2 90  12  8  12  2 x  64 dias 15  6  36  1

Soldados

Dias

Refeições diárias

1600

10

3

2000

x

2

155

Apostila PRF a quantidade diária de ração de cada ave for reduzida em 20%, então o estoque de ração da granja será suficiente para alimentar as 480 aves por:

10 2000 2   x 1600 3 10  1600  3 x  12 dias 2000  2

a) mais de 35 dias b) mais de 30 e menos de 35 dias

15) Se 30 galinhas botam 30 dúzias de ovos 30 dias, e se 20 galinhas comem 20 quilos de ção em 20 dias, então qual é a quantidade de ção necessária para se obter duas dúzias ovos ?

em rarade

a) menos de 2 kg;

c) mais de 25 e menos de 30 dias d) mais de 20 e menos de 25 dias e) menos de 20 dias

Solução:

b) mais de 2kg e menos de 3,5kg; c) mais de 3,5kg e menos de 5 kg; d) mais de 5kg e menos de 7 kg; e) mais de 7kg.

Solução:

Galinhas

Dúzias de ovos

Dias

30

30

30

20

x

20

30 30 30   x 20 20 30  20  20 40 x  30  30 3

Aves

Dias

% diária de ração

360

40

100

480

x

80

40 480 80   x 360 100 40  360  100 x  37,5 dias 480  80

11 - PORCENTAGEM Uma porcentagem é o resultado da aplicação de uma taxa sobre um certo valor, chamado principal.

Kg de ração

Dúzias

20

40/3

x

2

20 40 / 30  x 2 20  3  2 x  3 dúzias 40

Exemplo: Quanto é 40% de R$160,00? Solução:

40% de 160 

40 160  64 100

Taxa (na forma percentual)=40%=0,40 Principal=R$160,00

16) Uma granja possui 360 aves e cada uma recebe, diariamente, a mesma quantidade de ração. Nesse esquema, o estoque de ração existente hoje na granja é suficiente para alimentar as aves por, exatamente, 40 dias. Se hoje forem adquiridas 120 novas aves e, ao mesmo tempo,

156

Porcentagem=R$64,00

TAXAS: FORM AS FRACIONÁRIAS, UNITÁRIAS e PERCENTUAIS.

Apostila PRF Exemplo:

a)

Com base nessas informações, identifique com V as afirmativas verdadeiras e com F as falsas.

2  0,4  40% 5

( ) O menor preço é o da 3a loja . ( ) A soma dos preços, com descontos, é de 155,00.

3  0,3  30% b) 10

( ) O par de tênis é mais caro na 2a loja. ( ) A 1a loja oferece preço mais vantajoso.

1 c)  0,25  25% 4

A opção correta é:

EXERCÍCIOS: 01) Consultadas 500 pessoas sobre o plebiscito de 21 de abril de 1993 , obteve -se o resultado abaixo:

Presidencialismo

196

Parlamentarismo

192

Não sabem

112

b)21,8%

c)22,2%

d)22,4%

b)30%

c)200%

d)300%

a) b) c) d) e)

R$ 240,00 R$ 278,00 R$ 300,00 R$ 288,00 Nenhuma das anteriores.

e)23,1%

02) O preço de um artigo triplicou. Portanto ele teve um aumento de: a)3%

F – V – V – V. F – V – V – F. V – F – V – F. V – F – V – V. V – V – F – F.

5) Contrariando o plano real, um comerciante aumenta o preço de um produto que custava 300,00 em 20%. Um mês depois se arrependeu e fez um desconto de 20% sobre o preço reajustado. O novo preço do produto é:

De acordo com a pesquisa o percentual de indecisos corresponde a:

a)21,6%

a) b) c) d) e)

e)400%

6) Para garantir uma sobrevivência digna, estudos indicam que o salário mínimo pago aos trabalhadores brasileiros deveria aumentar de R$ 64,79 para R$ 453,53. Em termos percentuais, de quanto deveria ser este aumento? a) 388,74%

03) Seu ordenado é de R$ 6.870,00. Porque trabalhou horas extras, seu contra-cheque indica um bruto de R$ 8.300,00. O percentual do salário correspondente às horas extras foi de, aproximadamente: a) 25

b) 24

c) 22

d) 21

e) 15

4) A loja X vende um par de tênis pó R$ 60,00 e oferece um desconto de 20% para pagamento à vista. A loja Y vende o mesmo tipo de tênis por R$ 70,00, mas está liquidando por 20% menos. Na loja Z, um par de tênis idêntico aos anteriores, custa R$ 68,00, está sendo vendido com 25% de desconto.

b) 453,53%

c) 500%

d) 600%

e) 700%

7) O salário mínimo foi aumentado em 12% no último dia 01/05. O leite B que custava R$ 0,70 passou imediatamente a custar R$ 1,05. A razão entre o percentual de aumento do salário e o leite é de: a)

1 25

b)

4 25

c)

1 5

d)

6 25

e)

1 6

8) Numa loja de fazendas, o preço do metro de certo tecido em promoção é de R$ 10,00. Se a loja está oferecendo 20% de desconto sobre o preço normal do tecido, quem comprar 2,5 m está fazendo uma economia de:

157

Apostila PRF a) R$ b) R$ c) R$ d) R$ e) R$ 2,00 2,50 5,00 5,75 6,25 9) O preço de venda de um eletrodoméstico é de R$ 650,00. O dono da loja paga ao vendedor uma comissão de 10% sobre o preço de venda e ainda ganha 30% sobre p preço de custo. O preço de custo desse eletrodoméstico é:

a) 19,8%

b) R$ 450,00

c) R$ 464,28

d) R$ 500,00

e) R$ 541,67 10) Em uma venda de R$ 3.840,00, um vendedor recebe de comissão R$ 115,20. Qual é a taxa de comissão paga pela loja aos seus vendedores? a) 1,5%

b) 2,5%

c) 2%

d) 3%

e) 4%

11) Um produto é vendido com um lucro bruto de 20%. Sobre o preço total de nota 10% correspondem a despesas. O lucro líquido do comerciante é de: a) 5%

b) 8%

c) 11%

d) 2%

e)

12) Um comerciante adquire uma mercadoria por um preço P e paga imposto no valor de 17% de P. Ao revendê-la, o comerciante cobra um valor de 72% superior a P. O lucro deste comerciante em relação ao custo é, aproximadamente, de: b) 47%

c) 52%

b) 250%

c) 200%

d) 150%

e) 100%

14) Em março de 1998, o preço de um determinado produto correspondia a 15% do salário de um certo funcionário. O preço do produto obteve, no mesmo ano um aumento de 10% em abril e de 20% em maio. No entanto, o salário desse funcionário ficou congelado por dois meses, ou seja, em maio era o mesmo de março. Depois do aumento do preço do produto em maio,a percentagem do salário do funcionário a que corresponde o preço do produto é:

158

e) 45%

b) 28%

c) 305

d) 32%

e) 34%

a) Diminui para 60% b) Diminui para 65% c) Permaneceu em 70% d) Aumentou para 80% e) É impossível ser calculada se não conhecemos o valor do saldo inicial.

17) Uma mercadoria teve 150% de acréscimo em seu preço. Para que esta mercadoria retorne ao seu preço anterior, é necessário um desconto em seu preço atual de: b) 80%

c) 60%

d) 40%

e) 30%

d) 55%

13) Um atacadista compra de uma fábrica um produto e o repassa a revendedores, obtendo lucro de 50%. Sabendo que os revendedores obtêm lucro de 100%, determine o percentual de acréscimo do preço final em relação ao preço da fábrica. a) 300%

d) 32%

16)Duas irmãs, Ana e Lúcia, têm uma conta de poupança conjunta. Do total do saldo, Ana tem 70% e Lúcia 30%. Tendo recebido um dinheiro extra, os pais das meninas resolveram fazer um depósito igual ao saldo da caderneta. Por um a questão de justiça, no entanto, ele disse às meninas que o depósito deveria ser dividido igualmente entre as duas. Nessas condições, a participação de Ana no novo saldo.

a) 150% a) 45%

c) 30%

15)Mário investiu 30% do seu capital em um fundo de ações e o restante em um fundo de renda fixa. Após um mês, a quotas dos fundos e de renda fixa haviam se valorizado 40% e 20% respectivamente. A rentabilidade do capital de Mário foi, nesse mês, de: a) 26%

a) R$ 432,00

b) 25%

18) Se o poder de compra de meu salário é hoje 20% daquele de um atrás, então, para reaver aquele poder de compra, meu salário atual deve ser reajustado em: a) 20%

b) 80%

c) 180%

d) 400%

e) 500%

19) Um comerciante aumentou os preços de suas mercadorias em 150%. Como a venda não estava satisfatória, voltou aos preços praticados antes do aumento. Em relação aos preços aumentados, o percentual de redução foi de: a) 0%

b) 60%

c) 75%

d) 100%

e) 150%

20) Um trabalhador gasta com aluguel da sua casa 25% do seu salário. Se o salário é corrigido em um aumento de 25% e o aluguel de 35%, então o novo aluguel passará a consumir do novo salário:

Apostila PRF a) 26,08%

b) 27%

c) 33,75%

d) 35%

e) 43,75

21) No mês de janeiro de determinado ano, uma categoria profissional tem direito a um aumento salarial de 75%. Como a categoria já havia recebido uma antecipação de 25% em novembro, qual deve ser a porcentagem de acréscimo adicional do salário para compensar a antecipação concedida.

a) 18,5%

b) 40%

c) 55%

d) 65%

b) 25%

c) 30%

d) 35%

d) 21,5%

e) 23%

b) 50%

c) 67%

d) 72%

e) 80%

e) 75%

22) Certa categoria de trabalhadores obteve em junho um reajuste de 50% sobre os salários de abril, descontadas as antecipações, como ela já havia recebido em maio uma antecipação de 20% (sobre o salário de abril), a porcentagem do aumento obtido em junho, sobre o salário de maio, é de: a) 20%

c) 20%

26) O tribunal concedeu a uma certa categoria profissional aumento de 100% sobre o salário, descontadas as antecipações. Se os trabalhadores já haviam recebido uma antecipação de 20% em setembro, receberão agora um aumento, sobre o salário de setembro, de: a) 45%

a) 30%

b) 19,5%

e) 40%

23) Certa categoria profissional obteve, a partir de 1º de novembro, no Tribunal do Trabalho, reajuste salarial de 134% sobre os salários de julho, descontadas as antecipações recebidas no período. Se essa categoria recebeu adiantamento de 20% em agosto e 30% em setembro sobre os vencimentos dos respectivos meses anteriores, calcule o índice a ser aplicado em outubro, para cumprir as determinações judiciais.

27) O Governo Federal fixou, por meio de medida provisória, os percentuais de reajuste de 12% e de 15% para o salário mínimo e para as aposentadorias, respectivamente, vigorando a partir de 1º de maio deste ano correspondendo à reposição das perdas salariais ocorridas de maio/95 a abril/96. No entanto, segundo a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (FIPE), o índice de inflação correspondente àquele período foi de 20,03%. De acordo com esse índice, para que se recomponha exatamente o poder de compra, seria necessário acrescentar, respectivamente, aos novos valores do salário mínimo e das aposentadorias, um reajuste de: a) 8,03% e 5,03%

b) 7,85% e 4,87%

c) 7,43% e 4,73%

d) 7,17% e 4,37%

e) 7,03% e 4,33% a) 84%

b) 70%

c) 66%

d) 50%

e) 40%

24) Uma firma tem a matriz em São Paulo e uma filial no Rio de Janeiro. A matriz é responsável por 70% do faturamento da firma. Este ano o faturamento da matriz sofreu um aumento de 20% e o da filial, de 10%. Responda as questões a seguir:

28) Aumentar o preço de um produto em 30% e, em seguida, conceder um desconto de 20% equivalente aumentar o preço original em: a) 2%

b) 4%

c) 6%

d) 8%

e) 10%

De quanto aumentou o faturamento da firma? a) 12%

b) 15%

c) 17%

d) 20%

e) 30%

29) Dois descontos sucessivos de 10% cada equivalem a um único desconto de: a) 19%

25) Suponha que, em dois meses, um determinado título de capitalização teve seu valor reajustado em 38%. Sabendo-se que o reajuste no 1º mês foi de 15%, podemos afirmar que o 2º mês foi de:

b) 20%

c) 21%

d) 22%

e) 23%

30) Um comerciante “A” prometeu a seus empregados aumentos capitalizados de 30% em janeiro, 30% em fevereiro e 20% em março. Ao mesmo tempo, um

159

Apostila PRF comerciante “B” reuniu seus empregados e prometeu-lhes aumento único de 100% em março. Analisando as duas propostas em março, conclui-se que: a) Comerciantes “A” e “B” deram aumentos iguais. b) Os empregados do comerciante “B” ganharam 20% a mais que os empregados do comerciante “A”. c) O comerciante “A” terá dado a seus empregados aumento real de 2,8% em relação ao comerciante “B”. d) Os empregados do comerciante “A” tiveram um prejuízo de 4% em relação aos empregados do comerciante “B”.

31) Um comerciante elevou o preço de suas mercadorias em 50% e divulgou no dia seguinte uma remarcação com desconto de 50% em todos os preços. Qual o desconto realmente concedido em relação aos preços originais? a) 75%

b) 50%

c) 25%

d) 20%

20%. O preço final da mercadoria em relação ao preço inicial é: a) igual

b) 4% maior

c) 4% menor

d) 8% maior

e) 8% menor

35) Uma empresa de transportes aumentou os preços das passagens em 100% . Como o aumento não estava autorizado, os preços voltaram aos vigentes antes do aumento. Em relação aos preços aumentados ocorreu a seguinte porcentagem de redução. a) 0%

c) 93,75%

d) 92,85%

d) 100%

36) Em um período em que a inflação foi de 96% os salários de certa categoria aumentaram 40%. Para que os salários, após esse aumento, recuperassem o poder de compra eles deveriam ser aumentados em: a) 56%

b) 68,75%

c) 75%

e) 10%

32) O preço inicial de um videogame sofreu dois aumentos consecutivos de 25% e de 55%, motivados pela inflação. Em porcentagem, o aumento sofrido pelo preço desse videogame foi: a) 80%

b) 50%

b) 52%

c) 46%

d) 40%

e) 90% 37) Se o salário subiu 56%, e os preços subiram 30% de quanto aumentou o seu poder de compra? a) 20%

33) No dia 1º de dezembro, o dono de uma mercadoria elevou o preço do quilo de nozes em 40%. Uma após, como as vendas não estavam boas, ele resolveu reduzir este novo preço em 25%. Assim, em relação ao preço de 30 de dezembro, o quilo de nozes custa hoje: a) 5% mais

barato

b) 21%

c) 23%

d) 25%

e) 26%

38) Em um período em que os preços subiram 82%, os salários de certa categoria aumentaram apenas 30%. Para que os salários recuperem o poder de compra, eles devem ser aumentados em: a) 40%

b) 46%

c) 52%

d) 58%

e) 64%

b) 5% mais caro c) exatamente o mesmo preço d) 10% mais barato

39) Um supermercado está fazendo a promoção “leve 4 e pague 3”. Isso equivale a conceder, a quem leva 4, um desconto de:

e) 15% mais caro a) 40%

34) Uma mercadoria teve seu preço aumentado em 20%. Em seguida, o novo preço foi rebaixado em

160

b) 35%

c) 33%

d) 30%

e) 25%

40) Certa loja ofereceu a seguinte promoção. Na compra de duas camisetas iguais a segunda tem um desconto de 50%. Calcule a taxa de desconto.

Apostila PRF a) 40%

b) 20%

c) 30%

d) 25%

e) 50% = 60 – 20% de 60

Solução questão 1

112 x%   112  196  192 100 % 112 x% 112   5 x  112  x   22,4% 500 100 % 5 Resposta: D

 60 

20  60  60  12  R$ 48,00 100

Preço da loja Y:

 70  20% de 70 20  70   70 100  70  14  56  R$ 56,00. Preço da loja Z:

Solução questão 2: Supondo o preço do artigo P, ao triplicar passa para 3P. O aumento foi de 3P-P=2P

 68  25% de 68 25  68   68 100  68  17  R$ 51,00

P 100 %   P  x  200P 2P x% 200P x  x  200 % P

O menor preço é o da loja 3 ( F).

Resposta: C

O par de tênis mais caro na loja 2 (V).

A soma dos preços com desconto é de R$ 155,00 (V).

A loja 1 oferece preço mais vantajoso (V). Resposta: A Solução questão 3:

8300  6870 x%   6870 100 % 1430 x%   6870x  143000 6870 100 %  x  143000  6870  x  20,8%  x  21% Resposta: D

Solução questão 5: Aumento de 20%:

300 100%   x  360 x 120% Desconto de 20%:

360 100%   x  288 x 80% Solução questão 4:

Resposta: D

Preço da loja X:

161

Apostila PRF 12,5  10,00  2,50 Solução questão 6:

453,53  64,79 x%  64,79 100 % 388,74 x%   64,79 x  38874 64,79 100 %  x  38874  64,79  600% Resposta: D

Total de descontos:

2,5  2,50  6,25 Resposta: E Solução questão 9: Comissão do vendedor:

10  650  R$ 65,00 100 Considerando custo (C)  100% C 100%  650 - 65 130% C  450,00

10%de R$ 650,00  Solução questão 7: Aumento do leite: R$ 1,05 - R$ 0,70 = R$ 0,35 Percentual de aumento:

0,35 x%   0,70x  35 0,70 100%  x  35  0,70  50%

Razões entre percentuais:

12% 6  50% 25

Resposta: B

Solução questão 10:

3840 100 %   3840 x  11520 115,20 X% X  11520  3840  3% Resposta: D

Resposta: D

Solução questão 11: Solução questão 8:

Supondo que o produto custa R$ 100,00:

Cálculo do preço normal:

Lucro Bruto: = 20% de R$ 100,00= R$ 20,00 Preço da nota:= R$ 120,00 Despesas:= 10% de R$ 120,00 = R$ 12,00

10,00 80%  x 100 % x  12,50

Preço com desconto: = R$ 120,00 – R$ 12,00= R$ 108,00

Desconto por metro:

Lucro Líquido: = R$ 108,00 – R$ 100,00= R$ 8,00 que corresponde a 8% do custo.

162

Apostila PRF Resposta: B

2º Reajuste: 16,5% + 20% de 16,5% = 16,5% + 3,3% = 19,8%

Solução questão 12:

Preço final corresponde à 19,8 do preço inicial.

Supondo P = R$ 100,00 Custo + imposto = R$ 117,00 Preço de venda = R$ 172,00

Solução questão 15:

172  117 x%  117 100%

Rentabilidade dos fundos de ações: (Supondo investimento de R$ 100,00) R$ 30,00 + 40% de R$ 30,00

Lucro:

117 x  5500  x  5500  117  x  47%

=R$ 30,00 + R$ 12,00= R$ 42,00 Rentabilidade de Renda Fixa:

Resposta: B R$ 70,00 + 20% de R$ 70,00 = R$ 70,00 + R$ 14,00 = R$ 84,00 Total: R$ 42,00 + R$ 84,00 = R$ 126,00 Solução questão 13: Rentabilidade: 26% Preço de fábrica: R$ 100,00 Resposta: A Revendedores:

R$ 100,00 + 50% de R$ 100,00

= R$ 150,00 Preço final: Solução questão 16: R$ 150,00 + 100% de R$ 150,00 = R$ 300,00

Lucro:

300  100 x%   x  200% 100 100%

Supondo R$ 100,00 de salário, teríamos um depósito de R$ 100,00 dividindo igualmente: Participação de Ana: R$ 70,00 + R$ 50,00 = R$ 120,00

Resposta: C

Participação de Lúcia:

Solução questão 14:

R$ 30,00 + R$ 50,00 = R$ 80,00

Supondo o salário 100%, o produto corresponde à 15%.

Participação % de Ana:

1º Reajuste:

R$120,00 x%  R$200,00 100%  x  60%

15% + 10% de 15% =15% + 1,5% = 16,5%

(a participação diminui para 60%)

163

Apostila PRF Resposta: A

R$250,00 100 %  R$150,00 x% 250 x  15000  x  60% Resposta: B

Solução questão 17: Supondo preço inicial R$ 100,00 R$ 100,00 + 150% de R$ 100,00 = Solução questão 20: R$ 100,00 + R$ 150,00 = R$ 250,00 Supondo salário: R$ 1000,00 Desconto: Antes do aumento:

R$250,00 100 %  R$150,00 x% 250 x  15000  x  60% Resposta: C

Aluguel = 25% de R$ 1000,00 = R$ 250,00 Após o aumento: Salário = R$ 1000,00 + 25% de R$ 1000,00 =R$ 1000,00 + R$ 250,00

Solução questão 18:

=R$ 1250,00

Supondo salário de R$ 100,00

Aluguel = R$ 250,00 + 35% de R$ 250,00

20% de R$ 100,00 = R$ 20,00

 R$250,00 

Reajuste:

R$20,00 100%  R$80,00 x% 20 x  8000  x  400% OBS: R$ 80,00 é o aumento para que o salário retorne à R$ 100,00. Resposta: D Solução questão 19: Supondo preço inicial de R$ 100,00 mais 150% de aumento:

35  R$ 250,00 100

= R$ 250,00 + R$ 87,50 =R$ 337,50 Percentual ao qual corresponde o novo aluguel:

R$337,50 x%   1250,00x  33750,00 R$1250,00 100% 33750,00  x  x  27% 1250,00 Resposta: B

R$ 100,00 + R$ 150,00 de R$ 100,00 R$ 100,00 + R$ 150,00 = R$ 250,00 Percentual de redução:

Solução questão 21: Com antecipação: R$ 125,00 Novo Salário: R$ 175,00

164

Apostila PRF % de aumento:

R$175,00 - R$125,00 x%  R$125,00 100% x  40%

Solução questão 24: Supondo faturamento: 100 Matriz: = 70 + 20% de 70 = 84

Resposta:B Filial: = 30 + 10% de 30 = 33 Total: 84 + 33 = 117 O faturamento aumentou 17% Solução questão 22: % correspondente a matriz: Salário em Abril: R$ 100,00

Salário em Junho: R$ 150,00

84 x% 8400  x 117 100% 117 x  71,79%  72%

% de aumento:

Resposta: C

Salário em Maio: R$ 120,00

R$150,00 - R$120,00 x%  R$120,00 100% R$3000,00 x  25% R$120,00

Solução questão 25: Supondo valor do título R$ 100,00

Resposta: B Em um mês: R$ 115,00 Em dois meses: R$ 138,00 Aumento % do 2º mês: Solução questão 23: Julho: R$ 100,00

138  115 x% 2300  x  20% 115 100 115

Agosto: R$ 100 + 20% . 100 = R$ 120,00 Resposta: C Setembro: R$ 120 + 30% . 120 = R$ 156,00 1º de Novembro: R$ 100,00 + 134% = R$ 234,00 Solução questão 26: Aumento % em outubro: Supondo R$ 100,00

R$234,00 - R$156,00 x%  R$156,00 100% x  50% Resposta:D

Com antecipação: R$ 120,00 Novo salário: R$ 200,00 % de aumento:

165

Apostila PRF 200  120 x%  120 100% x  66,67%  67%

% aumento = 4% Resposta: B

Resposta: C Solução questão 29: Base de cálculo: 100 Solução questão 27:

1º desconto: 100 – 10% de 100 =90

Supondo base de cálculo = 100

2º desconto: 90 – 10% de 90 = 81

Salário mínimo após reajuste:

% de desconto:

R$ 100,00 + 12 % de R$ 100,00 = R$ 115,00

100  81 x%   x  19% 100 100%

Inflação: R$ 100,00 + 20,03% de R$ 100,00 = R$ 120,03

R$120,03 - R$112,00 x%  R$112,00 100% x  7,169%  7,17%

Resposta: A

Aumento % necessário à aposentadoria: Soluçâo questão 30:

R$120,03 - R$115,00 x%  R$115,00 100% x  4,37% Resposta: D

Base de cáculo: 100 Aumentos do comerciante “A” Salário em janeiro: R$ 100,00 + 30% de R$ 100,00 = R$ 130,00 Salário de fevereiro:

Solução questão 28:

R$ 130,00 + 30% de 130,00

Base de cálculo =100

= R$ 169,00

Preço do produto após aumento:

Salário em março:

R$ 100,00 + 30% de R$ 100,00 = R$ 130,00

R$ 169,00 + 20% de R$ 169,00 = 202,80

Preço com desconto:

Aumento do comerciante “B”

R$ 130,00 – 20% de R$ 130,00

R$ 100,00 + 100% de R$ 100,00

= R$ 130,00 – R$ 26,00 = R$ 104,00

= R$ 200,00

% de aumento em relação ao preço inicial:

Conclusão: “A” deu aumento de 2,8% superior a “B”, utilizando-se como base o salário inicial de R$ 100,00.

R$ 104,00 – R$ 100,00 = R$ 4,00

166

Resposta: C

Apostila PRF Após desconto: = R$ 140,00 – 25% de R$ 140,00 Solução questão 31:

= R$ 140,00 – 0,25 . 140,00

Base de cálculo: 100

= R$ 105,00

Preço com aumento:

Resultado: B

R$ 100,00 + 50% de R$ 100,00 = R$ 150,00 Preço com desconto: R$ 150,00 – 50% de R$ 150,00

Solução questão 34:

R$ 150,00 – R$ 75,00 = R$ 75,00

Após o aumento:

Desconto real:

R$ 100,00 + 20% de R$ 100,00 = R$ 120,00

R$100,00 100%   25% R$100,00 - R$75,00 x%

Após rebaixar:

Resposta: C

= R$ 96,00

= R$ 120,00 - 20% de R$ 120,00

Conclusão: o preço final é menor 4%.

Solução questão 32: Base de cálculo: 100

Solução questão 35:

1º aumento = 100 + 25% de 100 = 125

Cálculo da redução:

2º aumento = 125 + 55% de 125

R$200,00 100%  R$100,00 x% x  50%

= 125 + 0,55 . 125 = 125 + 68,75 = 193,75

Resposta: B

O aumento foi de 93,75 Resposta: C Solução questão 36: Base de cálculo: Solução questão 33: Base de cálculo: =100,00 Após aumento = R$ 100,00 + 40% de R$ 100,00 = R$ 140,00

R$196,00 x%  R$140,00 100% x  140% Os salários devem ser aumentados em 40% para recuperar o poder de compra.

167

Apostila PRF R$20,00 100 %  R$15,00 x% x  75% Solução questão 37: O desconto foi de 25% Base de cálculo = R$ 100,00 Resposta: D Novo salário = R$ 156,00 Correção monetária da base de cálculo = R$ 130,00 12. EQUAÇÕES E SISTEMAS DO 2º GRAU Aumento do poder de compra: R$ 156,00 – R$ 130,00 = R$ 26,00

Denominamos equação do 2º grau a toda a equação da forma ax² + bx + c = 0 (a  0) ou qualquer equação redutível a esta forma.

R$180,00 100 %  R$180,00 - R$144,00 x% x  20%

Resolução Algébrica

Resposta: A

A determinação algébrica das raízes de uma equação na forma ax² + bx + c = 0, com a  0, pode ser obtida com a fórmula de Báskara 

Solução questão 38:

R$182,00 x%  R$130,00 100% x  140%

x

b  onde  = b² - 4ac (discrimi2a

nante da equação) O sinal do discriminante, , determina a quantidade de raízes da equação do segundo grau:  > 0 – duas raízes reais e distintas  = 0 – uma única raie real (duas raízes iguais)

O salário deve ser reajustado em 40%

 < 0 – nenhuma raiz real

1) Resolva as seguintes equações incompletas do segundo grau: Solução questão 39:

4 100%   75% 3 X% O desconto foi de 25% Resposta: E

Solução questão 40: Supondo que a camiseta custa R$ 10,00; a segunda camiseta custaria R$ 5,00. Cálculo do desconto:

168

a)2 x² - 50 = 0

solução : 2 x 2  50  0 2 x 2  50  50 x2  2 2 x  25 x   25 x  5 S   5,5

Apostila PRF a  1; b  13; c  12 b) 3 x² - 108 = 0

  b 2  4ac

solução :

   13  4  1  12   169  48   121 2

3 x 2  108  0 3 x 2  108 108 x2  3 2 x  36 x  6 S   6,6 

b  2a   13  121 x 2 1 13  11 x 2 13  11  12 x'  2 13  11 1 x"  2 S  1,12  x

c) 5 x² - 980x = 0

solução : 5 x 2  980 x  0 5 x x  196   0 5 x  0 logo x 

b) x² + 7x + 12 = 0

0 0 5

x  196  0 x  196 S  0,196  d) x² - 6x = 0

solução : x 2  6x  0 xx  6   0 x0 x6  0 x6 S  0,6 

a  1; b  7; c  12   b 2  4ac   7   4  1  12   49  48  1 2

b  2a  7   1 x 2 1  7 1 x 2  7 1 x'   3 2  7 1 x"   4 2 S   4,3 x

2) Resolva as seguintes equações completas do 2º grau. a)

x² - 13x + 12 = 0

c) x² + 15 x + 36 = 0

169

Apostila PRF a  1; b  15; c  36

a  1; b  1; c  12

  b  4ac

  b 2  4ac

  15   4  1  36   225  144   81

  1  4 1 12   1  48   47

b  2a  15   81 x 2 1  15  9 x 2  15  9 x'   3 2  15  9 x"   12 2 S   12,3

b  2a  15    47 x 2 1 - 47  R , logo : S 

2

2

x

2

x

f) – x² + 8 x + 20 = 0

a  1; b  8; c  20   b 2  4ac

d) x² + 11x – 12= 0

a  1; b  11; c  12   b 2  4ac   11  4  1   12    121  48   169 2

b  2a  11  169 x 2 1  11  13 x 2  11  13 x'   1 2  11  13 x"   12 2 S   12,1 x

e) x² + x – 12 = 0

170

  8  4   1  20   64  80   144 2

b  2a  8  144 x 2   1  8  12 x 2  8  12  4 x'    2 2 2  8  12  20 x"    10 2 2 S   2,10  x

g) – x² + x + 12 = 0

Apostila PRF a  1; b  1; c  12

a  15; b  8; c  1

  b  4ac

  b 2  4ac

  1  4   1  12   1  48   49

   8  4  15  1   64  60 4

b  2a  1  49 x 2   1 1 9 x 2 1 9  8 x'    4 2 2  1  9  10 x"    5 2 2 S   4,5

b  2a   8  4 x 2  15  82 x 30 8  2 10 1 x'    30 30 3 82 6 1 x"    30 30 5  1 1  S   ,   5 3 

2

2

x

2

x

h) 2 x² + 3 x – 2 = 0 j) 3 x² + 4 x + 1 = 0

a  2; b  3; c  2   b 2  4ac

a  3; b  4; c  1

  3  4  2   2   9  16   25

  b 2  4ac

2

b  2a  3  25 x 22 35 x 4  3 5 2 1 x'    4 4 2  3  5 8 x"    2 4 4  1  S    2,  2   x

i) 15 x² - 8 x + 1 = 0

  4   4  3  1   16  12 4 2

b  2a  4   4 x 2  3 42 x 6 42 2 1 x'    6 6 3 42 6 x"    1 6 6 S   1, 1 3 x





3) Verifique se –2 é raiz da equação 2 x² - 5x – 18 = 0.

171

Apostila PRF Solução:

Substituin do - se x  -2 na equação dada : 2- 2  5 2  18  2  4  10  18  0 - 2 é raiz da equação. 2

As raizes da equação do 2º grau são iguais quando   0 4 x²  (m  1)x  (m  6)  0 a 4 b  m 1 c  m6   b 2  4ac   m  1  4  4  m  6  2

  m 2  2m  1  16 m  96

4) Calcular m na equação mx² - 3x + (m – 1) = 0, de modo que uma de suas raízes seja igual a 1.

Solução:

Substituin do - se x  1 na equação : m1  3  1  m  1  0 m - 3  m 1  0 2m - 4  0 2m  4 4 m 2 2 2

5) Determine m na equação mx² - mx + x + 8 = 0, de modo que a soma de suas raízes seja igual a 5. Solução:

Soma das raízes S  

b a

mx 2  mx  x  8  0 mx 2  1  m x  8  0 am b  1 - m  1 - m   5 b S-  a m 5m  - 1 - m  5m  -1  m 4m  -1 m  -1 4 6) Determine m tal que as raízes de 4 x² + (m + 1)x + (m + 6) = 0 sejam iguais. Solução:

172

  m 2  14 m  95  0 m 2  14 m  95  0 a 1 b  14 c  95 m, 

  14  

 14 2  4  1   95 

2 1 14  196  380 14  576 m,   2 2 14  24 m,   17 2 m,, 

  14  

 14 2  4  1   95 

2 1 14  196  380 14  576 m,,   2 2 14  24 m,,   5 2

7) Determine dois números cuja soma seja -1 e o produto entre elas seja -110.

Solução:

 x  y  1   x  y  110

Apostila PRF x  1  y x  y  110  1  y  y  110  y  y  110 2

x  x 2  72 x 2  x  72  0  - 1

y 2  y  110  0   12  4  1   110    1  440   441  1  441  1  21   10 2 2  1  441  1  21 y ,,    11 2 2 y, 

8) Decompor 21 em duas parcelas tais que o produto entre elas seja 110. Solução:

 1  289  1  17 16   8 2 1 2 2  1  289  1  17  18 x,     9 2 1 2 2 x, 

10) A soma de certo número inteiro com o seu inverso é igual a 50/7. Qual é esse número?

Solução:

1 50  x 7 7 x 2  7 50 x  7x 7x 2 7 x  50 x  7  0 x

 x  y  21   x  y  110 x  21  y x  y  110 21  y  y  110  y 2  21 y  110

  12  4  1   72    1  288  289

 - 1

y 2  21 y  110  0   21  4  1  110    441  440  1

x x  ,

2

  21  1 21  1   11 2 2   21  1 21  1 y ,,    10 2 2 y, 

9) A soma de certo número natural com o seu quadrado é igual a 72. Determine este número.

b  2a



  50  

 50 2  4  7  7 27

50  48 98  7 14 14

x ,, 

  50  

 50 2  4  7  7

27 50  48 2 1    14 14 7 11) Determine dois números inteiros e consecutivos tais que a soma dos seus inversos seja 5/6.

Solução:

173

Apostila PRF 1 1 5   x x 1 6 6 x  6  6 x 5 x x  1  6 xx  1 6 xx  1

x 2  3x  54 x 2  3x  54  0 x

12 x  6  5 x 2  5 x  5 x 2  12 x  5 x  6  0

 - 1

x, 

5x  7 x  6  0 2

b  x 2a x  ,

  7  

 7 2  4  5   6 25

7  13  2 10 x  ,,

  7  

b  2a

 7 2  4  5   6

25 7  13  6  3    10 10 5 12) Determine dois números pares, positivos e consecutivos cujo produto seja 120.

  3 

2 1 3  225 3  15 18    9 2 2 2 x  ,,

  3 

14) Determine o maior de três números naturais e consecutivos tais que a soma dos quadrados dos dois menores seja igual ao quadrado do maior.

Solução:

x 2  x  1  x  1

Solução:

x 2  2 x  120  0 b  x 2a x 

22  4  1   120 

2 1  2  484  2  22 20     10 2 2 2 x  ,,

2

22  4  1   120 

2 1  2  484  2  22  24     12 2 2 2 13) A diferença entre o quadrado e o triplo de um mesmo número natural é igual a 54. Determine esse número. Solução:

174

2

x 2  x 2  2x  1  x 2  2x  1

x x  2   120

2

 32  4  1   54 

2 1 3  225 3  15  12     6 2 2 2

2

,

 32  4  1   54 

x 2  4x  0 x x  4   0 x  0 ou

x- 4  0 x 4

O maior é x  1  4  1  5 15) Ao multiplicar dois números positivos, um dos quais maior que o outro em 36 unidades, um aluno cometeu em erro, diminuindo de 8 unidades o algarismo das dezenas do produto. Em seguida, com o objetivo de tirar a prova da operação realizada, dividiu o produto encontrado pelo menor dos fatores encontrando quociente 53 e resto 4. Sabendo que esta divisão não estava errada, qual era o produto correto dos dois números? Solução:

Apostila PRF  x  y  36   xy  80  53 y  4 x  36  y 36  y y  80  53 y  4

Considerando - se o volume do tanque V, V V Vazão da 1º torneira  x   t1 t 2  5

36 y  y 2  80  53 y  4

Vazão da 2º torneira  y 

y 2  53 y  36 y  80  4  0 y 2  17 y  84  0 b  y 2a y  ,

  17  

 17 2  4  1   84 

2 1 17  625 17  25 42     21 2 2 2 x ,  36  y  36  21  57 16) Considere a igualdade x4y4 – 10 x²y² + 9 = 0. Quantos pares de números naturais (x, y) satisfazem esta equação? Solução:

x 4 y 4 - 10 x²y²  9  0 Considerando - se x²y²  z z 2  10 z  9  0 z

  10  

  10  

Tempo para 2º torneira encher o tanque  t 2 V 6 xy V 6 V V  t2  5 t2 V

 t  5  t2 V  2   t 2 t 2  5 t 2 t 2  5  1 6  2t 2  5     t 2 t 2  5 

6

62t 2  5  t 2 t 2  5 12 t 2  30  t 2  5t 2 2

2

 10 2  4  1  9

2 1 10  64 10  8 18    9 2 2 2 z ,, 

Tempo para 1º torneira encher o tanque  t 1  t 2  5

t 2  7 t 2  30  0

b  2a

z, 

V t2

 10 2  4  1  9

2 1 10  64 10  8 2    1 2 2 2 x²y²  z  9 logo xy   9  3 x²y²  z  1 logo xy   1  1 S  3,1, 1,3 3,1,  1,3, 1,1,  1,1,... 17) Duas torneiras enchem um tanque em 6 horas. A primeira gasta 5 horas mais do que a segunda para fazê-lo sozinha. Em quanto tempo a segunda torneira, sozinha, enche o tanque?

t2  t2  ,

b  2a   7  

 7 2  4  1   30 

2 1 7  169 7  13 20     10 horas 2 2 2 t 1  t 2  5  10  5  15 horas

18) Um grupo de pessoas dividiu em partes iguais a conta do restaurante. Se fossem 6 pessoas a mais, cada uma delas teria pagado R$ 3,00 a menos; se fossem 2 pessoas a menos, cada uma delas teria pagado R$ 2,00 a mais. Quantas eram as pessoas? Quanto pagou cada uma? Solução:

Solução:

175

Apostila PRF conta  xy  conta  x  6 y  3 conta  x  2 y  2 

x  6 y  3  xy

xy  6 y  3x  18  xy 6 y  3x  18 3 2y - x  6 x  2 y  2  xy xy  2 x  2 y  4  xy 2x  2 y  4 2 x - y  2 logo x  2  y 2y - x  6 2y - 2  y   6 2y  2  y  6 y 8 x  2  y  2  8  10 Quantas eram as pessoas? x  10 pessoas Quanto pagou cada uma? y  R$8,00 19) Um tonel estava cheio com 100 litros de vinho puro. Um comerciante desonesto retirou certa quantidade do vinho deste tonel completando-o com água. Em seguida retirou desta mistura uma quantidade igual àquela retirada na primeira vez e completou novamente com água. Uma análise feita posteriormente revelou que restaram no tonel apenas 64 litros do vinho puro original. Quantos litros foram retirados de cada vez? Solução:

1º retirada : 100 - x 2º retirada : 100 100  x  x z x100  x  z  x  0,01x 2 100 100  x  x  0,01x 2  64 0,01x 2  2 x  36  0 x x

  2  

 22  4  0,01  36 2  0,01

2  2,56 2  1,6 0,40    20 0,02 0,02 0,02

20) Uma quantia de R$ 1.200,00 foi paga a dois grupos, um de carpinteiros e outro de auxiliares. A diferença entre o valor pago a cada carpinteiro e aquele pago a cada auxiliar foi de R$

176

80,00. Entretanto o total pago ao grupo de carpinteiros resultou igual ao total pago aos auxiliares. Entre carpinteiros e auxiliares, eram ao todo 20 trabalhadores. Quanto foi pago a cada carpinteiro? Solução:

 x  y  20 c  a  80   cx  ay  1200 cx  ay cx  ay  1200 2cx  1200 cx  600  ay x  20  y c  80  a cx  ay

80  a 20  y   ay 1600  20 a  80 y  ay  ay 1600  20 a  80 y  2ay  0 1600  20 a  80 y  2  600  0 1600  20 a  80 y  1200  0 20 a  80 y  400  0 a  4 y  20  0 a  4 y  20 ay  600 4 y  20  y  600 4 y 2  20 y  600  0 y 2  5 y  150  0   52  4 1  150   25  600  625  5  625  5  25 20    10 ajudantes 2 2 2 x  20  y  20  10  10 carpinteir os 600 600 a   R$60,00 ( recebe cada ajudante) y 10 c  80  a  80  60  R$140,00 ( recebe cada carpinteir o ) y

Função linear e afim: São funções do tipo:

y  f ( x)  ax  b

onde a  0.

Apostila PRF Exemplos:

a ) f ( x)  5 x  3 x c) f ( x)    7 5

y

b) f ( x)   x  10 x 3 d ) f ( x)   2 5

Quando b = 0, a função é dita linear  f ( x)  ax .

Exemplos:

a ) f ( x)  2 x 2x c) f ( x)   5

Determinação algébrica da raiz:

b) f ( x)  6 x x d ) f ( x)  7

Quando a > 0, tem-se uma função crescente :

y  ax  b  0 ax  b  0 ax  b b x a Coeficiente angular e linear da função do 1ºgrau:

Dada a equação y  ax  b a  coeficient e angular da função. b  coeficient e linear da função. O conjunto DOMINÍO (D) e o conjunto IMAGEM (Im) são reais:

Quando a < 0, tem-se uma função decrescente

D(f)  R Im(f)  R Estudo do sinal da função: a) Quando a > 0, tem-se:

A raiz da função (ou zero) é o valor de x, quando f(x) = 0. A raiz da função é o ponto de intersecção entre o eixo das abscissas ( x ) e a reta que representa o gráfico da função.

177

Apostila PRF Estudo do sinal de uma função crescente ( a  0 ) : b y  0 para x   a b y  0 para x   a b y  0 para x   a Quando a < 0, tem -se:

e) Estudo do sinal de uma função crescente ( 2  0 ) : y  0 para x  2 y  0 para x  2 y  0 para x  2

f ) f (12)  212  6  24  6  18 Estudo do sinal de uma função decrescente ( a  0 ) : b y  0 para x   a b y  0 para x   a b y  0 para x   a Exemplo 1: Para a função

y  3x  6 determine:

Exemplo 2: Para a função

y  2 x  10 determine:

a) A raiz da função. b) O coeficiente angular. c)

O coeficiente linear.

d) O gráfico da função. e) O estudo do sinal da função. f)

A imagem da função para x = -3.

a) A raiz da função.

Solução:

b) O coeficiente angular.

a) y  2 x  10  0  2 x  10 x5 b)coeficiente angular  a  -2 c)coeficiente linear  b  10

c) O coeficiente linear. d) O gráfico da função. e) O estudo do sinal da função. f)

A imagem da função para x = 12.

Solução:

a) y  3x  6  0 3x  6 x2 b)coeficiente angular  a  3 c)coeficiente linear  b  -6 d)

178

d)

Apostila PRF b)  5 x  10  0  5 x  10 5 x  10 x2

S  x  R x  2  2, 

e)Estudo do sinal de uma função decrescente ( - 2  0 ) : y  0 para x  5 y  0 para x  5 y  0 para x  5 f ) f (3)  2 3  10  6  10  16

Inequações do 1º Grau São as inequações redutíveis à uma das seguintes formas:

ax + b < 0 ax + b  0

c)3x  4  2 x  5 3x  2 x  5  4 x 1

S  x  R x  1  1, 

d )9 x  4  11x  3 9 x  11x  4  3  2 x  7 2x  7 7 x 2  7 7  S   x  R x     ,  2  2  

ax + b > 0

Função Quadrática:

ax + b  0 ax + b  0

Função quadrática ou função do 2º grau é definida pela expressão:

(todas com a > 0)

y  f ( x)  ax 2  bx  c com a , b e c  R e a  0

Exercícios

a)

2

x

+

16

<

0

Raiz da função quadrática:

y  ax 2  bx  c  0 b) – 5 x + 10  0 c) 3 x + 4  2 x + 5 d) 9 x + 4 > 11 x – 3

Solução:

a)2 x  16  0 2 x  16 x8

S  x  R x  8   ,8

  b2  4  a  c x

b  2a

Se   0 a função possue duas raizes reais distintas. Se   0 a função possue duas raizes reais iguais. Se   0 a função não possue raizes reais . Gráfico da função do 2º grau: O gráfico da função do 2º grau é uma parábola.

179

Apostila PRF A concavidade da função do 2º grau depende do valor de “a” da função: a > 0 : parábola terá concavidade voltada para cima. a < 0 : parábola terá concavidade voltada para baixo.

Vértice da função do 2º grau:

b 2a  y vértice  y v   4a    b V   xv , y v     ,   4a   2a xvértice  xv  

Ponto máximo , ponto mínimo e imagem da função : Para a > 0 a parábola tem concavidade voltada para cima , ela terá apenas ponto mínimo dado pelo y do vértice da função :

a0



ponto mínimo  y v  

 4a

  Im( f )   y  R y    4a   Para a < 0 a parábola tem concavidade voltada para baixo , ela terá apenas ponto máximo dado pelo y do vértice da função :

a0



ponto máximo  y v  

  Im( f )   y  R y    4a  

180

 4a

Apostila PRF Exemplo

1:

Para

a

função

quadrática

y  x  6 x  8 determinar: 2

a) As raízes da função. b) As coordenadas do vértice. c) O ponto mínimo e a imagem da função. d) O esboço do gráfico da função. e) O estudo do sinal da função. Solução:

a) y  x 2  6 x  8  0 a  1  0 ( concavidade para cima )   - 6  4  1  8  36  32  4   0 ( função tem duas raizes reais distintas ) 2

- - 6  4 6  2 x  2 1 2 62 8 x,   4 2 2 62 4 x ,,   2 2 2  4   1 4a 4 1  6  6  3 b xv    2a 2 1 2 V  xv , y v   3,1 b) y v  

c) O ponto mínimo é o y v  1.

O conjunto imagem é dado por : Im(f)  y  R y  -1 d)

e) y  0 para 2  x  4. y  0 para x  2 ou x  4 y  0 para x  2 ou x  4 Exemplo

2:

Para

a

função

quadrática

y   x 2  5 x  6 determinar: a) As raízes da função. b) As coordenadas do vértice. c) O ponto mínimo e a imagem da função. d) O esboço do gráfico da função. e) O estudo do sinal da função. Solução:

a) y   x 2  5 x  6  0 a  1  0 ( concavidade para baixo )   5  4   1   6  25  24  1   0 ( função tem duas raizes reais distintas ) 2

- 5  1  5  1  2   1 2  5 1  4 x,   2 2 2  5 1  6 x ,,   3 2 2

x

181

Apostila PRF  1 1   4a 4   1 4 5  5 b xv    2a 2   1 2

b) y v  

5 1 V xv , y v    ,  2 4 1 c) O ponto máximo é o y v  . 4  1 O conjunto imagem é dado por : Im(f)   y  R y   4 

3) x² - 4x + 4 > 0 4) – x² – 64  0

Solução:

a) x²  11 x  12  0 x

 11 

112  4  1   12 2  1

 11  121  48  11  169  11  13   2 2 2  11  13 2 x,   1 2 2  11  13  24 x ,,    12 2 2 x

d)

S  x  R x  12 ou x  1   12,1 e) y  0 para 2  x  3. y  0 para x  2 ou x  3 y  0 para x  2 ou x  3

Inequações do 2º Grau São as inequações redutíveis à uma das seguintes formas: ax² + bx + c < 0 ax² + bx + c  0

b)  x²  x  12  0 x

 1 

12  4   1   12  2   1

 1  49  1  7  2 2 1 7 6 x,    3 2 2 1 7  8 x ,,    4 2 2 x

ax² + bx + c > 0 ax² + bx + c  0 ax² + bx + c  0 (todas com a > 0) Exercícios

1) x² + 11 x – 12 > 0 2) – x² + x + 12  0

182

S  x  R  3  x  4   3,4

Apostila PRF Exemplos : c) x² - 4 x  4  0 x x

  4 

 42  4  1   4 2  1

4 0 40  2 2 2

y  2 x 3 f ( x)  4  5  x  2 x 1

1 y  3 f ( x)  5  36 x

Gráfico da função exponencial:

S  R  2  x  R x  2 d) -x² - 64  0 - x 2  64 x 2  64 x    64  R

S 

Função Exponencial:

A função exponencial é definida pela relação:

y  f ( x)  a x onde a  0 e a  1

Construção do gráfico da função exponencial: Exemplo: Construir o gráfico da função

y  2x  3 .

183

Apostila PRF x

-2

-1

x, y 

y  2x  3 y  2 2  3 

1 11 3   4 4

11     2,  4 

y  2 1  3 

1 5 3   2 2

5    1,  2 

log 2 8  3 pois 2 3  8 log 3 81  4 pois 3 4  81 -1

1 log 1 5  1 pois    5 5 5 1

log 2 2 

1 pois 2 2  2 2

y  2 0  3  1  3  2

0,2

+1

y  2 1  3  2  3  1

 1,1

log 1 8  ? pois 1?  8

+2

y  2 2  3  4  3  1

 2,1

log 2  4  ? pois 2 ?  4

+3

y  2 3  3  8  3  1

 3,5

0

Observações:

Conseqüência da definição de logaritmos:

( i ) log a 1  0 pois a 0  1. exemplos : log 3 1  0 pois 30  1 log 7 1  0 pois 7 0  1 ( ii ) log a a  1 pois a1  a. exemplos : log 3 3  1 pois 31  3 log 7 7  1 pois 71  7

( iii ) log a n a m 

m n

pois

a 

m n n

 am.

3 2 1 log 25 5  log 52 51  2

exemplos : log 4 8  log 22 2 3 

Logaritmos: Definição:

log a b  x

se e somente a x  b.

Condições de existência do log aritmo: b  0 C.E.  a  0 e a  1 Exemplos:

184

2 2  2  4 1 1 2 3 log 1001000  log 102 10 3  2 log

7

49  log

1 72

72 

Logaritmos decimais:

Quando a base de um logaritmo é 10, esta poderá ser omitida:

Apostila PRF log 10 1  log 1  0



10 0  1

log 10 2  log 2  0,301



10 0,301  2

log 10 3  log 3  0,477



10 0,477  3

Exemplos : log 10 5 0,699 log 3 5    1,465 log 10 3 0,477

log 10 5  log 5  0,699



10 0,699  5

log 7 2 

log 10 7  log 7  0,845



10 0,845  7

log 10 2 0,301   0,356 log 10 7 0,845

log 5 12 

log 4 12 log 7 12 log 10 12   log 4 5 log 7 5 log 10 5

Propriedades dos logaritmos:

( i ) logaritmo de um produto é igual a soma de logaritmos : log c a  b   log c a  log c b Exemplos : log 10 6  log 10 2  3  log 10 2  log 10 3  0,301  0,477  0,778

log 1015  log 10 3  5  log 10 3  log 10 5  0,477  0,699  1,176

( ii ) logaritmo de um quociente é igual a diferença de logaritmos : a log c    log c a  log c b b Exemplos :  10  log 10 5  log 10    log 10 10  log 10 2  1  0,301  0,699 2  100  log 10 20  log 10    log 10 100  log 10 5  2  0,699  1,301  5 

Função logarítmica: Definição: A função logarítmica é definida pela expressão:

y  f ( x)  log a x

onde

x  0  a  0 e

Exemplos : y  f ( x)  log 2 x  1

y  f ( x)  log 1 3x  5 2

y  f ( x)  log 5

x3 2 x

Gráfico da função logarítmica: A função é crescente quando a > 1:

( iii ) logritmo de uma potência transforma - se em produto. m log b n a m  log b a n Exemplo : 4 log 49 81  log 7 2 3 4  log 7 3  2 log 7 3 2 3 3 3 3 9 2 log 3 9 8  log 2 2  2 log 3 2   log 7 3  log 7 3 2 2 2 4 33 3

A função é decrescente quando 0< a < 1 :

Mudança de base dos logaritmos:

log a b 

log c b log c a

185

a 1

Apostila PRF Exemplo 1 : 4 x 3  8 6 2 x

2 

2 x 3

Construir

y  log 2 x  3 .

o

gráfico

da

6 2 x

2 2 x  6  2 186 x Como as bases são iguais : 2x  6  -18 - 6x 2x  6x  -18 - 6 8x  -24 x  -3 S  - 3

Construção do gráfico da função logarítmica:

Exemplo:

 2 3 

função

Exemplo 2 :

x

y  log 2 x  3

x, y 

x

4

y  log 2 4  3  log 2 1  0

4,0

1 1   49  7 

x

7  2  7 1

5

y  log 2 5  3  log 2 2  1

5,1

7

y  log 2 7  3  log 2 4  2

7,2

x 3 5

 

2

x 3 5

 x 3

7 x 7 5 Como as bases são iguais : -2  x3   - x 2  3 x  10 x 5 - x 2  3 x  10  0   3 2  4   1   10   9  40  49  3  49  3  7 4    2 (não é solução, pois x  0) 2   1 2 2  3  7  10 x ,,   5 2 2 S  5 x, 

Resolução de equações exponenciais e logarítmicas:

186

Apostila PRF Exemplo 3 : 3  43  3  0 2x

x

Substituin do - se 3 x por y teremos : y2  4  y  3  0    4  4  1  3  16  12  4 2

  4  4 4  2 6   3 2 1 2 2 x , 3  3  x 1 y, 

  4  4 4  2 2   1 2 1 2 2 x 0 ,, 3  1 3  x 0 S  0,1 y ,, 

Exemplo 4 : 5  2 x  3  2 x 1  7  2 x 1  140 2x 5  2  3  1  7  2 x  21  140 2 Substituin do - se 2 x por y : y 5  y  3  1  7  y  21  140 2 3y 5y   14 y  140 2 10 y  3 y  28 y 280  2 2 35 y  280 y  280  35  8 x

2 x  8  23 S  3



x3

Exemplo 5 : log 3 2 x  5  log 3 10 x  11 2x  5  10x - 11 - 10x  2x  -11 - 5 - 8x  -16 x2

5   x 2 x  5  0 2 C.E.   11 10 x  11  0  x 10  5 11 2   verdadeiro  2  (verdadeir o) 2 10 S  2

Exemplo 6 : log 5 2 x  15  1 2 x  15  51 2 x  5  15 2 x  20 x  10  C.E.  2 x  15  0  15 10  verdadeiro 2 S  10



x

15 2

Exemplo 7 : log  x 1  x  1  2

x  12  x  1 x 2  2x  1  x  1 x 2  3x  0 x  x  3  0 x  0 ou x  3

x  1  0 C.E.   x  1  0 3  1 x3 3  1 0  1 x0 0  1 S  3

 

x  -1 x  1

verdadeiro Falso

187

Apostila PRF SEQÜÊNCIAS NUMÉRICAS:

Solução : n  1  a 11   1  a1  2 1

a 2   1  3  2  5 1

n  2  a 21   1  a 2  2 2

Uma seqüência numérica é qualquer sucessão de números, que normalmente segue uma lógica de formação. A seqüência numérica é representada por:

S  a1 , a 2 , a3 , a 4 ,..., a n  onde a1  1º termo. a 2  2º termo. a3  3º termo.       a n  enésimo termo. Exemplo 1: Escreva os cinco primeiros termos da seqüência definida por:

a n  2  a n 1  a n  S  a1  1 e a 2  1 n  1  Solução : n  1  a1 2  a11  a1 a3  a 2  a1  1  1  2 n  2  a 2 2  a 21  a 2 a 4  a3  a 2  2  1  3 n  3  a 3 2  a31  a3 a 5  a 4  a3  3  2  5

S  1,1,2,3,5,8,13,21,34,...

Exemplo 2: Escreva os cinco primeiros termos da seqüência definida por:

a n1   1n  a n  2 S  a1  3

a 3   1   5  2  3 2

n  3  a 31   1  a3  2 3

a 4   1   3  2  1 3

n  4  a 41   1  a 4  2 4

a 4   1  1  2  3 4

S  3,5,3,1,3,5,3...

Seqüências Numéricas: Uma seqüência numérica é qualquer sucessão de números , que normalmente segue uma lógica de formação. A seqüência numérica é representada por:

S  a1 , a 2 , a3 , a 4 ,..., a n  onde a1  1º termo. a 2  2º termo. a3  3º termo.       a n  enésimo termo. Exemplo 1: Escreva os cinco primeiros termos da seqüência definida por:

a n  2  a n 1  a n  S  a1  1 e a 2  1 n  1  Solução : n  1  a1 2  a11  a1 a3  a 2  a1  1  1  2 n  2  a 2 2  a 21  a 2 a 4  a3  a 2  2  1  3 n  3  a 3 2  a31  a3 a 5  a 4  a3  3  2  5

S  1,1,2,3,5,8,13,21,34,...

188

Apostila PRF Exemplo 2: Escreva os cinco primeiros termos da seqüência definida por:

a n1   1n  a n  2 S  a1  3

Solução : n  1  a 11   1  a1  2 1

a 2   1  3  2  5 1

n  2  a 21   1  a 2  2 2

a 3   1   5  2  3 2

n  3  a 31   1  a3  2 3

a 4   1   3  2  1 3

n  4  a 41   1  a 4  2 4

a 4   1  1  2  3

Solução : r  a 2  a1  8  5  3 a n  a1  n  1r

a 20  a1  20  1r a 20  5  19  3  62 Exemplo 2: Determinar o 1º termo e a razão da P.A. com a6  30 e a 10  58.

a10  a 6  10  6 r 58  30  4  r 4r  58  30  28 r  28  4  7 a 6  a1  6  1r 30  a1  5  7 a1  30  35  5

4

S  3,5,3,1,3,5,3...

Progressão Aritmética (PA) Uma seqüência

(a 1 , a 2 , ..., a n ) é uma P.A. se, e so-

mente se, cada termo, à partir do segundo, for igual à soma do termo anterior com uma constante “ r” chamada razão da PA. Fórmula do Termo Geral

a n  a1  n  1r onde : a n  termo qualquer da P.A. a1  1º termo da P.A. n  número de termos da P.A. r  razão da P.A. Cálculo da Razão:

r  a n  a n 1

Solução : a1  x  1 a2  x  5 a3  4 x  4 r  a 2  a1  a3  a 2

x  5  x  1  4 x  4  x  5

x  5 - x  1  4x - 4 - x - 5 6  3x - 9 3x  6  9 x  15/3  5 a1  x  1  5  1  4 a 2  x  5  5  5  10 a3  4 x  4  4  5  4  16 r  a 2  a1  10  4  6

n  N, n  2

a 4  a3  r  16  6  22

Exemplo 1 : Determinar a razão e o 20º termo da P.A. 5,8,11,14,... .



Exemplo 3 - Sabendo que os três primeiros termos de uma PA são, respectivamente, x - 1, x + 5 e 4x - 4, encontre o valor numérico do quarto termo.



Exercício 4 - Seja A o conjunto dos 1993 primeiros números inteiros estritamente positivos. Quantos múltiplos inteiros de 15 pertencem ao conjunto A?

189

Apostila PRF Interpolação Aritmética Solução : O conjunto dos múltiplos de 15 formam uma P.A. de razão igual a 15. P.A.  (15,30,45, 60,...,1980,1995) a n  a1  n  1r

1980  15  n  1  15 1980  15  15n  15 15n  1980 n  1980  15  132

Dados dois números x e y, interpolar ou inserir k meios aritméticos entre x e y significa obter uma progressão aritmética com k + 2 termos, sendo x e y, respectivamente, o primeiro e o último.

Exemplo 6 - Interpolar 6 meios aritméticos entre 20 e 90. Em seguida, calcule a razão do terceiro com o sétimo termo desta seqüência.

Classificação de uma PA Uma P.A de razão r é:  PA crescente, se e somente se, r  0  PA decrescente, se e somente se, r  0  PA constante, se e somente se, r = 0 Notações Especiais  PA com 3 termos  (x – r, x, x + r) razão: r  PA com 4 termos  (x – 3r, x – r, x + r, x + 3r) razão: 2r  PA com 5 termos  (x – 2r, x – r, x, x + r, x + 2r) razão: r

Solução : P. A.  20, a 2 , a3 , a 4 , a5 , a 6 , a 7 ,90  a1  20 e

a 8  90

a8  a1  8  1r

90  20  7 r 90  20 r  10 7 P. A.  20,30,40,50,60,70,80,90  a3 30 3   a 7 70 7 Exemplo 7 - Interpolar 5 meios aritméticos entre -30 e 170. Em seguida, escreva a P.A. .

Exemplo 5 - Um triângulo retângulo tem seus lados c, b e a em uma progressão aritmética crescente, então podemos dizer que sua razão r é igual a:

Solução :

 x 2  x  r 

2

x 2  2rx  r 2  x 2  x 2  2rx  r 2  x 2  4rx  0 x x  4r   0  x  4r  0 x  4r x b r   4 4

a1  30 e

a 7  210

a 7  a1  7  1r

210  30  6r 210  30 r  40 6 P. A.   30,10,50,90,130,170,210 

a 2  b2  c2 a  xr bx c  xr

x  r  2

Solução : P. A.   30, a 2 , a3 , a 4 , a5 , a 6 ,210 

Termo Médio Dados três termos consecutivos em PA, o termo do meio é média aritmética dos outros dois.

a2 

an 

a3  a1 2

a

n 1

 a n 1 2

Soma dos Termos:

190

Apostila PRF Sn 

a1  a n  2

n

onde : S n  soma dos termos da P.A. n  número de termos da P.A. a1  primeiro termo da P.A. a n  termo de ordem n da P.A. Exercício 8 - A média aritmética dos 20 números pares consecutivos, começando em 6 e terminando em 44, vale:

Solução : a  a n  Sn  1 n 2 Média aritmética 

a1  a n  Sn  n

2 n

n



a1  a n  2



6  44 50   25 2 2

191

Apostila PRF Exercício 9: Calcular a soma dos 30 primeiros termos da P.A.

9,13,17,21,25,... .

Solução : r  a 2  a1  13  9  4 a n  a1  n  1r

a30  9  30  1  4  125 Sn  S 30

a1  a n 

n 2 9  125  30  67  30  2010  2

Exercício 10 - Qual é o décimo quinto termo da PA de razão 3 cuja soma dos 30 primeiros termos é 225?

Solução : a  a n  Sn  1 n 2 a  a30  225  1  30 2 225  a1  a30   15 a1  a30  225  15  15 a30  15  a1

a30  a1  30  1r 15  a1  a1  29  3  2a1  29  3  15  2a1  72 a1  36

a15  a1  15  1r a15  36  14  3  6 Exercício 11 - Qual a soma dos dois primeiros milhares naturais?

Solução : P. A.0,1,2,3,...,1999  a  a n  Sn  1 n 2 a  a2000  S 2000  1  2000 2 0  1999   2000  1999000 S 2000  2

Exercício 12: Um corpo, em sua queda, percorre 7 metros no 1° segundo e, nos segundos seguintes, a distância vai aumentando em 9,8 metros constantemente por segundo. Qual a altura da queda após 11 segundos?

Solução : P. A.7,0 ; 16,8 ; 26,6 ;... a11  a1  11  1r  7  10  9,8  105 S11 

a1  a11   11  7  105   11  616 2

2

metros

Exercício 13: - Seja a função de Z em Z definida por f(x) é igual a:

0, se x é ímpar. f (x)   2x - 1, se x é par, Nessas condições, a soma: f(1) + f(2) + f(3) + f(4) + ... + f(999) + f(1.000) é igual a:

Solução : f( 1 )  0 f( 2 )  2  2-1  3 f( 3 )  0 f( 4 )  2  4-1  7 f( 5 )  0 f( 6 )  2  6-1  11 f (999 )  0 f(1000 )  2  1000 -1  1999 P. A.3,7,11,...1999  onde n  500 a  a500  3  1999   500  500500 S500  1  500  2 2 Exercício 14 - Numa urna há 1.000. Retirando três bolinhas na primeira vez , 6 bolinhas na segunda, 9 bolinhas na terceira, e assim por diante, quantas bolinhas restarão na urna após a vigésima retirada?

192

Apostila PRF Solução: a 20  a1  20  1r  3  19  3  60 S 20 

a1  a 20 

3  60   20  630  20 

2 2 Re stam na urna 1000 - 630  470 bolinhas Exercício 15 - A soma das frações irredutíveis, positivas, menores do que 10 de denominador 4, é:

Solução : 39  1 3 5 7 P. A. , , , ,...,  4  4 4 4 4 3 1 2 1 r  a 2  a1     4 4 4 2 n  20 termos S 20 

S 20

a1  a 20 

 1 39     4 4   20    20 2

2 40     10 4     20   20  100 2 2

Exercício 16 - A soma dos elementos comuns às seqüências (3, 6, 9, ...) e (4, 6, 8, ...), com 50 termos cada uma, é:

  3 2  4  1   10   49  3  49  3  7  2 2 2  3  49  3  7 a ,,    5 2 2 a, 



P. A. 1  a,a, 11  a Para a  -5







P. A. 1   5, 5, 11   5  6,5,4 a4  3 Exercício 18 - - Um estacionamento cobra R$ 1,50 pela primeira hora. A partir da segunda, cujo valor é R$ 1,00 até a décima segunda, cujo valor é R$ 0,40, os preços caem em progressão aritmética. Se um automóvel ficar estacionado 5 horas nesse local, quanto gastará seu proprietário?

Solução : a 2  R$1,00 a12  R$0,40

a12  a 2  12  2r Solução : 0,40  1,00  10r Os termos comuns são os múltiplos de 6 menores que 50. 1,00  0,40 P.A.6,12,18,24 ,30,36,42, 48 r  R$0,06 10 a  a8  6  48  8  216 a3  R$1,00  R$0,06  R$0,94 S8  1 8  2 2 a 4  R$0,94  R$0,06  R$0,88

Exercício 17 - Em uma progressão aritmética de termos positivos, os três primeiros termos são

1  a ,  a , 11  a . O quarto termo desta PA é: Solução : r  a 2  a1  a3  a 2

 a   1  a   



11  a   a 

 a  1  a  11  a  a  a  1  11  a

 a  12  

11  a

a5  R$0,88  R$0,06  R$0,82 Ficando estacionado 5 horas : R$1,50  R$1,00  R$0,94  R$0,88  R$0,82  R$5,14 Exercício 19 - Um coronel dispõe seu regimento na forma de um triângulo completo, colocando um homem na primeira linha, dois na segunda, três na terceira, e assim por diante, até utilizar os 171 homens de seu regimento. Qual o número de linhas?



2

a 2  2a  1  11  a a 2  3a  10  0

193

Apostila PRF Solução : P. A.1,2,3,...., a n 

 x x 3 , , x , xq , xq  razão: q2  q3 q   

 PG com 4 termos  

a n  a1  n  1r  1  n  1  1  n Sn 

a1  a n 

n 2 1  n   n 171  2 n1  n   342 n  18 linhas

Interpolação Geométrica Dados dois números x e y interpolar ou inserir k meios geométricos entre x e y significa obter uma progressão geométrica com k + 2 termos, sendo x e y, respectivamente, o primeiro e o último.

Progressão Geométrica (PG) Uma seqüência

 x x 2 , , x , xq , xq  razão: q  q2 q   

 PG com 5 termos  

(a 1 , a 2 , ..., a n )

é chamada de PG

se, e somente se, cada termo, a partir do segundo, for igual ao produto do termo anterior por uma constante q denominada razão da PG.

Termos Médios Dados três termos consecutivos em PG, o termo do meio é média geométrica dos outros dois. y2 = x . z

Se (..., x, y, z, ...) é PG então:

Fórmula do Termo Geral

a  a q n

Soma dos termos de uma PG finita

n 1

1

onde : 1

 primeiro termo da P.G.

n

 termo qualquer da P.G.

a a

q  razão da P.G.





a1 . q n  1 , se q  1 q 1

n  |N*

S n  n . a 1 , se q  1

Soma dos termos de uma PG infinita

Cálculo da Razão:

q

A soma dos n primeiros de uma PG Finita é dada por:

Sn 

an , n  |N e n  2 an1

Classificação de uma PG Uma PG de razão q é:  PG crescente se, e somente se, a1 > 0 e q > 0 ou a1 < 0e0
A soma dos termos de uma PG infinita, de razão – 1 < q < 1, é dada por:

S 

a1 1 q

Produtos dos Termos Sendo a PG (a1, a2, ... an, ...) o produto Pn de seus n primeiros termos é dado por;

Pn   a1 . a n 

n

 PG decrescente se, e somente se, a1 > 0 e 0 < q < 1 ou a1 < 0 e q > 0  PG alternamente se, e somente se, q < 0 Notações Especiais  PG com 3 termos 

x   , x , x . q  razão: q q 

A escolha do sinal de Pn deve ser feita de acordo com um dos casos a seguir: +

-

194

Se todos os termos forem positivos; ou, Se o número de termos negativos for par.

Se o número de termos negativos for ímpar.

Apostila PRF Solução : P.G.4,8,.....,4096 

Atenção:

Pn  a1  . q n

n  n 1 2

Já fornece o produto com o sinal.

Exercícios de Progressão Geométrica Questão 1 - Calcule a soma: (2 + 0,3 + 0,03 + 0,003 + 0,0003 + ...)

Solução : S  2  S  2 

0,3 0,3 1 7  2  2  1  0,1 0,9 3 3

Questão 2 - A população humana de um conglomerado urbano é de 10 milhões de habitantes e a de ratos é de 2 milhões. Admitindo-se que ambas as populações cresçam em progressão geométrica, de modo que a humana dobre a cada 5 anos e a de ratos dobre a cada ano, dentro de dez anos haverá quantos ratos por habitante?

Solução : Em dez anos a populaçãoserá : ratos : a 10  a1  q  2  2 milhões  1024 milhões. 9

9

hom ens : 40milhões. 1024 razão   25,6 ratos / habitante. 40

Questão 3 - Se a soma dos termos da progressão geométrica dada por 0,3; 0,03; 0,003; ... é igual ao termo médio de uma progressão aritmética de três termos, então a soma dos termos da progressão aritmética vale:

Solução : a 0,3 0,3 1 S  1     a 2 ( termo médio) 1  q 1  0,1 0,9 3 a  a3  1 S3  1  3  a2  3   3  1 2 3



P.G. 2 2 ,2 3 ,2 4 ,2 5 ,2 6 ,2 7 ,2 8 ,2 9 ,210 ,211 ,212 Logo k  12 - 2  10



Questão 5 - As seqüências (x; 2y - x; 3y) e (x; y; 3x + y - 1), de termos não nulos, são, respectivamente, aritmética e geométrica. Então, 3x + y vale:

Solução : P. A. x , 2 y  x , 3 y  a 2  a1  a3  a 2

2 y  x  x  3 y  2 y  x  2 y  2x  y  x 2 y  y  2x  x y  3x P.G.x , y , 3 x  y  1 P.G.x , 3 x , 6 x  1 a 2 a3  a1 a 2 3x 6 x  1  x 3x 2 6x  x  9x 2  3x 2  x  0 1 x  y  -1 3  1 3x  y  3      1  1  1  2  3 Questão 6 - A seqüência (2x + 5; x + 1; x/2; ...), com x pertencendo ao conjunto dos números Reais, é uma progressão geométrica de termos positivos. O décimo terceiro termo dessa seqüência é:

Questão 4 - Entre 5 e 5.000, temos K números da n

forma 2 onde n é um número natural. Então K vale:

195

Apostila PRF Solução : a 50 5 q 2   a1 20 2

Solução : q

a 2 a3  a1 a 2

3

x x 1  2 2x  5 x  1

5 a 4  a1 q  20     312,5 gramas. 2 3

x 2  2x  1  x 2 

5x 2

4 x  2 5x  2 2 4 x  5 x  2 x2  a1  2  2  5  9 a2  2 1  3 a3  2 2  1 3 1 q  9 3 a13  a1 q 12

32 1  9   12  3 212  3 10 3  3

Questão 7 - Se a seqüência (1; 3; 9; 27; ...) tem 3.280 como soma dos seus termos, então quantos termos tem esta seqüência?

Solução :





a qn 1 Sn  1 q 1





1  3n  1 3 1 n 3  1  6560 3 n  6561  38 n8

Questão 8 - Para testar a quantidade de vitamina A presente em cenouras, pedaços desse vegetal foram dados a ratos deficientes dessa vitamina. Os níveis de doses foram arranjados em uma seqüência geométrica. Se 20 gramas e 50 gramas foram as duas primeiras doses, de quanto deverá ser a quarta dose?

196

Solução : P. A.a1 , a 2 , a3  a1  a 2  a3  15 a1  a1  r  a1  2r  15

12

3280 

Questão 9 - Uma progressão aritmética de 3 termos é tal que, adicionando-se 3, 7 e 17 ao primeiro, segundo e terceiro termos, respectivamente, obtém-se uma progressão geométrica. Determine a progressão geométrica, sabendo que a soma dos termos da progressão aritmética vale 15.

3a1  3r  15 a1  r  15  3  5  a 2

P.G.a1  3, a 2  7, a3  17  a 2  7 a3  17  a1  3 a 2  7 5  7 a 2  r  17  a1  3 57

12 5  r  17  5r 3 12 12 r  22  8r 12 r  2  a1  3 P. A.3,5,7  P.G.6,12,24 

Questão 10 - Calcular a razão de uma progressão geométrica cujos 3 únicos termos são os lados de um triângulo retângulo.

Apostila PRF Solução :

Solução :

a q  2

2

1

 a 1 q   a 1  2

a1 q 4  a1 q 2  a1 2

2

1 a2 1 2 2 q  3   a1 1 3 1 3 2 1 a 2  1   3   1  3  1,5 S  1  1 q 1 2 2 32 2 1 3

2

2

Dividindo  se por a 1 : 2

q4  q2  1  0 Substituindo  se q 2 por x : x2  x  1  0 x

  1 

 1 2

 4  1   1

2 1 1

q



1

5

2

5

Questão 11 - Unem-se os meios dos lados de um triângulo eqüilátero cuja área é

9 3cm 2 e obtêm-se ou-

tro triângulo eqüilátero; unem-se os meios dos lados desse outro e obtém-se um novo triângulo eqüilátero, e assim sucessivamente. Achar o limite da soma das áreas desses n triângulos.

Solução :

L 2  L1

2

L1 3 2

 9 cm

 L1  18 cm 

A2 

L2 3 9 3  cm 2 2 2

A 1 q 2  A1 2 S 

Solução : q

2

A1  9 3 

Questão 13 - O número que deve ser subtraído de 1, de 11/8 e de 31/16 para que os resultados formem uma progressão geométrica, nesta mesma ordem, é:

A1 9 3 9 3    18 3 cm3 1 1 q 1 1 2 2

a 2 a3  a1 a 2

11 31   P.G.1  x,  x,  x  8 16   11 31 x x 8  16 11 1 x x 8 121 11 11 31 31  x  x  x2   x  x  x2 64 8 8 16 16 121 22 31 31  x x x 64 8 16 16 31 22 31 121 xx x  16 8 16 64 124 x  64 x  176 x 124  121  64 64 12 x  3 x3  1 12 4 Questão 14 - O valor da soma:

 1   36 36 36  S  4      3  5  7  ... é igual a:  10   10 10 10 

Questão 12 - A soma dos termos da seqüência (1/2; 1/3; 2/9; 4/27; ...) é:

197

Apostila PRF Solução : 1 3 1 1 1 1 100 1 S   3  5  7  ...  10    1 1000 99 990 10 10 10 1 2 10 1 1 3960  99  36 4095 91 S  4   36     10 990 990 990 22 Questão 15 - Determine o valor da expressão: 2-3 + 2-4 + 2-5 + 2-6 + ... + 2-10.

Solução : q

a2 2 4   2  43  2 1 a1 2 3

Sn 





a1 q n  1 q 1

1  1    1 2 2  1 8  256  S8    1 1 2 1 1 2 1  1  256    8  256   255  2  255 S8        1 2  2048  1  1024 2 3





1 8



Questão 16 - Achar o limite da soma dos termos da progressão geométrica: (2+ 2/3; 1 + 1/3; 2/3; 1/3; ...)

Solução : 1 3 1 a 3  3  43  4  1 q 2  2 62 3 8 8 2 a1 2 3 3 8 8 a1 8 8 2 16 S   3  3     1 2 1 1 1 q 3 1 3 1 2 2 2 1

198

Apostila PRF

ESTATÍSTICA Quando algumas pessoas ouvem a palavra “estatística”, imaginam logo taxa de acidente, índices de mortalidade, litros por quilômetro, etc. Essa parte da estatística, que utiliza números para descrever fatos, é chamada, de forma bastante apropriada, estatística descritiva. Outro ramo da estatística relaciona-se com a probabilidade, e é útil para analisar situações que envolvem o acaso. Jogos de dados e de cartas, ou o lançamento de uma moeda para o ar enquadram-se na categoria do acaso. Um terceiro ramo da estatística é a inferência. Diz respeito a análise e interpretação de dados amostrais. A idéia básica da amostragem é efetuar determinada mensuração sobre uma parcela pequena, mas típica, de determinada “população” e utilizar essa informação para fazer inferência sobre a população toda. Firmas comerciais e entidades governamentais recorrem a amostragem por várias razões. O custo é usualmente um fator relevante. Outra razão para o emprego de amostragem é que o valor da informação em geral dura pouco. Para ser útil, a informação deve ser obtida e usada rapidamente. Por vezes, o exame de determinado artigo o destrói. A estatística compreende a estatística descritiva, a teoria da probabilidade e amostragem. Um modelo interessante, que pode ser usado para ilustrar a amostragem, é uma urna contendo grande número de bolinhas de diversas cores. As bolinhas representam membros de alguma população. Pode-se mostrar que. Se as bolas estiverem bem misturadas, uma amostra relativamente pequena (50, digamos) poderá refletir muito bem a população. Isto é, a divisão das bolas por cor, na amostra, se aproximará bastante da divisão por cores na população (urna). Um modelo é uma versão simplificada de algum problema ou situação da vida real destinado a ilustrar certos aspectos do problema sem levar em conta todos os detalhes.

Conceitos Básicos ESTATÍSTICA – É o campo do conhecimento científico que trata de coletar e analisar dados observados com fins de se tirar conclusões ou se tomar decisões

UNIVERSO – É o conjunto constituído por todos os elementos possíveis, sendo que, tais elementos podem ser reunidos em subconjuntos denominados populações POPULAÇÃO – É o total de objetos ou indivíduos que possuem uma mesma característica CENSO – É a operação que consiste numa apuração dos valores que constituem uma população. É o levantamento total da população AMOSTRA – É a parte representativa da população EXPERIMENTO ALEATÓRIO – É a experiência feita para o conhecimento de determinado fenômeno. Caracteriza-se pelo fato de poder ser repetido sempre sob as mesmas condições. A qualquer resultado proveniente de um experimento aleatório é denominado acontecimento ou evento. ATRIBUTO – É a avaliação de um característico de qualidade, baseada em uma classificação, apesar de poder ser expressa por um número, não implica necessariamente uma mensuração. VARIÁVEL – É a avaliação de um característico de quantidade com base na medida correspondente à leitura de uma escala. Podem ser discretas ou contínuas. VARIÁVEL DISCRETA – É uma variável numérica cujos valores se obtém a partir do procedimento de contagem. VARIÁVEIS CONTÍNUAS – São aquelas que podem assumir qualquer valor entre dois dados (não enumeráveis)

Organização de dados Os métodos estatísticos envolvem a análise e a interpretação de números, tais como renda anual, vendas mensais, escores de testes, número de peças defeituosas, percentagem de respostas favoráveis a um questionário, vida ativa, etc. Os dados estatísticos se obtêm mediante um processo que envolve a observação ou outra mensuração de itens tais como renda anual numa comunidade, escores de testes, quantidade de café por xícara servida por uma máquina automática, resistência à ruptura de fibras de náilon, percentagem de açúcar em cereais, etc. Tais itens chamam-se variáveis, porque originam valores que tendem a exibir certo grau de variabilidade quando se fazem mensurações sucessivas. As variáveis contínuas podem assumir qualquer valor num intervalo contínuo. Os dados referentes a tais variáveis dizem-se dados contínuos.

199

Apostila PRF As variáveis discretas assumem valores inteiros. Os dados discretos são o resultado da contagem do número de itens. Tanto os dados discretos como os contínuos se dizem quantitativos, porque são inerentemente numéricos. Isto é, certos valores numéricos acham-se naturalmente associados às variáveis que estamos medindo. Por outro lado, os dois tipos restantes de dados – nominais e por postos – envolvem variáveis que não são inerentemente numéricas. São as variáveis que não são inerentemente numéricas. São as variáveis qualitativas – que devem ser convertidas em valores numéricos antes de serem processadas estatisticamente. Os dados nominais surgem quando se definem categorias e se conta o número de observações pertencentes a cada categoria. Por exemplo, nos concursos de culinária, de beleza, de flores e de cães, os elementos se classificam como primeiro, segundo, terceiro, etc. Os dados por postos consistem de valores relativos atribuídos para denotar ordem: primeiro, segundo, terceiro, quarto, etc.

ANÁLISE DE PEQUENOS CONJUNTOS DE DADOS A análise de dados freqüentemente segue linhas diferentes, conforme se trate de um grande ou de um pequeno conjunto de dados. Quando há, digamos, 30 dados pontuais ou menos, utilizam-se os métodos indicados nas páginas que seguem imediatamente. Conquanto não exista um padrão que se possa considerar o melhor, há técnicas que se prestam melhor que outras a determinadas situações.

n

ou mais simplismen te como : x 

x

i

n

x n

1- A média de um conjunto de números pode sempre ser calculada. 2- Para um dado conjunto de números, a média é única. 3- A média é sensível a (ou afetada por) todos os valores do conjunto.Assim, se um valor se modifica, a média também se modifica. 4- Somando-se uma constante a cada valor do conjunto, a média ficará aumentada do valor dessa constante. 5- A soma dos desvios dos números de um conjunto a contar da média é zero.

 x

i



x 0

A MÉDIA PONDERADA A fórmula anterior para calcular a média aritmética supõe que cada observação tenha a mesma importância. Conquanto este caso seja o mais geral, há exceções. n

média ponderada 

w x i 1 n

i

i

w i 1

onde A MÉDIA

i 1

A média tem certas propriedades interessantes e úteis, que explicam por que é ela a medida de tendência central mais usada:

Medidas de tendência central As medidas de tendência central são usadas para indicar um valor que tende a tipificar, ou a representar melhor, um conjunto de números. As três medidas mais usadas são a média, a mediana e a moda.

x

i

w é o peso da observação de ordem. i

A média de uma amostra * é representada pelo símbolo x (leia-se “x barra”), e seu cálculo pode expressarse em notação sigma como segue.

200

A MEDIANA Uma segunda medida do meio de um conjunto de números é a mediana. Sua característica principal é dividir um conjunto ordenado de dados em dois grupos iguais;a metade terá valores inferiores à mediana, a outra metade

Apostila PRF terá valores superiores à mediana. Para calcular a mediana, é necessário primeiro ordenar os valores (comumente) do mais baixo ao mais alto. Em seguida, conta-se até a metade dos valores para achar a mediana. O processo para determinar a mediana é o seguinte: 1- Ordenar os valores.

Moda

valor mais freqüente

2- Verificar se há um número ímpar ou par de valores.

1. não se presta análise matemática

1. valor “típico”: maior quantidade de valores concentrados neste ponto

2. pode não ser moda para certos conjuntos de dados

3- Para um número ímpar de valores, a mediana é o valor do meio. Para um número par de valores, a mediana é a média dos dois valores do meio. COMPARAÇÃO ENTRE MÉDIA E MEDIANA A média é sensível a (ou influenciada por) cada valor do conjunto, inclusive os extremos. Por outro lado, a mediana é relativamente insensível aos valores extremos.

Exemplos: 4 8 10 6

Dados brutos 8 9 6 3 4 4 7 7

2 1 3 6

A MODA A moda é o valor que ocorre com maior freqüência num conjunto.

média= mediana= moda=

50 80 10 30

Comparação entre Média, Mediana e Moda: Definição

Média

Mediana

x x

Vantagens 1. reflete cada valor

i

n

metade dos valores são maiores metade menores

2. possui propriedades matemáticas atraentes 1. menos sensível a valores extremos do que a média

média= mediana= moda=

Limitações

1. é influenciada por valores extremos

1. difícil de determinar para grande quantidade de dados

13,2 10,9 9,2 3,5 média= mediana= moda=

5,5 6 4 Dados brutos 150 100 60 70 120 100 100 50

100 40 50 6

69,75 65 100 Dados brutos 4,7 9,5 5,6 0,1 2,8 4,1 8,3 6,4

9,7 12,5 4,6 3,2

6,8 6,0 #N/D

A ANÁLISE DE GRANDES CONJUNTOS DE DADOS Os métodos principais para organizar dados estatísticos compreendem o arranjo ou disposição dos itens em subconjuntos que apresentem características similares. A designação para os dados dispostos em grupos ou categoria é distribuição de freqüência.

201

Apostila PRF Distribuição de frequência Uma distribuição de freqüência é um grupamento de dados em classes, exibindo o número ou percentagem de observações em cada classe. Uma distribuição de freqüência pode ser apresentada sob forma gráfica ou tabular.

AMPLITUDE DO INTERVALO OU COMPRIMENTO DE CLASSE (c) - É a diferença entre os limites superior e inferior de uma classe PONTO MÉDIO DA CLASSE (Xj) – É a média aritmética simples dos limites superior e inferior de uma classe

FREQÜÊNCIA: Construção de uma Distribuição de Freqüência para Dados Contínuos Os principais estágios na construção de uma distribuição de freqüência para dados amostrais são: 1. Estabelecer as classes ou intervalos de grupamento dos dados. 2. Enquadrar os dados nas classes, mediante contagem.

SIMPLES ABSOLUTA (fi) – É o número de repetições ou observações de um valor individual ou de uma classe de valores da variável, ou seja, é o número de casos observados é a soma das freqüências simples absolutas e é igual ao número total de casos observados SIMPLES RELATIVA

3. Contar o número em cada classe.

fri 

4. Apresentar os resultados numa tabela ou num gráfico.

DISTRIBUIÇÃO DE FREQÜÊNCIA DADOS BRUTOS – São aqueles que não se encontram prontos para análise, por não estarem numericamente organizados. Ex.: 3, 1, 2, 5, 8, 1, 2, 3, 18, 3, 4, 9, 9

fi

f

 i

fi n

ACUMULADA ABSOLUTA (Fi) = Pode ser: “Abaixo de” ou crescente e “Acima de” ou decrescente. A freqüência acumulada absoluta “abaixo de” uma classe ou de um valor individual é a soma da freqüência simples absoluta dessa classe ou deste valor com as freqüências simples absolutas das classes ou dos valores “anteriores”

ROL – É uma lista em que os valores estão dispostos em ordem crescente ou decrescente de grandeza Ex.: 2, 4, 4, 6, 7, 7, 8, 8, 8, 9, 10 FREQÜÊNCIA (fi) – É o número de observações ou repetições de um determinado valor, ou seja, é o número de casos observados. TABULAÇÃO – É a condensação de todos os resultados em uma tabela, estabelecendo a correspondência entre o valor individual e o respectivo número de vezes que ele foi observado AMPLITUDE TOTAL (AT) – É a diferença entre o maior e o menor valor observado da variável em estudo CLASSE DE FREQÜÊNCIA (K) – É cada um dos grupos de valores em que se subdivide a amplitude do conjunto de valores observados LIMITE SUPERIOR E LIMITE INFERIOR – São os valores extremos da classe LIMITE REAL DE CLASSE – É a média aritmética entre o limite superior de uma classe e o limite inferior da classe seguinte

202

ACUMULADA RELATIVA

Fri 

Fi n

Exemplo 1:

Dados Brutos: 6 5 3 4 5

9 4 8 7 1

2 4 8 5 2

7 4 4 3 3

Tabela de Freqüências:

0 4 4 7 6

8 2 4 1 0

2 5 7 3 5

5 6 7 8 6

4 3 6 0 6

2 7 5 6 3

Apostila PRF Classe 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9

frequência absoluta 3 2 5 6 9 7 7 6 4 1 50

frequência abs. acm. 3 5 10 16 25 32 39 45 49 50

frequência relativa 0,06 0,04 0,10 0,12 0,18 0,14 0,14 0,12 0,08 0,02 1,00

frequência rel. acm. 0,06 0,10 0,20 0,32 0,50 0,64 0,78 0,90 0,98 1,00

frequência frequência frequência frequência rel. Acm. Classe absoluta abs. Acm. relativa 3-8 8 8 0,20 0,20 8-13 10 18 0,25 0,45 13-18 9 27 0,23 0,68 18-23 7 34 0,18 0,85 23-28 4 38 0,10 0,95 28-33 2 40 0,05 1,00 TOTAL 40 1,00

Histograma de Freqüências Relativas: 0,30

Histograma de Freqüências Relativas:

0,25 0,20 0,15 0,10 0,05 0,00

3-8

Histograma de Freqüências Relativas Acumuladas (OGIVA):

8-13

13-18 18-23 23-28 28-33

Histograma de Freqüências Relativas Acumuladas (OGIVA): 1,20 1,00 0,80 0,60 0,40 0,20 0,00 3-8

Exemplo 2: Dados Brutos: 11,10 4,40 10,70 14,80 3,50

12,50 6,10 15,80 22,60 16,20

8-13

13-18

18-23

23-28

28-33

Medidas de dispersão 32,40 27,50 25,00 16,00 14,50

7,80 32,80 18,20 19,10 3,20

21,00 18,50 12,20 7,40 8,10

16,40 16,40 12,60 9,20 12,90

11,20 15,10 4,70 10,00 19,10

22,30 6,00 23,50 26,20 13,70

Se os valores estão relativamente próximos uns dos outros, ou separados. Consideramos quatro medidas de dispersão: o intervalo, desvio médio, a variância e o desvio padrão. Todas elas, exceto o intervalo, têm na média o ponto de referência.

Tabela de Freqüências:

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Apostila PRF Consideremos quatro medidas de dispersão: o intervalo, o desvio médio, a variância e o desvio padrão. Todas elas exceto o intervalo, têm na média o ponto de referência.

A variância de uma amostra é a média dos quadrados dos desvios dos valores a contar da média, calculada usando-se n – 1 em lugar de n. Em resumo, os estágios do cálculo da variância são: 1. Calcular a média.

O INTERVALO

2. Subtrair a média a cada valor do conjunto.

O intervalo pode ser expresso pela diferença entre o maior e o menor número num grupo, ou pela identificação desses dois números.

Seguem-se alguns exemplos:

3. Elevar ao quadrado cada desvio. 4. Somar os quadrados dos desvios. 5. Dividir a soma por (n – 1) se se trata de dados amostrais, ou simplesmente por n para somar o conjunto ou se os dados representam todos os valores de uma população.

Intervalo Números

Diferença

Do Menor ao Maior

Uma fórmula alternativa, bastante usada para o cálculo da variância, é:

 xi   xi  n 2

2

13-1=12

de 1 a 13

73-3=70

de 3 a 73

10,3-1,9=8,4

de 1,9 a 10,3

s

2 x



n 1

O DESVIO PADRÃO O desvio padrão é simplesmente a raiz quadrada positiva da variância.

DESVIO MÉDIO ABSOLUTO O desvio médio absoluto (DMA) mede o desvio dos valores em relação à média do grupo, ignorando o sinal do desvio.

DMA 

x

i

x

n

onde n é o número de observações no conjunto A VARIÂNCIA Os desvios são elevados ao quadrado antes da soma, e (2) toma-se a média dividindo por n- 1 em lugar de n, porque isso dá uma melhor estimativa da variância populacional.

s

2 x

 x 

i

x



2

n 1

Se um conjunto de números constitui uma população, ou se a finalidade de somar os dados é apenas descrevê-los, e não fazer inferências sobre uma população, então deve-se usar n em lugar de (n – 1) no denominador.

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Apostila PRF CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988 PREÂMBULO Nós, representantes do povo brasileiro, reunidos em Assembléia Nacional Constituinte para instituir um Estado Democrático, destinado a assegurar o exercício dos direitos sociais e individuais, a liberdade, a segurança, o bem-estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiça como valores supremos de uma sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos, fundada na harmonia social e comprometida, na ordem interna e internacional, com a solução pacífica das controvérsias, promulgamos, sob a proteção de Deus, a seguinte CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL.

TÍTULO I Dos Princípios Fundamentais Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos: I - a soberania; II - a cidadania III - a dignidade da pessoa humana; IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa; V - o pluralismo político. Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição. Art. 2º São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário. Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil: I - construir uma sociedade livre, justa e solidária; II - garantir o desenvolvimento nacional; III - erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais; IV - promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação. Art. 4º A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais pelos seguintes princípios: I - independência nacional; II - prevalência dos direitos humanos; III - autodeterminação dos povos; IV - não-intervenção; V - igualdade entre os Estados; VI - defesa da paz; VII - solução pacífica dos conflitos; VIII - repúdio ao terrorismo e ao racismo; IX - cooperação entre os povos para o progresso da humanidade; X - concessão de asilo político. Parágrafo único. A República Federativa do Brasil buscará a integração econômica, política, social e

cultural dos povos da América Latina, visando à formação de uma comunidade latino-americana de nações.

TÍTULO II Dos Direitos e Garantias Fundamentais CAPÍTULO I DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: I - homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta Constituição; II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei; III - ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante; IV - é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato; V - é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por dano material, moral ou à imagem; VI - é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias; VII - é assegurada, nos termos da lei, a prestação de assistência religiosa nas entidades civis e militares de internação coletiva; VIII - ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei; IX - é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença; X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação; XI - a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação judicial; XII - é inviolável o sigilo da correspondência e das comunicações telegráficas, de dados e das comunicações telefônicas, salvo, no último caso, por ordem judicial, nas hipóteses e na forma que a lei estabelecer para fins de investigação criminal ou instrução processual penal; XIII - é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer; XIV - é assegurado a todos o acesso à informação e resguardado o sigilo da fonte, quando necessário ao exercício profissional;

Apostila PRF XV - é livre a locomoção no território nacional em tempo de paz, podendo qualquer pessoa, nos termos da lei, nele entrar, permanecer ou dele sair com seus bens; XVI - todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao público, independentemente de autorização, desde que não frustrem outra reunião anteriormente convocada para o mesmo local, sendo apenas exigido prévio aviso à autoridade competente; XVII - é plena a liberdade de associação para fins lícitos, vedada a de caráter paramilitar; XVIII - a criação de associações e, na forma da lei, a de cooperativas independem de autorização, sendo vedada a interferência estatal em seu funcionamento; XIX - as associações só poderão ser compulsoriamente dissolvidas ou ter suas atividades suspensas por decisão judicial, exigindo-se, no primeiro caso, o trânsito em julgado; XX - ninguém poderá ser compelido a associarse ou a permanecer associado; XXI - as entidades associativas, quando expressamente autorizadas, têm legitimidade para representar seus filiados judicial ou extrajudicialmente; XXII - é garantido o direito de propriedade; XXIII - a propriedade atenderá a sua função social; XXIV - a lei estabelecerá o procedimento para desapropriação por necessidade ou utilidade pública, ou por interesse social, mediante justa e prévia indenização em dinheiro, ressalvados os casos previstos nesta Constituição; XXV - no caso de iminente perigo público, a autoridade competente poderá usar de propriedade particular, assegurada ao proprietário indenização ulterior, se houver dano; XXVI - a pequena propriedade rural, assim definida em lei, desde que trabalhada pela família, não será objeto de penhora para pagamento de débitos decorrentes de sua atividade produtiva, dispondo a lei sobre os meios de financiar o seu desenvolvimento; XXVII - aos autores pertence o direito exclusivo de utilização, publicação ou reprodução de suas obras, transmissível aos herdeiros pelo tempo que a lei fixar; XXVIII - são assegurados, nos termos da lei: a) a proteção às participações individuais em obras coletivas e à reprodução da imagem e voz humanas, inclusive nas atividades desportivas; b) o direito de fiscalização do aproveitamento econômico das obras que criarem ou de que participarem aos criadores, aos intérpretes e às respectivas representações sindicais e associativas; XXIX - a lei assegurará aos autores de inventos industriais privilégio temporário para sua utilização, bem como proteção às criações industriais, à propriedade das marcas, aos nomes de empresas e a outros signos distintivos, tendo em vista o interesse social e o desenvolvimento tecnológico e econômico do País; XXX - é garantido o direito de herança;

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XXXI - a sucessão de bens de estrangeiros situados no País será regulada pela lei brasileira em benefício do cônjuge ou dos filhos brasileiros, sempre que não lhes seja mais favorável a lei pessoal do "de cujus"; XXXII - o Estado promoverá, na forma da lei, a defesa do consumidor; XXXIII - todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado; XXXIV - são a todos assegurados, independentemente do pagamento de taxas: a) o direito de petição aos Poderes Públicos em defesa de direitos ou contra ilegalidade ou abuso de poder; b) a obtenção de certidões em repartições públicas, para defesa de direitos e esclarecimento de situações de interesse pessoal; XXXV - a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito; XXXVI - a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada; XXXVII - não haverá juízo ou tribunal de exceção; XXXVIII - é reconhecida a instituição do júri, com a organização que lhe der a lei, assegurados: a) a plenitude de defesa; b) o sigilo das votações; c) a soberania dos veredictos; d) a competência para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida; XXXIX - não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal; XL - a lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu; XLI - a lei punirá qualquer discriminação atentatória dos direitos e liberdades fundamentais; XLII - a prática do racismo constitui crime inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de reclusão, nos termos da lei; XLIII - a lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia a prática da tortura , o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os definidos como crimes hediondos, por eles respondendo os mandantes, os executores e os que, podendo evitá-los, se omitirem; XLIV - constitui crime inafiançável e imprescritível a ação de grupos armados, civis ou militares, contra a ordem constitucional e o Estado Democrático; XLV - nenhuma pena passará da pessoa do condenado, podendo a obrigação de reparar o dano e a decretação do perdimento de bens ser, nos termos da lei, estendidas aos sucessores e contra eles executadas, até o limite do valor do patrimônio transferido; XLVI - a lei regulará a individualização da pena e adotará, entre outras, as seguintes: a) privação ou restrição da liberdade; b) perda de bens;

Apostila PRF c) multa; d) prestação social alternativa; e) suspensão ou interdição de direitos; XLVII - não haverá penas: a) de morte, salvo em caso de guerra declarada, nos termos do art. 84, XIX; b) de caráter perpétuo; c) de trabalhos forçados; d) de banimento; e) cruéis; XLVIII - a pena será cumprida em estabelecimentos distintos, de acordo com a natureza do delito, a idade e o sexo do apenado; XLIX - é assegurado aos presos o respeito à integridade física e moral; L - às presidiárias serão asseguradas condições para que possam permanecer com seus filhos durante o período de amamentação; LI - nenhum brasileiro será extraditado, salvo o naturalizado, em caso de crime comum, praticado antes da naturalização, ou de comprovado envolvimento em tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, na forma da lei; LII - não será concedida extradição de estrangeiro por crime político ou de opinião; LIII - ninguém será processado nem sentenciado senão pela autoridade competente; LIV - ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal; LV - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes; LVI - são inadmissíveis, no processo, as provas obtidas por meios ilícitos; LVII - ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória; LVIII - o civilmente identificado não será submetido a identificação criminal, salvo nas hipóteses previstas em lei; LIX - será admitida ação privada nos crimes de ação pública, se esta não for intentada no prazo legal; LX - a lei só poderá restringir a publicidade dos atos processuais quando a defesa da intimidade ou o interesse social o exigirem; LXI - ninguém será preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada de autoridade judiciária competente, salvo nos casos de transgressão militar ou crime propriamente militar, definidos em lei; LXII - a prisão de qualquer pessoa e o local onde se encontre serão comunicados imediatamente ao juiz competente e à família do preso ou à pessoa por ele indicada; LXIII - o preso será informado de seus direitos, entre os quais o de permanecer calado, sendo-lhe assegurada a assistência da família e de advogado; LXIV - o preso tem direito à identificação dos responsáveis por sua prisão ou por seu interrogatório policial;

LXV - a prisão ilegal será imediatamente relaxada pela autoridade judiciária; LXVI - ninguém será levado à prisão ou nela mantido, quando a lei admitir a liberdade provisória, com ou sem fiança; LXVII - não haverá prisão civil por dívida, salvo a do responsável pelo inadimplemento voluntário e inescusável de obrigação alimentícia e a do depositário infiel; LXVIII - conceder-se-á habeas corpus sempre que alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder; LXIX - conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, não amparado por habeas corpus ou habeas data, quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder Público; LXX - o mandado de segurança coletivo pode ser impetrado por: a) partido político com representação no Congresso Nacional; b) organização sindical, entidade de classe ou associação legalmente constituída e em funcionamento há pelo menos um ano, em defesa dos interesses de seus membros ou associados; LXXI - conceder-se-á mandado de injunção sempre que a falta de norma regulamentadora torne inviável o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania; LXXII - conceder-se-á habeas data: a) para assegurar o conhecimento de informações relativas à pessoa do impetrante, constantes de registros ou bancos de dados de entidades governamentais ou de caráter público; b) para a retificação de dados, quando não se prefira fazê-lo por processo sigiloso, judicial ou administrativo; LXXIII - qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência; LXXIV - o Estado prestará assistência jurídica integral e gratuita aos que comprovarem insuficiência de recursos; LXXV - o Estado indenizará o condenado por erro judiciário, assim como o que ficar preso além do tempo fixado na sentença; LXXVI - são gratuitos para os reconhecidamente pobres, na forma da lei: a) o registro civil de nascimento; b) a certidão de óbito; LXXVII - são gratuitas as ações de habeas corpus e habeas data, e, na forma da lei, os atos necessários ao exercício da cidadania.

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Apostila PRF LXXVIII a todos, no âmbito judicial e administrativo, são assegurados a razoável duração do processo e os meios que garantam a celeridade de sua tramitação. § 1º As normas definidoras dos direitos e garantias fundamentais têm aplicação imediata. § 2º Os direitos e garantias expressos nesta Constituição não excluem outros decorrentes do regime e dos princípios por ela adotados, ou dos tratados internacionais em que a República Federativa do Brasil seja parte. § 3º Os tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos que forem aprovados, em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos dos votos dos respectivos membros, serão equivalentes às emendas constitucionais. § 4º O Brasil se submete à jurisdição de Tribunal Penal Internacional a cuja criação tenha manifestado adesão. CAPÍTULO II DOS DIREITOS SOCIAIS Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o transporte, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição. Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social: I - relação de emprego protegida contra despedida arbitrária ou sem justa causa, nos termos de lei complementar, que preverá indenização compensatória, dentre outros direitos; II - seguro-desemprego, em caso de desemprego involuntário; III - fundo de garantia do tempo de serviço; IV - salário mínimo , fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de atender a suas necessidades vitais básicas e às de sua família com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social, com reajustes periódicos que lhe preservem o poder aquisitivo, sendo vedada sua vinculação para qualquer fim; V - piso salarial proporcional à extensão e à complexidade do trabalho; VI - irredutibilidade do salário, salvo o disposto em convenção ou acordo coletivo; VII - garantia de salário, nunca inferior ao mínimo, para os que percebem remuneração variável; VIII - décimo terceiro salário com base na remuneração integral ou no valor da aposentadoria; IX – remuneração do trabalho noturno superior à do diurno; X - proteção do salário na forma da lei, constituindo crime sua retenção dolosa; XI – participação nos lucros, ou resultados, desvinculada da remuneração, e, excepcionalmente, participação na gestão da empresa, conforme definido em lei; XII - salário-família pago em razão do dependente do trabalhador de baixa renda nos termos da lei;

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XIII - duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta e quatro semanais, facultada a compensação de horários e a redução da jornada, mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho; XIV - jornada de seis horas para o trabalho realizado em turnos ininterruptos de revezamento, salvo negociação coletiva; XV - repouso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos; XVI - remuneração do serviço extraordinário superior, no mínimo, em cinqüenta por cento à do normal; XVII - gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do que o salário normal; XVIII - licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, com a duração de cento e vinte dias; XIX - licença-paternidade, nos termos fixados em lei; XX - proteção do mercado de trabalho da mulher, mediante incentivos específicos, nos termos da lei; XXI - aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, sendo no mínimo de trinta dias, nos termos da lei; XXII - redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e segurança; XXIII - adicional de remuneração para as atividades penosas, insalubres ou perigosas, na forma da lei; XXIV - aposentadoria; XXV - assistência gratuita aos filhos e dependentes desde o nascimento até 5 (cinco) anos de idade em creches e pré-escolas; XXVI - reconhecimento das convenções e acordos coletivos de trabalho; XXVII - proteção em face da automação, na forma da lei; XXVIII - seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do empregador, sem excluir a indenização a que este está obrigado, quando incorrer em dolo ou culpa; XXIX - ação, quanto aos créditos resultantes das relações de trabalho, com prazo prescricional de cinco anos para os trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de dois anos após a extinção do contrato de trabalho; XXX - proibição de diferença de salários, de exercício de funções e de critério de admissão por motivo de sexo, idade, cor ou estado civil; XXXI - proibição de qualquer discriminação no tocante a salário e critérios de admissão do trabalhador portador de deficiência; XXXII - proibição de distinção entre trabalho manual, técnico e intelectual ou entre os profissionais respectivos; XXXIII - proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de dezoito e de qualquer trabalho a menores de dezesseis anos, salvo na condição de aprendiz, a partir de quatorze anos;

Apostila PRF XXXIV - igualdade de direitos entre o trabalhador com vínculo empregatício permanente e o trabalhador avulso. Parágrafo único. São assegurados à categoria dos trabalhadores domésticos os direitos previstos nos incisos IV, VI, VII, VIII, X, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XXI, XXII, XXIV, XXVI, XXX, XXXI e XXXIII e, atendidas as condições estabelecidas em lei e observada a simplificação do cumprimento das obrigações tributárias, principais e acessórias, decorrentes da relação de trabalho e suas peculiaridades, os previstos nos incisos I, II, III, IX, XII, XXV e XXVIII, bem como a sua integração à previdência social. Art. 8º É livre a associação profissional ou sindical, observado o seguinte: I - a lei não poderá exigir autorização do Estado para a fundação de sindicato, ressalvado o registro no órgão competente, vedadas ao Poder Público a interferência e a intervenção na organização sindical; II - é vedada a criação de mais de uma organização sindical, em qualquer grau, representativa de categoria profissional ou econômica, na mesma base territorial, que será definida pelos trabalhadores ou empregadores interessados, não podendo ser inferior à área de um Município; III - ao sindicato cabe a defesa dos direitos e interesses coletivos ou individuais da categoria, inclusive em questões judiciais ou administrativas; IV - a assembléia geral fixará a contribuição que, em se tratando de categoria profissional, será descontada em folha, para custeio do sistema confederativo da representação sindical respectiva, independentemente da contribuição prevista em lei; V - ninguém será obrigado a filiar-se ou a manter-se filiado a sindicato; VI - é obrigatória a participação dos sindicatos nas negociações coletivas de trabalho; VII - o aposentado filiado tem direito a votar e ser votado nas organizações sindicais; VIII - é vedada a dispensa do empregado sindicalizado a partir do registro da candidatura a cargo de direção ou representação sindical e, se eleito, ainda que suplente, até um ano após o final do mandato, salvo se cometer falta grave nos termos da lei. Parágrafo único. As disposições deste artigo aplicam-se à organização de sindicatos rurais e de colônias de pescadores, atendidas as condições que a lei estabelecer. Art. 9º É assegurado o direito de greve, competindo aos trabalhadores decidir sobre a oportunidade de exercê-lo e sobre os interesses que devam por meio dele defender. § 1º A lei definirá os serviços ou atividades essenciais e disporá sobre o atendimento das necessidades inadiáveis da comunidade. § 2º Os abusos cometidos sujeitam os responsáveis às penas da lei. Art. 10. É assegurada a participação dos trabalhadores e empregadores nos colegiados dos órgãos públicos em que seus interesses profissionais ou previdenciários sejam objeto de discussão e deliberação.

Art. 11. Nas empresas de mais de duzentos empregados, é assegurada a eleição de um representante destes com a finalidade exclusiva de promoverlhes o entendimento direto com os empregadores. CAPÍTULO III DA NACIONALIDADE Art. 12. São brasileiros: I - natos: a) os nascidos na República Federativa do Brasil, ainda que de pais estrangeiros, desde que estes não estejam a serviço de seu país; b) os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe brasileira, desde que qualquer deles esteja a serviço da República Federativa do Brasil; c) os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou de mãe brasileira, desde que sejam registrados em repartição brasileira competente ou venham a residir na República Federativa do Brasil e optem, em qualquer tempo, depois de atingida a maioridade, pela nacionalidade brasileira; II - naturalizados: a) os que, na forma da lei, adquiram a nacionalidade brasileira, exigidas aos originários de países de língua portuguesa apenas residência por um ano ininterrupto e idoneidade moral; b) os estrangeiros de qualquer nacionalidade, residentes na República Federativa do Brasil há mais de quinze anos ininterruptos e sem condenação penal, desde que requeiram a nacionalidade brasileira. § 1º Aos portugueses com residência permanente no País, se houver reciprocidade em favor de brasileiros, serão atribuídos os direitos inerentes ao brasileiro, salvo os casos previstos nesta Constituição. § 2º A lei não poderá estabelecer distinção entre brasileiros natos e naturalizados, salvo nos casos previstos nesta Constituição. § 3º São privativos de brasileiro nato os cargos: I - de Presidente e Vice-Presidente da República; II - de Presidente da Câmara dos Deputados; III - de Presidente do Senado Federal; IV - de Ministro do Supremo Tribunal Federal; V - da carreira diplomática; VI - de oficial das Forças Armadas. VII - de Ministro de Estado da Defesa § 4º - Será declarada a perda da nacionalidade do brasileiro que: I - tiver cancelada sua naturalização, por sentença judicial, em virtude de atividade nociva ao interesse nacional; II - adquirir outra nacionalidade, salvo nos casos: a) de reconhecimento de nacionalidade originária pela lei estrangeira; b) de imposição de naturalização, pela norma estrangeira, ao brasileiro residente em estado estrangeiro, como condição para permanência em seu território ou para o exercício de direitos civis; Art. 13. A língua portuguesa é o idioma oficial da República Federativa do Brasil.

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Apostila PRF § 1º São símbolos da República Federativa do Brasil a bandeira, o hino, as armas e o selo nacionais. § 2º Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão ter símbolos próprios. CAPÍTULO IV DOS DIREITOS POLÍTICOS Art. 14. A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com valor igual para todos, e, nos termos da lei, mediante: I - plebiscito; II - referendo; III - iniciativa popular. § 1º O alistamento eleitoral e o voto são: I - obrigatórios para os maiores de dezoito anos; II - facultativos para: a) os analfabetos; b) os maiores de setenta anos; c) os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos. § 2º Não podem alistar-se como eleitores os estrangeiros e, durante o período do serviço militar obrigatório, os conscritos. § 3º São condições de elegibilidade, na forma da lei: I - a nacionalidade brasileira; II - o pleno exercício dos direitos políticos; III - o alistamento eleitoral; IV - o domicílio eleitoral na circunscrição; V - a filiação partidária; VI - a idade mínima de: a) trinta e cinco anos para Presidente e VicePresidente da República e Senador; b) trinta anos para Governador e Vice-Governador de Estado e do Distrito Federal; c) vinte e um anos para Deputado Federal, Deputado Estadual ou Distrital, Prefeito, Vice-Prefeito e juiz de paz; d) dezoito anos para Vereador. § 4º São inelegíveis os inalistáveis e os analfabetos. § 5º O Presidente da República, os Governadores de Estado e do Distrito Federal, os Prefeitos e quem os houver sucedido, ou substituído no curso dos mandatos poderão ser reeleitos para um único período subseqüente. § 6º Para concorrerem a outros cargos, o Presidente da República, os Governadores de Estado e do Distrito Federal e os Prefeitos devem renunciar aos respectivos mandatos até seis meses antes do pleito. § 7º São inelegíveis, no território de jurisdição do titular, o cônjuge e os parentes consangüíneos ou afins, até o segundo grau ou por adoção, do Presidente da República, de Governador de Estado ou Território, do Distrito Federal, de Prefeito ou de quem os haja substituído dentro dos seis meses anteriores ao pleito, salvo se já titular de mandato eletivo e candidato à reeleição. § 8º O militar alistável é elegível, atendidas as seguintes condições: I - se contar menos de dez anos de serviço, deverá afastar-se da atividade;

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II - se contar mais de dez anos de serviço, será agregado pela autoridade superior e, se eleito, passará automaticamente, no ato da diplomação, para a inatividade. § 9º Lei complementar estabelecerá outros casos de inelegibilidade e os prazos de sua cessação, a fim de proteger a probidade administrativa, a moralidade para exercício de mandato considerada vida pregressa do candidato, e a normalidade e legitimidade das eleições contra a influência do poder econômico ou o abuso do exercício de função, cargo ou emprego na administração direta ou indireta. § 10. O mandato eletivo poderá ser impugnado ante a Justiça Eleitoral no prazo de quinze dias contados da diplomação, instruída a ação com provas de abuso do poder econômico, corrupção ou fraude. § 11. A ação de impugnação de mandato tramitará em segredo de justiça, respondendo o autor, na forma da lei, se temerária ou de manifesta má-fé. Art. 15. É vedada a cassação de direitos políticos, cuja perda ou suspensão só se dará nos casos de: I - cancelamento da naturalização por sentença transitada em julgado; II - incapacidade civil absoluta; III - condenação criminal transitada em julgado, enquanto durarem seus efeitos; IV - recusa de cumprir obrigação a todos imposta ou prestação alternativa, nos termos do art. 5º, VIII; V - improbidade administrativa, nos termos do art. 37, § 4º. Art. 16. A lei que alterar o processo eleitoral entrará em vigor na data de sua publicação, não se aplicando à eleição que ocorra até um ano da data de sua vigência. CAPÍTULO V DOS PARTIDOS POLÍTICOS Art. 17. É livre a criação, fusão, incorporação e extinção de partidos políticos, resguardados a soberania nacional, o regime democrático, o pluripartidarismo, os direitos fundamentais da pessoa humana e observados os seguintes preceitos: I - caráter nacional; II - proibição de recebimento de recursos financeiros de entidade ou governo estrangeiros ou de subordinação a estes; III - prestação de contas à Justiça Eleitoral; IV - funcionamento parlamentar de acordo com a lei. § 1º É assegurada aos partidos políticos autonomia para definir sua estrutura interna, organização e funcionamento e para adotar os critérios de escolha e o regime de suas coligações eleitorais, sem obrigatoriedade de vinculação entre as candidaturas em âmbito nacional, estadual, distrital ou municipal, devendo seus estatutos estabelecer normas de disciplina e fidelidade partidária. § 2º Os partidos políticos, após adquirirem personalidade jurídica, na forma da lei civil, registrarão seus estatutos no Tribunal Superior Eleitoral.

Apostila PRF § 3º Os partidos políticos têm direito a recursos do fundo partidário e acesso gratuito ao rádio e à televisão, na forma da lei. § 4º É vedada a utilização pelos partidos políticos de organização paramilitar.

TÍTULO III Da Organização do Estado CAPÍTULO I DA ORGANIZAÇÃO POLÍTICO-ADMINISTRATIVA Art. 18. A organização político-administrativa da República Federativa do Brasil compreende a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos autônomos, nos termos desta Constituição. § 1º Brasília é a Capital Federal. § 2º Os Territórios Federais integram a União, e sua criação, transformação em Estado ou reintegração ao Estado de origem serão reguladas em lei complementar. § 3º Os Estados podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou desmembrar-se para se anexarem a outros, ou formarem novos Estados ou Territórios Federais, mediante aprovação da população diretamente interessada, através de plebiscito, e do Congresso Nacional, por lei complementar. § 4º A criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento de Municípios, far-se-ão por lei estadual, dentro do período determinado por Lei Complementar Federal, e dependerão de consulta prévia, mediante plebiscito, às populações dos Municípios envolvidos, após divulgação dos Estudos de Viabilidade Municipal, apresentados e publicados na forma da lei. Art. 19. É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: I - estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, embaraçar-lhes o funcionamento ou manter com eles ou seus representantes relações de dependência ou aliança, ressalvada, na forma da lei, a colaboração de interesse público; II - recusar fé aos documentos públicos; III - criar distinções entre brasileiros ou preferências entre si. CAPÍTULO II DA UNIÃO Art. 20. São bens da União: I - os que atualmente lhe pertencem e os que lhe vierem a ser atribuídos; II - as terras devolutas indispensáveis à defesa das fronteiras, das fortificações e construções militares, das vias federais de comunicação e à preservação ambiental, definidas em lei; III - os lagos, rios e quaisquer correntes de água em terrenos de seu domínio, ou que banhem mais de um Estado, sirvam de limites com outros países, ou se estendam a território estrangeiro ou dele provenham, bem como os terrenos marginais e as praias fluviais; IV as ilhas fluviais e lacustres nas zonas limítrofes com outros países; as praias marítimas; as ilhas oceânicas e as costeiras, excluídas, destas, as que contenham a sede de Municípios, exceto aquelas

áreas afetadas ao serviço público e a unidade ambiental federal, e as referidas no art. 26, II; V - os recursos naturais da plataforma continental e da zona econômica exclusiva; VI - o mar territorial; VII - os terrenos de marinha e seus acrescidos; VIII - os potenciais de energia hidráulica; IX - os recursos minerais, inclusive os do subsolo; X - as cavidades naturais subterrâneas e os sítios arqueológicos e pré-históricos; XI - as terras tradicionalmente ocupadas pelos índios. § 1º É assegurada, nos termos da lei, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, bem como a órgãos da administração direta da União, participação no resultado da exploração de petróleo ou gás natural, de recursos hídricos para fins de geração de energia elétrica e de outros recursos minerais no respectivo território, plataforma continental, mar territorial ou zona econômica exclusiva, ou compensação financeira por essa exploração. § 2º A faixa de até cento e cinqüenta quilômetros de largura, ao longo das fronteiras terrestres, designada como faixa de fronteira, é considerada fundamental para defesa do território nacional, e sua ocupação e utilização serão reguladas em lei. Art. 21. Compete à União: I - manter relações com Estados estrangeiros e participar de organizações internacionais; II - declarar a guerra e celebrar a paz; III - assegurar a defesa nacional; IV - permitir, nos casos previstos em lei complementar, que forças estrangeiras transitem pelo território nacional ou nele permaneçam temporariamente; V - decretar o estado de sítio, o estado de defesa e a intervenção federal; VI - autorizar e fiscalizar a produção e o comércio de material bélico; VII - emitir moeda; VIII - administrar as reservas cambiais do País e fiscalizar as operações de natureza financeira, especialmente as de crédito, câmbio e capitalização, bem como as de seguros e de previdência privada; IX - elaborar e executar planos nacionais e regionais de ordenação do território e de desenvolvimento econômico e social; X - manter o serviço postal e o correio aéreo nacional; XI - explorar, diretamente ou mediante autorização, concessão ou permissão, os serviços de telecomunicações, nos termos da lei, que disporá sobre a organização dos serviços, a criação de um órgão regulador e outros aspectos institucionais; XII - explorar, diretamente ou mediante autorização, concessão ou permissão: a) os serviços de radiodifusão sonora, e de sons e imagens; b) os serviços e instalações de energia elétrica e o aproveitamento energético dos cursos de água, em

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Apostila PRF articulação com os Estados onde se situam os potenciais hidroenergéticos; c) a navegação aérea, aeroespacial e a infra-estrutura aeroportuária; d) os serviços de transporte ferroviário e aquaviário entre portos brasileiros e fronteiras nacionais, ou que transponham os limites de Estado ou Território; e) os serviços de transporte rodoviário interestadual e internacional de passageiros; f) os portos marítimos, fluviais e lacustres; XIII - organizar e manter o Poder Judiciário, o Ministério Público do Distrito Federal e dos Territórios e a Defensoria Pública dos Territórios; XIV - organizar e manter a polícia civil, a polícia militar e o corpo de bombeiros militar do Distrito Federal, bem como prestar assistência financeira ao Distrito Federal para a execução de serviços públicos, por meio de fundo próprio; XV - organizar e manter os serviços oficiais de estatística, geografia, geologia e cartografia de âmbito nacional; XVI - exercer a classificação, para efeito indicativo, de diversões públicas e de programas de rádio e televisão; XVII - conceder anistia; XVIII - planejar e promover a defesa permanente contra as calamidades públicas, especialmente as secas e as inundações; XIX - instituir sistema nacional de gerenciamento de recursos hídricos e definir critérios de outorga de direitos de seu uso; XX - instituir diretrizes para o desenvolvimento urbano, inclusive habitação, saneamento básico e transportes urbanos; XXI - estabelecer princípios e diretrizes para o sistema nacional de viação; XXII - executar os serviços de polícia marítima, aeroportuária e de fronteiras; XXIII - explorar os serviços e instalações nucleares de qualquer natureza e exercer monopólio estatal sobre a pesquisa, a lavra, o enriquecimento e reprocessamento, a industrialização e o comércio de minérios nucleares e seus derivados, atendidos os seguintes princípios e condições: a) toda atividade nuclear em território nacional somente será admitida para fins pacíficos e mediante aprovação do Congresso Nacional; b) sob regime de permissão, são autorizadas a comercialização e a utilização de radioisótopos para a pesquisa e usos médicos, agrícolas e industriais; c) sob regime de permissão, são autorizadas a produção, comercialização e utilização de radioisótopos de meia-vida igual ou inferior a duas horas; d) a responsabilidade civil por danos nucleares independe da existência de culpa; XXIV - organizar, manter e executar a inspeção do trabalho; XXV - estabelecer as áreas e as condições para o exercício da atividade de garimpagem, em forma associativa. Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre:

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I - direito civil, comercial, penal, processual, eleitoral, agrário, marítimo, aeronáutico, espacial e do trabalho; II - desapropriação; III - requisições civis e militares, em caso de iminente perigo e em tempo de guerra; IV - águas, energia, informática, telecomunicações e radiodifusão; V - serviço postal; VI - sistema monetário e de medidas, títulos e garantias dos metais; VII - política de crédito, câmbio, seguros e transferência de valores; VIII - comércio exterior e interestadual; IX - diretrizes da política nacional de transportes; X - regime dos portos, navegação lacustre, fluvial, marítima, aérea e aeroespacial; XI - trânsito e transporte; XII - jazidas, minas, outros recursos minerais e metalurgia; XIII - nacionalidade, cidadania e naturalização; XIV - populações indígenas; XV - emigração e imigração, entrada, extradição e expulsão de estrangeiros; XVI - organização do sistema nacional de emprego e condições para o exercício de profissões; XVII - organização judiciária, do Ministério Público do Distrito Federal e dos Territórios e da Defensoria Pública dos Territórios, bem como organização administrativa destes; XVIII - sistema estatístico, sistema cartográfico e de geologia nacionais; XIX - sistemas de poupança, captação e garantia da poupança popular; XX - sistemas de consórcios e sorteios; XXI - normas gerais de organização, efetivos, material bélico, garantias, convocação e mobilização das polícias militares e corpos de bombeiros militares; XXII - competência da polícia federal e das polícias rodoviária e ferroviária federais; XXIII - seguridade social; XXIV - diretrizes e bases da educação nacional; XXV - registros públicos; XXVI - atividades nucleares de qualquer natureza; XXVII – normas gerais de licitação e contratação, em todas as modalidades, para as administrações públicas diretas, autárquicas e fundacionais da União, Estados, Distrito Federal e Municípios, obedecido o disposto no art. 37, XXI, e para as empresas públicas e sociedades de economia mista, nos termos do art. 173, § 1°, III; XXVIII - defesa territorial, defesa aeroespacial, defesa marítima, defesa civil e mobilização nacional; XXIX - propaganda comercial. Parágrafo único. Lei complementar poderá autorizar os Estados a legislar sobre questões específicas das matérias relacionadas neste artigo. Art. 23. É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios:

Apostila PRF I - zelar pela guarda da Constituição, das leis e das instituições democráticas e conservar o patrimônio público; II - cuidar da saúde e assistência pública, da proteção e garantia das pessoas portadoras de deficiência; III - proteger os documentos, as obras e outros bens de valor histórico, artístico e cultural, os monumentos, as paisagens naturais notáveis e os sítios arqueológicos; IV - impedir a evasão, a destruição e a descaracterização de obras de arte e de outros bens de valor histórico, artístico ou cultural; V - proporcionar os meios de acesso à cultura, à educação, à ciência, à tecnologia, à pesquisa e à inovação; VI - proteger o meio ambiente e combater a poluição em qualquer de suas formas; VII - preservar as florestas, a fauna e a flora; VIII - fomentar a produção agropecuária e organizar o abastecimento alimentar; IX - promover programas de construção de moradias e a melhoria das condições habitacionais e de saneamento básico; X - combater as causas da pobreza e os fatores de marginalização, promovendo a integração social dos setores desfavorecidos; XI - registrar, acompanhar e fiscalizar as concessões de direitos de pesquisa e exploração de recursos hídricos e minerais em seus territórios; XII - estabelecer e implantar política de educação para a segurança do trânsito. Parágrafo único. Leis complementares fixarão normas para a cooperação entre a União e os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, tendo em vista o equilíbrio do desenvolvimento e do bem-estar em âmbito nacional. Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre: I - direito tributário, financeiro, penitenciário, econômico e urbanístico; II - orçamento; III - juntas comerciais; IV - custas dos serviços forenses; V - produção e consumo; VI - florestas, caça, pesca, fauna, conservação da natureza, defesa do solo e dos recursos naturais, proteção do meio ambiente e controle da poluição; VII - proteção ao patrimônio histórico, cultural, artístico, turístico e paisagístico; VIII - responsabilidade por dano ao meio ambiente, ao consumidor, a bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico; IX - educação, cultura, ensino, desporto, ciência, tecnologia, pesquisa, desenvolvimento e inovação; X - criação, funcionamento e processo do juizado de pequenas causas; XI - procedimentos em matéria processual; XII - previdência social, proteção e defesa da saúde;

XIII - assistência jurídica e Defensoria pública; XIV - proteção e integração social das pessoas portadoras de deficiência; XV - proteção à infância e à juventude; XVI - organização, garantias, direitos e deveres das polícias civis. § 1º No âmbito da legislação concorrente, a competência da União limitar-se-á a estabelecer normas gerais. § 2º A competência da União para legislar sobre normas gerais não exclui a competência suplementar dos Estados. § 3º Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a competência legislativa plena, para atender a suas peculiaridades. § 4º A superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a eficácia da lei estadual, no que lhe for contrário. CAPÍTULO III DOS ESTADOS FEDERADOS Art. 25. Os Estados organizam-se e regem-se pelas Constituições e leis que adotarem, observados os princípios desta Constituição. § 1º São reservadas aos Estados as competências que não lhes sejam vedadas por esta Constituição. § 2º Cabe aos Estados explorar diretamente, ou mediante concessão, os serviços locais de gás canalizado, na forma da lei, vedada a edição de medida provisória para a sua regulamentação. § 3º Os Estados poderão, mediante lei complementar, instituir regiões metropolitanas, aglomerações urbanas e microrregiões, constituídas por agrupamentos de municípios limítrofes, para integrar a organização, o planejamento e a execução de funções públicas de interesse comum. Art. 26. Incluem-se entre os bens dos Estados: I - as águas superficiais ou subterrâneas, fluentes, emergentes e em depósito, ressalvadas, neste caso, na forma da lei, as decorrentes de obras da União; II - as áreas, nas ilhas oceânicas e costeiras, que estiverem no seu domínio, excluídas aquelas sob domínio da União, Municípios ou terceiros; III - as ilhas fluviais e lacustres não pertencentes à União; IV - as terras devolutas não compreendidas entre as da União. Art. 27. O número de Deputados à Assembléia Legislativa corresponderá ao triplo da representação do Estado na Câmara dos Deputados e, atingido o número de trinta e seis, será acrescido de tantos quantos forem os Deputados Federais acima de doze. § 1º Será de quatro anos o mandato dos Deputados Estaduais, aplicando- sê-lhes as regras desta Constituição sobre sistema eleitoral, inviolabilidade, imunidades, remuneração, perda de mandato, licença, impedimentos e incorporação às Forças Armadas. § 2º O subsídio dos Deputados Estaduais será fixado por lei de iniciativa da Assembléia Legislativa,

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Apostila PRF na razão de, no máximo, setenta e cinco por cento daquele estabelecido, em espécie, para os Deputados Federais, observado o que dispõem os arts. 39, § 4º, 57, § 7º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I. § 3º Compete às Assembléias Legislativas dispor sobre seu regimento interno, polícia e serviços administrativos de sua secretaria, e prover os respectivos cargos. § 4º A lei disporá sobre a iniciativa popular no processo legislativo estadual. Art. 28. A eleição do Governador e do Vice-Governador de Estado, para mandato de quatro anos, realizar-se-á no primeiro domingo de outubro, em primeiro turno, e no último domingo de outubro, em segundo turno, se houver, do ano anterior ao do término do mandato de seus antecessores, e a posse ocorrerá em primeiro de janeiro do ano subseqüente, observado, quanto ao mais, o disposto no art. 77. § 1º Perderá o mandato o Governador que assumir outro cargo ou função na administração pública direta ou indireta, ressalvada a posse em virtude de concurso público e observado o disposto no art. 38, I, IV e V. § 2º Os subsídios do Governador, do Vice-Governador e dos Secretários de Estado serão fixados por lei de iniciativa da Assembléia Legislativa, observado o que dispõem os arts. 37, XI, 39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I. CAPÍTULO IV Dos Municípios Art. 29. O Município reger-se-á por lei orgânica, votada em dois turnos, com o interstício mínimo de dez dias, e aprovada por dois terços dos membros da Câmara Municipal, que a promulgará, atendidos os princípios estabelecidos nesta Constituição, na Constituição do respectivo Estado e os seguintes preceitos: I - eleição do Prefeito, do Vice-Prefeito e dos Vereadores, para mandato de quatro anos, mediante pleito direto e simultâneo realizado em todo o País; II - eleição do Prefeito e do Vice-Prefeito realizada no primeiro domingo de outubro do ano anterior ao término do mandato dos que devam suceder, aplicadas as regras do art. 77, no caso de Municípios com mais de duzentos mil eleitores; III - posse do Prefeito e do Vice-Prefeito no dia 1º de janeiro do ano subseqüente ao da eleição; IV - para a composição das Câmaras Municipais, será observado o limite máximo de: a) 9 (nove) Vereadores, nos Municípios de até 15.000 (quinze mil) habitantes; b) 11 (onze) Vereadores, nos Municípios de mais de 15.000 (quinze mil) habitantes e de até 30.000 (trinta mil) habitantes; c) 13 (treze) Vereadores, nos Municípios com mais de 30.000 (trinta mil) habitantes e de até 50.000 (cinquenta mil) habitantes; d) 15 (quinze) Vereadores, nos Municípios de mais de 50.000 (cinquenta mil) habitantes e de até 80.000 (oitenta mil) habitantes;

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e) 17 (dezessete) Vereadores, nos Municípios de mais de 80.000 (oitenta mil) habitantes e de até 120.000 (cento e vinte mil) habitantes; f) 19 (dezenove) Vereadores, nos Municípios de mais de 120.000 (cento e vinte mil) habitantes e de até 160.000 (cento sessenta mil) habitantes; g) 21 (vinte e um) Vereadores, nos Municípios de mais de 160.000 (cento e sessenta mil) habitantes e de até 300.000 (trezentos mil) habitantes; h) 23 (vinte e três) Vereadores, nos Municípios de mais de 300.000 (trezentos mil) habitantes e de até 450.000 (quatrocentos e cinquenta mil) habitantes; i) 25 (vinte e cinco) Vereadores, nos Municípios de mais de 450.000 (quatrocentos e cinquenta mil) habitantes e de até 600.000 (seiscentos mil) habitantes; j) 27 (vinte e sete) Vereadores, nos Municípios de mais de 600.000 (seiscentos mil) habitantes e de até 750.000 (setecentos cinquenta mil) habitantes; k) 29 (vinte e nove) Vereadores, nos Municípios de mais de 750.000 (setecentos e cinquenta mil) habitantes e de até 900.000 (novecentos mil) habitantes; l) 31 (trinta e um) Vereadores, nos Municípios de mais de 900.000 (novecentos mil) habitantes e de até 1.050.000 (um milhão e cinquenta mil) habitantes; m) 33 (trinta e três) Vereadores, nos Municípios de mais de 1.050.000 (um milhão e cinquenta mil) habitantes e de até 1.200.000 (um milhão e duzentos mil) habitantes; n) 35 (trinta e cinco) Vereadores, nos Municípios de mais de 1.200.000 (um milhão e duzentos mil) habitantes e de até 1.350.000 (um milhão e trezentos e cinquenta mil) habitantes; o) 37 (trinta e sete) Vereadores, nos Municípios de 1.350.000 (um milhão e trezentos e cinquenta mil) habitantes e de até 1.500.000 (um milhão e quinhentos mil) habitantes; p) 39 (trinta e nove) Vereadores, nos Municípios de mais de 1.500.000 (um milhão e quinhentos mil) habitantes e de até 1.800.000 (um milhão e oitocentos mil) habitantes; q) 41 (quarenta e um) Vereadores, nos Municípios de mais de 1.800.000 (um milhão e oitocentos mil) habitantes e de até 2.400.000 (dois milhões e quatrocentos mil) habitantes; r) 43 (quarenta e três) Vereadores, nos Municípios de mais de 2.400.000 (dois milhões e quatrocentos mil) habitantes e de até 3.000.000 (três milhões) de habitantes; s) 45 (quarenta e cinco) Vereadores, nos Municípios de mais de 3.000.000 (três milhões) de habitantes e de até 4.000.000 (quatro milhões) de habitantes; t) 47 (quarenta e sete) Vereadores, nos Municípios de mais de 4.000.000 (quatro milhões) de habitantes e de até 5.000.000 (cinco milhões) de habitantes; u) 49 (quarenta e nove) Vereadores, nos Municípios de mais de 5.000.000 (cinco milhões) de habitantes e de até 6.000.000 (seis milhões) de habitantes; v) 51 (cinquenta e um) Vereadores, nos Municípios de mais de 6.000.000 (seis milhões) de habitantes e de até 7.000.000 (sete milhões) de habitantes;

Apostila PRF w) 53 (cinquenta e três) Vereadores, nos Municípios de mais de 7.000.000 (sete milhões) de habitantes e de até 8.000.000 (oito milhões) de habitantes; e x) 55 (cinquenta e cinco) Vereadores, nos Municípios de mais de 8.000.000 (oito milhões) de habitantes; V - subsídios do Prefeito, do Vice-Prefeito e dos Secretários Municipais fixados por lei de iniciativa da Câmara Municipal, observado o que dispõem os arts. 37, XI, 39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I; VI - o subsídio dos Vereadores será fixado pelas respectivas Câmaras Municipais em cada legislatura para a subseqüente, observado o que dispõe esta Constituição, observados os critérios estabelecidos na respectiva Lei Orgânica e os seguintes limites máximos: a) em Municípios de até dez mil habitantes, o subsídio máximo dos Vereadores corresponderá a vinte por cento do subsídio dos Deputados Estaduais; b) em Municípios de dez mil e um a cinqüenta mil habitantes, o subsídio máximo dos Vereadores corresponderá a trinta por cento do subsídio dos Deputados Estaduais; c) em Municípios de cinqüenta mil e um a cem mil habitantes, o subsídio máximo dos Vereadores corresponderá a quarenta por cento do subsídio dos Deputados Estaduais; d) em Municípios de cem mil e um a trezentos mil habitantes, o subsídio máximo dos Vereadores corresponderá a cinqüenta por cento do subsídio dos Deputados Estaduais; e) em Municípios de trezentos mil e um a quinhentos mil habitantes, o subsídio máximo dos Vereadores corresponderá a sessenta por cento do subsídio dos Deputados Estaduais; f) em Municípios de mais de quinhentos mil habitantes, o subsídio máximo dos Vereadores corresponderá a setenta e cinco por cento do subsídio dos Deputados Estaduais; VII - o total da despesa com a remuneração dos Vereadores não poderá ultrapassar o montante de cinco por cento da receita do Município; VIII - inviolabilidade dos Vereadores por suas opiniões, palavras e votos no exercício do mandato e na circunscrição do Município; IX - proibições e incompatibilidades, no exercício da vereança, similares, no que couber, ao disposto nesta Constituição para os membros do Congresso Nacional e na Constituição do respectivo Estado para os membros da Assembléia Legislativa; X - julgamento do Prefeito perante o Tribunal de Justiça; XI - organização das funções legislativas e fiscalizadoras da Câmara Municipal; XII - cooperação das associações representativas no planejamento municipal; XIII - iniciativa popular de projetos de lei de interesse específico do Município, da cidade ou de bairros, através de manifestação de, pelo menos, cinco por cento do eleitorado;

XIV - perda do mandato do Prefeito, nos termos do art. 28, parágrafo único. Art. 29-A. O total da despesa do Poder Legislativo Municipal, incluídos os subsídios dos Vereadores e excluídos os gastos com inativos, não poderá ultrapassar os seguintes percentuais, relativos ao somatório da receita tributária e das transferências previstas no § 5o do art. 153 e nos arts. 158 e 159, efetivamente realizado no exercício anterior: I - 7% (sete por cento) para Municípios com população de até 100.000 (cem mil) habitantes; II - 6% (seis por cento) para Municípios com população entre 100.000 (cem mil) e 300.000 (trezentos mil) habitantes; III - 5% (cinco por cento) para Municípios com população entre 300.001 (trezentos mil e um) e 500.000 (quinhentos mil) habitantes; IV - 4,5% (quatro inteiros e cinco décimos por cento) para Municípios com população entre 500.001 (quinhentos mil e um) e 3.000.000 (três milhões) de habitantes; V - 4% (quatro por cento) para Municípios com população entre 3.000.001 (três milhões e um) e 8.000.000 (oito milhões) de habitantes; VI - 3,5% (três inteiros e cinco décimos por cento) para Municípios com população acima de 8.000.001 (oito milhões e um) habitantes. § 1o A Câmara Municipal não gastará mais de setenta por cento de sua receita com folha de pagamento, incluído o gasto com o subsídio de seus Vereadores. § 2o Constitui crime de responsabilidade do Prefeito Municipal: I - efetuar repasse que supere os limites definidos neste artigo; II - não enviar o repasse até o dia vinte de cada mês; ou III - enviá-lo a menor em relação à proporção fixada na Lei Orçamentária. § 3o Constitui crime de responsabilidade do Presidente da Câmara Municipal o desrespeito ao § 1o deste artigo. Art. 30. Compete aos Municípios: I - legislar sobre assuntos de interesse local; II - suplementar a legislação federal e a estadual no que couber; III - instituir e arrecadar os tributos de sua competência, bem como aplicar suas rendas, sem prejuízo da obrigatoriedade de prestar contas e publicar balancetes nos prazos fixados em lei; IV - criar, organizar e suprimir distritos, observada a legislação estadual; V - organizar e prestar, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, os serviços públicos de interesse local, incluído o de transporte coletivo, que tem caráter essencial; VI - manter, com a cooperação técnica e financeira da União e do Estado, programas de educação infantil e de ensino fundamental;

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Apostila PRF VII - prestar, com a cooperação técnica e financeira da União e do Estado, serviços de atendimento à saúde da população; VIII - promover, no que couber, adequado ordenamento territorial, mediante planejamento e controle do uso, do parcelamento e da ocupação do solo urbano; IX - promover a proteção do patrimônio históricocultural local, observada a legislação e a ação fiscalizadora federal e estadual. Art. 31. A fiscalização do Município será exercida pelo Poder Legislativo Municipal, mediante controle externo, e pelos sistemas de controle interno do Poder Executivo Municipal, na forma da lei. § 1º O controle externo da Câmara Municipal será exercido com o auxílio dos Tribunais de Contas dos Estados ou do Município ou dos Conselhos ou Tribunais de Contas dos Municípios, onde houver. § 2º O parecer prévio, emitido pelo órgão competente sobre as contas que o Prefeito deve anualmente prestar, só deixará de prevalecer por decisão de dois terços dos membros da Câmara Municipal. § 3º As contas dos Municípios ficarão, durante sessenta dias, anualmente, à disposição de qualquer contribuinte, para exame e apreciação, o qual poderá questionar-lhes a legitimidade, nos termos da lei. § 4º É vedada a criação de Tribunais, Conselhos ou órgãos de Contas Municipais. CAPÍTULO V DO DISTRITO FEDERAL E DOS TERRITÓRIOS Seção I DO DISTRITO FEDERAL Art. 32. O Distrito Federal, vedada sua divisão em Municípios, reger- se-á por lei orgânica, votada em dois turnos com interstício mínimo de dez dias, e aprovada por dois terços da Câmara Legislativa, que a promulgará, atendidos os princípios estabelecidos nesta Constituição. § 1º Ao Distrito Federal são atribuídas as competências legislativas reservadas aos Estados e Municípios. § 2º A eleição do Governador e do Vice-Governador, observadas as regras do art. 77, e dos Deputados Distritais coincidirá com a dos Governadores e Deputados Estaduais, para mandato de igual duração. § 3º Aos Deputados Distritais e à Câmara Legislativa aplica-se o disposto no art. 27. § 4º Lei federal disporá sobre a utilização, pelo Governo do Distrito Federal, das polícias civil e militar e do corpo de bombeiros militar. Seção II DOS TERRITÓRIOS Art. 33. A lei disporá sobre a organização administrativa e judiciária dos Territórios. § 1º Os Territórios poderão ser divididos em Municípios, aos quais se aplicará, no que couber, o disposto no Capítulo IV deste Título. § 2º As contas do Governo do Território serão submetidas ao Congresso Nacional, com parecer prévio do Tribunal de Contas da União.

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§ 3º Nos Territórios Federais com mais de cem mil habitantes, além do Governador nomeado na forma desta Constituição, haverá órgãos judiciários de primeira e segunda instância, membros do Ministério Público e defensores públicos federais; a lei disporá sobre as eleições para a Câmara Territorial e sua competência deliberativa. CAPÍTULO VI DA INTERVENÇÃO Art. 34. A União não intervirá nos Estados nem no Distrito Federal, exceto para: I - manter a integridade nacional; II - repelir invasão estrangeira ou de uma unidade da Federação em outra; III - pôr termo a grave comprometimento da ordem pública; IV - garantir o livre exercício de qualquer dos Poderes nas unidades da Federação; V - reorganizar as finanças da unidade da Federação que: a) suspender o pagamento da dívida fundada por mais de dois anos consecutivos, salvo motivo de força maior; b) deixar de entregar aos Municípios receitas tributárias fixadas nesta Constituição, dentro dos prazos estabelecidos em lei; VI - prover a execução de lei federal, ordem ou decisão judicial; VII - assegurar a observância dos seguintes princípios constitucionais: a) forma republicana, sistema representativo e regime democrático; b) direitos da pessoa humana; c) autonomia municipal; d) prestação de contas da administração pública, direta e indireta. e) aplicação do mínimo exigido da receita resultante de impostos estaduais, compreendida a proveniente de transferências, na manutenção e desenvolvimento do ensino e nas ações e serviços públicos de saúde. Art. 35. O Estado não intervirá em seus Municípios, nem a União nos Municípios localizados em Território Federal, exceto quando: I - deixar de ser paga, sem motivo de força maior, por dois anos consecutivos, a dívida fundada; II - não forem prestadas contas devidas, na forma da lei; III – não tiver sido aplicado o mínimo exigido da receita municipal na manutenção e desenvolvimento do ensino e nas ações e serviços públicos de saúde; IV - o Tribunal de Justiça der provimento a representação para assegurar a observância de princípios indicados na Constituição Estadual, ou para prover a execução de lei, de ordem ou de decisão judicial. Art. 36. A decretação da intervenção dependerá: I - no caso do art. 34, IV, de solicitação do Poder Legislativo ou do Poder Executivo coacto ou impedido, ou de requisição do Supremo Tribunal Federal, se a coação for exercida contra o Poder Judiciário;

Apostila PRF II - no caso de desobediência a ordem ou decisão judiciária, de requisição do Supremo Tribunal Federal, do Superior Tribunal de Justiça ou do Tribunal Superior Eleitoral; III - de provimento, pelo Supremo Tribunal Federal, de representação do Procurador-Geral da República, na hipótese do art. 34, VII, e no caso de recusa à execução de lei federal. § 1º O decreto de intervenção, que especificará a amplitude, o prazo e as condições de execução e que, se couber, nomeará o interventor, será submetido à apreciação do Congresso Nacional ou da Assembléia Legislativa do Estado, no prazo de vinte e quatro horas. § 2º Se não estiver funcionando o Congresso Nacional ou a Assembléia Legislativa, far-se-á convocação extraordinária, no mesmo prazo de vinte e quatro horas. § 3º Nos casos do art. 34, VI e VII, ou do art. 35, IV, dispensada a apreciação pelo Congresso Nacional ou pela Assembléia Legislativa, o decreto limitar-se-á a suspender a execução do ato impugnado, se essa medida bastar ao restabelecimento da normalidade. § 4º Cessados os motivos da intervenção, as autoridades afastadas de seus cargos a estes voltarão, salvo impedimento legal. CAPÍTULO VII DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA Seção I DISPOSIÇÕES GERAIS Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: I - os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos brasileiros que preencham os requisitos estabelecidos em lei, assim como aos estrangeiros, na forma da lei; II - a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração; III - o prazo de validade do concurso público será de até dois anos, prorrogável uma vez, por igual período; IV - durante o prazo improrrogável previsto no edital de convocação, aquele aprovado em concurso público de provas ou de provas e títulos será convocado com prioridade sobre novos concursados para assumir cargo ou emprego, na carreira; V - as funções de confiança, exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de cargo efetivo, e os cargos em comissão, a serem preenchidos por servidores de carreira nos casos, condições e percentuais mínimos previstos em lei, destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia e assessoramento;

VI - é garantido ao servidor público civil o direito à livre associação sindical; VII - o direito de greve será exercido nos termos e nos limites definidos em lei específica; VIII - a lei reservará percentual dos cargos e empregos públicos para as pessoas portadoras de deficiência e definirá os critérios de sua admissão; IX - a lei estabelecerá os casos de contratação por tempo determinado para atender a necessidade temporária de excepcional interesse público; X - a remuneração dos servidores públicos e o subsídio de que trata o § 4º do art. 39 somente poderão ser fixados ou alterados por lei específica, observada a iniciativa privativa em cada caso, assegurada revisão geral anual, sempre na mesma data e sem distinção de índices; XI - a remuneração e o subsídio dos ocupantes de cargos, funções e empregos públicos da administração direta, autárquica e fundacional, dos membros de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, dos detentores de mandato eletivo e dos demais agentes políticos e os proventos, pensões ou outra espécie remuneratória, percebidos cumulativamente ou não, incluídas as vantagens pessoais ou de qualquer outra natureza, não poderão exceder o subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, aplicando-se como limite, nos Municípios, o subsídio do Prefeito, e nos Estados e no Distrito Federal, o subsídio mensal do Governador no âmbito do Poder Executivo, o subsídio dos Deputados Estaduais e Distritais no âmbito do Poder Legislativo e o subsidio dos Desembargadores do Tribunal de Justiça, limitado a noventa inteiros e vinte e cinco centésimos por cento do subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, no âmbito do Poder Judiciário, aplicável este limite aos membros do Ministério Público, aos Procuradores e aos Defensores Públicos; XII - os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo e do Poder Judiciário não poderão ser superiores aos pagos pelo Poder Executivo; XIII - é vedada a vinculação ou equiparação de quaisquer espécies remuneratórias para o efeito de remuneração de pessoal do serviço público; XIV - os acréscimos pecuniários percebidos por servidor público não serão computados nem acumulados para fins de concessão de acréscimos ulteriores; XV - o subsídio e os vencimentos dos ocupantes de cargos e empregos públicos são irredutíveis, ressalvado o disposto nos incisos XI e XIV deste artigo e nos arts. 39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I; XVI - é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto, quando houver compatibilidade de horários, observado em qualquer caso o disposto no inciso XI: a) a de dois cargos de professor; b) a de um cargo de professor com outro técnico ou científico; c) a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões regulamentadas;

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Apostila PRF XVII - a proibição de acumular estende-se a empregos e funções e abrange autarquias, fundações, empresas públicas, sociedades de economia mista, suas subsidiárias, e sociedades controladas, direta ou indiretamente, pelo poder público; XVIII - a administração fazendária e seus servidores fiscais terão, dentro de suas áreas de competência e jurisdição, precedência sobre os demais setores administrativos, na forma da lei; XIX – somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição de empresa pública, de sociedade de economia mista e de fundação, cabendo à lei complementar, neste último caso, definir as áreas de sua atuação; XX - depende de autorização legislativa, em cada caso, a criação de subsidiárias das entidades mencionadas no inciso anterior, assim como a participação de qualquer delas em empresa privada; XXI - ressalvados os casos especificados na legislação, as obras, serviços, compras e alienações serão contratados mediante processo de licitação pública que assegure igualdade de condições a todos os concorrentes, com cláusulas que estabeleçam obrigações de pagamento, mantidas as condições efetivas da proposta, nos termos da lei, o qual somente permitirá as exigências de qualificação técnica e econômica indispensáveis à garantia do cumprimento das obrigações. XXII - as administrações tributárias da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, atividades essenciais ao funcionamento do Estado, exercidas por servidores de carreiras específicas, terão recursos prioritários para a realização de suas atividades e atuarão de forma integrada, inclusive com o compartilhamento de cadastros e de informações fiscais, na forma da lei ou convênio. § 1º A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos deverá ter caráter educativo, informativo ou de orientação social, dela não podendo constar nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos. § 2º A não observância do disposto nos incisos II e III implicará a nulidade do ato e a punição da autoridade responsável, nos termos da lei. § 3º A lei disciplinará as formas de participação do usuário na administração pública direta e indireta, regulando especialmente: I - as reclamações relativas à prestação dos serviços públicos em geral, asseguradas a manutenção de serviços de atendimento ao usuário e a avaliação periódica, externa e interna, da qualidade dos serviços; II - o acesso dos usuários a registros administrativos e a informações sobre atos de governo, observado o disposto no art. 5º, X e XXXIII; III - a disciplina da representação contra o exercício negligente ou abusivo de cargo, emprego ou função na administração pública. § 4º - Os atos de improbidade administrativa importarão a suspensão dos direitos políticos, a perda da

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função pública, a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário, na forma e gradação previstas em lei, sem prejuízo da ação penal cabível. § 5º A lei estabelecerá os prazos de prescrição para ilícitos praticados por qualquer agente, servidor ou não, que causem prejuízos ao erário, ressalvadas as respectivas ações de ressarcimento. § 6º As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa. § 7º A lei disporá sobre os requisitos e as restrições ao ocupante de cargo ou emprego da administração direta e indireta que possibilite o acesso a informações privilegiadas. § 8º A autonomia gerencial, orçamentária e financeira dos órgãos e entidades da administração direta e indireta poderá ser ampliada mediante contrato, a ser firmado entre seus administradores e o poder público, que tenha por objeto a fixação de metas de desempenho para o órgão ou entidade, cabendo à lei dispor sobre: I - o prazo de duração do contrato; II - os controles e critérios de avaliação de desempenho, direitos, obrigações e responsabilidade dos dirigentes; III - a remuneração do pessoal." § 9º O disposto no inciso XI aplica-se às empresas públicas e às sociedades de economia mista, e suas subsidiárias, que receberem recursos da União, dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios para pagamento de despesas de pessoal ou de custeio em geral. § 10. É vedada a percepção simultânea de proventos de aposentadoria decorrentes do art. 40 ou dos arts. 42 e 142 com a remuneração de cargo, emprego ou função pública, ressalvados os cargos acumuláveis na forma desta Constituição, os cargos eletivos e os cargos em comissão declarados em lei de livre nomeação e exoneração. § 11. Não serão computadas, para efeito dos limites remuneratórios de que trata o inciso XI do caput deste artigo, as parcelas de caráter indenizatório previstas em lei. § 12. Para os fins do disposto no inciso XI do caput deste artigo, fica facultado aos Estados e ao Distrito Federal fixar, em seu âmbito, mediante emenda às respectivas Constituições e Lei Orgânica, como limite único, o subsídio mensal dos Desembargadores do respectivo Tribunal de Justiça, limitado a noventa inteiros e vinte e cinco centésimos por cento do subsídio mensal dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, não se aplicando o disposto neste parágrafo aos subsídios dos Deputados Estaduais e Distritais e dos Vereadores. Art. 38. Ao servidor público da administração direta, autárquica e fundacional, no exercício de mandato eletivo, aplicam-se as seguintes disposições:

Apostila PRF I - tratando-se de mandato eletivo federal, estadual ou distrital, ficará afastado de seu cargo, emprego ou função; II - investido no mandato de Prefeito, será afastado do cargo, emprego ou função, sendo-lhe facultado optar pela sua remuneração; III - investido no mandato de Vereador, havendo compatibilidade de horários, perceberá as vantagens de seu cargo, emprego ou função, sem prejuízo da remuneração do cargo eletivo, e, não havendo compatibilidade, será aplicada a norma do inciso anterior; IV - em qualquer caso que exija o afastamento para o exercício de mandato eletivo, seu tempo de serviço será contado para todos os efeitos legais, exceto para promoção por merecimento; V - para efeito de benefício previdenciário, no caso de afastamento, os valores serão determinados como se no exercício estivesse. Seção II DOS SERVIDORES PÚBLICOS

§ 5º Lei da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios poderá estabelecer a relação entre a maior e a menor remuneração dos servidores públicos, obedecido, em qualquer caso, o disposto no art. 37, XI. § 6º Os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário publicarão anualmente os valores do subsídio e da remuneração dos cargos e empregos públicos. § 7º Lei da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios disciplinará a aplicação de recursos orçamentários provenientes da economia com despesas correntes em cada órgão, autarquia e fundação, para aplicação no desenvolvimento de programas de qualidade e produtividade, treinamento e desenvolvimento, modernização, reaparelhamento e racionalização do serviço público, inclusive sob a forma de adicional ou prêmio de produtividade. § 8º A remuneração dos servidores públicos organizados em carreira poderá ser fixada nos termos do § 4º.

Art. 39. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão, no âmbito de sua competência, regime jurídico único e planos de carreira para os servidores da administração pública direta, das autarquias e das fundações públicas. (Vide ADIN nº 2.1354) Art. 39. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão conselho de política de administração e remuneração de pessoal, integrado por servidores designados pelos respectivos Poderes. § 1º A fixação dos padrões de vencimento e dos demais componentes do sistema remuneratório observará:

Art. 40. Aos servidores titulares de cargos efetivos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, incluídas suas autarquias e fundações, é assegurado regime de previdência de caráter contributivo e solidário, mediante contribuição do respectivo ente público, dos servidores ativos e inativos e dos pensionistas, observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial e o disposto neste artigo. § 1º Os servidores abrangidos pelo regime de previdência de que trata este artigo serão aposentados, calculados os seus proventos a partir dos valores fixados na forma dos §§ 3º e 17: I - por invalidez permanente, sendo os proventos proporcionais ao tempo de contribuição, exceto se decorrente de acidente em serviço, moléstia profissional ou doença grave, contagiosa ou incurável, na forma da lei; II - compulsoriamente, com proventos proporcionais ao tempo de contribuição, aos 70 (setenta) anos de idade, ou aos 75 (setenta e cinco) anos de idade, na forma de lei complementar; III - voluntariamente, desde que cumprido tempo mínimo de dez anos de efetivo exercício no serviço público e cinco anos no cargo efetivo em que se dará a aposentadoria, observadas as seguintes condições: a) sessenta anos de idade e trinta e cinco de contribuição, se homem, e cinqüenta e cinco anos de idade e trinta de contribuição, se mulher; b) sessenta e cinco anos de idade, se homem, e sessenta anos de idade, se mulher, com proventos proporcionais ao tempo de contribuição. § 2º - Os proventos de aposentadoria e as pensões, por ocasião de sua concessão, não poderão exceder a remuneração do respectivo servidor, no cargo efetivo em que se deu a aposentadoria ou que serviu de referência para a concessão da pensão. § 3º Para o cálculo dos proventos de aposentadoria, por ocasião da sua concessão, serão consideradas as remunerações utilizadas como base para as

I - a natureza, o grau de responsabilidade e a complexidade dos cargos componentes de cada carreira; II - os requisitos para a investidura; III - as peculiaridades dos cargos. § 2º A União, os Estados e o Distrito Federal manterão escolas de governo para a formação e o aperfeiçoamento dos servidores públicos, constituindo-se a participação nos cursos um dos requisitos para a promoção na carreira, facultada, para isso, a celebração de convênios ou contratos entre os entes federados. § 3º Aplica-se aos servidores ocupantes de cargo público o disposto no art. 7º, IV, VII, VIII, IX, XII, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XX, XXII e XXX, podendo a lei estabelecer requisitos diferenciados de admissão quando a natureza do cargo o exigir. § 4º O membro de Poder, o detentor de mandato eletivo, os Ministros de Estado e os Secretários Estaduais e Municipais serão remunerados exclusivamente por subsídio fixado em parcela única, vedado o acréscimo de qualquer gratificação, adicional, abono, prêmio, verba de representação ou outra espécie remuneratória, obedecido, em qualquer caso, o disposto no art. 37, X e XI.

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Apostila PRF contribuições do servidor aos regimes de previdência de que tratam este artigo e o art. 201, na forma da lei. § 4º É vedada a adoção de requisitos e critérios diferenciados para a concessão de aposentadoria aos abrangidos pelo regime de que trata este artigo, ressalvados, nos termos definidos em leis complementares, os casos de servidores: I portadores de deficiência; II que exerçam atividades de risco; III cujas atividades sejam exercidas sob condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física. § 5º - Os requisitos de idade e de tempo de contribuição serão reduzidos em cinco anos, em relação ao disposto no § 1º, III, "a", para o professor que comprove exclusivamente tempo de efetivo exercício das funções de magistério na educação infantil e no ensino fundamental e médio. § 6º - Ressalvadas as aposentadorias decorrentes dos cargos acumuláveis na forma desta Constituição, é vedada a percepção de mais de uma aposentadoria à conta do regime de previdência previsto neste artigo. § 7º Lei disporá sobre a concessão do benefício de pensão por morte, que será igual: I - ao valor da totalidade dos proventos do servidor falecido, até o limite máximo estabelecido para os benefícios do regime geral de previdência social de que trata o art. 201, acrescido de setenta por cento da parcela excedente a este limite, caso aposentado à data do óbito; ou II - ao valor da totalidade da remuneração do servidor no cargo efetivo em que se deu o falecimento, até o limite máximo estabelecido para os benefícios do regime geral de previdência social de que trata o art. 201, acrescido de setenta por cento da parcela excedente a este limite, caso em atividade na data do óbito. § 8º É assegurado o reajustamento dos benefícios para preservar-lhes, em caráter permanente, o valor real, conforme critérios estabelecidos em lei. § 9º - O tempo de contribuição federal, estadual ou municipal será contado para efeito de aposentadoria e o tempo de serviço correspondente para efeito de disponibilidade. § 10 - A lei não poderá estabelecer qualquer forma de contagem de tempo de contribuição fictício. § 11 - Aplica-se o limite fixado no art. 37, XI, à soma total dos proventos de inatividade, inclusive quando decorrentes da acumulação de cargos ou empregos públicos, bem como de outras atividades sujeitas a contribuição para o regime geral de previdência social, e ao montante resultante da adição de proventos de inatividade com remuneração de cargo acumulável na forma desta Constituição, cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração, e de cargo eletivo. § 12 - Além do disposto neste artigo, o regime de previdência dos servidores públicos titulares de cargo efetivo observará, no que couber, os requisitos

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e critérios fixados para o regime geral de previdência social. § 13 - Ao servidor ocupante, exclusivamente, de cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração bem como de outro cargo temporário ou de emprego público, aplica-se o regime geral de previdência social. § 14 - A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, desde que instituam regime de previdência complementar para os seus respectivos servidores titulares de cargo efetivo, poderão fixar, para o valor das aposentadorias e pensões a serem concedidas pelo regime de que trata este artigo, o limite máximo estabelecido para os benefícios do regime geral de previdência social de que trata o art. 201. § 15. O regime de previdência complementar de que trata o § 14 será instituído por lei de iniciativa do respectivo Poder Executivo, observado o disposto no art. 202 e seus parágrafos, no que couber, por intermédio de entidades fechadas de previdência complementar, de natureza pública, que oferecerão aos respectivos participantes planos de benefícios somente na modalidade de contribuição definida. § 16 - Somente mediante sua prévia e expressa opção, o disposto nos §§ 14 e 15 poderá ser aplicado ao servidor que tiver ingressado no serviço público até a data da publicação do ato de instituição do correspondente regime de previdência complementar. § 17. Todos os valores de remuneração considerados para o cálculo do benefício previsto no § 3° serão devidamente atualizados, na forma da lei. § 18. Incidirá contribuição sobre os proventos de aposentadorias e pensões concedidas pelo regime de que trata este artigo que superem o limite máximo estabelecido para os benefícios do regime geral de previdência social de que trata o art. 201, com percentual igual ao estabelecido para os servidores titulares de cargos efetivos. § 19. O servidor de que trata este artigo que tenha completado as exigências para aposentadoria voluntária estabelecidas no § 1º, III, a, e que opte por permanecer em atividade fará jus a um abono de permanência equivalente ao valor da sua contribuição previdenciária até completar as exigências para aposentadoria compulsória contidas no § 1º, II. § 20. Fica vedada a existência de mais de um regime próprio de previdência social para os servidores titulares de cargos efetivos, e de mais de uma unidade gestora do respectivo regime em cada ente estatal, ressalvado o disposto no art. 142, § 3º, X. § 21. A contribuição prevista no § 18 deste artigo incidirá apenas sobre as parcelas de proventos de aposentadoria e de pensão que superem o dobro do limite máximo estabelecido para os benefícios do regime geral de previdência social de que trata o art. 201 desta Constituição, quando o beneficiário, na forma da lei, for portador de doença incapacitante. Art. 41. São estáveis após três anos de efetivo exercício os servidores nomeados para cargo de provimento efetivo em virtude de concurso público.

Apostila PRF § 1º O servidor público estável só perderá o cargo: I - em virtude de sentença judicial transitada em julgado; II - mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa; III - mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na forma de lei complementar, assegurada ampla defesa. § 2º Invalidada por sentença judicial a demissão do servidor estável, será ele reintegrado, e o eventual ocupante da vaga, se estável, reconduzido ao cargo de origem, sem direito a indenização, aproveitado em outro cargo ou posto em disponibilidade com remuneração proporcional ao tempo de serviço. § 3º Extinto o cargo ou declarada a sua desnecessidade, o servidor estável ficará em disponibilidade, com remuneração proporcional ao tempo de serviço, até seu adequado aproveitamento em outro cargo. § 4º Como condição para a aquisição da estabilidade, é obrigatória a avaliação especial de desempenho por comissão instituída para essa finalidade. Seção III DOS MILITARES DOS ESTADOS, DO DISTRITO FEDERAL E DOS TERRITÓRIOS Art. 42 Os membros das Polícias Militares e Corpos de Bombeiros Militares, instituições organizadas com base na hierarquia e disciplina, são militares dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios. § 1º Aplicam-se aos militares dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios, além do que vier a ser fixado em lei, as disposições do art. 14, § 8º; do art. 40, § 9º; e do art. 142, §§ 2º e 3º, cabendo a lei estadual específica dispor sobre as matérias do art. 142, § 3º, inciso X, sendo as patentes dos oficiais conferidas pelos respectivos governadores. § 2º Aos pensionistas dos militares dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios aplica-se o que for fixado em lei específica do respectivo ente estatal. Seção IV DAS REGIÕES Art. 43. Para efeitos administrativos, a União poderá articular sua ação em um mesmo complexo geoeconômico e social, visando a seu desenvolvimento e à redução das desigualdades regionais. § 1º - Lei complementar disporá sobre: I - as condições para integração de regiões em desenvolvimento; II - a composição dos organismos regionais que executarão, na forma da lei, os planos regionais, integrantes dos planos nacionais de desenvolvimento econômico e social, aprovados juntamente com estes. § 2º - Os incentivos regionais compreenderão, além de outros, na forma da lei: I - igualdade de tarifas, fretes, seguros e outros itens de custos e preços de responsabilidade do Poder Público;

II - juros favorecidos para financiamento de atividades prioritárias; III - isenções, reduções ou diferimento temporário de tributos federais devidos por pessoas físicas ou jurídicas; IV - prioridade para o aproveitamento econômico e social dos rios e das massas de água represadas ou represáveis nas regiões de baixa renda, sujeitas a secas periódicas. § 3º - Nas áreas a que se refere o § 2º, IV, a União incentivará a recuperação de terras áridas e cooperará com os pequenos e médios proprietários rurais para o estabelecimento, em suas glebas, de fontes de água e de pequena irrigação.

TÍTULO IV DA ORGANIZAÇÃO DOS PODERES CAPÍTULO I DO PODER LEGISLATIVO SEÇÃO I DO CONGRESSO NACIONAL Art. 44. O Poder Legislativo é exercido pelo Congresso Nacional, que se compõe da Câmara dos Deputados e do Senado Federal. Parágrafo único. Cada legislatura terá a duração de quatro anos. Art. 45. A Câmara dos Deputados compõe-se de representantes do povo, eleitos, pelo sistema proporcional, em cada Estado, em cada Território e no Distrito Federal. § 1º O número total de Deputados, bem como a representação por Estado e pelo Distrito Federal, será estabelecido por lei complementar, proporcionalmente à população, procedendo-se aos ajustes necessários, no ano anterior às eleições, para que nenhuma daquelas unidades da Federação tenha menos de oito ou mais de setenta Deputados. § 2º Cada Território elegerá quatro Deputados. Art. 46. O Senado Federal compõe-se de representantes dos Estados e do Distrito Federal, eleitos segundo o princípio majoritário. § 1º Cada Estado e o Distrito Federal elegerão três Senadores, com mandato de oito anos. § 2º A representação de cada Estado e do Distrito Federal será renovada de quatro em quatro anos, alternadamente, por um e dois terços. § 3º Cada Senador será eleito com dois suplentes. Art. 47. Salvo disposição constitucional em contrário, as deliberações de cada Casa e de suas Comissões serão tomadas por maioria dos votos, presente a maioria absoluta de seus membros. Seção II DAS ATRIBUIÇÕES DO CONGRESSO NACIONAL Art. 48. Cabe ao Congresso Nacional, com a sanção do Presidente da República, não exigida esta para o especificado nos arts. 49, 51 e 52, dispor sobre todas as matérias de competência da União, especialmente sobre:

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Apostila PRF I - sistema tributário, arrecadação e distribuição de rendas; II - plano plurianual, diretrizes orçamentárias, orçamento anual, operações de crédito, dívida pública e emissões de curso forçado; III - fixação e modificação do efetivo das Forças Armadas; IV - planos e programas nacionais, regionais e setoriais de desenvolvimento; V - limites do território nacional, espaço aéreo e marítimo e bens do domínio da União; VI - incorporação, subdivisão ou desmembramento de áreas de Territórios ou Estados, ouvidas as respectivas Assembléias Legislativas; VII - transferência temporária da sede do Governo Federal; VIII - concessão de anistia; IX - organização administrativa, judiciária, do Ministério Público e da Defensoria Pública da União e dos Territórios e organização judiciária e do Ministério Público do Distrito Federal; X – criação, transformação e extinção de cargos, empregos e funções públicas, observado o que estabelece o art. 84, VI, b; XI – criação e extinção de Ministérios e órgãos da administração pública; XII - telecomunicações e radiodifusão; XIII - matéria financeira, cambial e monetária, instituições financeiras e suas operações; XIV - moeda, seus limites de emissão, e montante da dívida mobiliária federal. XV - fixação do subsídio dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, observado o que dispõem os arts. 39, § 4º; 150, II; 153, III; e 153, § 2º, I. Art. 49. É da competência exclusiva do Congresso Nacional: I - resolver definitivamente sobre tratados, acordos ou atos internacionais que acarretem encargos ou compromissos gravosos ao patrimônio nacional; II - autorizar o Presidente da República a declarar guerra, a celebrar a paz, a permitir que forças estrangeiras transitem pelo território nacional ou nele permaneçam temporariamente, ressalvados os casos previstos em lei complementar; III - autorizar o Presidente e o Vice-Presidente da República a se ausentarem do País, quando a ausência exceder a quinze dias; IV - aprovar o estado de defesa e a intervenção federal, autorizar o estado de sítio, ou suspender qualquer uma dessas medidas; V - sustar os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder regulamentar ou dos limites de delegação legislativa; VI - mudar temporariamente sua sede; VII - fixar idêntico subsídio para os Deputados Federais e os Senadores, observado o que dispõem os arts. 37, XI, 39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I; VIII - fixar os subsídios do Presidente e do VicePresidente da República e dos Ministros de Estado, observado o que dispõem os arts. 37, XI, 39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I;

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IX - julgar anualmente as contas prestadas pelo Presidente da República e apreciar os relatórios sobre a execução dos planos de governo; X - fiscalizar e controlar, diretamente, ou por qualquer de suas Casas, os atos do Poder Executivo, incluídos os da administração indireta; XI - zelar pela preservação de sua competência legislativa em face da atribuição normativa dos outros Poderes; XII - apreciar os atos de concessão e renovação de concessão de emissoras de rádio e televisão; XIII - escolher dois terços dos membros do Tribunal de Contas da União; XIV - aprovar iniciativas do Poder Executivo referentes a atividades nucleares; XV - autorizar referendo e convocar plebiscito; XVI - autorizar, em terras indígenas, a exploração e o aproveitamento de recursos hídricos e a pesquisa e lavra de riquezas minerais; XVII - aprovar, previamente, a alienação ou concessão de terras públicas com área superior a dois mil e quinhentos hectares. Art. 50. A Câmara dos Deputados e o Senado Federal, ou qualquer de suas Comissões, poderão convocar Ministro de Estado ou quaisquer titulares de órgãos diretamente subordinados à Presidência da República para prestarem, pessoalmente, informações sobre assunto previamente determinado, importando crime de responsabilidade a ausência sem justificação adequada. § 1º Os Ministros de Estado poderão comparecer ao Senado Federal, à Câmara dos Deputados, ou a qualquer de suas Comissões, por sua iniciativa e mediante entendimentos com a Mesa respectiva, para expor assunto de relevância de seu Ministério. § 2º As Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal poderão encaminhar pedidos escritos de informações a Ministros de Estado ou a qualquer das pessoas referidas no caput deste artigo, importando em crime de responsabilidade a recusa, ou o não - atendimento, no prazo de trinta dias, bem como a prestação de informações falsas. Seção III DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Art. 51. Compete privativamente à Câmara dos Deputados: I - autorizar, por dois terços de seus membros, a instauração de processo contra o Presidente e o VicePresidente da República e os Ministros de Estado; II - proceder à tomada de contas do Presidente da República, quando não apresentadas ao Congresso Nacional dentro de sessenta dias após a abertura da sessão legislativa; III - elaborar seu regimento interno; IV – dispor sobre sua organização, funcionamento, polícia, criação, transformação ou extinção dos cargos, empregos e funções de seus serviços, e a iniciativa de lei para fixação da respectiva remuneração,

Apostila PRF observados os parâmetros estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias; V - eleger membros do Conselho da República, nos termos do art. 89, VII. Seção IV DO SENADO FEDERAL Art. 52. Compete privativamente ao Senado Federal: I - processar e julgar o Presidente e o Vice-Presidente da República nos crimes de responsabilidade, bem como os Ministros de Estado e os Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica nos crimes da mesma natureza conexos com aqueles; II processar e julgar os Ministros do Supremo Tribunal Federal, os membros do Conselho Nacional de Justiça e do Conselho Nacional do Ministério Público, o Procurador-Geral da República e o AdvogadoGeral da União nos crimes de responsabilidade; III - aprovar previamente, por voto secreto, após argüição pública, a escolha de: a) Magistrados, nos casos estabelecidos nesta Constituição; b) Ministros do Tribunal de Contas da União indicados pelo Presidente da República; c) Governador de Território; d) Presidente e diretores do banco central; e) Procurador-Geral da República; f) titulares de outros cargos que a lei determinar; IV - aprovar previamente, por voto secreto, após argüição em sessão secreta, a escolha dos chefes de missão diplomática de caráter permanente; V - autorizar operações externas de natureza financeira, de interesse da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e dos Municípios; VI - fixar, por proposta do Presidente da República, limites globais para o montante da dívida consolidada da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios; VII - dispor sobre limites globais e condições para as operações de crédito externo e interno da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, de suas autarquias e demais entidades controladas pelo Poder Público federal; VIII - dispor sobre limites e condições para a concessão de garantia da União em operações de crédito externo e interno; IX - estabelecer limites globais e condições para o montante da dívida mobiliária dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios; X - suspender a execução, no todo ou em parte, de lei declarada inconstitucional por decisão definitiva do Supremo Tribunal Federal; XI - aprovar, por maioria absoluta e por voto secreto, a exoneração, de ofício, do Procurador-Geral da República antes do término de seu mandato; XII - elaborar seu regimento interno; XIII - dispor sobre sua organização, funcionamento, polícia, criação, transformação ou extinção dos cargos, empregos e funções de seus serviços, e a iniciativa de lei para fixação da respectiva remuneração,

observados os parâmetros estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias; XIV - eleger membros do Conselho da República, nos termos do art. 89, VII. XV - avaliar periodicamente a funcionalidade do Sistema Tributário Nacional, em sua estrutura e seus componentes, e o desempenho das administrações tributárias da União, dos Estados e do Distrito Federal e dos Municípios. Parágrafo único. Nos casos previstos nos incisos I e II, funcionará como Presidente o do Supremo Tribunal Federal, limitando-se a condenação, que somente será proferida por dois terços dos votos do Senado Federal, à perda do cargo, com inabilitação, por oito anos, para o exercício de função pública, sem prejuízo das demais sanções judiciais cabíveis. Seção V DOS DEPUTADOS E DOS SENADORES Art. 53. Os Deputados e Senadores são invioláveis, civil e penalmente, por quaisquer de suas opiniões, palavras e votos § 1º Os Deputados e Senadores, desde a expedição do diploma, serão submetidos a julgamento perante o Supremo Tribunal Federal. § 2º Desde a expedição do diploma, os membros do Congresso Nacional não poderão ser presos, salvo em flagrante de crime inafiançável. Nesse caso, os autos serão remetidos dentro de vinte e quatro horas à Casa respectiva, para que, pelo voto da maioria de seus membros, resolva sobre a prisão. § 3º Recebida a denúncia contra o Senador ou Deputado, por crime ocorrido após a diplomação, o Supremo Tribunal Federal dará ciência à Casa respectiva, que, por iniciativa de partido político nela representado e pelo voto da maioria de seus membros, poderá, até a decisão final, sustar o andamento da ação. § 4º O pedido de sustação será apreciado pela Casa respectiva no prazo improrrogável de quarenta e cinco dias do seu recebimento pela Mesa Diretora. § 5º A sustação do processo suspende a prescrição, enquanto durar o mandato. § 6º Os Deputados e Senadores não serão obrigados a testemunhar sobre informações recebidas ou prestadas em razão do exercício do mandato, nem sobre as pessoas que lhes confiaram ou deles receberam informações. § 7º A incorporação às Forças Armadas de Deputados e Senadores, embora militares e ainda que em tempo de guerra, dependerá de prévia licença da Casa respectiva. § 8º As imunidades de Deputados ou Senadores subsistirão durante o estado de sítio, só podendo ser suspensas mediante o voto de dois terços dos membros da Casa respectiva, nos casos de atos praticados fora do recinto do Congresso Nacional, que sejam incompatíveis com a execução da medida. Art. 54. Os Deputados e Senadores não poderão: I - desde a expedição do diploma:

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Apostila PRF a) firmar ou manter contrato com pessoa jurídica de direito público, autarquia, empresa pública, sociedade de economia mista ou empresa concessionária de serviço público, salvo quando o contrato obedecer a cláusulas uniformes; b) aceitar ou exercer cargo, função ou emprego remunerado, inclusive os de que sejam demissíveis "ad nutum", nas entidades constantes da alínea anterior; II - desde a posse: a) ser proprietários, controladores ou diretores de empresa que goze de favor decorrente de contrato com pessoa jurídica de direito público, ou nela exercer função remunerada; b) ocupar cargo ou função de que sejam demissíveis "ad nutum", nas entidades referidas no inciso I, "a"; c) patrocinar causa em que seja interessada qualquer das entidades a que se refere o inciso I, "a"; d) ser titulares de mais de um cargo ou mandato público eletivo. Art. 55. Perderá o mandato o Deputado ou Senador: I - que infringir qualquer das proibições estabelecidas no artigo anterior; II - cujo procedimento for declarado incompatível com o decoro parlamentar; III - que deixar de comparecer, em cada sessão legislativa, à terça parte das sessões ordinárias da Casa a que pertencer, salvo licença ou missão por esta autorizada; IV - que perder ou tiver suspensos os direitos políticos; V - quando o decretar a Justiça Eleitoral, nos casos previstos nesta Constituição; VI - que sofrer condenação criminal em sentença transitada em julgado. § 1º - É incompatível com o decoro parlamentar, além dos casos definidos no regimento interno, o abuso das prerrogativas asseguradas a membro do Congresso Nacional ou a percepção de vantagens indevidas. § 2º Nos casos dos incisos I, II e VI, a perda do mandato será decidida pela Câmara dos Deputados ou pelo Senado Federal, por maioria absoluta, mediante provocação da respectiva Mesa ou de partido político representado no Congresso Nacional, assegurada ampla defesa. § 3º - Nos casos previstos nos incisos III a V, a perda será declarada pela Mesa da Casa respectiva, de ofício ou mediante provocação de qualquer de seus membros, ou de partido político representado no Congresso Nacional, assegurada ampla defesa. § 4º A renúncia de parlamentar submetido a processo que vise ou possa levar à perda do mandato, nos termos deste artigo, terá seus efeitos suspensos até as deliberações finais de que tratam os §§ 2º e 3º. Art. 56. Não perderá o mandato o Deputado ou Senador:

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I - investido no cargo de Ministro de Estado, Governador de Território, Secretário de Estado, do Distrito Federal, de Território, de Prefeitura de Capital ou chefe de missão diplomática temporária; II - licenciado pela respectiva Casa por motivo de doença, ou para tratar, sem remuneração, de interesse particular, desde que, neste caso, o afastamento não ultrapasse cento e vinte dias por sessão legislativa. § 1º O suplente será convocado nos casos de vaga, de investidura em funções previstas neste artigo ou de licença superior a cento e vinte dias. § 2º Ocorrendo vaga e não havendo suplente, far-se-á eleição para preenchê-la se faltarem mais de quinze meses para o término do mandato. § 3º Na hipótese do inciso I, o Deputado ou Senador poderá optar pela remuneração do mandato. Seção VI DAS REUNIÕES Art. 57. O Congresso Nacional reunir-se-á, anualmente, na Capital Federal, de 2 de fevereiro a 17 de julho e de 1º de agosto a 22 de dezembro. § 1º As reuniões marcadas para essas datas serão transferidas para o primeiro dia útil subseqüente, quando recaírem em sábados, domingos ou feriados. § 2º A sessão legislativa não será interrompida sem a aprovação do projeto de lei de diretrizes orçamentárias. § 3º Além de outros casos previstos nesta Constituição, a Câmara dos Deputados e o Senado Federal reunir-se-ão em sessão conjunta para: I - inaugurar a sessão legislativa; II - elaborar o regimento comum e regular a criação de serviços comuns às duas Casas; III - receber o compromisso do Presidente e do Vice-Presidente da República; IV - conhecer do veto e sobre ele deliberar. § 4º Cada uma das Casas reunir-se-á em sessões preparatórias, a partir de 1º de fevereiro, no primeiro ano da legislatura, para a posse de seus membros e eleição das respectivas Mesas, para mandato de 2 (dois) anos, vedada a recondução para o mesmo cargo na eleição imediatamente subseqüente. § 5º A Mesa do Congresso Nacional será presidida pelo Presidente do Senado Federal, e os demais cargos serão exercidos, alternadamente, pelos ocupantes de cargos equivalentes na Câmara dos Deputados e no Senado Federal. § 6º A convocação extraordinária do Congresso Nacional far-se-á: I - pelo Presidente do Senado Federal, em caso de decretação de estado de defesa ou de intervenção federal, de pedido de autorização para a decretação de estado de sítio e para o compromisso e a posse do Presidente e do Vice-Presidente da República; II - pelo Presidente da República, pelos Presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado Federal ou a requerimento da maioria dos membros de ambas as Casas, em caso de urgência ou interesse público relevante, em todas as hipóteses deste inciso

Apostila PRF com a aprovação da maioria absoluta de cada uma das Casas do Congresso Nacional. § 7º Na sessão legislativa extraordinária, o Congresso Nacional somente deliberará sobre a matéria para a qual foi convocado, ressalvada a hipótese do § 8º deste artigo, vedado o pagamento de parcela indenizatória, em razão da convocação. § 8º Havendo medidas provisórias em vigor na data de convocação extraordinária do Congresso Nacional, serão elas automaticamente incluídas na pauta da convocação. Seção VII DAS COMISSÕES Art. 58. O Congresso Nacional e suas Casas terão comissões permanentes e temporárias, constituídas na forma e com as atribuições previstas no respectivo regimento ou no ato de que resultar sua criação. § 1º Na constituição das Mesas e de cada Comissão, é assegurada, tanto quanto possível, a representação proporcional dos partidos ou dos blocos parlamentares que participam da respectiva Casa. § 2º Às comissões, em razão da matéria de sua competência, cabe: I - discutir e votar projeto de lei que dispensar, na forma do regimento, a competência do Plenário, salvo se houver recurso de um décimo dos membros da Casa; II - realizar audiências públicas com entidades da sociedade civil; III - convocar Ministros de Estado para prestar informações sobre assuntos inerentes a suas atribuições; IV - receber petições, reclamações, representações ou queixas de qualquer pessoa contra atos ou omissões das autoridades ou entidades públicas; V - solicitar depoimento de qualquer autoridade ou cidadão; VI - apreciar programas de obras, planos nacionais, regionais e setoriais de desenvolvimento e sobre eles emitir parecer. § 3º As comissões parlamentares de inquérito, que terão poderes de investigação próprios das autoridades judiciais, além de outros previstos nos regimentos das respectivas Casas, serão criadas pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal, em conjunto ou separadamente, mediante requerimento de um terço de seus membros, para a apuração de fato determinado e por prazo certo, sendo suas conclusões, se for o caso, encaminhadas ao Ministério Público, para que promova a responsabilidade civil ou criminal dos infratores. § 4º Durante o recesso, haverá uma Comissão representativa do Congresso Nacional, eleita por suas Casas na última sessão ordinária do período legislativo, com atribuições definidas no regimento comum, cuja composição reproduzirá, quanto possível, a proporcionalidade da representação partidária. Seção VIII DO PROCESSO LEGISLATIVO

Subseção I Disposição Geral Art. 59. O processo legislativo compreende a elaboração de: I - emendas à Constituição; II - leis complementares; III - leis ordinárias; IV - leis delegadas; V - medidas provisórias; VI - decretos legislativos; VII - resoluções. Parágrafo único. Lei complementar disporá sobre a elaboração, redação, alteração e consolidação das leis. Subseção II Da Emenda à Constituição Art. 60. A Constituição poderá ser emendada mediante proposta: I - de um terço, no mínimo, dos membros da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal; II - do Presidente da República; III - de mais da metade das Assembléias Legislativas das unidades da Federação, manifestando-se, cada uma delas, pela maioria relativa de seus membros. § 1º A Constituição não poderá ser emendada na vigência de intervenção federal, de estado de defesa ou de estado de sítio. § 2º A proposta será discutida e votada em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, considerando-se aprovada se obtiver, em ambos, três quintos dos votos dos respectivos membros. § 3º A emenda à Constituição será promulgada pelas Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, com o respectivo número de ordem. § 4º Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir: I - a forma federativa de Estado; II - o voto direto, secreto, universal e periódico; III - a separação dos Poderes; IV - os direitos e garantias individuais. § 5º A matéria constante de proposta de emenda rejeitada ou havida por prejudicada não pode ser objeto de nova proposta na mesma sessão legislativa. Subseção III Das Leis Art. 61. A iniciativa das leis complementares e ordinárias cabe a qualquer membro ou Comissão da Câmara dos Deputados, do Senado Federal ou do Congresso Nacional, ao Presidente da República, ao Supremo Tribunal Federal, aos Tribunais Superiores, ao Procurador-Geral da República e aos cidadãos, na forma e nos casos previstos nesta Constituição. § 1º São de iniciativa privativa do Presidente da República as leis que: I - fixem ou modifiquem os efetivos das Forças Armadas; II - disponham sobre:

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Apostila PRF a) criação de cargos, funções ou empregos públicos na administração direta e autárquica ou aumento de sua remuneração; b) organização administrativa e judiciária, matéria tributária e orçamentária, serviços públicos e pessoal da administração dos Territórios; c) servidores públicos da União e Territórios, seu regime jurídico, provimento de cargos, estabilidade e aposentadoria; d) organização do Ministério Público e da Defensoria Pública da União, bem como normas gerais para a organização do Ministério Público e da Defensoria Pública dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios; e) criação e extinção de Ministérios e órgãos da administração pública, observado o disposto no art. 84, VI; f) militares das Forças Armadas, seu regime jurídico, provimento de cargos, promoções, estabilidade, remuneração, reforma e transferência para a reserva. § 2º A iniciativa popular pode ser exercida pela apresentação à Câmara dos Deputados de projeto de lei subscrito por, no mínimo, um por cento do eleitorado nacional, distribuído pelo menos por cinco Estados, com não menos de três décimos por cento dos eleitores de cada um deles. Art. 62. Em caso de relevância e urgência, o Presidente da República poderá adotar medidas provisórias, com força de lei, devendo submetê-las de imediato ao Congresso Nacional. § 1º É vedada a edição de medidas provisórias sobre matéria: I – relativa a: a) nacionalidade, cidadania, direitos políticos, partidos políticos e direito eleitoral; b) direito penal, processual penal e processual civil; c) organização do Poder Judiciário e do Ministério Público, a carreira e a garantia de seus membros; d) planos plurianuais, diretrizes orçamentárias, orçamento e créditos adicionais e suplementares, ressalvado o previsto no art. 167, § 3º; II – que vise a detenção ou seqüestro de bens, de poupança popular ou qualquer outro ativo financeiro; III – reservada a lei complementar; IV – já disciplinada em projeto de lei aprovado pelo Congresso Nacional e pendente de sanção ou veto do Presidente da República. § 2º Medida provisória que implique instituição ou majoração de impostos, exceto os previstos nos arts. 153, I, II, IV, V, e 154, II, só produzirá efeitos no exercício financeiro seguinte se houver sido convertida em lei até o último dia daquele em que foi editada. § 3º As medidas provisórias, ressalvado o disposto nos §§ 11 e 12 perderão eficácia, desde a edição, se não forem convertidas em lei no prazo de sessenta dias, prorrogável, nos termos do § 7º, uma vez por igual período, devendo o Congresso Nacional disciplinar, por decreto legislativo, as relações jurídicas delas decorrentes.

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§ 4º O prazo a que se refere o § 3º contar-se-á da publicação da medida provisória, suspendendo-se durante os períodos de recesso do Congresso Nacional. § 5º A deliberação de cada uma das Casas do Congresso Nacional sobre o mérito das medidas provisórias dependerá de juízo prévio sobre o atendimento de seus pressupostos constitucionais. § 6º Se a medida provisória não for apreciada em até quarenta e cinco dias contados de sua publicação, entrará em regime de urgência, subseqüentemente, em cada uma das Casas do Congresso Nacional, ficando sobrestadas, até que se ultime a votação, todas as demais deliberações legislativas da Casa em que estiver tramitando. § 7º Prorrogar-se-á uma única vez por igual período a vigência de medida provisória que, no prazo de sessenta dias, contado de sua publicação, não tiver a sua votação encerrada nas duas Casas do Congresso Nacional. § 8º As medidas provisórias terão sua votação iniciada na Câmara dos Deputados. § 9º Caberá à comissão mista de Deputados e Senadores examinar as medidas provisórias e sobre elas emitir parecer, antes de serem apreciadas, em sessão separada, pelo plenário de cada uma das Casas do Congresso Nacional. § 10. É vedada a reedição, na mesma sessão legislativa, de medida provisória que tenha sido rejeitada ou que tenha perdido sua eficácia por decurso de prazo. § 11. Não editado o decreto legislativo a que se refere o § 3º até sessenta dias após a rejeição ou perda de eficácia de medida provisória, as relações jurídicas constituídas e decorrentes de atos praticados durante sua vigência conservar-se-ão por ela regidas. § 12. Aprovado projeto de lei de conversão alterando o texto original da medida provisória, esta manter-se-á integralmente em vigor até que seja sancionado ou vetado o projeto. Art. 63. Não será admitido aumento da despesa prevista: I - nos projetos de iniciativa exclusiva do Presidente da República, ressalvado o disposto no art. 166, § 3º e § 4º; II - nos projetos sobre organização dos serviços administrativos da Câmara dos Deputados, do Senado Federal, dos Tribunais Federais e do Ministério Público. Art. 64. A discussão e votação dos projetos de lei de iniciativa do Presidente da República, do Supremo Tribunal Federal e dos Tribunais Superiores terão início na Câmara dos Deputados. § 1º O Presidente da República poderá solicitar urgência para apreciação de projetos de sua iniciativa. § 2º Se, no caso do § 1º, a Câmara dos Deputados e o Senado Federal não se manifestarem sobre a proposição, cada qual sucessivamente, em até quarenta e cinco dias, sobrestar-se-ão todas as demais

Apostila PRF deliberações legislativas da respectiva Casa, com exceção das que tenham prazo constitucional determinado, até que se ultime a votação. § 3º A apreciação das emendas do Senado Federal pela Câmara dos Deputados far-se-á no prazo de dez dias, observado quanto ao mais o disposto no parágrafo anterior. § 4º Os prazos do § 2º não correm nos períodos de recesso do Congresso Nacional, nem se aplicam aos projetos de código. Art. 65. O projeto de lei aprovado por uma Casa será revisto pela outra, em um só turno de discussão e votação, e enviado à sanção ou promulgação, se a Casa revisora o aprovar, ou arquivado, se o rejeitar. Parágrafo único. Sendo o projeto emendado, voltará à Casa iniciadora. Art. 66. A Casa na qual tenha sido concluída a votação enviará o projeto de lei ao Presidente da República, que, aquiescendo, o sancionará. § 1º - Se o Presidente da República considerar o projeto, no todo ou em parte, inconstitucional ou contrário ao interesse público, vetá-lo-á total ou parcialmente, no prazo de quinze dias úteis, contados da data do recebimento, e comunicará, dentro de quarenta e oito horas, ao Presidente do Senado Federal os motivos do veto. § 2º O veto parcial somente abrangerá texto integral de artigo, de parágrafo, de inciso ou de alínea. § 3º Decorrido o prazo de quinze dias, o silêncio do Presidente da República importará sanção. § 4º O veto será apreciado em sessão conjunta, dentro de trinta dias a contar de seu recebimento, só podendo ser rejeitado pelo voto da maioria absoluta dos Deputados e Senadores. § 5º Se o veto não for mantido, será o projeto enviado, para promulgação, ao Presidente da República. § 6º Esgotado sem deliberação o prazo estabelecido no § 4º, o veto será colocado na ordem do dia da sessão imediata, sobrestadas as demais proposições, até sua votação final. § 7º Se a lei não for promulgada dentro de quarenta e oito horas pelo Presidente da República, nos casos dos § 3º e § 5º, o Presidente do Senado a promulgará, e, se este não o fizer em igual prazo, caberá ao Vice-Presidente do Senado fazê-lo. Art. 67. A matéria constante de projeto de lei rejeitado somente poderá constituir objeto de novo projeto, na mesma sessão legislativa, mediante proposta da maioria absoluta dos membros de qualquer das Casas do Congresso Nacional. Art. 68. As leis delegadas serão elaboradas pelo Presidente da República, que deverá solicitar a delegação ao Congresso Nacional. § 1º Não serão objeto de delegação os atos de competência exclusiva do Congresso Nacional, os de competência privativa da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal, a matéria reservada à lei complementar, nem a legislação sobre: I - organização do Poder Judiciário e do Ministério Público, a carreira e a garantia de seus membros;

II - nacionalidade, cidadania, direitos individuais, políticos e eleitorais; III - planos plurianuais, diretrizes orçamentárias e orçamentos. § 2º A delegação ao Presidente da República terá a forma de resolução do Congresso Nacional, que especificará seu conteúdo e os termos de seu exercício. § 3º Se a resolução determinar a apreciação do projeto pelo Congresso Nacional, este a fará em votação única, vedada qualquer emenda. Art. 69. As leis complementares serão aprovadas por maioria absoluta. Seção IX DA FISCALIZAÇÃO CONTÁBIL, FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA Art. 70. A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da União e das entidades da administração direta e indireta, quanto à legalidade, legitimidade, economicidade, aplicação das subvenções e renúncia de receitas, será exercida pelo Congresso Nacional, mediante controle externo, e pelo sistema de controle interno de cada Poder. Parágrafo único. Prestará contas qualquer pessoa física ou jurídica, pública ou privada, que utilize, arrecade, guarde, gerencie ou administre dinheiros, bens e valores públicos ou pelos quais a União responda, ou que, em nome desta, assuma obrigações de natureza pecuniária. Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o auxílio do Tribunal de Contas da União, ao qual compete: I - apreciar as contas prestadas anualmente pelo Presidente da República, mediante parecer prévio que deverá ser elaborado em sessenta dias a contar de seu recebimento; II - julgar as contas dos administradores e demais responsáveis por dinheiros, bens e valores públicos da administração direta e indireta, incluídas as fundações e sociedades instituídas e mantidas pelo Poder Público federal, e as contas daqueles que derem causa a perda, extravio ou outra irregularidade de que resulte prejuízo ao erário público; III - apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admissão de pessoal, a qualquer título, na administração direta e indireta, incluídas as fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, excetuadas as nomeações para cargo de provimento em comissão, bem como a das concessões de aposentadorias, reformas e pensões, ressalvadas as melhorias posteriores que não alterem o fundamento legal do ato concessório; IV - realizar, por iniciativa própria, da Câmara dos Deputados, do Senado Federal, de Comissão técnica ou de inquérito, inspeções e auditorias de natureza contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial, nas unidades administrativas dos Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, e demais entidades referidas no inciso II; V - fiscalizar as contas nacionais das empresas supranacionais de cujo capital social a União participe,

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Apostila PRF de forma direta ou indireta, nos termos do tratado constitutivo; VI - fiscalizar a aplicação de quaisquer recursos repassados pela União mediante convênio, acordo, ajuste ou outros instrumentos congêneres, a Estado, ao Distrito Federal ou a Município; VII - prestar as informações solicitadas pelo Congresso Nacional, por qualquer de suas Casas, ou por qualquer das respectivas Comissões, sobre a fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial e sobre resultados de auditorias e inspeções realizadas; VIII - aplicar aos responsáveis, em caso de ilegalidade de despesa ou irregularidade de contas, as sanções previstas em lei, que estabelecerá, entre outras cominações, multa proporcional ao dano causado ao erário; IX - assinar prazo para que o órgão ou entidade adote as providências necessárias ao exato cumprimento da lei, se verificada ilegalidade; X - sustar, se não atendido, a execução do ato impugnado, comunicando a decisão à Câmara dos Deputados e ao Senado Federal; XI - representar ao Poder competente sobre irregularidades ou abusos apurados. § 1º No caso de contrato, o ato de sustação será adotado diretamente pelo Congresso Nacional, que solicitará, de imediato, ao Poder Executivo as medidas cabíveis. § 2º Se o Congresso Nacional ou o Poder Executivo, no prazo de noventa dias, não efetivar as medidas previstas no parágrafo anterior, o Tribunal decidirá a respeito. § 3º As decisões do Tribunal de que resulte imputação de débito ou multa terão eficácia de título executivo. § 4º O Tribunal encaminhará ao Congresso Nacional, trimestral e anualmente, relatório de suas atividades. Art. 72. A Comissão mista permanente a que se refere o art. 166, §1º, diante de indícios de despesas não autorizadas, ainda que sob a forma de investimentos não programados ou de subsídios não aprovados, poderá solicitar à autoridade governamental responsável que, no prazo de cinco dias, preste os esclarecimentos necessários. § 1º Não prestados os esclarecimentos, ou considerados estes insuficientes, a Comissão solicitará ao Tribunal pronunciamento conclusivo sobre a matéria, no prazo de trinta dias. § 2º Entendendo o Tribunal irregular a despesa, a Comissão, se julgar que o gasto possa causar dano irreparável ou grave lesão à economia pública, proporá ao Congresso Nacional sua sustação. Art. 73. O Tribunal de Contas da União, integrado por nove Ministros, tem sede no Distrito Federal, quadro próprio de pessoal e jurisdição em todo o território nacional, exercendo, no que couber, as atribuições previstas no art. 96. .

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§ 1º Os Ministros do Tribunal de Contas da União serão nomeados dentre brasileiros que satisfaçam os seguintes requisitos: I - mais de trinta e cinco e menos de sessenta e cinco anos de idade; II - idoneidade moral e reputação ilibada; III - notórios conhecimentos jurídicos, contábeis, econômicos e financeiros ou de administração pública; IV - mais de dez anos de exercício de função ou de efetiva atividade profissional que exija os conhecimentos mencionados no inciso anterior. § 2º Os Ministros do Tribunal de Contas da União serão escolhidos: I - um terço pelo Presidente da República, com aprovação do Senado Federal, sendo dois alternadamente dentre auditores e membros do Ministério Público junto ao Tribunal, indicados em lista tríplice pelo Tribunal, segundo os critérios de antigüidade e merecimento; II - dois terços pelo Congresso Nacional. § 3° Os Ministros do Tribunal de Contas da União terão as mesmas garantias, prerrogativas, impedimentos, vencimentos e vantagens dos Ministros do Superior Tribunal de Justiça, aplicando-se-lhes, quanto à aposentadoria e pensão, as normas constantes do art. 40. § 4º O auditor, quando em substituição a Ministro, terá as mesmas garantias e impedimentos do titular e, quando no exercício das demais atribuições da judicatura, as de juiz de Tribunal Regional Federal. Art. 74. Os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário manterão, de forma integrada, sistema de controle interno com a finalidade de: I - avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a execução dos programas de governo e dos orçamentos da União; II - comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia e eficiência, da gestão orçamentária, financeira e patrimonial nos órgãos e entidades da administração federal, bem como da aplicação de recursos públicos por entidades de direito privado; III - exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem como dos direitos e haveres da União; IV - apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional. § 1º Os responsáveis pelo controle interno, ao tomarem conhecimento de qualquer irregularidade ou ilegalidade, dela darão ciência ao Tribunal de Contas da União, sob pena de responsabilidade solidária. § 2º Qualquer cidadão, partido político, associação ou sindicato é parte legítima para, na forma da lei, denunciar irregularidades ou ilegalidades perante o Tribunal de Contas da União. Art. 75. As normas estabelecidas nesta seção aplicam-se, no que couber, à organização, composição e fiscalização dos Tribunais de Contas dos Estados e do Distrito Federal, bem como dos Tribunais e Conselhos de Contas dos Municípios.

Apostila PRF Parágrafo único. As Constituições estaduais disporão sobre os Tribunais de Contas respectivos, que serão integrados por sete Conselheiros. CAPÍTULO II DO PODER EXECUTIVO Seção I DO PRESIDENTE E DO VICE-PRESIDENTE DA REPÚBLICA Art. 76. O Poder Executivo é exercido pelo Presidente da República, auxiliado pelos Ministros de Estado. Art. 77. A eleição do Presidente e do Vice-Presidente da República realizar-se-á, simultaneamente, no primeiro domingo de outubro, em primeiro turno, e no último domingo de outubro, em segundo turno, se houver, do ano anterior ao do término do mandato presidencial vigente. § 1º A eleição do Presidente da República importará a do Vice-Presidente com ele registrado. § 2º Será considerado eleito Presidente o candidato que, registrado por partido político, obtiver a maioria absoluta de votos, não computados os em branco e os nulos. § 3º Se nenhum candidato alcançar maioria absoluta na primeira votação, far-se-á nova eleição em até vinte dias após a proclamação do resultado, concorrendo os dois candidatos mais votados e considerando-se eleito aquele que obtiver a maioria dos votos válidos. § 4º Se, antes de realizado o segundo turno, ocorrer morte, desistência ou impedimento legal de candidato, convocar-se-á, dentre os remanescentes, o de maior votação. § 5º Se, na hipótese dos parágrafos anteriores, remanescer, em segundo lugar, mais de um candidato com a mesma votação, qualificar-se-á o mais idoso. Art. 78. O Presidente e o Vice-Presidente da República tomarão posse em sessão do Congresso Nacional, prestando o compromisso de manter, defender e cumprir a Constituição, observar as leis, promover o bem geral do povo brasileiro, sustentar a união, a integridade e a independência do Brasil. Parágrafo único. Se, decorridos dez dias da data fixada para a posse, o Presidente ou o Vice-Presidente, salvo motivo de força maior, não tiver assumido o cargo, este será declarado vago. Art. 79. Substituirá o Presidente, no caso de impedimento, e suceder- lhe-á, no de vaga, o Vice-Presidente. Parágrafo único. O Vice-Presidente da República, além de outras atribuições que lhe forem conferidas por lei complementar, auxiliará o Presidente, sempre que por ele convocado para missões especiais. Art. 80. Em caso de impedimento do Presidente e do Vice-Presidente, ou vacância dos respectivos cargos, serão sucessivamente chamados ao exercício da Presidência o Presidente da Câmara dos Deputados, o do Senado Federal e o do Supremo Tribunal Federal.

Art. 81. Vagando os cargos de Presidente e Vice-Presidente da República, far-se-á eleição noventa dias depois de aberta a última vaga. § 1º - Ocorrendo a vacância nos últimos dois anos do período presidencial, a eleição para ambos os cargos será feita trinta dias depois da última vaga, pelo Congresso Nacional, na forma da lei. § 2º - Em qualquer dos casos, os eleitos deverão completar o período de seus antecessores. Art. 82. O mandato do Presidente da República é de quatro anos e terá início em primeiro de janeiro do ano seguinte ao da sua eleição. Art. 83. O Presidente e o Vice-Presidente da República não poderão, sem licença do Congresso Nacional, ausentar-se do País por período superior a quinze dias, sob pena de perda do cargo. Seção II Das Atribuições do Presidente da República Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República: I - nomear e exonerar os Ministros de Estado; II - exercer, com o auxílio dos Ministros de Estado, a direção superior da administração federal; III - iniciar o processo legislativo, na forma e nos casos previstos nesta Constituição; IV - sancionar, promulgar e fazer publicar as leis, bem como expedir decretos e regulamentos para sua fiel execução; V - vetar projetos de lei, total ou parcialmente; VI – dispor, mediante decreto, sobre: a) organização e funcionamento da administração federal, quando não implicar aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos; b) extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos; VII - manter relações com Estados estrangeiros e acreditar seus representantes diplomáticos; VIII - celebrar tratados, convenções e atos internacionais, sujeitos a referendo do Congresso Nacional; IX - decretar o estado de defesa e o estado de sítio; X - decretar e executar a intervenção federal; XI - remeter mensagem e plano de governo ao Congresso Nacional por ocasião da abertura da sessão legislativa, expondo a situação do País e solicitando as providências que julgar necessárias; XII - conceder indulto e comutar penas, com audiência, se necessário, dos órgãos instituídos em lei; XIII - exercer o comando supremo das Forças Armadas, nomear os Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, promover seus oficiais-generais e nomeá-los para os cargos que lhes são privativos; XIV - nomear, após aprovação pelo Senado Federal, os Ministros do Supremo Tribunal Federal e dos Tribunais Superiores, os Governadores de Territórios, o Procurador-Geral da República, o presidente e os diretores do banco central e outros servidores, quando determinado em lei;

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Apostila PRF XV - nomear, observado o disposto no art. 73, os Ministros do Tribunal de Contas da União; XVI - nomear os magistrados, nos casos previstos nesta Constituição, e o Advogado-Geral da União; XVII - nomear membros do Conselho da República, nos termos do art. 89, VII; XVIII - convocar e presidir o Conselho da República e o Conselho de Defesa Nacional; XIX - declarar guerra, no caso de agressão estrangeira, autorizado pelo Congresso Nacional ou referendado por ele, quando ocorrida no intervalo das sessões legislativas, e, nas mesmas condições, decretar, total ou parcialmente, a mobilização nacional; XX - celebrar a paz, autorizado ou com o referendo do Congresso Nacional; XXI - conferir condecorações e distinções honoríficas; XXII - permitir, nos casos previstos em lei complementar, que forças estrangeiras transitem pelo território nacional ou nele permaneçam temporariamente; XXIII - enviar ao Congresso Nacional o plano plurianual, o projeto de lei de diretrizes orçamentárias e as propostas de orçamento previstos nesta Constituição; XXIV - prestar, anualmente, ao Congresso Nacional, dentro de sessenta dias após a abertura da sessão legislativa, as contas referentes ao exercício anterior; XXV - prover e extinguir os cargos públicos federais, na forma da lei; XXVI - editar medidas provisórias com força de lei, nos termos do art. 62; XXVII - exercer outras atribuições previstas nesta Constituição. Parágrafo único. O Presidente da República poderá delegar as atribuições mencionadas nos incisos VI, XII e XXV, primeira parte, aos Ministros de Estado, ao Procurador-Geral da República ou ao AdvogadoGeral da União, que observarão os limites traçados nas respectivas delegações. Seção III Da Responsabilidade do Presidente da República Art. 85. São crimes de responsabilidade os atos do Presidente da República que atentem contra a Constituição Federal e, especialmente, contra: I - a existência da União; II - o livre exercício do Poder Legislativo, do Poder Judiciário, do Ministério Público e dos Poderes constitucionais das unidades da Federação; III - o exercício dos direitos políticos, individuais e sociais; IV - a segurança interna do País; V - a probidade na administração; VI - a lei orçamentária; VII - o cumprimento das leis e das decisões judiciais. Parágrafo único. Esses crimes serão definidos em lei especial, que estabelecerá as normas de processo e julgamento.

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Art. 86. Admitida a acusação contra o Presidente da República, por dois terços da Câmara dos Deputados, será ele submetido a julgamento perante o Supremo Tribunal Federal, nas infrações penais comuns, ou perante o Senado Federal, nos crimes de responsabilidade. § 1º O Presidente ficará suspenso de suas funções: I - nas infrações penais comuns, se recebida a denúncia ou queixa-crime pelo Supremo Tribunal Federal; II - nos crimes de responsabilidade, após a instauração do processo pelo Senado Federal. § 2º Se, decorrido o prazo de cento e oitenta dias, o julgamento não estiver concluído, cessará o afastamento do Presidente, sem prejuízo do regular prosseguimento do processo. § 3º Enquanto não sobrevier sentença condenatória, nas infrações comuns, o Presidente da República não estará sujeito a prisão. § 4º O Presidente da República, na vigência de seu mandato, não pode ser responsabilizado por atos estranhos ao exercício de suas funções. Seção IV DOS MINISTROS DE ESTADO Art. 87. Os Ministros de Estado serão escolhidos dentre brasileiros maiores de vinte e um anos e no exercício dos direitos políticos. Parágrafo único. Compete ao Ministro de Estado, além de outras atribuições estabelecidas nesta Constituição e na lei: I - exercer a orientação, coordenação e supervisão dos órgãos e entidades da administração federal na área de sua competência e referendar os atos e decretos assinados pelo Presidente da República; II - expedir instruções para a execução das leis, decretos e regulamentos; III - apresentar ao Presidente da República relatório anual de sua gestão no Ministério; IV - praticar os atos pertinentes às atribuições que lhe forem outorgadas ou delegadas pelo Presidente da República. Art. 88. A lei disporá sobre a criação e extinção de Ministérios e órgãos da administração pública. Seção V DO CONSELHO DA REPÚBLICA E DO CONSELHO DE DEFESA NACIONAL Subseção I Do Conselho da República Art. 89. O Conselho da República é órgão superior de consulta do Presidente da República, e dele participam: I - o Vice-Presidente da República; II - o Presidente da Câmara dos Deputados; III - o Presidente do Senado Federal; IV - os líderes da maioria e da minoria na Câmara dos Deputados; V - os líderes da maioria e da minoria no Senado Federal; VI - o Ministro da Justiça;

Apostila PRF VII - seis cidadãos brasileiros natos, com mais de trinta e cinco anos de idade, sendo dois nomeados pelo Presidente da República, dois eleitos pelo Senado Federal e dois eleitos pela Câmara dos Deputados, todos com mandato de três anos, vedada a recondução. Art. 90. Compete ao Conselho da República pronunciar-se sobre: I - intervenção federal, estado de defesa e estado de sítio; II - as questões relevantes para a estabilidade das instituições democráticas. § 1º O Presidente da República poderá convocar Ministro de Estado para participar da reunião do Conselho, quando constar da pauta questão relacionada com o respectivo Ministério. § 2º A lei regulará a organização e o funcionamento do Conselho da República. Subseção II Do Conselho de Defesa Nacional Art. 91. O Conselho de Defesa Nacional é órgão de consulta do Presidente da República nos assuntos relacionados com a soberania nacional e a defesa do Estado democrático, e dele participam como membros natos: I - o Vice-Presidente da República; II - o Presidente da Câmara dos Deputados; III - o Presidente do Senado Federal; IV - o Ministro da Justiça; V - o Ministro de Estado da Defesa; VI - o Ministro das Relações Exteriores; VII - o Ministro do Planejamento. VIII - os Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica. § 1º Compete ao Conselho de Defesa Nacional: I - opinar nas hipóteses de declaração de guerra e de celebração da paz, nos termos desta Constituição; II - opinar sobre a decretação do estado de defesa, do estado de sítio e da intervenção federal; III - propor os critérios e condições de utilização de áreas indispensáveis à segurança do território nacional e opinar sobre seu efetivo uso, especialmente na faixa de fronteira e nas relacionadas com a preservação e a exploração dos recursos naturais de qualquer tipo; IV - estudar, propor e acompanhar o desenvolvimento de iniciativas necessárias a garantir a independência nacional e a defesa do Estado democrático. § 2º A lei regulará a organização e o funcionamento do Conselho de Defesa Nacional. CAPÍTULO III DO PODER JUDICIÁRIO Seção I DISPOSIÇÕES GERAIS Art. 92. São órgãos do Poder Judiciário: I - o Supremo Tribunal Federal; I-A o Conselho Nacional de Justiça; II - o Superior Tribunal de Justiça; II-A - o Tribunal Superior do Trabalho;

III - os Tribunais Regionais Federais e Juízes Federais; IV - os Tribunais e Juízes do Trabalho; V - os Tribunais e Juízes Eleitorais; VI - os Tribunais e Juízes Militares; VII - os Tribunais e Juízes dos Estados e do Distrito Federal e Territórios. § 1º O Supremo Tribunal Federal, o Conselho Nacional de Justiça e os Tribunais Superiores têm sede na Capital Federal. § 2º O Supremo Tribunal Federal e os Tribunais Superiores têm jurisdição em todo o território nacional. Art. 93. Lei complementar, de iniciativa do Supremo Tribunal Federal, disporá sobre o Estatuto da Magistratura, observados os seguintes princípios: I - ingresso na carreira, cujo cargo inicial será o de juiz substituto, mediante concurso público de provas e títulos, com a participação da Ordem dos Advogados do Brasil em todas as fases, exigindo-se do bacharel em direito, no mínimo, três anos de atividade jurídica e obedecendo-se, nas nomeações, à ordem de classificação; II - promoção de entrância para entrância, alternadamente, por antigüidade e merecimento, atendidas as seguintes normas: a) é obrigatória a promoção do juiz que figure por três vezes consecutivas ou cinco alternadas em lista de merecimento; b) a promoção por merecimento pressupõe dois anos de exercício na respectiva entrância e integrar o juiz a primeira quinta parte da lista de antigüidade desta, salvo se não houver com tais requisitos quem aceite o lugar vago; c) aferição do merecimento conforme o desempenho e pelos critérios objetivos de produtividade e presteza no exercício da jurisdição e pela freqüência e aproveitamento em cursos oficiais ou reconhecidos de aperfeiçoamento; d) na apuração de antigüidade, o tribunal somente poderá recusar o juiz mais antigo pelo voto fundamentado de dois terços de seus membros, conforme procedimento próprio, e assegurada ampla defesa, repetindo-se a votação até fixar-se a indicação; e) não será promovido o juiz que, injustificadamente, retiver autos em seu poder além do prazo legal, não podendo devolvê-los ao cartório sem o devido despacho ou decisão; III o acesso aos tribunais de segundo grau far-seá por antigüidade e merecimento, alternadamente, apurados na última ou única entrância; IV previsão de cursos oficiais de preparação, aperfeiçoamento e promoção de magistrados, constituindo etapa obrigatória do processo de vitaliciamento a participação em curso oficial ou reconhecido por escola nacional de formação e aperfeiçoamento de magistrados; V - o subsídio dos Ministros dos Tribunais Superiores corresponderá a noventa e cinco por cento do subsídio mensal fixado para os Ministros do Supremo Tribunal Federal e os subsídios dos demais magistra-

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Apostila PRF dos serão fixados em lei e escalonados, em nível federal e estadual, conforme as respectivas categorias da estrutura judiciária nacional, não podendo a diferença entre uma e outra ser superior a dez por cento ou inferior a cinco por cento, nem exceder a noventa e cinco por cento do subsídio mensal dos Ministros dos Tribunais Superiores, obedecido, em qualquer caso, o disposto nos arts. 37, XI, e 39, § 4º; VI - a aposentadoria dos magistrados e a pensão de seus dependentes observarão o disposto no art. 40; VII o juiz titular residirá na respectiva comarca, salvo autorização do tribunal; VIII o ato de remoção, disponibilidade e aposentadoria do magistrado, por interesse público, fundar-seá em decisão por voto da maioria absoluta do respectivo tribunal ou do Conselho Nacional de Justiça, assegurada ampla defesa; VIII-A a remoção a pedido ou a permuta de magistrados de comarca de igual entrância atenderá, no que couber, ao disposto nas alíneas a , b , c e e do inciso II; IX todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e fundamentadas todas as decisões, sob pena de nulidade, podendo a lei limitar a presença, em determinados atos, às próprias partes e a seus advogados, ou somente a estes, em casos nos quais a preservação do direito à intimidade do interessado no sigilo não prejudique o interesse público à informação; X as decisões administrativas dos tribunais serão motivadas e em sessão pública, sendo as disciplinares tomadas pelo voto da maioria absoluta de seus membros; XI nos tribunais com número superior a vinte e cinco julgadores, poderá ser constituído órgão especial, com o mínimo de onze e o máximo de vinte e cinco membros, para o exercício das atribuições administrativas e jurisdicionais delegadas da competência do tribunal pleno, provendo-se metade das vagas por antigüidade e a outra metade por eleição pelo tribunal pleno; XII a atividade jurisdicional será ininterrupta, sendo vedado férias coletivas nos juízos e tribunais de segundo grau, funcionando, nos dias em que não houver expediente forense normal, juízes em plantão permanente; XIII o número de juízes na unidade jurisdicional será proporcional à efetiva demanda judicial e à respectiva população; XIV os servidores receberão delegação para a prática de atos de administração e atos de mero expediente sem caráter decisório; XV a distribuição de processos será imediata, em todos os graus de jurisdição. Art. 94. Um quinto dos lugares dos Tribunais Regionais Federais, dos Tribunais dos Estados, e do Distrito Federal e Territórios será composto de membros, do Ministério Público, com mais de dez anos de carreira, e de advogados de notório saber jurídico e de reputação ilibada, com mais de dez anos de efetiva

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atividade profissional, indicados em lista sêxtupla pelos órgãos de representação das respectivas classes. Parágrafo único. Recebidas as indicações, o tribunal formará lista tríplice, enviando-a ao Poder Executivo, que, nos vinte dias subseqüentes, escolherá um de seus integrantes para nomeação. Art. 95. Os juízes gozam das seguintes garantias: I - vitaliciedade, que, no primeiro grau, só será adquirida após dois anos de exercício, dependendo a perda do cargo, nesse período, de deliberação do tribunal a que o juiz estiver vinculado, e, nos demais casos, de sentença judicial transitada em julgado; II - inamovibilidade, salvo por motivo de interesse público, na forma do art. 93, VIII; III - irredutibilidade de subsídio, ressalvado o disposto nos arts. 37, X e XI, 39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I. Parágrafo único. Aos juízes é vedado: I - exercer, ainda que em disponibilidade, outro cargo ou função, salvo uma de magistério; II - receber, a qualquer título ou pretexto, custas ou participação em processo; III - dedicar-se à atividade político-partidária. IV receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios ou contribuições de pessoas físicas, entidades públicas ou privadas, ressalvadas as exceções previstas em lei; V exercer a advocacia no juízo ou tribunal do qual se afastou, antes de decorridos três anos do afastamento do cargo por aposentadoria ou exoneração. Art. 96. Compete privativamente: I - aos tribunais: a) eleger seus órgãos diretivos e elaborar seus regimentos internos, com observância das normas de processo e das garantias processuais das partes, dispondo sobre a competência e o funcionamento dos respectivos órgãos jurisdicionais e administrativos; b) organizar suas secretarias e serviços auxiliares e os dos juízos que lhes forem vinculados, velando pelo exercício da atividade correicional respectiva; c) prover, na forma prevista nesta Constituição, os cargos de juiz de carreira da respectiva jurisdição; d) propor a criação de novas varas judiciárias; e) prover, por concurso público de provas, ou de provas e títulos, obedecido o disposto no art. 169, parágrafo único, os cargos necessários à administração da Justiça, exceto os de confiança assim definidos em lei; f) conceder licença, férias e outros afastamentos a seus membros e aos juízes e servidores que lhes forem imediatamente vinculados; II - ao Supremo Tribunal Federal, aos Tribunais Superiores e aos Tribunais de Justiça propor ao Poder Legislativo respectivo, observado o disposto no art. 169: a) a alteração do número de membros dos tribunais inferiores; b) a criação e a extinção de cargos e a remuneração dos seus serviços auxiliares e dos juízos que

Apostila PRF lhes forem vinculados, bem como a fixação do subsídio de seus membros e dos juízes, inclusive dos tribunais inferiores, onde houver; c) a criação ou extinção dos tribunais inferiores; d) a alteração da organização e da divisão judiciárias; III - aos Tribunais de Justiça julgar os juízes estaduais e do Distrito Federal e Territórios, bem como os membros do Ministério Público, nos crimes comuns e de responsabilidade, ressalvada a competência da Justiça Eleitoral. Art. 97. Somente pelo voto da maioria absoluta de seus membros ou dos membros do respectivo órgão especial poderão os tribunais declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do Poder Público. Art. 98. A União, no Distrito Federal e nos Territórios, e os Estados criarão: I - juizados especiais, providos por juízes togados, ou togados e leigos, competentes para a conciliação, o julgamento e a execução de causas cíveis de menor complexidade e infrações penais de menor potencial ofensivo, mediante os procedimentos oral e sumariíssimo, permitidos, nas hipóteses previstas em lei, a transação e o julgamento de recursos por turmas de juízes de primeiro grau; II - justiça de paz, remunerada, composta de cidadãos eleitos pelo voto direto, universal e secreto, com mandato de quatro anos e competência para, na forma da lei, celebrar casamentos, verificar, de ofício ou em face de impugnação apresentada, o processo de habilitação e exercer atribuições conciliatórias, sem caráter jurisdicional, além de outras previstas na legislação. § 1º Lei federal disporá sobre a criação de juizados especiais no âmbito da Justiça Federal. § 2º As custas e emolumentos serão destinados exclusivamente ao custeio dos serviços afetos às atividades específicas da Justiça. Art. 99. Ao Poder Judiciário é assegurada autonomia administrativa e financeira. § 1º Os tribunais elaborarão suas propostas orçamentárias dentro dos limites estipulados conjuntamente com os demais Poderes na lei de diretrizes orçamentárias. § 2º O encaminhamento da proposta, ouvidos os outros tribunais interessados, compete: I - no âmbito da União, aos Presidentes do Supremo Tribunal Federal e dos Tribunais Superiores, com a aprovação dos respectivos tribunais; II - no âmbito dos Estados e no do Distrito Federal e Territórios, aos Presidentes dos Tribunais de Justiça, com a aprovação dos respectivos tribunais. § 3º Se os órgãos referidos no § 2º não encaminharem as respectivas propostas orçamentárias dentro do prazo estabelecido na lei de diretrizes orçamentárias, o Poder Executivo considerará, para fins de consolidação da proposta orçamentária anual, os valores aprovados na lei orçamentária vigente, ajustados de acordo com os limites estipulados na forma do § 1º deste artigo.

§ 4º Se as propostas orçamentárias de que trata este artigo forem encaminhadas em desacordo com os limites estipulados na forma do § 1º, o Poder Executivo procederá aos ajustes necessários para fins de consolidação da proposta orçamentária anual. § 5º Durante a execução orçamentária do exercício, não poderá haver a realização de despesas ou a assunção de obrigações que extrapolem os limites estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias, exceto se previamente autorizadas, mediante a abertura de créditos suplementares ou especiais. Art. 100. Os pagamentos devidos pelas Fazendas Públicas Federal, Estaduais, Distrital e Municipais, em virtude de sentença judiciária, far-se-ão exclusivamente na ordem cronológica de apresentação dos precatórios e à conta dos créditos respectivos, proibida a designação de casos ou de pessoas nas dotações orçamentárias e nos créditos adicionais abertos para este fim. § 1º Os débitos de natureza alimentícia compreendem aqueles decorrentes de salários, vencimentos, proventos, pensões e suas complementações, benefícios previdenciários e indenizações por morte ou por invalidez, fundadas em responsabilidade civil, em virtude de sentença judicial transitada em julgado, e serão pagos com preferência sobre todos os demais débitos, exceto sobre aqueles referidos no § 2º deste artigo. § 2º Os débitos de natureza alimentícia cujos titulares, originários ou por sucessão hereditária, tenham 60 (sessenta) anos de idade, ou sejam portadores de doença grave, ou pessoas com deficiência, assim definidos na forma da lei, serão pagos com preferência sobre todos os demais débitos, até o valor equivalente ao triplo fixado em lei para os fins do disposto no § 3º deste artigo, admitido o fracionamento para essa finalidade, sendo que o restante será pago na ordem cronológica de apresentação do precatório. § 3º O disposto no caput deste artigo relativamente à expedição de precatórios não se aplica aos pagamentos de obrigações definidas em leis como de pequeno valor que as Fazendas referidas devam fazer em virtude de sentença judicial transitada em julgado. § 4º Para os fins do disposto no § 3º, poderão ser fixados, por leis próprias, valores distintos às entidades de direito público, segundo as diferentes capacidades econômicas, sendo o mínimo igual ao valor do maior benefício do regime geral de previdência social. § 5º É obrigatória a inclusão, no orçamento das entidades de direito público, de verba necessária ao pagamento de seus débitos, oriundos de sentenças transitadas em julgado, constantes de precatórios judiciários apresentados até 1º de julho, fazendo-se o pagamento até o final do exercício seguinte, quando terão seus valores atualizados monetariamente. § 6º As dotações orçamentárias e os créditos abertos serão consignados diretamente ao Poder Judiciário, cabendo ao Presidente do Tribunal que proferir a decisão exequenda determinar o pagamento integral e autorizar, a requerimento do credor e exclusivamente para os casos de preterimento de seu direito de

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Apostila PRF precedência ou de não alocação orçamentária do valor necessário à satisfação do seu débito, o sequestro da quantia respectiva. § 7º O Presidente do Tribunal competente que, por ato comissivo ou omissivo, retardar ou tentar frustrar a liquidação regular de precatórios incorrerá em crime de responsabilidade e responderá, também, perante o Conselho Nacional de Justiça. § 8º É vedada a expedição de precatórios complementares ou suplementares de valor pago, bem como o fracionamento, repartição ou quebra do valor da execução para fins de enquadramento de parcela do total ao que dispõe o § 3º deste artigo. § 9º No momento da expedição dos precatórios, independentemente de regulamentação, deles deverá ser abatido, a título de compensação, valor correspondente aos débitos líquidos e certos, inscritos ou não em dívida ativa e constituídos contra o credor original pela Fazenda Pública devedora, incluídas parcelas vincendas de parcelamentos, ressalvados aqueles cuja execução esteja suspensa em virtude de contestação administrativa ou judicial. § 10. Antes da expedição dos precatórios, o Tribunal solicitará à Fazenda Pública devedora, para resposta em até 30 (trinta) dias, sob pena de perda do direito de abatimento, informação sobre os débitos que preencham as condições estabelecidas no § 9º, para os fins nele previstos. § 11. É facultada ao credor, conforme estabelecido em lei da entidade federativa devedora, a entrega de créditos em precatórios para compra de imóveis públicos do respectivo ente federado. § 12. A partir da promulgação desta Emenda Constitucional, a atualização de valores de requisitórios, após sua expedição, até o efetivo pagamento, independentemente de sua natureza, será feita pelo índice oficial de remuneração básica da caderneta de poupança, e, para fins de compensação da mora, incidirão juros simples no mesmo percentual de juros incidentes sobre a caderneta de poupança, ficando excluída a incidência de juros compensatórios. § 13. O credor poderá ceder, total ou parcialmente, seus créditos em precatórios a terceiros, independentemente da concordância do devedor, não se aplicando ao cessionário o disposto nos §§ 2º e 3º. § 14. A cessão de precatórios somente produzirá efeitos após comunicação, por meio de petição protocolizada, ao tribunal de origem e à entidade devedora. § 15. Sem prejuízo do disposto neste artigo, lei complementar a esta Constituição Federal poderá estabelecer regime especial para pagamento de crédito de precatórios de Estados, Distrito Federal e Municípios, dispondo sobre vinculações à receita corrente líquida e forma e prazo de liquidação. § 16. A seu critério exclusivo e na forma de lei, a União poderá assumir débitos, oriundos de precatórios, de Estados, Distrito Federal e Municípios, refinanciando-os diretamente. § 17. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios aferirão mensalmente, em base anual, o

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comprometimento de suas respectivas receitas correntes líquidas com o pagamento de precatórios e obrigações de pequeno valor. § 18. Entende-se como receita corrente líquida, para os fins de que trata o § 17, o somatório das receitas tributárias, patrimoniais, industriais, agropecuárias, de contribuições e de serviços, de transferências correntes e outras receitas correntes, incluindo as oriundas do § 1º do art. 20 da Constituição Federal, verificado no período compreendido pelo segundo mês imediatamente anterior ao de referência e os 11 (onze) meses precedentes, excluídas as duplicidades, e deduzidas: I - na União, as parcelas entregues aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios por determinação constitucional; II - nos Estados, as parcelas entregues aos Municípios por determinação constitucional; III - na União, nos Estados, no Distrito Federal e nos Municípios, a contribuição dos servidores para custeio de seu sistema de previdência e assistência social e as receitas provenientes da compensação financeira referida no § 9º do art. 201 da Constituição Federal. § 19. Caso o montante total de débitos decorrentes de condenações judiciais em precatórios e obrigações de pequeno valor, em período de 12 (doze) meses, ultrapasse a média do comprometimento percentual da receita corrente líquida nos 5 (cinco) anos imediatamente anteriores, a parcela que exceder esse percentual poderá ser financiada, excetuada dos limites de endividamento de que tratam os incisos VI e VII do art. 52 da Constituição Federal e de quaisquer outros limites de endividamento previstos, não se aplicando a esse financiamento a vedação de vinculação de receita prevista no inciso IV do art. 167 da Constituição Federal. § 20. Caso haja precatório com valor superior a 15% (quinze por cento) do montante dos precatórios apresentados nos termos do § 5º deste artigo, 15% (quinze por cento) do valor deste precatório serão pagos até o final do exercício seguinte e o restante em parcelas iguais nos cinco exercícios subsequentes, acrescidas de juros de mora e correção monetária, ou mediante acordos diretos, perante Juízos Auxiliares de Conciliação de Precatórios, com redução máxima de 40% (quarenta por cento) do valor do crédito atualizado, desde que em relação ao crédito não penda re-

Apostila PRF curso ou defesa judicial e que sejam observados os requisitos definidos na regulamentação editada pelo ente federado. Seção II DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL Art. 101. O Supremo Tribunal Federal compõese de onze Ministros, escolhidos dentre cidadãos com mais de trinta e cinco e menos de sessenta e cinco anos de idade, de notável saber jurídico e reputação ilibada. Parágrafo único. Os Ministros do Supremo Tribunal Federal serão nomeados pelo Presidente da República, depois de aprovada a escolha pela maioria absoluta do Senado Federal. Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendolhe: I - processar e julgar, originariamente: a) a ação direta de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo federal ou estadual e a ação declaratória de constitucionalidade de lei ou ato normativo federal; b) nas infrações penais comuns, o Presidente da República, o Vice-Presidente, os membros do Congresso Nacional, seus próprios Ministros e o Procurador-Geral da República; c) nas infrações penais comuns e nos crimes de responsabilidade, os Ministros de Estado e os Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, ressalvado o disposto no art. 52, I, os membros dos Tribunais Superiores, os do Tribunal de Contas da União e os chefes de missão diplomática de caráter permanente; d) o habeas corpus, sendo paciente qualquer das pessoas referidas nas alíneas anteriores; o mandado de segurança e o habeas data contra atos do Presidente da República, das Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, do Tribunal de Contas da União, do Procurador-Geral da República e do próprio Supremo Tribunal Federal; e) o litígio entre Estado estrangeiro ou organismo internacional e a União, o Estado, o Distrito Federal ou o Território; f) as causas e os conflitos entre a União e os Estados, a União e o Distrito Federal, ou entre uns e outros, inclusive as respectivas entidades da administração indireta; g) a extradição solicitada por Estado estrangeiro; i) o habeas corpus, quando o coator for Tribunal Superior ou quando o coator ou o paciente for autoridade ou funcionário cujos atos estejam sujeitos diretamente à jurisdição do Supremo Tribunal Federal, ou se trate de crime sujeito à mesma jurisdição em uma única instância; j) a revisão criminal e a ação rescisória de seus julgados; l) a reclamação para a preservação de sua competência e garantia da autoridade de suas decisões;

m) a execução de sentença nas causas de sua competência originária, facultada a delegação de atribuições para a prática de atos processuais; n) a ação em que todos os membros da magistratura sejam direta ou indiretamente interessados, e aquela em que mais da metade dos membros do tribunal de origem estejam impedidos ou sejam direta ou indiretamente interessados; o) os conflitos de competência entre o Superior Tribunal de Justiça e quaisquer tribunais, entre Tribunais Superiores, ou entre estes e qualquer outro tribunal; p) o pedido de medida cautelar das ações diretas de inconstitucionalidade; q) o mandado de injunção, quando a elaboração da norma regulamentadora for atribuição do Presidente da República, do Congresso Nacional, da Câmara dos Deputados, do Senado Federal, das Mesas de uma dessas Casas Legislativas, do Tribunal de Contas da União, de um dos Tribunais Superiores, ou do próprio Supremo Tribunal Federal; r) as ações contra o Conselho Nacional de Justiça e contra o Conselho Nacional do Ministério Público; II - julgar, em recurso ordinário: a) o habeas corpus, o mandado de segurança, o habeas data e o mandado de injunção decididos em única instância pelos Tribunais Superiores, se denegatória a decisão; b) o crime político; III - julgar, mediante recurso extraordinário, as causas decididas em única ou última instância, quando a decisão recorrida: a) contrariar dispositivo desta Constituição; b) declarar a inconstitucionalidade de tratado ou lei federal; c) julgar válida lei ou ato de governo local contestado em face desta Constituição. d) julgar válida lei local contestada em face de lei federal. § 1.º A argüição de descumprimento de preceito fundamental, decorrente desta Constituição, será apreciada pelo Supremo Tribunal Federal, na forma da lei § 2º As decisões definitivas de mérito, proferidas pelo Supremo Tribunal Federal, nas ações diretas de inconstitucionalidade e nas ações declaratórias de constitucionalidade produzirão eficácia contra todos e efeito vinculante, relativamente aos demais órgãos do Poder Judiciário e à administração pública direta e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal. § 3º No recurso extraordinário o recorrente deverá demonstrar a repercussão geral das questões constitucionais discutidas no caso, nos termos da lei, a fim de que o Tribunal examine a admissão do recurso, somente podendo recusá-lo pela manifestação de dois terços de seus membros. Art. 103. Podem propor a ação direta de inconstitucionalidade e a ação declaratória de constitucionalidade: I - o Presidente da República;

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Apostila PRF II - a Mesa do Senado Federal; III - a Mesa da Câmara dos Deputados; IV a Mesa de Assembléia Legislativa ou da Câmara Legislativa do Distrito Federal; V o Governador de Estado ou do Distrito Federal; VI - o Procurador-Geral da República; VII - o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil; VIII - partido político com representação no Congresso Nacional; IX - confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional. § 1º O Procurador-Geral da República deverá ser previamente ouvido nas ações de inconstitucionalidade e em todos os processos de competência do Supremo Tribunal Federal. § 2º Declarada a inconstitucionalidade por omissão de medida para tornar efetiva norma constitucional, será dada ciência ao Poder competente para a adoção das providências necessárias e, em se tratando de órgão administrativo, para fazê-lo em trinta dias. § 3º Quando o Supremo Tribunal Federal apreciar a inconstitucionalidade, em tese, de norma legal ou ato normativo, citará, previamente, o AdvogadoGeral da União, que defenderá o ato ou texto impugnado. Art. 103-A. O Supremo Tribunal Federal poderá, de ofício ou por provocação, mediante decisão de dois terços dos seus membros, após reiteradas decisões sobre matéria constitucional, aprovar súmula que, a partir de sua publicação na imprensa oficial, terá efeito vinculante em relação aos demais órgãos do Poder Judiciário e à administração pública direta e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal, bem como proceder à sua revisão ou cancelamento, na forma estabelecida em lei. § 1º A súmula terá por objetivo a validade, a interpretação e a eficácia de normas determinadas, acerca das quais haja controvérsia atual entre órgãos judiciários ou entre esses e a administração pública que acarrete grave insegurança jurídica e relevante multiplicação de processos sobre questão idêntica. § 2º Sem prejuízo do que vier a ser estabelecido em lei, a aprovação, revisão ou cancelamento de súmula poderá ser provocada por aqueles que podem propor a ação direta de inconstitucionalidade. § 3º Do ato administrativo ou decisão judicial que contrariar a súmula aplicável ou que indevidamente a aplicar, caberá reclamação ao Supremo Tribunal Federal que, julgando-a procedente, anulará o ato administrativo ou cassará a decisão judicial reclamada, e determinará que outra seja proferida com ou sem a aplicação da súmula, conforme o caso. Art. 103-B. O Conselho Nacional de Justiça compõe-se de 15 (quinze) membros com mandato de 2 (dois) anos, admitida 1 (uma) recondução, sendo:

I - o Presidente do Supremo Tribunal Federal;

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II um Ministro do Superior Tribunal de Justiça, indicado pelo respectivo tribunal; III um Ministro do Tribunal Superior do Trabalho, indicado pelo respectivo tribunal; IV um desembargador de Tribunal de Justiça, indicado pelo Supremo Tribunal Federal; V um juiz estadual, indicado pelo Supremo Tribunal Federal; VI um juiz de Tribunal Regional Federal, indicado pelo Superior Tribunal de Justiça; VII um juiz federal, indicado pelo Superior Tribunal de Justiça; VIII um juiz de Tribunal Regional do Trabalho, indicado pelo Tribunal Superior do Trabalho; IX um juiz do trabalho, indicado pelo Tribunal Superior do Trabalho; X um membro do Ministério Público da União, indicado pelo Procurador-Geral da República; XI um membro do Ministério Público estadual, escolhido pelo Procurador-Geral da República dentre os nomes indicados pelo órgão competente de cada instituição estadual; XII dois advogados, indicados pelo Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil; XIII dois cidadãos, de notável saber jurídico e reputação ilibada, indicados um pela Câmara dos Deputados e outro pelo Senado Federal. § 1º O Conselho será presidido pelo Presidente do Supremo Tribunal Federal e, nas suas ausências e impedimentos, pelo Vice-Presidente do Supremo Tribunal Federal.

§ 2º Os demais membros do Conselho serão nomeados pelo Presidente da República, depois de aprovada a escolha pela maioria absoluta do Senado Federal. § 3º Não efetuadas, no prazo legal, as indicações previstas neste artigo, caberá a escolha ao Supremo Tribunal Federal. § 4º Compete ao Conselho o controle da atuação administrativa e financeira do Poder Judiciário e do cumprimento dos deveres funcionais dos juízes, cabendo-lhe, além de outras atribuições que lhe forem conferidas pelo Estatuto da Magistratura: I - zelar pela autonomia do Poder Judiciário e pelo cumprimento do Estatuto da Magistratura, podendo expedir atos regulamentares, no âmbito de sua competência, ou recomendar providências; II - zelar pela observância do art. 37 e apreciar, de ofício ou mediante provocação, a legalidade dos atos administrativos praticados por membros ou órgãos do Poder Judiciário, podendo desconstituí-los, revê-los ou fixar prazo para que se adotem as providências necessárias ao exato cumprimento da lei, sem prejuízo da competência do Tribunal de Contas da União; III receber e conhecer das reclamações contra membros ou órgãos do Poder Judiciário, inclusive contra seus serviços auxiliares, serventias e órgãos prestadores de serviços notariais e de registro que atuem

Apostila PRF por delegação do poder público ou oficializados, sem prejuízo da competência disciplinar e correicional dos tribunais, podendo avocar processos disciplinares em curso e determinar a remoção, a disponibilidade ou a aposentadoria com subsídios ou proventos proporcionais ao tempo de serviço e aplicar outras sanções administrativas, assegurada ampla defesa; IV representar ao Ministério Público, no caso de crime contra a administração pública ou de abuso de autoridade; V rever, de ofício ou mediante provocação, os processos disciplinares de juízes e membros de tribunais julgados há menos de um ano; VI elaborar semestralmente relatório estatístico sobre processos e sentenças prolatadas, por unidade da Federação, nos diferentes órgãos do Poder Judiciário; VII elaborar relatório anual, propondo as providências que julgar necessárias, sobre a situação do Poder Judiciário no País e as atividades do Conselho, o qual deve integrar mensagem do Presidente do Supremo Tribunal Federal a ser remetida ao Congresso Nacional, por ocasião da abertura da sessão legislativa. § 5º O Ministro do Superior Tribunal de Justiça exercerá a função de Ministro-Corregedor e ficará excluído da distribuição de processos no Tribunal, competindo-lhe, além das atribuições que lhe forem conferidas pelo Estatuto da Magistratura, as seguintes: I receber as reclamações e denúncias, de qualquer interessado, relativas aos magistrados e aos serviços judiciários; II exercer funções executivas do Conselho, de inspeção e de correição geral; III requisitar e designar magistrados, delegandolhes atribuições, e requisitar servidores de juízos ou tribunais, inclusive nos Estados, Distrito Federal e Territórios. § 6º Junto ao Conselho oficiarão o ProcuradorGeral da República e o Presidente do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil. § 7º A União, inclusive no Distrito Federal e nos Territórios, criará ouvidorias de justiça, competentes para receber reclamações e denúncias de qualquer interessado contra membros ou órgãos do Poder Judiciário, ou contra seus serviços auxiliares, representando diretamente ao Conselho Nacional de Justiça. Seção III DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA Art. 104. O Superior Tribunal de Justiça compõese de, no mínimo, trinta e três Ministros. Parágrafo único. Os Ministros do Superior Tribunal de Justiça serão nomeados pelo Presidente da República, dentre brasileiros com mais de trinta e cinco e menos de sessenta e cinco anos, de notável saber jurídico e reputação ilibada, depois de aprovada a escolha pela maioria absoluta do Senado Federal, sendo: I - um terço dentre juízes dos Tribunais Regionais Federais e um terço dentre desembargadores dos Tribunais de Justiça, indicados em lista tríplice elaborada pelo próprio Tribunal;

II - um terço, em partes iguais, dentre advogados e membros do Ministério Público Federal, Estadual, do Distrito Federal e Territórios, alternadamente, indicados na forma do art. 94. Art. 105. Compete ao Superior Tribunal de Justiça: I - processar e julgar, originariamente: a) nos crimes comuns, os Governadores dos Estados e do Distrito Federal, e, nestes e nos de responsabilidade, os desembargadores dos Tribunais de Justiça dos Estados e do Distrito Federal, os membros dos Tribunais de Contas dos Estados e do Distrito Federal, os dos Tribunais Regionais Federais, dos Tribunais Regionais Eleitorais e do Trabalho, os membros dos Conselhos ou Tribunais de Contas dos Municípios e os do Ministério Público da União que oficiem perante tribunais; b) os mandados de segurança e os habeas data contra ato de Ministro de Estado, dos Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica ou do próprio Tribunal; c) os habeas corpus, quando o coator ou paciente for qualquer das pessoas mencionadas na alínea "a", ou quando o coator for tribunal sujeito à sua jurisdição, Ministro de Estado ou Comandante da Marinha, do Exército ou da Aeronáutica, ressalvada a competência da Justiça Eleitoral; d) os conflitos de competência entre quaisquer tribunais, ressalvado o disposto no art. 102, I, "o", bem como entre tribunal e juízes a ele não vinculados e entre juízes vinculados a tribunais diversos; e) as revisões criminais e as ações rescisórias de seus julgados; f) a reclamação para a preservação de sua competência e garantia da autoridade de suas decisões; g) os conflitos de atribuições entre autoridades administrativas e judiciárias da União, ou entre autoridades judiciárias de um Estado e administrativas de outro ou do Distrito Federal, ou entre as deste e da União; h) o mandado de injunção, quando a elaboração da norma regulamentadora for atribuição de órgão, entidade ou autoridade federal, da administração direta ou indireta, excetuados os casos de competência do Supremo Tribunal Federal e dos órgãos da Justiça Militar, da Justiça Eleitoral, da Justiça do Trabalho e da Justiça Federal; II - julgar, em recurso ordinário: a) os habeas corpus decididos em única ou última instância pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios, quando a decisão for denegatória; b) os mandados de segurança decididos em única instância pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios, quando denegatória a decisão; c) as causas em que forem partes Estado estrangeiro ou organismo internacional, de um lado, e, do outro, Município ou pessoa residente ou domiciliada no País;

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Apostila PRF III - julgar, em recurso especial, as causas decididas, em única ou última instância, pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios, quando a decisão recorrida: a) contrariar tratado ou lei federal, ou negar-lhes vigência; b) julgar válido ato de governo local contestado em face de lei federal; c) der a lei federal interpretação divergente da que lhe haja atribuído outro tribunal. Parágrafo único. Funcionarão junto ao Superior Tribunal de Justiça: I - a Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados, cabendo-lhe, dentre outras funções, regulamentar os cursos oficiais para o ingresso e promoção na carreira; II - o Conselho da Justiça Federal, cabendo-lhe exercer, na forma da lei, a supervisão administrativa e orçamentária da Justiça Federal de primeiro e segundo graus, como órgão central do sistema e com poderes correicionais, cujas decisões terão caráter vinculante. Seção IV DOS TRIBUNAIS REGIONAIS FEDERAIS E DOS JUÍZES FEDERAIS Art. 106. São órgãos da Justiça Federal: I - os Tribunais Regionais Federais; II - os Juízes Federais. Art. 107. Os Tribunais Regionais Federais compõem-se de, no mínimo, sete juízes, recrutados, quando possível, na respectiva região e nomeados pelo Presidente da República dentre brasileiros com mais de trinta e menos de sessenta e cinco anos, sendo: I - um quinto dentre advogados com mais de dez anos de efetiva atividade profissional e membros do Ministério Público Federal com mais de dez anos de carreira; II - os demais, mediante promoção de juízes federais com mais de cinco anos de exercício, por antigüidade e merecimento, alternadamente. § 1º A lei disciplinará a remoção ou a permuta de juízes dos Tribunais Regionais Federais e determinará sua jurisdição e sede. § 2º Os Tribunais Regionais Federais instalarão a justiça itinerante, com a realização de audiências e demais funções da atividade jurisdicional, nos limites territoriais da respectiva jurisdição, servindo-se de equipamentos públicos e comunitários. § 3º Os Tribunais Regionais Federais poderão funcionar descentralizadamente, constituindo Câmaras regionais, a fim de assegurar o pleno acesso do jurisdicionado à justiça em todas as fases do processo. Art. 108. Compete aos Tribunais Regionais Federais: I - processar e julgar, originariamente: a) os juízes federais da área de sua jurisdição, incluídos os da Justiça Militar e da Justiça do Trabalho, nos crimes comuns e de responsabilidade, e os membros do Ministério Público da União, ressalvada a competência da Justiça Eleitoral;

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b) as revisões criminais e as ações rescisórias de julgados seus ou dos juízes federais da região; c) os mandados de segurança e os habeas data contra ato do próprio Tribunal ou de juiz federal; d) os habeas corpus, quando a autoridade coatora for juiz federal; e) os conflitos de competência entre juízes federais vinculados ao Tribunal; II - julgar, em grau de recurso, as causas decididas pelos juízes federais e pelos juízes estaduais no exercício da competência federal da área de sua jurisdição. Art. 109. Aos juízes federais compete processar e julgar: I - as causas em que a União, entidade autárquica ou empresa pública federal forem interessadas na condição de autoras, rés, assistentes ou oponentes, exceto as de falência, as de acidentes de trabalho e as sujeitas à Justiça Eleitoral e à Justiça do Trabalho; II - as causas entre Estado estrangeiro ou organismo internacional e Município ou pessoa domiciliada ou residente no País; III - as causas fundadas em tratado ou contrato da União com Estado estrangeiro ou organismo internacional; IV - os crimes políticos e as infrações penais praticadas em detrimento de bens, serviços ou interesse da União ou de suas entidades autárquicas ou empresas públicas, excluídas as contravenções e ressalvada a competência da Justiça Militar e da Justiça Eleitoral; V - os crimes previstos em tratado ou convenção internacional, quando, iniciada a execução no País, o resultado tenha ou devesse ter ocorrido no estrangeiro, ou reciprocamente; V-A as causas relativas a direitos humanos a que se refere o § 5º deste artigo; VI - os crimes contra a organização do trabalho e, nos casos determinados por lei, contra o sistema financeiro e a ordem econômico-financeira; VII - os habeas corpus, em matéria criminal de sua competência ou quando o constrangimento provier de autoridade cujos atos não estejam diretamente sujeitos a outra jurisdição; VIII - os mandados de segurança e os habeas data contra ato de autoridade federal, excetuados os casos de competência dos tribunais federais; IX - os crimes cometidos a bordo de navios ou aeronaves, ressalvada a competência da Justiça Militar; X - os crimes de ingresso ou permanência irregular de estrangeiro, a execução de carta rogatória, após o "exequatur", e de sentença estrangeira, após a homologação, as causas referentes à nacionalidade, inclusive a respectiva opção, e à naturalização; XI - a disputa sobre direitos indígenas. § 1º As causas em que a União for autora serão aforadas na seção judiciária onde tiver domicílio a outra parte.

Apostila PRF § 2º As causas intentadas contra a União poderão ser aforadas na seção judiciária em que for domiciliado o autor, naquela onde houver ocorrido o ato ou fato que deu origem à demanda ou onde esteja situada a coisa, ou, ainda, no Distrito Federal. § 3º Serão processadas e julgadas na justiça estadual, no foro do domicílio dos segurados ou beneficiários, as causas em que forem parte instituição de previdência social e segurado, sempre que a comarca não seja sede de vara do juízo federal, e, se verificada essa condição, a lei poderá permitir que outras causas sejam também processadas e julgadas pela justiça estadual. § 4º Na hipótese do parágrafo anterior, o recurso cabível será sempre para o Tribunal Regional Federal na área de jurisdição do juiz de primeiro grau. § 5º Nas hipóteses de grave violação de direitos humanos, o Procurador-Geral da República, com a finalidade de assegurar o cumprimento de obrigações decorrentes de tratados internacionais de direitos humanos dos quais o Brasil seja parte, poderá suscitar, perante o Superior Tribunal de Justiça, em qualquer fase do inquérito ou processo, incidente de deslocamento de competência para a Justiça Federal. Art. 110. Cada Estado, bem como o Distrito Federal, constituirá uma seção judiciária que terá por sede a respectiva Capital, e varas localizadas segundo o estabelecido em lei. Parágrafo único. Nos Territórios Federais, a jurisdição e as atribuições cometidas aos juízes federais caberão aos juízes da justiça local, na forma da lei. Seção V Do Tribunal Superior do Trabalho, dos Tribunais Regionais do Trabalho e dos Juízes do Trabalho Art. 111. São órgãos da Justiça do Trabalho: I - o Tribunal Superior do Trabalho; II - os Tribunais Regionais do Trabalho; III - Juizes do Trabalho. §§ 1º a 3º Art. 111-A. O Tribunal Superior do Trabalho compor-se-á de vinte e sete Ministros, escolhidos dentre brasileiros com mais de trinta e cinco anos e menos de sessenta e cinco anos, de notável saber jurídico e reputação ilibada, nomeados pelo Presidente da República após aprovação pela maioria absoluta do Senado Federal, sendo: I um quinto dentre advogados com mais de dez anos de efetiva atividade profissional e membros do Ministério Público do Trabalho com mais de dez anos de efetivo exercício, observado o disposto no art. 94; II os demais dentre juízes dos Tribunais Regionais do Trabalho, oriundos da magistratura da carreira, indicados pelo próprio Tribunal Superior. § 1º A lei disporá sobre a competência do Tribunal Superior do Trabalho. § 2º Funcionarão junto ao Tribunal Superior do Trabalho:

I a Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados do Trabalho, cabendo-lhe, dentre outras funções, regulamentar os cursos oficiais para o ingresso e promoção na carreira; II o Conselho Superior da Justiça do Trabalho, cabendo-lhe exercer, na forma da lei, a supervisão administrativa, orçamentária, financeira e patrimonial da Justiça do Trabalho de primeiro e segundo graus, como órgão central do sistema, cujas decisões terão efeito vinculante. § 3º Compete ao Tribunal Superior do Trabalho processar e julgar, originariamente, a reclamação para a preservação de sua competência e garantia da autoridade de suas decisões. Art. 112. A lei criará varas da Justiça do Trabalho, podendo, nas comarcas não abrangidas por sua jurisdição, atribuí-la aos juízes de direito, com recurso para o respectivo Tribunal Regional do T rabalho. Art. 113. A lei disporá sobre a constituição, investidura, jurisdição, competência, garantias e condições de exercício dos órgãos da Justiça do Trabalho. Art. 114. Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar: I as ações oriundas da relação de trabalho, abrangidos os entes de direito público externo e da administração pública direta e indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios; II as ações que envolvam exercício do direito de greve; III as ações sobre representação sindical, entre sindicatos, entre sindicatos e trabalhadores, e entre sindicatos e empregadores; IV os mandados de segurança, habeas corpus e habeas data , quando o ato questionado envolver matéria sujeita à sua jurisdição; V os conflitos de competência entre órgãos com jurisdição trabalhista, ressalvado o disposto no art. 102, I, o; VI as ações de indenização por dano moral ou patrimonial, decorrentes da relação de trabalho; VII as ações relativas às penalidades administrativas impostas aos empregadores pelos órgãos de fiscalização das relações de trabalho; VIII a execução, de ofício, das contribuições sociais previstas no art. 195, I, a , e II, e seus acréscimos legais, decorrentes das sentenças que proferir; IX outras controvérsias decorrentes da relação de trabalho, na forma da lei. § 1º Frustrada a negociação coletiva, as partes poderão eleger árbitros. § 2º Recusando-se qualquer das partes à negociação coletiva ou à arbitragem, é facultado às mesmas, de comum acordo, ajuizar dissídio coletivo de natureza econômica, podendo a Justiça do Trabalho decidir o conflito, respeitadas as disposições mínimas legais de proteção ao trabalho, bem como as convencionadas anteriormente. § 3º Em caso de greve em atividade essencial, com possibilidade de lesão do interesse público, o Mi-

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Apostila PRF nistério Público do Trabalho poderá ajuizar dissídio coletivo, competindo à Justiça do Trabalho decidir o conflito. Art. 115. Os Tribunais Regionais do Trabalho compõem-se de, no mínimo, sete juízes, recrutados, quando possível, na respectiva região, e nomeados pelo Presidente da República dentre brasileiros com mais de trinta e menos de sessenta e cinco anos, sendo: I um quinto dentre advogados com mais de dez anos de efetiva atividade profissional e membros do Ministério Público do Trabalho com mais de dez anos de efetivo exercício, observado o disposto no art. 94; II os demais, mediante promoção de juízes do trabalho por antigüidade e merecimento, alternadamente. § 1º Os Tribunais Regionais do Trabalho instalarão a justiça itinerante, com a realização de audiências e demais funções de atividade jurisdicional, nos limites territoriais da respectiva jurisdição, servindo-se de equipamentos públicos e comunitários. § 2º Os Tribunais Regionais do Trabalho poderão funcionar descentralizadamente, constituindo Câmaras regionais, a fim de assegurar o pleno acesso do jurisdicionado à justiça em todas as fases do processo. Art. 116. Nas Varas do Trabalho, a jurisdição será exercida por um juiz singular. Parágrafo único. Art. 117. e Parágrafo único. Seção VI DOS TRIBUNAIS E JUÍZES ELEITORAIS Art. 118. São órgãos da Justiça Eleitoral: I - o Tribunal Superior Eleitoral; II - os Tribunais Regionais Eleitorais; III - os Juízes Eleitorais; IV - as Juntas Eleitorais. Art. 119. O Tribunal Superior Eleitoral comporse-á, no mínimo, de sete membros, escolhidos: I - mediante eleição, pelo voto secreto: a) três juízes dentre os Ministros do Supremo Tribunal Federal; b) dois juízes dentre os Ministros do Superior Tribunal de Justiça; II - por nomeação do Presidente da República, dois juízes dentre seis advogados de notável saber jurídico e idoneidade moral, indicados pelo Supremo Tribunal Federal. Parágrafo único. O Tribunal Superior Eleitoral elegerá seu Presidente e o Vice-Presidente dentre os Ministros do Supremo Tribunal Federal, e o Corregedor Eleitoral dentre os Ministros do Superior Tribunal de Justiça. Art. 120. Haverá um Tribunal Regional Eleitoral na Capital de cada Estado e no Distrito Federal. § 1º - Os Tribunais Regionais Eleitorais comporse-ão: I - mediante eleição, pelo voto secreto: a) de dois juízes dentre os desembargadores do Tribunal de Justiça; b) de dois juízes, dentre juízes de direito, escolhidos pelo Tribunal de Justiça;

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II - de um juiz do Tribunal Regional Federal com sede na Capital do Estado ou no Distrito Federal, ou, não havendo, de juiz federal, escolhido, em qualquer caso, pelo Tribunal Regional Federal respectivo; III - por nomeação, pelo Presidente da República, de dois juízes dentre seis advogados de notável saber jurídico e idoneidade moral, indicados pelo Tribunal de Justiça. § 2º - O Tribunal Regional Eleitoral elegerá seu Presidente e o Vice-Presidente- dentre os desembargadores. Art. 121. Lei complementar disporá sobre a organização e competência dos tribunais, dos juízes de direito e das juntas eleitorais. § 1º Os membros dos tribunais, os juízes de direito e os integrantes das juntas eleitorais, no exercício de suas funções, e no que lhes for aplicável, gozarão de plenas garantias e serão inamovíveis. § 2º Os juízes dos tribunais eleitorais, salvo motivo justificado, servirão por dois anos, no mínimo, e nunca por mais de dois biênios consecutivos, sendo os substitutos escolhidos na mesma ocasião e pelo mesmo processo, em número igual para cada categoria. § 3º São irrecorríveis as decisões do Tribunal Superior Eleitoral, salvo as que contrariarem esta Constituição e as denegatórias de habeas corpus ou mandado de segurança. § 4º Das decisões dos Tribunais Regionais Eleitorais somente caberá recurso quando: I - forem proferidas contra disposição expressa desta Constituição ou de lei; II - ocorrer divergência na interpretação de lei entre dois ou mais tribunais eleitorais; III - versarem sobre inelegibilidade ou expedição de diplomas nas eleições federais ou estaduais; IV - anularem diplomas ou decretarem a perda de mandatos eletivos federais ou estaduais; V - denegarem habeas corpus, mandado de segurança, habeas data ou mandado de injunção. Seção VII DOS TRIBUNAIS E JUÍZES MILITARES Art. 122. São órgãos da Justiça Militar: I - o Superior Tribunal Militar; II - os Tribunais e Juízes Militares instituídos por lei. Art. 123. O Superior Tribunal Militar compor-se-á de quinze Ministros vitalícios, nomeados pelo Presidente da República, depois de aprovada a indicação pelo Senado Federal, sendo três dentre oficiais-generais da Marinha, quatro dentre oficiais-generais do Exército, três dentre oficiais-generais da Aeronáutica, todos da ativa e do posto mais elevado da carreira, e cinco dentre civis. Parágrafo único. Os Ministros civis serão escolhidos pelo Presidente da República dentre brasileiros maiores de trinta e cinco anos, sendo: I - três dentre advogados de notório saber jurídico e conduta ilibada, com mais de dez anos de efetiva atividade profissional;

Apostila PRF II - dois, por escolha paritária, dentre juízes auditores e membros do Ministério Público da Justiça Militar. Art. 124. à Justiça Militar compete processar e julgar os crimes militares definidos em lei. Parágrafo único. A lei disporá sobre a organização, o funcionamento e a competência da Justiça Militar. Seção VIII DOS TRIBUNAIS E JUÍZES DOS ESTADOS Art. 125. Os Estados organizarão sua Justiça, observados os princípios estabelecidos nesta Constituição. § 1º A competência dos tribunais será definida na Constituição do Estado, sendo a lei de organização judiciária de iniciativa do Tribunal de Justiça. § 2º Cabe aos Estados a instituição de representação de inconstitucionalidade de leis ou atos normativos estaduais ou municipais em face da Constituição Estadual, vedada a atribuição da legitimação para agir a um único órgão. § 3º A lei estadual poderá criar, mediante proposta do Tribunal de Justiça, a Justiça Militar estadual, constituída, em primeiro grau, pelos juízes de direito e pelos Conselhos de Justiça e, em segundo grau, pelo próprio Tribunal de Justiça, ou por Tribunal de Justiça Militar nos Estados em que o efetivo militar seja superior a vinte mil integrantes. § 4º Compete à Justiça Militar estadual processar e julgar os militares dos Estados, nos crimes militares definidos em lei e as ações judiciais contra atos disciplinares militares, ressalvada a competência do júri quando a vítima for civil, cabendo ao tribunal competente decidir sobre a perda do posto e da patente dos oficiais e da graduação das praças. § 5º Compete aos juízes de direito do juízo militar processar e julgar, singularmente, os crimes militares cometidos contra civis e as ações judiciais contra atos disciplinares militares, cabendo ao Conselho de Justiça, sob a presidência de juiz de direito, processar e julgar os demais crimes militares. § 6º O Tribunal de Justiça poderá funcionar descentralizadamente, constituindo Câmaras regionais, a fim de assegurar o pleno acesso do jurisdicionado à justiça em todas as fases do processo. § 7º O Tribunal de Justiça instalará a justiça itinerante, com a realização de audiências e demais funções da atividade jurisdicional, nos limites territoriais da respectiva jurisdição, servindo-se de equipamentos públicos e comunitários. Art. 126. Para dirimir conflitos fundiários, o Tribunal de Justiça proporá a criação de varas especializadas, com competência exclusiva para questões agrárias. Parágrafo único. Sempre que necessário à eficiente prestação jurisdicional, o juiz far-se-á presente no local do litígio. CAPÍTULO IV DAS FUNÇÕES ESSENCIAIS À JUSTIÇA

SEÇÃO I DO MINISTÉRIO PÚBLICO Art. 127. O Ministério Público é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis. § 1º São princípios institucionais do Ministério Público a unidade, a indivisibilidade e a independência funcional. § 2º Ao Ministério Público é assegurada autonomia funcional e administrativa, podendo, observado o disposto no art. 169, propor ao Poder Legislativo a criação e extinção de seus cargos e serviços auxiliares, provendo-os por concurso público de provas ou de provas e títulos, a política remuneratória e os planos de carreira; a lei disporá sobre sua organização e funcionamento. § 3º O Ministério Público elaborará sua proposta orçamentária dentro dos limites estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias. § 4º Se o Ministério Público não encaminhar a respectiva proposta orçamentária dentro do prazo estabelecido na lei de diretrizes orçamentárias, o Poder Executivo considerará, para fins de consolidação da proposta orçamentária anual, os valores aprovados na lei orçamentária vigente, ajustados de acordo com os limites estipulados na forma do § 3º. § 5º Se a proposta orçamentária de que trata este artigo for encaminhada em desacordo com os limites estipulados na forma do § 3º, o Poder Executivo procederá aos ajustes necessários para fins de consolidação da proposta orçamentária anual.] § 6º Durante a execução orçamentária do exercício, não poderá haver a realização de despesas ou a assunção de obrigações que extrapolem os limites estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias, exceto se previamente autorizadas, mediante a abertura de créditos suplementares ou especiais. Art. 128. O Ministério Público abrange: I - o Ministério Público da União, que compreende: a) o Ministério Público Federal; b) o Ministério Público do Trabalho; c) o Ministério Público Militar; d) o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios; II - os Ministérios Públicos dos Estados. § 1º O Ministério Público da União tem por chefe o Procurador-Geral da República, nomeado pelo Presidente da República dentre integrantes da carreira, maiores de trinta e cinco anos, após a aprovação de seu nome pela maioria absoluta dos membros do Senado Federal, para mandato de dois anos, permitida a recondução. § 2º A destituição do Procurador-Geral da República, por iniciativa do Presidente da República, deverá ser precedida de autorização da maioria absoluta do Senado Federal.

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Apostila PRF § 3º Os Ministérios Públicos dos Estados e o do Distrito Federal e Territórios formarão lista tríplice dentre integrantes da carreira, na forma da lei respectiva, para escolha de seu Procurador-Geral, que será nomeado pelo Chefe do Poder Executivo, para mandato de dois anos, permitida uma recondução. § 4º Os Procuradores-Gerais nos Estados e no Distrito Federal e Territórios poderão ser destituídos por deliberação da maioria absoluta do Poder Legislativo, na forma da lei complementar respectiva. § 5º Leis complementares da União e dos Estados, cuja iniciativa é facultada aos respectivos Procuradores-Gerais, estabelecerão a organização, as atribuições e o estatuto de cada Ministério Público, observadas, relativamente a seus membros: I - as seguintes garantias: a) vitaliciedade, após dois anos de exercício, não podendo perder o cargo senão por sentença judicial transitada em julgado; b) inamovibilidade, salvo por motivo de interesse público, mediante decisão do órgão colegiado competente do Ministério Público, pelo voto da maioria absoluta de seus membros, assegurada ampla defesa; c) irredutibilidade de subsídio, fixado na forma do art. 39, § 4º, e ressalvado o disposto nos arts. 37, X e XI, 150, II, 153, III, 153, § 2º, I; II - as seguintes vedações: a) receber, a qualquer título e sob qualquer pretexto, honorários, percentagens ou custas processuais; b) exercer a advocacia; c) participar de sociedade comercial, na forma da lei; d) exercer, ainda que em disponibilidade, qualquer outra função pública, salvo uma de magistério; e) exercer atividade político-partidária; f) receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios ou contribuições de pessoas físicas, entidades públicas ou privadas, ressalvadas as exceções previstas em lei § 6º Aplica-se aos membros do Ministério Público o disposto no art. 95, parágrafo único, V. Art. 129. São funções institucionais do Ministério Público: I - promover, privativamente, a ação penal pública, na forma da lei; II - zelar pelo efetivo respeito dos Poderes Públicos e dos serviços de relevância pública aos direitos assegurados nesta Constituição, promovendo as medidas necessárias a sua garantia; III - promover o inquérito civil e a ação civil pública, para a proteção do patrimônio público e social, do meio ambiente e de outros interesses difusos e coletivos; IV - promover a ação de inconstitucionalidade ou representação para fins de intervenção da União e dos Estados, nos casos previstos nesta Constituição; V - defender judicialmente os direitos e interesses das populações indígenas;

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VI - expedir notificações nos procedimentos administrativos de sua competência, requisitando informações e documentos para instruí-los, na forma da lei complementar respectiva; VII - exercer o controle externo da atividade policial, na forma da lei complementar mencionada no artigo anterior; VIII - requisitar diligências investigatórias e a instauração de inquérito policial, indicados os fundamentos jurídicos de suas manifestações processuais; IX - exercer outras funções que lhe forem conferidas, desde que compatíveis com sua finalidade, sendo-lhe vedada a representação judicial e a consultoria jurídica de entidades públicas. § 1º A legitimação do Ministério Público para as ações civis previstas neste artigo não impede a de terceiros, nas mesmas hipóteses, segundo o disposto nesta Constituição e na lei. § 2º As funções do Ministério Público só podem ser exercidas por integrantes da carreira, que deverão residir na comarca da respectiva lotação, salvo autorização do chefe da instituição. § 3º O ingresso na carreira do Ministério Público far-se-á mediante concurso público de provas e títulos, assegurada a participação da Ordem dos Advogados do Brasil em sua realização, exigindo-se do bacharel em direito, no mínimo, três anos de atividade jurídica e observando-se, nas nomeações, a ordem de classificação. § 4º Aplica-se ao Ministério Público, no que couber, o disposto no art. 93. § 5º A distribuição de processos no Ministério Público será imediata. Art. 130. Aos membros do Ministério Público junto aos Tribunais de Contas aplicam-se as disposições desta seção pertinentes a direitos, vedações e forma de investidura. Art. 130-A. O Conselho Nacional do Ministério Público compõe-se de quatorze membros nomeados pelo Presidente da República, depois de aprovada a escolha pela maioria absoluta do Senado Federal, para um mandato de dois anos, admitida uma recondução, sendo: I o Procurador-Geral da República, que o preside; II quatro membros do Ministério Público da União, assegurada a representação de cada uma de suas carreiras; III três membros do Ministério Público dos Estados; IV dois juízes, indicados um pelo Supremo Tribunal Federal e outro pelo Superior Tribunal de Justiça; V dois advogados, indicados pelo Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil; VI dois cidadãos de notável saber jurídico e reputação ilibada, indicados um pela Câmara dos Deputados e outro pelo Senado Federal. § 1º Os membros do Conselho oriundos do Ministério Público serão indicados pelos respectivos Ministérios Públicos, na forma da lei.

Apostila PRF § 2º Compete ao Conselho Nacional do Ministério Público o controle da atuação administrativa e financeira do Ministério Público e do cumprimento dos deveres funcionais de seus membros, cabendo lhe: I zelar pela autonomia funcional e administrativa do Ministério Público, podendo expedir atos regulamentares, no âmbito de sua competência, ou recomendar providências; II zelar pela observância do art. 37 e apreciar, de ofício ou mediante provocação, a legalidade dos atos administrativos praticados por membros ou órgãos do Ministério Público da União e dos Estados, podendo desconstituí-los, revê-los ou fixar prazo para que se adotem as providências necessárias ao exato cumprimento da lei, sem prejuízo da competência dos Tribunais de Contas; III receber e conhecer das reclamações contra membros ou órgãos do Ministério Público da União ou dos Estados, inclusive contra seus serviços auxiliares, sem prejuízo da competência disciplinar e correicional da instituição, podendo avocar processos disciplinares em curso, determinar a remoção, a disponibilidade ou a aposentadoria com subsídios ou proventos proporcionais ao tempo de serviço e aplicar outras sanções administrativas, assegurada ampla defesa; IV rever, de ofício ou mediante provocação, os processos disciplinares de membros do Ministério Público da União ou dos Estados julgados há menos de um ano; V elaborar relatório anual, propondo as providências que julgar necessárias sobre a situação do Ministério Público no País e as atividades do Conselho, o qual deve integrar a mensagem prevista no art. 84, XI. § 3º O Conselho escolherá, em votação secreta, um Corregedor nacional, dentre os membros do Ministério Público que o integram, vedada a recondução, competindo-lhe, além das atribuições que lhe forem conferidas pela lei, as seguintes: I receber reclamações e denúncias, de qualquer interessado, relativas aos membros do Ministério Público e dos seus serviços auxiliares; II exercer funções executivas do Conselho, de inspeção e correição geral; III requisitar e designar membros do Ministério Público, delegando-lhes atribuições, e requisitar servidores de órgãos do Ministério Público. § 4º O Presidente do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil oficiará junto ao Conselho. § 5º Leis da União e dos Estados criarão ouvidorias do Ministério Público, competentes para receber reclamações e denúncias de qualquer interessado contra membros ou órgãos do Ministério Público, inclusive contra seus serviços auxiliares, representando diretamente ao Conselho Nacional do Ministério Público. Seção II DA ADVOCACIA PÚBLICA

cabendo-lhe, nos termos da lei complementar que dispuser sobre sua organização e funcionamento, as atividades de consultoria e assessoramento jurídico do Poder Executivo. § 1º A Advocacia-Geral da União tem por chefe o Advogado-Geral da União, de livre nomeação pelo Presidente da República dentre cidadãos maiores de trinta e cinco anos, de notável saber jurídico e reputação ilibada. § 2º O ingresso nas classes iniciais das carreiras da instituição de que trata este artigo far-se-á mediante concurso público de provas e títulos. § 3º Na execução da dívida ativa de natureza tributária, a representação da União cabe à Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional, observado o disposto em lei. Parágrafo único. Aos procuradores referidos neste artigo é assegurada estabilidade após três anos de efetivo exercício, mediante avaliação de desempenho perante os órgãos próprios, após relatório circunstanciado das corregedorias. Art. 133. O advogado é indispensável à administração da justiça, sendo inviolável por seus atos e manifestações no exercício da profissão, nos limites da lei. SEÇÃO IV DA DEFENSORIA PÚBLICA

Art. 131. A Advocacia-Geral da União é a instituição que, diretamente ou através de órgão vinculado, representa a União, judicial e extrajudicialmente,

TÍTULO V Da Defesa do Estado e Das Instituições

Art. 134. A Defensoria Pública é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe, como expressão e instrumento do regime democrático, fundamentalmente, a orientação jurídica, a promoção dos direitos humanos e a defesa, em todos os graus, judicial e extrajudicial, dos direitos individuais e coletivos, de forma integral e gratuita, aos necessitados, na forma do § 1º Lei complementar organizará a Defensoria Pública da União e do Distrito Federal e dos Territórios e prescreverá normas gerais para sua organização nos Estados, em cargos de carreira, providos, na classe inicial, mediante concurso público de provas e títulos, assegurada a seus integrantes a garantia da inamovibilidade e vedado o exercício da advocacia fora das atribuições institucionais. § 2º Às Defensorias Públicas Estaduais são asseguradas autonomia funcional e administrativa e a iniciativa de sua proposta orçamentária dentro dos limites estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias e subordinação ao disposto no art. 99, § 2º. § 3º Aplica-se o disposto no § 2º às Defensorias Públicas da União e do Distrito Federal. § 4º São princípios institucionais da Defensoria Pública a unidade, a indivisibilidade e a independência funcional, aplicando-se também, no que couber, o disposto no art. 93 e no inciso II do art. 96 desta Constituição Federal. Art. 135. Os servidores integrantes das carreiras disciplinadas nas Seções II e III deste Capítulo serão remunerados na forma do art. 39, § 4º.

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Apostila PRF Democráticas CAPÍTULO I DO ESTADO DE DEFESA E DO ESTADO DE SÍTIO Seção I DO ESTADO DE DEFESA Art. 136. O Presidente da República pode, ouvidos o Conselho da República e o Conselho de Defesa Nacional, decretar estado de defesa para preservar ou prontamente restabelecer, em locais restritos e determinados, a ordem pública ou a paz social ameaçadas por grave e iminente instabilidade institucional ou atingidas por calamidades de grandes proporções na natureza. § 1º O decreto que instituir o estado de defesa determinará o tempo de sua duração, especificará as áreas a serem abrangidas e indicará, nos termos e limites da lei, as medidas coercitivas a vigorarem, dentre as seguintes: I - restrições aos direitos de: a) reunião, ainda que exercida no seio das associações; b) sigilo de correspondência; c) sigilo de comunicação telegráfica e telefônica; II - ocupação e uso temporário de bens e serviços públicos, na hipótese de calamidade pública, respondendo a União pelos danos e custos decorrentes. § 2º O tempo de duração do estado de defesa não será superior a trinta dias, podendo ser prorrogado uma vez, por igual período, se persistirem as razões que justificaram a sua decretação. § 3º Na vigência do estado de defesa: I - a prisão por crime contra o Estado, determinada pelo executor da medida, será por este comunicada imediatamente ao juiz competente, que a relaxará, se não for legal, facultado ao preso requerer exame de corpo de delito à autoridade policial; II - a comunicação será acompanhada de declaração, pela autoridade, do estado físico e mental do detido no momento de sua autuação; III - a prisão ou detenção de qualquer pessoa não poderá ser superior a dez dias, salvo quando autorizada pelo Poder Judiciário; IV - é vedada a incomunicabilidade do preso. § 4º Decretado o estado de defesa ou sua prorrogação, o Presidente da República, dentro de vinte e quatro horas, submeterá o ato com a respectiva justificação ao Congresso Nacional, que decidirá por maioria absoluta. § 5º Se o Congresso Nacional estiver em recesso, será convocado, extraordinariamente, no prazo de cinco dias. § 6º O Congresso Nacional apreciará o decreto dentro de dez dias contados de seu recebimento, devendo continuar funcionando enquanto vigorar o estado de defesa. § 7º Rejeitado o decreto, cessa imediatamente o estado de defesa. Seção II DO ESTADO DE SÍTIO

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Art. 137. O Presidente da República pode, ouvidos o Conselho da República e o Conselho de Defesa Nacional, solicitar ao Congresso Nacional autorização para decretar o estado de sítio nos casos de: I - comoção grave de repercussão nacional ou ocorrência de fatos que comprovem a ineficácia de medida tomada durante o estado de defesa; II - declaração de estado de guerra ou resposta a agressão armada estrangeira. Parágrafo único. O Presidente da República, ao solicitar autorização para decretar o estado de sítio ou sua prorrogação, relatará os motivos determinantes do pedido, devendo o Congresso Nacional decidir por maioria absoluta. Art. 138. O decreto do estado de sítio indicará sua duração, as normas necessárias a sua execução e as garantias constitucionais que ficarão suspensas, e, depois de publicado, o Presidente da República designará o executor das medidas específicas e as áreas abrangidas. § 1º - O estado de sítio, no caso do art. 137, I, não poderá ser decretado por mais de trinta dias, nem prorrogado, de cada vez, por prazo superior; no do inciso II, poderá ser decretado por todo o tempo que perdurar a guerra ou a agressão armada estrangeira. § 2º - Solicitada autorização para decretar o estado de sítio durante o recesso parlamentar, o Presidente do Senado Federal, de imediato, convocará extraordinariamente o Congresso Nacional para se reunir dentro de cinco dias, a fim de apreciar o ato. § 3º - O Congresso Nacional permanecerá em funcionamento até o término das medidas coercitivas. Art. 139. Na vigência do estado de sítio decretado com fundamento no art. 137, I, só poderão ser tomadas contra as pessoas as seguintes medidas: I - obrigação de permanência em localidade determinada; II - detenção em edifício não destinado a acusados ou condenados por crimes comuns; III - restrições relativas à inviolabilidade da correspondência, ao sigilo das comunicações, à prestação de informações e à liberdade de imprensa, radiodifusão e televisão, na forma da lei; IV - suspensão da liberdade de reunião; V - busca e apreensão em domicílio; VI - intervenção nas empresas de serviços públicos; VII - requisição de bens. Parágrafo único. Não se inclui nas restrições do inciso III a difusão de pronunciamentos de parlamentares efetuados em suas Casas Legislativas, desde que liberada pela respectiva Mesa. Seção III DISPOSIÇÕES GERAIS Art. 140. A Mesa do Congresso Nacional, ouvidos os líderes partidários, designará Comissão composta de cinco de seus membros para acompanhar e fiscalizar a execução das medidas referentes ao estado de defesa e ao estado de sítio.

Apostila PRF Art. 141. Cessado o estado de defesa ou o estado de sítio, cessarão também seus efeitos, sem prejuízo da responsabilidade pelos ilícitos cometidos por seus executores ou agentes. Parágrafo único. Logo que cesse o estado de defesa ou o estado de sítio, as medidas aplicadas em sua vigência serão relatadas pelo Presidente da República, em mensagem ao Congresso Nacional, com especificação e justificação das providências adotadas, com relação nominal dos atingidos e indicação das restrições aplicadas. CAPÍTULO II DAS FORÇAS ARMADAS Art. 142. As Forças Armadas, constituídas pela Marinha, pelo Exército e pela Aeronáutica, são instituições nacionais permanentes e regulares, organizadas com base na hierarquia e na disciplina, sob a autoridade suprema do Presidente da República, e destinam-se à defesa da Pátria, à garantia dos poderes constitucionais e, por iniciativa de qualquer destes, da lei e da ordem. § 1º Lei complementar estabelecerá as normas gerais a serem adotadas na organização, no preparo e no emprego das Forças Armadas. § 2º Não caberá habeas corpus em relação a punições disciplinares militares. § 3º Os membros das Forças Armadas são denominados militares, aplicando-se-lhes, além das que vierem a ser fixadas em lei, as seguintes disposições: I - as patentes, com prerrogativas, direitos e deveres a elas inerentes, são conferidas pelo Presidente da República e asseguradas em plenitude aos oficiais da ativa, da reserva ou reformados, sendo-lhes privativos os títulos e postos militares e, juntamente com os demais membros, o uso dos uniformes das Forças Armadas; II - o militar em atividade que tomar posse em cargo ou emprego público civil permanente, ressalvada a hipótese prevista no art. 37, inciso XVI, alínea "c", será transferido para a reserva, nos termos da lei; III - o militar da ativa que, de acordo com a lei, tomar posse em cargo, emprego ou função pública civil temporária, não eletiva, ainda que da administração indireta, ressalvada a hipótese prevista no art. 37, inciso XVI, alínea "c", ficará agregado ao respectivo quadro e somente poderá, enquanto permanecer nessa situação, ser promovido por antiguidade, contando-se-lhe o tempo de serviço apenas para aquela promoção e transferência para a reserva, sendo depois de dois anos de afastamento, contínuos ou não, transferido para a reserva, nos termos da lei; IV - ao militar são proibidas a sindicalização e a greve; V - o militar, enquanto em serviço ativo, não pode estar filiado a partidos políticos; VI - o oficial só perderá o posto e a patente se for julgado indigno do oficialato ou com ele incompatível, por decisão de tribunal militar de caráter permanente, em tempo de paz, ou de tribunal especial, em tempo de guerra;

VII - o oficial condenado na justiça comum ou militar a pena privativa de liberdade superior a dois anos, por sentença transitada em julgado, será submetido ao julgamento previsto no inciso anterior; VIII - aplica-se aos militares o disposto no art. 7º, incisos VIII, XII, XVII, XVIII, XIX e XXV, e no art. 37, incisos XI, XIII, XIV e XV, bem como, na forma da lei e com prevalência da atividade militar, no art. 37, inciso XVI, alínea "c"; X - a lei disporá sobre o ingresso nas Forças Armadas, os limites de idade, a estabilidade e outras condições de transferência do militar para a inatividade, os direitos, os deveres, a remuneração, as prerrogativas e outras situações especiais dos militares, consideradas as peculiaridades de suas atividades, inclusive aquelas cumpridas por força de compromissos internacionais e de guerra. Art. 143. O serviço militar é obrigatório nos termos da lei. § 1º Às Forças Armadas compete, na forma da lei, atribuir serviço alternativo aos que, em tempo de paz, após alistados, alegarem imperativo de consciência, entendendo-se como tal o decorrente de crença religiosa e de convicção filosófica ou política, para se eximirem de atividades de caráter essencialmente militar. § 2º As mulheres e os eclesiásticos ficam isentos do serviço militar obrigatório em tempo de paz, sujeitos, porém, a outros encargos que a lei lhes atribuir.

CAPÍTULO III DA SEGURANÇA PÚBLICA Art. 144. A segurança pública, dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, é exercida para a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio, através dos seguintes órgãos: I - polícia federal; II - polícia rodoviária federal; III - polícia ferroviária federal; IV - polícias civis; V - polícias militares e corpos de bombeiros militares. § 1º A polícia federal, instituída por lei como órgão permanente, organizado e mantido pela União e estruturado em carreira, destina-se a:" I - apurar infrações penais contra a ordem política e social ou em detrimento de bens, serviços e interesses da União ou de suas entidades autárquicas e empresas públicas, assim como outras infrações cuja prática tenha repercussão interestadual ou internacional e exija repressão uniforme, segundo se dispuser em lei; II - prevenir e reprimir o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o contrabando e o descaminho, sem prejuízo da ação fazendária e de outros órgãos públicos nas respectivas áreas de competência; III - exercer as funções de polícia marítima, aeroportuária e de fronteiras;

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Apostila PRF IV - exercer, com exclusividade, as funções de polícia judiciária da União. § 2º A polícia rodoviária federal, órgão permanente, organizado e mantido pela União e estruturado em carreira, destina-se, na forma da lei, ao patrulhamento ostensivo das rodovias federais. § 3º A polícia ferroviária federal, órgão permanente, organizado e mantido pela União e estruturado em carreira, destina-se, na forma da lei, ao patrulhamento ostensivo das ferrovias federais § 4º Às polícias civis, dirigidas por delegados de polícia de carreira, incumbem, ressalvada a competência da União, as funções de polícia judiciária e a apuração de infrações penais, exceto as militares. § 5º Às polícias militares cabem a polícia ostensiva e a preservação da ordem pública; aos corpos de bombeiros militares, além das atribuições definidas em lei, incumbe a execução de atividades de defesa civil. § 6º As polícias militares e corpos de bombeiros militares, forças auxiliares e reserva do Exército, subordinam-se, juntamente com as polícias civis, aos Governadores dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios. § 7º A lei disciplinará a organização e o funcionamento dos órgãos responsáveis pela segurança pública, de maneira a garantir a eficiência de suas atividades. § 8º Os Municípios poderão constituir guardas municipais destinadas à proteção de seus bens, serviços e instalações, conforme dispuser a lei. § 9º A remuneração dos servidores policiais integrantes dos órgãos relacionados neste artigo será fixada na forma do § 4º do art. 39. § 10. A segurança viária, exercida para a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do seu patrimônio nas vias públicas: I - compreende a educação, engenharia e fiscalização de trânsito, além de outras atividades previstas em lei, que assegurem ao cidadão o direito à mobilidade urbana eficiente; e II - compete, no âmbito dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, aos respectivos órgãos ou entidades executivos e seus agentes de trânsito, estruturados em Carreira, na forma da lei.

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Apostila PRF ÉTICA O termo ética deriva do grego ethos (caráter, modo de ser de uma pessoa). Nasceu da filosofia. Ética é um conjunto de valores morais e princípios que norteiam a conduta humana na sociedade. A ética serve para que haja um equilíbrio e bom funcionamento social, possibilitando que ninguém saia prejudicado. Neste sentido, a ética, embora não possa ser confundida com as leis, está relacionada com o sentimento de justiça social. É o estudo do comportamento humano dentro de cada sociedade. Esse estudo busca a convivência pacífica dentro de cada sociedade. A ética é construída por uma sociedade com base nos valores históricos e culturais. Do ponto de vista da Filosofia, a Ética é uma ciência que estuda os valores e princípios morais de uma sociedade e seus grupos. •

É a reflexão filosófica sobre a moral (caráter teórico). É a “ciência” que estuda a moral (diretamente relacionada à política e à filosofia).



Para Aurélio Buarque de Holanda, ética é "o estudo dos juízos de apreciação que se referem à conduta humana susceptível de qualificação do ponto de vista do bem e do mal”.

MORAL A palavra moral vem do latim mós ou mores, que significa costume ou costumes. É a parte da filosofia que trata dos costumes, deveres e modo de proceder dos homens nas relações com seus semelhantes. Os princípios morais como a honestidade, a bondade, o respeito, a virtude, etc., determinam o sentido moral de cada indivíduo. São valores universais que regem a conduta humana e as relações saudáveis e harmoniosas. CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL DO SERVIDOR PÚBLICO CIVIL DO PODER EXECUTIVO FEDERAL A primeira parte, que constitui o Capítulo I, abrange as regras deontológicas (Seção I), os principais deveres do servidor público (Seção II), bem como as vedações (Seção III), e a segunda, que constitui o Capítulo II, trata da

criação e do funcionamento das Comissões de Ética em todos os órgãos do Poder Executivo Federal.

CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL DO SERVIDOR PÚBLICO CIVIL •

Decreto n.º 1.171/94 veio ao encontro de um clamor da sociedade brasileira, que exigiu uma resposta das autoridades, em razão dos inúmeros atos de corrupção generalizada por parte de nossos dirigentes.

CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL DO SERVIDOR PÚBLICO CIVIL DO PODER EXECUTIVO FEDERAL Dirigentes seduzidos pela impunidade no cometimento de condutas ilícitas e imorais, originadas, quase sempre, pela ausência de valores éticos e morais, incorrem em locupletação indevida do dinheiro público. A finalidade mais nobre na elaboração do Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal é a de criar mecanismos de controle, objetivando uma ampla discussão sobre o assunto, promovendo a reflexão necessária sobre o “modus operandi” do servidor, no que versa sua conduta profissional e pessoal. Todo Código de Ética Profissional tem como objetivo principal firmar o compromisso moral do servidor, proporcionando elevado padrão de comportamento ético capaz de assegurar, em todos os casos, a lisura e a transparência dos atos praticados na condução da coisa pública. Seção I Das Regras Deontológicas: DEONTOLOGIA: teoria do dever no que diz respeito à moral; conjunto de deveres que impõe a certos profissionais o cumprimento da sua função, como por exemplo, a deontologia dos médicos, dos jornalistas e dos servidores públicos. Pode-se dizer ainda que a deontologia consiste no conjunto de regras e princípios que regem a conduta de um profissional, uma ciência que estuda os deveres de uma determinada profissão.

Apostila PRF As regras deontológicas são aquelas que têm como fundamento os valores morais do grupo social em que estão inseridas. I - A dignidade, o decoro, o zelo, a eficácia e a consciência dos princípios morais são primados maiores que devem nortear o servidor público, seja no exercício do cargo ou função, ou fora dele, já que refletirá o exercício da vocação do próprio poder estatal. Seus atos, comportamentos e atitudes serão direcionados para a preservação da honra e da tradição dos serviços públicos. II - O servidor público não poderá jamais desprezar o elemento ético de sua conduta. Assim, não terá que decidir somente entre o legal e o ilegal, o justo e o injusto, o conveniente e o inconveniente, o oportuno e o inoportuno, mas principalmente entre o honesto e o desonesto, consoante as regras contidas no art. 37, caput, e § 4°, da Constituição Federal. CF/88, Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: § 4º - Os atos de improbidade administrativa importarão a suspensão dos direitos políticos, a perda da função pública, a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário, na forma e gradação previstas em lei, sem prejuízo da ação penal cabível. III - A moralidade da Administração Pública não se limita à distinção entre o bem e o mal, devendo ser acrescida da ideia de que o fim é sempre o bem comum. O equilíbrio entre a legalidade e a finalidade, na conduta do servidor público, é que poderá consolidar a moralidade do ato administrativo. IV - A remuneração do servidor público é custeada pelos tributos pagos direta ou indiretamente por todos, até por ele próprio, e por isso se exige, como contrapartida, que a moralidade administrativa se integre no Direito, como elemento indissociável de sua aplicação e de sua finalidade, erigindo-se, como consequência em fator de legalidade.

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V - O trabalho desenvolvido pelo servidor público perante a comunidade deve ser entendido como acréscimo ao seu próprio bem-estar, já que, como cidadão, integrante da sociedade, o êxito desse trabalho pode ser considerado como seu maior patrimônio. VI - A função pública deve ser tida como exercício profissional e, portanto, se integra na vida particular de cada servidor público. Assim, os fatos e atos verificados na conduta do dia-a-dia em sua vida privada poderão acrescer ou diminuir o seu bom conceito na vida funcional. VII - Salvo os casos de segurança nacional, investigações policiais ou interesse superior do Estado e da Administração Pública, a serem preservados em processo previamente declarado sigiloso, nos termos da lei, a publicidade de qualquer ato administrativo constitui requisito de eficácia e moralidade, ensejando sua omissão comprometimento ético contra o bem comum, imputável a quem a negar. VIII - Toda pessoa tem direito à verdade. O servidor não pode omiti-la ou falseá-la, ainda que contrária aos interesses da própria pessoa interessada ou da Administração Pública. Nenhum Estado pode crescer ou estabilizar-se sobre o poder corruptivo do hábito do erro, da opressão, ou da mentira, que sempre aniquilam até mesmo a dignidade humana quanto mais a de uma Nação. IX - A cortesia, a boa vontade, o cuidado e o tempo dedicados ao serviço público caracterizam o esforço pela disciplina. Tratar mal uma pessoa que paga seus tributos direta ou indiretamente significa causar-lhe dano moral. Continuação do inciso IX... Da mesma forma, causar dano a qualquer bem pertencente ao patrimônio público, deteriorando-o, por descuido ou má vontade, não constitui apenas uma ofensa ao equipamento e às instalações ou ao Estado, mas a todos os homens de boa vontade que dedicaram sua inteligência, seu tempo, suas esperanças e seus esforços para construílos.

Apostila PRF X - Deixar o servidor público qualquer pessoa à espera de solução que compete ao setor em que exerça suas funções, permitindo a formação de longas filas, ou qualquer outra espécie de atraso na prestação do serviço, não caracteriza apenas atitude contra a ética ou ato de desumanidade, mas principalmente grave dano moral aos usuários dos serviços públicos. XI - O servidor deve prestar toda a sua atenção às ordens legais de seus superiores, velando atentamente por seu cumprimento, e, assim, evitando a conduta negligente, os repetidos erros, o descaso e o acúmulo de desvios tornam-se, às vezes, difíceis de corrigir e caracterizam até mesmo imprudência no desempenho da função pública. XII - Toda ausência injustificada do servidor de seu local de trabalho é fator de desmoralização do serviço público, o que quase sempre conduz à desordem nas relações humanas. XIII - O servidor que trabalha em harmonia com a estrutura organizacional, respeitando seus colegas e cada concidadão, colabora e de todos pode receber colaboração, pois sua atividade pública é a grande oportunidade para o crescimento e o engrandecimento da Nação. CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL DO SERVIDOR PÚBLICO CIVIL DO PODER EXECUTIVO FEDERAL Seção II Dos Principais Deveres do Servidor Público XIV - São deveres fundamentais do servidor público: a) desempenhar, a tempo, as atribuições do cargo, função ou emprego público de que seja titular; b) exercer suas atribuições com rapidez, perfeição e rendimento, pondo fim ou procurando prioritariamente resolver situações procrastinatórias, principalmente diante de filas ou de qualquer outra espécie de atraso na prestação dos serviços pelo setor em que exerça suas atribuições, com o fim de evitar dano moral ao usuário;

quando estiver diante de duas opções, a melhor e a mais vantajosa para o bem comum; d) jamais retardar qualquer prestação de contas, condição essencial da gestão dos bens, direitos e serviços da coletividade a seu cargo; e) tratar cuidadosamente os usuários dos serviços, aperfeiçoando o processo de comunicação e contato com o público; f) ter consciência de que seu trabalho é regido por princípios éticos que se materializam na adequada prestação dos serviços públicos; g) ser cortês, ter urbanidade, disponibilidade e atenção, respeitando a capacidade e as limitações individuais de todos os usuários do serviço público, sem qualquer espécie de preconceito ou distinção de raça, sexo, nacionalidade, cor, idade, religião, cunho político e posição social, abstendo-se, dessa forma, de causar-lhes dano moral; h) ter respeito à hierarquia, porém sem nenhum temor de representar contra qualquer compromei) resistir a todas as pressões de superiores hierárquicos, de contratantes, interessados e outros que visem obter quaisquer favores, benesses ou vantagens indevidas em decorrência de ações imorais, ilegais ou aéticas e denunciá-las; j) zelar, no exercício do direito de greve, pelas exigências específicas da defesa da vida e da segurança coletiva; l) ser assíduo e frequente ao serviço, na certeza de que sua ausência provoca danos ao trabalho ordenado, refletindo negativamente em todo o sistema; m) comunicar imediatamente a seus superiores todo e qualquer ato ou fato contrário ao interesse público, exigindo as providências cabíveis; n) manter limpo e em perfeita ordem o local de trabalho, seguindo os métodos mais adequados à sua organização e distribuição;

c) ser probo, reto, leal e justo, demonstrando toda a integridade do seu caráter, escolhendo sempre,

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Apostila PRF o) participar dos movimentos e estudos que se relacionem com a melhoria do exercício de suas funções, tendo por escopo a realização do bem comum; p) apresentar-se ao trabalho com vestimentas adequadas ao exercício da função; q) manter-se atualizado com as instruções, as normas de serviço e a legislação pertinentes ao órgão onde exerce suas funções; r) cumprir, de acordo com as normas do serviço e as instruções superiores, as tarefas de seu cargo ou função, tanto quanto possível, com critério, segurança e rapidez, mantendo tudo sempre em boa ordem; s) facilitar a fiscalização de todos atos ou serviços por quem de direito; t) exercer, com estrita moderação, as prerrogativas funcionais que lhe sejam atribuídas, abstendo-se de fazê-lo contrariamente aos legítimos interesses dos usuários do serviço público e dos jurisdicionados administrativos; u) abster-se, de forma absoluta, de exercer sua função, poder ou autoridade com finalidade estranha ao interesse público, mesmo que observando as formalidades legais e não cometendo qualquer violação expressa à lei; v) divulgar e informar a todos os integrantes da sua classe sobre a existência deste Código de Ética, estimulando o seu integral cumprimento. DECRETO Nº 1.171, DE 22 DE JUNHO DE 1994 Aprova o Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal. O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso das atribuições que lhe confere o art. 84, incisos IV e VI, e ainda tendo em vista o disposto no art. 37 da Constituição, bem como nos arts. 116 e 117 da Lei n° 8.112, de 11 de dezembro de 1990, e nos arts. 10, 11 e 12 da Lei n° 8.429, de 2 de junho de 1992, DECRETA:

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Art. 1° Fica aprovado o Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal, que com este baixa. Art. 2° Os órgãos e entidades da Administração Pública Federal direta e indireta implementarão, em sessenta dias, as providências necessárias à plena vigência do Código de Ética, inclusive mediante a Constituição da respectiva Comissão de Ética, integrada por três servidores ou empregados titulares de cargo efetivo ou emprego permanente. Parágrafo único. A constituição da Comissão de Ética será comunicada à Secretaria da Administração Federal da Presidência da República, com a indicação dos respectivos membros titulares e suplentes. Art. 3° Este decreto entra em vigor na data de sua publicação. Brasília, 22 de junho de 1994, 173° da Independência e 106° da República. ITAMAR Romildo Canhim

FRANCO

Este texto não substitui o publicado no DOU de 23.6.1994. ANEXO Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal CAPÍTULO I Seção I Das Regras Deontológicas I - A dignidade, o decoro, o zelo, a eficácia e a consciência dos princípios morais são primados maiores que devem nortear o servidor público, seja no exercício do cargo ou função, ou fora dele, já que refletirá o exercício da vocação do próprio poder estatal. Seus atos, comportamentos e atitudes serão direcionados para a preservação da honra e da tradição dos serviços públicos. II - O servidor público não poderá jamais desprezar o elemento ético de sua conduta. Assim, não terá que decidir somente entre o legal e o ilegal, o justo e o injusto, o conveniente e o inconveniente, o oportuno e o inoportuno, mas principalmente entre o honesto e o desonesto, consoante as regras contidas no art. 37, caput, e § 4°, da Constituição Federal.

Apostila PRF III - A moralidade da Administração Pública não se limita à distinção entre o bem e o mal, devendo ser acrescida da idéia de que o fim é sempre o bem comum. O equilíbrio entre a legalidade e a finalidade, na conduta do servidor público, é que poderá consolidar a moralidade do ato administrativo. IV- A remuneração do servidor público é custeada pelos tributos pagos direta ou indiretamente por todos, até por ele próprio, e por isso se exige, como contrapartida, que a moralidade administrativa se integre no Direito, como elemento indissociável de sua aplicação e de sua finalidade, erigindo-se, como conseqüência, em fator de legalidade.

X - Deixar o servidor público qualquer pessoa à espera de solução que compete ao setor em que exerça suas funções, permitindo a formação de longas filas, ou qualquer outra espécie de atraso na prestação do serviço, não caracteriza apenas atitude contra a ética ou ato de desumanidade, mas principalmente grave dano moral aos usuários dos serviços públicos. XI - O servidor deve prestar toda a sua atenção às ordens legais de seus superiores, velando atentamente por seu cumprimento, e, assim, evitando a conduta negligente. Os repetidos erros, o descaso e o acúmulo de desvios tornam-se, às vezes, difíceis de corrigir e caracterizam até mesmo imprudência no desempenho da função pública.

V - O trabalho desenvolvido pelo servidor público perante a comunidade deve ser entendido como acréscimo ao seu próprio bem-estar, já que, como cidadão, integrante da sociedade, o êxito desse trabalho pode ser considerado como seu maior patrimônio.

XII - Toda ausência injustificada do servidor de seu local de trabalho é fator de desmoralização do serviço público, o que quase sempre conduz à desordem nas relações humanas.

VI - A função pública deve ser tida como exercício profissional e, portanto, se integra na vida particular de cada servidor público. Assim, os fatos e atos verificados na conduta do dia-a-dia em sua vida privada poderão acrescer ou diminuir o seu bom conceito na vida funcional.

XIII - O servidor que trabalha em harmonia com a estrutura organizacional, respeitando seus colegas e cada concidadão, colabora e de todos pode receber colaboração, pois sua atividade pública é a grande oportunidade para o crescimento e o engrandecimento da Nação.

VII - Salvo os casos de segurança nacional, investigações policiais ou interesse superior do Estado e da Administração Pública, a serem preservados em processo previamente declarado sigiloso, nos termos da lei, a publicidade de qualquer ato administrativo constitui requisito de eficácia e moralidade, ensejando sua omissão comprometimento ético contra o bem comum, imputável a quem a negar.

Seção II

VIII - Toda pessoa tem direito à verdade. O servidor não pode omiti-la ou falseá-la, ainda que contrária aos interesses da própria pessoa interessada ou da Administração Pública. Nenhum Estado pode crescer ou estabilizar-se sobre o poder corruptivo do hábito do erro, da opressão ou da mentira, que sempre aniquilam até mesmo a dignidade humana quanto mais a de uma Nação. IX - A cortesia, a boa vontade, o cuidado e o tempo dedicados ao serviço público caracterizam o esforço pela disciplina. Tratar mal uma pessoa que paga seus tributos direta ou indiretamente significa causarlhe dano moral. Da mesma forma, causar dano a qualquer bem pertencente ao patrimônio público, deteriorando-o, por descuido ou má vontade, não constitui apenas uma ofensa ao equipamento e às instalações ou ao Estado, mas a todos os homens de boa vontade que dedicaram sua inteligência, seu tempo, suas esperanças e seus esforços para construí-los.

Dos Principais Deveres do Servidor Público XIV - São deveres fundamentais do servidor público: a) desempenhar, a tempo, as atribuições do cargo, função ou emprego público de que seja titular; b) exercer suas atribuições com rapidez, perfeição e rendimento, pondo fim ou procurando prioritariamente resolver situações procrastinatórias, principalmente diante de filas ou de qualquer outra espécie de atraso na prestação dos serviços pelo setor em que exerça suas atribuições, com o fim de evitar dano moral ao usuário; c) ser probo, reto, leal e justo, demonstrando toda a integridade do seu caráter, escolhendo sempre, quando estiver diante de duas opções, a melhor e a mais vantajosa para o bem comum; d) jamais retardar qualquer prestação de contas, condição essencial da gestão dos bens, direitos e serviços da coletividade a seu cargo; e) tratar cuidadosamente os usuários dos serviços aperfeiçoando o processo de comunicação e contato com o público;

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Apostila PRF f) ter consciência de que seu trabalho é regido por princípios éticos que se materializam na adequada prestação dos serviços públicos; g) ser cortês, ter urbanidade, disponibilidade e atenção, respeitando a capacidade e as limitações individuais de todos os usuários do serviço público, sem qualquer espécie de preconceito ou distinção de raça, sexo, nacionalidade, cor, idade, religião, cunho político e posição social, abstendo-se, dessa forma, de causarlhes dano moral; h) ter respeito à hierarquia, porém sem nenhum temor de representar contra qualquer comprometimento indevido da estrutura em que se funda o Poder Estatal;

t) exercer com estrita moderação as prerrogativas funcionais que lhe sejam atribuídas, abstendo-se de fazê-lo contrariamente aos legítimos interesses dos usuários do serviço público e dos jurisdicionados administrativos; u) abster-se, de forma absoluta, de exercer sua função, poder ou autoridade com finalidade estranha ao interesse público, mesmo que observando as formalidades legais e não cometendo qualquer violação expressa à lei; v) divulgar e informar a todos os integrantes da sua classe sobre a existência deste Código de Ética, estimulando o seu integral cumprimento. Seção III

i) resistir a todas as pressões de superiores hierárquicos, de contratantes, interessados e outros que visem obter quaisquer favores, benesses ou vantagens indevidas em decorrência de ações imorais, ilegais ou aéticas e denunciá-las; j) zelar, no exercício do direito de greve, pelas exigências específicas da defesa da vida e da segurança coletiva; l) ser assíduo e freqüente ao serviço, na certeza de que sua ausência provoca danos ao trabalho ordenado, refletindo negativamente em todo o sistema; m) comunicar imediatamente a seus superiores todo e qualquer ato ou fato contrário ao interesse público, exigindo as providências cabíveis; n) manter limpo e em perfeita ordem o local de trabalho, seguindo os métodos mais adequados à sua organização e distribuição; o) participar dos movimentos e estudos que se relacionem com a melhoria do exercício de suas funções, tendo por escopo a realização do bem comum; p) apresentar-se ao trabalho com vestimentas adequadas ao exercício da função; q) manter-se atualizado com as instruções, as normas de serviço e a legislação pertinentes ao órgão onde exerce suas funções; r) cumprir, de acordo com as normas do serviço e as instruções superiores, as tarefas de seu cargo ou função, tanto quanto possível, com critério, segurança e rapidez, mantendo tudo sempre em boa ordem. s) facilitar a fiscalização de todos atos ou serviços por quem de direito;

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Das Vedações ao Servidor Público XV - E vedado ao servidor público; a) o uso do cargo ou função, facilidades, amizades, tempo, posição e influências, para obter qualquer favorecimento, para si ou para outrem; b) prejudicar deliberadamente a reputação de outros servidores ou de cidadãos que deles dependam; c) ser, em função de seu espírito de solidariedade, conivente com erro ou infração a este Código de Ética ou ao Código de Ética de sua profissão; d) usar de artifícios para procrastinar ou dificultar o exercício regular de direito por qualquer pessoa, causando-lhe dano moral ou material; e) deixar de utilizar os avanços técnicos e científicos ao seu alcance ou do seu conhecimento para atendimento do seu mister; f) permitir que perseguições, simpatias, antipatias, caprichos, paixões ou interesses de ordem pessoal interfiram no trato com o público, com os jurisdicionados administrativos ou com colegas hierarquicamente superiores ou inferiores; g) pleitear, solicitar, provocar, sugerir ou receber qualquer tipo de ajuda financeira, gratificação, prêmio, comissão, doação ou vantagem de qualquer espécie, para si, familiares ou qualquer pessoa, para o cumprimento da sua missão ou para influenciar outro servidor para o mesmo fim; h) alterar ou deturpar o teor de documentos que deva encaminhar para providências;

Apostila PRF i) iludir ou tentar iludir qualquer pessoa que necessite do atendimento em serviços públicos; j) desviar servidor público para atendimento a interesse particular;

as fundações públicas, as entidades paraestatais, as empresas públicas e as sociedades de economia mista, ou em qualquer setor onde prevaleça o interesse do Estado.

l) retirar da repartição pública, sem estar legalmente autorizado, qualquer documento, livro ou bem pertencente ao patrimônio público; m) fazer uso de informações privilegiadas obtidas no âmbito interno de seu serviço, em benefício próprio, de parentes, de amigos ou de terceiros; n) apresentar-se embriagado no serviço ou fora dele habitualmente; o) dar o seu concurso a qualquer instituição que atente contra a moral, a honestidade ou a dignidade da pessoa humana; p) exercer atividade profissional aética ou ligar o seu nome a empreendimentos de cunho duvidoso. CAPÍTULO II DAS COMISSÕES DE ÉTICA XVI - Em todos os órgãos e entidades da Administração Pública Federal direta, indireta autárquica e fundacional, ou em qualquer órgão ou entidade que exerça atribuições delegadas pelo poder público, deverá ser criada uma Comissão de Ética, encarregada de orientar e aconselhar sobre a ética profissional do servidor, no tratamento com as pessoas e com o patrimônio público, competindo-lhe conhecer concretamente de imputação ou de procedimento susceptível de censura. XVIII - À Comissão de Ética incumbe fornecer, aos organismos encarregados da execução do quadro de carreira dos servidores, os registros sobre sua conduta ética, para o efeito de instruir e fundamentar promoções e para todos os demais procedimentos próprios da carreira do servidor público. XXII - A pena aplicável ao servidor público pela Comissão de Ética é a de censura e sua fundamentação constará do respectivo parecer, assinado por todos os seus integrantes, com ciência do faltoso. XXIV - Para fins de apuração do comprometimento ético, entende-se por servidor público todo aquele que, por força de lei, contrato ou de qualquer ato jurídico, preste serviços de natureza permanente, temporária ou excepcional, ainda que sem retribuição financeira, desde que ligado direta ou indiretamente a qualquer órgão do poder estatal, como as autarquias,

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Apostila PRF INFORMÁTICA Assista Canal prof. Augusto Moura https://www.youtube.com/channel/UC4xVjdtotuP23Kqzuul9iJA HARDWARE E SOFTWARE Divisão: Hardware: todo o equipamento, suas peças, isto é, tudo o que "pode ser tocado", denominase hardware. Alguns equipamentos: monitor, teclado e mouse são também chamados de periféricos. Outros exemplos de hardware: memórias, processadores, gabinetes, disco rígido, etc. Software: consiste na parte que "não se pode tocar", ou seja, toda a parte virtual, onde estão incluídos os drivers, os programas e o sistema operacional. Nota: Peopleware: são pessoas que trabalham diretamente, ou indiretamente, como área de processamento de dados, ou mesmo com Sistema de Informação. O peopleware é a parte humana que se utiliza das diversas funcionalidades dos sistemas computacionais, seja este usuário um Analista de sistema ou, até mesmo, um simples cliente que faz uma consulta em um caixa eletrônico da Rede Bancária, como também uma atendente de um Supermercado. Computadores podem ser classificados de acordo com a função que exercem ou pelas suas dimensões (capacidade de processamento)..

Classificação: Quanto à Capacidade de Processamento  Microcomputador - Também chamado Computador pessoal ouainda Computador doméstico.  Mainframe - Um computador maior em tamanho e mais poderoso.  Supercomputador - Muito maior em dimensões, pesando algumas toneladas e capaz de, em alguns casos, efetuar cálculos que levariam 100 anos para serem calculados em um microcomputador.

Quanto às suas Funções

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 Console ou videogame - Como dito não são computadores propriamente ditos, mas atualmente conseguem realizar muitas, senão quase todas, as funções dos computadores pessoais.  Servidor (server) Um computador que serve uma rede de computadores. São de diversos tipos. Tanto microcomputadores quanto mainframes são usados como servidores.  Estação de trabalho (Workstation) - Serve um único usuário e tende a possuir hardware e software não encontráveis em computadores pessoais, embora externamente se pareçam muito com os computadores pessoais. Tanto microcomputadores quanto mainframes são usados como estações de trabalho.  Sistema embarcado, computador dedicado ou computador integrado (embedded computer) - De menores proporções, é parte integrante de uma máquina ou dispositivo. Por exemplo, uma unidade de comando da injeção eletrônica de um automóvel, que é específica para atuar no gerenciamento eletrônico do sistema de injeção de combustível e ignição. Eles são chamados de dedicados, pois executam apenas a tarefa para a qual foram programados. Tendem a ter baixa capacidade de processamento, às vezes inferior aos microcomputadores. Um mainframe é um computador de grande porte, dedicado normalmente ao processamento de um volume grande de informações. Os mainframes são capazes de oferecer serviços de processamento a milhares de usuários através de milhares de terminais conectados diretamente ou através de uma rede. Embora venham perdendo espaço para os servidores de arquitetura PC e servidores Unix, de custo bem menor, ainda são muito usados em ambientes comerciais e grandes empresas (bancos, empresas de aviação, universidades, etc.). Quase todos os mainframes têm a capacidade de executar múltiplos sistemas operacionais, e assim não operar como um único computador, mas como um número de máquinas virtuais. Neste papel, um único mainframe pode substituir dezenas ou mesmo centenas de servidores menores. Os mainframes surgiram com a necessidade das empresas em executar tarefas, que levavam dias para serem concluídas. Era preciso então criar um supercomputador capaz de executar estas tarefas em menos tempo e com mais precisão.

Apostila PRF Bytes de oito bits também são chamados de octetos. Existem também termos para referir-se a múltiplos de bits usando padrões prefixados, como quilobit (Kb), megabit (Mb), gigabit (Gb) e Terabit (Tb). De notar que a notação para bit utiliza um "b" minúsculo, em oposição à notação para byte que utiliza um "B" maiúsculo (kB, MB, GB, TB). Mainframe IBM. Gabinete Estação de trabalho ( Workstation) era o nome genérico dado a computadores situados, em termos de potência de cálculo, entre o computador pessoal e o computador de grande porte, ou mainframe. Algumas destas máquinas eram vocacionadas para aplicações com requisitos gráficos acima da média, podendo então ser referidas como Estação gráfica ou Estação gráfica de trabalho (Graphical Workstation). No início da década de 1980, os pioneiros nesta área foram Apollo Computer e Sun Microsystems, que criaram estações de trabalho rodando UNIX em plataformas baseadas no microprocessador 68000 da Motorola. Hoje, devido ao poder de processamento muito maior dos PCs comuns, o termo às vezes é usado como sinônimo de computador pessoal.

O gabinete é uma caixa metálica (e/ou com elementos de plástico) vertical ou horizontal, que guarda todos os componentes do computador (placas, HD, processador, etc). No gabinete, fica localizada também a fonte de alimentação, que serve para converter corrente alternada em corrente contínua para alimentar os componentes do computador. Assim, a placa-mãe, os drives, o HD e o cooler, devem ser ligados à fonte. As placas conectadas nos slots da placa-mãe recebem energia por esta, de modo que dificilmente precisam de um alimentador exclusivo. Gabinetes, fontes e placas-mãe precisam ser de um mesmo padrão, do contrário, acaba sendo praticamente impossível conectá-los. O padrão em uso atualmente é o ATX. As baias são aquelas "gavetinhas", no português vulgar, localizadas na parte frontal do gabinete. Nos espaços das baias é que drives de DVD e outros são encaixados.

Bit e byte. Bit (simplificação para dígito binário, "BInary digiT" em inglês) é a menor unidade de informação que pode ser armazenada ou transmitida. Usada na Computação e na Teoria da Informação. Um bit pode assumir somente 2 valores, por exemplo: 0 ou 1, verdadeiro ou falso. Embora os computadores tenham instruções (ou comandos) que possam testar e manipular bits, geralmente são idealizados para armazenar instruções em múltiplos de bits, chamados bytes. No princípio, byte tinha tamanho variável, mas atualmente tem oito bits.

Placa-mãe Este componente também pode ser interpretado como a "espinha dorsal" do computador, afinal, é ele que interliga todos os dispositivos do equipamento. Para isso, a placa-mãe (ou, em inglês, motherboard) possui vários tipos de conectores. O processador é instalado em seu socket, o HD é ligado nas portas IDE ou SATA, a placa de vídeo pode ser conectada nos slots AGP 8x ou PCI-Express 16x e as outras placas (placa de som, placa de rede, etc) pode serencaixada nos slots PCI ou, mais recentemente, em entradas PCI

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Apostila PRF Express (essa tecnologia não serve apenas para conectar placas de vídeo). Ainda há o conector da fonte, os encaixes das memórias, enfim. Todas as placas-mãe possuem BIOS (Basic Input Output System). Trata-se de um pequeno software de controle armazenado em um chip de memória ROM que guarda configurações do hardware e informações referentes à data e hora. Para manter as configurações do BIOS, em geral, uma bateria de níquel-cádmio ou lítio é utilizada. Dessa forma, mesmo com o computador desligado, é possível manter o relógio do sistema ativo, assim como as configurações de hardware. A imagem abaixo mostra um exemplo de placa-mãe. Em A ficam os conectores para o mouse, para o teclado, para o áudio, etc. Em B, o slot onde o processador deve ser encaixado. Em C ficam os slots onde os pentes de memória são inseridos. D mostra um conector IDE. Em E é possível ser os conectores SATA. Por fim, F mostra os slots de expansão (onde se pode adicionar placas de som, placas de rede, entre outros), com destaque para o slot PCI Express 16xpara o encaixe da placa de vídeo.

Vale ressaltar que cada processador tem um número de pinos ou contatos. Por exemplo, o antigo Athlon XP tem 462 pinos (essa combinação é chamada Socket A) e, logo, é necessário fazer uso de uma placamãe que aceite esse modelo (esse socket). Assim sendo, na montagem de um computador, a primeira decisão a se tomar é qual processador comprar, pois a partir daí é que se escolhe a placa-mãe e, em seguida, o restante das peças. O mercado de processadores é dominado, essencialmente, por duas empresas: Intel e AMD. Eis alguns exemplos de seus processadores: Intel Core 2 Duo, Intel Core i7, Intel Atom (para dispositivos portáteis), AMD Athlon X2, AMD Phenom II e AMD Turion X2 (também para dispositivos portáteis). Abaixo, a foto de um processador.

Barramentos

Processador Este é o grande pivô da história. O processador, basicamente, é o "cérebro" do computador. Praticamente tudo passa por ele, já que é o processador o responsável por executar todas as instruções necessárias. Quanto mais "poderoso" for o processador, mais rapidamente suas tarefas serão executadas. Todo processador deve ter um cooler (ou algum outro sistema de controle de temperatura). Essa peça (um tipo de ventilador) é a responsável por manter a temperatura do processador em níveis aceitáveis. Quanto menor for a temperatura, maior será a vida útil do chip.

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De maneira geral, os barramentos são responsáveis pela interligação e comunicação dos dispositivos em um computador. Note que, para o processador se comunicar com a memória e o conjunto de dispositivos de entrada e saída, há três setas, isto é, barramentos: um se chama barramento de endereços (address bus); outro barramento de dados (data bus); o terceiro, barramento de controle (control bus).

Apostila PRF O barramento de endereços, basicamente, indica de onde os dados a serem processados devem ser retirados ou para onde devem ser enviados. A comunicação por este meio é unidirecional, razão pela qual só há seta em uma das extremidades da linha no gráfico que representa a sua comunicação. Como o nome deixa claro, é pelo barramento de dados que as informações transitam. Por sua vez, o barramento de controle faz a sincronização das referidas atividades, habilitando ou desabilitando o fluxo de dados, por exemplo. Para você compreender melhor, imagine que o processador necessita de um dado presente na memória. Pelo barramento de endereços, a CPU obtém a localização deste dado dentro da memória. Como precisa apenas acessar o dado, o processador indica pelo barramento de controle que esta é uma operação de leitura. O dado é então localizado e inserido no barramento de dados, por onde o processador, finalmente, o lê.

Você já sabe: as frequências com as quais os processadores trabalham são conhecidas como clock interno. Mas, os processadores também contam com o que chamamos de clock externo ou Front Side Bus (FSB) ou, ainda, barramento frontal. O FSB existe porque, devido a limitações físicas, os processadores não podem se comunicar com o chipset e com a memória RAM - mais precisamente, com o controlador da memória, que pode estar na ponte norte (northbridge) do chipset - utilizando a mesma velocidade do clock interno. Assim, quando esta comunicação é feita, o clock externo, de frequência mais baixa, é que entra em ação.

Clock interno Em um computador, todas as atividades necessitam de sincronização. O clock interno (ou apenas clock) serve justamente a este fim, ou seja, basicamente, atua como um sinal para sincronismo. Quando os dispositivos do computador recebem o sinal de executar suas atividades, dá-se a esse acontecimento o nome de "pulso de clock". Em cada pulso, os dispositivos executam suas tarefas, param e vão para o próximo ciclo de clock. A medição do clock é feita em hertz (Hz), a unidade padrão de medidas de frequência, que indica o número de oscilações ou ciclos que ocorre dentro de uma determinada medida de tempo, no caso, segundos. Assim, se um processador trabalha à 800 Hz, por exemplo, significa que ele é capaz de lidar com 800 operações de ciclos de clock por segundo. Repare que, para fins práticos, a palavra kilohertz (KHz) é utilizada para indicar 1000 Hz, assim como o termo megahertz (MHz) é usado para referenciar 1000 KHz (ou 1 milhão de hertz). De igual forma, gigahertz (GHz) é a denominação usada quando se tem 1000 MHz e assim por diante. Com isso, se um processador conta com, por exemplo, uma frequência de 800 MHz, significa que pode trabalhar com 800 milhões de ciclos por segundo. Neste ponto, você provavelmente deve ter entendido que é daqui que vêm expressões como "processador Intel Core i5 de 2,8 GHz", por exemplo.

Note que, para obter o clock interno, o processador faz uso de um procedimento de multiplicação do clock externo. Para entender melhor, suponha que um determinado processador tenha clock externo de 100 MHz. Como o seu fabricante indica que este chip trabalha à 1,6 GHz (ou seja, tem clock interno de 1,6 GHz), seu clock externo é multiplicado por 16: 100 x 16 = 1600 MHz ou 1,6 GHz. Quickpath Interconnect (QPI) e Hypertransport Dependendo do processador, outra tecnologia pode ser utilizada no lugar do FSB. Um exemplo é oQuickPath Interconnect (QPI), utilizado nos chips mais recentes da Intel, e o Hypertransport, aplicado nas CPUs da AMD. Uma dessas mudanças diz respeito ao já mencionado controlador de memória, circuito responsável por "intermediar" o uso da memória RAM pelo processador. Nas CPUs mais atuais da Intel e da AMD, o controlador está integrado ao próprio chip e não mais ao chipset localizado na placa-mãe. Com esta integração, os processadores passam a ter um barramento direto à memória. O QPI e o Hypertransport acabam então ficando livres para fazer a comunicação com os recursos que ainda são intermediados pelo chipset, como dispositivos de entrada e saída.

FSB (Front Side Bus)

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Apostila PRF O interessante é que tanto o Quickpath quanto o Hypertransport trabalham com duas vias de comunicação, de forma que o processador possa transmitir e receber dados ao mesmo tempo, já que cada atividade é direcionada a uma via, beneficiando o aspecto do desempenho. No FSB isso não acontece, porque há apenas uma única via para a comunicação.

Os processadores trabalham, basicamente, com dois tipos de cache: cache L1 (Level 1 - Nível 1) e cache L2 (Level 2 - Nível 2). Este último é, geralmente mais simples, costuma ser ligeiramente maior em termos de capacidade, mas também um pouco mais lento. O cache L2 passou a ser utilizado quando o cache L1 se mostrou insuficiente. Vale ressaltar que, dependendo da arquitetura do processador, é possível encontrar modelos que contam com um terceiro nível de cache (L3). O processador Intel Core i7 3770, por exemplo, possui caches L1 e L2 relativamente pequenos para cada núcleo: 64 KB e 256 KB, respectivamente. No entanto, o cache L3 é expressivamente maior - 8 MB - e, ao mesmo tempo, compartilhado por todos os seus quatros núcleos. Núcleos Quando um determinado valor de clock é alcançado, torna-se mais difícil desenvolver outro chip com clock maior. Limitações físicas e tecnológicas são os principais motivos para isso. Uma delas é a questão da temperatura: teoricamente, quanto mais megahertz um processador tiver, mais calor o dispositivo gerará.

Cache De nada adianta ter um processador rápido se este tem o seu desempenho comprometido por causa da "lentidão" da memória. Uma solução para este problema seria equipar os computadores com um tipo de memória mais sofisticado, como a SRAM (Static RAM). Esta se diferencia das memórias convencionais DRAM (Dynamic RAM) por serem muito rápidas. Por outro lado, são muito mais caras e não contam com o mesmo nível de miniaturização, sendo, portanto, inviáveis. Apesar disso, a ideia não foi totalmente descartada, pois foi adaptada para o que conhecemos como memória cache. A memória cache consiste em uma pequena quantidade de memória SRAM embutida no processador. Quando este precisa ler dados na memória RAM, um circuito especial chamado "controlador de cache" transfere blocos de dados muito utilizados da RAM para a memória cache. Assim, no próximo acesso do processador, este consultará a memória cache, que é bem mais rápida, permitindo o processamento de dados de maneira mais eficiente. Se o dado estiver na memória cache, o processador a utiliza, do contrário, irá buscá-lo na memória RAM. Perceba que, com isso, a memória cache atua como um intermediário, isto é, faz com que o processador nem sempre necessite chegar à memória RAM para acessar os dados dos quais necessita. O trabalho da memória cache é tão importante que, sem ela, o desempenho de um processador pode ser seriamente comprometido.

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Uma das formas encontradas pelos fabricantes para lidar com esta limitação consiste em fabricar e disponibilizar processadores com dois núcleos (dual core), quatro núcleos (quad core) ou mais (multi core).

Nota: núcleo

core, nucleus, kernel, center, heart

Um exemplo disso é a tecnologia Turbo Boost, da Intel: se um processador quad core, por exemplo, tiver dois núcleos ociosos, os demais podem entrar automaticamente em um modo "turbo" para que suas frequências sejam aumentadas, acelerando a execução do processo em que trabalham. A imagem abaixo exibe uma montagem que ilustra o interior de um processador Intel Core 2 Extreme Quad Core.:

Chipset O chipset é um dos principais componentes lógicos de uma placa-mãe, dividindo-se entre "ponte norte"

Apostila PRF (northbridge, controlador de memória, alta velocidade) e "ponte sul" (southbridge, controlador de periféricos, baixa velocidade). A ponte norte faz a comunicação do processador com asmemórias, e em alguns casos com os barramentos de alta velocidade AGP e PCI Express. Já a ponte sul, abriga os controladores de HDs (ATA/IDE eSATA),portas USB, paralela, PS/2, serial, os barramentos PCI e ISA, que já não é usado mais em placas-mãe modernas.

característica a capacidade de permitir que dados sejam regravados no dispositivo. Isso é feito com o auxílio de um componente que emite luz ultravioleta. Nesse processo, os dados gravados precisam ser apagados por completo. Somente depois disso é que uma nova gravação pode ser feita; - EEPROM (Electrically-Erasable Programmable Read-Only Memory): este tipo de memória ROM também permite a regravação de dados, no entanto, ao contrário do que acontece com as memórias EPROM, os processos para apagar e gravar dados são feitos eletricamente, fazendo com que não seja necessário mover o dispositivo de seu lugar para um aparelho especial para que a regravação ocorra; - EAROM (Electrically-Alterable Programmable Read-Only Memory): as memórias EAROM podem ser vistas como um tipo de EEPROM. Sua principal característica é o fato de que os dados gravados podem ser alterados aos poucos, razão pela qual esse tipo é geralmente utilizado em aplicações que exigem apenas reescrita parcial de informações; - Flash: as memórias Flash também podem ser vistas como um tipo de EEPROM, no entanto, o processo de gravação (e regravação) é muito mais rápido. Além disso, memórias Flash são mais duráveis e podem guardar um volume elevado de dados.

Memória principal:

- CD-ROM, DVD-ROM e afins: essa é uma categoria de discos ópticos onde os dados são gravados apenas uma vez, seja de fábrica, como os CDs de músicas, ou com dados próprios do usuário, quando o próprio efetua a gravação. Há também uma categoria que pode ser comparada ao tipo EEPROM, pois permite a regravação de dados: CD-RW e DVD-RW e afins. Memória RAM

Memória ROM As memórias ROM (Read-Only Memory - Memória Somente de Leitura) recebem esse nome porque os dados são gravados nelas apenas uma vez. Depois disso, essas informações não podem ser apagadas ou alteradas, apenas lidas pelo computador, exceto por meio de procedimentos especiais. Outra característica das memórias ROM é que elas são do tipo não volátil, isto é, os dados gravados não são perdidos na ausência de energia elétrica ao dispositivo. Eis os principais tipos de memória ROM: - PROM (Programmable Read-Only Memory): esse é um dos primeiros tipos de memória ROM. A gravação de dados neste tipo é realizada por meio de aparelhos que trabalham através de uma reação física com elementos elétricos. Uma vez que isso ocorre, os dados gravados na memória PROM não podem ser apagados ou alterados; - EPROM (Erasable Programmable Read-Only Memory): as memórias EPROM têm como principal

As memórias RAM (Random-Access Memory - Memória de Acesso Aleatório) constituem uma das partes mais importantes dos computadores, pois são nelas que o processador armazena os dados com os quais está lidando. Esse tipo de memória tem um processo de gravação de dados extremamente rápido, se comparado aos vários tipos de memória ROM. No entanto, as informações gravadas se perdem quando não há mais energia elétrica, isto é, quando o computador é desligado, sendo, portanto, um tipo de memória volátil. Há dois tipos de tecnologia de memória RAM que são muitos utilizados: estático e dinâmico, isto é, SRAM e DRAM, respectivamente. Há também um tipo mais recente chamado de MRAM. Eis uma breve explicação de cada tipo: - SRAM (Static Random-Access Memory - RAM Estática): esse tipo é muito mais rápido que as memórias DRAM, porém armazena menos dado e possui preço elevado se considerar o custo por megabyte. Memórias SRAM costumam ser utilizadas como cache

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Apostila PRF (saiba mais sobre cache neste artigo sobre processadores); - DRAM (Dynamic Random-Access Memory RAM Dinâmica): memórias desse tipo possuem capacidade alta, isto é, podem comportar grandes quantidades de dados. No entanto, o acesso a essas informações costuma ser mais lento que o acesso às memórias estáticas. Esse tipo também costuma ter preço bem menor quando comparado ao tipo estático; - MRAM (Magnetoresistive Random-Access Memory - RAM Magneto-resistiva): a memória MRAM vem sendo estudada há tempos, mas somente nos últimos anos é que as primeiras unidades surgiram. Trata-se de um tipo de memória até certo ponto semelhante à DRAM, mas que utiliza células magnéticas. Graças a isso, essas memórias consomem menor quantidade de energia, são mais rápidas e armazenam dados por um longo tempo, mesmo na ausência de energia elétrica. O problema das memórias MRAM é que elas armazenam pouca quantidade de dados e são muito caras, portanto, pouco provavelmente serão adotadas em larga escala.

Discos

Placa lógica do HD

Solid-State Drive (SSD) Memórias secundárias, auxiliares ou de massa.

Disco rígido Disco rígido ou disco duro, popularmente chamado também de HD (derivação de HDD do inglêshard disk drive) ou winchester (termo em desuso), "memória de massa" ou ainda de "memória secundária" é a parte do computador onde são armazenados os dados. O disco rígido é uma memória não-volátil, ou seja, as informações não são perdidas quando o computador é desligado, sendo considerado o principal meio de armazenamento de dados em massa. Por ser uma memória não-volátil, é um sistema necessário para se ter um meio de executar novamente programas e carregar arquivos contendo os dados inseridos anteriormente quando ligamos o computador. Nos sistemas operativos mais recentes, ele é também utilizado para expandir a memória RAM, através da gestão de memória virtual. Existem vários tipos de interfaces para discos rígidos diferentes: IDE/ATA, Serial ATA, SCSI, Fibre channel, SAS.

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Em aparelhos SSD, o armazenamento é feito em um ou mais chips de memória, dispensando totalmente o uso de sistemas mecânicos para o seu funcionamento. Como consequência dessa característica, unidades do tipo acabam sendo mais econômicas no consumo de energia, afinal, não precisam alimentar motores ou componentes semelhantes (note, no entanto, que há outras condições que podem elevar o consumo de energia, dependendo do produto). Essa característica também faz com que "discos" SSD (não se trata de um disco, portanto, o uso dessa denominação não é correto, mas é um termo muito utilizado) utilizem menos espaço físico, já que os dados são armazenados em chips especiais, de tamanho reduzido. Graças a isso, a tecnologia SSD começou a ser empregada de forma ampla em dispositivos portáteis, tais como netbooks, notebooks ultrafinos e tocadores de áudio (MP3-player).

Apostila PRF

As mídias de CD Existem dois tipos distintos de CD's (mídias) com os quais é possível gravar dados e música: CD-R (CompactDisc Recordable) e CD-RW (Compact Disc Recordable Rewritable). O primeiro permite que dados sejam gravados num CD somente uma única vez, não sendo possível alterar ou apagar informações. O segundo permite gravar e regravar um CD, apagando e acrescentando dados novamente. O que causa a diferença entre estes tipos de CD's é o material usado por eles. O CDR usa um tipo material que quando queimado pelo laser do gravador de CD sofre uma transformação que não permite mais alterá-lo, deixando a mídia como um CDROM comum. Já o CD-RW usa um material do tipo phase-change (mudança de fase), que consiste numa espécie de partícula que sofre ação do laser do gravador para armazenar dados e depois pode sofrer outra ação para voltar ao estado original e permitir que informações sejam gravadas novamente. Abaixo, veja como são montados os CD-R's e os CD-RW's.

Digital Versatile Disc ou Digital VideoDisc O DVD (Digital Versatile Disc ou Digital VideoDisc) tirou o lugar das tradicionais fitas VHS em aplicações de vídeo. :: DVD-ROM O DVD-ROM é o tipo mais comum, pois é usado, por exemplo, para armazenar filmes. Já vem com seu conteúdo gravado de fábrica. Não é possível apagar ou regravar dados nesse tipo de DVD. :: DVD-RAM Este é um tipo de DVD gravável e regravável. Sua principal vantagem em relação aos outros padrões é sua vida útil: um DVD-RAM suporta mais de 100 mil gravações, sendo muito útil para backups (cópias de segurança) periódicos. Além disso, esse tipo de DVD geralmente pode ser usado sem um programa de gravação, como se fosse um HD. :: DVD-R Este tipo é um dos que tem maior aceitação nos mais diversos aparelhos. É a melhor opção para a gravação de filmes, pois é aceito por praticamente todos os DVD-

players, com exceção para alguns dos primeiros modelos. O DVD-R, assim como o seu antecessor CD-R, só aceita gravação uma única vez e, após isso, seus dados não podem ser apagados. Sua capacidade de armazenamento padrão é de 4,7 GB. :: DVD+R Este tipo é equivalente ao DVD-R, inclusive na capacidade de armazenamento, que é de 4,7 GB. O DVD+R também só pode ser gravado uma única vez e não permite a eliminação de seus dados. O que o DVD-R tem de diferente do DVD+R, então? Pouca coisa, sendo a principal diferença o fato dos dados gravados em um DVD+R serem mais rapidamente acessados do que em um DVD-R, :: DVD-RW O DVD-RW é equivalente ao CD-RW, pois permite a gravação e a regravação de dados. :: DVD+RW Este formato tem quase as mesmas características do seu rival DVD-RW, inclusive na capacidade de armazenamento, cujo padrão também é de 4,7 GB. No DVD+RW também é necessário fechar a mídia para a execução de filmes em DVD-players. Na prática, sua diferença em relação ao DVD-RW está na velocidade de gravação ligeiramente maior e na possibilidade de uso de tecnologias como "Lossless linking" e "Mount Rainier" que permitem, respectivamente, interromper uma gravação sem causar erros e alterar dados de apenas um setor sem necessidade de formatar o disco. Tecnologia Blu-ray O Blu-ray é um padrão de disco óptico criado para aplicações de vídeos e de armazenamento de dados em geral, assim como o é DVD. No entanto, possui características mais avançadas que as deste último, razão pela qual é considerado o seu substituto. A principal diferença está na capacidade de armazenamento: em sua versão mais simples, com uma camada, pode guardar até 25 GB de dados, contra 4,7 GB do DVD. Há também uma versão com dupla camada capaz de armazenar 50 GB de dados. Fabricantes ainda podem criar versões com capacidades diferentes destas, para fins específicos. Em abril de 2010, por exemplo, a indústria apresentou discos Blu-ray que podem chegar a 128 GB de capacidade.

Memória Flash Os cartões de memória são, essencialmente, baseados na tecnologia Flash, um tipo de memória EPROM (Electrically-Erasable Programmable Read Only Memory) desenvolvido pela Toshiba nos anos 1980. Os chips Flash são ligeiramente parecidos com a memória RAM (Random Access Memory) usada nos computadores, porém suas propriedades fazem com que os dados não sejam perdidos quando não há

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Apostila PRF fornecimento de energia (por exemplo, quando a bateria acaba ou o dispositivo é desligado). Fazendo uma comparação grosseira, o conceito de gravação de dados em um chip Flash é semelhante ao processo de gravação de dados em mídias CD-RW: de acordo com a intensidade de energia aplicada (no caso do CD-RW, laser), há gravação ou eliminação de informações. A memória Flash consome pouca energia, ocupa pouquíssimo espaço físico (daí ser ideal aos dispositivos portáteis) e costuma ser resistente, ou seja, bastante durável. O grande problema da memória Flash é o seu preço elevado. Felizmente, a popularização desta tecnologia está fazendo com que os seus custos diminuam com o passar do tempo. A tecnologia Flash faz uso de chips de estado sólido (solid state) e que não possuem peças móveis, o que evita problemas de causa mecânica. Juntando esse fator a recursos de proteção, como ECC (Error Correction Code), a memória Flash se mostra bastante confiável. Os diversos tipos de cartões de memória Embora sejam baseados na mesma tecnologia, contamos atualmente com cerca de uma dezena de tipos de cartões de memória. Qual o motivo para tamanha quantidade? Ao contrário do que houve com outras tecnologias, como o USB e o CD, os fabricantes de memória não entraram em um acordo para trabalhar em um padrão único de cartão. Como consequência, o mercado encontra hoje uma variedade de tipos deste dispositivo. Os mais comuns são abordados a seguir.

 (ii) proteção, para impedir que um processo utilize um endereço de memória que não lhe pertença;  (iii) paginação (paging) ou troca (swapping), que possibilita a uma aplicação utilizar mais memória do que a fisicamente existente (essa é a função mais conhecida). Simplificadamente, um usuário ou programador vê um espaço de endereçamento virtual, que pode ser igual, maior ou menor que a memória física (normalmente chamada memória DRAM - Dynamic Random Access Memory). Memória buffer Em ciência da computação, buffer (retentor) é uma região de memória temporária utilizada para escrita e leitura de dados. Os dados podem ser originados de dispositivos (ou processos) externos ou internos ao sistema. Os buffers podem ser implementados em software (mais usado) ouhardware. Normalmente são utilizados quando existe uma diferença entre a taxa em que os dados são recebidos e a taxa em que eles podem ser processados, ou no caso em que essas taxas são variáveis. Os buffers são mecanismos muito utilizados em aplicações multimídia, em especial nas aplicações de streaming. Streaming (fluxo) é uma forma de distribuir informação multimídia numarede através de pacotes. Ela é freqüentemente utilizada para distribuir conteúdo multimídia através da Internet.

Periféricos

Memória virtual Memória virtual é uma técnica que usa a memória secundária como uma cache para armazenamento secundário. Houve duas motivações principais: permitir o compartilhamento seguro e eficiente da memória entre vários programas e remover os transtornos de programação de uma quantidade pequena e limitada na memória principal. A memória virtual consiste em recursos de hardware e software com três funções básicas:  (i) realocação (ou recolocação), para assegurar que cada processo (aplicação) tenha o seu próprio espaço de endereçamento, começando em zero;

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Periféricos são aparelhos ou placas que enviam ou recebem informações do computador. Na informática, o termo "periférico" aplica-se a qualquer equipamento acessório que seja ligado à CPU (unidade central de processamento), ou, num sentido mais amplo, ao computador. Os exemplosdeperiféricos: impressoras,digitalizadores, leitores e ou gravadores de CDs e DVDs, leitores decartões e disquetes,mouses,teclados,câmeras de vídeo, entre outros. Cada periférico tem a sua função definida, desempenhada ao enviar tarefas ao computador, de acordo com sua função periférica. Existem vários tipos de periféricos:  De entrada: basicamente enviam informação para o computador (teclado, mouse, joystick, digitalizador);  De saída: transmitem informação do computador para o utilizador (monitor, impressora, caixa de som);

Apostila PRF  De processamento: processam a informação que a CPU (unidade central de processamento) enviou;  De entrada e saída (ou mistos): enviam/recebem informação para/do computador (monitor touchscreen, drive de DVD, modem). Muitos destes periféricos dependem de uma placa específica: no caso das caixas de som, a placa de som.  De armazenamento: armazenam informações do computador e para o mesmo (pen drive, disco rígido, cartão de memória, etc).  Externos: equipamentos que são adicionados a um computador, equipamentos a parte que enviam e/ou recebem dados, acessórios que se conectam ao computador. Barramentos Barramentos (ou, em inglês, bus) são, em poucas palavras, padrões de comunicação utilizados em computadores para a interconexão dos mais variados dispositivos. Exemplo: ISA, AGP, PCI, PCI Express e AMR. O barramento ISA é um padrão não mais utilizado, sendo encontrado apenas em computadores antigos. Seu aparecimento se deu na época do IBM PC e essa primeira versão trabalha com transferência de 8 bits por vez e clock de 8,33 MHz (na verdade, antes do surgimento do IBM PC-XT, essa valor era de 4,77 MHz). O barramento PCI surgiu no início de 1990 pelas mãos da Intel. Suas principais características são a capacidade de transferir dados a 32 bits e clock de 33 MHz, especificações estas que tornaram o padrão capaz de transmitir dados a uma taxa de até 132 MB por segundo. Os slots PCI são menores que os slots ISA, assim como os seus dispositivos, obviamente.

Execute. Em meados de 1998, a Intel lançou o AGP 2.0, O padrão PCI Express (ou PCIe ou, ainda, PCIEX) foi concebido pela Intel em 2004 e se destaca por substituir, ao mesmo tempo, os barramentos PCI e AGP. O PCI Express 16x, por exemplo, é capaz de trabalhar com taxa de transferência de cerca de 4 GB por segundo, característica que o faz ser utilizado por placas de vídeo, um dos dispositivos que mais geram dados em um computador. Com o lançamento do PCI Express 2.0, que aconteceu no início de 2007, as taxas de transferência da tecnologia praticamente dobraram. Os padrões AMR (Audio

Modem Riser), CNR (Communications and Network Riser) e ACR (Advanced Communications Riser) são diferentes entre si, mas compartilham da ideia de permitir a conexão à placa-mãe de dispositivos Host Signal Processing (HSP), isto é, dispositivos cujo controle é feito pelo processador do computador. Para isso, o chipset da placa-mãe precisa ser compatível. Em geral, esses slots são usados por placas que exigem pouco processamento, como placas de som, placas de rede ou placas de modem simples. O slot AMR foi desenvolvido para ser usado especialmente para funções de modem e áudio. Seu projeto foi liderado pela Intel. ATA Um acrónimo para a expressão inglesa Advanced Technology Attachment, é um padrão para interligar dispositivos de armazenamento, como discos rígidos e drives de CD-ROMs, no interior de computadores pessoais.

O PCI-X nada mais é do que uma evolução do PCI de 64 bits, sendo compatível com as especificações anteriores. A versão PCI-X 1.0 é capaz de operar nas frequências de 100 MHz e 133 MHz. Nesta última, o padrão pode atingir a taxa de transferência de dados de 1.064 MB por segundo. O PCI-X 2.0, por sua vez, pode trabalhar também com as freqüências de 266 MHz e 533 MHz. Para lidar com o volume crescente de dados gerados pelos processadores gráficos, a Intel anunciou em meados de 1996 o padrão AGP, cujo slot serve exclusivamente às placas de vídeo. O AGP também permite que a placa de vídeo faça uso de parte da memória RAM do computador como um incremento de sua própria memória, um recurso chamadoDirect Memory

Serial ATA, SATA ou S-ATA (acrônimo para Serial AT Attachment) é uma tecnologia de transferência de dados entre um computador e

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Apostila PRF dispositivos de armazenamento em massa (mass storage devices) como unidades de disco rígido e drives ópticos. É o sucessor da tecnologia ATA (acrônimo de AT Attachment, introduzido em 1984 pela IBM em seu computador AT. ATA, também conhecido como IDE ou Integrated Drive Electronics) que foi renomeada para PATA (Parallel ATA) para se diferenciar de SATA. Diferentemente dos discos rígidos IDE, que transmitem os dados através de cabos de quarenta ou oitenta fios paralelos, o que resulta num cabo enorme, os discos rígidos SATA transferem os dados em série. Os cabos Serial ATA são formados por dois pares de fios (um par para transmissão e outro par para recepção) usando transmissão diferencial, e mais três fios terra, totalizando 7 fios, o que permite usar cabos com menor diâmetro que não interferem na ventilação do gabinete.

SCSI SCSI (pronuncia-se "scãzi"), sigla de Small Computer System Interface, é uma tecnologia que permite ao usuário conectar uma larga gama de periféricos, tais como discos rígidos, unidades CD-ROM, impressoras e scanners.

conectar dispositivos sem desligar ou reiniciar o computador. É possível usar uma única porta USB para conectar até 127 dispositivos periféricos, incluindo alto-falantes, telefones, unidades de CD-ROM, joysticks, unidades de fita, teclados, scanners e câmeras. Uma porta USB localiza-se normalmente na parte traseira do computador, próximo da porta serial ou da porta paralela. Plug and Play Conjunto de especificações desenvolvidas pela Intel para permitir que um computador detecte e configure automaticamente um dispositivo e instale os drivers de dispositivos apropriados. A tecnologia USB surgiu no ano de 1994 e, desde então, foi passando por várias revisões. As mais populares são as versões 1.1 e 2.0, sendo esta última ainda bastante utilizada. A primeira é capaz de alcançar, no máximo, taxas de transmissão de 12 Mb/s (megabits por segundo), enquanto que a segunda pode oferecer até 480 Mb/s. USB 3.0 permite velocidade de até 4,8 Gb/s, que corresponde a cerca de 600 megabytes por segundo, dez vezes mais que a velocidade do USB 2.0 O que é Thunderbolt? Tendo a Intel como principal nome por trás de seu desenvolvimento, mas contando também com o apoio de companhias como Canon, Western Digital e Apple, o Thunderbolt é um novo padrão de comunicação entre dispositivos que, em parte, aproveita recursos tecnológicos já existentes. O Thunderbolt faz uso de protocolos de dois padrões conhecidos pelo mercado: PCI Express e DisplayPort. O primeiro é um barramento já bastante utilizado para a conexão interna de dispositivos ao computador, como placas de vídeo ou placas Ethernet, por exemplo. O segundo, por sua vez, é muito utilizado pela Apple e é tido como um concorrente do HDMI, sendo uma tecnologia para a conexão de dispositivos de áudio e vídeo (como um monitor). O Thunderbolt pode atingir uma taxa de transferência de dados de até 10 Gb/s (gigabits por segundo), que equivale a 1,25 gigabytes por segundo, aproximadamente. Para efeitos comparativos, o USB 3.0 pode atingir até 4,8 Gb/s, que corresponde a 600 megabytes por segundo, ou seja, metade, praticamente. O tráfego de dados pode ocorrer de maneira bidirecional, ou seja, é possível enviar e receber informa-

Tecnologia USB Barramento serial universal (USB) Barramento externo que dá suporte à instalação Plug and Play. Com o USB, você pode conectar e des-

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ções ao mesmo tempo, já que há um canal de 10 Gb/s para cada "sentido". Uma única porta Thunderbolt permite a transmissão de dados, de informações de áudio e vídeo e até mesmo de energia para alimentação dos dispositivos conectados, dispensando, muitas vezes, uma fonte de eletricidade exclusiva.

Apostila PRF Acesso direto à memória O DMA é uma característica essencial dos computadores modernos. Normalmente o único componente que acessa a memória RAM da máquina é o processador. O recurso DMA permite que outros componentes também acessem a memória RAM diretamente, como discos rígidos, o que aumenta o desempenho na transferência de grande quantidade de dados. De outra maneira, a CPU teria que copiar todos os dados da fonte até o destino. Isto é tipicamente mais lento do que copiar blocos de dados dentro da memória, já que o acesso a dispositivo de I/O através de barramentos periféricos é mais lento que a RAM. Durante a cópia dos dados a CPU ficaria indisponível para outras tarefas. Uma transferência por DMA essencialmente copia um bloco de memória de um dispositivo para outro. A CPU inicia a transferência, mas não executa a transferência. Para os chamados third party DMA, como é utilizado normalmente nos barramentos ISA, a transferência é realizada pelos controladores DMA que são tipicamente parte do chipset da placa mãe. Projetos mais avançados de barramento, como o PCI, tipicamente utilizam bus-mastering DMA, onde o dispositivo toma o controle do barramento e realiza a transferência de forma independente. Um uso típico do DMA ocorre na cópia de blocos de memória da RAM do sistema para um buffer de dispositivo. Estas operações não bloqueiam o processador que fica livre para realizar outras tarefas. Existem 8 portas de DMA Os 8 canais DMA são numerados de 0 a 7, sendo nos canais de 0 a3 a transferência de dados feita a 8 bits e nos demais a 16 bits. O uso de palavras binárias de 8 bits pelos primeiros 4 canais de DMA visa manter compatibilidade com periféricos mais antigos. Justamente por serem muito lentos, os canais de DMA são utilizados apenas por periféricos lentos, como drives de disquete, placas de som e portas paralelas padrão ECP. Periféricos mais rápidos, como discos rígidos, utilizam o Bus Mastering, uma espécie de DMA melhorado. O Canal 2 de DMA é nativamente usado pela controladora de disquetes. Uma placa de som geralmente precisa de dois canais de DMA, um de 8 e outro de 16 bits, usando geralmente o DMA 1 e 5. O DMA 4 é reservado à placa mãe. Ficamos então com os canais 3, 6 e 7 livres. Caso a porta paralela do micro seja configurada no Setup para operar em modo ECP, precisará também de um DMA, podemos então configurála para usar o canal 3,

de hardware. Por exemplo, o IRQ0 é reservado para o temporizador do sistema, enquanto o IRQ1 é reservada para o teclado. Quanto menor for o número do IRQ, mais prioridade ela terá para ser processada. Conexão de periféricos Sobre o PS / 2 Nomeado em honra do IBM PS / 2 estas tomadas hoje são amplamente utilizados como interfaces padrão para o teclado e o mouse. Para a ligação do teclado utiliza-se tomada de cor violeta. Para a ligação do mouse utiliza-se tomada de cor verde.

A interface serial ou porta serial, também conhecida como RS-232 é uma porta decomunicação utilizada para conectar pendrives ,modems, mouses (ratos), algumasimpressoras, scanners e outros equipamentos de hardware. Na interface serial, os bits sãotransferidos em fila, ou seja, um bit de dados de cada vez.

Video Graphics Array (VGA) é um padrão de gráficos de computadores introduzido em 1987 pela IBM, sendo também usado vulgarmente para designar o conector associado ao padrão.

Pedido de interrupção Um pedido de interrupção (abreviação IRQ (em inglês)) é a forma pela qual componentes de hardware requisitam tempo computacional da CPU. Um IRQ é a sinalização de um pedido de interrupção de hardware. Os computadores modernos compatíveis com o IBM PC possuem 16 designações de IRQ (0-15), cada uma delas representando uma peça física (ou virtual)

A porta paralela éuma interfacede comunicação entre um computador e um periférico. Quando a IBM criou seu primeiro PC("Personal Computer" ou "Computador Pessoal"), a idéia era conectar a essa

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Apostila PRF porta a uma impressora, mas atualmente, são vários os periféricos que se podem utilizar desta conexão para enviar e receber dados para o computador (exemplos:scanners, câmeras de vídeo, unidade de disco removível entre outros).

Porta USB Entre os mais conhecidos dispositivos que utilizamse da interface USB estão:  Webcam  Teclado  Mouse  Unidades de armazenamento (HD, Pendrive, CD-ROM)  Joystick  Gamepad  PDA  Câmera digital  Impressora  Placa-de-Som  Modem  MP3 Player  Celular (em Geral)

pela Engenharia de software, e inclui não só o programa de computador propriamente dito, mas também manuais e especificações. Quando um software está representado como instruções que podem ser executadas diretamente por um processador dizemos que está escrito em linguagem de máquina. A execução de um software também pode ser intermediada por um programa interpretador, responsável por interpretar e executar cada uma de suas instruções. Uma categoria especial e notável de interpretadores são as máquinas virtuais, como amáquina virtual Java (JVM), que simulam um computador inteiro, real ou imaginado. O dispositivo mais conhecido que dispõe de um processador é o computador. Atualmente, com o barateamento dos microprocessadores, existem outras máquinas programáveis, como telefone celular, máquinas de automação industrial, calculadora etc Eles podem ser classificados em duas grandes categorias:[8] 1. Software de sistema que incluiu o firmware ( O BIOS dos computadores pessoais, por exemplo), drivers de dispositivos, o sistema operacional e tipicamente uma interface gráfica que, em conjunto, permitem ao usuário interagir com o computador e seus periféricos. 2. Software aplicativo, que permite ao usuário fazer uma ou mais tarefas específicas. Aplicativos podem ter uma abrangência de uso de larga escala, muitas vezes em AM––bito mundial; nestes casos, os programas tendem a ser mais robustos e mais padronizados. Programas escritos para um pequeno mercado têm um nível de padronização menor. Ainda é possível usar a categoria Software embutido ou software embarcado, indicando software destinado a funcionar dentro de uma máquina que não é um computador de uso geral e normalmente com um destino muito específico.

Sistema operacional Símbolo do USB. SOFTWARE

Software é uma seqüência de instruções a serem seguidas e/ou executadas, na manipulação, redirecionamento ou modificação de um dado/informação ou acontecimento. Software também é o nome dado ao comportamento exibido por essa seqüência de instruções quando executada em um computador ou máquina semelhante além de um produto desenvolvido

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É um programa ou um conjunto de programas cuja função é gerenciar os recursos do sistema (definir qual programa recebe atenção do processador, gerenciar memória, criar um sistema de arquivos, etc.), fornecendo uma interface entre o computador e o usuário. Embora possa ser executado imediatamente após a máquina ser ligada, a maioria dos computadores pessoais de hoje o executa através de outro programa armazenado em uma memória não-volátil ROM chamado BIOS num processo chamado "bootstrapping", conceito em inglês usado para designar processos auto-sustentáveis, ou seja, capazes de prosseguirem sem ajuda externa. Após executar testes e iniciar os componentes da máquina (monitores, discos, etc), o BIOS procura pelo sistema operacional em alguma

Apostila PRF unidade de armazenamento, geralmente o Disco Rígido, e a partir daí, o sistema operacional "toma" o controle da máquina. O sistema operacional reveza sua execução com a de outros programas, como se estivesse vigiando, controlando e orquestrando todo o processo computacional. Principais sistemas operacionais: O Windows XP é uma família de sistemas operacionais de 32 e 64-bits produzido pela Microsoft, para uso em computadores pessoais, incluindo computadores residenciais e de escritórios,notebooks e media centers. O nome "XP" deriva de eXPerience, Windows 7 é a mais recente versão do Microsoft Windows, uma série de sistemas operativos produzidos pela Microsoft para uso em computadores pessoais, incluindo computadores domésticos e empresariais, laptops e PC's de centros de mídia, entre outros. Windows 7 foi lançado para empresas no dia 22 de julho de 2009, e começou a ser vendido livremente para usuários comuns às 00:00 horas do dia 22 de outubro de 2009, menos de 3 anos depois do lançamento de seu predecessor, Windows Vista. O Windows 8 é um sistema operativo / operacional da Microsoft para computadores pessoais, portáteis, netbooks e tablets. É o sucessor do Windows 7. A Microsoft lançou o Windows 8 Developer Preview, primeiro a beta para o público, no dia13 de setembro de 2011, sendo seguida pela versão Consumer Preview no dia 29 de fevereiro de 2012. No dia 31 de maio de 2012, foi liberada para download a versão Windows 8 Release Preview. A versão final foi lançada mundialmente em 26 de outubro de 2012. O Windows 8.1 (cujo codinome é Windows Blue ) é um sistema operacional posterior ao Windows 8 (da série Windows, desenvolvida pela empresa americana Microsoft), que foi anunciado no dia 14 de maio de 2013. A sua versão final foi lançada e disponibilizada para consumidores e para o público em geral em 17 de outubro de 2013. A versão mobile do Windows 8.1 (Windows Phone 8.1) está disponível para smartphones Nokia Lumia, Samsung, HTC, Blu e etc. O Windows Phone 8.1 utiliza um kernel semelhante ao do Windows 8.1. Alguns aplicativos da loja são universais, rodando na versão 8.1 de PCs e smartphones. A atualização é gratuita para dispositivos com Windows Phone 8.

Linux é um termo popularmente utilizado para se referirsistemas operacionais que utilizem o núcleo Linux. O núcleo Linux foi desenvolvido pelo programador finlandês Linus Torvalds, inspirado no sistema Minix. O

seu código fonte está disponível sob a licença GPL (versão 2) para que qualquer pessoa o possa utilizar, estudar, modificar e distribuir livremente de acordo com os termos da licença. Drivers São pequenos programas que fazem a comunicação entre o Sistema Operacional de sua máquina e o Hardware. Temos como exemplos de Hardware (impressora, mouse, placas de vídeo e rede,som, monitor, pen-drives, etc...) e exemplos de Sistemas Operacionais (Windows, Linux, MS-DOS, Unix, FreeBSD, OSX, etc...). O Sistema Operacional na sua máquina recebe as instruções contidas no driver, processa-as e, a partir daí, sabe como fazer para se comunicar com o Hardware. Tendo como exemplo a impressora, ao instalar o Driver (etapa em que vemos em outro artigo), seu Sistema Operacional passa a saber em que porta ela se localiza, se ela está ou não ligada, se possui papel, de que forma os dados a serem impressos chegarão até ela, se a impressão é em preto ou colorida, entre outras coisas. Então, podemos afirmar que sem o Driver, nenhum Hardware poderá funcionar, pois sem ele não haveria comunicação entre os equipamentos. BIOS, em computaçãoBasic Input/Output System (Sistema Básico de Entrada/Saída). O BIOS é um programa de computador pré-gravado em memória permanente (firmware) executado por um computador quando ligado. Ele é responsável pelo suporte básico de acesso ao hardware, bem como por iniciar a carga do sistema operacional. Ao ligar o computador, o primeiro software que você vê a ser lido é o do BIOS. Durante a seqüência de inicialização (boot), o BIOS faz uma grande quantidade de operações para deixar o computador pronto a ser usado. Depois de verificar a configuração na CMOS e carregar os manipuladores de interrupção, o BIOS determina se a placa gráfica está operacional. Em seguida, o BIOS verifica se trata de uma primeira inicialização(cold boot) ou de uma reinicialização (reboot). Esta verifica as portas PS/2 ou portas USB à procura de um teclado ou um rato (mouse). Procura igualmente por um barramento PCI (Peripheral Component Interconnect) e, caso encontre algum, verifica todas as placas PCI instaladas. Se o BIOS encontrar algum erro durante o início (POST), haverá uma notificação ao utilizador em forma de bipes e mensagens. Após tudo isto são apresentados detalhes sobre o sistema:  Processador  Unidades (drives) de disco flexível e disco rígido  Memória  Versão e data do BIOS Software Aplicativo (normalmente referido como apenas Software) é um software que permite ao usuario realizar uma tarefa especifica. Podemos citar vários exemplos como o Microsoft Office,Internet Explorer, Adobe Photoshop e etc.

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Apostila PRF Licenças e tipos de distribuição de software

 Freeware: Freewares são softwares gratuitos, geralmente para pessoas físicas, havendo uma versão paga para uso corporativo. Geralmente propagandas ou patrocinadores mantém o projeto vivo.  Shareware: São softwares que apenas funcionam por um determinado período de tempo (chamado período de avaliação) e depois o usuário deve decidir se adquire ou não o produto.  Demo e Trial: Versões demo e trials são versões limitadas. As versões demo são relacionadas a jogos e geralmente são versões incompletas, mais curtas do jogo para que o jogador veja se gosta do jogo, do seu universo e jogabilidade. Versões trial funcionam quase da mesma maneira, os programas funcionam mas não de maneira completa, geralmente não salvando ou exportando os trabalhos realizados por completo, para utilizar todo o seu potencial o usuário deve comprar o software completo ou apenas a sua licença.  Beta: Versões ainda em desenvolvimento ou em desenvolvimento constante (como o Gmail e outras aplicações do Google). Após a versão beta é lançada uma versão RC (Release Candidate) que é a última versão antes do lançamento oficial do software.  Adware: São programas que vem junto com outros programas, como banners e barras de pesquisa. O adware pode ser uma limitação de um programa shareware, exibindo propagandas e outros tipos de anúncio para sustentar o projeto. O banner é removido depois de comprada a licença  Opensource, GPL e GNU: É uma distribuição livre, de código-fonte aberto e disponível gratuitamente para download. O usuário tem total liberdade para fazer suas próprias alterações e posteriormente os desenvolvedores poderão utilizar esse código no projeto seguindo o mesmo padrão GPL (GNU Public License) que é o formato padrão Open-source.  Malware: Do inglês, Malicious Software. O termo é utilizado para designar programas que tem como objetivo invadir e danificar sistemas como vírs e cavalos-de-tróia.  Spyware: Software que tem como objetivo monitorar as atividades do usuário e coletar suas informações. . Aplicativos LIBREOFFICE é uma suíte de aplicativos livre multiplataforma paraescritório disponível para

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Windows, Unix, Solaris, Linux e Mac OS X. O LIBREOFFICE surgiu a partir da versão 3.3 trazendo todas as características presentes no OpenOffice.org 3.3, além de outras tantas exclusivas do projeto LIBREOFFICE.

É composto dos seguintes aplicativos:      

Writer - Editor de Texto Calc - Planilha Impress - Editor de apresentação Draw - Editor de Desenho Math - Editor de Fórmulas Base - Banco de Dados

BROFFICE era o nome adotado no Brasil da suíte para escritório gratuita e de código abertoLibreOffice. A Microsoft Office é uma suíte de aplicativos para escritório que contém programas como processador de texto, planilha de cálculo, banco de dados (Também conhecido como DB "Data Base"), apresentação gráfica e gerenciador de tarefas, de e-mails e contatos. Em 2002, constatou-se que a suíte era líder de mercado, com pouco mais de 90% de market share(Krazit, 2002). Microsoft Office 2010 é a mais recente versão do sistema Microsoft Office. Foi lançada em fase beta em 2006, e em 2007 foi disponibilizada para alguns clientes, ao exemplo do que aconteceu com o Windows Vista. O Office 2007 inclui uma série de novas funcionalidades, a mais notável é a interface gráfica de usuário, completamente nova, chamada de Fluent User Interface, (inicialmente designada a Ribbon UI). O Office 2007 requer o Windows XP com Service Pack 2 ou superior, Windows Server 2003 com Service Pack 1 ou superior, Windows Vista, ou Linux com a camada de compatibilidade CrossOverinstalada. O Office 2007 também inclui novas aplicações e ferramentas do lado do servidor. Entre estas está Groove, uma suite de colaboração e comunicação para pequenas empresas, que foi originalmente desenvolvido pela Groove Networks antes de ser adquirida pela Microsoft em 2005. Também é incluído Office SharePoint Server 2007, uma importante revisão para a plataforma de servidor de aplicativos do Office, que suporta "Excel Services", uma arquitetura cliente-servidor para apoiar Excel que são compartilhados em tempo real entre várias máquinas, e também são visíveis e editáveis através de uma página web

Apostila PRF cançou. Os mais conhecidos são o Google, Yahoo! e Ask.com. Há também outros serviços disponíveis na rede, como transferência de arquivos entre usuários (download), teleconferência múltipla em tempo real (videoconferência), etc. No Brasil existe o Comitê Gestor da Internet e um órgão para o registro de domínios (FAPESP - Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo).[10] No Brasil há cerca de 20 mil domínios registrados.[11] No final de 1997, o Comitê Gestor liberou novos domínios de primeiro nível, ou seja[12]: 1. .art - artes, música, pintura, folclore. etc. 2. .esp - esportes em geral; 3. .ind - provedores de informações; 4. .psi - provedores de serviços Internet; 5. .rec - atividades de entretenimento, diversão, jogos, etc; 6. .etc - atividades não enquadráveis nas demais categorias; 7. .tmp - eventos de duração limitada ou temporária.

INTERNET E INTRANET Introdução A Internet é o maior conglomerado de redes de comunicações em escala mundiale dispõe milhões de computadoresinterligados pelo protocolo de comunicação TCP/IP que permite o acesso a informações e todo tipo de transferência de dados. A Internet distribui, através de seus servidores, uma grande variedade de documentos, entre os quais estão os que formam a arquitetura World Wide Web. Trata-se de uma infinita quantidade de documentos hipermídia (hipertexto e multimídia) que qualquer usuário da rede pode acessar para consulta e que, normalmente, tem ligação com outros serviços da Internet. Estes documentos são os que têm facilitado a utilização em larga escala da Internet em todo mundo, visto que por meio deles qualquer usuário com um mínimo de conhecimento de informática, pode acessar à rede. Para poder navegar na Internet ou "surfar", como é moda atualmente, é necessário dispor de um navegador (browser). Existem diversos programas deste tipo, sendo os mais conhecidos na atualidade, o Microsoft Internet Explorer, Mozilla Firefox, Google Chrome, dentre outros. Os navegadores permitem, portanto, que os usuários da rede acessem páginas WEB de qualquer parte do mundo e que enviem ou recebam mensagens do correio eletrônico. Existem também na rede dispositivos especiais de localização de informações indispensáveis atualmente, devido à magnitude que a rede al-

Antes desses só tínhamos dois domínios: 1. .com - uso geral; 2. .org - para instituições governamentais. De forma resumida, uma pessoa que possui um micro computador com um aparelho chamado "modem", utiliza a linha telefônica para conectar-se a um Provedor de Acesso (Oi, GVT, Net, dentre outros), que possui um "link" de alta velocidade com as companhias telefônicas. Estas companhias se comunicam via satélite ou outro meio. Desta forma, se dá a conexão entre dois usuários ou mais, que podem ser empresas, instituições ou particulares.

Protocolos Para o funcionamento da Internet existem três camadas de protocolos. Na camada mais baixa está o Protocolo de Internet (Internet Protocol), que define datagramas ou pacotes que carregam blocos de dados de um nó da rede para outro. A maior parte da Internet atual utiliza a IPv4, quarta versão do protocolo, apesar de o IPv6 já estar padronizado, sendo usado em algumas redes específicas somente. Independentemente da arquitetura de computador usada, dois computadores podem se comunicar entre si na Internet, desde que compreendam o protocolo de Internet. Isso permite que diferentes tipos de máquinas e sistemas possam conectar-se à grande rede, seja um PDA conectando-se a um servidor WWW ou um computador pessoal executando Microsoft Windows conectando-se a outro computador pessoal executando Linux. Na camada média está o TCP, UDP e ICMP. Esses são protocolos no qual os dados são transmitidos. O

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Apostila PRF TCP é capaz de realizar uma conexão virtual, fornecendo certo grau de garantia na comunicação de dados. Na camada mais alta estão os protocolos de aplicação, que definem mensagens específicas e formatos digitais comunicados por aplicações. Alguns dos protocolos de aplicação mais usados incluem DNS (informações sobre domínio), POP3 (recebimento de email), IMAP (acesso de e-mail), SMTP (envio de email), HTTP (documentos da WWW) e FTP (transferência de dados). Todos os serviços da Internet fazem uso dos protocolos de aplicação, sendo o correio eletrônico e a World Wide Web os mais conhecidos. A partir desses protocolos é possível criar aplicações como listas de discussão ou blogs. Conexão: Os meios de acesso direto à Internet são a conexão dial-up, a banda larga (em cabos coaxiais, fibras ópticas ou cabos metálicos), Wi-Fi, satélites e telefones celulares com tecnologia 3G. Backbone No contexto de redes de computadores, o backbone (backbone traduzindo para português, espinha dorsal, embora no contexto de redes, backbone signifique rede de transporte) designa o esquema de ligações centrais de um sistema mais amplo, tipicamente de elevado desempenho. Por exemplo, os operadores de telecomunicações mantêm sistemas internos de elevadíssimo desempenho para comutar os diferentes tipos e fluxos de dados (voz, imagem, texto, etc). Na Internet, numa rede de escala planetária, podem-se encontrar hierarquicamente divididos, vários backbones: os de ligação intercontinental, que derivam nos backbones internacionais, que por sua vez derivam nos backbones nacionais. Neste nível encontram-se, tipicamente, várias empresas que exploram o acesso à telecomunicação — são, portanto, consideradas a periferia do backbone nacional. Dos protocolos tipicamente utilizados destacaramse o ATM e Frame Relay, e em termos de hardware, a fibra óptica e a comunicação sem fios, como transferências por microondas ou laser. Modem A palavra Modem vem da junção das palavras modulador e demodulador. É um dispositivo eletrônico que modula um sinal digital numa onda analógica, pronta a ser transmitida pela linha telefónica, e que demodula o sinal analógico e reconverte-o para o formato digital original. Utilizado para conexão à Internet Os modems para acesso discado geralmente são instalados internamente no computador (em slots PCI) ou ligados em uma porta serial, enquanto os modems para acesso em banda larga podem ser USB, Wi-Fi ou Ethernet. Os modems ADSL diferem

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dos modems para acesso discado porque não precisam converter o sinal de digital para analógico e de analógico para digital porque o sinal é sempre digital (ADSL - Asymmetric DigitalSubscriber Line). Intranet A intranet é uma rede de computadores privada que assenta sobre a suite de protocolos da Internet, porém, de uso exclusivo de um determinado local, como, por exemplo, a rede de uma empresa, que só pode ser acessada por seus usuários internos. GATEWAY Dispositivo conectado a várias redes TCP/IP físicas capaz de efetuar roteamento ou remessa de pacotes IP entre elas. Um gateway faz conversões entre protocolos de transporte ou formatos de dados diferentes (por exemplo, IPX e IP) e geralmente é adicionado a uma rede principalmente por sua capacidade de conversão. Extranet Apesar de ser considerada uma rede interna, a intranet, permite que microcomputadores localizados em uma filial, se conectados à internet, acessem conteúdos que estejam em sua matriz, o que caracteriza a formação de uma rede extranet. Ela cria um canal de comunicação direto entre a empresa e seus funcionários, tendo um ganho significativo em termos de segurança.

Diferenças entre termos comuns LAN: É uma rede local onde dois ou mais computadores se conectam ou até mesmo dividem o mesmo acesso à internet. Neste tipo de rede, os host's se comunicam entre si e com o resto do mundo sem "nenhum" tipo de restrição. Internet: É um conglomerado de redes locais, interconectadas e espalhadas pelo mundo inteiro, através doprotocolo de internet. Sem dúvidas ela é uma das melhores formas de pesquisa encontradas até hoje, pois facilita o fluxo de informações espalhadas por todo o globo terrestre. Intranet: É uma rede interna, frequentemente utilizada por empresas. Neste tipo de conexão, o acesso ao conteúdo é geralmente restrito, assim, somente é possível acessá-lo localmente (ex.: sistemas de bancos, supermercados, etc). A intranet é uma versão particular da internet, podendo ou não estar conectada à ela. Extranet: É uma abrangência da intranet, ou seja, ela é estendida à usuários externos, como representantes ou clientes de uma empresa. Outro uso comum do termo extranet ocorre na designação da "parte privada" de um site, onde apenas os usuários registrados (previamente autenticados por seu login e senha) podem

Apostila PRF navegar. Diferentemente da intranet, a extranet precisa de conexão com a internet para existir.

Rede de computadores Uma rede de computadores consiste em 2 ou mais computadores e outros dispositivos interligados entre si de modo a poderem compartilhar recursos físicos e lógicos, estes podem ser do tipo: dados, impressoras, mensagens (e-mails),entre outros. Num primeiro momento, os computadores eram interconectados nos departamentos da empresa. Sendo assim, a distância entre os computadores era pequena, limitada a um mesmo local. Por esse motivo as redes passaram a ser conhecidas como redes locais. LAN Em computação, rede de área local (ou LAN, acrônimo de local area network) é uma rede de computador utilizada na interconexão de computadores, equipamentos processadores com a finalidade de troca de dados. Tais redes são denominadas locais por cobrirem apenas uma área limitada (10 Km no máximo, quando passam a ser denominadas MANs), visto que, fisicamente, quanto maior a distância de um nó da rede ao outro, maior a taxa de erros que ocorrerão devido à degradação do sinal. As LANs são utilizadas para conectar estações, servidores, periféricos e outros dispositivos que possuam capacidade de processamento em uma casa, escritório, escola e edifícios próximos. MAN Os MAN (Metropolitan Area Network, redes metropolitanas) interligam vários LAN geograficamente próximos (no máximo, a algumas dezenas de quilômetros) com débitos importantes. Assim, um MAN permite a dois nós distantes comunicar como se fizessem parte de uma mesma rede local. WAN A Wide Area Network (WAN), Rede de área alargada ou Rede de longa distância, também conhecida como Rede geograficamente distribuída, é uma rede de computadores que abrange uma grande área geográfica, com freqüência um país ou continente. WLAN Wireless LAN ou WLAN (Wireless Local Area Network) é uma rede local que usa ondas de rádio para fazer uma conexão Internet ou entre uma rede, ao contrário da rede fixa ADSL ou conexão-TV, que geralmente usa cabos. WMAN

É uma rede sem fio de maior alcance em relação a WLAN, isto é, cobre cidades inteiras ou grandes regiões metropolitanas e centros urbanos. A WMAN é uma rede sem fio que tem um alcance de dezenas de quilômetros. Podendo interligar, por exemplo, diversos escritórios regionais, ou diversos setores de um campus universitário, sem a necessidade de uma estrutura baseada em fibra óptica que elevaria o custo da rede. WWAN É uma rede sem fio de maior alcance em relação a WAN, isto é, pode cobrir diversos países atingindo milhares de quilômetros de distancia. Para que isso seja possível existe a necessidade de utilização de antenas potentes para retransmissão do sinal. Um exemplo de WWAN se refere a rede de celulares que cobre as diversas regiões do globo. A distância alcançada é limitada apenas pela tecnologia de transmissão utilizada, uma vez que o nível do sinal vai depender dos equipamentos de transmissão e recepção. SAN Uma SAN (Storage Area Network) é uma rede destinada exclusivamente a armazenar dados.

PAN Uma PAN (Personal Area Network) é uma rede doméstica que liga recursos diversos ao longo de uma residência. Através da tecnologia Bluetooth obtém-se uma rede PAN. GAN Uma GAN (Global Area Network), é uma coleção de redes de longa distância ao longo do globo. CAN Uma CAN (Campus Area Network), é uma ligação entre vários computadores de vários edifícios numa determinada área (EX. Universidades, Escolas, …); Os tipos de rede podem-se classificar como: Peer-to-Peer: Neste tipo de arquitetura os computadores não necessitam de qualquer tipo de sistema operativo, e os computadores não necessitam de ter grande capacidade quer de memória como de processamento; Client/Server: Neste tipo de arquitetura existem computadores dedicados, ou seja, têm recursos a que os outros computadores (manejados pelos clientes) vão aceder, estes tipos de computadores, são quase como super computadores, ou seja, computadores com muita memória e de grande quantidade de processamento, e usam sistemas operativos de rede (EX. Windows 2000 server). Endereço de acesso a internet

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Apostila PRF Uniform Resource Locator Um URL (de Uniform Resource Locator), em português Localizador-Padrão de Recursos, é o endereço de um recurso (um arquivo, uma impressora etc.), disponível em uma rede; seja a Internet, ou uma rede corporativa, uma intranet. Uma URL tem a seguinte estrutura:

mes and Numbers) que, basicamente, divide os endereços em três classes principais e mais duas complementares. São elas: Classe A: 0.0.0.0 até 127.255.255.255 - permite até 128 redes, cada uma com até 16.777.214 dispositivos conectados; Classe B: 128.0.0.0 até 191.255.255.255 - permite até 16.384 redes, cada uma com até 65.536 dispositivos;

http://www.facebook.com.br protocolo://serviço.sub-domínio.domínio.país [email protected] caixa postal @ servidor . domínio nota: http://www.youtube.com/ (quando não exibe país trata-se de Estados Unidos da América) http://www.unb.br/ (quando não exibe domínio trata-se de área educacional) Obs.: nem todo endereço inicia com http. ftp://ftp.datasus.gov.br/cnes/ Endereço IP Para que o seu computador seja encontrado e possa fazer parte da rede mundial de computadores, necessita ter um endereço único. O endereço IP é uma sequência de números composta de 32 bits. Esse valor consiste em um conjunto de quatro sequências de 8 bits. Cada uma destas é separada por um ponto e recebe o nome de octeto ou simplesmente byte, já que um byte é formado por 8 bits. O número 172.31.110.10 é um exemplo. Repare que cada octeto é formado por números que podem ir de 0 a 255, não mais do que isso. A divisão de um IP em quatro partes facilita a organização da rede os dois primeiros octetos de um endereço IP podem ser utilizados para identificar a rede, por exemplo: em uma escola que tem, por exemplo, uma rede para alunos e outra para professores, pode-se ter 172.31.x.x para uma rede e 172.32.x.x para a outra, sendo que os dois últimos octetos são usados na identificação de computadores. Para que seja possível termos tanto IPs para uso em redes locais quanto para utilização na internet, contamos com um esquema de distribuição estabelecido pelas entidades IANA (Internet Assigned Numbers Authority) e ICANN (Internet Corporation for Assigned Na-

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Classe C: 192.0.0.0 até 223.255.255.255 - permite até 2.097.152 redes, cada uma com até 254 dispositivos; Classe D: 224.0.0.0 até 239.255.255.255 - multicast; Classe E: 240.0.0.0 até 255.255.255.255 - multicast reservado. As três primeiras classes são assim divididas para atender às seguintes necessidades: - Os endereços IP da classe A são usados em locais onde são necessárias poucas redes, mas uma grande quantidade de máquinas nelas. Para isso, o primeiro byte é utilizado como identificador da rede e os demais servem como identificador dos dispositivos conectados (PCs, impressoras, etc); - Os endereços IP da classe B são usados nos casos onde a quantidade de redes é equivalente ou semelhante à quantidade de dispositivos. Para isso, usam-se os dois primeiros bytes do endereço IP para identificar a rede e os restantes para identificar os dispositivos; - Os endereços IP da classe C são usados em locais que requerem grande quantidade de redes, mas com poucos dispositivos em cada uma. Assim, os três primeiros bytes são usados para identificar a rede e o último é utilizado para identificar as máquinas. Quanto às classes D e E, elas existem por motivos especiais: a primeira é usada para a propagação de pacotes especiais para a comunicação entre os computadores, enquanto que a segunda está reservada para aplicações futuras ou experimentais. Vale frisar que há vários blocos de endereços reservados para fins especiais. Por exemplo, quando o endereço começa com 127, geralmente indica uma rede "falsa", isto é, inexistente, utilizada para testes. No caso do endereço 127.0.0.1, este sempre se refere à própria máquina, ou seja, ao próprio host, razão esta que o leva a ser chamado de localhost. Já o endereço 255.255.255.255 é utilizado para propagar mensagens para todos os hosts de uma rede de maneira simultânea. Endereços IP privados Há conjuntos de endereços das classes A, B e C que são privados. Isto significa que eles não podem ser utilizados na internet, sendo reservados para aplicações locais. São, essencialmente, estes:

Apostila PRF -Classe A: 10.0.0.0 à 10.255.255.255 - Classe B: 172.16.0.0 à 172.31.255.255 - Classe C: 192.168.0.0 à 192.168.255.255.

(Gateway Padrão), Número IP de um ou mais servidores DNS, Número IP de um ou mais servidores WINS e Sufixos de pesquisa do DNS.

Suponha então que você tenha que gerenciar uma rede com cerca de 50 computadores. Você pode alocar para estas máquinas endereços de 192.168.0.1 até 192.168.0.50, por exemplo. Todas elas precisam de acesso à internet. O que fazer? Adicionar mais um IP para cada uma delas? Não. Na verdade, basta conectálas a um servidor ou equipamento de rede - como um roteador - que receba a conexão à internet e a compartilhe com todos os dispositivos conectados a ele. Com isso, somente este equipamento precisará de um endereço IP para acesso à rede mundial de computadores.

DNS O DNS (Domain Name System - Sistema de Nomes de Domínios) é um sistema de gerenciamento de nomes hierárquico e distribuído operando segundo duas definições: 1. Examinar e atualizar seu banco de dados. 2. Resolver nomes de domínios em endereços de rede (IPs). Existem 13 servidores DNS raiz no mundo todo e sem eles a Internet não funcionaria. Destes, dez estão localizados nos Estados Unidos da América, um na Ásia e dois na Europa. Para Aumentar a base instalada destes servidores, foram criadas réplicas localizadas por todo o mundo, inclusive no Brasil desde 2003. Ou seja, os servidores de diretórios responsáveis por prover informações como nomes e endereços das máquinas são normalmente chamados servidores de nomes. Na Internet, os serviços de nomes usado é o DNS, que apresenta uma arquitetura cliente/servidor, podendo envolver vários servidores DNS na resposta a uma consulta. IPv6 A primeira diferença que se nota entre o IPv4 e o IPv6 é o seu formato: o primeiro é constituído por 32 bits, como já informado, enquanto que o segundo é formado por 128 bits. Com isso, teoricamente, a quantidade de endereços disponíveis pode chegar a:

Máscara de sub-rede As classes IP ajudam na organização deste tipo de endereçamento, mas podem também representar desperdício. Uma solução bastante interessante para isso atende pelo nome de máscara de sub-rede, recurso onde parte dos números que um octeto destinado a identificar dispositivos conectados (hosts) é "trocado" para aumentar a capacidade da rede.

Clas se

Endereço IP

Identificador da rede

Identificador do computador

Máscara de subrede

A

10.2.68.12

10

2.68.12

255.0.0.0

B

172.31.101. 25

172.31

101.25

255.255.0. 0

C

192.168.0.1 0

192.168.0

10

255.255.25 5.0

IP estático (ou fixo) é um endereço IP dado permanentemente a um dispositivo, ou seja, seu número não muda, exceto se tal ação for executada manualmente. Como exemplo, há casos de assinaturas de acesso à internet via ADSL onde o provedor atribui um IP estático aos seus assinantes. Assim, sempre que um cliente se conectar, usará o mesmo IP. O IP dinâmico, por sua vez, é um endereço que é dado a um computador quando este se conecta à rede, mas que muda toda vez que há conexão. O método mais utilizado na distribuição de IPs dinâmicos é o protocolo DHCP (Dynamic Host Configuration Protocol). O DHCP, Dynamic Host Configuration Protocol (Protocolo de configuração dinâmica de host), é um protocolo de serviço TCP/IP que oferece configuração dinâmica de terminais, com concessão de endereços IP de host, Máscara de sub-rede, Default Gateway

340.282.366.920.938.463.463.374.607.431.768.211.4 56, O IPv6 utiliza oito sequências de até quatro caracteres separado por ':' (sinal de dois pontos) mas considerando o sistema hexadecimal, exemplo: FEDC:2D9D:DC28:7654:3210:FC57:D4C8:1FFF Protocolos O TCP/IP é um conjunto de protocolos de comunicação entre computadores em rede (também chamado de pilha de protocolos TCP/IP). Seu nome vem de dois protocolos: o TCP (Transmission Control Protocol Protocolo de Controlo de Transmissão) e o IP (Internet Protocol - Protocolo de Interconexão). O conjunto de protocolos pode ser visto como um modelo de camadas, onde cada camada é responsável por um grupo de tarefas, fornecendo um conjunto de serviços bem definidos para o protocolo da camada superior.

Camada 4 - Aplicação

Exemplo HTTP, HTTPS, FTP,

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Apostila PRF

3 - Transporte

TCP, UDP

O protocolo utilizado para transferir informações na World Wide Web. Um endereço HTTP (um tipo de localizador de recursos uniforme [URL]) tem a forma: http://www.microsoft.com.

2 - Internet ou Inter Rede

IP

Secure Hipertext Transfer Protocol (HTTPS)

1 - Interface com a Rede

Ethernet, Wi-Fi,Modem, etc.

Utiliza protocolo de segurança SSL ou TLS que utiliza criptografia para transmissão de dados e assinatura digital.

DNS, SMTP, POP, IMAP ...

Ethernet é uma tecnologia de interconexão para redes locais - Rede de Área Local (LAN) - baseada no envio de pacotes. Ela define cabeamento e sinais elétricos para a camada física, e formato de pacotes e protocolos para a camada de controle de acesso ao meio (Media Access Control -MAC) Wi-Fi dispositivos de rede local sem fios.

TCP 1. 2. 3. 4. 5.

Protocolo de controle de transmissão. Divide a informação em pacotes. Verifica erro de transmissão. Garante o envio da informação. TCP aguarda mensagem de recebimento de cada pacote para disponibilizar o próximo pacote para o protocolo da camada de aplicação. UDP Complemento do TCP que oferece um serviço de datagrama sem conexão que não garante nem a entrega nem a seqüência correta de pacotes entregues (muito semelhante ao IP). É um protocolo de comunicação que oferece uma quantidade limitada de serviço quando as mensagens são trocadas ente computadores em uma rede que usa Internet Protocol ( IP ). UDP é uma alternativa para o Transmission Control Protocol ( TCP ) e, com o IP, ás vezes é referido como UDP / IP. Assim como o TCP, o UDP usa o Internet Protocol para realmente levar uma unidade de dados ( chamada de datagrama ( datagram ) ) de um computador para outro. Diferentimente do TCP, o UDP não fornece o serviço de dividir uma mensagem em pacotes ( datagramas ) e remontá – la na outra extremidade.

Protocolo de transferência de hipertexto (HTTP)

Segurança da camada de transporte (TLS) Protocolo padrão usado para fornecer comunicações seguras pela Web na Internet ou em intranets. Permite que clientes autentiquem servidores ou, opcionalmente, que servidores autentiquem clientes. Além disso, fornece um canal seguro ao criptografar as comunicações. A TLS é a versão mais recente e segura do protocolo SSL.

Camada de soquetes de segurança (SSL) Padrão aberto proposto para o estabelecimento de um canal de comunicações seguro para impedir a interceptação de informações críticas, como números de cartão de crédito. Basicamente, permite transações eletrônicas financeiras seguras na World Wide Web, embora tenha sido desenvolvido para funcionar também em outros serviços da Internet.

Protocolo de transferência de arquivo (FTP) Membro do conjunto de protocolos TCP/IP, usado para copiar arquivos entre dois computadores na Internet. Os dois computadores devem dar suporte às suas respectivas funções FTP: um deles deve ser um cliente FTP e o outro deve ser um servidor FTP.

Protocolo de gerenciamento de rede simples (SNMP) Protocolo de rede usado para gerenciar redes TCP/IP. No Windows, o serviço SNMP é utilizado para fornecer informações de status sobre um host em uma rede TCP/IP.

Protocolo de transferência de correio simples (SMTP)

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Apostila PRF Participante do conjunto de protocolos TCP/IP que governa a troca de email entre agentes de transferência de mensagens.

Post Office protocol 3 (POP3) POP3 lida com o recebimento de e-mails. É um protocolo cliente / servidor no qual o e-mail é recebido e guardado para você no servidor.

Protocolo de Acesso a Mensagem na Internet (IMAP) Com o IMAP você vê a mensagem no servidor como se estivesse no seu computador. Uma mensagem apagada localmente ainda fica no provedor. O e-mail pode ser mantido e lido no servidor.

Telnet Protocolo de emulação de terminal muito utilizado na Internet para logon em computadores de rede. Telnet também indica o aplicativo que usa o protocolo Telnet para os usuários que fazem logon de locais remotos.

OUTROS: ARP (Protocolo de resolução de endereços). RARP (Protocolo de resolução inversa de endereços). DNS (Serviço de nome de domínio). FINGER (Procura o usuário local /remoto). ICMP (Protocolo de mensagens de controle da internet). LPD (Daemon de impressora de linha). NFS (Sistema de arquivo de rede). NIS (Serviços de informações de rede). NTP (Protocolo de hora da rede). RDISC (Protocolo de descoberta de roteador). REXEC (Serviço de execução remota). RIP (Protocolo de informações de roteamento). RLOGIN (Serviço de login remoto). RPC (Chamada de procedimento remoto). RSH (Serviço de shell remoto). RWHO (Monitoramento remoto de usuários). RWALL (Transmissão de mensagem remota).

RADIO (Transmissor / receptor de rádio). SSH (Serviços shell seguros). TALK (Fala com o usuário remoto / local). TFTP (Protocolo de transferência de arquivo trivial). WHOIS (Serviço de procura remota). SERVIÇOS DISPONÍVEIS NA WEB WWW A World Wide Web (que em português se traduz literalmente por teia mundial), também conhecida como Web e WWW, é um sistema de documentos em hipermídia que são interligados e executados na Internet. Os documentos podem estar na forma de vídeos, sons, hipertextos e figuras. Para visualizar a informação, pode-se usar um programa de computador chamado navegador para descarregar informações (chamadas "documentos" ou "páginas") de servidores web (ou "sítios") e mostrá-los na tela do usuário. O usuário pode então seguir as hiperligações na página para outros documentos ou mesmo enviar informações de volta para o servidor para interagir com ele. O ato de seguir hiperligações é, comumente, chamado de "navegar" ou "surfar" na Web. Visualizar uma página web ou outro recurso disponibilizado normalmente inicia ou ao digitar uma URL no navegador ou seguindo (acessando) uma hiperligação. Primeiramente, a parte da URL referente ao servidor web é separada e transformada em um endereço IP, por um banco de dados da Internet chamado Domain name system (DNS). O navegador estabelece então uma conexão TCP-IP com o servidor web localizado no endereço IP retornado. O próximo passo é o navegador enviar uma requisição HTTP ao servidor para obter o recurso indicado pela parte restante da URL (retirando-se a parte do servidor). No caso de uma página web típica, o texto HTML é recebido e interpretado pelo navegador, que realiza então requisições adicionais para figuras, arquivos de formatação, arquivos de script e outros recursos que fazem parte da página. O navegador então renderiza a página na tela do usuário, assim como descrita pelos arquivos que a compõe. Renderização é o processo pelo qual pode-se obter o produto final de um processamento digital qualquer. WEBMAIL Webmail é uma interface da World Wide Web que permite ao utilizador ler e escrever e-mail usando um navegador. A maior vantagem do webmail é o facto de não ser necessário possuir um programa específico para a leitura ou envio de mensagens de correio electrónico, qualquer computador ligado à internet com um navegador é suficiente. Isto também significa que ao contrário

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Apostila PRF de outros protocolos de comunicação na web, como o POP3 não é necessário utilizar sempre o mesmo computador. No entanto existe o inconveniente de ter as mensagens de correio electrónico armazenadas no servidor do ISP (Internet Service Provider- fornecedor de acesso à Internet, o que pode limitar o número de mensagens que podemos armazenar. Com o crescimento do webmail surgiram várias empresas que fornecem este serviço, gratuitamente ou não. Exemplo: Yahoo, hotmail, Google (gmail), etc. CORREIO ELETRÔNICO Um correio eletrônico ou e-mail ou correio-e é um método que permite compor, enviar e receber mensagens através de sistemas eletrônicos de comunicação. O termo e-mail é aplicado tanto aos sistemas que utilizam a Internet e são baseados no protocolo SMTP, como aqueles sistemas conhecidos como intranets, que permitem a troca de mensagens dentro de uma empresa ou organização e são, normalmente, baseados em protocolos proprietários. O envio e recebimento de uma mensagem de email é realizada através de um sistema de correio eletrônico. Um sistema de correio eletrônico é composto de programas de computador que suportam a funcionalidade de cliente de e-mail e de um ou mais servidores de e-mail que, através de um endereço de correio eletrônico, conseguem transferir uma mensagem de um usuário para outro. Estes sistemas utilizam protocolos de Internet que permitem o tráfego de mensagens de um remetente para um ou mais destinatários que possuem computadores conectados à Internet. Cliente de e-mail é um programa de computador que permite enviar, receber e personalizar mensagens de e-mail. Microsoft Outlook Express , o Mozilla Thunderbird, Apple Mail (sistema Macintosh) , Kmail (LINUX) Vantagens 1. Ler e escrever e-mail offline; 2. Armazenar o e-mail no disco rígido; 3. Utilizar múltiplas contas de correio electrónico ao mesmo tempo; 4. Criar uma lista de contactos detalhada; 5. Enviar e receber mensagens encriptadas; 6. Travar o SPAM; 7. Configurar newsgroups facilmente; 8. Enviar e-mail em formato HTML (que permite criar mensagens mais práticas e visualmente aprazíveis)

Acesso remoto O acesso remoto é um novo recurso com o qual você pode se conectar ao seu computador via Internet, não importa onde você esteja. Para usar esse recurso, o computador deve estar ligado, e o acesso remoto

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deve ser instalado e habilitado. Nesse caso, e se você tiver configurado o acesso remoto corretamente, será possível acessar e trabalhar no seu computador usando qualquer outro computador via Internet. Não é necessário ter um acesso remoto instalado no computador a partir do qual você está acessando o seu computador. O acesso pode ser feito a partir de qualquer computador que possua uma conexão com a Internet, de preferência via banda larga. Além de permitir o uso remoto do seu computador, o acesso remoto também oferece outros úteis recursos, incluindo: 1. Transferência de arquivos: Permite copiar arquivos ou pastas do computador remoto para o seu próprio computador e vice-versa. 2. Compartilhamento de arquivos: Permite que você envie arquivos que, devido a características ou tamanhos específicos, poderiam ser difíceis de enviar por e-mail. O acesso remoto gera um link seguro que você pode enviar a outros usuários para que eles façam o download de arquivos diretamente do seu computador. 3. Convite para visitante: Útil para permitir que um colega acesse o seu computador remotamente, por exemplo, para ajudá-lo a resolver um problema. Ele poderá ver a sua área de trabalho, controlar o mouse e o teclado, transferir arquivos... As comunicações entre ambos os computadores com acesso remoto são corretamente criptografadas e incluem uma assinatura digital para não serem interceptadas por terceiros. TELNET O protocolo Telnet é um protocolo standard de Internet que permite a interface de terminais e de aplicações através da Internet. Este protocolo fornece as regras básicas para permitir ligar um cliente (sistema composto de uma afixação e um teclado) a um intérprete de comando (do lado do servidor).O protocolo baseia-se numa conexão TCP para enviar dados em formato ASCII codificado em 8 bits entre os quais se intercalam sequências de controle para o Telnet. Fornece assim um sistema orientado para a comunicação, bidireccional (half-duplex), codificado em 8 bits fácil de aplicar. Com essa conexão é possível o acesso remoto para qualquer máquina ou equipamento que esteja sendo executado em modo servidor. O protocolo Telnet é um protocolo de transferência de dados não seguro, o que quer dizer que os dados que veicula circulam às claras na rede (de maneira não codificada). SSH Em informática o SSH (Secure Shell) é, ao mesmo tempo, um programa de computador e um protocolo de rede que permitem a conexão com outro computador na rede de forma a permitir execução de comandos de uma unidade remota. Ele possui as mesmas funcionalidades do TELNET, com a vantagem da criptografada na conexão entre o cliente e o servidor.

Apostila PRF VNC Virtual Network Computing é um protocolodesenhado para possibilitar interfaces gráficas remotas. Através deste protocolo um usuário pode conectar-se a um computador remotamente, e utilizar as suas funcionalidades visuais como se estivesse sentado em frente do computador. Algumas das aplicações práticas incluem a 'assistência remota' ao usuário remoto. Uma das grandes vantagens é poder fazer a conexão de diferentes ambientes unix(linux e outros) em winnt (windows X)

CONCEITOS SOBRE SEGURANÇA. Os problemas de segurança e crimes por computador são de especial importância para os projetistas e usuários de sistemas de informação. Com relação à segurança da informação; Confidencialidade garantia de que as informações não poderão ser acessadas por pessoas não autorizadas.

qualidade aceitável. Garantia de que o sistema se comporta como esperado, em geral após atualizações e retificações de erro. Privacidade: é a capacidade de controlar quem vê as informações e sob quais condições. Auditoria: análise e responsabilização de erros de usuários autorizados do sistema. Virtual Private Network Rede Privada Virtual é uma rede de comunicações privada normalmente utilizada por uma empresa ou um conjunto de empresas e/ou instituições, construída em cima de uma rede de comunicações pública (como por exemplo, a Internet). VPNs seguras usam protocolos de criptografia por tunelamento que fornecem a confidencialidade, autenticação e integridade necessárias para garantir a privacidade das comunicações requeridas. Quando adequadamente implementados, estes protocolos podem assegurar comunicações seguras através de redes inseguras. DeMilitarized Zone ou "zona desmilitarizada

𝐂𝐨𝐧𝐟𝐢𝐝𝐞𝐧𝐜𝐢𝐚𝐥𝐢𝐝𝐚𝐝𝐞 ⟺ CRIPTOGRAFIA Autenticidade é a capacidade de conhecer as identidades das partes na comunicação. Integridade é a garantia de que as informações armazenadas ou transmitidas não sejam alteradas. Não repúdio: propriedade de evitar a negativa de autoria de transações por parte do usuário, garantindo ao destinatário o dado sobre a autoria da informação recebida. 𝐀𝐮𝐭𝐞𝐧𝐭𝐢𝐜𝐢𝐝𝐚𝐝𝐞 𝐈𝐧𝐭𝐞𝐠𝐫𝐢𝐝𝐚𝐝𝐞 } ⟺ 𝑨𝑺𝑺𝑰𝑵𝑨𝑻𝑼𝑹𝑨 𝑫𝑰𝑮𝑰𝑻𝑨𝑳 𝐍ã𝐨 𝐫𝐞𝐩ú𝐝𝐢𝐨 Disponibilidade é a garantia de que os sistemas estarão disponíveis quando necessários. Propriedade que garante o acesso às informações através dos sistemas oferecidos. Confiabilidade: é a garantia de que os sistemas desempenharão seu papel com eficácia em um nível de

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Apostila PRF DMZ, em segurança da informação, é a sigla para de DeMilitarized Zone ou "zona desmilitarizada", em português. Também conhecida como Rede de Perímetro, a DMZ é uma pequena rede situada entre uma rede confiável e uma não confiável, geralmente entre a rede local e a Internet. A função de uma DMZ é manter todos os serviços que possuem acesso externo (tais como servidores HTTP, FTP, de correio eletrônico, etc) separados da rede local, limitando assim o potencial dano em caso de comprometimento de algum destes serviços por um invasor. Para atingir este objetivo os computadores presentes em uma DMZ não devem conter nenhuma forma de acesso à rede local. A configuração é realizada através do uso de equipamentos de Firewall, que vão realizar o controle de acesso entre a rede local, a internet e a DMZ (ou, em um modelo genérico, entre as duas redes a serem separadas e a DMZ). Os equipamentos na DMZ podem estar em um switch dedicado ou compartilhar um switch da rede, porém neste último caso devem ser configuradas Redes Virtuais distintas dentro do equipamento, também chamadas de VLANs(Ou seja, redes diferentes que não se "enxergam" dentro de uma mesma rede - LAN). O termo possui uma origem militar, significando a área existente para separar dois territórios inimigos em uma região de conflito. Isto é utilizado, por exemplo, para separar as Coréias do Norte e do Sul. Arquiteturas de DMZ Three-Pronged Firewall – Designa-se assim derivado da utilização de uma firewall com 3 pontos de rede, um para a rede privada, outro para a rede pública e outro ainda para a DMZ. Esta arquitetura caracterizase por ser simples de implementar e de baixo custo, no entanto, é mais vulnerável e tem uma performance mais reduzida em comparação à DMZ com 2 firewalls. Multiple Firewall DMZ – São utilizados diversas firewalls para controlar as comunicações entre as redes externa pública e interna (privada). Com esta arquitetura temos uma segurança mais efetiva podemos balancear a carga de tráfego de dados e podemos proteger várias DMZ's para além da nossa rede interna. De um modo geral podemos dizer que as regras de segurança aplicadas a uma DMZ são: 1. A rede interna pode iniciar conexões a qualquer uma das outras redes mas nenhuma das outras redes pode iniciar conexões nesta. 2. A rede pública (internet) não pode iniciar conexões na rede interna mas pode na DMZ.

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3. A DMZ não pode fazer conexões à rede interna mas pode na rede pública.

FIREWALL Parede de fogo (em inglês: Firewall) é um dispositivo de uma rede de computadores que tem por objetivo aplicar uma política de segurança a um determinado ponto da rede. O firewall pode ser do tipo filtros de pacotes, proxy de aplicações, etc. Os firewalls são geralmente associados a redes TCP/IP. Este dispositivo de segurança existe na forma de software e de hardware, a combinação de ambos normalmente é chamado de "appliance". A complexidade de instalação depende do tamanho da rede, da política de segurança, da quantidade de regras que controlam o fluxo de entrada e saída de informações e do grau de segurança desejado.

Filtros de Pacotes Estes sistemas analisam individualmente os pacotes à medida que estes são transmitidos. As regras podem ser formadas indicando os endereços de rede (de origem e/ou destino) e as portas TCP/IP envolvidas na conexão. A principal desvantagem desse tipo de tecnologia para a segurança reside na falta de controle de estado do pacote, o que permite que agentes maliciosos possam produzir pacotes simulados (com endereço IP falsificado, técnica conhecida como IP Spoofing), fora de contexto ou ainda para serem injetados em uma sessão válida.

Proxy Firewall ou Gateways de Aplicação O firewall de proxy trabalha recebendo o fluxo de conexão, tratando as requisições como se fossem uma aplicação e originando um novo pedido sob a responsabilidade do mesmo firewall para o servidor de destino. A resposta para o pedido é recebida pelo firewall e analisada antes de ser entregue para o solicitante original. Os gateways de aplicações conectam as redes corporativas à Internet através de estações seguras (chamadas de bastion hosts) rodando aplicativos especializados para tratar e filtrar os dados (os proxy firewalls). Estes gateways, ao receberem as requisições de acesso dos usuários e realizarem uma segunda conexão externa para receber estes dados, acabam por esconder a identidade dos usuários nestas requisições externas, oferecendo uma proteção adicional contra a ação dos crackers.

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Stateful Firewall (ou Firewall de Estado de Sessão) O firewall guardava o estado de todas as últimas transações efetuadas e inspecionava o tráfego para evitar pacotes ilegítimos. Esta tecnologia permite que o firewall decodifique o pacote, interpretando o tráfego sob a perspectiva do cliente/servidor, ou seja, do protocolo propriamente dito e inclui técnicas específicas de identificação de ataques. Com a tecnologia SMLI/Deep Packet Inspection, o firewall utiliza mecanismos otimizados de verificação de tráfego para analisá-los sob a perspectiva da tabela de estado de conexões legítimas. Simultaneamente, os pacotes também vão sendo comparados a padrões legítimos de tráfego para identificar possíveis ataques ou anomalias. A combinação permite que novos padrões de tráfegos sejam entendidos como serviços e possam ser adicionados às regras válidas em poucos minutos.

Firewall de Aplicação Com a explosão do comércio eletrônico, percebeuse que mesmo a última tecnologia em filtragem de pacotes para TCP/IP poderia não ser tão efetiva quanto se esperava. Com todos os investimentos dispendidos em tecnologia de stateful firewalls, os ataques continuavam a prosperar de forma avassaladora. Somente a filtragem dos pacotes de rede não era mais suficiente. Os ataques passaram a se concentrar nas características (e vulnerabilidades) específicas de cada aplicação. Percebeu-se que havia a necessidade de desenvolver um novo método que pudesse analisar as particularidades de cada protocolo e tomar decisões que pudessem evitar ataques maliciosos contra uma rede. PROXY Proxy é um servidor intermediário que atende a requisições repassando os dados do cliente à frente: um usuário (cliente) conecta-se a um servidor proxy, requisitando algum serviço, como um arquivo, conexão, página web, ou outro recurso disponível no outro servidor. Um servidor proxy pode, opcionalmente, alterar a requisição do cliente ou a resposta do servidor e, algumas vezes, pode disponibilizar este recurso mesmo sem se conectar ao servidor especificado. Pode também atuar como um servidor que armazena dados em forma de cache em redes de computadores. São instalados em máquinas com ligações tipicamente superiores às dos clientes e com poder de armazenamento elevado.

Esses servidores têm uma série de usos, como filtrar conteúdo, providenciar anonimato, entre outros. Um proxy de cache HTTP ou, em inglês, caching proxy, permite por exemplo que o cliente requisite um documento na World Wide Web e o proxy procura pelo documento na sua caixa

Sistema de detecção de intrusos Sistema de detecção de intrusos ou simplesmente IDS (em inglês: Intrusion detection system) refere-se a meios técnicos de descobrir em uma rede quando esta está tendo acessos não autorizados que podem indicar a acção de um cracker ou até mesmo funcionários mal intencionados. Com o acentuado crescimento das tecnologias de infra-estrutura tanto nos serviços quanto nos protocolos de rede torna-se cada vez mais difícil a implantação de sistema de detecção de intrusos. Esse fato está intimamente ligado não somente a velocidade com que as tecnologias avançam, mas principalmente com a complexidade dos meios que são utilizados para aumentar a segurança nas transmissões de dados. Uma solução bastante discutida é a utilização de host-based IDS que analisam o tráfego de forma individual em uma rede. No host-based o IDS é instalado em um servidor para alertar e identificar ataques e tentativas de acessos indevidos à própria máquina. Honeypot Um honeypot é um recurso computacional de segurança dedicado a ser sondado, atacado ou comprometido. Existem dois tipos de honeypots: os de baixa interatividade e os de alta interatividade. 1.1. Honeypots de baixa interatividade Em um honeypot de baixa interatividade são instaladas ferramentas para emular sistemas operacionais e serviços com os quais os atacantes irão interagir. Desta forma, o sistema operacional real deste tipo de honeypot deve ser instalado e configurado de modo seguro, para minimizar o risco de comprometimento. 1.2. Honeypots de alta interatividade Nos honeypots de alta interatividade os atacantes interagem com sistemas operacionais, aplicações e serviços reais.

Honeynet

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Apostila PRF Definição 1: uma Honeynet é uma ferramenta de pesquisa, que consiste de uma rede projetada especificamente para ser comprometida, e que contém mecanismos de controle para prevenir que seja utilizada como base de ataques contra outras redes.

cifrada usando a respectiva chave privada. A criptografia RSA atua diretamente na internet, por exemplo, em mensagens de emails, em compras on-line e o que você imaginar; tudo isso é codificado e recodificado pela criptografia RSA.

Definição 2: uma Honeynet nada mais é do que um tipo de honeypot. Especificamente, é um honeypot de alta interatividade, projetado para pesquisa e obtenção de informações dos invasores. É conhecido também como "honeypot de pesquisa"

Em traços gerais, são gerados dois pares de números – as chaves – de tal forma que uma mensagem criptografada com o primeiro par possa ser apenas decriptada com o segundo par; mas, o segundo número não pode ser derivado do primeiro. Esta propriedade assegura que o primeiro número possa ser divulgado a alguém que pretenda enviar uma mensagem criptografada ao detentor do segundo número, já que apenas essa pessoa pode decriptar a mensagem. O primeiro par é designado como chave pública, e o segundo como chave secreta.

Uma vez comprometida, a honeynet é utilizada para observar o comportamento dos invasores, possibilitando análises detalhadas das ferramentas utilizadas, de suas motivações e das vulnerabilidades exploradas.

CRIPTOGRAFIA Criptografia (Do Grego kryptós, "escondido", e gráphein, "escrita") é o estudo dos princípios e técnicas pelas quais a informação pode ser transformada da sua forma original para outra ilegível, de forma que possa ser conhecida apenas por seu destinatário (detentor da "chave secreta"), o que a torna difícil de ser lida por alguém não autorizado. Assim sendo, só o receptor da mensagem pode ler a informação com facilidade. . Há dois tipos de chaves criptográficas: chaves simétricas e chaves assimétrica. Uma informação não-cifrada que é enviada de uma pessoa (ou organização) para outra é chamada de "texto claro" (plaintext). Cifragem é o processo de conversão de um texto claro para um código cifrado e decifragem é o processo contrário, de recuperar o texto original a partir de um texto cifrado. RSA é um algoritmo de criptografia de dados, que deve o seu nome a três professores do Instituto MIT (fundadores da actual empresa RSA Data Security, Inc.), Ronald Rivest, Adi Shamir e Leonard Adleman, que inventaram este algoritmo — até a data (2008), a mais bem sucedida implementação de sistemas de chaves assimétricas, e fundamenta-se em teorias clássicas dos números. É considerado dos mais seguros, já que mandou por terra todas as tentativas de quebrá-lo. Foi também o primeiro algoritmo a possibilitarcriptografia e assinatura digital, e uma das grandes inovações em criptografia de chave pública. O RSA envolve um par de chaves, uma chave pública que pode ser conhecida por todos e uma chave privada que deve ser mantida em sigilo. Toda mensagem cifrada usando uma chave pública só pode ser de-

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ASSINATURA DIGITAL Assinatura ou firma digital é um método de autenticação de informação digital tipicamente tratada como análoga à assinatura física em papel. Embora existam analogias, existem diferenças importantes. O termo assinatura eletrônica, por vezes confundido, tem um significado diferente: refere-se a qualquer mecanismo, não necessariamente criptográfico, para identificar o remetente de uma mensagem eletrônica. A legislação pode validar tais assinaturas eletrônicas como endereços Telex e cabo, bem como a transmissão por fax de assinaturas manuscritas em papel. A utilização da assinatura ou firma digital providencia a prova inegável de que uma mensagem veio do emissor. Para verificar este requisito, uma assinatura digital deve ter as seguintes propriedades: 4. autenticidade - o receptor deve poder confirmar que a assinatura foi feita pelo emissor; 5. integridade - qualquer alteração da mensagem faz com que a assinatura não corresponda mais ao documento; 6. não repúdio ou irretratabilidade - o emissor não pode negar a autenticidade da mensagem. AUTORIDADE DE CERTIFICAÇÃO Autoridade de Certificação é o terceiro confiável que emite um certificado. Existem Autoridades de Certificação de dois tipos: Autoridades de Certificação de Raiz (ou Autoridades de Certificação Superiores ou ainda Autoridades de Certificação de Maior Nível), que emitem diretamente os certificados, e as Autoridades de Certificação

Apostila PRF Intermediárias (ou Autoridades de Certificação Inferiores ou ainda Autoridades de Certificação de Menor Nível), cujos certificados são emitidos indiretamente pelas Autoridades de Certificação de Raiz. Podemos pensar no caminho entre as Autoridades de Certificação de Raiz e o Cliente como uma ramificação, já que existem as Autoridades de Certificação de Raiz, que emitem os certificados para as Autoridades de Certificação Intermediárias, se existirem, até ao Cliente (ou utilizador final) que aplica o certificado. Caso o certificado não seja emitido por uma Autoridade de Certificação, este é auto-assinado, ou seja, o proprietário ocupa os lugares de Autoridade de Certificação, Autoridade de Registo e Cliente. Exemplos de Autoridades de Certificação de Raiz são a americana VeriSign, o brasileiro Instituto de Tecnologia da Informação (órgão oficial do governo) ou a britânica Equifax. Exemplos de Autoridades de Certificação Intermediárias são a portuguesa Saphety, a também portuguesa Multicert e as Brasileiras Serasa Experian e a Certisign.

CERTIFICADO DIGITAL Um certificado digital é um arquivo de computador que contém um conjunto de informações referentes a entidade para o qual o certificado foi emitido (seja uma empresa, pessoa física ou computador) mais a chave pública referente a chave privada que acredita-se ser de posse unicamente da entidade especificada no certificado. Um certificado digital normalmente é usado para ligar uma entidade a uma chave pública. Para garantir digitalmente, no caso de uma Infraestrutura de Chaves Públicas (ICP), o certificado é assinado pela Autoridade Certificadora (AC) que o emitiu e no caso de um modelo de Teia de Confiança (Web of trust) como o PGP, o certificado é assinado pela própria entidade e assinado por outros que dizem confiar naquela entidade. Em ambos os casos as assinaturas contidas em um certificado são atestamentos feitos por uma entidade que diz confiar nos dados contidos naquele certificado. Um certificado normalmente inclui:

7. Informações refentes a entidade para o qual o certificado foi emitido (nome, email, CPF/CNPJ, PIS etc.) 8. A chave pública referente a chave privada de posse da entidade especificada no certificado

9. O período de validade 10. A localização do "centro de revogação”. 11. A(s) assinatura(s) da(s) AC/entidade(s) que afirma que a chave pública contida naquele certificado confere com as informações contidas no mesmo Criando um certificado digital 12. A entidade que deseja emitir o certificado gera um par de chaves criptográficas (uma chave pública e uma chave privada). 13. Em seguida a entidade gera um arquivo chamado Certificate Signing Request (CSR) composto pela chave pública da entidade e mais algumas informações que a AC requer sobre a entidade e é assinado digitalmente pela chave privada da própria entidade e envia o CSR cifrado pela chave pública da AC. 14. Então é necessário o comparecimento físico de um indivíduo responsável por aquela identidade em uma Autoridade de Registro (AR) (em alguns casos a AR vai até o cliente) para confirmação dos dados contidos no CSR e se necessário o acréscimo de mais algum dado do responsável pelo certificado e emissão do certificado. 15. Finalmente o CSR é "transformado" em um certificado digital assinado pela AC e devolvido ao cliente. 16. Então o browser/aplicativo de gerência de certificados combina o certificado + a chave privada criando o conceito de "Identidade digital", normalmente salvando a chave privada em um cofre protegido por uma frase senha que será necessária para o posterior acesso a chave privada.

BACKUP Em informática, cópia de segurança (em inglês: backup) é a cópia de dados de um dispositivo de armazenamento a outro para que possam ser restaurados em caso da perda dos dados originais, o que pode envolver apagamentos acidentais ou corrupção de dados. Meios difundidos de cópias de segurança incluem CD-ROM, DVD, disco rígido, disco rígido externo (compatíveis comUSB), fitas magnéticas e a cópia de segurança externa (online). Esta transporta os dados por uma rede como a Internetpara outro ambiente, geralmente para equipamentos mais sofisticados, de grande porte e alta segurança. Outra forma pouco difundida de cópia de segurança é feita via rede. Na própria rede local de computadores, o administrador ou o responsável pela cópia de segurança grava os dados em um formato de arquivo, processa e distribui as partes constituintes da cópia nos computadores da rede,

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Apostila PRF de forma segura (arquivos são protegidos), criptografada (para não haver extração ou acesso aos dados na forma original) e oculta (na maioria das vezes o arquivo é ocultado) Backup normal Backup que copia todos os arquivos selecionados e marca cada arquivo como tendo sofrido backup (em outras palavras, o atributo de arquivamento é desmarcado). Com backups normais, você só precisa da cópia mais recente do arquivo ou da fita de backup para restaurar todos os arquivos. Geralmente, o backup normal é executado quando você cria um conjunto de backup pela primeira vez. Backup incremental Backup que copia somente os arquivos criados ou alterados desde o último backup normal ou incremental. Os arquivos que sofreram backup são marcados como tal (ou seja, o atributo de arquivamento é desmarcado). Se você utilizar uma combinação de backups normais ou incrementais para restaurar os seus dados, será preciso ter o último backup normal e todos os conjuntos de backups incrementais. Backup diferencial Backup que copia arquivos criados ou alterados desde o último backup normal ou incremental. Os arquivos que sofreram backup não são marcados como tal (ou seja, o atributo de arquivamento não é desmarcado). Se você estiver executando uma combinação de backups normal e diferencial, a restauração de arquivos e pastas exigirá que você tenha o último backup normal e o último backup diferencial. Backup diário Backup que copia todos os arquivos selecionados que forem alterados no dia de execução do backup diário. Os arquivos que sofreram backup não são marcados como tal (ou seja, o atributo de arquivamento não é desmarcado). Backup de cópia Backup que copia todos os arquivos selecionados, mas não marca cada arquivo como tendo sofrido backup (em outras palavras, o atributo de arquivamento não é desmarcado). A cópia é útil caso você queira fazer backup de arquivos entre os backups normal e incremental, pois ela não afeta essas outras operações de backup.

Vírus de computador e outros malwares:

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o que são e como agem

Introdução Vírus de computador são pequenos programas capazes de causar grandes transtornos a indivíduos, empresas e outras instituições, afinal, podem apagar dados, capturar informações, alterar ou impedir o funcionamento do sistema operacional e assim por diante. Como se não bastasse, há ainda outros softwares parecidos, como cavalos de troia, worms, hijackers, spywares e outros.

Malware Uma combinação das palavras malicious e software que significa "programa malicioso". Portanto, malware nada mais é do que um nome criado para quando necessitamos fazer alusão a um programa malicioso, seja ele um vírus, um worm, um spyware, etc.

Vírus de computador. Como você já sabe, um vírus é um programa com fins maliciosos, capaz de causar transtornos com os mais diversos tipos de ações: há vírus que apagam ou alteram arquivos dos usuários, que prejudicam o funcionamento do sistema operacional danificando ou alterando suas funcionalidades, que causam excesso de tráfego em redes, entre outros. Os vírus, tal como qualquer outro tipo de malware, podem ser criados de várias formas. Os primeiros foram desenvolvidos em linguagens de programação como C e Assembly. Hoje, é possível encontrar inclusive ferramentas que auxiliam na sua criação.

Como os vírus agem? Os vírus recebem esse nome porque possuem características de propagação que lembram os vírus reais, isto é, biológicos: quando um vírus contamina um computador, além de executar a ação para o qual foi programado, tenta também se espalhar para outras máquinas, tal como fazem os vírus biológicos nos organismos que invadem. Antigamente, os vírus tinham um raio de ação muito limitado: se propagavam, por exemplo, toda vez que um disquete contaminado era lido no computador. Com o surgimento da internet, no entanto, essa situação mudou drasticamente, para pior.

Apostila PRF Isso acontece porque, com a internet, os vírus podem se espalhar de maneira muito mais rápida e contaminar um número muito mais expressivo de computadores. Para isso, podem explorar vários meios, entre eles: 17. Falhas de segurança (bugs): sistemas operacionais e outros programas não são softwares perfeitos e podem conter falhas. Estas, quando descobertas por pessoas com fins maliciosos, podem ser exploradas por vírus, permitindo a contaminação do sistema, muitas vezes sem o usuário perceber; 18. E-mails: essa é uma das práticas mais exploradas. O usuário recebe mensagens que tentam convencêlo a executar um arquivo anexado ou presente em um link. Se o usuário o fizer sem perceber que está sendo enganado, certamente terá seu computador contaminado; 19. Downloads: o usuário pode baixar um arquivo de um determinado site sem perceber que este pode estar infectado. Os vírus também podem se propagar através de uma combinação de meios. Por exemplo, uma pessoa em um escritório pode executar o anexo de um e-mail e, com isso, contaminar o seu computador. Em seguida, este mesmo vírus pode tentar explorar falhas de segurança de outros computadores da rede para infectá-los.

Outros tipos de malwares A definição do que a praga é ou não é depende, essencialmente, de suas ações e formas de propagação. Eis os tipos mais comuns:

Cavalo de troia (trojan) Cavalos de troia (ou trojans) são um tipo de malware que permitem alguma maneira de acesso remoto ao computador após a infecção. Esse tipo de praga pode ter outras funcionalidades, como capturar de dados do usuário para transmití-los a outra máquina. Para conseguir ingressar no computador, o cavalo de troia geralmente se passa por outro programa ou arquivo. O usuário pode, por exemplo, fazer um download pensando se tratar de uma ferramenta para um determinado fim quando, na verdade, se trata de um trojan. Esse tipo de malware não é desenvolvido para se replicar. Quando isso acontece, geralmente trata-se de uma ação conjunta com um vírus. Worm (verme) Os worms (ou vermes, nome pouco usado) podem ser interpretados como um tipo de vírus mais inteligente que os demais. A principal diferença está na forma de propagação: os worms podem se esplhar rapidamente para outros computadores - seja pela internet, seja por meio de uma rede local - de maneira automática.

Explica-se: para agir, o vírus precisa contar com o "apoio" do usuário. Isso ocorre, por exemplo, quando uma pessoa baixa um anexo contaminado de um e-mail e o executa. Os worms, por sua vez, podem infectar o computador de maneira totalmente discreta, explorando falhas em aplicativos ou no próprio sistema operacional. É claro que um worm também pode contar com a ação de um usuário para se propagar, pois geralmente esse tipo de malware é criado para contaminar o máximo de computadores possível, fazendo com que qualquer meio que permita isso seja aceitável.

Spyware Spywares são programas que "espionam" as atividades dos usuários ou capturam informações sobre eles. Para contaminar um computador, os spywares geralmente são "embutidos" em softwares de procedência duvidosa, quase sempre oferecidos como freeware ou shareware. Os dados capturados são posteriormente transmitidos pela internet. Estas informações podem ser desde hábitos de navegação do usuário até senhas.

Keylogger Keyloggers são pequenos aplicativos que podem vir embutidos em vírus, spywares ou softwares de procedência duvidosa. Sua função é a de capturar tudo o que é digitado pelo usuário. É uma das formas utilizadas para a captura de senhas.

Hijacker Hijackers são programas ou scripts que "sequestram" navegadores de internet. As principais vítimas eram as versões mais antigas do Internet Explorer. Um hijacker pode, por exemplo, alterar a página inicial do browser e impedir o usuário de mudá-la, exibir propagandas em janelas novas, instalar barras de ferramentas e impedir o acesso a determinados sites (páginas de empresas de antivírus, por exemplo). Felizmente, os navegadores atuais contam com mais recursos de segurança, limitando consideravelmente a ação desse tipo de praga digital.

Rootkit Esse é um dos tipos de malwares mais perigosos. Podem ser utilizados para várias finalidades, como capturar dados do usuário. Até aí, nenhuma novidade. O que torna os rootkits tão ameaçadores é a capacidade que possuem para dificultar a sua detecção por antivírus ou outros softwares de segurança. Em outras palavras, os rootkits conseguem se "camuflar" no sistema.

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Apostila PRF Para isso, desenvolvedores de rootkits podem fazer uso de várias técnicas avançadas, como infiltrar o malware em processos ativos na memória, por exemplo. Além de difícil detecção, os rootkits também são de difícil remoção. Felizmente, sua complexidade de desenvolvimento faz com que não sejam muito numerosos.

Antivírus O mercado conta com antivírus pagos e gratuitos (estes, geralmente com menos recursos). Alguns programas, na verdade, consistem em pacotes de segurança, já que incluem firewall e outras ferramentas que complementam a proteção oferecida pelo antivírus. Eis uma lista com as soluções mais conhecidas: 20. AVG: mais conhecida por suas versões gratuitas, mas também possui edições paga com mais recursos -www.avg.com; 21. Avast: conta com versões pagas e gratuitas - www.avast.com; 22. Microsoft Security Essentials: gratuito para usuários domésticos de licenças legítimas do Windows www.microsoft.com/security_essentials; 23. Norton: popular antivírus da Symantec. Possui versões de testes, mas não gratuitas - www.norton.com; 24. Panda: possui versões de testes, mas não gratuitas - Erro! A referência de hiperlink não é válida. 25. Kaspersky: possui versões de testes, mas não gratuitas - www.kaspersky.com; 26. Avira AntiVir: mais conhecida por suas versões gratuitas, mas também possui edições pagas com mais recursos - www.avira.com; 27. NOD32: possui versões de testes, mas não gratuitas - www.eset.com; 28. McAfee: uma das soluções mais tradicionais do mercado. Possui versões de testes, mas não gratuitas -www.mcafee.com; 29. F-Secure: pouco conhecida no Brasil, mas bastante utilizada em outros países. Possui versões de testes, mas não gratuitas - www.f-secure.com; 30. BitDefender: conta com versões pagas e gratuitas - www.bitdefender.com.

Microsoft Security Essentials Essa lista foi elaborada com base em soluções oferecidas para os sistemas operacionais Windows, da Microsoft, no entanto, praticamente todas os desenvolvedores destes softwares oferecem soluções para outras plataformas, inclusive móveis. Muitas deles também oferecem ferramentas de verificação que funcionam a partir da internet.

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Ataque de negação de serviço Em um ataque distribuído de negação de serviço (também conhecido comoDDoS, um acrônimoem inglêspara Distributed Denial of Service), um computador mestre (denominado "Master") pode ter sob seu comando até milhares de computadores ("Zombies" zumbis). Neste caso, as tarefas de ataque de negação de serviço são distribuídas a um "exército" de máquinas escravizadas. O ataque consiste em fazer com que os Zumbis (máquinas infectadas e sob comando do Mestre) se preparem para acessar um determinado recurso em um determinado servidor em uma mesma hora de uma mesma data. Passada essa fase, na determinada hora, todos os zumbis (ligados e conectados à rede) acessarão ao mesmo recurso do mesmo servidor. Como servidores web possuem um número limitado de usuários que pode atender simultaneamente ("slots"), o grande e repentino número de requisições de acesso esgota esse número de slot, fazendo com que o servidor não seja capaz de atender a mais nenhum pedido. Dependendo do recurso atacado, o servidor pode chegar a reiniciar ou até mesmo ficar travado. Multimídia O termo multimídia refere-sE a tecnologias com suporte digital para criar, manipular, armazenar e pesquisar conteúdos. Os conteúdos multimédia estão associados normalmente a um computador pessoal que inclui suportes para grandes volumes de dados, os discos ópticos como os CDs(CD-ROM,MINI-CD,CD-CARD) e DVDs, abrange também nas ferramentas de informática a utilização de arquivos/ficheiros digitais para a criação de apresentações empresariais, catálogos de produtos,exposição de eventos e para catálogos eletrônicos com mais facilidade e economia. Privilegiando o uso dos diversos sentidos visão, audição e tacto este tipo de tecnologia abrange diversas áreas de informática. IMAGEM Com o aperfeiçoamento constante de recursos gráficos, tanto de hardware quanto de software, formas e cores variadas passaram a fazer parte da rotina de quem utiliza essas máquinas, situação que, aos poucos, resultou no surgimento de formatos variados de imagens. Muito destes se popularizaram com a internet. É o caso dos padrões JPEG, GIF e PNG. Formato GIF Sigla para Graphics Interchange Format, o GIF é outro formato bastante popular na internet. Foi criado pela CompuServe em 1987 e, assim como o JPEG, gera arquivos de tamanho reduzido, no entanto, seu uso não é muito comum em fotografias, já que é capaz de trabalhar com apenas 256 cores (8 bits). Assim, sua utilização é muito comum em ícones, ilustrações ou

Apostila PRF qualquer tipo de imagem que não necessita de muitas cores. Formato JPEG (JPG) O formato JPEG, cuja sigla significa Joint Pictures Expert Group, teve sua primeira especificação disponibilizada em 1983 por um grupo que leva o mesmo nome. É um dos padrões mais populares da internetpor aliar duas características importantes: oferece níveis razoáveis de qualidade de imagem e gera arquivos de tamanho pequeno quando comparado a outros formatos, facilitando o seu armazenamento e a sua distribuição. O JPEG possibilita isso porque é um formato que utiliza compressão de imagens. Mas, o que é isso? Em poucas palavras, compressão consiste na eliminação de dados redundantes nos arquivos. No caso de imagens, é possível fazer a compressão de forma que a retirada de informações não prejudique a qualidade (lossless - sem perda), assim como é possível utilizar níveis maiores de compressão que causam perdas visíveis (lossy - com perda). Este último é o que acontece no JPEG: neste formato, quanto maior o nível de compressão, menor será o tamanho do arquivo, porém pior será a qualidade da imagem. O nível de compressão pode ser determinado em programas de tratamentos de imagens. Cada vez que uma mesma imagem JPEG é salva, costuma-se perder qualidade, já que, geralmente, o software utilizado para tratá-la aplica compressão, mesmo que mínima, toda vez que esta ação é realizada. Formato PNG O formato PNG, sigla para Portable Network Graphics, é um dos padrões mais recentes, com a sua primeira especificação surgindo em 1996. Seu desenvolvimento foi motivado, em parte, pela restrição de patente existente no formato GIF, conforme explica o tópico anterior. O PNG reúne, portanto, as características que tornaram o GIF tão bem aceito: animação, fundo transparente e compressão sem perda de qualidade, mesmo com salvamentos constantes do arquivo. Porém, conta com um grande diferencial: suporta milhões de cores, não apenas 256, sendo, com isso, uma ótima opção para fotos. Formato Bitmap O Bitmap é um dos formatos de imagens mais antigos e também um dos mais simples. Bastante utilizado nos sistemas operacionais Microsoft Windows, as imagens neste formato podem suportar milhões de cores e preservam os detalhes. No entanto, os arquivos neste padrão costumam ser muitos grandes, já que não utilizam compressão. Isso até é possível em imagens com 256 cores ou menos, mas não é comum.

Arquivos em Bitmap podem ter extensão .dib (Device Independent Bitmap) ou BMP (este último, padrão do Windows) e não suportam “fundo transparente”. Formato TIFF Sigla para Tagged Image File Format, o TIFF consiste em um formato muito utilizado em aplicações profissionais, como imagens para finalidades médicas ou industriais. Criado em 1986 pela Aldus, companhia posteriormente adquirida pela Adobe, também é muito utilizado em atividades de digitalização, como scanner e fax, o que, na verdade, motivou o seu desenvolvimento. O formato TIFF oferece grande quantidade de cores e excelente qualidade de imagem, o que aumenta consideravelmente o tamanho dos seus arquivos, embora seja possível amenizar este aspecto com compressão sem perda de informações. Um detalhe interessante é que o formato TIFF suporta o uso de camadas, isto é, pode-se utilizar versões diferenciadas da imagem a ser trabalhada em um único arquivo. Imagens em TIFF geralmente utilizam extensão .tif ou .tiff e suportam "fundo transparente" Formato RAW O formato RAW (traduzindo, algo como "cru") é um pouco diferente dos demais. Trata-se de um padrão que guarda todos os dados de uma foto, tal como esta foi gerada na câmera digital, sem aplicação de efeitos ou ajustes. Por causa disso, oferece alta qualidade de imagem e maior profundidade de cores. É claro que quando uma foto RAW é comprimida pode haver perda de qualidade, mesmo que ligeira. Apesar disso, essa opção muitas vezes é considerada, já que imagens neste padrão costumam resultar em arquivos grandes. Arquivos no formato RAW admitem várias extensões. Isso porque cada fabricante de câmera digital trabalha com as suas próprias especificações. Formato SVG SVG é a sigla para Scalable Vector Graphics e, tal como o nome indica, trabalha com imagens vetoriais. Trata-se de um formato aberto, desenvolvido pela W3C e que surgiu oficialmente em 2001. Em vez de ser baseado em pixels, isto é, os “pontinhos” que formam as imagens, tal como nos padrões mostrados anteriormente, o SVG utiliza a linguagem XML para descrever como o arquivo deve ser. Graças a isso, o SVG consegue trabalhar bem tanto com figuras estáticas quanto com imagens animadas. Além disso, por ser um padrão vetorial, imagens no formato podem ser ampliadas ou reduzidas sem causar perda de qualidade. E o formato WebP? Talvez você ouça falar muito do WebP. Ou não. Trata-se de um formato de imagens apresentado pelo

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Apostila PRF Google em outubro de 2010 que tem a proposta de permitir a geração de arquivos com tamanho reduzido e, ao mesmo, boa qualidade de imagem. Para isso, o padrão utiliza um esquema de compressão que faz com que a perda de qualidade seja a menor possível aos olhos humanos. De acordo com o Google, esse método é capaz de gerar arquivos quase 40% menores que imagens em JPEG. O Google decidiu desenvolver o WebP porque, de acordo com suas pesquisas, cerca de 65% dos dados que circulam na internet correspondem a imagens, sendo que, destas, 90% estão no padrão JPEG. MP3 MP3 é um formato eletrônico que permite ouvir músicas em computadores, com ótima qualidade.A questão chave para entender todo o sucesso do MP3 se baseia no fato de que, antes dele ser desenvolvido, uma música no computador era armazenada no formato WAV, que é o formato padrão para arquivo de som em PCs, chegando a ocupar dezenas de megabytes em disco. Na média, um minuto de música corresponde a 10 MB para uma gravação de som de 16 bits estéreo com 44.1 KHz, o que resulta numa grande complicação a distribuição de músicas por computadores, principalmente pela internet. Com o surgimento do MP3 essa história mudou, pois o formato permite armazenar músicas no computador sem ocupar muito espaço e sem tirar a qualidade sonora das canções. Geralmente, 1 minuto de música, corresponde a cerca de 1 MB em MP3.

WINDOWS 7 Operações com janelas, menus, barra de tarefas, área de trabalho; Trabalho com pastas e arquivos: localização de arquivos e pastas; movimentação e cópia de arquivos e pastas; tipos de arquivos e extensões; criação, renomeação e exclusão de arquivos e pastas; Ferramentas de sistema: limpeza de disco, desfragmentador de disco, firewall do Windows, agendador de tarefas, pontos de restauração; instalação de programas; Configurações Básicas do Windows: resolução da tela, cores, fontes, impressoras, aparência, segundo plano, protetor de tela; Windows Explorer. O Windows 7 é uma versão do Microsoft Windows, sistema operativos produzido pela Microsoft para uso em computadores pessoais, incluindo computadores domésticos e empresariais, laptops e PC's de centros de mídia, entre outros. Windows 7 foi lançado para empresas no dia 22 de julho de 2009, e começou a ser vendido livremente para usuários comuns às 00:00 horas do dia 22 de outubro de 2009, menos de 3 anos depois do lançamento de seu predecessor, Windows Vista. Em 2012, o Windows 7 alcançou 46,7% dos usuários mundiais, continuando como o Sistema Operacional mais usado do mundo. Operações com janelas: Elementos de uma janela:

AVI Audio Video Interleave (sigla: AVI) é um formatoencapsulador de áudioe vídeocriado pela Microsoftcuja extensão oficial é avi. É um dos formatos mais populares no mundo, nativamente reconhecido pela maioria das versões do Windows e por todos os leitores de DVD que são compatíveis com o codec DivX. AVI é uma forma de associação de entrelace de áudio e vídeo, cada um deles em suas respectivas proporções e particularidades. É um espaço em que se guarda informação. O AVI pode conter uma faixa de vídeo codificada em um codec qualquer e na mesma faixa é possível associar um áudio em MP3. WAV WAV (ou WAVE), forma curta deWAVEform audio format, é um formato-padrão de arquivo de áudio da Microsofte IBMpara armazenamento de áudio em PCs.

Para organizar janelas lado a lado 1. Arraste a barra de título de uma janela para a esquerda ou a direita da tela até ser exibido um contorno da janela expandida.

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Apostila PRF 2. Libere o mouse para expandir a janela. 3. Repita as etapas 1 e 2 com outra janela para organizar as janelas lado a lado. Para retornar a janela ao tamanho original, arraste a barra de título da janela em direção oposta à parte superior da área de trabalho e, em seguida, solte. Dica  Para ajustar uma janela ativa para o lado da área de trabalho usando o teclado, pressione a tecla de logotipo do Windows +Seta para a Esquerda ou a tecla de logotipo do Windows +Seta para a Direita. Movendo uma janela Para mover uma janela, aponte para sua barra de título com o ponteiro do mouse . Em seguida, arraste a janela para o local desejado. (Arrastar significa apontar para um item, manter pressionado o botão do mouse, mover o item com o ponteiro e depois soltar o botão do mouse.) Alterando o tamanho de uma janela  Para que uma janela ocupe a tela inteira, clique em seu botão Maximizar ou clique duas vezes na barra de título da janela.  Para retornar uma janela maximizada ao tamanho anterior, clique em seu botão Restaurar (ele é exibido no lugar do botão Maximizar). ou clique duas vezes na barra de título da janela.  Para redimensionar uma janela (torná-la menor ou maior), aponte para qualquer borda ou canto da janela. Quando o ponteiro do mouse mudar para uma seta de duas pontas (veja a figura abaixo), arraste a borda ou o canto para encolher ou alargar a janela. Ocultando uma janela

Minimizar uma janela é o mesmo que ocultá-la. Se você deseja tirar uma janela temporariamente do caminho sem fechá-la, minimize-a. Para minimizar uma janela, clique em seu botão Mi-

nimizar

. A janela desaparecerá da área de trabalho e ficará visível somente como um botão na barra de tarefas, aquela barra longa horizontal na parte inferior da tela. Fechando uma janela O fechamento de uma janela a remove da área de trabalho e da barra de tarefas. Se você tiver terminado de trabalhar com um programa ou documento e não precisar retornar a ele imediatamente, feche-o. Para fechar uma janela, clique em seu botão Fechar . Alternando entre janelas Se você abrir mais de um programa ou documento, a área de trabalho poderá ficar congestionada rapidamente. Manter o controle de quais janelas você já abriu

nem sempre é fácil, porque algumas podem encobrir, total ou parcialmente, as outras. Usando a barra de tarefas. A barra de tarefas fornece uma maneira de organizar todas as janelas. Cada janela tem um botão correspondente na barra de tarefas. Para alternar para outra janela, basta clicar no respectivo botão da barra de tarefas. A janela aparecerá na frente de todas as outras, tornando-se a janela ativa, ou seja, aquela na qual você está trabalhando no momento. Para mais informações sobre botões da barra de tarefas, consulte A barra de tarefas (visão geral). Para identificar com facilidade uma janela, aponte para seu botão da barra de tarefas. Quando você aponta para um botão na barra de tarefas, aparece uma visualização em miniatura dessa janela, seja o conteúdo um documento, uma foto ou até mesmo um vídeo em execução. Esta visualização é útil principalmente quando você não consegue identificar uma janela somente pelo título. Usando Alt+Tab. Você pode alternar para a janela anterior pressionando Alt+Tab, ou percorrer todas as janelas abertas e a área de trabalho mantendo pressionada a tecla Alt e pressionando repetidamente a tecla Tab. Solte Alt para mostrar a janela selecionada. Usando o Aero Flip 3D. O Aero Flip 3D organiza as janelas em uma pilha tridimensional para permitir que você as percorra rapidamente. Para usar o Flip 3D: 1. Mantenha pressionada a tecla de logotipo do Windows e pressione Tab para abrir o Flip 3D. 2. Enquanto mantém pressionada a tecla de logotipo do Windows, pressione Tab repetidamente ou gire a roda do mouse para percorrer as janelas abertas. Você também pode pressionar Seta para a Direita ou Seta para Baixo para avançar uma janela, ou pressionar Seta para a Esquerda ou Seta para Cima para retroceder uma janela. 3. Solte a tecla de logotipo do Windows para exibir a primeira janela da pilha ou clique em qualquer parte da janela na pilha para exibir essa janela. Dica  O Flip 3D faz parte da experiência de área de trabalho do Aero. Se o computador não oferecer suporte para o Aero, você poderá exibir os programas e janelas abertos no computador pressionando Alt+Tab. Para percorrer as janelas abertas, pressione a tecla Tab, pressione as teclas de direção ou use o mouse A experiência de área de trabalho do Aero apresenta um design de vidro translúcido com animações sutis e novas cores de janelas As seguintes edições do Aero:

Windows 7 incluem o



Windows 7 Enterprise  Windows 7 Home Premium  Windows 7 Professional  Windows 7 Ultimate

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Apostila PRF Organizando janelas automaticamente Agora que você sabe como mover e redimensionar janelas, pode organizá-las da maneira que quiser na área de trabalho. Também pode fazer com que o Windows as organize automaticamente em uma destas três formas: em cascata, lado a lado e empilhadas verticalmente.

Para escolher uma dessas opções, abra algumas janelas na área de trabalho, clique com o botão direito do mouse em uma área vazia da barra de tarefas e clique em Janelas em cascata, Mostrar janelas empilhadas ou Mostrar janelas lado a lado. Organizar janelas usando Ajustar

Caixas de diálogo Uma caixa de diálogo é um tipo especial de janela que faz uma pergunta, fornece informações ou permite que você selecione opções para executar uma tarefa. Você verá caixas de diálogo com frequência quando um programa ou o Windows precisar de uma resposta sua antes de continuar.

Uma caixa de diálogo aparecerá se você sair de um programa sem salvar o trabalho. Ao contrário das janelas comuns, a maioria das caixas de diálogo não podem ser maximizadas, minimizadas ou redimensionadas, mas podem ser movidas. Menu Iniciar

O recurso Ajustar redimensiona automaticamente as janelas quando você as move ou ajusta na borda da tela. Você pode usar o Ajustar para organizar janelas lado a lado, expandir janelas verticalmente ou maximizar uma janela. Para organizar janelas lado a lado 1. Arraste a barra de título de uma janela para a esquerda ou a direita da tela até ser exibido um contorno da janela expandida. 2. Libere o mouse para expandir a janela. 3. Repita as etapas 1 e 2 com outra janela para organizar as janelas lado a lado. Arraste uma janela para o lado da área de trabalho para expandi-la até metade da tela. Para expandir uma janela verticalmente 1. Aponte para a borda superior ou inferior da janela aberta até o ponteiro mudar para uma seta de duas pontas . 2. Arraste a borda da janela para a parte superior ou inferior da tela para expandir a a janela na altura total da área de trabalho. A largura da janela não é alterada. Arraste a parte superior ou inferior da janela para expandi-la verticalmente Para maximizar uma janela 1. Arraste a barra de título da janela para a parte superior da tela. O contorno da janela se expande para preencher a tela. 2. Libere a janela para expandi-la e preencher toda a área de trabalho. Arraste uma janela para a parte superior da área de trabalho para expandi-la totalmente

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Use o menu Iniciar para fazer as seguintes atividades comuns:  Iniciar programas  Abrir pastas usadas com frequência  Pesquisar arquivos, pastas e programas  Ajustar configurações do computador  Obter ajuda com o sistema operacionalWindows  Desligar o computador

Apostila PRF  Fazer logoff do Windows ou alternar para outra conta de usuário Para abrir o menu Iniciar, clique no botão Iniciar no canto inferior esquerdo da tela. Ou pressione a tecla de logotipo do Windows no teclado. O menu Iniciar tem três partes básicas:  O painel esquerdo grande mostra uma lista breve de programas no computador. Pode haver variações na aparência dessa lista porque o fabricante do computador tem autonomia para personalizá-la. Clique em Todos os Programas para exibir uma lista completa de programas (mais informações adiante).  Na parte inferior do painel esquerdo está a caixa de pesquisa, que permite que você procure programas e arquivos no computador digitando os termos de pesquisa.  O painel direito dá acesso a pastas, arquivos, configurações e recursos mais usados. Nele também é possível fazer logoff do Windows ou desligar o computador. Abrindo programas a partir do menu Iniciar Um dos usos mais comuns do menu Iniciar é abrir programas instalados no computador. Para abrir um programa mostrado no painel esquerdo do menu Iniciar, clique nele. Isso abrirá o programa e fechará o menu Iniciar. Se você não vir o programa que deseja, clique em Todos os Programas na parte inferior do painel esquerdo. O painel exibirá uma longa lista de programas, em ordem alfabética, seguida por uma lista de pastas. Se você clicar em um dos ícones de programa, ele será inicializado e o menu Iniciar será fechado. O que há dentro das pastas? Mais programas. Clique em Acessórios, por exemplo, e uma lista de programas armazenados nessa pasta aparecerá. Clique em qualquer programa para abri-lo. Para voltar aos programas que você viu quando abriu o menu Iniciar pela primeira vez, clique em Voltar perto da parte inferior do menu. Se você não tiver certeza do que um programa faz, mova o ponteiro sobre o respectivo ícone ou nome. Aparecerá uma caixa com uma descrição do programa. Por exemplo, a ação de apontar para a Calculadora exibe esta mensagem: "Executa tarefas aritméticas básicas com uma calculadora na tela". Isso funciona também para itens no painel direito do menu Iniciar. Você notará que, com o tempo, as listas de programas no menu Iniciar vão sendo alteradas. Isso acontece por dois motivos. Em primeiro lugar, quando você instala novos programas, eles são adicionados à lista Todos os Programas. Em segundo lugar, o menu Iniciar detecta quais programas você usa mais e os substitui no painel esquerdo para acesso rápido. A caixa de pesquisa A caixa de pesquisa fará uma busca rápida nos programas e em todas as pastas da sua pasta pessoal

(que inclui Documentos, Imagens, Música, Área de Trabalho entre outras localizações comuns). Ela também pesquisará em mensagens de email, mensagens instantâneas salvas, compromissos e contatos.

Para usar a caixa de pesquisa, abra o menu Iniciar e comece a digitar. Não é necessário clicar dentro da caixa primeiro. À medida que você digita, os resultados da pesquisa são exibidos acima da caixa de pesquisa, no painel esquerdo do menu Iniciar. Será exibido um programa, um arquivo ou uma pasta como resultado da pesquisa se:  Alguma palavra no título corresponder ao termo pesquisado ou começar com ele.  Algum texto no conteúdo do arquivo (como o texto de um documento de processamento de texto) corresponder ao termo pesquisado ou começar com ele.  Alguma palavra em uma propriedade do arquivo, como o autor, corresponder ao temo pesquisado ou começar com ele. Clique em qualquer resultado da pesquisa para abrilo Ou clique no botão Apagar para apagar os resultados da pesquisa e retornar à lista de programas principais. Você também pode clicar em Ver mais resultados para pesquisar todo o computador. Além de pesquisar programas, arquivos, pastas e comunicações, a caixa de pesquisa também examina seus favoritos da Internet e o histórico de sites visitados. Se alguma dessas páginas da Web incluir o termo de pesquisa, ela aparecerá em um cabeçalho chamado "Arquivos". Painel direito. O painel direito do menu Iniciar contém links para partes do Windows que você provavelmente usará com mais frequência. Aqui estão elas, de cima para baixo:  Pasta pessoal. Abre a pasta pessoal, que recebe o nome de quem está conectado no momento ao Windows. Por exemplo, se o usuário atual for Luciana Ramos, a pasta se chamará Luciana Ramos. Esta pasta, por sua vez, contém arquivos específicos do usuário, como as pastas Meus Documentos, Minhas Músicas, Minhas Imagens e Meus Vídeos.  Documentos. Abre a biblioteca Documentos, na qual é possível acessar e abrir arquivos de texto, planilhas, apresentações e outros tipos de documentos.

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Apostila PRF  Imagens. Abre a biblioteca Imagens, na qual é possível acessar e exibir imagens digitais e arquivos gráficos.  Música. Abre a biblioteca Músicas, na qual é possível acessar e tocar música e outros arquivos de áudio.  Jogos.Abre a pasta Jogos, na qual é possível acessar todos os jogos no computador.  Computador.Abre uma janela na qual é possível acessar unidades de disco, câmeras, impressoras, scanners e outros hardwares conectados ao computador.  Painel de Controle.Abre o Painel de Controle, no qual é possível personalizar a aparência e a funcionalidade do computador, instalar ou desinstalar programas, configurar conexões de rede e gerenciar contas de usuário.  Dispositivos e Impressoras. Abre uma janela onde é possível exibir informações sobre a impressora, o mouse e outros dispositivos instalados no seu computador.  Programas Padrão. Abre uma janela onde é possível selecionar qual programa você deseja que o Windows use para determinada atividade, como navegação na Web.  Ajuda e Suporte. Abre a Ajuda e Suporte do Windows onde você pode procurar e pesquisar tópicos da Ajuda sobre como usar o Windows e o computador. Na parte inferior do painel direito está o botão de Desligar. Clique no botão Desligar para desligar o computador. O clique na seta ao lado do botão Desligar exibe um menu com opções adicionais para alternar usuários, fazer logoff, reiniciar ou desligar.

Clique no botão Desligar para desligar o computador ou clique na seta para verificar outras opções. Personalizar o menu Iniciar Você pode controlar quais itens aparecerão no menu Iniciar. Por exemplo, você pode adicionar ícones de seus programas favoritos ao menu Iniciar para acesso rápido ou remover programas da lista. Você também pode ocultar ou mostrar certos itens no painel direito. A barra de tarefas

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A barra de tarefas é aquela barra longa horizontal na parte inferior da tela. Diferentemente da área de trabalho, que pode ficar obscurecida devido às várias janelas abertas, a barra de tarefas está quase sempre visível. Ela possui três seções principais:  O botão Iniciar , que abre o menu Iniciar.  A seção intermediária, que mostra quais programas e arquivos estão abertos e permite que você alterne rapidamente entre eles.  A área de notificação, que inclui um relógio e ícones (pequenas imagens) que comunicam o status de determinados programas e das configurações do computador. Manter o controle das janelas Sempre que você abre um programa, uma pasta ou um arquivo, o Windows cria um botão na barra de tarefas correspondente a esse item. Esse botão exibe um ícone que representa o programa aberto.

Cada programa possui seu próprio botão na barra de tarefas Observe que o botão na barra de tarefas para o Campo Minado está realçado. Isso indica que o Campo Minado é a janela ativa, ou seja, que está na frente das demais janelas abertas e que você pode interagir imediatamente com ele. Para alternar para outra janela, clique no botão da barra de tarefas. Neste exemplo, se você clicar no botão da barra de tarefas referente à Calculadora, sua janela será trazida para a frente.

Apostila PRF Clique em um botão da barra de tarefas para alternar para a janela correspondente

A área de notificação, na extrema direita da barra de tarefas, inclui um relógio e um grupo de ícones. Ela tem a seguinte aparência:

Minimizar e restaurar janelas Quando uma janela está ativa (seu botão da barra de tarefas aparece realçado), o clique no botão correspondente minimiza a janela. Isso significa que a janela desaparece da área de trabalho. Minimizar uma janela não a fecha, nem exclui seu conteúdo. Simplesmente a remove da área de trabalho temporariamente. Na figura abaixo, a Calculadora foi minimizada, mas não fechada. Você sabe que ela ainda está em execução porque existe um botão na barra de tarefas.

A ação de minimizar a Calculadora deixa visível somente seu botão da barra de tarefas Também é possível minimizar uma janela clicando no botão de minimizar, no canto superior direito da janela.

Botão Minimizar (à esquerda) Para restaurar uma janela minimizada (fazê-la aparecer novamente na área de trabalho), clique no respectivo botão da barra de tarefas.

Ver visualizações das janelas abertas Quando você move o ponteiro do mouse para um botão da barra de tarefas, uma pequena imagem aparece mostrando uma versão em miniatura da janela correspondente. Essa visualização, também chamada de miniatura, é muito útil. Além disso, se uma das janelas tiver execução de vídeo ou animação, você verá na visualização. Observação  Você poderá visualizar as miniaturas apenas se o Aero puder ser executado no seu computador e você estiver executando um tema do Windows 7. A área de notificação

A área de notificação no lado direito da barra de tarefas Esses ícones comunicam o status de algum item no computador ou fornecem acesso a determinadas configurações. O conjunto de ícones que você verá varia em função dos programas ou serviços instalados e de como o fabricante configurou seu computador. Quando você mover o ponteiro para um determinado ícone, verá o nome desse ícone e o status de uma configuração. Por exemplo, apontar para o ícone de volume mostrará o nível de volume atual do computador. Apontar para o ícone de rede informará se você está conectado a uma rede, qual a velocidade da conexão e a intensidade do sinal. Em geral, o clique duplo em um ícone na área de notificação abre o programa ou a configuração associada a ele. Por exemplo, a ação de clicar duas vezes no ícone de volume abre os controles de volume. O clique duplo no ícone de rede abre a Central de Rede e Compartilhamento. De vez em quando, um ícone na área de notificação exibirá uma pequena janela pop-up (denominada notificação) para informá-lo sobre algo. Por exemplo, depois de adicionar um novo dispositivo de hardware ao seu computador, é provável que você veja o seguinte:

A área de notificação exibe uma mensagem depois que o novo hardware é instalado Clique no botão Fechar no canto superior direito da notificação para descartá-la. Se você não fizer nada, a notificação desaparecerá após alguns segundos. Para evitar confusão, o Windows oculta ícones na área de notificação quando você fica um tempo sem usá-los. Se os ícones estiverem ocultos, clique no botão Mostrar ícones ocultos para exibi-los temporariamente.

Clique no botão Mostrar ícones ocultos para exibir todos os ícones na área de notificação Personalizar a barra de tarefas

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Apostila PRF Existem muitas formas de personalizar a barra de tarefas de acordo com as suas preferências. Por exemplo, você pode mover a barra de tarefas inteira para a esquerda, para a direita ou para a borda superior da tela. Também pode alargar a barra de tarefas, fazer com que o Windows a oculte automaticamente quando não estiver em uso e adicionar barras de ferramentas a ela. A área de trabalho A área de trabalho é a principal área exibida na tela quando você liga o computador e faz logon no Windows. Ela serve de superfície para o seu trabalho, como se fosse o tampo de uma mesa real. Quando você abre programas ou pastas, eles são exibidos na área de trabalho. Nela, também é possível colocar itens, como arquivos e pastas, e organizá-los como quiser. A área de trabalho é definida às vezes de forma mais abrangente para incluir a barra de tarefas. A barra de tarefas fica na parte inferior da tela. Ela mostra quais programas estão em execução e permite que você alterne entre eles. Ela também contém o botão Iniciar , que pode ser usado para acessar programas, pastas e configurações do computador. Trabalhando com ícones da área de trabalho Ícones são imagens pequenas que representam arquivos, pastas, programas e outros itens. Ao iniciar o Windows pela primeira vez, você verá pelo menos um ícone na área de trabalho: a Lixeira (mais detalhes adiante). O fabricante do computador pode ter adicionado outros ícones à área de trabalho. Veja a seguir alguns exemplos de ícones da área de trabalho.

Exemplos de ícones da área de trabalho Se você clicar duas vezes em um ícone da área de trabalho, o item que ele representa será iniciado ou aberto. Adicionando e removendo ícones da área de trabalho Você pode escolher os ícones que serão exibidos na área de trabalho, adicionando ou removendo um ícone a qualquer momento. Algumas pessoas preferem uma área de trabalho limpa, organizada, com poucos ícones (ou nenhum). Outras preferem colocar dezenas de ícones na área de trabalho para ter acesso rápido a programas, pastas e arquivos usados com frequência. Se quiser obter acesso fácil da área de trabalho a seus programas ou arquivos favoritos, crie atalhos para

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eles. Um atalho é um ícone que representa um link para um item, em vez do item em si. Quando você clica em um atalho, o item é aberto. Se você excluir um atalho, somente ele será removido, e não o item original. É possível identificar atalhos pela seta no ícone correspondente.

Um ícone de arquivo (à esquerda) e um ícone de atalho (à direita) 

ExcluirMovendo ícones O Windows empilha os ícones em colunas no lado esquerdo da área de trabalho, mas você não precisa se prender a essa disposição. Você pode mover um ícone arrastando-o para um novo local na área de trabalho. Também pode fazer com que o Windows organize automaticamente os ícones. Clique com o botão direito do mouse em uma parte vazia da área de trabalho, clique em Exibir e em Organizar ícones automaticamente. O Windows empilha os ícones no canto superior esquerdo e os bloqueia nessa posição. Para desbloquear os ícones e tornar a movê-los novamente, clique outra vez em Organizar ícones automaticamente, apagando a marca de seleção ao lado desta opção. Observação  Por padrão, o Windows espaça os ícones igualmente em uma grade invisível. Para colocar os ícones mais perto ou com mais precisão, desative a grade. Clique com o botão direito do mouse em uma parte vazia da área de trabalho, aponte para Exibir e clique em Alinhar ícones à grade para apagar a marca de seleção. Repita essas etapas para reativar a grade. Selecionando vários ícones Para mover ou excluir um grupo de ícones de uma só vez, primeiro é necessário selecionar todos eles. Clique em uma parte vazia da área de trabalho e arraste o mouse. Contorne os ícones que deseja selecionar com o retângulo que aparecerá. Em seguida, solte o botão do mouse. Agora você pode arrastar os ícones como um grupo ou excluí-los.

Selecione vários ícones da área de trabalho arrastando um retângulo em torno deles Ocultando ícones da área de trabalho

Apostila PRF Para ocultar temporariamente todos os ícones da área de trabalho sem realmente removê-los, clique com o botão direito do mouse em uma parte vazia da área de trabalho, clique em Exibir e em Mostrar Ícones da Área de Trabalho para apagar a marca de seleção dessa opção. Agora, nenhum ícone aparece na área de trabalho. Para vê-los novamente, clique outra vez em Mostrar Ícones da Área de Trabalho. A Lixeira Quando você exclui um arquivo ou pasta, eles na verdade não são excluídos imediatamente; eles vão para a Lixeira. Isso é bom porque, se você mudar de ideia e precisar de um arquivo excluído, poderá obtê-lo de volta. A Lixeira vazia (à esquerda) e cheia (à direita) Se tiver certeza de que não precisará mais dos itens excluídos, poderá esvaziar a Lixeira. Ao fazer isso, excluirá permanentemente os itens e recuperará o espaço em disco por eles ocupados. Para recuperar arquivos da Lixeira 1. Siga um destes procedimentos: o Para restaurar um arquivo, clique nele e, na barra de ferramentas, clique em Restaurar este item. o Para restaurar todos os arquivos, verifique se nenhum arquivo está selecionado e, na barra de ferramentas, clique em Restaurar todos os itens. Os arquivos serão restaurados para seus locais originais no computador.

Recuperando um item da Lixeira Observações  Se você excluir um arquivo de um local que não seja seu computador (como uma pasta da rede), o arquivo poderá ser permanentemente excluído, em vez de armazenado na Lixeira. Excluir arquivos permanentemente da Lixeira Ao excluir um arquivo, geralmente ele é movido para a Lixeira, de forma que você possa restaurá-lo posteriormente, se necessário Para remover arquivos permanentemente do computador e recuperar o espaço que eles estavam ocu-

pando no disco rígido, é necessário excluí-los da Lixeira. Você pode excluir arquivos específicos da Lixeira ou esvaziá-la totalmente de uma só vez. 1. Siga um destes procedimentos: o Para excluir permanentemente um arquivo, clique nele, pressione Excluir e clique em Sim. o Para excluir todos os arquivos, na barra de ferramentas, clique em Esvaziar Lixeira e em Sim. Dicas o Você pode esvaziar a Lixeira, sem abri-la, clicando com o botão direito do mouse em Lixeira e depois em Esvaziar Lixeira. o Você pode excluir permanentemente um arquivo do computador sem enviá-lo para a Lixeira, clicando no arquivo e pressionado as teclas Shift+Delete. CONCEITOS DE ORGANIZAÇÃO E DE GERENCIAMENTO DE INFORMAÇÕES, ARQUIVOS, PASTAS E PROGRAMAS. Todo e qualquer software ou informação gravada em nosso computador será guardada em uma unidade de disco, (HD, cartão de memória, pen drive, CD, DVD, etc..). Essas informações só podem ser gravadas de uma forma: elas são transformadas em arquivos. Arquivo é apenas a nomenclatura que usamos para definir Informação Gravada. Quando digitamos um texto ou quando desenhamos uma figura no computador, o programa (software) responsável pela operação nos dá a opção de gravar a informação com a qual estamos trabalhando e, após a gravação, ela é transformada em um arquivo e colocada em algum lugar em uma unidade de disco. Essa é a operação que chamamos de salvar um arquivo. No momento da gravação, duas informações são necessárias para prosseguir com o salvamento: O nome do arquivo e a pasta (diretório) onde ele será salvo. Uma pasta pode conter arquivos e outras pastas. As pastas são comumente chamadas de Diretórios, nome que possuíam antes. Os arquivos e as pastas devem ter um nome. O nome é dado no momento da criação. A Regra para nomenclatura de arquivos e pastas varia para cada Sistema Operacional. No Windows, os nomes podem conter até 256 caracteres (letras, números, espaço em branco, símbolos), com exceção destes / \ | >< * ? : “ que são reservados pelo Windows. Os arquivos são gravados nas unidades de disco, e ficam lá até que sejam apagados. Quando solicitamos trabalhar com um arquivo anteriormente gravado (esse processo chama-se abrir o arquivo), o arquivo permanece no disco e uma cópia de suas informações é copiada na memória RAM para que possamos editá-lo. Ao abrir um arquivo, pode-se alterá-lo indiscriminadamente, mas as alterações só terão efeito definitivo se o salvarmos novamente.

293

Apostila PRF Windows Explorer (literalmente do inglês "Explorador do Windows", nome pelo qual é encontrado na versão portuguesa de todas as versões do Windows) é um gerenciador de arquivos e pastas do sistema Windows. Ou seja, é utilizado para a cópia, exclusão, organização, movimentação e todas as atividades de gerenciamento de arquivos, podendo também ser utilizado para a instalação de programas. Excluir um arquivo enviando para LIXEIRA:  Menu arquivo / opção excluir.  Tecla delete.  Botão excluir.  Clique com botão direito / opção excluir  Clique e arraste para a lixeira com botão esquerdo.  Clique e arraste para a lixeira com botão direito . NÃO VAI PARA LIXEIRA  Clique as teclas: shift + del  Clique e arraste para lixeira com shift pressionada. Obs: mesmo arquivos com senha de proteção podem ser excluidos Criar pasta:  Selecionar unidade ou pasta , menu arquivo / novo / pasta .  Seleciona unidade ou pasta , clicar no botão pastas / criar nova pasta.  Clique com botão direito do mouse na área de trabalho / novo / pasta.  Selecione unidade ou pasta , clique com botão direito em uma área livre / novo / pasta. Renomear pasta ou arquivo.  Selecionar o arquivo ou pasta / menu arquivo / opção renomear.  Clique com botão direito do mouse sobre o arquivo ou pasta / opção renomear.  Após selecionar o arquivo ou pasta / clique novamente sobre o arquivo.  Tecle F2 Copiar arquivos e pastas :  Selecionar o arquivo ou pasta / menu editar / copiar e colar  Selecionar arquivo ou pasta / barra de ferramentas / botão “copiar para...”  Clique com botão direito sobre o arquivo ou pasta / copiar e colar .  Posicione o cursor sobre o arquivo ou pasta / pressione e mantenha pressionado botão esquerdo do mouse / arraste para a outra pasta ou unidade mantendo a tecla CTRL pressionado.

294

 Posicione o cursor sobre o arquivo ou pasta / pressione e mantenha pressionado botão direito do mouse / arraste para a outra pasta ou unidade / opção “copiar aqui”. Mover arquivos e pastas :  Selecionar o arquivo ou pasta / menu editar / recortar e colar  Selecionar arquivo ou pasta / barra de ferramentas / botão “mover para...”  Clique com botão direito sobre o arquivo ou pasta / recortar e colar .  Posicione o cursor sobre o arquivo ou pasta / pressione e mantenha pressionado botão esquerdo do mouse / arraste para a outra pasta ou unidade.  Posicione o cursor sobre o arquivo ou pasta / pressione e mantenha pressionado botão direito do mouse / arraste para a outra pasta ou unidade / opção “mover para cá”. Senha de proteção e senha de gravação.  Menu arquivo do aplicativo (Word , Excel , Power point ou Access) / opção “salvar como...” / botão ferramentas / opções de segurança.

Menu ferramentas do aplicativo / opções... / guia segurança.

INFORMÁTICA Assista Canal prof. Augusto Moura https://www.youtube.com/channel/UC4xVjdtotuP23Kqzuul9iJA

APLICATIVO OFFICE:

APLICATIVO OFFICE: A Microsoft Office é uma suíte de aplicativos para escritório que contém programas como processador de texto, planilha de cálculo, banco de dados, apresentação gráfica e gerenciador de tarefas, de emails e contatos. Versões:

Programas Funcionalidade MSOFFICE Word

para Microsoft Windows, Unix, Solaris, Linux e Mac OS X, mantida pela Oracle. O conjunto usa o formato ODF (OPEN DOCUMENT). O LibreOffice surgiu como uma ramificação do projeto original OpenOffice.org, que, por sua vez, é oriundo do StarOffice 5.1, adquirido pela Sun Microsystems ao adquirir a Star Division em agosto de 1999. O código fonte da suíte foi liberado para que fosse possível a participação de contribuintes para desenvolvê-lo, dando início ao projeto de desenvolvimento de um software de código aberto em 13 de outubro de2000, o OpenOffice.org. O principal objetivo era fornecer uma alternativa de baixo custo, de alta qualidade e de código aberto. BrOffice era o nome adotado no Brasil da suíte para escritório gratuita e decódigo aberto LibreOffice. PROGRAMAS

Excel

FUNCIONALIDADE LIBREOFFICE WRITER

Power Point

CALC IMPRESS

Access

BASE MATH DRAW

MS Outlook

Publisher

Front Page

OpenOffice.org é um conjunto de aplicativos para e escritório livres multiplataforma, distribuída

Formato de arquivos:

A estrutura de um arquivo que define a maneira como ele é armazenado e apresentado na tela ou em impressão. Normalmente, o formato de um arquivo é indicado por sua extensão. Por exemplo, .txt após um nome de arquivo indica que ele é um documento de texto e .doc indica que ele é um documento do Word.

MSOffice 2003: Word

29 5

Apostila PRF Características do MSOffice:

Excel Power Point

INFORMÁTICA

Access linguagem de marcação extensível (XML)

Assista Canal prof. Augusto Moura

Linguagem de metamarcação que fornece um formato para descrever dados estruturados. Facilita declarações de conteúdo mais precisas e resultados de pesquisa mais significativos em várias plataformas. Além disso, a linguagem XML possibilitará uma nova geração de aplicativos de manipulação e exibição de dados baseados na Web.

https://www.youtube.com/channel/UC4xVjdtotuP23Kqzuul9iJA

MSOffice 2007: Características do LibreOffice:

Word Excel Power Point

INFORMÁTICA

Access

Assista Canal prof. Augusto Moura https://www.youtube.com/channel/UC4xVjdtotuP23Kqzuul9iJA LIBREOFFICE WRITER CALC IMPRESS

296

FORMATOS

PLANILHAS ELETRÔNICAS:

PLANILHAS ELETRÔNICAS:

1-Iniciar Fórmulas:

Exemplos:

=10/5*2+6^2

EXCEL @

+30+50-20*2

CALC 2- Operadores aritméticos:

-6*(4-3)+8/4-9

^ / * + %

=81^(1/3)

29 7

Apostila PRF 3- operadores de comparação:

5- Operadores lógicos:

4- Operadores de texto:

& 6-Funções:

=A2&B2 =SOMA(A2;C6;B1;C3)

=A1&B1&A3 +SOMA(A3-B2+C1)

=B2&”

“&B3 -SOMA(A1:B2)

=CONCATENAR(A1;B3;A1) @SOMA(A2.B3)

298

PLANILHAS ELETRÔNICAS:

=SOMA(B2....C3)

=MÁXIMO(A1:C3)

=CONT.SE(A1:C3;”>50”)

=MAIOR(A1:C3;2) =SOMASE(A1:C3;”<>100”) =MÍNIMO(A1:C3)

=SE(B2<30;2*A2;C1/2) =MENOR(A1:C3;3)

=MÉDIA(A1:A3) =SE(E(C1<>10;A3=30);A1+A2;A3+B3)

=CONT.NÚM(A1:C4) =SE(C2<=40;SE(B2<>20;A1^2;C3/2);0)

=SE(C2>40;SE(B2<>20;A1^2;C3/2);0)

29 9

Apostila PRF =HOJE() 7- Operadores de referência:

=MULT(A1;A2;A3)

Relativa:

Absoluta: =SOMA(A3&C2&B1)

Mista:

=SOMA(A1:B2 B2:C3)

Obs.:

=SOMA(A1:B2!B2:C3)

=AGORA()

300

PLANILHAS ELETRÔNICAS: 8- Referência a outra planilha:

9- Referência a outra pasta:

EXCEL:

EXCEL:

CALC: CALC:

30 1

Apostila PRF 10 – Gráficos:

302

PLANILHAS ELETRÔNICAS: 11 – Seleção de células:

30 3

Apostila PRF 12- Congelar painéis.

Excel 2003:

Congelar apenas 1ª linha.

Excel 2007:

Calc:

Congelar 1ª linha e 1ª coluna:

Congelar apenas 1ª coluna.

304

PLANILHAS ELETRÔNICAS: 13 – Janelas: CALC.

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18

30 5

Apostila PRF 14 – JANELAS: EXCEL 2007.

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 306

PLANILHAS ELETRÔNICAS:307 16- BOTÕES:

EXCEL

Apostila PRF

CALC:

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 308

12 13 14 15 16 17 18 19 20 21

PLANILHAS ELETRÔNICAS:309

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

11 12 13 14 15 16 17 18 19

Apostila PRF EDITORES DE TEXTO Formatos de arquivos de texto O Microsoft Wordpermite salvar um documento em vários formatos: Menu Arquivo> Salvar como > Salvar como tipo. .doc .docx .odt .rtf .html .dot .xml .txt

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Nota: XML PaperSpecification (XPS) é um formato de arquivo eletrônico de layout fixo que preserva a formatação do documento e possibilita o compartilhamento de arquivo. O formato XPS garante que, quando o arquivo é exibido online ou é impresso, ele mantém exatamente o formato pretendido e os dados no arquivo não podem ser facilmente alterados. Para exibir um arquivo no formato XPS, você precisará de um visualizador.

Barra de status

Os botões da barra de status são acionador por duplo clique.

Gravar macro (menuFerramentas)

Alterações controladas (menuFerramentas)

Estender seleção (Shift)

Sobrescrever (Insert)

Idioma do corretor ortográfico

Status do corretor ortográfico

310

EDITORES DE TEXTO

Seleção de texto

palavra parágrafo período Caractere à direita Caractere à esquerda Linha acima Linha abaixo Até fim de linha Até início de linha Palavra à direita Palavra à esquerda Parágrafo acima Parágrafo abaixo Até fim do documento Até início do documento

Duplo clique na palavra Triplo clique sobre qualquer palavra do parágrafo. Pressione e mantenha Shift pressionado, clique sobre qualquer palavra do período. Shift + seta à direita Shift + seta à esquerda Shift + seta acima Shift + seta abaixo Shift + End Shift + Home Ctrl+ Shift + seta à direita Ctrl + Shift + seta à esquerda Ctrl + Shift + seta acima Ctrl + Shift + seta abaixo Ctrl + Shift + End Ctrl + Shift + Home

Teclas de atalho

Menu Arquivo Ctrl +O Ctrl +A Ctrl +B Ctrl +P

Novo documento Abrir documento Salvar documento Imprimir documento

Menu Editar Ctrl +Z Ctrl +R Ctrl +T Ctrl +X Ctrl +C Ctrl +V Ctrl +L Ctrl +U Ctrl +Y

Desfazer a última ação Refazer a última ação Selecionar tudo Recortar texto Copiar texto Colar texto Localizar palavra Substituir palavra Ir para

311

Apostila PRF Formatação Ctrl +N Ctrl +S Ctrl +I Ctrl +J Ctrl +E Ctrl +G F11 Shift + F3 Ctrl+> Ctrl+< F7

Negrito Sublinhado Itálico Justificado Centralizado Alinhar à direita Alinhar à esquerda Letras maiúsculas Letras minúsculas Primeira letra maiúscula aumenta tamanho de fonte diminui tamanho de fonte Corretor ortográfico e gramatical

Deslocando-se o mouse para a esquerda até assumir forma de seta para direita.

Um clique seleciona linha.

Dois cliques seleciona parágrafo.

Três cliques seleciona todo o documento.

Recuo no Word Permite organizar parágrafos clicando com o recuo e mantendo pressionado arrastar.

1- Recuo de primeira linha. 2- Recuo deslocado. 3- Recuo à esquerda. 4- Recuo à direita.

Tabulação Permite construir tabelas no Word. À direita Centralizada À esquerda Decimal Barra

312

EDITORES DE TEXTO

313

Seleciona objeto de procura (Word) Permite a localização de palavras, gráficos, seção, etc.

Botões da barra de ferramentas padrão

Word

Atalho

Funcionalidade

Ctrl + O

Cria um novo documento em branco.

Ctrl + A

Abre caixa de diálogo que permite abrir um documento que já está gravado em alguma unidade de disco.

Ctrl + B

Salva as alterações feitas em um arquivo (conserva o nome, o local e o formato atual).

-

(Destinatário da mensagem) permite enviar o conteúdo do documento como o corpo da mensagem de correio eletrônico.

-

Envia documento ativo para a fila de impressão, não abre janela para definir opções de imprimir.

-

Abre a janela Visualizar impressão.

F7

Inicia o processo de verificação ortográfica.

Ctrl + X

Recortar (move o que estiver selecionado para a área de transferência).

Ctrl + C

Copiar (duplica o que estiver selecionado na área de transferência).

-

-

Colar (insere o conteúdo da área de transferência no local onde estiver o cursor). Pincel (copia formatos) - para usar o pincel podemos seguir o seguinte procedimento: 1) selecionar a palavra ou o bloco de texto que já está formatado; 2) clicar no pincel; e 3) selecionar a palavra ou o bloco de texto que receberá a formatação. Desfaz a ação realizada mais recentemente. Nem todas as ações podem ser desfeitas. Permite refazer uma ação desfeita. Insere um hyperlink.

-

Insere uma tabela.

-

Exibe ou oculta a barra de ferramentas “desenho”.

-

Exibe ou oculta caracteres nãoimprimíveis, tais como: marca de parágrafo, caracteres de tabulação, espaço, quebras (página, coluna, seção) e texto oculto. Permissões – abre assistente que permite configurar permissão de acesso aos arquivos.

Apostila PRF -

Pesquisa em dicionário de sinônimos.

-

Exibe ou oculta a barra de ferramentas “tabelas e bordas”.

-

Insere uma planilha do Excel.

-

Permite dividir o texto ou o bloco de texto selecionado em colunas.

-

-

Ativa ou desativa a “estrutura do documento”, um painel vertical na extremidade esquerda da janela do documento que dispõe em tópicos a estrutura do documento. Modifica o zoom - determina o tamanho da visualização do documento na tela (não altera o tamanho da fonte). Ativa o Assistente do Office.

-

Modo de exibição de leitura.

-

Botões da barra de ferramentas formatação

Aplicar estilo.

Altera o tipo da fonte. Altera o tamanho da fonte. Ctlr + N

Aplica negrito.

Ctrl + I

Aplica itálico.

Ctrl+ S

Aplica sublinhado simples.

Ctrl + G

Aplica o alinhamento à esquerda.

Ctrl + E

Aplica o alinhamento centralizado.

Ctrl + Q

Aplica o alinhamento à direita.

Ctrl + J

Aplica o alinhamento justificado.

-

314

Estilo e formatação.

Adiciona ou remove números de parágrafos selecionados.

EDITORES DE TEXTO

-

Adiciona ou remove marcadores de parágrafos selecionados.

-

Diminui o recuo esquerdo.

-

Aumenta o recuo esquerdo.

-

Permite modificar a cor da fonte.

-

Aplica realce ao que estiver selecionado.

-

Aplica sombreamento (plano de fundo) em parágrafo ou texto selecionado.

-

Altera espaçamento entre caracteres.

-

Aplica bordas.

315

Apostila PRF Janela do Word 2007

Janela do Word 2010

316

EDITORES DE TEXTO Descrição dos botões e barras

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16

Botão de controle. Atalho de teclado ALT + Espaço. Barra de ferramentas de acesso rápido. Barra de títulos – duplo clique alterna entre maximizar e restaurar. Guias – abas –tabs. Botão que exibe ou oculta faixa de opções. Faixa de opções. Tabulação: à direita, centralizada, à esquerda, decimal e barra. Botão régua – exibe ou oculta a régua. Recuo: de primeira linha, deslocado, à direita e à esquerda. Margem: superior esquerda, margem superior direita, inferior direita e inferior esquerda. Régua horizontale régua vertical. Barra de rolagem horizontal. Seleciona objeto de procura. Barra de status. Botões do modo de exibição. Zoom.

Botão Office 1. 2.

3.

Clique no Botão Microsoft Office e, em seguida, clique em Novo. Em Modelos, você vê as opções que pode usar para criar:  umdocumento em branco, uma pasta de trabalho ou uma apresentação;  umdocumento, uma pasta de trabalho ou uma apresentação a partir de um modelo;  umnovo documento, pasta de trabalho ou apresentação a partir de um arquivo existente. Se estiver conectado à internet, também poderá ver modelos disponíveis pelo Microsoft Office On-line.

Abre a caixa de diálogo Abrir no Windows XP. Abre o Windows Explorer no Windows 7 na pasta biblioteca. Abre a caixa de diálogo Salvar Como no Windows XP. Abre o Windows Explorer no Windows 7 na pasta biblioteca.

317

Apostila PRF

318

EDITORES DE TEXTO

Fecha o aplicativo. Configurações do Word.

Faixa de Opções A Faixa de Opções foi criada para ajudar a localizar rapidamente os comandos necessários para executar uma tarefa. Os comandos são organizados em grupos lógicos, reunidos em guias. Cada guia está relacionada a um tipo de atividade como gravação ou disposição de uma página. Para diminuir a desorganização, algumas guias são exibidas somente quando necessário. Por exemplo, a guia Ferramentas de Imagem somente é exibida quando uma imagem é selecionada. Não é possível excluir ou substituir a Faixa de Opções pelas barras de ferramentas e menus das versões anteriores do Microsoft Office. No entanto, você pode minimizar a Faixa de Opções para disponibilizar mais espaço na sua tela. Para minimizar rapidamente a Faixa de Opções, clique duas vezes no nome da guia ativa. Clique duas vezes na guia novamente para restaurar a Faixa de Opções. Atalho do teclado:para minimizar ou restaurar a Faixa de Opções, pressione Ctrl+F1.

Faixa de opções: guia Início

Área de transferência do Microsoft Office

319

Apostila PRF A área de transferência do Microsoft Office permite que você copie diversos itens de texto e gráfico dos documentos do Office ou de outros programas e os cole em outro documento do Office. Por exemplo, é possível copiar o texto de um e-mail, dados de uma pasta de trabalho ou planilha e um gráfico de uma apresentação e colá-los todos em um documento. Ao usar a Área de transferência do Office, é possível organizar os itens copiados na maneira que deseja no documento.

320

EDITORES DE TEXTO

Aplicar estilo e formatação:

Para localizar e substituir texto:

Localizar (Ctrl + L)- Localizar texto no documento. Substituir (Ctrl + U)- Substituir um texto no documento. Selecionar tudo (Ctrl + T) - Selecionar texto ou objetos no documento.

321

Apostila PRF Use Selecionar Objeto para permitir a seleção dos objetos posicionados atrás do texto.

Faixa de opções: guia Inserir

Indicador - Criar um indicador para atribuir um nome a um ponto específico em um documento. Você pode criar hiperlinks que saltam diretamente para um local indicado. Inserir hiperlink (Ctrl + K) - Criar um link para uma página da Web, uma imagem, um endereço de e-mail ou um programa. Inserir referência cruzada - Referir-se a itens como títulos, ilustrações e tabelas, inserindo uma referência cruzada como “Consulte a Tabela 6 abaixo” ou “Vá para a página 8”. As referências cruzadas serão atualizadas automaticamente se o conteúdo for movido para outro local. Por padrão, elas são inseridas como hiperlinks.

322

EDITORES DE TEXTO

Cabeçalho - Editar o cabeçalho do documento. O conteúdo do cabeçalho será exibido no alto de cada página impressa. Rodapé - Editar o rodapé do documento. O conteúdo do rodapé será exibido na parte inferior de cada página impressa. Partes Rápidas - Inserir trechos de conteúdo reutilizável, incluindo campos, propriedades de documento como título e autor ou quaisquer fragmentos de texto pré-formatado, criados por você. Letra Capitular - Criar uma letra maiúscula grande no início de um parágrafo. Linha de Assinatura - Inserir uma linha de assinatura que especifique a pessoa que deve assinar. A inserção de uma assinatura digital requer uma identificação digital, como a de um parceiro certificado da Microsoft. Caixa de Texto - Inserir caixas de texto pré-formatadas. WordArt- Inserir um texto decorativo no documento. Data e Hora - Inserir a data ou hora atuais no documento atual. Inserir objeto - Inserir um objeto incorporado. Permite inserir equações e símbolos:

Faixa de opções: guia Layout de Página

Temas - Alterar o design geral do documento inteiro, incluindo cores, fontes e efeitos. Cores do Tema - Alterar as cores do tema atual. Fontes do Tema- Alterar as fontes do tema atual. Efeitos do Tema- Alterar os efeitos do tema atual.

Configurar página- Margens - Selecionar os tamanhos de margem do documento inteiro ou da seção atual. Orientação da página- Alternar as páginas entre os layouts Retrato e Paisagem. Tamanho da página - Escolher um tamanho de papel para a seção atual. Para aplicar específico a todas as seções do documento, clique em Mais Tamanhos de Papel. Números de linha- Adicionar números de linha à margem lateral de cada linha do documento. Colunas - Dividir o texto em duas ou mais colunas. Inserir Página e quebra de seção- Adicionar página, seção ou quebras de coluna ao documento. Hifenização - Ativar a hifenização, que permite ao Word quebrar linhas entre as sílabas das palavras. Os livros e as revistas hifenizam o texto para proporcionar um espaçamento mais uniforme entre as palavras.

323

Apostila PRF Faixa de opções: guia Referências

Sumário - Adicionar um sumário ao documento. Depois que você adicionar um sumário, clique no botão Adicionar texto para adicionar entradas à tabela. Adicionar Texto - Adicionar o parágrafo atual como uma entrada do sumário. Atualizar Sumário - Atualizar o sumário de modo que todas as entradasindiquem o número de página correto. Mostrar Notas - Rolar o documento para mostrar o local em que as notas de rodapé ou notas de fim estão localizadas. Inserir Nota de Rodapé (Alt+Ctrl+F) - Adicionar uma nota de rodapé ao documento. As notas de rodapé serão renumeradas automaticamente no documento. Inserir Nota de Fim (Alt+Ctrl+D) - Adicionar uma nota de fim ao documento. As notas de fim são inseridas no final do documento. Próxima Nota de Rodapé - Navegador até a próxima nota de rodapé do documento. Clique na seta para navegar até a nota de rodapé anterior ou navegue até a nota de fim anterior ou seguinte. Mostrar Notas - Rolar o documento para mostrar o local em que as notas de rodapé ou notas de fim estão localizadas.

Bibliografia - Adicionar uma bibliografia, que lista todas as fontes citadas no documento. Inserir citação- Citar um livro, artigo de jornal ou outro periódico como fonte das informações do documento. Escolha uma opção da lista de fontes que você criou ou especifique informações sobre uma nova fonte. O Word formatará a citação de acordo com o estilo selecionado. Bibliografia - Adicionar uma bibliografia, que lista todas as fontes citadas no documento. Gerenciar fontes bibliográficas- Exibir a lista de todas as fontes citadas no documento. Estilo de bibliografia- Escolher o estilo da citação a ser utilizado no documento.As opções mais conhecidas são Estilo APA, Estilo Chicago e Estilo MLA. Inserir referência cruzada - Referir-se a itens como títulos, ilustrações e tabelas, inserindo uma referência cruzada como “Consulte a Tabela 6 abaixo” ou “Vá para a página 8”. As referências cruzadas serão atualizadas automaticamente se o conteúdo for movido para outro local. Por padrão elas são inseridas como hiperlinks. Atualizar índice de ilustrações- Atualizar o Índice de Ilustrações de modo a incluir todas as entradas do documento. Inserir índice de ilustrações- Inserir um índice de ilustrações no documento. Um índice de ilustrações inclui uma lista com todas as ilustrações, tabelas ou equações do documento. Inserir legenda - Uma legenda é uma linha de texto exibida abaixo de um objeto para descrevê-lo. Por exemplo: “Figura 7: Padrões Meteorológicos Comuns”.

324

EDITORES DE TEXTO

Atualizar índice - Atualizar o índice de modo que todas as entradas indiquem o número de página correto. Inserir índice- Inserir um índice no documento. Um índice é uma lista de palavras-chave encontradas no documento, juntamente com os números das páginas em que as palavras aparecem. Marcar entrada (Alt+Shift+X) - Incluir o texto selecionado no índice do documento. Marcar Citação (Alt+Shift+I) - Adicionar o texto selecionado como uma entrada no índice de autoridades. Inserir Índice de Autoridades - Inserir um índice de autoridades no documento. Um índice de autoridades relaciona os casos, estatutos e outras autoridades citadas no documento. Atualizar Índice de Autoridades - Atualizar o Índice de Autoridades de modo a incluir todas as citações do documento.

Faixa de opções: guia Revisão

Contar palavras - Saber o número de palavras, caracteres, parágrafos e linhas no documento. Dicionário de sinônimos(Shift + F7) - Sugere outras palavras com significado semelhante ao da palavra selecionada. Traduzir - Traduzir o texto selecionado em outro idioma. Novo comentário - Adicionar um comentário sobre a seleção. Excluir comentário - Excluir o comentário selecionado. Próximo comentário - Navegar para o próximo comentário no documento.

Controlar alterações(Ctrl+ Shift + E) - Controlar todas as alterações feitas no documento, incluindo inserções, exclusões e alterações de formatação. Exibir para revisão - Escolher a forma de exibir as alterações propostas no documento. Final mostra o documento com todas as alterações propostas incluídas; Original mostra o documento antes da implementação das alterações. As marcações mostram as alterações que foram propostas. Painel de revisão - Mostrar as revisões em uma janela separada. Mostrar marcações - Escolher o tipo de marcação a ser exibido no documento. Você pode ocultar ou mostrar comentários, inserções e exclusões, alterações de formatação e outros tipos de marcação. Aceitar e passar para a próxima-Clique aqui para acessar outras opções como, por exemplo, aceitar todas as alterações do documento. Rejeitar e passar para a próxima- Rejeitar a alteração atual e passar para a próxima alteração proposta. Clique na seta para rejeitar várias alterações de uma vez.

325

Apostila PRF Próxima alteração - Navegar até a próxima revisão do documento, a fim de que você possa aceitá-la ou rejeitá-la. Alteração anterior - Navegar até a revisão anterior do documento, a fim de que você possa aceitá-la ou rejeitá-la.

Comparar - Compare duas versões de um documento (gere documentos com alterações). Combinar - Combine revisões de vários autores em um único documento. Proteger documento- Restringir o modo como as pessoas podem acessar o documento. Faixa de opções: guia Exibição

Layout de impressão- Exibir o documento do modo como ficará na página impressa. Layout da web- Exibir o documento do modo como ficará como uma página da Web. Modo de estrutura de tópicos - Exibir o documento como uma estrutura de tópicos e mostrar as ferramentas correspondentes. Leitura em tela inteira- Exibir o documento no Modo de Exibição de Leitura de tela inteira, a fim de maximizar o espaço disponível para a leitura do documento ou para escrever comentários. Rascunho - Exibir o documento como um rascunho para uma edição rápida do texto. Certos elementos do documento, como cabeçalhos e rodapés, não ficarão visíveis neste modo de exibição. Régua - Exibir as réguas, usadas para medir e alinhar objetos no documento. Mapa do documento - Abrir o Mapa do Documento, que permite navegar por uma visão estrutural do documento. Linhas de grade- Ativar linhas de grade que podem ser usadas para alinhar os objetos do documento. Barra de mensagens- Abrir a Barra de Mensagens para executar quaisquer ações necessárias no documento. Miniaturas - Abrir o painel Miniaturas, que pode ser usado para navegar por um documento longo através de pequenas imagens de cada página.

Zoom - Abrir a caixa de diálogo Zoom para especificar o nível de zoom do documento. Na maioria dos casos, você também pode usar os controles de zoom na barra de status, na parte inferior da janela, para alterar o zoom do documento rapidamente. Uma página- Alterar o zoom do documento de modo que a página inteira caiba na janela.

326

EDITORES DE TEXTO Duas páginas- Alterar o zoom do documento de modo que duas páginas caibam na janela. Largura da página- Alterar o zoom do documento de modo que a largura da página corresponda à largura da janela. 100% - Alterar o zoom do documento para 100% do tamanho normal. Nova janela - Abrir uma nova janela com uma exibição do documento atual. Organizar tudo- Colocar todas asjanelas abertas no programa lado a lado na tela. Exibir lado a lado- Exibir dois documentos lado a lado para poder comparar os respectivos conteúdos. Rolagem sincronizada - Sincronizar a rolagem de dois documentos, de modo que rolem juntos na tela. Para habilitar este recurso, ative “Exibir Lado a Lado”. Dividir - Dividir a janela atual em duas partes, de modo que seções diferentes do documento possam ser vistas ao mesmo tempo. Redefinir posição da janela- Redefinir a posição da janela dos documentos que estão sendo comparados lado a lado de modo que dividam a tela igualmente. Para habilitar este recurso, ative “Exibir Lado a Lado”.

Exibir Macros (Alt+F8) - Exibir a lista de macros, na qual você pode executar, criar ou excluir uma macro.

327

Apostila PRF

Régua – Recuo – Margens – Barra de Rolagem

Barra de rolagem - Barra de status

328

EDITORES DE TEXTO

LibreOffice Writer

1 2 3 4

Botão de controle: Atalho de teclado ALT + Espaço. Barra de títulos: Duplo clique alterna entre maximizar e restaurar. Barra de menus: ALT + teclar a letra sublinhada em cada menu exibe submenus. Barra de ferramentas padrão: Botão novo, abrir, salvar, etc.

329

Apostila PRF 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14

330

Barra de ferramentas formatação: Botão estilo e formatação, aplicar estilo, tipo de fonte, etc. Tabulação: à direita, centralizada, à esquerda, decimal e barra. Margem: superior esquerda, margem superior direita, inferior direita e inferior esquerda. Recuo: Da primeira linha, à direita e à esquerda. Régua horizontal. Régua vertical. Barra de rolagem vertical. Barra de rolagem horizontal. Barrade ferramentas de desenho. Barra de status.

EDITORES DE TEXTO Botões da barra de ferramentas padrão Funcionalidade

Atalho

Cria um novo documento em branco.

Ctrl + N

Abre caixa de diálogo que permite abrir um documento que já está gravado em alguma unidade de disco.

Ctrl + O

Salva as alterações feitas em um arquivo (conserva o nome, o local e o formato atual).

Ctrl + S

(Destinatário da mensagem) permite enviar o documento anexo em mensagem de correio eletrônico.

-

Envia documento ativo para a fila de impressão, não abre janela para definir opções de imprimir.

-

Abre a janela visualizar impressão.

-

Inicia o processo de verificação ortográfica.

Recortar (move o que estiver selecionado para a área de transferência).

Ctrl + X

Copiar (duplica o que estiver selecionado na área de transferência).

Ctrl + C

Colar (insere o conteúdo da área de transferência no local onde estiver o cursor).

Ctrl + V

Pincel (copia formatos) - para usar o pincel podemos seguir o seguinte procedimento: (1) selecionar a palavra ou o bloco de texto que já está formatado; (2) clicar no pincel; e (3) selecionar a palavra ou o bloco de texto que receberá a formatação

-

Desfaz a ação realizada mais recentemente. Nem todas as ações podem ser desfeitas.

Ctrl + Z

Permite refazer uma ação desfeita.

Ctrl + Y

Insere um hyperlink.

-

Insere uma tabela.

-

Exibe ou oculta a barra de ferramentas “desenho”.

-

Writer

331

Apostila PRF Exibe ou oculta caracteres nãoimprimíveis, tais como: marca de parágrafo, caracteres de tabulação, espaço, quebras (página, coluna, seção) e texto oculto.

Botões da barra de ferramentas formatação

-

Aplica estilo.

Botão editar arquivo: quando desativado exibe texto no modo somente leitura, quando ativo permite edição do documento.

Altera o tipo da fonte.

Botão exportar diretamente como PDF. Permite salvar o arquivo no formato PDF. O editor de texto não abre este arquivo.

Altera o tamanho da fonte.

Funcionalidade Botão autoverificação ortográfica. Exibe ou oculta linhas ondula-Atalho das vermelhas abaixo dos erros de grafia. Estilo e formatação. Botão navegador: permite localizar objetos, figuras , tabelas, seção, hiperlinks, notas , etc., no documento.

F5

Aplica negrito. CRTL + B Botão galeria: permite inserir figuras e planos de fundo na página. Aplica itálico. Ctrl + I Fonte de dados: permite acesso a banco de dados do LibreOffice. Aplica sublinhado simples.

Ctrl + U

Aplica o alinhamento à esquerda.

Ctrl + L

Aplica o alinhamento centralizado.

Ctrl + C

Aplica o alinhamento à direita.

Ctrl + R

Aplica o alinhamento justificado.

Ctrl + J

Adiciona ou remove números de parágrafos selecionados.

-

Adiciona ou remove marcadores de parágrafos selecionados.

-

332

Writer

EDITORES DE TEXTO

Diminui o recuo esquerdo.

-

Aumenta o recuo esquerdo.

-

Permite modificar a cor da fonte.

-

Aplica realce ao que estiver selecionado

-

Aplica sombreamento (plano de fundo) em parágrafo ou texto selecionado.

-

333

Apostila PRF NAVEGADORES – WEB BROWSER – BROWSER Um navegador, também conhecido pelos termos ingleses web browser ou simplesmente browser, é um programa de computador que habilita seus usuários a interagirem com documentos virtuais da Internet, também conhecidos como páginas da web, que podem ser escritas em linguagens como HTML, ASP, PHP, com ou sem linguagens como o CSS e que estão hospedadas num servidor Web. INTERNET EXPLORER O Internet Explorer é um componente integrado desde o Microsoft Windows 98. Está disponível como um produto gratuito separado para as versões mais antigas do sistema operacional. Acompanha o Windows desde a versão 95 OSR2. A partir da versão 6 inclusa no XP em 2002, uma grande atualização do navegador foi oferecida aos usuários do Windows XP junto ao Service Pack 2 (embora sempre tenha havido um ciclo mensal de correções para o navegador). A versão 7 do Internet Explorer, lançada em Outubro de 2006, chegou aos usuários disponível para o Windows XP SP2 e Windows Server 2003 (com status de atualização crítica), além de estar pré-instalada no Windows Vista e no Windows 7 (a versão 8 Beta) (onde possui algumas funções a mais). A versão 8, lançada em 19 de março de 2009, é disponível para Windows XP, Windows Server 2003, Windows Vista e Windows Server 2008. O Windows Internet Explorer 9 possui uma aparência simplificada e muitos recursos novos que aceleram a sua experiência de navegação na Web. Mozilla Firefox é um navegador livre e multi-plataforma desenvolvido pela Mozilla Foundation (em português: Fundação Mozilla) com ajuda de centenas de colaboradores.[7]A intenção da fundação é desenvolver um navegador leve, seguro, intuitivo e altamente extensível. Baseado no componente de navegação da Mozilla Suite , o Firefox tornou-se o objetivo principal da Mozilla Foundation. Anteriormente o navegador juntamente com o Mozilla Thunderbird, outro produto da Mozilla Foundation eram os destaques da mesma. Cerca de 40% do código do programa foi totalmente escrito por voluntários BUSCA Um motor de busca, motor de pesquisa ou máquina de busca é um sistema de software projetado para encontrar informações armazenadas em um sistema computacional a partir de palavras-chave indicadas pelo utilizador, reduzindo o tempo necessário para encontrar informações. Os motores de busca surgiram logo após o aparecimento da Internet, com a intenção de prestar um serviço extremamente importante: a busca de qualquer informação na rede, apresentando os resultados de uma forma organizada, e também com a proposta de fazer isto de uma maneira rápida e eficiente. A partir deste preceito básico, diversas empresas se desenvolveram, chegando algumas a valer milhões de dólares. Entre as maiores

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empresas encontram-se o Google, o Yahoo, o Lycos, o Cadê e, mais recentemente, a Amazon.com com o seu mecanismo de busca A9. Os buscadores se mostraram imprescindíveis para o fluxo de acesso e a conquista novos visitantes. Afunilando suas pesquisas “Aspas” – Colocando sua pesquisa entre aspas o Google somente irá exibir sites que possuam em seu conteúdo exatamente a frase em questão. Ex: Se você pesquisar por “Adriano Mineirinho” seu resultado não será poluído com os inúmeros Adrianos que existem no mundo nem com os inúmeros Mineirinhos que existem no Espírito Santo, rs. Sinais de +(mais) ou –(menos) – Esse recurso é interessante pois o Google pesquisa baseado no “ou”, ou seja, a busca por Adriano Mineirinho lhe trará resultados sobre as duas palavras ou a primeira ou a segunda. Levando em consideração que Mineirinho pode ser o supercampeão do Skate ou o nosso maior representante do Surf na atualidade, poderemos utilizar o –skate ou o +surf para filtrar nossa busca. O menos traz os resultados desejados que não possuam em seu texto a palavra excluída e o mais obriga que o resultado apresente em seu conteúdo a mesma. Inurl: ou site: - Com esses comandos você pode pesquisar por um conteúdo exclusivamente dentro de um site que possua tal palavra no endereço ou dentro de um domínio específico. Por exemplo, você leu sobre uma notícia sobre nosso Rubinho Barrichello no site da Globo.com, mas ela não se encontra mais na página inicial. Vá ao Google e digite site:www.globo.com Barrichello e o resultado será filtrado apenas por conteúdo relacionado no site da Globo. Asterisco *- Esse é muito legal. O asterisco funciona como coringa, ou seja, se você pretende saber quais são as coisas mais rápidas do mundo pesquise por “ * mais rápido mundo” Til ~ - Procura por palavras parecidas com a sua solicitação. Exemplo se pesquisar por ~compras provavelmente o Google lhe mostrará resultados para Lojas, Shopping, Comprar, etc e você ainda pode pesquisar por ~computador –computador e descobrir os sinônimos de computador. Bacana né? Além dessas opções mais relevantes temos também outras como: filetype: - filtra o tipo de arquivo desejado, exemplo: PDF, TXT, EXL... intitle: - Pesquisa a palavra chave apenas nos títulos dos artigos. Intext: - Pesquisa a palavra chave no corpo do texto.

NAVEGADORES – WEB BROWSER – BROWSER MOZILLA FIREFOX Tela Inicial

Principais Recursos (fonte: http://pt-br.www.mozilla.com)

A - Pessoal Biblioteca Seu histórico de navegação (todos os sites que você visitou) e seus favoritos (todos os sites que você salvou) são catalogados na Biblioteca, onde podem ser facilmente encontrados e organizados. Você também pode salvar suas buscas frequentes em pastas inteligentes que se atualizam automaticamente à medida que sua lista de favoritos e histórico de sites crescem.

Marcadores (Tags) Classifique sites com nomes ou categorias que têm significado para você. Por exemplo, você pode marcar o site economia.uol.com.br com o marcador "notícias" e também o marcador "economia", assim como poderia marcar www.g1.com.br com "notícias". Quando você digitar "notícias" no campo de endereço, ambos os sites aparecerão nos resultados.

Campo de Endereço Inteligente O novo Campo de Endereços aprende à medida que você o utiliza —Com o tempo, ele se adapta às suas preferências e oferece resultados mais precisos. Escreva um termo e perceba que ele completa automaticamente com possíveis sites

33 5

Apostila PRF relacionados com seu histórico de navegação, assim como com os sites armazenados nos favoritos ou associados a marcadores

Favoritos em Um Clique Organize pouco ou muito os seus favoritos. Um clique no ícone da estrela no final do campo de endereços lhe permite adicionar o site aos favoritos. Dois cliques e você poderá escolher onde salvar e associar um marcador. Arquive sites nos favoritos em pastas de acesso fácil e organize-os de acordo com tópicos (como "empregos" ou "compras favoritas"). Encontre os sites arquivados instantaneamente simplesmente digitando o marcador (tags), página ou título dos favoritos no campo de endereço. Quanto mais você utilizar marcadores e nomes de favoritos no campo de endereços, mais o sistema irá se adaptar às suas preferências.

Pastas de Favoritos Inteligentes Essas pastas dinâmicas permitem acesso fácil aos seus sites favoritos e podem ser colocadas no menu dos Favoritos ou na Barra de Favoritos.

B - Segurança & Privacidade Identidade em um clique Quer ter uma certeza extra sobre a legitimidade de um site antes de efetuar uma compra? Clique no ícone do site para ter uma visão geral da sua identidade.

Proteção antiataques O Firefox o protege contra diversos tipos de vírus, cavalos de tróia e programas espiões. Se você acessar acidentalmente um site foco de ataques, você receberá uma mensagem de aviso do tamanho da janela do navegador. Uma lista constantemente atualizada de sites foco de ataque nos informa quando devemos interromper a sua navegação, assim você não precisa se preocupar com atualizações.

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NAVEGADORES – WEB BROWSER – BROWSER

Proteção anti-phishing O Firefox recebe uma atualização de sites falsos 48 vezes por dia. Se você tentar visitar um site fraudulento que finge ser um site em que você confia (como o seu banco), uma janela do navegador — realmente grande — irá alertá-lo.

Controle dos Pais Sincronize o controle de acesso para crianças que você configurou no Windows Vista com o Firefox 3 — bloqueie downloads indesejados e mais. O design intuitivo do Firefox evita que você tenha que pensar duas vezes na hora das configurações.

Integração com AntiVírus O Firefox 3 integra-se elegantemente com o seu programa antivírus. Quando você faz download de um arquivo, seu programa antivírus automaticamente faz a verificação para proteger você de vírus e outros tipos de programas maliciosos que poderiam atacar o seu computador. [disponível somente em Windows]

Complementos O Firefox 3 procura conexões seguras antes de instalar ou atualizar complementos e software de terceiros.

Gerenciador de Senhas Nós integramos esse recurso em harmonia com a sua experiência de navegação. Você pode escolher "memorizar" senhas de sites sem janelas popup intrusivas. Agora você verá a notificação de "memorizar senha" integrada ao seu campo de visão no topo da página visualizada.

Limpar dados pessoais Limpe seus dados pessoais automaticamente — com somente um clique ou um atalho no teclado. Suas informações pessoais serão apagadas definitivamente — no seu próprio computador ou naquele da biblioteca.

33 7

Apostila PRF

Configurações de segurança personalizadas Controle o nível de recursos que você deseja que o Firefox dê aos sites e adicione exceções — sites que não precisam de controle. Personalize configurações para senhas, cookies, carregamento de imagens e instalação de complementos para uma experiência Web totalmente controlada.

Atualizações automáticas Nossa estratégia de segurança de código aberto nos permite encontrar — e corrigir — problemas de segurança em tempo recorde, tornando o Firefox a maneira mais segura de navegar. Instale as atualizações quando você receber as notificações automáticas ou aguarde até que você possa instalá-las.

Bloqueador de popups Elimine popups (e popunders) da sua experiência de navegação de uma vez por todas. Ou encontre um meio-termo — escolha desbloquear popups ou crie uma lista "Permitir" com os sites dos quais você aceita popups. C - Personalização Gerenciador de Complementos Você pode encontrar e instalar complementos diretamente do seu navegador. Não é mais necessário que você visite o site de complementos; simplesmente abra o Gerenciador de Complementos. Não tem certeza sobre qual complemento é melhor para você? Avaliações, recomendações, descrições e imagens dos complementos irão ajudá-lo na sua escolha. Completamente integrado, o Gerenciador de Complementos permite que você visualize, gerencie e desative complementos de terceiros em poucos cliques.

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D - Produtividade Aparência integrada ao Sistema O novo Firefox traz uma aparência familiar. Pense nele como um Firefox que é muito bom em fazer amizades. Seja você usuário do Windows Vista, XP, Linux ou Mac, o navegador suavemente adapta-se ao ambiente do seu computador. Uma aparência familiar com o seu sistema representa uma interface sem falhas e que você entende na hora.

Leitor de RSS Você pode ler RSS utilizando serviços online na Web, uma aplicação local ou simplesmente criando pastas de Favoritos RSS. Assim, não existe necessidade de escavar a Web atrás das últimas notícias e atualizações. Veja as últimas notícias na barra ou em um menu e vá direto para o artigo de seu interesse.

Gerenciador de Downloads O novo gerenciador permite que você possa fazer downloads facilmente, e com maior segurança. Com o recurso de pausa não é mais necessário esperar o download terminar antes de desconectar-se. Assim, se você está no meio de um download do álbum do White Stripes e chegou a hora de pegar o ônibus, você pode pausar e continuar o download quando você chegar em casa. A opção Continuar também funciona se o seu sistema falhar ou se for forçado a reiniciar. O gerenciador mostra o progresso do download e deixa você procurar seus arquivos por nome ou o endereço da Web de onde seu download iniciou.

Verificador Ortográfico Um verificador ortográfico integrado permite que você digite seu texto em qualquer página na Web — como notas de blog ou sites de Webmail —, sem a necessidade de se preocupar com erros de sintaxe ou digitação. Funciona diretamente nas páginas e economiza o seu tempo.

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Apostila PRF Restauração de Sessão Se o Firefox fechar sem aviso, você não precisa gastar tempo recuperando dados ou relembrando seus passos na Web. Se você estiver no meio da digitação de um email, você poderá continuar exatamente onde havia deixado, até a última palavra que havia digitado. A Restauração de Sessões traz instantaneamente suas janelas e abas, recuperando o conteúdo que você digitou e qualquer download que estava em andamento. Reinicie seu navegador sem se perder após a instalação um Complemento ou atualização de software.

Zoom Completo Visite sua página favorita de notícias e leia as legendas das imagens — ou visualize as próprias imagens — no tamanho que desejar. O novo zoom é suave e permite que você possa controlar as escalas nas páginas Web.

Carregamento de Imagens Se você quer ganhar tempo e economizar banda, visualize uma página sem suas imagens. O Firefox memorizará suas preferências sempre que você navegar na página. E - Busca Palavras-chave Inteligentes Busque na Web em tempo recorde com palavras-chave inteligentes. Com alguns cliques você pode associar palavraschave a serviços de busca e depois, facilmente, entrar com a palavra-chave e os termos da busca no campo de endereços. Com este recurso, ao digitar "livro arquitetura", você poderá gerar uma busca na Amazon.com, que vai lhe trazer diretamente a página de resultados de livros de arquitetura, sem a necessidade de você visitar a página principal.

Sugestões na Busca Simplesmente digite no campo de buscas e opções serão apresentadas com sugestões e termos relevantes. Também se pode utilizar o campo de buscas como calculadora, conversor de medidas, e mais.

Pesquisa Integrada Procurar na Web ficou fácil com o campo de pesquisa integrado, localizado à direita do campo de endereços. Use o mecanismo de pesquisa de sua preferência digitando diretamente no campo. A largura do campo é ajustável para que você possa aumentá-lo se precisar de mais espaço.

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Centenas de Ferramentas de Pesquisa Escolha seu site de busca favorito rapidamente utilizando o campo de buscas. Você pode utilizar um novo serviço de buscas para cada procura, ou permanecer com uma opção favorita. Escolha a partir de opções pré-selecionadas ou selecione "Organizar Pesquisas" para escolher outras opções de mecanismos de pesquisa disponíveis como complementos

Localizar O recurso Localizar é rápido como um clique. Procure por palavras ou frases em páginas Web abertas. Se você préselecionar um texto antes de utilizar este recurso, o localizador irá abrir com a seleção colocada no campo de pesquisa. Você poderá ver todas as ocorrências da sua procura de uma vez, ou correr para frente ou para trás, através das ocorrências da palavra selecionada na página.

F - Abas Salvar ao sair Agora, quando você abre o Firefox, suas abas e janelas aparecem exatamente como elas estavam quando você o fechou. Não existe necessidade de reabrir todas as suas janelas cada vez que você inicia uma sessão.

Abas À primeira vista, elas parecem pequenas etiquetas que vivem em cima do site que você está visitando. Mas elas são uma forma brilhante de navegar em vários sites ao mesmo tempo. Simples e fácil, você pode imaginá-las como sendo uma versão eletrônica de um arquivo de pastas, com as abas como divisores e os sites como o conteúdo das pastas. Cada novo site aparece como uma nova aba (e não uma nova janela) e o acesso pode ser feito com um clique.

Reabrindo abas fechadas Se você acidentalmente fechar uma aba, você poderá reabri-la com um clique. Simplesmente acesse a opção Reabrir abas no menu Histórico e selecione a aba que você deseja reabrir.

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Arraste e reordene as Abas Coloque ordem nos seus sites. Simplesmente arrume a ordem das suas abas arrastando-as com um movimento fácil do mouse.

Rolagem suave Gosta de ter aquelas 20 páginas abertas ao mesmo tempo? Um novo e elegante recurso permite que você navegue através das abas, podendo ver todas elas e, com rapidez e facilidade, entrar naquela que você quer.

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Correio Eletrônico. O correio eletrônico (e-mail) é o serviço básico de comunicação na rede. Ele é muito rápido, envia e recebe mensagens em questão de minutos. Enviar dados via correio eletrônico é muito fácil. Tudo o que você precisa é ter acesso a rede, dispor de um programa de correio eletrônico e conhecer o endereço da pessoa com quem deseja se comunicar.

Programas de Correio Eletrônico Os programas de correio eletrônico devem ser compatíveis com seu computador. Uma característica comum dos programas de correio eletrônico é que eles permitem que você componha envie, receba mensagens e depois organize-as. Existem diversos programas de corrreio que você pode utilizar. Estes programas podem ser de empresas diferentes mas conseguem se comunicar. Os principais programas são: OUTLOOK EXPRESS, MICROSOFT OUTLOOK e MOZILLA THUNDERBIRD.

eletrônico e configurar para trabalhar em off-line, ou desabilitar a opção Imediate Send ou equivalente.

Como preencher o endereço To endereço de e-mail do destinatário Cc - significa Carbon Copy ( cópia carbonada ). Aqui você deverá colocar o endereço de e-mail da pessoa que você quer enviar uma cópia. Este ítem poderá ficar em branco caso você não queira enviar cópia. Bcc - significa Blind Carbon Copy (cópia cega). É usada sempre que quisermos enviar uma cópia da mensagem para alguém , sem que os destinatários saibam disto. Subject - neste local você vai colocar o assunto que se refere a sua correspondência. É opcional, mas quando preenchido é muito bom pois o destinatário já sabe do que se trata e poderá dar prioridade na resposta.

Como receber mensagens Os comandos que você irá utilizar vai variar de acordo com o programa de correio eletrônico que você utilizar.

Endereços de Correio Eletrônico Um endereço de correio eletrônico, como num endereço postal, possui todos os dados de identificação necessários para enviar uma mensagem a alguém. Ele é composto de uma parte relacionada ao destinatário da mensagem ( o que vem antes do caractere @ e de uma parte relacionada com a localização do destinatário, o que vem após o caractere @.

Formação de um endereço eletrônico nome do usuário@nome do domínio

O que pode ser feito através do correio eletrônico ? 31. Solicitar arquivos 32. Solicitar informações 33. Fazer pesquisas 34. Enviar comandos a computadores remotos que realizam tarefas para você 35. Enviar mensagens 36. Ler mensagens 37. Imprimir mensagens

Como enviar mensagens A forma de enviar uma mensagem vai depender do programa que está sendo utilizado no seu computador. Para obter maiores detalhes você deverá ler a documentação específica do produto. Você poderá escrever as mensagens sem estar conectado na rede e posteriormente enviá-las. Para isso você deverá abrir o correio

Algumas dicas: 38. Para ler uma mensagem deve-se dar um duplo clique na mesma ou clicar uma vez e dar enter. 39. Depois das mensagens serem lidas deve ser organizada sua caixa . As mensagens que você quer guardar crie pastas com o nome do assunto, as que você não precisa coloque no lixo (delete). 40. Para remover uma mensagem, selecione a mesma e presione o botão Excluir ou Delete. 41. Você sabia que seu programa de correio eletrônico pode ser configurado para lhe avisar quando houver mensagens novas? 42. Os programas de correio eletrônico permitem que se redirecione uma mensgem recebida para outra pessoa. 43. Você pode responder uma mensagem utilizando o comando Reply ou em alguns correios o comando é responder. Desta forma, o campo onde você deveria preencher o endereço do destinatário (To) será preenchido automaticamente Lista de discussão, também denominado grupo de discussão é uma ferramenta gerenciável pela Internet que permite a um grupo de pessoas a troca de mensagens via e-mail entre todos os membros do grupo. O processo de uso consiste no cadastramento da lista, por exemplo no Yahoo, um dos sítios que oferecem o serviço gratuitamente, e após, no cadastramento de membros. Uma mensagem escrita por membro e enviada para a lista, replica automaticamente na caixa postal de cada um dos cadastrados. Há também a opção de estar-se cadastrado e fazer a leitura em modo Web, ou seja, sem receber os e-mails da lista no e-mail.

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Apostila PRF Listas de discussão são ferramentas de comunicação assíncronas, ou seja, para o recebimento e envio de mensagens não é necessário que os participantes estejam conectados ao mesmo tempo. Mas, essas possibilitam também uma comunicação síncrona através da ferramenta de bate-papo existente na lista, exigindo que os participantes da discussão estejam conectados simultaneamente para que o processo de comunicação seja efetuado. É uma lista de discussão gerenciável pela Internet, utilizada para troca de informações (dos mais variados assuntos) entre um grupo de pessoas que se interessam por assuntos comuns. Essa troca de informações é feita via e-mail. Toda vez que alguém do grupo participa com algum comentário o seu e-mail é enviado para a caixa de correio de todos o participantes. A inscrição também é feita por e-mail e deve ser encaminhada para o administrador da lista de discussões. Em seguida, você recebe a confirmação ou não da sua inscrição, juntamente com instruções de como participar e de como se desligar

WIKIS As wikis nasceram no ano de 1993-1994, O termo "Wiki wiki" significa "extremamente rápido" no idioma havaiano. Este software colaborativo permite a edição colectiva dos documentos usando um sistema que não necessita que o conteúdo tenha que ser revisto antes da sua publicação. O que faz o "wiki" tão diferente das outras páginas da Internet é certamente o fato de poder ser editado pelos usuários que por ele navegam. Por exemplo, esta parte do artigo foi adicionada anos após a criação do próprio, e, com certeza, não será a última edição; ela será modificada por usuários e visitantes ao longo do tempo. É possível corrigir erros, complementar ideias e inserir novas informações. Assim, o conteúdo de um artigo se atualiza graças à coletividade. Os problemas que se podem encontrar em wikis são artigos feitos por pessoas que nem sempre são especialistas no assunto, ou até vandalismo, substituindo o conteúdo do artigo. Porém, o intuito é, justamente, que a página acabe por ser editada por alguém com mais conhecimentos. FORUM É um espaço de discussão pública: No fórum geralmente é colocada uma questão, uma ponderação ou uma opinião que pode ser comentada por quem se interessar. Quem quiser pode ler as opiniões e pode acrescentar algo, se desejar. Uma sala virtual para debates: A pessoa entra e dá os seus palpites, democraticamente. A palavra veio sem modificações do latim. O fórum romano era o local onde os políticos se reuniam para fazer politicagem, e o nome vem de fores, porta que dá para a rua. A diferença entre fórum e newsgroup é que

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no fórum os assuntos vêm e vão e no newsgroup eles são permanentes. Newsgroups. Um meio fornecido por um serviço online para que os usuários dêem continuidade a discussões sobre um determinado assunto enviando artigos e respondendo a mensagens. SPAM Simultaneamente ao desenvolvimento e popularização da Internet, ocorreu o crescimento de um fenômeno que, desde seu surgimento, se tornou um dos principais problemas da comunicação eletrônica em geral: O envio em massa de mensagens não-solicitadas. Esse fenômeno ficou conhecido como spamming, as mensagens em si como spam e seus autores como spammers. O termo Spam, abreviação em inglês de spiced ham (presunto condimentado), é uma mensagem eletrônica não-solicitada enviada em massa. Na sua forma mais popular, um spam consiste numa mensagem de correio eletrônico com fins publicitários. O termospam, no entanto, pode ser aplicado a mensagens enviadas por outros meios e em outras situações até modestas. Geralmente os spams têm caráter apelativo e na maioria das vezes são incômodos e inconvenientes. HOAX Podemos entender o hoax como um tipo de SPAM em poucas palavras, mensagens não solicitadas enviadas a várias pessoas. O conteúdo de um SPAM pode ter várias finalidades. No caso do hoax, como você já sabe, é o de propagar boatos pela internet de forma que a informação distorcida chegue ao maior número possível de indivíduos.

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CORREIO ELETRÔNICO: PROGRAMAS COMERCIAIS DE CORREIO: CORREIO ELETRÔNICO – THUNDERBIRD

TELA INICIAL

JANELA NOVA MENSAGEM

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CLOUD COMPUTING

CLOUD COMPUTING O conceito de computação em nuvem (em inglês, cloud computing) refere-se à utilização da memória e das capacidades de armazenamento e cálculo de computadores e servidores compartilhados e interligados por meio da Internet, seguindo o princípio da computação em grade. 1 O armazenamento de dados é feito em serviços que poderão ser acessados de qualquer lugar do mundo, a qualquer hora, não havendo necessidade de instalação de programas ou de armazenar dados. O acesso a programas, serviços e arquivos é remoto, através da Internet - daí a alusão à nuvem.2 O uso desse modelo (ambiente) é mais viável do que o uso de unidades físicas.3 Num sistema operacional disponível na Internet, a partir de qualquer computador e em qualquer lugar, pode-se ter acesso a informações, arquivos e programas num sistema único, independente de plataforma. O requisito mínimo é um computador compatível com os recursos disponíveis na Internet. O PC torna-se apenas um chipligado à Internet — a "grande nuvem" de computadores — sendo necessários somente os dispositivos de entrada (teclado, mouse) e saída (monitor).

"nuvem de informação" (information cloud), que especialistas consideram uma "nova fronteira da era digital". Aos poucos, essa tecnologia vai deixando de ser utilizada apenas em laboratórios para ingressar nas empresas e, em breve, em computadores domésticos. O primeiro serviço na Internet a oferecer um ambiente operacional para os usuários — antigamente, disponível no endereço www.webos.org — foi criado por um estudante sueco, Fredrik Malmer, utilizando as linguagensXHTML e Javascript. Atualmente, o termo AJAX é adotado para definir a utilização dessas duas linguagens na criação de serviços na Internet. Em 1999, foi criada nos EUA a empresa WebOS Inc., que comprou os direitos do sistema de Fredrik e licenciou uma série de tecnologias desenvolvidas nas universidades do Texas, Califórnia e Duke. O objetivo inicial era criar um ambiente operacional completo, inclusive com API para o desenvolvimento de outros aplicativos. Tipologia Atualmente, a computação em nuvem é dividida em seis tipos: 







Corrida pela tecnologia Empresas como Amazon, Google, IBM e Microsoft foram as primeiras a iniciar uma grande ofensiva nessa



IaaS - Infrastructure as a Service ou Infraestrutura como Serviço (em português): quando se utiliza uma percentagem de um servidor, geralmente com configuração que se adeque à sua necessidade. PaaS - Plataform as a Service ou Plataforma como Serviço (em português): utilizando-se apenas uma plataforma como um banco de dados, um web-service, etc. (p.ex.: Windows Azure). DevaaS - Development as a Service ou Desenvolvimento como Serviço (em português): as ferramentas de desenvolvimento tomam forma no cloud computing como ferramentas compartilhadas, ferramentas de desenvolvimento web-based e serviços baseados em mashup. SaaS - Software as a Service ou Software como Serviço (em português): uso de um software em regime de utilização web (p.ex.: Google Docs , Microsoft SharePoint Online). CaaS - Communication as a Service ou Comunicação como Serviço (em português): uso de uma solução de Comunicação Unificada hospedada em Data Center do provedor ou fabricante (p.ex.:Microsoft Lync).

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CLOUD COMPUTING 

EaaS - Everything as a Service ou Tudo como Serviço (em português): quando se utiliza tudo, infraestrurura, plataformas, software, suporte, enfim, o que envolve T.I.C. (Tecnologia da Informação e Comunicação) como um Serviço.  DBaas - Data Base as a Service ou Banco de dados como Serviço (em português): quando utiliza a parte de servidores de banco de dados como serviço. Serviços oferecidos Os seguintes serviços atualmente são oferecidos por empresas:  Servidor Cloud  Hospedagem de Sites em Cloud  Load Balancer em Cloud  Email em Cloud Característica de computação em nuvem 

Provisionamento dinâmico de recursos sob demanda, com mínimo de esforço;  Escalabilidade;  Uso de "utilility computing", onde a cobrança é baseada no uso do recurso ao invés de uma taxa fixa;  Visão única do sistema;  Distribuição geográfica dos recursos de forma transparente ao usuário. Modelo de implantação No modelo de implantação,4 dependemos das necessidades das aplicações que serão implementadas. A restrição ou abertura de acesso depende do processo de negócios, do tipo de informação e do nível de visão desejado. Percebemos que certas organizações não desejam que todos os usuários possam acessar e utilizar determinados recursos no seu ambiente de computação em nuvem. Segue abaixo a divisão dos diferentes tipos de implantação: 



Privado - As nuvens privadas são aquelas construídas exclusivamente para um único usuário (uma empresa, por exemplo). Diferentemente de um data center privado virtual, a infraestrutura utilizada pertence ao usuário, e, portanto, ele possui total controle sobre como as aplicações são implementadas na nuvem. Uma nuvem privada é, em geral, construída sobre um data center privado. Público - As nuvens públicas são aquelas que são executadas por terceiros. As aplicações de diversos usuários ficam misturadas nos sistemas de armazenamento, o que pode parecer ineficiente a

princípio. Porém, se a implementação de uma nuvem pública considera questões fundamentais, como desempenho e segurança, a existência de outras aplicações sendo executadas na mesma nuvem permanece transparente tanto para os prestadores de serviços como para os usuários.  Comunidade - A infra-instrutora de nuvem é compartilhada por diversas organizações e suporta uma comunidade específica que partilha as preocupações (por exemplo, a missão, os requisitos de segurança, política e considerações sobre o cumprimento). Pode ser administrado por organizações ou por um terceiro e pode existir localmente ou remotamente.  Híbrido - Nas nuvens híbridas temos uma composição dos modelos de nuvens públicas e privadas. Elas permitem que uma nuvem privada possa ter seus recursos ampliados a partir de uma reserva de recursos em uma nuvem pública. Essa característica possui a vantagem de manter os níveis de serviço mesmo que haja flutuações rápidas na necessidade dos recursos. A conexão entre as nuvens pública e privada pode ser usada até mesmo em tarefas periódicas que são mais facilmente implementadas nas nuvens públicas, por exemplo. O termo computação em ondas é, em geral, utilizado quando se refere às nuvens híbridas.. Vantagens A maior vantagem da computação em nuvem é a possibilidade de utilizar softwares sem que estes estejam instalados no computador. Mas há outras vantagens:5 









na maioria das vezes o usuário não precisa se preocupar com o sistema operacional e hardware que está usando em seu computador pessoal, podendo acessar seus dados na "nuvem computacional" independentemente disso; as atualizações dos softwares são feitas de forma automática, sem necessidade de intervenção do usuário; o trabalho corporativo e o compartilhamento de arquivos se tornam mais fáceis, uma vez que todas as informações se encontram no mesmo "lugar", ou seja, na "nuvem computacional"; os softwares e os dados podem ser acessados em qualquer lugar, bastando que haja acesso à Internet, não estando mais restritos ao ambiente local de computação, nem dependendo da sincronização de mídias removíveis. o usuário tem um melhor controle de gastos ao usar aplicativos, pois a maioria dos sistemas de

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Apostila PRF computação em nuvem fornece aplicações gratuitamente e, quando não gratuitas, são pagas somente pelo tempo de utilização dos recursos. Não é necessário pagar por uma licença integral de uso desoftware;  diminui a necessidade de manutenção da infraestrutura física de redes locais cliente/servidor, bem como da instalação dos softwares nos computadores corporativos, pois esta fica a cargo do provedor do software em nuvem, bastando que os computadores clientes tenham acesso à Internet;  a infraestrutura necessária para uma solução de cloud computing é bem mais enxuta do que uma solução tradicional de hosting ou collocation, consumindo menos energia, refrigeração e espaço físico e consequentemente contribuindo para preservação e uso racional dos recursos naturais. Desvantagens A maior desvantagem da computação em nuvem, vem fora do propósito desta, que é o acesso a internet. Caso você perca o acesso, comprometerá todos os sistemas embarcados. 

velocidade de processamento: caso seja necessário uma grande taxa de transferência, se a internet não tiver uma boa banda, o sistema pode ser comprometido. Um exemplo típico é com mídias digitais ou jogos;  assim como todo tipo de serviço, ele é custeado.  maior risco de comprometimento da privacidade do que em armazenamento off-line. Gerenciamento da segurança da informação na nuvem Sete princípios de segurança em uma rede em nuvem:6 



Acesso privilegiado de usuários - A sensibilidade de informações confidenciais nas empresas obriga um controle de acesso dos usuários e informação bem específica de quem terá privilégio de administrador, para então esse administrador controle os acessos Compliance com regulamentação - As empresas são responsáveis pela segurança, integridade e a confidencialidade de seus próprios dados. Os fornecedores de cloud computing devem estar preparados para auditorias externas e certificações de segurança.

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Localização dos dados - A empresa que usa cloud provavelmente não sabe exatamente onde os dados estão armazenados, talvez nem o país onde as informações estão guardadas. O fornecedor deve estar disposto a se comprometer a armazenar e a processar dados em jurisdições específicas, assumindo um compromisso em contrato de obedecer os requerimentos de privacidade que o país de origem da empresa pede.  Segregação dos dados - Geralmente uma empresa divide um ambiente com dados de diversos clientes. Procure entender o que é feito para a separação de dados, que tipo de criptografia é segura o suficiente para o funcionamento correto da aplicação.  Recuperação dos dados - O fornecedor em cloud deve saber onde estão os dados da empresa e o que acontece para recuperação de dados em caso de catástrofe. Qualquer aplicação que não replica os dados e a infra-estrutura em diversas localidades está vulnerável a falha completa. Importante ter um plano de recuperação completa e um tempo estimado para tal.  Apoio à investigação - A auditabilidade de atividades ilegais pode se tornar impossível em cloud computing uma vez que há uma variação de servidores conforme o tempo ondes estão localizados os acessos e os dados dos usuários. Importante obter um compromisso contratual com a empresa fornecedora do serviço e uma evidência de sucesso no passado para esse tipo de investigação.  Viabilidade em longo prazo - No mundo ideal, o seu fornecedor de cloud computing jamais vai falir ou ser adquirido por uma empresa maior. A empresa precisa garantir que os seus dados estarão disponíveis caso o fornecedor de cloud computing deixe de existir ou seja migrado para uma empresa maior. Importante haver um plano de recuperação de dados e o formato para que possa ser utilizado em uma aplicação substituta. Dúvidas Arquitetura em nuvem é muito mais que apenas um conjunto (embora massivo) de servidores interligados. Requer uma infraestrutura de gerenciamento desse grande fluxo de dados que, incluindo funções para aprovisionamento e compartilhamento de recursos computacionais, equilíbrio dinâmico do workload e monitoração do desempenho.

CLOUD COMPUTING Embora a novidade venha ganhando espaço, ainda é cedo para dizer se dará certo ou não. Os arquivos são guardados na web e os programas colocados na nuvem computacional - e não nos computadores em si são gratuitos e acessíveis de qualquer lugar. Mas a ideia de que 'tudo é de todos e ninguém é de ninguém' nem sempre é algo bem visto. O fator mais crítico é a segurança, considerando que os dados ficam “online” o tempo todo. Sistemas atuais Os sistemas operacionais para Internet mais utilizados são: 







Google Chrome OS: Desenvolvido pela Google, já incorporado nos Chromebooks, disponíveis desde 15 de junho de 2011. Trabalha com uma interface diferente, semelhante ao do Google Chrome, em que todas as aplicações ou arquivos são salvos na nuvem e sincronizados com sua conta do Google, sem necessidade de salvá-los no computador, já que o HD dos dois modelos de Chromebooks anunciados contam com apenas 16gb de HD. 7 Joli Os: desenvolvido por Tariq Krim, o ambiente de trabalho chamado jolicloud usa tanto aplicativos em nuvem quanto aplicativos offline, baseado no ubuntu notebook remix, já tem suporte a vários navegadores como google chrome, safari, firefox, e está sendo desenvolvido para funcionar no android. YouOS: desenvolvido pela empresa WebShaka, cria um ambiente de trabalho inspirado nos sistemas operacionais modernos e utiliza a linguagem Javascript para executar as operações. Ele possui um recurso semelhante à hibernação no MS-Windows XP, em que o usuário pode salvar a área de trabalho com a configuração corrente, sair do sistema e recuperar a mesma configuração posteriormente. Esse sistema também permite o compartilhamento de arquivos entre os usuários. Além disso, possui uma API para o desenvolvimento de novos aplicativos, sendo que já existe uma lista de mais de 700 programas disponíveis. Fechado pelos desenvolvedores em 30 de julho de 2008; DesktopTwo: desenvolvido pela empresa Sapotek, tem como pré-requisito a presença do utilitário Flash Player para ser utilizado. O sistema foi desenvolvido para prover todos os serviços necessários aos usuários, tornando a Internet o principal ambiente de trabalho. Utiliza a linguagem PHP como base para os aplicativos disponíveis e também possui uma API, chamada Sapodesk, para o

desenvolvimento de novos aplicativos. Fechado para desenvolvedores;  G.ho.st: Esta sigla significa “Global Hosted Operating SysTem” (Sistema Operacional Disponível Globalmente), tem como diferencial em relação aos outros a possibilidade de integração com outros serviços como: Google Docs, Meebo, ThinkFree, entre outros, além de oferecer suporte a vários idiomas;  eyeOS: Este sistema está sendo desenvolvido por uma comunidade denominada EyeOS Team e possui o código fonte aberto ao público. O objetivo dos desenvolvedores é criar um ambiente com maior compatibilidade com os aplicativos atuais, MS-Office e OpenOffice. Possui um abrangente conjunto de aplicativos, e o seu desenvolvimento é feito principalmente com o uso da linguagem PHP.  iCloud: Sistema lançado pela Apple em 2011, é capaz de armazenar até 5 GB de fotos, músicas, documentos, livros e contatos gratuitamente, com a possibilidade de adquirir mais espaço em disco (pago).  Ubuntu One: Ubuntu One é o nome da suíte que a Canonical (Mantenedora da distribuição Linux Ubuntu) usa para seus serviços online. Atualmente com o Ubuntu One é possível fazer backups, armazenamento, sincronização e compartilhamento de arquivos e vários outros serviços que a Canonical adiciona para oferecer mais opções e conforto para os usuários.  IBM Smart Business: Sistema da IBM que engloba um conjunto de serviços e produtos integrados em nuvem voltados para a empresa. O portfólio incorpora sofisticada tecnologia de automação e autosserviço para tarefas tão diversas como desenvolvimento e teste de software, gerenciamento de computadores e dispositivos, e colaboração. Inclui o Servidor IBM Cloud Burst server (US) com armazenamento, virtualização, redes integradas e sistemas de gerenciamento de serviço embutidos. No Brasil No Brasil, a tecnologia de computação em nuvem é muito recente, mas está se tornando madura muito rapidamente. Empresas de médio, pequeno e grande porte estão adotando a tecnologia gradativamente. O serviço começou a ser oferecido comercialmente em 2008 e em 2012 está ocorrendo uma grande adoção. A empresa Katri8 foi a primeira a desenvolver a tecnologia no Brasil, em 2002, batizando-a IUGU. Aplicada inicialmente no site de busca de pessoas físicas e jurídicas Fonelista. Durante o período em que esteve no

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Apostila PRF ar, de 2002 a 2008, os usuários do site puderam comprovar a grande diferença de velocidade nas pesquisas proporcionada pelo processamento paralelo. Em 2009, a tecnologia evoluiu muito, e sistemas funcionais desenvolvidos no início da década já passam de sua 3ª geração, incorporando funcionalidades e utilizando de tecnologias como "índices invertidos" (inverted index). No ambiente acadêmico o Laboratório de Redes e Gerência da UFSC foi um dos pioneiros a desenvolver pesquisas em Computação em Nuvem publicando artigos sobre segurança, IDS (Intrusion Detection Systems) e SLA (Service Level Agreement) para computação em nuvem. Além de implantar e gerenciar uma nuvem privada e computação em nuvem verde. Nuvens públicas Existem pouco menos de 10 empresas ofertantes do serviço em nuvens públicas (que podem ser contratadas pela internet em estrutura não privativa e com preços e condições abertas no site) com servidores dentro do Brasil e com baixa latência. A maioria utiliza tecnologia baseada em Xen, KVM, VMWare, Microsoft Hypervisor

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