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FATEC Faculdade de Tecnologia de Osasco
CONCEITOS DE FALHA EM EQUIPAMENTOS
Fratura frágil ocorrida em um navio de carga Liberty que separou o navio em duas partes em 1941.
TIAGO DE ASSIS DUARTE
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OBJETIVOS: Proporcionar ao público conhecimento dos mecanismos que levam as falhas mecânicas em equipamentos.
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CONTEÚDO PROGRAMÁTICO: 1.
Definição teórica;
2.
Desenvolvimento de uma aplicação prática;
3.
Comparativo de resultados;
4.
Conclusão com a evolução do conceito.
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1. DEFINIÇÃO TEÓRICA 1.2 Equipamento É um utensílio no qual o ser humano utiliza para realizar alguma tarefa ou operação específica. Ex: Carro, trator, avião, etc.
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1.3 Conceito de Falha Uma parte, ou o conjunto todo de um equipamento é considerado "falhado" a partir de uma das três condições a seguir:
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1.3.1 Quando um equipamento fica completamente inutilizado segundo a figura 1 abaixo;
Figura 1.1: Equipamento sem a roda dianteira
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1.3.2 Quando o equipamento pode ser utilizado, mas não é mais capaz de desempenhar a sua função de maneira eficaz segundo a figura 2 abaixo;
Figura 1.2: Equipamento opera sua função insatisfatoriamente
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1.3.3 Quando uma séria deterioração torna o equipamento inseguro para continuar a ser utilizado conforme a figura 3.
Figura 1.3: Deterioração de um equipamento fora de uso
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1.4 Causas da falha As causas para a falha da maioria dos equipamentos geralmente estão relacionadas com os seguintes problemas:
Negligência durante o projeto, a construção ou a operação do equipamento; Aplicação de um novo projeto, ou de um novo material, que vem a produzir um inesperado e indesejável resultado.
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2. DESENVOLVIMENTO DE UMA APLICAÇÃO PRÁTICA Exemplo: Misturador industrial de carnes, segundo a figura 2.1
Figura 2.1: Misturador industrial de carnes
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2.1 Análise metalográfica O eixo com rosca do equipamento conforme a figura 2.2 a seguir, apresentou uma quebra prematura em serviço devido as propriedades metalúrgicas do material.
Figura 2.2: Material fraturado na região da rosca
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2.2 Análise da dureza Dureza superficial: 53 a 54 HRC Dureza do núcleo: 47 HRC
2.3 Análise química
Material: SAE 4140
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2.4 Microestrutura do material Conforme a figura 2.3, verifica-se a presença de inclusões não metálicas no material (óxidos e sulfetos).
Figura 2.3: Microestrutura sem ataque
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Conforme a figura 2.4, verificamos que o núcleo do material submetido a análise é constituído de martensita revenida.
Figura 2.4: Microestrutura com ataque nital 3%
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2.5 Resultados da análise metalográfica Conforme a figura 2.5 abaixo, as marcas polidas indicam que existiu a formação de trincas, porém elas não geraram a quebra imediata do componente. Quando as trincas atingiram um tamanho crítico, o eixo fraturou de maneira frágil.
Figura 2.5: Detalhes da quebra de maneira frágil
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3. COMPARATIVOS DE RESULTADOS 3.1 Características do material A amostra em análise foi fabricada em aço SAE 4140 e encontra-se no estado temperado e revenido, com dureza superficial de 53 a 54 HRC e dureza de núcleo de 47 HRC. As durezas encontrada são considerada elevada para o tipo de material.
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3.2 Problemas encontrados Após a análise do material, verifica-se a excessiva presença de inclusões não-metálicas que prejudicam a tenacidade do aço. A presença de canto vivo entre a rosca e o corpo do eixo gera uma região com concentração de tensões.
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3.3 Causas da falha A presença de regiões polidas na fratura indicam que houve a formação de trincas que posteriormente em serviço atingiram um tamanho limite que provocou a quebra da peça.
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4. CONCLUSÃO COM A EVOLUÇÃO DO CONCEITO 4.1 Conclusões preliminares Com base nos resultados avaliados, pode -se concluir que a quebra prematura da peça em questão é provocada pelos seguintes fatores que prejudicam a tenacidade do item: Aço com excesso de inclusões não metálicas; Dureza excessiva no material; Canto vivo entre rosca e eixo.
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4.2 Sugestões para o aumento da vida útil do material Fabricar o eixo com material aço SAE 4340 e exigir a certificação do material, conferindo melhores propriedades metalúrgicas.
4.2.1 Composição química %C %Mn %Si %Cr %Ni %Mo 0,40
0,70
0,25
0,80
1,80
Material: SAE 4340
0,25
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4.2.2 Adição de níquel (Ni) no material A presença do níquel nos aços visa aumentar a resistência à corrosão em meios óxidos e sulfetos, também melhora a ductilidade e tenacidade, além da aptidão à deformação da peça.
4.2.3 Dureza Quanto à dureza, recomenda-se os seguinte parâmetros: Dureza superficial de 45 a 48 HRC; Dureza do núcleo de 40 a 42 HRC.
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4.2.4 Tratamento térmico O tratamento térmico por têmpera e revenimento mantém, visto que não foram os fatores que desencadearam a falha no componente.
Têmpera É um tipo de tratamento térmico que visa aumentar a dureza do aço.
Revenimento É um tipo de tratamento térmico que visa promover o alívio de tensões no aço.
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4.2.5 Alterações de projeto Executar o arredondamento do canto vivo entre a rosca e o corpo do eixo, conforme a figura 4.1 abaixo:
Figura 4.1: Detalhes da recomendação do arredondamento
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4.3 Conclusões finais Conforme o delineamento desta pesquisa, podemos concluir que os equipamentos podem falhar. Portanto, a FALHA é algo admissível mesmo em projetos de alta confiabilidade como na indústria metalúrgica e na indústria aeroespacial.