Odus E Ori

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Ano 2010

Aula 08

“Fundamentos de raiz”

Odus e Ypori Os Odus são tendências energéticas que se associam ao indivíduo muito antes da sua aquisição de um corpo material (sua representação no ayê). Muito antes da fecundação e portanto da formação da célula ovo – o início da representação física – já existiam várias energias relacionadas ao indivíduo fazendo com que o mesmo possuísse representações nos nove oruns (universos paralelos da existência, segundo a cosmovisão Yorubá). O nosso corpo físico nada mais é do que a nossa representação no universo físico (ayê). Em cada orun um odu nos governa. O conhecimento dos nove odus governantes ou natais sintetizará o potencial de cada indivíduo, seus talentos, suas limitações, seus traços fortes, pontos vulneráveis, suas tendências, etc. Segue abaixo os nove odus governantes: Odu de eledá (seu jeito de ser): Cada ser humano é constituído de uma essência derivada de um Orixá de origem, que lhe transmite suas propriedades materiais e seu significado simbólico, é portanto a essência de seu jeito de ser ou como o ser humano encarará a vida, o mundo e seu destino. Entendemos então que: os orixás são energias de origem ou progenitores, existência genérica ou matéria massa, ancestrais divinos, são símbolos coletivos míticos dos quais partes individualizadas se desprendem para constituir os elementos de um indivíduo. Essa porção de matéria extraída da matéria massa progenitora com a qual a cabeça é modelada, juntamente com as qualidades dessa porção (água, fogo, terra e ar), constitui o ori da pessoa o qual, inter relaciona-se com suas nove representações uma em cada orun. O emi da vida de cada um é dado pelo eledá. Odu de junto (o que você precisa aprender a ser): É a essência genérica (orixá) a qual devemos vivenciar em toda a sua expressão, para que, associada a expressão do nosso eledá, nos equilibre, dando-nos mais coerência permitindo assim maior fluidez e dinamismo em nosso viver. Odu de placenta: (quem te protege) indica o elemento principal de nossa contradição, a energia com a qual nosso bará foi feito. É importante seu reconhecimento pois é o odu de proteção e por onde nossos caminhos podem ser modificados!. é o responsável pela comunicação com os outros odus, é o “trilho” por onde ou outros odus podem ser intensificados ou desativados. A placenta é a primeira parte física responsável pela nossa comunicação com o mundo exterior. É por ela que respiramos, nos alimentamos e eliminados produtos indesejáveis. Por isso a placenta simboliza nosso exu ancestral, o exu bará (oba + ara = rei do corpo). Odu de amparo: (quem tira você do fundo do poço) é a energia que permite a “outra opção” sempre, em todos os momentos, é o outro lado da moeda, a outra escolha que podemos fazer sempre. Manifesta-se através de situações, sonhos, relacionamentos, pessoas, animais, que aparecem repetidamente em nossas vidas para nos dar a opção de escolha. É a promessa divina da salvação. Odu de nascimento: (energias de pai e mãe essenciais para sua existência) é a energia herdada do pai e da mãe, necessária para criar a nossa condição de existência. É importante portanto sempre agradecê-los por essa entrega, independente da nossa

relação atual com eles. É a energia essencial para que nossa existência no orun ocorresse. É a primeira diferença ou semelhança entre seres humanos que nós devemos entender. Odu de cabeça (primeira visão de mundo herdada): primeira noção de mundo influenciada (herdada) de um grupo – família, pai, mãe, irmão, amigos, babás, etc – quanto mais você se aproximar dessa característica, menos evoluiu sua individualização. Odu de firmeza (o que não te deixa cair): é a energia que caracteriza o nosso pensar para recomeçar, o gatilho que nos impulsiona novamente quando chegamos ao fundo do posso, quando todo o resto falhar é essa energia que vem ao nosso encontro dando-nos “vontade”, “entusiasmo” para recomeçar. É a fé, a esperança no futuro melhor. Odu de caminho (o que te derruba): é a energia que proporciona o desvio, o escape, o extravazar da tensão. Está associada aos vícios que temos na vida como fuga. Beber, comer demais, dormir, ficar doente, enfim todos os exageros que nos proporcionamos a fim de extravasar nossas tensões de vida. Odu de prosperidade (como equilibrar os demais odus para progredir): resume o ipori, é um roteiro para a busca do destino, indica como utilizar-se de todos os outros odus de forma equilibrada para conseguir assim sua prosperidade. O conhecimento desses odus natais é chamado de Ipori ou kpoli, e é determinado através do oráculos de Ifá. “O Ipori é o que chamamos de okê-ipori e existe para cada ser humano de maneira única, exclusiva. É como o local onde o rio começa seu curso (ipori odo), a nascente de um rio a partir da qual o pequeno regato se alarga e corre. Assim também o é para os seres humanos” Abimbola Além dos odus governantes há outros odus que aparecem em determinados momentos e são atraídos pela movimentação dos nossos pensamentos e de nossas ações, surgem num momento de nossa existência a fim de assegurar que o karma seja cumprido: são os odus momentâneos. Há ainda odus complementares e suplementares, odus neutralizantes e ativantes. A função do babalawô é identificar a relação de todos esses odus a fim de auxiliar a missão por nós escolhida antes de nossa materialização aqui no ayê. Contam os antigos Babalawôs que cada ser criado por Oxalá, no momento de escolher seu ori, escolhe também seus Odus, os signos que auxiliarão sua chegada ao destino escolhido para essa encarnação no ayê. No momento da escolha Ifá está presente na qualidade de testemunha do destino e é por isso que ele tem competência para revelá-los posteriormente. “ÀKUN LÈYÒN NI ÀDÀ YÉ RI” “A entrada de cada um na vida depende de se ajoelhar e escolher” Isto é: antes do nascimento o homem se ajoelha diante de Deus e escolhe seu destino na terra.

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