Poder: Do Raw

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passatempos ganhe prémios com as suas fotografias

o Poder

do raw Saiba como tirar o máximo partido de cada fotografia!

oferta de cd

ANÁLISES NikoN d3400 • leica m-d (Typ 262) • coNfroNTo - 10 objeTivas macro • miNi-coNfroNTo - sofTware de edição FOTOGRAFAR 10 projeTos criaTivos ENTREVISTA marsel vaN oosTeN pORTFóLIO ricardo oliveira alves EDITAR quaTro TuToriais passo-a-passo

três vídeo-tuturiais fotos dos leitores Guia de Compras

editorial

participe

nos passatempos

olhares esta é mais uma das secções mensais em que pode participar e ganhar prémios com as suas fotografias (página 32). O tema é livre, por isso dê asas à sua criatividade e surpreenda-nos! As regras de participação estão no CD.

missão todos os meses lançamos um novo desafio aos nossos leitores. Esteja atento à temática e à data limite de envio de imagens para este passatempo (página 84), participe já e ganhe prémios. Consulte as regras de participação no CD.

Benvindo à edição de fevereiro A discussão não é nova e, com o passar do tempo e com a evolução de câmaras e programas de edição, que permitem fazer cada vez mais, de forma cada vez mais simples, torna-se mais difícil responder a esta pergunta que pode até nem ter uma resposta certa. Certo é o objetivo final, que é sempre o mesmo, registar um momento da forma mais fantástica possível. Todos queremos que aquela fração de tempo se congele através de uma imagem capaz de reproduzir a essência do que nos fez querer captá-la. Mas não é só uma imagem fantástica que queremos fazer, de um filho, de uma paisagem arrepiante, ou de um momento espontâneo entre dois estranhos. Queremos fazer algo capaz de renascer memórias ou representar a visão, um filme, de um momento que merecia ser mais do que somente isso. Por isso, se uma imagem pode ter tanto para revelar, porque não pode a fotografia ser bem mais do que o pressionar de um disparador?

Rogério Jardim [email protected]

vale tudo para conseguir criar uma imagem inesquecível?

o que prometemos?

projeto desafio

Para os leitores Queremos estreitar a relação com o leitor, apelando à sua participação em várias secções da revista. Envie-nos as suas sugestões e fotos para [email protected].

antes e depois

Para todos Com uma linguagem simples e acessível, dirigimo-nos a todos os amantes da fotografia que procuram soluções práticas e claras, ideias e inspiração. Com muita paixão!

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indePendente Somos cem por cento independentes. Os fabricantes dos produtos e serviços, bem como os anunciantes, não determinam a nossa linha editorial ou as nossas opiniões.

Com rigor Esta publicação é criada por profissionais com provas dadas nas áreas jornalismo e da fotografia. E as opiniões expressas nos testes a equipamentos são baseadas em análises rigorosas e objetivas, sempre tendo como base experiências no terreno.

edição digital

A revista OM F está dispon ível em formato di gital para o se u tablet ou smartpho ne. Descarreg ue a app gratuita e tenha a sua revista preferida na ponta dos dedos, sempre!

o fotógrafo Jay Weinstein pede aos seus modelos que posem para duas imagens, uma em estado sério, e outra num estado mais descontraído. A forma como o “antes e depois” destas imagens revela o interior de cada um é uma motivação ótima para fazermos o mesmo com amigos ou familiares.

entre eM contacto connosco! facebook A sua revista de eleição está bem representada na maior das redes sociais na Internet, em www.facebook.com /omundodafotografia. Faça “Gosto” já hoje!

@

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por via digital

Use e abuse do nosso endereço de e-mail: [email protected]. Faça-nos chegar as suas opiniões e sugestões, coloque-nos as suas questões e envie-nos as suas melhores fotografias para os passatempos Olhares e Missão...

fevereiro 2017

por correio

Se prefere a via tradicional, pode continuar a comunicar connosco enviando a sua correspondência pelo correio para: Goody SA – O Mundo da Fotografia, Ptc. Bernardino Machado, Nº 11A, Lumiar, 1450-421 Lisboa.

o Mundo da fotografia

3

FEVEREIRO 142

N E S TA E D I Ç Ã O T O D O O I N C R Í V E L “ U N I V E R S O ” D A F O T O G R A F I A N U M A Ú N I C A R E V I S TA . . .

T E M A D E C A PA

O PODER DO RAW

22

saiba o quão importante o formato RAW pode ser para conseguir atingir os resultados que procura.

08

HOTSHOTS IMAGENS COM IMPACTO

76

Não importa a origem de uma fotografia quando nos faz parar para a contemplar. E é por isso que compilamos nesta seção fotografias que nos fazem parar para ver! 4

O MUNDO DA FOTOGRAFIA

ZOOM OUT MARSEL VAN OOSTEN

Em 2015 foi o Fotógrafo de Viagens do Ano, no entanto, adora a vida selvagem, ainda que admita serem géneros de fotografia com desafios e exigências muito diferentes.

FEVEREIRO 2017

58

IMAGENS AO PORMENOR IDEIAS CRIATIVAS

Por vezes tudo o que precisamos é de um pequeno empurrão para despertar a nossa criatividade e vontade de fazer algo diferente. Inspire-se com estas imagens!

ASSINE JÁ A OMF

AVANCE ATÉ À PÁG. 64!

O MUNDO DA FOTOGRAFIA

Nº 142 n Fevereiro 2017 n Mensal n €4,99

Outros temas na sua nova OMF

08 Hotshots

Contemple algumas das melhores imagens que recebemos este mês e desafie-se a si próprio a fotografar e a fazer-nos chegar os seus melhores registos.

20 Portfólio Nacional

da edição 66 Odemelhor imagem – Parte 13

Nesta edição temos imagens compostas, fotografia de astros, técnicas de dessaturação e até grandes-planos.

Out – 76 Zoom Mascel Van Oosten

Ricardo Oliveira Alves é um reputado fotógrafo de arquitetura português que nos dá dicas preciosas.

Um fotógrafo que gosta tanto de fotografar a vida selvagem como paisagens.

em RAW tem 22 Fotografar muitas vantagens 86 Missão de fevereiro: 112 Na ilha com uma reflex: Branco de inverno

Este mês inquirimos um fotógrafo paisagista e documental.

(Cont.)

EDITOR GOODY, S.A. Sede Social, Edição, Redação e Publicidade: Pct. Bernardino Machado, n.º 11A, Lumiar – 1750-421 Lisboa Tel.: 218 621 530 – Fax: 218 621 540 N.º Contribuinte: 505000555

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO António Nunes (Presidente), Alexandre Nunes, Fernando Vasconcelos, Nuno Catarino, Violante Assude ACCIONISTAS António Nunes (20%), Alexandre Nunes (20%), Fernando Vasconcelos (20%), Nuno Catarino (20%), Violante Assude (20%) DIRETOR GERAL António Nunes MARKETING E DISTRIBUIÇÃO Fernando Vasconcelos LICENSING Nuno Catarino DIRETOR FINANCEIRO Alexandre Nunes CONTABILIDADE Cláudia Pereira APOIO ADMINISTRATIVO Tânia Rodrigues, Catarina Martins DIRETOR Rogério Jardim ([email protected]) CONSULTORA TÉCNICA Joana Clara ESTATUTO EDITORIAL Leia na íntegra em www.goody.pt/pt/estatutos/omf FOTOGRAFIA DE CAPA Chip Philips PUBLICIDADE Carla Pinheiro [email protected] Tel.: 218 621 546 | 939 103 233 Fátima Eiras [email protected] Tel.: 218 621 491 | 937 908 007

Saiba porque, quando fotografa, usar o formato de ficheiro RAW pode fazer a diferença entre uma fotografia banal e uma imagem fantástica.

DIRETOR DE PRODUÇÃO Paulo Oliveira COORDENADOR PRODUÇÃO EXTERNA António Galveia ARTE DE CAPA Vanda Martins, Rui Nave (imagem) PAGINAÇÃO Vanda Martins

32 Olhares de fevereiro As melhores fotografias enviadas pelos nossos leitores.

42 Projetos fotográficos

10 novas ideias para tonar as suas fotografias criativas - de simples gatos pretos a carros de corrida.

114

CD-ROM – EDIÇÃO Rogério Jardim CD-ROM – ARTE DE CAPA Vanda Martins PROGRAMAÇÃO E DESIGN Paulo Santos CD-ROM – PRODUÇÃO/EDIÇÃO DE VÍDEOS Paulo Santos

No CD

Conheça todos os conteúdos extra.

Equipamento fotográfico em teste

94

Nikon D3400

96

Leica M-D (Typ 262)

A Nikon atualiza a sua reflex de entrada de ganha, com aposta forte na partilha de imagens nas redes sociais.

Uma câmara absolutamente singular que o vai deixar apaixonado ou assustado.

102

Objetivas macro

Juntámos 10 objetivas macro e testamo-las ao limite. Descubra qual a solução que melhor se enquadra à sua câmara.

110 Software de edição

Carregar no disparador pode não chegar para conseguir a sua melhor

imagem. Analizámos várias soluções que o vão ajudar a conseguir a foto que tanto procura.

COORDENADOR DE CIRCULAÇÃO Carlos Nunes SERVIÇO DE ASSINANTES E LEITORES Gonçalo Galveia – Tel.: 21 862 15 43 E-mail: [email protected] Site: www.assineagora.pt DISTRIBUIÇÃO DE ASSINATURAS J. M. Toscano, LDA Tel.: 214142909 E-mail: [email protected] Site: www.jmtoscano.com PRÉ-IMPRESSÃO E IMPRESSÃO Sogapal Estrada das Palmeiras, Queluz de Baixo 2745-578 Barcarena DISTRIBUIÇÃO Distrinews II TIRAGEM 11.000 ex. DEPÓSITO LEGAL N.º 226092/05 REGISTO NA E.R.C. N.º 124710 MEMBRO

A Future plc é detentora do título Digital Camera. Todos os artigos traduzidos e/ou adaptados são propriedade da mesma, estando a Goody, S.A. autorizada a reproduzi-los em Portugal. Por favor recicle esta revista quando terminar de a utilizar

OBSERVATÓRIO As mais recentes novidades fotográficas! 1

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O número de pontos de foco subiu de 49 para 225, cabendo a seleção dos mesmo a um novo joystick, junto ao descanso do polegar.

O ecrá tátil tem uma resolução de 1.620.000 pontos, enquanto a ocular eletrónica OLED com 3.680.000 pontos.

5

A GH5 tem um sistema 5-axis Dual IS 2 que, segundo a Panasonic, aumenta em cinco stops a redução de oscilação.

2

A melhoria do AF da GH5 significa ainda que pode fotografar 9 imagens por segundo em foco continuo AFS e 12fps em modo AFS.

N O VA C S C D A PA N A S O N I C

LUMIX GH5

A Panasonix Lumix GH5 é pequena, mas tem grandes ambições NUNCIADA em setembro passado, na exposição Photokina, a nova CSC porta-estandarte da gama Lumix G, da Panasonic, tem chegada prevista para março. A GH5 deverá ser ter várias configurações e preços, sendo que o valor esperado para o corpo deverá rondar os € 2.000, esperando-se depois dois kits, um com objetiva de 12-60mm e outro com objetiva Leica 12-60mm. O sensor da GH5 representa uma subida de 25% na resolução face à GH4, que passa assim dos 16,05MP para 20,3MP. Foi ainda removido o filtro passa-baixo, para que fosse possível

A

6

O MUNDO DA FOTOGRAFIA

captar mais detalhe. Com o objetivo de criar um novo marco na sua gama, a GH5 mantém o melhor que a GH4 tem para oferecer. De acordo com a Panasonic, a estrutura em liga de magnésio vem com vedação à prova de intempéries e de congelamento, até -10°C, e preparada para fazer o obturador funcionar 200 mil vezes. Com o lançamento da GH4 a Panasonic tornou-se a primeira a lançar uma CSC com gravação de vídeo 4K e, apesar da GH5 não ser uma evolução tão grande, tem melhorias percetíveis na qualidade da captura do vídeo. O desempenho mais acelerado do novo sensor (1m7x) e processamento de sinal do novo Venus Engine (até 1,3x) permite gravar 4K em

FEVEREIRO 2017

60p/40p, por exemplo. Outra melhoria significativa desta GH5 vai para o 6K Function, que permite captar uma imagem de 18MP de um vídeo gravado a 30 fotogramas por segundo. No mesmo sentido, também o 4K Photo foi melhorado, o mesmo que dizer que passou a ser possível gerar imagens de 8MP a partir de um vídeo captado a 60 fotogramas por segundo.

O B S E R VA T Ó R I O 2 1

A G9 X Mark II permite agora a partilha de imagens via Wi-Fi e NFC e controlo remoto através da app da Canon.

A nova funcionalidade Auto ND permite ter exposições mais longas, sem correr o risco de sobre-exposição.

C O M PA C TA S C A N O N

COMPACTAS MAIS CAPAZES

A Canon atualiza a sua gama de entrada, com PowerShots e Ixus… AL como a Panasonic, A Canon mantém-se no mundo das compactas, revelado uma seleção de novos modelos para os próximos meses. Disponível a partir de fevereiro por € 500, a G9 vem com um sensor do tipo CMOS, e uma grande-angular de 18mm, zoom ótico de 3x e um corpo retro, com estrutura de alumínio, a pesar apenas 206 gramas. Por isso, partilha, pelo menos à superfície, algo com a sua antecessora. Já no interior, o novo processador Digic 7

T

FAT O R U A U N O S M O D E L O S X

CLUBE GRAFITE Edições especiais dos, já de si especiais, modelos X-Pro 2 e X-T2 LEICA não é propriamente o único fabricante a querer lançar edições especiais, e caras, capazes de, por alguns momentos, desafiarem discernimento dos fotógrafos. A Fujifilm está a entrar em cena com a X-Pro 2 Graphite (€ 2.499) e X-T2 Graphite Silver Edition (€ 1.899). A nova versão da X-T2 vem com acessórios a condizer – uma alça em cabedal, tampa

A

para a sapata em alumínio e flash EF-X8 a condizer – já a edição grafite da X-Pro 2 faz-se acompanhar com uma objetiva de 23mm f/2 e um para-sol na mesma cor. Foi ainda adicionado ao revestimento da X-Pro 2 uma pigmentação preta extra, o que a deixa um pouco mais preta que prateada e, por conseguinte, mais discreta e adaptável à fotografia de rua, ainda que o tenha conseguido sem ter de sacrificar estilo. www.fujifilm.pt

permite disparar em RAW por até 21 vezes, a uma taxa de 8,2fps. Ganhou ainda processamento RAW, Bluetooth, um AF melhor e Dual Sensing Image Stabilization, que acrescentará 3,5 stops à estabilidade. Mesmo novo é um trio composto por: Ixus 190 (€ 180) e 185 (€ 120), as mais finas da gama Ixus, e ainda a ‘superzoom’ PowerShot SX430 IS (€ 260). Todas as novas câmaras fazem imagens de 20MP, vídeo HD a 720 e têm embutido Wi-Fi e Intelligent IS www.canon.pt

3

Tanto a Ixus 190 (primeira da esquerda) e como a SX430 IS permitem “estampar” a data nas suas fotografias.

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O MUNDO DA FOTOGRAFIA

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HOTSHOTS U M A S E L E Ç Ã O D E I M A G E N S FA N TÁ S T I C A S D A V I D A A N I M A L E M Á F R I C A

DEREK BARRETT

© Derek Barrett

MILTON KEYNES, REINO UNIDO “Este ferreiro mostrava-nos como se forjavam correntes antigamente. Parte da conversa ocorreu enquanto forjava, ao fundo da oficina, onde seria impossível fotografar sem flash. Chegou-se depois mais à frente para nos mostrar um enorme martelo de duas pessoas, usado para fazer correntes para navios. Foi nessa altura, em que ele se colocou numa área mais iluminada, que pude fazer esta fotografia. Fiz apenas alguns pequenos ajustes na exposição e contraste, mas apliquei 100% de Clarity para fazer com que a imagem se parecesse com uma pintura e mostrasse a escuridão em que estava a trabalhar.” Equipamento Fujifilm X-Pro1 com objetiva XF 18-55mm a 19.6mm Exposição 1/150 seg. a f/4.5, ISO 400

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O MUNDO DA FOTOGRAFIA

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HOTSHOTS

ENVIE-NOS AS SUAS FOTOS! A sua fotografia pode aparecer aqui! Envie-nos o seu melhor registo para ‘[email protected]’ com o assunto ‘Secção Hotshots da OMF’.

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O MUNDO DA FOTOGRAFIA

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© www.byondhelp.com

HHOOTTSSHHOOTTSS

MARC PACHON VIRGINIA, EUA “Entrei na fotografia para fazer imagens criativas e originais e para treinar os meus dotes (horríveis) de desenhador, mas apaixonei-me pelos desafios da iluminação em estúdio e pela fotografia em si. A bailarina na foto, Caitie Belle Yevoli, tinha uma postura fantástica, pelo que quis criar um fundo e iluminação que resultassem num foco mais sombrio sobre a sua silhueta. Esta imagem, com o cabelo a esvoaçar, foi a minha favorita.” Equipamento Canon EOS 70D Exposição 1/160 seg. a f/4.5, ISO 100 10

O MUNDO DA FOTOGRAFIA

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HOTSHOTS

FEVEREIRO 2017

O MUNDO DA FOTOGRAFIA

© www.evapolak.com

EVA POLAK AUCKLAND, NOVA ZELÂNDIA “Tenho uma parede cheia de musgo no meu Jardim. Com um pouco de imaginação consigo transportar-me para um universo paralelo de cor e formas fantásticas. Posso passar horas a criar paisagens minúsculas; abstratos fantásticos com luz natural, cor e água. O maior desafio é encontrar composições simples e interessantes. O que mais me empolga são as experiências constantes que faço.” Equipamento Nikon D300 com objetiva macro Sigma 50mm e teleconversor 2x Exposição 1/320 seg. a f/2.8, ISO 500 11

HOTSHOTS

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DIG O MIUTN AD L OC A DM A EFROAT O G R SPRING A F I A 2016FEVEREIRO 2017

www.digitalcameraworld.com

HOTSHOTS JOHN CAMPBELL

© www.500px.com/jcampbell_edin

HONG KONG “Tirei esta fotografia no Camboja, numa viagem com a família. Senti-me tentado e dar-lhe um céu mais azul no Photoshop, à semelhança de algumas imagens que já tinha feito nesse dia, mas o contraste das árvores com este fundo criou uma silhueta com maior nitidez. Raramente os fotógrafos expressam o verdadeiro ambiente de quando uma foto é captada, e esta imagem não é exceção, já que a calma que vemos na água disfarça bem que a temperatura estava acima dos 32 graus.” Equipamento Canon EOS 5D Mk III com objetiva Canon EF 70-200mm f/2.8L IS II USM Exposição 1/2.000 seg. a f/5.6, ISO 500

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O MUNDO DA FOTOGRAFIA

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BRIGHTON, REINO UNIDO “Tirei este fotografia quando estava a explorar Angkor Wat, e outros templos nas imediações. Tinha passado o dia a fotografar a cores, a tentar captar a vitalidade das cores, nas folhagens e dos templos em si, mas depois decidi mudar para preto e branco e tentar uma nova perspetiva da área. Esta imagem chamou-me à atenção pela luz e pelo padrão de sombras, provocado por este teto de bambu.” Equipamento Panasonic Lumix G2 com objetiva G Vario 14-42mm f/3.5-5.6 Exposição 1/320 seg. a f/3.5, ISO 100

© www.500px.com/lachcampbell

LACHLAN CAMPBELL

© www.facebook.com/gasparesilveriifotografia

HOTSHOTS

GASPERE SILVERI

ANCONA, ITÁLIA “Esta foto foi tirada no Antelope Canyon, no Arizona, EUA. Foi como visitar o útero da Mãe Natureza… um espetáculo que faz isto é o suficiente para voltar a casa satisfeito. Passei duas horas imerso nesta beleza ancestral, onde a palavra ‘subitamente desapareceu’, dando lugar ao ‘espanto’.” Equipamento Nikon D610 com objetiva Nikon 16-35mm a 16mm Exposição 1 seg. a f/4, ISO 100

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DIG O MIUTN AD L OC A DM A EFROAT O G R SPRING A F I A 2016FEVEREIRO 2017

www.digitalcameraworld.com

HOTSHOTS

HOTSHOTS

FRANCISCO SANTOS BEJA, PORTUGAL “Esta foto foi tirada utilizando a maquina fotográfica Canon 7D Mark II, em conjunto com a objetiva Canon EF 400mm f/5.6 USM, que habitualmente uso neste tipo de fotos. Esta foto surge de um grupo de Facebook, chamado Cantinho da Fotografia.” Equipamento Nikon D300 com objetiva Sigma Canon EF 400 f/5.6 USM a 35mm ExposIção 1/2.000 seg. a f/4, ISO 400

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O MUNDO DA FOTOGRAFIA

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© www.facebook.com/muntazeriabdi.photography

HOTSHOTS

MUNTAZERI ABDI

KABUPATEN KABULONG, INDONÉSIA “Tive sorte em conseguir captar um par de borboletas tão exóticas; pouco depois, nunca mais as consegui ver… Penso que esta foto ficou impressionante. Tive muita sorte...” Equipamento Nikon D300S com objetiva Micro-Nikkor 105mm f/2.8D Exposição 1/125 seg. a f/4, ISO 800

MUNTAZERI ABDI

KABUPATEN KABULONG, INDONÉSIA “O título da imagem é ‘Morning is Amazing”. Queria captar a figura de uma borboleta durante o amanhecer, ainda antes dela começar o seu dia, enquanto gozava o calor do sol matinal e a beleza das gotas de orvalho sobre as ervas.” Equipamento Nikon D300S com objetiva 105mm f/2.8D Exposição 1/320 seg. a f/6.3, ISO 100

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O MUNDO DA FOTOGRAFIA

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PORTFÓLIO

NACIONAL - RICARDO OLIVEIRA ALVES

ARQUITETURA COM VIDA Ricardo Alves Oliveira explica porque é importante saber contornar o conforto e segurança que um um tripé pode dar! NOME:

Ricardo Alves Oliveira

LOCALIZAÇÃO: Lisboa ASSUNTO:

Fotografia de arquitetura

EQUIPAMENTO: Nikon D800E

© Ricardo Alves Oliveira

SITE:

20

www.ricardooliveiraalves.com

Ricardo Oliveira Alves é um fotógrafo português que juntou a paixão pela arquitetura ao seu segundo amor, a fotografia. OEsta mistura de artes faz com que aborde a fotografia de arquitetura com uma alma capaz de captar a “vida” da arquitetura. E é seguindo o mote da arquitetura, mais concretamente a participação de Ricardo na exposição Bienal de Arquitetura de Veneza (o único português em 20 fotógrafos de todo mundo), um conceituado evento de arquitetura, que se realiza desde 1968, que vamos abordar as dificuldades que este tipo de fotografia pode colocar, nomeadamente quando as condições para fotografar não são as melhores. “Como fotógrafo de Arquitetura que sou, no decorrer das minhas viagens, é impossível não visitar projetos de Arquitetura emblemáticos, espaços únicos quer sejam modernos ou clássicos e fotografá-los. Acontece que muitas vezes o tripé, que é algo pesado e pouco amigo de passeios a pé, não nos acompanha. Assim a única solução é a de utilizar a máquina na mão.” E, de facto, estamos habituados a ver imagens de arquitetura que passam a ideia de O MUNDO DA FOTOGRAFIA

grandes planos de preparação, no entanto, se estiver em viagem, nem sempre há tempo ou possibilidade para conseguir fotografar aquele monumento histórico como gostaria, especialmente o seu interior “A luz muitas vezes é pouco homogénea, com gamas dinâmicas muito grandes, zonas muito claras e outras muito escuras mas, no geral, em termos de medição média da luz no espaço, é pouca para se usar a máquina na mão, tendo sempre que se recorrer a um tripé para garantir que a fotografia fica focada.” Sublinha. No entanto, as imagens que vemos nestas páginas foram feitas sem recorrer a tripé, sendo que, para estes casos, o Ricardo refere três variáveis importantes a ter em conta: “ISO, objetivas com boas aberturas e modo silencioso (Q, na Nikon) - além de desligar os avisos sonoros da máquina o espelho só volta ao lugar quando o botão de disparo é solto, fazendo o abrir e fechar do espelho em duas fases, ao invés de um. Isto para além de diminuir o ruído, diminuí também o ‘coice’ da obturação proporcionando ainda obturações focadas a velocidades abaixo dos 1/80.” Rfere. Experimente as dicas do Ricardo e não hesite em enviar-nos os resultados das suas experiências. FEVEREIRO 2017

Escadaria Bramante – Museu do Vaticano Equipamento Nikon D800E, com objetiva Nikon 14-24mm f/2.8 a 14mm; Exposição 1/160 seg. a f/7.1 seg.; ISO 400

Museu etnográfico de Milão (David Chipperfield Architects) Equipamento Nikon D800E, com objetiva Nikon 14-24mm f/2.8 a 14mm Exposição 1/3200 seg. a f/2.8; ISO 400

Panteão de Roma (teto) Equipamento Nikon D800E, com objetiva Nikon 14-24mm f/2.8 a 14mm Exposição : 1/100 seg. a f/7.1; ISO 1.600

Praça de S. Pedro Equipamento Nikon D800E, com objetiva Nikon 14-24mm f/2.8 a 24mm; Exposição 1/250 seg. a f/7.1; ISO 100

Basílica de S. Pedro Equipamento Nikon D800E, com objetiva Nikon 14-24mm f/2.8 a 24mm Exposição 1/160 seg. a f/2.8; ISO 1.600

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O MUNDO DA FOTOGRAFIA

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S TE AN

POTENCIE O PODER D O R AW Saiba como tirar o máximo das suas imagens com o Adobe Camera Raw

D

E certo que já ouviu falar ou leu sobre isto. Mas qual é o mistério desta coisa que se dá pelo nome ‘Raw’? Os ficheiros raw são um tipo de ficheiro de imagem criado pelas câmaras. Contêm muito mais informação sobre cor e tons que o JPEG, o que significa que contêm muito mais detalhe. Por outro lado, se fotografar em JPEG, o ficheiro é processado na própria câmara. Um ficheiro JPEG acabado de sair da câmara parece sempre mais final que um em Raw, que parece insípido, até ser produzido – mas, no JPEG temos menos controlo sobre o que podemos fazer no processo de edição de imagem. Quando fotografamos em Raw, tudo na câmara se mantem tal qual quando fotografamos em JPEG – apenas temos de configurar a câmara para poder gravar os

ficheiros em Raw. Mas, os ficheiros produzidos serão diferentes, que é do que vamos falar. O Lightroom é outra opção popular para editar ficheiros Raw, com ferramentas muito parecidas às do Camera Raw. Todas as alterações que aplicamos num ficheiro raw são gravadas num segundo ficheiro – alterações que se aplicam depois aos JPEG ou TIFF que exportamos a partir do Raw original. E como o ficheiro original mantém-se inalterado no seu computador, podemos usá-lo para vir a produzir mais cópias de grande qualidade. Ou seja, quando usamos ficheiros Raw o potencial de qualidade de imagem é muito maior que no JPEG. Nas próximas páginas vamos mostrar-lhe tudo o que precisa saber para começar…

NESTE ESPECIAL A INTERFACE RAW ........................................................................... 24 RECUPERAÇÃO DE EXPOSIÇÃO .................................................. 26 CORREÇÕES ÓTICAS ...................................................................... 28 PRETO & BRANCO AVANÇADO ................................................... 30 22

O MUNDO DA FOTOGRAFIA

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POTENCIE O PODER DO RAW

ZOOM IN

DE

PO

IS

Uma diferença dramática Com controlos sobre a exposição e conversões para preto-e-branco, assim como correções óticas e de perspetiva, o Adobe Camera Raw conseguiu transformar esta imagem de longa-exposição.

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MAY O M 2016 U N D O DDI G A I TF A O LT OCGARMAEFRI A

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A INTERFACE RAW

Conheça o Camera Raw e comece a fazer ajustes básicos às suas imagens em apenas alguns minutos

AN

TE

S

3 DE PO IS

Para abrir um ficheiro Raw só tem de ir à pasta onde o guardou, no seu computador, e fazer duplo clique, como se fosse um JPEG normal. Isto vai abrir o Photoshop ou o Elements, dependendo do programa que tiver, e depois abrir-se-á a janela Camera Raw..

1

Área da imagem principal

1

A imagem aparece na janela principal. Pode ampliar a imagem com a ferramenta de Zoom, ou via Ctrl/Cmd e no +, para ampliar, ou Ctrl/Cmd e no -, para diminuir. Quando amplia muito a imagem, pode carregar na barra de espaço para ativar a Hand Tool, que permite navegar pela imagem. Se tiver mais do que uma imagem aberta no Camera Raw, tê-las-á listadas à esquerda, lista através da qual pode alternar entre as várias imagens.

2 Gravar a imagem

Quando termina a edição das imagens, pode abri-las diretamente na área de edição do Photoshop ou do Elements, clicando em Open Imagem. Em alternativa pode clicar em Save; onde vai escolher o tipo de ficheiro que quer. Podemos também nomear o ficheiro, redimensioná-lo e definir o espetro de cor – use sRGB para imagens para a Web e Adobe RGB (1998) para impressão.

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O MUNDO DA FOTOGRAFIA

FEVEREIRO 2017

POTENCIE O PODER DO RAW

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ZOOM IN

4 Histograma e separadores

A barra de ferramentas A barra de ferramenta é exatamente isso – o sítio onde pode ativar uma série de ferramentas úteis. Da esquerda para a direita: Zoom Tool, Hand Tool, White Balance Tool, Color Sampler Tool, Targeted Adjustment Tool, Crop Tool, Straighten Tool, Transform Tool, Spot Removal Red Eye Removal, Adjustment Brush, Graduated Filter, Radial Filter, Open Preferences e dois controlos para rotação das imagens.

No topo direito está o histograma. Isto mostra a distribuição de tons, das sombras (à esquerda) às altas luzes (à direita). Por baixo do histograma existem alguns separadores com uma série de controlos. Por defeito, está selecionado o Basic, o que permite fazer ajustes básicos à aparência da imagem. Clique em cada um deles para perceber o que faz.

4

5 Equilíbrio de Brancos

White Balance (equilíbrio de brancos) é o fator que faz com que diferentes tons de luz pareçam neutras, como se produzissem luz branca. Há um menu com presets ou controlos manuais, para adicionar ou remover azul/amarelo e verde/magenta. Para os utilizar arraste os controlos deslizantes Temperature ou Tint na direção oposta à cor que quer neutralizar. Serve também para criar efeitos coloridos criativos.

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6 Adjustment

6

Os controlos deslizantes Adjustment no separador Basic serão os que mais vai usar, especialmente Exposure e Contrast. Shadows e Highlights podem ser usados para recuperar detalhes nestas áreas, enquanto Whites e Black focam-se no brilho das áreas mais claras e escuras da imagem. O Clarity aumenta o contraste dos meios-tons, e o Saturation e Vibrance potenciam as cores. O Vibrance é especialmente útil em retratos.

DICA ÚTIL

7

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7 O que são ficheiros XMP?

Quando exporta um ficheiro RAW, use o JPEG para quando terminar a edição, e TIFF se pretender adicionar layers em edições futuras no Photoshop ou Elements

Quando faz ajustes num ficheiro* Raw, no Camera Raw, o ficheiro da imagem mantém-se inalterado: é criado um ficheiro XMP separado, onde são gravadas as alterações. Quando abrir uma imagem que já foi mexida, as alterações serão carregadas automaticamente pelo ficheiro XMP. *O formato DNG, da Adobe, é uma exceção e grava ele próprio as alterações.

TIPOS DE FICHEIROS RAW As câmaras reflex, CSCs e até algumas compactas permitem fotografar em raw. No entanto, cada fabricante tem o seu póprio formato de ficheiro Raw.

Fabricante

Formato raw

Canon Fujifilm Leica Nikon Olympus Panasonic Pentax Sony

CR2 RAF DNG (Adobe) NEF ORF RAW PEF ARW

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RECUPERAR EXPOSIÇÃO Ninguém acerta sempre na exposição e, nestes casos, o ACR permite corrigir o problema DE PO

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O ficheiro Raw aproveita a amplitude dinâmica do sensor da câmara para gravar grandes quantidades de detalhe, e ainda muito mais informação de cor que um JPEG. Isto significa que se tiver uma imagem com um, dois ou três stops 26

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acima – ou subexposição, terá a possibilidade de salvar a imagem e fazer com que pareça ter a exposição perfeita. Aqui vamos usar uma imagem subexposta porque a recuperação parecerá mais dramática do que com uma imagem

sobreexposta. Mas se quiser usar uma com subexposição, no primeiro passo reduza o Exposure, ao invés de aumentar, e recupere apenas Highlights. Nos outros passos, precisa apenas de reduzir Exposure onde nós aumentamos.

POTENCIE O PODER DO RAW

ZOOM IN

DICA RAW

PASSO-A-PASSO

EDITAR FICHEIROS RAW

Só precisa de quarto passos para melhorar qualquer imagem Raw

No Photoshop CC, em Filter > Camera Raw Filter terá os mesmos controlos que no Adobe Camera Raw com JPEGs – uma boa forma para treinar usando o ACR.

1 Faça ajustes básicos

2 Adicionar um efeito ‘ND grad’

3 Aperfeiçoar ajustes

4 Aplicar correções

Abra a sua imagem subexposta. Assim que abrir a janela ACR, aumente Exposure até o céu lhe parecer correto – rico em cor e com detalhe. Neste caso usamos +1.70 em Exposure. Depois, aumente Contrast para 50%, e arraste o controlo deslizante Highlights para -100 e Shadows para +100, recuperando detalhe nestas duas áreas.

Com a exposição equilibrada, vamos aos pormenores. Aumentamos o Clarity para +40, para potenciar o contraste dos meios-tons e aumentar o detalhe e nitidez. Diminuímos Saturaion para -15, para retirar alguma cor, enquanto Exposure sobe para +1.80. E Blacks descem para -20, para tornar os tons escuros menos deslavados.

Vá à barra de ferramentas e clique no ícone Graduated Filter; é um retângulo com gradação de preto, no topo. Pressione Shift para manter a guia bloqueada, clique perto do topo do chão e arraste para cima. Depois, aumente Exposure com os controlos deslizantes, à direita, para iluminar o chão escuro. Colocámos Exposure em +70.

Amplie a imagem e procure por ruído. Se descobrir grão, clique no separador Detail, representados por dois triângulos. No Noise Redution, arranste Luminante para a direita, até o grão desaparecer. Clique em Lens Correction, e ative Remove Chromatic Aberration e Enable Profile Corrections para compensar erros da objetiva. RAW PROCESSADO

RAW vs JPEG Quando fotografa em JPEG e edita as iamgens no Photoshop ou no Elements, em termos de qualidade de imagem e do quão longe poderá ir na edição, sem que estrague a imagem, está sempre em desvantagem.

No exemplo JPEG, à direita, há mais ruído e a qualidade geral é menos que no Raw. Trabalhar ficheiros Raw exige treino, mas assim que perceber os controlos conseguirá produzir imagens com maior qualidade. JPEG NORMAL

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DICA RAW

Mesmo quando fotografa em Raw, a imagem que vê no ecrã LCD é um JPEG criado pela câmara, apenas para efeitos de pré-visualização.

PROCESSED

ORIGINAL

CORREÇÕES ÓTICAS

Ferramentas rápidas e fáceis de usar que vão corrigir problemas de qualidade criada pela sua objetiva O Adobe Camera Raw está recheado de ferramentas criadas especificamente para lhe dar o que precisa para tornar as suas imagens as melhores possíveis. Tudo o que tem de saber é onde encontrá-las. Ao usar o Lens Correction pode 28

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remover distorções causadas pelas objetivas e com a ferramenta Transform pode corrigir distorções na perspetiva, criada pela distância focal escolhida. Vamos dar uma olhadela por ferramentas de correção mais localizadas.

Estas incluem Adjustment Brush, Graduated Filter e Radial Filter. Podem afetar uma grande quantidade de configurações em áreas específicas da imagem, ao invés de alterar toda a imagem. Dominar estas ferramentas vai mudar a forma como edita imagens.

POTENCIE O PODER DO RAW

ZOOM IN

DISTORÇÃO MANUAL

COMO CORRIGIR DISTORÇÕES Use Lens Corrections e a ferramenta Transform para corrigir problemas de perspetiva na sua imagem e torná-la perfeita. A não ser que tenha excelentes objetivas, terá sempre algum tipo de distorção nas suas imagens. A distorção de “barril” é quando a imagem parece inchar em direção à ocular, ao contrário da distorção de “almofada”, em que a imagem parece ser sugada em direção ao extremo frontal da objetiva. Depois há a distorção de perspetiva, que surge por a câmara não estar 100% perpendicular ao assunto, fazendo com que linhas horizontais e verticais pareçam convergir.

Para ir ao Lens Corrections, clique no separador com o mesmo nome e ative Enable Profile Corrections. Caso a sua objetiva esteja na base de dados o perfil será localizado e as correções aplicadas. Se não, clique em Manual e use os controlos deslizantes manualmente. Selecione a ferramenta Transforme. Quando o painel se abrir, por baixo da palavra Upright, clique em Guided. Agora clique a arraste as guias de forma a seguir as linhas orientadoras do assunto. As correções estarão então então feitas.

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USE FERRAMENTAS DE PRECISÃO

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TENHA MAIOR CONTROLO

DISTORÇÃO PRÉ-DEFINIDA

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1 Graduated Filter & Radial Filter

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Como definir a área que quer ajustar

Com o Graduated Filter pode aplicar um versão efeito-linear das opções do Basic, assim como configurações como o Sharpening. Se ativar o Mask, surge uma máscara vermelha que mostra onde o filtro será aplicado. O Radial Filter cria um efeito elítico semelhante.

2 Adjustment Brush

Com o Adjustment Brush pode pintar uma área específica da imagem. Ative o Mask para ter uma noção do que está a pintar. Agora, tudo o que precisa fazer é usar so controlos deslizantes do Adjustment para poder alterar a área afetada. FEVEREIRO 2017

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P&B AVANÇADO

Tenha mais controlo para conseguir as melhores conversões para preto-e-branco O preto-e-branco é um clássico que nunca saiu de moda, e ainda é um dos géneros de fotografia mais populares, mesmo na era digital. Mas, sobre este processo, há duas escolas: os que defendem que a imagem deve ser primeiro processada a

1

Fazer ajustes básicos O primeiro passo inclui fazer alguns ajustes básicos, de forma a que comecemos já com uma boa imagem. Defina Exposure para ter algum brilho; aqui optamos por +40. Depois, aumente Contrast, mas vá mais além do que iria normalmente. Nós fomos até +70: +50 seria suficiente se mantivéssemos a foto com uma só cor. Por fim, recupere Highlights Shadows.

cores, e só depois convertida para preto-e-branco no Photoshop. Outros dizem que é melhor fazer tudo no ACR – e nós concordamos. O bom de fazer esta conversão em Raw é que, assim que criamos a escala de cinzentos da

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Converter para Grayscale Clique no separador Convert To Grayscale, depois ative o Convert To Grayscale. A imagem fica mono. Verá em baixo os controlos deslizantes dos oito grupos de cores – estes controlam a conversão para mono. Ao arrastar os controlos escurecerá ou iluminará um grupo de cores. Iluminamos o vestido azul da modelo mexendo nos azuis, e escurecemos os lábios, alterando os vermelhos.

imagem, podemos tirar partir de oito grupos de cor. Com os controlos deslizantes, podemos controlar individualmente a conversão de cada cor. É um controlo poderoso e criativo que vai mudar a forma como converte para mono.

3

Use o Tone Curve Por fim, a imagem precisa de contraste, por isso clique em Tone Curve, perto do separador Basic. As Curves funcionam quase da mesma forma que no Photoshop: podemos criar pontos manualmente para fazer ajustes. Usamos o menu, perto de Curve, para escolher o preset Strong Contrast, que cria uma curva em S, que, se necessário, pode ser ajustada manualmente.

PORQUÊ CONVERTER EM RAW? Deverá estar a pensar, “porquê converter no ACR quando o Photoshop tem o Black & White Adjustment Layer, que tem os mesmos controlos?”

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Tudo se resume a trabalhar com a informação extra dos ficheiros raw. Quando converte no Camera Raw, tipicamente terá menos ruído ao puxar pela conversão para

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mono dos grupos de cores. Mas, mesmo no ACR, tenha cuidado com o ruído, quando escurecer os azuis – a cor mais ruidosa das imagens RGB.

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DICA RAW

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Quando começa a fotografar em raw, deifna a câmara para graver Raw + JPEG Fine. Desta maneira terá o melhor de dois mundos, o que é bom para começar.

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LEITORES

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OLHARES

FEVEREIRO

Demore o olhar nos melhores registos fotográficos enviados pelos leitores da OMF e encontre inspiração para dar asas à sua veia mais criativa.

MENSALMENTE os leitores da revista O Mundo da Fotografia são contemplados com apelativos prémios em resposta aos desafios que lançamos em cada edição. No passatempo Olhares deste mês, o leitor Gilberto Pereira foi eleito 1º classificado e receberá uma alça GGS Fotospeed F1s (€ 64,90). Já o leitor Rui Horta, 2º classificado, será premiado com um cartão Sandisk Extreme Pro SDHC 32GB 95MB/s (€ 29,90), ofertas da Hi-tech Wonder. PARTICIPE TAMBÉM E GANHE PRÉMIOS! 1º P R É M I O

2º P R É M I O

Envie as suas fotos para ‘[email protected]’. Regras de participação no CD que encontra na pág. 114. 1

GILBERTO PEREIRA CORUJA DO NABAL Equipamento Canon 5D Mark III a 400mm Abertura f/9 Exposição 1/200 seg. Sensibilidade ISO 400

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RUI HORTA

SANDRO PORTO

MANUEL ADREGA

BLUE

IGREJA DE DOM BOSCO, BRASÍLIA

TO INFINITY

Equipamento Canon 70D a 50 mm Abertura f/1,8 Exposição 1/125 seg. Sensibilidade ISO 500

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Equipamento Nikon D3000 a 18mm Abertura f/3.5 Exposição 1/30 seg. Sensibilidade ISO 200

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Equipamento Canon 80D a 10mm Abertura f/11 Exposição 20 seg. Sensibilidade ISO 100

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JORGE ROSA

FRANCISCO DORDIO

ANTÓNIO COELHO

PRAIA DE QUIAIOS

CORES DE OUTONO

LIMONADA

Equipamento Nikon 750D a 16mm Abertura f/13 Exposição 30 seg. Sensibilidade ISO 100

Equipamento Nikon 400D a 29mm Abertura f/4.5 Exposição 1/1.000 seg. Sensibilidade ISO 400

Equipamento Nikon D7100 a 62mm Abertura f/5.6 Exposição 1/60 seg. Sensibilidade ISO 200

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PAULO TAINHA

PEDRO TAVARES

FERNANDO MELO

FLAMING SKY

O ÚLTIMO PÔR-DO-SOL

INTIMIDADES

Equipamento Nikon 450D a 50mm Abertura f/22 Exposição 2,5 seg. Sensibilidade ISO 100

Equipamento Nikon D5300 a 18mm Abertura f/18 Exposição 1/15 seg. Sensibilidade ISO 100

Equipamento Canon EOS 500D a 28mm Abertura f/7.1 Exposição 1/100 seg. Sensibilidade ISO 250

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MIGUEL MARTINS LIGHT ME UP Equipamento Nikon D3300 a 55mm Abertura f/5.6 Exposição 1/640 seg. Sensibilidade ISO 400

PARTICIPE, ENVIE-NOS AS SUAS FOTOGRAFIAS! Participe já no passatempo Olhares da edição de março da revista OMF! Utilize o e-mail ‘[email protected]’ e siga as regras de participação que encontra no CD da revista. Habilite-se a ganhar uma assinatura anual (€ 59,88) ou semestral (€ 29,94) da O Mundo da Fotografia. Serão premiados o 1º e 2º classificados deste passatempo, respetivamente.

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PRÉMIOS 1º A S S I N A T U R A 1 ANO OMF 2º A S S I N A T U R A SEMESTRAL

f O t O g r a fa r

f O t O g r a fa r diCaS E truQuES EfiCaZES E tÉCniCaS PrÁtiCaS, CriatiVaS E PrOfiSSiOnaiS. EStÁ PrEParadO?

PrOJEtOS E idEiaS fOtOgrÁfiCaS! 42 10 ideias para criar fotografias de que se vai orgulhar e gabar!

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técnicas básicas saiba tudo sobre...

...aberrações óticas. Sim, porque não chega preocupar-se com as configurações da câmara, enquadramento e luz.

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imagens ao pormenor técnicas práticas

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Por vezes, cruzar dois mundos muito diferentes numa fotografia é suficiente para criar uma imagem única.

experiência de trabalho fotografia abstrata

Falámos com um fotógrafo que oferece os seus serviços em troca de estadia, alimentação e transporte.

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O MundO da fOtOgrafia

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PROJETOS FOTOGRÁFICOS 10 novas ideias que vão tonar as suas fotografias mais criativas - de carros rápidos a gatos pretos

PROJETO 1

Imagem vinda do céu

Adote uma perspetiva aérea para conseguir paisagens únicas OUTONO e o inverno são alturas ótimas para conseguir boas fotografias de exterior! Existem muitas formas de captar as mudanças das estações, mas alguma vez pensou na fotografia aérea? Foi precisamente isso que Kacper Kowalski fez no seu projeto ‘Side Effects’. Todas as imagens deste projeto foram captadas na Polónia, a sua terra natal. Focam-se numa relação complicada entre humanos e natureza, sob o ponto de vista de um pássaro. O seu trabalho tem sido exibido um pouco por todo o mundo, tendo ganho já inúmeros prémios. Há muitas formas de levar a sua câmara até ao céu: uma das opções é usar um drone, por exemplo. Kacper prefere não confiar neste método: cada imagem que captou veio de um parapente ou giroplano, alguns a 150 metros de altura. (Nesta imagem, conseguimos vê-lo no reflexo na água.) Usar um parapente permite a Kacper ligar-se ao seu assunto. Ele diz que a câmara nunca está ligada a um comando remoto: está sempre na sua mão. 42

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© Kacper Kowalski/Panos

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PROJETOS FOTOGRÁFICOS

PROJETO 2

© Richard Pardon

Fotografia automóvel, diferente... Melhore a sua fotografia “ao volante”!

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como esta, Richard aconselha que treine o seu ‘panning’ até conseguir resultados satisfatórios. “Opte por um modo de foco continuo, e comece com velocidades de obturação de 1/100 seg. (até

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Tente esta configuração 00 2

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nos EUA, casa das famosas 500 Milhas de Indianápolis, entre outros eventos. Mas esta imagem tem bem mais para contar do que estar simplesmente na pista. “Ambas as imagens foram captadas com câmaras acopladas aos carros,” diz Richard. “Com aberturas amplas, o carro move-se, criando a sensação de velocidade, com o fundo desfocado, enquanto o ponto central (o carro e o piloto) se mantêm focados.” Se for difícil para si conseguir uma composição

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ICHARD Pardon sabe umas coisas sobre fotografia automóvel. “Se está a fotografar carros parados, experimente virar o seu polarizador circular e veja como mudam os reflexos pela chapa do carro,” revela. “Para começar, tento eliminar os reflexos no para-brisas para poder ver o piloto. Isto confere maior contrate às imagens; se não tiver um carro não o posso fotografar!” Estas imagens foram captadas durante no Indianapolis Motor Speedway,

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chegar a algo como 1/30 seg.), sempre a disparar, enquanto mantém o ponto de foco no carro. Isto fará com que o fundo fique desfocando, criando a sensação de velocidade.”

ESDE a chegada da fotografia digital, smartphones e redes sociais que nunca houve tantas pessoas a tirar fotografias e a partilhá-las. Já alguma vez parou para observar e até documentar este fenómeno? Foi isso que fez o editor da revista inglesa Digital Camera, Ben Brian, quando esteve no Japão. “Quando visitei os principais pontos turísticos, percebi a forma como as pessoas se comportam e

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PROJETO 3

© Ben Brain

Fotografe o fotógrafo Está num sítio turístico? Fotografe as pessoas a fotografar!

FEVEREIRO 2017

documentam as suas experiências, mais interessantes que os sítios em si,” diz. “Quando voltei a casa converti as imagens para preto e branco e editei-as em grelha, no Photoshop, para conseguir este efeito final.” Se pretende fazer algo parecido, vá até um sítio mais popular entre turistas. Quantas mais pessoas existiram, mais poderá fazer – mas atenção, para ter boas imagens convém que não dê nas vistas na hora de fotografar as suas vítimas.

O MUNDO DA FOTOGRAFIA

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© Zoran Milutinovic

PROJETOS FOTOGRÁFICOS

PROJETO 4

Foto felina! Desafie-se a conseguir fotografar um gato preto ORAN Milutinovic gosta tanto de gatos que fez carreira a fotografá-los. “Mas fotografar gatos pode

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ser extremamente difícil,” diz. “A probabilidade de o gato fazer o que se quer é de 50/50! Para conseguir a foto perfeita, temos de estar

preparados para ir a locais estranhos, rolar pela relva, subir árvores e apanhar teias de aranha.” Sempre que possível, Zoran prefere usar luz natural, até porque sabe que para conseguir a foto tem de estar um passo à frente dos próprios gatos. “Joguem com a curiosidade do gato para captar a sua atenção,” aconselha. “Os gatos têm personalidades muito diferentes, e todos reagem de

forma diferente a estímulos similares. Mas se há algo que têm em comum é a sua curiosidade natural. Use-a: chame-os à atenção estalando os dedos, amarrotando papel ou atirando-lhes pedrinhas.” Os gatos pretos são sempre muito misteriosos, como acontece com a imagem de Zoram, em cima. “Os gatos pretos são mais complicados de fotografar,” refere. “Tem de tomar atenção à luz, fundo e composição da imagem.”

PROJETO 5

Um retrato assustador ASCARAR-SE pode ser realmente divertido – por isso, aproveite o que o carnaval lhe pode dar! Claire Gillo sugere que comece a planear a fotografia pelo local onde fará a sua imagem. “Encontrei um edifício abandonante no meio de uma mata. As paredes de pedra, a cair aos bocados, criaram um cenário perfeito para o meu retrato.”

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O MUNDO DA FOTOGRAFIA

Para iluminar a imagem, usou dois flash externos. “O primeiro estava colocado por trás do modelo, de forma a criar uma sombra exagerada na parece, e o segundo estava ao lado.” Claire usou o Photoshop para dessaturar a cena, tendo por fim adicionado um nevoeiro, para criar ambiente. Claro que se tiver uma máquina de fumo, será mais fácil captá-lo com a câmara. FEVEREIRO 2017

© Claire Gillo

Seja dramático na hora de fazer um retrato

© Guillaume Rio

ARIS, casa de Guillaume Rio, está cheia de edifícios fabulosos, o que é ótimo para um fotógrafo de arquitetura. O seu estilo distinto e abordagem criativa fazem com que as suas imagens se destaquem entre a multidão. A inspiração de Guillaume pela fotografia de arquitetura surge de várias formas diferentes, incluindo filosofia e arquitetura. Na verdade, só teve uma câmara depois do seu trigésimo aniversário, mas desde então que não mais a

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Cidade em abstrato Aborde a cidade de uma forma diferente

Distorção Quando fotografamos com objetivas grandes-angulares, é bem provável que tenhamso distorção. Até certo ponto é possível corrigir no Camera Raw, na opção Lens Correction > Manual. Um dos ajustes mais úteis é o Distortion.

PROJETO 7

Fotografe a fungo Vá à mata fotografar cogumelos, mas prepare-se com estas dicas EMPRE que puder, aproveite as oportunidades que o outuno e o inverno lhe dão para passear pela mata e conseguir captar boas imagens de cogumelos. “Há cogumelos de todas as formas e feitios,” diz Alison Linton, autora de Field Guide to the Mushrooms of Britain and Europe. “Alguns são difíceis de ver ao olho nu e podem ser tão pequenos quanto a cabeça de um fósforo. Outros são tão grandes quanto um prato!” Alison sugere o cogumelo ostra como uma espécie a ter em conta, assim como o Caprino Cabeludo: “Há que explorar uma

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© Alison Linton

PROJETO 6

largou. Guillaume percebeu que as cores complementares vívidas, neste cenário, na cidade de Munique, dariam uma boa imagem. Refere que as cidades em crescimento acelerado são boas para este tipo de fotos. Para encontrar assuntos ao estilo de Guillaume, há que reservar algum tempo para pesquisar e explorar. Guillaume procura uma série de diferentes elementos e inspira-se nas cores, formas, simetrias e na própria atmosfera do local. www.vertigooo.com

série de habitats naturais para os cogumelos, como é o caso dos troncos de árvores velhas ou áreas relvadas. Convém ainda usar roupa quente e calças impermeáveis, as melhores fotografias são geralmente feitas de joelhos, para estarmos ao mesmo nível dos cogumelos. Por vezes a única forma de conseguir uma boa imagem envolve mesmo deitar-nos.” Não tenha receio em sair de casa, devidamente preparado, à caça de cogumelos, vai ver que consegue imagens de que se vai orgulhar. www.fungiworld.co.uk FEVEREIRO 2017

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PROJETOS FOTOGRÁFICOS

PROJETO 8

Faça fotos de produtos

ÃO é preciso ter um estúdio para fazer fotos com aspeto profissional, refere Cristian Serrano. “O equipamento não é tudo – um cenário simples pode ser suficiente. Para esta imagem usei uma Nikon D3100, uma objetiva de kit de 18-55mm, dois flashes, com difusores laterais, e uma caixa de luz por cima.” Para fazer o leite azul, Cristian limitou-se a usar corante e para evitar que

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© Cristian Serrano

O inverno convida a ficar em casa, por isso, experimenta fotografar produtos… o leite salpicasse a superfície colocou o relógio num suporte. Esta imagem tem sido um sucesso para Cristian: na verdade, iniciou a carreira com a fotografia de produtos. “Em 2014 submeti uma imagem, num concurso de fotografia organizado por uma empresa chamada Flex Watches. Não só ganhei o concurso, como recebi um telefonema do cofundador a perguntar se estaria interessado a captar FEVEREIRO 2017

mais fotografia para eles. Enviaram-me mais de 50 relógios, óculos de sol e chapéus. “Dois dias depois recebi um telefona do fundador da Yes Man Watches a perguntar se queria fotografar alguns relógios e óculos de sol! Como nunca tinha feito fotografia de produtos para utilização comercial, não sabia por onde começar. Mas tirei algumas fotos e eles adoraram. Desde

então tenho melhorado a minha fotografia e tentado ser mais criativo.” Quando se procura por bons resultados, Cristian sugere que não se perca a esperança. “Conseguir a foto certa pode demorar horas. E como as limpezas são chatas, tentem fotografar num local que possam sujar e não estrague o equipamento.” www.behance.net/ csphotograph

PROJETO 9

Mude aquele semblante sério Jay Weinstein limitou-se a pedir às pessoas para sorrir... próximo projeto.” Jay faz várias abordagens aos seus assuntos, ainda que o objetivo final para os seus retratos seja o mesmo. “Procuro duas imagens onde se mexam o mínimo possível, olhem para a câmara e mudem de expressão. Para mim é mais importante fazer imagens de que eu e quem fotografo se orgulhe do que criar imagens que não são reais.” Mas sorriem sempre? “Não me lembro de alguém dizer ‘não’,” refere, “Mas há quem não sorria ou sorria muito pouco. Agradeço-lhes, mostro as fotos e sigo em frente.” www.facebook.com/ soiaskedthemtosmile

© Jay Weinstein

AY Weinstein iniciou o projeto ‘So I Asked Them To Smile’ em 2013. “Estava numa viagem fotográfica a Kinaek, nos desertos de Rajasthan, Índia.” diz. “Perto da estação vi um homem que queria fotografar, mas senti-me intimidado pelo aparência e olhar carregado. Acabei por o evitar e fotografar outras pessoas - até que ouvi, num tom jovial, ‘tire-me uma fotografia também!’. Já com o foco feito, disse: ‘sorria.’ Ele transformou-se. A face irradiou afeto, os olhos brilhavam com um humor que não tinha imaginado. Soube nesse momento o que seria o meu

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© Claire Gillo

PROJETOS FOTOGRÁFICOS

PROJETO 10

Faça três abordagens diferentes ao mesmo assunto Transforme o ordinário em extraordinário! QUI está um exercício simples e criativo para ajudar a melhorar a sua fotografia: faças três imagens do mesmo local, mas de ângulos diferentes. Claire Gillo captou estas três imagens por baixo de um caminho de ferro, junto à cidade britânica de Bath. “Às vezes não são os locais mais turísticos a criar as melhores imagens,” diz. “O banal pode ser muito bonito – e onde menos esperamos. Adoro caminhar por estes sítios desertos e ‘feios’ à procura de imagens únicas.” Para que as três imagens tenham coerência, há que encontrar uma ligação visual,

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que seja proeminente em cada foto. Nesta sequência, por exemplo, o tema comum é a porta vermelha. “Ajuda também fotografar com a mesma orientação nas três imagens –vertical ou horizontal – para que seja fácil editá-las em conjunto,” aconselha, “Tenha em conta a ordem como apresenta as suas imagens e experimente diferentes abordagens até ter algo que o deixe satisfeito. Quanto mais criativo e dinâmico for a fotografar, melhor será o resultado final das três imagens. Procure ângulos alternativos, pense sobre a composição – e mais importante, divirta-se!” FEVEREIRO 2017

TÉCNICAS BÁSICAS SAIBA COMO MANTER AS SUAS IMAGENS DEFINIDAS.

E ST E M Ê S : A B E R R AÇ Õ E S ÓT I C A S Saiba como os fabricantes lidam com os problemas óticos e como pode melhorar as imagens utilizando algumas ferramentas de correção

OJE em dia as objetivas são boas a corrigir aberrações óticas. A qualidade dos elementos óticos, com multicamadas, significa que mesmo teleobjetivas, de design mais complexo, podem criar imagens limpas e nítidas. Mas isso não significa que sejam perfeitas. A aberração cromática continua a contagiar fotografias digitais. Este fenómeno é semelhante a vermos uma luz passar por um prisma, onde vemos a separação dos comprimentos de onda de luz. Numa imagem digital, isto manifesta-se através de uma auréola colorida, em torno de objetos de grande contraste, o que faz com que as imagens pareçam menos nítidas. Objetivas mais avançadas usam elementos de baixa-dispersão, que reduzem o grau de dispersão. Algo que não existe nas objetivas mais baratas, sendo necessárias maiores correções durante a edição. Outro problema comum é a vinhetagem, escurecimento dos cantos das imagens. É mais proeminente em grandes-angulares rápidas, nas suas aberturas máximas. Isto acontece porque a abertura é tão grande que acaba por apanhar parte da

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O MUNDO DA FOTOGRAFIA

Antes

Esta imagem é um bom exemplo de quando apontamos uma grande-agular para um fundo muito brilhante, com uma abertura ampla e muito contraste. As aberrações cromáticas, ou franjamento, surgem em torno dos ramos, próximo dos extremos da imagem, e os cantos estão mais escuros.

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Depois

Muitos dos problemas são fáceis de resolver na edição, mas podem só ser visíveis se ampliarmos a imagem até 100%. Neste exemplo, usamos um automatismo para a remoção de aberração cromática e corrigimos manualmente os cantos mais escuros, usando as ferramentas do ACR.

ABERRAÇÕES ÓTICAS

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T I P O S D E A B E R R AÇ Õ E S ÓT I C A S Problemas óticos comuns e como os fabricantes os encaram 1

Reflexos

São causados pelos reflexos nas superfícies das óticas das objetivas, algo que é combatido com revestimentos que reduzem os reflexos e melhoram a transmissão de luz. A Nikon usa Super Integrated Coating e a Canon, Super Spectra Coating.

2

Vinhetagem

Os cantos escurecidos geralmente surgem em objetivas com aberturas máximas elevadas. Pode tentar evitar isto diminuindo um pouco a abertura ou então fazendo correções na edição em programas para o efeito, como o Lightroom.

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Aberração esférica

As objetivas esféricas são desenhadas para corrigir este problema, que ocorre quando a luz passa por uma objetiva normal. Os raios de luz são mais deformados nos extremos que no centro da imagem, o que resulta em suavidade na imagem.

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Aberração de cor

Por norma, os fabricantes incluem um ou mais elementos de ‘baixa dispersão’ para reduzir este fenómeno (em baixo). Vêm com nomes e intensidades diferentes, como SLD (Special Low Dispersion) e ED (Extra-low Dispersion).

Aberração cromática

O que é aquele arco-íris no canto da imagem?

A ABERRAÇÃO cromática (AC) pode surgir como ‘franjamento’ quando o sensor foca diferentes comprimentos de onda de luz em vários pontos. Existem dois

tipos: longitudinal (ou axial) e lateral (ou transversal). Com uma abertura pequena, podemos remover AC axial; a AC transversal só pode ser removida digitalmente.

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F O T O G R A FA R

ABERRAÇÕES ÓTICAS

CORREÇÕES NA CÂMARA Câmaras mais avançadas permitem reduzir franjamento, vinhetagem e distorções

PODE limpar as suas fotografias na edição, mas muitas câmaras permitem aplicar algumas correções digitais no momento. Mas, para que possa aplicar corrções, oderá ter de carregar informação da objetiva para a câmara (leia o manual), dado que cada objetiva exige diferentes graus de correção em diferentes parâmetros. Pode fazer correções na câmara em ficheiros Raw, mas serão sempre básicos e não lhe darão o mesmo nível de controlo que um software de edição. Se fotografar em Raw, softwares como o Lightroom não vão reconhecer as correções feitas na câmara, ao contrário do que acontece com o software da marca da máquina.

Três pontos a saber na correção de imagens

APENAS JPEGS Se fotografar em raw, só o JPEG de pré-visualização manterá as correções que aplicou, ao contrário do ficheiro em Raw.

própria objetiva. Reduzir a abertura ajuda a diminuir este efeito, tal como a solução mais criativa, e comum, de manter algumas sombras nos cantos especialmente em retratos, por ajudar a manter a atenção focada no centro da imagem. A vinhetagem também pode ser causada pela acumulação de filtros ou utilização incorreta de um para-sol, o que é fácil de resolver. O para-sol é importante para reduzir efeitos fantasmas e reflexos. Se fotografarmos com luzes brilhantes, ou luz 54

O MUNDO DA FOTOGRAFIA

CANTOS CLAROS Ainda que possa corrigir a iluminação periférica (cantos escuros, basicamente), não poderá corrigir vinhetagem criada por filtros ou para-sol.

frontal, vamos acabar por ter imagens com efeitos de fantasma, problemas de contraste ou até pontos poligonais. Formas de resolver este tipo de problemas incluem usar um para-sol ou até a própria mão, para impedir a entrada de luz direta na objetiva. Se tem problemas com a aberração cromática, vinhetagem ou outros, existem formas de os resolver digitalmente. Recomendamos fotografar em Raw, já que assim terá muito mais informação para trabalhar no processo de edição.

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DAR MARGEM DE ERRO Se pretende fazer correções, dê margem na captação da imagem porque pode ter depois de a recortar durante as correções.

“Problemas como aberração cromática ou vinhetagem podem ser corrigidos digitalmente”

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ABERRAÇÕES ÓTICAS

CORREÇÕES POR SOFTWARE Podemos resolver aberrações óticas durante o processo de edição de ficheiros Raw 1

3

Escolher Software Aqui estamos a usar o Adobe Camera Raw, mas o Lightroom tem ferramentas parecidas. Deve aplicar as correções ainda em Raw, por ter a melhor qualidade possível.

Correções óticas Com pode ver no tema de capa deste mês, pode remover distorções da objetiva ao mesmo tempo que lida com aberrações cromáticas e vinhetagem.

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4

Zoom in Amplie a imagem para ver melhor aberrações cromáticas. Procure-as ao longo dos limites da imagem, especialmente onde existir maior contraste, como árvore sobre o céu.

Auto vs Manual Pode simplesmente ativar uma funcionalidade num dado software para remover aberrações cromáticas, mas ficará sem as opções de um controlo manual (em baixo).

A ABERRAÇÃO cromática é um problema relativamente fácil de resolver com software como o Photoshop CC. Terá mais opções se trabalhar com ficheiros Raw no Adobe Camera Raw. Também pode abrir JPEG

Lidar com o franjamento Ainda ficou roxo e verde na imagem? Tente os controlos manuais

no Camera Raw, mas não poderá aplicar as mesmas correções automáticas, terá de confiar no controlo manual dos contrlos deslizantes no painel Lens Corrections. Trabalhar com ficheiros Raw torna

1

Roxo e verde Com os controlos deslizantes a zero, o franjamento do roxo (à direita) e verde (esquerda)

todos os processos automáticos muito mais eficazes. Usar os controlos manuais permite gerir melhor os restos de púrpura e verde que, em muitos casos, insistem a não desaparecer da imagem com grande facilidade.

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3

Limpar roxo Costuma chegar ter os controlos deslizantes a 2 ou 3, mas os verdes continuam presentes em valores superiores.

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Expandir a gama Usar os controlos deslizantes por baixo para expandir a gama de cores remove os restos de verdes.

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FO O IM TO P A S O G QU R E EF M N UN E S CI NO ON AM R !

#1

RASTOS DE GLÓRIA Como criar fantásticos rastos de luz numa paisagem CHIP Phillips captou esta foto, que mostra quão dramática se pode tornar se adicionarmos um elemento extra a uma paisagem já de si muito apelativa. Chip iniciou-se no mundo da fotografia em 2006, quando recebeu do pai a sua velhinha reflex, de filme, uma Pentax Spotmatic. Desde então ficou viciado e rapidamente se lançou no digital. Como sempre gostou da natureza, naturalmente centrou-se 56

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na fotografia paisagista. É possível ver algumas das suas imagens em vários livros e revistas, que inclui National Geographic, Popular Photography, Imaging, Digital Photography e até na nossa O Mundo da Fotografia. Em 2009, Chip ganhou alguns prémios em terras de sua majestade, sempre dentro da categoria da fotografia paisagista. Chip é ainda membro fundador do Photocascadia, um grupo com alguns dos melhores fotógrafos paisagistas no noroeste do Pacífico, no Estados Unidos. “Fiz esta imagem cerca de 30

minutos antes do nascer do sol, na costa do Oregon, na pequena cidade de Pistol River,” explica. “Os rastos de luz dos carros foram captados com um tempo de exposição muito longo para o primeiro plano, e depois misturados com uma imagem do céu captada no mesmo local exato, mas alguns minutos depois, quando a começou a surgir a cor. “Para a combinação das imagens usei máscaras de luminosidade, no Photoshop. Já os ficheiros Raw foram trabalhados no Lightroom.” chipphillipsphotography.com

© Chip Phillips

Rastos de luz 1 Chip usou uma 5D Mark II para fazer esta imagem, com uma teleobjetiva Canon 70-200mm f/4, um polarizador B+W e um tripé Gitzo 3 com uma cabeça Markins. “Cheguei cedo para apanhar a primeira luz, e tirei algumas fotos para preparar a composição. Notei como os rastos de luz enfatizavam a linha costeira. As primeiras fotos foram as minhas favoritas.” 2 Esta imagem funciona muito bem. Atrai para si os nossos olhos.

1 3

“Sabia que a estrada faria um desenho bonito ao longo da costa, com as ondas sobre a areia. Foi isto que me atraiu para a composição. Os ratos de luz foram uma surpresa agradável e dão mais destaque à costa.” 3 Para ter uma boa exposição, usou uma distância focal de 70mm. “A abertura foi de f/13 e mantive o ISO a 100 para evitar ruído a ajudar na exposição (71 seg. para o céu e 81 para o fundo).”

2

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IMAGENS AO PORMENOR

© GF Williams

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#2

O CARRO É A ESTRELA Pintar com luz para destacar um carro GEORGE F Williams é um talentoso jovem fotógrafo que trabalha com uma grande variedade de clientes. Esta bonita imagem do desportivo Audi RS6 foi captada para a construtura alemã com o propósito de ser usada numa campanha publicitária. George esteve uma semana com o carro, apesar de geralmente ter bem menos tempo para fotograr. As condições de luz não eram boas, com muitas luzes colorias nas imediações, pelo que ter uma luz de modelação quente ajudou,” explica. “Permitiu-me conjugar tudo muito bem durante a fase de edição.” www.gfwilliams.net 58

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2 3

Pintar com luz 1 A imagem foi captada com uma Nikon D880, (objetiva Nikkor 24-70mm a 50mm e com f/4). “A imagem é constituída por cinco exposições, todas com cerca de oito segundos, para poder pintar o carro com luz, através de uma luz de modelação no meu Profoto B1 e de uma caixa de luz.” 2 As condições eram difíceis. “Havia muitas cores, provenientes de diferentes tipos de luzes. A vista para a cidade era boa, mas a luzes de rua eram todas laranja, mesmo depois de as tornar o mais frias possível no Adobe Camera Raw. Depois,

a iluminação tinha uma cor diferente. Queria pintar com luz e não usar um flash, estava a tentar equilibrar tudo com as luzes de rua.” 3 George usou 19 layers no Photoshop para tornar esta imagem o mais bonita possível. “São seis layers a iluminar o carro, e uma nos faróis. Adicionei um Clipping Mask no farol para o escurecer um pouco. Depois usei alguns gradientes e mexi nas cores para ter um azul mais intenso. Por fim, ainda dei mais uns toques extra nas cores para equilibrar.”

F O T O G R A FA R

© Mark Pain

IMAGENS AO PORMENOR

#3

CORRIDAS Mark Pain e a sua foto predileta da Fórmula 1

ANTIGO chefe de fotografia desportiva do The Mail on Sunday, Mark Pain já ganhou vários prémios em Inglaterra e foi considerado o Fotógrafo Olímpico do Ano em 2012. Apesar de esta imagem não ter sido publicada, é uma das suas favoritas de sempre, por captar o glamour do Mónaco e provar que a boa fotografia desportiva não se resume a captar o momento da vitória. “Fui enviado pelo The Mail on Sunday para cobrir o Grande Prémio do Mónaco em

2008, quando o Hamilton subia de popularidade na McLaren. Em algumas coisas, era mais popular nessa altura, porque era o novo miúdo do ‘bairro’. Queria trazer uma imagem icónica da corrida, algo além da história em que estava a trabalhar, sobre Max Mosley, ex-presidente da FIA. “Felizmente, assim que fiz as fotografias de Max Mosley, tive algum tempo para trabalhar noutro tipo de fotos. O Mónaco é sobre glamour, dinheiro, barcos… é o pináculo, pelo que senti que esta fotografia representava tudo isso.” www.markpain.com

Dois mundos diferentes “Foi uma sorte ter alguém a apanhar sol, enquanto relaxavam no terraço de um luxuoso ginásio, sobre o circuito,” diz Mark. “Tive de subir para um sítio alto onde tivesse uma perspetiva que incluísse o terraço e a pista, e não sabia se estaria ali alguém. As meninas não sabiam que estava ali (havia muito barulho) e, felizmente, ficaram ali uns bons 20 minutos.” 1

2 “Tive de testar vários ângulos e configurações. Fiz esta imagem a um ângulo de cerca de 80 graus e defini a minha Nikon D3 para 1/160 seg. a 90mm e f/13. Foi uma questão de enquadrar e esperar que os carros

entrassem em cena. O desafio técnico era captar a velocidade do carro, de forma a que desse para perceber que era Lewis Hamilton, e não um qualquer carro esbatido.”

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2

3 A imagem funciona porque o carro está em movimento, no topo da foto, com o terraço a criar uma fronteira interessante entre dois mundos muito diferentes. “Dificilmente uma fotografia destas seria publicada como parte de uma notícia sobre a corrida, mas creio que é uma das melhores fotos que tirei da Fórmula 1 em toda a minha carreira. Transcende o tempo. O Mónaco é agora o que era na altura.”

3

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EXPERIÊNCIA DE TRABALHO

EXPERIÊNCIA DE TRABALHO Maarten Mellemans é um fotógrafo de viagens que tem pago as suas estadias com os seus serviços. Fique a conhecer o seu projeto ‘Fools With Dreams’...

Como surgiu a ideia para ‘Fools With Dreams’?

Não gosto de estar sempre a fazer a mesma coisa. Ia aborrecer-me se tivesse de estar sempre a fazer fotografia de arquitetura ou de casamentos. Não quero estar confinado a um setor. Com o

Instagram e o facto de toda a gente ter agora uma câmara, todos tiram boas fotos, mas a maioria são efémeras. Gosto de fotografar algo e dedicar-lhe algum tempo, até porque passo a conhecê-lo melhor a conseguir fotografias que não conseguiria de outra forma. A outra motivação é o treino. O jornalista e escritor Malcolm Gladwell disse uma vez que para sermos bons em alguma coisa teríamos de o fazer durante 10 mil horas. E é isso que estou a fazer.

Viaja com que frequência?

Tento ficar pelo menos quatro noites no mesmo sítio, caso contrário viajaria todos os dias. Em média, são cinco ou seis noites. Às vezes na mesma cidade, mas hoje vou apanhar um voo da Bélgica para Copenhaga. Como já não tenho apartamento, voltar a casa não é opção! Dei muitas das minhas coisas e emprestei outras a amigos. Tenho algumas caixas na arrecadação de um amigo, e ando com apenas duas mochilas. Só bagagem de mão, é tudo o que tenho. As despesas são baixas. As únicas coisas por que pago são o seguro, telemóvel e comida.

Como encontra as pessoas – ou como elas o encontram?

É uma combinação de fatores, como esta entrevista, posts em blogues, cobertura em revistas e por etc. As redes sociais também ajudam. Não faço uma procura ativa. O boca-a-boca cria muitos contactos. Conheço algumas pessoas que admiram o que estou a fazer e dão referências.

Maarten Mellemans (ao centro) desistiu da casa para poder viajar pelo mundo e ser inquilino dos seus clientes, enquanto fotografa para eles, sejam casamentos ou batizados.

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O MUNDO DA FOTOGRAFIA

Como faz as contas, tem valores pré-definidos para diferentes tipos de trabalho?

Nada é fixo. Alguém me envia um e-mail com o que pretende, e faço um

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O TRABALHO DE MAARTEN

AARTEN Mellemans é um fotógrafo belga, com 30 anos, mas que é engenheiro e arquiteto. “Como fotógrafo sou totalmente autodidata, graças a muitos blogues e a muitas fotografias que tirei,” diz. “É uma área visual, e foi assim que entrei na área.” O interesse de Maarten pela fotografia tem-no levado por direções pouco comuns: para o seu projeto ‘Fools With Dreams’, viaja pelo mundo produzindo fotografias para clientes – só que não cobra dinheiro. O seu pagamento é os seus clientes lhe fornecerem a dormida, comida e transporte para o destino. Vive agora permanentemente na estrada, depois de ter deixado o seu apartamento e muitas das suas posses.

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Nesta dupla Maarten Mellemans troca os seus serviços de fotógrafo por comida, dormida e viagem, viajando de cliente em cliente sem ter a sua própria

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casa. A sua grande mais-valia é a garantia de qualidade a um preço que, feitas as contas, será sempre mais baixo que contratar um fotógrafo local.

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EXPERIÊNCIA DE TRABALHO

“Isto é o meu dia-a-dia, mas para as pessoas isto é novo, por isso, ao início costumam estar nervosas, mas passa depressa” Nesta dupla A variedade de clientes que contrataram Maarten contribui de forma significativa para a variedade de fotografia que tem feito.

Que tipo de surpresas já teve por fazer o que faz?

Algo giro em que reparei é que toda a gente parece tem um tapete do Ikea! Mais, cerca de 90% das pessoas que me contrataram são mulheres, o que é algo que me surpreende. E faço isto no meu dia-a-dia, mas para as pessoas isto é novo, por isso, ao início costumam estar nervosas, mas passa depressa. Noto também que, ao entrar num autocarro ou comboio, de câmara na mão, toda a gente nota e o ambiente muda. Mas depois de um bocado fazes parte da mobília. Mas isto não é bem surpreendente. Já esperava. Toda a gente é muito simpática e não houve ninguém de quem não gostasse. Gosto de ouvir as pessoas dizerem que notam uma evolução no meu trabalho, porque o meu objetivo era melhorar a minha fotografia. As viagens são intensas e essa será provavelmente a maior surpresa. O meu mundo muda todos os dias e eu tenho de me adaptar. 62

O MUNDO DA FOTOGRAFIA

O TRABALHO DE MAARTEN

cálculo com isso em mete. Depende da viagem, especialmente quando envolve andar de avião. Acaba por ser a agenda a decidir. Um casamento, representa muito trabalho, muita edição, por isso tento pedir seis noites. Num trabalho mais pequeno poderá ser quatro noites. Em breve vou fazer um festival por 10 dias, por isso estarei lá por 10 noites. O anfitrião paga também as viagens e vai buscar-me ao aeroporto. Ao início foi difícil de organizar. Por exemplo, se alguém da Suécia ver isto vai achar que a passagem será demasiado cara. Mas a verdade é que mesmo que a viagem custe 100 euros, será sempre mais barato que contratar um fotógrafo. Por norma há sempre um contributo de € 40 para transporte, para que possa ter um orçamento base e acautelar despesas, e toda a gente sabe com o que contar. Às vezes € 40 chega, às vezes é mais, às vezes é menos. O meu voo para Copenhaga, por exemplo, custa € 30.

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Que obstáculos tem encontrado?

Quando não temos morada fixa, torna-se difícil gerir coisas como cartões de crédito. Tudo na sociedade foi feito para pessoas que têm uma casa. Coisas simples em que nem pensamos, tornam-se uma chatice quando não temos casa. O outro grande obstáculo é ter uma agenda organizada, fazer com que as pessoas respondam a tempo para marcar viagens, nas datas certas. É onde perco mais tempo neste projeto, na organização. Não é só fazer um post a dizer que estou uma semana em Londres e pedir alojamento a alguém. Requer um pouco mais de organização e planeamento.

Que equipamento leva?

Três objetivas e uma câmara. Tenho uma Nikon D800 com objetivas de 24mm, 50mm e 85mm, todas de kit. Mas porque os ficheiros são muitos e pesados, ando sempre com muitos discos rígidos portáteis para guardar os ficheiros Raw. Tenho de comprar um disco de 2TB a cada 100 dias.

Alguma vez teve problemas com alguém? Só uma vez, mas não foi complicado; apenas conseguia respirar em casa da senhora, porque ela fumava muito. Tive de passar muito tempo na rua, a apanhar frio!

Como garante que cumpre as expetativas das pessoas?

Algumas pessoas pedem para falarmos antes, mas normalmente chega trocar alguns e-mails. Creio que a maioria das pessoas percebe que cada fotógrafo tem o seu estilo. Acho também que vêm o meu site e percebem um estilo mais documental. Tento ir um pouco ao encontro das suas expetativas e, se for preciso, adapto-me. Se achar que alguém me contacta só porque é de graça, simplesmente não aceito.

Imagina-se continuar indefinidamente com este projeto?

É muito intenso e não é algo que queira fazer para sempre. Também não é muito propício a ter uma namorada! Dito isto, não tenho data de fim. Se ficar sem dinheiro ou paciência, ou tiver uma nova grande oportunidade, então poderei terminar. acho que é um projeto em evolução.

MAIS INFO • Para contactar Maarten, visite o seu site em www.foolswithdreams.com. Pode acompanhar o trabalho de Maarten em www.facebook.com/ maartenmellemansphotography ou siga-o no Twitter via @M_Maarten

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O MUNDO DA FOTOGRAFIA

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Mais detalhe

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Domine algumas técnicas que vão dar às suas imagens o detalhe de que precisava para as fazer sobressair!

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Saiba como adicionar um nível extra de impacto à fotografia que julgava impossíveis de fazer em casa!

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O MundO da fOtOgrafia

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O MELHOR DA EDIÇÃO DIGITAL - FOTOGRAFIAS ASTRONÓMICAS

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AJUSTAR A COR Começamos pelo painel Basic, pela cor. Como temos luz amarela, de poluição, na imagem, vamos querer diminuir a temperatura, para ter mais azul no céu, e menos desta iluminação. Isto vai também trazer maior equilíbrio às cores complementares.

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OTOGRAFAR a Via Láctea exige ter o céu minimamente limpo. O que aparece no ecrã pode ser um triste reflexo do que vimos realmente com os nossos olhos. É bom saber que podemos contar com o Lightroom para

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O MUNDO DA FOTOGRAFIA

ajudar a dar impacto ao céu estrelado da nossa galáxia. Vamos ter de misturar ferramentas: o painel Basic, o painel Lens Corrections e o Adjustment Brush. Esta imagem é da Via Láctea com a Estação Espacial Internacional a passar. FEVEREIRO 2017

BRILHO E EXPOSIÇÃO Aumente os brancos para ter estrelas verdadeiramente brancas. Para ter mais contraste com a terra, diminua os pretos. Por fim, compense o brilho ajustando a exposição.

O MELHOR DA EDIÇÃO DIGITAL - FOTOGRAFIAS ASTRONÓMICAS

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Depois

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CORREÇÃO DE DISTORÇÃO Clique em Enable Profile Corrections. Através de um perfil da objetiva usada na foto, isto vai corrigir a distorção e os cantos escuros da imagem. Neste tipo de fotografia costuma exagerar um pouco, pelo que poderá ter de reduzir o efeito nas barras Vignetting e Distortion a seu gosto. Isto vai equilibrar as cores e evitar que as estrelas e os cantos da imagem tenham demasiada distorção.

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REMOVER COR Como a fotografia astronómica normalmente recorre a aberturas mais amplas, temos mais efeitos de vinheta e aberração cromática. Vá a Lens Corrections e ative Remove Chromatic Aberration. A seguinte, vá a Manual, seleciona o conta-gotas e clique sobre os limites de uma estrela. Isto eliminará as cores em torno da estrela.

DAR IMPACTO Uma boa forma de aumentar o impacto nestas fotos passa por diminuir a barra Detaill, que está no meu Effects. Não é preciso muito para conseguir adicionar contraste e saturação à imagem.

PROFUNDIDADE A última ferramenta a usar é a barra Clariy, que pode encontrar no menu Basic. Aumentar os valores ajuda a dar profundidade à Via Láctea. Se for em demasia pode estragar o resto da imagem, pelo que tenha cuidado para não exagerar.

Saiba uma nova forma de melhorar a imagem com Clarity

CA DI T IL Ú

Ganhe profundidade Clarity é suficiente para o céu, mas tende a ser excessivo no resto da imagem. Clique antes em Adjustment Brush (ou pressione K). Duplo clique em Effect vai colocar os valores a zero. Ponha Clarity a 25 – é baixo, mas convém começar por aqui. Defina Feather para 100, para ter suavidade. E ponha 100 em Flow e em Density. Defina o

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tamanho para cobrir metade da Via Láctea. Aperfeiçoe ambas as metades. Pressione New e repita este processo mais uma vez. Em alternativa, ative o pin com o botão direito do rato depois da primeira “ronda” e escolha Duplicate para duplicar o efeito. Mantenha o Alt pressionado para apagar áreas onde não quer aplicar o efeito.

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O MELHOR DA EDIÇÃO DIGITAL - SELECT AND MASK

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PASSO-A-PASSO RECORTAR UMA PESSOA

Use Select And Mask para isolar o assunto do fundo da imagem

CRIAR A SELEÇÃO Para criar a seleção inicial vá a Select > Focus Area. Escolha Auto e defina o Output para Selection e clique OK. Vá a Select > Select And Mask e com a ferramenta Quick Selection, à direita, pinte áreas que não estão visíveis. Use a visualização Onion Skin e ajuste a transparência para poder ver o fundo.

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CORRIGIR PEQUENAS FALHAS Amplie a imagem para identificar pequenas falhas na seleção. Se precisar de remover alguma coisa, use o pincel para pintar. Use o pincel Refine, ao lado, depois pinte as áreas mais complicas, como o cabelo, para melhorar a seleção e eliminar partes do fundo que não devem ser incluídas. Depois, defina o Output para Layer Mask e clique Ok.

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O MELHOR DA EDIÇÃO DIGITAL - SELECT AND MASK

ANATOMINA PHOTOSHOP QUICK SELECTION Pode fazer uma seleção inicial com a ferramenta de seleção do Photoshop ou, ao invés, ir logo para o Select And Mask. Comece com a ferramenta Quick Selection. Combine-a com a visualização Onion Skin para ver o que está incluído na seleção, depois pinte para adicionar, ou com o Alt, pinte para remover.

REFINE BRUSH Funciona tal como o velho Refine Radius, no comando Refine Edge: permite aumentar a área a refinar, obrigando o comando a uma procura mais aprofundada de pixéis a incluir ou a remover. Felizmente, agora vemos as alterações acontecerem em tempo real, o que ajudar de sobremaneira.

ONION SKIN Pressione F ou use o menu visualizações. Esta visualização permite perceber melhor as partes não selecionadas da seleção com a ajudar da barra de transparência. Ao contrário de outras visualizações, mostra claramente o que está selecionado. Quando juntamos imagens, podemos revelar parcialmente os layers que estão por baixo para ser mais fácil escolher o que queremos incluir ou excluir da imagem.

PEQUENAS CORREÇÕES O Feather suaviza o contorno da seleção; O Smooth arredonda cantos; o Contrast aperfeiçoa bordas; e o Shift Edge inclui ou exclui. O novo botão Invert, como diz o nome, inverte a seleção – útil se começarmos por selecionar o fundo e quisermos inverter para termos a seleção sobre o assunto..

OPÇÕES DE OUTPUT A opção Decontaminate Colors preenche automaticamente erros de cor, reproduzindo as cores dos pixéis circundantes, dentro da seleção feita. Porque a alteração de píxeis é destritiva, o Output é automaticamente definido para New Layer With Mask. As outras opções incluiem Make a Selection, Layer Mask ou New Layer.

FERRAMENTA BRUSH Esta nova característica é um género de pincel que permite pintar a seleção para adicionar ou remover (com Alt pressionado). Útil para selecionar pormenores, como as cordas (com Shift podemos dar dois cliques criar uma reta). E nem temos de ser muito cirúrgicos, porque depois podemos usar o Refine para melhorar ainda mais a seleção.

Junte duas imagens para um resultado impressionante Como fazer uma imagem composta. (Siga o video.) O céu azul foi captado a partir da janela de um avião, por isso tivemos de limpar a e preencher os cantos [1]. Usamos a ferramenta Move [2] para trazer o céu para a imagem. É boa, mas a Select And Mask raramente é perfeita, por isso há que destacar a máscara [3], amplie a imagem e reveja os

rebordos, e pinte para os aperfeiçoar [4]. Podemos definir o Brush para Overlay enquanto pitamos sobre a máscara para eliminar franjamentos [5]. No fim, unimos uma cópia dos layers com Cmd/Ctrl+Shift+Alt +E [6], e convertemo-lo para Smart Objet para manter as edições nas destrutivas [7], vamos a Camera Raw para dar os toques finais [8].

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Dicas essenciais

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RETIRE SATURAÇÃO E GANHE DETALHE NA SUA IMAGEM

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O MELHOR DA EDIÇÃO DIGITAL - AUMENTAR O DETALHE

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Marque uma posição com as suas imagens recorrendo a duas técnicas simples, que facilmente se podem tornar nas suas ferramentas de edição favoritas

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O QUE toca à forma como tons e cores são representados nas imagens, tanto a cor como o monocromático podem dar aos fotógrafos um universo de opções durante o processo de edição. Do aumentar a saturação para tornar as cores mais vívidas, até aperfeiçoar conversões mono, controlando a forma como as cores são convertidas para tons

de cinzento, há muito por onde optar. Mas, e que tal algo intermédio – que coloca lado a lado a cor e o mono de forma a se complementarem em harmonia? No fundo, editar é encontrar a forma mais eficaz de fazer com que as imagens pareçam o melhor possível – e se for rápido e fácil, então muito melhor. Vamos

debroçar-nos sobre estas duas técnicas, que quase fazem com que o detalhe salte da imagem, com “dessaturação” e algum desfoco.

1

A TÉCNICA BLEACH BYPASS

CRIE EQUILÍBRIO Abra a imagem no Photoshop, clique no icone Create New Fill Or Adjustment Layer, no painel Layers (é o círculo metade branco, metade preto). Selecione Levels, na lista

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O MUNDO DA FOTOGRAFIA

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de opções. Por baixo do controlo deslizante branco, à direita, vai ver o número 255: mude para 200. Feche a janela e mude o modo do layer de Blend para Multiply.

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O MELHOR DA EDIÇÃO DIGITAL - AUMENTAR O DETALHE

3 ILUMINAR A IMAGEM Volte ao icone Create New Fill Or Adjustment Layer icon e selecione da lista a opção Curves. Quando surgir o painel Curves, arraste a curva para cima e para a esquerda para retomar a luminosidade normal da imagem. Se, por alguma razão, quiser apagar o ponto, simplesmente arraste-o para fora do gráfico.

Acentue o detalhe para criar imagens intensas

A técnica Bleach Bypass vem do tempo do filme. Foi criada aquando do processamento das transparências no filme, que permite dar a imagens e até filmes um ar mais límpido. Este efeito pode ser aplicado a um considerável raio de imagens e ajuda a

APERFEIÇOAR O EFEITO A camada do topo estará ativa, por isso, pressione Shit e clique no Levels da camada, por cima da camada Background. Depois, pressione Ctrl/Cmd+G para agrupar as camadas. Faça duplo clique no grupo e mude o nome para ‘Bleach’. Através do controlo deslizante de transparência controle a força que pretende. 50% chega.

destacar detalhes e texturas. Isto pode parecer o Clarity no Adobe Camera Raw, mas é mais refinado que isso. Aqui vamos ver a diferença que pode provocar. A imagem original é ótima, mas a versão alterada é muito mais dramática.

CA DI T IL Ú

Criar um pouco de drama

a janela que se abre, e mude a opacidade da camada para 40%. O controlo da opacidade pode ser encontrado no canto superior direito do painel de camadas...

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ADICIONAR PRETO E BRANCO Agora a imagem parece mais escura, mas já corrigimos isso. Antes, clique no ícone Create New Fill Or Adjustment Layer e selecione a opção Black & White. Feche imediatamente

Antes

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Depois

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O MELHOR DA EDIÇÃO DIGITAL - AUMENTAR O DETALHE

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TÉCNICA BLUR DESATURATION

3 APLICAR PRETO & BRANCO Clique no icone Create New Fill Or Adjustment Layer, no painel de camadas, e seleccione a opção Bkack & White da lista. Feche o menu e mude o modo Blend de Normal para Multiply. Por fim, defina a opacidade desta camada para 15%.

Distinga uma imagem bem dessaturada de uma que é exagerada

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O MUNDO DA FOTOGRAFIA

Nestas técnicas, ter os valores certos é tão importante como noutra qualquer. Se exagerar estará a desfazer todo o trabalho que já fez desde que pressionou o disparador câmara. O segredo está em manter a cor, mas com dessaturação suficiente para

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REPETIR E REAGRUPAR Pressione Ctrl/Cmd+J para duplicar a camada Black & White e mude o modo Blend de Multiply para Screen. Com o Shift carregado, clique no Background Copy e depois Ctrl/Cmd+G para agrupar as camadas. Mude o nome para ‘Blur Desat’. Agora, com o controlo deslizante Opacity, controle a intensidade que pretende dar ao efeito. Usamos 50%, tal como na técnica anterior.

que se perceba o que aconteceu. A imagem à direita usou a técnica de Blur a 100%, no entanto, os layers preto e branco tinham uma opacidade elevada. Isto deixou as cores pouco acima do que seria preto e branco.

CA DI T IL Ú

Acerte nos valores

APLICAR BLUR NA CAMADA Agora temos de esbater a camada dessaturada, por isso vamos começar por ir a Filter > Blur > Gaussian Blur. Quando surgir o painel, definimos Radius para um valor entre os 10 e 25 pixéis. 15 pixéis é quase sempre um bom número, e o mesmo que usamos nesta imagem – no entanto, vale a pena fazer experiências com e perceber que valor mais o satisfaz.

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DUPLICAR O FUNDO Abra a imagem no Photoshop e, com o Ctrl/Cmd+J pressionados, duplique a camada Background. Se estiver a usar uma imagem com camadas, clique sobre a primeira e pressione Ctrl/Cmd+Alt+Shift+E para unir todos camada visíveis numa só. A seguir use Ctrl/ Cmd+Shift+U para dessaturar. Mude o modo Blend de Normal para Overlay para ter transparência e contraste.

Antes

Depois

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E D I TA R

O MELHOR DA EDIÇÃO DIGITAL - GRANDE PLANO COM IMPACTO

GRANDE PLANO, GRANDE IMPACTO Combinar os efeitos possíveis de fazer com a profundidade de campo com a nitidez de várias imagens é fácil. Aqui ficam quatro formas de o conseguir... SOFTWARE Photoshop CC (versão 15.5) SITE www.adobe.com

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PRATIQUE Utilize as imagens que pode descarregar em bit.ly/2jFdrEw

A FORMA SIMPLES Conjugar vários pontos de foco no Photoshop é fácil. Primeiro, vamos a Adobe Bridge: selecione as imagens que pretende usar; depois vá a Tools > Photoshop > Load Files Into Photoshop Layers. Assim que abrirem no Photoshop, vá ao painel de camadas e, com o Shift pressionado clique na última camada para selecionar todas. Vá a Edit > Auto-Align e clique OK. Isto corrige discrepância entre imagens. Depois, vá a Edit > Auto-Blend e selecione Stack e clique OK. Direita Tudo o que precisa para conjugar vários pontos de foco é dar dois passos.

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CORRIGIR PEQUENOS ERROS A técnica automática, do ponto 1, pode criar áreas descoloradas. Se isso acontecer, identifique a camada de origem dessa falta de nitidez. Duplique-a, arraste-a para o topo e apague a máscara existente. Para isolar as áreas nítidas, vá a Select > Focus Area. Ajuste as opções e depois clique Select And Mask. Use Radius Brush para melhorar os extremos e, com a Quick Selection Brush, adicione ou remova o necessário. Defina Output para Layer Mask. Direita Corrija pequeno erros recuperando as áreas definidas de um layer.

O MELHOR DA EDIÇÃO DIGITAL - GRANDE PLANO COM IMPACTO

E D I TA R

FOTOGRAFE BASTANTE

Tire uma série de fotografias Como captar boas imagens para trabalhar

USAR MÁSCARAS Se pretende controlar as áreas de cada imagem que pretende conjugar, pinte máscaras para revelar as áreas focadas. Abra as imagens como camadas, depois esconda-as, menos a primeira. Ative e desative o ícone com forma de olho, para perceber que áreas estão focadas, depois com o Alt carregado, clique em Add Mask para esconder toda a camada. Agora, com o Brush pinte com branco para revelar as áreas focadas. Repita o processo em cada camada. Direita Pintar as áreas focadas vai dar-lhe um controlo mais preciso.

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sensação de separação entre ambos. Encontre um sítio bom para fotografar, que tenha muita luz e esteja abrigada do vendo, como uma varanda fechada, por exemplo. Um painel de LED é também um bom acessório a ter em conta neste tipo de fotografia, já que um pouco de luz direcional extra ajudar a realçar as formas do seu assunto.

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Para criar um bom banco de imagens para trabalhar, use um tripé e tire uma série de fotos usado vários focos, tanto em automático como em manual, de forma a que consiga focar todos os pontos do assunto. Cuidado par anão mexer na câmara entre cada foto. Se notar que a profundidade de campo deixa o fundo demasiado focado e detalhado, distancie o assunto do fundo para aumentar a

USE SOFTWARE PRÓPRIO Existem várias opções para fazer esta conjugação, incluindo o Helicon Focus (www.heliconsoft.com). Abras as imagens, escolhe um dos três Rendering Methods (tanto o B como o C funcionam bem) e clique Render. A grande vantagem do Helicon Focus em relação ao Photoshop é a precisão: raramente comete erros a conjugar, mesmo com imagens mais complicadas. Pode sempre experimentar a demo de 30 dias. Direita Software especializado, produz sempre bons resultados.

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Direita Great White Pelicans I Estas enormes aves pousaram num navio, na costa da Namíbia, perto de Walvis Bay. Faz parte das imagens que lhe valeram o título de Fotógrafo de Viagens do Ano em 2015.

MARSEL VAN OOSTEN

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MARSEL VA N O O S T E N Fotógrafo de Viagens do Ano, em 2015, é também especialista em fotografia de vida selvagem

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MARSEL VAN OOSTEN

C

OMEÇOU como diretor de arte em publicidade. Alguma vez pensou sobre se devia ter começado logo pela fotografia? Sim, mas não me arrependo dos meus dias de publicidade – o trabalho como diretor de arte moldou-me no fotógrafo que sou hoje. Aprendi muito sobre diferentes tipos de fotografia na publicidade, estilo, ambiente, luz, composição,

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pós-produção, estética; e fiz anúncios para sete marcas de carros diferentes. Poucos fotógrafos de natureza têm este tipo de experiência, e é uma das razões por que sou tão multifacetado na fotografia de natureza.

passam menos de dois segundos a vê-lo. Isso significa que temos menos de dois segundos para passar a mensagem. As imagens que usei eram sempre muito objetivas, limpas e gráficas. Isto teve uma grande influência na minha fotografia.

Aprendeu alguma coisa na publicidade que lhe tenha sido útil na fotografia? Aprendi que ninguém pede por um anúncio e que, em geral, as pessoas

Foi difícil tornar-se professional? Há outra razão por que devia ter começado mais cedo. Decidi tornar-me fotógrafo profissional na altura em que o digital explodiu. Isto

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MARSEL VAN OOSTEN

Fotógrafo de vida selvagem e de viagens MARSEL começou como designer, antes de passar pela publicidade e por fim, chegar à fotografia. JÁ ganhou mais prémios que o espaço que temos para mencionar: destaque para Fotógrafo de Viagens de 2015, entre outros prémios no International Photography Awards. MARSEL é casado com Daniëlla Sibbing, com quem te um negócio de workshops e fotografia de safari. Já publicou vários também livros sobre fotografia de vida selvagem.

Esquerda Great White Pelicans II Marsel rastejou até aos pelicanos com uma grande-angular, altura em que um começou a investigar a objetiva com o bico.

coincidiu com a crise global, altura em que os orçamentos de fotografia caíram a pique. Outro problema é o facto de os assuntos da vida selvagem não mudarem. Hoje, se quiser vender a fotografia de um elefante, é bom que esteja a voar ou a montar um rinoceronte, senão ninguém se vai querer saber.

Como faz para tornar o seu trabalho interessante e único? Pesquiso muito sobre o meu assunto e sobre o que já foi feito por outros.

Topo direito Great White Pelicans III Esta imagem foi feita imediatamente antes de o pelicano levantar voo. A grande-angular criou uma perspetiva dinâmica. Direita Fly By Masel usou uma velocidade baixa para criar arrastamento nas asas, mantendo o restante focado.

Na publicidade, por exemplo, o pior que se pode fazer é copiar uma ideia. É difícil ser original a fotografar a natureza, porque não temos quase influência sobre os nossos assuntos. Como tal, a originalidade costuma ser subtil e raramente revolucionária. Há uns anos, por exemplo, fui o primeiro a fotografar macacos da neve japoneses, com um flash externo controlado remotamente. Estas imagens fizeram-me ganhar o prémio International Nature Photographer of the Year, da IPA. Poucos fazem o que fiz. Sempre foi um fotógrafo mais técnico? Eu diria que, no geral, a fotografia da vida selvagem é, na verdade, menos técnica que a paisagística, FEVEREIRO 2017

especialmente na pós-produção. Mas se calhar depende do tipo de assunto a fotografar e das imagens que procuramos. Fotografar morcegos ou beijaflores normalmente envolve vários flashes e disparadores por infravermelhos, mas a maioria das imagens de safaris que vemos é de apontar e disparar. Especialmente sob o ponto de vista criativo, penso que a fotografia paisagista é muito mais difícil que a de vida selvagem. Não persigo desafios técnicos, mas sim imagens criativas e poderosas. Até agora, o meu maior desafio técnico foi, na verdade, um projeto paisagístico. As minhas imagens time-lapse, Namibian Nights, que me valeram alguns prémios, foram feitas com > O MUNDO DA FOTOGRAFIA

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Em cima Scorched As árvores em Deadvlei, Namíbia, têm 600 a 700 anos. São praticamente negras, queimadas pelo sol durante séculos.

luzes externas, e demoraram dois anos a finalizar. A parte técnica não era algo de que gostava, mas sim algo que tinha de perceber e controlar para conseguir o que queria.

Direita Resurrection Marsel esperou anos para ter este nevoeiro em Deadvlei e conseguir esta imagem. Criou estes raios de luz com uma lâmpada de 700 lumens, pouco antes do sol nascer.

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Usa armadilhas fotográficas nas suas imagens de vida selvagem? Nunca senti essa necessidade. Existem algumas imagens fantásticas captadas com essas armadilhas, e não sou contra. Não sou fundamentalista, por isso, não me preocupa muito sobre como uma FEVEREIRO 2017

MARSEL VAN OOSTEN

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O KIT FOTOGRÁFICO DE MARSEL Marsel diz: “Fiz a viagem com três câmaras: a Nikon D810, para paisagens, e a D5 e D500 para vida selvagem. “A minha preferida para fazer paisagens é a D810. Costumo equipá-la com a Nikon 14-24mm f/2.8 ou com a Tamron 24-70mm f/2.8. Em paisagens mais distantes ou para uma perspetiva mais comprimida uso a Nikon 70-200mm f/2.8. Prefiro usar teleobjetivas na fotografia de vida selvagem, porque dá-me maior flexibilidade. Gosto de usar a Nikon 200-400mm f/4 com a D500 (que tem o campo de visão de uma 300-600mm), e a Nikon 80-400mm f/4.5-5.6 na minha D5. Por vezes vou alternando entre estas duas.

júris são pessoas normais: gostam de ser surpreendidos.

imagem é feita – desde que não prejudique a vida selvagem durante o processo. Já ganhou muitos concursos de vida selvagem. Para si, o que capta melhor a atenção dos júris? Todas as minhas fotos premiadas têm algo em comum: originalidade. Alguns dos maiores concursos têm mais de 30 mil participações e os júris têm de ver todas as imagens. Os

Topo direito Facebook Update Um macaco japonês roubou o iPhone de um turista que queria fazer um grande plano. O telefone não sobreviveu a esta sessão fotográfica. Captada no Japão, ganhou o prémio People’s Choice, no concurso 2014 Wildlife Photographer. Direita Leading by Example Um urso polar corre com a sua cria, pouco depois de terem comido uma foca. O estado do gelo do Ártico estava muito mau, neste ano.

Que imagens o deixam mais orgulhoso e porquê? As que resultam de uma ideia criativa. A sorte é também um fator determinante, especialmente na vida selvagem. Em 2014 ganhei o título de Melhor Fotografia de Vida Selvagem do Ano com uma foto de um macaco, de iPhone na mão. É uma imagem original e muito divertida, mas não a que mais me orgulha. Qualquer um podia ter feito aquela imagem. Sinto-me muito mais orgulhoso da imagem ‘Resurrection’’, na Namíbia, que ganhou um prémio no mesmo concurso, um ano antes. Isto porque era resultado de uma ideia criativa. Já se FEVEREIRO 2017

fotografaram milhões de imagem em Deadvlei, e eu consegui criar uma muito diferente de todas as outras. Quando começou a entrar em concursos de fotografia e porquê? Desde cedo que pretendia ser um fotógrafo de natureza do mundo inteiro. Gosto de fotografar paisagens e vida selvagem, e viagens, de vez em quando. Fazer paisagens melhora a minha fotografia de vida selvagem, e fazer vida selvagem melhora a minha fotografia paisagística. Paisagem e vida selvagem são estilos muito diferentes que requerem competências diferentes, e esta é a razão pela qual a maioria dos fotógrafos paisagistas são maus fotógrafos > O MUNDO DA FOTOGRAFIA

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INTERVIEW

MARSEL VAN OOSTEN

Esquerda Into The Cypress Swamps IV Um canoísta por entre árvores ciprestes, no Atchafalaya Basin, Louisiana. Captado com luz de fundo, a realçar o musgo. Parte de uma série de imagens que valeram a Marsel o título de Fotógrafo de Viagens do Ano, em 2015. Em baixo Into The Cypress Swamps I Rema em direção à luz, numa manhã de nevoeira, no Atchafalaya Basin, Louisiana. As formas verticais são as raízes das árvores e chamam-se joelhos de cipreste.

de vida selvagem, e vice-versa. Nunca me quis especializar, porque gosto de variedade e dos desafios criativos que cada género proporciona. Participar em concursos é uma boa forma de saber onde estamos. A fotografia de viagem envolve muitas vezes pessoas – sente-se confortável com isso? É algo de que não gosto particularmente. Só começo a gostar quando as pessoas atingem um certo tamanho, mais diminuto, na imagem. São o elemento perfeito para dar sentido de escala e aventura às minhas imagens paisagísticas, e é assim que as vejo há vários anos. Quando decidi fotografar pântanos no Louisiana e Texas, por exemplo, sabia que em muitas das imagens teria pessoas, porque mais ninguém o fazia e porque simplesmente davam vida às imagens.

QUESTIONÁRIO RÁPIDO Algumas vez sentiu em perigo? No ano passado fui perseguido por um tigre a pé – algo que jamais vou esquecer. Qual o seu local preferido para fotografar? Gosto de muitos sítios, por razões diferentes. Um dos sítios mais impressionantes que visitei foi a Líbia. Paisagens incríveis, pessoas maravilhosas. Se as coisas voltassem ao normal, apanhava o primeiro avião para lá. E qual o sítio de que menos gosta? Qualquer sítio que esteja cheio de fotógrafos.

Muitos fotógrafos de viagens sofrem de clichés. Como faz para manter frescura e originalidade no seu trabalho? Basta alguém falar de um sítio para me surgirem na cabeça uma série de imagens. Muitas dessas serão as tais imagens cliché. Há dois tipos diferentes de fotógrafos: criativos e seguidores. Claro que o primeiro resulta numa abordagem mais complicada. Na minha opinião, é melhor falhar em originalidade do que ganhar na 82

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imitação. Por isso é que invisto tanto tempo a preparar-me para uma viagem – não só para preparar as coisas mais básicas, como também a própria fotografia. Muitas das imagens que faço em viagem já tinham sido criadas na minha cabeça, ainda antes de sair de casa. Isto significa que quando chego ao meu destino já sei exatamente o que quero fazer e como. Vai começar a focar-se mais na fotografia de viagem que de vida selvagem, ou continuará a fazer as ambas? Vou continuar com a fotografia paisagística, com a fotografia de vida selvagem e com a fotografia de viagem – muito provavelmente por esta mesma ordem!

www.squiver.com

LEITORES

MISSÃO - BRANCO DE INVERNO

MISSÃO

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FEVEREIRO

Fique a conhecer as melhores imagens que os leitores da OMF enviaram este mês para o passatempo Missão. Inspire-se com o impacto destas fotografias!

MENSALMENTE os leitores da revista O Mundo da Fotografia são contemplados com apelativos prémios em resposta aos desafios que lançamos em cada edição. No passatempo Missão deste mês, o leitor Rod Costa foi eleito 1º classificado e receberá uma alça GGS Fotospeed F1s (€ 64,90). Já o leitor Paulo Taínha, 2º classificado, será premiado com um cartão Sandisk Extreme Pro SDHC 32GB 95MB/s (€ 29,90), ofertas da Hi-tech Wonder. PARTICIPE TAMBÉM E GANHE PRÉMIOS! 1º P R É M I O

2º P R É M I O

Envie as suas fotos para ‘[email protected]’. Regras de participação no CD que encontra na pág. 114. 1

ROD COSTA INABALÁVEL, POLÓNIA Equipamento Canon 70D a a 350 mm Abertura f/4,5 Exposição 1/125 seg. Sensibilidade ISO 100

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MISSÃO - XXXXX

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PAULO TAÍINHA FROSTY THORNS Equipamento Canon 450D a 100 mm Abertura f/8.0 Exposição 1/125 seg. Sensibilidade ISO 400

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RUI ALMEIDA NADA É A PRETO E BRANCO Equipamento Nikon D5500 a 18mm Abertura f/10 Exposição 1/400 seg. Sensibilidade ISO 100

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LEITORES

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CARLA BRITO EM FILA, COLINA ABAIXO Equipamento Canon 5D a 100mm Abertura f/5.6 Exposição 1/250 seg. Sensibilidade ISO 50

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LEITORES

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JOÃO AMARO

JOÃO SANTOS

ENTRE BRANCOS

CRISTAL

Equipamento Nikon D800 a 16mm Abertura f/8 Exposição 1/125 seg. Sensibilidade ISO 100

Equipamento Nikon D3200 a 300mm Abertura f/14 Exposição 1/200 seg. Sensibilidade ISO 1.600

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ALFREDO LEMOS

FILIPE PATROCINIO

PURO FRIO

UMA VOLTA PELO COVÃO D’AMETADE

Equipamento Canon EOS 7D a 60mm Abertura f/16 Exposição 2 seg. Sensibilidade ISO 100

Equipamento Canon 600D a 10mm Abertura f/10 Exposição 1/40 seg. Sensibilidade ISO 200

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JOÃO DUARTE

JOÃO COUTINHO

CASCATA

O CHAPÉU DO PICO

Equipamento Canon 7D a 18mm Abertura f/3.5 Exposição 1/1.600 seg. Sensibilidade ISO 100

Equipamento Nikon D90 a 105mm Abertura f/5.6 Exposição 1/100 seg. Sensibilidade ISO 200

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LEITORES

MISSÃO - BRANCO DE INVERNO

PARTICIPE NO PRÓXIMO PASSATEMPO MISSÃO!

MISSÃO PARA ABRIL DE 2017 FECHADOS EM CASA DATA LIMITE PARA ENVIO: 28 DE FEVEREIRO 2017 Porque às vezes não apetece mesmo sair de casa, porque não fotografar no nosso lar, ou a partir do nosso lar? Seja criativo e procure por assuntos originais dentro casa, ou, quem sabe, da vista que tem a partir de casa. Envie as suas fotografias para o passatempo Missão da edição de abril da revista OMF! O tema é: Fechados em casa. Habilite-se a ganhar uma assinatura anual (€ 59,88) ou semestral (€ 29,94) da O Mundo da Fotografia. Serão premiados o 1º e 2º classificados deste passatempo, respetivamente.

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PRÉMIOS 1º A S S I N A T U R A 1 ANO OMF 2º A S S I N A T U R A SEMESTRAL

em análise o mais recente equipamento fotográfico levado ao limite...

e ainda... 102

objetvas macro

Juntámos 10 objetivas macro e analisámos cada pormenor enquanto procurávamos a melhor solução para a sua câmara. Se quer apostar na fotografia macro, saiba que objetiva deve comprar para a sua câmara..

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nikon d3400

A Nikon atualiza a sua reflex de entrada de gama e aposta forte nas funcionalidades de partilha de imagens nas redes sociais.

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leica m-d (typ 262)

E se deixar de ter um ecrã para poder analisar a fotografia que acabou de tirar?

software de edição

Mini-confronto de soluções que o vão ajudar a melhorar, ou a salvar, as suas fotografias.

análises em que pode confiar pontuações explicadas A revista O Mundo da Fotografia é criada por uma equipa de jornalistas especializados em fotografia, o que significa que pode confiar em tudo o que lê nas páginas desta publicação e assim poder comparar de forma segura os diferentes equipamentos fotográficos que surgem nesta secção. Acreditamos que o melhor modo de testar um produto é utilizá-lo como é suposto ele ser utilizado por quem o adquire, mas sob uma perspetiva

de especialista, para podermos ressalvar os pontos positivos e notar os menos bem conseguidos. Os nossos testes no terreno colocam os equipamentos em ação no terreno ou em estúdio, para recolha de dados científicos e bases para podermos fazer comparações e chegarmos assim às nossas conclusões finais. E uma série de testes controlados submetem cada câmara e objetiva a análises exaustivas. Vire a página!

confie nos nossos selos! r l ho . mea r a .. p

Este selo é atribuído a um acessório, seja uma objetiva ou um flash externo, por exemplo sempre que este seja tido como o ideal para uma determinada marca.

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Cada um dos testes apresenta uma classificação geral entre uma e cinco estrelas, sendo que essa mesma classificação pode surgir também no âmbito de critérios específicos. A revista O Mundo da Fotografia é 100% independente e os artigos de análise baseiam-se em processos e opiniões genuínos e imparciais. O nosso código de conduta nos testes é rigoroso e exigente.

Esqueça... Abaixo da média. Bom para o preço. Muito bom em geral. Um produto excecional e de topo. Compre!

Para ajudá-lo na escolha dos seus próximos equipamentos fotográficos, os nossos certificados assinalam as melhores opções que surgem em teste.

Pode não ser o modelo de topo na categoria em que se enquadram, mas o preço é convidativo e está adequado face ao desempenho demonstrado. Um valor seguro, sem dúvida!

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Este selo está reservado para os produtos fora de série. Se pode comprá-los, não hesite, estão entre as melhores opções!

o mundo da fotografia

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EM ANÁLISE

NIKON D3400

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RE F L E X w w w.n ikon . p t

Nikon D3400 € 645

A nova reflex de entrada de gama da Nikon aposta forte na partilha instatânea de imagens... ESPECIFICAÇÕES Sensor 24.2MP DX-format CMOS (Expeed 4) Conversão de distância focal 1.5x Memória SD/SDHC/SDXC Ocular Ótico com pentaprisma, 95% cobertura Resolução máxima de vídeo Full HD (1.920 x 1.080) at 60, 50, 30, 25 ou 24p Gama ISO 100-25.600 Pontos de autofoco 11 (1 tipo cruzado) Taxa máxima de disparos 5fps (11 Raw / 100 JPEG) Ecrã LCD 3”, 921.000 pontos com ângulo de visão de 170º Velocidade de obturação 1/4.000 a 30 seg., Bulb Peso 445g (corpo) Dimensões 124 x 98 x 76mm Fonte de energia Bateria de iões de lítio EN-EL14a

OM a Nikon a expandir constantemente a sua linha de reflex, lançar um modelo de entrada de gama é cada vez mais difícil. Se tiver muitas características, ameaça as vendas da média gama, se não arriscar nada, pode ser aglutinada pela concorrência. Um olhar rápido às especificações da D3400 revela que a Nikon não arriscou e mudou muito pouco em relação à D3300. Tem a mesma resolução, 24,2MP e, tal como a sua antecessora, a Nikon continua a omitir um filtro passa-baixo, que conseguiria maior nitidez. A sensibilidade do sensor também continua na mesma, com uma gama ISO de 100-25.600; a

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A objetiva de kit AF-P da D3400 tem um motor de autofoco mais rápido, silencioso e preciso que objetivas de kit AF-S anteriores. 2

Apesar de a limpeza automática do sensor ser de série na D330, a Nikon retirou-o da D3400, o que aumenta o risco de aparecerem pontos nas imagens. 3

O flash da D3400 recuou para o GN8, o que faz com que seja menos poderoso que o flash GN9 da Canon 1300D. 4

O ecrã ainda não é tátil, mas revela-se bom na reprodução da cor.

Direita Pressionar o botão visível na objetiva permite comprimi-la para apenas 63mm quando não a utilizamos. 94

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D3300 tinha o seu máximo em modo de expansão, enquanto esta D3300 tem o seu máximo na gama standard. Considerando que a D3300 também deu o seu processador de imagem, Expeed, à D3400, não será surpresa que ambas consigam um máximo de 5fps e gravação de vídeo Full HD a 60fps. O módulo de autofoco da D3400 mantém a lógica da reciclagem: o mesmo sensor de Multi-Cam de 11 pontos com apenas um do tipo cruzado, ao centro.

Características

É desolador que as principais especificações da D3400 sejam as mesmas da D3300 – até porque a sua rival da Canon, a 1300D, já tinha perdido para a D3300 em resolução, taxa de disparo máximo e pontos AF, pelo que não seria de esperar que a Nikon quisesse revolucionar com a D3400. A única área onde tinha de melhorar para igualar a concorrência era na conetividade sem fios, que agora vem embutida na D3400. Mas isto não acontece via o típico Wi-Fi, mas sim via o novo sistema da Nikon, o SnapBridge, estreado pela D500. Ao

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Cor

A reprodução de cor por defeito da D3400 faz justiça a assuntos mais vibrantes, sem que a imagem pareça saturada.

usar Bluetooth LE (Low Energy) para poder manter uma ligação constante entre a câmara e um dispositivo inteligente, a D3400 evita os habituais problemas do Wi-Fi ou os aborrecidos processos de emparelhamento. É de facto um sistema conveniente para a transferência de imagens e partilhas nas redes sociais, mas não é perfeito. A imagens não “viajam” com toda a resolução, e não podemos usar o SnapBridge para controlar a câmara remotamente, e o adaptador WU-1A Wi-Fi já não consta como acessório. A câmara é compatível com o comando por infravermelhos ML-L3. A outra evolução de relevo da D3400 em relação à sua antecessora é a bateria, que permite uns impressionante 1.200 disparos. Uma grande evolução em relação aos anunciados 700 da D3300, especialmente se considerarmos que a D3400 continua a ser alimentada pela bateria EN-EL14a, de iões de lítio, da D300. A Nikon refere que esta melhoria surge através do www.digitalcameraworld.com

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Exposição

Distorção

O já conhecido e muito testado sensor de medição de 430-pixel RGB da Nikon produz exposições fieis e equilibradas.

aperfeiçoamento da eficiência energética, mas pode não ser só isso… Os testes CIPA (Camera & Imaging Products Association) envolvem testes com flash, através do cálculo de médias de utilização e consumos dos mesmos. Algo que, entretanto, mudou o suficiente para coloca a D3400 atrás do flash GN9.2, que equipa a Canon 1300D.

Fotografado com a objetiva de kit de 35mm, a distorção é quase inexistente, apesar de se tornar mais visível a 18mm.

Construção & manuseamento

As reflex de entrada de gama costumavam parecer ter uma construção barata, mesmo quando são mais caras que as suas equivalentes mais modernas. Felizmente, os materiais e qualidade de construção da D3400 são tão bons quanto os da mais avançada D5500, e pode até ser difícil distinguir a qualidade dos

As rivais… Eis as câmaras que competem com a D3400…

Canon 1300D € 520 com objetiva 18-55mm A 1300D até pode ter Wi-Fi embutido e uma ergonomia convincente, mas perde para as rivais noutras áreas.

Nikon D3300 €495 com objetiva 18-55mm Mesmo sem contar com ligação sem fios, para partilhar imagens, a D3300 é uma excelente reflex para iniciantes..

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Pentax K-S2 € 820 com objetiva 18-50mm Com características e desempenho que vão além do preço, a K-S2 é uma opção com boa relação qualidade/preço.

JULY O M 2016 U N D O DDI G A I TF A O LT OCGARMAEFRI A

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SONY ALPHA 7R II

Em cima Apesar da D3300 conseguir um pouco mais de detalhe que a D3400, os resultados da nova câmara estão longe de serem maus.

Esquerda Mesmo com a luz forte e direta que tínhamos para esta imagem, a D3400 conseguiu evitar qualquer sobre-exposição

O desempenho do autofoco da D3400 depressa prova ser uma surpresa agradável 96

O MUNDO DA FOTOGRAFIA

plásticos e elementos de borracha de Nikon ainda mais caras. Claro que a D3400 não pode ter uma estrutura interna de alumínio, mas continua a parecer robusta. Optar por materiais plásticos mantém o peso em apenas 445 gramas, o que torna a D3400 mais leve em 15 gramas que a antecessora. FEVEREIRO 2017

E se o desempenho da bateria tem alguns efeitos secundários, o mesmo se aplica à poupança de peso. A Nikon optou por não incluir na D3400 qualquer capacidade de limpeza do sensor, isto porque acredita que os utilizadores iniciantes não trocam de objetivas tão frequentemente quanto fotógrafos com mais opções. E apesar de poder ter aqui alguma razão, também se poderá dizer que os iniciantes nestas andanças não se sentirão tão confortáveis a limpar um sensor manualmente, pelo que poderão sentir falta de uma automatização. As mudanças externas entre a D3300 e a D3400 são inexistentes. Ambas as câmaras usam o mesmo design do corpo e medem 124 x 98 x 76mm. É pena que a Nikon não tenha reformulado a D3400 para algo próximo da D5500, com maior conforto na pega: quem tiver mãos maiores poderão achar a pega da D3400 um tanto ou quanto pequena. De resto, não há muito mais a assinalar em relação à ergonomia, com os comandos mais importantes, como os botões de compensação de exposição, gravação de vídeo e seleção de modos a estarem perfeitamente alcançáveis. A insistência da Nikon em continuar a não ter um botão dedicado ao ISO é frustrante: e se o o botão de funções configurável está definido por defeito para ajustar a sensibilidade, o facto de estar por baixo do botão que abre o flash, significa que é apenas uma questão de tempo para abrir o flash acidentalmente. A D5500 sofre do mesmo problema, mas tem um ecrã tátil que compensa botões físicos, enquanto a D3400 conta com o mesmo ecrã de 3” e 921 mil pontos que equipa a D3300. Aparte de não ter funcionalidade tátil, cumpre com o básico, em termos de luminosidade, precisão de cor e ângulos de visão. Por fim, temos a objetiva de kit AF-P 18-55mm VR. Partilha o mesmo mecanismo retrátil da AD-S 18-55 VR II, que acompanhava a D3300, mas tem um anel de foco manual bem melhor, que funciona de uma forma surpreendentemente suave, considerando o preço que pagamos. A Nikon preocupou alguns por remover da objetiva os interruptores de foco e VR, no entanto, não será difícil fazer estes controlos através dos menus da câmara.

Desempenho

O desempenho do autofoco da D3400 depressa prova ser uma surpresa agradável. Apesar de o sistema de AF

EM ANÁLISE

NIKON D3400

ERRO DE COR Nikon D3400

3.1

Canon 1300D

4.4

Nikon D3300

4.1

Pentax K-S2

4.5 -5

0

RESULTADOS MAIS PERTO DO ZERO SÃO MELHORES

5

10

15

20

As quatro câmaras que escolhemos para este comparativo produziram uma precisão de cor assinalável. Vai ser difícil notar grandes diferenças entre as várias imagens.

RELAÇÃO SINAL-RUÍDO RAW 50

Decibéis

Fotografar com o Live View, de braços no ar, deu para perceber que o foco da D3400 é rápido e capaz.

40 30 20

10 AS PONTUAÇÕES MAIS ALTAS SÃO MELHORES. OS RESULTADOS RAW USAM IMAGENS CONVERTIDAS PARA TIFF.

Um teste de morte para a Amplitude Dinâmica da D3400. Felizmente passou com distinção.

400

1,600

6,400

25,600

Seja devido ao processamento da própria câmara ou à conversão dos ficheiros RAW, a D3400 não consegue igualar o desempenho das suas rivais.

AMPLITUDE DINÂMICA RAW Valor de exposição

não ser novo, faz uma dupla de sucesso com a nova objetiva AF-P: o autofoco é rápido, e mantém a velocidade com pouca luz e mesmo quando usamos o Live View. O novo motor não é completamente silencioso, mas mostra-se suave – já a transição de foco em vídeo é algo lenta. Bom seria que também os 11 pontos AF cobrissem mais imagem, apesar de terem um posicionamento adequado para a grande maioria dos assuntos. Desde que a D3200 mostrou o seu sensor de 24MP que a qualidade de imagem tem sido uma constante nas reflex de entrada de gama da Nikon. A D3400 mantém a direção e convence com uma amplitude dinâmica e sistema de medição convincente. A reprodução de cores é vibrante, mas fiel, e na grande maioria dos casos o detalhe é bom. Os resultados dos testes de resolução revelaram uma quebra na luminosidade máxima, com sensibilidades mais baixas, quando comparadas com a D3300 e D5500, ainda que depois equilibre a ISO 1.600. Em defesa da D3400, apresenta bom detalhe, mas não à altura da sua antecessora. A D3400 recupera terreno com a inclusão do SnapBridge. Isto ainda exige emparelhamento com um dispositivo inteligente, mas é mais fácil ligar-se por Bluetooth que por Wi-Fi. Uma vez emparelhados, mantém uma ligação constante enquanto a câmara se mantiver próxima do tablet ou telemóvel. As imagens aparecem automaticamente na aplicação SnapBridge cerca de 12

0 100

14 12 10 8 6 AS PONTUAÇÕES MAIS ALTAS SÃO MELHORES. OS RESULTADOS RAW USAM IMAGENS CONVERTIDAS PARA TIFF.

4 10

400

1,600

6,400

25,600

Depois de alguns resultados mais medíocres em ISO menores, acima de ISO 800 a D3400 equipara-se às suas concorrentes.

A NOSSA OPINIÃO...

segundos depois de fotografarmos. Apesar de serem comprimidas para 2MB para a transferência, são suficientemente boas para partilhas em redes sociais, razão pela qual a tecnologia foi pensada e criada. E isto basicamente resume a Nikon D3400: é boa o suficiente para o seu público. É pouco provável que quem use a D3300 ou mesmo a D3200 se sinta tentado pela D3400, mas para quem pretende entrar no universo das óticas Nikkor vai achar a D3400 uma opção mais capaz.

A Nikon já nos apresentou algumas reflex de entrada de gama fantásticas, mas a D3400 é apenas uma pequena evolução que quase faz esquecer algumas novidades face a outras evoluções menos significativas. É mais apelativa que a Canon 1300D, mas a Pentax K-S2 ainda é a melhor opção.

VEREDICTO CARACTERÍSTICAS CONSTRUÇÃO DESEMPENHO QUAL./PREÇO CLASS. FINAL

FEVEREIRO 2017

O MUNDO DA FOTOGRAFIA

97

EM ANÁLISE

LEICA M-D (TYP 262)

2

3

1

CSC w w w.comer c ial fo t o. p t

Leica M-D (Typ 262)

4

€ 6.100

Redescubra a alegria da antecipação com uma câmara digital que chega sem ecrã… ESPECIFICAÇÕES Sensor 24MP full-frame CMOS (23,9 x 35,8mm) Conversão de distância focal 1x Memória cartões SD/SDHC/SDXC Ocular visualização direta, com guias de orientação Resolução máxima de vídeo N/D Gama ISO 200-6.400 Autofoco Manual, via ocular Taxa máxima de disparos 3fps Ecrã N/D Velocidade de obturação 60-1/4.000 seg., Bulb Peso 680g (corpo, com bateria) Dimensões 139 x 42 x 80mm Fonte de energia Bateria de iões de lítio BP-SCL2 (incluída)

Esta câmara criou alguma controvérsia na redação da O Mundo da Fotografia 98

O MUNDO DA FOTOGRAFIA

IM, é verdade, a Leica M-D não tem um ecrã traseiro. Ao invés de um ecrã, temos um controlador de ISO. A ocular ótica não mostra mais do que a cena em frente à sua câmara, algumas guias sobre a área captada pela objetiva e alguma informação sobre a imagem e exposição. Esta câmara provocou alguma controvérsia por entre os elementos da nossa redação. Alguns pensam que isto é um absurdo, resultado talvez de uma ideia perversa do departamento de marketing. Outros, que incluem quem de facto fotografou com a M-D – tendem a ter uma impressão ligeiramente diferente. Não podemos olhar para as fotografias feitas pela M-D até estarmos de volta à base e as passarmos para o computador. Quando estamos a fotografar não conseguimos confirmar exposição, detalhe ou composição. Parece terrível, não

S

FEVEREIRO 2017

1

Atrás desta pequena janela está um espelho rotativo que produz imagens focadas. 2

A M-D tem uma ocular separada que não tem a mesma visualização que a própria objetiva da máquina. 3

Não, não tem LCD! O sítio onde poderia estar está ocupado pelo comando de ISO. 4

Para quem está habituado a objetivas de Kit, esta objetiva vai parecer muito pequena.

é? Mas era assim que fotografávamos no tempo do filme – e era possível. Mas, a Leica tem uma certa razão. Como não podemos verificar o que fotografamos, dedicamos mais atenção ao ato de fotografar. Temos de confiar na câmara – e em nós – para acertar, mas isto faz parte da arte de fotografar.

Características

A remoção do ecrã na M-D é uma característica chave. De outra forma, seria essencialmente uma Leica M (Typ 262). Temos um sensor CMOS full-frame de 24 MP – não é muito, nos dias que correm, mas é adequado às necessidades da câmara – não há vídeo ou Live View. O sensor foi criado para funcionar também com a enorme coleção de objetivas da era analógica da Leica, e não só da era moderna. O ISO máximo é 6.400 – mais uma vez, não é muito, mas note que a Leica tem muitas objetivas rápidas entre f/1.4 e f/2. O processamento de imagem está a cargo do motor da Leica, o Maestro, sendo que as imagens são gravadas

apenas em ficheiros DNG. A Leica M-D não faz JPEGs, pelo que o aspeto das suas fotos vai depender muito do que faz com os ficheiros RAW.

Construção e manuseamento

Fotografar com a série M da Leica é diferente de tudo o resto. A ocular é uma unidade separada que não reproduz o que é captado pela objetiva. Temos sempre o mesmo ângulo de visão, independentemente da objetiva usada, pelo que temos de usar guias na ocular, que mudam consoante a objetiva escolhida. Depois há o mecanismo de foco, que é único. Para focar alinhamos um pequeno retângulo “fantasma” no centro da ocular. Quando estiver exatamente sobreposto na imagem, o assunto estará focado. Usa uma ligação mecânica entre o anel de foco da objetiva e um espelho rotativo por trás de uma pequena janela, na parte frontal da câmara. Parece impossível ser preciso, mas é – mesmo com uma abertura de f/1.4 na Summilux 50mm. O único senão é que a imagem do espelho nem sempre é fácil de ver, e funciona melhor quando o assunto que focamos tem limites mais definidos – é complicado dar a volta a superfícies com padrões. E temos de nos lembrar de focar antes de disparar. Ou talvez não. As objetivas da Leica tem um longo curso de foco, com indicações de escala de distância e profundidade de campo para cada abertura. É relativamente simples focar distâncias específicas com um grau de precisão elevado, algo que nem sempre é fácil em muitas objetivas de kit mais comuns. Sendo pequena, a M-D parece pesada. Considerando a norma, as objetivas são pequenas, mas sólidas e com um foco suave. É fácil mexer no anel de abertura sem querer quando estamos a usar o anel de foco, mas isto será apenas uma questão de familiarização com o equipamento. Os controlos são muito simples. Cada objetiva tem um anel de abertura, e controlamos a velocidade de obturação através de um controlo no topo da câmara. Se quisermos que a câmara controle a exposição, definimos a velocidade do obturador para ‘A’, para mudar para o modo Prioridade à Abertura. (A Leica M-D não tem modos Prioridade à >

1

Contraste

2

A M-D cria imagem ricas e recheadas de contraste, mas podemos retirar sombras e ter mais detalhe se usarmos ficheiros DNG.

3

Detalhe

O sensor de 24MP recria tanto detalhe quanto poderíamos esperar, mas é a objetiva de 28mm f/1.4 que mais dá nas vistas.

Cor

A cor dependerá de si! A M-D usa penas ficheiros RAW DNG, nada de JPEGs, pelo que o processamento está nas suas mãos.

As rivais… Eis as câmaras que competem com a Leica M-D…

Fujifilm X-Pro2 € 1.799 A concorrente da Fujifilm tem um sensor APS-C mais pequeno, um preço mais baixo também e maior escolha no que a objetivas de kit diz respeito. Análise OMF 139

Leica Q € 4.100 (objetiva embutida 28mm f/1.7) Cara para a maioria, a Q é uma excelente Leica full-frame. E a objetiva Summilux 28mm f/1.7 é uma verdadeira maravilha.

FEVEREIRO 2017

Olympus Pen-F € 1.499 A Pen-F combina retro com tecnologia de ponta. Por fora tem controlos da velha guarda, por dentro tem o novo sensor Micro Quatro Terços de 20MP. Análise OMF 136

O MUNDO DA FOTOGRAFIA

99

As objetivas da Leica têm reputação por saber reproduzir detalhe, como se pode ver nesta imagem.

ERRO DE COR Leica M-D

27

Fujifilm X-Pro2

3.9 RESULTADOS MAIS PERTO DO ZERO SÃO MELHORES

-2.6

Leica Q Olympus Pen-F

11.6 -30

-20

0

20

30

A M-D parece menos precisa – mas a forma como os ficheiros RAW acabam depende de nós. Usamos o Camera Raw; outros softwares podem produzir resultados diferentes.

RELAÇÃO SINAL-RUÍDO RAW 50

Desempenho

Não podemos falar sobre o autofoco, simplesmente porque não tem, tal como o equilíbrio de brancos: a M-D só faz RAW. O foco manual é tão preciso quanto nós. O sistema de exposição é competente, favorecendo a luz em detrimento das áreas escuras, que é o que a maioria dos fotógrafos preferiria. A taxa de disparo de três imagens por segundo não impressiona, mas isto não é uma câmara para desporto. As imagens têm um ‘look’ distinto, que se pode dever ao processador de imagem da Leica, o Maestro, ou à qualidade das suas objetivas. As imagens revelam boas quantidade de detalhe e contraste, e a Summilux 50mm f/1.4, em particular, produz lindos fundos desfocados. A M-D e respetivas objetivas criam imagens muito “cinematográficas”. Em termos de desempenho técnico, não há nada que faça com que a resolução ou ruído da M-D se 100

O MUNDO DA FOTOGRAFIA

30 20 10 AS PONTUAÇÕES MAIS ALTAS SÃO MELHORES. OS RESULTADOS RAW USAM IMAGENS CONVERTIDAS PARA TIFF.

0 100

400

1,600

6,400

25,600

A M-D coloca-se mais ou menos a meio. As fotografias a ISO 200 parecem limpas, e o ISO máximo é de apenas 6.400, pelo que a qualidade da imagem não desceu por aí além.

AMPLITUDE DINÂMICA RAW

O sistema de medição da M-D favorece as altas luzes – mais tarde podemos recuperar as sombras.

destaquem por entre a concorrência de outras câmaras full-frame de 24MP, mas há algo na forma como processa as imagens que a torna única – isso e a experiência de fotografar com as “limitações” que apresenta. Posto tudo isto, não é uma câmara para todos. Alguns vão achar tudo isto natural, outros (talvez a maioria) não. Mas a verdade é que nos proporciona uma experiência diferente ao fotografar. Primeiro, porque deixamos de confirmar cada pixel após o disparo. Segundo, faz-nos pensar mais sobre o foco, velocidade e abertura. Em terceiro, ao retirar-nos a precisão da composição, oferecida pela maioria das câmaras, faz-nos procurar por algo mais – ao invés de fotografamos o que parece ser, tentamos fotografar o que está a acontecer, que é a essência da fotografia documental. Talvez seja isto que descreve melhor a M-D. Não é o que a M-D faz que a torna especial, mas o que nos faz fazer. FEVEREIRO 2017

Valor de exposição

Obturação ou Programa.) Estranhamente, a câmara que testamos não se desligava automaticamente quando não estava a ser usada. Fomos surpreendidos com a bateria a zero por algumas vezes. Mesmo que nos lembremos de a desligar é fácil ligar a câmara sem querer quando a guardamos numa bolsa. Há mais uma peça estranha a ter em conta, ou melhor, a remover: para tirar o cartão ou a bateria, é preciso remover a base da câmara. Isto é um género de “eco” das velhas câmaras de filme da Leica, onde temos de tirar a base para chegar ao rolo.

Decibéis

40

14 12

10 8 6

AS PONTUAÇÕES MAIS ALTAS SÃO MELHORES. OS RESULTADOS RAW USAM IMAGENS CONVERTIDAS PARA TIFF.

100

400

1,600

6,400

25,600

Os ficheiros DNG mostram densidade e contraste, quando abertos no Camera Raw, e a amplitude dinâmica é adequada. Pode ter de recuperar algumas áreas mais escuras.

A NOSSA OPINIÃO... Não é fácil classificar a M-D. Por norma basta fazer uma média dos critérios abaixo para chegar à nota final, mas o facto é que a M-D é má em alguns desses critérios e brilhante noutros que não listamos. É uma câmara ímpar e desafiante, que considerará ou inexplicável ou simplesmente inspiradora.

VEREDICTO CARACTERÍSTICAS CONSTRUÇÃO DESEMPENHO QUAL./PREÇO CLASS. FINAL

OBJETIVAS MACRO O pormenor é o centro das atenções neste confronto de oito objetivas macro. OAS notícias para o mundo da Fotografia de pequenos objetos. O redesign da objetiva de 90mm da Tamron aponta para novos níveis de excelência, enquanto a redução de preço da objetiva de 105mm da Sigma resulta numa excelente opção de preço/qualidade. A Samyang mostra objetivas manuais, enquanto a Tokina opta por não fugir a um design já “veterano”.

B

Posto isto, como se comportarão estas opções face às objetivas das grandes fabricantes? A opções da Canon e Nikon, de 100mm e 105mm, representam a mais alta tecnologia das marcas em objetivas macro. E se podem ser caras, mais será a opção da Sony, de 90mm. Já a opção da Olympus de Micro Quatro Terços, com 60mm, é bem mais acessível. Vamos aos testes…

EM CONFRONTO 1 2 3 4 5 6 7 8

Canon EF 100mm f/2.8L Macro IS USM € 1.179 Nikon AF-S 105mm f/2.8G IF ED VR Micro € 998 Olympus 60mm f/2.8 Macro M.Zuiko Digital ED € 525 Samyang 100mm f/2.8 ED UMC Macro € 499 Sigma Macro 105mm f/2.8 EX DG OS HSM € 498 Sony FE 90mm f/2.8 Macro G OSS € 1.195 Tamron SP 90mm f/2.8 Di VC USD Macro € 530 Tokina AT-X AF 100mm f/2.8 Pro D € 440

EM ANÁLISE

© Rogério Jardim

EM CONFRONTO - OBJETIVAS MACRO

FEVEREIRO 2017

O MUNDO DA FOTOGRAFIA

103

EM ANÁLISE

EM CONFRONTO - OBJETIVAS MACRO

Nikon FX

Canon EF

Canon EF 100mm f/2.8L Macro IS USM

Nikon AF-S 105mm f/2.8G IF ED VR Micro

€ 1.179

€ 998

Um caso de alta tecnologia

A melhor objetiva macro da Nikon?

ÁRIAS objetivas NITIDEZ MAIS ELEVADA É MELHOR macro contam com 2500 estabilizador ótico, mas este, desenvolvido 2000 especificamente para esta objetiva, é um sistema híbrido. Contraria momentos 1500 horizontais e verticais, mas também a vibração angular, ou 1000 oscilação. Em destaque também o autofoco ultrassónico, com 500 possibilidade de foco manual, e um botão limitador de autofoco de três 0 posições, criado para limitar os f/2.8 f/4 f/5.6 f/8 f/11 f/16 f/22 extremos máximo e mínimo. Centre Middle Edge A qualidade de construção No geral é excelente, mas o bokeh não inclui selagem resistente à água, e a é tão suave como as da Sony ou Tamron. objetiva vem acompanhada por um FRANJAMENTO MAIS BAIXO É MELHOR para-sol e uma bolsa. Incluído f/2.8 1.35 f/8 0.74 f/16 0.72 também nesta objetiva está um A f/2.8 não é preocupante, em elemento UD (Ultra-low grande-plano com aberturas limitadas. Dispersion), que assegurará mais DISTORÇÃO MAIS BAIXO É MELHOR nitidez e contraste e menos -0.74 aberrações cromáticas.

V

Desempenho

O Autofoco é rápido e preciso e, logicamente importante na fotografia macro, um controlo manual que se revela suave, permitindo ajustes muito precisos. O estabilizador híbrido funciona bem na grande maioria dos casos, mas em alguns grandes planos nem sempre consegue ser infalível. 104

O MUNDO DA FOTOGRAFIA

-2

-1

0

1

2

Apesar dos baixos níveis de distorção são, ainda assim, os mais elevados do grupo.

VEREDICT0 CARACTERÍSTICAS CONSTRUÇÃO DESEMPENHO QUAL./PREÇO CLASS. FINAL

FEVEREIRO 2017

NIKON tem várias objetivas ‘Micro’, incluindo dois modelos DX especificamente criados para câmaras de formato APS-C. A 105mm VR apresenta as especificações e características mais avançadas, e uma confortável distância focal para trabalhar. Esta foi a primeira objetiva macro do mundo a incluir estabilizador ótico, ainda que não seja um sistema híbrido. A qualidade de construção elevada inclui selagem resistente à água, um elemento ótico ED (Extra-low Dispersion), revestimento Nano Crystal (que reduz efeitos fantasmas e reflexos) e um AF ultrassónico. Existe um limitador de raio de AF mas, infelizmente, nos grandes-planos não permite bloquear distâncias maiores.

A

Desempenho

No geral, tanto o AF como o VR (Vibration Reduction) funcionam bem, mas não trazem grandes benefícios em grandes-planos mais extremos. O foco manual é mais preciso que na objetiva macro ‘G-type” da Ninkon, a qualidade de imagem é boa, mas a relação qualidade preço não é fantástica.

NITIDEZ MAIS ELEVADA É MELHOR 2500

2000

1500

1000

500

0 f/2.8

f/4

f/5.6

Centro

f/8 Meio

f/11

f/16

f/22

Borda

Os níveis são bons, mas não melhores que alguma da concorrência mais barata.

FRANJAMENTO MAIS BAIXO É MELHOR

f/2.8 1.92 f/8 2.26 f/16 2.31 Quase não se nota, mas sai do laboratório com os piores valores do grupo.

DISTORÇÃO MAIS BAIXO É MELHOR -0.49 -2

-1

0

1

Existe uma pequena distorção, mas um pouco inferior à da objetiva da Canon.

VEREDICT0 CARACTERÍSTICAS CONSTRUÇÃO DESEMPENHO QUAL./PREÇO CLASS. FINAL

2

EM ANÁLISE

EM CONFRONTO - OBJETIVAS MACRO

R L HO MEENTA X P

R L HO MEMF T Canon EF Fujifilm X Nikon FX Pentax K Samsung NX

Micro Quatro

Sony A Sony E Quatro terços Micro Quatro

Olympus 60mm f/2.8 Macro M.Zuiko Digital ED

Samyang 100mm f/2.8 ED UMC Macro

€ 525

€ 499

Estará a ver a dobrar M relação às objetivas das grandes fabricantes, a Olympus surge com uma opção muito acessível. Criada para o formato de Micro Quatro Terços, que requer um raio de imagem pequeno, é compacta e leve, com apenas 185g. Mesmo assim, é robusta e bem construída, com selagem de resistência à água. Este formato, que tem um fator de recorte de 2,0x proporciona uma distância focal efetiva de 120mm. Mas, mais importante para fotografia de macro, quando a usamos na distância focal mínima, a 20mm, duplica a ampliação máxima para 2,0x. O único problema é que esta distância é menor que o habitual, o que aumenta o risco de criar sombras sobre o assunto.

E

Uma opção para qualquer câmara

2500

2000

1500

1000

500

0 f/2.8

f/4

f/5.6

Centro

f/8 Meio

f/11

f/16 f/22

Borda

Os valores não impressionam, mas as imagens retêm de facto muito detalhe.

FRANJAMENTO MAIS BAIXO É MELHOR

f/2.8 0.12 f/8 0.7 f/16 0.8 Há muito pouco franjamento em praticamente qualquer abertura.

DISTORÇÃO MAIS BAIXO É MELHOR -0.07

Desempenho

Tanto o foco automático, como manual, funcionam muito bem em fotografia macro, isto devido a um sistema motorizado que revela grande precisão. A qualidade de imagem é geralmente é muito boa, e os revestimentos Zero evitam reflexos e efeitos fantasma. É simplesmente a melhor opção para câmaras deste formato.

-2

-1

0

1

A distorção radial é tão baixa que se torna quase impossível identificar.

VEREDICT0 CARACTERÍSTICAS CONSTRUÇÃO DESEMPENHO QUAL./PREÇO CLASS. FINAL

ISPONÍVEL numa grande variedade de encaixes, incluído o popular Micro Quatro Terços, Samsung NX e ambos os encaixes, A e E, da Sony, a Samyang é uma opção muito manual. Não só por não ter autofoco, como por a abertura ter de ser definida manualmente, através do anel de abertura. A única exceção vai para o modelo para as Nikon, que inclui a eletrónica e mecanismo necessários para ajudar a abertura a partir da câmara. A objetiva está bem pensada e porta-se muito bem. O anel de foco é longo e suave de operar, permitindo ter precisão em qualquer situação. Os elementos óticos são de grande qualidade e incluem lentes ED (Extra-low Dispersion) e HR (High Refractive).

D

NITIDEZ MAIS ELEVADA É MELHOR

2

Performance

2000

1500

1000

500

0

READINGS TAKEN FROM CENTRE f/2.8

f/4

f/5.6

f/8

Centro

Meio

f/11

f/16 f/22

Borda

Os níveis de nitidez são bons em quase todas as situações, mas nunca fantásticos.

FRANJAMENTO MAIS BAIXO É MELHOR

f/2.8 0.51 f/8 1.74 f/16 1.56 Um pouco pior que a media, especialmente em aberturas médias, mas nada de grave.

DISTORÇÃO MAIS BAIXO É MELHOR -0.36 -2

-1

0

1

2

Há alguma distorção radial, mas não frequente o suficiente para ser detetada.

A nitidez e contraste são bons, mesmo na abertura mais ampla, de f/2.8, e mantém-se consistente em quase todos os níveis de abertura. Infelizmente, quando usamos aberturas menores em reflex não Nikon, a imagem no Viewfinder escurece em demasia. FEVEREIRO 2017

NITIDEZ MAIS ELEVADA É MELHOR 2500

VEREDICT0 CARACTERÍSTICAS CONSTRUÇÃO DESEMPENHO QUAL./PREÇO CLASS. FINAL

O MUNDO DA FOTOGRAFIA

105

EM ANÁLISE

EM CONFRONTO - OBJETIVAS MACRO

LOR O VAG UR E S Canon EF Nikon FX Sony A Sigma SA

Sony E

Sigma Macro 105mm f/2.8 EX DG OS HSM

Sony FE 90mm f/2.8 Macro G OSS

€ 498

€ 1.195

Alto desempenho a baixo preço

Qualidade a preço demasiado elevado

STA objetiva macro é compatível com câmaras full-frame da Canon, Nikon e Sony A. É a opção com o preço mais acessível do grupo, algo que não seria de esperar se olharmos para a ficha técnica. A Sigma conta com autofoco ultrassónico, com limitador de três posições, estabilizador ótico com dois modos estático e ‘panning’, e dois elementos óticos SLD (Special Low Dispersion). Vem também com bolsa, um tapa-sol e um para-sol conversor, para utilização em câmras de formato APS-C. A qualidade de construção é boa, transmite robustez e solidez. O controlo do anel de foco manual é suave e preciso. O único pequeno revés é o facto de a Sigma não ter selagem com resistência à água.

E

2500

2000

1500

1000

500

0

READINGS TAKEN FROM CENTRE f/2.8

f/4

f/5.6

Centro

f/8 Meio

f/11

f/16 f/22

Borda

Há um desnível nos cantos extremos da imagem, mas não é preocupante.

FRANJAMENTO MAIS BAIXO É MELHOR

f/2.8 0.56 f/8 0.79 f/16 0.76 Não notamos grandes problemas, mesmo nos referidos cantos das imagens.

DISTORÇÃO MAIS BAIXO É MELHOR -0.12

Desempenho

A Sigma combina uma excelente qualidade de imagem com um autofoco preciso e uma estabilização eficaz, equiparável à Nikon (mais cara). Porque tem um estabilizador standard, e não um híbrido, perde para a Canon e Tamron na eficácia a curto alcance, ainda que tenha um preço imbatível. 106

O MUNDO DA FOTOGRAFIA

-2

-1

0

1

A pouca distorção é completamente indetetável na maioria das imagens.

VERDICT VEREDICT0 CARACTERÍSTICAS FEATURES CONSTRUÇÃO BUILD & HANDLING DESEMPENHO PERFORMANCE QUAL./PREÇO VALUE OVERALL CLASS. FINAL

FEVEREIRO 2017

A SÉRIE G, da Sony, para câmara de encaixe E, esta macro de 90mm foi criada para criar lindos bokehs. Inclui ainda um motor autofoco DDSSM (Direct Drive Super Sonic Wave Motor) e um limitador de três distâncias. Até tem um botão de bloqueio de foco, que não tem grande utilidade na fotografia macro, mas que pode ser útil em retratos, por exemplo. A par da objetiva da Tokina, o anel de foco tem um mecanismo que permite alternar entre foco manual e automático. A inclusão de um estabilizador ótico é um bónus quando usamos a objetiva na primeira geração das câmaras A7, que não têm estabilizador embutido. A excelente construção, com selagens resistentes à água, protege um conjunto com elementos ED (Extra-low Dispersion) e Super ED.

D

NITIDEZ MAIS ELEVADA É MELHOR

2

Desempenho

A qualidade de imagem, manuseamento, e desempenho geral são excelentes, mas não melhores que a opção bem mais barata da Tamron. Em última análise, esta é uma excelente objetiva, mas com um preço muito elevado.

NITIDEZ MAIS ELEVADA É MELHOR 2500

2000

1500

1000

500

0

READINGS TAKEN FROM CENTRE f/2.8

f/4

f/5.6

Centro

f/8 Meio

f/11

f/16 f/22

Borda

A nitidez aos cantos podia ser melhor, mas as áreas desfocadas são muito suaves.

FRANJAMENTO MAIS BAIXO É MELHOR

f/2.8 0.29 f/8 0.4 f/16 0.76 Suprime muito bem as aberrações cromáticas longitudinais e laterais.

DISTORÇÃO MAIS BAIXO É MELHOR -0.47 -2

-1

0

1

A par da Nikon, a distorção é ligeiramente pior que a média em teste.

VERDICT VEREDICT0 CARACTERÍSTICAS FEATURES CONSTRUÇÃO BUILD & HANDLING DESEMPENHO PERFORMANCE QUAL./PREÇO VALUE OVERALL CLASS. FINAL

2

EM ANÁLISE

EM CONFRONTO - OBJETIVAS MACRO

R L HO MEANON C

Canon EF Nikon FX Sony A

R L HO ME IKON N

Canon EF Nikon FX

Tamron SP 90mm f/2.8 Di VC USD Macro

Tokina AT-X AF 100mm f/2.8 Pro D

€ 530

€ 440

Redesenhada, renovada, impressionante

Qualidade de construção da velha guarda

TAMRON tem sabido NITIDEZ MAIS ELEVADA É MELHOR fabricar objetivas 2500 macro de 90mm populares. Esta nova edição é a segunda a contar com estabilizador 2000 ótico VC (Vibration Compensation) e autofoco USD (Ultrasonic Drive). 1500 E apesar de ter o mesmo conjunto de letras que a antecessora, 1000 apresenta um design novo. A par da da Canon, o novo estabilizador é um sistema híbrido que compensa 500 READINGS TAKEN movimentos axiais e vibrações. FROM CENTRE 0 As óticas foram pensadas para f/2.8 f/4 f/5.6 f/8 f/11 f/16 f/22 potenciar a qualidade do efeito Centro Meio Borda bokeh. O design incorpora um INos testes práticos esta objetiva manteve uma elemento LD (Low Dispersion) e nitidez espantosa em grandes-planos extremos. dois XLD (eXtra Low Dispersion), FRANJAMENTO MAIS BAIXO É MELHOR assim como revestimentos duplo f/2.8 0.09 f/8 1.36 f/16 2.06 estruturais nano, que reduz efeitos Superior à Nikon, o franjamento de cor é praticamente impercetível nas imagens. fantasma e reflexos, e ainda um revestimento de flúor no elemento DISTORÇÃO MAIS BAIXO É MELHOR frontal anti humidade. Tudo isto 0.09 são melhorias em relação à antecessora. -2 -1 0 1 2

OM um design relativamente datado, a Tokina nem tem estabilizador ótico. A variante para câmaras Canon tem apenas um simples motor elétrico para o autofoco, que não existe na versão para a Nikon. Isto significa que o autofoco torna-se impossível em corpos como a D3300 e D5500, que não têm embutidos motores de autofoco. Esta objetiva não tem foco interno, o que significa que a objetiva estende-se quando focamos ao perto. Mesmo assim é pequena e a distância máxima entre os extremos da objetiva é de 13,5cm, com zoom de 1.0x. Mas a Tokina até está bem engenhada, transmitindo a sensação de elevada qualidade. O anel de foco permite alternar facilmente entre foco manual e automático. Há muita distância e suavidade para operar o foco com suavidade, o que traz precisão.

A

Desempenho

O sistema de autofoco ultrassónico foi otimizado para fotografia macro mas é rápido e preciso a qualquer distância, tendo também um limitador de distância de três posições. A qualidade de imagem é fantástica, com contraste e nitidez soberbos.

Esta objetiva não provoca distorção, com resultados no laboratório quase perfeitos.

VERDICT VEREDICT0 CARACTERÍSTICAS FEATURES BUILD & HANDLING CONSTRUÇÃO PERFORMANCE DESEMPENHO VALUE QUAL./PREÇO OVERALL CLASS. FINAL

C

Desempenho

Quando permitido, o autofoco é lento e muito audível. A qualidade de imagem é muito boa, apesar da nitidez, que costuma ser excelente, diminuir a F/22, uma abertura comum na fotografia macro. FEVEREIRO 2017

NITIDEZ MAIS ELEVADA É MELHOR 2500

2000

1500

1000

500

0

READINGS TAKEN FROM CENTRE f/2.8

f/4

f/5.6

f/8

Centro

Meio

f/11

f/16 f/22

Borda

No geral é excelente, com a exceção a situar-se em aberturas próximas de f/22.

FRANJAMENTO MAIS BAIXO É MELHOR f/2.8 0.62 f/8 0.38 f/16 0.35 Estranhamente, é reduzido em quase todas as distâncias, seja qual for a abertura.

DISTORÇÃO MAIS BAIXO É MELHOR -0.01 -2

-1

0

1

2

Sem distorção, a Tokina sai do laboratório com resultados próximos da perfeição.

VERDICT VEREDICT0 CARACTERÍSTICAS FEATURES BUILD & HANDLING CONSTRUÇÃO PERFORMANCE DESEMPENHO VALUE QUAL./PREÇO OVERALL CLASS. FINAL

O MUNDO DA FOTOGRAFIA

107

EM ANÁLISE

EM CONFRONTO - OBJETIVAS MACRO

O VEREDICTO

Tamron chega em primeiro

A Tamron SP 90mm F/2.8 Di VC USD Macro é um verdadeiro espanto

NOVA encarnação da sua clássica objetiva macro de 90mm faz imagens com uma qualidade fantástica, tem uma excelente qualidade de construção e caraterística de topo. A objetiva da Canon não é tão precisa para grandes-planos extremos, e o desempenho geral da Nikon não é tão satisfatório. Em termos de qualidade de imagem, a objetiva da Sony aproxima-se da Tamron, mas tem um estabilizador mais standard. A opção da Sony é bem mais cara, no entanto, a Tamrom não tem uma

A

ESPECIFICAÇÕES E VEREDICTOS

Canon EF 100mm f/2.8L Macro IS USM

Nikon AF-S 105mm f/2.8 G IF ED VR Micro

Site

canon.pt

nikon.pt

Preço

€ 1.179

€ 998

Opções de encaixe

EF

Compatível com full-frame

versão da objetiva para as câmaras com encaixe E da Sony, ainda que esteja para breve uma opção para encaixe A, sem estabilização. Já a objetiva da Sigma tem um preço muito semelhante, o que a torna numa boa alternativa, que funciona muito bem na maioria das situações. A melhor opção para câmaras de Micro Quatro Terços recai na Olympus de 60mm, que tira todo o partido do facto deste formato duplicar a ampliação efetiva. A Samyang apresenta qualidade, para quem dispensa autofoco. Por fim, a Tokina tem boa qualidade de imagem num modelo muito retro.

Olympus 60mm f/2.8 Macro M.Zuiko Digital ED

Samyang 100mm f/2.8 ED UMC Macro

Sigma Macro 105mm f/2.8 EX DG OS HSM

olympus.pt

robisa.es

comercialfoto.pt

sony.pt

robisa.es

€ 525

€ 499

€ 498

€ 1.195

€ 530

FX

MFT

EF

X FX

E

EF FX

A

E FT MFT

Sim

Sim

Não

Sim

Sim

Sim

Sim

Sim

Elementos/Grupos

15/12

14/12

13/10

15/12

16/11

15/11

14/11

9/8

Lãm. diafragma

9 lâminas

9 lâminas

7 lâminas

9 lâminas

9 lâminas

9 lâminas

9 lâminas

9 lâminas

Autofoco

Ultrassónico (anel)

Ultrassónico (anel)

Motor passo-a-passo

Foco manual

Ultrassónico (anel)

Ultrassónico (motor)

Ultrassónico (anel)

Motor elétrico (apenas Canon)

Reajuste manual AF

Total

Total

Via menu

N/D

Total

Push-pull

Total

Push-pull

Distância de focagem mínima

0.3m

0.31m

0.19m

0.31m

0.31m

0.28m

0.3m

0.3m

Foco interno

Sim

Sim

Sim

Sim

Sim

Sim

Sim

Sim

Abertura mínima

f/32

f/32

f/22

f/32

f/22

f/22

f/32

f/32

Estabilizador ótico

Sim

Sim

Sim

Não

Sim

Sim

Sim

Não

Tamanho dos filtros

67mm

62mm

46mm

67mm

62mm

62mm

62mm

55mm

Acessórios incluídos

Para-sol, bolsa

Para-sol, bolsa

Nenhum

Para-sol

Para-sol, para-sol adaptador, caixa

Para-sol

Para-sol

Para-sol

Dimensões (P x L)

78 x 123mm

83 x 116mm

56 x 82mm

73 x 121mm

78 x 126mm

79 x 131mm

79 x 117mm

74 x 95mm

Peso

625g

750g

185g

705g

725g

602g

610g

540g

CARACTERÍSTICAS CONSTRUÇÃO DESEMPENHO QUAL./PREÇO OVERALL CLASS. FINAL

108

O MUNDO DA FOTOGRAFIA

FEVEREIRO 2017

K NX

EF FX

A SA

Sony FE 90mm f/2.8 Macro G OSS

Tamron SP 90mm F/2.8 Di VC USD Macro

Tokina AT-X AF 100mm f/2.8 Pro D tokinalens.com € 440

A

EF FX

@

EM ANÁLISE

MINICONFRONTO - SOFTWARE HDR

SOFTWARE HDR

Hoje em dia os sensores apanham maior amplitude dinâmica que nunca – mas até a melhor

1

2 O REC

ME

ND

AD

3

O

LOR O VAG UR SE

O Aurora HDR tem presets do guru do HDR, Trey Ratcliff, integração com Photoshop e Lightroom e ferramentas poderosas, compatíveis com Raw.

Melhorar esta imagem não foi nada difícil, graças à grande variedade de ‘presets” cuidadosamente disponibilizados pela EasyHDR.

A interface simples do HDR Darkroom coloca as opções básicas por trás de thumbnails e as mais avançadas num menu separado.

w w w. a u r o r a h d r. c o m

w w w. e a s y h d r. c o m

w w w. e v e r i m a g i n g . c o m

Aurora HDR 2017

EasyHDR 3

HDR Darkroom 3

€ 99

€29

€ 88

macOS

macOS

O AURORA foi criado em colaboração com Trey Ratcliff, guru do HDR que fornece uma série de ‘presets’ HDR. Só existe para Mac, mas estará para breve uma versão PC. A edição 2017 traz várias melhorias, incluindo processamento em ‘batch’, um novo Poralize Filter e Radial Masking, e melhoria da redução de ruído e velocidade de processamento, em 50%. A par de outras opções, o Aurora conjuga exposições separadas, corrige efeitos fantasmas, aberrações cromáticas e alinhamentos, em simultâneo. Podemos depois reduzir a força dos efeitos ou fazer ajustes manuais através de ferramentas, muitas vezes confusas, que envolvem layers e máscaras. Os efeitos são excelentes, com a maioria dos ‘presets’ a se mostrar apelativa, sem perder realismo. Melhorar esta imagem não foi nada difícil, graças à grande variedade de ‘presets” EasyHDR escolhidos.

VEREDICTO

110

O MUNDO DA FOTOGRAFIA

Windows

O EASYHDR faz jus ao nome, com uma interface intuitiva e uma considerável variedade de ‘presets’ que oferece equilíbrio entre realismo e arte. Apesar do ênfase na facilidade de utilização, existem várias opções a ter em conta, incluindo curvas de ajuste, gestão de tons e de cores. Mais, suporta também ficheiros raw e até a capacidade de processamento em ‘batch’. Mas são os resultados do EasyHDR os que mais impressionam. Nos testes em que conjugamos várias imagens não detetamos efeitos fantasma. Sabem igualmente como lidar com o ruído nas imagens. As velocidades de processamento são altas, tal como as pré-visualizações durante o processo de edição, isto sempre sem ter de recorrer a uma pré-visualização com imagem em baixa resolução. VEREDICTO

FEVEREIRO 2017

macOS

Windows

O EASYHDR até pode ter o nomes, mas é o HDR Darkroom o mais simples de usar, graças a uma interface simples e minimalista. Os thumbnails dos ‘presets’ adicionam equilíbrio, sendo que a seleção de um deles revela uma considerável variedade de opções, sem assustar. Temos apenas 16 ‘presets’ por onde escolher, mas juntos cobrem o básico e são simples de perceber. O mesmo se aplica às imagens de saída do HDR Darkroom, que impressionam sem exigir grande esforço. São equilibradas e quase sempre sem ruído e franjamento. Mas se usar o HDR Darkroom é divertido e produz bons resultados, podemos, todavia, questionar o seu valor. Temos compatibilida com raw e até processamento em ‘batch’, mas só se não tiver layers, histórico e mais algumas opções de gestão de tons. VEREDICTO

EM ANÁLISE

MINICONFRONTO - SOFTWARE HDR

imagem pode ser aperfeiçoada…

6

5

4

O HDR Efex Pro tem algumas opções muito úteis de visualização em ecrã dividido, e uma pré-visualização em alta resolução ótima.

Se sabe o que está a fazer, vai adorar as muitas opões do HDR Projects 4 - mas podem ser assustadoras para utilizadores menos experientes.

Há anos que a interface do Photomatix não muda. Este design parece ter vindo da vizinhança do Windows 98!

www.google.com/nikcollection

w w w. p r o j e c t s - s o f t w a r e . c o m

w w w. h d r s o f t . c o m

HDR Projects 4 Pro

Photomatix Pro 5

$ 99

€ 80

HDR Efex Pro Grátis macOS

O NIK COLLECTION, da Google, pode ser grátis, mas é um excelente caso do “tens o que pagas”. Para começar, a Google “embrulha” o HDR Efex com uma série de outros plug-ins de edição de imagem, mas por si só tem algumas opções, o que inclui 18 efeitos pré-definidos e uma boa maquia de opções para gerir cores e tons. Há ainda o Control Point, uma funcionalidade característica do pacote, boa para algumas edições rápidas e cirurgias. No geral, este software cria algumas imagens muito apelativas, sem prejudicar muito o realismo destas. Mas se olharmos com mais cuidado, começamos a notar, por exemplo, limites em imagens que tenham sido conjugadas, algo que não faz particularmente bem. Será também necessário correr o programa a partir de um software base, como plug-in do Photoshop, Lightroom ou Aperture. VEREDICTO

macOS

Windows

Windows

macOS

O HDR Projects é um dos mais completos, atualmente disponíveis. A variedade de opções é enorme, especialmente se entrar no modo Expert e revelar opções como algoritmos de processamento HDR, ou a enorme variedade de filtros. Estes incluem vários filtros para redução de ruído, ainda que possam ser demasiado suaves. Mas sem processarmos o ruído, as imagens testadsa revelaram bem mais ruído do que deviam. O HDR Projets (que entretanto já tem nova versão), conta com 134 estilos pré-definidos e pode ser comprada online por 99 dólares. Estes estilos são rápidos a produzir resultados, mas fazem apenas alterações básicas e simples. Os efeitos podem ser aplicados a toda a imagem, ou a áreas localizadas, com a utilização de máscaras. Por fim, aceita ficheiros raw e tem processamento em batch.. VEREDICTO

Windows

O PHOTOMATIX pode ser considerado por muitos utilizadores como o pai do software HDR – e, como muitos pais, começa a ficar velho. A interface parece datada, com menus flutuantes que não se alinham automaticamente quando ajustamos o tamanho da janela. A pré-visualização de efeitos revela-se preguiçosa, ainda que depois chegue em alta resolução. Considerando a concorrência, os 36 efeitos pré-definidos incluídos neste software parecem algo limitados mas, na generalidade das situações até se mostram cumpridores do que prometem à prióri. A variedade de opções de edição varia de efeito para efeito, com alguns a recorrerem a oito variáveis. Mesmo assim, o Photomatix consegue produzir alguns dos melhores resultados do. Consegue criar imagens HDR reais, com pouco ruído e sem efeitos fantasma. VEREDICTO

FEVEREIRO 2017

O MUNDO DA FOTOGRAFIA

111

NA ILHA COM UMA REFLEX Tony Worobiec

Premiado fotógrafo paisagista e documental www.tonyworobiec.com

C

O que está no top da sua ‘bucket list’? A publicação do meu projeto, em desenvolvimento, Route 66. Conte-nos um segredo da sua fotografia que nunca contou a ninguém. Quanto pior estiver a meteorologia, melhor a fotografia. Recortar ou não recortar? Devemos sempre fazer a composição considerando as proporções da câmara; não devia ser preciso recortar. Em que tipo de fotografia é pior? Tentei a fotografia de rua e, na verdade, sou mau. É preciso ser corajoso para ter sucesso este complicado género fotográfico. Local favorito à face da terra? Hanksville, Utah. 112

o mundo da fotografia

Neste momento, o que guarda no cartão de memória? Tenho estado a fotografar urze roxa na floresta Wareham.

Quem mais admira? Man Ray: ainda hoje vejo jovens estudantes de fotografia prestarem homenagens e este fotógrafo inovador.

Como descreveria a sua fotografia? ‘‘Paisagista documental’: muitas paisagens revelam a atividade do Homem, algo que gosto de ilustrar.

Quantas fotografias tira? Sou disciplinado, por isso, numa viagem de três semanas aos EUA, por exemplo, não tiraria mais que 800. Tento editar o meu trabalho ao longo do tempo.

O que transporta na sua mala neste momento? Uma Canon 5D Mark III e o corpo de uma Canon 5DS, e objetivas de 24-70mm, 100-400mm e uma grandeangular de 17-40mm. E as objetivas têm-se tornado tão boas que raramente uso objetivas fixas. Se não fosse fotografia, o que estaria a fazer? Tornei-me fotógrafo profissional relativamente tarde. Fui professor de arte durante muitos anos, mas à medida que me envolvia cada vez mais com os livros, percebi que não podia fazer as duas coisas. Por quanto é que vendeu a sua fotografia mais cara? Vendi uma composição obscura a uma empresa de software por € 4.500. FEvEREIRO 2017

Arrependimentos? Isto pode parece algo presunçoso, mas nem por isso. Colegas meus costumam dizer que fui “corajoso”, quando abandonei o ensino, mas as coisas têm corrido melhor do que esperava. Que livro é de leitura obrigatória para um fotógrafo? Bad Land, de Jonathan Raban, que rdprlhs nrm retrato das razões por trás da despovoação selvagem das terras altas norte-americanas. É um relato de viagem muito respeitado e citado. Que reflex levaria para uma ilha deserta? Foi preciso um grande poder de persuasão para abandonar a Pentax 67, mas desde que comprei a Canon EOS 5D Mark II, nunca mais olhei para trás.

© Ilustração: Andy McLaughlin

om que fotógrafo(a) (vivo ou não) gostaria de jantar? John Swannell: conheci-o e achei-o muito espirituoso e extremamente modesto. Outro seria o meu herói de sempre, Joel Meyerowitz.

SECTION HEAD

Support line in here

142

no cd tudo o que pode encontrar no cd que acompanha a revista

vÍdeos do mÊs Fabricado na UE OMF142/Fevereiro/2017

1

1

melhore as suas fotografias De astros Junte duas imagens numa

Dê o brilho que faltava às suas imagens.

2

Dicas para um resultado fantástico.

Clique aqui

3 Destaque o seu assunto

Duas técnicas simples e eficazes.

2 faÇa imageNs ComPostas

para descarregar os conteúdos do CD

3 tÉCNiCas De DessaturaÇÃo

Que molhoram as suas fotos

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5Regras de participação

Ganhe prémios com as suas fotografias.

6

142

Guia de compras detalhado Câmaras, objetivas e acessórios extra.

O Melhor da é

Conheça o Olhares de fevereiro.

este CD é parte integrante da edição nº 142 da revista O Mundo da Fotografia e não pode ser vendido separadamente.

os meLhores guias passo-a-passo

O melhor da edição de imagem: domine os programas de edição de topo | Parte 13

pO

D

parte 13

Melhore as suas fotografias de astros

Guia de compras

pa r s e te r in v e te n gr D iD an O t se e pa Da r re a v D is a m ta en e te n . ãO

de min 24 VÍ ut DE os OS

Acompanhe os tutoriais de edição de imagem da revista com estes detalhados vídeos passo a passo.

No CD deste mês:

Imagens dos leitores

e

o meLhor da ediÇÃo de imagem

Curso de vídeo intensivo

Av. Infante D. Henrique, nº 306, Lote 6, R/C 1950-421 Lisboa

C

D

Edição de Imagem O

Aviso importAnte: este CD-rom é compatível com os sistemas operativos Windows e mac os. A listagem detalhada dos conteúdos deste CD-rom está disponível nas páginas da revista. A Goody s.A. verificou com um antivírus todas as fases de produção deste CD-rom. Apesar disso, recomendamos a utilização de um antivírus antes de proceder à sua utilização e/ou instalação de ficheiros nele contidos. A Goody s.A. não pode ser responsabilizada por qualquer dano causado pela utilização deste CD-rom ou de ficheiros nele contidos. se persistir algum problema na utilização deste CD-rom, pode contactar-nos através do endereço de e-mail [email protected], mencionando como assunto Ajuda CD. no caso de um CD-rom estar danificado, com riscos profundos ou partido, contacte-nos para que possamos proceder à sua substituição gratuita. Use o endereço de e-mail [email protected] para esse efeito.

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114

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Guia de compras Um útil conselheiro com As Análises em pdf qUe vAmos pUblicAndo Ao longo dos meses.

novembro 2015

o mundo da fotografia

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