Revestimentos Argamassados: Conceito E Tipos De Revestimentos

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REVESTIMENTOS ARGAMASSADOS Conceito e tipos de revestimentos procedimentos utilizados na aplicação de materiais de proteção e de acabamento sobre superfícies horizontais e vertica’l de proteção

de acabamento superfícies horizontais superfícies verticais

Edificações → três tipos de revestimentos Revestimento de paredes; Revestimento de pisos; Revestimento de tetos ou forro.

Funções do revestimento Proteger a alvenaria e a estrutura contra a ação do intemperismo, no caso dos revestimentos externos; Integrar o sistema de vedação dos edifícios, contribuindo com diversas funções, tais como: isolamento térmico (~30%), isolamento acústico (~50%), estanqueidade à água (~70 a 100%), segurança ao fogo e resistência ao desgaste e abalos superficiais;

Argamassa de revestimento A argamassa de revestimento é utilizada para revestir paredes, muros e tetos, que, normalmente, após recebem acabamentos (pintura, revestimento cerâmico, laminados, etc);

O revestimento de argamassa pode ser constituído por uma ou diversas camadas;

Argamassa de revestimento

Normas técnicas NBR 7200:1998 - Execução de Revestimento de Paredes e Tetos de Argamassas Inorgânicas Procedimento NBR 13281:2005 - Argamassa para Assentamento e Revestimento de Paredes e Tetos - Requisitos

NBR 7200:1998 - Objetivo Fixa o procedimento de execução de revestimento de paredes e tetos, quanto as seguintes etapas: - Preparo e aplicação dos diversos tipos de argamassas; - Preparo da base de revestimento - Acondicionamento das argamassas - Cuidados de aplicação

NBR 7200:1998 – especificação de projeto e programa de execução Projeto para execução da etapa de revestimento de argamassa, deve constar: - Tipo de argamassa e respectivos parâmetros para definição dos traços - Nº de camadas - Espessura de cada camada

- Acabamento superficial - Tipo de revestimento decorativo

Verificações preliminares Verificar as condições da base Verificar as condições para execução (ferramentas, período, segurança, ergonomia, logística do canteiro) Garantir a qualidade de argamassa realizada em obra – central de produção de argamassa (misturador mecânico, ponto de água, peneira, dispositivo para medição) Instalações hidrossanitárias devem estar executadas e testadas Instalações elétricas e telefônicas devem estar embutidas

Os vãos das esquadrias devem estar definidas e com os contramarcos fixados (se for o caso).

Cronograma de execução

NBR 7200:1998 – Produção de argamassa Traço deve ser em massa (especificado em projeto) – o responsável pela execução deve converter o traço em medidas em volumes através de recipientes de volume conhecido e identificados com cores. Deve ser considerado como referência volumes compatíveis com o consumo de sacos inteiros do aglomerante.

NBR 7200:1998 – Produção de argamassa As argamassas devem ser misturadas por processo mecanizado

Tempo de mistura entre 3 e 5 minutos; O volume deve ser controlado de modo que seja utilizado em prazo máximo de 2h e 30min

Para temperatura acima de 30ºC, forte insolação sobre o estoque de argamassa ou umidade relativa do ar inferior a 50% o prazo máxima deve ser reduzido para 1h e 30min Prazos podem ser alterados se utilizado aditivos retardadores, conforme recomendações de fabricantes.

Preparo da base Deve ser verificado nível, prumo e planeza da base; Caso ocorra irregularidade na base, estas devem ser corrigidas como: -

Retirada de pontas de ferro e rebarbas das juntas da alvenaria

-

Correção de furos, rasgos ou depressões com argamassa de assentamento de alvenaria, da seguinte forma: - enchimento com argamassa desde que apresente profundidade inferior a

5cm;

- para espessuras maiores que 5 cm – realizar em etapas, devendo a segunda ser realizada, no mínimo, após 24h da primeira e ser levemente umedecido antes da aplicação; - correção dos rasgos acima de 5 cm com aplicação de tela metálica galvanizada e enchimento com cacos de tijolos / blocos

Chapisco O chapisco é uma camada de preparo da base com a finalidade de uniformizar a superfície quanto a absorção e melhorar a aderência do revestimento. A argamassa deve ser aplicada com uma consistência fluida, assegurando maior facilidade de penetração da pasta de cimento na base a ser revestida e melhorando a aderência na interface revestimento-base. O chapisco facilita a ancoragem do emboço. Espessura em torno de 3 mm

Chapisco deve cobrir toda a superfície com uma camada de argamassa fina, que torna a base áspera e aderente. Geralmente utilizado argamassa com traço 1:3 (cimento e areia grossa) ou argamassa pronta para projeção ou chapisco rolado

Chapisco convencional Este processo é realizado com o profissional aplicando a argamassa com uma colher de pedreiro lançando-a com força e de maneira uniforme, formando uma superfície rugosa (cheia de “imperfeições”) que servirá como ancoragem para a próxima camada de argamassa.

Chapisco rolado http://www.weber.com.br/argamassas-tecnicas/o-guia-weber/produtos/chapiscar/webertec-chapisco-rolado.html

Indicado para:

Aplicações como ponte de aderência para argamassas de revestimento. Misturar com água, sem necessidade de aditivos líquidos.

Aplicação fácil com rolo de textura alta. Criar uma superfície rugosa que favoreça a ancoragem do revestimento.

Regularizar a absorção do suporte, evitando variações no revestimento decorrentes de cura diferenciada sobre concreto, alvenaria e juntas de assentamento.

Chapisco rolado Bases para aplicação em superfície: Superfícies de concreto liso ou rugoso. Alvenarias em: blocos de concreto blocos cerâmicos Tetos de lajes pré-moldadas de: concreto

blocos cerâmicos blocos de poliestireno expandido (EPS)

Chapisco rolado Revestimentos compatíveis:

Argamassas de revestimentos à base de cimento e cal. Argamassas decorativas. Gesso ou argamassa de gesso. Não indicado para: Superfícies pintadas Metal ou madeira

Preparação da base

Chapisco projetado Maior produtividade, uniformidade e garantia de bom desempenho são algumas das características prontamente associadas às argamassas projetadas.

"A projeção permite melhor compactação [da argamassa sobre a superfície] por lançar o material em grânulos pequenos, os quais se acomodam melhor diminuindo tanto a quantidade de defeitos na interface entre a argamassa e a superfície quanto o volume do material aplicado, minimizando também o ar aprisionado na mistura", comenta Rafael Pileggi, professor da Escola Politécnica de São Paulo. garantia de constância da energia de lançamento obtido pelo uso de equipamentos, dificilmente alcançada manualmente. Essas características combinadas resultam em uma resistência de aderência maior e mais uniforme à argamassa de projeção, cuja espessura é similar às das aplicadas pelo método convencional.

Aplicação da argamassa de revestimento Não deve ser aplicada em ambientes com temperatura inferior a 5ºC. Se temperatura maior que 30ºC, ou baixa umidade relativa do ar, ou ventos fortes ou insolação forte e direta sobre os panos, deve-se manter úmida pelo menos nas 24h através de aspersão de água.

Emboço Camada de revestimento executada para cobrir e regularizar a base, propiciando uma superfície que permita receber outra camada, de reboco ou de revestimento decorativo (por exemplo, cerâmica) O plano de revestimento será determinado pelo tamanho da régua a ser utilizado para sarrafear. Devem ser fixadas as taliscas (de material cerâmico) com a mesma argamassa de revestimento.

Após a definição dos planos, faz-se as mestras ou guias, através do preenchimento das faixas entre as taliscas, que será regularizada pela passagem da régua.

Faz-se o preenchimento entre as guias, lançando a argamassa com auxílio da colher de pedreiro ou através do processo mecânico. Nesta operação deve-se retirar as taliscas e preencher os vazios. Após adquirir consistência adequada faz-se a retirada do excesso de argamassa e a regularização pela passagem da régua, preenche-se os vazios, repetindo o sarrafeamento até obter uma superfície plana e homogênea.

Realizar o acabamento final através de desempeno (alisamento da superfície) No caso de arestas – fixar uma régua na extremidade da parede e após realizar o lançamento da argamassa e acabamento da superfície No caso de juntas – colocar um elemento com dimensão igual a espessura da junta antes do lançamento da argamassa. Após adquirir consistência apropriada, retirar o elemento, corrigindo possíveis falhas.

Equipamentos utilizados

Etapas do emboço Etapa 1 - Colocação dos tacos ou taliscas pequenas peças de madeira ou de ladrilhos cerâmicos colocados sobe a superfície a ser revestida e que servirá de referencia para o acabamento tacos devem ser aprumados e nivelados nas distâncias indicadas

Etapas executivas do emboço A partir das taliscas na parte superior da parede – fio de prumo – outras na parte inferior (30 cm do piso) e intermediárias

Etapas executivas do emboço

Etapas executivas do emboço

Etapas executivas do emboço Etapa 2 - Execução das mestras tacos consolidados (mín 2 dias) preenche-se o espaço entre as taliscas verticalmente com a mesma argamassa do emboço estando a massa firme com o uso de uma régua de alumínio (desempenadeira), apruma-se as mestras que servirão de guia para a execução do revestimento

Etapas executivas do emboço

Etapas executivas do emboço Etapa 3 - Emassamento da parede

consolidados as mestras (mínimo 2 dias) preenchimento dos vãos entre as mestras com argamassa de revestimento em porções chapadas cuidando para que fique um excesso em relação ao plano das mestras caso da espessura do revestimento ficar maior que 2 a 3 cm, executar em camadas menores em intervalos de no mínimo 24 horas

Aplicação da argamassa ✓ Manual ✓ Projetada mecanicamente

Aplicação da argamassa

Etapas executivas do emboço

Etapas executivas do emboço Etapa 4- sarrafeamento

início logo que a argamassa tenha atingido o ponto de sarrafeamento, usando uma régua desempenadeira de baixo para cima, retirando o excesso de material chapeado

ponto de desempeno - pressionar com o dedo a superfície chapeada. O dedo não mais penetra na argamassa (apenas uma leve deformação), permanecendo praticamente limpo

Etapas executivas do emboço

Etapas executivas do emboço Etapa 5 – Desempeno

Uso de desempenadeira – aço, madeira, feltro – conforme acabamento desejado; se a parede for receber revestimento cerâmico, basta um leve desempeno com desempenadeira de madeira, cuidando para não deixar incrustações nos cantos e no piso próximo ao rodapé.

Reboco Camada de revestimento utilizada para cobrimento do emboço, propiciando uma superfície que permita receber o revestimento decorativo (por exemplo, pintura) ou que se constitua no acabamento final

Camada única Revestimento de um único tipo de argamassa aplicado à base, sobre o qual é aplicada uma camada decorativa, como, por exemplo, a pintura; também chamado popularmente de “massa única” ou “reboco paulista” é atualmente a alternativa mais empregada no Brasil

Aderência O termo aderência é usado para descrever a resistência e a extensão do contato entre a argamassa e uma base (substrato); Assim, não se pode falar de aderência de uma argamassa sem especificar em que material ela está aplicada, pois a aderência é uma propriedade que depende da interação dos dois materiais;

Aderência A aderência da argamassa endurecida ao substrato é um fenômeno essencialmente mecânico, devido, basicamente, à penetração da pasta aglomerante ou até mesmo da argamassa nos poros ou entre as rugosidades da base de aplicação; Quanto maior for o contato entre a argamassa e o substrato, maior será a aderência obtida;

Aderência

Aderência

Argamassa 1:3 (Ci:Ar)

Argamassa 1:1/4:3 (Ci:Cal:Ar)

Aderência

Retenção de água A retenção de água é a capacidade da argamassa no estado fresco de manter sua consistência ou trabalhabilidade quando sujeita a solicitações que provocam perda de água por evaporação, sucção do substrato ou pela hidratação do cimento e carbonatação da cal;

Retenção de água Essa característica é importante, pois permite a adequada hidratação do cimento, o endurecimento da argamassa de forma gradativa, garantindo o desempenho esperado no revestimento ou no assentamento;

Retração A retração é resultado de um mecanismo complexo, associado com a variação de volume da pasta aglomerante e apresenta papel fundamental no desempenho das argamassas aplicadas, especialmente quanto à estanqueidade e à durabilidade;

Retração A pasta, sobretudo se possui alta relação água/cimento, retrai ao perder água em excesso de sua composição; Quando se mistura areia à pasta, ou seja, se prepara a argamassa, a areia atua como esqueleto sólido que evita parte das variações volumétricas por secagem e o risco da fissuração;

Retração

Retração Cuidados com: ✓ ✓ ✓ ✓ ✓ ✓ ✓

Clima seco, quente e com ventos fortes; Substrato muito absorvente; Espessuras elevadas em revestimentos; Blocos ou tijolos muito secos no assentamento; Quantidade de pasta por m3; Granulometria da areia; Teor de materiais pulverulentos;

LEITURA COMPLEMENTAR Manifestações patológicas associadas à etapa de revestimentos argamassados Pesquisar/identificar artigo/trabalho cujo objetivo esteja relacionado com a temática

RDM – Revestimento Decorativo Monocamada

MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS - Formação de manchas de umidade com desenvolvimento de bolor - Descolamento da argamassa de revestimento - Descolamento entre a camada de reboco e emboço - Formação de fissuras e trincas na argamassa de revestimento que permite a infiltração de água no interior da edificação.

SOLUÇÕES PARA EVITAR MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS Para evitar a ocorrência de manifestações patológicas, devem ser definidos e executados os detalhes construtivos que protegem o revestimento da fachada e contribuem para o seu melhor desempenho como:

- Juntas de trabalho – função de subdividir o revestimento para avaliar tensões provocadas pela movimentação da base ou do próprio revestimento evitando a formação de fissuras que permitam a infiltração de água (horizontais ou verticais)

SOLUÇÕES PARA EVITAR MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS - As juntas devem ser realizadas logo após a conclusão do pano do emboço utilizando ferramentas como régua dupla e frisador (a cada 3 m na horizontal e a cada 6m na vertical);

- Pingadeiras - Telas de reforço – absorvem e dissipam as tensões provocadas no revestimentos evitando a formação de fissuras – deve ser colocada durante a execução imersa na argamassa para que as tensões sejam efetivamente distribuídas.

Revestimento decorativo monocamada (RDM) Também conhecido como monocapa;

Trata-se de um revestimento aplicado em uma única camada, que faz, simultaneamente, a função de regularização e decorativa, muito utilizado na Europa; A argamassa para revestimento decorativo monocamada A argamassa para revestimento decorativo monocamada (ARDM) é constituída pela mistura homogênea dos seguintes materiais básicos, variando eventualmente conforme o fabricante:

Revestimento decorativo monocamada (RDM) cimento branco estrutural; agregado proveniente de dolomita, (composto de agregados minerais trigonais de carbonato de cálcio e magnésio), passante nas peneiras de abertura 0,15mm e 0,075 mm; cal hidratada; pigmentos minerais inorgânicos; retentor de água; incorporador de ar; fungicidas; plastificantes. O produto consiste num material em pó, industrializado, fornecido em sacos de 30kg para ser misturado com água e resultar em uma argamassa pronta para ser aplicada.

Revestimento decorativo monocamada (RDM) Os fabricantes recomendam a aplicação do RDM em três tipos de substratos: blocos de concreto, sem utilização de chapisco; blocos cerâmicos, sem utilização de chapisco; estruturas de concreto armado, previamente tratadas com chapisco

Revestimento decorativo monocamada (RDM) A aplicação do RDM pode ser feita manualmente ou através de projeção mecânica, esta última é a técnica, mais utilizada em paises europeus; porém nem sempre utilizada no Brasil, principalmente em função da inadequação de alguns equipamentos para projeção de argamassa disponíveis.

Revestimento decorativo monocamada (RDM) Análise das características dos panos de fachada a serem executados diariamente: não devem possuir mais de uma cor de revestimento

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