Desbloqueio Da Mente Milionária: Maratona De Lives

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Maratona de Lives

DESBLOQUEIO DA MENTE MILIONÁRIA Resumo da Live 07

Por Pablo Marçal

E aí, Titi na área! Vamos quebrar tudo! Faça um excepcional dia! Hoje nós vamos ter o prazer de falar com um cara que é um verdadeiro tubarão! João Appolinário! PABLO: João Appolinário! O mestre Polishop! Costuma acordar cedo, João?

da

JOÃO: Eu não tenho medo de acordar cedo, Pablo! Tenho medo de quem acorda tarde! PABLO: Isso aí... o homem tem todas as respostas... João Appolinário, vamos decolar! A gente está fazendo uma série que se chama “Desbloqueio da Mente Milionária” e o alvo não é fazer "playboyzada" ganhar dinheiro, mas ter famílias que de fato trazem prosperidade como a sua, como a nossa e a de muitos outros, e pra mim é uma honra te receber aqui. Você que é um homem de princípios e valores da nossa nação, um dos mais desbloqueados do Brasil, que a gente pode ter o prazer de ouvir. Homens que chegam no seu patamar não gostam muito de ficar ensinando as coisas e eu vejo que você está bem comprometido com o ensino. O meu muito obrigado por ter aceitado o convite.

JOÃO: Eu que agradeço! É um prazer poder estar aqui dividindo um pouquinho com você e te ouvindo também. Podendo ter a oportunidade de estar passando alguma coisa, as minhas crenças, aquilo que de certa forma acabou fazendo a diferença pra mim e eu acho que pode ajudar a fazer diferença para muitas pessoas. PABLO: Ontem, fizemos uma live sobre Modelagem, que é pegar a frequência de pensamento. Então, vou te fazer perguntas focadas em como o Appolinário pensa. E, a primeira é: você é o rei da TV, está com 140 horas diárias de anúncio televisivo. Como começou isso? Modelou alguém? JOÃO: Eu morava em Miami em 1997 e o Brasil estava com vários problemas de segurança, crises de sequestros. E eu falei: “Poxa, vou cuidar da minha vida!” Lá, comecei a refletir e pensar em várias coisas: que não faria sentido eu abandonar tudo o que meu pai já tinha feito, sua carreira, seu dinheiro e seu sucesso. Eu não podia largar isso para trás. Conheci o Emerson Fitipaldi e vi a expectativa de um varejo diferente, no começo do e-commerce mundial, a televisão ainda era muito forte, muito mais forte do que hoje.

Um varejo onde eu leve inovação, mas não inovação por inovação, e sim, produtos para que a pessoa possa viver melhor. Para facilitar a vida, tanto é que nosso slogan é: “Novas ideias facilitam a sua vida.” Para mim, o foco sempre foi em não vender produto, mas em vender benefício. Benefício não tem preço, benefício tem valor, e eu queria trabalhar com valor percebido e é assim que a gente trabalha. Eu teria que demonstrar o produtdo um por um, com uma equipe de 10, 20, 30, 50 ou 100 pessoas, ou ia para a televisão. No momento, a televisão era o mais adequado. Eu não queria fazer aquilo que todo mundo fazia. O varejo já estava extremamente saturado naquela época. A Polishop nasceu em 1999 e o varejo já era complicado. Meu pai estava no varejo de automóveis, super complicado nos EUA, e, no Brasil, a tendência era a mesma. Então, vi uma oportunidade ao olhar para onde as pessoas não estavam olhando. A oportunidade está aí e temos que nos preocupar em achar o nosso espaço, independente do segmento que resolvemos atuar.

PABLO: Lembro bem da mentoria em Orlando, nunca vou esquecer os 2 dias que você foi o nosso professor, investindo nos 20 empresários. Uma das coisas que mais me chocou, e eu gostaria que você compartilhasse com a galera, foi que sua empresa está localizada em shoppings, vende eletrônicos, mas você optou por não vender TV, porque a faixa mediana pensa em ficar fazendo a mesma coisa que todo mundo. Você pode falar um pouco disso? JOÃO: Você falou que a minha empresa vende eletrônicos. Eu não vendo eletrônicos. Isso é interessante. Alguns anos recebemos prêmios como Melhor Atendimento, Melhor Empresa do Shopping, sempre no segmento de Eletrônica, mas não vendo esse tipo de produto, como TV, aparelho de som, com raras exceções, quando é um produto muito diferenciado e inovador em algum aspecto. Há pouco tempo acharam uma caixinha para inserir a Polishop em Shoppings, que é o Segmento de Inovação. Eu não sou comprometido com uma linha de produtos. Não tenho compromisso com a linha gourmet, fitness ou com eletrônica. Sou comprometido com a Inovação!

O que as pessoas procuram ao entrar na loja da Polishop, seja ela física ou virtual, é alguma coisa nova, diferente, que possa facilitar sua vida. Eu não acredito que ninguém acorda querendo comprar uma centrífuga. Ela acorda querendo tomar um suco natural, feito na hora de forma rápida. A centrífuga não tem valor, mas o suco pronto naquela hora, gostoso, natural, tem valor. Nosso primeiro case de sucesso foram os Grills George Foreman e ninguém queria comprar um grill. O que as pessoas queriam era um grelhado com 30% menos gordura. Ninguém quer comprar uma fritadeira elétrica, que é um produto mais atual, o AirFryer, e, sim, comer um alimento com o mesmo sabor do frito, mas sem usar óleo. O que estou vendendo, então? Uma fritadeira ou o alimento frito sem usar óleo? Estou vendendo alimentação saudável. Estamos baseados no tripé ligado a saúde, beleza e tempo.

Tudo o que eu puder entregar para que você que de alguma forma te ajude a ganhar saúde, beleza, que é relativo, como menos gordura ajuda ter menos colesterol e a não engordar, e tempo, que é a forma mais rápida de fazer algo, por exemplo, não preciso ficar em pé na beirada do fogão esperando a gordura esquentar. Isso é o que as pessoas buscam: algo que realmente atenda às suas necessidades. Cada vez menos as pessoas compram sem o menor objetivo, sem sentido, e estão cada vez mais focadas em benefícios e na experiência na hora de fazer a compra. PABLO: Um dia, eu estava com o Marcelo Cherto, que me contou uma história sobre você estar indignado com uma propaganda de um celular que tinha TV. Você disse: “Isso aqui não vende, deveria estar falando que a pessoa poderia assistir sua novela em qualquer lugar. Jogo de futebol no aparelho celular. Benefícios.” A gente entendeu que a marca é muito relevante e a função do produto também é, mas as pessoas não estão muito a fim do produto, estão atrás de benefícios. O João é alguém que entendeu isso antes de todo mundo e começou a vender benefícios.

PABLO: Quais são os 3 mentores, pessoas que serviram de inspiração pra você e se você os tem até hoje? Eu vejo que você sempre fala de forma muito carinhosa sobre seu pai, como sua fonte de inspiração. Mas fora seu pai, quais foram os homens que te inspiraram? Você tem mentores hoje? JOÃO: Sem dúvida, meu pai foi uma pessoa super importante na minha vida, porque o que aconteceu comigo naquele momento e o que acontece na vida de muitos empreendedores, é que eu não precisava simplesmente do dinheiro. Quando um negócio é bom, desde o início ele é muito bom. Então você consegue fazer com que ele se autoalimente. Eu precisava muito de mentoria. O Brasil é um país muito difícil de empreender, com leis fiscais e trabalhistas complicadas, um sistema de contabilidade muito complicado. Enfim, tem várias coisas que te deixam gastando tempo e energia, ao invés de você gastar energia com seu business de fato. Eu tenho várias pessoas que me inspiram e que eu procuro tirar o melhor delas.

Naquele momento, eu não entendia de marketing e fui levar o nosso primeiro produto para um escritório de marketing direto. As pessoas condenaram o produto e falaram que não era adequado, era grande e caro. Eu fui buscar orientações de pessoas que não eram especialistas naquilo. Eu tenho uma pessoa que eu já conhecia, muito focada em marketing, e fui assistir a uma palestra dele na FGV. Ele me ajudou muito. Na parte administrativa, não tive uma estrela, porque há 20 anos atrás não tínhamos uma tecnologia como hoje, não tinha lives, conteúdos, dicas, assim na mão. Era muito mais difícil. A gente lia livros, por exemplo, meu pai me deu um livro do Lee Iacocca e me disse para lê-lo. Eram coisas desse tipo, mas que não cabiam muito à nossa realidade brasileira. Penso que mais importante ainda do que se informar e ter líderes, é não ficar olhando para onde todo mundo olha. Eu estava num segmento onde eu não tinha muito onde me agarrar, não tinha especialistas nessa área. A gente teve que quebrar barreiras baseado no que eu acreditava.

Quando fui montar as primeiras lojas em 2003, todo mundo falava que eu era louco de montar lojas físicas, porque já atuávamos no e-commerce e que elas deveriam acabar. PABLO: Quantas lojas você tem hoje? JOÃO: Hoje, para ser exato, tenho 287 lojas e vamos fechar o ano com 300 lojas próprias. Não temos franquia, por enquanto. O Marcelo Cherto sempre discute comigo que eu deveria montar franquias e não tenho nada contra. Apenas comecei um modelo, porque eu precisava de capilaridade, não para vender, mas para demonstrar os meus produtos. Inovação tem essa barreira: as pessoas precisam ver. Você precisa estimular. Mostrar a forma com que ele fazia até hoje e que você tem um jeito mais fácil de executar a atividade. Mesmo assim, as pessoas têm dúvida se é verdade, se o produto funciona, por ainda termos um resíduo de um comercial que não era verdadeiro. A lei mudou hoje, mas quando eu era criança, por exemplo, existia propagandas de brinquedos que voavam, mas que na realidade não. Propaganda sempre foi algo questionável. Se realmente está mostrando algo que é real. Tivemos que quebrar todas essas barreiras.

PABLO: Você é o presidente da sua empresa hoje. Se você tivesse que contratar um CEO, um cara que iria arder no seu coração, que você pensaria: “para um cara, com essas qualidades, eu passaria o bastão.” Qual é o perfil e tipo de qualidades você procuraria em alguém que você dormiria em paz com ele no comando? JOÃO: Para todas as pessoas que estão comigo, dentro da companhia, eu dou o mesmo input: Eu só quero que todas as pessoas que estão comigo, ao meu lado, sejam empreendedoras, com a vocação de empreender. Nem sempre empreender é apenas ter seu próprio negócio. Às vezes, a pessoa quer se livrar do patrão e diz: “Eu quero empreender!” Uma pessoa que entra, por exemplo, em um banco como office-boy, e depois de 20 anos vira presidente do banco, não é um empreendedor? Você pode empreender dentro de outras empresas. Ser empreendedor é saber correr riscos, errar rápido, ter liderança, ser admirado. Empreendedor que não é admirado não é respeitado. A veia empreendedora é muito mais do que ser dono ou não ser dono. De querer ganhar e não querer ganhar.

As pessoas perguntam: “Como eu faço para ser rico?” A primeira coisa é: não trabalhe por dinheiro! Na minha opinião, quem trabalha por dinheiro não consegue ter o dinheiro. Nunca vi alguém que trabalha pelo dinheiro ter dinheiro. Não trabalhe por dinheiro, ele é uma consequência. Um atleta não compete pela medalha. O prêmio é uma consequência. Para o empreendedor, o prêmio é o resultado, o reconhecimento, o dinheiro na conta. Quando você faz bons negócios, não vai para o pódio e as pessoas comemoram com você. Tudo isso faz parte do empreendedorismo, de uma forma mais ampla. É nessa tecla que eu bato e é nisso que eu tento ajudar muitas pessoas: levar a mensagem do empreendedorismo, que é o que realmente transforma a pessoa, sua família e seu meio de convivência. As pessoas podem empreender tanto por vocação, como por aprendizado. Mas é muito importante aprender o que é correto.

PABLO: No seu livro, você diz: “Inovar é questionar o que já está pronto, o que já existe. Qual é o produto que você fez e que tocou seu coração, que realmente o seu benefício é surreal? JOÃO: Nossa, na verdade, foram muitos produtos. O próprio grill mesmo, que é um produto que não tinha muita inovação, mas eu tenho um case, que eu conto no meu livro. O diretor comercial da minha empresa chegou em 2003 com uma novidade e colocou em cima da mesa: um microondas, com prato giratório. Chegou, também, com informações do mercado de que iria ser de cerca de 2 a 2,5 milhões de unidades vendidas no Brasil e que não podíamos estar fora desse mercado. Eu disse: todo mundo já estava com esse foco. Coloquei na mesa o grill George Foreman, que é uma empresa que já atuava no Brasil, mas eu queria trazer um modelo exclusivo. Ele disse que eu estava louco, porque todo mundo só falava do micro-ondas naquele momento. O grill era apenas uma resistência, um pedaço de ferro e um pedaço de plástico.

Em um ano, essa categoria que era inexistente no Brasil, porque só havia uma medição para acima de 30 mil peças vendidos por ano, passou a ser de uma categoria de 1 milhão de peças por ano, e nós tínhamos o marketshare de 70%. Nós dominamos o mercado. Eu não via no microondas o que eu queria entregar de saúde e tempo para as pessoas. Ao idealizar uma campanha, eu pensava: como vou mostrar isso para as pessoas? Isso porque eu comparava nas propagandas o método habitual de um lado e do outro a nossa solução. Eu não gosto de entregar o óbvio. Pra mim, o óbvio não existe. Porque tem coisas que só se tornam óbvias depois que alguém fala. Se precisou de alguém falar, não era óbvio. PABLO: Qual é a maior decepção do João Appolinário no quesito empreendedorismo? O que já deixou o tubarão transtornado? JOÃO: É quando eu invisto o meu tempo, não vou nem dizer dinheiro, em um negócio ou uma pessoa, que não reage, que pensa que a solução dela virá de mim.

Nunca a solução vem dos outros. Não terceirize o seu sucesso. Faça você mesmo. O empreendedor não pode terceirizar nada. Mesmo sendo otimista, que é uma característica do empreendedor, ser otimista por natureza, a maior decepção que eu tenho é quando a pessoa não reage. E tanto faz se é um empreendedor interno ou alguma empresa em que eu investi e estou fazendo a mentoria, se a pessoa veste a camisa do “Só quero ganhar dinheiro e mais dinheiro, e rápido”, me decepciona. Isso não existe. PABLO: Me fala uma coisa: você sendo o cara da inovação, poderia ficar de boa em casa, ou na sua empresa tocando o seu negócio, mas você resolveu colocar a sua cara na televisão, no Shark Tank, e eu vejo você dando muitas palestras, diferente do nível das pessoas em que você está. Despertou em você alguma paixão pelo ensino ou de transbordar aquilo que está dentro de você? O que é que aconteceu nesses últimos anos que você começou a aparecer nas pistas? Homens de 10 dígitos não aparecem, não é?

JOÃO: A sua pergunta é muito interessante. Eu nunca fui para frente das câmeras, nunca foi meu objetivo. Sou um cara dos bastidores. Me convidaram a participar do Shark Tank e 3 coisas foram definitivas pra mim, não necessariamente na ordem que eu vou falar: 1) A possibilidade de investir em startups, renovar e oxigenar o nosso negócio. Muita gente nova, ideias novas, que tivessem ou não conexão com o meu negócio, mas que fossem lucrativas; 2) Poder fazer o que meu pai fez comigo. Não é todo mundo que tem essa oportunidade, como eu tive. Mas fiz ainda de forma mais efetiva, porque, quando entro em uma empresa, coloco um pequeno exército de pessoas para levantamento de quesitos e avaliações básicas e impor critérios de governança para a empresa, a fim de que o empreendedor tenha tempo de fazer o que se propôs, com o respaldo da nossa administração. É bem difícil implementar, desde a área contábil, trabalhista, mas conto com os especialistas em cada área. Eu não sou especialista em tudo. Tem muitas coisas que eu não tenho resposta, mas vou buscar respostas com as pessoas que têm.

Por isso, ninguém trabalha sozinho, e sim em equipe. A gente precisa de ter pessoas competentes ao nosso lado. Faço isso, porque, infelizmente, uma empresa pequena, na maioria das vezes, não consegue pagar para um profissional cuidar disso. 3) Levar uma mensagem. Eu não me coloco como empresário, mas como empreendedor. O empresário ficou muito mau visto no Brasil, como aquele que aproveita, sempre nas páginas policiais dos jornais, e na verdade, é o gerador de empregos, de riqueza, o pagador de impostos, que faz a diferença em um país na vida da maioria da população. Ser um empresário e ser um empreendedor são a mesma coisa, mas a percepção das pessoas é diferente. Eu consegui mudar essa visão a meu respeito. As pessoas me olham diferente, com carinho, e não simplesmente como alguém que teve sucesso, que ganhou o dinheiro que as outras pessoas não conseguem. Levo a mensagem, ou no programa Shark Tank ou por meio de palestras. Faço muito menos palestras do que gostaria, porque coisas simples que a gente fala fazem uma diferença muito grande na vida e nos negócios das pessoas.

PABLO: Você tinha como alvo atingir bilhão? Qual a sensação de atingir isso? De ser tão relevante. JOÃO: Pablo, não é assim que eu vejo. Isso é um assunto que não faz parte da minha vida. Tem histórias lindas no empreendedorismo: pessoas que saíram do nada e conquistaram o sucesso. A minha história é diferente, eu já tinha uma vida confortável e eu poderia ser apenas um herdeiro vivendo de rendimentos de aplicações financeiras. Não sei se eu iria ter mais ou menos, não importa. O que importa é que eu resolvi ser empreendedor e colocar tudo o que meu pai construiu em risco. A minha decisão foi muito mais difícil, porque eu poderia optar em não empreender. Mas eu não trabalho por dinheiro. Dinheiro é uma consequência. O importante é fazer algo que a gente realmente gosta. O que faz com que eu esteja aqui falando com você é querer evoluir, crescer. Dormir é bom, mas enquanto você está dormindo, alguém está se informando, crescendo, trabalhando, ganhando dinheiro. Cuidado! Não durma muito, porque tem gente acordada.

PABLO: Tem algum negócio em que você investiria fora o seu? Que você, que tem experiência de décadas, percebe que vai dar uma guinada? JOÃO: Engraçado, eu tenho um olhar diferente. Eu não invisto em negócios, eu invisto em pessoas. Na minha empresa, na área em que trabalho, eu sou o último a ir embora. Quando eu vejo tudo apagado, penso: sem as pessoas, isso aqui não vale nada. Uma empresa sem pessoas não vale nada. O que realmente vale são as pessoas, são as ideias que essas pessoas tem, a visão. Se eu investir em uma empresa e esse negócio não der certo, essa mesma pessoa pode ser realocada em outros negócios e dar resultado. Não tenha medo de errar. Não deixe de errar. Erre, erre rápido e não cometa os mesmos erros. O bom empreendedor é rápido nas decisões. Não precisa quebrar sempre, mas sair rápido de negócios que não estão bem.

PABLO: Você já teve um negócio que deu revés, que passou do limite e caiu? JOÃO: Já. Antes de montar a Polishop, tive uma empresa de ring de patinação, uma modinha que surgiu e deu muito errado. Mas não fiquei insistindo. Em pouco tempo, abri, dei um tempo e fechei. Vendi os meus ativos, que eram os patins (risos), postes de iluminação. Vendi o que deu pra vender, salvei o que deu pra salvar, e assumi o prejuízo. Não existe só história de sucesso, mas existe a forma com que você reage. Saber reagir bem e rápido. A melhor ação é reagir positivamente. Eu não acredito, e está muito em moda, em ficar perdendo dinheiro muitos anos para depois conseguir ter sucesso, conseguir ter o breakeven. Um negócio bom já tem que ser bom logo no início. Lógico, que você tem que investir, colocar dinheiro. Mas ele já mostra que tem potencial. PABLO: Está mais ligado à experiência e à maturidade do cara para ter sucesso, porque o negócio já é bom. JOÃO: Pessoas!

PABLO: Me fala uma coisa: eu percebo que cada um pensa numa frequência de pensamento. Não sei se você já acompanhou Napoleon Hill, ele fez o que estou fazendo agora, mas com 25 mil homens como você. Homens de sucesso. Tinha amizade direta com Henry Ford, Andrew Carnegie, o segundo homem mais rico do planeta, que tinha 480 bilhões de dólares em 1906, e analisou os perfis comportamentais. No grupo Bilionários em Orlando, te acompanho e vejo como você está sempre comentando, firme, muito pontual, sempre postando que está indo embora por último. Eu fico fascinado, porque não é o perfil, não vejo homens do seu estilo, que operam na sua frequência, fazendo isso. Se pudéssemos fazer agora um raio-X do Appolinário, e o Napoleon fosse te entrevistar agora, analisar seu perfil, numa entrevista, como ele te descreveria? Em uma palavra, como se fossem sementes para implantarmos na cabeça das pessoas, me diga 3 fundamentos do seu cérebro que podemos extrair e instalar em nossa cabeça.

JOÃO: 1) Pense e seja simples. Nos pensamentos e nos negócios. Não seja muito sofisticado. 2) Não tenha medo de fazer, de trabalhar, de estar presente, ou seja, tenha alta energia nas suas decisões. 3) Pense grande. Isso carrega e demonstra onde você quer chegar. PABLO: O que você falaria a alguém endividado? Que chave você daria pra ele? JOÃO: Existem vários motivos que levam alguém a estar endividado. A gente vê exemplos de pessoas que tem um salário gigantesco e estão endividadas. A dívida está intimamente ligada àquilo que você gasta. Uma pessoa que não consegue administrar nem suas despesas pessoais, com certeza vai ter muita dificuldade de fazer a gestão da sua vida corporativa. Qual é o conselho? Trabalhe seus números pessoais. Faça planilhas pra gerir a sua vida pessoal, porque se você não consegue fazer gestão da sua vida pessoal, não vai conseguir fazer a gestão da vida empresarial.

PABLO: Você pensa em multiplicar seu talento com pessoas que querem ser como você? Não apenas uma mentoria, mas formar um grupo de pessoas dispostas a sugar seu DNA, para multiplicar e transbordar? Já passou isso pela sua cabeça? JOÃO: Da forma que você está falando não, mas acabo fazendo isso no meu dia a dia na minha companhia. O que eu mais quero é poder, como já estou fazendo aos poucos, levantar da minha cadeira e colocar pessoas assentadas nela. Fazer com que pessoas assumam sua responsabilidade, que possam conduzir o negócio, fazer com que a empresa tenha uma governança. Estamos hoje em todos os estados e temos uma estrutura complicada de se administrar. O que você fala vai um pouco além disso, as pessoas nas suas próprias atividades. Eu não acho que tenho a fórmula do sucesso, nem a fórmula certa. Eu falo no meu livro de como eu vejo, de coisas simples. As pessoas adoram coisas simples, como a história da gaveta. Não permito que as pessoas tenham gavetas na minha empresa. Nunca permiti.

Uma empresa não pode ter nada engavetado. As coisas tem que ser públicas, estarem em um sistema, em cima da mesa ou no lixo. Ano passado, eu dei uma geral na companhia. Não encontrei gavetas, mas encontrei muitos armários. Comecei a abrir os armários, claro que com o by-pass das pessoas, e tirar toda a tranqueira. Doei mais de 50 armários. Tenho os arquivos, os armários necessários, claro, para departamento jurídico e de recursos humanos, por exemplo, mas não para guardar o que quer deixar para depois, para o outro dia. PABLO: É simples a forma como você olha, mas é inovadora, porque nunca vi ninguém falar disso. Uma pessoa da audiência perguntou: se pudesse dar um conselho para o Appolinário de 20 anos, o que você falaria? JOÃO: É uma boa pergunta. Todos os dias eu me autocritico. Às vezes, eu perco muita energia tentando mudar as pessoas e demorei um pouco para aprender que cada um tem as suas próprias características. Não tente mudar as pessoas.

Eu nasci de uma família cristã que me ensinou que todos nós somos iguais perante a Deus, mas ao mesmo tempo somos diferentes. Eu achava que, quando a pessoa não percebia ou não tinha o entendimento que era óbvio pra mim, era má vontade e, na verdade, não é. É apenas uma percepção diferente. Quando eu consegui entender isso a minha vida ficou muito mais leve, eu sofri muito menos. Hoje, eu sei que as pessoas são diferentes, eu consigo hoje avaliar o perfil, respeitar e não ser tanto insistente. Meu pai tentou me ensinar isso e eu não conseguia pegar. Uma vez um amigo meu convidou meu pai, que entendia bem de fazendas, para olhar uma fazenda que ele queria comprar. Nos levou de helicóptero para analisar e a fazenda era horrível. Meu pai quieto, não falou nada. Eu indignado perguntei: você não vai falar nada? Ele respondeu: não adianta. Ele já comprou a fazenda. Na cabeça ele já comprou, vai se desgastar e será perda de tempo. Muitas vezes eu não entendia a mensagem que ele falava: tem coisas que você não vai conseguir fazer por uma pessoa. Aceite como ela é e pronto.

PABLO: Muito obrigado por ser um homem próspero nessa geração, por não deixar isso guardado dentro de você, por escrever livros, por participar de programas de tv, de palestras. Eu fui muito abençoado por te encontrar pessoalmente e construir essa amizade. Obrigado, mesmo. Obrigado por vir falar para a minha audiência. Que Deus continue te abençoando, que você possa ser ainda mais próspero na sua saúde, na sua vida espiritual, na sua vida familiar e nos seus negócios. Pode ter certeza que você tem inspirado muita gente. "Obrigadão!" JOÃO: Eu que agradeço! Hoje, o meu dia começou uma hora mais cedo. Pra mim, é muito bacana poder passar algo para alguém, poder evoluir com isso, fazer com que eu reflita um pouco. Perguntas como essa última me fizeram refletir. Parabéns por sua dedicação com a sua audiência. Acompanho um pouco você e sei que você faz um trabalho muito bacana e que faz a diferença na vida das pessoas. PABLO: Tamo junto! Estamos levantando um exército! Beijo no seu coração!

TAREFAS 1) Boot Cerebral 2) Vamos fazer um exercício para estimular o olhar inovador: Escolha um objeto que você usa em sua rotina e que te entrega saúde, beleza e tempo, e pense em formas de otimizar o seu uso. Escreva-as. 3) Escolha um produto ou serviço que você disponibiliza ou que almeja lançar, e faça a mesma análise do item 2. 4) As gavetas também podem simbolizar uma área da nossa vida. Qual gaveta sua precisa de uma limpeza urgente? 5) Escreva o código mais poderoso que você pegou com o João hoje. #nojodebloqueio #experiencia #modelagem #beneficios

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