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12B- rever “MENSAGEM” de F. PESSOA março/2020
Prof. Isabel Alves
O Sebastianismo em Mensagem, de Fernando Pessoa. Fernando Pessoa, escritor modernista do séc.XX, provavelmente o maior poeta português a seguir a Luís de Camões, transmite em Mensagem o seu maior elogio ao espírito de conquista dos descobridores portugueses dos séculos XV e XVI. Ainda com necessárias diferenças, inerentes às características dos autores em causa e à época em que foram escritas, será legítimo fazer-se o paralelismo entre Os Lusíadas e Mensagem, no sentido em que ambas as obras cantam, de maneiras diversas mas com pontos comuns, a grandeza de ser português […]. Os séculos subsequentes a Os Lusíadas foram extremamente penalizadores para o nosso país. Portugal foi, gradualmente, perdendo o seu Império e, por tabela, as riquezas. No séc. XIX, a situação agravou-se . Sofremos as invasões napoleónicas, ficamos subjugados ao poderio inglês, o nosso atraso em relação aos colossos da Europa imperialista era cada vez maior. […]O governo monárquico caiu em descrédito e com o Ultimatum inglês (1891) o orgulho nacional estava a sangrar de humilhação. […] Os feitos gloriosos de 300 anos pareciam bem longe da realidade portuguesa do início do séc.XX. Ora, é neste contexto sócio-histórico que Fernando Pessoa escreve a Mensagem. Embora a sua grandeza como obra a torne intemporal, a circunstância cronológica em que foi escrita vai aumentar a importância do seu conteúdo. Com efeito, o elogio tecido por Pessoa da ambição dos portugueses em partir à conquista de novos mundos constituirá como que uma regeneração do orgulho português, que estava a passar por uma crise de identidade. Daí a ênfase dada pelo poeta na recriação do mito, na virtude de ser português. Pessoa eleva a insatisfação de alma como a maior virtude dos conquistadores portugueses e assume que tem como pretensão mitificar esse espírito português: “Desejo ser um criador de mitos, que é o mistério mais alto que pode obrar alguém da Humanidade”.
12B- rever “MENSAGEM” de F. PESSOA março/2020
Prof. Isabel Alves
A personificação desse mito é D. Sebastião. O poeta considera-o um “louco”, mas não na aceção negativa que lhe damos, antes com uma conotação, superior, de alguém que é louco porque quis grandeza/ Qual a Sorte a não dá. Porque, para Pessoa, a loucura é exatamente aquilo que dá ao homem a razão para existir, traduz-se na insignificância que só alguns conseguem adquirir, sob pena de se tornarem meros seres irrelevantes, caminhando comodamente para a morte […]. In http://www.citi.pt/cultura/historia/personalidades/d_sebastiao/pessoa.html
Matéria avulsa … a propósito de argumentos Tipos de ARGUMENTOS Argumentos de autoridade Argumentos universais
Incluem as opiniões emitidas por pessoas/entidades de prestígio na matéria a tratar e os textos de normativos legais, entre outros Reportam-se a saberes universalmente aceites.
Argumentos proverbiais ou de sabedoria popular
Assentes em valores de verdade aceites por todos, como é, por exemplo, o caso dos provérbios
Argumentos por analogia
Argumenta-se a partir de um caso ou exemplo específico, em muitos aspetos semelhante ao que está em causa.
Argumentos de experiência
Assentes em experiências já vividas pelo próprio ou por outros
Argumentos históricos
Baseiam-se em exemplos da tradição e da experiência histórica
Os Argumentos podem pertencer a vários domínios de avaliação: 1.
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2.
Ético (definidos em termos de noções como as de bem/mal)
3.
Hedónico (definidos a partir de valores como agradável/desagradável)
4.
Pragmático (definidos em termos de útil/inútil)
5.
de verdade (definidos em termos de verdadeiro/falso)